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A COLHEITA FLORESTAL NO BRASIL

Luis Carlos de Freitas


Prof. Titular UESB /DFZ
luisfreitas@uesb.edu.br
DEFINIÇÃO
Conjunto de operações que visa preparar e
transportar a madeira até o seu local de consumo,
utilizando-se técnicas e padrões preestabelecidos,
tendo como finalidade transformá-la em um produto
final (TANAKA, 1986).

Pode ser entendida como todas as atividades


parciais desde a derrubada até a madeira posta no
pátio da indústria (MALINOVSKI & MALINOVSKI,1998).
COLHEITA X EXPLORAÇÃO
HISTÓRICO

Década de 40

No início das atividades de reflorestamento no Brasil,


poucas empresas utilizavam a mecanização nas
operações de colheita.

Até a década de 40, praticamente não havia emprego


de máquinas na Colheita Florestal.
Neste período, os sistemas manuais e
semimecanizados foram amplamente usados por
falta de alternativas, utilizando grande contingente
de mão-de-obra, tornando as operações onerosas e
com altos riscos de acidentes.
Década de 60

As principais inovações que ocorreram nesta década


foram:

Primeiras motosserras;

Tratores agrícolas com guincho;

Surgimento de gruas para carregamento.


Década de 70

Marco da modernização das operações de colheita


florestal no Brasil, quando a indústria nacional
começou a produzir maquinário leve e de porte
médio.

Surgimento das motosserras profissionais, tratores


agrícolas equipados com pinça hidráulica traseira e
os autocarregáveis.
Década de 80

Na década de 80 surgiram os Feller Bunchers,


Skidders, Harvesters, dentre outras máquinas.

Década de 90

A abertura das importações (1994), atrelado a outros


fatores, fez com que muitas empresas iniciasse a
mecanização da colheita de forma mais intensiva.
CURVA DE EVOLUÇÃO DA TECNOLÓGICA DAS MÁQUINAS E
DO CONHECIMENTO DO TRABALHADOR FLORESTAL.

FONTE: PARISE & MALINOVSKI, 2002.


FATORES QUE INFLUENCIARAM A MODERNIZAÇÃO
DO PROCESSO DE COLHEITA FLORESTAL

 Abertura das importações;

 Aumento no custo de mão de obra;

 Necessidade de um trabalho mais ergonômico;

 Necessidade de maior eficiência operacional;

 Aumento dos custos de produção.


RESUMO DO HISTÓRICO
1960-1970
- Primeiras motosserras  
- Tratores agrícolas com guincho
- Construção de gruas para carregamento.
1970-1980
- Modernização das motosserras
-Tratores agrícolas modificados com pinça hidráulica
traseira
- Autocarregáveis
1980 -1990
-  Feller bunchers de disco
-  Skidders
-  Harvesters 
EFEITOS POSITIVOS DO PROCESSO DE
MODERNIZAÇÃO DA COLHEITA FLORESTAL

 Máquinas com design ergonômico;

 Motosserras mais leves (menor vibração e ruído);

 Máquinas com cabeçote de corte e acumulador;

 Máquinas com cabeçote de corte, acumulador e


processador;
PERFIL DA COLHEITA FLORESTAL

As grandes empresas que dispõem de máquinas


leves, médias e pesadas, altamente sofisticadas;

As pequenas empresas que continuam a utilizar


métodos rudimentares baseados em mão-de-obra
pouco qualificada;

As empresas médias que utilizam máquinas e


equipamentos pouco sofisticados e mão-de-obra
especializada.
FATORES LIMITANTES NO PROCESSO DE
MECANIZAÇÃO FLORESTAL

O grau de mecanização da colheita florestal no Brasil


só não é maior devido ao seguintes fatores:

 Dificuldade de se colher florestas com mais de um


fuste por cepa

 Florestas com baixo volume por árvore e

 Florestas localizadas em terrenos montanhosos.


DESAFIOS FUTUROS

 A qualificação de mão de obra para operação de


máquinas de última geração;

 O mercado de máquinas com garantia de


assistência técnica e peças de reposição;

 O processo de certificação com procedimentos


ambientalmente corretos;
Referências Bibliográficas

MACHADO, C.C. Exploração Florestal, 4. Viçosa, MG, UFV, Imprensa


Universitária, 1985. 60p.
MURAKAMI, E.A. A profissionalização da colheita de madeira para
sustentabilidade do meio ambiente. In: SEMINÁRIO DE ATUALIZAÇÃO
SOBRE SISTEMAS DE COLHEITA DE MADEIRA E TRANSPORTE
FLORESTAL, 9, 1996, Curitiba,. Anais...Curitiba: 1996, p.119-120.
TANAKA, O K. Exploração e transporte da cultura do eucalipto. Informe
Agropecuário, Belo Horizonte, v. 12, n. 141, p.24-30, 1986.
BENSIMÓN, C.L. Analisis de sostenibilidad de un plan de manejo forestal: caso
Palcazu, Peru. Revista Forestal del Peru, 18(2):83-99. 1991
LEITE, N.B. A terceirização no setor florestal: situação atual e perspectivas.
Silvicultura, São Paulo, v.19, n.78, p.36-40, 1999 .

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