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TOC
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO

São Paulo
2016
CENTRONIVERSITÁRIO ÍTALO BRASILEIRO UNIÍTALO
CURSO DE ENFERMAGEM

CELIDALVA DE JESUS SANTANA


ERICA PATRÍCIA BATISTA
MARIA EDNILMA DE MESSIAS SOUSA
NÚBIA VIEIRA ALVES
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TOC
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO

São Paulo
2016

Sumário
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................4

2 DEFINIÇÃO................................................................................................................5

3 ETIOLOGIA................................................................................................................6

4 PREVALÊNCIA..........................................................................................................7

5 EPIDEMIOLOGIA.......................................................................................................8

6 FISIOPATOGOLIA.....................................................................................................9

7 SINTOMAS...............................................................................................................10

8 DIAGNÓSTICO........................................................................................................12

9 TRATAMENTO.........................................................................................................14

9.1 Tratamento Medicamentoso..............................................................................14


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10 TRATAMENTO PSICOTERAPÊUTICO................................................................17

10.1 Terapia cognitivo-comportamental (TCC).......................................................17

11 CUIDADOS DE ENFERMAGEM...........................................................................18

12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................19

TOC –TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO


1 INTRODUÇÃO

Todos nós temos certas singularidades, certos gestos e posturas corporais


que repetimos em determinadas situações e que denunciam, muitas vezes, o que
estamos sentindo. Quem nos conhece bem sabe que, quando esfregamos os dedos
na testa, cerramos o cenho ou arqueamos as sobrancelhas, é sinal de que estamos
muito preocupados, ansiosos ou descontentes. Há pessoas, porém, que perdem o
controle sobre alguns movimentos e passam a repetí-los involuntária e
automaticamente. Piscam os olhos, têm espasmos nos ombros ou no pescoço e
contrações abruptas nos músculos da face. Esses tiques chamam a atenção de
quem está por perto e não raro são motivos de pirraça e imitação.
Tiques podem estar ligados a um tipo de distúrbio conhecido por transtorno
obsessivo-compulsivo. Felizmente, casos como esse têm tratamento e a qualidade
de vida dos pacientes melhora muito.
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2 DEFINIÇÃO

Doença mental denominada transtorno obsessivo compulsivo (TOC), é um


transtorno heterogêneo com manifestações muito diversificadas. em que o indivíduo
apresenta obsessões e compulsões, ou seja, sofre de idéias e/ou comportamentos
que podem parecer absurdos ou ridículos para a própria pessoa e para os outros e
mesmo assim são incontroláveis, repetitivas e persistentes. A pessoa é dominada
por pensamentos desagradáveis de natureza sexual, religiosa, agressiva entre
outros, que são difíceis de afastar de sua mente, parecem sem sentido e são
aliviados temporariamente por determinados comportamentos.
As obsessões são pensamentos recorrentes caracterizados por serem
desagradáveis, repulsivos e contrários à índole do paciente. Tais pensamentos não
são controláveis pelos próprios pacientes e causam significativa perda de tempo,
sofrimento pessoal e queda no rendimento em atividades. Há perda do controle
sobre os pensamentos, e às vezes ocorrem atitudes ou comportamentos que visam
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neutralizar a ansiedade causada por tais pensamentos. Assim, compulsões podem


ocorrer secundariamente às obsessões.
As compulsões são comportamentos, gestos, rituais ou atitudes muitas vezes
iguais e repetitivas, conscientes e quase sempre incontroláveis. Os pacientes
mantêm a crítica sobre suas atitudes, percebem o fato como absurdo e não sabem
ou não entendem o que está acontecendo. Têm medo de ficar loucos e sentem
vergonha de contar a outras pessoas, ou até mesmo a um médico o que está
acontecendo.

3 ETIOLOGIA

A etiologia (causas) do TOC ainda é desconhecida. O TOC é provavelmente


resultante de fatores causais diferentes. Estudos evidenciam fortes evidências de
que algumas formas de TOC são familiares e estão associadas a uma
predisposição genética. Outras apresentam-se como casos esporádicos. Entre os
casos familiares, parte parece estar relacionada aos transtornos de tiques, como por
exemplo a Síndrome de Tourette (ST). O TOC de início precoce está associado com
uma preponderância masculina e um risco aumentado de transtornos de tiques. Os
tiques são movimentos, sons ou vocalizações repetitivos, abruptos e estereotipados
que envolvem grupos musculares distintos. São caracterizados pelos clínicos pela
sua localização anatômica, número, freqüência, intensidade e complexidade. A
intensidade de um tique pode ser expressa pela força com que é realizado e assim
chamar mais ou menos atenção. Já a complexidade refere-se a quão simples o
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movimento ou som é feito, variando de breve, sem significado, fragmento abrupto


(tique simples), até movimento ou vocalização maior e aparentemente com um maior
significado (tique complexo). Estes elementos foram incorporados em escalas de
avaliações clínicas as quais mostram proficuidade no monitoramento da gravidade
dos tiques.

4 PREVALÊNCIA

Considerado raro até a pouco tempo, sabe-se hoje que o TOC é um


transtornomental bastante comum,Acomete 2 a 3% da população geral ,afetam
predominantemente indivíduos jovens,estima-se que o TOC se manifesteentre 1,6 a
2,3% das pessoas ao longoda vida, ou 1.2% no período de 12 meses (KESSLER,
2005; RUSCIO, 2008).
Em adultos acomete praticamente na mesma proporçãohomens e
mulheres.Aproximadamente um em cada 40 a 60indivíduos na população apresenta
o TOC, no Brasil é probabilidade de 3 e 4 milhões de pessoas acometidas pela
doença.. A idade média de início costuma ser por volta dos 20 anos, porém pode ter
início ainda na infância, e acomete tanto homens como mulheres. Depressão Maior
e Fobia Social são doenças que podem acometer os pacientes com Transtorno
Obsessivo-Compulsivo ao longo da vida
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5 EPIDEMIOLOGIA

Esse transtorno apresenta dois picos de incidência. O primeiro na infância e o


segundo em torno dos trinta anos de idade. Muitas crianças apresentam esse
problema nessa fase e depois nunca mais têm nada. Outras continuam tendo
durante a vida adulta. Os adultos também apresentam oscilações do problema;
podem ficar livres dos sintomas e dos remédios, mas também podem precisar de
uso contínuo. Esse transtorno incide aproximadamente com a mesma freqüência em
homens e mulheres, com pequenas diferenças de um estudo para outro. Nas
crianças observa-se um aparecimento um pouco mais comum nos meninos.
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6 FISIOPATOGOLIA

Estudos neuroquímicos (com mensageiros químicos que transmitem os


impulsos nervosos) têm implicado neurotransmissores conhecidos como
monoaminas e neuropeptídeos na fisiopatologia (mecanismo que estabelece a
doença) do TOC, ST, e doenças relacionadas. A principal evidência disponível
relaciona-se com a eficácia bem estabelecida dos Inibidores Seletivos de
Recaptação da Serotonina (ISRS) no tratamento do TOC. A dopamina (outro
neurotransmissor) e substâncias conhecidas como opióides também têm sido
implicados. Recentemente, surgiu a hipótese do excesso de atividade de um sistema
cerebral envolvendo o hormônio ocitocina (OT) em pacientes com TOC sem tiques.
Especula-se que pacientes com TOC associado à OT podem ser mais responsivos
aos ISRS do que os pacientes com TOC associado a tiques. Levando-se em conta
os diversos estudos de neuroimagem (tomografia e ressonância magnética),
observa-se um padrão de ativação cerebral no TOC que sugere disfunção de um
circuito neural que inclui as seguintes estruturas cerebrais: cortex orbitofrontal,
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núcleo estriado, cortex anterior do cíngulo e tálamo. Assim, o funcionamento


anômalo de um circuito que envolve os gânglios da base (caudado), o tálamo e
ocortex frontal (região orbito-frontal), tem sido sugerido como importante na
fisipatologia do TOC. Existem diversas teorias para explicar o envolvimento desse
circuito. Interessantemente, um grupo da Califórnia liderado por Lewis Baxter,
acreditam que os circuitos cortico-estriato-tálamo-corticais evoluiram nas diversas
espécies animais, no sentido de direcionar a atenção para as ações necessárias
(por exemplo, diante de ameaças), e depois desencader atitudes para a sua
preservação até o perigo ser considerado como passado. Nesse sentido, sugerem
que um déficit no funcionamento do núcleo caudado levaria a uma filtragem
(repressão) inadequada de preocupações (pensamentos violentos ou medos de
contaminação) originadas no cortex órbitofrontal. A ausência de inibição desses
pensamentos pelo caudado teria um papel de reforçar a importância daquela
preocupação indevida, provocando então a necessidade do cortex orbitofrontal
desencadear uma ação adaptativa: as compulsões

7 SINTOMAS

O transtorno obsessivo-compulsivo é classificado como um transtorno de


ansiedade por causa da forte tensão que sempre surge quando o paciente é
impedido de realizar seus rituais. Mas a ansiedade não é o ponto de partida desse
transtorno como nos demais transtornos dessa classe: o ponto de partida são os
pensamentos obsessivos ou os rituais repetitivos.Há formas mais brandas desse
distúrbio nas quais o paciente tem apenas obsessões ou as compulsões são
discretas, sendo as obsessões pouco significativas. Geralmente começam cedo, na
adolescência ou infância, e quando na infância é mais comum em meninos tende ser
mais grave e com mais freqüência está associado a Síndrome de Tourette ou TDAH
após os 18-20 anos, e excepcionalmente após os 40 anos. De um modo geral pode
se apresentar com outros transtornos psiquiátricos concomitantes (comorbidades) o
que cria problemas adicionais para o diagnóstico e o planejamento do tratamento,
que tende, nesses casos, a ser mais complexo. comorbidades – em mais de 50% e,
segundo alguns estudos, até 70% dos indivíduos com TOC apresentam,40%
apresentam depressão associada. tiques/Síndrome de Tourette ansiedade,
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dotranstorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) entre outros.Os


sintomas podem ser muito graves e aproximadamente 10% incapacitantes .

 Os sintomas obsessivos mais comuns são:

 Medo de contaminar-se por germes, sujeiras etc.


 Imaginar que tenha ferido ou ofendido outras pessoas
 Imaginar-se perdendo o controle, realizando violentas agressões ou até
assassinatos.
 Pensamentos sexuais urgentes e intrusivos
 Dúvidas morais e religiosas
 Pensamentos proibidos
 Os sintomas compulsivos mais comuns são:
 Lavar-se para se descontaminar ,com preocupações com partes do corpo ou
com doença.
 Repetir determinados gestos
 Verificar se as coisas estão como deveriam, porta trancada, gás desligado,
etc.
 Tocar objetos, olhar para o lado, dar batidas na parede, estalar os dedos,
olhar fixamente.
 Contar objetos
 Ordenar ou arrumar os objetos de uma determinada maneira
 Rezar
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8 DIAGNÓSTICO

O psicólogo clínico e a psiquiatra são os especialistas no diagnóstico, que é


clínico, ou seja, baseado nos sintomas do paciente. Nenhum exame laboratorial ou
de imagem é utilizado para o diagnóstico. Os sintomas obsessivos e compulsivos
são exclusivos do transtorno obsessivo-compulsivo, para fazer o diagnóstico.
Contudo além dos sintomas são necessários outros critérios. O tempo gasto com os
sintomas deve ser de no mínimo uma hora por dia ou quando o tempo for inferior a
isso é necessária a existência de marcante aborrecimento ou algum prejuízo
pessoal.
É preciso que em algum momento o paciente reconheça que o que está
acontecendo seja excessivo, exagerado, injustificável ou anormal. Isso faz com que
o paciente ache que está enlouquecendo e tente esconder o que se passa, fica
assustado e quando chega ao médico apresenta essa preocupação. Ao contrário do
que se pode pensar a impressão que o paciente tem a respeito de si mesmo é um
sinal de bom funcionamento mental, pois o paciente consegue reconhecer algo de
errado em si mesmo.
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Os sintomas não podem ser dependentes de outro transtorno, por exemplo se


a preocupação tem como foco a possibilidade de ter novos ataques de pânico não
se pode fazer o diagnóstico de transtorno obsessivo-compulsivo.
Responda as perguntas do paciente uma única vez, sendo sincero em suas
respostas e lembrando de que o TOC é que o leva a fazer perguntas mais de uma
vez;

 Sua mente é invadida por pensamentos, impulsos, palavras, frases, música,


ou imagens que não deseja, que o incomodam e não consegue afastar ?
 Preocupa-se demais com germes, contaminação, sujeira, ou doenças?
 Preocupa-se demasiadamente em ter certeza ou fazer as coisas de forma
absolutamente perfeita, tendo por isso sempre muitas dúvidas, e a
necessidade de repeti-las?
 Necessita lavar as mãos repetidamente ou de forma excessiva ?
 Tem necessidade de tomar vários banhos ao dia por se sentir sujo,
contaminado ou por sentir culpa por algo que considera ter feito de errado ou
imoral?
 Verifica portas, fogão, janelas, gás, torneiras, eletrodomésticos ou outras
coisas de forma excessiva?
 Necessita fazer coisas de forma repetida e sem sentido (tocar, contar, repetir
números, palavras ou frases?
 Preocupa-se demais em que as coisas estejam simétricas, perfeitas,
organizadas ou alinhadas?
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9. TRATAMENTO
O tratamento é a psicoterapia, medicamentos ou ambos. Objetivo produzir
alívio, afastar ameaças, ter certeza de que os riscos foram eliminados, diminuir
responsabilidades, ou evitar falhas. A terapia aplicada pode ser : Grupo de apoio,
Terapia cognitivo-comportamental, Terapia de aversão, Terapia cognitiva, Psico-
educação, Terapia Racional-Emotiva-Comportamental, Exposição e prevenção de
resposta Psicoterapia, Dessensibilização sistemática
9.1.
9.2. .....
9.3. .......
9.4. ........
9.5. ........
9.6.
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10. 9.1 Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos utilizados são: o ansiolítico, Inibidor seletivo de recaptação


de serotonina (ISRS) e o antidepressivo.
11. Os antidepressivos, possuem função anti-obsessiva. O tratamento é gradual,
pode levar algum tempo e a melhora tende a não ser completa. Já a terapia,
baseia-se em fazer com que a pessoa desafie seus medos, ajudá-la a evitarde
fazer suas repetições, de tocar em algo que ela acha ser contaminado. A aflição
costuma desaparecer de 15 minutos a 3 horas. A cada atividade o tempo da
aflição e do desconforto são menorespacientes que apresentam obsessões e
rituais delimpeza estão entre os que mais se beneficiam com a terapia
comportamental de exposição e prevenção de respostas (EPR) ou com a terapia
cognitiva comportamental(TCC)
.
12.
13. 9.2 Resposta aos medicamentos

Em geral não é imediata. Pode demorar até 12 semanas para iniciar, razão
pela qual o medicamento não deve ser interrompido se o paciente não sentir
benefício após as primeiras semanas de uso. O médico, em geral, procura usar
inicialmente uma dose média e, caso não haja nenhuma resposta em 4 a 8 semanas
ou uma resposta parcial em 5 a 9 semanas, poderá elevar as doses para os seus
níveis máximos, pois alguns pacientes só melhoram com níveis bastante elevados
do medicamento. É importante salientar que 20% dos que não respondem a uma
droga poderão responder a uma segunda. Por este motivo é possível que o médico
queira experimentar uma segunda droga depois de algum tempo. Também é comum
a associação com outras drogas quando a resposta não é satisfatória.
Desaparecimento dos sintomas em geral é gradual, podendo ser progressivo ao
longo de vários meses e não rapidamente como ocorre em outras doenças como a
depressão ou o pânico. A melhora tende ainda a ser incompleta, isto é, não há em
geral uma eliminação total dos sintomas, embora 40 a 60% dos pacientes obtenham
uma redução significativa na sua quantidade e intensidade.

9. 3 Recidiva

É alto o índice de recaídas se houver interrupção da medicação, quando ela


está sendo utilizada isoladamente. Uma pesquisa mostrou que em até 90% dos
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pacientes ocorre um retorno dos sintomas 4 meses após a descontinuação do


medicamento. Aparentemente, esta recaída é maior do que a que ocorre com
pacientes que realizaram terapia cognitivo-comportamental, razão pela qual sempre
é recomendável utilizar os dois tratamentos ao mesmo tempo. Mesmo durante o uso
do medicamento, embora seja mais raro, podem ocorrer recaídas ou piora dos
sintomas.

Tempo de uso da medicação

Naqueles pacientes que têm um transtorno crônico e que apresentaram uma


boa resposta usando apenas medicação, os especialistas recomendam manter o
tratamento pelo menos durante um ano depois do desaparecimento dos sintomas.
Caso tenham realizado também terapia cognitivo-comportamental devem manter,
pelo menos, por mais 6 meses. Depois deste período, recomenda-se uma retirada
gradual, retirando 25% da droga a cada dois meses. Em pacientes que tiveram 3 ou
4 recaídas leves ou moderadas ou 2 a 4 recaídas severas, estuda-se a possibilidade
de manter a medicação por períodos maiores ou talvez por toda a vida.É bom
lembrar que estes medicamentos não provocam dependência (não viciam), embora
possa haver algum desconforto se eles forem suspensos abruptamente (síndrome
da retirada). Não há problemas maiores em se utilizar por longos períodos. É
importante comunicar ao médico todos os demais medicamentos que,
eventualmente, estiver utilizando, pois podem ocorre algumas interações
importantes.
Efeitos colaterais mais comuns: Muitos pacientes abandonam a medicação
por causa dos efeitos colaterais. É importante lembrar que, embora incômodos, eles
são mais intensos nas primeiras semanas de uso e que, em geral, diminuem
depois.Os mais comuns da clomipramina são: constipação intestinal, tonturas,
“queda de pressão arterial”, boca seca, visão borrada, sonolência, retardo na
ejaculação. São mais raros tremores das mãos e suores noturnos.Os mais comuns
da fluoxetina, sertralina, paroxetina, flluvoxamina e citalopram são: inquietude,
náuseas, dor abdominal, diarréia, insônia, dor de cabeça, disfunção sexual
(diminuição da libido e anorgasmia nas mulheres; diminuição da libido, retardo na
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ejaculação e dificuldades de ereção nos homens), tremores e, eventualmente,


sonolência.

10 TRATAMENTO PSICOTERAPÊUTICO

14. 10.1 Terapia cognitivo-comportamental (TCC)

A TCC é considerada um dos tratamentos de primeira linha para o TOC,


juntamente com os medicamentos.
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EXPOSIÇÃO + PREVENÇÃO DA RESPOSTA OU RITUAIS = HABITUAÇÃO =


DESAPARECIMENTO DOS SINTOMAS

A TCC baseia-se no fato de que se o paciente desafia seus medos, por


exemplo, expondo-se às situações que evita ou tocando nos objetos que considera
contaminados (exposição) e, ao mesmo tempo, deixa de realizar os rituais de
descontaminação ou verificações (prevenção da resposta ou prevenção de rituais),
em pouco tempo a ansiedade e o desconforto desaparecem espontaneamente.
Repetindo tais exercícios, os medos acabam desaparecendo por
completo(habituação), conforme o quadro abaixo:
Os manuais de Terapia Cognitivo Comportamental recomendam que no
planejamento das estratégias terapêuticas sejam identificados os subtipos de
sintomas e sua função, são as funções que de acordo com o modelo cognitivo
comportamental contribui para a perpetuação do transtorno, e identificá-las é crucial
para a proposição de intervenções psicoterápicas mais específicas.
.

11 CUIDADOS DE ENFERMAGEM

 Orientar paciente quanto a importância do tratamento;


 Encorajá-lo o máximo possível a enfrentar as situações que evita e a deixar
de fazer os rituais, lembrando-o de que no início pode haver um aumento do
medo e da aflição;
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 Lembrá-lo de que a aflição passa rápida e naturalmente;


 A equipe de enfermagem que irá prestar assistência a esses pacientes deve:
 Planejar junto com o paciente as atividades do dia, incluindo tempo e horário;
 Estimular e manter o paciente ocupado com atividades que lhe dê prazer;
 Permanecer junto a ele quando apresentar o ritual, não impedindo ou
apressando a realização do ato, nesse momento, sugerir que ele analise com
calma a situação, evitando ansiedade;
 Aplicar técnicas de terapia cognitiva comportamental (exposição e
dessensibilização);
 Dar apoio em momentos críticos, permanecer junto ao paciente quando
necessário;
 Promover orientação aos familiares propondo estratégias conjuntas.

12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASTOC, S. Transtorno Obsessivo Compulsivo: A Década do Cérebro Disponível


em: http://www.astoc.org.br/source/php/021.php Acessado em:
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CORDIOLI, A. V. TOC: Manual de Terapia Cognitivo-comportamental para o


Transtorno Obsessivo-compulsivo 2ª Ed. Porto Alegre Editora Artmed. 2014

___________TOC: Transtorno Obsessivo - Compulsivo Disponível em:


http://www.ufrgs.br/toc/ Acessado em 20/07/2010.

KOCH, A. S.; ROSA, D. D. Transtorno Obsessivo - Compulsivo Disponível em:


https://www.abcdasaude.com.br/psiquiatria/transtorno-obsessivo-compulsivo
Acessado em: 01/08/2010.

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