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Proposta
1. DEFINIÇÃO
Quando se fala em citostáticos, referimo-nos a um amplo grupo de
medicamentos com acções muito diversas, mas com a característica comum
de interromper o ciclo celular em algumas das suas fases. Esta propriedade
permite utilizarmos os citostáticos em tratamento de neoplasias como
tratamento único ou combinado com radioterapia e/ou cirurgia.
Para a sua administração, existem diversas vias que podem ser
seleccionadas:
- via oral
- via endovenosa
- via intramuscular
- via subcutânea
- via intratecal1
- via intracavitária2
- via intra-arterial3
2. OBJECTIVOS DO PROCEDIMENTO
- Assegurar uma boa técnica na administração de terapêutica citostática,
de forma a minimizar riscos no técnico que administra, no receptor de
fármaco e no meio ambiente.
3. PRINCIPIOS A CONSIDERAR
1
No caso desta via, é o médico o responsável por administrar o citostático.
2
No caso desta via, é o médico o responsável por administrar o citostático.
3
No caso desta via, é o médico o responsável por administrar o citostático.
Principal Principal
Principal responsável: responsável:
responsável: farmacêutico e/ou enfermeiro e/ou
médico enfermeiro médico
4. Eliminação de
resíduos de
material e
excretas do
doente
Principal
responsável:
enfermeiro e
farmacêutico
Complicações:
A complicação directamente relacionada com a administração
endovenosa de citostáticos é o extravasamento.
O extravasamento é a saída de líquido IV para os tecidos
adjacentes, motivado por factores intrínsecos do vaso ou saída do
cateter venoso do local da punção. Ela é das complicações mais graves
quando ocorre com fármacos irritantes ou vesicantes, pois se não forem
reconhecidos e tratados, podem conduzir a necrose tecidular com
sequelas graves.
Há suspeita de extravasamento quando:
- Não refluir sangue para a seringa;
- O doente se queixar de sensação de dor ou ardor no local
puncionado ou no trajecto da veia;
- Aparecer edema/eritema no local da punção ou periferia;
- A perfusão não fluir livremente, ou no caso da administração ser
feita em bólus, se sentir alguma resistência;
Em caso de se confirmar extravasamento, consultar a “Norma de
actuação em extravasamento de citostáticos” do IPO (ainda a ser
elaborada).
Efeitos secundários:
Os citostáticos são fármacos agressivos para o organismo e têm
elevado grau de toxicidade, dado não terem carácter selectivo, surgindo
muitas vezes os efeitos secundários por acumulação, fazendo variar os
padrões de determinadas funções do organismo.
Existem várias formas de toxicidade que surgem imediatamente
ou após a administração (a curto prazo ou longo prazo), e que se podem
mesmo prolongar depois de cessada a terapêutica, podendo causar
lesões reversíveis ou irreversíveis no doente.
4. MATERIAL E EQUIPAMENTO
O material depende da via de administração, contudo este será sempre:
- EPI
- Seringas esterilizadas
- Compressas esterilizadas
- Desinfectante (consoante a via seleccionada)
- Citostático(s)
- Contentor rígido
- Sacos do lixo de risco IV (cor de rosa)
- outros…
3. Lavar as mãos
Promove a protecção do
4. Colocar o EPI
enfermeiro e doente
5. Posicionar o doente
Promove adequada
administração do
fármaco
Detenção de possíveis
14.Vigiar a reacção do doente e local da
complicações e efeitos
punção
secundários
15.Lavar veia com cerca de 20ml de soro
fisiológico (ou outra solução isotónica, Libertar veia da
em caso de o SF ser incompatível presença de citostático
com o citostático em curso)
Cumprir prescrição
16.Administrar pós-medicação ou
médica e prevenir
infusões (de acordo com o protocolo)
complicações.
17. REGISTOS
Os registos devem incluir, para além da assinatura legível e da data:
A hora e o procedimento realizado;
Tipo e quantidade da substância administrada;
A via utilizada especificando o local de administração e eventuais
acidentes ocorridos durante a administração;
Características e quantidade dos eliminados (líquidos, sólidos,
exsudados…), se se justificar;
Sinais vitais e outras vigilâncias, se se justificar;
Reacção do doente ao citostático e complicações detectadas;
O ensino realizado e a receptividade do doente/prestador de
cuidados.
Bibliografia