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POL.NSP.

004
Política de Segurança na Cadeia Medicamentosa
Revisão: 02

1. OBJETIVO
Promover práticas seguras na cadeia medicamentosa no Instituto de Hematologia e Hemoterapia de
Sergipe - IHHS.

2. INTRODUÇÃO
Falhas no processo de medicação é um problema frequente em centros de saúde de todo o mundo. A
principal delas envolve a administração equivocada de medicamentos relacionada à dose, via de
administração e tipo de droga, dessa forma o IHHS preza pela segurança na assistência prestada e
desenvolve a Politica de Segurança na Cadeia Medicamentosa.

2.1 PRÁTICAS SEGURAS NA CADEIA DE MEDICAMENTOS


O programa de segurança no uso de medicamentos do IHHS envolve o conceito dos NOVE certos:

Paciente certo: conferir nome e sobrenome, verificando a prescrição médica com a identificação do
paciente, solicitando ao mesmo que confirme.
Medicamento certo: certificar na prescrição qual é o medicamento, lendo o rótulo; atenção aos
medicamentos com semelhança na aparência e pronúncia do nome. Atentar quanto às alergias.
Dose certa: certificar a dose e apresentação do medicamento, comparando com o preparado.
Via certa: certificar a via mediante prescrição, antes de aplicar.
Hora certa: aplicar no horário previsto na prescrição e no espaço de tempo determinado.
Tempo certo: na aplicação de medicamentos, respeitar o tempo de infusão previsto.
Validade certa: conferir a data de validade.
Abordagem e resposta correta: esclarecer ao paciente qualquer dúvida referente à medicação e como a
mesma será feita, consideração o seu direito de recusa.
Registro Certo: após a administração do medicamento, registrar no prontuário anotando queixas,
efeitos, suspensão ou outras informações relevantes.
O passo a passo para administração de medicamentos deve ser verificado em Administração de
Medicamentos – POP.ENF.004.

2.2. IDENTIFICAÇÃO DO CLIENTE

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Todos os pacientes devem ser identificados com uso de pulseira. A administração de medicamentos
deve ser apenas após a identificação correta do cliente. A utilização do nome incompleto e do nome
abreviado deve ser excluída da prática de segurança do IHHS. Deve-se confrontar o nome da pulseira e
o nome que consta em prescrição médica.

2.3 IDENTIFICAÇÃO DO PRESCRITOR NA PRESCRIÇÃO


A identificação do prescritor deverá ser realizada com carimbo contendo o nome completo, número de
registro do conselho profissional e assinatura.

2.4.IDENTIFICAÇÃO DA DATA DE PRESCRIÇÃO


A data da prescrição é imprescindível para conferir validade à mesma. Em meio ambulatorial, a
validade da prescrição deve ser definida e registrada na própria prescrição, pelo prescritor. A data na
prescrição é imprescindível para administração dos medicamentos, assegurando-se de que o que foi
indicado está baseado na avaliação médica do dia em que foi emitida a prescrição.

2.5 LEGIBILIDADE
Problemas na legibilidade da prescrição podem comprometer a comunicação entre prescritor e paciente
e entre prescritor e demais profissionais de saúde, sendo geradora importante de erros de medicação,
sobretudo, a troca de medicamentos com nomes parecidos.
Quando a prescrição possui medicamentos potencialmente perigosos/alta vigilância, os erros
ocasionados pela legibilidade inapropriada podem ser graves, e até fatais.
No IHHS é recomendada a utilização de prescrições digitadas como forma de melhorar a legibilidade
das mesmas. Em caso de medicamentos prescritos em consultório para administração ambulatorial, se
faz necessário a presença do medicamento em receituário com identificação do local/prescritor, nome
completo do paciente, medicamento, dose, via e periodicidade de administração.

2.6 USO DE ABREVIATURAS

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Recomenda-se que os medicamentos sejam prescritos sem o uso de abreviaturas, pois seu uso aumenta
a chance de erro de medicação. As abreviaturas aceitáveis no IHHS constam em POP.ENF.001 –
Padronização de Registros em Prontuário.

2.7 MEDICAMENTOS COM NOMES SEMELHANTES


Medicamentos cujos nomes são reconhecidamente semelhantes a outros de uso corrente na instituição
estarão identificados com destaque na escrita da parte do nome que os diferencia e será utilizada letra
maiúscula ou negrita. Conforme Protocolo de Medicamentos Potencialmente Perigosos (MPP) –
(POP.NSP.001).

2.8 EXPRESSÃO DE DOSES


O IHHS adotará sistema métrico par expressar as doses desejadas. Unidades de medidas não métricas
(colher, ampola, frasco) são abolidas das prescrições no IHH, sendo padronizado a utilização da forma
farmacêutica (ampola, frasco, comprimido e outros) na prescrição e serão acompanhadas de todas as
informações necessárias para a administração segura. A unidade de medida deve ser claramente
indicada; e quando se tratar de microgramas, este deve ser escrito por extenso. Não poderá ser
utilizado “ponto” em substituição à vírgula, pois aumenta o risco de erro.
Exemplo: recomenda-se prescrever "500 mg" em vez de "0,5g", pois a prescrição de “0,5g” pode ser
confundida com "5g".

2.9 ALERGIAS
Deverão ser registradas com destaque na prescrição as alergias relatadas pelo paciente, familiares e/ou
cuidadores. O registro do relato de alergia na prescrição e evolução subsidia adequada análise das
prescrições e dos cuidados de enfermagem, reduzindo, assim, a chance da administração de
medicamento ao qual o paciente é alérgico. A identificação da alergia deve ser realizada utilizando a
pulseira amarela, conforme Política de Gerenciamento de Riscos (POL.NSP.009).

2.10 DOSES

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O cálculo das doses de medicamentos é fonte importante de erros graves e este problema pode ser
minimizado com a familiaridade do prescritor com o medicamento e com a conferência do cálculo.
O IHHS recomenda que as doses prescritas sejam conferidas pelo prescritor antes da assinatura da
prescrição, tendo como referência o melhor nível de evidência científica disponível. No IHHS é
utilizada a tripla checagem (pela Enfermeira no momento da chegada do cliente/paciente, no momento
de preparo pela equipe de enfermagem e antes da administração do medicamento) das doses prescritas
principalmente para medicamentos potencialmente perigosos/alta vigilância.

2.11 DURAÇÃO DO TRATAMENTO


A prescrição deverá conter informação sobre a duração do tratamento, procurando evitar, dessa
maneira, que o (s) medicamento (s) possa (m) ser consumido (s) continuamente sem indicação. A
expressão "uso contínuo" ou “usar sem parar”, sem prazo para o paciente ser reavaliado, não deve ser
utilizado em prescrições no IHHS.

2.12 POSOLOGIA, DILUIÇÃO, VELOCIDADE, TEMPO DE INFUSÃO E VIA DE


ADMINISTRAÇÃO
Recomenda-se que a posologia desejada para o medicamento seja prescrita observando-se as doses
máximas preconizadas e a comodidade do paciente.

2.13 DILUIÇÃO, VELOCIDADE, VIA DE ADMINISTRAÇÃO.


Para medicamentos de uso endovenoso (EV), intramuscular (IM), subcutâneo (SC) a prescrição deverá
conter informações sobre diluente (tipo e volume), velocidade e tempo de infusão (para endovenosos).
A velocidade de infusão está associada a reações adversas clássicas. É indispensável, portanto, a
definição da velocidade de infusão na prescrição, considerando-se a melhor evidência científica
disponível, assim como as recomendações do fabricante do medicamento, evitando-se a ocorrência de
eventos adversos passíveis de prevenção.
A via de administração deve ser prescrita de forma clara, observando-se a via de administração
recomendada pelo fabricante, para o medicamento. O uso de abreviaturas para expressar a via de
administração deverá ser restrito somente às padronizadas no IHHS (POP.ENF.001 – Padronização de
Registro em Prontuário).

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3.PRESCRIÇÕES VERBAIS
As prescrições verbais devem ser restritas às situações de urgência/emergência, devendo ser
imediatamente escritas em prescrição após a administração do medicamento. A prescrição verbal deve
ser validada pelo prescritor assim que possível. Quando a ordem verbal for absolutamente necessária, o
prescritor deve falar o nome, a dose e a via de administração do medicamento de forma clara. Quem
recebeu a ordem verbal deve repetir de volta o que foi dito e ser confirmado pelo prescritor antes de
administrar o medicamento (Read back), acordo com Política de Comunicação Efetiva
(POL.NSP.003).

4.PRESCRIÇÃO SEGURA DE MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE PERIGOSOS - MPP


O IHHS possui lista de MPP e realiza divulgação, identificação diferenciada dos medicamentos e
realiza treinamento, onde são indicadas as doses máximas desses medicamentos, a forma de
administração (reconstituição, diluição, tempo de infusão, via de administração), a indicação e a dose
usual. As doses dos medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância deverão ser
conferidas com dupla checagem na fase dos cálculos para prescrição e análise da prescrição pelo
enfermeiro. O IHHS possui tabela com todos os MPP’s utilizados na instituição, esses se encontram
em Tabela de MPP – TABELA.NSP.001.

5.NOTIFICAÇÃO
Todos os incidentes relacionados a falha no processo da Cadeia Medicamentosa são de notificação
obrigatória, a notificação do incidente deve ser realizada em Sistema Effettivo conforme descrito em
POL.NSP.001.

7. REGISTRO
Medicamento Potencialmente Perigoso - POP.NSP.001
Política de Comunicação Efetiva - POL.NSP.003.
Padronização de Registros em Prontuário - POP.ENF.001.
Administração de Medicamentos – POP.ENF.004.
Tabela de MPP – TABELA.NSP.001

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Politica de Segurança do Paciente – POP.NSP.001.

8. DEFINIÇÕES E SIGLAS
IHHS – Instituto de Hematologia e Hemoterapia
MPP – Medicamento Potencialmente Perigoso.
EV- Intravensoso
IM – Intramuscular
SC – Subcutâneo

9. REFERÊNCIAS
ANVISA. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Segurança do Paciente, de 09 de
Julho de 2013.
SIRIO LIBANES. Qualidade e Segurança, de 16 de Janeiro de 2019.

10. HISTÓRICO DE REVISÕES


Pg. Natureza da Alteração Revisão Responsável Data Últ. Aprovação
-- - Emissão Inicial 00 Dr. Carlos Guimarães 30/10/2019
Revisão Bianual 01 Dr. Carlos Guimarães 10/09/2021
Atualização sistema Effettivo 02 Michelle Fonsea 15/02/2023

11. ANEXOS

Não se aplica

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