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Língua Portuguesa

LÍNGUA PORTUGUESA

MÉRITO
Apostilas 1
Leitura, compreensão e interpretação de textos

Leitura, compreensão e
interpretação de textos

MÉRITO
Apostilas 1
Leitura, compreensão e interpretação de textos

Compreensão e interpretação de texto são duas ações que estão relacionadas,


uma vez que quando se compreende corretamente um texto e seu propósito
comunicativo chegamos a determinadas conclusões (interpretação).
A compreensão de um texto é a análise e decodificação do que está realmente
escrito, seja das frases ou das ideias presentes.

Já a interpretação de texto, está ligada às conclusões que podemos chegar ao


conectar as ideias do texto com a realidade. É o entendimento subjetivo que o
leitor teve sobre o texto.

É possível compreender um texto sem interpretá-lo, porém não é possível


interpretá-lo sem compreendê-lo.

Compreensão de texto

A compreensão de texto significa decodificá-lo para entender o que foi dito. É a


análise objetiva e a assimilação das palavras e ideias presentes no texto.

As expressões que geralmente se relacionam com a compreensão são:

• Segundo o texto…

• De acordo com o autor…

• No texto…

• O texto informa que...

• O autor sugere…

Interpretação de texto

A interpretação do texto é o que podemos concluir sobre ele, após estabelecer


conexões entre o que está escrito e a realidade. São as conclusões que podemos

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

tirar com base nas ideias do autor. Essa análise ocorre de modo subjetivo e está
relacionada com a dedução do leitor.

Na interpretação de texto, as expressões geralmente utilizadas são:

• Diante do que foi exposto, podemos concluir…

• Infere-se do texto que…

• O texto nos permite deduzir que…

• Conclui-se do texto que...

• O texto possibilita o entendimento de...

Item Compreensão Interpretação


Análise objetiva do conteúdo,
A conclusão subjetiva do texto. É o que o leitor entende
Definição compreendendo frases, ideias e
que o texto quis dizer.
dados presentes no texto.
As informações necessárias estão A informação vai além do que está no texto, embora
Informação
dispostas no texto. tenha uma relação direta com ele.
Análise Objetiva. Ligada mais aos fatos. Subjetiva. Pode estar relacionada a uma opinião.

A Importância da Leitura

Tanto a leitura quanto a escrita são práticas sociais de importância fundamental


para o desenvolvimento da cognição humana. Ambas asseguram o
desenvolvimento do intelecto e da imaginação e conduzem à aquisição de
conhecimentos.

Quando lemos, existem várias conexões no cérebro que nos permitem desenvolver
nosso raciocínio. Além disso, por meio dessa atividade, aprimoramos nosso senso
crítico por meio da capacidade de interpretar.

Nesse sentido, vale lembrar que a “interpretação” dos textos é uma das chaves
básicas da leitura. Afinal, não basta ler ou decodificar códigos de linguagem, é
preciso entender e interpretar essa leitura.

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

Exercícios

1 - (Enem-2012)

Figura 1: Fonte: www.ivancabral.com.

O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações


visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre
à:

a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para


transmitir a ideia que pretende veicular.

b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.

c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população


pobre e o espaço da população rica.

d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.

e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira


de descanso da família.

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

2. (Enem-2019)

Qual a diferença entre publicidade e propaganda?

Esses dois termos não são sinônimos, embora sejam usados indistintamente no
Brasil. Propaganda é a atividade associada à divulgação de ideias (políticas,
religiosas, partidárias etc.) para influenciar um comportamento. Alguns exemplos
podem ilustrar, como o famoso Tio Sam, criado para incentivar jovens a se alistar
no exército dos EUA; ou imagens criadas para “demonizar” os judeus, espalhadas
na Alemanha pelo regime nazista; ou um pôster promovendo o poderio militar da
China comunista. No Brasil, um exemplo regular de propaganda são as campanhas
políticas em período pré-eleitoral.

Já a publicidade, em sua essência, quer dizer tornar algo público. Com a Revolução
Industrial, a publicidade ganhou um sentido mais comercial e passou a ser uma
ferramenta de comunicação para convencer o público a consumir um produto,
serviço ou marca. Anúncios para venda de carros, bebidas ou roupas são exemplos
de publicidade. VASCONCELOS, Y. Fonte: https://mundoestranho.abril.com.br.

A função sociocomunicativa desse texto é

a) ilustrar como uma famosa figura dos EUA foi criada para incentivar jovens a se
alistar no exército.

b) explicar como é feita a publicidade na forma de anúncios para venda de carros,


bebidas ou roupas.

c) convencer o público sobre a importância do consumo.

d) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.

e) divulgar atividades associadas à disseminação de ideias.

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

Gabarito

1 - (Enem-2012)

Resposta correta: a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão


“rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular.

A questão é um bom exemplo de compreensão e interpretação de texto visual.

O humor gerado pela charge advém da polissemia da palavra "rede", ou seja, dos
diferentes significados que ela carrega.

Na cultura indígena, a rede é um objeto utilizado para dormir. Já rede social, termo
que surgiu por meio do avanço da internet, representa espaços virtuais de
interação entre grupos de pessoas ou de empresas.

Uma interpretação que podemos obter com a observação da charge é sobre a


desigualdade social que atinge muitas pessoas as quais não possuem condições
financeiras de ter acesso à internet.

2. (Enem-2019)

Resposta correta: d) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.

Essa é uma questão de compreensão e interpretação de um texto escrito.

Depois da leitura atenta do texto, fica claro entender qual sua finalidade:
esclarecer sobre dois conceitos que são utilizados como sinônimos pelo senso
comum.

Assim, trata-se de um tipo de texto explicativo que utiliza alguns exemplos para
ilustrar os conceitos de publicidade e propaganda.

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Coesão e coerência textual

Coesão e coerência textual

MÉRITO
Apostilas 1
Coesão e coerência textual

Coerência e coesão são mecanismos fundamentais para a produção de texto.


Para que um texto transmita sua mensagem com eficácia, ele deve fazer sentido
para o leitor. Além disso, deve ser harmonioso para que a mensagem flua com
segurança, naturalidade e seja agradável ao ouvido.

Coesão textual
A coesão é resultado da disposição e da correta utilização das palavras que
propiciam a ligação entre frases, períodos e parágrafos de um texto. Ela colabora
com sua organização e ocorre por meio de palavras chamadas de conectivos.
A coesão cria relações entre as partes do texto de modo a guiar o leitor
relativamente a uma sequência de fatos.
Uma mensagem coesa apresenta ligações harmoniosas entre as partes do texto.

Elementos de coesão textual


1- Substituições
Garantem a coesão lexical. Ocorrem quando um termo é substituído por
outro termo ou por uma locução como forma de evitar repetições.
Exemplos:
Coesão correta: Os legumes são importantes para manter uma alimentação
saudável. As frutas também.
Erro de coesão: Os legumes são importantes para manter uma alimentação
saudável. As frutas também são importantes para manter uma alimentação
saudável.
Explicação: "também" substitui "são importantes para manter uma
alimentação saudável".

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Coesão e coerência textual

2- Conectores
Esses elementos são responsáveis pela coesão interfrásica do texto. Criam
relações de dependência entre os termos e geralmente são representados
por preposições, conjunções, advérbios, etc.
Exemplos:
Coesão correta: Elas gostam de jogar bola e de dançar.
Erro de coesão: Elas gostam de jogar bola. Elas gostam de dançar.
Explicação: sem o conectivo "e", teríamos uma sequência repetitiva.

3- Referências e reiterações
Nesse tipo de coesão, um termo é usado para se referir a outro, para reiterar
algo dito anteriormente ou quando uma palavra é substituída por outra com
ligação de significados.
Coesão correta: Hoje é aniversário da minha vizinha. Ela está fazendo 35
anos.
Erro de coesão: Hoje é aniversário da minha vizinha. Minha vizinha está
fazendo 35 anos.
Explicação: observe que o pronome "ela" faz referência à vizinha.

4- Correlação verbal
É a utilização dos verbos nos tempos verbais corretos. Esse tipo de coesão
garante que o texto siga uma sequência lógica de acontecimentos.
Coesão correta: Se eu soubesse eu te avisaria.
Erro de coesão: Se eu soubesse eu te avisarei.
Explicação: note que "soubesse" é uma flexão do verbo "saber" no pretérito
imperfeito do subjuntivo e isso indica uma situação condicional que poderia
dar origem a uma outra ação.

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Coesão e coerência textual

Para a frase fazer sentido, o verbo "avisar" tem de estar conjugado no futuro do
pretérito para indicar um fato que poderia ter acontecido se uma ação no passado
tivesse se concretizado.

Coerência textual
A coerência textual está diretamente relacionada com a significância e com a
interpretabilidade de um texto.
A mensagem de um texto é coerente quando ela faz sentido e é comunicada de
forma harmoniosa, de forma que haja uma relação lógica entre as ideias
apresentadas, onde umas complementem as outras.

Conceitos da coerência textual


1- Princípio da não contradição
Não pode haver contradições de ideias entre diferentes partes do texto.
Coerência correta: Ele só compra leite de soja pois é intolerante à lactose.
Erro de coerência: Ele só compra leite de vaca pois é intolerante à lactose.
Explicação: quem é intolerante à lactose não pode consumir leite de vaca.
Por esse motivo, o segundo exemplo constitui um erro de coerência; não faz
sentido.

2- Princípio da não tautologia


Ainda que sejam expressas através do uso de diferentes palavras, as ideias
não devem ser repetidas, pois isso compromete a compreensão da
mensagem a ser emitida e muitas vezes a torna redundante.
Coerência correta: Visitei Roma há cinco anos.
Erro de coerência: Visitei Roma há cinco anos atrás.
Explicação: "há" já indica que a ação ocorreu no passado. O uso da palavra
"atrás" também indica que a ação ocorreu no passado, mas não acrescenta
nenhum valor e torna a frase redundante.

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Coesão e coerência textual

3- Princípio da relevância
As ideias devem estar relacionadas entre si, não devem ser fragmentadas e
devem ser necessárias ao sentido da mensagem.
O ordenamento das ideias deve ser correto, pois, caso contrário, mesmo que
elas apresentem sentido quando analisadas isoladamente, a compreensão do
texto como um todo pode ficar comprometida.
Coerência correta: O homem estava com muita fome, mas não tinha dinheiro
na carteira e por isso foi ao banco e sacou uma determinada quantia para
utilizar. Em seguida, foi a um restaurante e almoçou.
Erro de coerência: O homem estava com muita fome, mas não tinha dinheiro
na carteira. Foi a um restaurante almoçar e em seguida foi ao banco e sacou
uma determinada quantia para utilizar.
Explicação: observe que, embora as frases façam sentido isoladamente, a
ordem de apresentação da informação torna a mensagem confusa. Se o
homem não tinha dinheiro, não faz sentido que primeiro ele tenha ido ao
restaurante e só depois tenha ido sacar dinheiro.

4- Continuidade temática
Esse conceito garante que o texto tenha seguimento dentro de um mesmo
assunto. Quando acontece uma falha na continuidade temática, o leitor fica
com a sensação de que o assunto foi mudado repentinamente.
Coerência correta: "Tive muita dificuldade até acertar o curso que queria
fazer. Primeiro fui fazer um curso de informática... A meio do semestre
troquei para um curso de desenho e por fim acabei me matriculando aqui no
curso de inglês. Foi confuso assim também para você?"
"Na verdade foi fácil pois eu já tinha decidido há algum tempo que assim que
tivesse a oportunidade de pagar um curso, faria um de inglês."
Erro de coerência: "Tive muita dificuldade até acertar o curso que queria
fazer. Primeiro fui fazer um curso de informática... A meio do semestre
troquei para um curso de desenho e por fim acabei me matriculando aqui no
curso de inglês. Foi confuso assim também para você?"

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Coesão e coerência textual

"Quando eu me matriculei aqui no curso, eu procurei me informar sobre a


metodologia, o tipo de recursos usados, etc. e acabei decidindo rapidamente
por este curso."
Explicação: note que no último exemplo, o segundo interlocutor acaba por
não responder exatamente ao que foi perguntado.
O primeiro interlocutor pergunta se ele também teve dificuldades de decidir
que tipo de curso fazer e a resposta foi sobre características que ele teve em
conta ao optar pelo curso de inglês onde se matriculou.
Apesar de ter falado de um curso, houve uma alteração de assunto.

5- Progressão semântica
É a garantia da inserção de novas informações no texto, para dar seguimento
a um todo. Quando isso não ocorre, o leitor fica com a sensação de que o
texto é muito longo e que nunca chega ao objetivo final da mensagem.
Coerência correta: Os meninos caminhavam e quando se depararam com o
suspeito apertaram o passo. Ao notarem que estavam sendo perseguidos,
começaram a correr.
Erro de coerência: Os meninos caminhavam e quando se depararam com o
suspeito continuaram caminhando mais um pouco. Passaram por várias
avenidas e ruelas e seguiram sempre em frente. Ao notarem que estavam
sendo perseguidos, continuaram caminhando em direção ao seu destino,
percorreram um longo caminho...
Explicação: note que a frase onde a coerência está correta apresenta uma
sequência de novas informações que direcionam o leitor à conclusão do
desfecho da frase.
No exemplo seguinte, a frase acaba por se prolongar demais e o receptor da
mensagem fica sem saber, afinal, o que os meninos fizerem.

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Coesão e coerência textual

Diferença e exemplos
A coesão está mais diretamente ligada a elementos que ajudam a estabelecer uma
ligação entre palavras e frases que unem as diferentes partes de um texto.
A coerência, por sua vez, estabelece uma ligação lógica entre as ideias, de forma
que umas complementem as outras e, juntas, garantam que o texto tenho sentido.
Em outras palavras, a coerência está mais diretamente ligada ao significado da
mensagem.
Apesar de os dois conceitos estarem relacionados, eles são independentes, ou seja,
um não depende do outro para existir.
É possível, por exemplo, uma mensagem ser coesa e incoerente ou coerente e não
apresentar coesão.

Mensagem coerente que não apresenta coesão:


"Para de mexer nessa tinta. Vá já para o banheiro! Não toque em nada. Lave bem as
mãos. Vá para o seu quarto."
Explicação: A mensagem é compreensível, porém não existe uma ligação
harmoniosa entre as ideias. Faltam as ligações entre as frases para que a
mensagem soe natural.

Mensagem coesa e incoerente:


"Aberto todos os dias, exceto sábado."
Explicação: A mensagem tem uma ligação harmoniosa entre as frases, porém não
faz sentido: se existe uma exceção, então o estabelecimento não está aberto todos
os dias.

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Coesão e coerência textual

Exercícios
1- (Enem - 2013)
Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série
de contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe que
disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o
italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo derivado do latim
medieval influentia, que significava “influência dos astros sobre os homens”. O
segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se
que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo
infectado.

RODRIGUES. S. Sobre palavras. Veja, São Paulo, 30 nov. 2011.

Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor
reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída
predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O
fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é:

a) “[...] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”
b) “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe [...]”.
c) “O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava
‘influência dos astros sobre os homens’.”
d) “O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper [...]”.
e) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do
organismo infectado.”

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Coesão e coerência textual

2- (Enem – 2011)
Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o
risco de infarto, mas também de problemas como morte súbita e derrame. Significa
que manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente já
reduz, por si só, as chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é
importante para o controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de
glicose no sangue. Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade
física, fatores que, somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses
casos, com acompanhamento médico e moderação, é altamente recomendável.

ATALIA, M. Nossa vida. Época. 23 mar. 2009.

As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na


construção do sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que

a) a expressão “Além disso” marca uma sequenciação de ideias.


b) o conectivo “mas também” inicia oração que exprime ideia de contraste.
c) o termo “como”, em “como morte súbita e derrame”, introduz uma generalização.
d) o termo “Também” exprime uma justificativa.
e) o termo “fatores” retoma coesivamente “níveis de colesterol e de glicose no
sangue”.

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Coesão e coerência textual

3- Sobre a coesão textual, estão corretas as seguintes proposições:

I. A coesão textual está relacionada com os componentes da superfície textual, ou


seja, as palavras e frases que compõem um texto. Esses componentes devem estar
conectados entre si em uma sequência linear por meio de dependências de ordem
gramatical.

II. A coesão é imaterial e não está na superfície textual. Compreender aquilo que
está escrito dependerá dos níveis de interação entre o leitor, o autor e o texto. Por
esse motivo, um mesmo texto pode apresentar múltiplas interpretações.

III. Por meio do uso adequado dos conectivos e dos mecanismos de coesão,
podemos evitar erros que prejudicam a sintaxe e a construção de sentidos do
texto.

IV. A coesão obedece a três princípios: o princípio da não contradição; princípio da


não tautologia e o princípio da relevância.

V. Entre os mecanismos de coesão estão a referência, a substituição, a elipse, a


conjunção e a coesão lexical.

a) Apenas V está correta.


b) II e IV estão corretas.
c) I, III e V estão corretas.
d) I e III estão corretas.
e) II, IV e V estão corretas.

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Coesão e coerência textual

Gabarito
1- Alternativa correta: “e”. A forma verbal “fizesse” tem seu sujeito oculto, fazendo
referência ao vocábulo viral grippe, que significa agarrar. Caso o fragmento fosse
reescrito com o sujeito explícito, teríamos: “Supõe-se que o vocábulo grippe
fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo
infectado.”
2- Alternativa correta: “a”. A expressão “Além disso” estabelece coesão, dando
sequência às ideias ditas anteriormente.
3- Alternativa correta: “c”. As proposições II e IV fazem referência à coerência
textual, elemento indispensável para a construção de sentidos de um texto.

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Tipologia textual

Tipologia textual

MÉRITO
Apostilas 1
Tipologia textual

Tipo textual é a forma como um texto se apresenta. Em outras palavras, tipos


textuais são segmentos de diferentes características que constituem um texto;
segmentos esses que podem ser reconhecidos pelas regularidades no emprego de
determinados recursos linguísticos.

Os tipos textuais podem ser encontrados articulados entre si, ou seja, é possí -
vel encontrar textos pertencentes a determinados gêneros que se compõem de
um ou mais tipos. Por exemplo, podemos nos deparar com contos em que o tipo
textual predominante é o narrativo, mas que também possui o tipo descritivo.

As tipologias mais usadas são: narração, descrição, dissertação (ou exposi -


ção), argumentação, informação e injunção. É importante que não se confunda
tipo textual com gênero textual.

Gêneros textuais são modelos de texto que circulam na vida social, pois aten -
dem às necessidades comunicativas da humanidade, se renovando ao longo do
tempo e podendo surgir novos gêneros a qualquer instante. Os tipos textuais, por
sua vez, "são atitudes enunciativas que acarretam modos característicos de em-
prego dos recursos linguísticos presentes em um texto ou sequência de texto."
(VAL, 2007, p.20).

Tipologia narrativa (narração)


A narração significa contar uma história, acontecimentos e ações de persona -
gens dentro de um espaço e um tempo determinado.

Através de um enredo (história) é relatado por um narrador os acontecimen -


tos e ações de maneira linear ou não linear.

Assim, se o enredo seguir uma sequência cronológica, trata-se de um enredo


linear. Do contrário, se existir uma mistura entre o passado, o presente e o futuro,
estamos diante de um enredo não linear.

Para facilitar o entendimento, podemos resumir os elementos da narrativa da


seguinte forma:

O quê? - revela a história, o assunto central da trama.

Quem? - são as personagens envolvidas na trama e que podem ser principais


(protagonistas) e secundárias (coadjuvantes).

Quando? - indica o momento em que a história se passa.

2
Tipologia textual

Onde? - representa o local (espaço) onde a narrativa ocorre, que podem ser
ambientes físicos ou psicológicos.

Por quem? - aquele que conta a história é o narrador (foco narrativo). Ele
pode fazer parte da história (narrador personagem) ou não participar dela (narra -
dor observador ou narrador onisciente).

Características da tipologia narrativa

- revela a sequência de acontecimentos de uma história;

- os fatos e as ações são relatados por um narrador (foco narrativo) que parti -
cipa ou não da trama;

- presença de personagens principais (protagonistas), que aparecem com mai -


or frequência e são mais importantes na história, e personagens secundários (co -
adjuvantes);

- marcação de tempo (tempo cronológico) através de datas e momentos his -


tóricos, ou o tempo individual de cada personagem (tempo psicológico);

- indicação do local onde se desenvolve a história e que podem ser físicos (re -
ais ou imaginários) ou psicológicos (na mente das personagens).

Exemplos de textos da tipologia narrativa

Os principais exemplos de textos narrativos são:

- crônicas

- contos

- romances

- fábulas

- novelas

Esses tipos de narração contém todos os elementos da narrativa: um enredo


contado por alguém (narrador), um espaço e um tempo definido, além de incluir
personagens na trama.

3
Tipologia textual

Tipologia descritiva (descrição)


A descrição representa o ato de descrever algo e que pode ser uma pessoa,
um objeto, uma paisagem, um local.

Quando utilizamos a tipologia descritiva, buscamos apresentar as principais


características de algo, e isso pode ser feito de duas maneiras: descrição objetiva
e descrição subjetiva.

Na descrição objetiva não há um juízo de valor, uma opinião, ou mesmo im -


pressões subjetivas sobre o que está sendo observado. A imparcialidade (visão
neutra) é uma das principais características desse tipo de descrição. Ela busca
apontar de maneira muito realista e verossímil os atributos de algo (alto, baixo,
claro, escuro, longo, curto).

Já na descrição subjetiva, a opinião, as apreciações e as emoções de quem


está descrevendo aparece de forma muito nítida, que pode surgir pelo uso de mui-
tos adjetivos. Nesse caso, o objetivo é valorizar a forma do texto com o intuito de
influenciar os leitores através de um juízo de valor sobre o que está sendo obser -
vado.

Exemplos das descrições objetiva e subjetiva:

Descrição objetiva: A Basílica de São Marcos, localizada em Veneza, é reple-


ta de mosaicos. (não há uma opinião sobre o que está sendo observado)

Descrição subjetiva: A deslumbrante Basílica de São Marcos, localizada em


Veneza, é repleta de belíssimos mosaicos. (pelo uso dos adjetivos, nota-se as im -
pressões do autor)

Características da tipologia descritiva

- aponta os principais atributos e aspectos de algo;

- realiza um retrato verbal sobre algo;

- valoriza os detalhes, os pormenores e as minúcias;

- utiliza muitos adjetivos para detalhar o objeto descrito;

- usa verbos de ligação (ser, estar, parecer) para demostrar o objeto descrito;

- presença de verbos no pretérito imperfeito e no presente do indicativo para


descrever cenas;

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Tipologia textual

- recorre às metáforas e comparações que permitem uma melhor imagem


mental do que está sendo descrito.

Exemplos de textos da tipologia descritiva

Os principais exemplos de textos descritivos são:

- manuais de instruções

- retratos falados

- diários

- notícias

- biografias

Todos eles são textos descritivos, em que há um retrato verbal realizado pelo
autor (emissor).

Tipologia dissertativa (dissertação)


A dissertação é, de maneira geral, um tipo textual opinativo e argumentativo.
Além disso, pode ser persuasivo, já que tem como intuito defender uma ideia ou
um conceito sobre determinado assunto através de argumentações pautadas em
dados, estatísticas e exemplos concretos.

Os autores que fazem uso dessa tipologia textual, pretendem convencer seus
leitores a partir de suas opiniões e juízos de valor fundamentados em pesquisas
que realizaram ou em conhecimentos que possuem sobre o tema.

Vale ressaltar que a opinião deve ser apresentada na terceira pessoa do plural
(nós, eles) e não na primeira pessoa do singular (eu).

Embora em sua maioria os textos dissertativos sejam argumentativos, há


também outra subcategoria denominada de textos dissertativos-expositivos. Nes -
se caso, as ideias, conclusões e conceitos apresentados são expostos de maneira
neutra e imparcial, sem que o autor se posicione mostrando sua opinião.

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Tipologia textual

Características da tipologia dissertativa

- textos escritos na terceira pessoa do plural (nós, eles);

- presença de apreciações, opiniões e juízos de valor do autor do texto;

- foco na formação da opinião do leitor, persuadindo-o;

- uso da norma culta (linguagem formal);

- recorre à coerência e à coesão para criar uma argumentação lógica e bem


conectada pelos elementos coesivos;

- utilização de dados, exemplos e estatísticas de outras pesquisas para corro -


borar suas ideias;

- explicações fundamentadas em outros autores, por exemplo, para a defesa


do tema com mais propriedade.

Exemplos de textos da tipologia dissertativa

Os principais exemplos da textos dissertativos são:

- artigos

- monografias

- resenhas

- ensaios

- editoriais

Todos eles são escritos com uma linguagem formal e pretendem apresentar
(textos dissertativos-expositivos) ou defender uma ideia sobre determinado assun-
to, convencendo o leitor (textos dissertativos-argumentativos).

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Tipologia textual

Tipologia expositiva (exposição)


A exposição é um tipo textual que apresenta informações sobre determinado
assunto. Diferente dos textos argumentativos, que utiliza opiniões e juízos de va -
lor para defender uma ideia, essa tipologia foca em reunir informações e apresen -
tar de maneira coerente e imparcial, sem opiniões que convençam o leitor.

Esse tipo textual pode ser produzido de duas maneiras: textualmente (através
de um texto) ou oralmente (através da fala).

Para entender melhor, vamos pensar no seminário da escola em que as duas


modalidades da tipologia expositiva são utilizadas (escrita e oral). A apresentação
projetada no PowerPoint é um texto expositivo escrito, e a explicação do tema pe -
los alunos é feita através da fala das pessoas, configurando um texto expositivo
oral.

Características da tipologia expositiva

- textos escritos ou orais sem opiniões do autor;

- uso de uma linguagem clara e direta;

- produções textuais informativas e objetivas, sem juízo de valor;

- uso de informações, dados e referências para expor o tema;

- recorre à conceituação e definição para explicar os temas;

- utiliza comparações e enumerações para facilitar o entendimento.

Exemplos de textos da tipologia expositiva

Os principais exemplos de textos expositivos são:

- palestras

- entrevistas

- seminários

- verbetes de dicionários

- verbetes enciclopédicos

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Tipologia textual

Todos eles apresentam informações objetivas, ou seja, isentas de subjetivida-


des e duplas interpretações.

Tipologia injuntiva (injunção)


A injunção é um tipo textual que pretende instruir ou ensinar alguém a fazer
algo, por isso, apresenta uma sucessão de informações que podem estar organiza -
das em pequenos parágrafos ou numerada em passos. A ideia central é levar a
uma ação por parte do receptor (ou leitor) que recebe a mensagem.

Esses textos precisam ser claros e objetivos para não gerar dúvidas ou duplas
interpretações em quem está lendo. Pense, por exemplo, no manual de instruções
de um móvel. O objetivo é indicar um passo a passo de tudo o que deve ser feito,
como deve ser feito e quais ferramentas serão necessárias para realizar essa tare-
fa.

Características da tipologia injuntiva

- visam instruir ou ensinar algo à alguém;

- foco na explicação e no método para a realização de algo;

- textos objetivos, sem espaço para outras interpretações;

- uso da linguagem simples e objetiva, e, por vezes, técnica;

- presença da linguagem formal, baseada na norma culta;

- utilização de verbos no imperativo, que denotam ordem.

Exemplos de textos da tipologia injuntiva

Os principais exemplos de textos injuntivos são:

- propagandas

- manuais de instruções

- bulas de remédios

- receitas culinárias

8
Tipologia textual

- regulamentos

A grande semelhança entre eles é que todos oferecem instruções, dando in -


formações e indicações sobre algum procedimento.

Diferença entre tipologia textual e gêneros textuais

As tipologias textuais são textos orais ou escritos que possuem uma estrutura
fixa e objetivos bem definidos: relatar um acontecimento, descrever uma pessoa,
defender ou apresentar uma ideia, ensinar a fazer algo. Elas são classificadas em
cinco tipos: narração, descrição, dissertação, exposição e injunção.

Já os gêneros textuais são textos orais ou escritos mais específicos determina -


dos pela intenção comunicativa e o contexto em que são utilizados. Considerando
as principais características e estrutura das tipologias existentes, eles surgem dos
cinco tipos de texto.

- Exemplos de gêneros textuais narrativos: romance, conta e novela.

- Exemplos de gêneros textuais descritivos: biografia, cardápio e notícia.

- Exemplos de gêneros textuais dissertativos: monografia, artigo e resenha.

- Exemplos de gêneros textuais expositivos: seminário, palestra e entrevista.

- Exemplos de gêneros textuais injuntivos: receitas, propagandas e manuais.

Para entender melhor essa diferenciação, veja um exemplo:

“Receita de bolo de nozes

Ingredientes:

3 xícaras de farinha de trigo

1 xícara de óleo

1/5 xícara de leite

3 ovos

1 colher de chá de fermento

9
Tipologia textual

1 xícara de nozes picadas”

Modo de preparo: bata todos os ingredientes no liquidificador por 3 minutos


na velocidade máxima. Unte uma forma retangular com manteiga e farinha, e
leve ao forno aquecido a 180.º por 30 minutos.”

De acordo com o exemplo acima, temos:

- Tipologia textual utilizada: injunção

- Gênero textual utilizado: receita culinária

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Tipologia textual

Anotações:
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Linguagem Verbal E Não Verbal

Linguagem Verbal E Não Verbal

1
Linguagem Verbal E Não Verbal

Linguagem Verbal E Não Verbal

Linguagem não verbal

Outra forma de comunicação que não ocorre por meio de sinais falados ou escritos é a
linguagem não verbal. Então, basicamente, ele lida com imagens. Neste caso, o símbolo é usado. A
linguagem não verbal consiste em gestos, tom de voz, entre outras coisas. Portanto, é possível
perceber que a ausência de palavras não significa ausência de texto. Por exemplo: - Se uma pessoa
está dirigindo e vê um sinal vermelho, qual é a primeira reação? Pare.

Bem, esta comunicação é feita em linguagem não verbal.

Ao contrário do que muitos pensam, a linguagem não verbal é constantemente utilizada na vida
das pessoas. Um exemplo disso são os semáforos. Gestos e linguagem corporal também são
classificados como linguagem não verbal. Por exemplo: - Se um pai diz rispidamente, gritando e
agressivamente que ama seu filho, ele interpreta dessa forma? Provavelmente não.

Linguagem mista ou linguagem híbrida

A comunicação humana é quase sempre criada através de gestos e palavras, portanto é uma
combinação de duas linguagens. Essa interseção é definida como uma linguagem mista. Isso também
pode ser visto em desenhos animados que se comunicam com imagens e palavras. Acelerando a
compreensão e a interpretação na comunicação todo ato comunicativo ocorre por meio do uso da
linguagem, que pode ser definida como linguagem verbal e não verbal. Em outras palavras, essas
formas de linguagem são definidas como categorias de comunicação. Isso significa que enviar ou
receber uma mensagem requer a ação de um remetente e um destinatário.

Linguagem verbal: Também chamada de linguagem verbalizada, é expressa por meio de palavras
escritas ou faladas.

Linguagem não verbal: utiliza sinais visuais como gestos, postura, desenhos, sinais, música.

Além dessas, outra forma de linguagem pode ser utilizada na vida cotidiana, uma língua mista,
também conhecida como língua híbrida. É possível encontrar idiomas falados e não falados juntos
para transmitir uma única mensagem. Um exemplo de linguagem mista pode ser encontrado na caixa
de desenho se você encontrar uma imagem e um espaço com texto ao redor da imagem. Tanto a foto
quanto o texto tiveram um impacto significativo na compreensão da mensagem.

Comunicação x Linguagem verbal e não verbal

A comunicação é um processo de troca de informações entre emissor e receptor. Um aspecto


que pode atrapalhar esse processo é o código utilizado, que deve ser mutuamente inteligível,

2
Linguagem Verbal E Não Verbal

portanto a linguagem verbal e a não verbal são componentes que fazem parte dos elementos da
comunicação.

Linguagem falada

Quando você fala com alguém, lê um livro ou uma revista, esta palavra é usada como um código.
Esse tipo de linguagem, como vimos no início do texto, é conhecida como linguagem falada, podendo
ser escrita ou falada. É certamente a linguagem mais comum na vida cotidiana. Quando alguém
escreve uma mensagem em, por exemplo, uma rede social, ele utiliza a linguagem verbal, ou seja,
transmite informações por meio de palavras. Como exemplo dessa definição, veja-se o poema de
Fernando Pessoa, que expressa seus sentimentos com palavras.

"Questão 01 - (Enem/2013)

Casados e independentes

Um novo levantamento do IBGE mostra que o número de casamentos entre pessoas na faixa dos
60 anos cresce, desde 2003, a um ritmo 60% maior que o observado na população brasileira como um
todo…

Os gráficos expõem dados estatísticos por meio de linguagem verbal e não verbal. No texto, o
uso desse recurso

A) exemplifica o aumento da expectativa de vida da população.

B) explica o crescimento da confiança na instituição do casamento.

C) mostra que a população brasileira aumentou nos últimos cinco anos.

D) indica que as taxas de casamento e emprego cresceram na mesma proporção.

3
Linguagem Verbal E Não Verbal

E) sintetiza o crescente número de casamentos e de ocupação no mercado de trabalho.

Alternativa E"

4
Flexão nominal e verbal

Flexão nominal e verbal

MÉRITO
Apostilas 1
Flexão nominal e verbal

O que é uma flexão nominal e verbal?

São morfemas (pedaço mínimo para expressar um significado) colocados no


final das palavras para indicar que elas podem flexionar tanto nos nomes como
nos verbos.

O ato de flexionar é mudar de forma, ou seja, a flexão nominal varia a forma


dos nomes e a flexão verbal varia a forma dos verbos.

FLEXÃO NOMINAL

Flexão nominal é o estudo do gênero e número dos substantivos, adjetivos,


numerais e pronomes.

Essencialmente é o estudo do plural e gêneros dos nomes.

Ex.: Mala e malas ou cachorro e cachorra

FLEXÃO NOMINAL DE GÊNERO:

Os substantivos masculinos são precedidos pelo artigo “o”.

Ex. O cachorro ou o piloto.

Os substantivos femininos são precedidos pelo artigo “a”.

Ex.: A cachorra ou a pilota.

2
Flexão nominal e verbal

Formação do feminino:

Substantivos masculinos terminados em “o” substitui por “a”:

Ex.: piloto por pilota

Substantivos masculinos terminados em “ão” substitui por “ã”:

Ex.: o Anão por a anã ou o capitão por a capitã.

Substantivos masculinos terminados em “r” acrescenta a letra “a”:

Ex.: o cantor por a cantora

Pode acontecer em que substantivos masculinos terminados em “or” substitui


por “eira”:

Ex.: O arrumador por a arrumadeira.

Tem substantivo que terminado em “e” mudam para “a” no feminino

Ex.: Elefante por elefanta

Substantivo terminado com “ês”, “L” ou “z” acrescenta o “a” no feminino.

Ex.: Freguês fica freguesa

Conforme o sentido da frase pode ser feminino ou masculino.

Ex.: A capital (cidade); o capital (dinheiro)

3
Flexão nominal e verbal

FLEXÃO NOMINAL DE NÚMEROS

Os nomes, geralmente admitem a flexão de número: Singular e plural.

SUBSTANTIVOS TERMINADOS EM “ÃO”:

Não existe uma regra específica, depende da origem da palavra.

Em sua maioria os substantivos terminados em “ão” faz plural em “ões”

Doação – Doações

Substantivos no grau aumentativo: casarão – casarões

Quando termina em uma sílaba átona (menor intensidade), paroxítonas e as


vezes em oxítonas e monossílabas, acrescenta-se o “s”

Cidadão – cidadãos

O que tem menos incidência, é palavras que fazem plural em “ães”

Alemão – alemães

4
Flexão nominal e verbal

Pode ocorrer em mais formas e mesmo assim todas estarem corretas:

Aldeão – aldeões, aldeãos e aldeães

Guardião – guardiães e guardiões

FLEXÃO VERBAL
Das classes de palavras a que tem mais flexões é a do Verbo.

Os verbos sofrem flexão em modo, tempo, número e pessoa.

Modo:

Mostra em que contexto acontece o verbo.

Temos:

Modo indicativo – A pessoa que fala tem certeza do que tá dizendo.

Ex.: Eu vou assistir ao jogo hoje.

Modo subjuntivo – A pessoa que fala tem dúvidas sobre o que tá dizendo.

Ex.: Espero que você jogue bem hoje a noite

Modo imperativo – A pessoa fala uma ordem ou faz um pedido.

Ex.: Pare de dizer estas besteiras!

Tempo:

São ações que podem ocorrer no passado (pretérito), presente ou futuro.

No passado temos o pretérito: Perfeito, imperfeito, mais que perfeito, perfeito


composto do indicativo e mais que perfeito composto do indicativo, imperfeito do
subjuntivo e o mais que perfeito composto do subjuntivo.

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Flexão nominal e verbal

No presente temos o presente do indicativo e o presente do subjuntivo.

No futuro temos futuro: do presente do indicativo, do pretérito do indicativo,


do presente composto do indicativo, do pretérito composto do indicativo, do sub -
juntivo e o composto do subjuntivo.

Número:

Singular ou plural

Eu preciso estudar (singular)

Nós precisamos estudar (plural)

Pessoa:

1ª pessoa: Eu e nós. Seria a pessoa que esta falando

2ª pessoa: Tu e vós. Seria a pessoa com quem se esta falando

3ª pessoa: ele e eles. Seria a pessoa de quem estão falando.

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Flexão nominal e verbal

Anotações:
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Regência verbal e nominal

Regência verbal e nominal

MÉRITO
Apostilas 1
Regência verbal e nominal

Regência verbal
A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o
seu complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na
regência verbal os termos regidos são o objeto direto (sem preposição) e o objeto
indireto (preposicionado).

Exemplos de regência verbal preposicionada

• assistir a;

• obedecer a;

• avisar a;

• agradar a;

• morar em;

• apoiar-se em;

• transformar em;

• morrer de;

• constar de;

• sonhar com;

• indignar-se com;

• ensaiar para;

• apaixonar-se por;

• cair sobre.

Regência verbal sem preposição

Os verbos transitivos diretos apresentam um objeto direto como termo regido,


não sendo necessária uma preposição para estabelecer a regência verbal.

2
Regência verbal e nominal

Exemplos de regência verbal sem preposição:

• Você já fez os deveres?

• Eu quero um carro novo.

• A criança bebeu o suco.

O objeto direto responde, principalmente, às perguntas o quê? e quem?, indicando


o elemento que sofre a ação verbal.

Regência verbal com preposição

Os verbos transitivos indiretos apresentam um objeto indireto como termo regido,


sendo obrigatória a presença de uma preposição para estabelecer a regência
verbal.

Exemplos de regência verbal com preposição:

• O funcionário não se lembrou da reunião.

• Ninguém simpatiza com ele.

• Você não respondeu à minha pergunta.

O objeto indireto responde, principalmente, às perguntas de quê? para quê? de


quem? para quem? em quem?, indicando o elemento ao qual se destina a ação
verbal.

Preposições usadas na regência verbal

As preposições usadas na regência verbal podem aparecer na sua forma simples,


bem como contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.

Preposições simples: a, de, com, em, para, por, sobre, desde, até, sem,...

3
Regência verbal e nominal

Contração e combinação de preposições: à, ao, do, das, destes, no, numa, nisto,
pela, pelo,...

As preposições mais utilizadas na regência verbal são: a, de, com, em, para e por.

• Preposição a: perdoar a, chegar a, sujeitar-se a,...

• Preposição de: vangloriar-se de, libertar de, precaver-se de,...

• Preposição com: parecer com, zangar-se com, guarnecer com,...

• Preposição em: participar em, teimar em, viciar-se em,...

• Preposição para: esforçar-se para, convidar para, habilitar para,...

• Preposição por: interessar-se por, começar por, ansiar por,…

Regência nominal
A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com
o seu complemento (termo regido) através do uso de uma preposição.

Exemplos de regência nominal

• favorável a;

• apto a;

• livre de;

• sedento de;

• intolerante com;

• compatível com;

• interesse em;

• perito em;

• mau para;

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Regência verbal e nominal

• pronto para;

• respeito por;

• responsável por.

Regência nominal com preposição

A regência nominal ocorre quando um nome necessita obrigatoriamente de uma


preposição para se ligar ao seu complemento nominal.

Exemplos de regência nominal com preposição:

• Sempre tive muito medo de baratas.

• Seu pai está furioso com você!

• Sinto-me grato a todos.

Preposições usadas na regência nominal

Também na regência nominal as preposições podem ser usadas na sua forma


simples e contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.

As preposições mais utilizadas na regência nominal são, também: a, de, com, em,
para, por.

Preposição a: anterior a, contrário a, equivalente a,...

Preposição de: capaz de, digno de, incapaz de,...

Preposição com: impaciente com, cuidadoso com, descontente com,...

Preposição em: negligente em, versado em, parco em,...

Preposição para: essencial para, próprio para, apto para,...

Preposição por: admiração por, ansioso por, devoção por,...

5
Concordância Verbal e Nominal

Concordância Verbal e Nominal

MÉRITO
Apostilas 1
Concordância Verbal e Nominal

Concordância verbal e nominal é a parte da gramática que estuda a conformidade


estabelecida entre cada componente da oração.

Concordância verbal se ocupa da relação entre sujeito e verbo, concordância


nominal se ocupa da relação entre as classes de palavras:

concordância verbal = sujeito e verbo

concordância nominal = classes de palavras

Concordância Verbal
1. Sujeito composto antes do verbo

Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre
no plural.

Exemplo: Maria e José conversaram até de madrugada.

2. Sujeito composto depois do verbo

Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no
plural como pode concordar com o sujeito mais próximo.

Exemplos:

Discursaram diretor e professores.

Discursou diretor e professores.

3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes

Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo


também deve ficar no plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível
gramatical, tem prioridade.

Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a
2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles).

2
Concordância Verbal e Nominal

Exemplos:

Nós, vós e eles vamos à festa.

Tu e ele falais outra língua?

Concordância Nominal
1. Adjetivos e um substantivo

Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, os adjetivos devem


concordar em gênero e número com o substantivo.

Exemplo: Adorava comida salgada e gordurosa.

2. Substantivos e um adjetivo

No caso inverso, ou seja, quando há mais do que um substantivo e apenas um


adjetivo, há duas formas de concordar:

2.1. Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com
o substantivo mais próximo.

Exemplo: Linda filha e bebê.

2.2. Quando o adjetivo vem depois dos substantivos, o adjetivo deve concordar
com o substantivo mais próximo ou com todos os substantivos.

Exemplos: Pronúncia e vocabulário perfeito.

Vocabulário e pronúncia perfeita.

Pronúncia e vocabulário perfeitos.

Vocabulário e pronúncia perfeitos.

3
Termos da oração

Termos da oração

MÉRITO
Apostilas 1
Termos da oração

Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. É em torno des -


ses dois elementos que as orações são estruturadas.

O elemento a quem se declara algo é denominado sujeito. Na estrutura da


oração, o sujeito é o elemento que estabelece a concordância com o verbo. Por
sua vez, o predicado é tudo aquilo que se diz sobre o sujeito.

Sujeito = o ser sobre o qual se declara alguma coisa.

Predicado = o que se declara sobre o sujeito.

Na oração, sujeito e predicado funcionam assim:

Exemplo 1:

As ruas são intransitáveis.

Sujeito: as ruas

Verbo: são

Predicado: são intransitáveis (este é um predicado nominal e abaixo você vai


entender o porquê!)

Exemplo 2:

Os alunos chegaram atrasados novamente.

Sujeito: os alunos

Verbo: chegaram

Predicado: chegaram atrasados novamente

Sujeito
Núcleo do sujeito

Núcleo do sujeito é a palavra com carga mais significativa em torno do sujei -


to. Quando o sujeito é formado por mais de uma palavra, há sempre uma com
maior importância semântica.

2
Termos da oração

Exemplo:

O garoto logo percebeu a festa que o esperava.

Sujeito: O garoto

Núcleo do sujeito: garoto

Predicado: logo percebeu a festa que o esperava

O núcleo do sujeito pode ser expresso por substantivo, pronome substantivo,


numeral substantivo ou qualquer palavra substantivada.

Exemplo de substantivo:

A casa foi fechada para reforma.

Sujeito: A casa

Núcleo do sujeito: casa

Predicado: foi fechada para reforma.

Exemplo de pronome substantivo:

Eles não gostam de carne vermelha.

Sujeito: Eles

Núcleo do sujeito: Eles

Predicado: não gostam de carne vermelha.

Exemplo de numeral substantivo:

Três excede.

Sujeito: Três

Núcleo do sujeito: Três

Predicado: excede.

3
Termos da oração

Exemplo de palavra substantivada:

Um oi foi expresso rapidamente.

Sujeito: Um oi

Núcleo do sujeito: oi

Predicado: foi expresso rapidamente.

Tipos de sujeito

O sujeito pode ser determinado (simples, composto, oculto), indeterminado ou


inexistente.

Sujeito simples

Quando possui um só núcleo. Ocorre quando o verbo se refere a um só subs-


tantivo ou um só pronome, ou um só numeral, ou a uma só palavra substantivada.

Exemplo:

O desenho em nanquim será sempre uma expressão admirada.

Sujeito: O desenho em nanquim

Núcleo: desenho

Predicado: será sempre uma expressão admirada.

Sujeito composto

Com mais de um núcleo. As orações com sujeito composto são compostas por
mais de um pronome, mais de um numeral, mais de uma palavra ou expressão
substantivada ou mais de uma oração substantivada.

4
Termos da oração

Exemplo:

Cristina, Marina e Bianca fazem balé no Teatro Municipal.

Sujeito: Cristina, Marina e Bianca

Núcleo: Cristina, Marina, Bianca

Predicado: fazem balé no Teatro Municipal.

Sujeito oculto

Ocorre quando o sujeito não está materialmente expresso na oração, mas


pode ser identificado pela desinência verbal ou pelo período contíguo.

Também é chamado de sujeito elíptico, desinencial ou implícito.

Exemplo:

Estávamos à espera do ônibus.

Sujeito oculto: nós

Desinência verbal: estávamos

Sujeito indeterminado

O sujeito indeterminado ocorre quando não se refere a um elemento identifi -


cado de maneira clara. É observado em três casos:

• quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, sem que o contexto permita


identificar o sujeito;

• quando um verbo está na 3.ª pessoa do singular acompanhado do pronome


(se);

• quando o verbo está no infinitivo pessoal.

5
Termos da oração

Sujeito inexistente

A oração sem sujeito ocorre quando a informação veiculada pelo predicado


está centrada em um verbo impessoal. Por isso, não há relação entre sujeito e
verbo.

Exemplo:

Choveu muito em Manaus.

Predicado: Choveu muito em Manaus

Predicado
O predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal.

Predicado Verbal

O predicado verbal ocorre quando o núcleo da informação veiculada pelo pre -


dicado está contido em um verbo significativo que pode ser transitivo ou intransi-
tivo. Nesse caso, a informação sobre o sujeito está contida nos verbos.

Exemplo:

O entregador chegou.

Predicado verbal: chegou.

Predicado Nominal

O predicado nominal é formado por um verbo de ligação + predicativo do su -


jeito.

6
Termos da oração

Exemplo:

O entregador está atrasado.

Predicado nominal: está atrasado.

Predicado Verbo-nominal

O predicado verbo-nominal apresenta dois núcleos: o verbo transitivo ou in -


transitivo + o predicativo do sujeito ou predicativo do objeto.

Exemplo:

A menina chegou ofegante à ginástica.

Sujeito: A menina

Predicado verbo-nominal: chegou ofegante à ginástica.

7
Termos da oração

Exercícios

1. (EMM) Há predicado verbo-nominal em:

a) Ela descansava em casa.

b) Todos cumpriram o juramento

c) Ele vinha preocupado.

d) Ele está abatido

e) Ela marchava alegremente.

2. (EMM) A única oração com sujeito simples é:

a) Existem algumas dúvidas.

b) Compraram-se livros e revistas.

c) Precisa-se de ajuda.

d) Faz muito frio.

e) Há alguns problemas.

3. (PUC-SP) – O verbo ser, na oração:

“Eram cinco horas da manhã...”, é:

a) pessoal e concorda com o sujeito indeterminado.

b) impessoal e concorda com o objeto direto.

c) impessoal e concorda com o sujeito indeterminado.

d) Impessoal e concorda com a expressão numérica.

e) Pessoal e concorda com a expressão numérica.

8
Termos da oração

Gabarito

1- Alternativa c: Ele vinha preocupado.

2- Alternativa a: Existem algumas dúvidas.

3- Alternativa d: Impessoal e concorda com a expressão numérica.

9
Termos da oração

Anotações:
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Variantes linguísticas

Variantes linguísticas

1
Variantes linguísticas

Variantes linguísticas

As variações linguísticas reúnem as variantes da língua que foram criadas pelos homens e são
reinventadas a cada dia.

Dessas reinvenções surgem as variações que envolvem diversos aspectos históricos, sociais,
culturais, geográficos, entre outros.

No Brasil, é possível encontrar muitas variações linguísticas, por exemplo, na linguagem regional.

Nas falas do Chico bento e de seu primo Zé Lelé notamos o regionalismo

Tipos e exemplos de variações linguísticas

Há diversos tipos de variações linguísticas segundo o campo de atuação:

1. Variação geográfica ou diatópica

Está relacionada com o local em que é desenvolvida, tal como as variações entre o português do
Brasil e de Portugal, chamadas de regionalismo.

Exemplo de regionalismo

2. Variação histórica ou diacrônica

2
Variantes linguísticas

Ela ocorre com o desenvolvimento da história, tal como o português medieval e o atual.

Exemplo de português arcaico

"Elípticos", "pega-la-emos" são formas que caíram em desuso

3. Variação social ou diastrática

É percebida segundo os grupos (ou classes) sociais envolvidos, tal como uma conversa entre um
orador jurídico e um morador de rua. Exemplo desse tipo de variação são os socioletos.

Exemplo de socioleto

3
Variantes linguísticas

A linguagem técnica utilizada pelos médicos nem sempre é entendida pelos seus pacientes

4. Variação situacional ou diafásica

Ocorre de acordo com o contexto, por exemplo, situações formais e informais. As gírias são
expressões populares utilizadas por determinado grupo social.

Exemplo de gíria

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) também tem as suas gírias

Tipos de variações linguísticas

Há quatro tipos de distinção dentro das variações linguísticas. Vamos aprender um pouco sobre
cada um deles.

• Variações históricas (diacrônicas)

As variações históricas tratam das mudanças ocorridas na língua com o decorrer do tempo.
Algumas expressões deixaram de existir, outras novas surgiram e outras se transformaram com a ação
do tempo.

Um clássico exemplo da língua portuguesa é o termo “você”: no português arcaico, a forma


usual desse pronome de tratamento era “vossa mercê”, que, devido a variações inicialmente sociais,
passou a ser mais usado frequentemente como “vosmecê”. Com o passar dos séculos, essa expressão
reduziu-se ao que hoje falamos como “você”, que é a forma incorporada pela norma-padrão (visto
que a língua adapta-se ao uso de seus falantes) e aceita pelas regras gramaticais. Em contextos
informais, é comum ainda o uso da abreviação “cê” ou, na escrita informal, “vc” (lembrando que estas

4
Variantes linguísticas

últimas formas não foram incorporadas pela norma-padrão, então não são utilizadas na linguagem
formal).

Vossa mercê → Vosmecê → Você → Cê

Outras mudanças comuns são as de grafia, as quais as reformas ortográficas costumam regular.
Assim, a partir de 2016, a palavra “consequência” passou a ser escrita sem trema, sendo que antes
era escrita desta forma: “conseqüência”. Do mesmo modo, a palavra “fase” é hoje escrita com a letra
f devido à reforma ortográfica de 1911, sendo que antes era escrita com ph: “phase”.

Conseqüência → Consequência

Phase → Fase

Vale, ainda, comentar a respeito de palavras que deixam de existir ou passam a existir. Isso
acontece frequentemente com as gírias: se antes jovens costumavam dizer que algo era “supimpa” ou
que “aquele broto é um pão”, hoje é mais comum ouvir deles que algo é “da hora” ou que “aquela
mina é mó gata”.

• Variações geográficas (diatópicas)

As variações geográficas naturalmente falam da diferença de linguagem devido à região. Essas


diferenças tornam-se óbvias quando ouvimos um falante brasileiro, um angolano e
um português conversando: nos três países, fala-se português, mas há diferenças imensas entre cada
fala.

Não é preciso que a distância seja tão grande: dentro do próprio Brasil, vemos diferenças de
léxico (palavras) ou de fonemas (sons, sotaques). Há diferenças entre a capital e as cidades do
interior do mesmo estado. Observemos alguns exemplos de diferenças regionais:

“Mandioca”, “aipim” ou “macaxeira”? Os três nomes estão corretos, mas, dependendo da região
do Brasil, você ouvirá com mais frequência um ou outro. O mesmo vale para a polêmica disputa entre
“biscoito” e “bolacha”, que se estende para todo o território nacional.

As gírias também variam bastante regionalmente: cerveja pode ser conhecida como “bera” em
regiões do Paraná, “breja” em São Paulo e “cerva” no Rio de Janeiro.

• Variações sociais (diastráticas)

As variações sociais são as diferenças de acordo com o grupo social do falante. Embora
tenhamos visto como as gírias variam histórica e geograficamente, no caso da variação social, a gír ia
está mais ligada à faixa etária do falante, sendo tida como linguagem informal dos mais jovens (ou
seja, as gírias atuais tendem a ser faladas pelos mais novos).

Há, ainda, expressões informais ligadas a grupos sociais específicos. Um grupo de futebolistas,
por exemplo, pode usar a expressão “carrinho” com significado específico, que pode não ser

5
Variantes linguísticas

entendido por um falante que não goste de futebol ou que será entendido de modo distinto por
crianças, por exemplo.

Um grupo de capoeiristas pode facilmente falar de uma “meia-lua”, enquanto pessoas de fora
desse grupo talvez não entendam imediatamente o conceito específico na capoeira. Do mesmo
modo, capoeiristas e instrumentistas provavelmente terão mais familiaridade com o conceito de
“atabaque” do que outras pessoas.

Como vimos, as profissões também influenciam bastante nas variações sociais por meio dos
termos técnicos (jargões): contadores falam dos termos “ativo” e “passivo” para remeter a conceitos
diferentes daqueles usados por linguistas. No entanto, em ambos os casos, ativo e passivo são
conceitos muito mais específicos do que seu uso geral em outros grupos.

• Variações estilísticas (diafásicas)

As variações estilísticas remetem ao contexto que exige a adaptação da fala ou ao estilo dela.
Aqui entram as questões de linguagem formal e informal, adequação à norma-padrão ou
despreocupação com seu uso. O uso de expressões rebuscadas e o respeito às normas-padrão do
idioma remetem à linguagem tida como culta, que se opõe àquela linguagem mais coloquial e
familiar. Na fala, o tom de voz acaba tendo papel importante também.

Assim, o vocabulário e a maneira de falar com amigos provavelmente não serão os mesmos que
em uma entrevista de emprego, e também serão diferentes daqueles usados para falar com pais e
avós. As variações estilísticas respeitam a situação da interação social, levando-se em conta
ambiente e expectativas dos interlocutores.

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Variantes linguísticas

Anotações:
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Linguagem Denotativa e Conotativa

Linguagem Denotativa e
Conotativa

MÉRITO
Apostilas 1
Linguagem Denotativa e Conotativa

Conotação e denotação são expressões linguísticas relacionadas ao significado de


palavras ou expressões em declarações.

Quando a mensagem é literal, ou seja, de acordo com o significado do dicionário, é


chamada de denotativa.

Depois de jogar bola, nós comemos um churrasco. (denotação)

O termo “bola” está empregado em sentido denotativo, que se refere ao objeto


esférico utilizado para jogar futebol, basquete e vôlei.

Por outro lado, se uma mensagem tem um significado mais subjetivo e figurativo,
dizemos que é conotativa.

Ele comeu bola na prova de matemática. (conotação)

A expressão “comer bola” está em sentido figurado ou conotativo, que significa:


cometer um erro.

Denotação
Denotação é o uso do sentido literal ou real da linguagem em uma declaração.
Quando utilizada, ela não proporciona espaço para outras interpretações, sendo,
portanto, precisa e objetiva.

Por isso, a denotação compreende o sentido dos dicionários, ou seja, o sentido


próprio, original e direto das palavras.

Assim, a intenção de uma enunciação denotativa é emitir a mensagem ao receptor,


de modo que ela não seja interpretada ou decifrada de outra maneira.

Emprego de denotação:

• Notícias e reportagens

• Bulas de remédios

• Manuais de instruções

• Textos científicos

2
Linguagem Denotativa e Conotativa

Conotação
A conotação é o uso do sentido figurado, metafórico ou subjetivo da linguagem em
uma declaração. Quando utilizada, ela proporciona interpretações abstratas que
vão além do sentido real das palavras, ou seja, das definições que aparecem nos
dicionários. Por isso, ela recorre ao uso das figuras e vícios de linguagem para a
transmissão das mensagens.

Emprego de conotação:

• Textos literários (poemas, crônicas, novelas)

• Mensagens publicitárias

• Charges e tirinhas

• História em quadrinhos

Sentido denotativo e sentido conotativo no dicionário


O sentido denotativo representa o emprego de palavras e expressões em seu
sentido próprio, literal, original, real e objetivo. Muitas vezes, ele é caracterizado
pelo sentido do dicionário, ou seja, a primeira acepção da palavra. Já o sentido
conotativo é expresso pelo uso da palavra ou expressão em sentido figurado,
subjetivo ou expressivo.

Nos dicionários, depois da acepção denotativa há, entre parênteses ou colchetes, o


termo "figurado", o qual indica o sentido conotativo da palavra.

Exemplo da palavra "bode" no dicionário:

Ruminante cavicórneo, macho da cabra. (sentido denotativo)

[Gíria] Dar bode, dar confusão, encrenca. (sentido conotativo)

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Linguagem Denotativa e Conotativa

Exercícios
Exercício 1

Qual das opções abaixo apresenta o sentido figurado:

a) As apostilas estão com preços exorbitantes.

b) Não conseguimos o atendimento no banco.

c) O funcionário estava muito confuso com os dados.

d) Ele foi muito doce e atencioso comigo.

e) No caminho de casa, encontramos um filhote de gato.

Exercício 2

Todas as alternativas abaixo possuem orações que apresentam o sentido


conotativo, EXCETO:

a) “o casamento não é um mar de rosas”

b) “meus pensamentos voaram alto”

c) “quando pisado, meu coração sangrou”

d) “alimentou-se da coragem”

e) “chorou intensamente até dormir”

Exercício 3

Indique se as orações abaixo apresentam o sentido denotativo (D) ou conotativo


(C).

1. ( ) Meu tio era muito rico e nadava em ouro.

2. ( ) O nadador brasileiro ganhou a medalha de ouro.

3. ( ) Ela tinha um coração de pedra.

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Linguagem Denotativa e Conotativa

4. ( ) Caiu e machucou a cabeça na pedra.

5. ( ) Engoliu muito sapo no trabalho.

A alternativa correta é:

a) C, C, D, D, C

b) C, D, C, D, C

c) C, C, D, C, D

d) D, C, C, D, D

e) D, D, C, C, D

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Linguagem Denotativa e Conotativa

Gabarito
Exercício 1

Alternativa correta: d) Ele foi muito doce e atencioso comigo.

O sentido figurado, chamado também de sentido conotativo, abarca o sentido


subjetivo da palavra. Assim o termo “doce” não está sendo empregado em seu
sentido literal, ou seja, algo que é açucarado. Nesse caso, está sendo utilizado para
indicar alguém que é tranquilo, que age com suavidade.

Exercício 2

Alternativa correta: e) “chorou intensamente até dormir”

A oração “chorou intensamente até dormir” é um exemplo de uso do sentido


denotativo, literal e real. Nenhum termo utilizado possui algum sentido subjetivo,
figurado. Ou seja, a pessoa literalmente chorou muito até a hora de dormir.

Nas outras opções, temos:

a) “mar de rosas” é uma expressão que expressa o sentido figurado e significa que
algo é muito bom.

b) “voar alto” significa que os pensamentos de alguém foram de grande pretensão,


ou seja, exagerados.

c) o termo “sangrar” foi utilizado em sentido conotativo, que significa doer muito.

d) a expressão “alimentou-se da coragem” significa que alguém tomou coragem


para enfrentar algum desafio.

Exercício 3

Alternativa correta: b) C, D, C, D, C

1. (Sentido conotativo) Meu tio era muito rico e nadava em ouro. - “nadar em ouro”
é uma expressão utilizada quando a pessoa possui muito dinheiro.

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Linguagem Denotativa e Conotativa

2. (Sentido denotativo) O nadador brasileiro ganhou a medalha de ouro. - oração


no sentido literal.

3. (Sentido conotativo) Ela tinha um coração de pedra. - “coração de pedra” é uma


expressão utilizada quando alguém aparenta não ter sentimentos.

4. (Sentido denotativo) Caiu e machucou a cabeça na pedra. - oração no sentido


literal.

5. (Sentido conotativo) Engoliu muito sapo no trabalho. - “engolir sapo” é uma


expressão utilizada quando alguém sofre acusações, julgamentos e não revida.

7
Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Sinônimos, antônimos, homônimos


e parônimos

MÉRITO
Apostilas 1
Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Semântica é a classe gramatical que estuda a significação das palavras e as


relações que elas têm umas com as outras por meio das classificações como
sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos.

Sinônimos
A sinonímia é o nome dado ao que ocorre quando usamos palavras diferentes, mas
com o significado igual ou parecido, estabelecendo uma relação de proximidade.
Essas palavras de mesma significação são chamadas de sinônimos, e utilizá-las
evita que sentenças e argumentos se tornem repetitivos e desinteressantes.

Importante notar que sinônimos não são equivalentes e é raro encontrar aqueles
que são perfeitos, como no caso de “belo” e “bonito”, dependendo do contexto
(“este rapaz é belo” é muito semelhante a “este rapaz é bonito”, mas nem sempre a
relação é tão próxima).

Exemplos:

Casa/lar/moradia/residência

Longe/distante

Delicioso/saboroso

Carro/automóvel

Triste/melancólico

Resgatar/recuperar

Antônimos
A antonímia, ao contrário da sinonímia, é o que acontece quando duas palavras são
usadas para indicar o oposto uma da outra, estabelecendo uma relação de
contrariedade.

Exemplos:

Amor/ódio

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Luz/trevas

Mal/bem

Ausência/presença

Fraco/forte

Bonito/feio

Cheio/vazio

Polissemia e monossemia
Quando uma palavra tem vários significados, temos uma polissemia. O contrário,
que é quando uma palavra tem somente um significado, é chamado de
monossemia. Para entender esses significados, é fundamental observar o contexto
no qual essas palavras estão inseridas.

Exemplo:

Gato: animal, homem atraente, instalação elétrica irregular.

• Adotei um gato na semana passada.

• Conheci seu amigo ontem na festa. Que gato!

• Aquela instalação elétrica da vizinha é um gato.

Homônimos
Homônimos são aquelas palavras que têm som igual, escrita igual, mas significados
diferentes. Dentro dessa classificação, temos ainda as palavras homófonas (mesmo
som, mas com escrita e significado diferentes) e as homógrafas (escrita igual, mas
com som e significado diferentes).

Exemplos:

Vou colocar “extrato” de tomate no molho do macarrão.

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Vou ao banco retirar o “extrato”.

Eu “rio” tanto.

Da minha casa posso ver o “rio”.

Homônimos perfeitos: são palavras que possuem a mesma grafia e o mesmo som.
Exemplo: Esse homem é são (saúde), São Pedro (título), Como vai? (saudação), Eu
como feijão (verbo comer).

Homônimos homófonos: são as palavras que possuem o mesmo som, porém a


grafia é diferente. Exemplo: sessão (reunião), seção (repartição), cessão (ato de
ceder), concerto (musical) e conserto (ato de consertar).

Homônimos homógrafos: são palavras que possuem a mesma grafia e sons


diferentes. Exemplo: almoço (ô) substantivo – almoço (ó) verbo; jogo (ô)
substantivo – jogo (ó) verbo; para (preposição) – para (verbo)

Parônimos
são aquelas que são escritas e pronunciadas de maneira semelhante, mas têm
significados distintos.

coro e couro;

cesta e sesta;

eminente e iminente;

osso e ouço;

sede e cede;

comprimento e cumprimento;

tetânico e titânico;

degradar e degredar;

infligir e infringir;

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Exercícios
Exercício 1

Levando em consideração o contexto atribuído pelos enunciados, empregue


corretamente um dos termos propostos pelas alternativas entre parênteses.

a – O atacante aproveitou a jogada distraída e deu o ___________ no adversário.


(cheque/xeque)

b – O visitante pôs a _____________ no cavalo, despediu-se de todos e seguiu viagem.


(cela/sela)

c – No presídio, todos os ocupantes foram trocados de _____________. (cela/sela)

d – O filme a que assisti pertence à ______ das dez. (seção/sessão/cessão)

Exercício 2

(FMPA- MG) - Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamente


aplicada:

a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes.

b) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros.

c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.

d) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever.

e) A cessão de terras compete ao Estado.

Exercício 3

CEITEC 2012 - FUNRIO - Advogado - AAO-ADVOGAD

Fotografia divulgada na internet mostra a placa com o nome de um bar. Nela se lê:
“BAR ÁLCOOL ÍRIS”. Pode-se criticar a suposta originalidade, mas não há dúvida
de que a escolha do nome baseou-se na relação que há entre as palavras “álcool” e
“arco”, o que caracteriza um caso de:

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

a. ambiguidade.

b. homonímia.

c. paráfrase.

d. paronímia.

e. polissemia.

Exercício 4

CEITEC 2012 - FUNRIO - Administração/Ciências Contábeis/Direito/Pregoeiro


Público AAO-COMNACI

Os vocábulos Emergir e Imergir são parônimos: empregar um pelo outro acarreta


grave confusão no que se quer expressar. Nas alternativas abaixo, só uma
apresenta uma frase em que se respeita o devido sentido dos vocábulos,
selecionando convenientemente o parônimo adequado à frase elaborada.
Assinale-a.

a A descoberta do plano de conquista era eminente.

b O infrator foi preso em flagrante.

c O candidato recebeu despensa das duas últimas provas.

d O metal delatou ao ser submetido à alta temperatura.

e Os culpados espiam suas culpas na prisão.

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Gabarito
Exercício 1

Resposta:

a – xeque

b – sela

c – cela

d – sessão

Exercício 2

Resposta: Alternativa “c”.

Exercício 3

Resposta: ( D ) paronímia.

Exercício 4

Resposta: ( B ) O infrator foi preso em flagrante.

7
Formação de tempos compostos dos verbos

Formação de tempos compostos dos


verbos

1
Formação de tempos compostos dos verbos

Formação de tempos compostos dos verbos

Os tempos verbais compostos são formados por um verbo auxiliar (ter ou haver) e um verbo
principal, no qual será conjugado.

Seguem abaixo os tempos verbais compostos:

Modo Indicativo

Pretérito Perfeito Composto

É formação do Presente do Indicativo do verbo ter ou verbo haver com o particípio do verbo
principal.

Usa-se para retratar um fato repetido que tem ocorrido no passado, e que se prolongou até o
presente.

Exemplo:

Eu tenho cantado muito atualmente.


Verbo ter + verbo principal

Nota-se que essa frase retrata um fato que tem ocorrido frequentemente.

Pretérito Mais-que-Perfeito Composto

É a formação do Pretérito Imperfeito do Indicativo do verbo ter ou verbo haver com


o particípio do verbo principal.

Usa-se para retratar uma ação que aconteceu antes de outra ação passada, também pode ser
usado para retratar um fato situado que não se tem certeza, no passado.

Exemplo:

Eu já tinha viajado para longe, quando você chegou ao aeroporto.


Verbo ter + verbo principal

Nota-se que nessa frase ocorreu uma ação antes de outra passada.

Futuro do Presente Composto

É a formação do Futuro do Presente Simples do verbo ter ou verbo haver com o particípio do
verbo principal.

Usa-se para retratar uma ação futura que estará terminada antes de outra ação futura, isto é,
antes de acontecer.

Essa ação pode indicar certeza como incerteza.

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Formação de tempos compostos dos verbos

Exemplo:

Amanhã, quando você acordar, eu já terei partido para bem longe.


Verbo ter + verbo principal

Nota-se que nessa frase a ação já estará terminada antes da outra realmente acontecer.

Futuro do Pretérito Composto

É a formação do Futuro do Pretérito Simples do verbo ter ou haver com o particípio do verbo
principal.

Usa-se para retratar um fato que poderia ter ocorrido depois de um outro fato no passado.
Também pode indicar um fato no passado, que transmite incerteza, surpresa e indignação.

Exemplo:

Eu teria vendido o carro, se você não tivesse quebrado o motor.


Verbo ter + verbo principal

Nota-se uma ação que aconteceu no passado, e que transmite indignação.

Modo Subjuntivo

Pretérito Perfeito Composto

É a formação do Presente do Subjuntivo do verbo ter ou haver com o particípio do verbo


principal.

Usa-se para retratar um fato anterior concluído, referindo-se a um fato que ocorreu no passado
ou que vai ocorrer no futuro.

Exemplo:

Eu espero que você tenha comparado as passagens a tempo, para viajarmos.


Verbo ter + verbo principal

Nota-se nessa frase o desejo de que as passagens tenham sido compradas a tempo, isto é, que o
fato já tenha ocorrido com o objetivo de acontecer a viagem.

Pretérito Mais-que-Perfeito Composto

É a formação do Pretérito Imperfeito do Subjuntivo do verbo ter ou haver com o particípio do


verbo principal.

Usa-se para retratar um fato que aconteceu antes de outro fato já terminado.

Exemplo:

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Formação de tempos compostos dos verbos

Se você não tivesse quebrado o motor, eu teria vendido o carro.


Verbo ter + verbo principal

Nota-se que nessa frase aconteceu uma ação anterior que impediu a venda do carro, isto é, que
outra ação tenha sido finalizada.

Futuro Composto

É a formação do Futuro Simples do Subjuntivo do verbo ter ou haver com o particípio do verbo
principal.

Usa-se para retratar um fato que estará concluído antes de outro fato futuro.

Exemplo:

Quando você chegar em casa, já terei jantado.


Verbo ter + verbo principal

Nota-se que nessa frase o indivíduo concluiu a ação antes de outra acontecer no futuro.

Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Composto

É a formação do Infinitivo Impessoal do verbo ter ou haver com o particípio do verbo principal.

Usa-se quando o verbo exigir regência de uma preposição, sem sujeito definido e se caso
o sujeito da segunda oração for igual.

Exemplo:

Ter ganhado
Verbo ter + verbo principal

Ter viajado
Verbo ter + verbo principal

Infinitivo Pessoal Composto

É a formação do Infinitivo Pessoal do verbo ter ou haver com o particípio do verbo principal.

Usa-se para retratar uma ação passada já concluída.

Exemplo:

Ter comprado

Verbo ter + verbo principal

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Formação de tempos compostos dos verbos

Ter amado

Verbo ter + verbo principal

Gerúndio Composto

É a formação do Gerúndio do verbo ter ou haver com o particípio do verbo principal.

Usa-se para retratar um fato prolongado que foi finalizado antes do fato da oração principal.

Tendo vendido
Verbo ter + verbo principal

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Formação de tempos compostos dos verbos

Anotações:
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Noções de pronomes pessoais e possessivos

Noções de pronomes pessoais e


possessivos

MÉRITO
Apostilas 1
Noções de pronomes pessoais e possessivos

O que são pronomes


Os pronomes representam a classe de palavras que substituem ou acompanham os
substantivos.

De acordo com a função que exercem, eles são classificados em sete tipos:

• Pronomes Pessoais

• Pronomes Possessivos

• Pronomes Demonstrativos

• Pronomes de Tratamento

• Pronomes Indefinidos

• Pronomes Relativos

• Pronomes Interrogativos

Para entender melhor o uso dos pronomes nas frases, confira os exemplos:

1) Mariana apresentou um show esse final de semana. Ela é considerada uma das
melhores cantoras de música Gospel.

No exemplo acima, o pronome pessoal “Ela” substituiu o substantivo próprio


Mariana. Note que com o uso do pronome no período evitou-se a repetição do
nome.

2) Aquela bicicleta é da minha prima Júlia.

Nesse exemplo, utilizamos dois pronomes: o pronome demonstrativo “aquela” para


indicar algo (no caso o bicicleta) e o pronome possessivo “minha” que transmite a
ideia de posse.

2
Noções de pronomes pessoais e possessivos

Pronome Pessoal
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam a pessoa do discurso e são
classificados em dois tipos:

1. Pronomes Pessoais do Caso Reto: exercem a função de sujeito.

Exemplo: Eu gosto muito da Ana. (Quem gosta da Ana? Eu.)

2. Pronomes Pessoais do Caso Oblíquo: substituem os substantivos e


complementam os verbos.

Exemplo: Está comigo seu caderno. (Com quem está o caderno? Comigo. Note que
para além de identificar quem tem o caderno, o pronome auxilia o verbo “estar”.)

Pessoas Verbais Pronomes do Caso Reto Pronomes do Caso Oblíquo


1ª pessoa do singular eu me, mim, comigo
2ª pessoa do singular tu, você te, ti, contigo
3ª pessoa do singular ele, ela o, a, lhe, se, si, consigo
1ª pessoa do plural nós nos, conosco
2ª pessoa do plural vós, vocês vos, convosco
3ª pessoa do plural eles, elas os, as, lhes, se, si, consigo.

Vale lembrar que os pronomes oblíquos “o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na, nos, nas”
funcionam somente como objeto direto.

Pronome Possessivo
Os pronomes possessivos são aqueles que transmitem a ideia de posse.

Exemplos:

• Essa caneta é minha? (o objeto possuído é a caneta, que pertence à 1ª


pessoa do singular)

• O computador que está em cima da mesa é meu. (o objeto possuído é o


computador, que pertence à 1ª pessoa do singular)

3
Noções de pronomes pessoais e possessivos

• A sua bolsa ficou na escola. (o objeto possuído é a bolsa, que pertence à 3ª


pessoa do singular)

• Nosso trabalho ficou muito bom. (o objeto possuído é o trabalho, que


pertence à 1ª pessoa do plural)

Confira abaixo a tabela com os pessoas verbais do discurso e os respectivos


pronomes possessivos:

Pessoas Verbais Pronomes Possessivos


1ª pessoa do singular (eu) meu, minha (singular); meus, minhas (plural)
2ª pessoa do singular (tu, você) teu, tua (singular); teus, tuas (plural)
3ª pessoa do singular (ele/ela) seu, sua (singular); seus, suas (plural)
1ª pessoa do plural (nós) nosso, nossa (singular); nossos, nossas (plural)
2ª pessoa do plural (vós, vocês) vosso, vossa (singular); vossos, vossas (plural)
3ª pessoa do plural (eles/elas) seu, sua (singular); seus, suas (plural)

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Noções de pronomes pessoais e possessivos

Anotações:
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Ortografia 2.0

Ortografia 2.0

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Ortografia 2.0

Ortografia 2.0

Mau ou mal

Alguns questionamentos são bem insistentes (ou será que nós é quem insistimos em errar?), entre
eles, o uso correto de mau e mal. Quem nunca se perguntou quando e como usar cada um dos termos,
não é mesmo? Essa é certamente uma das perguntas que sondam nosso particular universo linguístico,
mas nada como pensar um pouquinho para chegar a uma resposta. Se você ainda não sabe qual é o
correto, mau ou mal, fique atento às dicas para nunca mais errar.

Em primeiro lugar, devemos deixar bem claro que as duas formas existem, mau com “u” e mal
com “l”. Apesar de serem foneticamente idênticas, semanticamente são bem diferentes, o que facilita
na hora de escolher a grafia correta. Para usarmos corretamente essas duas palavrinhas-problema,
basta fazer a oposição entre seus antônimos. Observe:

Mal é advérbio, antônimo de bem.

Mau é um adjetivo, antônimo de bom.

Exemplos:

Os governantes fizeram mau uso do dinheiro público. (mau ≠ bom)

O aluno foi embora porque estava sentindo-se mal. (mal ≠ bem)"

Quando se usa há?

A palavra há é uma conjugação do verbo “haver” quando este é impessoal, por isso seus
significados mais comuns são no sentido de “existir” (nesse sentido, “ter”) ou, no caso de tempo
decorrido, “fazer”. Se você substituir o verbo há por um dos verbos citados acima e isso não alterar o
sentido da frase, você já sabe qual a forma correta de escrever.

Veja alguns exemplos:

A meteorologista disse que há muita probabilidade de chuva amanhã.

(A meteorologista disse que existe muita probabilidade de chuva amanhã.)

Há vários livros no meu quarto.

(Tem vários livros no meu quarto.)

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Ortografia 2.0

Não nos vemos há muitos anos.

(Não nos vemos faz muitos anos.)

O uso de “há” e “a” pode gerar muitas dúvidas.

Quando se usa a?

A palavra “a” pode ter diversas classificações dependendo do contexto. Costuma estar em várias
locuções e, por isso, seu uso é muito versátil.

Usamos “a” como artigo definido feminino singular, ou seja, para especificar um substantivo
feminino em determinado contexto. Já as preposições conectam uma palavra a outra, gerando sentido
e estabelecendo uma relação de dependência entre elas. A preposição “a” costuma ser regida por
alguns verbos, isto é, eles necessitam dessa preposição para que o enunciado tenha sentido.

Além dos verbos, muitas vezes a preposição “a” aparece em locuções, que são duas ou mais
palavras com a mesma função, cujo sentido surge a partir da junção desses termos, e não da palavra
isolada.

Quando não há sentido de “existir” ou de tempo passado, use a palavra “a”.

Observe os exemplos a seguir:

Estivemos em consulta com a pediatra.

(Artigo)

Eu disse a ela que estava tudo bem.

(Preposição)

Daqui a pouco vai chover.

(Locução adverbial)"

Diferenças entre “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de”

As expressões “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de” costumam causar dúvidas por causa da
sua semelhança. Porém, elas significam coisas totalmente distintas. Vejamos, então, quando usá -las e
o significado de cada uma.

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Ortografia 2.0

Quando se usa “acerca de”?

A expressão “acerca de” é o que chamamos locução prepositiva, situação em que duas ou mais
palavras têm valor morfológico de preposição. Essa expressão tem o significado de “sobre”, “quanto a”,
“a respeito de”. Observe os exemplos:

Na reunião de ontem, foi falado acerca do comportamento dos funcionários.

Assim, conforme o exemplo, na reunião foi falado sobre o comportamento dos funcionários.

Quero tratar acerca dos lucros da empresa. / Quero tratar a respeito dos lucros da empresa.

Atenção: Ressalta-se que, nesse caso, é possível a contração da preposição “de” com o artigo, ou
seja, acerca do — de + o / acerca da — de + a, de modo a concordar com o substantivo posterior.

Quando se usa “a cerca de”?

Primeiramente, é importante lembrar que existe, na língua portuguesa, a expressão “cerca de”,
que significa “perto”, “aproximado”, “junto”, “nas aproximações”. Essa expressão, quando
preposicionada, torna-se “a cerca de”, que mantém o seu significado original. Dessa forma, “a cerca
de” marca distância aproximada no espaço e no tempo futuro.

Exemplos:

O mercado está a cerca de três quilômetros de distância. / O mercado está aproximadamente a


três quilômetros de distância.

A cerca de dois quilômetros, você terá que virar à direita. / Mais ou menos em dois quilômetros,
você terá que virar à direita.

Quando se usa “há cerca de”?

Em “há cerca de”, percebemos a presença do verbo haver na sua forma impessoal: há. Isso faz
com que a expressão ganhe a conotação de tempo passado, como em “há dois anos” = “faz dois anos”,
ou seja, dois anos atrás. Por isso, a expressão marca algum evento acontecido próximo a determinado
tempo passado.

Exemplos:

Há cerca de quatro anos, retornei à cidade. / Aproximadamente há quatro anos, retornei à cidade.

Essa guerra aconteceu há cerca de 200 anos. / Essa guerra aconteceu aproximadamente há 200
anos.

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Ortografia 2.0

Atenção: Vale lembrar que quando ocorre o uso de “há”, este já estabelece a marcação de um
tempo passado, dispensando o uso de “atrás”. Logo, utilizar a expressão “há cerca de dois anos atrás”
configura pleonasmo ou redundância, uma vez que é desnecessário marcar o tempo passado duas
vezes.

Quando se usa “onde”?

“Onde” é um advérbio de lugar e também pode exercer a função de pronome relativo (quando se
refere a um lugar mencionado anteriormente na frase).

Exemplo

“Onde há fumaça, há fogo. ”

Nessa expressão popular, a palavra “onde” indica o lugar em que há fumaça e fogo.

Exemplo

Onde coloquei a minha carteira?

Nessa frase interrogativa, a palavra “onde” indica o lugar (ainda desconhecido) em que o
enunciador colocou sua carteira.

Já na próxima frase, perceba que o pronome relativo “onde” retoma o substantivo “país”:

Angola foi o país onde vivi durante os anos 90.

Portanto, “onde”, nesse exemplo, refere-se ao país Angola, mencionado anteriormente.

Angola é um país onde há belas paisagens.

Mas atenção! Não confunda lugar com tempo. É comum algumas pessoas usarem “onde”
equivocadamente, como em:

Estávamos todos tristes naquele dia, foi onde percebi que ele fazia falta.

Note que o uso da palavra “onde”, nessa frase, não faz sentido, pois essa palavra indica lugar. A
que lugar o enunciador ou enunciadora se refere então? Na verdade, a sua intenção era esta:

Estávamos todos tristes naquele dia, foi quando percebi que ele fazia falta.

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Ortografia 2.0

Agora sim, o termo “quando” se refere ao dia (portanto, indica tempo) em que todos estavam
tristes.

Quando se usa aonde?

A bicicleta é o lugar onde os ciclistas estão, para ir aonde eles querem.

A palavra “aonde” é formada pela união da preposição “a” e do advérbio ou pronome relativo
“onde”. Portanto, só usamos esse termo quando ele vem acompanhado de outro termo que exija a
preposição “a”, como é o caso do verbo “chegar” no exemplo seguinte:

Aonde você quer chegar com essa atitude?

Desse modo, quem chega, chega a algum lugar: chegar aonde.

Ou ainda este exemplo:

Vou aonde você quiser.

Nessa frase, o verbo “ir” exige a preposição “a”; portanto, quem vai, vai a algum lugar: vou aonde."

5 hábitos para escrever melhor e não errar mais a fim de ou afim

1. Leia mais

A leitura estimula o cérebro e contribui com o aprendizado.

Embora seja fundamental conhecer as regras da língua portuguesa, a compreensão delas pode
ser facilitada ao assimilar os exemplos aplicados.

2. Troque a ligação por uma mensagem

A ideia aqui é fazer com que a escrita seja mais presente na sua vida.

Você não precisa se concentrar apenas em construir textos longos.

Ao redigir mensagens, e-mails ou cartas, por exemplo, você acaba treinando, além da ortografia,
a sua capacidade criativa.

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Ortografia 2.0

3. Dê uma folga para o corretor ortográfico

Você é daqueles que vive com o corretor sempre ligado?

Então, que tal desativá-lo um pouco?

A ferramenta é, de fato, uma aliada do mundo moderno, mas você não pode ficar refém dela.

4. Pesquise sempre que houver dúvidas

Na hora de escrever, incertezas sempre vão surgir.

Por isso, nesses casos, não hesite em fazer algumas pesquisas para descobrir a escrita correta.

Você pode consultar, por exemplo, o sistema de busca do Vocabulário Ortográfico da Língu a
Portuguesa.

Lá, é possível digitar uma palavra e verificar se ela, realmente, existe no nosso idioma e se está
com a grafia certa.

5. Continue estudando

Para melhorar o aprendizado em qualquer área, é fundamental se manter sempre atualizado,


buscando novos conhecimentos.

A educação continuada é uma alternativa excelente para desenvolver habilidades como o


vocabulário, a comunicação, a criatividade e a visão estratégica, dentre outras.

Mais ou Mas?

O “mais” e o “mas” são duas palavras que tem um som parecido, no entanto, são utilizadas em
contextos distintos. Confira abaixo a diferença entre elas e suas regras de uso.

Mais

A palavra “mais” possui como antônimo o “menos”. Nesse caso, ela indica a soma ou o aumento
da quantidade de algo.

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Ortografia 2.0

Embora seja mais utilizada como advérbio de intensidade, dependendo da função que exerce na
frase, o “mais” pode ser substantivo, preposição, pronome indefinido ou conjunção.

Exemplos:

Quero ir mais vezes para a Europa.

Hoje vivemos num mundo melhor e mais justo.

Jonatas foi à festa com seu amigo mais sua namorada.

Dica: Uma maneira de saber se você está usando a palavra corretamente é trocar pelo seu
antônimo “menos”.

Mas

A palavra, “mas” pode desempenhar o papel de substantivo, conjunção ou advérbio.

1. Como substantivo, o, “mas” está associado a algum defeito.

Exemplo: Nem, mas, nem meio, mas, faça já seus deveres de casa.

2. Como conjunção adversativa, o, “mas” é utilizado quando o locutor quer expor uma ideia
contrária a que foi dita anteriormente.

Exemplo: Sou muito calmo, mas estou muito nervoso agora.

Nesse caso, ela possui o mesmo sentido de: porém, todavia, contudo, entretanto, contanto que,
etc.

3. Como advérbio, o “mas” é empregado para enfatizar alguma informação.

Exemplo: Ela é muito dedicada, mas tão dedicada, que trabalhou anos vendendo doces.

Não confunda!

A palavra "más" com acento é o plural de "má", ou seja, é um adjetivo sinônimo de ruim, por
exemplo:

Nesse semestre suas notas estão muito más.

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Ortografia 2.0

Exercícios

Mais ou Mas

1. (Cesgranrio) para estar de acordo com a norma-padrão, a frase abaixo deve ser completada.

Esperamos que, daqui ____ alguns anos, não tenhamos de lidar ____ com os mesmos problemas
que enfrentamos já ____ duas décadas no Brasil.

A sequência de palavras que completa as lacunas acima de acordo com a norma-padrão é:

a) a – mas – há

b) a – mais – a

c) a – mais – há

d) há – mas – há

e) há – mais – a

Alternativa c: a – mais – há

Exercícios resolvidos sobre “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de”

Questão 1

Analise o uso das expressões “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de” nas proposições a seguir e
marque a alternativa correta:

I - Meu carro está estacionado a cerca de 100 metros daqui.

II - Conversamos muito acerca do divórcio.

III - A cerca de 300 anos, iniciou-se a jornada do grande homem.

Onde ou aonde

"Questão 1 - Todas as orações a seguir apresentam o uso correto dos termos “onde” e “aonde”,
exceto:

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Ortografia 2.0

a) Não sei onde está o meu caderno e nem onde coloquei meu lápis.

b) Não se esqueça de que aonde você estiver, eu estarei com você.

c) O mundo onde você vive é mais do que especial, é fantasioso.

d) Levarei o dinheiro aonde você quiser, mas só quando eu puder.

e) Na cidade onde moro, não tenho segurança para ir aonde quero.

Resolução

Alternativa “b”. Nesse período, o verbo “estar” não exige preposição. Portanto, o correto, segundo
a norma-padrão, é “onde você estiver”, ou seja, o lugar em que “você estiver”."

a) Apenas a proposição I está correta.

b) Apenas a proposição II está correta.

c) Apenas a proposição III está correta.

d) Estão corretas as proposições I e II.

e) Estão corretas as proposições I e III.

Resolução:

Alternativa correta: letra D

A proposição I apresenta uma conotação de proximidade. Isso justifica o uso da expressão “a cerca
de”.

A proposição II apresenta o significado “conversar sobre algo”, por isso “acerca de” é a proposição
correta.

A proposição III está incorreta, uma vez que referencia tempo passado. Assim, “há cerca de” seria
a opção correta.

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Ortografia 2.0

2. (FGV-SP) Assinale a alternativa em que as formas mal ou mau estão utilizadas de acordo com a
norma culta:

a) Mau agradecidas, as juízas se postaram diante do procurador, a exigir recompensas.

b) Seu mal humor ultrapassa os limites do suportável.

c) Mal chegou a dizer isso, e tomou um sopapo que o lançou longe.

d) As respostas estavam mau dispostas sobre a mesa, de forma que ninguém sabia a sequência
correta.

e) Então, mau ajeitada, desceu triste para o salão, sem perceber que alguém a observava.

Alternativa c: Mal chegou a dizer isso, e tomou um sopapo que o lançou longe.

A ou há

1 – Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas:

Explicamos ___ ela que não seria possível ___ devolução hoje, pois fecharíamos dali ___ cinco
minutos. Mas vamos avisar que ___ possibilidade de devolução amanhã.

a) a; a; há; há.

b) há; a; a; a.

c) a; a; há; a.

d) a; a; a; há.

2 – Assinale a alternativa que apresenta uso correto do termo “há” de acordo com a norma-padrão
da língua portuguesa:

a) Há tempos que queria fazer isso.

b) Demos presentes há várias crianças.

c) Esperava há entrega por muito tempo.

d) Há dez horas atrás, ocorreu um acidente.

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Ortografia 2.0

Respostas

1 – d)

Explicamos a ela = preposição

Não seria possível a devolução = artigo

Dali a cinco minutos = preposição, tempo futuro

Avisar que há possibilidade = verbo haver no presente do indicativo

2 – a)

No item b), o correto seria a, pois trata-se de preposição.

No item c), o correto seria a, pois trata-se de artigo.

No item d), o correto de fato é há, porém, a construção “há ... atrás” não está de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa."

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Pronomes demonstrativos

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

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Pronomes demonstrativos

Pronomes demonstrativos

Os pronomes demonstrativos marcam a posição espacial de um elemento qualquer em relação


às pessoas do discurso, situando-os no espaço, no tempo ou no próprio discurso. Eles se apresentam
em formas variáveis (gênero e número) e não-variáveis.

Pronomes Demonstrativos

Primeira pessoa Este, estes, esta, estas, isto

Segunda pessoa Esse, esses, essa, essas, isso

Terceira pessoas Aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo

- As formas de primeira pessoa indicam proximidade de quem fala ou escreve:

Esta mulher ao meu lado é minha esposa.

Os demonstrativos de primeira pessoa podem indicar também o tempo presente em relação a quem
fala ou escreve.

Nestas primeiras horas estou muito entusiasmada com o novo emprego.

- as formas de segunda pessoa indicam proximidade da pessoa a quem se fala ou escreve:

Essa blusa que tens nas mãos é sua?

- os pronomes de terceira pessoa marcam posição próxima da pessoa de quem se fala ou posição
distante dos dois interlocutores.

Aquela blusa que ele tem na mão é sua?

Uso do pronome demonstrativo

Os pronomes demonstrativos, além de marcar posição no espaço, marcam posição no tempo.

- Este (e flexões) marca um tempo imediato ao ato da fala.


Neste instante ele está se casando.

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Pronomes demonstrativos

- Esse (e flexões) marca um tempo proximamente anterior ao ato da fala.


No mês passado fui demitida do trabalho. Nesse mesmo mês perdi meu celular.

- Aquele (e flexões) marca um tempo remotamente anterior ao ato da fala.


Em 1970, a seleção brasileira de futebol era fraquíssima. Naquele ano o Brasil perdeu o campeonato
mundial.

Os pronomes demonstrativos servem para fazer referência ao que já foi dito e ao que se vai dizer, no
interior do discurso.

- Este (e flexões) faz referência àquilo que vai ser dito posteriormente.
Desejo sinceramente isto: que seja muito feliz.

- Esse (e flexões) faz referência àquilo que já foi dito no discurso.


Que seja muito feliz: é isso que desejo.

- Este em oposição a aquele quando se quer fazer referência a elementos já mencionados. Este se
refere ao mais próximo, aquele, ao mais distante.
Comédia e Suspense são gêneros que me agradam, este me deixa ansioso, aquela, bem-humorado.

- O (a, os, as) são pronomes demonstrativos quando se referem a aquele (s), aquela (s), aquilo, isso.
Não aceito o que eles fazem. (aquilo)

- Mesmo e próprio, pronomes demonstrativos, designam um termo igual a outro que já ocorreu no
discurso.
As reclamações dos pais não mudam: são sempre as mesmas.

-são usados como reforço dos pronomes pessoais.


Eu mesma lavei a roupa.

-como pronomes, concordam com o nome a que se referem.


Ela própria fez o almoço.
Eles próprios vieram à festa.

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Pronomes demonstrativos

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MATEMÁTICA

MATEMÁTICA

MÉRITO
Apostilas 1
Raciocínio lógico para resolução de problemas elementares

Raciocínio lógico para resolução de


problemas elementares

MÉRITO
Apostilas 1
Raciocínio lógico para resolução de problemas elementares

Raciocínio lógico é um processo de estruturação do pensamento de acordo com as


normas da lógica que permite chegar a uma determinada conclusão ou resolver um
problema.

O raciocínio lógico está ligado a conceitos de filosofia, como o da lógica aristotélica


e também a conceitos da matemática.

Esses conceitos existem para organizar e clarear situações cotidianas. Ajudam a


preparar nossa mente para enfrentar problemas de forma mais rápida.

A utilização dessa forma de raciocínio está muito ligada à nossa capacidade de


escrita, leitura e resolução de problemas a partir de informações dadas em
determinado contexto.

Pode ser resumido em três habilidades principais:

• Interpretação de problemas;

• Escrita com propriedade;

• Identificação de soluções.

Raciocínio lógico-matemático

O raciocínio lógico matemático ou quantitativo é o raciocínio usado para a


resolução de alguns problemas e exercícios matemáticos. Esses exercícios são
frequentemente usados no âmbito escolar, através de problemas matriciais,
geométricos e aritméticos, para que os alunos desenvolvam determinadas
aptidões. Este tipo de raciocínio é bastante usado em áreas como a análise
combinatória.

O raciocínio lógico-matemático auxilia na resolução de problemas lógicos


envolvendo as funções executivas como atenção, organização e memória.

Conceitos importantes para aprender raciocínio lógico-matemático:

Proposição

É um conteúdo ou enunciado que pode ser tomado como verdadeiro ou falso.

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Raciocínio lógico para resolução de problemas elementares

Argumento

É um conjunto de conteúdos ou enunciados que estão relacionados entre si (o


raciocínio lógico propriamente dito).

Premissa

É a informação essencial (ou conjunto de informações), que serve de base para o


argumento.

Conclusão

É o resultado da relação lógica entre as premissas, a proposição final do


argumento.

Tabela Verdade

É uma ferramenta que ajuda a identificar se a relação entre grupos de proposições


é falsa ou verdadeira.

Permite uma análise rápida e simplificada das questões, seguindo os passos:

• Identificar os elementos no enunciado;

• Montar uma tabela colocando uma coluna para cada elemento;

• Ler e interpretar casa informação no enunciado;

• Marcar as informações de cada alternativa na tabela.

Com esses conceitos você conseguirá entender as explicações em qualquer


material que encontrar sobre raciocínio lógico e matemático, além de conseguir
resolver aqueles problemas de lógica nas revistas de palavras cruzadas.

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Raciocínio lógico para resolução de problemas elementares

Como estudar Raciocínio Lógico e Matemático?

O primeiro passo para aprender raciocínio lógico-matemático é revisar


matemática básica, relembrar assuntos como conjuntos, funções e símbolos.

Depois reveja as fórmulas e regras matemáticas, já que elas serão muito utilizadas
nas questões que você precisará resolver.

Quando estiver começando a resolver exercícios, lembre-se de sempre resumir as


questões, monte quadros como a tabela verdade, faça símbolos, rabisque o
máximo possível pois isso ajuda a sua mente a começar a treinar a forma de
raciocínio necessária.

Lógica das proposições

É o conceito mais elementar da lógica, pautada na apreciação de sentenças, que


podem ser feitas por meio de números, símbolos ou palavras. O conteúdo pode ou
não ser verdadeiro.

Um exemplo básico é “ o Sol é menor do que a Terra ”. Essa é a proposição, cuja


lógica está pautada no tamanho, já calculado, dos dois elementos.

Teoria de conjuntos

Estuda as coleções de elementos relacionados por símbolos matemáticos. É uma


matéria vista nas aulas de matemática, parece muito familiar e fácil, mas pode
causar confusão, por isso é preciso estudar com muita calma os símbolos.

Um exemplo é “A∪B={x:x∈A ou x∈B}” e o raciocínio a ser seguido é “se um


elemento x pertencer a união de A com B, então x pertence a A ou pertence a B”.

Porcentagem

Esse assunto possui duas linhas de raciocínio: uma interpretativa e a outra formal.

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Raciocínio lógico para resolução de problemas elementares

Normalmente as questões que envolvem porcentagem relacionam casos


concretos, o que exige interpretação de texto da sua parte. Você precisa saber
calcular porcentagem depois de conseguir entender o que a questão pede.

Análise combinatória

É a parte da matéria responsável pelas possibilidades e combinações. Você verá a


separação do conteúdo em grupos, de três formas: arranjos, permutações e
combinações.

Possibilita a realização de contagens de maneira mais eficiente e é um passo a mais


para você aprender probabilidade.

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Raciocínio lógico para resolução de problemas elementares

Anotações:
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Raciocínio lógico para resolução de problemas elementares

Exercícios
Exercício 1

Descubra a lógica e complete o próximo elemento:

a) 1, 3, 5, 7, ___

b) 2, 4, 8, 16, 32, 64, ____

c) 0, 1, 4, 9, 16, 25, 36, ____

d) 4, 16, 36, 64, ____

e) 1, 1, 2, 3, 5, 8, ____

f) 2,10, 12, 16, 17, 18, 19, ____

Exercício 2

(Enem) Jogar baralho é uma atividade que estimula o raciocínio. Um jogo


tradicional é a Paciência, que utiliza 52 cartas. Inicialmente são formadas sete
colunas com as cartas. A primeira coluna tem uma carta, a segunda tem duas
cartas, a terceira tem três cartas, a quarta tem quatro cartas, e assim
sucessivamente até a sétima coluna, a qual tem sete cartas, e o que sobra forma o
monte, que são as cartas não utilizadas nas colunas.

A quantidade de cartas que forma o monte é

a) 21.

b) 24.

c) 26.

d) 28.

e) 31.

7
Raciocínio lógico para resolução de problemas elementares

Gabarito
Exercício 1

Respostas:

a) 9. Sequência de números ímpares ou + 2 (1+2=3; 3+2=5; 5+2=7; 7+2=9)

b) 128. Sequência baseada na multiplicação por 2 (2x2=4; 4x2=8; 8x2=16...


64x2=128)

c) 49. Sequência baseada na soma em uma outra sequência de números ímpares


(+1, +3, +5, +7, +9, +11, +13)

d) 100. Sequência de quadrados de números pares (2 2, 42, 62, 82, 102).

e) 13. Sequência baseada na soma dos dois elementos anteriores: 1 (primeiro


elemento), 1 (segundo elemento), 1+1=2, 1+2=3, 2+3=5, 3+5=8, 5+8=13.

f) 200. Sequência numérica baseada em um elemento não numérico, a letra inicial


do número escrito por extenso: dois, dez, doze, dezesseis, dezessete, dezoito,
dezenove, duzentos.

É importante estar-se atento à possibilidades de mudanças de paradigma, no caso,


os números escritos por extenso, que não operam em uma lógica quantitativa
como os demais.

Exercício 2

Alternativa correta: b) 24

Para descobrir o número de cartas que sobraram no monte, devemos diminuir do


número total de cartas do número de cartas que foram utilizadas nas 7 colunas.

O número total de cartas utilizadas nas colunas é encontrado somando-se as


cartas de cada uma delas, deste modo, temos:

1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 = 28

Fazendo a substração, encontramos: 52 - 28 = 24

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Estruturas Lógicas

Estruturas Lógicas (Estrutura lógica de


relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios)

MÉRITO
Apostilas 1
Estruturas Lógicas

Estrutura Lógica
Na lógica, uma estrutura (ou estrutura de interpretação) é um objeto que dá
significado semântico ou interpretação aos símbolos definidos pela assinatura de
uma linguagem. Uma estrutura possui diferentes configurações, seja em lógicas
de primeira ordem, seja em linguagens lógicas poli sortidas ou de ordem superior.

O tema “estruturas lógicas” se divide em:

• Proposições lógicas (lógica proposicional)

• Tabela verdade

• Conectivos lógicos

• Tautologia, Contradição e Contingência

Proposições lógicas (lógica proposicional)

Chama-se proposição toda oração declarativa que pode ser expressa de forma
afirmativa ou negativa, na qual atribuímos um dos valores lógicos verdadeiro (V)
ou falso (F), mas nunca para ambas. Também conhecida por sentença fechada.

Ex.:

• Paris é a capital da França – Sentença declarativa verdadeira, então damos o


valor lógico (V)

• 5 é um número par – Sentença declarativa falsa, então damos o valor lógico


(F)

• 5 + 5 = 11 – Sentença declarativa falsa, então damos o valor lógico (F)

As sentenças exclamativas, interrogativas, imperativas e abertas não são


proposições:

Ex.:

Que prova fácil! – Sentença exclamativa

Para onde você está indo? – Sentença interrogativa

Entre no carro agora! – Sentença imperativas

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Estruturas Lógicas

Ele está nadando – Sentença aberta (sentença que não dá para identificar
se é V ou F)

Princípios que dominam as preposições:

Princípio da identidade: Uma proposição verdadeira será sempre verdadei-


ra e uma proposição falsa será sempre falsa.

Princípio da não contradição: Uma proposição não pode ser verdadeira e


falsa ao mesmo tempo.

Princípio do terceiro excluído: uma proposição ou será verdadeira, ou será


falsa, não há outra possibilidade.

Proposição simples

É formada por apenas uma proposição e têm apenas os valores lógicos verda-
deiro (V) e falso (F).

Proposição composta

As proposições compostas são formadas por duas ou mais proposições sim-


ples que são ligadas através de conectivos lógicos como “e” e “ou” por exemplo.

Ex.: Irei para a escola e ao teatro

Proposição simples 1= irei para a escola

Proposição simples 2= ao teatro

Proposição composta= Irei para a escola e ao teatro

Por causa dos conectivos conseguimos dar um valor lógico para a expressão.

As proposições compostas têm mais combinações de valores lógicos, pois de-


penderá da quantidade de proposições simples que a compõe.

Para atribuirmos os valores lógicos de proposição composta, devemos cons-


truir uma tabela verdade.

3
Estruturas Lógicas

Tabela verdade

Tabela verdade é uma tabela matemática usada no campo do raciocínio lógi -


co, para verificar se uma proposição composta é válida.

Vamos agora aprender como se constrói uma tabela verdade.

Para sabermos quantas linhas terá nossa tabela verdade é só pegar o algaris -
mo 2 e elevá-lo ao número de proposições simples.

Ex.:

1. Duas proposições simples: 2² = 4

2. Três proposições simples : 2³ = 8

Tabela verdade com duas proposições

Algarismo 2 elevado ao número de proposições que sabemos que são duas,


então:

2² = 4

Temos então 4 linhas nesta tabela verdade.

Na primeira coluna é só dividir o número de linhas por dois e colocar os valo -


res lógicos verdadeiro (V) e falso (F)

São 4 linhas, então 4/2 = 2 Ficará duas verdadeiras e duas falsas colocadas
simultaneamente

Na segunda coluna é só dividir o resultado da primeira por dois 2/2 = 1

Ficará uma verdadeira e uma falsa colocadas alternadamente.

4
Estruturas Lógicas

Tabela verdade com três proposições

É o mesmo processo:

Algarismo 2 elevado ao número de proposições que sabemos que são três, en-
tão:

2³ = 8

Temos então 8 linhas nesta tabela verdade.

Na primeira coluna é só dividir o número de linhas por dois e colocar os valo -


res lógicos verdadeiro (V) e falso (F).

São 8 linhas, então 8/2 = 4 Ficará quatro verdadeiras e quatro falsas coloca -
das alternadamente

Na segunda coluna é só dividir o resultado da primeira por dois 4/2 = 2 Ficará


duas verdadeiras e duas falsas colocadas alternadamente

Na terceira coluna é só dividir o resultado da segunda por dois 2/2 = 1

Ficará uma verdadeira e uma falsa colocada alternadamente.

5
Estruturas Lógicas

Conectivos lógicos

O conectivo lógico é um símbolo ou palavra que usamos para conectar duas


ou mais proposições para que elas sejam válidas, de modo que a proposição com -
posta formada dependa apenas das proposições que a originou. Por causa dos co -
nectivos conseguimos dar um valor lógico para esta proposição formada.

Só vai ser falsa se ambas forem falsas.


Se tiver uma verdadeira ou ambas
verdadeiras será verdadeiro

Negação (Conectivo ~ ou ¬)

Conectivo: “não”

Símbolo: ~ ou ¬

Esquema: ~p ou ¬p (não p)

Proposição p: O carro é amarelo

Proposição ~p: O carro não é amarelo

ou ~p : Não é verdade que o carro é amarelo

ou ~p : É falso que o carro é amarelo

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Estruturas Lógicas

Tabela verdade:

O carro é amarelo (p)

Uma proposição: 2¹ = 2

Conjunção (conectivo “e”)

Conectivo “e” é denominado conjunção e seu símbolo é o acento circunflexo


“^”

O esquema é p ^ q (p e q)

Será verdadeira somente se todas as proposições forem verdadeiras

Ex.: Irei para a escola e ao teatro

p ^ q (p e q)

Tabela verdade:

Irei para a escola (p)

irei para ao teatro (q)

2 proposições = 2² = 4

A regra para conjunção é que a proposição resultante só será verdadeira se


todas as proposições simples forem verdadeiras.

7
Estruturas Lógicas

Conectivo “ou” símbolo: v ou v

Temos dois tipos de disjunção, a disjunção inclusiva e a disjunção exclusiva.

• Disjunção inclusiva

Símbolo “v”

Conectivo “ou”

Esquema: p v q (p ou q)

Ex.: Como ou bebo

Embora tenha usado o conectivo ou, nada me impede de fazer as duas coisas,
ou seja, significa uma inclusão.

Tabela verdade

Proposição 1: como

Proposição 2: bebo

Tem duas proposições: 2² = 4

A proposição só será falsa se todas as proposições simples forem falsas.

• Disjunção exclusiva

Símbolo “v”

Conectivo “ou…ou”

Esquema: p v q (p ou q)

Ex.: Ou como ou bebo

8
Estruturas Lógicas

Com a repetição do conectivo ou, ele exclui a possibilidade de fazer as duas


coisas, ou seja, significa uma exclusão.

Tabela verdade

Proposição 1: Ou como

Proposição 2: Ou bebo

Tem duas proposições: 2² = 4

A proposição só será verdadeira se uma das proposições simples for “F” (não
ocorrer) e a outra “V” (ocorrer), independentemente da ordem. Não pode aconte-
cer “V”(ocorre) ou “F”(não ocorrer) nos dois casos, caso aconteça a proposição re -
sultante desta operação será falsa.

Então, a diferença principal entre as duas disjunções é:

Disjunção inclusiva: Pode ocorrer uma ação ou ambas.

Disjunção exclusiva: Pode ocorrer somente uma ação.

9
Estruturas Lógicas

Condicional (conectivo “se…então”)

Símbolo “→”

Conectivo “se…então”

Esquema: p → q (se p então q)

Ele dá uma condição para que a outra proposição exista

Ex.: Se nasci em Minas Gerais, então sou mineiro

Tabela verdade:

Proposição 1: se nasci em Minas Gerais

Proposição 2: então sou mineiro

Tem duas proposições: 2² = 4

A condicional só será falsa se a proposição antecedente for verdadeira e a


proposição consequente for falsa.

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Estruturas Lógicas

Bicondicional (conectivo “…se e somente se…” )

Símbolo “↔”

Conectivo “…se e somente se…”

Esquema: p ↔ q (p se somente se q)

As proposições são equivalentes, ou seja, para ser verdadeira, ambas proposi-


ções têm que ser verdadeira ou ambas tem que ser falsa.

Tabela verdade:

Proposição 1: Pedro é enfermeiro

Proposição 2: Márcia é médica

Lê-se: Pedro é enfermeiro se e somente se Márcia é médica

Tem duas proposições: 2² = 4

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Estruturas Lógicas

Tautologia, Contradição e Contingência


Classificação das proposições compostas:

Proposição composta são proposição que tem duas ou mais proposições sim -
ples

• Tautologia

• Contradição

• Contingência

Tautologia

Na lógica proposicional, a tautologia é uma proposição cujo valor lógico é


sempre verdadeiro para todas as variadas proposições.

A proposição (p ou não p) ficando assim, p ∨ (~p)

Onde:

Usa-se o conectivo “ou”

Símbolo: v lê-se “ou”

p: proposição p

~p: proposição não p

A proposição p ∨ (~p) é uma tautologia, pois o seu valor lógico é sempre


V(verdadeiro).

A tautologia normalmente é uma disjunção inclusiva.

Contradição

Contradição é uma proposição cujo valor lógico é sempre falso, ou seja, ao


contrário da tautologia.

A proposição (p e não p) ficando assim, p Λ (~p)

12
Estruturas Lógicas

Onde:

Usa-se o conectivo “e”

Símbolo: Λ lê-se “e”

p: proposição p

~p: proposição não p

A proposição p Λ (~p) é uma contradição, pois o seu valor lógico será sempre
F (falso).

A contradição normalmente é uma conjunção.

Contingência

Contingência é uma proposição cujo valor lógico pode ser verdadeiro ou falso,
ou seja, não é nem uma tautologia e nem uma contradição, é uma proposição in -
determinada.

A proposição (se p então ~p) ficando assim, p →(~p)

Onde:

Usa-se o conectivo “se…então”

Símbolo:→

p: proposição p

~p: proposição não p

A proposição p →(~p) é uma contingência, pois seu valor lógico pode ser ver-
dadeiro (V) ou falso (F).

A contingência normalmente é uma condicional. A maioria das proposições


compostas são contingências.

13
Estruturas Lógicas

EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 1

Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Água Santa – RS

Define-se por contradição a operação lógica que assume como valores falsos
(F) para quaisquer valores das proposições componentes. Sendo assim, assinale a
alternativa que contém um caso de contradição.

A) p ^ ~p

B) p ^ ~q

C) pvq

D) p^q

E) pvq

EXERCÍCIO 2

Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRA-PR

Sejam P1, P2 e C duas premissas e a conclusão, respectivamente, julgue o


item acerca da lógica da argumentação e dos diagramas lógicos.

O argumento P1 ∧ P2 → C a seguir é uma tautologia.

P1: Nem estudou, nem passou; P2: Estudou ou passou; C: Estudou se, e so-
mente se, passou.

( ) Certo

( ) Errado

14
Estruturas Lógicas

EXERCÍCIO 3

Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES

Considere a seguinte proposição: “Neste concurso, Pedro será aprovado ou


não será aprovado.”. Analisando segundo a lógica, essa afirmação é um exemplo
claro de:

A) contradição.

B) equivalência.

C) redundância.

D) repetição.

E) tautologia.

EXERCÍCIO 4

Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Gramado – RS

Trata-se de um exemplo de tautologia a proposição:

A) Se dois é par então é verão em Gramado.

B) É verão em Gramado ou não é verão em Gramado.

C) Maria é alta ou Pedro é alto.

D) É verão em Gramado se e somente se Maria é alta.

E) Maria não é alta e Pedro não é alto.

15
Estruturas Lógicas

EXERCÍCIO 5

Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Gramado – RS

A) Trata-se de um exemplo de contradição a proposição:

B) Dois é um número par e ímpar.

C) Gramado é uma cidade bonita se e somente se faz frio.

D) Maria é alta e Pedro é baixo.

E) Se dois é um número par então Maria é alta.

F) Se Pedro é baixo então Maria é alta.

EXERCÍCIO 6

Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: UERGS

Trata-se de uma tautologia a proposição apresentada na alternativa:

A) Chove e faz frio.

B) Pedro estuda ou não estuda na Uergs.

C) Se é verão então faz calor.

D) Maria é alta e gosta de estudar.

E) Jorge estuda ou joga futebol.

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Estruturas Lógicas

GABARITO

RESPOSTA DA QUESTÃO 1 LETRA A

RESPOSTA DA QUESTÃO 2 CERTO

RESPOSTA DA QUESTÃO 3 LETRA E

RESPOSTA DA QUESTÃO 4 LETRA B

RESPOSTA DA QUESTÃO 5 LETRA A

RESPOSTA DA QUESTÃO 6 LETRA B

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Estruturas Lógicas

Anotações:
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Sistema de numeração decimal

Sistema de numeração decimal

MÉRITO
Apostilas 1
Sistema de numeração decimal

O sistema de numeração decimal é de base 10, ou seja utiliza 10 algarismos


(símbolos) diferentes para representar todos os números.

Formado pelos algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, é um sistema posicional, ou seja,


a posição do algarismo no número modifica o seu valor.

É o sistema de numeração que nós usamos. Ele foi concebido pelos hindus e
divulgado no ocidente pelos árabes, por isso, é também chamado de "sistema de
numeração indo-arábico".

Figura 1: Evolução do sistema de numeração decimal

Características

• Possui símbolos diferentes para representar quantidades de 1 a 9 e um


símbolo para representar a ausência de quantidade (zero).

• Como é um sistema posicional, mesmo tendo poucos símbolos, é possível


representar todos os números.

• As quantidades são agrupadas de 10 em 10, e recebem as seguintes


denominações:

10 unidades = 1 dezena

10 dezenas = 1 centena

10 centenas = 1 unidade de milhar, e assim por diante

2
Sistema de numeração decimal

Ordens e Classes

No sistema de numeração decimal cada algarismo representa uma ordem,


começando da direita para a esquerda e a cada três ordens temos uma classe.

Classe dos Classe das


Classe dos Bilhões Classe dos Milhões
Milhares Unidades Simples
12 a 11 a 10a 9a 8a 7a 6a 5a 4a 3a 2a 1a
ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem
Centenas Dezenas Unidades Centenas Dezenas Unidades Centenas Dezenas Unidades
Centenas Dezenas Unidades
de Bilhão de Bilhão de Bilhão de Milhão de Milhão de Milhão de Milhar de Milhar de Milhar

• Classe das unidades simples: da 1ª ordem até a 3ª ordem

• Classe dos milhares: da 4ª ordem até a 6ª ordem

• Classe do milhão: da 7ª ordem até a 9ª ordem

• Classe do bilhão: da 10ª ordem até a 12ª ordem

Para fazer a leitura de números muito grandes, dividimos os algarismos do número


em classes (blocos de 3 ordens), colocando um ponto para separar as classes,
começando da direita para a esquerda.

3
Sistema de numeração decimal

Exemplos

1) 57283

Primeiro, separamos os blocos de 3 algarismos da direita para a esquerda e


colocamos um ponto para separar o número: 57. 283.

No quadro acima vemos que 57 pertence a classe dos milhares e 283 a classe das
unidades simples. Assim, o número será lido como: cinquenta e sete mil, duzentos
e oitenta e três.

2) 12839696

Separando os blocos de 3 algarismos temos: 12.839.696

O número então será lido como: doze milhões, oitocentos e trinta e nove mil,
seiscentos e noventa e seis.

4
Sistema de numeração decimal

Anotações:
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Sistema de numeração decimal

Exercícios
Exercício 1

Considere o número 643018 e responda:

a) Qual o nome da classe que pertence o algarismo 4?

b) Qual o algarismo ocupa a ordem da dezena?

c) Quantas unidades vale o algarismo 3?

Exercício 2

2) O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que o Brasil


tenha, em 2017, 207 700 000 de habitantes. Escreva esse valor por extenso.

Exercício 3

Dado o número 137459072, indique:

a) Quantas unidades representam o algarismo 7 que está à esquerda do 4?

b) Quantas unidades representam o algarismo 7 que está à esquerda do 2?

6
Sistema de numeração decimal

Gabarito
Exercício 1

a) classe dos milhares

b) 1

c) 3.000 unidades

Exercício 2

Duzentos e sete milhões e setecentos mil habitantes.

Exercício 3

a) 7 000 000 unidades

b) 70 unidades

7
Números Inteiros, Números Primos, Múltiplos e Divisores, Fatoração

Números Inteiros, Números Primos,


Múltiplos e Divisores, Fatoração

1
Números Inteiros, Números Primos, Múltiplos e Divisores, Fatoração

Números inteiros

Os números inteiros são os números positivos e negativos, que não apresentam parte decimal e,
o zero. Estes números formam o conjunto dos números inteiros, indicado por ℤ.

Não pertencem aos números inteiros: as frações, números decimais, os números irracionais e os
complexos.

O conjunto dos números inteiros é infinito e pode ser representado da seguinte maneira:

ℤ = {..., - 3, - 2, - 1, 0, 1, 2, 3,...}

Os números inteiros negativos são sempre acompanhados pelo sinal (-), enquanto os números
inteiros positivos podem vir ou não acompanhados de sinal (+).

O zero é um número neutro, ou seja, não é um número nem positivo e nem negativo.

A relação de inclusão no conjunto dos inteiros envolve o conjunto dos números naturais (ℕ).

Todo número inteiro possui um antecessor e um sucessor. Por exemplo, o antecessor de -3 é -4,
já o seu sucessor é o -2.

Representação na Reta Numérica

Os números inteiros podem ser representados por pontos na reta numérica. Nesta representação,
a distância entre dois números consecutivos é sempre a mesma.

Os números que estão a uma mesma distância do zero, são chamados de opostos ou simétricos.

Por exemplo, o -4 é o simétrico de 4, pois estão a uma mesma distância do zero, conforme
assinalado na figura abaixo:

Números opostos

2
Números Inteiros, Números Primos, Múltiplos e Divisores, Fatoração

Subconjuntos de ℤ

O conjunto dos números naturais (ℕ) é um subconjunto de ℤ, pois está contido no conjunto dos
números inteiros. Assim:

Subconjunto dos naturais

Além do conjunto dos números naturais, destacamos os seguintes subconjuntos de ℤ:

ℤ* : é o subconjunto dos números inteiros, com exceção do zero. ℤ* = {..., -3,-2,-1, 1, 2, 3, 4, ...}

ℤ+ : são os números inteiros não-negativos, ou seja ℤ+ = {0, 1, 2, 3, 4, ...}

ℤ _ : é o subconjunto dos números inteiros não-positivos, ou seja ℤ_= {..., -4,-3,-2,-1, 0}

ℤ*+ : é o subconjunto dos números inteiros, com exceção dos negativos e do zero. ℤ*+ = {1,2,3,4,
5...}

ℤ*_ : são os números inteiros, com exceção dos positivos e do zero, ou seja ℤ*_= {..., -4,-3,-2,-1}

Operações com números inteiros

Nas operações com números inteiros, fazemos cálculos que envolvem adição, subtração, divisão
e multiplicação.

Todos os números positivos, negativos e o zero pertencem aos conjunto dos números inteiros

Todos os números positivos, negativos e o zero pertencem aos conjunto dos números inteiros

Antes de tratarmos das operações com números inteiros, devemos recordar quais elementos
fazem parte desse conjunto. Pertencem ao conjunto dos números inteiros todos os números positivos,
negativos e o zero. Sendo assim:
3
Números Inteiros, Números Primos, Múltiplos e Divisores, Fatoração

Z = {… - 3, - 4, - 3, - 2, - 1, 0, + 1, + 2, + 3, + 4...}

As operações com números inteiros estão relacionadas com a soma, subtração, divisão e
multiplicação. Ao realizar alguma das quatro operações com esses números, devemos também operar
o sinal que os acompanha.

Adição de números inteiros: Na adição de números inteiros, somam-se as parcelas:

Sinais iguais na soma ou na subtração: some os números e conserve o sinal.

Regra do sinal: (+) + (+) = +

(–) + (–) = –

Exemplos:

+2+5=+7

+ 10 + 22 = + 32

–5–4=–9

– 56 – 12 = – 68

Sinais diferentes: conserve o sinal do maior número e subtraia.

Regra do sinal:

(+) + (–) = – → Esse menos indica que a operação a ser realizada é de subtração.

(–) + (+) = – → Esse menos indica que a operação a ser realizada é de subtração.

Exemplos:

3 – 4 = – 1 → O maior número é o quatro; logo, o sinal no resultado foi negativo.

– 15 + 20 = + 5 → O maior número é o vinte; logo, o sinal no resultado foi positivo.

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Números Inteiros, Números Primos, Múltiplos e Divisores, Fatoração

Multiplicação e divisão de números inteiros:

Sinais iguais na multiplicação ou na divisão sempre resultam em sinal positivo.

Regra do sinal: (+) . (+) = (+) → Operação de Multiplicação

(–) . (–) = (+) → Operação de Multiplicação

(+) : (+) = (+) → Operação de Divisão

(–) : (–) = (+) → Operação de Divisão

Exemplos:

(+ 2) . (+ 4) = + 8

(- 4) . (- 10) = + 40

(- 20) : (- 2) = + 10

(+ 15) : (+ 3) = + 5

Sinais diferentes na multiplicação ou na divisão sempre resultam em sinal negativo.

Regra do sinal: (+) . (–) = (–) → Operação de Multiplicação

(–) . (+) = (–) → Operação de Multiplicação

(+) : (–) = (–) → Operação de Divisão

(–) : (+) = (–) → Operação de Divisão

Exemplos:

(+ 6) . (– 7) = – 42

(– 12) . (+ 2) = – 24

(+ 100) : (– 2) = – 50

(– 125) : (+ 5) = - 25

Em relação à multiplicação e à divisão, podemos estabelecer a seguinte regra geral:

1 – Se os dois números possuírem o mesmo sinal, o resultado será positivo.

2 – Se os dois números possuírem sinais diferentes, o resultado será negativo.

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Números Inteiros, Números Primos, Múltiplos e Divisores, Fatoração

Múltiplos de um número

Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, o número a é múltiplo de b se, e somente se, existir
um número inteiro k tal que a = b · k. Desse modo, o conjunto dos múltiplos de a é obtido multiplicando
a por todos números inteiros, os resultados dessas multiplicações são os múltiplos de a.

Por exemplo, listemos os 12 primeiros múltiplos de 2. Para isso temos que multiplicar o número 2
pelos 12 primeiros números inteiros, assim:

2·1=2

2·2=4

2·3=6

2·4=8

2 · 5 = 10

2 · 6 = 12

2 · 7 = 14

2 · 8 = 16

2 · 9 = 18

2 · 10 = 20

2 · 11 = 22

2 · 12 = 24

Portanto, os múltiplos de 2 são:

M(2) = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24}

Observe que listamos somente os 12 primeiros números, mas poderíamos ter listado quantos
fossem necessários, pois a lista de múltiplos é dada pela multiplicação de um número por todos os
inteiros. Assim, o conjunto dos múltiplos é infinito.

Para verificar se um número é ou não múltiplo de outro, devemos encontrar um número inteiro
de forma que a multiplicação entre eles resulte no primeiro número. Veja os exemplos:

→ O número 49 é múltiplo de 7, pois existe número inteiro que, multiplicado por 7, resulta em
49.

49 = 7 · 7

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Números Inteiros, Números Primos, Múltiplos e Divisores, Fatoração

→ O número 324 é múltiplo de 3, pois existe número inteiro que, multiplicado por 3, resulta em
324.

324 = 3 · 108

→ O número 523 não é múltiplo de 2, pois não existe número inteiro que, multiplicado por 2,
resulte em 523.

523 = 2 · ?

Múltiplos de 4

Como vimos, para determinar o múltiplos do número 4, devemos multiplicar o número 4 por
números inteiros. Assim:

4·1=4

4·2=8

4 · 3 = 12

4 · 4 = 16

4·5=2

4 · 6 = 24

4 · 7 = 28

4 · 8 = 32

4 · 9 = 36

4 · 10 = 40

4 · 11 = 44

4 · 12 = 48

Portanto, os múltiplos de 4 são:

M(4) = {4, 8, 12, 16, 20. 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48, … }

Múltiplos de 5

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Números Inteiros, Números Primos, Múltiplos e Divisores, Fatoração

De maneira análoga, temos os múltiplos de 5.

5·1=5

5·2=5

5 · 3 = 15

5 · 4 = 20

5 · 5 = 25

5 · 6 = 30

5 · 7 = 35

Logo, os múltiplos de 5 são: M(5) = {5, 10, 15, 20, 25, 30 , 35, 40, 45, … }

Divisores de um número

Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, vamos dizer que b é divisor de a se o número b for
múltiplo de a, ou seja, a divisão entre b e a é exata (deve deixar resto 0).

Veja alguns exemplos:

→ 22 é múltiplo de 2, então, 2 é divisor de 22.

→ 63 é múltiplo de 3, logo, 3 é divisor de 63.

→ 121 não é múltiplo de 10, assim, 10 não é divisor de 121.

Para listar os divisores de um número, devemos buscar os números que o dividem. Veja :

– Liste os divisores de 2, 3 e 20.

D(2) = {1, 2}

D(3) = {1, 3}

D(20) = {1, 2, 4, 5, 10, 20}

Observe que os números da lista dos divisores sempre são divisíveis pelo número em questão e
que o maior valor que aparece nessa lista é o próprio número, pois nenhum número maior que ele será
divisível por ele.

Por exemplo, nos divisores de 30, o maior valor dessa lista é o próprio 30, pois nenhum número
maior que 30 será divisível por ele. Assim:

D(30) = {1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30}"

8
Números Inteiros, Números Primos, Múltiplos e Divisores, Fatoração

Quais são os Números Primos?

Os Números Primos são números naturais maiores do que 1 que possuem somente dois divisores,
ou seja, são divisíveis por 1 e por ele mesmo.

O Teorema Fundamental da Aritmética faz parte da "Teoria dos Números" e garante que todo
número natural maior que 1 ou é primo ou pode ser escrito de forma única, a menos da ordem dos
fatores, como o produto de números primos.

Para escrever um número como produto de números primos ou "fatores primos", utilizamos um
processo de decomposição dos números chamado de fatoração.

Números Primos entre 1 e 1000

Entre 1 e 1000 há 168 números primos, são eles:

O que é Fatoração?

Fatoração é o nome do processo matemático que usamos para decompor um número ou


expressão. Isso é feito quando os representamos por meio de produtos de fatores (multiplicações).

A ideia de fatoração surge a partir do teorema fundamental da aritmética, uma afirmação que diz:

“Qualquer número inteiro maior que 1 pode ser escrito na forma de produtos de números primos”

Lembre-se: números primos são aqueles que só se dividem por eles mesmos e por 1, eles não tem
outros divisores. Compare o número 6 e o número 13:

6 é divisível por 1, 2, 3 e 6.

13 só é divisível por 1 e 13, portanto, é primo.

9
Números Inteiros, Números Primos, Múltiplos e Divisores, Fatoração

Isso tudo quer dizer que podemos representar o número 12, por exemplo, em uma forma
decomposta que só envolve a multiplicação dos menores números primos. Se fizermos a fatoração do
12, teremos o resultado “2 x 2 x 3”.

Para que serve a Fatoração?

Você deve estar se perguntando qual é o sentido de pegar um número e representá-lo na forma
de várias multiplicações. Pois é, por incrível que pareça, ela é uma grande aliada!

A fatoração é muito importante quando estamos lidando com radiciação ou equações irracionais,
pois é por meio dela que conseguimos “tirar a raiz” de certos números.

Ela também pode ser uma ferramenta muito útil para identificar o Máximo Divisor Comum (MDC)
e o Mínimo Múltiplo Comum (MMC) de um número.

A fatoração de polinômios é o que nos permite simplificar as expressões algébricas para


conseguirmos resolvê-las. Você deve se lembrar que usamos muito a simplificação de polinômios na
Geometria Analítica e na Física.

Em outras palavras, usamos a fatoração de expressões para converter os polinômios que possuem
somas e subtrações (difícil fazer operações) em uma equação com fatores multiplicativos (fácil de fazer
operações).

Você esqueceu o que são polinômios? Vamos te explicar:

“Números” são os algarismos puros, que não apresentam letras. Exemplo: 24, 13 e 456.

“Monômios” são expressões que misturam números com 1 letra. Exemplo: 2x e 5y.

“Polinômios” são expressões algébricas com duas ou mais letras. Exemplo: 2x+4y.

Exercícios resolvidos Múltiplos e divisores

Questão 1 – (UMC-SP) O número de elementos do conjunto dos divisores primos de 60 é:

a) 3

b) 4

c) 5

d) 10

10
Números Inteiros, Números Primos, Múltiplos e Divisores, Fatoração

Solução

Alternativa A

Inicialmente, listaremos os divisores de 60 e, em seguida, analisaremos quais são primos.

D(60) = {1, 2, 3, 5, 6, 10, 12, 15, 20, 30, 60}

Desses números, temos que são primos os:

{2, 3, 5}

Portanto, a quantidade de números divisores primos de 60 é 3.

Questão 2 – Escreva todos os números naturais menores que 100 e múltiplos de 15.

Solução

Sabemos que os múltiplos de 15 são os resultados da multiplicação do número 15 por todos os


inteiros. Como o exercício pede para escrever os números naturais menores que 100 e que são
múltiplos de 15, devemos multiplicar o 15 por todos os números maiores que zero, até encontrarmos
o maior múltiplo antes de 100, assim:

15 · 1 = 15

15 · 2 = 30

15 · 3 = 45

15 · 4 = 60

15 · 5 = 75

15 · 6 = 90

15 · 7 = 105

Portanto, os números naturais menores que 100 e múltiplos de 15 são:

{15, 30, 45, 60, 75, 90}

Questão 3 – Qual o maior múltiplo de 5 entre 100 e 1001?

11
Números Inteiros, Números Primos, Múltiplos e Divisores, Fatoração

Solução

Para determinar o maior múltiplo de 5 entre 100 e 1001, basta identificar qual o primeiro múltiplo
de 5 de trás para frente.

1001 não é múltiplo de 5, pois não existe inteiro que, multiplicado por 5, resulte em 1001

1000 é múltiplo de 5, pois 1000 = 5 · 200.

Portanto, o maior múltiplo de 5, entre 100 e 1001, é o 1000."

Exercícios Resolvidos Números Inteiros

Questão 1

Represente as seguintes situações com números positivos ou negativos.

a) Em Moscou, os termômetros marcaram cinco graus abaixo de zero nesta manhã.

b) No Rio de Janeiro hoje, os banhistas aproveitaram a praia sob uma temperatura de quarenta
graus Celsius.

c) Marcos consultou seu saldo bancário e estava indicando dever R$150,00.

a) -5°C

b) 40°C

c) -R$150,00

Questão 2

Indique o antecessor e o sucessor dos seguintes números:

a) -34

b) -8

c) 0

a) -35 e -33

b) -9 e -7

c) -1 e 1

12
Máximo Divisor Comum

Máximo Divisor Comum

MÉRITO
Apostilas 1
Máximo Divisor Comum

O máximo divisor comum (MDC) corresponde ao maior número divisível entre


dois ou mais números inteiros.

Os números divisores são aqueles que ocorrem quando o resto da divisão é igual a
zero. Por exemplo, o número 12 é divisível por 1, 2, 3, 4, 6 e 12. Se dividirmos esses
números pelo 12 obteremos um resultado exato, sem que haja um resto na divisão.

Quando um número tem apenas dois divisores, ou seja, ele é divisível somente por
1 e por ele mesmo, eles são chamados de números primos.

Todo número natural possui divisores. O menor divisor de um número será sempre
o número 1. Por sua vez, o maior divisor de um número é o próprio número.

O zero (0) não é divisor de nenhum número.

Propriedades do MDC
• Quando fatoramos dois ou mais números, o MDC deles é o produto dos
fatores comuns a eles, por exemplo, o MDC de 12 e 18 é 6;

• Quando temos dois números consecutivos entre si, podemos concluir que
o MDC deles é 1, uma vez que eles serão sempre números primos entre si.
Por exemplo: 25 e 26 (o maior número que divide ambos é o 1);

• Quando temos dois ou mais números e um deles é divisor dos outros,


podemos concluir que ele é o MDC dos números, por exemplo, 3 e 6. (se 3 é
divisor de 6, ele é o MDC de ambos)

Como calcular o MDC


Para calcular o máximo divisor comum (MDC) entre números, devemos realizar a
fatoração por meio da decomposição dos números indicados.

Para exemplificar, vamos calcular através da fatoração o MDC do 20 e 24:

2
Máximo Divisor Comum

Para saber o MDC dos números, devemos olhar à direita da fatoração e ver quais
números dividiram simultaneamente os dois e multiplicá-los.

Pela fatoração podemos concluir que o 4 (2x2) é o maior número que divide ambos
e, portanto, é o máximo divisor comum de 20 e 24.

Exemplo

1. Qual o MDC de 18 e 60?

Pela fatoração de ambos os números, temos:

Ao multiplicar os números que dividem ambos, temos que o MDC de 18 e 60 é 6 (2


x 3).

3
Máximo Divisor Comum

Anotações:
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4
Máximo Divisor Comum

Exercícios
Exercício 1

(Vunesp) Em um colégio de São Paulo, há 120 alunos na 1.ª série do Ensino Médio,
144 na 2.ª e 60 na 3.ª. Na semana cultural, todos esses alunos serão organizados em
equipes, com o mesmo número de elementos, sem que se misturem alunos de
séries diferentes. O número máximo de alunos que pode haver em cada equipe é
igual a:

a) 7

b) 10

c) 12

d) 28

e) 30

Exercício 2

(Enem-2015) Um arquiteto está reformando uma casa. De modo a contribuir com


o meio ambiente, decide reaproveitar tábuas de madeira retiradas da casa. Ele
dispõe de 40 tábuas de 540 cm, 30 de 810 cm e 10 de 1 080 cm, todas de mesma
largura e espessura. Ele pediu a um carpinteiro que cortasse as tábuas em peças de
mesmo comprimento, sem deixar sobras, e de modo que as novas peças ficassem
com o maior tamanho possível, mas de comprimento menor que 2 m.

Atendendo o pedido do arquiteto, o carpinteiro deverá produzir

a) 105 peças

b) 120 peças

c) 210 peças

d) 243 peças

e) 420 peças

5
Máximo Divisor Comum

Gabarito
Exercício 1

Resposta: Alternativa c

Exercício 2

Resposta: Alternativa e

6
Mínimo múltiplo comum

Mínimo múltiplo comum

MÉRITO
Apostilas 1
Mínimo múltiplo comum

O mínimo múltiplo comum (MMC) corresponde ao menor número inteiro positivo,


diferente de zero, que é múltiplo ao mesmo tempo de dois ou mais números.

Para encontrar os múltiplos de um número, basta multiplicar esse número pela


sequência dos números naturais.

O zero (0) é múltiplo de todos os números naturais e que os múltiplos de um


número são infinitos.

Para saber se um número é múltiplo de um outro, devemos descobrir se um é


divisível pelo outro.

Por exemplo, 25 é múltiplo de 5, pois ele é divisível por 5.

Como Calcular o MMC


O cálculo do MMC, pode ser feito, através da comparação da tabuada desses
números. Por exemplo, vamos descobrir o MMC de 2 e 3. Para isso, vamos
comparar a tabuada de 2 e 3:

O menor múltiplo em comum é o número 6. Portanto, dizemos que o 6 é o mínimo


múltiplo comum (MMC) de 2 e 3.

2
Mínimo múltiplo comum

Essa forma de encontrar o MMC é bem direta, mas quando temos números
maiores ou mais de dois números, não é muito prática.

Para essas situações, o melhor é usar o método da fatoração, ou seja, decompor os


números em fatores primos. Acompanhe, no exemplo abaixo, como calcular o
MMC entre 12 e 45 usando esse método:

nesse processo vamos dividindo os elementos pelos números primos, ou seja,


aqueles números naturais divisíveis por 1 e por ele mesmo: 2, 3, 5, 7, 11, 17, 19...

No final, multiplicam-se os números primos que foram utilizados na fatoração e


encontramos o MMC.

Mínimo Múltiplo Comum e Frações


O mínimo múltiplo comum (MMC) é também muito utilizado em operações com
frações. Sabemos que para somar ou subtrair frações é necessário que os
denominadores sejam iguais.

Assim, calculamos o MMC entre os denominadores, e este passará a ser o novo


denominador das frações.

3
Mínimo múltiplo comum

Vejamos abaixo um exemplo:


2 2
+
5 6

Como os denominadores são diferentes, o primeiro passo é encontrar o MMC


entre 5 e 6. Fatorando, temos:

Agora que já sabemos que o MMC entre 5 e 6 é 30, podemos efetuar a soma,
fazendo as seguintes operações, conforme indicado no diagrama abaixo:

Propriedades do MMC
• Entre dois números primos, o MMC será o produto entre eles.

• Entre dois números em que o maior é divisível pelo menor, o MMC será o
maior deles.

4
Mínimo múltiplo comum

• Ao multiplicar ou dividir dois números por um outro diferente de zero, o


MMC aparece multiplicado ou dividido por esse outro.

• Ao dividir o MMC de dois números pelo máximo divisor comum (MDC)


entre eles, o resultado obtido é igual ao produto de dois números primos
entre si.

• Ao multiplicar o MMC de dois números pelo máximo divisor comum


(MDC) entre eles, o resultado obtido é o produto desses números.

5
Mínimo múltiplo comum

Anotações:
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6
Mínimo múltiplo comum

Exercícios
Exercício 1

(Vunesp) Em uma floricultura, há menos de 65 botões de rosas e um funcionário


está encarregado de fazer ramalhetes, todos com a mesma quantidade de botões.
Ao iniciar o trabalho, esse funcionário percebeu que se colocasse em cada
ramalhete 3, 5 ou 12 botões de rosas, sempre sobrariam 2 botões. O número de
botões de rosas era:

a) 54

b) 56

c) 58

d) 60

e) 62

Exercício 2

(Vunesp) Para dividir os números 36 e 54 por respectivos menores números


inteiros consecutivos de modo que se obtenham os mesmos quocientes em
divisões exatas, esses números só podem ser, respectivamente:

a) 6 e 7

b) 5 e 6

c) 4 e 5

d) 3 e 4

e) 2 e 3

7
Mínimo múltiplo comum

Gabarito
Exercício 1

Resposta: Alternativa e) 62

Exercício 2

Resposta: Alternativa e) 2 e 3

8
Operações com números naturais e racionais

Operações com números naturais


e racionais

1
Operações com números naturais e racionais

Operações com números naturais

Adição

Na adição, a soma de dois números naturais resultará sempre em outro número


natural. Nesta operação teremos “a + b = c”, sendo “a” e “b” as parcelas da soma
e “c” o total da operação.

Por exemplo, 4 + 2 = 6. É importante notar que a ordem dos números não


influenciará no resultado, assim, 2 + 4 = 6.

Já o zero, no conjunto dos números naturais, é chamado de elemento neutro.


Portanto: 5 + 0 = 5 ou 0 + 7 = 7.

Propriedades da Adição

• Fechamento: A adição no conjunto dos números naturais é fechada, pois a


soma de dois números naturais é ainda um número natural. O fato que a
operação de adição é fechada em N é conhecido na literatura do assunto
como: A adição é uma lei de composição interna no conjunto N.

• Associativa: A adição no conjunto dos números naturais é associativa, pois


na adição de três ou mais parcelas de números naturais quaisquer é
possível associar as parcelas de quaisquer modos, ou seja, com três
números naturais, somando o primeiro com o segundo e ao resultado
obtido somarmos um terceiro, obteremos um resultado que é igual à soma
do primeiro com a soma do segundo e o terceiro.

• Elemento neutro: No conjunto dos números naturais, existe o elemento


neutro que é o zero, pois tomando um número natural qualquer e
somando com o elemento neutro (zero), o resultado será o próprio número
natural.

• Comutativa: No conjunto dos números naturais, a adição é comutativa,


pois a ordem das parcelas não altera a soma, ou seja, somando a primeira

2
Operações com números naturais e racionais

parcela com a segunda parcela, teremos o mesmo resultado que se


somando a segunda parcela com a primeira parcela.

Subtração

Na subtração, retiramos uma quantidade de outra, e o valor restante dará o


resultado dessa operação, que pode ser representada por “a – b = c”.

É importante ressaltar que o resultado na subtração nem sempre resultará em


um número natural, podendo ele ser negativo, o que não se enquadra na regra
dos números naturais, sempre positivos.

Ademais, na subtração a ordem dos números também influenciará no resultado.

Multiplicação

A multiplicação dos números naturais, assim como na adição, sempre resultará


em um produto de número natural, podendo ser representada por a x b = c.

Esta operação pode ser explicada pela adição de parcelas iguais. Ao invés de
somarmos 5 + 5 + 5 = 15, podemos calcular 5 x 3 = 15.

Da mesma maneira, cinco vezes o número 100, por exemplo, seria o mesmo que
somar 100 + 100 + 100 + 100 + 100.

Na multiplicação, a ordem dos fatores também não afetará o resultado do


produto. Todo número multiplicado pelo zero resultará em zero. E o número 1,
nesta operação, é considerado o elemento neutro, não afetando no resultado do
produto.

Propriedades da multiplicação

• Fechamento: A multiplicação é fechada no conjunto N dos números


naturais, pois realizando o produto de dois ou mais númros naturais, o
resultado estará em N. O fato que a operação de multiplicação é fechada
3
Operações com números naturais e racionais

em N é conhecido na literatura do assunto como: A multiplicação é uma lei


de composição interna no conjunto N.

• Associativa: Na multiplicação, podemos associar 3 ou mais fatores de


modos diferentes, pois se multiplicarmos o primeiro fator com o segundo e
depois multiplicarmos por um terceiro número natural, teremos o mesmo
resultado que multiplicar o terceiro pelo produto do primeiro pelo
segundo.

(m.n).p = m.(n.p)

(3.4).5 = 3.(4.5) = 60

• Elemento Neutro: No conjunto dos números naturais existe um elemento


neutro para a multiplicação que é o 1. Qualquer que seja o número natural
n, tem-se que:

1.n = n.1 = n

1.7 = 7.1 = 7

• Comutativa: Quando multiplicamos dois números naturais quaisquer, a


ordem dos fatores não altera o produto, ou seja, multiplicando o primeiro
elemento pelo segundo elemento teremos o mesmo resultado que
multiplicando o segundo elemento pelo primeiro elemento.

m.n = n.m

3.4 = 4.3 = 12

Divisão

A divisão, é uma operação inversa à multiplicação. Nessa operação, repartimos


uma quantidade total em partes iguais. Sendo a ÷ b = c.

O produto deste fracionamento poderá ser um número inteiro, positivo, e,


portanto, um número natural.

4
Operações com números naturais e racionais

Dizemos que uma divisão é exata quando não sobram restos. Se temos 3
laranjas e elas serão divididas entre três pessoas, cada um ficará com uma
laranja, não sobrando nenhum resto na divisão.

Por outro lado, se temos 4 livros para ser divididos entre 3 crianças, cada uma
ganhará 1 livro, restando ainda um, que será deixado de lado, para que todas as
crianças sejam contempladas igualmente, não favorecendo nenhuma.

No entanto, quando o dividendo for menor do que o divisor, o quociente será


um número decimal, com vírgulas, o que não se enquadra dentro do conjunto
dos números naturais.

Além disso, é preciso reforçar que nesta operação, assim como na subtração, a
ordem dos fatores irá influenciar no resultado do produto. A divisão pelo
número 0 é indefinida ou impossível. E a divisão por 1, sempre resultará no
próprio dividendo. Assim:

• 10 ÷ 1 = 10

• 10 ÷ 0 = Impossível

• 10 ÷ 5 = 2 (número natural)

• 5 ÷ 10 = 0,5 (número decimal)

Potenciação de Números Naturais

Para dois números naturais m e n, a expressão mn é um produto de n fatores iguais


ao número m, ou seja:

mn = m . m . m ... m . m
m aparece n vezes

5
Operações com números naturais e racionais

O número que se repete como fator é denominado base que neste caso é m. O
número de vezes que a base se repete é denominado expoente que neste caso é n.
O resultado é denominado potência.

Esta operação não passa de uma multiplicação com fatores iguais, como por
exemplo:

23 = 2 × 2 × 2 = 8
43 = 4 × 4 × 4 = 64

Propriedades da Potenciação

1. Uma potência cuja base é igual a 1 e o expoente natural é n, denotada por


1n, será sempre igual a 1.

Exemplos:

a. 1n = 1×1×...×1 (n vezes) = 1

b. 13 = 1×1×1 = 1

c. 17 = 1×1×1×1×1×1×1 = 1

2. Se n é um número natural não nulo, então temos que no=1. Por exemplo:

(a) nº = 1
(b) 5º = 1
(c) 49º = 1

3. A potência zero elevado a zero, denotada por 0o, é carente de sentido no


contexto do Ensino Fundamental.

4. Qualquer que seja a potência em que a base é o número natural n e o


expoente é igual a 1, denotada por n1, é igual ao próprio n. Por exemplo:

(a) n¹ = n
(b) 5¹ = 5
(c) 64¹ = 64

5. Toda potência 10n é o número formado pelo algarismo 1 seguido de n zeros.


6
Operações com números naturais e racionais

Exemplos:

a. 103 = 1000

b. 108 = 100.000.000

c. 10o = 1

7
Operações com números naturais e racionais

Operações com números racionais

Adição e Subtração

Para simplificar a escrita, transformamos a adição e subtração em somas


algébricas. Eliminamos os parenteses e escrevemos os números um ao lado do
outro, da mesma forma como fazemos com os números inteiros.

Multiplicação e divisão

Na multiplicação de números racionais, devemos multiplicar numerador por


numerador, e denominador por denominador, assim como é mostrado nos
exemplos abaixo:

Na divisão de números racionais, devemos multiplicar a primeira fração pelo


inverso da segunda, como é mostrado no exemplo abaixo:

Potenciação e radiciação

Na potenciação, quando elevamos um número racional a um determinado


expoente, estamos elevando o numerador e o denominador a esse expoente,
conforme os exemplos abaixo:

8
Operações com números naturais e racionais

Na radiciação, quando aplicamos a raiz quadrada a um número racional,


estamos aplicando essa raiz ao numerador e ao denominador, conforme o
exemplo abaixo:

Divisão Diretamente Proporcional

Quando realizamos uma divisão diretamente proporcional estamos dividindo um


número de maneira proporcional a uma sequência de outros números. Por
exemplo, vamos dividir o número 396 em partes diretamente proporcionais a 2,
4 e 6.

Ao somarmos as partes após a divisão temos que obter o número original


correspondente a 396. Observe:

66 + 132 + 198 = 396

9
Operações com números naturais e racionais

Veja mais um exemplo:

Devemos dividir entre João, Pedro e Lucas 46 chocolates de forma diretamente


proporcional às suas idades que são: 4, 7 e 12 anos, respectivamente.

João, Pedro e Lucas receberão respectivamente 8, 14 e 24 chocolates.

Veja outro exemplo:

O prêmio de um concurso no valor de R$ 392.000,00 deverá ser divido de forma


diretamente proporcional aos pontos obtidos pelos candidatos das três
primeiras colocações. Considerando que o primeiro colocado fez 220, o segundo
150 e o terceiro 120 pontos, determine a parte do prêmio relativa a cada
participante.

Os candidatos receberão R$ 176.000,00, R$ 120.000,00 e R$ 96.000,00, de acordo


com a pontuação assinalada.

10
Operações com números naturais e racionais

Anotações:
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_____________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________ _____________
_____________________________________________________________________________________
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_______________________________________________________________________________ ______
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Operações com números naturais e racionais

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_____________________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________________ __
_______________________________________________________

12
Operações com números naturais e racionais

Exercícios

Exercício 1

Joana comeu 1/5 (um quinto) de um bolo, qual a fração que restou do bolo?

Exercício 2

Determine o resultado da seguinte expressão:

13
Operações com números naturais e racionais

Gabarito

Exercício 1

Um bolo inteiro representamos por 1.

Então: 1 – 1/5 = (5-1)/5 = 4/5

Ou seja:
1 5−1 4
1 - 5= 5
=5

Exercício 2

Devemos primeiro resolver o que está dentro dos parênteses e depois


multiplicar o resultado:

14
Razão e Proporção

Razão e Proporção

MÉRITO
Apostilas 1
Razão e Proporção

Na matemática, a razão estabelece uma comparação entre duas grandezas, sendo


o coeficiente entre dois números.

Já a proporção é determinada pela igualdade entre duas razões, ou ainda, quando


duas razões possuem o mesmo resultado.

A razão está relacionada com a operação da divisão. Vale lembrar que duas
grandezas são proporcionais quando formam uma proporção.

Ainda que não tenhamos consciência disso, utilizamos cotidianamente os


conceitos de razão e proporção. Para preparar uma receita, por exemplo,
utilizamos certas medidas proporcionais entre os ingredientes.

Para você encontrar a razão entre duas grandezas, as unidades de medida terão de
ser as mesmas.

Exemplos

A partir das grandezas A e B temos:


A
Razão: ou A : B, onde b≠0
B

A C
Proporção: = , onde todos os coeficientes são ≠0
B D

Exemplo 1

Qual a razão entre 40 e 20?


40
=2 numa fração, o numerador é o número acima e o denominador, o de baixo.
20

Se o denominador for igual a 100, temos uma razão do tipo porcentagem, também
chamada de razão centesimal.
30
30 %= =0,30 Além disso, nas razões, o coeficiente que está localizado acima é
100
chamado de antecedente (A), enquanto o de baixo é chamado de consequente (B).
A Antecedente
=
B Consequente

2
Razão e Proporção

Propriedades da Proporção
1. O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, por exemplo:
A C
= Logo:
B D

A·D = B·C

Essa propriedade é denominada de multiplicação cruzada.

2. É possível trocar os extremos e os meios de lugar, por exemplo:


A C B C
= é equivalente = Logo,
B D D A

D. A = C . B

3
Razão e Proporção

Anotações:
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4
Razão e Proporção

Exercícios
Exercício 1

Calcule a razão entre os números:

a) 120:20

b) 345:15

c) 121:11

d) 2040:40

Exercício 2

Qual das proporções abaixo são iguais à razão entre 4 e 6?

a) 2 e 3

b) 2 e 4

c) 4 e 12

d) 4 e 8

5
Razão e Proporção

Gabarito
Exercício 1

Resposta: a) 6

b) 23

c) 11

d) 51

Exercício 2

Resposta: Alternativa a: 2 e 3

6
Regra de três

Regra de três

MÉRITO
Apostilas 1
Regra de três

A regra de três é um processo matemático para a resolução de muitos problemas


que envolvem duas ou mais grandezas diretamente ou inversamente
proporcionais.

Na regra de três simples, é necessário que três valores sejam apresentados, para
que assim, descubra o quarto valor. A regra de três permite descobrir um valor não
identificado, por meio de outros três.

A regra de três composta, por sua vez, permite descobrir um valor a partir de três
ou mais valores conhecidos.

Grandezas Diretamente Proporcionais


Duas grandezas são diretamente proporcionais quando, o aumento de uma implica
no aumento da outra na mesma proporção.

Grandezas Inversamente Proporcionais


Duas grandezas são inversamente proporcionais quando, o aumento de uma
implica na redução da outra.

Regra de Três Simples


Exemplo 1

Para fazer o bolo de aniversário utilizamos 300 gramas de chocolate. No entanto,


faremos 5 bolos. Qual a quantidade de chocolate que necessitaremos?

Inicialmente, é importante agrupar as grandezas da mesma espécie em duas


colunas, a saber:

1 Bolo 300g
5 Bolos x

2
Regra de três

Nesse caso, x é a nossa incógnita, ou seja, o quarto valor a ser descoberto. Feito
isso, os valores serão multiplicados de cima para baixo no sentido contrário:

1x = 300 . 5

1x = 1500 g

Logo, para fazer os 5 bolos, precisaremos de 1500 g de chocolate ou 1,5 kg.

Trata-se de um problema com grandezas diretamente proporcionais, ou seja,


fazer mais quatro bolos, ao invés de um, aumentará proporcionalmente a
quantidade de chocolate acrescentado nas receitas.

Exemplo 2

Para chegar em São Paulo, Lisa demora 3 horas numa velocidade de 80 km/h.
Assim, quanto tempo seria necessário para realizar o mesmo percurso numa
velocidade de 120 km/h?

Da mesma maneira, agrupa-se os dados correspondentes em duas colunas:

80 km/h 3 horas
120 km/h x

Ao aumentar a velocidade, o tempo do percurso diminuirá e, portanto, tratam-se


de grandezas inversamente proporcionais.

Em outras palavras, o aumento de uma grandeza, implicará na diminuição da outra.


Diante disso, invertemos os termos da coluna para realizar a equação:

120 km/h 3 horas


80 km/h x

120x = 240

x = 240/120

x = 2 horas

3
Regra de três

Logo, para fazer o mesmo trajeto aumentando a velocidade o tempo estimado será
de 2 horas.

Regra de Três Composta


Para ler os 8 livros indicados pela professora para realizar o exame final, o
estudante precisa estudar 6 horas durante 7 dias para atingir sua meta.

Porém, a data do exame foi antecipada e, portanto, ao invés de 7 dias para estudar,
o estudante terá apenas 4 dias. Assim, quantas horas ele terá de estudar por dia,
para se preparar para o exame?

Primeiramente, agruparemos numa tabela, os valores fornecidos acima:

Livros Horas Dias


8 6 7
8 X 4

Ao diminuir o número de dias, será necessário aumentar o número de horas de


estudo para a leitura dos 8 livros.

Portanto, tratam-se de grandezas inversamente proporcionais e, por isso, inverte-


se o valor dos dias para realizar a equação:

Livros Horas Dias


8 6 4
8 X 7

6/x = 8/8 . 4/7

6/x = 32/56 = 4/7

6/x = 4/7

4 x = 42

x = 42/4

4
Regra de três

x = 10,5 horas

Logo, o estudante precisará estudar 10,5 horas por dia, durante os 4 dias, a fim de
realizar a leitura dos 8 livros indicados pela professora.

5
Regra de três

Anotações:
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6
Regra de três

Exercícios
Exercício 1

Para alimentar o seu cão, uma pessoa gasta 10 kg de ração a cada 15 dias. Qual a
quantidade total de ração consumida por semana, considerando que por dia é
sempre colocada a mesma quantidade de ração?

7
Regra de três

Gabarito
Exercício 1

Devemos sempre começar identificando as grandezas e as suas relações. É muito


importante identificar corretamente se as grandezas são diretamente ou
inversamente proporcionais.

Neste exercício as grandezas quantidade total de ração consumida e o número de


dias são diretamente proporcionais, pois quanto mais dias maior será a quantidade
total gasta.

Para melhor visualizar a relação entre as grandezas, podemos usar setas. O


sentido da seta aponta para o maior valor de cada grandeza.

As grandezas cujos pares de setas apontam para o mesmo sentido, são


diretamente proporcionais e as que apontam em sentidos contrários, são
inversamente proporcionais.

Vamos então resolver o exercício proposto, conforme o esquema abaixo:

Resolvendo a equação, temos:

Assim, a quantidade de ração consumida por semana é de aproximadamente 4,7kg.

8
Porcentagem

Porcentagem

MÉRITO
Apostilas 1
Porcentagem

Porcentagem, representada pelo símbolo %, é a divisão de um número qualquer


por 100. A expressão 25%, por exemplo, significa que 25 partes de um todo foram
divididas em 100 partes.

Há três formas de representar uma porcentagem: forma percentual, forma


fracionária e forma decimal. O cálculo do valor representado por uma
porcentagem geralmente é feito a partir de uma multiplicação de frações ou de
números decimais, por isso o domínio das quatro operações é fundamental para a
compreensão de como calcular corretamente uma porcentagem.

Forma percentual

A representação na forma percentual ocorre quando o número é seguido do


símbolo % (por cento).

Exemplos:

5%

0,1%

150%

Forma fracionária

Para realização de cálculos, uma das formas possíveis de representação de uma


porcentagem é a forma fracionária, que pode ser uma fração irredutível ou uma
simples fração sobre o número 100.

Exemplo:

2
Porcentagem

Forma decimal

A forma decimal é uma possibilidade de representação também. Para encontrá-la,


é necessária a realização da divisão.

Exemplo:

A forma decimal de 25% é obtida pela divisão de 25 : 100 = 0,25.

Dica:

Lembrando que a nossa base é decimal, então, ao dividir por 100, basta andar
com a vírgula duas casas para a esquerda.

Exemplos:

Forma percentual para a forma decimal:

30% = 0,30 = 0,3

5% = 0,05

152% = 1,52

Alguns exercícios pedem para fazermos o contrário, ou seja, transformar um


número decimal em porcentagem. Para isso, basta andarmos com a vírgula duas
casas para a direita (aumentando o número) e acrescentar o símbolo %.

Forma decimal para a forma percentual:

0,23 = 23%

0,111 = 11,1%

0,8 = 80%

1,74 = 174 %

3
Porcentagem

Porcentagem Razão Centesimal Número Decimal


1% 1/100 0,01
5% 5/100 0,05
10% 10/100 0,1
120% 120/100 1,2

Como Calcular a Porcentagem

Podemos utilizar diversas formas para calcular a porcentagem. Abaixo


apresentamos três formas distintas:

• regra de três

• transformação da porcentagem em fração com denominador igual a 100

• transformação da porcentagem em número decimal

Devemos escolher a forma mais adequada de acordo com o problema que


queremos resolver.

Exemplos:

1) Calcule 30% de 90

Para usar a regra de três no problema, vamos considerar que 90 corresponde ao


todo, ou seja 100%. O valor que queremos encontrar chamaremos de x. A regra de
três será expressa como:

4
Porcentagem

Para resolver usando frações, primeiro temos que transformar a porcentagem em


uma fração com denominador igual a 100:

Podemos ainda transformar a porcentagem em número decimal:

30% = 0,3

0,3 . 90 = 27

O resultado é o mesmo nas três formas, ou seja 30% de 90 corresponde a 27.

5
Porcentagem

Anotações:
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6
Porcentagem

Exercícios
Exercício 1

Calcule os valores abaixo:

a) 6% de 100

b) 70% de 100

c) 30% de 50

d) 20 % de 60

e) 25% de 200

f) 7,5% de 400

g) 42% de 300

h) 10% de 62,5

i) 0,1% de 350

j) 0,5% de 6000

Exercício 2

(ENEM-2013)

Para aumentar as vendas no início do ano, uma loja de departamentos remarcou os


preços de seus produtos 20% abaixo do preço original. Quando chegam ao caixa,
os clientes que possuem o cartão fidelidade da loja têm direito a um desconto
adicional de 10% sobre o valor total de suas compras.

Um cliente deseja comprar um produto que custava R$50,00 antes da remarcação


de preços. Ele não possui o cartão fidelidade da loja. Caso esse cliente possuísse o
cartão fidelidade da loja, a economia adicional que obteria ao efetuar a compra, em
reais, seria de:

a) 15,00

7
Porcentagem

b) 14,00

c) 10,00

d) 5,00

e) 4,00

Exercício 3

Em uma sala de aula há 30 alunos, dos quais 40% são meninas. Quantas meninas
têm na sala?

a) 10 meninas

b) 12 meninas

c) 15 meninas

d) 18 meninas

8
Porcentagem

Gabarito
Exercício 1

a) 6% de 100 = 6

b) 70% de 100 = 70

c) 30% de 50 = 15

d) 20 % de 60 = 12

e) 25% de 200 = 50

f) 7,5% de 400 = 30

g) 42% de 300 = 126

h) 10% de 62,5 = 6,25

i) 0,1% de 350 = 0,35

j) 0,5% de 6000 = 30

Exercício 2

Valor original do produto: R$50,00.

Preços possuem 20% de desconto.

Logo:

Aplicando o desconto no preço, temos:

50 . 0,2 = 10

O desconto inicial será de R$10,00. Calculando sobre o valor original do produto:


R$50,00 – R$10,00 = R$40,00.

Se a pessoa tiver o cartão fidelidade, o desconto será ainda maior, ou seja, o cliente
vai pagar R$40,00 com mais 10% de desconto. Assim,

9
Porcentagem

Aplicando o novo desconto:

40 . 0,1 = 4

Logo, o desconto da economia adicional para quem possui o cartão fidelidade será
de mais R$4,00.

Alternativa e: 4,00

Exercício 3

Alternativa correta: b) 12 meninas.

Utilizando a regra de três encontramos a quantidade de meninas na sala.

Portanto, em uma sala de 30 alunos há 12 meninas.

10
Juros Simples e Compostos

Juros Simples e Compostos

MÉRITO
Apostilas 1
Juros Simples e Compostos

Juros simples e compostos

Os juros simples e compostos são cálculos efetuados com o objetivo de corri -


gir os valores envolvidos nas transações financeiras, isto é, a correção que se faz
ao emprestar ou aplicar uma determinada quantia durante um período de tempo.

O valor pago ou resgatado dependerá da taxa cobrada pela operação e do pe -


ríodo que o dinheiro ficará emprestado ou aplicado. Quanto maior a taxa e o tem -
po, maior será este valor.

Nos juros simples a correção é aplicada a cada período e considera apenas


o valor inicial. Nos juros compostos a correção é feita em cima de valores já
corrigidos.

Por isso, os juros compostos também são chamados de juros sobre juros, ou
seja, o valor é corrigido sobre um valor que já foi corrigido.

Sendo assim, para períodos maiores de aplicação ou empréstimo a correção


por juros compostos fará com que o valor final a ser recebido ou pago seja maior
que o valor obtido com juros simples.

A maioria das operações financeiras utiliza a correção pelo sistema de juros


compostos. Os juros simples se restringem as operações de curto período.

2
Juros Simples e Compostos

Juros Simples

Juros simples é um acréscimo calculado sobre o valor inicial de um aplicação


financeira ou de uma compra feita a crédito, por exemplo.

O valor inicial de uma dívida, empréstimo ou investimento é chamado de ca -


pital. A esse valor é aplicada uma correção, chamada de taxa de juros, que é ex -
pressa em porcentagem.

Os juros são calculados considerando o período de tempo em que o capital fi -


cou aplicado ou emprestado.

Um cliente de uma loja pretende comprar uma televisão, que custa 1000 reais
à vista, em 5 parcelas iguais. Sabendo que a loja cobra uma taxa de juros de 6%
ao mês nas compras a prazo, qual o valor de cada parcela e o valor total que o cli -
ente irá pagar?

Quando compramos algo parcelado, os juros determinam o valor final que ire-
mos pagar. Assim, se compramos uma televisão a prazo iremos pagar um valor
corrigido pela taxa cobrada.

Ao parcelamos esse valor em cinco meses, se não houvesse juros, pagaríamos


200 reais por mês (1000 divididos por 5). Mas foi acrescido 6 % a esse valor, en -
tão temos:

Desta forma, teremos um acréscimo de R$ 12 ao mês, ou seja, cada prestação


será de R$ 212. Isso significa que, no final, pagaremos R$ 60 a mais do valor inici-
al. Logo, o valor total da televisão a prazo é de R$1060.

Como Calcular o Juros Simples

J=C.i.t

J: juros

C: capital

i: taxa de juros. Para substituir na fórmula, a taxa deverá estar escrita na for -
ma de número decimal. Para isso, basta dividir o valor dado por 100.

t: tempo. A taxa de juros e o tempo devem se referir à mesma unidade de


tempo.

3
Juros Simples e Compostos

Podemos ainda calcular o montante, que é o valor total recebido ou devido,


ao final do período de tempo. Esse valor é a soma dos juros com valor inicial (ca -
pital).

Sua fórmula será:

M=C+J→M=C+C.i.t

Da equação acima, temos, portanto, a expressão:

M = C . (1 + i . t)

Exercício:

1) Quanto rendeu a quantia de R$ 1200, aplicado a juros simples, com a taxa


de 2% ao mês, no final de 1 ano e 3 meses?

Resolução:

C = 1200

i = 2% ao mês = 0,02

t = 1 ano e 3 meses = 15 meses (tem que transformar em meses para ficar


na mesma unidade de tempo da taxa de juros.

J = C . i . t = 1200 . 0,02 . 15 = 360

Assim, o rendimento no final do período será de R$ 360.

4
Juros Simples e Compostos

Juros Compostos

Os Juros Compostos são calculados levando em conta a atualização do capital,


ou seja, o juro incide não apenas no valor inicial, mas também sobre os juros acu -
mulados (juros sobre juros).

Esse tipo de juros, chamado também de “capitalização acumulada”, é muito


utilizado nas transações comerciais e financeiras (sejam dívidas, empréstimos ou
investimentos).

Exemplo:

Uma aplicação de R$10.000, no regime de juros compostos, é feita por 3 me-


ses a juros de 10% ao mês. Qual o valor que será resgatado ao final do período?

Mês Juros Valor


1 10% de 10000 = 1000 10000 + 1000 = 11000
2 10% de 11000 = 1100 11000 + 1100 = 12100
3 10% de 12100 = 1210 12100 + 1210 = 13310

Note que o juro é calculado usando o valor já corrigido do mês anterior. As -


sim, ao final do período será resgatado o valor de R$13.310,00.

Para compreendermos melhor, é necessário conhecer alguns conceitos utiliza-


dos em matemática financeira. São eles:

Capital: valor inicial de uma dívida, empréstimo ou investimento.

Juros: valor obtido quando aplicamos a taxa sobre o capital.

Taxa de Juros: expressa em porcentagem (%) no período aplicado, que pode


ser dia, mês, bimestre, trimestre ou ano.

Montante: o capital acrescido dos juros, ou seja, Montante = Capital + Juros.

5
Juros Simples e Compostos

Como Calcular os Juros Compostos

Para calcular os juros compostos, utiliza-se a expressão:

M = C (1+i)t

M: montante

C: capital

i: taxa fixa

t: período de tempo

Para substituir na fórmula, a taxa deverá estar escrita na forma de número


decimal. Para isso, basta dividir o valor dado por 100. Além disso, a taxa de juros
e o tempo devem se referir à mesma unidade de tempo.

Se pretendemos calcular somente os juros, aplicamos a seguinte fórmula:

J=M-C

Exemplo:

1) Se um capital de R$500 é aplicado durante 4 meses no sistema de juros


compostos sob uma taxa mensal fixa que produz um montante de R$800, qual
será o valor da taxa mensal de juros?

C = 500

M = 800

t=4

Aplicando na fórmula, temos:

6
Juros Simples e Compostos

Uma vez que a taxa de juros é apresentada na forma de porcentagem, deve -


mos multiplicar o valor encontrado por 100. Assim, o valor da taxa mensal de ju-
ros será de 12,5 % ao mês.

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Juros Simples e Compostos

Anotações:
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Juros Simples e Compostos

Exercícios
Exercício 1

1) Lúcia emprestou 500 reais para sua amiga Márcia mediante uma taxa de 4% ao
mês, que por sua vez, se comprometeu em pagar a dívida num período de 3
meses. Calcule o valor que Márcia no final pagará para a Lúcia.

Exercício 2

2) Enem-2011

Um jovem investidor precisa escolher qual investimento lhe trará maior retorno
financeiro em um aplicação de R$ 500,00. Para isso, pesquisa o rendimento e o
imposto a ser pago em dois investimentos: poupança e CDB (certificado de
depósito bancário). As informações obtidas estão resumidas no quadro:

Rendimento Mensal (%) IR (imposto de renda)


Poupança 0,560 isento
CDB 0,876 4% (sobre o ganho)

Para o jovem investidor, ao final de um mês, a aplicação mais vantajosa é:

a) a poupança, pois totalizará um montante de R$ 502,80

b) a poupança, pois totalizará um montante de R$ 500,56

c) o CDB, pois totalizará um montante de R$ 504,38

d) o CDB, pois totalizará um montante de R$ 504,21

e) o CDB, pois totalizará um montante de R$ 500,87

9
Juros Simples e Compostos

Gabarito
Exercício 1

Primeiro temos que transformar a taxa de juros para número decimal, dividindo o
valor dado por 100. Depois vamos calcular o valor da taxa de juros sobre o capital
(principal) durante o período de 1 mês:

Logo:

J = 0,04. 500 = 20

Portanto, o valor dos juros em 1 mês será de R$20.

Se a Márcia ficou de pagar sua dívida em 3 meses, basta calcular o valor dos juros
referentes a 1 mês pelo período, ou seja R$20 . 3 meses = R$60. No total, ela
pagará um valor de R$560.

Outra maneira de calcular o valor total que Márcia pagará a amiga é aplicando a
fórmula do montante (soma dos juros ao valor principal):

Logo,

M = C . (1 + i . t)

M = 500 . (1 + 0,04 . 3)

M = 500 . 1,12

M = R$560

10
Juros Simples e Compostos

Exercício 2

Para sabermos qual das alternativas é mais vantajosa para o jovem investidor,
devemos calcular o rendimento que ele terá em ambos os casos:

Poupança:

Aplicação: R$500

Rendimento Mensal (%): 0,56

Isento de Imposto de Renda

Logo,

Primeiro dividir a taxa por 100, para transformar em número decimal, depois
aplicar ao capital:

0,0056 * 500 = 2,8

Portanto, o ganho na poupança será de 2,8 + 500 = R$502,80

CDB (certificado de depósito bancário)

Aplicação: R$500

Rendimento Mensal (%): 0,876

Imposto de Renda: 4% sobre o ganho

Logo,

Transformando a taxa para para decimal encontramos 0,00876, aplicando ao


capital:

0,00876 * 500= 4,38

Portanto, o ganho no CDB será de 4,38 + 500 = R$504,38

No entanto, não devemos esquecer de aplicar a taxa do imposto de renda (IR)


sobre o valor encontrado:

4% de 4,38

0,04 * 4,38= 0,1752

11
Juros Simples e Compostos

Para encontrarmos o valor final, subtraímos esse valor no ganho acima:

4,38 - 0,1752 = 4,2048

Portanto, o saldo final do CDB será de R$504,2048 que é aproximadamente R$


504,21

Alternativa d: o CDB, pois totalizará um montante de R$ 504,21

12
Sistema de numeração decimal

Sistema de numeração decimal

MÉRITO
Apostilas 1
Sistema de numeração decimal

O sistema de numeração decimal é de base 10, ou seja utiliza 10 algarismos


(símbolos) diferentes para representar todos os números.

Formado pelos algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, é um sistema posicional, ou seja,


a posição do algarismo no número modifica o seu valor.

É o sistema de numeração que nós usamos. Ele foi concebido pelos hindus e
divulgado no ocidente pelos árabes, por isso, é também chamado de "sistema de
numeração indo-arábico".

Figura 1: Evolução do sistema de numeração decimal

Características

• Possui símbolos diferentes para representar quantidades de 1 a 9 e um


símbolo para representar a ausência de quantidade (zero).

• Como é um sistema posicional, mesmo tendo poucos símbolos, é possível


representar todos os números.

• As quantidades são agrupadas de 10 em 10, e recebem as seguintes


denominações:

10 unidades = 1 dezena

10 dezenas = 1 centena

10 centenas = 1 unidade de milhar, e assim por diante

2
Sistema de numeração decimal

Ordens e Classes

No sistema de numeração decimal cada algarismo representa uma ordem,


começando da direita para a esquerda e a cada três ordens temos uma classe.

Classe dos Classe das


Classe dos Bilhões Classe dos Milhões
Milhares Unidades Simples
12 a 11 a 10a 9a 8a 7a 6a 5a 4a 3a 2a 1a
ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem
Centenas Dezenas Unidades Centenas Dezenas Unidades Centenas Dezenas Unidades
Centenas Dezenas Unidades
de Bilhão de Bilhão de Bilhão de Milhão de Milhão de Milhão de Milhar de Milhar de Milhar

• Classe das unidades simples: da 1ª ordem até a 3ª ordem

• Classe dos milhares: da 4ª ordem até a 6ª ordem

• Classe do milhão: da 7ª ordem até a 9ª ordem

• Classe do bilhão: da 10ª ordem até a 12ª ordem

Para fazer a leitura de números muito grandes, dividimos os algarismos do número


em classes (blocos de 3 ordens), colocando um ponto para separar as classes,
começando da direita para a esquerda.

3
Sistema de numeração decimal

Exemplos

1) 57283

Primeiro, separamos os blocos de 3 algarismos da direita para a esquerda e


colocamos um ponto para separar o número: 57. 283.

No quadro acima vemos que 57 pertence a classe dos milhares e 283 a classe das
unidades simples. Assim, o número será lido como: cinquenta e sete mil, duzentos
e oitenta e três.

2) 12839696

Separando os blocos de 3 algarismos temos: 12.839.696

O número então será lido como: doze milhões, oitocentos e trinta e nove mil,
seiscentos e noventa e seis.

4
Sistema de numeração decimal

Anotações:
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5
Sistema de numeração decimal

Exercícios
Exercício 1

Considere o número 643018 e responda:

a) Qual o nome da classe que pertence o algarismo 4?

b) Qual o algarismo ocupa a ordem da dezena?

c) Quantas unidades vale o algarismo 3?

Exercício 2

2) O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que o Brasil


tenha, em 2017, 207 700 000 de habitantes. Escreva esse valor por extenso.

Exercício 3

Dado o número 137459072, indique:

a) Quantas unidades representam o algarismo 7 que está à esquerda do 4?

b) Quantas unidades representam o algarismo 7 que está à esquerda do 2?

6
Sistema de numeração decimal

Gabarito
Exercício 1

a) classe dos milhares

b) 1

c) 3.000 unidades

Exercício 2

Duzentos e sete milhões e setecentos mil habitantes.

Exercício 3

a) 7 000 000 unidades

b) 70 unidades

7
Sistema métrico decimal

Sistema métrico decimal

1
Sistema métrico decimal

Sistema métrico decimal

As unidades de medida são modelos estabelecidos para medir diferentes grandezas, tais como
comprimento, capacidade, massa, tempo e volume.

O Sistema Internacional de Unidades (SI) define a unidade padrão de cada grandeza. Baseado no
sistema métrico decimal, o SI surgiu da necessidade de uniformizar as unidades que são utilizadas na
maior parte dos países.

Medidas de Comprimento

Existem várias medidas de comprimento, como por exemplo a jarda, a polegada e o pé.

No SI a unidade padrão de comprimento é o metro (m). Atualmente ele é definido como o


comprimento da distância percorrida pela luz no vácuo durante um intervalo de tempo de
1/299.792.458 de um segundo.

Os múltiplos e submúltiplos do metro são: quilômetro (km), hectômetro (hm), decâmetro (dam),
decímetro (dm), centímetro (cm) e milímetro (mm).

Medidas de Capacidade

A unidade de medida de capacidade mais utilizada é o litro (l). São ainda usadas o galão, o barril,
o quarto, entre outras.

Os múltiplos e submúltiplos do litro são: quilolitro (kl), hectolitro (hl), decalitro (dal), decilitro (dl),
centilitro (cl), mililitro (ml).

Medidas de Massa

No Sistema Internacional de unidades a medida de massa é o quilograma (kg). Um cilindro de


platina e irídio é usado como o padrão universal do quilograma.

As unidades de massa são: quilograma (kg), hectograma (hg), decagrama (dag), grama (g),
decigrama (dg), centigrama (cg) e miligrama (mg).

São ainda exemplos de medidas de massa a arroba, a libra, a onça e a tonelada. Sendo 1 tonelada
equivalente a 1000 kg.

Medidas de Volume

No SI a unidade de volume é o metro cúbico (m 3). Os múltiplos e submúltiplos do m3 são:


quilômetro cúbico (km3), hectômetro cúbico (hm 3), decâmetro cúbico (dam 3), decímetro cúbico (dm 3),
centímetro cúbico (cm3) e milímetro cúbico (mm 3).

Podemos transformar uma medida de capacidade em volume, pois os líquidos assumem a forma
do recipiente que os contém. Para isso usamos a seguinte relação:

2
Sistema métrico decimal

1 l = 1 dm3

Tabela de conversão de Medidas

O mesmo método pode ser utilizado para calcular várias grandezas.

Primeiro, vamos desenhar uma tabela e colocar no seu centro as unidades de medidas bases das
grandezas que queremos converter, por exemplo:

• Capacidade: litro (l)

• Comprimento: metro (m)

• Massa: grama (g)

• Volume: metro cúbico (m 3)

Tudo o que estiver do lado direito da medida base são chamados submúltiplos. Os prefixos deci,
centi e mili correspondem respectivamente à décima, centésima e milésima parte da unidade
fundamental.

Do lado esquerdo estão os múltiplos. Os prefixos deca, hecto e quilo correspondem


respectivamente a dez, cem e mil vezes a unidade fundamental.

Med
Múltiplos Submúltiplos
ida Base

quilo hecto deca deci centi mili


(k) (h) (da) (d) (c) (m)

quilolitr hectolit decalitr litro decilitr centilitr mililitr


o (kl) ro (hl) o (dal) (l) o (dl) o (cl) o (ml)

quilôm hectôm decâm metr decím centím milím


etro (km) etro (hm) etro (dam) o (m) etro (dm) etro (cm) etro (ml)

quilogr hectogr decagr gra decigr centigr miligra


ama (kg) ama (hg) ama (dag) ma (g) ama (dg) ama (cg) ma (mg)

quilôm hectôm decâm metr decím centím milím


etro cúbico etro cúbico etro cúbico o cúbico etro cúbico etro cúbico etro cúbico
(km3) (hm3) (dam3) (m3) (dm3) (cm3) (mm3)

3
Sistema métrico decimal

Anotações:
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4
Números Reais

Números Reais

MÉRITO
Apostilas 1
Números Reais

Chamamos de Números Reais o conjunto de elementos, representado pela le-


tra maiúscula R, que inclui os:

• Números Naturais (N): N = {0, 1, 2, 3, 4, 5,...}

• Números Inteiros (Z): Z= {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...}

• Números Racionais (Q): Q = {...,1/2, 3/4, –5/4...}

• Números Irracionais (I): I = {...,√2, √3,√7, 3,141592.…}

Conjunto dos Números Reais

Para representar a união dos conjuntos, utiliza-se a expressão:

R = N U Z U Q U I ou R = Q U I

Onde:

R: Números Reais

N: Números Naturais

U: União

Z: Números Inteiros

Q: Números Racionais

I: Números Irracionais

Ao observar a figura acima, podemos concluir que:

• O conjunto dos números Reais (R) engloba 4 conjuntos de números: Naturais


(N), Inteiros (Z), Racionais (Q) e Irracionais (I)

2
Números Reais

• O conjunto dos números Racionais (Q) é formado pelo conjuntos dos Núme-
ros Naturais (N) e dos Números Inteiros (Z). Por isso, todo Número Inteiro (Z)
é Racional (Q), ou seja, Z está contido em Q.

• O Conjunto dos Números Inteiros (Z) inclui os Números Naturais (N); em ou -


tras palavras, todo número natural é um número inteiro, ou seja, N está con -
tido em Z.

Operações nos números reais

A adição, a subtração, a multiplicação e a divisão são operações fechadas nos


números reais. Isto significa que:

• a soma de dois números reais é um número real;

• a diferença entre dois números reais é um número real;

• o produto entre dois números reais é um número real;

• e o quociente entre dois números reais (com o divisor diferente de zero)


também é um número real.

Reta real

A reta real é uma reta horizontal, orientada no sentido para a direita e é uma
representação gráfica dos números reais.

Marcando um ponto qualquer para indicar a origem da reta, isto é, a posição


do número zero, temos que: ao lado direita da origem estão os números maiores
que zero, isto é, os positivos, e na região esquerda da origem estão os números
negativos:

3
Números Reais

Intervalos reais

Os intervalos reais são subconjuntos da reta real, ou seja, do conjunto dos nú -


meros reais. São eles:

Intervalo fechado: [a,b]={x∈R∣a≤x≤b}:

Intervalo aberto: ]a,b[={x∈R∣a<x<b}:

Intervalo semi-aberto (ou semi-fechado): ]a,b]={x∈R∣a<x≤b}:

[a,b[={x∈R∣a≤x<b}:

Intervalos no infinito:

[a,+∞[={x∈R∣x≥a}:

]a,+∞[={x∈R∣x>a}:

]−∞,b]={x∈R∣x≤b}:

]−∞,b[={x∈R∣x<b}:

4
Números Reais

Anotações:
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Expressões Algébricas

Expressões Algébricas

MÉRITO
Apostilas 1
Expressões Algébricas

Expressões algébricas são expressões matemáticas que apresentam números,


letras e operações.

As expressões desse tipo são usadas com frequência em fórmulas e equações.

As letras que aparecem em uma expressão algébrica são chamadas de variá-


veis e representam um valor desconhecido.

Os números escritos na frente das letras são chamados de coeficientes e de -


verão ser multiplicados pelos valores atribuídos as letras.

Exemplos:

a) x + 5

b) b2 – 4ac

Cálculo de uma Expressão Algébrica

O valor de uma expressão algébrica depende do valor que será atribuído às


letras.

Para calcular o valor de uma expressão algébrica devemos substituir os valo-


res das letras e efetuar as operações indicadas. Lembrando que entre o coeficien -
te e a letras, a operação é de multiplicação.

Exemplo:

O perímetro de um retângulo é calculado usando a fórmula:

P = 2b + 2h

Substituindo as letras com os valores indicados, encontre o perímetro dos se-


guintes retângulos

2
Expressões Algébricas

Simplificação de Expressões Algébricas

Podemos escrever as expressões algébricas de forma mais simples somando


seus termos semelhantes (mesma parte literal).

Para simplificar iremos somar ou subtrair os coeficientes dos termos seme-


lhantes e repetir a parte literal.

Exemplos:

a) 3xy + 7xy4 - 6x3y + 2xy - 10xy 4 = (3xy + 2xy) + (7xy 4 - 10xy 4) - 6x3y = 5xy
- 3xy4 - 6x 3y

b) ab - 3cd + 2ab - ab + 3cd + 5ab = (ab + 2ab - ab + 5ab) + (- 3cd + 3cd) =


7ab

Fatoração de Expressões Algébricas

Fatorar significa escrever uma expressão como produto de termos.

Transformar uma expressão algébrica em uma multiplicação de termos, fre -


quentemente nos permite simplificar a expressão.

Para fatorar uma expressão algébrica podemos usar os seguintes casos:

Fator comum em evidência: ax + bx = x . (a + b)

Agrupamento: ax + bx + ay + by = x . (a + b) + y . (a + b) = (x + y) . (a +
b)

3
Expressões Algébricas

Trinômio Quadrado Perfeito (Adição): a2 + 2ab + b 2 = (a + b)2

Trinômio Quadrado Perfeito (Diferença): a2 – 2ab + b2 = (a – b)2

Diferença de dois quadrados: (a + b) . (a – b) = a 2 – b2

Cubo Perfeito (Soma): a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 = (a + b)3

Cubo Perfeito (Diferença): a3 - 3a2b + 3ab2 - b3 = (a – b)3

Monômios

Quando uma expressão algébrica apresenta apenas multiplicações entre o co-


eficiente e as letras (parte literal), ela é chamada de monômio.

Exemplos

a)3ab

b)10xy2z3

c) bh (quando não aparece nenhum número no coeficiente, seu valor é igual a


1)

Os monômios semelhantes são os que apresentam a mesma parte literal


(mesmas letras com mesmos expoentes).

Os monômios 4xy e 30xy são semelhantes. Já os monômios 4xy e 30x 2y3 não
são semelhantes, pois as letras correspondentes não possuem o mesmo expoen -
te.

Polinômios

Quando uma expressão algébrica possui somas e subtrações de monômios


não semelhantes é chamada de polinômio.

Exemplos

a) 2xy + 3 x2y - xy3

b) a + b

c) 3abc + ab + ac + 5 bc

4
Expressões Algébricas

Operações Algébricas

Soma e subtração

A soma ou a subtração algébrica é feita somando-se ou subtraindo-se os coe-


ficientes dos termos semelhantes e repetindo a parte literal.

Exemplo:

a) Somar (2x2 + 3xy + y2) com (7x2 - 5xy – y2)

(2x2 + 3xy + y2) + (7x2 - 5xy - y2) = (2 + 7) x 2 + (3 - 5) xy + (1 - 1) y 2 = 9x2


– 2xy

b) Subtrair (5ab - 3bc + a 2) de (ab + 9bc – a 3)

É importante observar que o sinal de menos na frente dos parênteses inverte


todos os sinais de dentro dos parênteses.

(5ab - 3bc + a2) - (ab + 9bc - a 3) = 5ab - 3bc + a 2 - ab - 9bc + a 3 =

(5 - 1) ab + (- 3 - 9)bc + a 2 + a3 = 4ab -12bc + a 2 + a3

Multiplicação

A multiplicação algébrica é feita multiplicando-se termo a termo.

Para multiplicar a parte literal, usamos a propriedade da potenciação para


multiplicação de mesma base: "repete-se a base e soma-se os expoentes".

Exemplo:

Multiplicar (3x 2 + 4xy) com (2x + 3)

(3x2 + 4xy) . (2x + 3) = 3x 2 . 2x + 3x 2 . 3 + 4xy . 2x + 4xy . 3 = 6x 3 + 9x2 +


8x2y + 12xy

5
Expressões Algébricas

Divisão de um polinômio por um monômio

A divisão de um polinômio por um monômio é feita dividindo os coeficientes


do polinômio pelo coeficiente do monômio. Na parte literal, usa-se a propriedade
da divisão de potência de mesma base (repete-se a base e subtrai os expoentes).

Exemplo:

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Expressões Algébricas

Anotações:
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Expressões Algébricas

Exercícios

1) Escreva uma expressão algébrica para expressar o perímetro da figura abaixo:

2) Sendo,

A = x - 2y

B = 2x + y

C=y+3

Calcule:

a) A + B

b) B - C

c) A . C

8
Expressões Algébricas

Gabarito

1) P = 4x + 6y

2) a) 3x -y

b) 2x - 3

c) xy + 3x - 2y2 - 6y

9
Sistema de Equações do primeiro grau

Sistema de Equações do primeiro


grau

MÉRITO
Apostilas 1
Sistema de Equações do primeiro grau

Um sistema de equações é constituído por um conjunto de equações que


apresentam mais de uma incógnita. Para resolver um sistema é necessário
encontrar os valores que satisfaçam simultaneamente todas as equações.

Um sistema é chamado do 1º grau, quando o maior expoente das incógnitas, que


integram as equações, é igual a 1 e não existe multiplicação entre essas incógnitas.

Como resolver um sistema de equações do 1º grau


Podemos resolver um sistema de equações do 1º grau, com duas incógnitas,
usando o método da substituição ou o da soma.

Método da substituição
Esse método consiste em escolher uma das equações e isolarmos uma das
incógnitas, para determinar o seu valor em relação a outra incógnita. Depois,
substituímos esse valor na outra equação.

Desta forma, a segunda equação ficará com uma única incógnita e, assim,
poderemos encontrar o seu valor final. Para finalizar, substituímos na primeira
equação o valor encontrado e, assim, encontramos também o valor da outra
incógnita.

Exemplo:

Resolva o seguinte sistema de equações:

2
Sistema de Equações do primeiro grau

Resolução

Vamos começar escolhendo a primeira equação do sistema, que é a equação mais


simples, para isolar o x. Assim temos:

Após substituir o valor de x, na segunda equação, podemos resolvê-la, da seguinte


maneira:

Agora que encontramos o valor do y, podemos substituir esse valor da primeira


equação, para encontrar o valor do x:

Assim, a solução para o sistema dado é o par ordenado (8, 4). Repare que esse
resultado tornam ambas as equações verdadeiras, pois 8 + 4 = 12 e 3.8 - 4 = 20.

3
Sistema de Equações do primeiro grau

Método da Adição
No método da adição buscamos juntar as duas equações em uma única equação,
eliminando uma das incógnitas.

Para isso, é necessário que os coeficientes de uma das incógnitas sejam opostos,
isto é, devem ter o mesmo valor e sinais contrários.

Exemplo:

Para exemplificar o método da adição, vamos resolver o mesmo sistema anterior:

Note que nesse sistema a incógnita y possui coeficientes opostos, ou seja, 1 e - 1.


Então, iremos começar a calcular somando as duas equações, conforme indicamos
abaixo:

Ao anular o y, a equação ficou apenas com o x, portanto agora, podemos resolver a


equação:

Para encontrar o valor do y, basta substituir esse valor em uma das duas equações.
Vamos substituir na mais simples:

Note que o resultado é o mesmo que já havíamos encontrado, usando o método da


substituição.

4
Sistema de Equações do primeiro grau

Quando as equações de um sistema não apresentam incógnitas com coeficientes


opostos, podemos multiplicar todos os termos por um determinado valor, a fim de
tornar possível utilizar esse método.

Por exemplo, no sistema abaixo, os coeficientes de x e de y não são opostos:

Portanto, não podemos, inicialmente, anular nenhuma das incógnitas. Neste caso,
devemos multiplicar por algum número que transforme o coeficiente em um
número oposto do coeficiente da outra equação.

Podemos, por exemplo, multiplicar a primeira equação por - 2. Contudo, devemos


ter o cuidado de multiplicarmos todos os termos por - 2, para não modificarmos a
igualdade.

Assim, o sistema equivalente ao que queremos calcular é:

Agora, é possível resolver o sistema por adição, conforme apresentado abaixo:

Logo, x = - 12, não podemos esquecer de substituir esse valor em uma das
equações para encontrar o valor do y. Substituindo na primeira equação, temos:

Assim, a solução para o sistema é o par ordenado (- 12, 60)

5
Sistema de Equações do primeiro grau

Classificação dos sistemas de equações

Um sistema do 1º grau, com duas incógnitas x e y, formado pelas equações a 1x +


b1y = c1 e a2x + b2y = c2, terá a seguinte classificação: possível e determinado,
possível e indeterminado e impossível.
O sistema será possível e determinado quando apresentar uma única solução. Isso
acontecerá quando:

Quando o sistema apresentar infinitas soluções, será classificado como possível e


indeterminado. A condição para que um sistema seja desse tipo é:

Já os sistemas impossíveis, não possuem nenhuma solução. Nesse tipo de sistema


temos:

Exemplo

Classifique o sistema abaixo:

Para identificar o tipo de sistema, vamos calcular a razão entre os coeficientes das
equações:

Como

Então, o sistema é impossível.

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Sistema de Equações do primeiro grau

Anotações:
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Sistema de Equações do primeiro grau

Exercícios
Exercício 1

Cefet - RJ - 2016

Uma garrafa PET (politereftalato de etileno) com sua tampa custa sessenta
centavos. Sabendo que a garrafa custa cinquenta centavos a mais que a tampa,
quanto custa só a tampa?

a) R$ 0,05

b) R$ 0,15

c) R$ 0,25

d) R$ 0,35

8
Sistema de Equações do primeiro grau

Gabarito
Exercício 1

Considerando x o valor da garrafa e y o valor da tampa, temos o seguinte sistema:

Resolvendo o sistema por adição, temos:

x = 0,55 , que é o valor da garrafa. Logo só a tampa custa 0,55-0,50 = 0,05


Alternativa a: R$0,05

9
Equações e inequações

Equações e inequações

MÉRITO
Apostilas 1
Equações e inequações

Equações e inequações
Equações são expressões algébricas  que possuem uma igualdade. Essas ex-
pressões são chamadas de algébricas porque possuem pelo menos uma incógnita,
que é um número desconhecido representado por uma letra. As inequações , por
sua vez, são relações semelhantes às equações, contudo, apresentam uma desi-
gualdade.
Enquanto as equações relacionam os termos do primeiro membro aos termos
do segundo, afirmando sua igualdade, as inequações mostram que os termos do
primeiro membro são maiores ou menores que os elementos do segundo.
Termos de uma equação e de uma inequação
Termo é o nome que se dá ao produto de algum número por alguma letra.
Para identificá-los, basta procurar pelas multiplicações separadas por sinais de
adição ou subtração. Veja a equação seguinte:
4x + 2x – 7x = 16 – 5x
Os termos são: 4x, 2x, – 7x, 16 e – 5x
Membros de uma equação e de uma inequação
Primeiro e segundo membros são definidos pela igualdade nas equações e
pela desigualdade nas inequações.
Todos os termos dispostos à esquerda da igualdade ou da desigualdade
compõem o primeiro membro de uma equação ou inequação. Todos os termos
dispostos à direta da igualdade ou desigualdade determinam o segundo membro
de uma equação ou inequação.
Desse modo, dada a inequação:
2x + x – 9x ≤ 15 – 4x

Os termos 2x, x e –9x pertencem ao primeiro membro, e os termos 15 e – 4x


pertencem ao segundo.

O que é igualdade e desigualdade?


Ambos determinam relações de ordem entre números e incógnitas. O sinal
de igual é utilizado quando se quer expressar a seguinte situação: Existe um valor
para as incógnitas que faz com que o resultado dos cálculos propostos no primei -
ro membro seja igual ao resultado dos cálculos propostos no segundo.
A desigualdade, por sua vez, pode ser representada por um dos quatro sím-
bolos seguintes:
<, >, ≥ e ≤

2
Equações e inequações

Esses símbolos mostram que o conjunto de operações do primeiro membro


possui um resultado “menor”, “maior”, “maior igual” ou “menor igual” ao resultado
do segundo membro.

Grau
O grau de equações e de inequações pode ser encontrado da seguinte ma-
neira:
Se a equação ou a inequação possui apenas uma incógnita, então, o grau dela
é dado pelo maior expoente da incógnita. Por exemplo: o grau da equação 4x 3 +
2x2 = 7 é 3.
Se a equação ou inequação possui mais de uma incógnita, então, o grau dela
é dado pela maior soma entre os expoentes de um mesmo termo. Por exemplo, o
grau da equação 4xyz + 7yz 2 – 5x2y2z2 = 0 é 6.

Exemplos de equações:
1) 4x = 16
2) 2x – 8 = 144
3) 18x2 = 2x – 8
                  x

Exemplos de inequações:
1) 12x + x2 ≤ 12
2) 144 ≥ 12x + 7
3) 128 – 14x < 12x + 4

3
Equações do primeiro e segundo grau

Equações do primeiro e segundo


grau

MÉRITO
Apostilas 1
Equações do primeiro e segundo grau

Equação do Primeiro Grau


As equações de primeiro grau são sentenças matemáticas que estabelecem
relações de igualdade entre termos conhecidos e desconhecidos, representadas
sob a forma:

ax+b = 0
Donde a e b são números reais, sendo a um valor diferente de zero (a ≠ 0) e x
representa o valor desconhecido.
O valor desconhecido é chamado de incógnita que significa "termo a determinar".
As equações do 1º grau podem apresentar uma ou mais incógnitas.
As incógnitas são expressas por uma letra qualquer, sendo que as mais utilizadas
são x, y, z. Nas equações do primeiro grau, o expoente das incógnitas é sempre
igual a 1.
As igualdades 2.x = 4, 9x + 3 y = 2 e 5 = 20a + b são exemplos de equações do 1º
grau. Já as equações 3x 2+5x-3 =0, x 3+5y= 9 não são deste tipo.
O lado esquerdo de uma igualdade é chamado de 1º membro da equação e o lado
direito é chamado de 2º membro.

Como resolver uma equação de primeiro grau

O objetivo de resolver uma equação de primeiro grau é descobrir o valor


desconhecido, ou seja, encontrar o valor da incógnita que torna a igualdade
verdadeira.

Para isso, deve-se isolar os elementos desconhecidos em um dos lados do sinal de


igual e os valores constantes do outro lado.

É importante observar que a mudança de posição desses elementos deve ser feita
de forma que a igualdade continue sendo verdadeira.

Quando um termo da equação mudar de lado do sinal de igual, devemos inverter a


operação. Assim, se tiver multiplicando, passará dividindo, se tiver somando,
passará subtraindo e vice-versa.

2
Equações do primeiro e segundo grau

Exemplo

Qual o valor da incógnita x que torna a igualdade 8x - 3 = 5 verdadeira?

Solução

Para resolver a equação, devemos isolar o x. Para isso, vamos primeiro passar o 3
para o outro lado do sinal de igual. Como ele está subtraindo, passará somando.
Assim:

8x = 5 + 3

8x = 8

Agora podemos passar o 8, que está multiplicando o x, para o outro lado dividindo:

x = 8/8

x=1

Outra regra básica para o desenvolvimento das equações de primeiro grau


determina o seguinte:

Se a parte da variável ou a incógnita da equação for negativa, devemos multiplicar


todos os membros da equação por –1. Por exemplo:

– 9x = – 90 . (-1)

9x = 90

x = 10

3
Equações do primeiro e segundo grau

Equação do Segundo Grau


A equação do segundo grau recebe esse nome porque é uma equação polinomial
cujo termo de maior grau está elevado ao quadrado. Também chamada de equação
quadrática, é representada por:

ax2 + bx + c = 0
Numa equação do 2º grau, o x é a incógnita e representa um valor desconhecido.
Já as letras a, b e c são chamadas de coeficientes da equação.
Os coeficientes são números reais e o coeficiente a tem que ser diferente de zero,
pois do contrário passa a ser uma equação do 1º grau.
Resolver uma equação de segundo Grau, significa buscar valores reais de x, que
tornam a equação verdadeira. Esses valores são denominados raízes da equação.
Uma equação quadrática possui no máximo duas raízes reais.

Equações do 2º Grau Completas e Incompletas


As equações do 2º grau completas são aquelas que apresentam todos os
coeficientes, ou seja a, b e c são diferentes de zero (a, b, c ≠ 0).

Por exemplo, a equação 5x 2 + 2x + 2 = 0 é completa, pois todos os coeficientes são


diferentes de zero (a = 5, b = 2 e c = 2).
Uma equação quadrática é incompleta quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0. Por
exemplo, a equação 2x 2 = 0 é incompleta, pois a = 2, b = 0 e c = 0

Fórmula de Bhaskara
Quando uma equação do segundo grau é completa, usamos a Fórmula de Bhaskara
para encontrar as raízes da equação.

A fórmula é apresentada abaixo:

−b± √ b ²−4. a. c
x=
2. a

4
Equações do primeiro e segundo grau

Onde,

x: é uma variável chamada de incógnita

a: coeficiente quadrático

b: coeficiente linear

c: coeficiente constante

As equações do segundo grau são chamadas de "equações quadráticas", uma vez


que determinam os valores de uma equação polinomial de grau dois.

Elas são representadas pela expressão:


ax ²+bx +c=0

Nesse caso, a, b e c são números reais e a ≠ 0, por exemplo:

2x² + 3x + 5 = 0

Onde,

a=2

b=3

c=5

Observe que se o coeficiente a for igual a zero, o que temos é uma equação do
primeiro grau:

ax + b = 0

5
Equações do primeiro e segundo grau

Discriminante da Equação

A expressão dentro da raiz quadrada na fórmula de Bhaskara é chamada de


discriminante da equação e é representada pela letra grega delta ( Δ), ou seja:
Δ=b ²−4. a . c

Normalmente essa expressão é calculada separadamente, pois, de acordo com o


valor encontrado, podemos saber antecipadamente o número de raízes da
equação e se pertencem ao conjunto dos números reais.

Note que a, b e c são as constantes da equação e o valor de Delta ( Δ) pode ocorrer


de três maneiras:

• Se o valor de Δ for maior que zero ( Δ > 0), a equação terá duas raízes reais
e distintas.

• Se o valor de Δ for igual a zero ( Δ = 0), a equação apresentará uma raiz real.

• Se o valor de Δ for menor que zero

Assim, substituindo a expressão do discriminante por delta, a fórmula de Bhaskara


ficará:

−b± √ Δ
x=
2. a

6
Equações do primeiro e segundo grau

Anotações:
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Equações do primeiro e segundo grau

Exercícios
Exercício 1

Quantas e quais são as raízes da equação x² - 5x + 6 = 0?

8
Equações do primeiro e segundo grau

Gabarito
Exercício 1

O primeiro passo para resolver uma equação usando a fórmula de Bhaskara é


identificar os coeficientes da equação. Desta forma, os coeficientes na equação
são: a = + 1, b = - 5 e c = + 6.

Para saber o número de raízes, precisamos calcular o valor do delta, assim temos:

Como delta é maior que zero (Δ > 0), então a equação terá duas raízes reais e
distintas. Vamos agora aplicar a fórmula de Bhaskara para encontrar o valor das
raízes.

Assim, as duas raízes da equação são 2 e 3.

9
Função Polinomial do 1° e 2° Grau

Função Polinomial do 1° e 2° Grau

1
Função Polinomial do 1° e 2° Grau

Função Polinomial do 1° e 2° Grau

"Uma função f : R → R é conhecida como função polinomial quando a sua lei de formação é um
polinômio:

f(x) = anxn + an-1xn-1 + an-2xn-2 + … + a2x2 + a1x + a0

Em que:

x → é a variável.

n → é um número natural.

an, an-1, an-2, … a2, a1 e a0 → são coeficientes.

Os coeficientes são números reais que acompanham a variável do polinômio.

Exemplos:

f(x) = x5 + 3x4 – 3x3 + x² – x + 1

f(x) = -2x³ + x – 7

f(x) = x9

Como determinar o tipo de função polinomial?

Existem vários tipos de função polinomial. Ela é classificada de acordo com o grau do polinômio.
Quando o grau for 1, então, a função é conhecida como função polinomial de grau 1 ou função
polinomial do 1º grau ou, também, função afim. Veja, a seguir, exemplos de função de grau 1 até o grau
6.

Grau da função polinomial

O que define o grau da função polinomial é o grau do polinômio, então, podemos ter uma função
polinomial de qualquer grau.

Função polinomial de grau 1

Para que uma função polinomial seja de grau 1 ou polinomial do 1º grau, a lei de formação da
função deve ser f(x) = ax + b, com a e b sendo números reais e a ≠ 0. A função polinomial de grau 1 é
conhecida também como função afim.

2
Função Polinomial do 1° e 2° Grau

Exemplos:

f(x) = 2x – 3

f(x) = -x + 4

f(x) = -3x

Função polinomial de grau 2

Para que uma função polinomial seja de grau 2 ou polinomial do 2º grau, a lei de formação da
função deve ser f(x) = ax² + bx + c, com a, b e c sendo números reais e a ≠ 0. Uma função polinomial do
2º grau pode ser conhecida também como função quadrática.

Exemplos:

f(x) = 2x² – 3x + 1

f(x) = – x² + 2x

f(x) = 3x² + 4

f(x) = x²"

3
Função Polinomial do 1° e 2° Grau

Anotações:
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Álgebra

Álgebra

1
Álgebra

Álgebra

Álgebra é o ramo da Matemática que generaliza a aritmética. Isso significa que os conceitos e
operações provenientes da aritmética (adição, subtração, multiplicação, divisão etc.) serão testados e
sua eficácia será comprovada para todos os números pertencentes a determinados conjuntos
numéricos.

A operação “adição”, por exemplo, realmente funciona em todos os números pertencentes ao


conjunto dos números naturais? Ou existe algum número natural muito grande, próximo ao infinito,
que se comporta de maneira diferente dos demais ao ser somado? A resposta para essa pergunta é
dada pela álgebra: Primeiramente, é definido o conjunto dos números naturais e a operação soma;
depois, é comprovado que a operação soma funciona para qualquer número natural.

Nos estudos de álgebra, letras são utilizadas para representar números. Essas letras tanto
podem representar números desconhecidos quanto um número qualquer pertencente a um conjunto
numérico. Se x é um número par, por exemplo, então x pode ser 2, 4, 6, 8, 10,.... Dessa maneira , x é
um número qualquer pertencente ao conjunto dos números pares e fica evidente o tipo de número
que x é: um múltiplo de 2.

• Propriedades das operações matemáticas

Sabendo que um número qualquer pertencente a um conjunto pode ser representado por uma
letra, considere os números x, y e z como pertencentes ao conjunto dos números reais e as
operações adição e multiplicação representadas por “+” e “·”, respectivamente. Então, as seguintes
propriedades são válidas para x, y e z:

1 – Associatividade

(x + y) + z = x + (y + z)

(x·y)·z = x·(y·z)

2 – Comutatividade

x+y=y+x

x·y = y·x

3 – Existência de elemento neutro (1 para a multiplicação e 0 para a adição)

x+0=x

x·1 = x

4 – Existência de elemento oposto (ou simétrico).

x + (– x) = 0

2
Álgebra

x· 1 = 1
x

5 – Distributividade (também chamada de propriedade distributiva da multiplicação sobre a


adição)

x·(y + z) = x·y + x·z

Essas cinco propriedades são válidas para todos os números reais x, y e z, uma vez que essas
letras foram usadas para representar qualquer número real. Elas também são válidas para as
operações adição e multiplicação.

• Expressões algébricas

Na Matemática, expressão é a uma sequência de operações matemáticas realizadas com alguns


números. Por exemplo: 2 + 3 – 7 é uma expressão numérica. Quando essa expressão envolve números
desconhecidos (incógnitas), ela é chamada de expressão algébrica. Uma expressão algébrica que
possui apenas um termo é chamada de monômio. Qualquer expressão algébrica que seja resultado
de soma ou subtração entre dois monômios é chamada de polinômio.

Expressões algébricas, monômios e polinômios são exemplos de elementos pertencentes à


álgebra, pois são constituídos a partir de operações realizadas com números desconhecidos. Lembre -
se de que um número desconhecido pode representar qualquer número de um conjunto numérico.

• Equações

Equações são expressões algébricas que possuem uma igualdade. Dessa forma, equação é um
conteúdo da Matemática que relaciona números a incógnitas por intermédio de uma igualdade.

A presença da incógnita é o que classifica a equação como expressão algébrica. A presença da


igualdade permite encontrar a solução de uma equação, isto é, o valor numérico da incógnita.

Exemplos

1) 2x + 4 = 0

2) 4x – 4 = 19 – 8x

3) 2x2 + 8x – 9 = 0

• Funções

A definição formal de função é a seguinte: função é uma regra que relaciona cada elemento de
um conjunto a um único elemento de um segundo conjunto.

Essa regra é matematicamente representada por uma expressão algébrica que possui uma
igualdade, mas que relaciona incógnita a incógnita. Esta é a diferença entre função e equação: a

3
Álgebra

equação relaciona uma incógnita a um número fixo; na função, a incógnita representa todo um
conjunto numérico. Por esse motivo, dentro de funções, as incógnitas são chamadas de variáveis, já
que elas podem assumir qualquer valor dentro do conjunto que representam.

Como envolve expressões algébricas, função é também um conteúdo pertencente à Álgebra,


uma vez que as letras representam qualquer número pertencente a um conjunto de números
qualquer.

Exemplos:

1) Considere a função y = x 2, em que x é qualquer número real.

Nessa função, a variável x pode assumir qualquer valor dentro do conjunto dos números reais.
Como a regra que liga os números representados por x aos números representados por y é uma
operação matemática básica, então, y também representa números reais. O único detalhe a respeito
disso é que y não pode representar um número real negativo nessa função, uma vez que y é resultado
de uma potência de expoente 2, que sempre terá resultado positivo.

2) Considere a função y = 2x, em que x é um número natural.

Nessa função, a variável x pode assumir qualquer valor dentro do conjunto dos números
naturais. Esses números são os inteiros positivos, portanto, os valores que y pode assumir são os
números naturais múltiplos de 2. Dessa maneira, y é um representante do conjunto dos números
pares.

• Da álgebra clássica à álgebra abstrata

Os conceitos relacionados até aqui compõem a álgebra clássica. Essa parte da álgebra está mais
ligada aos conjuntos dos números naturais, inteiros, racionais, irracionais, reais e complexos e é
estudada tanto no ensino fundamental quanto no ensino superior. A outra parcela da álgebra,
conhecida como abstrata, estuda essas mesmas estruturas, mas para conjuntos quaisquer.

Dessa forma, dado um conjunto qualquer, com elementos quaisquer (números ou não), é
possível definir uma operação “adição”, uma operação “multiplicação” e verificar a existência ou não
das propriedades dessas operações, bem como a validade de “equações”, “funções”, “polinômios”
etc.

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Álgebra

Anotações:
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Teorema de Tales

Teorema de Tales

MÉRITO
Apostilas 1
Teorema de Tales

O Teorema de Tales é uma teoria aplicada na Geometria e expressa pelo enun -


ciado:

"A intersecção de um feixe de retas paralelas por duas retas transversais for -
ma segmentos proporcionais."

Fórmula do teorema de Tales


Para compreender melhor o teorema de tales, observe a figura abaixo:

Na figura acima as retas transversais u e v interceptam as retas paralelas r, s


e t. Os pontos pertencentes na reta u são: A, B e C; e na reta v, os pontos: D, E e
F. Logo, de acordo com o Teorema de Tales:

Lê-se: AB está para BC, assim como DE está para EF.

2
Teorema de Tales

Exemplo: determine a medida de x indicada na imagem.

Aplicando o teorema de Tales, temos:

Teorema de Tales nos triângulos


O teorema de Tales também é aplicado em situações que envolvem triângu -
los. Veja abaixo um exemplo em que se aplica o teorema:

De acordo com a semelhança de triângulos podemos afirmar que: o triângulo


ABC é semelhante ao triângulo AED. É representado da seguinte forma:

Δ ABC ~ Δ AED

3
Teorema de Tales

Exemplo: determine a medida x indicada na imagem.

Aplicando o teorema de Tales, temos:

Execício 1: Determine o valor de X:

Resposta correta: x = 6,66

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Teorema de Tales

Anotações:
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Semelhança De Triângulos

Semelhança De Triângulos

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Semelhança De Triângulos

Dois triângulos são semelhantes quando possuem os três ângulos ordenadamente


congruentes (mesma medida) e os lados correspondentes proporcionais. Usamos o símbolo ~
para indicar que dois triângulos são semelhantes.

Para saber quais são os lados proporcionais, primeiro devemos identificar os ângulos de
mesma medida. Os lados homólogos (correspondentes) serão os lados opostos a esses
ângulos.

Razão de Proporcionalidade

Como nos triângulos semelhantes os lados homólogos são proporcionais, o resultado da


divisão desses lados será um valor constante. Esse valor é chamado de razão de
proporcionalidade.

Considere os triângulos ABC e EFG semelhantes, representados na figura abaixo:

Os lados a e e, b e g, c e f são homólogos, sendo assim, temos as seguintes proporções:

Onde k é a razão de proporcionalidade.

Casos de Semelhança

Para identificar se dois triângulos são semelhantes, basta verificar alguns elementos.

1º Caso: Dois triângulos são semelhantes se dois ângulos de um são congruentes a dois
do outro. Critério AA (Ângulo, Ângulo).

2º Caso: Dois triângulos são semelhantes se os três lados de um são proporcionais aos
três lados do outro. Critério LLL (Lado, Lado, Lado).

3º Caso: Dois triângulos são semelhantes se possuem um ângulo congruente


compreendido entre lados proporcionais. Critério LAL (Lado, Ângulo, Lado).

2
Semelhança De Triângulos

Teorema Fundamental da semelhança

Quando uma reta paralela a um lado de um triângulo intersecta os outros dois lados em
pontos distintos, forma um triângulo que é semelhante ao primeiro.

Na figura abaixo, representamos o triângulo ABC e a reta r paralela ao lado.

Observando a figura, notamos que os ângulos são congruentes, assim como os ângulos,
pois a reta r é paralela ao lado. Assim, pelo critério AA, os triângulos ABC e ADE são
semelhantes.

Relações Métricas no Triângulo Retângulo

Os triângulos que possuem um ângulo igual a 90º são chamados de triângulos retângulos.
O lado oposto ao ângulo de 90º é chamado hipotenusa e os outros dois lados são chamados de
catetos.

No triângulo representado abaixo, o lado a é a hipotenusa e b e c são os catetos.

Ao traçar a altura relativa à hipotenusa, dividimos o triângulo retângulo em dois outros


triângulos retângulos. Conforme figura abaixo:

3
Semelhança De Triângulos

Observando os medidas dos ângulos desses três triângulos, percebemos que eles são
semelhantes, ou seja:

Usando as proporções entre os lados, determinamos as seguintes relações:

Essas relações são muito importantes e são chamadas de relações métricas no triângulo
retângulo.

Congruência de Triângulos

Triângulos semelhantes não são triângulos iguais. Os triângulos são considerados


congruentes (iguais) quando coincidem ao serem sobrepostos.

Casos de congruência de triângulos

Dois triângulos são congruentes quando for verificado um dos seguintes casos:

1º caso: Os três lados são respectivamente congruentes.

2º caso: Dois lados congruentes (mesma medida) e o ângulo formado por eles também
congruente.

3º caso: dois ângulos congruentes e o lado compreendido entre eles congruente.

4
Geometria espacial

Geometria espacial

MÉRITO
Apostilas 1
Geometria espacial

A geometria espacial é a análise de sólidos no espaço, ou seja, é a geometria


para objetos tridimensionais, diferente da geometria plana, que é o estudo de fi -
guras bidimensionais. Assim como esta, aquela surge com base em conceitos pri-
mitivos, sendo eles: ponto, reta, plano e espaço.

Com base nos elementos primitivos, desenvolve-se os sólidos geométricos,


sendo os principais os poliedros: paralelepípedo, cubo e demais prismas, além dos
conhecidos como sólidos de Platão; e os corpos redondos: cone, cilindro e esfera.
Além do reconhecimento desses sólidos, é importante compreender que os cálcu -
los de volume e de área total possuem fórmulas específicas para cada um dos ti -
pos.

Conceitos da geometria espacial

É importante compreendermos que os elementos primitivos ponto, reta, plano


e espaço são a base da geometria e que eles não possuem uma definição. Ainda
assim, todos nós conseguimos ter, de forma intuitiva, a noção básica do que é
cada um desses elementos e a posição relativa entre eles.

Com base nas construções geométricas e nos elementos primitivos, surgiu a


área de estudo da geometria espacial, que vai desde as noções básicas até o con -
ceito de sólido geométrico, considerando o cálculo de sua área total e seu volume.
Lembrando que, na geometria espacial, estamos trabalhando com três dimensões,
sendo elas: largura, altura e comprimento, ou, em outros momentos, largura, pro -
fundidade e comprimento.

Os conceitos iniciais da geometria espacial são as posições relativas entre


pontos no plano, entre ponto e plano, entre reta e plano, e entre dois planos.

• Posição relativa entre ponto e reta, e ponto e plano

O ponto pode pertencer ou não à reta, e ele pode pertencer ou não ao plano.

• Posição relativa entre pontos

Conhecendo dois ou mais pontos, eles podem ser colineares ou não, e copla -
nares ou não. Os pontos são coplanares quando pertencem ao mesmo plano, e co -
lineares quando pertencem a uma mesma reta.

2
Geometria espacial

Pontos coplanares:

Pontos colineares:

• Posição relativa entre duas retas

Quando as retas são coplanares, elas podem ser paralelas, concorrentes e co -


incidentes.

→ Paralelas: quando não possuem nenhum ponto em comum.

3
Geometria espacial

→ Concorrentes: quando possuem um ponto em comum.

→ Coincidentes: quando as retas são iguais, ou seja, há só uma reta.

Quando as retas não pertencem ao mesmo plano, elas são conhecidas como
retas reversas.

• Posições relativas entre dois planos

Ao analisar-se a posição relativa entre dois planos, eles podem ser classifica-
dos como paralelos ou secantes.

→ Planos paralelos: não possuem nenhum elemento em comum, ou seja, não


há interceptação de um plano com o outro.

4
Geometria espacial

→ Planos secantes: quando se interceptam.

→ Planos coincidentes: quando são iguais, ou seja, há somente um plano.

• Posição relativa entre uma reta e um plano

Ao comparar-se a reta com um plano, essa reta pode ser paralela ao plano,
pertencente ao plano ou secante ao plano.

→ Reta secante ao plano: quando ela corta o plano e possui um único ponto
em comum a ele.

→ Reta pertencente ao plano: quando todos os pontos da reta estão contidos


no plano.

5
Geometria espacial

→ Reta paralela ao plano: quando não possui nenhum ponto em comum ao


plano.

Classificação dos sólidos geométricos

Os sólidos geométricos podem ser classificados como:

• Poliedros

Sólidos fechados que possuem faces poligonais, compostos por vértices, ares -
tas e faces, são eles: os prismas, as pirâmides e os sólidos de Platão (tetraedro,
cubo, dodecaedro, icosaedro, cubo, dodecaedro).

Aresta: é o segmento de reta que liga dois vértices de um poliedro.

6
Geometria espacial

Vértice: é o encontro de uma ou mais arestas, denotado pelos pontos A, B, C,


D, E, F, G e H neste caso.

Face: As faces de um poliedro são os polígonos que compõem o sólido.

Relação de Euler

Sobre os poliedros, o matemático Euler percebeu uma relação entre o número


de vértices (V), faces (F) e arestas (A), conhecida como relação de Euler, dada
pela expressão:

V–A+F=2

Logo, é possível descobrir, com base na equação, a quantidade de arestas


que um sólido possui pelo número de faces e de vértices.

• Sólidos de Platão

Os sólidos de Platão são casos particulares de poliedros, Platão relacionou-os


com a criação do Universo, vinculando-os a elementos da natureza.

7
Geometria espacial

• Corpos redondos

Conhecidos também como sólidos de revolução, são sólidos que possuem


como base um círculo (no caso do cone e cilindro) ou que são construídos sobre a
rotação de um círculo.

Fórmulas dos principais sólidos geométricos

As principais fórmulas da geometria espacial são para os cálculos da área to -


tal (At) e do volume (V) de cada um dos sólidos. Cada fórmula depende do sólido.

• Cubo

Cubo de aresta a.

V = a3

At = 6 . a2

• Paralelepípedo

Paralelepípedo de dimensões a, b, c.

V=a.b.c

At = 2ab + 2ac + 2bc

8
Geometria espacial

• Prisma

Prismas de base triangular e hexagonal

Note que a base do prisma pode ser diferente de um caso para o outro, logo,
o volume depende diretamente da área da base.

V = Ab . h

At = 2Ab + Al

• Pirâmide

Pirâmides de base quadrada e pentagonal.

Assim como os prismas, a base da pirâmide pode ser diferente, logo, o volu-
me depende diretamente da base.

A t = Ab + A l

9
Geometria espacial

• Cilindro

Cilindro de raio r e altura h.

V = πr2 . h

At = 2πr (r+h)

• Cone

Cone de raio r e altura h.

At = πr (g + r)

• Esfera

Esfera de raio r.

At = 4 πr2

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Geometria espacial

Geometria espacial x geometria plana

O domínio da geometria plana (bidimensional) é fundamental para o aprendi -


zado da geometria especial (tridimensional), pois muitos conceitos trabalhados na
primeira são pré-requisitos para o aprendizado da segunda.

Entenda que na geometria plana o trabalho é realizado com figuras geométri-


cas que possuem duas dimensões. Essas dimensões podem ser citadas como base
e altura ou como comprimento e largura. Há um trabalho com quadrados, círculos,
entre outras figuras planas, além do desenvolvimento dos cálculos de áreas e pe -
rímetros.

Já na geometria espacial, como vimos aqui, o trabalho é realizado com três di-
mensões, no que chamamos de espaço. Conhecemos aqui os sólidos geométricos,
e a partir de agora, trabalhamos com largura, comprimento e altura. O que antes
era conhecido, por exemplo, como círculo, agora, no universo tridimensional, ga -
nha mais uma dimensão e é conhecido como esfera.

Na geometria espacial, não falamos em perímetro, mas sim em área total de


um sólido, e também surge a ideia de capacidade de um sólido, conhecida como
volume. Para ilustrar bem a diferença de ambos, note a comparação visual da es -
fera no espaço tridimensional e do círculo no plano bidimensional.

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Geometria espacial

Exercícios

1) (Enem) Para resolver o problema de abastecimento de água, foi decidida,


numa reunião do condomínio, a construção de uma nova cisterna. A cisterna atual
tem formato cilíndrico, com 3 m de altura e 2 m de diâmetro, e estimou-se que a
nova cisterna deverá comportar 81 m³ de água, mantendo o formato cilíndrico e a
altura da atual. Após a inauguração da nova cisterna, a antiga será desativada.
(Utilize 3,0 como aproximação para π.)

Qual deve ser o aumento, em metros, no raio da cisterna para atingir o volu -
me desejado?

a) 0,5

b) 1,0

c) 2,0

d) 3,5

e) 8,0

02) (IFG) As medidas internas de um reservatório no formato de um paralele -


pípedo são de 2,5 m de comprimento, 1,8 m de largura e 1,2 m de profundidade
(altura). Se, em um determinado momento do dia, esse reservatório está apenas
com 70% de sua capacidade, a quantidade de litros que faltam para enchê-lo é
igual a:

a)1620

b) 1630

c) 1640

d) 1650

e) 1660

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Geometria espacial

Gabarito

1) Sobre a nova cisterna, sabemos que V = 81 m³, h = 3 e que π = 3.

No entanto, como ela tem o formato cilíndrico, o volume de um cilindro é


dado por:

V = πr2 . h

Então, fazendo com que V = 81, h = 3 e π = 3

81 = 3 . r 2 . 3

81 = 9 . r 2

9 = r2

Comparando-se com o raio antigo 3 – 2 = 1, logo, houve um aumento de 1


metro.

2) Como o formato do reservatório é um paralelepípedo retângulo, o volume é


dado por:

V = a . b . c (Em que a, b e c são as dimensões 2,5, 1,8 e 1,2 respectivamen -


te.)

V = 2,5 . 1,8 . 1,2

V = 5,4 m³

Como 5,4 m³ é a capacidade total do reservatório, multiplica-se por 1000 para


saber sua capacidade total em litros, ou seja:

V = 5,4 . 1000 = 5400 litros

Por fim, queremos saber quanto falta para encher o reservatório. Sabendo-se
que 70% dele está cheio, restam 30% de 5400 para terminar de enchê-lo, logo, a
quantidade que falta é de:

30% de 5400 = 0,3 . 5400 = 1620 litros

Alternativa “a”

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Geometria espacial

Anotações:
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Área e volume

Área e volume

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Área e volume

Área e volume

Na geometria, os conceitos de área e perímetro são utilizados para determinar as medidas de


alguma figura.

Área: equivale a medida da superfície de uma figura geométrica.


Perímetro: soma das medidas de todos lados de uma figura.

Geralmente, para encontrar a área de uma figura basta multiplicar a base (b) pela altura (h). Já o
perímetro é a soma dos segmentos de retas que formam a figura, chamados de lados (l).

Para encontrar esses valores é importante analisar a forma da figura. Assim, se vamos encontrar
o perímetro de um triângulo, somamos as medidas dos três lados. Se a figura for um quadrado
somamos as medidas dos quatro lados.

Na Geometria Espacial, que inclui os objetos tridimensionais, temos o conceito de áre a (área da
base, área da lateral, área total) e o de volume.

O volume é determinado pela multiplicação da altura pela largura e pelo comprimento. Note
que as figuras planas não possuem volume.

Áreas e Perímetros de Figuras Planas

Confira abaixo as fórmulas para encontrar a área e o perímetro das figuras planas.

Triângulo: figura fechada e plana formado por três lados.

Retângulo: figura fechada e plana formada por quatro lados. Dois deles são congruentes e os
outros dois também.

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Área e volume

Quadrado: figura fechada e plana formada por quatro lados congruentes (possuem a mesma
medida).

Círculo: figura plana e fechada limitada por uma linha curva chamada de circunferência.

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Área e volume

Atenção!

π: constante de valor 3,14


r: raio (distância entre o centro e a extremidade)

Trapézio: figura plana e fechada que possui dois lados e bases paralelas, onde uma é maior e
outra menor.

Losango: figura plana e fechada composta de quatro lados. Essa figura apresenta lados e ângulos
opostos congruentes e paralelos.

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Área e volume

A área do paralelogramo está relacionada com a medida da superfície dessa figura plana.

Lembre-se que o paralelogramo é um quadrilátero que possui quatro lados opostos congruentes
(mesma medida). Nessa figura, os lados opostos são paralelos.

O paralelogramo é um polígono (figura plana e fechada) que possui quatro ângulos internos e
externos. A soma dos ângulos internos ou externos são de 360°.

Fórmula da Área

Para calcular a medida da área do paralelogramo multiplica-se o valor da base (b) pela altura (h).
Logo, a fórmula é:

A = b.h

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Área e volume

A área do prisma pode ser calculada pela soma de sua área lateral com as áreas das bases. O
processo de cálculo dessas áreas acaba sendo facilitado porque as duas bases de um prisma são
iguais, bastando, portanto, calcular a área de uma base e multiplicar o resultado por 2. A área lateral
do prisma é dada pela soma das áreas das faces laterais, que também costumam ser iguais ou seguir
algum padrão. Claro que isso não elimina o fato de, em alguns casos, existirem prismas que exigirão o
cálculo separado para cada uma de suas faces, mas esses casos são mais raros.

Neste artigo discutiremos alguns exemplos de cálculo de área de prismas. O texto completo a
respeito desse cálculo pode ser encontrado aqui.

(UNESP/2016) Um paralelepípedo reto-retângulo foi dividido em dois prismas por um plano que
contém as diagonais de duas faces opostas, como indica a figura.

Comparando-se o total de tinta necessária para pintar as faces externas do paralelepípedo antes
da divisão com o total necessário para pintar as faces externas dos dois prismas obtidos após a
divisão, houve um aumento aproximado de

a) 42%.

b) 36%.

c) 32%.

d) 26%.

e) 28%.

Solução:

Primeiramente calcularemos a área do prisma reto-retângulo. Observe que ele é formado por
duas faces laterais retangulares de base 3 e altura 1, por duas faces laterais de base 4 e altura 1 e por
duas bases retangulares de comprimento 4 e largura 3.

A área lateral é igual à soma das áreas das faces laterais, e a área total é a soma entre esse
resultado e a área das duas bases. Observe:

Al = 4·1 + 4·1 + 3·1 + 3·1 = 4 + 4 + 3 + 3 = 14 cm 2

Ab = 4·3 + 4·3 = 12 + 12 = 24 cm 2

A área total do prisma reto-retângulo é:

Ar = 14 + 24 = 38 cm 2
6
Área e volume

Agora calcularemos a área de um dos prismas triangulares. Como eles foram criados pela secção
sobre as diagonais das bases, eles possuem medidas congruentes e, por isso, basta encontrar a área
de um deles e multiplicar o resultado por 2. Entretanto, precisamos descobrir o comprimento dessa
diagonal. Para isso, usaremos o teorema de Pitágoras. Só é possível usá-lo porque temos a garantia de
que os ângulos entre duas arestas (exceto as introduzidas pelo corte) são retos, já que se trata de
um prisma reto-retângulo.

Tendo em vista que os outros dois lados do retângulo, base do prisma, medem 3 e 4, a sua
diagonal mede x:

x2 = 32 + 42

x2 = 9 + 16

x2 = 25

x=5

No prisma triangular, temos uma face com base 4 e altura 1, uma com base 3 e altura 1 e uma
com lado 5 e altura 1. Além disso, duas faces são bases, com “altura” 3 e “base” 4. Logo, a área lateral
e a área das bases serão:

Al = 3·1 + 4·1 + 5·1 = 3 + 4 + 5 = 12

Ab = 3·4 + 3·4 = 6 + 6 = 12
2 2

Dessa maneira, a área de um prisma triangular é:

At = 12 + 12 = 24 cm2

Como dito anteriormente, a área dos dois prismas triangulares é o produto da área de um deles
por 2.

Att = 2·24 = 48 cm 2

Para finalizar o exercício, basta calcular o percentual representado pela diferença entre as áreas
dos retângulos. A diferença é 48 – 38 = 10. A razão entre a diferença e a área é:

10/38 = 0,263158

O percentual pode ser calculado multiplicando-se essa taxa por 100. Arredondando o resultado,
teremos:

0,263158·100 = 26%

Gabarito: letra D.

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Área e volume

Anotações:
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Noções de Probabilidade

Noções de Probabilidade

MÉRITO
Apostilas 1
Noções de Probabilidade

Probabilidade é o estudo das chances de obtenção de cada resultado de um


experimento aleatório. A essas chances são atribuídos os números reais do inter -
valo entre 0 e 1. Resultados mais próximos de 1 têm mais chances de ocorrer.
Além disso, a probabilidade também pode ser apresentada na forma percentual.

Experimento aleatório e ponto amostral

Um experimento aleatório pode ser repetido inúmeras vezes e nas mesmas


condições e, mesmo assim, apresenta resultados diferentes. Cada um desses re-
sultados possíveis é chamado de ponto amostral. São exemplos de experimentos
aleatórios:

a) Cara ou coroa

Lançar uma moeda e observar se a face voltada para cima é cara ou coroa é
um exemplo de experimento aleatório. Se a moeda não for viciada e for lançada
sempre nas mesmas condições, poderemos ter como resultado tanto cara quanto
coroa.

b) Lançamento de um dado

Lançar um dado e observar qual é o número da face superior também é um


experimento aleatório. Esse número pode ser 1, 2, 3, 4, 5 ou 6 e cada um desses
resultados apresenta a mesma chance de ocorrer. Em cada lançamento, o resulta -
do pode ser igual ao anterior ou diferente dele.

Observe que, no lançamento da moeda, as chances de repetir o resultado an -


terior são muito maiores.

c) Retirar uma carta aleatória de um baralho

Cada carta tem a mesma chance de ocorrência cada vez que o experimento é
realizado, por isso, esse é também um experimento aleatório.

Espaço amostral

O espaço amostral (Ω) é o conjunto formado por todos os resultados possíveis


de um experimento aleatório. Em outras palavras, é o conjunto formado por todos
os pontos amostrais de um experimento. Veja exemplos:

a) O espaço amostral do experimento “cara ou coroa” é o conjunto S = {Cara,


Coroa}. Os pontos amostrais desse experimento são os mesmos elementos desse
conjunto.

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Noções de Probabilidade

b) O espaço amostral do experimento “lançamento de um dado” é o conjunto


S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}. Os pontos amostrais desse experimento são 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

O espaço amostral também é chamado de Universo e pode ser representado


pelas outras notações usadas nos conjuntos. Além disso, todas as operações entre
conjuntos valem também para espaços amostrais.

O número de elementos do espaço amostral, número de pontos amostrais do


espaço amostral ou número de casos possíveis em um espaço amostral é repre -
sentado da seguinte maneira: n(Ω).

Evento

Um evento é qualquer subconjunto de um espaço amostral. Ele pode conter


nenhum elemento (conjunto vazio) ou todos os elementos de um espaço amostral.
O número de elementos do evento é representado da seguinte maneira: n(E), sen-
do E o evento em questão.

São exemplos de eventos:

a) Sair cara em um lançamento de uma moeda

O evento é sair cara e possui um único elemento. A representação dos even -


tos também é feita com notações de conjuntos:

E = {cara}

O seu número de elementos é n(E) = 1.

b) Sair um número par no lançamento de um dado.

O evento é sair um número par:

E = {2, 4, 6}

O seu número de elementos é n(E) = 3.

Os eventos que possuem apenas um elemento (ponto amostral) são chama -


dos de simples. Quando o evento é igual ao espaço amostral, ele é chamado de
evento certo e sua probabilidade de ocorrência é de 100%. Quando um evento é
igual ao conjunto vazio, ele é chamado de evento impossível e possui 0% de chan-
ces de ocorrência.

3
Noções de Probabilidade

Cálculo da probabilidade

Seja E um evento qualquer no espaço amostral Ω. A probabilidade do evento


A ocorrer é a razão entre o número de resultados favoráveis e o número de resul -
tados possíveis. Em outras palavras, é o número de elementos do evento dividido
pelo número de elementos do espaço amostral a que ele pertence.

(E) = n(E)

n(Ω)

Observações:

• O número de elementos do evento sempre é menor ou igual ao número de


elementos do espaço amostral e maior ou igual a zero. Por isso, o resultado
dessa divisão sempre está no intervalo 0 ≤ P(A) ≤ 1;

• Quando é necessário usar porcentagem, devemos multiplicar o resultado


dessa divisão por 100 ou usar regra de três;

• A probabilidade de um evento não acontecer é determinada por:

P(A-1) = 1 – P(A)

Exemplo:

Qual é a probabilidade de, no lançamento de uma moeda, o resultado ser


cara?

Solução:

Observe que o espaço amostral só possui dois elementos e que o evento é


sair cara e, por isso, possui apenas um elemento.

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Noções de Probabilidade

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Noções de estatística e de probabilidades

Noções de estatística e de
probabilidades

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Noções de estatística e de probabilidades

Noções de estatística e de probabilidades

A estatística é o campo da matemática que relaciona fatos e números em que há um conjunto de


métodos que nos possibilita coletar dados e analisá-los, assim sendo possível realizar alguma interpre-
tação deles. A estatística é dividida em duas partes: descritiva e inferencial. A estatística descritiva é
caracterizada pela organização, análise e apresentação dos dados, enquanto a estatística inferencial
tem como característica o estudo de uma amostra de determinada população e, com base nela, a rea-
lização de análises e a apresentação de dados.

Princípios da estatística

Veremos, a seguir, os principais conceitos e princípios da estatística. Com base neles, será possível definir
conceitos mais sofisticados.

• População ou universo estatístico

A população ou universo estatístico é o conjunto formado por todos elementos que participam de um
determinado tema pesquisado.

Exemplos de universo estatístico

a) Em uma cidade, todos os habitantes pertencem ao universo estatístico.

b) Em um dado de seis faces, a população é dada pelo número de faces.

{1, 2, 3, 4, 5, 6}

• Dado estatístico

O dado estatístico é um elemento que pertence ao conjunto da população, obviamente esse dado deve
estar envolvido com o tema da pesquisa.

População Dado estatístico

Dado de seis faces 4

2
Noções de estatística e de probabilidades

Campeões Brasileiros de Mountain Bike Henrique Avancini

• Amostra

Chamamos de amostra o subconjunto formado com base no universo estatístico. Uma amostra é utilizada
quando a população é muito grande ou infinita. Em casos em que coletar todas as informações do universo
estatístico é inviável por motivos financeiros ou logísticos, também se faz necessário a utilização de amos-
tras.

A escolha de uma amostra é de extrema importância para uma pesquisa, e ela deve representar de maneira
fidedigna a população. Um exemplo clássico da utilização das amostras em uma pesquisa é na realização
do censo demográfico do nosso país.

• Variável

Em estatística, a variável é o objeto de estudo, isto é, o tema que a pesquisa pretende estudar. Por exem-
plo, ao estudar-se as características de uma cidade, o número de habitantes pode ser uma variável, assim
como o volume de chuva em determinado período ou até mesmo a quantidade de ônibus para o transporte
público. Note que o conceito de variável em estatística é dependente do contexto da pesquisa.

A organização dos dados em estatística dá-se em etapas, como em todo processo de organização. Inicial-
mente é escolhido o tema a ser pesquisado, em seguida, é pensado o método para a coleta dos dados da
pesquisa, e o terceiro passo é a execução da coleta. Após o fim dessa última etapa, faz-se a análise do que
foi coletado, e assim, com base na interpretação, busca-se resultados. Veremos, agora, alguns conceitos
importantes e necessários para a organização dos dados.

Probabilidade

Probabilidade é um ramo da Matemática em que as chances de ocorrência de experimentos são calculadas.


É por meio de uma probabilidade, por exemplo, que podemos saber desde a chance de obter cara ou coroa
no lançamento de uma moeda até a chance de erro em pesquisas.

Para compreender esse ramo, é extremamente importante conhecer suas definições mais básicas, como a
fórmula para o cálculo de probabilidades em espaços amostrais equiprováveis, probabilidade da união de
dois eventos, probabilidade do evento complementar etc.

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Noções de estatística e de probabilidades

Experimento aleatório

É qualquer experiência cujo resultado não seja conhecido. Por exemplo: ao jogar uma moeda e observar a
face superior, é impossível saber qual das faces da moeda ficará voltada para cima, exceto no caso em que
a moeda seja viciada (modificada para ter um resultado mais frequentemente).

Suponha que uma sacola de supermercado contenha maçãs verdes e vermelhas. Retirar uma maçã de den-
tro da sacola sem olhar também é um experimento aleatório.

Ponto amostral

Um ponto amostral é qualquer resultado possível em um experimento aleatório. Por exemplo: no lança-
mento de um dado, o resultado (o número que aparece na face superior) pode ser 1, 2, 3, 4, 5 ou 6. Então,
cada um desses números é um ponto amostral desse experimento.

Espaço amostral

O espaço amostral é o conjunto formado por todos os pontos amostrais de um experimento aleatório, ou
seja, por todos os seus resultados possíveis. Dessa maneira, o resultado de um experimento aleatório,
mesmo que não seja previsível, sempre pode ser encontrado dentro do espaço amostral referente a ele.

Como os espaços amostrais são conjuntos de resultados possíveis, utilizamos as representações de con-
juntos para esses espaços. Por exemplo: O espaço amostral referente ao experimento “lançamento de um
dado” é o conjunto Ω, tal que:

Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}

Esse conjunto também pode ser representado pelo diagrama de Venn ou, dependendo do experimento,
por alguma lei de formação.

O número de elementos dos espaços amostrais é representado por n(Ω). No caso do exemplo anterior,
n(Ω) = 6. Lembre-se de que os elementos de um espaço amostral são pontos amostrais, ou seja, resultados
possíveis de um experimento aleatório.

Evento

Os eventos são subconjuntos de um espaço amostral. Um evento pode conter desde zero a todos os re-
sultados possíveis de um experimento aleatório, ou seja, o evento pode ser um conjunto vazio ou o próprio
4
Noções de estatística e de probabilidades

espaço amostral. No primeiro caso, ele é chamado de evento impossível. No segundo, é chamado de evento
certo.

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Noções de estatística e de probabilidades

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Fundamentos de Estatística

Fundamentos de Estatística

MÉRITO
Apostilas 1
Fundamentos de Estatística

A estatística é uma ciência exata que estuda a coleta, organização, análise e


registro de dados usando amostras.

Usado desde a antiguidade, quando eram registrados nascimentos e mortes,


é o principal método de pesquisa na tomada de decisões. Isso porque baseia suas
conclusões nas pesquisas realizadas.

Fases do método estatístico

Definição do problema: determinar como a recolha de dados pode solucio-


nar um problema

Planejamento: elaborar como fazer o levantamento dos dados

Coleta de dados: reunir dados após o planeamento do trabalho pretendido,


bem como definição da periodicidade da coleta (contínua, periódica, ocasional ou
indireta)

Correção dos dados coletados: conferir dados para afastar algum erro por
parte da pessoa que os coletou

Apuração dos dados: organização e contagem dos dados

Apresentação dos dados: montagem de suportes que demonstrem o resul-


tado da coleta dos dados (gráficos e tabelas)

Análise dos dados: exame detalhado e interpretação dos dados

Aliada à probabilidade, pode ser aplicada nas mais diversas áreas. São exem -
plos a análise dos dados sociais, econômicos e demográficos. É o que faz o IBGE -
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O IBGE é o órgão que fornece ao nosso país os dados necessários para a defi -
nição do modelo de planejamento mais adequado nas políticas públicas.

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Fundamentos de Estatística

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Conhecimentos específicos

CONHECIMENTOS
ESPECÍFICOS

MÉRITO
Apostilas 1
Processo Organizacional (planejamento, organização, liderança, execução e controle)

Processo Organizacional
(planejamento, organização,
liderança, execução e controle)

1
Processo Organizacional (planejamento, organização, liderança, execução e controle)

Um processo organizacional é um conjunto de etapas destinadas a atingir determinados


objetivos em uma organização. Essas etapas incluem planejamento, organização, direção,
implementação e controle. Todas essas etapas são fundamentais para o sucesso da organi-
zação. O planejamento é a primeira etapa do processo organizacional e envolve o es tabele-
cimento de metas, a identificação dos recursos necessários para alcançá -las e a criação de
um plano de ação para alcançá-las. O planejamento pode ser estratégico, tático ou operacio-
nal, dependendo dos detalhes e alcance dos objetivos. Organizar é a segunda etapa do pro-
cesso e envolve alocar recursos de acordo com um plano estabelecido. Isso inclui definir ta-
refas, criar estruturas hierárquicas e atribuir responsabilidades. Nesta etapa, é criada uma
estrutura organizacional, que possibilita atingir os objetivos traçados. A liderança é o terceiro
passo e envolve motivar e dirigir os membros da organização.

Isso inclui estabelecer metas individuais e coletivas, desenvolver habilidades de comuni-


cação e liderança eficazes. Uma boa liderança é essencial para alcançar os objetivos organi-
zacionais. A implementação é a quarta etapa e envolve a implementação do plano aprovado.
Isso inclui a conclusão das tarefas atribuídas, a comunicação eficaz entre os membros da or-
ganização e a resolução de problemas que possam surgir durante o trabalho. Nesta fase, as
estratégias são implementadas e a organização começa a se mover em direção aos seus ob-
jetivos. Por fim, o controle é a última etapa do processo organizacional e envolve a avaliação
dos resultados obtidos. Isso inclui comparar os resultados obtidos com as metas traçadas,
identificando possíveis desvios e, se necessário, corrigindo o rumo. Esta etapa avalia se as
estratégias implementadas foram eficazes e se a organização está no caminho certo para al-
cançar seus objetivos.

2
Comportamento Organizacional: Motivação, Comunicação, Trabalho Em Equipe, Relacionamento
Interpessoal, Poder E Autoridade

Comportamento Organizacional:
Motivação, Comunicação,
Trabalho Em Equipe,
Relacionamento Interpessoal,
Poder E Autoridade

1
Comportamento Organizacional Motivação, Comunicação, Tra Em Equ, Relacio Interpessoal, Poder E
Autoridade

Motivação e Desempenho

Estar motivado é visto como uma condição necessária para que um trabalhador
entregue um desempenho superior. Naturalmente, como a motivação afeta a produtividade,
as empresas devem orientar a motivação dos seus membros para os seus objetivos
estratégicos. Só que as empresas nem sempre sabem como motivar seus funcionários! O
problema é que as pessoas são distintas umas das outras. O que motiva você pode não
motivar seu colega de trabalho. Esta motivação pode vir ligada a um fator interno ou um fator
externo.

Abaixo, podemos ver algumas definições do conceito de motivação:

“A motivação é relativa às forças internas ou externas que fazem uma pessoa se


entusiasmar e persistir na busca de um objetivo. ”

“A motivação é a vontade de exercer altos níveis de esforço para alcançar os objetivos


organizacionais. ”

E quais são estes fatores internos e externos que geram motivação?

Quando uma empresa oferece um bônus para os empregados que consigam atingir
uma meta, estão criando um fator externo de motivação. Naturalmente, iremos nos esforçar
mais em nossas tarefas para atingir esta meta e recebermos o bônus. Esse esforço superior
não vem de um desejo nosso de trabalhar mais e melhor, mas sim de uma oferta da
empresa. Já em relação aos fatores internos, estamos nos referindo a fatores que não se
originam nos “outros”, mas em nós mesmos. O prazer de fazer um trabalho bem feito, de
aprender uma nova função, de ajudar algum colega, são exemplos de fatores internos que
geram motivação no ambiente de trabalho.

Um profissional que atende comunidades carentes pode, por exemplo, gerar


motivação pelo fato de estar ajudando pessoas a melhorar sua qualidade de vida, a sair de
sua situação de pobreza. Desta forma, existe uma diversidade de teorias motivacionais, qu e
veremos a seguir.
Abaixo no gráfico podemos ver um resumo dos tipos de motivação:

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Comportamento Organizacional Motivação, Comunicação, Tra Em Equ, Relacio Interpessoal, Poder E
Autoridade

Liderança

Um líder ideal deve saber conduzir sua equipe de modo a que todos atinjam seus
resultados esperados. Para isso, deve se utilizar do conhecimento sobre sua equipe e de uma
comunicação eficaz para guiá-los ao encontro dos objetivos da organização.

Naturalmente, o processo de liderança é um dos mais importantes no trabalho de um


administrador. Além disso, é um dos mais difíceis. Milhares de livros são lançados anualmente
em todo mundo, tentando ensinar os gestores a serem melhores líderes.

Basicamente, a liderança envolve a habilidade para influenciar pessoas para que sejam
alcançados determinados objetivos. É mostrar o caminho a ser seguido.

É vender uma visão de futuro sobre a organização. É incentivar os membros da empresa


em torno dos objetivos que são almejados.

Algumas definições de Liderança podem ser vistas abaixo:

“O conceito de liderança é relacionado com a utilização do poder para influenciar o


comportamento de outras pessoas. ”

“Liderança é a habilidade de influenciar pessoas em direção ao alcance das metas


organizacionais. ”

“É um fenômeno tipicamente social que ocorre exclusivamente em grupos sociais e nas


organizações. A liderança é exercida como uma influência interpessoal em uma dada situação
e dirigida através do processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais
objetivos específicos. ”

Ao buscar liderar nossos subordinados e colegas, estamos lidando com seres humanos,
pessoas. E cada indivíduo responde de maneira diferente a cada estímulo. Alguns colegas
provavelmente precisarão de um contato mais constante, uma atenção maior do líder.

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Comportamento Organizacional Motivação, Comunicação, Tra Em Equ, Relacio Interpessoal, Poder E
Autoridade

Já outros, provavelmente, têm maior maturidade e não demandam muita supervisão e


atenção de seus superiores, pois tem maior iniciativa e capacidade de autogerenciamento.
Com isso, o líder deve ter uma percepção de como cada indivíduo deve ser “envolvido” para
que cada membro possa contribuir o seu máximo. Desta forma, O exercício da liderança é algo
dinâmico e que envolve diversos fatores das relações pessoais, como a influência pessoal, o
poder, a comunicação, para que os objetivos organizacionais da instituição sejam alcançados.
As teorias de liderança são muitas, mas iremos ver aqui as que são recorrentemente citadas
em provas. Basicamente, são as seguintes: dos traços.

Abaixo, podemos ver as principais:

Liderança X Chefia

A liderança não é um papel executado exclusivamente pelos chefes ou gerentes. Isto mui-
tas vezes acontece assim, mas não sempre. Naturalmente, a capacidade de liderar uma equipe
é um dos aspectos que leva alguém a ser promovido a um cargo de chefia. Muitos indivíduos
que chegam nestas posições, como vocês devem imaginar, não têm o perfil e as capacidades
necessárias para liderar pessoas. Alguns não gostam de falar em público, outros têm dificulda-
des nas negociações e no envolvimento dos seus subordinados. Não é incomum, por exemplo,
que o líder de um grupo seja um colega, alguém mais experiente ou envolvente, que consegue
com seu comportamento guiar os membros em direção dos objetivos.

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Comportamento Organizacional Motivação, Comunicação, Tra Em Equ, Relacio Interpessoal, Poder E
Autoridade

Assim sendo, não é absolutamente necessário que o chefe de uma equipe seja o seu líder,
na prática. Muitos chefes não querem fazer esse papel. O líder pode ser uma pessoa sem poder
hierárquico ou de comando, sem problema. Prestem atenção nesse ponto: O líder não é, neces-
sariamente, o superior hierárquico, o chefe. Isto é muito cobrado em provas de concurso, pois é
o “senso comum”, apesar de estar errado.

A teoria dos traços ou das características é uma das mais antigas no estudo da administra-
ção. Ela se baseia em uma noção antiga de que os líderes teriam certos “traços” de personali-
dade que os definiriam, que seriam característicos destas pessoas. Ou seja, a teoria dizia que
será possível de certa forma “mapear” quais seriam estas características e, após isso, podería-
mos buscar pessoas semelhantes na população, para que fossem alçadas ao papel de lide-
rança.

A teoria dos estilos de liderança (ou comportamental) buscou analisar a liderança não pelas
características dos líderes, mas pelo seu comportamento em relação aos seus subordinados.

A teoria ficou conhecida através dos estudos de Lewin, Lipitt e White, autores america-
nos, com suas pesquisas na Ohio State University28. Eles estudaram o comportamento de gru-
pos de pessoas, principalmente em relação ao controle de seus subordinados, e “mapearam”
três estilos diferentes: autocrático, democrático e liberal.

O líder autocrático seria aquele que controla mais rigidamente seus empregados. Ele
toma todas as decisões e não delega autoridade nenhuma para seus funcionários. Na empresa
dele, até compra de caneta Bic tem que ser autorizada por ele antes! Ele define em detalhes
como será a atuação de cada pessoa em seu departamento. A participação dos funcionários nos
“rumos” e decisões é quase nula. Já o líder democrático seria aquele que contaria com a partici-
pação de sua equipe na tomada de decisões. Seria um controle compartilhado, feito em com
junto. Existiria um nível de delegação de autoridades e responsabilidades pelo líder.

Alguns autores dividem esse estilo de liderança em dois: o modo consultivo e o participa-
tivo.

A diferença básica entre os dois tipos é sobre quem toma a decisão final. No caso do tipo
consultivo, como o nome já indica, a decisão cabe ao líder depois que ele “consulta” sua equipe.
No caso do tipo participativo, a equipe participa da decisão. A tomada de decisão é feita pelo
grupo, em conjunto com o líder.

Finalmente, a liderança liberal (também chamada de “laissezfaire”, algo como “deixar fazer”
em francês) é o estilo em que existe pouco ou nenhum controle do líder sobre seus emprega-
dos. A equipe tem liberdade quase total de “tocar” o trabalho como melhor escolher. A liderança
teria somente um papel consultivo, de um esclarecedor de dúvidas e de fornecedor dos recursos
para as tarefas. Os autores buscavam determinar qual seria o melhor estilo de liderança. As
descobertas foram um pouco decepcionantes. Os empregados se mostraram mais satisfeitos
em trabalhar para os líderes democráticos (nenhuma surpresa, não é mesmo?).

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Comportamento Organizacional Motivação, Comunicação, Tra Em Equ, Relacio Interpessoal, Poder E
Autoridade

Mas os resultados objetivos do trabalho pareciam indicar que para muitas situações os líde-
res autocráticos eram os que conseguiam “entregar” os melhores resultados. Já o estilo liberal
não trazia nem satisfação aos empregados nem resultados práticos.

Assim sendo, uma das críticas à esta teoria foi a de que não existiria uma liderança “supe-
rior”, mas que o melhor estilo dependeria da situação em que o líder estivesse envolvido.
Abaixo, podemos ver um resumo dos estilos:

O líder autocrático não determina as providências para a execução das tarefas apenas
quando solicitado. O líder autocrático centraliza a tomada de decisão! Deste modo, ele detalha
para seus subordinados como, quando e o que cada um deles deve fazer. Não existe esta “liber-
dade” de atuação na liderança autocrática.

O estilo liberal, também conhecido como estilo “empobrecido” de liderança, reflete um estilo
de liderança em que os subordinados têm muita liberdade para decidir como devem fazer suas
atividades. Deste modo, eles podem escolher quais serão as ferramentas que utilizarão, os ho-
rários em que estarão trabalhando, etc. Assim, o líder acaba tendo uma atuação de suporte,
como descrito pela banca.

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Comportamento Organizacional Motivação, Comunicação, Tra Em Equ, Relacio Interpessoal, Poder E
Autoridade

Concluímos que não necessariamente. As lideranças eficazes podem partir inclusive de pes-
soas que não detém nenhum cargo formal na instituição. Existem muitos chefes que não sabem
liderar, bem como existem líderes que não ocupam cargos de chefia.

Além disso, uma estrutura organizacional rígida com muitos níveis hierárquicos pode dificul-
tar o papel da liderança, pois deixa o líder mais “distante” de seus liderados.

Gestão de qualidade

Qual o melhor caminho para garantir um melhor fluxo produtivo para oferecer um bom pro-
duto para o seu cliente? A boa notícia é que não existe apenas um, mas saiba que todos depen-
dem de uma boa gestão da qualidade.

Não à toa, é um tema que evolui a passos largos em várias esferas do negócio e em diferen-
tes setores do mercado. E a sua organização, busca se destacar da concorrência e oferecer um
diferencial sólido para atrair mais clientes e garantir sua satisfação?

É hora de implementar a gestão da qualidade. Nesse conteúdo, vamos explorar o assunto


como um todo: conceito, objetivos, a importância, princípios e como a tecnologia pode auxiliar
na sua implantação.

Gestão da qualidade é o exercício de supervisionar as atividades, tarefas e processos (en-


tradas) utilizados na criação de um produto ou serviço (saídas) para que possam ser mantidos
em um padrão alto e consistente.

Ao todo, especialistas consideram quatro componentes principais da gestão da qualidade:

Planejamento da qualidade;

Garantia da qualidade;

Controle da qualidade;

Melhoria da qualidade.

A implementação de todos esses quatro componentes em uma organização é conhecida


como Gerenciamento Total da Qualidade (SGQ).

A gestão da qualidade concentra-se não apenas na qualidade das saídas (produtos e ser-
viços), mas também nas entradas — as tarefas e processos pelos quais as saídas foram cria-
das.

A qualidade em si não é um programa ou uma disciplina. Não termina quando você atinge
um objetivo específico. A qualidade precisa viver numa organização com a Cultura da Qualidade
bem estabelecida, na qual cada pessoa vivencia e entende a necessidade de se dedicar aos
seus valores. A qualidade é uma corrida contínua para a melhoria, sem linha de chegada. Algo

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Comportamento Organizacional Motivação, Comunicação, Tra Em Equ, Relacio Interpessoal, Poder E
Autoridade

essencial na indústria 4.0, inclusive. Em um nível mais geral, qualidade significa fazer a coisa
certa para seus clientes, seus funcionários, seus stakeholders, seu negócio e o ambiente em
que todos operamos.

Ou seja, isso significa que quando falamos na gestão da qualidade não estamos restritos
aos produtos de uma empresa, mas em todo ambiente de trabalho. Ao implementar a gestão da
qualidade, a empresa não apenas reassegura seus processos de inspeção de um produto. É
algo que vai muito além da checagem dos processos. É, na verdade, a criação de uma cultura
de qualidade global no cenário corporativo — algo que impacta a empresa de ponta a ponta. As-
sim, idealmente, a gestão da qualidade influencia todo processo produtivo. Ou seja:

A qualidade de um produto ou serviço não está apenas aumentando, mas o processo pelo
qual esse produto ou serviço é criado está se tornando melhor, alcançando produtos e serviços
mais consistentes e de maior qualidade e isso só está sendo possível com o uso da tecnologia
de apoio.

A gestão da qualidade funciona com o uso de tecnologias, estratégias assertivas e partici-


pação intensa dos colaboradores da empresa. E tudo isso depende do apoio dos gestores, que
devem entender a importância do tema, afinal, são eles que irão cobrar e garantir que esse pro-
cesso esteja acontecendo entre os funcionários.

Assim, uma vez aplicada, a gestão da qualidade vai procurar examinar todos os processos
relacionados e correlacionados à produção. O intuito, assim, é utilizar ferramentas e workframes
que padronizem algumas execuções. Desse modo, é possível que a empresa crie uma régua de
qualidade para cada micro e macroprocesso da operação. Além disso, a gestão da qualidade
funciona com o auxílio de um sistema tecnológico que viabilize o controle das operações. Afinal,
dentro da premissa do conceito, há a necessidade de visualizar as execuções de forma transpa-
rente.

Assim, além do poder de decisão realmente assertivo, os responsáveis pela aplicação das
diretrizes de qualidade podem rastrear em tempo real o seu desempenho. Isso permite que con-
sigam equilibrar a operacionalização da gestão da qualidade com o padrão esperado, de forma
que tudo se mantenha sempre no mesmo nível.

A existência da gestão de qualidade já é prerrogativa para que exista um padrão de quali-


dade do seu negócio. Isso é importante pois é, basicamente, a definição de critérios claros que
indicam como a empresa deve produzir para que os resultados sejam atingidos. Ou seja, é
como desenvolver um processo para literalmente todos os aspectos do seu negócio — desde a
contratação até a conclusão do trabalho, passando pelo gerenciamento do atendimento ao cli-
ente, bem como o gerenciamento de riscos.

Alguns benefícios incluem:

Redução de riscos;

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Autoridade

Aumento da eficiência;

Redução do erro humano;

Criação de resultados consistentes;

Aprimoramento das habilidades da equipe;

Redução do tempo de treinamento da nova equipe.

No final do dia, uma empresa em crescimento que tem processos claros com certeza terá
uma jornada de desenvolvimento muito mais suave do que aquela organização sem uma gestão
de qualidade definida.

A Norma Internacional para Gestão da Qualidade (ISO 9001:2015) define uma série de
princípios de gestão que visam orientar as organizações para um melhor desempenho no geren-
ciamento da qualidade.

Os princípios de gestão são:

Foco no consumidor

O foco principal da gestão de qualidade deve ser entender, atender e exceder as necessi-
dades dos clientes existentes e futuros. As organizações devem alinhar seus objetivos e metas
com os requisitos do cliente.

Para sustentar o crescimento, as organizações devem construir e gerenciar relacionamen-


tos com as partes interessadas, como fornecedores. Eles devem reconhecer os sucessos do for-
necedor e elaborar sobre as atividades de melhoria e desenvolvimento.

Melhoria contínua

Todas as organizações devem se concentrar na melhoria contínua para melhorar o desem-


penho e as capacidades. Todos os níveis devem ter poderes para fazer melhorias e essas me-
lhorias devem ser medidas de forma consistente.

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Comportamento Organizacional Motivação, Comunicação, Tra Em Equ, Relacio Interpessoal, Poder E
Autoridade

Engajamento das pessoas

As empresas devem ajudar a promover pessoas competentes, capacitadas e engajadas em


todos os níveis da organização, a fim de aprimorar sua capacidade de criar e entregar valor.

Abordagem de processos

A liderança e os funcionários devem compreender o que são as atividades e por que são im-
portantes. As atividades devem ser gerenciadas como processos inter-relacionados que funcio-
nam como um sistema coerente, a fim de garantir resultados consistentes e previsíveis.

Tomada de decisão baseada em fatos

As empresas devem tomar decisões com base em dados precisos e confiáveis que configu-
rem fatos.

Ao investir na implementação de um plano de gestão da qualidade, com uso de recursos e


tecnologias adequadas, seu negócio pode experimentar vários benefícios.

Até aqui, você já deve ter desvendado algumas delas, certo? Abaixo, vamos explicar algumas
das principais vantagens, veja:

Aumento da produtividade

Sem retrabalhos inundando a rotina operacional, é possível que a empresa passe a organi-
zar o dia a dia operacional de forma mais eficiente. Assim, com um controle de qualidade rígido,
é possível gerenciar os projetos desde sua concepção, garantindo que cada etapa produtiva
seja feita seguindo as diretrizes de qualidade. Isso impacta essencialmente na produtividade do
time, seja no back ou front-office, bem como no chão de fábrica. É um dos resultados diretos da
padronização.

A gestão da qualidade permite que seu time lide com recursos, como um sistema operacio-
nal tecnológico, que lhe dê uma visão mais profunda de cada processo. Assim, fica muito mais
fácil e acessível observar a produção em tempo real — garantindo que cada entrega esteja den-
tro dos conformes. Além disso, há o fator relacionado à automatização de processos, que agiliza
as execuções e reduz erros.

Não há como fugir do óbvio: pessoas e empresas pagam e esperam por produtos ou servi-
ços de qualidade. Como clientes, todos buscamos soluções — e não mais problemas.

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Comportamento Organizacional Motivação, Comunicação, Tra Em Equ, Relacio Interpessoal, Poder E
Autoridade

A gestão da qualidade é o meio mais efetivo de garantir que isso aconteça, potencializando
a satisfação do cliente. Afinal, um consumidor satisfeito é também um consumidor feliz — mais
apto tanto a ser um comprador fiel como um promotor da marca.

Não pense que o impacto da gestão da qualidade se restringe à parte operacional do negó-
cio apenas. Pelo contrário, sua aplicação pode impactar positivamente em outras áreas, como a
gestão de estoque. Afinal, com processos preestabelecidos e diretrizes produtivas definidas, é
possível que o time aproveite de forma mais eficiente os recursos. Ou seja, evita retrabalhos e
ainda reduz custos que, antes, pesavam no bolso da organização.

Não há como afirmar diferente: sem a tecnologia, o seu processo de gestão da qualidade
tem muitas chances de ficar para trás. É por isso que, ao estudar sobre o tema, é quase impos-
sível desvincular a importância de ter um sistema dedicado do conceito em si. O sistema de ges-
tão permite um olhar mais crítico ao conjunto de políticas, processos e procedimentos em uma
empresa. Ele ajuda você a planejar e executar as principais áreas de negócios de sua empresa,
como produção, desenvolvimento e serviço. Se você deseja que os clientes sempre venham até
você em busca de mais, faça do “gerenciamento de qualidade” a palavra de ordem em sua em-
presa. Isso garantirá que seus produtos e serviços sejam consistentes com os objetivos de sua
empresa. Isso o levará a manter o nível de excelência desejado.

No entanto, essa busca pela melhoria contínua deve fazer parte de um processo estrutu-
rado e sistêmico. É aqui que a tecnologia se encaixa, permitindo que seu time tenha uma visão
ampla das execuções e dos processos. Ou seja: o que deu certo? O que deu errado? Por que
deu errado? Qual a origem do erro? E como corrigi-lo em pouco tempo e de modo eficiente?

São questões que um sistema de gestão, a tecnologia primordial para aprimorar o gerenci-
amento do negócio, responde.

De forma natural, há certo receio das lideranças em investir na gestão da qualidade. Nem
sempre, seus impactos são vistos em curto prazo e de forma direta. É, na verdade, uma garan-
tia. E é por isso que muitas empresas apenas sentem a necessidade real de investir na sua im-
plementação quando algo ruim acontece. E se na sua organização algum problema de quali-
dade acontecesse, qual seria o procedimento adequado? Como mapear as falhas e agir rapida-
mente para consertá-las? É algo que muitas empresas sequer consideram — e acabam pa-
gando caro por isso. Um relatório da ETQ viu isso:

Pelo menos 96% das empresas entrevistadas relataram a situação de ao menos um recall
de produto nos últimos 5 anos de operação.

A lição a se tirar é que a tecnologia pode ser essencial para livrar a sua empresa dessas situ-
ações — ou fazer toda diferença na recuperação, caso aconteça. Foi o que o relatório relatou:
83% daquelas empresas citadas afirmaram que, apesar do recall, o uso de um sistema de ges-
tão as ajudou. A tecnologia possibilitou que os times responsáveis entendessem os processos

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Comportamento Organizacional Motivação, Comunicação, Tra Em Equ, Relacio Interpessoal, Poder E
Autoridade

atuais, considerassem ações corretivas e ainda calculassem os impactos financeiros de toda


operação.

Qual o primeiro passo para implementar um plano de gestão da qualidade? Contar com um
sistema que capacita sua tomada de decisão e possibilita uma visão ampla de todos os proces-
sos na empresa. Algo que o ERP da TOTVS, o melhor sistema de gestão do mercado, proporci-
ona para a sua empresa.

Flexível, escalável e completo, o ERP da TOTVS ajuda sua empresa a padronizar proces-
sos, implementar uma cultura de qualidade em cada setor do negócio, integrar os times e de
quebra ainda oferece dados sobre a situação dos departamentos. Tudo com gestão otimizada,
que agiliza os processos e melhora os resultados da organização.

Concluindo que neste conteúdo, pudemos mergulhar a fundo no conceito de qualidade da


gestão e entender sua importância no contexto corporativo. Os impactos são evidentes e permi-
tem que a empresa se posicione de forma competitiva no mercado. E claro, além de tudo, a ges-
tão da qualidade proporciona maior satisfação ao cliente. Assim, é possível crescer, melhorar os
resultados e realizar investimentos que destaquem a organização da concorrência. Porém, sem-
pre existe um primeiro passo. Aqui, é a tecnologia, uma capacitadora da implementação de uma
visão de gestão ampla, transparente e assertiva.

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Gestão De Documentos Físicos E Digitais

Gestão De Documentos Físicos E


Digitais

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Gestão De Documentos Físicos E Digitais

Gestão De Documentos Físicos E Digitais

O Desafio do Gerenciamento de Registros Físicos e Digitais

Se você prioriza o gerenciamento de registros físicos e digitais, tanto corporativos quanto


pessoais, deve definir uma estratégia para lidar com esse "universo" de arquivos. Gerenciar registros
físicos e digitais

Este processo envolve garantir como os registros são coletados, processados, armazenados e
descartados. Estruturas e processos de mapeamento são os primeiros passos para encontrar a melhor
forma de gerenciar arquivos físicos e digitais.

Organize arquivos digitais

A digitalização de arquivos tornou o gerenciamento de documentos mais rápido, fácil, seguro e


preciso.

Toda empresa deve manter cópias digitais de todos os registros em papel, a menos que haja uma
boa razão para fazê-lo. Para criar um bom sistema de arquivos para documentos eletrônicos, use um
servidor dedicado seguro e agende backups de rotina, de preferência para outro local físico, cas o seu
computador falhe ou todo o seu escritório sofra um desastre.

Crie pastas no servidor para todos os registros básicos como folha de pagamento, documentos
fiscais, contas a receber e contas a pagar, etc. Use subpastas, se necessário, para criar uma organização
mais detalhada. Sua organização deve buscar uma busca rápida e intuitiva de qualquer registro.

Organizando arquivos de papel

Como um legado de negócios, a maioria das empresas ainda mantém papel para tudo.

Às vezes, uma cópia de um documento em papel tem o mesmo efeito legal que o original, como
um contrato de aluguel assinado. De qualquer forma, tentando evitar burocracia desnecessária, você
precisa criar um bom sistema de armazenamento para seus arquivos.

Organize os arquivos e organize-os de acordo com o tipo de arquivo que você está mantendo,
agrupando os principais tipos de documentos e usando pastas e arquivos separados.

Não permita a mistura de diferentes tipos de documentos nos mesmos arquivos. Rotule os
armários claramente para que você saiba onde armazenar ou retirar itens específicos.

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Classificação De Documentos E Correspondências

Classificação De Documentos E
Correspondências

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Classificação De Documentos E Correspondências

A importância da classificação e avaliação como foco

A classificação de documentos pode ser descrita como uma série de atividades que
tendem a dividir os documentos em categorias e subcategorias de acordo com estruturas,
funções e funções organizacionais.

No entanto, é importante entender que após a desclassificação é necessário avaliar os


documentos que incidem sobre o abandono não funcional, mesmo que alguns nunca sejam
abandonados.

Por outro lado, não é possível nem necessário guardar todos os documentos, porque
eles desempenham uma função importante por um certo tempo, após o qual perdem seu
valor original, o que leva ao seu descarte, para que as informações que ainda permanecem
válido é de alguma forma bloqueado.

Ocorrem classificações e subcategorias

Existem três critérios para definir as categorias e subcategorias do plano de


classificação de documentos:

Funcionais: As categorias correspondem à função dos documentos;

Estrutura: De acordo com a estrutura da organização;

Assunto: Conteúdo registrado em documentos.

O calendário de documentos, por sua vez, é definido como um instrumento aprovado


pela autoridade competente, que regula a finalidade final dos documentos, determina as
condições de preservação dos documentos de acordo com seu valor administrativo, legal e
fiscal, define as condições da sua transferência, as condições de conservação dos
documentos coleta ou descarte.

Pode, inclusive, ser considerada a principal ferramenta do processo de avaliação


documental, que dá resultados práticos sobre a falta de documentos acumulados e a retirada
de informações desnecessárias.

A prática dessas medidas permite que as empresas gerenciem informações, controle de


atividades, fluxos de documentos, avaliação e direcionamento de documentos, o que
aumenta a produtividade das indústrias.

Segue abaixo a classificação dos documentos segundo suas características e :

- Gênero;

- Espécies;

- Tipologia;
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Classificação De Documentos E Correspondências

- A natureza do objeto;

- Formulário;

- Formulário.

Agora que já sabemos o que são as classes, vamos nos aprofundar um pouco mais e
entender todas elas.

Gênero

Refere-se à apresentação de um documento de acordo com seu suporte. Os


documentos podem assim ser textuais, cartográficos - por exemplo desenhos e mapas,
iconográficos - pinturas, cartazes, filmes, sons, micrografias e informáticos ou digitais - doc
ou pdf.

Tipo

É uma definição baseada na disposição e na natureza das informações, por exemplo:


protocolo, contrato, portaria, ofício, certidão, etc.

Tipologia

A tipologia documental é uma composição que assume um tipo com base na atividade
que a criou, por exemplo: Contrato de prestação de serviços e certidão de nascimento.

Natureza da matéria

Esta é a natureza da matéria contida no documento, neste caso independentemente de


prejudicar a administração se divulgada ou não. Se a sua divulgação não for prejudicial, diz -
se que o documento é “visível” e se for, é “confidencial” e requer restrições de acesso.

Formulário

O formulário refere-se à fase de preparação do documento pré-original, original ou


original. Ou seja, se um documento é uma minuta, dizemos que é um pré -original, e se é
uma cópia idêntica ao original, dizemos que é um guardião do original.

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Classificação De Documentos E Correspondências

Formato

É determinado pelas características físicas e técnicas dos documentos com os quais o


documento é apresentado. Os formatos incluem: livros, cartões, caderno e pergaminho.

Determinar a classificação de documentos e fazer avaliações são etapas muito


importantes para quem deseja maior produtividade e resultados, pois o processamento de
documentos não é uma tarefa fácil, pelo contrário, se esses processos forem negligenciados,
podem levar a problemas irreversíveis.

O desenvolvimento da gestão de documentos e informações, portanto, atrapalha a


qualidade das informações utilizadas nas empresas e, para evitar isso, torna -se importante o
sigilo e a avaliação.

Desenvolvimento da classificação de documentos

O SIGAD pode ser utilizado para evitar a inclusão de documentos no sistema sem
desclassificação, que às vezes acontece em meio físico.

O SIGAD nada mais é apenas um conjunto de procedimentos e funções técnicas


capazes de gerenciar versões, períodos de retenção e metas, armazenamento seguro de
documentos digitais e não digitais e procedimentos de médio e longo prazo, recuperação de
documentos e implementação de classificação.

Se um documento que deveria ser guardado por apenas 5 anos for acidentalmente
classificado em outra categoria que não reflita suas funções e conteúdo, seu ciclo de vida
tem conceitos e armazenamento diferentes.

Isso tem consequências importantes durante a avaliação, pois os documentos que não
cumpriram o prazo não podem ser excluídos, pois ainda podem ser utilizados para fins
administrativos.

A classificação de documentos exige, portanto, muita atenção, tempo e


comprometimento, principalmente em relação ao ciclo de vida, que é pré -requisito para uma
gestão documental eficaz.

Gestão de Classificação de Documentos

Os sistemas de gestão eletrônica possuem uma série de funções para atribuir ações a
qualquer pessoa que tenha acesso.

Portanto, apenas pessoas autorizadas podem fazer alterações no sistema, como criar
ou excluir categorias, definir segmentos.

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Classificação De Documentos E Correspondências

Prestar atenção a relatórios e estatísticas

Uma das principais funções dos sistemas de gestão documental é fornecer relatórios,
tabelas e outras informações estatísticas relacionadas com a produção de documentos.

A partir disso podemos continuar com o SIGAD, que oferece a possibilidade de criar
relatórios e gráficos estatísticos que podem mostrar produção, processamento, remoção e
outros parâmetros permitidos para tal operação.

Para maiores esclarecimentos veja os parâmetros abaixo:

» Prazo para criação de documentos;

» Limitação por criação e localização do documento.

» Demarcação baseada na classificação em categorias e subcategorias, que permite


mensurar a quantidade de documentos classificados em cada categoria.

» Tipos de documentos criados por cada setor ou de uso geral, que especifiquem
detalhadamente a produção documental da instituição.

O planejamento de iniciativas de gerenciamento de informações de longo prazo requer


suporte consistente para atingir as metas estabelecidas. Os relatórios do SIGAD cumprem
esta função.

Definição de Prazos Provisórios

As atividades de avaliação de documentos guardam relação direta com a classificação


por serem etapas sequenciais de acordo com as diretrizes de gestão de documentos.

Para SIGAD, o sistema permite especificar o tempo que corresponde ao criar catego-
rias e subcategorias

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Tabela de Temporalidade Documental

Tabela de Temporalidade
Documental

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Tabela de Temporalidade Documental

Lista de documentos de arquivo

A tabela temporária é uma importante ferramenta de gestão documental que determina


os períodos de retenção e a finalidade dos documentos elaborados e recebidos pelo Parla-
mento. O Coordenador de Arquivos (COARQ) é responsável por sua elaboração, mas deve
ser aprovado pela Comissão de Avaliação de Arquivos (CADAr). A comissão é permanente,
vinculada à Secretária-geral do Governo (SGM) e à Direção-Geral (DG) da Câmara dos De-
putados, e é composta por sete membros efetivos e efetivos, aos quais se juntam o Diretor
do COARQ, Dep. da SGM e da DG e quatro funcionários com conhecimentos arquivístico e
experiência profissional na área, nomeados pelo Diretor do Centro de Documentação e Infor-
mação (CEDI). Participam como membros físicos representantes das unidades administrati-
vas cujos documentos são avaliados. Vale a pena notar que a remoção de documentos de
arquivo sem avaliação é proibida pela Lei Profissional de 1985 nº 62 sob ameaça de respon-
sabilidade. Além disso, é importante esclarecer que dúvidas, sugestões, correções e atuali-
zações podem ser encaminhadas ao setor SECAV (SECAV) por telefone a qualquer mo-
mento.

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Os Arquivos E A Gestão De Documentos

Os Arquivos E A Gestão De
Documentos

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Os Arquivos E A Gestão De Documentos

O arquivo e a gestão documental são fundamentais na organização e preservação da


informação numa empresa ou instituição. Arquivos são documentos que uma organização
cria ou adquire no curso de suas operações, enquanto a gestão de documentos refere -se às
práticas adotadas para gerenciar o ciclo de vida desses documentos. A gestão documental
abrange desde a criação e classificação dos documentos até sua destinação final, que inclui
etapas como armazenamento, preservação, uso e descarte. Uma boa gestão documental
permite o acesso às informações quando necessário, reduz o espaço físico utilizado pelos
arquivos, facilita a tomada de decisões e auxilia no cumprimento das obrigações legais.

Os arquivos podem ser divididos em três categorias: atuais, intermediários e permanen-


tes. Os arquivos atuais são para uso contínuo, enquanto os arquivos intermediários são
aqueles que não estão mais em uso imediato, mas não devem ser excluídos ainda. Arquivos
permanentes são aqueles que possuem valor histórico ou cultural e devem ser preservados
para sempre. O gerenciamento de documentos pode ser feito por meio de sistemas de com-
putador ou práticas manuais. Em ambos os casos, é importante que políticas claras e proce-
dimentos padrão sejam implementados para garantir o gerenciamento de registros eficaz e
eficiente.

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Técnicas E Métodos De Arquivamento, Modelos De Arquivos E Tipos De Pastas

Técnicas E Métodos De Arquivamento,


Modelos De Arquivos E Tipos De
Pastas

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Técnicas E Métodos De Arquivamento, Modelos De Arquivos E Tipos De Pastas

Técnicas E Métodos De Arquivamento, Modelos De Arquivos E Tipos De Pastas

Compreendendo a importância do arquivamento eficaz de documentos

Tanto em pequenas como em grandes empresas multinacionais, a gestão de documentos é uma


tarefa delicada e fundamental, pois as informações neles contidas podem ser necessárias a qualquer
momento. Portanto, para facilitar a recuperação desses documentos, é importante que os critérios de
arquivamento sejam claros. Isso ocorre porque muitas vezes é necessário verificar informações ou
consultar um documento arquivado mesmo no curso dos negócios e com urgência, e sua organização
ideal é importante.

Arquivamento por assunto

Uma das técnicas de gerenciamento de documentos mais utilizadas é o arquivamento por as-
sunto. Como o nome sugere, esse método consiste em arquivar documentos de acordo com o assunto
neles tratado. Permite agrupar documentos sobre temas relacionados e encontrar informações com-
pletas sobre um tema específico de forma simples e direta, o que é particularmente interessa nte para
empresas que processam grandes volumes de documentos sobre o mesmo tema.

Ordem alfabética

Uma das técnicas de arquivamento documental mais conhecidas é o método alfabético, onde os
documentos arquivados são organizados em ordem alfabética, o que promove uma consulta mais in-
tuitiva e eficiente.

Como o nome sugere, o principal elemento deste modelo é o nome. Estamos falando de um mé-
todo muito utilizado nas empresas porque tem a vantagem de ser rápido e simples.

No entanto, geralmente ocorrem erros ao armazenar grandes quantidades de dados. Isso se


deve à variedade de nomes e também à tensão nos olhos do funcionário.

É possível combinar este método com uma seleção de cores para agilizar a busca e o salvamento
de documentos. Isso torna mais fácil encontrar a letra que você está procurando. Esse método é co-
nhecido como Variadex e usa cores como auxílio para localizar e recuperar documentos.

Deve ser lembrado que esta é apenas uma variante em ordem alfabética. Essa técnica também
pode ser combinada com o arquivamento por assunto, usando ordem alfabética ao dividir a organiza-
ção.

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Método do número O método do número

É outra opção de envio e é uma excelente opção para empresas que processam documentos
grandes. Consiste em atribuir uma sequência a cada documento, o que permite que as consultas se-
jam feitas de acordo com um índice numérico predefinido.

Como o nome sugere, este método é usado para classificar documentos por números. Ao usá -lo,
você pode escolher entre três formatos diferentes: final numérico simples, cronológico ou numérico.

Método de Número Simples

Este formulário é utilizado quando a organização é feita por pasta ou número de documento. É
amplamente utilizado para organizar prontuários de pacientes, filmes, procedimentos e pastas pe sso-
ais.

Método de numeração cronológica

Um método para classificar documentos por data. Ele é bastante utilizado para organizar ade-
quadamente documentos financeiros, fotos e outros arquivos onde a data é um elemento importante
para encontrar informações.

Numérico Método Numérico

Ao usar números maiores com muitos dígitos, o método simples não é satisfatório. Isso porque
se torna trabalhoso e lento. Portanto, é melhor usar o método do terminal numérico neste caso.

Neste, a ordenação é feita com base nos dois últimos números. Se forem idênticos, a ordem é
dada a partir dos dois números anteriores. Isso torna o arquivamento mais rápido e eficiente.

O método eletrônico

Eletrônico consiste no método de arquivamento eletrônico de documentos, sua digitalização -


que não só favorece sua organização das mais diversas formas e da maneira que melhor se adapta às
preferências e necessidades da empresa, mas também de gerenciamento online e até mesmo remoto

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Método geográfico

Este método é usado se os documentos forem apresentados de acordo com o local de sua
organização, ou seja, se a empresa decidir classificar os documentos de acordo com sua origem. No
entanto, a aplicação do método geográfico requer dois padrões de acordo com a literatura arquivista.

Tipos de pastas

Pasta com aba elástica

Este tipo de pasta é perfeito para guardar documentos A e Ofícios que precisam ser transporta-
dos de um lugar para outro, pois cabem facilmente em bolsas e mochilas. Existem modelos de pape-
lão ou plástico que são mais duráveis.

Folder Catálogo

Este modelo de capa é prático para guardar páginas frente e verso dentro de qualquer plástico.
Geralmente tem boa fixação, o que é muito bom!

Pasta com botão e zíper

Além das pastas com aba elástica, este modelo também é perfeito para transportar documentos
para reuniões e viagens, e por possuir botão e/ou zíper para fechar, protege bem os documentos.

Pasta com canal

Trata-se basicamente de uma pasta L, mas com um canal que "segura" o documento e permite
que ele seja transportado com mais facilidade e tranquilidade.

Pasta com grampos

Esta pasta é para grampear documentos para que não caiam facilmente e você tenha algum tipo
de capa e papel protetor para um determinado conjunto de páginas como contratos.

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Pasta de congressos

Este tipo de pasta é muito utilizado em congressos, feiras, workshops... geralmente contém bro-
churas e brindes em papel que são distribuídos após estes eventos.

Pasta L

Esse modelo é bem simples, geralmente é feito de plástico e possui algumas páginas que serão
usadas no final. Isso é muito útil para documentos que são fáceis de usar todos os dias.

Pasta Polionda

Esta pasta é uma versão maior da pasta de borracha, por isso é muito útil para armazenar mui-
tos documentos que não são usados com tanta frequência, mas não podem ir para a lixeira. Muito
eficaz para escritório e uso pessoal. Arquivo do Registrador

AZ os arquivos

AZ são amplamente utilizados em escritórios de contabilidade e grandes empresas, pois são


muito úteis para um grande número de documentos que precisam ser armazenados junto com dados
de identificação. Eles geralmente são colocados em prateleiras para facilitar o acesso.

Pasta acordeão

Este tipo de pasta é normalmente utilizado para armazenar faturas ou documentos pagos. Eles
são usados em escritórios, mas também são populares para uso pessoal. Além disso, suporta um
grande número de entidades. Pasta suspensa

As pastas suspensas

São amplamente utilizadas nos departamentos de RH e recursos humanos das empresas, pois
são eficazes para manter os documentos dos funcionários e também de fácil acesso. Eles podem ser
pendurados em arquivos na mesa do escritório e reconhecidos na tela, facilitando a localização do
documento.

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Méri Curiosidade

Alternativas para facilitar o compartilhamento de documentos

-Nuvem - Digitalização

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Noções de protocolo e técnicas de arquivo

Noções de protocolo e técnicas de


arquivo

MÉRITO
Apostilas 1
Noções de protocolo e técnicas de arquivo

As atividades de recebimento de documentos, registro, controle de tramitação e


expedição de correspondências constituem os serviços de protocolo. E as
atividades de arquivamento e empréstimo de documentos são os serviços de
arquivo. Então, não podemos separar os serviços de protocolo dos serviços de
arquivo. Daí ser comum, na estrutura organizacional das instituições, a existência
de setores, normalmente denominados Arquivo e Protocolo, ou Arquivo e
Comunicação ou outro nome parecido, que respondem tanto pelo protocolo como
pelo arquivamento.

Em relação aos serviços de arquivo e protocolo, é importante destacarmos que as


rotinas e procedimentos para sua execução devem ser criados pela própria
instituição, obedecendo a um critério adequado às suas características. Não
podemos predeterminar e nem impor qualquer rotina ou procedimento a uma
empresa, mas apenas sugerir.

As atividades de recebimento de documentos, registro, controle de tramitação e


expedição de correspondências constituem os serviços de protocolo. E as
atividades de arquivamento e empréstimo de documentos são os serviços de
arquivo.

Em relação aos serviços de arquivo e protocolo, é importante destacarmos que as


rotinas e procedimentos para sua execução devem ser criados pela própria
instituição, obedecendo a um critério adequado às suas características. Não
podemos predeterminar e nem impor qualquer rotina ou procedimento a uma
empresa, mas apenas sugerir.

PROTOCOLO

É a denominação atribuída aos setores encarregados do recebimento, registro,


distribuição e movimentação e expedição de documentos. É também o nome
atribuído ao numero de registro dado ao documento ou, ainda, ao livro de registro
de documentos recebidos e expedidos.

1. Recebimento

2. Classificação (ostensivo, sigiloso, particular)

3. Registro (cadastro de controle, automatizado ou manual)

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Noções de protocolo e técnicas de arquivo

4. Movimentação (distribuição – expedição)

ARQUIVO

Conjunto de documentos que, independentemente da natureza ou do suporte, são


reunidos por acumulação ao longo das atividades de pessoas físicas ou jurídicas,
públicas ou privadas.

Entidade administrativa responsável pela custódia, pelo tratamento documental e


pela utilização dos arquivos sob sua jurisdição. Edifício em que são guardados os
arquivos. Móvel destinado à guarda de documentos. Em processamento de dados,
conjunto de dados relacionados, tratados como uma totalidade.

ARQUIVO CORRENTE - Conjunto de documentos estreitamente vinculados aos


objetivos imediatos para os quais foram produzidos ou recebidos no cumprimento
de atividades-fim e atividades-meio e que se conservam junto aos órgãos
produtores em razão de sua vigência e da frequência com que são por eles
consultados. Unidade administrativa ou órgão encarregado do arquivo corrente.

ARQUIVO CENTRAL - Unidade responsável pelo controle dos documentos


acumulados pelos diversos setores e serviços de uma administração e pelos
procedimentos técnicos a que devem ser submetidos.

ARQUIVO INTERMEDIÁRIO - Constituído de documentos que não sendo de uso


corrente, aguardam em armazenamentos, sua destinação final. Unidade ou órgão
responsável pelo arquivo intermediário. Arquivo Geral.

ARQUIVO HISTÓRICO - Conjunto de documentos custodiados em caráter


definitivo, em função de seu valor. Unidade administrativa ou órgão encarregado
de arquivos permanentes.

MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO

Os principais métodos de arquivamento utilizados podem ser apresentados da


seguinte forma:

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Noções de protocolo e técnicas de arquivo

a) Alfabético – é utilizado quando o elemento principal a ser considerado é o


nome, pode ser chamado de sistema direto, pois a pesquisa é feita diretamente no
arquivo por ordem alfabética. Este método é bastante rápido, direto e de fácil
utilização.

b) Geográfico – também é do sistema direto, onde a busca é realizada pelos


elementos procedência ou local, que estão organizados em ordem alfabética.

c) Numérico – este método deve ser utilizado quando o elemento principal é um


numero, sendo considerado sistema indireto, pois, para localizar um documento
faz-se necessário recorrer a um índice alfabético de assunto que fornecerá o
número sob o qual o documento foi organizado. Pode ser dividido em três tipos: o
numérico simples (para cada cliente existe um numero), o método numérico
cronológico (além do numero observa-se também a data do documento), e o
método dígito terminal (os documentos são numerados sequencialmente, mas sua
leitura apresenta uma peculiaridade que caracteriza o método, ou seja os números
são dispostos em três grupos de dois dígitos cada um e são lidos da direita para a
esquerda, formando pares). Este método é geralmente utilizado em arquivos com
grande volume de documentos com elemento principal número.

d) Assunto ou ideográficos – este método é bastante utilizado, porém, não é de


fácil aplicação porque depende de interpretação dos documentos sob analise e
diante disso requer grande conhecimento das atividades institucionais e da
utilização de vocabulários controlados. Podem ser apresentados alfabética ou
numericamente. No caso da apresentação alfabética, utiliza-se a ordem alfabético
enciclopédica, quando os assuntos correlatos são agrupados sob títulos gerais e
dispostos alfabeticamente; ou a ordem dicionário, que ocorre quando os assuntos
são dispostos alfabeticamente, seguindo-se a ordem sequencial das letras.

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Noções de protocolo e técnicas de arquivo

Anotações:
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Redação Técnica

Redação Técnica

MÉRITO
Apostilas 1
Redação Técnica

A redação técnica (ou comunicação oficial) é um texto redigido de manei-


ra mais elaborada e formal. Ela difere das redações literárias, pois são objetivas e
imparciais, além do que utilizam a linguagem denotativa.

Esse tipo de redação apresenta algumas peculiaridades em sua estrutura e


estilo. Isso porque geralmente tratam-se de documentos oficiais de correspondên -
cia que possuem uma finalidade, seja informar, solicitar, registrar, esclarecer,
dentre outros.

Por isso, nas redações técnicas é utilizada a linguagem formal, objetiva, e se -


gue as regras da norma culta padrão.

Ela abriga modalidades de textos que cotidianamente nos deparamos, por


exemplo, a ata de uma reunião, o currículo, o relatório, o atestado, dentre outros.

As redações técnicas são muito utilizadas no meio acadêmico, profissional,


comercial e empresarial.

Estrutura

Cada tipo de redação técnica apresenta uma estrutura específica, no entanto,


algumas características são comuns a todos:

• Timbre: as redações técnicas geralmente são produzidas em papel tim-


brado da empresa, da universidade, da escola, etc. Além do timbre, elas podem
conter carimbos com indicação da instituição que a emitiu.

• Destinatário: alguns textos técnicos exigem a indicação do receptor da


mensagem. Além do nome, podem ser acrescidos o departamento e o cargo ocu -
pado pelo destinatário.

• Título: algumas delas usam título, enquanto outras preenchem um campo


denominado de “assunto”.

• Tema: antes de escrever é importante estar atento ao tema (assunto) que


será explorado no corpo do texto.

• Corpo do texto: os textos das redações técnicas geralmente seguem a


estrutura padrão de introdução, desenvolvimento e conclusão.

• Saudações finais: alguns documentos admitem as saudações finais e


sempre devem aparecer na linguagem formal: atenciosamente, saudações cordi-
ais, cumprimentos, etc.

• Assinatura: ao final do documento, muitas redações técnicas apresentam


a assinatura do emissor, bem como o cargo que ocupa.

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Redação Técnica

ATA

A ATA é um tipo de texto muito utilizado em assembleias, reuniões, encontros,


conferências, dentre outros.

As atas são produzidas com o intuito principal de registrar toda a informação


e os acontecimentos de uma reunião de pessoas.

Assim, alguém presente no encontro fica incumbido de redigir a ATA, geral-


mente um secretário, sendo um documento de comprovação e que reproduz resu-
midamente e com fidelidade, todas as discussões, deliberações e resoluções de
um encontro de pessoas.

Em resumo, a ata representa um registro formal de um encontro que aponta


as pessoas presentes, os assuntos debatidos e as questões abordadas e levanta -
das.

Por esse motivo, é um texto de caráter polifônico, ou seja, que reúne diversas
vozes. Ela pode ser lida no final da reunião, para que todos os presentes tenham
conhecimento do que foi redigido.

Trata-se de um texto de cunho oficial muito utilizado no meio acadêmico e por


diversos órgãos institucionais, portanto, esteja atento às suas características e
produção.

Principais Características da ATA

• Redação técnica;

• Linguagem formal;

• Polifonia textual;

• Texto de Valor jurídico.

Da mesma forma que a data, o horário e o local são escritos por extenso, as
atas não admitem abreviações e tudo deve ser escrito por extenso para evitar
confusões.

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Redação Técnica

Ofício

Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que


pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Para uniformizá-los, adotou-se uma
diagramação única, que segue o padrão ofício.

Partes do documento no Padrão Ofício:

O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes:

a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede:

Exemplos:

Mem. 123/2002-TCE Aviso 123/2002-TCE Of. 123/2002-SG/TCE

b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à


direita:

Exemplo:

Brasília, 15 de março de 1991.

c) assunto: resumo do teor do documento

Exemplos:

Assunto: Produtividade do órgão em 2002.

Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores.

d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunica -


ção. No caso do ofício deve ser incluído também o endereço.

e) texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento de documen-


tos, o expediente deve conter a seguinte estrutura:

- introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, na qual é apre -


sentado o assunto que motiva a comunicação. Evite o uso das formas: "Tenho a

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Redação Técnica

honra de", "Tenho o prazer de", "Cumpre-me informar que", empregue a forma di -
reta;

- desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver mais


de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos distintos, o
que confere maior clareza à exposição;

- conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a posição


recomendada sobre o assunto.

Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estes
estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos.

Já quando se tratar de mero encaminhamento de documentos a estrutura é a


seguinte:

- introdução: deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o enca -


minhamento. Se a remessa do documento não tiver sido solicitada, deve iniciar
com a informação do motivo da comunicação, que é encaminhar, indicando a se-
guir os dados completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou

signatário, e assunto de que trata), e a razão pela qual está sendo encami-
nhado, segundo a seguinte fórmula:

"Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 1991, encaminho, anexa,


cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 1990, do Departamento Geral de Adminis -
tração, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal." ou "Encaminho, para
exame e pronunciamento, a anexa cópia do telegrama no 12, de 1º de fevereiro
de 1991, do Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de
projeto de modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste."

- desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer algum comen -


tário a respeito do documento que encaminha, poderá acrescentar parágrafos de
desenvolvimento; em caso contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em
aviso ou ofício de mero encaminhamento.

f) fecho;

g) assinatura do autor da comunicação; e

h) identificação do signatário.

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Redação Técnica

Requerimentos

O requerimento, também chamado de petição, é um tipo de texto muito utili -


zado por entidades oficiais, órgãos públicos ou Instituições.

Trata-se de um documento cuja função primordial é pedir, solicitar ou reque -


rer algo.

Ainda que seja um tipo de redação técnica, ele pode ser solicitado pelo pro -
fessor da escola, da universidade, ou mesmo no trabalho.

Características dos requerimentos

• Redação técnica;

• Texto breve e objetivo;

• Linguagem formal;

• Solicitação de algo;

• Terceira pessoa do singular e plural.

Como fazer um Requerimento

Primeiramente devemos atentar para o objetivo central da solicitação.

Na escola, ele pode ser escrito pelos professores quando requisitam algo, por
exemplo, um material. Para compreender como é produzido um requerimento, se -
gue abaixo a estrutura básica:

• Vocativo: nome da Instituição ou o órgão requerido, ou seja, a quem o re-


querimento se destina.

• Identificação do Requerente: nome, números dos documentos de iden-


tificação, nacionalidade, estado civil, endereço de quem está fazendo o pedido.

• Corpo de Texto: trata-se de um texto breve e direto sobre o que se pre -


tende solicitar.

• Expressão de Encerramento: um pedido aguarda uma resposta. Assim,


deve constar uma frase como "Aguarda deferimento." ou "Nesses termos, pede
deferimento.".

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Redação Técnica

• Local e Data: ao final é importante apontar o local e a data do requeri-


mento.

• Assinatura do Requerente: por fim, o remetente, ou seja, a pessoa (ins-


tituição, órgão, entidade) interessada em solicitar algo, assina o documento. Ele
também pode ser acompanhado de carimbo da instituição.

Requerimento Deferido e Indeferido

Muito comum a utilização dos termos “deferido” e “indeferido” nos documen -


tos de requerimento. Dessa maneira, quando deferido, significa que ele foi apro -
vado; e por outro lado, se indeferido, o que fora solicitado não foi aprovado.

Vale lembrar que algumas expressões e siglas são utilizadas nos requerimen-
tos, a saber:

• “Termos em que pede deferimento”;

• “P. e A. D.” (Pede a aguardar deferimento);

• “E. D.” (Espera deferimento);

• “A. D.” (Aguarda deferimento).

Modelo de Requerimento

Ao

Senhor Diretor,

(nome do requerente), inscrito(a) no CPF sob o nº xxxx e RG nº xxxx, brasilei -


ro(a), solteiro(a), professor de Língua portuguesa do turno da manhã, residente à
rua xxxx, nº xxxx, vem requerer material de apoio para as turmas do Ensino mé -
dio.

Mais se informa que as aulas tiveram início na passada segunda-feira, estan-


do os docentes a aguardar a disponibilização do material, de acordo com o plane -
jamento das aulas.

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Redação Técnica

Termos em que pede deferimento.

(cidade), (dia) de (mês) de (ano).

(Assinatura do requerente)

Atestado

O atestado é uma redação técnica que comprova ou garante a existência ou


não de uma situação de direito, relacionado a alguém ou sobre algum aconteci-
mento ou momento. Essa declaração serve para confirmar ou negar, por escrito,
que o fato relacionado a alguém corresponde à verdade.

A finalidade do atestado é confirmar alguma informação ou situação de quem


o solicita, para explicar uma ausência, pedir um afastamento ou dispensa de algo.

Estrutura

Esse documento deve ser impresso em papel timbrado ou ter o carimbo da


empresa responsável pela entrega do atestado.

• Título: Atestado;

• Nome e dados do solicitante do atestado: nome e número do RG – carteira


de identidade. Se for o caso, cabe colocar o estado civil, nacionalidade, profissão,
número do CPF e endereço residencial;

• Descrição da prova: indicação do que a pessoa precisa provar com o docu -


mento;

• Local e data;

• Assinatura do responsável pela emissão desse documento (emitente).

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Redação Técnica

Tipos de Atestado

Atestado de Antecedentes

Esse tipo de atestado informa se o solicitante possui registros criminais. Ele


pode ser solicitado pela internet, no site da Polícia Federal, ou em algum de posto
de atendimento do instituto de identificação.

Esse documento deve ser apresentado, por exemplo, quando um cidadão é


aprovado em um concurso público e vai assumir o cargo. O documento tem vali -
dade de três meses, contando a partir da data de emissão. Após esse período é
necessário emitir uma nova certidão.

Para emissão online desse documento basta o cidadão informar os dados soli-
citados pelo site. Não é cobrado nenhum valor, mas ao ser solicitado em um posto
de atendimento do instituto de identificação pode haver cobrança de taxas. O va -
lor pode variar de estado para estado.

Caso o atestado seja emitido pelo do site da Polícia Federal, a autenticidade


deverá ser confirmada através do mesmo endereço eletrônico. Caso a solicitação
seja feita em um posto de atendimento do instituto de identificação do estado, o
interessado deve ir munido da Carteira de Identidade (RG) e da Certidão de Casa -
mento, se for o caso. É necessário que o interessado leve o documento original e
uma cópia.

Atestado de pobreza

Esse tipo de declaração é redigida quando o indivíduo deseja comprovar que


não tem condições de arcar com os custos obrigatórios para ter acesso a serviços
como: assessoria jurídica, segunda via da carteira de identidade, dentre outros
serviços. Não é necessário mostrar nenhum documento adicional com a Declara -
ção de Pobreza.

Atestado de aptidão física

Essa declaração serve para prova a capacidade de uma pessoa para realizar
atividades diárias tranquilamente. Existem dois tipos de abordagem para esse
atestado: uma é a aptidão física que se refere à saúde; e a outra é relacionado ao
desempenho desportivo; ou a capacidade geral que uma pessoa tem de reagir a
uma multiplicidade de exigências e situações.

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Redação Técnica

A aptidão para performance sofre uma interferência das questões genéticas.


Já na aptidão física para a saúde, os componentes podem ser aperfeiçoados mais
facilmente, ou seja é possível ter uma maior interferência.

Atestado Médico

O atestado médico é um recurso que garante ao trabalhador a remuneração


do dia abonado, caso o mesmo tenha faltado por motivos de saúde. A empresa
que o recebe não poderá contestar as horas ou dia do empregado.

A consolidação das leis trabalhistas brasileira não estipula um prazo para que
o empregado faça a entrega do atestado médico no local de trabalho. Entretanto,
entende-se que o prazo de 48 horas seria razoável para entrega do documento, a
contar da data que o mesmo foi emitido.

Vale lembrar que a emissão falsa de um atestado médico ou de qualquer ou-


tro tipo de documentação é considerada ilegal, causando além da demissão por
justa causa, a pena criminal.

Decreto

Um decreto, em termos gerais e globais, e respeitados em cada sistema ju-


rídico, é uma ordem emanada de uma autoridade superior ou órgão (civil, militar,
leigo ou eclesiástico) que determina o cumprimento de uma resolução.

No sistema jurídico brasileiro, os decretos são atos administrativos da compe -


tência dos chefes dos poderes executivos (presidente, governadores e prefeitos).

Um decreto é usualmente utilizado pelo chefe do poder executivo para fazer


nomeações e regulamentações de leis (como para lhes dar cumprimento efetivo,
por exemplo), entre outras coisas.

Decreto é a forma de que se revestem dos atos individuais ou gerais, emana-


dos dos chefes do Poder Executivo (Presidente da República, Governador e Prefei -
to). Pode subdividir-se em decreto geral e decreto individual - este a pessoa ou
grupo e aquele a pessoas que se encontram em mesma situação.

O decreto tem efeitos regulamentar ou de execução, expedido com base no


artigo 84, IV da CF, para fiel execução da lei, ou seja, o decreto detalha a lei. Não
podendo ir contra a lei ou além dela.

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Redação Técnica

Existem ainda os decretos legislativos, que são atos aprovados pelo Plenário
dos legislativos – federal, estadual e municipal – sobre matéria de sua exclusiva
competência que tenham efeitos externos a eles.

Despacho

Despacho é um termo jurídico que define a resolução de uma autoridade, em


relação a um requerimento ou petição a si dirigido, de modo a tornar o despacho
deferido ou indeferido.

No sistema jurídico brasileiro, é o ato processual do juiz que dá andamento ao


processo, sem decidir incidente algum. Difere o despacho dos outros atos pratica -
dos pelo juiz - como a sentença, por exemplo - pelo seu caráter meramente instru -
mental, visando ao contínuo caminhar do processo em busca de uma solução defi -
nitiva. Logo, do despacho, não cabe recurso, diferentemente da sentença.

Edital

Ato pelo qual se faz publicar pela imprensa, ou nos lugares públicos, certa no-
tícia, fato ou ordem, que deva ser divulgada ou difundida, para conhecimento das
próprias pessoas nele mencionadas, bem como às demais interessadas no assun -
to. Forma de divulgação oficial de atos administrativos, Ato oficial contendo aviso,
citação, determinação etc., que a autoridade competente ordena seja publicada
em imprensa oficial ou não. Exemplo de editais: para abertura de concurso públi -
co, abertura de licitação, etc.

Edital de Concurso Público

É o documento oficial que um órgão da esfera governamental informa a popu -


lação o início do processo de seleção de funcionários para serviço público.

Informações contidas no edital de concurso público:

• Quantidade de vagas disponíveis;

• Pré-requisitos para se candidatar ao cargo;

• Salário e benefícios;

• Conteúdo programático da prova;

• Data e hora da aplicação;

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Redação Técnica

• Locais onde será realizada a prova;

• Critérios de classificação.

Edital de Licitação

Um edital de licitação é o documento que órgãos públicos usam para divulgar


o interesse em contratar empresas para realizar trabalhos em sua área de atua -
ção.

No conteúdo do edital de licitação deverá aparecer:

• Tipo de serviço necessitado;

• Nome e setor da repartição interessada;

• Regime de execução;

• Data para recebimento da documentação das empresas interessadas;

• Critérios para aceitabilidade de preços;

• Condições de pagamento da dotação orçamentária.

Edital de Citação

O edital de citação é expedido quando o paradeiro do réu é desconhecido das


partes envolvidas no processo. Instrumento legal para convocar um réu a se apre -
sentar em dia e hora preestabelecidos para ter direito a fazer sua contestação di -
ante do processo.

Edital de Proclamas

Se acaso os noivos morem em cidades ou regiões diferentes é necessário fa-


zer um edital de proclamas antes de celebrar o casamento civil. Em cidades onde
exista mais de um cartório o edital de proclamas pode ser necessário se os noivos
morarem em distritos diferentes.

O edital de proclamas é encaminhado ao cartório onde o noivo ou a noiva re -


side para ser publicado e afixado durante 16 dias.

Passado esse período, os noivos comparecem ao cartório, retiram o edital e o


entregam no cartório que irá realizar a cerimônia civil.

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Redação Técnica

Estatuto

A palavra estatuto é diferente de contrato social, pode referir-se a uma varie -


dade de normas jurídicas cuja característica comum é a de regular as relações de
certas pessoas que têm em comum pertencerem a um território ou sociedade.
Normalmente, os estatutos são uma forma de Direito Privado.

Existem normas com força de lei ou regulamentares, que recebem o nome de


estatuto. Normalmente recebem esse nome por razões históricas, e, muitas vezes,
apenas dão uma regulamentação para um coletivo concreto. São normas com
efeitos erga omnes.

Um exemplo é do Estatuto dos Trabalhadores, que é o nome dado à lei que re -


gulamenta as relações trabalhistas e os direitos sindicais.

Instrução Normativa

As instruções normativas são atos administrativos que visam disciplinar a


execução de determinada atividade a ser desempenhada pelo Poder Público. Têm
por finalidade detalhar com maior precisão o conteúdo de determinada lei presen-
te no ordenamento jurídico pátrio.

Não é função da instrução normativa criar novos direitos ou obrigações, mas


tão somente explicar de forma mais clara os direitos e obrigações que já tenham
sido previstos em algum momento pela legislação.

Assim, são alguns objetivos da instrução normativa complementar as leis vi -


gentes, interpretar cláusulas abertas, disciplinar procedimentos administrativos,
etc.

Leis

Lei, é um princípio, um preceito, uma norma, criada para estabelecer as re -


gras que devem ser seguidas, é um ordenamento. Do Latim "lex" que significa
"lei" - uma obrigação imposta. Gramaticalmente lei é um substantivo feminino.

Em uma sociedade, a função das leis é controlar os comportamentos e ações


dos indivíduos de acordo com os princípios daquela sociedade.

No âmbito do Direito, a lei é uma regra tornada obrigatória pela força coerciti -
va do poder legislativo ou de autoridade legítima, que constitui os direitos e deve -
res numa comunidade.

13
Redação Técnica

No âmbito constitucional, as leis são as normas produzidas pelo Estado. São


emanadas do Poder Legislativo e promulgadas pelo Presidente da República.

No sentido científico, lei é uma regra que estabelece uma relação constante
entre fenômenos ou entre fases de um só fenômeno. Através de observação siste -
mática, a lei descreve um fenômeno que ocorre com certa regularidade, associan -
do as relações de causa e efeito, como por exemplo, a Lei de Gravitação Universal
ou a Lei de Ação e Reação, determinadas por Isaac Newton.

Memorando

Memorando é um documento oficial com redação objetiva, linguagem simples


e de fácil leitura, cujo objetivo é servir de comunicação interna dentro de uma ins -
tituição. É um dos gêneros textuais da gramática, assim como o ensaio, diário, re -
latório e notícia.

O texto deve ser simples e direto ao ponto, uma forma de ser lembrado por
quem o lê. Devem constar, de preferência, em uma única página, na face da fo -
lha. O memorando não costuma ser cobrado em redações de vestibulares e esco-
las, mas pode aparecer em provas específicas de concursos públicos. Este gênero
é pouco conhecido por quem não têm convívio direto com empresas e repartições
privadas.

Características do memorando

No memorando sempre vai constar uma mensagem importante que deverá


ser lida pelo destinatário. Por ser veiculado para funcionários de uma empresa,
que geralmente têm pouco tempo para burocracias, este documento tem que ser
o mais breve possível, com o mínimo de folhas e evitando palavras rebuscadas.
Não deixa de ser um documento formal, mas não tanto quanto o ofício.

Ordem de serviço

Uma ordem de serviço (OS) é um documento formal emitido no âmbito de


uma empresa no qual são descritas todas as informações referentes a um serviço
por ela prestado.

Quando uma empresa planeja executar um serviço (seja por requisição de um


cliente, por força de um contrato ou qualquer outra causa), é formulada uma or -
dem de serviço que deverá conter todas as informações necessárias à realização
da atividade.

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Redação Técnica

A ordem de serviço pode estar relacionada a um serviço externo (prestado a


um cliente) ou a um serviço interno (prestado dentro da própria empresa).

Parecer

Parecer é a manifestação especializada sobre determinado assunto.

Em termos jurídicos, o parecer é o entendimento emitido por um jurista com


autoridade em determinada matéria. É um documento legal solicitado para o em -
basamento de uma decisão judicial.

O verbo parecer, em sua origem, significa aquilo que tem aspecto ou aparên-
cia de alguma coisa. Enquanto substantivo, um parecer corresponde àquilo que,
de acordo com a avaliação técnica, parece o adequado. Ou seja, tem o aspecto
correto.

Dar um parecer é transmitir mais do que uma opinião, é expressar-se de


modo embasado. Seu objetivo é explicitar o assunto, de forma clara e precisa,
para uma outra parte cujo conhecimento técnico não é o mesmo do parecerista.

O parecer técnico é a avaliação profissional de algo. Na área da saúde tam -


bém ocorre, sendo chamado de parecer médico ou parecer psicológico, dependen -
do da questão e do profissional a emitir o parecer.

Enquanto parecer jurídico, o documento pode ser emitido por um órgão públi-
co, como o Ministério Público, por exemplo. Assim como também pode ser emitido
por juristas particulares, como um advogado ou consultor jurídico. As opiniões ju -
rídicas que fundamentam o parecer devem ter bases legais, partir de jurisprudên -
cias ou ainda de cunho doutrinário.

Portaria

Documento oficial de ato administrativo, baixado por autoridade pública e


destinado a dar instruções ou fazer determinações de várias ordens.

Procuração

Poder que uma pessoa atribui a outra para que ela aja em seu nome, assu-
mindo responsabilidades, tomando providências ou tratando de assuntos que são
de seu interesse; autorização.[Jurídico] Documento ou instrumento legal que con -
fere esse poder; mandato.

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Redação Técnica

Relatório

Texto que contém uma descrição detalhada dos aspectos mais importantes,
eventos ou ações, de alguma coisa: relatório de projeto.

Exposição com as conclusões observadas pelos integrantes de uma comissão


que avalia uma pesquisa, um projeto ou problema.

Opinião especializada através da qual uma pessoa descreve o fundamental de


sua atividade profissional: relatório de atividades.[Jurídico] Documento que con -
tém o que foi decidido e debatido durante o processo.

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Redação Técnica

Anotações:
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Elaboração De Documentos Oficiais (Relatório, Ofício, Memorando, Carta, Ata, Despachos, Portaria, Ordem
De Serviço, Requerimento)

Elaboração De Documentos
Oficiais (Relatório, Ofício,
Memorando, Carta, Ata,
Despachos, Portaria, Ordem De
Serviço, Requerimento)

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Elaboração De Documentos Oficiais (Relatório, Ofício, Memorando...)

De forma resumida, podemos dizer que os documentos oficiais são aqueles que vem de
atos oficiais, os quais apresentam atos da administração pública que produzem efeito jurí-
dico, por exemplo, atos administrativos em geral, portarias, resoluções, editais e entre ou-
tros. Além disso, também os contratos e convênios podem ser considerados como documen-
tos oficiais.

Por fim, vale lembrar que os documentos escritos se dividem em oficiais e não ofici-
ais e são expressos através da escrita.

Relatório: É uma descrição de fatos passados, analisados com o objetivo de orientar o


serviço interessado ou superior imediato para determinada ação. Do ponto de vista da Admi-
nistração Pública, relatório é um documento oficial no qual uma autoridade expõe as ativida-
des de uma Unidade Administrativa, ou presta conta de seus atos a uma autoridade de nível
superior.

O relatório não é um oficio desenvolvido. Ele é exposição ou narração de atividades ou


fatos, com a discriminação de todos os seus aspectos ou elementos. Partes:

a) título: denominação do documento (relatório);

b) invocação: tratamento e cargo ou função da autoridade a quem é dirigido, seguidos,


preferencialmente, de dois-pontos;

c) textos: exposição do assunto. O texto do relatório deve obedecer à seguinte sequên-


cia:

 introdução: referência à disposição legal ou a ordem superior que motivou ou determi-


nou a apresentação do relatório e breve menção ao assunto ou objeto;

 análise: apreciação do assunto, com informações e esclarecimentos que se façam ne-


cessários a sua perfeita compreensão. A análise deve ser objetiva e imparcial.

O relator deve registrar os fatos de que tenha conhecimento direto, ou através de fontes
seguras, abstendo-se de divagações ou apreciações de natureza subjetiva sobre fatos des-
conhecidos ou pouco conhecidos. Quando se fizer necessário, o relatório poderá ser acom-
panhado de tabelas, gráficos, fotografia e outros elementos que possam contribuir para o
perfeito esclarecimento dos fatos e sua melhor compreensão por parte da autoridade a quem
se destina o documento. Esses elementos podem ser colocados no corpo do relatório ou, se
muito extensos, reunidos a ele em forma de anexo;

 conclusão: determinados os fatos e feita sua apreciação, chega o momento de se tira-


rem as conclusões. Não podem ir além da análise feita, o que as tornaria insubsisten-
tes e, por isso mesmo, despidas de qualquer valor.

d) fecho: fórmula de cortesia. Trata-se de parte dispensável;

e) local e data;

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Elaboração De Documentos Oficiais (Relatório, Ofício, Memorando...)

f) assinatura: nome e cargo ou função da (s) autoridade (s) ou servidor (es) que apre-
senta(m) o relatório.

Observação: Os relatórios de Sindicância e de Processo Administrativo Disciplinar se-


guem padrões próprios.

Ofício é uma correspondência. Nela, são veiculadas ordens, solicitações ou informa-


ções com o objetivo de atender a formalidades e produzir efeitos jurídicos. Assim, o doc u-
mento representa a comunicação oficial do remetente para o destinatário, pois usa do
canal escolhido pela lei ou pelas partes para esse fim.

Nesse sentido, o ofício tem sempre uma forma facilmente reconhecível:

 nome, símbolos, ícones, brasões e outros sinais distintivos da pessoa ou organização


emitente, geralmente na parte superior do documento;

 denominação do documento como ofício e número de registro interno;

 identificação do destinatário; conteúdo da mensagem, ordem ou solicitação;

 data, local e assinatura;

 comprovante de entrega (protocolo, aviso de recebimento etc.).

Uma dica é que a origem do ofício merece mais atenção do que a forma. Isso porque, os
documentos emitidos por autoridades públicas podem ter consequências pelo descumpri-
mento, o que não é comum para os particulares.

Memorando: O Memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administra-


tivas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis
diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna. Pode
ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos,
ideias, diretrizes, dentre outros aspectos a serem adotados por determinado setor do serviço
público.

Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer ór-


gão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para
evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando
devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continua-
ção. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando
maior transparência à tomada de decisões, e permitindo que se historie o andamento da ma-
téria tratada no memorando.

Carta: a carta é o instrumento usual da correspondência social do administrador e altas


chefias, vale dizer, sendo empregada nas comunicações de caráter social decorrentes do
cargo ou função públicos. Bacharelado em Administração Pública Redação Oficial 52 Como

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Elaboração De Documentos Oficiais (Relatório, Ofício, Memorando...)

ressalta Flôres (2007, p. 53), essa comunicação “[...] equivale à carta social na correspon-
dência de caráter social, sendo utilizada no serviço público para: fazer pedidos e convites;
manifestar agradecimentos; ou transmitir informações”. Esta autora sublinha ainda que os
cidadãos comuns (particulares, pessoa física) farão uso da carta social para se comunicarem
com autoridades públicas, pois eles não podem expedir ofícios ou memorandos.

Há duas possibilidades de organização do texto da carta: o modelo denteado e o mo-


delo em bloco. O primeiro é visto por algumas instituições como um modelo em desuso. Na
verdade, o que se verifica é uma forte influência dos modelos norte-americanos de cartas,
elaborados em blocos, cabendo a cada instituição determinar aquele mod elo que melhor tra-
duza sua cultura e valores.

Ata: Documento que registra resumidamente e com clareza as ocorrências, delibera-


ções, resoluções e decisões de reuniões ou assembleias. Por ter valor jurídico, deve ser re-
digida de tal maneira que não se possa modificá-la posteriormente. Para isso, escreve-se:

 sem parágrafo ou alíneas (ocupando todo o espaço da página);

 sem abreviaturas de palavras ou expressões;

 com os numerais por extenso;

 sem emendas ou rasuras;

 empregando o verbo no tempo pretérito perfeito do indicativo.

Partes de uma Ata:

a) dia, mês, ano e hora (por exemplo);

b) local;

c) pessoas presentes, devidamente qualificadas;

d) presidente e secretário dos trabalhos; e) ordem do dia (discussão, votação, delibera-


ção...); f) fecho.

Despacho: Despacho é a decisão proferida pela autoridade administrativa no caso sub-


metido a sua apreciação, podendo ser favorável ou desfavorável à pretensão solicitada pelo
administrador, servidor ou não. O despacho, embora tenha aparência e conteúdo jurisdicio-
nal, não deixa de ser um ato administrativo. Não se confunde, portanto, com as decisões ju-
diciárias, que são as que os juízes e tribunais do Poder Judiciário proferem no exercício da
jurisdição que lhes é conferida pela soberania nacional.

Os despachos podem constituir-se de uma palavra (Aprovo, Autorizo, Indefiro, etc), de


duas palavras (De acordo, etc.) ou de muitas palavras. De acordo é forma pouco expressiva
de despacho. É preferível que se esclareça com o que a autoridade está de acordo e qual a
consequência disso.

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Elaboração De Documentos Oficiais (Relatório, Ofício, Memorando...)

Portaria: É um instrumento de comunicação oficial emanado pelos Secretários, por


meio do qual transmite assunto de sua competência. Partes:

a) brasão centralizado na margem superior;

b) numeração (epígrafe): denominação e número;

c) ementa (resumo da matéria da Portaria): é digitada em espaço simples, a partir do


meio em direção a margem direita do papel, em realce; (não é obrigatório)

d) fundamentação: denominação da autoridade que expede o ato e citação da legisla-


ção básica, seguida da palavra RESOLVE. Nas Portarias, após a citação do dispositivo legal
em que se fundamenta o ato, poderão aparecer as considerações, desde que permaneçam
no mesmo parágrafo que se destina a justificar a decisão tomada;

e) texto;

f) local e data: Ex.: Vitória, 20 de julho de 2007;

g) assinatura: nome da autoridade, com indicação de cargo.

Ordem De Serviço: Antigamente, as ordens de serviço eram feitas à mão e os colabo-


radores tinham que anotar tudo em talões impressos. Hoje, a maioria das empresas já aderiu
ao modelo digital da OS para reduzir o trabalho repetitivo e ganhar tempo, além de facilitar a
padronização dos documentos. Você pode, por exemplo, baixar nosso modelo de ordem de
serviço e utilizar a planilha como base para criar o documento no Microsoft Excel. Assim, o
documento também pode ser impresso e entregue à equipe responsável pela execução dos
serviços. No entanto, há uma forma ainda mais ágil e eficiente para emitir a ordem de ser-
viço: por meio de um sistema de gestão que automatiza o processo.

Esses softwares permitem um preenchimento rápido do documento por meio de um for-


mulário padronizado e integram a emissão de OS com todo o processo de venda e paga-
mento.

Dessa forma, você consegue emitir uma OS em poucos cliques e controlar diferentes
fases da operação, tais como:

 Elaboração do orçamento para o cliente

 Execução do serviço após fechamento da proposta comercial

 Acompanhamento do serviço em andamento

 Conclusão do serviço e finalização da ordem.

No sistema online, cada etapa do serviço pode ser facilmente consultada a qualquer
momento, esclarecendo dúvidas e permitindo ao empreendedor realizar ajustes, se necessá-
rio.

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Elaboração De Documentos Oficiais (Relatório, Ofício, Memorando...)

Petição e Requerimento: Petição e requerimento são sinônimos. O requerimento é a


solicitação sob o amparo da Lei, mesmo que suposto. A petição é o pedido, sem certeza le-
gal ou sem segurança quanto ao despacho favorável. Quando concorrem duas ou mais pes-
soas, teremos: abaixo-assinado (requerimento coletivo) e memorial (petição coletiva).

Observação: Algumas vezes, nos requerimentos, aparecem as palavras residência e


domicílio. Tecnicamente, não se trata de vocábulos idênticos: residência indica a casa ou o
prédio onde a pessoa habitualmente mora com a intenção de permanecer, mesmo que even-
tualmente se afaste; domicílio refere-se ao centro ou à sede de atividades de uma pessoa, o
lugar em que mantém o seu estabelecimento ou fixa sua residência.

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Ética No Serviço Público

Ética No Serviço Público

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Ética No Serviço Público

O que é ética?

Ética é um conjunto de regras que as pessoas seguem para exercer uma cidadania
correta. Na profissão, essas regras levam o cidadão a ter uma prática profissional sem
vícios, voltada a atender as necessidades da sociedade.

No setor público, em específico, significa desempenhar um papel que atenda às


necessidades, anseios e expectativas da população. Dessa forma, os servidores conseguem
prestar seus serviços com qualidade e respeito aos cidadãos e às instituições do país.

O que é accountability e como o conceito está ligado com ética?

Accountability é um termo que define o dever do administrador público em relação à


prestação de contas com transparência. Dessa forma, esse conceito está sim, relacionado à
ética.

Todos sabemos que o Brasil é palco e cenário para atos de corrupção há anos. Assim,
accountability é uma forma de desenvolver a ética, uma vez que essa transparência permit e
que tanto o servidor mostre que está sendo correto e a população consiga fiscalizar as
ações.

Isso porque servidores lidam com recursos públicos, assim, os bens pertencem ao
público e esses têm o direito de verificar e fazer o controle dos recursos utili zados pela
Administração Pública.

O Código de Ética no serviço público

Cada estado, município e a administração pública federal têm seu próprio Código de
Ética. Não é o mesmo para todos, pois cada um tem suas especificidades, assim como a
área que abrange. Dentro desses entes, cada instituição pública também tem seu próprio
Código de Ética.

Por isso que abordarmos esse tema é tão importante. E caso você esteja se
perguntando qual a razão para aprender mais sobre o tema e atualizar seus conhecimentos,
pense no que tanto seu empregador quanto a população esperam de você como servidor
público.

E como você precisa estar em aprendizado contínuo e também precisa fazer cursos
para sua licença capacitação, escolher ética como tema de seu curso é uma excelente
opção.

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Ética No Serviço Público

Regras de conduta do servidor público

A conduta do servidor está relacionada, além da questão do comportamento dentro do


que é permitido, à forma com que ele entende e orienta suas ações no desempenho de suas
funções.

Por exemplo: sua motivação e o gosto e empenho em realizar o seu trabalho, de forma
que cumpra com o que é esperado dentro de sua função indo além do cumprimento exterior,
ou seja, fazendo escolhas conscientes e entregando um trabalho de qualidade por que
escolheu fazer isso e não somente faz para seguir as regras.

Profissionalismo, decoro e civilidade

Outros conceitos estão ligados ao comportamento do servidor e à forma ética com que
ele conduz esse comportamento e suas ações como profissional.

Profissionalismo

Profissionalismo nada mais é do que se espera dos servidores públicos:

 concentração no trabalho;

 dedicação;

 competência;

 empenho para servir à população; dentre outras características.

Ao ocupar um cargo público, o servidor deve ter essas características, considerando


que, por ser um cargo que dê estabilidade, ele vai passar muitos anos na função e caso não
as apresente, o trabalho pode se tornar enfadonho e prejudicar seu desempenho,
desencadeando em um mau atendimento e prestação de serviços ao cidadão.

Além disso, o compromisso ético de quem ocupa um cargo público exige outras
qualidades de sua atitude profissional:

 imparcialidade: o serviço público envolve a relação de muitas pessoas com opiniões,


convicções e ideologias diferentes. Por isso, no exercício de sua função, o servidor
não deve tomar partido por um ou outro lado. Gostos, preferências e ideologias não
devem interferir em seu trabalho;

 objetividade: evitar determinados comportamentos que possam atrapalhar o


desempenho, como o de explosões de raiva. A ideia é educar as emoções para seguir
um fluxo racional e obter sucesso no desempenho de suas tarefas;

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Ética No Serviço Público

 excelência: aqui é sobre a busca por entregar sempre melhores resultados e prestar
serviços de qualidade.

Decoro

Decoro é uma postura que alia a retidão de uma ação do servidor público com a visão
de quem está vendo de fora.

Para que você tenha uma ideia, a falta de decoro significa que um servidor recebeu uma
vantagem indevida, para si ou para proveito de outra pessoa. Ganhar um presente, brindes
ou algo do tipo — e aceitar — é falta de decoro, pois pode estar ligado a suborno para que o
servidor ofereça algum tipo de vantagem em uma licitação, por exemplo.

Civilidade

Civilidade significa ser uma pessoa civilizada, promover relações sociais fluentes e
menos rudes, sobretudo em um meio que se lida com o público em geral.

A civilidade está também relacionada a estes dois aspectos:

 Prestação de contas: ser disponível para justificar de forma pública decisões e


estratégias adotadas e estar aberto a críticas e sugestões;

 Espírito cooperativo: saber lidar com o campo de atrito das relações e agir como
mediador, saber acomodar diferenças e motivar ações construtivas.

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Princípios Constitucionais Da Administração Pública

Princípios Constitucionais Da
Administração Pública

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Princípios Constitucionais Da Administração Pública

O artigo 37 da Constituição Federal de 1988 explicita 5 (cinco) princípios que a


administração pública deve zelar em suas atividades: legalidade, individualidade,
moralidade, publicidade e eficiência. Legalidade

A administração pública e os seus funcionários estão sujeitos à lei, ou seja, eles agem
apenas da maneira prescrita por lei. Somente em casos excepcionais (como desordem grave
ou declaração de guerra) uma autoridade pública pode agir sem uma lei prescritiva.
Impessoalidade

A ação das autoridades públicas deve ser dirigida aos cidadãos em geral, não devendo
haver discriminação ou marginalização pessoal nos dirigentes da administração pública.
Moralidade

Não só na própria lei, mas também na atuação da administração pública, deve -se
respeitar a moral geral, os bons costumes e os princípios estabelecidos pelas massas (como
honestidade, boa-fé, ética, etc.). Anúncio

Os atos do poder público devem ser publicados, para que o povo, verdadeiros donos
desse poder, conheça e governe corretamente. Exceções a esta regra são atividades e
atividades relacionadas à segurança nacional, ou certos tipos de atividades investigativas,
para as quais a autoridade competente deve notificar a obrigação de confidencialidade.
Eficiência

As atividades da administração pública e de seus participantes devem produzir resulta-


dos positivos para a comunidade. Analisando a relação custo-benefício, busca-se uma atua-
ção que atinja com rapidez e entusiasmo o maior número de beneficiários.

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Noções de cidadania

Noções de cidadania

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Noções de cidadania

Noções de cidadania

Segundo o dicionário de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, “cidadania é a qualidade ou es-


tado de ser cidadão”, cidadão significa “a pessoa que goza dos direitos civis e políticos de um país ou
cumpre suas obrigações”.

Etimologicamente, a palavra "cidadania" vem da palavra latina "Civita", que significa cidade. Seu
equivalente grego é a palavra "políticos", que significa "habitante da cidade".

Os cidadãos devem respeitar e participar das decisões da sociedade para melhorar suas vidas e a
vida dos outros. A cidadania nunca esquece as pessoas que mais precisam.

Cidadania geralmente significa qualquer coisa relacionada à gestão dos direitos e responsabilida-
des do povo de uma região.

A cidadania é a expressão máxima dos direitos civis tal como são. No entanto, essas característi-
cas incluem direitos civis, direitos políticos e direitos sociais.

É por isso que os cidadãos ou civis têm direitos civis, políticos e sociais que vêm da nacionali-
dade.

No entanto, a cidadania significa também o cumprimento das leis e normas subjacentes aos di-
reitos civis.

Sendo a cidadania essencialmente relacionada com o conceito de direitos, implica, por um lado,
obrigações.

Em outras palavras, para termos direito à saúde, educação, moradia, trabalho, previdência so-
cial, lazer, temos o dever de obedecer às leis, eleger governadores e pagar impostos.

Ao longo da história da humanidade, vários entendimentos de cidadania surgiram em vários mo-


mentos - na antiguidade grega e romana e na Idade Média europeia. No entanto, o conceito de cida-
dania como o conhecemos hoje faz parte do contexto da emergência da modernidade e da constru-
ção do Estado-nação.

É importante notar que a cidadania é um processo contínuo e em constante mu dança (quase


sempre cumulativamente).

Cidadania é um conjunto de direitos e deveres que possibilitam aos cidadãos a participação na


vida política e pública. Por exemplo: votação e votação, participação ativa na elaboração de leis e
cumprimento de deveres públicos.

Os apátridas são expulsos ou excluídos da vida social e do processo decisório e permanecem em


posição inferior no grupo social.

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Noções de cidadania

Se, por um lado, a cidadania confere às pessoas o direito formal de se organizarem e expressa-
rem livremente suas opiniões e interesses, por outro, obriga-as a cumprir seus deveres.

A cidadania se expressa na relação entre os indivíduos e a cidade onde exercem seus direitos e
responsabilidades.

Cidadão é a pessoa que tem pleno direito de exercer seus direitos civis, políticos e sociais.

Os principais elementos da cidadania são: a igualdade de todos perante a lei e o acesso à prote-
ção legal para todos.

Um cidadão é um indivíduo que vive em uma sociedade ou um grupo de pessoas que mantêm
relações mútuas. É o residente da cidade que tem seus direitos civis e políticos no país ou cumpre
suas obrigações para com ele.

Os cidadãos conhecem os direitos e deveres do seu país e exercem a sua cidadania.

Cidadania no Documento CF/88

CF/88 à Constituição Cidadã

Os primeiros artigos da Constituição de 1988 são centrais para a análise da cidadania. É cha-
mada de Constituição Cidadã porque confere o maior número de direitos sociais das sete constitui-
ções da história do Estado brasileiro.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municí-
pios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

1 – A soberania;

2 – A cidadania;

3 – A dignidade da pessoa humana;

4 – Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

5 – O pluralismo político.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

1 – Construir uma sociedade livre, justa e solidária;

2 – Garantir o desenvolvimento nacional;

3 – Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

4 – Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.

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Geral Balsas MA

Geral Balsas MA

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Geral Balsas MA

Balsas

Balsas é um município brasileiro do estado do Maranhão. Faz parte de uma fronteira


agrícola denominada MATOPIBA, que é um município que privilegia a agricultura
mecanizada e automatizada. É a maior produtora de soja do Maranhão, depois de Formosa
do Rio Preto (BA) e São Desiderio (BA), e uma das maiores produtoras de grãos do
MATOPIBA. A rodovia Transamazônica corta a cidade, ligando as regiões Nordeste e Norte.
Segundo o IBGE (2018), Balsas é a quinta maior cidade do estado em área urbana com mais
de 100.000 habitantes e o maior município do Maranhão com área total de 13.141.637 km².
Localizada às margens do rio de mesmo nome, que recebe muitos turistas, principalmente
no mês de julho, é o único afluente da margem esquerda do rio Parnaíba, cerca de 510 km.
É um polo regional com influência no sul do vizinho Piauí. Já teve os nomes Santo Antônio
de Balsas e Vila Nova. É sede da Comarca do Maranhão com a Procuradoria Geral da
República e sede da subseção Balsas/MA OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), além de
pólo agropecuário, também se destaca crescente desenvolvimento tecnológico e industrial. ,
utilizando o que há de mais avançado em tecnologia agrícola, automação e conceitos de
Indústria 4.0 em suas lavouras.

História

O povoamento da área é marcado pelo Porto das Caraíbas no Rio das Balsa,
considerado ponto privilegiado de melhor acesso às fazendas do município de Riachão. Com
o aumento do fluxo de passageiros, começaram a surgir pequenos comércios e casas de
palha. Ao saber da existência de um novo centro de assentamento, o baiano Antônio
Ferreira Jacobina, tabacaria dos Sertões, mudou-se para a área. Ele se tornou o chefe da
aldeia, que mais tarde foi elevada à condição de vila e cidade. A Lei Estadual nº 15, de 7 de
outubro de 1892, desmembrada de Riachão, elevou-a à categoria de vila com o título de
Santo Antônio de Balsas. Foi elevada à categoria de município de Santo Antônio de Balsas
em 22 de março de 1918 pela Lei Estadual nº 775. O município de Santo Antônio de Balsas
foi criado pelo Decreto nº 820 de 30 de dezembro de 1943. Ficou conhecido simplesmente
como Balsa ciência da população

Segundo o censo de 2010, aproximadamente 65% da população é católica e 35% é


evangélica. Aproximadamente 67% da população se identifica como parda, 22% como
branca e 8% como negra.

Geografia

Está localizado a 07º 31' 57" S de latitude e 46º 02' 08" W de longitude. A vegetação tí-
pica da região é o cerrado tropical, de madeira de lei. No entanto, existem matas ciliares e
vegetação de várzea úmida próximo aos rios. O município de Balsas pertence à bacia hidro-
gráfica do rio Parnaíba, cujo principal afluente é o rio Balsas. A nascente é a Chapad a das
Mangabeiras, com altitude média de 600 metros, com extensão total de 525 km, deságua no
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Geral Balsas MA

rio Parnaíba na altura dos municípios de Benedito Leite (MA) e Uruçuí (PI), a área hidrográ-
fica total da bacia é de 24.540 km². Os principais afluentes do rio são Balsinha na margem
direita e Maravilha e Neve na margem esquerda. O clima de Balsas é típico do Brasil cen-
tral. Segundo a classificação de Koppen, é definida como Aw (chuva tropical). A precipitação
anual é de aproximadamente 1200 mm e distribuída de forma desigual de outubro a abril,
com um período seco médio de 5 meses. A estação mais chuvosa é de dezembro a março. A
temperatura varia pouco ao longo do ano, com média mensal entre 34°C e 38°C. A umidade
relativa determina em média cerca de 68% a cada ano. Segundo o Instituto Nacional de Me-
teorologia (INMET), a temperatura mais baixa registrada em Balsa desde setembro de 1976
foi de 10,2°C em 18 de novembro de 1990 e a mais alta foi de 41,3°C em 14 e 21 de outubro
de 2022. A maior precipitação cumulativa de 24 horas foi de 168,5 milímetros (mm) em 4 de
dezembro de 1983, seguida por 144 mm em 21 de novembro de 2008.

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