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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

EM PUERICULTURA

Dr Cresle Zacarias
Dermatoterapeuta
O BANHO
O BANHO
 Proporciona proteção à pele contra doenças,
estimula a circulação sangüínea e sensação de
bem-estar.
 Desenvolver a estimulação durante o banho –
acariciar, conversar, cantar, fazer movimentos
ativos nos membros.
 Horário: de preferência no mesmo horário para que
a criança se habitue com a rotina de cuidados.
Rotina da casa, estação do ano e costumes.
Horário mais quente do dia.
 Sabonete glicerinado.
A BANHEIRA
BANHEIRA
Banheira (ou bacia) plástica, desde que
o tamanho seja adequado e de uso
exclusivo da criança.
Limpar diariamente antes do banho com
água e sabão.
Apoiada em uma altura que possibilite
posição confortável para a mãe.
Temperatura da água: 37ºC e 38,5ºC.
Utilizar a parte interna do antebraço,
próximo ao punho.
TUMMY TUB
HIGIENE BUCAL
HIGIENE BUCAL
 Desde o nascimento, devemos orientar a
higienização de sua cavidade bucal, passando
suavemente uma gaze embebida em água filtrada
sobre seus roletes gengivais e vestíbulo.

 Remoção de resíduos provenientes da


amamentação.

 Massagem das gengivas.


HIGIENE BUCAL

 A partir da erupção dos primeiros dentes, devemos


orientar e motivar a mãe a escová-los com auxílio de
escovas dentais com cerdas macias, de cabeça
pequena.

 Aos dois anos incentivar que ela escove os dentes


sozinha, e orientar os pais a repetirem a higienização.

 Uso do fio dental e do creme dental.


DENTIÇÃO
DENTIÇÃO

 A 1ª dentição aparece entre 4 – 6 meses


ocorrendo outras erupções até 30 meses.

 A perda dos dentes de leite segue a


mesma ordem que a erupção deles.

 Evitar colocar açúcar nas mamadeiras ou


frutas, não oferecer doces ao bebê
Exposição ao sol na Primeira Infância
CUIDADOS COM O SOL
 O sol é um importante fator para propiciar boa
saúde para as crianças.
 O excesso de sol poderá por sua vez ser um
grave malefício para a criança. Os raios solares
são importantes para o aproveitamento da
vitamina D existente na pele, evitando o
aparecimento da carências como o
raquitismo.
 O sol em excesso poderá acarretar
queimaduras, facilitar o aparecimento de
câncer de pele e também em alguns casos
provocar uma baixa da resistência imunitária
da criança.
CUIDADOS COM O SOL
Os raios ultravioletas A ativam a pró-
vitamina D 97 deidrocolesterol) exixtente na
pele, transformando-a em vitamina D3 que
será absorvida e distribuída pelo sangue.
No caso da carência de vitamina D não há
absorção e incorporação suficientes dos
sais minerais, especialmente o cálcio e o
fósforo, contidos na dieta.
Com isso os ossos e tecidos conjuntivos
continuam moles e o esqueleto não atinge
amadurecimento e dureza necessários.
CUIDADOS COM O SOL
O quadro clínico decorrente da carência de
vitamina D é o raquitismo, que pode ocorrer
também em função de problemas renais ou
ingestão de dieta pobre em cálcio e fósforo
ou distúrbios relacionados a fosfatase
alcalina.
Ele surge nas fases de maior crescimento,
freqüentemente entre os seis meses até os
três anos.
Sinais e sintomas: irritabilidade, sono
intranqüilo e escasso, sudorese abundante
no segmento cefálico, diminuição do
crescimento, hipotonia muscular, atraso no
desenvolvimento neuropsicomotor e
predisposição para infecções.
CUIDADOS COM O SOL

 O bom horário para expor uma criança ao sol, seria até


10 horas da manhã e após as 16 horas. A exposição
nesses horários iria causar apenas benefícios. Se a
criança permanecer em áreas ensolaradas, é
conveniente passar um protetor solar. Basta que seja
número 30, não havendo necessidade de protetores
com proteção acima de 30.
INSOLAÇÃO
FALA SERIO
HEIM!!!
O SONO
NÃO ENCHE!
O sono
O sono diurno e noturno se desenrola em
ciclos de cerca de duas horas cada um.
A criança dorme tantos ciclos de duas
horas quanto necessários para seu
organismo recuperar-se.
A noradrenalina é o hormônio do
despertar. A serotonina é o hormônio do
sono. A acetilcolina é o hormônio dos
sonhos.
O papel do sono e o de garantir o equilíbrio
físico e mental da criança.
O sono
No nascimento, o RN é polifásico, não
reconhece a alternância do dia e da
noite.
Nos fins do primeiro mês, surge a
predominância do sono noturno e do
despertar diurno.
No primeiro ano o sono é distribuído em
três períodos(um à noite e duas sestas de
dia), cuja duração depende das
necessidades de cada criança.
O sono
Ao nascer: 20h/dia
3 meses: 6-7h/dia mais 10h/noite
6 meses: 3-4h/dia mais 9-10h/noite
12 meses: 2-3h/dia mais 10h/noite
24 meses: 2h/dia mais 10h/noite
Colocar a criança para dormir em
decúbito dorsal ou lateral, evitar a
posição ventral.
Os Sentidos no lactente
Desenvolvimento dos
sentidos no lactente
Olfato: Rn possuem menos receptores olfativos no
nariz. Reagem a odores fortes.

Paladar: possuem menos receptores gustativos na


boca.

Tato: Apresentam sensibilidade tátil que se torna


mais refinada na infância.
Desenvolvimento dos sentidos
no lactente

Visão: nos primeiros 2 meses de vida prestam


atenção ao movimento, contraste de formas e
contorno dos objetos.

3 meses: vêem cores e sua acuidade visual


aprimora gradativamente. Visão 20/20 na idade de
6-7 anos.
.
Audição
RNs podem ouvir e responder a sons numa
variação de intensidade em torno da voz humana.

Na medida que vão crescendo tornam-se capazes


de ouvir e responder a variações maiores, sons mais
baixos e graves.

Localização dos sons só aprimora com 6 meses


REFLEXOS NO RN
Reflexos presentes no Rn
 Sucção: 0 a 12 meses
 Procura: 0 a 3-4 meses
 Preensão palmar e plantar: 0 a 4 meses p/ mãos
e 0 a 8-15 meses p/ pés
 Marcha: 0 a 1 mês
 Moro: 0 a 1-3 meses
 Babinski: 0 a 12-18 meses
 Tonicocervical: 0 a 5-6 meses
 Ciliar: ao nascer
Importância da avaliação do PC e
fontanelas
Observar parada brusca do aumento do PC ou aumento
exagerado para detectar precocemente qualquer
anormalidade.

PC muito elevado: hidrocefalia, raquitismo, hipotiroidismo,


desnutrição, síndrome de Dow, síndrome de trisomia do 18.

PC muito pequeno: microcefalia, deficiência do hormônio


do crescimento.
Fontanela normal: normotensa
Fontanela deprimida: sinal de desidratação
Fontanela abaulada: sinal de aumento da pressão
intracraniana ( meningite, hematoma subdural,
hemorragia IC, tumor).
PERÍMETRO CEFÁLICO
 Recém-nascido: PC normal vai de 33 a 37cm,
média é de 35 cm
 1º Trimestre: 5 cm
 2º Trimestre: 5 cm
 3º Trimestre: 2 cm
 4º Trimestre: 1 cm
 2º ano: 2 cm
 Adulto: 55 a 57 cm
 Fontanela bregmática anterior, triangular, mede 4 x
2,5 cm. Fecha entre 6 – 18 meses.
 Fontanela occipital posterior ou lambóide, mede 1
cm de espessura. Fecha até 2 meses.
Controle dos esfíncteres
Controle dos esfíncteres

1º criança tem consciência de estar


molhada ou suja;
2º criança tem consciência de estar
urinada ou defecada;
3º criança avisa, mas é tarde demais, é
nesta fase que se deve ensinar a criança a
ter o controle dos esfíncteres, entre 18 – 24
meses.
Primeiro ocorre o controle anal, depois o
vesical diurno (3 anos) e então o vesical
noturno (3 – 4 anos).
Característica das fezes:
 RN: mecônio
 Aleitamento materno: fezes pastosas,
amareladas, pouco volume. Desmame: menos
pastosas, marrom, maior volume, odor fétido.
Birra
FASE DA BIRRA

 Em geral ocorre entre 2 e 3 anos de vida. Através


da birra a criança está expressando seus
sentimentos de raiva e frustração na medida em
que ela busca se tornar mais independente e
começa a resistir à autoridade dos pais.

 Orientar a mãe para manter-se neutra, ignorar a


birra, não cedendo às exigências da criança.
TROCA DE FRALDAS
A Troca de Fraldas
O objetivo deve ser o de manter o bebê o
mais seco e confortável possível.
Recomende que nunca deixe o bebê
sozinho.

Troca de fralda de meninas: limpar de


frente para trás, evitando que as fezes
entrem em contato com o órgão genital.

Troca de fraldas de menino: se o bebê não


é circuncidado, recomende que não se
puxe o prepúcio para baixo para limpar.
 Lembre que é normal se houver uma pequena
secreção ou até mesmo sangue nos primeiros dias.

 NUNCA levante as pernas do bebê para troca das


fraldas, pois isso pode fazer bronco aspiração.

 Reposicione em decúbito lateral para a higiene e a


nova fralda.
Bibliografia

 EDILZA, A Enfermagem em Pediatria e Puericultura.


 Manual Para a Utilização da Caderneta da Criança-
MS
 RICCO, Rubens Garcia, Puericultura; princípios e
práticas: atenção integral à saúde.

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