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Centro de Estudos Superiores

de Grajaú – CESGRA
Departamento de
Enfermagem
Semiologia na Enfermagem
Prof.ª Marcela Martins Rocha

NECESSIDADES
HIGIÊNICAS DO
PACIENTE
HIGIENE ORAL
CONCEITO:

Higienização da cavidade oral (boca, palato, dentes, gengiva e língua).


Responsáveis pela execução: dentista, enfermeiro, auxiliar e técnico de enfermagem.

MATERIAL:

Escova de dentes; Espátula envolta em gaze, pinça ou cotonetes;


Pasta de dente ou antisséptico oral; Toalha de rosto;
Saco plástico para resíduos; Tubo plástico (canudo);
Sistema de aspiração montado; Hidratante labial;
Copo descartável com água; Cuba rim ou cuba redonda;
Equipamento de proteção individual; Abaixador de língua.
HIGIENE ORAL
EXECUÇÃO:

Separar e organizar o material;


Umedecer a cavidade oral e iniciar a escovação dos dentes;
Realizar a escovação do palato, bochechas e língua;
Finalizar oferecendo água limpa para o enxágue, papel toalha para secar a porção
externa da boca, hidratar os lábios;
Guardar o material e reorganizar o ambiente;

PACIENTE INCONSCIENTE:
Elevar a cabeceira; Colocar a toalha sob o queixo do paciente; Adaptar cuba rim no queixo
do paciente; Abrir a boca do paciente com auxílio do abaixador de língua; Proceder a
higiene com uso de escova macia ou espátula envolvida com gaze, antisséptico oral; Lavar
a lígua e toda mucosa; Hidratar lábios; Organizar o ambiente; Anotar
Observação:
A frequência da higiene oral está relacionada com a
necessidade do paciente;

Inspecionar a cavidade oral, observando alterações na


mucosa, na salivação, mobilidade dental, presença de
cáries, sangramento, quantidade de dentes, edemas e
presença de lesões.

Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=xmNOersbOa8
https://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=8419
HIGIENE DO COURO CABELUDO
FINALIDADE:

Conservar os cabelos e couro cabeludo limpos; proporcionar conforto e


bem-estar; estimular a circulação do couro cabeludo; completar a higiene
corporal.

MATERIAL:

Xampu e condicionador; Jarra com água; Balde; Luvas de


procedimentos; Bolas de algodão; Toalha impermeável; Borracha de
Kelly; Escova de cabelo e pente.
HIGIENE DO COURO CABELUDO
PROCEDIMENTO:

Preparar todo o material necessário; Posicionar o impermeável; Aproximar


a cabeça do enfermo para a margem da cama; Escovar os cabelos e a
seguir tamponar os ouvidos com bolas de algodão; Molhar a cabeça com
água morna e friccionar o couro cabeludo umedecido com xampu;
Enxaguar a cabeça retirando todo o sabão; Repousar a cabeça sobre o
travesseiro forrado com a toalha; Retirar a proteção de algodão dos
ouvidos; Enxugar o couro cabeludo e cabelos; Pentear os cabelos;
Organizar e anotar.
HIGIENE CORPORAL
TIPOS:
Banho de aspersão (chuveiro) - para pacientes
independentes ou com limitações que possibilitem o
banho, com ajuda da equipe;
Banho no leito - pacientes acamados.

Responsáveis pela execução:


Enfermeiro, auxiliar e técnico de enfermagem.
HIGIENE CORPORAL
BANHO NO LEITO:
Calçar luvas; Soltar a roupa de cama; Iniciar o banho no sentido
cefalocaudal; Lavar, enxaguar e enxugar cada parte por vez; Avaliar
a necessidade de lavar os cabelos; higiene oral durante a higiene
facial; As demais partes do corpo serão despidas conforme
necessário; Higienizar a genitália, posteriormente as nádegas; Após
limpeza frontal, mover o paciente em decúbito lateral,
higienizando o dorso, lavar e enxugar e iniciar a retirada do lençol
úmido e colocação de lençol limpo; Hidratar a pele, vestir e cobrir
o paciente; Organizar e anotar.
OBSERVAÇÃO:
Banho no início do dia, em caso de eliminações
fisiológicas, higiene íntima; Atentar-se para temperatura
da água; Observar o corpo do paciente - LPP; Colocação e
troca de fralda; Cortar unhas; Cuidados em relação ao uso
de dispositivos; Caso as condições do paciente não
permitam o banho completo diariamente, realizar ao
menos a lavagem do rosto, dos braços, das axilas, da
região dorsal e dos órgãos genitais.

Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=qIn1x-yumlM
https://www.youtube.com/watch?v=UkSpG44CjKQ
HIGIENE DA GENITÁLIA
MATERIAIS:
Luvas de procedimento; Pano, Gaze ou luva de pano; Sabonete; Toalha de banho; Bacias;
Impermeável (caso não tenha na cama); Jarro com água morna; Comadre; Biombo; Saco
plástico para resíduos.

EXECUÇÃO:
Calçar as luvas; Forra a cama sob a região pélvica do paciente com o impermeável e uma
toalha; Posicionar a comadre sob o paciente; Molhar e ensaboar a genitália da região
pubiana em direção à região anal, sem retornar para a região limpa; Enxaguar
abundantemente; Secar a região (movimento unidirecional; Deixar o paciente
confortável; Organizar e anotar.
ASSISTÊNCIA AO CLIENTE
DURANTE O EXAME FÍSICO
E POSIÇÕES PARA EXAMES
AVALIAÇÃO
CLÍNICA Avaliação Clínica consiste na realização da
anamnese e do exame físico.
Esses dois aspectos são bastante inter-
relacionados, não necessitando que sejam feitos
em uma sequência particular.
Contudo, o exame físico, geralmente, é realizado
depois de obtida a anamnese
Identifcação

Queixa principal (QP)

ANAMNESE História da doença atual (HDA)

História patológica pregressa

História familiar (HF)


EXAME FÍSICO
Caracteriza-se pela obtenção de dados do
estado emocional e físico por meio dos
sentidos, como a visão, audição, tato e
olfato.
As funções dos órgãos sensoriais humanos
podem ser potencializadas com o uso de
instrumentos especiais, como o estetoscópio,
o ofalmoscópio, o martelo de reflexo, entre
outros.
Inspeção: utilização dos vários sentidos e pode ser
direta e indireta. Iniciada na anamnese, vai até o
fInal do exame físico;

As quatro Palpação: envolve o sentir com as mãos; é usada


para examinar tecidos e órgãos do corpo;
técnicas Percussão: consiste em ouvir os sons produzidos
fundamentais com leves pancadas dadas sobre uma região do
corpo, com os dedos ou com um instrumento, para
utilizadas são: sentir alterações;

Auscultação (ou ausculta): é a observação de sons


ou ruídos no corpo, como do coração, dos pulmões
e intestinos, com auxílio do estetoscópio.
IMPORTANTE:
Avaliação física seja realizada em um
ambiente iluminado e aquecido;
Respeitar a privacidade e não expor o
enfermo desnecessariamente;
Deixá-lo em posição confortável e manter
o ambiente agradável;
Alertar a pessoa de que o exame pode
causar desconforto e / ou dor;
Fundamental para estabelecer um elo de
confiança, estimular a cooperação do
examinado e obter êxito ao fnal do exame
Material
ROTINA:
termômetro clínico, esfgmomanômetro, estetoscópio, martelo de percussão,
lanterna, abaixador de língua, fta métrica, ofalmoscópio, cuba rim, bolas de
algodão, toalha de papel e luvas de procedimento.

Podem ser acrescentados:


espéculo vaginal (mulher), luva estéril, lubrifcantes, lâminas, tubos para cultura e
outros instrumentos, se necessário.
Técnica
Preparar a bandeja com todo o material necessário ao exame;
Proporcionar iluminação adequada;
Providenciar foco de luz;
Manter ventilação adequada;
Caso esteja em ambiente coletivo e seja necessário, utilizar o biombo.
Verifcar a higiene corporal, se necessário;
Encaminhá-lo(a) ao banheiro para esvaziamento da bexiga e banho;
Antes de um exame de reto, deve-se observar o preparo adequado;
Orientar quanto ao uso de roupas folgadas (bata) ou lençóis para permitir
mudanças de posição com facilidade;
Deixar descoberta somente a região a ser examinada, deixando a pessoa o
mais segura e confortável possível, evitando esforço e exposição
desnecessária;
Verifcar sinais vitais, peso, altura e anotar na fcha ou prontuário
MEDIDAS
ANTROPOMÉTRICAS

A antropometria é a obtenção das medidas corporais do


indivíduo. Nos serviços de saúde, os principais tipos de
medidas são:
peso e altura, a qual é medida por meio do
comprimento (para crianças menores de 2 anos) e da
estatura (para crianças maiores de 2 anos,
adolescentes e adultos, inclusive gestantes e idosos).
OBSERVAÇÃO:
Um registro preciso da altura e peso do paciente
será essencial para calcular dosagens de
medicamentos, anestésicos e agentes de
contraste, avaliar o estado nutricional do
paciente e determinar a razão altura-peso.
Verifcação do peso

O peso pode ser medido com uma balança de plataforma,


balança com cadeira ou balança com leito, a depender da
necessidade do paciente. O equipamento pode ser mecânico ou
digital.
Pesagem com balança mecânica
Destravar a balança;
Verificar se a balança está calibrada;
Posicionar o adolescente ou adulto de costas para a balança, no centro do
equipamento, com o mínimo de roupa possível, descalço, ereto, com os
pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo. Mantê-lo parado
nessa posição;
Mover o cursor maior sobre a escala numérica para marcar os quilos;
Depois mover o cursor menor para marcar os gramas;
Esperar até que a agulha do braço e o fel estejam nivelados;
Realizar a leitura de frente para o equipamento, anotar na ficha ou
prontuário.
Verifcação da altura
A verificação da altura é um procedimento comumente utilizado no
acompanhamento de pessoas em tratamento para déficit de crescimento,
crianças em acompanhamento de crescimento e desenvolvimento.

A altura pode ser medida com antropômetro, que corresponde a uma haste
graduada existente na balança de plataforma, ou com uma fita métrica.

Crianças menores de 2 anos são medidas com antropômetro horizontal; já


aquelas maiores de 2 anos, adolescentes e adultos são medidos com
antropômetro vertical.
Técnica
Posicionar o adolescente ou adulto descalço no centro
do equipamento, com a cabeça livre de adereços; mantê-
lo de pé ereto, com os braços estendidos ao longo do
corpo, a cabeça erguida, olhando para um ponto fixo na
altura dos olhos;

Abaixar a parte móvel do equipamento, fixando-a contra


a cabeça, com pressão suficiente para comprimir o
cabelo;

Realizar a leitura da estatura, anotar o resultado


POSIÇÃO PARA
EXAMES
Há diferentes posições com a finalidade de
proporcionar conforto, realizar exames,
tratamentos e cirurgias.
Posição Ereta:
A pessoa deve ficar de pé, com o peso distribuído equitativamente nos
membros inferiores e os pés ligeiramente afastados. Deve estar calçado
ou sobre chão forrado. É indicada para exame neurológico.
Posição de Fowler:
Posição em que o paciente fica semi sentado, com apoio
sob os joelhos.
É indicada para descanso, para pacientes com dificuldades
respiratórias.
Decúbito dorsal ou supina:
A pessoa deve ser colocada deitada de costas, com as pernas estendidas
para provocar o relaxamento dos músculos abdominais. Os braços devem
estar estendidos ao longo do corpo. É indicada para a realização de exame
físico.
Decúbito ventral ou prona:
Refere-se à posição deitada com abdome voltado para o leito.
É indicada para a facilitação da expansão pulmonar.
Decúbito lateral direito e esquerdo:
Refere-se à posição deitada de acordo com o lado assumido em relação ao
leito. Quando possível, é um decúbito de escolha do paciente.
Posição de Sims:
Colocar o indivíduo em decúbito lateral esquerdo, mantendo a cabeça apoiada no travesseiro.
O corpo deve estar ligeiramente inclinado para frente, com o braço esquerdo esticado para trás, de
forma a permitir que parte do peso do corpo se apoie sobre o peito.
O braço direito deve ser posicionado de acordo com a vontade da pessoa.
Os membros inferiores devem estar flexionados, o direito mais que o esquerdo.
Cobrir o indivíduo, expondo apenas a área necessária. É indicada para os exames vaginais, retais,
clister e lavagem intestinal.
Posição Genupeitoral:
A pessoa deve ser posicionada ajoelhada sobre a cama, com os joelhos afastados, as pernas
estendidas e o peito apoiado sobre a cama.
A cabeça deve estar lateralizada, apoiada sobre os braços.
O indivíduo é coberto com um lençol grande.
É indicada para os exames vaginais e retais.
Posição ginecológica:
Posicionar o paciente em decúbito dorsal horizontal. Com a perna flexionada sobre as coxas, a planta
dos pés apoiada sobre o colchão e os joelhos bem afastados. Utilizar lençol, garantindo a necessidade
da pessoa.
É indicada para exames e/ou tratamentos da genitália e do reto.
Posição litotômica/litotomia:
Assemelha-se à ginecológica;
Normalmente, para se colocar o paciente nessa posição, usam-se suportes para os joelhos
(perneiras);
É indicada em cirurgias ou exames de períneo, reto, vagina e bexiga.
Posição de Trendelenburg:
O paciente é posicionado em decúbito dorsal, com o corpo em um plano inclinado, de forma
que a cabeça fique mais baixa em relação ao corpo. É indicada para cirurgias da região
pélvica, estado de choque, tromboflebites.
Posição de Trendelenburg reversa:
O paciente é posicionado em decúbito dorsal, com o corpo em um plano inclinado, de forma
que a cabeça fique mais alta em relação ao corpo. É indicada para avaliar simetria de seios
em cirurgia estética/reparadora.
Posição Canivete ou prona V invertido:
O paciente se encontra em decúbito ventral, com as coxas e pernas para fora da mesa e o
tórax sobre a mesa, a qual está levemente inclinada no sentido oposto das pernas, e os
braços estendidos e apoiados em talas. Ex: hemorroidectomia.

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