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CEEPRU PROF.

MARIA DE JESUS CARVALHO ROCHA

ADMINISTAÇÃO
DE
INJETÁVEIS
Prof: Enf a Emilia Vale
MEDICAMENTOS
● Uma d a s p r inc ip ais f u n ç õ es d a eq uip e de Enferm a g em
no c u i d a d o aos pacientes é a administração de medicamentos.

● Exig e d os p r ofissio n a is: r esp o nsa b i l id a d e,


c o n hec im en t o s e habilidades, estes fator es
g a r a n t e m a s eg u r a nç a d o paciente.

● Constitui-se d e várias e ta p a s e envolve vários profissionais, o


risco d e o c o r r ê n c i a d e erros é elevado.
MEDICAMENTOS
● É toda su b s tâ n c ia q ue, in t r o d uzid a n o o rg a nism o,
vai a t e n d e r a u m a f in a li d ad e terapêutica.

FINALIDADES:
• PREVENTIVA. Ex.: vacinas;
• PALIATIVA. Ex.: analgésico;
• CURATIVA. Ex.: antibiótico;
• SUBSTITUTIVA. Ex.:
insulina.
TIPO DE AÇÃO
• LOCAL: a g e m n o local d e aplicação.
• SISTÊMICA: c irc u l a m n a c o rr en te sa n g u ín ea e seu
efeit o a tin g e d e te r m i n a d o s órgãos, tecidos o u t o d o o
Etapas do sistema de medicamentos
Médicos, farmacêuticos, enfermeiros, ou tr os profissionais d a saúde e pacientes
possuem diferentes funções neste sistema. Por exemplo, em u m cenário
hospitalar, q u a n d o u m médi co prescreve u m a medicação, o farmacêuti co p o d e
dispensá-la, o enfermeiro p o d e p r e pa r á - l a e administrá-la.

1. Prescrição
Consiste n a escolha d a med i c aç ão a p r o p r i a d a p a r a c a d a si tuação clínica, feita
pelo profissional d a saúde, que consi dera os fatores individuais dos pacientes,
c o m o as alergias, peso, entre outros, e n a i ndi ca ç ão d a via de administração,
dose, t e m p o e duração.
2. Dispensação
Consiste na di st ri bui ç ão do m edi ca me nt o pelo serviço de
f ar m á c i a/ s u p ri m en t o s p a r a as unidades requisitantes. Existem vários ti pos de
sistemas de di spensação de medicamentos. É r e c o m e n d a d o pelo MS e pela
Anvisa o sistema de dose u n i t á r i a (distribuição em doses p r o n t a s p a r a a
ad mi n i s t ra ção de a c o r d o c om a prescri ção médi ca d o paciente).

3. Preparo
Consiste n a técnica de m a n i p u l a ç ã o dos medi camentos p a r a adm i n i s t raç ão
n o paciente, de a c o r d o c om a prescrição. Envolve a m p l o conheci mento prévio
sobre a d r o g a (ações e reações), a c onferênci a d a prescrição c om o
m edi c a me nt o a ser p r e pa r a do , a realização de cálculos, diluições, a c om pl et a
i dentifi caç ão e a escolha de materiais e equi pamentos apropriados para a
administração.

4. Administração
Consiste n a ap l i c aç ão de medic amentos a o paciente. Tod o profissional de
saúde, a o ad mi ni s t ra r u m medicamento, deve sempre checar, os “TREZE
CERTOS”.
A ques tã o d a assistência
segura r el ac i o na da a
medicament os t em sido u m
assunt o c ent r al n a
t emát ic a d a segurança d o
paciente, t e n d o em vista o
elevado pot encial de risco,
a frequência, a gr a v id ad e
e a recor rência de d a n o s
a o paciente.

Destaca-se, ainda, q u e
g r a n d e p a r t e dos processos
assistenciais envolvem o
uso de medicamentos.
FÁRMACO
Substância quí mica c onhecida e de e s t r u t u r a
química def inida d o t a d a de p r o p r i e d a d e
farmacológica. Sinônimo de princí pio ativo.

MEDICAMENTO
Pr oduto farmacêutico, u m a f o r m a f arm ac êut ica
q u e c ont ém o fármaco, geralment e em
associação c o m adjuvant es farmacotécnicos.
FARMACOCINÉTICA - Biodisponibilidade
O t e r m o biodisponibilidade é u s a d o p a r a descrever a q u a n t i d a d e e a
velocidade de a b s o r ç ã o d o f á r m a c o a p a r t i r de u m a f o r m a farmacêutica.

A biodisponibilidade d ep en d e
d a a b s o r ç ã o de u m f á r m a c o
e d a e n t r a d a n a cir culação
geral n a f o r m a i na l t er ad a e
subsequentes medidas d o
f á r m a c o ab s o r v id o o u seus
metabólit os b i o
t ransformados.

Determinada pelo MÉDICO!!!


Quais são as principais vias de
aplicação de injetáveis?

 Endovenosa (EV);
 Int radérmica (ID);
 Intramuscular (IM) e
 Subc ut âne a (SC).

Em c a d a via, u m t ecido diferente recebe o medic ament o e, p o r este


motivo, são diferentes os tempos de absorção.

É o b r i g a t ó r i o q u e a prescrição contenha a indicação da via de


aplicação.
VIA ENDOVENOSA
N a via endovenosa (EV), t a m b é m descrita c o m o int ravenosa (IV), o início
de a ç ã o d o m edicam ent o é imediato, pois ele é a d m i n i s t r a d o
dir et ament e n a c orr ent e sanguínea. Esta é u m a v ant ag e m importante,
especialmente, em urgências. Por este motivo, esta via é ba s t a n t e
utilizada nos hospitais.

Esta é u m a via q u e requer grande habilidade pelo profissional.

O u t r a vant agem dest a via é a c a p a c i d a d e de


a d mi n is t r ar grandes volumes de solução. Os
riscos são: a flebite (inflamação d a veia p o r
ir r i t a ç ã o química o u mecânica) e o
extravasament o d o m edicam ent o n o espaço
intersticial.
VIA INTRAMUSCULAR
É a administração de medicamento no músculo.

Os músculos de escolha são o g r a n d e glúteo, o glúteo médi o e o vasto lateral


d a coxa.

O músculo bíceps somente é util izado p a r a vacinação.

Essa via permite a adm i n i s t raç ão de medicamentos em solução a q u o s a e


oleosa.
VIA INTRAMUSCULAR

Vantagens Desvantagens
Ação mais rápida da droga, comparando-se à Permite infusão de pequenos volumes de
administração por via oral. medicamento, no máximo até 5 ml.

Facilidade de visualização e acesso ao Pode causar dor no paciente, pois é um


músculo. procedimento invasivo.

Menor custo, comparando-se à via Requer profissional capacitado para o


endovenosa. procedimento.

Maior ônus, comparando-se à via oral.


Aplicações inadequadas podem causar
lesões em músculos e nervos.

Podem aparecer hematomas.


Técnica:

Higienizar as mãos.
Separar o material necessário.
• Preparar a medicação seguindo a regra dos 13 CERTOS
• Aspirar o medicamento com agulha 40 x 12 e seringa adequada.
• Trocar a agulha 40 x 12 por agulha 30 x 7 ou 25 x 7.
• Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado.
• Higienizar as mãos e calçar as luvas.
• Posicionar o paciente conforme local escolhido, deixando-o confortável.
• Realizar antissepsia ampla no local, com compressa embebida em álcool a 70%, com movimento único de
cima
para baixo.
• Introduzir a agulha com o bizel lateralizado em ângulo de 90º.
•Aspirar, puxando o êmbolo para certificar-se de que não haja refluxo de sangue. Em caso de refluxo, retirar
a agulha e reiniciar todo o preparo da medicação, escolhendo outro local para realizar o procedimento.
• Injetar a medicação em velocidade constante.
• Retirar a agulha e seringa.
• Fazer compressão local. Em caso de pequeno sangramento, colocar curativo.
• Deixar o paciente confortável.
• Desprezar o material.
• Higienizar as mãos.
• Checar o procedimento em prescrição médica.
• Observar continuamente alterações orgânicas que possam estar relacionadas ao medicamento
VIA INTRADÉRMICA
Nesta via, o medicamento é aplicado na derme, região o n d e o a p o r t e sanguíneo é
reduzi do e a a b s o r ç ã o acontece lentamente. É p o u c o utilizada, apenas p a r a
apl i c aç ão de vacinas e realização de testes, t a m b é m c h am ad o s de testes
cut âneos o u testes alérgicos.

Como exemplo de vacina, temos a BCG (Bacillus


Calmette-Guérin), c o n t r a a tuberculose, q u e é
a p l i c a d a n o recém-nascido. Entre os testes, o de
sensibilidade à penicilina.

Norm al mente n ã o são admi ni strados em farmácias.


As áreas usadas p a r a a ID são a face i nterna d o
a n t e b r a ç o e a p a r t e superi or das costas. Deve-se d a r
preferência p a r a locais p o u c o pigmentados, livres
de lesões e c o m p ou c os pelos.

É característica da ID a formação de uma pápula, uma pequena


bolsa formada pelo líquido que se acomoda dentro da fina camada da
VIA
INTRADÉRMICA
Técnica:

•Reunir a medicação seguindo a regra dos 13 CERTOS.


•Separar espátula ou gaze para a aplicação.
•Lavar as mãos.
•Orientar o paciente.
•Calçar luvas.
•Posicionar o paciente, expondo a região onde será feita a aplicação.
•Proceder à aplicação na região determinada.
•Se for necessário, manter a área coberta com gazes.
•Deixar o paciente confortável.
•Desprezar o material.
•Lavar as mãos.
•Anotar no prontuário.
•Observar continuamente alterações orgânicas que possam estar relacionadas ao fármaco
administrado.
VIA SUBCUTÂNEA
A via subcutânea é a administração de medicamento no tecido subcutâneo.
É utilizada p a r a adm i ni s tr aç ão de insulina, anticoagulantes, al gumas vacinas,
ad rena l i na e hormônios.

Pode ser feita em várias regiões d o corpo, em qu e haj a c a m a d a substancial de


tecido gorduroso. Os locais de preferência são: regi ão dorsal, periumbilical e n a
face externa lateral d o braço, pr óxi m o a o músculo deltoide.

Vantagens Desvantagens
Absorção lenta e uniforme. Pode causar lipodistrofia.

Efeito constante Procedimento invasivo.


do
medicamento.
Fácil aplicação. Requer treinamento do
profissional e paciente.
Permite autoaplicação.
Técnica:

•Higienizar as mãos.
•Separar o material necessário.
•Preparar a medicação seguindo a regra dos 13 CERTOS.
•Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado.
•Higienizar as mãos e calçar as luvas.
•Posicionar o paciente, conforme local escolhido para aplicação segundo rodízio, deixando-o confortável.
•Realizar antissepsia ampla no local, com compressa embebida em álcool a 70%, com movimento único de
cima
para baixo.
•Manter a compressa entre os dedos mínimo e anular da mão que vai expor a região delimitada.
•Realizar prega cutânea de aproximadamente 2,5 cm de pele e tecido adiposo entre o polegar e o
dedo indicador.
•Inserir a agulha com a mão dominante no ângulo de 90º para adultos e 45º para crianças.
•Aspirar o êmbolo para verificar que não foi atingido nenhum vaso sanguíneo.
•Injetar lentamente o conteúdo da seringa.
•Retirar a agulha realizando movimento único, rápido e firme.
•Fazer discreta compressão no local com compressa embebida em álcool.
•Descartar o material.
•Retirar as luvas.
•Higienizar as mãos.
•Checar o procedimento em prescrição médica.
ATENÇÃO!!!
ÂNGULOS DE ADMINISTRAÇÃO
Intramuscular – Esse t i p o de injeção é a p l i c a d a em u m a posi ção de 90 graus. Ela
en t ra ret a n a vertical n a pele e tem o objetivo de ap l i ca r a substânci a
diretamente n o músculo.

Subcutânea – Essa injeção tem 45 gr aus d e i ncl i nação e seu objetivo é a pl i c ar o


pr o d u t o , medi camento o u substância n a p a r t e de g o r d u r a s u b c u t â n e a d a pele.
U sa da geralmente p a r a a pl i c aç ão de insulina.

Intradermal – Essa é a injeção a p l i c a d a


n a c a m a d a mais superficial de nossa
pele. Ela precisa ser feita c o m 10 a 15
grau s de i ncl i nação e n ã o deve at i ngi r à
derme, o n d e se e n c o n t r a m veias e
vasos. Ela é a mais superficial de t o d a s
as injeções. É u s a d a p a r a testes de
alergia o u vacina BCG.
DILUENTES
Geralmente utilizados p a r a diluir as medicações a serem
adm inist radas de f o r m a injetável.
DILUENTES
SINAIS E
SINTOMAS DE
COMPLICAÇÕES
DE PUNÇÃO
Vamos praticar!!!

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