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Roteiros

Propedêutica e Processo de Cuidar na


Saúde da Criança e do Adolescente
Manual de Estágio

AULA PRÁTICA
ROTEIRO 1
REFLEXOS NEUROLÓGICOS DO RECÉM-NASCIDO

Conceitos
Reflexos inconscientes – produto da imaturidade do sistema nervoso.
Objetivo: assegurar a sobrevivência do RN.
O enfermeiro deve saber que um reflexo fraco, ausente ou assimétrico é sinal
de anormalidade.
Na criança, a falta de amadurecimento ou desaparecimento de tais reflexos pode
significar a existência de lesões cerebrais.

ƒƒ Oriente a técnica e o objetivo dos testes aos pais.


ƒƒ Prepare o local para a realização dos testes, de preferência, um ambiente calmo,
iluminado, com uma maca pediátrica.
ƒƒ Higienize as mãos.
ƒƒ Separe os materiais que for utilizar.
ƒƒ Inicie os testes.
ƒƒ Discuta os achados com os familiares.
Serviço Social

REFLEXO APREENSÃO OU PREENSÃO PALMAR:


Colocar o dedo ou um objeto na palma aberta do RN.
Resposta esperada do lactante: fecha-se ao redor do dedo ou do objeto e resiste
a sua retirada.
ƒƒ Desaparece em torno do 2º ou 3º mês o das mãos e com 7º ou 8º o dos pés.

REFLEXO DE PROCURA:
Com o dedo, toque o canto da boca. O RN abre a boca e vire a cabeça para
o lado estimulado.

REFLEXO DE SUCÇÃO:
Colocar o mamilo ou dedo enluvado 3 cm dentro da boca do lactente, então o lactante
começa a sugar.

REFLEXO DE BABISNKI:
Estimular a região plantar do pé ao longo da margem lateral, partindo do calcanhar.
Resposta esperada do RN: dedos se afastam, sendo que o pé:
ƒƒ O primeiro pododáctilo (dedão) exibe dorsiflexão e os outros dedos exibem hiperex-
tensão (abrem para fora).
ƒƒ Desaparece após 1 ano de vida.
Manual de Estágio

REFLEXO DE MORO OU STARTLE:


Colocar o RN em posição semiortostática, deixar a cabeça cair para trás, apoiando
imediatamente com as mãos do examinador.
Resposta esperada do RN é abdução e extensão simétricas dos braços, formando um C,
flexão do polegar, seguida por flexão e adução dos MMSS.
ƒƒ Permanece até 6 meses, mais forte nos 2 primeiros meses.

REFLEXO DE MARCHA:
RN mantido em pé e coloque apenas um pé sobre superfície plana. O outro pé faz
movimento de marcha (caminhar).
ƒƒ Desaparece após 4-6 semanas.

REFLEXO DE GALANT:
Estimular a região paravertebral desde o ombro até as nádegas.
O lactente se move para o lado estimulado.

REFLEXO DE FUGA À ASFIXIA:


Colocar a criança em decúbito ventral no leito, com a face voltada para o colchão. Em
alguns segundos, o RN deverá virar o rosto liberando o nariz para respirar adequadamente.
Serviço Social

AULA PRÁTICA
ROTEIRO 2
BANHO DO RECÉM-NASCIDO

VANTAGENS DO BANHO DESVANTAGENS DO BANHO


Vínculo do binômio mãe-filho. Hipotermia.
Higiene, prevenção de infecções Choro intenso e aumento do consumo
e doenças. de oxigênio.
Relaxamento corporal do recém-nascido,
Alteração do pH cutâneo.
diminuição do cortisol.
Auxilia no sono do RN. Estresse respiratório.
Momento de cuidado e união da família. Dor e desestabilização de sinais vitais.
Estimulação tátil. Irritação e trauma na pele.

BANHO DE IMERSÃO DO RECÉM-NASCIDO

A – Materiais necessários
- Trocador
- Troca de roupa
- Toalha
- Lençol para troca
- Algodão
- Cuba rim
- Fralda
- Cotonete
- Sabonete neutro/xampu
- Álcool 70%
- Banheira e água morna
- Luvas de procedimento
- Termômetro
- Pomada protetora
Manual de Estágio

B – Técnica

1. Lavar as mãos.
2. Separar o material necessário.
3. Orientar os pais/responsáveis pelo RN sobre o que será feito e convidá-los a participar
do procedimento, a fim de incluí-los e dar orientações sobre a técnica.
4. A água deve estar com temperatura entre 36,5 e 37 °C e o ambiente deve estar
fechado sem correntes de ar.
5. Caso o RN possua algum dispositivo intravenoso, proteger com saco plástico.
6. Lavar as mãos e colocar luvas de procedimentos.
7. Retirar as roupas do RN somente no momento em que tudo estiver preparado.
8. Seja delicado, porém o segure com firmeza.
9. Enrole todo o corpo do RN em uma toalha.
10. Proteja os ouvidos com os dedos para evitar contato com a água.
11. Lembre-se de que olhos e boca não podem ter contato com sabonete.
12. O banho se inicia pelo rosto e cabeça enquanto o corpo do RN se mantém coberto.
13. Lave o rosto somente com água, lembrando de limpar os olhos de fora para dentro.
14. Coloque pequena quantidade de xampu/sabonete neutro em um algodão e ensaboe
a cabeça do RN com movimento circulares e suaves.
15. Enxágue a cabeça.
16. Retorne o RN para o trocador, seque cuidadosamente o rosto e o couro cabeludo,
seque as orelhas e o nariz com cotonete, retirando possíveis sujidades delicadamente.
17. Remover a toalha do corpo do RN iniciando pelo tórax.
Serviço Social

18. Se o RN estiver com sujidade de urina ou fezes, realizar a higiene íntima antes de
colocá-lo na banheira.
19. Apoiar o RN no braço esquerdo colocando o polegar na axila esquerda do bebê,
fazendo com que o dorso fique apoiado no antebraço.
20. Ensaboar o pescoço, membros superiores, tórax, abdome, genitais e membros inferiores.
21. Lembre-se de lavar bem o coto umbilical com água e sabão.
22. Enxaguar com algodão umedecido.
23. Virar o RN em posição ventral apoiando o polegar na axila direita e o tórax da
criança no antebraço.
24. Ensaboar e enxaguar dorso e glúteos.
25. Bebês do sexo feminino, realizar a higiene sempre da região anterior para a posterior;
nos do sexo masculino, proceder a limpeza da glande.
26. Retire o RN da água e leve para o trocador, secando-o completamente.
27. Realize a limpeza do coto umbilical com cotonete e álcool 70%, principalmente em
sua base.
28. Vista primeiramente o tronco para que o bebê não sinta frio.
29. Coloque a fralda evitando contato com o coto.
30. Vista todo o bebê, envolvendo-o em um cobertor para que não perca calor.
31. Lave as mãos.
32. Durante todo o processo, pais/responsáveis devem ser orientados e encorajados a
realizar a técnica.
Manual de Estágio

AULA PRÁTICA
ROTEIRO 3
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS, SSVV E EXAME FÍSICO DA CRIANÇA

Avaliação do peso até 36 meses:


Lavar as mãos e higienizar com álcool a 70% a balança.
Colocar uma toalha de papel na balança pediátrica (até 15 kg).
Calibrar a escala no zero (tara).
Colocar o lactente totalmente despido na balança.
Esperar até que a criança se acalme e anotar o valor.
Anotar e registrar o peso da criança na anotação de enfermagem e, em seguida, no
gráfico de crescimento da criança.

Avaliação do peso acima de 36 meses:


Deve-se fazer da mesma forma que o adulto, utilizando-se a balança manual ou digital
do adulto.

Avaliação da altura em crianças menores de 2 anos ou 100 cm (comprimento):


Lavar as mãos.
Colocar uma toalha de papel na superfície plana.
Colocar o lactente sem sapatos em decúbito dorsal, esticar os joelhos e a cabeça junto
à base fixa da régua antropométrica e o dorso dos pés apoiados na base móvel da régua.
Anotar e registrar a altura da criança no gráfico de crescimento da criança.
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Avaliação do perímetro cefálico:


Lavar as mãos.
Colocar uma toalha de papel na superfície plana e deixar o lactente em decúbito dorsal
ou sentado.
Ajustar a fita métrica em torno da cabeça, logo acima da sobrancelha e sobre a
proeminência occipital. Fazer três leituras individuais e usar o maior valor.
Anotar e registrar o PC em cm da criança no prontuário.

Avaliação do perímetro torácico:


Lavar as mãos.
Colocar uma toalha de papel na superfície plana e deixar o lactente em decúbito dorsal
ou sentado.
Ajustar a fita métrica em torno do tórax, na altura dos mamilos da criança.
Anotar e registrar o PT em cm da criança no prontuário.

Avaliação do perímetro abdominal:


Lavar as mãos.
Colocar uma toalha de papel na superfície plana e deixar o lactente em decúbito dorsal
ou sentado.
Verificar com fita métrica na altura da cicatriz umbilical (PA).
Manual de Estágio

AVALIAÇÃO DOS SSVV

Verificação da temperatura axilar com termômetro eletrônico:


Lavar as mãos.
Limpar o termômetro com álcool a 70%.
Colocar o termômetro na axila (bulbo do termômetro), segurar firmemente e deixar o
termômetro por no mínimo 3 minutos ou até alarmar.
No caso do termômetro digital infravermelho, aproximar da pele do bebê, na região da
testa e anotar o valor.

Frequência cardíaca:
Lavar as mãos e limpar o diafragma e as olivas do estetoscópio.
Em menores de 2 anos, colocar o estetoscópio sobre o tórax, na região apical (4º ou 5º
espaço intercostal na linha hemiclavicular à esquerda), verificando assim a FC apical. Em
maiores de 2 anos, deve-se palpar o pulso radial ou braquial e verificar o pulso. Verificar os
batimentos durante 1 minuto.
No lactente, comparar os pulsos radial e femoral ao menos uma vez.

Frequência respiratória:
Nos lactentes, observar especialmente os movimentos abdominais.
Para crianças maiores, observar movimentos torácicos.
Contar durante 1 minuto e observar a profundidade e o padrão das respirações.
Serviço Social

Pressão arterial:
A PA deve ser medida anualmente a partir dos três anos, com exceção nos casos de
emergência e internação.
Lavar as mãos e limpar o diafragma e as olivas do estetoscópio.
Realizar cálculo do tamanho apropriado do manguito.
Medir a circunferência do braço no ponto médio entre o acrômio (ombro) e o olecrânio
(cotovelo).
A largura do manguito corresponde de 40 a 50% da circunferência do braço, medida do
ponto médio entre o acrômio e o olecrânio.
O comprimento do manguito deverá recobrir 80 a 100% da circunferência do braço.
Verificar a PA após 10 minutos de repouso.
Posicionar o braço da criança no nível do coração.
Localizar o pulso radial, insuflar e manguito até o pulso parar de pulsar, olhar o valor no
relógio e desinsuflar.
Posicionar o estetoscópio, após 5 minutos dessa medição, e insuflar 30 mmHg acima do
valor obtido anteriormente.
Deve-se desinsuflar e anotar o primeiro e o último batimento auscultado na artéria
braquial (sístole e diástole).
Manual de Estágio

Figura 1 – Valores de referência para sinais vitais em pediatria, de acordo com Wong (2013).
Serviço Social

EXAME FÍSICO DA CRIANÇA


Deve ser cefalopodal, mas pode ser alterado de acordo com a necessidade e se atentar
para a idade da criança.

AÇÕES (passos)
Oriente a técnica e o objetivo dessa avaliação aos pais.
Prepare o local para a realização dos testes, de preferência, um ambiente calmo,
iluminado, com uma maca pediátrica.
Higienize as mãos.
Separe os materiais que for utilizar.
Inicie o exame físico.
Discuta os achados com os familiares.

Avaliação neurológica: avaliar consciência, atividade, coordenação dos movimentos e


postura. Poderia aplicar o teste de Denver para avaliar desenvolvimento da criança.

Pele: verificar coloração, textura, temperatura, umidade e turgor. Avaliar cianose,


palidez, petéquias e icterícia. Avaliar cabelos e unhas.

Cabeça e pescoço: avaliar o formato e a simetria. Avaliar os linfonodos (submaxilares,


cervicais, axilares e inguinais). Observar tamanho, mobilidade, dor à palpação.

Olhos: fotorreação à luz: midríase e miose (sempre deixar para o final). Uso da lanterna.
Manual de Estágio

Ouvidos: verificar a implantação, deve ser na altura dos olhos. Com otoscópio, avaliar a
cor da membrana timpânica.

Nariz: avaliar as cóanas e o septo.

Boca: atentar para mucosas, dentes, gengiva, língua, palato, úvula e tonsilas (sempre
deixar para o final). Uso da espátula.

Tórax: avaliar tamanho, formato, simetria e movimento (deve ser simétrico e bilateral).
Observar os mamilos.

Pulmões: auscultar ápice e base pulmonar. Avaliar respiração, frequência, ritmo,


profundidade e sons. Solicitar à criança respirações profundas e utilize as mãos para
observar expansão da caixa torácica.

Ausculta pulmonar:
Murmúrios vesiculares - sons normais.
Ruídos adventícios – sons anormais:
ƒƒ Estertor: passagem do ar através de líquido.
ƒƒ Sibilo: passagem no ar por canais estreitos.
ƒƒ Ronco: presença de secreção.

Coração: avaliar tempo de enchimento capilar: deve ser menor que dois segundos.

Ausculta cardíaca: auscultar foco aórtico, pulmonar, tricúspide e mitral. Os focos


cardíacos devem ser avaliados conforme: qualidade, intensidade, frequência e ritmo.
Serviço Social

Abdome: envolve a inspeção, seguida de ausculta, percussão e por último a palpação:


Inspeção: tensão da pele e aspecto. Movimento do abdome. Cicatriz umbilical, higiene e
presença de hérnia umbilical.
Ausculta:avaliação dos sons intestinais (presentes, ausentes, diminuídos ou aumentados).
Percussão: permite a determinação do tamanho e da localização de vísceras. Sons
produzidos pela percussão são timpânicos (ar ou órgãos ocos, como estômago vazio e
intestino vazio) ou maciços (órgãos sólidos, como fígado, baço ou víscera preenchido por
líquido ou fezes).
Palpação: superficial e profunda e auxilia na determinação do tamanho, da forma, da
posição e da sensibilidade da maioria dos órgãos abdominais.
Palpação superficial: realizada mantendo-se os dedos de uma das mãos estendidos,
fechados entre si, pressionando de forma delicada a superfície abdominal.
Palpação profunda: com o paciente respirando pela boca, a parede abdominal é deprimida
em profundidade a cada expiração, procurando-se perceber, com maior pressão dos dedos,
tamanho, forma, consistência, localização, sensibilidade, mobilidade e pulsações de órgãos
ou massas.

Genitais masculinos: verificar forma do pênis, exposição da glande, avaliar testículos


(presença de criptorquidia), fimose, posição do meato urinário (presença de hipospádia).

Genitais femininos: avaliar vulva, pequenos e grandes lábios, meato urinário


e abertura vaginal.

Região anal: abertura, localização, fissuras e condições de higiene.

MMSS e MMII: verificar amplitude de movimento, tônus muscular, posição dos joelhos,
mãos e pés.
Manual de Estágio

AULA PRÁTICA
ROTEIRO 4
MEDICAÇÃO EM PEDIATRIA

4.1 Preparo e administração de medicamento por via intravenosa (IV)


Objetivo: preparar e administrar medicamentos por via intravenosa.
Responsabilidade: enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem
e médicos.

Materiais:

Preparo:
Bandeja
Fita-crepe ou etiqueta
Caneta
Medicamento prescrito
Solução para reconstituição/diluição
Seringa (tamanho de acordo com o volume da solução)
Agulha 40x12
Gaze não estéril ou algodão e álcool
Se necessário equipo (ex.: macrogotas, fotossensível, bureta, EPIs)
Serviço Social

Administração:
Bandeja
Luvas de procedimento
Medicamento preparado
Gaze estéril
Álcool 70%
Fita microporosa
Saco plástico para resíduos
Tampinha
Material para a lavagem e permeabilização do cateter
Bomba de infusão e EPIs

AÇÕES (passos)

1. Confira na prescrição médica as possíveis alergias medicamentosas e leia atentamente


os medicamentos que devem ser administrados por via intravenosa.
2. Prepare o medicamento no momento imediato à administração.
3. Faça a identificação do medicamento (etiqueta contendo o nome e o sobrenome do
paciente, nome e dose do medicamento, nome e volume do diluente, leito, horário, via de
administração e tempo de infusão).
4. Faça um ponto com a caneta ao lado do horário do medicamento aprazado.
5. Higienize as mãos.
6. Separe o medicamento (se necessário: diluente) e confira nome, validade, dose,
apresentação, tempo de infusão e materiais/equipamentos necessários.
7. Cole a etiqueta de identificação no medicamento.
8. Reúna o material para preparo em uma bandeja.
Manual de Estágio

9. Separe o frasco ou ampola e faça a desinfecção da superfície de abertura com


algodão ou gaze não estéril embebido em álcool etílico a 70%.
10. Conecte a agulha à seringa (se medicamento em frasco pronto para uso, conecte ao
equipo e retire o ar).
11. Se medicamento sem necessidade de diluição – aspire a dose prescrita.
12. Se medicamento em pó liofilizado – faça a reconstituição com o diluente recomendado
e aspire a dose prescrita.
13. Se medicamento com necessidade de diluição – aspire a dose prescrita e faça a
diluição com a solução recomendada.
14. Retire o ar da seringa/agulha ou equipo.
15. Coloque a etiqueta de identificação do medicamento na seringa ou no frasco
da solução.
16. Reúna o material para administração em uma bandeja.
17. Leve a prescrição médica e a bandeja ao quarto do paciente.
18. Coloque-os em uma mesa auxiliar previamente limpa.
19. Higienize as mãos.
20. Confira o nome completo do paciente que consta na prescrição, com o medicamento
e a pulseira de identificação.
21. Se pulseira indicativa de alergia, pergunte a ele a qual medicamento ou confira
no prontuário.
22. Oriente o paciente/família sobre o medicamento que está sendo administrado, via de
administração e tempo de infusão.
23. Coloque o paciente na posição mais adequada ao procedimento e exponha a área
com o dispositivo venoso.
Serviço Social

24. Observe a área exposta quanto à integridade da pele e às condições do dispositivo


venoso para a administração do medicamento. Na ausência de anormalidade, dê continuidade
ao procedimento.
25. Higienize as mãos.
26. Calce as luvas de procedimento.
27. Realize a desinfecção de hubs e conexões com gaze embebida em álcool a 70% antes
da manipulação. Descarte a tampinha.
28. Conecte a seringa/equipo ao dispositivo venoso e teste a permeabilidade do cateter
(observe a presença de refluxo de sangue e/ou infusão de fluidos sem alterações no local).
29. Inicie a infusão do medicamento seguindo o volume/tempo recomendado.
30. Observe constantemente quaisquer sinais de alterações durante a infusão do
medicamento. Na ausência deles, dê continuidade ao procedimento.
31. Ao término da infusão, permeabilize o dispositivo venoso.
32. Coloque uma nova tampinha de proteção no dispositivo.
33. Certifique-se que o dispositivo venoso esteja com boa fixação.
34. Deixe o paciente confortável.
35. Recolha o material e o coloque-o na bandeja (não encape as agulhas).
36. Despreze os materiais descartáveis e as luvas de procedimento em saco plástico
para resíduos.
37. Higienize as mãos.
38. Calce as luvas de procedimento.
39. Recolha o material do quarto e encaminhe para o expurgo.
40. Despreze o saco plástico com resíduos no lixo infectante e o material perfurocortante
na caixa apropriada.
Manual de Estágio

41. Retire e descarte as luvas e higienize as mãos.


42. Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e passe álcool a 70%.
43. Cheque o horário da administração do medicamento na prescrição médica.
44. Registre na anotação de enfermagem o procedimento realizado, tipo de dispositivo
intravascular, região de inserção do dispositivo e intercorrências.
45. Assine e carimbe.

OBSERVAÇÕES PARA TODAS AS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÕES


O aprazamento (horários de administração) deve ser realizado pelo enfermeiro,
considerando as interações medicamentosas. Se houver medicamentos incompatíveis, eles
devem ser aprazados em horários distintos.
Quando houver medicamentos de alta vigilância: deve-se fazer a dupla checagem dos
dados e ter atenção redobrada.
EPIs devem ser utilizados de acordo com a indicação determinada para cada paciente
conforme as diretrizes preconizadas pelo SCIH.
Se o paciente questionar uma prescrição medicamentosa ou disser que o medicamento
está diferente da dose usual, faça outra verificação com a prescrição médica e confirme
com o médico. Após esse procedimento, reoriente o paciente.
Todo medicamento deve ser checado imediatamente após sua administração.
Quando o medicamento não for administrado, comunique o enfermeiro e/ou médico
de plantão, circule o horário e anote o motivo no espaço reservado para anotações
de enfermagem.
Medicamentos administrados fora do horário determinado, comunique o enfermeiro e/
ou médico de plantão, cheque e justifique na anotação de enfermagem.
Serviço Social

Verifique e registre qualquer tipo de reação apresentada pelo paciente após a


administração do medicamento.
Todos os incidentes relacionados a medicamentos devem ser notificados à Diretoria de
Enfermagem. São considerados incidentes: evento sentinela, evento adverso, erro, quase
erro e não conformidade.
Quimioterápicos ou medicamentos de alto risco profissional devem ser preparados em
capela de fluxo laminar e com EPI adequada (Serviço de Farmácia).
Verifique se há compatibilidade entre os medicamentos prescritos.
É fundamental conhecer as características do medicamento quanto à sua estabilidade
(no seu estado original, após a reconstituição e/ou diluição), fotossensibilidade e
termolabilidade.
Medicamentos prescritos como “se dor”, “se náuseas e vômitos”, “se febre” e outros,
comunique o enfermeiro e/ou médico de plantão o sintoma identificado, confirme a
necessidade da administração, administre, cheque na prescrição médica e justifique na
anotação de enfermagem.
Medicamentos prescritos como “ACM” significam a critério médico e devem ser
questionados e autorizados por um médico.
Verifique e registre os sinais vitais antes e após a administração de medicamentos que
possam alterá-los.
Verifique e registre a presença de dor antes e após da administração de
medicamentos analgésicos.
A brinquedoterapia, no caso de pacientes pediátricos, é de extrema relevância antes de
qualquer procedimento, inclusive na administração de medicamentos.
Manual de Estágio

Os “11 certos” da medicação segura:


ƒ Dose certa
ƒ Via certa
ƒ Hora certa
ƒ Paciente certo
ƒ Medicação certa
ƒ Orientações ao paciente
ƒ Anotação correta
ƒ Compatibilidade medicamentosa
ƒ Direito de recusar o medicamento
ƒ Validade
ƒ Aspecto da medicação

Figura 1 – Apresentação dos passos para medicação segura.


Serviço Social

Cuidados intravenosos
Se houver mais de um medicamento intravenoso aprazado no mesmo horário, a via
deve ser lavada com solução fisiológica entre os medicamentos.
Ao instalar uma solução em equipo, siga a “linha” de infusão, ou seja, o trajeto do conector
e local de inserção para evitar conexões em via incorreta (profissionais inexperientes devem
ser acompanhados por profissional mais experiente na realização dessa ação).
Se houver sinal de flebite, hematoma, infiltração, extravasamento, dor ou qualquer
outra anormalidade, interrompa a administração, retire o dispositivo e puncione novo
acesso venoso.
Para que a via intravenosa seja uma via segura, alguns fatores devem ser observados:
ƒƒ Avaliação criteriosa da rede venosa periférica (calibre, mobilidade, dor, rigidez, coloração).
ƒƒ Escolha adequada do cateter (tipo de material, calibre).
ƒƒ Terapia IV prescrita pela equipe médica (tipo de droga – vesicante, irritante, vol-
ume a ser infundido, tempo de infusão, tipo de infusão – bolus, infusão rápida, lenta,
intermitente ou contínua).
ƒƒ Tempo de terapia.
ƒƒ Manuseio e fixação adequados.

Fixação ideal: estabilização e fixação que permitam a visualização e a avaliação do local


de inserção. Pode ser com fita adesiva hipoalergênica estéril ou película semipermeável
transparente. Deve conter: data de punção, horário e assinatura do profissional. Deve ser
trocada sempre que estiver suja, úmida ou com perda da adesividade. Deve impedir o
tracionamento pelo peso do sistema.
Permeabilidade: flushes com SF 0,9% em pressão positiva – adultos: 10 mL e
crianças: sugere-se 2 vezes o volume interno do cateter. Quando: interrompida a
terapia IV (uso intermitente) OU entre a aplicação de uma droga e outra para impedir a
interação medicamentosa.
A NR 32 determina o uso de dispositivos de segurança na terapia intravenosa.
Manual de Estágio

Definições
De modo geral, os modos e os tempos de administração de medicamentos por via IV
podem ser assim classificados:
ƒƒ Bolus: é administração IV realizada em tempo menor ou igual a 1 minuto.
ƒƒ Infusão rápida: administração IV realizada entre 1 e 30 minutos.
ƒƒ Infusão lenta: administração IV realizada entre 30 e 60 minutos.
ƒƒ Infusão contínua: administração IV realizada em tempo superior a 60 minutos,
ininterruptamente (por exemplo, de 6 em 6 horas).
ƒƒ Infusão intermitente: administração IV realizada em tempo superior ao de 60
minutos, não contínua. Por exemplo, em 4 h, uma vez ao dia.
ƒƒ qsp = quantidade suficiente (deve-se deixar como volume total – solução +
medicação) para a quantidade prescrita do qsp).

Equivalências:
ƒƒ 1 mL = 20 gotas = 60 microgotas.
ƒƒ 1 microgota/minuto = 1 mL/h.
ƒƒ 1 mg = 1.000 µg.

Utilizar evidências para administrar medicações


Reconstituição: atenção na escolha da solução (normalmente AD) e volume máximo
permitido no frasco (5 mL, 10 mL, 20 mL).
Diluição: atenção na escolha da solução (normalmente SF ou SG5%) e concentração
necessária para diluir o medicamento sem causar danos ao paciente.
ƒƒ Administrar frequentemente em bureta microgotas.
Gotejamento: atenção no tempo de infusão da medicação, conforme a prescrição
médica, calculando o gotejamento.
Serviço Social

Fórmulas:

Tempo utilizado em HORAS (volume em mL)

Micgts/min = V/T
Gts/min = V/Tx3

Tempo utilizado em MINUTOS (volume em mL)

Micgts/min = Vx60/T
Gts/min = Vx20/T

Referência TABELA DE DILUIÇÃO – preparo e administração de medicamento:


Sabe-se que há diferentes protocolos/tabelas de diluição de medicamentos conforme as
instituições de saúde e perfil dos pacientes, porém, a fim de direcionar esse procedimento
aos graduandos de enfermagem, segue abaixo o protocolo do Manual Farmacêutico do
Hospital Albert Einstein que disponibiliza via internet para consultas dos profissionais da
saúde, trazendo tabelas de consultas a pacientes adultos, pediátricos e neonatais, bem
como compatibilidade medicamentosa. Todos esses itens são de extrema importância para
uma adequada e segura administração de medicamento baseada em evidências científicas.

Site: http://aplicacoes.einstein.br/manualfarmaceutico/Paginas/Termos.
aspx?filtro=Tabelas
Manual de Estágio

Medidas preventivas de infecção


Desinfecção das conexões: uma das principais vias de entrada de microrganismo na
corrente sanguínea é pelas conexões das linhas de infusão. A limpeza das conexões com
álcool a 70% é fundamental antes da utilização dessas vias.

Atenção!
ƒƒ Utilizar uma gaze estéril embebida em álcool antes e outra gaze após a retirada da
tampinha ou abertura da conexão.
ƒƒ Manter todos os dispositivos protegidos.
ƒƒ Descartar as tampas de proteção após uso e na presença de sangue. Não reutilizar
tampas de proteção!
ƒƒ Os demais dispositivos devem ser trocados e descartados na presença de sangue.
ƒƒ Dispositivos utilizados para NPT/NPP, coleta de sangue e transfusão sanguínea de-
vem ser trocados em 24h.
ƒƒ Mantenha sempre as conexões não utilizadas fechadas com a tampa de proteção.
NUNCA deixe uma conexão aberta!

4.2 Preparo e administração de medicamento por via intramuscular (IM)

Objetivo: preparar e administrar medicamentos por via intramuscular.

Responsabilidade: enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem


e médicos.
Serviço Social

Materiais:
Bandeja
Fita-crepe ou etiqueta
Caneta
Medicamento prescrito
Álcool
Luvas de procedimento
Seringa de 3 ou 5 mL
Agulha para a aplicação IM
Bolas de algodão ou gaze não estéril
Fita microporosa e saco plástico para resíduos

AÇÕES (passos)
1. Confira na prescrição médica as possíveis alergias medicamentosas e leia atentamente
os medicamentos que devem ser administrados por via intramuscular.
2. Prepare o medicamento no momento imediato à administração.
3. Faça a identificação do medicamento (etiqueta contendo o nome e o sobrenome do
paciente, nome do medicamento, leito, dose, horário, via de administração).
4. Faça um ponto com a caneta ao lado do horário de cada medicamento aprazado na
prescrição transcrita na etiqueta.
5. Higienize as mãos.
6. Separe o medicamento do paciente e confira nome, validade, dose necessária
e apresentação.
7. Cole a etiqueta de identificação no frasco.
8. Reúna o material em uma bandeja.
Manual de Estágio

9. Separe o frasco ou ampola, verifique a validade e faça a limpeza do mesmo com


algodão ou gaze não estéril embebido em álcool etílico a 70%.
10. Conecte a agulha na seringa.
11. Aspire a dose prescrita.
12. Retire o ar da seringa/agulha.
13. Coloque a etiqueta de identificação do medicamento na seringa.
14. Leve a prescrição médica e a bandeja ao quarto do paciente, coloque-a em uma
mesa auxiliar previamente limpa.
15. Higienize as mãos.
16. Confira o nome completo do paciente que consta na prescrição, com o medicamento
e a pulseira de identificação.
17. Se pulseira indicativa de alergia, pergunte a ele a qual medicamento ou confira
no prontuário.
18. Oriente o paciente sobre o medicamento que está sendo administrado e via
de administração.
19. Escolha a região da aplicação alternando os locais apropriados para a injeção
intramuscular.
20. Coloque o paciente na posição mais adequada ao procedimento e exponha a região
de aplicação.
21. Higienize as mãos.
22. Calce as luvas de procedimento.
23. Realize a antissepsia do local selecionado com algodão embebido em álcool.
24. Retire a proteção da agulha e segure a seringa na mão dominante, entre o polegar
e indicador.
Serviço Social

25. Faça uma prega no local selecionado.


26. Insira a agulha num ângulo de 90o em relação ao músculo e solte a prega. No caso
de lactentes/neonatos/prematuros, observar o músculo, pois pode ser necessário realizar
num ângulo de 45º.
27. Puxe lentamente o êmbolo da seringa para se certificar de que não há retorno
sanguíneo (se houver retorno sanguíneo, não administre o medicamento e reinicie todo o
procedimento).
28. Injete lentamente o conteúdo da seringa, empurrando o êmbolo.
29. Retire a seringa/agulha com um único movimento e coloque sobre a bandeja
(sem encapar).
30. Comprima levemente o local com algodão seco, sem massagear. Se necessário, faça
um curativo.
31. Observe o local da aplicação e anote qualquer tipo de reação que o paciente possa
apresentar após receber o medicamento.
32. Deixe o paciente confortável.
33. Despreze os materiais descartáveis e as luvas de procedimento em saco plástico
para resíduos.
34. Higienize as mãos.
35. Calce as luvas de procedimento.
36. Recolha o material do quarto e encaminhe para o expurgo.
37. Despreze o saco plástico com resíduos no lixo infectante e a seringa/agulha em caixa
de perfurocortante.
38. Descarte as luvas e higienize as mãos.
39. Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e passe álcool a 70%.
Manual de Estágio

40. Cheque o horário da administração do medicamento na prescrição médica.


41. Registre o procedimento realizado, o local de aplicação do medicamento e
intercorrências na anotação de enfermagem.
42. Assine e carimbe.

Observações das medicações IM:


Se o medicamento se apresentar em pó liofilizado, faça a reconstituição com
o diluente recomendado.
Especificação de agulhas para a aplicação IM em adultos:
Biotipo do paciente Solução oleosa/ suspensão Solução Aquosa
Magro 25x8 25x7
Normal 30x8 30x7
Obeso 40x8 40x7

A massa muscular atrofia à medida que a pessoa envelhece, portanto, deve-se avaliar
a massa muscular do paciente e a composição do corpo. Usar o comprimento e o calibre
adequados conforme a compleição corporal do paciente.

O volume máximo recomendado do medicamento que pode ser administrado pela via
intramuscular é de 5 mL (em indivíduos adultos).

Deve-se questionar se o paciente possui próteses e em quais regiões


(ex.: prótese de glúteo). É contraindicada a injeção intramuscular na região referida.

A região anterolateral da coxa é o local preferido para a administração de medicamento


por via IM em bebês.
Serviço Social

A administração de medicamento por via IM é contraindicada em pacientes com


distúrbios de coagulação ou em uso de anticoagulantes em doses plenas.

As regiões de escolha para a injeção IM em pacientes adultos são:


ƒƒ Região ventroglútea: técnica de Hochstetter – aplicada no “centro V”, formada pelos
seguintes vértices: palma da mão na porção do trocânter maior, o dedo indicador na
espinha ilíaca anterossuperior e o dedo médio se estendendo até a crista ilíaca.
ƒƒ Região anterolateral da coxa: no terço médio.
ƒƒ Região dorsoglútea: quadrante superolateral.
ƒƒ Região deltoidea: aproximadamente 4 cm abaixo do acrômio.

Esses locais devem ser alternados.

Observações na Pediatria
ƒƒ Comprimento da seringa: não se tem agulha padronizada para crianças, mas 2,5 cm
são necessários para penetrar adequadamente o músculo vasto lateral em lactentes
com 4 meses de idade.
ƒƒ Avaliar local de fácil exposição e aplicação independente da agitação da criança.
ƒƒ Evitar administrar em horários próximos às refeições.
ƒƒ A escolha da seringa e agulha dependerá da idade, estado nutricional da criança e
viscosidade da medicação.
ƒƒ Máximo 3 mL (crianças maiores), calibre de 5-7 comprimento de 20-30 mm (mais
utilizada 25 mm).
ƒƒ Rodízio do músculo a ser utilizado quando necessidade de administração da
medicação em doses fracionadas.
Manual de Estágio

ƒ Na maior parte dos casos, utiliza-se a agulha 25X6 mm no vasto lateral da coxa
em crianças.

Escolha do músculo:

Vasto-lateral da coxa:

Crianças menores de 3 anos de idade por terem maior massa muscular e possuírem
poucos nervos e vasos sanguíneos.
ƒ Localização: palpar trocânter maior e articulações do joelho, dividir distância em 3
partes – terço médio.
ƒ Agulha em ângulo de 45º sentido joelho nos lactentes, e em crianças jovens, deve-se
deixar perpendicular à coxa ou discretamente angulada no sentido da região anterior
da coxa.
ƒ Esse músculo pode tolerar quantidades maiores de líquido.
ƒ Desvantagens: trombose da artéria femoral, lesão de nervo ciático.

Região ventroglútea: crianças maiores de 3 anos


ƒ Localizar trocânter maior, tubérculo ilíaco anteroposterior e a crista ilíaca superior,
palma da mão sobre trocânter maior, dedo indicador sobre o tubérculo ilíaco anteros-
superior e dedo médio da crista ilíaca posterior o mais longe possível, injete dentro do
V formado pelos dedos.
ƒ Introduzir agulha perpendicular, mas discretamente angulada no sentido da
crista ilíaca.
ƒ Menos doloroso que vasto lateral e pode acomodar maiores quantidades de volumes.
ƒ Desvantagens: profissionais de saúde não familiarizados com a área.
Serviço Social

Dorsoglútea: indicado apenas para crianças que andam há pelo menos 2 anos e pequenos
volumes de medicação.
ƒ Desvantagens: risco de lesão de nervo ciático, contraindicado em crianças que não
deambulam até 1 ano, lesão de nervo ciático.

Região deltoideana: a partir da adolescência e contraindicada para crianças com pequeno


desenvolvimento muscular.
ƒ Localizar processo acromial, injetar apenas no terço médio superior que começa
4 dedos abaixo do processo acromial.
ƒ Absorção rápida, fácil acesso, menos dor e menos efeitos colaterais locais.
ƒ Desvantagens: massa muscular pequena, lesão de nervo radial e axilar.
Manual de Estágio

Figura 2 – Seringas e agulhas de diversos tamanhos e calibres.

Fonte: Malkin B. Are techniques used intramuscular injection based on research evidence?
Nursing times 2008;105 (50/51):48-51.¹
Bork AMT. Enfermagem baseada em evidências – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2005.4
Serviço Social

Considerações sobre Noripurum – injeção intramuscular profunda:


Noripurum IM deve ser aplicado obrigatoriamente na região glútea e com agulha longa
(5 cm) que acompanha a embalagem. Deve-se utilizar outra agulha para aspirar o conteúdo
do frasco.
A seringa com Noripurum injetável IM deve conter pequena bolha de ar para evitar o
gotejamento do medicamento e a infiltração.

Técnica em Z:
1. Com os dedos da mão espalmada, repuxar firmemente a pele, mantendo-se assim
durante todo o tempo de administração. O estiramento da pele somente cessará após
retirada da agulha.
2. Após assepsia, introduzir a agulha na região, puxar o êmbolo da seringa para se
certificar de que não há retorno sanguíneo e injetar o medicamento.
3. Esperar 10 segundos, retirar a agulha e soltar a pele.

Com essas manobras, os planos superficiais (pele e tecido subcutâneo) voltam à posição
original e o canal formado pela agulha assume um trajeto irregular (em Z), que impede o
refluxo do produto.
Manual de Estágio

CUIDADOS ESPECIAIS PARA CADA VIA

Todas as vias seguem cuidados muitos semelhantes como: a orientação ao paciente,


higienização das mãos, separação dos materiais, descarte em local apropriado, anotação de
enfermagem, dentre outros.
Por esse motivo, a seguir serão apresentados os cuidados mais específicos de cada
via, lembrando sempre de ter como referência o passo a passo do protocolo completo
de administração de medicação IV para lembrar de passos semelhantes, mas não menos
importantes na administração de medicamentos.

4.3 Preparo e administração de medicamento por via subcutânea (SC)


Objetivo: preparar e administrar medicamentos por via subcutânea.
Responsabilidade: enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem
e médicos.

Materiais:
Bandeja
Fita-crepe ou etiqueta
Caneta
Medicamento prescrito
Álcool
Luvas de procedimento
Agulha 13X4,5
Seringa de 1 mL
Bolas de algodão ou gaze não estéril
Fita microporosa e saco plástico para resíduos
Serviço Social

Cuidados específicos:
1. Faça uma prega no local selecionado.
2. Insira a agulha num ângulo entre 45o e 90o (o ângulo é definido com base na
quantidade de tecido subcutâneo).
3. Solte a prega e não aspire o medicamento.
4. Injete lentamente o conteúdo da seringa, empurrando o êmbolo.
5 . Retire a seringa/agulha com um único movimento e coloque sobre a bandeja
(sem encapar).
6. Comprima levemente o local com algodão seco, sem massagear. Se necessário, faça
um curativo.
7. Observe o local da aplicação e anote qualquer tipo de reação que o paciente possa
apresentar após receber o medicamento.

Observações:
Deve-se evitar a aplicação da injeção subcutânea em membros paralisados, imobilizados
ou com lesões.
O volume máximo recomendado do medicamento que pode ser administrado por essa
técnica é de 1 mL (em indivíduos adultos) ou 0,5 mL (em crianças).
Se o medicamento se apresentar em pó liofilizado, faça a reconstituição com o
diluente recomendado.
Os locais mais apropriados para a injeção por via subcutânea são: região lateral do
braço, abdome (5 cm ao redor do umbigo), região anterior da coxa e região glútea. Esses
locais devem ser alternados.
Manual de Estágio

Figura 3 – Locais para aplicação da injeção subcutânea.


Fonte: http://3.bp.blogspot.com/WtTMMBTAZnM/TeRR9QgKMI/AAAAAAAAAHs/ENq9T0Ziops/s1600/aplicacao01.jpg

Considerações sobre enoxaparina:


Em relação à enoxaparina, o fabricante recomenda a aplicação na região abdominal. O
medicamento é embalado em seringa pronta para uso e possui uma bolha de ar que não
deve ser retirada antes da administração.
Os medicamentos injetados na região abdominal são absorvidos mais rapidamente em
relação às demais regiões.
O preparo da insulina deve ser feito exclusivamente com a seringa graduada
de 1 mL/100u.
Antes de aspirar a insulina, deve-se introduzir no frasco a mesma quantidade de ar que
a prescrita de insulina, isso impede a formação de vácuo, facilita a aspiração e promove a
retirada correta da dose.
 Quando tiver que usar dois tipos diferentes de insulina, por exemplo NPH + R
(regular), NPH + lispro: aspire sempre a insulina R ou a lispro primeiro e depois a NPH. Se a
quantidade de insulina retirada do frasco for maior que a necessária, em hipótese alguma
o excesso deve ser devolvido ao frasco. Descartar a seringa e reiniciar o procedimento.
Serviço Social

Após aberto, o frasco de insulina deve ser identificado com a data de abertura e tem
duração máxima de 30 dias.
Existem disponíveis no mercado canetas de insulina e devem ser utilizadas de acordo
com a orientação do fabricante.

4.4 Preparo e administração de medicamento por via oral (VO)


Objetivo: preparar e administrar medicamentos por via oral.
Responsabilidade: enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem
e médicos.

Materiais:
Bandeja
Fita-crepe ou etiqueta
Caneta
Medicamento prescrito
Copo descartável
Copo com água potável (filtrada ou mineral)
Se medicamento em solução, utilizar seringa ou copo dosador

Cuidados específicos:
1. Se comprimido, retire da embalagem e o coloque no copo sem tocá-lo. Cada
medicamento deve ser colocado em um copo individual.
2. Se solução, coloque a dose prescrita em um copo. Para tal, utilize uma seringa ou
copo dosador. Cada medicamento deve ser colocado em seringa ou copo dosador individual.
3. Se gotas, colocar/gotejar a quantidade prescrita num copo e dilua com água potável.
Manual de Estágio

4. Cada medicamento deve ser colocado em um copo individual.


5. Peça ao paciente para se sentar ou eleve a cabeceira do leito (45º a 90º).
6. Entregue o copo com o medicamento e o copo com água potável ao paciente (ou
auxilie o paciente caso seja dependente).
7. Espere o paciente deglutir todos os medicamentos. Jamais deixe o medicamento na
mesa de cabeceira.

Obs.:
Conforme o nível de consciência do paciente, a terapia medicamentosa por via oral deve
ser reavaliada junto ao médico.
Quando em uso de suspensões, deve-se fazer a agitação para garantir a distribuição
uniforme do medicamento na solução.
Em prescrição de cápsulas, com dosagens diferentes das padronizadas na farmácia,
lembre-se que elas não devem ser abertas. Nesses casos, entre em contato com o médico
e/ou farmacêutico para a conduta.

Administração oral em Pediatria:


Preparações sólidas (comprimido) não são recomendadas para crianças jovens devido ao
risco de aspiração.
Posição semirreclinada (lactentes), crianças maiores (sentadas): conteúdo administrado
lentamente e em pequenas quantidades, permitindo que a criança engula durante
a administração.
Lactente: mamadeira vazia – inserir seringa ou conta-gotas em um dos lados da boca,
paralelamente ao bico da mamadeira (seio materno também).
Serviço Social

NÃO se acrescenta medicação à mamadeira da criança.


Criança pequena se recusa a cooperar – discreta coerção física – realizada de forma
mais rápida e cuidadosa (não quando choro).
Cuidado! Criança chorosa pode aspirar medicação, principalmente em decúbito dorsal.
Segurar a criança no colo, braço direito da criança por trás da enfermeira, mão E da
criança imobilizada firmemente pela mão E da enfermeira, cabeça firmemente contida
entre braço e corpo da enfermeira.

4.5 Preparo e administração de medicamento por via nasal


Objetivo: preparar e administrar medicamentos por via nasal.
Responsabilidade: enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem
e médicos.

Materiais:
Bandeja
Fita-crepe ou etiqueta
Caneta
Medicamento prescrito
Gaze
Solução fisiológica 10 mL
Luvas de procedimento e saco plástico para resíduos
Manual de Estágio

Cuidados específicos:
1. Peça para o paciente deitar ou sentar com a cabeça inclinada para trás.
2. Calce luvas de procedimento.
3. Se necessário, faça higiene nasal com gaze embebida em solução fisiológica.
4. Tire a tampa do medicamento, cuidando para não tocar na ponta do frasco.
5. Inverta o frasco e instile a quantidade de gotas prescritas. Ou no caso de solução a
jato, deixe o frasco em pé em um lado da narina e pressione para a saída do jato.
6. Repita o procedimento na outra narina, se prescrito.
7. Deixe o paciente confortável.

Obs.:
O frasco do medicamento deve ser de uso individual.
Quando em uso de conta-gotas, após a aplicação do medicamento prescrito, não devolva
o excedente ao frasco.

4.6 Preparo e administração de medicamento por via otológica


Objetivo: preparar e administrar medicamentos por via otológica.
Responsabilidade: enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem
e médicos.
Serviço Social

Materiais:
Bandeja
Fita-crepe ou etiqueta
Caneta
Medicamento prescrito
Gaze
Bola de algodão
Luvas de procedimento e saco plástico para resíduos

Cuidados específicos:

1. Oriente o paciente sobre o medicamento que está sendo administrado e via de


administração.
2. Peça para o paciente se deitar ou se sentar com a cabeça inclinada lateralmente de
forma que o ouvido a ser medicado fique para cima.
3. Higienize as mãos.
4. Calce luvas de procedimento.
5. Na presença de sujidade, higienize com gaze umedecida em solução fisiológica.
6. Se frasco com conta-gotas, retire a quantidade aproximada do medicamento,
pressionando a base flexível.
7. Segure a porção superior do pavilhão auricular e puxe suavemente para cima e para
trás em pacientes adultos e para baixo e para trás em crianças.
8. Instile a quantidade de gotas prescritas segurando o frasco/conta-gotas a
aproximadamente 1 cm, acima do canal auditivo (sem encostar a ponta do frasco/
conta-gotas).
9. Solte o pavilhão auditivo e oriente para que o paciente permaneça na mesma posição
por 3 a 5 minutos.
Manual de Estágio

10. Quando prescrito, inserir uma bola de algodão, sem compressão, no canal auditivo.
11. Repita o procedimento no lado contrário se prescrito.
12. Deixe o paciente confortável.

Obs.:
O frasco do medicamento deve ser de uso individual.
Quando em uso de conta-gotas, após a aplicação do medicamento prescrito, não devolva
o excedente ao frasco.

4.7 Preparo e administração de medicamento por via oftálmica


Objetivos: preparar e administrar medicamentos por via oftálmica.
Responsabilidade: enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem
e médicos.

Materiais:
Bandeja
Fita-crepe ou etiqueta
Caneta
Medicamento prescrito
Lenço de papel ou gaze
Saco plástico para resíduos e luvas de procedimento
Serviço Social

Cuidados específicos:
1. Peça para o paciente deitar ou sentar com a cabeça inclinada para trás.
2. Higienize as mãos.
3. Calce luvas de procedimento.
4. Se necessário, faça higiene ocular.
5. Tire a tampa do medicamento, cuidando para não tocar na ponta do frasco/bisnaga.
6. Afaste com os dedos a pálpebra inferior com uma gaze para expor o saco conjuntival.
7. Solicite ao paciente que olhe para cima.
8. Se colírio, inverta o frasco e instile o número de gotas prescritas, aproximadamente
1 a 2 cm acima do saco conjuntival, sem tocar o frasco na conjuntiva, pálpebras ou cílios
do paciente.
9. Se pomada/gel, aplique uma fina camada em toda extensão no saco conjuntival, sem
tocar a bisnaga na conjuntiva, pálpebras ou cílios do paciente.
10. Após administrar o medicamento, libere as pálpebras e solicite ao paciente que feche
o olho delicadamente (ou feche por ele). Oriente-o a não esfregar o olho.
11. Seque o excesso de medicamento com um lenço de papel ou gaze.
12. Deixe o paciente confortável.
Manual de Estágio

4.8 Preparo e administração de medicamento por via inalatória (IN)


Objetivos: preparar e administrar medicamentos por via inalatória utilizando
nebulizador/inalador.

Materiais:
Bandeja
Fita-crepe ou etiqueta
Caneta
Luvas de procedimentos
Inalador/nebulizador
Cadarço
Saco plástico
Medicamento prescrito
Fluxômetro

Cuidados específicos:
1. Higienize as mãos.
2. Separe o medicamento do paciente e confira nome, validade, dose necessária
e apresentação.
3. Cole a etiqueta de identificação no reservatório do inalador/nebulizador.
4. Coloque o medicamento na dosagem prescrita e conecte o reservatório à máscara do
inalador/nebulizador.
5. Reúna o material em uma bandeja.
6. Leve a prescrição médica e a bandeja ao quarto do paciente, coloque em uma mesa
auxiliar limpa.
Serviço Social

7. Higienize as mãos.
8. Confira o nome completo do paciente que consta na prescrição, no inalador/
nebulizador com o medicamento e a pulseira de identificação. Se pulseira indicativa de
alergia, pergunte a ele a qual medicamentos ou confira no prontuário.
9. Oriente o paciente sobre o medicamento que está sendo administrado e a forma
de administração.
10. Peça ao paciente para se sentar ou eleve a cabeceira do leito (30° a 90°).
11. Higienize as mãos.
12. Calce as luvas de procedimento.
13. Conecte o inalador ao tubo extensor e ligue no fluxômetro entre 3 a 7 L/min
de oxigênio.
14. Abra o fluxômetro e verifique se há saída de névoa do inalador.
15. Oriente o paciente para respirar tranquilamente e a segurar o inalador. Caso ele não
consiga segurar, fixe o inalador na face do paciente com cadarço.
16. Verifique se o paciente mantém a posição correta da cabeça e do inalador junto
à face.
17. Deixe o paciente confortável.
18. Recolha o material do quarto.
19. Retire as luvas de procedimentos e as descarte em lixo apropriado.
20. Higienize as mãos.
21. Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e passe álcool a 70%.
22. Higienize as mãos.
23. Ao término da administração do medicamento, higienize as mãos e calce as luvas
de procedimento.
Manual de Estágio

24. Feche o fluxômetro e retire o inalador da face do paciente.


25. Deixe o paciente confortável.
26. Encaminhe o inalador/nebulizador ao expurgo e acondicione em local apropriado.
27. Retire as luvas e as descarte em lixo apropriado.
28. Higienize as mãos.
29. Cheque o horário da administração do medicamento na prescrição médica, registre
o procedimento realizado e as intercorrências na anotação de enfermagem.
30. Assine e carimbe.

Obs.:
Em unidades de internação e unidades de terapias intensivas, o inalador/nebulizador
pode ser usado por 24 horas. Esse dispositivo deve ser previamente higienizado e mantido
em embalagem plástica devidamente identificado junto ao leito do paciente. Em caso de
contaminação e/ou sujidade visível, o inalador/nebulizador deve ser encaminhado para a
desinfecção de alto nível.
Após o primeiro uso do inalador/nebulizador, o preparo do medicamento deve ser feito
no posto de enfermagem. Coloque o medicamento em copo descartável identificado e
encaminhe ao quarto do paciente em uma bandeja juntamente com a prescrição médica.
Coloque o medicamento no inalador/nebulizador que está à beira do leito do paciente.
Após o procedimento, faça ou oriente higiene oral, se necessário.
Devem ser retirados a etiqueta e o cadarço do inalador/nebulizador antes de encaminhar
ao CDE.
Em pacientes intubados ou traqueostomizados, deve-se consultar POP específico.
Serviço Social

4.9 Preparo e administração de medicamento por via enteral


Objetivo: administrar medicamento por sonda enteral (pré ou pós-pilórica) ou
gastrostomia, em pacientes com impossibilidade ou dificuldade de deglutição.
Responsabilidade: enfermeiro, farmacêutico, técnico e auxiliar de enfermagem.

Materiais:
Medicamento
Etiqueta
Caneta
Triturador de comprimidos
Água potável (filtrada ou mineral)
Seringa de 20 mL (1 para cada medicamento e 1 para teste e lavagem da sonda)
Bandeja
Estetoscópio
Luvas de procedimento
Gazes e saco plástico para resíduos

AÇÕES (passos)
1. Consulte a prescrição médica e leia atentamente os medicamentos que devem ser
administrados por via enteral.
2. Faça a identificação do medicamento (etiqueta com nome completo, leito, dose,
horário, via de administração).
3. Higienize as mãos.
4. Retire o medicamento da gaveta do paciente e confira nome, validade, dose necessária
e apresentação.
5. Se comprimido, retire da embalagem e o coloque no triturador. Triture o comprimido
até se tornar pó, diluir em 5, 10 ou 20 mL de água potável e aspire.
Manual de Estágio

6. Escolha o volume de diluição conforme a característica do paciente e tolerância


de volume.
7. Se solução, aspire a dose prescrita e diluir em 5, 10 ou 20 mL de água potável.
8. Cole a etiqueta de identificação na seringa com o medicamento.
9. Proteja a seringa com a própria embalagem e nunca coloque agulha (manter o bico
da seringa voltado para parte da embalagem selada, protegendo-a).
10. Se houver mais de um medicamento no horário, realize cada procedimento
separadamente, por seringa.
11. Reúna o material [medicamento(s), estetoscópio, luvas, água potável, gaze, seringa
vazia], coloque na bandeja e leve ao quarto.
12. Coloque a bandeja sobre a mesa de cabeceira.
13. Confira o nome completo do paciente que consta no medicamento com a pulseira
de identificação.
14. Explique o procedimento ao paciente e/ou acompanhante / cuidador.
15. Peça ao paciente para sentar-se ou eleve a cabeceira do leito (30°a 45°).
16. Higienize as mãos.
17. Calce as luvas de procedimento.

a. Em paciente com gastrostomia - abra o cateter, conecte seringa de 10 mL vazia e


aspire para verificar a permeabilidade e se está locada (pela presença de resíduo gástrico).

b. Em paciente com sonda enteral, abra e conecte a seringa vazia na sonda e aspire,
caso não haja retorno de resíduo, injete 10 mL de ar e ausculte o quadrante superior
esquerdo do abdome (em sonda pós- pilórica pode não haver resíduo ao aspirar).
Verifique também se a fixação da sonda está correta e se não há deslocamento da sonda.
18. Qualquer dúvida não continue o procedimento e solicite avaliação de um enfermeiro
ou médico.
Serviço Social

19. A seguir adapte a seringa com o medicamento na sonda (pode usar gazes
como apoio).
20. Injete lentamente toda a medicação.
21. Lave a sonda administrando no mínimo 10-15 mL de água potável (filtrada ou
mineral) com pressão, para evitar a obstrução, e feche a tampa da sonda.
22. Atenção! Entre cada medicamento (se houver mais de um no mesmo horário) ou
entre a dieta e o medicamento, e após o último medicamento administrado deve-se lavar
a sonda com no mínimo 10-15 mL de água potável.
23. Desconecte a seringa e feche a sonda.
24. Retire as luvas de procedimento e descarte-as junto com os materiais utilizados em
saco plástico para resíduos.
25. Higienize as mãos.
26. Deixe o paciente confortável e o quarto organizado.
27. Recolha o material e despreze no expurgo, em lixo para resíduo infectante.
28. Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel toalha e faça desinfecção com
álcool a 70%.
29. Higienize as mãos.
30. Cheque o horário da administração do medicamento.
31. Registre o procedimento realizado na anotação de enfermagem. Incluir o volume
administrado no balanço hídrico e intercorrências (se houver), assinar e carimbar.

Obs.:
O termo via sonda enteral é utilizado de um modo geral para definir acesso ao sistema
digestório por sonda oro/nasogástrica, nasoentérica e estomas de alimentação (gastrostomia
e jejunostomia).
O paciente deve ser orientado sobre cada medicamento a ser administrado. Respeite seu
direito de recusa, comunique ao médico e registre.
Manual de Estágio

O paciente deve ser mantido em decúbito de 30o a 45o durante o tempo em que
é infundido o medicamento e por pelo menos 30 minutos após, para melhorar o
esvaziamento gástrico.
Evite, se possível, horários de medicamentos que frequentemente interrompam a infusão
da dieta. Antes de triturar os comprimidos, certifique-se com um farmacêutico se eles
podem ser triturados.
Sempre que possível, utilize medicamentos na apresentação da solução para prevenir a
obstrução e facilitar a infusão, e lembre-se de diluir.
Medicamentos bucais, sublinguais, com revestimento entérico ou de liberação lenta não
podem ser triturados.
Atente para os sítios de absorção de certas drogas para evitar que sejam administradas
em porção do digestivo em que não serão absorvidos (principalmente em pacientes
com jejunostomia).
Nunca feche o dispositivo sem antes lavar o sistema. A lavagem da sonda após a
administração do medicamento é fundamental para evitar complicação mecânica da sonda
(obstrução).
Atente para o momento correto da administração. Levar em consideração o conteúdo
gástrico, a necessidade de jejum e por quanto tempo (antes e após a administração), além
da possibilidade de interação entre a medicação e a dieta em uso, e a medicação e outras
medicações a serem administradas no mesmo horário.
Nunca misture um medicamento com a dieta do paciente, ou com outro medicamento.
Em pacientes imunodeprimidos é recomendado uso de água estéril na diluição dos
medicamentos e lavagem da sonda, pois é isenta de qualquer micro-organismo.

ATENÇÃO – o volume de água potável (filtrada ou mineral) a ser administrado para


lavagem da sonda e diluição de medicamentos deve ser calculado considerando a idade e
estado clínico do paciente.
Serviço Social

AULA PRÁTICA
ROTEIRO 5
PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA EM PEDIATRIA

PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA COM JELCO (CATETER SOBRE AGULHA FLEXÍVEL OU


ABOCATH) EM PEDIATRIA
Objetivo: A punção venosa periférica é um procedimento que possui alto nível de
complexidade técnico-científica, o que exige do profissional competência, bem como
habilidade psicomotora. Representa um procedimento invasivo, considerando que o cateter
provoca o rompimento da proteção natural realizando a comunicação do sistema venoso
com o meio externo. O jelco é um cateter utilizado para terapias IV prolongadas.
Responsabilidade: Enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e
médicos. É executado por profissionais com diferentes níveis de formação ou habilitação,
o que pode gerar variabilidade no desempenho do procedimento.

Materiais:
- Bandeja,
- Dispositivos intravenosos (Jelco) com numeração adequada à criança,
- Algodão umedecido com álcool 70%,
- Luvas de procedimentos,
- Micropore,
- Esparadrapo ou fixação para cateteres intravenosos,
- Seringa de 5 mL contendo soro fisiológico 0,9%,
- Polifix,
- Garrote e tala,
- Gazes e saco plástico para resíduos.
Manual de Estágio

Passos para a Punção Venosa Periférica com Jelco (Cateter sobre agulha flexível
ou abocath) em Pediatria
1. Checar prescrição, enfermagem/médica, a necessidade da punção venosa periférica.
2. Explicar procedimento para a criança e acompanhante. Se possível, realizar brinquedo
terapêutico. Aproveitar o momento para realizar a inspeção da rede venosa periférica da
criança para a escolha adequada do dispositivo intravenoso.
3. Preparar a criança emocionalmente antes da realização dos procedimentos invasivos,
de acordo com a idade e o nível de compreensão, a fim de minimizar o medo do desconhecido
e promover a cooperação. Valorizar e facilitar a presença dos pais durante todo o processo.
4. Lavar as mãos.
5. Preparar o material (selecionar os materiais para a punção venosa periférica de
acordo com as características da criança).
6. Avaliação da criança, explicação do procedimento, perguntar à mãe sobre a sua
vontade de participar do procedimento.
7. Encaminhar ao leito da criança. Caso haja necessidade, desloque a criança para
realizar o procedimento. Fique na altura dela, se for preciso, sente-se e apoie o material
com segurança, evitando acidentes. Não apoie o material no próprio leito da criança.
8. Selecionar o local da punção venosa e dilatação da veia (considerar técnicas
como gravidade, aperto do punho, ou compressa morna. Desconsiderar “tapinhas” por
causarem dor).
9. Calçar as luvas de procedimento.
10. Realizar a antissepsia com algodão umedecido com álcool 70% com fricção de pelo
menos 30 segundos, com movimentos circulares do centro para a periferia, e aguardar
evaporar o produto antes de perfurar a pele.
Serviço Social

11. Posicionar o garrote o mais distal possível do local da inserção do cateter com vistas
a diminuir a pressão intravascular e, portanto, diminuir a chance do rompimento do vaso
no momento da punção.
12. Introduza o cateter venoso periférico, aguardar com que o sangue reflua para
constatar o sucesso da punção.
13. Retirar o garrote.
14. Estabilizar, fixar o cateter e realizar o curativo com micropore estéril ou película
transparente. O uso de tala de fixação não deve ser preconizado.
15. Testar higidez do vaso com solução preparada com Soro Fisiológico 0,9%.
16. Identificar com data, hora, tipo e número dispositivo utilizado e pessoa que realizou
o procedimento.
17. Descartar dispositivos não utilizados adequadamente.
18. Lavar as mãos.
19. Realizar a anotação de Enfermagem.

PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA COM SCALP (CATETER AGULHADO) EM PEDIATRIA


PARA COLETA DE EXAME
OBJETIVO: A punção venosa periférica é um procedimento que possui alto nível de
complexidade técnico-científico, o que exige do profissional competência, bem como
habilidade psicomotora. Representa um procedimento invasivo, considerando que o
cateter provoca o rompimento da proteção natural realizando a comunicação do sistema
venoso com o meio externo. O Scalp é utilizado principalmente para a realização de coleta
de exames.
Manual de Estágio

RESPONSABILIDADE: Enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem


e médicos. É executado por profissionais com diferentes níveis de formação ou habilitação,
o que pode gerar variabilidade no desempenho do procedimento.

MATERIAIS:
- Bandeja,
- Dispositivo intravenosos (Scalp) com numeração adequada à criança,
- Algodão umedecido com álcool 70%,
- Luvas de procedimentos,
- Micropore para fixação,
- Seringa,
- Garrote,
- Tubo de ensaio adequado ao exame solicitado,
- Etiqueta de identificação,
- Adesivo absorvente (bloodstop).

Passos para a Punção Venosa Periférica com Scalp (Cateter agulhado) em Pediatria
para coleta de exames
1. Explicar procedimento para a criança e acompanhante. Se possível, realizar brinquedo
terapêutico. Aproveitar o momento para realizar a inspeção da rede venosa periférica da
criança para a escolha adequada do escalpe.
2. Preparar a criança emocionalmente antes da realização dos procedimentos invasivos,
de acordo com a idade e o nível de compreensão, a fim de minimizar o medo do desconhecido
e promover a cooperação. Valorizar e facilitar a presença dos pais durante todo o processo.
3. Lavar as mãos.
4. Preparar o material (Selecionar os materiais para a coleta de exames de acordo com
as características da criança).
Serviço Social

5. Avaliação da criança, explicação do procedimento, perguntar à mãe sobre a sua


vontade de participar do procedimento.
6. Encaminhar ao leito da criança. Caso haja necessidade, desloque a criança para
realizar o procedimento. Fique na altura dela, se for preciso, sente-se e apoie o material
com segurança, evitando acidentes. Não apoie o material no próprio leito da criança.
7. Selecionar o local da punção venosa e dilatação da veia (considerar técnicas
como gravidade, aperto do punho, ou compressa morna. Desconsiderar “tapinhas” por
causarem dor).
8. Calçar as luvas de procedimento.
9. Realizar a antissepsia com algodão umedecido com álcool 70% com fricção de pelo
menos 30 segundos, com movimentos circulares do centro para a periferia, e aguardar
evaporar o produto antes de perfurar a pele.
10. Posicionar o garrote o mais distal possível do local da inserção do cateter com vistas
a diminuir a pressão intravascular e, portanto, diminuir a chance do rompimento do vaso
no momento da punção.
11. Introduza o scalp com o bisel para cima em um ângulo de 45 graus, aguardar com
que o sangue reflua para extensão do sal e da seringa.
12. Retirar o garrote.
13. Retirar o volume adequado de sangue para a realização do exame.
14. Retirar o scalp da veia e pressionar o local da punção com algodão sem massagem
ou dobrar membro. Após, coloque o adesivo absorvente (bloodstop).
15. Retire o scalp da seringa com cuidado e transfira o sangue para o tubo deixando-o
escorrer pela parede do tubo para evitar hemólise. Tampe o tubo.
16. Retire as luvas de procedimentos.
17. Etiquete o tubo.
Manual de Estágio

18. Lave as mãos.


19. Realizar a anotação de Enfermagem.

PRINCIPAIS TIPOS DE CATETERES INTRAVENOSOS E MATERIAIS ENVOLVIDOS NO


PROCESSO DA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA

Cateteres Agulhados (escalpe, butterfly)


São feitos de aço inoxidável biocompatível, não flexíveis ou dobram-se sob resistência.
A ponta de aço pode facilmente perfurar a veia depois da instalação, risco para infiltração.
São classificados com números ímpares: número 19 (que é de maior calibre), 21, 23, 25
e o 27, medindo 1,25 cm a 3,0 cm de comprimento. Utilizam-se os números 25 e 27
em crianças. As asas são presas à haste, feitas de borracha ou plástico e o tubo flexível
estende-se por trás delas. Todo o dispositivo precisa ser preenchido com a solução que será
utilizada no paciente.
Esses cateteres são utilizados, geralmente, para administração de medicamento IV em
bolus ou para coleta de sangue.
Serviço Social

Cateteres sobre agulha ou flexíveis (Tipo “abocath”)


Consiste numa cânula com comprimento de 2,0 a 5,0 cm e calibres em números pares
(n. 14, 16, 18, 20, 22). Depois da punção da veia, a agulha é retirada e descartada, deixando
um cateter flexível no vaso.

Buretas

Função:
ƒƒ Dispositivo para infusão, controle de fluxo e dosagem de soluções parenterais.
ƒƒ Conecta o recipiente de soluções (frasco ou bolsa) ao dispositivo de acesso venoso
(scalp, cateter intravenoso, ou agulha).
ƒƒ Viabiliza o controle de fluxo de soluções.
Manual de Estágio

Características Gerais:

Lanceta perfurante para conexão ao recipiente de solução.


Câmara para visualização de gotejamento.
Extensão em PVC.
Controlador de fluxo (gotejamento) tipo pinça rolete.
Conexão luer para dispositivo de acesso venoso.

Equipo Macrogotas e Microgotas

Função:
ƒ Dispositivo para infusão, controle de fluxo e dosagem de soluções parenterais.
ƒ Viabiliza o controle de fluxo de soluções.

Características Gerais:
Lanceta perfurante para conexão ao recipiente de solução.
Serviço Social

Câmara para visualização de gotejamento.


Extensão em PVC.
Controlador de fluxo (gotejamento) tipo pinça rolete.
Conexão luer para dispositivo de acesso venoso.

Observação: 1 gota = 3 microgotas


1 ml = 20 gotas = 60 microgotas
Manual de Estágio

Bombas de Infusão

Bomba de infusão volumétrica


Na bomba de infusão volumétrica o controle é feito diretamente através do volume em
mL/h. Pode apresentar programações distintas, desde neonatos a adultos.
Possui sistema de alarme para os seguintes casos – Oclusão de via. Vazão livre.
Ar na linha. Fim de infusão. Bateria com carga baixa.
Pode ser utilizada para administração de soluções vias parenterais e enterais desde que
utilize o equipo adequado.

Bomba de infusão gota a gota


E na bomba de infusão gota a gota o controle da vazão é feito através da contagem do
número de gotas por minuto que, posteriormente, é transformado para leitura em mililitros
por hora. Dificilmente encontrada, pois requer equipo adequado.
Serviço Social

Extensores para administração de medicações (POLIFIX®)


Extensores intermediários de duas ou quatro vias para administração de medicações
parenterais compatíveis que permite infusões simultâneas de medicações compatíveis a
partir de um único acesso venoso e facilita mobilidade do paciente.
Descrição – Tubo transparente em PVC com Conector Luer Slip com o paciente –
Conectores distais Luer com protetores de cone Luer, pinças tipo clamp (corta-fluxo, tampas
protetoras reservas).

Fixadores de cateteres
Filme transparente estéril e hipoalergênico que possui alta permeabilidade ao vapor,
efetuando as trocas gasosas, não permitindo a permanência de umidade sob o curativo e
reduzindo os riscos de infecções. É ideal para terapia endovenosa, devido ao recorte que
permite que as bordas reforçadas se sobreponham, a fim de garantir uma fixação segura
ao redor do cateter. Seu sistema de aplicação com moldura proporciona confiança ao
profissional de enfermagem ao aplicar o curativo. Alguns modelos possuem duas tiras de
fitas adesivas para estabilizar os cateteres e reforçar a segurança na fixação. Possui bordas
reforçadas de tecido macio para que o paciente não sofra trauma mecânico pelo peso
dos cateteres.
Manual de Estágio

A imobilização do membro de inserção do cateter venoso com a utilização de tala pode


contribuir para a proteção do paciente e do próprio cateter, pois se correlaciona com a
diminuição da mobilidade do curativo e do cateter venoso periférico, podendo colaborar
com o aumento do tempo de permanência de ambos. Além disso, a imobilização do membro
pode reduzir a saída acidental do cateter e seu deslocamento do interior do vaso, o que
evita a ocorrência de infiltração.

A tala para imobilização do membro deve ser posicionada sob a articulação e fixada
com tiras de fita adesiva hipoalergênica, atentando-se para não posicionar a fita sobre o
local de inserção do cateter, a fim de permitir sua avaliação ser desenvolvida em material
hipoalergênico, que permita sua desinfecção e absorção da sudorese do paciente, a fim de
evitar lesão de pele por maceração e contribuir para o aumento da ocorrência de infecções.

Com relação aos aspectos legais, a imobilização do membro consiste em um tipo de


restrição, devendo ser autorizada pela criança e seus familiares.
Serviço Social

AULA PRÁTICA
ROTEIRO 6
INSERÇÃO DE SONDA NASOENTÉRICA EM PEDIATRIA

Objetivo: Proporcionar nutrição ou administração de medicamento.


Responsabilidade: Enfermeiros
Materiais:
- Sonda de poliuretano ou silicone 6 Fr.
- Bandeja.
- Xilocaína gel (com discussão multidisciplinar)
- Seringa de 10 ml.
- Gaze.
- Cadarço.
- Estetoscópio.
- Fita adesiva.
- Luvas de procedimento não estéreis.
- 01 fixador de Sonda ou micropore,
- Toalha.

Passos para a Inserção de Sonda Nasoentérica em Pediatria


1. Lavar as mãos para evitar infecção cruzada.
2. Reunir o material e levar junto ao paciente.
3. Orientar o paciente e os pais em relação ao procedimento, isso minimiza a ansiedade.
Se possível, realizar brinquedo terapêutico. Informar que podem ocorrer náuseas, vômitos,
desconforto nasal e lacrimejamento. Orientar a criança, se possível, que ela aja como se
estivesse deglutindo.
Manual de Estágio

4. Elevar a cabeceira do leito em torno de 45º ou colocar a criança em decúbito lateral


direito com a cabeça fletida.
5. Proteger o tórax com a toalha de rosto.
6. Calçar as luvas de procedimento.
7. Inspecionar as narinas em busca de desvio de septo ou outras anormalidades, remover
sujidades e observar possível obstrução para introdução da sonda.
8. A medida externa relacionada ao trajeto da sonda deve ser verificada com a criança
deitada no leito, cabeça ereta e em posição de alinhamento mentoesternal. Medir o
comprimento da sonda a ser introduzido da ponta do nariz, ao lóbulo da orelha e deste ao
apêndice xifoide (posição gástrica), continuar até a cicatriz umbilical e, depois, até a crista
ilíaca direita. Marcar sonda com fita adesiva.
9. Lubrificar a sonda sempre que possível somente com soro fisiológico (cerca de 10
cm), se houver necessidade do uso de xilocaína gel o mesmo deverá ser discutido com o
pediatra responsável, apoiando-a sobre a gaze.
10. Introduzir a sonda por uma das narinas e, após a introdução da parte lubrificada,
flexionar o pescoço de tal forma que o queixo se aproxime do tórax. Pedir para o paciente
deglutir durante a passagem da sonda pelo esôfago, se possível. Introduzir a sonda até a
marca da fita adesiva.
11. Observar durante o procedimento: dispneia, cianose, tosse, que podem indicar que a
sonda está na traqueia. Nesse caso, deverá ser imediatamente retirada lentamente.
12. Testar a localização da sonda.
13. Injetar de 2 a 10 mL (avaliar a idade da criança) de ar na sonda e com a colocação
do estetoscópio posicionado na região epigástrica proceder à ausculta gástrica.
14. Aspirar a sonda com a seringa de 5 mL, usando pouca pressão e observar o retorno
do conteúdo gástrico.
Serviço Social

15. Fixar a sonda no nariz com fixador para sonda ou Micropore, evitando trações que
possam provocar ulcerações e verificar número da graduação que foi fixada.
16. Retirar o fio guia (Obs.: sendo necessária a mobilização da sonda, não deverá ser
introduzido o fio guia).
17. Deixar o paciente em decúbito lateral D para facilitar a migração da sonda, enquanto
aguarda o exame de Raio X.
18. Desprezar o material e lavar as mãos.
19. Manter o paciente em decúbito mínimo de 30º.
20. Solicitar RX para confirmar a posição da sonda sempre.
21. Recolher material e deixar a unidade em ordem.
22. Lavar as mãos.
23. Uma vez obtida a radiografia de controle do posicionamento da sonda enteral, o
enfermeiro solicita ao médico responsável a liberação da infusão de dieta e ele deverá
registrar em prontuário a liberação e utilização da sonda para uso.
Manual de Estágio

AULA PRÁTICA
ROTEIRO 7
INSERÇÃO DE SONDA NASOGÁSTRICA EM PEDIATRIA

Objetivo
Proporcionar preparo pré-operatório.
Coletar suco gástrico para exame.
Realizar drenagem de secreção gástrica.
Aliviar distensões abdominais.
Proporcionar a administração do medicamento (Carvão Ativado) ou demais medidas
terapêuticas (Lavagem Gástrica).
Na criança ainda pode ser utilizada para administração de dieta e de medicamentos.

Responsabilidade: Enfermeiros.
Serviço Social

Materiais:
- Sonda GÁSTRICA TIPO LEVINE (4, 6 ou 6).
- Bandeja.
- Xilocaína gel, se necessário.
- Seringa de 10 mL.
- Gaze.
- Cadarço.
- Estetoscópio.
- Fita adesiva.
- Luvas de procedimento não estéreis.
- 01 fixador de Sonda ou micropore.
- Toalha.
- Extensor.
- Saco coletor.

Passos para a Inserção de Sonda Nasoentérica em Pediatria


1. Higienizar as mãos e reunir o material e levar para junto do paciente.
2. Orientar o paciente e os pais em relação ao procedimento, isso minimiza a ansiedade.
Se possível, realizar brinquedo terapêutico. Informar que podem ocorrer náuseas, vômitos,
desconforto nasal e lacrimejamento. Orientar a criança, se possível, que ela aja como se
estivesse deglutindo.
3. Colocar o paciente em posição de Fowler, se houver condições, paciente com suspeita
de lesão de coluna devem ser sondados em DDH (decúbito dorsal horizontal).
4. Proteger o tórax com a toalha.
5. Medir o comprimento da sonda a ser introduzida: da ponta do nariz ao lóbulo
da orelha até o apêndice xifoide e marcar sonda com fita adesiva. Novos protocolos
sugerem que seja realizada a medição até o ponto médio entre o processo xifoide e a
cicatriz umbilical.
Manual de Estágio

6. Marcar com uma tira de fita adesiva.


7. Calçar as luvas.
8. Limpar a narina com solução fisiológica com gaze não estéril, se necessário.
9. Lubrificar a sonda sempre que possível somente com soro fisiológico (em torno de
10 cm), se houver necessidade do uso de xilocaína gel, o mesmo deverá ser discutido com
o pediatra responsável, apoiando-a sobre a gaze.
10. Introduzir a sonda por uma das narinas e após a introdução da parte lubrificada,
flexionar o pescoço de tal forma que o queixo se aproxime do tórax, permanecendo assim
até que a sonda atinja o esôfago. Pedir para o paciente deglutir durante a passagem da
sonda pelo esôfago, se possível.
11. Observar durante o procedimento se sonda não está na cavidade oral e se há sinais
de dispneia, cianose, tosse, que podem indicar que a sonda está na traqueia. Nesse caso,
deverá ser imediatamente retirada lentamente.
12. Introduzir a sonda até a marca da fita adesiva.
13. Testar se a sonda está no estômago, utilizando os seguintes métodos abaixo:
ƒƒ Colocar o estetoscópio na região epigástrica do paciente e injetar 10 mL de ar.
Se houver ruído, sugere que está em posição correta.
ƒƒ Aspirar com uma seringa o conteúdo gástrico até observar presença de secreção
na sonda.
ƒƒ Testes adicionais para confirmação podem ser utilizados, sendo o mais recomendado
avaliar pH.
14. Remover a oleosidade do nariz e da região frontal onde será fixada a fita adesiva,
amarrar o cadarço na sonda rente ao nariz e fixá-lo sobre a fita adesiva aderida anteriormente.
15. Conectar sonda gástrica ao conector e este ao saco coletor.
16. Retirar as luvas.
Serviço Social

17. Manter o paciente em decúbito elevado.


18. Recolher o material e deixar a unidade em ordem.
19. Higienizar as mãos.
20. Registrar o procedimento segundo normas de anotação de enfermagem da instituição.

Observação:
A asa do nariz não deve permanecer tracionada após a fixação.
Caso ocorra resistência ao introduzir a sonda, recomenda-se não forçar, para evitar
possíveis traumas. Tente introduzir a sonda na outra narina.
Se a sonda gástrica permanecer aberta, conectar uma extensão com saco coletor,
fixando-a ao tronco do paciente.

Na manutenção da sonda gástrica aberta é importante:


Controlar o volume e característica da secreção drenada.
Ordenhar, conforme prescrição de enfermagem para manter permeabilidade.
Caso o paciente apresente lesão cervical ou fratura odontoide, não flexionar o pescoço.
A utilização da sonda para medicação deve ser feita apenas por indicação médica, em
situação de emergência e sob supervisão do enfermeiro. No caso de dúvida quanto ao
posicionamento, mesmo após os testes acima mencionados, solicitar o auxílio de outro
profissional para confirmar o posicionamento da sonda.
Manual de Estágio

AULA PRÁTICA
ROTEIRO 8
BOLSA DE COLETA DE URINA NA PEDIATRIA

Higienize os genitais da criança.


Destaque o adesivo do coletor pediátrico, abrindo o orifício central.
Para meninas, afastar os lábios, mantendo a pele esticada

Figura 1 – Colocação do coletor de urina pediátrico.

Para meninos, colocar o pênis e o escroto dentro da bolsa, se possível (conforme figura).
Coloque o coletor na criança e troque o saco de acordo com o protocolo da instituição
(normalmente 60 minutos para a troca do saco coletor).
Após a criança urinar, retire imediatamente o saco coletor e despeje o conteúdo (mínimo
de 10 mL) no frasco de coleta para análise.
Serviço Social

AULA PRÁTICA
ROTEIRO 9
SONDAGEM VESICAL NA PEDIATRIA

Indicações para sondagem de alívio ou de demora:


Controle rigoroso do débito urinário em pacientes críticos.
Recuperação pós-operatória em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de
trato geniturinário.
Coletar urina para exames laboratoriais.
Mensurar o volume urinário.

Por se tratar de um procedimento invasivo de relativa complexidade, devemos assegurar


que somente profissional Enfermeiro devidamente treinado, com conhecimento técnico e
experiência na sua execução, deva realizá-lo, conforme Resolução Cofen 0450/2013.

Sondagem Vesical de Demora Masculina na Pediatria

Materiais
- 1 Kit sondagem vesical (cuba rim, pinça pean, cúpula).
- Kit com 1 campo estéril e 1 campo fenestrado.
- 01 seringa de Xylocaína gel (uso único) ou 1 tubo de lidocaína geleia a 2% lacrado.
– seu uso deverá ser discutido com a equipe multidisciplinar
- 2 Pacotes de gaze estéril.
- 1 Par de luvas de procedimento.
- 1 Par de luvas estéril.
Manual de Estágio

- Solução antisséptica Clorexidina aquoso 0,2 ou 0,5%.


- Saco de lixo comum.
- EPIs (óculos de proteção, máscara comum e avental descartável).
- Coletor de urina estéril (sistema fechado, com válvula antirrefluxo).
- 1 Seringa de 5 mL bico slip.
- 1 Agulha 40x12.
- 1 Ampola de água destilada.
- Dispositivo de fixação padrão de sonda ou fita adesiva porosa.
- Material para higiene íntima (Clorexidina degermante 2% ou sabão neutro, 1 toalha,
panos de limpeza descartáveis).
- Biombo, se necessário.

Método
1. Verificar e conferir prescrição médica.
2. Higienizar as mãos.
3. Identificar-se e explicar ao paciente e família o procedimento.
4. Separar o material.
5. Realizar a desinfecção da mesa auxiliar com o pano descartável e álcool a 70%.
6. Abrir o saco de lixo e colocá-lo próximo ao leito.
7. Promover a privacidade do paciente.
8. Dispor o material na mesa auxiliar próximo ao leito do paciente.
9. Higienizar as mãos.
10. Calçar as luvas de procedimento, máscara e óculos de proteção.
11. Posicionar o paciente em decúbito dorsal expondo somente os genitais, mantendo
os membros inferiores em pequena abdução.
12. Realizar a higiene íntima com clorexidina degermante.
13. Recolher o material da higiene íntima e desprezar as luvas de procedimento.
Serviço Social

14. Higienizar as mãos.


15. Calçar as luvas de procedimento, máscara e óculos de proteção.
16. Abrir campo estéril do kit cateterismo na técnica com cuidado para não contaminar.
17. Abrir a gaze na cúpula e embeber com clorexidina aquosa.
18. Abrir a xylocaína gel e desprezar dentro da cuba rim. A depender da idade da criança
e condição clínica, o uso de xylocaína deverá ser discutido com a equipe multidisciplinar.
19. Abrir o restante do material sobre o campo.
20. Abrir o kit com os campos estéril e reservar.
21. Realizar a desinfecção da ampola de água destilada com swab de álcool, abrir e
deixar sobre a mesa.
22. Higienizar as mãos.
23. Abrir o campo estéril sem fenestra pela borda externa com cuidado para não
contaminar a parte que será utilizada para o apoio.
24. Calçar o par de luvas estéril.
25. Aspirar a água destilada, com auxílio da seringa e agulha, sem tocar na ampola.
26. Desconectar a agulha da seringa.
27. Conectar o bico da seringa na válvula na via distal da sonda, infundir a água destilada
de acordo com o volume máximo indicado pelo fabricante para testar o balonete.
28. Observar se há vazamento no balonete, se houver, a sonda deve ser trocada.
29. Aspirar o volume injetado, esvaziar o balão deixando o volume na seringa.
30. Conectar o coletor fechado à sonda vesical e certificar-se sobre a completa conexão
entre sonda e o coletor e se o bico de esvaziamento do coletor está fechado.
31. Retirar a sonda totalmente da embalagem (segundo invólucro estéril).
32. Realizar a sequência da antissepsia com a gaze embebida em clorexidina aquoso
com auxílio da pinça: corpo do pênis em sentido único de cima para baixo estendendo para
região suprapúbica, raiz da coxa e bolsa escrotal (utilizando uma gaze para cada região
Manual de Estágio

anatômica). Com a mão dominante, retirar o prepúcio e não retirar as mãos. Proceder a
limpeza da glande e depois do meato urinário, sendo uma gaze para cada região.
33. Inserir a xylocaína gel no meato uretral lentamente para dilatar e dilatar a uretra.
34. Segurar o corpo do pênis com a mão não dominante, elevando em um ângulo de 60
a 90 graus.
35. Introduzir toda a sonda no meato uretral até o final e aguardar a drenagem
espontânea da urina (não insuflar o balão antes disso).
36. Insuflar o balonete lentamente SOMENTE após observar o refluxo de urina, com
o volume de água recomendado. Atenção: interrompa a insuflação do balonete caso o
paciente sinta dor ou tenha resistência, pois a sonda pode não estar na bexiga.
37. Tracionar lentamente a sonda até encontrar resistência. – Retirar os EPIs.
38. Higienizar as mãos.
39. Fixar a extensão da bolsa coletora na região inguinal ou abdome com
fixador padronizado.
40. Prender a bolsa coletora de urina em local apropriado no leito do paciente abaixo do
nível da cintura (nunca nas grades da cama).
41. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem

NOTA: Para os procedimentos, realizar o registro da data, hora do procedimento,


tipo de sonda utilizada, calibre da sonda, volume, aspecto e cor da urina drenada e
intercorrências, se houver.

Sondagem Vesical de Demora Feminina na Pediatria


No que se refere ao procedimento, siga as mesmas etapas da sondagem vesical masculina.
Realize a antissepsia da região genital da menina da seguinte maneira:
ƒ Com a mão dominante, realizar antissepsia com a gaze embebida em
Serviço Social

clorexidina aquoso com auxílio da pinça, utilizar uma gaze para antissepsia no grande lábio
direito, outra gaze para o grande lábio esquerdo, outra gaze para o pequeno lábio
direito, outra gaze para o pequeno lábio esquerdo, afastando-os com a mão não
dominante, aplicar novamente outra gaze no meatro uretral em sentido unidirecional
de cima para baixo.

Observações
Números mais comuns de sondas utilizados em crianças: Folley French 4, 6 e 8, demais
numerações conforme avaliação do enfermeiro ou prescrição médica.
O procedimento deve ser realizado em dupla.
A passagem do cateter é privativa do enfermeiro, porém o auxiliar/técnico de enfermagem
poderá realizar a higiene íntima, o preparo do paciente e do material.
Não há limite para troca de sonda e do sistema coletor, devendo proceder a troca nas
seguintes situações: obstrução ou funcionamento inadequado do sistema, violação do
sistema fechado, mudança do aspecto da urina com o aparecimento de sedimentos etc.
No caso de retirada de sonda, utilizar luva de procedimento e seringa de 5 mL (ponta
fina) para esvaziamento do balão e tracionar a sonda.

Sondagem Vesical de Alívio


A técnica do procedimento será a mesma, utilizando sonda uretral, não será necessário
o material para insuflar o balão.
Colocar a extremidade da sonda uretral dentro da cuba rim ou do saco coletor infantil.
Deixar a urina drenar na cuba rim ou no saco coletor infantil.
Após a drenagem da urina, retirar a sonda delicadamente.
Manual de Estágio

AULA PRÁTICA
ROTEIRO 10
OXIGENOTERAPIA POR CATETER NASAL

Objetivos: Melhorar a ventilação pulmonar, a perfusão tecidual e corrigir acidose


respiratória, elevar ou manter a saturação de oxigênio acima de 90%, corrigindo os danos
da hipoxemia.

Materiais
- Bandeja.
- Umidificador.
- Água destilada,
- Fluxômetro.
- Luvas de procedimento.
- Soro fisiológico.
- Cateter nasal nº 6, 8 ou 10.
- Material para verificação dos sinais vitais.

Método
1. Higienizar as mãos.
2. Reunir o material e levar para junto do paciente.
3. Montar o umidificador, colocando água destilada até o nível indicado no recipiente,
e conectar o cateter.
4. Explicar o procedimento ao paciente e ao acompanhante e solicitar cooperação.
5. Conectar o umidificador à rede de oxigênio através do fluxômetro.
Serviço Social

6. Calçar as luvas de procedimento.


7. Limpar uma das narinas do paciente com gaze umedecida em soro fisiológico.
8. Adaptar o cateter óculos.
9. Colocar os “pinos” do cateter nas narinas do cliente, passar a extensão do cateter ao
redor do ouvido do paciente e sob o queixo.
10. Abrir o fluxômetro regulando a quantidade de oxigênio em litros por minuto, de
acordo com a PM.
11. Recolher todo o material e fazer higienização das mãos.
12. Checar a prescrição médica e fazer anotações de enfermagem.

Importante: O uso de oxigênio por períodos prolongados, seja por cateter, ou por
máscara facial, deve ser feito com prescrição médica.
Equipe de enfermagem deve observar e anotar os seguintes sinais em pacientes que
estão recebendo oxigênio: perfusão periférica, frequência respiratória e cardíaca, alterações
de pressão sanguínea e alterações no nível de consciência e padrão respiratório.
Manual de Estágio

OXIGENOTERAPIA POR MÁSCARA DE VENTURI

Objetivos: Fornecer aporte de oxigênio, corrigir acidose metabólica e fluidificar secreções.

Materiais
- Bandeja.
- Nebulizador ou umidificador (Venturi).
- Traqueia ou extensão.
- Adaptadores de Venturi com diferentes porcentagens de oxigênio.
- Máscara.
- Fluxômetro.
- Água destilada.
- Cadarço ou elástico e material para verificação dos sinais vitais.

Métodos
1. Higienizar as mãos.
2. Reunir o material e levar para junto do paciente.
3. Explicar o procedimento ao paciente e ao acompanhante e solicitar cooperação.
4. Colocar o paciente em posição fowler.
5. Montar o sistema e conectar o nebulizador à rede de oxigênio através do fluxômetro.
6. Colocar água destilada até o nível indicado no recipiente.
7. Abrir o fluxômetro que regula a quantidade de oxigênio em litros por minuto, de
acordo com a Prescrição Médica (PM), ou a indicação do conector da máscara de Venturi
certificando-se de sua permeabilidade e verificar o borbulhamento.
8. Colocar a máscara sobre a face do paciente delicadamente e ajustar o cadarço ou
elástico para fixá-la.
Serviço Social

9. Observar o paciente por alguns minutos e verificar a pressão arterial, pulso e


frequência respiratória.
10. Deixar o ambiente em ordem e realizar a higienização das mãos conforme orientações
da CCIH.
11. Checar a prescrição médica e fazer anotações necessárias na prescrição
de enfermagem.
Importante: O uso de oxigênio por períodos prolongados, seja por cateter, ou por
máscara facial, deve ser feito com PM.
Equipe de enfermagem deve observar e anotar os seguintes sinais em pacientes que
estão recebendo oxigênio: perfusão periférica, frequência respiratória e cardíaca, alterações
de pressão sanguínea e alterações no nível de consciência e padrão respiratório.

Fonte: https://fibracirurgica.vteximg.com.br/arquivos/ids/166199-1000-1000/Mascara-de-Oxigenio-
Pediatrico-Venturi_2.jpg?v=635531311187730000
Manual de Estágio

OXIGENOTERAPIA POR INALAÇÃO


Objetivos:Umidificar as vias aéreas, fluidificar secreções da membrana mucosa do
trato respiratório, facilitando sua expulsão e ajudar no tratamento medicamentoso de
doenças pulmonares.

Materiais
- Bandeja.
- Kit de Inalação.
- Seringa de 10 mL.
- Agulha 40 x12.
- Ampola de SF 0,9%.
- Medicamento prescrito.
- Fluxômetro de O2.

Métodos
1. Higienizar as mãos.
2. Reunir o material e levar para junto do paciente.
3. Explicar o procedimento ao paciente e ao acompanhante e solicitar cooperação.
4. Colocar de 3 a 5 mL de SF 0,9% e/ou medicação conforme prescrição médica e levar
no quarto do paciente.
5. Conectar o inalador ao tubo extensor e ligar no fluxômetro.
6. Abrir o fluxômetro entre 3 a 7 L/min e verificar se há saída de névoa do inalador.
7. Colocar a máscara próxima ao rosto do paciente, de forma a cobrir o nariz e a boca.
8. Orientar o paciente para respirar tranquilamente e verificar se mantém a posição
correta da cabeça e do inalador.
Serviço Social

9. Solicitar ao paciente que force a tosse, para expelir a secreção.


10. Após o término da solução, desligar o fluxômetro e proteger o inalador com saco
plástico transparente.
11. Recolher todo o material.
12. Higienizar as mãos e realizar anotação de enfermagem.

Fonte: https://bisturi.com.br/6449-large_default/protec-umidificador-oxigenio-250ml-extensao-mas
cara.jpg
Fonte: https://http2.mlstatic.com/kit-conjunto-para-inalador-ns-compativel-para-ar-hospitalar-D_N
Q_NP_820067-MLB31147574926_062019-F.jpg
Manual de Estágio

AULA PRÁTICA
ROTEIRO 11
ASPIRAÇÃO DE VIA AÉREA SUPERIOR

Objetivos: Manter vias aéreas pérvias. Melhorar o padrão respiratório e o conforto do


paciente. Coletar secreção para exame laboratorial.

Materiais
- Aspirador portátil ou sistema de aspiração.
- EPI (Máscara, Óculos de proteção. Avental. Luva de procedimento).
- Sonda de aspiração.
- Luva de procedimento.
- Recipiente com água potável.

Método
1. Higienizar as mãos.
2. Reunir o material e levar para junto do paciente.
3. Explicar o procedimento ao paciente e solicitar cooperação.
4. Paramentar-se com os EPIs.
5. Testar o sistema de aspiração.
6. Conectar a sonda, mantendo-a protegida na própria embalagem.
7. Calçar a luva.
8. Com a mão não dominante, segure a sonda de aspiração, perto da região da válvula.
9. Introduzir a sonda de aspiração sem sucção, delicadamente, em cada narina,
alternadamente, aproximadamente até a faringe ou até provocar tosse ou ter resistência,
tracionar um pouco.
Serviço Social

10. Tracione um pouco e inicie a aspiração (Retirar a sonda lentamente realizando a


sucção, com movimentos circulares, ocluindo a válvula com o dedo polegar).
11. Repetir o procedimento quantas vezes forem necessárias.
12. Realizar a aspiração oral, delicadamente, introduzindo a sonda sem sucção na boca,
até a faringe e aspirar delicadamente, ocluindo a válvula com o dedo polegar.
13. Aspirar em pontos diferentes da cavidade oral.
14. Após aspiração, limpar o sistema aspirando água após o procedimento.
15. Deixar montado o sistema de aspiração e proteger a extremidade.
16. Retirar as luvas.
17. Retirar os demais EPIs.
18. Recolher o material.
19. Deixar a unidade em ordem.
20. Higienizar as mãos.
21. Anotar o procedimento realizado e intercorrências.

Observações:
Se o paciente apresentar desconforto respiratório, deixe-o descansar por
alguns segundos.
Faça intervalos de 30 segundos entre cada aspiração.
Cuidado para não lesar a mucosa.
Em caso de aspiração naso ou orotraqueal, hiperestender o pescoço com o apoio de
coxins e introduzir a sonda durante a fase inspiratória, até o estímulo da tosse e aspirar. A
aspiração de via aérea inferior deve ser realizada com técnica estéril (utilizar luva estéril),
seguindo a seguinte ordem: tubo naso/orotraqueal, narinas e boca.
Manual de Estágio

AULA PRÁTICA
ROTEIRO 12
SUPORTE BÁSICO DE VIDA EM PEDIATRIA PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Serviço Social

Fluxograma 1 – Atendimento da PCR em ambiente extra-hopitalar.


Manual de Estágio

- Posicionamento correto das mãos:


ƒ Crianças: (1 ou 2 mãos na metade inferior do esterno).
ƒ Bebês: Se 1 socorrista: 2 dedos no centro do tórax, logo abaixo da linha mamilar.
Se 2 socorristas ou mais: técnica dos 2 polegares no centro do tórax, logo abaixo da
linha mamilar.
Frequência de compressão 100-120/min.
Profundidade da compressão:
ƒ Crianças: pelo menos um terço do diâmetro anteroposterior do tórax
(cerca de 5 cm).
ƒ Bebês: pelo menos um terço do diâmetro anteroposterior do tórax (cerca de 4 cm).
Espere o retorno total do tórax após cada compressão, não se apoie sobre o tórax após
cada compressão.
Limite as interrupções nas compressões torácicas a menos de 10 segundos.

Funcionamento do DEA
Liga o DEA.
Coloca as pás de tamanho correto para a idade da vítima.
Afasta os socorristas para que o DEA analise o ritmo (pressiona o botão ANALYZE –
“Analisar”, se instruído pelo dispositivo.
Isola a vítima e administra o choque.
Reinicia as compressões torácicas imediatamente após a administração do choque.
Não desligar o DEA durante a RCP.
Troca de função durante a fase de análise do DEA.
Serviço Social

AULA PRÁTICA
ROTEIRO 13
OVACE – OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO

Obstrução Leve (adulto, criança e bebê)


ƒ O profissional não deve interferir.
ƒ Incentivar a tosse.
ƒ Ficar alerta ao lado da vítima.

Grave
ƒ Sinais e sintomas: (Adulto/Criança)
ƒ Dificuldade para falar/não fala.
ƒ Dificuldade para respirar.
ƒ Tosse fraca/não tosse/tosse silenciosa.
ƒ Cianose/oxigenação inadequada.

Sinal de angústia (sinal universal da asfixia).


Manual de Estágio

Em caso de obstrução grave, agir imediatamente:

MANOBRA DE HEIMLICH
Posicione-se atrás da vítima, circunde seus braços na cintura da vítima. Se for criança
pequena, ajoelhar-se, posicionando-se atrás da criança.
Feche o punho de uma das mãos.
Dosar a força conforme o tamanho da vítima.
Posicione o punho com polegar voltado para o abdômen da vítima, e a outra mão sobre
o punho.
Aplicar pressionando para dentro e para cima, na região logo acima da cicatriz umbilical.
VÍTIMA INCONSCIENTE – visualizar a cavidade oral e, se objeto estiver visível e alcançável,
retirá-lo.
Caso não consiga, iniciar RCP.

BEBÊS ≤ 1 ano

Sinais de OBSTRUÇÃO GRAVE:


Choro fraco/não chora.
Cianose de extremidades.
Dificuldade de expandir o tórax.
Serviço Social

AÇÃO
1. Visualizar a cavidade oral, se o objeto estiver visível e alcançável, retirá-lo.
2. Ajoelhe-se ou sente-se.
3. Segure o lactente em pronação (de barriga para baixo) com a cabeça levemente mais
baixa que o tórax, apoiada no seu braço e na sua coxa ou colo.
4. Efetue 5 golpes nas costas. (entre as escápulas)
5. Gire o lactente, segure-o de costas.
6. Efetue 5 compressões torácicas, para baixo. (1 cm abaixo da linha intermamilar – na
frequência de 1 por segundo)
7. Repita a sequência de procedimento se a obstrução persistir.

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