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A UNIDADE DE TERAPIA

INTENSIVA

Professora: Zilka Ribeiro

Águas Lindas, 2024


HISTÓRICO
• O cuidado ao paciente crítico teve início em 1854, na
guerra da Crimeia, com Florence Nigthingale.
• A mortalidade entre os hospitalizados era de 40% e
quando Florence partiu para Istambul com 38
voluntárias, entre religiosas e leigas vindas de
diferentes hospitais, a mortalidade decresce para 2%.
HISTÓRICO
• Primeira UTI- Estados Unidos.
• 1914
• 3 leitos pós-operatórios neurocirúrgicos.
HISTÓRICO- Brasil

• As primeiras Unidades de Terapia Intensiva foram instaladas


na década de 70, com a finalidade de concentrar pacientes
com alto grau de complexidade em uma área hospitalar
adequada, requerendo a disponibilidade de infraestrutura
própria, com provisão de equipamentos e materiais, além da
capacitação de recursos humanos para o desenvolvimento do
trabalho com segurança.
A UTI NO CONTEXTO HOSPITALAR
• Unidade reservada, complexa, dotada de
monitorização contínua.

• Fornece suporte e tratamento intensivo, vigilância


por 24 horas.

• Atendimento multiprofissional e interdisciplinar


(médico, enfermeiro, técnico de enfermagem,
nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo, assistente
social).
A UTI NO CONTEXTO HOSPITALAR
Classificação:

• Neonatal: que atende pacientes de 0 a 28 dias de vida;

• Pediátrico: que atende pacientes de 28 dias a 14 ou 18


anos (de acordo com a rotina da instituição);

• Adulto: que atende pacientes maiores de 14 ou 18 anos


de acordo com as rotinas internas da instituição;

• Especializada: que é voltada para pacientes atendidos


por determinadas especialidades ou pertencentes a
grupo específico de doenças.
LOCALIZAÇÃO
• A UTI deve ser uma área geográfica distinta dentro
do hospital e deve ter acesso controlado.
• Sua localização deve ter acesso direto e próximo a
elevadores, serviço de emergência, centro cirúrgico,
sala de recuperação pós-anestésica, unidades
intermediárias de terapia, serviço de laboratório e
radiologia.
LEITOS
• Um hospital geral deve destinar 10% da capacidade
de leitos para UTI, porém uma instituição com
capacidade para cem ou mais leitos deverá
comportar no mínimo cinco leitos reservados para
UTI.

• O ideal do ponto de vista funcional são oito a doze


leitos por unidade. Caso se indique maior número de
leitos, a unidade deve ser dividida em subunidades.
LEITOS
• Dimensões: mínima de 12m², com distância de 1
metro entre as paredes e o leito, exceto cabeceira.
• A área coletiva deve ter dimensões mínimas para
10m², distância de 1 metro entre paredes e 2 metros
entre leitos.
LEITOS

• Em cada leito de UTI deve estar instalado um alarme


de emergência interligado ao posto de enfermagem,
na sala de reuniões, na sala de descanso dos
funcionários e repouso médico, a fim de alertar
todos sobre a emergência.
POSTO DE ENFERMAGEM
• Deve ser centralizado, no mínimo 1 para 12 leitos, e
dimensões mínimas de 8m².
ITENS QUE COMPÕEM O LEITO DO
PACIENTE
1 Monitor cardíaco contínuo de eletrocardiograma.
1 monitor de oxigênio ou oximetria de pulso.
ITENS QUE COMPÕEM O LEITO DO
PACIENTE
1 equipamento para monitorização de pressão venosa
central (régua de PVC ou transdutor de pressão)
ITENS QUE COMPÕEM O LEITO DO
PACIENTE
1 ventilador pulmonar
mecânico
ITENS QUE COMPÕEM O LEITO DO
PACIENTE
Bombas de infusão*
Ano: 2015 Banca: AOCP Órgão: EBSERH Prova: AOCP - 2015 -
EBSERH - Terapia Intensiva
Sobre a estrutura física da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), nos
termos da Resolução ANVISA nº 50/2002, é correto afirmar que
Alternativas

A) O posto de enfermagem deve estar instalado de forma a permitir


observação visual direta ou eletrônica dos leitos.
B) Deve existir no mínimo um sanitário para ser compartilhado entre o
público e os funcionários.
C) Todo leito deve, obrigatoriamente, possuir um sanitário para uso do
paciente.
D) é obrigatória a existência de sala de espera para acompanhantes e
visitantes anexo à UTI.
E) a sala de espera deve ser exclusiva da UTI, não sendo permitido
compartilhamento com outros setores.
INSTITUTO AOCP - 2015 Enfermagem Enfermagem em UTI
EBSERH Enfermeiro - Terapia Intensiva. Sobre a estrutura física da UTI, nos
termos da resolução anvisa n°50/202, a lavagem das mãos deve ser
realizada exclusivamente no lavatório. Em relação ao assunto, é correto
afirmar que

A) deve existir um lavatório a cada 5 leitos de não isolamento.


B) deve existir um lavatório a cada 2 leitos de não isolamento.
C) deve existir um lavatório a cada 4 leitos de não isolamento.
D) deve existir um lavatório a cada 3 leitos de não isolamento.
E) não deve existir nenhum lavatório na UTI.
INFECÇÃO EM UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA

Professora: Zilka Ribeiro


Águas Lindas, 2024
UTI
O aumento da utilização dos serviços hospitalares
conduziu à necessidade de separação de pacientes
por especialidade e agrupamento daqueles com
necessidades de cuidados mais frequentes em UTI.

DESAFIO
A prevenção e controle das infecções
relacionadas à assistência à saúde
(IRAs).
MAGNITUDE DO PROBLEMA
UTI: 25% das IRAs.
UTI adulto: 33,9% a 38,3%.
UTI pediátrica: 4,9% a 9,76%.
FATORES DE RISCO:
• Permanência superior a 48 horas.
• Ventilação mecânica.
• Diagnóstico de trauma.
• Acesso Venoso Central.
• Cateteres.
• Lesão por pressão.
• Doença de base.
• Condições nutricionais.
• Colonização nova ou preexistente.
• Procedimentos com quebra de barreira.
PRINCIPAIS INFECÇÕES EM PACIENTES
INTERNADOS EM UTI
-PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA
-INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA ASSOCIADA A
CATETER CENTRAL
-INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA A CATETER
VESICAL
Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPU Prova: CESPE / CEBRASPE -
2010 - MPU - Técnico de Saúde - Enfermagem
Julgue os itens subsequentes acerca de infecções hospitalares e
biossegurança.

A UTI representa alto risco de infecção hospitalar para os pacientes, já que


nela são manipulados, com frequência, antibióticos de largo espectro, que
podem tornar os microrganismos resistentes, e pela ocorrência de repetidos
procedimentos de saúde invasivos lá realizados.

?
Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: INCA Prova: CESPE -
2010 - INCA - Técnico 1 – Enfermagem - Terapia Intensiva De
Adulto E Pediátrica

A busca incansável por medidas de prevenção e controle de


infecção é uma rotina nas unidades de terapia intensiva (UTI).
Com relação a esse assunto, julgue o item subsequente.
Tratando-se da higiene das mãos, medida preventiva importante
na transmissão de infecção, pode-se utilizar água e sabonete
líquido antisséptico, devendo-se, em seguida, usar gel alcoólico a
70%.

?
Ano: 2023 Banca: FUNATEC Órgão: SES-DF Prova: FUNATEC - 2023 -
SES-DF –
Técnico de Enfermagem
Em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), um paciente foi admitido com
suspeita
de sepse grave, uma condição potencialmente fatal.
Complete a frase a seguir com a alternativa correta.

"A sepse é uma resposta sistêmica do organismo a uma infecção,


caracterizada pela presença de pelo menos dois dos seguintes sinais de
disfunção orgânica:
temperatura corporal elevada ou baixa, frequência cardíaca acelerada,
frequência respiratória aumentada e _____________________."

Alternativas:
A) confusão mental e alteração do nível de consciência.
B) pressão arterial elevada.
C) glicemia dentro dos valores normais.
D) dor abdominal e vômitos. ?
Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: INCA Prova: CESPE -
2010 - INCA - Técnico 1 – Enfermagem - Terapia Intensiva De
Adulto E Pediátrica

A busca incansável por medidas de prevenção e controle de


infecção é uma rotina nas unidades de terapia intensiva (UTI).
Com relação a esse assunto, julgue o item subsequente.

As razões fundamentais para o uso de luvas são proteger os


funcionários da transmissão de microrganismos de um paciente
para outro e reduzir o risco de transmissão dos microrganismos
presentes nas mãos da equipe em procedimentos variados.

?
As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde - IRAS - consistem em eventos
adversos, ainda, persistentes nos serviços de saúde. Sabe-se que a infecção leva à
considerável elevação dos custos no cuidado do paciente, aumentando o tempo de
internação, a morbidade e a mortalidade nos serviços de saúde do país.
De acordo com a ANVISA (2013), as pneumonias relacionadas à assistência à saúde são
responsáveis por 15% dessas infecções e aproximadamente 25% de todas as infecções
adquiridas nas unidades de terapia intensiva - UTI -, cabendo a implementação de medidas
preventivas desses agravos.
Assinale a alternativa em que encontramos medidas específicas, fortemente recomendadas
para a prevenção dessas pneumonias.
Alternativas

A) Higiene oral, com antissépticos (clorexidina veículo oral) e treinamento da equipe


multiprofissional que presta assistência a pacientes em ventilação mecânica.
B) Manter os pacientes com a cabeceira elevada entre 30 e 45º, avaliando diariamente
a sedação e diminuindo sempre que possível.
C) Higienização das mãos e aspiração da secreção acima do balonete (subglótica).
D) Manter os pacientes com a cabeceira elevada entre 30 e 45º e traqueostomia precoce,
em substituição à intubação orotraqueal.
E) Administração preventiva de antibióticos intravenosos e troca de inaladores a cada 72
horas.
Medidas fundamentais que devem ser gerenciadas em conjunto
com as anteriormente citadas para a prevenção das pneumonias
hospitalares e da mortalidade relacionadas à ventilação mecânica:

a) Manter os pacientes com a cabeceira elevada entre 30 e 45° ;


b) Avaliar diariamente a sedação e diminuir sempre que possível;
c) Aspirar a secreção acima do balonete (subglótica);
d) Higiene oral com antissépticos (clorexidina veículo oral)

Referencia:http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/f7893080443f4a03b441b64e461d9186/Modulo+4+Medidas+de+Prevencao+de+IRA+a+S
aude.pdf?MOD=AJPERES
ano: 2023 Banca: SELECON Órgão: Prefeitura de Campo Verde -
MT Prova: SELECON - 2023 - Prefeitura de Campo Verde - MT - Técnico
em Higiene Dental
A conscientização sobre os riscos de contaminação e a adoção de medidas
de controle de infecção são fundamentais em qualquer ambiente
de cuidados de saúde. São medidas para prevenir infecção cruzada a
higiene das mãos, o uso de equipamentos de proteção individual, a
esterilização, a desinfecção,
o descarte adequado de materiais, a imunização, entre outros. Denomina-se
infecção cruzada:
Alternativas

A) aquela que possui via de transmissão exclusiva por aerossóis


B) aquela que pode ser transmitida por instrumental contaminado
C) somente aquela que é transmitida do profissional para o paciente
Dsomente aquela que é transmitida do paciente para o profissional
DESEQUILÍBRIO
HIDROELETROLÍTICO

Professora: Zilka Ribeiro


Águas Lindas, 2024
CONCEITO
É caracterizado pela perda de grandes
quantidades de líquidos e eletrólitos, o que
pode acontecer por diversas causas, como:
diarréia, suor excessivo, vômitos, poliúria
(urina em excesso).
PAPEL DA ENFERMAGEM
• É a equipe de enfermagem que continuamente
presta seus cuidados e detecta alterações
clínicas aos pacientes.

• A enfermagem deve estar além da


administração medicamentosa para o
tratamento desses distúrbios, mas também
deve ser o elo indicador das manifestações
clínicas que ocorrem nesses pacientes.
EQUILÍBRIO HÍDRICO
• Adequada ingestão de líquidos;
• Contrabalanço as perdas obrigatórias pelo
rim, pele, pulmões e fezes.

OBS: O organismo normal necessita pelo menos


de 400 a 600 ml de urina para eliminar os
produtos do metabolismo e excessos da dieta.
EQUILÍBRIO HÍDRICO
BALANÇO HÍDRICO NORMAL
INGESTÃO ML PERDAS ML

VIA ORAL 1500 URINA 1400


ÁGUA DOS ALIMENTOS 800 PELE 500
METABOLISMO OXIDATIVO 200 RESPIRAÇÃO 400
FEZES 200

TOTAL 2500 TOTAL 2500


DÉFICIT DE VOLUME DE LÍQUIDOS
(DVL)
• Acontece quando a perda de volume
extracelular excede a ingestão de líquido.

• Pode ocorrer isoladamente ou associada a


outros desequilíbrios.

• Resulta da perda dos líquidos corporais e


ocorre com maior rapidez quando associado à
diminuição da ingestão de líquidos.
DÉFICIT DE VOLUME DE LÍQUIDOS
(DVL)
• Causas:
DÉFICIT DE VOLUME DE LÍQUIDOS
(DVL)
Manifestação Clínica:
• Perda aguda de peso;
• Alterações no turgor da pele;
• Oligúria;
• Urina concentrada;
• Hipotensão;
• Frequência cardíaca rápida e fraca;
• Pele fria e pegajosa;
• Sede;
• Indisposição;
• Fraqueza muscular e cãibras.
EXCESSO DE VOLUME DE LÍQUIDOS
(EVL)
• Refere-se a uma expansão isotônica do líquido
extracelular gerada pela retenção anormal de
água e sódio.
• É secundário a um aumento no conteúdo
corporal total de sódio, que eleva o aumento
na água corporal total.
• Pode estar relacionado à simples sobrecarga
de líquido ou a função diminuída dos
mecanismos homeostáticos.
EXCESSO DE VOLUME DE LÍQUIDOS
(EVL)
Fatores relacionados:

INSUFICIÊNCIA INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA RENAL

INGESTÃO
EXCESSIVA DE CIRROSE HEPÁTICA
SÓDIO
EXCESSO DE VOLUME DE LÍQUIDOS
(EVL)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:

• Edemas
• Taquicardia
• Débito urinário aumentado
• Falta de ar
• Pulso aumentado
HIPONATREMIA
• Refere-se ao nível sérico de sódio que está
abaixo do normal.
• O sódio pode ser perdido por: vômito,
diarreia, fístula, sudorese. Pode estar
associado ao uso de diuréticos,
principalmente em combinação com dieta
hipossódica.
HIPERNATREMIA
• Nível de sódio maior que o normal.
• Pode ocorrer pela privação de líquidos em
indivíduos inconscientes.
• A administração de alimentação enteral
hipertônicas sem suplementos da água, leva a
hipernatremia, bem como a diarreia aquosa,
diabetes.
HIPOCALEMIA
• É a concentração de potássio abaixo do
normal.
• A perda de potássio é a causa mais comum, o
vômito e aspiração gástrica levam a excressão
aumentada de urina o que pode levar a
redução de potássio.
• Diuréticos, corticosteroides, penicilina e a
insulina podem levar a hipocalemia.
HIPERCALEMIA
• É a concentração de potássio acima dos
valores de normalidade.

• Alguns medicamentos podem levar a


hipercalemia, como o cloreto de potássio,
heparina, alguns anti-hipertensivos.
HIPOCALCEMIA
• Refere-se a concentração de cálcio menor que
o normal.

• Hipoparatireoidismo, pancreatites,
insuficiência renal, carcinoma tireoidiano,
abuso de álcool e uso de algumas medicações
podem causar a hipocalcemia.
HIPERCALCEMIA
• Refere-se ao excesso de cálcio no plasma.

• As causas mais comuns são as malignidades,


hipertireoidismo e o uso de alguns
medicamentos.
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BÁSICOS

Professora: Aline Pereira

Águas Lindas, 2020


ACIDOSE E ALCALOSE
O potencial de hidrogênio (pH) plasmático é o indicador
da concentração de íon de hidrogênio (H+) no
sangue. Os mecanismos homeostáticos, ou seja, o
que mantém equilíbrio no nosso corpo mantém o pH
de normalidade sanguínea entre 7,35-7,45.

Quanto esse padrão de normalidade é alterado o


indivíduo manifesta alterações.
ALTERAÇÕES
• Acidose metabólica: distúrbio clínico
caracterizado por pH baixo e baixa
concentração plasmática de bicarbonato.
• Alcalose metabólica: é o distúrbio clínico
caracterizado por pH alto e a concentração
plasmática de bicarbonato alta.
ALTERAÇÕES
• Acidose respiratória: distúrbio clínico em que
o pH é inferior e a PaCO2 (Concentração de
CO2 no sangue) é alta.
• Alcalose respiratória: é uma condição clínica
em que o pH é alto e a PaCO2 é menor.

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