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APOSTILA

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Língua Portuguesa

LÍNGUA PORTUGUESA

MÉRITO
Apostilas 1
Leitura, compreensão e interpretação de textos

Leitura, compreensão e
interpretação de textos

MÉRITO
Apostilas 1
Leitura, compreensão e interpretação de textos

Compreensão e interpretação de texto são duas ações que estão relacionadas,


uma vez que quando se compreende corretamente um texto e seu propósito
comunicativo chegamos a determinadas conclusões (interpretação).
A compreensão de um texto é a análise e decodificação do que está realmente
escrito, seja das frases ou das ideias presentes.

Já a interpretação de texto, está ligada às conclusões que podemos chegar ao


conectar as ideias do texto com a realidade. É o entendimento subjetivo que o
leitor teve sobre o texto.

É possível compreender um texto sem interpretá-lo, porém não é possível


interpretá-lo sem compreendê-lo.

Compreensão de texto

A compreensão de texto significa decodificá-lo para entender o que foi dito. É a


análise objetiva e a assimilação das palavras e ideias presentes no texto.

As expressões que geralmente se relacionam com a compreensão são:

• Segundo o texto…

• De acordo com o autor…

• No texto…

• O texto informa que...

• O autor sugere…

Interpretação de texto

A interpretação do texto é o que podemos concluir sobre ele, após estabelecer


conexões entre o que está escrito e a realidade. São as conclusões que podemos

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

tirar com base nas ideias do autor. Essa análise ocorre de modo subjetivo e está
relacionada com a dedução do leitor.

Na interpretação de texto, as expressões geralmente utilizadas são:

• Diante do que foi exposto, podemos concluir…

• Infere-se do texto que…

• O texto nos permite deduzir que…

• Conclui-se do texto que...

• O texto possibilita o entendimento de...

Item Compreensão Interpretação


Análise objetiva do conteúdo,
A conclusão subjetiva do texto. É o que o leitor entende
Definição compreendendo frases, ideias e
que o texto quis dizer.
dados presentes no texto.
As informações necessárias estão A informação vai além do que está no texto, embora
Informação
dispostas no texto. tenha uma relação direta com ele.
Análise Objetiva. Ligada mais aos fatos. Subjetiva. Pode estar relacionada a uma opinião.

A Importância da Leitura

Tanto a leitura quanto a escrita são práticas sociais de importância fundamental


para o desenvolvimento da cognição humana. Ambas asseguram o
desenvolvimento do intelecto e da imaginação e conduzem à aquisição de
conhecimentos.

Quando lemos, existem várias conexões no cérebro que nos permitem desenvolver
nosso raciocínio. Além disso, por meio dessa atividade, aprimoramos nosso senso
crítico por meio da capacidade de interpretar.

Nesse sentido, vale lembrar que a “interpretação” dos textos é uma das chaves
básicas da leitura. Afinal, não basta ler ou decodificar códigos de linguagem, é
preciso entender e interpretar essa leitura.

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

Exercícios

1 - (Enem-2012)

Figura 1: Fonte: www.ivancabral.com.

O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações


visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre
à:

a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para


transmitir a ideia que pretende veicular.

b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.

c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população


pobre e o espaço da população rica.

d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.

e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira


de descanso da família.

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

2. (Enem-2019)

Qual a diferença entre publicidade e propaganda?

Esses dois termos não são sinônimos, embora sejam usados indistintamente no
Brasil. Propaganda é a atividade associada à divulgação de ideias (políticas,
religiosas, partidárias etc.) para influenciar um comportamento. Alguns exemplos
podem ilustrar, como o famoso Tio Sam, criado para incentivar jovens a se alistar
no exército dos EUA; ou imagens criadas para “demonizar” os judeus, espalhadas
na Alemanha pelo regime nazista; ou um pôster promovendo o poderio militar da
China comunista. No Brasil, um exemplo regular de propaganda são as campanhas
políticas em período pré-eleitoral.

Já a publicidade, em sua essência, quer dizer tornar algo público. Com a Revolução
Industrial, a publicidade ganhou um sentido mais comercial e passou a ser uma
ferramenta de comunicação para convencer o público a consumir um produto,
serviço ou marca. Anúncios para venda de carros, bebidas ou roupas são exemplos
de publicidade. VASCONCELOS, Y. Fonte: https://mundoestranho.abril.com.br.

A função sociocomunicativa desse texto é

a) ilustrar como uma famosa figura dos EUA foi criada para incentivar jovens a se
alistar no exército.

b) explicar como é feita a publicidade na forma de anúncios para venda de carros,


bebidas ou roupas.

c) convencer o público sobre a importância do consumo.

d) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.

e) divulgar atividades associadas à disseminação de ideias.

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

Gabarito

1 - (Enem-2012)

Resposta correta: a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão


“rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular.

A questão é um bom exemplo de compreensão e interpretação de texto visual.

O humor gerado pela charge advém da polissemia da palavra "rede", ou seja, dos
diferentes significados que ela carrega.

Na cultura indígena, a rede é um objeto utilizado para dormir. Já rede social, termo
que surgiu por meio do avanço da internet, representa espaços virtuais de
interação entre grupos de pessoas ou de empresas.

Uma interpretação que podemos obter com a observação da charge é sobre a


desigualdade social que atinge muitas pessoas as quais não possuem condições
financeiras de ter acesso à internet.

2. (Enem-2019)

Resposta correta: d) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.

Essa é uma questão de compreensão e interpretação de um texto escrito.

Depois da leitura atenta do texto, fica claro entender qual sua finalidade:
esclarecer sobre dois conceitos que são utilizados como sinônimos pelo senso
comum.

Assim, trata-se de um tipo de texto explicativo que utiliza alguns exemplos para
ilustrar os conceitos de publicidade e propaganda.

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Linguagem Verbal E Não Verbal

Linguagem Verbal E Não Verbal

1
Linguagem Verbal E Não Verbal

Linguagem Verbal E Não Verbal

Linguagem não verbal

Outra forma de comunicação que não ocorre por meio de sinais falados ou escritos é a
linguagem não verbal. Então, basicamente, ele lida com imagens. Neste caso, o símbolo é usado. A
linguagem não verbal consiste em gestos, tom de voz, entre outras coisas. Portanto, é possível
perceber que a ausência de palavras não significa ausência de texto. Por exemplo: - Se uma pessoa
está dirigindo e vê um sinal vermelho, qual é a primeira reação? Pare.

Bem, esta comunicação é feita em linguagem não verbal.

Ao contrário do que muitos pensam, a linguagem não verbal é constantemente utilizada na vida
das pessoas. Um exemplo disso são os semáforos. Gestos e linguagem corporal também são
classificados como linguagem não verbal. Por exemplo: - Se um pai diz rispidamente, gritando e
agressivamente que ama seu filho, ele interpreta dessa forma? Provavelmente não.

Linguagem mista ou linguagem híbrida

A comunicação humana é quase sempre criada através de gestos e palavras, portanto é uma
combinação de duas linguagens. Essa interseção é definida como uma linguagem mista. Isso também
pode ser visto em desenhos animados que se comunicam com imagens e palavras. Acelerando a
compreensão e a interpretação na comunicação todo ato comunicativo ocorre por meio do uso da
linguagem, que pode ser definida como linguagem verbal e não verbal. Em outras palavras, essas
formas de linguagem são definidas como categorias de comunicação. Isso significa que enviar ou
receber uma mensagem requer a ação de um remetente e um destinatário.

Linguagem verbal: Também chamada de linguagem verbalizada, é expressa por meio de palavras
escritas ou faladas.

Linguagem não verbal: utiliza sinais visuais como gestos, postura, desenhos, sinais, música.

Além dessas, outra forma de linguagem pode ser utilizada na vida cotidiana, uma língua mista,
também conhecida como língua híbrida. É possível encontrar idiomas falados e não falados juntos
para transmitir uma única mensagem. Um exemplo de linguagem mista pode ser encontrado na caixa
de desenho se você encontrar uma imagem e um espaço com texto ao redor da imagem. Tanto a foto
quanto o texto tiveram um impacto significativo na compreensão da mensagem.

Comunicação x Linguagem verbal e não verbal

A comunicação é um processo de troca de informações entre emissor e receptor. Um aspecto


que pode atrapalhar esse processo é o código utilizado, que deve ser mutuamente inteligível,

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Linguagem Verbal E Não Verbal

portanto a linguagem verbal e a não verbal são componentes que fazem parte dos elementos da
comunicação.

Linguagem falada

Quando você fala com alguém, lê um livro ou uma revista, esta palavra é usada como um código.
Esse tipo de linguagem, como vimos no início do texto, é conhecida como linguagem falada, podendo
ser escrita ou falada. É certamente a linguagem mais comum na vida cotidiana. Quando alguém
escreve uma mensagem em, por exemplo, uma rede social, ele utiliza a linguagem verbal, ou seja,
transmite informações por meio de palavras. Como exemplo dessa definição, veja-se o poema de
Fernando Pessoa, que expressa seus sentimentos com palavras.

"Questão 01 - (Enem/2013)

Casados e independentes

Um novo levantamento do IBGE mostra que o número de casamentos entre pessoas na faixa dos
60 anos cresce, desde 2003, a um ritmo 60% maior que o observado na população brasileira como um
todo…

Os gráficos expõem dados estatísticos por meio de linguagem verbal e não verbal. No texto, o
uso desse recurso

A) exemplifica o aumento da expectativa de vida da população.

B) explica o crescimento da confiança na instituição do casamento.

C) mostra que a população brasileira aumentou nos últimos cinco anos.

D) indica que as taxas de casamento e emprego cresceram na mesma proporção.

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Linguagem Verbal E Não Verbal

E) sintetiza o crescente número de casamentos e de ocupação no mercado de trabalho.

Alternativa E"

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Coesão e coerência textual

Coesão e coerência textual

MÉRITO
Apostilas 1
Coesão e coerência textual

Coerência e coesão são mecanismos fundamentais para a produção de texto.


Para que um texto transmita sua mensagem com eficácia, ele deve fazer sentido
para o leitor. Além disso, deve ser harmonioso para que a mensagem flua com
segurança, naturalidade e seja agradável ao ouvido.

Coesão textual
A coesão é resultado da disposição e da correta utilização das palavras que
propiciam a ligação entre frases, períodos e parágrafos de um texto. Ela colabora
com sua organização e ocorre por meio de palavras chamadas de conectivos.
A coesão cria relações entre as partes do texto de modo a guiar o leitor
relativamente a uma sequência de fatos.
Uma mensagem coesa apresenta ligações harmoniosas entre as partes do texto.

Elementos de coesão textual


1- Substituições
Garantem a coesão lexical. Ocorrem quando um termo é substituído por
outro termo ou por uma locução como forma de evitar repetições.
Exemplos:
Coesão correta: Os legumes são importantes para manter uma alimentação
saudável. As frutas também.
Erro de coesão: Os legumes são importantes para manter uma alimentação
saudável. As frutas também são importantes para manter uma alimentação
saudável.
Explicação: "também" substitui "são importantes para manter uma
alimentação saudável".

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Coesão e coerência textual

2- Conectores
Esses elementos são responsáveis pela coesão interfrásica do texto. Criam
relações de dependência entre os termos e geralmente são representados
por preposições, conjunções, advérbios, etc.
Exemplos:
Coesão correta: Elas gostam de jogar bola e de dançar.
Erro de coesão: Elas gostam de jogar bola. Elas gostam de dançar.
Explicação: sem o conectivo "e", teríamos uma sequência repetitiva.

3- Referências e reiterações
Nesse tipo de coesão, um termo é usado para se referir a outro, para reiterar
algo dito anteriormente ou quando uma palavra é substituída por outra com
ligação de significados.
Coesão correta: Hoje é aniversário da minha vizinha. Ela está fazendo 35
anos.
Erro de coesão: Hoje é aniversário da minha vizinha. Minha vizinha está
fazendo 35 anos.
Explicação: observe que o pronome "ela" faz referência à vizinha.

4- Correlação verbal
É a utilização dos verbos nos tempos verbais corretos. Esse tipo de coesão
garante que o texto siga uma sequência lógica de acontecimentos.
Coesão correta: Se eu soubesse eu te avisaria.
Erro de coesão: Se eu soubesse eu te avisarei.
Explicação: note que "soubesse" é uma flexão do verbo "saber" no pretérito
imperfeito do subjuntivo e isso indica uma situação condicional que poderia
dar origem a uma outra ação.

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Coesão e coerência textual

Para a frase fazer sentido, o verbo "avisar" tem de estar conjugado no futuro do
pretérito para indicar um fato que poderia ter acontecido se uma ação no passado
tivesse se concretizado.

Coerência textual
A coerência textual está diretamente relacionada com a significância e com a
interpretabilidade de um texto.
A mensagem de um texto é coerente quando ela faz sentido e é comunicada de
forma harmoniosa, de forma que haja uma relação lógica entre as ideias
apresentadas, onde umas complementem as outras.

Conceitos da coerência textual


1- Princípio da não contradição
Não pode haver contradições de ideias entre diferentes partes do texto.
Coerência correta: Ele só compra leite de soja pois é intolerante à lactose.
Erro de coerência: Ele só compra leite de vaca pois é intolerante à lactose.
Explicação: quem é intolerante à lactose não pode consumir leite de vaca.
Por esse motivo, o segundo exemplo constitui um erro de coerência; não faz
sentido.

2- Princípio da não tautologia


Ainda que sejam expressas através do uso de diferentes palavras, as ideias
não devem ser repetidas, pois isso compromete a compreensão da
mensagem a ser emitida e muitas vezes a torna redundante.
Coerência correta: Visitei Roma há cinco anos.
Erro de coerência: Visitei Roma há cinco anos atrás.
Explicação: "há" já indica que a ação ocorreu no passado. O uso da palavra
"atrás" também indica que a ação ocorreu no passado, mas não acrescenta
nenhum valor e torna a frase redundante.

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Coesão e coerência textual

3- Princípio da relevância
As ideias devem estar relacionadas entre si, não devem ser fragmentadas e
devem ser necessárias ao sentido da mensagem.
O ordenamento das ideias deve ser correto, pois, caso contrário, mesmo que
elas apresentem sentido quando analisadas isoladamente, a compreensão do
texto como um todo pode ficar comprometida.
Coerência correta: O homem estava com muita fome, mas não tinha dinheiro
na carteira e por isso foi ao banco e sacou uma determinada quantia para
utilizar. Em seguida, foi a um restaurante e almoçou.
Erro de coerência: O homem estava com muita fome, mas não tinha dinheiro
na carteira. Foi a um restaurante almoçar e em seguida foi ao banco e sacou
uma determinada quantia para utilizar.
Explicação: observe que, embora as frases façam sentido isoladamente, a
ordem de apresentação da informação torna a mensagem confusa. Se o
homem não tinha dinheiro, não faz sentido que primeiro ele tenha ido ao
restaurante e só depois tenha ido sacar dinheiro.

4- Continuidade temática
Esse conceito garante que o texto tenha seguimento dentro de um mesmo
assunto. Quando acontece uma falha na continuidade temática, o leitor fica
com a sensação de que o assunto foi mudado repentinamente.
Coerência correta: "Tive muita dificuldade até acertar o curso que queria
fazer. Primeiro fui fazer um curso de informática... A meio do semestre
troquei para um curso de desenho e por fim acabei me matriculando aqui no
curso de inglês. Foi confuso assim também para você?"
"Na verdade foi fácil pois eu já tinha decidido há algum tempo que assim que
tivesse a oportunidade de pagar um curso, faria um de inglês."
Erro de coerência: "Tive muita dificuldade até acertar o curso que queria
fazer. Primeiro fui fazer um curso de informática... A meio do semestre
troquei para um curso de desenho e por fim acabei me matriculando aqui no
curso de inglês. Foi confuso assim também para você?"

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Coesão e coerência textual

"Quando eu me matriculei aqui no curso, eu procurei me informar sobre a


metodologia, o tipo de recursos usados, etc. e acabei decidindo rapidamente
por este curso."
Explicação: note que no último exemplo, o segundo interlocutor acaba por
não responder exatamente ao que foi perguntado.
O primeiro interlocutor pergunta se ele também teve dificuldades de decidir
que tipo de curso fazer e a resposta foi sobre características que ele teve em
conta ao optar pelo curso de inglês onde se matriculou.
Apesar de ter falado de um curso, houve uma alteração de assunto.

5- Progressão semântica
É a garantia da inserção de novas informações no texto, para dar seguimento
a um todo. Quando isso não ocorre, o leitor fica com a sensação de que o
texto é muito longo e que nunca chega ao objetivo final da mensagem.
Coerência correta: Os meninos caminhavam e quando se depararam com o
suspeito apertaram o passo. Ao notarem que estavam sendo perseguidos,
começaram a correr.
Erro de coerência: Os meninos caminhavam e quando se depararam com o
suspeito continuaram caminhando mais um pouco. Passaram por várias
avenidas e ruelas e seguiram sempre em frente. Ao notarem que estavam
sendo perseguidos, continuaram caminhando em direção ao seu destino,
percorreram um longo caminho...
Explicação: note que a frase onde a coerência está correta apresenta uma
sequência de novas informações que direcionam o leitor à conclusão do
desfecho da frase.
No exemplo seguinte, a frase acaba por se prolongar demais e o receptor da
mensagem fica sem saber, afinal, o que os meninos fizerem.

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Coesão e coerência textual

Diferença e exemplos
A coesão está mais diretamente ligada a elementos que ajudam a estabelecer uma
ligação entre palavras e frases que unem as diferentes partes de um texto.
A coerência, por sua vez, estabelece uma ligação lógica entre as ideias, de forma
que umas complementem as outras e, juntas, garantam que o texto tenho sentido.
Em outras palavras, a coerência está mais diretamente ligada ao significado da
mensagem.
Apesar de os dois conceitos estarem relacionados, eles são independentes, ou seja,
um não depende do outro para existir.
É possível, por exemplo, uma mensagem ser coesa e incoerente ou coerente e não
apresentar coesão.

Mensagem coerente que não apresenta coesão:


"Para de mexer nessa tinta. Vá já para o banheiro! Não toque em nada. Lave bem as
mãos. Vá para o seu quarto."
Explicação: A mensagem é compreensível, porém não existe uma ligação
harmoniosa entre as ideias. Faltam as ligações entre as frases para que a
mensagem soe natural.

Mensagem coesa e incoerente:


"Aberto todos os dias, exceto sábado."
Explicação: A mensagem tem uma ligação harmoniosa entre as frases, porém não
faz sentido: se existe uma exceção, então o estabelecimento não está aberto todos
os dias.

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Coesão e coerência textual

Exercícios
1- (Enem - 2013)
Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série
de contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe que
disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o
italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo derivado do latim
medieval influentia, que significava “influência dos astros sobre os homens”. O
segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se
que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo
infectado.

RODRIGUES. S. Sobre palavras. Veja, São Paulo, 30 nov. 2011.

Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor
reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída
predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O
fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é:

a) “[...] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”
b) “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe [...]”.
c) “O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava
‘influência dos astros sobre os homens’.”
d) “O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper [...]”.
e) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do
organismo infectado.”

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Coesão e coerência textual

2- (Enem – 2011)
Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o
risco de infarto, mas também de problemas como morte súbita e derrame. Significa
que manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente já
reduz, por si só, as chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é
importante para o controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de
glicose no sangue. Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade
física, fatores que, somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses
casos, com acompanhamento médico e moderação, é altamente recomendável.

ATALIA, M. Nossa vida. Época. 23 mar. 2009.

As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na


construção do sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que

a) a expressão “Além disso” marca uma sequenciação de ideias.


b) o conectivo “mas também” inicia oração que exprime ideia de contraste.
c) o termo “como”, em “como morte súbita e derrame”, introduz uma generalização.
d) o termo “Também” exprime uma justificativa.
e) o termo “fatores” retoma coesivamente “níveis de colesterol e de glicose no
sangue”.

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Coesão e coerência textual

3- Sobre a coesão textual, estão corretas as seguintes proposições:

I. A coesão textual está relacionada com os componentes da superfície textual, ou


seja, as palavras e frases que compõem um texto. Esses componentes devem estar
conectados entre si em uma sequência linear por meio de dependências de ordem
gramatical.

II. A coesão é imaterial e não está na superfície textual. Compreender aquilo que
está escrito dependerá dos níveis de interação entre o leitor, o autor e o texto. Por
esse motivo, um mesmo texto pode apresentar múltiplas interpretações.

III. Por meio do uso adequado dos conectivos e dos mecanismos de coesão,
podemos evitar erros que prejudicam a sintaxe e a construção de sentidos do
texto.

IV. A coesão obedece a três princípios: o princípio da não contradição; princípio da


não tautologia e o princípio da relevância.

V. Entre os mecanismos de coesão estão a referência, a substituição, a elipse, a


conjunção e a coesão lexical.

a) Apenas V está correta.


b) II e IV estão corretas.
c) I, III e V estão corretas.
d) I e III estão corretas.
e) II, IV e V estão corretas.

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Coesão e coerência textual

Gabarito
1- Alternativa correta: “e”. A forma verbal “fizesse” tem seu sujeito oculto, fazendo
referência ao vocábulo viral grippe, que significa agarrar. Caso o fragmento fosse
reescrito com o sujeito explícito, teríamos: “Supõe-se que o vocábulo grippe
fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo
infectado.”
2- Alternativa correta: “a”. A expressão “Além disso” estabelece coesão, dando
sequência às ideias ditas anteriormente.
3- Alternativa correta: “c”. As proposições II e IV fazem referência à coerência
textual, elemento indispensável para a construção de sentidos de um texto.

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Sinônimos, antônimos, homônimos


e parônimos

MÉRITO
Apostilas 1
Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Semântica é a classe gramatical que estuda a significação das palavras e as


relações que elas têm umas com as outras por meio das classificações como si -
nônimos, antônimos, homônimos e parônimos.

Sinônimos
A sinonímia é o nome dado ao que ocorre quando usamos palavras diferen -
tes, mas com o significado igual ou parecido, estabelecendo uma relação de proxi-
midade. Essas palavras de mesma significação são chamadas de sinônimos, e uti -
lizá-las evita que sentenças e argumentos se tornem repetitivos e desinteressan-
tes.

Importante notar que sinônimos não são equivalentes e é raro encontrar


aqueles que são perfeitos, como no caso de “belo” e “bonito”, dependendo do
contexto (“este rapaz é belo” é muito semelhante a “este rapaz é bonito”, mas nem
sempre a relação é tão próxima).

Exemplos:

• Casa/lar/moradia/residência

• Longe/distante

• Delicioso/saboroso

• Carro/automóvel

• Triste/melancólico

• Resgatar/recuperar

Antônimos
A antonímia, ao contrário da sinonímia, é o que acontece quando duas pala -
vras são usadas para indicar o oposto uma da outra, estabelecendo uma relação
de contrariedade.

Exemplos:

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

• Amor/ódio

• Luz/trevas

• Mal/bem

• Ausência/presença

• Fraco/forte

• Bonito/feio

• Cheio/vazio

Polissemia e monossemia
Quando uma palavra tem vários significados, temos uma polissemia. O con-
trário, que é quando uma palavra tem somente um significado, é chamado de mo -
nossemia. Para entender esses significados, é fundamental observar o contexto
no qual essas palavras estão inseridas.

Exemplo:

Gato: animal, homem atraente, instalação elétrica irregular.

• Adotei um gato na semana passada.

• Conheci seu amigo ontem na festa. Que gato!

• Aquela instalação elétrica da vizinha é um gato.

Homônimos
Homônimos são aquelas palavras que têm som igual, escrita igual, mas signifi -
cados diferentes. Dentro dessa classificação, temos ainda as palavras homófonas
(mesmo som, mas com escrita e significado diferentes) e as homógrafas (escrita
igual, mas com som e significado diferentes).

Exemplos:

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

• Vou colocar “extrato” de tomate no molho do macarrão.

• Vou ao banco retirar o “extrato”.

• Eu “rio” tanto.

• Da minha casa posso ver o “rio”.

Homônimos perfeitos: são palavras que possuem a mesma grafia e o mesmo


som. Exemplo: Esse homem é são (saúde), São Pedro (título), Como vai? (sauda-
ção), Eu como feijão (verbo comer).

Homônimos homófonos: são as palavras que possuem o mesmo som, porém


a grafia é diferente. Exemplo: sessão (reunião), seção (repartição), cessão (ato de
ceder), concerto (musical) e conserto (ato de consertar).

Homônimos homógrafos: são palavras que possuem a mesma grafia e sons


diferentes. Exemplo: almoço (ô) substantivo – almoço (ó) verbo; jogo (ô) substanti -
vo – jogo (ó) verbo; para (preposição) – para (verbo)

Parônimos
são aquelas que são escritas e pronunciadas de maneira semelhante, mas têm
significados distintos.

• coro e couro;

• cesta e sesta;

• eminente e iminente;

• osso e ouço;

• sede e cede;

• comprimento e cumprimento;

• tetânico e titânico;

• degradar e degredar;

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

• infligir e infringir;

Formas variantes
As formas variantes se referem a palavras que possuem mais do que uma gra -
fia correta, sem que haja alteração do seu significado.

Exemplos de formas variantes:

• abdome e abdômen;

• bêbado e bêbedo;

• embaralhar e baralhar;

• enfarte e infarto;

• louro e loiro.

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Exercícios
Exercício 1

Levando em consideração o contexto atribuído pelos enunciados, empregue


corretamente um dos termos propostos pelas alternativas entre parênteses.

a – O atacante aproveitou a jogada distraída e deu o ___________ no adversário.


(cheque/xeque)

b – O visitante pôs a _____________ no cavalo, despediu-se de todos e seguiu


viagem. (cela/sela)

c – No presídio, todos os ocupantes foram trocados de _____________. (cela/sela)

d – O filme a que assisti pertence à ______ das dez. (seção/sessão/cessão)

Exercício 2

(FMPA- MG) - Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamente


aplicada:

a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes .

b) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros.

c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.

d) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever.

e) A cessão de terras compete ao Estado.

Exercício 3

CEITEC 2012 - FUNRIO - Advogado - AAO-ADVOGAD

Fotografia divulgada na internet mostra a placa com o nome de um bar. Nela se


lê: “BAR ÁLCOOL ÍRIS”. Pode-se criticar a suposta originalidade, mas não há
dúvida de que a escolha do nome baseou-se na relação que há entre as palavras
“álcool” e “arco”, o que caracteriza um caso de:

6
Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

a. ambiguidade.

b. homonímia.

c. paráfrase.

d. paronímia.

e. polissemia.

Exercício 4

CEITEC 2012 - FUNRIO - Administração/Ciências Contábeis/Direito/Pregoeiro


Público AAO-COMNACI

Os vocábulos Emergir e Imergir são parônimos: empregar um pelo outro acarreta


grave confusão no que se quer expressar. Nas alternativas abaixo, só uma
apresenta uma frase em que se respeita o devido sentido dos vocábulos,
selecionando convenientemente o parônimo adequado à frase elaborada.
Assinale-a.

a A descoberta do plano de conquista era eminente.

b O infrator foi preso em flagrante.

c O candidato recebeu despensa das duas últimas provas.

d O metal delatou ao ser submetido à alta temperatura.

e Os culpados espiam suas culpas na prisão.

7
Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Gabarito
Exercício 1

Resposta:

a – xeque

b – sela

c – cela

d – sessão

Exercício 2

Resposta: Alternativa “c”.

Exercício 3

Resposta: ( D ) paronímia.

Exercício 4

Resposta: ( B ) O infrator foi preso em flagrante.

8
Noções de tempos verbais

Noções de tempos verbais

MÉRITO
Apostilas 1
Noções de tempos verbais

Os tempos verbais (presente, pretérito (passado) e futuro) indicam quando ocorre


a ação, estado ou fenômeno expressado pelo verbo.

Presente - não só indica o momento atual, mas ações regulares ou situações


permanentes.

Exemplos:

• Tomo medicamentos.

• Estou aqui!

• Lá, neva muito.

Pretérito - indica momentos anteriores, decorridos ou acabados.

Exemplos:

• Eles fizeram mesmo isso?

• Eu não acreditava no que meus olhos viam.

• Trovejou a noite toda!

Futuro - indica acontecimentos que se realizarão.

Exemplos:

• Dormirei o dia todo se for preciso.

• Ficarei aqui!

• Ventará durante o dia.

2
Noções de tempos verbais

Os tempos verbais (presente, pretérito e futuro) se unem aos modos verbais


(indicativo, subjuntivo e imperativo) para indicar a forma como ocorrem as ações,
estados ou fenômenos expressados pelo verbo.

O modo indicativo expressa certezas. Exemplo: O aluno entendeu.

O modo subjuntivo expressa desejos e possibilidades. Exemplo: Tomara que o


aluno entenda.

O modo imperativo expressa ordens, pedidos. Exemplo: Por favor, entenda!

Tempos do modo indicativo


Os tempos do indicativo são: presente, pretérito (perfeito, imperfeito e pretérito
mais-que-perfeito), futuro (do presente e do pretérito).

Presente

O presente do indicativo exprime uma ação na atualidade. Exemplo: Leio o jornal


todos os dias pela manhã.

Conjugação do verbo ler no presente do indicativo: (eu) leio, (tu) lês, (ele) lê, (nós)
lemos, (vós) ledes, (eles) leem.

Pretérito

O pretérito indica passado e, no modo indicativo, ele é usado para situações


acabadas, para situações inacabadas ou para situações anteriores a outras já
passadas.

Assim, existem três tipos de pretérito: pretérito perfeito, pretérito imperfeito e


pretérito mais-que-perfeito.

1. Pretérito perfeito - o pretérito perfeito do indicativo exprime uma ação


concluída. Exemplo:

Porém, ontem não li o jornal.

3
Noções de tempos verbais

Conjugação do verbo ler no pretérito perfeito: (eu) li, (tu) leste, (ele) leu, (nós)
lemos, (vós) lestes, (eles) leram.

2. Pretérito imperfeito - o pretérito imperfeito do indicativo exprime uma ação


anterior ao presente, mas ainda não concluída. Exemplo: Antes não lia nenhum
tipo de publicação.

Conjugação do verbo ler no pretérito imperfeito do indicativo: (eu) lia, (tu) lias,
(ele) lia, (nós) líamos, (vós) líeis, (eles) liam.

3. Pretérito mais-que-perfeito - o pretérito mais-que-perfeito exprime uma ação


anterior a outra já concluída. Exemplo: Quando saí para trabalhar, já lera o jornal
de hoje.

Esse tempo está em desuso, porém embora não seja empregado, é importante
conhecê-lo. É mais comum combinar dois ou mais verbos que transmitam o mesmo
sentido. Exemplo: Quando saí para trabalhar, já tinha lido o jornal de hoje.

Conjugação do verbo ler no pretérito mais-que-perfeito: (eu) lera, (tu) leras, (ele)
lera, (nós) lêramos, (vós) lêreis, (eles) leram.

Futuro

O futuro indica algo que se realizará e, no modo indicativo, ele e é usado para
situações que se realizarão depois do momento em que falamos ou para situações
que se realizariam, se não fossem interrompidas por uma situação passada.

1. Futuro do presente - o futuro do presente exprime uma ação que irá se realizar.
Exemplo:

Amanhã lerei o jornal na hora do almoço.

Conjugação do verbo ler no futuro do presente: (eu) lerei, (tu) lerás, (ele) lerá, (nós)
leremos, (vós) lereis, (eles) lerão.

4
Noções de tempos verbais

2. Futuro do pretérito - o futuro do pretérito exprime uma ação futura em relação


a outra já concluída. Exemplo: Leria mais se houvera (ou se tivesse havido) tempo.

Conjugação do verbo ler no futuro do pretérito: (eu) leria, (tu) lerias, (ele) leria,
(nós) leríamos, (vós) leríeis, (eles) leriam.

Tempos do modo subjuntivo


Os tempos do subjuntivo são: presente, pretérito (imperfeito) e futuro.

Presente

O presente do subjuntivo exprime uma ação na atualidade que é incerta ou


duvidosa. Exemplo: Que eles leiam!

Conjugação do verbo ler no futuro do subjuntivo: (que eu) leia, (que tu) leias, (que
ele) leia, (que nós) leiamos, (que vós) leiais, (que eles) leiam.

Pretérito

O pretérito imperfeito do subjuntivo exprime um verbo no passado dependente


de uma ação também já passada. Exemplo: Se eles lessem estariam informados.

Conjugação do verbo ler no pretérito imperfeito do subjuntivo: (se eu) lesse, (se
tu) lesses, (se ele) lesse, (se nós) lêssemos, (se vós) lêsseis, (se eles) lessem.

Futuro

O futuro do subjuntivo exprime uma ação que irá se realizar dependendo de outra
ação futura. Exemplo: Quando eles lerem ficarão informados.

Conjugação do verbo ler no futuro do subjuntivo: (quando eu) ler, (quando tu)
leres, (quando ele) ler, (quando nós) lermos, (quando vós) lerdes, (quando eles)
lerem.

5
Noções de tempos verbais

Tempos do modo imperativo


O modo imperativo se apresenta apenas no presente, e pode ser afirmativo ou
negativo.

Modo imperativo afirmativo

O imperativo afirmativo expressa uma ordem na forma positiva. Exemplo:

Eu estou cansada. Leia ele o relatório.

Conjugação do verbo ler no imperativo afirmativo: lê (tu), leia (você), leiamos (nós),
lede (vós), leiam (vocês).

Modo imperativo negativo

O imperativo negativo expressa uma ordem na forma negativa. Exemplo:

Precisamos de uma apresentação natural. Não leia ele o trabalho.

Conjugação do verbo ler no imperativo negativo: não leias (tu), não leia (você), não
leiamos (nós), não leiais (vós), não leiam (vocês).

Conjugação do verbo Ler


O verbo ler é um verbo irregular que pertence à 2.ª conjugação. Vejamos sua
conjugação em todos os modos e tempos estudados acima:

• Presente do indicativo: (eu) leio, (tu) lês, (ele) lê, (nós) lemos, (vós) ledes,
(eles) leem.

• Pretérito perfeito: (eu) li, (tu) leste, (ele) leu, (nós) lemos, (vós) lestes, (eles)
leram.

• Pretérito imperfeito do indicativo: (eu) lia, (tu) lias, (ele) lia, (nós) líamos,
(vós) líeis, (eles) liam.

6
Noções de tempos verbais

• Pretérito mais-que-perfeito: (eu) lera, (tu) leras, (ele) lera, (nós) lêramos,
(vós) lêreis, (eles) leram.

• Futuro do presente: (eu) lerei, (tu) lerás, (ele) lerá, (nós) leremos, (vós)
lereis, (eles) lerão.

• Futuro do pretérito: (eu) leria, (tu) lerias, (ele) leria, (nós) leríamos, (vós)
leríeis, (eles) leriam.

• Presente do subjuntivo: (que eu) leia, (que tu) leias, (que ele) leia, (que nós)
leiamos, (que vós) leiais, (que eles) leiam.

• Pretérito imperfeito do subjuntivo: (se eu) lesse, (se tu) lesses, (se ele)
lesse, (se nós) lêssemos, (se vós) lêsseis, (se eles) lessem.

• Futuro do subjuntivo: (quando eu) ler, (quando tu) leres, (quando ele) ler,
(quando nós) lermos, (quando vós) lerdes, (quando eles) lerem.

• Imperativo afirmativo: lê (tu), leia (você), leiamos (nós), lede (vós), leiam
(vocês).

• Imperativo negativo: não leias (tu), não leia (você), não leiamos (nós), não
leiais (vós), não leiam (vocês).

Observe que nos imperativos afirmativo e negativo a 1.ª pessoa do singular (eu)
não é conjugada, uma vez que não damos ordens a nós próprios.

Tempos Simples e Compostos


Os tempos simples e os tempos compostos são a forma como os verbos exprimem
ação, estado, mudança de estado ou fenômeno da natureza.

Se são expressos por apenas um verbo são tempos simples, mas se são expressos
por uma combinação de verbos são tempos compostos.

Exemplos:

• Lerei o livro até que o sono chegue. (tempo simples)

• Teria lido o livro, mas o sono chegou. (tempo composto)

7
Noções de tempos verbais

Anotações:
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8
Modos verbais

Modos verbais

1
Modos verbais

Modos verbais

Os modos verbais estão relacionados ao estudo dos verbos, classe de palavras variável que
admite flexão de número (singular e plural), pessoa (primeira, segunda e terceira), tempo (presente,
pretérito e futuro), voz (ativa, passiva e reflexiva) e modo (indicativo, subjuntivo e imperativo). Os
modos verbais estão relacionados com as atitudes de quem fala ou escreve, exprimindo a posição do
falante diante de uma posição verbal. Graças aos modos verbais o enunciador pode explicitar
intenções e juízos de valores.

Observe as definições dos modos verbais indicativo, subjuntivo e imperativo, assim como suas
situações de uso:

Modo indicativo: É empregado quando a atitude do enunciador revela ser aquele fato sobre o
qual se escreve ou fala algo real, verdadeiro:

Trabalho no escritório da empresa.

A mãe fazia lindos vestidos para complementar a renda familiar.

O trem partiu da estação às três horas da tarde de domingo.

O modo indicativo possui os seguintes tempos verbais:

→ Presente;

→ Pretérito perfeito;

→ Pretérito imperfeito;

→ Pretérito mais-que-perfeito;

→ Futuro do presente;

→ Futuro do pretérito.

Modo subjuntivo: É empregado quando a atitude do enunciador revela conteúdos emocionais


que expressam ideias de dúvida ou incerteza:

Se tudo der certo, viajaremos na sexta-feira à tarde.

Talvez eu vá na festa da escola.

O modo subjuntivo possui os seguintes tempos verbais:

→ Presente;

→ Pretérito imperfeito;

2
Modos verbais

→ Futuro.

Modo imperativo: É empregado quando a atitude do enunciador exprime ideia de ordem ou


pedido:

Faça o favor de se comportar na escola!

Fique quieto!

O modo imperativo, diferentemente do que acontece com os outros modos verbais, é


indeterminado em relação ao tempo. Por se tratar de uma ordem ou pedido, infere-se que a ação
ocorrerá no futuro. Não possui a 1ª pessoa do singular e nem a 3ª pessoa, a representação é feita
pelo pronome você. Possui duas formas distintas:

→ Imperativo afirmativo;

Não diga nada aos meus pais!

→ Imperativo negativo.

Chegue cedo em casa.

3
Modos verbais

Anotações:
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4
Pronomes de Tratamento

Pronomes de Tratamento

MÉRITO
Apostilas 1
Pronomes de Tratamento

Os pronomes de tratamento são usados para se dirigir às pessoas com quem


se fala (2.ª pessoa). Eles representam as formas educadas, de acordo com a idade
ou cargo ocupados, e assumem o papel de pronomes pessoais.

Você (v.) é um pronome de tratamento que é, todavia, utilizado em situações


informais.

Exemplo:

Você deveria mudar essa roupa para ir à festa.

Pronome Abreviaturas Utilização


Singular Plural
Senhor(es) e
sr. e sra. srs. e sras. Tratamento formal.
Senhora(s)
Você(s) v. v. Tratamento informal.
Príncipes e princesas, duques e
Vossa(s) Alteza(s) V.A. VV. AA.
duquesas.
V. Emas., V.
V. Ema., V. Em.a
Vossa(s) Eminência(s) Em.as ou V. Cardeais.
ou V. Em.a
Em.as
Altas autoridades: Presidente da
V. Ex.as ou V.
Vossa(s) Excelência(s) V. Ex.a ou V. Ex.a República, ministros, deputados,
Ex.as
embaixadores.
Vossa Excelentíssima
V. Ex.a Rev.ma V. Ex.as Rev.mas Bispos e arcebispos.
Reverendíssima
Vossa(s) V. Mag.a. ou V. V. Mag.as ou V.
Reitores de universidades.
Magnificência(s) Mag.a Mag.as
Reis e rainhas, imperadores e
Vossa(s)Majestade(s) V. M. VV. MM.
imperatrizes.
Sacerdotes e outras autoridades
Vossa Reverência V. Rev.a V. Rev.as
religiosas do mesmo nível.
V. Revma., V. V. Revma., V.
Vossa(s) Sacerdotes e outras autoridades
Rev.ma ou V. Rev.mas ou
Reverendíssima(s) religiosas do mesmo nível.
Rev.ma Rev.mas
Vossa Santidade V. S. - Papa.
Oficiais, funcionários graduados e
Vossa(s) Senhoria(s) V. S.a ou V.S.a V. S.as ou V.S.as
tratamento comercial.

Regras

1) Embora estejamos a nos dirigir à 2.ª pessoa, a concordância verbal deve


ser feita mediante a utilização do verbo na 3.ª pessoa.

Exemplos:

• Você precisa de ajuda?

• Agradeço que Vossa Senhoria analise o assunto assim que possível.

2
Pronomes de Tratamento

2) O possessivo “Vossa” de alguns pronomes de tratamento deve ser substitu-


ído pelo “Sua” quando o pronome de tratamento se refere não à pessoa com que
se fala (2.ª pessoa), mas de quem se fala (3.ª pessoa).

Exemplos:

• Vossa Magnificência gostaria de assinar os diplomas agora?

• Sua Magnificência gostaria de assinar os diplomas agora. Dê-me a pasta,


por favor.

Linguagem Formal

A linguagem formal, também chamada de "culta" está pautada no uso correto


das normas gramaticais bem como na boa pronúncia das palavras.

Já a linguagem informal ou coloquial representa a linguagem cotidiana, ou


seja, trata-se de uma linguagem espontânea, regionalista e despreocupada com
as normas gramaticais.

No âmbito da linguagem escrita, podemos cometer erros graves entre as lin-


guagens formal e informal.

Dessa forma, quando se produz um texto, pode haver dificuldade de se dis-


tanciar da linguagem mais espontânea e coloquial. Isso acontece por descuido ou
mesmo por não dominarem as regras gramaticais.

Assim, para que isso não aconteça, é muito importante estar atento à essas
variações, para não cometer erros.

Duas dicas muito importantes para evitar escrever um texto repleto de erros e
expressões coloquiais são:

• Conhecer as regras gramaticais;

• Possuir o hábito da leitura, que auxilia na compreensão e produção dos tex -


tos, uma vez que amplia o vocabulário do leitor.

Comunicação Escrita

A comunicação escrita é o código utilizado pelos livros, pelo jornalismo im-


presso ou on-line e pelas ferramentas de comunicação virtual.

3
Pronomes de Tratamento

Nela o receptor está ausente, o que transforma a comunicação em um cons -


tante monólogo do emissor. Requer o máximo cuidado na ordenação das informa -
ções e na correção ortográfica e de pontuação.

Ainda que sejam possíveis as retificações, os erros ou os ruídos nesse tipo de


comunicação comprometem o entendimento da mensagem pelo receptor.

Comunicação Oral

Ao contrário da comunicação escrita, a comunicação oral é presencial, ou


seja, nela emissor e receptor estão presentes (exceto o caso da televisão, do rádio
e das mensagens gravadas).

Essa, também, é um instrumento necessário para quem deseja conquistar


amigos, uma vez que possibilita a interação social.

Para saber como transmitir uma mensagem de forma correta, segue algumas
dicas:

• Não tenha medo de falar;

• Fale com naturalidade;

• Contorne situações difíceis e inesperadas;

• Planeje uma imagem simpática e confiante;

• Converse com desenvoltura;

• Se necessário, responda perguntas com segurança;

• Não gesticule em excesso.

Como escrever uma carta formal

uma carta formal pode ser uma correspondência profissional, motivacional,


atestado, sumário, relatório de estágio, um comunicado formal, uma carta formal
para embaixada, dentre outras possibilidades. Fato é que para escrever uma carta
formal, independente da motivação, é necessário um ter um estilo formal, quer
seja para cartas de negócios ou para ocasiões em que se pretende mostrar respei -
to pela pessoa com a qual se mantém correspondência ao mesmo tempo em que
se passa uma mensagem clara e cordial para evitar qualquer mau entendido.
Além da escrita impecável, é importante ter em conta as orientações padrão para
escrever uma carta formal.

4
Pronomes de Tratamento

Tipo de papel

Escolha um formato de papel estilizado e de alta qualidade para este tipo de


carta. Deverá ser de uma cor neutra como o branco, o creme ou bege. Evite os
desenhos de fundo com cores brilhantes ou distrações com elementos gráficos. Se
a carta é para estabelecer um negócio, utilize papel timbrado da empresa.

Envelope

Mesmo que a carta não seja enviada pelo correio, o envelope passa uma ima -
gem formal e protocolada para fazer uma carta formal. Prefira um envelope do
mesmo tamanho do papel. Se for dobrar o papel, dobre o mínimo possível. Quanto
menos dobras, mais elegante a estrutura da carta.

A carta

Para fazer uma carta formal, no cabeçalho você deverá incluir o seu endereço
(remetente) no canto superior esquerdo da carta. Acrescente o endereço do desti -
natário no canto direito da página, de forma a ficar paralelo com o endereço do
remetente.

Deixe duas linhas em branco e escreva cidade (com abreviatura do Estado en-
tre parenteses) e a data. Certifique-se de escrever também o mês e o ano. Por
isso, numa carta formal a data deve ser do seguinte formato:

“São Paulo (SP), 12 de fevereiro de 2014.”

Lembre-se que na língua portuguesa os nome de meses do ano são escritos


com letra minúscula.

Deixe novamente duas linhas em branco e comece a carta com uma saudação
apropriada. Todas as cartas precisam começar com um vocativo, ou seja, um cha -
mado ao destinatário.

Inclua o nome do destinatário, caso saiba qual é, mas nunca chamando pelo
primeiro nome diretamente. Se não conhecer a pessoa, você deve iniciar a carta
com "Senhor ou Senhora" ou o pronome mais apropriado ao destinatário. O trata -
mento deve ser sempre formal e em casos de cargos específicos existem prono -
mes de tratamento específicos.

Certifique-se de incluir o título correto na saudação (como Senhor, Senhora.,


Doutor, Doutora, Doutor). Se o destinatário for uma mulher e você não tem certe -

5
Pronomes de Tratamento

za de como ela gosta de ser tratada, utilize o título formal de "Senhora". Apesar
de as abreviaturas formais serem mais indicadas para e-mails formais, elas são
aceitas na hora de redigir uma carta formal, mas o ideal é evitá-las.

O vocativo para escrever uma carta formal sempre vai variar, de acordo com
quem você esteja se redigindo, mas os mais comuns são:

• Senhor/Senhora + nome completo ,

• Caro/Cara + nome completo;

• Prezado/Prezada + nome completo;

• A quem possa interessar,..;

Pule duas linhas e comece a escrever a introdução.

No primeiro parágrafo da carta formal você deve se identificar ou se apresen-


tar, principalmente se o destinatário não te conhece, de acordo com a situação ou
pedido da carta. Veja alguns exemplos de introdução de carta formal:

• Me chamo Sara Viega, tenho 30 anos, vivo em...

• Sou Sara Viega, redatora, nos conhecemos em...

Então, é hora de indicar o propósito da carta formal, quer seja para solicitar
informação sobre um trabalho, apresentar uma queixa ou solicitar informação.
Não seja vago ou impreciso. O destinatário não tem que adivinhar a intenção da
sua carta. Se você não sabe muito bem por onde começar, tente se guiar pelas
perguntas da pirâmide invertida: por que, como, quando e onde, não nessa ordem
necessariamente.

Dependendo do objetivo da carta e grau de formalidade é possível iniciar o


propósito com algumas sentenças do tipo:

• Venho por meio desta carta...

• Te escrevo para...

• Meu objetivo com esta carta...

• Gostaria de...

6
Pronomes de Tratamento

Agora é hora de escrever o corpo principal da carta formal. Isto deve incluir
informação relevante que apoie o propósito da carta e os justifique. Certifique-se
que os seus comentários se estruturem de uma forma clara e concisa e evite a in -
formação desnecessária.

Formato de carta formal

Para o corpo da carta, use como guia as informações usadas para montar o
propósito da introdução (porque, como, onde, quando) e desenvolva essas infor -
mações de forma clara, objetiva e formal.

Se o objetivo da carta é um pedido de bolsa de estudos, por exemplo, será


preciso explicar porque isso é importante para você, o que você gostaria de estu -
dar, como, se isso traz algum benefício ao destinatário e o que mais possa ser útil,
mas evite ser redundante e repetitivo.

Como finalizar uma carta formal

Crie um parágrafo final onde você comunica ao receptor o que espera dele.
Por exemplo, o envio de informação, entrar em contato consigo para uma entre -
vista ou um reembolso. Pode fazer referência a futuros contatos se espera ver
essa pessoa ou falar com ela numa data futura.

A simpatia final é muito importante para escrever uma carta formal. Finalize a
carta formal usando as palavras "Cordialmente" ou "Atentamente". A primeira
deve ser utilizada quando não se conhece o destinatário e a segundo quando se
conhece. Algumas maneiras de finalizar uma carta formal são:

• Agradeço a consideração,

• Atenciosamente;

• Atentamente;

• Cordialmente;

• Obrigado pelo consideração,

• Respeitosamente.

7
Pronomes de Tratamento

Assinatura da carta formal

Deixe quatro linhas em branco e acrescente o seu nome e o seu cargo na em-
presa, se necessário. As quatro linhas permitem-lhe assinar a carta antes de a en-
viar.

Revise a gramática e a ortografia da sua carta mais de uma vez. Se possível,


peça para que alguém de confiança leia também.

Modelo de carta formal

“Cidade (UF), 1 de janeiro de 2019,

Vocativo de tratamento e nome completo,

Apresentação do destinatário. Propósito da carta formal.

Corpo da carta e desenvolvimento dos fatos citados no propósito.

Despedida, agradecimento e simpatia final

Assinatura.”

8
Pronomes de Tratamento

Anotações:
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Pronomes demonstrativos

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

1
Pronomes demonstrativos

Pronomes demonstrativos

Os pronomes demonstrativos marcam a posição espacial de um elemento qualquer em relação


às pessoas do discurso, situando-os no espaço, no tempo ou no próprio discurso. Eles se apresentam
em formas variáveis (gênero e número) e não-variáveis.

Pronomes Demonstrativos

Primeira pessoa Este, estes, esta, estas, isto

Segunda pessoa Esse, esses, essa, essas, isso

Terceira pessoas Aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo

- As formas de primeira pessoa indicam proximidade de quem fala ou escreve:

Esta mulher ao meu lado é minha esposa.

Os demonstrativos de primeira pessoa podem indicar também o tempo presente em relação a quem
fala ou escreve.

Nestas primeiras horas estou muito entusiasmada com o novo emprego.

- as formas de segunda pessoa indicam proximidade da pessoa a quem se fala ou escreve:

Essa blusa que tens nas mãos é sua?

- os pronomes de terceira pessoa marcam posição próxima da pessoa de quem se fala ou posição
distante dos dois interlocutores.

Aquela blusa que ele tem na mão é sua?

Uso do pronome demonstrativo

Os pronomes demonstrativos, além de marcar posição no espaço, marcam posição no tempo.

- Este (e flexões) marca um tempo imediato ao ato da fala.


Neste instante ele está se casando.

2
Pronomes demonstrativos

- Esse (e flexões) marca um tempo proximamente anterior ao ato da fala.


No mês passado fui demitida do trabalho. Nesse mesmo mês perdi meu celular.

- Aquele (e flexões) marca um tempo remotamente anterior ao ato da fala.


Em 1970, a seleção brasileira de futebol era fraquíssima. Naquele ano o Brasil perdeu o campeonato
mundial.

Os pronomes demonstrativos servem para fazer referência ao que já foi dito e ao que se vai dizer, no
interior do discurso.

- Este (e flexões) faz referência àquilo que vai ser dito posteriormente.
Desejo sinceramente isto: que seja muito feliz.

- Esse (e flexões) faz referência àquilo que já foi dito no discurso.


Que seja muito feliz: é isso que desejo.

- Este em oposição a aquele quando se quer fazer referência a elementos já mencionados. Este se
refere ao mais próximo, aquele, ao mais distante.
Comédia e Suspense são gêneros que me agradam, este me deixa ansioso, aquela, bem-humorado.

- O (a, os, as) são pronomes demonstrativos quando se referem a aquele (s), aquela (s), aquilo, isso.
Não aceito o que eles fazem. (aquilo)

- Mesmo e próprio, pronomes demonstrativos, designam um termo igual a outro que já ocorreu no
discurso.
As reclamações dos pais não mudam: são sempre as mesmas.

-são usados como reforço dos pronomes pessoais.


Eu mesma lavei a roupa.

-como pronomes, concordam com o nome a que se referem.


Ela própria fez o almoço.
Eles próprios vieram à festa.

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Pronomes demonstrativos

Anotações:
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Noções de pronomes pessoais e possessivos

Noções de pronomes pessoais e


possessivos

MÉRITO
Apostilas 1
Noções de pronomes pessoais e possessivos

O que são pronomes


Os pronomes representam a classe de palavras que substituem ou acompanham os
substantivos.

De acordo com a função que exercem, eles são classificados em sete tipos:

• Pronomes Pessoais

• Pronomes Possessivos

• Pronomes Demonstrativos

• Pronomes de Tratamento

• Pronomes Indefinidos

• Pronomes Relativos

• Pronomes Interrogativos

Para entender melhor o uso dos pronomes nas frases, confira os exemplos:

1) Mariana apresentou um show esse final de semana. Ela é considerada uma das
melhores cantoras de música Gospel.

No exemplo acima, o pronome pessoal “Ela” substituiu o substantivo próprio


Mariana. Note que com o uso do pronome no período evitou-se a repetição do
nome.

2) Aquela bicicleta é da minha prima Júlia.

Nesse exemplo, utilizamos dois pronomes: o pronome demonstrativo “aquela” para


indicar algo (no caso o bicicleta) e o pronome possessivo “minha” que transmite a
ideia de posse.

2
Noções de pronomes pessoais e possessivos

Pronome Pessoal
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam a pessoa do discurso e são
classificados em dois tipos:

1. Pronomes Pessoais do Caso Reto: exercem a função de sujeito.

Exemplo: Eu gosto muito da Ana. (Quem gosta da Ana? Eu.)

2. Pronomes Pessoais do Caso Oblíquo: substituem os substantivos e


complementam os verbos.

Exemplo: Está comigo seu caderno. (Com quem está o caderno? Comigo. Note que
para além de identificar quem tem o caderno, o pronome auxilia o verbo “estar”.)

Pessoas Verbais Pronomes do Caso Reto Pronomes do Caso Oblíquo


1ª pessoa do singular eu me, mim, comigo
2ª pessoa do singular tu, você te, ti, contigo
3ª pessoa do singular ele, ela o, a, lhe, se, si, consigo
1ª pessoa do plural nós nos, conosco
2ª pessoa do plural vós, vocês vos, convosco
3ª pessoa do plural eles, elas os, as, lhes, se, si, consigo.

Vale lembrar que os pronomes oblíquos “o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na, nos, nas”
funcionam somente como objeto direto.

Pronome Possessivo
Os pronomes possessivos são aqueles que transmitem a ideia de posse.

Exemplos:

• Essa caneta é minha? (o objeto possuído é a caneta, que pertence à 1ª


pessoa do singular)

• O computador que está em cima da mesa é meu. (o objeto possuído é o


computador, que pertence à 1ª pessoa do singular)

3
Noções de pronomes pessoais e possessivos

• A sua bolsa ficou na escola. (o objeto possuído é a bolsa, que pertence à 3ª


pessoa do singular)

• Nosso trabalho ficou muito bom. (o objeto possuído é o trabalho, que


pertence à 1ª pessoa do plural)

Confira abaixo a tabela com os pessoas verbais do discurso e os respectivos


pronomes possessivos:

Pessoas Verbais Pronomes Possessivos


1ª pessoa do singular (eu) meu, minha (singular); meus, minhas (plural)
2ª pessoa do singular (tu, você) teu, tua (singular); teus, tuas (plural)
3ª pessoa do singular (ele/ela) seu, sua (singular); seus, suas (plural)
1ª pessoa do plural (nós) nosso, nossa (singular); nossos, nossas (plural)
2ª pessoa do plural (vós, vocês) vosso, vossa (singular); vossos, vossas (plural)
3ª pessoa do plural (eles/elas) seu, sua (singular); seus, suas (plural)

4
Noções de pronomes pessoais e possessivos

Anotações:
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Estrutura morfossintática do período

Estrutura morfossintática do período

MÉRITO
Apostilas 1
Estrutura morfossintática do período

Período Composto

Período composto é aquele formado por duas ou mais orações. Há dois tipos de
períodos compostos:

1) Período composto por coordenação: quando as orações não mantêm rela-


ção sintática entre si, ou seja, quando o período é formado por orações sintatica-
mente independentes entre si.

Ex. Estive à sua procura, mas não o encontrei.

2) Período composto por subordinação: quando uma oração, chamada subor-


dinada, mantém relação sintática com outra, chamada principal.

Ex. Sabemos que eles estudam muito. (oração que funciona como objeto direto)

Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração.

Período Composto por Subordinação

A uma oração principal podem relacionar-se sintaticamente três tipos de ora-


ções subordinadas: substantivas, adjetivas e adverbiais.

I. Orações Subordinadas Substantivas: São seis as orações subordinadas subs-


tantivas, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa integrante (que, se)

A) Subjetiva: funciona como sujeito da oração principal. Existem três estruturas


de oração principal que se usam com subordinada substantiva subjetiva: verbo de li-
gação + predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva.

Ex. É necessário que façamos nossos deveres.


2
Estrutura morfossintática do período

verbo unipessoal + oração subordinada substantiva subjetiva. Verbo unipessoal


só é usado na 3ª pessoa do singular; os mais comuns são convir, constar, parecer,
importar, interessar, suceder, acontecer.

Ex. Convém que façamos nossos deveres.

Verbo na voz passiva + oração subordinada substantiva subjetiva.

Ex. Foi afirmado que você subornou o guarda.

B) Objetiva Direta: funciona como objeto direto da oração principal. (sujeito) +


VTD + oração subordinada substantiva objetiva direta.

Ex. Todos desejamos que seu futuro seja brilhante.

C) Objetiva Indireta: funciona como objeto indireto da oração principal. (sujeito)


+ VTI + prep. + oração subordinada substantiva objetiva indireta.

Ex. Lembro-me de que tu me amavas.

D) Completiva Nominal: funciona como complemento nominal de um termo da


oração principal. (sujeito) + verbo + termo intransitivo + prep. + oração subordinada
substantiva completiva nominal.

Ex. Tenho necessidade de que me elogiem.

E) Apositiva: funciona como aposto da oração principal; em geral, a oração su-


bordinada substantiva apositiva vem após dois pontos, ou mais raramente, entre vír-
gulas. oração principal + : + oração subordinada substantiva apositiva.

3
Estrutura morfossintática do período

Ex. Todos querem o mesmo destino: que atinjamos a felicidade.

F) Predicativa: funciona como predicativo do sujeito do verbo de ligação da ora-


ção principal. (sujeito) + VL + oração subordinada substantiva predicativa.

Ex. A verdade é que nunca nos satisfazemos com nossas posses.

Nota: As subordinadas substantivas podem vir introduzidas por outras palavras:

Pronomes interrogativos (quem, que, qual…)

Advérbios interrogativos (onde, como, quando…)

Perguntou-se quando ele chegaria. Não sei onde coloquei minha carteira.

II. Orações Subordinadas Adjetivas

As orações subordinadas adjetivas são sempre iniciadas por um pronome relati-


vo.

São duas as orações subordinadas adjetivas:

A) Restritiva: é aquela que limita, restringe o sentido do substantivo ou prono-


me a que se refere. A restritiva funciona como adjunto adnominal de um termo da
oração principal e não pode ser isolada por vírgulas.

Ex. A garota com quem simpatizei está à sua procura.

Os alunos cujas redações foram escolhidas receberão um prêmio.

4
Estrutura morfossintática do período

B) Explicativa: serve para esclarecer melhor o sentido de um substantivo, expli-


cando mais detalhadamente uma característica geral e própria desse nome. A expli-
cativa funciona como aposto explicativo e é sempre isolada por vírgulas.

Ex. Londrina, que é a terceira cidade da região Sul do país, está muito bem cui-
dada.

III. Orações Subordinadas Adverbiais

São nove as orações subordinadas adverbiais, que são iniciadas por uma conjun-
ção subordinativa

A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa.

Conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, que.

Ex. Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo temporal.

B) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente,


o verbo fica subentendido

Conjunções: (mais) … que, (menos)… que, (tão)… quanto, como.

Ex. Diocresildo era mais esforçado que o irmão(era).

C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de concessão.

Conjunções: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se-


bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese.

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Estrutura morfossintática do período

Ex. Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova.

D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condição.

Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, contanto que.

Ex. Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce.

E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade.

Conjunções: como, conforme, segundo.

Ex. Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura.

F) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de consequência.

Conjunções: (tão)… que, (tanto)… que, (tamanho)… que. Ex. Ele fala tão alto, que
não precisa do microfone.

G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo.

Conjunções: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que,
mal.

Ex. Fico triste, sempre que vou à casa de Juvenildo.

H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade.

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Estrutura morfossintática do período

Conjunções: a fim de que, para que, porque.

Ex. Ele não precisa do microfone, para que todos o ouçam.

I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporção.

Conjunções: à proporção que, à medida que, tanto mais. À medida que o tempo
passa, mais experientes ficamos.

IV. Orações Reduzidas

Quando uma oração subordinada se apresenta sem conjunção ou pronome rela-


tivo e com o verbo no infinitivo, no particípio ou no gerúndio, dizemos que ela é
uma oração reduzida, acrescentando-lhe o nome de infinitivo, de particípio ou de
gerúndio.

Ex. Ele não precisa de microfone, para o ouvirem.

Período Simples e Composto

O período pode ser caracterizado pela presença de uma ou de mais orações, por
isso, pode ser simples ou composto.

Período Simples - apresenta apenas uma oração, a qual é chamada de oração


absoluta.

Exemplos:

Já acordamos.

Hoje está tão quente!

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Estrutura morfossintática do período

Preciso disto.

Período Composto - apresenta duas ou mais orações.

Exemplos:

• Conversamos quando eu voltar.

• É sua obrigação explicar o que aconteceu.

• Descansou, passeou e fez o que mais quis nas férias.

O número de orações depende do número de verbos presentes num enunciado.

Classificação do Período Composto

Conforme a sua formação, o período composto é classificado em:

Período Composto por Coordenação - quando as orações são independentes


entre si, ou seja, cada uma delas têm sentido completo.

Exemplos:

Levantou e começou a trabalhar.

Assaltou a loja e correu pela porta dos fundos.

Período Composto por Subordinação - quando as orações relacionam-se entre


si.

Exemplos:

8
Estrutura morfossintática do período

Espero terminar os enfeites até que os convidados comecem a chegar.


Fi a receita mesmo sem saber quais ingredientes levava.

Período Misto- quando há a presença de orações coordenadas e subordinadas.

Exemplos:

Levantei, embora ainda estivesse cheio de sono.


Enquanto ele falar, nós vamos escutar.

Orações Coordenadas

As orações coordenadas podem ser sindéticas ou assindéticas, respectivamente,


conforme são utilizadas ou não conjunções.

Exemplos: Ora fala, ora não fala. (oração coordenada sindética, marcada pelo
uso da conjunção “ora...ora”).
As aulas começaram, os deveres começaram e a preguiça deu lugar à determinação.
(orações coordenadas assindéticas: “As aulas começaram, os deveres começaram”,
oração coordenada sindética: “e a preguiça deu lugar à determinação”.)

As orações coordenadas sindéticas podem ser:

Aditivas: quando as orações expressam soma. Exemplo: Gosta de praia, mas


também gosta de campo.

Adversativas: quando as orações expressam adversidade. Exemplo: Gostava do


curso, contudo não havia vaga na sua cidade.

Alternativas: quando as orações expressam alternativa. Exemplo: Vai ele ou vou


eu.

Conclusivas: quando as orações expressam conclusão. Exemplo: Estão de acor-


do, então vamos.

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Estrutura morfossintática do período

Explicativas: quando as orações expressam explicação. Exemplo: Fizemos o tra-


balho hoje porque tivemos tempo.

Orações Subordinadas

As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais, con-


forme a sua função.

Exemplos:

Substantivas: quando as orações têm função de substantivo. Exemplo: Espero


que vocês consigam.

Adjetivas: quando as orações têm função de adjetivo. Exemplo: Os concorrente


que dormem mais têm um desempenho melhor.

Adverbiais: quando as orações têm função de advérbio. Exemplo: À medida que


crescem, aumentam as preocupações.
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Estrutura morfossintática do período

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Exercícios:

1. (UNIRIO) No período “Ah, arrulhou de repente a pomba, quando distinguiu,

indignada, o pombo que chegava (...)”, as duas orações subordinadas são

respectivamente:

a) adjetiva e adverbial temporal

b) substantiva predicativa e adjetiva

c) adverbial temporal e adverbial temporal

d) adverbial temporal e adverbial consecutiva

e) adverbial temporal e adjetiva

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2. (FGV) Leia atentamente: “O vigilante guarda-noturno e o seu valente auxiliar,

nunca esmoreceram no cumprimento do dever.” No período acima, a vírgula está

mal colocada, pois separa:

a) o sujeito e o objeto direto

b) o sujeito e o predicado

c) a oração principal e a oração subordinada

11
Estrutura morfossintática do período

d) o sujeito e o seu adjunto adnominal

e) o predicado e o objeto direto

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Gabarito

1 – Alternativa e: adverbial temporal e adjetiva.

2 – Alternativa b: o sujeito e o predicado

3 – Alternativa b: subordinada adverbial consecutiva

12
Classes gramaticais

Classes gramaticais

MÉRITO
Apostilas 1
Classes gramaticais

Classe gramatical

É a classificação das palavras em grupos de acordo com a sua função na lín -


gua portuguesa. Elas podem ser variáveis e invariáveis, dividindo-se da seguinte
forma:

Palavras variáveis - aquelas que variam em gênero, número e grau: subs -


tantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo e numeral.

Palavras invariáveis - as que não variam: preposição, conjunção, interjeição


e advérbio.

As classes de palavras ou classes gramaticais são dez: substantivo, verbo, ad-


jetivo, pronome, artigo, numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio.

1. Substantivo

Substantivo é a palavra que nomeia os seres em geral, desde objetos, fenô-


menos, lugares, qualidades, ações, dentre outros, tais como: Ana, Brasil, beleza.

Exemplos de frases com substantivo:

• A Ana é super inteligente.

• O Brasil é lindo.

• A tua beleza me encanta.

Há vários tipos de substantivos: comum, próprio, concreto, abstrato, coletivo.

2. Verbo

Verbo é a palavra que indica ações, estado ou fenômeno da natureza, tais


como: sairemos, corro, chovendo.

Exemplos de frases com verbo:

• Sairemos esta noite?

• Corro todos os dias.

• Chovendo, eu não vou.

2
Classes gramaticais

Os verbos são classificados em: regulares, irregulares, defectivos e abundan-


tes.

3. Adjetivo

Adjetivo é a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos, tais


como: feliz, superinteressante, amável.

Exemplos de frases com adjetivo:

• A criança ficou feliz.

• O artigo ficou superinteressante.

• Sempre foi amável comigo.

4. Pronome

Pronome é a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a


relação das pessoas do discurso, tais como: eu, contigo, aquele.

Exemplos de frases com pronome:

• Eu aposto como ele vem.

• Contigo vou até a Lua.

• Aquele tipo não me sai da cabeça.

Há vários tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, relati-


vos, indefinidos e interrogativos.

5. Artigo

Artigo é a palavra que antecede o substantivo, tais como: o, as, uns, uma.

Exemplos de frases com artigo:

• O menino saiu.

• As meninas saíram.

• Uns constroem, outros destroem.

• Uma chance é o que preciso.

3
Classes gramaticais

Os artigos são classificados em: definidos e indefinidos.

6. Numeral

Numeral é a palavra que indica a posição ou o número de elementos, tais


como: um, primeiro, dezenas.

Exemplos de frases com numeral:

• Um pastel, por favor!

• Primeiro as damas.

• Dezenas de pessoas estiveram presentes.

Os numerais são classificados em: cardinais, ordinais, multiplicativos, fracio-


nários e coletivos.

7. Preposição

Preposição é a palavra que liga dois elementos da oração, tais como: a, após,
para.

Exemplos de frases com preposição:

• Entreguei a carta a ele.

• As portas abrem após as 18h.

• Isto é para você.

As preposições são classificadas em: preposições essenciais e preposições


acidentais.

8. Conjunção

Conjunção é a palavra que liga dois termos ou duas orações de mesmo valor
gramatical, tais como: mas, portanto, conforme.

Exemplos de frases com conjunção:

• Vou, mas não volto.

• Portanto, não sei o que fazer.

4
Classes gramaticais

• Dançar conforme a dança.

As conjunções são classificadas em coordenativas (aditivas, adversativas, al-


ternativas, conclusivas e explicativas) e subordinativas (integrantes, causais, com -
parativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, temporais, fi -
nais e proporcionais).

9. Interjeição

Interjeição é a palavra que exprime emoções e sentimentos, tais como: Olá!,


Viva! Psiu!.

Exemplos de frases com interjeição:

• Olá! Sou a Maria.

• Viva! Conseguimos ganhar o campeonato.

• Psiu! Não faça barulho aqui.

10. Advérbio

Advérbio é a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, ex-


primindo circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros, tais como:
melhor, demais, ali.

Exemplos de frases com advérbio:

• O melhor resultado foi o do atleta estrangeiro.

• Não acha que trouxe folhas demais?

• O restaurante é ali.

Os advérbios são classificados em: modo, intensidade, lugar, tempo, negação,


afirmação e dúvida.

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Classes gramaticais

Anotações:
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Classes gramaticais

Exercícios
Exercício 1

Indique a que classe de palavras pertencem as palavras em negrito.

a) As meninas são tão corajosas quanto os meninos.

b) Coragem!

c) Falta a coragem…

d) Com seus trinta anos já era para ter juízo.

e) Há uns anos não sabia o que fazer da vida.

f) Fazer o bem sem olhar a quem.

7
Classes gramaticais

Gabarito
Exercício 1

A) Adjetivo - classe de palavras que atribui característica ao substantivo. Na


oração, temos: meninas (substantivo), corajosas (adjetivos).

B) Interjeição - classe de palavras que expressa sensações e é sempre


acompanhada de ponto de exclamação. "Coragem!" é uma interjeição de
ânimo.

C) Substantivo - classe de palavras que nomeia seres, fenômenos, entre muitos


outros. Na oração, "coragem" é um substantivo abstrato.

D) Pronome - classe de palavras que substitui ou acompanha os substantivos.


Na oração, "seus" é um pronome possessivo.

E) Artigo - classe de palavras que acompanham o substantivo de forma a


determinar seu número (singular ou plural) e seu gênero (feminino ou
masculino). Na oração "uns" é um artigo indefinido plural, masculino.

F) Substantivo - classe de palavras que nomeia seres, fenômenos, entre muitos


outros. Na oração, "bem" é um substantivo abstrato, porque foi
substantivada em decorrência da utilização do artigo "o" (o bem). Em outros
contextos, essa mesma palavra pode assumir a função de advérbio, tal
como na alternativa seguinte, em que "bem" é um advérbio de modo: "Os
trabalhos ficaram muito bem feitos.".

8
Coordenação e Subordinação

Coordenação e
Subordinação

MÉRITO
Apostilas 1
Coordenação e Subordinação

Para compreender a estrutura sintática de uma frase, ou seja, a análise em


relação à organização da mesma, que é dividida em coordenação e subordina-
ção; primeiramente deve-se entender o que é frase; e, de acordo com Mattoso
Câmara, nada mais é do que “unidade de comunicação linguística, caracterizada
[...] do ponto de vista comunicativo – por ter um propósito definido e ser suficien -
te pra defini-lo –, e do ponto de vista fonético – por uma entonação [...] que lhe
assinala nitidamente o começo e o fim.”.

Seguindo a linha de definição acerca de frase escrita, Perini diz que se inicia
com letra maiúscula e finaliza com algum sinal de pontuação (ponto final, ponto
de interrogação, ponto de exclamação etc), todavia, outros gramáticos não delimi -
tam a necessidade de pontuação para a constituição de frase.

O vocábulo definido acima ainda pode ser uma oração, mas a última não é si -
nônimo de frase; isto é, uma oração possui verbo, mas uma frase não precisa de
verbo para ser denominada como tal, sendo assim, toda oração (ou conjunto de
orações = período) é uma frase (exemplo: Abra o livro na página 4 e Faça um bolo
e entregue a Maria), porém, nem toda frase é uma oração (exemplo: O caderno
amarelo da filha de João da Silva).

Quanto a período (ou enunciado) – que é a soma dos elementos estruturais da


frase e tem a necessidade da pontuação –, este pode ser simples ou composto;
sendo por composição, será subdividido em coordenação (semântica + sintática)
e subordinação (“... é o emprego de um nível mais elevado no lugar de outro de
nível inferior”, BACK). Outro ponto a ser frisado é que composição por aposição di -
fere-se de composição por coordenação, pois a primeira admite expressões expli -
cativas (isto é; quero dizer) e expressões retificadoras (minto; aliás).

Ainda em relação à composição por aposição, Back enumera dois tipos de


aposição: identificadora (“Pedro Álvares Cabral, um almirante português , desco-
briu o Brasil.”) e retificadora (“João, minto, Pedro veio até a sala.”), e ambas exer-
cem a mesma função sintática.

A locução subordinante também tem duas classificações, podendo ser com-


plexa ou unitária. A primeira refere-se a uma locução verbal (Ex. Amanhã, todos
os alunos irão fazer o teste), enquanto a segunda, como o próprio nome diz, é
composta por um único verbo (Ex. Ontem, Pedro fez o exame).

A explanação de alguns termos, como hipotaxe (subordinação) – estrutura


muito complexa que pode ser reduzida – e parataxe – termo equivalente para a
coordenação –, hipertaxe – palavra que exerce um grande significado, como, por
exemplo, um substantivo com significado maior – é também bastante válida para
uma compreensão clara e coerente. Além disso, vale ressaltar que pronome sem -
pre tem função sintática.

2
Coordenação e Subordinação

Anotações:
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Concordância Verbal e Nominal

Concordância Verbal e Nominal

MÉRITO
Apostilas 1
Concordância Verbal e Nominal

Concordância verbal e nominal é a parte da gramática que estuda a conformidade


estabelecida entre cada componente da oração.

Concordância verbal se ocupa da relação entre sujeito e verbo, concordância


nominal se ocupa da relação entre as classes de palavras:

concordância verbal = sujeito e verbo

concordância nominal = classes de palavras

Concordância Verbal
1. Sujeito composto antes do verbo

Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre
no plural.

Exemplo: Maria e José conversaram até de madrugada.

2. Sujeito composto depois do verbo

Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no
plural como pode concordar com o sujeito mais próximo.

Exemplos:

Discursaram diretor e professores.

Discursou diretor e professores.

3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes

Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo


também deve ficar no plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível
gramatical, tem prioridade.

Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a
2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles).

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Concordância Verbal e Nominal

Exemplos:

Nós, vós e eles vamos à festa.

Tu e ele falais outra língua?

Concordância Nominal
1. Adjetivos e um substantivo

Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, os adjetivos devem


concordar em gênero e número com o substantivo.

Exemplo: Adorava comida salgada e gordurosa.

2. Substantivos e um adjetivo

No caso inverso, ou seja, quando há mais do que um substantivo e apenas um


adjetivo, há duas formas de concordar:

2.1. Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com
o substantivo mais próximo.

Exemplo: Linda filha e bebê.

2.2. Quando o adjetivo vem depois dos substantivos, o adjetivo deve concordar
com o substantivo mais próximo ou com todos os substantivos.

Exemplos: Pronúncia e vocabulário perfeito.

Vocabulário e pronúncia perfeita.

Pronúncia e vocabulário perfeitos.

Vocabulário e pronúncia perfeitos.

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Ortografia 2.0

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Ortografia 2.0

Ortografia 2.0

Mau ou mal

Alguns questionamentos são bem insistentes (ou será que nós é quem insistimos em errar?), entre
eles, o uso correto de mau e mal. Quem nunca se perguntou quando e como usar cada um dos termos,
não é mesmo? Essa é certamente uma das perguntas que sondam nosso particular universo linguístico,
mas nada como pensar um pouquinho para chegar a uma resposta. Se você ainda não sabe qual é o
correto, mau ou mal, fique atento às dicas para nunca mais errar.

Em primeiro lugar, devemos deixar bem claro que as duas formas existem, mau com “u” e mal
com “l”. Apesar de serem foneticamente idênticas, semanticamente são bem diferentes, o que facilita
na hora de escolher a grafia correta. Para usarmos corretamente essas duas palavrinhas-problema,
basta fazer a oposição entre seus antônimos. Observe:

Mal é advérbio, antônimo de bem.

Mau é um adjetivo, antônimo de bom.

Exemplos:

Os governantes fizeram mau uso do dinheiro público. (mau ≠ bom)

O aluno foi embora porque estava sentindo-se mal. (mal ≠ bem)"

Quando se usa há?

A palavra há é uma conjugação do verbo “haver” quando este é impessoal, por isso seus
significados mais comuns são no sentido de “existir” (nesse sentido, “ter”) ou, no caso de tempo
decorrido, “fazer”. Se você substituir o verbo há por um dos verbos citados acima e isso não alterar o
sentido da frase, você já sabe qual a forma correta de escrever.

Veja alguns exemplos:

A meteorologista disse que há muita probabilidade de chuva amanhã.

(A meteorologista disse que existe muita probabilidade de chuva amanhã.)

Há vários livros no meu quarto.

(Tem vários livros no meu quarto.)

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Ortografia 2.0

Não nos vemos há muitos anos.

(Não nos vemos faz muitos anos.)

O uso de “há” e “a” pode gerar muitas dúvidas.

Quando se usa a?

A palavra “a” pode ter diversas classificações dependendo do contexto. Costuma estar em várias
locuções e, por isso, seu uso é muito versátil.

Usamos “a” como artigo definido feminino singular, ou seja, para especificar um substantivo
feminino em determinado contexto. Já as preposições conectam uma palavra a outra, gerando sentido
e estabelecendo uma relação de dependência entre elas. A preposição “a” costuma ser regida por
alguns verbos, isto é, eles necessitam dessa preposição para que o enunciado tenha sentido.

Além dos verbos, muitas vezes a preposição “a” aparece em locuções, que são duas ou mais
palavras com a mesma função, cujo sentido surge a partir da junção desses termos, e não da palavra
isolada.

Quando não há sentido de “existir” ou de tempo passado, use a palavra “a”.

Observe os exemplos a seguir:

Estivemos em consulta com a pediatra.

(Artigo)

Eu disse a ela que estava tudo bem.

(Preposição)

Daqui a pouco vai chover.

(Locução adverbial)"

Diferenças entre “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de”

As expressões “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de” costumam causar dúvidas por causa da
sua semelhança. Porém, elas significam coisas totalmente distintas. Vejamos, então, quando usá -las e
o significado de cada uma.

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Ortografia 2.0

Quando se usa “acerca de”?

A expressão “acerca de” é o que chamamos locução prepositiva, situação em que duas ou mais
palavras têm valor morfológico de preposição. Essa expressão tem o significado de “sobre”, “quanto a”,
“a respeito de”. Observe os exemplos:

Na reunião de ontem, foi falado acerca do comportamento dos funcionários.

Assim, conforme o exemplo, na reunião foi falado sobre o comportamento dos funcionários.

Quero tratar acerca dos lucros da empresa. / Quero tratar a respeito dos lucros da empresa.

Atenção: Ressalta-se que, nesse caso, é possível a contração da preposição “de” com o artigo, ou
seja, acerca do — de + o / acerca da — de + a, de modo a concordar com o substantivo posterior.

Quando se usa “a cerca de”?

Primeiramente, é importante lembrar que existe, na língua portuguesa, a expressão “cerca de”,
que significa “perto”, “aproximado”, “junto”, “nas aproximações”. Essa expressão, quando
preposicionada, torna-se “a cerca de”, que mantém o seu significado original. Dessa forma, “a cerca
de” marca distância aproximada no espaço e no tempo futuro.

Exemplos:

O mercado está a cerca de três quilômetros de distância. / O mercado está aproximadamente a


três quilômetros de distância.

A cerca de dois quilômetros, você terá que virar à direita. / Mais ou menos em dois quilômetros,
você terá que virar à direita.

Quando se usa “há cerca de”?

Em “há cerca de”, percebemos a presença do verbo haver na sua forma impessoal: há. Isso faz
com que a expressão ganhe a conotação de tempo passado, como em “há dois anos” = “faz dois anos”,
ou seja, dois anos atrás. Por isso, a expressão marca algum evento acontecido próximo a determinado
tempo passado.

Exemplos:

Há cerca de quatro anos, retornei à cidade. / Aproximadamente há quatro anos, retornei à cidade.

Essa guerra aconteceu há cerca de 200 anos. / Essa guerra aconteceu aproximadamente há 200
anos.

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Ortografia 2.0

Atenção: Vale lembrar que quando ocorre o uso de “há”, este já estabelece a marcação de um
tempo passado, dispensando o uso de “atrás”. Logo, utilizar a expressão “há cerca de dois anos atrás”
configura pleonasmo ou redundância, uma vez que é desnecessário marcar o tempo passado duas
vezes.

Quando se usa “onde”?

“Onde” é um advérbio de lugar e também pode exercer a função de pronome relativo (quando se
refere a um lugar mencionado anteriormente na frase).

Exemplo

“Onde há fumaça, há fogo. ”

Nessa expressão popular, a palavra “onde” indica o lugar em que há fumaça e fogo.

Exemplo

Onde coloquei a minha carteira?

Nessa frase interrogativa, a palavra “onde” indica o lugar (ainda desconhecido) em que o
enunciador colocou sua carteira.

Já na próxima frase, perceba que o pronome relativo “onde” retoma o substantivo “país”:

Angola foi o país onde vivi durante os anos 90.

Portanto, “onde”, nesse exemplo, refere-se ao país Angola, mencionado anteriormente.

Angola é um país onde há belas paisagens.

Mas atenção! Não confunda lugar com tempo. É comum algumas pessoas usarem “onde”
equivocadamente, como em:

Estávamos todos tristes naquele dia, foi onde percebi que ele fazia falta.

Note que o uso da palavra “onde”, nessa frase, não faz sentido, pois essa palavra indica lugar. A
que lugar o enunciador ou enunciadora se refere então? Na verdade, a sua intenção era esta:

Estávamos todos tristes naquele dia, foi quando percebi que ele fazia falta.

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Ortografia 2.0

Agora sim, o termo “quando” se refere ao dia (portanto, indica tempo) em que todos estavam
tristes.

Quando se usa aonde?

A bicicleta é o lugar onde os ciclistas estão, para ir aonde eles querem.

A palavra “aonde” é formada pela união da preposição “a” e do advérbio ou pronome relativo
“onde”. Portanto, só usamos esse termo quando ele vem acompanhado de outro termo que exija a
preposição “a”, como é o caso do verbo “chegar” no exemplo seguinte:

Aonde você quer chegar com essa atitude?

Desse modo, quem chega, chega a algum lugar: chegar aonde.

Ou ainda este exemplo:

Vou aonde você quiser.

Nessa frase, o verbo “ir” exige a preposição “a”; portanto, quem vai, vai a algum lugar: vou aonde."

5 hábitos para escrever melhor e não errar mais a fim de ou afim

1. Leia mais

A leitura estimula o cérebro e contribui com o aprendizado.

Embora seja fundamental conhecer as regras da língua portuguesa, a compreensão delas pode
ser facilitada ao assimilar os exemplos aplicados.

2. Troque a ligação por uma mensagem

A ideia aqui é fazer com que a escrita seja mais presente na sua vida.

Você não precisa se concentrar apenas em construir textos longos.

Ao redigir mensagens, e-mails ou cartas, por exemplo, você acaba treinando, além da ortografia,
a sua capacidade criativa.

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Ortografia 2.0

3. Dê uma folga para o corretor ortográfico

Você é daqueles que vive com o corretor sempre ligado?

Então, que tal desativá-lo um pouco?

A ferramenta é, de fato, uma aliada do mundo moderno, mas você não pode ficar refém dela.

4. Pesquise sempre que houver dúvidas

Na hora de escrever, incertezas sempre vão surgir.

Por isso, nesses casos, não hesite em fazer algumas pesquisas para descobrir a escrita correta.

Você pode consultar, por exemplo, o sistema de busca do Vocabulário Ortográfico da Língu a
Portuguesa.

Lá, é possível digitar uma palavra e verificar se ela, realmente, existe no nosso idioma e se está
com a grafia certa.

5. Continue estudando

Para melhorar o aprendizado em qualquer área, é fundamental se manter sempre atualizado,


buscando novos conhecimentos.

A educação continuada é uma alternativa excelente para desenvolver habilidades como o


vocabulário, a comunicação, a criatividade e a visão estratégica, dentre outras.

Mais ou Mas?

O “mais” e o “mas” são duas palavras que tem um som parecido, no entanto, são utilizadas em
contextos distintos. Confira abaixo a diferença entre elas e suas regras de uso.

Mais

A palavra “mais” possui como antônimo o “menos”. Nesse caso, ela indica a soma ou o aumento
da quantidade de algo.

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Ortografia 2.0

Embora seja mais utilizada como advérbio de intensidade, dependendo da função que exerce na
frase, o “mais” pode ser substantivo, preposição, pronome indefinido ou conjunção.

Exemplos:

Quero ir mais vezes para a Europa.

Hoje vivemos num mundo melhor e mais justo.

Jonatas foi à festa com seu amigo mais sua namorada.

Dica: Uma maneira de saber se você está usando a palavra corretamente é trocar pelo seu
antônimo “menos”.

Mas

A palavra, “mas” pode desempenhar o papel de substantivo, conjunção ou advérbio.

1. Como substantivo, o, “mas” está associado a algum defeito.

Exemplo: Nem, mas, nem meio, mas, faça já seus deveres de casa.

2. Como conjunção adversativa, o, “mas” é utilizado quando o locutor quer expor uma ideia
contrária a que foi dita anteriormente.

Exemplo: Sou muito calmo, mas estou muito nervoso agora.

Nesse caso, ela possui o mesmo sentido de: porém, todavia, contudo, entretanto, contanto que,
etc.

3. Como advérbio, o “mas” é empregado para enfatizar alguma informação.

Exemplo: Ela é muito dedicada, mas tão dedicada, que trabalhou anos vendendo doces.

Não confunda!

A palavra "más" com acento é o plural de "má", ou seja, é um adjetivo sinônimo de ruim, por
exemplo:

Nesse semestre suas notas estão muito más.

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Ortografia 2.0

Exercícios

Mais ou Mas

1. (Cesgranrio) para estar de acordo com a norma-padrão, a frase abaixo deve ser completada.

Esperamos que, daqui ____ alguns anos, não tenhamos de lidar ____ com os mesmos problemas
que enfrentamos já ____ duas décadas no Brasil.

A sequência de palavras que completa as lacunas acima de acordo com a norma-padrão é:

a) a – mas – há

b) a – mais – a

c) a – mais – há

d) há – mas – há

e) há – mais – a

Alternativa c: a – mais – há

Exercícios resolvidos sobre “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de”

Questão 1

Analise o uso das expressões “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de” nas proposições a seguir e
marque a alternativa correta:

I - Meu carro está estacionado a cerca de 100 metros daqui.

II - Conversamos muito acerca do divórcio.

III - A cerca de 300 anos, iniciou-se a jornada do grande homem.

Onde ou aonde

"Questão 1 - Todas as orações a seguir apresentam o uso correto dos termos “onde” e “aonde”,
exceto:

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Ortografia 2.0

a) Não sei onde está o meu caderno e nem onde coloquei meu lápis.

b) Não se esqueça de que aonde você estiver, eu estarei com você.

c) O mundo onde você vive é mais do que especial, é fantasioso.

d) Levarei o dinheiro aonde você quiser, mas só quando eu puder.

e) Na cidade onde moro, não tenho segurança para ir aonde quero.

Resolução

Alternativa “b”. Nesse período, o verbo “estar” não exige preposição. Portanto, o correto, segundo
a norma-padrão, é “onde você estiver”, ou seja, o lugar em que “você estiver”."

a) Apenas a proposição I está correta.

b) Apenas a proposição II está correta.

c) Apenas a proposição III está correta.

d) Estão corretas as proposições I e II.

e) Estão corretas as proposições I e III.

Resolução:

Alternativa correta: letra D

A proposição I apresenta uma conotação de proximidade. Isso justifica o uso da expressão “a cerca
de”.

A proposição II apresenta o significado “conversar sobre algo”, por isso “acerca de” é a proposição
correta.

A proposição III está incorreta, uma vez que referencia tempo passado. Assim, “há cerca de” seria
a opção correta.

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Ortografia 2.0

2. (FGV-SP) Assinale a alternativa em que as formas mal ou mau estão utilizadas de acordo com a
norma culta:

a) Mau agradecidas, as juízas se postaram diante do procurador, a exigir recompensas.

b) Seu mal humor ultrapassa os limites do suportável.

c) Mal chegou a dizer isso, e tomou um sopapo que o lançou longe.

d) As respostas estavam mau dispostas sobre a mesa, de forma que ninguém sabia a sequência
correta.

e) Então, mau ajeitada, desceu triste para o salão, sem perceber que alguém a observava.

Alternativa c: Mal chegou a dizer isso, e tomou um sopapo que o lançou longe.

A ou há

1 – Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas:

Explicamos ___ ela que não seria possível ___ devolução hoje, pois fecharíamos dali ___ cinco
minutos. Mas vamos avisar que ___ possibilidade de devolução amanhã.

a) a; a; há; há.

b) há; a; a; a.

c) a; a; há; a.

d) a; a; a; há.

2 – Assinale a alternativa que apresenta uso correto do termo “há” de acordo com a norma-padrão
da língua portuguesa:

a) Há tempos que queria fazer isso.

b) Demos presentes há várias crianças.

c) Esperava há entrega por muito tempo.

d) Há dez horas atrás, ocorreu um acidente.

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Ortografia 2.0

Respostas

1 – d)

Explicamos a ela = preposição

Não seria possível a devolução = artigo

Dali a cinco minutos = preposição, tempo futuro

Avisar que há possibilidade = verbo haver no presente do indicativo

2 – a)

No item b), o correto seria a, pois trata-se de preposição.

No item c), o correto seria a, pois trata-se de artigo.

No item d), o correto de fato é há, porém, a construção “há ... atrás” não está de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa."

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Acentuação gráfica

Acentuação gráfica

MÉRITO
Apostilas 1
Acentuação gráfica

O acento gráfico é um sinal de escrita. A acentuação gráfica consiste na colocação


de acento ortográfico para indicar a pronúncia de uma vogal ou marcar a sílaba
tônica de uma palavra. Os acentos gráficos da língua portuguesa são:

Acento agudo (´)

Esse sinal, inclinado para a direita (´), indica que a tônica tem som aberto e recebe
o nome de acento agudo.

Acento grave (`)

O acento grave, inclinado para a esquerda (`), possui outra função, que é assinalar
uma fusão, a crase.

Acento circunflexo (^)

Se a sílaba tônica é fechada, temos o acento circunflexo (^): avô.

O acento gráfico não deve ser confundido com o acento tônico. O acento tônico
tem maior intensidade de voz apresentada por uma sílaba quando pronunciamos
determinadas palavras:

calor - a sílaba lor é a de maior intensidade.

faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade.

sólido - a sílaba só é a de maior intensidade.

Acentuação das palavras oxítonas


As palavras oxítonas são aquelas em que a última sílaba é tônica (mais forte). Elas
podem ser acentuadas com o acento agudo e com o acento circunflexo.

Oxítonas que recebem acento agudo

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


Recebem acento agudo as palavras oxítonas está, estás, já, olá; até, é, és, olé,

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Acentuação gráfica

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


terminadas em vogais tônicas abertas -a, -e pontapé(s); vó(s), dominó(s),
ou -o seguidas ou não de -s. paletó(s), só(s)
bebé ou bebê; bidé ou bidê; canapé
No caso de palavras derivadas do francês e
ou canapê; croché ou crochê;
terminadas com a vogal -e, são admitidos
matiné ou matinê
tanto o acento agudo quanto o circunflexo.

adorá-lo (de adorar + lo) ou adorá-


Quando conjugadas com os pronomes -lo(s) los (de adorar + los); fá-lo (de faz +
ou -la(s) terminando com a vogal tônica lo) ou fá-los (de faz + los)
aberta -a após a perda do -r, -s, ou -z. dá-la (de dar + la) ou dá-las (de dar
+ las)
Recebem acento as palavras oxítonas com acém, detém, deténs, entretém,
mais de uma sílaba terminadas no ditongo entreténs, harém, haréns, porém,
nasal grafado -em e -ens. provém, provéns, também
São acentuadas as palavras oxítonas com os anéis, batéis, fiéis, papéis,
ditongos abertos grafados -éu, éi ou -ói, chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); herói(s),
seguidos ou não de -s. remói

Obs.: há exceção nas formas da terceira pessoa do plural do presente do indicativo


dos derivados de "ter" e "vir". Nesse caso, elas recebem acento circunflexo (retêm,
sustêm; advêm, provêm).

Oxítonas que recebem acento circunflexo

Exemplos de palavras com


Regras de acentuação gráfica
acento
cortês, dê, dês (de dar), lê,
São acentuadas as palavras oxítonas terminadas nas
lês (de ler), português,
vogais tônicas fechadas grafadas -e ou -o, seguidas ou
você(s); avô(s), pôs (de
não de -s.
pôr), robô(s)
As formas verbais oxítonas, quando conjugadas com
detê -lo(s); fazê -la(s); vê -
os pronomes clíticos -lo(s) ou -la(s) terminadas com as
la(s); compô-la(s); repô-
vogais tônicas fechadas -e ou -o após a perda da
la(s); pô-la(s)
consoantes final -r, -s ou -z, são acentuadas.

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Acentuação gráfica

Obs.: usa-se, ainda, o acento circunflexo para diferenciar a forma verbal "pôr" da
preposição "por".

Acentuação das palavras paroxítonas


As palavras paroxítonas são aquelas em que a penúltima sílaba é tônica (mais
forte).

Paroxítonas que recebem acento agudo

Exemplos de palavras com


Regras de acentuação gráfica
acento
Recebem acento agudo as paroxítonas que dócil, dóceis; fóssil, fósseis;
apresentam, na sílaba tônica, as vogais abertas réptil, répteis; córtex, córtices;
grafadas -a, -e, -o, -i e -u e que terminam em -l, -n, tórax; líquen, líquenes; ímpar,
-r, -x e -s, e algumas formas do plural, que passam ímpares
a proparoxítonas.
fêmur e fémur; ónix e ônix;
pónei e pônei; ténis e tênis;
É admitida dupla grafia em alguns casos.* bónus e bônus; ónus e ônus;
tónus e tônus

órfã, órfãs; órfão, órfãos; órgão,


Palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba
órgãos; sótão, sótãos; jóquei,
tônica, as vogais abertas grafadas -a, -e, -i, -o e -u,
jóqueis; fáceis, fácil; bílis, íris,
e que terminam em -ã, -ão, -ei, -um ou -uns são
júri, oásis, álbum, fórum, húmus
acentuadas nas formas singular e plural das
e vírus
palavras.

Obs.: não se acentuam graficamente os ditongos representados por -ei e -oi da


sílaba tônica das paroxítonas:
assembleia, boleia, ideia, onomatopeico, proteico, alcaloide, apoio (do verbo
apoiar), tal como apoio (substantivo), boia, heroico, jiboia, moina, paranoico, zoina.

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Acentuação gráfica

Exemplos de palavras paroxítonas não acentuadas: enjoo, grave, homem, mesa,


Tejo, vejo, velho, voo, avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro,
descobrimento, graficamente e moçambicano.
*Atenção! Quando duas formas são indicadas como válidas, embora sejam ambas
corretas, não são necessariamente recomendadas em todos os países.

Paroxítonas e o uso do acento circunflexo

Exemplos de palavras com


Regras de acentuação gráfica
acento
Palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tônica,
as vogais fechadas com a grafia -a, -e e -o, e que cônsul, cônsules; têxtil,
terminam em -l, -n, -r ou -x, assim como as têxteis; plâncton, plânctons
respetivas formas do plural, algumas das quais se
tornam proparoxítonas.
Também recebem acento circunflexo as palavras
que contêm, na sílaba tônica, vogais fechadas com Estêvão, zângão,
a grafia -a, -e e -o, e que terminam em -ão(s), -eis ou escrevêsseis, ânus
-us.
São grafadas com acento circunflexo as formas dos abstêm, advêm, contêm,
verbos "ter" e "vir", na terceira pessoa do plural do convêm, desconvêm, detêm,
presente do indicativo ("têm" e "vêm"). O mesmo é entretêm, intervêm, mantêm,
aplicado algumas formas verbais derivadas. obtêm, provêm, sobrevêm
Não é usado o acento circunflexo nas palavras creem, deem, descreem,
paroxítonas que contêm um tônico oral fechado em desdeem, leem, preveem,
hiato com terminação -em, da terceira pessoa do redeem, releem, reveem,
plural do presente do indicativo. veem
enjoo – substantivo e flexão
de enjoar
Não é usado o acento circunflexo com objetivo de
povoo – flexão de povoar
assinalar a vogal tônica fechada na grafia das
voo – substantivo e flexão de
palavras paroxítonas.
voar

Não são usados os acentos circunflexo e agudo para – flexão de parar.


para distinguir as palavras paroxítonas quando têm pela/pelo – preposição de
a vogal tônica aberta ou fechada em palavras pela, quando substantivo de
homógrafas de palavras proclíticas no singular e pelar.

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Acentuação gráfica

Exemplos de palavras com


Regras de acentuação gráfica
acento
pelo – substantivo de per +
lo.
polo – combinação de per +
plural.
lo e na combinação de por +
lo

Atenção! O acento circunflexo é obrigatório na palavra pôde na terceira pessoa do


singular do pretérito perfeito do indicativo. Isso acontece para distingui-la da
forma verbal correspondente do presente do indicativo: pode.

O acento circunflexo é facultativo no verbo demos, conjugado na primeira pessoa


do presente do indicativo. Isso ocorre para estabelecer distinção da forma
correspondente no pretérito perfeito do indicativo: demos.

Também é facultativo o uso de acento circunflexo no substantivo fôrma como


distinção do verbo formar na segunda pessoa do singular imperativo: forma.

Vogais tônicas

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


Adaís – plural de Adail, aí, atraí (de atrair),
As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das
baú, caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país,
palavras oxítonas e paroxítonas
alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraíam (de
recebem acento quando são
atrair), atraísse (id.), baía, balaústre,
antecedidas de uma vogal com a qual
cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha,
não formam ditongo e desde que não
graúdo, influíste (de influir), juízes, Luísa,
constituam sílaba com a consoante
miúdo, paraíso, raízes, recaída, ruína, saída
seguinte.
e sanduíche
Recebem acento agudo as vogais
Piauí
tônicas grafadas com -i e -u, quando
teiú – teiús
precedidas de ditongo na posição
tuiuiú – tuiuiús
final ou seguidas de -s.
Recebe acento agudo a vogal tônica atraí-lo(s), atraí-lo(s) –ia, possuí-la(s),
grafada -i das palavras oxítonas

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Acentuação gráfica

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


terminadas em -r dos verbos
terminados em -air e -uir, quando
possuí-la(s)-ia – de possuir-la(s)-ia
combinadas com -lo(s), -la(s)
considerando a assimilação e perda
do -r nas palavras.
As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das
palavras oxítonas e paroxítonas não
recebem acento quando são bainha, moinho, rainha, Adail, Coimbra,
antecedidas de uma vogal com a qual ruim, ainda, constituinte, oriundo, ruins,
não formam ditongo, e desde que não triunfo, atrair,influir, influirmos, juiz e raiz
constituam sílaba com a consoante
seguinte nos casos de -nh, -l, -m, -n, -r
e -z.

Não recebem acento agudo as vogais arguir, redarguir, aguar, apaniguar,


tônicas das palavras paroxítonas nas apaziguar, apropinquar, averiguar,
formas rizotônicas de alguns verbos. desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir

Não recebem acento agudo os


distraiu; instruiu
ditongos tônicos grafados -iu e -ui,
quando precedidos de vogal.
Não é utilizado acento agudo nas
vogais tônicas grafadas em -i e -u das
baiuca; boiuno; cheinho; sainha
palavras paroxítonas quando
precedidas de ditongo.

Acentuação das palavras proparoxítonas


As palavras proparoxítonas são aquelas em que a antepenúltima sílaba é a tônica
(mais forte), sendo que todas são acentuadas.

Proparoxítonas que recebem acento agudo

Exemplos de palavras
Regras de acentuação gráfica
com acento
Recebem acento agudo as palavras proparoxítonas que árabe, cáustico,
apresentam na sílaba tônica as vogais abertas grafadas Cleópatra, esquálido,

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Acentuação gráfica

Exemplos de palavras
Regras de acentuação gráfica
com acento
exército, hidráulico,
líquido, míope, músico,
-a, -e, -i, -o e -u começando com ditongo oral ou vogal
plástico, prosélito,
aberta.
público, rústico, tétrico,
último
Recebem acento agudo as palavras proparoxítonas
Álea, náusea; etéreo,
aparentes quando apresentam na sílaba tônica as
níveo; enciclopédia,
vogais abertas grafadas -a, -e, -i, -o e -u ou ditongo oral
glória; barbárie, série;
começado por vogal aberta, e que terminam por
lírio, prélio; mágoa,
sequências vocálicas pós-tônicas praticamente
nódoa; exígua; exíguo,
consideradas como ditongos crescentes -ea, -eo, -ia, -
vácuo
ie, -io, -oa, -ua e -uo).

Proparoxítonas que recebem acento circunflexo

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


anacreôntico, cânfora, cômputo,
Recebem acento circunflexo as
devêramos (de dever), dinâmico, êmbolo,
palavras proparoxítonas que
excêntrico, fôssemos (de ser e ir),
apresentam na sílaba tônica vogal
Grândola, hermenêutica, lâmpada,
fechada ou ditongo com a vogal básica
lôbrego, nêspera, plêiade, sôfrego,
fechada e as chamadas proparoxítonas
sonâmbulo, trôpego. Amêndoa, argênteo,
aparentes.
côdea, Islândia, Mântua e serôdio
Recebem acento circunflexo as
palavras proparoxítonas, reais ou
acadêmico, anatômico, cênico, cômodo,
aparentes, quando as vogais tônicas
fenômeno, gênero, topônimo, Amazônia,
são grafadas e/ou estão em final de
Antônio, blasfêmia, fêmea, gêmeo, gênio e
sílaba e são seguidas das consoantes
tênue
nasais grafadas -m ou -n obedecendo
ao timbre.

Atenção! Palavras derivadas de advérbios ou adjetivos não são acentuadas.

Avidamente - de ávido

Debilmente - de débil

8
Acentuação gráfica

Crase
A crase é usada na contração da preposição a com as formas femininas do artigo
ou pronome demonstrativo a: à (de a + a), às (de a + as).

Também é usada a crase na contração da preposição "a" com os pronomes


demonstrativos:

àquele(s)

àquela(s)

àquilo

Trema
O sinal de trema (¨) é inteiramente suprimido em palavras da língua portuguesa e
só é utilizado nas palavras derivadas de nomes próprios.

Exemplo: Müller - de mülleriano

9
Acentuação gráfica

Exercícios
Exercício 1

(IFSC) Assinale a alternativa CORRETA quanto à acentuação gráfica.

a) Aquí dá muito cajú de maio a setembro.

b) No rítmo em que andavamos, levaríamos toda a manhã para percorrer duas


léguas.

c) Para mantê-los saudáveis é melhor alimentá-los com legumes crus.

d) Joel tinha os biceps mal definidos e o tórax exagerado para alguem tão baixo.

e) O juíz condenou-o a devolver com juros aos cófres publicos todo o dinheiro
desviado.

Exercício 2

(UFPR) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por


serem oxítonos:

a) paletó, avô, pajé, café, jiló

b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis

c) você, capilé, Paraná, lápis, régua

d) amém, amável, filó, porém, além

e) caí, aí, ímã, ipê, abricó

10
Acentuação gráfica

Exercício 3

(Cesgranrio) Aponte a única série em que pelo menos um vocábulo apresente erro
no que diz respeito à acentuação gráfica:

a) pegada - sinonímia

b) êxodo - aperfeiçoe

c) álbuns - atraí-lo

d) ritmo - itens

e) redimí-la – grátis

Exercício 4

(PUC-Campinas) Assinale a alternativa de vocábulo corretamente acentuado:

a) hífen

b) ítem

c) ítens

d) rítmo

e) n.d.a

11
Acentuação gráfica

Exercício 5

(UFF) Só numa série abaixo estão todas as palavras acentuadas corretamente.


Assinale-a:

a) rápido, séde, côrte

b) ananás, ínterim, espécime

c) corôa, vatapá, automóvel

d) cometi, pêssegozinho, viúvo

e) lápis, raínha, côr

Exercício 6

(UFSCar) Estas revistas que eles ___ , ___ artigos curtos e manchetes que todos ___ .

a) leem - tem - vêem

b) lêm - têem - vêm

c) leem - têm - veem

d) lêem - têm - vêm

e) lêm - tem - vêem

12
Acentuação gráfica

Gabarito
Exercício 1

Alternativa c: Para mantê-los saudáveis é melhor alimentá-los com legumes crus.

Mantê-los, porque é uma palavra oxítona (última sílaba é tônica: man-tê) e, de


acordo com a regra de acentuação das oxítonas, quando as palavras terminam em
vogal fechada “e” e são conjugadas com os pronomes -lo(s), la(s), como se verifica
neste caso, elas levam acento circunflexo;

Saudáveis, porque é uma palavra paroxítona (penúltima sílaba é tônica: sau-dá-


veis) e, de acordo com a regra de acentuação das paroxítonas, são acentuadas as
palavras cuja sílaba tônicas contenham vogal aberta “a” e terminem em “l” (sau-dá-
vel), sendo que o mesmo acontece quando elas passam para o plural (sau-dá-veis);

Alimentá-los, porque é uma palavra oxítona (última sílaba é tônica: a-li-men-tá) e,


de acordo com a regra de acentuação das oxítonas, quando as palavras terminam
em vogal aberta “a” e são conjugadas com os pronomes -lo(s), la(s), como se verifica
neste caso, elas levam acento agudo.

Exercício 2

Alternativa a: paletó, avô, pajé, café, jiló.

Todas as palavras acima são oxítonas, ou seja, a sílaba tônica de todas elas é a
última: pa-le-tó, a-vô, pa-jé, ca-fé, ji-ló. De acordo com as regras de acentuação das
oxítonas, recebem acento agudo as palavras oxítonas terminadas em vogais
abertas “a, e, o” (pa-le-tó, pa-jé, ca-fé, ji-ló), enquanto recebem acento circunflexo
as palavras oxítonas terminadas em vogais fechadas “e, o” (a-vô).

Exercício 3

Alternativa e: redimí-la - grátis.

Redimi-la (re-di-mi-la) não é acentuada, porque as palavras oxítonas (última sílaba


tônica) que são acentuadas quando conjugadas com os pronomes -lo(s), -la(s) são
as que terminam em vogal “a”, e neste caso, a palavra termina em “i”.

13
Acentuação gráfica

Grátis (grá-tis) está acentuada de forma correta, porque é uma palavra paroxítona
(penúltima sílaba tônica) que tem na sílaba tônica a vogal aberta “a” termina em -s.

Exercício 4

Alternativa a: hífen.

A palavra “hífen” é paroxítona, o que significa que a sua sílaba tônica é a penúltima
(hí-fen). Assim, de acordo com a regra, são acentuadas as palavras paroxítonas que
contenham na sílaba tônicas as vogais abertas “a, e, i, o, u” e terminam em “l, n, r, x,
s”. É o caso de “grátis”, que tem vogal aberta “a” e termina em “s”.

Exercício 5

Alternativa b: ananás, ínterim, espécime.

Ananás (a-na-nás), porque é uma oxítona, ou seja, palavra cuja última sílaba é
tônica. De acordo com a regra, as palavras oxítonas terminadas em vogal aberta “a,
e, o”, seguidas ou não de “s” são acentuadas, como acontece neste caso.

Ínterim (ín-te-rim) e espécime (es-pé-ci-me), porque são proparoxítonas, ou seja,


palavras cuja antepenúltima sílaba é tônica. De acordo com as regras, todas as
palavras proparoxítonas - sem exceção - são acentuadas.

Exercício 6

Alternativa c: leem - têm - veem.

Leem (le-em) e veem (ve-em) não são acentuadas porque não se usa acento
circunflexo nas palavras paroxítonas (penúltima sílaba tônica) que na sua sílaba
tônica têm um hiato fechado (encontro vocálico que se separa) e que terminem
com "em".

Têm é acentuada, porque as formas dos verbos “ter” e “vir” na terceira pessoal do
plural do presente do indicativo levam acento circunflexo.

14
Pontuação

Pontuação

MÉRITO
Apostilas 1
Pontuação

Sinais de pontuação são recursos prosódicos¹ que conferem às orações ritmo,


entoação e pausa, bem como indicam limites sintáticos e unidades de sentido. Na
escrita, substituem, em parte, o papel desempenhado pelos gestos na fala,
garantindo coesão, coerência e boa compreensão da informação transmitida.

Prosódia é a parte da linguística que estuda a entonação, o ritmo, o acento


(intensidade, altura, duração) da linguagem falada e demais atributos correlatos na
fala.

Ponto (.)
O ponto pode ser utilizado para:

a) Indicar o final de uma frase declarativa:

Acho que Pedro está gostando de você.

b) Separar períodos:

Ela vai estudar mais tempo. Ainda é cedo.

c) Abreviar palavras:

V. Ex.ª (Vossa excelência)

Dois-pontos (:)
Deve ser utilizado com as seguintes finalidades:

a) Iniciar fala de personagens:

Ela gritou:

– Vá embora!

2
Pontuação

b) Anteceder apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de


palavras que explicam e/ou resumem ideias anteriores.

Esse é o problema dessa geração: tem liberdade, mas não tem responsabilidade.

Anote meu número de telefone: 1233820847.

c) Anteceder citação direta:

É como disse Platão: “De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais
difícil de domar.”

Reticências (...)
Usa-se para:

a) Indicar dúvidas ou hesitação:

Sabe... preciso confessar uma coisa: naquela viagem gastei todas as minhas
economias.

b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente:

Talvez se você pedisse com jeitinho...

c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a


reflexão:

Roubos, pessoas sem ter onde morar, escândalos ligados à corrupção... assim
caminha a humanidade.

d) Suprimir palavras em uma transcrição:

“O Cristo não pediu muita coisa. (...) Ele só pediu que nos amássemos uns aos
outros.” (Chico Xavier)

3
Pontuação

Parênteses ( )
Os parênteses são usados para:

a) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e, também,


podem substituir a vírgula ou o travessão:

Rosa Luxemburgo nasceu em Zamosc (1871).

Numa linda tarde primaveril (meu caçula era um bebê nessa época), ele veio nos
visitar pela última vez.

Ponto de exclamação (!)


Em que situações utilizar:

a) Após vocativo:

Juliana, bom dia!

b) Final de frases imperativas:

Fuja!

c) Após interjeição:

Ufa! Graças a Deus!

d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, expressivo:

Que lástima!

Ponto de interrogação (?)


Quando utilizar:

a) Em perguntas diretas:

Quando você chegou?

4
Pontuação

b) Às vezes, pode ser utilizada junto com o ponto de exclamação para enfatizar o
enunciado:

Não acredito, é sério?!

Vírgula (,)
Esse é o sinal de pontuação que exerce o maior número de funções, por isso
aparece em várias situações. A vírgula marca pausas no enunciado, indicando que
os termos por ela separados não formam uma unidade sintática, apesar de estarem
na mesma oração.

Situações em que se deve utilizar vírgula.

a) Separar o vocativo:

Marília, vá à padaria comprar pães para o lanche.

b) Separar apostos:

Camila, minha filha caçula, presenteou-me com este relógio.

c) Separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado:

Os políticos, muitas vezes, visam somente os próprios interesses.

d) Separar elementos de uma enumeração:

Meus bolos prediletos são os de chocolate, coco, doce de leite e nata com
morangos.

e) Isolar expressões explicativas:

Faça um bolo de chocolate, ou melhor, de chocolate e morangos.

f) Separar conjunções intercaladas:

Os deputados não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas.

g) Separar o complemento pleonástico antecipado:

Havia no rosto dela ódio, uma ira, uma raiva que não possuía justificativa.

5
Pontuação

h) Isolar o nome do lugar na indicação de datas:

São Paulo, 10 de Dezembro de 2016.

i) Separar termos coordenados assindéticos:

Vim, vi, venci. (Júlio César)

j) Marcar a omissão de um termo:

Maria gosta de praticar esportes, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar)

Antes da conjunção, como nos casos abaixo:

k) Quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes:

Os políticos estão cada vez mais ricos, e seus eleitores, cada vez mais pobres.

l) Quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizar alguma ideia


(polissíndeto):

Eu alerto, e brigo, e repito, e faço de tudo para ela perceber que está errada,
porém nunca me escuta.

m) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não
retratam sentido de adição (adversidade, consequência, por):

Teve febre a noite toda, e ainda está muito fraca.

Entre orações:

n) Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas:

Amélia, que não se parece em nada com a Amélia da canção, não suportou seu
jeito grosseiro e mandão.

o) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das


orações iniciadas pela conjunção “e”:

Pediu muito, mas não conseguiu convencer-lhe.

6
Pontuação

p) Para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas),


principalmente se estiverem antepostas à oração principal:

A casa, tão cara que ela desistiu da compra, hoje está entregue às baratas.

q) Para separar as orações intercaladas:

Ficou doente, creio eu, por conta da chuva de ontem.

r) Para separar as orações substantivas antepostas à principal:

Quando me formarei, ainda não sei.

Ponto e vírgula (;)


a) Utiliza-se ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros
itens:

Para preparar o bolo vamos precisar dos seguintes ingredientes:

1 xícara de trigo;

4 ovos;

1 xícara de leite;

1 xícara de açúcar;

1 colher de fermento.

b) Utilizamos ponto e vírgula, também, para separar orações coordenadas muito


extensas ou orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:

“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era


pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a
bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora
asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso." (O Visconde de
Inhomerim - Visconde de Taunay)

7
Pontuação

Travessão (—)
O travessão deve ser utilizado para os seguintes fins:

a) Iniciar a fala de um personagem no discurso direto:

Então ela disse:

— Gostaria que fosse possível fazer a viagem antes de Outubro.

b) Indicar mudança do interlocutor nos diálogos:

— Querido, você já lavou a louça?

— Sim, já comecei a secar, inclusive.

c) Unir grupos de palavras que indicam itinerários:

O descaso do poder público com relação à rodovia Belém—Brasília é


decepcionante.

d) Substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:

Dizem que Elvis — o rei do rock — na verdade, detestava atuar.

Aspas (“”)
As aspas são utilizadas com os seguintes objetivos:

a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias,


estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares:

A aula do professor foi “irada”.

Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente.

b) Indicar uma citação direta:

“Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue
na face, desfiz e refiz a mala.” (O prazer de viajar - Eça de Queirós)

8
Pontuação

Observação: Quando houver necessidade de utilizar aspas dentro de uma


sentença onde ela já esteja presente, usa-se a marcação simples ('), não dupla (").

Exercícios
Exercício 1

Indique qual conjunto de sinais de pontuação completa as lacunas de forma


correta.

Na realidade__ nada mais havia para fazer__ Os assuntos foram falados__ as


dúvidas foram esclarecidas__ os problemas foram evitados__ Apesar disso__ um
enorme clima de mal-estar continuava a existir__

a) vírgula, ponto final, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, ponto de interrogação;

b) vírgula, vírgula, ponto final, ponto final, ponto final, vírgula, ponto final;

c) vírgula, ponto final, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, reticências;

d) vírgula, ponto de exclamação, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, ponto de


exclamação.

Exercício 2

Indique a opção que apresenta erros de pontuação.

a) Você quer vir comigo ao parque?

b) Pare imediatamente com isso!

c) Quem sabe, um dia, você não aprende?

d) O estudante levava, o pão, na mochila.

9
Pontuação

Exercício 3

Assinale as hipóteses que indicam funções corretas da vírgula.

a) Separar elementos coordenados em enumerações com a mesma função


sintática.

b) Isolar o aposto e outros elementos explicativos.

c) Separar os advérbios sim e não em respostas.

d) Separar o sujeito do predicado e o objeto direto do objeto indireto.

e) Isolar orações subordinadas adjetivas explicativas.

Exercício 4

Indique os sinais de pontuação usados para…

a) Introduzir uma enumeração.

b) Indicar a suspensão ou interrupção de uma ideia ou pensamento.

c) Destacar citações e transcrições.

d) Substituir a vírgula na separação do vocativo.

e) Finalizar uma frase declarativa com sentido completo.

10
Pontuação

Gabarito
Exercício 1

Resposta: c) vírgula, ponto final, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, reticências.

Exercício 2

Resposta: d) O estudante levava, o pão, na mochila.

Exercício 3

Respostas:

a) Separar elementos coordenados em enumerações com a mesma função


sintática.

b) Isolar o aposto e outros elementos explicativos.

c) Separar os advérbios sim e não em respostas.

e) Isolar orações subordinadas adjetivas explicativas.

Exercício 4

Respostas:

a) dois pontos;

b) reticências;

c) aspas;

d) ponto de exclamação;

e) ponto final.

11
MATEMÁTICA

MATEMÁTICA

MÉRITO
Apostilas 1
Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

Operações com adição, subtração,


multiplicação e divisão

MÉRITO
Apostilas 1
Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

Na matemática existem quatro operações básicas que são fundamentais para


o desenvolvimento de qualquer cálculo algébrico que realizarmos. Estas opera -
ções são: A soma, a subtração, a multiplicação e a divisão.

Com tais operações podemos desenvolver cálculos diversos e expressar, atra-


vés destas, o raciocínio que queremos expor.

Adição “ + “
A adição é a operação matemática mais básica e pode ser feita com qualquer
tipo de número. Porém, em um primeiro momento, são usados apenas números
inteiros e maiores que zero. A seguir, discutiremos a técnica usada para calcular
adições.

Técnica para realizar a adição

A soma deve ser feita por meio dos valores posicionais dos algarismos de
cada número, a começar pelas unidades. Primeiro, somamos as unidades, depois,
as dezenas, em seguida, as centenas e, assim, prosseguimos até finalizar a adição.
Observe a soma de 145 e 223 na tabela a seguir:

Centena Dezena Unidade


1 4 5
2 2 3
Resultado 3 6 8

Assim, as somas dos valores posicionais são:

• Na coluna das unidades: 3 + 5 = 8;

• Na coluna das dezenas: 4 + 2 = 6;

• Na coluna das centenas: 1 + 2 = 3.

Logo, o resultado dessa soma é 368, pois esse número é formado por três
centenas, seis dezenas e oito unidades.

2
Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

O único caso especial da adição de números inteiros maiores que zero é


aquele em que o resultado da soma dos valores posicionais é igual ou maior a dez.
Observe um exemplo a seguir com essa situação.

Na adição 456 + 126, a soma dos algarismos das unidades será: 6 + 6 = 12,
que é maior que dez. Assim, obtemos um número formado por uma dezena e duas
unidades. Para resolver esse problema, basta deslocar essa dezena para a coluna
específica das dezenas. Quando isso é feito, ela perde o zero, pois o que vale para
essas colunas é o valor posicional. Dessa forma, na coluna das dezenas, um equi -
vale a dez, dois, a 20, e assim por diante.

A adição do exemplo, portanto, será: da soma 6 + 6 = 12, colocamos duas


unidades no resultado e somamos uma dezena à coluna das dezenas. Isso é sinali -
zado da seguinte maneira:

Depois disso, continua-se a adição normalmente. Mas lembre-se: ao somar os


algarismos da coluna das dezenas, deve-se adicionar a dezena do resultado da
soma das unidades.

Propriedades da adição

Existem propriedades da adição que podem facilitar os cálculos e ajudam a


compreender melhor essa operação. São elas:

3
Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

A adição é comutativa, ou seja: a + b = b + a. Isso quer dizer que, na soma de


dois números, tanto faz a ordem em que eles são somados. Por exemplo: 10 + 20
= 20 + 10 = 30;

A adição é associativa, ou seja, (a + b) + c = a + (b + c). Isso quer dizer que, na


soma de três números, podemos escolher a ordem de somas, ou seja, podemos
escolher quais números serão somados primeiro e, depois, somar o outro ao re-
sultado obtido;

Existe um número chamado elemento neutro, que é o zero na soma, com a


seguinte propriedade: a + 0 = a. Em outras palavras, a soma de um número com o
elemento neutro é o próprio número;

Existe um número chamado elemento inverso, que é representado por – a,


com a seguinte propriedade: a + (– a) = 0. Essa opção é válida apenas para somas
envolvendo números negativos.

Exemplo – Joaquim foi ao shopping e comprou uma bermuda de R$ 143,00,


um boné de R$ 32,00 e um tênis de R$ 299,00. Quanto Joaquim gastou no total?

Solução: Colocamos os números desses valores em uma ordem mais apropri-


ada para a soma. Podemos fazer isso graças às duas primeiras propriedades men -
cionadas acima na explicação.

Joaquim gastou R$ 474,00 em compras no shopping.

Subtração “ - “
Análoga à soma, a subtração de dois ou mais números se dá pela retirada de
unidades de um determinado número. Assumido nossa análise para os números
Reais, todos os valores possuem valores inferiores e valores superiores.

4
Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

O símbolo “–“, na matemática, representa a retirada de uma determinada


quantidade de outra determinada quantidade. Sendo o símbolo, então, responsá -
vel por subtrair quantias.

Exemplo:

7-6=1

10-8=2

3-3=0

Elemento neutro da subtração

Na operação de subtração, temos o zero (0) como elemento neutro, uma vez
que, sendo zero a representação do “nada”, um número que subtraia nada resulta
no próprio número.

Exemplo:

a-0=a

Propriedade comutativa

A subtração não possui propriedade comutativa, uma vez que um valor n sub -
traído de um valor m, difere da subtração de m de um valor n.

Exemplos:

Propriedade associativa

A subtração não possui propriedade associativa, de modo que :

5
Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

Exemplo:

Multiplicação
A multiplicação é uma das operações matemáticas básicas. Ela é uma evolu -
ção natural da adição, pois é definida de modo que represente a soma de deter-
minado número de conjuntos que possuem a mesma quantidade de elementos.

Por exemplo: é usual comprar muitos exemplares de um mesmo produto em


supermercados. Caso compre oito produtos que custem R$ 2,00, o total a ser
pago será de R$ 16,00, pois somamos o valor R$ 2,00 oito vezes. Sendo assim:

2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 = 16

Essa soma pode ser representada pelo símbolo “x” ou “·”. No exemplo anteri -
or:

2x8 = 2·8 = 16

Dessa maneira, somamos oito conjuntos de 2 reais cada. Nesse exemplo, os


números 2 e 8 recebem o nome de fatores e essa operação deve ser lida da se -
guinte maneira: duas vezes oito é igual a dezesseis.

6
Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

Figura 1: Tabuada

Em outras palavras, multiplicação é uma maneira que facilita a soma de nú-


meros iguais. A imagem a seguir contém todos os resultados das multiplicações
que envolvem os fatores de 1 a 10.

Algoritmo da multiplicação

Sabendo o resultado de multiplicações que envolvem apenas fatores menores


ou iguais a 10, podemos definir um algoritmo que seja capaz de realizar qualquer
multiplicação. Esse algoritmo será descrito a seguir a partir do exemplo seguinte:
25x482.

Primeiramente escreva os números a partir da casa das unidades, alinhando-


as.

4 8 2
X 2 5

O primeiro número a ser multiplicado é o da casa das unidades da segunda li -


nha. Ele deverá ser multiplicado por todo o primeiro número partindo da casa das
unidades. Nesse caso, 5x2 = 10. No algoritmo acima, escreveremos:

1
4 8 2

7
Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

X 2 5
0

Observe que o valor das unidades fica no resultado e o valor das dezenas
“sobe”. Agora é hora de multiplicar 5x8. Lembre-se de somar a dezena que “subiu”
ao resultado dessa multiplicação. Então, 5x8 = 40 e 40 + 1 = 41. Logo, teremos
no algoritmo:

4 1
4 8 2
X 2 5
1 0

Por fim, multiplicaremos 5x4 = 20, que, somado a 4, resulta em 24. Como não
há mais para onde “subir”, esse resultado será colocado por inteiro no local apro -
priado.

4 1
4 8 2
X 2 5
2 4 1 0

Finalizadas as multiplicações referentes ao algarismo 5, iniciaremos as multi -


plicações referentes ao algarismo 2. Repare que esse número está na casa das de-
zenas, por isso, a primeira multiplicação deve ser colocada também na casa das
dezenas, logo abaixo de 2410. Observe:

4 8 2
X 2 5
2 4 1 0
4

8
Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

Agora multiplique 2x8 = 16, deixe 6 e “suba” 1.

1
4 8 2
X 2 5
2 4 1 0
6 4

9
Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

Multiplique, por fim, 2x4 = 8 e some 1 ao resultado (8 + 1 = 9). No algoritmo,


teremos:

1
4 8 2
X 2 5
2 4 1 0
9 6 4

Para finalizar o cálculo, some os dois resultados encontrados:

4 8 2
X 2 5
2 4 1 0
+
9 6 4
1 2 0 5 0

Propriedades da multiplicação

Existem quatro propriedades da multiplicação e uma que envolve multiplica -


ção e adição. Confira:

Comutatividade: A ordem dos fatores não altera o produto, isto é, considere


os números reais a e b, teremos:

a·b = b·a

Associatividade: A ordem em que três fatores são multiplicados é irrelevante.


Em outras palavras, considere a, b e c pertencentes aos números reais, teremos:

(a·b)·c = a·(b·c)

10
Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

Existência de elemento neutro: O número 1 não altera o resultado de uma


multiplicação quando é um fator. Assim:

1·a = a·1 = a

Existência de elemento inverso multiplicativo: Qualquer que seja o número


real, existe outro número real que, multiplicado por ele, resulta em 1. Em outras
palavras, considere a pertencente ao conjunto dos números reais, existe 1/a tal
que:

a·1/a = 1

Distributividade: O produto de um número real por uma soma é igual à soma


dos produtos das parcelas pelo número real, ou seja, considere a, b e c reais, tere -
mos:

a(b + c) = a·b + a·c

Divisão
A divisão é uma das quatro operações básicas da matemática e é inversa à
multiplicação. A divisão de um número consiste em seu fracionamento, na sua
fragmentação, que pode ter como resultado um número inteiro ou um número
decimal.

Assim como as outras operações fundamentais da matemática, a divisão tam -


bém está muito presente em nosso cotidiano, por isso, é essencial conhecer bem
esse processo, a fim de adquirir prática e tornar esse cálculo mais ágil.

Elementos da divisão
Quando vamos dividir um número P por um número d, devemos buscar um nú-
mero q que multiplicado por d seja igual a P. Cada um desses elementos recebem
um nome: P é chamado de dividendo, d é o divisor e q o quociente.
Nem sempre é possível encontrar esse número q, em alguns casos, a multiplica-
ção de d por q apenas fica muito próxima de P. Nessas situações, a diferença de P
pelo resultado da multiplicação de d por q é chamado de resto e será denotado por
r.

11
Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

Exemplos
a) 28: 2 = 14, pois 2 ·14 = 28 → Divisão exata
b) 29: 2 ≠ 14, pois 2 ·14 = 28 → Divisão não exata, apresenta resto = 1

Quando o resto não aparece, ou seja, quando r = 0, dizemos que o número P é divisí-
vel por d. Caso contrário, P não é divisível por d.
Podemos afirmar que:
P = d ·q + r
Vejamos agora um método que facilita encontrar todos esses elementos: méto-
do da chave. Veja a figura abaixo:

Exemplo
Na divisão do número 25 por 5 temos:

O número 25 é o dividendo, o número 5 é o divisor, 5 é o quociente, e zero é


o resto da divisão. Note que para realizar a divisão é necessário encontrar um nú -
mero que multiplicado por 5 seja igual a 25, nesse caso, o número é o próprio 5.
Veja também que podemos escrever o número 25 da seguinte maneira:
25 = 5 · 5 + 0

Passo a passo da divisão


Para facilitar o processo de divisão, temos um algoritmo, isto é, temos um
passo a passo que pode facilitar. Para verificarmos esse processo, vamos tomar a
seguinte divisão 64: 4.
Primeiro passo: montar a operação utilizando o método da chave.

12
Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

Segundo passo: tentar encontrar um número que multiplicado por 4 seja igual
a 64. Como essa não é uma tarefa fácil, vamos tomar somente o número 6 para
dividir com o número 4, ou seja, o algarismo da dezena. Assim, devemos determi -
nar um número inteiro que multiplicado por 4 seja igual a 6 ou que chegue o mais
próximo possível. Veja:

Terceiro passo: prosseguir a divisão descendo o algarismo da unidade, que


não foi dividido, nesse caso, o 4. Veja:

O processo chega ao fim, quando obtemos que o resto é igual a 0. Caso con -
trário, devemos continuar a divisão seguindo os mesmos procedimentos.

Jogo de sinais na divisão


Na divisão de números inteiros, devemos ficar atentos quanto aos sinais. De -
vemos lembrar-nos das propriedades dos números inteiros:

Sinal do primeiro número Sinal do segundo número Sinal do resultado


+ + +
+ - -
- + -
- - +

Exemplos

13
Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

a) (+ 55) : (+11) = +5
b) (+243) : (– 3) = – 81
Divisão com vírgula
Na divisão, há duas situações em que a vírgula pode aparecer: a primeira é
quando o quociente não é um número inteiro, e a segunda é quando o dividendo
e o divisor não são inteiros. Vejamos como resolver cada um desses casos por
meio de exemplos.

Divisão em que o quociente não é inteiro


Esse caso ocorre quando os números não são divisíveis, ou seja, o resto da di-
visão é um número diferente de zero. Para realizar a divisão, devemos seguir o
mesmo passo a passo citado anteriormente.
Entretanto, quando o resto for um número que não pode mais ser dividido,
devemos acrescentar uma vírgula no quociente e um zero na casa das unidades
do resto. Veja:
A divisão entre o número 55 e 2 não é exata, pois 55 não é par, então, vamos
realizar a divisão e encontrar o resultado seguindo o passo a passo.

Observe que o resto da divisão é diferente de zero e não é possível dividi-lo


pelo quociente. O segundo passo consiste em acrescentar uma vírgula no quoci -
ente e um zero no resto na casa da unidade.
Então:

14
Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

Veja que após acrescentar a vírgula e o número zero a operação de divisão


seguiu novamente o passo a passo.

15
Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

Divisão em que o dividendo e o divisor não são inteiros


Primeiro passo: eliminar a vírgula do dividendo e do divisor.
Para que isso possa ocorrer, deve-se andar a mesma quantidade de casas de -
cimais tanto no divisor quanto no dividendo. Isso é permitido, pois a divisão nada
mais é que uma fração em que o dividendo é o numerador e o divisor é o denomi -
nador. Dessa forma, podemos multiplicar o dividendo e o divisor por potências de
10, que é o equivalente a andar casas decimais.
Segundo passo: seguir o passo a passo apresentado anteriormente.
Exemplo:
Vamos dividir o número 0,05 por 0,2 seguindo o passo a passo.

Devemos andar 2 casas decimais para que a vírgula desapareça do dividendo,


logo devemos andar 2 casas decimais também no divisor, ou seja, vamos multipli -
car o divisor e o dividendo por 100.
0,05 ·100 = 5
0,2 ·100 = 20
Agora a divisão fica:

Para começar a fazer a divisão, devemos encontrar um número que multipli -


cado por 20 seja igual a 5, porém esse número inteiro não existe! Então, acres -
centamos 0 e uma vírgula no quociente, 0 no dividendo e prosseguimos a divisão
normalmente.
Lembrete: após o processo de colocar a vírgula no quociente, podemos colo -
car o número 0 na casa da unidade sempre que for necessário.

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Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

Anotações:
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Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

Exercícios
Exercício 1

João vai fazer uma viagem de 521 quilômetros. Para fazer a viagem com mais
segurança, ele decidiu realizá-la em duas etapas. Quantos quilômetros João
viajará por dia?

Exercício 2

(VUNESP 2020)

Uma loja trabalha com produtos que são classificados em apenas três tipos. Na
tabela, constam os preços de venda de cada tipo do produto:

No último dia útil de funcionamento, foram vendidos produtos dos três tipos,
sendo que, do total de unidades vendidas, 1/4 foi de produtos do tipo A, 2/5 foi
de produtos do tipo B, e o restante, de produtos do tipo C. Naquele dia, o preço
médio unitário de venda dos produtos vendidos foi de:

(A) R$ 11,95.

(B) R$ 12,30.

(C) R$ 12,55.

(D) R$ 13,50.

(E) R$ 13,95.

18
Operações com adição, subtração, multiplicação e divisão

Gabarito
Exercício 1

O total da viagem é de 521 quilômetros e vai ser realizado em 2 dias, para determinar a
quantidade de quilômetros que será rodado por dia devemos dividir esses números.

Portanto, João vai viajar 260,5 quilômetros por dia.

Exercício 2

Resposta: C )

Resolução:

1/4 de A ou 1/4 de 10,00 = 10,00/4 =2,50

2/5 de B ou 2/5 de 12,00 = 2/5 * 12,00 ou ( 2 * 12 )/5 = 24/5 = 4,80

A + B = 1/4 + 2/5 = ( 5 + 8)/20 = 13/20

Restou para C > 20/20 - 13/20 = ( 20 - 13 )/20 = 7/20

Vendido 7/20 de C ou 7/20 de 15,00 = ( 15 * 7 )/20 =105/20 = 5,25

Somar as medias

A = 2,50

B =4,80

C =5,25

Total = 12,55

19
Sistema de numeração decimal

Sistema de numeração decimal

MÉRITO
Apostilas 1
Sistema de numeração decimal

O sistema de numeração decimal é de base 10, ou seja utiliza 10 algarismos


(símbolos) diferentes para representar todos os números.

Formado pelos algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, é um sistema posicional, ou seja,


a posição do algarismo no número modifica o seu valor.

É o sistema de numeração que nós usamos. Ele foi concebido pelos hindus e
divulgado no ocidente pelos árabes, por isso, é também chamado de "sistema de
numeração indo-arábico".

Figura 1: Evolução do sistema de numeração decimal

Características

• Possui símbolos diferentes para representar quantidades de 1 a 9 e um


símbolo para representar a ausência de quantidade (zero).

• Como é um sistema posicional, mesmo tendo poucos símbolos, é possível


representar todos os números.

• As quantidades são agrupadas de 10 em 10, e recebem as seguintes


denominações:

10 unidades = 1 dezena

10 dezenas = 1 centena

10 centenas = 1 unidade de milhar, e assim por diante

2
Sistema de numeração decimal

Ordens e Classes

No sistema de numeração decimal cada algarismo representa uma ordem,


começando da direita para a esquerda e a cada três ordens temos uma classe.

Classe dos Classe das


Classe dos Bilhões Classe dos Milhões
Milhares Unidades Simples
12 a 11 a 10a 9a 8a 7a 6a 5a 4a 3a 2a 1a
ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem
Centenas Dezenas Unidades Centenas Dezenas Unidades Centenas Dezenas Unidades
Centenas Dezenas Unidades
de Bilhão de Bilhão de Bilhão de Milhão de Milhão de Milhão de Milhar de Milhar de Milhar

• Classe das unidades simples: da 1ª ordem até a 3ª ordem

• Classe dos milhares: da 4ª ordem até a 6ª ordem

• Classe do milhão: da 7ª ordem até a 9ª ordem

• Classe do bilhão: da 10ª ordem até a 12ª ordem

Para fazer a leitura de números muito grandes, dividimos os algarismos do número


em classes (blocos de 3 ordens), colocando um ponto para separar as classes,
começando da direita para a esquerda.

3
Sistema de numeração decimal

Exemplos

1) 57283

Primeiro, separamos os blocos de 3 algarismos da direita para a esquerda e


colocamos um ponto para separar o número: 57. 283.

No quadro acima vemos que 57 pertence a classe dos milhares e 283 a classe das
unidades simples. Assim, o número será lido como: cinquenta e sete mil, duzentos
e oitenta e três.

2) 12839696

Separando os blocos de 3 algarismos temos: 12.839.696

O número então será lido como: doze milhões, oitocentos e trinta e nove mil,
seiscentos e noventa e seis.

4
Sistema de numeração decimal

Anotações:
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5
Sistema de numeração decimal

Exercícios
Exercício 1

Considere o número 643018 e responda:

a) Qual o nome da classe que pertence o algarismo 4?

b) Qual o algarismo ocupa a ordem da dezena?

c) Quantas unidades vale o algarismo 3?

Exercício 2

2) O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que o Brasil


tenha, em 2017, 207 700 000 de habitantes. Escreva esse valor por extenso.

Exercício 3

Dado o número 137459072, indique:

a) Quantas unidades representam o algarismo 7 que está à esquerda do 4?

b) Quantas unidades representam o algarismo 7 que está à esquerda do 2?

6
Sistema de numeração decimal

Gabarito
Exercício 1

a) classe dos milhares

b) 1

c) 3.000 unidades

Exercício 2

Duzentos e sete milhões e setecentos mil habitantes.

Exercício 3

a) 7 000 000 unidades

b) 70 unidades

7
Potencialização

Potencialização

1
Potencialização

Potencialização

A potenciação ou exponenciação é a operação matemática que representa a multiplicação de


fatores iguais. Ou seja, usamos a potenciação quando um número é multiplicado por ele mesmo
várias vezes.

Para escrever um número na forma de potenciação usamos a seguinte notação:

Sendo a ≠ 0, temos:

a: Base (número que está sendo multiplicado por ele mesmo)


n: Expoente (número de vezes que o número é multiplicado)

Para melhor entender a potenciação, no caso do número 2 3 (dois elevado a terceira potência ou
dois elevado ao cubo), tem-se:

23 = 2 x 2 x 2 = 4 x 2 = 8

Sendo,

2: Base
3: Expoente
8: Potência (resultado do produto)

Exemplos de Potenciação

52: lê-se 5 elevado à segunda potência ou 5 ao quadrado, donde:

5 x 5 = 25

Logo,

A expressão 52 equivale a 25.

33: lê-se 3 elevado à terceira potência ou 3 ao cubo, donde:

3 x 3 x 3 = 27

Logo,

A expressão 33 equivale a 27.

Propriedades da Potenciação

• Toda potência com expoente igual a zero, o resultado será 1, por exemplo: 5 0=1

• Toda potência com expoente igual 1, o resultado será a própria base, por exemplo: 8 1 = 8

2
Potencialização

• Quando a base for negativa e o expoente um número ímpar, o resultado será negativo, por
exemplo: (- 3)3 = (- 3) x (- 3) x (- 3) = - 27.

• Quando a base for negativa e o expoente um número par, o resultado será positivo, por
exemplo: (- 2)2 = (- 2) x (- 2) = +4

• Quando o expoente for negativo, inverte-se a base e muda-se o sinal do expoente para
positivo, por exemplo: (2) - 4 = (1/2)4 = 1/16

• Nas frações, tanto o numerador quanto o denominador ficam elevados ao expoente, por
exemplo: (2/3)3 = (23 / 33) = 8/27

Multiplicação e Divisão de Potências

Na multiplicação das potências de bases iguais, mantém-se a base e soma-se os expoentes:

ax . ay = ax+y
52.53= 52+3= 55

Na Divisão das potências de bases iguais, mantém-se a base e subtrai-se os expoentes:

(ax) / (ay) = ax-y

(53) / (52) = 53-2 = 51

Quando a base está entre parênteses e há outro expoente fora (potência de potência), mantém -
se a base e multiplica-se os expoentes:

(ax)y = ax.y
(32)5= 32.5 = 310

Tipos de potenciação

• Base real e expoente inteiro

Quando o expoente é inteiro, significa que ele pode possuir número negativo ou positivo.

⇒ Expoente positivo: Quando a base for um número real e o expoente for positivo, obteremos a
potência efetuando o produto dos fatores. Acompanhe alguns exemplos:

2+2 = 2 . 2 = 4
0,3+3 = 0,3 . 0,3 . 0,3 = 0,027
(½ )+2 = ½ . ½ = ¼

⇒ Expoente negativo: Se o expoente é negativo, devemos fazer o inverso do número, que é


trocar numerador com denominador, para o expoente passar a ser positivo. Observe alguns
exemplos:

3
Potencialização

2-2 = 1 = 1 . 1 = 1
2+2 2 2 4

0,3 – 3 = (3)-3 = (10)+3 = 10 . 10 . 10 = 1000 = 37,037


(10)-3 (3)+3 3.3.3 27

(½ )-2 = (2/1)+2 = 2 . 2 = 4

⇒ Expoente igual a 1

Quando o expoente for igual a um positivo, a potência será o próprio número da base. Veja os
exemplos abaixo:

a1 = a
21 = 2
41 = 4
1001 = 100

⇒ Expoente igual a 0

Se o expoente for 0, a reposta referente à potência sempre será 1. Acompanhe os exemplos:

a0 = 1
10000 = 1
250 = 1

Propriedades da potenciação

As propriedades da potenciação são utilizadas para simplificar os cálculos. Há, no total, cinco
propriedades:

1. Produto de potências de mesma base: conserva a base e soma os expoentes. Exemplos:

a n . am = a n + m
2 2 . 2 3 = 22 + 3 = 25
4 5 . 4 2 = 45 + 2 = 47

2. Divisão de potências de mesma base: conserva a base e subtrai os expoentes. Exemplos:

a n : am = an = a n - m
am
5 6 : 52 = 56 = 56 – 2 = 5 4
52
92 : 93 = 92 = 92 – 3 = 9-1
93

3. Potência de potência: devemos multiplicar os expoentes. Exemplos:


4
Potencialização

(an)m = an . m
(74)2 = 74 . 2 = 78
(123)2 = 123 . 2 = 126

4. Potência de um produto: o expoente geral é expoente dos fatores. Exemplos:

(a . b)n = ( an . bn)
(4 . 5)2 = (42 . 52)
(12 . 9)3 = (123 . 93)

5. Multiplicação de potências com o mesmo expoente: conserva o expoente e multiplica as


bases. Exemplo:

an . bn = (a . b)n
42 . 62 = (4 . 6)2
73 . 43 = (7 . 4)3

5
Potencialização

Anotações:
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6
Radiciação

Radiciação

MÉRITO
Apostilas 1
Radiciação

Radiciação é a operação que realizamos quando queremos descobrir qual o


número que multiplicado por ele mesmo uma determinada quantidades de vezes
dá um valor que conhecemos.

Exemplo: Qual é o número que multiplicado por ele mesmo 3 vezes dá como
resultado 125?

Por tentativa podemos descobrir que:

5 x 5 x 5 = 125, ou seja,

Escrevendo na forma de raiz, temos:

Portanto, vimos que o 5 é o número que estamos procurando.

Símbolo da Radiciação
Para indicar a radiciação usamos a seguinte notação:

Sendo,

n é o índice do radical. Indica quantas vezes o número que estamos procuran-


do foi multiplicado por ele mesmo.

X é o radicando. Indica o resultado da multiplicação do número que estamos


procurando por ele mesmo.

Exemplos de radiciação:

(Lê-se raiz quadrada de 400)

(Lê-se raiz cúbica de 27)

(Lê-se raiz quinta de 32)

Propriedades da Radiciação
São muito úteis quando necessitamos simplificar radicais. Confira:

2
Radiciação

1ª propriedade:

Já que a radiciação é a operação inversa da potenciação, todo radical pode


ser escrito na forma de potência.

Exemplo:

2ª propriedade:

Multiplicando-se ou dividindo-se índice e expoente pelo mesmo número, a raiz


não se altera.

Exemplos:

3ª propriedade:

Na multiplicação ou divisão com radiciais de mesmo índice realiza-se a opera-


ção com os radicandos e mantém-se o índice do radical.

Exemplos:

3
Radiciação

4ª propriedade:

A potência da raiz pode ser transformada no expoente do radicando para que


a raiz seja encontrada.

Exemplo:

Quando o índice e a potência apresentam o mesmo valor: .

Exemplo:

5ª propriedade:

A raiz de uma outra raiz pode ser calculada mantendo-se o radicando e multi-
plicando-se os índices.

Exemplo:

Radiciação e Potenciação
A radiciação é a operação matemática inversa da potenciação. Desta forma,
podemos encontrar o resultado de uma raiz buscando a potenciação, que tem
como resultado a raiz proposta.

Observe:

Note que se o radicando (x) é um número real e o índice (n) da raiz é um nú -

mero natural, o resultado (a) é a raiz enésima de x se a n = x.

Exemplos:

, pois sabemos que 9 2 = 81

, pois sabemos que 10 4 = 10 000

4
Radiciação

, pois sabemos que (–2) 3 = –8

Simplificação de Radicais

Muitas vezes não sabemos de forma direta o resultado da radiciação ou o re-


sultado não é um número inteiro. Neste caso, podemos simplificar o radical.

Para fazer a simplificação devemos seguir os seguintes passos:

1. Fatorar o número em fatores primos.


2. Escrever o número na forma de potência.
3. Colocar a potência encontrada no radical e dividir por um mesmo núme-
ro o índice do radical e o expoente da potência (propriedade da radiciação).

Exemplo:Calcule

1º passo: transformar o número 243 em fatores primos

2º passo: inserir o resultado, na forma de potência, dentro da raiz

3º passo: simplificar o radical

Para simplificar, devemos dividir o índice e o expoente da potenciação por um


mesmo número. Quando isso não for possível, significa que o resultado da raiz
não é um número inteiro.

, note que ao dividir o índice por 5 o resultado é igual a 1, desta for-


ma cancelamos o radical.

5
Radiciação

Assim, .

Racionalização de Denominadores

A racionalização de denominadores consiste em transformar uma fração, que


apresenta um número irracional no denominador, em uma fração equivalente com
denominador racional.

1º caso – raiz quadrada no denominador

Neste caso, o quociente com o número irracional no denominador foi

transformado em um número racional ao utilizarmos o fator racionalizante .

2º caso – raiz com índice maior que 2 no denominador

Neste caso, o quociente com o número irracional no denominador foi

transformado em um número racional ao utilizarmos o fator racionalizante ,


cujo expoente (3) foi obtido pela subtração do índice (5) do radical pelo expoente
(2) do radicando.

3º caso – adição ou subtração de radicais no denominador

6
Radiciação

Neste caso, utilizamos o fator racionalizante para eliminar a radical


do denominador, pois .

Operações com Radicais

Soma e Subtração

Para somar ou subtrair devemos identificar se os radicais são semelhantes, ou


seja, se apresentam índice e radicando iguais.

1º caso – Radicais semelhantes

Para somar ou subtrair radicais semelhantes, devemos repetir o radical e so-


mar ou subtrair seus coeficientes.

Veja como fazer:

Exemplos:

2º caso – Radicais semelhantes após simplificação

Neste caso, devemos inicialmente simplificar os radicais para se tornarem se-


melhantes. Depois, faremos como no caso anterior.

Exemplo I:

Portanto, .

Exemplo II:

7
Radiciação

Portanto, .

3º caso – Radicais não são semelhantes

Calculamos os valores dos radicais e depois efetuamos a soma ou a subtra-


ção.

Exemplos:

(valores aproximados, pois a raiz quadrada de 5 e de 2 são números irracio-


nais)

Multiplicação e Divisão

1º caso – Radicais com mesmo índice

Repete a raiz e realiza a operação com os radicandos.

Exemplos:

2º caso – Radicais com índices diferentes

Primeiro, devemos reduzir ao mesmo índice, depois realizar a operação com


os radicandos.

Exemplo I:

8
Radiciação

Portanto, .

Exemplo II:

Portanto, .

Exercícios

Questão 1) Calcule os radicais a seguir.

a)

b)

c)

d)

Questão 2) Resolva as operações abaixo utilizando as propriedades da radici -


ação.

a)

b)

c)

d)

9
Radiciação

Gabarito

Questão 1) Resposta correta: a) 4; b) -3; c) 0 e d) 8.

a)

b)
c) a raiz do número zero é o próprio zero.

d)

Questão 2) Resposta correta: a) 6; b) 4; c) 3/4 e d) 5√5.

a) Por se tratar da multiplicação de radicais com o mesmo índice utilizamos as

propriedades

Portanto,
b) Por se tratar do cálculo da raiz de uma raiz utilizamos a propriedade

Portanto,

c) Por se tratar da raiz de uma fração utilizamos a propriedade

Portanto,
d) Por se tratar da soma e subtração de radicais semelhantes utilizamos a
propriedade

Portanto,

10
Radiciação

Anotações:
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11
Números Reais

Números Reais

MÉRITO
Apostilas 1
Números Reais

Chamamos de Números Reais o conjunto de elementos, representado pela le-


tra maiúscula R, que inclui os:

• Números Naturais (N): N = {0, 1, 2, 3, 4, 5,...}

• Números Inteiros (Z): Z= {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...}

• Números Racionais (Q): Q = {...,1/2, 3/4, –5/4...}

• Números Irracionais (I): I = {...,√2, √3,√7, 3,141592.…}

Conjunto dos Números Reais

Para representar a união dos conjuntos, utiliza-se a expressão:

R = N U Z U Q U I ou R = Q U I

Onde:

R: Números Reais

N: Números Naturais

U: União

Z: Números Inteiros

Q: Números Racionais

I: Números Irracionais

Ao observar a figura acima, podemos concluir que:

• O conjunto dos números Reais (R) engloba 4 conjuntos de números: Naturais


(N), Inteiros (Z), Racionais (Q) e Irracionais (I)

2
Números Reais

• O conjunto dos números Racionais (Q) é formado pelo conjuntos dos Núme-
ros Naturais (N) e dos Números Inteiros (Z). Por isso, todo Número Inteiro (Z)
é Racional (Q), ou seja, Z está contido em Q.

• O Conjunto dos Números Inteiros (Z) inclui os Números Naturais (N); em ou -


tras palavras, todo número natural é um número inteiro, ou seja, N está con -
tido em Z.

Operações nos números reais

A adição, a subtração, a multiplicação e a divisão são operações fechadas nos


números reais. Isto significa que:

• a soma de dois números reais é um número real;

• a diferença entre dois números reais é um número real;

• o produto entre dois números reais é um número real;

• e o quociente entre dois números reais (com o divisor diferente de zero)


também é um número real.

Reta real

A reta real é uma reta horizontal, orientada no sentido para a direita e é uma
representação gráfica dos números reais.

Marcando um ponto qualquer para indicar a origem da reta, isto é, a posição


do número zero, temos que: ao lado direita da origem estão os números maiores
que zero, isto é, os positivos, e na região esquerda da origem estão os números
negativos:

3
Números Reais

Intervalos reais

Os intervalos reais são subconjuntos da reta real, ou seja, do conjunto dos nú -


meros reais. São eles:

Intervalo fechado: [a,b]={x∈R∣a≤x≤b}:

Intervalo aberto: ]a,b[={x∈R∣a<x<b}:

Intervalo semi-aberto (ou semi-fechado): ]a,b]={x∈R∣a<x≤b}:

[a,b[={x∈R∣a≤x<b}:

Intervalos no infinito:

[a,+∞[={x∈R∣x≥a}:

]a,+∞[={x∈R∣x>a}:

]−∞,b]={x∈R∣x≤b}:

]−∞,b[={x∈R∣x<b}:

4
Números Reais

Anotações:
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Razão e Proporção

Razão e Proporção

MÉRITO
Apostilas 1
Razão e Proporção

Na matemática, a razão estabelece uma comparação entre duas grandezas, sendo


o coeficiente entre dois números.

Já a proporção é determinada pela igualdade entre duas razões, ou ainda, quando


duas razões possuem o mesmo resultado.

A razão está relacionada com a operação da divisão. Vale lembrar que duas
grandezas são proporcionais quando formam uma proporção.

Ainda que não tenhamos consciência disso, utilizamos cotidianamente os


conceitos de razão e proporção. Para preparar uma receita, por exemplo,
utilizamos certas medidas proporcionais entre os ingredientes.

Para você encontrar a razão entre duas grandezas, as unidades de medida terão de
ser as mesmas.

Exemplos

A partir das grandezas A e B temos:


A
Razão: ou A : B, onde b≠0
B

A C
Proporção: = , onde todos os coeficientes são ≠0
B D

Exemplo 1

Qual a razão entre 40 e 20?


40
=2 numa fração, o numerador é o número acima e o denominador, o de baixo.
20

Se o denominador for igual a 100, temos uma razão do tipo porcentagem, também
chamada de razão centesimal.
30
30 %= =0,30 Além disso, nas razões, o coeficiente que está localizado acima é
100
chamado de antecedente (A), enquanto o de baixo é chamado de consequente (B).
A Antecedente
=
B Consequente

2
Razão e Proporção

Propriedades da Proporção
1. O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, por exemplo:
A C
= Logo:
B D

A·D = B·C

Essa propriedade é denominada de multiplicação cruzada.

2. É possível trocar os extremos e os meios de lugar, por exemplo:


A C B C
= é equivalente = Logo,
B D D A

D. A = C . B

3
Razão e Proporção

Anotações:
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Razão e Proporção

Exercícios
Exercício 1

Calcule a razão entre os números:

a) 120:20

b) 345:15

c) 121:11

d) 2040:40

Exercício 2

Qual das proporções abaixo são iguais à razão entre 4 e 6?

a) 2 e 3

b) 2 e 4

c) 4 e 12

d) 4 e 8

5
Razão e Proporção

Gabarito
Exercício 1

Resposta: a) 6

b) 23

c) 11

d) 51

Exercício 2

Resposta: Alternativa a: 2 e 3

6
Média Aritmética Simples e Ponderada

Média Aritmética Simples e


Ponderada

MÉRITO
Apostilas 1
Média Aritmética Simples e Ponderada

A Média Aritmética de um conjunto de dados é obtida somando todos os valores


e dividindo o valor encontrado pelo número de dados desse conjunto.

É muito utilizada em estatística como uma medida de tendência central.

Pode ser simples, onde todos os valores possuem a mesma importância, ou


ponderada, quando considera pesos diferentes aos dados.

Média Aritmética Simples


Esse tipo de média funciona de forma mais adequada quando os valores são
relativamente uniformes.

Por ser sensível aos dados, nem sempre fornece os resultados mais adequados.

Isso porque todos os dados possuem a mesma importância (peso).

Fórmula

Ms: média aritmética simples


x1, x2, x3,...,xn: valores dos dados
n: número de dados

Exemplo:

Sabendo que as notas de um aluno foram: 8,2; 7,8; 10,0; 9,5; 6,7, qual a média
que ele obteve no curso?

2
Média Aritmética Simples e Ponderada

Média Aritmética Ponderada


A média aritmética ponderada é calculada multiplicando cada valor do con-
junto de dados pelo seu peso.

Depois, encontra-se a soma desses valores que será dividida pela soma dos
pesos.

Onde,

Mp: Média aritmética ponderada

p1, p2,..., pn: pesos

x1, x2,...,xn: valores dos dados

Exemplo:

Considerando as notas e os respectivos pesos de cada uma delas, indique


qual a média que o aluno obteve no curso.

Disciplina Nota Peso


Biologia 8,2 3
Filosofia 10,0 2
Física 9,5 4
Geografia 7,8 2
História 10,0 2
Língua
9,5 3
Portuguesa
Matemática 6,7 4

3
Média Aritmética Simples e Ponderada

4
Média Aritmética Simples e Ponderada

Anotações:
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5
Porcentagem

Porcentagem

MÉRITO
Apostilas 1
Porcentagem

Porcentagem, representada pelo símbolo %, é a divisão de um número qualquer


por 100. A expressão 25%, por exemplo, significa que 25 partes de um todo foram
divididas em 100 partes.

Há três formas de representar uma porcentagem: forma percentual, forma


fracionária e forma decimal. O cálculo do valor representado por uma
porcentagem geralmente é feito a partir de uma multiplicação de frações ou de
números decimais, por isso o domínio das quatro operações é fundamental para a
compreensão de como calcular corretamente uma porcentagem.

Forma percentual

A representação na forma percentual ocorre quando o número é seguido do


símbolo % (por cento).

Exemplos:

5%

0,1%

150%

Forma fracionária

Para realização de cálculos, uma das formas possíveis de representação de uma


porcentagem é a forma fracionária, que pode ser uma fração irredutível ou uma
simples fração sobre o número 100.

Exemplo:

2
Porcentagem

Forma decimal

A forma decimal é uma possibilidade de representação também. Para encontrá-la,


é necessária a realização da divisão.

Exemplo:

A forma decimal de 25% é obtida pela divisão de 25 : 100 = 0,25.

Dica:

Lembrando que a nossa base é decimal, então, ao dividir por 100, basta andar
com a vírgula duas casas para a esquerda.

Exemplos:

Forma percentual para a forma decimal:

30% = 0,30 = 0,3

5% = 0,05

152% = 1,52

Alguns exercícios pedem para fazermos o contrário, ou seja, transformar um


número decimal em porcentagem. Para isso, basta andarmos com a vírgula duas
casas para a direita (aumentando o número) e acrescentar o símbolo %.

Forma decimal para a forma percentual:

0,23 = 23%

0,111 = 11,1%

0,8 = 80%

1,74 = 174 %

3
Porcentagem

Porcentagem Razão Centesimal Número Decimal


1% 1/100 0,01
5% 5/100 0,05
10% 10/100 0,1
120% 120/100 1,2

Como Calcular a Porcentagem

Podemos utilizar diversas formas para calcular a porcentagem. Abaixo


apresentamos três formas distintas:

• regra de três

• transformação da porcentagem em fração com denominador igual a 100

• transformação da porcentagem em número decimal

Devemos escolher a forma mais adequada de acordo com o problema que


queremos resolver.

Exemplos:

1) Calcule 30% de 90

Para usar a regra de três no problema, vamos considerar que 90 corresponde ao


todo, ou seja 100%. O valor que queremos encontrar chamaremos de x. A regra de
três será expressa como:

4
Porcentagem

Para resolver usando frações, primeiro temos que transformar a porcentagem em


uma fração com denominador igual a 100:

Podemos ainda transformar a porcentagem em número decimal:

30% = 0,3

0,3 . 90 = 27

O resultado é o mesmo nas três formas, ou seja 30% de 90 corresponde a 27.

5
Porcentagem

Anotações:
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Porcentagem

Exercícios
Exercício 1

Calcule os valores abaixo:

a) 6% de 100

b) 70% de 100

c) 30% de 50

d) 20 % de 60

e) 25% de 200

f) 7,5% de 400

g) 42% de 300

h) 10% de 62,5

i) 0,1% de 350

j) 0,5% de 6000

Exercício 2

(ENEM-2013)

Para aumentar as vendas no início do ano, uma loja de departamentos remarcou os


preços de seus produtos 20% abaixo do preço original. Quando chegam ao caixa,
os clientes que possuem o cartão fidelidade da loja têm direito a um desconto
adicional de 10% sobre o valor total de suas compras.

Um cliente deseja comprar um produto que custava R$50,00 antes da remarcação


de preços. Ele não possui o cartão fidelidade da loja. Caso esse cliente possuísse o
cartão fidelidade da loja, a economia adicional que obteria ao efetuar a compra, em
reais, seria de:

a) 15,00

7
Porcentagem

b) 14,00

c) 10,00

d) 5,00

e) 4,00

Exercício 3

Em uma sala de aula há 30 alunos, dos quais 40% são meninas. Quantas meninas
têm na sala?

a) 10 meninas

b) 12 meninas

c) 15 meninas

d) 18 meninas

8
Porcentagem

Gabarito
Exercício 1

a) 6% de 100 = 6

b) 70% de 100 = 70

c) 30% de 50 = 15

d) 20 % de 60 = 12

e) 25% de 200 = 50

f) 7,5% de 400 = 30

g) 42% de 300 = 126

h) 10% de 62,5 = 6,25

i) 0,1% de 350 = 0,35

j) 0,5% de 6000 = 30

Exercício 2

Valor original do produto: R$50,00.

Preços possuem 20% de desconto.

Logo:

Aplicando o desconto no preço, temos:

50 . 0,2 = 10

O desconto inicial será de R$10,00. Calculando sobre o valor original do produto:


R$50,00 – R$10,00 = R$40,00.

Se a pessoa tiver o cartão fidelidade, o desconto será ainda maior, ou seja, o cliente
vai pagar R$40,00 com mais 10% de desconto. Assim,

9
Porcentagem

Aplicando o novo desconto:

40 . 0,1 = 4

Logo, o desconto da economia adicional para quem possui o cartão fidelidade será
de mais R$4,00.

Alternativa e: 4,00

Exercício 3

Alternativa correta: b) 12 meninas.

Utilizando a regra de três encontramos a quantidade de meninas na sala.

Portanto, em uma sala de 30 alunos há 12 meninas.

10
Equações do primeiro e segundo grau

Equações do primeiro e segundo


grau

MÉRITO
Apostilas 1
Equações do primeiro e segundo grau

Equação do Primeiro Grau


As equações de primeiro grau são sentenças matemáticas que estabelecem
relações de igualdade entre termos conhecidos e desconhecidos, representadas
sob a forma:

ax+b = 0
Donde a e b são números reais, sendo a um valor diferente de zero (a ≠ 0) e x
representa o valor desconhecido.
O valor desconhecido é chamado de incógnita que significa "termo a determinar".
As equações do 1º grau podem apresentar uma ou mais incógnitas.
As incógnitas são expressas por uma letra qualquer, sendo que as mais utilizadas
são x, y, z. Nas equações do primeiro grau, o expoente das incógnitas é sempre
igual a 1.
As igualdades 2.x = 4, 9x + 3 y = 2 e 5 = 20a + b são exemplos de equações do 1º
grau. Já as equações 3x 2+5x-3 =0, x 3+5y= 9 não são deste tipo.
O lado esquerdo de uma igualdade é chamado de 1º membro da equação e o lado
direito é chamado de 2º membro.

Como resolver uma equação de primeiro grau

O objetivo de resolver uma equação de primeiro grau é descobrir o valor


desconhecido, ou seja, encontrar o valor da incógnita que torna a igualdade
verdadeira.

Para isso, deve-se isolar os elementos desconhecidos em um dos lados do sinal de


igual e os valores constantes do outro lado.

É importante observar que a mudança de posição desses elementos deve ser feita
de forma que a igualdade continue sendo verdadeira.

Quando um termo da equação mudar de lado do sinal de igual, devemos inverter a


operação. Assim, se tiver multiplicando, passará dividindo, se tiver somando,
passará subtraindo e vice-versa.

2
Equações do primeiro e segundo grau

Exemplo

Qual o valor da incógnita x que torna a igualdade 8x - 3 = 5 verdadeira?

Solução

Para resolver a equação, devemos isolar o x. Para isso, vamos primeiro passar o 3
para o outro lado do sinal de igual. Como ele está subtraindo, passará somando.
Assim:

8x = 5 + 3

8x = 8

Agora podemos passar o 8, que está multiplicando o x, para o outro lado dividindo:

x = 8/8

x=1

Outra regra básica para o desenvolvimento das equações de primeiro grau


determina o seguinte:

Se a parte da variável ou a incógnita da equação for negativa, devemos multiplicar


todos os membros da equação por –1. Por exemplo:

– 9x = – 90 . (-1)

9x = 90

x = 10

3
Equações do primeiro e segundo grau

Equação do Segundo Grau


A equação do segundo grau recebe esse nome porque é uma equação polinomial
cujo termo de maior grau está elevado ao quadrado. Também chamada de equação
quadrática, é representada por:

ax2 + bx + c = 0
Numa equação do 2º grau, o x é a incógnita e representa um valor desconhecido.
Já as letras a, b e c são chamadas de coeficientes da equação.
Os coeficientes são números reais e o coeficiente a tem que ser diferente de zero,
pois do contrário passa a ser uma equação do 1º grau.
Resolver uma equação de segundo Grau, significa buscar valores reais de x, que
tornam a equação verdadeira. Esses valores são denominados raízes da equação.
Uma equação quadrática possui no máximo duas raízes reais.

Equações do 2º Grau Completas e Incompletas


As equações do 2º grau completas são aquelas que apresentam todos os
coeficientes, ou seja a, b e c são diferentes de zero (a, b, c ≠ 0).

Por exemplo, a equação 5x 2 + 2x + 2 = 0 é completa, pois todos os coeficientes são


diferentes de zero (a = 5, b = 2 e c = 2).
Uma equação quadrática é incompleta quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0. Por
exemplo, a equação 2x 2 = 0 é incompleta, pois a = 2, b = 0 e c = 0

Fórmula de Bhaskara
Quando uma equação do segundo grau é completa, usamos a Fórmula de Bhaskara
para encontrar as raízes da equação.

A fórmula é apresentada abaixo:

−b± √ b ²−4. a. c
x=
2. a

4
Equações do primeiro e segundo grau

Onde,

x: é uma variável chamada de incógnita

a: coeficiente quadrático

b: coeficiente linear

c: coeficiente constante

As equações do segundo grau são chamadas de "equações quadráticas", uma vez


que determinam os valores de uma equação polinomial de grau dois.

Elas são representadas pela expressão:


ax ²+bx +c=0

Nesse caso, a, b e c são números reais e a ≠ 0, por exemplo:

2x² + 3x + 5 = 0

Onde,

a=2

b=3

c=5

Observe que se o coeficiente a for igual a zero, o que temos é uma equação do
primeiro grau:

ax + b = 0

5
Equações do primeiro e segundo grau

Discriminante da Equação

A expressão dentro da raiz quadrada na fórmula de Bhaskara é chamada de


discriminante da equação e é representada pela letra grega delta ( Δ), ou seja:
Δ=b ²−4. a . c

Normalmente essa expressão é calculada separadamente, pois, de acordo com o


valor encontrado, podemos saber antecipadamente o número de raízes da
equação e se pertencem ao conjunto dos números reais.

Note que a, b e c são as constantes da equação e o valor de Delta ( Δ) pode ocorrer


de três maneiras:

• Se o valor de Δ for maior que zero ( Δ > 0), a equação terá duas raízes reais
e distintas.

• Se o valor de Δ for igual a zero ( Δ = 0), a equação apresentará uma raiz real.

• Se o valor de Δ for menor que zero

Assim, substituindo a expressão do discriminante por delta, a fórmula de Bhaskara


ficará:

−b± √ Δ
x=
2. a

6
Equações do primeiro e segundo grau

Anotações:
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Equações do primeiro e segundo grau

Exercícios
Exercício 1

Quantas e quais são as raízes da equação x² - 5x + 6 = 0?

8
Equações do primeiro e segundo grau

Gabarito
Exercício 1

O primeiro passo para resolver uma equação usando a fórmula de Bhaskara é


identificar os coeficientes da equação. Desta forma, os coeficientes na equação
são: a = + 1, b = - 5 e c = + 6.

Para saber o número de raízes, precisamos calcular o valor do delta, assim temos:

Como delta é maior que zero (Δ > 0), então a equação terá duas raízes reais e
distintas. Vamos agora aplicar a fórmula de Bhaskara para encontrar o valor das
raízes.

Assim, as duas raízes da equação são 2 e 3.

9
Relação entre grandezas

Relação entre grandezas

1
Relação entre grandezas

Relação entre grandezas

Definimos por grandeza tudo aquilo que pode ser contado e medido, como o tempo, a
velocidade, comprimento, preço, idade, temperatura entre outros. As grandezas são classificadas em:
diretamente proporcionais e inversamente proporcionais.

Grandezas diretamente proporcionais

São aquelas grandezas onde a variação de uma provoca a variação da outra numa mesma razão. Se
uma dobra a outra dobra, se uma triplica a outra triplica, se uma é dívida em duas partes iguais a
outra também é dívida à metade.

Exemplo 1

Se três cadernos custam R$ 8,00, o preço de seis cadernos custará R$ 16,00. Observe que se
dobramos o número de cadernos também dobramos o valor dos cadernos. Confira pela tabela:

Exemplo 2

Para percorrer 300 km, um carro gastou 30 litros de combustível. Nas mesmas condições, quantos
quilômetros o carro percorrerá com 60 litros? E com 120 litros?

Grandezas inversamente proporcionais

Uma grandeza é inversamente proporcional quando operações inversas são utilizadas nas grandezas.
Por exemplo, se dobramos uma das grandezas temos que dividir a outra por dois, se triplicamos uma
delas devemos dividir a outra por três e assim sucessivamente. A velocidade e o tempo são

2
Relação entre grandezas

considerados grandezas inversas, pois aumentarmos a velocidade, o tempo é reduzido, e se


diminuímos a velocidade, o tempo aumenta.

Exemplo 3

Para encher um tanque são necessárias 30 vasilhas de 6 litros cada uma. Se forem usadas vasilhas de
3 litros cada, quantas serão necessárias?

Utilizaremos 60 vasilhas, pois se a capacidade da vasilha diminui, o número de vasilhas aumenta


no intuito de encher o tanque.

As duas grandezas são muito utilizadas em situações de comparação, isto é comum no cotidiano. A
utilização da regra de três nos casos envolvendo proporcionalidade direta e inversa é de extrema im-
portância para a obtenção dos resultados.

3
Relação entre grandezas

Anotações:
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Área e volume

Área e volume

1
Área e volume

Área e volume

Na geometria, os conceitos de área e perímetro são utilizados para determinar as medidas de


alguma figura.

Área: equivale a medida da superfície de uma figura geométrica.


Perímetro: soma das medidas de todos lados de uma figura.

Geralmente, para encontrar a área de uma figura basta multiplicar a base (b) pela altura (h). Já o
perímetro é a soma dos segmentos de retas que formam a figura, chamados de lados (l).

Para encontrar esses valores é importante analisar a forma da figura. Assim, se vamos encontrar
o perímetro de um triângulo, somamos as medidas dos três lados. Se a figura for um quadrado
somamos as medidas dos quatro lados.

Na Geometria Espacial, que inclui os objetos tridimensionais, temos o conceito de áre a (área da
base, área da lateral, área total) e o de volume.

O volume é determinado pela multiplicação da altura pela largura e pelo comprimento. Note
que as figuras planas não possuem volume.

Áreas e Perímetros de Figuras Planas

Confira abaixo as fórmulas para encontrar a área e o perímetro das figuras planas.

Triângulo: figura fechada e plana formado por três lados.

Retângulo: figura fechada e plana formada por quatro lados. Dois deles são congruentes e os
outros dois também.

2
Área e volume

Quadrado: figura fechada e plana formada por quatro lados congruentes (possuem a mesma
medida).

Círculo: figura plana e fechada limitada por uma linha curva chamada de circunferência.

3
Área e volume

Atenção!

π: constante de valor 3,14


r: raio (distância entre o centro e a extremidade)

Trapézio: figura plana e fechada que possui dois lados e bases paralelas, onde uma é maior e
outra menor.

Losango: figura plana e fechada composta de quatro lados. Essa figura apresenta lados e ângulos
opostos congruentes e paralelos.

4
Área e volume

A área do paralelogramo está relacionada com a medida da superfície dessa figura plana.

Lembre-se que o paralelogramo é um quadrilátero que possui quatro lados opostos congruentes
(mesma medida). Nessa figura, os lados opostos são paralelos.

O paralelogramo é um polígono (figura plana e fechada) que possui quatro ângulos internos e
externos. A soma dos ângulos internos ou externos são de 360°.

Fórmula da Área

Para calcular a medida da área do paralelogramo multiplica-se o valor da base (b) pela altura (h).
Logo, a fórmula é:

A = b.h

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Área e volume

A área do prisma pode ser calculada pela soma de sua área lateral com as áreas das bases. O
processo de cálculo dessas áreas acaba sendo facilitado porque as duas bases de um prisma são
iguais, bastando, portanto, calcular a área de uma base e multiplicar o resultado por 2. A área lateral
do prisma é dada pela soma das áreas das faces laterais, que também costumam ser iguais ou seguir
algum padrão. Claro que isso não elimina o fato de, em alguns casos, existirem prismas que exigirão o
cálculo separado para cada uma de suas faces, mas esses casos são mais raros.

Neste artigo discutiremos alguns exemplos de cálculo de área de prismas. O texto completo a
respeito desse cálculo pode ser encontrado aqui.

(UNESP/2016) Um paralelepípedo reto-retângulo foi dividido em dois prismas por um plano que
contém as diagonais de duas faces opostas, como indica a figura.

Comparando-se o total de tinta necessária para pintar as faces externas do paralelepípedo antes
da divisão com o total necessário para pintar as faces externas dos dois prismas obtidos após a
divisão, houve um aumento aproximado de

a) 42%.

b) 36%.

c) 32%.

d) 26%.

e) 28%.

Solução:

Primeiramente calcularemos a área do prisma reto-retângulo. Observe que ele é formado por
duas faces laterais retangulares de base 3 e altura 1, por duas faces laterais de base 4 e altura 1 e por
duas bases retangulares de comprimento 4 e largura 3.

A área lateral é igual à soma das áreas das faces laterais, e a área total é a soma entre esse
resultado e a área das duas bases. Observe:

Al = 4·1 + 4·1 + 3·1 + 3·1 = 4 + 4 + 3 + 3 = 14 cm 2

Ab = 4·3 + 4·3 = 12 + 12 = 24 cm 2

A área total do prisma reto-retângulo é:

Ar = 14 + 24 = 38 cm 2
6
Área e volume

Agora calcularemos a área de um dos prismas triangulares. Como eles foram criados pela secção
sobre as diagonais das bases, eles possuem medidas congruentes e, por isso, basta encontrar a área
de um deles e multiplicar o resultado por 2. Entretanto, precisamos descobrir o comprimento dessa
diagonal. Para isso, usaremos o teorema de Pitágoras. Só é possível usá-lo porque temos a garantia de
que os ângulos entre duas arestas (exceto as introduzidas pelo corte) são retos, já que se trata de
um prisma reto-retângulo.

Tendo em vista que os outros dois lados do retângulo, base do prisma, medem 3 e 4, a sua
diagonal mede x:

x2 = 32 + 42

x2 = 9 + 16

x2 = 25

x=5

No prisma triangular, temos uma face com base 4 e altura 1, uma com base 3 e altura 1 e uma
com lado 5 e altura 1. Além disso, duas faces são bases, com “altura” 3 e “base” 4. Logo, a área lateral
e a área das bases serão:

Al = 3·1 + 4·1 + 5·1 = 3 + 4 + 5 = 12

Ab = 3·4 + 3·4 = 6 + 6 = 12
2 2

Dessa maneira, a área de um prisma triangular é:

At = 12 + 12 = 24 cm2

Como dito anteriormente, a área dos dois prismas triangulares é o produto da área de um deles
por 2.

Att = 2·24 = 48 cm 2

Para finalizar o exercício, basta calcular o percentual representado pela diferença entre as áreas
dos retângulos. A diferença é 48 – 38 = 10. A razão entre a diferença e a área é:

10/38 = 0,263158

O percentual pode ser calculado multiplicando-se essa taxa por 100. Arredondando o resultado,
teremos:

0,263158·100 = 26%

Gabarito: letra D.

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Área e volume

Anotações:
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Sistema monetário brasileiro

Sistema monetário
brasileiro

MÉRITO
Apostilas 1
Sistema monetário brasileiro

Um sistema monetário pode ser definido como uma coleção de moedas em


circulação em um país. A primeira moeda do Brasil foi uma moeda mercadoria, e
por muito tempo o comércio se deu por meio da troca de mercadorias, e isso con -
tinuou mesmo após a introdução da moeda metálica, sendo assim o início do Sis -
tema Monetário Nacional.

As primeiras moedas metálicas, como ouro, prata e cobre, surgiram com o iní-
cio da colonização portuguesa e, portanto, o Real português foi utilizado durante
todo o período colonial no Brasil.

No Brasil, a moeda vigente é o Real (R$) e o banco responsável pela adminis-


tração e produção de cédulas e notas é o Banco Central. Ele emite moeda-papel e
moeda metálica, nas condições e limites autorizados pelo Conselho Monetário Na -
cional (CMN).

A nota de R$1,00 e a moeda de 1 centavo foram retiradas de circulação.

No dia 29/07/2020 o Banco Central anunciou o lançamento da nota de 200 re -


ais, na qual já foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Figura 1: 1ª Família do Real

2
Sistema monetário brasileiro

Figura 2: 2ª Família do Real

Figura 3: Moedas

Figura 4: Cédula R$200

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Sistema monetário brasileiro

Anotações:
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Sistema monetário brasileiro

Exercícios
Exercício 1

Para pagar os R$ 7,90 que gastou em uma lanchonete, Solimar usou apenas três
tipos de moedas: de 5 centavos, de 25 centavos e de 50 centavos. Sabendo que
ela usou 8 moedas de 50 centavos e 13 de 25 centavos, então quantas moedas de
5 centavos foram necessárias para que fosse completada a quantia devida?

a) 6.

b) 7.

c) 10.

d) 11.

e) 13.

Exercício 2

Você tem um veículo em velocidade constante consome R$ 1,00 em gasolina a


cada um minuto.

Você sai para trabalhar as 14:45 e chega em seu destino às 14:55. Você vai
abastecer para repor esta gasolina gasta, mas só tem moedas de R$ 0,50.
Quantas moedas você deverá gastar com a gasolina deste percurso?

a) 5 moedas

b) 10 moedas

c) 15 moedas

d) 20 moedas

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Sistema monetário brasileiro

Gabarito
Exercício 1

Solimar deve 790 centavos. (1 real equivale a 100 centavos).

Ele usou

8 moedas de 50 centavos: 400 centavos.

13 moedas de 25 centavos: 325 centavos.

400 + 325 = 725 centavos.

Ele deve 790 – 725 = 65 centavos.

Esta diferença ele tem que pagar com moedas de 5 centavos

65 / 5 = 13 moedas de 5 centavos.

RESPOSTA DA QUESTÃO 1: LETRA E

Exercício 2

O percurso durou 10 minutos. Então você gastou R$10,00.

Como você só tem moedas de R$0,50 para pagar, você utilizará 20 moedas, pois

10/ 0,50 = 20 moedas

RESPOSTA DA QUESTÃO 2: LETRA D

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Interpretação de gráficos e tabelas

Interpretação de gráficos e tabelas

MÉRITO
Apostilas 1
Interpretação de gráficos e tabelas

Gráficos
O objetivo de um gráfico é apresentar ao leitor, de forma visual, os dados obtidos
facilitando assim a sua interpretação.

Para elaborar um gráfico, além de coletar os dados e apresentá-los de forma


organizada, é necessário indicar os elementos que compõem: título, fonte, eixos e
legenda.

A interpretação de gráficos e tabelas não trata apenas de questões matemáticas


puras, como vetores físicos e equações. Mas também para entender assuntos
diversos, como situações sociais, fatos econômicos, políticos, fenômenos naturais,
geográficos, entre outros, as possibilidades são praticamente ilimitadas.

Elementos dos gráficos

A fim de fazer uma interpretação de gráficos e tabelas de forma completa é


necessário prestar atenção em alguns elementos importantes que estão incluídos
nos gráficos, são eles:

• Título: geralmente eles possuem um título, assim como os textos, indicando a


que informação ele se refere. Dependendo eles podem vir acompanhado de
um subtítulo, que, na maioria das vezes, vai chamar a atenção para um dado
específico do gráfico ou tabela;

• Fonte: a maioria dos gráficos têm uma fonte, que diz a origem das
informações tratadas junto com o ano em que foram publicadas, essa
informação geralmente é posicionada no canto inferior direito dos gráficos e
tabelas;

• Números: são o elemento mais importante, uma vez que é por meio deles
que fazemos as comparações entre as informações dadas pelos gráficos. Eles
podem representar quantidade ou tempo (mês, ano, período);

• Legendas: elas auxiliam na leitura das informações apresentadas.


Comumente são usadas cores, a fim de destacar informações diferentes.

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Interpretação de gráficos e tabelas

Gráfico de colunas

Este é um dos tipos mais utilizados. Os valores para cada categoria são indicados
pelo eixo y (eixo vertical) e cada coluna é proporcional à sua altura, nas quais as
categorias são indicadas no eixo x (eixo horizontal).

O gráfico de colunas é utilizado quando as legendas forem curtas para que não
haja muitos espaços em branco, como pode acontecer no gráfico de barras, que
apresentaremos mais a diante.

A fim de entender o processo de interpretação de gráficos de coluna, usaremos


este exemplo a seguir:

3
Interpretação de gráficos e tabelas

Gráfico de barras

Em essência, os gráficos de barras têm a mesma função dos gráficos de colunas,


com os valores para cada categoria apresentados na posição horizontal (eixo x) e
outras informações na posição vertical (eixo y), às vezes pode acontecer deste eixo
não apresentar uma informação específica, ou “estar em branco”.

Este é utilizado para fazer comparação de dados quantitativos e é formado por


barras de mesma largura e comprimento (ou altura) variável, que dependem dos
valores que representam.

Quão mais longa (ou alta) a barra for maior quantidade ou a frequência do dado
apresentado. Com base na variação da barra é que o leitor analisa como
determinado dado está em relação aos demais.

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Interpretação de gráficos e tabelas

Gráfico de linha

O gráfico de linha é usado para apresentar a evolução de um dado ao longo do


tempo, sendo muito comum o uso dele em análises financeiras. O cardiograma é
um outro exemplo de gráfico de linha muito conhecido.

Além de poder ser usada em todas as áreas do conhecimento, uma das vantagens
deste modelo é a viabilidade de fazer análise de mais de uma tabela.

Este tipo de gráfico apresenta uma série como um conjunto de pontos conectados
por uma única linha, que pode variar entre ascendentes (crescimento), descentes
(diminuição) ou constantes de determinado fenômeno.

No eixo das ordenadas (eixo y) temos a sequência de valores de um elemento e,


geralmente, nas abscissas (eixo x) temos a variação ou intervalo de tempo (anos,
meses, dias, horas etc.) de determinado assunto ou fenômeno.

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Interpretação de gráficos e tabelas

Gráfico de pontos

O gráfico de pontos também é conhecido como Dotplot. Ele é usado quando temos
uma tabela de distribuição de frequência, que pode ser absoluta ou relativa. Este
tipo de gráfico tem a finalidade de exibir os dados das tabelas de forma resumida,
permitindo a análise das distribuições desses dados.

O gráfico acima trata da variação do uso diário de energia, que são apresentados
no eixo vertical. Enquanto o eixo horizontal traz a temperatura ambiente, em
Celcius (°C), que varia entre 0 e 25 graus.

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Interpretação de gráficos e tabelas

Gráfico de setor

Este tipo de gráfico, que também pode ser chamado de “Gráfico de Pizza”, é muito
utilizado, sobretudo, para observação de números percentuais (estatísticos).

Com ela é possível agrupar ou organizar quantitativamente dados considerados


como um total.

Ele consiste em um círculo, no qual são representadas as partes de um todo


(assunto, característica, fenômeno etc.). A circunferência é dividida em setores,
geralmente coloridas, que correspondem às partes, números ou frequência dos
dados do tema abordado, ou seja, quanto maior a frequência, maior a área do setor
circular.

Primeiramente, na interpretação do gráfico de setores precisamos procurar saber


do que o círculo se trata, ou seja, qual o fenômeno ou dado geral está sendo
representado pela circunferência toda.

A partir disso, entendemos que cada setor (pedaço ou parte) do círculo representa
uma porcentagem deste total, que neste caso está representando o número de
falantes de determinado idioma.

Além do número de casos, outra grandeza (informação) que nos é apresentada são
as cores dos setores, que representam cada idioma falado no mundo. Desse modo,
conseguimos perceber com mais precisão o volume dos dados e a diferença entre
as proporções do assunto.

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Interpretação de gráficos e tabelas

Este gráfico pode ser usado em atividades de matemática, nas quais é exigido que
seja descoberto o valor de uma porcentagem a partir do valor total. Mas, na
maioria das vezes, não lidaremos com pedações de pizza iguais, este é o desafio.

Então lembre-se, na interpretação do gráfico de pizza, o círculo representa um


valor total, que vamos chamar de “z” e cada “pedaço” uma porcentagem, que
chamaremos de “1/z”. Ou seja, a soma de todos os pedaços vai tem que ser igual ao
valor total.

Contudo desenvolver as equações a partir do entendimento dessas porções e


igualá-las ao valor total pode facilitar o seu trabalho.

Uma variante do gráfico de setores é o gráfico de rosca ou circulares. Assim como


o gráfico de pizza, este tipo de gráfico é usado para representar as partes com um
todo. O diferencial dos gráficos circulares está na possibilidade de apresentar mais
de uma série de dados.

Tabelas
Tabela simples

Ela é usada para mostrar a relação entre duas grandezas, informações ou dados,
como produto e preço. A tabela simples é formada por duas colunas e são lidas
horizontalmente, ou seja, em linhas (sentido esquerda para direita).

Período Salário mínimo necessário


2021 R$ 5.495,52
2020 R$ 4.347,61
2019 R$ 3.928,73

A fim de interpretar este gráfico é necessário, primeiramente, considerar as duas


categorias apresentadas no topo da tabela, que determinam as duas grandezas (ou
dados relacionados) dos quais estamos tratando.

A partir disso, fazemos uma relação de dependência ou de proporção entre as


duas. Na tabela apresentada anteriormente, percebemos a relação entre cada ano

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Interpretação de gráficos e tabelas

e o valor estimado pelo departamento para o valor necessário do salário mínimo


de acordo com cada ano.

Tabela dupla entrada

Ela é usada a fim de apresentar dois ou mais tipos de dado, informações ou


grandezas, como altura e peso, a respeito de um item. Para fazer a leitura de uma
tabela de dupla entrada, o eixo vertical e horizontal é considerado
simultaneamente, para que as linhas e as colunas possam ser entendidos e
relacionados de forma adequada.

Por meio do exemplo vemos como a tabela de dupla entrada é parte do nosso
cotidiano, dado que a maioria dos alimentos que compramos no mercado vem com
esta tabela com as informações nutricionais no verso.

Para interpretação deste tipo de tabela, temos primeiro a referência dada pelo
título e subtítulo. Então iremos considerar essas quantidades de acordo com a
porção de 200ml (1 unidade do produto).

A partir disso, a primeira coluna dispõe cada um dos nutrientes que compõe o
alimento, a segunda da quantidade, em gramas (g), miligramas (mg) e microgramas

9
Interpretação de gráficos e tabelas

(mcg), de cada um destes nutrientes e a última a porcentagem deles para o valor


diário (VD).

Para ler e entender cada um desses item, fazemos a leitura deles em linhas.
Relacionamos um nutriente, com sua quantidade em gramas e valor diário. E
repetimos isso para todas as demais.

No final da tabela, nos é dado uma informação extra, que podemos relacionar aos
elementos da última coluna dados pelo valor diário. E conseguimos fazer outra
inferência de todas essas informações com uma nova grandeza, que é o valor
médio de calorias da dieta de uma pessoa média adulta.

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Interpretação de gráficos e tabelas

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Interpretação de gráficos e tabelas

Exercícios
Exercício 1

ENCCEJA 2017

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Interpretação de gráficos e tabelas

Exercício 2

ENCCEJA 2017

13
Interpretação de gráficos e tabelas

Gabarito
Exercício 1

Resposta: alternativa D)

Exercício 2

Resposta: alternativa C)

14
Conhecimentos específicos

CONHECIMENTOS
ESPECÍFICOS

MÉRITO
Apostilas 1
Município Cabo Frio RJ

Município Cabo Frio RJ

1
Município Cabo Frio RJ

Cabo Frio

Cabo Frio é um município brasileiro situado na Região dos Lagos do estado do Rio de
Janeiro. Localiza-se a uma latitude 22º52'46" sul e a uma longitude 42º01'07" oeste, estando
a uma altitude de 4 metros acima do nível do mar.

É o sétimo município mais antigo do Brasil e o principal da Região dos Lagos. É muito
conhecido por suas atrações turísticas, tendo a Praia do Forte como o principal centro
turístico.

A Praia do Forte é uma das praias mais populares do Brasil. É uma praia extensa, com
areia branca e fina, e águas cristalinas. É um ótimo lugar para nadar, tomar sol, fazer
esportes aquáticos e relaxar.

Outras praias populares de Cabo Frio incluem:

 Praia das Dunas

 Praia do Peró

 Praia Brava

 Praia do Foguete

 Praia das Ostras

Cabo Frio também oferece uma variedade de outras atrações turísticas, incluindo:

 O Forte São Mateus

 O Museu da Imagem e do Som de Cabo Frio

 O Parque Municipal da Lagoinha

 O Parque das Dunas de Peró

Cabo Frio é um destino turístico popular para pessoas de todo o mundo. É uma cidade
com uma beleza natural deslumbrante, uma história rica e uma variedade de atrações
turísticas para todos os gostos.

2
1/83

LEI ORGÂNICA

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE


CABO FRIO/RJ.

Nós representantes do povo cabofriense, reunidos para instituir e manter uma comunidade
inspirada na Justiça, na Democracia, na solidariedade e no Desenvolvimento,
PROMULGAMOS, sob a proteção de DEUS e sob a luz dos princípios constitucionais da
República e do Estado do Rio de Janeiro a seguinte LEI ORGÂNICA MUNICIPAL:

TÍTULO I
DOS FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO I
DO MUNICÍPIO

Art. 1º O Município de Cabo Frio, integra a união indissolúvel da República Federativa do


Brasil e tem como fundamentos:

I - a autonomia;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo político.

Art. 2ºTodo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos da Constituição Federal, da Constituição Estadual e desta Lei
Orgânica.

Art. 3º São objetos fundamentais dos cidadãos deste Município e de seus representantes:

I - assegurar a construção de uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento local e regional;

III - contribuir para o desenvolvimento estadual nacional;

LeisMunicipais.com.br - Lei Orgânica 1/1990 (http://leismunicipa.is/simte) - Gerado em: 24/12/2023 11:15:17


2/83

IV - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais na área


urbana e na área rural;

V - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.

§ 1º são símbolos do Município bandeira, hino e brasão.

§ 2º É obrigatória a utilização na pintura das viaturas e dos próprios municipais,


Administração Direta e Indireta, as cores azul e branco, predominantes no pavilhão do
Município, proibidas simulações ou fantasias.

CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA

Cumpre ao Município, na promoção de tudo quanto respeite ao interesse local e ao


Art. 4º
bem-estar de sua população:

1 - exercer as competências, de qualquer natureza, que lhe são cometidas pela


Constituição Federal;
2 - privativamente:

I - organizar o quadro e estabelecer o regime de seus servidores;

II - dispor sobre a administração, utilização e alienação de seus bens;

III - adquirir bens, inclusive mediante desapropriação, por necessidade ou utilidade


pública, ou por interesse social;

IV - elaborar a Lei de Diretrizes Gerais de Desenvolvimento Urbano, o Plano Diretor, o


Plano de Controle de Uso, do Parcelamento e de Ocupação do Solo Urbano e o Código de
Obras;

V - regulamentar a utilização dos logradouros públicos;

VI - dispor sobre a limpeza das vias e dos logradouros públicos, remoção e destino do
lixo domiciliar e de outros resíduos;

VII - ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horário para funcionamento de


estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores de serviços e similares;

VIII - estabelecer servidões administrativas necessárias aos seus serviços;

IX - dispor sobre o serviço funerário e cemitério, encarregando-se da administração


daqueles que forem públicos e fiscalizando os pertencentes a entidades privadas;

LeisMunicipais.com.br - Lei Orgânica 1/1990 (http://leismunicipa.is/simte) - Gerado em: 24/12/2023 11:15:17


3/83

X - dispor sobre o depósito e a venda, observando o princípio da licitação, de animais e


mercadorias apreendidas em decorrência da transgressão da legislação municipal;

XI - dispor sobre cadastro, vacinação e captura de animais, com a finalidade de


preservação da saúde pública;

XII - dispor sobre competições esportivas, espetáculos e divertimentos públicos ou sobre


os realizados em locais de acesso público;

XIII - dispor sobre o comércio ambulante;

XIV - fixar as datas de feriados municipais;

XV - exercer o poder de polícia administrativa;

XVI - estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis e regulamentos;

XVII - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

XVIII - dispor sobre administração, utilização e alienação dos bens públicos;

XIX - organizar e prestar, diretamente, sob o regime de concessão ou permissão, os


serviços públicos locais, inclusive o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

XX - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de


atendimento à saúde da população, de pronto socorro com recursos próprios ou mediante
convênio com entidade especializada;

XXI - cassar a licença que houver cedido ao estabelecimento ou ao comércio ambulante


cuja atividade venha a se tornar prejudicial à saúde, à higiene, ao meio ambiente, à
segurança, ao sossego e aos bons costumes;

XXII - fiscalizar, nos locais de venda, peso, medidas e condições sanitárias dos gêneros
alimentícios, observada a legislação federal pertinente;

XXIII - regulamentar a utilização dos logradouros públicos e, especialmente no perímetro


urbano, determinar o itinerário e os pontos de parada obrigatória de veículos de transporte
coletivo;

XXIV - fixar e sinalizar as zonas de silêncio e de trânsito e tráfego em condições


especiais;

XXV - regulamentar a afixação de cartazes e anúncios bem como a utilização de


quaisquer outros meios de publicidade e propaganda, nos locais sujeitos ao Poder de Polícia
Municipal;

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XXVI - fixar os locais de estacionamento público de táxi e demais veículos.

CAPÍTULO III
DOS DISTRITOS

Art. 5º O território do Município é dividido em dois distritos que são:

I - 1º Distrito de Cabo Frio, distrito Sede;

II - 2º Distrito Tamoyo;

III - Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 9/2001)

Art. 6º São requisitos essenciais para a criação de distritos:

I - população, eleitorado e arrecadação não inferiores à quinta parte exigida para criação
de Município;

II - existência, na povoação sede, de pelo menos 100 (cem) moradias, escola Pública,
posto de saúde e posto policial.

Parágrafo Único - A comprovação do atendimento às exigências enumeradas neste


Artigo dar-se-á mediante:

a) declaração emitida pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de


estimativa de população;
b) certidão emitida pelo Tribunal Regional Eleitoral, certificando o número de eleitores;
c) certidão emitida pelo agente do Município de Estatística ou pela repartição fiscal do
Município, certificando o número de moradias;
d) certidão do órgão fazendário estadual do Município, certificando a arrecadação na
respectiva área territorial;
e) certidão emitida pela Prefeitura ou pelas Secretarias de Educação, de Saúde e de
Segurança Pública do Estado, certificando a existência de escola pública e de postos de
saúde e policial na povoação-sede;
f) plebiscito nas partes diretamente interessadas.

Art. 7º Na fixação de novas divisas distritais serão observadas as seguintes normas:

I - evitar-se-ão, tanto quanto possível, formas assimétricas, estrangulamentos e


alongamentos exagerados;

II - dar-se-á preferência, para delimitação, as linhas naturais, facilmente identificáveis;

III - na existência de linhas naturais, utilizar-se linha reta, cujos extremos, pontos naturais
ou não sejam facilmente identificáveis e tenham condições de fixidez;

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IV - é vedada a interrupção de continuidade territorial do Município ou Distrito de origem.

Parágrafo Único - As novas divisas distritais que venham a ser criadas serão descritas
trecho a trecho, salvo para evitar duplicidade, nos trechos que colidirem com os limites
municipais.

Art. 8ºA alteração de divisão administrativa do Município, somente poderá ser feita no
período de interstício nunca inferior a 4 (quatro) anos.

Parágrafo Único - A alteração não poderá ser realizada no ano das eleições municipais.

Art. 9º A instalação do Distrito se fará perante o Juiz de Direito da Comarca na sede do


Distrito.

TÍTULO II
DO LEGISLATIVO

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÃO GERAL

A Câmara Municipal, guardada a proporcionalidade com a população do Município,


Art. 10
compõe-se de 17 Vereadores.

Parágrafo Único - A população do Município será aquela existente até 31 de dezembro do


ano anterior da eleição municipal, apurada pelo órgão federal competente.

CAPÍTULO II
DOS VEREADORES

Seção I
Da Posse

Art. 11 Os Vereadores tomarão posse no dia 1º de janeiro do primeiro ano de cada


legislatura, em Sessão Solene presidida pelo Vereador mais votado pelo povo, entre os
presentes, qualquer que seja o número desses, e prestarão o compromisso de "cumprir
fielmente o mandato, guardando a Constituição e as Leis".

§ 1º Os Vereadores desincompatibilizar-se-ão para a posse.

§ 2º O Vereador que não tomar posse na data prevista neste artigo deverá fazê-lo no
prazo de quinze dias, salvo comprovado motivo de força maior.

Seção II
Do Exercício

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Art. 12 O Vereador entrará no exercício do cargo imediatamente após a posse.

Art. 13 Até dez dias após a posse o Vereador apresentará à Mesa Diretora, que
providenciará a sua publicação, declaração de bens que será renovada, anualmente, em data
coincidente com o da apresentação de declaração para fins de imposto de renda.

Art. 14 O Suplente de Vereador será convocado nos casos de:

I - vacância do cargo;

II - afastamento do cargo por prazo superior a 30 dias.

Parágrafo Único - O suplente convocado tomará posse em 10 dias e fará jus, quando em
exercício, à remuneração do mandato; ultrapassado o prazo, será convocado o suplente
seguinte.

Seção III
Da Licença

Art. 15 A licença será concedida nos seguintes casos:

I - doença comprovada;

II - gestação por cento e vinte dias, ou paternidade, pelo prazo da Lei;

III - adoção, nos termos em que a Lei dispuser;

IV - quando a serviço ou em missão de representação da Câmara Municipal.

Parágrafo Único - Não perderá o mandato, considerando-se automaticamente licenciado,


o Vereador investido no cargo de Secretário Municipal ou Diretor de órgão da Administração
Pública direta ou indireta do Município, podendo optar pela remuneração do mandato sob a
responsabilidade do Órgão que assumir.

Seção IV
Da Inviolabilidade e Dos Impedimentos

Art. 16O Vereador é inviolável por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e
na circunscrição do Município.

Art. 17 O Vereador não poderá:

I - desde a expedição do diploma:

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a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, empresa pública,
sociedade de economia mista, empresa concessionária ou permissionária de serviço público
municipal, salvo quando o contrato obedecer à cláusula uniforme;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja
demissível "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior.

II - desde a posse:

a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de


contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que seja demissível "ad nutum" nas entidades referidas no
Inciso I, a;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o
Inciso I, alínea a;
d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

CAPÍTULO III
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 18Cabe a Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, exceto quando se tratar de
emendas a Lei Orgânica, dispor sobre as matérias de competência do Município, e
especialmente:

I - legislar sobre tributos municipais, isenções, anistias fiscais, remissão de dívida e


suspensão de cobrança da dívida ativa;

II - votar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais, bem


como autorizar abertura de créditos suplementares e especiais;

III - votar a Lei de Diretrizes Gerais de Desenvolvimento Urbano, o Plano Diretor, o Plano
de Controle de Uso, do Parcelamento e de Ocupação do Solo Urbano e o Código de Obras
Municipal;

IV - deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimos e operações de créditos, bem


como a forma e os meios de pagamento;

V - autorizar subvenções;

VI - normatizar a concessão e a permissão de serviços públicos, bem como a concessão


de obras públicas;

VII - autorizar a aquisição de bens imóveis salvo quando se tratar de doação sem
encargo;

VIII - autorizar a concessão de uso de bens municipais;

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IX - autorizar a permissão de uso de bens municipais por prazo superior a 12 meses;

X - autorizar a alienação de bens móveis, vedada à doação sem encargo;

XI - autorizar consórcios com outros Municípios;

XII - atribuir denominação a próprios, vias e logradouros públicos;

XIII - estabelecer critérios para delimitação do perímetro urbano;

XIV - autorizar convênios que importem em despesas não previstas no orçamento anual
ou que impliquem em criação de entidades dotadas de personalidade jurídica de direito
público privado;

XV - criar, transformar e extinguir cargos, funções em empregos públicos, e fixar os


respectivos vencimentos, inclusive os dos seus próprios serviços;

XVI - concessão de direito real de uso de bens imóveis;

XVII - criação e estruturação de Secretarias Municipais e demais órgãos da


administração pública, bem assim a definição das respectivas atribuições;

XVIII - autorizar a alienação de bens imóveis, vedada à doação sem encargo de natureza
social.

À Câmara Municipal, cabe, exclusivamente, entre outras previstas nesta Lei Orgânica,
Art. 19
as seguintes atribuições:

I - eleger sua Mesa Diretora, bem como destituí-la na forma regimental;

II - elaborar o Regimento Interno;

III - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, conhecer de sua renúncia e afastá-los


definitivamente do exercício do cargo;

IV - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores para afastamento do


cargo;

V - organizar os seus serviços administrativos;

VI - fixar para a legislatura subseqüente, a remuneração dos Vereadores, do Prefeito e do


Vice Prefeito. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/1996)

VII - criar comissões especiais de inquérito sobre fato determinado que se inclua na
competência municipal, sempre que o requerer pelo menos um terço de seus membros;

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VIII - solicitar informações ao Prefeito sobre assuntos referentes à administração;

IX - convocar Secretários, Diretores de Órgãos da Administração Pública Direta ou


Indireta do Município, para prestarem, pessoalmente, informações sobre matéria previamente
determinada e de sua competência;

X - julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Prefeito e pela Mesa Diretora, em


noventa dias após a apresentação do parecer prévio pela Corte de Contas competente,
observando o seguinte:

a) O parecer prévio só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos Membros da
Câmara referente às contas do Prefeito e por maioria absoluta as contas da Mesa Diretora,
conforme dispuser o Regimento Interno. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
4/1995)
b) as contas do Município ficarão, durante sessenta dias, anualmente, na Câmara
Municipal, na Prefeitura, Sindicatos e nas Associações de Moradores que as requererem, para
exame e apreciação, à disposição de qualquer pessoa física ou jurídica, que poderá
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da Lei;
c) durante o período referido na alínea anterior, o Presidente da Câmara Municipal e o
Prefeito, respectivamente, designarão servidores habilitados para, em audiências públicas,
prestarem esclarecimentos;
d) publicação, em órgão oficial, do parecer da resolução que concluírem pela rejeição de
contas, que serão encaminhados ao Ministério Público, sendo o caso;

XI - proceder à tomada de contas do Prefeito, quando não apresentada no prazo legal;

XII - estabelecer normas sobre despesas estritamente necessárias com transporte,


hospedagem e alimentação individual, e respectiva prestação de contas, quanto a verbas
destinadas a Vereadores em missão de representação da Casa;

XIII - aprovar a criação e extinção de secretarias, assim como suas atribuições;

XIV - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitarem do poder


regulamentar.

CAPÍTULO IV
DA ESTRUTURA E DO FUNCIONAMENTO

Seção I
Da Presidência da Câmara Municipal

Art. 20 Cumpre ao Presidente da Câmara Municipal, dentre outras atribuições:

I - representar a Câmara Municipal em juízo ou fora dele;

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II - dirigir os trabalhos legislativos e supervisionar, na forma do Regimento Interno, os


trabalhos administrativos da Câmara Municipal;

III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;

IV - promulgar as Resoluções da Câmara Municipal, bem como as Leis, quando couber;

V - representar, por decisão da Câmara, sobre a inconstitucionalidade de Lei ou ato


municipal;

VI - providenciar a publicação das resoluções da Câmara Municipal e das Leis por ela
promulgadas bem como dos atos da Mesa Diretora;

VII - declarar extinto o mandato dos Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito, nos casos
e observados os prazos previstos nesta Lei;

VIII - manter a ordem no recinto da Câmara Municipal, podendo solicitar a força


necessária para esse fim;

IX - requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara Municipal e apresentar ao


Plenário, até dez dias antes do término de cada período legislativo, o balancete relativo aos
recursos recebidos e às despesas realizadas.

Art. 21 Nos seus impedimentos, o Presidente da Câmara Municipal será substituído,


sucessivamente, pelo Vice-Presidente, pelo Primeiro Secretário e pelo Segundo Secretário.

Parágrafo Único - Na falta de membros da Mesa Diretora, assumirá a Presidência o


Vereador que, dentre os presentes, houver sido o mais votado pelo povo.

Seção II
Da Mesa Diretora

Art. 22A Câmara Municipal reunir-se-á logo após a posse, no primeiro ano da legislatura, sob
a presidência do Vereador mais votado pelo povo, dentre os presentes, para eleição de seu
Presidente e de sua Mesa Diretora, por escrutínio com a tomada nominal de votos em aberto
e maioria simples, considerando-se automaticamente empossados os eleitos; observar-se-á o
mesmo procedimento na eleição da Mesa Diretora para o segundo biênio da legislatura.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 12/2002)

§ 1º No caso de empate, ter-se-á por eleito o mais votado pelo povo.

§ 2º Não havendo número legal, o Vereador que tiver assumido a direção dos trabalhos
permanecerá na Presidência e convocará sessões diárias até que seja eleita a Mesa Diretora.

Art. 23

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Art. 23A Mesa Diretora terá mandato de dois anos vedada à recondução para o mesmo
cargo na eleição imediatamente subseqüente.

Art. 24 Cumpre à Mesa Diretora, dentre outras atribuições:

I - elaborar e encaminhar ao Prefeito a proposta orçamentária da Câmara Municipal a ser


incluída na proposta do Município e a fazer, mediante ato, a discriminação analítica das
dotações respectivas, bem como alterá-las quando necessário, se a proposta não for
encaminhada no prazo previsto, será tomado como base o orçamento vigente para a Câmara
Municipal;

II - suplementar, mediante ato, as dotações do orçamento da Câmara Municipal,


observando o limite da autorização constante da Lei Orçamentária, desde que os recursos
para sua cobertura sejam provenientes de anulação total ou parcial de suas dotações;

III - devolver à Fazenda Municipal, até o dia 31 de dezembro, o saldo numerário que lhe
foi liberado durante o exercício para a execução do seu orçamento;

IV - enviar ao Prefeito, até o dia 1º de março, as contas do exercício anterior;

V - enviar ao Prefeito, até o dia 10 do mês seguinte, para fim de serem incorporados aos
balancetes do Município, os balancetes financeiros e suas despesas orçamentárias relativas
ao mês anterior;

VI - administrar os recursos organizacionais humanos, materiais e financeiros da Câmara


Municipal;

VII - designar Vereadores para missão de representação da Câmara Municipal.

Seção III
Das Sessões Legislativas

Art. 25A Sessão Legislativa compreenderá o período de 1º de fevereiro a 30 de dezembro,


salvo o que dispõe os parágrafos deste artigo. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
14/2005)

§ 1º No primeiro ano de cada legislatura a Sessão Legislativa compreenderá o período de


01 de janeiro a 31 de janeiro e de 03 de março a 30 de dezembro. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 14/2005)

§ 2º A Câmara Municipal reservará um período para a manifestação de representantes de


entidades civis, na forma que dispuser o Regimento Interno. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 3/1995)

Art. 26 A Câmara Municipal poderá reunir-se extraordinariamente para deliberar somente

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sobre matéria objeto da convocação.

Parágrafo Único - A sessão extraordinária será convocada pelo Presidente da Câmara


Municipal ou a requerimento da maioria de seus membros, ou pelo Prefeito, em caso de
urgência ou de interesse público relevante, e por iniciativa popular. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 3/1995)

Art. 27Durante o recesso, haverá uma comissão representativa da Câmara Municipal, eleita
na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no Regimento
Interno, e cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da
representação partidária.

Seção IV
Das Comissões

Art. 28 A Câmara Municipal terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na


forma e com as atribuições previstas no Regimento Interno ou no ato que resultar sua criação.

§ 1º Na Constituição de cada Comissão é assegurada, quando possível, a representação


proporcional dos partidos que participem da Casa.

§ 2º Será obrigatória a existência de Comissão Permanente de Constituição e Justiça


para o exame prévio, entre outras atribuições, da constitucionalidade e da legalidade de
qualquer projeto.

Art. 29 Às comissões, nas matérias de sua respectiva competência, cabe, entre outras
atribuições:

I - oferecer parecer sobre Projeto de Lei;

II - realizar audiências públicas com entidades privadas;

III - convocar Secretário Municipal, Diretor de Empresas e Autoridade equivalente para


prestarem, pessoalmente, informações sobre matéria previamente determinada e de sua
competência;

IV - receber petições, reclamações, e apresentações ou queixas de qualquer pessoa


contra atos ou omissões das autoridades da Administração Direta ou Indireta do Município,
adotando as medidas pertinentes;

V - colher o depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

VI - apreciar programa de obras, planos municipais, distritais e setoriais de


desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.

Art. 30

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Art. 30As Comissões Parlamentares de Inquérito serão criadas por ato do Presidente da
Câmara Municipal, mediante requerimento de um terço de seus membros, para apuração, por
prazo certo, de determinado fato na Administração Municipal.

§ 1º A Comissão poderá convocar pessoas e requisitar documentos de qualquer


natureza, incluídos fonográficos e audiovisuais.

§ 2º A Comissão requisitará à Presidência da Câmara Municipal o encaminhamento das


medidas judiciais adequadas a obtenção de provas que lhe forem sonegadas.

§ 3º A Comissão encerrará seus trabalhos com apresentação de relatório


circunstanciado, que será encaminhado, em dez dias, ao Presidente da Câmara Municipal
para que este:

a) dê ciência imediata ao Plenário;


b) remeta, em cinco dias, cópia de inteiro teor ao Prefeito, quando se tratar de fato
relativo ao Poder Executivo;
c) encaminhe, em cinco dias, ao Ministério Público, cópia de inteiro teor do relatório,
quando esse concluir pela existência de infração de qualquer natureza, apurável por iniciativa
daquele Órgão;
d) providencie, em cinco dias, a publicação das conclusões do relatório no Órgão Oficial,
e, sendo o caso, com a transcrição do despacho de encaminhamento do Ministério Público.

CAPÍTULO V
DO PROCESSO LEGISLATIVO

Art. 31 O processo legislativo compreende a elaboração de:

I - Emendas à Lei Orgânica Municipal;

II - Leis Ordinárias;

III - Resoluções;

IV - Decretos Legislativos;

V - Leis Complementares.

Art. 32 A Lei Orgânica do Município de Cabo Frio poderá ser emendada mediante proposta
de:

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;

II - do Prefeito Municipal;

III - da população subscrita por 5% (cinco por cento) do eleitorado do Município,

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registrado na última eleição, com respectivos dados dos títulos de eleitores.

§ 1º A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de intervenção estadual, de


estado de defesa ou estado de sítio.

§ 2º A proposta de emenda será discutida e votada em dois turnos, com intervalo de dez
dias, e considerada aprovada se obtiver, em ambos dois terços dos membros da Câmara
Municipal.

§ 3º A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa Diretora, com respectivo
número de ordem.

Art. 33 As Leis Complementares serão aprovadas pela maioria absoluta dos votos dos
membros da Câmara Municipal, observados os demais termos de votação das Leis
Ordinárias.

Parágrafo Único - São Leis Complementares, dentre outras previstas nesta Lei Orgânica:

I - Código Tributário;

II - Código de Obras;

III - Código de Postura;

IV - Código de Saneamento;

V - Lei de Diretrizes Gerais de Desenvolvimento Urbano;

VI - Plano de Controle de Uso, do Parcelamento e de Ocupação do Solo Urbano;

VII - Lei Instituidora do Regime Jurídico Único dos servidores municipais;

VIII - Lei Orgânica Instituidora da Guarda Municipal;

IX - Lei de Criação de Cargos, Funções ou Empregos Públicos;

X - Plano Diretor.

A iniciativa das Leis cabe a qualquer Vereador, à Mesa Diretora ou a qualquer


Art. 34
Comissão Permanente da Câmara Municipal, ao Prefeito e aos cidadãos.

Art. 35 São de iniciativa exclusiva da Mesa Diretora os Projetos de Lei que:

I - autorizem abertura de créditos suplementares ou especiais mediante anulação parcial


ou total de dotação da Câmara Municipal;

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II - criem, transformem ou extingam cargos dos serviços da Câmara Municipal e fixem os


respectivos vencimentos.

Parágrafo Único - Emendas que aumentem a despesa prevista somente serão admitidas
no caso do Inciso II, e desde que assinadas por dois terços, no mínimo, dos membros da
Câmara Municipal.

As Comissões Permanentes somente terão iniciativa de Projeto de Lei em matéria de


Art. 36
sua especialidade.

Art. 37 São de iniciativa exclusiva do Prefeito os Projetos de Lei que:

I - disponham sobre o plano plurianual de investimentos, as diretrizes orçamentárias e o


orçamento anual;

II - criem cargos, funções ou empregos públicos, ou aumentem vencimentos ou


vantagens dos servidores da Administração direta, autárquica, fundacional, departamentos ou
diretorias equivalentes;

III - disponham sobre o regime jurídico dos servidores, provimento de cargos,


estabilidade e aposentadoria;

IV - criação, escrituração e atribuições das secretarias, departamentos ou diretorias


equivalentes e demais órgãos da Administração Pública.

Art. 38 O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de Projetos de sua iniciativa.

§ 1º Se, no caso deste Artigo, a Câmara Municipal não se manifestar em até quarenta e
cinco dias, a proposição será incluída na Ordem do Dia, sobrestando-se deliberação quanto a
qualquer outra matéria.

§ 2º O prazo do parágrafo anterior não influi nos períodos de recesso da Câmara


Municipal.

Art. 39 A iniciativa popular de Projetos de Lei de interesse específico do Município, de seus


distritos ou bairros, dependerá da manifestação de pelo menos cinco por cento do eleitorado
interessado.

§ 1º Os Projetos de Lei serão apresentados à Câmara Municipal firmados pelos


interessados, anotados os números do título de eleitor e da zona eleitoral de cada qual.

§ 2º Os Projetos de iniciativa popular poderão ser redigidos sem observância da técnica


legislativa, bastando que definam a pretensão dos proponentes.

§ 3º O Presidente da Câmara Municipal, preenchidas as condições de admissibilidade


previstas nesta Lei, não poderá negar seguimento ao Projeto, devendo encaminhá-lo às

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Comissões competentes.

Art. 40 Todo Projeto de Lei será aprovado ou rejeitado pelo Plenário da Câmara Municipal.

Art. 41A matéria constante do Projeto de Lei rejeitado ou vetado, total ou parcialmente,
somente poderá constituir objeto de novo Projeto, no mesmo período legislativo, mediante
proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.

Art. 42 Aprovado o Projeto de Lei, o Presidente da Câmara Municipal, no prazo de dez dias
úteis, enviará o texto ao Prefeito, que aquiescendo, o sancionará.

§ 1º Se o Prefeito considerar o Projeto, no todo ou em parte, inconstitucional, ilegal ou


contrário a esta Lei ou ao interesse público, vetá-lo-á, total ou parcialmente, no prazo de
quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará os motivos do veto, dentro
de quarenta e oito horas, ao Presidente da Câmara Municipal.

§ 2º O veto parcial somente abrangerá o texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso


ou de alínea.

§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Prefeito importará em sanção.

§ 4º O Veto será apreciado pela Câmara Municipal em Sessão Plenária, dentro de trinta
dias, a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pela maioria absoluta dos
Vereadores, mediante votação nominal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
2/1995)

§ 5º Se o veto não for mantido, será o Projeto enviado ao Prefeito para promulgação.

§ 6º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no parágrafo quarto, o veto será


colocado na Ordem do Dia da Sessão imediata, sobrestadas as demais proposições até sua
votação final.

§ 7º Se o Projeto não for promulgado dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito, nos
casos dos parágrafos terceiro e quinto, o Presidente da Câmara Municipal o promulgará, e se
este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente fazê-lo.

Art. 43O Presidente da Câmara Municipal, antes de remeter às Comissões encaminhará


cópia aos Vereadores dos Projetos oriundos do Poder Executivo.

As resoluções destinam-se a regulamentar matéria que não seja objeto de Lei, nem se
Art. 44
compreenda nos limites do ato administrativo.

Art. 45Salvo disposição em contrário, às deliberações da Câmara Municipal serão tomadas


por maioria dos votos, presente a maioria de seus membros.

CAPÍTULO VI

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DO PLEBISCITO

Art. 46Mediante proposição fundamentada de dois quintos dos Vereadores ou de cinco por
cento dos eleitores inscritos no Município, será submetida a plebiscito questão relevante de
interesse local.

§ 1º Caberá a Câmara Municipal, no prazo de três meses após a aprovação da proposta,


realizar o plebiscito, nos termos que dispuser a Lei.

§ 2º Cada consulta plebiscitária admitirá até duas proposições, sendo vedada a sua
realização nos quatro meses que antecederem eleição nacional, do Estado ou do Município.

§ 3º A proposição que já tenha sido objeto de plebiscito somente poderá ser apresentada
com intervalo de dois anos.

§ 4º O resultado do plebiscito, proclamado pela Câmara Municipal, vinculará o Poder


Público.

§ 5º O Município assegurará à Câmara Municipal os recursos necessários à realização


das consultas plebiscitárias.

TÍTULO III
DO EXECUTIVO

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 47 O Prefeito exerce o Poder Executivo do Município.

Art. 48 O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos para mandato de quatro anos, devendo a
eleição realizar-se até noventa dias antes do término do mandato daqueles a quem devam
suceder.

CAPÍTULO II
DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

Seção I
Da Posse

O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse na sessão solene de instalação da Câmara


Art. 49
Municipal, após a dos Vereadores, e prestarão o compromisso de "manter, defender e cumprir
a Constituição, observar as Leis e administrar o Município visando o bem geral dos
munícipes".

§ 1º O Prefeito e o Vice-Prefeito desincompatibilizar-se-ão para a posse.

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18/83

§ 2º Se, decorridos dez dias da data fixada, o Prefeito ou o Vice-Prefeito não tomar
posse, salvo comprovado motivo de força maior, o cargo será declarado vago.

Seção II
Do Exercício

Art. 50 O Prefeito entrará no exercício do cargo imediatamente após a posse.

Até dez dias após a posse, o Prefeito e o Vice-Prefeito farão declaração de bens, que
Art. 51
serão publicadas no órgão oficial, renovando-se, anualmente, em data coincidente com a da
apresentação de declaração para fins de imposto de renda.

Art. 52 O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito em seus impedimentos e ausências e


sucederlhe-á no caso de vaga.

Parágrafo Único - Em caso de impedimento do Prefeito ou do Vice-Prefeito, ou de


vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício de chefia do
Executivo Municipal o Presidente, o Vice-Presidente e o Primeiro Secretário da Câmara
Municipal.

Art. 53Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-á eleição noventa dias depois
de aberta a última vaga.

Parágrafo Único - Ocorrendo vacância após cumpridos três quartos do mandato do


Prefeito, o Presidente da Câmara Municipal completará o período, licenciado automaticamente
da Presidência.

Seção III
Do Afastamento

Art. 54 O Prefeito ou o Vice-Prefeito comunicará à Câmara Municipal quando tiver de


ausentar-se do Município por período superior a cinco dias.

Art. 55 O Prefeito ou o Vice-Prefeito não poderá ausentar-se do Município por período


superior a quinze dias, nem do território nacional por qualquer prazo, sem prévia autorização
da Câmara Municipal, sob pena de perda do cargo.

Art. 56 A licença somente será concedida nos seguintes casos:

I - doença comprovada;

II - gestação, por cento e vinte dias, ou paternidade, pelo prazo da Lei;

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III - adoção, nos termos em que a Lei dispuser;

IV - quando a serviço ou em missão de representação do Município;

V - ao Prefeito, para repouso anual, durante trinta dias, coincidentemente com período de
recesso da Câmara Municipal.

§ 1º O Prefeito e o Vice-Prefeito farão jus à remuneração durante a licença.

§ 2º A Mesa Diretora da Câmara regularizará através do Decreto Legislativo as


conclusões referentes aos Artigos 54, 55 e 56. (Vide Decreto Legislativo nº 1/1995)

CAPÍTULO III
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

Art. 57 Compete ao Prefeito, privativamente:

I - representar o Município, sendo que em juízo por Procuradores habilitados;

II - nomear e exonerar os Secretários Municipais;

III - exercer, com o auxílio dos Secretários Municipais, a direção superior da


administração local;

IV - iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos nesta Lei;

V - sancionar, promulgar e fazer publicar as Leis, bem como expedir decretos e


regulamentos para a sua fiel execução;

VI - vetar Projetos de Lei, total ou parcialmente;

VII - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração municipal, na forma


da Lei;

VIII - firmar convênios com entidades públicas ou particulares, os termos da Lei;

IX - declarar a utilidade ou necessidade pública, ou o interesse social, de bens para fins


de desapropriação ou de servidão administrativa e sua efetivação;

X - declarar o estado de calamidade pública;

XI - expedir atos próprios da atividade administrativa;

XII - contratar terceiros para a ação de serviços públicos autorizados pela Câmara
Municipal;

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XIII - prover e desprover cargos públicos, e expedir atos referentes à situação funcional
dos servidores públicos, nos termos da Lei;

XIV - enviar à Câmara Municipal o Plano Plurianual de Investimentos, o Projeto de Lei de


Diretrizes Orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Lei, nos termos a que
se refere o Artigo 165, § 9º, da Constituição Federal;

XV - prestar, anualmente, a Câmara Municipal, dentro de sessenta dias após a abertura


do ano legislativo, as contas referentes ao exercício anterior, e remetê-las, em igual prazo, a
Corte de Contas competente;

XVI - prestar a Câmara Municipal, em trinta dias, as informações que esta solicitar;

XVII - aplicar multas previstas em Leis e contratos;

XVIII - resolver sobre os requerimentos, reclamações e representações que lhe forem


dirigidos, em matéria da competência do Executivo Municipal;

XIX - aprovar Projetos de Edificação e planos de loteamento, arruamento e zoneamento


urbano ou para fins urbanos;

XX - solicitar o auxílio da polícia do Estado, para garantia do cumprimento de seus atos;

XXI - transferir, temporária ou definitivamente, a sede da Prefeitura, nos termos da Lei;

XXII - delimitar o perímetro urbano, nos termos da Lei;

XXIII - definir o horário de carga e Descarga;

XXIV - fixar as tarifas dos serviços de transporte;

XXV - colocar à disposição da Câmara Municipal os recursos correspondentes às


dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais até o dia vinte
de cada mês;

XXVI - autorizar aplicações de recursos disponíveis, no mercado aberto, obedecido o


seguinte:

a) as aplicações far-se-ão prioritariamente em títulos da dívida pública da União ou de


responsabilidade de suas instituições financeiras, ou em outros títulos da dívida pública,
sempre por intermédio dos estabelecimentos bancários oficiais;
b) as aplicações não poderão ser realizadas em detrimento da execução orçamentária
programada e do andamento de obras ou do funcionamento de serviços públicos, nem
determinar atraso no processo de pagamento da despesa pública;
c) o resultado das aplicações será levado a conta do Tesouro Municipal.

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XXVII - Exercer outras atribuições previstas nesta Lei;

Parágrafo Único - O Prefeito poderá delegar as atribuições mencionadas nos Incisos XI,
XII, XVII, XVIII e XIX aos Secretários Municipais ou ao Procurador Geral do Município, que
observarão os limites traçados nas respectivas delegações.

Art. 58 O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem cometidas por Lei, auxiliará
o Prefeito sempre que por ele convocado para missões especiais.

TÍTULO IV
DA RESPONSABILIZAÇÃO DOS VEREADORES, DO PRESIDENTE DA CÂMARA
MUNICIPAL E DO PREFEITO

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 59 Os Vereadores, o Presidente da Câmara Municipal e o Prefeito responderão por


crimes comuns, por crimes de responsabilidade e por infrações político-administrativas.

§ 1º O Tribunal de Justiça julgará o Prefeito nos crimes comuns e nos de


responsabilidade.

§ 2º A Câmara Municipal julgará os Vereadores, o Presidente da Casa e o Prefeito nas


infrações político-administrativas.

Art. 60Lei estabelecerá as normas para o processo de cassação de mandato, observado o


seguinte:

I - iniciativa da denúncia por qualquer cidadão, Vereador local ou associação


legitimamente constituída;

II - recebimento da denúncia por maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal;

III - cassação do mandato por dois terços dos membros da Câmara Municipal;

IV - votações individuais motivadas;

V - conclusão do processo em até noventa dias, a contar do recebimento da denúncia,


findos os quais o processo será incluído na Ordem do Dia, sobrestando-se deliberação quanto
a qualquer outra matéria, ressalvadas as hipóteses que esta Lei define como de exame
preferencial.

Art. 61A ocorrência de infração político-administrativa não exclui a apuração do crime comum
ou do crime de Responsabilidade.

CAPÍTULO II

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DAS INFRAÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS DOS VEREADORES E DO PRESIDENTE


DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 62 São infrações político-administrativas dos Vereadores:

I - deixar de fazer declaração de bens, nos termos do Artigo 13;

II - deixar de prestar contas, ou tê-las rejeitadas, na hipótese do Artigo 19, XII;

III - utilizar-se do mandato para a prática do ato de corrupção ou de improbidade


administrativa;

IV - fixar residência fora do Município;

V - proceder de modo incompatível com o decoro parlamentar;

VI - quando no exercício da Presidência da Câmara Municipal, descumprir os prazos


devidos;

VII - incidir em qualquer dos impedimentos previstos no artigo 17.

Parágrafo Único - O Regimento Interno da Câmara Municipal definirá os casos de


incompatibilidade com o decoro parlamentar.

CAPÍTULO III
DAS INFRAÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS DO PREFEITO

Art. 63 São infrações político-administrativas do Prefeito:

I - deixar de fazer declaração de bens, nos termos do Artigo 51;

II - impedir o livre e regular funcionamento da Câmara Municipal;

III - impedir o exame de livros, folhas de pagamento ou documentos que devam constar
dos arquivos da Câmara Municipal, bem como a verificação de obras e serviços por
comissões de investigação da Câmara Municipal ou auditoria regularmente constituída;

IV - desatender, sem motivo justo, aos pedidos de informações da Câmara Municipal,


quando formulados de modo regular;

V - retardar a publicação ou deixar de publicar Leis e atos sujeitos a essa formalidade;

VI - deixar de enviar a Câmara Municipal, no tempo devido, os Projetos de Lei relativos


ao plano plurianual de investimentos, às diretrizes orçamentárias e ao orçamento anual;

VII - descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro;

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VIII - praticar ato contra expressa disposição de Lei, ou omitir-se na prática daqueles de
sua competência;

IX - omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do


Município, sujeitos à administração da Prefeitura;

X - ausentar-se do Município, por tempo superior ao permitido nesta Lei, sem comunicar
ou obter licença da Câmara Municipal;

XI - proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.

Parágrafo Único - Sobre o Vice-Prefeito, ou quem vier a substituir o Prefeito, incidem as


infrações político-administrativas de que trata este Artigo, sendo-lhe aplicável processo
pertinente, ainda que cessada a substituição.

CAPÍTULO IV
DA SUSPENSÃO E DA PERDA DO MANDATO

Art. 64Nos crimes comuns, nos de responsabilidade e nas infrações político-administrativas,


é facultado a Câmara Municipal, uma vez recebida à respectiva denúncia pela autoridade
competente, suspender o mandato do Vereador, do Presidente da Casa ou do Prefeito, pelo
voto de dois terços de seus membros.

Art. 65 O Vereador perderá o mandato:

I - por extinção, quando:

a) perder ou tiver suspensos os direitos políticos;


b) o decretar a Justiça Eleitoral;
c) assumir outro cargo ou função Administrativa Pública Municipal, direta ou indireta,
ressalvada a posse em virtude de concurso público;
d) renunciar.

II - por cassação, quando:

a) deixar de comparecer, em cada período legislativo, à terça parte das sessões


ordinárias da Câmara Municipal, salvo licença ou quando em missão por esta autorizada;
b) sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado;
c) incidir em infração político-administrativa, nos termos do Artigo 62.

Parágrafo Único - O Vereador terá assegurada ampla defesa, nas hipóteses do Inciso II.

Art. 66 O Prefeito perderá o mandato:

I - por extinção, quando:

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a) perder ou tiver suspensos os direitos políticos;


b) o decretar a Justiça Eleitoral;
c) sentença definitiva o condenar por crime de responsabilidade;
d) assumir outro cargo ou função na Administração Pública, Direta ou Indireta, ressalvada
a posse em virtude de concurso público;
e) renunciar.

II - por cassação, quando:

a) sentença definitiva o condenar por crime comum;


b) incidir em infração político-administrativa, nos termos do Artigo 55.

Parágrafo Único - O Prefeito terá assegurada ampla defesa, nas hipóteses do Inciso II b;

TÍTULO V
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÃO GERAL

Art. 67 Os órgãos e entidades da Administração Municipal adotarão as técnicas de


planejamento, coordenação, descentralização, desconcentração e controle.

Art. 68 Os Diretores de entidades de Administração Indireta, inclusive fundacional, farão


declaração de bens no ato da posse e no término do exercício do cargo, e terão, enquanto em
exercício, os mesmos impedimentos dos Vereadores.

Seção I
Do Planejamento

Art. 69As ações governamentais obedecerão a processo permanente de planejamento, com


o fim de integrar os objetivos institucionais dos órgãos e entidades municipais entre si, bem
como as ações da União, do Estado e regionais que se relacionem com o desenvolvimento do
Município.

Parágrafo Único - Os instrumentos de que tratam os Artigos 124 e 150, serão


determinados para o setor público, vinculando os atos administrativos de sua execução.

Seção II
Da Coordenação

A execução dos planos e programas governamentais serão objeto de permanente


Art. 70
coordenação, com o fim de assegurar eficiência na consecução dos objetivos e metas fixados.

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Seção III
Da Descentralização e da Desconcentração

Art. A execução
71 das ações governamentais poderá ser descentralizada ou
desconcentrada, para:

I - outros entes públicos ou entidades a eles vinculadas, mediante convênio;

II - órgãos subordinados da própria Administração Municipal;

III - entidades criadas mediante autorização legislativa e vinculada à administração


Municipal;

IV - empresas privadas, mediante concessão ou permissão.

§ 1º Cabe aos órgãos de direção o estabelecimento dos princípios, critérios e normas


que serão observados pelos órgãos e entidades públicos ou privados incumbidos da
execução.

§ 2º Haverá responsabilidade administrativa dos órgãos de direção quando os órgãos e


entidades de execução descumprirem os princípios, critérios e normas gerais referidos no
parágrafo anterior, comprovada a omissão dos deveres próprios da auto tutela ou da tutela
administrativa.

Seção IV
Do Controle

Art. 72 As atividades da Administração Direta e Indireta estarão sujeitas a controle interno e


externo.

§ 1º O controle interno será exercido pelos órgãos subordinados competentes,


observados os princípios da auto tutela e da tutela administrativa.

§ 2º O controle externo será exercido pelos cidadãos, individual ou coletivamente, e pela


Câmara Municipal.

Art. 73 Os poderes Legislativo e Executivo manterão, de forma integrada, o sistema de


controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos


programas de governo e dos orçamentos do Município;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da

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gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da Administração


Municipal, bem como da aplicação dos recursos públicos por entidades privadas;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres do Município;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Parágrafo Único - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de


qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência à Corte de Contas competente, sob
pena de responsabilidade solidária.

Art. 74 A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do


Município e das entidades da Administração Indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação de subvenções e renúncia de receitas próprias ou repassadas,
serão exercidas pela Câmara Municipal, mediante controle externo, e pelo sistema de controle
interno do Poder Executivo.

Parágrafo Único - Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade pública ou privada
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos, ou
pelos quais o Município responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza
pecuniária.

CAPÍTULO II
DOS RECURSOS ORGANIZACIONAIS

Seção I
Da Administração Direta

Art. 75Constituem a Administração Direta os órgãos integrantes da Prefeitura Municipal e a


ela subordinados.

Art. 76 Os órgãos subordinados da Prefeitura Municipal serão de:

I - direção e assessoramento superior;

II - assessoramento intermediário;

III - execução.

§ 1º São órgãos de direção superior, providos de correspondente assessoramentos, as


Secretarias Municipais.

§ 2º São órgãos de assessoramento intermediário aqueles que desempenhem suas


atribuições junto às Chefias dos órgãos subordinados das Secretarias Municipais.

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§ 3º São órgãos de execução aqueles incumbidos da realização dos programas e


projetos determinados pelos órgãos de direção.

Seção II
Da Administração Indireta

Art. 77 Constituem a Administração Indireta as autarquias, fundações públicas, empresas


públicas e sociedade de economia mista, criadas por Lei.

Art. 78As entidades da Administração Indireta serão vinculadas à Secretaria Municipal em


cuja área de competência enquadrar-se sua atividade institucional, sujeitando-se à
correspondente tutela administrativa.

Art. 79 As empresas públicas e as sociedades de economia mista municipais serão


prestadoras de serviços públicos ou instrumentos de atuação do Poder Público no domínio
econômico, sujeitando-se, em ambos os casos, ao regime jurídico das licitações públicas, nos
termos do Artigo 37, XXI da Constituição Federal.

Seção II
Dos Serviços Delegados

Art. 80A prestação de serviços públicos poderá ser delegada ao particular mediante
concessão ou permissão.

Parágrafo Único - Os contratos de concessão e os termos de permissão estabelecerão


condições que assegurem ao Poder Público, nos termos da Lei, a regulamentação e o
controle sobre a prestação dos serviços delegados, observado o seguinte:

I - no exercício de suas atribuições os servidores públicos investidos de poder de polícia


terão livre acesso a todos os serviços de instalações das empresas concessionárias ou
permissionárias;

II - estabelecimento de hipóteses de penalização pecuniária, de intervenção por prazo


certo e de cassação, impositiva esta em caso de contumácia no descumprimento de normas
protetoras da Saúde e do meio-ambiente.

Seção IV
Dos Organismos de Cooperação

Art. 81 São organismos de cooperação com o Poder Público os Conselhos Municipais e as


fundações e associações privadas, que realizem, sem fins lucrativos, função de utilidade
pública.

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Subseção I
Dos Conselhos Municipais

Art. 82Os Conselhos Municipais são órgãos colegiados, instituídos como auxiliares do Poder
Executivo, com a finalidade de assessorar a Administração Pública no planejamento, análise e
tomada de decisões em matéria de sua competência, vinculados às Secretarias Municipais em
razão das respectivas atribuições institucionais, nos termos da lei. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 8/2001)

Art. 83Os Conselhos Municipais serão criados mediante lei de iniciativa do Poder Executivo,
que disporá sobre o seu funcionamento, definindo-lhes, em cada caso, as atribuições,
organização, composição, forma de nomeação de titulares e suplentes e prazo do respectivo
mandato, observando o seguinte: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 8/2001)

I - composição por número definido de membros, assegurada a representação da


Administração Municipal, de entidades públicas, quando for o caso, e preferencialmente, de
segmentos representativos da sociedade civil organizada que reúnam entidades privadas de
natureza associativa ou classista, faculta, ainda, a participação de pessoas de notório saber na
matéria de competência do Conselho. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 8/2001)

II - dever, para os órgãos e entidades da Administração Municipal, de prestar as


informações técnicas e de fornecer os documentos administrativos que lhes forem solicitados.

§ 1º Os Conselhos Municipais deliberarão por maioria de votos, presente a maioria de


seus membros, incumbindo-lhes mandar publicar os respectivos atos no órgão oficial.

§ 2º A função de Conselheiro ou a participação nos Conselhos Municipais não será


remunerada, constituindo-se seu efetivo exercício relevante serviço prestado à comunidade.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 8/2001)

§ 3º O mandato dos Conselheiros será de 2 (dois) anos, admitida a recondução.


(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 8/2001)

Art. 84 As fundações e associações mencionadas no Artigo 82 terão procedência na


destinação de subvenções ou transferências à conta do orçamento municipal ou de outros
auxílios de qualquer natureza por parte do Poder Público, ficando, quando os recebam,
sujeitas à prestação de contas.

CAPÍTULO III
DOS RECURSOS HUMANOS

Seção I
Disposições Gerais

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Art. 85 Os servidores públicos constituem os recursos humanos dos Poderes Municipais,


assim entendidos os que ocupam ou desempenham cargo, função ou emprego de natureza
pública, com ou sem remuneração.

Art. 86Aos Servidores Municipais ficam assegurados, além de outros que a Lei estabelecer,
os seguintes direitos:

I - salário-mínimo;

II - irredutibilidade de salário;

III - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;

IV - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da


aposentadoria;

V - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

VI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à


do normal;

VII - salário-família para os seus dependentes;

VIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta horas
semanais, facultada a compensação de horários;

IX - incidência de gratificação adicional por tempo de serviço sobre o valor dos


vencimentos;

X - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

XI - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal;

XII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário com a duração de cento e
vinte dias;

XIII - licença-paternidade, nos termos fixados em Lei;

XIV - licença especial para os adotantes, nos termos fixados em Lei;

XV - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos


termos da Lei;

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XVI - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;

XVII - indenização em caso de acidente de trabalho, na forma da Lei;

XVIII - redução de carga horária e adicional de remuneração para as atividades penosas,


insalubres ou perigosas, na forma da Lei;

XIX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de


admissão por motivo de sexo, idade, etnia ou estado civil;

XX - o de opção, na forma da Lei, para os efeitos de contribuição mensal, tanto aos


submetidos a regime jurídico único quanto aos contratados sob o regime de legislação
Trabalhista que sejam, simultaneamente, segurados obrigatórios de mais de um Instituto de
Previdência Social sediado no Município;

XXI - redução em cinquenta por cento da carga horária de trabalho do servidor municipal,
responsável legal por portador de necessidades especiais que requeira atenção permanente;

XXII - a licença sindical fica assegurada aos servidores públicos municipais, eleitos para a
diretoria, em número proporcional ao número de representados, a proporção de 1 (um) para
cada 300 (trezentos) associados até o máximo de três por Sindicato ou Associação Municipal
de Servidores registrado no Município, e em número de 2 (dois) para confederação ou
federação em âmbito nacional e estadual e em centrais de trabalhadores a nível nacional,
resguardados os direitos e vantagens inerentes à carreira de cada um, além de:

a) remuneração integral dos vencimentos referentes ao cargo ou função durante o


mandato eletivo;
b) cálculo para efeito de inclusão na remuneração das gratificações de produção de
valores variáveis referente a media aritmética dos três meses anteriores à licença;
c) inclusão de todas as vantagens ou benefícios que vierem a ser concedidos aos cargos
ou funções;
d) o retorno ao cargo ou função e ao setor em que exercia as suas atividades;
e) contagem de tempo de serviço para concessão de gratificação adicional, para
aposentadoria e para licença especial a prêmio.

XXIII - piso salarial fixado em Lei, proporcional a extensão e complexidade do trabalho na


função;

XXIV - plano de carreira, a ser elaborada com a participação do funcionalismo municipal,


através de suas entidades representativas;

XXV - o servidor público só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em


julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.

XXVI - invalidada por sentença judicial e demissão do servidor estável, será ele

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reintegrado, e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito à


indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade;

XXVII - ocorrendo extinção do cargo, o funcionário estável ficará em disponibilidade


remunerada, com vencimentos e vantagens integrais, pelo prazo máximo de um ano, até seu
aproveitamento obrigatório em função equivalente no serviço público.

Art. 87 O pagamento dos Servidores do Município será feito, impreterivelmente, até o 5º


(quinto) dia útil de cada mês, sendo obrigatória à inserção do prazo no calendário anual de
pagamento dos Servidores Municipais.

Art. 88 O desconto em folha de pagamento, pelos órgãos competentes da Administração


Pública, é obrigatório em favor de entidade de classe, sem fins lucrativos, devidamente
constituída e registrada, desde que regular e expressamente autorizada pelo associado.

Fica fixado em cinco dias, após o pagamento dos servidores, o prazo para o repasse
Art. 89
dos descontos previdenciários e das entidades representativas.

O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos na Lei
Art. 90
Complementar Federal.

Art. 91 Ao Servidor Municipal em exercício de mandato eletivo aplicam-se as seguintes


disposições:

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu


cargo, emprego ou função;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-


lhe facultado optar pela remuneração;

III - investido no mandato de Vereador ou Juiz de Paz, havendo compatibilidade de


horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo e, não havendo compatibilidade, aplicar-se-á a norma do Inciso
anterior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento;

V - para efeito de benefício previdenciários, no caso de afastamento, os valores serão


determinados como se no exercício estivesse.

Art. 92 O Servidor será aposentado:

I - por invalidez permanente, com os proventos integrais, quando decorrentes de acidente


em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em

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Lei, e proporcionais nos demais casos;

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo


de serviço;

III - voluntariamente:

a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com proventos
integrais;
b) aos trinta anos de efetivo exercício em função de magistério, se professor, assim
considerado especialista em educação, e vinte e cinco, se professora, nas mesmas condições,
com proventos integrais;
c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco anos, se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço.

§ 1º Serão observadas as exceções ao disposto no Inciso III, a e c, no caso de exercício


de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas, bem como as disposições
sobre a aposentadoria em cargos ou empregos temporários, na forma prevista na Legislação
Federal.

§ 2º É assegurada, para efeito de aposentadoria, a contagem recíproca do tempo de


serviço nas atividades públicas e privadas, inclusive do tempo de trabalho comprovadamente
exercido na qualidade de autônomo, fazendo-se compensação financeira, segundo os critérios
estabelecidos em Lei.

§ 3º Na incorporação de vantagens ao vencimento ou provento do servidor, decorrentes


do exercício de cargo em comissão ou função gratificada, será computado o tempo de serviço
prestado ao Município nesta condição, considerados, na forma da Lei, exclusivamente os
valores que lhes correspondam na administração Direta Municipal.

§ 4º Os proventos de aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma


data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também
estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos
servidores em atividade inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do
cargo ou função em que se deu a aposentadoria.

§ 5º O valor incorporado a qualquer título pelo servidor ativo ou inativo, como direito
pessoal, pelo exercício de função de confiança ou de mandato, será revisto na mesma
proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração do cargo que lhe deu
causa.

§ 6º Na hipótese de extinção do cargo que deu origem à incorporação de que trata o


parágrafo anterior, o valor incorporado pelo servidor será fixado de acordo com a
remuneração de cargo correspondente.

§ 7º Aos servidores referidos no parágrafo anterior é garantida a irredutibilidade de seus

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proventos, ainda que na nova função em que venha a ser aproveitado, a remuneração seja
inferior à recebida a título de seguro-reabilitação.

§ 8º Considera-se como proventos de aposentadoria o valor resultante da soma de todas


as parcelas a eles incorporadas pelo Poder Público.

Art. 93 Para fins desta Lei considera-se:

I - servidor público civil aquele que ocupa cargo de provimento efetivo, na Administração
Direta ou nas autarquias e fundações de direito público, bem assim na Câmara Municipal;

II - empregado público aquele que mantém vínculo empregatício com empresas públicas
ou sociedades de economia mista, quer sejam prestadoras de serviços públicos ou
instrumentos de atuação no domínio econômico;

III - servidor público temporário aquele que exerce cargo ou função em confiança, ou que
haja sido contratado na forma do Artigo 37, IX, da Constituição Federal, na administração
direta ou nas autarquias e fundações de direito público, bem assim na Câmara Municipal.

Art. 94A cessão de servidores públicos civis e de empregados públicos entre órgãos da
Administração Direta, as entidades da Administração Indireta e da Câmara Municipal,
somente será deferida sem ônus para o cedente, que, imediatamente suspenderá o
pagamento da remuneração do cedido.

Parágrafo Único - O Presidente da Câmara Municipal ou o Prefeito poderá autorizar a


cessão sem ônus para o cessionário, em caráter excepcional, diante de solicitação
fundamentada dos órgãos e entidades interessadas.

Art. 95 Os nomeados para cargo ou função em confiança farão, antes da investidura,


declaração de bens, que será publicada no órgão oficial, e as renovarão, anualmente, em data
coincidente com a da apresentação de declaração para fins de imposto de renda.

Seção II
Da Investidura

Em qualquer dos Poderes, e, bem assim, nas entidades da Administração Indireta, a


Art. 96
nomeação para cargos ou funções de confiança, ressalvada a de Secretário Municipal,
observará o seguinte:

I - formação técnica, quando as atribuições a serem exercidas pressuponham


conhecimento específico que a Lei cometa, privativamente, a determinada categoria
profissional;

II - exercício preferencial por servidores civis;

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III - vedação do exercício de função gratificada ou cargo em comissão por cônjuge, de


direito ou de fato, ascendentes, descendentes, ou colaterais, consangüíneos ou afins, até
segundo grau, em relação ao Presidente da Câmara Municipal e ao Prefeito.

Art. 97 A investidura dos servidores públicos civis e dos empregados públicos, de qualquer
dos Poderes Municipais, depende de aprovação prévia em concurso público ou de provas e
títulos.

Art. 98 Os regulamentos de concursos públicos observarão o seguinte:

I - participação, na organização e nas bancas examinadoras, de representantes do


Conselho Seccional regulamentador do exercício profissional, quando for exigido
conhecimento técnico dessa profissão;

II - fixação de limites mínimos de idade, segundo a natureza dos serviços e as atribuições


do cargo ou emprego;

III - previsão de exames de saúde e de testes de capacitação física necessária ao


atendimento das exigências para o desempenho das atribuições do cargo ou emprego;

IV - estabelecimento de critérios objetivos da aferição de provas e títulos, quando


possível, bem como para desempate;

V - correção de provas sem identificação dos candidatos;

VI - divulgação, concomitantemente com o resultado, dos gabaritos das provas objetivas;

VII - direito de revisão de prova quanto a erro material, por meio de recurso em prazo não
inferior a cinco dias, a contar da publicação dos resultados;

VIII - estabelecimento de critérios objetivos para apuração da idoneidade e da conduta


pública de candidato, assegurada ampla defesa;

IX - vinculação da nomeação dos aprovados à ordem classificatória;

X - vedação de:

a) fixação de limite máximo de idade;


b) verificações concernentes à intimidade e à liberdade de consciência e de crença,
inclusive política e ideológica;
c) sigilo na prestação de informações sobre a idoneidade e conduta pública de candidato,
tanto no que respeita à identidade do informante como aos fatos de pessoas que referir;
d) prova oral eliminatória.

Parágrafo Único - A participação de que trata o Inciso I será dispensada se, em dez dias,
o Conselho Seccional não se fizer representar, por titular e suplente, prosseguindo-se no

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concurso.

Art. 99O tempo de serviço público federal, estadual e municipal é computado integralmente
para efeitos de aposentadoria e disponibilidade.

Art. 100 A Lei reservará percentual de Cargos e Empregos públicos para pessoas portadores
de deficiências e, definirá os critérios de sua admissão.

Seção III
Da Responsabilização Dos Servidores Públicos

Art. 101 O Procurador Geral do Município, ou o seu equivalente, é obrigado a propor a


competente ação regressiva em face do servidor público de qualquer categoria, declarado
culpado por haver causado a terceiro, lesão de direito que a Fazenda Municipal seja obrigada
judicialmente, a reparar, ainda que em decorrência de sentença homologatória de transição ou
de acordo administrativo.

Art. 102O prazo para ajuizamento da ação regressiva será de trinta dias a partir da data em
que o Procurador Geral do Município, ou o seu equivalente, for cientificado de que a Fazenda
Municipal efetuou o pagamento do valor resultante da decisão judicial ou do acordo
administrativo.

Art. 103 O descumprimento, por ação ou omissão, ao disposto nos Artigos anteriores desta
Seção, apurado em processo regular, implicará solidariedade na obrigação de ressarcimento
ao erário.

A cassação, por qualquer forma, do exercício da função pública, não exclui o servidor
Art. 104
da responsabilidade perante a Fazenda Municipal.

A Fazenda Municipal, na liquidação do que for devido pelo servidor público civil ou
Art. 105
empregado público, poderá optar pelo desconto em folha de pagamento, o qual não excederá
de uma quinta parte do valor da remuneração do servidor.

Parágrafo Único - O agente público fazendário que autorizar o pagamento da indenização


dará ciência do ato, em dez dias, ao Procurador Geral do Município, ou a seu equivalente, sob
pena de responsabilidade solidária.

CAPÍTULO IV
DOS RECURSOS MATERIAIS

Seção I
Disposições Gerais

Art. 106 Constituem recursos materiais do Município seus direitos e bens de qualquer

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natureza.

Cabe ao Poder Executivo a administração dos bens municipais, ressalvada a


Art. 107
competência da Câmara Municipal quanto àqueles utilizados em seus serviços.

Art. 108 Todos os bens municipais deverão ser cadastrados, com a identificação respectiva.

Art. 109 Os bens públicos municipais são imprescritíveis, impenhoráveis, inalienáveis e


inoneráveis, admitidas às exceções que a Lei estabelecer para os bens do patrimônio
disponível.

Parágrafo Único - Os bens públicos tornar-se-ão indisponíveis ou disponíveis por meio,


respectivamente, de afetação ou desafetação, nos termos da Lei.

A alienação de bens do Município, de suas autarquias e fundações por ele mantidas,


Art. 110
subordinadas à existência de interesse público expressamente justificado, será sempre
precedido de avaliação e observará o seguinte:

I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência, sendo a


concorrência dispensável nos seguintes casos:

a) dação em pagamento;
b) permuta.

II - quando móveis, dependerá de licitação, esta dispensável nos seguintes casos:

a) doação, permitida exclusivamente para fins de interesse social;


b) permuta;
c) venda de ações, que possam ser negociadas em bolsa, ou de títulos na forma da
legislação pertinente.

§ 1º A administração concederá direito real de uso referentemente à venda de bens


imóveis.

§ 2º Entende-se por investidura a alienação, aos proprietários de imóveis lindeiros, por


preço nunca inferior ao da avaliação, de área remanescente ou resultante da obra pública e
que se haja tornado inaproveitável, isoladamente, para fim de interesse público.

§ 3º A doação com encargo poderá ser objeto de licitação e de seu instrumento constarão
os encargos, o prazo de cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de nulidade.

Seção II
Dos Bens Imóveis

Art. 111 Conforme sua destinação, os imóveis do Município são de uso comum do povo, de

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uso especial, ou dominicais.

Art. 112 A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, depende de prévia autorização
legislativa, que especificará sua destinação.

Admitir-se-á o uso de bens imóveis municipais por terceiros, mediante concessão,


Art. 113
cessão ou permissão.

§ 1º A concessão de uso terá o caráter de direito real resolúvel e será outorgada


gratuitamente, ou após concorrência, mediante remuneração ou imposição de encargos, por
tempo certo ou indeterminado, para os fins específicos de urbanização, industrialização,
edificação, cultivo da terra ou outra utilização de interesse social, devendo o contrato ou termo
ser levado ao registro imobiliário competente; será dispensável a concorrência se a
concessão for destinada à pessoa jurídica de direito público interno ou entidade da
administração indireta, exceto, quanto a esta se houver empresa privada apta a realizar a
mesma finalidade, hipótese em que todas ficarão sujeitas à concorrência.

§ 2º É facultada ao Poder Executivo a cessão de uso gratuitamente, ou mediante


remuneração ou imposição de encargos, de imóvel municipal à pessoa jurídica de direito
público interno, à entidade da Administração Indireta ou, pelo prazo máximo de dez anos, à
pessoa jurídica de direito privado cujo fim consista em atividade não lucrativa de relevante
interesse social.

§ 3º É facultada ao Poder Executivo a permissão de uso de imóvel municipal, a título


precário, vedada a prorrogação por mais de uma vez, revogável à qualquer tempo,
gratuitamente ou mediante remuneração ou imposição de encargos, para o fim de exploração
lucrativa de serviços de utilização pública em área ou dependência pré-determinado e sob
condições prefixadas.

Art. 114Serão cláusulas necessárias do contrato ou do termo de concessão, cessão ou


permissão de uso as de que:

I - a construção ou benfeitoria realizada no imóvel incorpora-se a este, tornando-se


propriedade pública, sem direito à retenção ou indenização;

II - a par da satisfação da remuneração ou dos encargos específicos, incumbe ao


concessionário, cessionário ou permissionário manter o imóvel em condições adequadas à
sua destinação, assim devendo restituí-lo.

Art. 115 A concessão, a cessão ou permissão de uso de imóvel municipal vincular-se-á a


atividade institucional do concessionário, do cessionário ou do permissionário, constituindo o
desvio de finalidade causa necessária de extinção, independentemente de qualquer outra.

Art. 116A utilização do imóvel municipal por servidor será efetuada sob o regime de
permissão de uso, cobrada a respectiva remuneração por meio de desconto em folha.

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§ 1º O servidor será responsável pela guarda do imóvel e responderá por falta disciplinar
grave na via administrativa se lhe der destino diverso daquele previsto no ato de permissão.

§ 2º Revogada a permissão de uso ou implementado seu termo, o servidor desocupará o


imóvel.

Seção III
Dos Bens Móveis

Art. 117 Aplica-se à cessão de uso de bens móveis municipais as regras do Artigo 114, II.

Art. 118 Admitir-se-á a permissão de uso de bens móveis municipais, a benefício de


particulares, para realização de serviços específicos e transitórios, desde que não haja outros
meios disponíveis locais e sem prejuízo para as atividades do Município, recolhendo o
interessado, previamente, a remuneração arbitrada e assinado termo de responsabilidade
pela conservação e devolução dos bens utilizados.

CAPÍTULO V
DOS RECURSOS FINANCEIROS

Seção I
Disposições Gerais

Art. 119 Constituem recursos financeiros do Município:

I - a receita tributária própria;

II - a receita tributária originária da União e do Estado, entregue consoante o disposto nos


Artigos 158 e 159 da Constituição Federal;

III - as multas arrecadadas pelo exercício do poder de polícia;

IV - as rendas provenientes de concessões, cessões ou permissões instituídas sobre


seus bens;

V - o produto da alienação de bens dominicais na forma desta Lei Orgânica;

VI - as doações e legados, com ou sem encargos, desde que aceitos pelo Prefeito;

VII - outros ingressos de definição legal e, eventuais.

Art. 120 O exercício financeiro abrange as operações relativas às despesas e receitas


autorizadas por Lei, dentro do respectivo ano financeiro, bem como todas as variações
verificadas no patrimônio municipal, decorrentes da execução do orçamento.

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Art. 121 A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de


cargos ou a alteração da estrutura de carreira, bem como a admissão de pessoal, a qualquer
título, pelos órgãos e entidades da Administração Direta ou Indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas se houver prévia dotação
orçamentária suficiente para atender às projeções de despesas de pessoal e aos acréscimos
delas decorrentes.

Seção II
Dos Tributos Municipais

Art. 122 O poder impositivo do Município sujeita-se às regras e limitações estabelecidas na


Constituição Federal, na Constituição Estadual e nesta Lei, sem prejuízo de outras garantias
que a legislação tributária assegure ao contribuinte.

§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo
a capacidade econômica do contribuinte, facultado à Administração Tributária, especialmente
para conferir efetividade a esse objetivo, identificar, respeitados os direitos individuais e nos
termos da Lei, o Patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

§ 2º Só Lei específica poderá conceder anistia ou remissão fiscal.

§ 3º É vedado:

I - conceder isenção de taxas de contribuições de melhoria;

II - conceder parcelamento para pagamento de débitos fiscais, em prazo superior a 18


meses, na via administrativa ou na judicial.

Art. 123 O Município poderá instituir os seguintes tributos:

I - Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU);

II - Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens
imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de
garantia, bem como a cessão de direitos à sua aquisição (ITBI);

III - Imposto Sobre Vendas a Varejo de Combustíveis Líquidos e Gasosos, exceto óleo
diesel (IVVC), sob qualquer forma ou acondicionamento;

IV - Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza (ISS), definidos em Lei Complementar;

V - Taxas, em razão do exercício regular do poder de polícia, ou pela utilização, efetiva ou


potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à
sua disposição;

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VI - Contribuição de Melhoria, decorrente de obras públicas.

§ 1º O imposto de transmissão não incide sobre a transmissão de bens e direitos


incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a
transmissão de bens e direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de
pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a
compra e venda desses bens ou direitos, a locação de bens imóveis ou o arrendamento
mercantil de imóveis.

§ 2º Considera-se caracterizada a atividade preponderante quando mais de cinquenta


por cento da receita operacional da pessoa jurídica adquirente nos dois anos anteriores e nos
dois anos subseqüentes à aquisição, decorrer de compra e venda de bens imóveis ou de
direitos a ele relativos, de locação ou arrendamento mercantil de imóveis.

§ 3º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou menos


de dois anos antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no parágrafo anterior levando
em conta os três primeiros anos seguintes à data da aquisição.

§ 4º Verificada a preponderância, tornar-se-á devido o imposto, nos termos da Lei vigente


na data da aquisição sobre o valor do bem ou direito naquela data.

§ 5º O imposto de transmissão não incidirá na desapropriação de imóveis, nem no seu


retorno ao antigo proprietário por não mais atender à finalidade da desapropriação.

§ 6º Para fins de incidência sobre Vendas a Varejo de Combustíveis Líquidos ou


Gasosos, considera-se "venda a varejo" a realizada a consumidor final.

§ 7º As taxas não poderão ter base de cálculo próprio de impostos, nem serão graduadas
em função do valor financeiro ou econômico do bem, direito ou interesse do contribuinte.

§ 8º A taxa de localização será cobrada, inicialmente, quando a expedição do


correspondente alvará e, posteriormente, por ocasião da primeira fiscalização efetivamente
realizada em cada exercício.

§ 9º Qualquer interrupção na prestação de serviços públicos municipais, salvo relevante


motivo de interesse público, desobrigará o contribuinte de pagar as taxas ou tarifas,
correspondentes ao período da interrupção, cujo valor será deduzido diretamente da conta
que lhe apresentar o órgão ou entidade prestador do serviço.

§ 10 O produto da arrecadação das taxas e das contribuições, de melhoria destina-se,


exclusivamente, ao custeio dos serviços e atividades ou das obras públicas que lhes dão
fundamento.

§ 11 Lei Municipal poderá instituir Unidade Fiscal Municipal para efeito de atualização
monetária dos créditos fiscais do Município.

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§ 12 O Município divulgará, até o último dia do mês subseqüente ao da arrecadação, em


jornal local os montantes de cada um dos tributos arrecadados, bem como os recursos
recebidos, os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão monetária dos
critérios de rateio, sendo obrigatório o envio de cópia à Câmara Municipal.

§ 13 A devolução de tributos indevidamente pagos, ou pagos a maior, será feita pelo seu
valor corrigido até sua efetivação.

§ 14 O Município dispensará à microempresa e a empresa de pequeno porte assim


definidas em Lei Federal, tratamento jurídico diferenciado, visando incentivá-las pela
simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias ou
pela eliminação ou redução destas, por meio de Lei.

§ 15 Diariamente, será afixado por Edital, em local público da Secretaria Municipal de


Fazenda, o movimento de Caixa, do dia anterior.

Seção III
Dos Orçamentos

Art. 124 Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - o plano plurianual de investimentos;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anuais.

§ 1º A Lei que instituir o plano plurianual de investimentos, estabelecerá as diretrizes,


objetivos e as metas para a Administração, prevendo as despesas de capital e outras dela
decorrentes, bem como as relativas aos programas de duração continuada.

§ 2º A Lei de diretrizes orçamentárias definirá as metas e prioridades para a


Administração, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente.

§ 3º O Poder Executivo providenciará a publicação, até trinta dias após o encerramento


de cada bimestre, de relatório resumido da execução orçamentária.

§ 4º A Lei Orçamentária anual compreenderá:

a) o orçamento fiscal, referente aos Poderes Municipais, seus fundos, órgãos e entidades
da Administração Direta e Indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo Poder
Público;
b) o orçamento de investimentos das empresas em que o Município, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

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c) o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela


vinculados, da Administração Direta ou Indireta, bem como os fundos e fundações instituídos
ou mantidos pelo Poder Público.

§ 5º O Projeto de Lei Orçamentária será acompanhado de demonstrativo do efeito, sobre


as receitas e despesas, decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios
de natureza financeira tributária e creditícia.

§ 6º O Projeto de Lei Orçamentária será acompanhado de uma relação com os nomes,


cargos e salários de todos aqueles que, sob qualquer forma, recebam do erário municipal.

§ 7º A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à


fixação de despesas, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratações de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receitas, nos termos da Lei.

§ 8º Fica determinado em trinta por cento (30%) do Orçamento, o limite máximo de


autorização prévia no que concerne à abertura de créditos suplementares mediante
transposição, remanejamento ou transferência de recursos de uma categoria de programação
para outra ou de um órgão para outro, com a finalidade de atender insuficiência nas dotações
orçamentárias. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 16/2006)

§ 9º Aplicam-se os mesmos critérios aos atos de abertura de créditos relativos à


Administração Indireta e Fundacional e aos Fundos Municipais criados na forma da lei.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 16/2006)

Art. 125A Lei orçamentária será encaminhada à Câmara Municipal até o dia trinta de
setembro impreterivelmente.

Art. 126 São vedados:

I - o início de programa ou projeto não incluído na Lei Orçamentária Anual;

II - a realização de despesa ou a assunção de obrigações diretas que excedam os


créditos orçamentários ou adicionais;

III - a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de


capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais, com
finalidade precisa, aprovadas pela maioria absoluta da Câmara Municipal;

IV - a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundo ou despesa, ressalvadas as


exceções previstas na Constituição Federal e na Constituição do Estado do Rio de Janeiro;

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e


sem indicação dos recursos correspondentes;

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VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de


programação para outra, ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, dos recursos dos orçamentos
fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações
e fundos;

IX - a instituição de fundos, de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.

§ 1º Nenhum investimento, cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, poderá ser


iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem Lei que autorize a inclusão.

§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que


forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao
orçamento do exercício financeiro subseqüente.

§ 3º A abertura de créditos extraordinários somente será admitida para atender a


despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de comoção interna ou calamidade
pública.

Art. 127 Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos


suplementares especiais, destinados aos órgãos do Poder Legislativo, ser-lhes-ão entregues
até o dia vinte de cada mês, na forma da Lei Complementar Federal.

CAPÍTULO VI
DOS ATOS MUNICIPAIS DOS CONTRATOS PÚBLICOS E DO PROCESSO
ADMINISTRATIVO

Seção I
Dos Atos Municipais Subseção i Disposições Gerais

Art. 128 Os órgãos de qualquer dos Poderes Municipais obedecerão aos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.

Art. 129A explicitação das razões de fato e de direito será condição de validade dos atos
administrativos expedidos pelos órgãos da Administração Direta, autárquica e fundacional dos
Poderes Municipais, excetuados aqueles cuja motivação a Lei reserva a discricionariedade da
autoridade administrativa, que todavia, fica vinculada aos motivos, na hipótese de os anunciar.

§ 1º A administração pública tem o dever de anular os próprios atos, quando eivados de


vícios que os tornem ilegais, bem como a faculdade de reservá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados neste caso os direitos adquiridos, além de

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observado, em qualquer circunstância, o devido processo legal.

§ 2º A autoridade que, ciente de vício invalidador de ato administrativo, deixar de saná-lo,


incorrerá nas penalidades da Lei pela omissão, sem prejuízo das sanções previstas no Artigo
37, § 4º da Constituição Federal, se for o caso.

Subseção II
Da Publicidade

Art. 130 A publicidade das Leis e dos atos municipais, não havendo imprensa oficial, será
feita em jornal local ou, na sua inexistência, em jornal regional ou no Diário Oficial do Estado.

§ 1º As publicações no Boletim Informativo, criado pelo Decreto 1547 de 21 de junho de


1989, terão sua validade restrita às portarias internas.

§ 2º A contratação de imprensa privada para a divulgação de Leis e atos municipais será


precedida de licitação, na qual serão considerados, além das condições de preço, as
circunstâncias de frequência, horário, tiragem e distribuição.

§ 3º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos


públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar: nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridade ou
de servidores públicos.

Art. 131 Nenhuma Lei, Resolução ou Ato Administrativo Normativo ou Regulamentar


produzirá efeitos antes de sua publicação.

Art. 132Os Poderes Públicos Municipais promoverão a consolidação, a cada dois anos, por
meio de publicação oficial, das Leis e dos atos normativos municipais.

Parágrafo Único - A Câmara Municipal e a Prefeitura manterão arquivo das edições dos
órgãos oficiais, facultando o acesso a qualquer pessoa.

Subseção III
Da Forma

Art. 133 A formalização dos atos administrativos da competência do Prefeito será feita:

I - mediante decreto, numerado em ordem cronológica, quando se tratar, entre outros


casos de:

a) exercício do poder regulamentar;


b) criação ou extinção de função gratificada, quando autorizada em Lei;
c) abertura de créditos suplementares, especiais e extraordinários, quando autorizada em

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Lei;
d) declaração de utilidade ou necessidade pública, ou de interesse social, para efeito de
desapropriação ou de servidão administrativa;
e) criação, alteração ou extinção de órgãos da Prefeitura, após autorização legislativa;
f) aprovação de regulamentos e regimentos dos órgãos da Administração Direta;
g) aprovação dos estatutos das entidades da Administração Indireta;
h) permissão para exploração de serviços públicos por meio de uso de bens públicos,
após autorização legislativa;
i) aprovação de planos de trabalho dos órgãos da administração direta.

II - mediante portaria, numerada em ordem cronológica, quando se tratar de:

a) provimento e vacância de cargos públicos e demais atos de efeito individual relativos


aos servidores municipais;
b) lotação e relotação dos quadros de pessoal;
c) criação de comissões e designação de seus membros;
d) instituição e dissolução de grupo de trabalho;
e) fixação e alteração dos preços dos serviços prestados pelo Município e aprovação dos
preços dos serviços concedidos, permitidos ou autorizados;
f) definição da competência dos órgãos e das atribuições dos servidores da Prefeitura;
g) abertura de sindicância, processos administrativos e aplicação e penalidades;
h) outros atos que, por sua natureza e finalidade, não seja objeto de Lei ou Decreto.

Art. 134As decisões dos órgãos colegiados da Administração Municipal terão a forma de
deliberação, observadas as disposições dos respectivos regimentos internos.

Subseção IV
Do Registro

A Câmara Municipal e a Prefeitura manterão, nos termos da Lei, registros idôneos de


Art. 135
seus atos, contratos e recursos de qualquer natureza.

Subseção V
Das Informações e Certidões

Art. 136 Os agentes públicos, nas esferas de suas respectivas atribuições, prestarão
informações e fornecerão certidões a todo aquele que as requerer.

§ 1º As informações poderão ser prestadas por escrito ou certificadas, conforme as


solicitar o requerente.

§ 2º As informações por escrito serão firmadas pelo agente público que as prestar.

§ 3º As certidões poderão ser extraídas, de acordo com a solicitação do requerente, sob

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forma resumida ou de inteiro teor, de assentamentos constantes de documentos ou de


processo administrativo; na segunda hipótese, a certidão poderá constituir-se de cópias
reprográficas das peças indicadas pelo requerente.

§ 4º O requerente, ou seu procurador, terá vista de documento ou processo na própria


repartição em que se encontre.

§ 5º Os processos administrativos somente poderão ser retirados da repartição nos casos


previstos em Lei, e por prazo não superior a quinze dias.

§ 6º Os agentes públicos observarão o prazo de:

a) quinze dias para informações e vista de documento dos autos de processo, quando
impossível sua prestação imediata;
b) trinta dias, para informações escritas;
c) trinta dias, para a expedição de certidões.

Art. 137Será promovida a responsabilização administrativa, civil e penal cabível, nos casos
de inobservância das disposições do Artigo anterior.

Seção II
Dos Contratos Públicos

Art. 138 O Município e suas entidades da Administração Indireta cumprirão as normas gerais
de licitação e contratação estabelecidas na legislação federal, e as especiais que fixar a
legislação municipal, observado o seguinte:

I - prevalecência dos princípios e regras de direito público, aplicandose os de direito


privado supletivamente, inclusive nos contratos celebrados pelas empresas públicas e
sociedades de economia mista;

II - instauração de um processo administrativo para cada licitação;

III - manutenção de registro cadastral de licitantes, atualizado anualmente e incluindo


dados sobre o desempenho na execução de contratos anteriores.

Seção III
Do Processo Administrativo

Art. 139Os atos administrativos constitutivos e disciplinares serão expedidos e os contratos


públicos serão autorizados ou resolvidos por decisão proferida pela autoridade competente ao
término de processo administrativo.

Art. 140 O processo administrativo, autuado, protocolado enumerado, terá início mediante

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provocação do órgão, da entidade ou da pessoa interessada, devendo conter, entre outras


peças:

I - a descrição dos fatos e a indicação do direito em que se fundamenta o pedido ou a


providência administrativa;

II - a prova do preenchimento de condições ou requisitos legais ou regulamentares;

III - os relatórios e pareceres técnicos ou jurídicos necessários ao esclarecimento das


questões sujeitas à decisão;

IV - os atos designativos de comissões ou técnicos que atuarão em funções de apuração


e peritagem;

V - notificações e editais, quando exigidos por lei ou regulamento;

VI - termos de contrato ou instrumentos equivalentes;

VII - certidão ou comprovante de publicação dos despachos que formulem exigências ou


determinem diligências;

VIII - documentos oferecidos pelos interessados, pertinentes ao objeto do processo;

IX - recursos eventualmente interpostos.

Art. 141 A autoridade administrativa não está adstrita aos relatórios e pareceres, mas
explicitará as razões de seu convencimento sempre que decidir contrariamente a eles, sob
pena de nulidade da decisão.

Art. 142O Presidente da Câmara Municipal, o Prefeito e demais agentes administrativos


observarão, na realização dos atos de sua respectiva competência, o prazo de:

I - dez dias, para despachos de mero impulso;

II - cinco dias, para despachos que ordenem providências a cargo de órgão subordinado
ou de servidor municipal;

III - cinco dias, para despachos que ordenem providências a cargo do administrado;

IV - trinta dias, para a apresentação de relatórios e pareceres;

V - trinta dias, para o proferimento de decisões conclusivas.

Parágrafo Único - Aplica-se ao descumprimento de qualquer dos prazos deste Artigo, o


disposto no Artigo 137.

Art. 143

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O processo administrativo poderá ser simplificado por ordem expressa da autoridade


Art. 143
competente, nos casos de urgência, caracterizada pela emergência de situações que possam
comprometer a integridade de pessoas e bens, respondendo a autoridade por eventual abuso
de poder ou desvio de finalidade.

CAPÍTULO VII
DA INTERVENÇÃO DO PODER PÚBLICO MUNICIPAL NA PROPRIEDADE

Seção I
Disposições Gerais

Art. 144É facultado ao Poder Público Municipal, intervir na propriedade privada mediante
desapropriação, parcelamento ou edificação compulsórios, tombamento, requisição, ocupação
temporária, instituição de servidão e imposição de limitações administrativas.

§ 1º Os atos de desapropriação, de parcelamento ou edificação compulsórios, de


tombamento e de requisição, obedecerão ao que dispuserem as legislações federal e
estadual pertinentes.

§ 2º Os atos de ocupação temporária, de instituição de servidão e de imposição de


limitações administrativas obedecerão ao disposto na legislação municipal, observados os
princípios gerais fixados nesta Lei.

Seção II
Da Ocupação Temporária

Art. 145 É facultado ao Poder Executivo o uso temporário, remunerado ou gratuito, de bem
particular durante a realização de obra, serviço ou atividade de interesse público.

Parágrafo Único - A remuneração será obrigatória, se o uso temporário impedir o uso


habitual.

Art. 146 O proprietário do bem será indenizado se da ocupação resultar dano de qualquer
natureza.

Seção III
Da Servidão Administrativa

É facultado ao Poder Executivo, mediante termo lavrado ao registro imobiliário, impor


Art. 147
ônus de uso a imóvel particular, para o fim de realizar serviço público de caráter permanente.

Parágrafo Único - A Lei poderá legitimar entidades da Administração Indireta e empresas


concessionárias ou permissionárias de serviços públicos para a instituição de servidão

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administrativa.

Art. 148 O proprietário do prédio serviente será indenizado sempre que o uso público
decorrente da servidão acarretar dano de qualquer natureza.

Seção IV
Das Limitações Administrativas

Art. 149A Lei limitará o exercício dos atributos da propriedade privada em favor do interesse
público local, especialmente em relação ao direito de construir, à segurança pública, à
proteção ambiental e à estética urbana.

Parágrafo Único - As limitações administrativas terão caráter gratuito e sujeitarão o


proprietário ao poder de polícia de autoridade municipal competente, cujos atos serão
providos de auto executoriedade, exceto quando sua efetivação depender de construção
somente exercitável por via judicial.

CAPÍTULO VIII
DA URBANIZAÇÃO

Art. 150 A urbanização municipal será regida e planejada pelos seguintes instrumentos:

I - Lei de Diretrizes Gerais de Desenvolvimento Urbano;

II - Plano Diretor;

III - Plano de Controle de Uso, do Parcelamento e de Ocupação do Solo Urbano;

IV - Código de Obras Municipal.

Art. 151 A Lei de Diretrizes Gerais de Desenvolvimento Urbano conterá as normas gerais
urbanísticas e edilícias que balizarão os Planos Diretor e de Controle de Uso, do
Parcelamento e de Ocupação do Solo Urbano, o Código de Obras Municipal, bem como
quaisquer Leis que os integrem, modifiquem ou acresçam.

§ 1º Sem prejuízo das normas federais e estaduais pertinentes, a lei a que se refere este
Art. observará os seguintes princípios:

a) funcionalidade urbana, assim entendida como adequada satisfação das funções


elementares da cidade: habitação, trabalhar, circular e recrear-se;
b) estética urbana, como a finalidade de entendimento de um mínimo de beleza e de
harmonia, tanto nos elementos quanto nos conjuntos urbanos;
c) preservação histórica e paisagística, visando a resguardar da deterioração e do
desfiguramento os conjuntos edificados e os cenários naturais urbanos que apresentem
peculiar valor cultural ou estético;

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d) preservação ecológica e valorização dos espaços livres, pelo equilíbrio harmônico do


ambiente urbano com o natural das vias, logradouros e espaços edificáveis;
e) continuidade normativa, assim entendida a adoção de soluções de transição legislativa,
sempre e quando se reconciliando, os interesses individuais dos munícipes com os reclamos
da renovação urbana.

§ 2º A Lei disporá sobre a participação cooperativa da sociedade civil, tanto por meio de
entidades representativas como de cidadãos interessados, incluindo a disciplina de coletas de
opinião, debates públicos, audiências públicas, colegiados, e audiência, pela Câmara
Municipal, de representantes de vila, bairro ou distrito, sobre o projeto que lhe diga respeito.

O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento urbano e só


Art. 152
poderá ser revisto a cada cinco anos.

O Plano de Controle de Uso, do Parcelamento e da Ocupação do Solo Urbano


Art. 153
obedecerá aos seguintes princípios:

a) dimensão mínima de lotes urbanos;


b) testada mínima;
c) taxa de ocupação máxima;
d) cobertura vegetal obrigatória;
e) estabelecimento de lotes-padrão para bairros de população de baixa renda;
f) incentivos fiscais que beneficiem populações de baixa renda.

O Código de Obras conterá normas edilícias relativas às construções, demolições e


Art. 154
empachamentos em áreas urbanas e de expansão urbana, obedecendo aos princípios da:

a) segurança, funcionalidade, estética, higiene e salubridade das construções;


b) proporcionalidade entre ocupação e equipamento urbano;
c) atualização tecnológica na engenharia e arquitetura.

§ 1º A licença urbanística é o instrumento básico do Código de Obras e sua outorga


gerará direito subjetivo à realização da construção aprovada, dentro do prazo de sua validade,
na forma a Lei, e direito subjetivo à permanência da construção erguida, enquanto satisfizer
os seus requisitos de segurança, estética, higiene e salubridade.

§ 2º A licença não será prorrogada se houver alteração das normas edilícias com as
quais o projeto anteriormente aprovado for incompatível.

Art. 155 A prestação de serviços públicos às comunidades de baixa renda independerá do


reconhecimento dos logradouros ou da regularização urbanística ou registral das áreas em
que se situam e de suas edificações.

CAPÍTULO IX
DA SEGURANÇA PÚBLICA

Art. 156

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Art. 156A Segurança Pública é dever do Município, nos termos do Artigo 144 da Constituição
Federal, nos limites de sua competência e possibilidades materiais.

Os agentes municipais têm o dever de cooperar com os órgãos federais e estaduais


Art. 157
de segurança pública para a prevenção de delito, a repressão de criminalidade e a
preservação da ordem pública.

Art. 158 Lei poderá criar, definindo-lhe as características organizacionais e atribuições,


Guarda Municipal para a proteção dos bens materiais e naturais, serviços e instalações do
Município.

Art. 159Para exercer atividades auxiliares e complementares de defesa civil, o Município


poderá criar organizações de voluntários, que atuarão segundo os padrões do Corpo de
Bombeiros, e, de referência, mediante convênio com o Estado.

TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES ORGÂNICAS GERAIS

CAPÍTULO I
DO MEIO AMBIENTE

O Município assegurará o direito à qualidade de vida e à proteção do meio ambiente,


Art. 160
devendo:

I - estabelecer legislação apropriada, na forma do disposto no Artigo 30, Incisos I e II, da


Constituição da República;

II - definir política setorial específica, assegurando a coordenação adequada dos órgãos


direta ou indiretamente encarregados de sua implementação;

III - zelar pela utilização racional e sustentada dos recursos naturais e, em particular, pela
integridade do patrimônio ecológico, genético, paisagístico, histórico, arquitetônico, cultural e
arqueológico;

IV - instituir sistemas de unidade de conservação representativas dos ecossistemas


originais do território do Município, vedada qualquer utilização ou atividade que comprometa
seus atributos essenciais;

V - estimular e promover o florestamento e o reflorestamento ecológico de árvores


nativas e das que se aclimataram no Município em áreas de praça e passeio público, área de
escolas e prédios da administração pública municipal, e em áreas degradadas, objetivando
especialmente:

a) proteção dos manguezais, águas superficiais e subterrâneas e terrenos sujeitos à


erosão ou inundação;
b) a fixação de dunas;

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c) a recomposição paisagística;
d) a consecução de um índice mínimo de cobertura florestal não inferior a 20% (vinte por
cento) do Território do Município;

VI - estabelecer critérios, normas e padrões de proteção ambiental, com ênfase, quando


for o caso, na adoção de indicadores biológicos;

VII - controlar e fiscalizar as instalações, equipamentos e atividades que comportem risco


efetivo ou potencial para a qualidade de vida e o meio ambiente;

VIII - condicionar a implantação de instalações e atividades efetiva ou potencialmente


causadoras de significativas alterações do meio ambiente e da qualidade de vida à prévia
elaboração do estudo de impacto ambiental, a que se dará publicidade, inclusive com a
realização de audiências públicas.

IX - determinar a realização periódica, por instituições capacitadas e, preferencialmente,


sem fins lucrativos, de auditorias ambientais e programas de monitoragem que possibilitem a
correta avaliação e a minimização da poluição, às expensas dos responsáveis por sua
ocorrência;

X - buscar a integração das faculdades, universidades, centros de pesquisa, associações


civis e organizações sindicais, nos esforços para garantir e aprimorar o gerenciamento
ambiental;

XI - estimular a utilização de fontes energéticas alternativas e, em particular, do gás


natural e do biogás para fins automotivos, bem como de equipamentos e sistemas de
aproveitamento da energia solar e eólica;

XII - garantir o acesso dos interessados às informações sobre as causas da poluição e da


degradação ambiental;

XIII - promover a conscientização da população e a adequação do ensino de forma a


difundir os princípios e objetivos da proteção ambiental;

XIV - criar mecanismos de entrosamento com outras instâncias do Poder Público que
atuem na proteção do meio ambiente e áreas correlatas, sem prejuízos das competências e da
autonomia municipal.

§ 1º É vedada a implantação e a ampliação de atividades poluidoras cujas emissões


possam conferir aos corpos receptores, em quaisquer condições, características em
desacordos com os padrões de qualidade ambiental em vigor.

§ 2º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior aos casos em que os corpos receptores


encontrem-se saturados ou em vias de saturação dos poluentes específicos emitidos pela
atividade.

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§ 3º Os prazos para atendimento dos padrões de emissão serão fixados juntamente com
sua promulgação e não poderão ser superiores a 1 (um) ano.

§ 4º O Poder Público divulgará, anualmente, os seus planos, programas e metas para


recuperação da qualidade ambiental, incluindo informações detalhadas sobre a alocação dos
recursos humanos e financeiros, bem como relatório de atividades e desempenho relativo ao
período anterior.

XV - proteger e preservar a flora e a fauna, as espécies ameaçadas de extinção, as


espécies endêmicas, as espécies vulneráveis, as espécies raras, vedadas as práticas que
coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os
animais à crueldade, fiscalizando a extração, captura, produção, transporte, comercialização e
consumo de seus espécimes e sub-produtos;

XVI - promover os meios defensivos necessários para impedir a pesca predatória;

XVII - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direito de pesquisa e


exploração de recursos minerais efetuados no território do Município;

XVIII - garantir o livre acesso de todos os cidadãos às praias, proibindo, nos limites de
sua competência, quaisquer edificações particulares e públicas sobre as areias e costões
marítimos e lacustres;

XIX - celebrar consórcios intermunicipais, visando à recuperação da Lagoa de Araruama.

Art. 161 O Município adotará o princípio poluidor-pagador sempre que possível, devendo as
atividades efetiva ou potencialmente causadoras de degradação ambiental decorrentes de seu
exercício, sem prejuízo da aplicação de penalidades administrativas e da responsabilidade
civil.

§ 1º O disposto no caput deste Artigo incluirá a imposição de taxas pelo exercício do


poder de polícia proporcional aos seus custos totais e vinculada à sua operacionalização.

§ 2º O Poder Público estabelecerá política tributária que penalize de forma progressiva,


as atividades poluidoras, em função da quantidade e da toxidade dos poluentes emitidos.

§ 3º Serão concedidos incentivos tributários, por prazos limitados, na forma da Lei,


àqueles que:

I - implantarem tecnologias de produção ou de controle que possibilitem a redução das


emissões poluentes a níveis significativamente abaixo dos padrões em vigor;

II - executarem projetos de recuperação ambiental;

III - adotarem fontes energéticas alternativas, menos poluentes.

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§ 4º É vedada a concessão de qualquer tipo de incentivo, isenção ou anistia àqueles que


tenham infringido normas e padrões de proteção ambiental nos 24 meses anteriores.

Art. 162As infrações à legislação municipal de proteção ao meio ambiente serão objeto das
seguintes sanções:

I - multa proporcional à gravidade da infração e do dano efetivo ou potencial;

II - redução a nível de atividade de forma a assegurar o atendimento às normas e


padrões em vigor;

III - embargo ou interdição.

Parágrafo Único - As multas a que se refere o Inciso I deste Artigo serão diárias e
progressivas nos casos de persistência ou reincidência.

Art. 163A criação de unidades de conservação por iniciativa do Poder Público será
imediatamente seguido dos procedimentos necessários à regulamentação fundiária,
demarcação e implantação de estrutura de fiscalização adequada.

Parágrafo Único - O Poder Público estimulará a criação e a manutenção de unidades de


conservação por iniciativa privada, sempre que for assegurado o acesso de pesquisadores ou
de visitantes, de acordo com as características das mesmas e na forma dos respectivos
Planos Diretores.

Art. 164 O Poder Público deverá estabelecer restrições administrativas de uso de áreas
privadas objetivando a proteção de ecossistemas e da qualidade de vida.

Parágrafo Único - As restrições administrativas a que se refere este Artigo serão


averbados no registro de imóveis o prazo máximo de 3 (três) meses a contar de sua
publicação.

É vedada a desafetação de unidade de conservação, áreas verdes, praças e jardins,


Art. 165
bem como qualquer utilização ou atividade que comprometa os seus atributos essenciais.

Parágrafo Único - O Poder Público manterá um programa permanente, visando a


ampliação de áreas públicas às margens do Canal do Itajurú e da Lagoa de Araruama.

Art. 166 Consideram-se de preservação permanente:

I - os manguezais e as áreas estuarinas;

II - as dunas;

III - a vegetação de restinga;

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IV - as nascentes e as faixas marginais de proteção de águas superficiais;

V - a cobertura vegetal que contribua para a estabilidade das encostas sujeitas à erosão
e deslizamentos;

VI - as áreas que abriguem exemplares raros, endêmicos, vulneráveis, ameaçados de


extinção ou insuficientemente conhecidos da flora e da fauna, os bancos de genes, bem como
aqueles que sirvam de local de pouso, abrigo ou reprodução de espécies em especial as
matas de Pau-Brasil;

VII - as lagoas, Última, Do Meio, Barra Nova, De Beber, do Geribá e o Brejo do Vinvim;

VIII - os costões rochosos, as cavernas, os grotões e as pontas;

IX - a Ilha do Japonês, Papagaio, Dois Irmãos, Comprida, Ilhota, Pargos, Capões do


Peró, Breu, Emerências, Gravatás, Âncora, Feia e Caboclos;

X - os morros: da Guia, do Telégrafo, do Mico, da Piaçava, do Macaco e a Serra das


Emerências;

XI - os sítios arqueológicos pré-históricos e históricos;

XII - aquelas assim declaradas em Lei;

XIII - incumbe ao Município, apoiar o Estado visando o controle e fiscalização da


produção, comercialização, armazenamento, transporte interno e uso de agro-tóxicos no
Município, exigindo o cumprimento do receituário agronômico conforme definido no item II do
Artigo 252 da Constituição Estadual, podendo, inclusive cassar o alvará do estabelecimento
infrator.

Parágrafo Único - Nas áreas de preservação permanente não serão permitidas atividades
e construções que, de qualquer forma, contribuam para descaracterizar ou prejudicar seus
atributos e funções essenciais, excetuadas aquelas destinadas a recuperá-las e assegurar
sua proteção, mediante prévia autorização do órgão municipal competente.

Art. 167São áreas de relevante interesse ecológico, paisagístico e científico, cuja utilização
dependerá de prévia autorização dos órgãos competentes, preservados seus atributos
essenciais.

I - o Rio Una e suas margens;

II - o Rio São João e suas margens no Município;

III - as coberturas vegetais nativas;

IV - a zona costeira;

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V - as Ilhas costeiras;

VI - o Canal do Itajurú e a Lagoa de Araruama.

Art. 168 As terras públicas ou devolutas, consideradas de interesse para a proteção


ambiental, não poderão ser transferidas a particulares a qualquer título.

É vedada a criação de aterros sanitários à margem dos rios, lagos, lagoas, lagunas,
Art. 169
manguezais e mananciais.

Art. 170 Fica proibida a venda de qualquer tipo de agrotóxico, sem apresentação de
receituário agronômico.

Parágrafo Único - Cabe ao Poder Público Municipal, exercer a fiscalização da compra e


venda de agrotóxico.

Art. 171Fica proibida a introdução no meio ambiente de substâncias cancerígenas,


mutagênicas e teratogênicas.

Art. 172O Município exercerá o controle de utilização de insumos químicos na agricultura e


na criação de animais para alimentação humana, de forma a assegurar a proteção do meio
ambiente e a saúde pública.

Parágrafo Único - O controle a que se refere este Artigo será exercido, tanto na esfera da
produção quanto na de consumo, com a participação do órgão encarregado da execução da
política de proteção ambiental.

Art. Fica criado o Fundo Municipal de Conservação Ambiental, destinado a


173
implementação de projetos de recuperação e proteção ambiental, vedada sua utilização para
o pagamento de pessoal da administração direta e indireta.

§ 1º Constituem-se recursos do Fundo de que trata este Artigo, entre outros:

I - 20% (vinte por cento) da compensação financeira a que se refere o Artigo 20, § 1º,
bem como do imposto a que se refere o Artigo 156, Inciso II, da Constituição da República;

II - o produto das multas administrativas e de condenações judiciais por atos lesivos ao


meio ambiente;

III - taxas e outros emolumentos criados com a destinação específica à proteção


ambiental;

IV - empréstimos, repasses, doações, subvenções, contribuições, legados ou quaisquer


transferências de recursos;

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V - rendimentos provenientes de suas aplicações financeiras.

§ 2º A administração do Fundo Municipal de Conservação Ambiental caberá a um


conselho, integrado por 5 (cinco) membros, com mandato de 2 (dois) anos, assim constituído:

a) 1 (um) representante do Poder Executivo;


b) 2 (dois) representantes da Câmara Municipal;
c) 1 (um) representante da comunidade científica, de notória especialização no campo da
proteção ambiental;
d) 1 (um) representante de associação civil legalmente constituída a mais de 5 (cinco)
anos e que tenha a proteção ambiental como objetivo prioritário.

Art. 174Os servidores públicos encarregados da execução da política municipal de meio


ambiente que tiverem conhecimento de infrações persistentes, intencionais ou por omissão às
normas e padrões de proteção ambiental, deverão comunicar o fato ao Ministério Público e à
Procuradoria do Município, indicando os elementos de convicção, sob pena de
responsabilidade administrativa.

Parágrafo Único - Constatada a procedência da denúncia, o Município ajuizará ação civil


pública por danos ao meio ambiente no prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar da mesma,
sempre que o Ministério Público não o tenha feito.

Art. 175O Poder Público estimulará e privilegiará a coleta seletiva e a reciclagem, bem como
a implantação de um sistema de usinas de processamentos de resíduos urbanos, de forma a
minimizar custos ambientais e de transporte.

§ 1º Os projetos de implantação das usinas de beneficiamento a que se refere o caput


deverão optar por tecnologias que assegurem as melhores relações custo-benefício tanto na
implantação quanto na operação.

§ 2º As taxas incidentes sobre os serviços de limpeza urbana incluirão previsão de


reserva para a implementação de programas de coleta seletiva e de implantação de usinas de
processamento.

As atividades poluidoras já instaladas no Município têm o prazo máximo de 2 (dois)


Art. 176
anos para atender às normas e padrões federais e estaduais em vigor, na data da
promulgação desta Lei Orgânica.

§ 1º O prazo máximo a que se refere o caput deste Artigo poderá ser reduzido em casos
particulares, a critério do Executivo Municipal, não devendo servir de argumento, em nenhuma
hipótese, para justificar dilatação de prazos estabelecidos por órgãos federais e estaduais de
meio ambiente.

§ 2º O não cumprimento do disposto no caput deste Artigo implicará na imposição de


multa diária e progressiva, retroativa, à data de vencimento do referido prazo e proporcional a
gravidade da infração, em função da toxicidade dos poluentes emitidos, sem prejuízo da

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58/83

interdição da atividade.

Art. 177As alíquotas da taxa de serviços de limpeza urbana destinadas à implantação de


usinas de processamento de resíduos, deverão ser estabelecidos de forma a assegurar a
implantação de uma capacidade instalada suficiente para atender as necessidades do
Município no prazo máximo de 10 (dez) anos.

Parágrafo Único - O Poder Executivo encaminhará anualmente à Câmara Municipal


relatório detalhado sobre as medidas adotadas para cumprir o disposto no caput deste artigo.

O Poder Executivo regulamentará o Fundo Municipal de Conservação Ambiental no


Art. 178
prazo máximo de 4 (quatro) meses a contar da data da promulgação desta Lei Orgânica.

Art. 179 Parcela não inferior a 20% (vinte por cento) dos valores destinados ao Fundo
Municipal de Conservação Ambiental será destinada à implantação de projetos e instalações
de esgotamento sanitário, pelo prazo máximo de 10 (dez) anos.

Art. 180Ficam criados, com base no Artigo 225, § 1º, Inciso III da Constituição da República,
os seguintes Parques Municipais:

I - Parque Municipal de Dunas;

II - Parque Municipal da Boca da Barra;

III - Parque Municipal da Mata do Rio São João;

IV - Parque Municipal da Praia do Forte;

V - Parque Municipal da Gambôa.

Parágrafo Único - No prazo máximo de 5 (cinco) anos deverão estar instaladas as


Unidades de Conservação a que se refere o caput deste Artigo, sendo que a 1ª (primeira)
delas terá um prazo máximo de 2 (dois) anos, a contar da data da promulgação desta Lei
Orgânica.

Art. 181 O Poder Executivo tem o prazo máximo de 2 (dois) anos para elaborar, com base em
critérios técnicos adequados, criando para tal um Grupo de Trabalho Multidisciplinar e
MultiInstitucional, e submeter à aprovação da Câmara Municipal:

I - O Plano Diretor Viário, incluindo a previsão de sistemas de ciclovias.

II - o Plano Diretor de Macro-Drenagem;

III - o Plano Diretor de Transportes Públicos;

IV - o Plano Diretor de Contenção, Estabilização e Proteção de Encostas sujeitas à

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Erosão e a Deslizamentos, que deverá incluir a recomposição da cobertura vegetal com


espécies adequadas a tais finalidades;

V - o Zoneamento Urbano e Ambiental do Município;

VI - a delimitação e os critérios de utilização dos Parques Municipais;

VII - a Carta Topográfica do Município.

CAPÍTULO II
DA SAÚDE

Art. 182A Saúde é direito de todos os munícipes e dever do Poder Público, assegurada
mediante políticas sociais e econômicas que visem à eliminação do risco de doenças e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,
proteção e recuperação.

Art. 183 Para atingir esses objetivos o Município promoverá:

I - condições dignas de trabalho, saneamento, habilitação, alimentação, educação,


transporte e lazer;

II - respeito ao Meio Ambiente e controle de poluição ambiental;

III - direito à informação e à garantia de opção quanto ao tamanho da prole;

IV - acesso universal e igualitário de todos os habitantes do Município e às ações e


serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde, sem qualquer discriminação.

Art. 184 As ações de saúde são de relevância pública devendo sua execução ser feita,
através de serviços oficiais, e complementarmente, através de terceiros.

Parágrafo Único - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do


Sistema Único de Saúde, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo como norma
a participação dos Conselhos Comunitários de Saúde, atuando em cogestão.

Art. 185 São atribuições do Município no âmbito do Sistema Único de Saúde:

I - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica bem como as de saúde do


trabalhador;

II - desenvolver ações que promovam prioritariamente a saúde da criança, da gestante,


da terceira idade e do trabalhador;

III - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento, a


saber:

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a) saneamento básico, compreendendo o abastecimento e tratamento de água e


destinação de dejetos;
b) esgotos pluviais e drenagem;
c) controle da poluição ambiental, inclusive do lixo;
d) controle de vetores;
e) controle de inundações e erosões.

IV - regular para que unidades multifamiliares, condomínios, hotéis e similares, e


empresas especificadas na Lei, procedam o tratamento especial de seus efluentes;

V - promover e incentivar a doação de órgãos, pelo Poder Público e Privado;

VI - promover campanhas educativas para esclarecimentos dos malefícios do uso de


drogas e álcool e maneira de evitá-los;

VII - criar Centros de Reabilitação de viciados em drogas e álcool;

VIII - criar núcleos de toxicômanos e Alcoólicos Anônimos nos Distritos de Saúde;

IX - fornecer medicamentos às pessoas após atendimento médico ou odontológico;

X - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional,


bem como bebidas e águas para o consumo humano;

XI - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de


substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

XII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;

XIII - formular e implementar a política de recursos humanos na esfera municipal, de


acordo com a política nacional e estadual de desenvolvimento de recursos humanos;

XIV - garantir aos servidores da Secretaria Municipal de Saúde a isonomia salarial tendo
como base o maior salário por instituição que participe do Sistema Único de Saúde, obedecida
a mesma carga horária e regime de trabalho;

XV - administrar o Fundo Municipal de Saúde;

XVI - celebrar Consórcios intermunicipais para formação de Sistemas Municipais de


Saúde;

XVII - criar mecanismos para controlar, fiscalizar e inspecionar procedimentos


contraceptivos, imunológicos, alimentos bem como agrotóxicos, sangues, hemoderivados e
outros de interesse para a saúde;

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XVIII - desenvolver ações visando a segurança e a saúde do trabalhador, integrando


sindicatos e associações técnicas, compreendendo a fiscalização, normatização e
coordenação geral na prevenção, prestação de serviços e recuperação, mediante
principalmente, medidas que visem à eliminação de riscos de acidentes, doenças profissionais
e do trabalho, e que ordenem o processo produtivo para esse fim;

XIX - ordenar política de recursos humanos na área da saúde, garantindo a admissão


através de concurso público, bem como a capacitação técnica e reciclagem permanente, de
acordo com as políticas nacional, estadual e municipal de saúde.

Art. 186 As ações e serviços de saúde realizados no Município integram uma rede
regionalizada e hierarquizada, constituindo o Sistema Único de Saúde no âmbito do Município,
organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

I - administração única exercida pela Secretaria Municipal de Saúde ou equivalente;

II - integralidade na prestação das ações de saúde;

III - organização de distritos sanitários com alocação de recursos técnicos e práticos de


saúde adequadas à realidade epidemiológica local;

IV - participação, em nível de decisão, de entidades representativas dos usuários, dos


trabalhadores da saúde e dos representantes governamentais na formulação, gestão e
controle da política municipal e das ações de saúde através do Conselho Municipal de Saúde
e de caráter deliberativo e paritário, a ser estruturado por Lei, no prazo de 120 (cento e vinte)
dias da promulgação desta Lei Orgânica;

V - direito do cidadão de obter informações e esclarecimentos sobre assuntos pertinentes


à promoção, proteção e recuperação de sua saúde e da coletividade.

Parágrafo Único - Os limites dos Distritos Sanitários referidos no Inciso III constarão do
Plano Diretor de Saúde e serão fixados segundo os seguintes critérios:

a) área geográfica de abrangência;


b) resolutividade de serviços à disposição da população.

A assistência farmacêutica faz parte da assistência global à saúde, e as ações a ela


Art. 187
correspondentes devem ser integradas ao Sistema Único de Saúde, garantindo-se o direito de
toda a população aos medicamentos básicos, que constem da lista padronizada dos que
sejam considerados essenciais.

Art. 188O Município só poderá adquirir medicamentos e soros imunológicos produzidos pela
rede privada, quando a rede pública não estiver capacitada a fornecê-lo.

Art. 189O Prefeito convocará a cada dois anos a Conferência Municipal de Saúde, com
ampla representação da sociedade, para avaliar a situação do Município e fixar as diretrizes

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gerais da política sanitária municipal.

Art. 190 O Município estabelecerá no âmbito de sua competência, medidas de proteção à


saúde dos cidadãos não fumantes em escolas, restaurantes, hospitais, transportes coletivos,
repartições públicas, cinemas, teatros e demais estabelecimentos de grande afluência do
público.

Art. 191Fica o Município obrigado a incinerar lixo hospitalar, atendendo às normas técnicas
específicas, do Ministério da Saúde.

Art. 192 Compete à Secretaria Municipal de Saúde, determinar área para despejo de lixo
domiciliar, observando critérios para preservação do meio ambiente, e atendimento a normas
sanitárias.

Art. 193A Lei disporá sobre a organização e funcionamento do Conselho Municipal de


Saúde, que terá as seguintes atribuições:

I - formular a política municipal de saúde, a partir das diretrizes emanadas da Conferência


Municipal de Saúde;

II - planejar e fiscalizar a distribuição dos recursos destinados à saúde;

III - discutir e sugerir a instalação e funcionamento de novos serviços públicos ou


privados de saúde, atendidas as diretrizes do Sistema Único de Saúde.

O Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, será financiado com recursos do


Art. 194
orçamento do Município, do Estado, da União, da Seguridade Social, além de outras fontes.

§ 1º O conjunto dos recursos destinados às ações e serviços de saúde no Município


constituem o Fundo Municipal de Saúde, conforme dispuser a Lei.

§ 2º O montante das despesas em saúde não será inferior a 7% (sete por cento) das
despesas globais do orçamento anual do Município, computadas as transferências
constitucionais.

§ 3º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às


instituições privadas com fins lucrativos.

CAPÍTULO III
DOS TRANSPORTES COLETIVOS

É dever do Município planejar, organizar e prestar, diretamente ou sob regime de


Art. 195
concessão ou permissão, o serviço de transportes coletivos, que possui caráter essencial.

Parágrafo Único - A Lei disporá sobre:

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I - o planejamento;

II - a organização;

III - a prestação dos serviços;

IV - a política tarifária;

V - os direitos dos usuários.

Art. 196 Compete ao Poder Executivo, atendendo aos critérios do Plano Diretor, planejar e
definir as tarifas, os itinerários, o controle de vetores poluentes de natureza sonora ou
atmosférica e as normas mínimas de segurança para o tráfego viário.

Definidas as normas de planejamento viário e respeitado o Plano Diretor, o poder


Art. 197
concedente priorizará:

I - a regulamentação de horários;

II - o estabelecimento de número mínimo e do tipo de veículos utilizados;

III - a fiscalização dos serviços.

As concessões ou permissões para exploração dos serviços de transportes coletivos


Art. 198
atenderão as seguintes normas:

I - serão precedidas de licitação pública;

II - a concessão será dada pelo prazo de 10 (dez) anos; no caso de permissão, serão
estabelecidas normas específicas, pelo poder concedente;

III - as concessões e permissões poderão ser prorrogadas, a critério do poder


concedente;

IV - as concessões e permissões poderão ser suspensas a qualquer tempo, desde que


não sejam satisfatórios os serviços prestados;

V - prova de experiência mínima de transportes coletivos de passageiros por ônibus de 5


(cinco) anos, contados da data de abertura da licitação.

É dever do Município fornecer transporte coletivo condizente com o poder aquisitivo


Art. 199
dos usuários, respeitado o custo de sua utilização.

Art. 200 São isentos de tarifas, nos serviços de transportes coletivos:

I - os maiores de 65 (sessenta e cinco) anos de idade;

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II - os menores de 6 (seis) anos de idade;

III - Os estudantes da Rede Oficial de Ensino, de uniforme composto pela camisa da


unidade escolar. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/1993)

IV - as pessoas portadoras de deficiência física que as impeça de locomoção e seu


respectivo acompanhante;

V - as gestantes com apresentação do cartão pré-natal; (Redação dada pela Emenda à


Lei Orgânica nº 10/2001)

VI - os Guardas Municipais, quando uniformizados. (Redação dada pela Emenda à Lei


Orgânica nº 10/2001)

Art. 201 As garagens das empresas permissionárias ou concessionárias de transportes


coletivos deverão estar situadas no Município com as especificações mínimas permitidas em
Lei.

Art. 202 É facultada a exploração de publicidade nos coletivos táxis, nos termos da Lei.

Art. 203 As empresas de Transportes Coletivos, manterão reserva de veículos para


atendimento a eventuais situações de risco normal.

Art. 204 Os veículos licenciados para fins particulares não poderão ser utilizados no
transporte profissional.

CAPÍTULO IV
DA POLÍTICA PESQUEIRA

Art. 205 O Município definirá política específica para o setor pesqueiro, em consonância com
as diretrizes Estadual e Federal, promovendo seu planejamento, ordenamento e
desenvolvimento, enfatizando a função de abastecimento alimentar através da implantação de
mercados de peixe nas sedes distritais, provimento de infraestrutura de suporte à pesca,
inclusive a artesanal, incentivo à aqüicultura e implantação do sistema de informação setorial
e acompanhamento estatístico da produção.

§ 1º Na elaboração da política pesqueira o Município garantirá efetiva participação da


comunidade do setor pesqueiro, através de suas representações de classe.

§ 2º Incumbe ao Município criar mecanismos de proteção e preservação de áreas


ocupadas por comunidades de pescadores, assegurando seu espaço vital.

§ 3º Cabe ao Município criar base institucional comunitária e participativa para promover


o gerenciamento pesqueiro, através da implantação de Conselho Municipal da Pesca, sendo
obrigatória a presença de membros da Colônia dos Pescadores.

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Art. 206 São de responsabilidade do Conselho Municipal da Pesca, o gerenciamento e a


fiscalização da pesca, bem como a mediação em conflitos de interesse.

§ 1º A fiscalização da pesca será exercida por delegação e orientação do Conselho


Municipal da Pesca.

§ 2º Serão coibidas práticas que contrariem a legislação e regulamentação vigentes,


relacionadas às atividades da pesca, bem como práticas que causem riscos nos ecossistemas
aquáticos interiores e na zona costeira do mar territorial adjacente ao Município até o limite
das 12 milhas náuticas.

Art. 207O Município articulará com o governo Estadual as formas de implantação e operação
do serviço de busca e salvamento no limite do mar territorial.

Art. 208Deve o Município promover permanente adequação dos conteúdos dos currículos
escolares à vivência e realidade pesqueira das comunidades locais.

Art. 209 É fundamental que o Município constitua base institucional capaz de definir e
executar a política pesqueira e diretrizes de sua Lei Orgânica de Pesca.

Art. 210Sobre as multas aplicadas nas áreas da pesca será revertido um percentual à
Colônia dos Pescadores.

Art. 211 O Município orientará cursos profissionalizantes sobre a pesca.

CAPÍTULO V
DA DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 212 O consumidor tem direito à proteção do Município.

Parágrafo Único - A proteção far-se-á, entre outras medidas criadas em Lei, através da
criação, pela Prefeitura, de um Departamento de Defesa do Consumidor, e terá como
competência:

I - apuração das denúncias recebidas;

II - aplicação de multas, através do corpo de fiscais, nos casos de procedência das


denúncias;

III - encaminhamento ao serviço de fiscalização sanitária do Município das denúncias


atinentes a estabelecimentos que comercializem produtos que venham ou possam a vir a
causar danos à saúde pública;

IV - desestímulo à propaganda enganosa, ao atraso da entrega de mercadorias e ao


abuso na fixação de preços;

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V - prestação de assistência jurídica integral e gratuita ao consumidor através da


Procuradoria Municipal.

Art. 213 O Departamento de Defesa do Consumidor divulgará, periodicamente, as denúncias


procedentes e apuradas, indicando a Empresa ou Instituição punida, bem como a penalidade
aplicada.

CAPÍTULO VI
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO

Seção I
Da Educação

Art. 214A educação, direito de todos e dever do Município e da família, será promovida e
incentivada com a participação da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa,
seu preparo para o exercício da cidadania, aprimoramento da democracia e dos direitos
humanos, eliminação de todas as formas de racismo e de discriminação, preparação para o
trabalho e convivência solidária a serviço de uma sociedade justa, fraterna, livre, soberana e
ecologicamente equilibrada.

Parágrafo Único - A participação da sociedade se dará através de deliberação das


entidades civis envolvidas com a educação.

Art. 215 O Poder Público garantirá a educação não diferenciada para ambos os sexos,
eliminando do seu conteúdo, práticas discriminatórias, não só nos currículos escolares como
no material didático.

Art. 216 O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na Escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber,


vedada qualquer discriminação;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições


públicas privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público oficial, em todos os níveis, sem preconceito de origem,


raça, sexo, orientação sexual, preferências políticas ou quaisquer outras formas de
discriminação;

V - valorização dos profissionais do ensino, garantidos na forma da Lei, planos de carreira


para o magistério público com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por
concurso público, assegurado o regime jurídico único para todas as instituições mantidas pelo

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Município;

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da Lei, atendendo as seguintes


diretrizes:

a) participação da sociedade na formulação da política educacional no acompanhamento


de sua execução;
b) criação de mecanismos para prestação de contas da sociedade da utilização de
recursos destinados à educação;
c) eleições diretas na forma da Lei a ser encaminhada no prazo de sessenta dias, para as
funções de direção de todas as instituições de ensino mantidas pelo Poder Público Municipal,
com a participação da comunidade escolar.

VII - o Poder Público deverá investir em recursos financeiros, técnicos e humanos e


determinar formas de avaliação permanente, que assegurem a qualidade de ensino;

VIII - educação não diferenciada entre sexos e raças, seja no comportamento pedagógico
ou no conteúdo do material didático;

IX - vedada qualquer forma de discriminação social no comportamento pedagógico ou no


conteúdo do material didático;

X - regionalização, inclusive para o ensino profissionalizante, segundo características


sócio-econômicas e culturais, respeitado o estabelecido no Artigo 314 da Constituição Federal.

Art. 217 O dever do Município com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I - ensino fundamental obrigatório e gratuito;

II - atuação prioritária no ensino fundamental mantidas as instituições de 2º grau já


existentes e no pré-escolar;

III - atendimento educacional aos portadores de deficiência, criando organizações


específicas capazes de atendê-los;

IV - acesso ao ensino público obrigatório e gratuito, que constitui direito público subjetivo;

V - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

VI - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas


suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;

VII - implementação de ações integradas de educação e saúde;

VIII - submissão dos alunos matriculados na rede regular de ensino a exame de saúde no
início de cada ano letivo, incluindo teste de acuidade auditiva e visual;

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IX - assistência à saúde no que diz respeito ao tratamento médico-odontológico e


atendimento aos portadores de problemas psicológicos ou destes decorrentes;

X - dotação de toda a infra-estrutura física, técnico-pedagógica e de serviços necessários


ao funcionamento das instituições do ensino;

XI - oferecimento de estímulos concretos ao cultivo das ciências, artes e letras;

XII - cooperação com a União e o Estado na proteção aos locais históricos e artísticos.

§ 1º Toda escola municipal a ser construída deverá abrigar instalações adequadas ao


atendimento do pré-escolar.

§ 2º O Município criará e manterá creches e escolas comunitárias para os filhos de


operários, preferencialmente nos bairros onde residam, para a guarda e educação das
crianças de idade até sete anos, mediante os seguintes critérios:

a) a instalação das creches e escolas comunitárias, dar-se-á prioritariamente em


comunidades com maior necessidade, definidas por anterior levantamento sócio-econômico,
realizado pelos órgãos municipais competentes conjuntamente com as associações
comunitárias.
b) para o funcionamento das creches e escolas comunitárias serão aproveitados os
moradores das localidades onde estiverem as mesmas instaladas, respeitando assim, o
conhecimento e a realidade local.
c) é imperativo que as creches e escolas comunitárias sejam organizadas oficialmente
sem fim lucrativo.

Art. 218 O ensino é livre à iniciativa privada, de acordo com legislação em vigor.

Art. 219A lei disporá sobre a criação do Conselho Municipal de Educação, e definirá as suas
atribuições, composições e funcionamento. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
6/1997)

a) suprimida; (Suprimida pela Emenda à Lei Orgânica nº 6/1997)


b) suprimida; (Suprimida pela Emenda à Lei Orgânica nº 6/1997)
c) suprimida; (Suprimida pela Emenda à Lei Orgânica nº 6/1997)
d) suprimida. (Suprimida pela Emenda à Lei Orgânica nº 6/1997)

§ 1º Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 6/1997)

§ 2º Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 6/1997)

O Município aplicará 25% (vinte e cinco por cento) no mínimo, da receita resultante
Art. 220
de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 7/1997)

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§ 1º Para efeito do cumprimento deste Artigo, serão considerados os sistemas de ensino


federais.

§ 2º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das


necessidades do ensino obrigatório, nos termos do plano municipal de ensino.

§ 3º 05% (cinco por cento) do potencial referido neste parágrafo serão destinados
especificamente à educação especial, cuja aplicação será da seguinte forma:

a) 90% (noventa por cento) serão destinados à educação especial da rede pública;
b) 10% (dez por cento) poderão ser destinados às instituições sem fins lucrativos, que,
comprovadamente, prestem atendimento às pessoas portadoras de deficiência.

Art. 221O Poder Municipal publicará mensalmente relatório da execução orçamentária da


despesa em educação, discriminando gastos mensais, em especial na manutenção e
conservação das escolas.

Art. 222Nos termos da Lei, será instituídos Conselhos Escolares formados por
representantes eleitos dos segmentos que constituem a comunidade escolar.

Parágrafo Único - Os Conselhos Escolares deliberarão sobre as questões


administrativas, pedagógicas, culturais e financeiras no âmbito de cada unidade escolar, tendo
como principal finalidade à elaboração do Regimento Interno.

Art. 223 A Lei estabelecerá o plano municipal de educação, de duração plurianual, visando a
articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações
do Poder Público que conduzam a:

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria de qualidade de ensino;

IV - formação para o trabalho;

V - promoção artística, científica e tecnológica do Município;

VI - preservação do meio ambiente e conseqüente melhoria da qualidade de vida.

Ecologia e História de Cabo Frio constituirão matéria disciplinar em todos os níveis de


Art. 224
ensino, bem como de quinta a oitava série do primeiro grau, noções gerais de Direito,
Educação Sexual e Ambiental e técnica em agropecuária no 1º grau da rede municipal rural.

Art. 225 O ensino religioso de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais

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das escolas públicas do ensino fundamental.

§ 1º No início do ano letivo os alunos e seus responsáveis serão informados do seu


caráter facultativo e das atividades alternativas.

§ 2º Fica vedado o desvio de professores, as funções para as quais foram admitidos,


para o ensino religioso.

Art. 226 As Escolas Municipais deverão ser devidamente adaptadas para a educação pré-
escolar.

Parágrafo Único - Enquanto o governo municipal não possuir escolas suficientes para o
atendimento à criança e ao adolescente, que apóie integralmente, as escolas comunitárias
sem fins de lucro já existentes.

Art. 227 O Município estruturará um Serviço de Biblioteca Escolar assegurando-lhe apoio


técnico e normativo, através de profissional específico.

Art. 228Compete ao Poder Público recensear periodicamente, as crianças em idade escolar,


com a finalidade de orientar a política de expansão da rede pública municipal e a elaboração
do plano municipal de educação.

Art. 229Ao educando portador de deficiência física, mental ou sensorial, assegura-se o direito
de matrícula na escola pública mais próxima de sua residência.

As entidades privadas de ensino e suas mantenedoras estão excluídas de isenção ou


Art. 230
concessões fiscais de natureza municipal.

Seção II
Da Cultura

Art. 231O Município garantirá o pleno exercício e o acesso a todos os níveis culturais dos
entes federativos, bem como incentivará, através de:

I - atuação do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, do Conselho Municipal de


Cultura e do Instituto Municipal do Patrimônio Cultural.

II - criação e manutenção de Centro Cultural, na Sede do Município, equipado e acessível


à população, abrangendo o uso de próprios municipais, vedada à extinção de espaços
culturais, sem criação de espaço equivalente na mesma área;

III - estímulo à instalação de Centro de Documentação, de bibliotecas e videotecas, na


Sede e nos Distritos, bem como a aquisição de bibliotecas, obras e bens particulares de valor
cultural;

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IV - promoção de intercâmbio cultural com os demais Municípios Fluminenses, com os


Estados e países;

V - incentivo à formação, aperfeiçoamento e valorização dos profissionais da cultura de


forma abrangente;

VI - lei disporá sobre a criação do Fundo de Cultura e definirá datas significativas para a
cultura municipal.

As concessões de nomes a prédios e logradouros públicos, bem como suas revisões,


Art. 232
atenderão a importância histórica e cultural visando a preservação da memória Municipal.

Constituem patrimônio cultural cabofriense os bens de natureza material e imaterial,


Art. 233
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade municipal nos quais se incluem:

I - as formas de expressão;

II - os modos de criar, fazer e viver;

III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às


manifestações artístico-culturais;

V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,


ecológico e científico.

Art. 234O Poder Municipal com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o


patrimônio cultural municipal, através de:

I - pesquisas, inventários, estudos, registros, vigilância, fiscalização, ações judiciais,


multas, tombamentos, desapropriações, e de outras formas de acautelamento e preservação;

II - incentivo aos cineclubes, promovendo-os, divulgando filmes didáticos, utilizando e


cedendo por comodato, material cinematográfico de interesse cultural, e procurando
desenvolver na municipalidade o interesse pela cultura cinematográfica;

III - proteção das expressões artísticas, em especial o artesanato, incluindo as indígenas


e afro-brasileiras.

IV - proteção dos documentos das obras e outros bens móveis de valor pré-histórico,
histórico, artístico, cultural e científico e dos bens imóveis como os sítios arqueológicos,
terrestres e submarinos, espeleológicos, paleontológicos, ecológicos e paisagísticos, e dos
monumentos arquitetônicos;

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V - preservação, conservação e recuperação dos sítios terrestres e submarinos e dos


monumentos considerados como patrimônio cultural do Município;

VI - gestão da documentação governamental e sua franquia para consultas;

VII - preservação dos documentos e estabelecimento de incentivos para pesquisa,


criação, produção e divulgação dos bens e valores culturais do Município;

VIII - integração da cultura com a educação, formal ou informal, pela inclusão de


geografia, ecologia, pré-história, história e a manifestação cultural regional no currículo
escolar do Município;

IX - estímulo e integração de faculdade, universidades, centros de pesquisa e cultura,


associações civis, organizações sindicais e empresas de caráter cultural, a fim de garantir e
aprimorar a identificação, a preservação, conservação, a divulgação e o gerenciamento do
patrimônio cultural do Município;

X - cooperação com a União e o Estado na preservação, conservação e divulgação do


patrimônio cultural;

XI - tombamento de todos os documentos, artefatos e sítios detentores de reminiscências


dos indígenas e dos quilombos;

XII - promover ampla divulgação da legislação sobre o patrimônio cultural e difusão de


conhecimentos adquiridos através de pesquisas;

XIII - punir, na forma da Lei, os danos e ameaças ao patrimônio Cultural.

Seção III
Do Desporto

Art. 235É dever do Município fomentar a prática desportiva formal e não formal, inclusive
para pessoas portadoras de deficiência, como direito de cada um, observados:

I - a proteção e o incentivo às manifestações esportivas de criação nacional e olímpica;

II - a proteção e o incentivo às manifestações esportivas do Município;

III - direito de representação nos órgãos desportivos municipais do esporte feminino;

IV - criação e manutenção de espaços adequados para a prática de esportes nas escolas


e praças públicas;

V - o direito ao lazer mediante oferta de área pública para fins de recreação, esportes e
execução de programas educacionais e culturais;

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VI - a promoção do esporte educacional. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº


15/2005)

VII - Auxiliar e subvencionar o esporte amador, e em caso específico, o profissional.


(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 15/2005)

Art. 236O Município deverá sempre observar e estimular atividades físicas e desportivas em
locais próprios para os portadores de deficiências, ouvindo sempre os órgãos e entidades
específicas.

Art. 237Não será permitido lotear, construir, ou modificar praça de esporte ou área de lazer já
existente e reconhecida pela comunidade através de sua associação respectiva.

Parágrafo Único - Somente se admitirá mudança da destinação de área esportiva


mediante sua substituição por outra na mesma região, e com prévia anuência da Câmara
Municipal.

A educação física é considerada disciplina curricular regular e obrigatória nas escolas


Art. 238
municipais.

Parágrafo Único - Os estabelecimentos de ensino, públicos e privados, possuirão


espaços para a prática de atividades esportivas, equipadas materialmente e dotadas dos
recursos humanos qualificados, inclusive para os deficientes físicos.

Art. 239O servidor público selecionado para representar o Município, Estado ou o País, em
competições esportivas oficiais, terá assegurado seus vencimentos, direitos e vantagens de
forma integral.

CAPÍTULO VII
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Art. 240A manifestação do pensamento, a criação, a impressão e a informação, sob qualquer


forma, não sofrerão qualquer restrição.

Art. 241 O Município criará e manterá painéis para informação administrativa, cultural,
turística e de lazer, em pontos de boa visualização.

Art. 242O Poder Público Municipal, bem como seus órgãos e demais fundações ou empresas
que venham a ser criadas, prestigiarão a indústria gráfico-editorial estabelecida no Município,
inclusive para a impressão dos exemplares e de todo material necessário à divulgação da
nova Constituição Municipal.

CAPÍTULO VIII
DO TURISMO

Art. 243

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Art. 243 O Município promoverá e incentivará o turismo, como fator de desenvolvimento


econômico e social bem como de divulgação, valorização e preservação do patrimônio natural
e cultural cuidando para que sejam respeitadas as peculiaridades locais, não permitindo
efeitos desagregadores sobre a vida das comunidades envolvidas.

§ 1º O Município definirá a política municipal de turismo, buscando proporcionar as


condições necessárias para o pleno desenvolvimento da atividade.

§ 2º O instrumento básico de atuação do Município no setor será o Plano Diretor de


Turismo, que deverá estabelecer, com base no inventário do potencial turístico das diferentes
regiões do Município, e com a participação dos administradores envolvidos, as ações de
planejamento, promoção e execução da política de que trata este Artigo.

§ 3º Para cumprimento do disposto no parágrafo anterior, caberá ao Município, em ação


conjunta com o Estado, promover especialmente:

I - O inventário e a regulamentação do uso, ocupação e função dos bens naturais e


culturais de interesse turístico;

II - A infra-estrutura básica necessária à prática do turismo, apoiando e realizando


investimentos na produção, criação e qualificação dos empreendimentos, equipamentos e
instalações ou serviços turísticos, através de linhas de crédito especiais e incentivos;

III - O fomento do intercâmbio permanente com outros Municípios da Federação e com o


exterior visando fortalecimento do espírito de fraternidade e aumento do fluxo turístico nos
dois sentidos, bem como a elevação da média de permanência do turista em território do
Município.

CAPÍTULO IX
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Art. 244O Município promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a


capacitação tecnológica, privilegiando a tecnologia não-poluente e promotora do
desenvolvimento social.

Parágrafo Único - Para incentivo e promoção de pesquisa científica e tecnológica, o


Município poderá conveniar-se com o Estado, tendo em vista o bem público e o progresso das
ciências, bem como o desenvolvimento do sistema produtivo do Município.

Art. 245O Município apoiará a formação de profissionais nas áreas da ciência e tecnologia e
concederá às escolas profissionalizantes condições especiais de trabalho, priorizando a
tecnologia não poluente.

CAPÍTULO X
DOS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS

Art. 246

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Fica criada, como direito coletivo dos cidadãos, o Conselho Municipal dos Direitos
Art. 246
Humanos, que será mantido pela Prefeitura do Município e constituído por 1/3 (um terço) de
membros indicados pela Câmara Municipal, 1/3 (um terço) pelo Executivo e por 1/3 (um terço)
de membros indicados por representantes do Movimento Popular.

§ 1º O Conselho será presidido pelo Prefeito, ou substituto por ele indicado, e disporá de
serviço próprio de secretaria.

§ 2º A Secretaria Executiva será exercida por um representante do Movimento Popular.

§ 3º As reuniões do Conselho realizar-se-ão no mínimo uma vez por mês e serão


antecedidas de ampla divulgação e convocação pela imprensa e, pelo órgão oficial do
Município.

§ 4º O Conselho promoverá no mínimo duas assembléias populares por ano com ampla
convocação nos termos do parágrafo 3º, obrigando-se a divulgar suas propostas e decisões.

§ 5º O Conselho deverá solicitar ao Ministério Público e à Defensoria Pública do Estado


que indiquem representantes seus para acompanharem todos os trabalhos e diligências.

§ 6º O Conselho disporá de um corpo de procuradores e de advogados designados para


atenderem aos cidadãos e suas entidades representativas em todos os casos de violência a
ele denunciados, inclusive as praticadas pelos órgãos oficiais.

CAPÍTULO XI
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO IDOSO E DO DEFICIENTE

Art. 247 A família terá especial proteção do Poder Público, que lhe assegurará o exercício dos
direitos e garantias fundamentais reconhecidos pela Constituição Federal.

Art. 248No exercício do dever de proteção à família, o Município promoverá programas de


assistência especializada e integral à saúde e à educação da criança, do adolescente e do
idoso, podendo conveniar-se com o Estado ou entidade civis, visando o integral cumprimento
do que estabelece o Artigo 227 da Constituição Federal.

Art. 249 O Município aplicará percentual dos recursos públicos destinados à saúde na
assistência materno-infantil, proporcionais às taxas de natalidade registradas no Município.

Art. 250É dever do Município assegurar às pessoas portadoras de qualquer deficiência a


plena inserção na vida econômica e social e o total desenvolvimento de suas potencialidades,
obedecendo aos seguintes princípios:

I - proibir a adoção de critérios diferentes para admissão, a promoção, a remuneração e


a dispensa do serviço público municipal garantindo-se à adaptação de provas, na forma da
Lei;

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II - assegurar o direito à assistência desde o nascimento, incluindo a estimulação


precoce e a educação de 1º grau e profissionalizante, obrigatória e gratuita, sem limite de
idade;

III - garantir o direito à habilitação e reabilitação com todos os equipamentos necessários;

IV - garantir aos portadores de deficiência física e de limitação sensorial, assim como as


pessoas acima de 60 (sessenta) anos, prioridade para exercer o comércio eventual ou
ambulante no Município;

V - garantir a adoção de mecanismos capazes de assegurar o livre acesso aos veículos


de transporte coletivo, bem como aos cinemas, teatros, e demais casas de espetáculos
públicos;

VI - garantir o direito à informação e à comunicação considerando-se as adaptações


necessárias às pessoas portadoras de deficiência;

VII - O Município implantará sistemas de aprendizagem e comunicação para o deficiente


visual e auditivo, de forma a atender as suas necessidades educacionais e sociais;

VIII - O Município promoverá censos periódicos de sua população portadora de


deficiência.

Art. 251Fica criado o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Pessoas Portadoras de
Necessidades Especiais, constituído por dezessete membros com mandato de um ano, não
remunerado, permitida uma recondução, a saber: um representante indicado pelo executivo,
que presidirá o conselho, além de dois representantes eleitos pelas categorias (associações),
nas seguintes áreas de necessidade especial: Auditiva, Física, Mental, Renal, Visual,
Hanseniano, Ostomizado e Paralisia cerebral. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
11/2002)

Art. 252 O Município criará e manterá Centros Sociais dotados de infra-estrutura aptos a
abrigar crianças, órfãos, abandonados ou vítimas de violência familiar e social, bem como
cursos profissionalizantes para adolescentes entre 12 e 18 anos.

§ 1º Poderá ministrar os cursos profissionalizantes qualquer Entidade Civil interessada,


devidamente registrada no Município, que disponha de espaço físico.

§ 2º Caberá ao Poder Público Municipal a responsabilidade pelos recursos técnicos,


assim como fornecimento de merenda escolar.

Art. 253 O Município criará e manterá Centros de Repouso e Reabilitação, com assistência
social para idosos.

O Município criará e manterá aos maiores de sessenta anos, sem amparo da Família,
Art. 254
Centros de Repouso e Assistência Social.

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Parágrafo Único - Os Direitos a que se refere este Artigo serão extensivos aos portadores
de insuficiência física temporária para o trabalho, até a sua reabilitação.

CAPÍTULO XII
DA POLÍTICA AGRÁRIA E AGRÍCOLA

Art. 255 O Poder Público Municipal promoverá o desenvolvimento do setor rural, com
prioridade à fixação do homem no campo, a produção de alimentos para o abastecimento
regional, a redistribuição justa da propriedade e a reconstituição e preservação do meio
ambiente.

Parágrafo Único - Para garantir estes direitos, incumbe ao Poder Público:

I - instituir órgão na administração municipal que trate especificamente desta matéria;

II - instituir Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural específico que tenha por


objetivo a formulação da política agrícola no Município e composição paritária de
representantes do Poder Público, das Associações Civis dedicadas às questões fundiárias,
Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e do Órgão Oficial da Extensão Rural,
com participação na elaboração do Plano Diretor e dos Planos Trienais de Desenvolvimento
Rural.

III - consolidar as atuais zonas de uso predominantemente rural bem como outras que o
Plano Diretor indicar.

Art. 256Compete ao Poder Público Municipal colaborar com estudos, planos e projetos e por
uma ação direta na realização da reforma agrária, promovendo a fixação e valorização do
trabalhador rural, devendo, para isso, na forma a ser definida em Lei:

a) incentivar o assentamento dos agricultores sem terra;


b) colocar a disposição da reforma agrária, para assentamento de agricultores sem terra,
as terras públicas bem como as arrecadadas por instituições municipais e que não tiverem
destinação específica, por orientação do Conselho;
c) implementar, em áreas rurais próximas aos centros urbanos, projetos de cinturões
verdes e hortas comunitárias para a produção de alimentos, priorizando a agricultura
ecológica;
d) incluir, em todos os projetos de construções de obras públicas, que importem
desalojamento de agricultores, a prévia desapropriação por necessidade pública ou interesse
social de terras para o reassentamento dos que forem atingidos por tais obras;
e) fazer o levantamento das terras ociosas e inadequadamente aproveitadas no
Município;
f) realizar o cadastramento das áreas de conflito pela posse da terra no Município e
adoção de providências que assegurem a permanência do homem na terra;
g) garantir o usucapião segundo o Artigo 191 da Constituição Federal, com participação
efetiva do Município, através do cadastramento das famílias a serem beneficiadas,

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levantamento topográfico das áreas e apoio jurídico.


h) realizar e manter atualizado e de livre acesso aos interessados, no Setor de
Patrimônio, cadastro das propriedades rurais do Município com a indicação de uso do solo,
produção, cultura agrícola e desenvolvimento científico e tecnológico das unidades de
produção, bem como cadastro de todas as terras públicas, inclusive de suas empresas e
instituições financeiras, com dados precisos sobre sua situação e destinação;
i) regularizar a situação fundiária nas áreas rurais dos projetos de assentamento de
lavradores e adoção de contratos de concessão real de uso com estes;
j) garantir a prestação de serviço de assistência técnica e extensão rural gratuita, a
benefícios dos pequenos e médios produtores, dos trabalhadores rurais, suas famílias e
organizações, através de Órgão Oficial;
l) incentivar e manter pesquisa agropecuária que garanta o desenvolvimento do setor de
produção de alimentos, com progresso tecnológico voltado ao pequeno e médio produtor e às
tecnologias brandas e ecológicas que preservem o ecossistema e as características locais;
m) planejar e implementar a política de desenvolvimento agrícola compatível com a
política agrária e com a preservação do meio ambiente e conservação do solo, estimulando os
sistemas de produção integrada entre agricultura, pecuária, piscicultura e apicultura, bem
como métodos de agricultura ecológica;
n) desenvolver programas de irrigação e drenagem, eletrificação rural, produção e
distribuição de mudas e sementes, bem como reflorestamento ecológico e melhoramento de
rebanhos;
o) instituir programa de ensino associado à educação para a preservação do meio
ambiente no ensino de primeiro grau da rede municipal rural.

Art. 257No assentamento de agricultores, especialmente nos projetos de cinturões verdes


será incentivada a forma coletiva ou associativa de exploração da terra.

Art. 258O Município combaterá a propriedade improdutiva, definida esta nos termos da Lei,
como a que permanece ociosa ou que não venha atingindo os níveis de utilização e
exploração, segundo índices definidos por órgãos competentes no Município, de acordo com
levantamento elaborado por organismos de pesquisa reconhecidos pelo Poder Público
Municipal.

Art. 259 É vedada a concessão ou alteração de terras públicas, bem como o parcelamento
para fins urbanos nas áreas de reserva agrícola.

Art. 260No prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias da promulgação desta Lei Orgânica
será procedido ao levantamento sócio-econômico da área do Município a ser considerada
como reserva agrícola, caracterizando-se e determinando-se os tipos de unidade de
exploração econômica, às quais será assegurado tratamento especial.

Quaisquer projetos de desmembramento das terras da reserva agrícola, inclusive os


Art. 261
que visem a venda ou dação, somente poderão ser aprovados se os empreendimentos
planejados se destinarem, comprovadamente, à produção rural e desde que cada área a ser
desmembrada não seja inferior a 5 (cinco) hectares.

Art. 262

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Art. 262 A Lei definirá os critérios para enquadramento como pequeno agricultor.

Art. 263Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agroindustriais, agropecuárias,


pesqueiras e florestais.

Art. 264O Poder Público Municipal planejará e coordenará, em conjunto com o Conselho
Municipal de Desenvolvimento Rural, a execução de programas de conservação do solo,
aproveitamento dos recursos hídricos, reflorestamento e preservação do meio ambiente.

Art. 265 O Município incentivará a pesquisa e a difusão de tecnologias e de métodos de


cultivo ecológico e manejo integrado de pragas e doenças, entre outros, para o setor agrícola,
elaborando programas que atendam às necessidades dos produtores e trabalhadores rurais.

O Executivo encaminhará ao Legislativo um Plano Trienal de Desenvolvimento de


Art. 266
Produção e Abastecimento Municipal, a ser revisado anualmente.

O Município incentivará a criação de granjas, sítios e chácaras com fins produtivos,


Art. 267
em núcleos rurais, em sistema familiar, trabalhando em áreas não superior a um módulo rural.

O Município construirá mercado do produtor bem como garantirá apoio ao pequeno


Art. 268
produtor através do empréstimo de máquinas agrícolas e de transporte para a
comercialização da produção agro-pecuária.

Art. 269 O Município garantirá o abate de animais, promovendo a fiscalização sanitária


municipal, de acordo com as leis federais e estaduais e controlará as principais doenças de
caráter econômico e responsáveis por zoonoses, tais como combate a Febre Aftosa,
arbúnculo Hemático e Sintomático, Raiva Canina e Brucelose que devem ser definidos em lei
complementar.

Art. 270 O Município manterá fiscalização sanitária a fim de controlar e impedir o ingresso no
território municipal de animais e vegetais contaminados por pragas e doenças.

Art. 271O Município criará mecanismos de caráter orientador e fiscal para o controle da
produção agropecuária, exigindo nota fiscal para a circulação de produtos agropecuários.

O Município firmará convênios com entidades federais e estaduais e privadas para


Art. 272
implementação dos planos e projetos de reforma agrária no Município.

Art. 273 As fontes de água potável são de livre acesso a população devendo o Poder Público
garantir pelas formas legais o seu uso pela comunidade delas dependente.

Art. 274O Município apoiará a empresa ou o órgão encarregado da assistência técnica e


extensão rural no Município, através de recursos provenientes do F.P.M., nos termos da Lei.

TÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

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Os Poderes Públicos Municipais promoverão edição popular do texto integral desta Lei
Art. 1º
Orgânica, que será distribuída aos munícipes por meio das escolas, sindicatos, associações
de moradores e outras instituições representativas da comunidade.

Art. 2ºO Município editará Leis estabelecendo critérios para a compatibilização de seus
quadros de pessoal ao disposto no Artigo 3º da Constituição da República e à reforma
administrativa dela decorrente, no prazo de doze meses.

Art. 3ºO Município não poderá despender com pessoal mais do que cinquenta e cinco por
cento do valor das respectivas receitas correntes.

Parágrafo Único - O Município se a despesa de pessoal exceder o limite previsto neste


Artigo, retornará àquele limite, reduzindo o percentual excedente à razão de um quinto por
ano.

Art. 4ºO Vale Transporte será emitido, comercializado e distribuído pelas empresas
operadoras de transporte coletivo de passageiros, custeado pelos empregadores, sendo
vedado o repasse tarifário e admitida a delegação.

Parágrafo Único - Ficam estendidos os benefícios do Vale Transporte a todos os


servidores públicos municipais e do Poder Legislativo.

Art. 5ºProjetos sobre designações e modificações de nomenclaturas ou quaisquer outros


atos referentes a Bairros, excetuando-se denominação de ruas só poderão ser realizados
após consulta aos seus moradores, através de plebiscito.

O Prefeito Municipal encaminhará à Câmara Municipal no prazo de cento e vinte dias


Art. 6º
após a promulgação desta L.O., Lei atualizando o Código Tributário Municipal.

Art. 7ºFicam expressamente revogadas todas as isenções concedidas a Pessoas Jurídicas,


com fins lucrativos.

Art. 8ºO parcelamento de qualquer área no Município para fins de loteamento, até a
aprovação do Plano Diretor, dependerá de autorização legislativa por maioria absoluta.

Art. 9º Na elaboração do Plano Diretor será observado:

I - a revisão das áreas hoteleiras, a fim de fomentar o desenvolvimento industrial visando


um maior fluxo de turista não gravoso;

II - a priorização do crescimento demográfico atual e suas previsões futuras,


compatibilizando o desenvolvimento com as vocações naturais, culturais e econômicas do
Município;

III - o estabelecimento dos Códigos de Saneamento, Posturas, Segurança de Obras e de

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atuação dos profissionais reconhecidos pelo CREA.

Art. 10 Até a aprovação do Plano Diretor, é vedado:

I - a abertura de novas ruas e avenidas que prejudiquem a futura circulação urbana


viária;

II - aprovação de projetos e a conseqüente licença da construção, sem prévia declaração


da CERJ e da CEDAE, afirmando que têm condições de atender as necessidades da obra
durante a sua execução e após a sua conclusão;

III - a desativação ou parcelamento de salinas;

IV - alvará para instalação de atividade comercial conhecida como ferro velho.

No caso de impedimento do Artigo 10, item II, o interessado poderá usar alternativas,
Art. 11
mediante apresentação de projeto específico e assinatura de termo de compromisso.

Art. 12Para a aprovação de projeto de construções, unifamiliar e conjunto até 16 (dezesseis)


unidades, será obrigatória a execução de sistema de tratamento secundário de esgotos,
através de fossas, filtros anaeróbico e sumidouro, de acordo com a norma NBR 7229.

Parágrafo Único - Acima desses parâmetros é obrigatória a instalação de estação de


tratamento de esgotos.

Art. 13A solicitação de prorrogação da Licença e da aceitação do habite-se será requerida


pelo proprietário do imóvel juntamente com o técnico responsável pela sua execução.

A Mesa Diretora da Câmara Municipal designará uma Comissão composta de três


Art. 14
engenheiros ou arquitetos para acompanhar a elaboração do Plano Diretor.

Art. 15As licenças para novas construções multi-familiar em áreas já muito adensadas só
serão concedidas após aprovação de Lei que as determinará.

Parágrafo Único - O Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal no máximo 60


(sessenta) dias após a promulgação desta L.O., Lei dispondo sobre o assunto.

Art. 16Lei de iniciativa do Poder Executivo disporá sobre o comércio ambulante ou eventual,
dentro de noventa dias subseqüente à promulgação desta Lei Orgânica.

Art. 17O Poder Executivo encaminhará à Câmara, no prazo máximo de seis meses após a
promulgação da Lei Orgânica, proposta de Estatuto do Servidor Público Municipal,
estabelecendo regime jurídico único para os servidores da Administração Direta, autárquica e
fundacional.

Parágrafo Único - Na elaboração do Estatuto será garantida a participação do

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funcionalismo municipal, através de suas entidades representativas.

A arrecadação da Taxa de Iluminação Pública (TIP) será transferida obrigatoriamente


Art. 18
ao Tesouro Municipal constituindo-se em receita orçamentária do Município.

Art. 19Fica assegurada a concessão dos serviços de estacionamento e guarda de veículos


nas áreas públicas às entidades civis dedicadas ao atendimento e assistência às crianças,
aos adolescentes, aos deficientes e idosos carentes, legalizados na promulgação desta L.O.

Ficam isentos de pagamento de taxas de inscrição em concurso público municipal os


Art. 20
candidatos comprovadamente desempregados.

Art. 21O Município solicitará apoio técnico ao Corpo de Bombeiros, na elaboração do Plano
Diretor e na instalação, manutenção e reforma dos postos de guarda vidas, bem como na
instalação de hidrantes.

O Município incentivará edição de livros de autores cabofrienses e dos membros da


Art. 22
Academia Cabofriense de Letras.

Art. 23Fica assegurado ao servidor municipal a utilização do F.G.T.S. para amortização ou


quitação em financiamento do Sistema Financeiro da Habitação.

Art. 24Fica restrito ao Prefeito e ao Presidente da Câmara, o uso de carro oficial, como
representação.

Art. 25 Os veículos utilizados no serviço de transportes coletivos não poderão ter mais de 5
(cinco) anos de uso.

Art. 26O Município implantará o Conselho Municipal de Entorpecentes dando ênfase a


prevenção e reabilitação das pessoas dependentes de entorpecentes e drogas afins.

Fica definido como o de 1 (um) ano a contar da promulgação desta L.O. o prazo
Art. 27
máximo para o Poder Executivo desprivatizar todas as praias, rios, lagos e lagoas.

Art. 28 O Município garantirá o acesso às praias, rios, lagos e lagoas, proibidas as


privatizações.

Art. 29 A arrecadação do imposto sobre a propriedade de veículos automotores será aplicada


na sinalização do trânsito e em serviços afins.

O Município apoiará a criação de cooperativas de moradores destinados a construção


Art. 30
de casas próprias e auxiliará a população de baixa renda na edificação de suas habitações.

Art. 31O Poder Público, através da Procuradoria Geral do Município, assistirá as famílias de
baixa renda que tenham adquirido pela posse pacífica o direito de usucapião urbano e rural.

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Cabo Frio, (RJ), 05 de abril de 1990.

Ass. Jânio dos Santos Mendes

Josênio Pacheco Filho


Walmir Rodrigues de Lacerda
Adailton Pinto de Andrade
Osmar Sampaio
Acyr Silva da Rocha
Aires Bessa de Figueiredo
Benildo Mota
Carlos Roberto Silva
Carlos Roberto Nogueira dos Santos
Dirlei Pereira da Silva
Derson Jardim
Félix da Costa Gomes
José Oscar Elias
Marcos Valério Corrêa de Sant`Anna
Valfredo Santos da Silva
Wilmar Monteiro
Orlando da Silva Pereira
João José de Carvalho

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Posição Do Município Na Federação Brasileira

Posição Do Município Na
Federação Brasileira

1
Posição Do Município Na Federação Brasileira

Município de Cabo Frio na Federação brasileira

A posição do Município de Cabo Frio na Federação brasileira é a mesma de todos os


outros Municípios brasileiros, ou seja, de ente público de terceiro grau, constituindo-se em
um novo patamar de organização político-administrativa da Federação.

Essa autonomia é assegurada pela Constituição Federal nos seguintes aspectos:

 Autonomia político-administrativa: o Município de Cabo Frio tem autonomia para


organizar sua estrutura administrativa, legislar sobre assuntos de interesse local e
administrar seu patrimônio.

 Autonomia financeira: o Município de Cabo Frio tem autonomia para arrecadar e


aplicar seus próprios recursos financeiros.

 Autonomia tributária: o Município de Cabo Frio tem competência para instituir tributos
de sua competência, nos termos da Constituição Federal.

A autonomia municipal é um princípio fundamental do Estado brasileiro, que visa


garantir a participação da população local na gestão da coisa pública.

No entanto, a autonomia municipal não é absoluta. A Constituição Federal estabelece


uma divisão de competências entre os entes federativos, de modo a evitar conflitos de
atribuições.

A competência municipal de Cabo Frio abrange, em geral, os seguintes assuntos:

 Urbanismo e obras públicas: planejamento urbano, construção e manutenção de vias


públicas, saneamento básico, coleta de lixo, iluminação pública, etc.

 Saúde: serviços de saúde pública, como postos de saúde, hospitais, etc.

 Educação: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, etc.

 Segurança pública: guarda municipal, etc.

 Cultura: promoção da cultura local, etc.

 Turismo: promoção do turismo local, etc.

A Constituição Federal também estabelece um sistema de cooperação entre os entes


federativos, de modo a garantir a prestação de serviços públicos de forma eficiente e eficaz.

Nesse sentido, a União e o Estado do Rio de Janeiro podem transferir recursos


financeiros ao Município de Cabo Frio para o financiamento de ações de interesse local.

Portanto, a posição do Município de Cabo Frio na Federação brasileira é de autonomia,


mas essa autonomia é limitada pela divisão de competências estabelecida pela Constituição
Federal e pelo sistema de cooperação entre os entes federativos.

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Posição Do Município Na Federação Brasileira

Além disso, o Município de Cabo Frio é integrante da Região Metropolitana do Rio de


Janeiro, que é uma região metropolitana composta por 13 municípios. A Região
Metropolitana do Rio de Janeiro possui uma população estimada de 12,3 milhões de
habitantes e uma área territorial de 4.295,69 km².

O Município de Cabo Frio é um dos municípios mais importantes da Região


Metropolitana do Rio de Janeiro, devido à sua localização privilegiada, às suas belezas
naturais e ao seu potencial turístico.

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Competências Constitucionais Exclusivas, Concorrentes E Privativas No Ato De Legislar

Competências Constitucionais
Exclusivas, Concorrentes E
Privativas No Ato De Legislar

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Competências Constitucionais Exclusivas, Concorrentes E Privativas No Ato De Legislar

Repartição de Competências

Para entendermos a organização do Estado e consequentemente a repartição de


competências se faz necessário diferenciar a competência material, a competência de
realizar coisas (veja que todas iniciam por verbos), da competência legislativa, a
competência de regular matérias.

 Competência material – competência administrativa, ou seja, em realizar coisas


(verbos).

Exclusiva da União (art. 21) – Não cabe delegação

Comum (art. 23)* – Todos são competentes, inclusive os municípios.

Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o


Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem -
estar em âmbito nacional.

 Competência Legislativa – competência regulamentar

–Privativa da União (art. 22) – só a União pode legislar, entretanto a Lei complementar
poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas.

–Concorrente (art. 24) – competência da União, Estados e DF (Município não!!!)

Ainda sobre a competência legislativa concorrente temos as seguintes regras (caem


muito em prova, atenção nesse ponto!!!):

A competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais (Art. 24, §1º).

Acompetência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados (Art. 24, §2º).

 Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência


legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (Art. 24, §3º).

A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei


estadual, no que lhe for contrário (Art. 24, §4º).

Princípios na repartição de competência

Dois princípios nos ajudam a entender como foi idealizada a repartição de


competências. O primeiro, o princípio predominância do interesse, nos diz que cabe à União
as matérias de interesse nacional, já aos Estados caberão as matérias de interesse regional,
e aos Municípios, as matérias de interesse local.

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Competências Constitucionais Exclusivas, Concorrentes E Privativas No Ato De Legislar

O segundo princípio, princípio da subsidiariedade, que é utilizado principalmente nas


matérias de competência comum, diz que o exercício da competência deve ocorrer pelo ente
federativo mais próximo do “problema”.

Direito Civil – Organização do Estado

Outra informação importante para entender o panorama é que as competências da


União e dos Municípios estão expressamente previstas, enquanto as competências do
Estados são residuais. Entendido isso, vejamos alguns aspectos da competência de cada
ente.

Competências da União

Iniciemos pela competência exclusiva da União (Art. 21). O primeiro ponto a se observar
é que se trata de uma competência material, logo todas iniciam por verbos. Ao ler o artigo 21
vemos que as competências da União são em aspectos mais gerais, como normas gerais,
instituir diretrizes, ou temas mais “espinhosos”, como guerra ou atividades nucleares . Assim,
vejamos algumas competências que costumam confundir:

Art. 21. Compete à União:

XII – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:

a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;

d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras


nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;

e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;

XIV – organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito
Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; Já a Competência
privativa da União (Art. 22) é uma competência legislativa, ou seja, competência para
regulamentar. Vejamos algumas.

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

II – desapropriação;*

XI – trânsito e transporte;

XXV – registros públicos;

XXIX – propaganda comercial.

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Competências Constitucionais Exclusivas, Concorrentes E Privativas No Ato De Legislar

*Ainda que seja de competência privativa da União legislar sobre desapropriação, todos
os entes podem realizar (competência material) desapropriações.

Competência comum

A competência comum relaciona-se com assuntos de importantes para todos, temas


coletivos, tais como: zelar pela guarda da Constituição, saúde, meio ambiente, fomentar
cultura e etc.

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:

VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

XII – estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

*Atente-se que apesar da competência para legislar sobre trânsito ser privativa da
União, todos os entes têm competência para estabelecer educação no trânsito.

Competência legislativa concorrente

Perceba que a competência legislativa concorrente engloba a União, Estados e o


Distrito Federal, mas não os Municípios, assim é relativamente comum as bancas tentarem
incluir os Municípios para confundir os candidatos.

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar


concorrentemente sobre:

I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico*;

Ii – juntas comerciais;

V – produção e consumo;

Ix – educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento


e inovação

XII – previdência social, proteção e defesa da saúde*;

* Os direitos concorrentes são campeões em prova, tem que decorar!!!

Bizu: EU Posso Fixar Todos – Econômico, Urbanístico, Penitenciário, Financeiro


e Tributário

Assim, os demais direitos são de competência privativa da União.

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Competências Constitucionais Exclusivas, Concorrentes E Privativas No Ato De Legislar

*A competência para legislar sobre previdência social é concorrente (afinal, cada ente
tem a sua), mas cabe a união privativamente legislar sobre a seguridade social (Art. 22,
XXXII), atenção!

Competências dos Estados e do Distrito Federal

Sabemos que DF é um ente federativo ímpar e nesse sentido a Constituição outorgou


competência legislativa híbrida para o DF, ou seja, competência para legislar reservada aos
Estados e Munícipios.

Art. 32, § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas


aos Estados e Municípios.

Já aos Estados a competência como já vimos é residual, pois “São reservadas aos
Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição”, conforme o
Art. 25, §1º. Entretanto a competência para instituir impostos (Art. 154, I) e contribuições
residuais (Art. 195, §4º) é da União.

Apesar do que foi dito, a Constituição também elencou algumas competências de forma
expressas para os Estados ao longo do texto, por esse motivo elas são exaustivamente
cobradas em prova, decore!

Art. 25, § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão,


os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida
provisória para a sua regulamentação.

Art. 25,§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões


metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de
municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções
públicas de interesse comum.

Competências dos Municípios

Ainda que haja alguma divergência doutrina sobre à competência dos Municípios,
podemos entender o seguinte:

 Competência legislativa:

Competência exclusiva: para legislar sobre assuntos de interesse local (Art. 30, I)

Competência suplementar: para suplementar a legislação federal e a estadual no que


couber (Art. 30, II)

 Competência material: demais hipóteses do artigo 30 (III a IX)

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Competências Constitucionais Exclusivas, Concorrentes E Privativas No Ato De Legislar

Assim, vejamos uns incisos do artigo 30 (muito cobrado em prova!)

Art. 30. Compete aos Municípios:

Como vimos, os dois primeiros incisos estão relacionados a competência legislativa.

I – legislar sobre assuntos de interesse local;

II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

Demais são relacionados a competência administrativa.

III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas,
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados
em lei;

IV – criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,


os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter
essencial;

VI – manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas


de educação infantil e de ensino fundamental;

VII – prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de


atendimento à saúde da população;

VIII – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante


planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

Competência nos serviços

A Constituição elencou alguns serviços que podem ser realizados pelo ente federativo
ou mediante delegação, porém ao analisarmos a literalidade vemos que apenas a União
poderia delega por meio de autorização, concessão ou permissão, enquanto o Estado
somente por concessão, já o Município apenas por concessão ou permissão.

 União(Art. 21 XII) -> Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou


permissão (…)

 Estado(Art. 25, § 2º) -> Cabe aos Estados explorar diretamente, ou


mediante concessão (…)

 Município(Art. 30, V) -> Prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou


permissão (…) Assim, se uma questão associar a delegação de um serviço do Estado por
permissão, por exemplo, já podemos considerá-la como errada.

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Distritos Municipais

Distritos Municipais

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Distritos Municipais

Distritos municipais

Os distritos municipais são subdivisões administrativas de nível municipal que não têm
qualquer autonomia política no país. Tais distritos municipais costumam estar ulteriormente
divididos em bairros.

No Brasil, existem 10.670 distritos municipais, distribuídos em 5.568 municípios. Os


distritos municipais são criados por lei municipal, com base em critérios como população,
extensão territorial, importância econômica e social.

Os distritos municipais são submetidos ao poder da prefeitura. Em muitos municípios,


estes possuem pouca importância, e às vezes nem mesmo existem — o distrito-sede é o
distrito único.

Exemplos de Distritos Municipais no Brasil

 Cidade do Rio de Janeiro: os distritos municipais da cidade do Rio de Janeiro são:

o Centro

o Copacabana

o Botafogo

o Ipanema

o Leblon

o Flamengo

o Tijuca

o Jacarepaguá

o Barra da Tijuca

As competências administrativas dos distritos municipais podem variar de acordo com a lei
municipal. No entanto, geralmente incluem os seguintes serviços:

 Administração pública: atendimento ao público, emissão de documentos, etc.

 Educação: ensino fundamental, etc.

 Saúde: atendimento médico, etc.

 Segurança pública: guarda municipal, etc.

 Cultura: promoção da cultura local, etc.

 Turismo: promoção do turismo local, etc.


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Distritos Municipais

A divisão do território municipal em distritos pode ser útil para melhorar a prestação de
serviços públicos aos cidadãos. Isso porque os distritos podem ser mais próximos da
população do que a sede do município, o que pode facilitar o acesso aos serviços.

No entanto, a divisão do território municipal em distritos também pode ser um fator de


descentralização do poder, o que pode dificultar a coordenação das ações do governo
municipal.

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Poderes Municipais

Poderes Municipais

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Poderes Municipais

O Brasil é uma República Federativa

Seu nome completo e oficial é República Federativa do Brasil (RFB). Por República
quer-se dizer, em termos gerais, que no nosso país os cidadãos elegem, de tempos em
tempos, um Chefe para administrar as coisas do povo, as coisas públicas.

Já por federativa, quer-se dizer que o país é composto de entes federativos, divisões
administrativas que gozam de certa independência, elegem seus próprios chefes e fazem
suas próprias leis. Há um núcleo, um Poder Central, que une todos os membros da
República Federativa, e há os membros federados, que funcionam como “repúblicas”
menores, independentes, mas subordinadas ao Poder Central.

Segundo a nossa Constituição Federal (art. 18), os entes federativos do Brasil são
União, Estados, Distrito Federal e Municípios. A União é o Poder Central, exercido pelo
Presidente da República; os Estados são divisões menores, cujo poder é exercido pelo
Governador do Estado; e os Municípios são divisões menores ainda, chefiadas pelo Prefeito.

E aqui há uma hierarquia: os Estados prestam contas à União e os Municípios prestam


contas aos Estados. Ou seja, os municípios são os entes federativos mais básicos, mais
específicos, representam as menores divisões administrativas da nossa República.

Mas, como todos os entes federativos, eles também possuem autonomia para decidir
algumas coisas no seu território. Além do próprio Poder Executivo, possuem também seu
próprio Poder Legislativo, exercido pelos vereadores.

Quais são as competências de um Município?

As competências dos entes federativos foram dadas pela Constituição Federal e


divididas segundo o interesse de cada ente: matérias de interesse nacional são reservadas à
União, as de regional para os Estados, e as de interesse local para os Municípios.

Eis o artigo que trata das competências municipais:

Art. 30. Compete aos Municípios:

I – legislar sobre assuntos de interesse local;

II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas,
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos pra zos fixados
em lei;

IV – criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

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Poderes Municipais

V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os


serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter
essencial;

VI – manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas


de educação infantil e de ensino fundamental;

VII – prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de


atendimento à saúde da população;

VIII – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante


planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IX – promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e


a ação fiscalizadora federal e estadual.

Podemos resumir o que diz este artigo. Matérias de interesse local são, basicamente, as
que dizem respeito ou serão aproveitadas quase exclusivamente pela população de um
determinado Município.

Assim, por exemplo, compete ao Município administrar o transporte público local, cuidar
do planejamento das vias urbanas, cuidar da manutenção, iluminação e limpeza de parques
e praças da cidade; promover eventos culturais, atrações turísticas etc.

Embora a União e os Estados também sejam interessados na saúde e educação, os


municípios têm competência até para fazer hospitais e escolas. Por isso as cidades possuem
“Hospitais Municipais” e “Escolas Municipais”.

Todos esses assuntos, que fazem parte do bem-estar e desenvolvimento local, são de
competência do Município. Por isso as eleições municipais são tão importantes.

Quais são os limites dos poderes municipais?

A República Federativa do Brasil, como dissemos, possui uma hierarquia, e os


Municípios são os menores nela. Isto quer dizer que prefeitos não podem administrar nada
que esteja além do seu território, e que vereadores não podem fazer leis que ultrapassem os
limites municipais e o interesse local. Quer dizer, também, que os poderes municipais não
podem contrariar determinações de entes federativos maiores.

No entanto, não basta pensar em Leis Municipais apenas quanto ao interesse local. A
Constituição Federal, no art. 22, reservou alguns assuntos legislativos à competência
exclusiva da União. Só a União pode, por exemplo, editar leis penais (criar crimes), modificar
o sistema monetário e as regras de trânsito.

Embora a Constituição tenha simplesmente decidido que estas são matérias de


interesse nacional, a regra possui seus motivos. Imagine se cada estado ou município

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Poderes Municipais

possuísse a própria moeda, a própria legislação penal ou as próprias regras de trânsito? Não
só as autoridades estariam em uma situação complicada para aplicar a lei, como também as
pessoas encontrariam dificuldades em segui-la.

Mas alguns países pensam de outra forma. Os Estados Unidos, por exemplo, que têm
uma organização administrativa parecida com a do Brasil, entendem que essas dificuldades
são menos importantes do que o direito dos cidadãos de criar regras para o local onde
vivem. Lá, por isso, os entes federativos têm maior liberdade para criar leis, inclusive leis
penais.

Voltando ao Brasil, deve-se dizer que assuntos fora da competência exclusiva da União
podem ser matéria de leis estaduais e municipais, guardadas as devidas proporções de
hierarquia e território. Também é importante notar que o interesse local quase sempre está
ligado às competências de atuação do Município, que foram dadas nos capítulos anteriores
(arts. 23 e 30 da Constituição Federal).

Assim, temos que os Municípios podem legislar sobre assuntos de interesse local,
contanto que não esbarrem em competências exclusivas da União ou em normas já editadas
pelo Estado.

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Executivo – Prefeito Municipal: Posse, Funções (Políticas, Executivas, Administrativas) Atribuições, Auxiliares
Diretos, Deveres E Responsabilidades, Atos Privativos E Suas Finalidades

Executivo – Prefeito Municipal:


Posse, Funções (Políticas,
Executivas, Administrativas)
Atribuições, Auxiliares Diretos,
Deveres E Responsabilidades,
Atos Privativos E Suas
Finalidades

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Executivo – Prefeito Municipal: Posse, Funções (Políticas, Executivas, Administrativas) Atribuições, Auxiliares
Diretos, Deveres E Responsabilidades, Atos Privativos E Suas Finalidades

Posse

O prefeito municipal toma posse no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da sua


eleição. A posse é realizada em sessão solene da Câmara Municipal, na presença do juiz
eleitoral competente.

O prefeito municipal deve apresentar, no ato da posse, declaração de bens, que será
publicada no órgão oficial do município.

Funções

O prefeito municipal é o chefe do Poder Executivo municipal. Ele é o responsável pela


administração do município e pela execução das leis municipais.

As funções do prefeito municipal podem ser divididas em três categorias:

 Funções políticas: o prefeito municipal é o representante do município perante as


autoridades estaduais e federais. Ele também é o responsável pela representação do
município no âmbito internacional.

 Funções executivas: o prefeito municipal é o responsável pela execução das leis


municipais. Ele também é o responsável pela administração dos recursos financeiros e
materiais do município.

 Funções administrativas: o prefeito municipal é o responsável pela organização da


administração municipal. Ele também é o responsável pela nomeação e exoneração de
servidores públicos municipais.

Atribuições

As atribuições do prefeito municipal são estabelecidas pela Constituição Federal, pela


Constituição Estadual e pela Lei Orgânica do Município.

Algumas das principais atribuições do prefeito municipal são:

 Promulgar as leis aprovadas pela Câmara Municipal, com sanção ou veto;

 Exercer a administração dos bens do município;

 Executar as leis e regulamentos municipais;

 Providenciar a arrecadação e a aplicação das rendas municipais;

 Contratar e despedir servidores públicos municipais;

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Executivo – Prefeito Municipal: Posse, Funções (Políticas, Executivas, Administrativas) Atribuições, Auxiliares
Diretos, Deveres E Responsabilidades, Atos Privativos E Suas Finalidades

 Manter a ordem pública no município;

 Promover o bem-estar da população municipal;

 Representar o município, judicial e extrajudicialmente.

Auxiliares diretos

O prefeito municipal tem auxiliares diretos, que são os secretários municipais. Os


secretários municipais são responsáveis pela execução das políticas públicas municipais em
áreas específicas.

A escolha dos secretários municipais é de competência do prefeito municipal.

Deveres e responsabilidades

O prefeito municipal tem deveres e responsabilidades estabelecidos pela Constituição


Federal, pela Constituição Estadual e pela Lei Orgânica do Município.

Alguns dos principais deveres e responsabilidades do prefeito municipal são:

 Cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal, a Constituição Estadual, a Lei


Orgânica do Município e as leis;

 Manter a ordem pública no município;

 Promover o bem-estar da população municipal;

 Zelar pelo patrimônio público municipal;

 Prestar contas da sua administração à Câmara Municipal.

Atos privativos

O prefeito municipal tem atos privativos, que são atos que só podem ser praticados por
ele.

Alguns dos principais atos privativos do prefeito municipal são:

 Promulgar as leis aprovadas pela Câmara Municipal;

 Exercer a administração dos bens do município;

 Executar as leis e regulamentos municipais;

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Executivo – Prefeito Municipal: Posse, Funções (Políticas, Executivas, Administrativas) Atribuições, Auxiliares
Diretos, Deveres E Responsabilidades, Atos Privativos E Suas Finalidades

 Contratar e despedir servidores públicos municipais;

 Manter a ordem pública no município;

 Promover o bem-estar da população municipal;

 Representar o município, judicial e extrajudicialmente.

As finalidades dos atos privativos do prefeito municipal são garantir a sua autonomia e
a sua capacidade de atuação como chefe do Poder Executivo municipal.

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Substituição E Autorização Para Se Ausentar Do Município

Substituição E Autorização Para


Se Ausentar Do Município

1
Substituição E Autorização Para Se Ausentar Do Município

Prefeito municipal

O prefeito municipal pode se ausentar do município por motivo de férias, licença ou


outro interesse público. Nesse caso, ele deve ser substituído pelo vice-prefeito.

A substituição do prefeito municipal pelo vice-prefeito deve ser autorizada pela Câmara
Municipal. A autorização deve ser concedida por maioria simples de votos dos vereadores
presentes.

A autorização para a substituição do prefeito municipal pelo vice-prefeito deve ser


publicada no órgão oficial do município.

O prefeito municipal pode também delegar poderes ao vice-prefeito, que poderá praticar
atos em nome do prefeito, desde que não sejam privativos do prefeito.

A delegação de poderes deve ser feita por meio de decreto do prefeito municipal, que
deve ser publicado no órgão oficial do município.

A seguir, são apresentados os principais casos de substituição e autorização para se


ausentar do município do prefeito municipal:

Férias

O prefeito municipal tem direito a férias anuais de 30 dias. Durante as férias, o prefeito é
substituído pelo vice-prefeito.

A autorização para as férias do prefeito municipal deve ser concedida pela Câmara
Municipal, por maioria simples de votos dos vereadores presentes.

Licença

O prefeito municipal pode se licenciar do cargo por motivo de doença, maternidade,


paternidade ou outro interesse público relevante. Durante a licença, o prefeito é substituído
pelo vice-prefeito.

A licença do prefeito municipal deve ser autorizada pela Câmara Municipal, por maioria
simples de votos dos vereadores presentes.

Outro interesse público

O prefeito municipal pode se ausentar do município por motivo de outro interesse


público relevante, como a participação em eventos oficiais ou a representação do município

2
Substituição E Autorização Para Se Ausentar Do Município

em outros municípios ou estados. Nesse caso, ele deve ser autorizado pela Câmara
Municipal, por maioria simples de votos dos vereadores presentes.

A autorização para a ausência do prefeito municipal por motivo de outro interesse


público deve ser publicada no órgão oficial do município.

Delegação de poderes

O prefeito municipal pode delegar poderes ao vice-prefeito, que poderá praticar atos em
nome do prefeito, desde que não sejam privativos do prefeito.

A delegação de poderes deve ser feita por meio de decreto do prefeito municipal, que
deve ser publicado no órgão oficial do município.

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Legislativo – Câmara Municipal: Funções (Legislativas, Administrativas, Fiscalizadoras E Julgadoras), Número
De Vereadores, Composição. Instalação, Funcionamento, Organização

Legislativo – Câmara Municipal:


Funções (Legislativas,
Administrativas, Fiscalizadoras E
Julgadoras), Número De
Vereadores, Composição.
Instalação, Funcionamento,
Organização

1
Legislativo – Câmara Municipal: Funções (Legislativas, Administrativas, Fiscalizadoras E Julgadoras), Número
De Vereadores, Composição. Instalação, Funcionamento, Organização

Funções

A Câmara Municipal é o órgão legislativo do município. Ela é composta por vereadores,


que são eleitos pelo povo para representar os interesses da população municipal.

As funções da Câmara Municipal são estabelecidas pela Constituição Federal, pela


Constituição Estadual e pela Lei Orgânica do Município.

As principais funções da Câmara Municipal são:

 Funções legislativas: a Câmara Municipal é responsável pela elaboração das leis


municipais. As leis municipais são normas que regem a vida pública municipal.

 Funções administrativas: a Câmara Municipal é responsável pelo controle das ações


do Poder Executivo municipal. Ela pode, por exemplo, convocar o prefeito municipal para
prestar esclarecimentos sobre a sua administração.

 Funções fiscalizadoras: a Câmara Municipal é responsável pelo controle dos gastos


públicos municipais. Ela pode, por exemplo, realizar auditorias nas contas públicas.

 Funçõesjulgadoras: a Câmara Municipal é responsável pelo julgamento dos


vereadores que cometem infrações disciplinares.

Número de vereadores

O número de vereadores de cada município é estabelecido pela Constituição Estadual.


O número de vereadores varia de acordo com o tamanho da população do município.

Em geral, os municípios com população de até 100 mil habitantes têm 9 vereadores. Os
municípios com população de até 200 mil habitantes têm 15 vereadores. Os municípios com
população de até 300 mil habitantes têm 19 vereadores. Os municípios com população de
até 500 mil habitantes têm 23 vereadores. Os municípios com população de até 1 milhão de
habitantes têm 27 vereadores. Os municípios com população superior a 1 milhão de
habitantes têm 31 vereadores.

Composição

A Câmara Municipal é composta por vereadores eleitos pelo povo, em eleições diretas,
pelo sistema proporcional.

Para ser candidato a vereador, é necessário ser brasileiro nato ou naturalizado, ter
idade mínima de 21 anos e estar filiado a um partido político.

2
Legislativo – Câmara Municipal: Funções (Legislativas, Administrativas, Fiscalizadoras E Julgadoras), Número
De Vereadores, Composição. Instalação, Funcionamento, Organização

Instalação

A Câmara Municipal se instala no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da sua


eleição. A instalação é realizada em sessão solene, presidida pelo vereador mais votado.

Na sessão de instalação, são eleitos o presidente, o vice-presidente, o primeiro e o


segundo secretários da Câmara Municipal.

Funcionamento

A Câmara Municipal funciona de acordo com o regimento interno, que é uma norma que
estabelece o funcionamento da Câmara Municipal.

O regimento interno estabelece as regras para a realização das sessões plenárias, para
a formação das comissões parlamentares e para a atuação dos vereadores.

Organização

A Câmara Municipal é organizada em quatro órgãos:

 Plenário: o plenário é o órgão deliberativo da Câmara Municipal. É composto por todos


os vereadores.

 Comissõesparlamentares: as comissões parlamentares são órgãos auxiliares da


Câmara Municipal. São responsáveis por estudar e elaborar projetos de lei.

 Mesadiretora: a mesa diretora é o órgão administrativo da Câmara Municipal. É


composta pelo presidente, pelo vice-presidente, pelo primeiro e pelo segundo secretários.

 Comissões permanentes: as comissões permanentes são órgãos permanentes da


Câmara Municipal. São responsáveis por estudar e elaborar projetos de lei relacionados a
áreas específicas, como educação, saúde, obras públicas, etc.

As atribuições dos órgãos da Câmara Municipal são estabelecidas pelo regimento


interno.

3
Legislativo – Câmara Municipal: Funções (Legislativas, Administrativas, Fiscalizadoras E Julgadoras), Número
De Vereadores, Composição. Instalação, Funcionamento, Organização

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Conceitos Básicos Sobre Mesa Diretora, Plenário, Bancada, Legislatura, Comissões, Sessões (Ordinárias,
Extraordinárias E Solenes)

Conceitos Básicos Sobre Mesa


Diretora, Plenário, Bancada,
Legislatura, Comissões, Sessões
(Ordinárias, Extraordinárias E
Solenes)

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Conceitos Básicos Sobre Mesa Diretora, Plenário, Bancada, Legislatura, Comissões, Sessões (Ordinárias,
Extraordinárias E Solenes)

Mesa Diretora

A mesa diretora é o órgão administrativo da Câmara Municipal. Ela é composta pelo


presidente, pelo vice-presidente, pelo primeiro e pelo segundo secretários.

A mesa diretora é responsável pela organização dos trabalhos da Câmara Municipal,


pela gestão dos recursos financeiros da Câmara Municipal e pela representação da Câmara
Municipal perante as autoridades públicas.

Plenário

O plenário é o órgão deliberativo da Câmara Municipal. É composto por todos os


vereadores.

O plenário é responsável pela aprovação ou rejeição de projetos de lei, pela eleição da


mesa diretora e pela apreciação de outros assuntos de interesse do município.

Bancada

A bancada é o conjunto de vereadores de um mesmo partido político.

A bancada é responsável pela articulação política dos vereadores do mesmo partido


político.

Legislatura

A legislatura é o período de tempo em que uma legislatura exerce o mandato.

A legislatura municipal dura quatro anos, a contar da data da instalação da nova


Câmara Municipal.

Comissões

As comissões são órgãos auxiliares da Câmara Municipal. São responsáveis por


estudar e elaborar projetos de lei.

As comissões podem ser permanentes ou temporárias.

As comissões permanentes são órgãos permanentes da Câmara Municipal. São


responsáveis por estudar e elaborar projetos de lei relacionados a áreas específicas, como
educação, saúde, obras públicas, etc.

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Conceitos Básicos Sobre Mesa Diretora, Plenário, Bancada, Legislatura, Comissões, Sessões (Ordinárias,
Extraordinárias E Solenes)

As comissões temporárias são órgãos temporários da Câmara Municipal. São criadas


para estudar e elaborar projetos de lei específicos, que não sejam de competência das
comissões permanentes.

Sessões

As sessões são as reuniões da Câmara Municipal para deliberar sobre assuntos de


interesse do município.

As sessões podem ser ordinárias, extraordinárias ou solenes.

As sessões ordinárias são as sessões regulares da Câmara Municipal. Elas ocorrem,


em geral, às segundas, terças e quartas-feiras, às 18h.

As sessões extraordinárias são as sessões convocadas fora do calendário regular das


sessões ordinárias.

As sessões solenes são as sessões realizadas para celebrar eventos especiais, como a
posse dos vereadores, a entrega do título de cidadão honorário, etc.

Sessões Ordinárias

As sessões ordinárias são as sessões regulares da Câmara Municipal. Elas ocorrem,


em geral, às segundas, terças e quartas-feiras, às 18h.

As sessões ordinárias são divididas em três partes:

 Pequeno Expediente: é o período de tempo reservado para a apresentação de


moções, requerimentos e outros pedidos de providências.

 Grande Expediente: é o período de tempo reservado para a discussão e votação de


projetos de lei.

 Ordem do Dia: é o período de tempo reservado para a votação de projetos de lei que
estão na ordem do dia.

Sessões Extraordinárias

As sessões extraordinárias são as sessões convocadas fora do calendário regular das


sessões ordinárias.

As sessões extraordinárias podem ser convocadas pelo presidente da Câmara


Municipal, pelo prefeito municipal ou por um terço dos vereadores.
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Conceitos Básicos Sobre Mesa Diretora, Plenário, Bancada, Legislatura, Comissões, Sessões (Ordinárias,
Extraordinárias E Solenes)

As sessões extraordinárias são realizadas para tratar de assuntos urgentes ou de


interesse do município.

Sessões Solenes

As sessões solenes são as sessões realizadas para celebrar eventos especiais, como a
posse dos vereadores, a entrega do título de cidadão honorário, etc.

As sessões solenes são abertas pelo presidente da Câmara Municipal e podem contar
com a presença de autoridades públicas, como o prefeito municipal, o governador do estado
e o presidente da República.

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Comunicação Interpessoal E Organizacional

Comunicação Interpessoal E
Organizacional

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Comunicação Interpessoal E Organizacional

Comunicação Interpessoal E Organizacional

O que significa o termo?

Comunicação interpessoal é um termo que define a troca de informação entre duas ou mais pes-
soas, guiada por sinais verbais ou não verbais, dentro do macro tópico da 'comunicação'.

Dentro deste campo do conhecimento, os investigadores estão atualmente a concentrar-se em


seis categorias principais Estes são: adaptação da comunicação presencial verbal e não verbal, proces-
sos de produção de mensagens, o impacto da incerteza sobre o comportamento e estratégias de ges-
tão da informação, comunicação enganosa, dialética relacional e interação social mediada pela tecno-
logia.

Quais são as funções da comunicação?

De um modo geral, a comunicação tem várias funções. Informar, motivar, expressar sentimentos,
comandar, persuadir e interagir.

Os interlocutores não estão limitados a nenhuma destas funções, nem são completamente inde-
pendentes uns dos outros. Por exemplo, podem expressar emoções com o propósito de persuasão, ou
fornecer informações com o propósito de interação social em algum contexto.

O que é uma boa comunicação?

Uma boa comunicação é uma comunicação eficaz. Envolve mais aspectos do que simplesmente a
troca de informação. É ser capaz de compreender os sentimentos e intenções por detrás da informa-
ção que a outra pessoa está a dar, ser capaz de comunicar mensagens com clareza (a um vasto leque
de pessoas), compreender plenamente o significado do que está a ser dito e mostrar que a outra pes-
soa está a ouvir e compreende o que está a dizer.

Como tal, uma comunicação clara e eficaz requer a aprendizagem de algumas competências-
chave, mas tem benefícios significativos, incluindo o aprofundamento das ligações, a promoção da
confiança e do respeito, e a melhoria do trabalho de equipa e da resolução de problemas.

O que é a comunicação organizacional?

A comunicação organizacional é todos os recursos (tanto meios como formas) que uma organiza-
ção utiliza para falar com pessoas dentro e fora dela. Este tipo de comunicação move a empresa para
o público e estabelece a imagem da empresa no mercado organizacional.

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Comunicação Interpessoal E Organizacional

Este tipo de comunicação gere a relação entre a empresa e o público e o seu principal objetivo é
reforçar ativamente a marca junto dos empregados, clientes e do mercado. A comunicação organizaci-
onal tem muitas funções, as mais conhecidas das quais consistem em promover a compreensão in-
terna e externa dos objetivos da organização, integrar pessoas dentro da empresa e gerir crises de
reputação.

No entanto, quando se trata de comunicação interna (a comunicação que uma empresa faz aos
seus empregados), uma outra área de grande importância para a empresa, a área dos "recursos hu-
manos", está envolvida. Esta área deve ser a área mais humanizada da empresa, uma vez que lida di-
retamente com pessoas e os seus objetivos pessoais e profissionais, mas é também uma área que
ainda sofre de processos burocráticos e precisa de ser atualizada tecnicamente.

Para além da comunicação interna, a comunicação organizacional inclui a comunicação de mar-


keting e a comunicação institucional.

Comunicação organizativa

Tal como acima mencionado, os outros três aspectos da "comunicação organizacional" são Co-
municação Institucional, Comunicação de Marketing e Comunicação Interna. Contudo, al gumas em-
presas ainda estão confusas quanto ao objetivo da "comunicação organizacional", que gere a relação
entre a organização e o público.

Comunicação institucional

Este é o aspecto da comunicação organizacional que desempenha um papel na construção da


identidade, imagem e divulgação da empresa tanto a nível interno como externo. Este aspecto está
diretamente ligado ao aspecto empresarial, que constrói uma ação focalizada nos objetivos da em-
presa.

As principais atividades incluem o estabelecimento da imagem da instituição, o desenvolvimento


e distribuição dos produtos de comunicação da instituição, a organização de atividades de comunica-
ção externa e a produção de eventos.

Comunicação de marketing

Este aspecto é essencial para aumentar o valor da marca. Este tipo de comunicação centra-se na
venda dos produtos e serviços da própria empresa, promovendo a marca com a ajuda dos meios de
comunicação social (on e off-line) e ganhando assim mais visibilidade no mercado e vendendo mais.
Se quiser melhorar a imagem da sua empresa, a comunicação de marketing é um forte aliado.

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Comunicação Interpessoal E Organizacional

As suas principais responsabilidades incluem promoções de vendas, eventos corporativos, expo-


sições e workshops.

Comunicação interna

Esta é uma camada centrada na definição de objetivos que permitem a interação entre a organi-
zação e os seus empregados. A comunicação interna visa otimizar a relação entre a empresa e os seus
empregados e alcançar um ambiente organizacional mais positivo, envolvendo todos os empregados.

O departamento de RH é crucial a este respeito. O departamento de RH contribui significativa-


mente para o envolvimento dos funcionários e da organização, permitindo que as duas equipas traba-
lhem em conjunto para os objetivos da empresa.

Comunicação interna e RH

Já é evidente que a integração dos RH e da comunicação interna pode ter resultados positivos
para a organização no aumento do envolvimento dos funcionários.

Mas porquê falar de comunicação interna e RH? Ainda hoje, em muitas organizações, a comuni-
cação interna continua a ser da responsabilidade dos RH. Se este departamento não existir na organi-
zação, quem assume esta responsabilidade é a área mais humana, a área dos "recursos humanos",
que pode assegurar uma comunicação interna eficiente e um aumento da produtividade.

O departamento de RH (gestão de pessoas) é especializado em facilitar o bem-estar e o cuidado


dos empregados, compreender os diferentes profissionais dentro da organização e, como resultado,
aumentar a produtividade dos empregados. Por outras palavras, o RH pratica a comunicação interna e
conhece as melhores formas de envolver, motivar e inspirar todas as equipas de trabalho.

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Comunicação Interpessoal E Organizacional

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Atendimento Ao Público

Atendimento Ao Público

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Atendimento Ao Público

Atendimento Ao Público

Conhecer o público

É muito importante conhecer os seus clientes a fim de lhes fornecer o melhor serviço possível.
Ao saber mais sobre o cliente, poderá descobrir se ele prefere comunicar consigo por telefone, e-
mail, chat, redes sociais ou pessoalmente. A empresa pode então decidir quais os canais a oferecer
aos seus clientes.

Conhecer os seus clientes também o ajudará a compreender quais são os seus maiores
problemas e quais as questões que eles têm. Desta forma, pode antecipar as questões mais
frequentes e situações difíceis no seu serviço e já criar formas fáceis de resolver estes casos.

Seja sempre educado e objetivo

Para além de ouvir as perguntas do consumidor, é crucial ser educado durante o serviço. Inde-
pendentemente do canal através do qual o serviço é prestado, é importante que os profissionais pre-
sentes sejam agradáveis e conversadores, evitando linguagem grosseira ou queixas.

Por exemplo, se tiver sido cometido um erro por parte do estabelecimento, será interessante pe-
dir desculpa, mostrar simpatia e um desejo de ajudar o cliente a resolver a situação. Vai tranquilizar o
cliente e criar uma impressão positiva da empresa.

Também é importante ser objetivo, pois ninguém gosta de ser obrigado a esperar ou a ouvir tre-
tas quando está a tentar resolver um problema ou a fazer uma compra. É também importante ser ob-
jetivo para que o serviço não seja demasiado longo e que mais pessoas possam ser servidas durante o
dia.

Lembre-se, contudo, de que precisa ter muito cuidado para que a sua objetividade não se torne
desrespeitosa. É preciso encontrar o equilíbrio certo entre os dois.

Disponibilidade de software de apoio ao cliente

Certo software de gestão é agora um grande aliado do bom serviço ao cliente. Estas ferramentas
ajudam a acelerar o serviço ao cliente, por exemplo, através do chat e de um melhor controlo das
chamadas.

Podem também recolher e organizar informações sobre os clientes e ajudar os profissionais, a


saber, o que lhes oferecer.

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Atendimento Ao Público

Dependendo do software que a sua empresa escolher, há muitas possibilidades. No entanto,


este tipo de ferramenta é muito importante porque as suas características podem melhorar a quali-
dade de serviço do seu negócio. Como resultado, podem melhorar outros processos, tais como a
construção de relações com clientes e vendas.

É importante utilizar estas técnicas de serviço ao cliente para aumentar a satisfação do cliente,
atrair novos clientes e aumentar a lealdade dos clientes existentes. Por outras palavras, são
fundamentais para o crescimento da empresa.

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Processos De Comunicação

Processos De Comunicação

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Processos De Comunicação

Processos De Comunicação

O processo de comunicação ocorre quando o emissor (ou codificador) emite uma mensagem (ou
sinal) ao receptor (ou decodificador), através de um canal (ou meio). O receptor interpretará a
mensagem que pode ter chegado até ele com algum tipo de barreira (ruído, bloqueio, filtragem) e, a
partir daí, dará o feedback ou resposta, completando o processo de comunicação.

A palavra comunicar vem de o latim comunicar com significado de pôr em comum. É a forma que
encontramos para expressar nossos sentimentos, ideias e ações. Para que se estabeleça o processo de
comunicação é necessária a existência de elementos básicos.

Toda comunicação humana tem uma fonte: uma pessoa ou um grupo de pessoas com um objetivo.
Estabelecida uma origem, com ideias, necessidades, intenções, informações e um objetivo a comunicar,
torna-se necessário o segundo elemento. O objetivo da fonte tem de ser expresso em forma de
mensagem.

Na comunicação humana, a mensagem pode ser transmitida através de símbolos, tais como
palavras, escritas, desenhos e assim por diante, ou a troca de comportamentos, tais como gestos,
constato visual, linguagem corporal e outros atos não-verbais. Em muitos casos estão presentes os dois,
tanto os símbolos quanto os comportamentos. A chave é o entendimento desses símbolo s e
comportamentos.

Os objetivos da fonte são traduzidos num código através do terceiro elemento, o codificador,
responsável por pegar as ideias da fonte e pô-las num código, exprimindo o objetivo da fonte em forma
de mensagem. Na comunicação de pessoa para pessoa, a função codificadora é executada pelas
habilidades motoras da fonte, seu mecanismo vocal (que produz a palavra oral, gritos, notas musicais,
etc.), o sistema muscular da mão (que produz a palavra escrita, desenhos etc.), os sistemas musculares
de outras partes do corpo (que produzem os gestos da face e dos braços, a postura, etc.).

Quando falamos sobre situações de comunicação mais complexa, é comum separarmos a fonte
do codificador. Por exemplo, podemos considerar um gerente de vendas como fonte e os vendedores
como codificadores, pessoas que produzem mensagens para o consumidor, traduzindo as intenções ou
objetivos do gerente.

O quarto elemento é o canal. O canal é o intermediário, o condutor de mensagens. A escolha dos


canais é muitas vezes fator importante para a eficácia da comunicação.

O quinto elemento é o recebedor, o alvo da comunicação. Se falamos, alguém deve ouvir, quando
escrevemos, alguém deve ler. Para haver comunicação, deve haver alguém na outra ponta do canal.

Temos agora todos os elementos da comunicação, exceto um. Assim como a fonte precisa do
codificador para traduzir seu objetivo em forma de mensagens, para expressar seu objetivo num
código, o receptor precisa do decodificador para decifrar a mensagem e pô-la em forma que possa usar.

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Processos De Comunicação

Para a comunicação atingir os objetivos devemos considerar alguns cuidados, com eles
diminuímos o risco de estabelecer ruídos ou barreiras à comunicação.

Para Transmissão

• Seja o mais objetivo possível.

• Tenha paciência. Fale pausadamente. Observe o ritmo do outro e siga-o.

• Estude primeiro o que vai falar. Cuide para ter um objetivo claro.

• Procure adaptar sua linguagem a da pessoa. Não use palavras difíceis, gírias ou palavras típicas
de regiões que possam prejudicar a comunicação.

• Observe a linguagem verbal e a não verbal. Os gestos, as expressões faciais, a postura, são
fundamentais para nós.

Para Recepção

• Esteja sempre presente na situação, não “voe”, não se distraia.

• Não pense na resposta antes do outro terminar a mensagem. Escute, reflita e após, exponha o
seu ponto de vista.

• Anote pontos básicos se necessário.

• Evite expressar não-verbalmente cansaço, desinteresse ou falta de atenção.

• Respeite as colocações do outro. Mesmo que discorde, mostre que aceita o pensamento dele.
Não somos donos da verdade.

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Processos De Comunicação

Anotações:
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Comunicação Verbal E Não Verbal

Comunicação Verbal E Não


Verbal

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Comunicação Verbal E Não Verbal

Comunicação Verbal

A comunicação verbal pode ser definida como sendo toda linguagem falada ou escrita,
ou seja, toda mensagem transmitida através de palavras. É parte do dia a dia de todos nós e
possui uma variedade enorme, pois existem por volta de 7.000 idiomas no mundo!

De uma certa forma, a linguagem é diferente para cada um desses idiomas, com formas
diferentes de enxergar o mundo.

Outro ponto de destaque é o advento da escrita, considerada a maior invenção de todos


os tempos, e que permitiu que a informação fosse documentada, mantendo assim registros
para a posteridade.

É interessante também pontuar a escrita criativa, pois a escrita é uma excelente forma
de se comunicar através das palavras, e quanto melhor você souber usá -las, melhor a
mensagem será transmitida. E nada melhor do que entender uma mensagem e informação!

Sendo assim, é possível perceber a importância que a comunicação verbal tem. E não é
somente o que se diz, mas como se diz. Seu tom de voz e o volume com que fala
influenciam consideravelmente na comunicação, tornando uma mensagem mais "agradável"
ou não.

Enquanto o tom de voz é um elemento da linguagem não verbal, as palavras ditas


pertencem à verbal e têm muita importância na comunicação. Não caia nessas de achar que
elas não importam. Afinal de contas, não tem linguagem corporal e tom de voz que
consertem uma palavra errada na hora errada.

Comunicação Não Verbal

A comunicação não verbal é compreendida por tudo aquilo que não faz uso de
palavras. Já falamos sobre o tom de voz, mas esse é apenas um dos elementos desse tipo
de linguagem. Outro exemplo é a linguagem corporal, que abrange tanto os movimentos do
corpo quanto as expressões faciais.

Esse tipo de comunicação exerce muita influência no discurso, sendo um dos principais
pontos de observação para quem quer falar bem em público. Cuidados com as mãos, a
postura e a tonalidade da voz fazem a diferença, transmitindo mais confiança e segurança.

A linguagem não verbal possui características interessantes e universais, como alguns


gestos (existem várias exceções) que são entendidos em qualquer lugar do mundo ou
mesmo uma expressão facial de tristeza, que é basicamente a mesma para todos.

Outro exemplo de aplicação da linguagem não verbal é a sinalização de trânsito. Já


parou para pensar que a maioria das placas de trânsito não possuem palavras escritas?
Mesmo assim, entendemos perfeitamente a mensagem transmitida, pois aprendemos na
autoescola, pela repetição e pelo convívio na sociedade.
2
Comunicação Verbal E Não Verbal

É interessante perceber que nos acostumamos com essas convenções e achamos


muito estranho quando ocorre qualquer mudança. Pense bem, você consegue se imaginar
parando quando o semáforo indica luz verde? Seria bem estranho, não é mesmo?

Um ponto a se destacar é que essa escolha se deu baseada na nossa percepção


visual, que associa o vermelho ao perigo e o verde à tranquilidade. O amarelo, que é o
intermediário entre eles, se torna assim o sinal de atenção.

Mas qual a importância disso? Bem, é baseado na maneira como nossa interpretação
de mensagens não verbais é feita que desenvolvemos os estudos em linguagem corporal,
pois nossa mente associa determinados gestos a sentimentos, tornando a comunicação mais
ou menos efetiva.

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Ruídos Na Comunicação

Ruídos Na Comunicação

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Ruídos Na Comunicação

Ruídos

Ruídos na comunicação são quaisquer elementos — internos ou externos — que


possam interferir no processo de comunicação entre o emissor e o receptor. Essas barreiras
são constituídas por interferências ambientais, pessoais ou de linguagem.

As ocorrências de ruídos consideradas internas são ligadas em determinadas condições


inerentes ao indivíduo, seja ele quem transmite ou quem recebe a mensagem. Já as
barreiras externas dependem mais do meio físico do que comportamental.

Os ruídos de comunicação são divididos em quatro tipos:

 Físicos;

 Fisiológicos;

 Psicológicos;

 Semânticos.

Para melhor compreensão, veja abaixo cada um deles com mais detalhes.

Por que é necessário evitar os ruídos na comunicação?

A comunicação eficaz nos negócios é fundamental para alcançar o sucesso, pois


acontece diariamente entre colaboradores, clientes, potenciais clientes, varejistas e outras
partes interessadas externas ao empreendimento.

Para isso, é preciso evitar ao máximo a ocorrência das barreiras nos momentos de se
comunicar para que os indivíduos e grupos tenham um bom relacionamento e atinjam
os objetivos da empresa.

Os ruídos na comunicação podem causar resultados negativos nas corporações, como:

 Dificuldade na gestão;

 Insatisfação dos clientes;

 Distorção das mensagens;

 Treinamentos inadequados;

 Diminuição da produtividade;

 Aumento de erros nos processos;

 Aumento dos riscos de acidentes;

 Falta de engajamento dos colaboradores.


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Ruídos Na Comunicação

Identificar e evitar os ruídos auxilia as corporações a entregarem mensagens com


efetividade e a melhorarem o desempenho das suas equipes, principalmente quando falamos
em habilidades de comunicação. Quando as empresas não têm um time dedicado a isso, um
recurso eficaz é a contratação de treinamentos.

Como evitar os ruídos na comunicação?

Para evitar os ruídos na comunicação devemos, em primeiro lugar, identificar os seus


tipos. A partir daí, existem diversas maneiras de serem trabalhadas para que a comunicação
aconteça com fluidez e eficácia.

Prepare os ambientes

Conheça seu público-alvo

Respeite o público e seja carismático

Interaja com a plateia

Estude o assunto

Seja transparente

Invista em treinamentos

Peça feedbacks

Busque ajuda profissional

Portanto, evitar os ruídos na comunicação é essencial para o bom desempenho das


corporações. Quando eles são evitados, é possível obter um ambiente de trabalho saudável,
reduzir custos, prevenir conflitos internos e externos, entre outros benefícios. Siga as nossas
dicas e sucesso nos seus próximos eventos!

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Atendimento Telefônico

Atendimento Telefônico

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Atendimento Telefônico

Atendimento Telefônico

Quais são os princípios básicos do atendimento telefônico: 6 dicas

Antes de mais nada, tanto no receptivo quanto no ativo, é importante pensar que do outro lado
da linha, o seu interlocutor vai criar uma imagem de você por meio de três características: voz,
atitude profissional e maneira de se comunicar.

Por isso, esteja sempre atento à forma de utilização desses recursos. Usando-os
adequadamente, sua comunicação se dará sempre de forma positiva e essa é uma das principais
maneiras de entender como fazer um bom atendimento telefônico.

Para te ajudar nesses quesitos básicos, aqui estão algumas dicas de atendimento telefônico e de
como falar bem ao telefone com o cliente que irão aprimorar o atendimento de sua empresa.

Isso ajuda a criar uma primeira impressão consistente de sua equipe de atendimento. Além
disso, ao final da leitura, disponibilizamos um conteúdo exclusivo para auxiliar no atendimento e
abordagem ao cliente.

1. Profissionalismo no atendimento telefônico

Em primeiro lugar, use uma boa linguagem. Você não precisa usar a norma culta da língua
portuguesa, mas é saudável usar as palavras corretamente, fugindo de gírias e privilegiando uma
comunicação que transmita respeito e seriedade.

Portanto, além de gírias, evite também intimidades desnecessárias, nomes irônicos, ou


pronomes de tratamento menos adequados (como “querido”, “meu bem” e etc.).

Em suma, essa é uma das primeiras regras de atendimento ao telefone para passar uma imagem
positiva.

2. Fuja dos ruídos

Uma vez que os ruídos são prejudiciais aos clientes, a ligação se torna totalmente
antiprofissional.

Ou seja, tudo aquilo que atrapalha a sua comunicação com o seu interlocutor (chiados, sons,
conversas, barulhos) vai dificultar a sua comunicação. Preze sempre pela ligação de qualidade.

3. Fale no ritmo certo

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Atendimento Telefônico

Em terceiro lugar, não seja ansioso demais, pois isso vai fazer com que você cometa erros
desnecessários. O adequado é encontrar um meio termo entre falar rápido e devagar demais.

Dessa maneira, seu interlocutor vai entender perfeitamente a mensagem, que deve ser
transmitida com clareza e objetividade.

4. Tenha equilíbrio

Ao mesmo tempo, se você está lidando com um cliente difícil, menos educado ou arredio, use a
inteligência para contornar o problema.

Para isso, ouça o seu cliente atentamente, jamais seja hostil e tente manter a cordialidade.
Quando você faz isso e tem empatia no atendimento, você mantém a sua imagem intacta e não
prejudica a reputação da sua empresa.

5. Nunca diga “alô”

Apesar de ser trivial da nossa parte, em ambientes empresariais e corporativos, não é adequado
atender o telefone com “alô”.

Sem dúvida, o correto é sempre atender com o nome da empresa, o nome da pessoa,
juntamente das tradicionais saudações (bom dia, boa tarde, boa noite). Dessa forma, você evita a
perda de tempo de quem liga ao confirmar que está falando com a empresa certa e em perguntar seu
nome.

Além disso, quando for encerrar a conversa, lembre-se de ser amistoso, agradecendo e
reafirmando o que foi tratado na ligação.

6. Tenha postura afetuosa e prestativa

Sob o mesmo ponto de vista, ao atender o telefone você deve demonstrar para o interlocutor
uma postura de quem quer ajudá-lo, que se importa com seus problemas.

Atitudes negativas, com tom de voz desinteressado, melancólico e enfadonho contribuem para a
desmotivação de seu interlocutor. Esses são os princípios básicos do atendimento telefônico, que
pode fazer toda a diferença na experiência do cliente e na sua fidelização com a marca.

Zele sempre pelo bom atendimento telefônico

Sem espírito de cordialidade e cortesia não há relação profissional que dê certo. Além de soma r
qualidade ao seu perfil, o cliente encontra, na outra ponta da linha, uma consideração profissional.

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Atendimento Telefônico

Para finalizar, aqui estão mais algumas dicas sobre como fazer um bom atendimento telefônico:

Saiba escutar, anote o nome da pessoa com quem está falando e os postos-chave da conversa;

Chame o cliente pelo nome;

Use palavras mágicas, como: por favor, desculpe e obrigado;

Não deixe o cliente esperando na linha;

Não desligue o telefone antes do cliente;

Lembre-se que, para o cliente, você é a empresa.

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Atendimento Telefônico

Anotações:
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Serviços E Rotinas De Protocolo Expedição E Arquivo

Serviços E Rotinas de Protocolo


Expedição E Arquivo

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Serviços E Rotinas de Protocolo Expedição E Arquivo

A administração pública recebe e arquiva documentos em papel de terceiros e


cidadãos. O protocolo é um serviço que recebe, armazena, classifica, distribui, controla o
processamento e envio desses documentos. Leva em consideração a uniformidade e
uniformidade dos procedimentos, o que facilita a rastreabilidade dos documentos, evita o
reprocessamento e garante a habilidade do tratamento dos dados. O protocolo marca o início
das funções de gerenciamento de documentos. Essa etapa garante a eficiência do
arquivamento, pois os usuários seguem fielmente os procedimentos padrão. As rotinas
protocolares variam desde a entrada ou criação de processos e documentos até seu
rastreamento, processamento, análise e transmissão para as unidades ou para terceiros.

Para que tudo ocorra da melhor forma, as rotinas protocolares também devem ter boas
práticas, são elas:

Padronização de procedimentos

Estabelecer normas e procedimentos traz segurança da informação e organização do


trabalho. É importante que os órgãos e instituições padronizem os procedimentos para que
os processos sejam realizados com mais facilidade.

Acesso à informação

A transparência é uma ferramenta que possibilita o correto funcionamento da


administração pública. Facilitar e priorizar a liberação de informações (exceto alguns
documentos e processos restritos) é ideal para garantir uma gestão eficaz.

Respeitar as etapas do processo e o fluxo de informações

A conclusão efetiva de cada etapa do processo de gerenciamento leva ao correto


funcionamento do gerenciamento de registros. Um bom exemplo dessa boa prática é
interromper um processo ou enviar outra unidade após concluir as atividades sem mantê-la
aberta desnecessariamente na unidade atual.

Uso de tecnologia eficaz

A correta gestão de processos e documentos depende também de tecnologia adequada


que permita a consulta e processos administrativos abertos, o que aumenta a agilidade na
gestão, comunicação e integração do setor público.

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Tratamento E Atendimento

Tratamento E Atendimento

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Tratamento E Atendimento

Antes de mais nada, saiba que ambos os conceitos são determinantes para aprimorar o
relacionamento com o cliente. Todo esse cuidado é um dos segredos das pessoas que
conseguem vender produtos de maneira simples, objetiva e efetiva.

Elas sabem que um dos segredos para vender mais consiste em satisfazer plenamente
as necessidades dos clientes. Dito isso, tenha em mente que o tratamento do cli ente se
refere ao modo como você vai recepcioná-lo na loja e ajudá-lo a encontrar o que ele
realmente precisa.

Portanto, tratar bem um cliente é uma prática que requer toda a atenção na hora de se
comunicar com cada pessoa que entra no estabelecimento.

Já o atendimento está atrelado ao fato de você ter ou não o item buscado pelos
consumidores. De nada adianta, por exemplo, oferecer o melhor tratamento do mundo ao
cliente sem ter à disposição, afinal de contas, o item que ele deseja.

Claro que, com um bom poder de convencimento, há quem seja capaz de vender
qualquer item. Contudo, ao chegar à casa e notar que levou algo que não precisava, a
pessoa tende a se frustrar. Logo, as chances de retornar à mesma loja são baixas, o que é
muito negativo para os negócios.

Como conquistar o cliente com essas duas abordagens?

À medida que aprende a combinar tratamento e atendimento de clientes, você passa a


idealizá-los de uma maneira espontânea. Isso acontece porque, além de serem bem
tratados, eles terão confiança, pois sabem que têm uma ótima experiência na sua loja.

O sucesso de todo esse processo começa com a boa e velha cordialidade na hora de
iniciar o contato com cada consumidor em potencial. Repare, entretanto, que o diálogo
amigável deve prevalecer até o momento de concretizar a venda com o uso de alguns
excelentes técnicas de fechamento.

Com relação ao atendimento, é preciso ter máxima atenção às verdadeiras


necessidades do cliente. Para tanto, é importante valorizar a conversa, a fim de entender o
problema. Assim, fica mais fácil encontrar a solução.

Quais são os impactos de um bom tratamento no atendimento ao cliente?

Basicamente, um tratamento de excelência amplia a possibilidade de novas compras.


Quando um cliente é bem tratado, ele fica propenso até a encomendar o item desejado caso
este esteja indisponível naquele momento.

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Tratamento E Atendimento

Isso gera um diferencial competitivo significativo perante a concorrência.


Consequentemente, a loja terá mais faturamento e visibilidade no mercado. Cria -se, desse
modo, um ciclo favorável tanto à atração de novos clientes quanto à expansão dos negócios.

Agora que você sabe quais são as diferenças entre atendimento e tratamento de
clientes, é hora de atentar a essas abordagens — inclusive na venda por telefone. Afinal,
elas são decisivas para vender mais e melhor.

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Noções de protocolo e técnicas de arquivo

Noções de protocolo e técnicas de


arquivo

MÉRITO
Apostilas 1
Noções de protocolo e técnicas de arquivo

As atividades de recebimento de documentos, registro, controle de tramitação e


expedição de correspondências constituem os serviços de protocolo. E as
atividades de arquivamento e empréstimo de documentos são os serviços de
arquivo. Então, não podemos separar os serviços de protocolo dos serviços de
arquivo. Daí ser comum, na estrutura organizacional das instituições, a existência
de setores, normalmente denominados Arquivo e Protocolo, ou Arquivo e
Comunicação ou outro nome parecido, que respondem tanto pelo protocolo como
pelo arquivamento.

Em relação aos serviços de arquivo e protocolo, é importante destacarmos que as


rotinas e procedimentos para sua execução devem ser criados pela própria
instituição, obedecendo a um critério adequado às suas características. Não
podemos predeterminar e nem impor qualquer rotina ou procedimento a uma
empresa, mas apenas sugerir.

As atividades de recebimento de documentos, registro, controle de tramitação e


expedição de correspondências constituem os serviços de protocolo. E as
atividades de arquivamento e empréstimo de documentos são os serviços de
arquivo.

Em relação aos serviços de arquivo e protocolo, é importante destacarmos que as


rotinas e procedimentos para sua execução devem ser criados pela própria
instituição, obedecendo a um critério adequado às suas características. Não
podemos predeterminar e nem impor qualquer rotina ou procedimento a uma
empresa, mas apenas sugerir.

PROTOCOLO

É a denominação atribuída aos setores encarregados do recebimento, registro,


distribuição e movimentação e expedição de documentos. É também o nome
atribuído ao numero de registro dado ao documento ou, ainda, ao livro de registro
de documentos recebidos e expedidos.

1. Recebimento

2. Classificação (ostensivo, sigiloso, particular)

3. Registro (cadastro de controle, automatizado ou manual)

2
Noções de protocolo e técnicas de arquivo

4. Movimentação (distribuição – expedição)

ARQUIVO

Conjunto de documentos que, independentemente da natureza ou do suporte, são


reunidos por acumulação ao longo das atividades de pessoas físicas ou jurídicas,
públicas ou privadas.

Entidade administrativa responsável pela custódia, pelo tratamento documental e


pela utilização dos arquivos sob sua jurisdição. Edifício em que são guardados os
arquivos. Móvel destinado à guarda de documentos. Em processamento de dados,
conjunto de dados relacionados, tratados como uma totalidade.

ARQUIVO CORRENTE - Conjunto de documentos estreitamente vinculados aos


objetivos imediatos para os quais foram produzidos ou recebidos no cumprimento
de atividades-fim e atividades-meio e que se conservam junto aos órgãos
produtores em razão de sua vigência e da frequência com que são por eles
consultados. Unidade administrativa ou órgão encarregado do arquivo corrente.

ARQUIVO CENTRAL - Unidade responsável pelo controle dos documentos


acumulados pelos diversos setores e serviços de uma administração e pelos
procedimentos técnicos a que devem ser submetidos.

ARQUIVO INTERMEDIÁRIO - Constituído de documentos que não sendo de uso


corrente, aguardam em armazenamentos, sua destinação final. Unidade ou órgão
responsável pelo arquivo intermediário. Arquivo Geral.

ARQUIVO HISTÓRICO - Conjunto de documentos custodiados em caráter


definitivo, em função de seu valor. Unidade administrativa ou órgão encarregado
de arquivos permanentes.

MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO

Os principais métodos de arquivamento utilizados podem ser apresentados da


seguinte forma:

3
Noções de protocolo e técnicas de arquivo

a) Alfabético – é utilizado quando o elemento principal a ser considerado é o


nome, pode ser chamado de sistema direto, pois a pesquisa é feita diretamente no
arquivo por ordem alfabética. Este método é bastante rápido, direto e de fácil
utilização.

b) Geográfico – também é do sistema direto, onde a busca é realizada pelos


elementos procedência ou local, que estão organizados em ordem alfabética.

c) Numérico – este método deve ser utilizado quando o elemento principal é um


numero, sendo considerado sistema indireto, pois, para localizar um documento
faz-se necessário recorrer a um índice alfabético de assunto que fornecerá o
número sob o qual o documento foi organizado. Pode ser dividido em três tipos: o
numérico simples (para cada cliente existe um numero), o método numérico
cronológico (além do numero observa-se também a data do documento), e o
método dígito terminal (os documentos são numerados sequencialmente, mas sua
leitura apresenta uma peculiaridade que caracteriza o método, ou seja os números
são dispostos em três grupos de dois dígitos cada um e são lidos da direita para a
esquerda, formando pares). Este método é geralmente utilizado em arquivos com
grande volume de documentos com elemento principal número.

d) Assunto ou ideográficos – este método é bastante utilizado, porém, não é de


fácil aplicação porque depende de interpretação dos documentos sob analise e
diante disso requer grande conhecimento das atividades institucionais e da
utilização de vocabulários controlados. Podem ser apresentados alfabética ou
numericamente. No caso da apresentação alfabética, utiliza-se a ordem alfabético
enciclopédica, quando os assuntos correlatos são agrupados sob títulos gerais e
dispostos alfabeticamente; ou a ordem dicionário, que ocorre quando os assuntos
são dispostos alfabeticamente, seguindo-se a ordem sequencial das letras.

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Noções de protocolo e técnicas de arquivo

Anotações:
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Conhecimento Das Rotinas De Expedição De Correspondências E Documentos

Conhecimento Das Rotinas De


Expedição De Correspondências
E Documentos

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Conhecimento Das Rotinas De Expedição De Correspondências E Documentos

Rotinas de expedição de correspondências e documentos

As rotinas de expedição de correspondências e documentos são um conjunto de


processos que visam garantir que as correspondências e documentos sejam enviados de
forma rápida, eficiente e segura. Essas rotinas geralmente incluem os seguintes passos:

1. Recebimento das correspondências e documentos: as correspondências e


documentos são recebidos por um funcionário responsável por verificá-los e armazená-los
em um local seguro.

2. Classificação das correspondências e documentos: as correspondências e


documentos são classificados de acordo com o seu tipo, assunto e destinatário.

3. Preparo das correspondências e documentos para envio: as correspondências e


documentos são preparados para envio, o que pode incluir a anexação de etiquetas de
endereço, o pagamento de selos e a embalagem dos documentos em envelopes ou caixas.

4. Envio das correspondências e documentos: as correspondências e documentos


são enviados para o seu destinatário por meio de diferentes meios, como correio,
transportadora ou e-mail.

5. Rastreamento das correspondências e documentos: as correspondências e


documentos são rastreados para garantir que eles sejam entregues ao seu destinatário de
forma segura e eficiente.

As rotinas de expedição de correspondências e documentos são importantes para


garantir que as informações sejam recebidas pelo destinatário pretendido de forma rápida,
eficiente e segura. Elas também ajudam a evitar a perda ou extravio de documentos
importantes.

Aqui estão algumas dicas para melhorar as rotinas de expedição de correspondências e


documentos:

 Useum sistema de gerenciamento de documentos para organizar e arquivar suas


correspondências e documentos.

 Estabeleça um processo claro para o envio de correspondências e documentos.

 Treine seus funcionários sobre as rotinas de expedição de correspondências e


documentos.

 Use
um software de rastreamento de correspondências e documentos para
acompanhar o status de suas correspondências e documentos.

Méri Curiosidade

Ao seguir essas dicas, você pode melhorar as rotinas de expedição de


correspondências e documentos e garantir que suas informações sejam entregues de forma
rápida, eficiente e segura.
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Protocolos (Recebimento, Registro, Distribuição, Tramitação E Expedição De Documentos)

Protocolos (Recebimento,
Registro, Distribuição,
Tramitação E Expedição De
Documentos)

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Protocolos (Recebimento, Registro, Distribuição, Tramitação E Expedição De Documentos)

Protocolo

O Protocolo compreende um conjunto de operações que possibilita o controle do fluxo


documental (local por onde passa os documentos no órgão/instituição), viabilizando a sua
recuperação e o acesso à informação. Portanto, Protocolo é o setor responsável pelo
recebimento, registro, distribuição, tramitação e expedição de documentos.

O protocolo pode ser Centralizado e descentralizado

Centralizado: Os documentos e atividades de controle ficam em um único local na or-


ganização

Descentralizado: Os documentos e atividades de controle ficam dentro de cada depar-


tamento. A descentralização dos arquivos correntes obedece basicamente a dois critérios:
centralização das atividades de controle (protocolo) e descentralização de arquivos; e des-
centralização das atividades de controle (protocolo) e dos arquivos.

Recebimento:

Como o próprio nome diz, é onde se recebe os documentos e onde se separa o que é
oficial e o que é pessoal.

Os pessoais são encaminhados aos seus destinatários.

Já os oficiais podem sem ostensivos e sigilosos. Os ostensivos são abertos e analisa-


dos, anexando mais informações e assim encaminhados aos seus destinos e os sigilosos
são enviados diretos para seus destinatários.

Registro:

Todos os documentos recebidos devem ser registrados eletronicamente com seu nú-
mero, nome do remetente, data, assunto dentre outras informações.

Depois do registro o documento é numerado (autuado) em ordem de chegada.

Depois de analisado o documento ele é classificado em uma categoria de assunto para


que possam ser achados. Neste momento pode-se até dar um código a ele.

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Protocolos (Recebimento, Registro, Distribuição, Tramitação E Expedição De Documentos)

Distribuição:

Também conhecido como movimentação, é a entrega para seus destinatários internos


da empresa. Caso fosse para fora da empresa seria feita pela expedição.

Tramitação:

A tramitação são procedimentos formais definidas pela empresa. É o caminho que o do-
cumento percorre desde sua entrada na empresa até chegar ao seu destinatário (cumprir
sua função). Todas as etapas devem ser seguidas sem erro para que o protocolo consiga lo-
calizar o documento. Quando os dados são colocados corretamente, como datas e setores
em que o documento caminhou por exemplo, ajudará a agilizar a sua localização.

Expedição de documentos:

A expedição é por onde sai o documento. Deve-se verificar se faltam folhas ou anexos.
Também deve numerar e datar a correspondência no original e nas cópias, pois as cópias
são o acompanhamento da tramitação do documento na empresa e serão encaminhadas ao
arquivo. Os originais são expedidos para seus destinatários.

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Técnicas de arquivamento classificação, organização, arquivos correntes e protocolo

Técnicas de arquivamento
classificação, organização, arquivos
correntes e protocolo

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Técnicas de arquivamento classificação, organização, arquivos correntes e protocolo

Técnicas de arquivamento classificação, organização, arquivos correntes e protocolo

Conceito e definição dos Arquivos

“O conjunto de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter


público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pes-
soa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos” (Art. 2ª da lei nº
8.159/1991).

Classificação do arquivo

a) Natureza dos documentos: De acordo com a natureza dos documentos, classificam-se em itens
especiais e especiais, sendo o arquivo especial constituído por documentos em vários formatos, por
exemplo DVD. CDs, fitas e microfilmes que merecem tratamento especial em termos de armazena-
mento e manuseio técnico devido às suas características de mídia. Um arquivo especial consiste em
documentos de um determinado campo do conhecimento humano, independentemente do meio em
que a informação está armazenada. Exemplos de coleções especiais são, entre outros, arquivos médi-
cos, arquivos técnicos.

b) Expansão: conforme a expansão, os arquivos podem ser setoriais, estabelecidos em conjunto


com departamentos da instituição, ou arquivos centrais ou gerais que reúnem documentos de diferen-
tes setores da instituição.

c) Estágios de desenvolvimento: para esses estágios distinguem-se os arquivos em atual, interme-


diário e permanente, que corresponde ao ciclo vital do conhecimento, também chamado de teoria das
três eras. O artigo 8º da Lei nº 8.159/1991 define essas três etapas da seguinte forma:

Dossiês correntes: ou estão em andamento ou são aqueles que são frequentemente negociados,
ainda que não tenham sido transferidos.

Arquivos de estoque: são aqueles que atualmente não são utilizados pelas organizações produto-
ras de órgãos por conveniência administrativa e aguardam descarte ou coleta para armazenamento
permanente.

Arquivos permanentes: acervos de documentos de valor histórico, probatório e informativo pre-


servados permanentemente.

d) Unidades de manutenção: de acordo com as características da unidade de acervo documental,


podem ser divididas em:

Arquivos públicos: são compilados pelos órgãos federais, estaduais e municipais. Os arquivos re-
colhidos por empresas privadas responsáveis por serviços públicos também são considerados públicos.

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Técnicas de arquivamento classificação, organização, arquivos correntes e protocolo

Arquivos particulares: arquivos criados ou obtidos como resultado das atividades de pessoas físi-
cas ou jurídicas. (Lei nº 8.159/1991, artigo 11).

Exemplo: arquivos empresariais, institucionais, pessoais.

Ressalte-se que os registros pessoais/familiares, empresariais e institucionais também podem ser


chamados de arquivos particulares.

Nota: preste atenção ao classificar, codificar e catalogar os assuntos dos documentos arquivísticos,
bem como ao classificar documentos e documentos, que apesar da semelhança, a classificação dos
documentos arquivísticos também pode ser: Por gênero (texto, movimento), gráficos etc.…), tipo de
documento (óbvio e confidencial), tipo de documento (minuta, memorando, ofício), tipologia de docu-
mento (ata de reunião, certidão de casamento, aviso de tal).

Arquivos Correntes

Os documentos da fase atual possuem grande potencial de utilização por uma instituição produ-
tiva e são utilizados para suas funções administrativas como tomada de decisão, avaliação de processos,
controle de tarefas, etc. As principais funções desempenhadas nesta etapa são protocolo, despacho,
arquivamento, cotação, consulta e destino.

Protocolo

Os documentos desta etapa oferecem excelente oportunidade de tramitação nas regiões e seto-
res da instituição; para que essa documentação não se perca, sua movimentação deve ser controlada
por meios especiais que garantam sua localização e segurança.

Como já vimos, o protocolo desempenha as seguintes funções para atingir esses objetivos:

Aceitação: inclui a função de receber documentos e dividi-los em duas categorias: oficial de as-
suntos institucionais e institucionais interesse privado, que trata do conteúdo dos interesses pessoais.
Os documentos oficiais são divididos em pseudo e confidenciais. O que aparece na natureza deve ser
aberto e analisado. Durante a análise, é necessário verificar se existem outros registros para o docu-
mento recebido para obter a referência correta. Documentos confidenciais e privados devem ser envi-
ados diretamente aos destinatários apropriados.

Registro: os documentos recebidos com o protocolo são registrados em formulários ou sistemas


eletrônicos, nos quais, entre outras coisas, são explicadas as informações referentes ao seu número,
nome do remetente, data e assunto, tipo.

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Técnicas de arquivamento classificação, organização, arquivos correntes e protocolo

Avaliação: Após o registro, os documentos são numerados (avaliados) de acordo com a ordem de
chegada ao arquivo. Beatificar a palavra também significa criar um processo.

Classificação: analise e identifique o conteúdo dos documentos, selecione uma categoria de tó-
pico de pesquisa, códigos podem ser atribuídos a eles. Caso a instituição possua esse instrumento, essa
tarefa é feita por meio do plano de avaliação.

Processamento (envio/distribuição): consiste na entrega dos documentos aos respectivos desti-


natários. Broadcasting é o envio de documentos para setores de trabalho, enquanto a postagem é o
envio desses documentos para o exterior.

Controle de processamento: trata-se de atividades destinadas a fixar a localização do documento


na instalação. Tal controle pode ser realizado por meio de notebooks de protocolo ou sistemas eletrô-
nicos, o que garante maior segurança e agilidade no manuseio do processo de controle.

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Técnicas E Métodos De Arquivamento, Modelos De Arquivos E Tipos De Pastas

Técnicas E Métodos De Arquivamento,


Modelos De Arquivos E Tipos De
Pastas

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Técnicas E Métodos De Arquivamento, Modelos De Arquivos E Tipos De Pastas

Técnicas E Métodos De Arquivamento, Modelos De Arquivos E Tipos De Pastas

Compreendendo a importância do arquivamento eficaz de documentos

Tanto em pequenas como em grandes empresas multinacionais, a gestão de documentos é uma


tarefa delicada e fundamental, pois as informações neles contidas podem ser necessárias a qualquer
momento. Portanto, para facilitar a recuperação desses documentos, é importante que os critérios de
arquivamento sejam claros. Isso ocorre porque muitas vezes é necessário verificar informações ou
consultar um documento arquivado mesmo no curso dos negócios e com urgência, e sua organização
ideal é importante.

Arquivamento por assunto

Uma das técnicas de gerenciamento de documentos mais utilizadas é o arquivamento por as-
sunto. Como o nome sugere, esse método consiste em arquivar documentos de acordo com o assunto
neles tratado. Permite agrupar documentos sobre temas relacionados e encontrar informações com-
pletas sobre um tema específico de forma simples e direta, o que é particularmente interessa nte para
empresas que processam grandes volumes de documentos sobre o mesmo tema.

Ordem alfabética

Uma das técnicas de arquivamento documental mais conhecidas é o método alfabético, onde os
documentos arquivados são organizados em ordem alfabética, o que promove uma consulta mais in-
tuitiva e eficiente.

Como o nome sugere, o principal elemento deste modelo é o nome. Estamos falando de um mé-
todo muito utilizado nas empresas porque tem a vantagem de ser rápido e simples.

No entanto, geralmente ocorrem erros ao armazenar grandes quantidades de dados. Isso se


deve à variedade de nomes e também à tensão nos olhos do funcionário.

É possível combinar este método com uma seleção de cores para agilizar a busca e o salvamento
de documentos. Isso torna mais fácil encontrar a letra que você está procurando. Esse método é co-
nhecido como Variadex e usa cores como auxílio para localizar e recuperar documentos.

Deve ser lembrado que esta é apenas uma variante em ordem alfabética. Essa técnica também
pode ser combinada com o arquivamento por assunto, usando ordem alfabética ao dividir a organiza-
ção.

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Técnicas E Métodos De Arquivamento, Modelos De Arquivos E Tipos De Pastas

Método do número O método do número

É outra opção de envio e é uma excelente opção para empresas que processam documentos
grandes. Consiste em atribuir uma sequência a cada documento, o que permite que as consultas se-
jam feitas de acordo com um índice numérico predefinido.

Como o nome sugere, este método é usado para classificar documentos por números. Ao usá -lo,
você pode escolher entre três formatos diferentes: final numérico simples, cronológico ou numérico.

Método de Número Simples

Este formulário é utilizado quando a organização é feita por pasta ou número de documento. É
amplamente utilizado para organizar prontuários de pacientes, filmes, procedimentos e pastas pe sso-
ais.

Método de numeração cronológica

Um método para classificar documentos por data. Ele é bastante utilizado para organizar ade-
quadamente documentos financeiros, fotos e outros arquivos onde a data é um elemento importante
para encontrar informações.

Numérico Método Numérico

Ao usar números maiores com muitos dígitos, o método simples não é satisfatório. Isso porque
se torna trabalhoso e lento. Portanto, é melhor usar o método do terminal numérico neste caso.

Neste, a ordenação é feita com base nos dois últimos números. Se forem idênticos, a ordem é
dada a partir dos dois números anteriores. Isso torna o arquivamento mais rápido e eficiente.

O método eletrônico

Eletrônico consiste no método de arquivamento eletrônico de documentos, sua digitalização -


que não só favorece sua organização das mais diversas formas e da maneira que melhor se adapta às
preferências e necessidades da empresa, mas também de gerenciamento online e até mesmo remoto

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Técnicas E Métodos De Arquivamento, Modelos De Arquivos E Tipos De Pastas

Método geográfico

Este método é usado se os documentos forem apresentados de acordo com o local de sua
organização, ou seja, se a empresa decidir classificar os documentos de acordo com sua origem. No
entanto, a aplicação do método geográfico requer dois padrões de acordo com a literatura arquivista.

Tipos de pastas

Pasta com aba elástica

Este tipo de pasta é perfeito para guardar documentos A e Ofícios que precisam ser transporta-
dos de um lugar para outro, pois cabem facilmente em bolsas e mochilas. Existem modelos de pape-
lão ou plástico que são mais duráveis.

Folder Catálogo

Este modelo de capa é prático para guardar páginas frente e verso dentro de qualquer plástico.
Geralmente tem boa fixação, o que é muito bom!

Pasta com botão e zíper

Além das pastas com aba elástica, este modelo também é perfeito para transportar documentos
para reuniões e viagens, e por possuir botão e/ou zíper para fechar, protege bem os documentos.

Pasta com canal

Trata-se basicamente de uma pasta L, mas com um canal que "segura" o documento e permite
que ele seja transportado com mais facilidade e tranquilidade.

Pasta com grampos

Esta pasta é para grampear documentos para que não caiam facilmente e você tenha algum tipo
de capa e papel protetor para um determinado conjunto de páginas como contratos.

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Técnicas E Métodos De Arquivamento, Modelos De Arquivos E Tipos De Pastas

Pasta de congressos

Este tipo de pasta é muito utilizado em congressos, feiras, workshops... geralmente contém bro-
churas e brindes em papel que são distribuídos após estes eventos.

Pasta L

Esse modelo é bem simples, geralmente é feito de plástico e possui algumas páginas que serão
usadas no final. Isso é muito útil para documentos que são fáceis de usar todos os dias.

Pasta Polionda

Esta pasta é uma versão maior da pasta de borracha, por isso é muito útil para armazenar mui-
tos documentos que não são usados com tanta frequência, mas não podem ir para a lixeira. Muito
eficaz para escritório e uso pessoal. Arquivo do Registrador

AZ os arquivos

AZ são amplamente utilizados em escritórios de contabilidade e grandes empresas, pois são


muito úteis para um grande número de documentos que precisam ser armazenados junto com dados
de identificação. Eles geralmente são colocados em prateleiras para facilitar o acesso.

Pasta acordeão

Este tipo de pasta é normalmente utilizado para armazenar faturas ou documentos pagos. Eles
são usados em escritórios, mas também são populares para uso pessoal. Além disso, suporta um
grande número de entidades. Pasta suspensa

As pastas suspensas

São amplamente utilizadas nos departamentos de RH e recursos humanos das empresas, pois
são eficazes para manter os documentos dos funcionários e também de fácil acesso. Eles podem ser
pendurados em arquivos na mesa do escritório e reconhecidos na tela, facilitando a localização do
documento.

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Técnicas E Métodos De Arquivamento, Modelos De Arquivos E Tipos De Pastas

Méri Curiosidade

Alternativas para facilitar o compartilhamento de documentos

-Nuvem - Digitalização

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Terminologia Arquivística

Terminologia Arquivística

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Terminologia Arquivística

Glossário de Terminologia Arquivística

ACESSO

Possibilidade de consulta a documentos e informações.

Função arquivística destinada a tornar acessíveis os documentos e a promover sua


utilização.

ACONDICIONAMENTO

Embalagem ou guarda de documentos visando à sua preservação e acesso.

ARQUIVAMENTO

Sequência de operações intelectuais e físicas que visam à guarda ordenada de


documentos.

Ação pela qual uma autoridade determina a guarda de um documento cessada a sua
tramitação.

ARQUIVISTA

Profissional de nível superior, com formação em arquivologia ou experiência


reconhecida pelo Estado.

ARQUIVO

Conjunto de documentos produzidos e acumulados por uma entidade coletiva pública ou


privada, pessoa ou família, no desempenho de suas atividades, independentemente da
natureza do suporte.

Instituição ou serviço que tem por finalidade a custódia o processamento técnico a


custódia, o processamento técnico a conservação e o acesso a documentos.

Instalações onde funcionam arquivos.

Móvel destinado à guarda de documentos.

2
Terminologia Arquivística

ARQUIVO ADMINISTRATIVO

Arquivo com predominância de documentos decorrentes do exercício das atividades-


meio de uma instituição ou unidade administrativa.

ARQUIVO CENTRAL

Arquivo responsável pela normalização dos procedimentos técnicos aplicados aos


arquivos de uma administração, podendo ou não assumir a centralização do
armazenamento. Também chamado arquivo geral.

ARQUIVO CORRENTE

Conjunto de documentos em tramitação ou não, que, pelo seu valor primário é objeto de
consultas frequentes pela entidade que o produziu, a quem compete a sua administração.

Arquivo responsável pelo arquivo corrente.

ARQUIVO INTERMEDIÁRIO

Conjunto de documentos originários de arquivos correntes com uso pouco frequente,


que aguarda destinação.

Arquivo responsável pelo arquivo intermediário. Também chamado pré-arquivo.

Depósito de arquivos intermediários.

ARQUIVO PERMANENTE

Conjunto de documentos preservados em caráter definitivo em função de seu valor.

Arquivo responsável pelo arquivo permanente. Também chamado arquivo histórico.

ARQUIVOLOGIA

Disciplina que estuda as funções do arquivo e os princípios e técnicas a serem


observados na produção, organização, guarda, preservação e utilização dos arquivos.
Também chamada arquivística.

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Terminologia Arquivística

ARRANJO

Sequência de operações intelectuais e físicas que visam à organização dos documentos


de um arquivo ou coleção de acordo com um plano ou quadro previamente estabelecido.

ASSINATURA DIGITAL

Assinatura em meio eletrônico, que permite aferir a origem e a integridade do


documento.

ATIVIDADE-FIM

Atividade desenvolvida em decorrência da finalidade de uma instituição. Também


chamada atividade finalística.

ATIVIDADE-MEIO

Atividade que dá apoio à consecução das atividades-fim de uma instituição. Também


chamada atividade mantenedora.

AVALIAÇÃO

Processo de análise de documentos de arquivo que estabelece os prazos de guarda e a


destinação de acordo com os valores que lhes são atribuídos.

CATÁLOGO

Instrumento de pesquisa organizado segundo critérios temáticos, cronológicos,


onomásticos ou toponímicos, reunindo a descrição individualizada de documentos
pertencentes a um ou mais fundos de forma sumária ou analítica.

CICLO VITAL DOS DOCUMENTOS

Sucessivas fases por que passam os documentos de um arquivo da sua produção à


guarda permanente ou eliminação.

CLASSIFICAÇÃO
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Terminologia Arquivística

Organização dos documentos de um arquivo ou coleção de acordo com um plano de


classificação, código de classificação ou quadro de arranjo.

Análise e identificação do conteúdo de documentos seleção da categoria de assunto


sob documentos, a qual sejam recuperados, podendo-se-lhes atribuir códigos.

Atribuição a documentos ou às informações neles contidas, de graus de sigilo conforme


legislação específica. Também chamada classificação de segurança.

CÓDIGO DE CLASSIFICAÇÃO

Código derivado de um plano de classificação.

CÓDIGO DE REFERÊNCIA

Código elaborado de acordo com a Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística


–ISAD(G), destinado a identificar qualquer unidade de descrição.

COLEÇÃO

Conjunto de documentos com características comuns, reunidos intencionalmente.

COMISSÃO DE AVALIAÇÃO E DESTINAÇÃO

Grupo multidisciplinar encarregado da avaliação de documentos de um arquivo


responsável pela elaboração de tabela de temporalidade.

CONSERVAÇÃO

Promoção da preservação e da restauração dos documentos.

CONSULTA

Busca direta ou indireta de informações.

CUSTÓDIA

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Terminologia Arquivística

Responsabilidade jurídica de guarda e proteção de arquivos independentemente de


vínculo de propriedade.

DESCARTE

Exclusão de documentos de um arquivo após avaliação.

DESCLASSIFICAÇÃO

Ato pelo qual a autoridade competente libera à consulta no todo ou em parte,


documento anteriormente sujeito a grau de sigilo.

DESCRIÇÃO

Conjunto de procedimentos que leva em conta os elementos formais e de conteúdo dos


documentos para elaboração de instrumentos de pesquisa.

DESINFESTAÇÃO

Processo de destruição ou inibição da atividade de insetos.

DESTINAÇÃO

Decisão, com base na avaliação, quanto ao encaminhamento de documentos para


guarda permanente, descarte ou eliminação.

DOCUMENTAÇÃO

Conjunto de documentos.

Ato ou serviço de coleta, processamento técnico e disseminação de informações e


documentos.

DOCUMENTO

Unidade de registro de informações qualquer que seja o suporte ou formato.

6
Terminologia Arquivística

DOCUMENTO ESPECIAL

Documento em linguagem não-textual, em suporte não convencional, ou, no caso de


papel, em formato e dimensões excepcionais, que exige procedimentos específicos para seu
processamento técnico, guarda e preservação e cujo acesso depende, na maioria das vezes,
intermediação tecnológica.

DOCUMENTO PESSOAL

Documento cujo teor é de caráter estritamente particular.

Documento que serve à identificação de uma pessoa.

DOCUMENTO PÚBLICO

Do ponto de vista da acumulação, documento de arquivo público.

Do ponto de vista da propriedade, documento pertencente ao poder público.

Do ponto de vista da produção, documento emanado do poder público.

DOSSIÊ

Conjunto de documentos relacionados entre si por assunto (ação, evento, pessoa, lugar,
projeto), que constitui uma unidade de arquivamento.

EDITAL DE CIÊNCIA DE ELIMINAÇÃO

Ato publicado em periódicos oficiais que tem por objetivo anunciar e tornar pública a
eliminação.

ELIMINAÇÃO

Destruição de documentos que, na avaliação foram considerados sem valor


permanente. Também chamada expurgo de documentos.

EMPRÉSTIMO
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Terminologia Arquivística

Transferência física e temporária de documentos para locação interna ou externa, com


fins de referência, consulta reprodução pesquisa ou exposição.

FUNDO

Conjunto de documentos de uma mesma proveniência. Termo que equivale a arquivo.

FUNDO ABERTO

Fundo ao qual podem ser acrescentados novos documentos em função do fato de a


entidade produtora continuar em atividade.

FUNDO FECHADO

Fundo que não recebe acréscimos de documentos, em função de a entidade produtora


não se encontrar mais em atividade.

GÊNERO DOCUMENTAL

Reunião de espécies documentais que se assemelham por seus caracteres essenciais,


particularmente o suporte e o formato, e que exigem processamento técnico específico e, por
vezes, mediação técnica para acesso, como documentos audiovisuais, documentos
eletrônicos, documentos filmográficos, documentos sonoros, documentos micrográficos. Há
ainda gêneros de documentos iconográficos, documentos musicais, documentos
textuais, documentos bibliográficos, documentos cartográficos.

GESTÃO DE DOCUMENTOS

Conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação


uso, avaliação e arquivamento de documentos em fase corrente e intermediária, visando sua
eliminação ou recolhimento.

GRAU DE SIGILO

Gradação de sigilo atribuída a um documento em razão da natureza de seu conteúdo e


com o objetivo de limitar sua divulgação a quem tenha necessidade de conhecê-lo.

8
Terminologia Arquivística

GUIA

Instrumento de pesquisa que oferece informações gerais sobre fundos e coleções


existentes em um ou mais arquivos.

HIGIENIZAÇÃO

Retirada, por meio de técnicas apropriadas, de poeira e outros resíduos, com vistas à
preservação dos documentos.

INDEXAÇÃO

Processo pelo qual documentos ou informações são representados por termos,


palavras-chave ou descritores propiciando a recuperação da informação.

ÍNDICE

Relação sistemática de nomes de pessoas, lugares, assuntos ou datas contidas em


documentos ou em instrumentos de pesquisa acompanhados das referências para sua
localização.

INSTRUMENTO DE PESQUISA

Meio que permite a identificação localização ou consulta a documentos ou a


informações neles contidas. Expressão normalmente empregada em arquivos permanentes.

INVENTÁRIO

Instrumento de pesquisa que descreve, sumária ou analiticamente, as unidades de


arquivamento de um fundo ou parte dele, cuja apresentação obedece a uma ordenação
lógica que poderá refletir ou não a disposição física dos documentos.

ITEM DOCUMENTAL

Menor unidade documental, intelectualmente indivisível, integrante de dossiês ou


processos.

Unidade documental fisicamente indivisível. Também chamada peça.

9
Terminologia Arquivística

LISTAGEM DE ELIMINAÇÃO

Relação de documentos cuja eliminação foi autorizada por autoridade competente.


Também chamada lista de eliminação.

LISTAGEM DESCRITIVA DO ACERVO

Relação elaborada com o objetivo de controlar a entrada de documentos em arquivos


intermediários e em arquivos permanentes.

MICROFILMAGEM

Produção de imagens fotográficas de um documento em formato altamente reduzido.

ORGANICIDADE

Relação natural entre documentos de um arquivo em decorrência das atividades da


entidade produtora.

PLANO DE CLASSIFICAÇÃO

Esquema de distribuição de documentos em classes de acordo com métodos de


arquivamento específicos, elaborado a partir do estudo das estruturas e funções de uma
instituição e da análise do arquivo por ela produzido. Expressão geralmente adotada em
arquivos correntes.

PRAZO DE ELIMINAÇÃO

Prazo fixado em tabela de temporalidade ao fim do qual os documentos não


considerados de valor permanente deverão ser eliminados.

PRAZO DE GUARDA

Prazo, definido na tabela de temporalidade e baseado em estimativas de uso, em que


documentos deverão ser mantidos no arquivo corrente ou no arquivo intermediário ao fim do
qual a destinação é efetivada. Também chamado período de retenção ou prazo de retenção.

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Terminologia Arquivística

PRESERVAÇÃO

Prevenção da deterioração e danos em documentos por meio de adequado controle


ambiental e/ou tratamento físico e/ou químico.

PROCESSAMENTO TÉCNICO

Expressão utilizada para indicar as atividades de identificação classificação, arranjo,


descrição e conservação de arquivos. Também chamado processamento arquivístico,
tratamento arquivístico ou tratamento técnico.

PROTOCOLO

Serviço encarregado do recebimento, registro, classificação, distribuição, controle da


tramitação e expedição de documentos.

QUADRO DE ARRANJO

Esquema estabelecido para o arranjo dos documentos de um arquivo a partir do estudo


das estruturas, funções ou atividades da entidade produtora e da análise do acervo.
Expressão adotada em arquivos permanentes.

RECOLHIMENTO

Entrada de documentos públicos em arquivos permanentes com competência


formalmente estabelecida.

Operação pela qual um conjunto de documentos passa do arquivo intermediário para o


arquivo permanente.

RELAÇÃO DE RECOLHIMENTO

Listagem descritiva do acervo adotada em arquivos permanentes.

RELAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA

Listagem descritiva do acervo adotada em arquivos intermediários.


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Terminologia Arquivística

REPRODUÇÃO

Processo de produção de cópia de um documento no conteúdo e na forma, mas não


necessariamente em suas dimensões.

REPROGRAFIA

Conjunto dos processos e técnicas de duplicação e reprodução de documentos que não


recorrem à impressão tais como fotocópia processo eletrostático termografia e
microfilmagem.

RESTAURAÇÃO

Conjunto de procedimentos específicos para recuperação e reforço de documentos


deteriorados ou danificados.

RESTRIÇÃO DE ACESSO

Limitação do acesso em virtude do estado de conservação do estágio de organização


ou da natureza do conteúdo.

SEÇÃO

Subdivisão do quadro de arranjo que corresponde a uma primeira fração lógica do fundo
em geral reunindo documentos produzidos e acumulados por unidade(s) administrativa(s)
com competências específicas. Também chamada subfundo.

SÉRIE

Subdivisão do quadro de arranjo que corresponde a uma sequência de documentos


relativos a uma mesma função, atividade, tipo documental ou assunto.

SERVIÇO DE REFERÊNCIA

Conjunto de atividades destinadas a orientar o usuário quanto aos documentos relativos


ao tema de seu interesse, aos instrumentos de pesquisa disponíveis e às condições de
reprodução.

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Terminologia Arquivística

Unidade administrativa responsável pelo serviço de referência.

SISTEMA DE ARQUIVOS

Conjunto de arquivos que, independentemente da posição que ocupam nas respectivas


estruturas administrativas, funcionam de modo integrado e articulado na persecução de
objetivos comuns.

SISTEMA DE GESTÃO DE DOCUMENTOS

Conjunto de procedimentos e operações técnicas cuja interação permite a eficiência e a


eficácia na produção, tramitação uso, avaliação arquivamento e destinação de documentos.

SUBSÉRIE

Num quadro de arranjo a subdivisão da série.

TABELA DE TEMPORALIDADE

Instrumento de destinação aprovado por autoridade competente, que determina prazos


e condições de guarda tendo em vista a transferência, recolhimento, descarte ou eliminação
de documentos.

TÉCNICO DE ARQUIVO

Profissional de arquivo de nível médio, por formação ou experiência reconhecida pelo


Estado.

TERMO DE DOAÇÃO

Instrumento legal particular que define e formaliza uma doação a arquivo.

TERMO DE ELIMINAÇÃO

Instrumento do qual consta o registro de informações sobre documentos eliminados


após terem cumprido o prazo de guarda.

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Terminologia Arquivística

TERMO DE RECOLHIMENTO

Instrumento legal que define e formaliza o recolhimento de documentos ao arquivo


permanente.

TERMO DE TRANSFERÊNCIA

Instrumento legal que define e formaliza a transferência de documentos para o arquivo


intermediário.

USUÁRIO

Pessoa física ou jurídica que consulta arquivos. Também chamada consulente, leitor ou
pesquisador.

VOCABULÁRIO CONTROLADO

Conjunto normalizado de termos que serve à indexação e à recuperação da informação.

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Classificação De Documentos E Correspondências

Classificação De Documentos E
Correspondências

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Classificação De Documentos E Correspondências

A importância da classificação e avaliação como foco

A classificação de documentos pode ser descrita como uma série de atividades que
tendem a dividir os documentos em categorias e subcategorias de acordo com estruturas,
funções e funções organizacionais.

No entanto, é importante entender que após a desclassificação é necessário avaliar os


documentos que incidem sobre o abandono não funcional, mesmo que alguns nunca sejam
abandonados.

Por outro lado, não é possível nem necessário guardar todos os documentos, porque
eles desempenham uma função importante por um certo tempo, após o qual perdem seu
valor original, o que leva ao seu descarte, para que as informações que ainda permanecem
válido é de alguma forma bloqueado.

Ocorrem classificações e subcategorias

Existem três critérios para definir as categorias e subcategorias do plano de


classificação de documentos:

Funcionais: As categorias correspondem à função dos documentos;

Estrutura: De acordo com a estrutura da organização;

Assunto: Conteúdo registrado em documentos.

O calendário de documentos, por sua vez, é definido como um instrumento aprovado


pela autoridade competente, que regula a finalidade final dos documentos, determina as
condições de preservação dos documentos de acordo com seu valor administrativo, legal e
fiscal, define as condições da sua transferência, as condições de conservação dos
documentos coleta ou descarte.

Pode, inclusive, ser considerada a principal ferramenta do processo de avaliação


documental, que dá resultados práticos sobre a falta de documentos acumulados e a retirada
de informações desnecessárias.

A prática dessas medidas permite que as empresas gerenciem informações, controle de


atividades, fluxos de documentos, avaliação e direcionamento de documentos, o que
aumenta a produtividade das indústrias.

Segue abaixo a classificação dos documentos segundo suas características e :

- Gênero;

- Espécies;

- Tipologia;
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Classificação De Documentos E Correspondências

- A natureza do objeto;

- Formulário;

- Formulário.

Agora que já sabemos o que são as classes, vamos nos aprofundar um pouco mais e
entender todas elas.

Gênero

Refere-se à apresentação de um documento de acordo com seu suporte. Os


documentos podem assim ser textuais, cartográficos - por exemplo desenhos e mapas,
iconográficos - pinturas, cartazes, filmes, sons, micrografias e informáticos ou digitais - doc
ou pdf.

Tipo

É uma definição baseada na disposição e na natureza das informações, por exemplo:


protocolo, contrato, portaria, ofício, certidão, etc.

Tipologia

A tipologia documental é uma composição que assume um tipo com base na atividade
que a criou, por exemplo: Contrato de prestação de serviços e certidão de nascimento.

Natureza da matéria

Esta é a natureza da matéria contida no documento, neste caso independentemente de


prejudicar a administração se divulgada ou não. Se a sua divulgação não for prejudicial, diz -
se que o documento é “visível” e se for, é “confidencial” e requer restrições de acesso.

Formulário

O formulário refere-se à fase de preparação do documento pré-original, original ou


original. Ou seja, se um documento é uma minuta, dizemos que é um pré -original, e se é
uma cópia idêntica ao original, dizemos que é um guardião do original.

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Classificação De Documentos E Correspondências

Formato

É determinado pelas características físicas e técnicas dos documentos com os quais o


documento é apresentado. Os formatos incluem: livros, cartões, caderno e pergaminho.

Determinar a classificação de documentos e fazer avaliações são etapas muito


importantes para quem deseja maior produtividade e resultados, pois o processamento de
documentos não é uma tarefa fácil, pelo contrário, se esses processos forem negligenciados,
podem levar a problemas irreversíveis.

O desenvolvimento da gestão de documentos e informações, portanto, atrapalha a


qualidade das informações utilizadas nas empresas e, para evitar isso, torna -se importante o
sigilo e a avaliação.

Desenvolvimento da classificação de documentos

O SIGAD pode ser utilizado para evitar a inclusão de documentos no sistema sem
desclassificação, que às vezes acontece em meio físico.

O SIGAD nada mais é apenas um conjunto de procedimentos e funções técnicas


capazes de gerenciar versões, períodos de retenção e metas, armazenamento seguro de
documentos digitais e não digitais e procedimentos de médio e longo prazo, recuperação de
documentos e implementação de classificação.

Se um documento que deveria ser guardado por apenas 5 anos for acidentalmente
classificado em outra categoria que não reflita suas funções e conteúdo, seu ciclo de vida
tem conceitos e armazenamento diferentes.

Isso tem consequências importantes durante a avaliação, pois os documentos que não
cumpriram o prazo não podem ser excluídos, pois ainda podem ser utilizados para fins
administrativos.

A classificação de documentos exige, portanto, muita atenção, tempo e


comprometimento, principalmente em relação ao ciclo de vida, que é pré -requisito para uma
gestão documental eficaz.

Gestão de Classificação de Documentos

Os sistemas de gestão eletrônica possuem uma série de funções para atribuir ações a
qualquer pessoa que tenha acesso.

Portanto, apenas pessoas autorizadas podem fazer alterações no sistema, como criar
ou excluir categorias, definir segmentos.

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Classificação De Documentos E Correspondências

Prestar atenção a relatórios e estatísticas

Uma das principais funções dos sistemas de gestão documental é fornecer relatórios,
tabelas e outras informações estatísticas relacionadas com a produção de documentos.

A partir disso podemos continuar com o SIGAD, que oferece a possibilidade de criar
relatórios e gráficos estatísticos que podem mostrar produção, processamento, remoção e
outros parâmetros permitidos para tal operação.

Para maiores esclarecimentos veja os parâmetros abaixo:

» Prazo para criação de documentos;

» Limitação por criação e localização do documento.

» Demarcação baseada na classificação em categorias e subcategorias, que permite


mensurar a quantidade de documentos classificados em cada categoria.

» Tipos de documentos criados por cada setor ou de uso geral, que especifiquem
detalhadamente a produção documental da instituição.

O planejamento de iniciativas de gerenciamento de informações de longo prazo requer


suporte consistente para atingir as metas estabelecidas. Os relatórios do SIGAD cumprem
esta função.

Definição de Prazos Provisórios

As atividades de avaliação de documentos guardam relação direta com a classificação


por serem etapas sequenciais de acordo com as diretrizes de gestão de documentos.

Para SIGAD, o sistema permite especificar o tempo que corresponde ao criar catego-
rias e subcategorias

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