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25/02/2016

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Métodos de conversão


Colegiado de Engenharia Florestal
DEAS 032 – Recursos Energéticos Florestais

COMBUSTÃO DIRETA

CONVERSÕES CARBONIZAÇÃO
Combustão da Madeira TERMOQUÍMICAS
GASEIFICAÇÃO
LIQUEFAÇÃO
BIOMASSA

FERMENTAÇÃO
Prof.: Dr. Dalton Longue Júnior CONVERSÕES
BIOQUÍMICAS DIGESTÃO ANAERÓBICA

Vitória da Conquista - BA

COMBUSTÃO COMBUSTÃO

Informações Gerais Informações Gerais

Combustão, combustão direta ou queima direta; Reações ocorrem em cadeia e geram produtos intermediários instáveis (radicais livres)
Processo de reações químicas exotérmicas principalmente; que são responsáveis pela transmissão de energia química que se transformará em
energia térmica, promovendo a sustentação e propagação do fogo.
Ocorre entre um combustível e um comburente em condições específicas;
Liberação de luz, calor, fumaça e gases.
combustível + comburente + temperatura ignição

Processo de oxirredução entre um combustível e um comburente, na


presença de excesso de oxigênio, sob uma combinação de fatores que resíduos sólidos + energia + gases
ocorrem simultaneamente, gerando calor, o que é, portanto, uma
reação química exotérmica.

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COMBUSTÃO COMBUSTÃO

Combustíveis Combustíveis

Toda substância capaz de reagir com oxigênio e de liberar energia térmica; Propriedades dos combustíveis que influenciam na combustão:
Substância que reage com o oxigênio (ou outro comburente) liberando energia,
usualmente de modo vigoroso, na forma de calor, chamas e gases.
Granulação do combustível: a superfície específica do combustível (m2/kg) é variável
conforme o tamanho das partículas, determinando a potência da combustão;
Supõe a liberação da energia nele contida em forma de energia potencial a uma forma
Conteúdo de água: retarda o processo de combustão, pois parte da energia fornecida
utilizável.
para que o processo seja auto-sustentável é utilizada para evaporar a água presente no
Podem ser sólidos, líquidos ou gasosos; combustível;
Conteúdo de componentes voláteis: quanto mais elevado o teor de gases voláteis
Capacidade de entrar em combustão é maior nos combustíveis gasosos; oxidáveis, mais rápido será o processo de combustão e mais uniforme a chama se
Madeira se transforma em gases incialmente, para em seguida, combinarem com apresenta;
oxigênio e ocorrer a combustão.
Conteúdo de cinzas: um teor elevado de cinzas presente no combustível ocasiona
atraso no processo de combustão e maior quantidade de cinzas no interior da fornalha.

COMBUSTÃO COMBUSTÃO

Composição química elementar de alguns combustíveis Comburentes

Combustíveis(%) C (%) H (%) O (%) S (%) N (%) Inorgânicos (%)


Toda substância capaz de proporcionar a existência das chamas, ativando e
Óleo diesel 86,0 13,1 0,9 intensificando o fogo;
Querosene 85,6 14,3 0,1 O oxigênio é o comburente mais comum utilizado na maioria das câmaras de
Carvão mineral 52,3 3,7 9,6 1,2 0,9 32,5 combustão (ar atmosférico);
Carvão vegetal 74,5 3,0 17,0 0,5 1,0 4,0 O ar atmosférico possui uma quantidade de vapor d’água e uma massa seca formada
Madeira 50,2 6,3 43,1 0,1 0,4 por nitrogênio (78,1%), oxigênio (21,0%), argônio (0,9%), dióxido de carbono (0,03%),
neônio (0,001%) e outros (0,0001%);
Outras propriedades dos combustíveis que afetam a combustão são: Porém há casos isolados de combustões em que o comburente é o cloro, o bromo
• Poder calorífico (chama verde) e se combinado com o cloro (chama azulada); o enxofre (chama
• Umidade amarela) e o flúor - comburente considerado muito perigoso.
• Densidade
• Teor de materiais voláteis
• Cinzas
• Granulometria

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COMBUSTÃO COMBUSTÃO

Comburentes Comburentes

Temperatura de ignição: temperatura necessária para que a mistura entre combustível Temperatura de fulgor: temperatura mínima em que um combustível começa a
e comburente inicie o processo de combustão; desprender vapores que, se entrarem em contato com fonte externa de calor, se
incendeiam.
Para a continuidade da combustão, as condições de ocorrência da temperatura de
ignição devem ser mantidas. Temperatura de combustão: temperatura mínima em que o combustível desprende
gases que, em contato com fonte externa de calor, se incendeiam, mantendo-se as
Combustível Temperatura de ignição (ᵒC) chamas. No ponto de combustão, portanto, as chamas continuam. O ponto de
combustão da madeira é da ordem de 300 °C.
Carvão mineral 400 – 500
Temperatura de ignição: temperatura mínima em que gases desprendidos de um
Carvão vegetal 340 – 400
combustível se inflamam pelo simples contato com o oxigênio do ar. No caso da
Lenha seca 300 madeira (não seca), a temperatura de ignição é superior a 350°C.
Gás metano 650
Monóxido de carbono 650
GLP 500

COMBUSTÃO COMBUSTÃO
Comburentes
Comburentes
A disponibilidade dos 3 T´s se relacionam com a combustão da seguinte forma:
Para que a combustão ocorra são necessários os elementos fundamentais combustível, Disponibilidade do combustível e oxigênio: dosagem correta do combustível,
comburente e temperatura de ignição; completando o excesso de oxigênio para que a combustão seja completa.
As reações de oxidação se processarão a depender dos 3 T´s: São recomendados para os combustíveis sólidos (30 – 60%), líquidos (10 – 30%)
Temperatura de ignição; e gasosos (5 – 20%) de excesso de oxigênio.

Turbulência do comburente; Contato do combustível com oxigênio: contato do combustível com a fonte
comburente deve ser o maior possível, para facilitar as reações químicas de oxidação.
Tempo disponível para combustão.
Tal contato pode ser aumentado com a pulverização, desintegração e/ou
aumento da turbulência do comburente no interior da câmara de combustão.
Disponibilidade de tempo e espaço: para que a combustão seja completa, precisa haver
tempo e espaço suficientes.
Ocorrência da temperatura de ignição: a mistura de combustível e comburente deve
ser aquecida até a temperatura de ignição.

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COMBUSTÃO COMBUSTÃO

Princípios Gerais Etapas da combustão

Combustão espontânea raramente ocorre; Primeiro estágio: SECAGEM da madeira (evaporação da água);
O início da combustão se dá sempre com a introdução de calor; Segundo estágio: QUEIMA DOS MATERIAIS VOLÁTEIS gerados pela degradação
dos constituintes da madeira (combustão em chamas visíveis);
Todos os combustíveis completam a combustão na fase gasosa.
Terceiro estágio: QUEIMA DO CARBONO FIXO em forma de brasa
incandescente.

COMBUSTÃO COMBUSTÃO

Etapas da Combustão Etapas da Combustão

Etapa 1: secagem
Evaporação e eliminação da água;

Etapa 2: queima dos materiais voláteis


Temperatura mínima para o desprendimento de gases é atingida;
Formação de chamas visíveis;
Temperatura de ignição é atingida;
Gases se inflamam pelo simples contato com o oxigênio do ar;
Quanto maior o teor de materiais voláteis no combustível, mais duradoura
será a chama;
Quanto maior o desprendimento dos materiais voláteis, mais rápido o
combustível se inflamará e se queimará.
Etapa 3: queima do carbono fixo na forma de brasa incandescente.

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COMBUSTÃO COMBUSTÃO

Etapas da Combustão Etapas da Combustão

As cinzas são o resíduo sólido da combustão, juntamente com algum resíduo de A umidade presente na biomassa:
carbono incombusto presente nas cinzas ou nos gases, denominados fuligem.
aumenta o custo com transporte,
As três fases da combustão ocorrem simultaneamente numa fornalha, pois a mesma é
Reduz o poder calorífico;
continuamente alimentada com lenha e há interferência do vapor de água que se
desprende no primeiro estágio, com destilação no segundo e assim sucessivamente. Aumenta o consumo de combustível;
Em relação a quantidade de água contida na madeira, é chamava madeira verde Dificulta a queima;
quando a lenha apresentar mais de 50% de umidade e madeira seca ao ar quando esse
teor baixar para 30%. Aumento volume de produtos da combustão;

A água contida na madeira como umidade e a água formada pela queima ou reação de Provoca perdas de calor com gases de escape;
oxidação do hidrogênio incorporam-se aos produtos da combustão na forma de vapor. Faz necessário Aumento da potência do exaustor de gases
Aumenta a quantidade de monóxido de carbono no gás de exaustão.

COMBUSTÃO COMBUSTÃO

Reações químicas relacionadas a combustão Reações químicas relacionadas a combustão

Durante a combustão ocorrem reações químicas entre o oxigênio do ar atmosférico e Combustão Completa do Carbono
os constituintes do combustível (C, H, S, principalmente);
+ → ∆ = −8.100 /
C e H contribuem em maior proporção na liberação de energia;
Combustão Incompleta do Carbono
A combustão é dita completa quando todos os elementos do combustível possíveis de
se combinarem com o oxigênio reagirem com ele, não restando combustível algum; + → ∆ = −2.436 /
Ou seja, quando houver oxigênio suficiente para oxidação completa de todos os Combustão do Hidrogênio
elementos combustíveis;
2 + → 2 ∆ = −33.900 /
Resulta em gases com alto teor de gás carbônico e índices insignificantes de fuligem e
monóxido de carbono; Combustão do Enxofre
Se não houver oxigênio suficiente, a combustão é dita incompleta ocorrendo grandes + → ∆ = −2.210 /
quantidades de fuligem e monóxido de carbono, provocando redução da eficiência do
sistema de queima.

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COMBUSTÃO COMBUSTÃO

Ar estequiométrico Ar estequiométrico

Parâmetros da combustão: estudados para definir as condições ideais que reflitam na Ar atmosférico possui 23% de oxigênio (massa) e ocupa 21% (volume).
melhor eficiência do processo – formação dos produtos da combustão e a quantidade
Ar atmosférico rico em oxigênio e o nitrogênio não interfere nas reações (excelente
de calor liberada na câmara de combustão, a depender da quantidade de ar
comburente) – alta disponibilidade e nulidade de custo.
disponibilizada.
Em alguns casos específicos pode haver o enriquecimento do ar atmosférico com gás
Ar estequiométrico: quantidade mínima de ar necessária para reagir quimicamente
oxigênio a fim de elevar o percentual de oxigênio na mistura gasosa.
com o combustível no processo de combustão, garantindo sua queima.
Existem equações que estimam a quantidade de ar teórico necessário para a queima
Conhecendo a composição química elementar do combustível e os coeficientes das
completa de um combustível.
reações químicas da combustão é possível calcular a quantidade necessária de
oxigênio para a combustão dos materiais.
Isso é fundamental para o dimensionamento dos equipamentos de queima (fornalhas,
fornos, queimadores, caldeiras, etc).
Necessário o conhecimento da taxa de alimentação do ar de combustão e das
características dos gases gerados (composição, volume, temperatura) para o melhor
rendimento do equipamento.

COMBUSTÃO COMBUSTÃO

Ar estequiométrico Ar estequiométrico

Equação de Lora e Happ (1997 O processo de queima ainda sofre interferências tipo:
Granulometria do combustível;
= 0,0889 ∗ + 0,375 ∗ + 0,265 ∗ − 0,0333 ∗
Estado de divisão do combustível;
= volume teórico de ar (m3 ar/kg de combustível)
Sistema de injeção de ar;
C = teor de carbono, %; S = teor de enxofre, %; H = teor de hidrogênio, %
O = Teor de oxigênio, % Tempo de contato ar/combustível;
Sistema de combustão.
Essa equação se refere a um consumo de ar teórico para uma combustão ideal, na qual
todas as partículas combustíveis são aproveitadas.
Para assegurar a queima completa do combustível, uma quantidade maior de ar que a
Na prática a combustão completa dificilmente será obtida utilizando-se apenas o ar
teórica é fornecida ao sistema para garantir que todas as reações ocorram.
teórico ou estequiométrico, havendo grande chance do combustível não queimar
totalmente, ocorrendo formação de CO ao invés de CO2,reduzindo a quantidade de O oxigênio não consumido sairá junto com os produtos da combustão.
energia liberada pelo sistema.

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COMBUSTÃO COMBUSTÃO

Exercício 1 Coeficiente de excesso de ar

Calcular o volume de ar teórico para a combustão de uma lenha seca e úmida (U = 30%), A insuficiente vazão de ar leva a uma combustão incompleta (com formação de CO e
usando a composição seguinte: fuligem), reduzindo a eficiência de queima do combustível;
O excesso de ar além de certos limites não é desejável porque promove um
resfriamento do dispositivo de queima e arrasta a energia térmica útil para fora do
C = 47,5%; H = 6%; N = 1%; S = 0,1%; O = 44%; Cinzas = 1,5% sistema;
O ar deve ser sempre admitido sob controle preciso do operador do equipamento de
= 0,0889 ∗ + 0,375 ∗ + 0,265 ∗ − 0,0333 ∗ queima.

Portanto é necessário um excesso de ar para que a combustão seja completa, ou seja,


estar em excesso.

COMBUSTÃO COMBUSTÃO

Coeficiente de excesso de ar Coeficiente de excesso de ar

Se na câmara de combustão estiver presente apenas o ar estequiométrico, sempre O excesso de ar é calculado a partir do combustível, a depender:
haverá um local na câmara com ar em excesso (próximo a entrada de ar) e outro com Composição química do combustível;
falta de ar (distante da entrada de ar), que irá proporcionar a queima incompleta.
Método de queimas;
Temperatura no interior da fornalha;
Se na câmara de combustão houver grande excesso de ar, haverá combustão completa,
Método de exaustão dos gases;
mas esse excesso de ar diminuirá a temperatura da câmara e aumentará a quantidade
de gases de escape, ocasionando perda de rendimento. Tipo de grelha;
Granulometria do combustível.

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COMBUSTÃO COMBUSTÃO

Coeficiente de excesso de ar Coeficiente de excesso de ar


Valores de referência já determinados (CETEC, 1988):

Equação para estimativa do coeficiente de excesso de ar: Combustível Dispositivo Coef. Excesso de Ar (n)
Grelhas rotativas com ar forçado 1,15 a 1,50
21 Carvão britado
$= Grelhas planas com ar natural 1,50 a 1,65
21 −
Carvão moído Ciclone 1,10 a 1,20
n = coeficiente de excesso de ar
Carvão pulverizado Fornalha inteiramente irradiada 1,15 a 1,20
O2 = concentração de oxigênio na saída da chaminé
Queimador de óleo de baixa pressão de ar 1,30 a 1,40
Óleo combustível Queimador de pulverização mecânica 1,20 a 1,25
Queimador de pulverização mecânica c/ vapor auxiliar 1,05 a 1,15
Grelhas planas com ar natural 1,40 a 1,50
Lenha
Grelhas planas com ar forçado 1,30 a 1,35
Grelha inclinada 1,40 a 1,50
Bagaço de cana
Fornalha celular 1,25 a 1,30
Gás de refinaria Queimador com registro 1,05 a 1,10

COMBUSTÃO COMBUSTÃO

Coeficiente de excesso de ar

Quantidade de ar necessária para combustão completa do combustível considerando o


excesso de ar pode ser estimada:

( & ') =$∗ ()&ó +,-)

Var(real) = volume real de ar (m3/kg)


N = coeficiente de excesso de ar
Var(teórico) = volume teórico de ar (m3/kg)

Para otimizar o excesso de ar é necessário o controle preciso da combustão, que pode


ser conseguido seus produtos da saída da fornalha (CO2, CO e O2).

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COMBUSTÃO COMBUSTÃO

Exercício 2 Volume dos produtos da combustão

Com base no exercício anterior no qual foi calculado o volume de ar teórico, supondo Combustão completa da biomassa: principais produtos (CO2, SO2, H2O, N2 e O2)
que o combustível seja lenha que será queimada numa grelha plana com ar forçado,
calcular o volume de ar real: O volume de SO2 é muito inferior ao de CO2, logo volume de gases triatômicos
(SO2 + CO2) é igual ao volume de CO2;
C = 47,5%; H = 6%; N = 1%; O = 44%; Cinzas = 1,5% Volume total de produtos da combustão é calculado para temperatura e pressão
normal, devendo ser corrigido para a temperatura da secção do sistema de queima.

( & ') =$∗ ()&ó +,-)

COMBUSTÃO COMBUSTÃO

Volume dos produtos da combustão (m3/kg) Exercício 3

. / = 0,111 ∗ + 0,0124 ∗ 0 + 0,016 ∗ $ ∗


A partir dos dados sobre a composição elementar (base em massa de trabalho) do
1 = 0,008 ∗ 2 + 0,79 ∗ $ ∗ eucalipto obtido no exercício anterior e conhecendo-se, também, a composição dos gases
produzidos pela composição na saída da fornalha. Determinar:
/ = 0,21 $ − 1 ∗
O volume de ar teórico e real necessário para a combustão.
3/ = 0,01866 ∗ + 0,375 ∗ 4 = + O volume de gases produtos da combustão do eucalipto na saída da caldeira.

5 = 3/ + . / + 1 + / A concentração de cinzas nos produtos da combustão.


Dados: C = 47,5%; H = 6%; N = 1%; O = 44%; S = 0,1%; Cinzas = 1,5%
5 (6&,-) = 3/ + 1 + /
A =1,23; aarr = 0,6%
10 ∗ < ∗
7$8 9(5/:; ) = =
5
W = teor de umidade da biomassa, base seca (%)
V0ar = volume teórico de ar (m3/kg)
n = coeficiente de excesso de ar
A = teor de cinzas (%)
aarr = quantidade de cinzas arrastadas pelos gases (%)

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COMBUSTÃO COMBUSTÃO
Dispositivos para queima da biomassa florestal
Dispositivos para queima da biomassa florestal
Fornalhas
Fornalhas
Podem ser classificadas de acordo com a natureza do combustível:
Projetados para queima completa do combustível de modo eficiente e
contínuo; Fornalhas para combustíveis sólidos (carvão, lenha, etc);

Opera em condições que permite o controle e maior aproveitamento da Fornalhas para comb. sólidos pulverizados (pó de carvão, casca de arroz);
energia térmica liberada da combustão, com maior rendimento térmico Fornalhas para combustíveis líquidos (gasolina, óleo diesel, etc).
possível.
Fornalhas destinadas a queima da lenha podem ser classificadas de acordo com o
aproveitamento dos gases das fornalhas:
Fornalhas de fogo direto: utilizam os gases quentes da combustão
diretamente sobre o produto, com maior rendimento, tendo como
inconveniente a possível entrada de particulados e gases indesejáveis (CO);
Fornalhas com aquecimento indireto: proporcionam gás quente de melhor
qualidade, pois os gases provenientes da combustão são conduzidos a um
trocador de calor onde ocorre o aquecimento de uma segunda substância
(como água)

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Dispositivos para queima da biomassa florestal Dispositivos para queima da biomassa florestal

Fornalhas Fornalhas
No caso das fornalhas para combustíveis sólidos (biomassa florestal), seu Requisitos no projeto de uma fornalha:
tamanho e forma dependem:
Permitir alimentação continua e uniforme do combustível;
do tipo de combustível a ser queimado;
Possuir aberturas reguláveis para entrada de ar primário e secundário;
do dispositivo utilizado na queima;
Possibilitar a remoção eficiente das cinzas;
da quantidade de calor que deve ser liberado num intervalo de tempo.
Apresentar boa triagem para retirada contínua dos produtos da combustão.

Deve ser baseada nos três princípios da combustão: temperatura, turbulência e


tempo, para propiciar mistura homogênea de ar e combustível, na dosagem
ideal e no tempo correto, bem como permitir o aquecimento do combustível
até sua ignição autossustentável e combustão completa.

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Dispositivos para queima da biomassa florestal Dispositivos para queima da biomassa florestal

Fornalhas Fornalhas
Uma fornalha bem projetada deve apresentar dimensões mínimas, mas ao Componentes de uma fornalha
mesmo tempo suficientes para uma combustão eficiente.
Câmara de combustão: espaço projetado para que ocorra a combustão da
Volumes pequenos podem permitir uma combustão parcial, com presença lenha e gases voláteis gerados, liberando energia térmica;
de material ainda combustível nos gases que deixam a fornalha
Grelha: estrutura localizada na parte inferior da câmara de combustão com
(incombustos);
a função de manter a lenha suspensa, servindo como apoio, facilitando seu
Volumes grandes, por apresentarem maior superfície de irradiação, podem contato com o ar;
implicar menor temperatura na câmara de combustão, podendo dificultar o
Entrada de ar primário: regulável, localizada em ponto estratégico da
processo de ignição das partículas do combustível.
fornalha e tem por função propiciar a entrada de ar necessário a
combustão, além de facilitar a mistura combustível-comburente;
Saídas de ar: aberturas destinadas a saída dos gases gerados durante a
combustão e do excesso de ar comburente;
Cinzeiro: reservatório localizado abaixo da grelha, destinado a armazenar os
resíduos da combustão (cinzas).

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Dispositivos para queima da biomassa florestal Dispositivos para queima da biomassa florestal

Fornalhas Fornalhas para queima de gases da carbonização

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Dispositivos para queima da biomassa florestal Dispositivos para queima da biomassa florestal

Queimadores pirolíticos Caldeiras

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