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PROTOCOLO DE ENFERMAGEM – ASSISTÊNCIAL

Elaboração
Efetivação
Código: Versão: Página
Janeiro/ 5.0 1/7
Abril/2022
2022
PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS.

1. 1.  FINALIDADES :
Promover práticas seguras no uso de medicamentos em estabelecimentos de saúde.

 1.1. OBJETIVO

 Promover práticas seguras no uso de medicamentos.

1.2. ABRANGÊNCIA

O protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos deverá


ser aplicado em todos os setores da UTI em que medicamentos sejam utilizados para
profilaxia, exames diagnósticos, tratamento e medidas paliativas.
1.3- JUSTIFICATIVA

A incorporação de princípios para reduzir erros humanos minimizando os lapsos de


memória, promovendo acesso a informações sobre os medicamentos e desenvolvendo
padrões internos de treinamento reduz a probabilidade de falhas e aumenta a chance de
interceptá-las antes de resultar em prejuízo ao paciente.
Os medicamentos são utilizados para tratar e prevenir doenças, manejar sinais e
sintomas, auxiliar no diagnóstico e para o alívio da dor e do sofrimento das pessoas. O uso
seguro, eficaz e ético de medicamentos exige conhecimento, habilidades e julgamento dos
profissionais da saúde, bem como estruturas e sistemas adequados dos ambientes de
cuidado.
Os erros de medicação podem ser classificados em três grandes categorias:
Erro de prescrição: erro de medicação que ocorre durante a prescrição de um
medicamento, em decorrência tanto de redação da prescrição, como do processo de decisão
terapêutica. O erro decisão terapêutica pode surgir de um desvio não intencional de padrões
de referência, como: conhecimento científico atual, práticas normalmente reconhecidas,
especificações técnicas dos medicamentos e legislação sanitária3. Um erro de prescrição
pode estar relacionado à seleção do medicamento (considerando-se as indicações, as
contraindicações, as alergias, as características do paciente, as interações medicamentosas e
outros fatores), a dose, a concentração, o esquema terapêutico, a forma farmacêutica, a via
de administração, a duração do tratamento e orientações de utilização, assim como pela
ausência de prescrição de um medicamento necessário para tratar uma doença já
diagnosticada ou para impedir os incidentes com outros medicamentos 4.
• Erros de dispensação: pode ser definido como um desvio na interpretação da
prescrição, cometido pela equipe da farmácia quando da realização da dispensação de
medicamentos para as unidades de internação ou na farmácia ambulatorial5,6. Incluem
também erros relacionados às normas e à legislação. Podem ser classificados em: erros de
conteúdo, erros de rotulagem e erros de documentação 7.
• Erros de administração: erro decorrente de qualquer desvio no preparo e
administração de medicamentos de acordo com a prescrição médica, da não observância das
recomendações ou guias do hospital ou das instruções técnicas do fabricante do produto.
Considera-se, ainda, que não há erro se o medicamento for administrado de forma correta,
mesmo que a técnica utilizada contrarie a prescrição médica ou os procedimentos do
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hospital 8.
Estudo realizado nos Estados Unidos da América (EUA) revela que cada paciente
internado em hospital norte-americano está sujeito a 01 erro de medicação por dia, sendo
registrados anualmente, nessas instituições, no mínimo 400.000 eventos adversos (EA)
evitáveis relacionados a medicamentos 5. Estima-se que os erros de medicação em hospitais
provoquem mais de 7.000 mortes por ano nos EUA, acarretando importantes custos
tangíveis e intangíveis 9. Diante da possibilidade de prevenção dos erros de medicação e do
risco de dano em função da sua ocorrência, torna-se relevante identificar a natureza e
fatores contribuintes dos erros, como forma de dirigir ações para a prevenção. Em relação à
prevenção de erros, deve-se destacar o grupo chamado de medicamentos potencialmente
perigosos (MPP) ou de alta vigilância (high-alert medications), que possuem maior
potencial de provocar danos ao paciente quando ocorre falha na sua utilização. Erros
envolvendo esses medicamentos têm maior gravidade 10,11,12, sendo necessária a adoção de
protocolos específicos para prevenção 10-14. Em pesquisa que analisou eventos adversos
relacionados a medicamentos que ocorreram em hospital norte-americano de 1994 a 2000,
foi observado que mais da metade dos eventos adversos preveníveis envolvia
anticoagulantes, opiáceos e insulinas 12. A incorporação de princípios para reduzir erros
humanos minimizando os lapsos de memória, promovendo acesso a informações sobre os
medicamentos e desenvolvendo padrões internos de treinamento reduz a probabilidade de
falhas e aumenta a chance de interceptá-las antes de resultar em prejuízo ao paciente. Nesse
sentido, devem-se incluir estratégias como a padronização de processos, o uso de recursos
de tecnologia da informação, educação permanente e, principalmente, o acompanhamento
das práticas profissionais em todas as etapas do processo que envolve o medicamento 15.

1.4. PRÁTICAS SEGURAS PARA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS


As prescrições, quanto ao tipo, classificam-se como:
• Urgência/Emergência: quando indica a necessidade do início imediato de
tratamento. Geralmente possui dose única;
• Pro re nata ou caso necessário: quando o tratamento prescrito deve ser
administrado de acordo com uma necessidade específica do paciente, considerando-se o
tempo mínimo entre as administrações e a dose máxima;
• Baseada em protocolos : quando são preestabelecidas com critérios de início do
uso, decurso e conclusão, sendo muito comum em quimioterapia antineoplásica;
• Padrão : aquela que inicia um tratamento até que o prescritor o interrompa;
• Padrão com data de fechamento: quando indica o início e fim do tratamento,
sendo amplamente usada para prescrição de antimicrobianos em meio ambulatorial; e
• Verbal: utilizada em situações de emergência, sendo registrada posteriormente,
em decorrência, possui elevado risco de erros e deverá ser restrita às situações para as quais
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é prevista. Quanto à origem, a prescrição pode ser: ambulatorial, hospitalar ou proveniente
de outro tipo de estabelecimento de saúde. Os medicamentos prescritos podem ser:
medicamentos fabricados pela indústria (referência, similar e intercambiável), magistrais ou
farmacopeicos.

1.4.1 INTERVENÇÕES
1. Itens de verificação para a prescrição segura de medicamentos
a) Identificação do paciente
A identificação do paciente na prescrição realizada em ambulatório deve conter, no
mínimo, as seguintes informações:
• Nome completo do paciente;
• Data de nascimento; e
• Endereço. A identificação do paciente na prescrição hospitalar deve ser realizada
em formulário institucional e conter as seguintes informações:
• Nome do hospital;
• Nome completo do paciente;
• Número do prontuário ou registro do atendimento;
• Leito;
• Serviço;
• Enfermaria/apartamento; e
• Andar/ala.
Obs.: todos os itens da identificação do paciente nas prescrições, tanto ambulatoriais
quanto hospitalares, devem ser legíveis. A identificação do paciente na prescrição deverá
utilizar exclusivamente o nome completo do paciente e a data de nascimento. Não é
permitido a utilização do nome incompleto e do nome abreviado. Para os pacientes que são
admitidos sem possibilidade de identificação (emergências e situações de catástrofes)
deverão ser utilizados códigos diferentes por paciente, acrescidos minimamente do número
de prontuário e do registro de atendimento. Deve ser utilizada a pulseira de identificação
com a codificação definida para identificá-lo provisoriamente. A utilização do termo “Não
Identificado” ou outra abreviatura para todos os pacientes nessas condições deve ser
abolida, em virtude do risco de erro de medicação.
b) Identificação do prescritor na prescrição
A identificação do prescritor deverá ser realizada contendo o nome completo,
número de registro do conselho profissional e assinatura. Esse registro poderá ser
manuscrito ou com a utilização de carimbo contendo os elementos de identificação. A
identificação do prescritor deverá ser legível para conferir autenticidade à prescrição.
c) Identificação da instituição na prescrição
Na prescrição ambulatorial e hospitalar deverá constar a identificação completa do
estabelecimento de saúde (nome, endereço completo e telefone), para que o paciente possa
manter contato com os profissionais de saúde para esclarecimentos de dúvidas posteriores à
consulta.
d) Identificação da data de prescrição

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A data da prescrição é imprescindível para conferir validade à mesma. Em meio
ambulatorial, a validade da prescrição deve ser definida e registrada na própria prescrição,
pelo prescritor. A data na prescrição é imprescindível para a dispensação e a administração
dos medicamentos, assegurando-se de que o que foi indicado está baseado na avaliação
médica do dia em que foi emitida a prescrição. A supressão da data na prescrição está
relacionada à ocorrência de vários erros de medicação, entre eles a permanência da
utilização de medicamentos por tempo inadequado e a administração de medicamentos sem
indicação para a condição clínica atual do paciente.
e) Legibilidade
Problemas na legibilidade da prescrição podem comprometer a comunicação entre
prescritor e paciente e entre prescritor e demais profissionais de saúde, sendo geradora
importante de erros de medicação, sobretudo, a troca de medicamentos com nomes
parecidos. Quando a prescrição possui medicamentos potencialmente perigosos/alta
vigilância, os erros ocasionados pela legibilidade inapropriada podem ser graves, e até
fatais 16,17. Deverá ser utilizado o sistema de prescrições eletrônicas pra que as mesmas
sejam digitadas evitando erros de legibilidade. Para a impressão será usado um formulário
sem pauta, para evitar erros de medicação ocasionados pelo encontro das linhas com letras e
números da prescrição. O uso de impressão frente e verso para prescrição não deve ser
realizado, pelo elevado risco de omissão (não cumprimento integral da prescrição). A
prescrição carbonada não é recomendada. Caso seja estritamente necessário realizar
prescrição manual cm uso de carbono, como em situação de sistema eletrônico fora do ar,
deve-se verificar a legibilidade da informação que consta na segunda via.
f) Uso de abreviaturas
Recomenda-se que os medicamentos sejam prescritos sem o uso de abreviaturas,
pois seu uso aumenta a chance de erro de medicação 17-19. Caso seja indispensável em meio
hospitalar, a instituição deve elaborar, formalizar e divulgar uma lista de abreviaturas
padronizadas, de modo a promover a adequada comunicação entre os membros da equipe
de saúde. Essa lista não deve conter abreviatura de “unidades” (U) e “unidades
internacionais” (UI), utilização de fórmulas químicas (KCl, NaCl, KMnO4 e outras) e
nomes abreviados de medicamentos (HCTZ, RIP, PEN BEZ, MTX, SMZ-TMP e outros).
As abreviaturas “U” e “UI” significando “unidades” e “unidades internacionais”,
respectivamente, são consideradas as mais perigosas de todas, pois podem levar à
administração de doses 10 ou 100 vezes maior do que a prescrita 18-20. Desta maneira, deve-
se abolir o uso de abreviaturas “U” e “UI”, escrevendo a palavra “unidade” por extenso no
lugar de “U” ou “unidade internacional” no lugar de “UI”. Caso exista padronização de
abreviatura para via de administração, preferir o uso de “EV” (para endovenosa) em vez de
IV (intravenosa), em função do risco de erro de interpretação do “IV” como “IM”,
sobretudo quando associado a pouca legibilidade da prescrição.
g) Denominação dos medicamentos
Os medicamentos devem ser prescritos utilizando-se a denominação comum
brasileira e em sua ausência a denominação comum internacional. Quanto à denominação
de fitoterápicos, observar a determinação da Denominação Comum Brasileira de
Fitoterápicos ou, quando omisso, utilizar a denominação botânica acrescida da parte da
planta utilizada. A utilização de códigos ou codinomes utilizados para medicamentos
durante a fase de ensaios clínicos não devem ser utilizados para nominar medicamentos.
Quando prescrito medicamento objeto de ensaio clínico, este deve ser identificado como tal,
a partir do emprego da expressão “ensaio clínico”.
h) Prescrição de medicamentos com nomes semelhantes Medicamentos cujos nomes
são reconhecidamente semelhantes a outros de uso corrente na instituição devem ser
cadastrados e prescritos com destaque na escrita da parte do nome que os diferencia 19,21, e
deve ser utilizada letra maiúscula ou negrita. Exemplos de nomes semelhantes:
• DOPAmina e DOBUtamina;

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• ClorproPAMIDA e ClorproMAZINA;
• VimBLASTina e VinCRIStina.
Será divulgada a lista de medicamentos com nomes semelhantes e/ou embalagens
parecidas e que possam ser fonte de erros, entre os profissionais da instituição pelos
membros da Comissão de Padronização de Medicamentos e Materiais e do Núcleo de
Segurança do Paciente.
i) Expressão de doses
O sistema métrico será adotado para expressar as doses desejadas. As unidades de
medidas não métricas (colher, ampola, frasco) não podem ser utilizadas nas prescrições,
quando utilizadas isoladamente para expressar a dose. A utilização da forma farmacêutica
(ampola, frasco, comprimido e outros) na prescrição deve ser acompanhada de todas as
informações necessárias para a dispensação e administração segura. A unidade de medida
deve ser claramente indicada; e quando se tratar de microgramas, este deve ser escrito por
extenso. Ao prescrever doses ou volumes com números fracionados (por exemplo: 2,5mL),
observar nas duas vias da prescrição se a vírgula está bem posicionada e clara, para evitar
erro de dose, no qual a dose de “2,5 mL” seja interpretada como “25 mL”. Não utilize
“ponto” em substituição à vírgula, pois aumenta o risco de erro. Para definir a concentração
de um medicamento, o uso do zero antes da vírgula ou ponto deve ser evitado, pois pode
gerar confusão e erro de 10 vezes na dose prescrita. Exemplo: recomenda-se prescrever
"500mg" em vez de "0,5g", pois a prescrição de “0,5g” pode ser confundida com "5g".
1.4.2- INDICAÇÃO, CÁLCULOS DE DOSES E QUANTIDADES DOS
MEDICAMENTOS
a) Alergias
Deve-se registrar com destaque na prescrição as alergias relatadas pelo paciente,
familiares e/ou cuidadores. O registro do relato de alergia na prescrição subsidia adequada
análise farmacêutica das prescrições e os cuidados de enfermagem, reduzindo, assim, a
chance da dispensação e administração de medicamento ao qual o paciente é alérgico. As
alergias do paciente serão registradas no sistema eletrônico e informadas automaticamente
em todas as prescrições emitidas para o paciente.
b) Informações importantes
O prescritor deverá registrar na prescrição qualquer informação que considere
relevante para que a assistência ao paciente seja segura e efetiva, considerando-se os
múltiplos atores no processo assistencial e a necessidade de informação completa, clara e
precisa. É importante ressaltar que nas prescrições ambulatoriais, deverão ser registradas
todas as orientações sobre como utilizar o medicamento, bem como as recomendações não
farmacológicas devem constar também na prescrição.
c) Padronização de medicamentos
O hospital terá uma lista de medicamentos selecionados/padronizados considerando-
se critérios de efetividade, segurança e custo. A padronização será homologada, publicada e
divulgada a todos os profissionais do hospital. A lista terá uma relação de medicamentos
por especialidade e classe terapêutica e também por índice remissivo. A prescrição de
medicamentos que já estão selecionados e padronizados no estabelecimento de saúde
aumenta a segurança do uso, em virtude da maior familiaridade dos prescritores,
farmacêuticos e equipe de enfermagem com indicação, contraindicação, doses, reações
adversas, entre outros aspectos relacionados aos medicamentos 22. Outros benefícios da
padronização de medicamentos ainda observados são relacionados a racionalização do
estoque, rastreabilidade e política de compras.
d) Doses O cálculo das doses de medicamentos é fonte importante de erros graves e
este problema pode ser minimizado com a familiaridade do prescritor com o medicamento e
com a conferência do cálculo. As doses prescritas devem ser conferidas pelo prescritor
antes da assinatura da prescrição, tendo como referência o melhor nível de evidência
científica disponível. Para medicamentos cujas doses são dependentes de peso, superfície
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corporal e clearance de creatinina, recomenda-se que o prescritor anote tais informações na
prescrição, para facilitar a análise farmacêutica e a assistência de enfermagem. Deve-se
realizar a dupla checagem (na farmácia e no momento do recebimento pela enfermagem)
das doses prescritas principalmente para medicamentos potencialmente perigosos/alta
vigilância. Nova dupla checagem deve ser feita pela enfermagem antes da administração do
medicamento. A prescrição ambulatorial deverá trazer a quantidade total de unidades
farmacêuticas do medicamento prescrito, que deverá ser dispensada para o tratamento
proposto. As quantidades máximas de medicamentos prescritas devem obedecer à
legislação vigente.
1.4.3- DURAÇÃO DO TRATAMENTO
A prescrição deverá conter informação sobre a duração do tratamento, procurando
evitar, dessa maneira, que o(s) medicamento(s) possa(m) ser consumido(s) continuamente
sem indicação. Quando ambulatorial, a prescrição de medicamentos de uso crônico deverá
indicar a duração do tratamento, pois é necessário estabelecer um prazo para que o paciente
seja reavaliado pelo médico.
A expressão "uso contínuo" ou “usar sem parar”, sem prazo para o paciente ser
reavaliado, não deve ser utilizada em prescrições ambulatoriais.
1.4.4-UTILIZAÇÃO DE EXPRESSÕES VAGAS
Expressões vagas como “usar como de costume”, “usar como habitual”, “a
critério médico”,“se necessário” (sem indicação de dose máxima, posologia e condição de
uso), “uso contínuo” e “não parar” devem ser abolidas das prescrições. Quando for
preciso utilizar a expressão “se necessário”, deve-se obrigatoriamente definir:
• Dose;
• Posologia;
• Dose máxima diária deve estar claramente descrita; e
• condição que determina o uso ou interrupção do uso do medicamento.
Exemplo: paracetamol comprimido de 500mg uso oral. Administrar 500mg de
6 em 6h, se temperatura igual ou acima de 37,5ºC. Dose máxima diária 2 gramas
(quatro comprimidos de 500mg).

1.4.5- POSOLOGIA, DILUIÇÃO, VELOCIDADE, TEMPO DE INFUSÃO E VIA


DE ADMINISTRAÇÃO
a) Posologia
A posologia desejada para o medicamento deve ser prescrita observando-se as doses
máximas preconizadas e a comodidade do paciente. Dentro do possível, recomenda-se
prescrever medicamentos com menor número de doses diárias, para maior comodidade do
paciente e menores riscos de erro de administração. A utilização de um menor número de
doses diárias, facilita a adesão do paciente ao tratamento.
b) Diluição
Para medicamentos de uso endovenoso, intramuscular, subcutâneo e em neuroeixo e
plexos nervosos, a prescrição deverá conter informações sobre diluente (tipo e volume),
velocidade e tempo de infusão (para endovenosos). A reconstituição e diluição dos
medicamentos é etapa importante e que gera impacto sobre a estabilidade e até mesmo
sobre a efetividade do medicamento, pois em alguns casos a incompatibilidade leva à
diminuição ou à perda da ação farmacológica do medicamento.
c) Velocidade de infusão
A velocidade de infusão está associada a reações adversas clássicas, tal como a
“síndrome do homem vermelho”, que ocorre com a infusão rápida de vancomicina. É
indispensável, portanto, a definição da velocidade de infusão na prescrição, considerando-se
a melhor evidência científica disponível, assim como as recomendações do fabricante do
medicamento, evitando-se a ocorrência de eventos adversos passíveis de prevenção.
d) Via de administração
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A via de administração deve ser prescrita de forma clara, observando-se a via de
administração recomendada pelo fabricante, para o medicamento. O uso de abreviaturas
para expressar a via de administração deverá ser restrito somente às padronizadas no
hospital.
1.4.6- MODIFICAÇÃO DA PRESCRIÇÃO ATUAL OU VIGENTE
O prescritor deverá se certificar de que as alterações na prescrição foram feitas de
forma clara, legível e sem rasuras.
O prescritor deverá fazer as alterações na primeira e segunda via da prescrição.
A suspensão ou alteração na prescrição de um medicamento somente na via
disponível para a enfermagem pode acarretar erro na dispensação e aumentar o risco de erro
de administração. Em meio ambulatorial, nunca deve ser feita modificação ou rasura na
mesma receita. Caso seja necessária alguma alteração na terapêutica, nova receita deverá
ser emitida e a anterior suspensa.
1.4.7- PRESCRIÇÕES VERBAIS
As prescrições verbais devem ser restritas às situações de urgência/emergência,
devendo ser imediatamente escritas no formulário da prescrição após a administração do
medicamento. A prescrição verbal deve ser validada pelo prescritor assim que possível.
Quando a ordem verbal for absolutamente necessária, o prescritor deve falar o nome, a dose
e a via de administração do medicamento de forma clara. Quem recebeu a ordem verbal
deve repetir de volta o que foi dito e ser confirmado pelo prescritor antes de administrar o
medicamento.
1.4.8- PONTOS DE TRANSIÇÃO DO PACIENTE
Pontos de transição do paciente Na admissão do paciente deverão ser relacionados
quais medicamentos o paciente estava usando antes da internação, objetivando-se avaliar a
necessidade da continuidade ou suspensão do uso dos mesmos (conciliação
medicamentosa). Os pacientes devem ser orientados a não permanecerem com seus
medicamentos no hospital, em virtude do risco de utilização de doses duplicadas, quando
administradas pela equipe de enfermagem e paralelamente por cuidador (acompanhante) ou
pelo próprio paciente e ainda pelo risco do uso de medicamentos não indicados para a
condição clínica atual do paciente. No âmbito ambulatorial, chama-se de ponto crítico
quando ocorre transição do paciente entre os níveis de atenção (primário, secundário ou
terciário), sendo fundamental a realização dos encaminhamentos resolutivos entre as
diferentes unidades de saúde e que a atenção básica seja a coordenadora do cuidado do
usuário. Para tal, o prescritor deverá elaborar detalhado histórico farmacoterapêutico do
paciente, podendo contar com a colaboração do farmacêutico, que deverá fazer a
conciliação dos medicamentos. Na transferência do paciente entre leitos, entre duas
unidades do hospital e entre instituições hospitalares distintas, as seguintes ações devem ser
realizadas:
• Encaminhar resumo da internação e o prontuário atualizado e organizado
(transferência interna), bem como resumo de alta (em caso de transferência externa, como
forma de melhor orientar a nova equipe que prestará assistência ao paciente.
• O prescritor deverá elaborar detalhado histórico do plano terapêutico
medicamentoso do paciente, podendo, para isso, contar com a participação do farmacêutico.
Importante:
• Os pontos de transição dos pacientes no hospital, da admissão à alta, ou mudança
de local de internação, são considerados críticos, pois, frequentemente, nessas mudanças,
ocorre expressivo número de erros de medicação, devido a informações incorretas ou
incompletas sobre os medicamentos utilizados pelos pacientes, ocasionando principalmente
a omissão ou duplicidade de dose.
•Nos pontos de transição, especialmente na alta hospitalar, o paciente deverá receber
uma prescrição contendo todos os medicamentos de que fará uso e as recomendações
necessárias à continuidade do tratamento, sendo recomendável a participação do
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farmacêutico com orientações para o uso seguro e racional dos medicamentos prescritos.
1.4.9 - PRESCRIÇÃO SEGURA DE MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE
PERIGOSOS OU DE ALTA VIGILÂNCIA
Será divulgada a lista de MPP ou de alta vigilância que constam na relação de
medicamentos selecionados no hospital, indicando as doses máximas desses medicamentos,
a forma de administração (reconstituição, diluição, tempo de infusão, via de administração),
a indicação e a dose usual.
O número de apresentações e concentrações disponíveis de MPP ou de alta
vigilância, especialmente anticoagulantes, opiáceos, insulina e eletrólitos concentrados
(principalmente cloreto de potássio injetável),deve ser limitado.
As doses dos MPP ou de alta vigilância deverão ser conferidas com dupla
checagem na fase dos cálculos para prescrição e análise farmacêutica da prescrição para
dispensação.
1.4.10 - SUPORTE ELETRÔNICO PARA PRESCRIÇÃO
As prescrições devem ser realizadas utilizando o programa informatizado para
prescrição de medicamentos. O programa fornecerá suporte clínico com informações sobre
alergias do paciente e apresentações e concentrações padronizadas disponíveis na
instituição.
Importante:
• Prescrições pré-digitadas podem aumentar a segurança no uso de medicamentos e
devem ser adotadas quando possível.
•Utilizar para impressão formulário sem pauta, pois as linhas podem encobrir pontos
e vírgulas ou transformar “0” em “8”, aumentando, assim, a possibilidade de erros.
•Quando se implantar novo sistema de prescrição na UTI (prescrições prédigitadas,
eletrônicas e outras), o prescritor, farmacêutico e enfermeiro devem acompanhar o processo
de prescrição para identificar e corrigir erros decorrentes do uso do novo sistema.
1.4.11- OUTRAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES PARA A PRESCRIÇÃO
SEGURA
O prescritor deverá conhecer a história clínica e os medicamentos de que o paciente
faz uso e conciliá-los com a nova prescrição, procurando evitar duplicidades, interações,
doses inadequadas e outras discrepâncias, podendo nessa etapa contar com o suporte do
farmacêutico. Para apoiar a decisão de prescrever, utilizar fontes de informação sobre
medicamentos atualizadas e baseadas nos melhores níveis de evidência científica. Na
prescrição para uso ambulatorial, quando necessário, deverá ser registrado na prescrição o
tempo que o paciente deverá permanecer em observação no estabelecimento de saúde após
a administração do medicamento. Caso exista a suspeita de reações adversas a
medicamentos ou a ocorrência de erros ou eventos adversos no processo assistencial, estes
devem ser notificados ao Núcleo de Segurança do Paciente. A compreensão das
informações da prescrição e ações que possibilitem esclarecimentos aos pacientes sobre
riscos de medicação e medidas de prevenção deve ser garantida por ações colaborativas
entre prescritores, farmacêuticos e enfermeiros. Serão desenvolvidas atividades clínicas dos
farmacêuticos, pois podem diminuir os erros de prescrição e medicação em geral e têm
embasamento em evidência científica comprovada 5,23.
2- INDICAÇÃO
• Quanto às vias de administração:
 Administração de medicamentos via endovenosa;
 Administração de medicamentos via intramuscular;
 Administração de medicamentos via subcutânea;
 Administração de medicamentos via oral;
 Administração de medicamentos via retal;
 Administração de nutrição parenteral total;

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2.1 - FATORES POTENCIAIS DE RISCO
São considerados fatores potenciais de risco de ocorrência de eventos adversos
relacionados a medicamentos:
 Nomes de medicamentos com sons ou grafia semelhantes aos de outras
drogas;
 Prescrições com letra ilegível e/ou uso de siglas e abreviaturas;
 Embalagens ou rotulagem semelhantes;
 Deficiência na padronização de medicamentos nas instituições;
 Aprazamentos incorretos e/ou não respeitados;
 Conhecimento parcial dos profissionais sobre drogas (nomes, efeitos,
interações, vias de administração, velocidade de infusão, diluição e reconstituição, entre
outras).
Obs: Dentre os fatores potenciais de risco, a existência de medicamentos com nomes
parecidos é uma das causas mais comuns de erros de medicação e é uma preocupação em
todo o mundo. O problema deve ser visto numa perspectiva sistêmica, exigindo ações
corretivas desde as agências regulatórias até o profissional que administra o medicamento
ao paciente.

2.2 - RECOMENDAÇÕES
Todos os medicamentos devem ser organizados e preparados em ambiente limpo e
seguro (boa iluminação, baixo nível de ruídos, boa ventilação, espaço físico e
mobiliário/materiais adequados). A manipulação de medicamentos deve ser precedida de
higiene correta das mãos e de técnicas assépticas para a respectiva administração.
• A administração segura de medicamentos requer a utilização da regra dos certos.
Existem publicações citando a utilização de “5 certos”18, “6 certos” 19, 20, 21, “7
certos”22, “8 certos”,23 e “9 certos” 24,25.
• Devem-se implementar protocolos clínicos multiprofissionais e prescrições
informatizadas que minimizem as confusões geradas por prescrições ilegíveis ou por ordens
verbais/por telefone. O número de pacientes que recebem os medicamentos corretos em
hospitais aumenta quando esses hospitais implementam, de forma bem planejada, um
mecanismo robusto de prescrição informatizada.
• A necessidade de ler atentamente o rótulo cada vez que um medicamento é
acessado e novamente antes da administração deve ser enfatizada.
• Para diminuir o risco de confusão, usar letras em negrito e cor nos rótulos, caixas
de armazenamento e prateleiras, e dispositivos automáticos de distribuição.
• Deve-se ampliar a divulgação das interações medicamentosas para profissionais
da saúde e usuários de medicamentos.
• É essencial assegurar que todas as etapas da gestão de medicamentos sejam
realizadas por pessoal qualificado e competente.
• Quanto ao horário, a administração dos medicamentos deve seguir a “regra dos 30
minutos”: os medicamentos podem ser administrados até 30 minutos antes ou até 30
minutos após o horário aprazado. A regra não se aplica a situações como: primeira
dose/dose de ataque, dose única, administração pré-cirúrgica de antibiótico, sedação pré-
procedimento, medicamentos de uso concomitante ou sequencial .
• A educação sobre medicamentos semelhantes e/ou de alta vigilância deve ser
incorporada aos currículos dos cursos e capacitações de profissionais da área da saúde.
• Medicamentos de alta vigilância devem ser identificados de forma diferenciada
dos demais (devem ser de fácil identificação através da cor do invólucro ou da etiqueta) e
armazenados separadamente e em gavetas chaveadas. São recomendações do Instituto para
Práticas Seguras no Uso de Medicamentos – ISMP Brasil
◘ “Estabelecer e divulgar a lista dos medicamentos potencialmente perigosos na
instituição de saúde;
[Digite aqui]
◘ Padronizar prescrição, dispensação, preparação, administração e armazenamento;
◘ Utilizar etiquetas auxiliares com cores ou sinais de alerta diferenciados nas
embalagens;
◘ Implantar práticas de dupla checagem na dispensação, preparo e administração;
◘ Limitar o número de apresentações e concentrações disponíveis, particularmente
de anticoagulantes, opiláceos e insulinas;
◘ Retirar das enfermarias e ambulatórios soluções concentradas de eletrólitos,
particularmente cloreto de potássio injetável;
◘ Estabelecer e divulgar as doses máximas desses medicamentos;
◘ Fornecer e melhorar o acesso à informação sobre estes medicamentos;
◘ Utilizar indicadores para gerenciamento dos erros de medicação;
◘ Incorporar alertas de segurança nos sistemas informatizados de prescrição e
dispensação.”
• O processo de reconciliação de medicamentos deve ser implementado de forma a
garantir a continuidade da terapêutica medicamentosa. Este aspecto remete à comparação
dos medicamentos usados pelo paciente no domicílio ou outra instituição, com os prescritos
na internação ou consulta, a fim de identificar omissões, duplicação, contradição, erros de
administração e possíveis interações.

3-ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA ENDOVENOSA


É a via onde se tem a mais rápida ação do fármaco administrado, em que há a introdução da
medicação diretamente na veia.Os medicamentos injetados na veia devem ser soluções
solúveis no sangue. Podem ser líquidos hiper, iso ou hipotônicos, sais orgânicos, eletrólitos,
medicamentos não oleosos e não deve conter cristais visíveis em suspensão.
3.1 - FINALIDADES 
Infundir soro, aplicar medicamentos via EV ou manter a veia para administração de
medicamentos.

3.2- INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES

Indicações:
•Necessidade de ação imediata do medicamento;
•Necessidade de injetar grandes volumes (hidratação);
•Introdução de substâncias irritantes de tecidos.
Contra-indicações:
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Lactentes e RN, devido ao risco de romper os vasos pela sua fragilidade, pela
imaturidade fisiológica e dependendo do medicamento intensifica as reações adversas.

3.3- MATERIAL E EQUIPAMENTOS


Seringa e agulha; garrote; recipiente com bolinhas de algodão embebido em álcool 70% ou
clorexidina alcoólica, luva de procedimento, máscara e óculos, se necessário e medicação
prescrita preparada.
3.4- DESCRIÇÃO TÉCNICA 
Lavar as mãos;
Preparar medicação conforme técnica;
Identificar a medicação com nome, leito do paciente, via, horário e nome do medicamento;
Orientar o paciente sobre o procedimento;
Lavar as mãos;
Posicionar o paciente adequadamente expondo a área a ser puncionada;
Garrotear o membro a ser puncionado;
Realizar a antissepsia da pele de forma ampla e DE BAIXO PARA CIMA NÃO
TOCANDO NA REGIÃO NOVAMENTE;
Calçar as luvas;
Introduzir a agulha com o bisel para cima;
Verificar o retorno do sangue, soltando o garrote;
Observar o local da punção quanto a sinais de extravasamento;
Administrar medicação prescrita;
Retirar a agulha pressionando com algodão o local (por 3 min.);
Reposicionar o paciente adequadamente;
Recolher o material deixando a unidade cm ordem;
Lavar as mãos;
Checar procedimento, intercorrências e material utilizado.
Fórmula para cálculo de gotejamento de soro
Gotejamento = Volume (ml)
Tempo (h) x 3

500 ml 1000 ml
HORAS Nº GOTAS Nº GOTAS
24h 07 14
18 h 09 18
12h 14 28
10 h 17 34
08 h 20 40
06 h 26 52
04 h 41 82
03 h 55 110
01 h 66 132

3.5- CUIDADOS ESPECIAIS/PLANO DE CONTINGÊNCIA  


Observar constantemente local da punção e permeabilidade do acesso venoso a fim
de detectar extravasamento o mais precoce possível.
Observações:

[Digite aqui]
Fazer desinfecção da borracha da bolsa de soro com álcool 70% antes de adicionar
as medicações.
Ao escolher a veia deve-se levar em consideração as condições das veias, tipo de
solução a ser infundida, o tempo de infusão, se possível escolher o MS não dominante.
As veias mais indicadas são a cefálica interior, cefálica acessória, basílica,
metacarpianas, anticubitais (sempre utilizar dispositivos venosos flexíveis).
Os equipos devem ser trocados a cada 72 horas, é necessário fazer rodízio de
punções a cada 72 horas, a nova punção deve ser feita o mais longe possível da outra.
Observar constantemente o local da punção e permeabilidade do acesso venoso a
fim de detectar extravasamento o mais precoce possível.
Proteger o acesso venoso para o banho evitando umidade.
Evitar puncionar veias esclerosadas ou em membros paralisados, edemaciados ou
com lesões;
A presença de dor, edema indica que a veia foi transfixada e o líquido está
extravasando nos tecidos;
As drogas irritantes ou muito viscosas devem ser administradas em veias calibrosas
para diminuir o trauma do vaso e facilitar o fluxo.
É importante estar atento a possíveis acidentes durante a administração de
medicamentos EV através de reações locais, e a reações pirogênicas, anafiláticas ou mal-
estar.
Para facilitar o aparecimento de uma veia, pode-se aquecer o local escolhido com
compressa ou bolsa de água quente, minutos antes da punção;

4. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR


É a administração de medicamentos no tecido muscular.
4.1- FINALIDADES 
Proporcionar a absorção mais rápida do medicamento do que pela via oral;
Administrar medicamentos irritantes ao trato digestivo ou ao tecido subcutâneo.
4.2- INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES
Indicação:
São recomendadas para os pacientes não cooperativos ou aqueles que não podem
tomar a medicação via oral e para as medicações que são alteradas pelo suco digestivo. Os
tecidos musculares possuem poucos nervos sensoriais, permitindo na injeção uma
administração menos dolorosa de medicações irritantes.

Contra indicação:
As injeções intramusculares são contra-indicadas em pacientes com mecanismo de
coagulação prejudicados, em pacientes com doença vascular periférica oclusiva, edema e
choque, porque estas moléstias prejudicam a absorção periférica. Além de não serem
administrado em locais inflamados, edemaciado ou irritado ou ainda em locais com
manchas de nascença, tecido cicatrizado ou outras lesões.

4.3- MATERIAL E EQUIPAMENTOS 


Bandeja, rótulo de identificação, luvas de procedimento, seringa, agulha 25x7ou 30x8,
medicamento prescrito, algodão, clorexidina alcoólica e álcool a 70%.

4.4- DESCRIÇÃO TÉCNICA 


Realizar a higienização das mãos.
· Conferir os nove certos: paciente certo, medicamento certo, dose certa, hora certa,
via certa, registro certo, diluição certa s/n, riscos aos profissionais e riscos ao paciente;
· Fazer e colocar o rótulo de identificação do medicamento com: nome, dose,

[Digite aqui]
horário, via de administração e paciente;
· Realizar a higienização das mãos;
· Separar o material necessário;
· Fazer o rótulo de identificação do medicamento: nome, dose, horário, via de
administração e paciente;
· Realizar a desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
· Realizar a higienização das mãos;
· Fazer a desinfecção no frasco ou ampola com algodão umedecido em clorexidina
alcoólica ou álcool a 70%;
Fazer a reconstituição com o líquido recomendado, s/n;
· Aspirar o conteúdo do frasco;
· Trocar a agulha (para 25x7 ou 30x8);
· Retirar o ar da seringa;
· Colocar o rótulo de identificação do medicamento na seringa;
· Reunir o material a ser utilizado na bandeja;
· Levar a bandeja até a unidade do paciente e colocá-la na mesa de cabeceira;
· Informar e explicar o procedimento ao paciente;
· Conferir o rótulo com os dados do paciente;
· Realizar a higienização das mãos;
· Posicionar o paciente de forma adequada ao procedimento;
· Calçar as luvas de procedimento;
· Expor a área de aplicação e definir o local da administração;
· Palpar o músculo (medição do local);
· Fazer a antissepsia do local;
Antissepsia;
· Pinçar com os dedos a pele ao redor do local da administração;
· Inserir a agulha da injeção em um ângulo de 90º em relação ao músculo;
· Aspirar lentamente o êmbolo da seringa e certificar-se de que não atingiu nenhum
vaso sanguíneo;
· Injetar lentamente o conteúdo da seringa;
· Retirar a agulha e a seringa em um movimento rápido;
· Aplicar leve compressão ao local com gaze;
· Recolher o material utilizado, deixando a unidade do paciente em ordem;
· Desprezar os resíduos;
· Descartar o material pérfuro cortante no Descarpax® (sem desconectar a agulha da
seringa e sem reencapá-la);
· Retirar a luva de procedimento;
· Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e realizar a desinfecção
com álcool a 70%.
· Realizar a higienização das mãos;
· Checar o horário da administração do medicamento na prescrição médica;
· Fazer anotação de enfermagem no Sistema Tasy.

4.5- CUIDADOS ESPECIAIS/PLANO DE CONTINGÊNCIA  


Checar o medicamento após a sua administração e se não foi administrado circular o
horário e anotar o motivo;
· Se o medicamento for dado fora do horário prescrito, checar o novo horário de
administração e anotar o motivo;
· Registrar qualquer tipo de reação que o paciente possa ter após receber a
medicação e comunicar ao enfermeiro responsável e/ou o médico;
· Realizar rodízio nos locais de aplicação;
· Não reencapar a agulha;
[Digite aqui]
· Músculos indicados para administração e volume permitido em adulto são:
· Vasto lateral da coxa: até 4 ml
· Região Dorso Glútea – Quadrante Superior Externo: até 5ml.
· Região Ventro glútea: até 4ml.
· Deltóide: até 2ml.

5. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA SUBCUTÂNEA


É a administração de medicamentos por baixo da derme, no tecido conjuntivo.

5.1- FINALIDADES 
Administrar vacinas, adrenalina, insulina e anticoagulantes;
Lentificar o tempo de absorção sistêmica do medicamento administrado.
5.2- INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES
Indicação:
Indicada para administrar anticoagulantes (heparina, clexane), hipoglicemiantes (insulina) e
vacinas (antirrábica e anti-sarampo). O medicamento é absorvido lentamente para dentro
dos capilares próximos, conferindo efeito prolongado do medicamento.
Contra-indicação:
Nas áreas que estejam inflamadas, edemaciadas, endurecidas, cicatrizadas ou cobertas por
uma mancha, marca denascença ou outra lesão; Não administrar quando a pele ou tecido
subjacente estiver muito adiposo;
Pacientes com coagulação comprometida como doença vascular oclusiva e má perfusão –
retarda a absorção.
5.3- MATERIAL E EQUIPAMENTOS 
Bandeja, luvas de procedimento, agulha para aspiração, agulha 13 x 4,5, seringa de 1
ml, bola de algodão, álcool a 70%, ou clorexidina alcoólica e medicamento prescrito.
5.4- DESCRIÇÃO TÉCNICA 
Realizar a higienização das mãos.
· Conferir os nove certos: paciente certo, medicamento certo, dose certa, hora certa,
via certa, registro certo, diluição certa s/n, riscos aos profissionais e riscos ao paciente;
· Fazer e colocar o rótulo de identificação do medicamento com: nome, dose,
horário, via de administração e paciente;
· Realizar a higienização das mãos.
· Preparar o medicamento utilizando a agulha de aspiração e a seringa de 1 ml;
· Retirar a agulha de aspiração e inserir a agulha 13 x 4,5 mm na seringa;
· Colar o rótulo de identificação no medicamento;
· Realizar a desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
· Reunir o material a ser utilizado na bandeja;
· Levar a bandeja até a unidade do paciente;
· Informar e explicar o procedimento ao paciente;
· Conferir o rótulo com os dados do paciente;
· Realizar a higienização das mãos
· Posicionar o paciente de forma adequada ao procedimento;
· Calçar as luvas de procedimento;
· Fazer a antissepsia do local

- Antissepsia;
· Pinçar com os dedos a pele do local de administração (correta posição das mãos no
instante de aplicar a injeção: a seringa deve estar posicionada entre o polegar e o indicador
da mão dominante. O profissional deve segurar a seringa como se fosse um dardo, deixando
a palma da mão para cima);
· Inserir em um único movimento a seringa com a agulha 13x4,5 mm no tecido
[Digite aqui]
subcutâneo em um ângulo de 90º;
· Injetar lentamente o medicamento com a mão oposta que segura a seringa (soltar a
prega do tecido);
· Retirar a agulha e a seringa em um movimento rápido;
· Aplicar leve compressão ao local com algodão embebido em álcool;
· Recolher o material utilizado, deixando a unidade do paciente em ordem;
· Desprezar os resíduos;
· Descartar o material pérfuro cortante no Descarpax® (sem desconectar a agulha da
seringa e sem reencapá-la);
· Retirar a luva de procedimento;
· Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e realizar a desinfecção
com álcool a 70%;
· Realizar a higienização das mãos.
· Checar o horário da administração do medicamento na prescrição médica;
· Fazer anotação de enfermagem no Sistema Tasy.

5.5- CUIDADOS ESPECIAIS/PLANO DE CONTINGÊNCIA  


Checar o medicamento após a sua administração e se não foi administrado circular o
horário e anotar o motivo;
· Se o medicamento for dado fora do horário prescrito, checar o novo horário de
administração e anotar o motivo;
· Registrar qualquer tipo de reação que o paciente possa ter após receber a
medicação e comunicar ao enfermeiro responsável e/ou o médico;
· Administrar um volume máximo entre 0,5 mL e 1 ml (o tecido subcutâneo é
extremamente sensível à soluções irritantes e grandes volumes de medicamento;
· Locais mais indicados para aplicação de medicamentos por via subcutânea:
deltóide, face externa do braço, face externa da coxa, parede abdominal e região escapular;
· Introduzir a agulha em ângulo de 90º quando hipodérmica ou 45º quando agulhas
comuns ou hipodérmicas em crianças;
· Após aplicação de insulina ou heparina, o local não deve ser massageado;

Realizar rodízio nos locais de aplicação;


· Não reencapar a agulha.

6- ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA ORAL


É a administração de medicamentos pela boca sob a forma de comprimidos, drágeas,
pós, cápsulas ou líquidos com a finalidade da absorção pelo trato digestivo.

6.1-FINALIDADES 
Utilizar o trato digestivo para absorver o medicamento;
Acarretar efeitos locais no trato digestivo e, sistêmicos, após absorção na circulação
sanguínea.

6.2- INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES


Indicações:
É a mais utilizada nos tratamentos ambulatórios em que a terapêutica depende do próprio
[Digite aqui]
paciente ou das pessoas que cuidam dele.

Contra-indicações:
Irritação de mucosa gástrica, náuseas, vômitos
Paciente não pode deglutir
Medicamento interfere na digestão

6.3- MATERIAL E EQUIPAMENTOS 


Bandeja, copinho descartável, rótulo de identificação, medicamento prescrito, seringa
se necessário, conta gotas s/n, triturador de comprimidos, espátula, canudinho, copo com
água.
6.4-  DESCRIÇÃO TÉCNICA 
· Realizar a higienização das mãos
· Conferir os nove certos: paciente certo, medicamento certo, dose certa, hora certa,
via certa, registro certo, diluição certa s/n, riscos aos profissionais e riscos ao paciente;
· Fazer o rótulo de identificação do medicamento com: nome, dose, horário, via de
administração e paciente.
· Reunir o material a ser utilizado na bandeja;
· Realizar a higienização das mãos.
· Colocar o rótulo do medicamento no copo descartável;
· Colocar o medicamento no copinho (diluir s/n);
· Levar a bandeja até a unidade do paciente e colocá-la na mesa de cabeceira;
· Informar o procedimento ao paciente;
· Conferir o rótulo com os dados do paciente;
· Entregar o copinho com o medicamento e o copo com água ao paciente;
· Esperar o paciente deglutir todos o(s) medicamento(s);
· Recolher o material utilizado, deixando a unidade do paciente em ordem;
· Desprezar os resíduos;
· Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e higienizá-la com
álcool a 70%;
· Realizar a higienização das mãos;
· Checar o horário da administração do medicamento na prescrição médica;
· Fazer anotação de enfermagem, se houver intercorrências.

6.5- CUIDADOS ESPECIAIS/PLANO DE CONTINGÊNCIA  


Caso o paciente esteja impossibilitado, colocar o medicamento direto em sua boca
(necessidade do uso da luva de procedimento) e verificar sua efetiva deglutição;
Nunca deixar o medicamento sobre a mesa;
Verificar se o paciente ingeriu a medicação;
Essa via é contra indicada em pacientes comatosos ou com dificuldade de deglutição
e naqueles que apresentam náuseas e vômitos;
Apresentação em pó deve ser diluída antes de ser ingerida;
Conferir necessidade de refrigeração e prazo de validade após reconstituição do
medicamento;
Checar o medicamento após a sua administração e se não foi administrado circular o
horário e anotar o motivo;
Se o medicamento for dado fora do horário prescrito, checar o novo horário de
administração e anotar o motivo;
Registrar qualquer tipo de reação que o paciente possa ter após receber a medicação
e comunicar ao enfermeiro responsável e/ou o médico.

7- ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA RETAL


[Digite aqui]
É a administração de medicamentos no reto, permitindo a absorção de diversos
fármacos pela mucosa intestinal, podendo, inclusive, gerar efeitos sistêmicos.
7.1-  FINALIDADES 
Efetuar o esvaziamento do conteúdo intestinal;
Utilizar a via retal para absorção medicamentosa sistêmica;
Evitar a desativação da função medicamentosa pelas enzimas do estômago;
Evitar a irritação estomacal;
Administrar medicamentos quando a via oral não é a de eleição.
7.2- INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES
Indicações:
Restrições à ingestão
Para aplicações dos enemas

Contra-indicações:
Diarréias
Cirurgias

7.3- MATERIAL E EQUIPAMENTOS 


Bandeja, luvas de procedimento, máscara ciúrgica, óculos de proteção, solução com
medicamento prescrito, sonda retal, soro, biombo, forro impermeável, comadre, toalha,
gaze, comadre, gel anestésico (não havendo, poderá ser utilizado vaselina).

7.4-  DESCRIÇÃO TÉCNICA 


Realizar a higienização das mãos.
· Conferir os nove certos: paciente certo, medicamento certo, dose certa, hora certa,
via certa, registro certo, diluição certa s/n, riscos aos profissionais e riscos ao paciente;
· Fazer e colocar o rótulo de identificação do medicamento com: nome, dose,
horário, via de administração e paciente;
· Reunir o material a ser utilizado na bandeja;
· Realizar a higienização das mãos;
· Colocar a identificação no medicamento;
· Levar a bandeja até a unidade do paciente;
· Informar o procedimento ao paciente;
· Isolar o leito com um biombo;
· Calçar as luvas;
· Colocar o paciente em posição de Sims;
· Colocar forro impermeável sob o paciente;
· Colocar uma toalha sobre o paciente, expondo-o o mínimo necessário;
· Preservar a intimidade do paciente;
· Lubrificar a cânula de aplicação com gel anestésico;
· Introduzir a cânula do aplicador no reto;
· Administrar a medicação conforme prescrição;
· Retirar a cânula do reto;
· Solicitar que o paciente aguarde o máximo de tempo que conseguir sem evacuar;
· Oferecer comadre ao paciente ou encaminhá-lo ao banheiro se não conseguir
aguardar;
· Auxiliar o paciente a retornar a uma posição confortável após o medicamento ser
absorvido;
· Recolher o material utilizado, deixando a unidade do paciente em ordem;
· Desprezar os resíduos;
· Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e realizar a desinfecção
com álcool a 70%.
[Digite aqui]
· Realizar a higienização das mãos.
· Checar o horário da administração do medicamento na prescrição médica;
· Fazer anotação de enfermagem, se houver intercorrências.

Enteroclisma (mais que 150 ml de solução) ou clister (até 150 ml de solução):


· Realizar a higienização das mãos.
· Conferir os nove certos: paciente certo, medicamento certo, dose certa, hora certa,
via certa, registro certo, diluição certa s/n, riscos aos profissionais e riscos ao paciente;
· Fazer e colocar o rótulo de identificação do medicamento com: nome, dose,
horário, via de administração e paciente;
· Reunir o material a ser utilizado na bandeja;
· Realizar a higienização das mãos.
· Colocar a identificação no medicamento;
· Levar a bandeja até a unidade do paciente e colocá-la na mesa de cabeceira;
· Informar o procedimento ao paciente;
· Conferir o rótulo com os dados do paciente;
· Isolar o leito com um biombo;
· Calçar as luvas;
· Colocar o paciente em posição de Sims;
· Colocar forro impermeável sob o paciente;
· Colocar uma toalha sobre o paciente, expondo-o o mínimo necessário;
· Acoplar o frasco com a solução prescrita no suporte de soro;
· Realizar a higiene íntima do paciente ou solicitar ao paciente que o faça;
· Lubrificar a sonda retal ou o bico do frasco do enema com gel anestésico;
· Colocar o EPI (luvas de procedimento, máscara comum e óculos de proteção);
· Introduzir a sonda retal +/- 10 cm ou o bico do frasco do clister.
· Abrir o equipo e introduzir lentamente todo o volume da solução (no clister,
apertar o frasco até esvaziá-lo);
· Retirar a sonda ou frasco do clister e encaminhar o paciente ao banheiro (ou
oferecer comadre);
· Pedir ao paciente que retenha a solução (de 5 à 15 minutos);
· Observar o efeito do procedimento após a eliminação intestinal;
· Deixar o paciente confortável e recolher o material do quarto;
· Encaminhar os resíduos para a sala de utilidades;
· Retirar as luvas de procedimento;
· Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e fazer a desinfecção
com álcool a 70%;
· Realizar a higienização das mãos.
· Checar o horário da administração do medicamento na prescrição médica;
· Fazer anotação de enfermagem, indicando o local onde foi realizada a aplicação,
ou qualquer intercorrência.
7.5- CUIDADOS ESPECIAIS/PLANO DE CONTINGÊNCIA  
 · Checar o medicamento após a sua administração e se não foi administrado circular
o horário e anotar o motivo;
· Se o medicamento for dado fora do horário prescrito, checar o novo horário de
administração e anotar o motivo;
· Registrar qualquer tipo de reação que o paciente possa ter após receber a
medicação e comunicar ao enfermeiro responsável e/ou o médico;
· Verificar a característica das eliminações e registrar.
8. ADMINISTRAÇÃO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL
Solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídeos,
vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou
[Digite aqui]
plástico, destinada à administração endovenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime
hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou a manutenção dos tecidos,
órgãos ou sistemas.
8.1-  FINALIDADES 
Obtenção de um nível ideal de nutrição, ausência de infecção, manutenção do volume
líquido adequado.
Melhorar estado nutricional e aumento de peso, assim como aprimorar a capacidade de
cicatrização.
8.2 - INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES
Indicações:
Algumas doenças cardíacas, pulmonares e renais;
Pancreatite aguda ou crônica em que a NE não possa ser administrada (3);
Síndrome do intestino curto;
Doença inflamatória intestinal (inclui doença de Crohn e colite ulcerativa); transplantes de
órgãos;
Fístulas gastrintestinais;
Distúrbios neurológicos;
Câncer;
Pacientes queimados e críticos (que estão em unidade de terapia intensiva);
Transtornos alimentares graves;
Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida)
Bebês prematuros (com trato gastrintestinal prematuro, baixos estoques de carboidratos e
gordura e elevada taxa metabólica) (2,4).

Contra-indicações:
Obstrução mecânica do TGI;
Disfunção do TGI ou condições que requerem repouso intestinal;
Vômitos e diarreia grave;
Refluxo gastroesofágico intenso;
Instabilidade hemodinâmica;
Fístulas êntero-cutâneas de alto débito;
Hemorragia gastrintestinal severa;
Enterocolite severa;
Pancreatite aguda grave;
Doença terminal.

8.3- MATERIAL E EQUIPAMENTOS 


Bolsa com solução nutrição parenteral
Equipo para bomba de infusão
Bomba de infusão
Luva estéril
Capote estéril
Máscara descartável
8.4- DESCRIÇÃO TÉCNICA 
Avaliar a solução recebida quanto à presença de partículas estranhas ou precipitação;
Manter via venosa central exclusiva para infusão de NPT;
Manter a permeabilidade através de gotejamento contínuo;
Fazer curativo diário com S.F 0,9% e álcool a 70%, proteger com gaze ou curativo
transparente;
Observar diariamente o local de inserção quanto a sinais flogísticos: fixação do cateter,

[Digite aqui]
dor, calor, rubor, edema e presença de secreção;
Lavar as mãos;
Utilizar luvas de procedimento;
Conectar equipo no frasco usando técnica asséptica;
Utilizar equipo com suspiro apropriado;
Controlar gotejamento com fita graduada ou bomba de infusão;
Interromper a administração da solução de NPT, quando de observar choque pirogênico:
tremores, dispnéia, cianose, hipertermia, cefaléia, vômitos, sudorese, calafrios, sonolência;
Emulsão de lipídeos deve ser administrada em veia periférica;
Verificar e anotar sinais vitais conforme prescrição médica, comunicar alterações;
Anotar no prontuário do paciente e no rótulo o horário de instalação da NPT.
Utilizar EPI padrão de acordo com tipo de isolamento;
Observar a coloração, consistência e aspecto;
Avaliar a permeabilidade do acesso central antes da administração de NPT;
Não deve acrescentar nenhum tipo de medicamento na bolsa após sua manipulação,
estes devem ser administrados separadamente;
Não deve transferir a NPT para outros recipientes;
A administração não pode ser superior a 24 horas, caso isso ocorra, o equipo e a
bolsa devem ser substituídos;
A via de acesso para administração deverá ser exclusiva. Em caso de
impossibilidade, o acesso central deverá ser de duplo lúmem, reservando a ponta distal para
instalação de NPT;
Manter a bolsa de NP afastada cerca de 50cm de fontes geradoras de calor, exemplo:
bomba de infusão;
Não se deve compensar a velocidade de infusão (ml/h) durante a administração da
NP;
Realizar e registrar a monitorização clínica: balanço hídrico a cada 06 horas e
controle glicêmico, sinais vitais e sintomas apresentados;
Não deve tentar desobstruir o cateter com a irrigação ou inserção de fio guia, caso
necessário contatar o médico plantonista para avaliar o caso e utilizar condutas de
prevenção de obstrução do cateter.
Após realização da instalação, anotar no Sistema Tasy.
8.5- CUIDADOS ESPECIAIS/PLANO DE CONTINGÊNCIA  
Comunicar intercorrências ao médico para definir conduta;
Na identificação de alterações na medicação ou tecnologias para saúde, fazer notificação
de tecnovigilância e solicitar a substituição do produto à farmácia;
Ao identificar reações adversas, sinais flogísticos de inflamação e / ou infecção e obstrução
do cateter central deve interromper a infusão da NP, contactar o médico, puncionar acesso
periférico, caso não exista, instalar solução glicosada a 10% e realizar notificação de reação
adversa;
Em caso de choque pirogênico a administração da NP deve ser interrompida, a solução e o
equipe devem ser encaminhados para análise microbiológica;
Instalar soro glicosado a 10% na vazão de 42ml caso a nutrição parenteral não tenha sido
prescrita;
Quando houver interrupção não programada da infusão da NP, instalar soro glicosado a
10% na mesma velocidade de infusão da NP.

[Digite aqui]
8.6- PRÁTICAS SEGURAS PARA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS
• Os sistemas de distribuição de medicamentos em hospitais podem ser classificados
em:
• Coletivo;
• Individualizado;
• Misto;
• Dose unitária;
• Sistema automatizado.
O tipo de sistema de distribuição adotado tem relação direta com a frequência de erros. O
sistema coletivo é caracterizado pela distribuição dos medicamentos por unidade de
internação ou serviço, mediante solicitação da enfermagem para todos os pacientes da
unidade. Implica a formação de subestoques de medicamentos nas unidades, os quais ficam
sob responsabilidade da equipe de enfermagem. A reposição é feita periodicamente, em
nome da unidade, por meio de requisições enviadas à farmácia.
Importante: Esse sistema de distribuição de medicamentos é considerado inseguro e NÃO
DEVE ser utilizado.
O sistema individualizado é caracterizado pela distribuição dos medicamentos por paciente,
de acordo com a prescrição médica, geralmente para um período de 24 horas de tratamento.
Esse sistema se mostra mais seguro que o sistema coletivo, entretanto, menos seguro que o
sistema por dose unitária.
O Sistema misto é caracterizado pela combinação dos sistemas coletivo e individualizado
coexistindo: Sistema Individualizado – é utilizado nas unidades de internação, ocorrendo de
forma parcial ou integral, mediante prescrição. Sistema Coletivo: é utilizado nos serviços de
radiologia, endoscopia, urgência, ambulatórios, entre outros, mediante requisição.
Importante: O Sistema misto mantém riscos elevados associados à distribuição
coletiva. O sistema de distribuição por dose unitária consiste na distribuição dos
medicamentos com doses prontas para a administração de acordo com a prescrição médica
do paciente. A dose do medicamento é embalada, identificada e dispensada pronta para ser
administrada, sem necessidade de transferências, cálculos e manipulação prévia por parte da
enfermagem antes da administração ao paciente. Nas unidades de internação são estocados
apenas os medicamentos para atendimento de emergências e as doses necessárias para
suprir as 24 horas de tratamento dos pacientes. Nesse sistema, os medicamentos também
poderão ser dispensados por horário de administração, reduzindo a quantidade e variedade
de medicamentos nas unidades de internação. O sistema automatizado pode ser
caracterizado por unidades de dispensação eletrônica, capazes de realizar o atendimento de
100% das prescrições médicas ou conforme rotina da instituição como suporte ao sistema
de dose unitária, substituindo o estoque da unidade de internação para a dispensação das
primeiras doses, além dos medicamentos controlados, de urgência e itens prescritos no
regime se necessário.

8.7- INTERVENÇÕES
A farmácia tem, entre suas importantes funções, a dispensação dos medicamentos e
[Digite aqui]
deve assegurar que os medicamentos estejam disponíveis para administração ao paciente no
tempo adequado, na dose correta, assegurando a manutenção das características físicas,
químicas e microbiológicas, contribuindo para o uso seguro dos mesmos. A farmácia deve
ter estrutura organizada, bem como processos de trabalho escritos e difundidos que
promovam a prevenção, identificação e redução de erros de prescrição e dispensação. A
farmácia deve contar com recursos humanos capacitados e em número suficiente para
realizar a contento suas atividades.
8.1.1 Itens de verificação para a distribuição segura de medicamentos;
Para garantir maior segurança ao processo de dispensação e o adequado fluxo de
trabalho, o ambiente destinado à dispensação deve:
• Ser reservado;
• Contar com fluxo restrito de pessoas; e
• Ser tranquilo, sem fonte de interrupção e distração (tais como televisão, rádio e
outras). Os ambientes da farmácia onde são armazenados e dispensados os medicamentos
devem ser limpos, organizados, bem iluminados e com adequado controle e registro de
temperatura, umidade e controle de pragas. A dispensação deverá ser precedida pelas
seguintes atividades:
• Seleção;
• Padronização;
• Aquisição;
• Recebimento;
• Armazenamento;
• Fracionamento; e
• Identificação segura dos medicamentos.
O número de apresentações e concentrações de MPP ou de alta vigilância,
padronizados no hospital, deve ser restrito e suas doses máximas estabelecidas e
divulgadas. Serão realizadas ações de educação permanente, de forma sistemática e
registrada, para farmacêuticos e auxiliares de farmácia, com foco na segurança do uso de
medicamentos, envolvendo os processos de: seleção, padronização, armazenamento,
fracionamento, análise farmacêutica da prescrição e dispensação dos medicamentos.
Deverão ser mantidos farmacêuticos e auxiliares de farmácia em número suficiente para
permitir a dispensação segura de medicamentos.
8.1.2 Estratégias para dispensação segura relacionadas ao armazenamento
O ambiente no qual é realizada a dispensação de medicamentos deve possuir as
condições adequadas (temperatura, iluminação, umidade, ruído) para o armazenamento e
dispensação segura de medicamentos.
a) Restrição de acesso
Serão estabelecidas medidas de restrição de acesso para o armazenamento de
produtos que possibilitam riscos elevados de troca (em virtude de similaridade de nomes e
apresentação), bem como os MPP/alta vigilância e aqueles com sons, grafias e embalagens
semelhantes.
b) Procedimento Operacional
A farmácia possuirá um procedimento operacional atualizado que contemple a
validação/conferência do armazenamento do produto certo, no local certo. Esse
procedimento deve ser realizado de forma contínua e sistemática, com registro de execução,
propiciando segurança aos processos de armazenamento e dispensação de medicamentos,
sobretudo após devolução de medicamentos. O controle de medicamentos sob controle
especial seguirá a legislação específica. O processo de dispensação de medicamentos deve
possuir procedimento operacional de padrão escrito, homologado, atualizado e de
conhecimento de todos os profissionais da farmácia.
c) Boas Práticas de Armazenamento
A farmácia seguirá as Boas Práticas de Armazenamento de Medicamentos e

[Digite aqui]
possuirá padrões atualizados que definam regras para o armazenamento, privilegiando a
segurança do processo de dispensação. Pode-se lançar mão de ordenamento alfabético e/ou
por forma farmacêutica associado à identificação, com etiquetas coloridas dos
medicamentos com elevado risco de troca e os potencialmente perigosos/alta vigilância.
Deverão ser identificados os locais de armazenamento de medicamentos que apresentam
grafias e sons semelhantes, com etiquetas de alerta que proporcionem a escrita de parte do
nome do medicamento com letras maiúsculas e em negrito, destacando-se a diferença entre
nomes parecidos, como, por exemplo:
• LAMIvudina;
• ZIDOvudina.
9. ESTRATÉGIAS PARA DISPENSAÇÃO SEGURA RELACIONADAS À
PRESCRIÇÃO
Realizar a análise farmacêutica das prescrições (Portaria GM/MS 4283/2010),
priorizando aquelas que contêm antimicrobianos e MPP ou de alta vigilância, observando-
se concentração, viabilidade, compatibilidade físico-química e farmacológica dos
componentes, dose, dosagem, forma farmacêutica, via e horários de administração, devendo
ser realizada antes do início da dispensação e manipulação. Com base nos dados da
prescrição, devem ser registrados os cálculos necessários ou à manipulação da formulação
prescrita, verificando-se a aplicação dos fatores de conversão, correção e equivalência,
quando for o caso, sendo checados e assinados pelo farmacêutico. Fontes de ruídos e
distrações devem ser reduzidas (conversas) e eliminadas (televisão, música, uso de
telefones celulares e fixos) no momento da análise e dispensação dos medicamentos e o
ambiente de dispensação deve ser restrito a essa atividade. Devem ser utilizados rótulos
diferenciados e cartazes de alerta no local de armazenamento e dispensação de
medicamentos com elevada propensão a trocas. As etapas de recebimento da prescrição,
separação e dispensação dos medicamentos ao paciente devem ser realizadas com dupla
conferência dos medicamentos em ambiente exclusivo para essa finalidade. Devem ser
disponibilizados os procedimentos operacionais atualizados para a dispensação de
medicamentos, com destaque especial para os MPP ou de alta vigilância. A dispensação
deve ser restringida por meio de ordem verbal exclusivamente para situações de urgência e
emergência, devendo a prescrição do medicamento ser entregue na farmácia imediatamente
após a normalização da situação que gerou a ordem. Nesses casos, o profissional da
farmácia que ouviu a ordem verbal deverá repetir o que escutou para certificar-se da
informação, procedendo à dispensação e registrando sua ocorrência em formulário
específico.
10. RÓTULO DE IDENTIFICAÇÃO NO MEDICAMENTO;

[Digite aqui]
11. MONITORAMENTO E INDICADORES PARA PRESCRIÇÃO SEGURA DE
MEDICAMENTOS
• O processo da prescrição será padronizado e com o respectivo procedimento operacional
padrão escrito, atualizado, validado, divulgado e disponível na unidade e na intranet, para
que todos tenham fácil acesso;
• As prescrições serão revisadas por farmacêutico antes de serem dispensadas;
• Os erros de prescrição devem ser notificados ao Núcleo de Segurança do Paciente.
1. Indicador
Nome do indicador Taxa de erros na prescrição
medicamentos.
Objetivo do indicador Monitorar a ocorrência de erro
atividade de prescrição de medicame

[Digite aqui]
Fórmula do indicador nº medicamentos prescritos com erro
100
nº total de medicamentos prescritos
Periodicidade mínima de verificação
Mensal
Explicação da fórmula Nº de medicamentos prescritos
erro: são os medicamentos presc
faltando dose, forma farmacêutica
de administração posologia,
infusão
, diluente, volume, veloc
de infusão, e abrevia
contraindicadas.
medicamentos prescritos
todos os medicamentos presc
em um determinado período de temp
Fonte de Informação Prescrição (eletrônica, pré-digitada
manual), protocolos clínicos e dire
terapêuticas.
Coleta de dados Elaborar planilha para registro do nú
total de erros de prescrição e o núme
medicamentos prescritos, utilizand
classificação de erros de prescr
Totalizar os dados e aplicar a fórmul
Observações Com sistemas informatizados,
poderão ser preparados para e
relatório com as informações necess
para a aplicação da fórmula do indica
Responsável Farmacêutico.
11.1- MONITORAMENTO E INDICADORES PARA A DISPENSAÇÃO SEGURA
A farmácia deve registrar e notificar erros de dispensação ao Núcleo de Segurança do
Paciente.
11.1.1- Indicador
Nome do indicador Taxa de erros na dispensação de medicamentos
Objetivo do indicador Monitorar a ocorrência de erros na atividad
separação/dispensação de medicamentos
atendimento ao paciente.
Fórmula do indicador nº medicamentos dispensados com erro x100
nº total de medicamentos dispensados

Periodicidade mínima de verificação Mensal

Explicação da fórmula N° de medicamentos dispensados com err


omissão, concentração/forma farmacê
erradas ou medicamento errado.
omissão quando o medicamento é prescrito,
nenhuma dose (unidade) é dispensada ou o nú
de doses dispensadas é menor que o prescrito
erros de concentração/forma farmacê
quando o medicamento é dispensado
concentração diferente (maior ou menor) ou f
[Digite aqui]
farmacêutica diferente daquela prescrita. O
chamado medicamento errado
prescrito um medicamento e dispensado o
podendo estar associado a medicamentos com n
ou pronúncia similares, sendo possível a troc
momento da dispensação.
N° total de medicamentos dispensados:
medicamentos dispensados em determinado pe
de tempo.
Fonte de Informação Prescrição médica ou odontológica (eletrô
transcrita ou manual).
Coleta de dados Elaborar planilha para registro do número tot
medicamentos dispensados e dos medicam
dispensados com erro de omissão, concentra
forma farmacêutica e medicamento errado.
Observações Com sistemas informatizados, estes poderão
preparados para emitir relatório com as informa
necessárias para a aplicação da fórmula
indicador.
Responsável Farmacêutico.
12. MONITORAMENTO E INDICADOR PARA A ADMINISTRAÇÃO SEGURA
DE MEDICAMENTO
• Os eventos adversos relacionados à administração de medicamentos devem ser notificados
ao Núcleo de Segurança do Paciente.
Nome do indicador Taxa de erros na administração
medicamentos.

Objetivo do indicador Monitorar a ocorrência de erro


atividade de administração
medicamentos para atendimento
paciente.
Fórmula do indicador nº medicamentos prescritos com erro
100
nº total de medicamentos administrad
Periodicidade mínima de verificação
Mensal
Explicação da fórmula Nº de medicamentos administrado
erro: são os medicamentos administ
com erro de dose, horário, f
farmacêutica, via de administr
tempo de infusão, diluente, vol
velocidade de infusão, medicam
errado.
N° total de medicame
administrado: odos os medicam
prescritos em um determinado períod
tempo.
Fonte de Informação Registros de enfermagem na presc
médica ou odontológica (eletrô
transcrita ou manual)
Coleta de dados Elaborar planilha para registro do nú
[Digite aqui]
total de medicamentos prescritos ma
administrados dividido pelo número
de medicamentos prescritos. Totaliz
dados e aplicar a fórmula.
Responsável Enfermeiro.
13. ESTRATÉGIAS DE MONITORAMENTO E INDICADORES GERAIS PARA O
USO SEGURO DE MEDICAMENTOS
• O processo de uso dos medicamentos (prescrição, dispensação e administração)
estará descrito em procedimentos operacionais padrão, atualizados e divulgados para os
profissionais do Hospital.
• Deverá ser seguida a rotina para transferência interna e externa de pacientes
contemplando a segurança no processo de utilização dos medicamentos na transição do
paciente.
• Será proporcionado aos profissionais de saúde, anualmente, educação permanente
e treinamento em uso seguro de medicamentos.
• Será seguida a política de melhoria da segurança do uso de medicamentos,
centrado no trabalho em equipe, notificação e ambiente não punitivo.
14. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
14.1 Procedimento operacional padrão da prescrição por via de administração Para o
adequado cumprimento da prescrição, todas as informações deverão estar claras e
completas, em cada item prescrito. Recomenda-se que os medicamentos devam ser
prescritos conforme estrutura a seguir24:

ESTRUTURA DA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS


USO ORAL
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose + posologia + via de administraç
orientações de uso
Exemplo: captopril 25mg comprimido. Administrar 50mg de 8/8h por via oral, 1h antes ou 2h depo
alimentos.
USO TÓPICO Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + via de administraç
posologia + orientações de uso
Exemplo: Permanganato de potássio 1:60.000 solução. Aplicar compressas em membro inferior dire
vezes/dia, após o banho.
USO ENDOVENOSO
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose + diluente + volume + vi
administração + velocidade de infusão + posologia + orientações de administração e uso
Exemplo: anfotericina B 50mg frasco-ampola. Reconstituir 50mg em 10mL de água destilada e rediluir
500mL de solução glicosada 5%. Uso endovenoso. infundir 35 gotas/min., 1 vez/dia. Administrar em 5 hora
USO INTRAMUSCULAR
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose + diluente + volume + vi
administração + posologia + orientações de administração e uso
Exemplo: intramuscular com diluição : ceftriaxona 1g, frasco-ampola. Diluir 1g em 3,5 mL de lidocaína
Fazer a solução obtida, via intramuscular profunda (região glútea) de 12/12h; intramuscular sem dilu
vitamina K (fitomenadiona) 10mg/mL, ampola. Fazer 1mL via intramuscular profunda (região glútea), 1
dia.
USO SUBCUTÂNEO
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose + volume + via de administraç
posologia + orientações de administração e uso.
Subcutâneo sem diluição: heparina sódica 5.000 unidades internacionais/0,25mL, ampola. Fazer 0,2
subcutânea de 12/12h.
USO INTRATECAL

[Digite aqui]
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose + diluente + volume + vi
administração + posologia + orientações de administração e uso
Uso Intratecal com diluição: citarabina 100mg, frasco-ampola. Diluir 100mg em 5mL de solução fisiol
0,9%. Infundir 1,5mL intratecal, 1x/dia. Diluir imediatamente antes do uso. Não reaproveitar o restan
solução para uso intratecal.
USO INALATÓRIO
Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + via + dose (medicamento e diluen
posologia + orientação de uso.
Exemplo: bromidrato de fenoterol 5mg/mL, solução para inalação. Fazer aerosol com 5 gotas diluídas em
de solução fisiológica 0,9% de 6/6h. Nebulizar e inalar até esgotar toda a solução.
15. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA DISPENSAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
Para dispensação segura de medicamentos deve-se seguir os seguintes
procedimentos:
• O farmacêutico deve analisar as prescrições antes do início da separação dos
medicamentos, conferindo se todos os elementos de identificação do hospital, do paciente,
do prescritor e a data estão disponíveis.
• Analisar os medicamentos prescritos, evitando que possíveis erros de prescrição se
tornem erros de dispensação;
• Solucionar todas as dúvidas, porventura existentes, diretamente com o prescritor;
• Analisar os medicamentos prescritos considerando-se os seguintes aspectos: dose,
forma farmacêutica, concentração, via de administração, posologia, diluente, velocidade de
infusão, tempo de infusão, indicação, contraindicação, duplicidade terapêutica, interação
medicamentomedicamento e medicamento-alimento e possíveis alergias;
• O auxiliar de farmácia não deverá separar simultaneamente prescrições diferentes;
• Manter a organização do ambiente de dispensação, assegurando-se suficiente
espaço e instrumentos de trabalho que permitam a manutenção dos medicamentos
devidamente separados por prescrição e por paciente, até a sua dispensação, evitando-se
que medicamentos prescritos e dispensados para um paciente sejam entregues a outros. Para
essa finalidade serão utilizadas embalagens plásticas identificadas;
• Realizar a conferência dos medicamentos separados para dispensação, verificando
se as informações disponíveis no rótulo dos medicamentos são iguais às da prescrição;
• Identificar os MPP ou de alta vigilância e fazer meticulosa revisão da prescrição e
dispensação deles;
• Verificar se na prescrição existem medicamentos com nomes ou embalagens
semelhantes, dedicando especial atenção à conferência dos mesmos; Realizar a conferência
final da prescrição com o resultado da dispensação, utilizando, sempre que possível, o
auxílio de dispositivos eletrônicos, tais como código de barras;
• O farmacêutico deve revisar as prescrições de MPP ou de alta vigilância.
• Para a dispensação ambulatorial, realizar orientação e aconselhamento do paciente
previamente à dispensação dos medicamentos, objetivando identificar e interceptar erros.
Ao dispensar medicamentos para o paciente, conferir e identificá-los, especialmente aqueles
de embalagem semelhante, usando identificadores que possam diferenciá-los, como, por
exemplo, cores diferentes.
• Realizar o registro escrito, em prontuário, das intervenções farmacêuticas
realizadas.
• Deve existir restrição formal e registro da dispensação de medicamentos por ordem
verbal.
• Os MPP ou de alta vigilância devem ser identificados de forma diferenciada dos
medicamentos em geral no armazenamento e dispensação.
• Deve ser feita dupla checagem dos MPP ou de alta vigilância na farmácia.
16. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA ADMINISTRAÇÃO DE
[Digite aqui]
MEDICAMENTOS28,2
• Implementar a prática de verificação dos nove certos da terapia medicamentosa.
• Certificar-se de que as informações sobre o processo de medicação estejam
documentadas corretamente.
• Somente administrar medicamento se as dúvidas forem esclarecidas.
• Estabelecer protocolos institucionais de administração de medicamentos e atualizá-
los periodicamente.
• Utilizar materiais e técnicas assépticas para administrar medicamentos por via
intravenosa e para outras vias que exijam esse tipo de técnica.
• Registrar, conforme protocolo da instituição, todas as ações imediatamente após a
administração do medicamento.
• O enfermeiro deve supervisionar o preparo e a administração de medicamentos
realizados por técnicos e auxiliares de enfermagem.
• Seguir o protocolo do Hospital quanto ao preparo de pacientes para exames ou
jejum que possam interferir na administração do medicamento. Em casos de preparo de
pacientes para exames ou jejum, não administrar nem adiar a administração de doses sem
discutir conduta com o prescritor. Registrar adequadamente a omissão de dose e comunicar
ao enfermeiro.
• Adequar os horários de administração dos medicamentos à rotina de uso já
estabelecida pelo paciente antes da internação, sempre que possível. Evitar, dentro do
possível, interações medicamento-medicamento e medicamento-alimento quando realizar o
aprazamento de medicamentos. Discutir a prevenção das interações medicamentosas com a
equipe multiprofissional (médico, farmacêutico e nutricionista).
• Seguir o protocolo institucional quanto à verificação das prescrições na passagem
de plantão.
• Seguir o protocolo institucional quanto aos cuidados para que não haja a
administração de medicamentos suspensos pelo médico.
• Padronizar o armazenamento adequado e a identificação completa e clara de todos
os medicamentos que estão sob a guarda da equipe de enfermagem.
• Monitorar a temperatura da geladeira de acondicionamento de medicamentos,
observandose o parâmetro mínimo e máximo de temperatura diariamente, dirimindo
dúvidas com o farmacêutico.
• Preparar os medicamentos em local adequado, preferencialmente sem fontes de
distração e que permita ao profissional concentrar-se na atividade que está realizando.
• Disponibilizar e atualizar guias de prevenção de incompatibilidades entre fármacos
e soluções e guias de diluição de medicamentos.
• Solicitar revisão por um colega sempre que calcular doses para medicamentos
potencialmente perigosos ou medicamentos de alta vigilância.
• Fazer consultas ao farmacêutico e em fontes de informações atualizadas e idôneas
em caso de dúvidas sobre o nome do medicamento, posologia, indicações, contraindicações,
precauções de uso, preparo e administração.
• Utilizar instrumentos de medida padrão no preparo de medicamentos (ex: seringas
milimetradas) para medir doses com exatidão.
• Seguir os sistemas de identificação do paciente e do leito, ou sala de medicação,
estabelecidos nos protocolos institucionais.
• Padronizar equipamentos como bombas de infusão, limitando a variedade de
opções.
• Seguir a prescrição de enfermagem para o uso de bombas de infusão para
administração segura de medicamentos.
• Levar ao local, no horário de administração de medicamentos, apenas o que está
prescrito a um único paciente, não fazendo uso de bandeja contendo diversos medicamentos
para diferentes pacientes.

[Digite aqui]
• Preparar o medicamento imediatamente antes da administração, a não ser que haja
recomendação especial do fabricante para procedimento diferente.
• Manter registro adequado dos frascos de medicamentos preparados que serão
armazenados (com data e horário da manipulação, concentração do medicamento, nome do
responsável pelo preparo e validade).
• Administrar medicamento por ordem verbal somente em caso de emergência,
utilizando método de dupla checagem para administração com registro por escrito da ordem
verbal.
• Registrar corretamente a administração do medicamento prescrito no prontuário do
paciente, certificando que foi administrado ao paciente e evitando a duplicação da
administração do medicamento por outro profissional.
• Informar ao paciente e à família sobre eventuais incidentes relacionados à terapia
medicamentosa, registrando-os em prontuário e notificando-os ao Núcleo de Segurança do
Paciente.
• Comunicar ao paciente qual o medicamento está sendo administrado e qual a sua
ação no momento da administração.
• Devolver à farmácia as sobras de medicamentos não administrados, pois estoques
de medicamentos nas enfermarias são fonte importante de erros de administração 30.

17. TAREFAS CRÍTICAS/ESPECIAIS


Não se aplica.
18. INDICADORES
Taxa de erros na prescrição de medicamentos.
Taxa de erros na dispensação de medicamentos.
Taxa de erros na administração de medicamentos.
18.DOCUMENTOS CORRELATOS/RESOLUÇÕES/ NORMAS/LEIS/ARTIGO
1. World Health Organization. Estrutura conceitual da Classificação Internacional
sobre Segurança do Doente. Relatório Técnico Final. Direção Geral da Saúde. 2011; 142p.
Disponível em:
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2. Institute for Safe Medication Practices Canada. Canadian Medication Incident
Reportingand Prevention System.Definitions of Terms.Disponível em:
www.ismpcanada.org/definitions.htm.
3. Dean B, Barber N, Schachter V. What is prescribing error? Qual Health Care,
Oxford. 2000; 9:232-237.
4. Committee of Experts on Management of Safety and Quality in Health Care: Expert
Group on Safe Medication Practices. Glossary of terms related to patient and medication
safety. Disponível em:

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http://www.who.int/patientsafety/highlights/COE_patient_and_medication_safety_ gl.pdf >.
5. Aspden P., et al. (ed.). Committee on identifying and preventing medication
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cademies.Washington, DC: The National Academies Press, 2007; 544 p. (Quality Chasm
Series).
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7. Beso A, Franklin BD, Barber N. The frequency and potential causes of dispensing
errors in a hospital pharmacy.Pharm World Sci. 2005; 27(3):182-90.
8. Taxis K, Barber N. Ethnographic study of incidence and severity of intravenous
drug erros. BMJ. 2003; 326(7391):684-7.
9. Phillips DP, Christenfeld N, Glynn LM. Increase in US medication-error deaths
between 1983 and 1993.Lancet, London.1998; 351(9103):643-644.
10. Cohen MR. Medication errors. Washington, AmPharm Assoc. 2006; 680p.
11. Federico F. Preventing harm from high-alert medications. Jt. Comm. J Qual Patient
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18. Abushaiqa ME, et al. Educational interventions to reduce use of unsafe
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19. Cohen MR, et al. Errors-Prone abbreviations and dose expressions.In: Cohen MR.
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20. Néri EDR. Determinação do perfil dos erros de prescrição de medicamentos em um
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Guia para a boa prescrição médica. Porto Alegre, ArtMed, 1998.
23. Shekelle PG, et al. Making health care safer II: an updated critical analysis of the
evidence for patient safety practices. Comparative effectiveness review n. 211. (prepared by
the Southern California-RAND Evidence-based Practice Center under Contract n. 290-2007-
10062-I) AHRQ Publication n. 13-E001-EF. Rockville, MD: Agency for Healthcare Research
and Quality. March 2013. Disponível em: www.ahrq.gov/research/findings/evidence-based-
reports/ptsafetyuptp.html.
24. Néri EDR, Viana PR, Campos TA. Dicas para uma boa prescrição hospitalar.
2008. Disponível em: http://www.huwc.ufc.br/arquivos/biblioteca_cientifica/
1261588761_49_0.pdf.

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names with recommended tall man letters.2011. Disponível em:
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26. Telles Filho PCP, Cassiani SHB. Administração de medicamentos: aquisição de
conhecimentos e habilidades requeridas por um grupo de enfermeiros. Rev Latino-Am
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27. Malcolm E, Yisi L. The nine rights of medication administration: an overview. Br J
Nurs. 2010; 19:(5):300-05.
28. Coren-SP/Rebraensp/SP. Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São
Paulo. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente. Erros de medicação:
definições e estratégias de prevenção. São Paulo, 2011; p. 35.
29. Nascimento MMG, Rosa MB, Harada MJCS. Prevenção de erros de
administração de medicamentos no sistema de saúde. Rev Meio de Cultura Hospitalar. n 52,
2013.p18-22.
30. Cohen MR, et al. Preventing drug administration errors. In: Cohen MR. (ed.).
Medicationerrors.Washington, AmPharmAssoc, 2006; p. 235-274.
13. HISTÓRICO DE REVISÕES

REVISÃO DESCRIÇÃO
REVISÃOSUMÁRIA DESCRIÇÃO SUMÁRIA
DATA DATA
5.0 Revisão
5.0 de literatura Revisão de literatura
2022 2022

4.0 Revisão
4.0 de literatura Revisão de literatura
2020 2020

3.0 Revisão
3.0 de literatura Revisão de literatura
2018 2018

2.0 Revisão
2.0 de literatura Revisão de literatura
2016 2016

1.0 Implementação
1.0 do Pop Implementação2014
do Pop 2014

ELABORAÇÃO  APROVAÇÃO 
Setor: UTI ADULTO – UNIDADE HOC   Setor: Gerência de Assistência 
Nome: Enf. Kevilly L.S Amaral COREN- TO Nome: Enf. Wanessa Beatriz de Souza
384.201 Morais – COREN- TO 238082
Assinatura/Data: 

Vigência: 02 Anos 

[Digite aqui]

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