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PROJETO DE SERRARIA
PROJETO DE SERRARIA
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 6
OBJETIVOS ............................................................................................................................. 6
Local ........................................................................................................................................... 7
INFRAESTRUTURA DO LOCAL......................................................................................... 8
Vegetação ................................................................................................................................... 9
Hidrografia.................................................................................................................................. 9
Solos ........................................................................................................................................... 9
Economia .................................................................................................................................. 10
Demografia ............................................................................................................................... 10
Ensino ....................................................................................................................................... 10
Transporte ................................................................................................................................. 10
Insolação: .................................................................................................................................. 12
Estradas: ................................................................................................................................... 12
Escritório .................................................................................................................................. 19
Maquinários .............................................................................................................................. 19
PRODUÇÃO ........................................................................................................................... 22
ORÇAMENTO ....................................................................................................................... 25
ANALISE ECONÔMICA...................................................................................................... 27
PLANEJAMENTO ERGONÔMICO................................................................................... 34
OBJETIVOS
Dentro deste contexto, o presente trabalho tem como objetivo elaborar um
projeto de implantação de uma serraria na região centro oeste do Brasil, levando em
consideração as características e peculiaridades regionais, bem como, verificar a
viabilidade econômica do projeto, atendendo todas as exigências legais, em
conformidade com as questões ambientais e segurança do trabalhador.
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PLANEJAMENTO TÉCNICO OPERACIONAL
CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO
A serraria produzirá, principalmente, tábuas (25 × 150 × 3.000 mm) e ripas (35
× 77 × 3.000 mm), que são empregadas em fins diversos, com densidade entre 500 -
900 kg/m³. Os produtos são secos naturalmente em empilhamento de modo que o ar
circule entre as peças. Tábuas e ripas, são produtos que tem uma grande aceitação no
setor da construção civil, que tem uma grande demanda por esses produtos e outros
de madeira serrada, principalmente de eucalipto. Essa aceitação se deve ao
conhecimento, maior disponibilidade de madeira de eucalipto, mas também pela
crescente pressão social e ambiental pela redução do uso de madeiras nativas. A
esses fatores são ainda acrescidos a possibilidade de obter maior uniformidade no
acabamento dos produtos obtidos através dessa matéria-prima utilizada nos processos
de construção e os suprimentos regulares de madeira.
LOCALIZAÇÃO DO PROJETO
Local
A serraria será implantada no município de Vitória da Conquista, na saída para o
município de Barra do Choça, próximo ao anel viário que dá acesso a BR- 116,
localizada no Sudoeste do estado da Bahia, com clima do tipo Cwb (tropical de
altitude), segundo a classificação de Köppen. Os dados médios de precipitação e
temperatura são de 850 mm e 25°C, respectivamente (EMPRAPA, 2006; NETO et al.,
2015).
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Figura 1- Localização do projeto
INFRAESTRUTURA DO LOCAL
Condições edafoclimáticas
Vitória da Conquista tem clima tropical, amenizado por sua relativa altitude, e é
uma das cidades que registram as temperaturas mais amenas no estado da Bahia,
chegando a registrar 6,2°C em 2006. Porém, já foram registradas temperaturas
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inferiores a 5°C em diversos anos anteriores. As “chuvas de neblina”, que são mais
finas, se concentram no período de abril a agosto. Já as “chuvas das águas” (mais
intensas e fortes) ficam concentradas de outubro a março.
Vegetação
A cidade possui como vegetação algumas faixas para melhor organizar a
distribuição, sendo:
FAIXA A: Caatinga, vegetação típica de áreas com deficiências hídricas acentuadas.
Seus solos são em geral rasos, pedregosos e acidentados.
FAIXA B: Carrasco, campos gerais ou cerrado, uma vegetação baixa, mais aberta,
típica de terra muito pobre e seca. Essa faixa é considerada inapta à cafeicultura. Ela
pode ser encontrada também a sudeste da estrada Rio-Bahia.
FAIXA C: Mata de Cipó, é uma vegetação alta, fechada com muitas lianas, ou cipós,
epífitas (orquídeas) e musgos (barba de mono). Encontram-se muitas madeiras de lei,
como pau-de-leite, jacarandá, angico, etc. Também farinha-seca, ipê (pau-d’arco) são
frequentes.
FAIXA D: Mata de larga, é a vegetação que predomina logo abaixo da Mata-de-Cipó.
Muitas vezes aparece em transição com essa. A Mata-de-Larga é mais baixa e mais
aberta, apresentando muita samambaia, sapé, capim e muitas leguminosas. São
também encontradas muitas palmeiras, planta que falta na Mata-de-Cipó. As áreas de
Mata-de-Larga são mais úmidas.
Hidrografia
O sistema hidrográfico da região está localizado no município de Planalto, que
pertence aos rios Pardo e de Contas, encontrando-se o município cortado por rios
temporários – Cachoeira do Peixe, Cajuzinho, São José, São Bento – com regime
torrencial no período das chuvas. Outros rios também cortam o município como o
Gaviãozinho, São Bento, Rio das Piabas e Águas Vermelhas, este último aproveitado
para abastecimento urbano da cidade e outras cidades vizinhas.
Solos
Os solos da região são classificados como Latossolos com baixa e média
fertilidade, dependendo da finalidade e destino.
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Economia
O principal setor econômico do município é o agronegócio, comércios,
indústrias, e setores de serviços. É uma cidade bem vista economicamente
principalmente por estar bem localizada e ter acesso a estrada BR-415, BR -116 e BA-
262.
Demografia
Segundo o Censo do IBGE (2010) a população residente em Vitória da Conquista
era de 306.866 habitantes, e a população estimada para 2014 foi de 340.199. A área
da unidade territorial é equivalente a 3.704,018 Km² e a densidade demográfica de 91,41
(hab/km²).
Ensino
Quanto ao ensino, a cidade de Vitória da Conquista é considerada como um
grande polo estudantil do estado da Bahia, possuindo 175 unidades escolares, sendo
144 escolas – 94 na zona rural e 50 na urbana – e 31 creches (23 municipais e 8
conveniadas). Mais de 44 mil alunos são atendidos na Rede Municipal de Ensino por
1.791 professores, além de instituições privadas , e de ensino superior.
Transporte
A cidade possui linhas privadas de ônibus coletivo para atender a demanda da
cidade, principalmente de estudantes e trabalhadores.
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DETALHAMENTO DO PLANEJAMENTO
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Figura-3 Planta da serraria em perspectiva
Insolação:
Ventos dominantes:
Estradas:
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Distância da matéria-prima e mercado consumidor
Topografia do local
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Após verificar todas estas questões já citadas, tem início os registros comuns a
todas as empresas, devendo providenciar os seguintes requisitos:
a) Registro da empresa nos seguintes órgãos
• Junta Comercial; 15
• Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
• Secretaria Estadual de Fazenda;
• Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;
• Enquadramento na Entidade Sindical Patronal;
• Cadastramento na Caixa Econômica Federal no sistema Conectividade Social –
INSS/ FGTS;
• Corpo de Bombeiros Militar.
b) Entrada com o processo de licenciamento ambiental e sanitário nos órgãos
competentes, tudo isto com o auxílio de um contador.
INSUMOS NECESSÁRIOS
Mão de obra
Na cidade de Vitoria da Conquista possui Engenheiros Florestais formados pela
UESB, vigilantes aptos e qualificados pela Escola Gideão de Formação de Vigilantes,
motoristas pelas autoescolas (Trânsito Rápido, Modelo, PX,entre outras) presentes na
cidade e possui mão de obra não-qualificada (trabalhadores braçais).
Bens de Capital
No município não possui estabelecimentos que realizam a comercialização dos
equipamentos necessários para a produção de madeira serrada. Desta forma, os
equipamentos serão adquiridos por encomenda de outros locais, de preferência mais
próximas, para não aumentar o custo de forma significativa, sendo cidades, como
Salvador, Belo Horizonte e/ou São Paulo.
MERCADO DE INSUMOS
A região do entorno de Vitória da Conquista possui uma área de 34 mil hectares
plantadas com a cultura do Eucaplytus, e estima-se que existem aproximadamente 200
mil hectares de terras ociosas e de produção agrícola defasada, em que estas áreas
tendem a possuir um grande potencial para o desenvolvimento das atividades
florestais. Dessa forma, visa-se um bom lugar para
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se possuir um empreendimento florestal, apresentando grandes aspectos favoráveis para
um projeto de madeira serrada.
MERCADO DO PRODUTO
O mercado aponta para uma tendência de aumento do uso de madeira serrada
de espécies provindas de reflorestamento. O Eucalipto Serrado já é utilizado há vários
anos no Brasil, absorvido principalmente pela indústria moveleira e construção civil,
como também uma infinidade de usos e aplicações: construção (rural, civil e dry wall),
mineração, eletrificação, telefonia, fruticultura, pecuária, granjas, haras, galpões,
pocilgas, pista de laço, instalações esportivas, paisagismo, vigamento, pergolado,
deques, cercas, porteiras, pontes, mangueiras, taludes, quiosques, estufas, defensas.
A produção anual mundial de madeira serrada tem se mantido nos últimos anos
em torno de 500 milhões de metros cúbicos dos quais 75% de coníferas e 25% de
folhosas. ° comércio internacional de madeira serrada perfaz um total de 92 milhões de
metros cúbicos e um valor de 15,8 bilhões de dólares (FAO, 1987). A produção
brasileira, de acordo com a FAO, é de 18 milhões de metros cúbicos, dos quais 46%
coníferas, e 54% folhosas.
A madeira das folhosas origina-se quase que totalmente de floresta amazônica,
enquanto que as coníferas são produzidas principalmente no sul do país nas florestas
plantadas de Pinus e nas florestas nativas de Pinho do Paraná. A indústria de madeira
serrada tem características adequadas às condições econômicas e sociais do Brasil:
necessita investimentos relativamente baixos, mão de obra com pouco treinamento, e
pode alimentar a indústria moveleira com grande potencial exportador e absorvedor de
mão de obra. A participação brasileira no mercado mundial de madeira serrada é muito
pequena.
De um total de 92 milhões de metros cúbicos comercializados
internacionalmente em 1987, o Brasil participou com 526 mil metros cúbicos, cerca de
0,5 %. Estes dados indicam que a indústria madeireira nacional é pouco competitiva.
As causas prováveis dessa falta de competitividade são: as características da floresta
e da ecologia amazônica, principal fonte atual de matéria prima florestal do país. A
floresta é extremamente heterogênea o clima é adverso à exploração florestal durante
boa parte do ano. Além disso a infraestrutura da região é deficiente, dificultando o
transporte e a produção e encarecendo os produtos.
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A madeira de eucalipto tem sido usada como madeira serrada em vários paises:
Austrália, África do Sul, Chile, Nova Zelândia, Uruguai e Argentina. No Brasil o uso do
eucalipto como madeira serrada é bastante incipiente. Nenhuma serraria processa
atualmente madeira plantada e manejada para esse fim. Algumas poucas processam
madeira originária de floresta plantada e manejada para produção de lenha, fibra,
carvão ou outra finalidade. A maioria das serrarias que serram eucalipto são pequenas
unidades que processam toras produzidas em pequenos talhões ou em divisas, e que
ultrapassaram a idade e diâmetro para serem transformados em lenha, carvão, e não
tem as características adequadas para postes. A eucaliptocultura brasileira tem
demonstrado ser uma das mais produtivas, avançadas e competitivas do mundo.
Até agora essas vantagens têm sido aproveitadas somente pelas indústrias de
celulose, de painéis e pelas indústrias siderúrgicas através do carvão. O eucalipto
ainda não participa ativamente da indústria da madeira serrada e da indústria de
laminados e compensados. O autor estima que a produção anual de madeira serrada
de eucalipto deve situar-se em torno de 50.000 metros cúbicos, cerca de 0,25% da
produção nacional. As causas prováveis de tão baixa participação são: falta de
informação, tabus sobre a madeira e, até agora, abundante disponibilidade de outras
espécies florestais. Até o presente o eucalipto não foi seriamente encarado como um
recurso adequado para a produção de madeira serrada e de seus produtos tais como
móveis, componentes para edificações, material para embalagens e paletes. Há uma
crença bastante arraigada de que o eucalipto racha demasiadamente durante o
processamento e mesmo depois, que a madeira deforma anormalmente, e que por
essas razões não pode ser economicamente aproveitável.
O eucalipto apresenta algumas características que realmente dificultam seu
aproveitamento. Essas dificuldades não são, todavia, maiores do que as que
apresentam a maioria das madeiras. O madeireiro brasileiro acostumado a trabalhar
com toras de grande diâmetro de madeiras nativas nas serrarias tradicionais, ainda
não se habitou à ideia de processar toras de 15 a 20 cm de diâmetro, das quais não
pode obter tábuas de grande largura. O processamento dessas toras exige
equipamentos específicos para que seja alcançada uma produtividade adequada.
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A retomada do desenvolvimento econômico e social do país, exigirá a
construção de milhões de habitações, aumento da produção industrial, importações e
exportações. Esse crescimento implica no aumento da demanda de materiais e
matérias-primas, entre elas a madeira. Contudo, uma economia mais competitiva, fator
fundamental para o desenvolvimento, exigirá produtos com melhor qualidade e preços
equivalentes ou inferiores aos do mercado internacional. Nesse contexto a indústria
florestal brasileira tem uma missão a cumprir para evitar que o país, em alguns anos se
transforme em importador de madeira. Atualmente as exportações e importações de
madeira serrada se equivalem.
Considerando-se o potencial representado pelos Eucalyptus há condições
ambientais e conhecimentos silviculturais para dar ao país vantagem comparativa na
produção de matéria prima florestal. Isso, porém, não é suficiente. É necessário
produzir com qualidade, nisso ainda não somos competitivos. Com relação á madeira
serrada, muito ainda deve ser feito para que o eucalipto ocupe um lugar fundamental
que lhe confere o alto desempenho silvicultural. As perspectivas são favoráveis: o
conhecimento já acumulado sobre a silvicultura e o manejo de várias espécies do
gênero, sua maleabilidade e resposta ao manejo e ao melhoramento genético, a
grande variabilidade e diferenças inter e intra-específicas, que o torna aplicável em um
grande espectro de usos, e a possibilidade de rotações curtas, fundamental no
ambiente econômico de falta de política de financiamentos a longo prazo.
ESTRUTURAS DA SERRARIA
A estrutura de uma serraria se dá pela disposição das estruturas na aera da
serraria que virá em seguida, sugerida por SEBRAE (2016): pátio de toras, locam em
que se receberão e se estocarão a matéria-prima de seu empreendimento e é
considerada a área de maior dimensão na empresa em questão.
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Pátio de toras
O pátio das toras é onde se recebe e se armazena a matéria prima vinda dos
fornecedores.
Setor de processamento
Trata-se do setor de processamento das toras, ou seja, onde ficam
armazenadas as máquinas que serram e perfaz a matéria-prima que será produzida.
Segundo o SEBRAE (2016), o tamanho necessário para o galpão de maquinário irá
depender completamente da produção desejada, variando de 200 a 1000 m². Assim
sendo, foi planejada uma área de 368,78 m² para este setor.
Setor de secagem
É o setor no qual são colocadas as madeiras para o processo de secagem.
Sabe-se que a secagem traz muitos benefícios a qualidade do produto e agrega valor
comercial, podendo ser feito secagem natural da madeira de eucalipto.
Depósito de produtos
Trata-se do espaço onde é feito o armazenamento do estoque comercial, sendo
seu espaço dependente do porte da serraria e da variedade de produtos oferecidos
pela mesma. O projeto dispõe de uma área de 120 m², sendo o depósito coberto.
Depósito de resíduos
Área onde são armazenadas as cascas das árvores, serragem e perdas. Este
depósito ficará localizado lateralmente ao setor de produção. O local será coberto. O
projeto dispõe de área de 120 m² onde todo o resíduo será depositado e
posteriormente, será vendido para empresas que a utiliza como matéria prima, como é
o caso da fabricação de pellets.
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Área de Pessoal
Área pessoal ou comumente chamada de administrativa são os espaços onde
estão localizados os escritórios administrativos e as instalações do pessoal de
produção, como vestiários e refeitórios. Foi projetada juntamente para o refeitório e o
vestiário uma área de 100 m².
Escritório
Área em que são realizadas reuniões, recebimento de notas fiscais, arquivo de
compra e venda, dados de clientes, sistema de produção, entre outros. Foi projetada
para o escritório uma área de 28 m².
Maquinários
Serra de fita horizontal.
Para a produção de madeira serrada serão utilizados os seguintes
equipamentos: serra de fita horizontal (Figura 1).
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Esteira transportadora de toras
A esteira transportadora de toras (Figura 2), é um equipamento projetado para
transportar toras até a entrada da linha de serraria. O equipamento trabalha com vias
de correntes paralelas tracionadas, as quais são as responsáveis pelo deslocamento
das toras e a alimentação durante o processo.
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Figura 6-Serra de fita vertical modelo SFV da IMMA.
Fonte: ITAMAQ (2017).
Esteira roletada.
Utilizada para transporte das toras já cortadas. Como demonstrada na figura 4.
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PRODUÇÃO
1° passo: A recepção das toras deve ser feita no pátio da serraria e estocadas. Esse
procedimento será realizado com auxílio de uma carregadeira ou empilhadeira. 2°
passo: O próximo passo em geral deve ser contínuo, onde comece pelo desdobro,
passe pelo corte em tamanhos específicos para cada necessidade e posteriormente
para tratamentos como exemplo o de secagem (SEBRAE, 2016).
A produção de madeira serrada exige correta técnica de desdobro que
compatibilize a matéria prima e os equipamentos, para assim garantir uma boa
rentabilidade e produtos de boa qualidade, contribuindo para uma valorização do
mesmo (GARCIA, 2016).
Para agregar valor na madeira, é normal que as serrarias façam a secagem das
peças, tomando os devidos cuidados, para evitar quaisquer tipos de defeitos que a
madeira possa vir a sofrer. No presente projeto, será utilizado o método de secagem
natural, e o empilhamento será por pilha entabicada (Figura 4), conforme recomendado
por Mendes et al. (1997) citado Silva et al. (2016).
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Organização do processo produtivo
O processo produtivo da serraria seguirá um padrão, conforme sugerido pelo
SEBRAE (2016), (Figura 5), onde é possível verificar as etapas a serem seguidas.
PLANEJAMENTO SOCIAL
O planejamento social busca utilizar de forma harmônica o planejamento
estratégico, ampliando a participação dos vários níveis profissionais existentes dentro
da sociedade. Nesse sentido, a tomada de decisão se torna elemento fundamental,
pois corresponde com as diferentes escolhas dentro do processo. Um elemento
importante no planejamento social é a operacionalização, onde relaciona as atividades
necessárias para efetuar as decisões tomadas. Nessa fase o planejador social (o
assistente social) deve acompanhar a implantação, o controle e a avaliação do
planejamento do projeto social que o mesmo for implantar em determinada instituição
pública ou privada.
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Desta forma, dentro do planejamento de uma serraria podemos citar como
melhoria dentro do planejamento social a criação de novos empregos, gerando rendas
para a população local e adjacências, a colaboração estrutural de importância
ambiental fazendo a interação de fábrica e meio ambiente juntamente com a sociedade
de forma correta, sem geração de resíduos poluentes, a melhoria da qualidade de vida
de funcionários e família, com o oferecimento de plano de saúde, plano dentário,
carteira de trabalho em dias.
O processo de planejamento é cíclico, que começa com a reflexão da situação
e, concomitante ao processo, Max denomina este processo de união do pensamento e
da ação como práxis social.
ANÁLISE AMBIENTAL
A degradação do meio ambiente é produto de ações antrópicas, é o resultante
de práticas humanas ao longo do tempo como geração de resíduos residencial e
industrial, desmatamento, agricultura etc.
Atualmente são comuns as campanhas de consciência ambiental na mídia,
escolas e mudanças nos métodos de produção para a pratica da sustentabilidade
ambiental com a finalidade de diminuir os impactos causados a natureza.
Nas atividades produtivas a licença ambiental apesar de ser obrigatória pode
gerar vários benefícios às empresas, ela é concedida pelo órgão ambiental
competente, seja ele federal, estadual ou municipal, isso depende a abrangência do
dano potencial que pode ser no país, no estado e no município respectivamente.
O processo de licenciamento ambiental é constituído por três tipos de licença:
Licença Previa (LP) – verifica se o local é adequado para a atividade; Licença de
Instalação (LI) – é a etapa de implantação, o empreendimento deve provocar o mínimo
de transtorno ao meio ambiente, nessa etapa são estabelecidas normas que
minimizem os impactos; Por último vem a Licença de Operação (LO) – depende do
cumprimento da LI e traça condições de operações.
Existe também a Licença Simplificada que é para atividades e empreendimentos
com características específicas, nesse tipo de licença a LP, a LI e a LO são dadas com
apenas um documento.
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A quantidade (25% - 50%) e o tipo de resíduos gerados por uma serraria
depende do tipo do produto produzido, da manutenção e do maquinário utilizado e
também da qualidade da madeira.
Segundo Fontes (1994), de acordo com suas características morfológicas, os
resíduos dessas indústrias são classificados como: cavacos - partículas com
dimensões máximas de 50 × 20 mm, em geral provenientes do uso de picadores;
maravalhas - resíduo com menos de 2,5 mm; serragem - partículas de madeira com
dimensões entre 0,5 e 2,5 mm, provenientes do uso de serras; pó - resíduos menores
que 0,5 mm; lenha - resíduos de maiores dimensões, compostos por costaneiras,
aparas e resíduo de topo de tora.
Os resíduos devem ter um destino adequado para não impactar a natureza eles
podem ser utilizados em baias, compostagem, pequenos artefatos, industrias,
produção de energia etc.
PLANEJAMENTO ECONÔMICO
ORÇAMENTO
O investimento de implantação para essa serraria foi baseado em uma serraria
de pequeno porte, através dos valores disponibilizados em site de vendas e do
SEBRAE (2016).
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Pátio de toras R$ 100,00 400 R$ 40.000,00
Setor de Secagem R$ 300,00 60 R$ 18.000,00
Pias R$ 60,00 3 R$ 180,00
EPI R$ 75,00 80 R$ 6.000,00
Torneiras R$ 20,00 3 R$ 60,00
Vasos R$ 100,00 5 R$ 500,00
Deposito de Produtos R$ 300,00 120 R$ 36.000,00
Despesas pré-operacionais R$ 6.000,00 1 R$ 6.000,00
Instalação de equipamentos R$ 15.000,00 1 R$ 15.000,00
Pá mecânica/ empilhadeira de R$ 50.000,00 1 R$ 50.000,00
toras
Destopadeira R$ 20.000,00 1 R$ 20.000,00
Esteiras transportadora de toras R$ 30.000,00 2 R$ 60.000,00
Serra fita vertical R$ 60.000,00 1 R$ 60.000,00
Carro porta toras R$ 10.000,00 1 R$ 10.000,00
Serra fita horizontal R$ 60.000,00 1 R$ 60.000,00
Refiladeira R$ 30.000,00 1 R$ 30.000,00
TOTAL R$1.054.552,00
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Tabela 2: Custos fixos e variáveis (Fonte: os autores).
Ano 0
Custos fixos
Custos variáveis
ANALISE ECONÔMICA
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TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) – É a taxa que iguala o valor presente das
receitas ao valor presente dos custos, isto é, é a taxa que iguala o VPL a zero. E
determinado por métodos matemáticos, tentativa/erros e por gráfico, Se a TIR for uma
taxa maior que a TMA, isso quer dizer que o projeto é viável quanto maior for a TIR
melhor.
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Tabela 3: Análise econômica com 4% de juros
Tx de juros Sensibilidade econômica
i=4% R$ 48,00 R$ 60,00 R$72,00
VPL R$ 2.067.901,49 R$ 1.289.255,50 R$ 510.609,51
CMP R$ 256,26 R$ 280,26 R$ 304,26
TIR 35% 24% 13%
B/C 1,25 1,14 1,05
VPE R$ 254.953,57 R$ 158.953,53 R$ 62.953,53
Payback 2 anos e 11 meses 4 anos 6 anos e 3 meses
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Plano de segurança e higiene ocupacional no trabalho:
As NRs de número 6,7, 9, 10, 11, 12, 17, 23, 24, 25, devem ser aplicadas aos
trabalhadores e empregadores das indústrias de serraria. São normas que seguem
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portarias da legislação vigente junto aos órgãos responsáveis.
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NR-9 PPRA - Programa de prevenção de Riscos Ambientais:
Elaborar o PPRA (Programa de prevenção de riscos ambientais) para identificar
os riscos existentes na empresa e elaborar um plano de ação para eliminar ou
reduzir esses riscos
Divulgar para todos os trabalhadores o PPRA e que eles tenham livre acesso ao
programa. Pelo menos uma vez ao ano realizar uma analise global do PPRA.
Proibir que qualquer pessoa que não seja habilitado, competente ou autorizado
de acordo com o item 10.8.8.1 da NR-10, realize atividades com eletricidade.
Sinalizar por um círculo vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com
bordas amarelas, os extintores que ainda não estão sinalizados, ou, com
sinalizações danificadas. Pintar de vermelho uma larga área do piso embaixo
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dos extintores, a qual não poderá ser obstruída por forma nenhuma. Essa
área deverá ser no mínimo de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro).
Elaborar do projeto PPCI - Projeto de Prevenção de Combate a Incêndio.
Realizar inspeção mensal nos extintores da empresa, observando os
seguintes aspectos: lacres, manômetros quando o extintor for do tipo
pressurizado, verificar se o bico e válvulas de alívio não estão entupidos, data
de recarga. OBS: A empresa deverá manter registros em meio físico dessas
inspeções.
PLANEJAMENTO ERGONÔMICO
Análise ergonômica
& Souza (2007), o trabalhador na indústria madeireira pode estar sujeito a diferentes
situações no ambiente de trabalho, como, por exemplo, elevados níveis de ruído e
vibração, iluminação insuficiente e desconforto térmico.
Outros fatores que impacta a qualidade do trabalho em serrarias são as
posturas e ferramentas inadequadas que influencia diretamente na antropometria do
trabalhador. Para um ambiente de trabalho confortável como estabelece a NR-17, as
situações que causam desconfortos e danos a saúdes dos trabalhadores devem ser
controlados de forma que esses riscos não afetem a sua qualidade de vida.
Existem métodos que avaliam como anda o ambiente de trabalho e serve de
parâmetros para que as serrarias tomem medidas que visem o controle dos riscos. A
avaliação da exposição a temperaturas excessivas é muito importante para tornar o
ambiente mais confortável termicamente ao trabalhador. A Norma Regulamentadora
(NR) 15 - Anexo 3 (Brasil, 1978), prescreve o uso do Índice de Bulbo Úmido e o
Termômetro de Globo (IBUTG) para tal análise. Segundo Lida (2005) A zona de
conforto térmico é delimitada pelas temperaturas entre 20 e 24 °C, com umidade
relativa de 40 a 80% e velocidade do ar moderada. As diferenças de temperaturas
presentes no mesmo ambiente não devem ser superiores a 4 °C.
O ruído é oriundo de uma combinação de fatores e causas, principalmente
advindas de máquinas e equipamentos em funcionamento. A sua medição é feita em
decibel (dB), no qual a sua intensidade e o tempo determina a exposição ao agente. O
ruído pode interferir diretamente no trabalho e causar perda auditiva irreversível a
audição do trabalhador Lida (2005). A NR-15 determina o máximo tolerável 85 dB para
uma jornada de 8 horas de trabalho diário, acima desse valor o tempo de exposição
deve ser reduzido, equipamentos tanto de proteção coletiva como individual devem ser
utilizados com o intuito de reduzir o ruído e os possíveis danos.
A iluminação também é muito importante para a serraria, devendo estar entre
500 e 2000 lux, de acordo a NBR 5413 (1992). As bancadas, máquinas e
equipamentos devem ser adaptados as condições dos trabalhadores e as suas
características individuais, Os assentos para quem exerce atividade sentado deve ser
ajustável e regulável.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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ITAMAQ. IMMA máquinas. Disponível em: <http://www.itamaq.ind.br/index.html>.
Acesso em: 21 nov. 2019.
Iida I. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blucher; 2005. 614p.
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