Você está na página 1de 53

Sondas

__________________________________________________________________________

Introdução
Sonda é definida como um tubo plástico ou de borracha flexível, podendo ser curto
ou longo para inserção pela boca, nariz, canal uretral ou canal retal com
determinada finalidade. A sonda é um instrumento para ser introduzido em um canal
ou uma cavidade para fins propedêuticos (determinar a presença de estenose, corpo
estranho ou uma outra situação mórbida). Pode ser fina e flexível para explorar ou
dilatar um canal natural ou rígida, geralmente com uma extremidade pontiaguda,
para separar tecidos de dissecação (BRUNNER & SUDDARTH,1999).

A sondagem é um método muito utilizado e eficiente em pacientes em situações


delicadas, quase sempre dentro do hospital, mas também utilizado em atendimento
domiciliar. Ela pode ser utilizada no pré-operatório, por exemplo, para fazer
esvaziamento gástrico, durante cirurgias para administração de medicamentos e
esvaziamento vesical, no pós-operatório para exercer funções que o corpo ainda
não está adaptado (por exemplo: uso de sonda nasogástrica para alimentação após
uma cirurgia esofagiana) e no caso de perda de funções vitais (exemplo: um
paraplégico que não tem reflexos vesicais que tem necessidade de estar sempre
com uma sonda vesical.

Enfermagem é a ciência e a arte de assistir o ser humano (indivíduo, família e


comunidade) no atendimento de suas necessidades humanas básicas, tornando-o
independente, quando possível pelo ensino do autocuidado, bem como manter,
promover e recuperar a saúde em colaboração com outros profissionais (HORTA,
1979).

Ao estabelecer as atribuições do profissional de enfermagem no contexto das


sondas, seja ela vesical, de alívio, enteral, nasoenteral, nasogástrica ou gástrica, o
conceito acima deve ser considerado em conjunto, pelo fato de que, nesta ótica o
profissional de enfermagem é um agente educador e orientador para que o paciente
entenda todos os efeitos, vantagens e desvantagens, que cada um desses
dispositivos oferece, além da importância e da utilização naquele momento
específico no tratamento.

Cabe ao profissional de Enfermagem a responsabilidade de conhecer todos esses


dispositivos para uma melhor serem implementados em seu local de trabalho.

A seguir, iremos falar sobre as principais sondas, a importância de cada uma delas e
a responsabilidade da enfermagem diante dessa prática tão comum.

Enfermeiro Raimundo Renato da Silva Neto

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Nasoenteral - SNE
__________________________________________________________________________

A sondagem enteral está entre as inúmeras atividades de cuidado que competem ao


privativamente ao enfermeiro assistencial. Embora o emprego da Sonda Nasoenteral
(SNE) pareça frequente em pacientes hospitalizados, há poucos estudos estimando
o número de usuários desse dispositivo.

Um deles, realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva brasileira, demonstrou


que 40% dos 907 idosos internados recebiam nutrição enteral (NE) por SNE. Já em
outro estudo, realizado no contexto de atenção domiciliar a idosos portadores de
doenças neurológicas (n = 79), cerca de 60% usavam SNE no início do estudo,
enquanto 37% utilizavam ao término do seguimento. A ocorrência de complicações
como perda e obstrução justificaram a redução no uso de sondas e a opção por
ostomias.

As complicações podem ocorrer em diferentes momentos de todo o processo entre a


indicação e uso clínico da SNE. Os procedimentos de inserção, manutenção e
administração de terapêutica por SNE não são isentos de riscos; pelo contrário, o
posicionamento da ponta distal da sonda em local anatômico inadequado pode
provocar sérios incidentes ou eventos adversos, como a infusão de dieta ou
medicações no trato respiratório.

Medidas de barreira, como a conferência de dados da prescrição, a identificação do


paciente e da composição da terapêutica, a via de acesso ao Trato Gastrointestinal
(TGI) e a realização de Raios X (RX) para confirmação do posicionamento da sonda
são ações indicadas para prevenir complicações.

Com a finalidade de avaliar a assistência a pacientes usuários de SNE, são


empregados indicadores como: perda acidental do dispositivo, taxa de obstruções,
diferença entre o volume de dieta prescrito e o administrado e proporção de
avaliações nutricionais nas primeiras 24 horas de internação. Embora as
recomendações para início da Terapia Nutricional Enteral (TNE) precoce, (em até 24
a 48 horas) para pacientes críticos, estejam bem estabelecidas, o tempo entre a
indicação e o uso da sonda enteral não é contemplado como um indicador,
especialmente para pacientes internados fora das Unidades de Terapia Intensiva.

A indicação de uso de sonda enteral está intimamente relacionada às condições


clínicas, nas quais o paciente não pode, não consegue ou não quer receber dieta,
medicamentos e/ou água por via oral. Nesse sentido, em um estudo que avaliou a
utilização de NE em idosos institucionalizados, os autores apontaram que 68,1% das
indicações de dispositivos de alimentação ocorreram em situações agudas e em
Serviços de Emergência.

Não existem estudos brasileiros sobre a indicação do uso da SNE em Emergências,


mas a partir da prática clínica, observa-se que existem duas demandas distintas
2

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Nasoenteral - SNE
__________________________________________________________________________

para a inserção de SNE nesse contexto: de pacientes que buscam atendimento


hospitalar e por uma condição clínica aguda recebem a indicação de inserção de
sonda para administração de medicamentos, água ou dieta e de trocas de sondas
que foram tracionadas, obstruídas, ou tiveram algum outro mau funcionamento, em
portadores de incapacidade crônica para alimentar-se por via oral e, portanto, já
previamente usuários SNE.

Uma revisão sistemática apontou que os efeitos da superlotação, condição


constantemente identificada nas Emergências, são adversos e numerosos. Foi
observado aumento na mortalidade associada à demanda por atendimento acima da
capacidade e pior qualidade dos serviços, considerando os atrasos ou delays nos
processos assistenciais.

O mesmo pode ser observado no processo entre a indicação e o uso da SNE, que
parece ser pouco priorizado frente às múltiplas demandas simultâneas.

Pouco se conhece sobre como se dá todo o processo entre a indicação e o uso das
SNEs, sobre possíveis atrasos e seus determinantes, bem como sobre quebras de
procedimentos de segurança.

Sendo assim, iremos falar sobre os métodos e técnicas utilizadas na inserção das
sondas mas é importante levar em conta as normas e a rotina que cada instituição
adota nos protocolos dessas sondas mas que todos devem ser atender às
necessidades de qualidade e segurança na assistência aos pacientes.

O Ministério da Saúde define nutrição enteral como:

“todo e qualquer alimento para fins especiais, com ingestão controlada de


nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou
estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via
oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir
ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não,
conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial
ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou
sistemas ”.
A nutrição via sonda nasoenteral, também chamada de SNE, é necessária
quando o paciente não consegue manter uma alimentação pelo método
convencional, ou seja, via ingestão oral. Assim, é preciso colocar um tubo
flexível no nariz, de forma que ele chegue ao estômago, duodeno ou jejuno.

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Nasoenteral - SNE
__________________________________________________________________________

A enfermagem tem um papel muito importante ativo e responsável na


utilização e controle da nutrição enteral, promovendo sua administração,
realizando vigilância, manutenção e controle da via escolhida e o volume
administrado com importante atenção para a prevenção de possíveis
complicações.

A sonda nasoenteral é colocada da narina até o sentido pré-pilórico (no


estômago) ou pós-pilórico (no intestino — duodeno ou jejuno). Possui calibre
fino, fio-guia maleável no seu interior, tarja radiopaca que permite controle
radiológico e sistema de fechamento exclusivo. Para esse tipo de sonda, é
necessário fazer um exame de raio X para verificação do posicionamento
correto.

A sonda nasoenteral tem como única função a alimentação, ou seja, auxilia


os procedimentos da nutrição enteral. No entanto, em alguns hospitais,
também é utilizada para fazer drenagem. Os alimentos devem ser
administrados em forma líquida para fornecer todos os nutrientes necessários
para o paciente.

É muito utilizada em pacientes que estão em internação prolongada ou que


não têm tempo determinado para fazer uma alimentação via oral.

“É empregada tanto na internação hospitalar quanto na internação domiciliar ”.


A introdução de uma sonda nasoenteral é feita somente por um enfermeiro.
Aliás, o profissional deve ter a confirmação da locação da sonda por meio do
exame de raio X antes de liberar a infusão da dieta.

Fio guia

Sonda Nasoenteral - SNE

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Nasoenteral - SNE
__________________________________________________________________________

TÉCNICA DE PASSAGEM DA SONDA NASOENTERAL

MATERIAIS NECESSÁRIOS:

SG10% 500 mL e equipo


Seringa de 20 ml
Pacote de gaze
Micropore para fixação
Estetoscópio
Tesoura.
Copo com água
Benzina
Xylocaína gel
Biombo s/n
Luvas de procedimento
Sacos para lixo.

PROCEDIMENTO

 Conferir o procedimento conforme prescrição médica;


 Organizar os materiais em bandeja no carro de apoio aos procedimentos
 Isolar a cama com biombo garantindo privacidade durante o procedimento
 Verificar o uso de prótese dentárias móveis pelo (a) paciente, solicitando que
as retire. Se não puderem ser removidas pelo (a) paciente use os
equipamentos de proteção individual e retire-as
 Elevar a cabeceira do (a) paciente para a posição de Fowler a 45º
 Colocar equipamento de proteção individual: óculos, máscara, avental de
manga longa e luvas de procedimentos
 Cobrir a região anterior do tórax com toalha de rosto ou papel toalha
 Cortar alguns pedaços de fita adesiva e deixar na bandeja

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Nasoenteral - SNE
__________________________________________________________________________

 Medir a extensão da sonda a ser introduzida, colocando sua extremidade


distal na ponta do nariz do paciente enquanto o restante dela percorre em
linha reta a distância do nariz até o lobo inferior da orelha e de lá até o
apêndice xifoide. Depois acrescente mais 20 a 25 cm para o posicionamento
duodenal
 Marcar este ponto na sonda enrolando nesse local um pedaço de fita adesiva
 Injetar solução líquida (solução fisiológica) na sonda sem retirar o fio-guia
para lubrificá-la, favorecendo a retirada do fio-guia após sua passagem
Inspecionar as narinas com a lanterna clínica
 Realizar higiene com hastes flexíveis na narina mais pérvia e introduzir
lidocaína gel
 Medição : Lubrificar a sonda enteral utilizando compressa gaze e lidocaína gel
 Introduzir a sonda na narina escolhida, pedindo para que o paciente tente
deglutir sua ponta, introduzindo-a até o local onde foi feita a marcação
 Havendo muita tosse nesse momento retire a sonda e espere para reiniciar o
procedimento após a recuperação do paciente
 Limpeza e introdução de lidocaína gel
 Lubrificação da sonda enteral Introdução da sonda
 Conectar uma seringa de 20 ml, aspire delicadamente o conteúdo gástrico e a
seguir injete 20 ml de ar pela sonda enquanto é feita a ausculta do quadrante
abdominal superior esquerdo para certificar quanto ao posicionamento da
sonda no intestino
 Lembrar que a ausculta da entrada do ar pela sonda não garante seu
posicionamento adequado e que é necessária a confirmação radiológica
antes de qualquer infusão através dela
 Retirar o fio guia, tracionando-o firmemente e segurando a sonda para evitar
que se desloque
 Fechar a sonda
 Abaixar a cabeceira da cama em 30º e posicione o paciente em decúbito
lateral direito para facilitar a migração da sonda para o duodeno
 Teste de ausculta com seringa
 Retirando o fio guia
 Fixar a sonda utilizando fita adesiva colada sobre a fronte e o dorso nasal
 A sonda deve ser fixada à fita adesiva com auxílio do cordonê, mas sem
atrapalhar a visão do paciente
 Retirar os equipamentos de proteção individual – luvas de procedimentos,
máscara e óculos de proteção
 Lavar as mãos

Obs: O médico deverá solicitar o Raio-X abdominal para verificar o posicionamento


da sonda ou o enfermeiro pode solicitar de acordo com as normas e protocolos da
instituição.

Checar a prescrição médica e realizar anotação na evolução de enfermagem.

Após realização do Raio-X abdominal o médico deverá analisar a imagem e liberar o


uso da sonda, anotando a liberação na prescrição médica.
6

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Nasoenteral - SNE
__________________________________________________________________________

A enfermagem apenas poderá liberar a dieta ou medicação via sonda após


checagem na prescrição e depois de constatado que a sonda estar na posição
correta avaliada pelo Raio-X.

A anotação do relatório de enfermagem inclui: hora do procedimento, número do


cateter, volume e aspecto da secreção drenada e intercorrência.

Coloque sempre a sua assinatura e carimbo do COREN.

Sonda Nasoenteral - SNE

Posição Enteral ou Nasoenteral


A sonda fica na primeira porção
do intestino

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Nasogástrica - SNG
__________________________________________________________________________

A sonda nasogástrica, também conhecida como sonda de Levine, é uma das


mais usadas na área medicinal. É fabricada em material de PVC, totalmente
maleável, transparente e atóxica. Diferentemente da sonda nasoenteral, não
possui fio-guia e não requer exame de raio X para verificar sua localização.
Nesse procedimento, o tubo é introduzido pela narina e posicionado no
estômago.

É utilizada, geralmente, para lavagem gástrica. Por exemplo: preparação do


aparelho digestivo para exames ou cirurgias, estancamento de hemorragias
gástricas ou esofágicas e drenagem de conteúdo gástrico excessivo. Também
podem ser utilizadas para alimentação.

Somente o enfermeiro pode manusear esse tipo de sonda, sendo de sua


competência toda a complexidade do uso. Os cuidados e a manutenção
podem ser feitos pelos técnicos de enfermagem.

A sonda nasogástrica pode ser utilizada de duas formas: aberta (para


drenagem de líquidos intragástricos) ou fechada (utilizada para
alimentação). Os conteúdos intragástricos podem ser: bílis, borra de café (bile
+ sangue), sanguinolento vivo, sanguinolento escuro, amarelado ou
conteúdos tóxicos ingeridos.

Sonda Levine - Sonda Nasogástrica (SNG)

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Nasogástrica - SNG
__________________________________________________________________________

TÉCNICA DE PASSAGEM DA SONDA NASOENTERAL

MATERIAIS NECESSÁRIOS:

Sonda nasogástrica

SG10% 500 mL e equipo

Seringa de 20 ml

Pacote de gaze

Micropore para fixação

Estetoscópio

Tesoura.

Copo com água

Benzina

Xylocaína gel

Biombo s/n

Luvas de procedimento

Sacos para lixo.

PROCEDIMENTO

 Higienizar as mãos.
 Preparar material e ambiente.
 Paramentar-se adequadamente.
 Explicar ao paciente/família os benefícios e objetivos do procedimento.
 Posicionar o paciente em fowler (45º) sem travesseiro.
 Medir a sonda da ponta do nariz ao lóbulo da orelha até o apêndice
xifóide e daí mais 30 a 40 cm marcando com esparadrapo
 Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade
da pele.
 Lubrificar a ponta da sonda, utilizado Xylocaína gel ou mergulhar a
ponta da sonda em copo com água
9

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Nasogástrica - SNG
__________________________________________________________________________

 Passar a sonda através de uma das narinas solicitar ao paciente que


auxilie (quando possível) deglutindo a sonda quando passar pela
faringe. Pode haver náuseas e vômitos, portanto deixe-o repousar
alguns minutos. A flexão cervical, nesta tarefa, pode ser útil em
pacientes intubados e sedados.
 Introduzir a sonda até a porção marcada com o esparadrapo.
 Retirar o fio guia segurando firmemente a sonda próximo ao nariz para
que não saia;
 Verificar se a sonda está bem posicionada no estômago: aspirando o
conteúdo gástrico e injetando 20 ml de ar através da sonda e com o
estetoscópio sobre o epigástrio, auscultar a presença de som
estridente.
 Ajustar a sonda na posição correta e fixá-la com micropore sobre a pele
do paciente (região nasal).
 Identificar a data da sondagem com um pequeno pedaço de
esparadrapo.
 Deixar o paciente preferencialmente em decúbito lateral direito e manter
soro glicosado 10% a 7 gotas por minuto ou a critério médico a fim de
facilitar a migração da sonda ao duodeno.
 Recolher o material.
 Retirar as luvas e lavar as mãos.
 Anotar o procedimento realizado registrando intercorrências, sinais de
resíduos e posicionamento da sonda.

Riscos:

 Obstrução da sonda
 Remoção acidental da sonda
 Úlceração nasal Prevenção de agravo: Seguir procedimento técnico
Fixar a sonda adequadamente Inspecionar narinas para avaliar a
necessidade de aliviar pressões da sonda
 Tratar agitação psicomotora Tratamento da não conformidade:
 Comunicar as intercorrências ao enfermeiro e médico e realizar os
registros necessários
 Em caso de remoção acidental repassar a sonda caso necessário
 Lavar a sonda com 20 mL de água filtrada em caso de obstrução
 Assegurar tratamento dos agravos e atenção à família

10

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Nasogástrica - SNG
__________________________________________________________________________

Observações/Recomendações complementares

 Sempre usar EPI


 Realizar os registros necessários após os procedimentos
 Manter o local em ordem.
 Sinais de mau posicionamento da sonda:
 Cianose facial e de extremidades
 Tosse e dificuldade respiratória
 Dificuldade de injetar ar para teste de ruído no fundo gástrico
 Na presença destes sinais retirar a sonda e tentar introdução
novamente.

Posição Gástrica
A sonda fica no estômago

11

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Gastrostomia - GTT
__________________________________________________________________________

A gastrostomia ou GTT, é uma abertura no estômago realizada pelo médico


em centro cirúrgico, onde é passado um tubo de silicone para regularizar a
alimentação e a hidratação do paciente que não está se alimentando
normalmente. Pode ser temporária ou não e existem vários modelos de tubo.

Existem diversos nomes para o procedimento utilizado para a inserção da


sonda, como gastrostomia endoscópica percutânea (GEP) e
esofagogastroduodenoscopia (EGD) e este procedimento deverá somente ser
efetuado por um profissional adequado, em ambiente cirúrgico.

Botton

É um orifício artificial externo no estômago, por onde é inserida


a sonda, que é por onde a alimentação enteral ira passar.

Sonda de Moss

É uma sonda de descompressão gástrica de 90 cm de comprimento, três


luzes e somente um balão que serve para fixar a sonda ao estômago quando
inflado. O cateter de descompressão serve para aspiração gástrica e
esofagiana, como também para lavagem. A terceira luz é uma via para
alimentação duodenal;

12

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Gastrostomia - GTT
__________________________________________________________________________

Cuidados com a Gastrostomia

Não esqueça de administrar através do CG, água ANTES e DEPOIS de cada


alimentação; o CG pode e deve ser utilizado para hidratação do paciente,
suplementar à dieta enteral;

NÃO deixe a pinça fechada se o tubo não estiver em uso, pois isto pode
estragar o material; a pinça deve ser utilizada apenas enquanto o orifício
externo do cateter está aberto, entre uma infusão e outra

Lave o CG com solução bicarbonatada a 1% para evitar acúmulo de gordura


no tubo;

Evite o manuseio excessivo do CG. Cuide para que pacientes desorientados


não “brinquem com o dispositivo. Alguns artifícios são usar faixa de gaze ou
camisetas para evitar a tração por parte do paciente, sobretudo dos
dispositivos recém-instalados;

Troque equipos de dieta – no caso de fórmulas industrializadas – a cada 24h;

A maior parte dos medicamentos orais líquidos pode ser administrado pelo
CG, mas devem ser diluídos em um volume igual de água, após autorização
pelo médico assistente. Comprimidos devem ser macerados individualmente,
em água filtrada ou mineral e administrados e NUNCA devem ser
administrados com a dieta. O CG deve ser lavado com 30mL após a
administração dos medicamentos, a fim de evitar resíduos.

13

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Jejunostomia
__________________________________________________________________________

É um procedimento cirúrgico que estabelece o acesso a luz do jejuno proximal


através da parede abdominal é indicada para descompressão digestiva
(ressecção gástrica e "íleo adinâmico", fístulas digestivas, gastrostomia total,
tumor de antro ou piloro irressecável) e para alimentação, que pode ser
temporária ou definitiva (nos casos de tumores irressécaveis).

A jejunostomia é uma operação que consiste em criar uma boca no jejuno


para alimentar o paciente com retração do estômago. Através da
jejunostomia, se pratica uma abertura artificial, através da parede abdominal,
no jejuno.

Durabilidade 5 meses ou mais.

Fixadas na pele (evita deslocamento),

Instaladas percutaneamente (anestesia local),

Paredes finas e flexíveis,  Sondas de silicone ou poliuretano,

Jejustomia: É um procedimento cirúrgico que permite o acesso direto ao


jejuno.(intestino). Este método pode ser usado quando é preciso evitar a
passagem do alimento pelo estomago.

A incisão de acesso a cavidade abdominal é acima da cicatriz umbilical na


linha mediana cerca de 8 cm.

Após a abertura de todos os planos, identifica-se e expõe-se a alça jejunal,


situada aproximadamente 20 cm do ângulo Treitz (duodeno-jejuno).

14

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Jejunostomia
__________________________________________________________________________

Com isso seleciona-se o ponto de fixação da sonda no jejuno (à 20 cm do


ângulo citado).

A jejunostomia pode ser feita com a finalidade de descompressão


biliopancreático-duodenal.

A complicação mais freqüente do procedimento é a diarréia. Pacientes


ambulatoriais e pacientes que terão alta com nutrição enteral deverão seguir
as orientações do enfermeiro quanto ao curativo e devem receber orientação
nutricional.

Os cuidados de enfermagem contêm o cuidado com o local de inserção da


sonda. É importante limpar o local da inserção com gase embebida em soro
fisiológico duas vezes ao dia e observar a presença de fluídos ou secreções
no local. Caso isto seja percebido deve contatar-se o médico.

A sonda é presa à parede do abdômen.

É útil fixá-la com fita adesiva hipoalergênica ou esparadrapo para evitar


trações e deslocamentos acidentais.

O tipo de dieta que deve passar na sonda são alimentos liquidificados


preparados (dieta caseira) ou comprados (dieta industrializada), combinados
de maneira adequada para que a dieta esteja completa e equilibrada.
Um nutricionista pode dar orientação.

As sondas de jejunostomia são de polieturano ou silicone. Por serem


resistentes, podem permanecer no paciente por longo tempo (5 meses ou
mais), sendo necessária a troca somente quando apresentarem problemas
como ruptura, obstrução ou mal funcionamento.

15

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Outros Cuidado com a Gastrostomia e Jejunostomia
__________________________________________________________________________

 Higienizar as mãos com água e sabão antes e depois da manipulação;


Higienizar de 02 a 03 vezes ao dia ou quando houver necessidade,
sempre ao redor do orifício com água e sabão, secando posteriormente
cuidadosamente;
 Trocar a gaze que protege a pele ao redor orifício (orifício é onde o
dispositivo entra na pele);
 Não utilizar óleos ao redor do orifício, pois pode facilitar a saída do
dispositivo;
 Manter cabeceira elevada sempre no momento que estiver
administrando alimentação, água ou medicação, para não provocar
enjoos e vômitos; »
 Após o término da administração, deixar o paciente nesta posição por
aproximadamente 40 minutos;

Cuidados no ambiente domiciliar

 Gastrostomia e Jejunostomia

Em caso de enjoos e vômitos suspender a administração e relatar à equipe;


Após a administração de alimentação e medicação realizar uma lavagem com
20 ml de água em jato utilizando a seringa;

Em caso de dificuldade na passagem da alimentação ou medicação, utilizar


água em jato com o auxílio de uma seringa, antes de administração da
alimentação ou medicação;

Observar o orifício, em caso de vermelhidão, escoriações (pele ralada) e


sangramentos avisar a equipe;

Observar presença de Granuloma no orifício (Granuloma é uma inflamação do


tecido no nosso organismo);

Em caso de escape do dispositivo de Gastrostomia do orifício, realizar


higiene com água fria, manter o paciente deitado de barriga para cima e
solicitar o serviço de urgência

16

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda de sengstaken - blakemore
__________________________________________________________________________

É considerada uma alternativa eficaz de tratamento paliativo em vigência da


hemorragia digestiva por varizes de esôfago, com finalidade de promover a
hemostasia momentânea, por curto período de tempo (menor que 24 horas)
até ser possível o tratamento definitivo (medicamentoso,endoscópico ou
cirúrgico).

Esta sonda possui dois balonetes, sendo um insuflado no estômago para


pressionar a cárdia e outro no esôfago para pressionar as varizes. Possui
ainda lúmen para irrigar e ou drenar o estômago.

Materiais necessários

Bandeja contendo sonda esofágica;

Frasco coletor;

Seringa de 20 mL e 60 mL;

Pacote de gaze;

Lubrificante;

Estetoscópio;

Manômetro;

Torneirinha 3 vias;

SF0,9%500 mL e cadarço;

Pinça kocher;

Esparadrapo.
17

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda de sengstaken - blakemore
__________________________________________________________________________

Procedimento

 Higienizar as mãos.
 Preparar material e ambiente.
 Explicar ao paciente/família os benefícios e objetivos do procedimento
 Paramentar-se adequadamente;
 Posicionar o paciente em fowler (45º) sem travesseiro.
 Medir a sonda da ponta do nariz ao lóbulo da orelha até o apêndice
xifóide e daí mais 10 cm marcando com esparadrapo.
 Lubrificar a sonda em toda a sua extensão proximal.
 Calçar luvas de procedimento, óculos, máscara e avental para proteção
profissional.
 Passar a sonda através de uma das narinas solicitar ao paciente que
auxilie (quando possível) deglutindo a sonda quando passar pela
faringe. Pode haver náuseas e vômitos, portanto deixe-o repousar
alguns minutos.
 Introduzir a sonda até a porção marcada com o esparadrapo
 Verificar se a sonda está bem posicionada no estômago: aspirando o
conteúdo gástrico (geralmente sanguinolento) e injetando 20 ml de ar
através da sonda e com o estetoscópio sobre o epigástrio, auscultar a
presença de som estridente
 Adaptar a sonda (via de drenagem) no frasco coletor.
 Aplicar um volume de 200 a 300 mL na via gástrica (manter o balão
gástrico insuflado).
 Ajustar a sonda na posição correta e mantê-la tracionada com o
SF0,9% 500 mL e cadarço apoiado na peseira da cama, formando um
pêndulo. Evitar fixação na narina tipo “rosca”, pois causa ulceração
facilmente
 Na via esofágica aplicar e manter uma pressão de 30 a 40 mmHg.
 Identificar a data da sondagem com um pequeno pedaço de
esparadrapo.
 Recolher o material.
 Higienizar as mãos.
 Anotar o procedimento realizado registrando intercorrências. 2 de 3 4.

18

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda de sengstaken - blakemore
__________________________________________________________________________

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

Riscos:

Obstrução da sonda

Remoção acidental da sonda

Úlceração nasal

Cervicalgia Prevenção de agravo:

Seguir procedimento técnico

Manter os volumes e pressões adequadas nos balões.

Inspecionar narinas para avaliar a necessidade de aliviar pressões da sonda

Tratar agitação psicomotora

Mobilizar o pêndulo periodicamente para os lados afim de aliviar a imobilidade


cervical.

Tratamento da não conformidade:

Comunicar as intercorrências ao enfermeiro e médico e realizar os registros


necessários

Em caso de remoção acidental repassar a sonda caso necessário

Lavar a sonda com 20 mL de água filtrada em caso de obstrução

Assegurar tratamento dos agravos e atenção à família

19

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Retal
__________________________________________________________________________

Sonda Retal é um artigo médico estéril e de uso único, indicado para


introduzir água ou solução laxativa no intestino.

Seu comprimento aproximado de 400 mm com calibres usuais para feminino


de 04 a 14 fr e masculino de 24 a 32 fr. Apresenta uma única luz e em uma
das extremidades apresenta um orifício central e outro lateral, na outra
extremidade um conector com tampa.

A sonda retal é uma sonda de alívio, a permanência é transitória não podendo


permanecer mais do que 6 horas no paciente.

Material Necessário

01 Par de luvas de procedimento, 01 sonda retal, 01 tubo de Xylocaína geléia,


05 gazes não esterilizadas, 01 saco de lixo pequeno, 01 bandeja.

Como Realizar

 Identificar-se;
 Checar o nome e o leito do cliente;
 Orientar o cliente e/ou acompanhante quanto ao procedimento;
 Dispor o material próximo ao cliente
 Promover privacidade;
 Colocar o cliente em posição de SIMS (decúbito lateral esquerdo, com
MIE extendido e MID fletido);
 Abrir os materiais sobre o campo;
 Calçar as luvas;
 Lubrificar a sonda com Xilocaína geléia;

20

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Retal
__________________________________________________________________________

 Com a mão não dominante, afastar os glúteos, a fim de visualizar o


ânus;
 Solicitar que o cliente inspire profundamente e introduzir
vagarosamente a sonda no reto;
 Deixar o cliente confortável e com a campainha ao seu alcance;
 Deixar o ambiente em ordem.

Lavagem Intestinal

Material

 Irrigador com extensão clampada contendo solução prescrita: água


morna, glicerina, solução salina, SF + glicerina, fleet enema, minilax;
 Sonda retal (mulher: 22 ou 24 e homem: 24 ou 26); pincha para fechar
o intermediário; gazes;vaselina ou xylocaína; cuba rim; papel higiênico;
luva de procedimento; suporte de soro; comadre; biombo s/n;
impermeável; lençol móvel; solução glicerinada ou fleet enema; saco
para lixo.

Como Realizar

 Abrir o pacote do irrigador,


 conectar a sonda retal na sua borracha; colocar a solução (SF +
glicerina) dentro do irrigador;
 retirar o ar da borracha;
 colocar a xylocaína numa gaze;
 colocar a cuba rim, gaze e irrigador completo numa bandeja e levar
para o quarto;
 proteger a coma com impermeável e lençol móvel;

21

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Retal
__________________________________________________________________________

 dependurar o irrigador no suporte de soro à altura de 60cm do tórax do


paciente;
 colocar a comadre sobre os pés da cama; colocar a paciente em
posição de Sims;
 tirar ar da sonda sobre a cuba rim; clampar a extensão do irrigador;
lubrificar a sonda reta 5 cm;
 calçar luvas;
 entreabrir as nádegas com papel higiênico;
 introduzir a sonda de 5 a 10 cm, usando uma gaze, pedir ao paciente
que inspire profundamente;
 firmar a sonda com uma mão e com a outra desclampar a extensão;
 deixar ecoar lentamente o líquido até restar pequena quantidade no
irrigador; se a solução não estiver sendo infundida, fazer movimentos
rotatórios;
 clampar a extensão, retirar a sonda com papel e desprezar na cuba
rim; orientar o paciente a reter a solução, o quanto puder; oferecer
comadre e papel higiênico à mão.

22

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação da
Equipe de Enfermagem em Terapia Nutricional.
__________________________________________________________________________

RESOLUÇÃO COFEN Nº 0453/2014


Aprova a Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação da Equipe de Enfermagem em
Terapia Nutricional.

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação da Equipe de


Enfermagem em Terapia Nutricional.

Art. 2° O inteiro teor da presente Norma Técnica estará disponível ao acesso público
nos portais da internet dos Conselhos Regionais de Enfermagem e do Conselho
Federal de Enfermagem (www.portalcofen.gov. br).

Art. 3º Cabe aos Conselhos Regionais adotar as medidas necessárias para fazer
cumprir esta Norma, visando à segurança do paciente e dos profissionais envolvidos
nos procedimentos de Enfermagem em Terapia Nutricional.

Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as


disposições em contrário, especialmente a Resolução Cofen nº 277, de 16 de junho
de 2003, que dispõe sobre a ministração de Nutrição Parenteral e Enteral.

Norma Técnica
OBJETIVO

Estabelecer diretrizes para atuação da equipe de enfermagem em Terapia


Nutricional, a fim de assegurar uma assistência de Enfermagem competente e
resolutiva.

DEFINIÇÕES
Para efeito desta Norma Técnica são adotadas as seguintes definições:

Terapia Nutricional (TN) – conjunto de procedimentos terapêuticos para


manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio da Nutrição
Parenteral ou da Nutrição Enteral.

Nutrição Parenteral (NP) – solução ou emulsão, composta basicamente de


carboidratos, aminoácidos, lipídios vitaminas e minerais, estéril e a pirogênica,
acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração
intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou
domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas.

Terapia de Nutrição Parenteral (TNP) – conjunto de procedimentos terapêuticos


para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de NP.

23

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação da
Equipe de Enfermagem em Terapia Nutricional.
__________________________________________________________________________

Nutrição Enteral (NE) – alimento para fins especiais, com ingestão controlada de
nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada,
especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral,
industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou
complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas
necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando
à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas.

Terapia de Nutrição Enteral (TNE) – conjunto de procedimentos terapêuticos para


manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de NE.

Nutrição Oral Especializada: (NOE) – consiste em utilização de dietas alimentares


acrescidas de suplementos e/ou em utilização de suplementos de dietas enterais por
via oral associada a alimentação diária.

Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN) – um grupo formal e


obrigatoriamente constituído de, pelo menos um profissional médico, enfermeiro,
nutricionista, farmacêutico, habilitados e com treinamento específico para a prática
da Terapia Nutricional (TN), podendo ainda incluir profissionais de outras categorias
a critério da unidade hospitalar.

COMPETÊNCIAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM TERAPIA NUTRICIONAL

As instituições ou unidades prestadoras de serviços de saúde, tanto no âmbito


hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, devem contar com um quadro de pessoal de
enfermagem qualificado e em quantidade que permita atender à demanda de
atenção e aos requisitos desta Norma Técnica.

A equipe de enfermagem envolvida na administração da TN é formada por


Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem, executando estes profissionais suas
atribuições em conformidade com o disposto em legislação específica – a Lei nº
7.498, de 25 de junho de 1986, e o Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, que
regulamentam o exercício da Enfermagem no país.

Por ser considerada uma terapia de alta complexidade, é vedada aos Auxiliares de
Enfermagem a execução de ações relacionadas à TN podendo, no entanto, executar
cuidados de higiene e conforto ao paciente em TN.

Os Técnicos de Enfermagem, em conformidade com o disposto na Lei nº 7.498, de


25 de junho de 1986, e no Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, que
regulamentam o exercício profissional no país, participam da atenção de
enfermagem em TN, naquilo que lhes couber, ou por delegação, sob a supervisão e
orientação do Enfermeiro.

De modo geral, compete ao Enfermeiro cuidados de Enfermagem de maior


complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos adequados e
capacidade de tomar decisões imediatas:

24

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação da
Equipe de Enfermagem em Terapia Nutricional.
__________________________________________________________________________

a) desenvolver e atualizar os protocolos relativos à atenção de enfermagem ao


paciente em TN, pautados nesta norma, adequadas às particularidades do
serviço;

b) desenvolver ações de treinamento operacional e de educação permanente, de


modo a garantir a capacitação e atualização da equipe de enfermagem que atua
em TN;

c) responsabilizar-se pelas boas práticas na administração da NP e da NE;

d) responsabilizar-se pela prescrição, execução e avaliação da atenção de


enfermagem ao paciente em TN, seja no âmbito hospitalar, ambulatorial ou
domiciliar;

e) fazer parte, como membro efetivo, da EMTN;

f) participar, como membro da EMTN, do processo de seleção, padronização,


parecer técnico para licitação e aquisição de equipamentos e materiais utilizados
na administração e controle da TN.

NORMAS GERAIS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM TERAPIA NUTRICIONAL

a) Implementar ações visando preparar e orientar o paciente e familiares quanto a


Terapia Nutricional, seus riscos e benefícios, tanto em nível hospitalar como
ambulatorial e residencial;

b) Proceder a correta armazenagem do frasco de nutrição visando sua conservação


e integridade;

c) Estabelecer os cuidados específicos com a via de administração;

d) Cuidados com a administração da nutrição, conferindo: prontuário, rótulo do


frasco, nome do paciente, via de administração, volume e horário;

e) Monitorar o paciente durante o procedimento;

f) Comunicar à equipe Multiprofissional, as intercorrências relacionadas à Terapia


Nutricional;

g) Proceder as anotações em prontuário do paciente.

Via de acesso Nutrição Parenteral – NP

A Terapia de Nutrição Parenteral (TNP) pode ser administrada por via periférica ou
central conforme a osmolaridade da solução.

Periférica: É indicada para soluções com osmolaridade até 900 mOsm/L.

25

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação da
Equipe de Enfermagem em Terapia Nutricional.
__________________________________________________________________________

Central: É indicada para soluções que tem osmolaridade maior que 700 mOsm/L.
Utiliza-se veia central de grosso calibre e alto fluxo sanguíneo, tais como: veias
subclávias e jugulares. Está contraindicada a femoral pelo risco de infecção.

Compete ao Enfermeiro:

a) Proceder a punção venosa periférica de cateter intravenoso de teflon ou


poliuretano, ou cateter periférico central (PICC), desde que habilitado e/ou
capacitado para o procedimento de acordo com a Resolução COFEN Nº 260/2001.

b) Participar com a equipe medica do procedimento de inserção de cateter venoso


central.

c) Assegurar a manutenção e permeabilidade da via de administração da Nutrição


Parenteral.

d) Receber a solução parenteral da farmácia e assegurar a sua conservação até a


completa administração.

e) Proceder à inspeção visual da solução parenteral antes de sua infusão.

f) Avaliar e assegurar a instalação da solução parenteral observando as informações


contidas no rótulo, confrontando-as com a prescrição.

g) Assegurar que qualquer outra droga, solução ou nutrientes prescritos, não sejam
infundidos na mesma via de administração da solução parenteral, sem a autorização
formal da equipe Multiprofissional de Nutrição Parenteral.

h) Prescrever os cuidados de enfermagem inerentes a Terapia de Nutrição Enteral,


em nível hospitalar, ambulatorial e domiciliar.

i) Detectar, registrar e comunicar a EMTN ou ao médico responsável pelo paciente


as intercorrências de qualquer ordem técnica e/ou administrativa.

j) Garantir o registro claro e preciso de informações relacionadas à administração e a


evolução do paciente, quanto aos dados antropométricos, peso, sinais vitais,
balanço hídrico, glicemia, tolerância digestiva entre outros.

Compete ao Técnico de Enfermagem:

a) Participar de treinamento, conforme programas estabelecidos, garantindo a


capacitação e atualização referente às boas praticas da Terapia Nutricional;

b) Promover cuidados gerais ao paciente de acordo com a prescrição de


enfermagem ou protocolo préestabelecido;

c) Comunicar ao Enfermeiro qualquer intercorrência advinda da TNP;

26

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação da
Equipe de Enfermagem em Terapia Nutricional.
__________________________________________________________________________

d) Proceder o registro das ações efetuadas, no prontuário do paciente, de forma


clara, precisa e pontual.

Vias de Acesso Enteral – NE

SNG, SOG, SNE: geralmente através de sondas de alimentação de poliuretano,


disponíveis em vários diâmetros (8,10,12,14 e 16 french), colocadas em posição
nasogástrica, nasoduodenal ou nasojejunal, havendo ainda a sonda
nasogastrojejunal, que reúne duas vias separadas de calibres diferentes permitindo
ao mesmo tempo a drenagem do estômago e a alimentação no jejuno.

Gastrostomias: geralmente através de sonda de alimentação de silicone, com


diâmetro que variam de 14 a 26 french, com âncora ou balão de fixação interna e
discos de fixação externa, que são colocadas por diversas técnicas, gastrostomias
percutânea endoscópica (GEP), gastrostomias radiológica percutânea,
gastrostomias cirúrgicas, aberta (Stamm, Witzel, Janeway), gastrostomias
laparoscópica.

Jejunostomias: geralmente através de sondas de alimentação de poliuretano com


diâmetro de 8 a 10 french, que podem ser colocadas pela técnica endoscópica
percutânea (JEP), ou através de uma sonda de gastrostomia, ou por técnica
cirúrgica aberta (Wtzel). Há ainda a possibilidade de aceso jejunal por cateter
através de agulha, utilizando cateter de polivínil de 16 Ga ou de Jejunostomias em Y
de Roux, usando cateter de silicone com balão.

Compete ao Enfermeiro:

a) Participar da escolha da via de administração da NE em consonância com o


médico responsável pelo atendimento ao paciente e a EMTN;

b) Estabelecer o acesso enteral por via oro/gástrica ou transpilórica para a


administração da NE, conforme procedimentos pré-estabelecido;

c) Solicitar e encaminhar o paciente para exame radiológico visando a confirmação


da localização da sonda;

d) Participar da instalação do acesso por estomia, realizada pelo médico, utilizando-


se de técnica asséptica, de preferencia no Centro Cirúrgico, obedecendo-se a
procedimento escrito estabelecido em consonância com a CCIH;

e) Garantir que a via de acesso da NE seja mantida;

f) Garantir que a administração da NE seja realizada no prazo estabelecido,


recomendando-se a utilização Bomba de infusão;

g) Garantir que a troca da NE, sondas e equipo seja realizada em consonância com
o pré-estabelecido pela EMTN, em conjunto com a CCIH;

27

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação da
Equipe de Enfermagem em Terapia Nutricional.
__________________________________________________________________________

h) Prescrever os cuidados de enfermagem.

i) Registrar em prontuário todas as ocorrências e dados referentes ao paciente e à


TNE.

Compete ao Técnico de Enfermagem:

a) Participar de treinamento, conforme programas estabelecidos, garantindo a


capacitação e atualização referente às boas praticas da Terapia Nutricional;

b) Promover cuidados gerais ao paciente de acordo com a prescrição de


enfermagem ou protocolo préestabelecido;

c) Comunicar ao Enfermeiro qualquer intercorrência advinda da TNP;

d) Proceder o registro das ações efetuadas, no prontuário do paciente, de forma


clara, precisa e pontual.

Nutrição Oral Especializada – NOE

A Via oral é o método mais natural e desejável, deve ser de eleição em pacientes
dotados de bom nível de consciência e que tenham algum grau de permeabilidade
do tubo digestivo. A escolha para a ingesta de alimentos que servem para
complementar a alimentação do paciente ou quando a dieta requer
complementação, é destinada a prevenir ou corrigir deficiências nutricionais.

Compete ao Enfermeiro:

a) Avaliar as condições de deglutição do paciente conjunto com a EMTN.

b) Identificar, registrar e informar a EMTN fatores que aumentem o catabolismo do


paciente, tais como: Úlcera por pressão, febre, diarreia, perdas hídricas, sinais de
infecção, imobilidade prolongada.

c) Avaliar a tolerância gastrointestinal ao suplemento nutricional, em consonância


com a EMTN.

d) Manter rigorosamente a oferta do suplemento nutricional nos horários estipulados


na prescrição dietética.

e) Prescrever cuidados de enfermagem.

f) Estabelecer plano educacional ao paciente e familiares, no momento da alta.

Compete ao Técnico de Enfermagem:

a) Comunicar ao Enfermeiro ocorrências quanto a aceitação da dieta e/ou


suplemento.
28

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação da
Equipe de Enfermagem em Terapia Nutricional.
__________________________________________________________________________

b) Estimular a ingesta da dieta e/ou suplemento ofertado.

c) Estimular e/ou efetuar a higiene oral após a ingesta.

d) Proceder o registro das ações efetuadas, no prontuário do paciente, de forma


clara, precisa e pontual

29

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Vesical
__________________________________________________________________________

O enfermeiro desempenha importante atividade na assistência de


enfermagem em relação às eliminações urinárias, desenvolvendo ações que
vão da promoção da saúde aos cuidados agudos.

Nas ações voltadas à promoção da saúde, o enfermeiro desenvolve


processos de educação e atua promovendo o balanço hídrico adequado, a
prevenção de infecções do trato urinário, os cuidados com exercícios
perineais, higiene e obesidade.

Aos clientes que apresentam a função urinária alterada, medidas de


intervenção em enfermagem se fazem necessárias, dentre as quais o
cateterismo urinário.

O cateterismo urinário é um procedimento invasivo caracterizado pela


introdução de um cateter até a bexiga através da uretra ou de um estoma,
objetivando a drenagem da urina.

Pode ser classificado segundo a permanência que o cateter é mantido no


trato genitourinário (chamado de Sondagem Vesical de Demora – SVD),
enquanto permanecer a condição clínica que indicou o procedimento, ou de
alívio (chamado de Sondagem Vesical de Alívio – SVA), quando o cateter é
inserido e retirado logo após a drenagem da urina.

A sondagem de alívio (SVA) pode ser classificado, ainda, como intermitente,


quando inserido a espaços determinados de tempo para esvaziamento da
bexiga.

No caso de sondagem urinária de permanência (SVD), ela pode ser de curta


duração (até 7 dias), de duração intermediária (de 7 a 30 dias) e de longa
duração (superior a 1 mês).

O risco da ITU em decorrência do uso de cateter vesical é diretamente


proporcional ao seu tempo de permanência. Em um estudo verificou-se a
associação entre o tempo de permanência do cateter vesical de demora e o
desenvolvimento de infecção do trato urinário, sendo este um importante fator
de risco. Sabe-se que 1/3 dos dias de sondagem são desnecessários e a
remoção precoce, preveniria até 40% das ITU. Esse risco depende tanto de
fatores predisponentes relacionados ao paciente como: sexo feminino, idade
avançada, diabetes, imunocomprometimento, e fatores externos associados
principalmente, a iatrogenia no manuseio, com quebra da assepsia e longo
tempo de permanência do cateter.

30

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Vesical
__________________________________________________________________________

Sistema Urinário

O sistema urinário é constituído pelos órgãos uropoéticos, isto é, incumbidos


de elaborar a urina e armazená-la temporariamente até a oportunidade de ser
eliminada para o exterior. Na urina encontramos ácido úrico, uréia, sódio,
potássio, bicarbonato, etc.

Os órgãos urinários compreendem os rins, que produzem a urina, os ureteres


ou ductos, que transportam a urina para a bexiga, onde fica retida por algum
tempo, e a uretra (1), através da qual é expelida do corpo.

Os rins

31

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Vesical
__________________________________________________________________________

Se situam na parte posterior da cavidade abdominal, localizados um em cada


lado da coluna vertebral.

São de cor vermelho - escuro e têm o formato semelhante ao de um grão de


feijão e do tamanho aproximado de uma mão fechada.

Os rins se ligam ao sistema circulatório através da artéria renal e da veia


renal, e com as vias urinárias pelos ureteres.

As artérias renais são ramificações muito finas que formam pequenos


emaranhados chamados glomérulos. Cada glomérulo é envolvido por uma
estrutura arredondada, chamada cápsula glomerular ou cápsula de Bowman.

Ureteres

Tubo muscular que conecta o rim à bexiga • Porção superior (abdominal) e


inferior (pélvica).

Ductos ou Bacinetes

Os bacinetes são órgãos de passagem da urina, em forma de funil. Sua parte


mais larga se abre para dentro do rim recebendo a urina que arena das
papilas. A parte mais fina se continua, para baixo, pelos ureteres.

32

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Vesical
__________________________________________________________________________

Bexiga

Órgão muscular oco

Tamanho, forma e relações dependem do sexo, idade e quantidade de urina


Localização: Pelve, sobre o púbis e assoalho pélvico Durante seu nchimento
atinge o abdome podendo chegar até o umbigo.

Uretra

33

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Vesical de Demora - SVD
__________________________________________________________________________

A uretra é um tubo que leva a urina da bexiga para o exterior, no ato da


micção.

No sexo masculino, a uretra dá passagem ao esperma durante a ejaculação.


Já no sexo feminino, este é um órgão exclusivamente do aparelho urinário.

Indicação da Sondagem Vesical de Demora – SVD

 Pós operatório
 Clientes graves
 Clientes sedados
 Grandes lesões
 Retenção urinária tratamento
 Complicações
 Infecção do trato urinário
 Lesão uretral e bexiga
 Obstrução do cateter
 Infecção periurinária localizada (fístula uretral, abscesso escrotal,IRA
cálculo renal)
 Carcinoma epidermóide

Sonda Foley em vários tamanhos

34

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Vesical de Demorea - SVD
__________________________________________________________________________

Bolsa coletora de urina sistema fechado

Material Para Sondagem Vesical de Demora – (SVD)

 Luva estéril,
 sonda vesical de sonda vesical de demora (SVD),
 tudo de Xylocaína geléia estéril (uso único),
 02 seringas de 20 ml,
 01 agulha (40X12),
 bandeja para cateterismo,
 campo esterilizado,
 02 ampolas de água destilada,
 01 coletor de urina sistema fechado (se SVD),
 03 pacotes de gaze, material para higiene íntima,
 micropore,
 toalha,
 solução de antissepsia padronizada no hospital ,
 saco de lixo,
 carrinho de curativo (se necessário).

35

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Vesical de Demora - SVD
__________________________________________________________________________

Técnica

Identificar-se;
- Checar o nome e o leito do cliente;
- Orientar o cliente e/ou acompanhante quanto ao procedimento;
- Colocar a bandeja sobre superfície plana;
- Promover privacidade;
- Colocar o cliente em decúbito dorsal horizontal;
- Realizar a higiene íntima com água e sabão;
- Abrir os materiais sobre o campo esterilizado, utilizando técnica asséptica;
- Colocar a solução antisséptica na cúpula
- Calçar luvas estéreis;
- Conectar sistema fechado e aspirar da ampola a água destilada utilizando a
seringa, testar o balonete, respeitando o volume indicado na sonda;
- Colocar Xylocaína geléia estéril na seringa de 20 ml , com auxílio do colega
de trabalho e depositá-la no campo;

36

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Vesical de Demora - SVD
__________________________________________________________________________

- Com a mão não dominante, afastar o prepúcio, expondo a glande e o meato


urinário, com ajuda de uma gaze;
- Com a mão dominante, fazer a antissepsia com a solução antisséptica e
movimentos unidirecionais;
- Tracionar o pênis perpendicularmente ao corpo;
- Injetar 20 ml de Xylocaína geléia no meato urinário, com a mão dominante;
- Introduzir a sonda pela uretra, sem forçar, até a saída da urina, (para SVD
insulflar o balão com água destilada conforme indicação de volume marcado
na sonda) ;
- Fixar a sonda com micropore na região supra-púbica em caso de SVD;
- Retirar a sonda após esvaziamento da bexiga, se sondagem de alívio (se
SVD, mantê-la);
- Mensurar débito;
- Deixar o ambiente em ordem.
- Deixar o cliente confortável e com a campainha ao seu alcance.

-Realizar higiene íntima na paciente, exceto se ela já tiver tomado banho.

-Posicioná-la confortavelmente e preservar sua privacidade, fechando o


quarto ou utilizando biombos.

-Colocar o recipiente para os resíduos em local acessível.


37

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Vesical de Demora - SVD
__________________________________________________________________________

-Calçar luva de procedimento para avaliar trauma uretral, considerando a


necessidade de tricotomia prévia.

-Descartar as luvas de procedimento e lavar as mãos conforme o protocolo.

-Abrir a bandeja de cateterismo usando a técnica asséptica.

-Colocar a paciente em posição de decúbito dorsal: os joelhos flexionados, os


pés sobre o leito mantendo os joelhos afastados (posição ginecológica).

- Calçar as luvas estéreis e, a seguir sob o campo estéril, deve-se fazer o


teste para avaliar a integridade do balão da sonda, insuflando-se ar com a
seringa e desinsuflando em seguida.

-Separar, com uma das mãos, os pequenos lábios de modo que o meato
uretral seja visualizado; mantendo-os afastados, até que o cateterismo
termine. Atentar para o ponto que a mão que toca a genitália não tocará na
sonda.

- Realizar antissepsia da região perineal, com movimentos únicos, utilizando


gaze estéril embebida com clorehexidina ou iodopolividona, não alcoólicos,
estéril e o auxílio da pinça Cheron: primeiro, horizontalmente, do meato até o
monte de Vênus. A seguir, verticalmente do meato até final da comissura
labial posterior, inicialmente sobre grandes lábios, após entre grandes e
pequenos lábios. Por último, em movimentos circulares sobre o meato, de
dentro para fora.

- Após antissepsia, proceder a colocação de campo fenestrado estéril e novo


afastamento dos grandes lábios. As etapas seguintes são a aplicação do
anestésico, no meato, situado abaixo do clitóris, na linha média, e a
sondagem.

- Ainda sob o campo estéril, conectar a sonda vesical com o sistema de


coletor para então lubrificar bem a sonda com o anestésico tópico prescrito.

38

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Vesical de Demora - SVD
__________________________________________________________________________

- Introduzir a sonda pré-conectada a um coletor de drenagem de sistema


fechado, bem lubrificada por 5 cm a 7 cm no meato uretral, utilizando técnica
asséptica estrita. Quando a urina não aparecer, verificar se a sonda não está
na vagina. Se erroneamente posicionada, deixar a sonda na vagina como um
marco indicando onde não inserir e introduzir outra sonda.

- Insuflar o balonete com água destilada (aproximadamente 10 ml),


certificando-se de que a sonda está drenando adequadamente.

-Tracionar suavemente a sonda até sentir resistência.

- Fixar a sonda de demora, prendendo-a juntamente com o equipo de


drenagem, na face interna da coxa com esparadrapo do tipo antialérgico.

- Secar a área e manter a paciente confortável.

- Lavar as mãos.

-Realizar anotação de enfermagem, assinar e carimbar.

- Manter o ambiente da paciente em ordem.

39

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Vesical de Alívio - SVA
__________________________________________________________________________

Sondagem vesical de alívio - SVA

Material

Cuba rim; cúpula; campo fenestrado; pinça; gazes;


- Sonda vesical para cateterismo de alívio: números 10-14 Fr;
-Uma agulha calibrosa;
-Um par de luvas estéreis e um par de luvas de procedimento;
- Pacotes de gazes estéreis;
- Uma almotolia com solução antisséptica estéril;
- Uma máscara descartável;
- Um frasco graduado;
- Bolas de algodão com álcool a 70%;
- Lubrificante (Xylocaína geleia estéril);
- Material para higiene íntima;
• Biombo.

40

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Vesical de Alívio - SVA
__________________________________________________________________________

Como realizar

-Explicar o procedimento e sua finalidade à paciente e/ou ao acompanhante;


-Reunir o material;
- Colocar biombos em volta do leito;
- Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento;
-Colocar a paciente em posição ginecológica;
- Realizar a higiene íntima;
- Lavar as mãos;
- Abrir o pacote de cateterismo sobre a cama, entre as pernas da paciente,
usando técnica asséptica;
-Colocar a solução antisséptica estéril na cúpula;
-Colocar dentro do campo do cateterismo: sonda vesical de alívio e gazes;
- Desinfetar com álcool a 70% o lacre do tubo de xylocaína. Perfurá-lo com
agulha calibrosa e colocar pequena quantidade de xylocaína numa gaze;
- Calçar luvas estéreis;
- Lubrificar a sonda com xylocaína;
-Pegar, com o auxílio da pinça, gaze embebida em solução antisséptica;
-Limpar primeiramente o monte pubiano, no sentido transversal, com um
movimento único e firme, utilizando sempre uma gaze para cada movimento;
- Limpar com um movimento único e firme os grandes lábios do lado mais
distante para o mais próximo, de cima para baixo, desprezando a gaze para
cada movimento;
- Colocar o campo fenestrado sobre o períneo;
-Afastar os grandes lábios para expor o meato uretral e com a mão não-
dominante limpar os pequenos lábios da mesma forma. A mão não-dominante
será agora considerada contaminada;
- Limpar o meato uretral com movimento uniforme, obedecendo a direção
meato uretral-ânus, sem tirar a mão não-dominante do local. Se os lábios
forem soltos acidentalmente, repetir o processo de limpeza.
- Introduzir delicadamente o cateter lubrificado no interior do meato uretral e
observar se há uma boa drenagem urinária;
- Depois de esvaziar a bexiga, pressionar o cateter entre o polegar e o dedo
indicador para evitar que a urina permaneça na uretra. Remover
delicadamente o cateter;
-Posicionar a paciente confortavelmente;
- Recolher o material do cateterismo;
- Deixar a unidade em ordem;
- Lavar as mãos;
- Registrar o procedimento. Medir e anotar a quantidade, a coloração e as
demais características da urina.

41

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda Vesical de Alívio - SVA
__________________________________________________________________________

APÓS EXECUÇÃO
- Manter coletor abaixo do nível da bexiga;
- Desprezar o material utilizado no expurgo;
- Lavar as mãos;
- Realizar as anotações necessárias.

Avaliação:
- Sangramento;
- Retorno de urina;
- Obstrução da sonda;
- Fixação correta;
- Certifique-se do clamp da extensão aberto;
- Certificar se o clamp do coletor está fechado;
- Tração da sonda.

Riscos / Tomada de Decisão:


- Falso trajeto: suspender o procedimento, comuicar o médico do paciente;
- Contaminação: suspender o procedimento e providenciar material novo para
repetir o procedimento.
- Lesão do canal da uretra: interromper o procedimento e comunicar o
enfermeiro para avaliação;
- Tracionamento da sonda: refixár sem tracioná-la
- Clamp fechado: abrir o clamp

42

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Cistostomia
__________________________________________________________________________

Incisão cirúrgica na bexiga ou na vesícula biliar para extração de cálculos ou


de substâncias estranhas. A cistotomia da bexiga pode ser efetuada por via
perineal, suprapúbica ou vaginal.

Cistostomia suprapúbia ou vesicostomia é uma conexão criada


cirurgicamente entre a bexiga urinária e a pela a qual é utilizada para
drenar urina da bexiga em individuos com obstrução do fluxo urinário
normal.

O fluxo urinário pode estar bloqueado por aumento da prostata, lesão


traumática uretra, cálculo uretral, cancer e doenças congênitas do trato
urinário.

Após anestesia local com auxílio sedação anestésica, é feita uma


pequena incisão através do qual é inserido um trocárter (semelhante aos
furadores de coco) que vai até a bexiga.

Por este trocárter é inserido uma sonda para dentro da bexiga e o balão
existente na extremidade da sonda que fica dentro da bexiga é insuflado
evitando que a sonda saia.

Em geral, este é um procedimento temporário até que a desobstrução da


uretra seja realizada de forma definitiva.

Indicações

 Obstrução do colo vesical;


 Estenose de uretra;

43

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Cistostomia
__________________________________________________________________________

 Pós uretroplastia;
 Drenagem de infecções vesicais graves;
 Impossibilidade de sondagem ou cateterismo;
 Pós cistoplastias;
 Traumatismos vesicais ou uretrais, com ruptura do trato urinário.

Contra indicações:

 Tumores malignos da bexiga;


 Bexiga neurogênica.

Cuidados de enfermagem:

Higienizar as mãos com água e sabão antes e depois da manipulação;

Higienizar de 02 a 03 vezes ao dia ou quando houver necessidade, com água


e sabão secando posteriormente cuidadosamente, realizando com cuidado
para não puxar e retirar a sonda do lugar. Realizar giros para verificar se não
está aderido na parte interna;

Para Cistostomia trocar a gaze que protege a pele ao redor orifício (orifício é
onde o dispositivo entra na pele);

Não utilizar óleos ao redor do orifício, pois pode facilitar a saída do dispositivo;

Manter a bolsa coletora sempre para baixo, sem encostar no chão;

Observar a coloração da urina dentro da bolsa, em caso de cor alaranjado ou


sangramento avisar a equipe;

Esvaziar a bolsa coletora 02 vezes ao dia no mínimo, se protegendo ao


máximo, utilizando luva e principalmente deixando o seu rosto o mais longe
possível;

Jogar o conteúdo da bolsa em um recipiente exclusivo para isso e depois no


vaso sanitário;

Observar o orifício, em caso de vermelhidão, escoriações (pele ralada) e


sangramentos avisar a equipe;

Em caso de escape da sonda do orifício, realizar higiene com água fria,


manter o paciente deitado de barriga para cima e solicitar o serviço de
urgência.

44

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda traqueal comum (nelaton)
__________________________________________________________________________

Sonda traqueal comum (nelaton) e com válvula de pressão negativa

Apropriada para como método de aspiração endotraqueal em pacientes


entubados, impossibilitados de eliminar as secreções e traqueostomizados.
indicada para aspiração de secreções mais profundas nos pulmões. Sonda de
aspiração é conectada ao circuito do ventilador, sem necessidade de
desconectar o paciente do ventilador.

A aspiração é feita por um equipamento apropriado. Se em vez de conector


tivermos a válvula, o próprio operador da sonda tem condição de interromper
ou diminuir o fluxo de sucção sem mexer
diretamente no equipamento ou estrangulando o tubo.

A sonda possui dois orifícios laterais e um orifício frontal (extremidade aberta),


feita para aspirar, via de regra, muco da região da traquéia, tem os orifícios
laterais unidos ao frontal que tratarão de dar o devido parâmetro de limpeza à
região.

Não possui quatro orifícios laterais porque já que a sucção é realizada por
aparelho mecânico geralmente (aspirador cirúrgico) o excesso de sucção
devido ao número excessivo de orifícios pode vir a colapsar a traquéia
causando lesão aos tecidos no local.

Esse procedimento é realizado sem a necessidade de interrupção do suporte


ventilatório, garantindo a manutenção da Pressão Positiva ao Final da
Expiração (a famosa PEEP – resultando em uma menor perda de volumes
pulmonares após a aspiração), além disso, trata-se também de um método

45

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda traqueal comum (nelaton)
__________________________________________________________________________

mais prático, fácil de ser realizado por uma pessoa e diminui a exposição do
profissional a contaminação.

Outro detalhe importante é que ao contrário do sistema aberto, no qual todo o


material (sonda e luvas) é descartado após o procedimento, o sistema
fechado permite que a aspiração traqueal seja repetida diversas vezes, sendo
recomendada a troca do sistema após 24 hs de uso.

Indicações

 Anestesia (geral ou local faringeana)


 Acidente cerebrovascular
 Refluxo gastro-esofágico
 Alimentação por sonda nasogástrica
 Doenças neuromusculares
 Convulsões ou estado pós-comicia

Materiais Necessários: aspirador de secreções, sistema de aspiração fechado


(conectado ao paciente) água destilada ou solução fisiológica (seringa de 20
ml) luvas de procedimentos máscara óculos para proteção.

Procedimento:

Aspirar 20 ml de água estéril ou solução fisiológica em uma seringa.


Comunicar ao paciente o que será feito, sempre que possível. Lavar as mãos
corretamente. Calçar as luvas de procedimentos. Conectar a ponta do sistema
de aspiração fechado ao aspirador.

Ligar o aspirador

Atentar para o traçado ao monitor cardíaco e a saturação do paciente.Setar


no ventilador mecânico o modo de aspiração (FIO2 a 100 % por dois
minutos). Desligar o alarme do ventilador mecânico, temporariamente.

46

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda traqueal comum (nelaton)
__________________________________________________________________________

Girar a trava de segurança do sistema de aspiração fechado. Introduzir a


sonda da aspiração na traqueostomia até a metade ou até estimular a tosse
do paciente com o clampe fechado.

Apertar o clampe de aspiração, retirando a sonda lentamente (não ultrapassar


5 segundos). Voltar a fazer o procedimento, quantas vezes for necessário.

Adaptar a seringa de 20 ml (com água ou solução fisiológica). Lavar a sonda


aspirando concomitantemente.

Desconectar a seringa (manter protegida a seringa com invólucro estéril).


Travar novamente a válvula de segurança do sistema de aspiração fechado.
Desconectar o vácuo do sistema de aspiração fechado.

Colocar a tampa protetora do sistema de aspiração fechado. Lavar o


intermediário de aspiração. Retirar as luvas e desprezá-las em lixo comum.
Lavar as mãos.

Anotar no prontuário a hora do procedimento, aspecto, quantidade de


secreções e reações do paciente.

47

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda de aspiração traqueal com válvula
__________________________________________________________________________

A Sonda de Aspiração Traqueal é utilizada quando o paciente apresenta


árvore traqueo-brônquica secreções que não consegue eliminar.
Muito utilizada no tratamento de atelectasia causada por secreções para a
aspiração das mesmas.

Indicação

Pacientes com secreções, intubados ou traqueostomizados.

Finalidade

Prevenir complicações respiratórias;


Remover secreções brônquicas;
Manter a permeabilidade das vias aéreas;
Aumentar a eficiência respiratória.

Material

Bandeja retangular e /ou cuba rim


Luva estéril
Luva de procedimento
Gaze estéril
Gaze não estéril
Álcool 70%
Álcool 70% glicerinado
02 Cateteres de aspiração de acordo com o tamanho do TOT ou TQT
Água destilada ou Soro Fisiológico 0,9%
Equipamentos de proteção individual (EPI): gorro, máscara cirúrgica, óculos de
proteção,avental ou capote não-estéril
Biombo
Aparelho de aspiração portátil ou fonte de vácuo em rede
Frasco de vidro de aspiração

48

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda de aspiração traqueal com válvula
__________________________________________________________________________

Técnica

Ler a prescrição do paciente;

Realizar higienização das mãos com água e sabão conforme o POP CCIH
Nº01;

Separar uma bandeja ou cuba rim para o procedimento;

Fazer desinfecção da bandeja com gaze embebida em álcool 70%,


unidirecional, repetindo o movimento três vezes e aguardando a secagem
espontânea;

Higienizar as mãos com álcool glicerinado 70%;

Separar o material para o procedimento, colocando-o na bandeja;

Preparar o material;

Levar a bandeja até a unidade do paciente e colocá-la na mesa de cabeceira;

Apresentar-se ao paciente e/ou acompanhante;

Chegar identificações do paciente

Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento;

Promover privacidade, utilizando biombos, se necessário;

Posicionar adequadamente o paciente para o procedimento com cabeceira da


cama 30º a 45º;

Higienizar as mãos com álcool glicerinado 70%;

Calçar as luvas de procedimentos;

49

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
__________________________________________________________________________

Colocar equipamentos de proteção individual: gorro, máscara cirúrgica


descartável, óculos de proteção e avental/capote não estéril;

Instalar oxímetro de pulso;

Colocar papel toalha na região do tórax para apoio do circuito do ventilador


mecânico ou para proteção do tórax em relação a secreção;

Realizar aspiração das vias aéreas superiores POP CDC Nº 26;

Retirar a luva de procedimento e desprezar junto com a sonda de aspiração;

Proceder à higienização das mãos com álcool glicerinado70%;

Expor os materiais (sonda de aspiração e gaze estéril) em campo estéril, que


pode ser o invólucro da luva cirúrgica;

Calçar a luva estéril;

Com a mão dominante pegar a sonda e conectar na extensão do frasco


coletor de secreções;

Abrir a válvula redutora de pressão do vácuo e manter a pressão entre 80 e


120 mmHg;

Com a outra não dominante desconectar a cânula de TQT ou TOT do


ventilador mecânico e apoiar a extremidade do circuito do respirador no papel
toalha, caso esteja realizando o procedimento sozinho. Sempre que possível
solicitar que outro profissional faça esta atividade;

Com a mão dominante, introduzir a sonda no TOT ou TQT com o extensor do


sistema de aspiração pinçado, introduzi-la até sentir resistência ou o paciente
tossir, neste momento recuar 1 cm;

Despinçar o extensor do sistema e aspirar as secreções com movimentos


suaves, circulares e regulares;

Não exceder cada período de aspiração por mais de 15 segundos, para não
provocar hipóxia;

Após o procedimento realizar lavagem do sistema de aspiração com 20 ml de


água destilada;

Fechar a fonte de vácuo ;

50

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
Sonda de aspiração traqueal com válvula
__________________________________________________________________________

Retirar a sonda de aspiração do sistema de aspiração, deixando a


extremidade do sistema protegido, pode ser com a embalagem da sonda de
aspiração;

Realizar limpeza de secreções, caso existam, ao redor do óstio da TQT ou da


fixação do TOT com gaze estéril;

Verificar fixação do TOT ou TQT; Retirar luva estéril e óculos de proteção


individual;

Higienizar as mãos com álcool glicerinado à 70%;

Retirar e guardar o capote observando a técnica adequada;

Deixar o paciente confortável;

Manter a organização da unidade do paciente;

Desprezar o material utilizado nos locais apropriados;

Realizar higienização das mãos com água e sabão conforme o POP da CCIH
No 01;

Realizar as anotações necessárias (incluindo a descrição do aspecto,


características.

51

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
REFERÊNCIAS
__________________________________________________________________________

1. Conselho Federal de Enfermagem - COFEN. Resolução COFEN No 453 DE 16 de


janeiro de 2014[Internet]. 2014 [cited 2016 May 15]:1–9. Available from:
http://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=264977.

2. Brasil. Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução


RDC nº 63, de 06 de julho de 2000. Diário Oficial da União[Internet]. Poder
Executivo, de 29 de junho de 2000 [cited 2016 May 15]. Available from: http://e-
legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=17610&word
3. Graciano RDM, Ferretti REL. Nutrição enteral em idosos na unidade de terapia
intensiva: prevalência e fatores associados. Geriatr Gerontol. 2009;2(4):151–5.
4. Martins AS, Rezende NA, Torres HEG. Sobrevida e complicações em idosos com
doenças neurológicas em nutrição enteral. Rev Assoc Med Bras[Internet]. 2012[cited
2016 May 15];58(6):691-7. Available from:
http://www.scielo.br/pdf/ramb/v58n6/v58n6a14.pdf
5. Methenya NA, Meertb KL, Clouse RE. Complications related to feeding tube
placement. Curr Opin Gastroenterol. 2007;23(2):178–82.
6. Sparks DA, Chase DM, Coughlin LM, Perry E. Pulmonary complications of 9931
narrow-bore nasoenteric tubes during blind placement: a critical review. JPEN J
Parenter Enteral Nutr[Internet]. 2011[cited 2016 May 15];35(5):625-9. Available from:
http://pen.sagepub.com/content/35/5/625.full.pdf+html
7. Sorokin R, Gottlieb JE. Enhancing Patient Safety During Feeding-Tube Insertion: a
review of more than 2000 insertions. JPEN JParenter Enteral Nutr. 2006; 30(5):440-5
8. Waitzberg DL, Enck CR, Miyahira NS, Mourão JRP, Faim MMR, Oliseski M,
Borges A. Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE) e
Associação Brasileira de Nutrologia. Projeto Diretrizes. Terapia Nutricional:
Indicadores de Qualidade[Internet]. 2011[cited 2016 May 15]. Available from:
http://www.projetodiretrizes.org.br/9_volume/terapia_nutricional_indicadores_de_
qualidade.pdf
9. Taylor BE, McClave SA, Martindale RG, Warren MM, Johnson DR, Braunschweing
C et al. Guidelines for the Provision and Assessment of Nutrition Support Therapy in
the Adult Critically Ill Patient: Society of Critical Care Medicine (SCCM) and American
Society for Parenteral and Enteral Nutrition (A.S.P.E.N). Crit Care Med[Internet].
2016[cited 2016 May 15];44(2):390-438. Available from:
http://pen.sagepub.com/content/33/3/277.full.pdf+html
10. Leaver RB. The evidence for urethral meatal cleansing. Nurs Stand. 2007 Jun;
21(41):39-42.
11. Alves MVMFF, Luppi CHB, Paker C. Condutas tomadas pelos enfermeiros
relacionadas ao procedimento de sondagem vesical. Rev Cienc Ext.
2006 Dez; 3(1): 15.
12. Neto AQ. Segurança dos pacientes, profissionais e organizações: um novo
padrão de assistência à saúde. Revist Adm Saúde [online] 2006 [acesso 2008 Jun
28]; 8(33). Disponível em: http://www.cqh.org. br/files/RAS33-segurança.pdf
13. de Construções e Instalações de serviços de Saúde: Conceito e Definições –
Hospital geral de pequeno e médio portes, unidades sanitárias. Brasília (DF):
Ministério da Saúde; 1978.
14. Souza ACS, Tipple AFU, Barbosa JM, Pereira MS, Barreto, RASS. Cateterismo
urinário: conhecimento e adesão ao controle de infecção pelos profissionais de

52

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/
__________________________________________________________________________

enfermagem. Rev Eletr Enferm [online]. 2007 [acesso 2008 Jul 02]; 9(3). Disponível
em: http://www.fen.ufg.br/revista/v9/n3/v9n3a12htm
15. Guerrero GP, Beccaria LM, Trevizan MA. Procedimento operacional padrão:
utilização na assistência de enfermagem em serviços hospitalares. Rev Latino-am
Enfermagem [online]. 2008 [acesso 2009 Jul 13]; 16(33). Disponível em: http://www.
scielo.br/pdf/rlae/v16n6/pt_05.pdfb

Instituto Brasileiro Sou Enfermagem

53

INSTITUTO BRASILEIRO SOU ENFERMAGEM


Clique e cadastre-se em nossa comunidade: https://souenfermagem.com.br/

Você também pode gostar