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Recuperação de Áreas

Ardidas Universidade
de Aveiro
Projecto 2004 09 002629 7

Coelho, C., Prats, S., Pinheiro, A., Boulet, A.-K., Carvalho, T., Ferreira, A.

Manual de Técnicas para


Minimização de Erosão e
Escorrências Pós-Fogo

Maio, 2009
Projecto 2004 002629 7 - Recuperação de Áreas Ardidas

Projecto financiado pelas Acções Específicas de Investigação Aplicada, Demonstração e Experimentação no âmbito do Fundo Florestal Permanente (IFADAP)
Índice de Técnicas de Conservação do Solo e da Água

Tratamento de Encostas Tratamento de Canais

1. Mulch 13. Barreiras de fardos de palha


2. Hidro-mulch 14. Barreiras de troncos
3. Bandas ou cordões de mulch 15. Barreiras de pedras
4. Sementeira manual 16. Barreiras de sacos de areia, solo ou cascalho
5. Hidro-sementeira
6. Faixas de vegetação nas encostas
7. Barreiras de troncos
8. Barreiras de tubos de nylon com palha
9. Lavragem e escarificação
10. Terraços
11. Revegetação ou restauração ecológica
12. Cerca ou barreira de sedimentos

Tratamento de Caminhos
17. Tratamento da superfície do caminho
18. Tratamento das encostas e taludes
19. Talude de aterro/talude de corte
20. Drenagem da água da superfície do caminho
20.1 Rolamentos na superfície do caminho
20.2 Rampas convexas
20.3 Barreiras para a água
20.3.1 Desvios laterais para a água
20.3.2 Deflectores de borracha
20.4 Tubagens abertas
21. Canalização e drenagem de linhas de água
21.1 Sulcos, valas e valetas
21.2 Tubagens fechadas
1. Mulch
Outros nomes: Acolchoado, Aplicação de resíduos vegetais

Objectivos Descrição e forma de aplicação: São técnicas que


Aumentar a cobertura do solo para: têm muitas variações segundo os materiais utilizados,
i) Reduzir o impacto gotas de chuva e consequente erosão; ii) o clima, e podem ser combinados um ou vários
aumentar a rugosidade superficial e assim a retenção de elementos. O mulch natural (não intervenção),
sedimentos; iii) manter a humidade do solo e reduzir a evaporação;
acontece sempre que há folhas no chão que
iv) aumentar o teor de matéria orgânica no solo e conservar a
providenciam um mulch natural de cobertura
estrutura superficial do solo.
(Robichaud et al., 2000). No mulch de palha, cascas
Vantagens e ramos triturados o material é espalhado na
i) Técnica de baixo custo e de fácil aplicação o que a torna a superfície. É adequado a terrenos difíceis ou de grande
operação económica e socialmente viável; ii) grande inclinação. No mulch de ramos e galhos de árvores,
disponibilidade de cascas e outros resíduos vegetais do próprio os ramos devem ser esmagados ou colocados em
local; iii) aumento do conteúdo de matéria orgânica no solo, da contacto com a superfície do solo para travar maior
actividade biológica, da taxa de humidade e cobertura do solo; iv) quantidade de sedimentos. No mulch de pedras é
redução das taxas de erosão e escorrência superficial e v) o mulch feita uma camada sobre o solo de cerca de 1,5cm de
inorgânico não se deteriora.
espessura, sendo uma técnica tradicional do NW da
China, que apresenta benefícios na temperatura e
Desvantagens
evaporação do solo (Nachtergaele, J. et al., 1998).
i) O mulch de palha tem custo elevado (no Norte de Portugal) e
degrada-se rapidamente; ii) o mulch inorgânico não contribui para
a agregação estrutural nem aporta matéria orgânica para o solo. Efectividade: ++ Risco de
Estudos recentes revelaram que também não é conservada a Custos: € erosão durante a
humidade do solo; iii) o mulch de material orgânico (ramos, Complexidade de aplicação: + aplicação
folhas, palha) constituem carga combustível. Aplicação: imediato/curto prazo Baixo
Pârametros técnico-económicos Legenda
Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo
Rácio de aplicação: prazo; Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++
Matéria-prima: In situ, A) Mulch de palha: Cobertura de (complexo); + (fácil)
económica 70% aplicar 2 t/ha (Prats et al., 2009),
Instalação: 2 pessoas 2,4 t/ha (Robichaud et Brown, 2005). B) Local de aplicação Meio de aplicação
Maquinaria/Utensílios: Mulch de cascas e ramos
enxada, pá, picareta, triturados: 8 t/ha (Prats et al., 2009);
charrua, tractor. 2,3 Kg/m2 e 4,6 Kg/m2 (Sakesby et al.,
Operação: necessária 1996). C) Mulch de ramos e folhas:
formação (mecânica) varia de 17,5 t/ha para uma
Custos (€): cobertura superior a 70% (Prats et
Palha - 100€/t al., 2009), a 4,6 t/ha (Coelho et al., Tratamento de encostas Manual Mecânico
Cascas trituradas - 20,25€/t 1995b), para 60% de cobertura. D) Fonte: Torrejón, A., 2008
Mulch de agulhas de pinus: 0,9
Kg/m2 a 1,8 Kg/m2 (Shakesby et al., Forma de aplicação
1996)

Dados Efectividade:
A) redução de 95% sedimentos (Wagenbrener et al., 2005); redução de 90% da
produção de sedimentos no 1º ano após incêndio (MacDonald & Robichaud,
2007); B) redução da erosão em 90%, mas não se verificou redução de
erosão no mulch de ramos (Prats et al., 2009). Para uma cobertura de 48 e
89,5%, verificou-se uma redução na erosão na ordem dos 95% (Shakesby et
al., 1996). C) redução de erosão nula em pinhal afectado por incêndio de
baixa intensidade (Prats, et al., 2009); D) Uma cobertura de 4,8% a 8,3%
conduziu a uma redução de sedimentos de 2,24 t/ha para 1,14 t/ha e 2,51 Mulch de palha em parcelas Esquema de mulch
t/ha para 1,35 t/ha. Solo sem cobertura originou taxas de erosão 7 vezes Fonte: Prats, S., 2008
em encostas
maior (Sakesby et al., 1996). Fonte: Prats, S., 2008.

Referências bibliográficas:
Badía, D., & Martí, C., 2000; Bautista, S., et al., 1996; Coelho, et al., 1995b; Llovet, J., & Vallejo, R., 2004; MacDonald, L., &
Robichaud P., 2007; Miles, R., et al., 1988; Montoro, J., 2000; Nachtergaele, J. et al., 1998; Prats, S., et al, 2009; Robichaud,
et al., 2000; Robichaud et al., 2005; Shakesby, R., et al.,1996; Silva, J., 2002; Thomas, A., et al., 2000.
2. Hidro-mulch
Outros nomes: Mulch de pressão com água

Objectivo Descrição e forma de aplicação

Reduzir a erosão em taludes de aterro e de corte dos O hidro-mulch consiste numa mistura de palha, folhas, cascas e
caminhos, bermas de estradas, parques florestais e em ramos triturados à qual se junta um bioestimulante, (para
encostas queimadas com inclinação média a alta. incrementar o crescimento das plantas), substrato ecológico ou
fertilizante orgânico (composto) e uma cola ecológica para
agregar o material. É também possível adicionar um aglutinador
Vantagens
para formar uma camada protectora consistente que, além de
i) Hidro-mulch reduz as taxas de erosão e incrementa o
fixar a mistura, protege-a contra a intempérie de forma a que esta
crescimento de plântulas, (Robichaud & Brown, 2005);
forme uma matriz sobre o terreno (Rey, M., 2003).
ii) Processo rápido e eficaz para estabelecer a vegetação;
Podem juntar-se à matéria-prima usada materiais verdes como
iii) Promove a regeneração do ecossistema ao longo do
relva fresca, ou restos de cascas de frutos, formando-se um
tempo;
composto estabilizado que pode ser aplicado como fertilizante
iv) Promove um aumento da fertilidade do solo;
(Chambel, S., 2005). O uso de composto é mais comum em
v) Promove a humidade do solo;
solos agrícolas.
vi) Promove a estabilidade estrutural do solo e melhora a
A aplicação é realizada de forma hidráulica com um
capacidade de retenção e infiltração de água, quando se
equipamento mecânico, o hidrossemeador. Em alternativa pode
incorpora matéria-orgânica na mistura.
expelir-se o mulching húmido com mangueira aspersora sob
pressão. A mistura está dentro de um reservatório ou mota
Desvantagens bomba. A aplicação do hidro-mulch está limitada a 70m de
distância para cada lado de um ponto fixo.
i) O hidro-mulch e heli-mulch podem ter preços elevados; O mulch aéreo (ou heli-mulch) é uma aplicação do hidro-mulch
ii) Não se conhecem os efeitos desta técnica sobre a em larga escala e que requer o uso de uma avioneta.
biodiversidade do solo;
iii) Os aglutinadores (ou condicionadores) e hidroretentores
usados em misturas de hidro-mulch e hidro-sementeira são Risco de
mais adequados para regiões áridas, pois incrementam muito Efectividade: +++
Custos: €/€€ erosão durante a
a taxas de infiltração da água no solo.
iv) O uso de material como os fertilizantes podem causar Complexidade de aplicação: + aplicação
contaminação ambiental e aumentar a solubilidade dos Aplicação: imediato/curto/médio prazo Moderado
elementos essenciais às plantas.
Legenda
Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Parâmetros técnico-económicos Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); +
(fácil)

Matéria-prima: Rácio de aplicação: Local de aplicação Meio de aplicação


Disponível in situ/ 2-4 ton/ha; 2 ha/dia/
económica/cara pessoa
Instalação: 2-4
pessoas
Maquinaria: mota MacDonald & Robichaud,
bomba, tanque ou 2007: hidromulch aéreo
reduziu 90% dos sedimentos
reservatório com Mecânico
no 1º ano após incêndio e Tratamento de encostas
mangueira acoplada, entre 50 a 70% no 2º ano.
jipe, avioneta
Fonte: Torrejón, A., 2008 Forma de aplicação
Operação: só técnicos

Referências bibliográficas
Chambel, S., 2005; MacDonald & Robichaud, 2007; Prats, S.,
2008; Rey, M., 2003; Robichaud & Brown, 2005; Hidro-mulch aéreo. Aplicação de hidro-mulch com
http://www.humboldt.edu/swfire/sponsors.html Fonte: http://www.humboldt.edu/ mangueira de aspersão.
http://aqualawntexas.com/faq.asp swfire/sponsors.html Fonte: http://aqualawntexas.com/faq.asp
3. Bandas ou cordões de mulch
Outros nomes: Faixas, cordões.
Objectivos Descrição e forma de aplicação

i) Reduzir a velocidade da água de escorrência; As bandas ou faxinas de mulch, podem ser compostas de
ii) Reduzir a erosão; restos de troncos e restos de ramos de árvores, queimadas
iii) Aumentar a taxa de infiltração; ou não. Estas devem ser agrupadas em cordões horizontais,
iv) Facilitar a retenção das cinzas. em faixas regulares e paralelas, aplicadas segundo as curvas
de nível, ou seja, perpendiculares ao maior declive da
Vantagens vertente (Ferreira et al., 2005). Com linhas ou cordas unem-
se os ramos e restos de troncos e compactam-se bem junto
i) Técnica económica e socialmente viável (Ferreira et ao solo para aumentar o contacto com este e promover a
al., 2005); deposição dos sedimentos. O espaçamento dos cordões é
ii) Eficaz na protecção do solo pois reduz as suas determinado em função do declive da encosta. Os sulcos,
perdas, (Ferreira et al., 2005); que precedem as bandas de mulch, são abertos de forma
iii) Os sulcos aumentam a retenção de cinzas, logo, manual com um ancinho ou, em áreas extensas, com
conduzem a uma diminuição na perda de nutrientes máquinas agrícolas que abrem sulcos mais profundos.
(Ferreira et al., 2005), aumentando o conteúdo de Também são feitos em perpendicular ao maior declive da
matéria orgânica e da taxa de humidade do solo. vertente (Ferreira et al., 2005).

Desvantagens Efectividade: ++ Risco de


Custos: €€/€€€ erosão durante a
i) Técnica laboriosa e de difícil construção; Complexidade de aplicação: ++ aplicação
ii) Nem sempre existe material disponível na área; Aplicação: curto prazo Moderado
iii) Os cordões de mulch aumentam a carga
combustível, o risco de incêndio e facilitam a Legenda
propagação do fogo (Ferreira et al., 2005); Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
iv) A efectividade da técnica depende da experiência Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
dos trabalhadores na aplicação dos cordões de mulch. Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); + (fácil)

Local de aplicação Meio de aplicação


Parâmetros técnico-económicos

Rácio de aplicação:
Matéria-prima: 1 ha/dia/pessoa
Disponível in situ/ (manual), 3 ha/dia/
económica pessoa (mecânica)
Tratamento de encostas
Instalação: 2 pessoas Declive: Manual
Fonte: Torrejón, A., 2008
Mecânico
Maquinaria/ 30-16-10-5%
Espaçamento:
Utensílios: tractor, Forma de aplicação
5-6-10-15m
estacas, linhas
Operação: necessária
formação Robichaud et al., 2000: uma
aplicação de 2t/ha reduziu a
erosão de 0,18-2,9 t/ha para
0,09-0,18 t/ha

Distribuição dos restos do material


queimado em faixas ou cordões.
Referências bibliográficas Mulch espalhado sobre Fonte: Associación Española de
Ferreira et al., 2005; Prats, S., 2008; Robichaud et al., a encosta Ecologia Terrestre.
2000; Robichaud and Brown, 2005; Ministério da Fonte: Prats, 2008.
Agricultura; Associación española de ecologia
terrestre.
4. Sementeira manual
Outros nomes: Seeding, Broadcast Seeding, Siembra

Objectivos Descrição e forma de aplicação

Pretende-se obter um coberto vegetal para controlar a A sementeira pode realizar-se em toda a área incendiada, ou
degradação do solo e para diminuir a perda de então, de forma localizada em sulcos ou fileiras.
i) A sementeira directa ou de transmissão consiste em
sedimentos (Llovet & Vallejo, 2004).
distribuir as sementes directamente sobre a superfície do solo. É
um método simples de se utilizar, barato e muito adequado a
Vantagens terrenos difíceis. A sementeira é manual para encostas de declive
acentuado ou mecanizada, em terrenos de inclinação moderada a
i) Técnica efectiva a médio prazo; suave usando-se para isso, um semeador pneumático. Podem-se
ii) Fácil aplicação; aplicar sementes comerciais ou autóctones de espécies herbáceas,
iii) Técnica económica e de baixo impacte nas tarefas arbustivas ou lenhosas, separadamente ou em mistura.
de reflorestação (Llovet & Vallejo, 2004); ii) A sementeira em fileiras consiste em depositar as sementes
iv) Efeito paisagístico após o crescimento das espécies; em sulcos previamente abertos com um arado, enxada ou ancinho
v) A sementeira com mulch, promove taxas de e posteriormente tapadas com solo, mas sem o compactar. Para
cobertura vegetal e infiltração maiores do que apenas zonas de topografia suave e solos livres de pedras, utilizam-se
com mulch (Serrasolses, Llovet & Bautista, 2004); máquinas agrícolas na abertura dos sulcos e na sementeira.
iii) A sementeira com aplicação de mulch permite melhorar a
vi) Promove a da fertilidade do solo;
germinação das sementes uma vez que aumenta a infiltração e a
vii) Fomenta a biodiversidade.
humidade no solo (Robichaud et al., 2000). A protecção
conferida pelo mulch contra o impacto das gotas de chuva,
Desvantagens
melhora a germinação (Montoro et al., 2000). A aplicação de
i) Só começa a apresentar resultados após o mulch com sementes realiza-se a seco com ar comprimido com
crescimento das plântulas; uma semeadora ou, então, de forma manual.
ii) O uso de sementes pode ser limitado pela Efectividade: ++ Risco de
disponibilidade nos próprios bancos de sementes Custos: €€€ erosão durante a
(Castell & Castelló, 1996); Complexidade de aplicação: + aplicação
iii) Em sementeira directa, as sementes ficam expostas (manual), ++ (mecânica)
à dissecação e ao arraste (Silva, J., et al., 2006); Moderado
Aplicação: médio prazo
Parâmetros técnico-económicos Legenda
Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Rácio de aplicação: Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); +
Matéria-prima: 0,03 t/ha; (fácil)
económica/cara (manual), 2-4 ha/dia/pessoa
económica (mecânica) (manual), 4-8 ha/dia/ Local de aplicação Meio de aplicação
Instalação: 2 pessoas pessoa (mecânica)
(manual), 1 pessoa
(mecânica)
Maquinaria/Utensílios:
Miles et al., 1988:
enxada, pá (manual),
cobertura de 75% do solo
semeador pneumático
em declives de 50%, a
(mecânica)
erosão do solo reduziu em
Operação: necessária Tratamento de encostas Manual Mecânico
43 m3/ha.
formação (mecânica) Fonte: Torrejón, A., 2008
Forma de aplicação

Referências bibliográficas

Castell y Castelló, 2005; Llovet y Valejo, 2004; Maia, P.,


2008; Montoro et al., 2000; Morgan, R., 1980; Pinaya et al.,
2000; Rey, M., 2003; Robichaud et al., 2000; Robichaud Plântulas de Ulex sp. e Erica sp. no solo.
& Brown, 2005; Silva et al., 2006; Serrasolses, Llovet &
Fonte: Maia, P., Vasques, A., 2008.
Bautista, 2004; Thomas et al., 2000; Vasques, A., 2008.
5. Hidro-sementeira
Outros nomes: Hidro-seeding, Sementeira aérea

Objectivos Descrição e forma de aplicação

i) Rápido estabelecimento da vegetação e controlo da Na hidro-sementeira, as sementes de herbáceas e arbustivas


erosão; são misturadas com água, bioestimulantes, adubo ecológico,
ii) Reduzir a escorrência e diminuir a produção de cola ecológica ou aglutinadores e fertilizantes como no
sedimentos (Montoro et al., 2000). hidro-mulch. Podem também acrescentar-se agentes
humidificantes para incrementar a absorção de água e a
Vantagens germinação.
Os componentes são misturados num reservatório e
i) A hidro-sementeira mostra uma relação custo/ expulsos por um canhão hidráulico. As colas ecológicas ou
superfície semeada positiva (Castell & Castelló, 1996); aglutinadores além de fixar os resíduos florestais, agregam
ii) Redução das taxas de erosão uma vez que não há e fixam as sementes ao solo (Rey, M., 2003).
intervenção directa sobre a superfície do terreno; A hidro-sementeira é indicada para superfícies de grande
iii) Promove uma germinação rápida e consequente inclinação, terrenos pouco consolidados e inacessíveis à
reflorestação da área ardida. maquinaria convencional.
A sementeira aérea é feita com recurso a helicóptero e as
Desvantagens sementes têm de ser bem espalhadas sobre a superfície.
i) Dados os custos elevados e a grande logística que Para se obterem os melhores resultados de uma sementeira,
pode estar associada à hidro-sementeira esta é é essencial que o local e época de aplicação sejam os mais
normalmente usada para protecção de recursos de adequados, também é importante que o solo esteja
grande importância como fonte de águas municipais, previamente preparado e a semente tenha sido submetida a
preservação da qualidade da água e preservação de um tratamento adequado, ter qualidade e ser usada na
taludes dos caminhos; percentagem certa.
ii) Tal como no hidro-mulch, o elevado custo envolvido
Efectividade: +++ Risco de
nestas operações torna esta operação pouco viável;
Custos: €€€ erosão durante a
iii) Uso de estimulantes de crescimento e agentes
Complexidade de aplicação: + + aplicação
humidificantes;
iv) Sementes exógenas podem alterar a comunidade Aplicação: imediato/curto/médio prazo Baixo
florística autóctone/local, por competição. Legenda
Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Parâmetros técnico-económicos Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); + (fácil)

Matéria-prima: Local de aplicação Meio de aplicação


cara
Instalação: 1 pessoa
Maquinaria: camião
para reservatório de Rácio de aplicação:
1 ha/dia/pessoa
água, reservatório a
colocar dentro de um
Tratamento de encostas
jipe ou helicóptero Fonte: Torrejón, A., 2008
Mecânico
Operação: necessária
formação/só técnicos Forma de aplicação

Referências bibliográficas
Hidro-sementeira
Castell y Castelló, 1996; Montoro et al., 2000; Rey, M.,
Fonte: Rey, M., 2003.
2003.
6. Faixas de Vegetação
Outros nomes: Natural Vegetative Strips

Objectivo Descrição e forma de aplicação

Criar faixas de vegetação natural, preferencialmente de Técnica utilizada em solos agrícolas (WOCAT, 2007), mas de
espécies locais rebrotadoras e germinadoras, em possível aplicação a solos florestais.
contorno na encosta e que alternem com faixas de A largura das bandas de terreno lavrado varia de acordo com o
terreno lavrado, sem vegetação. Estas faixas naturais de declive da encosta. São definidas linhas de contorno no sentido
horizontal da encosta espaçadas entre, 5 a 15m, e marcadas com
vegetação funcionam como barreira contra a perda de
estacas, que serão depois lavradas com arado ou tractor, ou por
sedimentos.
lavragem simples, alternando com faixas de terreno não lavrado
Vantagens de largura entre 0,3 a 0,5m de forma a permitir o
desenvolvimento da vegetação (por rebrote ou semente). Pode
i) Custo zero em matéria-prima quando se trata de também fazer-se plantação de estacas vivas, normalmente em
revegetação natural; socalcos. É possível a formação de terraços naturais e socalcos
ii) Pode ser aplicada em encostas íngremes, com declive até após a lavragem em contorno.
60% (WOCAT, 2007); O solo erodido é retido ao longo das faixas com vegetação. A
iii) O desenvolvimento radicular das plantas estabiliza a vegetação deve ser cortada de forma a manter uma altura entre 5 e
drenagem do talude e promove a fixação da camada 10cm e os restos vegetais resultantes podem funcionar como
superficial do solo; adubo para o terreno (pode ser usado como um mulch quando
iv) Criação de faixas de infiltração e deposição dos incorporado no terreno ou então usado para forragem do solo). O
sedimentos; declive máximo da encosta pode ser até 60%, no caso de encostas
v) As bandas naturais de vegetação funcionam de barreira muito íngremes.
contra a perda de sedimentos.
Efectividade: ++ Risco de
Desvantagens Custos: €€ erosão durante a
Complexidade de aplicação: ++ aplicação
i) Em caso de incêndios de grande magnitude, o banco de
sementes e as raízes das plantas podem ficar destruídas Aplicação: médio prazo Moderado
impedindo o restabelecimento da vegetação natural nas áreas Legenda
não lavradas; Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
ii) Laboriosa no caso de encostas de grande declive; Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
iii) A lavragem mecânica desagrega o solo. Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); +
(fácil)
Parâmetros técnico-económicos
Local de aplicação Meio de aplicação

Matéria-prima: Rácio de aplicação:


económica 0,03 ton/ha; 8 ha/
Instalação: 2 pessoas dia/pessoa Mecânico
Declive: Manual
Maquinaria/ Tratamento de encostas
Utensílios: arado, 5-60% Fonte: Torrejón, A., 2008
Espaçamento:
machado, pá ou Forma de aplicação
5-15m
tractor
Operação: necessária
formação

Faixas de estacas vivas numa Faixas de estacas vivas numa


encosta (fase inicial) encosta (fase final)
Referências bibliográficas
Shakesby et al., 1996; WOCAT, 2007; Fonte: http://www.bio.dreamhosters. Fonte: http://www.bio.dreamhosters.
com/CastroVerde06.pdf com/CastroVerde06.pdf
http://engenhariaverde.planetaclix.pt/pdf/faxinas_e_bct.pdf;
http://www.bio.dreamhosters.com/CastroVerde06.pdf;
7. Barreiras de troncos
Outros nomes: Contour-felled log, Log erosion barriers, Contour felling

Objectivos Descrição e forma de aplicação:


Criar pequenas barreiras mecânicas e naturais nas
encostas onde o fluxo de escorrência e os sedimentos A instalação convencional consiste em aproveitar árvores
possam ficar retidos, reduzindo o seu transporte e assim queimadas e colocá-las em contacto com o solo segundo as
promover a infiltração da água (Robicaud &Brown, 2005). linhas de contorno da encosta (Robichaud et al., 2008b). Os
troncos imobilizados no solo segundo as curvas de nível são
escorados por estacas ou toiças com uma altura de 0,5 a 1m.
Vantagens Na aplicação manual, os sulcos são abertos com enxadas,
i) Com as barreiras, diminui o coeficiente de escorrência pás ou picaretas e os troncos são posteriormente colocados.
o que leva à redução da perda de cinzas e nutrientes, que Os sulcos abertos de forma mecânica com uma pá de
são mais intensas durante o primeiro ano após o incêndio tractor, permitem um maior contacto entre os troncos e o
(Robichaud and Brown, 2005); ii) Utilização de materiais solo. Para evitar o transbordo de água e sedimentos, deve
locais de baixo custo, o que torna esta operação ser colocado solo no espaço entre os troncos e a superfície,
económica e socialmente viável (Ferreira et al., 2005); iii) formando-se pequenas bacias de retenção (Robichaud et al.,
aumento da infiltração da água no solo (Robichaud et al., 2008b).
2008b). O comprimento dos troncos pode ir de 4 a 9 m, com
diâmetro médio de 17 a 23 cm (Robichaud et al., 2008b).
Podem plantar-se arbustos ou árvores à frente das barreiras
Desvantagens de troncos. O espaçamento depende do declive e da duração
i) A efectividade é baixa entre as técnicas de barreiras; das barreiras.
ii) dificuldade de aplicação é alta; iii) Necessária muita
mão-de-obra, tempo e recurso a maquinaria; iv) Efectividade: ++; + Risco de
Incremento da carga combustível na floresta o que pode Custos: €€/€€€ erosão durante a
aumentar o risco de ignição dos incêndios e facilitar a Complexidade de aplicação: ++ aplicação
propagação do fogo (Ferreira et al., 2005). Aplicação: médio/longo prazo Moderado
Legenda
Pârametros técnico-económicos Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo
prazo; Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++
Rácio de aplicação: (complexo); + (fácil)
200 a 250 árvores/ha (Miles et al.,
Matéria-prima: In situ, 1998)
económica ha/dia/pessoa: S.D. Local de aplicação Meio de aplicação
Instalação: 2 pessoas Efectividade:
Maquinaria/Utensílios: 60% troncos atingiram a
enxada, pá, picareta, capacidade máxima; 30% ficaram
tractor. a meia capacidade e 10% teve
Operação: necessária deposição insignificante
formação (mecânica) (Robichaud et al., 2000).
Custos (€): Declive /Espaçamento: Mecânico
Declive de 50%, o espaçamento Tratamento de encostas Manual
Árvore adulta - 40€/t
Fonte: Torrejón, A., 2008
das barreiras é de 3 a 6m
(Robichaud et al., 2000).
Forma de aplicação

Referências bibliográficas:
Colocação de troncos de
forma manual Colocação de
Ferreira, et al., 2005; Robichaud, et al., 2000; Robichaud and barreiras de troncos
Brown, 2005; Robichaud et al., 2008b; Wohlgemuth et al., Fonte: Robichaud et al., 2000
Fonte: Prats, S., 2008.
2001.
8. Barreira de tubos de nylon com palha
Outros nomes: Straw wattles

Objectivos Descrição e forma de aplicação

i) Diminuir a distância percorrida pelo fluxo de As barreiras de arame e nylon preenchidas com palha são
escorrência ao longo da encosta (Robichaud et al., estruturas permeáveis que retêm a escorrência superficial e
2000); reduzem a velocidade do fluxo.
ii) Substituir as barreiras de troncos quando estes não A forma de aplicação é semelhante à colocação de troncos
existem ou são escassos (Robichaud & Brown, 2005). que, neste caso, são substituídos por tubos de arame e
nylon preenchidos com material filtrante, normalmente
Vantagens palha. As barreiras têm 0,25m de diâmetro e podem ser
dobradas 0,6m no fim do tubo no sentido ascendente da
i) Material ligeiro e simples de transportar, de encosta para aumentar a capacidade de retenção dos
instalação mais fácil que as barreiras de troncos; sedimentos (Robichaud & Brown, 2005). São
ii) Possibilidade de se utilizarem materiais reciclados e normalmente colocadas em áreas de fluxos de baixa
malhas plásticas; intensidade ou na parte lateral da encosta, para reter
iii) Contribui para o aumento da fertilidade do solo; pequenas quantidades de sedimento suspenso (Robichaud
iv) Promove o aumento da humidade do solo. et al., 2000).
Tal como as barreiras de troncos, os tubos de nylon e
Desvantagens palha são colocados em contorno ao longo da encosta e
imobilizados com estacas.
i) São laboriosas porque necessitam de ser bem A duração destas barreiras depende de parâmetros como a
ancoradas e ter uma boa superfície de contacto com o pluviosidade que ocorre após a instalação (intensidade da
solo (Robichaud et al., 2000); chuva), da densidade da instalação, da topografia e da taxa
ii) Monitorização regular para verificar se as barreiras de erosão do solo.
permanecem no mesmo lugar;
iii) A efectividade pode ser afectada pela quebra dos Efectividade: ++ Risco de
tubos que libertam os sedimentos na encosta ou no Custos: €€€ erosão durante a
fluxo de drenagem; Complexidade de aplicação: + + aplicação
iv) O uso de material de enchimento, como a palha, Aplicação: médio prazo Moderado
encarece a técnica;
v) Em terrenos íngremes, o transporte e instalação do Legenda
material tornam-se difíceis (Robichaud et al., 2000). Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Parâmetros técnico-económicos Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); +
(fácil)

Local de aplicação Meio de aplicação


Matéria-prima:
económica/cara
Rácio de aplicação:
(depende do tipo de
8 ha/dia/pessoa
material)
Instalação: 2 pessoas
Utensílios: pás, Tratamento de encostas
enxadas, machado, Robichaud et al., 2008: Fonte: Torrejón, A., 2008 Manual
picareta produção de sedimentos Forma de aplicação
< 1,99 t/ha

Referências bibliográficas

Robichaud et al., 2000; Robichaud & Brown, 2005; Colocação de barreira de arame e nylon com palha
Robichaud et al., 2008. Fonte: Robichaud and Brown, 2005
9. Lavragem e escarificação
Outros nomes: Tillage, rip-ploughing, scarification

Objectivos Descrição e forma de aplicação

i) Controlar o transporte de sedimentos na encosta, ou A lavragem é a acção mecânica de revolver o solo com um
seja, a erosão do solo; arado ou charrua, ligados a um tractor, que rasga a
ii) Criar rugosidade superficial; superfície do solo e que leva à formação de regos. Os regos
iii) Infiltrar a água no solo; (caminhos preferenciais da água), transportam água e
iv) Quebrar a camada repelente à água. sedimentos que depois se acumulam em pequenos
depósitos designados “mini deltas”. Daí, ocorre transporte
Vantagens do fluxo para uma vala que, geralmente se encontra na base
da encosta a delinear um caminho (Robichaud et al., 2008).
i) Em terrenos de uso florestal as lavragens e A lavragem em contorno realiza-se em função das curvas
escarificações são úteis cada 30 a 40 anos, para de nível. Após a lavragem pode realizar-se sementeira ou
desenraizar tocos antigos (Shakesby et al., 1996); transplante de pequenas árvores.
ii) A lavragem mínima do solo é eficiente no pós-fogo Com a escarificação é quebrada a camada repelente
dado que as perdas de solo são equivalentes aos superior do solo, formando também, uma rugosidade
tratamentos com litter em florestas de Pinus (Coelho et superficial. Pode ser realizada de forma manual usando
al., 1995); ancinho ou gadanho ou de forma mecânica usando um
iii) Promove a mistura do conteúdo orgânico do solo. escarificador mecânico. O principal objectivo é controlar o
transporte de sedimentos na encosta, ou seja, a erosão do
Desvantagens solo.
i) Técnica laboriosa que tem de ser acompanhada de Deve evitar realizar-se estas técnicas de cima para baixo na
outros tratamentos (sementeira, transplante), o que a encosta, para melhorar a eficácia do tratamento e diminuir a
encarece; erosão do solo.
ii) A camada repelente de solo pode não ser totalmente Efectividade: +
quebrada; Custos: €/€€ Risco de erosão
iii) Perda da estrutura do solo (WOCAT, 2007); Complexidade de aplicação: + + durante a aplicação
iv) Elevada taxa de erosão do solo com formação de Aplicação: curto prazo Elevado
sulcos após incêndio (Shakesby et al., 1996);
Legenda
Parâmetros técnico-económicos Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Rácio de aplicação: Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); +
Matéria-prima: 1 ha/dia/pessoa (lavragem), (fácil)
económica 2 ha/dia/pessoa
Instalação: 1 pessoa (escarificação) Local de aplicação Meio de aplicação
(lavragem), 2
(escarificação)
Maquinaria: tractor Lavragem Escarificação
Robichaud et Ferreira et al.,
agrícola com porta
al., 2008: Não 1997: retenção
alfaias de 2 ou 3 se verificaram de 0,225 m3
dentes, ancinho, pá, resultados de escorrência Tratamento de encostas Mecânico
picareta Fonte: Torrejón, A., 2008 Manual
significativos em declives de
Operação: necessária na redução de 25%.
formação sedimentos ou Forma de aplicação
escorrência.

Referências bibliográficas
Cassol & Silva, 2003; Coelho et al., 2005; Ferreira et
al., 1997; Prats, S., 2008; Robichaud et al., 2000; Lavragem com formação de rills
Robichaud et al., 2008; Shakesby et al., 1996. Fonte: Prats, 2008.
10. Terraços
Outros nomes: Terraces
Objectivos Descrição e forma de aplicação

i) Diminuir a velocidade e volume de escoamento Os terraços têm como base o seccionamento de uma encosta
superficial; para formar um canal (zona de escavação) e um camalhão
ii) Diminuir a erosão do solo. (zona de aterro). Designam-se por terraços de nível e o seu
propósito é reter e infiltrar a água de escorrência.
Vantagens
Os terraços em patamar aplicam-se quando os declives são
i) Podem ser aplicados onde é comum a ocorrência de superiores a 20%, sendo construídos transversalmente à
chuvas cuja intensidade e volume superam a linha de maior declive com recurso a máquina ou tractor
capacidade de armazenamento de água do solo; agrícola. Estes terraços compreendem um degrau ou
ii) Aplicam-se a uma grande variedade de declives; plataforma para a implantação das plantações e um talude
iii) Facilita a gestão do terreno: plantação, corte e que deve ser revestido, por exemplo, com mulch. Para uma
recolha de madeira; construção mais robusta, pode-se utilizar, como suporte,
iv) Técnica eficiente se for aplicada pouco tempo após pedras ou troncos de árvores mortas. A inclinação do talude
o incêndio (muita retenção de sedimentos); varia de 1:4 a 1:2, podendo ser modificada conforme o tipo
v) Favorecem a infiltração da água. de solo e da vegetação de revestimento. Para promover o
escoamento da água ao longo do patamar, o canal deve ter
Desvantagens uma inclinação a variar de 0,25 a 1%.

Efectividade: ++
i) Necessita de ser acompanhada por outras técnicas Risco de erosão
Custos: €€€
(p.ex: plantação de vegetação em contorno); Complexidade de aplicação: ++ durante a aplicação
ii) Em terrenos com limitações de drenagem, requerem Aplicação: curto prazo Elevado
a construção de canais de escoamento, elevando os
Legenda
custos de aplicação; Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
iv) Técnica muito laboriosa; Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
v) Exige manutenção regular; Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); + (fácil)
vi) Contribui para a desestruturação do solo durante a
Local de aplicação Meio de aplicação
sua aplicação.

Parâmetros técnico-económicos

Tratamento de encostas Mecânico


Matéria-prima:
Fonte: Torrejón, A., 2008
económica
Instalação: 1 a 3 Forma de aplicação
Rácio de aplicação:
pessoas 1 ha/dia/pessoa
Maquinaria: tractor Declive:
com pá escavadora 4-50%
Operação: só para
técnicos

Referências bibliográficas Construção de terraços Vala e camalhão


Prats, S., 2008; Úbeda, X., (2005); Embrapa, 2003; Fonte: Prats, S., 2008. Fonte: Prats, S., 2008.
Ambientebrasil - portal ambiente, 2006.
11. Revegetação ou restauração ecológica
Outros nomes: Revegetação, Repovoamento Florestal, Restoration, Revegetation

Objectivos Descrição e forma de aplicação

i) Utilizar as espécies vegetais rebrotadoras e A revegetação aplica-se para restaurar um ecossistema que
germinadoras de áreas florestais ardidas para foi destruído, por isso, os seus benefícios só se manifestam a
recolonizar; longo prazo.
ii) Manutenção do ciclo da água e do solo (Vallejo et A regeneração pode ocorrer naturalmente após incêndio por
al., 2006) que conduz ao aumento da biodiversidade e à rebrotamento ou por germinação das sementes sobreviventes
prevenção de incêndios florestais. ao fogo que existem no solo, ou por métodos indirectos,
através de plantação, designados de restauração.
Vantagens Podem ser utilizadas espécies herbáceas, arbustivas e
arbóreas tais como a esteva, urze, carrasco, Pinus e
i) Contribui para o aumento das taxas de produtividade quercíneas (Silva, J., 2002). A escolha dessas espécies é
florestal e para a oferta de emprego em áreas rurais feita com base em critérios como: a inflamabilidade, as
(Pausas et al., 2004); espécies dominantes das imediações, factores edafo-
ii) Extracção de madeira e produtos afins; climáticos, fitogeográficos, biológicos e económicos.
iii) A revegetação natural contribui para a diversidade A colocação de plântulas deve ser feita em perpendicular à
dos ecossistemas e da paisagem (Vallejo et al., 2003); linha de maior declive da encosta, enquanto que nas ravinas
v) A regeneração natural e a plantação manual da podem ser apoiadas em cepos e estacas. A plantação manual
vegetação gera poucos impactes negativos no consiste numa mobilização mínima do solo e proceder à
ambiente; colocação das plântulas. A plantação é mecânica nas
vi) Incorporação dos detritos florestais no solo (Silva, encostas com declive entre 5 e 20%, (Allen, J., 1999).
J., 2002).

Desvantagens Efectividade: ++ Risco de


Custos: €€€ erosão durante a
i) Técnica com resultados apenas no longo prazo; Complexidade de aplicação: aplicação
ii) O sucesso da restauração depende do grau de ++ (manual)/+++ (mecânica)
degradação do terreno, dos factores bióticos e sócio-
Baixo
Aplicação: médio/longo prazo
económicos (Vallejo et al., 2006);
Legenda
iii) As operações de exploração florestal podem levar Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
ao aumento da carga combustível (Silva, J., 2002); Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
iv) Competição das espécies introduzidas (exóticas) Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); + (fácil)
para a exploração florestal com a vegetação autóctone.
Local de aplicação Meio de aplicação
Parâmetros técnico-económicos

Rácio de aplicação:
Matéria-prima: 125un/jorna /declive
económica/cara inferior a 10%;
Instalação: 1 a 2 pessoas 100un/jorna declive Tratamento de encostas Mecânico
Manual
Maquinaria: enxada, pás até 50% Fonte: Torrejón, A., 2008
(manual), retroaranha Declive: Forma de aplicação
(mecânica) < 50%
Operação: necessária Espaçamento:
formação/só para técnicos linhas separadas 90cm
umas das outras.

Referências bibliográficas
Allen, J., 1999; Bautista et al., 1996; Gomes & Silva, J., Restauração de um bosque Revegetação natural
2002; Llovet &Vallejo, 2003; Maia, P., 2008; Pausas et al.,
Fonte: Fundo Quercus Conservação Natureza. Fonte: Maia, P., 2008.
2004; Vallejo et al., 2003; Vallejo et al., 2006; Silva, J., et
al., 2002; Fundo Quercus Conservação Natureza.
12. Cerca ou barreiras de sedimentos
Outros nomes: Silt Fences, Sediment Fences
Objectivos Descrição e forma de aplicação

As cercas são instaladas para reter sedimentos em O material usado para as cercas é o geotêxtil ou tela semi-
planícies pantanosas, em pequenos canais de drenagem permeável e deve ter uma altura máxima de 1 a 2m na base.
e nas encostas, providenciando assim, São colocadas estacas atrás da tela com uma distância de
temporariamente, o seu armazenamento, sendo o 2m umas das outras e enterradas no solo até 6cm. A tela é
objectivo principal a monitorização do movimento de amarrada à estaca com arame e deve ser grampeada junto
sedimentos (Robichaud et al., 2000). ao solo. Deve ser colocada segundo as linhas de contorno
da encosta e as estacas terminam a formar um ângulo com
Vantagens cerca de 25º no sentido ascendente da encosta. Pode selar-
se a base da tela ao chão e abrir um sulco atrás da cerca,
i) Remoção dos sedimentos por retenção da para reter os sedimentos, o que melhora a eficácia desta
escorrência; técnica. A nível de manutenção, é necessário que a cerca
ii) Diminuição do fluxo de escorrência, o que previne o seja limpa para não rasgar e não se perderem os
transporte de sedimentos; sedimentos.
iii) Produz pouca erosão durante a sua aplicação; As cercas devem ser colocadas na base das encostas e de
iv) Baixo impacte ambiental. preferência ao longo de uma linha de nível constante para
prevenir a concentração da escorrência.
Desvantagens
Podem ser usadas em conjunto com as barreiras de troncos
i) É necessária uma monitorização periódica de forma a em encostas rochosas onde estes não têm boa superfície de
não exceder a capacidade da cerca; contacto com o solo.
ii) As cercas não suportam uma grande carga de
Efectividade: +++ Risco de
sedimentos.
Custos: €€€ erosão durante a
Complexidade de aplicação: ++ aplicação
Aplicação: imediato/curto prazo Baixo
Parâmetros técnico-económicos Legenda
Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); + (fácil)

Rácio de aplicação:
Matéria-prima: 1 ha/dia/pessoa Local de aplicação Meio de aplicação
económica
Declive:
Instalação: 2 pessoas 5-40%

Espaçamento:
Utensílios: martelos, 10m
enxada, pá
Tratamento de encostas
Fonte: Torrejón, A., 2008 Manual
Forma de aplicação

Referências bibliográficas

Maia, P., 2008; Robichaud et al., 2000; Robichaud & Brown, Barreira para os sedimentos
2002. Fonte: Maia, P., 2008.
13. Barreiras de fardos de palha
Outros nomes: Straw bale check dams, Straw bale barrier
Objectivos Descrição e forma de aplicação

i) Reduzir a velocidade do fluxo do ribeiro e aumentar É um tipo de técnica para tratamento de canais em áreas
a deposição e retenção de sedimentos arrastados, ii) e pouco queimadas, ou após fogos de intensidade baixa. Uma
controlar a erosão na base da encosta, após o corte das barreira de fardos de palha, formada com 4 a 5 fardos, é
plantações. colocada em linha, perpendicularmente a um curso de água
pequeno para reter os sedimentos do fluxo de escorrência. O
Vantagens canal deve ser previamente limpo dos resíduos vegetais para
que os fardos assentem bem sobre o solo, sendo comum a
i) Instalação fácil e não necessita de muita mão-de- colocação de pedras para “calçar”o fardo, mantendo-o na
obra, uma vez que é utilizada em pequenos cursos de mesma posição. A área de drenagem deve ser restrita e a
água; barreira colocada para que a altura da água não exceda cerca
ii) Técnica eficiente para a recolha de sedimentos de 30cm em nenhum ponto.
(Robichaud & Brown, 2005); São colocadas em zonas de topografia suave.
iii) A efectividade é alta no controlo de sedimentos no Deve ser monitorizada após eventos chuvosos significativos,
primeiro ano a seguir ao incêndio. com o cuidado de remover os sedimentos e efectuar as
reparações necessárias.
Desvantagens
Efectividade: ++ Risco de
i) Matéria-prima cara no Norte de Portugal e rápida Custos: €€€ erosão durante a
decomposição do material; Complexidade de aplicação: + aplicação
ii) Este tipo de barreira não está concebida para resistir Aplicação: imediato/curto prazo
a grandes declives ou encostas e não deve ser colocada Baixo
como barreira de grandes fluxos de água;
iii) Podem deteriorar-se por condições climáticas Legenda
adversas, caudais fortes ou devido à influência da vida Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
selvagem;
Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
iv) As barreiras atingem a sua capacidade máxima nas Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); +
primeiras tempestades, assim a sua efectividade (fácil)
diminui rapidamente e, no caso de tempestades de
grande intensidade, podem transbordar. Local de aplicação Meio de aplicação

Parâmetros técnico-económicos

Mecânico
Manual
Matéria-prima: cara Rácio de aplicação: Tratamento de canais
Instalação: 2 pessoas S.d. Fonte: Torrejón, A., 2008
Maquinaria/utensílios: Espaçamento:
enxada, tractor, picareta, 15, 20, 50m Forma de aplicação
corda.
Operação: necessária
formação Robichaud et al., 2000:
armazenaram em média
0,8m3 sedimento/5fardos
palha. Alta efectividade
em 75 a 100% após o 1º
Barreiras de palha em canais
ano de instalação.
Fonte: Pinheiro, A., 2008

Referências bibliográficas

Baer, 2004; Pinheiro, A., 2008; Robichaud et al., 2000; Robichaud & Brown, 2005.
14. Barreiras de troncos
Outros nomes: Diques de troncos, Log Check Dams

Objectivos Descrição e forma de aplicação


As barreiras de troncos são estruturas estabilizadoras,
Estas barreiras retardam a velocidade de escorrência e ancoradas desde o topo do canal ou ravina até à base, sendo
assim travam a erosão dos sedimentos pela encosta utilizados para o efeito, troncos queimados resultantes do
abaixo (Robichaud et al., 2000). incêndio e disponíveis no local. São eficazes na
estabilização do canal a longo prazo e para armazenar
Vantagens sedimentos ou grandes quantidades de detritos orgânicos
(MacDonald, 1988).
i) Disponibilidade da matéria-prima no local e Os troncos podem ser colocados de forma vertical ou
aproveitamento dos recursos resultantes do incêndio; horizontal, amarrados por corda. Têm de se escavar
ii) A manutenção necessária para as barreiras é baixa; pequenos sulcos circulares ou horizontais cuja profundidade
iii) Material de maior durabilidade que a palha. deve ser metade da altura dos troncos. Os sulcos são
abertos com enxada, pás ou com recurso a tractor. Colocam-
Desvantagens se os troncos mais espessos na vertical e no meio da barreira
onde o fluxo de água é mais forte. Preenchem-se os sulcos
i) Dificuldade de aplicação é alta, exige muita mão-de-
com terra de forma a fixar os troncos. Nos trabalhos de
obra e por isso o custo da aplicação é elevado;
WOCAT as barreiras construídas tinham um comprimento
ii) As barreiras de troncos requerem mais esforço e
de 8m, largura de 15 a 20 cm e 1m de altura. Podem
habilidade para serem instaladas do que as barreiras de
também colocar-se pedras ou ramagem de forma a
palha.
estabilizar as barreiras ou então, plantar árvores. O tempo de
duração das barreiras é de 15 a 30 anos (Miles et al., 1988).

Risco de
Parâmetros técnico-económicos Efectividade: +++
erosão durante a
Custos: €€
aplicação
Complexidade de aplicação: ++
Aplicação: curto prazo Moderado
Matéria-prima: Rácio de aplicação:
s.d. Legenda
disponível in situ
Declive: Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Instalação: 2 pessoas Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
15%
Maquinaria/ Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Espaçamento:
utensílios: moto-serra, 5m Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); +
enxada, pá, picareta, (fácil)
medidor de nível, grua
de tractor. Robichaud et al., 2000: Local de aplicação Meio de aplicação
Operação: necessária Troncos com diâmetro
formação entre 35 a 40cm,
obtiveram uma eficiência
de 70 a 80% na retenção
de sedimentos (22m3/
tronco).
Manual Mecânico
Tratamento de canais
Fonte: Torrejón, A., 2008
Forma de aplicação

Referências bibliográficas

MacDonald, L., 1988; Miles et al., 1988; Robichaud et


al., 2000; Robichaud & Brown, 2005; WOCAT, 2007;
http://engenhariaverde.blogspot.com
Barreiras de correcção torrencial num canal
Fonte: http://engenhariaverde.blogspot.com
15. Barreiras de pedras
Outros nomes: Rock Check Dams, Rock Cage Dams, Rock Fence Check Dams

Objectivos Descrição e forma de aplicação


Para construir barreiras de pedras devem escavar-se valas
i) Controlar e reduzir o fluxo no canal e reter elementos perpendiculares ao fluxo de água do canal durante a época
grosseiros através das barreiras; seca após o incêndio para criar uma depressão. As pedras
ii) Estabilizar o canal do topo até à base, e também, as são então colocadas a uma profundidade de 15cm, ao
margens por forma a manter a capacidade do canal. longo de um comprimento de 2 a 3m, com uma largura de
0.8 a 1m e uma altura de 0.5 m. O centro da barreira deve
ser mais abaixo em relação às extremidades para permitir a
Vantagens passagem da água. O espaçamento é tal que a base de uma
barreira deve estar alinhada com o topo da seguinte. Os
i) A manutenção pode ser feita sem recurso a máquinas sedimentos devem ser removidos antes de se atingir
e exige pouca mão-de-obra; metade da altura da barreira.
ii) A durabilidade do material é alta. As pedras podem ser colocadas de forma manual ou
mecânica e resistem até ao evento chuvoso seguinte e
significativo (Miles, R., 1988).
Desvantagens

i) Muitos sedimentos que vêm no fluxo da corrente Efectividade: ++


passam entre as fissuras (Baer, 2004); Custos: € Risco de
ii) As barreiras necessitam limpeza periódica Complexidade de aplicação: erosão durante a
(Robichaud et al., 2000); ++ aplicação
iii) É necessário reparar e redesenhar a barreira quando Aplicação: curto prazo Moderado
cai alguma pedra.
Legenda
Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Parâmetros técnico-económicos Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); +
(fácil)

Local de aplicação Meio de aplicação


Matéria-prima:
económica
Instalação: 2 pessoas Rácio de aplicação:
Maquinaria/ s.d.
Utensílios: enxada, pá,
picareta, grua de tractor Manual Mecânico
Tratamento de canais
Operação: necessária
Fonte: Torrejón, A., 2008
formação
Robichaud et al., 2000: Forma de aplicação
Redução da produção de
sedimentos em 60%, em
ravinas; Retenção de 19 a
57m3 sedimentos/ha.

Barreira de pedras num canal


Fonte: http://engenhariaverde.blogspot.com

Referências bibliográficas
Baer, 2004; Miles et al., 1988; Robichaud et al., 2000; WOCAT, 2007; http://www.apfc.pt/projectos.html#corrtorr;
http://www.tennessee.gov/environment/wpc/sed_ero_controlhandbook/cd.pdf; http://engenhariaverde.blogspot.com
16. Barreiras de sacos de areia, solo ou cascalho
Outros nomes: Sand, Soil or Gravel Bags

Objectivos Descrição e forma de aplicação


Estas barreiras servem para controlar a erosão, a curto
i) Reduzir a erosão criada pela água das chuvas nos prazo, em pequenos canais (MacDonald, L., 1989).
canais, gullies, ii) reter os sedimentos, iii) promover a Permite estabilizar valas, ravinas e o gradiente de canal pela
infiltração, iv) diminuir o movimento de terra adjacente aplicação de sacos de areia, terra, cimento e cascalho
aos canais e gullies, onde o fluxo do subsolo causa misturados, para formar uma barreira transversal e evitar
deslize de terra e v) reduzir o ângulo de inclinação desmoronamentos nesses locais.
(WOCAT 2007). Colocam-se os sacos empilhados no canal ou ravina numa
altura até 2m e de forma a deixar a parte central da barreira
Vantagens mais baixa do que as extremidades para não criar muita
pressão (WOCAT, 2007). Esta técnica tem demonstrado
i) Baixo custo e matéria-prima disponível no local; resultados positivos para declives acentuados a muito
ii) Eficaz em canais e gullies de declives íngremes acentuados (30 a 60%) em clima sub-humidos, em altitudes
(WOCAT, 2007); que variam entre os 1000 e os 1500m (WOCAT, 2007). A
iii) Retardar e impedir a concentração de escorrência colocação de sacos deve ser feita por pessoas experientes e
(WOCAT, 2007); de forma manual. Podem ser aplicadas barreiras de ramos
iv) Estabilizar o solo; conjuntamente. O tempo de vida destas barreiras é de 2 a 3
v) Eficiente drenagem da água (WOCAT, 2007); anos o que implica que a grande parte dos sedimentos
vi) Redução do ângulo de inclinação (WOCAT, 2007). retidos são depois remobilizados, num período de 3 a 4 anos
(Miles et al. citado por MacDonald, 1989).

Desvantagem
Efectividade: ++ Risco de
i) Instalação laboriosa (Robichaud et al., 2000). erosão durante a
Custos: €
Complexidade de aplicação: ++ aplicação
Aplicação: curto prazo Baixo
Parâmetros técnico-económicos Legenda
Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); +
Matéria-prima: (fácil)
económica Rácio de aplicação: Local de aplicação Meio de aplicação
Instalação: 2 pessoas s.d.
Utensílios: sacos
sarapilheira, pá,
picareta, enxada.
Operação: necessária
formação

Manual
Tratamento de canais
Fonte: Torrejón, A., 2008
Forma de aplicação

Referências bibliográficas

MacDonald, L., 1989; Robichaud et al., 2000; WOCAT Sacos de cimento, solo ou cascalho
2007. Fonte: WOCAT, 2007
17. Tratamento da superfície do caminho
Areia grossa, pedra, betão ou asfalto
Outros nomes: Gravel on the running surface, Gravel over the roadbed

Objectivo Descrição e forma de aplicação

Criar uma superfície de rolamento mais resistente É uma prática comum que previne a erosão da superfície do
perante a erosão produzida pela chuva e pelos canais de caminho com a aplicação de uma camada de pedras ou areia
escoamento (regos) (Jackson, 1992). grossa que protege o solo mais fino do impacto das gotas de
chuva. Com a passagem dos veículos estas pedras chegam a
formar um bloco bastante compacto. Durante a execução é
Vantagens necessário colocar camadas de solo de locais mais secos, ou
seja, fazer remoção e depósito de terra, no curso do
i) A superfície do caminho coberta de pedras e areia caminho. Também se pode colocar asfalto ou betão na
grossa é mais difícil de erodir ficando também mais superfície de escoamento. A altura de preenchimento não
compactada; ultrapassa os 60 a 90cm (Jackson, 1992).
ii) Redução das perdas de Solo (WOCAT, 2007); Esta técnica deve ser aplicada apenas quando absolutamente
iii) Minimização da formação de regos e ravinas. necessária, uma vez que, o material de cobertura potencia a
ocorrência de alterações no padrão natural do escoamento
Desvantagens da água. Por este motivo, é necessário fazer acompanhar
estes caminhos de bons sistemas de drenagem (Jackson,
i) É necessário muito matéria-prima: saibro, areia, 1992).
betão;
ii) É necessário utilizar maquinaria pesada; Risco de
Efectividade: ++
iii) É necessário acompanhamento com técnicas de erosão durante a
Custos: s.d.
drenagem; aplicação
Complexidade de aplicação: +
vi) Pode influenciar o padrão de escoamento da água.
Aplicação: curto prazo Moderado

Legenda
Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Parâmetros técnico-económicos Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); +
(fácil)

Rácio de aplicação:
Matéria-prima: s.d. Local de aplicação Meio de aplicação
económica Declive:
Instalação: 2 pessoas s.d.
Maquinaria: camião Espaçamento:
s.d.

Tratamento de caminhos Mecânico


Manual
Fonte: Torrejón, A., 2008

Forma de aplicação

Referências bibliográficas

Jackson, B., 1992; WOCAT, 2007; The Ohio State


University, bulletin extension. Cascalho na superfície do caminho
Fonte: Pete Woyar, Bulletin 916
18. Tratamento das encostas e taludes
Outros nomes: Aplicação de resíduos florestais ou mulch, mantas orgânicas, sementeira
Objectivos: Descrição e forma de aplicação:
i) reduzir a erosão, ii) promover a revegetação; Os materiais utilizados nas vertentes ou encostas de
iii) estabilizar e proteger as encostas e taludes para caminhos florestais e, de acordo com o custo, são: i)
operações de sementeira ou plantação de estacas vivas mulch e sementeira ii) mantas vegetais orgânicas e
(Engenharia natural na recuperação de ecosistemas). sintéticas e iii) muros de pedra e betão (Llovet y
Vallejo, 2004). Para aplicar mantas orgânicas é
Vantagens: necessário estabilizar o talude em terrenos de
i) Protecção contra a erosão eólica e hídrica evitando-se inclinação e de seguida aplicar a manta orgânica
assim as perdas de solo; (Engenharia natural na recuperação de como revestimento do talude. A técnica de mulch é
ecosistemas); usada para tratamento de taludes com declive superior
ii) Estabilização das encostas e taludes; a 5%, ou de natureza argilosa onde a vegetação
iii) Redução de perda de solo (WOCAT, 2007), nas dificilmente se estabelece (Allen, J., 1999) e em áreas
encostas e taludes; sujeitas a intensa erosão como em solo nú, áreas
iv) Os materiais biodegradáveis ao decomporem-se próximas de canais de drenagem e vias temporárias
aumentam a fertilidade do solo; para descarga de troncos, skid trails (Allen, J., 1999).
v) Aumento da capacidade de retenção de água e A técnica de sementeira para tratamento de taludes é
redução da evaporação. feita de acordo com o declive. Em encostas pouco
íngremes é feita a sementeira directa ou de
Desvantagens: transmissão, em encostas íngremes ou locais de
i) As técnicas de hidro-sementeira e hidro-mulch, intensa erosão deve recorrer-se à hidro-sementeira.
colocação de matrizes fibrosas e os muros de pedra e Para mais informação ver descrição da forma de
betão são técnicas dispendiosas; ii) A aplicação da aplicação na ficha de sementeira (Allen, J., 1999).
técnica de sementeira directa requer posterior rega; iii) A
colocação de matrizes fibrosas, muros de pedra e a Efectividade: ++
Risco de
sementeira directa contribuem para a erosão do solo e o Custos: €€ erosão durante a
transporte de sedimentos durante a sua aplicação. Complexidade de aplicação: ++ aplicação
Aplicação: curto prazo Baixo
Parâmetros técnico-económicos
Legenda
Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Matéria-prima: In situ / Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
económico/caro Rácio de aplicação: Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo);
Instalação: 2 pessoas mulch de cascas- 8ton/ha ++ (complexo); + (fácil)
Maquinaria: camião, jacto (Projecto Recover)
expressor. mulch palha – 2ton/ha Local de aplicação Meio de aplicação
Operação: manual ou (Projecto Recover)
mecânica (económica, mas Sementeira - 0.03ton/ha
necessária formação).
ha/dia/pessoa:
Mulch -1 ha/dia;
Sementeira – 0,3 ha/dia
Custo (€): Mecânica
(Louro, G. et al.). Manual
Mulch:300-500€/ha Tratamento de caminhos
(Congresso internacional Fonte: Torrejón, A., 2008
Declive /Espaçamento:
de valorización do monte,
2008)
Aplicar nos taludes das Forma de aplicação
encostas.

Referências bibliográficas:
Allen, J., 1999; Llovet y Vallejo, 2004; Louro, G. et al.,
s.d.; Ochterski, J., 2004; Colocação de mantas em Muro de pedras numa
North Carolina Department of Environment & Natural encostas. encosta.
Resources, 2006; Engenharia natural na recuperação de Fonte: Engenharia natural na Fonte: Prats, S., 2008.
recuperação do ecossistema
ecosistemas.
19. Talude de aterro/Talude de corte
Outros nomes: Outsloped/Insloped

Objectivos Descrição e forma de aplicação

i) Evitar a acumulação de água na superfície do caminho; A drenagem de água num caminho pode ser feita criando
ii) Minimizar a erosão e evitar potenciais danos nos uma inclinação naquele de forma a conduzir a água para
caminhos (U.S. Environmental Protection Agency, 2008). uma vala formada pelo talude de corte (Insloped). A
construção do caminho também pode ser feita com uma
inclinação descendente, mas na direcção do talude de
Vantagens aterro (Outsloped), permitindo que a água seja drenada
para o exterior do caminho em direcção à área florestal
i) Quando estas técnicas são planeadas antes da (U.S. Environmental Protection Agency, 2008).
construção do caminho, facilitam a sua conservação; A inclinação do terreno deve ser menor que 20% e a do
ii) A construção do talude de aterro (outsloping) é de fácil caminho mais acentuada que 3% (Solari, 2008). Isto
aplicação e manutenção, sendo também económica; impede que a água afecte as margens do mesmo e que
iii) Permitem adequada drenagem e dispersão da seja drenada em pequenos volumes em locais aleatórios.
escorrência; Pode construir-se também uma berma no limite exterior
iv) Diminuição da velocidade do fluxo de escorrência de um caminho com inclinação (Solari, 2008). É uma
(WOCAT, 2007). técnica aplicada em caminhos florestais de uso sazonal e
para tráfego leve. No insloping, o corte do talude forma
Desvantagens uma vala para onde o declive do caminho converge,
i) É necessária uma manutenção adequada quando se conduzindo a água drenada para esse local. Ambas as
formam sulcos no caminho; técnicas recorrem ao uso de bulldozer e lâmina para uma
ii) Estas técnicas têm de ser planificadas e aplicadas nivelação correcta, ou seja, evitar uma superfície plana
aquando da construção do caminho; de um lado ao outro do caminho.
iii) O outsloping não pode ser planificado para áreas de
intensa drenagem nem de declives íngremes; Efectividade: ++ Risco de
Custos: s.d. erosão durante a
iv) O insloping é uma prática de manutenção mais
Complexidade de aplicação: ++ aplicação
laboriosa e dispendiosa quando comparado com outros
Aplicação: longo prazo
métodos de drenagem. Moderado
Legenda
Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Parâmetros técnico-económicos Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo);
+ (fácil)

Rácio de aplicação: Local de aplicação Meio de aplicação


Matéria-prima: s.d. s.d.
Instalação: s.d. Declive:
Maquinaria/ <20%
Utensílios: tractor, Espaçamento:
lâmina para s.d.
nivelamento Tratamento de caminhos Mecânico
Fonte: Torrejón, A., 2008
Forma de aplicação

Referências bibliográficas
Ángel, J., 2008; Prats, S., 2008; Ramos-Scharrón, 2007;
Forestry Extension Report 5;
U.S. Environmental Protection Agency, 2008; Cornell
Cooperative Extension, 2004; North Carolina - Division of Esquema da superfície do caminho Insloping e Outsloping com
tratamento
Forest Resources, 2006; WOCAT, 2007. Fonte: Ángel J., 2008 Fonte: Prats, S., 2008.
20. Drenagem da água da superfície do caminho
20.1 Rolamentos na superfície caminho
Outros Nomes: Rolling Dips

Objectivos Descrição e Forma Aplicação


i) Recolher e drenar a água para fora da estrada de forma
a evitar a sua acumulação na superfície e prevenir as São lombas arredondadas que formam um declive
enxurradas que podem criar sulcos, enquanto permite a inverso ao do caminho e que conduzem a água para
passagem de tráfego; fora do caminho. A construção de um só sulco leva
ii) Criar uma drenagem cruzada para diminuir o fluxo de cerca de 1hora, com recurso a um tractor ou bulldozer,
água na superfície do caminho ou dentro da vala, de ou então, de um escavador mecânico. A escavação de
forma a evitar a escorrência e erosão. uma lomba é feita cerca de 15 a 30 cm acima de onde o
eixo do sulco é planeado, e a profundidade do sulco é
Vantagens determinada pelo declive do caminho. A superfície do
i) Podem ser executadas após a construção do caminho; caminho deve fazer um ângulo de 30º com o eixo do
ii) Não precisam de grande manutenção se forem rolamento. O declive do caminho deve aumentar,
construídos adequadamente e com um espaçamento gradualmente, desde a parte terminal do rolamento
adequado; para que a escorrência não desça pela superfície do
iii) São indicados para caminhos temporários onde se caminho. À medida que o declive do caminho
efectua transporte de madeira; aumenta, os rolamentos são mais fundos e com ângulo
iv) São preferíveis às barreiras de água especialmente em maior, e o espaçamento entre eles diminui. Estruturas
ruas que se usam durante o ano inteiro e com tráfico aplicadas em trilhos e caminhos com mais de 12%
regular de tractores e máquinas agrícolas; inclinação.
v) São mais económicas que a instalação de tubagens ; Risco de
vi) Drenagem eficiente da água e controlo da velocidade Efectividade: ++
Custos: € Erosão durante a
de fluxo. aplicação
Complexidade de aplicação: +
Aplicação: médio prazo Baixo
Desvantagem
Legenda
Não devem cruzar fluxos de drenagem ou canais de águas
Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
naturais. Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++
(complexo); + (fácil)
Parâmetros técnico-económicos
Local de aplicação Meio de aplicação

ha/dia/pessoa: S.D.
Instalação: 2 pessoas Declive/Espaçamento:
Maquinaria/utensilios: 2-5% - espaçar 54 m. Mecânica
Tratamento de caminhos Manual
enxada, pá, picareta, pá de 5-10% - espaçar 45m.
tractor. 10-15% - espaçar 41m. Fonte: Torrejón, A., 2008
Operação: económica, mas
necessária formação Execução Esquema
(mecânica). Dados Efectividade:
s.d.

Bibliografia:
North Carolina Division of Forest Resources, 2006;
Cornell Cooperative Extension, 2004;
Rolamento na superfície Rolamento na superfície caminho
The Ohio State University, Bulletin extension;
caminho Fonte: Forestry Extension Report 5
Virginia Department of Forestry;
Fonte:Virginia Department of
Navarro Watershed Working Group; Forestry Extension Forestry
Report 5; Forest Practices Notes, nº.1, 1979; Natural
Resources and Environment, 2007.
20. Drenagem da água da superfície do caminho
20.2 Rampas convexas
Outros nomes: Broad Based Dips

Objectivos Descrição e forma de aplicação


As rampas convexas são depressões amplas e largas para
i) Drenar a água superficial de um lado para o outro do desviar a água do caminho para a floresta. São construídas
caminho; com um declive inverso ao do caminho e, o local de
ii) Impedir a escorrência da água superficial de desembocadura da água é reforçado com troncos, ramos ou
caminhos e valas para fluxos de drenagem, lagoas ou pedras embutidos, colocados perpendicularmente ao
zonas húmidas. caminho, para suportar a berma nesse local.
As rampas evitam a erosão do caminho e o aparecimento
de ravinas. As rampas devem formar um ângulo de 30º,
Vantagens com o eixo da superfície do caminho e, possuir uma
abertura para drenar água sobre o talude de aterro que deve
i) Requerem menos manutenção e são mais económicas ter uma inclinação de 3%. Se necessário, deve colocar-se
que a instalação de tubagens; nesses locais barreiras de pedra, palha ou silt fences para
ii) Não impedem a circulação normal de veículos e não os sedimentos. Para um declive de 2% a distância entre as
dificultam a movimentação dos mesmos; rampas deve ser 91m. Para 5%, 54m e para 8%, 45m.
iii) Podem ser aplicados após a construção do caminho; São aplicadas em caminhos temporários ou permanentes
iv) Eficiente drenagem do excesso de água e de transporte de madeira com inclinação menor que 12%.
sedimentos sobre o caminho.

Desvantagens Efectividade: s.d. Risco de


Custos: €€ erosão durante a
i) Não podem ser usadas em declives superiores a 10%, Complexidade de aplicação: s.d. aplicação
quando são esperados grandes caudais de água ou com Aplicação: médio prazo Moderado
bastante frequência;
ii) Requerem maior planificação que as barreiras para
água ou que as tubagens abertas. Legenda
Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Parâmetros técnico-económicos Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); +
(fácil)

Local de aplicação Meio de aplicação


Rácio de aplicação:
Matéria-prima: s.d. s.d.
Instalação: 2 pessoas Declive:
Maquinaria/ 8-10%
Utensílios: tractor, Espaçamento:
enxada, pás 43-46m
Operação: necessária Mecânico
formação Tratamento de caminhos
Fonte: Torrejón, A., 2008

Forma de aplicação
Referências bibliográficas
Allen, J., 1999; Robichaud et al., 2000; Cornell
Cooperative Extension, (2004); Forest Resources, Manual
2006; Forestry Extension; Georgia´s Best Management
Practices for Forestry, 1999; Minnesota Department of
Natural Resources; Natural Resources and
Environment, 2007 (The University of Georgia);
North Carolina - Division of Virginia Department of
Forestry; Navarro Watershed Working Group; The Esquema de uma rampa convexa
Ohio State University, Bulletin. Fonte: Georgia´s Best Management Practices for Forestry, 1999
20.3 Barreiras para a água
Outros nomes: Waterbars

Objectivos Descrição e forma de aplicação

i) Interceptar e desviar a escorrência superficial de São barreiras que se constroem perpendicularmente ao


caminhos e valas; caminho e que conduzem a água para o seu exterior. A
ii) Prevenir a excessiva erosão até que a vegetação escavação é feita com a pá de um tractor e deve formar uma
natural possa ser estabelecida. vala com um ângulo para drenagem entre 30º a 45º com a
horizontal do caminho em sentido descendente (Wiest,
Vantagens 1998). Usa-se o material escavado para construir uma berma
de terra do lado descendente da vala. O topo da berma deve
i) Requer pouca manutenção; ficar com 30,5cm de altura em relação à base da vala. A
ii) Drenagem eficiente do excesso de água em saída de descarga da vala deve ser colocada a 7,5cm abaixo
caminhos, trilhos e descarregadouros; da extremidade superior para impedir a acumulação de água
iii) Podem ser instaladas após construção do caminho e colocam-se rochas ou galhos para dissipar o movimento
ou quando este está fechado. do fluxo de água. Devem-se colocar barreiras de água antes
de alterações significativas do declive ao longo do caminho,
Desvantagens para prevenir que a água escorra para as partes mais
íngremes. São colocadas em caminhos temporários e
i) Dificulta a circulação de veículos; abandonados, trilhos e açeiros quando estes já não são
ii) Manutenção difícil; utilizados.
iii) Os solos congelados e rochosos dificultam a
construção destas barreiras.
Efectividade: s.d.
Risco de
Custos: s.d. erosão durante a
Complexidade de aplicação: s.d. aplicação
Aplicação: médio prazo Moderado
Parâmetros técnico-económicos
Legenda
Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Matéria-prima: s.d. Rácio de aplicação: Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Instalação: 2 pessoas s.d.
Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); +
Maquinaria/ (fácil)
Declive:
Utensílios: tractor, <15%; 15-30%
enxada, pás Local de aplicação Meio de aplicação
Espaçamento:
Operação: manual/ 76-18m; 14-10m
necessária formação
Custo total: s.d.

Tratamento de caminhos Manual Mecânico


Fonte: Torrejón, A., 2008
Forma de aplicação

Referências bibliográficas

Wiest, R., 1998;


Forest Practices Notes, nº.1, 1979; Minnesota
Department of Natural Resources; Natural Resources Vista de topo de barreiras de
água. Representação esquemática de
and Environment, 2007 (The University of Georgia); barreiras para a água
North Carolina - Division of Forest Resources, 2006; Fonte: http://ohioline.osu.edu/b916/
0005.html Fonte: http://ohioline.osu.edu/b916/
http://ohioline.osu.edu/b916/0005.html 0005.html
20.3 Barreiras para a água
20.3.1 Desvios laterais para a água
Outros nomes: water turnouts

Objectivo Descrição e forma de aplicação

Tal como os Broad Based Dips, Rolling Dips e Water Os desvios laterais para a água são valas de largura igual à
Bars, o objectivo é transportar a água do caminho e das pá de um bulldozer (equipamento usado para a sua
valas para uma área não perturbada ou vegetada, onde construção) que permitem desviar a escorrência para fora
o fluxo diminui e os sedimentos são filtrados e retidos. do caminho. Para a sua execução, intercepta-se uma linha
de vala em toda a profundidade e o sulco escavado tem
que fazer um ângulo em relação à horizontal do caminho
Vantagens e na direcção da superfície de aterro. Em caminhos
inclinados ou íngremes os turnouts devem fazer um
i) Técnica económica; ângulo de 30 a 45º em relação à horizontal do caminho no
ii) Durante a construção dos desvios para água há sentido descendente na encosta.
pouca movimentação e perda de solo nas áreas
Devem-se colocar pedras e galhos na desembocadura para
adjacentes ao caminho.
prevenir a erosão. Os turnouts não devem drenar a
Desvantagem escorrência para riachos, valas ou áreas de drenagem.
Devem ser espaçados numa distância que permita boa
É necessária uma manutenção regular para evitar o drenagem da água. São usados em caminhos inclinados e
entupimento provocado por eventos excessivos de podem realizar-se de forma manual.
escorrência ou sedimentação.

Efectividade: s.d. Risco de


Custos: s.d. erosão durante a
Complexidade de aplicação: s.d. aplicação
Aplicação: médio prazo
Parâmetros técnico-económicos Baixo
Legenda
Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Rácio de aplicação: Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Matéria-prima: s.d.
s.d. Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Instalação: 2 pessoas
Declive: Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); +
Maquinaria/ (fácil)
11-15%
Utensílios: tractor,
Espaçamento:
enxada, pás, medidor
61-30m
ângulo Local de aplicação Meio de aplicação
Operação: necessária
formação

Tratamento de caminhos Manual Mecânico


Fonte: Torrejón, A., 2008

Forma de aplicação

Referências bibliográficas

Allen, J., 1999; Ramos-Scharrón, C. & Bache, J., 2007;


Natural Resources and Environment, 2007 (The
University of Georgia); North Carolina Division of
Forest Resources, 2006; Oklahoma State University, Water Turnout
Division of Agricultural Sciences and Natural Fonte: North Carolina. Division of Forest Resources
Forestry Leaflet, 2007.
Resources.
20.3 Barreiras para a água
20.3.2 Deflectores de borracha
Outros nomes: Correia de borracha, Rubber Deflector

Objectivo Descrição e forma de aplicação

Desviar fluxos de água de pequenos caminhos O deflector é uma correia de borracha com um comprimento
florestais e em locais de tráfego reduzido. entre 13 a 41cm e 1,3cm de espessura que está apertada
entre tábuas de madeira. Para ser instalada é escavado um
Vantagens sulco na superfície do caminho e colocadas as tábuas de
ambos os lados. Uma parte da correia de borracha deve ficar
i) Técnica económica; 8cm acima da superfície do caminho para desviar a água.
ii) Fácil execução; Esta deve fazer no mínimo um ângulo de 10º em sentido
iii) Necessária pouca manutenção; descendente em relação à superfície do caminho. Na saída
iv) É preferível em relação aos rolamentos e rampas do deflector devem colocar-se pedras para evitar a lavagem
convexas de drenagem pois é viável a circulação de de sedimentos desse local pela encosta abaixo (Wiest, R.,
equipamentos agrícolas. 1998).
A instalação pode ser executada de forma manual ou
Desvantagens mecânica. É necessário cuidado quando se usa um nivelador
no caminho para não ocorrer cisalhamento dos deflectores,
i) Não é viável em caminhos com intensa circulação de
especialmente no Inverno. Utilizadas em caminhos com
tráfego;
fluxo de água reduzidos e necessitam de pouca manutenção.
ii) Técnica eficaz apenas para caminhos com
escorrência de baixo fluxo. Efectividade: s.d. Risco de
Custos: s.d. erosão durante a
Complexidade de aplicação: aplicação
s.d.
Baixo
Aplicação: médio prazo
Parâmetros técnico-económicos Legenda
Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); +
Matéria-prima: Rácio de aplicação: (fácil)
económica s.d.
Instalação: 1 pessoa Declive: Local de aplicação Meio de aplicação
Maquinaria/ s.d.
Utensílios: enxada, Espaçamento:
pá, nivelador s.d.
Operação:
necessária formação
Manual Mecânico
Tratamento de caminhos
Fonte: Torrejón, A., 2008

Forma de aplicação

Referências bibliográficas

Wiest, R., 1998;


BMP Field Guide Cornell Cooperative Extension, Representação esquemática Pormenor de um
de um deflector de borracha deflector de borracha
2004; Virginia Department of Forestry, Forestry
Fonte: Serviços Florestais USDA, Fonte: Wiest, R., 1998
Extension. 1998 (Adaptado de Paul Karr).
20. Desvios laterais para a água
20.4 Tubagens abertas
Outros nomes: Open top culvert

Objectivo Descrição e forma de aplicação

Recolher e direccionar a água para uma área vegetada As tubagens abertas podem substituir qualquer uma das
de forma a reduzir a erosão nos caminhos e permitir a outras técnicas de drenagem de água dos caminhos, excepto
continuação da circulação de tráfego. a drenagem do talude de aterro. O canal do fluxo de
escorrência destas tubagens, deve estar à superfície do
Vantagens caminho e de forma a descrever um ângulo entre 10 a 45º
em sentido descendente. A tubagem alonga-se para além da
i) Promove um bom escoamento da água, quando margem do caminho e a parte terminal é nivelada com as
acompanhadas de uma boa manutenção; valas laterais.
ii) Técnica barata e de fácil aplicação. Na saída da tubagem podem colocar-se diferentes tipos de
materiais, como pedras, para dissipar a velocidade da água e
a erosão do fluxo de sedimentos à saída da tubagem. Na
instalação colocam-se lateralmente, no sulco previamente
Desvantagens aberto, dois troncos com 7,5cm de diâmetro e com
comprimento igual à largura do caminho e também, uma
i) Necessitam de manutenção frequente;
tábua na base do sulco. Colocam-se tubos galvanizados de
ii) Só são utilizadas nos fluxos de água de baixa
aço, com cerca 2,5cm de diâmetro para ligar ambos os
intensidade e em terreno de inclinação suave.
troncos laterais. Para ligar a madeira da base aos troncos
laterais, usam-se pregos com comprimento de cerca de
22cm.

Parâmetros técnico-económicos
Efectividade: s.d. Risco de
Custos: €€ erosão durante a
Complexidade de aplicação: s.d. aplicação
Aplicação: médio prazo Baixo
Rácio de aplicação:
Matéria-prima: s.d. Legenda
económica Declive: Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Instalação: 1 pessoa s.d. Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
Maquinaria/ Espaçamento: Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Utensílios: enxada, Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); +
s.d. (fácil)
pá, nivelador
Operação: Local de aplicação Meio de aplicação
necessária formação

Tratamento de caminhos Manual


Fonte: Torrejón, A., 2008
Forma de aplicação

Referências bibliográficas

Wiest, R., 1998; Vista de topo da construção de


A landowner´s guide to building forest access roads, tubagem aberta Tubagem aberta encaixada num caminho
1998; Conservation Practices for Homeowners, 2006. Fonte: Wiest, R., 1998. Fonte: Conservation Practices for Homeowners,
2006.
21. Canalização e drenagem das linhas de água
21.1 Sulcos, Valas e Valetas
Outros nomes: Ditch, Trench, Channel, Unroked ditch, Rocked ditch.

Objectivos Descrição e forma de aplicação


As valas construídas em caminhos secundários, ou
Condução da escorrência superficial das linhas de água redes secundárias e terciárias, para transporte de
produzida em tempestades moderadas. madeira, têm uma secção triangular de 45cm de
profundidade, com comprimentos de 90cm na parte
Vantagens lateral do caminho e 30cm na zona do talude de corte
(U.S. Environmental Protection Agency, 2008). O
i) Adequados para regimes de chuva moderados; gradiente mínimo de caudal no sulco ou vala de 0.5%,
ii) É requerida apenas uma manutenção anual. a 2% é aconselhável, para assegurar uma boa
drenagem. O caminho deve ter uma inclinação de pelo
Desvantagens menos 3% para escoar a água da vala. Em solos
sujeitos a muita erosão, as valas devem ser amplas e
i) Não suportam regimes de chuva torrencial; de inclinação suave. Quanto menor o caudal, de água
ii) Para maior eficácia, deve ser acompanhada com na vala maior, a frequência de drenagem.
técnicas de drenagem, como os desvios para a água ou as Em solos sujeitos a muita erosão, as valas devem ser
tubagens. amplas e de inclinação suave.
Este sistema de drenagem transporta a água para
rolamentos ou rampas convexas (rolling dips, broad
based dips), sendo a água depois drenada para áreas
vegetadas por desvios laterais (turnouts) de forma a
Parâmetros técnico-económicos facilitar o seu escoamento.

Efectividade: ++ Risco de
Rácio de aplicação: Custos: € erosão durante a
200 a 250 árvores/ha Complexidade de aplicação: + aplicação
Matéria-prima: In situ / (Miles et al.,1988). Aplicação: médio prazo Baixo
económico
Instalação: 1 a 2 pessoas Legenda
Maquinaria/Utensílios: Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
enxada, pá, picareta, Dados Efectividade: Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
nivelador, pá de tractor. s.d. Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo);
Operação: manual ou ++ (complexo); + (fácil)
mecânica (económica) Declive /Espaçamento:
s.d. Local de aplicação Meio de aplicação

Tratamento de caminhos Manual Mecânica


Fonte: Torrejón, A., 2008

Forma de aplicação

Referências bibliográficas
Llovet y Vallejo, 2004; Wiest, R., 1998; U.S.
Environmental Protection Agency, 2008. Vala de cimento
Fonte: Pinheiro, A., 2009
21. Canalização e drenagem de linhas de água
21.2 Tubagens fechadas
Outros nomes: culvert, pipe culvert, bueiro tubular

Objectivo Descrição e forma de aplicação

Drenar o fluxo de água para a parte baixa do caminho, A técnica consiste em desviar a água para uma tubagem
nas encostas laterais ou no talude de aterro. fechada e diminuir o volume de escorrência das linhas de
água, para reduzir a erosão e os sedimentos transportados.
Vantagens Para colocar a tubagem abre-se um sulco debaixo do
caminho que fique a pelo menos 30, 48 cm de profundidade
i) Adequadas para regimes de chuva torrencial; em relação à superfície e cobre-se com mulch compactando
ii) Muito eficiente para travar a erosão. firmemente com terra à volta da tubagem. A parte inferior
da tubagem deve assentar numa camada de cascalho ou solo
Desvantagens que também poderá ser colocado à entrada e saída desta
tubagem. O tamanho recomendado para a tubagem é função
i) Construção dispendiosa e de difícil aplicação;
da área de drenagem, do caudal da água de escorrência e do
ii) Tubagens de diâmetro inferior a 38cm necessitam de
volume de tráfego esperado, de veículos e máquinas
manutenção frequente.
agrícolas.
Durante chuvas intensas, a existência de uma tubagem
permite que a superfície do caminho fique estável e que não
ocorra escorrência sobre este. O espaçamento depende do
declive: quanto maior o declive, menor deve ser o
espaçamento.
Parâmetros técnico-económicos
Efectividade: +++ Risco de
Custos: s.d. erosão durante a
Rácio de aplicação: Complexidade de aplicação: ++ aplicação
Matéria-prima: cara s.d. Aplicação: longo prazo Elevado
Instalação: 2 pessoas Declive:
Legenda
Maquinaria/ <10%; 10-21; >21% Efectividade: +++ (muito eficiente); ++ (eficiente); + (ineficiente)
Utensílios: enxada, Custos: € (barato); €€ (moderado/elevado); €€€ (muito elevado)
pá, tractor Espaçamento: Aplicação: a prazo imediato; curto prazo; médio prazo; longo prazo
Operação: 43-50m; 41-30m; Complexidade de aplicação: +++ (muito complexo); ++ (complexo); +
necessária formação <30m (fácil)

Local de aplicação Meio de aplicação

Tratamento de caminhos Manual Mecânico


Fonte: Torrejón, A., 2008
Forma de aplicação

Referências bibliográficas

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Department of Forestry - BMP Field Guide.
Glossário
A
Adubos
São compostos químicos que visam suprir as deficiências em substâncias vitais à sobrevivência das espécies vegetais. Podem ser de origem
mineral quando são extraídos de minas e transformados em indústrias químicas. São directamente assimilados pelas plantas ou sofrem
apenas pequenas transformações no solo antes de serem absorvidos. Podem ser também de origem orgânica (animal ou vegetal), sendo de
acção mais lenta que os minerais, visto que necessitam transformações antes de serem assimilados. Promovem o desenvolvimento da flora
microbiana e por consequência melhoram as condições físicas do solo.

Autóctone
Espécies da flora que ocorrem naturalmente ou de forma espontânea numa determinada região.

Agente humidificante
Componente que aumenta a penetração e a distribuição da água em terrenos compactados e com estruturas pesadas.

B
Biodiversidade
É a variedade das formas de vida e dos processos que as relacionam, incluindo todos os organismos vivos, as diferenças genéticas entre
eles e as comunidades e ecossistemas em que ocorrem.

Biomassa
É a quantidade total de matéria viva existente num ecossistema ou numa população animal ou vegetal. Esta massa constitui uma importante
reserva de energia, pois é formada essencialmente por hidratos de carbono. Dentro da biomassa, podemos distinguir algumas fontes de
energia com potencial energético considerável tais como: a madeira e os seus resíduos.

Biossólidos
São lamas de depuração, ou originado em estação de tratamento de esgoto, que segue o decreto-lei n.º 118/2006, de 21 de Junho de 2006, e
que passou por tratamento biológico para redução de organismos patogénicos, e que pode ser aplicado em solos agrícolas e florestais
(como fertilizante ou condicionador de solos), como matéria-prima da compostagem, ou num sistema benéfico para o homem (fabrico de
tijolos e fonte de energia).

Bosque misto
Extensão de terreno coberto de árvores de diferentes espécies.

C
Caminho
É o espaço delimitado e consolidado com recurso a elementos naturais adequados à minimização dos impactes sobre o meio, que permite o
acesso à envolvente em condições de segurança e conforto de utilização.

Canal efémero
É um corpo de água, riacho, córrego, rio, lagoa ou lago efémero que só existe durante alguns dias após uma precipitação ou degelo.

Carga combustível
É a quantidade de combustível existente por unidade de área, usualmente expressa em toneladas por hectare ou quilogramas por metro
quadrado. Representa o peso seco após eliminação da humidade. A carga total de combustível refere-se à quantidade máxima que pode
arder na situação mais extrema. A carga combustível constitui a porção da carga total removida pelo fogo, e depende bastante da
humidade.

Ciclo biogeoquímico
É o percurso realizado no ambiente por um elemento químico essencial à vida. Ao longo do ciclo, cada elemento é absorvido e reciclado
por componentes bióticos (seres vivos) e abióticos (ar, água, solo) da biosfera, e às vezes pode se acumular durante um longo período de
tempo no mesmo lugar. É por meio deste ciclo que os elementos químicos e compostos químicos são transferidos entre os organismos e
entre diferentes partes do planeta.
C
Cinzas
Resultam da combustão da matéria orgânica. Após um incêndio, as cinzas fazem com que o solo fique temporariamente enriquecido em
nutrientes sob a forma mineral, os quais podem ser facilmente utilizados pelas plantas.

Coesão (solo)
É a forma como as partículas do solo se encontram ligadas entre si. Os solos cujas partículas apresentam uma baixa capacidade de
agregação entre si, são chamados leves ou soltos, caso se verifique a situação inversa denominam-se compactos ou fortes.

Cola ecológica
É um produto feito à base de poliuretano vegetal (resina de eufórbia), de grande poder de colagem, sem cheiro, que não contém solventes
nem liberta gases tóxicos.

Combustão
É uma reacção química exotérmica entre uma substância (o combustível) e um gás (o comburente), geralmente o oxigénio, que liberta
calor. Numa combustão completa, o combustível reage com um comburente, e como resultado obtêm-se compostos resultantes da união de
ambos, além de energia, sendo que alguns desses compostos são os principais agentes causadores do efeito estufa (como é o caso do
dióxido de carbono).

Combustibilidade
Expressão qualitativa da facilidade e intensidade da combustão ou do comportamento do fogo. É um termo genérico originalmente
concebido para classificar espécies e leitos de combustível. Quando empregue à escala da formação vegetal ou da paisagem é sinónimo de
perigosidade ou perigo de incêndio.

Combustível florestal
Qualquer material orgânico, vivo ou morto, no solo ou acima deste, capaz de alterar em ignição e queimar. De acordo com a sua
distribuição podem classificar-se em combustíveis de solo (materiais abaixo da superfície da floresta como húmus, raízes de árvores, tocos
em decomposição e turfa), superficiais (materiais depositados sobre o piso da floresta como folhas, ramos, galhos, cascas, cones e frutos),
e aéreos (localizados no sub-bosque e na parte superior da copa das árvores, separadas da superfície da floresta por uma altura superior a
1,8m).

Contorno
O mesmo que curva de nível.

Curvas de nível
São um caso particular de uma família de curvas chamadas de curvas de contorno ou "curvas de isovalor", que têm como principio o facto
de unirem pontos com o mesmo valor da variável que se pretende representar. Neste caso, as curvas de nível servem para identificar e unir
todos os pontos de igual altitude de um determinado lugar. Oferecem uma visão tridimensional do terreno.

D
Degradação do solo
A degradação do solo pode ocorrer em três níveis: fertilidade, erosão e contaminação.
A primeira refere-se à diminuição da capacidade do solo em suportar e manter vida. São produzidas modificações ao nível das
características físicas (perda da estrutura, diminuição da permeabilidade, etc.), ao nível químico (perda de nutrientes, acidificação,
salinização, etc.) e ao nível biológico (diminuição da matéria orgânica).
Quanto à erosão, consiste na destruição física da estrutura do solo e pode ser provocada pela água, vento ou pelas actividades antrópicas.
A degradação por contaminação (substâncias que se tornam tóxicas quando ultrapassam certos níveis) afecta, não só a produtividade do
solo, mas também as águas subterranêas e superficiais, o ar, a fauna e a vegetação, podendo estar na origem de problemas de saúde pública.

Drenagem
É o conjunto de operações necessárias para eliminar o excesso de humidade do solo.

E
Ecossistemas
São os complexos dinâmicos constituídos por comunidades vegetais, animais e de microrganismos, relacionados entre si e com o meio
envolvente, considerados como uma unidade funcional.
E
Encostas
Nome genérico dado a todas superfícies inclinadas que delimitam as áreas elevadas do relevo. Também podem ser designadas como
vertente ou talude.

Erosão
É o processo de degradação da superfície do solo, das margens ou leitos das águas, sob acção de agentes físico-químicos e biológicos,
designadamente águas superficiais e vento, podendo ser potenciada por acção antrópica. Também pode ser definida pelo processo de
desprendimento e transporte de partículas do solo pela água, vento ou gravidade.

Escorrência superficial
É a água que flui por acção da gravidade de modo não organizado, das zonas mais elevadas para as zonas mais baixas. Esta água irá
terminar em lagos, rios, oceanos, etc. A escorrência ocorre quando a taxa de precipitação ou um influxo de água de fusão (por exemplo,
quando derrete gelo) se torna superior à capacidade de infiltração de um solo. A magnitude do escoamento superficial depende da
intensidade da precipitação, permeabilidade do terreno, duração e frequência da precipitação, tipo de coberto vegetal, declive dos terrenos,
etc.

Espécie endémica
Espécie da flora ou da fauna de ocorrência exclusiva numa dada área geográfica.

ETAR
Acrónimo de Estação de Tratamento de Águas Residuais. Estas estações tratam as águas residuais, de origem doméstica, agrícola ou
industrial, até um nível de poluição inofensivo para o ambiente receptor, que pode ser o mar ou um rio. Deste tratamento resultam as lamas
de ETAR, também designadas lamas de depuração, que depois de compostadas (decomposição das lamas por microrganismos) podem ser
aplicadas ao solo como fonte de nutrientes.

Estrutura do solo
Engloba o tamanho, a forma, o arranjo formado pelas partículas e os respectivos espaços vazios de um solo. Exerce influência na
humidade, arejamento, fertilidade, drenagem da água e erodibilidade do mesmo. Solos com boa estrutura facilitam a circulação da água e
do ar permitindo o transporte de nutrientes dissolvidos, essenciais às plantas, assim como o processo de respiração da fauna e da flora do
solo.

Evaporação
Processo através do qual as moléculas de água, sob a influência das radiações solares ou outras fontes de calor, adquirem energia suficiente
para passar do estado líquido para o gasoso.

Exótica
Exótica ou alóctone é a espécie da flora e fauna que se admite ter origem numa área geográfica exterior ao território nacional e que é
introduzida pelo homem, acidental ou intencionalmente.

F
Fertilidade do solo
A fertilidade é uma das características dos solos que os permite serem produtivos. É caracterizada pela riqueza e disponibilidade em
nutrientes no solo. O azoto, o fósforo e o potássio são nutrientes que as plantas necessitam em maiores quantidades para o seu crescimento.
A presença de microrganismos no solo possibilita a decomposição da matéria orgânica, tornando os nutrientes disponíveis para as plantas.
A matéria orgânica pode ainda melhorar a estrutura do solo, reter humidade e promover uma boa drenagem da água. A fertilidade tem
influência no crescimento, rendimento e qualidade das plantações.

Fixador orgânico
Componente orgânico que forma um película resistente à água e que auxilia na retenção de água e na resistência à erosão ou, polímero
fixador que electroquimicamente fixa as partículas de solo com todos os tipos de mulch.

Fogo controlado
É a utilização do fogo no espaço florestal sob condições, normas e procedimentos conducentes à satisfação de objectivos específicos e
quantificáveis e que é executada sob responsabilidade de técnico credenciado.

Fogo Florestal
Tem acção directa ou indirecta, sobre as árvores e restante vegetação, bem como sobre o solo, a fauna e outros recursos existentes na
floresta ou que desta dependem.
H
Humidade do solo
É a percentagem de água existente no solo situada acima da superfície freática, incluindo o vapor de água existente nos interstícios
(espaços vazios).

I
Incêndio
É um fogo descontrolado em zonas naturais, bosques e lugares com abundante vegetação. Podem-se originar por relâmpagos, descuidos
humanos mas, em muitas ocasiões são intencionados.
A propagação de um incêndio depende das condições meteorológicas (direcção e intensidade do vento, humidade relativa do ar,
temperatura), do grau de secura e do tipo de coberto vegetal, orografia do terreno e a acessibilidade ao local do incêndio.
Um incêndio pode propagar-se pela superfície do terreno, pelas copas das árvores e através da manta morta. Os incêndios de grandes
proporções são normalmente vistos a vários quilómetros, devido aos seus fumos negros e densos.

Infiltração
É o movimento da água para o interior do solo provocado pelo efeito da gravidade e pelo potencial capilar.

Inflamabilidade
Medida da maior ou menor facilidade de um combustível entrar em ignição.

Intensidade do fogo
É a quantidade de energia libertada por unidade de comprimento da frente de chamas, em unidades de Kw por metro. Calcula-se
multiplicando a velocidade de propagação e a energia calorífica libertada por unidade de área, que é proporcional à carga de combustível
disponível.

Introdução
Consiste na disseminação ou libertação, por acção humana, intencional ou acidental, de espécimes da flora ou da fauna, incluindo
sementes, ovos, propágulos ou qualquer porção que possa sobreviver ou reproduzir-se, fora da área natural de distribuição, passada ou
presente, da respectiva espécie, subespécie ou taxon inferior.

Invasora
Espécie exótica de flora e fauna de uma determinada região e que possui uma grande capacidade de reprodução, regeneração e ocupação
quer de biótopos naturais quer artificializados, podendo concorrer fortemente com as espécies espontâneas dessa região.

L
Lavragem mínima
Sistema de mobilização de conservação do solo que, embora intervindo em toda a superfície do terreno, mantém uma quantidade
apreciável de resíduos da cultura anterior à superfície do solo para o proteger.

Linha de água
É o espaço físico por onde é drenada a água de escoamento. Apresenta uma extensão variável ao longo do ano, dependendo do volume
(caudal).

M
Manta orgânica
Existem vários tipos de manta orgânica ou biomanta, geralmente constituídos por uma malha geossintética leve de reforço, e, conforme a
aplicação, com inclusões de fibras de origem vegetal, tais como palha e fibra de coco. Aumenta a capacidade de retenção de água do solo e
reduz a evaporação.

Material geotêxtil
Tecidos cujas fibras de polyester ou polipropileno estão bem organizadas formando uma manta. As principais funções dos geotêxteis são i)
a drenagem: permite o escoamento de água, substituindo uma ou mais camadas de agregados naturais; ii) a separação de
materiais: evita a mistura de materiais diferentes granulometrias, permitindo o fluxo de água nos dois sentidos; iii) o reforço de solo:
aumenta a resistência do material de aterro/fundação e iv) a filtração: permite a rápida percolação de água devido à sua textura porosa e
permeável.
M
Material lenhoso
É uma designação dada às plantas que são capazes de produzir madeira como tecido de suporte dos seus caules devido à presença de
linhina (substância que confere rigidez, impermeabilidade e resistência aos ataques microbiológicos à planta).

Matéria orgânica
A matéria orgânica (m.o.) consiste numa grande variedade de compostos de carbono presentes no solo. Estes compostos originam-se da
deposição natural, ou antrópica, de resíduos vegetais (raízes, folhas, ramos) e animais (excrementos, animais mortos) no solo,
desempenhando um papel fundamental nos ciclos biológico, da água e dos nutrientes (biogeoquímicos). A m.o. pode ser dividida em duas
grandes categorias: a m.o. estabilizada (húmus), que está altamente decomposta e estável, e a fracção facilmente degradável (activa) que
está constantemente a ser transformada pelos organismos vivos (plantas, animais e microrganismos).

Monitorização
É o processo de observação e recolha sistemática de dados sobre o estado do ambiente ou sobre os efeitos ambientais de determinada
técnica, e a descrição periódica desses efeitos por meio de métodos analíticos com o objectivo de permitir a avaliação da eficácia das
técnicas aplicadas para evitar, minimizar ou compensar os impactes ambientais significativos decorrentes da execução de determinada
actividade florestal.

P
Permeabilidade
É a maior ou menor dificuldade com que a percolação da água ocorre através de um solo. A permeabilidade é influenciada pelo tamanho e
arranjo das partículas, e pela sua porosidade.

Poder calorífico
Quantidade de calor que 1 kg de combustível pode libertar. Parte desta quantidade de calor é utilizada no aquecimento do próprio
combustível (calor latente da combustão), elevando a sua temperatura até ao ponto em que se inicia a combinação do combustível com o
oxigénio da atmosfera (combustão), o que produzirá ainda mais calor que irá aquecer a parte ainda não comburida, e assim sucessivamente,
fechando-se o ciclo de reacções de combustão.
Usualmente expressa em Joules por grama ou quilojoules por quilograma.

Polímero absorvente
Compostos macro-moleculares, capazes de absorver grandes volumes de água ou de soluções aquosas. Utilizam-se em solos florestais ou
agrícolas para melhorar a capacidade de retenção de água ou para recuperar solos de zonas desertificadas.

Porosidade
Refere-se à relação entre o volume de espaços vazios e o volume total de uma amostra de solo. Divide-se em micro e macroporosidade,
sendo que esta variação deve-se à forma e ao arranjo das partículas do solo. A água no solo é retida por capilaridade entre os microporos e
entre os macroporos, circula por gravidade.

R
Ravina
Canal formado pela erosão e pelo fluxo de água, intermitente ou concentrado, durante e imediatamente após precipitação de grande
intensidade.

Reflorestação
Termo que se aplica à implementação de espécies florestais em áreas de floresta mas que, por acção antrópica ou natural, perderam suas
características originais. A reflorestação pode ter objectivos comerciais, como a produção de madeiras ou objectivos ambientais, como a
recuperação de áreas degradadas e a melhoria da qualidade da água.

Rego
É uma incisão rasa e estreita no solo decorrente da erosão superficial da rugosidade do solo. Alguns regos podem continuar a alongarem-se
e/ou a aprofundarem-se ao longo do tempo originando ravinas ou até mesmo pequenos ribeiros. Outros, podem diminuir ou até mesmo
desaparecer, quando acumulam sedimentos que são depositados pela escorrência superficial.

Repelência
É a tendência que o solo tem para formar uma camada hidrofóbica (repelente à água), durante o fogo que, consequentemente, impede a
infiltração e percolação da água em profundidade no solo.
R
Rugosidade superficial
A rugosidade da superfície do solo é representada pela ondulação do terreno, mais precisamente pelas variações de altura das
microelevações e da profundidade das microdepressões superficiais, bem como pela sua distribuição espacial. O aumento da rugosidade
superficial do solo é responsável pelo aumento da armazenagem de água na superfície, da infiltração de água no solo e da retenção de
sedimentos e, por isso, pela redução da erosão hídrica.

S
Sementes autóctones (banco)
Consiste em armazenar sementes que existem no solo do próprio local a ser recuperado e que se quer preservar, manejar e incrementar.
Certos processos de degradação podem eliminar a floresta sem todavia destruir o potencial de germinação das espécies que estão
armazenadas, sob a forma de sementes, na camada superficial do solo.

Sementes comerciais
Mistura de sementes, usadas como revestimento vegetal, e que pode ter uma diferente constituição de acordo com as zonas edafo-
climáticas. Usualmente para zonas de clima oceânico sub-humido, 10 a 20% da mistura de herbáceas tem na sua composição Festuca
rubra, Lolium perene Agropyrum repens e Festuca arundinaceae. Em solos ácidos 15 a 25% da composição da mistura é rica em
Crataegus monogyna, Prunus spinosa, Rosa canina, Lupinus hispânicus.

Sedimentos
Consiste na deposição de solo, erodido ee transportado,
transportado, dos
dos locais
locais aa montante
montante para
para jusante
jusantede
deuma
umabacia
baciahidrográfica.
hidrográfica.AAsedimentação
sedimentaçãopode
pode
ocorrer pela deposição dos sedimentos transportados
transportados pela
pela água,
água, vento
vento ou
ou gravidade
gravidade em em depressões
depressões nas
nas encostas,
encostas, em
em cursos
cursos de
de água,
água,
terraços, caminhos, etc.

Solo
Consiste no material mineral ou orgânico, poroso,
poroso, que
que resulta
resulta da
da meteorização
meteorização lenta
lenta da
darocha-mãe
rocha-mãepela
pelaacção
acçãodosdosagentes
agenteserosivos,
erosivos,como
comoaa
água e o vento e sujeito às acções
acções do
do clima
clima ee dos
dos organismos
organismos vivos.
vivos. Serve
Serve como
como oo meio
meionatural
naturalpara
paraoosuporte
suporteeecrescimento
crescimentodedeplantas.
plantas.ÉÉ
formado por
pordiferentes
diferentescamadas
camadasdevido
devido
às diferenças
às diferenças
físico-químicas,
físico-químicas,
biológicas
biológicas
e morfológicas
e morfológicas
que possui
que constituindo
possui constituindo
assim, o designado
assim, o
“perfil
designado
do solo”.
“perfil do solo”.
É composto por material inconsolidado, orgânico
orgânico ou
ou mineral,
mineral, água
água (onde
(onde estão
estão dissolvidos
dissolvidos os
os nutrientes)
nutrientes) ee arar(permite
(permiteaarespiração
respiraçãodos
dos
microrganismos e das raízes das plantas).

Sucessão Florestal
Sequência de etapas que se desenvolvem depois da ocorrência de distúrbios quando as fontes de sementes e animais são afectados. Se a
condição inicial for solo nú, a sucessão consistirá na acumulação de reservas no solo, crescimento da população microbiana, e
desenvolvimento das propriedades que se encontram num ecossistema maduro. As características do ecossistema maduro são: alta
diversidade, reciclagem de nutrientes, reserva de matéria orgânica no solo, e plantas e animais que utilizam a maior parte da luz solar e
outros recursos. A maturidade que caracteriza um ecossistema denomina-se clímax.

T
Talude
Inclinação de um terreno em consequência de uma escavação ou, escarpa. Volume inclinado de terra, coberto por vegetação, ou não, que
actua como muro de suporte, impedindo o deslizamento do solo.

Tela semi-permeável
Membrana que permite a passagem de um solvente tal como a água, mas previne a passagem de substâncias dissolvidas como soluto ou
sedimentos.

Técnicas
Refere-se ao modo como a instalação é projectada, construída, conservada, explorada e desactivada, bem como as técnicas utilizadas no
processo de produção.

Transplantação
A transplantação é a deslocação de plântulas ou plantas já desenvolvidas dum local para outro: 1) repicagem: transplantação de plântulas
com alguns meses após germinação; 2) transplantação de plantas de 1 ano ou mais, do seminário para o plantório; 3) transplantação de
plantas de semente ou de plantas de plantório para o local definitivo. As implicações fisiológicas que envolvem, e as suas consequências,
são operações fundamentais da técnica de produção de plantas.
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