Energias Renováveis

Pós-Graduação em Gestão Ambiental na Indústria

Waste to Energy
Geração de energia por
incineração de resíduos

Cecilia Etchelar
Liéven Peruzzo
Renata Ferrari
Incineração

objetivos

processo de incineração

Recuperação de energia

Impactos ambientais

poluição atmosférica

ESCOPO
 Decomposição do material
por queima em estruturas
Incineração fechadas na presença de
oxigênio e com temperaturas
entre 800 a 1000 °C.
 Objetivo

● reduzir o volume e a massa dos resíduos;

● capturar/destruir substâncias potencialmente
perigosas;
● reduzir as áreas ocupadas por aterros.

(MARGALLO et al., 2012).

 O₂ + combustíveis (resíduos)

conversão de energia química em calor

Incineração

decomposição do material

(redução do volume)

geração de calor e vapor

 Resíduos que podem ser incinerados

● Resíduos hospitalares, utilizados ● Defensivos agrícolas;

principalmente em necrotérios, ● Lixo comum;
clínicas e hospitais, dividido em dois ● Outros.
grupos.
○ O grupo A são os resíduos
infectantes em potencial, como
bolsa de sangue;
○ Grupo B são os resíduos
químicos capazes de poluir o
meio ambiente, como os
medicamentos para câncer,
reagentes etc.;
 Incinerar dentro das leis ambientais

O processo de incineração é vantajoso e deve ser feito

dentro das leis ambientais brasileiras, principalmente
pelos gases emitidos na queima dos resíduos. A Política
Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10) determina
os parâmetros necessários para a incineração sem
prejuízos ao meio ambiente.
Processo de incineração

https://www.youtube.com/watch?v=CThbJQoJgyU
Fluxograma de funcionamento da Usina de queima de RSU
Recuperação de
energia
Incineração é um processo exotérmico, a combustão dos
resíduos libera energia térmica, a qual pode ser aproveitada
como vapor ou eletricidade.
Recuperação de Energia
A recuperação energética pode ser feita como:
- Produção de energia elétrica;
- Fornecimento de água quente para o
aquecimento a distância de centros
habitados, hospitais, piscinas públicas, etc.;
- Utilização do vapor em processos
industriais;
- Combinação das opções. (CARDOZO, 2019)
O tipo de recuperação energética
está ligado a escolha do local de
instalação de uma nova
implantação de incineração.
Exemplo: quando a avaliação do
impacto ambiental não consente de
construir uma instalação nas
proximidades de um usuário de água
aquecida, a energia térmica é
utilizada exclusivamente para
produzir eletricidade.
A capacidade de geração destas usinas depende
diretamente da eficiência da transformação do calor em
energia elétrica e do poder calorífico do material
incinerado. (Ministério de Minas e Energia, 2008).

A geração de energia elétrica a partir do

vapor é menos eficaz que utiliza-lo
diretamente como vapor, pelas grandes
perdas de energia na conversão de vapor
para energia elétrica (CARDOZO, 2019).
Recuperação de energia pode
atenuar os custos de
instalação de usinas waste-to
energy
(FILHO, et al., 2017)
 RSU gerados pela população de
Campinas (SP) possuem
Lino e Ismail (2017)
potencial energético para
fornecer energia elétrica para
cerca de 135 mil domicílios
mensalmente
 Implantação de uma planta de
incineração de RSU no estado de
Dalmo et al. (2019) São Paulo poderia gerar uma
quantidade suficiente para atender
cerca de 79% da demanda
energética do estado.
 Estimou o aproveitamento
energético resultante da
incineração de RSU para Campo
Berton (2016) Largo e Curitiba. Verificou que a
energia produzida seria suficiente
para abastecer 7.880 residências
em Campo Largo e 194.680 em
Curitiba
 A partir do calor gerado pelos
RSU através do processo de
incineração, uma cidade com 1
Silva et al. (2020)
milhão de hab. seria capaz de
recuperar 100 GWh/ano
proveniente dos resíduos gerados
154.820 hab. - 15,4% da
população)
As estimativas feitas pelos autores indicam que a
incineração pode ser uma opção para contribuir
com uma fração maior da matriz energética
nacional.
Contudo, o custo do kW gerado através da incineração ainda
é superior a outras fontes de energia renovável (hidrelétricas e
eólica).

A nível nacional, estima-se que a incineração de resíduos nas

16 maiores cidades do Brasil poderia contribuir com 1,8% do
consumo elétrico doméstico total do país (SOUZA et al.,
2014)
Impactos ambientais da
incineração de resíduos
 Houveram GERAÇÕES de
transformação quanto a forma de
incineração, só na Terceira geração
(1975-1990) que iniciou-se falar-se
sobre a problemáticas ambientais. Foi o
Vincent Di Chirico, 1996
primeiro momento a implantar
tratamento da fumaça que permite a
redução das emissões de gás ácido.
(HCL, SO2, HF)
 Na quarta geração (1990 até nossos
dias) a pressão dos movimentos
ecológicos, falam sobre a poluição
“zero”. Aqui os sistemas de purificação
da fumaça não se limitam a apenas
Vincent Di Chirico, 1996
reduzir o teor de poeira e de ácidos,
mas também têm como objetivo abater
outros poluidores como óxido de
nitrogênio, dioxinas e furanos...
Poluição
● . atmosférica
● Gás carbônico
● óxidos de enxofre
● óxidos de nitrogênio
● Oxigênio
● Nitrogênio
● Materiais particulados
Em menor quantidade encontramos gases ácidos:

● Ácido clorídrico
● Ácido Fluorídrico
● Metais pesados
● Hidrocarbonetos, dioxinas, furanos…
 Recursos financeiros passam a ser
liberados para estudos e melhoria das
tecnologias. Atualmente as instalações
incluem complexos aparelhos para o
tratamento dos resíduos da incineração
Vincent Di Chirico, 1996
e da purificação da fumaça. O objetivo
é obter resíduos inertes que podem ser
reciclados ou eliminar sem que
represente uma ameaça de longo prazo
para o ambiente.
 Desvantagens da Incineração do Lixo

Custo com equipe especializada

Geração de gases tóxicos

Desgaste dos equipamentos

As queimas dos resíduos liberam e consomem algumas substâncias químicas que desgastam muito os equipamentos
utilizados na incineração do lixo. Para evitar o desgaste a empresa deve realizar manutenções preventivas e corretivas
periodicamente.

Essas manutenções demandam um investimento considerado, tanto para substituição de peças quanto para contratação de
profissionais especializados neste tipo de serviço.
Há existência destes poluentes
está relacionada diretamente a
composição dos resíduos que
abastecem a combustão.

Bons equipamentos aliados a

tecnologia também resultarão em
um controle mais eficiente...
É evidente que uma gestão moderna dos resíduos mira
essencialmente a redução da poluição ambiental, mas
para atingir tal objetivo é oportuno procurar colocar
em vigor as seguintes estratégias:
● ●. Reduzir a formação de resíduos na fonte, desfrutando ao máximo
os processos produtivos e os hábitos dos consumidores,
● Reduzir a quantidade e a toxidade da poluição emitida durante a
produção dos bens de consumo,
● Organizar e limitar o transporte de resíduos,
● Procurar meios de informação para o público,
● Reduzir o volume de lixo, potencializando a valorização dos resíduos
(reciclagem dos materiais reutilizáveis e uso da energia contida nos
dejetos),
● Reduzir a poluição adotando modalidade de tratamento dos
resíduos compatíveis com o meio ambiente,
● Suprimir os aterros incontroláveis e limitar as autorizações para a
eliminação dos resíduos nos aterros.
A produção de lixo é uma inevitável consequência da atividade humana industrial.
A única coisa que podemos e devemos fazer é administrá-la de maneira aceitável,
procurando limitá-la o máximo possível e desfazer-se de resíduos “inevitáveis”
segundo critérios de compatibilidade com o meio ambiente.
Conclusões
O aproveitamento de resíduos sólidos urbanos como fonte energética
possui vantagens no que se refere a diversificação da matriz energética.
 Bibliografia:

● .BERTON, J. ESTUDO DE CASO DA CIDADE DE CAMPO LARGO PARA A VALORAÇÃO E APROVEITAMENTO ENERGÉTICO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS. Dissertação. Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente Urbano e Industrial, Setor de
Engenharia Química, Universidade Federal do Paraná, 2006.

CARDOZO, B. C. Análise do Monitoramento Ambiental da Incineração de Resíduos Sólidos Urbanos na Europa. Dissertação.
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária, Faculdade de Engenharia, Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, 2019.

CHIRICO, V. © 1996 Schweizerische Rückversicherungs-Gesellschaft TM , Zürich Tradução autorizada pelo titular do © em 2013
Tradução em português: Paula Mantovanini / Gandolla Mauro Atualização dos dados: Gandolla Mauro (2013).

DALMO, F. C.; SIMÃO, N. M.; LIMA, H. Q.; JIMENEZ, A.C.M.; NEBRA, S.; MARTINS, G., BERECHE, R. P.; SANT’ANNA, P. H. M. Sant’Anna,
Energy recovery overview of municipal solid waste in São Paulo State, Brazil. Journal of Cleaner Production, v. 212, p. 461-474,
2019.

FILHO, J. A.; POLETTO, G. C. incineração com recuperação energética, uma alternativa para destinação correta do resíduo sólido
urbano. REGRAD, UNIVEM/Marília-SP, v. 10, n. 1, p 402 - 417, outubro de 2017.

LINO, F. A. M. & ISMAIL, K. A. R. Incineration and recycling for USW treatment: case study of Campinas, Brazil. Sustain. Cities Soc. v.
35, p. 752-757, 2017.

SILVA, L. J. DE V. B. DA; SANTOS, I. F. S. DOS; MENSAH, J. H. R.; GONÇALVES, A. T. T.; BARROS, R. M. Incineration of municipal solid
waste in Brazil: An analysis of the economically viable energy potential. Renewable Energy, v. 149, p. 1386–1394, 2020.

https://rcrambiental.com.br/entenda-o-processo-de-incineracao-de-residuos/ Acesso em 14/08/2020