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PROTOCOLO DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM HEMODIÁLISE

1. Identificação adequada do paciente


Confecção de um crachá contendo pelo menos duas informações do paciente, foto e
classificação de risco onde será colocado nele em local visível na admissão onde será
anexado ao mesmo cópia de seu rg, cpf, e comp. de endereço. Além de garantir a
segurança ao paciente no momento do cuidado, facilita o trânsito do paciente dentro
do hospital.

2. Prevenção de broncoaspiração
Identificar fatores de risco para broncoaspiração a enfermagem deve fazer as
anotações e acionar o médico para fazer a avaliação. A princípio a dieta oral deve ser
suspensa até segunda ordem.

3. Prevenção de infecção relacionada ao acesso vascular


As causas comuns de Infecções de Corrente Sanguínea Associada a Acesso Vascular
são a migração de microrganismos da pele no local do sítio de inserção para o interior
do trato cutâneo do cateter e a contaminação do conector do cateter.
● Uso de técnica asséptica para inserir os cateteres e cuidar do sítio de inserção
● Controle de qualidade, educação e vigilância
● Cateterização de fistulas arterio-venosas (fav)
● Cuidados com o cateter e com o local de inserção
● Sistema de infusão fechado
● Cuidados com o líquido de infusão, medicamentos e soluções endovenosas
4. Prevenção de riscos relacionado a hemotransfusão
Hemotransfusão consiste na administração intravenosa de sangue total ou
hemocomponentes de um doador para um receptor, indicada para pacientes que
apresentam perda sanguínea significante ou por alterações hematológicas
desencadeadas por choque, traumatismos, hemorragia, doenças sanguíneas,
intervenções cirúrgicas ou outros.
● ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DURANTE ADMINISTRAÇÃO DE
HEMODERIVADOS
Confirmar a identificação do paciente;
Comunicar e explicar ao paciente sobre o procedimento a ser executado;
Verificar a prescrição médica;
Verificar o s sinais vitais (SSVV) e registrar no prontuário;
Observar as condições do produto relativas à estocagem, aspecto e validade;
Conferir dados de identificação do paciente, rótulo da bolsa e etiqueta de transfusão;
Mantenha a bolsa de hemocomponente por no máximo 30 minutos em temperatura
ambiente antes do início da transfusão;
Avalie a permeabilidade do cateter intravenoso e ausência de complicações como
infiltração ou flebite antes da instalação;
Permaneça junto ao paciente por 15 minutos após a instalação para identificar
possíveis sinais de reações adversas.
Mantenha a transfusão por no máximo 4 horas devido ao risco de contaminação do
produto; Realize a infusão com solução salina, após a administração do produto para
manter a permeabilidade do cateter;
Despreze a bolsa de sangue após infusão em sacos ou recipientes que evitem
vazamentos e resistam as ações de punctura e ruptura, conforme RDCResolução da
Diretoria Colegiada- RDC nº 306, ANVISA;
Em caso de reação transfusional interromper imediatamente a transfusão e comunique
ao médico.
5. Farmacovigilância
A administração de medicações é considerada como procedimento de complexidade
técnica, desta forma se faz obrigatório o cumprimento dos NOVE CERTOS na
administração de qualquer substancia no organismo humano. Recomenda-se que cada
instituição e unidades de saúde elaborem seus protocolos e normas para que haja
uniformidade nos processos dentro dos serviços.
OS NOVE CERTOS - REBRAENSP (Rede Brasileira de Enfermagem em Segurança
do Paciente) - Apêndice n° IV. A implantação dos nove (9) certos proporciona uma
mudança de cultura no entendimento da enfermagem, pois esta é uma categoria
profissional que não apenas cumpre tarefas, mas funcionam como uma barreira crítica,
através do conhecimento farmacológico das drogas, seus riscos e a proximidade
constante ao paciente.
● Suporte eletrônico para prescrição
Utilizar programa informatizado para prescrição de medicamentos com suporte clínico
que forneça minimamente informações sobre: doses máximas para medicamentos
potencialmente perigosos/alta vigilância e/ou com índice terapêutico estreito;
interações medicamentosas clinicamente significativas; alergias; apresentações e
concentrações padronizadas disponíveis na instituição.
● Outras informações importantes para a prescrição segura
O prescritor deverá conhecer a história clínica e os medicamentos de que o paciente
faz uso e conciliá-los com a nova prescrição, procurando evitar duplicidades,
interações, doses inadequadas e outras discrepâncias, podendo nessa etapa contar com
o suporte do farmacêutico. Para apoiar a decisão de prescrever, utilizar fontes de
informação sobre medicamentos atualizadas e baseadas nos melhores níveis de
evidência científica. Na prescrição para uso ambulatorial, quando necessário, deverá
ser registrado na prescrição o tempo que o paciente deverá permanecer em observação
no estabelecimento de saúde após a administração do medicamento. Caso exista a
suspeita de reações adversas a medicamentos ou a ocorrência de erros ou eventos
adversos no processo assistencial, estes devem ser notificados ao Núcleo de Segurança
do Paciente/Gerência de Riscos do estabelecimento de saúde. A compreensão das
informações da prescrição e ações que possibilitem esclarecimentos aos pacientes
sobre 21 riscos de medicação e medidas de prevenção deve ser garantida por ações
colaborativas entre prescritores, dispensadores de medicamentos e enfermeiros.
● Práticas seguras para distribuição de medicamentos
Os sistemas de distribuição de medicamentos em hospitais podem ser classificados
em: coletivo, individualizado, misto, dose unitária e sistema automatizado. O tipo de
sistema de distribuição adotado tem relação direta com a frequência de erros. O
sistema coletivo é caracterizado pela distribuição dos medicamentos por unidade,
mediante solicitação da enfermagem para todos os pacientes da unidade. Implica a
formação de sub estoques de medicamentos nas unidades, os quais ficam sob
responsabilidade da equipe de enfermagem. A reposição é feita periodicamente, em
nome da unidade, por meio de requisições enviadas à farmácia.
● Estratégias para dispensação segura relacionadas à prescrição
Em farmácias ambulatoriais e hospitalares, as etapas de recebimento da prescrição,
separação e dispensação dos medicamentos ao paciente devem ser realizadas com
dupla conferência dos medicamentos em ambiente exclusivo para essa finalidade.
6. Prevenção de quedas
Queda é o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição
inicial, com incapacidade de correção em tempo hábil, provocada por circunstâncias
multifatoriais que comprometem a estabilidade.

● FINALIDADE

Reduzir a ocorrência de queda de pacientes nos pontos de assistência e o dano dela


decorrente, por meio da implantação/implementação de medidas que contemplem a
avaliação de risco do paciente, garantam o cuidado multiprofissional em um ambiente
seguro, e promovam a educação do paciente, familiares e profissionais.

● INTERVENÇÕES
● FATORES DE RISCO PARA QUEDA
7. Prevenção de infecções relacionadas à água

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