Você está na página 1de 33

SISTEMAS DE COLHEITA FLORESTAL

Luis Carlos de Freitas


1. DEFINIÇÕES

O sistema de colheita de madeira compreende um


conjunto de elementos e processos que envolve a
cadeia de produção,
produção todas as atividades parciais
desde a derrubada até a madeira posta no pátio da
indústria transformadora (Malinovski, 2008).
Sistema é um conjunto de atividades que tem como
objetivo racionalizar a utilização dos recursos
humanos e materiais para extrair material lenhoso
com qualidade, de forma segura e econômica,
considerando se os aspectos técnicos,
considerando-se técnicos silviculturais,
silviculturais
ergonômicos, ambientais e sociais (Machado, 2008).
2. SISTEMAS DE COLHEITA FLORESTAL

¾ Sistema de toras curtas (“Cut to length”)

¾ Sistema de toras longas ou Fuste (“Tree length”)

¾ Sistema de árvores inteiras (“Full tree”)

¾ Sistema de árvores completas (“Whole-tree”)

¾ Sistema de cavaqueamento (“Chipping”)


2.1 Sistema de toras curtas (“Cut to length”)

A árvore é processada no local da derrubada, sendo


extraída para a margem da estrada ou pátio
temporário, em forma de toras com até 6 metros de
comprimento.
i t

Machado (2008)
Vantagens

ƒ Maior eficiência energética no transporte primário;

ƒ Menor exportação de nutrientes do interior da floresta;


ƒ Eficiente quando o volume médio das árvores é
inferior a 0,5 m³ e também em desbastes.

Desvantagens

ƒ Utilização da madeira fica condicionada a


determinados usos;
Machado (2008)
2.2 Sistema de toras longas ou Fuste (“Tree length”)
A árvore
á é semiprocessada
i d no local
l l de
d derrubada,
d b d
sendo extraída para a margem da estrada ou pátio
temporário, em forma de fuste (árvore somente
desgalhada e destopada) ou toras com comprimento
acima de seis metros.

Machado (2008)
Vantagens

ƒ Maior rendimento operacional


p ((m³/H/h)) q
quando
comparado com o sistema de toras curtas;

ƒ Muito eficiente quando o volume médio das árvores é


maior do que 0,5 m³;

Desvantagens

ƒ Requer
q um g
grau de mecanização
ç mais elevado.
Machado (2008)
2.3 Sistema de árvores inteiras (“Full Tree”)
A árvore é derrubada e transportada, sem ser
desgalhada e traçada,
traçada para uma estrada ou pátio
intermediário onde é realizado o processamento da
madeira.
madeira

Parise (2005)
Vantagens

ƒ Muito eficiente (volume médio maior do que 0,5 m³);

ƒ Deixa a área limpa dos resíduos florestais.


Desvantagens

ƒ Requer
q um elevado g
grau de mecanização;

ƒ Maior resistência das árvores na extração;

ƒ Remove os resíduos florestais da área de corte.


Machado (2008)
2.4 Sistema de árvores completas (“Whole-tree”)
A árvore é arrancada com parte de seu sistema
radicular e extraída para a margem
g da estrada ou
pátio temporário, onde é realizado o seu
processamento.

Machado (2008)
Vantagens
ƒ A
Aumenta
t o rendimento
di t dad matéria-prima
té i i em até

20%, dependendo da finalidade da madeira;

ƒ Diminui, em termos, os gastos com preparo do terreno.

Desvantagens
ƒ Exige condições topográficas,
topográficas edáficas e climáticas
favoráveis para a operação;

ƒ Grande exportação de nutrientes, além de agravar


os processos erosivos.
erosivos
Machado (2008)
2.5 Sistema de cavaqueamento (“Chipping”)
A árvore é derrubada e processada no local de
derrubada, sendo extraída em forma de cavacos,
para a margem da estrada ou pátio de estocagem ou
diretamente
d eta e te pa
para
a a indústria.
dúst a

Freitas (2008)
7.5.1 Vantagens
ƒ Aumento do aproveitamento do material lenhoso,
podendo chegar a 100%;
ƒ Várias sub-operações do corte florestal são
eliminadas.
eliminadas
7.5.2 Desvantagens
ƒ Limitado às condições topográficas, edáficas e
climáticas;
ƒ Requer grandes investimentos em equipamentos
sofisticados.
fi i d
Machado (2008)
8. PRINCIPAIS MODAIS DE SISTEMAS DE COLHEITA
MECANIZADA

Motosserra + autocarregável

Motosserra + Guincho arrastador

Motosserra + Tomabamento Manual

Harvester + Forwarder

Sli
Slingshot
h t + Forwarder
F d
Feller Buncher + Desg. Manual+Skidder + processador

Feller Buncher + Skidder + Grade Desg.+ processador

Feller Buncher + Skidder + Delimber + Slasher

Motosserra + cabo aéreo + Slasher


6. FATORES INFLUENTES NA ESCOLHE DE UM
SISTEMA DE COLHEITA FLORESTAL

6.1 Característica Física do Terreno

6.2 Característica do povoamento florestal

6.3 Condições Climáticas

6.4 Sistema de manejo adotado

6.5 Uso final da madeira

6 6 Mã
6.6 Mão-de-Obra
d Ob di disponível
í l
6.7 Recursos disponíveis

6.8 Assistência técnica

6.9 Eficiência operacional

6.10 Segurança

6.11 Danos ambientais


Sistema de colheita: Motossera + autocarregável

Fonte: Machado (2003) Fonte: TMO


Sistema de colheita: Motossera + Guincho arrastador (TMO)

Fonte: Machado (2003) Fonte: Cenibra (2003)


Sistema de colheita: Motossera + Tombamento Manual

Fonte: Cenibra Fonte: Cenibra


Sistema de colheita: Harvester + Forwarder

Fonte: Junior e Seixas (2006)

Fonte: Parise (2005)


Sistema de colheita: Slingshot + Forwarder

Fonte: Machado (2002)


Sistema de colheita: Motosserra + Miniskidder

Fonte: Parise(2002)
Sistema de colheita: Feller Buncher + Skidder+ Processador

Fonte: Cenibra e Paradise (2005)


Sistema de colheita: Motosserra + Cabo aéreo + Processador

Fonte: Machado (2003) Fonte: Parise (2005)

Fonte: Parise (2005)


LITERATURA CONSULTADA

MALINOVSKI, J. R.; CAMARGO, C.M.S.; MALINOVSKI,


R. A. Sistemas. In: MACHADO, C. C. (Ed.) Colheita
florestal. Viçosa, MG: UFV, 2002.

MACHADO,C.C.; LOPES, E.S.; BIRRO, M. H. B.


Elementos básicos do transporte
p florestal rodoviário.
Viçosa:UFV. 2000. 167p.

MACHADO, C. C. Planejamento e controle de custos


na exploração florestal. Viçosa:UFV, 1994. 138p.
MACHADO, C. C. O setor florestal brasileiro. In:
MACHADO, C. C. (Ed.) Colheita florestal. Viçosa, MG:
UFV, 2002. p.15-32.
PISSETTI, C. A. Tendências e perspectivas do uso do
Bitrem no transporte de madeira no Brasil. In: SIMPÓSIO
BRASILEIRO SOBRE COLHEITA E TRANSPORTE
FLORESTAL, 5, 2001, Porto Seguro. Anais... Porto
Seguro: SIF,
SIF 2001.
2001 p.
p 152-
152 167.
167

SEIXAS, F.
SEIXAS F Novas tecnologias no transporte rodoviário de
madeira. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE
COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL, 5, 2001,
Porto Seguro. Anais... Porto Seguro. SIF, 2001. p. 1- 27.

Você também pode gostar