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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

MARANHÃO/ CAMPUS BACABAL

DISCIPLINA: QUÍMICA AMBIENTAL

MINISTRANTE: JANILSON LIMA

ALUNO: VALÉRIA DE SOUSA SILVA

PERÍODO: 5°

INCINERAÇÃO

BACABAL – MA
2023
VALÉRIA DE SOUSA SILVA

INCINERAÇÃO

BACABAL – MA
2023
RESÍDUOS SÓLIDOS

Atualmente os resíduos sólidos são um dos maiores problemas na sociedade, pois ao


descartarem de maneira incorreta acaba causando danos ao meio ambiente e
consequentemente a saúde humana. É utilizado a técnica de compostagem que é um
processo do qual é realizada a reciclagem da matéria orgânica descartada, sendo uma
forma ecologicamente e financeiramente viável, tendo como resultado final um produto
humificado e rico em nutrientes sem causar danos ao meio ambiente.

INCINERAÇÃO

A incineração é a queima de rejeitos industriais e do lixo urbano, pode ser em fornos ou


em incineração em específico. Os resíduos são incinerados em instalações apropriadas
capazes de promover a combustão completa e controlada, de modo a assegurar a total
transformação do material e dos resíduos em cinzas inertes e em gases de natureza
conhecida e ambientalmente aceitáveis.

A CONAMA 36/2002 estabelece critérios e padrões para o licenciamento, como:


Monitoramento ambiental, Gestão de resíduos, Emissões atmosféricas e Licenciamento
ambiental.

MECANISMO DA COMBUSTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Por mais que os resíduos sólidos urbanos sejam incinerados como uma massa única,
devem ser considerados como uma mistura de diversos combustíveis. É mostrado na
figura de uma maneira bem resumida, como se processa o mecanismo geral da
combustão.

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Sequência das reações:

1. Secagem e aquecimento das partículas: Ocorre na massa sólida do resíduo,


iniciando-se com a secagem que elimina a umidade contida no material (pois é
um processo físico). Seguida do aquecimento do resíduo até um nível de
temperatura no qual os processos químicos associados à oxidação térmica se
iniciam. Os processos são endotérmicos, o consumo de energia é função do teor
de umidade, da capacidade calórica e da condutividade térmica da massa de
resíduos. A existência, entre outros, de material ferroso e vidro nos resíduos reduz
a disponibilidade de energia para o aquecimento e secagem da fração combustível
dos mesmos, ou seja, a energia necessária e os fatores de reação para viabilização
deste processo são função da composição específica da massa de resíduos.

2. Pirólise, sublimação e outras reações de volatização de sólidos: Na volatização de


sólidos a pirólise é o mecanismo dominante, dos resíduos incinerados, ação
relevante especialmente sobre o papel, papelão, plástico, resíduos de madeira e
alguns tipos de alimentos. É um mecanismo muito complexo, mas quando em
equipamento específico e combustível homogêneo, pode ser manipulado em
função da temperatura e da maior ou menor presença de oxigênio para gerar mais
ou menos voláteis e/ou carvão reativo.

Pode se dizer em maneira geral que os subprodutos da pirólise de sólidos são CO2,
CO, H2O, CH4, CXHY, NH4, Carvão reativo, inertes e os chamados voláteis não

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condensáveis (VNC), que são na sua maioria hidrocarbonos de baixo peso
molecular. Além deste, o mecanismo gera inúmeros fragmentos de radicais, tais
como hidroxila, radicais metoxil e outros provenientes de clivagem de grupos
funcionais como a lignina, celulose, estireno, etileno, propileno, etc.
3. Pirólise de gases e geração de radicais livres: Os VNC’S são fontes potenciais
de formação de poluentes. Neles é que ocorre o processo de pirólise de gases,
gerando diversos radicais e fragmentos.
4. Reações de oxidação primária: É nesta fase que ocorre a queima. Diversas reações
podem ocorrer, com inúmeras possibilidades e probabilidades de sequências e
inter-relações, normalmente via oxidação com oxigênio e hidroxilas.
5. Reações de pós – combustão de gases: Fase final onde ocorrem as sequências de
reações necessárias para a oxidação do monóxido de carbono e redução de
presença de hidrocarbonos não mecânicos e outros produtos da combustão
incompleta.
6. Reações gás-sólidos de oxidação: Supre grande parte da energia necessária para
secagem e ignição do combustível na câmara de combustão, auxiliando no
processo de pirólise de sólidos.

Os subprodutos da incineração (resíduos):

A. Escória.
B. Cinzas Volantes.
C. Gases.

O teor elevado de O2 nos gases de combustão, reage com os compostos orgânicos


presentes nos resíduos, gerando CO2 e H2O. O teor de O2, interfere na velocidade de
reação de decomposição dos compostos orgânicos, que aumenta com o aumento de O2
nos gases de combustão. Teor min de O2 recomendado nos gases de combustão
incineradores 7%. Com a turbulência elevada nos gases de combustão facilita o contato e
a reação do O2 com os compostos orgânicos presentes nos gases de combustão ou nos
resíduos sólidos, como a injeção de ar a alta velocidade.

O tempo de residência na câmara de combustão: função do tamanho da câmara de


combustão, temperatura e turbulência. Câmara de combustão primária: Tempo = 30 a 120
m; Temperatura = 800 a 1000°C (secagem, aquecimento, liberação de substâncias voláteis
e transformação dos resíduos remanescentes em cinzas). Câmara de combustão

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secundária: Tempo varia de 0,8 a 2,0 s, Temperatura = 1200°C (destruição do material
volátil e parte do material).

A reação de incineração com O2:

CXHY + (X + ) O2 XCO2 + H2O + Outros

Representa a combustão completa de um hidrocarboneto na presença de O2, resultando


em dióxido de carbono CO2 e H2O:

CYHY – Subprodutos com CO, hidrocarbonos e alcatrão.

É incompleta a queima na pirólise, devido à falta de oxigênio, levando à formação de


diversos subprodutos, incluindo monóxido de CO, hidrocarbonos e alcatrão.

A reação de incineração sem O2:

POLUENTES ENCONTRADOS NOS GASES DE COMBUSTÃO EM UM


INCINERADOR.

 Metais pesados;
 Dioxinas e furanos;
 Material particulado;
 Dióxido de enxofre (SO2);
 Monóxido de carbono (CO);
 Óxidos de nitrogênio (NOx);

VANTAGENS

A incineração traz como vantagens:

 a redução importante da massa (70%) e do volume (90%) do lixo a ser descartado


e assim aumentando consideravelmente a vida útil do Aterro.
 Possibilita também a recuperação de calor gerado no processo por meio de
energia elétrica e/ou vapor d’água.
 Redução de impactos ambientais, pois as novas tecnologias de gases contribuem
para minimização do efeito estuda.

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 E a combustão de materiais de fontes renováveis (papel, restos de alimentos e
produtos de origem vegetal), não contaminando o lençol freático, nem emitindo
gás metano como nos aterros.
 Descontaminação do solo que contem produtos orgânicos tóxicos.
 Além disso, esterilização dos resíduos no caso dos RSS etc. E destruição de
resíduos tóxicos, como resíduos industriais, produtos orgânicos (óleo ascareal –
BPCs, produtos aromáticos, etc.).

DESVANTAGENS

A incineração tem várias desvantagens, como:

 Custo elevado de instalação, operação e manutenção. Para que ocorra de maneira


eficaz precisa controlar tempo e temperatura. É preciso investir no treinamento
dos profissionais, pois é exigido mão de obra qualificada na operação.
 Presença de materiais nos resíduos que geram compostos tóxicos e corrosivos
(pilhas, plástico, etc). Com isso, necessidades de equipamentos de controle de
poluição (ECP).
 Com a combustão incompleta gera CO e partículas (fuligem ou negro de fumo),
assim poluindo a atmosférica. Tendo assim que investir em um sistema de
lavagem e purificação de gases, para que esses gases não possam ser liberados.
 Remanescentes da queima: Gases CO2, SO2, N2, O2 (proveniente do ar em excesso
que não foi queimado completamente), Água, Cinzas e Escórias: Metais ferrosos
e inertes como vidro e pedras (15 a 20% da massa original do lixo)

REFERÊNCIAS:

CETREL. Incineração. Disponível em: http://www.cetrei.com.br/incinera-gestao-


resid.asp.Acesso em 14 dez. 2023.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA). Resolução CONAMA


nª 316, de 29 de outubro de 2002. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 30 out. 2002.
Seção 1, p.136-142.

CO-INCINERAÇÃO em cimenteiras: Disponível em:


http://www.fe.up.pt/~jotace/gtresiduos/coincim2.html . Acesso em 14 dez. 2023.

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INCINERAÇÃO. Revista Gerenciamento Ambiental, São Paulo, v. 4, n. 19, p. 19-24,
mar. 2023.

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