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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E SOLOS - DEAS


ENGENHARIA FLORESTAL – VIII SEMESTRE
ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS FLORESTAIS

PROJETO DE SERRARIA

VITÓRIA DA CONQUISTA – BAHIA


NOVEMBRO DE 2019
DANIELE CLAÚDIO CERQUEIRA
RAFAELA GUSMÃO ALVES
MANOEL RIBEIRO
VICTOR VINICIUS MARTINELLI
WELDER FREITAS SANTOS

PROJETO DE SERRARIA

Trabalho apresentado a Disciplina de


Elaboração e Avaliação de Projetos
Florestais do Curso de Engenharia
Florestal da Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia, como requisito
avaliativo.

Docente: Luís Carlos

VITÓRIA DA CONQUISTA – BAHIA


NOVEMBRO DE 2019
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 6

OBJETIVOS ............................................................................................................................. 6

PLANEJAMENTO TÉCNICO OPERACIONAL ................................................................ 7

CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO ................................................................................. 7

LOCALIZAÇÃO DO PROJETO ........................................................................................... 7

Local ........................................................................................................................................... 7

Justificativa da escolha da localização do projeto ...................................................................... 8

INFRAESTRUTURA DO LOCAL......................................................................................... 8

Condições edafoclimáticas ......................................................................................................... 8

Vegetação ................................................................................................................................... 9

Hidrografia.................................................................................................................................. 9

Solos ........................................................................................................................................... 9

Economia .................................................................................................................................. 10

Demografia ............................................................................................................................... 10

Serviços de Saúde e Saneamento básico .................................................................................. 10

Ensino ....................................................................................................................................... 10

Transporte ................................................................................................................................. 10

DETALHAMENTO DO PLANEJAMENTO ...................................................................... 11

Planta baixa e em perspectiva, orientação: ............................................................................... 11

Insolação: .................................................................................................................................. 12

Ventos dominantes: .................................................................................................................. 12

Estradas: ................................................................................................................................... 12

Distância da matéria-prima e mercado consumidor ................................................................. 13

Topografia do local ................................................................................................................... 13


Exigências legais e específicas ................................................................................................. 13

INSUMOS NECESSÁRIOS .................................................................................................. 14

Mão de obra .............................................................................................................................. 14

Bens de Capital ......................................................................................................................... 14

MERCADO DE INSUMOS ................................................................................................... 14

MERCADO DO PRODUTO ................................................................................................. 15

ESTRUTURAS DA SERRARIA ........................................................................................... 17

Pátio de toras ............................................................................................................................ 18

Setor de processamento ............................................................................................................ 18

Almoxarifado, manutenção e afiação ....................................................................................... 18

Setor de secagem ...................................................................................................................... 18

Depósito de produtos ................................................................................................................ 18

Depósito de resíduos ................................................................................................................. 18

Área de Pessoal ......................................................................................................................... 19

Escritório .................................................................................................................................. 19

Maquinários .............................................................................................................................. 19

PRODUÇÃO ........................................................................................................................... 22

PLANEJAMENTO SOCIAL ................................................................................................ 23

ANÁLISE AMBIENTAL ....................................................................................................... 24

PLANEJAMENTO ECONÔMICO ...................................................................................... 25

ORÇAMENTO ....................................................................................................................... 25

ANALISE ECONÔMICA...................................................................................................... 27

Plano de segurança e higiene ocupacional no trabalho: ........................................................... 30

Plano de prevenção de acidentes. ............................................................................................. 31

PLANEJAMENTO ERGONÔMICO................................................................................... 34

Análise ergonômica .................................................................................................................. 34

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 36


REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 37
INTRODUÇÃO
A madeira é um material muito utilizado desde a antiguidade com uma enorme
diversificação de utilidades, seja para produção de energia, construção civil,
ferramentas, utensílios, papel e até para ferramentas de trabalho. Essa grande
variedade de utilização fez com que a extração de madeira em florestas nativas de
forma inadequada, diminuísse significativamente a oferta desse produto no mercado,
de modo que, a implantação de florestas plantadas, como as de eucaliptos, tornou- se
a principal fornecedora de mátria prima para os mais diversos setores.
A serraria tem um papel fundamental na cadeia produtiva madeireira, recebendo
a matéria prima recém-retirada da floresta e realizando o processamento. A madeira
pode ser comercializada na forma de tora bruta ou madeira serrada. O processamento
das toras utiliza várias máquinas e gera uma grande quantidade de emprego desde a
extração até a comercialização e distribuição do produto. Na Bahia, as condições
edafoclimáticas favorecem muito para o desenvolvimento de florestas plantadas e
apesar de haver alguns entraves políticos, é possível obter avanços significativos no
setor, e matéria-prima em quantidade e qualidade.
O crescimento do consumo de madeira serrada, principalmente no mercado
interno deve-se ao desenvolvimento da construção civil e do mercado de embalagens,
tendo impacto direto em vários setores da economia. Entretanto, devido a
heterogeneidade das florestas nativas e falta de investimento na área fazia com que a
participação brasileira no comércio mundial fosse muito pequena, conforme relatado
por Ponce (1995). Isso contribui pelo interesse no eucalipto por se tratar de uma
espécie de crescimento rápido, além de retirar a pressão sobre as florestas nativas.

OBJETIVOS
Dentro deste contexto, o presente trabalho tem como objetivo elaborar um
projeto de implantação de uma serraria na região centro oeste do Brasil, levando em
consideração as características e peculiaridades regionais, bem como, verificar a
viabilidade econômica do projeto, atendendo todas as exigências legais, em
conformidade com as questões ambientais e segurança do trabalhador.

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PLANEJAMENTO TÉCNICO OPERACIONAL
CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO
A serraria produzirá, principalmente, tábuas (25 × 150 × 3.000 mm) e ripas (35
× 77 × 3.000 mm), que são empregadas em fins diversos, com densidade entre 500 -
900 kg/m³. Os produtos são secos naturalmente em empilhamento de modo que o ar
circule entre as peças. Tábuas e ripas, são produtos que tem uma grande aceitação no
setor da construção civil, que tem uma grande demanda por esses produtos e outros
de madeira serrada, principalmente de eucalipto. Essa aceitação se deve ao
conhecimento, maior disponibilidade de madeira de eucalipto, mas também pela
crescente pressão social e ambiental pela redução do uso de madeiras nativas. A
esses fatores são ainda acrescidos a possibilidade de obter maior uniformidade no
acabamento dos produtos obtidos através dessa matéria-prima utilizada nos processos
de construção e os suprimentos regulares de madeira.

LOCALIZAÇÃO DO PROJETO
Local
A serraria será implantada no município de Vitória da Conquista, na saída para o
município de Barra do Choça, próximo ao anel viário que dá acesso a BR- 116,
localizada no Sudoeste do estado da Bahia, com clima do tipo Cwb (tropical de
altitude), segundo a classificação de Köppen. Os dados médios de precipitação e
temperatura são de 850 mm e 25°C, respectivamente (EMPRAPA, 2006; NETO et al.,
2015).

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Figura 1- Localização do projeto

Justificativa da escolha da localização do projeto


A região de Vitória da Conquista apresenta grande potencial para
desenvolvimento madeireiro, conta atualmente com cerca de 35 mil hectares de áreas
plantadas com a cultura do Eucalipto, e existem grandes áreas de terras ociosas de
produção agrícola defasada e degradadas, em que estas áreas podem possuir
potencial para o desenvolvimento das atividades florestais. Assim, possibilitando a
dinamização da economia da região na criação de novos plantios para suprir a
demanda por produtos de origem florestal, como a madeira serrada (SANTOS et al.,
2007; EMFLORS, 2013). As árvores que abastecem as serrarias podem ser derivadas
de florestas plantadas ou de florestas nativas. Pelo fato de o transporte ser um dos
custos mais oneroso para qualquer empreendimento florestal, recomenda-se que as
serrarias estejam ao mais próximo possível das florestas, o que resultará em economia
com transporte (SEBRAE, 2016).

INFRAESTRUTURA DO LOCAL
Condições edafoclimáticas
Vitória da Conquista tem clima tropical, amenizado por sua relativa altitude, e é
uma das cidades que registram as temperaturas mais amenas no estado da Bahia,
chegando a registrar 6,2°C em 2006. Porém, já foram registradas temperaturas

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inferiores a 5°C em diversos anos anteriores. As “chuvas de neblina”, que são mais
finas, se concentram no período de abril a agosto. Já as “chuvas das águas” (mais
intensas e fortes) ficam concentradas de outubro a março.

Vegetação
A cidade possui como vegetação algumas faixas para melhor organizar a
distribuição, sendo:
FAIXA A: Caatinga, vegetação típica de áreas com deficiências hídricas acentuadas.
Seus solos são em geral rasos, pedregosos e acidentados.
FAIXA B: Carrasco, campos gerais ou cerrado, uma vegetação baixa, mais aberta,
típica de terra muito pobre e seca. Essa faixa é considerada inapta à cafeicultura. Ela
pode ser encontrada também a sudeste da estrada Rio-Bahia.
FAIXA C: Mata de Cipó, é uma vegetação alta, fechada com muitas lianas, ou cipós,
epífitas (orquídeas) e musgos (barba de mono). Encontram-se muitas madeiras de lei,
como pau-de-leite, jacarandá, angico, etc. Também farinha-seca, ipê (pau-d’arco) são
frequentes.
FAIXA D: Mata de larga, é a vegetação que predomina logo abaixo da Mata-de-Cipó.
Muitas vezes aparece em transição com essa. A Mata-de-Larga é mais baixa e mais
aberta, apresentando muita samambaia, sapé, capim e muitas leguminosas. São
também encontradas muitas palmeiras, planta que falta na Mata-de-Cipó. As áreas de
Mata-de-Larga são mais úmidas.

Hidrografia
O sistema hidrográfico da região está localizado no município de Planalto, que
pertence aos rios Pardo e de Contas, encontrando-se o município cortado por rios
temporários – Cachoeira do Peixe, Cajuzinho, São José, São Bento – com regime
torrencial no período das chuvas. Outros rios também cortam o município como o
Gaviãozinho, São Bento, Rio das Piabas e Águas Vermelhas, este último aproveitado
para abastecimento urbano da cidade e outras cidades vizinhas.
Solos
Os solos da região são classificados como Latossolos com baixa e média
fertilidade, dependendo da finalidade e destino.

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Economia
O principal setor econômico do município é o agronegócio, comércios,
indústrias, e setores de serviços. É uma cidade bem vista economicamente
principalmente por estar bem localizada e ter acesso a estrada BR-415, BR -116 e BA-
262.

Demografia
Segundo o Censo do IBGE (2010) a população residente em Vitória da Conquista
era de 306.866 habitantes, e a população estimada para 2014 foi de 340.199. A área
da unidade territorial é equivalente a 3.704,018 Km² e a densidade demográfica de 91,41
(hab/km²).

Serviços de Saúde e Saneamento básico


Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, Vitória da
Conquista/BA possui no ano consultado (2015) 530 estabelecimentos de saúde, sendo
que desses estabelecimentos 42 são unidades básicas de saúde ou centros de saúde,
dentre eles hospitais, postos de saúde e clínicas.

Ensino
Quanto ao ensino, a cidade de Vitória da Conquista é considerada como um
grande polo estudantil do estado da Bahia, possuindo 175 unidades escolares, sendo
144 escolas – 94 na zona rural e 50 na urbana – e 31 creches (23 municipais e 8
conveniadas). Mais de 44 mil alunos são atendidos na Rede Municipal de Ensino por
1.791 professores, além de instituições privadas , e de ensino superior.

Transporte
A cidade possui linhas privadas de ônibus coletivo para atender a demanda da
cidade, principalmente de estudantes e trabalhadores.

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DETALHAMENTO DO PLANEJAMENTO

A serraria possui uma área de 2.995.2 m2 e segue todas as


características e recomendações de projetos estabelecidos pelos órgãos
responsáveis.
Planta baixa e em perspectiva, orientação:

Figura 2- Planta baixa da serraria

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Figura-3 Planta da serraria em perspectiva

Insolação:

A orientação do pátio de secagem deve se localizar perpendicular a


movimentação do solo, para um maior aproveitamento da radiação solar e um menor
tempo de secagem das toras de madeira.

Ventos dominantes:

O maior eixo da serraria deverá ser na direção dos ventos dominantes,


principalmente quando a força motriz provém de caldeiras (prevenir incêndios). O pátio
de secagem de toras deve ficar perpendicular aos ventos dominantes.

Estradas:

As estradas para a serraria é muito importante para o fornecimento e


escoamento da produção, para a escolha do local para instalação de uma serraria, é
essencial o acesso a este empreendimento, seja eles, por estradas, ou rios, haja vista
que para abrir uma estrada, onera e muito financeiramente a empresa e gera muitos
impactos, ou seja, a melhor opção se possível é instalar a serraria em um local que já
possua vias de acesso.

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Distância da matéria-prima e mercado consumidor

Segundo SEBRAE (2016), existem situações muito específicas onde é melhor


estabelecer a serraria próxima ao centro consumidor da madeira serrada e não do
fornecedor de toras. A proximidade entre os dois locais e a existência prévia de uma
infra-estrutura do empreendedor no centro consumidor, por exemplo, podem justificar.
Um plano de negócios bem feito consegue determinar qual local é o melhor. É certo
que quanto mais próximo a serraria da floresta, menor o custo de transporte, porém
uma grande distância da serraria com o cliente dificulta as vendas do produto. Portanto
a escolha do local de instalação tem que ser estudado caso a caso e analisar qual a
melhor possibilidade de lucratividade para a serraria.

Topografia do local

A topografia do terreno é muito importante para a serraria, quanto mais plano,


melhor para a serraria com uma leve inclinação para melhoria de alguns processos.
Por isso é essencial realizar o levantamento topográfico do terreno.

Exigências legais e específicas

A atividade de serraria exige licenciamento ambiental. A exigência do


licenciamento se deve, principalmente, pelo fato de serrarias processarem madeira
nativa, que têm a exploração controlada pelo governo. A viabilidade de obtenção desse
licenciamento deve ser checada antes de qualquer iniciativa de implantação do
empreendimento.
Além da questão ambiental, é preciso observar a legislação municipal em
relação aos outros impactos provocados por empreendimento, já que mesmo
pequenas serrarias geram ruídos, poeira e tráfego de caminhões. A possibilidade de se
instalar no local deve ser checada com o contador antes da locação ou compra do
imóvel. E atenção ao checar, pois a legislação municipal pode permitir a instalação,
mas exigir adequações na infra-estrutura de elevado custo.

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Após verificar todas estas questões já citadas, tem início os registros comuns a
todas as empresas, devendo providenciar os seguintes requisitos:
a) Registro da empresa nos seguintes órgãos
• Junta Comercial; 15
• Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
• Secretaria Estadual de Fazenda;
• Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;
• Enquadramento na Entidade Sindical Patronal;
• Cadastramento na Caixa Econômica Federal no sistema Conectividade Social –
INSS/ FGTS;
• Corpo de Bombeiros Militar.
b) Entrada com o processo de licenciamento ambiental e sanitário nos órgãos
competentes, tudo isto com o auxílio de um contador.

INSUMOS NECESSÁRIOS
Mão de obra
Na cidade de Vitoria da Conquista possui Engenheiros Florestais formados pela
UESB, vigilantes aptos e qualificados pela Escola Gideão de Formação de Vigilantes,
motoristas pelas autoescolas (Trânsito Rápido, Modelo, PX,entre outras) presentes na
cidade e possui mão de obra não-qualificada (trabalhadores braçais).

Bens de Capital
No município não possui estabelecimentos que realizam a comercialização dos
equipamentos necessários para a produção de madeira serrada. Desta forma, os
equipamentos serão adquiridos por encomenda de outros locais, de preferência mais
próximas, para não aumentar o custo de forma significativa, sendo cidades, como
Salvador, Belo Horizonte e/ou São Paulo.

MERCADO DE INSUMOS
A região do entorno de Vitória da Conquista possui uma área de 34 mil hectares
plantadas com a cultura do Eucaplytus, e estima-se que existem aproximadamente 200
mil hectares de terras ociosas e de produção agrícola defasada, em que estas áreas
tendem a possuir um grande potencial para o desenvolvimento das atividades
florestais. Dessa forma, visa-se um bom lugar para

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se possuir um empreendimento florestal, apresentando grandes aspectos favoráveis para
um projeto de madeira serrada.

MERCADO DO PRODUTO
O mercado aponta para uma tendência de aumento do uso de madeira serrada
de espécies provindas de reflorestamento. O Eucalipto Serrado já é utilizado há vários
anos no Brasil, absorvido principalmente pela indústria moveleira e construção civil,
como também uma infinidade de usos e aplicações: construção (rural, civil e dry wall),
mineração, eletrificação, telefonia, fruticultura, pecuária, granjas, haras, galpões,
pocilgas, pista de laço, instalações esportivas, paisagismo, vigamento, pergolado,
deques, cercas, porteiras, pontes, mangueiras, taludes, quiosques, estufas, defensas.
A produção anual mundial de madeira serrada tem se mantido nos últimos anos
em torno de 500 milhões de metros cúbicos dos quais 75% de coníferas e 25% de
folhosas. ° comércio internacional de madeira serrada perfaz um total de 92 milhões de
metros cúbicos e um valor de 15,8 bilhões de dólares (FAO, 1987). A produção
brasileira, de acordo com a FAO, é de 18 milhões de metros cúbicos, dos quais 46%
coníferas, e 54% folhosas.
A madeira das folhosas origina-se quase que totalmente de floresta amazônica,
enquanto que as coníferas são produzidas principalmente no sul do país nas florestas
plantadas de Pinus e nas florestas nativas de Pinho do Paraná. A indústria de madeira
serrada tem características adequadas às condições econômicas e sociais do Brasil:
necessita investimentos relativamente baixos, mão de obra com pouco treinamento, e
pode alimentar a indústria moveleira com grande potencial exportador e absorvedor de
mão de obra. A participação brasileira no mercado mundial de madeira serrada é muito
pequena.
De um total de 92 milhões de metros cúbicos comercializados
internacionalmente em 1987, o Brasil participou com 526 mil metros cúbicos, cerca de
0,5 %. Estes dados indicam que a indústria madeireira nacional é pouco competitiva.
As causas prováveis dessa falta de competitividade são: as características da floresta
e da ecologia amazônica, principal fonte atual de matéria prima florestal do país. A
floresta é extremamente heterogênea o clima é adverso à exploração florestal durante
boa parte do ano. Além disso a infraestrutura da região é deficiente, dificultando o
transporte e a produção e encarecendo os produtos.

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A madeira de eucalipto tem sido usada como madeira serrada em vários paises:
Austrália, África do Sul, Chile, Nova Zelândia, Uruguai e Argentina. No Brasil o uso do
eucalipto como madeira serrada é bastante incipiente. Nenhuma serraria processa
atualmente madeira plantada e manejada para esse fim. Algumas poucas processam
madeira originária de floresta plantada e manejada para produção de lenha, fibra,
carvão ou outra finalidade. A maioria das serrarias que serram eucalipto são pequenas
unidades que processam toras produzidas em pequenos talhões ou em divisas, e que
ultrapassaram a idade e diâmetro para serem transformados em lenha, carvão, e não
tem as características adequadas para postes. A eucaliptocultura brasileira tem
demonstrado ser uma das mais produtivas, avançadas e competitivas do mundo.
Até agora essas vantagens têm sido aproveitadas somente pelas indústrias de
celulose, de painéis e pelas indústrias siderúrgicas através do carvão. O eucalipto
ainda não participa ativamente da indústria da madeira serrada e da indústria de
laminados e compensados. O autor estima que a produção anual de madeira serrada
de eucalipto deve situar-se em torno de 50.000 metros cúbicos, cerca de 0,25% da
produção nacional. As causas prováveis de tão baixa participação são: falta de
informação, tabus sobre a madeira e, até agora, abundante disponibilidade de outras
espécies florestais. Até o presente o eucalipto não foi seriamente encarado como um
recurso adequado para a produção de madeira serrada e de seus produtos tais como
móveis, componentes para edificações, material para embalagens e paletes. Há uma
crença bastante arraigada de que o eucalipto racha demasiadamente durante o
processamento e mesmo depois, que a madeira deforma anormalmente, e que por
essas razões não pode ser economicamente aproveitável.
O eucalipto apresenta algumas características que realmente dificultam seu
aproveitamento. Essas dificuldades não são, todavia, maiores do que as que
apresentam a maioria das madeiras. O madeireiro brasileiro acostumado a trabalhar
com toras de grande diâmetro de madeiras nativas nas serrarias tradicionais, ainda
não se habitou à ideia de processar toras de 15 a 20 cm de diâmetro, das quais não
pode obter tábuas de grande largura. O processamento dessas toras exige
equipamentos específicos para que seja alcançada uma produtividade adequada.

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A retomada do desenvolvimento econômico e social do país, exigirá a
construção de milhões de habitações, aumento da produção industrial, importações e
exportações. Esse crescimento implica no aumento da demanda de materiais e
matérias-primas, entre elas a madeira. Contudo, uma economia mais competitiva, fator
fundamental para o desenvolvimento, exigirá produtos com melhor qualidade e preços
equivalentes ou inferiores aos do mercado internacional. Nesse contexto a indústria
florestal brasileira tem uma missão a cumprir para evitar que o país, em alguns anos se
transforme em importador de madeira. Atualmente as exportações e importações de
madeira serrada se equivalem.
Considerando-se o potencial representado pelos Eucalyptus há condições
ambientais e conhecimentos silviculturais para dar ao país vantagem comparativa na
produção de matéria prima florestal. Isso, porém, não é suficiente. É necessário
produzir com qualidade, nisso ainda não somos competitivos. Com relação á madeira
serrada, muito ainda deve ser feito para que o eucalipto ocupe um lugar fundamental
que lhe confere o alto desempenho silvicultural. As perspectivas são favoráveis: o
conhecimento já acumulado sobre a silvicultura e o manejo de várias espécies do
gênero, sua maleabilidade e resposta ao manejo e ao melhoramento genético, a
grande variabilidade e diferenças inter e intra-específicas, que o torna aplicável em um
grande espectro de usos, e a possibilidade de rotações curtas, fundamental no
ambiente econômico de falta de política de financiamentos a longo prazo.

ESTRUTURAS DA SERRARIA
A estrutura de uma serraria se dá pela disposição das estruturas na aera da
serraria que virá em seguida, sugerida por SEBRAE (2016): pátio de toras, locam em
que se receberão e se estocarão a matéria-prima de seu empreendimento e é
considerada a área de maior dimensão na empresa em questão.

O projeto dispõe de uma área de 2.995.2 m2 e, como dito anteriormente, segue


todas as características e recomendações de projetos estabelecidos pelos órgãos
responsáveis.

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Pátio de toras
O pátio das toras é onde se recebe e se armazena a matéria prima vinda dos
fornecedores.

Setor de processamento
Trata-se do setor de processamento das toras, ou seja, onde ficam
armazenadas as máquinas que serram e perfaz a matéria-prima que será produzida.
Segundo o SEBRAE (2016), o tamanho necessário para o galpão de maquinário irá
depender completamente da produção desejada, variando de 200 a 1000 m². Assim
sendo, foi planejada uma área de 368,78 m² para este setor.

Almoxarifado, manutenção e afiação


Depósito em que, num estabelecimento público ou particular, ficam os materiais
necessários a todos os demais setores, como também o material de manutenção e
fiação geral da serraria.

Setor de secagem
É o setor no qual são colocadas as madeiras para o processo de secagem.
Sabe-se que a secagem traz muitos benefícios a qualidade do produto e agrega valor
comercial, podendo ser feito secagem natural da madeira de eucalipto.

Depósito de produtos
Trata-se do espaço onde é feito o armazenamento do estoque comercial, sendo
seu espaço dependente do porte da serraria e da variedade de produtos oferecidos
pela mesma. O projeto dispõe de uma área de 120 m², sendo o depósito coberto.

Depósito de resíduos
Área onde são armazenadas as cascas das árvores, serragem e perdas. Este
depósito ficará localizado lateralmente ao setor de produção. O local será coberto. O
projeto dispõe de área de 120 m² onde todo o resíduo será depositado e
posteriormente, será vendido para empresas que a utiliza como matéria prima, como é
o caso da fabricação de pellets.

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Área de Pessoal
Área pessoal ou comumente chamada de administrativa são os espaços onde
estão localizados os escritórios administrativos e as instalações do pessoal de
produção, como vestiários e refeitórios. Foi projetada juntamente para o refeitório e o
vestiário uma área de 100 m².

Escritório
Área em que são realizadas reuniões, recebimento de notas fiscais, arquivo de
compra e venda, dados de clientes, sistema de produção, entre outros. Foi projetada
para o escritório uma área de 28 m².

Maquinários
Serra de fita horizontal.
Para a produção de madeira serrada serão utilizados os seguintes
equipamentos: serra de fita horizontal (Figura 1).

Figura 4-Serra de fita desdobro horizontal.


Fonte: ITAMAQ (2017).

São máquinas para desdobrar tábuas, blocos ou costaneiras para medidas


menores. Podem ser serrados todos os tipos de madeira, desde que já tenham uma
face plana e que suas dimensões sejam compatíveis com a
capacidade da máquina desejada. O desdobro com serra horizontal é
interessante quando forem necessários repetidos cortes numa peça de madeira,
reduzindo muito o esforço humano no trabalho.

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Esteira transportadora de toras
A esteira transportadora de toras (Figura 2), é um equipamento projetado para
transportar toras até a entrada da linha de serraria. O equipamento trabalha com vias
de correntes paralelas tracionadas, as quais são as responsáveis pelo deslocamento
das toras e a alimentação durante o processo.

Figura 5- Esteira transportadora de toras modelo ET2V da IMMA. Fonte:


ITAMAQ (2017).

A esteira transportadora de toras é imprescindível para uma linha de produção,


seus modelos variam de acordo com o tamanho das toras e a necessidade de cada
cliente. A robustez de sua estrutura e a baixa manutenção são algumas das principais
características (ITAMAQ, 2017).

Serra de fita vertical


A serra de fita vertical (Figura 3), modelo SFV, é um equipamento desenvolvido
para realizar variados tipos de cortes longitudinais em toras. É imprescindível que a
SFV trabalhe em conjunto com o carro porta toras, esse é responsável pelo transporte
da madeira durante a operação de corte (ITAMAQ, 2017).

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Figura 6-Serra de fita vertical modelo SFV da IMMA.
Fonte: ITAMAQ (2017).

Esse equipamento é indicado para toras grossas e seus modelos variam de


acordo com a necessidade de cada cliente. Uma das características principais é o
alto aproveitamento da madeira, tendo em vista sua lâmina fina e a diversidade de
posições de cortes (ITAMAQ, 2017).

Esteira roletada.
Utilizada para transporte das toras já cortadas. Como demonstrada na figura 4.

Figura 7: Esteira roletada.


Fonte: Máquinasfrança.com

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PRODUÇÃO
1° passo: A recepção das toras deve ser feita no pátio da serraria e estocadas. Esse
procedimento será realizado com auxílio de uma carregadeira ou empilhadeira. 2°
passo: O próximo passo em geral deve ser contínuo, onde comece pelo desdobro,
passe pelo corte em tamanhos específicos para cada necessidade e posteriormente
para tratamentos como exemplo o de secagem (SEBRAE, 2016).
A produção de madeira serrada exige correta técnica de desdobro que
compatibilize a matéria prima e os equipamentos, para assim garantir uma boa
rentabilidade e produtos de boa qualidade, contribuindo para uma valorização do
mesmo (GARCIA, 2016).
Para agregar valor na madeira, é normal que as serrarias façam a secagem das
peças, tomando os devidos cuidados, para evitar quaisquer tipos de defeitos que a
madeira possa vir a sofrer. No presente projeto, será utilizado o método de secagem
natural, e o empilhamento será por pilha entabicada (Figura 4), conforme recomendado
por Mendes et al. (1997) citado Silva et al. (2016).

Figura 8: Vista lateral da pilha de madeira entabicada. Em que: a = telhado; b = placa de


concreto; c = travessa superior; d = tabique especial de comprimento menor; e = base; f =
tabiques; g = travessa inferior.
Fonte: Mendes et al. (1997) citado por Silva et al. (2016).

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Organização do processo produtivo
O processo produtivo da serraria seguirá um padrão, conforme sugerido pelo
SEBRAE (2016), (Figura 5), onde é possível verificar as etapas a serem seguidas.

Figura 9: Fluxograma do processo produtivo da serraria.


Fonte: Silva et al. (2016).

PLANEJAMENTO SOCIAL
O planejamento social busca utilizar de forma harmônica o planejamento
estratégico, ampliando a participação dos vários níveis profissionais existentes dentro
da sociedade. Nesse sentido, a tomada de decisão se torna elemento fundamental,
pois corresponde com as diferentes escolhas dentro do processo. Um elemento
importante no planejamento social é a operacionalização, onde relaciona as atividades
necessárias para efetuar as decisões tomadas. Nessa fase o planejador social (o
assistente social) deve acompanhar a implantação, o controle e a avaliação do
planejamento do projeto social que o mesmo for implantar em determinada instituição
pública ou privada.

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Desta forma, dentro do planejamento de uma serraria podemos citar como
melhoria dentro do planejamento social a criação de novos empregos, gerando rendas
para a população local e adjacências, a colaboração estrutural de importância
ambiental fazendo a interação de fábrica e meio ambiente juntamente com a sociedade
de forma correta, sem geração de resíduos poluentes, a melhoria da qualidade de vida
de funcionários e família, com o oferecimento de plano de saúde, plano dentário,
carteira de trabalho em dias.
O processo de planejamento é cíclico, que começa com a reflexão da situação
e, concomitante ao processo, Max denomina este processo de união do pensamento e
da ação como práxis social.

ANÁLISE AMBIENTAL
A degradação do meio ambiente é produto de ações antrópicas, é o resultante
de práticas humanas ao longo do tempo como geração de resíduos residencial e
industrial, desmatamento, agricultura etc.
Atualmente são comuns as campanhas de consciência ambiental na mídia,
escolas e mudanças nos métodos de produção para a pratica da sustentabilidade
ambiental com a finalidade de diminuir os impactos causados a natureza.
Nas atividades produtivas a licença ambiental apesar de ser obrigatória pode
gerar vários benefícios às empresas, ela é concedida pelo órgão ambiental
competente, seja ele federal, estadual ou municipal, isso depende a abrangência do
dano potencial que pode ser no país, no estado e no município respectivamente.
O processo de licenciamento ambiental é constituído por três tipos de licença:
Licença Previa (LP) – verifica se o local é adequado para a atividade; Licença de
Instalação (LI) – é a etapa de implantação, o empreendimento deve provocar o mínimo
de transtorno ao meio ambiente, nessa etapa são estabelecidas normas que
minimizem os impactos; Por último vem a Licença de Operação (LO) – depende do
cumprimento da LI e traça condições de operações.
Existe também a Licença Simplificada que é para atividades e empreendimentos
com características específicas, nesse tipo de licença a LP, a LI e a LO são dadas com
apenas um documento.

24
A quantidade (25% - 50%) e o tipo de resíduos gerados por uma serraria
depende do tipo do produto produzido, da manutenção e do maquinário utilizado e
também da qualidade da madeira.
Segundo Fontes (1994), de acordo com suas características morfológicas, os
resíduos dessas indústrias são classificados como: cavacos - partículas com
dimensões máximas de 50 × 20 mm, em geral provenientes do uso de picadores;
maravalhas - resíduo com menos de 2,5 mm; serragem - partículas de madeira com
dimensões entre 0,5 e 2,5 mm, provenientes do uso de serras; pó - resíduos menores
que 0,5 mm; lenha - resíduos de maiores dimensões, compostos por costaneiras,
aparas e resíduo de topo de tora.
Os resíduos devem ter um destino adequado para não impactar a natureza eles
podem ser utilizados em baias, compostagem, pequenos artefatos, industrias,
produção de energia etc.

PLANEJAMENTO ECONÔMICO
ORÇAMENTO
O investimento de implantação para essa serraria foi baseado em uma serraria
de pequeno porte, através dos valores disponibilizados em site de vendas e do
SEBRAE (2016).

Tabela 1: Custo de implantação da serraria (Fonte: os autores).


Instalação Valor Unitário Quantidade Valor
Terra R$ 40.000,00 1 R$ 40.000,00
Caminhão R$ 200.000,00 1 R$ 200.000,00
Lâmpadas R$ 8,10 20 R$ 162,00
Área Pessoal R$ 300,00 100 R$ 30.000,00
Escritório R$ 300,00 28 R$ 8.400,00
Mesas R$ 500,00 3 R$ 1.500,00
Cadeiras R$ 100,00 8 R$ 800,00
Bebedouros R$ 200,00 2 R$ 400,00
Setor de Processamento R$ 300,00 788 R$ 236.400,00
Armário R$ 400,00 4 R$ 1.600,00
Computador R$ 2.000,00 1 R$ 2.000,00
Impressora R$ 400,00 1 R$ 400,00
Telefone R$ 150,00 1 R$ 150,00

25
Pátio de toras R$ 100,00 400 R$ 40.000,00
Setor de Secagem R$ 300,00 60 R$ 18.000,00
Pias R$ 60,00 3 R$ 180,00
EPI R$ 75,00 80 R$ 6.000,00
Torneiras R$ 20,00 3 R$ 60,00
Vasos R$ 100,00 5 R$ 500,00
Deposito de Produtos R$ 300,00 120 R$ 36.000,00
Despesas pré-operacionais R$ 6.000,00 1 R$ 6.000,00
Instalação de equipamentos R$ 15.000,00 1 R$ 15.000,00
Pá mecânica/ empilhadeira de R$ 50.000,00 1 R$ 50.000,00
toras
Destopadeira R$ 20.000,00 1 R$ 20.000,00
Esteiras transportadora de toras R$ 30.000,00 2 R$ 60.000,00
Serra fita vertical R$ 60.000,00 1 R$ 60.000,00
Carro porta toras R$ 10.000,00 1 R$ 10.000,00
Serra fita horizontal R$ 60.000,00 1 R$ 60.000,00
Refiladeira R$ 30.000,00 1 R$ 30.000,00
TOTAL R$1.054.552,00

26
Tabela 2: Custos fixos e variáveis (Fonte: os autores).

Ano 0

Unidade Valor unitário Quant Valor

Custos fixos

Salários $/ano R$ 8.496,00 12 101.952,00

Capital de giro $/ano R$ 100.000,00 1 100.000,00

Encargos sociais $/ano R$ 2.378,88 1 2.378,88

Depreciação $/ano R$ 38.400,00 1 38.400,00

Manutenção $/ano R$ 70.000,00 1 70.000,00

Imposto $/ano R$ 179.200,00 1 179.200,00

Custos variáveis

Energia $/ano R$ 6.000,00 1 6.000,00

Combustível $/ano R$ 21.120,00 1 21.120,00

Água $/ano R$ 2.400,00 1 2.400,00

Internet $/ano R$ 1.200,00 1 1.200,00

Telefone $/ano R$ 960,00 1 960,00

Lubrificação $/ano R$ 5.000,00 1 5.000,00

Pneu $/ano R$ 6.000,00 1 6.000,00

ANALISE ECONÔMICA

Nesse planejamento será utilizado métodos que estuda a variação do capital no


tempo:
VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) – É a diferença do valor presente das receitas
menos o valor presente dos custos, portanto quando o projeto apresentar o VPL maior
que zero é economicamente viável e o projeto que apresentar maior VPL é
considerado melhor nesse método deve haver uma taxa de desconto, por exemplo,
TAXA MINIMA DE ATRATIVIDADE (TMA).

27
TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) – É a taxa que iguala o valor presente das
receitas ao valor presente dos custos, isto é, é a taxa que iguala o VPL a zero. E
determinado por métodos matemáticos, tentativa/erros e por gráfico, Se a TIR for uma
taxa maior que a TMA, isso quer dizer que o projeto é viável quanto maior for a TIR
melhor.

RAZAO BENEFÍCIO/CUSTO (B/C) – É a razão entre o valor atual das receitas e o


valor atual das despesas. Se a razão for maior que 1 significa que o projeto é viável,
dessa forma quanto maior essa razão melhor será o projeto.

CUSTO MÉDIO DE PRODUÇÃO (CMP) – É a divisão do valor atual do custo em cada


período pela produção total equivalente em cada período. Por esse método pode
analisar qual é o custo mínimo de produção.

VALOR PERIÓDICO EQUIVALENTE (VPE) – É método que transforma o VPL em


fluxos de receita ou custos periódicos e contínuos, equivalente ao valor atual, durante
a vida útil do projeto.

ANALISE DE SENSIBILIDADE ECONÔMICA - É uma avaliação que procura estimar


o resultado final de acordo com oscilações das variáveis determinantes. Ou seja, na
análise são testadas variáveis diferentes para se entender o efeito que cada uma
produz no final do processo.
A serraria produzirá 20m³ por dia, 400m³ por mês e levando em conta que o
funcionamento da serraria será de 10 meses, a mesma produzirá 4.000,00m³/ano.
Para compensar as perdas inerentes ao processamento da madeira, a serraria
comprará o dobro de madeira para que seja produzida a quantidade estabelecida, ou
seja, a empresa comprará 8.000,00m³/ano de madeira. A madeira serrada será
vendida no valor de 320,00m³, preço de mercado comercializado atualmente na cidade
de Vitória da Conquista.
Nesse planejamento foram analisadas a taxas de juros de 4%, 6% e 8% e com a
compra da madeira de 20% para mais e 20% para menos, ou seja, R$ 48,00, R$ 60,00
e R$ 72,00 por metro cúbico. Todas as análises econômicas encontram-se nas tabelas
abaixo.

28
Tabela 3: Análise econômica com 4% de juros
Tx de juros Sensibilidade econômica
i=4% R$ 48,00 R$ 60,00 R$72,00
VPL R$ 2.067.901,49 R$ 1.289.255,50 R$ 510.609,51
CMP R$ 256,26 R$ 280,26 R$ 304,26
TIR 35% 24% 13%
B/C 1,25 1,14 1,05
VPE R$ 254.953,57 R$ 158.953,53 R$ 62.953,53
Payback 2 anos e 11 meses 4 anos 6 anos e 3 meses

Tabela 4: Análise econômica com 6% de juros


Tx de juros Sensibilidade econômica
i=6% R$ 48,00 R$ 60,00 R$72,00
VPL R$ 1.778.862,48 R$ 1.072.294,12 R$ 365.725,76
CMP R$ 259,58 R$ 283,58 R$ 307,58
TIR 35% 24% 13%
B/C 1,23 1,13 1,04
VPE R$ 241.690,41 R$ 145.690,41 R$ 49.690,41
Payback 3 anos e 1 mês 4 anos e 3 meses 6 anos e 10 meses

Tabela 5: Análise econômica com 8% de juros


Tx de juros Sensibilidade econômica
i=8% R$ 48,00 R$ 60,00 R$72,00
VPL R$ 1.528.629,65 R$ 884.461,83 R$ 240.294,02
CMP R$ 263,05 R$ 287,05 R$ 311,05
TIR 35% 24% 13%
B/C 1,22 1,11 1,03
VPE R$ 227.810,89 R$ 131.810,89 R$ 35.810,89
Payback 2 anos e 3 meses 4 anos e 6 meses 7 anos e 6 meses

29
Plano de segurança e higiene ocupacional no trabalho:

O trabalhador do setor florestal está em constante perigo desde o desdobro


primário da tora na floresta até a comercialização, e a relação trabalho/salário/saúde
está interligada. O trabalho em muitas serrarias é pesado, os salários muito baixos e a
saúde de muitos trabalhadores não estão em boas condições, pelo fato de o ambiente
de serviço não ser adequado (PIGNATI; MACHADO, 2005). Lacerda (2007) apresenta,
em ordem de maior ocorrência, as principais causas de acidentes nas indústrias de
conversão mecânica da madeira como sendo:
a) Falta de atenção ou pressa no trabalho.
b) Procedimento errado no trabalho
c) Ambiente inseguro
d) Equipamentos e máquinas com defeitos ou inadequados
e) Falta de EPIs ou seu uso incorreto
f) Equipamentos mantidos ligados, na manutenção
g) Uso incorreto de ferramentas
h) Acidente de trajeto
i) Outras causas O autor menciona também que o primeiro local de ocorrência
de acidentes são as mãos, em segundo lugar estão os olhos e o tórax, seguidos dos
braços.
Visando evitar danos a saúde o trabalhador e afastamentos decorrentes destes
danos, a empresa deve elaborar o plano de segurança voltado para a prevenção dos
riscos. Seguindo os preceitos do Ministério do Trabalho e Emprego que estabelece
normas regulamentadoras voltadas para a saúde e segurança do trabalhador, NRs’. O
MTE estabelecem prioridades de medidas, devendo seguir as seguintes
recomendações:
1) Sempre dar preferência as medidas de caráter coletivo, os chamados
Equipamentos de Proteção coletiva
2) Medidas administrativas voltadas para o beneficio do trabalhador, como
revezamentos de função, pausas para descanso, entre outros.
3) EPI-Equipamentos de proteção individual deve ser o último recurso utilizado
pela empresa, quando o EPC e as medidas administrativas não são viáveis.

As NRs de número 6,7, 9, 10, 11, 12, 17, 23, 24, 25, devem ser aplicadas aos
trabalhadores e empregadores das indústrias de serraria. São normas que seguem
30
portarias da legislação vigente junto aos órgãos responsáveis.

Plano de prevenção de acidentes.

Os acidentes de trabalho geram um enorme transtorno para o trabalhador e


para empresa, além de causar danos a saúde do colaborador, um acidente pode
ocasionar danos irreversíveis as finanças da empresa, bem como a sua imagem. O
afastamento do trabalho de um funcionário decorrente de um acidente gera diversos
prejuízos a empresa, desde a perda de produtividade, encargos extras e até aumento
de impostos. Para evitar estes prejuízos tanto para o trabalhador quanto para a
empresa, a mesma deve elaborar um plano adequado de prevenção de acidentes
para evitar transtornos futuros. A maior fonte de acidentes em serraria está ligada ás
máquinas e equipamentos, choques elétricos e falta de ergonomia no ambiente de
trabalho. A empresa deve seguir as normas do MTE para assegurar a saúde do
trabalhador e prevenir os acidentes, entre elas destaca-se:

NR-6 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)


Para a serraria a NR-06 indica os seguintes equipamentos de proteção individual:
a) Luvas de proteção contra agentes mecânicos;
b) Máscara respiratória PFF1, para poeiras respiráveis, evitando a inalação de
serragem suspensa no ar
c) Viseira ou óculos de segurança para proteção da face e olhos, contra projeção de
partículas .
d) Protetor auditivo com a atenuação correta para o ruído da empresa.
e) Avental de segurança para proteção de cortes e perfurações.
f) Bota de segurança para proteção dos pés.

NR-7 Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional-PCMSO:

 Os trabalhadores devem fazer todos os exames ocupacionais como determina


essa NR (admissional, periódico e demissional), para acompanhamento da
saúde do trabalhador.
 Elaborar o PCMSO.
 Fornecer kit de primeiros socorros para os trabalhadores, bem como treinar
sobre o uso.

31
NR-9 PPRA - Programa de prevenção de Riscos Ambientais:
 Elaborar o PPRA (Programa de prevenção de riscos ambientais) para identificar
os riscos existentes na empresa e elaborar um plano de ação para eliminar ou
reduzir esses riscos
 Divulgar para todos os trabalhadores o PPRA e que eles tenham livre acesso ao
programa. Pelo menos uma vez ao ano realizar uma analise global do PPRA.

NR-10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade:

 Proibir que qualquer pessoa que não seja habilitado, competente ou autorizado
de acordo com o item 10.8.8.1 da NR-10, realize atividades com eletricidade.

 Instalar quadros nos disjuntores e identificar todos os quadros de energia elétrica


da empresa e mantê-los sempre fechados.

 Contratar Engenheiro Eletricista para avaliar todas as instalações elétricas e


aterramentos das máquinas instaladas na empresa e manter Laudo Técnico das
Instalações Elétricas para atestar a conformidade destas instalações com as
normas vigentes.
 Sinalizar por meio de placas todos os quadros de energia elétrica da
empresa. As sinalizações devem conter alertas sobre o risco de choque e,
devem ser mantidos sempre fechados para evitar o acesso de pessoas não
autorizadas.
 Realizar pelo menos uma vez ao ano inspeção no sistema de aterramento de
máquinas, equipamentos e ferramentas elétricas, as fiações e cabos, para
verificação de sinais de desgaste ou outros defeitos que possam
comprometer a segurança e para garantir a sua eficiência.
 Providenciar sistema de proteção contra descargas atmosféricas e
aterramentos elétricos e constituir o Laudo do Sistema de Proteção contra
Descargas Atmosféricas - SPDA.

NR-11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais:


 Armazenar matéria-prima, carrinhos, produtos acabados de forma que não
obstrua portas, equipamentos contra incêndio e saídas de emergências.
 Demarcar através de faixas amarelas as áreas dos corredores e a área de
32
armazenamento de materiais, bem como a distância mínima entre as
máquinas e equipamentos, e manter permanentemente desobstruídas.
 Armazenar toras de madeira em suporte para que a mesma não tenha
contato com o piso.

NR-12 Segurança no Trabalho em Máquinas e equipamentos:


 Submeter periodicamente as máquinas e equipamentos a manutenções
preventivas e corretivas e registrar em livro próprio as seguintes informações:
Cronograma de manutenção; Intervenções realizadas; Serviço realizado;
Peças reparadas e substituídas.

 Instalar proteção em todas as partes móveis de máquinas e equipamentos


(polia, corrente, engrenagens, correias e zonas de prensagem) - Serra fita,
serra circular, policorte, desfiadeira, tupia, entre outros.
 Sinalizar máquinas e equipamentos a fim de advertir os trabalhadores e
terceiros sobre os riscos a que estão expostos, as instruções de operação e
outras informações necessárias para garantir a integridade física e a saúde
dos trabalhadores.
 Fixar placa de sinalização nas máquinas ou nos setores para desliga-las
quando for realizar atividade de limpeza ou manutenção, com a frase: Antes
de realizar limpeza, reparo ou manutenção na máquina, desligue-a e faça o
bloqueio.
 Elaborar o plano de adequação das máquinas e equipamentos atendendo ás
especificações da NR 12.
 Proteger as laminas das máquinas da serraria para evitar o contato acidental
dos membros superiores com as zonas cortantes das máquinas,como
determina a NR-12.

NR-23 Proteção Contra Incêndios:


 Manter as áreas de instalações dos extintores sempre desobstruídas.
 Observar e cumprir o prazo para recarga, inspeção e manutenção dos
extintores em uso na empresa.

 Sinalizar por um círculo vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com
bordas amarelas, os extintores que ainda não estão sinalizados, ou, com
sinalizações danificadas. Pintar de vermelho uma larga área do piso embaixo
33
dos extintores, a qual não poderá ser obstruída por forma nenhuma. Essa
área deverá ser no mínimo de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro).
 Elaborar do projeto PPCI - Projeto de Prevenção de Combate a Incêndio.
 Realizar inspeção mensal nos extintores da empresa, observando os
seguintes aspectos: lacres, manômetros quando o extintor for do tipo
pressurizado, verificar se o bico e válvulas de alívio não estão entupidos, data
de recarga. OBS: A empresa deverá manter registros em meio físico dessas
inspeções.

NR-24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho:


 Dispor de um vestiário com armários de aço, madeira ou outro material que
estejam em bom estado de conservação, e deverão ser individuais, para que
os trabalhadores guardem seus pertences.
 Manter as instalações sanitárias higienizadas e que sejam mantidos limpos e
desprovidos de quaisquer odores, durante a jornada de trabalho.

NR-25 Resíduos Industriais:


 A empresa deve buscar a redução da geração de resíduos por meio da
adoção das melhores práticas tecnológicas e organizacionais disponíveis.
 Os resíduos industriais devem ter destino adequado sendo proibido o
lançamento ou a liberação no ambiente de trabalho de quaisquer
contaminantes que possam comprometer a segurança e saúde dos
trabalhadores.
 Os resíduos líquidos e sólidos produzidos por processos e operações
industriais devem ser adequadamente coletados, acondicionados,
armazenados, transportados, tratados e encaminhados à adequada
disposição final pela empresa.

PLANEJAMENTO ERGONÔMICO
Análise ergonômica

A ergonomia nada mais é, do que a adaptação do trabalho ao homem, ou seja,


toda atividade produtiva relacionada ao homem devem ser adaptadas as suas
condições psicofisiológicas, sendo que o trabalho não é apenas aquele executado com
máquinas e equipamentos Iida (2008).
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (2019), a NR17- Ergonomia visa
34
estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um
máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
A análise ergonômica tem como função avaliar, diagnosticar e corrigir uma
situação que tem potencial de causar dano a saúde do trabalhador. Segundo Fiedler

& Souza (2007), o trabalhador na indústria madeireira pode estar sujeito a diferentes
situações no ambiente de trabalho, como, por exemplo, elevados níveis de ruído e
vibração, iluminação insuficiente e desconforto térmico.
Outros fatores que impacta a qualidade do trabalho em serrarias são as
posturas e ferramentas inadequadas que influencia diretamente na antropometria do
trabalhador. Para um ambiente de trabalho confortável como estabelece a NR-17, as
situações que causam desconfortos e danos a saúdes dos trabalhadores devem ser
controlados de forma que esses riscos não afetem a sua qualidade de vida.
Existem métodos que avaliam como anda o ambiente de trabalho e serve de
parâmetros para que as serrarias tomem medidas que visem o controle dos riscos. A
avaliação da exposição a temperaturas excessivas é muito importante para tornar o
ambiente mais confortável termicamente ao trabalhador. A Norma Regulamentadora
(NR) 15 - Anexo 3 (Brasil, 1978), prescreve o uso do Índice de Bulbo Úmido e o
Termômetro de Globo (IBUTG) para tal análise. Segundo Lida (2005) A zona de
conforto térmico é delimitada pelas temperaturas entre 20 e 24 °C, com umidade
relativa de 40 a 80% e velocidade do ar moderada. As diferenças de temperaturas
presentes no mesmo ambiente não devem ser superiores a 4 °C.
O ruído é oriundo de uma combinação de fatores e causas, principalmente
advindas de máquinas e equipamentos em funcionamento. A sua medição é feita em
decibel (dB), no qual a sua intensidade e o tempo determina a exposição ao agente. O
ruído pode interferir diretamente no trabalho e causar perda auditiva irreversível a
audição do trabalhador Lida (2005). A NR-15 determina o máximo tolerável 85 dB para
uma jornada de 8 horas de trabalho diário, acima desse valor o tempo de exposição
deve ser reduzido, equipamentos tanto de proteção coletiva como individual devem ser
utilizados com o intuito de reduzir o ruído e os possíveis danos.
A iluminação também é muito importante para a serraria, devendo estar entre
500 e 2000 lux, de acordo a NBR 5413 (1992). As bancadas, máquinas e
equipamentos devem ser adaptados as condições dos trabalhadores e as suas
características individuais, Os assentos para quem exerce atividade sentado deve ser
ajustável e regulável.
35
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o resultado da análise econômica, o estabelecimento da serraria torna-se


viável nesta região, ao qual os três indicadores calculados (VPL, Payback, Razão
Benefício/Custo e Custo Médio de Produção) apresentaram-se favoráveis para a
implantação do empreendimento, considerando a comercialização da madeira serrada
por valor de 320,00 reais por metro cúbico. Sendo o VPL para os três cenários
positivos, no qual, o melhor é o que apresentou maior VPL.

36
REFERÊNCIAS

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. NBR 5413: iluminância de


interiores. Rio de Janeiro: ABNT; 1992. 13 p.

Brasil. Lei nº 6514, de 22 de dezembro de 1978. Norma Regulamentadora (NR),


aprovada pela portaria SSMT nº 12, de 6 de junho de 1983. Alterar as Normas
Regulamentadoras NR 7, NR 8, NR 9, NR 10, NR 12, NR 13, NR 14, e o Anexo VIII
da NR 15, aprovados pela Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978 , que possam a
vigorar com a redação dada por esta Portaria. Diário Oficial da República Federativa
do Brasil, Brasília, DF, 14 jun. 1983. anexo Nº 8.

CARTILHA SOBRE MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA. Disponível


em<http://www.nesp.unb.br/saudelgbt/images/arquivos/Perfil_Vitoria_da_Conquista.
pdf> Acesso em 20 de Novembro de 2019, ás 15:45h

DEMOGRAFIA, disponível em <https://www.ibge.gov.br/> Acesso em 20 de


Novembro de 2019, ás 18:30h.

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Vitória da Conquista -BA. 2013. Disponível em: <http://emflors.com/noticias/41/abaf-
identificaoportunidades-para-as-florestas-plantadas-na-regiao-de-vitoria-da-
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EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMPREPA). Sistema


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Fiedler NC, Souza AP. Ergonomia e Segurança do Trabalho no Indústria Madeireira.


Vitória: Aquarius; 2007.
Fontes PJP. Auto-Suficiência Energética em Serraria de Pinus e Aproveitamento dos
Resíduos [dissertação]. Curitiba: Universidade Federal do Paraná; 1994.

37
ITAMAQ. IMMA máquinas. Disponível em: <http://www.itamaq.ind.br/index.html>.
Acesso em: 21 nov. 2019.

JUVENAL, T. L.; MATTOS, R. L. G. O setor florestal no Brasil e a importância do


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