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APOSTILA

PALMAS TO

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MÉRITO APOSTILAS
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Oferecer educação inovadora, que promova a excelência humana e acadêmica e o desenvol-
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• Comprometimento
• Respeito
• Inovação
• Criatividade
• Melhoramento contínuo

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Língua Portuguesa

LÍNGUA PORTUGUESA

MÉRITO
Apostilas 1
Leitura, compreensão e interpretação de textos

Leitura, compreensão e
interpretação de textos

MÉRITO
Apostilas 1
Leitura, compreensão e interpretação de textos

Compreensão e interpretação de texto são duas ações que estão relacionadas,


uma vez que quando se compreende corretamente um texto e seu propósito
comunicativo chegamos a determinadas conclusões (interpretação).
A compreensão de um texto é a análise e decodificação do que está realmente
escrito, seja das frases ou das ideias presentes.

Já a interpretação de texto, está ligada às conclusões que podemos chegar ao


conectar as ideias do texto com a realidade. É o entendimento subjetivo que o
leitor teve sobre o texto.

É possível compreender um texto sem interpretá-lo, porém não é possível


interpretá-lo sem compreendê-lo.

Compreensão de texto

A compreensão de texto significa decodificá-lo para entender o que foi dito. É a


análise objetiva e a assimilação das palavras e ideias presentes no texto.

As expressões que geralmente se relacionam com a compreensão são:

• Segundo o texto…

• De acordo com o autor…

• No texto…

• O texto informa que...

• O autor sugere…

Interpretação de texto

A interpretação do texto é o que podemos concluir sobre ele, após estabelecer


conexões entre o que está escrito e a realidade. São as conclusões que podemos

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

tirar com base nas ideias do autor. Essa análise ocorre de modo subjetivo e está
relacionada com a dedução do leitor.

Na interpretação de texto, as expressões geralmente utilizadas são:

• Diante do que foi exposto, podemos concluir…

• Infere-se do texto que…

• O texto nos permite deduzir que…

• Conclui-se do texto que...

• O texto possibilita o entendimento de...

Item Compreensão Interpretação


Análise objetiva do conteúdo,
A conclusão subjetiva do texto. É o que o leitor entende
Definição compreendendo frases, ideias e
que o texto quis dizer.
dados presentes no texto.
As informações necessárias estão A informação vai além do que está no texto, embora
Informação
dispostas no texto. tenha uma relação direta com ele.
Análise Objetiva. Ligada mais aos fatos. Subjetiva. Pode estar relacionada a uma opinião.

A Importância da Leitura

Tanto a leitura quanto a escrita são práticas sociais de importância fundamental


para o desenvolvimento da cognição humana. Ambas asseguram o
desenvolvimento do intelecto e da imaginação e conduzem à aquisição de
conhecimentos.

Quando lemos, existem várias conexões no cérebro que nos permitem desenvolver
nosso raciocínio. Além disso, por meio dessa atividade, aprimoramos nosso senso
crítico por meio da capacidade de interpretar.

Nesse sentido, vale lembrar que a “interpretação” dos textos é uma das chaves
básicas da leitura. Afinal, não basta ler ou decodificar códigos de linguagem, é
preciso entender e interpretar essa leitura.

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

Exercícios

1 - (Enem-2012)

Figura 1: Fonte: www.ivancabral.com.

O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações


visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre
à:

a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para


transmitir a ideia que pretende veicular.

b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.

c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população


pobre e o espaço da população rica.

d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.

e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira


de descanso da família.

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

2. (Enem-2019)

Qual a diferença entre publicidade e propaganda?

Esses dois termos não são sinônimos, embora sejam usados indistintamente no
Brasil. Propaganda é a atividade associada à divulgação de ideias (políticas,
religiosas, partidárias etc.) para influenciar um comportamento. Alguns exemplos
podem ilustrar, como o famoso Tio Sam, criado para incentivar jovens a se alistar
no exército dos EUA; ou imagens criadas para “demonizar” os judeus, espalhadas
na Alemanha pelo regime nazista; ou um pôster promovendo o poderio militar da
China comunista. No Brasil, um exemplo regular de propaganda são as campanhas
políticas em período pré-eleitoral.

Já a publicidade, em sua essência, quer dizer tornar algo público. Com a Revolução
Industrial, a publicidade ganhou um sentido mais comercial e passou a ser uma
ferramenta de comunicação para convencer o público a consumir um produto,
serviço ou marca. Anúncios para venda de carros, bebidas ou roupas são exemplos
de publicidade. VASCONCELOS, Y. Fonte: https://mundoestranho.abril.com.br.

A função sociocomunicativa desse texto é

a) ilustrar como uma famosa figura dos EUA foi criada para incentivar jovens a se
alistar no exército.

b) explicar como é feita a publicidade na forma de anúncios para venda de carros,


bebidas ou roupas.

c) convencer o público sobre a importância do consumo.

d) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.

e) divulgar atividades associadas à disseminação de ideias.

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

Gabarito

1 - (Enem-2012)

Resposta correta: a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão


“rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular.

A questão é um bom exemplo de compreensão e interpretação de texto visual.

O humor gerado pela charge advém da polissemia da palavra "rede", ou seja, dos
diferentes significados que ela carrega.

Na cultura indígena, a rede é um objeto utilizado para dormir. Já rede social, termo
que surgiu por meio do avanço da internet, representa espaços virtuais de
interação entre grupos de pessoas ou de empresas.

Uma interpretação que podemos obter com a observação da charge é sobre a


desigualdade social que atinge muitas pessoas as quais não possuem condições
financeiras de ter acesso à internet.

2. (Enem-2019)

Resposta correta: d) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.

Essa é uma questão de compreensão e interpretação de um texto escrito.

Depois da leitura atenta do texto, fica claro entender qual sua finalidade:
esclarecer sobre dois conceitos que são utilizados como sinônimos pelo senso
comum.

Assim, trata-se de um tipo de texto explicativo que utiliza alguns exemplos para
ilustrar os conceitos de publicidade e propaganda.

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Tipologia textual

Tipologia textual

MÉRITO
Apostilas 1
Tipologia textual

Tipo textual é a forma como um texto se apresenta. Em outras palavras, tipos


textuais são segmentos de diferentes características que constituem um texto;
segmentos esses que podem ser reconhecidos pelas regularidades no emprego de
determinados recursos linguísticos.

Os tipos textuais podem ser encontrados articulados entre si, ou seja, é possí -
vel encontrar textos pertencentes a determinados gêneros que se compõem de
um ou mais tipos. Por exemplo, podemos nos deparar com contos em que o tipo
textual predominante é o narrativo, mas que também possui o tipo descritivo.

As tipologias mais usadas são: narração, descrição, dissertação (ou exposi -


ção), argumentação, informação e injunção. É importante que não se confunda
tipo textual com gênero textual.

Gêneros textuais são modelos de texto que circulam na vida social, pois aten -
dem às necessidades comunicativas da humanidade, se renovando ao longo do
tempo e podendo surgir novos gêneros a qualquer instante. Os tipos textuais, por
sua vez, "são atitudes enunciativas que acarretam modos característicos de em-
prego dos recursos linguísticos presentes em um texto ou sequência de texto."
(VAL, 2007, p.20).

Tipologia narrativa (narração)


A narração significa contar uma história, acontecimentos e ações de persona -
gens dentro de um espaço e um tempo determinado.

Através de um enredo (história) é relatado por um narrador os acontecimen -


tos e ações de maneira linear ou não linear.

Assim, se o enredo seguir uma sequência cronológica, trata-se de um enredo


linear. Do contrário, se existir uma mistura entre o passado, o presente e o futuro,
estamos diante de um enredo não linear.

Para facilitar o entendimento, podemos resumir os elementos da narrativa da


seguinte forma:

O quê? - revela a história, o assunto central da trama.

Quem? - são as personagens envolvidas na trama e que podem ser principais


(protagonistas) e secundárias (coadjuvantes).

Quando? - indica o momento em que a história se passa.

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Tipologia textual

Onde? - representa o local (espaço) onde a narrativa ocorre, que podem ser
ambientes físicos ou psicológicos.

Por quem? - aquele que conta a história é o narrador (foco narrativo). Ele
pode fazer parte da história (narrador personagem) ou não participar dela (narra -
dor observador ou narrador onisciente).

Características da tipologia narrativa

- revela a sequência de acontecimentos de uma história;

- os fatos e as ações são relatados por um narrador (foco narrativo) que parti -
cipa ou não da trama;

- presença de personagens principais (protagonistas), que aparecem com mai -


or frequência e são mais importantes na história, e personagens secundários (co -
adjuvantes);

- marcação de tempo (tempo cronológico) através de datas e momentos his -


tóricos, ou o tempo individual de cada personagem (tempo psicológico);

- indicação do local onde se desenvolve a história e que podem ser físicos (re -
ais ou imaginários) ou psicológicos (na mente das personagens).

Exemplos de textos da tipologia narrativa

Os principais exemplos de textos narrativos são:

- crônicas

- contos

- romances

- fábulas

- novelas

Esses tipos de narração contém todos os elementos da narrativa: um enredo


contado por alguém (narrador), um espaço e um tempo definido, além de incluir
personagens na trama.

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Tipologia textual

Tipologia descritiva (descrição)


A descrição representa o ato de descrever algo e que pode ser uma pessoa,
um objeto, uma paisagem, um local.

Quando utilizamos a tipologia descritiva, buscamos apresentar as principais


características de algo, e isso pode ser feito de duas maneiras: descrição objetiva
e descrição subjetiva.

Na descrição objetiva não há um juízo de valor, uma opinião, ou mesmo im -


pressões subjetivas sobre o que está sendo observado. A imparcialidade (visão
neutra) é uma das principais características desse tipo de descrição. Ela busca
apontar de maneira muito realista e verossímil os atributos de algo (alto, baixo,
claro, escuro, longo, curto).

Já na descrição subjetiva, a opinião, as apreciações e as emoções de quem


está descrevendo aparece de forma muito nítida, que pode surgir pelo uso de mui-
tos adjetivos. Nesse caso, o objetivo é valorizar a forma do texto com o intuito de
influenciar os leitores através de um juízo de valor sobre o que está sendo obser -
vado.

Exemplos das descrições objetiva e subjetiva:

Descrição objetiva: A Basílica de São Marcos, localizada em Veneza, é reple-


ta de mosaicos. (não há uma opinião sobre o que está sendo observado)

Descrição subjetiva: A deslumbrante Basílica de São Marcos, localizada em


Veneza, é repleta de belíssimos mosaicos. (pelo uso dos adjetivos, nota-se as im -
pressões do autor)

Características da tipologia descritiva

- aponta os principais atributos e aspectos de algo;

- realiza um retrato verbal sobre algo;

- valoriza os detalhes, os pormenores e as minúcias;

- utiliza muitos adjetivos para detalhar o objeto descrito;

- usa verbos de ligação (ser, estar, parecer) para demostrar o objeto descrito;

- presença de verbos no pretérito imperfeito e no presente do indicativo para


descrever cenas;

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Tipologia textual

- recorre às metáforas e comparações que permitem uma melhor imagem


mental do que está sendo descrito.

Exemplos de textos da tipologia descritiva

Os principais exemplos de textos descritivos são:

- manuais de instruções

- retratos falados

- diários

- notícias

- biografias

Todos eles são textos descritivos, em que há um retrato verbal realizado pelo
autor (emissor).

Tipologia dissertativa (dissertação)


A dissertação é, de maneira geral, um tipo textual opinativo e argumentativo.
Além disso, pode ser persuasivo, já que tem como intuito defender uma ideia ou
um conceito sobre determinado assunto através de argumentações pautadas em
dados, estatísticas e exemplos concretos.

Os autores que fazem uso dessa tipologia textual, pretendem convencer seus
leitores a partir de suas opiniões e juízos de valor fundamentados em pesquisas
que realizaram ou em conhecimentos que possuem sobre o tema.

Vale ressaltar que a opinião deve ser apresentada na terceira pessoa do plural
(nós, eles) e não na primeira pessoa do singular (eu).

Embora em sua maioria os textos dissertativos sejam argumentativos, há


também outra subcategoria denominada de textos dissertativos-expositivos. Nes -
se caso, as ideias, conclusões e conceitos apresentados são expostos de maneira
neutra e imparcial, sem que o autor se posicione mostrando sua opinião.

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Tipologia textual

Características da tipologia dissertativa

- textos escritos na terceira pessoa do plural (nós, eles);

- presença de apreciações, opiniões e juízos de valor do autor do texto;

- foco na formação da opinião do leitor, persuadindo-o;

- uso da norma culta (linguagem formal);

- recorre à coerência e à coesão para criar uma argumentação lógica e bem


conectada pelos elementos coesivos;

- utilização de dados, exemplos e estatísticas de outras pesquisas para corro -


borar suas ideias;

- explicações fundamentadas em outros autores, por exemplo, para a defesa


do tema com mais propriedade.

Exemplos de textos da tipologia dissertativa

Os principais exemplos da textos dissertativos são:

- artigos

- monografias

- resenhas

- ensaios

- editoriais

Todos eles são escritos com uma linguagem formal e pretendem apresentar
(textos dissertativos-expositivos) ou defender uma ideia sobre determinado assun-
to, convencendo o leitor (textos dissertativos-argumentativos).

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Tipologia textual

Tipologia expositiva (exposição)


A exposição é um tipo textual que apresenta informações sobre determinado
assunto. Diferente dos textos argumentativos, que utiliza opiniões e juízos de va -
lor para defender uma ideia, essa tipologia foca em reunir informações e apresen -
tar de maneira coerente e imparcial, sem opiniões que convençam o leitor.

Esse tipo textual pode ser produzido de duas maneiras: textualmente (através
de um texto) ou oralmente (através da fala).

Para entender melhor, vamos pensar no seminário da escola em que as duas


modalidades da tipologia expositiva são utilizadas (escrita e oral). A apresentação
projetada no PowerPoint é um texto expositivo escrito, e a explicação do tema pe -
los alunos é feita através da fala das pessoas, configurando um texto expositivo
oral.

Características da tipologia expositiva

- textos escritos ou orais sem opiniões do autor;

- uso de uma linguagem clara e direta;

- produções textuais informativas e objetivas, sem juízo de valor;

- uso de informações, dados e referências para expor o tema;

- recorre à conceituação e definição para explicar os temas;

- utiliza comparações e enumerações para facilitar o entendimento.

Exemplos de textos da tipologia expositiva

Os principais exemplos de textos expositivos são:

- palestras

- entrevistas

- seminários

- verbetes de dicionários

- verbetes enciclopédicos

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Tipologia textual

Todos eles apresentam informações objetivas, ou seja, isentas de subjetivida-


des e duplas interpretações.

Tipologia injuntiva (injunção)


A injunção é um tipo textual que pretende instruir ou ensinar alguém a fazer
algo, por isso, apresenta uma sucessão de informações que podem estar organiza -
das em pequenos parágrafos ou numerada em passos. A ideia central é levar a
uma ação por parte do receptor (ou leitor) que recebe a mensagem.

Esses textos precisam ser claros e objetivos para não gerar dúvidas ou duplas
interpretações em quem está lendo. Pense, por exemplo, no manual de instruções
de um móvel. O objetivo é indicar um passo a passo de tudo o que deve ser feito,
como deve ser feito e quais ferramentas serão necessárias para realizar essa tare-
fa.

Características da tipologia injuntiva

- visam instruir ou ensinar algo à alguém;

- foco na explicação e no método para a realização de algo;

- textos objetivos, sem espaço para outras interpretações;

- uso da linguagem simples e objetiva, e, por vezes, técnica;

- presença da linguagem formal, baseada na norma culta;

- utilização de verbos no imperativo, que denotam ordem.

Exemplos de textos da tipologia injuntiva

Os principais exemplos de textos injuntivos são:

- propagandas

- manuais de instruções

- bulas de remédios

- receitas culinárias

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Tipologia textual

- regulamentos

A grande semelhança entre eles é que todos oferecem instruções, dando in -


formações e indicações sobre algum procedimento.

Diferença entre tipologia textual e gêneros textuais

As tipologias textuais são textos orais ou escritos que possuem uma estrutura
fixa e objetivos bem definidos: relatar um acontecimento, descrever uma pessoa,
defender ou apresentar uma ideia, ensinar a fazer algo. Elas são classificadas em
cinco tipos: narração, descrição, dissertação, exposição e injunção.

Já os gêneros textuais são textos orais ou escritos mais específicos determina -


dos pela intenção comunicativa e o contexto em que são utilizados. Considerando
as principais características e estrutura das tipologias existentes, eles surgem dos
cinco tipos de texto.

- Exemplos de gêneros textuais narrativos: romance, conta e novela.

- Exemplos de gêneros textuais descritivos: biografia, cardápio e notícia.

- Exemplos de gêneros textuais dissertativos: monografia, artigo e resenha.

- Exemplos de gêneros textuais expositivos: seminário, palestra e entrevista.

- Exemplos de gêneros textuais injuntivos: receitas, propagandas e manuais.

Para entender melhor essa diferenciação, veja um exemplo:

“Receita de bolo de nozes

Ingredientes:

3 xícaras de farinha de trigo

1 xícara de óleo

1/5 xícara de leite

3 ovos

1 colher de chá de fermento

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Tipologia textual

1 xícara de nozes picadas”

Modo de preparo: bata todos os ingredientes no liquidificador por 3 minutos


na velocidade máxima. Unte uma forma retangular com manteiga e farinha, e
leve ao forno aquecido a 180.º por 30 minutos.”

De acordo com o exemplo acima, temos:

- Tipologia textual utilizada: injunção

- Gênero textual utilizado: receita culinária

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Tipologia textual

Anotações:
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Ortografia 2.0

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Ortografia 2.0

Ortografia 2.0

Mau ou mal

Alguns questionamentos são bem insistentes (ou será que nós é quem insistimos em errar?), entre
eles, o uso correto de mau e mal. Quem nunca se perguntou quando e como usar cada um dos termos,
não é mesmo? Essa é certamente uma das perguntas que sondam nosso particular universo linguístico,
mas nada como pensar um pouquinho para chegar a uma resposta. Se você ainda não sabe qual é o
correto, mau ou mal, fique atento às dicas para nunca mais errar.

Em primeiro lugar, devemos deixar bem claro que as duas formas existem, mau com “u” e mal
com “l”. Apesar de serem foneticamente idênticas, semanticamente são bem diferentes, o que facilita
na hora de escolher a grafia correta. Para usarmos corretamente essas duas palavrinhas-problema,
basta fazer a oposição entre seus antônimos. Observe:

Mal é advérbio, antônimo de bem.

Mau é um adjetivo, antônimo de bom.

Exemplos:

Os governantes fizeram mau uso do dinheiro público. (mau ≠ bom)

O aluno foi embora porque estava sentindo-se mal. (mal ≠ bem)"

Quando se usa há?

A palavra há é uma conjugação do verbo “haver” quando este é impessoal, por isso seus
significados mais comuns são no sentido de “existir” (nesse sentido, “ter”) ou, no caso de tempo
decorrido, “fazer”. Se você substituir o verbo há por um dos verbos citados acima e isso não alterar o
sentido da frase, você já sabe qual a forma correta de escrever.

Veja alguns exemplos:

A meteorologista disse que há muita probabilidade de chuva amanhã.

(A meteorologista disse que existe muita probabilidade de chuva amanhã.)

Há vários livros no meu quarto.

(Tem vários livros no meu quarto.)

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Não nos vemos há muitos anos.

(Não nos vemos faz muitos anos.)

O uso de “há” e “a” pode gerar muitas dúvidas.

Quando se usa a?

A palavra “a” pode ter diversas classificações dependendo do contexto. Costuma estar em várias
locuções e, por isso, seu uso é muito versátil.

Usamos “a” como artigo definido feminino singular, ou seja, para especificar um substantivo
feminino em determinado contexto. Já as preposições conectam uma palavra a outra, gerando sentido
e estabelecendo uma relação de dependência entre elas. A preposição “a” costuma ser regida por
alguns verbos, isto é, eles necessitam dessa preposição para que o enunciado tenha sentido.

Além dos verbos, muitas vezes a preposição “a” aparece em locuções, que são duas ou mais
palavras com a mesma função, cujo sentido surge a partir da junção desses termos, e não da palavra
isolada.

Quando não há sentido de “existir” ou de tempo passado, use a palavra “a”.

Observe os exemplos a seguir:

Estivemos em consulta com a pediatra.

(Artigo)

Eu disse a ela que estava tudo bem.

(Preposição)

Daqui a pouco vai chover.

(Locução adverbial)"

Diferenças entre “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de”

As expressões “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de” costumam causar dúvidas por causa da
sua semelhança. Porém, elas significam coisas totalmente distintas. Vejamos, então, quando usá -las e
o significado de cada uma.

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Ortografia 2.0

Quando se usa “acerca de”?

A expressão “acerca de” é o que chamamos locução prepositiva, situação em que duas ou mais
palavras têm valor morfológico de preposição. Essa expressão tem o significado de “sobre”, “quanto a”,
“a respeito de”. Observe os exemplos:

Na reunião de ontem, foi falado acerca do comportamento dos funcionários.

Assim, conforme o exemplo, na reunião foi falado sobre o comportamento dos funcionários.

Quero tratar acerca dos lucros da empresa. / Quero tratar a respeito dos lucros da empresa.

Atenção: Ressalta-se que, nesse caso, é possível a contração da preposição “de” com o artigo, ou
seja, acerca do — de + o / acerca da — de + a, de modo a concordar com o substantivo posterior.

Quando se usa “a cerca de”?

Primeiramente, é importante lembrar que existe, na língua portuguesa, a expressão “cerca de”,
que significa “perto”, “aproximado”, “junto”, “nas aproximações”. Essa expressão, quando
preposicionada, torna-se “a cerca de”, que mantém o seu significado original. Dessa forma, “a cerca
de” marca distância aproximada no espaço e no tempo futuro.

Exemplos:

O mercado está a cerca de três quilômetros de distância. / O mercado está aproximadamente a


três quilômetros de distância.

A cerca de dois quilômetros, você terá que virar à direita. / Mais ou menos em dois quilômetros,
você terá que virar à direita.

Quando se usa “há cerca de”?

Em “há cerca de”, percebemos a presença do verbo haver na sua forma impessoal: há. Isso faz
com que a expressão ganhe a conotação de tempo passado, como em “há dois anos” = “faz dois anos”,
ou seja, dois anos atrás. Por isso, a expressão marca algum evento acontecido próximo a determinado
tempo passado.

Exemplos:

Há cerca de quatro anos, retornei à cidade. / Aproximadamente há quatro anos, retornei à cidade.

Essa guerra aconteceu há cerca de 200 anos. / Essa guerra aconteceu aproximadamente há 200
anos.

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Ortografia 2.0

Atenção: Vale lembrar que quando ocorre o uso de “há”, este já estabelece a marcação de um
tempo passado, dispensando o uso de “atrás”. Logo, utilizar a expressão “há cerca de dois anos atrás”
configura pleonasmo ou redundância, uma vez que é desnecessário marcar o tempo passado duas
vezes.

Quando se usa “onde”?

“Onde” é um advérbio de lugar e também pode exercer a função de pronome relativo (quando se
refere a um lugar mencionado anteriormente na frase).

Exemplo

“Onde há fumaça, há fogo. ”

Nessa expressão popular, a palavra “onde” indica o lugar em que há fumaça e fogo.

Exemplo

Onde coloquei a minha carteira?

Nessa frase interrogativa, a palavra “onde” indica o lugar (ainda desconhecido) em que o
enunciador colocou sua carteira.

Já na próxima frase, perceba que o pronome relativo “onde” retoma o substantivo “país”:

Angola foi o país onde vivi durante os anos 90.

Portanto, “onde”, nesse exemplo, refere-se ao país Angola, mencionado anteriormente.

Angola é um país onde há belas paisagens.

Mas atenção! Não confunda lugar com tempo. É comum algumas pessoas usarem “onde”
equivocadamente, como em:

Estávamos todos tristes naquele dia, foi onde percebi que ele fazia falta.

Note que o uso da palavra “onde”, nessa frase, não faz sentido, pois essa palavra indica lugar. A
que lugar o enunciador ou enunciadora se refere então? Na verdade, a sua intenção era esta:

Estávamos todos tristes naquele dia, foi quando percebi que ele fazia falta.

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Agora sim, o termo “quando” se refere ao dia (portanto, indica tempo) em que todos estavam
tristes.

Quando se usa aonde?

A bicicleta é o lugar onde os ciclistas estão, para ir aonde eles querem.

A palavra “aonde” é formada pela união da preposição “a” e do advérbio ou pronome relativo
“onde”. Portanto, só usamos esse termo quando ele vem acompanhado de outro termo que exija a
preposição “a”, como é o caso do verbo “chegar” no exemplo seguinte:

Aonde você quer chegar com essa atitude?

Desse modo, quem chega, chega a algum lugar: chegar aonde.

Ou ainda este exemplo:

Vou aonde você quiser.

Nessa frase, o verbo “ir” exige a preposição “a”; portanto, quem vai, vai a algum lugar: vou aonde."

5 hábitos para escrever melhor e não errar mais a fim de ou afim

1. Leia mais

A leitura estimula o cérebro e contribui com o aprendizado.

Embora seja fundamental conhecer as regras da língua portuguesa, a compreensão delas pode
ser facilitada ao assimilar os exemplos aplicados.

2. Troque a ligação por uma mensagem

A ideia aqui é fazer com que a escrita seja mais presente na sua vida.

Você não precisa se concentrar apenas em construir textos longos.

Ao redigir mensagens, e-mails ou cartas, por exemplo, você acaba treinando, além da ortografia,
a sua capacidade criativa.

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Ortografia 2.0

3. Dê uma folga para o corretor ortográfico

Você é daqueles que vive com o corretor sempre ligado?

Então, que tal desativá-lo um pouco?

A ferramenta é, de fato, uma aliada do mundo moderno, mas você não pode ficar refém dela.

4. Pesquise sempre que houver dúvidas

Na hora de escrever, incertezas sempre vão surgir.

Por isso, nesses casos, não hesite em fazer algumas pesquisas para descobrir a escrita correta.

Você pode consultar, por exemplo, o sistema de busca do Vocabulário Ortográfico da Língu a
Portuguesa.

Lá, é possível digitar uma palavra e verificar se ela, realmente, existe no nosso idioma e se está
com a grafia certa.

5. Continue estudando

Para melhorar o aprendizado em qualquer área, é fundamental se manter sempre atualizado,


buscando novos conhecimentos.

A educação continuada é uma alternativa excelente para desenvolver habilidades como o


vocabulário, a comunicação, a criatividade e a visão estratégica, dentre outras.

Mais ou Mas?

O “mais” e o “mas” são duas palavras que tem um som parecido, no entanto, são utilizadas em
contextos distintos. Confira abaixo a diferença entre elas e suas regras de uso.

Mais

A palavra “mais” possui como antônimo o “menos”. Nesse caso, ela indica a soma ou o aumento
da quantidade de algo.

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Ortografia 2.0

Embora seja mais utilizada como advérbio de intensidade, dependendo da função que exerce na
frase, o “mais” pode ser substantivo, preposição, pronome indefinido ou conjunção.

Exemplos:

Quero ir mais vezes para a Europa.

Hoje vivemos num mundo melhor e mais justo.

Jonatas foi à festa com seu amigo mais sua namorada.

Dica: Uma maneira de saber se você está usando a palavra corretamente é trocar pelo seu
antônimo “menos”.

Mas

A palavra, “mas” pode desempenhar o papel de substantivo, conjunção ou advérbio.

1. Como substantivo, o, “mas” está associado a algum defeito.

Exemplo: Nem, mas, nem meio, mas, faça já seus deveres de casa.

2. Como conjunção adversativa, o, “mas” é utilizado quando o locutor quer expor uma ideia
contrária a que foi dita anteriormente.

Exemplo: Sou muito calmo, mas estou muito nervoso agora.

Nesse caso, ela possui o mesmo sentido de: porém, todavia, contudo, entretanto, contanto que,
etc.

3. Como advérbio, o “mas” é empregado para enfatizar alguma informação.

Exemplo: Ela é muito dedicada, mas tão dedicada, que trabalhou anos vendendo doces.

Não confunda!

A palavra "más" com acento é o plural de "má", ou seja, é um adjetivo sinônimo de ruim, por
exemplo:

Nesse semestre suas notas estão muito más.

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Ortografia 2.0

Exercícios

Mais ou Mas

1. (Cesgranrio) para estar de acordo com a norma-padrão, a frase abaixo deve ser completada.

Esperamos que, daqui ____ alguns anos, não tenhamos de lidar ____ com os mesmos problemas
que enfrentamos já ____ duas décadas no Brasil.

A sequência de palavras que completa as lacunas acima de acordo com a norma-padrão é:

a) a – mas – há

b) a – mais – a

c) a – mais – há

d) há – mas – há

e) há – mais – a

Alternativa c: a – mais – há

Exercícios resolvidos sobre “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de”

Questão 1

Analise o uso das expressões “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de” nas proposições a seguir e
marque a alternativa correta:

I - Meu carro está estacionado a cerca de 100 metros daqui.

II - Conversamos muito acerca do divórcio.

III - A cerca de 300 anos, iniciou-se a jornada do grande homem.

Onde ou aonde

"Questão 1 - Todas as orações a seguir apresentam o uso correto dos termos “onde” e “aonde”,
exceto:

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Ortografia 2.0

a) Não sei onde está o meu caderno e nem onde coloquei meu lápis.

b) Não se esqueça de que aonde você estiver, eu estarei com você.

c) O mundo onde você vive é mais do que especial, é fantasioso.

d) Levarei o dinheiro aonde você quiser, mas só quando eu puder.

e) Na cidade onde moro, não tenho segurança para ir aonde quero.

Resolução

Alternativa “b”. Nesse período, o verbo “estar” não exige preposição. Portanto, o correto, segundo
a norma-padrão, é “onde você estiver”, ou seja, o lugar em que “você estiver”."

a) Apenas a proposição I está correta.

b) Apenas a proposição II está correta.

c) Apenas a proposição III está correta.

d) Estão corretas as proposições I e II.

e) Estão corretas as proposições I e III.

Resolução:

Alternativa correta: letra D

A proposição I apresenta uma conotação de proximidade. Isso justifica o uso da expressão “a cerca
de”.

A proposição II apresenta o significado “conversar sobre algo”, por isso “acerca de” é a proposição
correta.

A proposição III está incorreta, uma vez que referencia tempo passado. Assim, “há cerca de” seria
a opção correta.

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Ortografia 2.0

2. (FGV-SP) Assinale a alternativa em que as formas mal ou mau estão utilizadas de acordo com a
norma culta:

a) Mau agradecidas, as juízas se postaram diante do procurador, a exigir recompensas.

b) Seu mal humor ultrapassa os limites do suportável.

c) Mal chegou a dizer isso, e tomou um sopapo que o lançou longe.

d) As respostas estavam mau dispostas sobre a mesa, de forma que ninguém sabia a sequência
correta.

e) Então, mau ajeitada, desceu triste para o salão, sem perceber que alguém a observava.

Alternativa c: Mal chegou a dizer isso, e tomou um sopapo que o lançou longe.

A ou há

1 – Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas:

Explicamos ___ ela que não seria possível ___ devolução hoje, pois fecharíamos dali ___ cinco
minutos. Mas vamos avisar que ___ possibilidade de devolução amanhã.

a) a; a; há; há.

b) há; a; a; a.

c) a; a; há; a.

d) a; a; a; há.

2 – Assinale a alternativa que apresenta uso correto do termo “há” de acordo com a norma-padrão
da língua portuguesa:

a) Há tempos que queria fazer isso.

b) Demos presentes há várias crianças.

c) Esperava há entrega por muito tempo.

d) Há dez horas atrás, ocorreu um acidente.

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Ortografia 2.0

Respostas

1 – d)

Explicamos a ela = preposição

Não seria possível a devolução = artigo

Dali a cinco minutos = preposição, tempo futuro

Avisar que há possibilidade = verbo haver no presente do indicativo

2 – a)

No item b), o correto seria a, pois trata-se de preposição.

No item c), o correto seria a, pois trata-se de artigo.

No item d), o correto de fato é há, porém, a construção “há ... atrás” não está de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa."

12
Acentuação gráfica

Acentuação gráfica

MÉRITO
Apostilas 1
Acentuação gráfica

O acento gráfico é um sinal de escrita. A acentuação gráfica consiste na colocação


de acento ortográfico para indicar a pronúncia de uma vogal ou marcar a sílaba
tônica de uma palavra. Os acentos gráficos da língua portuguesa são:

Acento agudo (´)

Esse sinal, inclinado para a direita (´), indica que a tônica tem som aberto e recebe
o nome de acento agudo.

Acento grave (`)

O acento grave, inclinado para a esquerda (`), possui outra função, que é assinalar
uma fusão, a crase.

Acento circunflexo (^)

Se a sílaba tônica é fechada, temos o acento circunflexo (^): avô.

O acento gráfico não deve ser confundido com o acento tônico. O acento tônico
tem maior intensidade de voz apresentada por uma sílaba quando pronunciamos
determinadas palavras:

calor - a sílaba lor é a de maior intensidade.

faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade.

sólido - a sílaba só é a de maior intensidade.

Acentuação das palavras oxítonas


As palavras oxítonas são aquelas em que a última sílaba é tônica (mais forte). Elas
podem ser acentuadas com o acento agudo e com o acento circunflexo.

Oxítonas que recebem acento agudo

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


Recebem acento agudo as palavras oxítonas está, estás, já, olá; até, é, és, olé,

2
Acentuação gráfica

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


terminadas em vogais tônicas abertas -a, -e pontapé(s); vó(s), dominó(s),
ou -o seguidas ou não de -s. paletó(s), só(s)
bebé ou bebê; bidé ou bidê; canapé
No caso de palavras derivadas do francês e
ou canapê; croché ou crochê;
terminadas com a vogal -e, são admitidos
matiné ou matinê
tanto o acento agudo quanto o circunflexo.

adorá-lo (de adorar + lo) ou adorá-


Quando conjugadas com os pronomes -lo(s) los (de adorar + los); fá-lo (de faz +
ou -la(s) terminando com a vogal tônica lo) ou fá-los (de faz + los)
aberta -a após a perda do -r, -s, ou -z. dá-la (de dar + la) ou dá-las (de dar
+ las)
Recebem acento as palavras oxítonas com acém, detém, deténs, entretém,
mais de uma sílaba terminadas no ditongo entreténs, harém, haréns, porém,
nasal grafado -em e -ens. provém, provéns, também
São acentuadas as palavras oxítonas com os anéis, batéis, fiéis, papéis,
ditongos abertos grafados -éu, éi ou -ói, chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); herói(s),
seguidos ou não de -s. remói

Obs.: há exceção nas formas da terceira pessoa do plural do presente do indicativo


dos derivados de "ter" e "vir". Nesse caso, elas recebem acento circunflexo (retêm,
sustêm; advêm, provêm).

Oxítonas que recebem acento circunflexo

Exemplos de palavras com


Regras de acentuação gráfica
acento
cortês, dê, dês (de dar), lê,
São acentuadas as palavras oxítonas terminadas nas
lês (de ler), português,
vogais tônicas fechadas grafadas -e ou -o, seguidas ou
você(s); avô(s), pôs (de
não de -s.
pôr), robô(s)
As formas verbais oxítonas, quando conjugadas com
detê -lo(s); fazê -la(s); vê -
os pronomes clíticos -lo(s) ou -la(s) terminadas com as
la(s); compô-la(s); repô-
vogais tônicas fechadas -e ou -o após a perda da
la(s); pô-la(s)
consoantes final -r, -s ou -z, são acentuadas.

3
Acentuação gráfica

Obs.: usa-se, ainda, o acento circunflexo para diferenciar a forma verbal "pôr" da
preposição "por".

Acentuação das palavras paroxítonas


As palavras paroxítonas são aquelas em que a penúltima sílaba é tônica (mais
forte).

Paroxítonas que recebem acento agudo

Exemplos de palavras com


Regras de acentuação gráfica
acento
Recebem acento agudo as paroxítonas que dócil, dóceis; fóssil, fósseis;
apresentam, na sílaba tônica, as vogais abertas réptil, répteis; córtex, córtices;
grafadas -a, -e, -o, -i e -u e que terminam em -l, -n, tórax; líquen, líquenes; ímpar,
-r, -x e -s, e algumas formas do plural, que passam ímpares
a proparoxítonas.
fêmur e fémur; ónix e ônix;
pónei e pônei; ténis e tênis;
É admitida dupla grafia em alguns casos.* bónus e bônus; ónus e ônus;
tónus e tônus

órfã, órfãs; órfão, órfãos; órgão,


Palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba
órgãos; sótão, sótãos; jóquei,
tônica, as vogais abertas grafadas -a, -e, -i, -o e -u,
jóqueis; fáceis, fácil; bílis, íris,
e que terminam em -ã, -ão, -ei, -um ou -uns são
júri, oásis, álbum, fórum, húmus
acentuadas nas formas singular e plural das
e vírus
palavras.

Obs.: não se acentuam graficamente os ditongos representados por -ei e -oi da


sílaba tônica das paroxítonas:
assembleia, boleia, ideia, onomatopeico, proteico, alcaloide, apoio (do verbo
apoiar), tal como apoio (substantivo), boia, heroico, jiboia, moina, paranoico, zoina.

4
Acentuação gráfica

Exemplos de palavras paroxítonas não acentuadas: enjoo, grave, homem, mesa,


Tejo, vejo, velho, voo, avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro,
descobrimento, graficamente e moçambicano.
*Atenção! Quando duas formas são indicadas como válidas, embora sejam ambas
corretas, não são necessariamente recomendadas em todos os países.

Paroxítonas e o uso do acento circunflexo

Exemplos de palavras com


Regras de acentuação gráfica
acento
Palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tônica,
as vogais fechadas com a grafia -a, -e e -o, e que cônsul, cônsules; têxtil,
terminam em -l, -n, -r ou -x, assim como as têxteis; plâncton, plânctons
respetivas formas do plural, algumas das quais se
tornam proparoxítonas.
Também recebem acento circunflexo as palavras
que contêm, na sílaba tônica, vogais fechadas com Estêvão, zângão,
a grafia -a, -e e -o, e que terminam em -ão(s), -eis ou escrevêsseis, ânus
-us.
São grafadas com acento circunflexo as formas dos abstêm, advêm, contêm,
verbos "ter" e "vir", na terceira pessoa do plural do convêm, desconvêm, detêm,
presente do indicativo ("têm" e "vêm"). O mesmo é entretêm, intervêm, mantêm,
aplicado algumas formas verbais derivadas. obtêm, provêm, sobrevêm
Não é usado o acento circunflexo nas palavras creem, deem, descreem,
paroxítonas que contêm um tônico oral fechado em desdeem, leem, preveem,
hiato com terminação -em, da terceira pessoa do redeem, releem, reveem,
plural do presente do indicativo. veem
enjoo – substantivo e flexão
de enjoar
Não é usado o acento circunflexo com objetivo de
povoo – flexão de povoar
assinalar a vogal tônica fechada na grafia das
voo – substantivo e flexão de
palavras paroxítonas.
voar

Não são usados os acentos circunflexo e agudo para – flexão de parar.


para distinguir as palavras paroxítonas quando têm pela/pelo – preposição de
a vogal tônica aberta ou fechada em palavras pela, quando substantivo de
homógrafas de palavras proclíticas no singular e pelar.

5
Acentuação gráfica

Exemplos de palavras com


Regras de acentuação gráfica
acento
pelo – substantivo de per +
lo.
polo – combinação de per +
plural.
lo e na combinação de por +
lo

Atenção! O acento circunflexo é obrigatório na palavra pôde na terceira pessoa do


singular do pretérito perfeito do indicativo. Isso acontece para distingui-la da
forma verbal correspondente do presente do indicativo: pode.

O acento circunflexo é facultativo no verbo demos, conjugado na primeira pessoa


do presente do indicativo. Isso ocorre para estabelecer distinção da forma
correspondente no pretérito perfeito do indicativo: demos.

Também é facultativo o uso de acento circunflexo no substantivo fôrma como


distinção do verbo formar na segunda pessoa do singular imperativo: forma.

Vogais tônicas

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


Adaís – plural de Adail, aí, atraí (de atrair),
As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das
baú, caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país,
palavras oxítonas e paroxítonas
alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraíam (de
recebem acento quando são
atrair), atraísse (id.), baía, balaústre,
antecedidas de uma vogal com a qual
cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha,
não formam ditongo e desde que não
graúdo, influíste (de influir), juízes, Luísa,
constituam sílaba com a consoante
miúdo, paraíso, raízes, recaída, ruína, saída
seguinte.
e sanduíche
Recebem acento agudo as vogais
Piauí
tônicas grafadas com -i e -u, quando
teiú – teiús
precedidas de ditongo na posição
tuiuiú – tuiuiús
final ou seguidas de -s.
Recebe acento agudo a vogal tônica atraí-lo(s), atraí-lo(s) –ia, possuí-la(s),
grafada -i das palavras oxítonas

6
Acentuação gráfica

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


terminadas em -r dos verbos
terminados em -air e -uir, quando
possuí-la(s)-ia – de possuir-la(s)-ia
combinadas com -lo(s), -la(s)
considerando a assimilação e perda
do -r nas palavras.
As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das
palavras oxítonas e paroxítonas não
recebem acento quando são bainha, moinho, rainha, Adail, Coimbra,
antecedidas de uma vogal com a qual ruim, ainda, constituinte, oriundo, ruins,
não formam ditongo, e desde que não triunfo, atrair,influir, influirmos, juiz e raiz
constituam sílaba com a consoante
seguinte nos casos de -nh, -l, -m, -n, -r
e -z.

Não recebem acento agudo as vogais arguir, redarguir, aguar, apaniguar,


tônicas das palavras paroxítonas nas apaziguar, apropinquar, averiguar,
formas rizotônicas de alguns verbos. desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir

Não recebem acento agudo os


distraiu; instruiu
ditongos tônicos grafados -iu e -ui,
quando precedidos de vogal.
Não é utilizado acento agudo nas
vogais tônicas grafadas em -i e -u das
baiuca; boiuno; cheinho; sainha
palavras paroxítonas quando
precedidas de ditongo.

Acentuação das palavras proparoxítonas


As palavras proparoxítonas são aquelas em que a antepenúltima sílaba é a tônica
(mais forte), sendo que todas são acentuadas.

Proparoxítonas que recebem acento agudo

Exemplos de palavras
Regras de acentuação gráfica
com acento
Recebem acento agudo as palavras proparoxítonas que árabe, cáustico,
apresentam na sílaba tônica as vogais abertas grafadas Cleópatra, esquálido,

7
Acentuação gráfica

Exemplos de palavras
Regras de acentuação gráfica
com acento
exército, hidráulico,
líquido, míope, músico,
-a, -e, -i, -o e -u começando com ditongo oral ou vogal
plástico, prosélito,
aberta.
público, rústico, tétrico,
último
Recebem acento agudo as palavras proparoxítonas
Álea, náusea; etéreo,
aparentes quando apresentam na sílaba tônica as
níveo; enciclopédia,
vogais abertas grafadas -a, -e, -i, -o e -u ou ditongo oral
glória; barbárie, série;
começado por vogal aberta, e que terminam por
lírio, prélio; mágoa,
sequências vocálicas pós-tônicas praticamente
nódoa; exígua; exíguo,
consideradas como ditongos crescentes -ea, -eo, -ia, -
vácuo
ie, -io, -oa, -ua e -uo).

Proparoxítonas que recebem acento circunflexo

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


anacreôntico, cânfora, cômputo,
Recebem acento circunflexo as
devêramos (de dever), dinâmico, êmbolo,
palavras proparoxítonas que
excêntrico, fôssemos (de ser e ir),
apresentam na sílaba tônica vogal
Grândola, hermenêutica, lâmpada,
fechada ou ditongo com a vogal básica
lôbrego, nêspera, plêiade, sôfrego,
fechada e as chamadas proparoxítonas
sonâmbulo, trôpego. Amêndoa, argênteo,
aparentes.
côdea, Islândia, Mântua e serôdio
Recebem acento circunflexo as
palavras proparoxítonas, reais ou
acadêmico, anatômico, cênico, cômodo,
aparentes, quando as vogais tônicas
fenômeno, gênero, topônimo, Amazônia,
são grafadas e/ou estão em final de
Antônio, blasfêmia, fêmea, gêmeo, gênio e
sílaba e são seguidas das consoantes
tênue
nasais grafadas -m ou -n obedecendo
ao timbre.

Atenção! Palavras derivadas de advérbios ou adjetivos não são acentuadas.

Avidamente - de ávido

Debilmente - de débil

8
Acentuação gráfica

Crase
A crase é usada na contração da preposição a com as formas femininas do artigo
ou pronome demonstrativo a: à (de a + a), às (de a + as).

Também é usada a crase na contração da preposição "a" com os pronomes


demonstrativos:

àquele(s)

àquela(s)

àquilo

Trema
O sinal de trema (¨) é inteiramente suprimido em palavras da língua portuguesa e
só é utilizado nas palavras derivadas de nomes próprios.

Exemplo: Müller - de mülleriano

9
Acentuação gráfica

Exercícios
Exercício 1

(IFSC) Assinale a alternativa CORRETA quanto à acentuação gráfica.

a) Aquí dá muito cajú de maio a setembro.

b) No rítmo em que andavamos, levaríamos toda a manhã para percorrer duas


léguas.

c) Para mantê-los saudáveis é melhor alimentá-los com legumes crus.

d) Joel tinha os biceps mal definidos e o tórax exagerado para alguem tão baixo.

e) O juíz condenou-o a devolver com juros aos cófres publicos todo o dinheiro
desviado.

Exercício 2

(UFPR) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por


serem oxítonos:

a) paletó, avô, pajé, café, jiló

b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis

c) você, capilé, Paraná, lápis, régua

d) amém, amável, filó, porém, além

e) caí, aí, ímã, ipê, abricó

10
Acentuação gráfica

Exercício 3

(Cesgranrio) Aponte a única série em que pelo menos um vocábulo apresente erro
no que diz respeito à acentuação gráfica:

a) pegada - sinonímia

b) êxodo - aperfeiçoe

c) álbuns - atraí-lo

d) ritmo - itens

e) redimí-la – grátis

Exercício 4

(PUC-Campinas) Assinale a alternativa de vocábulo corretamente acentuado:

a) hífen

b) ítem

c) ítens

d) rítmo

e) n.d.a

11
Acentuação gráfica

Exercício 5

(UFF) Só numa série abaixo estão todas as palavras acentuadas corretamente.


Assinale-a:

a) rápido, séde, côrte

b) ananás, ínterim, espécime

c) corôa, vatapá, automóvel

d) cometi, pêssegozinho, viúvo

e) lápis, raínha, côr

Exercício 6

(UFSCar) Estas revistas que eles ___ , ___ artigos curtos e manchetes que todos ___ .

a) leem - tem - vêem

b) lêm - têem - vêm

c) leem - têm - veem

d) lêem - têm - vêm

e) lêm - tem - vêem

12
Acentuação gráfica

Gabarito
Exercício 1

Alternativa c: Para mantê-los saudáveis é melhor alimentá-los com legumes crus.

Mantê-los, porque é uma palavra oxítona (última sílaba é tônica: man-tê) e, de


acordo com a regra de acentuação das oxítonas, quando as palavras terminam em
vogal fechada “e” e são conjugadas com os pronomes -lo(s), la(s), como se verifica
neste caso, elas levam acento circunflexo;

Saudáveis, porque é uma palavra paroxítona (penúltima sílaba é tônica: sau-dá-


veis) e, de acordo com a regra de acentuação das paroxítonas, são acentuadas as
palavras cuja sílaba tônicas contenham vogal aberta “a” e terminem em “l” (sau-dá-
vel), sendo que o mesmo acontece quando elas passam para o plural (sau-dá-veis);

Alimentá-los, porque é uma palavra oxítona (última sílaba é tônica: a-li-men-tá) e,


de acordo com a regra de acentuação das oxítonas, quando as palavras terminam
em vogal aberta “a” e são conjugadas com os pronomes -lo(s), la(s), como se verifica
neste caso, elas levam acento agudo.

Exercício 2

Alternativa a: paletó, avô, pajé, café, jiló.

Todas as palavras acima são oxítonas, ou seja, a sílaba tônica de todas elas é a
última: pa-le-tó, a-vô, pa-jé, ca-fé, ji-ló. De acordo com as regras de acentuação das
oxítonas, recebem acento agudo as palavras oxítonas terminadas em vogais
abertas “a, e, o” (pa-le-tó, pa-jé, ca-fé, ji-ló), enquanto recebem acento circunflexo
as palavras oxítonas terminadas em vogais fechadas “e, o” (a-vô).

Exercício 3

Alternativa e: redimí-la - grátis.

Redimi-la (re-di-mi-la) não é acentuada, porque as palavras oxítonas (última sílaba


tônica) que são acentuadas quando conjugadas com os pronomes -lo(s), -la(s) são
as que terminam em vogal “a”, e neste caso, a palavra termina em “i”.

13
Acentuação gráfica

Grátis (grá-tis) está acentuada de forma correta, porque é uma palavra paroxítona
(penúltima sílaba tônica) que tem na sílaba tônica a vogal aberta “a” termina em -s.

Exercício 4

Alternativa a: hífen.

A palavra “hífen” é paroxítona, o que significa que a sua sílaba tônica é a penúltima
(hí-fen). Assim, de acordo com a regra, são acentuadas as palavras paroxítonas que
contenham na sílaba tônicas as vogais abertas “a, e, i, o, u” e terminam em “l, n, r, x,
s”. É o caso de “grátis”, que tem vogal aberta “a” e termina em “s”.

Exercício 5

Alternativa b: ananás, ínterim, espécime.

Ananás (a-na-nás), porque é uma oxítona, ou seja, palavra cuja última sílaba é
tônica. De acordo com a regra, as palavras oxítonas terminadas em vogal aberta “a,
e, o”, seguidas ou não de “s” são acentuadas, como acontece neste caso.

Ínterim (ín-te-rim) e espécime (es-pé-ci-me), porque são proparoxítonas, ou seja,


palavras cuja antepenúltima sílaba é tônica. De acordo com as regras, todas as
palavras proparoxítonas - sem exceção - são acentuadas.

Exercício 6

Alternativa c: leem - têm - veem.

Leem (le-em) e veem (ve-em) não são acentuadas porque não se usa acento
circunflexo nas palavras paroxítonas (penúltima sílaba tônica) que na sua sílaba
tônica têm um hiato fechado (encontro vocálico que se separa) e que terminem
com "em".

Têm é acentuada, porque as formas dos verbos “ter” e “vir” na terceira pessoal do
plural do presente do indicativo levam acento circunflexo.

14
Classes gramaticais

Classes gramaticais

MÉRITO
Apostilas 1
Classes gramaticais

Classe gramatical

É a classificação das palavras em grupos de acordo com a sua função na lín -


gua portuguesa. Elas podem ser variáveis e invariáveis, dividindo-se da seguinte
forma:

Palavras variáveis - aquelas que variam em gênero, número e grau: subs -


tantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo e numeral.

Palavras invariáveis - as que não variam: preposição, conjunção, interjeição


e advérbio.

As classes de palavras ou classes gramaticais são dez: substantivo, verbo, ad-


jetivo, pronome, artigo, numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio.

1. Substantivo

Substantivo é a palavra que nomeia os seres em geral, desde objetos, fenô-


menos, lugares, qualidades, ações, dentre outros, tais como: Ana, Brasil, beleza.

Exemplos de frases com substantivo:

• A Ana é super inteligente.

• O Brasil é lindo.

• A tua beleza me encanta.

Há vários tipos de substantivos: comum, próprio, concreto, abstrato, coletivo.

2. Verbo

Verbo é a palavra que indica ações, estado ou fenômeno da natureza, tais


como: sairemos, corro, chovendo.

Exemplos de frases com verbo:

• Sairemos esta noite?

• Corro todos os dias.

• Chovendo, eu não vou.

2
Classes gramaticais

Os verbos são classificados em: regulares, irregulares, defectivos e abundan-


tes.

3. Adjetivo

Adjetivo é a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos, tais


como: feliz, superinteressante, amável.

Exemplos de frases com adjetivo:

• A criança ficou feliz.

• O artigo ficou superinteressante.

• Sempre foi amável comigo.

4. Pronome

Pronome é a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a


relação das pessoas do discurso, tais como: eu, contigo, aquele.

Exemplos de frases com pronome:

• Eu aposto como ele vem.

• Contigo vou até a Lua.

• Aquele tipo não me sai da cabeça.

Há vários tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, relati-


vos, indefinidos e interrogativos.

5. Artigo

Artigo é a palavra que antecede o substantivo, tais como: o, as, uns, uma.

Exemplos de frases com artigo:

• O menino saiu.

• As meninas saíram.

• Uns constroem, outros destroem.

• Uma chance é o que preciso.

3
Classes gramaticais

Os artigos são classificados em: definidos e indefinidos.

6. Numeral

Numeral é a palavra que indica a posição ou o número de elementos, tais


como: um, primeiro, dezenas.

Exemplos de frases com numeral:

• Um pastel, por favor!

• Primeiro as damas.

• Dezenas de pessoas estiveram presentes.

Os numerais são classificados em: cardinais, ordinais, multiplicativos, fracio-


nários e coletivos.

7. Preposição

Preposição é a palavra que liga dois elementos da oração, tais como: a, após,
para.

Exemplos de frases com preposição:

• Entreguei a carta a ele.

• As portas abrem após as 18h.

• Isto é para você.

As preposições são classificadas em: preposições essenciais e preposições


acidentais.

8. Conjunção

Conjunção é a palavra que liga dois termos ou duas orações de mesmo valor
gramatical, tais como: mas, portanto, conforme.

Exemplos de frases com conjunção:

• Vou, mas não volto.

• Portanto, não sei o que fazer.

4
Classes gramaticais

• Dançar conforme a dança.

As conjunções são classificadas em coordenativas (aditivas, adversativas, al-


ternativas, conclusivas e explicativas) e subordinativas (integrantes, causais, com -
parativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, temporais, fi -
nais e proporcionais).

9. Interjeição

Interjeição é a palavra que exprime emoções e sentimentos, tais como: Olá!,


Viva! Psiu!.

Exemplos de frases com interjeição:

• Olá! Sou a Maria.

• Viva! Conseguimos ganhar o campeonato.

• Psiu! Não faça barulho aqui.

10. Advérbio

Advérbio é a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, ex-


primindo circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros, tais como:
melhor, demais, ali.

Exemplos de frases com advérbio:

• O melhor resultado foi o do atleta estrangeiro.

• Não acha que trouxe folhas demais?

• O restaurante é ali.

Os advérbios são classificados em: modo, intensidade, lugar, tempo, negação,


afirmação e dúvida.

5
Classes gramaticais

Anotações:
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Classes gramaticais

Exercícios
Exercício 1

Indique a que classe de palavras pertencem as palavras em negrito.

a) As meninas são tão corajosas quanto os meninos.

b) Coragem!

c) Falta a coragem…

d) Com seus trinta anos já era para ter juízo.

e) Há uns anos não sabia o que fazer da vida.

f) Fazer o bem sem olhar a quem.

7
Classes gramaticais

Gabarito
Exercício 1

A) Adjetivo - classe de palavras que atribui característica ao substantivo. Na


oração, temos: meninas (substantivo), corajosas (adjetivos).

B) Interjeição - classe de palavras que expressa sensações e é sempre


acompanhada de ponto de exclamação. "Coragem!" é uma interjeição de
ânimo.

C) Substantivo - classe de palavras que nomeia seres, fenômenos, entre muitos


outros. Na oração, "coragem" é um substantivo abstrato.

D) Pronome - classe de palavras que substitui ou acompanha os substantivos.


Na oração, "seus" é um pronome possessivo.

E) Artigo - classe de palavras que acompanham o substantivo de forma a


determinar seu número (singular ou plural) e seu gênero (feminino ou
masculino). Na oração "uns" é um artigo indefinido plural, masculino.

F) Substantivo - classe de palavras que nomeia seres, fenômenos, entre muitos


outros. Na oração, "bem" é um substantivo abstrato, porque foi
substantivada em decorrência da utilização do artigo "o" (o bem). Em outros
contextos, essa mesma palavra pode assumir a função de advérbio, tal
como na alternativa seguinte, em que "bem" é um advérbio de modo: "Os
trabalhos ficaram muito bem feitos.".

8
Crase

Crase

MÉRITO
Apostilas 1
Crase

A crase caracteriza-se como a fusão de duas vogais idênticas, relacionadas ao


emprego da preposição “a” com o artigo feminino a (s), com o “a” inicial referente
aos pronomes demonstrativos – aquela (s), aquele (s), aquilo e com o “a”
pertencente ao pronome relativo a qual (as quais). Casos estes em que tal fusão se
encontra demarcada pelo acento grave (`): à(s), àquela, àquele, àquilo, à qual, às
quais.

Quando usar crase


Antes de palavras femininas

Fui à escola.

Fomos à praça.

Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir)

Vou à padaria.

Fomos à praia.

Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas

Saímos à noite.

À medida que o tempo passa as amizades aumentam.

Exemplos de locuções: à medida que, à noite, à tarde, às pressas, às vezes, em


frente a, à moda de.

2
Crase

Antes dos Pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele

No verão, voltamos àquela praia.

Refere-se àquilo que aconteceu ontem na festa.

Antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida

Veste roupas à (moda de) Luís XV.

Dribla à (moda de) Pelé.

Uso da crase na indicação das horas

Utiliza-se a crase antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas:

Termino meu trabalho às cinco horas da tarde.

Saio da escola às 12h30.

Por outro lado, quando acompanhadas de preposições (para, desde, após, perante,
com), não se utiliza a crase, por exemplo:

Ficamos na reunião desde as 12h.

Chegamos após as 18h.

O congresso está marcado para as 15h.

Quando não usar crase


Antes de palavras masculinas

Jorge tem um carro a álcool.

Samuel comprou um jipe a diesel.

3
Crase

Antes de verbos que não indiquem destino

Estava disposto a salvar a menina.

Passava o dia a cantar.

Antes de pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo

Falamos a ela sobre o ocorrido

Ofereceram a mim as entradas para o cinema.

Os pronomes do caso reto são: eu, tu, ele, nós, vós, eles.

Os pronomes do caso oblíquo são: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe.

Antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa

Era a isso que nos referíamos.

Quando aderir a esse plano, a internet ficará mais barata.

Crase facultativa
1. Depois da preposição “até”

Exemplos:

Vou até a faculdade agora. OU Vou até à faculdade agora.

Vamos até a feira? OU Vamos até à feira?

Fui até a loja de manhã. OU Fui até à loja de manhã.

Explicação:

4
Crase

A crase é a junção da preposição "a" com o artigo "a". Para não escrever “Vou a a
praia”, usamos o acento grave para indicar essa soma (a + a).

Bem, “até” é preposição e, sendo assim, não há soma de “a + a”: Vou até a faculdade.

Mas, também podemos dizer “até a”. “Até a” é uma locução prepositiva e, neste
caso, há a soma de “a + a”: “Vou até a a faculdade” é o mesmo que “Vou até à
faculdade”.

Por isso, as duas formas estão corretas: “até a” ou “até à”.

1.1. “Até” antes de horas

Antes da indicação de um horário usamos crase, mas se antes das horas vier a
preposição “até”, o seu uso é facultativo.

Exemplos:

Chegarei ao restaurante até as 20h. OU Chegarei ao restaurante até às 20h.

O médico atenderá o paciente até as 14h. OU O médico atenderá o paciente


até às 14h.

Até as 11h devo ligar para você. OU Até às 11h devo ligar para você.

2. Antes dos nomes próprios femininos

Exemplos:

Custa a Maria ver o filho sofrer. OU Custa à Maria ver o filho sofrer.

Obedeça a Joana! OU Obedeça à Joana!

Informou a Ana. OU Informou à Ana.

Explicação:

O uso do artigo é facultativo antes de nomes próprios femininos:

Maria é uma simpatia. OU A Maria é uma simpatia.

5
Crase

Joana é inglesa. OU A Joana é inglesa.

Ana está atrasada. OU A Ana está atrasada.

Uma vez que não haja artigo “a” haverá apenas a presença da preposição “a”, logo,
não há crase.

No entanto, se considerarmos a preposição e o artigo (a + a), então há crase.


Ambas opções estão corretas.

3. Antes dos pronomes possessivos

Exemplos:

Não iremos a tua casa. OU Não iremos à tua casa.

Querem assistir a nossa reportagem? OU Querem assistir à nossa reportagem?

Vamos a minha casa! OU Vamos à minha casa!

Explicação:

O uso do artigo também é facultativo antes dos pronomes possessivos. É por isso
que antes deles o uso ou não da crase está correto:

Tua casa é bonita. OU A tua casa é bonita.

Nossa reportagem está ótima. OU A nossa reportagem está ótima.

Minha casa está uma bagunça! OU A minha casa está uma bagunça!

Para lembrar: os pronomes possessivos femininos são: minha(s), tua(s), sua(s),


nossa(s), vossa(s).

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Crase

Anotações:
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Crase

Exercícios
Exercício 1

(ESAN - Escola Superior de Administração de Negócios de São Paulo) Das frases


abaixo, apenas uma está correta, quanto à crase. Assinale-a:

a) Devemos aliar a teoria à prática.

b) Daqui à duas semanas ele estará de volta.

c) Dia à dia, a empresa foi crescendo.

d Ele parecia entregue à tristes cogitações.

e) Puseram-se à discutir em voz alta.

Exercício 2

(FCC - Fundação Carlos Chagas) É preciso suprimir um ou mais sinais de crase em:

a) À falta de coisa melhor para fazer, muita gente assiste à televisão sem sequer
atentar para o que está vendo.

b) Cabe à juventude de hoje dedicar-se à substituição dos apelos do mercado por


impulsos que, em sua verdade natural, façam jus à capacidade humana de sonhar.

c) Os sonhos não se adquirem à vista: custa tempo para se elaborar dentro de nós a
matéria de que são feitos, às vezes à revelia de nós mesmos.

d) Compreenda-se quem aspira à estabilidade de um emprego, mas prestem-se


todas as homenagens àquele que cultiva seus sonhos.

e) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu pragmatismo
não está à salvo de ser o responsável pela frustração de toda uma geração.

8
Crase

Gabarito
Exercício 1

Alternativa A) Devemos aliar a teoria à prática.

Exercício 2

Alternativa E) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu
pragmatismo não está à salvo de ser o responsável pela frustração de toda uma
geração.

9
Sintaxe da oração

Sintaxe da oração

1
Sintaxe da oração

Sintaxe da oração

A sintaxe é a parte da gramática que estuda a estrutura da frase, analisando as funções que as
palavras desempenham numa oração e as relações que estabelecem entre si. A sintaxe estuda
também as relações existentes entre as diversas orações que formam um período.

Estudo da relação entre os termos da oração

Segundo uma análise sintática, a oração se encontra dividida em:

• termos essenciais;

• termos integrantes;

• termos acessórios.

Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado.


Os termos integrantes da oração são o objeto direto, o objeto indireto, o predicativo do sujeito, o
predicativo do objeto, o complemento nominal e o agente da passiva.
Os termos acessórios da oração são o adjunto adnominal, o adjunto adverbial e o aposto.

Exemplos de análise sintática

Amanhã, a Madalena pagará suas dívidas ao banco.

Sujeito: a Madalena
Predicado: pagará suas dívidas ao banco
Objeto direto: suas dívidas
Objeto indireto: ao banco
Adjunto adverbial: amanhã
Adjunto adnominal: a, suas

O diretor está livre de compromissos.

Sujeito: o diretor
Predicado: está livre de compromissos
Predicativo do sujeito: livre
Complemento nominal: compromissos

A roupa foi passada pela vizinha, uma senhora trabalhadora.

Sujeito: a roupa
Predicado: foi passada pela vizinha
Agente da passiva: vizinha
Aposto: uma senhora trabalhadora

Ela acusou-a de fofoqueira.


2
Sintaxe da oração

Sujeito: ela
Predicado: acusou-a de fofoqueira
Objeto direto: a
Predicativo do objeto: fofoqueira

Período Simples e Composto

O período pode ser caracterizado pela presença de uma ou de mais orações, por isso, pode ser
simples ou composto.

Período Simples - apresenta apenas uma oração, a qual é chamada de oração absoluta.

Exemplos:

• Já acordamos.

• Hoje está tão quente!

• Preciso disto.

Período Composto - apresenta duas ou mais orações.

Exemplos:

• Conversamos quando eu voltar.

• É sua obrigação explicar o que aconteceu.

• Descansou, passeou e fez o que mais quis nas férias.

O número de orações depende do número de verbos presentes num enunciado.

Período simples e composto - Coordenação e subordinação

1) Composto por coordenação, com orações “sócias” (coordenadas), que possuem autonomia, mas se
unem para tornar a informação mais completa e significativa;

Exemplo:

Ele sabia a verdade, mas ela negou tudo.

3
Sintaxe da oração

2) Composto por subordinação, com orações “funcionárias” (subordinadas), que servem para comple-
tar uma oração principal, exercendo ou a função de um substantivo, ou a de um adjetivo, ou a de um
advérbio;

Exemplos:

Ele sabia que ela negaria tudo. O crime que ela cometeu ainda não apareceu na mídia. Quando
ela chegasse, ele deixaria a sala.

3) Composto por coordenação e subordinação, com a mescla dos tipos anteriores (coordenadas e su-
bordinadas).

Exemplo:

Quando ela chega

4
Sintaxe da oração

Anotações:
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5
Pontuação

Pontuação

MÉRITO
Apostilas 1
Pontuação

Sinais de pontuação são recursos prosódicos¹ que conferem às orações ritmo,


entoação e pausa, bem como indicam limites sintáticos e unidades de sentido. Na
escrita, substituem, em parte, o papel desempenhado pelos gestos na fala,
garantindo coesão, coerência e boa compreensão da informação transmitida.

Prosódia é a parte da linguística que estuda a entonação, o ritmo, o acento


(intensidade, altura, duração) da linguagem falada e demais atributos correlatos na
fala.

Ponto (.)
O ponto pode ser utilizado para:

a) Indicar o final de uma frase declarativa:

Acho que Pedro está gostando de você.

b) Separar períodos:

Ela vai estudar mais tempo. Ainda é cedo.

c) Abreviar palavras:

V. Ex.ª (Vossa excelência)

Dois-pontos (:)
Deve ser utilizado com as seguintes finalidades:

a) Iniciar fala de personagens:

Ela gritou:

– Vá embora!

2
Pontuação

b) Anteceder apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de


palavras que explicam e/ou resumem ideias anteriores.

Esse é o problema dessa geração: tem liberdade, mas não tem responsabilidade.

Anote meu número de telefone: 1233820847.

c) Anteceder citação direta:

É como disse Platão: “De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais
difícil de domar.”

Reticências (...)
Usa-se para:

a) Indicar dúvidas ou hesitação:

Sabe... preciso confessar uma coisa: naquela viagem gastei todas as minhas
economias.

b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente:

Talvez se você pedisse com jeitinho...

c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a


reflexão:

Roubos, pessoas sem ter onde morar, escândalos ligados à corrupção... assim
caminha a humanidade.

d) Suprimir palavras em uma transcrição:

“O Cristo não pediu muita coisa. (...) Ele só pediu que nos amássemos uns aos
outros.” (Chico Xavier)

3
Pontuação

Parênteses ( )
Os parênteses são usados para:

a) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e, também,


podem substituir a vírgula ou o travessão:

Rosa Luxemburgo nasceu em Zamosc (1871).

Numa linda tarde primaveril (meu caçula era um bebê nessa época), ele veio nos
visitar pela última vez.

Ponto de exclamação (!)


Em que situações utilizar:

a) Após vocativo:

Juliana, bom dia!

b) Final de frases imperativas:

Fuja!

c) Após interjeição:

Ufa! Graças a Deus!

d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, expressivo:

Que lástima!

Ponto de interrogação (?)


Quando utilizar:

a) Em perguntas diretas:

Quando você chegou?

4
Pontuação

b) Às vezes, pode ser utilizada junto com o ponto de exclamação para enfatizar o
enunciado:

Não acredito, é sério?!

Vírgula (,)
Esse é o sinal de pontuação que exerce o maior número de funções, por isso
aparece em várias situações. A vírgula marca pausas no enunciado, indicando que
os termos por ela separados não formam uma unidade sintática, apesar de estarem
na mesma oração.

Situações em que se deve utilizar vírgula.

a) Separar o vocativo:

Marília, vá à padaria comprar pães para o lanche.

b) Separar apostos:

Camila, minha filha caçula, presenteou-me com este relógio.

c) Separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado:

Os políticos, muitas vezes, visam somente os próprios interesses.

d) Separar elementos de uma enumeração:

Meus bolos prediletos são os de chocolate, coco, doce de leite e nata com
morangos.

e) Isolar expressões explicativas:

Faça um bolo de chocolate, ou melhor, de chocolate e morangos.

f) Separar conjunções intercaladas:

Os deputados não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas.

g) Separar o complemento pleonástico antecipado:

Havia no rosto dela ódio, uma ira, uma raiva que não possuía justificativa.

5
Pontuação

h) Isolar o nome do lugar na indicação de datas:

São Paulo, 10 de Dezembro de 2016.

i) Separar termos coordenados assindéticos:

Vim, vi, venci. (Júlio César)

j) Marcar a omissão de um termo:

Maria gosta de praticar esportes, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar)

Antes da conjunção, como nos casos abaixo:

k) Quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes:

Os políticos estão cada vez mais ricos, e seus eleitores, cada vez mais pobres.

l) Quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizar alguma ideia


(polissíndeto):

Eu alerto, e brigo, e repito, e faço de tudo para ela perceber que está errada,
porém nunca me escuta.

m) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não
retratam sentido de adição (adversidade, consequência, por):

Teve febre a noite toda, e ainda está muito fraca.

Entre orações:

n) Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas:

Amélia, que não se parece em nada com a Amélia da canção, não suportou seu
jeito grosseiro e mandão.

o) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das


orações iniciadas pela conjunção “e”:

Pediu muito, mas não conseguiu convencer-lhe.

6
Pontuação

p) Para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas),


principalmente se estiverem antepostas à oração principal:

A casa, tão cara que ela desistiu da compra, hoje está entregue às baratas.

q) Para separar as orações intercaladas:

Ficou doente, creio eu, por conta da chuva de ontem.

r) Para separar as orações substantivas antepostas à principal:

Quando me formarei, ainda não sei.

Ponto e vírgula (;)


a) Utiliza-se ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros
itens:

Para preparar o bolo vamos precisar dos seguintes ingredientes:

1 xícara de trigo;

4 ovos;

1 xícara de leite;

1 xícara de açúcar;

1 colher de fermento.

b) Utilizamos ponto e vírgula, também, para separar orações coordenadas muito


extensas ou orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:

“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era


pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a
bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora
asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso." (O Visconde de
Inhomerim - Visconde de Taunay)

7
Pontuação

Travessão (—)
O travessão deve ser utilizado para os seguintes fins:

a) Iniciar a fala de um personagem no discurso direto:

Então ela disse:

— Gostaria que fosse possível fazer a viagem antes de Outubro.

b) Indicar mudança do interlocutor nos diálogos:

— Querido, você já lavou a louça?

— Sim, já comecei a secar, inclusive.

c) Unir grupos de palavras que indicam itinerários:

O descaso do poder público com relação à rodovia Belém—Brasília é


decepcionante.

d) Substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:

Dizem que Elvis — o rei do rock — na verdade, detestava atuar.

Aspas (“”)
As aspas são utilizadas com os seguintes objetivos:

a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias,


estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares:

A aula do professor foi “irada”.

Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente.

b) Indicar uma citação direta:

“Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue
na face, desfiz e refiz a mala.” (O prazer de viajar - Eça de Queirós)

8
Pontuação

Observação: Quando houver necessidade de utilizar aspas dentro de uma


sentença onde ela já esteja presente, usa-se a marcação simples ('), não dupla (").

Exercícios
Exercício 1

Indique qual conjunto de sinais de pontuação completa as lacunas de forma


correta.

Na realidade__ nada mais havia para fazer__ Os assuntos foram falados__ as


dúvidas foram esclarecidas__ os problemas foram evitados__ Apesar disso__ um
enorme clima de mal-estar continuava a existir__

a) vírgula, ponto final, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, ponto de interrogação;

b) vírgula, vírgula, ponto final, ponto final, ponto final, vírgula, ponto final;

c) vírgula, ponto final, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, reticências;

d) vírgula, ponto de exclamação, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, ponto de


exclamação.

Exercício 2

Indique a opção que apresenta erros de pontuação.

a) Você quer vir comigo ao parque?

b) Pare imediatamente com isso!

c) Quem sabe, um dia, você não aprende?

d) O estudante levava, o pão, na mochila.

9
Pontuação

Exercício 3

Assinale as hipóteses que indicam funções corretas da vírgula.

a) Separar elementos coordenados em enumerações com a mesma função


sintática.

b) Isolar o aposto e outros elementos explicativos.

c) Separar os advérbios sim e não em respostas.

d) Separar o sujeito do predicado e o objeto direto do objeto indireto.

e) Isolar orações subordinadas adjetivas explicativas.

Exercício 4

Indique os sinais de pontuação usados para…

a) Introduzir uma enumeração.

b) Indicar a suspensão ou interrupção de uma ideia ou pensamento.

c) Destacar citações e transcrições.

d) Substituir a vírgula na separação do vocativo.

e) Finalizar uma frase declarativa com sentido completo.

10
Pontuação

Gabarito
Exercício 1

Resposta: c) vírgula, ponto final, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, reticências.

Exercício 2

Resposta: d) O estudante levava, o pão, na mochila.

Exercício 3

Respostas:

a) Separar elementos coordenados em enumerações com a mesma função


sintática.

b) Isolar o aposto e outros elementos explicativos.

c) Separar os advérbios sim e não em respostas.

e) Isolar orações subordinadas adjetivas explicativas.

Exercício 4

Respostas:

a) dois pontos;

b) reticências;

c) aspas;

d) ponto de exclamação;

e) ponto final.

11
Concordância Verbal e Nominal

Concordância Verbal e Nominal

MÉRITO
Apostilas 1
Concordância Verbal e Nominal

Concordância verbal e nominal é a parte da gramática que estuda a conformidade


estabelecida entre cada componente da oração.

Concordância verbal se ocupa da relação entre sujeito e verbo, concordância


nominal se ocupa da relação entre as classes de palavras:

concordância verbal = sujeito e verbo

concordância nominal = classes de palavras

Concordância Verbal
1. Sujeito composto antes do verbo

Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre
no plural.

Exemplo: Maria e José conversaram até de madrugada.

2. Sujeito composto depois do verbo

Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no
plural como pode concordar com o sujeito mais próximo.

Exemplos:

Discursaram diretor e professores.

Discursou diretor e professores.

3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes

Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo


também deve ficar no plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível
gramatical, tem prioridade.

Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a
2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles).

2
Concordância Verbal e Nominal

Exemplos:

Nós, vós e eles vamos à festa.

Tu e ele falais outra língua?

Concordância Nominal
1. Adjetivos e um substantivo

Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, os adjetivos devem


concordar em gênero e número com o substantivo.

Exemplo: Adorava comida salgada e gordurosa.

2. Substantivos e um adjetivo

No caso inverso, ou seja, quando há mais do que um substantivo e apenas um


adjetivo, há duas formas de concordar:

2.1. Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com
o substantivo mais próximo.

Exemplo: Linda filha e bebê.

2.2. Quando o adjetivo vem depois dos substantivos, o adjetivo deve concordar
com o substantivo mais próximo ou com todos os substantivos.

Exemplos: Pronúncia e vocabulário perfeito.

Vocabulário e pronúncia perfeita.

Pronúncia e vocabulário perfeitos.

Vocabulário e pronúncia perfeitos.

3
Regência verbal e nominal

Regência verbal e nominal

MÉRITO
Apostilas 1
Regência verbal e nominal

Regência verbal
A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o
seu complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na
regência verbal os termos regidos são o objeto direto (sem preposição) e o objeto
indireto (preposicionado).

Exemplos de regência verbal preposicionada

• assistir a;

• obedecer a;

• avisar a;

• agradar a;

• morar em;

• apoiar-se em;

• transformar em;

• morrer de;

• constar de;

• sonhar com;

• indignar-se com;

• ensaiar para;

• apaixonar-se por;

• cair sobre.

Regência verbal sem preposição

Os verbos transitivos diretos apresentam um objeto direto como termo regido,


não sendo necessária uma preposição para estabelecer a regência verbal.

2
Regência verbal e nominal

Exemplos de regência verbal sem preposição:

• Você já fez os deveres?

• Eu quero um carro novo.

• A criança bebeu o suco.

O objeto direto responde, principalmente, às perguntas o quê? e quem?, indicando


o elemento que sofre a ação verbal.

Regência verbal com preposição

Os verbos transitivos indiretos apresentam um objeto indireto como termo regido,


sendo obrigatória a presença de uma preposição para estabelecer a regência
verbal.

Exemplos de regência verbal com preposição:

• O funcionário não se lembrou da reunião.

• Ninguém simpatiza com ele.

• Você não respondeu à minha pergunta.

O objeto indireto responde, principalmente, às perguntas de quê? para quê? de


quem? para quem? em quem?, indicando o elemento ao qual se destina a ação
verbal.

Preposições usadas na regência verbal

As preposições usadas na regência verbal podem aparecer na sua forma simples,


bem como contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.

Preposições simples: a, de, com, em, para, por, sobre, desde, até, sem,...

3
Regência verbal e nominal

Contração e combinação de preposições: à, ao, do, das, destes, no, numa, nisto,
pela, pelo,...

As preposições mais utilizadas na regência verbal são: a, de, com, em, para e por.

• Preposição a: perdoar a, chegar a, sujeitar-se a,...

• Preposição de: vangloriar-se de, libertar de, precaver-se de,...

• Preposição com: parecer com, zangar-se com, guarnecer com,...

• Preposição em: participar em, teimar em, viciar-se em,...

• Preposição para: esforçar-se para, convidar para, habilitar para,...

• Preposição por: interessar-se por, começar por, ansiar por,…

Regência nominal
A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com
o seu complemento (termo regido) através do uso de uma preposição.

Exemplos de regência nominal

• favorável a;

• apto a;

• livre de;

• sedento de;

• intolerante com;

• compatível com;

• interesse em;

• perito em;

• mau para;

4
Regência verbal e nominal

• pronto para;

• respeito por;

• responsável por.

Regência nominal com preposição

A regência nominal ocorre quando um nome necessita obrigatoriamente de uma


preposição para se ligar ao seu complemento nominal.

Exemplos de regência nominal com preposição:

• Sempre tive muito medo de baratas.

• Seu pai está furioso com você!

• Sinto-me grato a todos.

Preposições usadas na regência nominal

Também na regência nominal as preposições podem ser usadas na sua forma


simples e contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.

As preposições mais utilizadas na regência nominal são, também: a, de, com, em,
para, por.

Preposição a: anterior a, contrário a, equivalente a,...

Preposição de: capaz de, digno de, incapaz de,...

Preposição com: impaciente com, cuidadoso com, descontente com,...

Preposição em: negligente em, versado em, parco em,...

Preposição para: essencial para, próprio para, apto para,...

Preposição por: admiração por, ansioso por, devoção por,...

5
Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Sinônimos, antônimos, homônimos


e parônimos

MÉRITO
Apostilas 1
Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Semântica é a classe gramatical que estuda a significação das palavras e as


relações que elas têm umas com as outras por meio das classificações como si -
nônimos, antônimos, homônimos e parônimos.

Sinônimos
A sinonímia é o nome dado ao que ocorre quando usamos palavras diferen -
tes, mas com o significado igual ou parecido, estabelecendo uma relação de proxi-
midade. Essas palavras de mesma significação são chamadas de sinônimos, e uti -
lizá-las evita que sentenças e argumentos se tornem repetitivos e desinteressan-
tes.

Importante notar que sinônimos não são equivalentes e é raro encontrar


aqueles que são perfeitos, como no caso de “belo” e “bonito”, dependendo do
contexto (“este rapaz é belo” é muito semelhante a “este rapaz é bonito”, mas nem
sempre a relação é tão próxima).

Exemplos:

• Casa/lar/moradia/residência

• Longe/distante

• Delicioso/saboroso

• Carro/automóvel

• Triste/melancólico

• Resgatar/recuperar

Antônimos
A antonímia, ao contrário da sinonímia, é o que acontece quando duas pala -
vras são usadas para indicar o oposto uma da outra, estabelecendo uma relação
de contrariedade.

Exemplos:

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

• Amor/ódio

• Luz/trevas

• Mal/bem

• Ausência/presença

• Fraco/forte

• Bonito/feio

• Cheio/vazio

Polissemia e monossemia
Quando uma palavra tem vários significados, temos uma polissemia. O con-
trário, que é quando uma palavra tem somente um significado, é chamado de mo -
nossemia. Para entender esses significados, é fundamental observar o contexto
no qual essas palavras estão inseridas.

Exemplo:

Gato: animal, homem atraente, instalação elétrica irregular.

• Adotei um gato na semana passada.

• Conheci seu amigo ontem na festa. Que gato!

• Aquela instalação elétrica da vizinha é um gato.

Homônimos
Homônimos são aquelas palavras que têm som igual, escrita igual, mas signifi -
cados diferentes. Dentro dessa classificação, temos ainda as palavras homófonas
(mesmo som, mas com escrita e significado diferentes) e as homógrafas (escrita
igual, mas com som e significado diferentes).

Exemplos:

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

• Vou colocar “extrato” de tomate no molho do macarrão.

• Vou ao banco retirar o “extrato”.

• Eu “rio” tanto.

• Da minha casa posso ver o “rio”.

Homônimos perfeitos: são palavras que possuem a mesma grafia e o mesmo


som. Exemplo: Esse homem é são (saúde), São Pedro (título), Como vai? (sauda-
ção), Eu como feijão (verbo comer).

Homônimos homófonos: são as palavras que possuem o mesmo som, porém


a grafia é diferente. Exemplo: sessão (reunião), seção (repartição), cessão (ato de
ceder), concerto (musical) e conserto (ato de consertar).

Homônimos homógrafos: são palavras que possuem a mesma grafia e sons


diferentes. Exemplo: almoço (ô) substantivo – almoço (ó) verbo; jogo (ô) substanti -
vo – jogo (ó) verbo; para (preposição) – para (verbo)

Parônimos
são aquelas que são escritas e pronunciadas de maneira semelhante, mas têm
significados distintos.

• coro e couro;

• cesta e sesta;

• eminente e iminente;

• osso e ouço;

• sede e cede;

• comprimento e cumprimento;

• tetânico e titânico;

• degradar e degredar;

4
Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

• infligir e infringir;

Formas variantes
As formas variantes se referem a palavras que possuem mais do que uma gra -
fia correta, sem que haja alteração do seu significado.

Exemplos de formas variantes:

• abdome e abdômen;

• bêbado e bêbedo;

• embaralhar e baralhar;

• enfarte e infarto;

• louro e loiro.

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Exercícios
Exercício 1

Levando em consideração o contexto atribuído pelos enunciados, empregue


corretamente um dos termos propostos pelas alternativas entre parênteses.

a – O atacante aproveitou a jogada distraída e deu o ___________ no adversário.


(cheque/xeque)

b – O visitante pôs a _____________ no cavalo, despediu-se de todos e seguiu


viagem. (cela/sela)

c – No presídio, todos os ocupantes foram trocados de _____________. (cela/sela)

d – O filme a que assisti pertence à ______ das dez. (seção/sessão/cessão)

Exercício 2

(FMPA- MG) - Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamente


aplicada:

a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes .

b) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros.

c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.

d) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever.

e) A cessão de terras compete ao Estado.

Exercício 3

CEITEC 2012 - FUNRIO - Advogado - AAO-ADVOGAD

Fotografia divulgada na internet mostra a placa com o nome de um bar. Nela se


lê: “BAR ÁLCOOL ÍRIS”. Pode-se criticar a suposta originalidade, mas não há
dúvida de que a escolha do nome baseou-se na relação que há entre as palavras
“álcool” e “arco”, o que caracteriza um caso de:

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

a. ambiguidade.

b. homonímia.

c. paráfrase.

d. paronímia.

e. polissemia.

Exercício 4

CEITEC 2012 - FUNRIO - Administração/Ciências Contábeis/Direito/Pregoeiro


Público AAO-COMNACI

Os vocábulos Emergir e Imergir são parônimos: empregar um pelo outro acarreta


grave confusão no que se quer expressar. Nas alternativas abaixo, só uma
apresenta uma frase em que se respeita o devido sentido dos vocábulos,
selecionando convenientemente o parônimo adequado à frase elaborada.
Assinale-a.

a A descoberta do plano de conquista era eminente.

b O infrator foi preso em flagrante.

c O candidato recebeu despensa das duas últimas provas.

d O metal delatou ao ser submetido à alta temperatura.

e Os culpados espiam suas culpas na prisão.

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Gabarito
Exercício 1

Resposta:

a – xeque

b – sela

c – cela

d – sessão

Exercício 2

Resposta: Alternativa “c”.

Exercício 3

Resposta: ( D ) paronímia.

Exercício 4

Resposta: ( B ) O infrator foi preso em flagrante.

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Redação de Atas Ofícios Requerimentos e Correspondências Oficiais

Redação de Atas Ofícios


Requerimentos e Correspondências
Oficiais

1
Redação de Atas Ofícios Requerimentos e Correspondências Oficiais

Redação de Atas Ofícios Requerimentos e Correspondências Oficiais

Ata

O gênero textual ata tem como objetivo registrar informações e decisões tomadas. Por ser um texto
de valor jurídico, esse documento deve adequar-se à linguagem formal.

"A ata tem como intencionalidade ou objetivo a realização de registros de ideias, informações e deci-
sões tomadas por uma coletividade. É um importante e eficiente recurso para se documentar tudo o
que foi discutido e deliberado em assembleias, congressos, conferências, e, principalmente, reuniões.
Trata-se de um documento de caráter formal e que pode gerar efeitos jurídicos."

Características de uma ata

A ata deve registrar tanto as discussões quanto as deliberações realizadas pelo grupo. Em regra, o
texto é manuscrito em livro próprio e assinado por todos os presentes. Para que não haja perigo de
fraude, o texto não é redigido em parágrafo e nem se saltam linhas, sendo, portanto, texto corrido, e
as assinaturas são dispostas uma depois da outra, na sequência do texto, uma vez que a estrutura da
ata não admite que haja espaços em branco.

As atas são produzidas geralmente por uma pessoa que assume um cargo específico em uma corpora-
ção, instituição, condomínio ou entidade – chamada, muitas vezes, de secretário-geral – e que possui
a atribuição de escrever o texto, realizar a leitura ao final do evento, colher as assinaturas, guardar o
livro ata e, se for o caso, registrar o documento em cartório."

"Pode-se dizer que o gênero ata tem como uma de suas características mais interessantes a polifonia,
uma vez que reúne várias vozes discursivas, por conter diversas falas transcritas e/ou adaptadas à
modalidade escrita. Isso significa que, embora haja apenas uma pessoa escrevendo o texto, o efeito
que se gera é o da existência de diversos autores, pois quem escreve deve contemplar a fala daque-
les(as) que se manifestaram durante a reunião."

“Importante”! Como as atas não podem sofrer qualquer tipo de modificação posteriormente à sua
redação, é fundamental que todas as possíveis correções sejam realizadas no ato da escrita, não se
admitindo, portanto, rasuras ou o uso de corretivos. Diante de um possível erro de registro, expres-
sões como “digo” ou “em tempo” são bem-vindas.

Independentemente do tipo de reunião, em todas as atas devem constar data e local de realização do
evento, além de informações como a pauta que foi discutida, as decisões sobre cada ponto da reu-
nião, bem como os assuntos mais relevantes tratados pelo grupo e as assinaturas.

Embora a estrutura textual da ata seja simples, exige-se que o(a) redator(a) domine a norma-padrão
da língua portuguesa, por se tratar de texto técnico, e que também saiba articular de forma eficiente
sequências narrativas e descritivas, a fim de ser fiel ao que foi exposto durante o evento."

"Como fazer uma ata de reunião formal"

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Redação de Atas Ofícios Requerimentos e Correspondências Oficiais

"A abertura da ata traz, via de regra, a data (por extenso), o local, o horário e o nome da entidade ou
instituição que está reunida.

De acordo com o estatuto de cada entidade ou instituição, deve-se registrar a legalidade da reunião,
ou seja, informar se há quórum suficiente para a sua realização, se está de acordo com algum edital
previamente publicado, entre outras informações importantes, como se houve ausência justificada de
algum membro daquele coletivo.

Deve-se registrar a pauta ou a ordem do dia, e as posteriores discussões realizadas sobre cada um dos
pontos apresentados, bem como as deliberações pertinentes. Nesse momento, é preciso informar se
houve algum tipo de votação e os seus respectivos resultados.

No encerramento da ata, são retomados e registrados as decisões e os encaminhamentos, além das


tarefas atribuídas aos integrantes do grupo. Na maioria das vezes, o(a) redator(a) da ata apresenta
uma fórmula de fechamento do tipo: “Não havendo mais nada a se tratar, eu, Fulano de Tal, lavrei a
presente ata, que, após ser lida e aprovada, será assinada por todos os presentes.”

Por ser formal, esse tipo de ata é, comumente, registrada em cartório, uma vez que trata de delibera-
ções realizadas por instituições, entidades, empresas ou até mesmo setores do poder público.

Como fazer uma ata de reunião informal

A ata simples, ou a ata de reunião informal, usualmente, traz os elementos presentes na ata formal,
mas de maneira mais concisa e sem a necessidade de registro em cartório.

Assim, repete a estrutura de local, data, horário, nome das pessoas presentes ou da entidade que re-
alizou a reunião, a pauta e as decisões que foram tomadas, as atribuições de tarefas, o registro dos
acordos realizados, a fórmula de fechamento e as assinaturas dos presentes. Nessa modalidade, é co-
mum colher assinaturas em data diferente da realização do evento.

Neste texto, foi possível entrar em contato, de forma pormenorizada, com os elementos essenciais de
produção do gênero ata – importante ferramenta de registro de reuniões de diversas naturezas, com
o objetivo de firmar compromissos e garantir transparência das relações coletivas."

Correspondência oficial: quais são os tipos e como escrever

Correspondência oficial: ata, decreto, despacho, memorando. Esses são termos bem comuns para
quem vive na rotina da carreira pública.

Ainda na escola, você aprende uma série de regras para entregar seus textos de forma apresentável
ao professor – e leva isso ao fim do ensino médio, quando precisa escrever a redação do Enem. Mas
quem está na carreira pública ou precisa ter algum tipo de interface com esse ambiente, também pre-
cisa se adequar ao estilo próprio de escrita e comunicação, o que é conhecido por redação oficial.

Os canais para direcionar cada mensagem oficial também carregam suas próprias características. A
seguir, confira quais são os principais tipos de documentos na Correspondência Oficial.
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Redação de Atas Ofícios Requerimentos e Correspondências Oficiais

Tipo

O que é e quando usar?

Ata

Relato fiel de fatos ocorridos e decisões tomadas durante reuniões e assembleias, segundo pauta pre-
viamente estabelecida, garantindo a posterior execução dos acordos ali tratados. É geralmente regis-
trada em livro próprio e, ao final da reunião, costuma ser assinada pelos participantes.

Atestado

Documento assinado por servidor em virtude de seu cargo ou função exercida. A ideia é declarar al-
gum fato a favor da pessoa declarada. Um exemplo disso é fornecer a declaração de que um indivíduo
realizou certas atividades em um período x.

Ato

Por meio dessa ferramenta, dirigentes de órgãos e entidades da Administração Direta, Indireta e Fun-
dacional declaram um fato ou uma situação com base na lei.

Certidão

Declaração que tem por objetivo comprovar ato ou registro de processo, livro ou documento exis-
tente em repartições públicas. Quando autenticadas, têm o mesmo valor do documento original.

Consulta

Também chamada de carta-consulta, é uma das formas de correspondência interna e geralmente diz
respeito a determinados orçamentos para a captação de financiamento de projetos.

Convocação

Essa forma de comunicação escrita tem por objetivo convidar o público-alvo para determinada reu-
nião ou assembleia. Por isso, traz informações-chave, como local, data e finalidade do encontro.

Decisão

Solução dada por meio de despacho ou sentença para determinada situação.

Decreto

Sua finalidade é detalhar e especificar a lei, facilitando a sua execução e esclarecendo seus manda-
mentos.

Despacho

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Redação de Atas Ofícios Requerimentos e Correspondências Oficiais

Documento redigido para dar sequência a algum assunto que foi encaminhado para apreciação da au-
toridade. Pode comunicar uma decisão, ordem ou recomendar o prosseguimento de um processo.

Edital

Ato escrito oficial que inclui aviso, determinação ou citação, publicado por autoridade competente, e
divulgado na imprensa oficial e em outros órgãos, de modo a ser facilmente acessado por todos. Ge-
ralmente comunica novos concursos públicos, intimações e convocações, que exigem ampla divulga-
ção.

Informação

Documento no qual servidores subordinados prestam esclarecimentos ou elucidam questões impreci-


sas sobre determinada situação, a pedido de alguma autoridade.

Lei

O objetivo dessa espécie normativa, prevista pela Constituição Federal, é disciplinar uma variedade
de ações. Ela tem como características a generalidade e a abstração e só pode ser utilizada pelo Poder
Legislativo.

Memorando

Comunicação ágil e fundamentalmente interna, feita entre unidades administrativas de um mesmo


órgão, sendo elas de mesmo nível ou de níveis diferentes. O caráter pode ser administrativo ou envo l-
ver projetos, ideias e diretrizes a serem adotados em certa instância do serviço público.

Moção

Proposta referente a alguma questão levantada durante reunião ou decorrente de algum incidente
que tenha acontecido nela. Seu caráter pode ser de simpatia, apelo ou repúdio, por exemplo.

Parecer

Avaliação feita por órgãos especializados a respeito de situações que lhes foram colocadas para essa
apreciação. Deve indicar a solução ou as razões e fundamentos necessários para a tomada de decisão
por órgão competente.

Portaria

Documento pelo qual a autoridade inferior ao chefe do Executivo estabelece normas para disciplinar
a conduta de seus subordinados. Assinada, por exemplo, por presidente, diretor-geral, entre outros.

Processo

É o desenvolvimento de um expediente, ao qual são inseridos pareceres, anexos e despachos, que da-
rão suporte à sua tramitação.

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Redação de Atas Ofícios Requerimentos e Correspondências Oficiais

Requerimento

Documento pelo qual o indivíduo interessado solicita ao Poder Público algo que ele acredite que lhe
pertença ou que deva usufruir, ou ainda para se defender de determinada prática ou situação que o
lese de alguma maneira.

Relatório

Submetido à autoridade superior, traz um panorama das atividades realizadas pelo funcionário, no
que diz respeito ao período em exercício no cargo. É geralmente adotado para prestações de conta ou
para expor o avanço de determinadas iniciativas planejadas.

Ofício

É como são feitas as comunicações administrativas entre autoridades ou entre autoridades e particu-
lares, tendo como foco assuntos oficiais.

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Redação de Atas Ofícios Requerimentos e Correspondências Oficiais

Anotações:
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MATEMÁTICA

MATEMÁTICA

MÉRITO
Apostilas 1
Estruturas Lógicas

Estruturas Lógicas (Estrutura lógica de


relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios)

MÉRITO
Apostilas 1
Estruturas Lógicas

Estrutura Lógica
Na lógica, uma estrutura (ou estrutura de interpretação) é um objeto que dá
significado semântico ou interpretação aos símbolos definidos pela assinatura de
uma linguagem. Uma estrutura possui diferentes configurações, seja em lógicas
de primeira ordem, seja em linguagens lógicas poli sortidas ou de ordem superior.

O tema “estruturas lógicas” se divide em:

• Proposições lógicas (lógica proposicional)

• Tabela verdade

• Conectivos lógicos

• Tautologia, Contradição e Contingência

Proposições lógicas (lógica proposicional)

Chama-se proposição toda oração declarativa que pode ser expressa de forma
afirmativa ou negativa, na qual atribuímos um dos valores lógicos verdadeiro (V)
ou falso (F), mas nunca para ambas. Também conhecida por sentença fechada.

Ex.:

• Paris é a capital da França – Sentença declarativa verdadeira, então damos o


valor lógico (V)

• 5 é um número par – Sentença declarativa falsa, então damos o valor lógico


(F)

• 5 + 5 = 11 – Sentença declarativa falsa, então damos o valor lógico (F)

As sentenças exclamativas, interrogativas, imperativas e abertas não são


proposições:

Ex.:

Que prova fácil! – Sentença exclamativa

Para onde você está indo? – Sentença interrogativa

Entre no carro agora! – Sentença imperativas

2
Estruturas Lógicas

Ele está nadando – Sentença aberta (sentença que não dá para identificar
se é V ou F)

Princípios que dominam as preposições:

Princípio da identidade: Uma proposição verdadeira será sempre verdadei-


ra e uma proposição falsa será sempre falsa.

Princípio da não contradição: Uma proposição não pode ser verdadeira e


falsa ao mesmo tempo.

Princípio do terceiro excluído: uma proposição ou será verdadeira, ou será


falsa, não há outra possibilidade.

Proposição simples

É formada por apenas uma proposição e têm apenas os valores lógicos verda-
deiro (V) e falso (F).

Proposição composta

As proposições compostas são formadas por duas ou mais proposições sim-


ples que são ligadas através de conectivos lógicos como “e” e “ou” por exemplo.

Ex.: Irei para a escola e ao teatro

Proposição simples 1= irei para a escola

Proposição simples 2= ao teatro

Proposição composta= Irei para a escola e ao teatro

Por causa dos conectivos conseguimos dar um valor lógico para a expressão.

As proposições compostas têm mais combinações de valores lógicos, pois de-


penderá da quantidade de proposições simples que a compõe.

Para atribuirmos os valores lógicos de proposição composta, devemos cons-


truir uma tabela verdade.

3
Estruturas Lógicas

Tabela verdade

Tabela verdade é uma tabela matemática usada no campo do raciocínio lógi -


co, para verificar se uma proposição composta é válida.

Vamos agora aprender como se constrói uma tabela verdade.

Para sabermos quantas linhas terá nossa tabela verdade é só pegar o algaris -
mo 2 e elevá-lo ao número de proposições simples.

Ex.:

1. Duas proposições simples: 2² = 4

2. Três proposições simples : 2³ = 8

Tabela verdade com duas proposições

Algarismo 2 elevado ao número de proposições que sabemos que são duas,


então:

2² = 4

Temos então 4 linhas nesta tabela verdade.

Na primeira coluna é só dividir o número de linhas por dois e colocar os valo -


res lógicos verdadeiro (V) e falso (F)

São 4 linhas, então 4/2 = 2 Ficará duas verdadeiras e duas falsas colocadas
simultaneamente

Na segunda coluna é só dividir o resultado da primeira por dois 2/2 = 1

Ficará uma verdadeira e uma falsa colocadas alternadamente.

4
Estruturas Lógicas

Tabela verdade com três proposições

É o mesmo processo:

Algarismo 2 elevado ao número de proposições que sabemos que são três, en-
tão:

2³ = 8

Temos então 8 linhas nesta tabela verdade.

Na primeira coluna é só dividir o número de linhas por dois e colocar os valo -


res lógicos verdadeiro (V) e falso (F).

São 8 linhas, então 8/2 = 4 Ficará quatro verdadeiras e quatro falsas coloca -
das alternadamente

Na segunda coluna é só dividir o resultado da primeira por dois 4/2 = 2 Ficará


duas verdadeiras e duas falsas colocadas alternadamente

Na terceira coluna é só dividir o resultado da segunda por dois 2/2 = 1

Ficará uma verdadeira e uma falsa colocada alternadamente.

5
Estruturas Lógicas

Conectivos lógicos

O conectivo lógico é um símbolo ou palavra que usamos para conectar duas


ou mais proposições para que elas sejam válidas, de modo que a proposição com -
posta formada dependa apenas das proposições que a originou. Por causa dos co -
nectivos conseguimos dar um valor lógico para esta proposição formada.

Só vai ser falsa se ambas forem falsas.


Se tiver uma verdadeira ou ambas
verdadeiras será verdadeiro

Negação (Conectivo ~ ou ¬)

Conectivo: “não”

Símbolo: ~ ou ¬

Esquema: ~p ou ¬p (não p)

Proposição p: O carro é amarelo

Proposição ~p: O carro não é amarelo

ou ~p : Não é verdade que o carro é amarelo

ou ~p : É falso que o carro é amarelo

6
Estruturas Lógicas

Tabela verdade:

O carro é amarelo (p)

Uma proposição: 2¹ = 2

Conjunção (conectivo “e”)

Conectivo “e” é denominado conjunção e seu símbolo é o acento circunflexo


“^”

O esquema é p ^ q (p e q)

Será verdadeira somente se todas as proposições forem verdadeiras

Ex.: Irei para a escola e ao teatro

p ^ q (p e q)

Tabela verdade:

Irei para a escola (p)

irei para ao teatro (q)

2 proposições = 2² = 4

A regra para conjunção é que a proposição resultante só será verdadeira se


todas as proposições simples forem verdadeiras.

7
Estruturas Lógicas

Conectivo “ou” símbolo: v ou v

Temos dois tipos de disjunção, a disjunção inclusiva e a disjunção exclusiva.

• Disjunção inclusiva

Símbolo “v”

Conectivo “ou”

Esquema: p v q (p ou q)

Ex.: Como ou bebo

Embora tenha usado o conectivo ou, nada me impede de fazer as duas coisas,
ou seja, significa uma inclusão.

Tabela verdade

Proposição 1: como

Proposição 2: bebo

Tem duas proposições: 2² = 4

A proposição só será falsa se todas as proposições simples forem falsas.

• Disjunção exclusiva

Símbolo “v”

Conectivo “ou…ou”

Esquema: p v q (p ou q)

Ex.: Ou como ou bebo

8
Estruturas Lógicas

Com a repetição do conectivo ou, ele exclui a possibilidade de fazer as duas


coisas, ou seja, significa uma exclusão.

Tabela verdade

Proposição 1: Ou como

Proposição 2: Ou bebo

Tem duas proposições: 2² = 4

A proposição só será verdadeira se uma das proposições simples for “F” (não
ocorrer) e a outra “V” (ocorrer), independentemente da ordem. Não pode aconte-
cer “V”(ocorre) ou “F”(não ocorrer) nos dois casos, caso aconteça a proposição re -
sultante desta operação será falsa.

Então, a diferença principal entre as duas disjunções é:

Disjunção inclusiva: Pode ocorrer uma ação ou ambas.

Disjunção exclusiva: Pode ocorrer somente uma ação.

9
Estruturas Lógicas

Condicional (conectivo “se…então”)

Símbolo “→”

Conectivo “se…então”

Esquema: p → q (se p então q)

Ele dá uma condição para que a outra proposição exista

Ex.: Se nasci em Minas Gerais, então sou mineiro

Tabela verdade:

Proposição 1: se nasci em Minas Gerais

Proposição 2: então sou mineiro

Tem duas proposições: 2² = 4

A condicional só será falsa se a proposição antecedente for verdadeira e a


proposição consequente for falsa.

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Estruturas Lógicas

Bicondicional (conectivo “…se e somente se…” )

Símbolo “↔”

Conectivo “…se e somente se…”

Esquema: p ↔ q (p se somente se q)

As proposições são equivalentes, ou seja, para ser verdadeira, ambas proposi-


ções têm que ser verdadeira ou ambas tem que ser falsa.

Tabela verdade:

Proposição 1: Pedro é enfermeiro

Proposição 2: Márcia é médica

Lê-se: Pedro é enfermeiro se e somente se Márcia é médica

Tem duas proposições: 2² = 4

11
Estruturas Lógicas

Tautologia, Contradição e Contingência


Classificação das proposições compostas:

Proposição composta são proposição que tem duas ou mais proposições sim -
ples

• Tautologia

• Contradição

• Contingência

Tautologia

Na lógica proposicional, a tautologia é uma proposição cujo valor lógico é


sempre verdadeiro para todas as variadas proposições.

A proposição (p ou não p) ficando assim, p ∨ (~p)

Onde:

Usa-se o conectivo “ou”

Símbolo: v lê-se “ou”

p: proposição p

~p: proposição não p

A proposição p ∨ (~p) é uma tautologia, pois o seu valor lógico é sempre


V(verdadeiro).

A tautologia normalmente é uma disjunção inclusiva.

Contradição

Contradição é uma proposição cujo valor lógico é sempre falso, ou seja, ao


contrário da tautologia.

A proposição (p e não p) ficando assim, p Λ (~p)

12
Estruturas Lógicas

Onde:

Usa-se o conectivo “e”

Símbolo: Λ lê-se “e”

p: proposição p

~p: proposição não p

A proposição p Λ (~p) é uma contradição, pois o seu valor lógico será sempre
F (falso).

A contradição normalmente é uma conjunção.

Contingência

Contingência é uma proposição cujo valor lógico pode ser verdadeiro ou falso,
ou seja, não é nem uma tautologia e nem uma contradição, é uma proposição in -
determinada.

A proposição (se p então ~p) ficando assim, p →(~p)

Onde:

Usa-se o conectivo “se…então”

Símbolo:→

p: proposição p

~p: proposição não p

A proposição p →(~p) é uma contingência, pois seu valor lógico pode ser ver-
dadeiro (V) ou falso (F).

A contingência normalmente é uma condicional. A maioria das proposições


compostas são contingências.

13
Estruturas Lógicas

EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 1

Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Água Santa – RS

Define-se por contradição a operação lógica que assume como valores falsos
(F) para quaisquer valores das proposições componentes. Sendo assim, assinale a
alternativa que contém um caso de contradição.

A) p ^ ~p

B) p ^ ~q

C) pvq

D) p^q

E) pvq

EXERCÍCIO 2

Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRA-PR

Sejam P1, P2 e C duas premissas e a conclusão, respectivamente, julgue o


item acerca da lógica da argumentação e dos diagramas lógicos.

O argumento P1 ∧ P2 → C a seguir é uma tautologia.

P1: Nem estudou, nem passou; P2: Estudou ou passou; C: Estudou se, e so-
mente se, passou.

( ) Certo

( ) Errado

14
Estruturas Lógicas

EXERCÍCIO 3

Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES

Considere a seguinte proposição: “Neste concurso, Pedro será aprovado ou


não será aprovado.”. Analisando segundo a lógica, essa afirmação é um exemplo
claro de:

A) contradição.

B) equivalência.

C) redundância.

D) repetição.

E) tautologia.

EXERCÍCIO 4

Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Gramado – RS

Trata-se de um exemplo de tautologia a proposição:

A) Se dois é par então é verão em Gramado.

B) É verão em Gramado ou não é verão em Gramado.

C) Maria é alta ou Pedro é alto.

D) É verão em Gramado se e somente se Maria é alta.

E) Maria não é alta e Pedro não é alto.

15
Estruturas Lógicas

EXERCÍCIO 5

Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Gramado – RS

A) Trata-se de um exemplo de contradição a proposição:

B) Dois é um número par e ímpar.

C) Gramado é uma cidade bonita se e somente se faz frio.

D) Maria é alta e Pedro é baixo.

E) Se dois é um número par então Maria é alta.

F) Se Pedro é baixo então Maria é alta.

EXERCÍCIO 6

Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: UERGS

Trata-se de uma tautologia a proposição apresentada na alternativa:

A) Chove e faz frio.

B) Pedro estuda ou não estuda na Uergs.

C) Se é verão então faz calor.

D) Maria é alta e gosta de estudar.

E) Jorge estuda ou joga futebol.

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Estruturas Lógicas

GABARITO

RESPOSTA DA QUESTÃO 1 LETRA A

RESPOSTA DA QUESTÃO 2 CERTO

RESPOSTA DA QUESTÃO 3 LETRA E

RESPOSTA DA QUESTÃO 4 LETRA B

RESPOSTA DA QUESTÃO 5 LETRA A

RESPOSTA DA QUESTÃO 6 LETRA B

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Estruturas Lógicas

Anotações:
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Lógica Da Argumentação

Lógica Da Argumentação

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Lógica Da Argumentação

O que é Lógica de Argumentação

A Lógica de Argumentação pode ser entendida como o estudo criterioso da correção de


um raciocínio.

Leia o que diz um dos grandes teóricos da lógica, Cezar Mortari, em seu livro
“Introdução à Lógica”:

A Lógica não procura dizer como as pessoas raciocinam (mesmo porque elas
“raciocinam errado”, muitas vezes). Mas se interessa primeiramente pela questão de se
aquelas coisas que sabemos ou em que acreditamos – o ponto de partida do processo – de
fato constituem uma boa razão para aceitar a conclusão alcançada, isto é, se a conclusão é
uma consequência daquilo que sabemos.

Ou, em outras palavras, se a conclusão está adequadamente justificada em vista da


informação disponível, se a conclusão pode ser afirmada a partir da informação que se tem.

Cezar Mortari

Podemos substituir a palavra “raciocínio” pela palavra “inferência”, ou seja, o ato de


concluir algo a partir de duas ou mais informações conhecidas. A Lógica de Argumentação
analisa a validade dos raciocínios e das inferências.

Por exemplo, considere as seguintes informações:

Todo padre é homem. José é padre. Logo, José é homem.

A partir de duas “informações” (Todo padre é homem/José é padre) chegamos à


conclusão de que José é homem.

A Lógica de Argumentação verifica justamente se raciocínios assim são válidos.

Com essa noção geral, vamos para os conceitos específicos, para que tudo fique mais
claro e preciso.

O que é proposição

A partícula básica do estudo da Lógica de Argumentação é a proposição, que nada mais


é que a expressão linguística que pode ser verdadeira ou falsa.

Citando outro grande teórico da Lógica, Irving Copi, fica mais fácil compreender:

As proposições são verdadeiras ou falsas, e nisto diferem das perguntas, ordens e


exclamações.

2
Lógica Da Argumentação

Só as proposições podem ser afirmadas ou negadas; uma pergunta pode ser


respondida, uma ordem dada e uma exclamação proferida, mas nenhuma delas pode ser
afirmada ou negada. Não é possível julgá-las como verdadeiras ou falsas.

Irving Copi

Retomando o nosso exemplo, podemos dizer que “Todo padre é homem” é uma
proposição, assim como as duas outras afirmações – José é padre/Logo, José é homem.

Eu tanto posso afirmar essas expressões como negá-las.

O que é um argumento?

Agora que sabemos o que é uma proposição, fica mais fácil entender o que é um
argumento.

Vou citar novamente Copi:

Um argumento é qualquer grupo de proposições tal que se afirme ser uma delas
derivada das outras, as quais são consideradas provas evidentes da verdade da primeira.

Irving Copi

Sim, o exemplo citado acima é um argumento. A proposição “José é homem” é derivada


das proposições anteriores – Todo padre é homem/José é padre.

Um argumento é dividido em algumas partes. Entenda melhor a seguir.

Premissas e conclusões

A conclusão de um argumento é a proposição encontrada ao final da análise das


premissas, que são as proposições iniciais.

Voltemos ao nosso exemplo:

PREMISSA 1: Todo padre é homem.

PREMISSA 2: José é padre.

CONCLUSÃO: José é homem.

Veja mais um exemplo para você fixar melhor o que são as premissas e as conclusões:

3
Lógica Da Argumentação

PREMISSA 1: Nenhum boi bebe vinho.

PREMISSA 2: Russo é um boi.

CONCLUSÃO: Russo não bebe vinho.

Compreendeu?

Se você teve alguma dúvida até aqui deixe um comentário para que possamos sanar
suas dificuldades.

Verdade e Validade

Quando estamos falando de Lógica de Argumentação não importa muito se as


proposições são verdadeiras ou não.

Considere o argumento a seguir:

PREMISSA 1: Toda planta tem asas

PREMISSA 2: A laranjeira é uma planta

CONCLUSÃO: A laranjeira tem asas

Esse é um argumento válido, mesmo que as proposições que o integram sejam falsas.

Validade diz respeito à correção do raciocínio. Verdade diz respeito à correspondência


entre o que se afirmar e a realidade.

Para a lógica, não importa se as proposições são verdadeiras ou falsas, quem estuda
isso são as outras disciplinas. Na biologia, seria absurdo dizer que uma planta tem asas.

A lógica não se preocupa com isso. O importante é que o raciocínio desenvolvido está
correto.

Argumento conjuntivo

Agora vamos começar a conhecer alguns tipos de argumento. O primeiro deles é o


argumento conjuntivo.

Os argumentos conjuntivos são aqueles em que ocorre a conjunção “e” em alguma das
premissas. Veja um exemplo:

PREMISSA 1: Todo padre é homem e possui nível superior.

4
Lógica Da Argumentação

PREMISSA 2: José é padre.

CONCLUSÃO: José é homem e possui nível superior.

A conjunção nos leva à ideia de intersecção. Ou seja, um ou mais elementos que faz
parte de mais de um conjunto. Nesse caso, “padre” faz parte do conjunto dos homens e do
conjunto do nível superior.

Argumento disjuntivo

Os argumentos disjuntivos são aqueles onde pelo menos uma das premissas possui
uma disjunção “ou”.

Veja o exemplo a seguir:

PREMISSA 1: Todo padre é homem ou tem nível superior.

PREMISSA 2: Padre José é homem.

CONCLUSÃO: Padre José não tem nível superior.

A disjunção traz a ideia de exclusividade de um elemento em relação a dois conjuntos.


No nosso exemplo, quem é padre não pode ser, ao mesmo tempo homem e ter nível
superior. Se for um dos dois, não é o outro.

Argumento condicional

Esse é um tipo de argumento bastante comum para ser analisado em provas de


concursos. Caracteriza-se pela utilização da forma “Se… Então…”.

Entenda melhor:

PREMISSA 1: Se o Palmeiras é campeão, irei comemorar.

PREMISSA 2: O Palmeiras é campeão.

CONCLUSÃO: Irei comemorar.

Esse tipo de argumento é bem autoexplicativo. A premissa impõe uma condição para
que algo ocorra.

Argumento bi condicional

Nesse caso, a expressão que caracteriza o argumento é “se, e somente se…”.

Veja um exemplo:

5
Lógica Da Argumentação

PREMISSA 1: O padre reza a missa se, e somente se, for domingo.

PREMISSA 2: O padre reza a missa.

CONCLUSÃO: É domingo.

Argumento Dedutivo

Você já ouviu falar da diferença entre dedução e indução? Ter essa compreensão é
bastante importante na Lógica de Argumentação.

Primeiro, vamos conhecer o que é um argumento dedutivo. Ele ocorre quando partimos
do geral para o particular.

A conclusão do argumento está implícita nas premissas, como no nosso primeiro


exemplo:

PREMISSA 1: Todo padre é homem.

PREMISSA 2: José é padre.

CONCLUSÃO: José é homem.

Argumento Indutivo

Já no argumento indutivo ocorre o contrário, passamos do particular para o geral. Ou


seja, a partir da observação de vários casos particulares chegamos a uma conclusão geral.

Veja um exemplo:

PREMISSA 1: Os padres do Hemisfério Norte são homens.

PREMISSA 2: Os padres do Hemisfério Sul são homens.

CONCLUSÃO: Todos os padres são homens.

O que são falácias

Provavelmente você já deve ter ouvido falar que alguém estava dizendo uma falácia.
Você sabe o que isso significa? Sabia que isso tem muito a ver com Lógica de
Argumentação?

Falácia nada mais é que um argumento inválido. É quando alguém utiliza premissas que
parecem sustentar a conclusão, mas que, após uma análise criteriosa percebe -se que a
sustentação é inválida.
6
Lógica Da Argumentação

A seguir, 4 tipos de falácias bastante comuns:

Falácia do falso dilema

Quando limitamos as opções de escolha a um dilema, escondendo as demais


possibilidades existentes.

Exemplo: ou vota no PSDB, ou vota no PT.

Na verdade, é possível votar em qualquer outro partido político.

Falácia do apelo à Ignorância

É quando consideramos que algo é verdadeiro só porque não há provas de que é falso.

Exemplo: existe vida após a morte. Nunca se provou o contrário!

O fato de não ter sido provado o contrário não garante que há, de fato, vida após a
morte.

Falácia ad hominem

É quando desconsideramos a verdade para atacar quem profere a verdade.

Exemplo: João nunca jogou futebol, então não pode falar sobre as regras de uma
partida. Mesmo não tendo jogado futebol, João pode saber as regras de uma partida.

Falácia do apelo à autoridade

Nesse caso, consideramos um argumento verdadeiro apenas porque determinada


autoridade falou. Exemplo: Caetano Veloso disse que o violão tem cinco cordas. Como ele é
um grande violonista, a afirmação é verdadeira.

A autoridade de Caetano Veloso como violonista não torna verdadeira a afirmação.

Tabela de Verdade

Uma ferramenta bastante utilizada para verificar a validade de argumentos em provas


de concurso é a chamada Tabela de Verdade.

A Tabela de Verdade simula possibilidades de relações entre premissas nos diversos


tipos de argumento, mostrando a conclusão que é obtida como resultado.

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Diagramas Lógicos: Conjuntos E Elementos

Diagramas Lógicos: Conjuntos E


Elementos

1
Diagramas Lógicos: Conjuntos E Elementos

As questões de raciocínio lógico que usam os diagramas utilizam os quantificadores:

Todo/ qualquer

Existe/ pelo menos um/ algum

Nenhum

Eles são muito utilizados em questões que todos fazem algo ou somente alguns fazem
ou nenhum fazem ou fazem os dois.

Por exemplo uma reunião de condomínio que irão decidir sobre duas propostas (A e B).
Eles podem concordar com as duas propostas (todo), com somente uma das
propostas (alguns) ou com nenhuma das propostas (nenhum).

Com o diagrama de Venn fica mais fácil visualizar a situação:

Vou explicar melhor cada um destes quantificadores:

Todo/ qualquer

Exemplo:

Todo mineiro gosta de queijo

Dois conjuntos: mineiro e gosta de queijo

João gosta de queijo

Diagrama:

2
Diagramas Lógicos: Conjuntos E Elementos

João faz parte do conjunto que gosta de queijo e não de mineiro, pois não se
especificou se ele era mineiro ou não.

Não tem como afirmar que ele é mineiro, mas se especificar que ele é mineiro ele
passaria para o outro conjunto (de mineiro).

Obs.: todos que estão no conjunto de mineiro (menor) faz parte do conjunto que gosta
de queijo (maior), mas nem todos que estão no conjunto que gosta de queijo faz parte do
conjunto de mineiro.

Existe/ pelo menos um/ algum

Exemplo:

Existem casas azuis

Dois conjuntos: o de casas e as de cor azul

Diagrama:

3
Diagramas Lógicos: Conjuntos E Elementos

Eu sei que existem casas azuis, mas não posso garantir que não exista casa amarela
ou verde. A intersecção dos dois contos garante que ali só tem casa azul.

Nenhum

Exemplo:

Nenhum estudante gosta de matemática

Diagrama:

Se alguém gosta de matemática, ele não é estudante. Como os conjuntos não se


conectam, não pode ter nenhum estudante que gosta de matemática.

4
Princípio fundamental da contagem

Princípio fundamental da
contagem

MÉRITO
Apostilas 1
Princípio fundamental da contagem

O princípio fundamental da contagem é o principal conceito ensinado na


análise combinatória. É a partir dele que se desenvolveram os demais conceitos
dessa área e as fórmulas de fatorial, combinação, arranjo, permutação. Entender
esse princípio é essencial para compreender situações que envolvem contagem.

Esse princípio afirma que, se eu preciso tomar mais de uma decisão e cada
uma delas pode ser tomada de x, y, z maneiras, para sabermos a quantidade de
formas que essas decisões podem ser tomadas simultaneamente, basta calcular o
produto dessas possibilidades.

O princípio fundamental da contagem é uma técnica para calcularmos de


quantas maneiras decisões podem combinar-se. Se uma decisão pode ser tomada
de n maneiras e outra decisão pode ser tomada de m maneiras, o número de ma-
neiras que essas decisões podem ser tomadas simultaneamente é calculado pelo
produto de n · m.

Analisar todas as combinações possíveis sem utilizar o princípio fundamental


da contagem pode ser bastante trabalhoso, o que faz com que a fórmula seja mui-
to eficiente.

Exemplo

Em um restaurante, é oferecido o famoso prato feito. Todos os pratos possu -


em arroz, e o cliente pode escolher uma combinação entre 3 possibilidades de
carne (bovina, de frango e vegetariana), 2 tipos de feijão (caldo ou tropeiro) e 2 ti -
pos de bebida (suco ou refrigerante). De quantas maneiras distintas um cliente
pode fazer o pedido?

2
Princípio fundamental da contagem

Note que há 12 possibilidades de escolha, mas era possível chegar a esse nú-
mero realizando a simples multiplicação das possibilidades por meio do princípio
fundamental da contagem, logo o número de combinações de pratos possíveis po -
deria ser calculado por:

2 · 3 · 2 = 12.

Perceba que, quando meu interesse é saber somente o total de possibilidades,


realizar a multiplicação é muito mais rápido do que construir qualquer esquema
para analisar, o que pode ser bastante trabalhoso, caso haja mais e mais possibili -
dades.

Quando utilizar o princípio fundamental da contagem?

Existem várias aplicações do princípio fundamental da contagem. Ele pode


ser aplicado, por exemplo, em várias decisões da informática. Um exemplo são as
senhas que exigem o uso de pelo menos um símbolo, o que faz com que o número
de combinações possíveis seja muito maior, deixando o sistema mais seguro.

Outra aplicação é no estudo das probabilidades. Para calculá-las, precisamos


saber a quantidade de casos possíveis e a quantidade de casos favoráveis. A con -
tagem dessa quantidade de casos possíveis e favoráveis pode ser feita por meio
do princípio fundamental da contagem. Esse princípio gera também as fórmulas
de permutação, combinação e arranjo.

3
Princípio fundamental da contagem

Exercício

1) (Enem) O diretor de uma escola convidou os 280 alunos de terceiro ano a


participarem de uma brincadeira. Suponha que existem 5 objetos e 6 personagens
numa casa de 9 cômodos; um dos personagens esconde um dos objetos em um
dos cômodos da casa. O objetivo da brincadeira é adivinhar qual objeto foi escon -
dido por qual personagem e em qual cômodo da casa o objeto foi escondido.

Todos os alunos decidiram participar. A cada vez um aluno é sorteado e dá a


sua resposta. As respostas devem ser sempre distintas das anteriores, e um mes -
mo aluno não pode ser sorteado mais de uma vez. Se a resposta do aluno estiver
correta, ele é declarado vencedor e a brincadeira é encerrada. O diretor sabe que
algum aluno acertará a resposta porque há:

a) 10 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.

b) 20 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.

c) 119 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.

d) 260 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.

e) 270 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.

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Princípio fundamental da contagem

Gabarito

1) Pelo princípio fundamental da contagem, o número de possíveis respostas


será igual ao produto das quantidades de personagens, objetos e cômodos.

5 · 6 · 9 = 270.

Como o número de alunos é 280, então a diferença entre a quantidade de nú -


mero de alunos e a quantidade de possibilidades é 10.

Resposta: alternativa A.

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Princípio fundamental da contagem

Anotações:
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História E Geografia Do Tocantins

HISTÓRIA E
GEOGRAFIA DO
TOCANTINS
Estado do Tocantins

Estado do Tocantins

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Estado do Tocantins

Tocantins

Tocantins é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo o seu mais novo
estado. Está localizado a sudeste da Região Norte e tem como limites Goiás a sul, Mato
Grosso a oeste e sudoeste, Pará a oeste e noroeste, Maranhão a norte, nordeste e
leste, Piauí a leste e Bahia a leste e sudeste. Sua capital é a cidade planejada
de Palmas que, dentre as capitais estaduais brasileiras, é a menos populosa. Na bandeira
nacional e no selo nacional do Brasil, o Tocantins é representado pela estrela Adhara (ε
Canis Majoris).

Ocupa uma área de 277 720,520 km², pouco maior que o Equador e a Nova Zelândia,
sendo a décima maior unidade federativa em área territorial no Brasil. Com mais de 1,6
milhão de habitantes, é o quarto estado mais populoso da Região Norte e o vigésimo quarto
mais populoso do Brasil. Apenas dois de seus municípios possuem população acima de 100
mil habitantes: Palmas, a capital e sua maior cidade com quase 290 mil habitantes em 2017,
e Araguaína, com cerca de 175 mil habitantes. Tocantins possui um dos mais baixos índices
de densidade demográfica no país, superior apenas ao dos estados de Roraima, Amazonas,
Mato Grosso e Acre. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em
2017 a densidade demográfica equivale a 5,58 habitantes por quilômetro quadrado.

Além de Palmas e Araguaína, outras cidades importantes no estado são Gurupi, Porto
Nacional e Paraíso do Tocantins. Juntos, estes cinco municípios abrigavam, em 2015, cerca
de 42,22 por cento da população total do estado. O relevo apresenta chapadas ao centro, ao
sul e ao leste, a Serra Geral a sudeste, a Serra das Traíras (ou das Palmas) ao sul, e a
planície do Araguaia, com a Ilha do Bananal, nas regiões norte, oeste e sudoeste. São
importantes o Rio Tocantins (incluindo o Rio Maranhão), o Rio Araguaia, o Rio Javaés, o Rio
do Sono, o Rio das Balsas, o Rio Manuel Alves e o rio Paranã. O clima é tropical. Veja lista
de rios do Tocantins.

A economia tocantinense se baseia no comércio,


na agricultura (arroz, milho, feijão, soja, melancia), na pecuária e em criações. No setor
terciário suas principais atividades estão concentradas em Palmas e também nos municípios
que estão localizados às margens da Rodovia Belém-Brasília, principal via de ligação da
capital federal com a parte norte do Brasil. Possui o segundo maior Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) e o quarto maior PIB per capita entre todos os estados do
Norte do Brasil. A Serra das Traíras, localizada no município de Paranã e na divisa com
Goiás, é o ponto mais elevado no estado, com 1 340 metros de altitude.

Etimologia

O nome "Tocantins" é uma referência ao rio Tocantins, que corta o estado de sul ao
norte. Segundo Eduardo Navarro, em seu Dicionário de Tupi Antigo (2013), trata-se de um
termo oriundo do tupi antigo que significa "bicos de tucanos", através da junção dos
termos tukana ("tucanos") e tĩ ("bicos"). O nome do rio, por sua vez, é uma referência à

2
Estado do Tocantins

tribo indígena que habitava a região na época da chegada dos primeiros colonizadores
portugueses.

Período colonial

A ocupação da região do atual Tocantins se iniciou na primeira metade do século XVII,


quando jesuítas criam os aldeamentos missionários de Palma (atual Paranã) e Duro
(atual Dianópolis), para a catequese dos povos indígenas locais.

Em 1722, os bandeirantes descobrem ouro na região de Vila Boa e isso fomenta a


procura pelo metal na região dos atuais Goiás e Tocantins.

Nas décadas de 1730 e 1740, descobre-se ouro no atual território tocantinense e, com
isso, chegam a região desbravadores, em grande parte oriundos das
regiões Norte e Nordeste do Brasil e fundam-se os primeiros arraiais, que originaram
como Natividade, Almas, Arraias, Porto Nacional e Conceição do Tocantins. Durante
décadas, o norte de Goiás (o atual Tocantins) foi uma das regiões da Capitania em que mais
produziu ouro, com o uso da mão-de-obra escrava africana.

No final do século XVIII, a mineração de ouro na Capitania de Goiás entra em declínio e


ela passa por uma profunda crise econômica, acentuada no Tocantins. A região passa a ter
como base econômica a agricultura e muitos dos antigos mineradores deixam o território
tocantinense, o qual se torna isolado.

Nesse contexto, no início do século XIX, como uma forma de promover o povoamento
do norte da Capitania de Goiás e fomentar o comércio e a navegação nos
rios Araguaia e Tocantins, o desembargador Dr. Teotônio Segurado propôs a criação
da Comarca de São João das Duas Barras, efetivada em 1809.

Movimentos separatistas

Em 1821, pouco antes da Independência do Brasil, diante do abandono da região pelo


governo goiano, Segurado proclama o Governo Autônomo do Tocantins, mas a revolta é
reprimida.

No Império do Brasil, houveram mais duas tentativas de emancipar o norte de Goiás.


Em 1863, o Visconde de Taunay defende a criação da Província da Boa Vista do Tocantins,
com capital na vila de Boa Vista (atual Tocantinópolis). Em 1889, Fausto de Souza defendeu
a divisão do Império em 40 províncias, sendo uma delas a do Tocantins. Na Primeira
República Brasileira, o discurso separatista sobreviveu na imprensa regional, principalmente
de Porto Nacional, que era o centro econômico e político tocantinense da época.

No Estado Novo, quando o governo federal manda criar os territórios federais


de Guaporé (atual Rondônia), Rio Branco (atual Roraima), Iguaçu e Ponta Porã, estes dois
3
Estado do Tocantins

últimos extintos em 1946, houve também a pressão para criar o território federal do
Tocantins.

Em 13 de maio de 1956, o Dr. Feliciano Machado Braga, Juiz de Direito de Porto


Nacional, juntamente com o Prof. Fabrício César Freire, o Bioquímico Dr. Oswaldo Ayres da
Silva, o Jornalista João Matos Quinaud, o Advogado Dr. Francisco Mascarenhas, o Escrivão
Pethion Pereira Lima e o Odontólogo Dr. Severo Gomes, com a adesão das entidades como
a ATI (Associação Tocantinense de Imprensa), CENOG (Casa do Estudante do Norte
Goiano) e UAO (União Artística e Operária), lançou o "Movimento Pró-Criação do Estado do
Tocantins", como uma expressão do desejo emancipacionista do norte de Goiás. Formaram-
se comissões para estudar as formas de implantação do novo estado, sendo criados, então
uma bandeira e um hino.

Durante quatro anos, foram realizadas paradas cívicas no dia 13 de maio alusivas à
data de lançamento do movimento. Em sinal de sua dedicação à causa, o juiz Feliciano
Machado Braga passou a despachar em documentos oficiais como "Porto Nacional, Estado
do Tocantins" e foi transferido de Porto Nacional e assim, o movimento perdeu sua força e
seu líder maior de então.

Com a construção de Brasília e a expansão da agricultura, a região do Tocantins


começa a se desenvolver, com a construção da Rodovia Belém-Brasília, a mineração de
ouro e calcário e a extração de madeira. Com isso, muitos migrantes vindos de outras partes
do Brasil vão para o então norte de Goiás. A ocorrência de intensos conflitos agrários na
região conhecida como "Bico do Papagaio", no norte tocantinense, entre os rios Araguaia e
Tocantins, nessa época, alimentou a defesa pela emancipação da região.

Entre o final da década de 1960 e início da de 1970, durante a Ditadura militar, o norte
do Tocantins foi palco da Guerrilha do Araguaia, quando guerrilhas do Partido Comunista do
Brasil, inspiradas nas revoluções socialistas da China e Cuba, tentam fomentar
uma revolução do proletariado no Brasil.

Constituição de 1988

Em 1982 houve rumores no qual se afirmava que o governo federal estaria disposto a
criar o "Território Federal do Tocantins" de modo a contrabalançar a influência do Partido do
Movimento Democrático Brasileiro na Região Norte do país, tendo em vista a conquista dos
governos do Amazonas, Pará e Acre pela legenda oposicionista, restando ao Partido
Democrático Social o controle, por nomeação presidencial, do estado de Rondônia e dos
territórios federais do Amapá e Roraima. Tal alarido logo foi desmentido. Entretanto, o
movimento autonomista já havia se articulado e, em 1985, o então senador Benedito Vicente
Ferreira, pertencente ao Partido da Frente Liberal (PFL) de Goiás, protocolou no Senado
Federal um projeto de lei que propunha a criação do estado do Tocantins, este sob o número
Nº 201.

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Estado do Tocantins

Depois de ter seu projeto vetado por José Sarney, que ocupava a Presidência da
República, José Wilson Siqueira Campos, membro do Partido Democrático Social e
deputado federal por Goiás, apresentou ao Congresso Nacional um projeto de lei criando o
estado do Tocantins. Aprovado pelos parlamentares em março, foi encaminhado ao
presidente José Sarney, que novamente o vetou em 3 de abril de 1985. À época, José
Sarney afirmou que tal matéria deveria ser submetida à Constituinte, que elaboraria a nova
Constituição nacional.

Durante a Assembleia Nacional Constituinte, ocorreu uma nova tentativa de


emancipação da região. O artigo 13 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias,
estabeleceu condições para a criação do novo estado no bojo de uma reforma que extinguiu
os territórios federais existentes e concedeu plena autonomia política ao Distrito Federal.
Dessa forma, em 5 de outubro de 1988, o norte do estado de Goiás foi emancipado,
passando a se chamar Tocantins, com sua capital provisória em Miracema do Tocantins e
instalado definitivamente em 1° de janeiro de 1989, sendo inserido na Região Norte do
Brasil, uma vez que, enquanto pertencente a Goiás, era parte da Região Centro-Oeste
brasileira. Em 1° de janeiro de 1990, a capital é transferida para Palmas, uma cidade
planejada.

Nos anos 1990 e 2000, houve a expansão do agronegócio no Tocantins e o estado se


desenvolve. Com isso, migrantes de todo o país se fixam em seu território.

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A Construção Da Rodovia Federal BR-153 E Seus Impactos Na Economia E Sociedade Tocantinenses

A Construção Da Rodovia
Federal BR-153 E Seus Impactos
Na Economia E Sociedade
Tocantinenses

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A Construção Da Rodovia Federal BR-153 E Seus Impactos Na Economia E Sociedade Tocantinenses

A construção da rodovia federal BR-153

A construção da rodovia federal BR-153 e seus impactos na economia e sociedade


tocantinenses

A rodovia federal BR-153, também conhecida como Rodovia Transbrasiliana, é uma das
principais vias de transporte do Brasil, ligando o Sul ao Norte do país. No Tocantins, a
rodovia atravessa o estado de norte a sul, passando por importantes municípios como
Araguaína, Gurupi e Palmas.

A construção da rodovia BR-153 no Tocantins teve início na década de 1960 e foi


concluída na década de 1980. A rodovia teve um impacto significativo na economia e
sociedade tocantinenses, promovendo o desenvolvimento regional e o crescimento
econômico.

Impactos econômicos

A rodovia BR-153 facilitou o escoamento da produção agrícola e mineral do Tocantins


para os mercados consumidores do Sul e Sudeste do país. Isso contribuiu para o aumento
da produção agrícola e mineral no estado, gerando empregos e renda para a população.

A rodovia também facilitou a instalação de indústrias no Tocantins, atraindo novos


investimentos para o estado. Isso contribuiu para o crescimento do setor industrial e para a
geração de empregos.

Impactos sociais

A rodovia BR-153 também teve impactos sociais significativos no Tocantins. A rodovia


facilitou o acesso a serviços básicos, como saúde, educação e transporte público. Isso
contribuiu para a melhoria da qualidade de vida da população.

A rodovia também facilitou a migração para o Tocantins, atraindo pessoas de outras


regiões do país. Isso contribuiu para o aumento da população do estado e para a
diversificação da cultura local.

Impactos ambientais

A construção da rodovia BR-153 também teve impactos ambientais significativos no


Tocantins. A rodovia atravessou áreas de vegetação nativa, causando desmatamento e
perda da biodiversidade. Além disso, a rodovia contribuiu para a poluição do ar e da água.

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A Construção Da Rodovia Federal BR-153 E Seus Impactos Na Economia E Sociedade Tocantinenses

No entanto, é importante ressaltar que a rodovia BR-153 também trouxe benefícios


ambientais para o Tocantins. A rodovia facilitou o acesso a áreas remotas do estado, o que
contribuiu para a fiscalização ambiental e para a proteção da biodiversidade.

Méri Curiosidade

A construção da rodovia federal BR-153 foi um evento importante na história do


Tocantins. A rodovia teve um impacto significativo na economia, sociedade e meio ambiente
do estado, promovendo o desenvolvimento regional e o crescimento econômico.

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Hierarquia Urbana

Hierarquia Urbana

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Hierarquia Urbana

O que é Hierarquia Urbana

Hierarquia urbana consiste numa forma de organização entre as cidades, onde os


grandes centros urbanos apresentam influência sobre as médias e pequenas cidades.

Esta hierarquização é formada principalmente com base na diversificação econômica


dos centros urbanos, fazendo com que aqueles com menor desenvolvimento estejam
dependentes e subordinados às metrópoles mais desenvolvidas.

Também é através da hierarquia urbana que é organizado o espaço nacional, em termos


de influência de certos centros urbanos sobre outros. Funciona como um indicador da
importância de uma cidade, sendo esta nem sempre dependente do seu tamanho, mas de
outros fatores influenciadores, como a dinâmica de mercadorias, pessoas, serviços e
informações que possui, por exemplo. A hierarquia urbana pode apresentar uma escala
regional, nacional ou mundial.

A hierarquia urbana está relacionada com o ranking de cidades, desde a menor até a
que tem maior população. Dentro da hierarquia urbana as cidades podem mudar de posição,
uma vez que existem transferências de população entre as cidades, fazendo com que variem
de posição.

Hierarquia urbana brasileira

No Brasil, a hierarquia urbana segue o modelo proposto pelo IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística): Metrópoles, Capitais Regionais, Capitais Sub -Regionais, Centros
de Zona e Centros Locais. Em outros países do mundo, no entanto, os padrões de
classificação da hierarquia urbana podem variar, principalmente de acordo com a
estruturação dessas nações.

A hierarquia urbana é formada por metrópoles nacionais, que são as grandes cidades;
as metrópoles regionais, que são cidades que exercem uma polarização em uma extensa
região; capitais regionais, que são cidades que polarizam uma área menor ou menos
importante em termos de população; centros regionais, que são cidades polarizadas pelas
capitais regionais e que polarizam uma grande quantidade de cidades locais, e as cidades
locais, que são pequenas cidades que exercem influência numa área reduzida, onde
predominam padrões rurais ou semiurbanos de moradia, como vilas, por exemplo.

Hierarquia urbana e Rede urbana

O conceito de hierarquia urbana está baseado na noção de rede urbana, que seria
um conjunto integrado de cidades que estabelecem relações econômicas, sociais e políticas
entre si.

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Hierarquia Urbana

As redes urbanas são frutos dos processos de urbanização observados em todos os


países, onde há um agrupamento de cidades que estão integradas em diferentes escalas.
Aliás, a partir desta diferenciação de níveis de desenvolvimento das redes urbanas é que
surge o conceito da hierarquização dos centros urbanos.

Atualmente, as redes urbanas podem ser classificadas em: megalópoles (cidades


globais), metrópoles, cidades médias e pequenas.

Segundo a classificação apresentada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


(IBGE) na publicação “Região de Influência das Cidades (2007) ”, a hierarquia urbana no
Brasil está dividida basicamente em 5 grupos sendo que cada um deles apresentam
subdivisões:

Metrópoles

As maiores cidades do país e que apresentam melhores infraestruturas e condições


econômicas, sendo classificadas em: Grande Metrópole Nacional (São Paulo), Metrópole
Nacional (Rio de Janeiro e Brasília) e Metrópole (Manaus, Belém, Fortaleza, Recife,
Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia e Porto Alegre).

Capitais Regionais

Exercem influências numa região, nas pequenas e médias cidades do país, sendo
divididas em: Capitais Regionais A (11 cidades), Capitais Regionais B (20 cidades) e Capitais
Regionais C (39 cidades), donde a primeira (A) é a mais influente.

No Brasil, cerca de 70 centros urbanos fazem parte dessa categoria. Note que essa
classificação leva em conta o número de habitantes e o nível de influência das cidades.

Assim, na classe A, as cidades apresentam cerca de 955 mil habitantes, por exemplo,
Natal, São Luís, Maceió, Campinas, Florianópolis, etc.; na categoria B, cerca de 435 mil
habitantes, por exemplo, Ilhéus, Campina Grande, Blumenau, Palmas, Juiz de Fora, etc.; e,
por fim, na classe C, o número de habitantes se aproxima de 250 mil, por exemplo, Macapá,
Rio Branco, Santarém, Ponta Grossa, São José dos Campos, dentre outras.

Centros Sub-regionais

Exercem menor influência que as capitais regionais, as quais apresentam mais


complexidade na gestão e maior número de habitantes. Nessa categoria, 169 centros estão
incluídos que sofrem grande influência de 3 metrópoles nacionais.

Elas também apresentam subdivisões: Centro sub-regional A (85 cidades), por exemplo,
Pouso Alegre, Rio Verde, Parnaíba, Barretos, Itajaí, etc.; e Centro sub-regional B (79
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Hierarquia Urbana

cidades), por exemplo, Cruzeiro do Sul, Parintins, Viçosa, Angra dos Reis, Bragança
Paulista, dentre outros.

Centros de Zona

Reúne 556 médias cidades as quais apresentam influência local. Subdivide -se em:
Centros de Zona A (192 cidades, com aproximadamente 45 mil habitantes), por exemplo,
Amparo, Porto Seguro, Votuporanga, Fernandópolis, São Bento do Sul, etc.; e, Centros de
Zona B (364 cidades, cerca de 23 mil habitantes, por exemplo, Tietê, Barra Bonita, Vila Rica,
Monte Alto, Capivari, dentre outros.

Centros Locais

Incluem 4.473 pequenas cidades que apresentam menos de 10 mil habitantes (média de
8 mil) e exercem somente influência local, por exemplo, Água Branca, Capitólio, Divisópolis,
Faro, Guarani, dentre outros.

A Hierarquia urbana no Brasil leva em conta a classificação proposta pelo IBGE. Da


mesma maneira, a hierarquia urbana mundial está relacionada com a rede complexa de
interdependência entre as cidades que compõem uma Nação.

No entanto, alguns locais do mundo apresentam outros tipos de classificação quanto a


escala de hierarquia, como em Portugal, donde a hierarquia urbana é apresentada pela
escala crescente: Metrópole Nacional, Metrópole Regional, Centro Regional, Centro Local e
as Vilas.

Rede Urbana e Hierarquia Urbana

A rede urbana, oriunda dos processos de urbanizações, representa as diversas cidades


que compõem um país.

Ela determina um sistema integrado de cidades que, por sua vez, apresenta as
diferenças entre o tamanho e a quantidade de habitantes de determinado local, além de
apresentar a influência de uma sobre a outra.

Dessa forma, o conceito de rede urbana está intimamente relacionado ao de hierarquia


urbana, posto que determina, por meio dos dados, as diferentes escalas hierárquicas entre
as cidades.

A rede urbana está classificada em: cidades globais, metrópoles, médias e pequenas
cidades.

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Hierarquia Urbana

Conurbação e Hierarquia Urbana

Vale lembrar que o processo de conurbação determina a união de duas (ou mais
cidades) que, com o passar do tempo, cresceram tanto que acabaram se ligando. Ou seja,
quando a conturbação ocorre fica difícil analisar os limites de cada município.

Esse processo está intimamente relacionado com a hierarquia urbana posto que
determina as relações econômicas de interdependência entre os municípios que se
conurbam.

Região Metropolitana e Hierarquia Urbana

A região metropolitana compreende um conjunto de cidades que, pelo processo de


conurbação, acabaram ficando interligadas.

Nesse caso, podemos citar a cidade de São Paulo, que conta com uma grande região
metropolitana, com a inclusão das cidades satélites: Osasco, São Bernardo do Campo,
Guarulhos.

A relação estabelecida entre as cidades que compõem as regiões metropolitanas é or-


ganizada através da hierarquia urbana, ou seja, a grande cidade exerce forte influência eco-
nômica e social sobre as menores.

Cidade Global e Hierarquia Urbana

As cidades globais é uma das categorias de hierarquia urbana representada pelos


grandes centros urbanos que possuem elevada importância econômica mundial e índice
demográfico.

Já as megacidades são aquelas cidades globais que apresentam mais de 10 milhões de


habitantes. No Brasil, as cidades globais mais importantes são: Rio de Janeiro e São Paulo.
Pelo mundo, alguns exemplos de cidades globais são: Londres, Paris, Nova York, Tóquio,
Berlim, dentre outras.

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Patrimônio Histórico E Cultural

Patrimônio Histórico E Cultural

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Patrimônio Histórico E Cultural

A cultura tem uma importante ligação estratégica com o desenvolvimento das


sociedades. Alguns pontos importantes dessa articulação são destacados a seguir:

Crescimento econômico: a cultura pode ser considerada um fator importante no cresci-


mento econômico da sociedade. Por meio das indústrias culturais como música, cinema, tea-
tro, literatura, é possível criar empregos, gerar renda e desenvolver a economia de uma re-
gião ou país.

Identidade cultural: a cultura é fundamental na formação da identidade nacional, pois é


transmitida de geração em geração, preservando as tradições e valores da sociedade. A va-
lorização da cultura local também é importante para promover a diversidade cultural e o res-
peito às diferenças.

3. Inclusão social: a cultura pode ser uma ferramenta importante para promover a inclu-
são social e a igualdade. Promover programas culturais que proporcionem acesso à arte e à
cultura para todos os grupos populacionais pode ajudar a reduzir a desigualdade social.

4. Turismo: a cultura também pode ser um importante atrativo que gera renda para a
economia local e promove a valorização do patrimônio cultural e histórico da região.

5. Diálogo e reflexão crítica: a cultura pode ser um espaço de diálogo e reflexão crítica
sobre a realidade social e política, permitindo que as pessoas se expressem livremente e fo-
mentando mudanças sociais positivas. Estes são apenas alguns exemplos da li gação estra-
tégica da cultura com o desenvolvimento das sociedades. É importante lembrar que a cultura
é um campo dinâmico que muda constantemente e reflete as mudanças sociais e culturais
da sociedade. É necessário, portanto, promover uma política cultural que valorize a diversi-
dade cultural e a inclusão social e promova o desenvolvimento humano e social.

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Diferentes Manifestações Culturais

Diferentes Manifestações
Culturais

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Diferentes Manifestações Culturais

As manifestações culturais

As manifestações culturais são as expressões da cultura de um povo. Elas podem ser


de natureza material ou imaterial, e podem ser individuais ou coletivas.

Manifestações culturais materiais são aquelas que podem ser tocadas, vistas ou
apreendidas pelos sentidos. Elas incluem objetos, artefatos, arquitetura, vestimentas,
culinária, etc.

Manifestações culturais imateriais são aquelas que não podem ser tocadas ou vistas,
mas que podem ser apreendidas pela mente. Elas incluem conhecimentos, saberes,
práticas, tradições, valores, etc.

Manifestações culturais individuais são aquelas que são criadas ou realizadas por uma
pessoa ou um grupo pequeno de pessoas. Elas incluem obras de arte, música, literatura, etc.

Manifestações culturais coletivas são aquelas que são criadas ou realizadas por um
grupo grande de pessoas. Elas incluem festas populares, rituais religiosos, etc.

Exemplos de manifestações culturais

Aqui estão alguns exemplos de manifestações culturais:

 Manifestações culturais materiais:

o Arquitetura: pirâmides egípcias, castelos medievais, edifícios modernos;

o Artefatos: pinturas rupestres, esculturas, instrumentos musicais, utensílios domésticos;

o Vestimentas: trajes típicos de diferentes culturas, roupas de moda;

o Culinária: pratos típicos de diferentes culturas, comidas de rua;

 Manifestações culturais imateriais:

o Conhecimentos: saberes tradicionais, conhecimentos científicos;

o Saberes: técnicas de artesanato, técnicas agrícolas;

o Práticas: danças folclóricas, esportes tradicionais;

o Tradições: costumes, rituais religiosos;

o Valores: ética, moral, religião;

 Manifestações culturais individuais:

o Obras de arte: pinturas, esculturas, música, literatura;

 Manifestações culturais coletivas:

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Diferentes Manifestações Culturais

o Festas populares: carnaval, São João, Natal;

o Rituais religiosos: missa, batizado, casamento;

A importância das manifestações culturais

As manifestações culturais são importantes para a preservação da identidade cultural


de um povo. Elas ajudam a manter vivas as tradições e os valores de uma cultura, e
contribuem para o desenvolvimento da sociedade.

As manifestações culturais também são importantes para a promoção da diversidade


cultural. Elas ajudam a conhecer e valorizar as diferentes culturas do mundo, e contribuem
para a construção de uma sociedade mais tolerante e inclusiva.

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Legislação

Legislação

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LEI ORGÂNICA

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE


PALMAS - TO.

TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I
DO MUNICÍPIO

Art. 1º O Município de Palmas, parte integrante do Estado do Tocantins, pessoa jurídica de


direito público interno e autônomo nos termos assegurados pela Constituição Federal, rege-se
por esta Lei Orgânica, respeitados os princípios estabelecidos nas Constituições Federal e
Estadual. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 2/1994)

§ 1º A sede do Município dá-lhe o nome. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
53/2006)

§ 2º As Sedes dos poderes Executivo e Legislativo Municipais ficam transferidas para o


Distrito de Taquaruçu no dia 1º de cada ano, respeitando o disposto no artigo 3º
d a Constituição Estadual, em homenagem ao Município de Taquarussu do Porto, pela
concessão de sua territorialidade, para implantação da Capital do Estado. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 53/2006)

Art. 2ºOs limites do território do Município só podem ser alterados na forma estabelecida na
Constituição Federal ou Estadual.

Parágrafo Único - A criação, organização e supressão de distritos competem ao


Município, observado o disposto no art. 67 da Constituição Estadual.

Art. 3º São símbolos do Município de Palmas sua bandeira, seu hino e seu brasão de armas.

Art. 4º O Município concorrerá, nos limites de sua competência, para a consecução dos
objetivos fundamentais da República (Art. 3º da C.F.) e prioritários do Estado do Tocantins.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 49/2002)

Parágrafo Único - O Município de Palmas buscará de forma permanente a integração


econômica, política, social e cultural com os municípios que integram a mesma região.

CAPÍTULO II

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DA COMPETÊNCIA

Ao Município de Palmas compete prover tudo quanto respeite ao interesse local e ao


Art. 5º
bem-estar de sua população, cabendo-lhe, entre outras, as seguintes atribuições:

I - organizar-se juridicamente, promulgar leis, decretar atos e medidas de seu peculiar


interesse; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/1994)

II - elaborar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais, no


que couber nos termos do art. 165 da Constituição Federal;

III - Instituir e arrecadar os tributos de sua competência e fixar e cobrar preços, bem
como aplicar suas receitas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas;

IV - organizar e prestar diretamente ou sob regime de autorização, concessão ou


permissão, através de licitação sempre que necessárias, os seus serviços públicos;

V - dispor sobre a administração, utilização e alienação de seus bens, observada a


legislação federal pertinente:

VI - adquirir bens para integrarem o patrimônio municipal, inclusive através de


desapropriação, por necessidade ou por utilidade pública, ou por interesse social, nos termos
da legislação federal pertinente; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 49/2002)

VII - elaborar o seu Plano Diretor;

VIII - promover o adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do


uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IX - estabelecer as condições necessárias ao desenvolvimento de seus serviços;

X - regulamentar a utilização dos logradouros públicos e especialmente no perímetro


urbano:

a) dispor sobre o transporte coletivo, que poderá ser operado através de concessão ou
permissão, mediante licitação, fixando itinerários, pontos de parada e respectivas tarifas;
b) dispor sobre o transporte individual de passageiros, fixando locais de estacionamento
de táxis e as tarifas respectivas;
c) fixar e sinalizar locais de estacionamento de veículos, limites de zonas de silêncio, de
trânsito ou tráfego em condições especiais e seus horários;
d) disciplinar a execução dos serviços de cargas e descargas, fixando tonelagem máxima
permitida a veículos que circularem em vias públicas municipais;
e) disciplinar a execução dos serviços e atividades de feiras e o comércio de artesanato.

XI - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como, regulamentar e


fiscalizar a sua utilização;

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XII - dispor sobre limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e destino do lixo
domiciliar e de resíduos de qualquer natureza;

XIII - conceder licença ou autorização para a abertura e funcionamento de


estabelecimentos comerciais, industriais, prestadores de serviços e similares, bem assim, fixar
condições e horários para seu funcionamento, respeitando as normas superiores pertinentes,
e em especial a legislação trabalhista; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
49/2002)

XIV - dispor e coibir a exploração econômica financeira por lei específica, sobre os
serviços funerários e os cemitérios, administrando aqueles que forem públicos, fiscalizando
aqueles explorados por particulares mediante concessão pública, bem assim, os pertencentes
às entidades privadas. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 49/2002)

XV - prestar serviço de atendimento à saúde da população, com a cooperação técnica e


financeira da União, do Estado e de outros organismos;

XVI - manter programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental, com a


cooperação técnica e financeira da União do Estado e de outros organismos;

XVII - regulamentar, autorizar e fiscalizar a afixação de cartazes e anúncios, bem como a


utilização de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda, nos locais sujeitos ao
poder de polícia municipal;

XVIII - dispor sobre depósito e destino de animais e mercadorias apreendidas em


decorrência de transgressão da legislação municipal;

XIX - dispor sobre registro, vacinação e captura de animais, com a finalidade precípua de
erradicação de raiva e outras moléstias de que possam ser portadores ou transmissores;

XX - revogado; (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

XXI - constituir guarda municipal destinada à proteção das instalações, bens e serviços
municipais, observando o disposto no artigo 59, da Constituição do Estado e conforme
dispuser a Lei que regulamentará, inclusive a garantia de percentual mínimo de vagas para
pessoas do sexo feminino; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

XXII - promover a proteção do patrimônio histórico e cultural local, observada a legislação


e ação fiscalizadora federal e estadual;

XXIII - promover a preservação da flora e da fauna de seu território, combatendo qualquer


forma de poluição;

XXIV - promover e incentivar o turismo local, como fator de desenvolvimento econômico


e social, inclusive contribuindo com a União e o Estado no combate à caça e à pesca

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predatórias;

XXV - quanto aos estabelecimentos industriais, comerciais e funcionamento;

a) conceder ou renovar licença para instalação, localização e similares:


b) revogar as licenças daqueles cujas atividades se tornarem prejudiciais à saúde, à
higiene, ao bem-estar, à recreação, ao sossego público e aos bons costumes;
c) promover o fechamento daqueles que funcionarem sem licença ou em desacordo com
a lei;
d) dispor sobre plantões comerciais e de serviços no interesse da coletividade;
e) assegurar sem o estabelecimento de limite de som amplificado ou não o livre exercício
dos cultos religiosos e suas liturgias, nos templos e/ou espaços públicos, conforme o disposto
na Constituição Federal, artigos. 5º, VI; 19, I, II; 30, I, II; (Redação acrescida pela Emenda à
Lei Orgânica nº 48/1999)

XXVI - estabelecer e impor penalidades por infração de leis e regulamentos;

XXVII - proporcionar os meios de acesso à cultura, apoiando a formação de grupos de


teatro;

XXVIII - fomentar a realização de concursos literários e musicais;

XXIX - promover programas comunitários de educação física, recreação e lazer;

XXX - combater as causas do êxodo rural, promovendo apoio ao trabalhador rural sem
emprego e sem terra;

XXXI - regular, acompanhar e fiscalizar o comércio ambulante ou eventual;

XXXII - estabelecer e implantar política de esclarecimento sobre alcoolismo e outras


toxicomanias;

XXXIII - suplementar a legislação federal e estadual no que couber.

XXXIV - baixar normas reguladoras de edificações, autorizar e fiscalizar as edificações,


as obras de conservação, modificação ou demolição que nela devam ser executadas;
(Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 49/2002)

XXXV - prover de instalações adequadas a Câmara Municipal para o exercício das


atividades de seus membros e o funcionamento de seus relevantes serviços. (Redação
acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 49/2002)

Art. 6ºAo município compete, sem prejuízo da competência da União e do Estado,


observando normas estabelecidas em leis complementares federal ou estadual:

I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e pela

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conservação do patrimônio público;

II - cuidar da saúde e da assistência pública, da proteção e garantia das pessoas


portadoras de deficiência;

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos e as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros


bens de valor artísticos, histórico e cultural;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições


habitacionais e de saneamento básico;

X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização promovendo a


integração dos setores desfavorecidos;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisas e


exploração de recursos hídricos e minerais e seu território;

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

Art. 7º Para o alcance de seus objetivos, o Município poderá:

I - participar em consórcios, cooperativas ou associações, mediante aprovação da


Câmara Municipal, por proposta do Chefe do Poder Executivo;

II - celebrar convênios, acordos e outros ajustes conforme estabelecido no artigo 58, § 2º


e 3º da Constituição do Estado.

§ 1º Os convênios podem visar à realização de obras ou exploração de serviços de


interesse comum.

§ 2º Pode o Município participar de entidades intermunicipais para a realização de obras,


atividades ou serviços de interesse comum a outros municípios da região sócio-econômica
que integra.

§ 3º Ao Município é lícito delegar ou receber delegação de competência do Estado,

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mediante convênio, para a prestação de serviços de natureza concorrente.

CAPÍTULO III
DAS VEDAÇÕES

Art. 8ºAo município de Palmas aplica-se às vedações estabelecidas pelo art. 19, I, II e III da
Constituição Federal, e as proibições de que trata o art. 60, I e II, da Constituição do Estado.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO

Seção I
Da Câmara Municipal

O Poder Legislativo do Município é exercido pela Câmara Municipal, composta de


Art. 9º
Vereadores eleitos através de sistema proporcional, com mandato de 04 (quatro anos).
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 54/2006)

Parágrafo Único - A Câmara Municipal de Palmas para a próxima legislatura, será


composta de 19 (dezenove) Vereadores, observados os limites estabelecidos no art. 29, IV, da
Constituição Federal e art. 61 Inciso V, da Constituição Estadual. (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 59/2011)

Cabe a Câmara Legislativa, com a sanção do Prefeito Municipal, legislar sobre todas
Art. 10
as matérias de competência do Município e, especialmente, sobre:

I - assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legislação federal e estadual;

II - tributos municipais, seu lançamento, arrecadação e normatização da receita não


tributária;

III - empréstimos e operações de crédito;

IV - diretrizes orçamentárias, plano plurianual, orçamentos anuais, abertura de créditos


suplementares e especiais;

V - subvenções ou auxílios a serem concedidos pelo Município e qualquer outra


transferência de recursos, sendo obrigatória à prestação de contas nos termos da Constituição
Estadual e desta Lei Orgânica;

VI - criação dos órgãos permanentes necessários à execução dos serviços públicos

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locais, inclusive autarquias, fundações e para a constituição de empresas e sociedades de


economia mista;

VII - regime jurídico dos servidores públicos municipais, criação, transformação e


extinção de cargos, empregos e funções públicas, estabilidade, aposentadoria, fixação e
alteração de remuneração, observadas as normas constitucionais;

VIII - concessão, permissão ou autorização de serviços públicos de competência


municipal, respeitadas às normas das Constituições Federal e Estadual;

IX - normas gerais de ordenação urbanísticas e regulamentos sobre ocupação de uso do


espaço urbano, parcelamento do solo e edificações;

X - concessão e cassação de licença para abertura, localização, funcionamento e


inspeção de estabelecimentos comerciais, industriais, prestacionais ou similares;

XI - exploração dos serviços municipais de transporte coletivo de passageiros e critérios


para a fixação de tarifas a serem cobradas;

XII - critérios para a exploração dos serviços de táxis e fixação de suas tarifas;

XIII - autorização para aquisição de bens imóveis, salvo quando houver dotação
orçamentária especifica, ou nos casos de doação sem encargos;

XIV - concessão ou permissão de uso de bens municipais e autorização para que os


mesmos sejam gravados com ônus reais;

XV - plano de Desenvolvimento Urbano e suas modificações;

XVI - instituição de feriados municipais, nos termos da legislação federal;

XVII - alienação e aquisição onerosa de bens do Município. (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 49/2002)

XVIII - autorização para participação em consórcios com outros municípios, ou com


entidades intermunicipais;

XIX - autorização para aplicação de disponibilidade financeira do Município no mercado


aberto de capitais;

XX - criação, organização e supressão de distritos, observada a legislação estadual.

Parágrafo Único - Salvo disposição em contrário, presente nas Constituições Federal e


Estadual e nesta Lei Orgânica, as deliberações da Câmara e de suas Comissões, serão
tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros. (Redação
acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/1994)

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Art. 11 À Câmara Municipal compete privativamente:

I - receber o compromisso dos Vereadores, do Prefeito e Vice- Prefeito e dar-lhes posse;

II - dispor, mediante resolução, sobre sua organização, funcionamento e política, sobre a


criação, provimento e remuneração dos cargos de sua estrutura organizacional, respeitadas,
neste último caso, as disposições expressas nos artigos 37, XI, 48 e 169, da Constituição da
República e nos artigos 9º, XI, 19, 20 e 85 da Constituição do Estado; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 49/2002)

III - eleger sua Mesa e constituir suas comissões, nesta assegurando, tanto quanto
possível, a representação proporcional dos partidos políticos ou dos blocos parlamentares que
participam da Câmara; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 6/1994)

IV - fixar por decreto legislativo, observado o disposto no artigo 29, V, da Constituição


Federal e no artigo 57, § 1º, da Constituição Estadual, o subsídio do Prefeito, do Vice-Prefeito
e dos Secretários Municipais, e por resolução observadas as disposições do artigo 29, VI e VII
da Constituição Federal e do artigo 57, § 2º e § 3º, da Constituição Estadual, o subsídio dos
Vereadores. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 49/2002)

V - conceder licenças:

a) ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, para se afastarem temporariamente, dos respectivos


cargos; (Veja o artigo 66 da LOM)
b) aos Vereadores, nos termos do Regimento da Câmara Municipal; (Veja o art. 255 do
Regimento Interno da C.M. e art. 14 da LOM)
c) ao Prefeito, para se ausentar do Município por tempo superior a quinze dias;

VI - requisitar do Prefeito e Secretários ou de outras autoridades municipais, informações


sobre assuntos administrativos, fatos sujeitos à sua fiscalização ou relacionados com matéria
legislativa em tramitação, devendo essas informações ser apresentadas dentro de no máximo,
quinze dias úteis;

VII - julgar as contas mensais e anuais do Município, obedecidos os princípios


estabelecidos nas Constituições Federal e Estadual, e na forma da Lei; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 7/1994)

VIII - promover representação para intervenção estadual no Município, nos casos


previstos na Constituição do Estado e nesta Lei Orgânica;

IX - requisitar, até o dia 20 de cada mês, o numerário destinado às suas despesas;


(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 49/2002)

X - promulgar a Lei Orgânica e suas emendas, bem como elaborar e votar seu
Regimento Interno;

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XI - convocar os titulares dos órgãos da Administração Pública Municipal, para prestarem


esclarecimentos sobre serviços de sua competência, importando a recusa sem justificativa em
crime de responsabilidade. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

XII - conhecer da renúncia do Prefeito e do Vice-Prefeito; (Redação acrescida pela


Emenda à Lei Orgânica nº 49/2002)

XIII - destituir do cargo o Prefeito e o Vice-Prefeito após condenação por crime comum ou
de responsabilidade; (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 49/2002)

XIV - processar e julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Secretários do Município nas


infrações político-administrativas; (Redação acrecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 49/2002)

XV - deliberar sobre veto do Prefeito; (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
49/2002)

XVI - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas ou qualquer


outra forma de disposição de bens públicos; (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica
nº 49/2002)

XVII - ordenar a sustação de contratos impugnados pelo Tribunal de Contas, por


solicitação deste órgão; (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 49/2002)

XVIII - mudar temporariamente sua sede. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 49/2002)

Seção II
Dos Vereadores

Art. 12 No primeiro ano de cada legislatura, no dia 1º de janeiro em sessão solene


(preparatória) de instalação, independente do número, sob a presidência do Vereador mais
votado dentre os presentes, os mesmos prestarão compromisso e tomarão posse. (Veja artigo
3º do Regimento Interno da C.M)

§ 1º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo deverá fazê-lo no
prazo de quinze dias, salvo motivo justo, aceito pela Câmara, por maioria absoluta, sob pena
de perda de mandato. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 2º No ato da posse os Vereadores deverão desincompatibilizar-se de eventuais


impedimentos ao exercício do mandato e apresentar declaração de seus bens, a qual será
transcrita em livro próprio, constando de ata em seu resumo.

O mandato do Vereador será remunerado, mediante subsídio fixado por resolução da


Art. 13
Câmara Municipal, em cada legislatura para a subseqüente, observado os limites máximos

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estabelecidos no artigo 29, VI, conforme Emenda Constitucional nº 25 de 14/02/2000 da


Constituição Federal e incorporada pela Constituição Estadual, art. 67-A, pela Emenda
Constitucional nº 09 de 05/12/2000. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 49/2002)

Art. 14 O vereador poderá licenciar-se somente:

I - por doença devidamente comprovada ou em licença a Vereadora gestante;

II - investido no cargo de Ministro de Estado, Secretário de Estado, Secretário do Distrito


Federal, Secretário de Município, dirigente máximo de entidade da administração indireta na
esfera federal, estadual ou municipal, ou chefe de missão diplomática ou cultural temporária;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 49/2002)

III - para tratar de interesse particular, nunca inferior a 30 (trinta) dias e não superior a
120 (cento e vinte) dias, por sessão legislativa, sem remuneração, podendo reassumir o
exercício do mandato antes do término da licença. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 49/2002)

§ 1º O Vereador que se licenciar, para tratamento de saúde, com assunção ou não do


suplente, não poderá reassumir o mandato antes de findo o prazo da licença, ou de sua
prorrogação. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 49/2002)

§ 2º Fará jus, exclusivamente ao subsídio, o Vereador licenciado nos termos dos incisos I
e II deste artigo. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 49/2002 e suprime o
parágrafo único)

Art. 15 Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no


exercício do mandato, na circunscrição do Município.

Parágrafo Único - Aplicam aos Vereadores, por força do disposto no art. 62, § 1º,
da Constituição Estadual, as regras nela contidas para os Deputados Estaduais.

Art. 16 O Vereador não poderá:

I - a partir da expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou com concessionário de serviço público municipal,
salvo quando o contrato obedecer às cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja
demissível ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior.

II - desde a posse:

a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa sob contrato com pessoa jurídica de
direito público ou nela exercer função remunerada;

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b) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o
inciso I, alínea "a", deste artigo.

Art. 17 Perderá o mandato o Vereador que:

I - infringir qualquer das proibições do artigo anterior;

II - tiver procedimento declarado incompatível com o decoro parlamentar;

III - deixar de comparecer em cada sessão legislativa, a terça parte das sessões
ordinárias da Câmara Municipal, salvo licença ou missão por esta autorizada;

IV - perder ou estiver suspensos os direitos políticos;

V - tiver seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral;

VI - sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. (Redação dada pela


Emenda à Lei Orgânica nº 9/1994)

§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimento


interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membros da Câmara Municipal ou a
percepção de vantagens indevidas.

§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida por voto secreto e
maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de partido político representado na
Câmara Municipal, assegurada ampla defesa. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
10/1994)

§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada de ofício, pela Mesa
ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou partido político, com
representação na Câmara Municipal, assegurada ampla defesa. (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 11/1994)

§ 4º A perda, extinção, cassação ou suspensão de mandato de vereador, ocorrerão nos


casos e na forma estabelecidos nas Constituições Federal e Estadual, nesta Lei e na
Legislação Federal aplicável ao caso. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
12/1994)

§ 5º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 13/1994)

Art. 18 Não perderá o mandato o Vereador:

I - investido no cargo de Interesse do Município ou que tiver desempenhado missão


temporária de caráter cultural; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 14/1994)

II - licenciado por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse

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particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse 120 dias por sessão
legislativa.

§ 1º O suplente será convocado pelo Presidente da Câmara, devendo tomar posse no


prazo máximo de 15 (quinze) dias, salvo motivo justo aceito pelo Parlamento, sob pena de ser
considerado renunciante, nos casos de vaga, de investidura em funções previstas no inciso I
deste artigo ou de licença superior a 120 (cento e vinte) dias. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 49/2002)

§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se


faltarem mais de quinze meses para o término do mandato. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 16/1994)

§ 3º Na hipótese do inciso I, o Vereador poderá optar pelo subsídio a que tem direito em
razão do mandato. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 49/2002)

Seção III
Da Mesa da Câmara

Art. 19Imediatamente depois da posse, os Vereadores reunir- se-ão sob a presidência do


mais votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara,
elegerão os componentes da Mesa, que ficarão automaticamente empossados.

Parágrafo Único - Não havendo número legal, o Vereador mais votado dentre os
presentes permanecerá na presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a
Mesa.

Art. 20A eleição para renovação da Mesa, realizar-se-á no último dia da sessão legislativa do
primeiro biênio, sendo que a posse, dar-se-á no dia 1º de janeiro do ano subsequente.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 41/1996)

Parágrafo Único - O regimento disporá sobre a forma de eleição e a composição da


Mesa, que contará, no mínimo, com um presidente, um Vice-Presidente, um 1º Secretário e
um 2º Secretário. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 18/1994)

Art. 21O mandato da Mesa Diretora será de dois anos, sendo vedada a reeleição para o
mesmo cargo na eleição subsequente. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
56/2009)

Parágrafo Único - Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído, pelo voto de dois
terços dos membros da Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de
suas atribuições regimentais, elegendo-se outro vereador para complementar o mandato.

Art. 22 À Mesa, dentre outras atribuições, compete:

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I - propor projetos de lei que criem ou extingam cargos dos serviços da Câmara e fixem
os respectivos vencimentos; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

II - apresentar projetos de leis dispondo sobre abertura de créditos suplementares ou


especiais, através de anulação parcial ou total da dotação da Câmara;

III - suplementar, mediante Ato, as dotações do Orçamento da Câmara, observando o


limite da autorização constante da lei orçamentária, desde que os recursos para a sua
abertura sejam provenientes de anulação total ou parcial de suas dotações orçamentárias;

IV - devolver à Tesouraria da Prefeitura o saldo de caixa existente na Câmara ao final do


exercício;

V - enviar ao Prefeito, até o dia 31 de janeiro, as contas do exercício anterior e, até o dia
15 subseqüente as do mês anterior;

VI - revogado; (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 20/1994)

VII - declarar perda do mandato de Vereador por ofício ou por provocação de qualquer se
seus membros, ou, ainda, de partido político representado na Câmara, nas hipóteses previstas
na Constituição Estadual e nesta Lei.

Art. 23 Ao Presidente da Câmara, dentre outras atribuições, compete:

I - representar a Câmara em juízo e fora dele;

II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos;

III - fazer cumprir o Regimento Interno;

IV - promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem como as leis com sanção


tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo plenário;

V - fazer publicar os Atos da Mesa, bem como as resoluções, os decretos legislativos e


as leis por ele promulgado;

VI - declarar a perda do mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, nos casos


previstos em Lei;

VII - requisitar o numerário às despesas da Câmara e aplicar as disponibilidades


financeiras no mercado aberto de capitais;

VIII - apresentar no Plenário, até o dia 10 de cada mês, o balancete relativo aos recursos
recebido às despesas do mês anterior;

IX - representar sobre a inconstitucionalidade de lei ou ato municipal, frente

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à Constituição do Estado;

X - solicitar a intervenção no Município, nos casos admitidos pela constituição do Estado;

XI - manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força policial necessária


para este fim;

XII - nomear, promover, comissionar, conceder gratificações, licenças, colocar em


disponibilidade, exonerar, demitir, aposentar e punir funcionários ou servidores da Secretaria
da Câmara Municipal, nos termos da lei. (Redação acrescentada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 21/1994)

Art. 24 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 22/1994)

Seção IV
Da Sessão Legislativa Ordinária

Art. 25Independentemente de convocação, o período legislativo anual desenvolve-se de 15


de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro.

§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil
subseqüente, quando caírem em sábados, domingos e feriados.

§ 2º O período legislativo não será interrompido sem a aprovação do projeto de lei de


diretrizes orçamentárias.

§ 3º A fixação dos dias e horários para a realização das sessões ordinárias será regulada
pelo Regimento Interno, observado o mínimo de cinco sessões por mês.

§ 4º Não poderá ser realizada mais de uma sessão ordinária por dia, nada impedindo que
mais de uma sessão extraordinária, se realize no mesmo dia.

§ 5º A Câmara reunir-se-á em sessões ordinárias, extraordinárias ou solenes, conforme


dispuser o seu Regimento Interno.

§ 6º As sessões extraordinárias serão convocadas pelo Presidente da Câmara, em


sessão ou fora dela, na forma regimental.

Art. 26 As sessões da Câmara serão públicas, salvo deliberação em contrário tomada por
dois terços de seus membros, quando ocorrer motivo relevante de preservação de decoro
parlamentar.

As sessões só poderão ser abertas com a presença de no mínimo, um terço dos


Art. 27
Membros da Câmara.

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Seção V
Da Sessão Extraordinária

Art. 28A sessão extraordinária será convocada pelo Prefeito, pelo Presidente da Câmara ou
pela maioria dos Vereadores (Veja os artigos 77, § 1º e 121, inciso II do Regimento Interno da
C.M), em caso de urgência ou interesse público relevante, devendo nela ser tratada somente a
matéria que tiver motivado a convocação. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
23/1994)

Parágrafo Único - Estando a Câmara em recesso, a convocação de sessão


extraordinária, será feita com cinco dias de antecedência. (Redação acrescida pela Emenda à
Lei Orgânica nº 23/1994)

Seção VI
Das Comissões

Art. 29 A Câmara terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com


as atribuições previstas no seu Regimento Interno ou no Ato que resultar sua criação.

§ 1º Em cada comissão será assegurada, quando possível, a representação proporcional


dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Câmara.

§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:

I - discutir e votar projeto de lei que, dispensa na forma do Regimento, a competência do


Plenário, salvo com recurso de um quinto dos membros da casa;

II - realizar audiência públicas com representantes de entidades da sociedade;

III - convocar Secretários Municipais para prestar informações sobre assuntos inerentes
às suas atribuições;

IV - acompanhar junto à Prefeitura, os atos decorrentes do exercício de suas atribuições;

V - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa, atos


ou omissões das autoridades ou entidades públicas municipais;

VI - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

VII - apreciar programas de obras e planos de desenvolvimento e, sobre eles, emitir


parecer.

Art. 30 As Comissões Parlamentares de Inquérito terão poderes de investigações próprias,


previstos no Regimento Interno e serão criadas pela Câmara, mediante requerimento de um

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terço de seus membros, para a apuração do fato determinado e por prazo certo, sendo suas
conclusões, se for o caso, encaminhado ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 42/1996)

§ 1º As Comissões Parlamentares de Inquérito, no interesse da investigação, poderão:


(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/1996)

a) proceder às vistorias e levantamento nas repartições públicas do Município e em suas


entidades descentralizadas, onde terão livre acesso:
b) requisitar de seus responsáveis a exibição de documentos e a prestação dos
esclarecimentos ou informações;
c) transporta-se aos lugares onde for necessária sua presença, ali realizando os atos que
lhes competirem.

§ 2º No exercício de suas atribuições poderão, ainda, as Comissões Parlamentares de


Inquérito, por intermédio de seu Presidente: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
44/1996)

a) determinar as diligências que reputarem necessárias;


b) requerer a convocação de Secretário Municipal;
c) tomar o depoimento de quaisquer autoridades, intimar testemunhas e inquiri-las;
d) proceder à verificação contábil em livros, papéis e documentos dos Órgãos da
Administração Direta e Indireta.

Art. 31Durante o recesso, haverá uma Comissão Representativa da Câmara, eleita na última
sessão ordinária do período legislativo, cuja composição garantirá, quanto possível, a
proporcionalidade da representação partidária.

Comissão Representativa funciona nos interregnos das sessões legislativas ordinárias


Art. 32
da Câmara Municipal e tem as seguintes atribuições:

I - zelar pelas prerrogativas da Câmara Municipal;

II - velar pela observância da Lei Orgânica;

III - autorizar o Prefeito a se ausentar do Município;

IV - convocar Secretários Municipais ou titulares de diretorias equivalentes;

Art. 33A Comissão Representativa, constituída de número ímpar de Vereadores, é composta


pelo Presidente da Mesa e pelos demais Membros eleitos com os respectivos suplentes.

§ 1º A Presidência da Comissão Representativa cabe ao Presidente da Câmara, cuja


substituição se faz na forma regimental.

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§ 2º O número de Membros eleitos da Comissão Representativa é o necessário para


perfazer, no mínimo, a maioria absoluta da Câmara, computado o Presidente da Mesa.

Art. 34 A Comissão Representativa deve apresentar ao Plenário, relatório dos trabalhos por
ela realizados, no início do período de funcionamento da Câmara.

Seção VII
Do Processo Legislativo

Subseção I
Disposições Gerais

Art. 35 O Processo legislativo compreende:

I - Emendas à Lei Orgânica do Município;

II - Leis Complementares;

III - Leis Ordinárias;

IV - Leis Delegadas;

V - Medidas Provisórias;

VI - Decretos Legislativos;

VII - Resoluções.

Subseção II
Das Emendas à Lei Orgânica

A Lei Orgânica Municipal poderá ser emendada mediante proposta: (Veja os artigos
Art. 36
197 usque 200 e seus parágrafos, do Regimento Interno da Câmara Municipal)

I - de um terço, no mínimo, dos Membros da Câmara Municipal;

II - do Prefeito Municipal;

III - dos cidadãos, subscrita por no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Município.

§ 1º A Lei Orgânica Municipal não poderá ser emendada na vigência de estado de


defesa, estado de sítio ou de intervenção no Município.

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§ 2º A proposta será discutida em dois turnos, considerando- se aprovada se obtiver, no


mínimo, dois terços dos votos dos membros da Câmara.

§ 3º A emenda à Lei Orgânica do Município será promulgada pela Mesa da Câmara com
o respectivo número de ordem.

§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I - integração do Município à federação brasileira;

II - o voto, direto, secreto, universal e periódico;

III - a independência, autonomia e a harmonia dos Poderes do Município.

§ 5º A matéria constante de emenda rejeitada, havida por prejudicada, não poderá ser
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

Subseção III
Das Leis

Art. 37 A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer Membro ou


Comissão da Câmara Municipal, ao Prefeito, e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos
na Constituição Federal e nesta Lei orgânica. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
24/1994)

Art. 38 São Leis complementares as concernentes às seguintes matérias:

I - Código Tributário do Município;

II - Código de Obras e Edificações;

III - Estatuto dos Servidores Municipais;

IV - Plano Diretor do Município;

V - zoneamento urbano sobre direitos de uso e ocupação do solo;

VI - concessão de direito real de uso;

VII - alienação de bens imóveis;

VIII - aquisição de bens imóveis, inclusive por doação com encargos;

IX - autorização para obtenção de empréstimos.

Art. 39

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As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito, que deverá solicitar a delegação à
Art. 39
Câmara Municipal.

§ 1º Não será objeto de delegação os atos de competência exclusiva da Câmara


Municipal, a matéria reservada à lei complementar e a legislação sobre planos plurianuais,
diretrizes orçamentárias e orçamentos.

§ 2º A delegação do Prefeito terá a forma de resolução da Câmara Municipal, que


especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.

§ 3º Se a resolução determinar apreciação do projeto pela Câmara, esta o fará em


votação única, vedada qualquer emenda.

Art. 40 Em caso de relevância e urgência, o Prefeito Municipal, poderá adotar medidas


provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato a Câmara Municipal que,
estando em recesso, será convocada extraordinariamente para se reunir no prazo de cinco
dias. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 25/1994)

Parágrafo Único - As medidas provisórias perderão sua eficácia, desde sua edição, se
não forem convertidas em lei no prazo de trinta dias, a partir de sua publicação, devendo à
Câmara Municipal disciplinar as relações jurídicas decorrentes. (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 25/1994)

Art. 41 As leis complementares exigem para sua aprovação, o voto favorável da maioria
absoluta dos Membros da Câmara. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 26/1994)

Art. 42 Compete privativamente ao Prefeito à iniciativa dos projetos de leis que disponham
sobre:

I - criação, extinção ou transformação de cargos, funções e empregos públicos na


administração direta, autárquica ou fundacional;

II - fixação ou aumento de remuneração dos servidores, tendo como limite máximo, no


âmbito dos Poderes Executivo e Legislativo Municipal, o que for atribuído, em espécie, ao
Prefeito e ao Presidente da Câmara;

III - regime jurídico dos servidores, com a diferença entre o maior e o menor salário pago
pelo Município não superior a vinte vezes; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
48/1999)

IV - organização administrativa, matéria tributária e orçamentária e de serviços públicos


municipais;

V - criação, estruturação e atribuições dos órgãos da administração pública municipal.

Art. 43 É da competência exclusiva da Câmara a iniciativa dos projetos de leis que disponham

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sobre:

I - criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos de seus serviços;

II - fixação ou aumento de remuneração de seus servidores, observado o disposto no art.


42 II e III desta lei;

III - organização e funcionamento dos seus servidores.

Art. 44 Não será admitido aumento da despesa prevista nos projetos:

I - de iniciativa exclusiva do Prefeito;

II - sobre organização dos serviços administrativos da Câmara Municipal.

Art. 45 A iniciativa popular poderá ser exercida pela apresentação à Câmara Municipal de
projeto de lei subscrito por, no mínimo, 5% (cinco por cento) do eleitorado do Município.

§ 1º A proposta popular deverá ser articulada, exigindo-se, para seu recebimento, a


identificação dos assinantes, mediante indicação do número do respectivo titulo eleitoral.

§ 2º A tramitação dos projetos de lei de iniciativa popular obedecerá às normas relativas


ao processo legislativo estabelecidas nesta Lei e no Regimento interno da Câmara .

Art. 46O prefeito poderá solicitar urgência para a apreciação de projetos de sua iniciativa
considerados relevantes, os quais deverão ser apreciados no prazo de 30 (trinta) dias.

§ 1º Decorrido, sem deliberação, o prazo fixado no caput deste artigo, o projeto será,
obrigatoriamente, incluído na Ordem do Dia, para que ultime sua votação, sobrestando-se a
deliberação quanto aos demais assuntos, com exceção do disposto no art. 48, § 4º, desta Lei.

§ 2º O prazo referido neste artigo não corre nos períodos de recesso da Câmara e não se
aplica aos projetos de leis complementares.

Art. 47 O projeto de lei aprovado em 3 (três) turnos de votação, será no prazo de 10 (dez)
dias úteis, enviados pelo Presidente da Câmara ao Prefeito que, concordando, o sancionará e
promulgará no prazo de 15 (quinze) dias úteis.

Parágrafo Único - Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias úteis, o silêncio do Prefeito


importa em sanção.

Art. 48Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao


interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados
da data do recebimento e comunicará, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente da
Câmara, os motivos do veto.

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§ 1º O veto deverá ser sempre justificado e, quando parcial, abrangerá o texto integral de
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

§ 2º As razões aduzidas no veto serão apreciadas no prazo de 30 (trinta) dias, contados


do seu recebimento, em uma única discussão.

§ 3º O veto somente poderá ser rejeitado pela maioria absoluta dos vereadores, realizada
a votação em escrutínio secreto.

§ 4º Esgotado, sem deliberação, o prazo previsto no § 2º deste artigo, o veto será


colocado na Ordem do Dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua
votação final.

§ 5º Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito, em 48(quarenta e oito)


horas, para a promulgação.

§ 6º Se o Prefeito não promulgar a lei em 48 (quarenta e oito) horas, nos casos de


sanções tácitas ou rejeições de vetos; o Presidente da Câmara a promulgará e, se este não o
fizer, caberá ao Vice-Presidente, em igual prazo, fazê-lo.

§ 7º A lei promulgada nos termos do parágrafo anterior produzirá efeitos a partir de sua
publicação.

§ 8º Nos casos de veto parcial, as disposições aprovadas pela Câmara serão


promulgadas pelo seu Presidente, com o mesmo número da Lei original, observado o prazo
estipulado no § 6º, deste artigo.

§ 9º O prazo previsto no § 2º, deste artigo, não ocorre nos períodos de recesso da
Câmara.

§ 10 A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela Câmara.

§ 11 Na apreciação do veto, a Câmara não poderá introduzir qualquer modificação no


texto aprovado.

A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de


Art. 49
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
Membros da Câmara.

Parágrafo Único - O disposto neste artigo não se aplica aos projetos de iniciativa do
Prefeito, que serão submetidos à deliberação da Câmara.

Art. 50 O projeto de lei que receber, quanto ao mérito, parecer contrário de todas as
Comissões, será tido como rejeitado, salvo se, após recurso ao Plenário da Câmara, este
deliberar de forma diversa, observada a respeito o que dispõe o inciso I, § 2º, do art. 29, desta
Lei Orgânica e o Regimento Interno. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 27/1994)

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Subseção IV
Dos Decretos Legislativos e Das Resoluções

Art. 51O projeto de decreto legislativo é a proposição destinada a regular a matéria de


competência exclusiva da Câmara, que produza efeitos externos, não dependendo, porém, de
sanção do Prefeito.

Parágrafo Único - O decreto legislativo, aprovado pelo Plenário, em dois turnos de


votação, será promulgado pelo Presidente da Câmara.

Art. 52 O projeto de resolução é a proposição destinada a regular matéria política-


administrativa da Câmara, de sua competência exclusiva, e não depende de sanção do
Prefeito.

Parágrafo Único - O projeto de resolução aprovado pelo Plenário, em dois turnos de


votação, será promulgado pelo Presidente da Câmara.

Seção VIII
Da Fiscalização Contábil, Financeira, Orçamentária, Operacional e Patrimonial. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 28/1994)

Art. 53 Observados os princípios estabelecidos nas Constituições Federal e Estadual, a


fiscalização contábil, financeira, orçamentária, patrimonial e operacional do Município e das
entidades de sua administração direta e indireta, quanto a sua legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Câmara
Municipal, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 29/1994)

§ 1º O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será exercido com o auxílio do


Tribunal de Contas do Estado, que emitirá parecer prévio, em sessenta dias, sobre as contas
anuais, a partir de seu recebimento. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 2º Somente por decisão de dois terços dos Membros da Câmara Municipal, deixará de
prevalecer o parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas do Estado, sobre as contas
apresentadas pelo Prefeito.

§ 3º As contas anuais do Município ficarão no recinto da Câmara Municipal, durante


sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o
qual poderá questionar sobre sua legitimidade, nos termos da lei.

§ 4º A Câmara Municipal, não julgará as contas antes do parecer do Tribunal de Contas


do Estado, nem antes de esgotado o prazo para seu exame pelos contribuintes, podendo,
entretanto, ser analisadas preliminarmente.

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§ 5º As contas da Câmara integram, obrigatoriamente, as contas do Município.

Art. 54A Comissão Permanente a que a Câmara Municipal atribuir competência fiscalizadora,
diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob forma de investimentos não
programados ou de subsídio não aprovados, solicitará à autoridade municipal responsável
que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.

§ 1º Não prestados os esclarecimentos ou considerados estes insuficientes, a Comissão,


no prazo de quinze dias, solicitará ao Tribunal de Contas do Estado pronunciamento
conclusivo sobre a matéria.

§ 2º Se o Tribunal considerar irregular a despesa, a Comissão, entendendo que o gasto


possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá sua sustação ao
Plenário da Câmara.

Art. 55Os Poderes Legislativo e Executivo manterão, de forma integrada, sistema de controle
interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas no plano plurianual e a execução dos programas de


governo e dos orçamentos do Município;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência da


gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da Administração
Municipal, direta e indireta, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e outras garantias, bem como dos
direitos e deveres do Município;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer


irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de
responsabilidade solidária.

§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato são partes legítimas


para, na forma da lei, denunciar irregularidade ou ilegalidade perante o Tribunal de Contas do
Estado.

CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO

SECÃO I
DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

Art. 56

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24/65

Art. 56O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários e Diretores
equivalentes.

Art. 57 O Prefeito e o Vice-Prefeito, registradas as respectivas candidaturas conjuntamente,


serão eleitos, simultaneamente, por eleição direta, em sufrágio universal e secreto, até 90
(noventa) dias antes do término do mandato de seu antecessor, dentre brasileiros maiores de
21 (vinte e um) anos e em exercício de seus direitos políticos.

Parágrafo Único - Será considerado eleito Prefeito, até que o Município conte com
duzentos mil eleitores, o candidato que, registrado por partido político, obtiver maioria simples
dos votos, não computados os em branco e os nulos.

O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse no dia 1º de janeiro do ano subseqüente


Art. 58
ao da eleição, em sessão da Câmara Municipal, prestando o compromisso de manter,
defender e cumprir as Constituições Federal e do Estado e a Lei Orgânica do Município,
observar as leis, promover o bem geral, sustentar a união, a integridade e o desenvolvimento
do Município.

§ 1º Se decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse, salvo motivo de força maior
comprovado, o Prefeito e o Vice-Prefeito não tiverem assumido o cargo, este será declarado
vago pela Câmara Municipal.

§ 2º Enquanto não ocorrer à posse do Prefeito e do Vice- Prefeito e, na falta ou


impedimento destes, serão chamados ao exercício da Chefia do Poder Executivo,
sucessivamente, o Presidente e o Vice-Presidente da Câmara Municipal. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 38/1994)

§ 3º No ato da posse e ao término do mandato, o Prefeito e o Vice-Prefeito farão


declaração pública de seus bens, a qual será transcrita em livro próprio, constando de ata o
seu resumo.

Art. 59 O Prefeito não poderá, desde a posse, sob pena de perda de cargo:

I - firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade pública, salvo quando o contrato obedecer às cláusulas uniformes;

II - aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja


demissível "ad nutum", nas entidades constantes do inciso anterior, ressalvada a posse em
virtude de concurso público;

III - ser titular de mais de um cargo ou mandato eletivo;

IV - patrocinar causas em que interessada qualquer das entidades já referidas;

V - ser proprietário, controlador ou diretor de empresa sob contrato com pessoa jurídica
de direito público ou nela exercer função remunerada.

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Art. 60Será de 04 (quatro) anos o mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito, a iniciar-se no dia


1º de janeiro do ano seguinte ao da eleição.

O Prefeito e o Vice-Prefeito, ou quem os houver sucedido ou substituído no curso dos


Art. 61
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 62Para concorrerem a outros cargos eletivos, o Prefeito deverá renunciar ao mandato e
o Vice-Prefeito não poderá substituí-lo até 06 (seis) meses antes do pleito. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 46/1996)

O Vice-Prefeito substitui o Prefeito em caso de licença ou impedimento, e o sucede no


Art. 63
caso de vaga ocorrida após diplomação.

§ 1º O Vice-Prefeito além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, auxiliará
o Prefeito sempre que por ele for convocado para missões especiais.

§ 2º O Vice-Prefeito não poderá recusar a substituição, sob pena de extinção do


respectivo mandato.

§ 3º O Vice-Prefeito pode sem perda de mandato e mediante autorização da Câmara,


aceitar e exercer cargo ou função de confiança municipal, estadual e federal.

Art. 64Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice- Prefeito, ou vacância dos respectivos
cargos, serão, sucessivamente, chamados ao exercício do cargo de Prefeito, o Presidente da
Câmara e seu Vice-Presidente. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 31/1994)

Parágrafo Único - Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 32/1994)

Art. 65Vagando os cargos de Prefeito e Vice Prefeito, far-se-á eleição 90 (noventa) dias
depois de aberta a última vaga.

§ 1º Ocorrendo à vacância nºs 02 (dois) últimos anos do mandato, a eleição para ambos
os cargos será feita pela Câmara Municipal, 30 (trinta) dias depois da última vaga, na forma da
lei.

§ 2º Em qualquer dos casos; os eleitos deverão completar o período dos seus


antecessores.

Art. 66 O Prefeito e o Vice Prefeito não poderão ausentar-se do Município ou do País, ou


afastar-se do cargo sem licença da Câmara Municipal, sob pena de perda de mandato, por
período superior a 15 (quinze) dias. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 60/2013)

Art. 67 O Prefeito poderá licenciar-se:

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I - quando a serviço ou em missão de representação do Município, devendo enviar à


Câmara relatório circunstanciado dos resultados de sua viagem;

II - quando impossibilitado do exercício do cargo, por motivo de doença devidamente


comprovada.

Parágrafo Único - Nos casos dos incisos I e II, deste artigo, o Prefeito licenciado terá
direito ao subsídio. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 68O subsídio do Prefeito e do Vice-Prefeito será fixado por lei de iniciativa da Câmara
Municipal, observado o disposto no art. 29, V, da Constituição Federal e no art. 57, § 1º,
da Constituição do Estado. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 69 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 70A extinção e a cassação do mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito, bem como a


apuração dos crimes de responsabilidade do Prefeito e do seu substituto, ocorrerão na forma
e nos casos previstos nesta Lei Orgânica e na legislação federal.

Seção II
Das Atribuições do Prefeito

Art. 71 Compete privativamente ao Prefeito:

I - exercer a direção superior da Administração Municipal, nomear e exonerar os


Secretários Municipais ou Diretores equivalentes, assim como, os Subprefeitos para os
distritos do Município;

II - iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos na Constituição Estadual


e nesta Lei Orgânica;

III - sancionar e fazer publicar as leis, expedir decretos e regulamentos para sua fiel
execução;

IV - vetar projetos de leis, totais ou parcialmente;

V - dispor sobre a estruturação, atribuições e funcionamento dos órgãos da


Administração Municipal;

VI - prover os cargos e funções públicas municipais, na forma da Constituição Estadual e


das leis;

VII - celebrar convênios, acordos, contratos e outros ajustes do interesse do Município;

VIII - enviar a Câmara Municipal, observado o disposto nas Constituições Federal e

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Estadual, projetos de lei dispondo sobre:

a) Plano plurianual;
b) Diretrizes Orçamentárias;
c) Orçamento Anual;
d) Plano Diretor.

IX - remeter mensagem a Câmara Municipal, por ocasião da abertura da sessão


legislativa, expondo a situação do Município;

X - apresentar as contas ao Tribunal de Contas do Estado, sendo os balancetes mensais,


em até quarenta e cinco dias contados do encerramento do mês e as contas anuais, até trinta
dias após a abertura da sessão legislativa, para seu parecer prévio e posterior julgamento da
Câmara Municipal;

XI - prestar contas da aplicação dos auxílios federais ou estaduais entregues ao


Município, na forma da lei;

XII - fazer publicação dos balancetes financeiros municipais e das prestações de contas
de aplicação de auxílios federais ou estaduais recebidos pelo Município, nos prazos previstos
e na forma determinada em lei;

XIII - colocar à disposição da Câmara, até o dia vinte de cada mês, o duodécimo de sua
dotação nos termos da lei complementar prevista no art. 165, § 9º, e 168, da Constituição
Federal;

XIV - praticar os atos que visem a resguardar os interesses do Município, desde que não
reservados à Câmara Municipal;

XV - decretar, nos termos da lei, a desapropriação por necessidade ou utilidade pública,


ou por interesse social;

XVI - permitir ou autorizar a execução de serviços públicos por terceiro na forma de lei;

XVII - prover os serviços e obras da administração pública;

XVIII - superintender a arrecadação dos tributos, bem como a guarda e aplicação da


receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades orçamentárias ou
dos créditos votados pela Câmara;

XIX - aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como revê-las quando impostas
irregularmente;

XX - resolver sobre os requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem


dirigidas;

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XXI - oficializar, obedecidas às normas aplicáveis, as vias e logradouros públicos,


mediante denominação aprovada pela Câmara;

XXII - solicitar convocação extraordinária da Câmara quando o interesse da


administração o exigir;

XXIII - aprovar projetos de edificação; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
58/2011)

XXIV - apresentar, anualmente, a Câmara, relatório circunstanciado sobre o andamento


das obras e dos serviços municipais, bem como o programa da administração para o ano
seguinte;

XXV - organizar os serviços internos das repartições criadas por lei, sem exceder as
verbas para tal fim destinado;

XXVI - contrair empréstimos e realizar operações de créditos, mediante prévia


autorização da Câmara;

XXVII - adotar providências sobre a administração dos bens do Município e sua


alienação, na forma da lei;

XXVIII - organizar e dirigir, nos termos da lei, os serviços relativos às terras do Município;

XXIX - desenvolver o sistema viário do Município;

XXX - estabelecer a divisão administrativa do Município, de acordo com a lei;

XXXI - solicitar o auxílio das autoridades policiais e judiciárias do Estado para garantir o
cumprimento de seus atos;

XXXII - solicitar autorização à Câmara, para ausentar-se do Município ou do País por


prazo superior a 15 (quinze) dias. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 60/2013)

XXXIII - adotar providências para a conservação e salvaguarda do patrimônio municipal;

XXXIV - decretar o estado de emergência quando for necessário preservar, ou


prontamente restabelecer, em locais determinados e restritos do Município, a ordem pública
ou a paz social;

XXXV - exercer outras atribuições previstas nesta Lei Orgânica ou exigidas pelo exercício
do cargo, na forma da lei.

XXXVI - aprovar planos de loteamentos, arruamento, e zoneamentos para fins urbanos


através de lei. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 58/2011)

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Parágrafo Único - O Prefeito poderá delegar, por decreto, aos Secretários Municipais,
funções administrativas que não sejam de sua competência exclusiva.

Seção III
Da Responsabilidade do Prefeito

Art. 72Perderá o mandato, o Prefeito, se assumir outro cargo ou função na Administração


Pública, salvo em virtude de Concurso Público e observado o disposto na Constituição
Estadual, ou se vier a ausentar-se do Município ou do País, sem licença da Câmara Municipal,
por prazo superior a quinze dias. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 60/2013)

Art. 73São crimes de responsabilidade os atos do Prefeito que atentarem contra esta Lei
Orgânica e, especialmente:

I - a existência da União, do Estado e do Município;

II - o livre exercício do Poder Legislativo;

III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

IV - a probidade na administração;

V - a lei orçamentária;

VI - o cumprimento das leis e de decisões judiciais.

Art. 74 Depois que a Câmara Municipal declarar a admissibilidade da acusação contra o


Prefeito, pelo voto de dois terços de seus membros, será ele submetido a julgamento perante
o Tribunal de Justiça do Estado.

Art. 75 O Prefeito ficará suspenso de suas funções:

I - nas infrações penais comuns, se recebida à denúncia ou queixa-crime pelo Tribunal de


Justiça do Estado;

II - nos crimes de responsabilidade, após instalação de processo pelo Tribunal de Justiça


do Estado.

§ 1º Se, decorrido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias; o julgamento não estiver
concluído, cessará o afastamento do Prefeito, sem prejuízo do regular prosseguimento do
processo.

§ 2º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Prefeito


não estará sujeito à prisão.

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30/65

§ 3º O Prefeito, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos
estranhos ao exercício de suas funções.

Art. 76 O Prefeito será julgado perante o Tribunal de Justiça do Estado.

Extingue-se o mandato de Prefeito e, assim, deve ser declarado pelo Presidente da


Art. 77
Câmara, quando:

I - ocorrer falecimento, renúncia por escrito, cassação dos direitos políticos ou


condenação judicial por crime;

II - deixar de tomar posse, sem motivo justo, aceito pela Câmara, dentro do prazo
estabelecido em lei;

III - incidir nos impedimentos para os exercícios do cargo, estabelecidos em lei, e não se
desincompatibilizar de eventuais impedimentos até a posse, e nos casos supervenientes, no
prazo que a lei fixar.

Parágrafo Único - A extinção do mandato independe de deliberação do Plenário e se


tornará efetiva desde a declaração do fato ou ato extintivo pelo Presidente da Câmara e sua
inserção em ata.

Seção IV
Dos Secretários Municipais

Art. 78 Os Secretários Municipais serão escolhidos dentre brasileiros maiores de 21 anos,


residentes no Município, no exercício dos direitos políticos.

Art. 79 A lei disporá sobre a criação, estruturação e atribuições das Secretarias Municipais.

Art. 80 Compete ao Secretário Municipal:

I - exercer a orientação, controle, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da


Administração Municipal, na área de sua competência;

II - referendar os atos e decretos assinados pelo Prefeito, pertinentes a sua área de


competência;

III - apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços realizados na Secretaria de que
seja titular;

IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem conferidas por lei;

V - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos.

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Parágrafo Único - A competência dos Secretários Municipais abrangerá todo o território


do Município, nos assuntos pertinentes às respectivas Secretarias. (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 33/1994)

Art. 81 Aos Secretários do Município se aplicam, no que couber, as disposições previstas no


art. 42 da Constituição Estadual.

Art. 82Os Secretários, nomeados em comissão, farão declaração pública de bens no ato da
posse e no término do exercício do cargo, e terão os mesmos impedimentos dos Vereadores
e do Prefeito, enquanto nele permanecerem.

§ 1º Os Secretários são solidariamente responsáveis com o Prefeito pelos atos que


assinarem, ordenarem ou praticarem.

§ 2º As disposições desta seção aplicam-se aos Diretores cujos cargos são equivalentes
ao de Secretário e aos Subprefeitos.

Seção V
Dos Conselhos do Município

Art. 83Os Conselhos Municipais, integrados de pessoas de conhecimento específico e de


reconhecida idoneidade, são órgãos de cooperação que tem por finalidade auxiliar a
Administração na orientação de matérias de sua competência.

Art. 84A lei especificará as atribuições de cada Conselho, sua organização, composição,
funcionamento, forma de nomeação de seus membros efetivos e de suplentes e prazo de
duração do mandato, considerando como serviço relevante para o Município.

Art. 85Os Conselhos Municipais serão compostos de um número ímpar de membros, quando
for o caso, e representatividade do Município, das entidades públicas, associativas, classistas
e de contribuintes.

Art. 86O Município instituirá, inicialmente, o Conselho Municipal de Contribuintes e o


Conselho Municipal de Saúde e Bem-Estar Social.

Seção VI
Procuradoria Geral do Município87

Art. 87 A Procuradoria Geral do Município vinculada ao Poder Executivo, é a instituição que


representa o Município, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos de lei, as
atividades de consultoria e assessoramento ao Poder Executivo e, privativamente, a
execução da dívida ativa de natureza tributária e a organização e administração do patrimônio
imobiliário municipal.

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32/65

Parágrafo Único - A investidura no cargo de Advogado-Geral do Município será de livre


nomeação do Prefeito dentre cidadãos maiores de trinta anos, de notável saber jurídico e
reputação ilibada.

TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO GOVERNO MUNICIPAL

CAPÏTULO I
DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL

Art. 88 O Município deverá organizar a sua administração, exercer suas atividades e


promover sua política de desenvolvimento urbano dentro de um planejamento permanente,
atendendo os objetivos e diretrizes estabelecidas no Plano Diretor e mediante adequado
Sistema de Planejamento.

§ 1º O Plano Diretor é o instrumento orientador e básico dos processos de transformação


do espaço urbano e de sua estrutura territorial, servindo de referência para todos os agentes
públicos e privados que atuam na cidade.

§ 2º Sistema de Planejamento é o conjunto de órgãos, normas, recursos humanos e


técnicos voltados à coordenação da ação planejada da Administração Municipal.

§ 3º Será assegurada pela participação em órgão componente do Sistema de


Planejamento, a cooperação de associações representativas, legalmente organizadas, com o
planejamento municipal.

Art. 89A delimitação da zona urbana será definida por lei, observado o estabelecimento no
Plano Diretor.

CAPÍTULO II
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

Art. 90 A Administração Municipal compreende:

I - Administração Direta: secretarias ou órgãos equiparados;

II - Administração Indireta, integrando-se de entidades dotadas de personalidade jurídica


própria: autarquias, fundações e empresas públicas;

III - Sociedade de Economia Mista, com a participação do Município no seu capital social,
regida pelo direito privado.

Parágrafo Único - As entidades compreendidas nos incisos II e III, deste artigo, criado ou
autorizado por lei específica, serão vinculadas às Secretarias ou órgãos equiparados, em cuja
área de competência estiver enquadrada sua principal atividade.

Art. 91

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Art. 91 As entidades de administração pública direta e indireta dos Poderes do Município


obedecerão aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 1º Toda entidade ou órgão municipal prestará aos interessados, no prazo da lei e sob
pena de responsabilidade funcional, as informações de interesse particular, coletivo ou geral,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível, nos casos referidos na Constituição
Federal.

§ 2º O atendimento a pedido formulado em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou


abuso de poder, e a obtenção de certidões junto a repartições públicas para defesa de direitos
e esclarecimentos de situações de interesse pessoal, independerão de pagamento de taxas.

§ 3º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos ou


entidades municipais, terá caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou funcionários públicos.

A publicação das leis e atos municipais será feita pela imprensa oficial do Município e,
Art. 92
enquanto não existir, em placar apropriado.

§ 1º A publicação dos atos normativos poderá ser resumida.

§ 2º Os atos de efeitos externos só entrarão em vigor após a sua publicação.

CAPÍTULO III
DO REGISTRO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Art. 93 O Município manterá os livros que forem necessários ao registro de seus atos e
atividades.

§ 1º Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo Prefeito ou pelo Presidente de


Câmara, conforme o caso, ou por funcionário designado para tal fim.

§ 2º Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos por fichas ou outros
sistemas, convenientemente autenticados.

Art. 94 Os atos administrativos de competência do Prefeito são classificados em:

I - normativos, reguladores da correta aplicação de leis;

II - ordinatórios, disciplinadores do funcionamento da administração e da conduta


funcional de seus agentes;

III - negociais, visando a concretização de negócios jurídicos públicos ou a outorga de


certas faculdades ao interessado no ato;

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34/65

IV - enunciativos, pelos quais se certificam ou se atestam fatos ou se emitem opiniões


sobre determinado assunto, sem vinculação ao enunciado;

V - punitivo, visando impor sanções àqueles que infringem disposições legais,


regulamentares ou disciplinares.

Parágrafo Único - A Prefeitura e a Câmara são obrigados a fornecer a qualquer


interessado, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar do dia útil imediatamente seguinte
ao dia da apresentação do pedido escrito, certidões dos atos, contratos e decisões, desde que
requeridas com fim de direito determinado, sob pena de responsabilidade de autoridade ou
servidor que negar ou retardar a sua expedição.

CAPITULO IV
DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS

Art. 95A realização de obras públicas municipais deverá estar adequada às diretrizes do
Plano Diretor.

Art. 96 Ressalvadas as atividades de planejamento e controle a Administração Municipal


poderá desobrigar-se da realização material de tarefas executivas, recorrendo, sempre que
conveniente ao interesse público, à execução indireta, mediante concessão ou permissão de
serviço público ou de utilidade pública, estando a iniciativa privada suficientemente capacitada
para seu desempenho.

§ 1º A permissão de serviço público ou de utilidade pública, sempre a título precário, será


outorgada por decreto, após edital de chamamento de interessados para escolha da melhor
proposta. A concessão só será feita com autorização legislativa, mediante contrato, precedido
de concorrência.

§ 2º O Município poderá retomar, sem indenização, os serviços permitidos ou


concedidos, desde que executados em desacordo com o ato ou contrato, bem como aqueles
que se revelem insuficientes para o atendimento dos usuários.

Art. 97 Lei específica disporá sobre:

I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos ou de


utilidade pública, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação e as condições de
caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão:

II - os direitos dos usuários;

III - política tarifárias;

IV - a obrigação de manter serviço adequado;

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V - encaminhamento de reclamações relativas à prestação de serviços públicos ou de


utilidade pública.

Parágrafo Único - As tarifas dos serviços de utilidade pública deverão ser fixadas pelo
Executivo, tendo em vista a justa remuneração.

Art. 98Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e


alienações, serão contratados mediante processo de licitação que assegure igualdade de
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam as obrigações efetivas da
proposta, nos termos da lei, a qual somente permitirá as exigências da qualificação técnica e
economias indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

Art. 99O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum mediante convênio
com o Estado, com a União, em consórcio com outros municípios ou, por contrato, com
atividades particulares, na forma da lei.

§ 1º A participação em consórcios municipais dependerá de autorização legislativa.

§ 2º Os consórcios manterão um Conselho Consultivo, do qual participarão integrantes,


além de autoridades executivas e um Conselho Fiscal de municípios não pertencentes ao
serviço público.

§ 3º Independerá de autorização legislativa e das exigências estabelecidas no parágrafo


anterior, o consórcio constituído entre municípios para a realização de obras e serviços cujo
valor não atinja o limite exigido para licitação mediante convite.

Art. 100As obras, serviços, compras e alienações de que trata o art. 96, serão licitadas e
contratadas de acordo com a lei federal pertinente.

CAPÍTULO V
DOS BENS MUNICIPAIS

Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que,
Art. 101
a qualquer título, pertençam ao Município.

Caberá ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a competência


Art. 102
da Câmara quanto àqueles utilizados em seus serviços.

A alienação de bens municipais, subordinada à existência de interesse público


Art. 103
devidamente justificado, será sempre precedida de avaliação e obedecerá às seguintes
normas:

I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência, dispensada


esta, nos seguintes casos:

a) dação em pagamento;

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36/65

b) doação, constando da lei e da escritura pública os encargos do donatário, o prazo de


seu cumprimento e a cláusula de retrocessão sob pena de nulidade do ato;
c) permuta;
d) investidura;

II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e licitação, dispensada esta, nos


seguintes casos:

a) doação, que será permitida, exclusivamente, para fins de interesse social;


b) permuta;
c) venda de ações, que será, obrigatoriamente, negociada em bolsa, na forma da
legislação pertinente.

§ 1º O Município preferentemente à venda ou doação de seus bens imóveis, outorgará


concessão de direito real de uso, mediante prévia autorização legislativa e concorrência. A
concorrência poderá ser dispensada, quando o uso se destinar à concessionária de serviço
público, a entidades assistenciais, ou quando houver relevante interesse público, devidamente
justificado.

§ 2º A venda aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas urbanas remanescentes e


inaproveitáveis para edificação, resultantes de obra pública, dependerá apenas de prévia
avaliação e autorização legislativa. As áreas resultantes de modificações de alinhamento
serão alienadas nas mesmas condições, quer sejam aproveitável ou não.

Art. 104A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de prévia avaliação
e autorização legislativas.

Art. 105O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão,
permissão ou autorização, conforme o caso, ou quando houver interesse público,
devidamente justificado.

§ 1º A concessão administrativa dos bens públicos de uso especial e dominais dependerá


de lei e concorrência, e far-se-á mediante contrato, sob pena de nulidade do ato. A
concorrência poderá ser dispensada, na forma da lei, quando o uso se destinar à
concessionária de serviço público relevante, devidamente justificado.

§ 2º A concessão administrativa de bens públicos de uso comum somente será outorgada


mediante autorização legislativa.

§ 3º A permissão, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita a título
precário, por decreto.

§ 4º A autorização, poderá incidir sobre qualquer bem público, para atividades ou usos
específicos e transitórios, pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias, salvo quando para o fim de
formar canteiros de obra pública, caso em que o prazo corresponderá ao da duração da obra.

Art. 106

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37/65

Poderão ser cedidos a particular, para serviços transitórios, máquinas e operadores


Art. 106
do Município, desde que não haja prejuízo para seus trabalhos e o interessado recolha,
previamente, a remuneração arbitrada e assine termo de responsabilidade pela conservação e
devolução dos bens no estado em que os haja recebido.

Art. 107Poderá ser permitido a particular a título oneroso ou gratuito, conforme o caso, o uso
do subsolo, ou do espaço aéreo de logradouros públicos, para construção de passagem
destinada à segurança ou conforto dos transeuntes e usuários ou para outros fins de interesse
urbanístico, observada a legislação federal pertinente.

Art. 108 Fica vedado à exploração de jazida de ouro na forma estabelecida na Constituição
Federal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 37/1994)

CAPÍTULO VI
DA SEGURANÇA DOS BENS MUNICIPAIS

O Município poderá constituir guarda municipal, força auxiliar destinada à proteção


Art. 109
de seus bens, serviços e instalações, nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 48/1999)

§ 1º A lei de criação da guarda municipal disporá sobre acesso, direitos, deveres,


vantagens e regime de trabalho com base na hierarquia e disciplina. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 2º A investidura nos cargos da guarda municipal far-se-á mediante concurso público.

CAPÍTULO VII
DOS DEVERES MUNICIPAIS

A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Município


Art. 110
obedecerá, além dos princípios do art. 91, também, aos seguintes: (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros, que


preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da
legislação federal; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em


concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvada as nomeações para
cargo em comissão, declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

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IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em


concurso público de provas ou de provas e títulos, será convocado com prioridade sobre
novos concursados para assumir cargo ou emprego na carreira; (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 48/1999)

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de


cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições
de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
48/1999)

VI - é garantido ao servidor público o direito à livre associação sindical; (Redação dada


pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em legislação
federal específica; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à


necessidade temporária de excepcional interesse público; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 48/1999)

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o art. 111, § 3º,
desta Lei Orgânica, somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a
iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e
sem distinção de índices; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos


da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes do
Município, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos, e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebida cumulativamente ou não, incluída as
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal,
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 48/1999)

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos
pagos pelo Poder Executivo; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para


o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 48/1999)

XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados

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nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são


irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV, deste artigo, e no art. 111, § 3º, desta
Lei Orgânica, e nos arts. 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da Constituição Federal; (Redação
acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver


compatibilidade de horários, observada, em qualquer caso, o disposto no inciso XI:

a) a de dois cargos de professor;


b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a de dois cargos privativos de médico; (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 48/1999)

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções, e abrangem


autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias,
e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público; (Redação acrescida
pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas
de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma
da lei; (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das


entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em
empresas privadas; (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

XXI - as obras, serviços, compras e alienações serão contratadas mediante processo de


licitação pública, obedecido ao disposto no inciso XXI do art. 37, da Constituição Federal e à
legislação específica; (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 1º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a


punição da autoridade responsável, nos termos da lei; (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 48/1999)

§ 2º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública


direta e indireta, regulando, especialmente:

a) as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas à

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manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna,


da qualidade dos serviços;
b) a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo,
emprego ou função na administração pública. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 48/1999)

§ 3º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos,


a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma
e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 4º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer


agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 5º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de


serviços públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
(Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 6º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da


administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas. (Redação
acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 7º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da


administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre
seus administradores e o Poder Público, que tenha por objeto a fixação de metas de
desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:

a) o prazo de duração do contrato;


b) os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e
responsabilidade dos dirigentes;
c) a remuneração do pessoal. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
48/1999)

§ 8º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas, às sociedades de economia


mista e às suas subsidiárias que receberem recursos do Estado ou dos Municípios para
pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (Redação acrescida pela Emenda
à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 9º É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art.


40 ou dos arts. 42 e 142, da Constituição Federal, com a remuneração de cargo, emprego ou
função pública, ressalvada, os cargos acumuláveis na forma desta Lei Orgânica, os cargos
eletivos e os cargos em comissão, declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
(Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 111

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Art. 111 O Município instituirá conselho de política de administração e remuneração de


pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema


remuneratório observará:

a) a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de


cada carreira;
b) os requisitos para a investidura;
c) as peculiaridades dos cargos. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
48/1999)

§ 2º Aplica-se aos servidores, ocupantes de cargo público, o disposto no art. 7º, IV, VII,
VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, e XXX, da Constituição Federal, podendo
a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão, quando a natureza do cargo o exigir.
(Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 3º O membro do Poder, o detentor de mandato eletivo e os Secretários Municipais


serão remunerados exclusivamente por subsídio, fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra
espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, ao disposto no art. 9º, X e XI,
da Constituição do Estado. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 4º Lei do Município poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração


dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, ao disposto no art. 9º, XI,
da Constituição Estadual. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 5º Os Poderes Executivo e Legislativo publicarão, anualmente, os valores do subsídio e


da remuneração dos cargos e empregos públicos. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 48/1999)

§ 6º Lei do Município disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da


economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento,
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de
adicional ou prêmio de produtividade. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
48/1999)

§ 7º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada


nos termos do § 3º, deste artigo. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
48/1999)

Art. 112São estáveis, após três anos de efetivo exercício, os servidores nomeados para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 48/1999)

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§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


complementar de âmbito nacional, assegurada ampla defesa. (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele


reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem
direito, à indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 48/1999)

§ 3º Extinto o cargo, ou declarado a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em


disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial


de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Aos servidores titulares de cargos efetivos do Município, incluídas suas autarquias e


Art. 113
fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo, observados critérios
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência, de que trata este artigo, serão
aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma do § 3º:

I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição,


exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave,
contagiosa ou incurável, especificadas em lei;

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo


de contribuição;

III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício
no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas
as seguintes condições:

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e


cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher;

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b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de contribuição. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 48/1999)

§ 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não


poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a
aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão. (Redação acrescida
pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 3º os proventos de aposentadoria, por ocasião de sua concessão, serão calculados


com base na remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria e, na
forma da lei, corresponderão à totalidade da remuneração. (Redação acrescida pela Emenda
à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de


aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que tratam este artigo, ressalvados os casos de
atividades exercidas exclusivamente sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física, definidos em lei complementar. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 48/1999)

§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos,


em relação ao disposto no § 1º, III, a, para o professor que comprove exclusivamente tempo
de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e
médio. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta


Lei Orgânica, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de
previdência previsto neste artigo. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
48/1999)

§ 7º Lei disporá sobre a concessão do beneficio da pensão por morte, que será igual ao
valor dos proventos do servidor falecido ou do valor dos proventos a que teria direito o servidor
em atividade na data de seu falecimento, observado o disposto no § 3º. (Redação acrescida
pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 8º Observado o disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal, os proventos de


aposentadoria e as pensões serão revisto na mesma proporção e na mesma data, sempre
que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo, também, estendidos aos
aposentados e aos pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente
concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou
reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência
para a concessão da pensão, na forma da lei. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 48/1999)

§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de


aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. (Redação

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acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 10 A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição


fictício. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 11 Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, da Constituição Federal, à soma total dos
proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou
empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas à contribuição para o regime geral
de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com
remuneração de cargo acumulável na forma desta Lei Orgânica, cargo em comissão,
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (Redação acrescida
pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 12 Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos


titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o
regime geral de previdência social. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
48/1999)

§ 13 Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão, declarado em lei de


livre nomeação e exoneração, bem como de outro cargo temporário ou de emprego público,
aplica-se o regime geral de previdência social. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 48/1999)

§ 14 O Município, desde que institua regime de previdência complementar para os seus


servidores titulares de cargo efetivo, poderá fixar, para o valor das aposentadorias e pensões
a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para
os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, da Constituição
Federal. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 15 Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto no § 14 poderá ser


aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de
instituição do correspondente regime de previdência complementar. (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 16 Aplicam-se, ainda, as demais regras fixadas pela Constituição Federal, pertinente à


aposentadoria, à previdência e à assistência social dos servidores municipais. (Redação
acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 114 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 115 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 116 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 117 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 118

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Art. 118 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 119 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 120 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 121 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 122 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 123 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 124 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 125 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 126 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 127 Revogado. Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 128 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 129 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 130 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

Art. 131 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

TÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

CAPÍTULO I
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS

Art. 132 Compete ao Município instituir os seguintes tributos:

I - impostos sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana;

II - impostos sobre a Transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso:

a) de bens imóveis por natureza ou acessão física;


b) de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia;
c) cessão de direitos à aquisição de imóvel;

III - imposto sobre Venda a Varejo de combustíveis Líquidos e Gasosos, exceto óleo
diesel;

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IV - impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza, não incluído na competência


estadual compreendida no art. 155, I, "b" e no § 2º, IX, da Constituição Federal, definidos em
lei complementar;

V - taxas:

a) em razão do exercício do poder de polícia;


b) pela utilização ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos à sua disposição;

VI - contribuição de melhoria, decorrente de obra pública;

VII - contribuição para custeio de sistemas de previdência e assistência social.

§ 1º O imposto previsto no inciso I será progressivo, na forma a ser estabelecida em lei,


de modo a assegurar o cumprimento da função social da propriedade.

§ 2º O imposto previsto no inciso II:

a) não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de


pessoas jurídicas em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos
decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses
casos, a atividade preponderante do adquirente for à compra e venda desses bens ou direitos,
locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;
b) incidi sobre imóveis situados na zona territorial do Município.

§ 3º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

§ 4º A contribuição prevista no inciso VII será cobrada dos servidores municipais em seu
benefício.

Art. 133Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo
a capacidade econômica do contribuinte, sendo facultado à administração tributária,
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos
individuais e, nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do
contribuinte.

Parágrafo Único - Ao Município é lícito realizar programas de asfaltamento comunitário,


compensados com a taxa de contribuição de melhoria, nas condições alcançadas em
procedimento licitatório necessário, exceto nos casos de dispensa ou inexigibilidade,
legalmente contemplados, quando as condições serão determinadas em ato próprio, anterior
aos contratos.

CAPÍTULO II
DAS LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR

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Art. 134 É vedado ao Município:

I - exigir ou aumentar tributo sem que a lei o estabeleça;

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontram em situação


equivalente, observada a proibição constante do art. 150, II, da Constituição Federal.

III - cobrar tributos:

a) relativamente a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os


houver instituído ou aumentados;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou.

IV - utilizar tributo, com efeito, de confisco;

V - instituir impostos sobre:

a) patrimônio e serviços da União e dos Estados;


b) templos de qualquer culto:
c) patrimônio e serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de assistência social, esportivas e culturais sem
fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei.

VI - conceder qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária ou


previdenciária, senão mediante a edição da Lei municipal específica;

VII - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em


razão de sua procedência ou destino;

VIII - instituir taxas que atentem contra:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade


ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal.

CAPÍTULO III
DA PARTICIPAÇÃO DO MUNICÍPIO NAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS

Art. 135 Pertencem ao Município:

I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre a renda e proventos de qualquer


natureza, incidente na fonte sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pelo Município, suas
autarquias e fundações que institua ou mantenha;

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II - 50% (cinqüenta por cento) do produto da arrecadação do Imposto da União sobre a


propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis situados no território do Município;

III - 50% (cinqüenta por cento) do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a
propriedade de veículos automotores licenciados no território do Município;

IV - 25% (vinte e cinco por cento) do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação.

§ 1º As parcelas de receitas pertencentes ao Município, mencionadas no inciso IV, serão


creditadas conforme os seguintes critérios:

a) três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à


circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seu território;
b) até um terço de acordo com o que dispuser a lei estadual.

§ 2º Para fins do disposto no § 1º, alínea "a", deste artigo, obedecerá ao disposto na lei
complementar estadual o valor adicionado.

A união entregará 22,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento) do produto
Art. 136
de arrecadação dos impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza e sobre os
produtos industrializados ao Fundo de Participação dos Municípios.

Parágrafo Único - As normas de entrega desses recursos serão estabelecidas em lei


complementar federal, em obediência ao disposto no art. 161, II, da Constituição Federal, com
o objetivo de promover o equilíbrio sócio- econômico entre os Municípios.

Art. 137 A União entregará ao Município 70% (setenta por cento) do montante arrecadado
relativo ao imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro ou relativo a títulos ou
valores mobiliários, incidentes sobre ouro originário do Município, nos termos do art. 153, § 5º,
II, da Constituição Federal.

Art. 138O Estado entregará ao Município 25% (vinte e cinco por cento) dos recursos que
receberá da União, a título de participação do imposto sobre Produtos Industrializados,
observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II, da Constituição
Federal.

Art. 139 O Município divulgará, até o último dia do mês subseqüente ao da arrecadação, os
montantes de cada um dos tributos arrecadados, dos recursos recebidos, os valores de
origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio.

Art. 140 Aplica-se à Administração Tributária e Financeira do Município o disposto nos arts.
34, § 1º, § 2º, I, II e III, § 3º, § 4º, § 5º, § 6º, § 7º e 41, §§ 1º e 2º, do Ato das Disposições
Transitórias da Constituição Federal.

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CAPÍTULO IV
DOS ORÇAMENTOS

Art. 141 Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - o plano plurianual;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anuais.

§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma setorizada, as diretrizes,


os objetivos e metas da Administração para as despesas de capital e outras delas
decorrentes, bem como as relativas aos programas de duração continuada.

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da


administração, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual e disporá sobre as alterações na legislação
tributária.

§ 3º O Poder Executivo publicará, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada


bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.

§ 4º Os planos e programas setoriais serão elaborados em consonância com o plano


plurianual e apreciados pela Câmara Municipal.

Art. 142 A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes Municipais, fundos, órgãos e entidades da


Administração Direta e Indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II - o orçamento de investimentos das empresas em que o Município, direta ou


indiretamente, detenha a maioria do capital social com o direito a voto, quando houver;

III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a elas


vinculadas, da Administração Direta ou Indireta, bem como fundos e fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, quando houver.

§ 1º O projeto de lei orçamentária será instituído com demonstrativo setorizado do efeito


sobre as receitas e despesas, decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária creditícia.

§ 2º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à


fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação da receita,

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nos termos da lei.

Os projetos de lei relativa ao orçamento anual, ao plano plurianual, às diretrizes


Art. 143
orçamentárias e a créditos adicionais, serão apreciados pela Câmara Municipal na forma de
seu Regimento.

§ 1º Caberá a uma comissão especialmente designada:

I - examinar e emitir parecer sobre projetos, planos e programas, bem assim sobre as
contas apresentadas pelo Prefeito;

II - exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária.

§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão, que sobre elas emitirá parecer, e


apreciadas pela Câmara Municipal.

§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou de créditos adicionais somente


poderão ser aprovadas quando:

I - compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

II - indicarem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de


despesas, excluídos os que incidem sobre:

a) dotação para pessoal e seus encargos;


b) serviços da dívida;

III - relacionados com a correção de erros ou omissões;

IV - relacionados com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 4º As emendas ao projeto de lei das diretrizes orçamentárias somente poderão ser


aprovadas quando compatíveis com o plano plurianual.

§ 5º O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara para propor modificação nos projetos
a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão Especial, da parte
cuja alteração é proposta.

§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento


anual, serão enviados pelo Prefeito a Câmara Municipal, obedecidos os critérios a serem
estabelecidos em lei complementar.

§ 7º Aplicam - se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o


disposto neste capítulo, as demais normas relativas ao processo legislativo.

§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei

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orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme
o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização
legislativa.

Art. 144 São vedados:

I - o início de programa ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os


créditos orçamentários ou adicionais;

III - a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de


capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais, com
finalidade precisa, aprovada pela Câmara por maioria absoluta;

IV - a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundo ou despesas, ressalvada a


destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino, como estabelecido na
Constituição Federal e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de
receita.

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e


sem indicação dos recursos correspondentes;

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de


programação para outra, ou de um órgão para outro sem prévia autorização legislativa;

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos


fiscais e da seguridade social, para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresa, fundações
e fundos, quando houver;

IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.

§ 1º Nenhum investimento, cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, poderá ser


iniciado sem prévia inclusão, no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena
de crime de responsabilidade.

§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que


forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, caso em que, reabertos, nos limites dos seus saldos, serão incorporados ao
orçamento do exercício financeiro subseqüente.

§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas


imprevisíveis e urgentes.

Art. 145

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Art. 145 Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, inclusive créditos


suplementares e especiais, destinados ao Poder Legislativo, ser-lhe-ão entregues até o dia 20
(vinte) de cada mês, na forma da lei complementar.

Art. 146 A despesa, com pessoal ativo e com o inativo do Município, não poderá exceder os
limites estabelecidos em lei complementar de âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de


cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:

I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de


despesa de pessoal e os acréscimos dela decorrentes;

II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as


empresas públicas e as sociedades de economia mista. (Redação acrescida pela Emenda à
Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 2º Para o cumprimento dos limites fixados, com base no caput deste artigo, durante o
prazo fixado na lei complementar ali referida, o Município adotará as seguintes providências:

I - redução de, pelo menos, vinte por cento das despesas com cargos em comissão e
funções de confiança;

II - exoneração dos servidores não estáveis, assim considerados aqueles admitidos na


administração direta, autárquica e fundacional sem concurso público de provas ou de provas e
títulos, após o dia 5 de outubro de 1983. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
48/1999)

§ 3º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para
assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o
servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo, motivado de cada um dos
Poderes, especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da
redução de pessoal, na forma do § 7º, do art. 169, da Constituição Federal. (Redação
acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 4º O servidor que perder o cargo, na forma do parágrafo anterior, fará jus à indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 48/1999)

§ 5º O cargo, objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores, será considerado


extinto, vedada à criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou
assemelhadas pelo prazo de quatro anos. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
48/1999)

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TÍTULO V
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 147 O Município, observado, os princípios estabelecidos na Constituição Federal,


buscará realizar o desenvolvimento econômico e a justiça social valorizando o trabalho e as
atividades produtivas, com a finalidade de assegurar a elevação do nível de vida da
população.

Art. 148 A intervenção do Município no domínio econômico, terá por objetivo estimular e
orientar a produção, defender os interesses do povo e promover a justiça e solidariedade
social.

O trabalho é obrigação social, garantido a todos o direito ao emprego e à justa


Art. 149
remuneração que proporcione existência digna na família e na sociedade.

Art. 150O Município assistirá aos trabalhadores rurais em suas obrigações legais, procurando
proporcionar-lhes, entre outros benefícios, meios de produção e de trabalho, crédito fácil e
preço justo, saúde e bem-estar social.

Parágrafo Único - A isenção de impostos às cooperativas depende de lei especial.

Art. 151O Município não permitirá o monopólio de setores vitais da economia e reprimirá
abuso do poder econômico que vise à dominação de mercados, a eliminação da concorrência
e ao aumento arbitrário dos lucros.

Art. 152 Na aquisição de bens e serviços, o Município dará tratamento preferencial à empresa
brasileira de capital nacional.

Art. 153 O Município dispensará à microempresa e à empresa de pequeno porte, assim


definidas em lei federal, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela
simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias.

Art. 154A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso público e dos
veículos de transporte coletivo, quando for o caso, a fim de garantir acesso adequado às
pessoas portadoras de deficiência.

Parágrafo Único - É dever do Município a criação de programas de prevenção e


atendimento especializado para os portadores de deficiência física, sensorial ou mental, bem
como sua integração social, mediante o treinamento para o trabalho, a convivência e a
facilitação de acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e
obstáculos arquitetônicos.

Art. 155

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Art. 155Ao ex-combatente que tenha participado, efetivamente, de operações bélicas,


durante a Segunda Guerra Mundial, residente no Município, dedicará, a Administração,
atenção especial, além de respeitar seus direitos constitucionalmente estatuídos.

Art. 156A lei disporá sobre a promoção e o estimulo aos pequenos agricultores e,
especialmente, sobre programas de hortas comunitárias e sítios de lazer.

CAPÍTULO II
DA PREVIDÊNCIA E DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 157O Município prestará assistência social e psicológica a quem delas necessitar, com o
objetivo de promover a integração ao mercado de trabalho, reconhecendo a maternidade e a
paternidade como relevantes funções sociais, assegurados aos pais os meios necessários à
educação, assistência em creches e pré-escolas, saúde, alimentação e segurança a seus
filhos.

Art. 158O Município forma com a União e o Estado um conjunto de ações destinadas à
saúde, à previdência e à assistência social.

Art. 159 Caberá ao Município promover e executar as obras que, por sua natureza e
extensão, não possam ser atendidas pelas instituições de caráter privado.

§ 1º O plano de assistência social do Município, nos termos que a lei estabelecer, terá
por objetivo a correção dos desequilíbrios do sistema social e recuperação dos elementos
desajustados, visando a um desenvolvimento social harmônico, consoante o previsto no art.
203, da Constituição Federal.

§ 2º Compete ao Município suplementar, se for o caso, os planos de previdência social,


estabelecidos em lei federal.

CAPÍTULO III
DA SAÚDE

Art. 160Compete ao Município prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do


Estado, serviços de atendimento à saúde da população.

Art. 161 Sempre que possível, o Município promoverá:

I - formação de consciência sanitária individual nas primeiras idades, através do ensino


de 1º grau;

II - serviços hospitalares e dispensários, cooperando com a União, o Estado e com as


iniciativas particulares e filantrópicas;

III - combate às moléstias específicas, contagiosas e infecto-contagiosas;

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IV - combate ao uso do tóxico;

V - serviços de assistência à maternidade, ao adolescente, ao idoso e ao deficiente físico;

Art. 162As ações e serviços públicos de saúde do Município integram uma rede regionalizada
e hierarquizada constituindo sistema unificado e descentralizado de saúde, organizado
segundo diretrizes de descentralização, com direção única em cada esfera de governo e
atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos
serviços assistenciais.

§ 1º O sistema unificado e descentralizado de saúde será financiado com recursos dos


orçamentos da União, do Estado, do Município, da Seguridade Social e de outras fontes, que
serão aplicados, exclusivamente, na área de saúde, vedados à concessão e auxílio e
subvenções, com recursos públicos, a instituições privadas com fins lucrativos.

§ 2º A assistência à saúde é livre à iniciativa privada, sendo facultada às instituições


privadas de forma complementar do sistema unificado e descentralizado de saúde, mediante
contrato de direito público ou convênio no qual serão resguardados, além de referida
faculdade, a manutenção econômica financeira inicial do contrato, tendo preferência às
entidades filantrópicas e as sem finalidades lucrativas.

CAPÍTULO IV
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA, DO DESPORTO E DO LAZER

Seção I
Da Educação

Art. 163 O dever do Município com a educação será exercício mediante a garantia de:

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para aqueles que não tiverem
acesso na idade própria;

II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade do ensino médio;

III - atendimento educacional especializado aos deficientes pela rede regular de ensino;

IV - acesso aos níveis mais elevados do ensino, de pesquisa e da educação artística,


segundo a capacidade de cada um;

V - oferta de ensino diurno e noturno regular, suficiente para a demanda às condições do


educando, inclusive, até a oitava série;

VI - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;

VII - atendimento ao educando de ensino fundamental, por meio de programas

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suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

§ 1º O acesso do ensino obrigatório e gratuito é direito público objetivado, acionável


mediante mandado de injunção.

§ 2º Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-


lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.

Art. 164O sistema de ensino municipal assegurará, aos alunos necessitados, condições de
aproveitamento escolar.

Art. 165 O ensino oficial do Município será gratuito em todos os graus e atuará,
prioritariamente, no ensino fundamental e pré-escola.

§ 1º O ensino de trânsito, de matrícula obrigatória, constitui disciplina dos horários das


escolas oficiais do Município. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 34/1994)

§ 2º O ensino religioso de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários das


escolas oficiais do Município e será ministrado de acordo com a religião do aluno, manifestado
por ele, se for capaz, ou por seu representante legal ou co-responsável. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 39/1994)

§ 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa.

§ 4º O Município orientará e estimulará, por todos os meios, a educação física, que será
obrigatória nos estabelecimentos municipais de ensino e nos particulares que recebam auxílio
do Município.

Art. 166 O ensino é livre a iniciativas privadas, atendidas as seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais de educação nacional;

II - autorização e avaliação de qualidade pelos órgãos competentes.

Art. 167 Os recursos do Município serão destinados às escolas públicas, podendo ser
dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei federal, que:

I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em


educação;

II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou


confessional ou ao Município, no caso de encerramento de suas atividades;

Parágrafo Único - Os recursos de que trata este artigo serão destinados a bolsas de
estudo para o ensino fundamental, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de
recursos, quando houver falta de vagas em cursos regulares da rede pública na localidade da

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residência do educando, ficando o Município obrigado a investir prioritariamente na expansão


de sua rede na localidade.

Art. 168 O Município auxiliará, pelos meios ao seu alcance, as organizações beneficentes,
culturais e amadoristas, nos termos da lei, sendo que as amadoristas e as colegiais terão
prioridade no uso de estádio, campos e instalações de propriedade do município.

Art. 169 O Município manterá o professorado municipal em nível econômico, social e moral à
altura de suas funções.

Art. 170O orçamento anual do Município deverá prever aplicação de, pelo menos, vinte e
cinco por cento da receita de impostos, incluindo a proveniente de transferências, na
manutenção e no desenvolvimento do ensino público, preferencialmente no pré-escolar e
fundamental.

Seção II
Da Cultura do Desporto e do Lazer

Art. 171O Município estimulará o desenvolvimento das ciências, das artes, das letras e da
cultura em geral, observado o disposto na Constituição Federal.

§ 1º Ao Município compete suplementar, quando necessário, a legislação federal e


estadual dispondo sobre a cultura.

§ 2º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para o


Município.

§ 3º À Administração Municipal cabe, na forma da lei, a guarda e conservação da


documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela
necessitem.

§ 4º Ao Município cumpre proteger os documentos, as obras e outros bens de valor


histórico, artístico, cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios
arqueológicos, através de lei complementar.

§ 5º Cabe ao Município criar e manter o seu arquivo do acervo histórico cultural.

O Município estimulará as atividades físicas sistematizadas, os jogos recreativos e os


Art. 172
desportos nas suas diferentes manifestações.

Art. 173 A prática do desporto é livre à iniciativa privada.

Art. 174 O dever do Município com o incentivo às práticas desportivas, dar-se-á por meio de:

I - criação e manutenção de espaço próprio à prática desportiva nas escolas e

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logradouros públicos, bem como a elaboração dos seus respectivos programas;

II - incentivos especiais à implantação da pesquisa no campo de educação física,


desporto e lazer;

III - organização de programas esportivos para adultos, idosos e deficientes, visando a


otimizar a saúde da população e ao aumento de sua produtividade;

IV - criação de uma comissão permanente para tratar de desporto dirigido aos


deficientes, destinados, a esse fim, recursos humanos e materiais, além de instalações físicas
adequadas.

Art. 175O Município desenvolverá esforços no sentido de promover a realização de disputas


regionais, em conjunto com outros municípios, sempre amadoristicamente, como forma de
incentivo à prática esportiva.

Art. 176 O Poder Público incentivará o lazer como forma de promoção social.

CAPÍTULO V
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Art. 177 O Município, visando ao bem-estar da população, promoverá e incentivará o


desenvolvimento e a capacitação científica e tecnológica, com prioridade à pesquisa e à
difusão do conhecimento técnico, especialmente voltada para a agricultura e pecuária.

CAPÍTULO VI
DA POLÍTICA URBANA

Art. 178A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público Municipal,
conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o plano de desenvolvimento
das funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes, através de leis
complementares sobre:

I - Plano Diretor;

II - Lei de Uso do Solo Urbano;

III - Código de Postura e de Edificações.

O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é o instrumento básico da política


Art. 179
de desenvolvimento e expansão urbana.

§ 1º A propriedade urbana cumpre a sua função social quando atende as exigências do


Plano Diretor, respeita a legislação urbanística e não provoca danos ao patrimônio cultural e
ambiental.

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§ 2º O Plano Diretor, elaborado pelo Município, com a participação de entidades


representativas da comunidade, abrangerá a totalidade de seu território e deverá conter
diretrizes de uso e ocupação do solo, zoneamento, índices urbanísticos, áreas de interesse
especial e social, diretrizes econômico- financeiras, administrativas, de preservação da
natureza e controle ambiental.

§ 3º Na elaboração do Plano Diretor, devem ser consideradas as condições de riscos


geológicos, bem como a localização das jazidas supridoras de materiais de construção e a
distribuição, volume e qualidade de águas superficiais e subterrâneas na área urbana e sua
respectiva área de influência.

Art. 180Para assegurar a função da cidade e da propriedade, o Poder Público utilizará os


seguintes instrumentos:

I - Tributários e Financeiros:

a) imposto predial e territorial urbano progressivo e diferenciado por outros critérios de


ocupação e uso do solo;
b) taxas e tarifas diferenciadas por zonas, na conformidade dos serviços públicos
oferecidos;
c) contribuição de melhoria;
d) incentivos e benefícios fiscais e financeiros;
d) fundos destinados ao desenvolvimento urbano;

II - Institutos Jurídicos tais como:

a) edificação ou parcelamento compulsório;


b) desapropriação.

Art. 181No estabelecimento de normas sobre o desenvolvimento urbano, serão observadas


as seguintes diretrizes:

I - adequação das políticas de investimento fiscal e financeira, aos objetivos desta Lei
Orgânica, especialmente quanto ao sistema viário, habitação e saneamento, garantida à
recuperação, pelo Poder Público, dos investimentos de que resulte valorização de imóveis;

II - urbanização, regularização fundiária e titulação das áreas de favelas e de baixa


renda, na forma da lei;

III - preservação, proteção e recuperação do meio ambiente urbano e cultural.

CAPÍTULO VII
DO MEIO AMBIENTE

Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
Art. 182
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público municipal e à

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coletividade o dever de defendê-lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, compete ao Poder Público municipal, no


que couber, o seguinte:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico


das espécies e ecossistemas;

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as


entidades dedicadas à pesquisa e à manipulação de material genético;

III - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos,


sendo a alteração e supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização
que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente


causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental,
a que se dará publicidade;

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnica, métodos e


substâncias que comportem risco para a vida, à qualidade de vida e o meio ambiente;

VI - promover a educação ambiental em todos níveis de ensino e a conscientização


pública para preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas na forma de lei, as práticas que coloquem em
risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à
crueldade.

§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma
da lei.

§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os


infratores, pessoas físicas ou jurídicas, às sanções penais administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

Art. 183Os imóveis rurais manterão, pelo menos, vinte por cento de sua área total, com
cobertura vegetal nativa para preservação da fauna e flora autóctones, obedecidos os
seguintes:

I - as reservas deverão ser delimitadas e registradas junto ao órgão do Executivo; na


forma da lei, vedada à redução e o remanejamento, mesmo no caso de parcelamento do
imóvel;

II - o Poder Público realizará inventários e mapeamentos necessários para atender as

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medidas preconizadas neste artigo.

O Município criará unidades de conservação destinadas às nascentes e cursos de


Art. 184
mananciais que:

I - sirvam ao abastecimento público;

II - tenham parte do seu leito em área legalmente protegida por unidade de conservação
federal, estadual e municipal;

III - se constituam, no todo ou em parte, em ecossistemas sensíveis, a critério do órgão


competente.

§ 1º A lei estabelecerá as condições de uso e ocupação, ou sua proibição, quando isto


implicar impacto ambiental negativo, das planícies de inundação ou fundos de vales, incluindo
as respectivas nascentes e as vertentes com declives superiores a quarenta e cinco por
cento.

§ 2º A vegetação das áreas marginais dos cursos d`água, nascentes, margens de lago e
topos de morro, numa extensão que será definida em lei, é considerada de preservação
permanente, sendo obrigatória à recomposição, onde for necessário.

§ 3º É vedado o desmatamento até a distância de vinte metros das margens dos rios,
córregos e cursos d`água.

CAPÍTULO VIII
DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO

Art. 185É dever do Município, como o é da família e da sociedade, assegurar à criança e ao


adolescente, com absoluta prioridade, os direitos reconhecidos pelo disposto no art. 227 da
Constituição Federal.

Art. 186 É dever da Administração Municipal, em conjunto com a sociedade, amparar as


pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e
bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida, notadamente conscientizando suas famílias, no
sentido de mantê-las em seu seio num convívio de amor.

TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 187 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 35/1994)

O Prefeito e os Vereadores do Município prestarão compromisso de manter, defender


Art. 188
e cumprir esta Lei Orgânica, no ato de sua promulgação.

Art. 189 O Executivo Municipal reavaliará todos os incentivos fiscais de qualquer natureza,

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concedidos antes da promulgação da Constituição Federal e proporá ao Legislativo as


medidas cabíveis.

Parágrafo Único - Considerar-se-ão revogados, após dois anos, contados da


promulgação da Constituição Federal, os que não forem confirmados por lei, sem prejuízo dos
direitos já adquiridos àquela data, em relação a incentivos concedidos sob condição e com
prazo certo, desde que cumpridas as condições estabelecidas nos atos concessórios.

Art. 190O Município não poderá dar nome de pessoas vivas a bens e serviços públicos de
qualquer natureza.

Art. 191 Os cemitérios do Município serão administrados pela autoridade municipal, sendo
permitido a todas as confissões religiosas praticar neles os seus ritos.

Art. 192É lícito a qualquer cidadão obter informação e certidões sobre assuntos referentes à
administração municipal.

Art. 193Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a declaração de nulidade ou
anulação dos atos lesivos ao patrimônio municipal.

Art. 194 Até a promulgação da lei complementar referida no art. 169, da Constituição Federal,
é vedado ao Município despender com pessoal mais do que sessenta e cinco por cento, do
valor da receita corrente, limite este a ser alcançado no máximo em cinco anos, à razão de um
quinto por ano.

Art. 195 Incumbe ao Município:

I - tomar medidas para assegurar a celeridade na tramitação dos expedientes


administrativos, punindo, disciplinarmente, nos termos da lei, os servidores faltosos;

II - facilitar, pelos meios de comunicação social, a difusão de transmissões de interesses


educacionais do povo;

III - facilitar, aos partidos políticos, às associações culturais, científicas, esportivas,


recreativas, educacionais e de classe, o uso, gratuito de ginásio e outros logradouros de sua
propriedade.

Parágrafo Único - Aos contratos firmados pelo Município, com prévia autorização legal,
antecederão, obrigatoriamente as respectivas licitações, nos termos da lei.

Art. 196Até a entrada em vigor da lei complementar federal, referente ao projeto do plano
plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e lei orçamentária anual, serão obedecidas as
seguintes normas: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 57/2010)

I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro
do mandato governamental subsequente, será encaminhado à Câmara Municipal até 30 de

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novembro antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até
o encerramento da sessão legislativa; (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
57/2010)

II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado à Câmara Municipal até


15 de outubro antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento do primeiro período da sessão legislativa; (Redação acrescida pela Emenda à
Lei Orgânica nº 57/2010)

III - o projeto de lei orçamentária anual será encaminhado à Câmara Municipal até 30 de
novembro antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
57/2010)

Parágrafo Único - O projeto de lei de revisão do plano plurianual será encaminhado à


Câmara Municipal, anualmente, até o dia 15 de novembro, e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
57/2010)

O Prefeito Municipal, dentro de seis meses a contar da vigência desta Lei Orgânica,
Art. 197
remeterá mensagem a Câmara, disciplinando os Conselhos Municipais.

Art. 198 O Município fará o levantamento, no prazo de um ano dos bens imóveis de valor
histórico e cultural, e expressiva tradição para cidade, para fins de futuro tombamento e
declaração de utilidade pública, nos termo da lei.

Parágrafo Único - A relação constará de lei a ser aprovada pela Câmara Municipal.

Art. 199 O Município fará completo inventário de bens imóveis, no prazo de dois anos,
atualizando seus valores e arrolando, inclusive, direito e ações sobre os mesmos, de tudo
dando conhecimento à Câmara Municipal e ao Tribunal de Contas do Estado.

Art. 200 O Município, no prazo de um ano, arrolará todos os monumentos, estátuas,


pedestais, bustos, quadros artísticos e bens semelhantes do patrimônio municipal, para fins de
relacionamento, divulgação, reconstituição e outras medidas julgadas apropriadas.

Parágrafo Único - Para fins deste artigo, somente após um ano do falecimento poderá ser
homenageada qualquer pessoa, salvo personalidades marcantes que tenham desempenhado
altas funções na vida administrativa do Município, do Estado ou do País.

Art. 201Esta Lei Orgânica, aprovada pelos integrantes da Câmara Municipal, e promulgada,
entrará em vigor na data de sua publicação.

Palmas, 05 de abril de 1990.

Presidente: Vereador Euclides Correia Costa,

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Vice-Presidente: Vereador Tarcísio Machado da Fonseca,

1º Secretário e Relator: Vereador Mário Benício dos Santos,

2º Secretário: Vereador Pedro da Silva Alencar

Vereadores: Hudson Terêncio de Souza, Gilberto Gomes da Silva, Valdir Pereira da Silva,
Afonso Vieira Ramalho, Antônio Pereira de Sá (Anexo a LOM)

EMENDA À LEI ORGÂNICA DE Nº 48/99 DE 20 DE JULHO DE 1.999 DO MUNICÍPIO DE


PALMAS.

É assegurado o prazo de dois anos de efetivo exercício para aquisição da estabilidade


Art. 21
aos servidores, cujo estágio probatório tenha se iniciado até a data de 4 de junho de 1.998,
sem prejuízo da avaliação a que se refere o art. 41, § 4º, da Constituição Federal.

Art. 22Os subsídios, vencimentos, remunerações, pensões, proventos da aposentadoria e


quaisquer outras espécies remuneratórias adequar-se-ão, a partir da promulgação desta
Emenda, aos limites decorrentes das Constituições Federal e do Estado, não admitindo a
percepção de excesso de qualquer natureza e a qualquer título.

Art. 23 O Município disciplinará, por meio de lei, os consórcios públicos e os convênios de


cooperação entre entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem
como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à
continuidade dos serviços transferidos.

Art. 24 É mantida a periodicidade mensal para as prestações de contas dos Chefes do


Poderes do Município ao Tribunal de Contas do Estado, tornando-se anual, a partir de 1º de
janeiro de 2.001.

Art. 25No prazo de cento e oitenta dias, a contar da promulgação desta Emenda à Lei
Orgânica, o Poder Executivo proporá, a Câmara Municipal, legislação dispondo sobre:

I - Serviço público civil do município;

II - Plano de carreiras, cargos e salários;

III - Organização e funcionamento dos serviços afetados pela presente Emenda.

Parágrafo Único - Durante o período referido no caput deste artigo, aplicam-se as regras
constantes na legislação instituidora do Regime Jurídico Único dos Funcionários Públicos de
Palmas, de suas Autarquias e Fundações, ressalvadas as disposições das Constituições
Federal e do Estado.

Art. 27 Esta Emenda à Lei Orgânica do Município de Palmas entra e vigor na data de sua

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promulgação.

CÂMARA MUNICIPAL DE PALMAS, aos 20 dias do mês de julho de 1999.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

LEI COMPLEMENTAR N.º 008, de 16 de novembro de 1999.


(Alterado pela Lei Complementar nº 308, de 19/12/ 2014).
(Alterado pela Lei Complementar nº 189, de 09/09/2009).
(Alterado pela Lei Complementar nº160, de 14/04/2008).
(Alterado pela Lei Complementar nº 132, de 02/04/2007).
(Alterado pela Lei Complementar nº 118, de 17/04/2006).
(Alterado pela Lei Complementar nº 24, de 26/08/2000).
(Alterado pela Lei Complementar nº 27, de 04/09/2000).
(Alterado pela Lei Complementar nº 18, de 17/03/2000).

Instituiu o Estatuto dos Servidores


Públicos da Administração Direta e
Indireta dos Poderes do Município de
Palmas.

Faço saber que a CÂMARA MUNICIPAL aprova e eu sanciono a


seguinte Lei Complementar:

TÍTULO I

Das Disposições Preliminares

Art. 1º Esta Lei institui o Estatuto dos Servidores Públicos da


Administração Direta e Indireta dos Poderes do Município de Palmas, fixando-lhes os
direitos, deveres e obrigações.

Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor municipal é a pessoal


legalmente investida em cargo público.

Art. 3º O cargo público é instituído por lei, e implica no desempenho, pelo


seu titular, de uma função pública, sócio-administrativa, com o objetivo de prover à
coletividade de produtos e serviços próprios da Administração Municipal e
pertinentes às atribuições que lhe sejam outorgadas.

§ 1º Os cargos públicos municipais têm denominação própria e


remuneração definida por lei e paga pelo Município, para provimento em caráter
efetivo ou em comissão.

§ 2º Os cargos públicos municipais, segundo a sua natureza, podem ser:

a) de provimento efetivo, identificadores de funções de caráter técnico ou


de apoio, de recrutamento amplo, cujos titula ressejam selecionados,
exclusivamente, mediante concurso público, de provas ou de provas e títulos;

b) de provimento em comissão, por ato de livre nomeação e exoneração


dos Chefes dos Poderes do Município, observado o preenchimento por servidores de
carreira, nos casos, condições e percentuais mínimos previsto em lei e destinados
apenas ás atribuições de direção, comando, gerência, chefia e assessoramento.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

§ 3º As funções públicas municipais, segundo a sua natureza, podem ser:

a) de comando, direção, gerência ou chefia;

b) técnicas, aquelas que se referem às ações de caráter instrumental,


necessárias à habilitação do processo decisório;

c) de apoio, aquelas que se prestam à instrumentalização das demais


funções do aparelho de serviços do Município.

Art. 4º Funções de confiança destinam-se ao desempenho de tarefas de


chefia e administração ou de elevado grau de responsabilidade, são criadas e
remuneradas por lei, de ocupação privativa por servidores municipais, efetivos ou
estabilizados.

TÍTULO II

Do Concurso Público, Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e


Substituição

Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público


municipal:

I – ter nacionalidade brasileira, ou estrangeira, nos termos em que


dispuser a legislação federal;
II – estar em gozo dos direitos políticos;

III – estar quites com as obrigações militares e eleitorais;

IV – contar como nível de escolaridade exigido para exercício do cargo;


V – ter a idade mínima de dezoito anos;
VI – provar aptidão física e mental exigidas para o exercício do cargo.

Parágrafo único. As atribuições do cargo podem justificar a exigência de


outros requisitos a serem estabelecidos em lei.

CAPÍTULO I

Do Concurso Público

Art. 6º O concurso público que poderá ser de provas ou de provas e


títulos, respeitará a natureza e a complexidade do cargo, podendo ser realizado em
etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

§ 1º A inscrição do candidato está condicionada ao pagamento do valor


fixado pelo edital, quando indispensável ao seu custeio, ressalvadas as hipóteses de
isenção nele expressamente previstas.

§ 2º O concurso para o provimento de cargos que exijam para o seu


exercício a aprovação em curso de formação mantido por instituição da
administração dos Poderes do Município será estruturado em etapas, uma das quais
o próprio curso de formação.

§ 3º Às pessoas portadoras de deficiência é assegura do o direito à


inscrição em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam
compatíveis, nos termos do edital, com a deficiência de que são portadoras.

§ 4º Nos casos em que couber, será entre cinco por cento e vinte por
cento do total das vagas oferecidas em concurso, a reserva de vagas para as
pessoas de que trata o parágrafo anterior.

Art. 7º O concurso público terá validade de até dois anos, podendo ser
prorrogado uma vez, por igual período.

§ 1º As informações pertinentes ao prazo de validade do concurso, as


condições de sua realização e o percentual de suas vagas reservadas aos
deficientes, quando houver, serão fixados em edital, que será publicado e divulgado
amplamente pelo Poder do Município que o estiver realizando.

§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado


em concurso anterior com prazo de validade não expirado.

CAPÍTULO II

Do Provimento

Art. 8º O provimento dos cargos públicos municipais, far-se-á mediante a


todos Chefes dos Poderes do Município, ou a quem estes outorgarem tal atribuição.

Art. 9º A investidura em cargo público municipal, ocorrerá com a posse.

Art. 10. São formas de provimento de cargo público:

I – nomeação;

II – readaptação;

III – reversão;

IV – reintegração;
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V – recondução;

VI – aproveitamento.

SEÇÃO I

Da Nomeação

Art. 11. A nomeação precederá a posse e far-se-á:

I – em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de provimento efetivo,


isolado ou de carreira;

II– em comissão ou função de confiança, para os cargos de livre


nomeação e exoneração por parte dos Chefes dos Poderes do Município.

Art. 12. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do


servidor na carreira, serão estabelecidos pelas leis que estabelecerem os planos de
cargos e salários dos servidores públicos municipais e seus regulamentos.

SUBSEÇÃO I

Da Posse

Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual


deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos
inerentes ao cargo.

§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias, contados da publicação do


ato de nomeação, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da
Administração Pública ou ainda observada a conveniência administrativa mediante
requerimento do empossando.

§ 2º No ato da posse, o empossando apresentará declaração de bens e


valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de
outro cargo, emprego ou função pública.

§ 3º Tornar-se-á sem efeito o ato de nomeação se a posse não


ocorrermos prazos previstos neste artigo.

Art. 14. A posse em cargo público municipal, dependerá de prévia


inspeção pela Junta Médica Oficial do Município.

Parágrafo único. Somente poderá ser empossado aquele que for julgado
apto física e mentalmente para o exercício do cargo.
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SUBSEÇÃO II

Do Exercício

Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo


público ou da função de confiança municipal.

§ 1º Sob pena de exoneração, ou insubsistência do ato de nomeação,


será de 30 (trinta) dias o prazo para o início do exercício no cargo público municipal,
contados da data da posse.

§ 1º Sob pena de exoneração, ou insubsistência do ato de nomeação,


será de15(quinze) dias o prazo para o início do exercício no cargo público municipal,
contados da data da posse. (Redação dada pela Lei Complementar nº160, de 14/04/2008).

§ 2º Quando designado para função de confiança, o servidor efetivo ou


Estabilizado deverá ter o início do seu exercício coincidindo com a data de
publicação do ato de sua designação, salvo quando estiver em licença ou afastado
por qualquer outro motivo legal, hipótese em que o exercício recairá no primeiro dia
útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da
publicação.

§ 3º O ato de designação para função de confiança perderá seus efeitos


senão observados os prazos para o exercício previstos no parágrafo anterior.

§ 4º À autoridade máxima do órgão ou entidade para onde for nomeado


ou designado o servidor competirá dar-lhe o exercício.

Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício


serão registrados no assentamento individual do servidor.

Parágrafo único. Ao entrar em exercício o servidor deverá apresentar, ao


órgão central de administração de pessoal do respectivo Poder do Município, os
elementos necessários ao seu assentamento individual.

Art. 17. O servidor em exercício em outro Poder do Município ou na


Administração de outra Unidade Federativa, em razão de ter sido cedido, terá dez
dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo
desempenho das atribuições do cargo ou da função de confiança, incluído nesse
prazo o tempo necessário ao seu deslocamento de retorno à sede da sua repartição.

§ 1º Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afasta do


legalmente, o prazo a que se refere este artigo, será contado a partir do término do
impedimento.

§ 2º É facultado ao servidor declinar do prazo estabelecido no caput.


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SUBSEÇÃO III

Da Jornada de Trabalho

Art. 18. Os servidores municipais cumprirão jornada de trabalho fixada em


razão das atribuições dos respectivos cargos, respeitada a duração máxima de
trabalho semanal de 44 (quarenta e quatro) horas e observado o limite máximo de 8
(oito) horas diárias.

Art. 18. Os servidores municipais cumprirão jornada de trabalho fixa da


em razão das atribuições dos respectivos cargos, respeitada a duração máxima de
trabalho semanal de 40 (quarenta)horaseobservadoolimitemáximode8(oito) horas
diárias. (Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17/04/2006).

§ 1º O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-


se ao regime integral e dedicação exclusiva ao serviço, podendo ser convocado
sempre que houver interesse da Administração Pública Municipal.

§ 2º Regulamento no âmbito de cada Poder, disciplinará a jornada de


trabalho dos titulares de cargos de provimento efetivo cujo exercício exija regime de
turno ou plantão.
SUBSEÇÃO IV

Do Estágio Probatório

Art. 19. Ao entrar em exercício, como condição essencial para a


aquisição da estabilidade, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo
ficará sujeito a estágio probatório por período de trinta e seis meses, durante o qual
a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação especial de desempenho, por
comissão instituída para essa finalidade, observados os seguintes fatores e critérios:

I – comportamento:

a) assiduidade;

b) disciplina;

c) responsabilidade;

II – eficiência:

a) capacidade de iniciativa;

b) produtividade;

III – eficácia.
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§ 1º A avaliação, de que trata o caput, dar-se-á em etapas autônomas


entre si, que ocorrerão no mínimo a cada período de seis meses, até o fim do
estágio probatório.

§ 2º O Servidor que, atendidos os critérios da avaliação especial de


desempenho, nos termos em que dispuser o regulamento, não obtiver média igual ou
superior a cinquenta por cento em cada uma das etapas, será considerado reprovado
e exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.

§ 3º O Servidor em estágio probatório poderá ocupar cargos de


provimento em comissão ou exercer função de confiança em qualquer órgão ou
unidade dos Poderes do Município.

§ 4º Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser


concedidas(os):

I – as licenças:

a) para tratamento da própria saúde;

b) por motivo de doença em pessoa da família;

c) em razão de gestação, adoção ou paternidade;

c) para incorporação às Forças Armadas para o serviço militar obrigatório


ou, ainda, quando convocado pelas Forças Armadas;

d) para o exercício da atividade política;

II – os afastamentos para:

a) exercício de cargo em comissão ou função de confiança dos Poderes


do Município;

b) desempenho de mandato eletivo Federal ou de qualquer das Unidades


da Federação;

c) atender convocação da Justiça Eleitoral, durante período eletivo;

d) servir ao Tribunal do Júri;

e) missão oficial no exterior;

f) participar em programa de treinamento regularmente instituído, mesmo


que implique em estudo no exterior;

III – férias.
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§ 5ºO estágio probatório ficará suspenso durante as licenças previstas no


parágrafo anterior, inciso I, alíneas “b” e “e”, sendo retomado a partir do término do
impedimento.

§ 6º Regulamento, no âmbito dos Poderes do Município, disporá sobreo


estágio probatório.

SUBSEÇÃO V

Da Estabilidade

Art. 20. O servidor municipal habilitado em concurso público e empossado


em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar
trinta e seis meses de efetivo exercício.

Parágrafo único. São também estáveis os servidores que se encontram na


situação prescrita no art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da
Constituição Federal.

Art. 21. O servidor municipal, efetivo estável ou o estabilizado somente


perderá o cargo em virtude de:

I – sentença judicial transitada em julgado;

II – processo administrativo disciplinar no qual lhe seja a segurada ampla


defesa;

III – reprovação em procedimento de avaliação periódica


de desempenho, nos termos em que dispuser Lei Complementar de âmbito nacional.

SEÇÃO II

Da Readaptação

Art. 22. Readaptação é a investidura do servidor municipal, efetivo


estável ou do estabilizado em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis
com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em
inspeção médica.

§ 1º Antes da concessão da readaptação poderá ocorrer um


remanejamento nas funções do servidor por prazo de até vinte e quatro meses,
período este em que deverá se apresentar a cada sessenta dias à Administração
para comprovação, mediante exame ou perícia médica, de que se encontra nas
mesmas condições, ou não, de quando ocorreu o remanejamento.

§ 2º Persistindo as condições que Ensejaram o remanejamento de


funções, dar-se-á readaptação, porá todo Chefe do respectivo Poder, caso contrário,
o servidor retornará à função anteriormente ocupada.
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§ 3º Se, decorrido o prazo de que trata o § 1º, for julgado incapaz para o
serviço público, o readaptando será aposentado.

§ 4º A readaptação será efetivada, respeitada a habilitação exigida, nível


de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de
cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência
de vaga.

§ 5º Não se dará a readaptação se o motivo que a ensejar puder ser


superado com a troca de equipamentos, materiais ou do local de exercício do
servidor, hipóteses em que a Administração Pública Municipal, adotará as medidas
que o caso requerer.

SEÇÃO III

Da Reversão

Art. 23. Reversão é o retorno à atividade de servidor municipal,


aposentado por invalidez, quando, por junta médica nomeada pela Administração,
forem declarados insubsistentes os motivos da aposentadoria.

Art. 24. A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de


sua transformação.

Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo o servidor exercerá


suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

Art. 25. Não poderá reverter ao aposentado que já tiver completado


setenta anos de idade.

SEÇÃO IV

Da Reintegração

Art. 26. Reintegração é a reinvestidura do servidor municipal, efetivo


estável ou do estabilizado no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante
de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa
ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em


disponibilidade, observadas as regras prescritas nesta Lei.

§ 2º Encontrando - se provido o cargo, o seu eventual ocupante, se


efetivo estável ou estabilizado, será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à
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indenização, ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade,


com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

SEÇÃO V

Da Recondução

Art. 27. Recondução é o retorno do servidor municipal, efetivo estável ou


do estabilizado ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

I – inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

II – reintegração ao cargo, do ocupante anterior;

III – insubsistência do ato de provimento em outro cargo, desde que para


tanto não tenha concorrido.

Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor


será aproveita do em outro, observadas as regras traçadas nesta Lei para o
aproveitamento.

SEÇÃO VI

Do Aproveitamento

Art. 28. Extinto o cargo, ou declarada a sua desnecessidade, o servidor


efetivo estável ou o estabilizado ficará em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo
cuja exigência de requisitos e atribuições sejam compatíveis com a sua formação
profissional.

§ 1º Atendidas as condições estabelecidas no caput, os órgãos centrais


de pessoal dos Poderes do Município determinarão o imediato aproveitamento do
servidor em disponibilidade nas vagas que ocorrerem no âmbito dos respectivos
Poderes.

§ 2º O servidor posto em disponibilidade ficará mantidos sob


responsabilidade dos órgãos centrais de pessoal dos respectivos Poderes do
Município.

Art. 29. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a


disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença
comprovada pela Junta Médica Oficial do Município.

CAPÍTULO III

Da Vacância
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Art. 30. A vacância do cargo público decorrerá de:

I – exoneração;

II – demissão;

III – readaptação;

IV – aposentadoria;

V – posse em outro cargo inacumulável;

VI – falecimento.

Art. 31. A exoneração do servidor municipal, efetivo ou estabilizado dar


sê-a a pedido do servidor ou de ofício pela Administração Pública.

Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á, quando:

a) não satisfeitas as condições do estágio probatório, nos termos desta


Lei e de seu regulamento;

b) não satisfeitas as condições de permanência no cargo por insuficiência


e desempenho, nos termos da legislação o e de regulamento;
c) tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo
estabelecido.

Art. 32. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de


confiança dar-se-á ajuízo da autoridade competente, ou apedido do próprio servidor.

CAPÍTULO IV

Da Remoção

Art. 33. Remoção é a realocação do servidor municipal, de um para outro


órgão do mesmo Poder, ou de uma para outra unidade do mesmo órgão.

§ 1º Dar-se-á a remoção, observada a respectiva ordem de


precedência, nos seguintes casos:

a) de ofício, por conveniência da Administração Pública;

b) por motivos de saúde do servidor devidamente demonstrados e


justificados perante a Junta Médica Oficial;

c) a requerimento, por interesse do servidor, observado o interesse


público e a conveniência administrativa.
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§ 2º Poder á haver remoção por permuta, igualmente a critério da


Administração Pública, mediante pedido escrito de ambos os interessados.

§ 3º A nomeação de servidor titular de cargo de provimento efetivo, ou do


estabilizado, para cargo de provimento em comissão ou função de confiança, para
exercício em outro órgão ou unidade que não o de sua lotação, dentro de um
mesmo Poder, caracteriza a remoção de que trata a alínea "a" do § 1º,
independentemente de qualquer outro ato, até que se dê a respectiva vacância,
caso em que o servidor retornará ao órgão de origem.

CAPÍTULO V

Da Redistribuição

Art. 34. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo


ou em comissão, ocupado ou vago, no âmbito dos quadros gerais de pessoal, para
outro órgão ou entidade do mesmo Poder.

§ 1º A redistribuição ocorrerá de ofício para ajustamento de lotação e da


força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de
reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade.

§ 2º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade,


extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor efetivo estável ou o
estabilizado que não for redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu
aproveitamento, nos termos desta Lei.

§ 3º A efetivação da redistribuição será precedida de manifestação dos


órgãos centrais de pessoal, no âmbito dos respectivos Poderes do Município.

CAPÍTULO VI

Da Substituição

Art. 35. Os servidores municipais, investidos em cargo de provimento em


comissão de direção ou chefia, ou, ainda, de função de confiança, terão substituto
sindicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados
pelo dirigente máximo do órgão ou entidade.

§ 1º O substituto assumirá, automática e cumulativamente, sem prejuízo


do cargo que ocupa nos afastamentos, férias, impedimentos legais ou
regulamentares do substituído.

§ 2º O substituto fará jus à gratificação atribuída ao substituído, nos casos


de afastamento ou impedimentos superiores a trinta dias consecutivos, paga na
proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período.
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TÍTULO III

Dos Direitos e Vantagens

CAPÍTULO I

Do Vencimento, Subsídio e Remuneração

Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se:

I – vencimento, a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público,


com valor fixado em lei;

II – subsídio, a remuneração fixa da em parcela única, vedado o


acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o
disposto nos incisos X e XI, do art. 110 da Lei Orgânica do Município.

III – remuneração, é o vencimento básico de cargo efetivo, acrescido das


vantagens pecuniárias estabelecidas em lei.

Art. 37. Nenhum servidor da administração direta ou indireta, de qualquer


dos Poderes do Município, poderá perceber, mensalmente:

I– a título de remuneração ou provento, importância inferior ao salário


mínimo, salvo se proporcional a carga horária ou ao tempo de serviço;

I – a título de remuneração ou provento, importância inferior ao salário


mínimo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17/04/2006).

II – importância superior ao subsídio mensal, em espécie, do Prefeito


Municipal.

Art. 38. O servidor perderá:

I – a remuneração do dia em que faltara o serviço, sem motivo justificado;

II – a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos não


justificados.
Parágrafo único. As faltas justificadas, nos termos desta Lei não afetam a
remuneração ou o subsídio do servidor.

Art. 39. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, ou para atender
programa oficial de apoio social ou de capacitação funcional, nenhum desconto
incidirá sobre a remuneração ou provento do servidor.

Parágrafo único. As consignações, motivadas por programa oficial de


apoio social ou de capacitação funcional, necessitam para sua efetivação da
autorização do servidor.
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Art. 40. As reposições e indenizações ao erário serão previamente


comunicada são servidor e descontadas em parcelas mensais em valores
monetários devidamente atualizados.

§ 1º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:

a) reposição, a devolução aos cofres públicos de quaisquer parcelas


recebidas indevidamente pelo servidor;

b) indenização à Fazenda Pública, o ressarcimento, pelo servidor, dos


prejuízos e danos a que ele der causa, por dolo ou culpa.

§ 2º A reposição será feita em parcelas cujo valor não exceda a vinte e


cinco por cento da remuneração ou provento.

§ 3º A indenização será feita em parcelas cujo valor não exceda a dez


por cento da remuneração ou provento.

§ 4º A reposição será feita, em uma parcela, quando constatado


pagamento indevido no mês anterior ao do processamento da folha.

Art. 41. O servidor em débito com o erário que for demitido, exonerado, ou
que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, ou, ainda, aquele cuja dívida
relativa à reposição seja superior a cinco vezes o valor de sua remuneração, terá o
prazo de sessenta dias para quitar o débito.

§ 1º A não-quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição


em dívida ativa.

§ 2º Os valores percebidos pelo servidor, em razão de decisão liminar, de


qualquer medida de caráter antecipatório, ou de sentença, posteriormente cassada
ou revista, deverão ser repostos no prazo de trinta dias, contados da notificação para
fazê-lo, sob pena de inscrição em dívida ativa.

Art. 42. O vencimento, o subsídio, a remuneração e o provento não serão


objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de
alimentos resultante de decisão judicial.

CAPÍTULO II

Das Vantagens

Art. 43. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor municipal, as


seguintes vantagens:

I – indenizações;

II – auxílios-pecuniários;
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III – gratificações;

IV – adicionais.

§ 1º As indenizações e os auxílios-pecuniários não se incorporam ao


vencimento ou provento para qualquer efeito.

§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se aos vencimentos sou


proventos, nos casos e condições previstos em lei.

§ 3º À exceção daquelas de que tratam os incisos I e II, não será


permitida a concessão das demais vantagens tratadas neste artigo aos servidores
que sejam remunerados, nos termos da lei, por subsídio.

Art. 44. Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público


municipal, não serão computados nem acumulados para fins de concessão de
acréscimos ulteriores.

SEÇÃO I

Das Indenizações

Art. 45. Constituem indenizações ao servidor municipal:

I – ajuda de custo;

II – diárias;

III – transporte;

IV – o ressarcimento de despesas autorizadas, havidas para,


desempenho das suas funções;

Art. 46. Os valores das indenizações, bem assim as condições para a sua
concessão, serão estabelecidos em regulamento.

SUBSEÇÃO I

Da Ajuda de Custo

Art. 47. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de


instalação do servidor que, no interesse do serviço, passe a ter exercício em órgão
ou repartição fora dos limites urbanos da sede, com mudança de domicílio em
caráter permanente.

§ 1º Fica vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo,


no caso de o cônjuge ou companheiro, que detenha também a condição de servidor,
vier a ter exercício na mesma sede.
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§ 2º A ajuda de custo será paga mediante comprovação da mudança de


domicílio, das despesas realizadas com passagens, bagagens, bens pessoais e
transporte do servidor e de sua família, não podendo exceder a importância
correspondente a dois meses de sua remuneração.

§ 3º À família do servidor que falecer na nova sede serão assegurados


ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de um ano,
contado do óbito.

Art. 48. Nos casos de cessão de servidor para exercício em outro órgão
ou entidade dos Poderes da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos
Municípios, quando cabível, a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário.

Art. 49. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do
cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.

Art. 50. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando,


injustificadamente, não se apresentar no novo posto de serviço no prazo de dez
dias.

SUBSEÇÃO II

Das Diárias

Art. 51. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede do Município, em


caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o
exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de
despesas extraordinárias com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme
se dispuser em regulamento.

§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela


metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando o
Município custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por
diárias.

§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência


permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias.

Art. 52. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por
qualquer motivo, deverá restituí-las, no prazo de cinco dias.

Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo


menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em
excesso, no prazo previsto no caput.

SUBSEÇÃO III

Da Indenização de Transporte
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Art. 53. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar


despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de
serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser
em regulamento.

SUBSEÇÃO IV

Do Ressarcimento de Despesas Autorizadas

Art. 54. Conceder-se-á o ressarcimento de despesas efetuadas pelo


servidor municipal para o desempenho de suas funções, desde que previamente
autorizadas pela autoridade competente nos termos de regulamento.

SEÇÃO II

Dos Auxílios-Pecuniários

Art. 55. Serão concedidos ao servidor municipal e à sua família, nos


termos de legislação específica os seguintes auxílios pecuniários:

I – auxílio-funeral;

II – salário-natalidade;

III – auxílio-reclusão;

IV – salário-família;

V- auxílio-transporte.

I – auxílio-reclusão; (Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17/04/2006).

II – salário-família; (Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17/04/2006).

III – auxílio-transporte. (Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17/04/2006).

§ 1º Os auxílios, de que tratam os incisos I, II e III, deste artigo, serão


pagos pelos sistemas de previdência e assistência social ao qual se vinculam o
servidor público municipal, não sendo permitida, sob qualquer hipótese, a sua
inclusão em folha de pagamento.

§ 1º O auxílio, de que trata o inciso I deste artigo, será pago pelo sistema
de previdência ao qual se vincula o servidor público municipal, não sendo permitida,
sob qualquer hipótese, a sua inclusão em folha de pagamento. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 118, de 17/04/2006).

§ 2º O salário-família será pago em folha de pagamento, garantida a


compensação ao Tesouro Municipal, mediante encontro de contas com os sistemas
de previdência e assistência.
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§ 2º As cotas do salário família serão pagas pela administração pública


municipal, juntamente com a remuneração mensal do segurado, efetivando-se a
compensação financeira quando do recolhimento das contribuições previdenciárias.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17/04/2006).

SUBSEÇÃO I

DO AUXÍLIO FUNERAL

Art. 56. Vetado.

Art. 57. Vetado.

Art. 58. Vetado.

SUBSEÇÃO II

DO AUXÍLIO-NATALIDADE
Art. 59. Vetado.

SUBSEÇÃO III

DO AUXÍLIO-RECLUSÀO

Art. 60. Vetado.

SUBSEÇÃO IV

DO SALÁRIO-FAMÍLIA
Art. 61. Vetado.
Art. 62. Vetado.
Art. 63. Vetado.
Art. 64. Vetado.

SUBSEÇÃO V

DO AUXÍLIO-TRANSPORTE

Art.65. O auxílio – transporte será devido ao servidor ativo nos


deslocamentos de sua residência para o trabalho e do trabalho para sua residência,
na forma estabelecida em regulamento.
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SEÇÃO III

Das Gratificações

Art. 66. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão
deferidos aos servidores as seguintes gratificações:

I – pelo exercício de cargo em comissão ou função de confiança;

II – natalina;

III – de instrutoria;

IV – outras, relativas ao local ou à natureza do trabalho.

Parágrafo único. As gratificações tratadas no inciso IV, serão criadas por


lei específica, que lhes estipulará o valor e as condições de concessão.

SUBSEÇÃO I

Da Gratificação pelo Exercício de Cargo em Comissão ou Função de Confiança

Art. 67. Ao servidor ocupante de cargo de provimento efetivo ou ao


estabilizado, investido em cargo de provimento em comissão ou em função de
confiança, será devida gratificação fixada em lei própria.

§ 1º É facultado ao servidor titular de cargo de provimento efetivo ou ao


estabilizado, investido em cargo de provimento em comissão, optar entre a
remuneração global atribuída ao cargo comissionado mais as parcelas
remuneratórias de caráter pessoal ou sua remuneração global relativa ao cargo de
provimento efetivo e a gratificação de representação atribuída ao cargo de
provimento em comissão.

§ 2º A gratificação, de que trata este artigo não se incorpora ao


vencimento do servidor para nenhum efeito.

§ 3º Poderá integrar a remuneração de contribuição, do servidor titular de


cargo efetivo, a parcela percebida pelo segurado do exercício de cargo em comissão
ou função de confiança, mediante opção por ele exercida, para efeito de cálculo de
benefício a ser concedido, respeitada, em qualquer hipótese, a limitação da
remuneração ou do subsídio do respectivo servidor, no cargo efetivo em que cederá
aposentadoria. (Acrescido pela Lei Complementa nº 118, de 17/04/2006).

SUBSEÇÃO II

Da Gratificação Natalina
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

Art. 68. A gratificação natalina corresponde a um doze avos da


remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no
respectivo ano.

§ 1º Independentemente da renumeração normal a que o funcionário ou


servidor fizer jus, a Gratificação Natalina deverá ser concedida nomes de dezembro
de cada ano, podendo, no entanto, por ato dos respectivos Poderes Executivo e
Legislativo, ser paga em duas parcelas, sendo a primeira de acordo como aniversário
do funcionário ou servidor, em valor proporcional ao mês ou meses trabalhados,
pagando-se a segunda, porém nomes de dezembro, de modo a completar o valor
integral da gratificação devida.(Redação dada pela Lei Complementar nº 27, de 04/09/2000).

§ 2º Vetado.

Parágrafo único. A fração superior a quinze dias será considera da como


mês integral.

Art. 69. O servidor, exonerado ou demitido, perceberá sua gratificação


natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração
do mês da exoneração ou da sua demissão.

Art. 70. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de


qualquer vantagem pecuniária.

SUBSEÇÃO III
Da Gratificação de Instrutoria

Art. 71. Ao servidor público municipal que for convidado ou convocado


para atividades de instrutória em programas de formação, capacitação ou
treinamento, oficialmente instituídos pela administração de pessoal dos Poderes do
Município ou, ainda, no âmbito de suas instituições de formação e capacitação
funcional, será devida, a título de pro labore, uma gratificação, cujo valor e forma de
pagamento serão definido sem regulamento a ser baixado por ato do respectivo
Chefe do Poder do Município.

SEÇÃO IV

Dos Adicionais

Art. 72. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão
deferidos aos servidores os seguintes adicionais:

I – pelo exercício de atividades insalubres ou perigosas;

II – Vetado;
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III – pela prestação de serviço extraordinário;

IV – noturno;

V – de férias;

SUBSEÇÃO I

Do Adicional de Insalubridade ou de Periculosidade

Art. 73. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais


insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas, ou com
risco devida, fazem jus a um adicional limitado a quarenta por cento calculado
exclusivamente sobre o vencimento do cargo efetivo.

Art. 73. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais


insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas, ou com
risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 160, de 14/04/2008).

§ 1º O adicional de insalubridade ou de periculosidade somente será


devido ao servidor enquanto na atividade, e na presença das condições que
ensejaram a sua concessão.

§ 2º Ainda são devidos, conforme o caso, o adicional de insalubridade ou


de periculosidade:

I – na fruição das seguintes licenças:

a) para tratamento da própria saúde;

b) por motivo de doença em pessoa da família;

c) em razão de gestação, adoção ou paternidade;

II – na fruição dos seguintes afastamentos:

a) para atender convocação da Justiça Eleitoral, durante período eletivo;

c) para servir o Tribunal do Júri;

c) para participar em programa de treinamento regularmente instituído,


mesmo que implique em estudo no exterior;

d) em missão oficial fora do local do exercício;

e) para doação de sangue;

f) para alistar-se como eleitor;


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g) para casar-se;

h) nos casos de falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou


padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos;

III – na fruição das férias.

§ 3º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de


periculosidade deverá optar por um deles.

§ 4º Regulamentos baixados pelos Chefes dos Poderes do Município,


disporão a respeito da matéria, considerando, quando de sua elaboração, quadro de
situações de incidência de insalubridade elaborado pela Junta Médica Oficial do
Município.

Art. 74. Haverá permanente controle das atividades dos servidores em


operações ou locais considerados insalubres ou perigosos.

Parágrafo único. A Servidora gestante ou lactante será afastada,


enquanto durara gestação e a lactação, das operações e locais previstos neste
artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço salubre, não
perigoso e que não haja risco de vida.

Art. 75. Na concessãodo adicional de insalubridade ou de periculosidade,


serão observadas as situações estabelecidas em legislação específica.

Art. 76. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X


ou substâncias radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo
queasdosesderadiaçãoionizantenãoultrapassemonívelmáximoprevistonalegislação
própria.

Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo serão


submetidos a exames médicos a cada seis meses.

SUBSEÇÃO II

DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO

Art. 77. Vetado.

SUBSEÇÃO III

Do Adicional por Serviços Extraordinários

Art. 78. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de


cinquenta por cento em relação à hora normal de trabalho.
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§ 1º Somente será permitido serviço extraordinário para atender a


situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de duas horas por
jornada.

§ 2º O adicional de que trata este artigo será devido apenas aos


servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo ou aos estáveis, não se
incorporando à remuneração.

SUBSEÇÃO IV

Do Adicional Noturno

Art. 79. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre as


vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, terá o valor-hora
acrescido de vinte e cinco por cento, computando-se cada hora como cinquenta e
dois minutos e trinta segundos.

Parágrafo único. O adicional de que trata este artigo não se incorpora à


remuneração para quaisquer fins.

SUBSEÇÃO V

Do Adicional de Férias

Art. 80. Independentemente de solicitação será pago ao servidor, por


ocasião das férias, um adicional correspondente a um terço da remuneração do
período das férias.

Parágrafo único. No caso de o servidor ocupar cargo de provimento


emcomissãooufunçãodeconfiançaarespectivagratificaçãoseráconsideradanocálculo
do adicional de que trata este artigo.

CAPÍTULO III

Das Férias

Art. 81. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser
acumuladas até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço,
ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.

§ 1º Para qualquer período aquisitivo de férias serão exigidos doze meses


de exercício.

§ 2º Nãoserápermitidolevaràcontadefériasqualquerfaltaaoserviço.

§ 3ºVetado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 27, de 04/09/2000).


PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

§ 4º As férias poderão ser parceladas em até duas etapas, desde que


assim requeridas pelo servidor, e no interesse da Administração Pública.

§ 5º É facultado ao Órgão Público Municipal, conceder ao servidor a


conversão de 1/3 (um terço) de suas férias em abono pecuniário, desde que o
requeira pelo menos30 (trinta) dias antes do seu início. (Incluído pela Lei Complementar nº
118, de 17/04/2006.)

Art. 82. Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor do


adicional de férias quando da utilização do primeiro período.

Art. 82. Em caso de parcelamento, de acordo com § 4º do art. 81, o


servidor receberá o valor do adicional de férias quando da utilização do primeiro
período. (Redação da pela Lei Complementar nº 160, de 14/04/2008).

Art. 82-A. O servidor, exonerado ou demitido, perceberá indenização


relativa ao período de férias a que tiver direito, bem como ao incompleto, na
proporção 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo exercício e/ou fração superior
a15 (quinze) dias. (Incluído pela Lei Complementar nº 160, de 14/04/2008).

§1º A indenização será calculada com base na remuneração ou subsídio


do mês a partir da data do desligamento. (Incluído pela Lei Complementa nº 160, de 14/04/2008).

§ 2º O Poder Executivo expedirá instruções, objetivando a


regulamentação das demais questões relativas a pagamento de férias. (Incluído pela Lei
Complementar nº 160, de 14/04/2008).

Art. 83. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou


substâncias radioativas gozará vinte dias consecutivos de férias, por semestre de
atividade profissional, proibida, em qualquer hipótese, a acumulação e com direito à
percepção de apenas um adicional de férias.

Art. 84. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de


calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou
eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão
ou entidade.

Parágrafo único. O restante do período interrompido deverá ser gozado de


uma só vez, observado o interesse e as necessidades da Administração Pública.

CAPÍTULO IV

Das Licenças

Art. 85. Conceder-se-á ao servidor licença:

I – para tratamento de saúde;

II – por motivo de doença em pessoa da família;


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III – à gestante ou adotante;

IV – por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;

V – para o serviço militar;

VI – para atividade política;

VII – para capacitação;

VIII – para tratar de interesses particulares;

IX – para desempenho de mandato classista.

I – para tratamento de saúde ou auxílio-doença; (Redação dada pela Lei


Complementar nº 118, de 17/04/2006).

III– à gestante ou adotante ou salário-maternidade; (Redação dada pela Lei


Complementar nº 118, de 17/04/2006).

§ 1º As licenças previstas nos incisos I, II e III serão precedidas de exame


médico que deverão ser avaliados ou realizados pela Junta Médica Oficial.

§ 2º Não será permitido o exercício de atividade remunerada durante os


períodos das licenças previstas nos incisos I, II e III.

SEÇÃO I

Da Licença para Tratamento de Saúde

Art. 86. Conceder-se-á ao servidor licença para tratamento de saúde,


apedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a
que fizer jus.

Art. 87. Para licença superior a três dias a inspeção será feita pela Junta
Médica Oficial.

Art. 87. O auxílio-doença será devido ao segurado que ficar incapacitado


para a atividade de seu cargo por mais de 15 (quinze) dias consecutivos e
corresponderá a uma renda mensal correspondente ao valor da última remuneração
do segurado no cargo efetivo, sendo devido a contar do 16º (décimo sexto) dia do
afastamento a este título. (Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17/04/2006).

§ 1º Sempre que necessária, a inspeção médica realizar-se-á na


residência do servidor ou estabelecimento hospitalar onde se encontrar.

§ 2º Inexistindo médico vinculado aos sistemas públicos de saúde no


local de residência do servidor, aceitar-se-á atestado passado por médico particular.
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§ 3º No caso do parágrafo anterior, ao testado somente produzirá efeitos


depois de homologado pela Junta Médica Oficial.

Art. 88. Findo o prazo da licença o servidor deverá ser submetido à nova
inspeção, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela
aposentadoria.

Art. 89. O atestado e o laudo da Junta Médica deverão conter o código


da doença, que será especificada quando se tratar de lesões produzidas por
acidente em serviço, doença profissional ou quaisquer das doenças contagiosas ou
incuráveis, assim consideradas por legislação própria.

Art. 90. O servidor que apresente indícios de lesões orgânicas ou


funcionais, causadas por exposição em serviço de raios X e substâncias radioativas
ou tóxicas, deverá ser afastado do trabalho e submetido à inspeção médica.

Art. 91. O servidor que se recusar à inspeção médica será punido com
suspensão de até quinze dias, cessando os efeitos da sanção logo que se verificar a
inspeção.

Art. 92. O servidor que durante o mesmo exercício atingir o limite de


trinta dias de licença para tratamento de saúde, consecutivos ou não, para a
concessão de nova licença, independentemente do prazo de sua duração, deverá
ser submetido à inspeção pela Junta Médica Oficial.

Art. 92. A Lei específica que trata do Regime Próprio de Previdência dos
Servidores Públicos do Município de Palmas disporá sobre o auxílio-doença. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 118, de 17/04/2006).

SEÇÃO II

Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 93. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença
do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e
enteado, ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento
funcional, mediante comprovação pela Junta Médica Oficial.

§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor


for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente como exercício do cargo
ou mediante compensação de horário.

§ 2º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo


efetivo, até trinta dias, podendo ser prorrogada por igual período, mediante parecer
de Junta Médica Oficial e, excedendo estes prazos, sem remuneração, por até
noventa dias.
SEÇÃO III

Da Licença por Motivo de Gestação ou Adoção


PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

Art. 94. Será concedida licença à servidora gestante por cento e vinte
dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração. (Prorrogação de licença-maternidade pela Lei
Complementar nº 189, de 09/09/2009).

§ 1º A licença poderá ter início a partir do primeiro dia do oitavo mês de


gestação, salvo prescrição médica em contrário.

§ 2º No caso de nascimento prematuro a licença deverá ter início a partir


do dia imediato ao do parto.

§ 3º No caso de natimorto, decorridos trinta dias do evento, a servidora


deverá ser submetida a exame médico e, se julgada apta, reassumirá o exercício.

§ 4º No caso de aborto, atestado por médico oficial, a servidora terá


direito a trinta dias de repouso remunerado.

Art. 95. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a
servidora lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de
descanso, que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora.

Art. 96.A servidora que adotar criança de zero a quatro meses deidade
será concedida licença de sessenta dias.

Art. 96. A Lei específica que trata do Regime Próprio de Previdência dos
Servidores Públicos do Município de Palmas disporá sobre o salário-maternidade.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17/04/2006).

SEÇÃO IV

Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge

Art. 97. Poderá ser concedida licença ao servidor efetivo estável ou ao


estabilizado para acompanhar cônjuge ou companheiro, igualmente servidor do
Município, que foi deslocado por motivo de serviço para outro ponto do território
nacional ou do exterior.

§ 1º A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração, não


contando esse tempo para quais quer fins, observado o disposto no parágrafo
seguinte.

§ 2º Existindo no novo local de residência repartição da administração


direta ou indireta dos Poderes do Município, o servidor nela terá exercício, enquanto
durar o afastamento do cônjuge ou companheiro, correndo sua remuneração à conta
do órgão em que tiver lotação.

SEÇÃO V

Da Licença para o Serviço Militar


PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

Art. 98. Ao servidor convocado para o serviço militar obrigatório, em


qualquer serviço ou dependência das Forças Armadas, será concedida licença, na
forma e condições previstas na legislação específica.

Parágrafo único. Concluído o serviço militar o servidor terá até trinta dias
sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.

SEÇÃO VI

Da Licença para Atividade Política

Art. 99. O servidor, titular de cargo efetivo, ou o estabilizado, terá direito


à licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em
convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua
candidatura perante a Justiça Eleitoral.

§ 1º A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da


eleição, o servidor fará jus à licença, assegurada a remuneração do cargo efetivo.

§ 2º O servidor, candidato a cargo eletivo na localidade onde


desempenha suas funções e que exerça cargo de provimento em comissão ou
função de confiança, ou cujas atividades estejam voltadas para a arrecadação ou a
fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua
candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito.

SEÇÃO VII

Da Licença para Capacitação

Art. 100. Após cada quinquênio de exercício o servidor efetivo estável ou


o estabilizado poderá, no interesse da Administração Pública, e nos termos do
regulamento, afastar-se do exercício do cargo efetivo, por até três meses, para
participar de curso de capacitação, que tenha relação com a área de atuação de seu
cargo.
§ 1ºA licença de que trata este artigo dar-se-á com o vencimento do
cargo efetivo, acrescido das vantagens permanentes.

§ 2º Os períodos de licença, de que trata o caput, não são acumuláveis.

§ 3º Não será permitida a concessão da licença, de que trata este artigo,


concomitantemente ao exercício de cargo em comissão ou de função de confiança.

§ 4º Sob pena:

a) de cassação da licença, o servidor deverá, mensalmente, comprovara


frequência no respectivo curso;
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b) da perda da remuneração por período igual ao da licença, o servidor


deverá, ao final o curso, apresentar o respectivo certificado ou diploma.

SEÇÃO VIII

Da Licença para Tratar de Interesses Particulares

Art. 101. A critério da Administração Pública, poderá ser concedida ao


servidor de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licença para
o trato de assuntos particulares pelo prazo de até 3 (três) anos consecutivos, sem
remuneração, prorrogável uma única vez por período não superior a esse limite.

Art. 101. A critério da Administração Pública, poderá ser concedida ao


servidor de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licença para
o trato de assuntos particulares pelo prazo de até 3 (três) anos consecutivos, sem
remuneração, prorrogável uma única vez por período não superior a esse limite.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 24, de 26/08/2000).

§ 1º A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do


servidor ou no interesse do serviço.

§ 2º O tempo de licença não será contado para qualquer efeito.

§ 3º Não se concederá nova licença antes de decorrido 2 (dois) anos do


término da anterior ou de sua revogação.

§ 4º Não se concederá a licença a servidor nomeado, antes de completar


três anos de exercício.

§ 5º Não se concederá a licença a servidor nomeado, removido ou


redistribuído antes de completar dois anos de exercício. (Alterado pela Lei Complementar nº
24, de 26/08/2000.)

§ 6º A licença será interrompida na hipótese de o servidor exercer outro


cargo, emprego ou função pública nos Poderes do Município.

SEÇÃO IX

Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista

Art. 102. Será assegurado ao servidor efetivo estável ou ao estabilizado,


o direito à licença, sem remuneração, para o desempenho de mandato em
confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato
representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão, conforme disposto
em regulamento e observados os seguintes limites:

“Art. 102. É assegurado ao servidor ocupante de cargo efetivo estável ou


estabilizado o direito à licença com remuneração ou subsídio do cargo efetivo para o
desempenho de mandato em central sindical, confederação, federação, associação
de classe de âmbito nacional, estadual ou municipal, sindicato representativo da
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categoria ou entidade fiscalizadora da profissão, conforme disposto em regulamento


e observados os seguintes limites: (Alterado pela Lei Complementar nº308 de 19/12/2014).

I – para entidades com 300 a 2.000 associados, um servidor;


I – para entidades com até 1.000 associados, um servidor;(Alterado pela Lei
Complementar nº308, de 19/12/2014).

II – para entidades com 2.001 a 3.000 associados, dois servidores;


II – para entidades com 1.001 a 2.000 associados, dois servidores;(Alterado
pela Lei Complementar nº308, de 19/12/2014).

III – para entidades com mais de 3.000 associados, três servidores.


III – para entidades com mais 2.000 associados, três servidores. (Alterado
pela Lei Complementar nº308, de 19/12/2014).

§ 1º Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de


direção ou representação nas referidas entidades, desde que constituídas
legalmente.
§ 1º Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos
de direção ou de representação nas referidas entidades, desde que cadastradas no
órgão competente. (Alterado pela Lei Complementar nº308, de 19/12/2014).
§ 2º A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada,
no caso de reeleição, apenas uma única vez.

§ 2º A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser renovada, no


caso de reeleição. (Alterado pela Lei Complementar 308, de 19/12/2014).
§ 3° O servidor, investido em mandato classista, não pode ser removido
ou redistribuído de ofício para localidade diversa daquela de onde se afastou para
exercer o mandato. (Acrescido pela Lei Complementar nº308, de 19/12/2014).
§ 4º O servidor ocupante de cargo em comissão ou função de confiança,
para a obtenção de licença, deverá desincompatibilizar-se do cargo ou função.” (NR)
(Acrescido pela Lei Complementar nº308, de 19/12/2014).

CAPÍTULO V

Dos Afastamentos

Art. 103. O servidor poderá afastar-se:

I – para servir a outro órgão ou entidade;

II – para o exercício de mandato eletivo;

III – para estudo no exterior;

IV – para missão oficial no exterior;


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V – para atender convocação da Justiça Eleitoral durante o período


eletivo;
VI – para servir ao Tribunal do Júri.

§ 1º O afastamento de servidor para participar de programa de


treinamento regularmente instituído dar-se-á sem qualquer prejuízo e nos termos de
regulamento.

§ 2º Os afastamentos para atender convocação da Justiça Eleitoral,


durante o período eletivo, e para servir ao Tribunal do Júri dar-se-ão sem prejuízo
são servidor e nos termos da legislação.

SEÇÃO I

Do Afastamento para servir a outro Órgão ou Entidade

Art. 104. O servidor, titular de cargo de provimento efetivo ou o


estabilizado, poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos
Poderes da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos demais Municípios e de
suas autarquias, fundações e empresas, nas seguintes hipóteses:

I – para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança;

II – em casos previstos em leis específicas;

III – para execução de acordos, contratos e convênios que prevejam


cessão de mão-de-obra do Município.

§ 1º O ato de cessão é de competência exclusiva dos Chefes dos


respectivos Poderes do Município.

§ 2º Na hipótese do inciso Ia cessão deverá ser com ônus para o


requisitante e nas hipóteses previstas nos incisos II e III a onerosidade da cessão
dar-se-á conforme dispuser a lei ou o instrumento autorizativo, respectivamente.

§ 3º Cessada a investidura no cargo ou função de confiança, ou vencido o


prazo pactuado, o servidor terá o prazo de dez dias para retornar ao órgão ou
entidade de origem.

SEÇÃO II

Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo

Art. 105. Ao servidor titular de cargo de provimento efetivo ou ao


estabilizado, investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

I – tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado


do cargo;
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

II – investido no mandato de Prefeito ou Vice-Prefeito, será afastado do


cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III – investido no mandato de vereador:

a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu


cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;

b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo,


sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

Parágrafo único. No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá


para a seguridade social como se em exercício estivesse.

SEÇÃO III

Do Afastamento para Estudo no Exterior

Art. 106. O servidor efetivo estável ou o estabilizado poderá ausentar-se


do País para estudo que integre programa regular de formação profissional,
mediante autorização dos Chefes dos respectivos Poderes do Município, com a
remuneração do cargo efetivo.

§ 1º O programa do curso deverá guardar correlação com os requisitos do


cargo ocupado pelo servidor.

§ 2º O período do afastamento não excederá a quatro anos e, concluído o


estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência por mesmo
fundamento.

§ 3º O servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será exonerado


a pedido, nem lhe serão concedidas licenças, à exceção das motivadas por questões
de saúde, de gestação e para exercício de atividade política e mandato eletivo, antes
de decorrido período de carência igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de
ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.

§ 4º No caso de demissão, durante o período de carência de que trata o


parágrafo anterior, o servidor ressarcirá ao Tesouro do Município, proporcionalmente
ao tempo restante para o término da carência, os custos havidos com o seu
afastamento.

SEÇÃO IV

Do Afastamento para Missão no Exterior

Art. 107. Por designação dos Chefes dos Poderes do Município o servidor
poderá ser afastado para cumprimento demissão oficial no exterior, em caráter
temporário e sem perda de sua remuneração ou de seu subsídio.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

Parágrafo único. Do ato de designação constarão período de


afastamento, objeto da missão e demais condições para sua execução.

Art. 108. O afastamento de servidor para servirem organismo


internacional de que o Brasil ou o Município participe ou coopere dar-se-á com perda
total da remuneração.

CAPÍTULO VI

Das Concessões

Art. 109. Sem qualquer prejuízo, à exceção do disposto em lei, poderão


servidor ausentar-se do serviço:

I – por um dia, para doação de sangue;

II – por até dois dias, para se alistar como eleitor;

III – por cinco dias consecutivos:

a) por casamento;

b) ao pai pelo nascimento do filho;

c) pelo falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto,


filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela, irmãos ou curatelados.

Art. 110. Poderá ser concedido horário especial ao servidor estudante,


quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição,
sem prejuízo do exercício do cargo.

Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a


compensação de horário no órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada a
duração semanal do trabalho.

Art. 111. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da


Administração Pública será assegurada, na localidade da nova residência ou na mais
próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época,
independentemente de vaga.

Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge ou


companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem
assim aos menores sob sua guarda, com autorização judicial.

CAPÍTULO VII

Da Contagem de Tempo de Serviço


PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

Art. 112. Para efeito desta Lei considera-se tempo de serviço o período
no qual o servidor, titular de cargo efetivo, ou o estabilizado, se manteve em efetivo
exercício nos órgãos e instituições dos Poderes do Município de Palmas.

Art. 112. Para efeito desta Lei considera-se tempo de serviço público o
período no qual o servidor, titular de cargo efetivo, ou o estabilizado, se manteve em
efetivo exercício nos órgãos e instituições dos Poderes do Município de Palmas.
(Redação dada pela Lei Complementar nº118, de 17/04/2006).

§ 1º A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão


convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.

§ 2º Não será permitida a averbação de tempo de serviço com qualquer


acréscimo ou concorrente, salvo, neste caso, por acumulação legal de cargos.

Art. 113. São considerados como de efetivo exercício:

I – as férias;

II – as licenças:

a) para tratamento de saúde;

b) por motivo de doença em pessoa da família;

c) à gestante ou adotante;

d) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro, desde que


remunerada pelo Tesouro do Município;

d) para o serviço militar;

e) para atividade política;

f) para capacitação;

III – os afastamentos:

a) para servir a outro órgão ou entidade;

b) para o exercício de mandato eletivo;

c) para estudo no exterior;

d) para missão oficial no exterior;

e) para participar em programa de treinamento regularmente instituído;


PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

f) para atender à convocação da Justiça Eleitoral durante o período


eletivo;

g) para servir ao Tribunal do Júri;

h) para desempenho de mandato classista.” (NR) (Acrescido pela Lei


Complementar nº 308, de 19/12/2014).

IV – pelo período das concessões autorizadas nos termos do art. 109.

I - ...

a) para tratamento de saúde ou auxílio-doença; (Redação dada pela Lei


Complementar nº 118, de 17/04/2006).

c) ...

c) à gestante ou adotante ou salário-maternidade; (Redação dada pela Lei


Complementar nº 118, de 17/04/2006).

Art. 114. O tempo de serviço público, presta do nos termos do artigo


anterior, aos órgãos e instituições do Município, será contado para fins de adicionais
e disponibilidade.

Parágrafo único. O tempo de serviço público prestado à União, ao Distrito


Federal, aos Estados e aos Municípios, será contado exclusivamente para efeito de
disponibilidade.

Art. 115. Contar-se-á, apenas para efeito de aposentadoria, o tempo de


contribuição previdenciária, em razão de serviços públicos prestado à União, ao
Distrito Federal, aos Estados e aos Municípios.

Art. 116. O tempo de contribuição na atividade privada será contado


apenas para fins de aposentadoria, nos termos do art. 201, da Constituição Federal.

CAPÍTULO VIII

Do Direito de Petição

Art. 117. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes do


Município, em defesa de direito ou interesse legítimo.

Art. 118. O requerimento será dirigido à autoridade competente para


decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente
subordinado o requerente.

Art. 119. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver


expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração, de que


tratamos artigos anteriores, deverão ser despachados no prazo de cinco dias e
decididos dentro de trinta dias.

Art. 120. Caberá recurso:

I – do indeferimento do pedido de reconsideração;

II – das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos;

III – das decisões que aplicarem sanções disciplinares.

§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que


tiver expedido o ato ou proferida a decisão, e, sucessivamente, em escala
ascendente, às demais autoridades, ou, no caso de aplicação das sanções
disciplinares de advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, à autoridade que a prolatou.

§ 2º O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que


estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 121. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de


recurso será de trinta dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado,
da decisão recorrida.

Art. 122. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo
da autoridade competente.

Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou


do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 123. O direito de requerer prescreve:

I – em cinco anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de


aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos
resultantes das relações de trabalho;

II – em cento e vinte dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo
for fixado em lei.

Parágrafo único. O prazo de prescrição é contado da data da publicação


do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for
publicado.

Art. 124. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis,


interrompem a prescrição.

Art. 125. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada


pela Administração Pública.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

Art. 126. Para o exercício do direito de petição, será assegurada vista do


processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele
constituído.

Art. 127. A Administração Pública deverá rever seus atos, a qualquer


tempo, quando eivados de ilegalidade.

Art. 128. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste


Capítulo, salvo por motivo de força maior.

TÍTULO IV

Da Conduta e do Regime Disciplinar

Art. 129. São princípios de conduta profissional dos servidores públicos,


a dignidade, o decoro, a eficácia e a consciência dos princípios morais.

Art. 130. Constitui falta, na condutado servidor público, o desprezo pelo


elemento ético, pela justiça, pela moralidade na Administração Pública, pelo bem
comum, pela legalidade, pela verdade, pela celeridade, pela responsabilidade e pela
eficácia de seus atos, pela cortesia e urbanidade, pela disciplina, pela boa vontade e
pelo trabalho em harmonia com os demais servidores e com a estrutura
organizacional do Município.

CAPÍTULO I

Dos Deveres e Proibições

SEÇÃO I

Dos Deveres

Art. 131. São deveres do servidor:

I – exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

II – ser leal às instituições a que servir;

III – observar as normas legais e regulamentares;

IV – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

V – atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas


as protegidas por sigilo;
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou


esclarecimento de situações de interesse pessoal;

c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública;

VI – levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades


deque tiver ciência em razão do cargo;

VII – zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio


público;

VIII – guardar sigilo sobre assunto da repartição;

IX – manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

X – ser assíduo e pontual ao serviço;

XI – tratar com urbanidade as pessoas;

XII – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será


encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra
a qual é formulada, assegurando-se ao representado ampla defesa.

SEÇÃO II

Das Proibições

Art. 132. Ao servidor público não será permitido:

I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização


do chefe imediato;

II – retirar, sempre via anuência da autoridade competente, qualquer


documento ou objeto da repartição;

III – recusar fé a documentos públicos;

IV – opor resistência injustificada ao andamento de documento e


processo ou execução de serviço;

V – promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da


repartição;

VI – cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previsto sem


lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu
subordinado;
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

VII – coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a


associação profissional ou sindical, ou a partido político;

VIII – manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança,


cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

IX – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de terceiros, em


detrimento da dignidade da função pública;

X – participar de gerência ou administração de empresa privada, de


sociedade civil, ou exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, quotista ou
comanditário;

XI – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições


públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de
parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

XII – receber propina comissão, presente ou vantagem de qualquer


espécie, em razão de suas atribuições;

XIII – aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro;

XIV – praticar usura sob qualquer de suas formas;

XV – proceder com desídia;

XVI – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou


atividades particulares;

XVII – cometera outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa,


exceto em situações de emergência e transitórias;

XVIII – exercer quais quer atividades que sejam incompatíveis como


exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;

XIX – recusar-se a atualizar seus dados cadastrais e previdenciários


quando solicitado.

Art. 133. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo


que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão.

Art. 134. A destituição de cargo em comissão, exercido por não ocupante


de cargo efetivo, será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de
suspensão e de demissão.

Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a


exoneração efetuada a pedido do titular do cargo será convertida em destituição do
cargo em comissão.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

Art. 135. A demissão ou a destituição de cargo em comissão motivada


por improbidade administrativa, pela aplicação irregular de dinheiro público, lesão
aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio público estadual e nacional, ou por
corrupção ativa ou passiva, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento
ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão,


fundadaemprocessoadministrativodisciplinarincompatibilizaoex-
servidorparanovainvestidura em cargo público estadual, pelo prazo de cinco anos.

Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público municipal o


servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por decisão fundada
em processo administrativo disciplinar que concluir pela prática de:

a) crime contra a Administração Pública;

b) improbidade administrativa;

c) aplicação irregular de dinheiros públicos;

d) lesão aos cofres públicos ou dilapidação do patrimônio estadual ou


nacional;

e) corrupção, ativa ou passiva.

Art. 137. Configura abandono de cargo a ausência do servidor ao serviço,


sem justificativa legal, superior a trinta dias consecutivos.

Art. 138. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem


causa justificada, por sessenta dias, intercaladamente, durante o período de doze
meses.

Art. 139. A ação disciplinar prescreverá:

I – em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação


de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

II – em dois anos, quanto à suspensão;

III – em cento e oitenta dias, quanto à advertência.

§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se


tornou conhecido.

§ 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às


infrações disciplinares capituladas também como crime.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo


administrativo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por
autoridade competente.

§ 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a


partir do dia em que cessar a interrupção.

CAPÍTULO II

Da Acumulação

Art. 140. Ressalvados os casos previstos na Lei Orgânica do Município,


não será permitida a acumulação remunerada de cargos, empregos e funções dos
Poderes, autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de
economia mista do Município, da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos
Territórios e dos demais Municípios.

Art. 140. Ressalvados os casos previstos na Constituição Federal, não


será permitida a acumulação remunerada de cargos, empregos e funções dos
Poderes, autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de
economia mista do Município, da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos
demais Municípios. (Redação dada pela Lei nº 118, de 17/04/2006).

§ 1º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à


comprovação da compatibilidade de horários e de local.

§ 2º É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria de


correntes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 da Constituição Federal, com a
remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos
acumuláveis na forma da Lei Orgânica do Município, os cargos eletivos e os cargos
sem comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

§ 2º É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria de


correntes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 da Constituição Federal, com a
remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos
acumuláveis na forma da Constituição Federal, os cargos eletivos e os cargos em
comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 118, de 17/04/2006).

Art. 141. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão,


função de confiança ou ser remunerado pela participação em órgão de deliberação
coletiva.
Art. 142. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular
licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em
comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que
houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada
pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

Art. 143. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargo,


emprego ou função, o servidor será notificado, por intermédio da sua chefia imediata,
para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da
ciência.
Art. 144. Na hipótese de omissão por parte do servidor, o titular do órgão
ou unidade onde este tem lotação, compulsoriamente, adotará alternativamente uma
das seguintes providências:

I – constituição de comissão específica para processar o feito, fazendo


publicar o ato;

II – encaminhamento do expediente à unidade de corregedoria


permanente quando houver, ou a comissão de que trata o inciso anterior, dando
notícia dos eventos para que esta proceda à apuração dos fatos.

§ 1º Em qualquer das hipóteses será adotado o seguinte procedimento:

a) instauração, mediante portaria da autoridade competente, da qual


constará a qualificação do servidor, os cargos e a circunstância em que se dá a
acumulação;

d) instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório;

e) julgamento.

§ 2º A unidade de corregedoria permanente, no prazo de três dias do


recebimento formal do expediente, ou a comissão no prazo de três dias da
publicação do ato que a constituiu, lavrarão termo de indiciação em que serão
transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior, bem como promoverá a
citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata,
para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita.

§ 3º A ampla defesa e as situações de revelia serão tratadas da forma


prescrita na presente Lei.

§ 4º Apresentada a defesa, será elaborado o relatório conclusivo quanto


à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais
dos autos, opinará sobre a licitude ou ilicitude da acumulação em exame, indicará o
respectivo dispositivo legal e remeterá o processo para julgamento dos Chefes dos
Poderes do Município.

§ 5º Se até o último dia do prazo para apresentação da defesa o servidor


declarar opção por um dos cargos acumulados dele pedindo exoneração
caracterizar-se-á sua boa-fé, extinguindo-se o processo, desde que haja reposição
ao Erário Público, na forma do art. 40, § 2º.

§ 5º Se até o último dia do prazo para apresentação da defesa o servidor


declarar opção por um dos cargos acumulados dele pedindo exoneração
caracterizar-se-á sua boa-fé, extinguindo-se o processo, desde que haja reposição
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

ao Erário Público, na forma do art. 40 e seus parágrafos, desta Lei Complementar.


(Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17/04/2006).

§ 6º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a


sanção de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade
em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação
ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados.

§ 7º Na hipótese do parágrafo anterior, o servidor infrator deverá devolver


ao Erário Público as remunerações recebidas ilegalmente, sob pena de inscrição na
dívida ativa.

§ 8º O procedimento de que trata este artigo, rege-se pelas disposições


nele estabelecidas, observando-se, no que lhe for aplicável, subsidiariamente, as
regras do procedimento e do processo administrativo disciplinar, conforme disposto
nesta Lei.

CAPÍTULO III

Do Regime Disciplinar

SEÇÃO I

Das Disposições Preliminares

Art. 145. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo


exercício irregular das suas atribuições, bem assim pelas informações incorretas que
prestar, por culpa ou dolo.

Art. 146. A responsabilidade civil de corre de ato omissivo ou comissivo,


dolosos ou culposo que resulte em prejuízo para a Fazenda Pública ou a terceiros.
Parágrafo único. A indenização de prejuízo causado ao erário dar-se-
análise forma desta Lei e tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o
servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

Art. 147. A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e


contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.

Art. 148. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções


imputadas ao servidor, nessa qualidade.

Art. 149. A responsabilidade administrativa resulta de atos omissivos ou


comissivos praticado no desempenho do cargo ou função.

Art. 150. As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se,


sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e
administrativa.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

Art. 151. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no


caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

Art. 152. A absolvição criminal somente afasta a responsabilidade civil ou


administrativa se negar a existência do fato ou afastar do acusado a respectiva
autoria.

Art. 153. Assegurar-se-ão transporte e diárias:

I – ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede da sua


repartição, na condição de testemunha;

II – aos membros de comissão e ou de corregedoria permanente, quando


obrigados a se deslocar da sede dos trabalhos para a realização de missão
essencial ao esclarecimento dos fatos.

SEÇÃO II

Das Penalidades

Art. 154. São sanções disciplinares:

I – advertência;

II – suspensão;

III – demissão;

IV – cassação de aposentadoria ou disponibilidade;

V – destituição de cargo de provimento em comissão;

VI – destituição de função comissionada.

Parágrafo único. As penas disciplinares serão aplicadas:

a) pelos Chefes dos Poderes do Município, as de demissões, destituição


de cargo em comissão e de função de confiança, e as de cassação de
aposentadoria e disponibilidade;

b) pelo Secretário de Município ou autoridade equivalente, a de


suspensão;

c) pelo chefe da repartição e outras autoridades, na forma dos respectivos


regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência.

Art. 155. Na aplicação das sanções disciplinares, serão considerados:


PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

I – a natureza da infração, sua gravidade e as circunstâncias em que foi


praticada;

II – os danos que dela provierem para o serviço público;

III – a repercussão do fato;

IV – os antecedentes do servidor;

V – a reincidência;

VI – as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

§ 1º Será circunstância agravante da falta disciplinar, o fato de ter sido


praticada em concurso de dois ou mais servidores.

§ 2º O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento


legal e a causa da sanção disciplinar.

Art. 156. A advertência será aplicada, pela inobservância de dever


funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique
imposição de penalidade mais grave, bem assim nos seguintes casos:

I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização


do chefe imediato;

II – retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer


documento ou objeto da repartição;

III – recusar fé a documentos públicos;

IV – opor resistência injustificada ao andamento de documento e


processo ou execução de serviço;

V – promover manifestação de a preço ou desapreço no recinto da


repartição;

VI – cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previsto sem


lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu
subordinado;

VII – coagir ou aliciar subordinados no sentido de se filiarem à associação


profissional ou sindical, ou a partido político;

VIII – manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança,


cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

IX – recusar-se a atualizar seus dados cadastrais e previdenciários


quando solicitado.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

Art. 157. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas


punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem
infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo ser superior a noventa dias.

Art. 158. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus


registros cancelados após o decurso de treze cinco anos de efetivo exercício,
respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração
disciplinar.

Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos


retroativos.

Art. 159. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I – crime contra a Administração Pública;

II – abandono de cargo;

III – inassiduidade habitual;

IV – improbidade administrativa;

V – incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

VI – insubordinação grave em serviço;

VII – ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em


legítima defesa própria ou de terceiros;

VIII – aplicação irregular de dinheiros públicos;

IX – revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

X – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual ou


nacional;
XI – corrupção, ativa ou passiva;

XII – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

XIII – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de terceiros, em


detrimento da dignidade da função pública;

XIV – participar de gerência ou administração de empresa privada, de


sociedade civil, ou exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, quotista ou
comanditário;
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

XV – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições


públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de
cônjuge, ou companheiro, e de parentes até o segundo grau;

XVI – receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer


espécie, em razão de suas atribuições;

XVII – aceitar comissão, emprego ou pensão de Município estrangeiro;

XVIII – praticar usura sob qualquer de suas formas;

XIX – proceder com desídia;

XX – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou


atividades particulares;

XXI – cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa,


exceto em situações de emergência e transitórias;

XXII – exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis como


exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;

XXIII – destruir, subtrair ou queimar documentos do serviço público,


acondicionados em qualquer meio.

TÍTULO V

Do Processo Disciplinar

CAPÍTULO I

Disposições Preliminares

Art. 160. O processo administrativo disciplinar é o instrumento destinado


a apurar a responsabilidade de servidor por falta ou irregularidade praticada no
exercício do cargo ou função, por ação ou omissão, dolosa ou culposa ou que tenha
relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido, compreendendo
dois procedimentos:

I – sindicância;

II – processo administrativo disciplinar.

§ 1º As sindicâncias poderão ser processadas nos respectivos órgãos de


lotação do indiciado e os processos administrativos disciplinares nas unidades
permanentes de corregedoria, ou comissão especialmente designada para tanto.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

§ 2º Para os fins do disposto no parágrafo anterior, a autoridade


competente, ao julgar o relatório da sindicância remeterá os respectivos autos à
unidade permanente de corregedoria, ou comissão designada para apuração dos
fatos, para a obrigatória instauração do processo administrativo disciplinar ordinário,
quando:

a) constatar que à falta ou ao ilícito pratica do pelo indiciado forem


cominadas as sanções disciplinares de demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, destituição de cargo em comissão ou de função comissionada;

b) ensejar, ao indiciado, a obrigação de indenizar ao erário público, os


prejuízos ou danos eventualmente causados, dolosa ou culposamente.

§ 3º As penalidades de advertência e de suspensão serão apuradas


mediante sindicância, sendo que desta poderá resultar:

a) arquivamento do processo;

b) aplicação de penalidade de advertência ou de suspensão de até


noventa dias;

c) instauração de processo administrativo disciplinar.

§ 4º O prazo para a conclusão da sindicância não excederá a trinta dias,


podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior.

Art. 161. Todo aquele que tiver ciência de irregularidade no serviço


público será obrigado a comunicá-la à autoridade superior.

Art. 162. As denúncias fundadas sobre irregularidades serão objeto de


apuração.

§ 1º Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou


ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto.

§ 2ºAs denúncias anônimas não serão objeto de apuração.

Art. 163. O servidor que responder à sindicância ou a processo


administrativo disciplinar, por falta ou irregularidade cuja sanção prescrita seja a de
demissão, ou que ensejar a obrigação de indenizar, por prejuízos ou danos causados
ao erário público, não será exonerado de ofício nem a pedido, enquanto não
concluído o processo e cumprida a penalidade aplicada.

Art. 164. Havendo indícios da prática de crime, a autoridade que instaurar


o procedimento comunicará, de imediato, ao Ministério Público para a necessária
persecução criminal.

SEÇÃO I
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

Do Afastamento Preventivo

Art. 165. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a
influir na apuração da irregularidade, a autoridade que instaurar o processo
administrativo disciplinar, sempre que julgar necessário, poderá ordenar o seu
afastamento do cargo, pelo prazo de até sessenta dias, sem a perda da sua
remuneração.

§ 1ºO afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual
cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.

§ 2º Tratando - sede alcance ou malversação de dinheiro público o


afastamento será obrigatório durante todo o período do processo administrativo
disciplinar.

SEÇÃO II

Das Unidades Permanentes de Corregedoria Administrativa

Art. 166. Os Chefes dos Poderes do Município poderão criar, nos


respectivos âmbitos de atuação, unidade permanente de corregedoria administrativa,
cuja competência e atribuições serão definidas em regulamento próprio.

CAPÍTULO II

Da Sindicância

Art. 167. A sindicância, como meio sumário de verificação, será


conduzida pela unidade permanente de corregedoria ou por comissão composta de
três servidores, designados pela autoridade competente, titulares de cargos de
provimento efetivo, no mesmo ato em que determinar a sua instauração, que
indicará, também, dentre eles, o respectivo Presidente.

§ 1º A comissão terá, como Secretário, servidor designado pelo seu


Presidente.

§ 2º Não poderá participar de comissão de sindicância, parente do


acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, ou
terceiros que, de alguma forma, tenham qualquer interesse com relação aos fatos
apurados.

Art. 168. A sindicância será instaurada:

I – quando não houver indícios suficientes quanto à materialidade e à


autoria dos fatos;
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

II – como preliminar do processo administrativo disciplinar ordinário;

III – para apuração da materialidade e autoria de fato punido com


advertência ou suspensão de até noventa dias, caso em que poderá resultar na
aplicação da sanção administrativa disciplinar.

Parágrafo único. A sindicância poderá ser dispensada para o caso da


existência de evidência se indícios fortes e suficientes para a formação do
convencimento, ao menos em tese, da prática de falta ou irregularidade que enseja
as sanções de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, destituição
de cargo em comissão ou de função de confiança, casos em que será instaurado de
imediato o processo administrativo disciplinar ordinário.

Art. 169. Têm competência para instaurar as sindicâncias:

I – os Chefes dos Poderes do Município;

II – os dirigentes máximos dos órgãos de lotação do indiciado, da


administração direta ou indireta dos Poderes do Município.

Parágrafo único. O chefe da repartição e outras autoridades, na forma dos


respectivos regimentos ou regulamentos, poderão requerer às autoridades
mencionadas poderão requerer às autoridades mencionadas nos incisos deste artigo
a instauração de sindicância.

Art. 170. Publicado o ato de instauração da sindicância, o Presidente da


Comissão procederá às seguintes diligências:

I – se instaurada em razão de ausência do serviço durante o expediente


sem prévia autorização ou pela retirada desautorizadade qualquer documento ou
objeto do órgão:

a) ouvirá as testemunhas necessárias ao esclarecimento dos fatos


referidos na portaria de designação, e o acusado, permitindo-lhe ajuntada de
documentos;

b) diligenciará o esclarecimento dos fatos que julgar necessários, emitirá


o competente relatório conclusivo quanto à existência ou não de fato punido com a
sanção de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, e destituição de
cargo em comissão ou função de confiança, remetendo o feito à autoridade que
instaurou a sindicância;

II – se em razão da recusa de fé a documentos públicos, o indiciado será


notificado para que, em dia e hora designados pela comissão de sindicância,
compareça a o local determinado, acompanhado de eventuais testemunhas que
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pretenda sejam ouvidas, de defensor, ou da solicitação de que lhe seja nomeado um


dativo, bem assim de eventuais documentos que queira juntar.

§ 1ºNo caso do disposto no inciso II, na data ali estabelecida, serão


ouvidas, também, eventuais testemunhas de acusação, desde que sua oitiva seja
anterior às que o indiciado, eventualmente, deseje que sejam ouvidas, adotando-se,
ainda, o seguinte procedimento:

a) encerrada a instrução, terão indiciado prazo de três dias para


alegações finais;

b) apresentadas as alegações finais à comissão, no prazo de três dias,


esta apresentará seu relatório, indicando ou não a aplicação de advertência ou de
suspensão, inclusive sugerindo o prazo desta última, e remeterá o feito à autoridade
instauradora.

§ 2ºSe o indiciado não for localizado, será notificado por edital, comprazo
de cinco dias.

Art. 171. A autoridade competente, à vista do respectivo relatório, se for o


caso, procederá ao arquivamento ou ao julgamento da sindicância e à imposição da
respectiva sanção de advertência, ou suspensão, ou, então, determinará a
instauração do processo administrativo disciplinar.

CAPÍTULO III

Do Processo Administrativo Disciplinar

Art. 172. O processo administrativo disciplinar, nos termos estabelecidos


por Lei e demais regulamentos, será processado pelas unidades de corregedoria
permanente, ou comissão especialmente designada, e será instaurado sempre que:

I – à falta ou irregularidade cometida, for cominada as sanções de


demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, e destituição de cargo em
comissão ou função de confiança, à exceção de abandono de cargo ou inassiduidade
habitual, cujo procedimento obedecerá ao rito sumário;

II – ensejar, ao indiciado, a obrigação de indenizar ao erário público, os


prejuízos ou danos eventualmente causados por dolo ou culpa.

§ 1º O processo administrativo disciplinar será contraditório, assegurado


ao acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em
direito.
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§ 2º De todas as ocorrências e atos do processo administrativo disciplinar,


inclusive do relatório final, dar-se-á ciência ao indiciado e a o seu defensor, se
houver, ou, se revel, ao defensor.

§ 3ºA sindicância integrará o processo administrativo disciplinar, como


peça informativa da instrução do processo.

Art. 173. O prazo para a realização do processo administrativo disciplinar


será de sessenta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a
comissão, prorrogável por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.

Art. 174. Recebidos os autos da sindicância, ou o expediente


devidamente instruído, a unidade de corregedoria permanente, ou a comissão, os
autuará, submetendo – o à autoridade competente, que baixará ato instaurando o
processo administrativo disciplinar.

Parágrafo único. Publicado o ato, de que trata o caput, dar-se-á início ao


processo administrativo disciplinar.

Art.175. A unidade de corregedoria permanente, ou comissão


especialmente designada, promoverá a tomada de depoimentos, acareações,
investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, e recorrendo,
quando necessário, a técnicos e peritos com vistas à completa elucidação dos fatos.

Art. 176. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo,


pessoalmente ou por intermédio de defensor, de arrolar, inquirir e reinquirir
testemunhas, de produzir provas e de formular quesitos, quando se tratar de prova
pericial.

§ 1º O chefe da unidade permanente de corregedoria, ou o presidente da


comissão, poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente
protelatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial quando a comprovação do


fato resultar inconteste, ante provas já produzidas, e quando independer de
conhecimento especial de perito.

SEÇÃO I

Da Citação e do Interrogatório do Indiciado

Art. 177. Instaurado o processo administrativo disciplinar, o chefe da


unidade de corregedoria permanente, ou o presidente da comissão, lavrará termo de
indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele imputados, bem assim as
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circunstâncias que o fundamentam, designará dia e hora para o interrogatório do


indiciado, ordenando a sua citação, de tudo notificando as autoridades interessadas.

§ 1º O processo administrativo disciplinar será contraditório,


assegurado ao indiciado ampla defesa, com a utilização de todos os meios e
recursos probatórios em direito admitidos.

§ 2º O interrogatório será prestado oralmente e reduzido a termo.

§ 3º No caso demais de um acusado, os prazos previstos neste Capítulo


serão contados sucessivamente, cada um deles será ouvido separadamente, e
sempre que divergirem em suas declarações sobre atos ou circunstâncias, proceder-
se-á à acareação entre eles.

Art. 178. A citação do indiciado será pessoal e poderá se dar por


mandado ou por aviso de recebimento dos correios.

§ 1º Do mandado de citação constará cópia do termo de indiciamento, ou


o seu resumo.

§ 2º O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar ao


órgãodecorregedoriapermanenteouàcomissãoolugarondepoderáserencontrado.

§ 3º A cópia do mandado com o recebimento do indiciado ou o aviso de


recebimento dos correios, serão juntados aos autos.

Art. 179. Dar-se-á a citação por edital:

I – com prazo de cinco dias, quando o indiciado estiver se ocultando, ou


sendo ocultado, ou quando, por qualquer outro modo fraudulento, dificultar a sua
citação;

II – com prazo de quinze dias, quando o indiciado não for encontrado ou


se achar em local incerto e não sabido.

Parágrafo único. A citação por edital deverá conter os elementos exigíveis


ao mandado de citação.

Art. 180. Se o indiciado não puder constituir defensor, ou não o fizer no


prazo legal, se citado por edital não comparecer, ou recusar-se a se defender, ser-
lhe-á nomeado um defensor dativo, que poderá ser um servidor ocupante de cargo
de nível igual ou superior ao do indiciado.

Art. 181. O defensor do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem


como à inquirição das testemunhas, não lhe sendo permitido influir, de qualquer
modo, nas perguntas e respostas, facultando -lhe, porém, inquirir ou reinquiriras
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testemunhas, através do chefe da unidade de corregedoria permanente, ou do


presidente da comissão.

SEÇÃO II

Da Instrução
Art. 182. O indiciado, por si ou por seu defensor, poderá, logo após o
interrogatório, ou no prazo de três dias, oferecer defesa prévia, juntar documentos e
arrolar testemunhas, no número máximo de três.

Art. 183. Decorrido o prazo do artigo anterior, apresentada ou não a


defesa prévia, proceder-se-á à inquirição das testemunhas, devendo as da acusação
serem ouvidas em primeiro lugar, em data e hora previamente designadas, do que
será intimado o indiciado e seu defensor.

Parágrafo único. Se as testemunhas de defesa não forem encontradas,


ou se não comparecerem na data e hora designadas para sua oitiva, o indiciado
poderá, no prazo de três dias, sob pena de preclusão, indicar outras em substituição.

Art. 184. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado


expedido pelo chefe da unidade de corregedoria permanente, ou pelo presidente da
comissão, devendo a segunda via, com o ciente do intimado, ser juntada aos autos.

Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a expedição do


mandado será imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, com
indicação do dia e hora marcados.

Art. 185. O depoimento deverá ser prestado oralmente e reduzido a


termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.

§ 1º As testemunhas serão inquiridas, uma de cada vez, de modo que


umas e outras não saibam nem ouçam os demais depoimentos.

§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios, proceder-se-á à


acareação entre os depoentes.

Art. 186. Inquiridas as testemunhas, no prazo de vinte e quatro horas,


poderão indiciado requerer novas diligências, ou juntada de novos documentos, cuja
necessidade ou conveniência se origine de circunstâncias ou de fatos apurados na
instrução.

Art. 187. Esgotado o prazo do artigo anterior, não havendo novas


diligências, ou concluídas aquelas deferidas, serão abertas vistas dos autos ao
indiciado para, no prazo de cinco dias, apresentar suas alegações finais, após o que
o processo administrativo disciplinar será relatado e submetido à apreciação da
autoridade competente que:
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I – acolhendo -o, remeterá, para julgamento final, às autoridades


competentes;

II – se não o acolher, determinará as novas diligências que entender


necessárias, saneando eventuais irregularidades, procedendo, após, conforme o
disposto no inciso anterior.

§ 1º O relatório deverá ser circunstanciado, onde resumirá as peças


principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua
convicção e conclusivo quanto à procedência ou não do inquérito.

§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará as


circunstâncias agravantes ou atenuantes, bem assim o dispositivo legal ou
regulamentar transgredido.

SEÇÃO III

Do Julgamento

Art. 188. Recebido o processo administrativo disciplinar, a autoridade


proferirá a sua decisão.

§ 1º O julgamento fora do prazo não implica nulidade.

§ 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o


julgamento caberá à autoridade competente para a imposição de pena mais grave.

§ 3º Julgado procedente o processo administrativo disciplinar, a


autoridade julgadora deverá:

I – baixar o ato de imposição da sanção, determinando a sua respectiva


publicação;

II – remeter os autos à unidade permanente de corregedoria que


providenciará:

a) a intimação do indiciado e seu eventual defensor da decisão;

b) remessa dos autos ao órgão competente para efetivar o


recebimento, se a sanção imposta ensejara indenização, nos termos desta Lei.

§ 4ºA recusa do servidor em efetivar os pagamentos devidos implicará a


sua inscrição na dívida ativa, com posterior execução.

Art. 189. Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora


declarará a nulidade total ou parcial do processo e ordenará o seu refazimento.
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Art. 190. Sendo o indiciado revel, publicar-se-á o despacho da autoridade


julgadora.

SEÇÃO IV

Da Revelia

Art. 191. A revelia no processo administrativo disciplinar, será decretada


por termo nos autos, sempre que:

I – citado por edital, o indiciado deixar de comparecer para o


interrogatório;

II – citado inicialmente, por mandado ou aviso de recebimento, ou


intimado para qualquer ato do processo, deixar de comparecer sem motivo
justificado.

Parágrafo único. Declarada a revelia do indiciado, em razão do disposto


no inciso I, ou após a citação por mandado ou aviso de recebimento, ser-lhe-á
nomeado defensor dativo, devolvendo-se o prazo para a defesa prévia.

SEÇÃO V

Do Incidente de Sanidade Mental

Art. 192. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, em


qualquer fase do processo administrativo disciplinar, a unidade de corregedoria
permanente, ou a comissão, proporá à autoridade competente seu encaminhamento
a exame pela Junta Médica Oficial, a qual, para o feito, deverá contar como concurso
de um médico psiquiatra.

Parágrafo único. A apuração da dúvida quanto à sanidade mental


processar-se-á em auto apartado e será apenso ao processo principal após a
expedição do laudo pericial.

SEÇÃO VI

Da Revisão

Art. 193. O processo administrativo disciplinar poderá ser revisto, a


qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou
circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da
penalidade aplicada.

§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor,


qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo.
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§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será


requerida pelo respectivo curador.

Art. 194. O requerimento será dirigido ao Secretário de Município ou


autoridade equivalente que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao
dirigente do órgão ou entidade onde se originou o processo administrativo disciplinar.

Art. 195. A revisão correrá em apenso ao processo originário.

§ 1º Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de


provas e inquirição das testemunhas que arrolar.

§ 2º Será considerada informante a testemunha que, residindo fora da


sede onde funciona a unidade de corregedoria permanente, ou a comissão, prestar
depoimento por escrito.

Art. 196. A unidade de corregedoria permanente, ou a comissão, terá


sessenta dias para a conclusão dos trabalhos, prorrogável por igual prazo, quando as
circunstâncias o exigirem.

Art. 197. O julgamento da revisão caberá à autoridade que prolatou o


respectivo julgamento.

§ 1º O prazo para julgamento será de sessenta dias, contados do


recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar
diligências.

§ 2º Concluídas as diligências, renovar-se-á o prazo para julgamento.

Art. 198. Julgada procedente a revisão, tornar-se-á sem efeito a


penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos atingidos.

Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar


agravamento das sanções aplicadas.

Art. 199. Na revisão o ônus da prova cabe ao requerente.

Art. 200. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui


fundamento para a revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no
processo originário.

TÍTULO VI

Da Seguridade Social do Servidor

Art. 201. O Município deverá manter sistema de seguridade social para o


servidor e sua família, formalizado em legislação própria.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

Parágrafo único. O sistema de seguridade social do Município


compreenderá as obrigações e ações pertinentes à previdência, à assistência social
e à saúde dos seus servidores.

Art. 202. O sistema de seguridade social do Município será custe a do


com produto da arrecadação de contribuições sociais dos seus segurados e pelo
Tesouro Municipal.

Art. 202. O sistema de seguridade social do Município será


custeadocomprodutodaarrecadaçãodecontribuiçõessociaisdosseusseguradosedoMu
nicípio. (Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17/04/2006).

Parágrafo único. A contribuição social ao sistema de seguridade social


será fixada em lei própria.

Parágrafo único. A contribuição social ao sistema de seguridade social


será fixada em lei própria para a saúde e em Lei própria para a previdência. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 118, de 17/04/2006).

Art. 203. O sistema de seguridade social do Município visa dar cobertura


aos riscos a que estão sujeitos os seus segurados, e compreende um conjunto de
benefícios e ações que atendam às seguintes finalidades:

I – garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez,


velhice, inatividade, reclusão e falecimento;

II – proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;

III – assistência à saúde.

Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos nos termos e condições


definidos em lei própria e regulamentos, observadas as disposições desta Lei.

Art. 204. Os benefícios do sistema de seguridade social do Município


compreendem:

I – aposentadoria;

II – assistência à saúde;

III – garantiadecondiçõesindividuaiseambientaisdetrabalhosatisfatórias;

IV – pensão vitalícia e temporária;

V – assistência social.

§ 1ºAs aposentadorias e pensões serão concedidas pelos Chefes dos


Poderes do Município nos termos da lei.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

§ 1º As aposentadorias e pensões serão concedidas nos termos da lei


especificado Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos do
Município de Palmas. (Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17/04/2006).

§ 2ºO recebimento indevido de benefícios havidos por fraude, dolo ou má-


fé, implicará na devolução ao Erário Público do total auferido, sem prejuízo da ação
penal cabível.

Art. 204 - A. Os benefícios previdenciários do Plano de Seguridade Social


do servidor compreendem: (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 02/04/2006).

I – quanto ao servidor:

a) aposentadoria por invalidez permanente;

b) aposentadoria voluntária por idade;

c) aposentadoria voluntária por tempo de contribuição;

d) aposentadoria compulsória, ao completara idade definida


constitucionalmente;

e) auxílio-doença;

f) salário-família;

g) salário-maternidade.

II – quanto ao dependente:

a) pensão por morte;

b) auxílio-reclusão.

Parágrafo único. Lei Municipal disporá sobre o Regime Próprio de


Previdência Social do Município de Palmas, cuja unidade gestora é a Secretaria
Municipal de Gestão e Recursos Humanos por meio da Coordenação de Previdência
– PREVIPALMAS, e regulamentará a concessão dos benefícios de que trata o art.
204 - A, dispondo sobre beneficiários, critérios e requisitos necessários, forma de
cálculo e reajuste dos proventos e pensões.

CAPÍTULO I

DOS BENEFÍCIOS

SEÇÃO I

DA APOSENTADORIA
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

Art. 205. É garantido o direito de aposentadoria ao servidor público titular


de cargo de provimento efetivo ou estável nos termos em que estabelecer a
Constituição Federal e legislação pertinente.

Art. 206. Para fins de aposentadoria por invalidez, consideram-se


doenças graves, contagiosas, incuráveis, a tuberculose ativa, a alienação mental, a
esclerose múltipla, a neoplasia, maligna, a cegueira posterior ao ingresso no serviço
público, a hanseníase, a cardiopatia grave, a doença de parkinson, a para lisia
irreversível e incapacitante, a espondiloartrose, a nefropatia grave, os estados
avançados do mal de Paget, osteite deformante, a síndrome de imunodeficiência
adquirida-AIDS,e outros indicados em lei, com base na medicina
especializada.(Revogado pela Lei Complementar nº 118, de 17/04/2006).

Art. 207. Nos casos de exercício de atividades consideradas insalubre ou


perigosas, a aposentadoria observará o disposto em Lei Complementar de âmbito
nacional. (Revogado pela Lei Complementar nº 118, de 17/04/2006).

Art. 208. Nas aposentadorias por invalidez, o servidor deverá ser


submetido à junta médica oficial, que atestará a incapacidade para o desempenho
das atribuições do cargo ou impossibilidade de readaptação.

Art. 209. A aposentadoria compulsória deverá ser automática, e


declarada por ato específico, com vigência a partir do dia imediato àquele em que o
servidor atingir a idade limite de permanência no serviço ativo.

Art. 210. A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da


data da publicação do respectivo ato.

§ 1º A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para


tratamento de saúde, pelo período de vinte e quatro meses.

§ 2º Expirado o período de licença e não estando em condições de


reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor será aposentado.

§ 3º O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e


apublicaçãodoatodeaposentadoriaseráconsideradocomodeprorrogaçãodalicença.

Art. 211. Ao servidor aposentado será paga a gratificação natalina.

SEÇÃO II

DA PENSÃO

Art. 212. Por morte do servidor titular de cargo de provimento efetivo, ou


estável, os dependentes farão jus a uma pensão mensal, nos termos e condições
estabelecidas na Constituição Federal e na legislação pertinente.

Art. 213.As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data


e proporção dos reajustes dos vencimentos dos servidores. (Revogado pela Lei
Complementar nº 118, de 17/04/2006).
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

Parágrafo único. Aos pensionistas será paga a gratificação natalina.

CAPÍTULO II

DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Art. 214. Vetado.

TÍTULO VII

Das Disposições Transitórias, Gerais e Finais

CAPÍTULO I

Das Disposições Transitórias

Art. 215. Ficam assegurados aos servidores efetivos estáveis e aos


estabilizados, dos Poderes do Município, os seguintes direitos:

I - o gozo da licença-prêmio por assiduidade desde que, observadas as


regras de concessão até então estabelecidas, e que tenham completado o interstício
necessário à concessão, até a data da vigência deste Estatuto, ou, alternativamente,
a contagem em dobro daquelas não gozadas até 16 de dezembro de 1998;
II - o recebimento dos adicionais por tempo de serviço, calculados a razão
de 1% (um) por cento por ano de efetivo exercício, concedido e/ou adquirido até a
data de início da vigência deste Estatuto;

II – o recebimento dos adicionais por tempo de serviço/contribuição,


calculados a razão de 1% (um) por cento por ano de efetivo exercício, concedido e/
ou adquirido até a data de início da vigência deste Estatuto: (Redação dada pela Lei
Complementar nº 118, de 17/04/2006).

III– a percepção do adicional de incentivo funcional aos servidores que, a


data do início da vigência desta Lei, já o vinham recebendo, ou que, atendidas as
condições de sua concessão, o tenham requerido até essa data;

IV – a concessão de aposentadoria e pensão, a qualquer tempo, aos


servidores, e aos seus dependentes, que até a data de 16 de dezembro de 1998
tenham cumprido os requisitos para a obtenção destes benefícios, com base nos
critérios da legislação até então vigentes, aplicando-se lhes o disposto no art. 3º, §§
1º, 2º e 3º, bem como no art. 4º todos da Emenda à Constituição Federal de nº 20, de
16 de dezembro de 1998, e demais disposições nela contidas. (Revogado pela Lei
Complementar nº 118, de 17/04/2006).
V - aos servidores dos Poderes do Município, que tenham contribuído
regularmente para o sistema de previdência e assistência, o recebimento do auxílio-
funeral e do auxílio-natalidade, até a vigência de nova lei que disponha sobre o
sistema de previdência e assistência dos servidores do Município de Palmas.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

§ 1ºNos termos do art. 13 da Emenda à Constituição Federal de nº 20,de


16 de dezembro de 1998, até que lei disponha sobre o acesso ao salário-
famíliaeaoauxílio-reclusãoparaservidoresdebaixarenda,seguradoseseusdependentes,
esses benefícios serão concedidos apenas àqueles que tenham renda bruta mensal
igual ou inferior a trezentos e sessenta reais, que, até a publicação da lei, serão
corrigidos pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do regime-geral de
previdência social. (Revogado pela Lei Complementar nº 118, de 17/04/2006).

§ 2º Em nenhuma hipótese será permitido prover as vagas de servidores


licenciados nos termos do inciso I.

Art. 216. Até que o Município estabeleça a legislação previdenciária, são


assegurados aos servidores municipais os benefícios da Seguridade Social,
obedecidos os termos prescritos nas Constituições da República e do Estado.

CAPÍTULO II

Das Disposições Gerais e Finais

Art. 217. Não será permitida a prestação de serviços gratuitos, salvo os


casos previstos em lei.

Art. 218. A contratação para atender necessidade temporária de


excepcional interesse público e a admissão de empregado público será precedida de
expressa, formal e justificada autorização dos Chefes dos Poderes do Município,
respectivamente, e se dará nos termos de legislação específica.

Parágrafo único. As contratações somente poderão ser feitas com


observância da dotação orçamentária.

Art. 219. Fica criado o Conselho de Política de Administração Pública e


Remuneração de Pessoal, que será constituído por servidores efetivos, estável ou
estabelecido, para tanto designados pelos respectivos Chefes dos Poderes do
Município, nos termos em que dispuser o regulamento que deverá ser homologado
por ato conjunto, até noventa dias após a publicação desta lei.

Art. 220. Os regulamentos, tratadosneste Estatuto, serão homologados


por a todos Chefes dos Poderes do Município, no âmbito de suas respectivas
atuações.

Art. 221. O exercício de cargo em provimento em comissão e de função


de confiança repercutirá positivamente na carreira do servidor titular de cargo de
provimento efetivo.

Art. 222. Os Chefes dos Poderes do Município instituirão os seguintes


incentivos funcionais:
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS

I – prêmio pela produção de ideias, inventos ou trabalhos que favoreçam


o aumento da produtividade, a redução dos custos operacionais e a preservação do
patrimônio público;

II – concessão de medalhas, diploma de honra ao mérito, condecoração e


elogio.

Art. 223. São contados por dias corridos os prazos previstos nesta Lei.

Parágrafo único. Na contagem exclui-se o dia do começo e inclui-se odo


vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em
dia que não haja expediente.

Art. 224. Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou


política, nenhum servidor, nesta qualidade, poderá ser privado de quaisquer de seus
direitos ou sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do
cumprimento de seus deveres.

Art. 225. Nenhum servidor poderá ser compelido a associar-se a entidade


de classe, organização, profissional ou sindical, a partido político ou a credo religioso.

Art. 226. São assegurado são servidor público os direitos de associação


profissional, sindical e o de greve.

Parágrafo único. O direito de greve será exercido nos termos e nos limites
definidos em lei, resguardando-se, entretanto, o funcionamento dos serviços de
natureza essencial.

Art. 227. Para os efeitos desta Lei, considera-se sede o local onde a
repartição estiver instalada e onde o servidor tiver exercício, em caráter permanente.

Art. 228. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 229. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei


n.º 87, de 7 de fevereiro de 1991.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS, aos 16 dias de novembro


de1999, 178º da Independência, 111º da Republica, 11º do Estado e 10º de Palmas.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS


MANOEL ODIR ROCHA
Prefeito Municipal
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LEI Nº 1441, DE 12 DE JUNHO DE 2006.

INSTITUI O PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E VENCIMENTOS - PCCV DOS


SERVIDORES PÚBLICOS DO QUADRO-GERAL DO PODER EXECUTIVO DO
MUNICÍPIO DE PALMAS - TO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Faço saber que A CÂMARA MUNICIPAL DE PALMAS aprova e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1ºEsta Lei institui o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos - PCCV dos Servidores Públicos do Quadro-Geral do Poder Executivo do
Município de Palmas - TO e estabelece as formas de evolução funcional dos servidores titulares de cargos de provimento efetivo.

§ 1º Os servidores tratados nesta Lei submetem-se ao regime estatutário.

§ 2º Não estão contemplados nesta Lei os servidores ocupantes dos cargos de provimento efetivo das carreiras do Magistério Público
Municipal, da Guarda Metropolitana, Profissionais da Saúde e os integrantes da carreira dos Procuradores Municipais.

Art. 2ºA administração dos servidores do Poder Executivo Municipal terá por princípio a aferição do mérito pessoal e funcional, mediante sistema
de avaliação periódica de desempenho, com a participação dos servidores, vencimentos compatíveis com o exercício e o estabelecimento de
sistemas de carreira.

Art. 3º

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1441/2006 (http://leismunicipa.is/qkrnc) - Gerado em: 06/01/2024 09:18:30


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Art. 3º Para os fins da presente Lei, adotam-se os seguintes conceitos:

I - Quadro de Cargos de Provimento Efetivo da Administração Geral - o conjunto de todos os cargos tratados nesta Lei, necessários à
execução das atividades permanentes relativas à formação e qualificação exigidas para o seu provimento, além de prévia aprovação em concurso
público;

II - Cargo - é a unidade laborativa instituída na organização do Poder Executivo Municipal, nos termos de Lei específica e que implica o
desempenho, pelo seu ocupante, de uma função pública de natureza sócio-administrativa, objetivando proporcionar os produtos e serviços
pertinentes às atribuições que lhes sejam outorgadas;

III - Cargo de Provimento Efetivo - exige-se prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos;

IV - Cargo de Provimento em Comissão - é de livre nomeação e exoneração, pela autoridade competente, satisfeitos os requisitos e
exigências legais, e destinado ao exercício de funções de direção, gerência, assessoramento e assistência;

V - Carreira - é a trajetória ascendente do servidor dentro do cargo de provimento efetivo, satisfeitas as exigências temporais e de
desempenho a ser verificadas nos termos desta Lei e de regulamento específico;

VI - Função - é a relação que se estabelece interativamente entre o titular do cargo com o conjunto da organização, de modo a possibilitar o
cumprimento do seu papel;

VII - Funções de Comando, Direção, Gerência ou Chefia - são destinadas à tomada e implementação das decisões nos vários níveis
hierárquicos da organização do Poder Executivo Municipal;

VIII - Função Técnica - é de assessoramento ou de assistência destinada ao provimento dos bens ou serviços demandados pela clientela
externa ou informações de caráter finalístico, demandados pela clientela interna, com o qual se relaciona o titular do cargo;

IX - Vencimento-base - é a retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo, correspondente ao padrão e à referência por ele
ocupada;

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X - Classe - é o indicativo da posição do servidor público quanto ao salário, representado por algarismos romanos dispostos na tabela de
vencimento verticalmente;

XI - Referência - é a posição distinta horizontalmente dentro de cada classe, identificada pelas letras de "A" a "H";

XII - Remuneração - é o vencimento-base acrescido das vantagens pecuniárias legalmente autorizadas;

XIII - Vantagem Pecuniária - é a parcela de caráter remuneratório decorrente de expressa autorização legal e relativa a uma específica
situação do servidor.

CAPÍTULO II
DO QUADRO DE CARGOS DE PROVIMENTO EFETIVO

Seção I
Da Forma de Provimento

Art. 4º Obedecidas às disposições estatutárias, o ingresso nos cargos de provimento efetivo, tratados por esta Lei, pressupõe a verificação do
nível de escolaridade que, em se tratando de profissão regulamentada em Lei, dependerá da apresentação do respectivo diploma, devidamente
registrado, além do conhecimento equivalente à escolaridade exigível para o desempenho do cargo, em todos os casos.

Parágrafo Único - Os cargos, cujos requisitos para provimento permitam mais que uma modalidade de formação, somente serão
disponibilizados em concurso público mediante a adoção dos seguintes procedimentos:

I - justificativa do órgão requisitante quanto à necessidade de prover a vaga;

II - indicação justificada das áreas de formação afins, com a respectiva quantidade de vagas necessárias;

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III - obrigatoriedade de constar no edital do concurso a área de formação.

Art. 5ºSomente haverá provimento de cargo efetivo no padrão e referência iniciais e mediante aprovação em concurso público de provas ou de
provas e títulos.

Seção II
Dos Cargos

Art. 6º O Quadro-Geral do Poder Executivo Municipal é integrado por cargos de provimento efetivo nos seguintes grupos:

I - Grupo 1 - Cargos de Nível Superior - CNS;

II - Grupo 2 - Cargos de Nível Médio - CNM;

III - Grupo 3 - Cargos de Nível Fundamental Completo - CNF;

IV - Grupo 4 - Cargos de Nível Fundamental Incompleto - CNFI.

Parágrafo Único - Para os cargos de que trata este artigo:

I - a denominação e o quantitativo constam no Anexo I desta Lei;

II - a formação necessária para a investidura e as atribuições constam no Anexo II desta Lei;

III - os valores dos vencimentos-base constam no Anexo III desta Lei, correspondente à jornada de 40 horas semanais de trabalho;

IV - a investidura ocorre na classe e na referência iniciais de cada cargo.

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CAPÍTULO III
DOS CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO E DAS FUNÇÕES GRATIFICADAS

Art. 7ºOs cargos de provimento em comissão, integrantes da estrutura do Poder Executivo Municipal, são tratados em lei específica, que lhes
determina a denominação, a simbologia, a remuneração e o quantitativo.

Parágrafo Único - Os cargos de provimento em comissão serão exercidos, preferencialmente, por servidores ocupantes de cargos de
provimento efetivo, e o seu exercício refletirá, conforme o desempenho e o comportamento avaliado, positiva ou negativamente, para efeitos de
estágio probatório e progressão na carreira.

Art. 8ºAs funções gratificadas são instituídas por lei própria e privativas de servidores públicos efetivos do Município, cuja designação compete
ao Chefe do Poder Executivo, podendo ser delegada, a seu critério, aos titulares das Secretarias Municipais ou de unidades da mesma hierarquia.

CAPÍTULO IV
DOS VENCIMENTOS, VANTAGENS E REMUNERAÇÕES

Art. 9º A política salarial aplicável aos servidores do Poder Executivo Municipal, obedecerá aos seguintes princípios, entre outros:

I - fixação e alteração dos vencimentos por lei específica;

II - irredutibilidade dos vencimentos nos termos do inciso XV, do art. 37, da Constituição da República.

Parágrafo Único - A alteração dos valores dos vencimentos, observará os seguintes critérios:

I - obrigatoriedade de publicação do demonstrativo da arrecadação mensal do Município;

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II - contenção dos gastos com pessoal nos limites previstos na Constituição Federal e leis afins;

III - vedação de utilização de recursos destinados a investimentos, para o pagamento de despesas com o pessoal.

Art. 10 A maior remuneração, a qualquer título, atribuída aos servidores do Poder Executivo Municipal, obedecerá estritamente ao disposto no art.
37, inciso Xl, da Constituição da República, sendo imediatamente reduzidos ao limite ora fixado quaisquer valores percebidos em desacordo com
esta norma, não se admitindo, neste caso, a invocação de direito adquirido ou percepção de excesso a qualquer título.

Art. 11 É vedado:

I - acréscimos pecuniários, para efeito de cômputo ou acumulação, com a finalidade de concessão de acréscimos posteriores, sob o mesmo
título ou fundamento;

II - aos ocupantes de cargos comissionados o pagamento por serviço extraordinário ou concessão de função gratificada.

CAPÍTULO V
DO PLANO DE CARREIRA E DO DESENVOLVIMENTO FUNCIONAL DOS SERVIDORES DO QUADRO-GERAL DO PODER EXECUTIVO
MUNICIPAL

Seção I
Do Plano de Carreira

Art. 12 Entende-se, como Plano de Carreira, o instrumento de administração de recursos humanos, que visa estabelecer grupos de funções
sistêmicas ensejadoras do crescimento profissional e funcional do servidor, pela adição cumulativa de responsabilidade, elevação de hierarquia
das relações e complexidade do trabalho, criando motivações e desafios e viabilizando a aplicação de prêmios e recompensas estimuladoras,
como resultado da aferição de desempenho do servidor.

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Seção II
Do Desenvolvimento Funcional

Art. 13 O desenvolvimento funcional tem por objetivo permitir ao servidor o melhor uso de seu potencial e o conseqüente reconhecimento do seu
mérito pela Administração, no exercício de cargo efetivo.

Parágrafo Único - O desenvolvimento funcional na carreira far-se-á por progressão horizontal e por progressão vertical.

Seção III
Da Progressão Horizontal

Art. 14 Progressão horizontal é a passagem do servidor efetivo estável da referência onde se encontra para a referência imediatamente seguinte,
dentro da mesma classe, e alcançada a última referência desta, o deslocamento para a primeira da classe seguinte, obedecido ao critério de
tempo de serviço e à avaliação de desempenho, atendido cumulativamente, as seguintes exigências:

I - ter exercício apenas no âmbito do Poder Executivo Municipal;

II - haver cumprido o estágio probatório;

III - não ter mais de 5 (cinco) faltas injustificadas no período avaliado;

IV - não ter sofrido punição disciplinar nos doze (12) meses que antecedem à progressão funcional;

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V - não haver sido exonerado de cargo comissionado por motivo disciplinar, durante o período avaliado de desempenho;

VI - ter obtido conceito igual ou superior 70% (setenta por cento) dos pontos possíveis na avaliação de desempenho;

VII - ter completado um ano de efetivo exercício na referência em que se encontra, contado após cumprido o estágio probatório.

Art. 15 Nos interstícios necessários para a progressão horizontal, descontar-se-á o tempo:

I - da licença:

a) licença para acompanhar cônjuge ou companheiro, à exceção de tratamento médico mediante apresentação de Atestado, que deverá ser
apreciado por Junta Médica do Município;
b) licença para desempenho de mandato eletivo;
c) para tratamento de saúde superior a cento e vinte dias;
d) para tratar de interesses particulares.

II - do afastamento:

a) para exercício fora do Poder Executivo Municipal.

Seção IV
Da Progressão Vertical

Art. 16 Progressão vertical é a passagem do servidor efetivo estável da referência e classe onde se encontra para a referência inicial da classe
seguinte, obedecido ao critério tempo de serviço, avaliação de desempenho e qualificação funcional e, atendidas, cumulativamente, as seguintes
exigências:

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I - ter exercício apenas no âmbito do Poder Executivo Municipal;

II - haver cumprido o estágio probatório;

III - não ter mais de 5 (cinco) faltas injustificadas por ano, a cada período avaliado;

IV - não ter sofrido punição disciplinar nos doze (12) meses que antecedem à progressão funcional;

V - não haver sido exonerado de cargo comissionado por motivo disciplinar, durante o período avaliado;

VI - ter obtido conceito igual ou superior 80% (oitenta por cento) dos pontos possíveis na avaliação de desempenho, por ano;

VII - ter completado cinco anos de efetivo exercício na classe em que se encontra, contados após o cumprimento do estágio probatório.

VIII - ter concluído trezentos e sessenta horas de cursos de qualificação vinculados à sua área de atuação, para o servidor de nível superior e
para os demais níveis cursos vinculados à sua área de atuação ou ao serviço público em geral, nos últimos cinco anos anteriores à data da
progressão vertical, cujo total poderá ser alcançado em um ou mais cursos, sendo que cada curso deverá obedecer ao limite mínimo de 40 horas.

Art. 17 Nos interstícios necessários para a progressão vertical, descontar-se-á o tempo:

I - da licença:

a) licença para acompanhar cônjuge ou companheiro, à exceção de tratamento médico mediante apresentação de Atestado, que deverá ser
apreciado por Junta Médica do Município;
b) licença para desempenho de mandato eletivo;
c) para tratamento de saúde superior a cento e vinte dias;
d) para tratar de interesses particulares.

II - do afastamento:

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a) para exercício fora do Poder Executivo Municipal.

Art. 18 Os cursos de qualificação funcional devem:

I - ser promovidos ou autorizados pelos órgãos competentes;

II - conter no certificado de conclusão a indicação de horas concluídas;

III - cursos oferecidos pela Escola Municipal de Governo;

IV - beneficiar o profissional uma só vez;

V - os certificados que tenham sido utilizados para ingresso no cargo, gratificação por titularidade ou por escolaridade, não poderão ser
utilizados para efeitos de progressão vertical.

§ 1º As progressões verticais estão limitadas, anualmente, a 20 % (vinte por cento) dos servidores avaliados e às disponibilidades
orçamentárias e financeiras.

§ 2º Os critérios, para os habilitados no parágrafo anterior, deverão obedecer, seqüencialmente, antiguidade no cargo, maior média
aritmética no período avaliado, menor número de faltas no período avaliado e respeitando prioritariamente a formação necessária para a
investidura no cargo, do nível menor para o maior, sendo: nível fundamental incompleto, fundamental completo, nível médio e nível superior.

Seção V
Da Gratificação Por Titularidade

Art. 19 Fica instituída a partir de 1º de janeiro de 2007 a Gratificação por Titularidade, concedida sobre o vencimento-base, não cumulativa, para
o servidor efetivo, desde que não esteja em estágio probatório ou em desvio de função, conforme a seguir:

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Parágrafo Único - Para os servidores de nível superior que possuem os cursos pós-graduação "lato-sensu" e ou "stricto sensu", reconhecidos
pelo MEC e em áreas afins do cargo, não cumulativas, nos percentuais de:

I - 15 % (vinte por cento), no caso do servidor possuir título de doutor;

II - 10 % (dez por cento), no caso do servidor possuir título de mestre;

III - 5 % (cinco por cento), no caso do servidor possuir uma especialização.

DA GRATIFICAÇÃO POR ESCOLARIDADE

Art. 20 Fica instituída a partir de 1º de janeiro de 2007 a Gratificação por Escolaridade, concedida sobre o vencimento-base, não cumulativa, para
o servidor efetivo, desde que não esteja em estágio probatório ou em desvio de função, conforme a seguir:

I - para os servidores de nível médio que concluírem o nível superior, com diploma de graduação, reconhecido pelo MEC, no percentual de
10% (dez por cento);

II - para os servidores de nível fundamental que concluírem o nível médio, com diploma de conclusão de nível médio, expedido por instituição
oficial de ensino reconhecido pelo MEC, no percentual de 10% (dez por cento);

III - para os servidores de nível fundamental incompleto que concluírem o nível médio, com diploma de conclusão de nível médio, expedido
por instituição oficial de ensino reconhecido pelo MEC, no percentual de 10% (dez por cento).

Seção VI
Da Avaliação de Desempenho

Art. 21

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Art. 21Avaliação do desempenho, para os fins da presente Lei, é o instrumento de aferição dos resultados alcançados pelo servidor, no exercício
das suas funções, anualmente, em conformidade com o disposto em regulamento específico.

Parágrafo Único - O regulamento, a que se refere o caput deste artigo, deverá contemplar:

I - divulgação prévia dos objetos e fatores de avaliação;

II - conhecimento formal, por parte do servidor, do resultado da sua avaliação;

III - pontuação ou desempenho mínimo necessários à progressão;

IV - utilização de critérios e fatores de avaliação objetivos.

Seção VII
Da Qualificação Profissional

Art. 22 A qualificação profissional dos servidores municipais será constantemente estimulada e verificada pela Secretaria que, na forma das leis
de organização do Poder Executivo, for incumbida da gestão central dos recursos humanos, preferencialmente, por meio de cursos promovidos
pela Escola de Governo Municipal e constituirá pré-requisito para o crescimento na carreira.

Parágrafo Único - As ações de treinamento e desenvolvimento, necessariamente, visarão instrumentalizar os recursos humanos à obtenção
dos resultados organizacionais esperados e serão precedidas de análise que lhes informe os motivos e a relação custo-benefício.

Art. 23 À secretaria gestora central dos recursos humanos, compete, ainda, no que tange à qualificação funcional:

I - implantação da Escola Municipal de Governo;

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II - planejamento e implantação das ações de treinamento e desenvolvimento, quando de aplicação direta;

III - normatização e supervisão das ações de treinamento e desenvolvimento a serem empreendidas por outras unidades administrativas ou
contratadas a terceiros;

IV - preparação do servidor, quando do seu ingresso no cargo, propiciando-lhe conhecimentos pertinentes aos objetivos do seu órgão, às
regras gerais de serviço, ética funcional, direitos e deveres e noções de cidadania;

V - preparação básica, visando à transmissão dos conhecimentos mínimos referentes às técnicas, métodos, rotinas e procedimentos
necessários à regular prestação das atribuições operativas do cargo, quando do seu ingresso;

VI - adoção de ações, visando à capacitação necessária, em razão de mudança de processos, tecnologias ou de objetivos organizacionais;

VII - adoção de ações visando ao desenvolvimento funcional.

CAPÍTULO VI
A GESTÃO DO SISTEMA DE RECURSOS HUMANOS

Art. 24 À secretaria encarregada da gestão do sistema de recursos humanos pertinentes a esta Lei, compete:

I - fixar as diretrizes operacionais para a implementação das ações demandadas por esta Lei;

II - implementar a sistemática de avaliação de desempenho;

III - elaborar a regulamentação das normas do Estatuto dos Servidores Públicos Municipais e propor a sua aprovação pelo Chefe do
Executivo;

IV - a organização e manutenção do cadastro atualizado dos recursos humanos do Município;

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V - a centralização dos procedimentos de admissão e seleção de pessoal;

VI - estudo das propostas de criação, transformação e extinção de cargos e funções de qualquer natureza;

VII - elaboração e/ou controle centralizado:

a) da folha de pagamento do pessoal;


b) da escala de férias dos servidores;
c) da adjudicação dos direitos e de vantagens, bem como do controle do cumprimento dos deveres dos servidores;
d) da Junta Médica Oficial;
e) alocação ou lotação dos servidores nos diversos órgãos e unidades da Administração Municipal.

VIII - instituir a Comissão de Avaliação de Enquadramento e Progressão CAEP, designando o seu presidente.

§ 1º São membros da CAEP os seguintes servidores:

I - 2 (dois) da Secretaria de Gestão e Recursos Humanos;

II - 1 (um) do órgão responsável pelo setor de Planejamento.

§ 2º Incumbe:

I - aos correspondes Secretários Municipais indicar os servidores membros da CAEP;

II - à CAEP:

a) acompanhar e apreciar os atos relativos ao enquadramento e às progressões Horizontal e Vertical;


b) julgar os recursos interpostos.

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§ 3º A participação na CAEP é considerada de interesse público relevante e não é remunerada.

CAPÍTULO VII
DO ENQUADRAMENTO

Art. 25 A secretaria gestora dos recursos humanos providenciará, mediante apostilamento, o enquadramento dos servidores efetivos ou estáveis
nos cargos objeto de transformação, de denominação idêntica ou correlata, de conformidade com o Anexo II desta Lei, observada a sua atual
posição nas tabelas de vencimento.

Art. 26 Ocorrendo redução do vencimento, em razão do enquadramento, fica assegurado, ao atingido, o direito de peticionar revisão à Secretaria.

§ 1º Das decisões proferidas pelo Titular da Pasta, caberá recurso ao Chefe do Poder Executivo, dentro do prazo de trinta dias.

§ 2º Os ocupantes de empregos celetistas estáveis e/ou estatutários cujos cargos ou empregos não hajam sido aproveitados na nova
sistemática de cargos, estabelecida pela presente Lei, terão os seus cargos ou empregos integrados em quadro suplementar e extinguir-se-ão
com a vacância.

CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 27 A secretaria gestora central dos recursos humanos providenciará, automaticamente, o enquadramento previsto no Capítulo anterior.

Art. 28 Os servidores nomeados em caráter efetivo, até a publicação desta Lei, serão enquadrados automaticamente na classe e na referência
equivalente ao tempo de serviço público municipal, desde que tenham cumprido o estágio probatório e permanecido um ano em cada referência,
após a conclusão do mesmo.

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§ 1º Nos interstícios necessários para o enquadramento especificado no caput deste artigo, descontar-se-á apenas o tempo de Licença para
Tratar de Interesses e para Exercício fora do Poder Público Municipal (Disposição Externo).

Art. 29 As pensões e aposentadorias serão revistas de acordo com a nova classificação de cargos dos servidores em atividade.

Art. 30 Ficam extintos, pertinentemente, às carreiras tratadas nesta Lei, os cargos efetivos nela não-relacionados.

Parágrafo Único - Excetuam-se do disposto neste artigo, os cargos ocupados por servidores efetivos, aos quais se aplicam as regras do
Capítulo VII.

Art. 31 Fica estabelecido o mês de maio como data base da categoria.

Art. 32 Fica expressamente revogada a Lei nº 878, de 10 de abril de 2000.

Art. 33 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos a 1º de maio de 2006.

PALMAS, aos 12 dias do mês de junho de 2006.

RAUL FILHO
Prefeito de Palmas

ANEXO I À LEI Nº 1441, DE 12 DE JUNHO DE 2006.

DENOMINAÇÃO E QUANTITATIVO DO QUADRO-GERAL DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL

GRUPO 1 - CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR - CNS

CARGOS...........................................QUANTITATIVOS
Administrador...............................................10
Auditor de Rendas Municipais................................25

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Analista Controle Interno...................................16


Analista de Ciências Sociais.................................7
Analista de Acervo Histórico.................................4
Analista de Comunicação Social...............................2
Analista Técnico-Administrativo.............................35
Analista de Sistemas........................................20
Analista de Recursos Humanos................................30
Assistente Social...........................................40
Arquiteto...................................................40
Biblioteconomista............................................5
Biólogo......................................................5
Contador....................................................15
Economista..................................................15
Engenheiro..................................................65
Estatístico..................................................3
Fonoaudiólogo................................................7
Geólogo......................................................1
Geógrafo.....................................................3
Jornalista..................................................23
Médico Veterinário..........................................10
Médico.......................................................3
Nutricionista................................................7
Psicólogo...................................................25
Pedagogo....................................................30
Químico......................................................2
Repórter Fotográfico.........................................3
Turismólogo..................................................3

TOTAL......................................................454

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GRUPO 2 - CARGOS DE NÍVEL MÉDIO - CNM

CARGOS...........................................QUANTITATIVOS
Agente de Tributação........................................40
Assistente Administrativo..................................650
Agente de Vigilância Sanitária..............................10
Agente de Proteção Ambiental................................15
Educador Social.............................................42
Fiscal de Obras e Posturas..................................90
Fiscal de Trânsito e Transportes............................80
Fotógrafo....................................................3
Programador de Computador...................................15
Projecionista (Operador de Projetor Cinematográfico).........2
Técnico Agrícola............................................10
Técnico em Agrimensura.......................................3
Técnico de Controle Interno.................................10
Técnico em Contabilidade....................................10
Técnico em Edificações.......................................2
Técnico em Eletrônica........................................2
Técnico Eletricista..........................................2
Técnico em Segurança do Trabalho.............................4
Técnico em Sonorização.......................................2
Técnico em Telecomunicações..................................4
Serigrafista.................................................1

TOTAL......................................................997

GRUPO 3 - CARGOS DE NÍVEL FUNDAMENTAL COMPLETO - CNF

CARGO.............................................QUANTITATIVO

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19/32

Auxiliar Administrativo....................................380

TOTAL......................................................380

GRUPO 4 - CARGOS DE NÍVEL FUNDAMENTAL INCOMPLETO - CNFI

CARGOS...........................................QUANTITATIVOS
Agente de Manutenção.......................................140
Agente de Limpeza Urbana...................................600
Agente de Paisagismo e Arborização.........................200
Agente de Obras e Serviços..................................70
Auxiliar de Paisagismo e Arborização.......................400
Auxiliar de Serviços Gerais...............................1500
Auxiliar de Topógrafo.......................................10
Motorista..................................................250
Mecânico....................................................20
Operador de Máquinas Pesadas................................50
Vigia......................................................395

TOTAL....................................................3.635

ANEXO II À LEI Nº 1441, DE 12 DE JUNHO DE 2006.

FORMAÇÃO NECESSÁRIA PARA A INVESTIDURA NO CARGO E AS ATRIBUIÇÕES DO SERVIDOR PÚBLICO DO QUADRO-GERAL PODER
EXECUTIVO MUNICIPAL

GRUPO 1 - CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR - CNS


___________________________________________________________________________________
| CARGO | REQUISITOS | ATRIBUIÇÕES GENÉRICAS |
|=====================|=====================|=======================================|

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|Administrador |Curso Superior em|Planejamento, execução, acompahamento e|


| |Administração, com|controle de atividades administrativas|
| |registro profissional|voltadas às finanças, planejamento e|
| | |controle interno;funcionar em processos|
| | |administrativos, gestão de pessoas, de-|
| | |senvolvimento organizacional, projetos|
| | |e demais atividades ligadas à Adminis-|
| | |tração, respeitadas a formação, a le-|
| | |gislação profissional e os regulamentos|
| | |de serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Auditor de Rendas|Curso Superior em|Constituir o crédito tributário; funci-|
|Municipais |Direito, Economia,|onar em processos administrativo-|
| |Administração ou Ci-|tributários; compor junta de recursos|
| |ências Contábeis, com|fiscais, execução das políticas|
| |registro profissional|tributárias e fazendárias do Município,|
| | |observada a legislação específica|
| | |e os regulamentos do Serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Analista de Controle|Curso Superior em|Acompanhamento, controle e fiscalização|
|Interno |Administração,Direito|da legalidade, eficácia e eficiência da|
| |ou Ciências Contábeis|gestão contábil, orçamentária, finan-|
| | |ceira, patrimonial, de pessoal e admi-|
| | |nistrativa, nos órgãos do poder execu-|
| | |tivo, respeitados os regulamentos do|
| | |serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Analista de Ciências|Curso Superior em|Elaborar metodologias e técnicas espe-|
|Sociais |Ciências Sociais. |cíficas de investigação social; parti-|
| | |cipar de equipes multiprofissionais na|
| | |elaboração, análises e implantações de|
| | |projetos; realizar levantamentos de|
| | |dados primários e secundários e análise|
| | |do relacionamento dos aspectos sócio-|
| | |econômico-culturais; efetuar análise em|
| | |estudo da dinâmica social da institui-|
| | |ção; delimitar aspectos relevantes dos|
| | |fenômenos sócio-econômico-culturais a|
| | |serem estudados visando facilitar a|
| | |coleta de dados e prestar assessoria e|
| | |consultoria técnica e pareceres técni-|
| | |cos ao órgão de lotação para orientar a|
| | |tomada de decisões em processo de pla-|

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21/32

| | |nejamento e organizações; realizar,|


| | |acompanhar e analisar estudos e levan-|
| | |tamentos sociológicos e sócio-|
| | |econômicos, abordando o contexto local;|
| | |formular diagnósticos, visando instruir|
| | |e subsidiar processos administrativos e|
| | |outras ações desenvolvidas pelo órgão|
| | |de lotação;elaborar estudos e pesquisas|
| | |etnológicas e sócio-culturais; planejar|
| | |melhoria de condições de vida e de|
| | |trabalho; realizar estudos e trabalhos,|
| | |tendo como alvo a sociedade local e|
| | |proceder levantamentos bibliográficos e|
| | |documentais,respeitando os regulamentos|
| | |do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Analista de Acervo|Curso Superior em|Elaborar e analisar projetos específi-|
|Histórico |História,Arquivologia|cos na área de preservação da cultura|
| |ou Museologia |com base na investigação; planejar|
| | |executar e acompanhar o controle das|
| | |atividades técnicas e administrativas|
| | |de arquivologia, bem como pesquisar,|
| | |documentar, inventariar, classificar e|
| | |catalogar o acervo museológico;executar|
| | |procedimentos para a preservação de|
| | |acervo, de acordo com parâmetros téc-|
| | |nicos, respeitados os regulamentos do|
| | |serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Analista de Comunica-|Curso Superior em|Planejamento, execução, acompanhamento|
|ção Social |Comunicação Social|e controle das atividades da adminis-|
| |com habilitação em|tração pública voltadas à publicidade,|
| |Publicidade e Propa-|propaganda e relações públicas, respei-|
| |ganda ou Relações|tados os regulamentos do serviço. |
| |Públicas. | |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Analista Técnico-|Curso Superior. |Planejamento, execução, acompanhamento|
|Administrativo | |e controle das atividades técnicas e|
| | |administrativas voltadas ao desenvolvi-|
| | |mento da área meio, respeitados os|
| | |regulamentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Analista de Sistemas |Curso Superior na|Planejamento, execução, acompanhamento|

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| |Área da Informática|e controle de atividades administrati-|


| |ou em Engenharia da|vas, na área de informática,respeitadas|
| |Computação |a formação e legislação profissional e|
| | |os regulamentos do Serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Analista de Recursos|Curso Superior |Planejamento, execução, acompanhamento|
|Humanos | |e controle de atividades administrati-|
| | |vas voltadas à gestão de recursos|
| | |humanos, respeitadas a formação e|
| | |legislação profissional e os regulamen-|
| | |tos do Serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Assistente Social |Curso Superior em|Planejamento, execução, acompanhamento|
| |Serviço Social. |e controle de atividades técnicas e|
| | |administrativas referentes à Assistên-|
| | |cia Social, envolvendo formulação de|
| | |políticas sociais públicas e a imple-|
| | |mentação dos programas e outras ações|
| | |de interesse da área de atuação, res-|
| | |peitados os regulamentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Arquiteto |Curso Superior em Ar-|Planejamento, execução, acompanhamento|
| |quitetura com regis-|e controle das atividades técnicas e|
| |tro profissional. |administrativas da área da arquitetura,|
| | |de acordo com a área de atuação,|
| | |respeitados os regulamentos do serviço.|
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Biblioteconomista |Curso Superior em Bi-|Planejamento, execução, acompanhamento|
| |blioteconomia com re-|e controle das atividades técnicas e|
| |gistro profissional. |administrativas relacionadas à bibli-|
| | |oteconomia e ao controle das Bibliote-|
| | |cas, respeitados os regulamentos do|
| | |serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Biólogo |Curso Superior em|Planejamento, execução, acompanhamento|
| |Biologia com registro|e controle das atividades da adminis-|
| |profissional. |tração, voltadas à ciência, à extensão,|
| | |à saúde e ao bem-estar social na área|
| | |de biologia,respeitados os regulamentos|
| | |do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Contador |Curso Superior em|Planejamento, execução, acompanhamento|
| |Ciências Contábeis|e controle de atividades administrati-|

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| |com registro profis-|vas voltadas às finanças, contabilidade|


| |sional. |pública, planejamento e controle inter-|
| | |no, respeitada a formação, a legislação|
| | |profissional e os regulamentos do Ser-|
| | |viço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Economista |Curso Superior em|Planejamento, execução, acompanhamento|
| |Ciências Econômicas|e controle de atividades administrati-|
| |ou Economia com re-|vas voltadas às finanças, economia,|
| |gistro profissional. |planejamento e controle interno, res-|
| | |peitada a formação e legislação profis-|
| | |sional e os regulamentos do Serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Engenheiro |Curso Superior em|Planejamento, execução, acompanhamento|
| |Engenharia com regis-|e controle das atividades da Adminis-|
| |tro profissional. em|tração voltadas à ciência, à extensão,|
| |área específica soli-|à infraestrutura, à infraestrutura, à|
| |citada em Concurso|tecnologia, à produção e ao desenvol-|
| |Público. |vimento, respeitada a formação, a le-|
| | |gislação profissional e os regulamentos|
| | |do Serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Estatístico |Curso Superior em|Planejar e dirigir a execução de pes-|
| |Estatística com re-|quisas, levantamentos e trabalhos de|
| |gistro profissional. |controle estatístico, de produção e|
| | |qualidade, entre outros, efetuando aná-|
| | |lises e elaborando padronizações esta-|
| | |tísticas, bem como efetuar perícias em|
| | |matéria de estatística; assinar os lau-|
| | |dos e emitir pareceres no campo da mes-|
| | |ma, além de prestar assessoramento e a|
| | |direção de órgãos e sessões estatísti-|
| | |cas e escrituração dos livros de regis-|
| | |tro ou controle estatístico, criados em|
| | |Lei, respeitados os regulamentos do|
| | |serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Fonoaudiólogo |Curso Superior em|Planejamento, coordenação, avaliação,|
| |Fonoaudiologia com|controle e execução dos serviços gerais|
| |registro profissional|de fonoaudiologia e da área técnicoad-|
| | |ministrativa relacionada, respeitada a|
| | |formação, a legislação profissional e|
| | |regulamentos do serviço. |

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|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Geólogo |Curso Superior em|Planejamento, Executar, Acompanhamento|
| |Geologia com Registro|e Controle das Atividades técnicas e|
| |Profissional. |administrativas relacionadas à geolo-|
| | |gia, voltados à ciência, à mudança, à|
| | |extensão e ao desenvolvimento, utili-|
| | |zando-se das aplicações de ciências e|
| | |tecnologia sobre o desenvolvimento da|
| | |área de atuação, respeitados os regu-|
| | |lamentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Geógrafo |Curso Superior em|Planejamento, execução, acompanhamento|
| |Geografia, com regis-|e controle das atividades técnicas e|
| |tro profissional. |administrativas relacionadas à geogra-|
| | |fia, voltadas a ciência, ao progresso|
| | |urbano, social e econômico, utilizando-|
| | |se das aplicações da ciência e tecnolo-|
| | |gia para o desenvolvimento da área de|
| | |atuação, respeitados os regulamentos do|
| | |serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Jornalista |Curso Superior em|Planejamento, execução, acompanhamento|
| |Jornalismo ou Comuni-|e controle das atividades de adminis-|
| |cação Social com|tração pública voltadas à área de|
| |habilitação em Jorna-|jornalismo ou comunicação social e da|
| |lista, com registro|assessoria de imprensa, de acordo com a|
| |profissional. |área de atuação,respeitados os regula-|
| | |mentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Médico Veterinário |Curso Superior em|Planejamento, execução, acompanhamento|
| |Medicina Veterinária|e controle das atividades técnicas e|
| |e registro profis-|administrativas relacionadas à veteri-|
| |sional. |nária, nas áreas social e da saúde,|
| | |realizando pesquisas e laudos, utili-|
| | |zando-se das aplicações da ciência e|
| | |tecnologia para o desenvolvimento da|
| | |área da atuação, respeitados os regu-|
| | |lamentos do Serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Médico |Curso Superior em|Planejamento, execução e controle dos|
| |Medicina com registro|procedimentos relacionados à Junta|
| |profissional. |Oficial do Município, pode atuar em|
| | |pesquisas e elaboração de laudos e|

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| | |pareceres. Obriga-se ainda às determi-|


| | |nações das normas legais pertencentes|
| | |ao exercício da medicina e do Conselho|
| | |Regional de Medicina e regulamentos do|
| | |serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Nutricionista |Curso Superior em|Planejamento, acompanhamento,avaliação,|
| |Nutrição com registro|execução e controle das atividades|
| |profissional. |relacionadas à nutrição, programas de|
| | |educação preventiva, vigilância nutri-|
| | |cional e de reeducação alimentar, res-|
| | |peitada a formação, legislação profis-|
| | |sional e regulamentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Psicólogo |Curso Superior em|Planejamento, execução,acompanhamentos,|
| |Psicologia com regis-|avaliação e controle das atividades|
| |tro profissional. |relacionadas à psicologia aplicada à|
| | |área clínica de atuação no órgão de|
| | |lotação, respeitada a formação e legis-|
| | |lação profissional e os regulamentos do|
| | |Serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Pedagogo |Curso Superior em|Planejamento, execução, acompanhamento|
| |Pedagogia ou Mestrado|e controle de atividades da Administra-|
| |ou Doutorado na área.|ção, na área de pedagogia, respeitada a|
| | |formação e legislação e os regulamentos|
| | |do Serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Químico |Curso Superior em|Planejamento, execução, acompanhamento|
| |Química ou Engenharia|e controle das atividades da Adminis-|
| |Química com registro|tração voltadas à ciência, à extensão,|
| |profissional. |à saúde e ao bem-estar social na área|
| | |da Química, respeitados os regulamentos|
| | |do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Repórter Fotográfico |Curso Superior em|Coordenação e execução de atividades,|
| |Jornalismo ou em Co-|relacionadas ao fotojornalismo, acom-|
| |municação Social com|panhando, registrando e estudando os|
| |registro profissional|acontecimentos com a eficiência e a|
| |ou equivalência legal|qualidade exigidas pela administração|
| | |pública, respeitados os regulamentos do|
| | |serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|

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26/32

|Turismólogo |Curso superior em|Planejar, organizar, dirigir,controlar,|


| |Turismo ou em Hotela-|gerir e operacionalizar atividades|
| |ria. |ligadas ao turismo;coordenar e orientar|
| | |trabalhos de seleção e classificação de|
| | |locais e áreas de interesse, visando ao|
| | |adequado aproveitamento dos recursos|
| | |naturais e culturais, de acordo com sua|
| | |natureza geográfica, histórica, artís-|
| | |tica e cultural, bem como realizar|
| | |estudos de viabilidade econômica ou|
| | |técnica;diagnosticar as potencialidades|
| | |e as deficiências para o desenvolvi-|
| | |mento do turismo da região; criar e|
| | |implantar roteiros e rotas turísticas;|
| | |formular e implantar prognósticos e|
| | |proposições para o desenvolvimento do|
| | |turismo da região, entre outros, res-|
| | |peitados os regulamentos do serviço. |
|_____________________|_____________________|_______________________________________|

GRUPO 2 - CARGOS DE NÍVEL MÉDIO - CNM.


___________________________________________________________________________________
| CARGO | REQUISITOS | ATRIBUIÇÕES GENÉRICAS |
|=====================|=====================|=======================================|
|Agente de Tributação |Ensino Médio Completo|Executar, ou auxiliar a execução da|
| | |política tributária e fazendária muni-|
| | |cipal, respeitadas a legislação e os|
| | |regulamentos do Serviço onde tem|
| | |lotação. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Assistente Adminis-|Ensino Médio Completo|Executar tarefas relacionadas à rotina|
|trativo | |administrativa do órgão de lotação,|
| | |incluídas as atividades que exijam|
| | |atendimento, digitação e arquivo, res-|
| | |peitados os regulamentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Agente de Vigilância|Ensino Médio Completo|Executar, ou auxiliar a execução de|
|Sanitária | |tarefas e trabalhos relacionados com as|
| | |atividades de saneamento ambiental,|
| | |respeitadas a formação, as normas|
| | |técnicas, a legislação profissional e|
| | |os regulamentos do serviço onde tem|
| | |lotação. |

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|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Agente de Proteção|Ensino Médio Completo|Execução de tarefas e trabalhos rela-|
|Ambiental | |cionados com as atividades de fiscali-|
| | |zação ambiental, envolvendo a fauna e a|
| | |flora, respeitada a legislação e as|
| | |normas do serviço onde tem lotação. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Educador Social |Ensino Médio Completo|Atuar em programas sócio-educativos de|
| | |atendimento à população (criança, adul-|
| | |to, adolescente, idoso, portadores de|
| | |deficiência física) em situação de ris-|
| | |co social, entre outros, respeitados os|
| | |regulamentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Fiscal de Obras e|Ensino Médio Completo|Executar, ou auxiliar a execução de|
|Posturas |e Carteira Nacional|tarefas e trabalhos relacionados com as|
| |de Habilitação com|atividades de fiscalização da obras,|
| |categoria a ser defi-|postura e serviços municipais, respei-|
| |nida em concurso|tada a legislação e os regulamentos do|
| |público. |Serviço onde tem lotação. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Fiscal de Trânsito e|Ensino Médio Completo|Executar, ou auxiliar a execução de|
|Transportes |e Carteira Nacional|tarefas e trabalhos relacionados com as|
| |de Habilitação com|atividades de fiscalização da obras,|
| |categoria a ser defi-|postura e serviços municipais, respei-|
| |nida em concurso|tada a legislação e os regulamentos do|
| |público. |Serviço onde tem lotação. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Fotógrafo |Curso Técnico em Fo-|Executar, ou auxiliar a execução de|
| |tografia ou Ensino|tarefas e trabalhos relacionados com as|
| |Médio Completo, com|atividades na área de fotografia,|
| |curso profissionali-|incluídas as atividades de montagem,|
| |zante na área de|revelação fotografia, além de trabalhos|
| |fotografia. |de câmara escura, professor de fotogra-|
| | |fia, entre outras, respeitados os re-|
| | |gulamentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Programador de Com-|Curso Técnico em Pro-|Executar ou auxiliar a execução de ta-|
|putador |gramação de Microcom-|refas e trabalhos relacionados com as|
| |putador ou Ensino|atividades na área de informática, in-|
| |Médio Completo com|cluindo atividades de desenvolvimento|
| |curso técnico em|de projetos e programas básicos de|
| |informática. |computador, instalação, configuração,|

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28/32

| | |operação e manutenção de microcomputa-|


| | |dores, redes de computadores e planeja-|
| | |mento de hipertextos, respeitados os|
| | |regulamentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Projecionista (Opera-|Ensino Médio completo|Operar aparelhos de produção cinemato-|
|dor de Projetor Cine-|e curso profissiona-|gráfica e equipamentos de produção de|
|matográfico) |lizante na área. |imagem e som; verificar o funcionamento|
| | |da equipe de projeção, montar e desmon-|
| | |tar fios e complementos; controlar a|
| | |qualidade de exibições de filmes; ope-|
| | |rar vídeo cassete e vídeo wall (telão),|
| | |respeitados os regulamentos de serviços|
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Técnico Agrícola Cur-|Completo com curso|Executar, ou apoiar a execução de ati-|
|so Técnico Agrícola|profissionalizante na|vidades relacionadas com pesquisas e|
|ou Ensino Médio |área agrícola, com|projetos de campo nas áreas de assis-|
| |registro profissional|tência e de tecnologia aplicáveis à|
| | |prática de plantio, manejo de máquinas,|
| | |uso de defensivo e similares e a comer-|
| | |cialização, respeitados os regulamentos|
| | |do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Técnico em Agrimen-|Curso Técnico em|Desenvolver trabalhos técnicos de|
|sura |Agrimensura ou Ensino|levantamentos topográficos de demarca-|
| |Médio Completo com|ção de áreas urbanas e rurais, cálculos|
| |profissionalizante, |topográficos, desenhos de plantas,|
| |com registro profis-|cartas, memórias descritivas e outras|
| |sional. |atividades semalhantes, respeitados os|
| | |regulamentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Técnico de Controle|Curso Técnico em Con-|Executar atividades de apoio ao acom-|
|Interno |tabilidade ou Ensino|panhamento, controle e fiscalização da|
| |Médio Completo, com|legalidade, eficácia e eficiência da|
| |curso profissionali-|gestão contábil, ornamentaria, finan-|
| |zante em contabilida-|ceira, patrimonial, de pessoal e admi-|
| |de. |nistrativa nos órgãos do poder execu-|
| | |tivo, respeitados os regulamentos do|
| | |serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Técnico em Contabili-|Curso Técnico em Con-|Elaborar e corrigir balanços, saldos,|
|dade |tabilidade com regis-|demonstrativos relatórios e manter o|
| |tro profissional. |controle contábil, emitindo pareceres,|

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29/32

| | |respeitada a formação, a legislação|


| | |profissional e os regulamentos do Ser-|
| | |viço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Técnico em Edifica-|Ensino Médio comple-|Curso Técnico em Edificações, com re-|
|ções |to, com curso Profis-|gistro profissional. Executar, preparar|
| |sionalizante na área|e acompanhar estudos, projetos e obras|
| |de Edificações ou|relativos à construção, reparação e|
| | |conservação de edifícios e outras obras|
| | |de engenharia civil, utilizando proce-|
| | |dimentos de caráter técnico,respeitados|
| | |os regulamentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Técnico em Eletrônica|Curso Técnico em Ele-|Desenvolver estudos e pesquisas relaci-|
| |trônica ou Ensino Mé-|onados à manutenção corretiva, preven-|
| |dio Completo com cur-|tiva e preditiva dos dispositivos de|
| |so profissionalizante|circuito eletrônico e promover mudanças|
| |na área de eletrôni-|no processo de produção e automação,|
| |ca, com registro|treinar, acompanhar e avaliar os usuá-|
| |profissional. |rios, respeitados os regulamentos do|
| | |serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Técnico Eletricista|Curso Técnico Eletri-|Planejar, executar e elaborar estudos e|
| |cista ou Ensino Médio|projetos elétricos, participar do de-|
| |Completo com curso|senvolvimento de processos que operam|
| |profissionalizante na|sistemas elétricos e realizar a manu-|
| |área eletricista, com|tenção e instalação dos serviços, res-|
| |registro profissional|peitados os regulamentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Técnico em Segurança|Curso Técnico em Se-|Planejar, coordenar e executar ações de|
|do Trabalho |gurança do Trabalho|segurança e higiene no trabalho; im-|
| |ou Ensino Médio Com-|plantar medidas de prevenção da área;|
| |pleto, com curso|supervisionar os ambientes de trabalho|
| |profissionalizante na|e treinar os usuários do serviço, res-|
| |área de Segurança do|peitados os regulamentos dos serviços. |
| |Trabalho. | |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Técnico em Sonoriza-|Ensino Médio completo|Configurar, operar e monitorar sistemas|
|ção |e certificados de|de sonorização; fazer o mapa de som,|
| |cursos na área de|bem como realizar os serviços de sono-|
| |sonorização |rização dos shows e espetáculos tea-|
| | |trais,promovidos pelo setor de lotação,|
| | |respeitados os regulamentos do serviço.|

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30/32

|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Técnico em Telecomu-|Ensino Médio Completo|Elaborar, instalar, testar e realizar|
|nicações |ou Curso Técnico na|manutenções preventivas e corretivas de|
| |área de Telecomuni-|sistemas de telecomunicações; supervi-|
| |cações, com registro|sionar tecnicamente processos e servi-|
| |profissional. |ços de telecomunicações; reparar equi-|
| | |pamentos e prestar assistência técnica,|
| | |respeitados os regulamentos do serviço.|
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Serigrafista |Ensino Médio Completo|Ministrar aulas de serigrafia; desen-|
| |e com curso profis-|volver técnicas básicas de serigrafia,|
| |sionalizante na área.|quais sejam: confecção de dispositivos,|
| | |preparação e revelação de matrizes com|
| | |substratos variados, entre outros,|
| | |respeitados os regulamentos do serviço.|
|_____________________|_____________________|_______________________________________|

GRUPO 3 - CARGO DE NÍVEL FUNDAMENTAL COMPLETO - CNF


___________________________________________________________________________________
| CARGO | REQUISITOS | ATRIBUIÇÕES GENÉRICAS |
|=====================|=====================|=======================================|
|Auxiliar Administra-|Ensino Fundamental|Auxiliar a execução de tarefas e traba-|
|tivo |Completo. |lhos de baixa complexidade,relacionados|
| | |com as atividades meio e fim do órgão|
| | |de lotação, respeitados os regulamentos|
| | |do Serviço. |
|_____________________|_____________________|_______________________________________|

GRUPO 4 - CARGO DE NÍVEL FUNDAMENTAL INCOMPLETO - CNFI


___________________________________________________________________________________
| CARGO | REQUISITOS | ATRIBUIÇÕES GENÉRICAS |
|=====================|=====================|=======================================|
|Agente de Manutenção |Ensino Fundamental|Executar, ou auxiliar a execução de|
| |Incompleto. |tarefas e trabalhos relacionados com as|
| | |atividades meio e fim do órgão de lo-|
| | |tação, nas áreas de manutenção e refor-|
| | |ma predial, instalação de redes elétri-|
| | |cas, hidráulicas, de máquinas, equipa-|
| | |mentos, aparelhos,respeitadas as normas|
| | |técnicas e os regulamentos do Serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Agente de Limpeza|Ensino Fundamental|Executar as tarefas e trabalhos rela-|
|Urbana |Incompleto. |cionados com a manutenção e limpeza de|

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31/32

| | |áreas públicas urbanas tais como: cole-|


| | |ta de lixo domiciliar e hospitalar,|
| | |coleta de saldo de varrição, varrição|
| | |de vias e logradouros públicos,roçagem,|
| | |remoção de entulho, podendo para isso a|
| | |utilização de máquinas, equipamentos,|
| | |aparelhos, respeitadas as normas técni-|
| | |cas e os regulamentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Agente de Paisagismo|Ensino Fundamental|Execução de tarefas e trabalhos rela-|
|e Arborização |Incompleto. |cionados ao paisagismo e arborização da|
| | |cidade, com atividade meio e fim do|
| | |órgão de lotação, respeitados os regu-|
| | |lamentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Agente de Obras e|Ensino Fundamental|Execução de serviços de soldador,|
|Serviços |Incompleto. |eletricista, mecânico, borracheiro,|
| | |pedreiro, carpinteiro, lubrificador,|
| | |respeitadas as normas técnicas e os|
| | |regulamentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Auxiliar de Serviços|Ensino Fundamental|Executar,ou auxiliar de serviços gerais|
|Gerais |Incompleto. |de infra-estrutura, almoxarifado, lim-|
| | |peza, copa, jardinagem, carga, descarga|
| | |manutenção em geral, respeitados os|
| | |regulamentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Auxiliar de Paisagis-|Ensino Fundamental|Auxiliar a execução de tarefas e|
|mo e Arborização |Incompleto. |trabalhos relacionados ao paisagismo e|
| | |arborização da cidade e às atividades|
| | |meio e fim do órgão de lotação, respei-|
| | |tadas as normas técnicas e os regula-|
| | |mentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Auxiliar de Topógrafo|Ensino Fundamental|Executar, ou auxiliar a execução de|
| |Incompleto. |tarefas e trabalhos relacionados com a|
| | |atividade de topografia, sob a super-|
| | |visão do topógrafo, respeitados os|
| | |regulamentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Operador de Máquinas|Ensino Fundamental|Operação de Máquinas, incluindo agríco-|
|Pesadas |Incompleto e Carteira|las e equipamentos rodoviários;realizar|
| |Nacional de Habilita-|pequenos reparos, quando necessário e|

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| |ção com categoria a|zelar pela sua limpeza e manutenção,|


| |ser definida em|respeitadas as normas técnicas e os|
| |concurso público. |regulamentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Motorista |Ensino Fundamental|Dirigir veículos automotores de acordo|
| |Incompleto e Carteira|com a legislação;realizar a manutenção,|
| |Nacional de Habilita-|auxiliar em carga e descarga, além de|
| |ção com categoria a|informar ao superior qualquer ocorrên-|
| |ser definida em|cia com o veículo,respeitadas as normas|
| |concurso público. |técnicas e os regulamentos do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Mecânico |Ensino Fundamental|Executar, ou auxiliar a execução de|
| |Incompleto. |tarefas e trabalhos relacionados com as|
| | |atividades meio e fim do órgão do|
| | |lotação, nas áreas de manutenção e|
| | |instalação, respeitados os regulamentos|
| | |do serviço. |
|---------------------|---------------------|---------------------------------------|
|Vigia |Ensino Fundamental|Execução de tarefas de baixa complexi-|
| |Incompleto. |dade que exijam habilidade motora e|
| | |médio esforço físico de apoio as|
| | |atividades administrativas na área de|
| | |vigilância em prédio público em confor-|
| | |midade com o regulamento do serviço. |
|_____________________|_____________________|_______________________________________|

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Conhecimentos específicos

CONHECIMENTOS
ESPECÍFICOS

MÉRITO
Apostilas 1
Anatomia, Fisiologia E Patologia Dos Animais Domésticos E De Interesse Pecuário

Anatomia, Fisiologia E Patologia


Dos Animais Domésticos E De
Interesse Pecuário

1
Anatomia, Fisiologia E Patologia Dos Animais Domésticos E De Interesse Pecuário

Anatomia e Fisiologia Animal

A anatomia animal é o ramo da biologia que estuda a forma e a estrutura do corpo dos
organismos pertencentes ao reino Animalia. Este importante campo permitiu -nos conhecer a
estrutura do nosso corpo e de outros seres vivos e compreender o seu funcionamento. Por
exemplo, entender que o sangue circula nos vasos sanguíneos só foi possível por meio de
estudos anatômicos que analisaram o interior de nossos corpos. Sem essa região não sabe-
ríamos nem a ordem dos órgãos do nosso corpo, e assim não conseguiríamos criar trata-
mentos para determinadas doenças e realizar cirurgias. Portanto, podemos concluir que esta
área da biologia é crucial para a medicina e tem influenciado diretamente todo o nosso co-
nhecimento sobre saúde.

Além disso, a anatomia comparativa, ou seja, o estudo comparativo das estruturas de


diferentes animais, inclusive humanos, é muito importante para a compreensão dos proces-
sos evolutivos. Órgãos semelhantes em organismos diferentes possibilitam a formação de
laços de parentesco entre espécies diferentes. Outro departamento intimamente relacionado
com a anatomia e também muito importante na área da saúde é a fisiologia animal. Com isso
é possível entender como funciona o corpo do animal, assim como cada parte dele.

Anatomia e fisiologia são áreas que andam juntas e têm uma relação íntima, pois o co-
nhecimento das partes do corpo é essencial para a compreensão de suas funções. Sem co-
nhecer os órgãos que compõem o sistema digestivo, é impossível entender, por exemplo, o
mecanismo da digestão. E de pouco vale um conhecimento exclusivo dos nomes dos órgãos
sem compreender sua função e funcionamento.

2
Sanidade Animal Enfermidade Que Acontecem Os Animais

Sanidade Animal Enfermidade


Que Acontecem Os Animais

1
Sanidade Animal Enfermidade Que Acontecem Os Animais

Sanidade animal

Sanidade animal é o estado de saúde de um animal, que pode ser afetado por uma
variedade de fatores, incluindo genética, ambiente, alimentação e manejo. As doenças que
acometem os animais podem ser classificadas em diferentes categorias, de acordo com sua
causa, origem e sintomas.

Doenças infecciosas são causadas por agentes patogênicos, como vírus, bactérias,
fungos e parasitas. Essas doenças podem ser transmitidas de animal para animal, de animal
para humano ou do ambiente para o animal. Algumas das doenças infecciosas mais comuns
em animais de estimação incluem:

 Cinomose: é uma doença viral que causa problemas respiratórios, digestivos e


neurológicos em cães.

 Panleucopenia felina: é uma doença viral que causa vômito, diarreia e anemia em
gatos.

 Leishmaniose: é uma doença causada por um protozoário que pode ser transmitida
para cães, gatos e humanos através da picada de um mosquito.

 Raiva: é uma doença viral que é fatal para animais e humanos.

Doenças parasitárias são causadas por parasitas, como vermes, protozoários e


ectoparasitas (pulgas, carrapatos e ácaros). Esses parasitas podem causar uma variedade
de problemas de saúde, incluindo perda de peso, anemia, problemas digestivos e
respiratórios. Algumas das doenças parasitárias mais comuns em animais de estimação
incluem:

 Giardiose: é uma doença causada por um protozoário que pode causar diarreia,
vômito e perda de peso em cães e gatos.

 Leptospirose: é uma doença bacteriana que pode ser transmitida para cães e
humanos através da urina de animais infectados.

 Dipilidiose: é uma doença causada por um verme que pode causar diarreia, vômito e
perda de peso em cães e gatos.

 Sarna: é uma doença causada por ácaros que pode causar coceira, queda de pelo e
feridas na pele em cães e gatos.

Doenças não infecciosas são causadas por fatores não infecciosos, como deficiências
nutricionais, traumas, intoxicações e alergias. Essas doenças podem ser causadas por uma
variedade de fatores, como má alimentação, acidentes, exposição a produtos químicos ou
contato com substâncias irritantes. Algumas das doenças não infecciosas mais comuns em
animais de estimação incluem:

2
Sanidade Animal Enfermidade Que Acontecem Os Animais

 Osteodistrofias: são doenças que afetam os ossos e as articulações, causando dor e


dificuldade de locomoção.

 Hiperadrenocorticismo: é uma doença que causa excesso de produção de hormônios


pelas glândulas suprarrenais.

 Diabetes mellitus: é uma doença que causa aumento dos níveis de açúcar no sangue.

 Câncer: é um crescimento anormal de células que pode ocorrer em qualquer parte do


corpo.

A prevenção de doenças em animais é importante para garantir a saúde e o bem-estar


dos animais. Algumas das medidas de prevenção que podem ser adotadas incluem:

 Vacinações: as vacinas ajudam a proteger os animais contra doenças infecciosas.

 Vermifugação: a vermifugação ajuda a eliminar os parasitas do corpo dos animais.

 Alimentação adequada: uma alimentação adequada ajuda a manter os animais


saudáveis e fortes.

 Manutenção adequada: o manejo adequado dos animais ajuda a evitar traumas e


acidentes.

Méri Curiosidade

O diagnóstico e o tratamento de doenças em animais devem ser realizados por um


médico-veterinário. O médico-veterinário é o profissional capacitado para identificar a causa
da doença e recomendar o tratamento adequado.

3
Doenças De Notificação Obrigatória

Doenças De Notificação
Obrigatória

1
Doenças De Notificação Obrigatória

Doenças e Agravos de Notificação Compulsória

 Acidente de trabalho

 Aids

 Coqueluche

 Meningites

 Sarampo e rubéola (doenças exantemáticas)

 Síndrome Gripal (com dados COVID19)

 Síndrome Respiratória Aguda Grave (com dados COVID19)

 Surtos Notificados (incluindo Síndrome Gripal)

 Planilha de Acompanhamento de Surtos (incluindo Síndrome Gripal)

 Tuberculose

 Violência e Acidentes

Notificação Compulsória

Comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais


de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a
ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública.

2
Epidemiologia

Epidemiologia

1
Epidemiologia

Epidemiologia

Epidemiologia propõe-se estudar quantitativamente a distribuição dos fenômenos de sa-


úde/doença, e seus fatores condicionantes e determinantes, nas populações humanas.

A epidemiologia, portanto, é um campo da ciência que trata dos vários fatores genéticos,
sociais ou ambientais e condições derivados de exposição microbiológica, tóxica, traumática,
etc. que determinam a ocorrência e a distribuição de saúde, doença, defeito, incapacidade e
morte entre os grupos de indivíduos.

Sumariamente a definição de epidemiologia é o estudo da distribuição das doenças e


seus determinantes. Como observa Almeida Filho (1989) o termo distribuição está contido no
termo população e o processo determinação está associado à delimitação da doença que, por
sua vez, abrange concepções derivadas da prática clínica e próprias da epidemiologia. O es-
tudo do processo saúde-doença através do método epidemiológico possui uma dimensão de
determinação social, e como se sabe, as sociedades estão sujeitas a leis próprias, cuja expli-
cação ultrapassa as possibilidades do método clínico.

Entendem-se determinantes sociais de saúde como as condições de vida e trabalho dos


indivíduos e de grupos da população, que estão relacionadas com sua situação de saúde.
Cabe à epidemiologia descritiva a avaliação da frequência ou distribuição das enfermidades e
à epidemiologia analítica o estudo dos fatores (causais) que explicam tal distr ibuição, relacio-
nando uma determinada situação de saúde, ou seja, as desigualdades dos níveis de saúde
entre grupos populacionais, com a eficácia das intervenções realizadas no âmbito da saúde
pública, ou mesmo identificando suas causas no modo como tais iniquidades são produzidas,
na forma como a sociedade se organiza e desenvolve.

Metodologia da investigação epidemiológica

Segundo Pereira, a sistemática predominante de raciocínio, em epidemiologia, é própria


da lógica indutiva, mediante a qual, partindo-se de certo número de dados, estabelece-se uma
proposição mais geral e, ainda segundo esse autor, os métodos utilizados na epidemiologia
são encontrados em outras áreas do conhecimento, embora seja frequente a referência a mé-
todos epidemiológicos, eles devem ser entendidos como certo número de estratégias adapta-
das para aplicação a situações próprias do estudo da saúde da população.

A identificação do padrão de ocorrência de doenças nas populações humanas e dos fa-


tores que influenciam (determinam, condicionam) tem sido reiteradamente definida como o
objeto de estudo da epidemiologia. Segundo a Associação Internacional de Epidemiologia
(IEA), epidemiologia é o estudo dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das
doenças nas coletividades humanas.

As Hipóteses epidemiológicas (elemento indispensável de qualquer pesquisa científica)


deverão relacionar tais fatores ou variáveis, orientando a forma com que os dados referentes

2
Epidemiologia

ao agravo e seus fatores condicionantes ou determinantes serão associados bem como o con-
texto (tipo de estudo) em que os resultados encontrados serão submetidos à comparação e
análise (exame da associação para estabelecer a associação encontrada entre eventos ou
variáveis).

Rothman et al. destacam que um evento, uma condição, ou uma característica não se
constituem como uma causa em si, considerados isoladamente, somente são identificados
enquanto parte de um contraste causal com um evento, uma condição ou uma característica
alternativa.

Na investigação epidemiológica a identificação da doença (definição de caso) tem uma


natureza ditada pela comparabilidade potencial e uma tendência à padronização, ao contrário
da clínica que reconhece a individualidade de cada paciente. Considerando o substrato teórico
dos respectivos campos de conhecimento, o objeto da clínica é essencialmente qualitativo
enquanto que o objeto fundamental da epidemiologia é por definição quantitativo, expressando
relações numéricas entre eventos.

Os instrumentos de medida e/ou identificação de caso estão sujeitos a erros sistemáticos


(viés) em função de sua maior ou menor sensibilidade (capacidade para identificar um maior
número de casos incluindo inevitavelmente os falsos positivos) e especificidade (capacidade
de só incluir casos positivos).

Epidemiologia aplicada a serviços de saúde

A aplicação ao planejamento de serviços de saúde tem sido o maior uso da epidemiologia,


em função dessa aplicação tem-se desenvolvida a legislação e estratégia da Vigilância epide-
miológica e organização dos sistemas de informação em saúde no âmbito governamental.
Possas e Breilh ressaltam a demanda de construção do conceito de perfil epidemiológico fun-
damentado no conceito de classe social (e frações sociais especiais) na avaliação doas con-
dições de vida e saúde de uma população.

No Brasil o Sistema de Vigilância Epidemiológica foi instituído pela lei nº 6.259 de 1975
que articula o Ministério da Saúde à setores específicos das Secretarias Estaduais de Saúde,
organizando o sistema nacional de informações de saúde que constitui, hoje, o DATASUS.

Desde a criação do SUS em 1988, a Epidemiologia em Serviços de saúde tem sido forta-
lecida por meio do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde. Anteriormente, com a criação
do Centro Nacional de Epidemiologia (Cenepi), instituído como departamento da Fundação
Nacional de Saúde (Funasa), quando a necessidade de expandir a aplicação da epidemiologia
em serviços para as análises de situação de saúde, com objetivo de subsidiar a formulação
de políticas.

3
Epidemiologia

Em 1992, a criação do Informe Epidemiológico do SUS (IESUS), editado pela Cenepi/Fu-


nasa com a missão de difundir o conhecimento epidemiológico aplicável às ações de vigilância,
prevenção e controle de doenças e agravos de interesse da saúde pública, visando ao apri-
moramento dos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Em função da utilização institucional e particularidades do objeto de análise e/ ou com-


partilhamento de metodologias específicas de análise, podemos destacar ainda: as avaliações
de impacto ambiental, ou seja, o aspecto da saúde ambiental e interpretação distinta que os
ecologistas e epidemiologistas dão à exposição, dano ambiental; a epidemiologia genética
com suas distinções dos clássicos estudos da frequência de genes mutantes e genética de
populações; a epidemiologia molecular com suas distinções da ecotoxicologia e análise dos
fenômenos biológicos ao nível atômico ou celular, entre outros. Uma relação sem dúvida in-
completa é a que se segue:

Usos da epidemiologia:

 Epidemiologia molecular

 Epidemiologia genética

 Epidemiologia veterinária

 Epidemiologia das doenças infecciosas e parasitárias

 Epidemiologia das doenças não transmissíveis

 Neuroepidemiologia

 Epidemiologia da violência

 Epidemiologia ambiental

 Epidemiologia aplicada à serviços de saúde

 Epidemiologia das Infecções hospitalares

Limites da Epidemiologia

Atualmente a epidemiologia é um dos três pilares da saúde coletiva, os demais são a


Gestão/Planejamento e as Ciências Sociais.

A epidemiologia nasceu a partir das oposições entre indivíduo e coletivo; cultura e natu-
reza; corpo e alma. Nesse contexto, atualmente é vista como uma ciência inteiramente quan-
titativa, que visa medir impactos relacionados a problemas de saúde relevantes da população,

4
Epidemiologia

tendo como base características de estilo de vida, classes sociais, eventos de doenças, nas-
cimento e óbitos.

Assim, obviamente é necessário que haja técnicas e procedimentos estatísticos de alta


complexidade, para abranger toda gama de dados. Basicamente, o foco epidemiológico con-
siste na análise de frequências e distribuições de saúde; com observação dos fenômenos de
saúde e doença; além da definição de cursos de estratégias apropriadas.

Entretanto, há diversos fatores que o contexto epidemiológico não consegue abordar. Ao


longo de todos os anos, vários autores importantes na história da epidemiologia lutaram para
que esta ciência fosse vista com um olhar coletivo. A partir daí, nota-se que a epidemiologia
não estuda dados individuais, ou seja, como ciência inteiramente voltada para o estudo “cole-
tivo” a epidemiologia se limita a grupos e não casos isolados.

Como ciência qualitativa, a epidemiologia propõe, de forma sistêmica, a coleta de dados.


Todavia, o processo de humanização e interação é deixado de lado, uma vez que não faz parte
desse contexto englobar fatores sociais que vão além do estabelecido. Partindo desse pres-
suposto, a Ciência Social surge como forma de estabelecer uma interdisciplinaridade. Essa
ciência alcança grupos sociais, incluindo a participação, comunicação e diálogo uns com os
outros, a fim de que haja uma aproximação do contexto “saúde-doença” com o tema de huma-
nização e atenção ao indivíduo.

Saneamento

Saneamento é o conjunto de medidas que visa preservar ou modificar as condições do


meio ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde, melhorar a quali-
dade de vida da população e à produtividade do indivíduo e facilitar a atividade econômica. No
Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição e definido pela Lei nº.
11.445/2007 como o conjunto dos serviços, infraestrutura e Instalações operacionais de abas-
tecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de
resíduos sólidos e de águas pluviais.

Embora atualmente se use no Brasil o conceito de Saneamento Ambiental como sendo


os 4 serviços citados acima, o mais comum é o saneamento seja visto como sendo os serviços
de acesso à água potável, à coleta e ao tratamento dos esgotos.

Sua importância

Ter saneamento básico é um fator essencial para um país poder ser chamado de país
desenvolvido. Os serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos levam à melhoria
da qualidade de vidas das pessoas, sobretudo na saúde Infantil com redução da mortalidade
infantil, melhorias na educação, na expansão do turismo, na valorização dos imóveis, na renda
do trabalhador, na despoluição dos rios e preservação dos recursos hídricos, etc.

5
Epidemiologia

Em 2017, segundo o Ministério da Saúde (DATASUS), foram notificadas mais de 258 mil
internações por doenças de veiculações hídricas no país.

Em vinte anos (2016 a 2036), considerando o avanço gradativo do saneamento, o valor


presente da economia com saúde, seja pelos afastamentos do trabalho, seja pelas despesas
com internação.

6
Noções De Bioestatística

Noções De Bioestatística

1
Noções De Bioestatística

Bioestatística

Bioestatística é a aplicação da estatística às ciências da vida e da saúde, como biologia,


biotecnologia, medicina, epidemiologia, entre outras. Ela fornece métodos e ferramentas
para coletar, organizar, analisar e interpretar dados que possam auxiliar na compreensão de
fenômenos biológicos, na avaliação de tratamentos, na identificação de fatores de risco, na
tomada de decisões e na elaboração de políticas públicas.

Algumas noções básicas de bioestatística são:

 Teste de hipóteses: é um procedimento que permite verificar se uma afirmação sobre


uma população é verdadeira ou falsa, com base em uma amostra representativa. Por
exemplo, se queremos saber se um novo medicamento é eficaz para reduzir a pressão
arterial, podemos formular duas hipóteses: a hipótese nula (H0), que assume que o
medicamento não tem efeito, e a hipótese alternativa (H1), que assume que o medicamento
tem efeito. Em seguida, realizamos um experimento controlado e aleatório, onde
comparamos a pressão arterial de um grupo que recebe o medicamento com a de um grupo
que recebe um placebo. Com base nos resultados, calculamos uma medida de evidência
chamada valor-p, que indica a probabilidade de obter uma diferença tão grande ou maior
entre os grupos, se a hipótese nula fosse verdadeira. Se o valor-p for menor que um nível de
significância pré-estabelecido (geralmente 0,05), rejeitamos a hipótese nula e aceitamos a
hipótese alternativa, concluindo que o medicamento é eficaz. Caso contrário, não rejeitamos
a hipótese nula e não podemos afirmar que o medicamento é eficaz.

 Distribuições estatísticas: são modelos matemáticos que descrevem a frequência ou a


probabilidade de ocorrência de diferentes valores de uma variável aleatória. Por exemplo, a
distribuição normal é uma das mais usadas na bioestatística, pois muitas variáveis
biológicas, como altura, peso, pressão arterial, etc., tendem a seguir esse padrão. A
distribuição normal tem a forma de uma curva simétrica em torno de uma média, e é definida
por dois parâmetros: a média e o desvio padrão. A média representa o valor central da
distribuição, e o desvio padrão representa a dispersão dos dados em torno da média. A
distribuição normal tem a propriedade de que 68% dos dados estão dentro de um desvio
padrão da média, 95% dos dados estão dentro de dois desvios padrão da média, e 99,7%
dos dados estão dentro de três desvios padrão da média. Essa propriedade é útil para
calcular intervalos de confiança, que são faixas de valores que contêm o verdadeiro valor de
um parâmetro com uma certa probabilidade.

 Interpretação estatística de dados: é a arte de extrair informações relevantes e


significativas dos dados, usando técnicas e conceitos da bioestatística. Para isso, é preciso
considerar o contexto, o objetivo, o desenho e a qualidade do estudo, bem como as
limitações e as implicações dos resultados. A interpretação estatística de dados envolve a
análise descritiva, que resume os dados usando medidas de tendência central (como média,
mediana e moda), medidas de dispersão (como desvio padrão, variância e coeficiente de
variação), gráficos (como histogramas, boxplots e diagramas de dispersão) e tabelas (como
tabelas de frequência e tabelas cruzadas); e a análise inferencial, que testa hipóteses,
compara grupos, avalia associações, ajusta modelos e estima parâmetros, usando testes
2
Noções De Bioestatística

estatísticos (como t de Student, ANOVA, qui-quadrado, correlação e regressão), intervalos de


confiança e valores-p.

3
Desenvolvimento De Programas Sanitários

Desenvolvimento De Programas
Sanitários

1
Desenvolvimento De Programas Sanitários

Desenvolvimento de programas sanitários

O desenvolvimento de programas sanitários é um processo complexo que envolve a


identificação de riscos, a definição de objetivos e metas, o desenvolvimento de estratégias e
ações, e a avaliação dos resultados.

O processo de desenvolvimento de programas sanitários pode ser dividido em cinco


etapas:

1. Identificação de riscos: A primeira etapa é identificar os riscos que afetam a


saúde animal ou vegetal. Esses riscos podem ser representados por doenças, pragas,
contaminantes ou outros fatores que podem causar danos à saúde ou à produtividade.

2. Definição de objetivos e metas: A segunda etapa é definir os objetivos e metas


do programa. Os objetivos são as aspirações gerais do programa, enquanto as metas são os
resultados específicos que o programa deve alcançar.

3. Desenvolvimento de estratégias e ações: A terceira etapa é desenvolver as


estratégias e ações que serão utilizadas para alcançar os objetivos e metas do programa.
Essas estratégias podem incluir medidas de prevenção, controle ou erradicação.

4. Implementação: A quarta etapa é implementar o programa. Esta etapa envolve a


execução das estratégias e ações definidas na etapa anterior.

5. Avaliação: A quinta e última etapa é avaliar os resultados do programa. Esta


avaliação é importante para verificar se o programa está alcançando seus objetivos e metas.

O desenvolvimento de programas sanitários é uma atividade essencial para a proteção


da saúde animal e vegetal. Os programas sanitários bem-sucedidos contribuem para a
segurança alimentar, a saúde pública e a economia.

No Brasil, o desenvolvimento de programas sanitários é coordenado pelo Ministério da


Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O MAPA é responsável por elaborar e
implementar programas nacionais e estaduais de defesa agropecuária.

Alguns exemplos de programas sanitários desenvolvidos no Brasil incluem:

 Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA): o PNEFA visa


erradicar a febre aftosa no Brasil.

 Programa
Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal
(PNCEBT): o PNCEBT visa erradicar a brucelose e a tuberculose animal no Brasil.

 Programa Nacional de Defesa Sanitária Animal (PNDA): o PNDA visa promover a


sanidade animal no Brasil.

O desenvolvimento de programas sanitários é uma atividade complexa e desafiadora,


mas é essencial para a proteção da saúde animal e vegetal.

2
Clínica Médico-Cirúrgica Veterinária

Clínica Médico-Cirúrgica
Veterinária

1
Clínica Médico-Cirúrgica Veterinária

Clínica Médica

Os animais são atendidos por ordem de chegada, onde os secretários abrem a ficha clí-
nica do paciente, preenchendo os dados referentes à resenha e efetuando a pesagem dos
animais. Então, estes são encaminhados ao consultório veterinário, onde os estagiários têm
o primeiro contato com o cliente, realizando a anamnese e o exame físico do paciente.

Posteriormente, o médico veterinário responsável observa as anotações efetuadas pelo


estagiário e dando seqüência, realizam os procedimentos de pedido de exames complemen-
tares, encaminhamentos para a internação ou cirurgia, receituários e outros. Os casos clíni-
cos e cirúrgicos que ocorreram nesse período estão citados na Tabela 1.

TABELA 1 –

Casos clínicos e cirúrgicos acompanhados no Hospital Veterinário da Escola de Veteri-


nária da UFG (HV/EV/UFG) durante o período de estágio curricular

TABELA 1 –

Casos clínicos e cirúrgicos acompanhados no HV/EV/UFG durante o período de estágio


curricular

2
Clínica Médico-Cirúrgica Veterinária

Clínica Cirúrgica

Exceto em casos de emergência, os proprietários de todos os animais que serão sub-


metidos há algum tipo de intervenção são recomendados a submeter seus referidos anima is
a jejum hídrico e alimentar total por oito a 12 horas previamente ao procedimento.

Os animais são pesados momentos antes da cirurgia para que seja realizado um cál-
culo seguro do protocolo anestésico e os estagiários escalonados para a clínica cirúrgica têm
a oportunidade de acompanhar os médicos veterinários nos procedimentos pré, trans e pós -
cirúrgicos, bem como a oportunidade de acompanhar a evolução do quadro clínico do ani-
mal. Os procedimentos cirúrgicos acompanhados durante o período de estágio cur ricular es-
tão citados na Tabela 2.

TABELA 2 –

Procedimentos cirúrgicos acompanhados no HV/EV/UFG durante o período do estágio


curricular

3
Inspeção Industrial E Sanitária De Produtos De Origem

Inspeção Industrial E Sanitária


De Produtos De Origem

1
Inspeção Industrial E Sanitária De Produtos De Origem

Decreto nº 9.013/2017

Segundo o Decreto nº 9.013/2017 (Brasil, 2017a), que regulamenta a Lei nº 7.889/1989,


para garantir a comercialização de produtos de origem animal em todo território brasileiro é
preciso obter um registro ou selo de inspeção, emitido pelo Serviço de Inspeção Federal
(SIF).

As normas sanitárias que regem a obtenção do registro SIF estão alinhadas com o
Codex Alimentarius, um programa criado pela Organização Mundial da Saúde para
estabelecer normas internacionais na área de alimentos e pressionar países membros a
adotarem diretrizes de segurança sanitária válidas em escala internacional, mesmo para
produtos comercializados localmente (Ribeiro; Jaime; Ventura, 2017). A preocupação de
base que subsiste nessas normas é com a segurança alimentar, do inglês food safety, que
se refere às condições e práticas que preservam a qualidade sanitária dos al imentos e visa a
prevenção de contaminação e doenças de origem alimentar ao longo do sistema alimentar
(FAO, 2019).

Pensado e analisado de forma limitada ao longo de décadas, o conceito de segurança


alimentar, além de ser incapaz de promover a segurança de sistemas alimentares globais,
como demonstram as epidemias e pandemias zoonóticas (ex.: gripe aviária, SARS -CoV-2
etc.), institucionalizou as desigualdades no acesso às cadeias produtivas, produzindo
vantagens para empresas com melhores condições de investir no ajuste aos padrões
internacionais impostos (Gonzalez, 2002; Jones et al., 2013). Ao mesmo tempo, o modelo
limita a inclusão produtiva da agricultura familiar, que encontra dificuldades de adequação a
esse processo que envolve grande volume de investimento em instalações e equipamentos
(Cruz; Schneider, 2010).

O que pauta essa discussão é a ideia de qualidade de alimentos. O art. 10 do Decreto


nº 9.013 define qualidade como “conjunto de parâmetros que permite caracterizar as
especificações de um produto de origem animal em relação a um padrão desejável ou
definido, quanto aos seus fatores intrínsecos e extrínsecos, higiênico-sanitários e
tecnológicos” (Brasil, 2017a). A discussão atual sobre redes agroalimentares alternativas e
produtos regionais, tradicionais, associados à cultura e local de origem, reposiciona a ideia
de qualidade apresentada nesse decreto, migrando de uma perspectiva biologicista e
industrial para outra ampliada, pautada na segurança alimentar e nutricional (SAN) ( Darolt et
al., 2016). A SAN amplia o debate proposto com o conceito de segurança de alimentos ao
reconhecer que outros condicionantes sociais, ambientais e econômicos modulam nossa
relação com os alimentos e os efeitos que dela advêm. A SAN é definida como um estado no
qual as pessoas acessam alimentos adequados, em quantidade e qualidade, sem
comprometer outras necessidades básicas, e salvaguardando a diversidade cultural, a
sustentabilidade econômica, social e ambiental.

Aqui nos cabe compreender, no contexto do conceito de SAN, a ideia de qualidade.


Essa discussão ampliada é de relevo para a área da saúde, visto que produtos artesanais,
tradicionais, que têm como base ingredientes locais e com baixo nível de processamento,
são importante alternativa à oferta de produtos ultra processados. É importante mencionar
2
Inspeção Industrial E Sanitária De Produtos De Origem

que, no país, a produção e o consumo de alimentos processados pela grande indústria


crescem em paralelo com o avanço da obesidade e das doenças crônicas não transmissíveis
relacionadas ao sobrepeso (Canella et al., 2014). Esses riscos devem ser considerados
pelos órgãos de inspeção e vigilância sanitária no Brasil, visto o dever do Estado de atuar
para reduzir o risco de doenças e de outros agravos, conforme estabelecido na Constituição
Federal, nos artigos 196 a 200.

Além disso, conforme já mencionamos, os frequentes surtos causados por alimentos de


origem animal (vaca louca, gripe aviária, febre suína africana) não são capazes de promover
um debate sobre a insuficiência do sistema de criação animal intensivo em produzir
alimentos de qualidade. Essa, sem dúvidas, é uma temática que deveria nos instigar a
pensar se a qualidade de alimentos com SAN, no sistema alimentar ocidental globalizado,
dependeria da adoção de novas racionalidades alimentares, tais como as diversas formas de
dietas baseadas em vegetais. Entretanto, tais questões não são objeto de análise deste
ensaio.

Este ensaio propõe uma discussão sobre a inspeção de produtos de origem animal no
Brasil e advoga pela adoção do conceito de qualidade alimentar, frequentemente pautado
pela perspectiva biologicista e industrial, que desconsidera os aspectos sociais, econômicos,
ambientais e, inclusive, nutricionais, da produção e consumo de alimentos.

Como perspectiva de método adotamos a proposta de ensaio de Theodor Adorno


(2003). O objetivo de um ensaio para Adorno é explorar, questionar, atacar o objeto como
forma de romper com imagens familiares, buscar sentidos, identificar pontos cegos e, por
fim, adquirir uma compreensão mais ampla sobre a questão em jogo. Ele denomina essa
disposição de explorar o objeto de impulso antissistemático, pois “ataca de diversos lados e
reúne no olhar de seu espírito aquilo que vê, pondo em palavras o que o objeto permite
vislumbrar sob as condições geradas pelo ato de escrever” (Adorno, 2003, p. 35-36).

Iniciamos o ensaio com uma discussão sobre o caso da inspeção de produtos de origem
animal no contexto nacional, definindo responsabilidades nas esferas governamentais,
pontos de vistas conflitantes entre os diversos atores do sistema alimentar, e propostas de
revisão de legislação em andamento que visam corrigir desigualdades de oportunidades no
acesso a este mercado. Na sequência, problematizamos o conceito de qualidade de
alimentos, ampliando sua compreensão e contextualizando-o no movimento contemporâneo
denominado “virada para a qualidade” (quality turn). Para concluir, localizamos essa reforma
epistemológica da qualidade como uma necessidade de reforma ética ampliada na
governança de alimentos, dada sua importância como bem vital, social e político.

3
Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controle - APPCC
A Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controle, em inglês Hazard Analysis and
Critical Points (HACCP) consiste numa abordagem sistematizada e estruturada de
identificação de perigos e da probabilidade da sua ocorrência em todas as etapas da
produção, através da definição de medidas de controle.

A origem deste sistema está relacionada à NASA e à necessidade de fornecimento de


alimentos seguros aos astronautas. O sistema foi desenvolvido pela empresa norte
americana Pillsbury em 1960 e, a partir de 1971, começou a ser utilizado pela indústria
alimentícia.

PRINCÍPIOS DO SISTEMA APPCC

O Codex Alimentarius e o NACMCF (National Advisory Committee on Microbiological


Criteria for Foods) adotaram sete princípios para caracterizar a sequência lógica de
elaboração de planos APPCC / HACCP.

Princípio 1 - Análise dos perigos e medidas preventivas:

O perigo é definido como contaminação inaceitável de natureza biológica, química ou


física que possa causar danos à saúde ou à integridade do consumidor. De acordo com o
conceito estabelecido pelo Ministério da Agricultura, deve permitir a avaliação dos padrões
de identidade e qualidade , fraude econômica ou regulamento técnico estabelecido para
cada produto.

Este princípio tem como objetivos identificar os perigos significativos e caracterizar as


medidas preventivas correspondentes; avaliar a necessidade de mudança de um processo
ou etapa de processo e servir de base para a identificação dos pontos críticos de controle
(PCCs).

A equipe deve conduzir a análise de perigos e identificar as etapas do processo onde os


perigos potenciais podem ocorrer, inclusive aqueles não controlados no estabelecimentos,
quando o produto já está sendo transportado, comercializado ou no preparo para consumo.
Estes perigos, em função da sua natureza, poderão ser prevenidos, eliminados ou reduzidos
a níveis aceitáveis para garantir a produção de alimentos seguros.

Das etapas do processo, destacam-se:

1. Definição dos objetivos


2. Identificação e Organograma da empresa

3. Avaliação de pré-requisitos

4. Programa de capacitação técnica

5. Descrição do produto e uso esperado

6. Elaboração/validação do fluxograma do projeto (princípio 1)

7. Identificação dos perigos críticos de controle (princípio 2)

8. Estabelecimento dos limites críticos (princípio 3)

9. Estabelecimento dos procedimentos de monitorização (princípio 4)

10. Estabelecimento de ações corretivas (princípio 5)

11. Estabelecimento de procedimento de verificação (princípio 6)

12. Estabelecimento de procedimento de registro (princípio 7)

Princípio 2 - Identificação dos pontos críticos de controle (PCCs):

Ponto crítico de controle é uma etapa, matéria-prima ou ingrediente em que ocorre um


perigo e podem ser aplicadas medidas preventivas para controle (eliminando, prevenindo
ou reduzindo) o perigo.

Os PCCs são os pontos caracterizados como realmente críticos à segurança. As ações e


esforços de controle dos PCCs devem ser concentrados, e seu número deve ser restrito ao
mínimo e indispensável.

Para a avaliação de um perigo existente em uma etapa de processo, e a conclusão se é ou


não um PCC, pode ser auxiliada pelo uso de diagramas decisórios (ou árvores decisórias).

Princípio 3 - Estabelecimento dos limites críticos:

Limite crítico é um valor máximo e/ou mínimo de parâmetros biológicos, químicos ou


físicos que assegure o controle do perigo estabelecido.

Os limites críticos são estabelecidos para cada medida preventiva monitorada dos PCCs.

Os valores podem ser obtidos de fontes diversas como: guias e padrões da legislação,
literatura, experiência prática, levantamento prévio de dados, experimentos laboratoriais
que verifiquem a adequação e outros.

Os limites críticos devem estar associados a medidas como temperatura, tempo, pressão,
atividade de água, acidez, pH, resíduos de antibióticos, etc.
Princípio 4 - Estabelecimento dos procedimentos de monitorização:

A monitorização é uma sequência planejada de observações ou mensurações para avaliar se


um determinado PCC está sob controle e para produzir um registro fiel para uso futuro na
verificação.

Os procedimentos de monitorização devem ser efetuados rapidamente porque se


relacionam com o produto em processo e não existe tempo suficiente para a realização de
métodos analíticos mais complexos e demorados. Os métodos microbiológicos não podem
caracterizar a monitorização pois não é possível ter um resultado rápido.

Os métodos físicos, químicos, observações visuais e sensoriais são preferidos pois podem
ser realizados rapidamente, de forma contínua ou a intervalos de tempo adequados para
controle do processo.

Princípio 5 - Estabelecimento de ações corretivas:

Ações corretivas devem ser aplicadas quando ocorrem desvios dos limites críticos
estabelecidos.

A resposta rápida diante da identificação de um processo fora de controle é uma das


principais vantagens do sistema APPCC / HACCP.

As ações corretivas deverão ser adotadas no momento ou imediatamente após a


identificação dos desvios.

Princípio 6 - Estabelecimento dos procedimentos de verificação:

A verificação consiste na utilização de procedimentos para evidenciar se a etapa


monitorizada esta sendo controlada adequadamente, ou ainda se o sistema APPCC /
HACCP está funcionando corretamente.

Exemplos de verificação são as análises microbiológicas, inspeções, controles dos registros


de monitorização, auditorias, aferição dos equipamentos de medição, etc.

Princípio 7 - Estabelecimento dos procedimentos de registros:

Todo mecanismo utilizado para avaliar se um PCC e/ou perigo está sob controle, por
observações ou medidas, deve ser registrado.

Como exemplos podem ser citadas as auditorias de fornecedores, registros de temperaturas


de estocagem, ações corretivas, treinamentos, relatórios de validação e modificação do
plano APPCC / HACCP.
Material disponível em http://www.pgpconsultoria.com.br/servicos_appcc.php
Métodos De Amostragem E Análise De Produtos De Origem Animal

Métodos De Amostragem E
Análise De Produtos De Origem
Animal

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Métodos De Amostragem E Análise De Produtos De Origem Animal

Métodos de amostragem e análise de produtos de origem animal

Os métodos de amostragem e análise de produtos de origem animal são essenciais


para garantir a segurança e qualidade desses produtos. A amostragem é o processo de
coleta de uma pequena quantidade de um produto para análise. A análise é o processo de
determinar a composição, qualidade ou segurança de um produto.

Métodos de amostragem

Existem vários métodos de amostragem que podem ser usados para produtos de
origem animal. O método de amostragem escolhido deve ser adequado ao tipo de produto e
ao objetivo da análise.

Alguns métodos de amostragem comuns para produtos de origem animal incluem:

 Amostragem aleatória: esse método envolve a coleta de amostras de forma aleatória,


para que todas as partes do produto tenham a mesma chance de serem representadas.

 Amostragem sistemática: esse método envolve a coleta de amostras em intervalos


regulares, para que todas as partes do produto sejam representadas de forma uniforme.

 Amostragem estratificada: esse método envolve a divisão do produto em estratos,


como partes, lotes ou unidades, e a coleta de amostras de cada estrato.

Métodos de análise

Existem também vários métodos de análise que podem ser usados para produtos de
origem animal. O método de análise escolhido deve ser adequado ao tipo de produto e ao
agente patogênico ou contaminante que está sendo avaliado.

Alguns métodos de análise comuns para produtos de origem animal incluem:

 Análise microbiológica: esse método envolve a identificação e quantificação de


microrganismos, como bactérias, vírus, protozoários e parasitas.

 Análise físico-química: esse método envolve a determinação de propriedades físicas e


químicas de um produto, como pH, teor de gordura, teor de proteína e teor de umidade.

 Análise sensorial: esse método envolve a avaliação das características sensoriais de


um produto, como aparência, aroma, sabor e textura.

Importância dos métodos de amostragem e análise

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Métodos De Amostragem E Análise De Produtos De Origem Animal

Os métodos de amostragem e análise são importantes para garantir a segurança e


qualidade dos produtos de origem animal. Eles ajudam a proteger os consumidores contra
doenças transmitidas por alimentos e a garantir que os produtos sejam adequados para o
consumo humano.

Aplicação dos métodos de amostragem e análise

Os métodos de amostragem e análise são aplicados em vários contextos, incluindo:

 Inspeção oficial de produtos de origem animal: os órgãos de inspeção oficial utilizam


esses métodos para garantir a conformidade dos produtos com os padrões de segurança e
qualidade.

 Controle de qualidade industrial: as empresas de alimentos utilizam esses métodos


para garantir a segurança e qualidade de seus produtos.

 Pesquisa científica: os pesquisadores utilizam esses métodos para estudar a


composição, qualidade e segurança dos produtos de origem animal.

Exemplos de aplicações

A seguir, são apresentados alguns exemplos de aplicações dos métodos de


amostragem e análise em produtos de origem animal:

 A coleta de amostras de carne para análise de bactérias patogênicas, como


Salmonella e Escherichia coli.

 A coleta de amostras de leite para análise de resíduos de antibióticos.

 A coleta de amostras de ovos para análise de salmonela.

 A coleta de amostras de peixes para análise de metais pesados.

Os métodos de amostragem e análise são essenciais para garantir a segurança e


qualidade dos produtos de origem animal. Eles ajudam a proteger os consumidores contra
doenças transmitidas por alimentos e a garantir que os produtos sejam adequados para o
consumo humano.

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Inspeção De Produtos De Origem Animal

Inspeção De Produtos De Origem


Animal

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Inspeção De Produtos De Origem Animal

Produtos de Origem Animal - POA

Empresas que manipulam Produtos de Origem Animal - POA podem contar com uma
plataforma eletrônica federal para cadastro da agroindústria, exposição de seus produtos ins-
pecionados, consultas sobre os serviços de inspeção, outras agroindústrias, produtos e dire-
trizes para fabricação e registro de produtos de origem animal

Trata-se do sistema eletrônico e-SISBI. Ele está integrado pelo módulo e-Sisbi-SGSI,
para uso exclusivo dos serviços de inspeção, e o módulo e-Sisbi-SGE, para uso exclusivo
dos estabelecimentos. Nele, pode-se consultar:

 Estabelecimentos e seus produtos;

 Diretrizes
para registro de produtos de origem animal sem Regulamentos Técnicos de
Identidade e Qualidade, mas passíveis de aprovação pelos Serviços de Inspeção; e

 Serviços de Inspeção Estaduais, Distrital e Municipais (individuais ou vinculados a


consórcios públicos) que realizam inspeção e fiscalização de produtos de origem animal em
todo país, em especial aqueles aderidos ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de
Origem Animal - SISBI-POA, que tiveram sua equivalência reconhecida pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA e estão autorizados a conceder Selo Sisbi
para POA.

Com o Selo Sisbi concedido para identificação de seus produtos, o empresário pode co-
mercializá-los em todo território nacional, expandindo seus negócios e fortalecendo a agroin-
dústria de sua região, gerando melhoria da qualidade de vida de mais pessoas, aquecendo a
economia local e garantindo mais prosperidade ao município.

Como incluir estabelecimento no catálogo do e-Sisbi-SGSI

O e-SISBI-SGSI é a uma das interfaces eletrônicas do Sistema Brasileiro de Inspeção -


SISBI, disponibilizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, para
cadastro e gestão de serviços de inspeção dos Estados, Distrito Federal, Municípios e vincu-
lados a Consórcio Público de Municípios, bem como dos estabelecimentos e produtos de ori-
gem animal registrados por esses serviços.

O ingresso do Estabelecimento (Empresa) no e-Sisbi-SGSI é iniciado pelo Serviço de


Inspeção do Estado, do Distrito Federal, do Município ou vinculado a Consórcio Público de
Municípios, que lançam as primeiras informações do estabelecimento no sistema. Comple-
tada essa etapa, a “Situação do Cadastro” do estabelecimento aparece na consulta como
PENDENTE. A “Situação do Cadastro” pode aparecer como RASCUNHO, o que sign ifica que
o Serviço de Inspeção ainda falta completar a etapa do cadastro sob sua responsabilidade.
Nessa primeira etapa do cadastro, o Serviço de Inspeção insere dados de identificação do
estabelecimento, endereço, sua classificação e capacidade instalada, além de dados de um

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Inspeção De Produtos De Origem Animal

representante do estabelecimento. Nesse momento, o representante do estabelecimento ca-


dastrado recebe um email automático, com instruções para acessar outro sistema, o “Soli-
cita”, prestar informações pessoais e obter o login e a senha para acessar, em seguida, o e-
Sisbi-SGE (o outro módulo do sistema, onde completará o cadastro do estabelecimento).

Então, com o login e senha, o representante do estabelecimento acessa o e -Sisbi-SGE,


insere as informações complementares solicitadas pelo sistema e finaliza o cadastro. So-
mente assim a “Situação do cadastro” do estabelecimento será alterada para ATIVO. Com
isso, o estabelecimento é geolocalizado, novos usuários do sistema vinculados em estabele-
cimento podem ser cadastrados, poderão cadastrar os produtos e ter acesso ao Mural de
Aviso do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Como um estabelecimento pode integrar o SISBI-POA e solicitar Selo SISBI para seus
produtos

Somente os estabelecimentos aprovados e integrantes do SISBI-POA podem solicitar


Selo SISBI para seus produtos ao Serviço de Inspeção onde esteja registrado.

Antes, porém, é importante o interessado realizar duas consultas básicas:

 Se o Serviço de Inspeção Estadual, Municipal ou vinculado a consórcio público de Mu-


nicípios, onde o estabelecimento está registrado, é aderido ao SISBI-POA.

 Se a “Situação do Cadastro” do estabelecimento e a “Situação do Produto” aparecem


como ATIVO no e-Sisbi-SGSI. Caso apareça diferente, procure seu Serviço de Inspeção
para orientações e avançar com as etapas de cadastro.

Feitas as duas consultas e confirmado o cumprimento dos dois requisitos acima especi-
ficados, o estabelecimento interessado em integrar o SISBI-POA deve requerer, ao seu Ser-
viço de Inspeção, a avaliação do estabelecimento, seguindo os protocolos do referido ser-
viço.

Após uma avaliação favorável do estabelecimento, pelo Serviço de Inspeção, este habi-
lita o “escopo” do estabelecimento no e-Sisbi-SGSI e, logo, aparecerá a opção do “Selo
Sisbi” como “Não Solicitado”, para cada produto cadastrado no sistema. Através do e-Sisbi-
SGE, clicando nessa opção, o estabelecimento solicita ao seu Serviço de Inspeção o Selo
SISBI e o status do Selo SISBI se altera imediatamente para “Solicitado”. Essa solicitação é
enviada automaticamente para análise do Serviço de Inspeção e, quando aprovada, o status
do Selo SISBI do produto se altera para ATIVO, bem como o status da “Comercialização”,
para “Nacional”.

Os produtos com Selo SISBI, inspecionados pelos Estados, Distrito Federal e Municí-
pios aderidos ao SISBI-POA, somente podem ser comercializados no país regularmente se
aparecerem no sistema com o “Selo SISBI” ATIVO e a “Comercialização” Nacional.

Explore mais o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal e o que


ele lhe pode oferecer de orientação

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Inspeção De Produtos De Origem Animal

 SISBI-POA - Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal

 Orientaçõespara o Serviço de Inspeção do Estado, do Distrito Federal, do Município


ou vinculado a consórcio público de Municípios solicitar adesão ao SISBI-POA

 Orientaçõespara cadastrar serviços de inspeção, estabelecimentos e produtos inspe-


cionados no e-SISBI

 e-Sisbi-SGSI - Sistema de Gestão de Serviço de Inspeção - Sistema para gestão dos


serviços oficiais de inspeção de produtos e insumos agropecuários nos Estados, Distrito Fe-
deral, municípios e consórcios de Municípios, para cadastros e controles aplicados à inspe-
ção.

 e-Sisbi-SGE- Sistema de Gestão de Estabelecimento - Sistema para gestão dos esta-


belecimentos cadastrados pelos serviços oficiais de inspeção de produtos e insumos agrope-
cuários nos Estados, Distrito Federal, Municípios e consórcios de Municípios, para cadastros
e dados de produção.

 Orientações sobre a inspeção de produtos de origem animal

Conheça os Serviços de Inspeção oficiais para registro sanitário das agroindústrias e a


abrangência de comercialização permitida pelos respectivos selos. Serviço de Inspeção Mu-
nicipal - SIM - Produtos com selo emitido pelo SIM podem ser produzidos e comercializados
no respectivo município. Se o SIM estiver vinculado a um Consórcio Público de Municípios,
os produtos por ele inspecionados podem ser comercializados na área de atuação do con-
sórcio, desde que no mesmo Estado e atendidas às demais exigências da Instrução Norma-
tiva/MAPA nº 29, de 23 de abril de 2020. Serviço de Inspeção Estadual - SIE - Produtos com
selo emitido pelo SIE podem ser comercializados no Estado, ou Distrito Federal, emissor do
selo. Serviço de Inspeção Federal - SIF - Produtos com selo SIF, emitido pelo MAPA, podem
ser comercializados em todo território nacional e exportados. Os POA identificados com se-
los do SIM e SIE, junto com o Selo SISBI ou Selo ARTE, também podem ser comercializados
em todo território nacional.

Classes de produtos de origem animal que estão sujeitas à inspeção

 Animais destinados ao abate;

 Carne e seus derivados;

 Pescado e seus derivados;

 Leite e seus derivados;

 Ovos e seus derivados;

 Produtos de abelhas e seus derivados.

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Produtos Para Alimentação Animal

Produtos Para Alimentação


Animal

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Produtos Para Alimentação Animal

Alimentação animal

Os produtos para alimentação animal são uma categoria ampla de produtos que são
projetados para fornecer nutrição a animais de estimação. Eles podem incluir:

 Rações: As rações são a forma mais comum de alimentação animal. Elas são
geralmente feitas de uma mistura de grãos, carne, vegetais e outros ingredientes. As rações
podem ser secas, úmidas ou mistas.

Ração para animais de estimação

 Petiscos:Os petiscos são alimentos complementares projetados para fornecer aos


animais de estimação recompensas ou guloseimas. Eles podem ser feitos de uma variedade
de ingredientes, incluindo carne, frutas, vegetais e laticínios.

Petiscos para animais de estimação

 Alimentoscomplementares: Os alimentos complementares são projetados para


fornecer aos animais de estimação nutrientes específicos que podem não estar presentes
em sua dieta regular. Eles podem ser feitos de uma variedade de ingredientes, incluindo
vitaminas, minerais, ácidos graxos ômega-3 e probióticos.

Alimentos complementares para animais de estimação

 Água: A água é essencial para a saúde de todos os animais de estimação. É


importante fornecer aos animais de estimação acesso a água fresca e limpa o tempo todo.

Água para animais de estimação

Ao escolher produtos para alimentação animal, é importante considerar as


necessidades específicas do seu animal de estimação. Fatores a serem considerados
incluem:

 Espécie:
Os animais de estimação têm necessidades nutricionais diferentes. Por
exemplo, cães e gatos têm necessidades nutricionais diferentes.

 Idade: Os animais de estimação em diferentes fases da vida têm necessidades


nutricionais diferentes. Por exemplo, os filhotes precisam de mais proteínas e gorduras do
que os adultos.

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Produtos Para Alimentação Animal

 Tamanho: Os animais de estimação de diferentes tamanhos têm necessidades


nutricionais diferentes. Por exemplo, os cães de grande porte precisam de mais calorias do
que os cães de pequeno porte.

 Nível
de atividade: Os animais de estimação mais ativos precisam de mais calorias do
que os animais de estimação menos ativos.

Méri Curiosidade

É importante consultar um veterinário para obter orientação sobre os produtos para


alimentação animal certos para o seu animal de estimação.

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Controle Da Produção De Soros, Vacinas E Antígenos

Controle Da Produção De Soros,


Vacinas E Antígenos

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Controle Da Produção De Soros, Vacinas E Antígenos

Controle da produção de soros, vacinas e antígenos

O controle da produção de soros, vacinas e antígenos é de extrema importância para


garantir a qualidade, eficácia e segurança desses produtos. Essas substâncias são
essenciais para a prevenção e tratamento de diversas doenças, e qualquer falha na
produção ou não controle de qualidade pode ter impactos sérios na saúde pública. Aqui
alguns dos principais aspectos do controle da produção desses produtos:

Regulamentação e Autorização: A produção de soros, vacinas e antígenos geralmente


está sujeita a regulamentações rigorosas impostas por agências reguladoras de saúde, como
a Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos e a European Medicines Agency
(EMA) na União Europeia. Antes de serem comercializados, esses produtos deverão passar
por um processo de autorização que envolve análises de dados de ensaios clínicos,
documentos de qualidade e segurança, e avaliação de processo de fabricação.

Boas Práticas de Fabricação (BPF): As instalações de produção desses produtos


devem cumprir as Boas Práticas de Fabricação, que são definidas para garantir que os
produtos sejam fabricados de maneira consistente e controlada. Isso inclui padrões rigorosos
de higiene, controle de qualidade, treinamento de pessoal, validação de processos e registro
de todas as etapas da produção.

Controle de Qualidade: Cada lote de soro, vacina ou antígeno deve passar por testes
rigorosos de controle de qualidade para garantir que você esteja livre de contaminantes, que
sua concentração seja adequada e que seja segura para uso humano. Isso envolve testes
microbiológicos, físico-químicos e de esterilidade, entre outros.

Rastreabilidade: É essencial manter um sistema de rastreabilidade completo para cada


lote de produto, desde a entrega das matérias-primas até a distribuição final. Isso permite
identificar qualquer problema que possa surgir ao longo do processo e coletar produtos, se
necessário.

Monitoramento Pós-Comercialização: Após a autorização e marketing, a vigilância


contínua é realizada para monitorar qualquer efeito colateral adverso ou problema de
segurança que possa surgir com o uso desses produtos. Isso é importante para detectar
rapidamente qualquer problema e tomar medidas corretivas, se necessário.

Colaboração Internacional: O controle da produção desses produtos envolve muitas


vezes colaboração internacional, especialmente em situações de pandemias ou epidemias
globais. Países e organizações trabalham juntos para garantir o acesso a produtos de
qualidade e para compartilhar informações sobre melhores práticas de produção e controle.

Pesquisa e Desenvolvimento Contínuo: A pesquisa e desenvolvimento contínuo são


fundamentais para a melhoria dos produtos e processos de produção. Isso inclui a busca por
novas tecnologias de fabricação, formulações mais eficazes e métodos de controle de
qualidade mais sensíveis.

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Controle Da Produção De Soros, Vacinas E Antígenos

Méri Curiosidade

O controle da produção de soros, vacinas e antígenos é um processo complexo e


altamente regulamentado, que envolve diversos aspectos para garantir a qualidade, eficácia
e segurança desses produtos específicos para a saúde pública.

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Farmacologia Dos Processos Infecciosos, Antimicrobianos, Antiparasitários

Farmacologia Dos Processos


Infecciosos, Antimicrobianos,
Antiparasitários

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Farmacologia Dos Processos Infecciosos, Antimicrobianos, Antiparasitários

Farmacologia dos processos infecciosos, antimicrobianos, antiparasitários

Farmacologia dos processos infecciosos, antimicrobianos, antiparasitários é um tema


muito amplo e importante para a saúde humana e animal. A farmacologia é a ciência que
estuda os efeitos dos fármacos no organismo, bem como seus mecanismos de ação,
absorção, distribuição, metabolismo e eliminação. Os fármacos podem ser classificados em
diferentes grupos, de acordo com sua origem, estrutura química, alvo terapêutico ou
espectro de atividade.

Os processos infecciosos são causados por microrganismos que invadem o corpo e


provocam doenças. Esses microrganismos podem ser bactérias, fungos, vírus, protozoári os
ou helmintos. Cada tipo de microrganismo tem características próprias que determinam sua
patogenicidade, virulência, resistência e sensibilidade aos fármacos.

Os antimicrobianos são fármacos que combatem as infecções causadas por


microrganismos. Eles podem ser divididos em antibióticos, antifúngicos, antivirais e
antiparasitários. Os antibióticos são substâncias produzidas por bactérias ou fungos, ou
sintetizadas em laboratório, que têm a capacidade de inibir o crescimento ou matar as
bactérias. Os antifúngicos são fármacos que impedem o desenvolvimento ou eliminam os
fungos. Os antivirais são fármacos que interferem na replicação ou na liberação dos vírus.
Os antiparasitários são fármacos que atuam contra os protozoários ou os helmintos.

A escolha do antimicrobiano mais adequado para cada infecção depende de vários


fatores, como o tipo de microrganismo envolvido, o local da infecção, a gravidade do quadro
clínico, a resposta do hospedeiro, a farmacocinética e a farmacodinâmica do fármaco, a
interação com outros medicamentos e a resistência microbiana. A resistência microbiana é
um fenômeno que ocorre quando os microrganismos se tornam capazes de sobreviver ou se
multiplicar na presença de um antimicrobiano que antes era eficaz contra eles. Isso pode
acontecer por mutações genéticas ou por transferência de genes entre os microrganismos. A
resistência microbiana é um problema grave de saúde pública, pois reduz as opções
terapêuticas e aumenta o risco de falha no tratamento e de complicações.

Para evitar ou retardar o surgimento da resistência microbiana, é fundamental usar os


antimicrobianos de forma racional e responsável. Isso significa prescrever o fármaco mais
adequado para cada caso, na dose correta, pelo tempo necessário e seguindo as
orientações médicas. Além disso, é importante realizar culturas e testes de sensibilidade
sempre que possível, para identificar o microrganismo causador da infecção e seu perfil de
resistência aos fármacos disponíveis.

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Antibióticos E Quimioterápicos

Antibióticos E Quimioterápicos

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Antibióticos E Quimioterápicos

Antibióticos E Quimioterápicos

Antibióticos E Quimioterápicos

A quimioterapia tem sido utilizada no tratamento de doenças infecciosas há vários séculos. Em


1465, o mercúrio foi usado para tratar a sífilis e, a partir de 1630, os europeus usaram o quinino para
tratar a malária. Foi somente no início do século 20 que novos medicamentos revolucionaram o
tratamento de doenças infecciosas.

Alguns estudiosos da época são referências conceituais e históricas. Paul Ehrlich cons iderou a
toxicidade seletiva como a base para o uso eficaz de medicamentos no tratamento de doenças
infecciosas. Assim, o fármaco ideal seria aquele que destrua o agente infeccioso e não seja tóxico ao
paciente. Salvarsan (Ehrlich composto 606), arsênico combinado com compostos orgânicos, foi o
primeiro medicamento quimioterápico feito em laboratório, que foi usado por muito tempo no
tratamento da sífilis e que rendeu ao cientista o Prêmio Nobel de Medicina em 1908. Somente em
1935 Gehard Domagk, que trabalhava para a empresa Bayer na Alemanha, conseguiu usar corantes
para tratar estreptococos em camundongos sem o uso de drogas quando descobriu um corante
vermelho chamado Prontozil. Esta descoberta também recebeu o Prêmio Nobel em 1939. Este
composto foi descoberto mais tarde como sulfonamidas. Milhares de derivados de sulfonamidas
foram produzidos até 1945, e alguns ainda são usados hoje para tratar certas infecções. A descoberta
acidental da penicilina por Alexander Fleming em 1929 foi baseada na observação de que um mofo
contaminante (Penicillium) inibia culturas e estafilococos. Mas foi só em 1941 que Chain e Florey
conseguiram uma purificação grosseira do composto. Depois disso, a droga foi geralmente usada com
sucesso como agente antimicrobiano no tratamento de infecções bacterianas. Em 1945, os cientistas
ganharam o Prêmio Nobel. Várias descobertas importantes foram feitas e continuam a ser feitas neste
campo.

Os antimicrobianos usados no tratamento de doenças infecciosas podem ser divididos em


microrganismos, chamados antibióticos, e compostos químicos sintéticos e semissintéticos de
ocorrência não natural, chamados quimioterápicos. Nesta série, esses produtos também podem ser
chamados de antimicrobianos quimioterápicos. No entanto, esse termo geralmente não é confundido
com desinfetantes, outras substâncias químicas que também possuem efeitos antimicrobianos, mas
são muito tóxicas como medicamentos.

Os agentes antimicrobianos têm efeitos antibacterianos, antifúngicos, antiparasitários, virais e


antibalísticos (geralmente usados no tratamento de tumores). O resultado é a morte microbiana
(microcida) ou inibição do crescimento (microbistática). Existem antimicrobianos de amplo espectro
que afetam muitos microrganismos e antimicrobianos de curto espectro que afetam espécies únicas e
são específicos para certos grupos de bactérias. Os agentes antimicrobianos podem ser agrupados em
beta-lactâmicos, aminoglicosídeos, tetraciclinas, rimfamicinas, macrolídeos, cloranfenicol,
quinolonas, sulfonamidas, trimetoprims e metronidazoles.

A diversidade da estrutura química dessas drogas resulta em farmacodinâmica e farmacocinética


variáveis. Certos compostos são altamente tóxicos e às vezes são usados apenas topicamente, ou os
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Antibióticos E Quimioterápicos

pacientes devem ser monitorados no hospital após a administração. Além disso, o tipo e local de
infecção, tipo de microrganismo envolvido, tipo de infecção, via de vacinação (intramuscular,
intravenosa, oral ou parenteral), dose, peso, idade, gravidez ou outra condição corporal devem ser
relatados pesado o paciente A combinação de agentes antimicrobianos ocorre em situações
inusitadas e deve ser cuidadosamente considerada. Pode haver sinergismo ou antagonismo na ação
antimicrobiana das drogas. Para algumas infecções graves em que o diagnóstico clínico é fácil, a
medicação antimicrobiana é administrada sem exame laboratorial, pois alguns antibióticos são de
amplo espectro e a doença deve ser controlada rapidamente.

Em casos ainda mais raros, agentes antimicrobianos podem ser usados para prevenir a infecção,
como em procedimentos pré-operatórios ou para pessoas que vão para áreas onde há uma epidemia
conhecida e a vacinação é ineficaz ou há tempo insuficiente para obter proteção da vacina (por
exemplo, militares pessoal, equipes de pesquisa, expedições ou voluntários que se dirigem a uma
área de emergência com epidemia).

Méri Curiosidade

Por que é tão importante aprender sobre os antimicrobianos?

Os antimicrobianos correspondem a uma classe de fármacos que é consumida freqüentemente


em hospitais e na comunidade.

São os únicos fármacos que interferem o ambiente hospitalar alterando a ecologia microbiana e
não só aos pacientes que os utilizam. Daí sua grande importância.

Conhecer as propriedades e características básicas dos antimicrobianos disponíveis incluindo os


princípios gerais sobre o seu uso racional é essencial para uma escolha terapêutica adequada.

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Controle Da Produção De Soros, Vacinas E Antígenos

Controle Da Produção De Soros,


Vacinas E Antígenos

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Controle Da Produção De Soros, Vacinas E Antígenos

Controle da produção de soros, vacinas e antígenos

O controle da produção de soros, vacinas e antígenos é de extrema importância para


garantir a qualidade, eficácia e segurança desses produtos. Essas substâncias são
essenciais para a prevenção e tratamento de diversas doenças, e qualquer falha na
produção ou não controle de qualidade pode ter impactos sérios na saúde pública. Aqui
alguns dos principais aspectos do controle da produção desses produtos:

Regulamentação e Autorização: A produção de soros, vacinas e antígenos geralmente


está sujeita a regulamentações rigorosas impostas por agências reguladoras de saúde, como
a Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos e a European Medicines Agency
(EMA) na União Europeia. Antes de serem comercializados, esses produtos deverão passar
por um processo de autorização que envolve análises de dados de ensaios clínicos,
documentos de qualidade e segurança, e avaliação de processo de fabricação.

Boas Práticas de Fabricação (BPF): As instalações de produção desses produtos


devem cumprir as Boas Práticas de Fabricação, que são definidas para garantir que os
produtos sejam fabricados de maneira consistente e controlada. Isso inclui padrões rigorosos
de higiene, controle de qualidade, treinamento de pessoal, validação de processos e registro
de todas as etapas da produção.

Controle de Qualidade: Cada lote de soro, vacina ou antígeno deve passar por testes
rigorosos de controle de qualidade para garantir que você esteja livre de contaminantes, que
sua concentração seja adequada e que seja segura para uso humano. Isso envolve testes
microbiológicos, físico-químicos e de esterilidade, entre outros.

Rastreabilidade: É essencial manter um sistema de rastreabilidade completo para cada


lote de produto, desde a entrega das matérias-primas até a distribuição final. Isso permite
identificar qualquer problema que possa surgir ao longo do processo e coletar produtos, se
necessário.

Monitoramento Pós-Comercialização: Após a autorização e marketing, a vigilância


contínua é realizada para monitorar qualquer efeito colateral adverso ou problema de
segurança que possa surgir com o uso desses produtos. Isso é importante para detectar
rapidamente qualquer problema e tomar medidas corretivas, se necessário.

Colaboração Internacional: O controle da produção desses produtos envolve muitas


vezes colaboração internacional, especialmente em situações de pandemias ou epidemias
globais. Países e organizações trabalham juntos para garantir o acesso a produtos de
qualidade e para compartilhar informações sobre melhores práticas de produção e controle.

Pesquisa e Desenvolvimento Contínuo: A pesquisa e desenvolvimento contínuo são


fundamentais para a melhoria dos produtos e processos de produção. Isso inclui a busca por
novas tecnologias de fabricação, formulações mais eficazes e métodos de controle de
qualidade mais sensíveis.

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Controle Da Produção De Soros, Vacinas E Antígenos

Méri Curiosidade

O controle da produção de soros, vacinas e antígenos é um processo complexo e


altamente regulamentado, que envolve diversos aspectos para garantir a qualidade, eficácia
e segurança desses produtos específicos para a saúde pública.

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Salmonelose

Salmonelose

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Salmonelose

Salmonelose

As salmonelose são doenças muito comuns em várias espécies animais, que podem
também acometer o homem, sendo geralmente transmitidas através de alimentos contamina-
dos ou contato com animais portadores da bactéria Salmonella. A manifestação mais fre-
quente da doença é a forma entérica, com ocorrência de diarréia, mas em alguns casos po-
dem também ocorrer outras manifestações como abortamentos ou doença generalizada, que
pode levar à morte.

Alguns animais não manifestam a doença, mas podem transmitir a bactéria para outros
animais e para o homem através das fezes, o que exige cuidados especiais na sua manipu-
lação para evitar a contaminação. O homem também pode ser uma fonte de contaminação,
em especial quando manipula alimentos sem os cuidados higiênicos adequados.

A prevenção da salmonelose em zoológicos envolve a higienização e desinfecção ade-


quada de recintos e equipamentos utilizados no manejo e no preparo da alimentação animal,
o uso de EPI’s, em especial botas e luvas quando da manipulação de materiais ou animais
possivelmente contaminados, a adoção de medidas de higiene pessoal adequadas, como a
lavagem das mãos após manusear animais e antes de manipular alimentos e das refeições.

Evitar o estresse também é uma medida importante, uma vez que animais nestas condi-
ções podem desenvolver a doença e aumentar a contaminação do ambiente.

Outra medida importante é a realização de quarentena nos animais recém-chegados ao


zoológico e de exames específicos para a detecção do agente, com o objetivo de reduzir os
riscos de introdução da doença no plantel.

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Microplosmose, Newcastle

Microplosmose, Newcastle

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Microplosmose, Newcastle

Influenza Aviária (IA)

É uma doença viral, altamente contagiosa ou infecciosa, por um vírus da família. É


exótica na avicultura industrial brasileira. A monitoria permanente das aves é obrigatória,
estabelece o Programa Nacional de Sanidade obrigatória (BRASIL, 2006), cujo diagnóstico é
de notificação obrigatória aos órgãos oficiais infectado, com ou sem manifestação clínica, e
pelo contato com qualquer outra fonte contaminada como: fômites, equipamentos, insetos,
alimentos, entre outros. As aves de vida livre transmitem a infecção ao compartilharem o
ambiente de criação.

É uma doença de alta virulência e cursa com mortalidade mais baixa (po dendo chegar a
90%). Os sinais clínicos, quando observados, consistem em hemorragias na barbela, crista e
patas. Sintomas nervosos também podem ser observados.

A prevenção da IA altamente patogênica baseia-se em monitoria ativa dos plantéis.

Doença de Newcastle

É uma doença aguda, de alta contagiosidade, que acomete aves jovens e adultos,
selvagens ou domésticas.

As aves apresentam (anorexia de locomoção, falta de apetite, acuricolo) sintomas de


apetite (anorexia de locomoção, aversão, acuricolo) aversão, a apresentarem a tendência a
100%.

Essa enfermidade é obrigatória comunicação ao Serviço de Defesa Animal do Ministério


da Agricultura, MAPA e A Abastecimento só pode ser realizada com a aprovação desse
órgão. É recomendada a erradicação dessa enfermidade.

Micoplasmose

micoplasmose em aves é A transformação por Mycoplasma gallisepticum e Mycoplasma


synoviae . Essa é uma doença cujo diagnóstico deve ser comunicado ao Serviço de Defesa
Sanitária Animal (SDSA), em se tratando de reprodutores.

Pode não apresentar sinais clínicos, ou manifestar espirros, estertores, descarga ocular
e nasal, aumento no consumo de alimentação, da produção de ovos e problemas
locomotores.

A mortalidade é baixa, porém pode elevar-se na presença de secundária. Em aves


jovens entre três e oito semanas, os sinais são mais pronunciados que em aves adultas.

A é feita por aquisição de lotes livres de micoplasmas e implantação de várias medidas


de bioguridade.

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Microplosmose, Newcastle

Salmonelose

Doença infecciosa que acomete as aves em todas as idades. Requer monitoria oficial,
em estabelecimentos que forneçam frangos de corte para frigoríficos exportadores. Seu
diagnóstico requer comunicação obrigatória ao SDSA. Os Sorovas específicos para galinhas
são: S. Gallinarum (Tifo aviário) e S. Pullorum (Pulorose). Já os Sorovares
S . Enteritidis e S. Typhimurium são os responsáveis por severos transtornos alimentares
em humanos.

Tifo aviário

É causador pela Salmonella Gallinarum . O diagnóstico dessa doença requer


comunicação obrigatória ao SDSA. Sinais clínicos: redução da produção de ovos, perda de
apetite, sonolência, penas arrepiadas, febre alta, palidez de crista e barbela, e alta
mortalidade. proximidade com animais silvestres, aves e mantere controle de
biosseguridade.

Pulorose

É pela Salmonella Pullorum e acomete com maior frequência aves jovens. Sinais
clínicos: perda de apetite, sonolência, asas caídas, penas arrepiadas, febre alta, diarreia
(excretas predominando a cor branca) e alta mortalidade. Controle: controle rígido da
microbiologia e procedência das qualidade-primas das rações. Evite o contato com aves
silvestres, roedores e insetos e implemente rigorosas medidas higiênico-sanitárias. As aves
positivas devem ser eliminadas, e aviários e equipamentos desinfectados.

Paratifo aviário

As salmonelose causam problemas selecionados por amostras invasivas como


a Salmonella Enteritidis e Salmonella Tyre determinam poucos sinais clínicos nas aves,
porém, diversos consumos entéricos em infecções alimentares, caracterizados como
infecções de origem alimentar, associados aos produtos de origem animal
contaminados. Com vistas à erradicação, pois as aves positivas devem ser
eliminadas. Controle: controle rígido das primas e das rações. Evite o contato com aves
silvestres, roedores, insetos e implemente medidas rigorosas de
biosseguridade. Exclusivamente para o controle da S. Enteritidis existe vacina inativada,
aprovada para uso somente em poedeiras, e sob supervisão oficial, em matrizes positivas.

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Microplosmose, Newcastle

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Brucelose

Brucelose

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Brucelose

Da doença da criação humana

Uma doença zoonótica humana é uma doença que pode ser transmitida aos seres
humanos através de animais terrestres e aquáticos infectados. Na maioria dos casos, a
doença é transmitida ao homem através do contato direto ou indireto com animais
contaminados e seus subprodutos. Os seres humanos são apenas alguns dos possíveis
hospedeiros. Neste caso, os anfitriões da final. Considerada uma das zoonoses mais
comuns do planeta, é amplamente disseminada e de importância global, tendo se tornado
mais comum em alguns países e regiões, como a América do Sul importante Embora as
doenças provocadas pelo homem atraiam a atenção dos sistemas de saúde em todo o
mundo como uma doença com impacto ocupacional significativo, problemas de saúde e até
perda econômica, ela permanece pouco conhecida, de difícil diagnóstico, subnotificada e
negligenciada. Gravidez: A infecção por herpes genital humano durante a gravidez é rara,
mas pode causar aborto espontâneo, especialmente no primeiro e segundo trimestres.
Portanto, as mulheres devem receber atenção médica imediata e as mulheres grávidas
devem receber cuidados pré-natais adequados.

A RAZÃO

Brucella spp., que causa a lepra humana. - Bactérias da família. Da família


Brucellaceae. Sua frequência nos ambientes de trabalho é alta e consta na lista de doenças
ocupacionais segundo a Portaria nº 1.339/1999 do Ministério da Saúde. As doenças
decorrentes da capacidade para o trabalho ou diminuição da capacidade profissional para o
trabalho atingem principalmente os trabalhadores que lidam com animais e a cadeia
produtiva de laticínios, carnes e seus derivados. Como a bactéria tem várias vias de
transmissão e os mamíferos são os principais hospedeiros naturais, isso cria um cenário de
difícil manejo e uma ameaça real à saúde pública, qualidade de vida e sobrevivência humana
e animal. Em geral, a doença afeta mais comumente os trabalhadores agrícolas (p. ESTÁ
FEITO

Devido às peculiaridades da doença, muitos casos passam despercebidos devido a


diagnósticos imprecisos. Portanto, muitas vezes é tratada como outras doenças ou "febre de
origem desconhecida". Diante disso, é muito importante realizar um estudo epidem iológico e
sanitário, para avaliar possíveis exposições e exposição no ambiente de trabalho do
paciente, bem como o consumo de produtos lácteos sem tratamento térmico adequado,
como pasteurização e fervura. Exames laboratoriais são necessários para confirm ar o
diagnóstico, onde diversos métodos analíticos são utilizados, como cultura bacteriana,
sorologia e PCR. Neste caso, é necessário um exame de sangue.

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Brucelose

Importante

Se você for profissional que atua em áreas de risco ou suspeita que tenha ingerido
algum tipo de alimento contaminado, informe ao médico no momento da consulta para
facilitar o diagnóstico.

Sintomas

Com a capacidade para afetar diversos órgãos e sistemas, a brucelose humana pode
simular ou se assemelhar a outras infecções e doenças não infecciosas. Alguns dos sinais e
sintomas mais comuns são:

 Febre;

 Mal-estar;

 Sudorese (noturna e profusa);

 Calafrios;

 Fraqueza;

 Cansaço;

 Perda de peso;

 Dores (de cabeça, articulares, musculares, no abdômen e nas costas)

Por serem sinais e sintomas comuns a outras doenças, isso pode dificultar o
diagnóstico. No entanto, a doença pode causar sintomas inespecíficos ou gerar uma
infecção sem sintomas nos pacientes.

O período de incubação da brucelose humana varia entre 5 e 60 dias, podendo durar


por até dois anos.

Tratamento

O tratamento da brucelose humana é feito com antibióticos. Se a doença não for tratada
adequadamente, pode se tornar crônica. Por isso, assim que surgirem os primeiros sintomas
é essencial procurar um médico profissional para avaliação detalhada do quadro.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o tratamento gratuito da brucelose


humana aos estados e seus municípios. Os medicamentos da terapia antibacteriana poderão
ser receitados após avaliação médica e confirmação do diagnóstico por exames
laboratoriais.

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Raiva

Raiva

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Raiva

Raiva

A raiva, também conhecida como hidrofobia, é uma doença infecciosa causada por um vírus do
género Lyssavirus. O vírus afeta gravemente o sistema nervoso central e provoca inchaço cerebral,
sendo considerada uma doença grave com uma elevada taxa de mortalidade.

A raiva é transmitida aos seres humanos através da saliva de animais infectados com o vírus. Se
um animal, como um cão ou um gato, estiver infectado com raiva e morder, lamber ou arranhar uma
pessoa, pode eventualmente desenvolver a doença.

A vacinação contra a raiva é, portanto, essencial não só para cães e gatos, mas também para os
seres humanos que entram em contato com qualquer animal. A vacinação é a melhor forma de preve-
nir a propagação da raiva e os animais de estimação devem ser vacinados pelo menos uma vez por
ano.

Sintomas?

Confusão, mental, excitabilidade, excessiva, agressividade, alucinações, espasmos, musculares,


febre, convulsão, babar em excesso, dor onde a mordida ou lambida aconteceu, dificuldade para en-
golir, mal-estar, febre, dor de garganta, náuseas, perda do apetite, perda de sensibilidade em um dos
lados do corpo, sensações de agitação, irritabilidade, angústia e ansiedade.

Como é tratada?

A raiva não é curável e o seu curso é muito rápido. Demora sete dias desde o início dos sintomas
até ao estado de paralisia.

É por isso que é necessário ter um procedimento para evitar que o vírus entre em contacto com
o sistema nervoso central, vacinando o animal assim que é mordido, lambido ou arranhado por um
animal que não tenha sido vacinado contra a raiva (tipo urbano ou selvagem).

Existem medicamentos que podem impedir o vírus de entrar no sistema nervoso central, mas é
impossível conter o vírus uma vez instalado.

A Rede D'Or fornece mais de 3,4 milhões de serviços de emergência e de primeiros socorros to-
dos os anos, realizando procedimentos com qualidade excepcional.

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Peste Suína

Peste Suína

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Peste Suína

PESTE SUÍNA

Também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos é uma doença altamente
contagiosa e frequentemente fatal dos suínos, e foi reconhecida pela primeira vez no século
XIX e sua etiologia viral foi estabelecida no início do século XX. A doença pode ser aguda,
crônica e inaparente. Em uma época, ela foi caracterizada clinicamente por uma doença
aguda altamente fatal e patologicamente por lesões de uma viremia grave. Atualmente, é
definida como uma doença também crônica ou inaparente, incluindo a infecção congênita
persistente nos suínos recém-nascidos infectados durante a vida fetal.

Sintomas: hemorragia, que pode levar à morte; febre alta; falta de coordenação motora;
orelhas e articulações azuladas; vômitos, diarréia; falta de apetite; esterilidade e abortos;
leitões natimortos ou com crescimento retardado. Entre as características da doença estão
também o agrupamento de animais nos cantos das pocilgas e a morte após quatro e sete
dias do início dos sintomas.

Contaminação: alimentos ou água contaminados; animais infectados; veículos e


instalações contaminados; contato com cadáveres de animais infectados; equipamentos
contaminados, roupas e calçados de indivíduos que mantiveram contato direto com animais
doentes ou em período de incubação da doença (em geral a incubação é de 4 a 6 dias, com
um intervalo de oscilação de 2 a 20 dias).

Prevenção: separação das instalações nas diferentes fases de criação; cercas


adequadas que evitem a entrada de animais; limpeza e desinfecção das instalações e dos
veículos que transportam animais; conhecimento da origem de animais adquiridos e
quarentena dos mesmos; limpeza e desinfecção das mãos e botas das pessoas que lidam
com os animais.

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Febre Aftosa

Febre Aftosa

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Febre Aftosa

Febre aftosa

A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta animais de casco
fendido, como bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos. O vírus é transmitido por contato
direto com animais infectados, por meio de secreções respiratórias, leite, fezes e urina.
Também pode ser transmitido por meio de objetos contaminados, como roupas,
equipamentos e veículos.

Os principais sintomas da febre aftosa são:

 Febre

 Vesículas (aftas) na boca, nos lábios, na língua, nas bochechas, na gengiva, nos tetos,
nos cascos e nas tetas

 Salivação excessiva

 Manqueira

 Diminuição do apetite

 Perda de peso

 Redução da produção leiteira

Em alguns casos, a febre aftosa pode ser fatal, principalmente em animais jovens ou
debilitados.

O diagnóstico da febre aftosa é feito por meio de exames laboratoriais, como o


isolamento do vírus e a sorologia.

O tratamento da febre aftosa é sintomático e visa aliviar os sintomas do animal. Não


existe cura para a doença.

A prevenção da febre aftosa é feita por meio da vacinação. No Brasil, a vacinação é


obrigatória para todos os animais de casco fendido.

A febre aftosa é uma doença de grande importância econômica, pois pode causar
grandes perdas na produção animal. Além disso, a doença também pode causar problemas
comerciais, pois pode levar a embargos de exportação de carne e produtos de origem
animal.

No Brasil, o último surto de febre aftosa ocorreu em 2005. Desde então, o país está
livre da doença.

A seguir, estão algumas medidas de prevenção da febre aftosa:

 Vacinação obrigatória de todos os animais de casco fendido

 Isolamento de animais doentes


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Febre Aftosa

 Desinfecção de instalações e equipamentos

 Controle de trânsito de animais

 Educação dos produtores rurais

Méri Curiosidade

É importante que os produtores rurais estejam atentos aos sintomas da febre aftosa
para que possam tomar as medidas necessárias para prevenir a disseminação da doença.

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Ensaios De Segurança (Inocuidade, Esterilidade E Eficiência) Para Produtos Injetáveis

Ensaios De Segurança
(Inocuidade, Esterilidade E
Eficiência) Para Produtos
Injetáveis

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Ensaios De Segurança (Inocuidade, Esterilidade E Eficiência) Para Produtos Injetáveis

Ensaios de segurança para produtos injetáveis

Os ensaios de segurança para produtos injetáveis são realizados para garantir que
esses produtos não apresentem risco à saúde do paciente. Eles são divididos em três
categorias principais: inocuidade, esterilidade e eficiência.

Inocuidade

Os ensaios de inocuidade são realizados para verificar se o produto injetável é seguro


para uso humano. Eles avaliam a presença de substâncias tóxicas, irritantes ou
sensibilizantes no produto.

Os ensaios de inocuidade mais comuns incluem:

 Teste
de toxicidade aguda: avalia a toxicidade aguda do produto, ou seja, os efeitos
adversos que podem ocorrer após uma única administração.

 Testede toxicidade subcrônica: avalia a toxicidade subcrônica do produto, ou seja, os


efeitos adversos que podem ocorrer após a administração repetida do produto por um
período prolongado.

 Teste
de toxicidade crônica: avalia a toxicidade crônica do produto, ou seja, os efeitos
adversos que podem ocorrer após a administração repetida do produto por um período de
vários meses ou anos.

Esterilidade

Os ensaios de esterilidade são realizados para verificar se o produto injetável es tá livre


de microrganismos patogênicos.

O ensaio de esterilidade mais comum é o ensaio de cultura microbiológica. Nesse


ensaio, amostras do produto são incubadas em meios de cultura apropriados para o
crescimento de microrganismos. A ausência de crescimento microbiológico é considerada
evidência de esterilidade.

Eficiência

Os ensaios de eficiência são realizados para verificar se o produto injetável é eficaz no


tratamento da doença ou condição para a qual é indicado.

Os ensaios de eficiência são específicos para cada produto e podem ser realizados de
diversas maneiras. Por exemplo, os ensaios de eficácia de vacinas podem avaliar a
capacidade da vacina de induzir a produção de anticorpos contra o agente infeccioso. Os
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Ensaios De Segurança (Inocuidade, Esterilidade E Eficiência) Para Produtos Injetáveis

ensaios de eficácia de medicamentos podem avaliar a capacidade do medicamento de


reduzir os sintomas da doença ou condição.

Os ensaios de segurança são essenciais para garantir a segurança e a eficácia dos


produtos injetáveis. Eles são realizados por laboratórios especializados e devem seguir as
diretrizes estabelecidas pelas autoridades regulatórias.

No Brasil, os ensaios de segurança para produtos injetáveis são regulamentados pela


Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Anvisa estabelece os requisitos mínimos
que os ensaios devem atender para que o produto seja aprovado para comercialização.

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Análises Microbiológicas E Físico-Químicas De Produtos De Origem Animal

Análises Microbiológicas E
Físico-Químicas De Produtos De
Origem Animal

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Análises Microbiológicas E Físico-Químicas De Produtos De Origem Animal

Análises microbiológicas e físico-químicas de produtos de origem animal

As análises microbiológicas e físico-químicas de produtos de origem animal são


realizadas para garantir a sua segurança e qualidade para o consumo humano. Essas
análises são realizadas por laboratórios especializados, que utilizam métodos e
equipamentos adequados para identificar e quantificar os microrganismos e os parâmetros
físico-químicos presentes nos alimentos.

As análises microbiológicas são realizadas para identificar e quantificar a presença de


microrganismos patogênicos, como bactérias, fungos e vírus, que podem causar doenças
aos consumidores. Os microrganismos patogênicos mais comuns encontrados em produtos
de origem animal são:

 Salmonella spp.: causa gastroenterite, febre tifoide e paratifoide.

 Campylobacter jejuni: causa gastroenterite.

 Listeria monocytogenes: causa listeriose, uma infecção grave que pode ser fatal em
gestantes, idosos e pessoas com sistema imunológico debilitado.

 E. coli O157:H7: causa diarreia sanguinolenta, que pode levar à síndrome hemolítico-
urêmica (SHU), uma doença grave que afeta os rins.

 Clostridium perfringens: causa botulismo, uma doença grave que pode ser fatal.

As análises físico-químicas são realizadas para verificar a qualidade e a segurança dos


produtos de origem animal. Os parâmetros físico-químicos mais comuns analisados são:

 pH: indica a acidez ou alcalinidade do produto.

 Temperatura: indica a temperatura do produto.

 Umidade: indica a quantidade de água presente no produto.

 Proteínas: fornecem energia e nutrientes ao organismo.

 Gorduras: fornecem energia e nutrientes ao organismo.

 Carboidratos: fornecem energia e nutrientes ao organismo.

 Minerais: são essenciais para o funcionamento do organismo.

As análises microbiológicas e físico-químicas são ferramentas importantes para garantir


a segurança e a qualidade dos produtos de origem animal. Elas ajudam a proteger a saúde
dos consumidores e a evitar a ocorrência de doenças transmitidas por alimentos.

No Brasil, as análises microbiológicas e físico-químicas de produtos de origem animal


são regulamentadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O

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Análises Microbiológicas E Físico-Químicas De Produtos De Origem Animal

MAPA estabelece normas e procedimentos para a realização dessas análises, que devem
ser seguidas pelos estabelecimentos que comercializam produtos de origem animal.

Os benefícios das análises microbiológicas e físico-químicas de produtos de origem


animal incluem:

 Melhoria da segurança alimentar: as análises ajudam a identificar e prevenir a


presença de microrganismos patogênicos e de contaminantes físico-químicos nos alimentos.

 Proteção da saúde dos consumidores: as análises ajudam a proteger a saúde dos


consumidores, evitando a ocorrência de doenças transmitidas por alimentos.

 Melhoria da qualidade dos alimentos: as análises ajudam a verificar a qualidade e a


conformidade dos produtos de origem animal com os padrões estabelecidos.

Méri Curiosidade

Os estabelecimentos que comercializam produtos de origem animal devem realizar


análises microbiológicas e físico-químicas de seus produtos periodicamente, de acordo com
as normas e procedimentos estabelecidos pelo MAPA.

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Análise Centesimal

Análise Centesimal

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Análise Centesimal

Análise Centesimal

As análises centesimais são uma forma de garantir a qualidade do alimento, e englobam


análises físico-químicas para verificar pH, atividade de água, umidade, macros e micros
nutrientes. Essas análises são realizadas quando não é possível quantificar teoricamente os
valores nutricionais por conta do processo que o produto foi submetido.

Para o seu negócio

Com uma composição centesimal você garante a segurança do seu produto e rótulo, já
que é possível caracterizar os principais componentes do alimento e obter informações
necessárias para a determinação do valor nutricional. Além disso, é possível verificar a
biodisponibilidade de nutrientes específicos para que tenha a alegação de, por exemplo, alto
teor de vitamina C no rótulo.

Para o seu negócio

Com uma composição centesimal você garante a segurança do seu produto e rótulo, já
que é possível caracterizar os principais componentes do alimento e obter informações
necessárias para a determinação do valor nutricional. Além disso, é possível verificar a
biodisponibilidade de nutrientes específicos para que tenha a alegação de, por exemplo, alto
teor de vitamina C no rótulo.

Entenda nosso trabalho

A partir das amostras do seu produto, o laboratório analisa e realiza a mensuração de


diversos tipos de substâncias, como proteínas, carboidratos, fibras, lipídios, vitaminas,
dentre outras.

Entregáveis do projeto

Relatório e tabela com a descrição das substâncias analisadas e suas concentrações.


Seu produto de acordo com a legislação exigida pela ANVISA, gerando credibilidade e
transparência ao consumidor.

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Cromatografia Líquida De Alta Eficiência Para Análise De Corantes E Vitaminas Em Leite

Cromatografia Líquida De Alta


Eficiência Para Análise De
Corantes E Vitaminas Em Leite

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Cromatografia Líquida De Alta Eficiência Para Análise De Corantes E Vitaminas Em Leite

Cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE)

A cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) é uma técnica analítica que permite a
separação e quantificação de compostos químicos em uma solução. Essa técnica é baseada
na diferença de interação dos compostos com duas fases, uma fase móvel e uma fase
estacionária.

A fase móvel é uma solução que flui através da coluna cromatográfica, enquanto a fase
estacionária é uma substância que está fixada na coluna. Os compostos da amostra
interagem com as duas fases de forma diferente, dependendo de suas propriedades
químicas. Essa interação é o que permite a separação dos compostos.

A CLAE é uma técnica muito versátil e pode ser usada para a análise de uma ampla
variedade de compostos, incluindo corantes e vitaminas.

Análise de corantes em leite

Os corantes são substâncias utilizadas para melhorar a aparência dos alimentos. Eles
podem ser naturais ou artificiais. Os corantes artificiais são mais comumente utilizados no
leite, pois são mais estáveis e têm um custo menor.

A análise de corantes em leite é importante para garantir que os corantes utilizados são
seguros para consumo humano. A CLAE é uma técnica adequada para essa análise, pois
permite a separação e quantificação dos corantes presentes no leite.

O método de análise de corantes em leite por CLAE geralmente envolve as seguintes


etapas:

1. A amostra de leite é diluída em uma solução adequada.

2. A amostra diluída é injetada na coluna cromatográfica.

3. A fase móvel flui através da coluna, separando os corantes presentes na


amostra.

4. Os corantes separados são detectados por um detector apropriado, como um


detector de ultravioleta/visível ou um detector de fluorescência.

O detector de ultravioleta/visível é o detector mais comumente utilizado para a análise


de corantes em leite. Esse detector mede a absorção de luz ultravioleta ou visível pelos
corantes. O detector de fluorescência é uma opção mais sensível, mas é também mais caro.

Análise de vitaminas em leite

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Cromatografia Líquida De Alta Eficiência Para Análise De Corantes E Vitaminas Em Leite

As vitaminas são compostos essenciais para a saúde humana. Elas estão presentes em
muitos alimentos, incluindo o leite.

A análise de vitaminas em leite é importante para garantir que o leite tenha o conteúdo
de vitaminas adequado. A CLAE é uma técnica adequada para essa análise, pois permite a
separação e quantificação das vitaminas presentes no leite.

O método de análise de vitaminas em leite por CLAE geralmente envolve as seguintes


etapas:

1. A amostra de leite é pré-tratada para remover compostos interferentes.

2. A amostra pré-tratada é diluída em uma solução adequada.

3. A amostra diluída é injetada na coluna cromatográfica.

4. As vitaminas separadas são detectadas por um detector apropriado, como um


detector de ultravioleta/visível ou um detector de fluorescência.

O detector de ultravioleta/visível é o detector mais comumente utilizado para a análise


de vitaminas em leite. Esse detector mede a absorção de luz ultravioleta ou visível pelas
vitaminas. O detector de fluorescência é uma opção mais sensível, mas é também mais caro.

Vantagens da CLAE para análise de corantes e vitaminas em leite

A CLAE oferece uma série de vantagens para a análise de corantes e vitaminas em


leite, incluindo:

 Alta sensibilidade: a CLAE permite a detecção de compostos em concentrações muito


baixas.

 Alta
seletividade: a CLAE permite a separação de compostos com propriedades
químicas semelhantes.

 Precisão e exatidão: a CLAE é uma técnica precisa e exata, permitindo a obtenção de


resultados confiáveis.

Limitações da CLAE para análise de corantes e vitaminas em leite

A CLAE também apresenta algumas limitações, incluindo:

 Custo: a CLAE é uma técnica relativamente cara.

 Complexidade: a CLAE requer equipamentos e técnicas especializados.

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Cromatografia Líquida De Alta Eficiência Para Análise De Corantes E Vitaminas Em Leite

Méri Curiosidade

A CLAE é uma técnica analítica versátil e poderosa que pode ser usada para a análise
de uma ampla variedade de compostos, incluindo corantes e vitaminas. A CLAE é uma
técnica adequada para a análise de corantes e vitaminas em leite, pois permite a separação
e quantificação dos compostos presentes no leite com alta sensibilidade, seletividade,
precisão e exatidão.

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Absorção Atômica

Absorção Atômica

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Absorção Atômica

Espectrometria de Absorção Atômica

Espectrometria de Absorção Atômica é uma técnica analítica utilizada para


determinação quantitativa de elementos metálicos, sem metálicos e alguns não metais
existentes em uma grande variedade de amostras, podendo ser de materiais biológicos,
ambientais, geológicos e tecnológicos.

A técnica é considerada como uma análise bem-sucedida e com grande sensibilidade


para determinar elementos em baixas concentrações que estão presentes nas amostras em
estado sólido, líquido ou até mesmo gasoso.

É possível determinar por volta de 65 elementos existentes, abrangendo a maioria dos


metais e metalóides. A depender do elemento presente, o limite de detecção inferior pode
atingir teores na faixa de parte por bilhão (ppb), o que contribui para identificação.

Princípio básico da técnica

Essa técnica envolve radiação eletromagnética que pode ser absorvida pelos átomos
dos constituintes químicos das amostras. Ela é baseada na quantificação de espectros de
linhas finas que surgem da transição eletrônica, envolvendo a camada mais externa do
átomo. A amostra a ser analisada é decomposta por intenso calor, produzindo átomos livres
capazes de absorver radiação eletromagnética, em comprimentos de ondas característicos,
produzindo espectros atômicos.

Métodos de análise

Pode ser realizada através de 4 métodos diferentes de acordo com a atomização, são
eles:

 Absorção atômica com chama;

 Absorção atômica em forno de grafite;

 Absorção atômica por geração de hidretos;

 Absorção atômica de vapor frio;

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Zoonoses

Zoonoses

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Zoonoses

Para que uma ação de saúde seja desenvolvida para o combate à doença, é necessário
identificar algumas ou todas as causas associadas ao processo. Só então é possível imple-
mentar medidas capazes de antagonizá-los ou interceptá-los. Assim, é imprescindível atuar
na área de saúde pública por meio de órgãos fiscalizadores.

A Vigilância Sanitária têm suas ações baseadas na prevenção e controle das doenças. A
prevenção é um conjunto de procedimentos que visa proteger e melhorar a saúde de uma
população, impedindo a entrada da doença na área, e o controle, é o conjunto de ações que
objetivam reduzir a frequência da ocorrência de uma doença já existente em uma populaç ão.
Porém, a erradicação consta de ações com fins específicos de eliminação de uma doença em
determinada área, tornando-se um procedimento radical e intensivo.

O controle das Zoonoses se dá de diferentes maneiras, com ações educativas e ações


saneadoras, porém efetivamente através de conscientização da população através de campa-
nhas das quais podemos ressaltar as campanhas de vacinação, de combate ao mosquito Ae-
des aegypti e de desratização, assim como o acesso à saneamento básico à toda a população.

Medidas preventivas básicas

Humanos: Devem ser respeitados os princípios básicos de higiene pessoal, assim como
atendimento do direito da população ao saneamento básico e a alimentos inspecionados. De-
vem ser seguidas as instruções da Vigilância Sanitária de cada município, assim como as
normas e leis federais.

Cães e gatos: São animais de companhia/guarda que podem ser transmissores de inú-
meras doenças, sendo a raiva a doença de maior preocupação em Saúde Pública.

As medidas preventivas baseiam-se na captura e controle de cães errantes, vacinação


anual contra raiva e em caso de mordedura: realizar limpeza do local, utilizar o esquema de
imunização preventiva antirrábica humana e observar o animal agressor.

Ratos: Os ratos são os roedores mais comumente envolvido na transmissão de doenças


através da mordedura, urina, fezes e pulgas. São transmissores de leptospirose, salmonelose,
triquinose, tifo murino e peste bubônica.

Medidas preventivas de controle da população de roedores, anti-ratização (eliminação


das condições que favorecem a instalação e proliferação dos roedores) e desratização (uso
de raticidas ou ratoeiras), devem ser tomadas.

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Zoonoses

Pombos: Estas aves que vivem nas cidades, transmitem doenças através do piolho ou
micro-organismos existentes nas fezes, como toxoplasmose, encefalite, histoplasmose, me-
ningite criptocócica e salmonelose.

As medidas de prevenção a serem tomadas dizem respeito a não ofertar alimentos, im-
pedir que os pombos façam ninhos em áreas urbanas, vedar com telas os espaços que possam
servir de abrigo, remover ninhos de área construída, dedetizar o local para evitar problemas
com os piolhos, umedecer as fezes secas antes de retirá-las, para com isso, prevenir as do-
enças provocadas pela sua inalação usando máscaras protetoras ao entrar em ambiente con-
tendo grande acúmulo de fezes.

Insetos: Estes invertebrados transmitem doenças através da picada ou contaminando


alimentos e a água. Como por exemplo:

-mosquito: irritação e prurido local, dengue, febre amarela, leishmaniose, doença de cha-
gas e malária.

-pulgas: peste bubônica e tifo murino.

-baratas: infecções respiratórias, intestinais e alergias.

-moscas: doenças intestinais, respiratórias e alergias dermatológicas.

As medidas preventivas a serem tomadas são as de higiene geral, vacinação contra febre
amarela, quimioprofilaxia antes de entrar em áreas endêmicas de malária, assim como a de-
detização dos locais endêmicos de febre amarela, malária e doença de chagas.

Aranhas: São aracnídeos que ao picarem o homem podem provocar dor intensa e irrita-
ção local, náuseas e vômitos, febre e até a morte.

As ações preventivas visam manter os ambientes limpos e livres de insetos, vedar frestas
e fendas que permitam a entrada em residências, manter áreas livres limpas e com vegetação
rasteira.

Escorpiões: O veneno deste artrópode pode provocar desde manifestações de pouca gra-
vidade (dor local moderada) até a morte do indivíduo.

As medida de prevenção a serem adotadas consta em manter o quintal e jardim limpos e


não acumular lixo e entulho.

Cobras: O veneno de algumas serpentes pode levar a morte devido à sua capacidade
proteolítica (destrói proteínas, provocando necrose e destruição dos tecidos), coagulante (al-
tera a coagulação sanguínea, provocando a não coagulação ou coagulação maciça dentro dos
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Zoonoses

vasos), neurotóxica (danifica o sistema nervoso) e hemolítica (destrói os glóbulos vermelhos,


provocando insuficiência renal aguda).

Para se prevenir do ataque de cobras deve-se atentar para não andar descalço, não in-
troduzir a mão em buracos no chão ou em montes de pedras, evitar proliferação das cobras
diminuindo a oferta de alimentos, criar animais em locais protegidos e utilizar medidas de con-
trole dos ratos.

Animais silvestres: Controlar as Zoonoses em populações de animais silvestres to-


mando ações para planejar, coordenar, executar e avaliar as medidas de controle e diagnós-
tico.

As medidas preventivas a serem tomadas estão em estudar a dinâmica das populações


de animais silvestres de interesse em Saúde Pública e animal, realizar o atendimento à popu-
lação com relação ao controle das zoonoses, promover controle e a vigilância entomológica,
conservar.

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Doenças Transmitidas Por Alimentos

Doenças Transmitidas Por Alimentos

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Doenças Transmitidas Por Alimentos

Doenças Transmitidas Por Alimentos

A doença proveniente de alimentos contaminados causa principalmente sintomas tais como


vómitos, diarreia e inchaço, dependendo dos microrganismos presentes nos alimentos.

Quando os alimentos frescos se estragam, é geralmente fácil de reconhecer devido à mudança de


cor, odor e sabor. Contudo, esta mudança nem sempre ocorre nos alimentos processados, uma vez que
estes contêm substâncias que maximizam a sua vida útil. Por conseguinte, é importante prestar atenção
às datas de validade e evitar consumir alimentos vencidos, uma vez que correm um risco elevado de se
deteriorarem.

As principais doenças causadas por alimentos micro biologicamente contaminados incluem.

Infecções por salmonela

Diz-se que os alimentos contaminados com Salmonela causam sintomas tais como náuseas,
vómitos, dor abdominal, diarreia, febre acima dos 38°C, dor muscular e dores de cabeça entre 8 e 48
horas após o consumo. Reconhecimento dos sintomas da infecção por Salmonela.

Principais fontes de contaminação: A salmonela pode ser detectada em animais de criação,


principalmente galinhas, bovinos e suínos. Por conseguinte, as principais fontes de contaminação s ão
alimentos provenientes destes animais, especialmente quando consumidos crus ou malcozidos, tais
como carne, ovos, leite e queijo. Os alimentos armazenados a altas temperaturas também podem
favorecer o crescimento destas bactérias.

Contaminação com Bacillus cereus

Os alimentos contaminados com Bacillus cereus podem causar sintomas tais como náuseas,
diarreia, vómitos graves e fadiga excessiva até 16 horas após o consumo.

Principais fontes de contaminação: o microrganismo está presente numa variedade de ambientes


e encontra-se principalmente em produtos agrícolas e fontes animais. Por conseguinte, as principais
fontes de contaminação por B. cereus são o consumo de leite não pasteurizado, carne crua e vegetais
crus ou vegetais cozinhados ou armazenados a temperaturas inadequadas.

Infecções coliformes

Os sintomas causados por alimentos contaminados com E. coli dependem do tipo de bactérias
presentes nos alimentos, mas as mais comuns são:

-E. coli nos alimentos Sintomas causados pela contaminação.


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Doenças Transmitidas Por Alimentos

-E. coli enterohemorragia Dor abdominal severa, hematúria e diarreia líquida seguida de fezes
ensanguentadas nas 5-48 horas seguintes ao consumo.

-E. coli enterohemorragia Febre superior a 38°C, diarreia aquosa e dores abdominais graves até 3
dias após a ingestão de alimentos.

Infecção por Escherichia coli Cansaço excessivo, febre de 37°C-38°C, dores abdominais e diarreia
líquida.

-E. coli patogénica Dor abdominal, vómitos frequentes, dores de cabeça, náuseas constantes.

Principal fonte de contaminação: A E. coli é uma bactéria que ocorre naturalmente nos intestinos
dos seres humanos e dos animais e é frequentemente isolada das fezes. Portanto, a principal fonte de
contaminação por E. coli é através do contato com alimentos contaminados por E. coli, quer at ravés do
consumo de carne ou saladas malcozinhadas, quer através da cozedura com má higiene. Ver Boa
lavagem de frutas e legumes.

Envenenamento por estafilococos aureus

Alguns alimentos estão contaminados com toxinas produzidas por Staphylococcus aureus, que
podem causar irritação da mucosa gastrointestinal dentro de horas após a ingestão, resultando em
sintomas como vómitos, diarreia e náuseas.

Principal fonte de contaminação: Staphylococcus aureus pode estar presente naturalmente na


pele e nas membranas mucosas sem sintomas subjetivos. Contudo, também estão envolvidos na
produção de toxinas e podem ser o principal foco de atenção, uma vez que alimentos processados como
presunto e salsichas, por exemplo, contêm níveis elevados de sódio, o que favorece o crescimento
destas bactérias e a produção de toxinas.

Amebíase

Amebíase é também uma doença causada pela ingestão de alimentos contaminados, com o
protozoário Entamoeba histolítica causando diarreia, dor abdominal, cãibras e mal-estar geral.
Reconhecer sintomas de amebíase.

Principal fonte de contaminação: a doença é transmitida por ingestão de cistos Entamoeba


histolytica presentes na água ou nos alimentos contaminados com fezes de pessoas infectadas. É,
portanto, mais frequente em locais onde as condições sanitárias são mais precárias.

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Doenças Transmitidas Por Alimentos

Toxoplasmose

Toxoplasmose é uma infecção causada pela ingestão de carne crua ou malcozinhada contendo
cistos parasitas de Toxoplasma Gonzi, que pode causar sintomas sistémicos tais como febre, dores
musculares, excesso de trabalho, dor de cabeça e dor de garganta, especialmente em pessoas com o
sistema imunitário enfraquecido.

Principais fontes de contaminação: podem ser causadas pelo consumo de carne de vaca ou
borrego contaminada por parasitas, crua, mal aquecida ou com má manutenção da higiene. Toxoplasma
gondii também pode estar presente em gatos e o contato com as suas fezes também pode ser uma via
de contaminação.

Intoxicação alimentar

O consumo de alimentos estragados ou contaminados com microrganismos pode causar


intoxicação alimentar, com sintomas tais como vómitos, diarreia e mal-estar geral, que podem ser
facilmente tratados através de uma simples reidratação com água, soros caseiros ou sumos, e comer
refeições leves com sopas e caldos. Ver mais precauções alimentares quando ocorre uma intoxicação
alimentar.

Alimentos contaminados com pesticidas

As doenças causadas por alimentos contaminados com pesticidas são principalmente cancro,
infertilidade e outras modificações das glândulas produtoras de hormonas, por exemplo, a glândula
tiroide.

Os pesticidas estão presentes em quantidades vestigiais nos alimentos e acumulam-se no corpo.


Normalmente não causam doenças imediatamente após a ingestão dos alimentos, mas estão
implicados no desenvolvimento de doenças degenerativas, por exemplo, a má absorção de nutrientes
e certos tipos de cancro.

Quando os alimentos estão contaminados com pesticidas ou metais pesados, tais como mercúrio
ou alumínio, é impossível ver ou sentir quaisquer alterações. Para saber se estes alimentos são próprios
para consumo humano, é necessário saber de onde vêm e a qualidade da água e da terra em que são
cultivados e cultivados.

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Qualidade Dos Alimentos

Qualidade Dos Alimentos

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Qualidade Dos Alimentos

Qualidade Dos Alimentos

Controle de qualidade dos alimentos do ponto de vista nutricional

Qualidade dos alimentos:

O controle higiênico dos alimentos é uma condição que deve ser assumida como obrigação da
indústria, mas não só. O valor nutricional dos alimentos também é um aspecto muito importante e as
empresas devem controlá-lo muito bem.

O tema nutrição tem recebido muita atenção na mídia e nas redes sociais. E grande parte da po-
pulação buscava uma vida mais saudável por meio da alimentação, e conhecer a composição dos ali-
mentos é essencial na hora de elaborar uma dieta.

Portanto, é importante que a indústria ajuste os rótulos e realize os produtos alimentícios para
garantir que os consumidores recebam informações precisas sobre do que são feitos. Por exemplo, as
embalagens de leite de vaca devem descrever a classificação do percentual de gordura do leite, que
pode ser apresentado como integral, parcialmente desnatado ou sem gordura.

Esse tipo de informação é necessário não só para a nutrição, mas também para a nutrição ade-
quada da população e a liberdade de escolha dos consumidores.

Os profissionais de tecnologia devem estar sempre atentos à legislação vigente para garantir que
o setor não fique desregulado ou aberto a litígios, e devem promover o bom relacionamento com seus
clientes por meio de uma comunicação eficaz.

Um exemplo é a RDC 26/2015 (ANVISA), que obriga a indústria a listar ingredientes frequente-
mente associados a alergias em seus rótulos de produtos. Isso permite que as pessoas escolham pro-
dutos diferentes com base nas informações sobre alérgenos.

Qualidade de alimentos - Análise sensorial

A qualidade sensorial de um produto refere-se ao sabor dos alimentos, sua aparência física e
textura, cheiro e até mesmo a barulho que faz ao mastigar. Este é um fator que precisa ser trabalhado
em campo de acordo com os dois discutidos acima. Isso ocorre porque alimentos seguros e nutritivos
são inúteis se os consumidores não estiverem dispostos a aceitá-los.

Nesse sentido, é muito útil realizar testes sensoriais que possam mostrar a aceitação dos produ-
tos ou a diferença entre o produto X ou Y. A análise sensorial pode ser usada na fase de desenvolvi-
mento e também no controle de qualidade para controlar a produção, produto acabado e controle de
mercado.

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Qualidade Dos Alimentos

Dica interessante: você pode criar um perfil sensorial de cada produto acabado e até mesmo
etapas de processamento relevantes (por exemplo, aquisição de massa). Este perfil sensorial pode in-
cluir todos os parâmetros de cor, textura, sabor e aroma, podendo ser uma medida de controle de
qualidade do processo, evitando grandes desvios. Além disso, os funcionários devem ser sensatamente
treinados, ou seja, capaz de identificar os principais defeitos dos produtos e o vínculo com o processo.
A avaliação sensorial deve fazer parte do controle de qualidade diário.

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Defesa Sanitária Animal

Defesa Sanitária Animal

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Defesa Sanitária Animal

Defesa Sanitária Animal

Saúde animal

A saúde animal (sanidade animal) inclui questões relacionadas com doenças animais, saúde pú-
blica, controlo de risco ao longo de toda a cadeia alimentar, garantindo um abastecimento alimentar
seguro e bem-estar animal (MAPA). Afirma também que para assegurar a saúde animal, é necessário
ter um serviço veterinário bem estruturado, formado e capaz de detectar doenças numa fase precoce
e de tomar medidas de quarentena. Como a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconhece
os serviços veterinários como um bem público global, os veterinários brasileiros são responsáveis
pela implementação de políticas de saúde animal e partilham com o sector privado a responsabili-
dade pela implementação de medidas destinadas a melhorar a saúde animal.

Defesa da saúde animal: é um conjunto de ações que apoiam a saúde animal. Promove a
prevenção, controlo e erradicação de doenças animais de interesse socioeconómico através da
vacinação animal, registo e auditoria dos sistemas de produção agrícola, atenção veterinária com
vigilância epidemiológica ativa e passiva (monitorização, controlo e erradicação de surtos de doenças,
gestão do tráfego animal e educação higiénica).

Quais Programas Sanitários de Defesa Animal?

Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa.

Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Bovina.

Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros.

Programa Nacional de Prevenção e Controle das Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis.

Programa Nacional de Sanidade Suídea.

Programa Nacional de Sanidade Avícola.

Programa Nacional de Sanidade dos Animais Aquáticos.

Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos.

Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos.

Programa Nacional de Sanidade Apícola.

Fonte: www.agricultura.gov.br/animal/sanidade-animal. Acesso em: 16 mai. 2016.

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Defesa Sanitária Animal

Embora possa não ser aparente à primeira vista, existem riscos para os trabalhadores em qual-
quer ambiente de trabalho. Muitos destes riscos não são rotineiramente notados até que um aci-
dente ou algo corre mal numa fábrica, linha de produção ou empresa técnica.

A identificação de potenciais ameaças à segurança da sua equipa requer inspeções frequentes


para detectar riscos ambientais inerentes às atividades e para testar a eficiência das ferramentas, ma-
quinaria e equipamento de proteção pessoal (EPI). Isto permite a tomada de medidas preventivas e a
eliminação de riscos. Este procedimento é designado por "inspeção de segurança". As inspeções de
segurança são também conhecidas como "listas de controlo". De uma perspectiva global, é necessário
olhar para um grupo de operações, os seus processos e os indivíduos que os põem em ação, a fim de
identificar os fatores de acidente.

Assim, uma boa inspeção verifica sempre três situações

-Riscos ambientais.

-Métodos de trabalho inadequados.

-Verificação da eficácia dos métodos preventivos em funcionamento.

Ministério da Agricultura e Defesa - DDA

As atividades do Departamento de Defesa Agrícola e Pecuário (DDA) são o resultado de programas


de política federal e estadual e baseiam-se na vigilância, controlo e inspeções sanitárias de acordo com
parâmetros técnicos recomendados por organizações nacionais e internacionais, a fim de promover a
saúde dos produtos agrícolas e pecuários, acrescentar valor, aumentar a competitividade e cumprir os
requisitos de higiene do mercado (SECRETARIA DA AGRICULTURA, PECUATURA E AGRONEGÓCIO).

Definições de terminologia relacionada com a gestão da saúde animal

Proteção da saúde animal: uma série de ações ou medidas destinadas a promover, manter e
restaurar a saúde animal, reduzir o risco de entrada de agentes patogénicos causadores de doenças e
reduzir o potencial de transmissão de doenças zoológicas.

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Defesa Sanitária Animal

Lei de saúde animal: qualquer lei, decreto, regulamento, portaria, regra ou outro ato normativo
federal, estadual ou municipal relacionado com a defesa da saúde animal.

Ato normativo: um regulamento estabelecido por uma autoridade pública estabelecida por
decreto.

Área de risco: um local ou área que proporciona condições favoráveis para a ocorrência,
transmissão ou propagação de uma doença e tem dimensões geográficas determinadas pela ADAB com
base em normas técnicas para a doença.

Área periférica: uma área dentro ou em torno do ponto focal de uma doença, com limites e
extensões determinados pelo ADAB com base na doença e em fatores epidemiológicos.

Caso: a ocorrência de uma doença num animal.

Corredor sanitário: uma rota, caminho ou passagem forçada utilizada para o transporte ou
transporte de animais, produtos, subprodutos ou derivados de origem animal, restos de animais ou
deterioração.

Despojos ou artefatos - peles, restos, resíduos ou partes de animais.

Facilidade - qualquer local onde sejam efetuados diagnósticos, medicamentos, criação de animais,
acumulação de animais, abate, manipulação e comercialização de animais, produtos e subprodutos de
origem animal e produtos veterinários, quer individualmente quer em conjunto.

Evento: qualquer evento onde os animais se reúnem, tais como exposições, exposições, feiras,
leilões, cowboys, etc.

Foco: um local geograficamente identificado onde um surto de doença animal tenha sido
diagnosticado e confirmado experimentalmente.

Propriedade: qualquer lugar ou propriedade utilizada para reprodução, criação, engorda ou


acabamento de animais.

Proprietário: a entidade física ou jurídica que controla, possui ou detém os animais, produtos o u
subprodutos deles derivados, restos animais ou troféus, ou produtos de uso veterinário.

Provas biológicas: provas, testes e testes laboratoriais realizados para o diagnóstico de doenças.

Transportador: qualquer pessoa ou entidade jurídica que executa ou transporta animais,


produtos, subprodutos, produtos derivados, restos de animais ou despojos, ou produtos de uso
veterinário.

Período em branco sanitário: um período de tempo reservado para um surto ou uma epidemia,
correspondente ao período médio de incubação do agente causador da doença, durante o qual um
local, propriedade ou área específica deve permanecer livre de animais.

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Inspeção De Produtos De Origem Animal

Inspeção De Produtos De Origem


Animal

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Inspeção De Produtos De Origem Animal

Produtos de Origem Animal - POA

Empresas que manipulam Produtos de Origem Animal - POA podem contar com uma
plataforma eletrônica federal para cadastro da agroindústria, exposição de seus produtos ins-
pecionados, consultas sobre os serviços de inspeção, outras agroindústrias, produtos e dire-
trizes para fabricação e registro de produtos de origem animal

Trata-se do sistema eletrônico e-SISBI. Ele está integrado pelo módulo e-Sisbi-SGSI,
para uso exclusivo dos serviços de inspeção, e o módulo e-Sisbi-SGE, para uso exclusivo
dos estabelecimentos. Nele, pode-se consultar:

 Estabelecimentos e seus produtos;

 Diretrizes
para registro de produtos de origem animal sem Regulamentos Técnicos de
Identidade e Qualidade, mas passíveis de aprovação pelos Serviços de Inspeção; e

 Serviços de Inspeção Estaduais, Distrital e Municipais (individuais ou vinculados a


consórcios públicos) que realizam inspeção e fiscalização de produtos de origem animal em
todo país, em especial aqueles aderidos ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de
Origem Animal - SISBI-POA, que tiveram sua equivalência reconhecida pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA e estão autorizados a conceder Selo Sisbi
para POA.

Com o Selo Sisbi concedido para identificação de seus produtos, o empresário pode co-
mercializá-los em todo território nacional, expandindo seus negócios e fortalecendo a agroin-
dústria de sua região, gerando melhoria da qualidade de vida de mais pessoas, aquecendo a
economia local e garantindo mais prosperidade ao município.

Como incluir estabelecimento no catálogo do e-Sisbi-SGSI

O e-SISBI-SGSI é a uma das interfaces eletrônicas do Sistema Brasileiro de Inspeção -


SISBI, disponibilizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, para
cadastro e gestão de serviços de inspeção dos Estados, Distrito Federal, Municípios e vincu-
lados a Consórcio Público de Municípios, bem como dos estabelecimentos e produtos de ori-
gem animal registrados por esses serviços.

O ingresso do Estabelecimento (Empresa) no e-Sisbi-SGSI é iniciado pelo Serviço de


Inspeção do Estado, do Distrito Federal, do Município ou vinculado a Consórcio Público de
Municípios, que lançam as primeiras informações do estabelecimento no sistema. Comple-
tada essa etapa, a “Situação do Cadastro” do estabelecimento aparece na consulta como
PENDENTE. A “Situação do Cadastro” pode aparecer como RASCUNHO, o que sign ifica que
o Serviço de Inspeção ainda falta completar a etapa do cadastro sob sua responsabilidade.
Nessa primeira etapa do cadastro, o Serviço de Inspeção insere dados de identificação do
estabelecimento, endereço, sua classificação e capacidade instalada, além de dados de um

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Inspeção De Produtos De Origem Animal

representante do estabelecimento. Nesse momento, o representante do estabelecimento ca-


dastrado recebe um email automático, com instruções para acessar outro sistema, o “Soli-
cita”, prestar informações pessoais e obter o login e a senha para acessar, em seguida, o e-
Sisbi-SGE (o outro módulo do sistema, onde completará o cadastro do estabelecimento).

Então, com o login e senha, o representante do estabelecimento acessa o e -Sisbi-SGE,


insere as informações complementares solicitadas pelo sistema e finaliza o cadastro. So-
mente assim a “Situação do cadastro” do estabelecimento será alterada para ATIVO. Com
isso, o estabelecimento é geolocalizado, novos usuários do sistema vinculados em estabele-
cimento podem ser cadastrados, poderão cadastrar os produtos e ter acesso ao Mural de
Aviso do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Como um estabelecimento pode integrar o SISBI-POA e solicitar Selo SISBI para seus
produtos

Somente os estabelecimentos aprovados e integrantes do SISBI-POA podem solicitar


Selo SISBI para seus produtos ao Serviço de Inspeção onde esteja registrado.

Antes, porém, é importante o interessado realizar duas consultas básicas:

 Se o Serviço de Inspeção Estadual, Municipal ou vinculado a consórcio público de Mu-


nicípios, onde o estabelecimento está registrado, é aderido ao SISBI-POA.

 Se a “Situação do Cadastro” do estabelecimento e a “Situação do Produto” aparecem


como ATIVO no e-Sisbi-SGSI. Caso apareça diferente, procure seu Serviço de Inspeção
para orientações e avançar com as etapas de cadastro.

Feitas as duas consultas e confirmado o cumprimento dos dois requisitos acima especi-
ficados, o estabelecimento interessado em integrar o SISBI-POA deve requerer, ao seu Ser-
viço de Inspeção, a avaliação do estabelecimento, seguindo os protocolos do referido ser-
viço.

Após uma avaliação favorável do estabelecimento, pelo Serviço de Inspeção, este habi-
lita o “escopo” do estabelecimento no e-Sisbi-SGSI e, logo, aparecerá a opção do “Selo
Sisbi” como “Não Solicitado”, para cada produto cadastrado no sistema. Através do e-Sisbi-
SGE, clicando nessa opção, o estabelecimento solicita ao seu Serviço de Inspeção o Selo
SISBI e o status do Selo SISBI se altera imediatamente para “Solicitado”. Essa solicitação é
enviada automaticamente para análise do Serviço de Inspeção e, quando aprovada, o status
do Selo SISBI do produto se altera para ATIVO, bem como o status da “Comercialização”,
para “Nacional”.

Os produtos com Selo SISBI, inspecionados pelos Estados, Distrito Federal e Municí-
pios aderidos ao SISBI-POA, somente podem ser comercializados no país regularmente se
aparecerem no sistema com o “Selo SISBI” ATIVO e a “Comercialização” Nacional.

Explore mais o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal e o que


ele lhe pode oferecer de orientação

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Inspeção De Produtos De Origem Animal

 SISBI-POA - Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal

 Orientaçõespara o Serviço de Inspeção do Estado, do Distrito Federal, do Município


ou vinculado a consórcio público de Municípios solicitar adesão ao SISBI-POA

 Orientaçõespara cadastrar serviços de inspeção, estabelecimentos e produtos inspe-


cionados no e-SISBI

 e-Sisbi-SGSI - Sistema de Gestão de Serviço de Inspeção - Sistema para gestão dos


serviços oficiais de inspeção de produtos e insumos agropecuários nos Estados, Distrito Fe-
deral, municípios e consórcios de Municípios, para cadastros e controles aplicados à inspe-
ção.

 e-Sisbi-SGE- Sistema de Gestão de Estabelecimento - Sistema para gestão dos esta-


belecimentos cadastrados pelos serviços oficiais de inspeção de produtos e insumos agrope-
cuários nos Estados, Distrito Federal, Municípios e consórcios de Municípios, para cadastros
e dados de produção.

 Orientações sobre a inspeção de produtos de origem animal

Conheça os Serviços de Inspeção oficiais para registro sanitário das agroindústrias e a


abrangência de comercialização permitida pelos respectivos selos. Serviço de Inspeção Mu-
nicipal - SIM - Produtos com selo emitido pelo SIM podem ser produzidos e comercializados
no respectivo município. Se o SIM estiver vinculado a um Consórcio Público de Municípios,
os produtos por ele inspecionados podem ser comercializados na área de atuação do con-
sórcio, desde que no mesmo Estado e atendidas às demais exigências da Instrução Norma-
tiva/MAPA nº 29, de 23 de abril de 2020. Serviço de Inspeção Estadual - SIE - Produtos com
selo emitido pelo SIE podem ser comercializados no Estado, ou Distrito Federal, emissor do
selo. Serviço de Inspeção Federal - SIF - Produtos com selo SIF, emitido pelo MAPA, podem
ser comercializados em todo território nacional e exportados. Os POA identificados com se-
los do SIM e SIE, junto com o Selo SISBI ou Selo ARTE, também podem ser comercializados
em todo território nacional.

Classes de produtos de origem animal que estão sujeitas à inspeção

 Animais destinados ao abate;

 Carne e seus derivados;

 Pescado e seus derivados;

 Leite e seus derivados;

 Ovos e seus derivados;

 Produtos de abelhas e seus derivados.

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Produtos Veterinários

Produtos Veterinários

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Produtos Veterinários

Produtos veterinários

Os produtos veterinários são produtos projetados para atender às necessidades de


saúde e bem-estar dos animais. Eles podem ser usados para prevenir, diagnosticar ou tratar
doenças, bem como para melhorar a qualidade de vida dos animais.

Os produtos veterinários podem ser divididos em várias categorias, incluindo:

 Medicamentos: Os medicamentos veterinários são usados para tratar doenças ou


condições específicas. Eles podem ser vendidos sem receita médica ou com receita médica.

Medicamentos veterinários

 Vacinas:As vacinas são usadas para prevenir doenças. Elas são geralmente
administradas em uma série de doses durante a vida do animal.

Vacinas veterinárias

 Suplementos alimentares: Os suplementos alimentares são usados para fornecer


nutrientes que podem não estar presentes na dieta regular do animal. Eles podem ser feitos
de uma variedade de ingredientes, incluindo vitaminas, minerais, ácidos graxos ômega-3 e
probióticos.

Suplementos alimentares veterinários

 Acessóriosde higiene: Os acessórios de higiene são usados para manter os animais


limpos e saudáveis. Eles podem incluir produtos para banho, escovação e limpeza de
ouvidos.

Acessórios de higiene veterinários

 Coleirase arreios: As coleiras e arreios são usados para controlar e proteger os


animais. Eles podem ser usados para passeios, treinamento ou segurança.

Coleiras e arreios veterinários

Ao escolher produtos veterinários, é importante considerar as necessidades específicas


do seu animal de estimação. Fatores a serem considerados incluem:

 Espécie:
Os animais de estimação têm necessidades diferentes. Por exemplo, cães e
gatos têm necessidades diferentes.

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Produtos Veterinários

 Idade: Os animais de estimação em diferentes fases da vida têm necessidades


diferentes. Por exemplo, os filhotes precisam de cuidados especiais.

 Tamanho: Os animais de estimação de diferentes tamanhos têm necessidades


diferentes.

 Condiçãode saúde: Os animais de estimação com condições de saúde específicas


podem precisar de produtos especiais.

Méri Curiosidade

É importante consultar um veterinário para obter orientação sobre os produtos


veterinários certos para o seu animal de estimação.

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Programas Sanitários Básicos

Programas Sanitários Básicos

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Programas Sanitários Básicos

 Programa Nacional de Controle da Raiva

O PNCRH tem como objetivo reduzir a prevalência da doença na população de


herbívoros domésticos, com a seguinte estratégia de atuação:

- Controle da população de transmissores (usualmente os morcegos hematófagos


Desmodus rotundus);

- Vacinação dos herbívoros domésticos em situações específicas;

- Vigilância epidemiológica;

- Educação em saúde e outros procedimentos de defesa sanitária animal.

Essas atividades colaboram na proteção da saúde pública e visam o controle da doença


em herbívoros, que causa grande prejuízo econômico à pecuária nacional.

 Programa Nacional de Sanidade Avícola

O Programa Nacional de Sanidade Avícola – PNSA foi instituído no âmbito da Secretaria


de Defesa Agropecuária pela Portaria nº 193, de 19 de setembro de 1994, estabelecendo
diversas as normas e ações para regulamentar a produção avícola e salvaguardar o plantel
avícola nacional.

O PNSA vem evoluindo de forma crescente, buscando amparar a cadeia produtiva


avícola que tem como principal característica a tecnificação e organização, não sendo por
acaso que o Brasil é o terceiro maior produtor e o maior exportador de carne de frango do
mundo.

Para deixar registrado esse importante momento da história do PNSA, foi realizada a
reunião técnica “Sanidade Avícola: Fortaleza Nacional”, em Brasília/DF.

 Programa Nacional de Sanidade Suídea

As atividades do PNSS estão voltadas para a prevenção de doenças, para o


reconhecimento, manutenção e ampliação de zonas livres de doenças e na certificação e
monitoramento de granjas de reprodutores suídeos (GRSC). Estas atividades estão descritas
no Regulamento Técnico do PNSS, aprovado pela Instrução Normativa nº 47, de 18/6/2004,
que prevê o controle sanitário oficial a ser realizado nos estabelecimentos de criação de
suídeos que desenvolvam atividades relacionadas à produção, reprodução, comercialização,
distribuição de suídeos e material de multiplicação de origem suídea, bem como impedir a
introdução de doenças exóticas e controlar ou erradicar aquelas já existentes no Brasil.

A coordenação nacional do PNSS é exercida por um representante do Departamento de


Saúde Animal (DSA/MAPA) e, em cada UF, a coordenação é exercida por um representante
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Programas Sanitários Básicos

do serviço de saúde animal da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e


Abastecimento e um representante do órgão executor das atividades de defesa sanitária
animal.

 Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose

O PNCEBT tem por objetivo reduzir a prevalência e a incidência dessas doenças em


bovinos e bubalinos, visando a erradicação. A brucelose, causada pela Brucella abortus, e a
tuberculose, causada pelo Mycobacterium bovis, vêm sendo registradas em todo território
nacional, conforme verificado em estudos de caracterização epidemiológica padronizados
realizados em diversos estados do país.

A estratégia de atuação do PNCEBT é baseada na classificação das unidades


federativas quanto ao grau de risco para essas doenças e na definição e aplicação de
procedimentos de defesa sanitária animal, de acordo com a classificação de risco.

São também preconizadas um conjunto de medidas sanitárias compulsórias, associadas


a ações de adesão voluntária. As medidas compulsórias consistem na vacinação de bezerras
entre os 3 e 8 meses de idade contra a brucelose e o controle do trânsito de animais, já as
voluntárias consistem na certificação de propriedades livres de brucelose ou de tuberculose.

 Programa Nacional de Sanidade Equídea

O PNSE cria estratégias para prevenir, controlar ou erradicar doenças dos equídeos, se
utilizando de meios como edução sanitária, estudos epidemiológicos, fiscalização e controle
do trânsito de equídeos, cadastramento, fiscalização e certificação sanitária de
estabelecimentos e intervenção imediata quando da suspeita ou ocorrência de doença de
notificação obrigatória.

Também existem serviços de veterinária que são fontes de informação do sistema de


vigilância epidemiológica para doenças dos equídeos que realizam fiscalizações,
monitoramentos e inspeções. Destacam-se as doenças de notificação obrigatória, afetando
diretamente a situação sanitária brasileira.

 Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa

O Brasil, sob a coordenação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento


(MAPA) e com a participação dos serviços veterinários estaduais e do setor agro-produtivo,
segue na luta contra a febre aftosa em busca de um país livre da doença.

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Programas Sanitários Básicos

O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) tem como


estratégia principal a implantação progressiva e manutenção de zonas livres da doença, de
acordo com as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

A execução do PNEFA é compartilhada entre os diferentes níveis de hierarquia do


serviço veterinário oficial com participação do setor privado, cabendo a cada um as
responsabilidades destacadas na figura abaixo. Os governos estaduais, representados pelas
secretarias estaduais de agricultura e instituições vinculadas, responsabilizam-se pela
execução do PNEFA no âmbito estadual.

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Vigilância Sanitária Internacional

Vigilância Sanitária Internacional

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Vigilância Sanitária Internacional

Vigilância sanitária internacional

A vigilância sanitária internacional é a coleta, análise e disseminação de informações


sobre a saúde pública em nível internacional. Ela é importante para prevenir, detectar e
responder a emergências de saúde pública, bem como para promover a saúde e o bem-estar
global.

A vigilância sanitária internacional é realizada por uma variedade de atores, incluindo


governos, organizações internacionais, organizações não governamentais e profissionais da
saúde. As atividades de vigilância sanitária internacional incluem:

 Coleção de dados: A vigilância sanitária internacional depende da coleta de dados


sobre a saúde pública em nível internacional. Esses dados podem ser coletados de uma
variedade de fontes, incluindo:

o Relatórios de casos de doenças

o Dados de laboratório

o Dados de vigilância ambiental

o Dados de pesquisas

 Análise de dados: Os dados coletados pela vigilância sanitária internacional são


analisados para identificar tendências e padrões. Essa análise pode ajudar a identificar
riscos potenciais à saúde pública e a desenvolver medidas de resposta.

 Disseminação de informações: As informações coletadas e analisadas pela vigilância


sanitária internacional são disseminadas para uma variedade de públicos, incluindo:

o Autoridades sanitárias

o Profissionais da saúde

o Público em geral

A vigilância sanitária internacional é uma parte essencial da resposta a emergências de


saúde pública. Ela pode ajudar a identificar e responder rapidamente a essas emergências,
minimizando seu impacto na saúde pública.

Algumas das principais doenças que são monitoradas pela vigilância sanitária
internacional incluem:

 Doenças infecciosas, como a COVID-19, a influenza e a febre amarela

 Doenças transmitidas por alimentos, como a salmonela e a Escherichia coli

 Doenças transmitidas por água, como a cólera e a diarreia

 Doenças transmitidas por vetores, como a malária e a dengue


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Vigilância Sanitária Internacional

A vigilância sanitária internacional também é importante para promover a saúde e o


bem-estar global. Ela pode ajudar a identificar tendências e padrões de saúde pública, bem
como a desenvolver políticas e programas para melhorar a saúde das pessoas.

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