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PSICOLOGIA
Profª Anelise Meurer Renner

HIPÓTESE DIAGNÓSTICA DO CASO ARTHUR CULLMAN

Cecilia Balsamo Etchelar

Cachoeirinha
Maio de 2023/1

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1. Qual hipótese diagnóstica principal podemos supor com esse recorte de caso?
Transtorno Neurocognitivo Maior: Devido Doença de Alzheimer Provável.

2. Liste os critérios da principal hipótese diagnóstica (pegue no DSM os critérios


desse transtorno), e inclua os trechos do caso que justificam a sua resposta
(sinais e sintomas) do caso.

Primeiro Transtorno neurocognitivo maior no DSM:

A. Evidência de declínio cognitivo significativo de um nível anterior de desempenho em


um ou mais domínios cognitivos (atenção complexa, função executiva, aprendizagem
e memória, linguagem, cognição perceptivo-motora ou social) com base em: 1.
Preocupação do indivíduo, um informante experiente, ou o clínico, que houve um
declínio significativo na função cognitiva, 2. Um prejuízo substancial no desempenho
cognitivo, preferencialmente documentado por testes neuropsicológicos padronizados
ou, na sua ausência, outra avaliação clínica quantificada (DSM-5-TR, 2023).
Durante o exame cognitivo, o sr. Cullman estava orientado, exceto pela data.
Lembrou-se de um entre três objetos após dois minutos, executou três de cinco
subtrações de 7 em série de forma correta nomeou quatro objetos comuns de forma
correta e repetiu uma frase complexa com precisão. Ele conseguiu desenhar a face de
um relógio e colocar os números corretamente, mas não conseguiu colocar os
ponteiros em 10 minutos depois das duas horas. O sr. Cullman apresenta problemas
de memória ao se lembrar de um entre três objetos após dois minutos no exame,
também apresentando deficiência da função executiva na falta de habilidadde com os
cálculos e em não conseguir colocar os ponteiros do relógio.

Transtorno Neurocognitivo Maior Devido Doença de Alzheimer Provável.


A. Os critérios são preenchidos para transtorno neurocognitivo maior ou leve.
B. Há início insidioso e progressão gradual do comprometimento em um ou mais
domínios cognitivos (para transtorno neurocognitivo maior, pelo menos dois domínios
devem estar comprometidos).
C. Os critérios são preenchidos para doença de Alzheimer provável ou possível como

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segue: Para transtorno neurocognitivo maior:
A doença de Alzheimer provável é

diagnosticada se qualquer um dos seguintes estiver presente; caso contrário, a possível doença
de Alzheimer deve ser diagnosticada.
1. Evidência de uma mutação genética causadora da doença de Alzheimer da família
história ou testes genéticos.
2. Todos os três itens a seguir estão presentes:
a. Evidência clara de declínio na memória e aprendizagem e pelo menos um outro
domínio cognitivo (com base na história detalhada ou testes neuropsicológicos em
série).
b. Declínio progressivo e gradual da cognição, sem extensão em platos.
c. Nenhuma evidência de etiologia mista (ou seja, ausência de outra doença
neurodegenerativa ou cerebrovascular, ou outra doença ou condição neurológica,
mental ou sistêmica que possa contribuir para o declínio cognitivo).

Através destes dados do DSM5, podemos considerar que o sr. Cullman fecha neste
diagnóstico de Transtorno Neurocognitivo Maior Devido Doença de Alzheimer Provável.
Uma vez que ele apresenta declínio em sua cognição como vimos nos testes, além do
histórico familiar, onde sua mãe teria diagnóstico de demência tardia. Também apresenta os
“sintomas depressivos” (tratados sem sucessos) que evoluiram e se agravaram
gradativamente.

3. Indique os subtipos e especificadores - se houverem.

Subtipos: Segundo o SM 5, os transtornos neurocognitivos maiores e leves (DNTs) são


principalmente subtipados de acordo com a entidade ou entidades etiológica/patológica
conhecidas ou presumidas subjacentes ao declínio cognitivo. Esses subtipos são diferenciados
com base em uma combinação de curso de tempo, domínios característicos afetados e
sintomas associados. Para certos subtipos etiológicos, o diagnóstico depende
substancialmente da presença de uma entidade potencialmente causadora, como Parkinson ou
doença de Huntington, ou uma lesão cerebral traumática ou acidente vascular cerebral no
período de tempo apropriado. Para outros subtipos etiológicos (geralmente as doenças

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neurodegenerativas como doença de Alzheimer,
degeneração frontotemporal e doença de corpos de Lewy), o diagnóstico é baseado
principalmente nos sintomas cognitivos, comportamentais e funcionais. No caso do Sr
Cullman, o Subtipo é a provável Doença de Alzheimer.

Especificadores: Podem ocorrer distúrbios do humor, incluindo depressão, ansiedade e


euforia.
A depressão é comum no início do curso (incluindo no nível leve de DNT) de DNT devido à
doença de Alzheimer e à doença de Parkinson, enquanto a exaltação pode ocorrer mais
comumente na degeneração frontotemporal. Se o distúrbio do humor for considerado devido à
doença de Alzheimer. Como observamos no caso do sr. Cullman.

4. Qual o principal diagnóstico diferencial precisamos investigar (com base no


DSM)? Você identifica sinais e/ou sintomas compatíveis com esse diagnóstico?
Se sim, diga por que não fecha critérios nesse caso.

Se sugere ao Sr Cullmam como Diagnóstico Diferencial o Transtorno Depressivo Maior.


Segundo o DSM 5 tem distinção entre TNC leve e transtorno depressivo maior, que pode
ocorrer concomitantemente com TNC, também pode ser um desafio. Padrões específicos de
déficits cognitivos podem ser úteis. Por exemplo, déficits consistentes de memória e função
executiva são típicos da doença de Alzheimer, enquanto o desempenho inespecífico ou mais
variável é visto na depressão maior. Alternativamente, o tratamento do transtorno depressivo
com observação repetida ao longo do tempo pode ser necessário para fazer o diagnóstico. Os
fatores que sugerem depressão maior são a falta de interesse em atividades que anteriormente
davam prazer,

o fato de estar dormindo muito mais do que o habitual (três horas a mais), aumento de
peso, o arrependimento de haver se aposentado tão cedo, e a partir de seu histórico,
onde relata que em sua juventude poderia haver apresentado um quadro depressivo.

5. Há indícios de uma possível comorbidade no texto? Se sim, qual?


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Não há indícios da comorbidade.

Referência

American Psychiatric Association (2023). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos


mentais: DSM-5-TR. (5a ed. rev.). Porto Alegre: Artmed.

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