Você está na página 1de 41

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES

DE GRAJAÚ – CESGRA
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
SEMIOLOGIA NA ENFERMAGEM
PROF.ª MARCELA MARTINS ROCHA
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

NA MOBILIDADE E

LOCOMOÇÃO

MOBILIDADE
Característica do que é móvel ou do que
é capaz de se movimentar.

LOCOMOÇÃO
Movimento realizado por uma pessoa, animal,
microrganismo para mover-se de um lugar
para outro e deslocar-se no espaço.
A limitação física pode manifestar- se de
forma súbita ou lentamente, conforme sua
extensão e duração podendo
desencadear uma série de problemas de
saúde.

Alterações nos sistemas cardiovascular,


respiratório, digestório, geniturinário, tegumentar,
e musculoesquelético.
A imobilidade prolongada pode alterar também o estado
emocional da pessoa, podendo apresentar ansiedade,
apatia, depressão, alterações do humor, isolamento social
entre outros.
AVC/AVE

Traumas

Intervenção terapêutica
CAUSAS MAIS FREQUENTES

PARA APLICABILIDADE DOS


Envelhecimento
CUIDADOS COM A

MOBILIDADE Doenças degenerativas

Processos de doença em

geral

Processos cirúrgicos
Compreender a importância da
mobilidade para a promoção da
saúde e prevenção de
complicações decorrentes da
imobilidade;
OBJETIVOS DOS

CUIDADOS COM A
Saber como prevenir as lesões do
MOBILIDADE paciente;

Saber aplicar as técnicas básicas


de mobilidade de modo a garantir
a segurança do doente;
Monitorizar sinais vitais;
Mudança de decúbito a cada 2 horas;
Higiene corporal ( oral, e leito);
Orientação aos familiares;
Administração de fármacos;
CUIDADOS GERAIS Ouvir atentamente o paciente;
Promover auto cuidado;
Promover conforto;
Prevenir deformações musculoesqueléticas;
Prevenir alterações da integridade cutânea.
Deve- se prevenir a imobilidade
atentando-se para todas as outras
causas;

A reabilitação precoce com abordagem


multidiciliplinar;
CUIDADOS GERAIS
Controle da dor;

Aquecer, posicionar no leito;

Controlar intercorrências agudas como


infecção, constipação, incontinência
urinária.
INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM AO

PACIENTE COM PROBLEMAS


RESPIRATÓRIOS

SINAIS E SINTOMAS

Na atenção a necessidade de oxigenação, o


profissional de saúde deve ter um olhar
ampliado para a condição do paciente, sendo
relevante uma avaliação clínica considerando
a coleta de dados subjetivos e dados objetivos
SINAIS E SINTOMAS

Os dados subjetivos referem-se aos adquiridos a partir da entrevista com o


paciente, considerando informações sobre: idade, estilo de vida, condição
ambiental, o histórico de saúde (história da doença atual e história da
doença pregressa), medicamentos de que faz uso, alergias e infecções do
sistema respiratório, entre outros;

Os dados objetivos referem-se aos achados a partir do exame físico


(inspeção, percussão, palpação e ausculta) realizado no paciente, que visa
a detectar alterações na respiração do paciente.
SINAIS E SINTOMAS MAIS COMUNS
Dispneia: conhecida como dificuldade de respirar, caracterizada por respirações difíceis ou
desconfortáveis;
Tosse: causada pela irritação do trato respiratório, aumento das secreções ou presença de
corpo estranho na via respiratória;
Expectoração: produção de maior quantidade de secreções;
Fadiga e fraqueza muscular: ocorrem devido à inadequada oxigenação do tecido
muscular;
Vertigem: desmaio ou distúrbios dos processos mentais por causa da inadequada
oxigenação cerebral;
Dor torácica: causada por certos fatores como a inflamação, excessiva atividade muscular
na respiração ou traumatismo;
Atelectasia: é um colapso total ou parcial do pulmão ou do lóbulo pulmonar, suas paredes
ficam aderidas umas nas outras dificultando a expansão pulmonar.
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
A promoção da permeabilidade das vias aéreas:
Boa hidratação do organismo, o estímulo a tosse e a respiração eficaz, o
uso de umidificadores de ambiente, elevação do decúbito, abertura das
vias aéreas pelo posicionamento da cabeça e aspiração das vias aéreas,
como também estabelecimento de uma via aérea auxiliar ou artificial;

Administração de medicamentos:
São utilizadas substâncias farmacológicas (por vias inalatórias, vias
endovenosas, oral) com o objetivo de tratar processos inflamatórios e
infecciosos, ou ofertar quantidade de oxigênio complementar/suplementar
à capacidade respiratória do paciente.
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

Oxigenoterapia:
É a administração de oxigênio por meio da via inalatória com o
objetivo de prevenir ou melhorar a hipóxia tecidual;

É uma droga terapêutica e deve ser usada com cautela, uma vez
que pode provocar o ressecamento da mucosa do trato
respiratório;
Os sistemas de baixo
fluxo fornecem fluxos
inferiores àqueles
alcançados no
processo inspiratório
do paciente e
concentrações de
oxigênio de 24% a 50%:
CATETER NASAL TIPO ÓCULOS
MASCARA FACIAL DE NEBULIZAÇÃO OU SIMPLES
Os sistemas de médio
e alto fluxo fornecem
fluxos iguais ou
superiores aqueles
alcançados no
processo inspiratório
do paciente e
concentrações de 40%
até 98%:
MÁSCARA COM RESERVATÓRIO E MASCARA DE VENTURI
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

Aspiração de vias aéreas superiores:


Técnica utilizada quando o paciente se encontra incapacitado de
realizar as eliminações das secreções de via aéreas;
O procedimento deve ser feito conforme a necessidade do paciente;
A sequência de aspiração segue a orientação geral, da região
menos contaminada para o mais contaminado, ou seja, do nariz
para a cavidade oral.
ASPIRAÇÃO DE VIAS AEREAS
INTERVENÇÃO DE

ENFERMAGEM AO PACIENTE

COM NECESSIDADES
DIGESTÓRIAS E

GENITURINÁRIAS

SONDA NASOGÁTRICA
SONDA NASOENTERAL
Indicações:

Pacientes inconscientes;
Pacientes que recusam alimentação;
Cirurgias em cavidade oral que exigem mucosa oral limpa e
em repouso;
Pacientes debilitados ou com impossibilidade de deglutição.
SONDA NASOGÁTRICA
É a inserção de uma sonda longa, plástica ou de borracha,
flexível, pela boca ou nariz do paciente até o estômago;

Ela tem a finalidade de descomprimir o estômago e remover


gás e líquidos; diagnosticar a motilidade intestinal; administrar
medicamentos e alimentos; tratar uma obstrução ou um local
com sangramento; obter conteúdo gástrico para análise.
SONDA NASOENTERAL
A sonda nasoenteral é passada da narina até o intestino. Difere da
sonda nasogástrica, por ter o calibre mais fino, causando assim,
menos trauma ao esôfago, e por alojar-se diretamente no intestino,
necessitando de controle por Raios-X para verificação do local da
sonda;
Tem como função apenas a alimentação do paciente, sendo de
escolha no caso de pacientes que receberam alimentação via
sonda por tempo indeterminado e prolongado.
MATERIAIS
Sonda nasogástrica/Sonda enteral com fio guia;
Seringa de 20 ml;
Copo com água;
Gaze;
Toalha de rosto;
Xylocaína gel;
Fita adesiva;
Estetoscópio;
Luvas de procedimento;
Sacos para lixo.
PROCEDIMENTO
Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º);
Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;
Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do apêndice
(acrescentar mais 10 cm na nasoenteral); Marcar com adesivo;
Calçar luvas; Lubrificar a ponta da sonda;
Introduzir a sonda em uma das narinas até a marca do adesivo, pedindo ao paciente que
degluta;
Certificar-se da instalação correta (aspiração de conteúdo gástrico, ausculta de ruídos
hidroaéreos, com ajuda de uma seringa de 20ml;
Aguardar a migração da sonda para duodeno, encaminhar ao Raio-X para confirmação
do local da sonda;
Retirar o fio-guia após a passagem correta;
Observar sinais de cianose, dispnéia e tosse;
SONDA NASOGÁSTRICA E NASOENTERAL
ENEMA OU CLISTER

O clister, enema ou chuca, é um procedimento que


consiste na colocação de um pequeno tubo pelo ânus, no
qual é introduzida uma substância com o objetivo de lavar
o intestino, sendo normalmente indicado nos casos de
prisão de ventre, para aliviar o desconforto e facilitar a
saída das fezes.
ENEMA
CATETERISMO VESICAL
O cateterismo vesical é uma técnica que consiste na
introdução de um cateter, também conhecido por sonda
vesical, pela uretra até à bexiga de forma a permitir a saída
de urina.
CATETERISMO VESICAL
Indicações:
Alívio da retenção urinária aguda ou crônica;
Controle da produção de urina pelo rim;
Insuficiência renal;
Perda de sangue pela urina;
Recolha de urina estéril para exames;
Medição do volume residual;
Controle de incontinência urinária;
Dilatação ureteral;
Avaliação da dinâmica do aparelho urinário inferior;
Esvaziamento da bexiga antes, durante e após cirurgias e exames;
CATETERISMO VESICAL
Sonda vesical de demora:
A sonda vesical de demora é utilizada quando é preciso manter a
drenagem contínua de urina por vários dias, semanas ou meses.

Sonda vesical de alívio:


Ao contrário da sonda vesical de demora, a sonda de alívio não
permanece por muito tempo na pessoa, sendo normalmente
retirada após o esvaziamento da bexiga.
MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA

SONDAGEM VESICAL

Material para higiene íntima;


Cateter uretral descartável e estéril ou sonda de foley;
Um par de luvas de procedimento;
Um par de luvas estéril;
Um pacote de gaze;
Máscara cirúrgica, óculos e avental de procedimento;
Um kit de sondagem vesical: cuba-rim; cúpula; pinça cheron; campo
estéril;
Anestésico em gel estéril;
Seringa de 10 ml contendo água destilada, caso sonda de demora.
TÉCNICA DA SONDAGEM VESICAL

Higienização íntima;
Uso de luva estéril, dispor o material necessário sobre um campo estéril;
Em mulheres, afastar os grande lábios, visualizar o canal uretral, introduzir
a sonda observando o retorno urinário;
Em homens, segurar o pênis com a mão dominante, introduzir a sonda
observando o retorno urinário;
Sonda de alívio deve ser retirada após esvaziamento da bexiga;
Sonda de demora, após a confirmação de instalação correta, deve-se
inflar o balão, conectar a sonda a uma bolsa coletora de urina;
Recolher material, anotar.
SONDA DE ALIVIO
SONDA DE DEMORA

Você também pode gostar