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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

ESCOLA DE ENFERMAGEM
ESTÁGIO SUPERVISIONADO III

Preparação e Cuidados Com Nutrição Parenteral

Discente:
Fernando Welton da Costa Marins
Mat: 600778900

Orientador:
Enfermeira Preceptora Amanda da Silva

São Gonçalo, Outubro/2022


resumo

Trata-se de um trabalho elaborado por acadêmico de enfermagem do 8º período do curso de

graduação da Escola de Enfermagem da Universidade Salgado de Oliveira. Sobre cuidados

de enfermagem na nutrição parenteral.

SUMÁRIO

1. O que é a Nutrição Parenteral.

1.2 Cuidados antes da instalação da NP.

2. Referências.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA
NUTRIÇÃO PARENTERAL

1. A nutrição parenteral, ou parentérica (NP), é um método de administração de nutrientes


que é feito diretamente na veia, quando não é possível obter os nutrientes através da
alimentação normal. Assim, este tipo de nutrição é utilizada quando a pessoa já não tem um
trato gastrintestinal funcionando corretamente. Acontece em pessoas em estado muito
crítico, como é o caso de câncer do estômago ou intestino em fase muito avançada, este
tipo de nutrição pode ainda ser feita por curto prazo, quando é feita por até 1 mês, ou a
longo prazo, dependendo da situação de cada pessoa. Os tipos principais de nutrição
parenteral são; Nutrição parenteral parcial : são administrados apenas alguns tipos de
nutrientes e vitaminas através da veia. Nutrição parenteral total (Npt) : são administrados
todos os tipos de nutrientes e vitaminas através da veia. Suas vias de administração:
Nutrição parenteral central: é feita através de um cateter venoso central, permanece por um
período superior a 7 dias. Nutrição parenteral periférica ( Npp) : é realizada através de um
cateter venoso periférico, e mantido por até 7 ou 10 dias, ou quando não é possível colocar

um cateter venoso central e a Picc – introdução do cateter pela veia periférica do membro
superior até a cava.

Compete ao Enfermeiro orientar o paciente, a família ou o responsável legal quanto


à utilização e controle da NP; Participar com a equipe médica na inserção do cateter
venoso central; Assegurar a manutenção e permeabilidade da via de administração;
Proceder punção venosa periférica de cateter intravenoso ou cateter
periférico central (PICC), quando habilitado; Receber a solução parenteral da farmácia e
assegurar a sua conservação até a completa administração; Proceder a inspeção visual da
solução parenteral antes da sua infusão; Avaliar e assegurar a instalação da NP
observando as recomendações do rótulo e confrontando-as com a prescrição; Assegurar
que qualquer outra droga, solução ou nutrientes prescritos, não sejam infundidos na mesma
via de administração da solução parenteral, sem autorização formal da equipe
Multiprofissional de Nutrição Parenteral; Participar e promover atividades de treinamento
operacional e de educação continuada, garantindo a atualização de seus colaboradores;
Elaborar e padronizar os procedimentos de enfermagem relacionadas à TN;

Compete ao Enfermeiro prescrever os cuidados de enfermagem inerentes a essa terapia


em níveis hospitalar, ambulatorial e domiciliar; Detectar, registrar e comunicar Equipe Multi
de Terapia Nutricional ou médico responsável pelo paciente as intercorrências de qualquer
ordem técnica/administrativa; Garantir o registro claro e preciso de informações
relacionadas à administração e a evolução do paciente, quanto aos dados
antropométricos, peso, sinais vitais, balanço hídrico, glicemia, tolerância digestiva entre
outros; Garantir a troca do curativo , com base em procedimentos preestabelecidos; Efetuar
e/ou supervisionar a troca do curativo do cateter venoso, com base em procedimentos
preestabelecidos; O enfermeiro deve participar da seleção, padronização, licitação e
aquisição de equipamentos e materiais utilizados na administração e controle da TN; Zelar
pelo perfeito funcionamento das bombas de infusão; Discutir casos clínicos com a equipe
multidisciplinar..

CUIDADOS ANTES DA INSTALAÇÃO DA NP.

1.2 Garantir o acesso: Periférico – indicado para soluções com osmolaridade até
800-900mOsm/L, Central – Osmolaridade superior a 700mOsm/L; Certificar-se do
recebimento em tempo hábil para administração; A bolsa deve ser mantida em sua
embalagem plástica até o momento da manipulação e sua aclimatação deve ser feita no
posto de enfermagem; O sítio de inserção do cateter deverá ser inspecionado para
detecção precoce de complicações relacionadas (a depender da cobertura) .No posto de
enfermagem: Limpeza da superfície de preparo; Higiene de mãos e paramentação;
Inspeção da bolsa; Confecção do rótulo com nome do paciente, volume total de infusão,
data e hora, gotejamento de acordo com prescrição e nome do profissional que instalou;
Diluição de forma correta (de acordo com o fabricante e sem danificar a bolsa); Colocação
do equipo de forma asséptica e preenchimento do mesmo pela solução
parenteral;

Com o paciente: Higienizar as mãos, paramentar-se; Parar a infusão em curso, se houver;


Fechar/clampear a via, se não houver clamp proximal solicitar ao paciente que
realize a manobra de Valsalva; Realizar desinfecção da conexão do acesso com álcool;
Mantendo a cadeia asséptica, desconectar o equipo usado; Mantendo a cadeia asséptica,
injetar 20 ml de soro fisiológico; Mantendo a cadeia asséptica, conectar novo equipo;
Realizar desinfecção com álcool à 70% da bomba de infusão, programa-la e iniciar
a infusão. Lembrando que; A infusão é contínua, não interromper a mesma na realização de
exames, procedimentos e outros; Dentro do serviço de enfermagem, a administração é
privativa do enfermeiro; A administração deve durar 24h e deve-se fazer o controle de
trocas; Deve se eleger uma via para a infusão exclusiva da solução parenteral; A solução
parenteral deve ser infundida por fluxo controlado (em bomba de infusão) de acordo com a
prescrição médica (conferência diária da vazão prescrita).

2. REFERÊNCIAS
• BRASIL, COFEN. Decreto nº. 94.406, de 08 de junho de 1987. Regulamenta
a Lei nº. 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da
enfermagem, e dá outras providências. Disponível em:
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1980-1987/decreto-94406-
8-junho-1987-444430-norma-pe.html . Acesso em: 10/04/2016.
• SMELTZER, S.C; HINKLE, J.L, BARE, B.G, CHEEVER, K. H (Org). Bunner e
Suddarth: Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. Ed. Guanabara
Koogan, São Paulo, 2012, 2404p.
• MATSUDA, C.S.T; SEPRA, L.F; CIOSAK, S.I (Org). Terapia nutricional enteral e
parenteral. Consenso de boas práticas de enfermagem. Ed. Martinari, São
Paulo, 2013, 359p.
• BRASIL, COFEN. Resolução COFEN N° 453, de 16 de janeiro de 2014.
Aprova a norma técnica que dispõem sobre a atuação da equipe de
enfermagem em terapia nutricional. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-04532014_23430.html.
Acesso em: 10/04/2016.

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