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Sonda Nasoenteral:

É a progressão da sonda através da narina até o sentido pré-pilórico (no estômago) ou pós-
pilórico (no intestino, duodeno ou jejuno) para a administração de nutrientes pelo trato
gastrintestinal.

É desejável que a ponta progrida até a parte distal do duodeno ou proximal do jejuno. É
utilizada para administrar alimentação e medicação via enteral. É indicada quando o cliente
não quer comer, não pode comer, não consegue comer.

A sonda:

A sonda de Dobbhoff é radiopaca, de silicone ou poliuretano, e por serem desse material, não
sofrem alterações com o pH ácido, tem maior durabilidade e irritam menos a mucosa.

São extremamente maleáveis e possuem um fio guia para serem introduzidas que só são
retirados após confirmação da sonda através do exame de raio-x.

As sondas de nº 12, 14, 16 ou 18 French são utilizadas para adultos e as de nº 04, 06,08 ou 10
para crianças dependendo da idade.

Possui um adaptador em uma de suas extremidades onde é possível conectar equipos e


seringas.

É desejável que a sonda seja de menor calibre para não causar desconforto.

Objetivo:

 Garantir ao paciente nutrição adequada;


 Suprir demanda metabólica decorrente de diversas patologias e situações de estresse.

 Corrigir desnutrição aguada ou crônica e hipoproteinemia.

Equipe multiprofissional em Terapia Nutricional:

Médico: Indica e prescreve a melhor nutrição enteral para cada paciente de acordo com suas
necessidades.

Enfermeiro: Responsável pela passagem de sonda nasoenteral e pela continuidade da terapia


nutricional.

Técnico de Enfermagem: juntamente com o enfermeiro, é responsável pela manutenção e


permeabilidade da sonda. Também é responsável pela troca das dietas e computar sua infusão
no balanço hídrico.

Nutricionista: Avaliação do estado nutricional dos pacientes e suas necessidades.

Farmacêutico: Realiza todas as operações de desenvolvimento, preparo, avaliação


farmacêutica, manipulação, controle de qualidade, conservação e transporte de nutrientes.

Indicação:

 Anorexia severa;

 Inconsciência;

 Lesões orais;

 Traumas;

 Intervenções cirúrgicas.

 Disfagia

 Estados hiper catabólicos.

Contra-Indicações:

 Diarréia / vômito

 Íleo paralítico

 Obstrução intestinal

 Refluxo gástrico

 Sangramento GI

 Doença inflamatória intestinal

 Intolerância persistente a dieta (diarreia, vômitos e náuseas).

Complicações

As complicações da nutrição enteral podem ser classificadas, em três grupos distintos:

 As complicações mecânicas, as quais se relacionam com a introdução e manutenção


da sonda nasoentérica;
 Complicações gastrointestinais, as quais estão relacionadas com a infusão da dieta no
tubo digestivo;

 E as complicações metabólicas, as quais estão relacionadas com os efeitos metabólicos


da dieta após a sua absorção.

Vias de Administração:

 Nasoentérica (SNE): Uso para períodos curtos, até 45 dias.

 Nasogástrica (SNG): Uso para períodos curtos, até 45 dias

 Gastrostomia: Uso para períodos longos, mais de 45 dias

 Jejunostomia: Uso para períodos longos, mais de 45 dias. Não pode administrar
medicações VO por essa via.

Métodos de Administração:

 Intermitente (volume 350ml);

 Contínua;

 Bolos (criança).

O procedimento:

1. Verificar na PM a solicitação de passagem de SNE.

5. Explicar o procedimento e a sua finalidade.

6. Posicionar o paciente em decúbito elevado ou sentado para prevenir bronco aspiração de


conteúdo gástrico se houver vômitos.

7. Colocar os equipamentos de proteção individual.

8. Abrir a sonda e conferir se a mesma está pérvias e sem rupturas.

9. Colocar a toalha sobre o tórax do cliente, para proteger sua roupa e lençóis de cama contra
sujidades.

10. Observar se há sujidade na narina e se necessário, fazer higiene antes do procedimento.

11.Combinar com o cliente um sinal que ele poderá fazer, caso queira que você interrompa o
procedimento.
15. Verificar se a sonda não se encontra enrolada na boca;

16. Observar sinais de cianose, tosse ou desconforto respiratório, neste caso retirar, pausar
enquanto o paciente se acalme e prosseguir a passagem.

Lembre-se de instruir que o cliente baixe o queixo, para fechamento da traqueia; e pedir que
ele faça movimentos de deglutição quando sentir a sonda na garganta!

17. Após, realizar os testes para observar se a sonda está bem locada:

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