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Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

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Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

Mãos e unhas
As mãos e unhas do recém-nascido são
áreas que também precisam de atenção e
limpeza, uma vez que os bebês costumam
levar as mãos à boca com muita frequência.
Mantenha as unhas sempre limpas e curtas.
Nos primeiros dias, elas ainda estão moles.
NOÇÕES BÁSICAS DE CUIDADOS COM A Nesse caso, uma lixa pode ser utilizada para
PESSOA HUMANA: BEBÊS, CRIANÇAS, mantê-las curtas. Quando endurecerem, re-
ADOLESCENTES E IDOSOS comendamos o uso de uma tesoura sem
ponta.

Orelhas
CUIDADOS COM O BEBÊ Muita atenção com a higienização das ore-
lhas do bebê. Assim como os adultos, eles
Após o nascimento, o bebê merece muito também produzem cera de ouvido como
cuidado e atenção. Nessa fase inicial da vida mecanismo de defesa. Mesmo assim, nunca
é necessário tomar algumas precauções, utilize hastes de algodão para a limpeza in-
pois a criança é mais sensível e muito influ- terna dessa região, apenas para secar a par-
enciada pelo ambiente e pelas pessoas de te externa. A melhor maneira de limpar as
seu convívio. orelhas do bebê é higienizá-las na hora do
banho e secar bem a parte externa com uma
Os principais cuidados com o recém-nascido toalha macia.
são:
Trocando as fraldas
Pele Trocar as fraldas do seu bebê não é impor-
A pele do bebê deve ser higienizada com tante apenas para o conforto, mas também
produtos não tóxicos e neutros. A limpeza para evitar assaduras e garantir a higiene da
das nádegas e da região perianal deverá ser criança. Sempre que perceber que a fralda
feita com água e algodão. Um sabonete su- está molhada ou suja, troque-a imediata-
ave, com posterior enxágue, deve ser utili- mente.
zado quando for necessária a troca de fral-
das. A hora do banho
Quando a hora do banho chegar, é impor-
Umbigo tante prezar pela segurança e o prazer do
O coto umbilical, parte muito sensível em bebê e da mãe. Confira algumas dicas que
bebês recém-nascidos, pode acumular se- vão facilitar o processo e tornar o momento
creções se a área não for mantida limpa. mais gostoso:
Pediatras recomendam uma higiene fre- • Tente escolher sempre o mesmo ho-
quente com até três limpezas por dia. Quan- rário e o melhor momento para dar o
do for trocar as fraldas do bebê, faça primei- banho, para que você possa se dedi-
ro a limpeza do coto umbilical com álcool car em tempo integral ao bebê;
70% e hastes flexíveis de algodão. Apesar • Sempre utilize sabonetes neutros;
da região ser delicada, o bebê não tem sen- • Comece o banho lavando apenas
sibilidade nessa área. Feito isso, volte à tro- com água o rosto o bebê. Feito isso,
ca do bebê. Entre uma ou duas semanas, o siga pela cabeça e o resto do corpo.
coto pode cair, mas a desinfecção da região Dê uma atenção especial ao coto
deve ser mantida até a próxima recomenda- umbilical, limpando também seu en-
ção do pediatra. torno;
• Após o banho, seque o bebê com
uma toalha macia e absorvente, com
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bastante calma e cuidado. Faça o cu- da consistência dos cuidados sociais e emo-
rativo do coto umbilical conforme as cionais e das oportunidades de aprendiza-
orientações pediátricas; gem que a criança tem, especialmente nos
• Por fim, faça a higienização da ba- cinco primeiros anos de vida. Os bons cui-
nheira. dados consistem em:

CRIANÇAS * dar amor, afeição e atenção à criança. Os


responsáveis pela criança devem abraçá-la,
importância dos cuidados tocá-la, conversar com ela e consolá-la
* proteger a criança contra o abuso, a negli-
Os pais e outros responsáveis pelas crian- gência e o contato com a violência
ças cuidam delas todos os dias, mas, muitas * incentivar a criança a brincar, explorar e
vezes, não se dão conta do quanto estão aprender
fazendo e da importância disto. O cresci- * responder às capacidades emergentes da
mento e o desenvolvimento de uma criança criança, incentivando novas habilidades e
dependem da disponibilidade e da qualidade estimulando-a através de conversas e brin-
de quatro coisas: cadeiras.

* dos serviços de cuidados de saúde Este tipo de cuidado não exige nenhum re-
* de um ambiente familiar saudável curso a não ser tempo. Os bons cuidados e
* dos cuidados emocionais o estímulo para crianças pré-escolares au-
* de uma nutrição saudável. mentam sua inteligência. A coisa mais im-
portante que o responsável por uma criança
Em situações difíceis, em que o acesso a pequena pode fazer por ela é responder ao
recursos, como alimento ou tratamento, é que ela está tentando fazer – seguir a crian-
limitado, os bons cuidados em casa são ain- ça. Assim, a pessoa precisa prestar atenção
da mais importantes para garantir a sobrevi- ao que a criança está aprendendo a fazer e
vência, o crescimento e o desenvolvimento ajudá-la a dar o próximo passo. Por exem-
da criança. O acesso aos serviços médicos plo, se a criança estiver começando a fazer
num posto de saúde local é importante, mas sons, a pessoa pode imitar os sons e acres-
o que acontece em casa é o que realmente centar alguns novos. É importante incentivar
faz a diferença. Um profissional da área da todas as tentativas da criança e elogiá-la
saúde pode dar conselhos ou uma receita, pelo que conseguir fazer, e não criticá-la.
mas é a pessoa que cuida da criança quem
tem de obter o remédio necessário e dá-lo à Nutrição saudável
criança todos os dias, assim como levar a A boa nutrição é muito importante para a
criança para ser vacinada. Em casa, as pes- saúde infantil, especialmente nos primeiros
soas que cuidam da criança são responsá- anos. A nutrição da criança, durante os pri-
veis por criar um ambiente saudável, evitan- meiros cinco anos de vida, terá um efeito
do acidentes e ensinando-a sobre a higiene significativo no seu desenvolvimento mental
e o saneamento, como, por exemplo, lavar e físico. Melhorar a nutrição da mãe durante
as mãos e usar o vaso sanitário. Cuidar de a gestação é muito importante, pois o de-
uma criança consiste também em preparar e senvolvimento começa no útero. As crianças
armazenar alimentos nutritivos, garantir que que nascem com um peso muito baixo ou
ela seja escolarizada e dar-lhe amor e afei- são subnutridas provavelmente se desenvol-
ção. As crianças devem ser valorizadas co- verão mais devagar e terão um desempenho
mo pessoas por si mesmas. menor na escola, por serem menos capazes
de aprender e prestar atenção. As crianças
Cuidados emocionais e estímulo saudáveis e bem-nutridas têm mais capaci-
Cerca de metade das capacidades mentais dade para aprender e energia e curiosidade
de uma criança dependem da qualidade e
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para explorar e responder ao seu meio am- ponder, ela estará aprendendo os nomes e
biente. os significados das coisas.
* Permita que a criança coma na companhia
Amamentação O leite materno é o alimento de outras pessoas, mas ela deve ter seu
perfeito para os bebês, pois contém todos os próprio prato separado.
nutrientes necessários para o desenvolvi- * Coma a mesma comida que a criança e
mento saudável do cérebro. As mães com mostre que está gostando dela.
HIV têm de tomar uma decisão difícil, pois o * Incentive a criança a tentar se alimentar
HIV pode ser transmitido através do leite sozinha, pois isto desenvolve a sua autocon-
materno. Porém, os benefícios nutricionais fiança e as suas habilidades motoras. As
do leite materno são tão grandes, que, em crianças com menos de dois anos, muitas
situações em que os recursos são poucos, vezes, conseguem comer algumas colhera-
onde o acesso à água segura e a substitutos das sozinhas, mas talvez também precisem
suficientes para o leite materno não é garan- ser alimentadas. As crianças aprendem
tido, recomenda-se que as mães com HIV através das mãos e dos sentidos. Portanto,
alimentem os bebês somente com o leite permita que ela pegue a comida com os de-
materno durante os primeiros seis meses. dos, mesmo que faça sujeira.
Assegure-se de que, durante este período, o * Ofereça mais algumas colheradas depois
bebê não seja alimentado com nenhum ou- que a criança tiver parado de comer, mas
tro alimento ou líquido, como chá ou água. não a force a comer – faça com que as ho-
Depois dos seis meses, interrompa a ama- ras das refeições sejam alegres e calmas.
mentação o mais rápido possível (Passo a
Passo 52). Cuidados para as pessoas que cuidam
das crianças
Incentivando a criança a comer As boas prá- As pessoas que cuidam das crianças tam-
ticas de alimentação podem estimular a bém precisam de apoio e incentivo, especi-
aprendizagem e ajudar a garantir que a cri- almente se elas próprias também forem cri-
ança coma o suficiente. A falta de apetite é anças. As pessoas que cuidam das crianças
comum e pode ser causada por doença ou não podem cuidar direito se não tiverem
infecções bucais, alimentos que não têm um tempo suficiente, conhecimento, motivação e
gosto bom ou porque a criança está chatea- controle dos recursos, tais como dinheiro. O
da ou infeliz. Aqui estão algumas sugestões apoio dos familiares, especialmente dos ho-
práticas: mens, pode fazer uma grande diferença. As
comunidades também podem ajudar a ofe-
* Alimente a criança quando ela der sinais recer locais seguros para as crianças brinca-
de estar com fome, ao invés de esperar para rem ou outras opções de cuidados.
que ela comece a chorar. É muito importante que as meninas tenham
* Alimente a criança nos mesmos horários o mesmo acesso à nutrição e à educação
todos os dias se possível. que os meninos. Isto também terá um im-
* Sente a criança, dê-lhe a sua atenção e pacto positivo na próxima geração, pois as
procure evitar distrações durante a hora da mulheres são as principais encarregadas
refeição. dos cuidados infantis.
* Lave as mãos antes de alimentar a criança.
Dê pequenas quantidades de comida de ca- ADOLESCENTES
da vez – use os dedos ou uma pequena co-
lher ou utensílio em que caibam pequenas O período de mudanças físicas e comporta-
porções. mentais vivido pelos adolescentes precisa ser
* Converse com a criança durante a refeição acompanhado de uma alimentação adequada.
– descreva a comida, a situação, as pessoas Segundo a nutricionista Michelle Ferreira De
ao redor e diga como ela está comendo Simone, as necessidades nutricionais variam,
bem. Mesmo que a criança não possa res-
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pois o crescimento também varia entre os se- presentes em carnes gordurosas, frituras e
xos. doces.

- Durante um período de crescimento rápido e :: As gorduras da dieta devem ser limitadas


de desenvolvimento sexual, ocorre a matura- entre 25 e 30% das calorias totais diárias. Fri-
ção simultânea de toda a personalidade. Há turas, embutidos (salames, salsichas), maio-
uma grande necessidade de aprovação do nese, chocolates, creme de leite, manteiga ou
grupo, prevalecendo a excentricidade nos há- margarina, bolachas recheadas e salgadinhos
bitos alimentares - afirma a nutricionista. não devem entrar na dieta diária de um ado-
Michelle explica que os hábitos nessa fase são lescente.
muito influenciados por grupos de amigos e
pela mídia, por isso é importante que uma :: O cálcio é muito importante nesta fase, pois
educação alimentar comece cedo, antes da o corpo do adolescente sofre um aumento da
adolescência. massa óssea e precisa de uma boa quantida-
de diária de cálcio para se desenvolver com
- A geração dos adolescentes é tomada pelo saúde. O ferro também merece uma atenção
mundo do "fast food", hambúrguer, batata frita, especial, principalmente nas meninas, durante
sorvetes, etc. O que justifica o alto número de a menstruação.
adolescentes acima do peso. Muitas vezes, os
gordinhos são vítimas de preconceito entre os :: A alimentação deve conter carboidratos (de
colegas -lembra ela. 50 a 55% das calorias totais diárias), de prefe-
rência os complexos e ricos em fibras como:
O processo de crescimento acontece de forma pães integrais, cereais, aveia, raízes, macar-
diferenciada entre meninos e meninas. Segun- rão, arroz. Os açúcares simples (doces, refri-
do a nutricionista, o estirão nas meninas ge- gerantes, balas, etc.) devem ser controlados.
ralmente ocorre dos 12 aos 14 anos (dois anos :: As proteínas devem ser provenientes de
mais cedo do que nos meninos) e provoca frango sem pele, peixe, carne bovina magra,
grandes mudanças físicas como o aumento da leite, iogurtes, queijos e grãos. Seu percentual
massa muscular, a aceleração do crescimento com relação ao valor calórico diário poderá ser
ósseo, a alteração dos pelos, o crescimento de 20% a 25%.
dos seios e a menstruação.
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA OS ADO-
Entre os meninos o pico de crescimento ocorre LESCENTES:
dos 14 aos 16 anos, e provoca mudanças no :: Nunca coma assistindo tv
corpo como o aumento da massa muscular, :: Beba bastante água
aceleração do crescimento ósseo, alteração :: Coma sem pressa, mastigando bem os ali-
dos pelos e mudança na voz. mentos
:: Não fique muito tempo sem se alimentar,
CONFIRA ALGUMAS DICAS coma de três em três horas
:: Em geral, os adolescentes precisam de :: Faça de cinco a seis refeições diárias (café
energia e nutrientes suficientes para sustentar da manhã - lanche da manhã - almoço - lanche
o crescimento acelerado e as modificações na da tarde - jantar - ceia)
composição corporal que ocorrem neste perío- :: Retire a gordura aparente das carnes
do. Uma alimentação rica em fibras, frutas, :: Evite o consumo de lanches calóricos como,
verduras e legumes, cereais, vitaminas e sais hambúrguer, batata frita, cachorro quente. Pre-
minerais é fundamental. fira os sanduíches naturais
:: Evite o refrigerante
:: O consumo de gorduras deve ser, preferen- :: Evite o consumo de balas, chocolates, bola-
cialmente, de monoinsaturadas e polinssatura- chas recheadas e bolos
das. É preciso evitar a ingestão das saturadas, :: Consuma frutas, verduras e legumes

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:: Prefira sempre os alimentos integrais (pães, na menopausa e os homens na andropausa.


bolachas, torradas, etc.) Em países desenvolvidos a mortalidade co-
:: Pratique atividade física meça a aumentar, principalmente como pro-
blemas de saúde, tais como doenças cardí-
Adolescência: a adolescência é marcada acas e câncer.[4]
por um turbilhão de novidades no corpo e Classificação em adultez
nas emoções. Essa fase costuma ir dos do-
ze aos vinte anos de idade. As principais • adultez jovem inicial: 20 e 25
transformações no corpo das meninas são anos.[3]
o desenvolvimento dos seios, quadril mais • adultez jovem plena (ou adultez
largo e a primeira menstruação. Nos meni- média): 25 a 35 anos.[3]
nos, a voz começa a engrossar, o pênis e
• adultez jovem final (ou adultez ve-
os testículos aumentam de tamanho, os
lha): 35 aos 40 anos.[3]
pelos começam a aparecer na região geni-
• Meia idade: 40 a 60 anos.
tal e nas axilas. Essas transformações vêm
• Terceira idade: 60 anos ou mais.
acompanhadas dos primeiros sinais da se-
xualidade.
Concepção legal
Vale lembrar que, entre a infância e a ado- Na linguagem vulgar, um adulto é um ser
lescência, temos o período da puberdade. E humano que é considerado pelos restantes
entre os 16 e 29 anos, temos a chamada como tendo atingido uma idade que lhe
juventude, uma fase de transição entre a permite contrair ações legais, como assinar
adolescência e a vida adulta. contratos, casar, votar, tornar-se militar,
conduzir automóveis, viajar sozinho para o
estrangeiro, consumir bebidas alcoóli-
ADULTOS cas (podendo, neste caso, aplicar-se idades
diferentes), fumar, ter relações sexuais,
Em seres humanos, a fase adulta pode ser
ser prostituto(a) — se for legal —, recorrer a
classificada de algumas formas.
serviços de prostituição,
Classificação tradicional ser ator (atriz) pornográfico(a), entre outras.
A definição legal de entrada na idade adulta
• Adulto jovem: é geralmente entre 20 a 40 varia entre os 18 e os 21 anos, dependendo
anos. Esta idade é considerada a idade mais da região em causa. Algu-
saudável da vida. A força máxima do homem mas culturas africanas consideram adultos
adulto é aos 30 anos de idade. Mulheres todos os maiores de 13 anos, mas a maior
com 19 a 26 anos tem 50% de chance de se parte dos povos enquadram essa idade na
tornarem grávidas, de 27 a 34 anos as adolescência. Normalmente, a idade é 18
chances são de 40% e de 35 a 39 é de 30%. ano
Em países desenvolvidos, as taxas de mor-
talidade para 19–40 anos é tipicamente mui-
to baixa. Os homens são mais propensos a
IDOSO
morrer nesta idade do que as mulheres,
A população idosa requer cuidados especi-
sendo acidentes de carro e suicídio os casos
ais para a promoção do seu bem estar.
mais comuns.[4]
Esses cuidados estão relacionados ao cor-
• Meia-idade: é geralmente entre
po, à mente, à saúde emocional e também à
40 a 60 anos. Já são visíveis alguns sinais
saúde preventiva, que têm por finalidade
de envelhecimento, tais como perda de elas-
impedir que outros problemas surjam.
ticidade da pele e envelhecimentos dos ca-
Higiene corporal
belos. A aptidão física diminui, acúmulo de
A higiene corporal é um dos principais fato-
gordura corporal e diminuição da frequência
res para a promoção da dignidade da pes-
cardíaca máxima. As mulheres chegam
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soa idosa. Além de promover conforto e bem Alimentação


estar, está relacionada com o cuidado e até
mesmo com a recuperação da saúde.
O banho do idoso deve ser diário, dado em
chuveiro, cama ou banheira e deve ser um
momento de relaxamento e de bem estar.
Se o idoso precisar de ajuda para tomar ba-
nho, a cadeira higiênica pode ser usada co-
mo equipamento de segurança.
Ela proporciona mais conforto para o idoso,
além de também permitir que ele relaxe e
tenha mais autonomia para cuidar de seu
corpo.
A alimentação é um dos cuidados com ido-
O momento do banho pode ser delicado pa- sos mais essenciais. Com o passar do tem-
ra idosos que precisam de ajuda para fazer po, problemas com a alimentação podem
a sua higiene. É importante que o cuidador surgir, como intolerâncias alimentares ou
deixe explícito à pessoa cuidada que ela maior sensibilidade a temperos.
pode falar quais são os limites para essa
ajuda. Outros problemas de saúde, como colesterol
elevado, diabetes ou hipertensão podem
Esses acordos tornam o momento do banho também estar relacionados com a alimenta-
mais tranquilo e fundamentam também ção. Por isso, atenção no preparo e na ho-
a relação de confiança que deve existir en- ra de servir alimentos ao idoso é tão impor-
tre a pessoa cuidada e seu cuidador. tante.

Cuidados da pele No momento de alimentar uma pessoa idosa


A pele da pessoa idosa tende a ser mais é preciso observar a textura dos alimentos,
ressecada que a pele de uma pessoa jovem sobretudo se for servir idosos com dificulda-
e requer cuidados especiais. des para a deglutição, como aqueles que
usam próteses bucais.
Hidratar, de forma apropriada, é essencial
para que a pele não fique fragilizada, tor- Essa atenção evita engasgos, refluxos e a
nando-a menos maleável. Deixando de ser sensação de mal estar causada por refei-
maleável, a pele ressecada pode ferir mais ções que são inapropriadas para as neces-
facilmente. sidades do idoso.

Assim, cuidados com a roupa de cama, com Se o idoso fica muito tempo deitado, cuida-
a roupa vestida e sobretudo com calçados dos com alimentos que podem causar cons-
evitam ferimentos que podem ser mais difí- tipação também são necessários. Assim,
ceis de cicatrizar. oferecer frutas, legumes, verduras e outros
alimentos ricos em fibra é essencial para
Esses ferimentos, é importante frisar, podem garantir seu bem estar.
ser tornar situações sérias de saúde se o
idoso possui comorbidades vasculares ou O sono no idoso
diabetes. O sono do idoso pode ser bastante delicado,
transitando entre muita sonolência e insô-
Assim, é fundamental buscar por vestimen- nia.
tas confortáveis, preferencialmente feitas de
tecidos naturais, que não causam fric- A sensação de que o sono não é restaurador
ção no contato com a pele da pessoa idosa. o suficiente também pode acometer a pes-
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soa idosa, deixando-a menos disposta du- Com isso, quedas, tropeços e outros aciden-
rante o dia. tes relacionados à lentidão dos movimentos
e à falta de equilíbrio podem aparecer.
Assim, promover momentos de relaxamen-
to antes dos momentos que antecedem o Por conta delas, é essencial que o idoso es-
sono de uma pessoa idosa é um cuidado teja sempre prevenido e possa contar com
fundamental. equipamentos que possam melhorar sua
mobilidade.
Isso pode acontecer de diversas formas, tal
como desligando equipamentos eletrônicos, Bengalas e andadores são exemplos de ins-
diminuindo a intensidade da luz e proporcio- trumentos que aumentam a mobilidade dos
nando momentos mais relaxantes, com mú- idosos. Esses equipamentos são responsá-
sica, por exemplo. veis por levar segurança para esse público.
Independência e mais autonomia são pro-
Se a pessoa idosa tem dificuldades para porcionados pelo uso correto desses apare-
dormir, como sensação de sufocamen- lhos de suporte e podem ser decisivos para
to, ronco excessivo, respiração pesada ou a qualidade de vida do idoso.
um sono não reparador, é essencial investi-
gar se não é um caso de apneia do sono. A Mobiloc conta com andadores, bengalas e
muletas voltadas para o público idoso e para
Caso o médico geriatra que acompanha os outras pessoas com restrições de mobilida-
cuidados com o idoso identifique um caso de. Confira!
suspeito de apneia, exames podem ser soli-
citados. Dicas de cuidados com idosos
A comunicação é um dos fundamentos dos
Caso detectem, de fato, a existência da ap- cuidados com idosos.
neia, o tratamento pode ser feito com
um equipamento de CPAP. Deixar claras as condições médicas do ido-
so, as suas necessidades e as razões para
A Mobiloc conta com máscaras de CPAP os cuidados assumidos pelo cuidador, é
super confortáveis e adequadas para o tra- sempre fundamental.
tamento de apneia de idosos!
Torná-lo protagonista, também, da sua
Como prevenir quedas em pessoas ido- própria saúde empodera-o. Por isso, de for-
sas? ma adequada a cada perfil, é essencial ex-
plicar em quais setores da vida é preciso ter
mais atenção e cuidado.

De forma geral, os cuidados com idosos de-


vem ser fundamentados em uma relação de
confiança entre a pessoa cuidada e seu cui-
dador.

Paciência, zelo, cuidado, atenção e res-


peito são fatores essenciais que devem es-
tar, sempre, em primeiro plano nessa rela-
Uma das maiores preocupações entre ido- ção.
sos e seus cuidadores está relacionada à
falta de equilíbrio, que começa a aparecer e
se acentuar conforme a idade avança.

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A higiene também não deve esquecer os ór-


HIGIENE, SAÚDE E NUTRIÇÃO DE CRIAN- gãos dos sentidos, especialmente no que diz
ÇAS, ADOLESCENTES E IDOSO respeito aos olhos e ouvidos. São necessá-
rios cuidados como o de não forçar a vista
em lugares mal iluminados, não expor o ou-
vido a ruídos excessivos e proceder, se pos-
A higiene compreende várias subdivisões,
sível, a exames periódicos, para verificar se
segundo o objeto e o setor operacional a que
a capacidade visual e auditiva se mantém em
a disciplina se restrinja. Assim, além da higi-
boas condições ou se requer correção de
ene pessoal, distingue-se a higiene coletiva
alguma espécie. Finalmente, é indispensável
ou pública, que afeta o conjunto de indiví-
a visita periódica ao dentista e a constante
duos e pode dividir-se em higiene do traba-
atenção para com o aparelho circulatório.
lho, nacional e internacional. Além disso, ca-
be ressaltar a higiene ambiental, intimamente
relacionada à ecologia e à correta utilização HIGIENE COLETIVA
dos recursos do meio ambiente, em muitas
regiões degradado pelas atividades do ho- O conjunto das medidas e normas que pro-
mem. curam garantir a higiene coletiva constituem,
nas sociedades modernas, um sistema com-
HIGIENE PESSOAL plexo que abrange todos os aspectos da vida
Constituem a higiene pessoal todos os prin- comunitária, em termos municipais, estadu-
cípios que afetam a defesa da saúde do indi- ais ou federais. Sobressaem, nesse campo,
víduo. Vão desde as mais elementares nor- as obras de saneamento e organização dos
mas de asseio e limpeza (tomar banho, lavar serviços públicos, o tratamento de águas e
as mãos, escovar os dentes) e ao cuidado esgotos, a coleta de lixo e a organização dos
específico com determinados órgãos ou fun- transportes, sem esquecer-se do sistema
ções até o cuidado com a roupa, a salubrida- médico propriamente dito, hospitalar e assis-
de do lugar em que se vive ou os hábitos e tencial, assim como de campanhas de vaci-
condições materiais de vida. Tal comporta- nação, desinfecção etc.
mento impede a ocorrência de grande núme-
ro de infecções e o desenvolvimento de pa-
rasitas que, uma vez instalados no organis- Da mesma forma, quando a escala alcança a
mo, freqüentemente se tornam de difícil eli- esfera internacional, faz-se necessária uma
minação. estreita colaboração entre todos os países
envolvidos, tanto no plano dos governos co-
mo das instituições, bem como a criação de
É também importante a higiene alimentar, entidades cujo objetivo específico seja zelar
baseada na nutrição racional e equilibrada, pelas condições sanitárias em âmbito mundi-
com todos os princípios elementares requeri- al. Nesse sentido, a criação da Organização
dos pelo organismo. Uma alimentação sau- Mundial de Saúde (OMS) em 1948 foi um
dável deve evitar o excesso de gorduras e avanço notável nesse campo, pois embora
proteínas de origem animal, de açúcares e sejam muitas as dificuldades encontradas
bebidas estimulantes, ao mesmo tempo em por esse órgão para estabelecer políticas e
que não pode deixar de incluir as diversas programas comuns entre países às vezes
vitaminas em proporção criteriosa, as fibras e muito heterogêneos, é indiscutível que sua
os sais minerais. A realização de exercícios ação coordenadora tem sido de grande utili-
físicos e a observância das horas de sono e dade em determinados setores, como o da
repouso são igualmente importantes para a epidemiologia.
manutenção da saúde.

HIGIENE: São todas as ações que pratica-


mos para manter a saúde física e mental e
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prevenir doenças. Higiene pessoal é a ne- para proteger a nossa saúde, principalmente
cessidade de dar especial atenção às boas contra os inimigos invisíveis. O Programa
práticas de higiene, ao bom comportamento Viva Legal nos fala da higiene pessoal, ou
pessoal, pois muitos microrganismos habi- dos cuidados com o corpo; da higiene ali-
tam o nosso corpo. No caso dos profissio- mentar, isto é, dos cuidados com os alimen-
nais que trabalham na área de serviços ge- tos; da higiene doméstica, ou seja, da limpe-
rais devemos ter os seguintes cuidados es- za da casa; da higiene do ambiente, que
peciais; inclui a limpeza do terreno, ruas do bairro,
córregos e lotes vagos.
Devemos:
• usar uniformes sempre limpos; É importante lembrar que a simples utiliza-
• usar calçados fechados; ção de água e sabão dificulta bastante a vi-
• usar cabelos aparados e protegidos com da dos micróbios. Por isso, devemos sempre
toucas ou redes; lavar as mãos após utilizar o banheiro ou
• fazer a barba diariamente e não usar bigo- antes de preparar ou mexer em alimentos, e
de (homens); também lavar o banheiro com água e sabão
• Tomar banho diariamente. utilizando, se possível, água sanitária dentro
e em redor do vaso.
Quando se deve lavar as mãos:
• AO CHEGAR NO TRABALHO E ANTES Onde não há água tratada, há necessidade
DE INICIAR AS TAREFAS. de ferver a água de beber e de lavar os ali-
• AO INICIAR UM NOVO SERVIÇO OU mentos, pois a fervura matará os micróbios.
TROCAR DE ATIVIDADE. As caixas d’ água das casas devem ser re-
• DEPOIS DE UTILIZAR O SANITÁRIO, gularmente limpas com sabão ou cloro, bem
TOSSIR, ESPIRRAR OU como deve-se evitar que os pratos de vasos
ASSOAR O NARIZ. de plantas, latas e pneus velhos fiquem
• DEPOIS DE USAR PANOS OU MATERI- cheios de água - isto impedirá que mosqui-
AIS DE LIMPEZA. tos transmissores de doenças ali se repro-
• DEPOIS DE RECOLHER LIXO OU OU- duzam.
TROS RESÍDUOS.
• SEMPRE QUE TOCAR EM SACARIAS, Porém, uma das coisas de maior relevância
CAIXAS, GARRAFAS, é evitar que as fezes do homem ou dos ani-
SAPATOS E ETC. mais, que contêm muitos micróbios e ver-
• DEPOIS DE MANUSEAR ALIMENTOS mes, contaminem o meio ambiente, pois ca-
CRUS OU NÃO so isto ocorra certamente contaminará ou-
HIGIENIZADOS. tras pessoas. Daí a importância das privadas
• ANTES DE INICIAR O MANUSEIO DE ligadas à rede de esgoto, ou da fossa seca
ALIMENTOS PRONTOS. ou séptica. Todas estas regras de higiene
• DEPOIS DE TOCAR EM ALIMENTOS são importantes para nossa saúde. Mas,
ESTRAGADOS. apesar de simples, por que nem todos as
• DEPOIS DE MANUSEAR DINHEIRO. seguem?
• DEPOIS DE FUMAR (QUANDO PERMI-
TIDO E EM LOCAL A busca da saúde integra a luta pela sobre-
APROPRIADO). vivência. Portanto, é importante que cada
pessoa conheça, à sua maneira, seu próprio
EM CASO DE DÚVIDA QUANTO A HIGIE- corpo, o ambiente no qual vive, a natureza
NE da qual também faz parte.
SEMPRE LAVE AS MÃOS
As regras que os grupos e as pessoas se-
As chamadas práticas de higiene são regras guem são diferentes e podem mudar, à me-
simples e fáceis de ser seguidas e servem dida que suas condições de vida se trans-
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formem e elas adquiram novas idéias. As- Lei da harmonia: as quantidades dos diver-
sim, devemos sempre buscar a melhoria das sos nutrientes que integram a alimentação
condições de vida e compreender melhor devem guardar a relação de proporção entre
nossas próprias experiências si.

Lei da adequação: a finalidade da alimen-


Nutrição é a ciência que estuda as diversas tação está subordinada à sua adequação ao
etapas que um alimento sofre, desde a sua organismo. Essa adequação está subordi-
introdução no organismo (mastigação) até nada ao momento biológico da vida e, além
sua eliminação, também relacionando estes disso, deve adequar-se aos hábitos individu-
fatores à presença ou não de conseqüências ais, à situação econômica social da pessoa
maléficas ou benéficas. É nessa etapa que e em relação ao seu sistema digestório e ao
ocorre os processos de digestão, absorção, órgão ou sistemas alterados por alguma en-
metabolismo e eliminação dos nutrientes. É fermidade.
um ato involuntário e ocorre apenas com a
introdução do alimento no sistema digestó- Resumindo: a alimentação normal deve ser
rio. quantitativamente suficiente, qualitativamen-
te completa, além de harmoniosa em seus
É bom saber que os alimentos são comple- componentes e adequada à sua finalidade e
xos e precisam ser decompostos em ele- ao organismo a que se destina.
mentos simples para depois serem recons-
truídos nas formas que o organismo deseja. Alimentos são substâncias introduzidas no
Ou seja, para uso imediato ou para armaze- organismo visando promover o crescimento,
nar sob a forma de glicogênio ou gordura, a reparação dos tecidos, a produção de
por exemplo. A saliva presente na mastiga- energia e o equilíbrio das diversas funções
ção tem grande importância no início desse orgânicas. Estes são de origem animal, ve-
processo. getal e mineral. São classificados de acordo
com suas propriedades físicas e químicas e
Alimentação é o ato de alimentar-se. É sobre sua forma de atuação no nosso orga-
consciente e depende de cada um. A ali- nismo.
mentação tem suas leis:
Nutrientes são substâncias químicas que
Lei da quantidade: a quantidade de alimen- compõem o alimento que é utilizado pelo
tos deve ser suficiente para cobrir as exi- organismo. São carboidratos, lipídeos, prote-
gências energéticas do organismo e manter ínas, vitaminas e minerais. Portanto, para se
em equilíbrio o seu balanço. As calorias in- alimentar de forma a nutrir o organismo sem
geridas através dos alimentos devem ser prejudicá-lo é preciso observar as leis da
suficientes para permitir o cumprimento das alimentação. As pessoas cada vez mais to-
atividades de uma pessoa, bem como a ma- mam consciência dessa atitude: alimentar-se
nutenção da temperatura corporal. As dife- para nutrir o corpo. Às vezes, um alimento
rentes atividades determinam as diferentes comporta-se como um tóxico que não tem
exigências calóricas. nada de nutritivo. Um alimento é nutritivo
quando colabora ou sustenta os processos
Lei da qualidade: a composição do cardá- de manutenção da vida. O alimento bom
pio alimentar deve ser completo para forne- pode se tornar perigoso quando ingerido em
cer ao organismo - que é uma unidade indi- excesso.
visível - todas as substâncias que o inte-
gram. O cardápio completo inclui todos os CRIANÇAS
nutrientes que devem ser ingeridos diaria- Como trabalhar uma alimentação saudá-
mente. vel na educação infantil

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ção, como, por exemplo, refrigerantes, do-


ces, balas, chocolate, salgadinhos, pizza,
lanches etc.

É possível, ainda, trabalhar com atividades


dentro da temática alimentação saudável
infantil, principalmente em casos mais difí-
ceis, como de crianças já obesas ou que não
aceitam comida saudável.

Algumas ideias para uma alimentação sau-


dável na educação infantil são:

Veja como incentivar a alimenta- • Elaborar jogos de memória com ima-


ção saudável na educação infantil, e confira gens de legumes, verduras e frutas,
também como comprar comida saudável já recortadas pelas próprias crianças;
pronta pela internet. • Brincar de identificar frutas e legumes
(mais saborosos) através de tato e ol-
Consumir comida saudável é um hábito de fato;
grande importância para todas as famílias, • Conversar sempre sobre as preferên-
mas nem sempre é fácil lidar com o paladar cias das crianças e comprar novas
das crianças. opções para degustação;
• Separar alguns recortes de alimentos
A cada dia é possível encontrar mais e mais saudáveis e pedir para que a criança
casos de crianças que consomem alimentos monte um prato com figuras que re-
gordurosos e ultra processados diariamente, presentem uma refeição completa;
o que as impede de crescer adequadamen- • Ainda com relação às frutas, realize
te, e pode influenciar diretamente na dificul- uma “oficina” de salada de frutas para
dade de concentração e nas atividades roti- ensinar a receita dessa sobremesa
neiras, como estudar e brincar. aos pequenos. Sugira que eles sepa-
rem as frutas por tamanho e cores;
Visto isso, é fundamental dedicar-se em • Com relação às verduras, chame as
formas de trabalhar uma alimentação sau- crianças para aprender uma receita
dável na educação infantil, a fim de promo- de salada com verduras folhosas, ex-
ver e incentivar bons hábitos alimentares, plorando cores e texturas diferentes;
começando sempre pela conscientização • Com relação aos legumes, através de
dos pais e responsáveis, que devem dar o tutoriais na internet, é possível con-
exemplo e abolir as porcarias do cardápio. feccionar carimbos usando batatas, o
que estimula a criança a conhecer
Como inserir uma alimentação saudável melhor esse alimento. Também, é
na educação infantil possível chamar os pequenos para
ajudar em uma receita de sopa de le-
Mantenha conversas constantes com as cri- gumes (que pode ficar bem gostosa
anças sobre seus alimentos preferidos, e se bem temperada);
tente registrar tudo o que é mais consumido • Com relação às hortaliças, seria bem
pela família para tentar identificar semelhan- interessante levar os filhos para co-
ças entre os hábitos alimentares para incen- nhecer uma horta nos arredores da
tivar uma melhor alimentação. cidade, e mostrar os cuidados que é
Durante essa mudança de rotina, deve-se preciso ter ao manusear os alimentos,
mostrar aos pequenos que alguns alimentos além de sempre lembrá-los o quão
devem ser consumidos com mais modera- importante é comer alimentos saudá-
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veis e naturais. Faça uma degustação acompanhar o desenvolvimento dos jovens.


com alface, tomate e cenoura, e de- Também é preciso estimular a prática de
pois peça para a criança fazer um de- exercícios físicos e oferecer alimentação
senho daquilo que mais gostou. saudável.
Cuidados com a saúde na adolescên-
cia Lembre-se de que refletir sobre seu papel na
vida do adolescente é a melhor maneira de
Para lidar com a saúde do adolescente na educá-lo e ajudá-lo a encontrar as respostas
atualidade, é importante que os adultos en- para seus questionamentos. Você notará
tendam que eles também já passaram por que, apesar dos desafios, essa fase é carre-
essa fase. Tendo isso como premissa, é gada de belezas.
fundamental valorizar o diálogo e a autono-
mia, considerando os seguintes aspectos: Aproveite cada segundo para ser apoio e
colecionar histórias que vocês poderão con-
▪Gerenciamento de conflitos: É es- tar para as próximas gerações com base no
perado que o adolescente prefira sair respeito, empatia e cuidados.
com amigos ou ficar no celular do que
ajudar nos deveres de casa. Impor Nutrição na adolescência
responsabilidades pode não ser efi-
caz. O ideal é fazer acordos e sempre
buscar o equilíbrio.
▪ Convívio harmônico: Divergências
políticas, religiosas e profissionais são
comuns nessa fase. Cabe aos adultos
lidar com isso, respeitar a posição do
jovem e manter um debate saudável.
Isso vai ajudar o adolescente a de- Alimentação saudável é uma parte importan-
senvolver suas próprias ideias. te na vida de todos, porém, na fase da ado-
▪ Transmissão de confiança: É fun-
lescência especificamente, que é criado o
damental que os pais sejam a base estilo de alimentação, no qual pode influen-
de apoio com a qual o adolescente ciar o crescimento dos jovens para sua fase
sempre possa contar, principalmente adulta. Alimentação saudável durante a ado-
em momentos de frustração e dúvida. lescência é importante, pois as mudanças
▪ Liberdade: A necessidade de perten-
corporais importantes durante este tempo
cer a “tribo” faz com que o jovem afetam as necessidades nutricionais e ali-
queira mudar a cor do cabelo, o modo mentares de um indivíduo. Os adolescentes
de se vestir, o estilo musical… Deixe- se tornam mais independente e fazem mui-
o livre para passar por esse processo, tas decisões de alimentação por conta pró-
mas sempre orientando que é impor- pria. Muitos adolescentes passam por um
tante não desviar das concepções. surto de crescimento ocasionando o aumen-
▪ Imposição de limites: Por mais que
to do apetite, no qual precisam de alimentos
seja normal que os adolescentes saudáveis para satisfazer as suas necessi-
queiram fazer várias coisas longe dos dades de crescimento.
pais, é importante ensiná-los a conci-
liar os interesses e impor limites que O grande problema encontrado durante o
façam valer a pena a liberdade con- processo de nutrição na adolescência é que
quistada. eles tendem a comer mais refeições fora de
Cuidar da saúde na adolescência também casa do que as crianças mais jovens. Eles
implica na realização de consultas médicas também são fortemente influenciados por
regulares e realização de exames para propagandas de alimentos errados como
refrigerante, fast-food e alimentos proces-
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sados. como reserva energética e suporte às di-


versas vitaminas.
Pensando nisso criamos algumas dicas que
vão ajudar o adolescente a ter melhores de- Por outro lado, os micro nutrientes (vita-
cisões e benefícios para o seu crescimento. minas e mineiras) também são essenci-
Veja abaixo dicas sobre nutrição para ado- ais para uma boa qualidade de vida. Po-
lescente: demos citar alguns, tais como: cálcio,
magnésio e fósforo, que participam do
Comer três refeições por dia com lanches desenvolvimento e preservação óssea;
saudáveis (frutas e vegetais); Ferro, zinco e selênio atuam na preven-
ção de anemias e diretamente no siste-
ma imunológico;
• Aumentar a fibra na dieta e diminuir a
utilização de sal; E as vitaminas A, D, E,K, C e vitaminas
complexo B.
• Beber água. Tente evitar bebidas e
sucos que são ricos em açúcar; Outros elementos essenciais para a saú-
de do idoso são as fibras (solúveis e in-
• Para o crescimento das crianças e solúveis), responsáveis pelo bom funcio-
adolescentes, é geralmente recomen- namento do trânsito intestinal e auxílio na
dado monitorar o consumo total de manutenção de taxas sanguíneas impor-
gordura na dieta, em vez de contar tantes, como colesterol HDL, colesterol
calorias; LDL e triglicérides.

• Comer refeições equilibradas; Todas estas orientações são direciona-


das pelo tratado de nutrição em geronto-
• Cozer ou assar alimentos, em vez de logia.
fritar;

• Para crianças acima de 5 anos de


idade, use produtos lácteos com bai- NOÇÕES BÁSICAS DE PREPARAÇÃO DE
xo teor de gordura; ALIMENTOS.
GUARDA, CONSERVAÇÃO E ADMINIS-
• Diminuir o uso de manteiga e molhos TRAÇÃO DE ALIMENTOS E MEDICAMEN-
pesados; TOS

Nutrientes essenciais no processo de
envelhecimento
Como em saúde pública a prevenção é o
Os idosos fazem parte de um grupo vul- melhor caminho, a Organização Mundial da
nerável a carências alimentares diversas. Saúde (OMS) elaborou um conjunto de re-
Assim, a ingestão alimentar do idoso po- gras que devem ser seguidas pelo consumi-
de impactar tanto no desenvolvimento de dor ao comprar e preparar seus alimentos.
doenças como na gravidade das mes- Este conjunto de dicas, chamado de Regras
mas. de Ouro da OMS para a preparação de ali-
mentos, é uma referência mundial e é apre-
Todos os grupos de macro e micro nutri- sentado neste espaço.
entes são essenciais para os indivíduos
idosos, destacando-se os carboidratos 1) Evitar os alimentos clandestinos
como fonte de energia, as proteínas pra
suporte muscular e de força, e os lipídios
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Os alimentos consumidos crus (como frutas, de manusear os temperos e farinhas, por


verduras e legumes) devem ser muito bem exemplo.
lavados. Não compre ovo, frango e leite de
origem clandestina. 8) Manter a cozinha limpa

2) Cozinhar bem os alimentos Como os alimentos se contaminam facilmen-


te, convém manter limpas todas as áreas
Carnes e peixes devem ser cozidos em tem- onde será feito o preparo, incluindo também
peratura superior a 70ºC, eliminando muitas os utensílios e equipamentos a serem utili-
contaminações. Os alimentos que estiverem zados.
congelados devem ser bem descongelados
antes de começar o preparo para cozinhar. 9) Proteger os alimentos dos insetos e
animais
3) Fazer a quantia certa para evitar Eles transportam microorganismos que cau-
sobras sam doenças. Proteja os alimentos, guar-
dando-os em vasilhas bem fechadas.
Quando os alimentos cozidos são deixados
à temperatura ambiente, os microrganismos 10) Utilizar sempre água pura
começam a se multiplicar. Quanto mais se
espera, maior o risco. Para não correr peri- Para beber ou cozinhar, use sempre água
gos desnecessários, convém comer os ali- pura. Em caso de dúvida quanto à pureza,
mentos imediatamente. ferva a água durante 15 minutos.
Como grande ícone do processamento tec-
4) Guardar cuidadosamente as sobras nológico, conservação é a arte que consiste
em manter o alimento o mais estável possí-
As sobras de alimentos devem ser guarda- vel, mesmo em condições nas quais isso
das na geladeira, em temperatura igual ou não seria viável. Quando falamos em con-
inferior a 10 graus. No caso de alimentos servar os alimentos precisamos pensar em
para lactentes, o melhor é não guardá-los. três características, são elas: físicas, quími-
cas e biológicas. Assim, dizemos que con-
5) Aquecer bem os alimentos cozidos servar é manter as características do alimen-
to estáveis, por isso, é importante ressaltar
Aqueça muito bem os alimentos que foram que o alimento a ser conservado precisa
gelados: mexa e misture para aquecer por chegar à etapa de conservação com boa
igual. Se possível, junte água que permite a qualidade, uma vez que o processo de con-
fervura e mata os microorganismos. servação não reverte o quadro de deteriora-
ção já iniciado, podendo apenas retardá-lo.
6) Não misture os alimentos crus e co-
zidos
O ponto de partida, então, para um processo
Quando se corta um alimento cru, deve-se de conservação ideal, é o recebimento de
lavar a faca e a tábua antes de cortar um matérias-primas de boa qualidade. Por
alimento cozido. Evite tábuas de madeira e exemplo, para produtos de origem vegetal, a
colheres de pau. Prefira polietileno e plástico qualidade física depende principalmente dos
resistente. estágios finais do processo produtivo (a co-
lheita e o transporte), além de suas condi-
7) Lavar as mãos antes de cozinhar ções de armazenamento antes e depois da
ação das etapas conservativas. A colheita
Mantenha as mãos muito limpas antes de pode ser feita de forma manual ou mecâni-
começar a cozinhar. Depois de mexer com ca, mas independente do tipo, podem ocor-
carne, peixe ou frango, lave as mãos antes rer danos físicos aos produtos alimentícios,
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tais como rachaduras, amassamento, que- Existem vários métodos para conservar os
bra ou formação de fissuras. Neste momen- alimentos. O que difere um do outro é a for-
to, além da integridade física ser modificada, ma pela qual o alimento é tratado. A ade-
ocorrem também alterações químicas e mi- quação do tipo de conservação ao tipo de
crobiológicas prejudiciais aos alimentos. alimento é extremamente importante. Sabe-
A quebra, as rachaduras e as fissuras abrem mos, porém, que, na maioria das vezes, o
a "porta" de entrada para contaminações. A ideal é o emprego de processos combina-
partir daí, a conservação só pode agir na dos. Por exemplo, no leite que é tratado com
parte microbiológica, retardando o processo o processo de pasteurização (conservação
de proliferação dos microorganismos com o pelo calor) necessitamos de posterior refri-
controle de variáveis como a temperatura, o geração (conservação pelo frio) para con-
pH e a umidade. Alternativa é o emprego de servá-lo bom para o consumo o maior tempo
esterilização por meio do processo de irradi- possível.
ação de alimentos, que elimina completa- Os métodos utilizados atualmente para au-
mente a carga microbiológica do mesmo, mentar a vida útil dos alimentos são os se-
inclusive ovos e larvas de insetos e artrópo- guintes:
des presentes no interior dos alimentos e • CONSERVAÇÃO PELO CALOR: O uso
tratamento pelo calor que também trabalha de calor para conservar alimentos tem por
com a morte dos microorganismos termos- objetivo a redução da carga microbiana e a
sensíveis. desnaturação de enzimas. Vários tipos de
As alterações químicas nos alimentos são tratamento térmico podem ser aplicados, a
geralmente causadas pela presença de mi- depender da termossensibilidade do alimen-
croorganismos deterioradores. Os carboidra- to e da sua suscetibilidade à deterioração,
tos, por exemplo, são utilizados como fonte bem como da estabilidade requerida do pro-
de energia, além de gerarem produtos que duto final. Um tratamento térmico seguro
alteram sensorialmente os alimentos. As deve ser selecionado com base no binômio
proteínas são hidrolisadas a aminoácidos e tempo-temperatura requerido para inativar
peptídeos e a degradação de aminoácidos os microorganismos patogênicos e deterio-
resulta na formação de compostos como radores mais termorresistentes em um dado
aminas biogênicas que causam odor pútrido alimento e da embalagem.
(podre) aos alimentos. E os lipídeos são Existem diferentes tipos de tratamento pelo
quebrados por enzimas específicas produzi- calor, desde os mais conhecidos, como a
das por algumas bactérias provocando o pasteurização e esterilização, até os me-
aparecimento de compostos menores, como nos conhecidos da grande população, como
os ácidos graxos livres, dos quais alguns o branqueamento. Alguns
conferem odor desagradável aos produtos.
Pasteurização: O método da pasteurização
leva este nome em homenagem a Louis
O fator econômico é muito importante quan- Pasteur, o primeiro a perceber que havia a
do se escolhe o método a ser empregado, possibilidade e inativação de microorganis-
pois existem processos que são muito caros mos deterioradores em vinho por meio da
para determinados tipos de alimentos, por aplicação de calor. Os produtos pasteuriza-
exemplo a refrigeração, que tem alto custo dos podem conter, ainda, muitos organismos
devido à necessidade de se manter a cadeia vivos capazes de crescer, o que limita sua
do frio. Logo, a indústria pode não conseguir vida de prateleira. Assim, a pasteurização é,
repassar este custo para o preço final, uma muitas vezes, combinada com outros méto-
vez que o preço do produto ficaria muito alto. dos de conservação e muitos produtos pas-
Como o consumidor não tem percepção so- teurizados são estocados sob refrigeração.
bre o valor agregado dos processos, ele não Alguns exemplos são leite, manteiga, etc
consegue visualizar os benefícios.

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ca é a principal arma da população contra a


deterioração dos alimentos e conseqüente
desperdício.

Enquanto na conservação pelo calor traba-


lhamos com a morte de microorganismos e
inativação de enzimas, na conservação pelo
frio o fator que controlamos é a proliferação
microbiana e reações químicas, como as
reações enzimáticas. Todos os microorga-
nismos têm temperaturas ótimas para o seu
crescimento e reprodução, sendo assim, o
princípio básico da conservação pelo frio é
manter a temperatura abaixo da ideal para o
crescimento e proliferação microbiana. Da
ALIMENTOS PASTUERIZADOS: CREME mesma, forma as reações químicas ocorrem
DE LEITE, IOGURTE E LEITE em temperaturas ideais, sendo assim, o
princípio para minimizá-las é o mesmo, man-
Esterilização comercial: Para alimentos, ter a temperatura abaixo da ideal.
quando dizemos esterilização estamos nos
referindo, na verdade, à esterilização comer- Existem dois tipos de conservação pelo frio:
cial, ou seja, não atingimos a temperatura a refrigeração e o congelamento. Cada um
que tornaria o alimento completamente esté- se adequando ao tipo de alimento e ao tem-
ril. Se isso ocorresse, o alimento tratado não po de conservação que se deseja atingir.
se tornaria interessante para o consumo do
ponto de vista nutricional e sensorial. A mai- Refrigeração: Para que os alimentos este-
or parte dos alimentos enlatados é comerci- jam refrigerados é necessário mantê-los sob
almente estéril, tendo uma vida de prateleira temperaturas entre 0˚C e 7˚C. Neste caso os
de pelo menos dois anos. impactos sobre as propriedades nutricionais
e sensoriais são mais brandos, com estas
temperaturas, porém, conseguimos atingir
menores tempos de conservação.

ALIMENTOS ENLATADOS (ESTERILIZA-


DOS)

Branqueamento: Na parte de frutas e horta-


liças o branqueamento é freqüentemente ALIMENTOS REFRIGERADOS
utilizado. Este tratamento térmico tem a fina-
lidade de inativar enzimas que poderiam Congelamento: Para o congelamento ser
causar reações de deterioração, como o es- eficiente, necessitamos de temperaturas de -
curecimento. 18˚C ou inferiores. Existem microorganismos
que ainda crescem a temperaturas de -10˚C
• CONSERVAÇÃO PELO FRIO: A conser- o que acarreta um perigo para o congela-
vação pelo frio é uma das mais utilizadas no mento mal monitorado. Sabemos porém que
dia-a-dia da população. Os congelados vêm sob temperatura de -18˚C ou menores ocor-
se tornando cada vez mais freqüentes na re a inibição total de microorganismos.
mesa do brasileiro e a refrigeração domésti-
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Já o sal, é utilizado, por exemplo, para a


produção da carne de sol e carne seca. Um
método utilizado em grande parte das vezes
pela carência de refrigeração e congelamen-
to, hora por parte de equipamentos, hora por
parte de disponibilidade energética.
ALIMENTOS CONGELADOS

• CONSERVAÇÃO PELO CONTROLE DE


UMIDADE: A conservação por controle de
umidade consiste na retirada de água do
alimento, ou seja, a sua desidratação. Aze- CARNE SALGADA: BACALHAU, PORCO
redo (2004), afirma que o objetivo principal E CARNE DO SOL
da redução da atividade de água de alimen-
A carne é um dos principais alimentos que
tos é a redução das taxas de alterações mi-
supre as necessidades nutricionais de prote-
crobiológicas. Existem, ainda, outros objeti-
ínas, portanto, quando não se pode lançar
vos adicionais, como a redução de altera-
mão da refrigeração e do congelamento, se
ções químicas, a redução de custos com
faz necessário encontrarmos alternativas
embalagem, transporte e distribuição, além
para a conservação da mesma para que ha-
da conveniência.
ja disponibilidade para o consumo freqüente.

• CONSERVAÇÃO POR DEFUMAÇÃO: O


processo de defumação baseia-se na expo-
sição do alimento à fumaça proveniente da
queima incompleta de madeira, serragem,
ALIMENTO DESIDRATADOS; TOMTES, carvão, etc. Este processo é utilizado, prin-
COGUMELOS E FRUTAS cipalmente, para carnes bovinas, pescado e
embutidos.
• CONSERVAÇÃO PELA ADIÇÃO DE SO-
LUTOS: A adição de solutos é outra forma
de controle de umidade, entretanto, neste
método não há retirada de água. O que
ocorre quando adicionamos um soluto no
alimento é a “captura” da água livre no ali- PRESUNTO E CALABRESA DEFUMADOS
mento pelo soluto, tornando a água indispo-
nível para a sua utilização por microorga- • CONSERVAÇÃO POR FERMENTAÇÃO:
nismos e reações químicas. A conservação por fermentação baseia-se
no antagonismo entre espécies microbianas,
Os solutos mais utilizados com esta finalida- em que uma ou mais espécies inibem as
de são o açúcar e o sal. No dia-a-dia utiliza- demais, por meio da competição por nutrien-
mos este tipo de conservação, mas nem tes e da produção de metabólitos antimicro-
sempre sabemos os princípios físico- bianos a partir de substratos presentes no
químicos presentes nos métodos. alimento. Tais metabólitos, geralmente áci-
Na produção de geléias caseiras utilizamos dos orgânicos, álcoois e CO2, limitam o
a adição de açúcar, além do caráter conser- crescimento da flora patogênica e/ou deteri-
vativo, este método é, também, forma de oradora (Ross et al., 2002).
produção de outro alimento, que, muitas ve-
zes, se torna o meio de ganhar dinheiro para A fermentação necessita, em alguns casos,
muitas pessoas. de métodos complementares de conserva-
18
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ção como a pasteurização, no caso da cer- legumes), redução de carga microbiológica


veja, e no caso de laticínios há necessidade (carnes, frutas e legumes), eliminação de
de armazenamento em refrigeração. parasitas e pragas (grãos, cereais, frutas e
especiarias) e esterilização (alimentos pron-
tos para o consumo, conservados em tem-
peratura ambiente). Na figura temos o
exemplo de cebolas não irradiadas e cebo-
las irradiadas, esta foto foi tirada depois de
seis meses da irradiação.

ACONDICIONAMENTO DE ALIMENTOS
ALIMENTOS FERMENTDOS: QUEIJO –
CERVEJA – VINHO
Desde que guardados da maneira correta,
Além do objetivo de conservação a produção alguns alimentos podem ter sua vida útil pro-
dos ácidos, álcoois e CO2 são responsáveis longada. Uma dica simples é usar potes e
por conferir características sensoriais agra- sacos plásticos com essa finalidade, mas
dáveis aos alimentos. A partir da percepção colocar sobre a embalagem uma etiqueta
disso o mercado passou a utilizar a fermen- com a data. É uma maneira para evitar es-
tação em maior escala para este fim, em quecer do alimento e ele acabar se deterio-
detrimento da finalidade conservativa. rando com o tempo , aconselha a nutricionis-
ta Fernanda Brunacci, da Equilibrium Con-
• CONSERVAÇÃO POR ADITIVOS QUÍMI- sultoria em Nutrição em Bem-Estar, de São
COS: A ação antimicrobiana dos conservan- Paulo
tes baseia-se em efeitos sobre um ou mais
dos seguintes componentes/atividades: O tempo de duração dos produtos que pre-
DNA, membrana plasmática, parede celular, cisam passar por refrigeração varia caso a
síntese protéica, atividade enzimática, trans- caso. Em uma temperatura de 10º Celsius,
porte de nutrientes (Luck & Jager, 1997). ovos podem ser estocados por até 10 dias;
frutas e legumes alcançam uma semana e
Os conservantes mais utilizados são os áci- verduras com folhas não passam de três
dos orgânicos, porém os nitritos e nitratos e dias. O grupo dos peixes, carnes, alimentos
os sulfitos também são utilizados em menor que passaram por cozimento e da maionese
escala. já exigem maior resfriamento dentro da ge-
ladeira, de 4º Celsius.
• CONSERVAÇÃO POR IRRADIAÇÃO:
Quando irradiamos os alimentos, na verda- Mesmo depois de armazenados, pescados e
de, estamos submetendo-os a doses minu- seus derivados, além da maionese caseira e
ciosamente controladas de uma radiação outros molhos, devem ser consumidos em
particular, a radiação ionizante. A irradiação até 24 horas; as carnes bovina, suína e de
de alimentos não causa prejuízos ao alimen- aves resistem por mais tempo, cerca de 72
to no que tange a formação de novos com- horas. Os laticínios são mais resistentes:
postos químicos que poderiam transmitir do- alcançam sete dias em estado adequado
enças ao ser humano quando da sua inges- para ser ingerido.
tão. Porém, como em todo processo de con-
servação, existem perdas no alimento de Os alimentos devem ser condicionados de
ordem nutricional e organoléptica. acordo ao seu tipo e nos lugares apropria-
dos que permitam uma melhor conservação
O tratamento por irradiação pode ser aplica-
do para inibir brotamento, (para bulbos e Conservação dos medicamentos
tubérculos), retardar a maturação e senes- Ainda que a indústria farmacêutica há muito
cência, ou seja, envelhecimento (frutas e tempo, era consciente sobre a importância
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do estudo da estabilidade de medicamentos Algumas formas farmacêuticas (supositórios,


no desenvolvimento de novos produtos. Es- cremes, etc.) são mais susceptíveis de so-
ses estudos incluem análise detalhada dos frer alterações devidas à temperatura, fato
motivos que podem levar à modificação da que é detectável se os medicamentos apre-
estabilidade, tanto dos fármacos contidos na sentarem alterações na sua aparência ou
fórmula farmacêutica, como também da for- consistência, que indiciam a alteração da
ma farmacêutica como um todo, incluindo-se sua qualidade. Nestes casos, antes de utili-
todos os adjuvantes farmacotécnicos. zar o medicamento, questione o seu farma-
cêutico. Quando os particulares transportam
Os medicamentos dever receber um trata- os seus medicamentos, devem ter em conta
mento especial. A exposição dos medica- as seguintes medidas de conservação:
mentos a temperaturas elevadas, por perío-
dos de tempo prolongados, faz com que • Os medicamentos que devem ser conser-
os medicamentos sofram alterações em vados entre 2 a 8ºC, devem ser transporta-
suas propriedades, por isso alguns reque- dos em condições que respeitem a cadeia
rem precauções de conservação. do frio (embalagem isotérmica refrigerada),
mas sem provocar a congelação do produto.
Nas embalagens e bulas • Os medicamentos que devem ser conser-
do medicamento possuem dizeres explici- vados a uma temperatura inferior a 25 ou a
tando as características de conservaçãoque 30º C ou à temperatura ambiente, não de-
necessita, pois quando não mantido nas vem ser expostos durante demasiado tempo
condições adequadas esses medicamentos a temperaturas elevadas, tais como as que
sofrem alteraçõespodendo perder ou dimi- são freqüentemente encontradas nos porta-
nuir sua eficácia. bagagens ou nos habitáculos de veículos
expostos ao sol. É aconselhável transportá-
A umidade também é um dos fatores causa- los numa embalagem isotérmica não refrige-
dores de alterações em medicamentos. A rada.
despeito do fato de que a água é o solvente
de primeira opção em qualquer processo de
solubilização, também é um meio natural
para reações de hidrólise. HIGIENE PESSOAL, AMBIENTAL E DE
MATERIAIS E EQUIPAMENTO
Quando a embalagem do medicamento re-
fere:

• “Conservar à temperatura ambiente” – es- HIGIENE PESSOAL


tes medicamentos são afetados se forem
expostos a temperaturas elevadas. Devem higiene pessoal é o conjunto de cuidados
ser garantidas as condições de conservação que todos devem ter com o corpo diariamen-
habituais dos medicamentos (armário de te. Os cuidados de higiene pessoal são es-
farmácia, gaveta, etc.). senciais, pois evitam que micróbios e bacté-
rias, como vermes, penetrem no corpo e
• “Conservar a temperaturas inferiores a causem doenças. É por meio da higiene
25/30ºC” – estes medicamentos podem ser pessoal correta que o corpo se fortalece e
conservados também nos locais habituais. fica limpo e saudável.

• “Conservar entre 2º a 8ºC” – estes medi- Hábitos simples como tomar banho, lavar as
camentos são geralmente guardados no fri- mãos e escovar os dentes estão entre as
gorífico, devendo ser retirados do frigorífico principais atitudes preventivas para o bem-
estritamente para serem utilizados. estar. No entanto, a higiene pessoal envolve
muitas outras práticas que são simples mais
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que devem ser feitas regularmente. É muito Escherichia Coli, causadoras de doenças
importante para a saúde pessoal manter a gastrointestinais.
higiene dia após dia, pois assim o corpo
consegue evitar uma série de males prejudi- Os especialistas da área da saúde garantem
ciais à saúde. que a higiene pessoal correta ajuda a afastar
diversas doenças e melhorar a qualidade de
Os especialistas da área da saúde indicam vida. Segundo eles, o hábito de manter os
que depois de realizar alguma atividade físi- cuidados com a higiene pessoal deve ser
ca ou depois de um dia atarefado, a higieni- introduzido desde cedo na vida das pessoas,
zação do corpo deve ser feita em seguida, de preferência quando criancinhas, pois as-
removendo a sujeira da rua e os microrga- sim será mantido por toda a vida.
nismos que durante a atividade física, talvez
tenham se instalado no corpo. O banho é Trabalhando na qualidade de vida e inves-
indispensável para a saúde e a secagem tindo tecnologia em prol dos bons hábitos de
total da pele também é importante para pre- higiene, empresas como a Fiorucci, se preo-
venção de fungos e micoses, assegurando cupam com a qualidade de vida e a saúdo
assim a limpeza profunda do corpo. corporal das pessoas. Por esse motivo, de-
senvolvem produtos com a finalidade de ga-
A higiene das mãos é outro aspecto funda- rantir a proteção e a limpeza do corpo, como
mental e que não deve passar despercebido. por exemplo, o kit sabonete líquido que além
As mãos devem ser lavadas antes e depois do sabonete para a higienização correta da
de ir ao banheiro, antes de cozinhar e de pele, possui o hidratante corporal para man-
ingerir alimentos e após chegar em casa de ter a pele saudável. A Fiorucci pertence
atividades na rua. Essa rotina é importante GREENWOOD, marca conhecida por sua
porque as mãos são as partes do corpo mais excelência e inovação no setor de saúde e
utilizadas para realizar as diversas ativida- cosmética.
des diárias. O que é Higiene Pessoal?
Além das mãos, limpar debaixo das unhas é
de grande importância e também colabora
para a higiene pessoal. As unhas devem
estar sempre bem limpas, essa precaução
ajuda na prevenção de doenças vindas de
bactérias ungueais. É essencial evitar colo-
car as mãos na boca e morder ou roer as
unhas, pois as mesmas contêm muitas bac-
térias que podem ser transmitidas para a
boca e causar riscos sérios a saúde.

Médicos e especialistas da área da saúde A higiene pessoal é todo cuidado corporal.


afirmam que a higiene pessoal previne a Ela não se refere só a tomar banho e esco-
ocorrência de doenças infecciosas, como var os dentes para evitar o mau hálito, cuidar
por exemplo, vermes, protozoários, bactérias do corpo e de sua limpeza; é também zelar
e vírus que causam diarreia, gripe ou resfri- pela saúde. Esses hábitos higiênicosde-
ado. No Brasil, segundo o estudo Suabe que vem ser ensinados na infância, o quanto an-
entrevistou 150 mães donas de casa, em tes, para que as crianças pratiquem com
São Paulo, foi constatado que 65% das cri- consciência sempre.
anças delas apresentam coliformes fecais
História da higiene pessoal
nas mãos após irem ao banheiro, entre as
bactérias encontradas estão Enterococcus e Tais hábitos, que para nós, são tão corri-
queiros já foram, no passado, totalmente
21
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desconhecidos, fato que contribuiu para os vel para que a noite de sono seja revigoran-
grandes surtos de doenças como a peste te.
negra (peste bubônica), na Europa do Perí- Higiene mental
odo Medieval e até para a tuberculose, uma
das doenças pulmonares dos séculos XIX e
XX.

No Brasil, o fator cultural e climático influen-


ciou os nossos banhos diários, que herda-
mos dos índios brasileiros. Mas foi só a par-
Cuidar da mente
tir do início do século passado que a impor-
é parte importante dos hábitos de higiene.
tância dos hábitos de higiene foi sendo di-
Isso se concretiza quando realizam ativida-
vulgada por cientistas do mundo inteiro e se
des relaxantes como sair com os amigos,
fortaleceram por causa das grandes empre-
ler, escutar música exercitar o corpo ou fazer
sas de cosméticos que se formavam.
qualquer coisa que gostamos nas horas va-
gas.
A higiene pessoal foi facilitada pelo avanço Especialistas acreditam que manter essas
tecnológico e a inserção dos banheiros den- atividades contribui para uma boa memória,
tro das residências, pois antigamente os de- deixa a pessoa mais concentrada, o que
jetos eram jogados no meio das ruas e a ajuda no bom desempenho profissional e
preocupação em lavar as mãos e cabelos estudantil, no caso das crianças e jovens.
não existia. Atualmente, o cenário é comple-
tamente diferente, com grande parte da po- O que é Higiene Ambiental:
pulação tendo acesso à rede de água enca- Higiene Ambiental é um conceito relacio-
nada e esgoto. Atividades como banhos nado com a preservação das condições sa-
diários e lavar as mãos se tornaram banais, nitárias do meio ambiente de forma a impe-
melhorando a qualidade e a vida saudá- dir que este prejudique a saúde do ser hu-
vel das pessoas. mano.

Desta forma, a higiene ambiental pressupõe


Cuidados com o corpo cautela em relação aos fatores químicos,
Os cuidados de higiene corporal são muito físicos e biológicos externos ao indivíduo.
importantes, tais como tomar banho diari- Visto que estes fatores podem ter um impac-
amente, cortar as unhas e mantê-las limpas, to sobre a saúde, o objetivo da higiene am-
lavar as mãos constantemente e escovar os biental é prevenir as doenças mediante a
dentes depois das refeições. São hábitos criação de espaços saudáveis.
simples e corriqueiros que evitam doenças
de pele, contaminação por bactérias e as A higiene ambiental deve zelar pela saúde
terríveis cáries dentárias. tanto das gerações atuais como das futuras.
Algumas áreas de atividade da higiene am-
biental são: desinfeção (para controlar bac-
Porém, a higiene pessoal envolve mais do térias, pragas e organismos prejudiciais para
que isso. É também dormir, pelo menos, oito a saúde), fumigação, desinfestação e desra-
horas por noite para manter a mente e o tização.
corpo relaxados durante o dia, quando es-
tamos em plena atividade. O ambiente dis- No casa hipotético de um indíviduo verter
ponível para dormir tem que ser arejado, resíduos tóxicos numa determinada rua,
limpo, ter temperatura e iluminação agradá- compete ao Estado a limpeza do local diri-
gindo-se a empresas especializadas em hi-

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giene ambiental. Assim, não se permite que A falta de higiene ambiental pode ocorrer
indivíduos que passem pelo local adoeçam com o depósito indevido no meio ambiente
devido à exposição a esses resíduos. de lixo orgânico, industrial, gases poluentes,
objetos materiais, elementos químicos, etc.
Higiene Ambiental na Cozinha
A poluição ambiental causa distúrbios no
De modo a impedir que os alimentos se tor- bom funcionamento dos ecossistemas, ma-
nem veículos de transmissão de doenças, tando várias espécies animais e vegetais. O
devemos ter os seguintes cuidados: ser humano também é prejudicado com este
tipo de ação, pois necessita muito dos recur-
• Não descongelar alimentos à temperatura sos hídricos, do ar e do solo para viver com
ambiente. O descongelamento deve ser feito qualidade de vida e mantendo uma boa saú-
à temperatura de refrigeração ou com o ali- de. Quando estes três meios são poluídos,
mento debaixo de água corrente em local verifica-se o desenvolvimento de doenças,
limpo e desinfetado; sendo que algumas são exemplificadas em
• Utilizar de imediato o alimento que foi seguida:
descongelado e não voltar a congelá-lo;
• Alimentos como (massas, carne, recheios Doenças transmitidas através da água -
de sanduíches, etc), devem ser bem guar- Gastrenterite, Amebíase, Giardíase, Febre
dados, tendo em conta que precisam de pro- tifóide, Cólera, Leptospirose, Verminoses
teção contra insetos, poeiras e outros agen- (esquistossomose ou xistose);
tes nocivos;
• As lixeiras utilizadas na cozinha devem Doenças transmitidas através do solo - Té-
ser com pedal, tampa e sacolas plásticas tano e Verminoses (ascaridíase, teníases,
para manter eventuais pragas (ratos, bara- cisticerco, oxiurose, ancilostomose o amare-
tas, etc.) distantes. Assim também se evita lão)
tocar na tampa do lixo com a mão, contami-
nando-a; Doenças transmitidas através do ar -
• Resíduos devem ser devidamente arma- .Doenças alérgicas (bronquite, rinite e asma)
zenados em local próprio para a sua remo- O ar poluído pode conter partículas que po-
ção final. dem causar sérios problemas de saúde.
A Organização Mundial de Saúde identificou Além de materiais poluentes, o ar também
as principais falhas nos hábitos diários que pode conter diferentes tipos de microorga-
podem causar contaminações alimentares, nismos que causam doenças. Tendo em
entra as quais: conta esta fato, mencionamos agora algu-
• Preparação dos alimentos muito tempo mas doenças causadas por vírus e bacté-
antes do consumo; rias.
• Alimentos prontos são muitas vezes dei- Doenças causadas por vírus - (resfriado,
xados por muito tempo em contato com a gripe), outras viroses (caxumba, sarampo,
temperatura ambiente (por exemplo: sobre o rubéola, poliomielite, catapora)
fogão ou dentro do forno);
• Cozimento deficiente ou não suficiente; Doenças causadas por bactérias - (tubercu-
• Contaminação cruzada (mistura de ali- lose, meningite meningocócica, pneumonia
mentos crus com cozidos. Ex: utilizar a bacteriana, coqueluche)
mesma vasilha ou a mesma faca para cortar Higiene Ambiental na Educação Infantil
dois alimentos diferentes); É sabido que uma boa higiene ambiental no
• Pessoas contaminadas preparando os futuro depende também da educação que é
alimentos. dada às crianças e jovens de hoje. Por isso,
Higiene Ambiental e Desenvolvimento de em muitas escolas a higiene ambiental tem
Doenças sido um tema abordado com os alunos para
que estes possam:
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• compreender que a saúde é um direito classificação das áreas para o adequado


de todos e uma parte fulcral do crescimento procedimento de limpeza.
e desenvolvimento do ser humano;
• compreender que a condição de saúde é
CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
um resultado das relações com o meio físi-
co, econômico e sociocultural, sabendo iden-
tificar fatores que prejudicam a saúde pes- ÁREAS CRÍTICAS - são as que oferecem
soal e coletiva no meio onde vivem; maior risco de transmissão de infecções, ou
• conhecer e utilizar formas para intervir seja, áreas onde se realizam procedimen-
individual e coletivamente sobre os fatores tos invasivos e/ou que possuem pacientes
nocivos à saúde, agindo com responsabili- de risco ou com sistema imunológico com-
dade relativamente à sua saúde e à saúde
prometido, como UTI, clinicas, salas de ci-
dos indivíduos ao seu redor;
• conhecer formas de aceder aos recursos rurgias, pronto socorro, central de materiais
da comunidade e as possibilidades de utili- e esterilização, áreas de descontaminação e
zar os serviços voltados para a promoção, preparo de materiais, cozinha, lavanderia
proteção e recuperação da saúde; etc.
• adotar hábitos de autocuidado, respei-
tando as possibilidades e limites do próprio
ÁREAS SEMICRÍTICAS - são áreas ocu-
corpo.
Higiene Ambiental no Trabalho padas por pacientes com doenças infeccio-
É muito importante manter o ambiente de sas de baixa transmissibilidade e doenças
trabalho o mais higiênico e saudável possí- não infecciosas, isto é, aquelas ocupadas
vel, uma vez que muitas pessoas passam por pacientes que não exijam cuidados in-
grande parte do seu dia nesse ambiente. tensivos ou de isolamento, como sala de
Estes são alguns pontos que visam a cons- pacientes, central de triagem etc.
cientização de sujeitos para que possam
criar um ambiente limpo, que é uma garantia
de saúde e segurança no trabalho. ÁREAS NÃO-CRÍTICAS - são todas aque-
• Não se alimentar nos setores de trabalho; las áreas não ocupadas por pacientes e
• Não deixar vestígios de comida no chão onde não se realizam procedimentos clíni-
ou nos equipamentos e máquinas; cos, como as áreas administrativas e de
• Usar recipientes higiênicos para tomar circulação.
água; TIPOS DE LIMPEZA Limpeza Concorren-
• Não deixar os equipamentos de proteção
individual no chão ou nas máquinas. te

É o processo de limpeza diária de todas as


A Limpeza Técnica é o processo de áreas críticas, objetivando a manutenção do
remoção de sujidades, mediante a apli- asseio, o abastecimento e a reposição dos
cação de agentes químicos, mecânicas ou materiais de consumo diário (sabonete lí-
térmicos, num determinado período de quido, papel higiênico, papel toalha interfo-
tempo. Consiste-se na limpeza de todas as lhado etc.), a coleta de resíduos de acordo
superfícies fixas (verticais e horizontais) e com a sua classificação, higienização mo-
equipamentos permanentes, das diversas lhada dos banheiros, limpeza de pisos,
áreas do recinto. Com o objetivo de orientar superfícies horizontais e equipamentos
o fluxo de pessoas, materiais, equipamentos mobiliários, proporcionando ambientes lim-
e a frequência necessária de limpeza, sen- pos e agradáveis.
do imprescindível o uso de critérios de

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Limpeza Terminal é necessária a utilização de métodos mais


eficientes para a remoção de sujidades,
É o procedimento de limpeza e/ou de- como a mecanizada.
sinfecção, de todas as áreas da Unida-
de, objetivando a redução da sujidade e, Limpeza Manual Molhada
conseqüentemente, da população microbia-
na, reduzindo a possibilidade de contami- O procedimento consiste em espalhar uma
nação ambiental. É realizada periodicamen- solução detergente no piso e esfregar com
te de acordo com a criticidade das áreas escova ou esfregão, empurrar com rodo a
(crítica, semi-crítica e não- crítica), com solução suja para o ralo, enxaguar várias
data, dia da semana e horário pré- vezes com água limpa em sucessivas ope-
estabelecidos em cronograma rações de empurrar com o rodo ou mop pa-
ra o ralo.
mensal. Inclui todas as superfícies e mobili-
ários. Portanto, é realizada em todas as
superfícies horizontais e verticais, das Limpeza com máquina de lavar tipo ence-
áreas críticas, semi-críticas, não-críticas, radeira automática
infra-estrutura e área comum.
Deverá ser realizada ao final de cada pro- É utilizado para limpeza de pisos com má-
cedimento envolvendo pacientes. quinas que possuem tanque para soluções
de detergente que é dosado diretamente
MÉTODOS E EQUIPAMENTOS DE LIM- para a escova o que diminui o esforço e
PEZA DE SUPERFÍCIES Limpeza Manual risco para o trabalhador.
Úmida
Limpeza Seca
Realizada com a utilização de rodos, mops
ou esfregões, panos ou esponjas umedeci- Consiste-se na retirada de sujidade, pó ou
das em solução detergente, com enxágüe poeira, mediante a utilização de vassoura
posterior com pano umedecido em água (varreduras seca), e/ou aspirador.
limpa. No caso de pisos é utilizado o mes- A limpeza com vassouras é recomendá-
mo procedimento com mops ou pano e ro- vel em áreas descobertas, como estacio-
do. Esse procedimento é indicado para a namentos, pátios etc. Já nas áreas cober-
limpeza de paredes, divisórias, mobiliários e tas, se for necessário a limpeza seca, esta
de equipamentos de grande porte. Este deve ser feita com aspirador.
procedimento requer muito esforço do pro-
fissional e o submete ao risco de con- LIMPEZA DE TETOS
taminação. Panos e mops utilizados na
limpeza devem ser encaminhados para Utilize óculos de proteção ou máscara de
lavagem na lavanderia e guardados secos proteção facial, para realizar a limpeza do
por medidas de higiene e conservação. É teto. A operação deve ser realizada antes
importante ressaltar que a limpeza úmida é de qualquer outra, respeitando sempre a
considerada a mais adequada e higiênica, ordem de cima para baixo e do fundo para
todavia ela é limitada para a remoção de a porta. Limpe os cantos removendo as
sujidade muito aderida. Na limpeza terminal teias de aranha ou outras sujeiras visíveis.
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• Material (baldes, panos macios, lu-


vas de borracha, solução de limpeza)
• Material (escada, rodo, pano limpo,
água, luvas, óculos de segurança LIMPEZA DE PIAS
LIMPEZA DE JANELAS
• Material (solução desinfetante e
solução detergente, esponja abrasiva, lu-
• Material (baldes, panos ma- vas de borracha, jarro, pano macio
cios, esponjas, rodo de mão, escada, LIMPEZA DE SANITÁRIOS
equipamento de proteção individual, óculos
de segurança)
• Material (baldes, solução deter-
LAVAGEM DE PAREDES gente e desinfetante, esponja e/ou esco-
va, luvas de borracha, pano e vassoura,
Verificar o tipo de revestimento das paredes equipamento de proteção individual)
e adotar a técnica correta
LIMPEZA, MANUTENÇÃO
E CONSERVAÇÃO DE INSTALAÇÕES
Parede de Pintura Lavável
Material (baldes, panos macios, luvas, es- Alvenaria: Antes de perfurar as paredes,
cadas, escova macia, solução detergen- consulte os projetos e detalhamentos de seu
te/desinfetante, equipamento de proteção imóvel, evitando perfurar tubulações de
individual, óculos de água, energia elétrica ou gás. Para melhor
segurança) fixação de peças ou acessórios, use apenas
parafusos com buchas.
Para facilitar o trabalho, e evitar lon-
gos movimentos paralelos, dividir imagi- Revestimentos cerâmicos: É recomendá-
nariamente a parede ao meio, limpando pri- vel verificar semestralmente o rejuntamento
meiro a parte mais alta. para evitar infiltrações. Na limpeza, o ideal é
o uso de pano ou esponja macios, umedeci-
dos em sabão neutro ou produtos específi-
Parede Revestimento Cerâmico
cos para esse fim. Evite lavagens gerais e
tome cuidado nos pontos de encontro das
• Material (baldes, panos maci-
paredes com os pisos. Evite também o ex-
os, luvas, escadas, escova macia, solução
cesso de água, o uso de ácidos ou qualquer
detergente/desinfetante, equipamento de
agente agressivo, bem como o uso de vas-
proteção individual, óculos de segurança)
souras de piaçava.
LIMPEZA DE PORTAS
Dry-wall (divisórias): A parede dry-wall
possui espessura compatível com a resis-
Realizar essa operação após a limpeza das
tência necessária para seu uso natural, co-
paredes.
mo divisória. Evite qualquer tipo de batida ou
pancada em sua superfície, assim como

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pendurar quadros ou outros acessórios mui- acumuladas, podendo-se utilizar pequena


to pesados. quantidade de álcool (de 5% a 10%) diluído
na água.
Esquadrias de madeira: Proteja a parte
inferior de portas, marcos, alizares e roda- As janelas devem correr suavemente, sem
pés da presença de água, a fim de evitar seu serem forçadas. Para isso, as guias devem
apodrecimento. ser periodicamente limpas e lubrificadas com
pequena quantidade de vaselina em pasta.
Evite bater as portas com muita força: além Os drenos também devem ser limpos com
de causar trincas na madeira e na pintura, freqüência para possibilitar o perfeito esco-
as batidas poderão ocasionar danos às fe- amento da água e evitar entupimento por
chaduras e ao revestimento das paredes. acúmulo de sujeira, com conseqüentes infil-
trações.
Para limpeza de fechaduras e ferragens, use
flanela e evite produtos abrasivos. Vidros: Os vidros possuem espessura com-
patível com a resistência necessária para
Lubrifique periodicamente as dobradiças seu uso natural. Evite batidas ou pancadas
com uma pequena quantidade de óleo de em sua superfície ou em seus caixilhos. Pa-
máquina de costura. Para facilitar a introdu- ra limpeza, use apenas álcool ou produtos
ção das chaves e a operação das fechadu- destinados a esse fim.
ras, coloque pó de grafite nas chaves antes
de sua utilização. Pintura: Nunca esfregue as paredes. Man-
chas devem ser limpas com pano branco
Esquadrias de alumínio: Não apóie pesos umedecido.
e evite pancadas sobre as superfícies das
esquadrias. Não use produtos ácidos ou à base de amo-
níaco para a limpeza de portas pintadas,
Se tinta, cal, ácido, cimento ou gesso res- apenas pano umedecido e sabão neutro.
pingarem sobre as esquadrias, limpe-as
imediatamente com pano úmido e passe Evite o contato de gordura com as superfí-
flanela seca - não utilize palha de aço. Tinta cies pintadas e nunca use álcool sobre tinta
a óleo, massa de vedação ou graxa são re- plástica.
movidas com solvente do tipo Varsol, quero-
sene ou thinner. Com o tempo, a pintura escurece um pouco
e fica naturalmente “queimada”. Nunca faça
Nunca remova os mastiques de vedação retoques da pintura em pontos isolados: se
externos e internos, que impedem a entrada necessário, pinte toda a parede ou cômodo.
de água pelas esquadrias. Para que seu imóvel mantenha uma aparên-
cia sempre nova, recomenda-se uma pintura
Limpe periodicamente a poeira com flanela geral periódica.
ou pano macio e seco. Para períodos mais
longos, lave-as com água e sabão ou deter- Pinturas nas áreas externas devem ser co-
gente diluído em água, enxugando em se- municadas ao responsável, tendo em vista o
guida para remover detritos ou sujeiras aspecto do prédio como um todo.

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Cuidado ao colocar cortinas. Elas não de-


Procure manter os ambientes bem ventila- vem ser fixadas no forro, mas em uma barra
dos. Nos períodos de inverno ou chuva, po- de fixação instalada na laje.
de ocorrer o surgimento de mofo nas pare-
des, decorrente da condensação de água Cubas e elementos de aço inoxidável:
por ventilação deficiente, principalmente em Use apenas água e sabão neutro para retirar
ambientes fechados (armários, atrás de cor- a gordura dessas peças. Após a lavagem,
tinas e forros de banheiro). Combata o mofo passe um pano macio com álcool para de-
com o uso de detergente, formol ou água volver o brilho natural ao aço inox.
sanitária dissolvidos em água.
Louças: Não utilize qualquer aparelho sani-
Impermeabilização: Em caso de perfuração tário como apoio, pois ele pode quebrar e
acidental da camada de impermeabilização, causar ferimentos graves.
contrate profissionais especializados para
recompor toda a área. Para evitar entupimentos, não jogue nos va-
sos sanitários absorventes higiênicos, fral-
Para evitar o aparecimento de infiltrações das descartáveis, cotonetes, preservativos,
em cozinhas, banheiros e áreas de serviços, grampos ou outros objetos.
observe os cuidados relacionados à manu-
tenção de pisos, azulejos e cerâmicas. Para limpeza de louças sanitárias, utilize
água, sabão e desinfetantes, e nunca faça
Não instale equipamentos ou realize obras uso de pós-abrasivos e esponjas de aço.
em áreas impermeabilizadas sem consulta
prévia à construtora ou empresa que execu- Todas as válvulas de descarga dos vasos
tou o serviço. sanitários possuem regulagem de fluxo de
água. Caso seja necessário realizar algum
Se aparecerem manchas de umidade no teto reparo nesse sentido, chame a assistência
de seu apartamento, peça primeiramente ao técnica do fabricante.
proprietário da unidade superior que verifi-
que rejuntamentos dos pisos, ralos e peças Metais: Não rosqueie torneiras e registros
sanitárias. além do necessário, pois isso pode danificar
as vedações internas. Com o desgaste natu-
Evite limpeza das áreas frias com ácido ou ral proveniente do manuseio, os “reparos” de
soda cáustica, que tendem a eliminar os re- torneiras e registros devem ser trocados pe-
juntamentos de pisos e paredes por seu po- riodicamente para proporcionar sempre boa
der de corrosão, podendo provocar infiltra- vedação e evitar vazamentos. Se necessá-
ções generalizadas. Não utilize vassouras rio, acabamentos dos registros podem ser
de piaçava, pois elas também podem remo- trocados por outros do mesmo modelo, sem
ver os rejuntamentos. que haja necessidade de substituir sua base.
Antes, porém, consulte o fabricante.
Forro de gesso: Evite pancadas no forro.
Para fixação de lustres, use arame de supor- Evite apoiar peso em torneiras e registros e
te junto ao fio, nunca a própria placa de ges- evite batidas nos tubos flexíveis que alimen-
so. tam os lavatórios e caixas dos vasos sanitá-

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rios, pois essas são peças sensíveis, que ou desprendimento da bancada por excesso
podem provocar vazamentos. de peso.

Faça uma limpeza periódica dos aeradores Se o apartamento for permanecer fechado
(bicos removíveis) das torneiras, pois é co- por períodos longos, feche todos os registros
mum o acúmulo de resíduos provenientes da de água.
própria tubulação. Sempre que precisar de manutenção ou re-
paros, consulte as plantas de seu imóvel
Cromados e metais sanitários devem ser para não provocar danos na rede hidráulica.
limpos com água e sabão neutro, podendo
ser polidos com produtos indicados para es- Instalações elétricas: Não troque disjunto-
se fim. Nunca use esponjas de aço ou simi- res por outros de amperagem maior, pois tal
lares na limpeza desses materiais. atitude pode provocar danos na instalação.

Instalações elétricas e hidro-sanitárias: Não manuseie aparelhos elétricos em conta-


No caso de execução de serviços que en- to com a água: isso pode ocasionar aciden-
volvam quebra ou retirada de materiais de tes fatais.
acabamento, consulte os projetos de seu
imóvel, evitando assim interferências em Evite, sempre que possível, o uso de “tês”
outras instalações. ou “benjamins” (dispositivos com que se li-
gam vários aparelhos a uma só tomada),
Instalações telefônicas: Com exceção de pois eles provocam sobrecargas.
ocorrência de danos físicos às instalações, a
rede telefônica interna ao prédio não requer Deve-se ter cuidado especial na colocação
manutenção. A manutenção na rede externa de luminárias e acessórios similares, pois
(a partir da caixa no passeio) é de respon- cortes indevidos ou emendas inadequadas
sabilidade da empresa concessionária. de fios podem provocar a interrupção de luz
em partes do imóvel e permitir o surgimento
Instalações hidráulicas: Instalações hi- de peças que transmitam choques elétricos.
dráulicas, juntamente com instalações sani- Para esses serviços, procure sempre um
tárias, requerem maiores cuidados de manu- profissional especializado.
tenção, uma vez que seu mau uso pode pro-
vocar entupimentos e outras avarias que, Instalações sanitárias: Todos os ralos pos-
além de difícil reparo, são onerosas. suem grelhas de proteção que barram a en-
trada de detritos maiores em seu interior,
Para a limpeza dos ralos de drenagem, não evitando entupimentos. Portanto, evite dei-
utilize ferros e arames, acetona concentrada, xar que os ralos fiquem sem as grelhas de
ácidos de qualquer espécie nem detergentes proteção.
à base de ácido clorídrico.
Nunca jogue gordura ou detritos sólidos nos
Evite grande quantidade de louça ou outros ralos das pias e lavatórios.
objetos dentro das cubas e nas bancadas da
cozinha. Isso pode provocar deslocamento Evite o uso excessivo de sabão nas máqui-
nas de lavar roupas e louças, de modo a

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Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

impedir o retorno da espuma. Dê preferência Apesar dos riscos de incêndio serem meno-
a produtos biodegradáveis. res em apartamentos residenciais, eles po-
dem ser provocados por pequenos descui-
Estando o imóvel há muito tempo sem uso, dos, como ferro de passar roupas ligado,
jogue água limpa nos ralos e sifões para evi- panelas superaquecidas, curto-circuito e ve-
tar o mau cheiro proveniente da rede de es- las acesas.
goto. Em caso de incêndio, nunca use os elevado-
res.
Para prevenir o entupimento ou mesmo de-
sentupir pias e lavatórios, use apenas o de- Gás: Leia com atenção os manuais que
sentupidor de borracha, não utilizando mate- acompanham os fogões.
riais à base de soda cáustica, arames ou
ferramentas não apropriadas. Caso não Nunca teste ou procure vazamentos num
consiga resultado, chame um profissional ou equipamento a gás utilizando fósforos ou
empresa especializada. qualquer outro material inflamável. Reco-
menda-se para isso o uso de espuma de
Instalações de combate a incêndio: Os sabão ou sabonete. Caso ocorram vazamen-
extintores de incêndio destinam-se a um tos, não use objetos que produzam fogo ou
primeiro combate a pequenos incêndios. faíscas, abra as janelas e comunique ime-
Leia atentamente as instruções contidas nos diatamente a empresa concessionária ou o
extintores, especialmente as que dizem res- síndico do condomínio.
peito à classe de incêndio para a qual o apa-
relho é indicado e como utilizá-lo correta- Verifique todas as noites se estão bem fe-
mente. Os locais onde estão colocados os chados os registros e as torneiras dos apa-
extintores nunca devem ser alterados, pois relhos a gás.
são determinados pelo Corpo de Bombeiros. Nunca confie a manutenção de seus apare-
lhos a gás a pessoas não habilitadas pela
Incêndios de maior intensidade, desde que empresa concessionária.
não localizados em líquidos inflamáveis ou
equipamentos elétricos, podem ser combati- Elevadores: Por serem equipamentos com-
dos com o uso de hidrantes. As caixas de plexos e sensíveis, somente empresas es-
hidrante possuem mangueiras que permitem pecializadas em sua manutenção e conser-
combater o fogo com segurança em qual- vação devem ter acesso às suas instala-
quer ponto do pavimento. ções. Alguns procedimentos de ordem práti-
ca podem prolongar e preservar o bom fun-
Halls de escadas de edifícios são bloquea- cionamento dos elevadores:
dos por portas corta-fogo. Seu bom funcio- • aperte o botão de chamada uma única vez;
namento depende do estado de conserva- •entre e saia da cabine olhando para as
ção das dobradiças, que nunca devem ser soleiras das portas;
forçadas, para que as portas permaneçam
• observe o número máximo de passageiros
sempre fechadas. Da mesma forma, é ne-
indicados na cabine;
cessário que essas áreas estejam sempre
• não permita que crianças brinquem ou tra-
desimpedidas.
feguem sozinhas nos elevadores;

30
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

• não retenha o elevador em seu andar; Recomenda-se uma pintura geral periódica
•não fume dentro da cabine, isso é proibido para que seu imóvel tenha uma aparência
por lei; sempre nova.
•caso falte energia, aperte o botão de alar- LIMPAR MÓVEIS BRANCOS
me e aguarde auxílio externo;
Uma boa maneira de limpar móveis pintados
• nunca tente sair do elevador sozinho; de branco é usando uma solução baseada
• recomenda-se que a empresa responsável em leite. Faça a mistura do leite com a água
pela manutenção dos elevadores seja o pró- ou coloque o próprio leite puro e use-a para
prio fabricante. esfregar o móvel com um pano limpo
LIMPAR MÓVEIS DE FÓRM
COMO LIMPAR:
PAREDES - PORTAS A fórmica permite uma limpeza rápida e
eficaz. Basta esfregar o móvel com um pano
Utilize pano branco, limpo e umedecido
embebido em álcool e em seguida dar o
para limpeza de pequenas manchas nas
brilho com final com uma flanela limpa e
paredes, e esfregue o mínimo possível,
seca.
deixando secar com a evaporação.
LIMPAR MÓVEIS ENVERNIZADOS
Nunca use álcool sobre tinta plástica
(látex PVA). A limpeza de móveis envernizados é batata.
Primeiro remova a camada mais grossa de
As portas pintadas poderão ser limpas
poeira com espanador para não arranhar.
com pano umedecido e sabão neutro e
Em seguida, passe um pano limpo. Para dar
nunca com produtos ácidos ou à base de
um brilho especial, passe um pano
amoníaco.
umedecido com lustra móveis e lustre com
Com o tempo a pintura fica “queimada”, isto flanela.
é, escurece um pouco. Pinte toda a parede
LIMPAR MÓVEIS LAQUEADOS
ou o cômodo por inteiro para que não se
percebam as diferenças de tonalidade. Para limpar móveis laqueados, use uma
esponja molhada em água misturada com
Para evitar o aparecimento de bolor nos
um pouco de amoníaco. Para finalizar a
tetos de banheiros e WC, geralmente
operação dando brilho, use uma flanela
causado pela umidade do banho, mantenha
limpa e seca.
sempre as janelas abertas mesmo durante o
banho. Essa atitude favorece a retirada do LIMPEZA DE MÓVEIS DE VIME
vapor provocado pela água quente. Para Os móveis de vime também são chamados
remover tais manchas utilize água sanitária. de cana-da-índia e têm uma aparência
O mofo é um vegetal microscópio que se semelhante ao bambu. Para limpá-los,
encontra no ar e prolífera quando verificados passe água quente misturada com
três fatores: umidade, sombra e calor. bicarbonato de sódio. Deixe secar sob o sol.
Mantenha sempre seu apartamento LIMPEZA DE JANELAS E ESQUADRIAS
ventilado e combata o mofo logo que ele se
Para manter as janelas e esquadrias de
manifestar.
alumínio sempre limpas, deve-se limpá-las
unia vez por mês com uma mistura de óleo
de cozinha e álcool, em partes iguais. De-
31
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pois, é só passar uma pano macio ou Conservação de Tapetes


flanela. Os tapetes devem receber cuidados
VIDROS DAS JANELAS especiais para garantir a conservação:
Para proteger os vidros das janelas dos - Nunca lavar em máquinas de lavar
respingos de pintura, antes de pintar os - Lavar com produtos apropriados para
batentes, esfregue uma cebola cortada. O limpeza e lavagem de tapetes e carpetes.
suco não permitirá que os respingos fiquem Na ausência destes produtos, o melhor a ser
incrustados. utilizado é sabão neutro
LIMPEZA DAS CORTINAS - Caso haja sujeira de óleo ou graxa sob a
superfície do tapete, o melhor método é
Uma opção prática e eficiente para a
utilizar água morna (cerca de 700), deixando
limpeza das cortinas é o uso do aspirador de
a concentração de sabão neutro no local.
pó. Com os cuidados adequados, é possível
Espere agir por alguns minutos e depois
utilizar o aparelho sem danificar o tecido.
esfregue levemente
Basta usar o aspirador a cada 15 dias,
- Ao lavar o tapete, utilize sempre escovas
colocando o bocal escova para não danificar
com cerdas macias
o tecido com a sucção.
- Procure escovar o tapete sempre para o
Já a lavagem do forro deve ser feita a cada mesmo sentido.
seis meses. Pelo menos uma vez por ano a
O tapete é uma peça de decoração indis-
cortina deve ser lavada. Se o tecido
pensável ao ambiente, pois oferece harmo-
suportar, você poderá lavá-lo em casa
nia e conforto. Entretanto, com o passar do
mesmo, com sabão neutro. Coloque de
tempo é comum ele adquirir uma aparência
molho de um dia para o outro, trocando a
de velho e mal cuidado. Algumas dicas po-
água três vezes, a primeira, após 20 minutos
dem ser utilizadas para prolongar a vida útil
de molho, para que o pó não tinja o tecido.
dos tapetes:
No dia seguinte, lave o tecido na máquina,
- A higienização dos tapetes varia de acordo
acionando o programa para peças delicadas
com as condições do ambiente, mas, em
e depois deixe secar ao ar livre.
geral, a periodicidade de limpeza é de 5 a 10
LIMPEZA DE VIDROS E ESPELHOS dias. O recomendável é a utilização de a
Para a limpeza e o polimento de vidros e vaporizadores de ar quente, podendo utilizar
espelhos, você também pode usar a solução água ou produtos que dêem odor agradável.
de uma nova fervura de folhas de chá já - Se for utilizar vaporizadores, não incida o
utilizada calor diretamente sobre o local. Procure
afastar no mínimo 5 centímetros da
TETOS superfície.
- Saca Soquetes - Colocar a peça para secar à luz do sol aju-
- Saca Refletores da na eliminação de odores desagradáveis.
- Saca Lâmpadas O contato com os raios solares contribui pa-
ra o extermínio de germes e bactérias. de -É
Permitem efetuar a troca em luminárias sem vedada a utilização de produtos alvejantes à
o uso de escada base hipoclorito de sódio, como cândida e
LIMPEZA DE TAPETES cloro.

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- Caso a sujeira esteja impregnada, a reco- 2. Evitar exposição direta aos raios solares,
mendação é que o tapete seja levado a uma pois isso geralmente causa deformidades
loja especializada em lavagem a seco, com físicas na madeira e alterações na coloração
produtos de baixa concentração. e uniformidade;
3. Aconselha-se o uso de cortinas ou
Manter vivas as cores de tapetes e carpetes similares no ambiente onde o piso está para
é um desafio para a beleza da sala. Você filtrar o excesso de luminosidade;
pode espovoneiar as peças com sal grosso 4. Cobrir os pés dos móveis com algum
e depois escovar com suavidade, produto que impeça riscos no piso, como
empregando uma escova de pelo flexível feltro, por exemplo;
para que os grãos penetrem bem. Por fim, 5. Evitar o uso de sapatos de salto alto (tipo
aguarde 20 minutos e passe o aspirador agulha), pois estes possuem metal ou
para tirar o excesso. pregos que danificam a madeira;
Os tapetes feitos em sisal apresentam uma 6. Usar capacho nas entradas para limpeza
lista de benefícios. Segundo os fabricantes, dos calçados, evitando areia e outros
eles são naturais, antialérgicos e possuem fragmentos que possam riscar a superfície
preços acessíveis. Entretanto, os líquidos do piso.
podem estragar o produto e a fibra pode
Pisos de sinteko ou verniz necessitam
manchar. Para evitar problemas, alguns
uma conservação adequada:
cuidados devem ser tomados:
1 - Na hora de fazer a limpeza, o melhor mé-
Líquidos derramados devem ser
todo é adicionar álcool à água. Dissolva 100
removidos imediatamente com papel toalha
ml de álcool em cinco litros de água e limpe
ou pano seco.
o piso com uma flanela umedecida na mistu-
Para limpar vinho, refrigerante e outras ra
bebidas, use produtos à base de água.
2 - Nas áreas do piso onde a luminosidade
Manchas de café e chocolate não incide, como aquelas que ficam sob os
desaparecem com esponja macia e água tapetes, a madeira pode apresentar uma
morna. Para que a peça não seja danificada, coloração mais clara que o resto. Para re-
é preciso que não seja esfregada com força. solver esse problema, deixe que a área fique
Por fim, a prevenção deve ser contínua exposta à luminosidade durante algumas
para quem possui tapete ou carpete de sisal. semanas. Isso vai fazer com que o piso volte
Não deixe acumular poeira ou resíduos e a sua tonalidade original.
passe aspirador de pó semanalmente 3 - Não permita exposição à umidade
excessiva, pois isso poderá danificar o
LIMPEZA PISOS
acabamento.
Cuidados com pisos Sinteko
Os pisos de madeira que recebem
ORGANIZAÇÃO DO LOCAL DE TRA-
acabamento em verniz ou sinteko devem ter
BALHO
cuidados especiais:
1. Não utilizar produtos químicos de à base
mineral (derivados de petróleo na limpeza);

33
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A organização é um fator de extrema impor- arquivos pessoais e jamais deixe tudo mistu-
tância para a vida de uma sociedade. Toda rado.
pessoa que se organiza, obtém resultados. Limpeza é fundamental
Nolocal de trabalho ser organizado é funda- Esse é um ponto de grande importância,
mental para que as atividades sejam reali- pois um local jamais será organizado se não
zadas em tempo hábil, sem contar com a estiver limpo. Jogue o lixo na lixeira, evite
vantagem de manter tudo visivelmente mais comer no local de trabalho e deixar restos
agradável. Neste artigo vamos relacionar pelo chão. Limpe diariamente mesas e retire
algumas dicas importantes para quem dese- a poeira da superfície de objetos como com-
ja manter a organização no local de traba- putadores, impressoras e outros. A limpeza
lho e falar um pouco sobre cada uma. é fator fundamental de organização. Não
Organize de acordo com a frequência descuide dela!
Separe os documentos de acordo com a Essas são algumas dicas simples para co-
frequência de uso deles, ou seja, tenha à meçar a organizar o local onde você passa
mão e bem próximos aqueles que são utili- grande parte do dia. Estabelecer a harmonia
zados diariamente. Em arquivologia esses de um ambiente é importante para obter
documentos são chamados de “arquivos de rendimento e a organização é um dos fato-
primeira idade”, “correntes” ou “em curso”. res mais importantes na hora de conseguir
Então, separe o que é usado com frequên- essa harmonia. O seu local de trabalho deve
cia, deixe os usados menos frequentemente ser agradável, ter boas energias e fazer com
numa distância relativa e guarde em “depósi- que se sinta bem. Comece hoje mesmo a
tos” ou caixas de arquivos os raramente aplicar essas dicas e veja como é bom tra-
consultados. Isso facilita o manejo e evita balhar com organização.
que se acumulem papéis e coisas desne-
cessárias.
Elimine o que não serve mais .
Papéis, catálogos velhos, material e outros ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLES-
objetos que não são necessários para o de- CENTE ( LEI Nº 8.069/1990 )
sempenho do trabalho. Também retire da
sua mesa o que não faz parte do serviço,
como objetos pessoais. Deixe um local ou
uma gaveta separada para as coisas pesso-
ais e descarte tudo o que não tiver mais uti-
lidade. Presidência da Re-
Mantenha armários e gavetas organizados pública
Alguns documentos e objetos não são usa- Casa Civil
dos frequentemente e podem ficar em gave- Subchefia para As-
tas e armários. Esses locais precisam ser suntos Jurídicos
organizados de modo que, na hora que for LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.
necessário buscar algo, seja fácil encontrar. Dispõe sobre o Esta-
Portanto, nomeie gavetas e separe tudo nos Texto compilado tuto da Criança e do
seus devidos lugares. Isso facilita na hora de Vigência Adolescente e dá ou-
encontrar as coisas e evita muitos aborreci- tras providências.
mentos, principalmente para quem trabalha O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço
com muitos papéis. saber que o Congresso Nacional decreta e
Mantenha o computador organizado eu sanciono a seguinte Lei:
Hoje em dia a maioria dos locais de trabalho Título I
é informatizada, portanto, a organização de- Das Disposições Preliminares
ve ser mantida também no computador. Se- Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção
pare os arquivos por pastas devidamente integral à criança e ao adolescente.
nomeadas. Crie uma pasta única para seus
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Art. 2º Considera-se criança, para os crueldade e opressão, punido na forma da


efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de lei qualquer atentado, por ação ou omissão,
idade incompletos, e adolescente aquela aos seus direitos fundamentais.
entre doze e dezoito anos de idade. Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-
Parágrafo único. Nos casos expressos se-ão em conta os fins sociais a que ela se
em lei, aplica-se excepcionalmente este Es- dirige, as exigências do bem comum, os di-
tatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um reitos e deveres individuais e coletivos, e a
anos de idade. condição peculiar da criança e do adoles-
Art. 3º A criança e o adolescente gozam cente como pessoas em desenvolvimento.
de todos os direitos fundamentais inerentes Título II
à pessoa humana, sem prejuízo da proteção Dos Direitos Fundamentais
integral de que trata esta Lei, assegurando- Capítulo I
se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as Do Direito à Vida e à Saúde
oportunidades e facilidades, a fim de lhes Art. 7º A criança e o adolescente têm di-
facultar o desenvolvimento físico, mental, reito a proteção à vida e à saúde, mediante
moral, espiritual e social, em condições de a efetivação de políticas sociais públicas que
liberdade e de dignidade. permitam o nascimento e o desenvolvimento
Parágrafo único. Os direitos enunciados sadio e harmonioso, em condições dignas
nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e de existência.
adolescentes, sem discriminação de nasci- Art. 8o É assegurado a todas as mulhe-
mento, situação familiar, idade, sexo, raça, res o acesso aos programas e às políticas
etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, de saúde da mulher e de planejamento re-
condição pessoal de desenvolvimento e produtivo e, às gestantes, nutrição adequa-
aprendizagem, condição econômica, ambi- da, atenção humanizada à gravidez, ao par-
ente social, região e local de moradia ou ou- to e ao puerpério e atendimento pré-natal,
tra condição que diferencie as pessoas, as perinatal e pós-natal integral no âmbito do
famílias ou a comunidade em que vi- Sistema Único de Saúde. (Redação
vem. (incluído pela Lei nº 13.257, de dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
2016) § 1o O atendimento pré-natal será reali-
Art. 4º É dever da família, da comunida- zado por profissionais da atenção primá-
de, da sociedade em geral e do poder públi- ria. (Redação dada pela Lei nº 13.257,
co assegurar, com absoluta prioridade, a de 2016)
efetivação dos direitos referentes à vida, à § 2o Os profissionais de saúde de refe-
saúde, à alimentação, à educação, ao espor- rência da gestante garantirão sua vincula-
te, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à ção, no último trimestre da gestação, ao es-
dignidade, ao respeito, à liberdade e à con- tabelecimento em que será realizado o par-
vivência familiar e comunitária. to, garantido o direito de opção da mu-
Parágrafo único. A garantia de prioridade lher. (Redação dada pela Lei nº 13.257,
compreende: de 2016)
a) primazia de receber proteção e socor- § 3o Os serviços de saúde onde o parto
ro em quaisquer circunstâncias; for realizado assegurarão às mulheres e aos
b) precedência de atendimento nos servi- seus filhos recém-nascidos alta hospitalar
ços públicos ou de relevância pública; responsável e contrarreferência na atenção
c) preferência na formulação e na execu- primária, bem como o acesso a outros servi-
ção das políticas sociais públicas; ços e a grupos de apoio à amamenta-
d) destinação privilegiada de recursos ção. (Redação dada pela Lei nº
públicos nas áreas relacionadas com a pro- 13.257, de 2016)
teção à infância e à juventude. § 4o Incumbe ao poder público propor-
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente cionar assistência psicológica à gestante e à
será objeto de qualquer forma de negligên- mãe, no período pré e pós-natal, inclusive
cia, discriminação, exploração, violência, como forma de prevenir ou minorar as con-
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sequências do estado puerpe- adequadas ao aleitamento materno, inclusi-


ral. (Incluído pela Lei nº 12.010, de ve aos filhos de mães submetidas a medida
2009) Vigência privativa de liberdade.
§ 5o A assistência referida no § 4o deste § 1o Os profissionais das unidades pri-
artigo deverá ser prestada também a gestan- márias de saúde desenvolverão ações sis-
tes e mães que manifestem interesse em temáticas, individuais ou coletivas, visando
entregar seus filhos para adoção, bem como ao planejamento, à implementação e à ava-
a gestantes e mães que se encontrem em liação de ações de promoção, proteção e
situação de privação de liberda- apoio ao aleitamento materno e à alimenta-
de. (Redação dada pela Lei nº 13.257, ção complementar saudável, de forma contí-
de 2016) nua. (Incluído pela Lei nº 13.257, de
§ 6o A gestante e a parturiente têm direi- 2016)
to a 1 (um) acompanhante de sua preferên- § 2o Os serviços de unidades de terapia
cia durante o período do pré-natal, do traba- intensiva neonatal deverão dispor de banco
lho de parto e do pós-parto imedia- de leite humano ou unidade de coleta de
to. (Incluído pela Lei nº 13.257, de leite humano. (Incluído pela Lei nº
2016) 13.257, de 2016)
§ 7o A gestante deverá receber orienta- Art. 10. Os hospitais e demais estabele-
ção sobre aleitamento materno, alimentação cimentos de atenção à saúde de gestantes,
complementar saudável e crescimento e de- públicos e particulares, são obrigados a:
senvolvimento infantil, bem como sobre for- I - manter registro das atividades desen-
mas de favorecer a criação de vínculos afe- volvidas, através de prontuários individuais,
tivos e de estimular o desenvolvimento inte- pelo prazo de dezoito anos;
gral da criança. (Incluído pela Lei nº II - identificar o recém-nascido mediante
13.257, de 2016) o registro de sua impressão plantar e digital
§ 8o A gestante tem direito a acompa- e da impressão digital da mãe, sem prejuízo
nhamento saudável durante toda a gestação de outras formas normatizadas pela autori-
e a parto natural cuidadoso, estabelecendo- dade administrativa competente;
se a aplicação de cesariana e outras inter- III - proceder a exames visando ao diag-
venções cirúrgicas por motivos médi- nóstico e terapêutica de anormalidades no
cos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de metabolismo do recém-nascido, bem como
2016) prestar orientação aos pais;
§ 9o A atenção primária à saúde fará a IV - fornecer declaração de nascimento
busca ativa da gestante que não iniciar ou onde constem necessariamente as intercor-
que abandonar as consultas de pré-natal, rências do parto e do desenvolvimento do
bem como da puérpera que não comparecer neonato;
às consultas pós-parto. (Incluído pela V - manter alojamento conjunto, possibili-
Lei nº 13.257, de 2016) tando ao neonato a permanência junto à
§ 10. Incumbe ao poder público garantir, mãe.
à gestante e à mulher com filho na primeira VI - acompanhar a prática do processo
infância que se encontrem sob custódia em de amamentação, prestando orientações
unidade de privação de liberdade, ambiência quanto à técnica adequada, enquanto a mãe
que atenda às normas sanitárias e assisten- permanecer na unidade hospitalar, utilizando
ciais do Sistema Único de Saúde para o aco- o corpo técnico já existen-
lhimento do filho, em articulação com o sis- te. (Incluído pela Lei nº 13.436, de
tema de ensino competente, visando ao de- 2017) (Vigência)
senvolvimento integral da crian- Art. 11. É assegurado acesso integral às
ça. (Incluído pela Lei nº 13.257, de linhas de cuidado voltadas à saúde da crian-
2016) ça e do adolescente, por intermédio do Sis-
Art. 9º O poder público, as instituições e tema Único de Saúde, observado o princípio
os empregadores propiciarão condições da equidade no acesso a ações e serviços
36
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

para promoção, proteção e recuperação da sistência social em seu componente espe-


saúde. (Redação dada pela Lei nº cializado, o Centro de Referência Especiali-
13.257, de 2016) zado de Assistência Social (Creas) e os de-
§ 1o A criança e o adolescente com defi- mais órgãos do Sistema de Garantia de Di-
ciência serão atendidos, sem discriminação reitos da Criança e do Adolescente deverão
ou segregação, em suas necessidades ge- conferir máxima prioridade ao atendimento
rais de saúde e específicas de habilitação e das crianças na faixa etária da primeira in-
reabilitação. (Redação dada pela Lei nº fância com suspeita ou confirmação de vio-
13.257, de 2016) lência de qualquer natureza, formulando pro-
§ 2o Incumbe ao poder público fornecer jeto terapêutico singular que inclua interven-
gratuitamente, àqueles que necessitarem, ção em rede e, se necessário, acompanha-
medicamentos, órteses, próteses e outras mento domiciliar. (Incluído pela Lei nº
tecnologias assistivas relativas ao tratamen- 13.257, de 2016)
to, habilitação ou reabilitação para crianças Art. 14. O Sistema Único de Saúde pro-
e adolescentes, de acordo com as linhas de moverá programas de assistência médica e
cuidado voltadas às suas necessidades es- odontológica para a prevenção das enfermi-
pecíficas. (Redação dada pela Lei nº dades que ordinariamente afetam a popula-
13.257, de 2016) ção infantil, e campanhas de educação sani-
§ 3o Os profissionais que atuam no cui- tária para pais, educadores e alunos.
dado diário ou frequente de crianças na pri- § 1o É obrigatória a vacinação das crian-
meira infância receberão formação específi- ças nos casos recomendados pelas autori-
ca e permanente para a detecção de sinais dades sanitárias. (Renumerado do pa-
de risco para o desenvolvimento psíquico, rágrafo único pela Lei nº 13.257, de 2016)
bem como para o acompanhamento que se § 2o O Sistema Único de Saúde promo-
fizer necessário. (Incluído pela Lei nº verá a atenção à saúde bucal das crianças e
13.257, de 2016) das gestantes, de forma transversal, integral
Art. 12. Os estabelecimentos de atendi- e intersetorial com as demais linhas de cui-
mento à saúde, inclusive as unidades neo- dado direcionadas à mulher e à crian-
natais, de terapia intensiva e de cuidados ça. (Incluído pela Lei nº 13.257, de
intermediários, deverão proporcionar condi- 2016)
ções para a permanência em tempo integral § 3o A atenção odontológica à criança
de um dos pais ou responsável, nos casos terá função educativa protetiva e será pres-
de internação de criança ou adolescen- tada, inicialmente, antes de o bebê nascer,
te. (Redação dada pela Lei nº 13.257, por meio de aconselhamento pré-natal, e,
de 2016) posteriormente, no sexto e no décimo se-
Art. 13. Os casos de suspeita ou confir- gundo anos de vida, com orientações sobre
mação de castigo físico, de tratamento cruel saúde bucal. (Incluído pela Lei nº
ou degradante e de maus-tratos contra cri- 13.257, de 2016)
ança ou adolescente serão obrigatoriamente § 4o A criança com necessidade de cui-
comunicados ao Conselho Tutelar da res- dados odontológicos especiais será atendida
pectiva localidade, sem prejuízo de outras pelo Sistema Único de Saúde.
providências legais. (Redação dada pela (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Lei nº 13.010, de 2014) § 5º É obrigatória a aplicação a todas as
§ 1o As gestantes ou mães que manifes- crianças, nos seus primeiros dezoito meses
tem interesse em entregar seus filhos para de vida, de protocolo ou outro instrumento
adoção serão obrigatoriamente encaminha- construído com a finalidade de facilitar a de-
das, sem constrangimento, à Justiça da In- tecção, em consulta pediátrica de acompa-
fância e da Juventude. (Incluído pela nhamento da criança, de risco para o seu
Lei nº 13.257, de 2016) desenvolvimento psíqui-
§ 2o Os serviços de saúde em suas dife- co. (Incluído pela Lei nº 13.438,
rentes portas de entrada, os serviços de as- de 2017) (Vigência)
37
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

Capítulo II ça física sobre a criança ou o adolescente


Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à que resulte em: (Incluído pela Lei nº
Dignidade 13.010, de 2014)
Art. 15. A criança e o adolescente têm di- a) sofrimento físico; ou (Incluído pela
reito à liberdade, ao respeito e à dignidade Lei nº 13.010, de 2014)
como pessoas humanas em processo de b) lesão; (Incluído pela Lei nº 13.010,
desenvolvimento e como sujeitos de direitos de 2014)
civis, humanos e sociais garantidos na II - tratamento cruel ou degradante: con-
Constituição e nas leis. duta ou forma cruel de tratamento em rela-
Art. 16. O direito à liberdade compreende ção à criança ou ao adolescente
os seguintes aspectos: que: (Incluído pela Lei nº 13.010, de
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos 2014)
e espaços comunitários, ressalvadas as res- a) humilhe; ou (Incluído pela Lei nº
trições legais; 13.010, de 2014)
II - opinião e expressão; b) ameace gravemente; ou (Incluído
III - crença e culto religioso; pela Lei nº 13.010, de 2014)
IV - brincar, praticar esportes e divertir- c) ridicularize. (Incluído pela Lei nº
se; 13.010, de 2014)
V - participar da vida familiar e comunitá- Art. 18-B. Os pais, os integrantes da fa-
ria, sem discriminação; mília ampliada, os responsáveis, os agentes
VI - participar da vida política, na forma públicos executores de medidas socioeduca-
da lei; tivas ou qualquer pessoa encarregada de
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação. cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-
Art. 17. O direito ao respeito consiste na los, educá-los ou protegê-los que utilizarem
inviolabilidade da integridade física, psíquica castigo físico ou tratamento cruel ou degra-
e moral da criança e do adolescente, abran- dante como formas de correção, disciplina,
gendo a preservação da imagem, da identi- educação ou qualquer outro pretexto estarão
dade, da autonomia, dos valores, idéias e sujeitos, sem prejuízo de outras sanções
crenças, dos espaços e objetos pessoais. cabíveis, às seguintes medidas, que serão
Art. 18. É dever de todos velar pela dig- aplicadas de acordo com a gravidade do
nidade da criança e do adolescente, pondo- caso: (Incluído pela Lei nº 13.010, de
os a salvo de qualquer tratamento desuma- 2014)
no, violento, aterrorizante, vexatório ou cons- I - encaminhamento a programa oficial ou
trangedor. comunitário de proteção à famí-
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm lia; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
o direito de ser educados e cuidados sem o II - encaminhamento a tratamento psico-
uso de castigo físico ou de tratamento cruel lógico ou psiquiátrico; (Incluído pela Lei
ou degradante, como formas de correção, nº 13.010, de 2014)
disciplina, educação ou qualquer outro pre- III - encaminhamento a cursos ou pro-
texto, pelos pais, pelos integrantes da família gramas de orientação; (Incluído pela
ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes Lei nº 13.010, de 2014)
públicos executores de medidas socioeduca- IV - obrigação de encaminhar a criança a
tivas ou por qualquer pessoa encarregada tratamento especializado; (Incluído
de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou pro- pela Lei nº 13.010, de 2014)
tegê-los. (Incluído pela Lei nº 13.010, de V - advertência. (Incluído pela Lei
2014) nº 13.010, de 2014)
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, Parágrafo único. As medidas previstas
considera-se: (Incluído pela Lei nº neste artigo serão aplicadas pelo Conselho
13.010, de 2014) Tutelar, sem prejuízo de outras providências
I - castigo físico: ação de natureza disci- legais. (Incluído pela Lei nº 13.010, de
plinar ou punitiva aplicada com o uso da for- 2014)
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Capítulo III § 5o Será garantida a convivência in-


Do Direito à Convivência Familiar e Co- tegral da criança com a mãe adolescente
munitária que estiver em acolhimento institucional.
Seção I (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Disposições Gerais § 6o A mãe adolescente será assistida
Art. 19. É direito da criança e do adoles- por equipe especializada multidisciplinar.
cente ser criado e educado no seio de sua (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
família e, excepcionalmente, em família Art. 19-A. A gestante ou mãe que mani-
substituta, assegurada a convivência familiar feste interesse em entregar seu filho para
e comunitária, em ambiente que garanta seu adoção, antes ou logo após o nascimento,
desenvolvimento integral. (Redação será encaminhada à Justiça da Infância e da
dada pela Lei nº 13.257, de 2016) Juventude. (Incluído pela Lei nº
§ 1o Toda criança ou adolescente que 13.509, de 2017)
estiver inserido em programa de acolhimento § 1o A gestante ou mãe será ouvida pela
familiar ou institucional terá sua situação re- equipe interprofissional da Justiça da Infân-
avaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses, cia e da Juventude, que apresentará relató-
devendo a autoridade judiciária competente, rio à autoridade judiciária, considerando in-
com base em relatório elaborado por equipe clusive os eventuais efeitos do estado ges-
interprofissional ou multidisciplinar, decidir tacional e puerperal. (Incluído pela
de forma fundamentada pela possibilidade Lei nº 13.509, de 2017)
de reintegração familiar ou pela colocação § 2o De posse do relatório, a autoridade
em família substituta, em quaisquer das mo- judiciária poderá determinar o encaminha-
dalidades previstas no art. 28 desta mento da gestante ou mãe, mediante sua
Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de expressa concordância, à rede pública de
2017) saúde e assistência social para atendimento
§ 2o A permanência da criança e do especializado. (Incluído pela Lei nº
adolescente em programa de acolhimento 13.509, de 2017)
institucional não se prolongará por mais de § 3o A busca à família extensa, conforme
18 (dezoito meses), salvo comprovada ne- definida nos termos do parágrafo único do
cessidade que atenda ao seu superior inte- art. 25 desta Lei, respeitará o prazo máximo
resse, devidamente fundamentada pela au- de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual
toridade judiciária. (Redação dada período. (Incluído pela Lei nº 13.509,
pela Lei nº 13.509, de 2017) de 2017)
§ 3o A manutenção ou a reintegração § 4o Na hipótese de não haver a indica-
de criança ou adolescente à sua família terá ção do genitor e de não existir outro repre-
preferência em relação a qualquer outra pro- sentante da família extensa apto a receber a
vidência, caso em que será esta incluída em guarda, a autoridade judiciária competente
serviços e programas de proteção, apoio e deverá decretar a extinção do poder familiar
promoção, nos termos do § 1o do art. 23, dos e determinar a colocação da criança sob a
incisos I e IV do caput do art. 101 e dos in- guarda provisória de quem estiver habilitado
cisos I a IV do caput do art. 129 desta a adotá-la ou de entidade que desenvolva
Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.257, programa de acolhimento familiar ou institu-
de 2016) cional. (Incluído pela Lei nº 13.509,
§ 4o Será garantida a convivência da cri- de 2017)
ança e do adolescente com a mãe ou o pai § 5o Após o nascimento da criança, a
privado de liberdade, por meio de visitas perió- vontade da mãe ou de ambos os genitores,
dicas promovidas pelo responsável ou, nas se houver pai registral ou pai indicado, deve
hipóteses de acolhimento institucional, pela ser manifestada na audiência a que se refe-
entidade responsável, independentemente de re o § 1o do art. 166 desta Lei, garantido o
autorização judicial. (Incluído pela Lei sigilo sobre a entrega. (Incluído pela
nº 12.962, de 2014) Lei nº 13.509, de 2017)
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§ 6º Na hipótese de não comparecerem programa de apadrinhamento de que fazem


à audiência nem o genitor nem representan- parte. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
te da família extensa para confirmar a inten- § 3o Pessoas jurídicas podem apadri-
ção de exercer o poder familiar ou a guarda, nhar criança ou adolescente a fim de colabo-
a autoridade judiciária suspenderá o poder rar para o seu desenvolvimento.
familiar da mãe, e a criança será colocada (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
sob a guarda provisória de quem esteja ha- § 4o O perfil da criança ou do adolescen-
bilitado a adotá-la. (Incluído pela Lei nº te a ser apadrinhado será definido no âmbito
13.509, de 2017) de cada programa de apadrinhamento, com
§ 7o Os detentores da guarda possuem prioridade para crianças ou adolescentes
o prazo de 15 (quinze) dias para propor a com remota possibilidade de reinserção fa-
ação de adoção, contado do dia seguinte à miliar ou colocação em família adotiva.
data do término do estágio de convivên- (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
cia. (Incluído pela Lei nº 13.509, de § 5o Os programas ou serviços de apa-
2017) drinhamento apoiados pela Justiça da Infân-
§ 8o Na hipótese de desistência pelos cia e da Juventude poderão ser executados
genitores - manifestada em audiência ou por órgãos públicos ou por organizações da
perante a equipe interprofissional - da entre- sociedade civil. (Incluído pela Lei nº
ga da criança após o nascimento, a criança 13.509, de 2017)
será mantida com os genitores, e será de- § 6o Se ocorrer violação das regras de
terminado pela Justiça da Infância e da Ju- apadrinhamento, os responsáveis pelo pro-
ventude o acompanhamento familiar pelo grama e pelos serviços de acolhimento de-
prazo de 180 (cento e oitenta) dias. verão imediatamente notificar a autoridade
(Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) judiciária competente. (Incluído pela
§ 9o É garantido à mãe o direito ao sigilo Lei nº 13.509, de 2017)
sobre o nascimento, respeitado o disposto Art. 20. Os filhos, havidos ou não da rela-
no art. 48 desta Lei. (Incluído pela ção do casamento, ou por adoção, terão os
Lei nº 13.509, de 2017) mesmos direitos e qualificações, proibidas
§ 10. Serão cadastrados para adoção quaisquer designações discriminatórias rela-
recém-nascidos e crianças acolhidas não tivas à filiação.
procuradas por suas famílias no prazo de 30 Art. 21. O pátrio poder poder familiar será
(trinta) dias, contado a partir do dia do aco- exercido, em igualdade de condições, pelo
lhimento. (Incluído pela Lei nº 13.509, de pai e pela mãe, na forma do que dispuser a
2017) legislação civil, assegurado a qualquer deles
Art. 19-B. A criança e o adolescente em o direito de, em caso de discordância, recor-
programa de acolhimento institucional ou rer à autoridade judiciária competente para a
familiar poderão participar de programa de solução da divergência. (Expressão
apadrinhamento. (Incluído pela Lei nº substituída pela Lei nº 12.010, de
13.509, de 2017) 2009) Vigência
§ 1o O apadrinhamento consiste em es- Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sus-
tabelecer e proporcionar à criança e ao ado- tento, guarda e educação dos filhos meno-
lescente vínculos externos à instituição para res, cabendo-lhes ainda, no interesse des-
fins de convivência familiar e comunitária e tes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir
colaboração com o seu desenvolvimento nos as determinações judiciais.
aspectos social, moral, físico, cognitivo, edu- Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os
cacional e financeiro. (Incluído pela responsáveis, têm direitos iguais e deveres e
Lei nº 13.509, de 2017) responsabilidades compartilhados no cuida-
§ 2º Podem ser padrinhos ou madrinhas do e na educação da criança, devendo ser
pessoas maiores de 18 (dezoito) anos não resguardado o direito de transmissão familiar
inscritas nos cadastros de adoção, desde de suas crenças e culturas, assegurados os
que cumpram os requisitos exigidos pelo direitos da criança estabelecidos nesta
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Lei. (Incluído pela Lei nº 13.257, de Parágrafo único. O reconhecimento pode


2016) preceder o nascimento do filho ou suceder-
Art. 23. A falta ou a carência de recursos lhe ao falecimento, se deixar descendentes.
materiais não constitui motivo suficiente para Art. 27. O reconhecimento do estado de
a perda ou a suspensão do poder famili- filiação é direito personalíssimo, indisponível
ar. (Expressão substituída pela Lei nº e imprescritível, podendo ser exercitado con-
12.010, de 2009) Vigência tra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer
§ 1o Não existindo outro motivo que por restrição, observado o segredo de Justiça.
si só autorize a decretação da medida, a Seção III
criança ou o adolescente será mantido em Da Família Substituta
sua família de origem, a qual deverá obriga- Subseção I
toriamente ser incluída em serviços e pro- Disposições Gerais
gramas oficiais de proteção, apoio e promo- Art. 28. A colocação em família substituta
ção. (Redação dada pela Lei nº far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,
13.257, de 2016) independentemente da situação jurídica da
§ 2º A condenação criminal do pai ou da criança ou adolescente, nos termos desta
mãe não implicará a destituição do poder Lei.
familiar, exceto na hipótese de condenação § 1o Sempre que possível, a criança ou
por crime doloso sujeito à pena de reclusão o adolescente será previamente ouvido por
contra outrem igualmente titular do mesmo equipe interprofissional, respeitado seu es-
poder familiar ou contra filho, filha ou outro tágio de desenvolvimento e grau de compre-
descendente. (Redação dada pela ensão sobre as implicações da medida, e
Lei nº 13.715, de 2018) terá sua opinião devidamente considera-
Art. 24. A perda e a suspensão do fami- da. (Redação dada pela Lei nº 12.010,
liar serão decretadas judicialmente, em pro- de 2009) Vigência
cedimento contraditório, nos casos previstos § 2o Tratando-se de maior de 12 (doze)
na legislação civil, bem como na hipótese de anos de idade, será necessário seu consen-
descumprimento injustificado dos deveres e timento, colhido em audiên-
obrigações a que alude o art. 22. cia. (Redação dada pela Lei nº 12.010,
(Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
de 2009) Vigência o
§ 3 Na apreciação do pedido levar-se-
Seção II á em conta o grau de parentesco e a relação
Da Família Natural de afinidade ou de afetividade, a fim de evi-
Art. 25. Entende-se por família natural a tar ou minorar as consequências decorren-
comunidade formada pelos pais ou qualquer tes da medida. (Incluído pela Lei nº
deles e seus descendentes. 12.010, de 2009) Vigência
Parágrafo único. Entende-se por família § 4o Os grupos de irmãos serão colo-
extensa ou ampliada aquela que se estende cados sob adoção, tutela ou guarda da
para além da unidade pais e filhos ou da mesma família substituta, ressalvada a com-
unidade do casal, formada por parentes pró- provada existência de risco de abuso ou ou-
ximos com os quais a criança ou adolescen- tra situação que justifique plenamente a ex-
te convive e mantém vínculos de afinidade e cepcionalidade de solução diversa, procu-
afetividade. (Incluído pela Lei nº 12.010, rando-se, em qualquer caso, evitar o rompi-
de 2009) Vigência mento definitivo dos vínculos fraternais.
Art. 26. Os filhos havidos fora do casa- (Incluído pela Lei nº 12.010, de
mento poderão ser reconhecidos pelos pais, 2009) Vigência
conjunta ou separadamente, no próprio ter- o
§ 5 A colocação da criança ou adoles-
mo de nascimento, por testamento, median- cente em família substituta será precedida
te escritura ou outro documento público, de sua preparação gradativa e acompanha-
qualquer que seja a origem da filiação. mento posterior, realizados pela equipe in-
terprofissional a serviço da Justiça da Infân-
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cia e da Juventude, preferencialmente com o Art. 33. A guarda obriga a prestação de


apoio dos técnicos responsáveis pela exe- assistência material, moral e educacional à
cução da política municipal de garantia do criança ou adolescente, conferindo a seu
direito à convivência familiar. (Incluído detentor o direito de opor-se a terceiros, in-
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência clusive aos pais. (Vide Lei nº 12.010, de
§ 6o Em se tratando de criança ou ado- 2009) Vigência
lescente indígena ou proveniente de comu- § 1º A guarda destina-se a regularizar a
nidade remanescente de quilombo, é ainda posse de fato, podendo ser deferida, liminar
obrigatório: (Incluído pela Lei nº 12.010, ou incidentalmente, nos procedimentos de
de 2009) Vigência tutela e adoção, exceto no de adoção por
I - que sejam consideradas e respeita- estrangeiros.
das sua identidade social e cultural, os seus § 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a
costumes e tradições, bem como suas insti- guarda, fora dos casos de tutela e adoção,
tuições, desde que não sejam incompatíveis para atender a situações peculiares ou suprir
com os direitos fundamentais reconhecidos a falta eventual dos pais ou responsável,
por esta Lei e pela Constituição Fede- podendo ser deferido o direito de represen-
ral; (Incluído pela Lei nº 12.010, de tação para a prática de atos determinados.
2009) Vigência § 3º A guarda confere à criança ou ado-
II - que a colocação familiar ocorra prio- lescente a condição de dependente, para
ritariamente no seio de sua comunidade ou todos os fins e efeitos de direito, inclusive
junto a membros da mesma et- previdenciários.
nia; (Incluído pela Lei nº 12.010, de § 4o Salvo expressa e fundamentada de-
2009) Vigência terminação em contrário, da autoridade judi-
III - a intervenção e oitiva de represen- ciária competente, ou quando a medida for
tantes do órgão federal responsável pela aplicada em preparação para adoção, o de-
política indigenista, no caso de crianças e ferimento da guarda de criança ou adoles-
adolescentes indígenas, e de antropólogos, cente a terceiros não impede o exercício do
perante a equipe interprofissional ou multi- direito de visitas pelos pais, assim como o
disciplinar que irá acompanhar o ca- dever de prestar alimentos, que serão objeto
so. (Incluído pela Lei nº 12.010, de de regulamentação específica, a pedido do
2009) Vigência interessado ou do Ministério Públi-
Art. 29. Não se deferirá colocação em co. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
família substituta a pessoa que revele, por 2009) Vigência
qualquer modo, incompatibilidade com a na- Art. 34. O poder público estimulará, por
tureza da medida ou não ofereça ambiente meio de assistência jurídica, incentivos fis-
familiar adequado. cais e subsídios, o acolhimento, sob a forma
Art. 30. A colocação em família substituta de guarda, de criança ou adolescente afas-
não admitirá transferência da criança ou tado do convívio familiar. (Redação dada
adolescente a terceiros ou a entidades go- pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
vernamentais ou não-governamentais, sem o
§ 1 A inclusão da criança ou adoles-
autorização judicial. cente em programas de acolhimento familiar
Art. 31. A colocação em família substituta terá preferência a seu acolhimento instituci-
estrangeira constitui medida excepcional, onal, observado, em qualquer caso, o cará-
somente admissível na modalidade de ado- ter temporário e excepcional da medida, nos
ção. termos desta Lei. (Incluído pela Lei nº
Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, 12.010, de 2009)
o responsável prestará compromisso de bem § 2o Na hipótese do § 1o deste artigo a
e fielmente desempenhar o encargo, medi- pessoa ou casal cadastrado no programa de
ante termo nos autos. acolhimento familiar poderá receber a crian-
Subseção II ça ou adolescente mediante guarda, obser-
Da Guarda vado o disposto nos arts. 28 a 33 desta
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Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de tutelando e que não existe outra pessoa em
2009) Vigência melhores condições de assumi-la.
§ 3o A União apoiará a implementação (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
de serviços de acolhimento em família aco- 2009) Vigência
lhedora como política pública, os quais deve- Art. 38. Aplica-se à destituição da tutela o
rão dispor de equipe que organize o acolhi- disposto no art. 24.
mento temporário de crianças e de adoles- Subseção IV
centes em residências de famílias selecio- Da Adoção
nadas, capacitadas e acompanhadas que Art. 39. A adoção de criança e de adoles-
não estejam no cadastro de ado- cente reger-se-á segundo o disposto nesta
ção. (Incluído pela Lei nº 13.257, de Lei.
2016) § 1o A adoção é medida excepcional e
§ 4o Poderão ser utilizados recursos irrevogável, à qual se deve recorrer apenas
federais, estaduais, distritais e municipais quando esgotados os recursos de manuten-
para a manutenção dos serviços de acolhi- ção da criança ou adolescente na família
mento em família acolhedora, facultando-se natural ou extensa, na forma do parágrafo
o repasse de recursos para a própria família único do art. 25 desta Lei. (Incluído
acolhedora. (Incluído pela Lei nº pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
13.257, de 2016) § 2o É vedada a adoção por procura-
Art. 35. A guarda poderá ser revogada a ção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
qualquer tempo, mediante ato judicial fun- 2009) Vigência
damentado, ouvido o Ministério Público. § 3o Em caso de conflito entre direitos
Subseção III e interesses do adotando e de outras pesso-
Da Tutela as, inclusive seus pais biológicos, devem
Art. 36. A tutela será deferida, nos ter- prevalecer os direitos e os interesses do
mos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) adotando. (Incluído pela Lei nº
anos incompletos. (Redação dada 13.509, de 2017)
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 40. O adotando deve contar com, no
Parágrafo único. O deferimento da tutela máximo, dezoito anos à data do pedido, sal-
pressupõe a prévia decretação da perda ou vo se já estiver sob a guarda ou tutela dos
suspensão do poder familiar e implica ne- adotantes.
cessariamente o dever de guarda. Art. 41. A adoção atribui a condição de fi-
(Expressão substituída pela Lei nº lho ao adotado, com os mesmos direitos e
12.010, de 2009) Vigência deveres, inclusive sucessórios, desligando-o
Art. 37. O tutor nomeado por testamen- de qualquer vínculo com pais e parentes,
to ou qualquer documento autêntico, con- salvo os impedimentos matrimoniais.
forme previsto no parágrafo único do art. § 1º Se um dos cônjuges ou concubinos
1.729 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de adota o filho do outro, mantêm-se os víncu-
2002 - Código Civil, deverá, no prazo de 30 los de filiação entre o adotado e o cônjuge
(trinta) dias após a abertura da sucessão, ou concubino do adotante e os respectivos
ingressar com pedido destinado ao controle parentes.
judicial do ato, observando o procedimento § 2º É recíproco o direito sucessório en-
previsto nos arts. 165 a 170 desta tre o adotado, seus descendentes, o adotan-
Lei. (Redação dada pela Lei nº te, seus ascendentes, descendentes e cola-
12.010, de 2009) Vigência terais até o 4º grau, observada a ordem de
Parágrafo único. Na apreciação do pe- vocação hereditária.
dido, serão observados os requisitos previs- Art. 42. Podem adotar os maiores de 18
tos nos arts. 28 e 29 desta Lei, somente (dezoito) anos, independentemente do esta-
sendo deferida a tutela à pessoa indicada na do civil. (Redação dada pela Lei nº
disposição de última vontade, se restar 12.010, de 2009) Vigência
comprovado que a medida é vantajosa ao
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§ 1º Não podem adotar os ascendentes e ar. (Expressão substituída pela Lei nº


os irmãos do adotando. 12.010, de 2009) Vigência
§ 2o Para adoção conjunta, é indispen- § 2º. Em se tratando de adotando maior
sável que os adotantes sejam casados civil- de doze anos de idade, será também neces-
mente ou mantenham união estável, com- sário o seu consentimento.
provada a estabilidade da família. Art. 46. A adoção será precedida de es-
(Redação dada pela Lei nº 12.010, de tágio de convivência com a criança ou ado-
2009) Vigência lescente, pelo prazo máximo de 90 (noventa)
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dias, observadas a idade da criança ou ado-
dezesseis anos mais velho do que o adotan- lescente e as peculiaridades do caso.
do. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de
§ 4o Os divorciados, os judicialmente 2017)
separados e os ex-companheiros podem § 1o O estágio de convivência poderá
adotar conjuntamente, contanto que acor- ser dispensado se o adotando já estiver sob
dem sobre a guarda e o regime de visitas e a tutela ou guarda legal do adotante durante
desde que o estágio de convivência tenha tempo suficiente para que seja possível ava-
sido iniciado na constância do período de liar a conveniência da constituição do víncu-
convivência e que seja comprovada a exis- lo. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
tência de vínculos de afinidade e afetividade 2009) Vigência
com aquele não detentor da guarda, que o
§ 2 A simples guarda de fato não au-
justifiquem a excepcionalidade da conces- toriza, por si só, a dispensa da realização do
são. (Redação dada pela Lei nº 12.010, estágio de convivência. (Redação dada
de 2009) Vigência pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 5o Nos casos do § 4o deste artigo, § 2o-A. O prazo máximo estabelecido
desde que demonstrado efetivo benefício ao no caput deste artigo pode ser prorrogado
adotando, será assegurada a guarda com- por até igual período, mediante decisão fun-
partilhada, conforme previsto no art. 1.584 damentada da autoridade judiciária.
da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Código Civil. (Redação dada pela Lei § 3o Em caso de adoção por pessoa ou
nº 12.010, de 2009) Vigência casal residente ou domiciliado fora do País,
o
§ 6 A adoção poderá ser deferida ao o estágio de convivência será de, no míni-
adotante que, após inequívoca manifestação mo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 (qua-
de vontade, vier a falecer no curso do pro- renta e cinco) dias, prorrogável por até igual
cedimento, antes de prolatada a senten- período, uma única vez, mediante decisão
ça. (Incluído pela Lei nº 12.010, de fundamentada da autoridade judiciária.
2009) Vigência (Redação dada pela Lei nº 13.509, de
Art. 43. A adoção será deferida quando 2017)
apresentar reais vantagens para o adotando § 3o-A. Ao final do prazo previsto no §
e fundar-se em motivos legítimos. o
3 deste artigo, deverá ser apresentado lau-
Art. 44. Enquanto não der conta de sua do fundamentado pela equipe mencionada
administração e saldar o seu alcance, não no § 4o deste artigo, que recomendará ou
pode o tutor ou o curador adotar o pupilo ou não o deferimento da adoção à autoridade
o curatelado. judiciária. (Incluído pela Lei nº
Art. 45. A adoção depende do consenti- 13.509, de 2017)
mento dos pais ou do representante legal do § 4o O estágio de convivência será
adotando. acompanhado pela equipe interprofissional a
§ 1º. O consentimento será dispensado serviço da Justiça da Infância e da Juventu-
em relação à criança ou adolescente cujos de, preferencialmente com apoio dos técni-
pais sejam desconhecidos ou tenham sido cos responsáveis pela execução da política
destituídos do pátrio poder poder famili- de garantia do direito à convivência familiar,
que apresentarão relatório minucioso acerca
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da conveniência do deferimento da medi- meios, garantida a sua conservação para


da. (Incluído pela Lei nº 12.010, de consulta a qualquer tempo. (Incluído pela
2009) Vigência Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 5o O estágio de convivência será § 9º Terão prioridade de tramitação os
cumprido no território nacional, preferenci- processos de adoção em que o adotando for
almente na comarca de residência da crian- criança ou adolescente com deficiência ou
ça ou adolescente, ou, a critério do juiz, em com doença crônica. (Incluído pela Lei
cidade limítrofe, respeitada, em qualquer nº 12.955, de 2014)
hipótese, a competência do juízo da comar- § 10. O prazo máximo para conclusão
ca de residência da criança. (Incluído da ação de adoção será de 120 (cento e vin-
pela Lei nº 13.509, de 2017) te) dias, prorrogável uma única vez por igual
Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se período, mediante decisão fundamentada da
por sentença judicial, que será inscrita no autoridade judiciária. (Incluído pela
registro civil mediante mandado do qual não Lei nº 13.509, de 2017)
se fornecerá certidão. Art. 48. O adotado tem direito de co-
§ 1º A inscrição consignará o nome dos nhecer sua origem biológica, bem como de
adotantes como pais, bem como o nome de obter acesso irrestrito ao processo no qual a
seus ascendentes. medida foi aplicada e seus eventuais inci-
§ 2º O mandado judicial, que será arqui- dentes, após completar 18 (dezoito)
vado, cancelará o registro original do adota- anos. (Redação dada pela Lei nº
do. 12.010, de 2009) Vigência
§ 3o A pedido do adotante, o novo re- Parágrafo único. O acesso ao proces-
gistro poderá ser lavrado no Cartório do Re- so de adoção poderá ser também deferido
gistro Civil do Município de sua residên- ao adotado menor de 18 (dezoito) anos, a
cia. (Redação dada pela Lei nº 12.010, seu pedido, assegurada orientação e assis-
de 2009) Vigência tência jurídica e psicológica.
o
§ 4 Nenhuma observação sobre a ori- (Incluído pela Lei nº 12.010, de
gem do ato poderá constar nas certidões do 2009) Vigência
registro. Art. 49. A morte dos adotantes não resta-
§ 5o A sentença conferirá ao adotado o belece o pátrio poder poder familiar dos pais
nome do adotante e, a pedido de qualquer naturais. (Expressão substituída pela Lei
deles, poderá determinar a modificação do nº 12.010, de 2009) Vigência
prenome. (Redação dada pela Lei nº Art. 50. A autoridade judiciária manterá,
12.010, de 2009) Vigência em cada comarca ou foro regional, um regis-
§ 6o Caso a modificação de prenome tro de crianças e adolescentes em condições
seja requerida pelo adotante, é obrigatória a de serem adotados e outro de pessoas inte-
oitiva do adotando, observado o disposto ressadas na adoção. (Vide Lei nº 12.010,
nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta de 2009) Vigência
Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.010, § 1º O deferimento da inscrição dar-se-á
de 2009) Vigência após prévia consulta aos órgãos técnicos do
§ 7o A adoção produz seus efeitos a juizado, ouvido o Ministério Público.
partir do trânsito em julgado da sentença § 2º Não será deferida a inscrição se o
constitutiva, exceto na hipótese prevista no § interessado não satisfizer os requisitos le-
6o do art. 42 desta Lei, caso em que terá gais, ou verificada qualquer das hipóteses
força retroativa à data do óbito. previstas no art. 29.
(Incluído pela Lei nº 12.010, de § 3o A inscrição de postulantes à ado-
2009) Vigência ção será precedida de um período de prepa-
§ 8o O processo relativo à adoção as- ração psicossocial e jurídica, orientado pela
sim como outros a ele relacionados serão equipe técnica da Justiça da Infância e da
mantidos em arquivo, admitindo-se seu ar- Juventude, preferencialmente com apoio dos
mazenamento em microfilme ou por outros técnicos responsáveis pela execução da po-
45
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

lítica municipal de garantia do direito à con- Brasileira. (Incluído pela Lei nº 12.010,
vivência familiar. (Incluído pela Lei nº de 2009) Vigência
12.010, de 2009) Vigência § 10. Consultados os cadastros e veri-
§ 4o Sempre que possível e recomen- ficada a ausência de pretendentes habilita-
dável, a preparação referida no § 3o deste dos residentes no País com perfil compatível
artigo incluirá o contato com crianças e ado- e interesse manifesto pela adoção de crian-
lescentes em acolhimento familiar ou institu- ça ou adolescente inscrito nos cadastros
cional em condições de serem adotados, a existentes, será realizado o encaminhamen-
ser realizado sob a orientação, supervisão e to da criança ou adolescente à adoção inter-
avaliação da equipe técnica da Justiça da nacional. (Redação dada pela Lei nº
Infância e da Juventude, com apoio dos téc- 13.509, de 2017)
nicos responsáveis pelo programa de aco- § 11. Enquanto não localizada pessoa
lhimento e pela execução da política munici- ou casal interessado em sua adoção, a cri-
pal de garantia do direito à convivência fami- ança ou o adolescente, sempre que possível
liar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de e recomendável, será colocado sob guarda
2009) Vigência de família cadastrada em programa de aco-
§ 5o Serão criados e implementados lhimento familiar. (Incluído pela Lei nº
cadastros estaduais e nacional de crianças e 12.010, de 2009) Vigência
adolescentes em condições de serem ado- § 12. A alimentação do cadastro e a
tados e de pessoas ou casais habilitados à convocação criteriosa dos postulantes à
adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, adoção serão fiscalizadas pelo Ministério
de 2009) Vigência Público. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
§ 6o Haverá cadastros distintos para 2009) Vigência
pessoas ou casais residentes fora do País, § 13. Somente poderá ser deferida
que somente serão consultados na inexis- adoção em favor de candidato domiciliado
tência de postulantes nacionais habilitados no Brasil não cadastrado previamente nos
nos cadastros mencionados no § 5o deste termos desta Lei quando: (Incluído pela
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
2009) Vigência I - se tratar de pedido de adoção unila-
§ 7o As autoridades estaduais e fede- teral; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
rais em matéria de adoção terão acesso in- 2009) Vigência
tegral aos cadastros, incumbindo-lhes a tro- II - for formulada por parente com o
ca de informações e a cooperação mútua, qual a criança ou adolescente mantenha
para melhoria do sistema. (Incluído pela Lei vínculos de afinidade e afetividade;
nº 12.010, de 2009) Vigência (Incluído pela Lei nº 12.010, de
§ 8o A autoridade judiciária providenci- 2009) Vigência
ará, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, III - oriundo o pedido de quem detém a
a inscrição das crianças e adolescentes em tutela ou guarda legal de criança maior de 3
condições de serem adotados que não tive- (três) anos ou adolescente, desde que o lap-
ram colocação familiar na comarca de ori- so de tempo de convivência comprove a fi-
gem, e das pessoas ou casais que tiveram xação de laços de afinidade e afetividade, e
deferida sua habilitação à adoção nos ca- não seja constatada a ocorrência de má-fé
dastros estadual e nacional referidos no § ou qualquer das situações previstas nos
5o deste artigo, sob pena de responsabilida- arts. 237 ou 238 desta Lei. (Incluído pela
de. (Incluído pela Lei nº 12.010, de Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
2009) Vigência § 14. Nas hipóteses previstas no § 13
§ 9o Compete à Autoridade Central deste artigo, o candidato deverá comprovar,
Estadual zelar pela manutenção e correta no curso do procedimento, que preenche os
alimentação dos cadastros, com posterior requisitos necessários à adoção, conforme
comunicação à Autoridade Central Federal previsto nesta Lei. (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência
46
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

§ 15. Será assegurada prioridade no taduais e Federal em matéria de adoção in-


cadastro a pessoas interessadas em adotar ternacional. (Redação dada pela Lei nº
criança ou adolescente com deficiência, com 12.010, de 2009) Vigência
doença crônica ou com necessidades espe- Art. 52. A adoção internacional obser-
cíficas de saúde, além de grupo de ir- vará o procedimento previsto nos arts. 165 a
mãos. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 170 desta Lei, com as seguintes adapta-
2017) ções: (Redação dada pela Lei nº
Art. 51. Considera-se adoção interna- 12.010, de 2009) Vigência
cional aquela na qual o pretendente possui I - a pessoa ou casal estrangeiro, inte-
residência habitual em país-parte da Con- ressado em adotar criança ou adolescente
venção de Haia, de 29 de maio de 1993, brasileiro, deverá formular pedido de habili-
Relativa à Proteção das Crianças e à Coo- tação à adoção perante a Autoridade Central
peração em Matéria de Adoção Internacio- em matéria de adoção internacional no país
nal, promulgada pelo Decreto no 3.087, de de acolhida, assim entendido aquele onde
21 junho de 1999, e deseja adotar criança está situada sua residência habitual;
em outro país-parte da Convenção. (Incluída pela Lei nº 12.010, de
(Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2009) Vigência
2017) II - se a Autoridade Central do país de
§ 1o A adoção internacional de criança acolhida considerar que os solicitantes estão
ou adolescente brasileiro ou domiciliado no habilitados e aptos para adotar, emitirá um
Brasil somente terá lugar quando restar relatório que contenha informações sobre a
comprovado: (Redação dada pela Lei nº identidade, a capacidade jurídica e adequa-
12.010, de 2009) Vigência ção dos solicitantes para adotar, sua situa-
I - que a colocação em família adotiva ção pessoal, familiar e médica, seu meio
é a solução adequada ao caso concreto; social, os motivos que os animam e sua ap-
II - que foram esgotadas todas as pos- tidão para assumir uma adoção internacio-
sibilidades de colocação da criança ou ado- nal; (Incluída pela Lei nº 12.010, de
lescente em família adotiva brasileira, com a 2009) Vigência
comprovação, certificada nos autos, da ine- III - a Autoridade Central do país de
xistência de adotantes habilitados residentes acolhida enviará o relatório à Autoridade
no Brasil com perfil compatível com a crian- Central Estadual, com cópia para a Autori-
ça ou adolescente, após consulta aos cadas- dade Central Federal Brasileira;
tros mencionados nesta Lei; (Incluída pela Lei nº 12.010, de
(Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2009) Vigência
2017) IV - o relatório será instruído com toda
III - que, em se tratando de adoção de a documentação necessária, incluindo estu-
adolescente, este foi consultado, por meios do psicossocial elaborado por equipe inter-
adequados ao seu estágio de desenvolvi- profissional habilitada e cópia autenticada da
mento, e que se encontra preparado para a legislação pertinente, acompanhada da res-
medida, mediante parecer elaborado por pectiva prova de vigência; (Incluída
equipe interprofissional, observado o dispos- pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
to nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta Lei. V - os documentos em língua estrangei-
(Incluída pela Lei nº 12.010, de ra serão devidamente autenticados pela au-
2009) Vigência toridade consular, observados os tratados e
o
§ 2 Os brasileiros residentes no exte- convenções internacionais, e acompanhados
rior terão preferência aos estrangeiros, nos da respectiva tradução, por tradutor público
casos de adoção internacional de criança ou juramentado; (Incluída pela Lei nº
adolescente brasileiro. (Redação dada 12.010, de 2009) Vigência
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência VI - a Autoridade Central Estadual po-
§ 3o A adoção internacional pressupõe derá fazer exigências e solicitar complemen-
a intervenção das Autoridades Centrais Es- tação sobre o estudo psicossocial do postu-
47
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

lante estrangeiro à adoção, já realizado no periência e responsabilidade exigidas pelos


país de acolhida; (Incluída pela Lei nº países respectivos e pela Autoridade Central
12.010, de 2009) Vigência Federal Brasileira; (Incluída pela Lei nº
VII - verificada, após estudo realizado 12.010, de 2009) Vigência
pela Autoridade Central Estadual, a compa- III - forem qualificados por seus pa-
tibilidade da legislação estrangeira com a drões éticos e sua formação e experiência
nacional, além do preenchimento por parte para atuar na área de adoção internacio-
dos postulantes à medida dos requisitos ob- nal; (Incluída pela Lei nº 12.010, de
jetivos e subjetivos necessários ao seu defe- 2009) Vigência
rimento, tanto à luz do que dispõe esta Lei IV - cumprirem os requisitos exigidos
como da legislação do país de acolhida, será pelo ordenamento jurídico brasileiro e pelas
expedido laudo de habilitação à adoção in- normas estabelecidas pela Autoridade Cen-
ternacional, que terá validade por, no máxi- tral Federal Brasileira. (Incluída pela Lei
mo, 1 (um) ano; (Incluída pela Lei nº 12.010, nº 12.010, de 2009) Vigência
de 2009) Vigência § 4o Os organismos credenciados de-
VIII - de posse do laudo de habilitação, verão ainda: (Incluído pela Lei nº
o interessado será autorizado a formalizar 12.010, de 2009) Vigência
pedido de adoção perante o Juízo da Infân- I - perseguir unicamente fins não lucra-
cia e da Juventude do local em que se en- tivos, nas condições e dentro dos limites fi-
contra a criança ou adolescente, conforme xados pelas autoridades competentes do
indicação efetuada pela Autoridade Central país onde estiverem sediados, do país de
Estadual. (Incluída pela Lei nº 12.010, acolhida e pela Autoridade Central Federal
de 2009) Vigência Brasileira; (Incluída pela Lei nº 12.010, de
§ 1o Se a legislação do país de acolhi- 2009) Vigência
da assim o autorizar, admite-se que os pedi- II - ser dirigidos e administrados por
dos de habilitação à adoção internacional pessoas qualificadas e de reconhecida ido-
sejam intermediados por organismos cre- neidade moral, com comprovada formação
denciados. (Incluída pela Lei nº ou experiência para atuar na área de adoção
12.010, de 2009) Vigência internacional, cadastradas pelo Departamen-
§ 2o Incumbe à Autoridade Central Fe- to de Polícia Federal e aprovadas pela Auto-
deral Brasileira o credenciamento de orga- ridade Central Federal Brasileira, mediante
nismos nacionais e estrangeiros encarrega- publicação de portaria do órgão federal
dos de intermediar pedidos de habilitação à competente; (Incluída pela Lei nº
adoção internacional, com posterior comuni- 12.010, de 2009) Vigência
cação às Autoridades Centrais Estaduais e III - estar submetidos à supervisão das
publicação nos órgãos oficiais de imprensa e autoridades competentes do país onde esti-
em sítio próprio da internet. (Incluído verem sediados e no país de acolhida, inclu-
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência sive quanto à sua composição, funciona-
§ 3o Somente será admissível o cre- mento e situação financeira; (Incluída
denciamento de organismos que: pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
(Incluída pela Lei nº 12.010, de IV - apresentar à Autoridade Central
2009) Vigência Federal Brasileira, a cada ano, relatório geral
I - sejam oriundos de países que ratifi- das atividades desenvolvidas, bem como
caram a Convenção de Haia e estejam devi- relatório de acompanhamento das adoções
damente credenciados pela Autoridade Cen- internacionais efetuadas no período, cuja
tral do país onde estiverem sediados e no cópia será encaminhada ao Departamento
país de acolhida do adotando para atuar em de Polícia Federal; (Incluída pela Lei
adoção internacional no Brasil; (Incluída nº 12.010, de 2009) Vigência
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência V - enviar relatório pós-adotivo semes-
II - satisfizerem as condições de inte- tral para a Autoridade Central Estadual, com
gridade moral, competência profissional, ex- cópia para a Autoridade Central Federal
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Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

Brasileira, pelo período mínimo de 2 (dois) citar informações sobre a situação das cri-
anos. O envio do relatório será mantido até a anças e adolescentes adotados
juntada de cópia autenticada do registro civil, (Incluído pela Lei nº 12.010, de
estabelecendo a cidadania do país de aco- 2009) Vigência
lhida para o adotado; (Incluída pela § 11. A cobrança de valores por parte
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência dos organismos credenciados, que sejam
VI - tomar as medidas necessárias para considerados abusivos pela Autoridade Cen-
garantir que os adotantes encaminhem à tral Federal Brasileira e que não estejam de-
Autoridade Central Federal Brasileira cópia vidamente comprovados, é causa de seu
da certidão de registro de nascimento es- descredenciamento. (Incluído pela
trangeira e do certificado de nacionalidade Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
tão logo lhes sejam concedidos. (Incluída § 12. Uma mesma pessoa ou seu côn-
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência juge não podem ser representados por mais
§ 5o A não apresentação dos relatórios de uma entidade credenciada para atuar na
referidos no § 4o deste artigo pelo organismo cooperação em adoção internacional.
credenciado poderá acarretar a suspensão (Incluído pela Lei nº 12.010, de
de seu credenciamento. (Incluído 2009) Vigência
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 13. A habilitação de postulante es-
§ 6o O credenciamento de organismo trangeiro ou domiciliado fora do Brasil terá
nacional ou estrangeiro encarregado de in- validade máxima de 1 (um) ano, podendo
termediar pedidos de adoção internacional ser renovada. (Incluído pela Lei nº
terá validade de 2 (dois) 12.010, de 2009) Vigência
anos. (Incluído pela Lei nº 12.010, § 14. É vedado o contato direto de re-
de 2009) Vigência presentantes de organismos de adoção, na-
§ 7o A renovação do credenciamento cionais ou estrangeiros, com dirigentes de
poderá ser concedida mediante requerimen- programas de acolhimento institucional ou
to protocolado na Autoridade Central Federal familiar, assim como com crianças e adoles-
Brasileira nos 60 (sessenta) dias anteriores centes em condições de serem adotados,
ao término do respectivo prazo de valida- sem a devida autorização judicial.
de. (Incluído pela Lei nº 12.010, de (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência 2009) Vigência
§ 8o Antes de transitada em julgado a § 15. A Autoridade Central Federal
decisão que concedeu a adoção internacio- Brasileira poderá limitar ou suspender a
nal, não será permitida a saída do adotando concessão de novos credenciamentos sem-
do território nacional. (Incluído pela pre que julgar necessário, mediante ato ad-
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência ministrativo fundamentado. (Incluído
§ 9o Transitada em julgado a decisão, pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
a autoridade judiciária determinará a expedi- Art. 52-A. É vedado, sob pena de res-
ção de alvará com autorização de viagem, ponsabilidade e descredenciamento, o re-
bem como para obtenção de passaporte, passe de recursos provenientes de organis-
constando, obrigatoriamente, as característi- mos estrangeiros encarregados de interme-
cas da criança ou adolescente adotado, co- diar pedidos de adoção internacional a orga-
mo idade, cor, sexo, eventuais sinais ou tra- nismos nacionais ou a pessoas físi-
ços peculiares, assim como foto recente e a cas. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
aposição da impressão digital do seu pole- 2009) Vigência
gar direito, instruindo o documento com có- Parágrafo único. Eventuais repasses
pia autenticada da decisão e certidão de somente poderão ser efetuados via Fundo
trânsito em julgado. (Incluído pela dos Direitos da Criança e do Adolescente e
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência estarão sujeitos às deliberações do respecti-
§ 10. A Autoridade Central Federal vo Conselho de Direitos da Criança e do
Brasileira poderá, a qualquer momento, soli-
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Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

Adolescente (Incluído pela Lei nº Autoridade Central Estadual, que fará a co-
12.010, de 2009) Vigência municação à Autoridade Central Federal
Art. 52-B. A adoção por brasileiro resi- Brasileira e à Autoridade Central do país de
dente no exterior em país ratificante da Con- origem. (Incluído pela Lei nº 12.010,
venção de Haia, cujo processo de adoção de 2009) Vigência
tenha sido processado em conformidade Art. 52-D. Nas adoções internacionais,
com a legislação vigente no país de residên- quando o Brasil for o país de acolhida e a
cia e atendido o disposto na Alínea “c” do adoção não tenha sido deferida no país de
Artigo 17 da referida Convenção, será auto- origem porque a sua legislação a delega ao
maticamente recepcionada com o reingresso país de acolhida, ou, ainda, na hipótese de,
no Brasil. (Incluído pela Lei nº 12.010, mesmo com decisão, a criança ou o adoles-
de 2009) Vigência cente ser oriundo de país que não tenha
§ 1o Caso não tenha sido atendido o aderido à Convenção referida, o processo de
disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da Con- adoção seguirá as regras da adoção nacio-
venção de Haia, deverá a sentença ser ho- nal. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
mologada pelo Superior Tribunal de Justi- 2009) Vigência
ça. (Incluído pela Lei nº 12.010, de Capítulo IV
2009) Vigência Do Direito à Educação, à Cultura, ao Es-
§ 2o O pretendente brasileiro residente porte e ao Lazer
no exterior em país não ratificante da Con- Art. 53. A criança e o adolescente têm di-
venção de Haia, uma vez reingressado no reito à educação, visando ao pleno desen-
Brasil, deverá requerer a homologação da volvimento de sua pessoa, preparo para o
sentença estrangeira pelo Superior Tribunal exercício da cidadania e qualificação para o
de Justiça. (Incluído pela Lei nº 12.010, de trabalho, assegurando-se-lhes:
2009) Vigência I - igualdade de condições para o acesso
Art. 52-C. Nas adoções internacionais, e permanência na escola;
quando o Brasil for o país de acolhida, a de- II - direito de ser respeitado por seus
cisão da autoridade competente do país de educadores;
origem da criança ou do adolescente será III - direito de contestar critérios avaliati-
conhecida pela Autoridade Central Estadual vos, podendo recorrer às instâncias escola-
que tiver processado o pedido de habilitação res superiores;
dos pais adotivos, que comunicará o fato à IV - direito de organização e participação
Autoridade Central Federal e determinará as em entidades estudantis;
providências necessárias à expedição do V - acesso à escola pública e gratuita
Certificado de Naturalização Provisó- próxima de sua residência.
rio. (Incluído pela Lei nº 12.010, de Parágrafo único. É direito dos pais ou
2009) Vigência responsáveis ter ciência do processo peda-
§ 1o A Autoridade Central Estadual, gógico, bem como participar da definição
ouvido o Ministério Público, somente deixará das propostas educacionais.
de reconhecer os efeitos daquela decisão se Art. 54. É dever do Estado assegurar à
restar demonstrado que a adoção é manifes- criança e ao adolescente:
tamente contrária à ordem pública ou não I - ensino fundamental, obrigatório e gra-
atende ao interesse superior da criança ou tuito, inclusive para os que a ele não tiveram
do adolescente. (Incluído pela Lei nº acesso na idade própria;
12.010, de 2009) Vigência II - progressiva extensão da obrigatorie-
§ 2o Na hipótese de não reconheci- dade e gratuidade ao ensino médio;
mento da adoção, prevista no § 1o deste ar- III - atendimento educacional especiali-
tigo, o Ministério Público deverá imediata- zado aos portadores de deficiência, prefe-
mente requerer o que for de direito para res- rencialmente na rede regular de ensino;
guardar os interesses da criança ou do ado- IV – atendimento em creche e pré-escola
lescente, comunicando-se as providências à às crianças de zero a cinco anos de ida-
50
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

de; (Redação dada pela Lei nº Do Direito à Profissionalização e à Prote-


13.306, de 2016) ção no Trabalho
V - acesso aos níveis mais elevados do Art. 60. É proibido qualquer trabalho a
ensino, da pesquisa e da criação artística, menores de quatorze anos de idade, salvo
segundo a capacidade de cada um; na condição de aprendiz. (Vide Consti-
VI - oferta de ensino noturno regular, tuição Federal)
adequado às condições do adolescente tra- Art. 61. A proteção ao trabalho dos ado-
balhador; lescentes é regulada por legislação especial,
VII - atendimento no ensino fundamental, sem prejuízo do disposto nesta Lei.
através de programas suplementares de ma- Art. 62. Considera-se aprendizagem a
terial didático-escolar, transporte, alimenta- formação técnico-profissional ministrada se-
ção e assistência à saúde. gundo as diretrizes e bases da legislação de
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e educação em vigor.
gratuito é direito público subjetivo. Art. 63. A formação técnico-profissional
§ 2º O não oferecimento do ensino obri- obedecerá aos seguintes princípios:
gatório pelo poder público ou sua oferta irre- I - garantia de acesso e freqüência obri-
gular importa responsabilidade da autorida- gatória ao ensino regular;
de competente. II - atividade compatível com o desenvol-
§ 3º Compete ao poder público recensear vimento do adolescente;
os educandos no ensino fundamental, fazer- III - horário especial para o exercício das
lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou atividades.
responsável, pela freqüência à escola. Art. 64. Ao adolescente até quatorze
Art. 55. Os pais ou responsável têm a anos de idade é assegurada bolsa de
obrigação de matricular seus filhos ou pupi- aprendizagem.
los na rede regular de ensino. Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimen- de quatorze anos, são assegurados os direi-
tos de ensino fundamental comunicarão ao tos trabalhistas e previdenciários.
Conselho Tutelar os casos de: Art. 66. Ao adolescente portador de defi-
I - maus-tratos envolvendo seus alunos; ciência é assegurado trabalho protegido.
II - reiteração de faltas injustificadas e de Art. 67. Ao adolescente empregado,
evasão escolar, esgotados os recursos es- aprendiz, em regime familiar de trabalho,
colares; aluno de escola técnica, assistido em enti-
III - elevados níveis de repetência. dade governamental ou não-governamental,
Art. 57. O poder público estimulará pes- é vedado trabalho:
quisas, experiências e novas propostas rela- I - noturno, realizado entre as vinte e du-
tivas a calendário, seriação, currículo, meto- as horas de um dia e as cinco horas do dia
dologia, didática e avaliação, com vistas à seguinte;
inserção de crianças e adolescentes excluí- II - perigoso, insalubre ou penoso;
dos do ensino fundamental obrigatório. III - realizado em locais prejudiciais à sua
Art. 58. No processo educacional respei- formação e ao seu desenvolvimento físico,
tar-se-ão os valores culturais, artísticos e psíquico, moral e social;
históricos próprios do contexto social da cri- IV - realizado em horários e locais que
ança e do adolescente, garantindo-se a es- não permitam a freqüência à escola.
tes a liberdade da criação e o acesso às fon- Art. 68. O programa social que tenha por
tes de cultura. base o trabalho educativo, sob responsabili-
Art. 59. Os municípios, com apoio dos es- dade de entidade governamental ou não-
tados e da União, estimularão e facilitarão a governamental sem fins lucrativos, deverá
destinação de recursos e espaços para pro- assegurar ao adolescente que dele participe
gramações culturais, esportivas e de lazer condições de capacitação para o exercício
voltadas para a infância e a juventude. de atividade regular remunerada.
Capítulo V
51
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

§ 1º Entende-se por trabalho educativo a III - a formação continuada e a capacita-


atividade laboral em que as exigências pe- ção dos profissionais de saúde, educação e
dagógicas relativas ao desenvolvimento assistência social e dos demais agentes que
pessoal e social do educando prevalecem atuam na promoção, proteção e defesa dos
sobre o aspecto produtivo. direitos da criança e do adolescente para o
§ 2º A remuneração que o adolescente desenvolvimento das competências neces-
recebe pelo trabalho efetuado ou a partici- sárias à prevenção, à identificação de evi-
pação na venda dos produtos de seu traba- dências, ao diagnóstico e ao enfrentamento
lho não desfigura o caráter educativo. de todas as formas de violência contra a cri-
Art. 69. O adolescente tem direito à pro- ança e o adolescente; (Incluído pela Lei
fissionalização e à proteção no trabalho, ob- nº 13.010, de 2014)
servados os seguintes aspectos, entre ou- IV - o apoio e o incentivo às práticas de
tros: resolução pacífica de conflitos que envolvam
I - respeito à condição peculiar de pessoa violência contra a criança e o adolescen-
em desenvolvimento; te; (Incluído pela Lei nº 13.010, de
II - capacitação profissional adequada ao 2014)
mercado de trabalho. V - a inclusão, nas políticas públicas, de
Título III ações que visem a garantir os direitos da
Da Prevenção criança e do adolescente, desde a atenção
Capítulo I pré-natal, e de atividades junto aos pais e
Disposições Gerais responsáveis com o objetivo de promover a
Art. 70. É dever de todos prevenir a ocor- informação, a reflexão, o debate e a orienta-
rência de ameaça ou violação dos direitos ção sobre alternativas ao uso de castigo físi-
da criança e do adolescente. co ou de tratamento cruel ou degradante no
Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito processo educativo; (Incluído pela
Federal e os Municípios deverão atuar de Lei nº 13.010, de 2014)
forma articulada na elaboração de políticas VI - a promoção de espaços intersetoriais
públicas e na execução de ações destinadas locais para a articulação de ações e a elabo-
a coibir o uso de castigo físico ou de trata- ração de planos de atuação conjunta foca-
mento cruel ou degradante e difundir formas dos nas famílias em situação de violência,
não violentas de educação de crianças e de com participação de profissionais de saúde,
adolescentes, tendo como principais de assistência social e de educação e de
ações: (Incluído pela Lei nº 13.010, de órgãos de promoção, proteção e defesa dos
2014) direitos da criança e do adolescente.
I - a promoção de campanhas educativas (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
permanentes para a divulgação do direito da Parágrafo único. As famílias com crian-
criança e do adolescente de serem educa- ças e adolescentes com deficiência terão
dos e cuidados sem o uso de castigo físico prioridade de atendimento nas ações e polí-
ou de tratamento cruel ou degradante e dos ticas públicas de prevenção e prote-
instrumentos de proteção aos direitos huma- ção. (Incluído pela Lei nº 13.010, de
nos; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
2014) Art. 70-B. As entidades, públicas e pri-
II - a integração com os órgãos do Poder vadas, que atuem nas áreas a que se refere
Judiciário, do Ministério Público e da Defen- o art. 71, dentre outras, devem contar, em
soria Pública, com o Conselho Tutelar, com seus quadros, com pessoas capacitadas a
os Conselhos de Direitos da Criança e do reconhecer e comunicar ao Conselho Tutelar
Adolescente e com as entidades não gover- suspeitas ou casos de maus-tratos pratica-
namentais que atuam na promoção, prote- dos contra crianças e adolescentes.
ção e defesa dos direitos da criança e do (Incluído pela Lei nº 13.046, de 2014)
adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, Parágrafo único. São igualmente res-
de 2014) ponsáveis pela comunicação de que trata
52
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

este artigo, as pessoas encarregadas, por com finalidades educativas, artísticas, cultu-
razão de cargo, função, ofício, ministério, rais e informativas.
profissão ou ocupação, do cuidado, assis- Parágrafo único. Nenhum espetáculo se-
tência ou guarda de crianças e adolescen- rá apresentado ou anunciado sem aviso de
tes, punível, na forma deste Estatuto, o in- sua classificação, antes de sua transmissão,
justificado retardamento ou omissão, culpo- apresentação ou exibição.
sos ou dolosos. (Incluído pela Lei nº Art. 77. Os proprietários, diretores, geren-
13.046, de 2014) tes e funcionários de empresas que explo-
Art. 71. A criança e o adolescente têm di- rem a venda ou aluguel de fitas de progra-
reito a informação, cultura, lazer, esportes, mação em vídeo cuidarão para que não haja
diversões, espetáculos e produtos e serviços venda ou locação em desacordo com a clas-
que respeitem sua condição peculiar de sificação atribuída pelo órgão competente.
pessoa em desenvolvimento. Parágrafo único. As fitas a que alude este
Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei artigo deverão exibir, no invólucro, informa-
não excluem da prevenção especial outras ção sobre a natureza da obra e a faixa etária
decorrentes dos princípios por ela adotados. a que se destinam.
Art. 73. A inobservância das normas de Art. 78. As revistas e publicações con-
prevenção importará em responsabilidade tendo material impróprio ou inadequado a
da pessoa física ou jurídica, nos termos des- crianças e adolescentes deverão ser comer-
ta Lei. cializadas em embalagem lacrada, com a
Capítulo II advertência de seu conteúdo.
Da Prevenção Especial Parágrafo único. As editoras cuidarão pa-
Seção I ra que as capas que contenham mensagens
Da informação, Cultura, Lazer, Esportes, pornográficas ou obscenas sejam protegidas
Diversões e Espetáculos com embalagem opaca.
Art. 74. O poder público, através do ór- Art. 79. As revistas e publicações desti-
gão competente, regulará as diversões e nadas ao público infanto-juvenil não poderão
espetáculos públicos, informando sobre a conter ilustrações, fotografias, legendas,
natureza deles, as faixas etárias a que não crônicas ou anúncios de bebidas alcoólicas,
se recomendem, locais e horários em que tabaco, armas e munições, e deverão res-
sua apresentação se mostre inadequada. peitar os valores éticos e sociais da pessoa
Parágrafo único. Os responsáveis pelas e da família.
diversões e espetáculos públicos deverão Art. 80. Os responsáveis por estabeleci-
afixar, em lugar visível e de fácil acesso, à mentos que explorem comercialmente bilhar,
entrada do local de exibição, informação sinuca ou congênere ou por casas de jogos,
destacada sobre a natureza do espetáculo e assim entendidas as que realizem apostas,
a faixa etária especificada no certificado de ainda que eventualmente, cuidarão para que
classificação. não seja permitida a entrada e a permanên-
Art. 75. Toda criança ou adolescente terá cia de crianças e adolescentes no local, afi-
acesso às diversões e espetáculos públicos xando aviso para orientação do público.
classificados como adequados à sua faixa Seção II
etária. Dos Produtos e Serviços
Parágrafo único. As crianças menores de Art. 81. É proibida a venda à criança ou
dez anos somente poderão ingressar e per- ao adolescente de:
manecer nos locais de apresentação ou exi- I - armas, munições e explosivos;
bição quando acompanhadas dos pais ou II - bebidas alcoólicas;
responsável. III - produtos cujos componentes possam
Art. 76. As emissoras de rádio e televisão causar dependência física ou psíquica ainda
somente exibirão, no horário recomendado que por utilização indevida;
para o público infanto juvenil, programas IV - fogos de estampido e de artifício, ex-
ceto aqueles que pelo seu reduzido poten-
53
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

cial sejam incapazes de provocar qualquer através de um conjunto articulado de ações


dano físico em caso de utilização indevida; governamentais e não-governamentais, da
V - revistas e publicações a que alude o União, dos estados, do Distrito Federal e dos
art. 78; municípios.
VI - bilhetes lotéricos e equivalentes. Art. 87. São linhas de ação da política de
Art. 82. É proibida a hospedagem de cri- atendimento:
ança ou adolescente em hotel, motel, pen- I - políticas sociais básicas;
são ou estabelecimento congênere, salvo se II - serviços, programas, projetos e bene-
autorizado ou acompanhado pelos pais ou fícios de assistência social de garantia de
responsável. proteção social e de prevenção e redução de
Seção III violações de direitos, seus agravamentos ou
Da Autorização para Viajar reincidências; (Redação dada pela Lei
Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar nº 13.257, de 2016)
para fora da comarca onde reside, desa- III - serviços especiais de prevenção e
companhada dos pais ou responsável, sem atendimento médico e psicossocial às víti-
expressa autorização judicial. mas de negligência, maus-tratos, explora-
§ 1º A autorização não será exigida ção, abuso, crueldade e opressão;
quando: IV - serviço de identificação e localização
a) tratar-se de comarca contígua à da re- de pais, responsável, crianças e adolescen-
sidência da criança, se na mesma unidade tes desaparecidos;
da Federação, ou incluída na mesma região V - proteção jurídico-social por entidades
metropolitana; de defesa dos direitos da criança e do ado-
b) a criança estiver acompanhada: lescente.
1) de ascendente ou colateral maior, até VI - políticas e programas destinados a
o terceiro grau, comprovado documental- prevenir ou abreviar o período de afasta-
mente o parentesco; mento do convívio familiar e a garantir o efe-
2) de pessoa maior, expressamente auto- tivo exercício do direito à convivência famili-
rizada pelo pai, mãe ou responsável. ar de crianças e adolescentes;
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pe- (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
dido dos pais ou responsável, conceder au- Vigência
torização válida por dois anos. VII - campanhas de estímulo ao aco-
Art. 84. Quando se tratar de viagem ao lhimento sob forma de guarda de crianças e
exterior, a autorização é dispensável, se a adolescentes afastados do convívio familiar
criança ou adolescente: e à adoção, especificamente inter-racial, de
I - estiver acompanhado de ambos os crianças maiores ou de adolescentes, com
pais ou responsável; necessidades específicas de saúde ou com
II - viajar na companhia de um dos pais, deficiências e de grupos de irmãos.
autorizado expressamente pelo outro atra- (Incluído pela Lei nº 12.010, de
vés de documento com firma reconhecida. 2009) Vigência
Art. 85. Sem prévia e expressa autoriza- Art. 88. São diretrizes da política de
ção judicial, nenhuma criança ou adolescen- atendimento:
te nascido em território nacional poderá sair I - municipalização do atendimento;
do País em companhia de estrangeiro resi- II - criação de conselhos municipais, es-
dente ou domiciliado no exterior. taduais e nacional dos direitos da criança e
Parte Especial do adolescente, órgãos deliberativos e con-
Título I troladores das ações em todos os níveis,
Da Política de Atendimento assegurada a participação popular paritária
Capítulo I por meio de organizações representativas,
Disposições Gerais segundo leis federal, estaduais e municipais;
Art. 86. A política de atendimento dos di-
reitos da criança e do adolescente far-se-á
54
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III - criação e manutenção de programas cipais dos direitos da criança e do adoles-


específicos, observada a descentralização cente é considerada de interesse público
político-administrativa; relevante e não será remunerada.
IV - manutenção de fundos nacional, es- Capítulo II
taduais e municipais vinculados aos respec- Das Entidades de Atendimento
tivos conselhos dos direitos da criança e do Seção I
adolescente; Disposições Gerais
V - integração operacional de órgãos do Art. 90. As entidades de atendimento são
Judiciário, Ministério Público, Defensoria, responsáveis pela manutenção das próprias
Segurança Pública e Assistência Social, pre- unidades, assim como pelo planejamento e
ferencialmente em um mesmo local, para execução de programas de proteção e só-
efeito de agilização do atendimento inicial a cio-educativos destinados a crianças e ado-
adolescente a quem se atribua autoria de lescentes, em regime de: (Vide)
ato infracional; I - orientação e apoio sócio-familiar;
VI - integração operacional de órgãos II - apoio sócio-educativo em meio aber-
do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, to;
Conselho Tutelar e encarregados da execu- III - colocação familiar;
ção das políticas sociais básicas e de assis- IV - acolhimento institucional;
tência social, para efeito de agilização do (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
atendimento de crianças e de adolescentes 2009) Vigência
inseridos em programas de acolhimento fa- V - prestação de serviços à comunida-
miliar ou institucional, com vista na sua rápi- de; (Redação dada pela Lei nº
da reintegração à família de origem ou, se 12.594, de 2012) (Vide)
tal solução se mostrar comprovadamente VI - liberdade assistida;
inviável, sua colocação em família substituta, (Redação dada pela Lei nº 12.594, de
em quaisquer das modalidades previstas no 2012) (Vide)
art. 28 desta Lei; (Redação dada pe- VII - semiliberdade; e (Redação
la Lei nº 12.010, de 2009) Vigência dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
VII - mobilização da opinião pública pa- VIII - internação. (Incluído pela
ra a indispensável participação dos diversos Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
segmentos da sociedade. (Incluído § 1o As entidades governamentais e
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência não governamentais deverão proceder à
VIII - especialização e formação continu- inscrição de seus programas, especificando
ada dos profissionais que trabalham nas di- os regimes de atendimento, na forma defini-
ferentes áreas da atenção à primeira infân- da neste artigo, no Conselho Municipal dos
cia, incluindo os conhecimentos sobre direi- Direitos da Criança e do Adolescente, o qual
tos da criança e sobre desenvolvimento in- manterá registro das inscrições e de suas
fantil; (Incluído pela Lei nº 13.257, de alterações, do que fará comunicação ao
2016) Conselho Tutelar e à autoridade judiciá-
IX - formação profissional com abran- ria. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
gência dos diversos direitos da criança e do 2009) Vigência
adolescente que favoreça a intersetorialida- § 2o Os recursos destinados à imple-
de no atendimento da criança e do adoles- mentação e manutenção dos programas re-
cente e seu desenvolvimento integral; lacionados neste artigo serão previstos nas
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) dotações orçamentárias dos órgãos públicos
X - realização e divulgação de pesquisas encarregados das áreas de Educação, Saú-
sobre desenvolvimento infantil e sobre pre- de e Assistência Social, dentre outros, ob-
venção da violência. (Incluído pela Lei servando-se o princípio da prioridade abso-
nº 13.257, de 2016) luta à criança e ao adolescente preconizado
Art. 89. A função de membro do conselho pelo caput do art. 227 da Constituição Fede-
nacional e dos conselhos estaduais e muni- ral e pelo caput e parágrafo único do art.
55
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4o desta Lei. (Incluído pela Lei nº (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009)
12.010, de 2009) Vigência Vigência
§ 3o Os programas em execução serão § 2o O registro terá validade máxima de
reavaliados pelo Conselho Municipal dos 4 (quatro) anos, cabendo ao Conselho Muni-
Direitos da Criança e do Adolescente, no cipal dos Direitos da Criança e do Adoles-
máximo, a cada 2 (dois) anos, constituindo- cente, periodicamente, reavaliar o cabimento
se critérios para renovação da autorização de sua renovação, observado o disposto no
de funcionamento: (Incluído pela Lei § 1odeste artigo. (Incluído pela Lei nº
nº 12.010, de 2009) Vigência 12.010, de 2009) Vigência
I - o efetivo respeito às regras e princí- Art. 92. As entidades que desenvolvam
pios desta Lei, bem como às resoluções re- programas de acolhimento familiar ou insti-
lativas à modalidade de atendimento presta- tucional deverão adotar os seguintes princí-
do expedidas pelos Conselhos de Direitos pios: (Redação dada pela Lei nº
da Criança e do Adolescente, em todos os 12.010, de 2009) Vigência
níveis; (Incluído pela Lei nº 12.010, de I - preservação dos vínculos familiares
2009) Vigência e promoção da reintegração familiar;
II - a qualidade e eficiência do trabalho (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
desenvolvido, atestadas pelo Conselho Tute- 2009) Vigência
lar, pelo Ministério Público e pela Justiça da II - integração em família substituta,
Infância e da Juventude; (Incluído quando esgotados os recursos de manuten-
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência ção na família natural ou extensa;
III - em se tratando de programas de (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
acolhimento institucional ou familiar, serão 2009) Vigência
considerados os índices de sucesso na rein- III - atendimento personalizado e em pe-
tegração familiar ou de adaptação à família quenos grupos;
substituta, conforme o caso. (Incluído IV - desenvolvimento de atividades em
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência regime de co-educação;
Art. 91. As entidades não- V - não desmembramento de grupos de
governamentais somente poderão funcionar irmãos;
depois de registradas no Conselho Municipal VI - evitar, sempre que possível, a trans-
dos Direitos da Criança e do Adolescente, o ferência para outras entidades de crianças e
qual comunicará o registro ao Conselho Tu- adolescentes abrigados;
telar e à autoridade judiciária da respectiva VII - participação na vida da comunidade
localidade. local;
§ 1o Será negado o registro à entidade VIII - preparação gradativa para o desli-
que: (Incluído pela Lei nº 12.010, de gamento;
2009) Vigência IX - participação de pessoas da comuni-
a) não ofereça instalações físicas em dade no processo educativo.
condições adequadas de habitabilidade, hi- § 1o O dirigente de entidade que de-
giene, salubridade e segurança; senvolve programa de acolhimento instituci-
b) não apresente plano de trabalho com- onal é equiparado ao guardião, para todos
patível com os princípios desta Lei; os efeitos de direito. (Incluído pela Lei nº
c) esteja irregularmente constituída; 12.010, de 2009) Vigência
d) tenha em seus quadros pessoas inidô- § 2o Os dirigentes de entidades que
neas. desenvolvem programas de acolhimento
e) não se adequar ou deixar de cumprir familiar ou institucional remeterão à autori-
as resoluções e deliberações relativas à mo- dade judiciária, no máximo a cada 6 (seis)
dalidade de atendimento prestado expedidas meses, relatório circunstanciado acerca da
pelos Conselhos de Direitos da Criança e do situação de cada criança ou adolescente
Adolescente, em todos os níveis. acolhido e sua família, para fins da reavalia-
ção prevista no § 1o do art. 19 desta
56
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Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de determinação da autoridade competente,


2009) Vigência fazendo comunicação do fato em até 24 (vin-
§ 3o Os entes federados, por intermé- te e quatro) horas ao Juiz da Infância e da
dio dos Poderes Executivo e Judiciário, pro- Juventude, sob pena de responsabilida-
moverão conjuntamente a permanente quali- de. (Redação dada pela Lei nº 12.010,
ficação dos profissionais que atuam direta de 2009) Vigência
ou indiretamente em programas de acolhi- Parágrafo único. Recebida a comuni-
mento institucional e destinados à colocação cação, a autoridade judiciária, ouvido o Mi-
familiar de crianças e adolescentes, incluin- nistério Público e se necessário com o apoio
do membros do Poder Judiciário, Ministério do Conselho Tutelar local, tomará as medi-
Público e Conselho Tutelar. (Incluído pela das necessárias para promover a imediata
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência reintegração familiar da criança ou do ado-
§ 4o Salvo determinação em contrário lescente ou, se por qualquer razão não for
da autoridade judiciária competente, as enti- isso possível ou recomendável, para seu
dades que desenvolvem programas de aco- encaminhamento a programa de acolhimen-
lhimento familiar ou institucional, se neces- to familiar, institucional ou a família substitu-
sário com o auxílio do Conselho Tutelar e ta, observado o disposto no § 2o do art. 101
dos órgãos de assistência social, estimula- desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010,
rão o contato da criança ou adolescente com de 2009) Vigência
seus pais e parentes, em cumprimento ao Art. 94. As entidades que desenvolvem
disposto nos incisos I e VIII do caput deste programas de internação têm as seguintes
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de obrigações, entre outras:
2009) Vigência I - observar os direitos e garantias de que
§ 5o As entidades que desenvolvem são titulares os adolescentes;
programas de acolhimento familiar ou insti- II - não restringir nenhum direito que não
tucional somente poderão receber recursos tenha sido objeto de restrição na decisão de
públicos se comprovado o atendimento dos internação;
princípios, exigências e finalidades desta III - oferecer atendimento personalizado,
Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de em pequenas unidades e grupos reduzidos;
2009) Vigência IV - preservar a identidade e oferecer
o
§ 6 O descumprimento das disposi- ambiente de respeito e dignidade ao adoles-
ções desta Lei pelo dirigente de entidade cente;
que desenvolva programas de acolhimento V - diligenciar no sentido do restabeleci-
familiar ou institucional é causa de sua desti- mento e da preservação dos vínculos famili-
tuição, sem prejuízo da apuração de sua ares;
responsabilidade administrativa, civil e crimi- VI - comunicar à autoridade judiciária, pe-
nal. (Incluído pela Lei nº 12.010, de riodicamente, os casos em que se mostre
2009) Vigência inviável ou impossível o reatamento dos vín-
§ 7o Quando se tratar de criança de 0 culos familiares;
(zero) a 3 (três) anos em acolhimento insti- VII - oferecer instalações físicas em con-
tucional, dar-se-á especial atenção à atua- dições adequadas de habitabilidade, higiene,
ção de educadores de referência estáveis e salubridade e segurança e os objetos ne-
qualitativamente significativos, às rotinas cessários à higiene pessoal;
específicas e ao atendimento das necessi- VIII - oferecer vestuário e alimentação su-
dades básicas, incluindo as de afeto como ficientes e adequados à faixa etária dos ado-
prioritárias. (Incluído pela Lei nº 13.257, lescentes atendidos;
de 2016) IX - oferecer cuidados médicos, psicoló-
Art. 93. As entidades que mantenham gicos, odontológicos e farmacêuticos;
programa de acolhimento institucional pode- X - propiciar escolarização e profissiona-
rão, em caráter excepcional e de urgência, lização;
acolher crianças e adolescentes sem prévia
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XI - propiciar atividades culturais, esporti- Art. 95. As entidades governamentais e


vas e de lazer; não-governamentais referidas no art. 90 se-
XII - propiciar assistência religiosa àque- rão fiscalizadas pelo Judiciário, pelo Ministé-
les que desejarem, de acordo com suas rio Público e pelos Conselhos Tutelares.
crenças; Art. 96. Os planos de aplicação e as
XIII - proceder a estudo social e pessoal prestações de contas serão apresentados ao
de cada caso; estado ou ao município, conforme a origem
XIV - reavaliar periodicamente cada caso, das dotações orçamentárias.
com intervalo máximo de seis meses, dando Art. 97. São medidas aplicáveis às enti-
ciência dos resultados à autoridade compe- dades de atendimento que descumprirem
tente; obrigação constante do art. 94, sem prejuízo
XV - informar, periodicamente, o adoles- da responsabilidade civil e criminal de seus
cente internado sobre sua situação proces- dirigentes ou prepostos:
sual; I - às entidades governamentais:
XVI - comunicar às autoridades compe- a) advertência;
tentes todos os casos de adolescentes por- b) afastamento provisório de seus diri-
tadores de moléstias infecto-contagiosas; gentes;
XVII - fornecer comprovante de depósito c) afastamento definitivo de seus dirigen-
dos pertences dos adolescentes; tes;
XVIII - manter programas destinados ao d) fechamento de unidade ou interdição
apoio e acompanhamento de egressos; de programa.
XIX - providenciar os documentos neces- II - às entidades não-governamentais:
sários ao exercício da cidadania àqueles que a) advertência;
não os tiverem; b) suspensão total ou parcial do repasse
XX - manter arquivo de anotações onde de verbas públicas;
constem data e circunstâncias do atendi- c) interdição de unidades ou suspensão
mento, nome do adolescente, seus pais ou de programa;
responsável, parentes, endereços, sexo, d) cassação do registro.
idade, acompanhamento da sua formação, § 1o Em caso de reiteradas infrações
relação de seus pertences e demais dados cometidas por entidades de atendimento,
que possibilitem sua identificação e a indivi- que coloquem em risco os direitos assegu-
dualização do atendimento. rados nesta Lei, deverá ser o fato comunica-
§ 1o Aplicam-se, no que couber, as obri- do ao Ministério Público ou representado
gações constantes deste artigo às entidades perante autoridade judiciária competente
que mantêm programas de acolhimento ins- para as providências cabíveis, inclusive sus-
titucional e familiar. (Redação dada pela pensão das atividades ou dissolução da en-
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência tidade. (Redação dada pela Lei nº
§ 2º No cumprimento das obrigações a 12.010, de 2009) Vigência
que alude este artigo as entidades utilizarão § 2o As pessoas jurídicas de direito
preferencialmente os recursos da comunida- público e as organizações não governamen-
de. tais responderão pelos danos que seus
Art. 94-A. As entidades, públicas ou pri- agentes causarem às crianças e aos adoles-
vadas, que abriguem ou recepcionem crian- centes, caracterizado o descumprimento dos
ças e adolescentes, ainda que em caráter princípios norteadores das atividades de pro-
temporário, devem ter, em seus quadros, teção específica. (Redação dada pela
profissionais capacitados a reconhecer e Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
reportar ao Conselho Tutelar suspeitas ou Título II
ocorrências de maus-tratos. (Incluído Das Medidas de Proteção
pela Lei nº 13.046, de 2014) Capítulo I
Seção II Disposições Gerais
Da Fiscalização das Entidades
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Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

Art. 98. As medidas de proteção à crian- prioritariamente aos interesses e direitos da


ça e ao adolescente são aplicáveis sempre criança e do adolescente, sem prejuízo da
que os direitos reconhecidos nesta Lei forem consideração que for devida a outros inte-
ameaçados ou violados: resses legítimos no âmbito da pluralidade
I - por ação ou omissão da sociedade ou dos interesses presentes no caso concre-
do Estado; to; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
II - por falta, omissão ou abuso dos pais 2009) Vigência
ou responsável; V - privacidade: a promoção dos direi-
III - em razão de sua conduta. tos e proteção da criança e do adolescente
Capítulo II deve ser efetuada no respeito pela intimida-
Das Medidas Específicas de Proteção de, direito à imagem e reserva da sua vida
Art. 99. As medidas previstas neste Capí- privada; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
tulo poderão ser aplicadas isolada ou cumu- 2009) Vigência
lativamente, bem como substituídas a qual- VI - intervenção precoce: a intervenção
quer tempo. das autoridades competentes deve ser efe-
Art. 100. Na aplicação das medidas levar- tuada logo que a situação de perigo seja
se-ão em conta as necessidades pedagógi- conhecida; (Incluído pela Lei nº 12.010,
cas, preferindo-se aquelas que visem ao de 2009) Vigência
fortalecimento dos vínculos familiares e co- VII - intervenção mínima: a intervenção
munitários. deve ser exercida exclusivamente pelas au-
Parágrafo único. São também princí- toridades e instituições cuja ação seja indis-
pios que regem a aplicação das medi- pensável à efetiva promoção dos direitos e à
das: (Incluído pela Lei nº 12.010, de proteção da criança e do adolescente;
2009) Vigência (Incluído pela Lei nº 12.010, de
I - condição da criança e do adolescen- 2009) Vigência
te como sujeitos de direitos: crianças e ado- VIII - proporcionalidade e atualidade: a
lescentes são os titulares dos direitos previs- intervenção deve ser a necessária e ade-
tos nesta e em outras Leis, bem como na quada à situação de perigo em que a criança
Constituição Federal; (Incluído pela Lei ou o adolescente se encontram no momento
nº 12.010, de 2009) Vigência em que a decisão é tomada; (Incluído
II - proteção integral e prioritária: a in- pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
terpretação e aplicação de toda e qualquer IX - responsabilidade parental: a inter-
norma contida nesta Lei deve ser voltada à venção deve ser efetuada de modo que os
proteção integral e prioritária dos direitos de pais assumam os seus deveres para com a
que crianças e adolescentes são titula- criança e o adolescente; (Incluído pela
res; (Incluído pela Lei nº 12.010, de Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
2009) Vigência X - prevalência da família: na promo-
III - responsabilidade primária e solidá- ção de direitos e na proteção da criança e do
ria do poder público: a plena efetivação dos adolescente deve ser dada prevalência às
direitos assegurados a crianças e a adoles- medidas que os mantenham ou reintegrem
centes por esta Lei e pela Constituição Fe- na sua família natural ou extensa ou, se isso
deral, salvo nos casos por esta expressa- não for possível, que promovam a sua inte-
mente ressalvados, é de responsabilidade gração em família adotiva; (Redação
primária e solidária das 3 (três) esferas de dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
governo, sem prejuízo da municipalização XI - obrigatoriedade da informação: a
do atendimento e da possibilidade da execu- criança e o adolescente, respeitado seu es-
ção de programas por entidades não gover- tágio de desenvolvimento e capacidade de
namentais; (Incluído pela Lei nº 12.010, compreensão, seus pais ou responsável de-
de 2009) Vigência vem ser informados dos seus direitos, dos
IV - interesse superior da criança e do motivos que determinaram a intervenção e
adolescente: a intervenção deve atender da forma como esta se processa;
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Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) liberdade. (Incluído pela Lei nº 12.010,
Vigência de 2009) Vigência
XII - oitiva obrigatória e participação: a § 2o Sem prejuízo da tomada de medi-
criança e o adolescente, em separado ou na das emergenciais para proteção de vítimas
companhia dos pais, de responsável ou de de violência ou abuso sexual e das provi-
pessoa por si indicada, bem como os seus dências a que alude o art. 130 desta Lei, o
pais ou responsável, têm direito a ser ouvi- afastamento da criança ou adolescente do
dos e a participar nos atos e na definição da convívio familiar é de competência exclusiva
medida de promoção dos direitos e de pro- da autoridade judiciária e importará na de-
teção, sendo sua opinião devidamente con- flagração, a pedido do Ministério Público ou
siderada pela autoridade judiciária compe- de quem tenha legítimo interesse, de proce-
tente, observado o disposto nos §§ 1o e dimento judicial contencioso, no qual se ga-
2o do art. 28 desta Lei. (Incluído pela Lei ranta aos pais ou ao responsável legal o
nº 12.010, de 2009) Vigência exercício do contraditório e da ampla defe-
Art. 101. Verificada qualquer das hipóte- sa. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
ses previstas no art. 98, a autoridade com- 2009) Vigência
petente poderá determinar, dentre outras, as § 3o Crianças e adolescentes somente
seguintes medidas: poderão ser encaminhados às instituições
I - encaminhamento aos pais ou respon- que executam programas de acolhimento
sável, mediante termo de responsabilidade; institucional, governamentais ou não, por
II - orientação, apoio e acompanhamento meio de uma Guia de Acolhimento, expedida
temporários; pela autoridade judiciária, na qual obrigatori-
III - matrícula e freqüência obrigatórias amente constará, dentre outros: (Incluído
em estabelecimento oficial de ensino funda- pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
mental; I - sua identificação e a qualificação
IV - inclusão em serviços e programas completa de seus pais ou de seu responsá-
oficiais ou comunitários de proteção, apoio e vel, se conhecidos; (Incluído pela Lei nº
promoção da família, da criança e do ado- 12.010, de 2009) Vigência
lescente; (Redação dada pela Lei nº II - o endereço de residência dos pais
13.257, de 2016) ou do responsável, com pontos de referên-
V - requisição de tratamento médico, psi- cia; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
cológico ou psiquiátrico, em regime hospita- 2009) Vigência
lar ou ambulatorial; III - os nomes de parentes ou de tercei-
VI - inclusão em programa oficial ou co- ros interessados em tê-los sob sua guar-
munitário de auxílio, orientação e tratamento da; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
a alcoólatras e toxicômanos; 2009) Vigência
VII - acolhimento institucio- IV - os motivos da retirada ou da não
nal; (Redação dada pela Lei nº 12.010, reintegração ao convívio famili-
de 2009) Vigência ar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
VIII - inclusão em programa de acolhi- 2009) Vigência
mento familiar; (Redação dada pela Lei nº § 4o Imediatamente após o acolhimen-
12.010, de 2009) Vigência to da criança ou do adolescente, a entidade
IX - colocação em família substitu- responsável pelo programa de acolhimento
ta. (Incluído pela Lei nº 12.010, de institucional ou familiar elaborará um plano
2009) Vigência individual de atendimento, visando à reinte-
§ 1o O acolhimento institucional e o gração familiar, ressalvada a existência de
acolhimento familiar são medidas provisórias ordem escrita e fundamentada em contrário
e excepcionais, utilizáveis como forma de de autoridade judiciária competente, caso
transição para reintegração familiar ou, não em que também deverá contemplar sua co-
sendo esta possível, para colocação em fa- locação em família substituta, observadas as
mília substituta, não implicando privação de
60
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

regras e princípios desta Lei. (Incluído munitários de orientação, apoio e promoção


pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência social, será enviado relatório fundamentado
§ 5o O plano individual será elaborado ao Ministério Público, no qual conste a des-
sob a responsabilidade da equipe técnica do crição pormenorizada das providências to-
respectivo programa de atendimento e leva- madas e a expressa recomendação, subscri-
rá em consideração a opinião da criança ou ta pelos técnicos da entidade ou responsá-
do adolescente e a oitiva dos pais ou do veis pela execução da política municipal de
responsável. (Incluído pela Lei nº 12.010, garantia do direito à convivência familiar,
de 2009) Vigência para a destituição do poder familiar, ou desti-
§ 6o Constarão do plano individual, tuição de tutela ou guarda. (Incluído
dentre outros: (Incluído pela Lei nº pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
12.010, de 2009) Vigência § 10. Recebido o relatório, o Ministério
I - os resultados da avaliação interdisci- Público terá o prazo de 15 (quinze) dias para
plinar; (Incluído pela Lei nº 12.010, de o ingresso com a ação de destituição do po-
2009) Vigência der familiar, salvo se entender necessária a
II - os compromissos assumidos pelos realização de estudos complementares ou
pais ou responsável; e (Incluído pela de outras providências indispensáveis ao
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência ajuizamento da demanda. (Redação
III - a previsão das atividades a serem dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
desenvolvidas com a criança ou com o ado- § 11. A autoridade judiciária manterá,
lescente acolhido e seus pais ou responsá- em cada comarca ou foro regional, um ca-
vel, com vista na reintegração familiar ou, dastro contendo informações atualizadas
caso seja esta vedada por expressa e fun- sobre as crianças e adolescentes em regime
damentada determinação judicial, as provi- de acolhimento familiar e institucional sob
dências a serem tomadas para sua coloca- sua responsabilidade, com informações
ção em família substituta, sob direta supervi- pormenorizadas sobre a situação jurídica de
são da autoridade judiciária. (Incluído cada um, bem como as providências toma-
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência das para sua reintegração familiar ou colo-
§ 7o O acolhimento familiar ou instituci- cação em família substituta, em qualquer
onal ocorrerá no local mais próximo à resi- das modalidades previstas no art. 28 desta
dência dos pais ou do responsável e, como Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
parte do processo de reintegração familiar, 2009) Vigência
sempre que identificada a necessidade, a § 12. Terão acesso ao cadastro o Mi-
família de origem será incluída em progra- nistério Público, o Conselho Tutelar, o órgão
mas oficiais de orientação, de apoio e de gestor da Assistência Social e os Conselhos
promoção social, sendo facilitado e estimu- Municipais dos Direitos da Criança e do Ado-
lado o contato com a criança ou com o ado- lescente e da Assistência Social, aos quais
lescente acolhido. (Incluído pela Lei nº incumbe deliberar sobre a implementação de
12.010, de 2009) Vigência políticas públicas que permitam reduzir o
§ 8o Verificada a possibilidade de rein- número de crianças e adolescentes afasta-
tegração familiar, o responsável pelo pro- dos do convívio familiar e abreviar o período
grama de acolhimento familiar ou institucio- de permanência em programa de acolhimen-
nal fará imediata comunicação à autoridade to. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
judiciária, que dará vista ao Ministério Públi- 2009) Vigência
co, pelo prazo de 5 (cinco) dias, decidindo Art. 102. As medidas de proteção de que
em igual prazo. (Incluído pela Lei nº trata este Capítulo serão acompanhadas da
12.010, de 2009) Vigência regularização do registro civil. (Vide Lei
§ 9o Em sendo constatada a impossibi- nº 12.010, de 2009) Vigência
lidade de reintegração da criança ou do ado- § 1º Verificada a inexistência de registro
lescente à família de origem, após seu en- anterior, o assento de nascimento da criança
caminhamento a programas oficiais ou co- ou adolescente será feito à vista dos ele-
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mentos disponíveis, mediante requisição da Art. 106. Nenhum adolescente será pri-
autoridade judiciária. vado de sua liberdade senão em flagrante
§ 2º Os registros e certidões necessários de ato infracional ou por ordem escrita e
à regularização de que trata este artigo são fundamentada da autoridade judiciária com-
isentos de multas, custas e emolumentos, petente.
gozando de absoluta prioridade. Parágrafo único. O adolescente tem direi-
§ 3o Caso ainda não definida a paterni- to à identificação dos responsáveis pela sua
dade, será deflagrado procedimento especí- apreensão, devendo ser informado acerca
fico destinado à sua averiguação, conforme de seus direitos.
previsto pela Lei no 8.560, de 29 de dezem- Art. 107. A apreensão de qualquer ado-
bro de 1992. (Incluído pela Lei nº lescente e o local onde se encontra recolhi-
12.010, de 2009) Vigência do serão incontinenti comunicados à autori-
§ 4o Nas hipóteses previstas no § dade judiciária competente e à família do
3o deste artigo, é dispensável o ajuizamento apreendido ou à pessoa por ele indicada.
de ação de investigação de paternidade pelo Parágrafo único. Examinar-se-á, desde
Ministério Público se, após o não compare- logo e sob pena de responsabilidade, a pos-
cimento ou a recusa do suposto pai em as- sibilidade de liberação imediata.
sumir a paternidade a ele atribuída, a crian- Art. 108. A internação, antes da senten-
ça for encaminhada para ado- ça, pode ser determinada pelo prazo máxi-
ção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de mo de quarenta e cinco dias.
2009) Vigência Parágrafo único. A decisão deverá ser
§ 5o Os registros e certidões necessá- fundamentada e basear-se em indícios sufi-
rios à inclusão, a qualquer tempo, do nome cientes de autoria e materialidade, demons-
do pai no assento de nascimento são isentos trada a necessidade imperiosa da medida.
de multas, custas e emolumentos, gozando Art. 109. O adolescente civilmente identi-
de absoluta prioridade. (Incluído dada ficado não será submetido a identificação
pela Lei nº 13.257, de 2016) compulsória pelos órgãos policiais, de prote-
§ 6o São gratuitas, a qualquer tempo, a ção e judiciais, salvo para efeito de confron-
averbação requerida do reconhecimento de tação, havendo dúvida fundada.
paternidade no assento de nascimento e a Capítulo III
certidão correspondente. (Incluído Das Garantias Processuais
dada pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 110. Nenhum adolescente será pri-
Título III vado de sua liberdade sem o devido proces-
Da Prática de Ato Infracional so legal.
Capítulo I Art. 111. São asseguradas ao adolescen-
Disposições Gerais te, entre outras, as seguintes garantias:
Art. 103. Considera-se ato infracional a I - pleno e formal conhecimento da atri-
conduta descrita como crime ou contraven- buição de ato infracional, mediante citação
ção penal. ou meio equivalente;
Art. 104. São penalmente inimputáveis os II - igualdade na relação processual, po-
menores de dezoito anos, sujeitos às medi- dendo confrontar-se com vítimas e testemu-
das previstas nesta Lei. nhas e produzir todas as provas necessárias
Parágrafo único. Para os efeitos desta à sua defesa;
Lei, deve ser considerada a idade do ado- III - defesa técnica por advogado;
lescente à data do fato. IV - assistência judiciária gratuita e inte-
Art. 105. Ao ato infracional praticado por gral aos necessitados, na forma da lei;
criança corresponderão as medidas previs- V - direito de ser ouvido pessoalmente
tas no art. 101. pela autoridade competente;
Capítulo II VI - direito de solicitar a presença de
Dos Direitos Individuais seus pais ou responsável em qualquer fase
do procedimento.
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Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

Capítulo IV cimento do dano, ou, por outra forma, com-


Das Medidas Sócio-Educativas pense o prejuízo da vítima.
Seção I Parágrafo único. Havendo manifesta im-
Disposições Gerais possibilidade, a medida poderá ser substitu-
Art. 112. Verificada a prática de ato infra- ída por outra adequada.
cional, a autoridade competente poderá apli- Seção IV
car ao adolescente as seguintes medidas: Da Prestação de Serviços à Comunidade
I - advertência; Art. 117. A prestação de serviços comuni-
II - obrigação de reparar o dano; tários consiste na realização de tarefas gra-
III - prestação de serviços à comunidade; tuitas de interesse geral, por período não
IV - liberdade assistida; excedente a seis meses, junto a entidades
V - inserção em regime de semi- assistenciais, hospitais, escolas e outros es-
liberdade; tabelecimentos congêneres, bem como em
VI - internação em estabelecimento edu- programas comunitários ou governamentais.
cacional; Parágrafo único. As tarefas serão atribuí-
VII - qualquer uma das previstas no art. das conforme as aptidões do adolescente,
101, I a VI. devendo ser cumpridas durante jornada má-
§ 1º A medida aplicada ao adolescente xima de oito horas semanais, aos sábados,
levará em conta a sua capacidade de cum- domingos e feriados ou em dias úteis, de
pri-la, as circunstâncias e a gravidade da modo a não prejudicar a freqüência à escola
infração. ou à jornada normal de trabalho.
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto Seção V
algum, será admitida a prestação de traba- Da Liberdade Assistida
lho forçado. Art. 118. A liberdade assistida será ado-
§ 3º Os adolescentes portadores de do- tada sempre que se afigurar a medida mais
ença ou deficiência mental receberão trata- adequada para o fim de acompanhar, auxili-
mento individual e especializado, em local ar e orientar o adolescente.
adequado às suas condições. § 1º A autoridade designará pessoa ca-
Art. 113. Aplica-se a este Capítulo o dis- pacitada para acompanhar o caso, a qual
posto nos arts. 99 e 100. poderá ser recomendada por entidade ou
Art. 114. A imposição das medidas pre- programa de atendimento.
vistas nos incisos II a VI do art. 112 pressu- § 2º A liberdade assistida será fixada pe-
põe a existência de provas suficientes da lo prazo mínimo de seis meses, podendo a
autoria e da materialidade da infração, res- qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou
salvada a hipótese de remissão, nos termos substituída por outra medida, ouvido o orien-
do art. 127. tador, o Ministério Público e o defensor.
Parágrafo único. A advertência poderá Art. 119. Incumbe ao orientador, com o
ser aplicada sempre que houver prova da apoio e a supervisão da autoridade compe-
materialidade e indícios suficientes da auto- tente, a realização dos seguintes encargos,
ria. entre outros:
Seção II I - promover socialmente o adolescente e
Da Advertência sua família, fornecendo-lhes orientação e
Art. 115. A advertência consistirá em ad- inserindo-os, se necessário, em programa
moestação verbal, que será reduzida a ter- oficial ou comunitário de auxílio e assistência
mo e assinada. social;
Seção III II - supervisionar a freqüência e o apro-
Da Obrigação de Reparar o Dano veitamento escolar do adolescente, promo-
Art. 116. Em se tratando de ato infracio- vendo, inclusive, sua matrícula;
nal com reflexos patrimoniais, a autoridade III - diligenciar no sentido da profissionali-
poderá determinar, se for o caso, que o ado- zação do adolescente e de sua inserção no
lescente restitua a coisa, promova o ressar- mercado de trabalho;
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IV - apresentar relatório do caso. II - por reiteração no cometimento de ou-


Seção VI tras infrações graves;
Do Regime de Semi-liberdade III - por descumprimento reiterado e injus-
Art. 120. O regime de semi-liberdade po- tificável da medida anteriormente imposta.
de ser determinado desde o início, ou como § 1o O prazo de internação na hipótese
forma de transição para o meio aberto, pos- do inciso III deste artigo não poderá ser su-
sibilitada a realização de atividades exter- perior a 3 (três) meses, devendo ser decre-
nas, independentemente de autorização ju- tada judicialmente após o devido processo
dicial. legal. (Redação dada pela Lei nº
§ 1º São obrigatórias a escolarização e a 12.594, de 2012) (Vide)
profissionalização, devendo, sempre que § 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada
possível, ser utilizados os recursos existen- a internação, havendo outra medida ade-
tes na comunidade. quada.
§ 2º A medida não comporta prazo de- Art. 123. A internação deverá ser cumpri-
terminado aplicando-se, no que couber, as da em entidade exclusiva para adolescentes,
disposições relativas à internação. em local distinto daquele destinado ao abri-
Seção VII go, obedecida rigorosa separação por crité-
Da Internação rios de idade, compleição física e gravidade
Art. 121. A internação constitui medida da infração.
privativa da liberdade, sujeita aos princípios Parágrafo único. Durante o período de in-
de brevidade, excepcionalidade e respeito à ternação, inclusive provisória, serão obriga-
condição peculiar de pessoa em desenvol- tórias atividades pedagógicas.
vimento. Art. 124. São direitos do adolescente pri-
§ 1º Será permitida a realização de ativi- vado de liberdade, entre outros, os seguin-
dades externas, a critério da equipe técnica tes:
da entidade, salvo expressa determinação I - entrevistar-se pessoalmente com o re-
judicial em contrário. presentante do Ministério Público;
§ 2º A medida não comporta prazo de- II - peticionar diretamente a qualquer au-
terminado, devendo sua manutenção ser toridade;
reavaliada, mediante decisão fundamentada, III - avistar-se reservadamente com seu
no máximo a cada seis meses. defensor;
§ 3º Em nenhuma hipótese o período IV - ser informado de sua situação pro-
máximo de internação excederá a três anos. cessual, sempre que solicitada;
§ 4º Atingido o limite estabelecido no pa- V - ser tratado com respeito e dignidade;
rágrafo anterior, o adolescente deverá ser VI - permanecer internado na mesma lo-
liberado, colocado em regime de semi- calidade ou naquela mais próxima ao domi-
liberdade ou de liberdade assistida. cílio de seus pais ou responsável;
§ 5º A liberação será compulsória aos VII - receber visitas, ao menos, sema-
vinte e um anos de idade. nalmente;
§ 6º Em qualquer hipótese a desinterna- VIII - corresponder-se com seus familia-
ção será precedida de autorização judicial, res e amigos;
ouvido o Ministério Público. IX - ter acesso aos objetos necessários à
§ 7o A determinação judicial mencionada higiene e asseio pessoal;
no § 1o poderá ser revista a qualquer tempo X - habitar alojamento em condições
pela autoridade judiciária. (Incluído adequadas de higiene e salubridade;
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) XI - receber escolarização e profissionali-
Art. 122. A medida de internação só po- zação;
derá ser aplicada quando: XII - realizar atividades culturais, esporti-
I - tratar-se de ato infracional cometido vas e de lazer:
mediante grave ameaça ou violência a pes- XIII - ter acesso aos meios de comunica-
soa; ção social;
64
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XIV - receber assistência religiosa, se- Das Medidas Pertinentes aos Pais ou
gundo a sua crença, e desde que assim o Responsável
deseje; Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais
XV - manter a posse de seus objetos ou responsável:
pessoais e dispor de local seguro para guar- I - encaminhamento a serviços e progra-
dá-los, recebendo comprovante daqueles mas oficiais ou comunitários de proteção,
porventura depositados em poder da entida- apoio e promoção da famí-
de; lia; (Redação dada dada pela Lei nº
XVI - receber, quando de sua desinterna- 13.257, de 2016)
ção, os documentos pessoais indispensáveis II - inclusão em programa oficial ou co-
à vida em sociedade. munitário de auxílio, orientação e tratamento
§ 1º Em nenhum caso haverá incomuni- a alcoólatras e toxicômanos;
cabilidade. III - encaminhamento a tratamento psico-
§ 2º A autoridade judiciária poderá sus- lógico ou psiquiátrico;
pender temporariamente a visita, inclusive IV - encaminhamento a cursos ou pro-
de pais ou responsável, se existirem motivos gramas de orientação;
sérios e fundados de sua prejudicialidade V - obrigação de matricular o filho ou pu-
aos interesses do adolescente. pilo e acompanhar sua freqüência e aprovei-
Art. 125. É dever do Estado zelar pela in- tamento escolar;
tegridade física e mental dos internos, ca- VI - obrigação de encaminhar a criança
bendo-lhe adotar as medidas adequadas de ou adolescente a tratamento especializado;
contenção e segurança. VII - advertência;
Capítulo V VIII - perda da guarda;
Da Remissão IX - destituição da tutela;
Art. 126. Antes de iniciado o procedimen- X - suspensão ou destituição do pátrio
to judicial para apuração de ato infracional, o poder poder familiar. (Expressão
representante do Ministério Público poderá substituída pela Lei nº 12.010, de
conceder a remissão, como forma de exclu- 2009) Vigência
são do processo, atendendo às circunstân- Parágrafo único. Na aplicação das medi-
cias e conseqüências do fato, ao contexto das previstas nos incisos IX e X deste artigo,
social, bem como à personalidade do ado- observar-se-á o disposto nos arts. 23 e 24.
lescente e sua maior ou menor participação Art. 130. Verificada a hipótese de maus-
no ato infracional. tratos, opressão ou abuso sexual impostos
Parágrafo único. Iniciado o procedimento, pelos pais ou responsável, a autoridade judi-
a concessão da remissão pela autoridade ciária poderá determinar, como medida cau-
judiciária importará na suspensão ou extin- telar, o afastamento do agressor da moradia
ção do processo. comum.
Art. 127. A remissão não implica neces- Parágrafo único. Da medida cautelar
sariamente o reconhecimento ou comprova- constará, ainda, a fixação provisória dos ali-
ção da responsabilidade, nem prevalece pa- mentos de que necessitem a criança ou o
ra efeito de antecedentes, podendo incluir adolescente dependentes do agres-
eventualmente a aplicação de qualquer das sor. (Incluído pela Lei nº 12.415, de
medidas previstas em lei, exceto a coloca- 2011)
ção em regime de semi-liberdade e a inter- Título V
nação. Do Conselho Tutelar
Art. 128. A medida aplicada por força da Capítulo I
remissão poderá ser revista judicialmente, a Disposições Gerais
qualquer tempo, mediante pedido expresso Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão
do adolescente ou de seu representante le- permanente e autônomo, não jurisdicional,
gal, ou do Ministério Público. encarregado pela sociedade de zelar pelo
Título IV
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Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

cumprimento dos direitos da criança e do Art. 136. São atribuições do Conselho


adolescente, definidos nesta Lei. Tutelar:
Art. 132. Em cada Município e em cada I - atender as crianças e adolescentes
Região Administrativa do Distrito Federal nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105,
haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar aplicando as medidas previstas no art. 101, I
como órgão integrante da administração pú- a VII;
blica local, composto de 5 (cinco) membros, II - atender e aconselhar os pais ou res-
escolhidos pela população local para man- ponsável, aplicando as medidas previstas no
dato de 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) art. 129, I a VII;
recondução, mediante novo processo de III - promover a execução de suas deci-
escolha. (Redação dada pela Lei nº sões, podendo para tanto:
12.696, de 2012) a) requisitar serviços públicos nas áreas
Art. 133. Para a candidatura a membro de saúde, educação, serviço social, previ-
do Conselho Tutelar, serão exigidos os se- dência, trabalho e segurança;
guintes requisitos: b) representar junto à autoridade judiciá-
I - reconhecida idoneidade moral; ria nos casos de descumprimento injustifica-
II - idade superior a vinte e um anos; do de suas deliberações.
III - residir no município. IV - encaminhar ao Ministério Público no-
Art. 134. Lei municipal ou distrital dis- tícia de fato que constitua infração adminis-
porá sobre o local, dia e horário de funcio- trativa ou penal contra os direitos da criança
namento do Conselho Tutelar, inclusive ou adolescente;
quanto à remuneração dos respectivos V - encaminhar à autoridade judiciária os
membros, aos quais é assegurado o direito casos de sua competência;
a: (Redação dada pela Lei nº 12.696, VI - providenciar a medida estabelecida
de 2012) pela autoridade judiciária, dentre as previs-
I - cobertura previdenciária; tas no art. 101, de I a VI, para o adolescente
(Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012) autor de ato infracional;
II - gozo de férias anuais remuneradas, VII - expedir notificações;
acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da re- VIII - requisitar certidões de nascimento e
muneração mensal; (Incluído pela Lei de óbito de criança ou adolescente quando
nº 12.696, de 2012) necessário;
III - licença-maternidade; IX - assessorar o Poder Executivo local
(Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012) na elaboração da proposta orçamentária
IV - licença-paternidade; para planos e programas de atendimento
(Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012) dos direitos da criança e do adolescente;
V - gratificação natalina. X - representar, em nome da pessoa e da
(Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012) família, contra a violação dos direitos previs-
Parágrafo único. Constará da lei orça- tos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constitui-
mentária municipal e da do Distrito Federal ção Federal;
previsão dos recursos necessários ao funci- XI - representar ao Ministério Público
onamento do Conselho Tutelar e à remune- para efeito das ações de perda ou suspen-
ração e formação continuada dos conselhei- são do poder familiar, após esgotadas as
ros tutelares. (Redação dada pela Lei possibilidades de manutenção da criança ou
nº 12.696, de 2012) do adolescente junto à família natural.
Art. 135. O exercício efetivo da função (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
de conselheiro constituirá serviço público 2009) Vigência
relevante e estabelecerá presunção de ido- XII - promover e incentivar, na comuni-
neidade moral. (Redação dada pela dade e nos grupos profissionais, ações de
Lei nº 12.696, de 2012) divulgação e treinamento para o reconheci-
Capítulo II mento de sintomas de maus-tratos em crian-
Das Atribuições do Conselho
66
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

ças e adolescentes. (Incluído pela Lei Art. 140. São impedidos de servir no
nº 13.046, de 2014) mesmo Conselho marido e mulher, ascen-
Parágrafo único. Se, no exercício de dentes e descendentes, sogro e genro ou
suas atribuições, o Conselho Tutelar enten- nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio,
der necessário o afastamento do convívio tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e ente-
familiar, comunicará incontinenti o fato ao ado.
Ministério Público, prestando-lhe informa- Parágrafo único. Estende-se o impedi-
ções sobre os motivos de tal entendimento e mento do conselheiro, na forma deste artigo,
as providências tomadas para a orientação, em relação à autoridade judiciária e ao re-
o apoio e a promoção social da família. presentante do Ministério Público com atua-
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) ção na Justiça da Infância e da Juventude,
Vigência em exercício na comarca, foro regional ou
Art. 137. As decisões do Conselho Tute- distrital.
lar somente poderão ser revistas pela auto- Título VI
ridade judiciária a pedido de quem tenha Do Acesso à Justiça
legítimo interesse. Capítulo I
Capítulo III Disposições Gerais
Da Competência Art. 141. É garantido o acesso de toda
Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a criança ou adolescente à Defensoria Públi-
regra de competência constante do art. 147. ca, ao Ministério Público e ao Poder Judiciá-
Capítulo IV rio, por qualquer de seus órgãos.
Da Escolha dos Conselheiros § 1º. A assistência judiciária gratuita será
Art. 139. O processo para a escolha dos prestada aos que dela necessitarem, através
membros do Conselho Tutelar será estabe- de defensor público ou advogado nomeado.
lecido em lei municipal e realizado sob a § 2º As ações judiciais da competência
responsabilidade do Conselho Municipal dos da Justiça da Infância e da Juventude são
Direitos da Criança e do Adolescente, e a isentas de custas e emolumentos, ressalva-
fiscalização do Ministério Público. da a hipótese de litigância de má-fé.
(Redação dada pela Lei nº 8.242, de Art. 142. Os menores de dezesseis anos
12.10.1991) serão representados e os maiores de dezes-
§ 1o O processo de escolha dos mem- seis e menores de vinte e um anos assisti-
bros do Conselho Tutelar ocorrerá em data dos por seus pais, tutores ou curadores, na
unificada em todo o território nacional a cada forma da legislação civil ou processual.
4 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês Parágrafo único. A autoridade judiciária
de outubro do ano subsequente ao da elei- dará curador especial à criança ou adoles-
ção presidencial. (Incluído pela Lei nº cente, sempre que os interesses destes coli-
12.696, de 2012) direm com os de seus pais ou responsável,
§ 2o A posse dos conselheiros tutela- ou quando carecer de representação ou as-
res ocorrerá no dia 10 de janeiro do ano sistência legal ainda que eventual.
subsequente ao processo de escolha. Art. 143. E vedada a divulgação de atos
(Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012) judiciais, policiais e administrativos que di-
§ 3o No processo de escolha dos gam respeito a crianças e adolescentes a
membros do Conselho Tutelar, é vedado ao que se atribua autoria de ato infracional.
candidato doar, oferecer, prometer ou entre- Parágrafo único. Qualquer notícia a res-
gar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de peito do fato não poderá identificar a criança
qualquer natureza, inclusive brindes de pe- ou adolescente, vedando-se fotografia, refe-
queno valor. (Incluído pela Lei nº rência a nome, apelido, filiação, parentesco,
12.696, de 2012) residência e, inclusive, iniciais do nome e
Capítulo V sobrenome. (Redação dada pela Lei nº
Dos Impedimentos 10.764, de 12.11.2003)

67
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

Art. 144. A expedição de cópia ou certi- de ato infracional atribuído a adolescente,


dão de atos a que se refere o artigo anterior aplicando as medidas cabíveis;
somente será deferida pela autoridade judi- II - conceder a remissão, como forma de
ciária competente, se demonstrado o inte- suspensão ou extinção do processo;
resse e justificada a finalidade. III - conhecer de pedidos de adoção e
Capítulo II seus incidentes;
Da Justiça da Infância e da Juventude IV - conhecer de ações civis fundadas em
Seção I interesses individuais, difusos ou coletivos
Disposições Gerais afetos à criança e ao adolescente, observa-
Art. 145. Os estados e o Distrito Federal do o disposto no art. 209;
poderão criar varas especializadas e exclu- V - conhecer de ações decorrentes de ir-
sivas da infância e da juventude, cabendo ao regularidades em entidades de atendimento,
Poder Judiciário estabelecer sua proporcio- aplicando as medidas cabíveis;
nalidade por número de habitantes, dotá-las VI - aplicar penalidades administrativas
de infra-estrutura e dispor sobre o atendi- nos casos de infrações contra norma de pro-
mento, inclusive em plantões. teção à criança ou adolescente;
Seção II VII - conhecer de casos encaminhados
Do Juiz pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas
Art. 146. A autoridade a que se refere es- cabíveis.
ta Lei é o Juiz da Infância e da Juventude, Parágrafo único. Quando se tratar de cri-
ou o juiz que exerce essa função, na forma ança ou adolescente nas hipóteses do art.
da lei de organização judiciária local. 98, é também competente a Justiça da In-
Art. 147. A competência será determina- fância e da Juventude para o fim de:
da: a) conhecer de pedidos de guarda e tute-
I - pelo domicílio dos pais ou responsá- la;
vel; b) conhecer de ações de destituição
II - pelo lugar onde se encontre a criança do pátrio poder poder familiar, perda ou mo-
ou adolescente, à falta dos pais ou respon- dificação da tutela ou guarda;
sável. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010,
§ 1º. Nos casos de ato infracional, será de 2009) Vigência
competente a autoridade do lugar da ação c) suprir a capacidade ou o consentimen-
ou omissão, observadas as regras de cone- to para o casamento;
xão, continência e prevenção. d) conhecer de pedidos baseados em
§ 2º A execução das medidas poderá ser discordância paterna ou materna, em rela-
delegada à autoridade competente da resi- ção ao exercício do poder famili-
dência dos pais ou responsável, ou do local ar; (Expressão substituída pela Lei nº
onde sediar-se a entidade que abrigar a cri- 12.010, de 2009) Vigência
ança ou adolescente. e) conceder a emancipação, nos termos
§ 3º Em caso de infração cometida atra- da lei civil, quando faltarem os pais;
vés de transmissão simultânea de rádio ou f) designar curador especial em casos de
televisão, que atinja mais de uma comarca, apresentação de queixa ou representação,
será competente, para aplicação da penali- ou de outros procedimentos judiciais ou ex-
dade, a autoridade judiciária do local da se- trajudiciais em que haja interesses de crian-
de estadual da emissora ou rede, tendo a ça ou adolescente;
sentença eficácia para todas as transmisso- g) conhecer de ações de alimentos;
ras ou retransmissoras do respectivo estado. h) determinar o cancelamento, a retifica-
Art. 148. A Justiça da Infância e da Ju- ção e o suprimento dos registros de nasci-
ventude é competente para: mento e óbito.
I - conhecer de representações promovi- Art. 149. Compete à autoridade judiciária
das pelo Ministério Público, para apuração disciplinar, através de portaria, ou autorizar,
mediante alvará:
68
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

I - a entrada e permanência de criança ou exigidas por esta Lei ou por determinação


adolescente, desacompanhado dos pais ou judicial, a autoridade judiciária poderá pro-
responsável, em: ceder à nomeação de perito, nos termos
a) estádio, ginásio e campo desportivo; do art. 156 da Lei no 13.105, de 16 de março
b) bailes ou promoções dançantes; de 2015 (Código de Processo Civil).
c) boate ou congêneres; (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
d) casa que explore comercialmente di- Capítulo III
versões eletrônicas; Dos Procedimentos
e) estúdios cinematográficos, de teatro, Seção I
rádio e televisão. Disposições Gerais
II - a participação de criança e adolescen- Art. 152. Aos procedimentos regulados
te em: nesta Lei aplicam-se subsidiariamente as
a) espetáculos públicos e seus ensaios; normas gerais previstas na legislação pro-
b) certames de beleza. cessual pertinente.
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, § 1º É assegurada, sob pena de respon-
a autoridade judiciária levará em conta, den- sabilidade, prioridade absoluta na tramitação
tre outros fatores: dos processos e procedimentos previstos
a) os princípios desta Lei; nesta Lei, assim como na execução dos atos
b) as peculiaridades locais; e diligências judiciais a eles referen-
c) a existência de instalações adequadas; tes. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
d) o tipo de freqüência habitual ao local; 2009) Vigência
e) a adequação do ambiente a eventual § 2º Os prazos estabelecidos nesta Lei e
participação ou freqüência de crianças e aplicáveis aos seus procedimentos são con-
adolescentes; tados em dias corridos, excluído o dia do
f) a natureza do espetáculo. começo e incluído o dia do vencimento, ve-
§ 2º As medidas adotadas na conformi- dado o prazo em dobro para a Fazenda Pú-
dade deste artigo deverão ser fundamenta- blica e o Ministério Público. (Incluído
das, caso a caso, vedadas as determinações pela Lei nº 13.509, de 2017)
de caráter geral. Art. 153. Se a medida judicial a ser ado-
Seção III tada não corresponder a procedimento pre-
Dos Serviços Auxiliares visto nesta ou em outra lei, a autoridade ju-
Art. 150. Cabe ao Poder Judiciário, na diciária poderá investigar os fatos e ordenar
elaboração de sua proposta orçamentária, de ofício as providências necessárias, ouvi-
prever recursos para manutenção de equipe do o Ministério Público.
interprofissional, destinada a assessorar a Parágrafo único. O disposto neste artigo
Justiça da Infância e da Juventude. não se aplica para o fim de afastamento da
Art. 151. Compete à equipe interprofissi- criança ou do adolescente de sua família de
onal dentre outras atribuições que lhe forem origem e em outros procedimentos necessa-
reservadas pela legislação local, fornecer riamente contenciosos. (Incluído pela
subsídios por escrito, mediante laudos, ou Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
verbalmente, na audiência, e bem assim de- Art. 154. Aplica-se às multas o disposto
senvolver trabalhos de aconselhamento, ori- no art. 214.
entação, encaminhamento, prevenção e ou- Seção II
tros, tudo sob a imediata subordinação à Da Perda e da Suspensão do Poder Fa-
autoridade judiciária, assegurada a livre ma- miliar
nifestação do ponto de vista técnico. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010,
Parágrafo único. Na ausência ou insufi- de 2009) Vigência
ciência de servidores públicos integrantes do Art. 155. O procedimento para a perda ou
Poder Judiciário responsáveis pela realiza- a suspensão do pátrio poder poder famili-
ção dos estudos psicossociais ou de quais- ar terá início por provocação do Ministério
quer outras espécies de avaliações técnicas Público ou de quem tenha legítimo interes-
69
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

se. (Expressão substituída pela Lei nº ção. (Incluído pela Lei nº 12.962, de
12.010, de 2009) Vigência 2014)
Art. 156. A petição inicial indicará: § 2o O requerido privado de liberdade
I - a autoridade judiciária a que for dirigi- deverá ser citado pessoalmente.
da; (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014)
II - o nome, o estado civil, a profissão e a § 3o Quando, por 2 (duas) vezes, o ofici-
residência do requerente e do requerido, al de justiça houver procurado o citando em
dispensada a qualificação em se tratando de seu domicílio ou residência sem o encontrar,
pedido formulado por representante do Mi- deverá, havendo suspeita de ocultação, in-
nistério Público; formar qualquer pessoa da família ou, em
III - a exposição sumária do fato e o pe- sua falta, qualquer vizinho do dia útil em que
dido; voltará a fim de efetuar a citação, na hora
IV - as provas que serão produzidas, ofe- que designar, nos termos do art. 252 e se-
recendo, desde logo, o rol de testemunhas e guintes da Lei no 13.105, de 16 de março de
documentos. 2015 (Código de Processo Civil).
Art. 157. Havendo motivo grave, poderá a (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
autoridade judiciária, ouvido o Ministério Pú- § 4o Na hipótese de os genitores encon-
blico, decretar a suspensão do pátrio po- trarem-se em local incerto ou não sabido,
der poder familiar, liminar ou incidentalmen- serão citados por edital no prazo de 10 (dez)
te, até o julgamento definitivo da causa, fi- dias, em publicação única, dispensado o
cando a criança ou adolescente confiado a envio de ofícios para a localização.
pessoa idônea, mediante termo de respon- (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
sabilidade. (Expressão substituída pe- Art. 159. Se o requerido não tiver possibi-
la Lei nº 12.010, de 2009) Vigência lidade de constituir advogado, sem prejuízo
o
§ 1 Recebida a petição inicial, a autori- do próprio sustento e de sua família, poderá
dade judiciária determinará, concomitante- requerer, em cartório, que lhe seja nomeado
mente ao despacho de citação e indepen- dativo, ao qual incumbirá a apresentação de
dentemente de requerimento do interessado, resposta, contando-se o prazo a partir da
a realização de estudo social ou perícia por intimação do despacho de nomeação.
equipe interprofissional ou multidisciplinar Parágrafo único. Na hipótese de requeri-
para comprovar a presença de uma das do privado de liberdade, o oficial de justiça
causas de suspensão ou destituição do po- deverá perguntar, no momento da citação
der familiar, ressalvado o disposto no § 10 pessoal, se deseja que lhe seja nomeado
do art. 101 desta Lei, e observada a Lei defensor. (Incluído pela Lei nº
no 13.431, de 4 de abril de 2017. 12.962, de 2014)
(Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) Art. 160. Sendo necessário, a autoridade
§ 2o Em sendo os pais oriundos de co- judiciária requisitará de qualquer repartição
munidades indígenas, é ainda obrigatória a ou órgão público a apresentação de docu-
intervenção, junto à equipe interprofissional mento que interesse à causa, de ofício ou a
ou multidisciplinar referida no § 1o deste arti- requerimento das partes ou do Ministério
go, de representantes do órgão federal res- Público.
ponsável pela política indigenista, observado Art. 161. Se não for contestado o pedido
o disposto no § 6o do art. 28 desta Lei. e tiver sido concluído o estudo social ou a
(Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) perícia realizada por equipe interprofissional
Art. 158. O requerido será citado para, no ou multidisciplinar, a autoridade judiciária
prazo de dez dias, oferecer resposta escrita, dará vista dos autos ao Ministério Público,
indicando as provas a serem produzidas e por 5 (cinco) dias, salvo quando este for o
oferecendo desde logo o rol de testemunhas requerente, e decidirá em igual prazo.
e documentos. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de
§ 1o A citação será pessoal, salvo se es- 2017)
gotados todos os meios para sua realiza-
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Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

§ 1º A autoridade judiciária, de ofício no prazo máximo de 5 (cinco) dias.


ou a requerimento das partes ou do Ministé- (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
rio Público, determinará a oitiva de testemu- § 4o Quando o procedimento de destitui-
nhas que comprovem a presença de uma ção de poder familiar for iniciado pelo Minis-
das causas de suspensão ou destituição do tério Público, não haverá necessidade de
poder familiar previstas nos arts. 1.637 e nomeação de curador especial em favor da
1.638 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de criança ou adolescente. (Incluído
2002 (Código Civil), ou no art. 24 desta pela Lei nº 13.509, de 2017)
Lei. (Redação dada pela Lei nº Art. 163. O prazo máximo para conclu-
13.509, de 2017) são do procedimento será de 120 (cento e
§ 2o (Revogado). (Redação da- vinte) dias, e caberá ao juiz, no caso de no-
da pela Lei nº 13.509, de 2017) tória inviabilidade de manutenção do poder
§ 3o Se o pedido importar em modifica- familiar, dirigir esforços para preparar a cri-
ção de guarda, será obrigatória, desde que ança ou o adolescente com vistas à coloca-
possível e razoável, a oitiva da criança ou ção em família substituta. (Redação
adolescente, respeitado seu estágio de de- dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
senvolvimento e grau de compreensão sobre Parágrafo único. A sentença que de-
as implicações da medida. (Incluído cretar a perda ou a suspensão do poder fa-
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência miliar será averbada à margem do registro
§ 4º É obrigatória a oitiva dos pais de nascimento da criança ou do adolescen-
sempre que eles forem identificados e esti- te. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
verem em local conhecido, ressalvados os 2009) Vigência
casos de não comparecimento perante a Seção III
Justiça quando devidamente citados. Da Destituição da Tutela
(Redação dada pela Lei nº 13.509, de Art. 164. Na destituição da tutela, obser-
2017) var-se-á o procedimento para a remoção de
§ 5o Se o pai ou a mãe estiverem priva- tutor previsto na lei processual civil e, no que
dos de liberdade, a autoridade judicial requi- couber, o disposto na seção anterior.
sitará sua apresentação para a oitiva. Seção IV
(Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014) Da Colocação em Família Substituta
Art. 162. Apresentada a resposta, a auto- Art. 165. São requisitos para a concessão
ridade judiciária dará vista dos autos ao Mi- de pedidos de colocação em família substitu-
nistério Público, por cinco dias, salvo quando ta:
este for o requerente, designando, desde I - qualificação completa do requerente e
logo, audiência de instrução e julgamento. de seu eventual cônjuge, ou companheiro,
§ 1º (Revogado). (Redação dada com expressa anuência deste;
pela Lei nº 13.509, de 2017) II - indicação de eventual parentesco do
§ 2o Na audiência, presentes as partes e requerente e de seu cônjuge, ou companhei-
o Ministério Público, serão ouvidas as tes- ro, com a criança ou adolescente, especifi-
temunhas, colhendo-se oralmente o parecer cando se tem ou não parente vivo;
técnico, salvo quando apresentado por es- III - qualificação completa da criança ou
crito, manifestando-se sucessivamente o adolescente e de seus pais, se conhecidos;
requerente, o requerido e o Ministério Públi- IV - indicação do cartório onde foi inscrito
co, pelo tempo de 20 (vinte) minutos cada nascimento, anexando, se possível, uma
um, prorrogável por mais 10 (dez) minu- cópia da respectiva certidão;
tos. (Redação dada pela Lei nº V - declaração sobre a existência de
13.509, de 2017) bens, direitos ou rendimentos relativos à cri-
§ 3o A decisão será proferida na audiên- ança ou ao adolescente.
cia, podendo a autoridade judiciária, excep- Parágrafo único. Em se tratando de ado-
cionalmente, designar data para sua leitura ção, observar-se-ão também os requisitos
específicos.
71
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

Art. 166. Se os pais forem falecidos, § 6o O consentimento somente terá


tiverem sido destituídos ou suspensos do valor se for dado após o nascimento da cri-
poder familiar, ou houverem aderido expres- ança. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
samente ao pedido de colocação em família 2009) Vigência
substituta, este poderá ser formulado dire- § 7o A família natural e a família substi-
tamente em cartório, em petição assinada tuta receberão a devida orientação por in-
pelos próprios requerentes, dispensada a termédio de equipe técnica interprofissional
assistência de advogado. (Redação a serviço da Justiça da Infância e da Juven-
dada pela Lei nº 12.010, de 2009) tude, preferencialmente com apoio dos téc-
Vigência nicos responsáveis pela execução da políti-
§ 1o Na hipótese de concordância dos ca municipal de garantia do direito à convi-
pais, o juiz: (Redação dada pela Lei vência familiar. (Redação dada pela
nº 13.509, de 2017) Lei nº 13.509, de 2017)
I - na presença do Ministério Público, ou- Art. 167. A autoridade judiciária, de ofício
virá as partes, devidamente assistidas por ou a requerimento das partes ou do Ministé-
advogado ou por defensor público, para veri- rio Público, determinará a realização de es-
ficar sua concordância com a adoção, no tudo social ou, se possível, perícia por equi-
prazo máximo de 10 (dez) dias, contado da pe interprofissional, decidindo sobre a con-
data do protocolo da petição ou da entrega cessão de guarda provisória, bem como, no
da criança em juízo, tomando por termo as caso de adoção, sobre o estágio de convi-
declarações; e (Incluído pela Lei nº vência.
13.509, de 2017) Parágrafo único. Deferida a concessão
II - declarará a extinção do poder famili- da guarda provisória ou do estágio de convi-
ar. (Incluído pela Lei nº 13.509, de vência, a criança ou o adolescente será en-
2017) tregue ao interessado, mediante termo de
§ 2o O consentimento dos titulares do responsabilidade. (Incluído pela Lei nº
poder familiar será precedido de orientações 12.010, de 2009) Vigência
e esclarecimentos prestados pela equipe Art. 168. Apresentado o relatório social
interprofissional da Justiça da Infância e da ou o laudo pericial, e ouvida, sempre que
Juventude, em especial, no caso de adoção, possível, a criança ou o adolescente, dar-se-
sobre a irrevogabilidade da medida. á vista dos autos ao Ministério Público, pelo
(Incluído pela Lei nº 12.010, de prazo de cinco dias, decidindo a autoridade
2009) Vigência judiciária em igual prazo.
o
§ 3 São garantidos a livre manifesta- Art. 169. Nas hipóteses em que a desti-
ção de vontade dos detentores do poder fa- tuição da tutela, a perda ou a suspensão
miliar e o direito ao sigilo das informa- do pátrio poder poder familiar constituir
ções. (Redação dada pela Lei nº pressuposto lógico da medida principal de
13.509, de 2017) colocação em família substituta, será obser-
§ 4o O consentimento prestado por es- vado o procedimento contraditório previsto
crito não terá validade se não for ratificado nas Seções II e III deste Capítu-
na audiência a que se refere o § 1o deste lo. (Expressão substituída pela Lei nº
artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
13.509, de 2017) Parágrafo único. A perda ou a modifica-
§ 5o O consentimento é retratável até a ção da guarda poderá ser decretada nos
data da realização da audiência especificada mesmos autos do procedimento, observado
no § 1o deste artigo, e os pais podem exer- o disposto no art. 35.
cer o arrependimento no prazo de 10 (dez) Art. 170. Concedida a guarda ou a tutela,
dias, contado da data de prolação da sen- observar-se-á o disposto no art. 32, e, quan-
tença de extinção do poder familiar. to à adoção, o contido no art. 47.
(Redação dada pela Lei nº 13.509, de Parágrafo único. A colocação de criança
2017) ou adolescente sob a guarda de pessoa ins-
72
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

crita em programa de acolhimento familiar Art. 175. Em caso de não liberação, a au-
será comunicada pela autoridade judiciária à toridade policial encaminhará, desde logo, o
entidade por este responsável no prazo má- adolescente ao representante do Ministério
ximo de 5 (cinco) dias. (Incluído pela Público, juntamente com cópia do auto de
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência apreensão ou boletim de ocorrência.
Seção V § 1º Sendo impossível a apresentação
Da Apuração de Ato Infracional Atribuído imediata, a autoridade policial encaminhará
a Adolescente o adolescente à entidade de atendimento,
Art. 171. O adolescente apreendido por que fará a apresentação ao representante
força de ordem judicial será, desde logo, do Ministério Público no prazo de vinte e
encaminhado à autoridade judiciária. quatro horas.
Art. 172. O adolescente apreendido em § 2º Nas localidades onde não houver
flagrante de ato infracional será, desde logo, entidade de atendimento, a apresentação
encaminhado à autoridade policial compe- far-se-á pela autoridade policial. À falta de
tente. repartição policial especializada, o adoles-
Parágrafo único. Havendo repartição po- cente aguardará a apresentação em depen-
licial especializada para atendimento de ado- dência separada da destinada a maiores,
lescente e em se tratando de ato infracional não podendo, em qualquer hipótese, exce-
praticado em co-autoria com maior, prevale- der o prazo referido no parágrafo anterior.
cerá a atribuição da repartição especializa- Art. 176. Sendo o adolescente liberado, a
da, que, após as providências necessárias e autoridade policial encaminhará imediata-
conforme o caso, encaminhará o adulto à mente ao representante do Ministério Públi-
repartição policial própria. co cópia do auto de apreensão ou boletim de
Art. 173. Em caso de flagrante de ato in- ocorrência.
fracional cometido mediante violência ou Art. 177. Se, afastada a hipótese de fla-
grave ameaça a pessoa, a autoridade polici- grante, houver indícios de participação de
al, sem prejuízo do disposto nos arts. 106, adolescente na prática de ato infracional, a
parágrafo único, e 107, deverá: autoridade policial encaminhará ao repre-
I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as sentante do Ministério Público relatório das
testemunhas e o adolescente; investigações e demais documentos.
II - apreender o produto e os instrumen- Art. 178. O adolescente a quem se atri-
tos da infração; bua autoria de ato infracional não poderá ser
III - requisitar os exames ou perícias ne- conduzido ou transportado em compartimen-
cessários à comprovação da materialidade e to fechado de veículo policial, em condições
autoria da infração. atentatórias à sua dignidade, ou que impli-
Parágrafo único. Nas demais hipóteses quem risco à sua integridade física ou men-
de flagrante, a lavratura do auto poderá ser tal, sob pena de responsabilidade.
substituída por boletim de ocorrência cir- Art. 179. Apresentado o adolescente, o
cunstanciada. representante do Ministério Público, no
Art. 174. Comparecendo qualquer dos mesmo dia e à vista do auto de apreensão,
pais ou responsável, o adolescente será boletim de ocorrência ou relatório policial,
prontamente liberado pela autoridade polici- devidamente autuados pelo cartório judicial
al, sob termo de compromisso e responsabi- e com informação sobre os antecedentes do
lidade de sua apresentação ao representan- adolescente, procederá imediata e informal-
te do Ministério Público, no mesmo dia ou, mente à sua oitiva e, em sendo possível, de
sendo impossível, no primeiro dia útil imedia- seus pais ou responsável, vítima e testemu-
to, exceto quando, pela gravidade do ato nhas.
infracional e sua repercussão social, deva o Parágrafo único. Em caso de não apre-
adolescente permanecer sob internação pa- sentação, o representante do Ministério Pú-
ra garantia de sua segurança pessoal ou blico notificará os pais ou responsável para
manutenção da ordem pública.
73
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

apresentação do adolescente, podendo re- tenção da internação, observado o disposto


quisitar o concurso das polícias civil e militar. no art. 108 e parágrafo.
Art. 180. Adotadas as providências a que § 1º O adolescente e seus pais ou res-
alude o artigo anterior, o representante do ponsável serão cientificados do teor da re-
Ministério Público poderá: presentação, e notificados a comparecer à
I - promover o arquivamento dos autos; audiência, acompanhados de advogado.
II - conceder a remissão; § 2º Se os pais ou responsável não forem
III - representar à autoridade judiciária localizados, a autoridade judiciária dará cu-
para aplicação de medida sócio-educativa. rador especial ao adolescente.
Art. 181. Promovido o arquivamento dos § 3º Não sendo localizado o adolescente,
autos ou concedida a remissão pelo repre- a autoridade judiciária expedirá mandado de
sentante do Ministério Público, mediante busca e apreensão, determinando o sobres-
termo fundamentado, que conterá o resumo tamento do feito, até a efetiva apresentação.
dos fatos, os autos serão conclusos à auto- § 4º Estando o adolescente internado,
ridade judiciária para homologação. será requisitada a sua apresentação, sem
§ 1º Homologado o arquivamento ou a prejuízo da notificação dos pais ou respon-
remissão, a autoridade judiciária determina- sável.
rá, conforme o caso, o cumprimento da me- Art. 185. A internação, decretada ou
dida. mantida pela autoridade judiciária, não pode-
§ 2º Discordando, a autoridade judiciária rá ser cumprida em estabelecimento prisio-
fará remessa dos autos ao Procurador-Geral nal.
de Justiça, mediante despacho fundamenta- § 1º Inexistindo na comarca entidade
do, e este oferecerá representação, designa- com as características definidas no art. 123,
rá outro membro do Ministério Público para o adolescente deverá ser imediatamente
apresentá-la, ou ratificará o arquivamento ou transferido para a localidade mais próxima.
a remissão, que só então estará a autorida- § 2º Sendo impossível a pronta transfe-
de judiciária obrigada a homologar. rência, o adolescente aguardará sua remo-
Art. 182. Se, por qualquer razão, o repre- ção em repartição policial, desde que em
sentante do Ministério Público não promover seção isolada dos adultos e com instalações
o arquivamento ou conceder a remissão, apropriadas, não podendo ultrapassar o pra-
oferecerá representação à autoridade judici- zo máximo de cinco dias, sob pena de res-
ária, propondo a instauração de procedimen- ponsabilidade.
to para aplicação da medida sócio-educativa Art. 186. Comparecendo o adolescente,
que se afigurar a mais adequada. seus pais ou responsável, a autoridade judi-
§ 1º A representação será oferecida por ciária procederá à oitiva dos mesmos, po-
petição, que conterá o breve resumo dos dendo solicitar opinião de profissional quali-
fatos e a classificação do ato infracional e, ficado.
quando necessário, o rol de testemunhas, § 1º Se a autoridade judiciária entender
podendo ser deduzida oralmente, em sessão adequada a remissão, ouvirá o representan-
diária instalada pela autoridade judiciária. te do Ministério Público, proferindo decisão.
§ 2º A representação independe de prova § 2º Sendo o fato grave, passível de apli-
pré-constituída da autoria e materialidade. cação de medida de internação ou coloca-
Art. 183. O prazo máximo e improrrogá- ção em regime de semi-liberdade, a autori-
vel para a conclusão do procedimento, es- dade judiciária, verificando que o adolescen-
tando o adolescente internado provisoria- te não possui advogado constituído, nomea-
mente, será de quarenta e cinco dias. rá defensor, designando, desde logo, audi-
Art. 184. Oferecida a representação, a ência em continuação, podendo determinar
autoridade judiciária designará audiência de a realização de diligências e estudo do caso.
apresentação do adolescente, decidindo, § 3º O advogado constituído ou o defen-
desde logo, sobre a decretação ou manu- sor nomeado, no prazo de três dias contado

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da audiência de apresentação, oferecerá Art. 190-A. A infiltração de agentes de


defesa prévia e rol de testemunhas. polícia na internet com o fim de investigar os
§ 4º Na audiência em continuação, ouvi- crimes previstos nos arts. 240, 241, 241-
das as testemunhas arroladas na represen- A, 241-B, 241-C e 241-D desta Lei e
tação e na defesa prévia, cumpridas as dili- nos arts. 154-A, 217-A, 218, 218-A e 218-B
gências e juntado o relatório da equipe inter- do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
profissional, será dada a palavra ao repre- de 1940 (Código Penal), obedecerá às se-
sentante do Ministério Público e ao defensor, guintes regras: (Incluído pela Lei nº
sucessivamente, pelo tempo de vinte minu- 13.441, de 2017)
tos para cada um, prorrogável por mais dez, I – será precedida de autorização judicial
a critério da autoridade judiciária, que em devidamente circunstanciada e fundamenta-
seguida proferirá decisão. da, que estabelecerá os limites da infiltração
Art. 187. Se o adolescente, devidamente para obtenção de prova, ouvido o Ministério
notificado, não comparecer, injustificada- Público; (Incluído pela Lei nº 13.441,
mente à audiência de apresentação, a auto- de 2017)
ridade judiciária designará nova data, deter- II – dar-se-á mediante requerimento do
minando sua condução coercitiva. Ministério Público ou representação de dele-
Art. 188. A remissão, como forma de ex- gado de polícia e conterá a demonstração
tinção ou suspensão do processo, poderá de sua necessidade, o alcance das tarefas
ser aplicada em qualquer fase do procedi- dos policiais, os nomes ou apelidos das pes-
mento, antes da sentença. soas investigadas e, quando possível, os
Art. 189. A autoridade judiciária não apli- dados de conexão ou cadastrais que permi-
cará qualquer medida, desde que reconheça tam a identificação dessas pesso-
na sentença: as; (Incluído pela Lei nº 13.441, de
I - estar provada a inexistência do fato; 2017)
II - não haver prova da existência do fato; III – não poderá exceder o prazo de 90
III - não constituir o fato ato infracional; (noventa) dias, sem prejuízo de eventuais
IV - não existir prova de ter o adolescente renovações, desde que o total não exceda a
concorrido para o ato infracional. 720 (setecentos e vinte) dias e seja demons-
Parágrafo único. Na hipótese deste arti- trada sua efetiva necessidade, a critério da
go, estando o adolescente internado, será autoridade judicial. (Incluído pela Lei
imediatamente colocado em liberdade. nº 13.441, de 2017)
Art. 190. A intimação da sentença que § 1º A autoridade judicial e o Ministério
aplicar medida de internação ou regime de Público poderão requisitar relatórios parciais
semi-liberdade será feita: da operação de infiltração antes do término
I - ao adolescente e ao seu defensor; do prazo de que trata o inciso II do §
II - quando não for encontrado o adoles- 1º deste artigo. (Incluído pela Lei nº
cente, a seus pais ou responsável, sem pre- 13.441, de 2017)
juízo do defensor. § 2º Para efeitos do disposto no inciso I
§ 1º Sendo outra a medida aplicada, a in- do § 1º deste artigo, consideram-
timação far-se-á unicamente na pessoa do se: (Incluído pela Lei nº 13.441, de
defensor. 2017)
§ 2º Recaindo a intimação na pessoa do I – dados de conexão: informações refe-
adolescente, deverá este manifestar se de- rentes a hora, data, início, término, duração,
seja ou não recorrer da sentença. endereço de Protocolo de Internet (IP) utili-
Seção V-A zado e terminal de origem da cone-
(Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) xão; (Incluído pela Lei nº 13.441, de
Da Infiltração de Agentes de Polícia para 2017)
a Investigação de Crimes contra a Digni- II – dados cadastrais: informações refe-
dade Sexual de Criança e de Adolescen- rentes a nome e endereço de assinante ou
te” de usuário registrado ou autenticado para a
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conexão a quem endereço de IP, identifica- circunstanciado. (Incluído pela Lei nº


ção de usuário ou código de acesso tenha 13.441, de 2017)
sido atribuído no momento da conexão. Parágrafo único. Os atos eletrônicos re-
§ 3º A infiltração de agentes de polícia na gistrados citados no caput deste artigo se-
internet não será admitida se a prova puder rão reunidos em autos apartados e apensa-
ser obtida por outros meios. (Incluído dos ao processo criminal juntamente com o
pela Lei nº 13.441, de 2017) inquérito policial, assegurando-se a preser-
Art. 190-B. As informações da operação vação da identidade do agente policial infil-
de infiltração serão encaminhadas direta- trado e a intimidade das crianças e dos ado-
mente ao juiz responsável pela autorização lescentes envolvidos. (Incluído pela
da medida, que zelará por seu sigi- Lei nº 13.441, de 2017)
lo. (Incluído pela Lei nº 13.441, de Seção VI
2017) Da Apuração de Irregularidades em Enti-
Parágrafo único. Antes da conclusão da dade de Atendimento
operação, o acesso aos autos será reserva- Art. 191. O procedimento de apuração de
do ao juiz, ao Ministério Público e ao dele- irregularidades em entidade governamental
gado de polícia responsável pela operação, e não-governamental terá início mediante
com o objetivo de garantir o sigilo das inves- portaria da autoridade judiciária ou represen-
tigações. (Incluído pela Lei nº 13.441, tação do Ministério Público ou do Conselho
de 2017) Tutelar, onde conste, necessariamente, re-
Art. 190-C. Não comete crime o policial sumo dos fatos.
que oculta a sua identidade para, por meio Parágrafo único. Havendo motivo grave,
da internet, colher indícios de autoria e ma- poderá a autoridade judiciária, ouvido o Mi-
terialidade dos crimes previstos nos arts. nistério Público, decretar liminarmente o
240, 241, 241-A, 241-B, 241-C e 241-D des- afastamento provisório do dirigente da enti-
ta Lei e nos arts. 154-A, 217-A, 218, 218- dade, mediante decisão fundamentada.
A e 218-B do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de Art. 192. O dirigente da entidade será ci-
dezembro de 1940 (Código Pe- tado para, no prazo de dez dias, oferecer
nal). (Incluído pela Lei nº 13.441, resposta escrita, podendo juntar documentos
de 2017) e indicar as provas a produzir.
Parágrafo único. O agente policial infiltra- Art. 193. Apresentada ou não a resposta,
do que deixar de observar a estrita finalidade e sendo necessário, a autoridade judiciária
da investigação responderá pelos excessos designará audiência de instrução e julga-
praticados. (Incluído pela Lei nº mento, intimando as partes.
13.441, de 2017) § 1º Salvo manifestação em audiência,
Art. 190-D. Os órgãos de registro e ca- as partes e o Ministério Público terão cinco
dastro público poderão incluir nos bancos de dias para oferecer alegações finais, decidin-
dados próprios, mediante procedimento sigi- do a autoridade judiciária em igual prazo.
loso e requisição da autoridade judicial, as § 2º Em se tratando de afastamento pro-
informações necessárias à efetividade da visório ou definitivo de dirigente de entidade
identidade fictícia criada. (Incluído governamental, a autoridade judiciária oficia-
pela Lei nº 13.441, de 2017) rá à autoridade administrativa imediatamente
Parágrafo único. O procedimento sigiloso superior ao afastado, marcando prazo para a
de que trata esta Seção será numerado e substituição.
tombado em livro específico. (Incluído § 3º Antes de aplicar qualquer das medi-
pela Lei nº 13.441, de 2017) das, a autoridade judiciária poderá fixar pra-
Art. 190-E. Concluída a investigação, to- zo para a remoção das irregularidades verifi-
dos os atos eletrônicos praticados durante a cadas. Satisfeitas as exigências, o processo
operação deverão ser registrados, gravados, será extinto, sem julgamento de mérito.
armazenados e encaminhados ao juiz e ao
Ministério Público, juntamente com relatório
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§ 4º A multa e a advertência serão im- tempo de vinte minutos para cada um, pror-
postas ao dirigente da entidade ou programa rogável por mais dez, a critério da autorida-
de atendimento. de judiciária, que em seguida proferirá sen-
Seção VII tença.
Da Apuração de Infração Administrativa Seção VIII
às Normas de Proteção à Criança e ao (Incluída pela Lei nº 12.010, de
Adolescente 2009) Vigência
Art. 194. O procedimento para imposição Da Habilitação de Pretendentes à Adoção
de penalidade administrativa por infração às Art. 197-A. Os postulantes à adoção,
normas de proteção à criança e ao adoles- domiciliados no Brasil, apresentarão petição
cente terá início por representação do Minis- inicial na qual conste: (Incluído pela Lei
tério Público, ou do Conselho Tutelar, ou nº 12.010, de 2009) Vigência
auto de infração elaborado por servidor efe- I - qualificação completa; (Incluído
tivo ou voluntário credenciado, e assinado pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
por duas testemunhas, se possível. II - dados familiares; (Incluído pe-
§ 1º No procedimento iniciado com o auto la Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
de infração, poderão ser usadas fórmulas III - cópias autenticadas de certidão de
impressas, especificando-se a natureza e as nascimento ou casamento, ou declaração
circunstâncias da infração. relativa ao período de união estável;
§ 2º Sempre que possível, à verificação (Incluído pela Lei nº 12.010, de
da infração seguir-se-á a lavratura do auto, 2009) Vigência
certificando-se, em caso contrário, dos moti- IV - cópias da cédula de identidade e
vos do retardamento. inscrição no Cadastro de Pessoas Físi-
Art. 195. O requerido terá prazo de dez cas; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
dias para apresentação de defesa, contado 2009) Vigência
da data da intimação, que será feita: V - comprovante de renda e domicí-
I - pelo autuante, no próprio auto, quando lio; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
este for lavrado na presença do requerido; 2009) Vigência
II - por oficial de justiça ou funcionário le- VI - atestados de sanidade física e
galmente habilitado, que entregará cópia do mental (Incluído pela Lei nº 12.010,
auto ou da representação ao requerido, ou a de 2009) Vigência
seu representante legal, lavrando certidão; VII - certidão de antecedentes crimi-
III - por via postal, com aviso de recebi- nais; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
mento, se não for encontrado o requerido ou 2009) Vigência
seu representante legal; VIII - certidão negativa de distribuição
IV - por edital, com prazo de trinta dias, cível. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
se incerto ou não sabido o paradeiro do re- 2009) Vigência
querido ou de seu representante legal. Art. 197-B. A autoridade judiciária, no
Art. 196. Não sendo apresentada a defe- prazo de 48 (quarenta e oito) horas, dará
sa no prazo legal, a autoridade judiciária da- vista dos autos ao Ministério Público, que no
rá vista dos autos do Ministério Público, por prazo de 5 (cinco) dias poderá:
cinco dias, decidindo em igual prazo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
Art. 197. Apresentada a defesa, a autori- 2009) Vigência
dade judiciária procederá na conformidade I - apresentar quesitos a serem res-
do artigo anterior, ou, sendo necessário, de- pondidos pela equipe interprofissional encar-
signará audiência de instrução e julgamen- regada de elaborar o estudo técnico a que
to. (Incluído pela Lei nº 12.010, de se refere o art. 197-C desta Lei;
2009) Vigência (Incluído pela Lei nº 12.010, de
Parágrafo único. Colhida a prova oral, 2009) Vigência
manifestar-se-ão sucessivamente o Ministé- II - requerer a designação de audiência
rio Público e o procurador do requerido, pelo para oitiva dos postulantes em juízo e tes-
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temunhas; (Incluído pela Lei nº são em família adotiva. (Incluído pela


12.010, de 2009) Vigência Lei nº 13.509, de 2017)
III - requerer a juntada de documentos Art. 197-D. Certificada nos autos a
complementares e a realização de outras conclusão da participação no programa refe-
diligências que entender necessárias. rido no art. 197-C desta Lei, a autoridade
(Incluído pela Lei nº 12.010, de judiciária, no prazo de 48 (quarenta e oito)
2009) Vigência horas, decidirá acerca das diligências reque-
Art. 197-C. Intervirá no feito, obrigato- ridas pelo Ministério Público e determinará a
riamente, equipe interprofissional a serviço juntada do estudo psicossocial, designando,
da Justiça da Infância e da Juventude, que conforme o caso, audiência de instrução e
deverá elaborar estudo psicossocial, que julgamento. (Incluído pela Lei nº
conterá subsídios que permitam aferir a ca- 12.010, de 2009) Vigência
pacidade e o preparo dos postulantes para o Parágrafo único. Caso não sejam re-
exercício de uma paternidade ou maternida- queridas diligências, ou sendo essas indefe-
de responsável, à luz dos requisitos e princí- ridas, a autoridade judiciária determinará a
pios desta Lei. (Incluído pela Lei nº juntada do estudo psicossocial, abrindo a
12.010, de 2009) Vigência seguir vista dos autos ao Ministério Público,
§ 1o É obrigatória a participação dos por 5 (cinco) dias, decidindo em igual pra-
postulantes em programa oferecido pela zo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
Justiça da Infância e da Juventude, prefe- 2009) Vigência
rencialmente com apoio dos técnicos res- Art. 197-E. Deferida a habilitação, o
ponsáveis pela execução da política munici- postulante será inscrito nos cadastros referi-
pal de garantia do direito à convivência fami- dos no art. 50 desta Lei, sendo a sua convo-
liar e dos grupos de apoio à adoção devida- cação para a adoção feita de acordo com
mente habilitados perante a Justiça da In- ordem cronológica de habilitação e conforme
fância e da Juventude, que inclua prepara- a disponibilidade de crianças ou adolescen-
ção psicológica, orientação e estímulo à tes adotáveis. (Incluído pela Lei nº
adoção inter-racial, de crianças ou de ado- 12.010, de 2009) Vigência
lescentes com deficiência, com doenças § 1o A ordem cronológica das habilita-
crônicas ou com necessidades específicas ções somente poderá deixar de ser obser-
de saúde, e de grupos de irmãos. vada pela autoridade judiciária nas hipóteses
(Redação dada pela Lei nº 13.509, de previstas no § 13 do art. 50 desta Lei, quan-
2017) do comprovado ser essa a melhor solução
§ 2o Sempre que possível e recomen- no interesse do adotando. (Incluído
dável, a etapa obrigatória da preparação pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
referida no § 1o deste artigo incluirá o conta- § 2o A habilitação à adoção deverá ser
to com crianças e adolescentes em regime renovada no mínimo trienalmente mediante
de acolhimento familiar ou institucional, a ser avaliação por equipe interprofissional.
realizado sob orientação, supervisão e avali- (Redação dada pela Lei nº 13.509, de
ação da equipe técnica da Justiça da Infân- 2017)
cia e da Juventude e dos grupos de apoio à § 3o Quando o adotante candidatar-se a
adoção, com apoio dos técnicos responsá- uma nova adoção, será dispensável a reno-
veis pelo programa de acolhimento familiar e vação da habilitação, bastando a avaliação
institucional e pela execução da política mu- por equipe interprofissional. (Incluído
nicipal de garantia do direito à convivência pela Lei nº 13.509, de 2017)
familiar. (Redação dada pela Lei nº § 4o Após 3 (três) recusas injustificadas,
13.509, de 2017) pelo habilitado, à adoção de crianças ou
§ 3o É recomendável que as crianças e adolescentes indicados dentro do perfil es-
os adolescentes acolhidos institucionalmente colhido, haverá reavaliação da habilitação
ou por família acolhedora sejam preparados concedida. (Incluído pela Lei nº
por equipe interprofissional antes da inclu- 13.509, de 2017)
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§ 5o A desistência do pretendente em re- Art. 199. Contra as decisões proferidas


lação à guarda para fins de adoção ou a de- com base no art. 149 caberá recurso de ape-
volução da criança ou do adolescente depois lação.
do trânsito em julgado da sentença de ado- Art. 199-A. A sentença que deferir a
ção importará na sua exclusão dos cadas- adoção produz efeito desde logo, embora
tros de adoção e na vedação de renovação sujeita a apelação, que será recebida exclu-
da habilitação, salvo decisão judicial funda- sivamente no efeito devolutivo, salvo se se
mentada, sem prejuízo das demais sanções tratar de adoção internacional ou se houver
previstas na legislação vigente. perigo de dano irreparável ou de difícil repa-
(Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) ração ao adotando. (Incluído pela Lei
Art. 197-F. O prazo máximo para con- nº 12.010, de 2009) Vigência
clusão da habilitação à adoção será de 120 Art. 199-B. A sentença que destituir
(cento e vinte) dias, prorrogável por igual ambos ou qualquer dos genitores do poder
período, mediante decisão fundamentada da familiar fica sujeita a apelação, que deverá
autoridade judiciária. (Incluído pela ser recebida apenas no efeito devoluti-
Lei nº 13.509, de 2017) vo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
Capítulo IV 2009) Vigência
Dos Recursos Art. 199-C. Os recursos nos procedi-
Art. 198. Nos procedimentos afetos à mentos de adoção e de destituição de poder
Justiça da Infância e da Juventude, inclusive familiar, em face da relevância das ques-
os relativos à execução das medidas socio- tões, serão processados com prioridade ab-
educativas, adotar-se-á o sistema recursal soluta, devendo ser imediatamente distribuí-
da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 dos, ficando vedado que aguardem, em
(Código de Processo Civil), com as seguin- qualquer situação, oportuna distribuição, e
tes adaptações: (Redação dada pela serão colocados em mesa para julgamento
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) sem revisão e com parecer urgente do Mi-
I - os recursos serão interpostos inde- nistério Público. (Incluído pela Lei nº
pendentemente de preparo; 12.010, de 2009) Vigência
II - em todos os recursos, salvo nos em- Art. 199-D. O relator deverá colocar o
bargos de declaração, o prazo para o Minis- processo em mesa para julgamento no pra-
tério Público e para a defesa será sempre de zo máximo de 60 (sessenta) dias, contado
10 (dez) dias; (Redação dada pela da sua conclusão. (Incluído pela Lei
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) nº 12.010, de 2009) Vigência
III - os recursos terão preferência de jul- Parágrafo único. O Ministério Público
gamento e dispensarão revisor; será intimado da data do julgamento e pode-
VII - antes de determinar a remessa dos rá na sessão, se entender necessário, apre-
autos à superior instância, no caso de ape- sentar oralmente seu parecer.
lação, ou do instrumento, no caso de agravo, (Incluído pela Lei nº 12.010, de
a autoridade judiciária proferirá despacho 2009) Vigência
fundamentado, mantendo ou reformando a Art. 199-E. O Ministério Público poderá
decisão, no prazo de cinco dias; requerer a instauração de procedimento pa-
VIII - mantida a decisão apelada ou agra- ra apuração de responsabilidades se consta-
vada, o escrivão remeterá os autos ou o ins- tar o descumprimento das providências e do
trumento à superior instância dentro de vinte prazo previstos nos artigos anteriores.
e quatro horas, independentemente de novo (Incluído pela Lei nº 12.010, de
pedido do recorrente; se a reformar, a re- 2009) Vigência
messa dos autos dependerá de pedido ex- Capítulo V
presso da parte interessada ou do Ministério Do Ministério Público
Público, no prazo de cinco dias, contados da Art. 200. As funções do Ministério Público
intimação. previstas nesta Lei serão exercidas nos ter-
mos da respectiva lei orgânica.
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Art. 201. Compete ao Ministério Público: IX - impetrar mandado de segurança, de


I - conceder a remissão como forma de injunção e habeas corpus, em qualquer juí-
exclusão do processo; zo, instância ou tribunal, na defesa dos inte-
II - promover e acompanhar os procedi- resses sociais e individuais indisponíveis
mentos relativos às infrações atribuídas a afetos à criança e ao adolescente;
adolescentes; X - representar ao juízo visando à aplica-
III - promover e acompanhar as ações de ção de penalidade por infrações cometidas
alimentos e os procedimentos de suspensão contra as normas de proteção à infância e à
e destituição do pátrio poder poder familiar, juventude, sem prejuízo da promoção da
nomeação e remoção de tutores, curadores responsabilidade civil e penal do infrator,
e guardiães, bem como oficiar em todos os quando cabível;
demais procedimentos da competência da XI - inspecionar as entidades públicas e
Justiça da Infância e da Juventude; particulares de atendimento e os programas
(Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de que trata esta Lei, adotando de pronto as
de 2009) Vigência medidas administrativas ou judiciais neces-
IV - promover, de ofício ou por solicitação sárias à remoção de irregularidades porven-
dos interessados, a especialização e a ins- tura verificadas;
crição de hipoteca legal e a prestação de XII - requisitar força policial, bem como a
contas dos tutores, curadores e quaisquer colaboração dos serviços médicos, hospita-
administradores de bens de crianças e ado- lares, educacionais e de assistência social,
lescentes nas hipóteses do art. 98; públicos ou privados, para o desempenho de
V - promover o inquérito civil e a ação ci- suas atribuições.
vil pública para a proteção dos interesses § 1º A legitimação do Ministério Público
individuais, difusos ou coletivos relativos à para as ações cíveis previstas neste artigo
infância e à adolescência, inclusive os defi- não impede a de terceiros, nas mesmas hi-
nidos no art. 220, § 3º inciso II, da Constitui- póteses, segundo dispuserem a Constituição
ção Federal; e esta Lei.
VI - instaurar procedimentos administrati- § 2º As atribuições constantes deste arti-
vos e, para instruí-los: go não excluem outras, desde que compatí-
a) expedir notificações para colher depo- veis com a finalidade do Ministério Público.
imentos ou esclarecimentos e, em caso de § 3º O representante do Ministério Públi-
não comparecimento injustificado, requisitar co, no exercício de suas funções, terá livre
condução coercitiva, inclusive pela polícia acesso a todo local onde se encontre crian-
civil ou militar; ça ou adolescente.
b) requisitar informações, exames, perí- § 4º O representante do Ministério Públi-
cias e documentos de autoridades munici- co será responsável pelo uso indevido das
pais, estaduais e federais, da administração informações e documentos que requisitar,
direta ou indireta, bem como promover ins- nas hipóteses legais de sigilo.
peções e diligências investigatórias; § 5º Para o exercício da atribuição de
c) requisitar informações e documentos a que trata o inciso VIII deste artigo, poderá o
particulares e instituições privadas; representante do Ministério Público:
VII - instaurar sindicâncias, requisitar dili- a) reduzir a termo as declarações do re-
gências investigatórias e determinar a ins- clamante, instaurando o competente proce-
tauração de inquérito policial, para apuração dimento, sob sua presidência;
de ilícitos ou infrações às normas de prote- b) entender-se diretamente com a pessoa
ção à infância e à juventude; ou autoridade reclamada, em dia, local e
VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direi- horário previamente notificados ou acerta-
tos e garantias legais assegurados às crian- dos;
ças e adolescentes, promovendo as medi- c) efetuar recomendações visando à me-
das judiciais e extrajudiciais cabíveis; lhoria dos serviços públicos e de relevância
pública afetos à criança e ao adolescente,
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fixando prazo razoável para sua perfeita Da Proteção Judicial dos Interesses Indi-
adequação. viduais, Difusos e Coletivos
Art. 202. Nos processos e procedimentos Art. 208. Regem-se pelas disposições
em que não for parte, atuará obrigatoriamen- desta Lei as ações de responsabilidade por
te o Ministério Público na defesa dos direitos ofensa aos direitos assegurados à criança e
e interesses de que cuida esta Lei, hipótese ao adolescente, referentes ao não ofereci-
em que terá vista dos autos depois das par- mento ou oferta irregular:
tes, podendo juntar documentos e requerer I - do ensino obrigatório;
diligências, usando os recursos cabíveis. II - de atendimento educacional especia-
Art. 203. A intimação do Ministério Públi- lizado aos portadores de deficiência;
co, em qualquer caso, será feita pessoal- III – de atendimento em creche e pré-
mente. escola às crianças de zero a cinco anos de
Art. 204. A falta de intervenção do Minis- idade; (Redação dada pela Lei nº
tério Público acarreta a nulidade do feito, 13.306, de 2016)
que será declarada de ofício pelo juiz ou a IV - de ensino noturno regular, adequado
requerimento de qualquer interessado. às condições do educando;
Art. 205. As manifestações processuais V - de programas suplementares de ofer-
do representante do Ministério Público deve- ta de material didático-escolar, transporte e
rão ser fundamentadas. assistência à saúde do educando do ensino
Capítulo VI fundamental;
Do Advogado VI - de serviço de assistência social vi-
Art. 206. A criança ou o adolescente, sando à proteção à família, à maternidade, à
seus pais ou responsável, e qualquer pes- infância e à adolescência, bem como ao
soa que tenha legítimo interesse na solução amparo às crianças e adolescentes que dele
da lide poderão intervir nos procedimentos necessitem;
de que trata esta Lei, através de advogado, VII - de acesso às ações e serviços de
o qual será intimado para todos os atos, saúde;
pessoalmente ou por publicação oficial, res- VIII - de escolarização e profissionaliza-
peitado o segredo de justiça. ção dos adolescentes privados de liberdade.
Parágrafo único. Será prestada assistên- IX - de ações, serviços e programas de
cia judiciária integral e gratuita àqueles que orientação, apoio e promoção social de famí-
dela necessitarem. lias e destinados ao pleno exercício do direi-
Art. 207. Nenhum adolescente a quem se to à convivência familiar por crianças e ado-
atribua a prática de ato infracional, ainda que lescentes. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
ausente ou foragido, será processado 2009) Vigência
sem defensor. X - de programas de atendimento para a
§ 1º Se o adolescente não tiver defensor, execução das medidas socioeducativas e
ser-lhe-á nomeado pelo juiz, ressalvado o aplicação de medidas de proteção.
direito de, a todo tempo, constituir outro de (Incluído pela Lei nº 12.594, de
sua preferência. 2012) (Vide)
§ 2º A ausência do defensor não deter- XI - de políticas e programas integrados
minará o adiamento de nenhum ato do pro- de atendimento à criança e ao adolescente
cesso, devendo o juiz nomear substituto, vítima ou testemunha de violência.
ainda que provisoriamente, ou para o só (Incluído pela Lei nº 13.431, de
efeito do ato. 2017) (Vigência)
§ 3º Será dispensada a outorga de man- § 1o As hipóteses previstas neste artigo
dato, quando se tratar de defensor nomeado não excluem da proteção judicial outros inte-
ou, sido constituído, tiver sido indicado por resses individuais, difusos ou coletivos, pró-
ocasião de ato formal com a presença da prios da infância e da adolescência, protegi-
autoridade judiciária. dos pela Constituição e pela
Capítulo VII
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Lei. (Renumerado do Parágrafo úni- § 2º Contra atos ilegais ou abusivos de


co pela Lei nº 11.259, de 2005) autoridade pública ou agente de pessoa jurí-
§ 2o A investigação do desaparecimento dica no exercício de atribuições do poder
de crianças ou adolescentes será realizada público, que lesem direito líquido e certo
imediatamente após notificação aos órgãos previsto nesta Lei, caberá ação mandamen-
competentes, que deverão comunicar o fato tal, que se regerá pelas normas da lei do
aos portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e mandado de segurança.
companhias de transporte interestaduais e Art. 213. Na ação que tenha por objeto o
internacionais, fornecendo-lhes todos os da- cumprimento de obrigação de fazer ou não
dos necessários à identificação do desapa- fazer, o juiz concederá a tutela específica da
recido. (Incluído pela Lei nº 11.259, de obrigação ou determinará providências que
2005) assegurem o resultado prático equivalente
Art. 209. As ações previstas neste Capí- ao do adimplemento.
tulo serão propostas no foro do local onde § 1º Sendo relevante o fundamento da
ocorreu ou deva ocorrer a ação ou omissão, demanda e havendo justificado receio de
cujo juízo terá competência absoluta para ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz
processar a causa, ressalvadas a compe- conceder a tutela liminarmente ou após justi-
tência da Justiça Federal e a competência ficação prévia, citando o réu.
originária dos tribunais superiores. § 2º O juiz poderá, na hipótese do pará-
Art. 210. Para as ações cíveis fundadas grafo anterior ou na sentença, impor multa
em interesses coletivos ou difusos, conside- diária ao réu, independentemente de pedido
ram-se legitimados concorrentemente: do autor, se for suficiente ou compatível com
I - o Ministério Público; a obrigação, fixando prazo razoável para o
II - a União, os estados, os municípios, o cumprimento do preceito.
Distrito Federal e os territórios; § 3º A multa só será exigível do réu após
III - as associações legalmente constituí- o trânsito em julgado da sentença favorável
das há pelo menos um ano e que incluam ao autor, mas será devida desde o dia em
entre seus fins institucionais a defesa dos que se houver configurado o descumprimen-
interesses e direitos protegidos por esta Lei, to.
dispensada a autorização da assembléia, se Art. 214. Os valores das multas reverte-
houver prévia autorização estatutária. rão ao fundo gerido pelo Conselho dos Direi-
§ 1º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo tos da Criança e do Adolescente do respec-
entre os Ministérios Públicos da União e dos tivo município.
estados na defesa dos interesses e direitos § 1º As multas não recolhidas até trinta
de que cuida esta Lei. dias após o trânsito em julgado da decisão
§ 2º Em caso de desistência ou abando- serão exigidas através de execução promo-
no da ação por associação legitimada, o Mi- vida pelo Ministério Público, nos mesmos
nistério Público ou outro legitimado poderá autos, facultada igual iniciativa aos demais
assumir a titularidade ativa. legitimados.
Art. 211. Os órgãos públicos legitimados § 2º Enquanto o fundo não for regula-
poderão tomar dos interessados compromis- mentado, o dinheiro ficará depositado em
so de ajustamento de sua conduta às exi- estabelecimento oficial de crédito, em conta
gências legais, o qual terá eficácia de título com correção monetária.
executivo extrajudicial. Art. 215. O juiz poderá conferir efeito
Art. 212. Para defesa dos direitos e inte- suspensivo aos recursos, para evitar dano
resses protegidos por esta Lei, são admissí- irreparável à parte.
veis todas as espécies de ações pertinentes. Art. 216. Transitada em julgado a senten-
§ 1º Aplicam-se às ações previstas neste ça que impuser condenação ao poder públi-
Capítulo as normas do Código de Processo co, o juiz determinará a remessa de peças à
Civil. autoridade competente, para apuração da

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responsabilidade civil e administrativa do cer da inexistência de fundamento para a


agente a que se atribua a ação ou omissão. propositura da ação cível, promoverá o ar-
Art. 217. Decorridos sessenta dias do quivamento dos autos do inquérito civil ou
trânsito em julgado da sentença condenató- das peças informativas, fazendo-o funda-
ria sem que a associação autora lhe promo- mentadamente.
va a execução, deverá fazê-lo o Ministério § 2º Os autos do inquérito civil ou as pe-
Público, facultada igual iniciativa aos demais ças de informação arquivados serão remeti-
legitimados. dos, sob pena de se incorrer em falta grave,
Art. 218. O juiz condenará a associação no prazo de três dias, ao Conselho Superior
autora a pagar ao réu os honorários advoca- do Ministério Público.
tícios arbitrados na conformidade do § 4º do § 3º Até que seja homologada ou rejeita-
art. 20 da Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de da a promoção de arquivamento, em sessão
1973 (Código de Processo Civil), quando do Conselho Superior do Ministério público,
reconhecer que a pretensão é manifesta- poderão as associações legitimadas apre-
mente infundada. sentar razões escritas ou documentos, que
Parágrafo único. Em caso de litigância de serão juntados aos autos do inquérito ou
má-fé, a associação autora e os diretores anexados às peças de informação.
responsáveis pela propositura da ação serão § 4º A promoção de arquivamento será
solidariamente condenados ao décuplo das submetida a exame e deliberação do Conse-
custas, sem prejuízo de responsabilidade lho Superior do Ministério Público, conforme
por perdas e danos. dispuser o seu regimento.
Art. 219. Nas ações de que trata este § 5º Deixando o Conselho Superior de
Capítulo, não haverá adiantamento de cus- homologar a promoção de arquivamento,
tas, emolumentos, honorários periciais e designará, desde logo, outro órgão do Minis-
quaisquer outras despesas. tério Público para o ajuizamento da ação.
Art. 220. Qualquer pessoa poderá e o Art. 224. Aplicam-se subsidiariamente, no
servidor público deverá provocar a iniciativa que couber, as disposições da Lei n.º 7.347,
do Ministério Público, prestando-lhe informa- de 24 de julho de 1985.
ções sobre fatos que constituam objeto de Título VII
ação civil, e indicando-lhe os elementos de Dos Crimes e Das Infrações Administrati-
convicção. vas
Art. 221. Se, no exercício de suas fun- Capítulo I
ções, os juízos e tribunais tiverem conheci- Dos Crimes
mento de fatos que possam ensejar a pro- Seção I
positura de ação civil, remeterão peças ao Disposições Gerais
Ministério Público para as providências cabí- Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre cri-
veis. mes praticados contra a criança e o adoles-
Art. 222. Para instruir a petição inicial, o cente, por ação ou omissão, sem prejuízo do
interessado poderá requerer às autoridades disposto na legislação penal.
competentes as certidões e informações que Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos
julgar necessárias, que serão fornecidas no nesta Lei as normas da Parte Geral do Có-
prazo de quinze dias. digo Penal e, quanto ao processo, as per-
Art. 223. O Ministério Público poderá ins- tinentes ao Código de Processo Penal.
taurar, sob sua presidência, inquérito civil, Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei
ou requisitar, de qualquer pessoa, organis- são de ação pública incondicionada
mo público ou particular, certidões, informa- Seção II
ções, exames ou perícias, no prazo que as- Dos Crimes em Espécie
sinalar, o qual não poderá ser inferior a dez Art. 228. Deixar o encarregado de serviço
dias úteis. ou o dirigente de estabelecimento de aten-
§ 1º Se o órgão do Ministério Público, ção à saúde de gestante de manter registro
esgotadas todas as diligências, se conven- das atividades desenvolvidas, na forma e
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prazo referidos no art. 10 desta Lei, bem Art. 235. Descumprir, injustificadamente,
como de fornecer à parturiente ou a seu res- prazo fixado nesta Lei em benefício de ado-
ponsável, por ocasião da alta médica, decla- lescente privado de liberdade:
ração de nascimento, onde constem as in- Pena - detenção de seis meses a dois
tercorrências do parto e do desenvolvimento anos.
do neonato: Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de
Pena - detenção de seis meses a dois autoridade judiciária, membro do Conselho
anos. Tutelar ou representante do Ministério Públi-
Parágrafo único. Se o crime é culposo: co no exercício de função prevista nesta Lei:
Pena - detenção de dois a seis meses, Pena - detenção de seis meses a dois
ou multa. anos.
Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou Art. 237. Subtrair criança ou adolescente
dirigente de estabelecimento de atenção à ao poder de quem o tem sob sua guarda em
saúde de gestante de identificar corretamen- virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de
te o neonato e a parturiente, por ocasião do colocação em lar substituto:
parto, bem como deixar de proceder aos Pena - reclusão de dois a seis anos, e
exames referidos no art. 10 desta Lei: multa.
Pena - detenção de seis meses a dois Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega
anos. de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga
Parágrafo único. Se o crime é culposo: ou recompensa:
Pena - detenção de dois a seis meses, Pena - reclusão de um a quatro anos, e
ou multa. multa.
Art. 230. Privar a criança ou o adolescen- Parágrafo único. Incide nas mesmas pe-
te de sua liberdade, procedendo à sua apre- nas quem oferece ou efetiva a paga ou re-
ensão sem estar em flagrante de ato infraci- compensa.
onal ou inexistindo ordem escrita da autori- Art. 239. Promover ou auxiliar a efetiva-
dade judiciária competente: ção de ato destinado ao envio de criança ou
Pena - detenção de seis meses a dois adolescente para o exterior com inobservân-
anos. cia das formalidades legais ou com o fito de
Parágrafo único. Incide na mesma pena obter lucro:
aquele que procede à apreensão sem ob- Pena - reclusão de quatro a seis anos, e
servância das formalidades legais. multa.
Art. 231. Deixar a autoridade policial res- Parágrafo único. Se há emprego de vio-
ponsável pela apreensão de criança ou ado- lência, grave ameaça ou frau-
lescente de fazer imediata comunicação à de: (Incluído pela Lei nº 10.764, de
autoridade judiciária competente e à família 12.11.2003)
do apreendido ou à pessoa por ele indicada: Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir,
Pena - detenção de seis meses a dois fotografar, filmar ou registrar, por qualquer
anos. meio, cena de sexo explícito ou pornográ-
Art. 232. Submeter criança ou adolescen- fica, envolvendo criança ou adolescen-
te sob sua autoridade, guarda ou vigilância a te: (Redação dada pela Lei nº
vexame ou a constrangimento: 11.829, de 2008)
Pena - detenção de seis meses a dois Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oi-
anos. to) anos, e multa. (Redação dada pela
Art. 234. Deixar a autoridade competente, Lei nº 11.829, de 2008)
sem justa causa, de ordenar a imediata libe- § 1o Incorre nas mesmas penas quem
ração de criança ou adolescente, tão logo agencia, facilita, recruta, coage, ou de
tenha conhecimento da ilegalidade da apre- qualquer modo intermedeia a participação
ensão: de criança ou adolescente nas cenas refe-
Pena - detenção de seis meses a dois ridas no caput deste artigo, ou ainda
anos.
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quem com esses contracena. (Redação II – assegura, por qualquer meio, o aces-
dada pela Lei nº 11.829, de 2008) so por rede de computadores às fotografias,
§ 2o Aumenta-se a pena de 1/3 (um cenas ou imagens de que trata o caput deste
terço) se o agente comete o crime: artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de
(Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
2008) § 2o As condutas tipificadas nos incisos
I – no exercício de cargo ou função pú- I e II do § 1o deste artigo são puníveis quan-
blica ou a pretexto de exercê- do o responsável legal pela prestação do
la; (Redação dada pela Lei nº serviço, oficialmente notificado, deixa de de-
11.829, de 2008) sabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que
II – prevalecendo-se de relações do- trata o caput deste artigo. (Incluído pela
mésticas, de coabitação ou de hospitali- Lei nº 11.829, de 2008)
dade; ou (Redação dada pela Lei nº Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armaze-
11.829, de 2008) nar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou
III – prevalecendo-se de relações de outra forma de registro que contenha cena
parentesco consangüíneo ou afim até o de sexo explícito ou pornográfica envolven-
terceiro grau, ou por adoção, de tutor, cu- do criança ou adolescente: (Incluído
rador, preceptor, empregador da vítima ou pela Lei nº 11.829, de 2008)
de quem, a qualquer outro título, tenha Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro)
autoridade sobre ela, ou com seu consen- anos, e multa. (Incluído pela Lei nº
timento. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
11.829, de 2008) § 1o A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3
Art. 241. Vender ou expor à venda fo- (dois terços) se de pequena quantidade o
tografia, vídeo ou outro registro que con- material a que se refere o caput deste arti-
tenha cena de sexo explícito ou pornográ- go. (Incluído pela Lei nº 11.829, de
fica envolvendo criança ou adolescen- 2008)
te: (Redação dada pela Lei nº 11.829, § 2o Não há crime se a posse ou o ar-
de 2008) mazenamento tem a finalidade de comunicar
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oi- às autoridades competentes a ocorrência
to) anos, e multa. (Redação dada pela das condutas descritas nos arts. 240, 241,
Lei nº 11.829, de 2008) 241-A e 241-C desta Lei, quando a comuni-
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibili- cação for feita por: (Incluído pela Lei nº
zar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar 11.829, de 2008)
por qualquer meio, inclusive por meio de I – agente público no exercício de suas
sistema de informática ou telemático, foto- funções; (Incluído pela Lei nº 11.829,
grafia, vídeo ou outro registro que contenha de 2008)
cena de sexo explícito ou pornográfica en- II – membro de entidade, legalmente
volvendo criança ou adolescen- constituída, que inclua, entre suas finalida-
te: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) des institucionais, o recebimento, o proces-
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) samento e o encaminhamento de notícia dos
anos, e multa. (Incluído pela Lei nº crimes referidos neste parágra-
11.829, de 2008) fo; (Incluído pela Lei nº 11.829, de
§ 1o Nas mesmas penas incorre 2008)
quem: (Incluído pela Lei nº 11.829, de III – representante legal e funcionários
2008) responsáveis de provedor de acesso ou ser-
I – assegura os meios ou serviços para o viço prestado por meio de rede de computa-
armazenamento das fotografias, cenas ou dores, até o recebimento do material relativo
imagens de que trata o caput deste arti- à notícia feita à autoridade policial, ao Minis-
go; (Incluído pela Lei nº 11.829, de tério Público ou ao Poder Judiciário.
2008) (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

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§ 3o As pessoas referidas no § 2o deste Art. 242. Vender, fornecer ainda que gra-
artigo deverão manter sob sigilo o material tuitamente ou entregar, de qualquer forma, a
ilícito referido. (Incluído pela Lei nº criança ou adolescente arma, munição ou
11.829, de 2008) explosivo:
Art. 241-C. Simular a participação de Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis)
criança ou adolescente em cena de sexo anos. (Redação dada pela Lei nº
explícito ou pornográfica por meio de adulte- 10.764, de 12.11.2003)
ração, montagem ou modificação de fotogra- Art. 243. Vender, fornecer, servir, minis-
fia, vídeo ou qualquer outra forma de repre- trar ou entregar, ainda que gratuitamente, de
sentação visual: (Incluído pela Lei nº qualquer forma, a criança ou a adolescente,
11.829, de 2008) bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) produtos cujos componentes possam causar
anos, e multa. (Incluído pela Lei nº dependência física ou psíquica:
11.829, de 2008) (Redação dada pela Lei nº 13.106, de
Parágrafo único. Incorre nas mesmas 2015)
penas quem vende, expõe à venda, disponi- Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro)
biliza, distribui, publica ou divulga por qual- anos, e multa, se o fato não constitui crime
quer meio, adquire, possui ou armazena o mais grave. (Redação dada pela Lei nº
material produzido na forma do caput deste 13.106, de 2015)
artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) Art. 244. Vender, fornecer ainda que gra-
Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou tuitamente ou entregar, de qualquer forma, a
constranger, por qualquer meio de comuni- criança ou adolescente fogos de estampido
cação, criança, com o fim de com ela prati- ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu
car ato libidinoso: (Incluído pela Lei nº reduzido potencial, sejam incapazes de pro-
11.829, de 2008) vocar qualquer dano físico em caso de utili-
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) zação indevida:
anos, e multa. (Incluído pela Lei nº Pena - detenção de seis meses a dois
11.829, de 2008) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas in- Art. 244-A. Submeter criança ou adoles-
corre quem: (Incluído pela Lei nº cente, como tais definidos no caput do art.
11.829, de 2008) 2o desta Lei, à prostituição ou à exploração
I – facilita ou induz o acesso à criança de sexual: (Incluído pela Lei nº 9.975, de
material contendo cena de sexo explícito ou 23.6.2000)
pornográfica com o fim de com ela praticar Pena – reclusão de quatro a dez anos e
ato libidinoso; (Incluído pela Lei nº multa, além da perda de bens e valores utili-
11.829, de 2008) zados na prática criminosa em favor do Fun-
II – pratica as condutas descritas do dos Direitos da Criança e do Adolescente
no caput deste artigo com o fim de induzir da unidade da Federação (Estado ou Distrito
criança a se exibir de forma pornográfica ou Federal) em que foi cometido o crime, res-
sexualmente explícita. (Incluído pela salvado o direito de terceiro de boa-
Lei nº 11.829, de 2008) fé. (Redação dada pela Lei nº 13.440,
Art. 241-E. Para efeito dos crimes pre- de 2017)
vistos nesta Lei, a expressão “cena de sexo § 1o Incorrem nas mesmas penas o pro-
explícito ou pornográfica” compreende qual- prietário, o gerente ou o responsável pelo
quer situação que envolva criança ou ado- local em que se verifique a submissão de
lescente em atividades sexuais explícitas, criança ou adolescente às práticas referidas
reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos no caput deste artigo. (Incluído pela
genitais de uma criança ou adolescente para Lei nº 9.975, de 23.6.2000)
fins primordialmente sexuais. (Incluído § 2o Constitui efeito obrigatório da con-
pela Lei nº 11.829, de 2008) denação a cassação da licença de localiza-
ção e de funcionamento do estabelecimen-
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Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

to. (Incluído pela Lei nº 9.975, de § 1º Incorre na mesma pena quem exibe,
23.6.2000) total ou parcialmente, fotografia de criança
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a cor- ou adolescente envolvido em ato infracional,
rupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ou qualquer ilustração que lhe diga respeito
ele praticando infração penal ou induzindo-o ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos,
a praticá-la: (Incluído pela Lei nº de forma a permitir sua identificação, direta
12.015, de 2009) ou indiretamente.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) § 2º Se o fato for praticado por órgão de
anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de imprensa ou emissora de rádio ou televisão,
2009) além da pena prevista neste artigo, a autori-
§ 1o Incorre nas penas previstas dade judiciária poderá determinar a apreen-
no caput deste artigo quem pratica as con- são da publicação . (Expressão
dutas ali tipificadas utilizando-se de quais- declara inconstitucional pela ADIN 869-2).
quer meios eletrônicos, inclusive salas de reincidência, independentemente das
bate-papo da internet. (Incluído pela despesas de retorno do adolescente, se for
Lei nº 12.015, de 2009) o caso. (Revogado pela Lei nº
§ 2o As penas previstas no caput deste 13.431, de 2017) (Vigência)
artigo são aumentadas de um terço no caso Art. 249. Descumprir, dolosa ou culpo-
de a infração cometida ou induzida estar samente, os deveres inerentes ao pátrio po-
incluída no rol do art. 1o da Lei no 8.072, de der poder familiar ou decorrente de tutela ou
25 de julho de 1990. (Incluído pela guarda, bem assim determinação da autori-
Lei nº 12.015, de 2009) dade judiciária ou Conselho Tutelar:
Capítulo II (Expressão substituída pela Lei nº 12.010,
Das Infrações Administrativas de 2009) Vigência
Art. 245. Deixar o médico, professor ou Pena - multa de três a vinte salários de
responsável por estabelecimento de atenção referência, aplicando-se o dobro em caso de
à saúde e de ensino fundamental, pré-escola reincidência.
ou creche, de comunicar à autoridade com- Art. 250. Hospedar criança ou adoles-
petente os casos de que tenha conhecimen- cente desacompanhado dos pais ou respon-
to, envolvendo suspeita ou confirmação de sável, ou sem autorização escrita desses ou
maus-tratos contra criança ou adolescente: da autoridade judiciária, em hotel, pensão,
Pena - multa de três a vinte salários de motel ou congênere: (Redação dada
referência, aplicando-se o dobro em caso de pela Lei nº 12.038, de 2009).
reincidência. Pena – multa. (Redação dada pela
Art. 246. Impedir o responsável ou funci- Lei nº 12.038, de 2009).
onário de entidade de atendimento o exercí- § 1º Em caso de reincidência, sem preju-
cio dos direitos constantes nos incisos II, III, ízo da pena de multa, a autoridade judiciária
VII, VIII e XI do art. 124 desta Lei: poderá determinar o fechamento do estabe-
Pena - multa de três a vinte salários de lecimento por até 15 (quinze) dias.
referência, aplicando-se o dobro em caso de (Incluído pela Lei nº 12.038, de 2009).
reincidência. § 2º Se comprovada a reincidência em
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, período inferior a 30 (trinta) dias, o estabele-
sem autorização devida, por qualquer meio cimento será definitivamente fechado e terá
de comunicação, nome, ato ou documento sua licença cassada. (Incluído pela Lei
de procedimento policial, administrativo ou nº 12.038, de 2009).
judicial relativo a criança ou adolescente a Art. 251. Transportar criança ou adoles-
que se atribua ato infracional: cente, por qualquer meio, com inobservância
Pena - multa de três a vinte salários de do disposto nos arts. 83, 84 e 85 desta Lei:
referência, aplicando-se o dobro em caso de Pena - multa de três a vinte salários de
reincidência. referência, aplicando-se o dobro em caso de
reincidência.
87
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

Art. 252. Deixar o responsável por diver- reincidência, sem prejuízo de apreensão da
são ou espetáculo público de afixar, em lu- revista ou publicação.
gar visível e de fácil acesso, à entrada do Art. 258. Deixar o responsável pelo esta-
local de exibição, informação destacada so- belecimento ou o empresário de observar o
bre a natureza da diversão ou espetáculo e que dispõe esta Lei sobre o acesso de cri-
a faixa etária especificada no certificado de ança ou adolescente aos locais de diversão,
classificação: ou sobre sua participação no espetáculo:
Pena - multa de três a vinte salários de Pena - multa de três a vinte salários de
referência, aplicando-se o dobro em caso de referência; em caso de reincidência, a auto-
reincidência. ridade judiciária poderá determinar o fecha-
Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes mento do estabelecimento por até quinze
ou quaisquer representações ou espetácu- dias.
los, sem indicar os limites de idade a que Art. 258-A. Deixar a autoridade compe-
não se recomendem: tente de providenciar a instalação e operaci-
Pena - multa de três a vinte salários de onalização dos cadastros previstos no art.
referência, duplicada em caso de reincidên- 50 e no § 11 do art. 101 desta Lei:
cia, aplicável, separadamente, à casa de (Incluído pela Lei nº 12.010, de
espetáculo e aos órgãos de divulgação ou 2009) Vigência
publicidade. Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais)
Art. 254. Transmitir, através de rádio ou a R$ 3.000,00 (três mil reais). (Incluído
televisão, espetáculo em horário diverso do pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
autorizado ou sem aviso de sua classifica- Parágrafo único. Incorre nas mesmas
ção: penas a autoridade que deixa de efetuar o
Pena - multa de vinte a cem salários de cadastramento de crianças e de adolescen-
referência; duplicada em caso de reincidên- tes em condições de serem adotadas, de
cia a autoridade judiciária poderá determinar pessoas ou casais habilitados à adoção e de
a suspensão da programação da emissora crianças e adolescentes em regime de aco-
por até dois dias. lhimento institucional ou familiar.
Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amos- (Incluído pela Lei nº 12.010, de
tra ou congênere classificado pelo órgão 2009) Vigência
competente como inadequado às crianças Art. 258-B. Deixar o médico, enfermei-
ou adolescentes admitidos ao espetáculo: ro ou dirigente de estabelecimento de aten-
Pena - multa de vinte a cem salários de ção à saúde de gestante de efetuar imediato
referência; na reincidência, a autoridade po- encaminhamento à autoridade judiciária de
derá determinar a suspensão do espetáculo caso de que tenha conhecimento de mãe ou
ou o fechamento do estabelecimento por até gestante interessada em entregar seu filho
quinze dias. para adoção: (Incluído pela Lei nº
Art. 256. Vender ou locar a criança ou 12.010, de 2009) Vigência
adolescente fita de programação em vídeo, Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais)
em desacordo com a classificação atribuída a R$ 3.000,00 (três mil reais). (Incluído
pelo órgão competente: pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Pena - multa de três a vinte salários de Parágrafo único. Incorre na mesma
referência; em caso de reincidência, a auto- pena o funcionário de programa oficial ou
ridade judiciária poderá determinar o fecha- comunitário destinado à garantia do direito à
mento do estabelecimento por até quinze convivência familiar que deixa de efetuar a
dias. comunicação referida no caput deste arti-
Art. 257. Descumprir obrigação constante go. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
dos arts. 78 e 79 desta Lei: 2009) Vigência
Pena - multa de três a vinte salários de Art. 258-C. Descumprir a proibição esta-
referência, duplicando-se a pena em caso de belecida no inciso II do art. 81:

88
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

(Redação dada pela Lei nº 13.106, de cia. (Redação dada dada pela Lei nº
2015) 13.257, de 2016)
Pena - multa de R$ 3.000,00 (três mil re- § 2o Os conselhos nacional, estaduais e
ais) a R$ 10.000,00 (dez mil re- municipais dos direitos da criança e do ado-
ais); (Redação dada pela Lei nº 13.106, lescente fixarão critérios de utilização, por
de 2015) meio de planos de aplicação, das dotações
Medida Administrativa - interdição do es- subsidiadas e demais receitas, aplicando
tabelecimento comercial até o recolhimento necessariamente percentual para incentivo
da multa aplicada. (Redação dada ao acolhimento, sob a forma de guarda, de
pela Lei nº 13.106, de 2015) crianças e adolescentes e para programas
Disposições Finais e Transitórias de atenção integral à primeira infância em
Art. 259. A União, no prazo de noventa áreas de maior carência socioeconômica e
dias contados da publicação deste Estatuto, em situações de calamida-
elaborará projeto de lei dispondo sobre a de. (Redação dada dada pela Lei nº
criação ou adaptação de seus órgãos às 13.257, de 2016)
diretrizes da política de atendimento fixadas § 3º O Departamento da Receita Federal,
no art. 88 e ao que estabelece o Título V do do Ministério da Economia, Fazenda e Pla-
Livro II. nejamento, regulamentará a comprovação
Parágrafo único. Compete aos estados e das doações feitas aos fundos, nos termos
municípios promoverem a adaptação de deste artigo . (Incluído pela Lei nº 8.242,
seus órgãos e programas às diretrizes e de 12.10.1991)
princípios estabelecidos nesta Lei. § 4º O Ministério Público determinará em
Art. 260. Os contribuintes poderão efe- cada comarca a forma de fiscalização da
tuar doações aos Fundos dos Direitos da aplicação, pelo Fundo Municipal dos Direitos
Criança e do Adolescente nacional, distrital, da Criança e do Adolescente, dos incentivos
estaduais ou municipais, devidamente com- fiscais referidos neste artigo. (Incluído
provadas, sendo essas integralmente dedu- pela Lei nº 8.242, de 12.10.1991)
zidas do imposto de renda, obedecidos os § 5o Observado o disposto no § 4o do
seguintes limites: (Redação dada art. 3o da Lei no 9.249, de 26 de dezembro
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) de 1995, a dedução de que trata o inciso I
I - 1% (um por cento) do imposto sobre a do caput: (Redação dada pela Lei nº
renda devido apurado pelas pessoas jurídi- 12.594, de 2012) (Vide)
cas tributadas com base no lucro real; I - será considerada isoladamente, não
e (Redação dada pela Lei nº 12.594, de se submetendo a limite em conjunto com
2012) (Vide) outras deduções do imposto; e (Incluído
II - 6% (seis por cento) do imposto sobre pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
a renda apurado pelas pessoas físicas na II - não poderá ser computada como
Declaração de Ajuste Anual, observado o despesa operacional na apuração do lucro
disposto no art. 22 da Lei no 9.532, de 10 de real. (Incluído pela Lei nº 12.594, de
dezembro de 1997. (Redação dada pela 2012) (Vide)
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) Art. 260-A. A partir do exercício de 2010,
§ 1o-A. Na definição das prioridades a ano-calendário de 2009, a pessoa física po-
serem atendidas com os recursos captados derá optar pela doação de que trata o inciso
pelos fundos nacional, estaduais e munici- II do caput do art. 260 diretamente em sua
pais dos direitos da criança e do adolescen- Declaração de Ajuste Anual. (Incluído
te, serão consideradas as disposições do pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Plano Nacional de Promoção, Proteção e § 1o A doação de que trata
Defesa do Direito de Crianças e Adolescen- o caput poderá ser deduzida até os seguin-
tes à Convivência Familiar e Comunitária e tes percentuais aplicados sobre o imposto
as do Plano Nacional pela Primeira Infân- apurado na declaração: (Incluído pela
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
89
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

I - (VETADO); (Incluído pela Lei nº calendário, aos fundos controlados pelos


12.594, de 2012) (Vide) Conselhos dos Direitos da Criança e do Ado-
II - (VETADO); (Incluído pela Lei nº lescente municipais, distrital, estaduais e
12.594, de 2012) (Vide) nacional concomitantemente com a opção
III - 3% (três por cento) a partir do exer- de que trata o caput, respeitado o limite pre-
cício de 2012. (Incluído pela Lei nº visto no inciso II do art. 260. (Incluído
12.594, de 2012) (Vide) pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
§ 2o A dedução de que trata Art. 260-B. A doação de que trata o inci-
o caput: (Incluído pela Lei nº 12.594, so I do art. 260 poderá ser deduzi-
de 2012) (Vide) da: (Incluído pela Lei nº 12.594, de
I - está sujeita ao limite de 6% (seis por 2012) (Vide)
cento) do imposto sobre a renda apurado na I - do imposto devido no trimestre, para
declaração de que trata o inciso II as pessoas jurídicas que apuram o imposto
do caput do art. 260; (Incluído pela Lei trimestralmente; e (Incluído pela Lei nº
nº 12.594, de 2012) (Vide) 12.594, de 2012) (Vide)
II - não se aplica à pessoa física II - do imposto devido mensalmente e no
que: (Incluído pela Lei nº 12.594, de ajuste anual, para as pessoas jurídicas que
2012) (Vide) apuram o imposto anualmen-
a) utilizar o desconto simplifica- te. (Incluído pela Lei nº 12.594, de
do; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
2012) (Vide) Parágrafo único. A doação deverá ser
b) apresentar declaração em formulário; efetuada dentro do período a que se refere a
ou (Incluído pela Lei nº 12.594, de apuração do imposto. (Incluído pela Lei
2012) (Vide) nº 12.594, de 2012) (Vide)
c) entregar a declaração fora do pra- Art. 260-C. As doações de que trata o
zo; (Incluído pela Lei nº 12.594, de art. 260 desta Lei podem ser efetuadas em
2012) (Vide) espécie ou em bens. (Incluído pela Lei
III - só se aplica às doações em espécie; nº 12.594, de 2012) (Vide)
e (Incluído pela Lei nº 12.594, de Parágrafo único. As doações efetuadas
2012) (Vide) em espécie devem ser depositadas em con-
IV - não exclui ou reduz outros benefícios ta específica, em instituição financeira públi-
ou deduções em vigor. (Incluído pela ca, vinculadas aos respectivos fundos de
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) que trata o art. 260. (Incluído pela Lei nº
§ 3o O pagamento da doação deve ser 12.594, de 2012) (Vide)
efetuado até a data de vencimento da pri- Art. 260-D. Os órgãos responsáveis pela
meira quota ou quota única do imposto, ob- administração das contas dos Fundos dos
servadas instruções específicas da Secreta- Direitos da Criança e do Adolescente nacio-
ria da Receita Federal do Bra- nal, estaduais, distrital e municipais devem
sil. (Incluído pela Lei nº 12.594, de emitir recibo em favor do doador, assinado
2012) (Vide) por pessoa competente e pelo presidente do
§ 4o O não pagamento da doação no Conselho correspondente, especifican-
prazo estabelecido no § 3o implica a glosa do: (Incluído pela Lei nº 12.594, de
definitiva desta parcela de dedução, ficando 2012) (Vide)
a pessoa física obrigada ao recolhimento da I - número de ordem; (Incluído pela
diferença de imposto devido apurado na De- Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
claração de Ajuste Anual com os acréscimos II - nome, Cadastro Nacional da Pessoa
legais previstos na legislação. (Incluído Jurídica (CNPJ) e endereço do emiten-
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) te; (Incluído pela Lei nº 12.594, de
§ 5o A pessoa física poderá deduzir do 2012) (Vide)
imposto apurado na Declaração de Ajuste
Anual as doações feitas, no respectivo ano-
90
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

III - nome, CNPJ ou Cadastro de Pesso- Art. 260-F. Os documentos a que se re-
as Físicas (CPF) do doador; (Incluído ferem os arts. 260-D e 260-E devem ser
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) mantidos pelo contribuinte por um prazo de
IV - data da doação e valor efetivamente 5 (cinco) anos para fins de comprovação da
recebido; e (Incluído pela Lei nº dedução perante a Receita Federal do Bra-
12.594, de 2012) (Vide) sil. (Incluído pela Lei nº 12.594, de
V - ano-calendário a que se refere a do- 2012) (Vide)
ação. (Incluído pela Lei nº 12.594, de Art. 260-G. Os órgãos responsáveis pela
2012) (Vide) administração das contas dos Fundos dos
§ 1o O comprovante de que trata Direitos da Criança e do Adolescente nacio-
o caput deste artigo pode ser emitido anu- nal, estaduais, distrital e municipais de-
almente, desde que discrimine os valores vem: (Incluído pela Lei nº 12.594, de
doados mês a mês. (Incluído pela Lei 2012) (Vide)
nº 12.594, de 2012) (Vide) I - manter conta bancária específica des-
§ 2o No caso de doação em bens, o tinada exclusivamente a gerir os recursos do
comprovante deve conter a identificação dos Fundo; (Incluído pela Lei nº 12.594, de
bens, mediante descrição em campo próprio 2012) (Vide)
ou em relação anexa ao comprovante, in- II - manter controle das doações recebi-
formando também se houve avaliação, o das; e (Incluído pela Lei nº 12.594, de
nome, CPF ou CNPJ e endereço dos avalia- 2012) (Vide)
dores. (Incluído pela Lei nº 12.594, de III - informar anualmente à Secretaria da
2012) (Vide) Receita Federal do Brasil as doações rece-
Art. 260-E. Na hipótese da doação em bidas mês a mês, identificando os seguintes
bens, o doador deverá: (Incluído pela dados por doador: (Incluído pela Lei nº
Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) 12.594, de 2012) (Vide)
I - comprovar a propriedade dos bens, a) nome, CNPJ ou CPF; (Incluído
mediante documentação há- pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
bil; (Incluído pela Lei nº 12.594, de b) valor doado, especificando se a doa-
2012) (Vide) ção foi em espécie ou em
II - baixar os bens doados na declaração bens. (Incluído pela Lei nº 12.594, de
de bens e direitos, quando se tratar de pes- 2012) (Vide)
soa física, e na escrituração, no caso de Art. 260-H. Em caso de descumprimento
pessoa jurídica; e (Incluído pela Lei nº das obrigações previstas no art. 260-G, a
12.594, de 2012) (Vide) Secretaria da Receita Federal do Brasil dará
III - considerar como valor dos bens doa- conhecimento do fato ao Ministério Públi-
dos: (Incluído pela Lei nº 12.594, de co. (Incluído pela Lei nº 12.594, de
2012) (Vide) 2012) (Vide)
a) para as pessoas físicas, o valor cons- Art. 260-I. Os Conselhos dos Direitos da
tante da última declaração do imposto de Criança e do Adolescente nacional, estadu-
renda, desde que não exceda o valor de ais, distrital e municipais divulgarão ampla-
mercado; (Incluído pela Lei nº 12.594, mente à comunidade: (Incluído pela Lei
de 2012) (Vide) nº 12.594, de 2012) (Vide)
b) para as pessoas jurídicas, o valor con- I - o calendário de suas reuni-
tábil dos bens. (Incluído pela Lei nº ões; (Incluído pela Lei nº 12.594, de
12.594, de 2012) (Vide) 2012) (Vide)
Parágrafo único. O preço obtido em ca- II - as ações prioritárias para aplicação
so de leilão não será considerado na deter- das políticas de atendimento à criança e ao
minação do valor dos bens doados, exceto adolescente; (Incluído pela Lei nº
se o leilão for determinado por autoridade 12.594, de 2012) (Vide)
judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.594, III - os requisitos para a apresentação de
de 2012) (Vide) projetos a serem beneficiados com recursos
91
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

dos Fundos dos Direitos da Criança e do arts. 260 a 260-K. (Incluído pela Lei nº
Adolescente nacional, estaduais, distrital ou 12.594, de 2012) (Vide)
municipais; (Incluído pela Lei nº Art. 261. A falta dos conselhos municipais
12.594, de 2012) (Vide) dos direitos da criança e do adolescente, os
IV - a relação dos projetos aprovados em registros, inscrições e alterações a que se
cada ano-calendário e o valor dos recursos referem os arts. 90, parágrafo único, e 91
previstos para implementação das ações, desta Lei serão efetuados perante a autori-
por projeto; (Incluído pela Lei nº dade judiciária da comarca a que pertencer
12.594, de 2012) (Vide) a entidade.
V - o total dos recursos recebidos e a Parágrafo único. A União fica autorizada
respectiva destinação, por projeto atendido, a repassar aos estados e municípios, e os
inclusive com cadastramento na base de estados aos municípios, os recursos referen-
dados do Sistema de Informações sobre a tes aos programas e atividades previstos
Infância e a Adolescência; e (Incluído nesta Lei, tão logo estejam criados os con-
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) selhos dos direitos da criança e do adoles-
VI - a avaliação dos resultados dos proje- cente nos seus respectivos níveis.
tos beneficiados com recursos dos Fundos Art. 262. Enquanto não instalados os
dos Direitos da Criança e do Adolescente Conselhos Tutelares, as atribuições a eles
nacional, estaduais, distrital e munici- conferidas serão exercidas pela autoridade
pais. (Incluído pela Lei nº 12.594, de judiciária.
2012) (Vide) Art. 263. O Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de
Art. 260-J. O Ministério Público determi- dezembro de 1940 (Código Penal), passa a
nará, em cada Comarca, a forma de fiscali- vigorar com as seguintes alterações:
zação da aplicação dos incentivos fiscais 1) Art. 121
referidos no art. 260 desta ............................................................
Lei. (Incluído pela Lei nº 12.594, de § 4º No homicídio culposo, a pena é aumen-
2012) (Vide) tada de um terço, se o crime resulta de inob-
Parágrafo único. O descumprimento do servância de regra técnica de profissão, arte
disposto nos arts. 260-G e 260-I sujeitará os ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
infratores a responder por ação judicial pro- imediato socorro à vítima, não procura dimi-
posta pelo Ministério Público, que poderá nuir as conseqüências do seu ato, ou foge
atuar de ofício, a requerimento ou represen- para evitar prisão em flagrante. Sendo dolo-
tação de qualquer cidadão. (Incluído so o homicídio, a pena é aumentada de um
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) terço, se o crime é praticado contra pessoa
Art. 260-K. A Secretaria de Direitos Hu- menor de catorze anos.
manos da Presidência da República 2) Art. 129
(SDH/PR) encaminhará à Secretaria da Re- ...............................................................
ceita Federal do Brasil, até 31 de outubro de § 7º Aumenta-se a pena de um terço, se
cada ano, arquivo eletrônico contendo a re- ocorrer qualquer das hipóteses do art. 121, §
lação atualizada dos Fundos dos Direitos da 4º.
Criança e do Adolescente nacional, distrital, § 8º Aplica-se à lesão culposa o disposto no
estaduais e municipais, com a indicação dos § 5º do art. 121.
respectivos números de inscrição no CNPJ e 3) Art.
das contas bancárias específicas mantidas 136.................................................................
em instituições financeiras públicas, destina- § 3º Aumenta-se a pena de um terço, se o
das exclusivamente a gerir os recursos dos crime é praticado contra pessoa menor de
Fundos. (Incluído pela Lei nº 12.594, de catorze anos.
2012) (Vide) 4) Art. 213
Art. 260-L. A Secretaria da Receita Fe- ..................................................................
deral do Brasil expedirá as instruções ne- Parágrafo único. Se a ofendida é menor de
cessárias à aplicação do disposto nos catorze anos:
92
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

Pena - reclusão de quatro a dez anos. Este texto não substitui o publicado no DOU
5) Art. 16.7.1990 e retificado em 27.9.1990
214..................................................................
.
Parágrafo único. Se o ofendido é menor de
ESTATUTO DO IDOSO (LEI Nº
catorze anos:
10.741/2003) E SUAS ALTERAÇÕES
Pena - reclusão de três a nove anos.»
Art. 264. O art. 102 da Lei n.º 6.015, de
31 de dezembro de 1973, fica acrescido do
seguinte item: Presidência da Re-
"Art. 102 pública
.................................................................... Casa Civil
6º) a perda e a suspensão do pátrio poder. " Subchefia para As-
Art. 265. A Imprensa Nacional e demais suntos Jurídicos
gráficas da União, da administração direta LEI No 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE
ou indireta, inclusive fundações instituídas e 2003.
mantidas pelo poder público federal promo- Texto compilado
verão edição popular do texto integral deste Mensagem de vetoDispõe sobre o Esta-
Estatuto, que será posto à disposição das Vigência tuto do Idoso e dá
escolas e das entidades de atendimento e (Vide Decreto nºoutras providências.
de defesa dos direitos da criança e do ado- 6.214, de 2007)
lescente. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço
Art. 265-A. O poder público fará periodi- saber que o Congresso Nacional decreta e
camente ampla divulgação dos direitos da eu sanciono a seguinte Lei:
criança e do adolescente nos meios de co- TÍTULO I
municação social. (Redação dada Disposições Preliminares
dada pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 1o É instituído o Estatuto do Idoso,
Parágrafo único. A divulgação a que se destinado a regular os direitos assegurados
refere o caput será veiculada em linguagem às pessoas com idade igual ou superior a 60
clara, compreensível e adequada a crianças (sessenta) anos.
e adolescentes, especialmente às crianças Art. 2o O idoso goza de todos os direi-
com idade inferior a 6 (seis) tos fundamentais inerentes à pessoa huma-
anos. (Incluído dada pela Lei nº na, sem prejuízo da proteção integral de que
13.257, de 2016) trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou
Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa por outros meios, todas as oportunidades e
dias após sua publicação. facilidades, para preservação de sua saúde
Parágrafo único. Durante o período de física e mental e seu aperfeiçoamento moral,
vacância deverão ser promovidas atividades intelectual, espiritual e social, em condições
e campanhas de divulgação e esclarecimen- de liberdade e dignidade.
tos acerca do disposto nesta Lei. Art. 3o É obrigação da família, da co-
Art. 267. Revogam-se as Leis n.º 4.513, munidade, da sociedade e do Poder Público
de 1964, e 6.697, de 10 de outubro de assegurar ao idoso, com absoluta prioridade,
1979 (Código de Menores), e as demais dis- a efetivação do direito à vida, à saúde, à
posições em contrário. alimentação, à educação, à cultura, ao es-
Brasília, 13 de julho de 1990; 169º da In- porte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à
dependência e 102º da República. liberdade, à dignidade, ao respeito e à con-
FERNANDO COLLOR vivência familiar e comunitária.
Bernardo Cabral § 1º A garantia de prioridade compre-
Carlos Chiarelli ende: (Redação dada pela Lei nº
Antônio Magri 13.466, de 2017)
Margarida Procópio
93
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

I – atendimento preferencial imediato Art. 6o Todo cidadão tem o dever de


e individualizado junto aos órgãos públicos e comunicar à autoridade competente qual-
privados prestadores de serviços à popula- quer forma de violação a esta Lei que tenha
ção; testemunhado ou de que tenha conhecimen-
II – preferência na formulação e na to.
execução de políticas sociais públicas espe- Art. 7o Os Conselhos Nacional, Estadu-
cíficas; ais, do Distrito Federal e Municipais do Ido-
III – destinação privilegiada de recursos so, previstos na Lei no 8.842, de 4 de janeiro
públicos nas áreas relacionadas com a pro- de 1994, zelarão pelo cumprimento dos di-
teção ao idoso; reitos do idoso, definidos nesta Lei.
IV – viabilização de formas alternativas TÍTULO II
de participação, ocupação e convívio do ido- Dos Direitos Fundamentais
so com as demais gerações; CAPÍTULO I
V – priorização do atendimento do ido- Do Direito à Vida
so por sua própria família, em detrimento do Art. 8o O envelhecimento é um direito
atendimento asilar, exceto dos que não a personalíssimo e a sua proteção um direito
possuam ou careçam de condições de ma- social, nos termos desta Lei e da legislação
nutenção da própria sobrevivência; vigente.
VI – capacitação e reciclagem dos re- Art. 9o É obrigação do Estado, garantir
cursos humanos nas áreas de geriatria e à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde,
gerontologia e na prestação de serviços aos mediante efetivação de políticas sociais pú-
idosos; blicas que permitam um envelhecimento
VII – estabelecimento de mecanismos saudável e em condições de dignidade.
que favoreçam a divulgação de informações CAPÍTULO II
de caráter educativo sobre os aspectos bio- Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à
psicossociais de envelhecimento; Dignidade
VIII – garantia de acesso à rede de ser- Art. 10. É obrigação do Estado e da
viços de saúde e de assistência social lo- sociedade, assegurar à pessoa idosa a li-
cais. berdade, o respeito e a dignidade, como
IX – prioridade no recebimento da res- pessoa humana e sujeito de direitos civis,
tituição do Imposto de Renda. políticos, individuais e sociais, garantidos na
(Incluído pela Lei nº 11.765, de 2008). Constituição e nas leis.
§ 2º Dentre os idosos, é assegurada § 1o O direito à liberdade compreende,
prioridade especial aos maiores de oitenta entre outros, os seguintes aspectos:
anos, atendendo-se suas necessidades I – faculdade de ir, vir e estar nos lo-
sempre preferencialmente em relação aos gradouros públicos e espaços comunitários,
demais idosos. (Incluído pela Lei ressalvadas as restrições legais;
nº 13.466, de 2017) II – opinião e expressão;
Art. 4o Nenhum idoso será objeto de III – crença e culto religioso;
qualquer tipo de negligência, discriminação, IV – prática de esportes e de diversões;
violência, crueldade ou opressão, e todo V – participação na vida familiar e co-
atentado aos seus direitos, por ação ou munitária;
omissão, será punido na forma da lei. VI – participação na vida política, na
§ 1o É dever de todos prevenir a amea- forma da lei;
ça ou violação aos direitos do idoso. VII – faculdade de buscar refúgio, auxí-
§ 2o As obrigações previstas nesta Lei lio e orientação.
não excluem da prevenção outras decorren- § 2o O direito ao respeito consiste na
tes dos princípios por ela adotados. inviolabilidade da integridade física, psíquica
Art. 5o A inobservância das normas de e moral, abrangendo a preservação da ima-
prevenção importará em responsabilidade à gem, da identidade, da autonomia, de valo-
pessoa física ou jurídica nos termos da lei.
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Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

res, idéias e crenças, dos espaços e dos cas ou sem fins lucrativos e eventualmente
objetos pessoais. conveniadas com o Poder Público, nos mei-
§ 3o É dever de todos zelar pela digni- os urbano e rural;
dade do idoso, colocando-o a salvo de qual- V – reabilitação orientada pela geriatria
quer tratamento desumano, violento, aterro- e gerontologia, para redução das seqüelas
rizante, vexatório ou constrangedor. decorrentes do agravo da saúde.
CAPÍTULO III § 2o Incumbe ao Poder Público fornecer
Dos Alimentos aos idosos, gratuitamente, medicamentos,
Art. 11. Os alimentos serão prestados especialmente os de uso continuado, assim
ao idoso na forma da lei civil. como próteses, órteses e outros recursos
Art. 12. A obrigação alimentar é solidá- relativos ao tratamento, habilitação ou reabi-
ria, podendo o idoso optar entre os prestado- litação.
res. § 3o É vedada a discriminação do idoso
Art. 13. As transações relativas a ali- nos planos de saúde pela cobrança de valo-
mentos poderão ser celebradas perante o res diferenciados em razão da idade.
Promotor de Justiça ou Defensor Público, § 4o Os idosos portadores de deficiên-
que as referendará, e passarão a ter efeito cia ou com limitação incapacitante terão
de título executivo extrajudicial nos termos atendimento especializado, nos termos da
da lei processual civil. (Redação dada lei.
pela Lei nº 11.737, de 2008) § 5o É vedado exigir o comparecimento
Art. 14. Se o idoso ou seus familiares do idoso enfermo perante os órgãos públi-
não possuírem condições econômicas de cos, hipótese na qual será admitido o se-
prover o seu sustento, impõe-se ao Poder guinte procedimento: (Incluído pela Lei
Público esse provimento, no âmbito da as- nº 12.896, de 2013)
sistência social. I - quando de interesse do poder público,
CAPÍTULO IV o agente promoverá o contato necessário
Do Direito à Saúde com o idoso em sua residência;
Art. 15. É assegurada a atenção inte- ou (Incluído pela Lei nº 12.896, de 2013)
gral à saúde do idoso, por intermédio do Sis- II - quando de interesse do próprio idoso,
tema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe este se fará representar por procurador le-
o acesso universal e igualitário, em conjunto galmente constituído. (Incluído pela Lei
articulado e contínuo das ações e serviços, nº 12.896, de 2013)
para a prevenção, promoção, proteção e § 6o É assegurado ao idoso enfermo o
recuperação da saúde, incluindo a atenção atendimento domiciliar pela perícia médica
especial às doenças que afetam preferenci- do Instituto Nacional do Seguro Social -
almente os idosos. INSS, pelo serviço público de saúde ou pelo
§ 1o A prevenção e a manutenção da serviço privado de saúde, contratado ou
saúde do idoso serão efetivadas por meio conveniado, que integre o Sistema Único de
de: Saúde - SUS, para expedição do laudo de
I – cadastramento da população idosa saúde necessário ao exercício de seus direi-
em base territorial; tos sociais e de isenção tributá-
II – atendimento geriátrico e gerontoló- ria. (Incluído pela Lei nº 12.896, de 2013)
gico em ambulatórios; § 7º Em todo atendimento de saúde, os
III – unidades geriátricas de referência, maiores de oitenta anos terão preferência
com pessoal especializado nas áreas de especial sobre os demais idosos, exceto em
geriatria e gerontologia social; caso de emergência. (Incluído pela Lei nº
IV – atendimento domiciliar, incluindo a 13.466, de 2017).
internação, para a população que dele ne- Art. 16. Ao idoso internado ou em ob-
cessitar e esteja impossibilitada de se loco- servação é assegurado o direito a acompa-
mover, inclusive para idosos abrigados e nhante, devendo o órgão de saúde proporci-
acolhidos por instituições públicas, filantrópi- onar as condições adequadas para a sua
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Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

permanência em tempo integral, segundo o § 2o Aplica-se, no que couber, à notifi-


critério médico. cação compulsória prevista no caput deste
Parágrafo único. Caberá ao profissional artigo, o disposto na Lei no 6.259, de 30 de
de saúde responsável pelo tratamento con- outubro de 1975. (Incluído pela Lei nº
ceder autorização para o acompanhamento 12.461, de 2011)
do idoso ou, no caso de impossibilidade, CAPÍTULO V
justificá-la por escrito. Da Educação, Cultura, Esporte e Lazer
Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio Art. 20. O idoso tem direito a educação,
de suas faculdades mentais é assegurado o cultura, esporte, lazer, diversões, espetácu-
direito de optar pelo tratamento de saúde los, produtos e serviços que respeitem sua
que lhe for reputado mais favorável. peculiar condição de idade.
Parágrafo único. Não estando o idoso Art. 21. O Poder Público criará oportu-
em condições de proceder à opção, esta nidades de acesso do idoso à educação,
será feita: adequando currículos, metodologias e mate-
I – pelo curador, quando o idoso for rial didático aos programas educacionais a
interditado; ele destinados.
II – pelos familiares, quando o idoso § 1o Os cursos especiais para idosos
não tiver curador ou este não puder ser con- incluirão conteúdo relativo às técnicas de
tactado em tempo hábil; comunicação, computação e demais avan-
III – pelo médico, quando ocorrer imi- ços tecnológicos, para sua integração à vida
nente risco de vida e não houver tempo hábil moderna.
para consulta a curador ou familiar; § 2o Os idosos participarão das come-
IV – pelo próprio médico, quando não morações de caráter cívico ou cultural, para
houver curador ou familiar conhecido, caso transmissão de conhecimentos e vivências
em que deverá comunicar o fato ao Ministé- às demais gerações, no sentido da preser-
rio Público. vação da memória e da identidade culturais.
Art. 18. As instituições de saúde devem Art. 22. Nos currículos mínimos dos
atender aos critérios mínimos para o aten- diversos níveis de ensino formal serão inse-
dimento às necessidades do idoso, promo- ridos conteúdos voltados ao processo de
vendo o treinamento e a capacitação dos envelhecimento, ao respeito e à valorização
profissionais, assim como orientação a cui- do idoso, de forma a eliminar o preconceito e
dadores familiares e grupos de auto-ajuda. a produzir conhecimentos sobre a matéria.
Art. 19. Os casos de suspeita ou con- Art. 23. A participação dos idosos em
firmação de violência praticada contra idosos atividades culturais e de lazer será proporci-
serão objeto de notificação compulsória pe- onada mediante descontos de pelo menos
los serviços de saúde públicos e privados à 50% (cinqüenta por cento) nos ingressos
autoridade sanitária, bem como serão obri- para eventos artísticos, culturais, esportivos
gatoriamente comunicados por eles a quais- e de lazer, bem como o acesso preferencial
quer dos seguintes órgãos: (Redação aos respectivos locais.
dada pela Lei nº 12.461, de 2011) Art. 24. Os meios de comunicação
I – autoridade policial; manterão espaços ou horários especiais vol-
II – Ministério Público; tados aos idosos, com finalidade informativa,
III – Conselho Municipal do Idoso; educativa, artística e cultural, e ao público
IV – Conselho Estadual do Idoso; sobre o processo de envelhecimento.
V – Conselho Nacional do Idoso. Art. 25. As instituições de educação
§ 1o Para os efeitos desta Lei, conside- superior ofertarão às pessoas idosas, na
ra-se violência contra o idoso qualquer ação perspectiva da educação ao longo da vida,
ou omissão praticada em local público ou cursos e programas de extensão, presenci-
privado que lhe cause morte, dano ou sofri- ais ou a distância, constituídos por ativida-
mento físico ou psicológico. (Incluído des formais e não formais. (Redação dada
pela Lei nº 12.461, de 2011) pela lei nº 13.535, de 2017)
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Parágrafo único. O poder público apoi- finido em regulamento, observados os crité-


ará a criação de universidade aberta para as rios estabelecidos pela Lei no 8.213, de 24
pessoas idosas e incentivará a publicação de julho de 1991.
de livros e periódicos, de conteúdo e padrão Art. 30. A perda da condição de segu-
editorial adequados ao idoso, que facilitem a rado não será considerada para a conces-
leitura, considerada a natural redução da são da aposentadoria por idade, desde que
capacidade visual. (Incluído pela lei nº a pessoa conte com, no mínimo, o tempo de
13.535, de 2017) contribuição correspondente ao exigido para
CAPÍTULO VI efeito de carência na data de requerimento
Da Profissionalização e do Trabalho do benefício.
Art. 26. O idoso tem direito ao exercício Parágrafo único. O cálculo do valor do
de atividade profissional, respeitadas suas benefício previsto no caput observará o dis-
condições físicas, intelectuais e psíquicas. posto no caput e § 2o do art. 3o da Lei
art27Art. 27. Na admissão do idoso em no 9.876, de 26 de novembro de 1999, ou,
qualquer trabalho ou emprego, é vedada a não havendo salários-de-contribuição reco-
discriminação e a fixação de limite máximo lhidos a partir da competência de julho de
de idade, inclusive para concursos, ressal- 1994, o disposto no art. 35 da Lei no 8.213,
vados os casos em que a natureza do cargo de 1991.
o exigir. Art. 31. O pagamento de parcelas rela-
Parágrafo único. O primeiro critério de tivas a benefícios, efetuado com atraso por
desempate em concurso público será a ida- responsabilidade da Previdência Social, será
de, dando-se preferência ao de idade mais atualizado pelo mesmo índice utilizado para
elevada. os reajustamentos dos benefícios do Regime
Art. 28. O Poder Público criará e esti- Geral de Previdência Social, verificado no
mulará programas de: período compreendido entre o mês que de-
I – profissionalização especializada pa- veria ter sido pago e o mês do efetivo paga-
ra os idosos, aproveitando seus potenciais e mento.
habilidades para atividades regulares e re- Art. 32. O Dia Mundial do Trabalho,
muneradas; o
1 de Maio, é a data-base dos aposentados
II – preparação dos trabalhadores para e pensionistas.
a aposentadoria, com antecedência mínima CAPÍTULO VIII
de 1 (um) ano, por meio de estímulo a novos Da Assistência Social
projetos sociais, conforme seus interesses, e Art. 33. A assistência social aos idosos
de esclarecimento sobre os direitos sociais e será prestada, de forma articulada, conforme
de cidadania; os princípios e diretrizes previstos na Lei
III – estímulo às empresas privadas pa- Orgânica da Assistência Social, na Política
ra admissão de idosos ao trabalho. Nacional do Idoso, no Sistema Único de Sa-
CAPÍTULO VII úde e demais normas pertinentes.
Da Previdência Social Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (ses-
Art. 29. Os benefícios de aposentadoria senta e cinco) anos, que não possuam mei-
e pensão do Regime Geral da Previdência os para prover sua subsistência, nem de tê-
Social observarão, na sua concessão, crité- la provida por sua família, é assegurado o
rios de cálculo que preservem o valor real benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo,
dos salários sobre os quais incidiram contri- nos termos da Lei Orgânica da Assistência
buição, nos termos da legislação vigente. Social – Loas. (Vide Decreto nº 6.214, de
Parágrafo único. Os valores dos bene- 2007)
fícios em manutenção serão reajustados na Parágrafo único. O benefício já conce-
mesma data de reajuste do salário- dido a qualquer membro da família nos ter-
mínimo, pro rata, de acordo com suas res- mos do caput não será computado para os
pectivas datas de início ou do seu último fins do cálculo da renda familiar per capita a
reajustamento, com base em percentual de- que se refere a Loas.
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Art. 35. Todas as entidades de longa I - reserva de pelo menos 3% (três por
permanência, ou casa-lar, são obrigadas a cento) das unidades habitacionais residenci-
firmar contrato de prestação de serviços com ais para atendimento aos ido-
a pessoa idosa abrigada. sos; (Redação dada pela Lei nº 12.418,
§ 1o No caso de entidades filantrópicas, de 2011)
ou casa-lar, é facultada a cobrança de parti- II – implantação de equipamentos ur-
cipação do idoso no custeio da entidade. banos comunitários voltados ao idoso;
§ 2o O Conselho Municipal do Idoso ou III – eliminação de barreiras arquitetôni-
o Conselho Municipal da Assistência Social cas e urbanísticas, para garantia de acessi-
estabelecerá a forma de participação previs- bilidade ao idoso;
ta no § 1o, que não poderá exceder a 70% IV – critérios de financiamento compatí-
(setenta por cento) de qualquer benefício veis com os rendimentos de aposentadoria e
previdenciário ou de assistência social per- pensão.
cebido pelo idoso. Parágrafo único. As unidades residen-
§ 3o Se a pessoa idosa for incapaz, ca- ciais reservadas para atendimento a idosos
berá a seu representante legal firmar o con- devem situar-se, preferencialmente, no pa-
trato a que se refere o caput deste artigo. vimento térreo. (Incluído pela Lei nº
Art. 36. O acolhimento de idosos em 12.419, de 2011)
situação de risco social, por adulto ou núcleo CAPÍTULO X
familiar, caracteriza a dependência econô- Do Transporte
mica, para os efeitos legais. (Vigência) Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e
CAPÍTULO IX cinco) anos fica assegurada a gratuidade
Da Habitação dos transportes coletivos públicos urbanos e
Art. 37. O idoso tem direito a moradia semi-urbanos, exceto nos serviços seletivos
digna, no seio da família natural ou substitu- e especiais, quando prestados paralelamen-
ta, ou desacompanhado de seus familiares, te aos serviços regulares.
quando assim o desejar, ou, ainda, em insti- § 1o Para ter acesso à gratuidade, bas-
tuição pública ou privada. ta que o idoso apresente qualquer documen-
§ 1o A assistência integral na modalida- to pessoal que faça prova de sua idade.
de de entidade de longa permanência será § 2o Nos veículos de transporte coletivo
prestada quando verificada inexistência de de que trata este artigo, serão reservados
grupo familiar, casa-lar, abandono ou carên- 10% (dez por cento) dos assentos para os
cia de recursos financeiros próprios ou da idosos, devidamente identificados com a
família. placa de reservado preferencialmente para
§ 2o Toda instituição dedicada ao aten- idosos.
dimento ao idoso fica obrigada a manter § 3o No caso das pessoas compreendi-
identificação externa visível, sob pena de das na faixa etária entre 60 (sessenta) e 65
interdição, além de atender toda a legislação (sessenta e cinco) anos, ficará a critério da
pertinente. legislação local dispor sobre as condições
§ 3o As instituições que abrigarem ido- para exercício da gratuidade nos meios de
sos são obrigadas a manter padrões de ha- transporte previstos no caput deste artigo.
bitação compatíveis com as necessidades Art. 40. No sistema de transporte coleti-
deles, bem como provê-los com alimentação vo interestadual observar-se-á, nos termos
regular e higiene indispensáveis às normas da legislação específi-
sanitárias e com estas condizentes, sob as ca: (Regulamento) (Vide Decreto nº
penas da lei. 5.934, de 2006)
Art. 38. Nos programas habitacionais, I – a reserva de 2 (duas) vagas gratui-
públicos ou subsidiados com recursos públi- tas por veículo para idosos com renda igual
cos, o idoso goza de prioridade na aquisição ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos;
de imóvel para moradia própria, observado o II – desconto de 50% (cinqüenta por
seguinte: cento), no mínimo, no valor das passagens,
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para os idosos que excederem as vagas gra- IV – inclusão em programa oficial ou


tuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) comunitário de auxílio, orientação e trata-
salários-mínimos. mento a usuários dependentes de drogas
Parágrafo único. Caberá aos órgãos lícitas ou ilícitas, ao próprio idoso ou à pes-
competentes definir os mecanismos e os soa de sua convivência que lhe cause per-
critérios para o exercício dos direitos previs- turbação;
tos nos incisos I e II. V – abrigo em entidade;
Art. 41. É assegurada a reserva, para VI – abrigo temporário.
os idosos, nos termos da lei local, de 5% TÍTULO IV
(cinco por cento) das vagas nos estaciona- Da Política de Atendimento ao Idoso
mentos públicos e privados, as quais deve- CAPÍTULO I
rão ser posicionadas de forma a garantir a Disposições Gerais
melhor comodidade ao idoso. Art. 46. A política de atendimento ao
Art. 42. São asseguradas a prioridade e idoso far-se-á por meio do conjunto articula-
a segurança do idoso nos procedimentos de do de ações governamentais e não-
embarque e desembarque nos veículos do governamentais da União, dos Estados, do
sistema de transporte coletivo. (Redação Distrito Federal e dos Municípios.
dada pela Lei nº 12.899, de 2013) Art. 47. São linhas de ação da política
TÍTULO III de atendimento:
Das Medidas de Proteção I – políticas sociais básicas, previstas
CAPÍTULO I na Lei no 8.842, de 4 de janeiro de 1994;
Das Disposições Gerais II – políticas e programas de assistên-
Art. 43. As medidas de proteção ao ido- cia social, em caráter supletivo, para aqueles
so são aplicáveis sempre que os direitos re- que necessitarem;
conhecidos nesta Lei forem ameaçados ou III – serviços especiais de prevenção e
violados: atendimento às vítimas de negligência,
I – por ação ou omissão da sociedade maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e
ou do Estado; opressão;
II – por falta, omissão ou abuso da fa- IV – serviço de identificação e localiza-
mília, curador ou entidade de atendimento; ção de parentes ou responsáveis por idosos
III – em razão de sua condição pessoal. abandonados em hospitais e instituições de
CAPÍTULO II longa permanência;
Das Medidas Específicas de Proteção V – proteção jurídico-social por entida-
Art. 44. As medidas de proteção ao ido- des de defesa dos direitos dos idosos;
so previstas nesta Lei poderão ser aplica- VI – mobilização da opinião pública no
das, isolada ou cumulativamente, e levarão sentido da participação dos diversos seg-
em conta os fins sociais a que se destinam e mentos da sociedade no atendimento do
o fortalecimento dos vínculos familiares e idoso.
comunitários. CAPÍTULO II
Art. 45. Verificada qualquer das hipóte- Das Entidades de Atendimento ao Idoso
ses previstas no art. 43, o Ministério Público Art. 48. As entidades de atendimento
ou o Poder Judiciário, a requerimento da- são responsáveis pela manutenção das pró-
quele, poderá determinar, dentre outras, as prias unidades, observadas as normas de
seguintes medidas: planejamento e execução emanadas do ór-
I – encaminhamento à família ou cura- gão competente da Política Nacional do Ido-
dor, mediante termo de responsabilidade; so, conforme a Lei no 8.842, de 1994.
II – orientação, apoio e acompanha- Parágrafo único. As entidades gover-
mento temporários; namentais e não-governamentais de assis-
III – requisição para tratamento de sua tência ao idoso ficam sujeitas à inscrição de
saúde, em regime ambulatorial, hospitalar ou seus programas, junto ao órgão competente
domiciliar; da Vigilância Sanitária e Conselho Municipal
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Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

da Pessoa Idosa, e em sua falta, junto ao VI – diligenciar no sentido da preserva-


Conselho Estadual ou Nacional da Pessoa ção dos vínculos familiares;
Idosa, especificando os regimes de atendi- VII – oferecer acomodações apropria-
mento, observados os seguintes requisitos: das para recebimento de visitas;
I – oferecer instalações físicas em con- VIII – proporcionar cuidados à saúde,
dições adequadas de habitabilidade, higiene, conforme a necessidade do idoso;
salubridade e segurança; IX – promover atividades educacionais,
II – apresentar objetivos estatutários e esportivas, culturais e de lazer;
plano de trabalho compatíveis com os prin- X – propiciar assistência religiosa àque-
cípios desta Lei; les que desejarem, de acordo com suas
III – estar regularmente constituída; crenças;
IV – demonstrar a idoneidade de seus XI – proceder a estudo social e pessoal
dirigentes. de cada caso;
Art. 49. As entidades que desenvolvam XII – comunicar à autoridade competen-
programas de institucionalização de longa te de saúde toda ocorrência de idoso porta-
permanência adotarão os seguintes princí- dor de doenças infecto-contagiosas;
pios: XIII – providenciar ou solicitar que o
I – preservação dos vínculos familiares; Ministério Público requisite os documentos
II – atendimento personalizado e em necessários ao exercício da cidadania àque-
pequenos grupos; les que não os tiverem, na forma da lei;
III – manutenção do idoso na mesma XIV – fornecer comprovante de depósi-
instituição, salvo em caso de força maior; to dos bens móveis que receberem dos ido-
IV – participação do idoso nas ativida- sos;
des comunitárias, de caráter interno e exter- XV – manter arquivo de anotações on-
no; de constem data e circunstâncias do aten-
V – observância dos direitos e garantias dimento, nome do idoso, responsável, pa-
dos idosos; rentes, endereços, cidade, relação de seus
VI – preservação da identidade do ido- pertences, bem como o valor de contribui-
so e oferecimento de ambiente de respeito e ções, e suas alterações, se houver, e de-
dignidade. mais dados que possibilitem sua identifica-
Parágrafo único. O dirigente de institui- ção e a individualização do atendimento;
ção prestadora de atendimento ao idoso XVI – comunicar ao Ministério Público,
responderá civil e criminalmente pelos atos para as providências cabíveis, a situação de
que praticar em detrimento do idoso, sem abandono moral ou material por parte dos
prejuízo das sanções administrativas. familiares;
Art. 50. Constituem obrigações das enti- XVII – manter no quadro de pessoal
dades de atendimento: profissionais com formação específica.
I – celebrar contrato escrito de presta- Art. 51. As instituições filantrópicas ou
ção de serviço com o idoso, especificando o sem fins lucrativos prestadoras de serviço ao
tipo de atendimento, as obrigações da enti- idoso terão direito à assistência judiciária
dade e prestações decorrentes do contrato, gratuita.
com os respectivos preços, se for o caso; CAPÍTULO III
II – observar os direitos e as garantias Da Fiscalização das Entidades de Aten-
de que são titulares os idosos; dimento
III – fornecer vestuário adequado, se for Art. 52. As entidades governamentais e
pública, e alimentação suficiente; não-governamentais de atendimento ao ido-
IV – oferecer instalações físicas em so serão fiscalizadas pelos Conselhos do
condições adequadas de habitabilidade; Idoso, Ministério Público, Vigilância Sanitária
V – oferecer atendimento personaliza- e outros previstos em lei.
do;

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Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

Art. 53. O art. 7o da Lei no 8.842, de dissolução da entidade, com a proibição de


1994, passa a vigorar com a seguinte reda- atendimento a idosos a bem do interesse
ção: público, sem prejuízo das providências a
"Art. 7o Compete aos Conselhos de que trata serem tomadas pela Vigilância Sanitária.
o art. 6o desta Lei a supervisão, o acompa- § 4o Na aplicação das penalidades, se-
nhamento, a fiscalização e a avaliação da rão consideradas a natureza e a gravidade
política nacional do idoso, no âmbito das da infração cometida, os danos que dela
respectivas instâncias político- provierem para o idoso, as circunstâncias
administrativas." (NR) agravantes ou atenuantes e os antecedentes
Art. 54. Será dada publicidade das da entidade.
prestações de contas dos recursos públicos CAPÍTULO IV
e privados recebidos pelas entidades de Das Infrações Administrativas
atendimento. Art. 56. Deixar a entidade de atendi-
Art. 55. As entidades de atendimento mento de cumprir as determinações do art.
que descumprirem as determinações desta 50 desta Lei:
Lei ficarão sujeitas, sem prejuízo da respon- Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos
sabilidade civil e criminal de seus dirigentes reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais), se o
ou prepostos, às seguintes penalidades, ob- fato não for caracterizado como crime, po-
servado o devido processo legal: dendo haver a interdição do estabelecimento
I – as entidades governamentais: até que sejam cumpridas as exigências le-
a) advertência; gais.
b) afastamento provisório de seus diri- Parágrafo único. No caso de interdição
gentes; do estabelecimento de longa permanência,
c) afastamento definitivo de seus diri- os idosos abrigados serão transferidos para
gentes; outra instituição, a expensas do estabeleci-
d) fechamento de unidade ou interdição mento interditado, enquanto durar a interdi-
de programa; ção.
II – as entidades não-governamentais: Art. 57. Deixar o profissional de saúde
a) advertência; ou o responsável por estabelecimento de
b) multa; saúde ou instituição de longa permanência
c) suspensão parcial ou total do repas- de comunicar à autoridade competente os
se de verbas públicas; casos de crimes contra idoso de que tiver
d) interdição de unidade ou suspensão conhecimento:
de programa; Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos
e) proibição de atendimento a idosos a reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais), aplicada
bem do interesse público. em dobro no caso de reincidência.
§ 1o Havendo danos aos idosos abriga- Art. 58. Deixar de cumprir as determi-
dos ou qualquer tipo de fraude em relação nações desta Lei sobre a prioridade no
ao programa, caberá o afastamento provisó- atendimento ao idoso:
rio dos dirigentes ou a interdição da unidade Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos
e a suspensão do programa. reais) a R$ 1.000,00 (um mil reais) e multa
§ 2o A suspensão parcial ou total do civil a ser estipulada pelo juiz, conforme o
repasse de verbas públicas ocorrerá quando dano sofrido pelo idoso.
verificada a má aplicação ou desvio de fina- CAPÍTULO V
lidade dos recursos. Da Apuração Administrativa de Infração
§ 3o Na ocorrência de infração por enti- às
dade de atendimento, que coloque em risco Normas de Proteção ao Idoso
os direitos assegurados nesta Lei, será o Art. 59. Os valores monetários expres-
fato comunicado ao Ministério Público, para sos no Capítulo IV serão atualizados anual-
as providências cabíveis, inclusive para mente, na forma da lei.
promover a suspensão das atividades ou
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Art. 60. O procedimento para a imposi- tada de pessoa interessada ou iniciativa do


ção de penalidade administrativa por infra- Ministério Público.
ção às normas de proteção ao idoso terá Art. 66. Havendo motivo grave, poderá
início com requisição do Ministério Público a autoridade judiciária, ouvido o Ministério
ou auto de infração elaborado por servidor Público, decretar liminarmente o afastamen-
efetivo e assinado, se possível, por duas to provisório do dirigente da entidade ou ou-
testemunhas. tras medidas que julgar adequadas, para
§ 1o No procedimento iniciado com o evitar lesão aos direitos do idoso, mediante
auto de infração poderão ser usadas fórmu- decisão fundamentada.
las impressas, especificando-se a natureza e Art. 67. O dirigente da entidade será
as circunstâncias da infração. citado para, no prazo de 10 (dez) dias, ofe-
§ 2o Sempre que possível, à verificação recer resposta escrita, podendo juntar do-
da infração seguir-se-á a lavratura do auto, cumentos e indicar as provas a produzir.
ou este será lavrado dentro de 24 (vinte e Art. 68. Apresentada a defesa, o juiz
quatro) horas, por motivo justificado. procederá na conformidade do art. 69 ou, se
Art. 61. O autuado terá prazo de 10 necessário, designará audiência de instru-
(dez) dias para a apresentação da defesa, ção e julgamento, deliberando sobre a ne-
contado da data da intimação, que será feita: cessidade de produção de outras provas.
I – pelo autuante, no instrumento de § 1o Salvo manifestação em audiência,
autuação, quando for lavrado na presença as partes e o Ministério Público terão 5 (cin-
do infrator; co) dias para oferecer alegações finais, de-
II – por via postal, com aviso de rece- cidindo a autoridade judiciária em igual pra-
bimento. zo.
Art. 62. Havendo risco para a vida ou à § 2o Em se tratando de afastamento
saúde do idoso, a autoridade competente provisório ou definitivo de dirigente de enti-
aplicará à entidade de atendimento as san- dade governamental, a autoridade judiciária
ções regulamentares, sem prejuízo da inicia- oficiará a autoridade administrativa imedia-
tiva e das providências que vierem a ser tamente superior ao afastado, fixando-lhe
adotadas pelo Ministério Público ou pelas prazo de 24 (vinte e quatro) horas para pro-
demais instituições legitimadas para a fisca- ceder à substituição.
lização. § 3o Antes de aplicar qualquer das me-
Art. 63. Nos casos em que não houver didas, a autoridade judiciária poderá fixar
risco para a vida ou a saúde da pessoa ido- prazo para a remoção das irregularidades
sa abrigada, a autoridade competente apli- verificadas. Satisfeitas as exigências, o pro-
cará à entidade de atendimento as sanções cesso será extinto, sem julgamento do méri-
regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e to.
das providências que vierem a ser adotadas § 4o A multa e a advertência serão im-
pelo Ministério Público ou pelas demais insti- postas ao dirigente da entidade ou ao res-
tuições legitimadas para a fiscalização. ponsável pelo programa de atendimento.
CAPÍTULO VI TÍTULO V
Da Apuração Judicial de Irregularidades Do Acesso à Justiça
em Entidade de Atendimento CAPÍTULO I
Art. 64. Aplicam-se, subsidiariamente, Disposições Gerais
ao procedimento administrativo de que trata Art. 69. Aplica-se, subsidiariamente, às
este Capítulo as disposições das Leis disposições deste Capítulo, o procedimento
nos 6.437, de 20 de agosto de 1977, e 9.784, sumário previsto no Código de Processo Ci-
de 29 de janeiro de 1999. vil, naquilo que não contrarie os prazos pre-
Art. 65. O procedimento de apuração vistos nesta Lei.
de irregularidade em entidade governamen- Art. 70. O Poder Público poderá criar
tal e não-governamental de atendimento ao varas especializadas e exclusivas do idoso.
idoso terá início mediante petição fundamen-
102
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

Art. 71. É assegurada prioridade na cunstâncias que justifiquem a medida e ofi-


tramitação dos processos e procedimentos e ciar em todos os feitos em que se discutam
na execução dos atos e diligências judiciais os direitos de idosos em condições de risco;
em que figure como parte ou interveniente III – atuar como substituto processual
pessoa com idade igual ou superior a 60 do idoso em situação de risco, conforme o
(sessenta) anos, em qualquer instância. disposto no art. 43 desta Lei;
§ 1o O interessado na obtenção da prio- IV – promover a revogação de instru-
ridade a que alude este artigo, fazendo pro- mento procuratório do idoso, nas hipóteses
va de sua idade, requererá o benefício à au- previstas no art. 43 desta Lei, quando ne-
toridade judiciária competente para decidir o cessário ou o interesse público justificar;
feito, que determinará as providências a se- V – instaurar procedimento administra-
rem cumpridas, anotando-se essa circuns- tivo e, para instruí-lo:
tância em local visível nos autos do proces- a) expedir notificações, colher depoi-
so. mentos ou esclarecimentos e, em caso de
§ 2o A prioridade não cessará com a não comparecimento injustificado da pessoa
morte do beneficiado, estendendo-se em notificada, requisitar condução coercitiva,
favor do cônjuge supérstite, companheiro ou inclusive pela Polícia Civil ou Militar;
companheira, com união estável, maior de b) requisitar informações, exames, pe-
60 (sessenta) anos. rícias e documentos de autoridades munici-
§ 3o A prioridade se estende aos pro- pais, estaduais e federais, da administração
cessos e procedimentos na Administração direta e indireta, bem como promover inspe-
Pública, empresas prestadoras de serviços ções e diligências investigatórias;
públicos e instituições financeiras, ao aten- c) requisitar informações e documentos
dimento preferencial junto à Defensoria Pu- particulares de instituições privadas;
blica da União, dos Estados e do Distrito VI – instaurar sindicâncias, requisitar
Federal em relação aos Serviços de Assis- diligências investigatórias e a instauração de
tência Judiciária. inquérito policial, para a apuração de ilícitos
§ 4o Para o atendimento prioritário será ou infrações às normas de proteção ao ido-
garantido ao idoso o fácil acesso aos assen- so;
tos e caixas, identificados com a destinação VII – zelar pelo efetivo respeito aos di-
a idosos em local visível e caracteres legí- reitos e garantias legais assegurados ao
veis. idoso, promovendo as medidas judiciais e
§ 5º Dentre os processos de idosos, extrajudiciais cabíveis;
dar-se-á prioridade especial aos maiores de VIII – inspecionar as entidades públicas
oitenta anos. (Incluído pela Lei nº 13.466, e particulares de atendimento e os progra-
de 2017). mas de que trata esta Lei, adotando de pron-
CAPÍTULO II to as medidas administrativas ou judiciais
Do Ministério Público necessárias à remoção de irregularidades
Art. 72. (VETADO) porventura verificadas;
Art. 73. As funções do Ministério Públi- IX – requisitar força policial, bem como
co, previstas nesta Lei, serão exercidas nos a colaboração dos serviços de saúde, edu-
termos da respectiva Lei Orgânica. cacionais e de assistência social, públicos,
Art. 74. Compete ao Ministério Público: para o desempenho de suas atribuições;
I – instaurar o inquérito civil e a ação X – referendar transações envolvendo
civil pública para a proteção dos direitos e interesses e direitos dos idosos previstos
interesses difusos ou coletivos, individuais nesta Lei.
indisponíveis e individuais homogêneos do § 1o A legitimação do Ministério Público
idoso; para as ações cíveis previstas neste artigo
II – promover e acompanhar as ações não impede a de terceiros, nas mesmas hi-
de alimentos, de interdição total ou parcial, póteses, segundo dispuser a lei.
de designação de curador especial, em cir-
103
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

§ 2o As atribuições constantes deste idoso, cujo juízo terá competência absoluta


artigo não excluem outras, desde que com- para processar a causa, ressalvadas as
patíveis com a finalidade e atribuições do competências da Justiça Federal e a compe-
Ministério Público. tência originária dos Tribunais Superiores.
§ 3o O representante do Ministério Pú- Art. 81. Para as ações cíveis fundadas
blico, no exercício de suas funções, terá livre em interesses difusos, coletivos, individuais
acesso a toda entidade de atendimento ao indisponíveis ou homogêneos, consideram-
idoso. se legitimados, concorrentemente:
Art. 75. Nos processos e procedimentos I – o Ministério Público;
em que não for parte, atuará obrigatoriamen- II – a União, os Estados, o Distrito Fe-
te o Ministério Público na defesa dos direitos deral e os Municípios;
e interesses de que cuida esta Lei, hipóteses III – a Ordem dos Advogados do Brasil;
em que terá vista dos autos depois das par- IV – as associações legalmente consti-
tes, podendo juntar documentos, requerer tuídas há pelo menos 1 (um) ano e que in-
diligências e produção de outras provas, cluam entre os fins institucionais a defesa
usando os recursos cabíveis. dos interesses e direitos da pessoa idosa,
Art. 76. A intimação do Ministério Públi- dispensada a autorização da assembléia, se
co, em qualquer caso, será feita pessoal- houver prévia autorização estatutária.
mente. § 1o Admitir-se-á litisconsórcio facultati-
Art. 77. A falta de intervenção do Minis- vo entre os Ministérios Públicos da União e
tério Público acarreta a nulidade do feito, dos Estados na defesa dos interesses e di-
que será declarada de ofício pelo juiz ou a reitos de que cuida esta Lei.
requerimento de qualquer interessado. § 2o Em caso de desistência ou aban-
CAPÍTULO III dono da ação por associação legitimada, o
Da Proteção Judicial dos Interesses Difu- Ministério Público ou outro legitimado deverá
sos, Coletivos e Individuais Indisponíveis assumir a titularidade ativa.
ou Homogêneos Art. 82. Para defesa dos interesses e
Art. 78. As manifestações processuais direitos protegidos por esta Lei, são admis-
do representante do Ministério Público deve- síveis todas as espécies de ação pertinen-
rão ser fundamentadas. tes.
Art. 79. Regem-se pelas disposições Parágrafo único. Contra atos ilegais ou
desta Lei as ações de responsabilidade por abusivos de autoridade pública ou agente de
ofensa aos direitos assegurados ao idoso, pessoa jurídica no exercício de atribuições
referentes à omissão ou ao oferecimento de Poder Público, que lesem direito líquido e
insatisfatório de: certo previsto nesta Lei, caberá ação man-
I – acesso às ações e serviços de saú- damental, que se regerá pelas normas da lei
de; do mandado de segurança.
II – atendimento especializado ao idoso Art. 83. Na ação que tenha por objeto o
portador de deficiência ou com limitação in- cumprimento de obrigação de fazer ou não-
capacitante; fazer, o juiz concederá a tutela específica da
III – atendimento especializado ao ido- obrigação ou determinará providências que
so portador de doença infecto-contagiosa; assegurem o resultado prático equivalente
IV – serviço de assistência social vi- ao adimplemento.
sando ao amparo do idoso. § 1o Sendo relevante o fundamento da
Parágrafo único. As hipóteses previstas demanda e havendo justificado receio de
neste artigo não excluem da proteção judici- ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz
al outros interesses difusos, coletivos, indivi- conceder a tutela liminarmente ou após justi-
duais indisponíveis ou homogêneos, pró- ficação prévia, na forma do art. 273 do Códi-
prios do idoso, protegidos em lei. go de Processo Civil.
Art. 80. As ações previstas neste Capí- § 2o O juiz poderá, na hipótese do §
tulo serão propostas no foro do domicílio do 1o ou na sentença, impor multa diária ao réu,
104
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

independentemente do pedido do autor, se Art. 90. Os agentes públicos em geral,


for suficiente ou compatível com a obriga- os juízes e tribunais, no exercício de suas
ção, fixando prazo razoável para o cumpri- funções, quando tiverem conhecimento de
mento do preceito. fatos que possam configurar crime de ação
§ 3o A multa só será exigível do réu pública contra idoso ou ensejar a propositura
após o trânsito em julgado da sentença favo- de ação para sua defesa, devem encami-
rável ao autor, mas será devida desde o dia nhar as peças pertinentes ao Ministério Pú-
em que se houver configurado. blico, para as providências cabíveis.
Art. 84. Os valores das multas previstas Art. 91. Para instruir a petição inicial, o
nesta Lei reverterão ao Fundo do Idoso, on- interessado poderá requerer às autoridades
de houver, ou na falta deste, ao Fundo Mu- competentes as certidões e informações que
nicipal de Assistência Social, ficando vincu- julgar necessárias, que serão fornecidas no
lados ao atendimento ao idoso. prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único. As multas não recolhi- Art. 92. O Ministério Público poderá ins-
das até 30 (trinta) dias após o trânsito em taurar sob sua presidência, inquérito civil, ou
julgado da decisão serão exigidas por meio requisitar, de qualquer pessoa, organismo
de execução promovida pelo Ministério Pú- público ou particular, certidões, informações,
blico, nos mesmos autos, facultada igual exames ou perícias, no prazo que assinalar,
iniciativa aos demais legitimados em caso de o qual não poderá ser inferior a 10 (dez) di-
inércia daquele. as.
Art. 85. O juiz poderá conferir efeito § 1o Se o órgão do Ministério Público,
suspensivo aos recursos, para evitar dano esgotadas todas as diligências, se conven-
irreparável à parte. cer da inexistência de fundamento para a
Art. 86. Transitada em julgado a sen- propositura da ação civil ou de peças infor-
tença que impuser condenação ao Poder mativas, determinará o seu arquivamento,
Público, o juiz determinará a remessa de fazendo-o fundamentadamente.
peças à autoridade competente, para apura- § 2o Os autos do inquérito civil ou as
ção da responsabilidade civil e administrati- peças de informação arquivados serão re-
va do agente a que se atribua a ação ou metidos, sob pena de se incorrer em falta
omissão. grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conse-
Art. 87. Decorridos 60 (sessenta) dias lho Superior do Ministério Público ou à Câ-
do trânsito em julgado da sentença condena- mara de Coordenação e Revisão do Ministé-
tória favorável ao idoso sem que o autor lhe rio Público.
promova a execução, deverá fazê-lo o Minis- § 3o Até que seja homologado ou rejei-
tério Público, facultada, igual iniciativa aos tado o arquivamento, pelo Conselho Superi-
demais legitimados, como assistentes ou or do Ministério Público ou por Câmara de
assumindo o pólo ativo, em caso de inércia Coordenação e Revisão do Ministério Públi-
desse órgão. co, as associações legitimadas poderão
Art. 88. Nas ações de que trata este apresentar razões escritas ou documentos,
Capítulo, não haverá adiantamento de cus- que serão juntados ou anexados às peças
tas, emolumentos, honorários periciais e de informação.
quaisquer outras despesas. § 4o Deixando o Conselho Superior ou
Parágrafo único. Não se imporá su- a Câmara de Coordenação e Revisão do
cumbência ao Ministério Público. Ministério Público de homologar a promoção
Art. 89. Qualquer pessoa poderá, e o de arquivamento, será designado outro
servidor deverá, provocar a iniciativa do Mi- membro do Ministério Público para o ajuiza-
nistério Público, prestando-lhe informações mento da ação.
sobre os fatos que constituam objeto de TÍTULO VI
ação civil e indicando-lhe os elementos de Dos Crimes
convicção. CAPÍTULO I
Disposições Gerais
105
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

Art. 93. Aplicam-se subsidiariamente, Art. 99. Expor a perigo a integridade e a


no que couber, as disposições da Lei saúde, física ou psíquica, do idoso, subme-
no 7.347, de 24 de julho de 1985. tendo-o a condições desumanas ou degra-
Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, dantes ou privando-o de alimentos e cuida-
cuja pena máxima privativa de liberdade não dos indispensáveis, quando obrigado a fazê-
ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o pro- lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo ou
cedimento previsto na Lei no 9.099, de 26 de inadequado:
setembro de 1995, e, subsidiariamente, no Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1
que couber, as disposições do Código Penal (um) ano e multa.
e do Código de Processo Penal. (Vide ADI § 1o Se do fato resulta lesão corporal de
3.096-5 - STF) natureza grave:
CAPÍTULO II Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro)
Dos Crimes em Espécie anos.
Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei § 2o Se resulta a morte:
são de ação penal pública incondicionada, Pena – reclusão de 4 (quatro) a 12 (do-
não se lhes aplicando os arts. 181 e 182 do ze) anos.
Código Penal. Art. 100. Constitui crime punível com
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, im- reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e
pedindo ou dificultando seu acesso a opera- multa:
ções bancárias, aos meios de transporte, ao I – obstar o acesso de alguém a qual-
direito de contratar ou por qualquer outro quer cargo público por motivo de idade;
meio ou instrumento necessário ao exercício II – negar a alguém, por motivo de ida-
da cidadania, por motivo de idade: de, emprego ou trabalho;
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 III – recusar, retardar ou dificultar aten-
(um) ano e multa. dimento ou deixar de prestar assistência à
§ 1o Na mesma pena incorre quem saúde, sem justa causa, a pessoa idosa;
desdenhar, humilhar, menosprezar ou dis- IV – deixar de cumprir, retardar ou frus-
criminar pessoa idosa, por qualquer motivo. trar, sem justo motivo, a execução de ordem
§ 2o A pena será aumentada de 1/3 (um judicial expedida na ação civil a que alude
terço) se a vítima se encontrar sob os cuida- esta Lei;
dos ou responsabilidade do agente. V – recusar, retardar ou omitir dados
Art. 97. Deixar de prestar assistência ao técnicos indispensáveis à propositura da
idoso, quando possível fazê-lo sem risco ação civil objeto desta Lei, quando requisita-
pessoal, em situação de iminente perigo, ou dos pelo Ministério Público.
recusar, retardar ou dificultar sua assistência Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou
à saúde, sem justa causa, ou não pedir, frustrar, sem justo motivo, a execução de
nesses casos, o socorro de autoridade pú- ordem judicial expedida nas ações em que
blica: for parte ou interveniente o idoso:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1
(um) ano e multa. (um) ano e multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada Art. 102. Apropriar-se de ou desviar
de metade, se da omissão resulta lesão cor- bens, proventos, pensão ou qualquer outro
poral de natureza grave, e triplicada, se re- rendimento do idoso, dando-lhes aplicação
sulta a morte. diversa da de sua finalidade:
Art. 98. Abandonar o idoso em hospi- Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro)
tais, casas de saúde, entidades de longa anos e multa.
permanência, ou congêneres, ou não prover Art. 103. Negar o acolhimento ou a
suas necessidades básicas, quando obriga- permanência do idoso, como abrigado, por
do por lei ou mandado: recusa deste em outorgar procuração à enti-
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 dade de atendimento:
(três) anos e multa.
106
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 h) contra criança, maior de 60 (sessenta)


(um) ano e multa. anos, enfermo ou mulher grávida;
Art. 104. Reter o cartão magnético de ........................................................................
conta bancária relativa a benefícios, proven- ....." (NR)
tos ou pensão do idoso, bem como qualquer "Art. 121.
outro documento com objetivo de assegurar ........................................................................
recebimento ou ressarcimento de dívida: ....
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 ........................................................................
(dois) anos e multa. ....
Art. 105. Exibir ou veicular, por qual- § 4o No homicídio culposo, a pena é aumen-
quer meio de comunicação, informações ou tada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de
imagens depreciativas ou injuriosas à pes- inobservância de regra técnica de profissão,
soa do idoso: arte ou ofício, ou se o agente deixa de pres-
Pena – detenção de 1 (um) a 3 (três) tar imediato socorro à vítima, não procura
anos e multa. diminuir as conseqüências do seu ato, ou
Art. 106. Induzir pessoa idosa sem dis- foge para evitar prisão em flagrante. Sendo
cernimento de seus atos a outorgar procura- doloso o homicídio, a pena é aumentada de
ção para fins de administração de bens ou 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra
deles dispor livremente: pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) 60 (sessenta) anos.
anos. ........................................................................
Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o ....." (NR)
idoso a doar, contratar, testar ou outorgar "Art. 133.
procuração: ........................................................................
Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) ....
anos. ........................................................................
Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva ....
pessoa idosa sem discernimento de seus §
atos, sem a devida representação legal: 3o ...................................................................
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) .........
anos. ........................................................................
TÍTULO VII ....
Disposições Finais e Transitórias III – se a vítima é maior de 60 (sessenta)
Art. 109. Impedir ou embaraçar ato do anos." (NR)
representante do Ministério Público ou de "Art. 140.
qualquer outro agente fiscalizador: ........................................................................
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 ....
(um) ano e multa. ........................................................................
Art. 110. O Decreto-Lei no 2.848, de 7 de ....
dezembro de 1940, Código Penal, passa a § 3o Se a injúria consiste na utilização de
vigorar com as seguintes alterações: elementos referentes a raça, cor, etnia, reli-
"Art. 61. gião, origem ou a condição de pessoa idosa
........................................................................ ou portadora de deficiência:
.... ........................................................................
........................................................................ .... (NR)
.... "Art. 141.
II - ........................................................................
........................................................................ ....
.... ........................................................................
........................................................................ ....
....
107
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) Art. 111. O O art. 21 do Decreto-Lei


anos ou portadora de deficiência, exceto no no 3.688, de 3 de outubro de 1941, Lei das
caso de injúria. Contravenções Penais, passa a vigorar
........................................................................ acrescido do seguinte parágrafo único:
....." (NR) "Art.
"Art. 148. 21....................................................................
........................................................................ ........
.... ........................................................................
........................................................................ ....
.... Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3
§ (um terço) até a metade se a vítima é maior
1o.................................................................... de 60 (sessenta) anos." (NR)
........ Art. 112. O inciso II do § 4o do art. 1o da
I – se a vítima é ascendente, descendente, Lei no 9.455, de 7 de abril de 1997, passa a
cônjuge do agente ou maior de 60 (sessen- vigorar com a seguinte redação:
ta) anos. "Art.
........................................................................ 1o ...................................................................
...." (NR) .........
"Art. ........................................................................
159.................................................................. ....
.......... §
........................................................................ 4o ...................................................................
.... .........
§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e II – se o crime é cometido contra criança,
quatro) horas, se o seqüestrado é menor de gestante, portador de deficiência, adolescen-
18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, te ou maior de 60 (sessenta) anos;
ou se o crime é cometido por bando ou qua- ........................................................................
drilha. ...." (NR)
........................................................................ Art. 113. O inciso III do art. 18 da Lei
...." (NR) no 6.368, de 21 de outubro de 1976, passa a
"Art. vigorar com a seguinte redação:
183.................................................................. "Art.
.......... 18....................................................................
........................................................................ ........
.... ........................................................................
III – se o crime é praticado contra pessoa ....
com idade igual ou superior a 60 (sessenta) III – se qualquer deles decorrer de associa-
anos." (NR) ção ou visar a menores de 21 (vinte e um)
"Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover anos ou a pessoa com idade igual ou supe-
a subsistência do cônjuge, ou de filho menor rior a 60 (sessenta) anos ou a quem tenha,
de 18 (dezoito) anos ou inapto para o traba- por qualquer causa, diminuída ou suprimida
lho, ou de ascendente inválido ou maior de a capacidade de discernimento ou de auto-
60 (sessenta) anos, não lhes proporcionan- determinação:
do os recursos necessários ou faltando ao ........................................................................
pagamento de pensão alimentícia judicial- ...." (NR)
mente acordada, fixada ou majorada; deixar, Art. 114. O art 1º da Lei no 10.048, de 8
sem justa causa, de socorrer descendente de novembro de 2000, passa a vigorar com
ou ascendente, gravemente enfermo: a seguinte redação:
........................................................................ "Art. 1o As pessoas portadoras de deficiên-
...." (NR) cia, os idosos com idade igual ou superior a
60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactan-
108
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

tes e as pessoas acompanhadas por crian- treinamento, peças ou dispositivos especiais


ças de colo terão atendimento prioritário, nos para delas se participar.
termos desta Lei." (NR) No mais das vezes, devido à sua simplicida-
Art. 115. O Orçamento da Seguridade de, brincadeiras são feitas por crianças. So-
Social destinará ao Fundo Nacional de As- mente umas poucas, como a mímica, são,
sistência Social, até que o Fundo Nacional ocasionalmente, feitas, também, por adoles-
do Idoso seja criado, os recursos necessá- centes ou adultos.
rios, em cada exercício financeiro, para apli-
cação em programas e ações relativos ao A brincadeira de criança (de crianças, em
idoso. Portugal), por ser livre de regras e objetivos
Art. 116. Serão incluídos nos censos pré-estabelecidos, é solta e despreocupada,
demográficos dados relativos à população o que proporciona uma certa liberdade. As
idosa do País. crianças brincam para gastar energia e se
Art. 117. O Poder Executivo encami- divertirem. Na maioria das vezes, utilizam
nhará ao Congresso Nacional projeto de lei um brinquedo em seus jogos. Este brinque-
revendo os critérios de concessão do Bene- do é visto pelos adultos como um objeto au-
fício de Prestação Continuada previsto na xiliar da brincadeira, mas para a crianças
Lei Orgânica da Assistência Social, de forma isso vai além. Ela o vê como uma fonte de
a garantir que o acesso ao direito seja con- conhecimentos e um “simulador da realida-
dizente com o estágio de desenvolvimento de”. Como exemplo, podemos citar a menina
sócio-econômico alcançado pelo País. que brinca que a boneca é a sua filha.
Art. 118. Esta Lei entra em vigor decor-
ridos 90 (noventa) dias da sua publicação,
ressalvado o disposto no caput do art. 36,
que vigorará a partir de 1o de janeiro de
2004.
Brasília, 1o de outubro de 2003; 182o da
Independência e 115o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Márcio Thomaz Bastos A importância da aplicação de atividades
Antonio Palocci Filho recreativas e culturais contribui em vários
Rubem Fonseca Filho aspectos do desenvolvimento infantil, tais
Humberto Sérgio Costa LIma como: aprendizagem, coordenação motora,
Guido Mantega cognição e também a socialização.
Ricardo José Ribeiro Berzoini
Benedita Souza da Silva Sampaio 1- Formação de Palavras
Álvaro Augusto Ribeiro Costa
Este texto não substitui o publicado no DOU A turma é dividida em dois ou três grupos. O
de 3.10.2003 professor escreve uma palavra chave na
lousa, e através desta palavra chave, a
equipe tem que conseguir o maior número
CONHECIMENTOS E PROCEDIMENTOS
de palavras possíveis. Ex: palavra chave
DE ATIVIDADES RECREATIVAS COM
“FUNDAMENTAL” – palavras possíveis:
CRIANÇAS, ADOLESCENTES E IDOSOS
mental, menta, lata, etc. a equipe que con-
seguir o maior numero de palavras vence.
Esta atividade pode ser feita com uma pala-
As atividades recreativas para educação vra para cada grupo ou a mesma palavra
infantil, distinguem-se dos jogos por terem chave para ambas as equipes, sendo que a
regras simples e flexíveis, não se necessi- palavra pode ser escrita no quadro ou com
tando de quadras, tabuleiros, instruções, alguns alunos segurando as letras conforme

109
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

a foto. Após um tempo determinado, o pro- tampinha tocada toque outra ou ainda se a
fessor confere com os alunos as palavras tampinha tocada não passar pelo meio das
escritas e quem conseguiu o maior numero tampinhas, esse passa a vez para o outro
de palavras. aluno.

2- Aulas de Mágicas 5- Calçar e descalçar

Com algumas mágicas simples realizadas Duas equipes perfiladas em uma das extre-
com cartas de baralho, lenço, corda, etc., midades da quadra e do outro lado, a uns 20
envolver e trabalhar a imaginação dos alu- metros é colocada uma cadeira com um tê-
nos em uma aula de mágicas. As crianças nis em cada pé da cadeira. Ao sinal do pro-
adoram e participam também. O ideal é que fessor, o primeiro aluno de cada fila, sai cor-
na escola tenham outros alunos de outras rendo “descalça” a cadeira e corre até sua
séries que também conheça algum truque equipe, bate na mão do próximo aluno e es-
para auxiliá-lo. A aula deve ser bem planeja- te faz o mesmo percurso, desta vez deve
da e treinada para não acontecer erros. O “calçar” a cadeira. E assim sucessivamente,
professor pode colocar uma capa e uma car- até que todos tenham realizado a atividade.
tola para incrementar ainda mais a aula. As Alunos espalhados pela quadra e em duplas,
mágicas podem ser encontradas em lojas de um de frente para o outro com as mãos direi-
brinquedos, bancas ou no site tas segurando um ao outro e com a mão
http://www.tiobill.com.br/ esquerda segurando o pé esquerdo sem
deixar o pé tocar no chão. Ao comando do
3- Mímica professor, os alunos devem medir força na
tentativa de fazer com que o outro aluno co-
Recortar vários papéis de cartolina com no- loque o pé esquerdo no chão. Tudo isso é
mes de animais. Escolher um aluno para feito em um determinado tempo. E sempre
começar a brincadeira. O primeiro aluno de- que o professor apitar, os alunos podem ir
ve pegar o papel, ler e sem emitir sons, deve trocando de parceiros. É importante que os
imitar o animal escolhido. Quem acertar vai alunos tenham o mesmo biótipo físico e sexo
a frente, pega outro papel com outro nome correspondentes.
de animal. O professor pode também esco-
lher um aluno de cada vez para ir à frente. 6- Bambolê Mágico

4- Futebol de tampinhas Duas equipes perfiladas numa das extremi-


dades da quadra, sendo que os dois primei-
O futebol de tampinhas é jogado em uma ros de cada fila devem ter dois bambolês
mesa, sendo um aluno de cada lado da par- cada. Ao sinal do professor, os alunos de-
te mais cumprida da mesa. Para esse jogo é vem colocar um dos bambolês no chão, pi-
usado 7 tampinhas de garrafa pet, sendo 4 sar dentro dele e colocar outro bambolê na
usadas para fazer a trave do gol(duas de frente, pisar dentro e pegar o de trás e assim
cada lado) e outras três são usadas para o sucessivamente até fazer o contorno em um
jogo. O jogo começa com um jogador defini- cone que esta a uns 10 metros de distância
do por sorteio, esse aluno deve colocar as e voltar da mesma forma até o segundo da
três tampinhas conforme a foto e deve iniciar fila.
com a tampinha do meio passando-a pelo
meio das outras duas tampinhas, Na segun- 7- Coitadinho do Meu Gatinho
da jogada ele deve movimentar outra tampi-
nha que deve passar novamente pelo meio Os alunos são distribuídos em um círculo,
de outras duas e assim sucessivamente até todos sentados. O professor escolhe um
fazer o gol. Se o jogador fizer o gol, deixar a aluno que fica no centro. Esse será o gati-
tampinha cair da mesa, fazer com que a nho. Esse por sua vez deve ficar engati-
110
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

nhando e se aproximar de um aluno que es- números de bambolês vão diminuindo a ca-
tá sentado na roda e dar um miado bem en- da rodada, porém nenhum aluno sai da ati-
graçado. O aluno que receber o miado deve vidade. Conforme os bambolês vão dimi-
colocar a mão na cabeça do aluno que esta nuindo os alunos terão que achar uma forma
no meio e sem rir deve dizer: “coitadinho do criativa de todos se posicionarem dentro dos
meu gatinho”. Se rir tem que ir ao centro e bambolês sem que fique ninguém de fora.
se tornar gatinho se não rir o gatinho deve
fazer outra tentativa com outro aluno. 11- Mantendo o sonho no ar:*Jardi*

8- Desenhando o Corpo Disposição: em pé e em fileiraDesenvolvi-


mento: os alunos estarão em cima de uma
O professor divide a turma em duplas, sendo linha de partida em fileiras. A professora en-
que para cada dupla é fornecido um giz. Um tregará para cada aluno um balão. Além de
aluno deita no chão e o outro vai fazer o colocar 08 balões a mais que o número de
contorno do seu corpo. Após terminar de participantes. A atividade consiste em todos
fazer o contorno do corpo ele deve fazer os os alunos saírem junto e chegarem junto a
olhos, nariz, boca orelhas, etc. logo após os linha de chegada com todos os balões no ar.
papéis se invertem. No final, todos saem
juntos e conhecem os vários desenhos e 12- Nó maluco II
verificam se são parecidos com os referidos
alunos. Os alunos dispostos em círculo, peça-os que
prestem atenção no colega da direita e no
9- Acerte o Alvo da esquerda e não esqueça. Pode-se usar
música. Enquanto toca a musica os alunos
Os alunos ficam distribuídos em uma das circulam livremente pelo espaço. Na hora
extremidades da quadra, num total de 4 que a música parar ele devem ficar onde
equipes, sendo que o primeiro de cada fila estão, (sempre próximo uns dos outros) e
tem em suas mãos um bambolê e na frente dar as mãos. Vai dar aquele nó! Ai é só pedir
de cada equipe a uns 3 a 4 metros são colo- pra que eles desatem o nó!
cados um cone. Atrás de cada cone é colo-
cado um aluno(guardião). Ao sinal do pro- Atividades recreativas
fessor o 1º aluno de cada equipe tenta acer-
tar o bambolê no alvo (cone). Errando ou A recreação é um momento de mistura de
acertando esse deve se dirigir até o final da atividades, onde as crianças podem se liber-
fila e o guardião deve pegar o bambolê e tar por meio da expressão, onde essas ati-
entregar ao próximo da fila. No final do tem- vidades misturam jogos e brinquedos.
po estipulado, o professor pergunta para
cada guardião quantos pontos cada equipe As atividades recreativas visam como obje-
marcou. tivo o desenvolvimento de certas habilidades
como a coordenação motora, possibilitando
10-Sempre cabe mais um: (*Jardi*) o relaxamento dos alunos e a diversão. To-
das as recreações possuem regras e metas
Disposição: alunos no centro da quadra for- a serem cumpridas por isso é importante
mando um círculoDesenvolvimento: os alu- que o professor interaja com os alunos lhes
nos ficarão no centro da quadra ou do pátio dando apoio e suporte em suas dificuldades.
em círculos. A professora irá espalhar os Para que as atividades aconteçam é neces-
bambolês pelo espaço. O número de bam- sário um espaço separado, permitindo que
bolês será inferior ao número de participan- cada aluno encontre o que mais lhe agrada
tes. Ao sinal, todos deverão se posicionar com a atividade oferecida, pois muitas das
dentro de um bambolê. A um novo sinal, re- atividades proporcionam corpo e mente sã a
tornam para o centro formando o círculo. Os criança juntamente com seus colegas con-
111
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

seguem se observar automaticamente fa- que podem ser mais fáceis ou difíceis con-
zendo comparações entre sim e se respei- forme a idade das crianças.
tando dentro do ambiente, e aqui listaremos
muitas dessas atividades Recursos para atividade recreativa:
Caça ao tesouro
Atividade recreativa: Sentar-se no colo • Objetos a escolha do professor
Esta atividade é bastante interessante, pois • Sacos de balas, brinquedos
as crianças se envolvem muito com as ou-
tras e tendem a perder a timidez. Passo a passo da atividade: Caça ao
Com essa ”quebra-de-gelo” é possível que tesouro
elas aprendam brincando a respeitar os seus
colegas, os limites levando isso para o seu 1. No primeiro tempo, os caçadores
cotidiano o professor estabelece as regras e recebem listas de objetos que de-
os alunos de forma bem divertida e atenta vem encontrar dentro de um certo
conseguem entender claramente a proposta limite de tempo.
que lhes será passada. 2. No segundo tempo, a pessoa que
esconde pode deixar pistas que le-
vam os caçadores ao tesouro. O te-
Recursos para atividade recreativa: souro pode ser um saco de balas,
Sentar-se no colo um brinquedo ou qualquer outra
Nenhum coisa que proporcione interesse pa-
ra as crianças.
Passo a passo da atividade: Sentar-se
no colo Atividades Recreativas: Pega Bexiga
Esta dinâmica propõe um uma maior intera-
ção entre as crianças. A bola é uma das diversões mais antiga que
se tem conhecimento… Já foi relatado que
1. Professor peça que os alunos fi- nos tempos antigos haviam homens com
quem de pé, de ombro-a-ombro, em bolas nas mãos. Eram provavelmente feitas
círculo. de pedras e com objetivo de auxiliar na ca-
2. Em seguida peça que todos façam ça.
meio giro para um determinado lado Podendo assim ser até bolão é possível fa-
ficam uma fila indiana, embora em zer muitas brincadeiras divertidas e é isso
círculo. Ao sinal do Coordenador mesmo que vamos mostrar agora, ou seja,
pede que todos se assentem no co- brincadeiras com bola divertidas, com isso
lo um do outro e depois repitam pa- que você poderá brincar com seus alunos,
ra o outro lado. proporcionando a eles aprendizado e diver-
É bem divertido!!! são.

Atividades recreativas: Caça ao tesouro Recursos para a atividade recreativa:


A caça ao tesouro é a combinação de crian- Pega Bexiga
ças com objetos que elas venham tentar
descobrir no decorre da atividade. • Bexigas
Essa atividade pode gerar um certo trabalho, • Água
pois precisamos fazer essas pistas, mas o
resultado é satisfatório, principalmente Passo a passo para a atividade recrea-
quando você quiser surpreender crianças tiva: Pega Bexiga
em busca de quebrar a rotina. O gosto por
essa atividade está na elaboração das pistas 1. Professor peçam que os alunos
formem duplas. Cada dupla tem

112
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

uma bexiga que deve estar cheia de sim essa atividade que não podem faltar na
ar. Educação Infantil.
2. Dois participantes devem estar fora A criança desenvolve na vida real o aprendi-
da água e um deles deve segurar a zado de lidar com muitas situações no seu
bexiga. cotidiano principalmente no que se diz res-
3. Ao sinal, ele deverá soltar essa be- peito ao emocional brincadeira bastante inte-
xiga cheia (sem que esteja amarra- ressante.
da com nó) e a sua dupla deverá
pegá-la antes que a bexiga caia na Recursos usados para a atividade re-
água. creativa: Mímica

Atividade Recreativa: Cruz • Papel e cartolina

Essa atividade é bastante interativa, e exige Passo a passo para a atividade recrea-
atenção dos alunos ao mesmo tempo em tiva: Mímica
que eles se divertem também aprendem a
prestar atenção, pois se não estiverem bem 1. Professor recorte uma boa quanti-
atentos se predem na brincadeira,as crian- dade papéis de cartolina com no-
ças adoram. mes de animais.
2. Em seguida escolha um aluno para
Recursos para atividade recreativa: começar a brincadeira. A primeira
Cruz criança deve pegar o papel, ler e
sem emitir sons, deve imitar o ani-
• Nenhum mal escolhido. Quem acertar vai a
frente, pega outro papel com outro
Passo a passo para a atividades re- nome de animal.
creativa: Cruz 3. Professor você também escolher
um aluno de cada vez para ir à fren-
1. As crianças formam uma cruz um te.
de frente para o outro. Cada um A atividade desenhando o corpo desperta na
tem uma função. criança um curiosidade para aprender mais
2. A primeira pessoa será espelho, tu- sobre sim e isso é absolutamente normal o
do que ela fizer a da frente tem que professor precisa esta atento as perguntas
fazer. que venham surgir e não serão poucas.
3. A segunda pessoa fica fazendo A criança que participa dessa atividade ten-
perguntas a pessoa do lado es- de a observar mais e com isso se auto com-
querdo. parando com seus colegas percebendo as-
4. A terceira pessoa tenta ir embora, sim a diferença entre eles, respeitando cada
querendo a atenção da pessoa a um do jeito que realmente é o que torna es-
sua direita. sa atividade ainda mais interessante.
5. – A quarta pessoa tem que imitar o Recursos para a Atividade: Desenhando o
espelho e ao mesmo tempo não corpo
deixar a pessoa ir embora e res- • Giz de cera
ponder as perguntas da outra. • Papel madeira
Passo a passo para a atividade recreativa:
Atividades Recreativa Mímica Desenhando o corpo
1. Professor divida a turma em duplas,
A atividade mímica é uma das brincadeiras sendo que para cada dupla é forne-
que as crianças mais se divertem , é tam- cido um giz.
bém uma forma de e aprender , sendo as- 2. Um aluno deita no chão e o outro
vai fazer o contorno do seu corpo.
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Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

Após terminar de fazer o contorno Recursos para a atividade recreativa: Apa-


do corpo ele deve fazer os olhos, nhador de batatas
nariz, boca orelhas, etc. • Jornais, revistas
3. logo após os papéis se invertem. • Dois cestos de bocas largas
No final, todos saem juntos e co- Passo a passo para a atividade recreativa:
nhecem os vários desenhos e veri- Apanhador de batatas
ficam se são parecidos com os refe- 1. Os participantes devem amassar vá-
ridos alunos. rias folhas de jornal e revistas (serão as “ba-
Atividade Recreativa: Música e Movimento tatas”).
2. O educador deve distribuir as “bata-
A dança inserida no ambiente escolar nos tas” em vários lugares. A um sinal do educa-
tempo atuais já faz parte da grade curricular, dor, os participantes, divididos em duas
essa atividade desperta o lado sensorial e equipes, devem apanhar as “batatas” e colo-
emotivo da criança elas se divertem bastan- cá-las no cesto destinado ao seu grupo.
te e ainda se relacionam de forma espontâ- Vence a equipe que apanhar o maior núme-
nea com seus colegas. ro de “batatas”.
Além de ser uma atividade bastante divertida Atividade recreativa: Mágica
tem como objetivo trabalhar sua coordena-
ção motora é muito legal e proveitosa. O objetivo dessa atividade é envolver e tra-
Recursos para a atividade recreativa: balhar a imaginação dos alunos em uma
Música e movimento aula de magias.
• Aparelho de som e CDs com músicas As crianças se divertem muito com essa ati-
de ritmos variados. vidade. O bom é que o professor tenham
Passo a passo para a atividade recrea- outros interaja também com as crianças
tiva: Música e movimento além de auxilia-los. A aula deve ser muito
bem planejada e treinada para não ocorrer
1. A forma de elaborar a atividade pode imprevistos.
ser variada e fica a critério do professor ou Recursos para a atividade recreativa: Mági-
orientador, porém a música deve ser o foco ca
da atividade e não um pano de fundo. • Cartas de baralho
2. Professor estimule as crianças a ouvir • Lenço
os sons presentes na música, como por • corda
exemplo, os sons dos instrumentos, dos Passo a passo para atividade recreativa:
animais, dos elementos da natureza, elas Mágica
também podem acompanhar o som batendo 1. Professor pode coloque uma capa e
palmas ritmicamente ou até mesmo cantan- uma cartola para incrementar ainda mais a
do. aula.
3. Se o professor ou orientador souber 2. Pesquise truques fáceis em sites ou
tocar algum instrumento musical ou cantar, vídeos de redes sociais e execute-os me-
proponha as crianças que escrevam uma xendo com a imaginação dos alunos.
música juntos. As mágicas podem ser encontradas em lojas
Atividade Recreativa: Apanhador de Batatas de brinquedos.
Atividade recreativa: Calçar e descalçar
Esta atividade tem como objetivo trabalhar a
coordenação motora da criança, e ao mes- O maior objetivo dessa brincadeira é promo-
mo tempo sua agilidade, atividade bastante ver a interação das crianças.
interativa as crianças aprendem e trabalham Nessa atividade é necessario que tenham o
mente e corpo de forma bastante criativa. mesmo porte físico de sejam do mesmo se-
Leve para sala de aula e veja o quanto e xo,os alunos assim também aprendem a
divertido. respeitar o tempo e o espaço de cada um.

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Recursos para atividade: Calçar e descalçar


• Cadeira NOÇÕES DE SEGURANÇA
• Tênis
DO TRABALHO.
Passo a passo para atividade: Calçar e
descalçar

Duas equipes perfiladas em uma das extre- Segurança do trabalho (ou também deno-
midades da quadra e do outro lado, a uns 20 minado segurança ocupacional) é um con-
metros é colocada uma cadeira com um tê- junto de ciências e tecnologias que tem o
nis em cada pé da cadeira. objetivo de promover a proteção
Ao sinal do professor, o primeiro aluno de do trabalhador em seu local de trabalho, vi-
cada fila, sai correndo “descalça” a cadeira e sando a redução de acidentes de traba-
corre até sua equipe, bate na mão do próxi- lhoe doenças ocupacionais.
mo aluno e este faz o mesmo percurso, des- É uma das áreas da segurança e saúde
ta vez deve “calçar” a cadeira. E assim su- ocupacionais, cujo objetivo é identificar, ava-
cessivamente, até que todos tenham reali- liar e controlar situações de risco, proporcio-
zado a atividade. nando um ambiente ocupacional seguro e
saudável para as pessoas.
Coloque os alunos espalhados pela quadra
Destacam-se entre as principais atividades
e em duplas, um de frente para o outro com
da segurança do trabalho:
as mãos direitas segurando um ao outro e
com a mão esquerda segurando o pé es-
• Prevenção de acidentes
querdo sem deixar o pé tocar no chão.
• Promoção da saúde
Ao comando do professor, os alunos devem
medir força na tentativa de fazer com que o • Prevenção de incêndios
outro aluno coloque o pé esquerdo no chão. • Promoção de Cursos e treinamentos
• Elaboração de Laudos Técnicos
Benefícios das atividades recreativas pa- • Elaboração de Pericias Trabalhistas
ra idosos • Consultoria ou Assessoria Mensal em
Segurança do Trabalho
Manter a mente e o corpo em movimento é
benéfico para qualquer pessoa. Entretanto,
No Brasil, a segurança e saúde ocupacio-
quando chegamos a melhor idade essas
nais são regulamentadas na forma
práticas são obrigatórias e precisam fazer
dos Serviços Especializados em Engenharia
parte do dia a dia do idoso.
de Segurança e em Medicina do Traba-
lho (SESMT). Este serviço está previsto
O sedentarismo e o abandono são extre-
na legislação trabalhista brasileira e regula-
mamente prejudiciais para a saúde da pes-
mentado pela portaria nº 3.214 de 08 de ju-
soa idosa e precisam ser combatidos. Nas
nho de 1978, considerando o disposto no
casas de repouso, isso é evitado através
art. 200, da CLT, com redação dada pela Lei
das atividades recreativas para idosos.
n.º 6.514, de 22 de dezembro de 1977
do Ministério do Trabalho e Emprego, por
Essas brincadeiras e exercícios visam esti-
intermédio da Norma Regulamentadora nº
mular o convívio social, a prática da ativida-
4,(NR-4)[1] e as normas da ABNT referentes
de física e o desenvolvimento cognitivo. Veja
a segurança no trabalho.
abaixo os benefícios e efeitos no corpo e na
mente dessas práticas para seu ente queri- Segundo Nogueira (1987), a primeira esta-
do! tística oficial disponível sobre acidentes de
trabalho no Brasil data de 1969, tendo-se
registrado a marca alarmante de 1.059.296
acidentes em uma população de 7.268.449
115
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

trabalhadores, sendo que pelo menos evolução) e sociais (por exemplo, jornalismo,
14,47% daqueles trabalhadores tinham so- relações públicas, publicidade, audiovisual e
frido pelo menos um acidente durante aque- meios de comu -nicação de massa).
le ano. Esse índice apresentou tendências
crescentes até atingir o máximo de 18,10%
em 1972. A partir de 1975, com a adoção de A comunicação humana é um processo
medidas preventivas e a atuação governa- que envolve a troca de informações, e utiliza
mental nessa área, os índices tenderam a os sistemas simbólicos como suporte para
decrescer, baixando para 3,84% em 1984. este fim. Estão envolvidos neste processo
uma infinidade de maneiras de se comuni-
O país tem investido em ações de legisla- car: duas pessoas tendo uma conversa face-
ção, fiscalização e a implantação de precei- a-face, ou através de gestos com as mãos,
tos e valores de prevenção na segurança no mensagens enviadas utilizando a rede global
trabalho.[3] De acordo com pesquisa realiza- de telecomunicações, a fala, a escrita que
da pelo Serviço Social da Indústria, entre permitem interagir com as outras pessoas e
outubro de 2015 e fevereiro de 2016, 71,6% efetuar algum tipo de troca informacional.
das indústrias afirmaram dar alta atenção à
saúde e segurança dos trabalhadores. Em- No processo de comunicação em que está
presas grandes e médias de todo o Brasil envolvido algum tipo de aparato técnico que
que participaram do levantamento, indicaram intermedia os locutores, diz-se que há uma
que os investimentos em saúde e segurança comunicação mediada.
no trabalho dão retorno aos negócios. A
mesma pesquisa mostrou que o grau de O estudo da Comunicação é amplo e sua
atenção da indústria brasileira ao tema deve aplicação é ainda maior. Para a Semiótica, o
aumentar nos próximos cinco anos.[4] E des- ato de comunicar é a materialização do pen-
de 2012, o Conselho Superior da Justiça do samento/sentimento em signos conhecidos
Trabalho promove o Programa Nacional de pelas partes envolvidas. Estes símbolos são
Prevenção de Acidentes de Trabalho,[5] então transmitidos e reinterpretadas pelo
Contudo, o Brasil ainda permanece como receptor.
um dos países com maior índice de aciden-
tes. Este se concentra em alguns setores, Hoje, é interessante pensar também em no-
como na construção civil e transportes vos processos de comunicação, que englo-
bam as redes colaborativas e os sistemas
híbridos, que combinam comunicação de
COMPORTAMENTO E CONDUTO PRO-
massa e comunicação pessoal e comunica-
FISSIONAL: COMUNICABILIDADE, APRE-
ção horizontal.
SENTAÇÃO, ATENÇÃO, CORTESIA, IN-
As palavras são poderes reais que podem
TERESSE, EFICIÊNCIA, DISCRIÇÃO, TO-
criar problemas monumentais ou servem de
LERÂNCIA, MOTIVAÇÃO E COMPORTA-
inspiração para transformações grandiosas
MENTO FRENTE A SITUAÇÕES-
em pessoas ou em comunidades inteiras.
PROBLEMAS
Talvez não seja demais lembrar que a bíblia
mostra a criação do mundo pelo verbo, pela
palavra.

COMUNICABILIDADE Podem servir para destruir ou para criar.


Podem ser usadas de modo negativo ou po-
A Comunicação é o intercâmbio de informa sitivo. Podem estar a serviço da paz, do
ção entre sujeitos ou objetos. Deste ponto amor, da confiança, da verdade, da liberda-
de vista, a comunicação inclui temas técni- de ou do preconceito, do ódio, do egoísmo,
cos (por exemplo, a telecomunicação), bio- da arrogância, do desespero.
lógicos (por exemplo, fisiologia, função e

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Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

CORTESIA
São as palavras e o tom com que são pro- Em se tratando de comportamento humano,
nunciadas que selam o sucesso de um rela- a cortesia pode referir-se à qualidade de
cionamento. Você, às vezes, acompanha uma pessoa que é cortês. Pode significar
uma entrevista com um criminoso na televi- uma maneira delicada e civilizada de agir,
são e facilmente observa como o seu voca- cumprimentar ou mesmo um gesto de
bulário é estreito, feio, precário, sombrio, doação ou favor para outra pessoa. A
defensivo. Depois ouve uma música e ob- expressão popular "fazer cortesia com
serva a riqueza poética de uma história que chapéu alheio" é utilizada pejorativamente
serve para encantar os sentidos e elevar os quando se consegue admiração de um ato
sentimentos. às custas de outrem.
A boa expressividade, para atingir os seus INTERESSE
objetivos, não dispensa nenhuma das clas- Interesse designa em psicologia uma
ses de palavras, mas entre elas, sem dúvi- disposição de juízo dirigida a uma ação ou
da, a mais relevante é a dos verbos. Dito atividade: assim as pessoas se diferenciam
algum pode ser compreendido sem um ver- com relação a quais atividades são
bo. São exatamente eles que garantem a consideradas atrativas e quais não o são.
ação pretendida pelos nossos sentimentos e Interesse se diferencia de motivo, uma vez
pelos nossos pensamentos. Há famílias in- que este se refere ao juízo das
teiras de verbos que parecem destinadas a consequências da ação: as pessoas se
elevar a condição humana, e outras a rebai- diferenciam, por exemplo, com relação a
xá-la. quanto o sucesso ou o reconhecimento é
importante para elas.
ATENÇÃO
Quando várias pessoas cooperaram pelo
Atenção é um processo cognitivo pelo qual
mesmo objetivo, há uma harmonia de
o intelecto focaliza e seleciona estímulos,
interesses.
estabelecendo relação entre eles. A todo
instante recebemos estímulos, provinientes EFICIÊNCIA
das mais diversas fontes, porém só Eficiência ou rendimento refere-se à relação
atendemos a alguns deles, pois não seria entre os resultados obtidos e os recursos
possível e necessário responder a todos. É empregados. Existem diversos tipos de
um processo de extrema importância em eficiência, que se aplicam a áreas diferentes
determinadas áreas, como na educação, já do conhecimento.
que se exige, por exemplo, a um aluno que
TOLERÂNCIA
preste atenção às matérias lecionadas pelo
professor, ignorando outros estímulos A tolerância, do latim tolerare (sustentar,
visuais, sonoros ou outros, como o que se suportar), é um termo que define o grau de
está a passar fora da sala de aulas (estando, aceitação diante de um elemento contrário a
neste caso, relacionado também com o uma regra moral, cultural, civil ou física.
problema da disciplina). Além da atenção Do ponto de vista da sociedade, a tolerância
concentrada, em que se selecciona e define a capacidade de uma pessoa ou
processa apenas um estímulo, também pode grupo social de aceitar, noutra pessoa ou
existir atenção dividida, em que são grupo social, uma atitude diferente das que
seleccionados e processados diversos são a norma no seu próprio grupo. Numa
estímulos simultaneamente - como quando concepção moderna é também a atitude
se conduz um automóvel e se ouvem as pessoal e comunitária face a valores
notícias do rádio simultaneamente. diferentes daqueles adotados pelo grupo de
pertença original.

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Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

O conceito de tolerância se aplica em vem momentos de conflito. Existe uma per-


diversos domínios: cepção de que o conflito é uma ocorrência
negativa, na verdade nem sempre pois de-
TOLERÂNCIA SOCIAL: atitude de uma penderá da situação em que a mesma ocor-
pessoa ou de um grupo social diante daquilo re.
que é diferente de seus valores morais ou de O conflito sinaliza o posicionamento de pen-
suas normas. samentos diferentes com relação a uma de-
terminada situação. O mesmo demonstra
TOLERÂNCIA CIVIL: discrepância entre a que algo precisa ser mudado e, quanto mais
legislação e sua aplicação e impunidade. rápido e de forma eficiente for tratado, pode-
rá gerar mudanças positivas. Além disso,
CONDUTA motiva as pessoas nele envolvidas a buscar
. soluções e resolver os problemas conjunta-
Conduta, é uma manifestação de mente.
comportamento do indivíduo, esta pode ser
boa ou má, dependendo do código moral, COMPORTAMENTO FRENTE SITUAÇÕES
ético do grupo onde aquele se encontra. – PROBLEMAS

O mesmo não é sinônimo de briga, inimiza-


DISCRIÇÃO de, embora sempre cause tensão, pois ocor-
rem frequentemente com divergências entre
É o comportamento pessoal na sociedade e pessoas com perspectivas diferentes sobre
o cartão de visita de cada um. Agir sempre os meios para atingir uma Meta comum. O
discretamente, vestir-se, portar-se discreta- problema é que muitas pessoas, quando
mente, é o segredo da verdadeira elegância. estão em situação de conflito, empenham-se
em provar quem está certo e não o que está
Agir com naturalidade, sem elevar a voz, certo. Assim, a vaidade e o orgulho se so-
sem muita gesticulação, seja na rua, em ca- brepõem ao que é prioritário, isto é, a solu-
sa ou em sociedade, no trabalho, etc., não ção eficaz do problema. Todos os conflitos
procurar sobressair, tornar-se alvo de todos têm por base diferenças, mas nem todas as
os olhares. Esta é a norma fundamental, e o diferenças constituem conflitos.
segredo da sua elevação social.

INICIATIVA

É a qualidade que distingue o funcionário


notável do medíocre
A falta de iniciativa é um dos grandes obstá-
culos ao desenvolvimento profissional. O
funcionário que faz só o que lhe é exigido,
se aproveita do trabalho alheio ou adota a lei
do mínimo esforço, tem poucas chances de
avançar na carreira. A empresa não é insti- Ter diferenças é a coisa mais natural do
tuição de caridade. Hoje, mais que nunca, mundo. Vivemos com diferenças em relação
ela precisa superar seus limites continua- à maior parte da humanidade, isto é certo.
mente para oferecer bons serviços a seus Destas diferenças destacamos duas situa-
consumidores e jamais conseguirá isso com ções em que:
uma equipe sem iniciativa. 1) Percebemos que a maioria das coisas de
Lidar com situações que geram conflitos não forma diferente, pois temos nossos concei-
é nada fácil, porém é importante aprender a tos, imaginações e pensamentos, que são
lidar com as diversas situações que envol- essencialmente diferentes uns dos outros;
118
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

FORÇA: O líder centralizador parte para o


2) Nossos sentimentos e emoções não são relacionamento “eu ganho / você perde”,
os mesmos, e nosso querer toma direções porque independente das circunstâncias,
muito diversas. está condicionado para isto. Aplica-se em
Você possui diferenças em relação a quase situação de “ou eu ou ele”, o tempo é muito
todas as pessoas, mais ainda em todos os limitado e o resultado é crucial ou relações
níveis! Mesmo assim, você não vive em de trabalho onde há atmosfera de pouca
constante conflito com todas essas pesso- confiança.
as. Ter uma diferença em relação a uma
pessoa ainda não configura qualquer conflito As pessoas que sabem administrar os confli-
com essa pessoa. Além disso, diferenças, tos possuem vantagens que poderão trans-
opiniões contrárias e incompatibilidade são formar em oportunidades, ou seja, transfor-
simplesmente condições básicas necessá- mar o conflito em um aspecto positivo, aper-
rias para a vida e o desenvolvimento. Mas é feiçoando o trabalho em equipe, estabelecer
importante destacar que estas diferenças mais confiança e recuperação da sua ima-
não poderão ser um problema na concreti- gem, fortalecimento das relações humanas e
zação de uma Meta. melhor desenvolvimento pessoal e dos cola-
O que devemos fazer no momento de confli- boradores.
tos?

• Evita-los?
• Colocar “panos quentes” neles? RELAÇÕES HUMANAS
• Negociá-los?
• Usar a força da autoridade?
• Procurar soluciona-los objetivamente? Dentro de uma empresa, uma das principais
As técnicas que destacarei a seguir são qualidades desejáveis do funcionário é sua
classicamente usadas para resolver confli- capacidade de relacionar-se bem com execu-
tos. A escolha e a aplicação da solução de- tivos, auxiliares, colegas, visitantes. Em su-
pende da situação, portanto, a técnica de ma, é necessário promover boas relações no
administrar o conflito precisa ser escolhida escritório.
“sob medida”. Destacam-se as seguintes:
RETIRADA: Em linhas gerais, significa de- O fluxo uniforme e harmonioso do trabalho
sistir do problema. Aplica-se a retirada nas depende da forma como o funcionário traba-
seguintes circunstâncias para não deixar o lha com os outros e da forma como influencia
outro nervo, quando acreditamos que o pro- os outros para que trabalhem com ele.
blema sumirá sozinho ou quando o resultado
não importa muito; As relações humanas resumem-se em obter
PANOS QUENTES: Adotados pelas pesso- e conservar a confiança dos semelhantes.
as pelo seu comportamento passivo. Utili- Cabe citar aqui um trecho de Motta
zamos quando é preciso obter informações, (1973:51):
quando percebemos que a situação não
produzirá nada de bom ou quando o relacio- "A vida no campo psicossocial, com relação
namento é mais importante do que o objetivo a pessoas integrantes de um grupo de traba-
da disputa; lho, requer sempre um estado de alerta como
NEGOCIAÇÃO: Cada uma das partes cede preventivo a fim de evitar problemas e atritos,
um pouco para não perder tudo e ainda ga- provenientes de complexos e temperamen-
nhar algo. Utiliza-se quando a questão é tos.
moderadamente importante, para chegar a
um denominador comum ou se precisar de Uma boa regra a seguir para evitar tais situa-
uma solução temporária para questões ções é não se envolver em discussões de
complexas; aspecto pessoal, excluir expressões tais co-
119
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

mo 'eu acho que', 'na minha opinião', 'modés- Atitude é a predisposição para reagir positi-
tia à parte, eu creio que só eu entendo', 'per- va ou negativamente com relação a pessoas,
dão, mas você não entende' e outras." objetos, conceitos ou situações. "São pa-
drões de raciocínio solidamente estabeleci-
Há comportamentos que provocam, em ge- dos e altamente resistentes a qualquer modi-
ral, atritos ou indispõem as pessoas: reações ficação" (Williams, 1972:66).
agressivas, cortar a palavra de quem está
falando, passar por cima de quem ocupa - Não suporto a atitude deste colega de
cargos superiores, a falta de modéstia e a trabalho...
presunção. Enfim, é necessário sempre dei-
xar aberta a possibilidade de rever posições Motivação é um conjunto de fatores que
e aceitar que talvez o outro possa ter razão. despertam, sustentam e/ou dirigem o com-
portamento. Motivação também inclui o in-
Para o funcionário, relações humanas defi- centivo, que é um objeto ou fato capaz de
nem-se geralmente como a capacidade de remover o estado de impulso, restabelecen-
se relacionar positivamente com as pessoas do o equilíbrio da organização. Segundo
com quem trabalha. Um bom relacionamento Agostinho Minicucci (1984:152), "as motiva-
humano com o executivo é, evidentemente, ções podem ser entendidas como certos im-
indispensável para o bom desempenho pro- pulsos para certos tipos de comportamento
fissional dela. O primeiro passo para isso é que satisfaçam às necessidades pessoais,
compreender que o executivo é uma pessoa, seus desejos e aspirações".
é um indiví duo.
Satisfação de necessidade: a necessidade
O funcionário deverá também trabalhar har- é um traço motivacional do indivíduo. Existe
moniosamente com os colegas, procurando em forma de impulsos e pode ser definida
não fazer distinção de qualquer espécie. como um estado de carência ou perturbação
Nesse tipo de relacionamento, deve demons- orgânica. As pessoas têm necessidades de
trar lealdade, confiabi lidade e bom-senso. alimento, repouso, segurança, auto-estima,
ar, calor.
Nosso comportamento resulta não só de
nossa personalidade, mas sobretudo das Frustração: é o bloqueio de um comporta-
expectativas do grupo a que pertencemos e mento que tem como objetivo reduzir uma
do papel que aí desempenhamos. necessidade. Desejo impedido de realizar-se.
A frustração manifesta-se como irritação,
Como primeiras etapas no estudo das rela- agressão, hostilidade, raiva, projeção, re-
ções humanas considerem-se: ouvir tão bem gressão.
quanto falar; não interromper o outro quando
está falando; não ser agressivo; não impor as - Você parece frustrado com alguma
próprias idéias; compreender as pessoas a coisa; cometeu um sem-número de er-
partir do ângulo de visão delas. O aspecto ros datilográficos, bateu a porta, aten-
mais importante, porém, é "sentir o que os deu mal aos clientes, bateu o telefone.
outros pensam e sentem" (Minicucci, Será que isso vai resolver seu proble-
1984:26). ma?

As Relações Humanas interessam-se sobre Comportamento defensivo: é o comporta


tudo pelos seguintes aspectos do comporta- mento que visa defender o ego da
mento: atitudes, motivação, satisfação de ansiedade. É um ato de autoproteção.
necessidades, frustração, comportamento
defensivo, estereótipos. - Simone, vamos automatizar nosso es-
critório. Em primeiro lugar, vamos ins-
talar um micro computador, uma im-
120
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

pressora, depois um telex, e assim por precisos, imposta indevidamente aos


diante. membros de um grupo social (Dorin,
1978:102).
- Ih! vocês com esta mania de grandeza.
. . Isto aqui está ficando muito chato.
Eu vou embora. (O medo de adaptar- Relações Públicas, em comunicação, é o
se ou o temor de não aprender a tra- conjunto de atividades informativas, coorde-
balhar com computador é que gera es- nadas de modo sistemático, relacionadas ao
te tipo de comportamento defensivo.) intercâmbio de informações entre uma em-
presa ou organização e sua cliente-
Estereótipos: aos sentimentos cristalizados, la, imprensa, grupo social e/ou público alvo.
idéias rígidas a respeito das pessoas, dá-se Estas destinam estabelecer e manter o equi-
o nome de estereótipo. Em geral, os estereó- líbrio e o bom entendimento entre as duas
tipos nascem das primeiras impressões, não partes e por vezes expandir ou estabilizar a
são conhecimentos pro fundos que se têm imagem e/ou identidade da instituição ativa
das pessoas. perante a opinião pública.1 2
Relações Públicas ou relações-
É freqüente ouvir conversas do tipo: públicas (grafado com o hífen) designam
respectivamente também a profissão e
"Mulher nenhuma sabe dirigir. . ." o profissional desta atividade. 3 2

A Associação Brasileira de Relações Públi-


"Pessoas que fazem análise são muito cas propôs em 1955 o seguinte conceito pa-
complicadas. . ." ra a profissão: "Relações Públicas é a ativi-
dade e o esforço deliberado, planejado e
"'Pessoas que não nos olham nos olhos contínuo para estabelecer e manter a com-
são falsas. . ." preensão mútua entre uma instituição públi-
ca ou privada e os grupos de pessoas a que
Segundo Eva Maria Lakatos (1984:286), esteja, direta ou indiretamente, ligada.
"estereótipos são construções mentais
falsas, imagens e idéias, de conteúdo COMPORTAMENTO GRUPAL E LIDERAN-
alógico, que estabelecem critérios ÇA
socialmente falsificados. Os estereótipos CAPACIDADE DE LIDERANÇA
baseiam-se em características não com-
provadas e não demons- tradas, atribuídas a A palavra utilizada na linguagem verbal varia
pessoas, a coisas e a situações sociais, mas de acordo com o seu significado a partir de
que, na realidade, não existem". uma dada cultura. Pouco se dá conta a este
respeito em virtude do uso corrente que se
Os estereótipos consistem em atribuir deter- faz dos vários termos cotidianos. Para que o
minado valor a certas características não sentido das palavras líder e liderança aflo-
comprovadas nem demonstradas. Segundo a rem em sua essência, faz-se necessário um
mesma Lakatos, os principais estereótipos aprofundamento a respeito, e com isso reve-
referem-se a classe social, etnia e religião. lar a diferença e a importância singular de
Saliente-se também que um estereótipo tanto cada uma.
pode realçar qualidades quanto defeitos. Em
geral, as generalizações são as seguintes: o Líder quer dizer: chefe, dirigente ou guia de
japonês é trabalhador, o brasileiro é ocioso, o qualquer tipo de ação, empresa ou ideal, e
inglês é frio, o americano só pensa em di- é, exatamente, o que se compreende quan-
nheiro, o mineiro é pão duro. do o termo é utilizado em algum tipo de defi-
nição necessária. Liderança refere-se à:
Resumindo, estereótipo é idéia pré- qualidade de líder, capacidade de liderar,
fabricada, não fundamentada em dados
121
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

chefia, direção. Tem-se, então, a nítida per- grupo, e os prepara para estas práticas de
cepção – e assim é aprendido pela cultura – forma constante. Portanto, ela contém o sen-
de que ambas as palavras têm a mesma tido de servir ao próximo: o seguidor. Diz-se
equivalência, portanto, o seu emprego pode com propriedade, que só existe liderança se
variar tão somente pelo seu uso sinônimo. houverem seguidores. Seguir, verdadeira-
No entanto, há uma distância expressiva, mente por desejo próprio, implica em confi-
separando conceitualmente cada uma delas. ança e respeito, elementos que só estão
presentes numa relação madura e verdadei-
Ao referir-se sobre o termo líder, é possível ra, nunca pela figura de um chefe, ou de um
constatar que ele é a personificação de al- líder, nos moldes em que é descrito e exer-
guém que realiza, no passado, presente ou cido em muitos casos.
futuro, um grande feito. Teoricamente, esta
pessoa é percebida como alguém com a Desfazer-se de idéias tão enraizadas é tra-
responsabilidade de resolver problemas que balhoso e requer reflexões que levem a
a maioria não é capaz de fazê-lo. É comum construção de novos conceitos, além de boa
notar que muitas pessoas, principalmente abertura e predisposição a este respeito,
nas organizações, depositam as suas espe- condição imprescindível.
ranças neste tipo de líder. Ao confiar as suas
expectativas nele, deixam de exercer a sua A aprendizagem é parte essencial da lide-
capacidade de desenvolver soluções pró- rança, compreendendo-se a maneira como
prias, dificultam o seu desenvolvimento, cada membro aprende, e através desta con-
descrêem em si mesmas. Conseqüentemen- dição gerar mudanças, inclusive da concei-
te, não praticam a liderança. tuação pertinente. É possível desenvolver a
liderança, exercendo-a em várias oportuni-
Vê-se que o líder é uma figura permanente, dades, porém, não há como mantê-la per-
e assim tem sido durante muito tempo. A manentemente, pois que nem sempre é
tradição é reforçada a medida em que novos possível acionar as suas características bá-
líderes vão encontrando espaço para agir, e sicas: influência ao invés de imposição, pro-
então a crença mantém-se convicta a respei- pósito compartilhado, intenção, responsabili-
to do que a palavra exprime: uma grande dade pessoal, mudança e seguidores ao
pessoa, acima das outras. Todavia, lideran- invés de pessoas obrigadas a um determi-
ça não se encaixa neste tipo de performan- nado fim.
ce, ela distingue-se de líder pelo seu enorme
alcance, objetivos, resultados e sutililidade Exercer a liderança requer também a que-
na maneira de atuar, ainda que o dicionário bra de paradigma no qual entende-se que
não a retrate desta forma. Liderança aconte- líder é apenas um, e este é quem resolve os
ce oportunamente, não sendo algo que se problemas. Significa o exercício comparti-
mantém por tempo indeterminado - tampou- lhado de todos do grupo, incluindo a lideran-
co o líder que comumente se esquece de ça em alguma oportunidade, por determina-
sua vulnerabilidade e finitude enquanto ser do tempo. É, então, sair do lugar comum e
humano. crescer, construindo conjuntamente a histó-
ria da qual se faz parte.
A liderança pode ser compreendida como
um caminho a ser trilhado, contudo, nunca Freqüentemente a liderança é definida
acaba, e durante a trajetória, constrói-se a como uma forma de dominação, ou controle,
sabedoria de se relacionar com o outro. baseada no prestígio e aceito pelo dirigido.
Forma-se uma comunicação permanente, Mas, com a evolução das teorias que estu-
partilha-se o conhecimento, as metas e al- dam a liderança, levando-se em considera-
guns ideais, compromete-se comunitaria- ção as situações, a figura do líder, e mesmo
mente, ocorrem mudanças, permite-se o as relações entre líder e liderados, este con-
exercício de liderar a todos os membros do ceito vem mudando e liderança passa a ser
122
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

não apenas dominação ou controle, mas um ção divina”. Ou seja, o líder carismático é
papel assumido, conscientemente ou não, aquele que inspira em seus liderados a con-
pela pessoa do líder. fiança, aceitação incondicional, obediência
espontânea e envolvimento emocional. O
A liderança pode funcionar de duas formas: líder carismático é visto por seus liderados
ela pode ser uma autoridade delegada, como alguém que possui qualidades excep-
quando o líder é aquele que possui um car- cionais. “Carismáticas” em sua acepção ori-
go de liderança, mas não necessariamente ginal. Um exemplo deste tipo de líder são os
lidera, ou influencia, sua equipe; ou a lide- líderes religiosos como Jesus Cristo ou
rança pode ser uma autoridade natural, Gandhi;
quando o líder é aquele que consegue influ-
enciar ou direcionar a equipe sem, necessa- O “LÍDER EXECUTIVO”: é aquele que sur-
riamente, possuir um cargo de liderança. giu por causa da busca das organizações
pela obtenção da ordem, ele costuma possu-
A teoria que define os tipos de liderança de ir muitas habilidades técnicas, competência;
acordo com a personalidade e característi-
cas do líder é chamada de Teoria dos Tra- “LÍDER COERCITIVO”: aquele que exerce
ços e foi a primeira a ser desenvolvida a es- a liderança através da coerção, violência,
se respeito. Segundo ela existem os seguin- que pode ser verbal ou física. Neste estilo de
tes tipos de líder: o “líder executivo”, o “líder liderança a relação entre líder e liderado é
coercitivo”, o “líder distributivo”, o “líder edu- instável;
cativo” e o “líder inspirador”. Mas, esta teoria
se baseia no pressuposto de que a liderança O “LÍDER DISTRIBUTIVO”: aquele que
é uma característica nata do líder. Ela não apenas delega tarefas, sempre controlando,
considera os aspectos referentes às diver- acompanhando de perto e cobrando resulta-
sas situações enfrentadas pelo líder e sua dos. É o líder que não constrói nem destrói
equipe, quando os variados tipos de lideran- mantendo um posicionamento de “posições
ça podem se suceder (o líder coercitivo, é e papéis”;
sempre coercitivo, nunca será educativo,
etc.). O “LÍDER EDUCATIVO”, aquele que cos-
tuma dar o exemplo, seus liderados tem uma
Atualmente liderança é encarada não mais relação de responsabilidade com o trabalho.
como uma característica apenas, mas como É onde existe abertura para troca de conhe-
um comportamento e, como tal, é algo que cimentos não apenas técnicos, mas também
poderia ser aprendido. A “Teoria do Enfoque humanos;
Situacional”, a mais recente, além de abran-
ger essa nova visão de liderança, ainda vai O “LÍDER INSPIRADOR”, aquele que rara-
um pouco além, encarando-a como algo que mente precisa dar ordens a seus liderados,
deve ser considerado dentro de um contexto eles se sentem atraídos pela figura do líder e
integrado. Não se deve mais focar apenas, o estão dispostos a fazer o que é necessário.
líder, o subordinado e sua relação com
aquele, ou mesmo, apenas as situações em EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
que a liderança se insere. Mas todos estes Uma equipe multidisciplinar é um grupo
fatores conjuntamente. com diferentes especializações funcionais
que trabalham para alcançar um objetivo
De acordo com a nova abordagem da li- comum. Ela pode incluir pessoal do
derança foram traçados ESTILOS DE LI- departamento de finanças, marketing,
DERANÇA que refletem alguns padrões: operacional e de recursos humanos.
Normalmente inclui funcionários de todos os
O “LÍDER CARISMÁTICO”: carisma é uma níveis de uma organização. Os membros
palavra grega que significa “dom de inspira- também podem vir de fora da organização
123
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

(particularmente de fornecedores, principais já que cada vez mais a cidadania diz respei-
clientes ou consultores). to a um conjunto de parâmetros sociais.
Essas equipes geralmente funcionam como A cidadania pode ser dividida em duas cate-
equipes auto-dirigidas que respondem à gorias: cidadania formal e substantiva. A
amplas, porém não específicas, diretivas. cidadania formal é referente à nacionalida-
A tomada de decisão dentro de uma equipe de de um indivíduo e ao fato de pertencer a
pode depender de consenso, mas uma determinada nação. A cidadania subs-
geralmente é levada por um tantiva é de um caráter mais amplo, estando
gerente/técnico/líder da equipe. relacionada com direitos sociais, políticos e
Efeitos civis. O sociólogo britânico T.H. Marshall
O crescimento de equipes multidisciplinares afirmou que a cidadania só é plena se for
auto-dirigidas tem influenciado os processos dotada de direito civil, político e social.
de tomada de decisão e das estruturas Com o passar dos anos, a cidadania no Bra-
organizacionais. Apesar da teoria de sil sofreu uma evolução no sentido da con-
gerenciamento desejar propor que todo tipo quista dos direitos políticos, sociais e civis.
de estrutura organizacional necessita tomar No entanto, ainda há um longo caminho a
decisões estratégicas, táticas e percorrer, tendo em conta os milhões que
operacionais, novos procedimentos têm vivem em situação de pobreza extrema, a
começado a surgir e que funcionam melhor taxa de desemprego, um baixo nível de alfa-
com equipes. betização e a violência vivida na sociedade.
A ética e a moral têm uma grande influência
na cidadania, pois dizem respeito à conduta
do ser humano. Um país com fortes bases
NOÇÕES DE ÉTICA E CIDADANIA éticas e morais apresenta uma forte cidada-
nia.

Ética e cidadania são dois conceitos ful-


crais na sociedade humana. A ética e cida-
dania estão relacionados com
TESTES
as atitudes dos indivíduos e a forma como
estes interagem uns com os outros na soci-
edade. 01. Pesquisas na área da linguagem vêm
Ética é o nome dado ao ramo da filosofia demonstrando que grande parte das cri-
dedicado aos assuntos morais. A palavra anças inicia o processo de elaboração de
ética é derivada do grego, e significa aquilo hipóteses sobre a escrita, antes mesmo
que pertence ao caráter. A palavra “ética” de sua aprendizagem formal, pelo contato
vem do Grego “ethos” que significa “modo cotidiano que mantém com a linguagem
de ser” ou “caráter”. escrita a partir de diferentes e usuais por-
Cidadania significa o conjunto de direitos e tadores de texto: embalagens, cartazes,
deveres pelo qual o cidadão, o indivíduo es- revistas, placas de ônibus etc. Tal consta-
tá sujeito no seu relacionamento com a soci- tação contribui para a defesa e entendi-
edade em que vive. O termo cidadania vem mento da aprendizagem da linguagem
do latim, civitas que quer dizer “cidade”. escrita como esforço de compreensão de
Um dos pressupostos da cidadania é a naci- um sistema de representação, levando as
onalidade, pois desta forma ele pode cumprir instituições de educação infantil a priori-
os seus direitos políticos. No Brasil os direi- zar práticas pedagógicas
tos políticos são orquestrados pela Consti-
tuição Federal. O conceito de cidadania tem I. voltadas para o treinamento das habilida-
se tornado mais amplo com o passar do des responsáveis pelos aspectos figurativos
tempo, porque está sempre em construção,
124
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

da escrita: coordenação motora, discrimina- tos didáticos em termos de favorecer a


ção visual e organização espacial. construção desse conhecimento são
II. voltadas para a mediação entre a oralida- aqueles que
de e a escrita envolvendo tanto a participa-
ção das crianças em conversas cotidianas I. transformam a curiosidade e as perguntas
como a participação em situações mais for- trazidas pelas crianças em conhecimentos a
mais de uso da linguagem. serem explorados.
III. centradas unicamente no aprendizado da II. ampliam a compreensão das crianças so-
linguagem escrita culta e formal. bre a vida em sociedade, graduando sempre
os conteúdos de acordo com a complexida-
a) no item III. de que apresentam.
b) nos itens I e II. III. priorizam um trabalho materialmente
c) nos itens II e III. acessível, concreto e próximo da criança.
d) no item I.
e) no item II. Sobre o contido nos itens, pode-se afir-
mar que apenas
02. Os atuais estudos sobre desenvolvi-
mento e aprendizagem da matemática a) I está correto.
permitiram reorientar a prática docente b) II está correto.
no sentido de buscar novos caminhos no c) III está correto.
trabalho com a criança na educação in- d) II e III estão corretos.
fantil, dentro do entendimento de que e) I e II estão corretos.
aprender é construir significados e atri-
buir sentidos. À luz dessa nova concep- 04. A música é uma das importantes for-
ção de trabalho com a matemática, é mas de expressão humana o que justifica
CORRETO afirmar: a sua presença no contexto da educação
infantil como possibilidade de desenvol-
a) Deve-se trabalhar inicialmente os concei- ver a comunicação e expressão das cri-
tos matemáticos no concreto para depois anças por meio dessa linguagem. Dentro
trabalhá-los no abstrato. dessa perspectiva, constituem-se orien-
b) As crianças aprendem as operações de tações adequadas no trabalho com a mú-
classificação e seriação por meio de jogos sica na pré-escola:
mesmo quando manipulam peças e regras
livremente. I. estabelecer relações diretas entre o gesto,
c) De forma planejada e orientada pelo pro- o movimento corporal e os diferentes sons.
fessor, ao manipular, cortar, seriar e posicio- II. limitar o contato das crianças com o reper-
nar objetos em suas brincadeiras, a criança tório musical infantil.
está desenvolvendo estruturas abstratas III. incluir na escuta musical, obras de músi-
como os esquemas de seriação e classifica- ca erudita, da música popular, do cancionei-
ção. ro infantil e da música regional.
d) As crianças aprendem a matemática atra-
vés da repetição e memorização e por meio Pode-se afirmar que apenas
de uma seqüência linear de conteúdos.
e) Na pré-escola não é aconselhável desen- a) o item I é verdadeiro.
volver atividades com agrupamentos em di- b) os itens I e III são verdadeiros.
ferentes bases de contagem. c) o item III é verdadeiro.
d) os itens I e II são verdadeiros.
03. Em relação ao conhecimento do mun- e) o item II é verdadeiro.
do natural e social, as novas discussões
levam a concluir que, no campo da edu- 05. As práticas de Artes Visuais na Edu-
cação infantil, os melhores procedimen- cação Infantil nem sempre atentam para
125
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

as contribuições mais recentes dos estu- c) apenas nos itens I e III.


diosos sobre o assunto que enfatizam d) apenas no item I.
e) apenas no item III.
I. a manifestação espontânea e auto-
expressiva da criança na perspectiva de de- 07. Na curta história da educação infantil
senvolvimento do seu potencial criador, sem no Brasil vem se observando o binômio
nenhuma intervenção do professor. também presente em outros níveis edu-
II. a necessidade de proporcionar inicialmen- cacionais que deu origem às práticas
te à criança, com o auxílio do professor, a educacionais: de um lado a orientação
vivência de experiências com materiais alu- tradicional conservadora e de outro a ori-
sivos à construção de desenhos e pinturas entação nova/liberal. Na tentativa de
por meio da exploração sensorial e de sua romper com esses modelos, pode-se di-
utilização em diversas brincadeiras . zer que uma escola ao adotar pressupos-
III. o uso dos trabalhos infantis para ilustrar e tos para uma educação transformadora
enfeitar a escola em datas comemorativas, defende em seu projeto político-
com a intervenção e auxílio do professor, pedagógico, no tocante à formação pes-
como proposta de desenvolvimento artístico soal e social da criança , que a infância:
das crianças.
I. é um tempo de preparação para a cidada-
É CORRETO o que se diz apenas nia.
II. é um tempo de vivência de cidadania.
a) nos itens II e III. III. é um tempo que não tem identidade, um
b) no item I. estágio de preparação para a vida adulta.
c) no item III.
d) no item II. É CORRETO o que se expressa:
e) nos itens I e III.
a) apenas no item I.
06. Entende-se que a Educação Infantil b) apenas no item II.
tem por função primeira socializar, inserir c) apenas no item III.
as crianças no mundo que as cerca de d) apenas nos itens I e III.
maneira criativa, compromissada e res- e) nos itens I, II e III.
ponsável, bem como perpetuar e criar
conhecimentos e culturas. Nessa pers- 08. Atentando para a abrangência do ter-
pectiva, as práticas avaliativas na Educa- mo e para a importância dos recursos
ção Infantil didáticos na Educação Infantil, julgue os
itens apresentados abaixo como verda-
I. fazem parte do cotidiano das tarefas pro- deiros (V) ou falsos (F) e assinale a alter-
postas, das observações atentas do profes- nativa que apresenta a seqüência COR-
sor, das práticas de sala de aula. RETA.
II. são partes inerentes do processo mas não
desvinculadas da necessidade de indicado- ( ) todo material didático usado pelo profes-
res numéricos ou de outra ordem, para fins sor deve estar vinculado à proposta educati-
de promoção ao ensino fundamental. va que a escola pretende desenvolver e fa-
III. orientam as crianças para a realização zer parte do acervo escolar.
dos seus trabalhos e de suas aprendiza- ( ) as pessoas da comunidade, principalmen-
gens, redirecionando-as em seus percursos. te as mais idosas, quando vêm à escola
compartilhar com as crianças os conheci-
É CORRETO o que se expressa: mentos e informações que possuem sobre a
comunidade local, podem ser consideradas
a) nos itens I, II e III. recursos didáticos.
b) apenas nos itens I e II.
126
Apostilas Tecno – Concurso BALSAS – MARANHÃO CUIDADOR

( ) os recursos didáticos não devem ser utili-


zados como centro da ação educativa e sim a) Todos os dados (1, 2, 3 e 4) revelam que
como instrumento de apoio com que podem a criança não compreende, ainda, a função
contar professor e aluno no processo ensi- da segmentação e dos espaços em branco.
noaprendizagem. b) Os dados (1) e (2) mostram que a criança
não domina aspectos fonológicos da língua;
a) F, V, V enquanto (3) e (4) evidenciam que ela domi-
b) V, V, V na plenamente esses aspectos.
c) V, F, V c) Todos os dados (1, 2, 3 e 4) evidenciam
d) F, F, V que a criança transfere marcas da oralidade
e) V, F, F para a escrita.
d) Os dados (1) e (2) evidenciam que a cri-
“(...) ela colocou os pratos e as colher na ança ainda não domina a ortografia; já (3) e
mesa (...)” (4) evidenciam a presença da oralidade na
“(...) eu vou comprar umas telha para escrita.
conserta o telhado (...)” e) As realizações (1), (2) e (4) evidenciam
que a escrita da criança ainda apresenta
09. Os trechos acima, extraídos de uma marcas da oralidade.
redação de aluno da 4ª série do Ensino
Fundamental, apresentam casos que fo- Aconteceu na praia
gem ao que prescreve a Gramática Nor-
mativa, no que concerne à concordância Era uma vez eu estava na praia e encontrei
nominal de número. um pasarinho. A mãe dele tinha morrido e
deichou o filhotinho e eu dei para ele o nome
No entanto, o aluno contempla plenamen- de picão. O filhote creseu e um dia fugiu da
te a idéia de pluralidade no nível: minha casa e até oje tenho saudade do pi-
cão. E nunca mais eu vi ele.
a) fonológico.
b) morfológico. Texto extraído de FERREIRA, Maria Beatriz.
c) morfossintático. Coleção Pró-letramento. Fascículo 04, p. 35.
d) sintático.
e) semântico. 11. A partir da leitura global do texto aci-
ma, marque a opção que contém o con-
junto de afirmações CORRETAS.
10. Como professor das séries iniciais da
Educação Básica, você, provavelmente, I. A criança escreve segundo o princípio al-
encontrará nas produções textuais dos fabético.
alunos ocorrências como as destacadas II. O aluno não compreende a função de
nos trechos abaixo, extraídas do texto de segmentação dos espaços em branco.
um aluno da 2ª série. III. O texto produzido proporciona ao leitor
uma construção de significação.
“Era uma vez um palhaço que queria um IV. Há orientação e alinhamento da escrita
(1) enpregada e (2) comvidou um mulher de acordo com os padrões da Língua Portu-
bonita (...) o palhaço dece essa (3) mulhe guesa.
trabanar muito(...) ele (4) olho um lindo V. O texto apresenta lacunas semânticas
carro de briquedo (...)” que o tornam prolixo.

Observe os dados destacados no texto e a) I, II e IV.


assinale a alternativa que contém a COR- b) I, III e IV.
RETA explicação para a ocorrência dos c) II, III e V.
dados destacados: d) I, III e V.
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e) II, IV e V.
a) 3 – 2 – 4 – 1
12. “A Cartografia é o conjunto de estu- b) 3 – 1 – 2 – 4
dos e operações lógico-matemáticas, c) 4 – 2 – 3 – 1
técnicas e artísticas que, a partir de ob- d) 1 – 2 – 4 – 3
servações diretas e da investigação de e) 2 – 3 – 4 – 1
documentos e dados, intervém na cons-
trução de mapas, cartas, plantas e outras 13. Considerando-se a paisagem geográ-
formas de representação bem como no fica, como a parte visível do espaço, é
seu emprego pelo homem”. CORRETO afirmar:

(Antonio Carlos Castrogiovanni) a) A paisagem varia de um lugar para o ou-


tro, pois, em cada um deles, há uma deter-
Considerando as informações do texto minada divergência de elementos.
acima e os seus conhecimentos sobre o b) Quanto mais transformada está a nature-
assunto, enumere a segunda coluna de za, mais se destacam os elementos naturais
acordo com a primeira da paisagem.
c) A paisagem é sempre a materialização de
PRIMEIRA COLUNA um momento da sociedade, à semelhança
de uma fotografia.
( 1 ) Mapa d) A paisagem já existe mesmo antes de o
( 2 ) Carta homem nascer, sendo irrelevante, portanto,
( 3 ) Planta considerar a sua atuação na construção do
( 4 ) Croqui espaço.
e) As paisagens são formadas somente por
SEGUNDA COLUNA elementos naturais, isto é, criadas pela Na-
tureza, sem interferência do homem.
( ) entende-se como sendo a representação
de áreas pequenas, nas quais a curvatura 14. A concepção de criança como sujeito
da Terra não precisa ser considerada, onde ativo, capaz de interagir com as outras
a escala é grande e, portanto, facilita o nú- crianças, com adultos e com o meio am-
mero e a clareza dos detalhes. biente, sendo capaz de modificar o meio
( ) é uma representação dos aspectos natu- e por ele ser modificado, está baseada na
rais e artificiais da Terra, destinada a fins teoria
práticos de atividade humana, permitindo a
avaliação precisa de distâncias, direções e a a) Positivista.
localização plena, geralmente em média ou b) Ambientalista.
grande escala, de uma superfície da Terra, c) Interacionista.
subdividida em folhas de forma sistemática, d) Inatista.
obedecendo um plano. e) Behaviorista.
( ) significa um desenho sem considerar a
fidedignidade escalar. É um desenho a mão 15. Através da linguagem oral e escrita a
livre, um esboço de uma representação. criança desenvolve uma série de habili-
( ) é uma representação gráfica, em geral dades assim definidas:
numa superfície plana e em determinada
escala, com a representação de acidentes a) Valorizar a linguagem oral dos colegas e
físicos e culturais da superfície da Terra, ou- expressar-se com segurança.
tro planeta ou satélite. b) Expressar desejos, necessidades, opini-
ões e sentimentos.
Assinale a seqüência CORRETA das res- c) Elaborar textos ajustados aos diferentes
postas na segunda coluna. contextos e situações de comunicação.
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d) Falar, ouvir, ler e escrever. b) Pré-silábico-reprodutivo e pré-silábico


e) Memorizar e reproduzir todos os textos construtivo.
lidos. c) Memorização, apreensão e compreensão.
d) Literários, instrucionais e epistolares.
16. O profissional da Educação Infantil e) Nível pré-silábico, silábico, alfabético.
deve ter competências polivalentes, uma
vez que trabalha com conteúdos de natu- 19. O conhecimento matemático na edu-
reza diversa que abrangem desde cuida- cação infantil deve ser construído a par-
dos básicos essenciais com a criança até tir das situações de aprendizagem nas
conhecimentos específicos da área. As- quais os materiais pedagógicos cumprem
sim a LDB define, em seu artigo 62, a se- o papel de auto-instrução. Essa concep-
guinte formação para o docente da edu- ção está enfatizando:
cação infantil:
a) o jogo como uma estratégia didática que
a) Pós-Graduação em Educação Infantil. proporciona conhecimentos à criança.
b) Graduação em Pedagogia com habilita- b) a manipulação de objetos e jogos didáti-
ção em Orientação Educacional. cos não dirigidos para o sujeito.
c) Nível superior, em curso de Licenciatura, c) o ensino da matemática, tendo como base
de Graduação Plena, admitida, como forma- a classificação e a seriação.
ção mínima para o exercício do magistério d) a dissociação entre a ação intelectual e a
na educação infantil e física, não havendo a inserção do sujeito na
nas quatro primeiras séries do ensino fun- construção de significados e atribuição de
damental, a oferecida em nível médio na sentidos às ações.
modalidade Normal. e) o ensino da matemática de forma mecâni-
d) Ensino Fundamental (8ª série). ca sem pensar na realidade.
e) Ensino Médio (Formação Geral).
20. Dentre as orientações didáticas na
17. As atividades permanentes, que fa- área da Natureza e Sociedade, percebe-se
zem parte da rotina das Instituições de o fomento às reflexões sobre a diversida-
Educação Infantil, podem ser desdobra- de de hábitos, o que justifica a diversida-
das em: de de atividades que possibilitam a parti-
cipação. Dentre essas atividades, pode-
a) brincadeiras no espaço interno e externo, mos destacar:
roda de história, roda de conversas, pintu-
ras, modelagem e música. a) leitura dirigida/exposição oral e explicação
b) atividades de asseio e higiene corporal, e pelo professor.
de domínio da leitura. b) jogos, músicas, visitas, leitura de paisa-
c) cantigas de roda e exercícios de escrita. gens, observação, experimentos.
d) projetos de trabalho. c) trabalho individual e exercícios escritos.
e) atividades diversificadas, visando ao trei- d) aulas expositivas.
no da leitura e da escrita. e) exercício oral individual.

18. Os estudos de Emilia Ferreiro prova-


ram que a “inteligência não é um dom” e
que a criança constrói suas hipóteses a
respeito da escrita, portanto, indicou os
níveis de constituição da escrita, assim
classificados:

a) Analíticos e sintéticos.

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