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APOSTILA

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LÍNGUA PORTUGUESA

MÉRITO
Apostilas 1
Leitura, compreensão e interpretação de textos

Leitura, compreensão e
interpretação de textos

MÉRITO
Apostilas 1
Leitura, compreensão e interpretação de textos

Compreensão e interpretação de texto são duas ações que estão relacionadas,


uma vez que quando se compreende corretamente um texto e seu propósito
comunicativo chegamos a determinadas conclusões (interpretação).
A compreensão de um texto é a análise e decodificação do que está realmente
escrito, seja das frases ou das ideias presentes.

Já a interpretação de texto, está ligada às conclusões que podemos chegar ao


conectar as ideias do texto com a realidade. É o entendimento subjetivo que o
leitor teve sobre o texto.

É possível compreender um texto sem interpretá-lo, porém não é possível


interpretá-lo sem compreendê-lo.

Compreensão de texto

A compreensão de texto significa decodificá-lo para entender o que foi dito. É a


análise objetiva e a assimilação das palavras e ideias presentes no texto.

As expressões que geralmente se relacionam com a compreensão são:

• Segundo o texto…

• De acordo com o autor…

• No texto…

• O texto informa que...

• O autor sugere…

Interpretação de texto

A interpretação do texto é o que podemos concluir sobre ele, após estabelecer


conexões entre o que está escrito e a realidade. São as conclusões que podemos

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

tirar com base nas ideias do autor. Essa análise ocorre de modo subjetivo e está
relacionada com a dedução do leitor.

Na interpretação de texto, as expressões geralmente utilizadas são:

• Diante do que foi exposto, podemos concluir…

• Infere-se do texto que…

• O texto nos permite deduzir que…

• Conclui-se do texto que...

• O texto possibilita o entendimento de...

Item Compreensão Interpretação


Análise objetiva do conteúdo,
A conclusão subjetiva do texto. É o que o leitor entende
Definição compreendendo frases, ideias e
que o texto quis dizer.
dados presentes no texto.
As informações necessárias estão A informação vai além do que está no texto, embora
Informação
dispostas no texto. tenha uma relação direta com ele.
Análise Objetiva. Ligada mais aos fatos. Subjetiva. Pode estar relacionada a uma opinião.

A Importância da Leitura

Tanto a leitura quanto a escrita são práticas sociais de importância fundamental


para o desenvolvimento da cognição humana. Ambas asseguram o
desenvolvimento do intelecto e da imaginação e conduzem à aquisição de
conhecimentos.

Quando lemos, existem várias conexões no cérebro que nos permitem desenvolver
nosso raciocínio. Além disso, por meio dessa atividade, aprimoramos nosso senso
crítico por meio da capacidade de interpretar.

Nesse sentido, vale lembrar que a “interpretação” dos textos é uma das chaves
básicas da leitura. Afinal, não basta ler ou decodificar códigos de linguagem, é
preciso entender e interpretar essa leitura.

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

Exercícios

1 - (Enem-2012)

Figura 1: Fonte: www.ivancabral.com.

O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações


visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre
à:

a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para


transmitir a ideia que pretende veicular.

b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.

c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população


pobre e o espaço da população rica.

d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.

e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira


de descanso da família.

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

2. (Enem-2019)

Qual a diferença entre publicidade e propaganda?

Esses dois termos não são sinônimos, embora sejam usados indistintamente no
Brasil. Propaganda é a atividade associada à divulgação de ideias (políticas,
religiosas, partidárias etc.) para influenciar um comportamento. Alguns exemplos
podem ilustrar, como o famoso Tio Sam, criado para incentivar jovens a se alistar
no exército dos EUA; ou imagens criadas para “demonizar” os judeus, espalhadas
na Alemanha pelo regime nazista; ou um pôster promovendo o poderio militar da
China comunista. No Brasil, um exemplo regular de propaganda são as campanhas
políticas em período pré-eleitoral.

Já a publicidade, em sua essência, quer dizer tornar algo público. Com a Revolução
Industrial, a publicidade ganhou um sentido mais comercial e passou a ser uma
ferramenta de comunicação para convencer o público a consumir um produto,
serviço ou marca. Anúncios para venda de carros, bebidas ou roupas são exemplos
de publicidade. VASCONCELOS, Y. Fonte: https://mundoestranho.abril.com.br.

A função sociocomunicativa desse texto é

a) ilustrar como uma famosa figura dos EUA foi criada para incentivar jovens a se
alistar no exército.

b) explicar como é feita a publicidade na forma de anúncios para venda de carros,


bebidas ou roupas.

c) convencer o público sobre a importância do consumo.

d) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.

e) divulgar atividades associadas à disseminação de ideias.

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

Gabarito

1 - (Enem-2012)

Resposta correta: a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão


“rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular.

A questão é um bom exemplo de compreensão e interpretação de texto visual.

O humor gerado pela charge advém da polissemia da palavra "rede", ou seja, dos
diferentes significados que ela carrega.

Na cultura indígena, a rede é um objeto utilizado para dormir. Já rede social, termo
que surgiu por meio do avanço da internet, representa espaços virtuais de
interação entre grupos de pessoas ou de empresas.

Uma interpretação que podemos obter com a observação da charge é sobre a


desigualdade social que atinge muitas pessoas as quais não possuem condições
financeiras de ter acesso à internet.

2. (Enem-2019)

Resposta correta: d) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.

Essa é uma questão de compreensão e interpretação de um texto escrito.

Depois da leitura atenta do texto, fica claro entender qual sua finalidade:
esclarecer sobre dois conceitos que são utilizados como sinônimos pelo senso
comum.

Assim, trata-se de um tipo de texto explicativo que utiliza alguns exemplos para
ilustrar os conceitos de publicidade e propaganda.

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Sequências Textuais Descritiva, Narrativa, Argumentativa, Injuntiva, Dialogal

Sequências Textuais Descritiva,


Narrativa, Argumentativa, Injuntiva,
Dialogal

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Sequências Textuais Descritiva, Narrativa, Argumentativa, Injuntiva, Dialogal

Sequências Textuais Descritiva, Narrativa, Argumentativa, Injuntiva, Dialogal

O que é texto descritivo?

O texto descritivo é uma tipologia textual que tem como finalidade a descrição de algo ou de
alguém, como uma pessoa, um animal, um objeto, um sentimento etc. Ele intenciona transmitir ao
leitor as características de algo e funciona como uma espécie de fotografia em forma de texto para
que o leitor visualize a cena/imagem.

Características do texto descritivo

Além de ter a característica principal de transmitir, a seu leitor, uma imagem mental de
determinada coisa, podemos acrescentar os seguintes pontos ao texto descritivo:

-Uso de verbos de ligação;

-Retrato verbal (construção de uma imagem mental por parte do leitor);

-Uso recorrente de adjetivos, substantivos e locuções;

-Presença constante de verbos no tempo passado.

Texto Narrativo

Texto narrativo é um tipo de texto que esboça as ações de personagens num determinado
tempo e espaço.

Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns fatos e
acontecimentos.

Alguns exemplos de textos narrativos são: romance, novela, conto, crônica e fábula.

Estrutura da narrativa

Apresentação - também chamada de introdução, nessa parte inicial o autor do texto apresenta
os personagens, o local e o tempo em que se desenvolverá a trama.

Desenvolvimento - aqui grande parte da história é desenvolvida com foco nas ações dos
personagens.

Clímax - parte do desenvolvimento da história, o clímax designa o momento mais emocionante


da narrativa.

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Sequências Textuais Descritiva, Narrativa, Argumentativa, Injuntiva, Dialogal

Desfecho - também chamada de conclusão, ele é determinado pela parte final da narrativa,
onde a partir dos acontecimentos, os conflitos vão sendo desenvolvidos.

Elementos da narrativa

Narrador - é aquele que narra a história. Dividem-se em: narrador observador, narrador
personagem e narrador onisciente.

Enredo - trata-se da estrutura da narrativa, ou seja, a trama em que se desenrolam as ações. São
classificados em: enredo linear e enredo não linear.

Personagens - são aqueles que compõem a narrativa sendo classificados em: personagens
principais (protagonista e antagonista) e personagens secundários (adjuvante ou coadjuvante).

Tempo - está relacionado com a marcação do tempo dentro da narrativa, por exemplo, uma data
ou um momento específico. O tempo pode ser cronológico ou psicológico.

Espaço - local (s) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer num ambiente físico, ambiente
psicológico ou ambiente social.

Tipos de narrador

Os tipos de narrador, também chamado de foco narrativo, representam a "voz textual" da


narração, sendo classificados em:

Narrador personagem (1ª pessoa) - a história é narrada em 1ª pessoa onde o narrador é um


personagem e participa das ações.

Narrador observador (3ª pessoa) - narrado em 3ª pessoa, esse tipo de narrador conhece os fatos
porém, não participa da ação.

Narrador onisciente (3ª, mas também 1ª pessoa) - esse narrador conhece todos os personagens
e a trama. Nesse caso, a história é narrada em 3ª pessoa. No entanto, quando apresenta fluxo de
pensamentos dos personagens, ela é narrada em 1ª pessoa.

Argumentativa

"Exprimir uma opinião com o objetivo de agregar credibilidade à sua mensagem por meio do
atributo 'outro' é simples, comum, pois é um procedimento louvável e repetido a possibilidade de
agora o foco estar em diferentes situações de comunicação das quais fazemos parte ; , que já ocorreu,
é traduzido nos chamados gêneros textuais é causar; uma oposição de opinião sobre determinado

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Sequências Textuais Descritiva, Narrativa, Argumentativa, Injuntiva, Dialogal

assunto, por exemplo, em editoriais, artigos de opinião, cartas de argumentação, cartas petições e
reclamações, enfim, são muitas as situações em que o emissor tem que se posicionar e sair
defendendo opiniões sobre um determinado tópico, claro, regra de pensamentos

Como você deve ter percebido, caro usuário, trata-se de situações comuns de comunicação que
são examinadas mais de perto, considerando muitas de suas características definidoras,
principalmente as linguísticas. Nesse sentido, temos a honra de oferecer a você este espaço para
compartilhar as informações necessárias para que você possa aplicar todas as habilidades necessárias
para se tornar um editor desses gêneros argumentativos, por isso convidamos você a se juntar a nós
nesse esforço real.

O que é um texto instrucional?

Um texto instrucional é um tipo de texto que pode ser reconhecido pela presença de sinais
linguísticos associados a uma explicação ou descrição, famosos pelo "passo a passo" para realizar
diversas ações. Esse tipo de texto pode ser encontrado na Internet ou em jornais e revistas

O texto instrucional ocorre em gêneros textuais cuja principal característica é a orientação ao


seu leitor Veja abaixo alguns textos com sinais de comando fortes:

Manuais,

Receitas de cozinha,

Receitas médicas.,

Textos comportamentais,

Textos religiosos,

Livros de autoajuda,

Guias de viagem.

O que são propriedades de texto de comando?

O texto instrucional contém os seguintes elementos:

Orientar/instruir o destinatário;

Encorajar ou fazer com que o leitor se comporte da maneira recomendada no texto;

Utilizar linguagem simples e objetiva para facilitar o entendimento do leitor;

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Sequências Textuais Descritiva, Narrativa, Argumentativa, Injuntiva, Dialogal

Aparecimento de verbos principalmente no imperativo e às vezes no presente com sujeito


indefinido ou infinitivo; A estrutura

Geralmente é feita em tópicos por ser mais didática para o leitor.

A composição do texto do guia pode diferir de acordo com o gênero utilizado (por exemplo,
receitas de cozinha e DIYs têm composições diferentes). No entanto, o texto deve apresentar uma
sequência lógica e simples ao seu público."

Texto dialogal

O texto dialogal é baseado na construção de um diálogo e, portanto, necessita de, no mínimo,


dois interlocutores, criando uma espécie de texto “cogerido”, construído à base da integração de
turnos entre esses interlocutores.

Evidentemente, cada sentença de um enunciador relaciona-se com aquilo que seu interlocutor
enunciou e vice-versa, fazendo, assim, com que a trama do texto se estabeleça por meio do diálogo
que vai sendo construído, uma vez que esses interlocutores concordam, discordam, concluem,
generalizam, particularizam, justificam, exemplificam etc.

É um gênero que se percebe em diversos textos, como as entrevistas jornalísticas, os debates, as


reuniões de trabalho, conversas telefônicas, bate-papos em aplicativos e sites de mensagens diretas
etc.

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Gêneros e tipos textuais

Gêneros e tipos textuais

MÉRITO
Apostilas 1
Gêneros e tipos textuais

A comunicação é um processo que envolve o uso de signos e regras semióticas¹


entre os interlocutores para a troca de informações entre si. A operação básica de
enviar e receber outra mensagem configura o principal processo social por meio da
linguagem.

Por meio da linguagem, você pode interagir com outras pessoas e alterar as
palavras de acordo com o contexto. Observe que, ao longo do dia, podemos estar
envolvidos em diferentes tipos de situações, cada uma das quais requer um
comportamento de linguagem apropriado.

O resultado é o surgimento do tipo e gênero de texto. Nestes casos, o locutor ou


autor lança os alicerces para a construção de um determinado discurso de forma a
atendê-lo efetivamente.

¹ Semiótica é o estudo dos signos, que consistem em todos os elementos que


representam algum significado e sentido para o ser humano, abrangendo as
linguagens verbais e não-verbais. Fonte: Significados.

Gêneros e tipos textuais


O tipo de texto, ou tipo textual, é configurado como um modelo fixo e abrangente
projetado para distinguir e definir a estrutura, bem como os aspectos linguísticos
da narrativa, ensaio, descrição e explicação. Os tipos de texto têm uma estrutura
definida e possibilidades limitadas, que variam de cinco a nove tipos.

Por outro lado, os gêneros textuais apresentam maior diversidade e


desempenham funções sociais específicas. Além disso, mesmo que as
características principais sejam mantidas, elas estão sujeitas a alterações com o
tempo.

Um exemplo prático: carta. Até recentemente, era um dos principais meios de


comunicação para a escrita à distância.

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Gêneros e tipos textuais

Gêneros Textuais
Cada texto possuiu uma estrutura e linguagem. Existem inúmeros gêneros textuais
dentro das categorias tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros textuais
são estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de textos: narrativo,
descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e injuntivo.

Tipos textuais
A tipologia textual é classificada de acordo com a estrutura e a finalidade de um
texto. Cada tipo de texto cumpre uma função e, para isso, possui um modo
específico de enunciar e realizar a comunicação.

1- Texto Narrativo

Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no


espaço. A estrutura da narração é dividida em: apresentação,
desenvolvimento, clímax e desfecho.

Exemplos de gêneros textuais narrativos:

• Romance

• Novela

• Crônica

• Contos de Fada

• Fábula

• Lendas

2- Texto Descritivo

Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa,


objeto, lugar, acontecimento. Dessa forma, são textos repletos de adjetivos,

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Gêneros e tipos textuais

os quais descrevem ou apresentam imagens a partir das percepções


sensoriais do locutor (emissor).

Exemplos de gêneros textuais descritivos:

• Diário

• Relatos (viagens, históricos, etc.)

• Biografia e autobiografia

• Notícia

• Currículo

• Lista de compras

• Cardápio

• Anúncios de classificados

3- Texto Dissertativo-argumentativo

Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou


assunto por meio de argumentações. São marcados pela defesa de um ponto
de vista, ao mesmo tempo que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura
textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese
(desenvolvimento), nova tese (conclusão).

Exemplos de gêneros textuais dissertativos:

• Editorial Jornalístico

• Carta de opinião

• Resenha

• Artigo

• Ensaio

• Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado

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Gêneros e tipos textuais

4- Texto Expositivo

Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por


meio de recursos como: definição, conceituação, informação, descrição e
comparação.

Exemplos de gêneros textuais expositivos:

• Seminários

• Palestras

• Conferências

• Entrevistas

• Trabalhos acadêmicos

• Enciclopédia

• Verbetes de dicionários

5- Texto Injuntivo

O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que


indica uma ordem, de modo que o locutor (emissor) objetiva orientar e
persuadir o interlocutor (receptor). Por isso, apresentam, na maioria dos
casos, verbos no imperativo.

Exemplos de gêneros textuais injuntivos:

• Propaganda

• Receita culinária

• Bula de remédio

• Manual de instruções

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Gêneros e tipos textuais

Exercícios
Exercício 1

São Paulo, 18 de agosto de 1929.

Carlos [Drummond de Andrade],

Achei graça e gozei com o seu entusiasmo pela candidatura Getúlio Vargas – João
Pessoa. É. Mas veja como estamos... trocados. Esse entusiasmo devia ser meu e sou
eu que conservo o ceticismo que deveria ser de você. (...). Eu... eu contemplo numa
torcida apenas simpática a candidatura Getúlio Vargas, que antes desejara tanto.
Mas pra mim, presentemente, essa candidatura (única aceitável, está claro) fica
manchada por essas pazes fragílimas de governistas mineiros, gaúchos, paraibanos
(...), com democráticos paulistas (que pararam de atacar o Bernardes) e
oposicionistas cariocas e gaúchos. Tudo isso não me entristece. Continuo
reconhecendo a existência de males necessários, porém me afasta do meu país e
da candidatura Getúlio Vargas. Repito: única aceitável.

Mário [de Andrade] Renato Lemos. Bem traçadas linhas: a história do Brasil em cartas pessoais.
Rio de Janeiro: Bom Texto, 2004, p. 305 (Enem - 200 7)

A carta é um gênero textual em que existe sempre um emissor (remetente) e um


receptor (destinatário). No trecho acima, a carta escrita para Carlos revela um
exemplo de:

a) carta pessoal

b) carta do leitor

c) carta aberta

d) carta argumentativa

e) carta comercial

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Gêneros e tipos textuais

Exercício 2

Eça de Queirós, um dos maiores escritores do realismo português, é conhecido por


sua prosa onde ele criou novas formas de linguagens, neologismos e mudanças na
sintaxe.

O trecho abaixo é de sua obra mais emblemática “O primo Basílio”

"Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de


fazenda preta, bordado a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo
louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-
se, torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a
brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a
orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis
miudinhos davam cintilações escarlates."

De acordo com os gêneros textuais, a intenção do autor foi

a) relatar sobre a manhã da personagem

b) narrar os fatos habituais daquela manhã

c) descrever aspectos da personagem e de suas ações

d) apresentar o principal jornal lido pela personagem

e) dissertar sobre a roupa utilizada pela personagem

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Gêneros e tipos textuais

Exercício 3

Qual das alternativas abaixo contém somente gêneros textuais?

a) romance, descrição, biografia

b) autobiografia, narração, dissertação

c) bula de remédio, propaganda, receita culinária

d) contos, fábulas, exposição

e) seminário, injunção, declaração

Exercício 4

"Experimente o nova e deliciosa barrinha de chocolate asteca: com mais de 70%


de cacau e 0% de gordura saturada."

A oração acima faz parte do gênero textual:

a) notícia

b) propaganda

c) editorial

d) bilhete

e) declaração

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Gêneros e tipos textuais

Exercício 5

Pé de moleque

Ingredientes

3 xícaras de amendoim torrado e moído

3 xícaras de açúcar

1 ½ xícaras de leite

Modo de Fazer

Leve todos os ingredientes ao fogo, mexendo sempre e até desgrudar da panela.


Em seguida, despeje em mármore e espere esfriar e endurecer. Por fim, corte em
pequenos pedaços.

As receitas culinárias são gêneros textuais que instruem as pessoas a fazerem


algo, seguindo um passo a passo. Esse tipo de gênero pertence aos textos

a) prescritivos

b) narrativos

c) descritivos

d) injuntivos

e) expositivos

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Gêneros e tipos textuais

Gabarito
Exercício 1

Alternativa a) carta pessoal

A carta pessoal é escrita por pessoas que já se conhecem e possuem algum grau de
intimidade.

Nela, o remetente (quem escreve) pode abordar assuntos pessoais demonstrando


sua opinião sobre determinado tema.

Mário revela a Carlos que a candidatura de Getúlio vargas, segundo sua opinião, é
a única aceitável no momento.

Exercício 2

Alternativa c) descrever aspectos da personagem e de suas ações

A intenção do escritor é descrever, detalhar, mostrar alguns aspectos que


caracterizam a personagem naquele momento: a roupa que está usando, o jeito do
cabelo, a cor da pele, a maneira como está apoiada na mesa e os movimentos que
realiza com os dedos.

Exercício 3

Alternativa c) bula de remédio, propaganda, receita culinária

Os gêneros textuais são estruturas peculiares que surgem dos cinco tipos de
textos: narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo.

Não devemos confundir os tipos de textos e os gêneros textuais que podem ser:
romance, biografia, autobiografia, bula de remédio, propaganda, receita culinária,
contos, fábulas, seminário e declaração.

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Gêneros e tipos textuais

Exercício 4

Alternativa b) propaganda

A propaganda é um gênero textual que faz parte dos textos injuntivos. Esse tipo de
texto tem a finalidade de persuadir o leitor, indicando uma ordem. Por isso, grande
parte dos textos de propaganda possuem verbos no imperativo “experimente”.

Exercício 5

Alternativa d) injuntivos

Os textos injuntivos, também chamado de instrucionais, tem como objetivo a


explicação para a concretização de algo. Assim, eles indicam o método, o
procedimento que deverá ser realizado, transmitindo ao receptor explicações,
instruções e indicações de como fazer algo.

Geralmente, eles apresentam verbos no imperativo indicando uma ordem: leve,


despeje, corte.

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Coesão e coerência textual

Coesão e coerência textual

MÉRITO
Apostilas 1
Coesão e coerência textual

Coerência e coesão são mecanismos fundamentais para a produção de texto.


Para que um texto transmita sua mensagem com eficácia, ele deve fazer sentido
para o leitor. Além disso, deve ser harmonioso para que a mensagem flua com
segurança, naturalidade e seja agradável ao ouvido.

Coesão textual
A coesão é resultado da disposição e da correta utilização das palavras que
propiciam a ligação entre frases, períodos e parágrafos de um texto. Ela colabora
com sua organização e ocorre por meio de palavras chamadas de conectivos.
A coesão cria relações entre as partes do texto de modo a guiar o leitor
relativamente a uma sequência de fatos.
Uma mensagem coesa apresenta ligações harmoniosas entre as partes do texto.

Elementos de coesão textual


1- Substituições
Garantem a coesão lexical. Ocorrem quando um termo é substituído por
outro termo ou por uma locução como forma de evitar repetições.
Exemplos:
Coesão correta: Os legumes são importantes para manter uma alimentação
saudável. As frutas também.
Erro de coesão: Os legumes são importantes para manter uma alimentação
saudável. As frutas também são importantes para manter uma alimentação
saudável.
Explicação: "também" substitui "são importantes para manter uma
alimentação saudável".

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Coesão e coerência textual

2- Conectores
Esses elementos são responsáveis pela coesão interfrásica do texto. Criam
relações de dependência entre os termos e geralmente são representados
por preposições, conjunções, advérbios, etc.
Exemplos:
Coesão correta: Elas gostam de jogar bola e de dançar.
Erro de coesão: Elas gostam de jogar bola. Elas gostam de dançar.
Explicação: sem o conectivo "e", teríamos uma sequência repetitiva.

3- Referências e reiterações
Nesse tipo de coesão, um termo é usado para se referir a outro, para reiterar
algo dito anteriormente ou quando uma palavra é substituída por outra com
ligação de significados.
Coesão correta: Hoje é aniversário da minha vizinha. Ela está fazendo 35
anos.
Erro de coesão: Hoje é aniversário da minha vizinha. Minha vizinha está
fazendo 35 anos.
Explicação: observe que o pronome "ela" faz referência à vizinha.

4- Correlação verbal
É a utilização dos verbos nos tempos verbais corretos. Esse tipo de coesão
garante que o texto siga uma sequência lógica de acontecimentos.
Coesão correta: Se eu soubesse eu te avisaria.
Erro de coesão: Se eu soubesse eu te avisarei.
Explicação: note que "soubesse" é uma flexão do verbo "saber" no pretérito
imperfeito do subjuntivo e isso indica uma situação condicional que poderia
dar origem a uma outra ação.

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Coesão e coerência textual

Para a frase fazer sentido, o verbo "avisar" tem de estar conjugado no futuro do
pretérito para indicar um fato que poderia ter acontecido se uma ação no passado
tivesse se concretizado.

Coerência textual
A coerência textual está diretamente relacionada com a significância e com a
interpretabilidade de um texto.
A mensagem de um texto é coerente quando ela faz sentido e é comunicada de
forma harmoniosa, de forma que haja uma relação lógica entre as ideias
apresentadas, onde umas complementem as outras.

Conceitos da coerência textual


1- Princípio da não contradição
Não pode haver contradições de ideias entre diferentes partes do texto.
Coerência correta: Ele só compra leite de soja pois é intolerante à lactose.
Erro de coerência: Ele só compra leite de vaca pois é intolerante à lactose.
Explicação: quem é intolerante à lactose não pode consumir leite de vaca.
Por esse motivo, o segundo exemplo constitui um erro de coerência; não faz
sentido.

2- Princípio da não tautologia


Ainda que sejam expressas através do uso de diferentes palavras, as ideias
não devem ser repetidas, pois isso compromete a compreensão da
mensagem a ser emitida e muitas vezes a torna redundante.
Coerência correta: Visitei Roma há cinco anos.
Erro de coerência: Visitei Roma há cinco anos atrás.
Explicação: "há" já indica que a ação ocorreu no passado. O uso da palavra
"atrás" também indica que a ação ocorreu no passado, mas não acrescenta
nenhum valor e torna a frase redundante.

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Coesão e coerência textual

3- Princípio da relevância
As ideias devem estar relacionadas entre si, não devem ser fragmentadas e
devem ser necessárias ao sentido da mensagem.
O ordenamento das ideias deve ser correto, pois, caso contrário, mesmo que
elas apresentem sentido quando analisadas isoladamente, a compreensão do
texto como um todo pode ficar comprometida.
Coerência correta: O homem estava com muita fome, mas não tinha dinheiro
na carteira e por isso foi ao banco e sacou uma determinada quantia para
utilizar. Em seguida, foi a um restaurante e almoçou.
Erro de coerência: O homem estava com muita fome, mas não tinha dinheiro
na carteira. Foi a um restaurante almoçar e em seguida foi ao banco e sacou
uma determinada quantia para utilizar.
Explicação: observe que, embora as frases façam sentido isoladamente, a
ordem de apresentação da informação torna a mensagem confusa. Se o
homem não tinha dinheiro, não faz sentido que primeiro ele tenha ido ao
restaurante e só depois tenha ido sacar dinheiro.

4- Continuidade temática
Esse conceito garante que o texto tenha seguimento dentro de um mesmo
assunto. Quando acontece uma falha na continuidade temática, o leitor fica
com a sensação de que o assunto foi mudado repentinamente.
Coerência correta: "Tive muita dificuldade até acertar o curso que queria
fazer. Primeiro fui fazer um curso de informática... A meio do semestre
troquei para um curso de desenho e por fim acabei me matriculando aqui no
curso de inglês. Foi confuso assim também para você?"
"Na verdade foi fácil pois eu já tinha decidido há algum tempo que assim que
tivesse a oportunidade de pagar um curso, faria um de inglês."
Erro de coerência: "Tive muita dificuldade até acertar o curso que queria
fazer. Primeiro fui fazer um curso de informática... A meio do semestre
troquei para um curso de desenho e por fim acabei me matriculando aqui no
curso de inglês. Foi confuso assim também para você?"

5
Coesão e coerência textual

"Quando eu me matriculei aqui no curso, eu procurei me informar sobre a


metodologia, o tipo de recursos usados, etc. e acabei decidindo rapidamente
por este curso."
Explicação: note que no último exemplo, o segundo interlocutor acaba por
não responder exatamente ao que foi perguntado.
O primeiro interlocutor pergunta se ele também teve dificuldades de decidir
que tipo de curso fazer e a resposta foi sobre características que ele teve em
conta ao optar pelo curso de inglês onde se matriculou.
Apesar de ter falado de um curso, houve uma alteração de assunto.

5- Progressão semântica
É a garantia da inserção de novas informações no texto, para dar seguimento
a um todo. Quando isso não ocorre, o leitor fica com a sensação de que o
texto é muito longo e que nunca chega ao objetivo final da mensagem.
Coerência correta: Os meninos caminhavam e quando se depararam com o
suspeito apertaram o passo. Ao notarem que estavam sendo perseguidos,
começaram a correr.
Erro de coerência: Os meninos caminhavam e quando se depararam com o
suspeito continuaram caminhando mais um pouco. Passaram por várias
avenidas e ruelas e seguiram sempre em frente. Ao notarem que estavam
sendo perseguidos, continuaram caminhando em direção ao seu destino,
percorreram um longo caminho...
Explicação: note que a frase onde a coerência está correta apresenta uma
sequência de novas informações que direcionam o leitor à conclusão do
desfecho da frase.
No exemplo seguinte, a frase acaba por se prolongar demais e o receptor da
mensagem fica sem saber, afinal, o que os meninos fizerem.

6
Coesão e coerência textual

Diferença e exemplos
A coesão está mais diretamente ligada a elementos que ajudam a estabelecer uma
ligação entre palavras e frases que unem as diferentes partes de um texto.
A coerência, por sua vez, estabelece uma ligação lógica entre as ideias, de forma
que umas complementem as outras e, juntas, garantam que o texto tenho sentido.
Em outras palavras, a coerência está mais diretamente ligada ao significado da
mensagem.
Apesar de os dois conceitos estarem relacionados, eles são independentes, ou seja,
um não depende do outro para existir.
É possível, por exemplo, uma mensagem ser coesa e incoerente ou coerente e não
apresentar coesão.

Mensagem coerente que não apresenta coesão:


"Para de mexer nessa tinta. Vá já para o banheiro! Não toque em nada. Lave bem as
mãos. Vá para o seu quarto."
Explicação: A mensagem é compreensível, porém não existe uma ligação
harmoniosa entre as ideias. Faltam as ligações entre as frases para que a
mensagem soe natural.

Mensagem coesa e incoerente:


"Aberto todos os dias, exceto sábado."
Explicação: A mensagem tem uma ligação harmoniosa entre as frases, porém não
faz sentido: se existe uma exceção, então o estabelecimento não está aberto todos
os dias.

7
Coesão e coerência textual

Exercícios
1- (Enem - 2013)
Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série
de contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe que
disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o
italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo derivado do latim
medieval influentia, que significava “influência dos astros sobre os homens”. O
segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se
que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo
infectado.

RODRIGUES. S. Sobre palavras. Veja, São Paulo, 30 nov. 2011.

Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor
reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída
predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O
fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é:

a) “[...] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”
b) “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe [...]”.
c) “O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava
‘influência dos astros sobre os homens’.”
d) “O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper [...]”.
e) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do
organismo infectado.”

8
Coesão e coerência textual

2- (Enem – 2011)
Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o
risco de infarto, mas também de problemas como morte súbita e derrame. Significa
que manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente já
reduz, por si só, as chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é
importante para o controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de
glicose no sangue. Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade
física, fatores que, somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses
casos, com acompanhamento médico e moderação, é altamente recomendável.

ATALIA, M. Nossa vida. Época. 23 mar. 2009.

As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na


construção do sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que

a) a expressão “Além disso” marca uma sequenciação de ideias.


b) o conectivo “mas também” inicia oração que exprime ideia de contraste.
c) o termo “como”, em “como morte súbita e derrame”, introduz uma generalização.
d) o termo “Também” exprime uma justificativa.
e) o termo “fatores” retoma coesivamente “níveis de colesterol e de glicose no
sangue”.

9
Coesão e coerência textual

3- Sobre a coesão textual, estão corretas as seguintes proposições:

I. A coesão textual está relacionada com os componentes da superfície textual, ou


seja, as palavras e frases que compõem um texto. Esses componentes devem estar
conectados entre si em uma sequência linear por meio de dependências de ordem
gramatical.

II. A coesão é imaterial e não está na superfície textual. Compreender aquilo que
está escrito dependerá dos níveis de interação entre o leitor, o autor e o texto. Por
esse motivo, um mesmo texto pode apresentar múltiplas interpretações.

III. Por meio do uso adequado dos conectivos e dos mecanismos de coesão,
podemos evitar erros que prejudicam a sintaxe e a construção de sentidos do
texto.

IV. A coesão obedece a três princípios: o princípio da não contradição; princípio da


não tautologia e o princípio da relevância.

V. Entre os mecanismos de coesão estão a referência, a substituição, a elipse, a


conjunção e a coesão lexical.

a) Apenas V está correta.


b) II e IV estão corretas.
c) I, III e V estão corretas.
d) I e III estão corretas.
e) II, IV e V estão corretas.

10
Coesão e coerência textual

Gabarito
1- Alternativa correta: “e”. A forma verbal “fizesse” tem seu sujeito oculto, fazendo
referência ao vocábulo viral grippe, que significa agarrar. Caso o fragmento fosse
reescrito com o sujeito explícito, teríamos: “Supõe-se que o vocábulo grippe
fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo
infectado.”
2- Alternativa correta: “a”. A expressão “Além disso” estabelece coesão, dando
sequência às ideias ditas anteriormente.
3- Alternativa correta: “c”. As proposições II e IV fazem referência à coerência
textual, elemento indispensável para a construção de sentidos de um texto.

11
Concordância Verbal e Nominal

Concordância Verbal e Nominal

MÉRITO
Apostilas 1
Concordância Verbal e Nominal

Concordância verbal e nominal é a parte da gramática que estuda a conformidade


estabelecida entre cada componente da oração.

Concordância verbal se ocupa da relação entre sujeito e verbo, concordância


nominal se ocupa da relação entre as classes de palavras:

concordância verbal = sujeito e verbo

concordância nominal = classes de palavras

Concordância Verbal
1. Sujeito composto antes do verbo

Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre
no plural.

Exemplo: Maria e José conversaram até de madrugada.

2. Sujeito composto depois do verbo

Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no
plural como pode concordar com o sujeito mais próximo.

Exemplos:

Discursaram diretor e professores.

Discursou diretor e professores.

3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes

Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo


também deve ficar no plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível
gramatical, tem prioridade.

Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a
2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles).

2
Concordância Verbal e Nominal

Exemplos:

Nós, vós e eles vamos à festa.

Tu e ele falais outra língua?

Concordância Nominal
1. Adjetivos e um substantivo

Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, os adjetivos devem


concordar em gênero e número com o substantivo.

Exemplo: Adorava comida salgada e gordurosa.

2. Substantivos e um adjetivo

No caso inverso, ou seja, quando há mais do que um substantivo e apenas um


adjetivo, há duas formas de concordar:

2.1. Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com
o substantivo mais próximo.

Exemplo: Linda filha e bebê.

2.2. Quando o adjetivo vem depois dos substantivos, o adjetivo deve concordar
com o substantivo mais próximo ou com todos os substantivos.

Exemplos: Pronúncia e vocabulário perfeito.

Vocabulário e pronúncia perfeita.

Pronúncia e vocabulário perfeitos.

Vocabulário e pronúncia perfeitos.

3
Regência verbal e nominal

Regência verbal e nominal

MÉRITO
Apostilas 1
Regência verbal e nominal

Regência verbal
A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o
seu complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na
regência verbal os termos regidos são o objeto direto (sem preposição) e o objeto
indireto (preposicionado).

Exemplos de regência verbal preposicionada

• assistir a;

• obedecer a;

• avisar a;

• agradar a;

• morar em;

• apoiar-se em;

• transformar em;

• morrer de;

• constar de;

• sonhar com;

• indignar-se com;

• ensaiar para;

• apaixonar-se por;

• cair sobre.

Regência verbal sem preposição

Os verbos transitivos diretos apresentam um objeto direto como termo regido,


não sendo necessária uma preposição para estabelecer a regência verbal.

2
Regência verbal e nominal

Exemplos de regência verbal sem preposição:

• Você já fez os deveres?

• Eu quero um carro novo.

• A criança bebeu o suco.

O objeto direto responde, principalmente, às perguntas o quê? e quem?, indicando


o elemento que sofre a ação verbal.

Regência verbal com preposição

Os verbos transitivos indiretos apresentam um objeto indireto como termo regido,


sendo obrigatória a presença de uma preposição para estabelecer a regência
verbal.

Exemplos de regência verbal com preposição:

• O funcionário não se lembrou da reunião.

• Ninguém simpatiza com ele.

• Você não respondeu à minha pergunta.

O objeto indireto responde, principalmente, às perguntas de quê? para quê? de


quem? para quem? em quem?, indicando o elemento ao qual se destina a ação
verbal.

Preposições usadas na regência verbal

As preposições usadas na regência verbal podem aparecer na sua forma simples,


bem como contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.

Preposições simples: a, de, com, em, para, por, sobre, desde, até, sem,...

3
Regência verbal e nominal

Contração e combinação de preposições: à, ao, do, das, destes, no, numa, nisto,
pela, pelo,...

As preposições mais utilizadas na regência verbal são: a, de, com, em, para e por.

• Preposição a: perdoar a, chegar a, sujeitar-se a,...

• Preposição de: vangloriar-se de, libertar de, precaver-se de,...

• Preposição com: parecer com, zangar-se com, guarnecer com,...

• Preposição em: participar em, teimar em, viciar-se em,...

• Preposição para: esforçar-se para, convidar para, habilitar para,...

• Preposição por: interessar-se por, começar por, ansiar por,…

Regência nominal
A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com
o seu complemento (termo regido) através do uso de uma preposição.

Exemplos de regência nominal

• favorável a;

• apto a;

• livre de;

• sedento de;

• intolerante com;

• compatível com;

• interesse em;

• perito em;

• mau para;

4
Regência verbal e nominal

• pronto para;

• respeito por;

• responsável por.

Regência nominal com preposição

A regência nominal ocorre quando um nome necessita obrigatoriamente de uma


preposição para se ligar ao seu complemento nominal.

Exemplos de regência nominal com preposição:

• Sempre tive muito medo de baratas.

• Seu pai está furioso com você!

• Sinto-me grato a todos.

Preposições usadas na regência nominal

Também na regência nominal as preposições podem ser usadas na sua forma


simples e contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.

As preposições mais utilizadas na regência nominal são, também: a, de, com, em,
para, por.

Preposição a: anterior a, contrário a, equivalente a,...

Preposição de: capaz de, digno de, incapaz de,...

Preposição com: impaciente com, cuidadoso com, descontente com,...

Preposição em: negligente em, versado em, parco em,...

Preposição para: essencial para, próprio para, apto para,...

Preposição por: admiração por, ansioso por, devoção por,...

5
Classes gramaticais

Classes gramaticais

MÉRITO
Apostilas 1
Classes gramaticais

Classe gramatical

É a classificação das palavras em grupos de acordo com a sua função na lín -


gua portuguesa. Elas podem ser variáveis e invariáveis, dividindo-se da seguinte
forma:

Palavras variáveis - aquelas que variam em gênero, número e grau: subs -


tantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo e numeral.

Palavras invariáveis - as que não variam: preposição, conjunção, interjeição


e advérbio.

As classes de palavras ou classes gramaticais são dez: substantivo, verbo, ad-


jetivo, pronome, artigo, numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio.

1. Substantivo

Substantivo é a palavra que nomeia os seres em geral, desde objetos, fenô-


menos, lugares, qualidades, ações, dentre outros, tais como: Ana, Brasil, beleza.

Exemplos de frases com substantivo:

• A Ana é super inteligente.

• O Brasil é lindo.

• A tua beleza me encanta.

Há vários tipos de substantivos: comum, próprio, concreto, abstrato, coletivo.

2. Verbo

Verbo é a palavra que indica ações, estado ou fenômeno da natureza, tais


como: sairemos, corro, chovendo.

Exemplos de frases com verbo:

• Sairemos esta noite?

• Corro todos os dias.

• Chovendo, eu não vou.

2
Classes gramaticais

Os verbos são classificados em: regulares, irregulares, defectivos e abundan-


tes.

3. Adjetivo

Adjetivo é a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos, tais


como: feliz, superinteressante, amável.

Exemplos de frases com adjetivo:

• A criança ficou feliz.

• O artigo ficou superinteressante.

• Sempre foi amável comigo.

4. Pronome

Pronome é a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a


relação das pessoas do discurso, tais como: eu, contigo, aquele.

Exemplos de frases com pronome:

• Eu aposto como ele vem.

• Contigo vou até a Lua.

• Aquele tipo não me sai da cabeça.

Há vários tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, relati-


vos, indefinidos e interrogativos.

5. Artigo

Artigo é a palavra que antecede o substantivo, tais como: o, as, uns, uma.

Exemplos de frases com artigo:

• O menino saiu.

• As meninas saíram.

• Uns constroem, outros destroem.

• Uma chance é o que preciso.

3
Classes gramaticais

Os artigos são classificados em: definidos e indefinidos.

6. Numeral

Numeral é a palavra que indica a posição ou o número de elementos, tais


como: um, primeiro, dezenas.

Exemplos de frases com numeral:

• Um pastel, por favor!

• Primeiro as damas.

• Dezenas de pessoas estiveram presentes.

Os numerais são classificados em: cardinais, ordinais, multiplicativos, fracio-


nários e coletivos.

7. Preposição

Preposição é a palavra que liga dois elementos da oração, tais como: a, após,
para.

Exemplos de frases com preposição:

• Entreguei a carta a ele.

• As portas abrem após as 18h.

• Isto é para você.

As preposições são classificadas em: preposições essenciais e preposições


acidentais.

8. Conjunção

Conjunção é a palavra que liga dois termos ou duas orações de mesmo valor
gramatical, tais como: mas, portanto, conforme.

Exemplos de frases com conjunção:

• Vou, mas não volto.

• Portanto, não sei o que fazer.

4
Classes gramaticais

• Dançar conforme a dança.

As conjunções são classificadas em coordenativas (aditivas, adversativas, al-


ternativas, conclusivas e explicativas) e subordinativas (integrantes, causais, com -
parativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, temporais, fi -
nais e proporcionais).

9. Interjeição

Interjeição é a palavra que exprime emoções e sentimentos, tais como: Olá!,


Viva! Psiu!.

Exemplos de frases com interjeição:

• Olá! Sou a Maria.

• Viva! Conseguimos ganhar o campeonato.

• Psiu! Não faça barulho aqui.

10. Advérbio

Advérbio é a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, ex-


primindo circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros, tais como:
melhor, demais, ali.

Exemplos de frases com advérbio:

• O melhor resultado foi o do atleta estrangeiro.

• Não acha que trouxe folhas demais?

• O restaurante é ali.

Os advérbios são classificados em: modo, intensidade, lugar, tempo, negação,


afirmação e dúvida.

5
Classes gramaticais

Anotações:
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Classes gramaticais

Exercícios
Exercício 1

Indique a que classe de palavras pertencem as palavras em negrito.

a) As meninas são tão corajosas quanto os meninos.

b) Coragem!

c) Falta a coragem…

d) Com seus trinta anos já era para ter juízo.

e) Há uns anos não sabia o que fazer da vida.

f) Fazer o bem sem olhar a quem.

7
Classes gramaticais

Gabarito
Exercício 1

A) Adjetivo - classe de palavras que atribui característica ao substantivo. Na


oração, temos: meninas (substantivo), corajosas (adjetivos).

B) Interjeição - classe de palavras que expressa sensações e é sempre


acompanhada de ponto de exclamação. "Coragem!" é uma interjeição de
ânimo.

C) Substantivo - classe de palavras que nomeia seres, fenômenos, entre muitos


outros. Na oração, "coragem" é um substantivo abstrato.

D) Pronome - classe de palavras que substitui ou acompanha os substantivos.


Na oração, "seus" é um pronome possessivo.

E) Artigo - classe de palavras que acompanham o substantivo de forma a


determinar seu número (singular ou plural) e seu gênero (feminino ou
masculino). Na oração "uns" é um artigo indefinido plural, masculino.

F) Substantivo - classe de palavras que nomeia seres, fenômenos, entre muitos


outros. Na oração, "bem" é um substantivo abstrato, porque foi
substantivada em decorrência da utilização do artigo "o" (o bem). Em outros
contextos, essa mesma palavra pode assumir a função de advérbio, tal
como na alternativa seguinte, em que "bem" é um advérbio de modo: "Os
trabalhos ficaram muito bem feitos.".

8
Estrutura morfossintática do período

Estrutura morfossintática do período

MÉRITO
Apostilas 1
Estrutura morfossintática do período

Período Composto

Período composto é aquele formado por duas ou mais orações. Há dois tipos de
períodos compostos:

1) Período composto por coordenação: quando as orações não mantêm rela-


ção sintática entre si, ou seja, quando o período é formado por orações sintatica-
mente independentes entre si.

Ex. Estive à sua procura, mas não o encontrei.

2) Período composto por subordinação: quando uma oração, chamada subor-


dinada, mantém relação sintática com outra, chamada principal.

Ex. Sabemos que eles estudam muito. (oração que funciona como objeto direto)

Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração.

Período Composto por Subordinação

A uma oração principal podem relacionar-se sintaticamente três tipos de ora-


ções subordinadas: substantivas, adjetivas e adverbiais.

I. Orações Subordinadas Substantivas: São seis as orações subordinadas subs-


tantivas, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa integrante (que, se)

A) Subjetiva: funciona como sujeito da oração principal. Existem três estruturas


de oração principal que se usam com subordinada substantiva subjetiva: verbo de li-
gação + predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva.

Ex. É necessário que façamos nossos deveres.


2
Estrutura morfossintática do período

verbo unipessoal + oração subordinada substantiva subjetiva. Verbo unipessoal


só é usado na 3ª pessoa do singular; os mais comuns são convir, constar, parecer,
importar, interessar, suceder, acontecer.

Ex. Convém que façamos nossos deveres.

Verbo na voz passiva + oração subordinada substantiva subjetiva.

Ex. Foi afirmado que você subornou o guarda.

B) Objetiva Direta: funciona como objeto direto da oração principal. (sujeito) +


VTD + oração subordinada substantiva objetiva direta.

Ex. Todos desejamos que seu futuro seja brilhante.

C) Objetiva Indireta: funciona como objeto indireto da oração principal. (sujeito)


+ VTI + prep. + oração subordinada substantiva objetiva indireta.

Ex. Lembro-me de que tu me amavas.

D) Completiva Nominal: funciona como complemento nominal de um termo da


oração principal. (sujeito) + verbo + termo intransitivo + prep. + oração subordinada
substantiva completiva nominal.

Ex. Tenho necessidade de que me elogiem.

E) Apositiva: funciona como aposto da oração principal; em geral, a oração su-


bordinada substantiva apositiva vem após dois pontos, ou mais raramente, entre vír-
gulas. oração principal + : + oração subordinada substantiva apositiva.

3
Estrutura morfossintática do período

Ex. Todos querem o mesmo destino: que atinjamos a felicidade.

F) Predicativa: funciona como predicativo do sujeito do verbo de ligação da ora-


ção principal. (sujeito) + VL + oração subordinada substantiva predicativa.

Ex. A verdade é que nunca nos satisfazemos com nossas posses.

Nota: As subordinadas substantivas podem vir introduzidas por outras palavras:

Pronomes interrogativos (quem, que, qual…)

Advérbios interrogativos (onde, como, quando…)

Perguntou-se quando ele chegaria. Não sei onde coloquei minha carteira.

II. Orações Subordinadas Adjetivas

As orações subordinadas adjetivas são sempre iniciadas por um pronome relati-


vo.

São duas as orações subordinadas adjetivas:

A) Restritiva: é aquela que limita, restringe o sentido do substantivo ou prono-


me a que se refere. A restritiva funciona como adjunto adnominal de um termo da
oração principal e não pode ser isolada por vírgulas.

Ex. A garota com quem simpatizei está à sua procura.

Os alunos cujas redações foram escolhidas receberão um prêmio.

4
Estrutura morfossintática do período

B) Explicativa: serve para esclarecer melhor o sentido de um substantivo, expli-


cando mais detalhadamente uma característica geral e própria desse nome. A expli-
cativa funciona como aposto explicativo e é sempre isolada por vírgulas.

Ex. Londrina, que é a terceira cidade da região Sul do país, está muito bem cui-
dada.

III. Orações Subordinadas Adverbiais

São nove as orações subordinadas adverbiais, que são iniciadas por uma conjun-
ção subordinativa

A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa.

Conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, que.

Ex. Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo temporal.

B) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente,


o verbo fica subentendido

Conjunções: (mais) … que, (menos)… que, (tão)… quanto, como.

Ex. Diocresildo era mais esforçado que o irmão(era).

C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de concessão.

Conjunções: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se-


bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese.

5
Estrutura morfossintática do período

Ex. Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova.

D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condição.

Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, contanto que.

Ex. Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce.

E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade.

Conjunções: como, conforme, segundo.

Ex. Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura.

F) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de consequência.

Conjunções: (tão)… que, (tanto)… que, (tamanho)… que. Ex. Ele fala tão alto, que
não precisa do microfone.

G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo.

Conjunções: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que,
mal.

Ex. Fico triste, sempre que vou à casa de Juvenildo.

H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade.

6
Estrutura morfossintática do período

Conjunções: a fim de que, para que, porque.

Ex. Ele não precisa do microfone, para que todos o ouçam.

I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporção.

Conjunções: à proporção que, à medida que, tanto mais. À medida que o tempo
passa, mais experientes ficamos.

IV. Orações Reduzidas

Quando uma oração subordinada se apresenta sem conjunção ou pronome rela-


tivo e com o verbo no infinitivo, no particípio ou no gerúndio, dizemos que ela é
uma oração reduzida, acrescentando-lhe o nome de infinitivo, de particípio ou de
gerúndio.

Ex. Ele não precisa de microfone, para o ouvirem.

Período Simples e Composto

O período pode ser caracterizado pela presença de uma ou de mais orações, por
isso, pode ser simples ou composto.

Período Simples - apresenta apenas uma oração, a qual é chamada de oração


absoluta.

Exemplos:

Já acordamos.

Hoje está tão quente!

7
Estrutura morfossintática do período

Preciso disto.

Período Composto - apresenta duas ou mais orações.

Exemplos:

• Conversamos quando eu voltar.

• É sua obrigação explicar o que aconteceu.

• Descansou, passeou e fez o que mais quis nas férias.

O número de orações depende do número de verbos presentes num enunciado.

Classificação do Período Composto

Conforme a sua formação, o período composto é classificado em:

Período Composto por Coordenação - quando as orações são independentes


entre si, ou seja, cada uma delas têm sentido completo.

Exemplos:

Levantou e começou a trabalhar.

Assaltou a loja e correu pela porta dos fundos.

Período Composto por Subordinação - quando as orações relacionam-se entre


si.

Exemplos:

8
Estrutura morfossintática do período

Espero terminar os enfeites até que os convidados comecem a chegar.


Fi a receita mesmo sem saber quais ingredientes levava.

Período Misto- quando há a presença de orações coordenadas e subordinadas.

Exemplos:

Levantei, embora ainda estivesse cheio de sono.


Enquanto ele falar, nós vamos escutar.

Orações Coordenadas

As orações coordenadas podem ser sindéticas ou assindéticas, respectivamente,


conforme são utilizadas ou não conjunções.

Exemplos: Ora fala, ora não fala. (oração coordenada sindética, marcada pelo
uso da conjunção “ora...ora”).
As aulas começaram, os deveres começaram e a preguiça deu lugar à determinação.
(orações coordenadas assindéticas: “As aulas começaram, os deveres começaram”,
oração coordenada sindética: “e a preguiça deu lugar à determinação”.)

As orações coordenadas sindéticas podem ser:

Aditivas: quando as orações expressam soma. Exemplo: Gosta de praia, mas


também gosta de campo.

Adversativas: quando as orações expressam adversidade. Exemplo: Gostava do


curso, contudo não havia vaga na sua cidade.

Alternativas: quando as orações expressam alternativa. Exemplo: Vai ele ou vou


eu.

Conclusivas: quando as orações expressam conclusão. Exemplo: Estão de acor-


do, então vamos.

9
Estrutura morfossintática do período

Explicativas: quando as orações expressam explicação. Exemplo: Fizemos o tra-


balho hoje porque tivemos tempo.

Orações Subordinadas

As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais, con-


forme a sua função.

Exemplos:

Substantivas: quando as orações têm função de substantivo. Exemplo: Espero


que vocês consigam.

Adjetivas: quando as orações têm função de adjetivo. Exemplo: Os concorrente


que dormem mais têm um desempenho melhor.

Adverbiais: quando as orações têm função de advérbio. Exemplo: À medida que


crescem, aumentam as preocupações.
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Estrutura morfossintática do período

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Exercícios:

1. (UNIRIO) No período “Ah, arrulhou de repente a pomba, quando distinguiu,

indignada, o pombo que chegava (...)”, as duas orações subordinadas são

respectivamente:

a) adjetiva e adverbial temporal

b) substantiva predicativa e adjetiva

c) adverbial temporal e adverbial temporal

d) adverbial temporal e adverbial consecutiva

e) adverbial temporal e adjetiva

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2. (FGV) Leia atentamente: “O vigilante guarda-noturno e o seu valente auxiliar,

nunca esmoreceram no cumprimento do dever.” No período acima, a vírgula está

mal colocada, pois separa:

a) o sujeito e o objeto direto

b) o sujeito e o predicado

c) a oração principal e a oração subordinada

11
Estrutura morfossintática do período

d) o sujeito e o seu adjunto adnominal

e) o predicado e o objeto direto

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Gabarito

1 – Alternativa e: adverbial temporal e adjetiva.

2 – Alternativa b: o sujeito e o predicado

3 – Alternativa b: subordinada adverbial consecutiva

12
Pontuação

Pontuação

MÉRITO
Apostilas 1
Pontuação

Sinais de pontuação são recursos prosódicos¹ que conferem às orações ritmo,


entoação e pausa, bem como indicam limites sintáticos e unidades de sentido. Na
escrita, substituem, em parte, o papel desempenhado pelos gestos na fala,
garantindo coesão, coerência e boa compreensão da informação transmitida.

Prosódia é a parte da linguística que estuda a entonação, o ritmo, o acento


(intensidade, altura, duração) da linguagem falada e demais atributos correlatos na
fala.

Ponto (.)
O ponto pode ser utilizado para:

a) Indicar o final de uma frase declarativa:

Acho que Pedro está gostando de você.

b) Separar períodos:

Ela vai estudar mais tempo. Ainda é cedo.

c) Abreviar palavras:

V. Ex.ª (Vossa excelência)

Dois-pontos (:)
Deve ser utilizado com as seguintes finalidades:

a) Iniciar fala de personagens:

Ela gritou:

– Vá embora!

2
Pontuação

b) Anteceder apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de


palavras que explicam e/ou resumem ideias anteriores.

Esse é o problema dessa geração: tem liberdade, mas não tem responsabilidade.

Anote meu número de telefone: 1233820847.

c) Anteceder citação direta:

É como disse Platão: “De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais
difícil de domar.”

Reticências (...)
Usa-se para:

a) Indicar dúvidas ou hesitação:

Sabe... preciso confessar uma coisa: naquela viagem gastei todas as minhas
economias.

b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente:

Talvez se você pedisse com jeitinho...

c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a


reflexão:

Roubos, pessoas sem ter onde morar, escândalos ligados à corrupção... assim
caminha a humanidade.

d) Suprimir palavras em uma transcrição:

“O Cristo não pediu muita coisa. (...) Ele só pediu que nos amássemos uns aos
outros.” (Chico Xavier)

3
Pontuação

Parênteses ( )
Os parênteses são usados para:

a) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e, também,


podem substituir a vírgula ou o travessão:

Rosa Luxemburgo nasceu em Zamosc (1871).

Numa linda tarde primaveril (meu caçula era um bebê nessa época), ele veio nos
visitar pela última vez.

Ponto de exclamação (!)


Em que situações utilizar:

a) Após vocativo:

Juliana, bom dia!

b) Final de frases imperativas:

Fuja!

c) Após interjeição:

Ufa! Graças a Deus!

d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, expressivo:

Que lástima!

Ponto de interrogação (?)


Quando utilizar:

a) Em perguntas diretas:

Quando você chegou?

4
Pontuação

b) Às vezes, pode ser utilizada junto com o ponto de exclamação para enfatizar o
enunciado:

Não acredito, é sério?!

Vírgula (,)
Esse é o sinal de pontuação que exerce o maior número de funções, por isso
aparece em várias situações. A vírgula marca pausas no enunciado, indicando que
os termos por ela separados não formam uma unidade sintática, apesar de estarem
na mesma oração.

Situações em que se deve utilizar vírgula.

a) Separar o vocativo:

Marília, vá à padaria comprar pães para o lanche.

b) Separar apostos:

Camila, minha filha caçula, presenteou-me com este relógio.

c) Separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado:

Os políticos, muitas vezes, visam somente os próprios interesses.

d) Separar elementos de uma enumeração:

Meus bolos prediletos são os de chocolate, coco, doce de leite e nata com
morangos.

e) Isolar expressões explicativas:

Faça um bolo de chocolate, ou melhor, de chocolate e morangos.

f) Separar conjunções intercaladas:

Os deputados não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas.

g) Separar o complemento pleonástico antecipado:

Havia no rosto dela ódio, uma ira, uma raiva que não possuía justificativa.

5
Pontuação

h) Isolar o nome do lugar na indicação de datas:

São Paulo, 10 de Dezembro de 2016.

i) Separar termos coordenados assindéticos:

Vim, vi, venci. (Júlio César)

j) Marcar a omissão de um termo:

Maria gosta de praticar esportes, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar)

Antes da conjunção, como nos casos abaixo:

k) Quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes:

Os políticos estão cada vez mais ricos, e seus eleitores, cada vez mais pobres.

l) Quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizar alguma ideia


(polissíndeto):

Eu alerto, e brigo, e repito, e faço de tudo para ela perceber que está errada,
porém nunca me escuta.

m) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não
retratam sentido de adição (adversidade, consequência, por):

Teve febre a noite toda, e ainda está muito fraca.

Entre orações:

n) Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas:

Amélia, que não se parece em nada com a Amélia da canção, não suportou seu
jeito grosseiro e mandão.

o) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das


orações iniciadas pela conjunção “e”:

Pediu muito, mas não conseguiu convencer-lhe.

6
Pontuação

p) Para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas),


principalmente se estiverem antepostas à oração principal:

A casa, tão cara que ela desistiu da compra, hoje está entregue às baratas.

q) Para separar as orações intercaladas:

Ficou doente, creio eu, por conta da chuva de ontem.

r) Para separar as orações substantivas antepostas à principal:

Quando me formarei, ainda não sei.

Ponto e vírgula (;)


a) Utiliza-se ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros
itens:

Para preparar o bolo vamos precisar dos seguintes ingredientes:

1 xícara de trigo;

4 ovos;

1 xícara de leite;

1 xícara de açúcar;

1 colher de fermento.

b) Utilizamos ponto e vírgula, também, para separar orações coordenadas muito


extensas ou orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:

“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era


pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a
bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora
asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso." (O Visconde de
Inhomerim - Visconde de Taunay)

7
Pontuação

Travessão (—)
O travessão deve ser utilizado para os seguintes fins:

a) Iniciar a fala de um personagem no discurso direto:

Então ela disse:

— Gostaria que fosse possível fazer a viagem antes de Outubro.

b) Indicar mudança do interlocutor nos diálogos:

— Querido, você já lavou a louça?

— Sim, já comecei a secar, inclusive.

c) Unir grupos de palavras que indicam itinerários:

O descaso do poder público com relação à rodovia Belém—Brasília é


decepcionante.

d) Substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:

Dizem que Elvis — o rei do rock — na verdade, detestava atuar.

Aspas (“”)
As aspas são utilizadas com os seguintes objetivos:

a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias,


estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares:

A aula do professor foi “irada”.

Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente.

b) Indicar uma citação direta:

“Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue
na face, desfiz e refiz a mala.” (O prazer de viajar - Eça de Queirós)

8
Pontuação

Observação: Quando houver necessidade de utilizar aspas dentro de uma


sentença onde ela já esteja presente, usa-se a marcação simples ('), não dupla (").

Exercícios
Exercício 1

Indique qual conjunto de sinais de pontuação completa as lacunas de forma


correta.

Na realidade__ nada mais havia para fazer__ Os assuntos foram falados__ as


dúvidas foram esclarecidas__ os problemas foram evitados__ Apesar disso__ um
enorme clima de mal-estar continuava a existir__

a) vírgula, ponto final, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, ponto de interrogação;

b) vírgula, vírgula, ponto final, ponto final, ponto final, vírgula, ponto final;

c) vírgula, ponto final, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, reticências;

d) vírgula, ponto de exclamação, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, ponto de


exclamação.

Exercício 2

Indique a opção que apresenta erros de pontuação.

a) Você quer vir comigo ao parque?

b) Pare imediatamente com isso!

c) Quem sabe, um dia, você não aprende?

d) O estudante levava, o pão, na mochila.

9
Pontuação

Exercício 3

Assinale as hipóteses que indicam funções corretas da vírgula.

a) Separar elementos coordenados em enumerações com a mesma função


sintática.

b) Isolar o aposto e outros elementos explicativos.

c) Separar os advérbios sim e não em respostas.

d) Separar o sujeito do predicado e o objeto direto do objeto indireto.

e) Isolar orações subordinadas adjetivas explicativas.

Exercício 4

Indique os sinais de pontuação usados para…

a) Introduzir uma enumeração.

b) Indicar a suspensão ou interrupção de uma ideia ou pensamento.

c) Destacar citações e transcrições.

d) Substituir a vírgula na separação do vocativo.

e) Finalizar uma frase declarativa com sentido completo.

10
Pontuação

Gabarito
Exercício 1

Resposta: c) vírgula, ponto final, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, reticências.

Exercício 2

Resposta: d) O estudante levava, o pão, na mochila.

Exercício 3

Respostas:

a) Separar elementos coordenados em enumerações com a mesma função


sintática.

b) Isolar o aposto e outros elementos explicativos.

c) Separar os advérbios sim e não em respostas.

e) Isolar orações subordinadas adjetivas explicativas.

Exercício 4

Respostas:

a) dois pontos;

b) reticências;

c) aspas;

d) ponto de exclamação;

e) ponto final.

11
Relação sinonímia e de antonímia

Relação sinonímia e de antonímia

1
Relação sinonímia e de antonímia

Relação sinonímia e de antonímia

A Semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa
do discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações entre
os significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as segundo seus
significados.

SINONÍMIA: Sinonímia é a divisão na Semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas


que possuem significado ou sentido semelhante.

Algumas palavras mantêm relação de significado entre si e representam praticamente a mesma


ideia. Estas palavras são chamadas de sinônimos.

Ex: certo, correto, verdadeiro, exato.

Sendo assim, SINÔNIMOS são palavras que possuem significados semelhantes.

A contribuição greco-latina é responsável pela existência de numerosos pares de sinônimos:

• adversário e antagonista;

• translúcido e diáfano;

• semicírculo e hemiciclo;

• contraveneno e antídoto;

• moral e ética;

• colóquio e diálogo;

• transformação e metamorfose;

• oposição e antítese.

ANTONÍMIA: É a relação entre palavras de significado oposto

Outras palavras, ainda, possuem significados completamente divergentes, de forma que um se


opõe ao outro, ou nega-lhe o significado. Estas palavras são chamadas de antônimos.

Ex: direita / esquerda, preto / branco, alto / baixo, gordo / magro.

Desta forma, ANTÔNIMOS são palavras que opõem-se no seu significado.

Observação: A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto ou negativo:

• bendizer e maldizer;

• simpático e antipático;
2
Relação sinonímia e de antonímia

• progredir e regredir;

• concórdia e discórdia;

• ativo e inativo;

• esperar e desesperar;

• comunista e anticomunista;

• simétrico e assimétrico.

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Relação sinonímia e de antonímia

Anotações:
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Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

Polissemia, Ironia, Comparação,


Ambiguidade, Citação, Inferência,
Pressuposto

1
Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

Ambiguidade

Ambíguo é tudo aquilo que pode ter mais de um sentido.

Você sabia que ambiguidade também pode ser chamado de “Anfibologia”?

Anfibologia vem do grego amphibolia e é considerado um vício de linguagem. É a duplicidade de


sentido em uma construção sintática, quando permite mais de uma interpretação.

A ambiguidade pode ser proposital ou não. Quando não é proposital, pode-se chamar de ato
falho ou acontecer por descuido de quem fala ou escreve na organização sintática.

Ex.: Matarei o porco do meu tio hoje. (Matarei o animal que pertence ao meu tio? Ou, além de
xingar meu tio, ainda cometerei um assassinato?)

Existem dois tipos de ambiguidade, a lexical e a estrutural.

a) Ambiguidade Lexical

Quando uma determinada palavra pode assumir mais de um significado, como acontece com a
polissemia

Ex.: Pedi o prato mais caro!

b) Ambiguidade Estrutural

Quando a ambiguidade é provocada pela posição das palavras em um enunciado, gerando má


compreensão.

Ex.: Ana ficou chateada com minha irmã por sua casa estar desarrumada. (A casa de quem está
desarrumada? De Ana ou de minha irmã?)

A palavra “sua” pode referir-se tanto à casa de Ana quanto à de minha irmã, causando a
ambiguidade.

Polissemia

Você sabia que existe um termo oposto a “Polissemia”? Monossemia é quando uma palavra
assume apenas um significado.

A palavra “polissemia” é originária do grego polysemos, que significa “algo que tem muito s
significados”.

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Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

A palavra “vela”, por exemplo, dependendo do contexto, pode significar a vela de um barco, uma
vela feita de cera para iluminar ou pode ser uma conjugação do verbo “velar” (Ela vela por seu filho
durante o sono).

Existe bastante confusão entre polissemia e homonímia. Para desfazer a confusão, basta
prestarmos atenção em alguns pontos.

A palavra “manga” possui significados e conceitos completamente diferentes: uma fruta ou a


parte de uma camisa. Não há relação entre um significado e outro, o que constitui homonímia.

Já a palavra “letra” pode significar um elemento básico do alfabeto, o texto de uma canção ou a
caligrafia de uma pessoa, neste caso, temos a polissemia, uma vez que todos os significados estão
relacionados ao mesmo conceito: “a escrita”.

Ironia

Outro efeito de sentido muito comum é a ironia que consiste na utilização de determinada
palavra ou expressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um novo sentido, gerando
um efeito de humor.

Exemplos:

– Que menino educado! Entrou sem cumprimentar ninguém!

–Vai ver se estou na esquina!

Comparação

Comparação é uma figura de linguagem caracterizada pela analogia explícita entre termos de um
enunciado, já que conta com a presença de conjunção ou locução conjuntiva comparativa. Isso já não
acontece com a metáfora, que também realiza uma analogia, porém sem a presença desse tipo de
conectivo. Já os símiles híbridos consistem na combinação entre uma comparação e uma metáfora.

Exemplos de comparação

A comparação é uma figura de linguagem em que se percebe a analogia explícita entre dois ou
mais termos, pois está sempre acompanhada de uma conjunção ou locução conjuntiva comparativa.

3
Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

O que é uma citação?

A citação é uma ferramenta textual para que você dê credibilidade ao que escreveu. Ela é uma
parte de um texto consultado por você e pode ser utilizada em diversos textos, inclusive, na redação
do Enem!

Pois é, se você está na saga de se preparar para este exame e demais vestibulares, fique atento
às citações, elas podem ser um diferencial em sua prova escrita.

Por que fazer uma citação em seu texto?

Bom, a citação deve ser empregada em sua redação ou qualquer que seja o tipo de texto escrito
por você para dar credibilidade ao que você escreveu. Ela serve para embasar o seu ponto de vista,
convencendo o leitor de que sua ideia está correta e que mais pessoas, inclusive o especialista citado
por você, acreditam nela.

As citações são supervaliosas, já que validam o que está escrito por você. Essas citações po dem
ser empregadas em diferentes gêneros textuais, sejam eles falados ou escritos.

Se, por exemplo, você foi escolhido para ser orador de sua turma do 3º ano, irá preparar um
discurso daqueles, não é? Pois bem, nesse discurso você provavelmente irá citar alguém que inspirou
você e seus colegas a serem melhores e buscarem seus sonhos. Pode ser um professor, um
coordenador, ou mesmo uma figura mais conhecida, como o Paulo Freire, se quiser falar sobre o
poder transformador da educação.

Porém, se você estiver superconcentrado em sua redação do Enem e quiser garantir a maior
nota possível, deve puxar pela memória alguma citação de alguém famoso para incluir e impressionar
o corretor de sua redação.

Além de enriquecer e embasar a sua argumentação, a citação ainda mostra que você possui um
repertório cultural. O que culminará em pontos nas competências 2, 3 e 4. Veja abaixo sobre o que
cada uma delas cobra:

Competência 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de


conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-
argumentativo.

Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e


argumentos em defesa de um ponto de vista.

Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a


construção da argumentação.

4
Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

Inferência

O texto não se reduz à palavra, por isso é importante aprender a ler outras linguagens, não só a
escrita. Antigamente, aprendia-se a ler somente textos literários, não havendo a preocupação de
como os textos não literários seriam lidos. Atualmente, busca-se formar cidadãos, portanto, a leitura
ganhou novo significado.

Ler é um exercício. Levantar hipóteses, analisar, comparar, relacionar são passos que auxiliam
nessa tarefa. Entretanto, existe uma habilidade que merece destaque: a inferência.

Segundo Houaiss, inferir é: concluir pelo raciocínio, a partir de fatos, indícios; deduzir.

Entretanto, na prática, como isso pode ajudar na interpretação? Ao ler um texto, as informações
podem estar explícitas ou implícitas. Inferir é conseguir chegar a conclusões a partir dessas
informações.

Pressupostos

Pressupostos são informações que, como o próprio nome diz, se pressupõe de outras
informações adicionais. Elas são facilmente identificadas e compreendidas a partir de expressões ou
até mesmo palavras presentes nas orações.

Assim, o pressuposto se destaca por permitir que o leitor consiga identificá-la por meio do
implícito. O pressuposto, dessa maneira, se torna verdadeiro e irrefutável por estar presente na
oração.

Exemplos de pressupostos

Decidi parar de comer carne.

Pressuposto: A pessoa comia carne antes.

Finalmente acabei meu livro.

Pressuposto: Demorou um longo tempo para finalizar o livro.

Alunos que estudam pela manhã têm melhor rendimento.

Pressuposto: Alguns alunos não estudam pela manhã.

Marcas linguísticas dos pressupostos

Identificar verbos que indicam sentido de fim, mudança, continuidade: começar, deixar, acabar,
continuar e etc…;
5
Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

Advérbios dos mais variados tipos: finalmente, já, depois, felizmente e demais…;

Pronome de introdução: que;

Locuções indicadoras de circunstância: depois que, visto que, desde que…;

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Reescrita de frases e parágrafos do texto

Reescrita de frases e
parágrafos do texto

MÉRITO
Apostilas 1
Reescrita de frases e parágrafos do texto

Para fazer uma reescrita de frases e parágrafos de um texto, nós devemos ter
muita atenção na gramática, ou seja, nos erros de pontuação, concordância verbal
e nominal, regência verbal e nominal, o uso da crase e a colocação pronominal.

Uma troca de posição da vírgula, por exemplo, pode alterar o sentido da fra -
se.

As frases reescritas devem manter a informação essencial do texto utilizando


vocabulários e expressões do texto original e a ordem das palavras para que o
texto mantenha seu sentido.

Deve-se prestar a atenção na ordem das palavras para que o texto não mude
de sentido.

Devemos também prestar atenção no tempo verbal

A Reescrita pode ser feita através de substituição de palavras ou de trechos


de textos utilizando:

Sinônimos, antônimos, locução verbal, verbos por substantivos e vice-versa,


voz verbal, conectivos de mesmo valor semântico:

Sinônimos: palavras que possuem significados iguais ou semelhantes

Ex.:

Aquele carro está com problema

Aquele automóvel está com defeito.

Antônimos: palavras que possuem significados diferentes, ou seja, significa-


dos opostos

Ex.:

O homem estava bravo

O sujeito não estava tranquilo

2
Reescrita de frases e parágrafos do texto

Locução verbal: É a união de verbos com a função de apenas um.

Ex.:

Vou ler este livro para meu filho

Lerei este livro para meu filho

Verbo por substantivo e vice-versa: Você transforma uma oração verbal


em oração nominal ou vice-versa.

Caminhar = caminho

Resolver = resolução

Trabalhar = trabalho

Estudar = estudos

Beijar = beijo

Ex.:

O trabalho é essencial para a vida

Trabalhar é essencial para a vida

Voz verbal: A voz assumida pelo verbo indica se o sujeito é agente ou paci-
ente da ação.

Ex.:

Eu vi a mulher no supermercado

A mulher foi vista por mim no supermercado

Conectivos com mesmo valor semântico: Os conectivos como conjunção,


preposição e advérbio ajudam a dar sentido às orações.

Conectivos de adição: Além disso, ainda mais, também, e…

Conectivos de certeza: Por certo, certamente, com certeza…

3
Reescrita de frases e parágrafos do texto

Conectivos de condição: Caso, eventualmente, se.

Conectivos de conclusão: Em suma, em conclusão, enfim…

Conectivos de tempo: Enfim, logo, então, logo depois, logo após…

Dentre outros conectivos.

Ex.:

Por certo, eu vencerei esta partida.

Certamente, eu vencerei esta partida.

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Reescrita de frases e parágrafos do texto

Anotações:
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RACIOCÍNIO LÓGICO

RACIOCÍNIO LÓGICO

MÉRITO
Apostilas 1
Estruturas Lógicas

Estruturas Lógicas (Estrutura lógica de


relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios)

MÉRITO
Apostilas 1
Estruturas Lógicas

Estrutura Lógica
Na lógica, uma estrutura (ou estrutura de interpretação) é um objeto que dá
significado semântico ou interpretação aos símbolos definidos pela assinatura de
uma linguagem. Uma estrutura possui diferentes configurações, seja em lógicas
de primeira ordem, seja em linguagens lógicas poli sortidas ou de ordem superior.

O tema “estruturas lógicas” se divide em:

• Proposições lógicas (lógica proposicional)

• Tabela verdade

• Conectivos lógicos

• Tautologia, Contradição e Contingência

Proposições lógicas (lógica proposicional)

Chama-se proposição toda oração declarativa que pode ser expressa de forma
afirmativa ou negativa, na qual atribuímos um dos valores lógicos verdadeiro (V)
ou falso (F), mas nunca para ambas. Também conhecida por sentença fechada.

Ex.:

• Paris é a capital da França – Sentença declarativa verdadeira, então damos o


valor lógico (V)

• 5 é um número par – Sentença declarativa falsa, então damos o valor lógico


(F)

• 5 + 5 = 11 – Sentença declarativa falsa, então damos o valor lógico (F)

As sentenças exclamativas, interrogativas, imperativas e abertas não são


proposições:

Ex.:

Que prova fácil! – Sentença exclamativa

Para onde você está indo? – Sentença interrogativa

Entre no carro agora! – Sentença imperativas

2
Estruturas Lógicas

Ele está nadando – Sentença aberta (sentença que não dá para identificar
se é V ou F)

Princípios que dominam as preposições:

Princípio da identidade: Uma proposição verdadeira será sempre verdadei-


ra e uma proposição falsa será sempre falsa.

Princípio da não contradição: Uma proposição não pode ser verdadeira e


falsa ao mesmo tempo.

Princípio do terceiro excluído: uma proposição ou será verdadeira, ou será


falsa, não há outra possibilidade.

Proposição simples

É formada por apenas uma proposição e têm apenas os valores lógicos verda-
deiro (V) e falso (F).

Proposição composta

As proposições compostas são formadas por duas ou mais proposições sim-


ples que são ligadas através de conectivos lógicos como “e” e “ou” por exemplo.

Ex.: Irei para a escola e ao teatro

Proposição simples 1= irei para a escola

Proposição simples 2= ao teatro

Proposição composta= Irei para a escola e ao teatro

Por causa dos conectivos conseguimos dar um valor lógico para a expressão.

As proposições compostas têm mais combinações de valores lógicos, pois de-


penderá da quantidade de proposições simples que a compõe.

Para atribuirmos os valores lógicos de proposição composta, devemos cons-


truir uma tabela verdade.

3
Estruturas Lógicas

Tabela verdade

Tabela verdade é uma tabela matemática usada no campo do raciocínio lógi -


co, para verificar se uma proposição composta é válida.

Vamos agora aprender como se constrói uma tabela verdade.

Para sabermos quantas linhas terá nossa tabela verdade é só pegar o algaris -
mo 2 e elevá-lo ao número de proposições simples.

Ex.:

1. Duas proposições simples: 2² = 4

2. Três proposições simples : 2³ = 8

Tabela verdade com duas proposições

Algarismo 2 elevado ao número de proposições que sabemos que são duas,


então:

2² = 4

Temos então 4 linhas nesta tabela verdade.

Na primeira coluna é só dividir o número de linhas por dois e colocar os valo -


res lógicos verdadeiro (V) e falso (F)

São 4 linhas, então 4/2 = 2 Ficará duas verdadeiras e duas falsas colocadas
simultaneamente

Na segunda coluna é só dividir o resultado da primeira por dois 2/2 = 1

Ficará uma verdadeira e uma falsa colocadas alternadamente.

4
Estruturas Lógicas

Tabela verdade com três proposições

É o mesmo processo:

Algarismo 2 elevado ao número de proposições que sabemos que são três, en-
tão:

2³ = 8

Temos então 8 linhas nesta tabela verdade.

Na primeira coluna é só dividir o número de linhas por dois e colocar os valo -


res lógicos verdadeiro (V) e falso (F).

São 8 linhas, então 8/2 = 4 Ficará quatro verdadeiras e quatro falsas coloca -
das alternadamente

Na segunda coluna é só dividir o resultado da primeira por dois 4/2 = 2 Ficará


duas verdadeiras e duas falsas colocadas alternadamente

Na terceira coluna é só dividir o resultado da segunda por dois 2/2 = 1

Ficará uma verdadeira e uma falsa colocada alternadamente.

5
Estruturas Lógicas

Conectivos lógicos

O conectivo lógico é um símbolo ou palavra que usamos para conectar duas


ou mais proposições para que elas sejam válidas, de modo que a proposição com -
posta formada dependa apenas das proposições que a originou. Por causa dos co -
nectivos conseguimos dar um valor lógico para esta proposição formada.

Só vai ser falsa se ambas forem falsas.


Se tiver uma verdadeira ou ambas
verdadeiras será verdadeiro

Negação (Conectivo ~ ou ¬)

Conectivo: “não”

Símbolo: ~ ou ¬

Esquema: ~p ou ¬p (não p)

Proposição p: O carro é amarelo

Proposição ~p: O carro não é amarelo

ou ~p : Não é verdade que o carro é amarelo

ou ~p : É falso que o carro é amarelo

6
Estruturas Lógicas

Tabela verdade:

O carro é amarelo (p)

Uma proposição: 2¹ = 2

Conjunção (conectivo “e”)

Conectivo “e” é denominado conjunção e seu símbolo é o acento circunflexo


“^”

O esquema é p ^ q (p e q)

Será verdadeira somente se todas as proposições forem verdadeiras

Ex.: Irei para a escola e ao teatro

p ^ q (p e q)

Tabela verdade:

Irei para a escola (p)

irei para ao teatro (q)

2 proposições = 2² = 4

A regra para conjunção é que a proposição resultante só será verdadeira se


todas as proposições simples forem verdadeiras.

7
Estruturas Lógicas

Conectivo “ou” símbolo: v ou v

Temos dois tipos de disjunção, a disjunção inclusiva e a disjunção exclusiva.

• Disjunção inclusiva

Símbolo “v”

Conectivo “ou”

Esquema: p v q (p ou q)

Ex.: Como ou bebo

Embora tenha usado o conectivo ou, nada me impede de fazer as duas coisas,
ou seja, significa uma inclusão.

Tabela verdade

Proposição 1: como

Proposição 2: bebo

Tem duas proposições: 2² = 4

A proposição só será falsa se todas as proposições simples forem falsas.

• Disjunção exclusiva

Símbolo “v”

Conectivo “ou…ou”

Esquema: p v q (p ou q)

Ex.: Ou como ou bebo

8
Estruturas Lógicas

Com a repetição do conectivo ou, ele exclui a possibilidade de fazer as duas


coisas, ou seja, significa uma exclusão.

Tabela verdade

Proposição 1: Ou como

Proposição 2: Ou bebo

Tem duas proposições: 2² = 4

A proposição só será verdadeira se uma das proposições simples for “F” (não
ocorrer) e a outra “V” (ocorrer), independentemente da ordem. Não pode aconte-
cer “V”(ocorre) ou “F”(não ocorrer) nos dois casos, caso aconteça a proposição re -
sultante desta operação será falsa.

Então, a diferença principal entre as duas disjunções é:

Disjunção inclusiva: Pode ocorrer uma ação ou ambas.

Disjunção exclusiva: Pode ocorrer somente uma ação.

9
Estruturas Lógicas

Condicional (conectivo “se…então”)

Símbolo “→”

Conectivo “se…então”

Esquema: p → q (se p então q)

Ele dá uma condição para que a outra proposição exista

Ex.: Se nasci em Minas Gerais, então sou mineiro

Tabela verdade:

Proposição 1: se nasci em Minas Gerais

Proposição 2: então sou mineiro

Tem duas proposições: 2² = 4

A condicional só será falsa se a proposição antecedente for verdadeira e a


proposição consequente for falsa.

10
Estruturas Lógicas

Bicondicional (conectivo “…se e somente se…” )

Símbolo “↔”

Conectivo “…se e somente se…”

Esquema: p ↔ q (p se somente se q)

As proposições são equivalentes, ou seja, para ser verdadeira, ambas proposi-


ções têm que ser verdadeira ou ambas tem que ser falsa.

Tabela verdade:

Proposição 1: Pedro é enfermeiro

Proposição 2: Márcia é médica

Lê-se: Pedro é enfermeiro se e somente se Márcia é médica

Tem duas proposições: 2² = 4

11
Estruturas Lógicas

Tautologia, Contradição e Contingência


Classificação das proposições compostas:

Proposição composta são proposição que tem duas ou mais proposições sim -
ples

• Tautologia

• Contradição

• Contingência

Tautologia

Na lógica proposicional, a tautologia é uma proposição cujo valor lógico é


sempre verdadeiro para todas as variadas proposições.

A proposição (p ou não p) ficando assim, p ∨ (~p)

Onde:

Usa-se o conectivo “ou”

Símbolo: v lê-se “ou”

p: proposição p

~p: proposição não p

A proposição p ∨ (~p) é uma tautologia, pois o seu valor lógico é sempre


V(verdadeiro).

A tautologia normalmente é uma disjunção inclusiva.

Contradição

Contradição é uma proposição cujo valor lógico é sempre falso, ou seja, ao


contrário da tautologia.

A proposição (p e não p) ficando assim, p Λ (~p)

12
Estruturas Lógicas

Onde:

Usa-se o conectivo “e”

Símbolo: Λ lê-se “e”

p: proposição p

~p: proposição não p

A proposição p Λ (~p) é uma contradição, pois o seu valor lógico será sempre
F (falso).

A contradição normalmente é uma conjunção.

Contingência

Contingência é uma proposição cujo valor lógico pode ser verdadeiro ou falso,
ou seja, não é nem uma tautologia e nem uma contradição, é uma proposição in -
determinada.

A proposição (se p então ~p) ficando assim, p →(~p)

Onde:

Usa-se o conectivo “se…então”

Símbolo:→

p: proposição p

~p: proposição não p

A proposição p →(~p) é uma contingência, pois seu valor lógico pode ser ver-
dadeiro (V) ou falso (F).

A contingência normalmente é uma condicional. A maioria das proposições


compostas são contingências.

13
Estruturas Lógicas

EXERCÍCIOS

EXERCÍCIO 1

Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Água Santa – RS

Define-se por contradição a operação lógica que assume como valores falsos
(F) para quaisquer valores das proposições componentes. Sendo assim, assinale a
alternativa que contém um caso de contradição.

A) p ^ ~p

B) p ^ ~q

C) pvq

D) p^q

E) pvq

EXERCÍCIO 2

Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRA-PR

Sejam P1, P2 e C duas premissas e a conclusão, respectivamente, julgue o


item acerca da lógica da argumentação e dos diagramas lógicos.

O argumento P1 ∧ P2 → C a seguir é uma tautologia.

P1: Nem estudou, nem passou; P2: Estudou ou passou; C: Estudou se, e so-
mente se, passou.

( ) Certo

( ) Errado

14
Estruturas Lógicas

EXERCÍCIO 3

Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES

Considere a seguinte proposição: “Neste concurso, Pedro será aprovado ou


não será aprovado.”. Analisando segundo a lógica, essa afirmação é um exemplo
claro de:

A) contradição.

B) equivalência.

C) redundância.

D) repetição.

E) tautologia.

EXERCÍCIO 4

Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Gramado – RS

Trata-se de um exemplo de tautologia a proposição:

A) Se dois é par então é verão em Gramado.

B) É verão em Gramado ou não é verão em Gramado.

C) Maria é alta ou Pedro é alto.

D) É verão em Gramado se e somente se Maria é alta.

E) Maria não é alta e Pedro não é alto.

15
Estruturas Lógicas

EXERCÍCIO 5

Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Gramado – RS

A) Trata-se de um exemplo de contradição a proposição:

B) Dois é um número par e ímpar.

C) Gramado é uma cidade bonita se e somente se faz frio.

D) Maria é alta e Pedro é baixo.

E) Se dois é um número par então Maria é alta.

F) Se Pedro é baixo então Maria é alta.

EXERCÍCIO 6

Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: UERGS

Trata-se de uma tautologia a proposição apresentada na alternativa:

A) Chove e faz frio.

B) Pedro estuda ou não estuda na Uergs.

C) Se é verão então faz calor.

D) Maria é alta e gosta de estudar.

E) Jorge estuda ou joga futebol.

16
Estruturas Lógicas

GABARITO

RESPOSTA DA QUESTÃO 1 LETRA A

RESPOSTA DA QUESTÃO 2 CERTO

RESPOSTA DA QUESTÃO 3 LETRA E

RESPOSTA DA QUESTÃO 4 LETRA B

RESPOSTA DA QUESTÃO 5 LETRA A

RESPOSTA DA QUESTÃO 6 LETRA B

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Estruturas Lógicas

Anotações:
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Argumentação

Argumentação

MÉRITO
Apostilas 1
Argumentação

Argumentos
Um argumento pode ser definido como uma afirmação acompanhada de justi -
ficativa (argumento retórico) ou como uma justaposição de duas afirmações opos -
tas, argumento e contra-argumento (argumento dialético).

Na lógica e na filosofia um argumento é um conjunto de uma ou mais senten -


ças declarativas, também conhecidas como proposições, ou ainda, premissas,
acompanhadas de uma outra frase declarativa conhecida como conclusão.

Em um argumento dedutivo (válido) o valor-verdade da conclusão é uma con -


sequência lógica necessária das premissas que a antecedem, ou seja, sendo ver -
dadeiras as premissas segue-se que necessariamente será verdadeira a conclu -
são. Caso alguma(s) premissa(s) não seja(m) verdadeira(s), uma conclusão verda -
deira será apenas uma contingência. Também será contingente a verdade de uma
conclusão num argumento dedutivo inválido, ou seja, um argumento em que mes -
mo a veracidade integral das premissas não garante, necessariamente, uma con -
clusão verdadeira.

Em argumento indutivo a verdade da conclusão não é garantida pelas premis-


sas, mas apenas indicada pelas premissas. Muitos autores e correntes filosóficas
não consideram o argumento indutivo como um tipo válido de argumento e a dis -
cussão acerca do estatuto lógico e epistemológico de uma indução desencadeou
os debates mais frutíferos da história da filosofia, também conhecido como pro -
blema da indução.

Toda premissa, assim como toda conclusão, pode ser apenas verdadeira ou
falsa, isto é, há um valor sempre binário que se atribui às sentenças declarativas
que tomamos como premissas e conclusões, o chamado valor-verdade, que pode
ser 0 ou 1, positivo ou negativo, V ou F. Jamais já uma terceira opção, no que se
chama de Princípio do Terceiro Excluído, junto com o princípio de identidade e o
de não contradição um dos pilares da tríade que alicerça a Lógica Clássica. Tal
princípio também é sintetizado na forma de adágio latino, muito usado em narrati -
vas, Tertium non datur (literalmente: "uma terceira opção não é dada", "das duas
uma", etc.).

É muito importante não confundir valor-verdade com validade. Valor-verdade


(ser verdadeiro ou falso) é algo que qualquer sentença declarativa possui. "O céu
está azul" ou bem é uma declaração verdadeira ou bem é uma declaração falsa.
Não existe "meio verdadeiro", nem importa a intensidade (se o céu está muito
azul ou levemente azul), se está azul, em algum grau, é verdadeira, e se não está,
é falsa.

Validade refere-se não às sentenças, mas ao argumento. Um argumento dedu-


tivo inválido, por exemplo, isto é, um argumento onde mesmo com premissas ver -
dadeiras não se garanta a verdade da conclusão, pode-se encontrar de forma con-

2
Argumentação

tingente uma conclusão verdadeira, basta que a sentença declarativa que figura
como conclusão seja uma sentença verdadeira.

E ainda podemos ter uma argumento inválido com todas as premissas e con-
clusões verdadeiras. Bastam que todas as sentenças declarativas do argumento
sejam verdadeiras, mas o encadeamento lógico entre elas não faz qualquer senti -
do em termos garantir a verdade da conclusão, que é verdadeira apenas por con -
tingência, não por necessidade.

Tome-se uma argumento dedutivo válido (encadeamento lógico correto entre


premissas e conclusão) na forma de um silogismo clássico (premissa maior, pre -
missa menor, conclusão). Caso as duas premissas sejam verdadeiras, necessaria-
mente a conclusão será verdadeira.

Mas se trocarmos de lugar a conclusão e a premissa menor, temos uma expe -


riência interessante: o argumento torna-se inválido (a verdade das premissas não
garante mais a verdade da conclusão), mas continua com todas as suas sentenças
verdadeiras, o que mostra que se pode ter um argumento totalmente inválido,
mas verdadeiro

Também podemos ter um argumento válido (encadeamento lógico correto, si-


logismo perfeito) cuja conclusão não seja necessariamente verdadeira (pode ser
verdadeira ou falsa, e se for verdadeira não o é por necessidade), basta que uma
das premissas seja falsa, lembrando que se todas as premissas de um argumento
válido forem falsas isso não garante conclusão falsa, ou seja, a recíproca da pre -
missa-verdadeira/conclusão-verdadeira não se verifica para premissa-falsa/conclu-
são-falsa.

Em função disso, as frases que apresentam um argumento são referidas como


sendo verdadeiras ou falsas, e em consequência, são válidas ou são inválidas.

Alguns autores referem-se à conclusão das premissas usando os termos de -


claração, frase, afirmação ou proposição.

A razão para a preocupação com a verdade é ontológica quanto ao significado


dos termos (proposições) em particular. Seja qual termo for utilizado, toda premis -
sa, bem como a conclusão, deve ser capaz de ser apenas verdadeira ou falsa e
nada mais: elas devem ser truthbearers ("portadores de verdade", em português).

3
Argumentação

Argumentação
A argumentação pode ser conceituada como o ato de discutir, de apresentar
propostas, pontos de vista. Conduzir o diálogo de forma organizada com o objetivo
de persuadir ou influenciar. Dentro da língua portuguesa, esse recurso é utilizado
na construção dos textos argumentativos, muito comuns nos vestibulares.

Quando esses exames solicitam que os participantes produzam um texto ar -


gumentativo, querem saber se a pessoa que escreve tem a capacidade de defen -
der uma ideia de forma clara, objetiva e convincente. A argumentação não fica só
no campo da linguagem, também passa por outras áreas do conhecimento, como
as ciências humanas, exatas e da natureza. Sua empregabilidade no meio científi -
co, por exemplo, é muito recorrente.

Nos comerciais que assistimos na televisão, a argumentação também está in -


serida. Os publicitários pensam quais elementos favoráveis à sua marca podem
ser exibidos para que o consumidor acredite que deve comprar o produto.

Tipos de textos argumentativos


Na produção dos textos argumentativos, há uma estrutura de construção
básica formada por: introdução, desenvolvimento e conclusão. Todos os tipos tex -
tuais que têm a argumentação como recurso obedecem a essa estrutura.

Texto dissertativo-argumentativo

O texto dissertativo – argumentativo é o mais comum nos concursos. Geral -


mente, essas provas apresentam o tema da redação, oferecem algumas informa -
ções e pedem que se desenvolva um texto.

Esse texto obedece a regrinha estrutural formada por:

• Introdução (tese) – Parte inicial do texto. Aqui se coloca a ideia chave, o as -


sunto principal ou problema de pesquisa.

• Desenvolvimento (antítese) – Como o nome já diz, o texto é desenvolvido


nesse parágrafo. No desenvolvimento são acrescentadas informações, geralmente
para justificar as ideias expostas no começo do texto.

• Conclusão (síntese) – Também chamadas de “considerações finais”. Apre-


sentam resultados, oferecem perspectivas e trazem novas reflexões acerca do
tema.

4
Argumentação

Crônica Argumentativa

A argumentação é a principal característica da crônica argumentativa. Esse


gênero textual é muito utilizado pelos meios de comunicação, principalmente os
jornais impressos e revistas. Elas podem ser críticas humorísticas ou sarcásticas.

Para construir uma crônica argumentativa é preciso escolher um tema atual,


como a guerra na Síria, o desemprego no Brasil, a inflação, etc. Faça sua pesqui-
sa, leia sobre o tema, organize bem todos as informações e ideias, forme o seu
ponto de vista e escolha os argumentos que sejam favoráveis a ele. A crônica ar-
gumentativa precisa estar bem embasada, dessa forma faz com que o leitor seja
persuadido e reflita.

Ensaio

Esse é um texto de caráter crítico, normalmente da área científica. O objetivo


do ensaio é expor as ideias e reflexões do autor sob determinado ponto de vista.
Produz um discurso que está baseado em reflexões e análises do tema.

Deve ser bem articulado e apresentar conhecimentos e avaliações sobre o


tema em questão. O ensaio não exige que o escritor inclua evidências de suas
afirmações no texto, mas é preciso ser construído com argumentações plausíveis.

Editoriais

O editorial é um texto opinativo, crítico e, geralmente, expõe os argumentos


que constroem o posicionamento do jornal ou da empresa jornalística. Em um tex -
to editorial, o autor busca, através de argumentos, persuadir os leitores a concor-
dar com o ponto de vista abordado no jornal.

Artigo de opinião

Também muito comuns nos jornais impressos e revistas. Com a convergência


digital, os artigos de opinião já estão disponíveis nos portais de notícias. Consti -
tuem-se de textos reflexivos, pois o objetivo é trazer informação a partir dos argu-
mentos escritos por especialistas.

5
Argumentação

Elementos da argumentação
Um texto argumentativo precisa obedecer alguns critérios, a maioria deles es -
tão presentes em diversos tipos de textos, mas vamos reforçar esses aspectos
aqui também.

Coesão e coerência

A coesão textual e a coerência formam aquela dupla dinâmica que não se se-
para. Às vezes confundidas, as duas se responsabilizam por deixar o texto mais
claro, bem organizado e compreensível. Vamos entender como trabalham.

A coesão cuida da ligação entre os elementos do texto. A coerência promove


a harmonia, ordem lógica.

Aplicando em frases:

“A bolsa de Priscila está suja. A bolsa de Priscila está rasgada”.

Nós até que conseguimos entender a frase, mas não seria melhor se fosse
usado um conectivo no lugar da repetição?

“A bolsa de Priscila está suja e rasgada.” Pronto! Assim está bem melhor.

Observe agora esta frase: “Junior caiu da bicicleta. Matheus também caiu da
bicicleta.”

Não seria mais simples escrever: “Junior caiu da bicicleta e Matheus tam-
bém.” Nessa frase utilizamos o recurso da substituição para impedir a repetição.
As correlações verbais também são muito importantes. Utilizar o verbo conjugado
no tempo certo faz toda a diferença.

Observe a frase: “Se Thiago comprasse o misto eu vou comer”

O primeiro verbo da frase “comprasse” está no pretérito imperfeito. Dessa


forma, o verbo seguinte também deveria acompanhar esse tempo verbal. A frase
correta seria: “Se Thiago comprasse o misto eu ia comer.”

Outros elementos também são importantes, como a reiteração e referência,


que consiste em utilizar pronomes e outros recursos para se referir ao que foi dito
no momento anterior.

Por exemplo: Por que usar “Joana faz aniversário em agosto. Joana faz 24
anos.”? Quando eu posso usar: Joana faz aniversário em agosto, ela faz 24 anos.

6
Argumentação

Esses textos também precisam seguir uma linha lógica de raciocínio, não pode ha-
ver contradição nos argumentos.

Exemplo: “Larissa está diabética por isso tomou dois litros de refrigerante.”

Se tomar essa quantidade de refrigerante não é bom para uma pessoa que
está completamente saudável, imagina o que pode causar a uma pessoa que so -
fre com excesso de açúcar no sangue. É incoerente!

Clareza Textual

A clareza depende da coesão e coerência. Um texto que não segue uma uni-
dade sequencial, lógica, fica confuso. As dicas para escrever um texto com clareza
são:

• Pesquise o tema e domine o conteúdo;

• Escreva na ordem direta;

• Dê preferência a frases curtas;

• Não use palavras complicadas;

• Conheça o seu público alvo, mas tente escrever para todos os públicos.

Organize suas ideias

É muito difícil entender um texto com tópicos mal organizados. Se o leitor tem
dificuldade de entender, como vai ser influenciado pela ideia?

No momento da escrita, divida seu texto por parágrafos, obedeça a sequência


de ideias, partindo da introdução, passando pelo desenvolvimento, e chegando
até a conclusão. Revise seu texto, observe a pontuação e as regras gramaticais.

Boa argumentação

A argumentação é utilizada para debater os problemas que atingem toda a


sociedade e, por isso, não pode estar embasada em experiências individuais. Pro -
cure por boas referências antes de construir seu texto ou ideia.

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Argumentação

Anotações:
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Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

Polissemia, Ironia, Comparação,


Ambiguidade, Citação, Inferência,
Pressuposto

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Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

Ambiguidade

Ambíguo é tudo aquilo que pode ter mais de um sentido.

Você sabia que ambiguidade também pode ser chamado de “Anfibologia”?

Anfibologia vem do grego amphibolia e é considerado um vício de linguagem. É a duplicidade de


sentido em uma construção sintática, quando permite mais de uma interpretação.

A ambiguidade pode ser proposital ou não. Quando não é proposital, pode-se chamar de ato
falho ou acontecer por descuido de quem fala ou escreve na organização sintática.

Ex.: Matarei o porco do meu tio hoje. (Matarei o animal que pertence ao meu tio? Ou, além de
xingar meu tio, ainda cometerei um assassinato?)

Existem dois tipos de ambiguidade, a lexical e a estrutural.

a) Ambiguidade Lexical

Quando uma determinada palavra pode assumir mais de um significado, como acontece com a
polissemia

Ex.: Pedi o prato mais caro!

b) Ambiguidade Estrutural

Quando a ambiguidade é provocada pela posição das palavras em um enunciado, gerando má


compreensão.

Ex.: Ana ficou chateada com minha irmã por sua casa estar desarrumada. (A casa de quem está
desarrumada? De Ana ou de minha irmã?)

A palavra “sua” pode referir-se tanto à casa de Ana quanto à de minha irmã, causando a
ambiguidade.

Polissemia

Você sabia que existe um termo oposto a “Polissemia”? Monossemia é quando uma palavra
assume apenas um significado.

A palavra “polissemia” é originária do grego polysemos, que significa “algo que tem muito s
significados”.

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Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

A palavra “vela”, por exemplo, dependendo do contexto, pode significar a vela de um barco, uma
vela feita de cera para iluminar ou pode ser uma conjugação do verbo “velar” (Ela vela por seu filho
durante o sono).

Existe bastante confusão entre polissemia e homonímia. Para desfazer a confusão, basta
prestarmos atenção em alguns pontos.

A palavra “manga” possui significados e conceitos completamente diferentes: uma fruta ou a


parte de uma camisa. Não há relação entre um significado e outro, o que constitui homonímia.

Já a palavra “letra” pode significar um elemento básico do alfabeto, o texto de uma canção ou a
caligrafia de uma pessoa, neste caso, temos a polissemia, uma vez que todos os significados estão
relacionados ao mesmo conceito: “a escrita”.

Ironia

Outro efeito de sentido muito comum é a ironia que consiste na utilização de determinada
palavra ou expressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um novo sentido, gerando
um efeito de humor.

Exemplos:

– Que menino educado! Entrou sem cumprimentar ninguém!

–Vai ver se estou na esquina!

Comparação

Comparação é uma figura de linguagem caracterizada pela analogia explícita entre termos de um
enunciado, já que conta com a presença de conjunção ou locução conjuntiva comparativa. Isso já não
acontece com a metáfora, que também realiza uma analogia, porém sem a presença desse tipo de
conectivo. Já os símiles híbridos consistem na combinação entre uma comparação e uma metáfora.

Exemplos de comparação

A comparação é uma figura de linguagem em que se percebe a analogia explícita entre dois ou
mais termos, pois está sempre acompanhada de uma conjunção ou locução conjuntiva comparativa.

3
Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

O que é uma citação?

A citação é uma ferramenta textual para que você dê credibilidade ao que escreveu. Ela é uma
parte de um texto consultado por você e pode ser utilizada em diversos textos, inclusive, na redação
do Enem!

Pois é, se você está na saga de se preparar para este exame e demais vestibulares, fique atento
às citações, elas podem ser um diferencial em sua prova escrita.

Por que fazer uma citação em seu texto?

Bom, a citação deve ser empregada em sua redação ou qualquer que seja o tipo de texto escrito
por você para dar credibilidade ao que você escreveu. Ela serve para embasar o seu ponto de vista,
convencendo o leitor de que sua ideia está correta e que mais pessoas, inclusive o especialista citado
por você, acreditam nela.

As citações são supervaliosas, já que validam o que está escrito por você. Essas citações po dem
ser empregadas em diferentes gêneros textuais, sejam eles falados ou escritos.

Se, por exemplo, você foi escolhido para ser orador de sua turma do 3º ano, irá preparar um
discurso daqueles, não é? Pois bem, nesse discurso você provavelmente irá citar alguém que inspirou
você e seus colegas a serem melhores e buscarem seus sonhos. Pode ser um professor, um
coordenador, ou mesmo uma figura mais conhecida, como o Paulo Freire, se quiser falar sobre o
poder transformador da educação.

Porém, se você estiver superconcentrado em sua redação do Enem e quiser garantir a maior
nota possível, deve puxar pela memória alguma citação de alguém famoso para incluir e impressionar
o corretor de sua redação.

Além de enriquecer e embasar a sua argumentação, a citação ainda mostra que você possui um
repertório cultural. O que culminará em pontos nas competências 2, 3 e 4. Veja abaixo sobre o que
cada uma delas cobra:

Competência 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de


conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-
argumentativo.

Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e


argumentos em defesa de um ponto de vista.

Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a


construção da argumentação.

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Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

Inferência

O texto não se reduz à palavra, por isso é importante aprender a ler outras linguagens, não só a
escrita. Antigamente, aprendia-se a ler somente textos literários, não havendo a preocupação de
como os textos não literários seriam lidos. Atualmente, busca-se formar cidadãos, portanto, a leitura
ganhou novo significado.

Ler é um exercício. Levantar hipóteses, analisar, comparar, relacionar são passos que auxiliam
nessa tarefa. Entretanto, existe uma habilidade que merece destaque: a inferência.

Segundo Houaiss, inferir é: concluir pelo raciocínio, a partir de fatos, indícios; deduzir.

Entretanto, na prática, como isso pode ajudar na interpretação? Ao ler um texto, as informações
podem estar explícitas ou implícitas. Inferir é conseguir chegar a conclusões a partir dessas
informações.

Pressupostos

Pressupostos são informações que, como o próprio nome diz, se pressupõe de outras
informações adicionais. Elas são facilmente identificadas e compreendidas a partir de expressões ou
até mesmo palavras presentes nas orações.

Assim, o pressuposto se destaca por permitir que o leitor consiga identificá-la por meio do
implícito. O pressuposto, dessa maneira, se torna verdadeiro e irrefutável por estar presente na
oração.

Exemplos de pressupostos

Decidi parar de comer carne.

Pressuposto: A pessoa comia carne antes.

Finalmente acabei meu livro.

Pressuposto: Demorou um longo tempo para finalizar o livro.

Alunos que estudam pela manhã têm melhor rendimento.

Pressuposto: Alguns alunos não estudam pela manhã.

Marcas linguísticas dos pressupostos

Identificar verbos que indicam sentido de fim, mudança, continuidade: começar, deixar, acabar,
continuar e etc…;
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Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

Advérbios dos mais variados tipos: finalmente, já, depois, felizmente e demais…;

Pronome de introdução: que;

Locuções indicadoras de circunstância: depois que, visto que, desde que…;

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Noções de estatística e de probabilidades

Noções de estatística e de
probabilidades

1
Noções de estatística e de probabilidades

Noções de estatística e de probabilidades

A estatística é o campo da matemática que relaciona fatos e números em que há um conjunto de


métodos que nos possibilita coletar dados e analisá-los, assim sendo possível realizar alguma interpre-
tação deles. A estatística é dividida em duas partes: descritiva e inferencial. A estatística descritiva é
caracterizada pela organização, análise e apresentação dos dados, enquanto a estatística inferencial
tem como característica o estudo de uma amostra de determinada população e, com base nela, a rea-
lização de análises e a apresentação de dados.

Princípios da estatística

Veremos, a seguir, os principais conceitos e princípios da estatística. Com base neles, será possível definir
conceitos mais sofisticados.

• População ou universo estatístico

A população ou universo estatístico é o conjunto formado por todos elementos que participam de um
determinado tema pesquisado.

Exemplos de universo estatístico

a) Em uma cidade, todos os habitantes pertencem ao universo estatístico.

b) Em um dado de seis faces, a população é dada pelo número de faces.

{1, 2, 3, 4, 5, 6}

• Dado estatístico

O dado estatístico é um elemento que pertence ao conjunto da população, obviamente esse dado deve
estar envolvido com o tema da pesquisa.

População Dado estatístico

Dado de seis faces 4

2
Noções de estatística e de probabilidades

Campeões Brasileiros de Mountain Bike Henrique Avancini

• Amostra

Chamamos de amostra o subconjunto formado com base no universo estatístico. Uma amostra é utilizada
quando a população é muito grande ou infinita. Em casos em que coletar todas as informações do universo
estatístico é inviável por motivos financeiros ou logísticos, também se faz necessário a utilização de amos-
tras.

A escolha de uma amostra é de extrema importância para uma pesquisa, e ela deve representar de maneira
fidedigna a população. Um exemplo clássico da utilização das amostras em uma pesquisa é na realização
do censo demográfico do nosso país.

• Variável

Em estatística, a variável é o objeto de estudo, isto é, o tema que a pesquisa pretende estudar. Por exem-
plo, ao estudar-se as características de uma cidade, o número de habitantes pode ser uma variável, assim
como o volume de chuva em determinado período ou até mesmo a quantidade de ônibus para o transporte
público. Note que o conceito de variável em estatística é dependente do contexto da pesquisa.

A organização dos dados em estatística dá-se em etapas, como em todo processo de organização. Inicial-
mente é escolhido o tema a ser pesquisado, em seguida, é pensado o método para a coleta dos dados da
pesquisa, e o terceiro passo é a execução da coleta. Após o fim dessa última etapa, faz-se a análise do que
foi coletado, e assim, com base na interpretação, busca-se resultados. Veremos, agora, alguns conceitos
importantes e necessários para a organização dos dados.

Probabilidade

Probabilidade é um ramo da Matemática em que as chances de ocorrência de experimentos são calculadas.


É por meio de uma probabilidade, por exemplo, que podemos saber desde a chance de obter cara ou coroa
no lançamento de uma moeda até a chance de erro em pesquisas.

Para compreender esse ramo, é extremamente importante conhecer suas definições mais básicas, como a
fórmula para o cálculo de probabilidades em espaços amostrais equiprováveis, probabilidade da união de
dois eventos, probabilidade do evento complementar etc.

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Noções de estatística e de probabilidades

Experimento aleatório

É qualquer experiência cujo resultado não seja conhecido. Por exemplo: ao jogar uma moeda e observar a
face superior, é impossível saber qual das faces da moeda ficará voltada para cima, exceto no caso em que
a moeda seja viciada (modificada para ter um resultado mais frequentemente).

Suponha que uma sacola de supermercado contenha maçãs verdes e vermelhas. Retirar uma maçã de den-
tro da sacola sem olhar também é um experimento aleatório.

Ponto amostral

Um ponto amostral é qualquer resultado possível em um experimento aleatório. Por exemplo: no lança-
mento de um dado, o resultado (o número que aparece na face superior) pode ser 1, 2, 3, 4, 5 ou 6. Então,
cada um desses números é um ponto amostral desse experimento.

Espaço amostral

O espaço amostral é o conjunto formado por todos os pontos amostrais de um experimento aleatório, ou
seja, por todos os seus resultados possíveis. Dessa maneira, o resultado de um experimento aleatório,
mesmo que não seja previsível, sempre pode ser encontrado dentro do espaço amostral referente a ele.

Como os espaços amostrais são conjuntos de resultados possíveis, utilizamos as representações de con-
juntos para esses espaços. Por exemplo: O espaço amostral referente ao experimento “lançamento de um
dado” é o conjunto Ω, tal que:

Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}

Esse conjunto também pode ser representado pelo diagrama de Venn ou, dependendo do experimento,
por alguma lei de formação.

O número de elementos dos espaços amostrais é representado por n(Ω). No caso do exemplo anterior,
n(Ω) = 6. Lembre-se de que os elementos de um espaço amostral são pontos amostrais, ou seja, resultados
possíveis de um experimento aleatório.

Evento

Os eventos são subconjuntos de um espaço amostral. Um evento pode conter desde zero a todos os re-
sultados possíveis de um experimento aleatório, ou seja, o evento pode ser um conjunto vazio ou o próprio
4
Noções de estatística e de probabilidades

espaço amostral. No primeiro caso, ele é chamado de evento impossível. No segundo, é chamado de evento
certo.

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Noções de estatística e de probabilidades

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Noções de Probabilidade

Noções de Probabilidade

MÉRITO
Apostilas 1
Noções de Probabilidade

Probabilidade é o estudo das chances de obtenção de cada resultado de um


experimento aleatório. A essas chances são atribuídos os números reais do inter -
valo entre 0 e 1. Resultados mais próximos de 1 têm mais chances de ocorrer.
Além disso, a probabilidade também pode ser apresentada na forma percentual.

Experimento aleatório e ponto amostral

Um experimento aleatório pode ser repetido inúmeras vezes e nas mesmas


condições e, mesmo assim, apresenta resultados diferentes. Cada um desses re-
sultados possíveis é chamado de ponto amostral. São exemplos de experimentos
aleatórios:

a) Cara ou coroa

Lançar uma moeda e observar se a face voltada para cima é cara ou coroa é
um exemplo de experimento aleatório. Se a moeda não for viciada e for lançada
sempre nas mesmas condições, poderemos ter como resultado tanto cara quanto
coroa.

b) Lançamento de um dado

Lançar um dado e observar qual é o número da face superior também é um


experimento aleatório. Esse número pode ser 1, 2, 3, 4, 5 ou 6 e cada um desses
resultados apresenta a mesma chance de ocorrer. Em cada lançamento, o resulta -
do pode ser igual ao anterior ou diferente dele.

Observe que, no lançamento da moeda, as chances de repetir o resultado an -


terior são muito maiores.

c) Retirar uma carta aleatória de um baralho

Cada carta tem a mesma chance de ocorrência cada vez que o experimento é
realizado, por isso, esse é também um experimento aleatório.

Espaço amostral

O espaço amostral (Ω) é o conjunto formado por todos os resultados possíveis


de um experimento aleatório. Em outras palavras, é o conjunto formado por todos
os pontos amostrais de um experimento. Veja exemplos:

a) O espaço amostral do experimento “cara ou coroa” é o conjunto S = {Cara,


Coroa}. Os pontos amostrais desse experimento são os mesmos elementos desse
conjunto.

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Noções de Probabilidade

b) O espaço amostral do experimento “lançamento de um dado” é o conjunto


S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}. Os pontos amostrais desse experimento são 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

O espaço amostral também é chamado de Universo e pode ser representado


pelas outras notações usadas nos conjuntos. Além disso, todas as operações entre
conjuntos valem também para espaços amostrais.

O número de elementos do espaço amostral, número de pontos amostrais do


espaço amostral ou número de casos possíveis em um espaço amostral é repre -
sentado da seguinte maneira: n(Ω).

Evento

Um evento é qualquer subconjunto de um espaço amostral. Ele pode conter


nenhum elemento (conjunto vazio) ou todos os elementos de um espaço amostral.
O número de elementos do evento é representado da seguinte maneira: n(E), sen-
do E o evento em questão.

São exemplos de eventos:

a) Sair cara em um lançamento de uma moeda

O evento é sair cara e possui um único elemento. A representação dos even -


tos também é feita com notações de conjuntos:

E = {cara}

O seu número de elementos é n(E) = 1.

b) Sair um número par no lançamento de um dado.

O evento é sair um número par:

E = {2, 4, 6}

O seu número de elementos é n(E) = 3.

Os eventos que possuem apenas um elemento (ponto amostral) são chama -


dos de simples. Quando o evento é igual ao espaço amostral, ele é chamado de
evento certo e sua probabilidade de ocorrência é de 100%. Quando um evento é
igual ao conjunto vazio, ele é chamado de evento impossível e possui 0% de chan-
ces de ocorrência.

3
Noções de Probabilidade

Cálculo da probabilidade

Seja E um evento qualquer no espaço amostral Ω. A probabilidade do evento


A ocorrer é a razão entre o número de resultados favoráveis e o número de resul -
tados possíveis. Em outras palavras, é o número de elementos do evento dividido
pelo número de elementos do espaço amostral a que ele pertence.

(E) = n(E)

n(Ω)

Observações:

• O número de elementos do evento sempre é menor ou igual ao número de


elementos do espaço amostral e maior ou igual a zero. Por isso, o resultado
dessa divisão sempre está no intervalo 0 ≤ P(A) ≤ 1;

• Quando é necessário usar porcentagem, devemos multiplicar o resultado


dessa divisão por 100 ou usar regra de três;

• A probabilidade de um evento não acontecer é determinada por:

P(A-1) = 1 – P(A)

Exemplo:

Qual é a probabilidade de, no lançamento de uma moeda, o resultado ser


cara?

Solução:

Observe que o espaço amostral só possui dois elementos e que o evento é


sair cara e, por isso, possui apenas um elemento.

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Noções de Probabilidade

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Lógica proposicional

Lógica proposicional

MÉRITO
Apostilas 1
Lógica proposicional

Em lógica e matemática, uma lógica proposicional (ou cálculo sentencial) é


um sistema formal no qual as fórmulas representam proposições que podem ser
formadas pela combinação de proposições atômicas usando conectivos lógicos e
um sistema de regras de derivação, que permite que certas fórmulas sejam esta -
belecidas como "teoremas" do sistema formal.

Álgebra das proposições, também conhecida por lógica proposicional é um


tema muito cobrado especialmente em concursos públicos e também em alguns
curso de graduação, mais precisamente de engenharia e computação.Mas afinal,
o que nos remete o estudo da Álgebra das proposições?

Assim como na matemática básica estudamos operações algébricas com nú-


meros reais e complexos, na álgebra das proposições estudaremos operações en-
volvendo proposições.

O que é uma Proposição?

Proposição: É uma sentença declarativa, seja ela expressa de forma afirmati-


va ou negativa, na qual podemos atribuir um valor lógico “V” (verdadeiro) ou
“F”(falso). Uma proposição também pode ser expressa por símbolos. Vejamos al -
guns exemplos:

Brasília é a capital do Brasil – É uma sentença declarativa expressa de forma


afirmativa. Podemos atribuir um valor lógico, como a sentença é verdadeira seu
valor lógico é “V”.

A argentina não é um país pertencente ao continente Africano – É uma sen-


tença declarativa expressa na forma negativa. Podemos atribuir um valor lógico,
como a sentença é verdadeira, seu valor lógico é “V”.

Todos os homens são mortais – É uma sentença declarativa expressa na forma


afirmativa. Podemos atribuir um valor lógico, como a sentença é verdadeira, seu
valor lógico é “V”

10 é um número par positivo – É uma sentença declarativa expressa na forma


afirmativa. Podemos atribuir um valor lógico, como a sentença é verdadeira, seu
valor lógico é “V”

7+5 = 10– É uma sentença declarativa expressa na forma afirmativa .Pode -


mos atribuir uma valor lógico, como a sentença é falsa, seu valor lógico é “F”.

2
Lógica proposicional

x -2=5 – Não é uma proposição, pois não sabemos o valor da variável “x”, ou
melhor, não podemos atribuir um valor lógico “V” ou “F”. Porém para “torná-la”
proposição bastaremos usar os chamados quantificadores.

Vejamos;

Para todo x, x pertencente aos Z (números inteiros) ,x-2=5. É uma proposição


pois agora podemos atribuir-lhe um valor lógico, porém sabemos ser falsa uma
vez que apenas o número “7” torna a sentença verdadeira.

Agora que sabemos o que são proposições, automaticamente as sentenças


que não são proposições são;

• Sentenças Interrogativas: Ex; “Como você se chama”?

• Sentenças Imperativas: Ex; ”Venha aqui rápido.”

• Sentenças Exclamativas:Ex; “Opa!”

• Poemas

• Sentenças abertas: Como já fora dito; Ex ;” x <7”

Passaremos agora para o estudo dos princípios que regem as Proposições:

• Princípio da Identidade: Uma proposição Verdadeira é Verdadeira, e uma pro -


posição Falsa é Falsa

• Princípio do Terceiro Excluído: Uma proposição ou é verdadeira ou falsa não


existindo uma terceira possibilidade.

• Princípio da Não-Contradição: Uma proposição não pode ser verdadeira e fal -


sa simultaneamente.

Representação das proposições: As proposições são representadas por letras


minúsculas. Geralmente “p”, “q”, “r” e “s”.

Vejamos: “Brasília é a capital do Brasil”, pode ser representada por“q”, e seu


valor lógico por; Val(q)= V

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Lógica proposicional

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Lógica sentencial ou proposicional

Lógica sentencial ou
proposicional

MÉRITO
Apostilas 1
Lógica sentencial ou proposicional

Proposição lógica é toda oração declarativa que pode ser classificada em ver-
dadeira ou falsa.

A) Uma proposição lógica é uma oração, ou seja, possui verbo.

B) Uma proposição lógica é declarativa.

Orações declarativas são aquelas que fazem uma afirmação ou uma negação.
Uma consequência dessa segunda característica é que:

Frases exclamativas, interrogativas, imperativas e optativas (que exprimem


desejo) não são proposições lógicas.

C) Uma proposição pode assumir um e somente um dos valores lógicos possí -


veis: verdadeiro ou falso.

Não é necessário saber o valor lógico de uma proposição, para determinar se


ela é uma proposição lógica ou não. Por exemplo, considere a seguinte afirmação:
“Não existe água em Marte”. Não importa se você sabe se existe ou não água em
Marte. Independente disso, podemos dizer se essa frase é ou não um proposição
lógica. Note que o importante é a afirmação assumir apenas um valor lógico. Ou
seja, ou ela é verdadeira ou ela é falsa.

Para ser uma proposição lógica, a frase deve atender as características a, b e


c. Ou seja, deve possuir verbo, fazer uma afirmação (ou negação) e só pode assu-
mir um e somente um dos valores lógicos.

As proposições lógicas também podem ser expressas por palavras e/ou sím -
bolos matemáticos. São exemplos de proposições lógicas:

a) 1 + 1 = 2 (verdadeiro)

b) Salvador é a capital da Bahia (verdadeiro)

c) 3 – 1 = 1 (falso)

d) Um dia tem 24 horas (verdade)

Vejamos agora exemplos de frases que não são proposições lógicas:

a) O gato preto

O problema aqui é que a frase não possui verbo.

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Lógica sentencial ou proposicional

b) Bom dia!

Temos uma frase exclamativa e proposições devem ser declarativas.

c) Qual o seu nome?

Temos uma frase interrogativa e proposições devem ser declarativas.

d) Deus te proteja.

Temos uma frase optativa e proposições devem ser declarativas.

e) Faça o exercício.

Temos uma frase imperativa e proposições devem ser declarativas

f) Essa frase é falsa.

Temos um paradoxo. Nesse caso não é possível determinar o valor lógico


dessa frase.

As proposições são representadas por letras minúsculas (p,q,r,…). Geralmente


iniciamos a primeira com a letra p (p de proposição). Veja alguns exemplos:

p: 2+2 = 4

q: Um dia tem 24 horas.

1) Se a oração for interrogativa, exclamativa, imperativa ou optativa, então


ela não será proposição lógica.

2) Procure por um verbo. Se a frase não possuir verbo, então não será propo -
sição lógica.

3) Verifique se a oração é declarativa (é uma afirmação ou uma negação). So-


mente nesse caso, ela pode se uma proposição lógica.

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Lógica sentencial ou proposicional

4) Verifique se a oração pode assumir um e somente um dos valores lógicos


(verdade ou falsidade). Caso contrário, não será proposição lógica.

Princípios ou Axiomas

A lógica matemática adota como regras fundamentais dois princípios (axio -


mas):

1) Princípio da Não Contradição: Uma proposição não pode ser verdadeira e


falsa ao mesmo tempo.

2) Princípio do Terceiro Excluído: Toda proposição ou é verdadeira ou é falsa,


nunca um outro caso (terceiro excluído)

3) Princípio da identidade: Uma proposição verdadeira é verdadeira e uma


proposição falsa é falsa

Paradoxo

Em um paradoxo não é possível classificar a frase em verdadeira ou falsa.

Suponha a seguinte afirmação: “Essa frase é falsa”. Perceba que se eu disser


que afirmação tem valor lógico verdadeiro, eu acabei de me contradizer com que
foi afirmado (“Essa frase é falsa”). Do mesmo modo, se eu disser que a frase tem
valor lógico falso, eu também caio em contradição, pois é justamente o que está
sendo dito (portanto, seu valor lógico deveria ser verdadeiro).

Como vimos na definição , para ser proposição lógica, eu tenho que ser capaz
de atribuir um valor lógico. Em paradoxos, isso não é possível. Assim,

Paradoxos não são proposições lógicas

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Lógica sentencial ou proposicional

Anotações:
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Raciocínio sequencial

Raciocínio sequencial

MÉRITO
Apostilas 1
Raciocínio sequencial

O raciocínio sequencial pode ser conhecido de diversas maneiras como: Lógi -


ca sequencial ou sequência lógica.

Geralmente é uma sequência de figuras, letras, números ou palavras.

Para podermos ter uma sequência lógica para efetuarmos um raciocínio é ne-
cessário pelo menos Três elementos

A melhor maneira de entender o raciocínio sequencial é resolvendo alguns


exercícios.

Exercício 1

Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: FDSBC

Observe esta sequência de figuras formadas por triângulos brancos e pretos:

Seguindo-se esse mesmo padrão, a 4ª figura terá:

A) 12 triângulos pretos.

B) 12 triângulos brancos.

C) 18 triângulos pretos.

D) 18 triângulos brancos.

E) 27 triângulos pretos.

Resolução do exercício 1

Podemos observar que existe uma sequência de triângulos pretos:

1ª figura= 1 triângulo preto

2ª figura=3 triângulos pretos

2
Raciocínio sequencial

3ª figura = 9 triângulos pretos

Vemos então que existe uma sequência de múltiplos de 3

Ficando assim a sequência: 1, 3, 9 e 27

RESPOSTA: LETRA E

Exercício 2

Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: FDSBC

Rafaela recebeu uma planilha Excel em que havia uma sequência de cálculos
utilizando as informações contidas nas células. Observe, a seguir, os três primei -
ros termos dessa sequência:

1º termo: A1 2º termo: A1 + C4 3º termo: A1 + C4 + E7

Admitindo-se que o padrão apresentado até o 3º termo se mantém, o 5º ter -


mo será:

A) A1 + C4 + E7 + G10

B) A1 + C4 + E7 + H10

C) A1 + C4 + E7 + G10 + I13

D) A1 + C4 + E7 + H10 + J12

E) A1 + C4 + E7 + G10 + J12

Resolução do exercício 2

Se você observar bem a sequência verá que os termos alteram da seguinte


forma:

Existe uma sequência alfabética que pula uma letra (A, C, E, G, I)e uma se -
quência numérica desta letra pula de 3 em 3 (1, 4, 7, 10, 13). Ficando assim en -
tão:

1° TERMO: A1

2° TERMO: A1 + C4

3° TERMO: A1 + C4 + E7

3
Raciocínio sequencial

4° TERMO: A1 + C4 + E7 + G10

5° TERMO: A1 + C4 + E7 + G10 + I13

RESPOSTA: LETRA C

Exercício 3

Ano: 2017 Banca: FAU Órgão: Câmara de Clevelândia – PR

Observe a sequência de nomes a seguir ARLETE; ERICA, ILMA, OLIVIA,…. Qual


dos nomes a seguir completa esta sequência?

A) Humberto.

B) Elvira.

C) Katiane.

D) Úrsula.

E) Amanda.

Resolução do exercício 3

Se você observar o que os nomes tem em comum é a primeira letra. Obser -


vando melhor você verá que todos os nomes começam com vogal e em sequência
de a, e, i, o, u.

A única alternativa que o nome começa com a letra u é Úrsula

RESPOSTA: LETRA D

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Raciocínio sequencial

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Raciocínio Analítico

Raciocínio Analítico

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Raciocínio Analítico

Raciocínio Analítico

Atualmente, todos sabemos que os computadores são os grandes responsáveis por armazenar
massivas quantidades de informações e fazer cálculos em milésimos de segundos. É um trabalho
pesado e massante, que os humanos demorariam dias para fazer, com menor eficiência.

No entanto, os computadores não são capazes de substituir os humanos em uma função:


analisar os dados. Eles não têm raciocínio analítico. Esse é um tipo de pensamento que se utiliza da
lógica e dedução, por vezes da matemática, para explicar algo.

Assim, o raciocínio analítico consiste na decomposição da questão analisada em pequenas


partes mais simples. Cada uma dessas partes é analisada separadamente e explicada. Uma vez
entendidas, é possível compreender o todo. Assim, o comportamento do todo é compreendido pelo
comportamento das partes.

Ainda mais, esse processo analítico é perfeitamente aplicável à resolução de problemas. Ou seja,
separando-o em problemas menores e buscando pequenas soluções. Uma vez solucionados os
problemas pequenos, o maior estará resolvido também.

Qual a importância do raciocínio analítico para a administração de empresas?

De antemão, você já deve ter percebido por que a habilidade de raciocínio analítico é tão
procurada nos candidatos. Saber resolver problemas é essencial para muitos trabalhos, por isso é
bastante desejado. Principalmente na administração de empresas, que lida diariamente com soluções
para problemas e análise de dados.

Desde sempre a função de analisar dados para propor soluções esteve nas mãos dos
administradores de empresas. O que ocorre é que, com os avanços tecnológicos, a quantidade de
dados aumentou exponencialmente. Dessa forma, são necessários mais gestores para analisar esse
volume enorme de informações.

É como disse Peter Sondergaard, vice-presidente sênior da Gartner, “a informação é o petróleo


do século XXI e a análise é o motor de combustão”. Sem alguém com capacidade analítica, os dados
são apenas um amontoado de letras e números, sem sentido algum.

Em 2019, o LinkedIn divulgou uma pesquisa com as habilidades mais requisitadas pelos
empregadores. O raciocínio analítico estava em segundo lugar. No entanto, ainda é muito difícil
encontrar pessoas com essa habilidade. Isso se deve principalmente a uma deficiência nos anos
iniciais da escola, que ensina matemática e linguagem separadamente, mas não como as unir em prol
da resolução de problemas.

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Raciocínio Analítico

O raciocínio analítico nos concursos públicos

Assim como dito, num mercado de trabalho focado na gestão por competências, o raciocínio
analítico está em alta. E não é diferente para os concursos públicos. Está cada vez mais comum
encontrar nos editais a exigência dessa habilidade.

Ainda mais, as questões que avaliam o raciocínio analítico estão gradualmente substituindo as
de raciocínio lógico. Nas de raciocínio lógico, o candidato deve analisar premissas para extrair
conclusões. Já nas de raciocínio analítico, a pessoa passa a questionar as premissas para chegar a uma
conclusão.

Dessa forma, as questões de raciocínio analítico te levam a pensar um pouco mais, indo além
das conclusões rápidas. É necessário usar um pouco de lógica sim, mas também demonstrar
capacidade argumentação a fim de formular planos de ação.

Em tempo: antes mesmo de passar a ser adotadas nos concursos públicos, as questões de
raciocínio analítico já eram comuns nas provas de MBA no exterior. Como você pode ver, a tendência
é que seja cada vez mais exigida.

Como desenvolver o raciocínio analítico

Se você chegou até aqui pensando em como vai fazer sem o tal raciocínio analítico, não se
desespere. Como qualquer outra habilidade, você é capaz de adquirir e desenvolver. Nós te
mostraremos como.

Antecipadamente, para desenvolver o raciocínio analítico, você pode fazer os três exercícios a
seguir:

Replicar e revisar o raciocínio

O raciocínio analítico é muito importante para a solução de problemas, isso você já sabe. Logo,
para exercitá-lo, você precisa criar o hábito de analisar a forma como resolveu problemas no seu dia-
a-dia. Podem ser problemas no âmbito pessoal ou profissional.

Preste atenção na forma como você desenvolver a lógica para agir naquele determinado
problema ou situação. Quais foram os passos que você deu mentalmente para chegar à solução? Esse
raciocínio fez você obter sucesso ou levou a um caminho sem saída?

Definitivamente, esses são os primeiros passos para uma vida mais analítica. Habitue-se a isso,
pois será de suma importância no ambiente profissional.

Aprender rápido

Após analisar a forma como você chegou à solução do problema no tópico anterior, é hora de
aprender com seus erros. Ou seja, se após analisar você percebeu que não teve saída, retroceda e
refaça o caminho de outra forma.

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Raciocínio Analítico

Ainda mais, lembre-se que analisar os erros, sejam seus ou de outras pessoas, é uma ótima
forma de aprendizado. Mas, para isso, é preciso ter a mente aberta para encontrar so luções
diferentes. O raciocínio anterior não levou a uma resolução, por isso é necessário abandoná -lo, por
melhor que ele parecesse, e tentar uma abordagem diferente.

Caminhos iguais levam sempre aos mesmos destinos. Se você quer um final diferente, deve
procurar fazer as coisas de outra maneira. Por isso, adote um novo raciocínio e volte ao primeiro
passo.

Filtrar os dados

Quando você estiver craque em pensar maneiras diferentes de resolver um problema, vai se
deparar com quantidades cada vez maiores de raciocínios diferentes. Isso é ótimo, já que,
profissionalmente, você terá uma quantidade massiva de informações e dados para analisar e propor
soluções.

Logo, para ter seu raciocínio analítico bem desenvolvido, você precisa saber identificar quais
dados são relevantes e essenciais para a resolução do problema. No ambiente de trabalho, o fluxo de
informações é frenético, e você não pode perder tempo com caminhos que, pela experiência, já é
sabido que não levarão a lugar algum.

Enfim, você também pode procurar questões de raciocínio analítico de concursos públicos
encerrados. Assim você poderá treinar seu raciocínio e também compreender como costumam ser
essas questões, caso precise passar por um concurso desses no futuro. Com estas informações,
esperamos que você consiga desenvolver o raciocínio analítico e destacar-se no mercado de trabalho.

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Raciocínio Analítico

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Conhecimentos específicos

CONHECIMENTOS
ESPECÍFICOS

MÉRITO
Apostilas 1
Noções de direito administrativo

Noções de direito administrativo

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Noções de direito administrativo

Princípios da Administração Pública

Antigamente havia uma preocupação doutrinária no sentido de se orientar os administradores


públicos para terem um comportamento especial frente à Administração Pública.

Esse comportamento especial, regido por princípios básicos administrativos, no Brasil foi
aparecendo nas leis infraconstitucionais. Posteriormente, em 1988, os constituintes escreveram no art.
37 da CF um capítulo sobre a Administração Pública, cujos princípios são elencados a seguir:

Princípio da Legalidade:

Segundo ele, todos os atos da Administração têm que estar em conformidade com os princípios
legais.

Este princípio observa não só as leis, mas também os regulamentos que contém as normas
administrativas contidas em grande parte do texto Constitucional. Quando a Administração Pública se
afasta destes comandos, pratica atos ilegais, produzindo, por consequência, atos nulos e respondendo
por sanções por ela impostas (Poder Disciplinar). Os servidores, ao praticarem estes atos, podem até
ser demitidos.

Um administrador de empresa particular pratica tudo aquilo que a lei não proíbe. Já o
administrador público, por ser obrigado ao estrito cumprimento da lei e dos regulamentos, só pode
praticar o que a lei permite. É a lei que distribui competências aos administradores.

Princípio da Impessoalidade:

No art. 37 da CF o legislador fala também da impessoalidade. No campo do Direito Administrativo


esta palavra foi uma novidade. O legislador não colocou a palavra finalidade.

Surgiram duas correntes para definir “impessoalidade”:

Impessoalidade relativa aos administrados:

Segundo esta corrente, a Administração só pode praticar atos impessoais se tais atos vão propiciar
o bem comum (a coletividade). A explicação para a impessoalidade pode ser buscada no próprio texto
Constitucional através de uma interpretação sistemática da mesma. Por exemplo, de acordo com o art.
100 da CF, “à exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda far-
se-ão na ordem cronológica de apresentação dos precatórios ..” . Não se pode pagar fora desta ordem,
pois, do contrário, a Administração Pública estaria praticando ato de impessoalidade;

Impessoalidade relativa à Administração:

Segundo esta corrente, os atos impessoais se originam da Administração, não importando quem
os tenha praticado. Esse princípio deve ser entendido para excluir a promoção pessoal de autoridade
ou serviços públicos sobre suas relações administrativas no exercício de fato, pois, de acordo com os
que defendem esta corrente, os atos são dos órgãos e não dos agentes públicos;

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Noções de direito administrativo

Princípio da Finalidade:

Relacionado com a impessoalidade relativa à Administração, este princípio orienta que as normas
administrativas têm que ter sempre como objetivo o interesse público.

Assim, se o agente público pratica atos em conformidade com a lei, encontra-se, indiretamente,
com a finalidade, que está embutida na própria norma. Por exemplo, em relação à finalidade, uma
reunião, um comício ou uma passeata de interesse coletivo, autorizadas pela Administração Pública,
poderão ser dissolvidas, se se tornarem violentas, a ponto de causarem problemas à coletividade
(desvio da finalidade).

Nesse caso, quem dissolve a passeata, pratica um ato de interesse público da mesma forma que
aquele que a autoriza. O desvio da finalidade pública também pode ser encontrado nos casos de
desapropriação de imóveis pelo Poder Público, com finalidade pública, através de indenizações ilícitas;

Princípio da Moralidade:

Este princípio está diretamente relacionado com os próprios atos dos cidadãos comuns em seu
convívio com a comunidade, ligando-se à moral e à ética administrativa, estando esta última sempre
presente na vida do administrador público, sendo mais rigorosa que a ética comum.

Por exemplo, comete ato imoral o Prefeito Municipal que empregar a sua verba de representação
em negócios alheios à sua condição de Administrador Público, pois, é sabido que o administrador
público tem que ser honesto, tem que ter probidade e, que todo ato administrativo, além de ser legal,
tem que ser moral, sob pena de sua nulidade.

Nos casos de improbidade administrativa, os governantes podem ter suspensos os seus direitos
políticos, além da perda do cargo para a Administração, seguindo-se o ressarcimento dos bens e a
nulidade do ato ilicitamente praticado. Há um sistema de fiscalização ou mecanismo de controle de
todos os atos administrativos praticados. Por exemplo, o Congresso Nacional exerce esse controle
através de uma fiscalização contábil externa ou interna sobre toda a Administração Pública.

Princípio da Publicidade:

É a divulgação oficial do ato da Administração para a ciência do público em geral, com efeito de
iniciar a sua atuação externa, ou seja, de gerar efeitos jurídicos. Esses efeitos jurídicos podem ser de
direitos e de obrigações.

Por exemplo, o Prefeito Municipal, com o objetivo de preencher determinada vaga existente na
sua Administração, nomeia alguém para o cargo de Procurador Municipal. No entanto, para que esse
ato de nomeação tenha validade, ele deve ser publicado. E após a sua publicação, o nomeado terá 30
dias para tomar posse. Esse princípio da publicidade é uma generalidade. Todos os atos da
Administração têm que ser públicos.

A publicidade dos atos administrativos sofre as seguintes exceções:

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Noções de direito administrativo

nos casos de segurança nacional: seja ela de origem militar, econômica, cultural etc.. Nestas
situações, os atos não são tornados públicos. Por exemplo, os órgãos de espionagem não fazem
publicidade de seus atos;

nos casos de investigação policial: onde o Inquérito Policial é extremamente sigiloso (só a ação
penal que é pública);

nos casos dos atos internos da Adm. Pública: nestes, por não haver interesse da coletividade, não
há razão para serem públicos.

Por outro lado, embora os processos administrativos devam ser públicos, a publicidade se
restringe somente aos seus atos intermediários, ou seja, a determinadas fases processuais.

Por outro lado, a Publicidade, ao mesmo tempo que inicia os atos, também possibilita àqueles
que deles tomam conhecimento, de utilizarem os remédios constitucionais contra eles. Assim, com
base em diversos incisos do art. 5° da CF, o interessado poderá se utilizar:

do Direito de Petição;

do Mandado de Segurança (remédio heróico contra atos ilegais envoltos de abuso de poder);

da Ação Popular;

Habeas Data;

Habeas Corpus.

A publicidade dos atos administrativos é feita tanto na esfera federal (através do Diário Oficial
Federal) como na estadual (através do Diário Oficial Estadual) ou municipal (através do Diário Oficial
do Município). Nos Municípios, se não houver o Diário Oficial Municipal, a publicidade poderá ser feita
através dos jornais de grande circulação ou afixada em locais conhecidos e determinados pela Admi-
nistração.

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Noções de direito administrativo

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Administração direta, indireta e funcional

Administração direta,
indireta e funcional

MÉRITO
Apostilas 1
Administração direta, indireta e funcional

Administração direta

No âmbito da administração pública, a administração direta consiste na pros -


secução das atividades e funções do Estado diretamente por órgãos do próprio Es -
tado.

Ao contrário da administração indireta, na administração direta o Estado não


delega a prossecução das suas atividades e funções em pessoas jurídicas separa -
das, como institutos públicos, entidades públicas empresariais, empresas públi-
cas, sociedades de economia mista, fundações públicas ou autarquias.

No Brasil, a administração direta refere-se aos órgãos públicos representantes


da União ou do respectivo Estado, Distrito Federal ou Município. Estes órgãos não
possuem autonomia administrativa, nem personalidade jurídica e patrimônio pró-
prios.

Administração indireta

A administração indireta do Estado é o conjunto de pessoas administrativas


que, vinculadas à administração direta, têm o objetivo de desempenhar as ativi -
dades administrativas de forma descentralizada. Seu objetivo é a execução de al -
gumas tarefas de interesse do Estado por outras pessoas jurídicas. Quando não
pretende executar certa atividade através de seus próprios órgãos, o Poder Públi -
co transfere a sua titularidade ou execução a outras entidades.

Quando esta delegação é feita por contrato ou mero ato administrativo, en -


contramos a figura dos concessionários e os permissionários de serviços públicos.
Por outro lado, quando é a lei que cria as entidades responsáveis, surge a admi -
nistração indireta.

No direito brasileiro, em especial no direito administrativo, de acordo com o


inciso II, do art. 4º, do Decreto-lei nº 200/1967, que dispõe sobre a organização da
Administração Federal, a administração indireta compreende as seguintes catego -
rias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:

• autarquias

• empresas públicas

• sociedades de economia mista

• fundações públicas

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Administração direta, indireta e funcional

Conforme a lei nº 11.107/05, também compõem a administração indireta os


consórcios públicos de personalidade jurídica de direito público, também conheci-
dos como associações públicas. No entanto, tais entidades possuem natureza ju -
rídica de autarquia, pois a elas são atribuídas todas as prerrogativas que a ordem
jurídica dispensa às autarquias em geral. Diz o § 1º do art. 6º da referida lei:

"O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a


administração indireta de todos os entes da Federação consorciados."

Vê-se que a administração indireta é formada por pessoas jurídicas, também


denominadas de entidades. Ainda no direito brasileiro, a Lei nº 9784/99 define en -
tidade como "a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica".

Organização funcional

Organização funcional é um tipo de estrutura organizacional que usa o princí-


pio da especialização baseado na função, ou no papel desempenhado.

Permitindo que as decisões sejam descentralizadas uma vez que as questões


são delegadas a pessoas ou unidades da área, deixando-lhes a responsabilidade
de implementar, avaliar ou controlar os procedimentos ou metas dadas.

Autarquias

A autarquia é uma entidade criada por lei e possui autonomia administrativa,


financeira e técnica. De certa forma, ela é um braço da administração direta den -
tro da indireta, pois realiza serviços considerados fundamentais e possuem imuni -
dade tributária e patrimônio próprio.

Apesar de serem autônomas, as autarquias devem, por exemplo, submeter


suas movimentações locações de verbas junto aos tribunais de contas. Além dis -
so, os responsáveis por estarem à frente de uma autarquia são escolhidos pelo Po -
der Executivo.

Um bom exemplo de autarquia são as universidades federais. Seus reitores


são apontados pelo poder Executivo, suas verbas possuem origem da União, mas
é a entidade que escolhe como gastá-la. Além disso, elas prestam um serviço es -
sencial, que é a educação.

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Administração direta, indireta e funcional

Empresas públicas

As empresas públicas são pessoas jurídicas, ou seja, como o próprio nome diz,
são empresas que prestam algum tipo de serviço. No caso, a empresa pública pos -
sui o Estado como seu único dono e por isso costuma ser chamada de estatal.

A Caixa Econômica Federal é um exemplo de empresa pública. Ela presta ser-


viços bancários à administração pública e à população como um todo.

As estatais possuem autonomia administrativa e financeira, mas não têm o di -


reito de terem autonomia política, pois ainda estão subordinadas ao Estado. Essa
é a principal diferença entre uma estatal e uma empresa privada. Por pertencer ao
governo e consequentemente ao povo, elas devem seguir regras específicas que
empresas privadas não precisam.

Sociedade de economia mista

O outro tipo de estatal é a sociedade de economia mista. Apesar de ser muito


semelhante à empresa pública, a sociedade de economia mista não tem o gover -
no como único proprietário da estatal. Neste caso, é possível que qualquer pessoa
compre ações da empresa e também se torne dono de uma parcela dela.

A Petrobras e o Banco do Brasil são sociedades de economia mista e estão


presentes na Bolsa de Valores. No entanto, o governo ainda é o dono da maior
parte desse tipo de estatal e, por isso, consegue controlá-la.

As empresas públicas e as sociedades de economia mista são reguladas por


meio da Lei das Estatais (n° 13.303, de 2016). Nela, estão contidas as regras so -
bre o que constitui uma estatal e o seus deveres perante a sociedade.

Fundações públicas

As fundações possuem como objetivo cuidar de uma parte específica do patri-


mônio público. A Fundação Biblioteca Nacional tem como objetivo zelar pelos li -
vros do poder público e ao mesmo tempo proporcionar ao cidadão que ele tenha
acesso às obras.

Atualmente, as fundações são divididas em dois tipos: fundações de direito


público e fundações de direito privado. A divisão ocorre pela forma que a funda -
ção foi criada (tipo de lei) e os serviços que ela presta.

Inclusive, a diferença entre direito público e privado é outro aspecto importan -


te para se entender sobre as entidades da administração indireta.

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Administração direta, indireta e funcional

Diferença entre direito público e direito privado

O direito público tem como objetivo reger a organização social e a relação en-
tre o Estado e o cidadão. No caso, a relação entre os dois é considerada vertical,
pois o Estado está sempre acima do indivíduo. A justificativa é a de que o Estado
representa os interesses coletivos, ou seja, é um representante da sociedade.

É por causa dessa relação vertical que as leis devem ser cumpridas. Como o
Estado está acima do cidadão, ele pode criar ou retirar leis, desde que seguindo
normas que são estabelecidas pela própria sociedade.

A Constituição Federal é a maior representação do direito público. Ela deter -


mina os princípios da nação e proporciona direitos e deveres aos brasileiros.

Em suma, o direito público procura sempre pensar primeiro no que é melhor


para o povo, independentemente da situação. Sendo assim, instituições que estão
dentro do direito público possuem uma força maior em suas decisões e alguns be -
nefícios, pois recebem “um aval” do Estado para isso.

Por outro lado, o direito privado tem como função organizar as relações entre
as pessoas na vida privada. Ao contrário, do direito público onde há uma desigual-
dade de relação, no direito privado todos são iguais. A assinatura de um contrato
de trabalho faz parte do direito privado.

Porém, apesar de, na teoria, não haver distinção entre as partes, por vezes,
no direito privado alguém costuma ser mais forte pela questão dos recursos dispo -
níveis. Quando uma empresa negocia com um funcionário, ela é mais forte que
ele por possuir mais dinheiro e poder de influência. Logo, o Estado é obrigado a
intervir para balancear a relação e estabelecer regras como salário mínimo, quan -
tidade de horas trabalhadas e férias.

Tipo de direito (natureza


Entidades Como é a criação
jurídica)
Autarquia Direito público Criada por lei
Fundação pública de direito
Direito público Criada por lei
público
Fundação pública de direito
Direito privado Autorizada por lei
privado
Empresa pública Direito privado Autorizada por lei
Sociedade de economia mista Direito privado Autorizada por lei

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Administração direta, indireta e funcional

Diferença entre administração direta e indireta

O principal aspecto que diferencia as duas formas de administração é a cen -


tralização das ações. Enquanto na administração direta ocorre um ato de um dos
Três Poderes (Executivo, Legislativo ou Judiciário) por meio dos seus servidores, na
indireta há uma descentralização, permitindo uma maior flexibilidade e autono -
mia.

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Administração direta, indireta e funcional

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Noções Sobre Administração Pública Todos os Princípios

Noções Sobre Administração Pública


Todos os Princípios

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Noções Sobre Administração Pública Todos os Princípios

Noções Sobre Administração Pública Todos os Princípios

Administração Pública: princípio da legalidade

A cada disciplina jurídica que estudamos é natural que observemos os princípios que as nor-
teiam. No Direito Administrativo, isso não é diferente. Dentre muitos princípios como: impessoali-
dade, supremacia do interesse público, finalidade, razoabilidade, proporcionalidade, motivação, pu-
blicidade, etc. apreciaremos o que trata da legalidade na administração pública.

No ordenamento jurídico brasileiro há várias leis que contém princípios dirigidos à Administra-
ção Pública. Nelas há, de forma expressa ou tácita, conjuntos de princípios normativos diretores da
atividade administrativa. Dentro da Administração Pública, há o Princípio da Indisponibilidade do In-
teresse Público no qual surge o dever de licitar que tem como desdobramento os demais princípios
desse meio (Princípio da Legalidade, Moralidade, Impessoalidade, Igualdade/Isonomia, Publicidade).

O princípio da legalidade aparece expressamente na nossa Constituição Federal em seu art. 37,
caput, que dispõe que ‘’a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoali-
dade, moralidade, publicidade e eficiência’’. Encontra-se fundamentado ainda no art. 5º, II, da mesma
carta, prescrevendo que: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude da lei”.

Como leciona Hely Lopes Meirelles: “a legalidade, como princípio de administração, significa que
o administrador público está, em toda sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei, e às
exigências do bem comum, e deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e
expor-se à responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso”.

Seguindo esse raciocínio Henrique Savonitti Miranda, compara as atividades de um gestor pri-
vado (Princípio da Autonomia da vontade) as de um gestor público de forma esclarecedora: “O admi-
nistrador privado conduz seu empreendimento com dominus, agindo com os poderes inerentes à pro-
priedade em toda a sua extensão. Assim, tudo o que não é proibido, é permitido ao gestor privado.
Diga-se, ainda, que o administrador privado pode inclusive conduzir ruinosamente seu empreendi-
mento sem que muito possa ser feito por terceiros(...) O gestor público não age como “dono”, que
pode fazer o que lhe pareça mais cômodo. Diz-se, então, que ao Administrador Público só é dado fa-
zer aquilo que a lei autorize, de forma prévia e expressa. Daí decorre o importante axioma da indispo-
nibilidade, pela Administração, dos interesses públicos.”.

Ainda para Hely Lopes Meirelles: “Na Administração Pública não há liberdade nem vontade pes-
soal. Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração
Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza”.

A Legalidade é intrínseca a ideia de Estado de Direito, pensamento este que faz que ele próp rio
se submeta ao direito, fruto de sua criação, portanto esse é o motivo desse princípio ser tão impor-
tante, um dos pilares do ordenamento. É na legalidade que cada indivíduo encontra o fundamento

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Noções Sobre Administração Pública Todos os Princípios

das suas prerrogativas, assim como a fonte de seus deveres. A administração não tem fins próprios,
mas busca na lei, assim como, em regra não tem liberdade, escrava que é do ordenamento.

O Princípio da Legalidade é uma das maiores garantias para os gestores frente o Poder Público.
Ele representa total subordinação do Poder Público à previsão legal, visto que, os agentes da Adminis-
tração Pública devem atuar sempre conforme a lei. Assim, o administrador público não pode, medi-
ante mero ato administrativo, conceder direitos, estabelecer obrigações ou impor proibições aos cida-
dãos. A criação de um novo tributo, por exemplo, dependerá de lei.

Na licitação, o Princípio da Legalidade possui atividade totalmente vinculada, ou seja, a falta de


liberdade para a autoridade administrativa. A lei define as condições da atuação d os Agentes Admi-
nistrativos, determinando as tarefas e impondo condições excludentes de escolhas pessoais ou subje-
tivas. Seria inviável subordinar o procedimento licitatório integralmente ao conteúdo de lei. Isso acar-
retaria a necessidade de cada licitação depender de edição de uma lei que a disciplinasse. A estrita e
absoluta legalidade tornaria inviável o aperfeiçoamento da contratação administrativa. A lei ressalva a
liberdade para a Administração definir as condições da contratação administrativa. Mas, simultanea-
mente, estrutura o procedimento licitatório de modo a restringir a discricionariedade e determinadas
fases ou momentos específicos.

Por fim, esse princípio é vital para o bom andamento da administração pública, sendo que ele
coíbe a possibilidade do gestor público agir por conta própria, tendo sua eficácia através da execução
jurídica dos atos de improbidade, evitando a falta de vinculação à norma e, principalmente, a
corrupção no sistema. Essa preocupação se faz constante para que seja atingido o objetivo maior para
o país, o interesse público, através da ordem e da justiça.

O princípio da publicidade na Administração Pública

O artigo 37 da Constituição Federal estampa o princípio da publicidade, aplicável a todos os Po-


deres, em todos os níveis de governo. Como regra geral, os atos praticados pelos agentes administra-
tivos não devem ser sigilosos. Portanto, salvo as ressalvas legalmente estabelecidas e as decorrentes
de razões de ordem lógica, o processo administrativo deve ser público, acessível ao público em geral,
não apenas às partes envolvidas.

A Administração tem o dever de manter plena transparência de todos os seus comportamentos,


inclusive de oferecer informações que estejam armazenadas em seus bancos de dados, quando sejam
solicitadas, em razão dos interesses que ela representa quando atua.

“Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressal-
vadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado” (art. 5º, XXXIII da
CF). O prazo para que as informações sejam prestadas é de 15 dias (Lei 9051/95).

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“A lei disciplinará as formas de participação do usuário na Administração direta e indireta, regu-


lando especialmente o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de
governo, observados o disposto no art. 5º, X e XXXIII” (art. 37, §3º, II da CF).

Para que os atos sejam conhecidos externamente, ou seja, na sociedade, é necessário que eles
sejam publicados e divulgados, e assim possam iniciar a ter seus efeitos, auferindo eficácia ao termo
exposto. Além disso, relaciona-se com o Direito da Informação, que está no rol de Direitos e Garantias
Fundamentais.

Di Pietro (1999, p.67) demonstra que:

“O inciso XIII estabelece que todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena
de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e
do Estado.”

“A publicidade, como princípio da administração pública, abrange toda atuação estatal, não só
sob o aspecto de divulgação oficial de seus atos como, também, de propiciação de conhecimento da
conduta interna de seus agentes” (MEIRELLES, 2000, p.89).

É necessário que todos os atos e decisões tomados sejam devidamente publicados para o
conhecimento de todos, sendo que o sigilo só é permitido em casos de segurança na cional.

Princípio da moralidade administrativa

Far-se-á necessário elencar que “Licitude e Honestidade” são traços distintos entre o direito e a
moral, visto que nem tudo que é certo é devidamente moral. Nessa perspectiva, convém evidenciar
que alguns doutrinadores acreditam que a regra “moral” invadiu o direito público, sobretudo o Di-
reito Administrativo, através do exame jurisdicional do desvio de poder, de modo que este passou a
ser visto como uma hipótese de ilegalidade que estaria sujeita a controle judicial.

Na Administração Pública, tendo em vista as licitações, é bem comum encontrar situações de


conluios entre aqueles que realizam o devido processo, de forma que ferem a moral e caracterizam
ofensa direta ao princípio supracitado. Esse tipo de ofensa administrativa produz efeitos jurídicos que
podem acarretar anulação do ato e esta pode ser decretada pela própria Administração ou Poder Ju-
diciário.

É evidente, portanto, que o campo da moralidade administrativa tem espaço reduzido, já que o
desvio de poder é considerado apenas moralmente incorreto em vez de ato ilegal. Todavia, isso não é
capaz de ceifar o devido reconhecimento de sua existência como um verdadeiro princípio autônomo
perante o direito positivo brasileiro.

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Nesse contexto, vale ressaltar que a moralidade administrativa possui diferença da moral co-
mum, pois a aquela não obriga o dever de atendimento a esta, vigente em sociedade. No entanto,
exige total respeito aos padrões éticos, decoro, boa-fé, honestidade, lealdade e probidade.

Nesse sentido, Hely Lopes Meirelles declara que “o agente administrativo, como ser humano
dotado de capacidade de atuar, deve, necessariamente, distinguir o Bem do Mal, o Honesto do Deso-
nesto. E ao atuar, não poderá desprezar o elemento ético da sua conduta. Assim, não terá que decidir
somente entre o legal e o ilegal, o justo do injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o
inoportuno, mas também entre o honesto e o desonesto.” (MEIRELLES, 2012, pág. 90).

Nessa conjuntura, percebe-se que a diferença entre boa-fé subjetiva e objetiva vem ganhando
força paulatinamente na área do Direito Administrativo. Nessa perspectiva, vê-se que a subjetiva tra-
balha a ideia de investigação sobre a real intenção e vontade do agente administrativo, principal-
mente no que concerne ao conhecimento ou desconhecimento do que era lícito ou não.

Por outro lado, a boa-fé objetiva ocorre por meio de uma investigação do comportamento do
agente, não tendo importância a sua intenção. Observa-se, conforme a doutrina majoritária para o
Direito Administrativo, que o realmente importante é a atitude e não a intenção do agente.

Com o fito de proteger a moralidade, foram criados alguns instrumentos. Na legislação brasi-
leira, podem ser encontrados vários, porém os que merecem o destaque maior são: Ação Popular,
Ação Civil Pública de Improbidade, Controle Externo Exercido pelos Tribunais de Contas e Comissões
Parlamentares de Inquérito (CPIs).

Um progresso de incomensurável relevância para o Princípio da Moralidade foi a Lei de Improbi-


dade Administrativa – Lei 8.429/92, que aborda as devidas sanções aplicáveis aos agentes públicos.
Essa lei proporcionou uma base sólida às exigências impostas pelo princípio da moralidade.

Nessa perspectiva, Maria Sylvia Zanella Di Pietro entende que “também merece menção o artigo
15, inciso V, que inclui entre as hipóteses de perda ou suspensão dos direitos políticos a de “improbi-
dade administrativa, nos termos do art. 37, §4º. Por sua vez, o artigo 5º, inciso LXXIII, ampliou os ca-
sos de cabimento de ação popular para incluir, entre outros, os que implique a moralidade adminis-
trativa” (PIETRO, 2009. Pág. 77).

Por conseguinte, indubitavelmente a moralidade administrativa está contida no Direito, fazendo -


se presente de maneira indissociável em sua aplicação e finalidade. Erigindo-se, assim, em fator de
legalidade.

Princípio da impessoalidade (Direito Administrativo)

O princípio da impessoalidade estabelece o dever de imparcialidade na defesa do interesse


público, impedindo discriminações e privilégios indevidamente dispensados a particulares no
exercício da função administrativa. Além do mais, possui outro aspecto importante, a atuação dos

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agentes públicos é imputada ao Estado, portanto, as realizações não devem ser atribuídas à pessoa
física do agente público, mas à pessoa jurídica estatal a que estiver ligado.

Aplicação do Princípio da Isonomia à Licitação

A Constituição Federal prevê, no seu art. 37, XXI, a contratação de obras, serviços, compras e ali-
enações mediante a observação do princípio da isonomia, assegurando a todos os concorrentes a
igualdade de condições. A obrigatoriedade da aplicação do princípio é reiterada no art. 3o da lei
8.666/93.

O princípio da isonomia pode ser considerado como um instrumento regulador das normas, para
que todos os destinatários de determinada lei recebam tratamento parificado.

Todos os dispositivos da lei de licitações ou regulamentação de um específico processo licitató-


rio devem ser interpretados à luz do princípio da isonomia o qual, não objetiva a proibição complet a
de qualquer diferenciação entre os candidatos, pois essa irá ocorrer naturalmente com a seleção da
proposta mais vantajosa à administração pública, sua verdadeira aplicação é a vedação de qualquer
discriminação arbitrária, que gere desvalia de proposta em proveito ou detrimento de alguém, resul-
tado esse de interferências pessoais injustificadas de algum ocupante de cargo público.

Assim é obrigação da administração pública não somente buscar a proposta mais vantajosa, mas
também demonstrar que concedeu à todos os concorrentes aptos a mesma oportunidade.

Cabe salientar que apesar da característica de essencialidade da isonomia, ela não pode ser exa-
cerbada, mitigando busca da proposta mais vantajosa, assim não é cabível que um defeito irrelevante
ou perfeitamente sanável exclua uma possível melhor proposta, mesmo por que essa exclusão gera
além da ofensa ao princípio da ”vantajosidade” , uma ofensa ao próprio princípio da isonomia quando
se retira da concorrência um candidato perfeitamente apto.

A isonomia deve ser pilar de todo o processo licitatório tanto durante o ato convocatório, que é
aberto a todos, dentre os quais serão selecionados os que se enquadram nas características necessá-
rias,exceto aqueles que por ato anterior estejam impossibilitados de participar ,e na fase seguinte do
processo, sendo que o julgamento das propostas deve ser feito baseado nos critérios objetivos deli-
mitados no ato convocatório, sem qualquer influência subjetiva, ou preferência dos julgadores tam-
bém nessa fase.

Apesar da idéia de tratamento igualitário parecer clara, ocorrem várias divergências em sua apli-
cação prática, quando agentes de diversas origens concorrem entre si. Entre os possíveis concorren-
tes que tem sua capacidade de participação discutida podemos citar: cooperativas, empresas interna-
cionais, empresas de estados diferentes (sob as quais incidem alíquotas de ICMS diferentes), associa-
ções, micro e pequenas empresas, etc...

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Cabe ao Estado, em casos que haja qualquer tipo de questionamento à aplicação ou não da is o-
nomia, usar do princípio da proporcionalidade afim de que não sejam comprometidos o nem o inte-
resse público nem a equidade entre os concorrentes, para que assim a licitação ocorra de forma justa
e que venha a sanar as necessidades que ela se propõe.

Em caso de comprovadas irregularidades maiores, com ofensa direta não só a isonomia mas
também a moralidade e a probidade administrativa, o processo licitatório deve ser considerado nulo,
pois uma ofensa desse porte retira dela suas características principais de legalidade e concorrência
leal em busca do melhor para o Estado.

O princípio da razoabilidade no âmbito do direito administrativo

O princípio da Legalidade é firmado como um princípio administrativo e, a cima disso, constituci-


onal, previsto no artigo 37, como já foi mencionado, e no artigo 5°, II, o qual determina que “ninguém
será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei”, o que acaba por ser um funda-
mento do Estado democrático de direito, o qual busca suprimir a ampla arbitrariedade do poder esta-
tal. Da mesma forma, na esfera do direito administrativo, serve como limite ao propor que os agentes
públicos, em toda sua desenvoltura na atividade da administração pública, poderão somente realizar
o que está disposto em lei em sentido amplo, ou seja, desde lei ordinária até a constituição. Enquanto
o cidadão tem o direito de realizar tudo aquilo que a lei não proíbe, a administração poderá realizar
somente aquilo que está disposto e autorizado em lei, o que acaba por dar maior seguridad e aos ad-
ministrados uma vez que se o que foi executado estiver em desacordo com a lei será inválido, suscetí-
vel à apreciação do poder judiciário. Pela doutrina, “A administração pública não pode atuar contra
legem ou praeter legem, só pode agir secundum legem”, isto é, a administração não poderá atuar
nem na contramão, nem no sentido de complementar a lei, mas sempre segundo a lei.

Seguindo a ideia de instituir restrições à administração pública, imposta incialmente pelo princí-
pio da legalidade no texto constitucional, o princípio da razoabilidade restringe a mesma discricionari-
edade administrativa, sendo um dos principais garantidores nesta tarefa, como Maria Sylvia Zanella di
Pietro afirma em sua obra. Ainda, a mesma autora nos dá a definição de ato discri cionário a fim de
facilitar o nosso entendimento sobre a matéria:

“são os que a Administração pratica com certa margem de liberdade de avaliação ou decisão se-
gundo critérios de conveniência e oportunidade formulados por ela mesma, ainda que adstrita à lei
reguladora da expedição deles. A discricionariedade ocorre com maior frequência no motivo e no ob-
jeto do ato. O motivo são as razões de fato e de direito que resultaram na prática de um determinado
ato, ou seja, o motivo antecede o ato”.

Com isso, a discricionariedade poderia ser usada de forma errônea, mesmo que despropositada-
mente, pelo agente público, o que poderia trazer sérias consequências na busca pela correta gerência
dos interesses da sociedade.

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Atualmente vige a Lei n° 9.784 de 29 de janeiro de 1999 que, como descrito no artigo 1°, dispõe
sobre as normas do processo administrativo (compreendido como ato da administração pública), no
âmbito da administração federal direta e indireta, visando a proteção dos administrados e ao melhor
cumprimento dos fins da administração, estando de acordo com o que dispõe a legalidade na forma
de princípio. Na mesma lei, em seu artigo 2°, apresenta que a “Administração Pública obedecerá, den-
tre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, mo-
ralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência”. Juntos, estes
princípios indicam que o poder público está obrigado à mostrar correspondência de seus atos com a
ideia de coerência, racionalidade e sensatez, como bem afirma, de modo simples e objetivo, já to-
cando na matéria do princípio da proporcionalidade, Antonio José Calhau, ao dizer que tal princípio
“consiste em agir com bom senso, prudência, moderação, tomar atitudes adequadas e coerentes, le-
vando-se em conta a relação de proporcionalidade entre os meios empregados e a finalidade a ser
alcançada, bem como as circunstâncias que envolvem a pratica do ato” [4], desta forma, mesmo
quando o administrador tem certa liberdade de escolha em seu momento de ato discricionário, ele
não poderá tomar uma decisão irracional e não razoável. Assim sendo, é lógico afirmar que o princí-
pio da razoabilidade é uma decorrência direta do princípio da legalidade, considerando que buscam o
mesmo propósito, ainda que o principio da razoabilidade faça maior relação com os atos normativos,
juntamente à lei onde está descrito.

Ainda que a jurisprudência e alguns doutrinadores tratem os dois de forma generalizada, con-
fundir o princípio da proporcionalidade com a razoabilidade é de fato fácil, pois o desenvolvimento de
ambos sempre foi ligado. A construção do principio da proporcionalidade se deu na formação juris-
prudencial do principio da razoabilidade, como descrito pela professora Maria Rosynete Oliveira Lima,
ao dizer que:

"razoabilidade e proporcionalidade podem até ser magnitudes diversas, entretanto, cremos que
o princípio da proporcionalidade carrega em si a noção de razoabilidade, em uma relação inextrincá-
vel, e que não pode ser dissolvida, justificando, assim, a intercambialidade dos termos proporcionali-
dade e razoabilidade no ordenamento brasileiro”.

Apesar disso, devemos entendê-lo como uma derivação do principio da razoabilidade, pois
enquanto a ideia de razoável se limita ao sentido da ação e sua motivação, a propocionalidade deve
ser observada na sua execução e nos meios e atos adotados, sempre buscando causar o menor
prejuízo possível, embasando-se em seus próprios fatores, sendo eles a proporcionalidade,
adequação e necessidade, como define Dirley da Cunha Júnior que assevera que "veda que a
Administração Pública aja com excesso ou valendo-se de atos inúteis, desvantajosos, desarrazoados e
desproporcionais”.

O princípio da proporcionalidade

Terminologia, subprincípios e outros aspectos relevantes Mesmo se tratando de princípio de ori-


gem germânica, Grinover, Fernandes e Gomes Filho salientam e recordam que a proporcionalidade
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Noções Sobre Administração Pública Todos os Princípios

sempre se baseou na construção jurisprudencial da razoabilidade (reasonableness), tão significativa e


importante nas manifestações da Suprema Corte Americanaiv.

Talvez por conta desta proximidade, inúmeras são as oportunidades onde jurisprudência e dou-
trina utilizam os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade como sinônimos, sem tecer qual-
quer distinção.

Acerca desta temática, em brilhante consideração, a professora Maria Rosynete Oliveira Lima
assevera que “razoabilidade e proporcionalidade podem até ser magnitudes diversas, entretanto, cre-
mos que o princípio da proporcionalidade carrega em si a noção de razoab ilidade, em uma relação
inextrincável, e que não pode ser dissolvida, justificando, assim, a intercambialidade dos termos pro-
porcionalidade e razoabilidade no ordenamento brasileiro”.v

Destarte, muito embora essa falta de diferenciação terminológica possa ocasionar prejuízos aos
mais ciosos de uma rigidez acadêmica, é mister notar-se que, em todas as oportunidades em que se
tem feito alusão aos mencionados princípios, esta tem estado em consonância com seus objetivos e
conteúdo, que sempre se mostram atrelados, de uma forma ou de outra, à proteção dos direitos do
cidadão em face de eventual arbítrio do Poder do Estado.

É nesse sentido que o mestre Bonavides expõe que “em nosso ordenamento constitucional não
deve a proporcionalidade permanecer encoberta. Em se tratando de princípio vivo, elástico, pres-
tante, protege ele o cidadão contra os excessos do Estado e serve de escudo à defesa dos direitos e
liberdades constitucionais. De tal sorte que urge, quanto antes, extraí-lo da doutrina, da reflexão, dos
próprios fundamentos da Constituição, em ordem a introduzi-lo, com todo o vigor, no uso jurispru-
dencial”.vi

Desta forma, fugindo dessa questão atinente à diferenciação dos mencionados princípios, con-
forme bem ensina Reich, apud Ferreira Filhovii, na Corte Constitucional alemã, a teoria da proporcio-
nalidade prega a ponderação da atuação estatal, visando aquilatar os objetivos do legislador em razão
dos interesses da sociedade e os meios utilizados para isso.

Além do mais, no que diz respeito ao conteúdo, importante é analisar-se que a construção da
doutrina alemã, devido a sua clareza e densidade de pensamentos, versa, acima de tudo, sobre a ade-
quação necessária entre o fim de uma norma e os meios que ela designa, para atingi-lo; ou, ainda,
entre a norma elaborada e o uso que dela foi feito pelo Poder Executivo. Devido a toda essa comple-
xidade, o princípio ora em voga terminou por ser dividido em três subprincípios (ou requisitos), como
consequência dos avanços doutrinários nessa área, quais foram: a adequação (ou ut ilidade), a neces-
sidade (ou exigibilidade) e, por último, a proporcionalidade em sentido estrito.

O primeiro subprincípio traz uma regra de compatibilidade entre o fim pretendido pela Adminis-
tração Pública e os meios por ela utilizados para atingir seus objetivos. Na verdade, fere até o bom
senso imaginar que a Administração Pública possa utilizar meios ou tomar decisões que se mostrem
completamente inúteis a ponto de sequer alcançar os fins para os quais se destinam.

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Noções Sobre Administração Pública Todos os Princípios

Por sua vez, o subprincípio da necessidade (ou exigibilidade) versa sobre a escolha de medida
restritiva de direitos indispensável à preservação do próprio direito por ela restringido ou a outro em
igual ou superior patamar de importância.

Conforme expõe o mestre Dirley da Cunha Júnior, por meio deste subprincípio “impõe-se que a
administração pública adote, entre os atos e meios adequados, aquele ou aqueles que menos sacrifí-
cios ou limitações causem aos direitos dos administrados”.viii

Por último, o subprincípio da proporcionalidade em sentido estrito, traz um real sistema de valo-
ração, na medida em que, ao se garantir um direito, muitas vezes é preciso restringir-se outro. Em
suma, por meio deste subprincípio, impõe-se que a medida adotada traga vantagens que superem
quaisquer desvantagens.

Outro fato que merece destaque é que em 1999, por meio da Lei 9.784ix (que regula o processo
administrativo no âmbito da Administração Pública Federal), a proporcionalidade foi tratada expres-
samente a nível infraconstitucional, o que só reforça sua importância e indistinta utilização como
marco principiológico na atuação da Administração Pública.

Destarte, além de sua previsão como princípio a ser obedecido pela Administração Pública na
consecução de seus atos convém destacar que o inciso VI, do parágrafo único do artigo 2º da referida
lei destacou que “nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de ade-
quação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida supe-
rior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público”.

Sendo assim, ressoa nítida a importância do referido princípio nos dias atuais visando amparar à
proteção dos direitos do cidadão em face de eventual arbítrio do Poder do Estado, merecendo
destaque à previsão infraconstitucional expressa e a interpretação evolutiva e ampliativa que vem
sendo dada por nossos pretórios.x

O princípio da segurança jurídica no direito administrativo brasileiro

O princípio da segurança jurídica é considerado como um dos mais importantes no que se refere
à atividade humana. A esse respeito Valim (2010, p 28),

O princípio da segurança jurídica ou da estabilidade das relações jurídicas impede a desconsti-


tuição injustificada de atos ou situações jurídicas, mesmo que tenha ocorrido alguma inco nformidade
com o texto legal durante sua constituição. Muitas vezes o desfazimento do ato ou da situação jurí-
dica por ele criada pode ser mais prejudicial do que sua manutenção, especialmente quanto a reper-
cussões na ordem social. Por isso, não há razão para invalidar ato que tenha atingido sua finalidade,
sem causar dano algum, seja ao interesse público, seja os direitos de terceiros.

Assim, a importância da segurança jurídica visa proteger as expectativas do cidadão, ou


seja, o gestor público deve valer-se de práticas passadas e dos precedentes da administração pública,

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Noções Sobre Administração Pública Todos os Princípios

que possibilitou e criou expectativas nos cidadãos, onde a administração pública irá buscar alternati-
vas para que os atos e processos sobre seu poder seja tomado através de decisões específicas, consis-
tentes, possibilitando segurança e boa fé.

O Estado é instrumento da sociedade e sua existência só tem sentido se estiver a serviço de to-
dos e de cada um. Por isso, justifica-se a confiança que legitimamente os membros da sociedade nele
depositam, não se admitindo que os agentes públicos possam desempenhar suas funções traindo
essa confiança (MOREIRA NETO, 2006, p. 285).

Assim, a conjugação do princípio da segurança jurídica é possibilitar aos cidadãos confi-


ança que o gestor público irá desempenhar seu trabalho de forma a atender todos os anseios da soci-
edade na administração pública. Conforme disserta Mello (2008, p. 124-125) “o direito brasileiro pro-
põe-se a ensejar certa estabilidade, um mínimo de certeza na regência da vida social e a segurança
jurídica coincide com uma das mais profundas aspirações do homem: a da segurança em si mesma”.

O princípio se justifica pelo fato de ser comum, na esfera administrativa, haver mudança de in-
terpretação de determinadas normas legais, com a consequente mudança de orientação, em caráter
normativo, afetando situações já reconhecidas e consolidadas na vigência de orientação anterior. Essa
possibilidade de mudança de orientação é inevitável, porém gera insegurança jurídica, poi s os interes-
sados nunca sabem quando a sua situação será possível de contestação pela própria administração
pública (DI PIETRO, 2001, p. 85).

A Constituição Federal de 1988 possibilitou que o Princípio da segurança jurídica fosse


considerado como direitos e garantias fundamentais, principalmente ao analisar o artigo 5º, XXXVI,
traz em seu bojo que “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa jul-
gada”. Mesmo que a segurança jurídica não se encontra explicita na carta magna, é princípio constitu-
cional e encontra-se disciplinado dentre os direitos e garantias fundamentais (CANOTILHO, 1991).

Devido a sua localização no texto constitucional, é possível verificar que existe impossibilidade
de exclusão do ordenamento jurídico brasileiro, pois o art. 60 da Constituição da República veda qual-
quer deliberação à proposta de emenda constitucional cujo objetivo seja abolir os direitos e garantias
individuais, e ainda, a compreensão da segurança jurídica como princípio impõe que a estabilidade
das relações seja considerada como um das balizas para tudo o que tenha ligação com o direito, ou
seja, tanto as ações estatais, quanto as relações entre os indivíduos, devem analisar a segurança jurí-
dica (THAUMATURGO, et al., 2014, p. 6).

Neste sentido, o cidadão não espera apenas do Estado à segurança a vida, segurança
patrimonial, entre outros, mas o cidadão espera segurança jurídica, uma vez que a segurança jurídica
é o mínimo que o Estado pode oferecer aos seus liderados, controlando atos e relações jurídicas
eficazes e válidas.

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Noções Sobre Administração Pública Todos os Princípios

O princípio da autotutela

O princípio da autotutela estabelece que a Administração Pública possui o poder de controlar os


próprios atos, anulando-os quando ilegais ou revogando-os quando inconvenientes ou inoportunos.
Assim, a Administração não precisa recorrer ao Poder Judiciário para corrigir os seus atos, podendo
fazê-lo diretamente.

Esse princípio possui previsão em duas súmulas do STF, a 346, que estabelece que “A Adminis-
tração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos”, e 473, que dispõe o seguinte:

Súmula nº 473:

A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revoga-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

Atualmente, o princípio ganhou previsão legal, conforme consta no art. 53 da Lei 9.784/99: “A
Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-
los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos”.

Nesse contexto, a autotutela envolve dois aspectos da atuação administrativa:

a) legalidade: em relação ao qual a Administração procede, de ofício ou por provocação, a anula-


ção de atos ilegais; e

b) mérito: em que reexamina atos anteriores quanto à conveniência e oportunidade de sua ma-
nutenção ou desfazimento (revogação).

Quanto ao aspecto da legalidade, conforme consta na Lei 9.784/99, a Administração deve anular
seus próprios atos, quando possuírem alguma ilegalidade. Trata-se, portanto, de um poder-dever, ou
seja, uma obrigação. Dessa forma, o controle de legalidade, em decorrência da autotutela, pode ser
realizado independentemente de provocação, pois se trata de um poder-dever de ofício da Adminis-
tração.

Todavia, no Brasil vigora o princípio da inafastabilidade de tutela jurisdicional (sistema de jurisdi-


ção única), segundo o qual a lei não afastará do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito (art. 5º,
XXXV, CF). Assim, o controle de legalidade realizado pela própria Administração Pública não afasta a
competência do Poder Judiciário de controlar a legalidade dos atos públicos.

A diferença, no entanto, é que a Administração pode agir de ofício, enquanto o Poder Judiciário
só atuará mediante provocação.

A Administração não se limita ao controle de atos ilegais, pois poderá retirar do mundo jurídico
atos válidos, porém que se mostraram inconvenientes ou inoportunos. Nesse caso, não estamos mais
falando de controle de legalidade, mas de controle de mérito. Dessa forma, após o juízo de valor so-
bre a conveniência e oportunidade, a Administração poderá revogar o ato. Aqui reside uma segunda
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Noções Sobre Administração Pública Todos os Princípios

diferença da autotutela para o controle judicial, pois somente a própria Administração que editou o
ato poderá revogá-lo, não podendo o Poder Judiciário anular um ato válido, porém inconveniente de
outro Poder.

Vale dizer, o Poder Judiciário poderá anular um ato ilegal de outro Poder, porém não poderá re-
vogar um ato válido. Isso ocorre porque o controle judicial analisa os aspectos de legalidade e legiti-
midade, mas não pode se imiscuir no mérito administrativo.

Com efeito, a autotutela também encontra limites no princípio da segurança jurídica e da estabi-
lidade das relações jurídicas. Assim, conforme consta no art. 54 da Lei 9.784/99, o direito da Adminis-
tração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários de-
cai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. Assim, após
esse prazo, o exercício da autotutela se torna incabível.

Finalmente, outra limitação para a autotutela se refere à necessidade de oportunizar o contradi-


tório e a ampla defesa, por meio de processo administrativo, às pessoas cujos interesses serão afeta-
dos negativamente em decorrência do desfazimento do ato.

Todavia, conforme ensina Lucas Rocha Furtado, a necessidade de direito de defesa só ocorre nas
hipóteses de atos individuais – definidos estes como os atos que afetam pessoa ou pessoas determi-
nadas -, como anulação da nomeação de uma pessoa aprovada em concurso. Nesse caso, a nomeação
é um ato individual, pois alcançou uma pessoa determinada. Para anular esse ato, deverá ser oportu-
nizado o contraditório e a ampla defesa ao interessado, que poderá trazer argumentos para evitar o
desfazimento do ato. Por outro lado, quando os forem gerais, como a anulação de um concurso pú-
blico por motivo de vazamento de gabarito, não se fala em direito de defesa.

O Princípio da Eficiência na Administração Pública

A administração pública nada mais é que o conjunto de instituições (órgãos e agentes) que exer-
cem a chama função pública em prol do interesse da coletividade. O principal objeto da administra-
ção pública é sempre atender o interesse público, ou seja, todo e qualquer ato expedido no exercício
da função administrativa deve sempre atender as necessidades dos cidadãos, uma vez que o interesse
público é superior ao interesse privado.

A administração estatal é rígida por princípios fundamentais explícitos no artigo 37 da Constitui-


ção Federal. In verbis:

“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constituci-
onal nº 19, de 1998)”.

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Noções Sobre Administração Pública Todos os Princípios

Dentre os princípios supramencionados, cabe destacar o da Eficiência que não é muito abordado
nos dias atuais. Eficiência significa, poder, capacidade de ser efetivo; efetividade, eficácia, agir com
produtividade e competência. No âmbito da gestão pública é fundamental ser eficiente, pois os servi-
ços públicos devem atender de maneira satisfatória a coletividade.

Nos dizeres de Celso Antônio Bandeira de Melo:

"Quanto ao princípio da eficiência, não há nada a dizer sobre ele. Trata-se, evidentemente, de
algo mais do que desejável. Contudo, é juridicamente tão fluido e de tão difícil controle ao lume do
Direito, que mais parece um simples adorno agregado ao art. 37 ou o extravasamento de uma aspira-
ção dos que burilam no texto. De toda sorte, o fato é que tal princípio não pode ser concebido (entre
nós nunca é demais fazer ressalvas obvias) senão na intimidade do princípio da legalidade, pois ja-
mais suma suposta busca de eficiência justificaria postergação daquele que é o dever administrativo
por excelência. Finalmente, anote-se que este princípio da eficiência é uma faceta de um princípio
mais amplo já superiormente tratado, de há muito, no Direito italiano: o princípio da ‘boa administra-
ção’". (MELO,2013,p.98).

O princípio da eficiência implementou o modelo de administração pública gerencial voltada para


um controle de resultados na atuação estatal, ou seja, a partir disso, os atos da administração devem
ser realizados com a maior qualidade, competência e eficácia possível em prol da sociedade.

O princípio da eficiência é o mais recente dos princípios constitucionais da Administração Pú-


blica brasileira, tendo sido adotado a partir da promulgação, da Emenda Constitucional nº 19, de
1998 – Reforma Administrativa.

Quando se fala em eficiência na administração pública, significa que o gestor público deve gerir
a coisa pública com efetividade, economicidade, transparência e moralidade visando cumprir as me-
tas estabelecidas.

Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro,

“o princípio apresenta-se sob dois aspectos, podendo tanto ser considerado em relação à forma
de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atuações e
atribuições, para lograr os melhores resultados, como também em relação ao modo racional de se
organizar, estruturar, disciplinar a administração pública, e também com o intuito de alcance de resul-
tados na prestação do serviço público” ... (Di Pietro, 2002,p. 83).

A autora ainda acrescenta que “a eficiência é um princípio que se soma aos demais princípios
impostos à administração, não podendo sobrepor-se a nenhum deles, especialmente ao da legali-
dade, sob pena de sérios riscos à segurança jurídica e ao próprio Estado de direito” ... (Di Pietro,
2002, p. 83).

Já Hely Lopes Meirelles fundamenta que o princípio da eficiência se caracteriza como:

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Noções Sobre Administração Pública Todos os Princípios

“o que se impõe a todo o agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e
rendimento profissional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta
em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e
satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros”, e acrescenta que “o
dever da eficiência corresponde ao dever da boa administração” ... (Meirelles, 1996,p. 90).

A eficiência administrativa não é nem mais nem menos abstrata que a moral administrativa.
Mesmo o princípio da legalidade possui fortes controvérsias em seu entendimento. Em todos os casos
não existe um conceito legal que determine a priori seu sentido lógico ou jurídico.

O referido princípio é ainda muito abstrato, o que se faz necessário que ele seja concretizado
por meio das instituições, mas principalmente por meio da população, vez que o Estado Brasileiro é
republicado que quer dizer coisa pública. É possível garantir isso através dos controles administrativo
e judicial dos atos da administração. Não é demais repetir que isso é possível a partir da adoção do
regime republicano.

Uma maneira de aumentar a eficiência dos atos estatais é através dos chamados controles exter-
nos e internos.

O controle externo da administração pública compreende primeiramente o controle parlamentar


direto, o controle pelo tribunal de contas e por fim o controle jurisdicional. São órgãos externos que
fiscalizam as ações da administração pública e o seu funcionamento. Já o controle interno, é o reali-
zado pelo próprio órgão que realizou o ato, todavia será revisto por autoridade superior conforme o
princípio da hierarquia.

É importante observar, que esses controles são fundamentais para garantir maior eficiência das
atividades estatais com moralidade, transparência e principalmente publicidade, respeitando sempre
a primazia da legalidade, pois todo ato administrativo está submetido ao princípio da legalidade.

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Noções Sobre Administração Pública Todos os Princípios

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Poderes Administrativos

Poderes Administrativos

MÉRITO
Apostilas 1
Poderes Administrativos

Os Poderes Administrativos são inerentes à Administração Pública e pos-


suem caráter instrumental, ou seja, são instrumentos de trabalho essenciais
para que a Administração possa desempenhar as suas funções atendendo o
interesse público. Os poderes são verdadeiros poderes-deveres, pois a Adminis -
tração não apenas pode como tem a obrigação de exercê-los.

CLASSIFICAÇÃO DOS PODERES

• Poder Vinculado

• Poder Discricionário

• Poder Hierárquico

• Poder Disciplinar

• Poder Regulamentar

• Poder de Polícia

Poder vinculado

Também chamado de poder regrado, é o Direito Positivo que confere Adminis -


tração Pública com finalidade de atos de própria competência impondo os elemen -
tos e requisitos para sua formalização. Ele significa dizer que o agente público fica
a preso ao que diz a lei, sendo assim o administrador tem o mínimo sobre a liber -
dade de ação, em caso que desobedeça a lei o ato é considerado nulo.

Impõe ao agente público que observe atentamente o princípio da legalidade


no que deve ser atendidos os requisitos que formem expressos na lei.

Poder Discricionário

Esse é o poder que concede a Administração, na forma de modo implícito ou


explícito a prática de atos administrativos com liberdade de escolha sobe oportu -
nidade, conteúdo e conveniência. A discricionariedade somente recorre de atribui -
ção da lei, em casos que sejam utilizados conceitos indeterminados só poderá re -
conhecer a discricionariedade quando a lei autorizar.

Não se deve confundir discricionariedade com arbítrio; no primeiro caso signi-


fica a liberdade de ação administrativa dentro dos limites da lei, em que é autori-
zado, legal e válido; no segundo caso significa a ação que é contrária a lei, ela é
sempre e legitima e invalida.

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Poderes Administrativos

Daí vê que a discricionariedade ela é sempre relativa e parcial, no que toca a


competência, a forma e a finalidade do ato em que sempre segue os modos da lei.

Poder Hierárquico

O executivo dispõe as funções de seu órgãos, no que ordena e rever as atua -


ções dos agentes, assim estabelecendo relações de subordinação no quadro pes-
soal dos servidores.

Não deve confundir o poder hierárquico com poder disciplinar, a hierarquia


subordina-se no meio de vários órgãos e dos agentes do executivo com distribui -
ção de função de cada ente. Assim não há hierarquia no poder judiciário e legisla -
tivo são privativos de função executiva.

O objetivo do poder hierárquico é ordenar, coordenar, corrigir e controlar os


atos administrativos internos da Administração. O objetivo de ordenar é repartir e
escalar funções de atividade da Administração entre os agentes do Poder de seu
cargo; coordena as funções para obter funcionamento dos serviços de cada órgão;
corrige os erros administrativos pela prática de atos inferiores; e coordena as fun -
ções no sentido de manter o funcionamento dos serviços dos cargos do órgão.

No poder hierárquico surgem faculdades implícitas para o superior na função


de dar ordens e fiscalizar o cumprimento de órgão, delegar e avocar atribuições e
rever os atos dos inferiores. A faculdade de dar ordens significa o dever de deter -
minar os atos ou conduta em caso concreto; fiscalizar é o ato de vigiar, para man-
ter os padrões legais de cada atividade administrativa; avocar é chamar as fun -
ções atribuídas a um ente subordinado; e rever os atos de inferiores que é apreci -
ar os atos em todos os aspectos desde a competência até a forma.

Há uma divergência entre subordinação e vinculação administrativa que não


se devem ser confundidas, a subordinação admite os meios de controle do superi -
or sobre o inferior e decorre do poder hierárquico; a vinculação decorre do poder
de supervisão sobre a entidade que é vinculada.

Poder Disciplinar

Tem a função de punir as infrações dos servidores e das demais pessoas que
disciplinam órgão e outros serviços da Administração.

É visto que o poder disciplinar se correlaciona o poder hierárquico, mas há di-


ferenças entre eles; no poder hierárquico a Administração Pública distribui as fun -
ções executivas; já no poder disciplina controla o desempenho das funções e as

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Poderes Administrativos

condutas dos servidores. A característica do poder disciplinar é que ela não está
vinculada a definição da lei sobre a sanção ou infração funcional.

Poder Regulamentar

O poder regulamentar tem a função de dispor os Chefes de Executivo a expli -


car a lei para que possa ser executada de forma correta. Esse poder é inerente ao
Chefe do Executivo previsto no Art. 84, IV, CF.

Sobre o poder de chefiar sobre Administração também está o poder de regula-


mentar a lei e suprir, quando o Executivo expedir o regulamento autônomo ou a
execução da lei, ele não deve invadir as reservas legais que são as matérias disci -
plinadas por lei que afetam garantias e direitos individuais.

Regulamentar significa o ato administrativo em modo geral e também norma -


tivo que é feito pelo Chefe do Executivo em forma de decreto para explicar a apli -
cação da lei.

Poder de Polícia

Também conhecido como poder de polícia administrativa em que a Adminis -


tração Pública sobre ações que possam afetar a coletividade sua competência é
de policiar de que dispõe do poder de regular a matéria ficando sujeitos a regula -
mentação de policiamento da União, sobre os interesses da região compete a polí -
cia estadual, e os interesses locais pertencem ao policiamento do município.

• Conceito

É o poder que a Administração Pública tem para dar condições e restringir o


uso e o gozo dos bens para beneficiar a coletividade e o Estado, o poder da polícia
é uma forma de reduzir os abusos do direito individual. Com isso cabe demostrar
as diferenças da polícia administrativa, entre a polícia judiciária e de manutenção
da ordem pública, pois a polícia administrativa versa sobre os bens, direitos e ati -
vidade, já as demais atuam sobre as pessoas como Polícias Civis ou Militares.

• Razão e Fundamento

Para o poder de polícia a razão é o interesse social e o fundamental está liga -


do a supremacia geral sobre todas as pessoas como também é ligado aos bens e
atividade, que revela os mandamentos constitucionais com interesses ligados a

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Poderes Administrativos

opor restrições sobre direitos individuais em favor da coletividade. O regime de li -


berdade pública assegura o uso normal dos direitos individuais e não admite abu -
so desse direito; apenas admite limitações e pedem condições de bem estar de
modo geral.

• Objetivo e finalidade.

O poder de polícia administrativa tem como seu objetivo buscar o bem, o di -


reito e a atividade individual que ofereça risco a sociedade ou a segurança da na -
ção; com isso exige a regulamentação, o controle e a contenção que voltado pelo
Poder Público. Nos casos que houver conduta de empresas ou pessoas que prati-
que repercussões que prejudique a comunidade ou o Estado cabe ao poder de po -
lícia, seja ele preventivo ou repressivo salientar que ninguém adquire direito que
seja contra o interesse público.

Sua finalidade é proteger o interesse público em sentido amplo junto a ele


tem destaque o interesse da comunidade, os valores matérias e o patrimônio mo -
ral e espiritual do povo expresso no regime político adotado na constituição vigen -
te na ordem jurídica.

• Extensão e limite

O poder de polícia abrange a proteção a moral e os bons costumes, desde a


preservação da saúde pública até o controle de publicações, incluindo também se-
gurança nos transportes e segurança nacional.

Os limites do poder da polícia administrativa é marcado pelo interesse social


sobre conciliação dos direitos fundamentais previstos na constituição, Art. 5º.

• Atributos

Os atributos específicos e peculiares ligados ao poder de polícia são três, dis -


cricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade.

◦ Discricionariedade

É a livre escolha da Administração em da conveniência de exercer o poder da


polícia e da aplicar sanções para fins de interesse público. O ato de polícia discri -
cionário passara a ser vinculado quando a norma estabelecer forma de realização.
A discricionariedade é a liberdade de agir seguindo os limites que forem determi -
nados pela lei.

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Poderes Administrativos

◦ Autoexecutoriedade

É o direito de decidir ou executar decisão pelos próprios meios sem que o ju -


diciário possa intervir. Assim a Administração impõe medidas e sanções de polícia
administrativas para conter atividades antissocial. O princípio da autoexecutivida -
de autoriza pratica de polícia administrativa pela Administração sem que o judiciá -
rio possa intervir.

◦ Coercibilidade

É a imposição das medidas que são adotadas pela Administração que consti -
tui atributos ao poder de polícia. Na coercibilidade não há ato de polícia facultati -
vo, pois todos eles admitem a coerção estatal para poder torna-los efetivos sendo
independente de autorização judicial. É atributo da coercibilidade sobre o ato de
polícia usar a força física nos casos que houver infração do devedor, e não é lega -
lizado a violência em caso desproporcional a resistência; nos casos que isso vier
acontecer será caracterizado como abuso de poder.

• Meios de atuação

A polícia administrativa atua de maneira preventiva agindo com padrões de


ordens e proibições com normas que limitam condutas de quem utilizam bens
com intenção de prejudicar a coletividade.

Para controle de limitações administrativas o Poder Público edita leis fixando


condições para uso do exercício das atividades como o alvará que é a licença para
a prática de um ato ou atividade que venha ser exercida. Há dois casos de alvará,
ele pode ser definitivo ou precário: no caso definitivo ele expede um direito de
edificação, más deve seguir as exigências edilícias, já no modo precário é concedi -
da a liberdade desde que não haja impedimento. O alvará definitivo é uma licença
e o precário é uma autorização.

O poder de polícia atua como forma de fiscalizar as atividade e controlar a Ad -


ministração.

• Sanções

O poder de polícia seria considerado ineficaz se não fosse aparelhado de san-


ções nos casos que houvesse desobediência a ordem de autoridade competente.
As sanções tem como elemento de intimidação a multa a interdição de continuar
exercendo a atividade, o fechamento do estabelecimento, a demolição da constru -

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Poderes Administrativos

ção entre outros que venha a impedir a moral a saúde e a segurança pública. Essa
sanções surgem do princípio de executoriedade e são impostos pela própria Admi -
nistração em compatividade com as normas do interesse público. As sanções do
poder de polícia são aplicados as condutas individuais que não sejam considera-
das crime. A Lei 9.873 de 23-11-1999 em esfera federal determina em cinco anos
a ação de pena da Administração Pública sobre o exercício do poder de polícia que
tem por objetivo buscar as infrações corridas da data que praticou o ato.

• Condições e validade

Essa Condições e validades são as mesma que se referem ao ato administrati-


vo, a competência, a finalidade e a forma que são as condições de eficácia do ato
administrativo que pertence ao poder de polícia; a proporcionalidade constitui re -
quisitos para a validade do ato de polícia, o ato cometido e a sanção a ser aplica -
da; a legalidade dos meios é o requisito de validade do ato de polícia.

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Atos Administrativos Completo

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Origem dos recursos administrativos

O princípio da legalidade vem da Inglaterra do século XIII, especificamente em 1215, quando o


rei João Sem Terra assinou a Grande Carta, cujo artigo 39 diz:

Nenhum homem livre será detido ou preso, nem privado de seus bens (disseisiatur), banido
(utlagetur) ou exilado ou, de algum modo, prejudicado (destruatur), nem agiremos ou mandaremos
agir contra ele, senão mediante um juízo legal de seus pares ou segundo a lei da terra (nisi per legale
iudicium parium suorum vel per legem terre) (COMPARATO, 2010, p. 97).

Este documento surgiu dos embates entre a aristocracia e a nobreza e é importante para a hu-
manidade principalmente porque impõe limites ao poder soberano.

Segundo Fábio Konder Comparato (2010, p. 92), pode-se dizer que a Carta Magna é “o nasci-
mento da democracia moderna”, representando “a primeira limitação institucional do poder do rei”.

Outros documentos históricos, como Petition of Rights (1627), Bill of Rights (1688) e Act of Com-
promise (1701), que influenciaram a Revolução Americana (1776), ajudaram a desenvolver e fortale-
cer o princípio da legalidade, o Revolução Francesa (1789) e, como resultado, as constituições demo-
cráticas do século XIX.

Discutindo o nascimento do Estado de Direito, Norberto Bobbio (2015, p. 240-241) destaca que:

Da Inglaterra o princípio da rule of law transfere-se para as doutrinas jurídicas dos Estados con-
tinentais, dando origem à doutrina, hoje verdadeiramente universal (no sentido de que não é mais
contestada por ninguém em termos de princípio, tanto que quando não se a reconhece se invoca o es-
tado de necessidade ou de exceção), do “Estado de direito”, isto é, do Estado que tem como princípio
inspirador a subordinação de todo poder ao direito, do nível mais baixo ao nível mais alto, através da-
quele processo de legalização de toda ação de governo que tem sido chamado, desde a primeira cons-
tituição escrita da idade moderna, de “constitucionalismo”.

Assim, a administração pública está subordinada. à lei imperativa e à lei decorrente do princípio
da legalidade, tal ideia é peculiar aos postulados do Estado de Direito e é responsável por determinar
a validade das ações dos governantes.

Assim, surgiu a ideia de ações administrativas como um conjunto de normas destinadas ao exer-
cício disciplinado do poder absoluto do Estado e a impedir os efeitos de seu exercício sobre os direi-
tos dos indivíduos.

Odete Medauar (2003, p. 145) contextualiza o surgimento da ação administrativa - um dos prin-
cipais temas do direito administrativo - e assim diz:

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Atos Administrativos Completo

A sujeição da Administração à lei vai conferir novos moldes às ações do Estado: do caos indisci-
plinado das diversas operações materiais até então praticadas, muitas vezes por v ontade tempera-
mental do governante, uma nova noção aparece, a de ato administrativo, uma espécie de ato jurídico.
A locução ato administrativo foi empregada, pela primeira vez em 1812, na quarta edição do Repertó-
rio de Guyot, a cargo de Merlin.

Ainda sobre a criação de ações administrativas Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2006, p. 202) des-
taca a ligação de seu conceito com os princípios da legalidade e da separação dos poderes:

[...] a noção de ato administrativo é contemporânea ao constitucionalismo, à aparição do princí-


pio da separação de poderes e à submissão da Administração Pública ao Direito (Estado de Direito);
vale dizer que é produto de certa concepção ideológica; só existe nos países em que se reconhece a
existência de um regime jurídico-administrativo, a que se sujeita a Administração Pública, diverso do
regime privado.

Os requisitos do ato administrativo

Segundo José Cretella Júnior (1998, p. 195), “um ato administrativo perfeito é aquele que preen-
che todos os requisitos que lhe são impostos”. Se esses requisitos não corresponderem, a construção
da lei é incompleta, incompleta.

Para que um ato administrativo seja completo e preencha as condições de validade dos efeitos
jurídicos existentes, sua estrutura deve ser composta por certos requisitos: competência, finalidade,
forma, finalidade e motivo.

A maioria das doutrinas reconhece esses requisitos porque estão previstos na Lei de Atividades
Humanas (Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965).

A qualificação é o primeiro e mais importante pré-requisito para a execução de uma tarefa admi-
nistrativa. É uma exigência de ordem pública decorrente da lei, que não pode ser transferida ou am-
pliada por vontade das partes envolvidas.

De acordo com a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, os poderes são exercidos pelos “órgãos
administrativos nos quais estiver delegado, ressalvadas as transferências e revogações legalmente au-
torizadas” e é expressamente vedada a delegação /: emissão de atos normativos; decisão sobre recur-
sos administrativos; em assuntos de competência exclusiva da agência ou autoridade.

Nesse sentido, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (2008, p. 401) define qualificação como "a
autoridade legal conferida a um oficial para o desempenho específico de seu cargo".

Por ser parte obrigatória de todo ato administrativo, sempre que um agente praticar ato sem a
autoridade correspondente ou se ultrapassar os limites por ele fixados, é inválido "porque lhe falta o

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Atos Administrativos Completo

elemento principal de sua perfeição, ou seja, a capacidade jurídica expressar a vontade da administra-
ção" (MEIRELLES, 2004, pág. 149) em uma instituição, de forma que se desvie do objetivo público.

Assim, representa o interesse público, direta ou indiretamente expresso em lei, que deve ser al-
cançado, não podendo o administrador ser escolhido como objetivo que pode ser alcançado ou subs-
tituído por outra atividade, meta estipulada em lei MEIRELLES, 2004, p. 149-150).

A atividade da administração pública tem por finalidade a consecução de interesses comuns;


portanto, as ações devem ter finalidade pública, sob pena de nulidade (lei nº 4.717/1965, § 2º, e).

Se o fiscal altera a finalidade, que consta expressamente na norma legal ou indiretamente no


ordenamento jurídico, permanece característico o abuso de poder, o que invalida o ato administrativo
por falta de finalidade pública - um dos requisitos para sua validade (lei n. º 4 717/1965, § 2º, única
alínea e).

O formulário – requisito relativo à edição, alteração e cancelamento de ato administrativo –


pode ser definido como material externo ao ato. Basicamente, toda ação administrativa é formal e
geralmente escrita; No entanto, há ações que aparecem como comandos verbais (quando se trata de
dar instruções de uma hierarquia superior para uma inferior) e como sinais convencionais (por exem-
plo, no trânsito e ao abordar a polícia) (MEIRELLES, 2004, p. 150) . -151).

Enquanto no direito privado as ações judiciais têm liberdade de forma (desde que não utilizem o
que é proibido por lei), esta difere das ações administrativas, pois estão sujeitas à ordem jurídica pú-
blica e a forma é exceção essa parte do direito à liberdade.

De acordo com a Lei nº 4.717/65 (artigo 2º, alínea b), apenas), “o descumprimento incompleto
ou incorreto das formalidades relativas à existência ou importância do ato” é um erro form al. está
acontecendo Nestes casos somos confrontados com um grande mal que pode conduzir a uma revisão
judicial e, assim, à anulação do ato porque correm riscos a sua integralidade e eficácia.

O formulário é, em regra, requisito obrigatório, pois o modelo de subcontratação utilizado no


ato administrativo (por exemplo, decreto, decisão, regulamento) é pré-definido em lei. No entanto,
em alguns casos, a lei prevê mais de uma forma possível de emissão do mesmo documento; nesses
casos, há discricionariedade quanto à forma (DI PIETRO, 2006, p. 225).

Objeto é o conteúdo de um ato administrativo, por meio do qual a administração pública cria,
altera ou certifica certas relações jurídicas relativas a pessoas, coisas ou atividades subordinadas ao
poder público (MEIRELLES, 2004, p. 152).

Esta é uma exigência que pode ser obrigatória - nos casos em que a lei prevê apenas um objeto
possível para atingir o objetivo - ou arbitrária - se houver vários objetos possíveis que estão previstos
em lei e visam atingir o mesmo objetivo (DI PIETRO, 2006, pág. 226).

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Atos Administrativos Completo

Neste último caso, a atividade do liquidante está relacionada a valores administrativos, ou seja,
os critérios de conveniência e oportunidade, que são escolhidos após avaliação das consequências e
benefícios das atividades dentro da instituição administrativa.

De acordo com a Lei nº 4.717/65 (alínea c da única alínea c do inciso 2) "a ilegalidade do objeto
aparece quando o resultado da atividade é contrário a lei, regulamento ou outro regulamento". Se
houver deficiências no ato administrativo, ele pode ser objeto de controle legal.

O motivo é o último requisito, que se define como condição de fato e de direito que determina
ou autoriza a lavratura de ato administrativo, ao qual compete integrar a integridade do ato. (M EIREL-
LES, 2004, p. 151).

Conforme o caso, o motivo da ação administrativa pode ser obrigatório ou arbitrário. "É rele-
vante quando a lei a utiliza para descrever conceitos precisos, palavras sem sentido, conceitos mate-
máticos que não causam avaliação subjetiva" (DI PIETRO, 2006, p. 225).

Por outro lado, é gratuito se: a) "a lei não o definir, deixando-o inteiramente ao arbítrio da admi-
nistração"; b) "a lei define a razão por meio de conceitos pouco claros, palavras ambíguas, os chama-
dos conceitos jurídicos indefinidos, que cabem à administração avaliar a possibilidade e a conveniên-
cia administrativa" (DI PIETTRO, 2006, p. 225).

Nesse sentido, vale destacar o Acórdão Geral do Mandado de Segurança nº., em razão dos prin-
cípios que norteiam a administração pública.

O motivo, expressamente expresso como princípio[7] na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999,


faz referência aos pressupostos fáticos e jurídicos que possibilitaram a realização da ação, bem como
a relação lógica entre as ações eventos e situações e suas mudanças.

Princípio moral constitucional (CF, art. 37, caput) e demais artigos da constituição [8] (1º, II, pa-
rágrafo único; art. 5º, XXXV) para justificar a obrigação de justificar atos administrativos, o que não
vale apenas se a lei o dispensar ou se contrariar a natureza do ato.

Portanto, ao atuar, o órgão administrativo público deve apresentar o motivo que motivou sua
ação. Se o fato ou direito decorrente do ato for essencialmente inexistente ou juridicamente inade-
quado em relação ao resultado alcançado, o ato pode ser declarado inválido (Lei nº 4.717/65, § 2º,
apenas alínea d).

No entanto, há situações em que não é necessária nenhuma razão para praticar um ato adminis-
trativo. Nesses casos, a motivação é arbitrária. No entanto, se a administração pública divulgar os mo-
tivos da ação, fica vinculada a eles e tem a obrigação de provar que eles realmente ocorreram. Isso é
proposto pela Teoria da Determinação do Motivo, que Celso Antônio Bandeira de Mello (2004, p. 37)
resume assim:

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Atos Administrativos Completo

De acordo com esta teoria, os motivos que determinaram a vontade do agente, isto é, os fatos
que serviram de suporte à sua decisão, integram a validade do ato. Sendo assim, a invocação de “mo-
tivos de fato” falsos, inexistentes ou incorretamente qualificados vicia o ato mesm o quando, conforme
já se disse, a lei não haja estabelecido, antecipadamente, os motivos que ensejariam a prática do ato.
Uma vez enunciados pelo agente os motivos em que se calçou, ainda quando a lei não haja expressa-
mente imposto a obrigação de enunciá-los, o ato só será válido se estes realmente ocorreram e o jus-
tificavam.

BRASIL. Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965. Brasília: Vade MecumSaraiva / obra coletiva de
autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antônio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Crist ina Vaz dos
Santos Windt e Lívia Céspedes. 9 ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de direito administrativo. 18 ed. São Paulo: Malhei-
ros, 2004.

Atos administrativos – Atributos

O conceito de ação administrativa surgiu para identificar um tipo de ação executiva (administra-
ção pública) caracterizada por figuras opostas à ação privada, bem como procedimentos legislativos
(lei) e legais (punição).

Em primeiro lugar, as ações administrativas devem ser separadas das ações da administração
pública civil, como alugar uma casa para instalar um cargo público. Atividades materiais, como aulas
ministradas por professor público, não são classificadas como atividades administrativas. Além disso,
ações políticas ou governamentais, como declarar guerra, não são consideradas ações administrati-
vas. Essa distinção entre ação administrativa e ação administrativa vem dos ensinamentos de Os-
waldo Aranha Bandeira de Mello e Celso Antônio Bandeira de Mello.

Definição de ato administrativo: O Estado ou, em seu lugar, uma pessoa agindo com base em
uma autorização, licença ou alvará no cumprimento do dever de uma autoridade pública, que se ma-
nifesta como disposições adicionais da lei e sob supervisão legal.

Os atributos de uma ação administrativa não devem ser confundidos com seus requisitos ou
partes (sujeito, forma, objeto, finalidade e motivo).

A administração pública, quando pratica uma ação de interesse público, tem competência para
realizá-la. Enquanto alguns atributos são essenciais para qualquer ação administrativa, outros existem
apenas quando os direitos dos governados são propostos ou limitados, pois não são necessários para
ações administrativas que estendem os direitos dos governados, como as licenças, licenças, a utoriza-
ções, licenças, etc.

6
Atos Administrativos Completo

Assim, reitera-se que as ações administrativas possuem características típicas que não estão
presentes nas ações civis. Com efeito, os atributos dos atos administrativos são os seguintes:

PRESUNÇÃO DE LEGALIDADE - é um atributo que inclui atos que se supõem verdadeiros e de


acordo com a lei até prova em contrário. A legitimidade assumida pela juris tantum fala por eles.

IMPERATIVIDADE - é a qualidade de imposição de atos administrativos a terceiros sem levar em


conta o seu consentimento - advém do "poder extrovertido" que permite ao poder público expedir
ordens fora da jurisdição do súdito que emite o decreto, ou seja, que interferem no espaço jurídico de
outras pessoas e as vinculam unilateralmente.

EXIGIBILIDADE - é um recurso com base no qual o Estado pode exigir de terceiros o cumpri-
mento das obrigações por ele estabelecidas no desempenho de suas tarefas administrativas. Não
deve ser confundido com um simples imperativo, pois com ele apenas se forma uma determinada si-
tuação, se impõe uma compulsão.

EXECUTORIEDADE - é a qualidade com que o poder público pode, basicamente, obrigar os go-
vernados a cumprir o dever que estabeleceu e exigiu, sem antes pedir remédios legais.

A execução não deve ser confundida com a execução, pois esta não garante, por si só, a possibi-
lidade de coação material para a realização de uma ação. Assim, há leis que têm força de execução,
mas não são executórias. Ex.: Chamar um zelador para construir uma calçada em frente à sua casa ou
terreno não só impõe esse dever, mas é pago porque se a pessoa não cumprir a ordem, pode ser mul-
tada sem que a administração tenha que ir. a autoridade judiciária é atribuído ou reconhecido o di-
reito a uma multa - MATÉRIA DA ATIVIDADE.

A exigibilidade vem antes da exigibilidade, portanto, nem todas as ações exequíveis são exequí-
veis. No exercício do poder executivo, a administração pode utilizar meios indiretos para obrigar os
governados a cumprir a ordem coercitiva. Com o poder de coação, a administração pode ir além, ou
seja, pode satisfazer diretamente sua exigência legal ao obrigar uma pessoa a tratamento material
por meios próprios e sem ordem judicial.

Exemplo: A administração pode exigir que o administrador prove que está em dia com os impos-
tos de utilidade de um determinado terreno, sem o qual não concederá o alvará de construção solici-
tado por particular que demonstre o pagamento de impostos, mas não pode obrigar que o contribu-
inte pague os impostos com recursos próprios.

Em suma, com base na presunção de legitimidade, presume-se que um ato administrativo é le-
gal (nos termos da lei). A ação coercitiva cria uma obrigação em uma pessoa, independentemente de
sua vontade. Por causa da ação, uma pessoa é obrigada a fazer algo por meios indiretos determinados
pela administração pública. Com base na atividade, a pessoa é obrigada pelas medidas coercitivas di-

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Atos Administrativos Completo

retas da administração pública. Em matéria de coação e exigibilidade, a pessoa está vinculada inde-
pendentemente da decisão do tribunal, ao contrário das relações interpessoais, onde geralmente é
necessário apresentar uma demanda judicial para obrigar alguém a fazer, deixar de fazer ou dar algo.

Direito Administrativo, MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO, Ed. Atlas, 2001.

Curso de Direito Administrativo, CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO, Ed Revista dos Tribunais,
1986.

Perfeição ou existência

O primeiro nível lógico ao qual a atividade administrativa está subordinada é o nível de comple-
tude ou existência.

O plano para a existência de uma ação administrativa consiste no cumprimento do ciclo forma-
tivo desta lei, ou seja, uma ação perfeita é aquela que já completou seu ciclo necessário de formação,
já completou todas as etapas necessárias faça isso a Constituição. A perfeição de uma escritura não
considera sua validade, mas apenas as etapas de sua fabricação.

Neste plano, verifica-se se o ciclo de desenvolvimento jurídico da ação administrativa terminou,


ou seja, se a ação está coberta pelos elementos e pré-requisitos necessários para ser tratada como
tal.

Note-se que a integralidade de uma ação não diz respeito à sua existência real, mas à sua exis-
tência jurídica. Assim, uma escritura pode ser materialmente viável (existência real) mas juridica-
mente inexistente porque não cumpre um ou mais dos requisitos para a constituição. Também é inte-
ressante que a existência de uma ação deva ser analisada à luz de um campo específico do direito,
pois uma ação pode ser incompleta para uma área e perfeita para outra.

Pode-se considerar que uma ação administrativa tem dois elementos de existência (conteúdo e
forma, ou seja, exclusão de conteúdo) e dois pré-requisitos (objetivo e orientação para uma tarefa
administrativa).

Validade administrativa da lei

A validade da lei, por sua vez, considera sua legalidade. Portanto, é válido um ato que não viole
a ordem jurídica. Caso contrário, é um ato ilegal.

O plano de validade da Lei Administrativa pressupõe que a lei está completa e não fala de ações
válidas ou inválidas até que seu período de treinamento termine.

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Atos Administrativos Completo

Se comprovada a existência de ato administrativo, analisa-se a sua conformidade com os requisi-


tos definidos no ordenamento jurídico, o que determina sua validade ou não.

A doutrina difere no nome e no número de requisitos exigidos para qualificar um ato administra-
tivo. Basicamente, há duas posições:

A visão tradicional, liderada por Hely Lopes Meirelles, que, com base no § 2º da Lei 4.717/65 (Lei
do Uso Público), divide o direito administrativo em cinco requisitos: jurisdição, objeto, forma, motivo
e propósito.

Uma visão moderna desenvolvida por Celso Antônio Bandeira de Mello, que entende que a vali-
dade de um ato administrativo tem 6 pré-requisitos, a saber: assunto, motivo, requisitos processuais,
finalidade, motivo e formalização.

Eficácia do ato administrativo

Eficácia refere-se à capacidade de uma ação produzir consequências jurídicas, sendo reconhe-
cida a aplicabilidade em uma ação administrativa para que possa ter efeito especial.

Eficaz é uma ação que causa ou pode causar consequências. É uma ação capaz de ter um efeito.
Vale ressaltar que a eficácia de uma ação administrativa começa com a publicação da lei correspon-
dente na imprensa oficial.

Certas condições podem impedir a irradiação do efeito de um ato administrativo. Isso acontece,
por exemplo, na presença do mal, por exemplo, a intervenção judicial de uma ação administrativa.

Outras circunstâncias referem-se à existência de uma condição de atraso, uma condição de deci-
são, uma condição inicial e uma condição final.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2009.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

Espécies

Espécies de atos administrativos:

Atos normativos: Decreto, regulamentos, Regimento, resolução e deliberação.

Atos ordinatórios: Instruções, Circulares Avisos, portarias, Ofícios e Despachos administrativos.

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Atos Administrativos Completo

Atos negociais: Licença, Autorização, Permissão, Aprovação, Visto, Homologação, Dispensa e Re-
núncia.

Atos enunciativos: Atestado, Certidão e pareceres

Atos punitivos

Exteriorização

Formas de exteriorização do ato administrativo

Decreto – Ato administrativo unilateral por meio do qual os Chefes dos Poderes Executivos prati-
cam de forma escrita atos relacionados à sua competência

Portaria – Ato administrativo na qual é expedido por agentes públicos de cargo de chefia que
pode conter instruções acerca da aplicação de leis ou regulamentos ou recomendações gerais.

Alvará – Ato administrativo para expedir autorizações e licenças;

Aviso – Ato administrativo usado por ministros ou militares para orientar seus subordinados.

Instrução – Ato administrativo geral expedido por autoridades que se encontra no topo da hie-
rarquia.

Circular – Ato administrativo que tem como objetivo transmitir ordens iguais para seus subordi-
nados.

Regimento: Ato administrativo unilateral de aplicação interna e de caráter normativo e geral que
visa fixar regras de funcionamento e administração.

Ordem de Serviço – Ato administrativo para iniciar uma obra ou determinado serviço.

Resolução – Ato administrativo que comunica deliberações dos órgãos colegiais;

Ofício – Ato administrativo na qual os agentes se comunicam formalmente;

Parecer – Ato administrativo emitido por órgão consultivo para fazer uma apreciação técnica;

Despacho – Ato administrativo que manifesta a decisão final de uma autoridade.

Extinção

São formas de extinção dos Atos administrativos: anulação, revogação, cassação, caducidade,
contraposição, extinção natural, extinção objetiva e extinção subjetiva.

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Atos Administrativos Completo

Anulação: É a extinção do ato administrativo considerado ilegal pela própria Administração ou


pelo Poder Judiciário. Efeito Ex Tunc

Os atos discricionários e os atos vinculados estão sujeitos ao controle de legalidade e por isso,
são passíveis de anulação.

A anulação de um ato administrativo tem efeito retroativo.

. Em algumas situações é possível corrigir o ato administrativo que foi considerado ilegal (conva-
lidação).

Revogação: É a extinção de um ato administrativo praticado de forma válida e discricioná ria,


quando sua manutenção deixar de ser conveniente e oportuna, por motivo de interesse público. Al-
guns atos não podem ser revogados como: atos vinculados; atos que geram direito adquiridos; atos
consumados; atos que integram um procedimento e atos enunciativos. Efeito Ex Nunc

Cassação: É a extinção de um ato administrativo válido devido ao descumprimento das condi-


ções por parte do favorecido pelo ato. Efeito Ex tunc

Caducidade: É a extinção do ato administrativo por causa de uma nova lei que torna a lei a nte-
rior incompatível.

Contraposição: É a extinção de um ato administrativo válido, quando outro ato produz efeito
contrário.

Extinção natural: quando o prazo do ato administrativo termina.

Extinção objetiva é quando desaparece o objeto que gerou o ato administrativo

Extinção subjetiva é quando desaparece o destinatário do ato administrativo.

Desfazimento

Quando os atos administrativos forem inconvenientes ou inoportunos, ilegais ou ilegítimos po-


dem ser extintos através de revogação, anulação e/ou convalidação.

Revogação: É a extinção de um ato administrativo praticado de forma válida e discricionária,


quando sua manutenção deixar de ser conveniente e oportuna, por motivo de interesse público. Al-
guns atos não podem ser revogados como: atos vinculados; atos que geram direito adquiridos; atos
consumados; atos que integram um procedimento e atos enunciativos. Efeito Ex Nunc

Anulação: É a extinção do ato administrativo considerado ilegal pela própria Administração ou


pelo Poder Judiciário. Efeito Ex Tunc

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Atos Administrativos Completo

Os atos discricionários e os atos vinculados estão sujeitos ao controle de legalidade e por isso,
são passíveis de anulação.

A anulação de um ato administrativo tem efeito retroativo.

. Em algumas situações é possível corrigir o ato administrativo que foi considerado ilegal (conva-
lidação).

Convalidação: ocorre quando o ato administrativo possui um vício sanável, mas caso for extin-
guir poderá trazer consequência aos destinatários ou ao público. Então faz apenas uma reparação da
parte falha do ato administrativo e mantendo o resto do ato.

Ato administrativo vinculado e discricionário

O direito administrativo combinado é aquele que contém todos os elementos relacionados a


esta lei, portanto, não há subjetivismo ou avaliação irmã, apenas uma revisão da legalidade da l ei. De-
fine, em casos específicos, um possível ato administrativo, cuja execução está relacionada com as dis-
posições legais para que o ato administrativo seja válido. Se o requisito não for atendido, a eficácia da
ação tomada fica comprometida. Se a lei aditada estiver cheia de vícios, pode ser cancelada pela ad-
ministração ou pelo judiciário.

Exemplo: Se um administrador se depara com um fato que mereça punir um empregado, ele
simplesmente tem que punir, neste caso não há liberdade.

Por outro lado, uma ação é livre se a lei der ao administrador a liberdade de avaliar a ação a ser
praticada segundo os critérios de conveniência e oportunidade, mas nunca se desviando do objeto da
ação, no interesse do público interesse. A avaliação incide em duas partes fundamentais da ação ad-
ministrativa - o fundamento e o objeto, podendo o síndico escolher a que melhor corresponde aos
desejos da lei entre as várias opções que lhe são dadas. Da mesma forma, como a lei dá discricionari-
edade ao administrador estatal, é importante que ele também estabeleça limites à liberdade de esco-
lha, portanto, o administrador deve seguir rigorosamente a lei quanto aos limites fixados. Agir além
dos limites legais resulta em ação arbitrária, que é sempre ilegal e inválida. A discrição maculada por
vícios pode ser afastada pela administração ou pelo judiciário, e a autoridade administrativa pode ser
anulada.

Exemplos: A autoridade organiza um evento cultural em praça pública. A autoridade pode deter-
minar o tempo máximo para a ocorrência do evento avaliando determinadas situações atuais, mesmo
que o pedido tenha sido mais longo ou mais curto, fica a critério da administração que faz a avaliação.
Dias depois, noutro local, com condições diferentes das anteriores, pode ser dada autorização para a
realização do mesmo evento, mas por um período muito mais curto ou até mais longo, e até impedir
a organização do evento.

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Atos Administrativos Completo

Direito administrativo da inexistência

A inexistência foi por muito tempo considerada sinônimo de incapacidade e, portanto, não exis-
tia como categoria independente. Nesse sentido, a doutrina de Hans Kelsen - para a qual a ação admi-
nistrativa é uma norma individual - ensina que a palavra "validade" é usada para descrever a existên-
cia de normas.

Este entendimento não pode prosperar, e de fato a doutrina não foi defendida por uma maioria
eloquente. De fato, como explica Bandeira de Mello, antes que uma ação possa ser qualificada como
válida ou inválida, ela deve existir; isso não é apenas um requisito lógico, mas também um requisito
legal.

A inexistência seria, portanto, uma falta causada por uma ação administrativa que não preenche
os requisitos da existência como tal. No entanto, a lista desses pré-requisitos não é publicada de ma-
neira uniforme no direito administrativo.

Na Espanha, Eduardo Garcia de Enterria e Tomas-Ramon Fernandez tratam a questão de forma


imprecisa. Eles acham que atividades inexistentes que não respeitam os requisitos básicos são tão ób-
vias, requisitos que a lei nem se preocupa em estabelecer.

No Brasil, costuma-se entender ato inexistente que não tem finalidade materialmente possível -
ou seja, não tem relação com nada ou algo sem viabilidade jurídica - e que não tem sentido adminis-
trativo função. Esse fenômeno seria um fato ou mesmo um ato jurídico, mas não um ato administra-
tivo.

No entanto, existem dissonâncias doutrinárias, como Diogo de Figueiredo Moreira Neto, que
admite que os elementos essenciais da existência de uma ação são a forma, o motivo e o objeto.

Na doutrina portuguesa, a matéria é apresentada de forma ainda mais heterogênea, sem con-
senso, principalmente, na interpretação da Lei de Processo Administrativo (CPA). Tradicionalmente,
estabelecem-se os pressupostos sobre a existência da ação que resulta da administração (ou que dela
se baseia) e da apresentação de conteúdos que representem uma situação jurídico-administrativa es-
pecífica.

Mário Aroso de Almeida entende que esta posição está consagrada na CPA, cujo art. 155, n. º 2,
está escrito que um ato administrativo se considera concluído se com ele se identificar o autor, o des-
tinatário (se houver) e o objeto a que se refere o conteúdo[9]. No entanto, Licínio Lopes Martins re-
fere-se à referência no n. º 1 do dispositivo à “eficácia da ação administrativa” para discordar desta
posição, ao mesmo tempo que é útil no artigo não fazer referência aos diferentes níveis da lei função.

Paulo Otero, por outro lado, sistematiza três hipóteses principais de ação administrativa digna
de reputação: (i) decisões que não podem ser reconhecidas como decisões administrativas; (ii) deci-
sões que violem grave e gravemente a legalidade, se tal ação não corresponder a um tipo específico
de sanção trivial; e (iii) decisões sobre leis por inexistência legal.

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Atos Administrativos Completo

Embora esta seja uma questão que requer maior uniformidade de entendimento e talvez um
tipo mais claro de sistemas jurídicos, deve-se notar que a "existência da inexistência" é geralmente
reconhecida na teoria da governança funciona Esse é um ponto crucial, pois embora haja alguma di-
vergência doutrinária sobre os pré-requisitos para a existência de um ato administrativo, não seria
possível seguir a análise se, ao menos, for possível que o ato administrativo não seja ilegal. - É. No en-
tanto, não queremos propor uma solução para tais discussões, pois esse não é o tema central do tra-
balho, mas a questão é apresentada antecipadamente.

Nulos E Anuláveis

Atos vazios são aqueles que não têm consequências jurídicas. Portanto, é inválida, o que signi-
fica que a decisão também é nula.

No entanto, se a ação for inválida, permanecerá válida até ser cancelada. Durante o seu desfazer,
tem um efeito retroativo, removendo quaisquer efeitos criados desde o início. A revogação, no en-
tanto, ocorre apenas na presença de uma ação administrativa ou de uma decisão competente de re-
vogação. Na ausência dessas declarações, o ato terá efeito mesmo que inválido. Portanto, muitas ve-
zes há ordens administrativas inválidas que não foram contestadas por ninguém e não receberam o
respeito de um tribunal e, como a administração não se move para derrubá-las, elas podem teorica-
mente existir indefinidamente.

Sobre o regime zero, o artigo 162 diz que um ato não tem efeito jurídico. Apesar de se tratar de
um sistema de regras, a exceção é, no entanto, estabelecida para que possam ser dadas consequên-
cias jurídicas às ações inválidas baseadas na boa-fé, proteção da fé, proporcionalidade ou outros prin-
cípios constitucionais que permitam efetivação real tem consequências jurídicas válidas, ainda que o
ato incapacitante cause essas consequências.

A questão de qual é a diferença entre atos inválidos e inválidos deve agora ser avaliada.

Do ponto de vista do professor Vasco Pereira da Silva, a CPA adotou uma visão excessivamente
simplista. A Seção 161 e seguintes da Lei estabelece atos inválidos e regras pelas quais atos inválidos
podem ser distinguidos de atividades inválidas. Além disso, o regime jurídico da nulidade e da nuli-
dade.

O n. º 1 do artigo 161.º contém uma cláusula geral nula. O número 2 confirma alguns casos mais
amplos em que, por exemplo, o legislador pertence à nulidade. Isso significa duas coisas: que, por um
lado, o legislador estabelece um critério frouxo para a culminância do zero das ações administrativas.
Por outro lado, cria um conjunto muito amplo de casos que são apenas indicativos , porque o legisla-
dor afirma especificamente a nulidade da detecção de atos inválidos. A fórmula do n. º 1 do artigo 4.º
é tal que as ações em que a lei termina expressamente com tal nulidade são nulas. Uma interpretação
é que, por causa deste parágrafo 1, mudamos para uma regra abrangente. No entanto, o professor
Vasco Pereira da Silva observa que, embora a mudança tenha ocorrido, não foi tão grande quanto ele

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Atos Administrativos Completo

gostaria de acreditar. #2 permanece exatamente o mesmo. Se o ponto n. º 1 foi alterado, o ponto n . º


2 permanece completamente o mesmo e contém uma lista muito extensa de ações administrativas
definidas de acordo com o critério relacionado à extensão do dano ou menor intensidade. Portanto, o
legislador nos diz que as ações administrativas que cumprem a lei são nulas, menos infringindo a lei,
as ações administrativas menos importantes são simplesmente anuláveis, ou seja, tudo depende das
circunstâncias e da parte da ação administrativa à mão essas duas cláusulas nos dizem que as desqua-
lificações mais graves são nulas e as desqualificações relativas mais leves são iguais ao cancelamento.
O critério é o maior ou menor grau de importância da violação da lei.

A Administração Pública realiza atos privados?

Sim, a autoridade pública, representada pela administração pública, realiza ações de direito pri-
vado com base no interesse público secundário (interesse do Estado como pessoa jurídica indepen-
dente).

Esses casos não são atos administrativos, mas atos de administração "que não são administrati-
vos" porque carecem dos direitos públicos inerentes às relações públicas, como supremacia e inaces-
sibilidade.

As ações privadas do Estado são, por exemplo, doações, venda de produtos de pessoas jurídicas
que utilizam atividades econômicas, como sociedades anônimas e sociedades anônimas, aluguel de
imóveis, emissão de cheques.

É importante ressaltar que nesses casos, o Estado está sujeito às normas próprias do setor pri-
vado, na mesma hierarquia do indivíduo, horizontalmente, portanto, sem privilégios, exclusivamente
relações públicas.

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Processo administrativo

Processo administrativo

MÉRITO
Apostilas 1
Processo administrativo

Um procedimento administrativo, trâmite administrativo ou processo adminis-


trativo é a sequência de atividades da Administração, interligadas entre si, que
visa a alcançar determinado efeito final previsto em lei. Trata-se do modo como a
Administração Pública toma suas decisões, seja por iniciativa de um particular,
seja por iniciativa própria.

É o equivalente no Poder Judiciário ao processo judicial.

No Brasil, a norma que trata das diretrizes gerais do procedimento administra -


tivo no âmbito público federal é a Lei n.º 9.784 de 1999, a qual se aplica a todos
entes da Administração Pública direta e indireta federais. Além disso, o STJ tem re -
conhecido a aplicação desta lei federal para entes estaduais e municipais que ain -
da não aprovaram leis próprias.

O procedimento administrativo, como espécie do gênero processo de direito,


é um conjunto de atos administrativos, sucessivos e concatenados, praticados
pela Administração Pública com o objetivo de satisfazer determinadas finalidades
de interesse público. Suas disposições têm aplicabilidade obrigatória apenas sobre
a Administração Pública direta e indireta, incluindo os 3 poderes da união, restan -
do os demais entes da federação como coralário fora de sua abrangência. São ór -
gãos todas as unidades de atuação desprovidas de personalidade jurídica, inte -
grantes de estrutura organizacional da Administração Pública direta e indireta.
Quando direta pertencem à estrutura do Estado, caso pertençam a Administração
indireta encontra-se dentro das estruturas das autarquias, associações públicas,
empresas públicas e sociedade de economia mista. Entidades são todas as unida-
des personalizadas precisamente por serem pessoas jurídicas, como as autarqui-
as, associações públicas, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de
economia mista e, evidentemente, o próprio Estado. As entidades são sujeitos de
direitos e obrigações diferentemente dos órgãos.

Dentre as modalidades de processo administrativo, estão: de expediente, de


outorga, de controle e punitivo.

Função

O processo administrativo, no Estado Democrático de Direito, serve para tor -


nar as decisões administrativas do Poder Público previsíveis, organizadas e estru -
turadas de forma com que as competências dos órgãos, entidades e autoridades
sejam claras e eficientes.

2
Processo administrativo

Legislação

O artigo 1º da Lei nº 9.784/99 define o propósito da mesma e a amplitude de


cobertura sobre as ações tomadas pelo Poder Público e pela Administração Pública
da seguinte forma:

“Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo


no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à pro -
teção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Admi -
nistração.

§1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legis -
lativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa.

§2º Para os fins desta Lei, consideram-se:

I – órgão – a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração di -


reta e da estrutura da Administração indireta;

II – entidade – a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

III – autoridade – o servidor ou agente público dotado de poder de decisão”.

Nota-se que o processo administrativo e a sua lei se aplicam não só ao Poder


Executivo, mas também ao Legislativo e ao Judiciário, nas situações em que am-
bos despenham funções administrativas.

Processo administrativo x procedimento administrativo

O conceito de processo administrativo é muito amplo, por não lidar necessari -


amente com um processo específico, mas sim com um conjunto de regras, proce -
dimentos, etapas, delegações que regem as decisões tomadas pela administração
pública, alguns doutrinadores fazem uma diferenciação entre as palavras.

O processo administrativo, dessa forma, para além da lei, possui significados


distintos, que fazem sentido dentro do contexto em que o termo se encontra den -
tro do órgão específico da Administração Pública que o mesmo se encontra.

3
Processo administrativo

Princípios do processo administrativo

• Devido processo legal

O princípio do devido processo legal afirma que ninguém deve ser privado de
liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.

Numa situação onde o processo administrativo lida com uma lide, uma dispu-
ta judicial entre um administrado e a Administração Pública, por exemplo, o princí-
pio do devido processo legal tem como objetivo limitar o poder do Estado e asse -
gurar que a disputa não seja arbitrária, preservando o direito de ambas as partes.

• Contraditório e ampla defesa

Dentro de uma disputa judicial, o princípio do contraditório e da ampla defesa


garante às partes o direito de questionar tudo o que for alegado pela outra parte,
utilizando de todos os métodos legais cabíveis para manifestar defesa contra as
acusações.

Esse é mais um princípio que tem como objetivo preservar os direitos dos ad -
ministrados (a sociedade) e dos administradores, garantindo a ambos a possibili -
dade de discordar de acusações e se defender, pelos métodos legais, das mes-
mas.

• Legalidade

A Administração Pública e, num todo, todo o aparato que legitima o poder do


Estado, precisa operar única e exclusivamente na legalidade.

Isso significa que todos os órgãos, entidades e autoridades públicas têm suas
funções, tarefas e atribuições limitadas à lei. As atividades administrativas estão
inclusas nisso.

O Poder Público, no geral, só pode atuar dentro do que estipula as leis, tendo
suas competências, cursos de ações e caminhos definidos pelas mesmas.

• Motivação

O princípio da motivação, na Administração Pública, tem como objetivo obri -


gar a todos órgãos, entidades e autoridades que formam a Administração Pública
a tornar explícitos os fundamentos legais que os fazem tomar decisões.

4
Processo administrativo

Toda a Administração Pública é obrigada a explicar, para todas as partes inte -


ressadas, quais são os fundamentos do Direito que baseiam as suas decisões, atos
e procedimentos.

• Oficialidade

Esse princípio do Direito dá autonomia ao trabalho das partes da Administra -


ção Pública.

É a oficialidade que permite que os membros administrativos do Estado ajam


de forma autônoma, sem a necessidade de que um administrado entre com um
requerimento para que os processos comecem para que se alcancem os efeitos fi -
nais previstos em lei.

• Gratuidade

Por último, o princípio da gratuidade, como o nome já diz, estipula que todas
as relações processuais da Administração Pública não podem ser cobradas dos ad-
ministrados.

Todas as relações administrativas do Estado com os administrados devem,


portanto ser gratuitas. As únicas cobranças processuais válidas são aquelas que
são previstas em lei específica.

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Processo administrativo

Anotações:
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Procedimento Administrativo Completo

Procedimento Administrativo
Completo

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Procedimento Administrativo Completo

Procedimento Administrativo Completo

Devido processo legal em âmbito administrativo

Constituição de 1988, no inciso LV art. 5º, garante às partes e réus em geral, em processos judiciais
ou administrativos, o direito fundamental à defesa adversa e completa com os meios e recursos
decorrentes.

O princípio conhecido como princípio da correta administração da justiça já está contido nas
antigas constituições do Brasil, mas na Constituição Federal de 1988 foi expresso no art. 5º, inciso LIV
in verbis:

Art.5º “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo -se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. ”

Assim, o ordenamento jurídico nacional trouxe ao seu texto a fórmula adequada de origem anglo -
saxônica.

A cláusula do devido processo legal é uma garantia das liberdades previstas na Constituição e
possui duas dimensões ou momentos distintos: de natureza processual (processo processual) e de
outra forma substantivo ou substantivo (due process substantivo), conforme o professor Leonardo de.
Araújo Ferraz (2009, pág. 131).

O alcance do princípio do devido processo é tão grande que, além de ser um princípio contido nas
constituições da maioria dos Estados soberanos, também está consagrado na Declaração Universal dos
Direitos Humanos e na Convenção Americana sobre Direitos Humanos a garantia da liberdade, que é
um direito humano fundamental consagrado na Palavra:

Art.8º “Todo o homem tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes, remédio efetivo
para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela
lei.”.

O Brasil é signatário da Convenção de San José da Costa Rica, cujo artigo também garante o devido
processo legal. 8, literalmente:

Art. 8º – “Garantias judiciais

1. Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo
razoável, por um juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente
por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou na determinação de seus
direitos e obrigações de caráter civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza.

2
Procedimento Administrativo Completo

Em suma, pode-se dizer que o próprio princípio garante o direito de todos a um processo judicial
com as etapas previstas em lei e todas as garantias constitucionais. Se essas regras não forem seguidas,
ele se tornará inválido. É o mais importante dos princípios constitucionais, porque dele decorrem todos
os outros.

Este princípio reflete a dupla proteção do sujeito, tanto material quanto formalmente, para que
o indivíduo receba os meios para agir nas mesmas condições do Estado perseguidor.

Segundo Costa (2011), o conceito de fair trial originou-se no ordenamento jurídico inglês, oriundo
da Carta Magna de 1215 de João Sem Terra. O princípio da "lei da terra", ou seja. o direito à terra,
garantiu aos cidadãos o direito ao devido processo legal. Desde então, várias cartas estaduais dos EUA
incluíram o termo "lei da terra", agora "devido processo" ou devido processo.

Legisladores brasileiros inspiraram-se na Constituição dos Estados Unidos para introduzir o devido
processo legal no ordenamento jurídico brasileiro.

O princípio do procedimento justo contido no Código Administrativo Brasileiro é essencial para


caracterizar o desenvolvimento válido e ordenado do processo, mas não está claro se há situações em
que a ausência desse princípio não afetaria a regularidade do procedimento.

A implementação deste trabalho se deu a partir da busca pelo entendimento de que para
fortalecer o processo administrativo é necessário seguir o princípio do devido processo legal, pois sua
ausência pode invalidar todo o processo. O desperdício de recursos tão escassos e necessários pela
administração pública deve-se principalmente à atual situação política e econômica do país.

O objetivo deste trabalho é analisar o devido processo legal no direito administrativo brasileiro,
considerando que aderir a esse princípio é uma forma de preservar o Estado Democrático de Direito.

A metodologia utilizada neste trabalho é a pesquisa bibliográfica, que é feita em trabalhos de


pesquisa e artigos disponíveis em livros e em páginas da internet.

É importante observar que o objetivo deste artigo não é esgotar o escopo do assunto, mas sim
explicitar a necessidade de sua observação e utilização em processos administrativos.

Este artigo está dividido em três capítulos, o primeiro aborda alguns conceitos para melhor
compreensão do assunto, o segundo capítulo apresenta os objetivos do processo administrativo e a
terceira parte descreve o término do processo administrativo com a aplicativa observância do princípio
do devido processo legal. Por fim, as considerações finais fornecem uma síntese da discussão
apresentada.

Espera-se que este trabalho contribua para uma melhor compreensão das dúvidas que cercam o
devido processo legal e possa gerar novas e frutíferas discussões e conscientizar sobre a necessidade
de sua estrita observância como meio e eficácia da execução direitos essenciais para a manutenção de
um Estado Democrático de Direito.

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Procedimento Administrativo Completo

Princípios aplicáveis aos processos administrativos

O processo administrativo sofre a influência de três séries de princípios:

a) princípios gerais do processo;

b) princípios do direito administrativo;

c) princípios específicos do processo administrativo.

No presente tópico vamos apenas elencá-los, eis que para tratar do tema seria necessário um livro
e, de fato, vários livros sobre o tema já foram escritos.

Os princípios gerais de processo aplicáveis ao processo administrativo são: devido processo legal,
contraditório, ampla defesa, juiz natural.

Os princípios do Direito Administrativo aplicáveis ao processo administrativo são: legalidade,


finalidade, razoabilidade, proporcionalidade, motivação, igualdade, impessoalidade, publicidade,
moralidade, eficiência e segurança jurídica.

Os princípios específicos do processo administrativo são: inquisitório, oficialidade, verdade


material, gratuidade e informalíssimo.

Para finalizar esse tópico, é preciso ressaltar que a lista transcrita não é exaustiva, eis que cada
autor acaba por adotar uma tipologia própria de princípios.

Finalidade e Objeto

Como tipo de procedimento legal, o procedimento administrativo é um conjunto de ações


administrativas sucessivas e encadeadas realizadas pela administração pública para atingir
determinados objetivos de interesse público. As suas disposições são vinculativas apenas na
administração pública direta e indireta, incluindo os poderes da União 3, onde outras entidades da
União são excluídas do seu ambiente. Órgãos são todas as unidades funcionais que não possuem
personalidade jurídica, integrantes da estrutura organizacional da administração pública direta e
indireta. Se pertencem diretamente à estrutura estadual, se pertencem à administração indir eta,
pertencem às estruturas dos municípios, associações de direito público, sociedades anônimas e
sociedades de economia mista. As entidades são todas entidades personalizadas justamente por
serem pessoas jurídicas, como municípios, associações públicas, fundações, sociedades anônimas,
sociedades de economia mista e, claro, o próprio estado. As entidades, ao contrário das instituições,
são sujeitas de direitos e obrigações.

Processo é uma forma de ação do estado. As ações do Estado não vêm do "nada". Sempre
resultam de um processo decisório, que deve ser formalizado de acordo com os princípios do Estado

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Procedimento Administrativo Completo

de Direito com ações sucessivas, cuja finalidade é a edição de uma lei definitiva. O processo é,
portanto, o mecanismo pelo qual o poder do Estado é exercido.

Modalidades de processo administrativo

a) Processo

Processo de gestão de processo é um equívoco para qualquer avaliação processada por órgãos
estaduais a pedido de uma parte ou por decisão administrativa interna para obter uma resolução
adequada. Não possui procedimento próprio ou ritual sacramental, que segue canais rotineiros de
informação, opinião, transmissão final à direção competente e posterior arquivamento. Esses auxílios,
que a rotina erroneamente chama de "processo", não criam, alteram ou limitam os direitos dos
administradores, da administração ou de seu pessoal, mas fecham papéis, registram situações
administrativas, recebem extratos e ordens para processamento, ou apenas extratos de existentes
situações, como pedidos de certidões, determinadas apresentações de documentos internos e outros
trâmites burocráticos. O tratamento desses “processos” é informal e alheio à contabilização final, o
que não invalida as medidas exigidas por omissões ou desvios normais.

b) Procedimento de outorga

Procedimento administrativo é um procedimento em que a administração deve tratar de um


direito ou situação individual. Normalmente existe um procedimento especial, mas não contraditório,
salvo objeção de terceiros ou da própria administração. Nesses casos, deve ser dada ao interessado a
possibilidade de se defender contra a ameaça de anulação da decisão final. Exemplos disso são alvará
de construção, alvará de ocupação, alvará de ocupação, isenção de impostos e outros processos que
dão suporte a requisitos comerciais entre um indivíduo e uma administração ou envolvem operações
que estão sob o controle de uma agência governamental.

As decisões finais proferidas nestes processos tornam-se obrigatórias e irrevogáveis pela


administração, porque geralmente conferem direito subjetivo ao beneficiário, com exceção das ações
incertas, que por sua própria natureza permitem modificação ou demissão sumária a qualquer
tempo. Nos demais casos, a decisão é definitiva e só pode ser alterada se estiver cheia de zero
original ou se durante a execução as regras da lei forem violadas ou ainda forem de interesse público,
o que justifica a retirada do subsídio com a devida indenização que podem ser desapropriados mais
cedo.

c) Processo de monitoramento

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Procedimento Administrativo Completo

O processo de monitoramento administrativo é qualquer processo durante o qual a


Administração faz verificações e relatórios sobre as situações, direitos ou comportamentos do
administrador do sistema ou servidor e obriga as partes. Tais procedimentos costumam ter um ritual
próprio, e se neles for constatada falta punível, isso implica a possibilidade de defesa da parte antes
do término do procedimento, ameaçando anular o resultado da investigação.

O processo de confirmação, também chamado de determinação ou declaração, não deve ser


confundido com o processo de punição, pois enquanto neste último caso é apurada a culpa e aplicada
a pena cabível, no primeiro caso apenas se verifica a situação ou ação do agente e o resultado é
apresentado para uso futuro. São exemplos de processos de controle administrativo a prestação de
contas aos órgãos públicos, o controle das atividades auditadas, a fiscalidade e a consultoria
tributária.

Neste procedimento, a decisão final vincula a autoridade administrativa e o interessado, embora


nem sempre seja auto executável, pois depende da instauração de outro procedimento
administrativo, que é penal ou disciplinar, ou mesmo civil ou um criminoso ação ou decisão executiva
de outro país, como a contabilidade de um processo legislativo, após declaração prévia do Tribunal de
Contas.

d) Processo punitivo

Processo administrativo penal é tudo o que a administração propõe para punir a violação de
uma lei, ordem ou contrato. Esses processos devem necessariamente ser contraditórios, contemplar a
possibilidade de defesa e o estrito cumprimento do devido processo legal em razão da nulidade da
pena imposta.

Quando identificado, deve basear-se no auto de infração, representação, etc., iniciando-se com
a descrição detalhada da atividade ou circunstância ilícita ou administrativa ilícita do acusado e a
menção da norma ou acordo violado.

Um representante da administração ou da comissão pode realizar o processo de sanção. É


importante ressaltar que ele é formalmente desenvolvido em intervalos regulares em todas as suas
etapas para que a sanção imposta seja, em última análise, legítima. Neste procedimento, podem,
alternativamente, ser proferidos despachos de processo penal conjunto, desde que não entrem em
conflito com os regulamentos administrativos pertinentes. Embora o fim da sanção administrativa,
multa, interdição, destruição de bens, interdição e demais etapas seja arbitrário, não é arbitrário e,
portanto, deve ser adequado e proporcional à infração identificada neste processo. Expressamente
declarado na norma administrativa, porque a administração não pode aplicar um meio de influência
não regulado por lei, regulamento ou contrato, porque não fica sem um procedimento legal
adequado, contando com uma garantia ao nível da constituição.

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Procedimento Administrativo Completo

Dispensa de Licitação

Dispensa de licitação é a possibilidade de celebrar um contrato entre a Administração e o


particular diretamente, sem o processo de licitação. Nesses casos, o administrador tem a faculdade
de licitar ou não, levando sempre em consideração o interesse público.

A lei 8666/93 apresenta em seu artigo 24, um rol taxativo (hipóteses restritas) em que se
permite a dispensa de licitação. Nele podemos observar que as principais hipóteses são relacionadas
às aquisições de baixo custo, às situações emergências e calamidade pública, e à aquisição ou aluguel
de imóvel.

As Hipóteses dos incisos I e II são justificadas pelos doutrinadores pelo fato do custo de um
procedimento licitatório ser superior ao benefício que dele poderia ser extraído.

Inexigibilidade de Licitação

Já na inexigibilidade de licitação, o Administrador não tem a faculdade para licitar, mas nesse
caso, por não haver competição (inviabilidade lógica) em relação ao objeto a ser contratado, faltando,
portanto, uma condição imprescindível para um procedimento licitatório. A licitação nesses casos é
materialmente impossível.

A Lei 8.666/93 determina em seu art. 25, quais situações em que o administrador será obrigado
a utilizar o instituto da inexigibilidade, contratando diretamente com o particular. O rol apresentado
nesse artigo é considerado meramente exemplificativo.

Em seu inciso I do artigo, a hipótese citada trata unicamente de compras, sendo vedada a
escolha (preferência) da marca. Enquanto no inciso II, o objeto a ser contratado será exclusivamente
de serviços, enumerados no art. 13 da mesma lei, excluindo-se os serviços de publicidade e
divulgação. Já no inciso III, trata da contratação direta de artistas, estando condicionado à
consagração da crítica especializada ou da opinião pública.

Segundo Hely Lopes Meirelles, “Em todos esses casos a licitação é inexigível em razão da
impossibilidade jurídica de se instaurar competição entre eventuais interessados, pois não se pode
pretender melhor proposta quando apenas um é proprietário do bem desejado pelo Poder Público,
ou reconhecidamente capaz de atender às exigências da Administração no que concerne à realização
do objeto do contrato”.

Quando houver dúvida se o caso cabe ou não nas hipóteses de inexigibilidade, a Administração
assegurar-se quanto à impossibilidade de competição, sendo que, apenas utilizará a inexigibilidade se
não houver outra opção. O mesmo ocorre na hipótese apresentada pelo inciso I desse artigo,
restando algum indício de que existe competição, observando o princípio constitucional da
obrigatoriedade da licitação, não há que se falar em inexigibilidade de licitação. A exclusividade deve

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Procedimento Administrativo Completo

ser comprovada por atestado ou certidão, e essa certidão deve ser expedida junta comercial;
sindicato, federação ou confederação patronal; ou entidade equivalente.

A exclusividade do fornecimento, não se limita ao fornecedor, mas também, ao objeto a ser


contratado, que deve ser o único capaz de atender às necessidades da Administração. Da mesma
forma discorre Jessé Torres Pereira Jr.

A existência de fornecedor exclusivo abrange aos critérios de ordem territorial, podendo ser
uma exclusividade absoluta, quando só há um produtor no país, ou relativa, quando há mais de um
vendedor ou representante comercial no país, mas na praça (localidade) em questão há apenas um.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 38ª ed. São Paulo: Malheiros, 2012.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo, São Paulo: Malheiros, 2009.

PEREIRA JUNIOR, Jessé Torres Pereira. Comentários à Lei de Licitações e contratações da


Administração Pública, São Paulo: Renovar, 2007.

Anulação e revogação de licitações antes da adjudicação e homologação

A avaliação das propostas requer classificação de acordo com os critérios apresentados no


edital. No entanto, devido a outros constrangimentos, nem sempre a melhor oferta deve ser
considerada a vencedora. No procedimento do leilão, o autor da melhor oferta pode não ser o
vencedor da oferta, pois sua oferta ainda não foi confirmada e ele é considerado qualificado.
Portanto, somente após a conclusão dessas etapas, poderá ser determinado o vencedor do lance, que
será executado pelo tribunal.

Ressalta-se que a comissão de licitação e o pregoeiro recebem um convite da autoridade


competente, cuja tarefa é implementá-lo e tomar todas as providências necessárias para selecionar
um licitante e uma oferta aceita pela administração a um acordo assim, a comissão de licitação e o
pregoeiro realizam uma ação de cada vez até que finalmente fique claro quem é o vencedor do lance
de acordo com o procedimento e os critérios fornecidos no pedido de lance. O pronunciamento desse
ato final - o escolhido, o escolhido, aquele com quem a administração deve contratar - chama-se
julgamento.

Após a celebração do contrato de compra e venda, o procedimento de seleção de licitantes e a


proposta com base na qual a administração celebra o contrato ou os documentos relativos à oferta
devem ser apresentados para avaliação à autoridade competente responsável pela decisão se ratif ica
ou não tudo o que foi feito.

Deve-se repetir que a autoridade competente é aquela que representa a administração pública,
tem obrigações em seu nome e decide sobre a celebração do contrato. Daqui decorre que a
autoridade competente é responsável por tudo o que é feito no decurso da contratação pública.

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Procedimento Administrativo Completo

Como ele é responsável por todo o procedimento, ele tem a oportunidade de rever o procedimento
antes da assinatura do contrato e deve aprová-lo ou não, ou seja, ratificar ou não.

Após a aprovação, a autoridade competente toma duas decisões diferentes: deve avaliar se
ainda há interesse público na implementação do acordo e a autoridade competente deve analisar as
iniciativas quanto à legalidade. Fiscalizações da comissão de licitação ou do pregoeiro para garantir a
regularidade do processo.

No entanto, se a autoridade competente considerar oportuno adjudicar o contrato e não


constatar irregularidades ou, se forem detectadas irregularidades, tiver o cuidado de as confirmar,
deve aprovar e encerrar o concurso autorizado para finalmente começar a trabalhar.

Por outro lado, se o cumprimento do contrato for considerado difícil, a oferta pública deverá ser
cancelada. Por outro lado, se constatar um erro de competência, formalidade ou procedimento
passível de correção, deverá confirmar a ação e, se descobrir outros tipos de defeitos, retirar a ação
violada e, se possível, recomeçar a ação de aquela vez.

Niebuhr, Joel de Menezes. Licitação pública e o contrato administrativo. 2. ed. rev. e ampl. 1.
reimpr. Belo Horizonte: Fórum, 2012. ISBN: 978-85-7700-437-9.

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Noções de Licitações Públicas

Noções de Contratos
Administrativos

MÉRITO
Apostilas 1
Noções de Licitações Públicas

Um contrato administrativo é todo e qualquer ajuste realizado entre órgãos


públicos ou entidades da administração pública e particulares.

A finalidade desse contrato é de que haja um acordo entre as partes para a


promoção de um vínculo. Ou seja, uma relação jurídica patrimonial e a estipulação
de obrigações recíprocas.

Por particulares, pode entender empresas de todos os tamanhos e mesmo


MEI’s (Microempreendedores Individuais) que venham a, por exemplo, prestar al-
gum serviço à entidade.

Um contrato administrativo possui as seguintes características:

Consensualidade: Consubstanciado em acordos de vontades de ambas as


partes do contrato;

Onerosidade: Um contrato administrativo é oneroso para a administração


pública porque remuneração prevista a em contraprestação do objeto do contrato;

Comutatividade: Ambas as partes usufruem de compensações recíprocas e


equivalentes;

Personalíssimo e Intuitu Personae: Exige uma postura de confiança recíp-


roca de ambas as partes e é Intuitu Personae, porque o contrato representa a me -
lhor proposta entre as apresentadas para fechar o contrato e é executado pelo
contratado;

Formalidade: Todo contrato administrativo deve ser formulado por escrito e


de acordo com os termos previstos em lei;

Sinalagmático: Ambas as partes são incumbidas das mesmas obrigações.

Vale ainda destacar que todo contrato administrativo só pode ser celebrado
após a conclusão da licitação que vai gerar o contrato.

Ou seja, o contrato administrativo é, em síntese, o acordo firmado entre o


ente do Poder Público que realizou a licitação e o vencedor do certame.

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Noções de Licitações Públicas

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Serviços Públicos

Serviços Públicos

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Serviços Públicos

Serviços Públicos

O que são os serviços públicos:

Serviço público é uma atividade desenvolvida com a participação do Estado. É a prestação de


serviços que têm a finalidade de atender necessidades da sociedade. No serviço público sempre existe
a participação do Estado no fornecimento dos serviços, ainda que de forma indireta.

A prestação de serviços públicos pelo Estado é garantida pela Constituição Federal de 1988 e os
serviços são criados e fiscalizados pelo Estado, através dos seus governos.

Serviços públicos gerais e serviços públicos individuais

Os serviços públicos podem ser gerais ou individuais. Os gerais são os destinados ao atendimento
da população em geral e são financiados pelos valores dos impostos, como o fornecimento de
iluminação pública e a segurança pública.

Os serviços individuais são os que são prestados a cada pessoa individualmente e devem ser
cobrados por taxas. São exemplos os serviços de fornecimento de energia elétrica e de água.

Quais são os serviços públicos essenciais?

Os serviços públicos chamados de essenciais são aqueles considerados urgentes e que podem
causar danos caso sejam interrompidos ou não fornecidos.

Os serviços essenciais são ligados às garantias de condições de saúde e de segurança, que são
indispensáveis para a vida digna dos cidadãos. Assim, a lei determina que a prestação destes serviços
não pode ser interrompida.

A lei nº 7.783/89 (Lei de Greve) definiu quais são os serviços públicos essenciais:

Tratamento e fornecimento de água,

Distribuição de energia elétrica,

Fornecimento de gás e outros tipos de combustível,

Serviços médicos e hospitalares,

Distribuição e venda de medicamentos,

Venda de alimentos,

Serviços funerários,

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Serviços Públicos

Transporte coletivo,

Tratamento de esgoto,

Recolha de lixo,

Serviços de telecomunicações,

Guarda e controle de substâncias radioativas e de materiais nucleares,

Atividades de processamento de dados dos serviços essenciais,

Controle do tráfego aéreo,

Serviços de compensação bancária.

Princípios do serviço público

A prestação de serviço público deve seguir os seguintes princípios: eficiência, continuidade,


segurança, regularidade, atualidade, generalidade/universalidade e modicidade tarifária.

Princípio da eficiência

Este princípio significa que os serviços públicos devem ser oferecidos aos cidadãos da maneira
mais eficiente possível, tanto em relação à prestação do serviço como aos resultados obtidos.

Princípio da continuidade

Este princípio tem a função de garantir que os serviços públicos sejam prestados de form a
contínua, sem interrupções. O princípio da continuidade é relacionado com a eficiência, ou seja, os
serviços devem ser oferecidos de maneira contínua e com a maior qualidade possível.

Existem três situações de exceção para a continuidade de um serviço público: em situação de


emergência, por problemas técnicos nas instalações ou por falta de pagamento do utilizador.

Princípio da segurança

O princípio da segurança tem a função de garantir que a prestação dos serviços públicos seja feita
de maneira segura, sem colocar os seus usuários em risco.

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Serviços Públicos

Princípio da regularidade

A regularidade estabelece que o Estado tem a obrigação de promover a prestação de serviços


públicos. O descumprimento desta obrigação por parte do Estado pode causar danos aos cidadãos que
são usuários ou beneficiários de um serviço. Em alguns casos a ausência na prestação do serviço pode
gerar ao Estado a obrigação de indenizar os usuários pelo serviço não prestado.

Princípio da atualidade

Este princípio tem a função de garantir que a prestação de serviço público deve acontecer de
acordo com as mais modernas técnicas disponíveis.

Princípio da generalidade/universalidade

De acordo com este princípio os serviços públicos devem ser acessíveis a todos os cidadãos, sem
restrições de acesso e sem discriminações. Os serviços prestados devem ser capazes de atingir a maior
quantidade possível de pessoas. A generalidade e a universalidade para garantir a igualdade de acesso
aos serviços públicos.

Princípio da modicidade tarifária

A modicidade tarifária significa que a prestação de um serviço público deve ser remunerada a
preços acessíveis para garantir que os usuários do serviço não deixem de ter acesso a ele em razão de
preços inacessíveis para o seu poder aquisitivo. As taxas cobradas pelos serviços oferecidos pelo Estado
devem ser as mais baratas possíveis.

Princípio da cortesia

O princípio da cortesia é relacionado com o bom atendimento que deve ser prestado no serviço
público. De acordo com este princípio, o atendimento a todos os usuários de um serviço público deve
ser feito com educação (cortesia) e de modo adequado e respeitoso.

São as principais características do serviço público:

São direcionados ao interesse coletivo,

Existem para suprir necessidades dos cidadãos,

Devem ser prestados pelo Estado ou por seus agentes autorizados,

Devem trazer benefícios aos usuários.

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Serviços Públicos

Como os serviços públicos são prestados?

Os serviços podem ser oferecidos de duas formas: centralizados ou descentralizados. O serviço


público é centralizado quando é prestado diretamente por órgãos que fazem parte da Administração
Pública. Podem ser prestados por órgãos e agentes públicos federais, estaduais ou municipais.

Já o serviço público descentralizado não é prestado diretamente pelo Estado, é oferecido por
pessoas (físicas ou jurídicas) que têm concessão ou permissão para executar um serviço público em
nome do Estado.

O serviço público descentralizado pode ser oferecido quando o Estado faz uma permissão,
concessão ou uma parceria público-privada para a prestação de um serviço.

Permissão de serviço público

A permissão de um serviço público acontece quando a Administração Pública permite que um


particular (pessoa física ou jurídica), que não faz parte da Administração, preste um serviço público.

A permissão é dada depois de um processo de licitação e é formalizada por um contrato de adesão


entre a Administração Pública e o particular. A Administração Pública tem o direito de revogar o
contrato de permissão, não sendo necessário indenizar o particular pela quebra do contrato.

Concessão de serviço público

A concessão ocorre quando a Administração concede a execução do serviço público a uma


empresa. Só pessoas jurídicas ou consórcios de empresas podem receber a concessão de um serviço
público, ou seja, uma pessoa física não é autorizada pela lei a receber uma concessão.

Na concessão o serviço é prestado em nome da empresa que recebe a concessão, sendo permitida
a cobrança de taxa dos usuários do serviço.

Para receber uma concessão é preciso que a empresa participe de uma licitação na forma de
concorrência. De acordo com a lei, todas as concessões devem ser feitas por processos de licitação.

A concessão é formalizada através de um contrato administrativo entre o Estado e a empresa, e a


rescisão do contrato pode resultar em dever de indenizar a parte prejudicada.

Parceria público-privada

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Serviços Públicos

A parceria público-privada (PPP) também é uma forma de concessão de um serviço público a um


particular, através de um contrato administrativo. É diferente da concessão porque neste caso existe a
obrigação de uma contraprestação financeira (pagamento) do Estado ao seu parceiro privad o.

A PPP pode acontecer de duas formas: patrocinada ou administrativa.

Na patrocinada, além de existir a obrigação de que o Estado faça uma contraprestação financeira
ao parceiro privado, existe a cobrança de taxa do usuário do serviço

Na administrativa a Administração é usuária de um contrato de prestação de serviços com a par-


ceira privada. Neste caso não existem taxas do usuário, mas a Administração também deve fazer uma
contraprestação financeira ao parceiro privado.

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Anotações:
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Servidores Públicos

Oficiais

Oficiais são todos aqueles que mantêm vínculo profissional com órgãos e entidades governa-
mentais integrados às suas funções ou responsabilidades: sindicatos, estados, distrito federal, municí-
pios e seus respectivos municípios, fundações, empresas públicas e joint ventures sociedades anôni-
mas. Trata-se de um nome geral e abrangente introduzido na Constituição Federal de 1988, pois até a
entrada em vigor do ofício em vigor hoje, o nome do funcionário era a identificação primordial para
as pessoas em cargos da administração direta que se consideravam. Equivalentes aos das autarquias a
que o regime estatutário se estendia.

Desde a Constituição de 1988, desaparece o conceito de funcionário público e é introduzido um


nome amplo de funcionário público, que distingue um tipo dentro da família: funcionários públicos,
que foram discutidos nos artigos 39 a 41. Assim, servidor público é apenas servidor da administração
direta, administração local ou fundação pública que exerça cargo público. A relação jurídica que liga o
poder público e os funcionários é legal, de natureza institucional, o que significa que o Estado tem o
direito de alterar o sistema existente de direitos e obrigações mútuos com a legislação, ressalvadas as
disposições proibitivas da Constituição transição para o serviço público.

Em suma, funcionário público:

-Atua em cargo público

-Mantém lista obrigatória

-Integra-se no quadro de governo direto, município ou fundação pública.

Distinção entre cargo, emprego e funções

A Constituição Federal refere-se ao Departamento de Administração Pública. 37, inciso I, aos car-
gos, atribuições e funções públicas, declarando-os à disposição dos brasileiros que preencham os re-
quisitos estabelecidos em lei.

Estas três aplicações podem ser assim definidas:

Cargo público: conjunto de poderes que indica as unidades de competência confiadas a um


agente, criado por lei, com nome e número próprios, pagos por uma pessoa coletiva pública, (ge stão
direta, autogestão e fundação pública), sujeitando seu titular a um regime legal ou institucional. Em-
prego público: conjunto de custos trabalhistas pagos a agentes empregados sob seus direitos traba-
lhistas. Serviço público: funções públicas desempenhadas por indivíduos sem perder seu caráter. Os
deveres públicos incluem, por exemplo, o serviço de júri, o pessoal que recebe ou conta os votos elei-
torais, os serviços informais dos tribunais (notários e servidores de registo que atuam a título privado
autorizados pelas autoridades públicas).
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Lei Federal Nº 8.666 Sobre Lei

Lei Federal Nº 8.666 Sobre Lei

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Lei Federal Nº 8.666 Sobre Lei

Lei Federal Nº 8.666 Sobre Lei

Material de apoio

Porque é necessária a apresentação de propostas?

Para além de ser um requisito legal estabelecido pela Constituição da República Federativa do
Brasil, as propostas não existem porque a administração pública participa no contrato, como acima
mencionado, mas porque o Estado tem uma obrigação perante a sociedade.

O procedimento é realizado a fim de selecionar a melhor proposta, que será compensada por
fundos públicos.

Além disso, os procedimentos de concurso surgem da necessidade de atividade privada para


satisfazer as necessidades do Governo, uma vez que o Governo não dispõe dos conhecimentos,
recursos e materiais necessários para executar determinados serviços ou produzir os bens de que
necessita.

O que são procedimentos de concurso e para que fins são utilizados?

Os procedimentos de licitação são um conjunto de procedimentos que os governos devem


adoptar em todos os contratos. O processo de concurso não é exigido por lei, exceto quando
expressamente renunciado por lei ou quando é impraticável ou não exigido por razões de
conveniência.

O processo consiste numa série de passos e ações para entrar numa relação de propriedade com
a administração, de modo a que as partes interessadas possam contestar propostas em igualdade de
condições.

Licitações

O processo de concurso visa, portanto, assegurar o cumprimento dos princípios constitucionais e


legais aplicáveis, a adesão ao princípio de isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a
administração e a promoção do desenvolvimento sustentável no Estado. Vale a pena lembrar que a
proposta economicamente mais vantajosa não é necessariamente a melhor.

Quais são as fases do processo de licitação?

É constituída por duas macros fases: interna e externa.

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Lei Federal Nº 8.666 Sobre Lei

Fase interna do processo de licitação

Esta primeira fase verifica as condições prévias para a abertura do concurso, tais como se haverá
mais do que um participante tendo em conta a natureza do concurso, se há tempo suficiente para o
procedimento e se há candidatos que desejam participar no concurso. Esta fase é essencial para
evitar o desperdício de recursos e tempo públicos através de contratos impraticáveis.

Os requisitos de qualificação são então estabelecidos, o tipo e tipo de concurso e os respectivos


guias de concurso são preparados.

Fase de concurso externo

A publicação do concurso marca o início da fase externa do concurso, que se realiza através das
fases de qualificação, exame das propostas, certificação e adjudicação do concurso.

Seguro de garantia de contrato para concursos e obras

Fase externa - qualificação

A fase de qualificação é a fase durante a qual os candidatos que desejam participar no concurso
apresentam documentos comprovativos das suas qualificações económicas e financeiras e as suas
qualificações são avaliadas. Neste contexto, a apresentação do seguro de garantia do proponente é
considerada. Vale também a pena lembrar que as empresas que não puderem demonstrar todas as
qualificações serão desqualificadas.

Fase externa - Julgamento

Durante a fase de julgamento, as propostas dos participantes são abertas e analisadas. Nesta
fase, as propostas que não cumpram o guia do concurso são desclassificadas.

Finalmente, é tomada uma decisão de acordo com o guia do concurso, ou seja, de acordo com o
tipo de concurso (preço pelo preço mais baixo, tecnologia pela melhor tecnologia, oferta pela oferta
mais alta ou oferta).

Licitações de seguros de garantia é a melhor opção

Fase externa - homologação

3
Lei Federal Nº 8.666 Sobre Lei

Após a proposta selecionada, o procedimento é enviado à autoridade competente, que poderá


então homologar o procedimento e decidir sobre o proponente vencedor, em conformidade com o
artigo 43 da Lei 8.666/93.

Questões

Ano: 2022 Banca: Máxima Órgão: Prefeitura de Pingo D`Água - MG Prova: Máxima - 2022 -
Prefeitura de Pingo D`Água - MG - Advogado

No que diz respeito às modalidades de licitação, leia cada uma das afirmativas e em segui -da
marque a alternativa CORRETA:

I. Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em
qualquer caso, a concorrência.

II. Na compra de bens de natureza divisível e desde que não haja prejuízo para o conjunto ou
complexo, é permitida a cotação de quantidade inferior à demandada na licitação, com vistas a
ampliação da competitividade, podendo o edital fixar quantitativo mínimo para preservar a economia
de escala.

III. As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão divididas em tantas parcelas
quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao
melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade sem
perda da economia de escala.

IV. Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de tra-balho
técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores,
conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antece-dência mínima de
quarenta e cinco dias.

Alternativas

A Todas estão corretas;

B Todas estão incorretas;

C Somente a IV está correta;

D Somente II e III estão incorretas.

Resposta: A

4
Lei Federal Nº 8.666 Sobre Lei

Ano: 2022 Banca: Máxima Órgão: Prefeitura de Pingo D`Água - MG Prova: Máxima - 2022 -
Prefeitura de Pingo D`Água - MG - Advogado

Nos exatos termos da lei 8666/93, é dispensável a licitação, EXCETO:

Alternativas

A Nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem.

B Quando o Município tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou nor-
malizar o abastecimento.

C Nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessá-rio


para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no
preço do dia.

D Para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade


certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade.

Resposta: B

Inexigibilidade de licitação ( assuntos) Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Prova: FCC - 2022 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário - Área Judiciária

De acordo com o que estabelece a Lei nº 14.133/2021 (nova Lei de Licitações),

Alternativas

A é dispensável a licitação para aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou


contratação de serviços que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante
comercial exclusivos.

B é inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos casos de contrata -ção de
serviços técnicos especializados de natureza predominantemente intelectual com profis-sionais ou
empresas de notória especialização, incluindo os serviços de publicidade e divulga-ção.

C na hipótese de contratação direta indevida ocorrida com dolo, culpa, fraude ou erro gros-seiro,
o contratado e o agente público responsável responderão subsidiariamente pelo dano causado ao
erário, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.

D é dispensável a licitação para contratação que mantenha todas as condições definidas em


edital de licitação realizada há menos de dois anos, quando se verificar que naquela licitação não
surgiram licitantes interessados ou não foram apresentadas propostas válidas.

5
Lei Federal Nº 8.666 Sobre Lei

E é dispensável a licitação para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de
bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integrem a Administração pública e
que tenham sido criados para esse fim.

Resposta: E

Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 4ª REGIÃO (RS) Prova: FCC - 2022 - TRT - 4ª RE-GIÃO (RS) -
Analista Judiciário - Área Judiciária

Segundo dispõe a Lei nº 14.133/2021 (nova Lei de Licitações), no que concerne às com-pras, é
correto afirmar:

Alternativas

A A Administração não pode vedar a contratação de marca ou produto.

B O processamento por meio de sistema de registro de preços é obrigatório.

C O parcelamento do objeto não será adotado quando o processo de padronização ou de


escolha de marca levar a fornecedor exclusivo.

D não há permissão legal para indicação pela Administração de marcas e modelos.

E poderá ser exigida amostra na fase de habilitação.

Resposta: C

Ano: 2022 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Costa Marques - RO Provas: IBADE - 2022 -
Prefeitura de Costa Marques - RO - Médico Clínico Geral

Na licitação, o ente público seleciona a proposta mais vantajosa para realização do contra-to,
bem como possibilita a participação de qualquer interessado pela disputa das contratações. Sobre
legalidade, um dos princípios da Licitação, é correto afirmar que:

Alternativas

A o Procedimento Licitatório deve estar inteiramente vinculado à lei, cabendo aos partici-pantes
a observância do conteúdo estabelecido na mesma.

B está implícito ao princípio da competitividade, já que assegura igualdade de direitos a to -dos


os interessados em contratar.

C o edital deve ser claro quanto ao julgamento a ser utilizado, devendo este último conter regras
prévias e induvidosas.
6
Lei Federal Nº 8.666 Sobre Lei

D este ato convocatório é a “lei interna” da Licitação, estando, portanto, todos os partici -pantes
a ele vinculados.

E o objeto da Licitação só poderá ser atribuído ao vencedor do procedimento.

Resposta: A

7
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Centro de Documentação e Informação

LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992

Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes


públicos nos casos de enriquecimento ilícito no
exercício de mandato, cargo, emprego ou função
na administração pública direta, indireta ou
fundacional e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou


não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao
patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou
concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na
forma desta Lei.
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta Lei os atos de
improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou
incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o
erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da
receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a
contribuição dos cofres públicos.

Art. 2º Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação
ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas
entidades mencionadas no artigo anterior.

Art. 3º As disposições desta Lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo
não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se
beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
Art. 4º Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela
estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no
trato dos assuntos que lhe são afetos.

Art. 5º Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou


culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

Art. 6º No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro


beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.

Art. 7º Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar


enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar
ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre
bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial
resultante do enriquecimento ilícito.

Art. 8º O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer


ilicitamente está sujeito às cominações desta Lei até o limite do valor da herança.

CAPÍTULO II
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Seção I
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito

Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito


auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato,
função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1º desta Lei, e notadamente:
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação
ou omissão decorrente das atribuições do agente público;
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição,
permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades
referidas no art. 1º por preço superior ao valor de mercado;
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação,
permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço
inferior ao valor de mercado;
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou
material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades
mencionadas no art. 1º desta Lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou
terceiros contratados por essas entidades;
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar
a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura
ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer
declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou
sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a
qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta Lei;
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou
função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do
patrimônio ou à renda do agente público;
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou
assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou
amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba
pública de qualquer natureza;
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para
omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou
valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta Lei;
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta Lei.

Seção II
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta Lei, e
notadamente:
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio
particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta Lei;
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens,
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º
desta Lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de
fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das
entidades mencionadas no art. 1º desta Lei, sem observância das formalidades legais e
regulamentares aplicáveis à espécie;
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do
patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta Lei, ou ainda a prestação de
serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço
superior ao de mercado;
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares
ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades
legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para
celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente;
(Inciso com redação dada pela Lei nº 13.019, de 31/7/2014, publicada no DOU de 1/8/2014, em
vigor 540 dias após a publicação)
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou
regulamento;
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz
respeito à conservação do patrimônio público;
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir
de qualquer forma para a sua aplicação irregular;
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,
equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das
entidades mencionadas no art. 1º desta Lei, bem como o trabalho de servidor público,
empregados ou terceiros contratados por essas entidades.
XIV - celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de
serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei;
(Inciso acrescido pela Lei nº 11.107, de 6/4/2005)
XV - celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação
orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei. (Inciso acrescido pela Lei nº
11.107, de 6/4/2005)
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio
particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos
pela administração pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Inciso acrescido
pela Lei nº 13.019, de 31/7/2014, publicada no DOU de 1/8/2014, em vigor 540 dias após a
publicação)
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens,
rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidade privada
mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.019, de 31/7/2014, publicada no DOU de
1/8/2014, em vigor 540 dias após a publicação)
XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Inciso acrescido
pela Lei nº 13.019, de 31/7/2014, publicada no DOU de 1/8/2014, em vigor 540 dias após a
publicação)
XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de
contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas; (Inciso
acrescido pela Lei nº 13.019, de 31/7/2014, publicada no DOU de 1/8/2014, em vigor 540 dias
após a publicação, com redação dada pela Lei nº 13.204, de 14/12/2015)
XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades
privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua
aplicação irregular. (Inciso acrescido pela Lei nº 13.019, de 31/7/2014, publicada no DOU de
1/8/2014, em vigor 540 dias após a publicação, com redação dada pela Lei nº 13.204, de
14/12/2015)
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com
entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma
para a sua aplicação irregular. (Inciso acrescido pela Lei nº 13.019, de 31/7/2014, publicada no
DOU de 1/8/2014, em vigor 540 dias após a publicação)
Seção II-A
Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou Aplicação Indevida
de Benefício Financeiro ou Tributário
(Seção acrescida pela Lei Complementar nº 157, de 29/12/2016, somente produzindo efeitos
após o decurso do prazo referido no art. 6º da referida Lei Complementar)

Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão


para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o
caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (Artigo
acrescido pela Lei Complementar nº 157, de 29/12/2016, somente produzindo efeitos após o
decurso do prazo referido no art. 6º da referida Lei Complementar)

Seção III
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da
Administração Pública

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios
da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele
previsto, na regra de competência;
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que
deva permanecer em segredo;
IV - negar publicidade aos atos oficiais;
V - frustrar a licitude de concurso público;
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva
divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria,
bem ou serviço;
VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas
de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas; (Inciso acrescido pela
Lei nº 13.019, de 31/7/2014, publicada no DOU de 1/8/2014, em vigor 540 dias após a
publicação)
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na
legislação. (Inciso acrescido pela Lei nº 13.146, de 6/7/2015, publicada no DOU de 7/7/2015,
em vigor 180 dias após sua publicação)

CAPÍTULO III
DAS PENAS

Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na


legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações,
que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:
("Caput" do artigo com redação dada pela Lei nº 12.120, de 15/12/2009)
I - na hipótese do art. 9º, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão
dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do
acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;
II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública,
suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes
o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual
seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função
pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até
cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder
Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda
que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta Lei o juiz levará em conta a
extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.
IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão dos direitos
políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício
financeiro ou tributário concedido. (Inciso acrescido pela Lei complementar nº 157, de
29/12/2016, somente produzindo efeitos após o decurso do prazo referido no art. 6º da referida
Lei Complementar)

CAPÍTULO IV
DA DECLARAÇÃO DE BENS

Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação


de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada
no serviço de pessoal competente.
§ 1º A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos,
ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior,
e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos
filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos
apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.
§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente
público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de
outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do
prazo determinado, ou que a prestar falsa.
§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens
apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a
Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a exigência
contida no caput e no § 2º deste artigo.

CAPÍTULO V
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E DO PROCESSO JUDICIAL

Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente


para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a
qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas
de que tenha conhecimento.
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho
fundamentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição
não impede a representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta Lei.
§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata
apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será processada na forma prevista
nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor
militar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares.

Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao


Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a
prática de ato de improbidade.
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a
requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo.

Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao


Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a
decretação do seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou
causado dano ao patrimônio público.
§ 1º O pedido de sequestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e
825 do Código de Processo Civil.
§ 2º Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de
bens, constas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos
da lei e dos tratados internacionais.

Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério
Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida
cautelar.
§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o caput.
§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à
complementação do ressarcimento do patrimônio público.
§ 3º No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se,
no que couber, o disposto no § 3º do art. 6º da Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965. (Parágrafo
com redação dada pela Lei nº 9.366, de 16/12/1996)
§ 4º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará
obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.
§ 5º A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações
posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Parágrafo
acrescido pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 24/8/2001)
§ 6º A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios
suficientes da existência do ato de improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade
de apresentação de qualquer dessas provas, observada a legislação vigente, inclusive as
disposições inscritas nos arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil. (Parágrafo acrescido pela
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001)
§ 7º Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a
notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com
documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias. (Parágrafo acrescido pela Medida
Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001)
§ 8º Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão
fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da
improcedência da ação ou da inadequação da via eleita. (Parágrafo acrescido pela Medida
Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001)
§ 9º Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação.
(Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001)
§ 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento.
(Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001)
§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de
improbidade, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito. (Parágrafo acrescido pela
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001)
§ 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos regidos por
esta Lei o disposto no art. 221, caput e § 1º, do Código de Processo Penal. (Parágrafo acrescido
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001)
§ 13. Para os efeitos deste artigo, também se considera pessoa jurídica interessada o
ente tributante que figurar no polo ativo da obrigação tributária de que tratam o § 4º do art. 3º e o
art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (Parágrafo acrescido pela Lei
Complementar nº 157, de 29/12/2016, somente produzindo efeitos após o decurso do prazo
referido no art. 6º da referida Lei Complementar)

Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar
a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme
o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.

CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES PENAIS

Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público
ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
Parágrafo único: Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o
denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.

Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam
com o trânsito em julgado da sentença condenatória.
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá
determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem
prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual.

Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta Lei independe:


I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de
ressarcimento; (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.120, de 15/12/2009)
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo
Tribunal ou Conselho de Contas.

Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta Lei, o Ministério Público, de
ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de
acordo com o disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou
procedimento administrativo.

CAPÍTULO VII
DA PRESCRIÇÃO

Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta Lei podem ser
propostas:
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou
de função de confiança;
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares
puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou
emprego.
III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de
contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1º desta Lei. (Inciso acrescido
pela Lei nº 13.019, de 31/7/2014, publicada no DOU de 1/8/2014, em vigor 540 dias após a
publicação, com a alteração promovida pela Lei nº 13.204, de 14/12/2015)

CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 24. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 25. Ficam revogadas as Leis nºs 3.164, de 1º de junho de 1957, e 3.502, de 21 de
dezembro de 1958 e demais disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171º da Independência e 104º da República.

FERNANDO COLLOR
Célio Borja
Organização administrativa da união

Organização administrativa da união

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Organização administrativa da união

Organização administrativa da união

A administração Direta também é conhecida como centralizada e apesar da função administrativa


seja realizada principalmente pelos órgãos do Poder Executivo, os outros poderes também tem a sua
parte administrativa direta. A administração está em todos os níveis dos Poderes Executivo, Legislativo
e Judiciário, tanto no federal, estadual, municipal e distrital.

A atividade administrativa da União é realizada pelo próprio governo através de seus órgãos.

Estes órgãos não tem personalidade jurídica própria. É a desconcentração da Administração


pública. A desconcentração é quando o órgão ou entidade da administração é encarregada de executar
os serviços distribuindo competências dentro de sua própria estrutura, para tornar eficiente a
prestação dos serviços. Ex.: Delegacias ou Varas Judiciais.

Estes órgãos são vinculados a alguma esfera de Governo, podendo ser federal (Presidência e
Ministérios), estaduais e distritais (governo e Secretarias e, municipais (Prefeitura e Secretarias)

Na Administração Pública Direta o Estado é ao mesmo tempo o titular e o responsável pelo serviço
público.

A administração direta é formada pelos órgãos subordinados diretamente às pessoas políticas.

Administração Pública Indireta

A Administração pública indireta também é conhecida como descentralizada. Seu objetivo é


executar tarefas de interesse do Estado, mas que não quer executar diretamente, então ele transfere
sua execução para outras entidades (pessoas jurídicas).

A administração indireta ou descentralizada é formada pelas entidades administrativas, ou seja, é


distinta da própria entidade política.

Estas entidades recebem através de outorga o poder de gerir um determinado serviço público ou
de utilidade pública.

Estas entidades são personalizadas e com isso, não possuem vontade e nem capacidade para
contrair obrigações por si próprios.

Estas entidades administrativas são as autarquias, empresas públicas, sociedades de economia


mista e fundações públicas.

Autarquia

Pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de autoadministração, para o
desempenho de serviço público descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos limites
da lei (Prof. Maria Sylvia Zanella Di Pietro);

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Organização administrativa da união

As autarquias não tem autonomia política, sendo incapaz de fazer leis.

Nas Autarquias pode ter dois regimes jurídicos de pessoal:

Estatutário: O servidor público ocupa um cargo público, regido por um por estatuto.

Celetista: O empregado público ocupa emprego público regido pelas Lei Trabalhistas (CLT).

Patrimônio próprio.

Empresas Públicas

Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação
autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.

Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do Estado, do Dis-
trito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a participação de outras
pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administração indireta da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Art. 3° lei 13.303/ 2016

A Administração Direta compõe-se pelos entes: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Já
a Administração Indireta é criada por aquela, que seria: autarquia, empresa pública, sociedade de eco-
nomia mista e fundação, conforme previsto no art. 37, inciso XIX da Constituição Federal.
Para o bom desempenho, a Administração Pública pode delegar competências ocorrendo assim à
desconcentração ou a descentralização.
I) A desconcentração é a distribui do serviço dentro da mesma pessoa jurídica, que realizará a
atividade com hierarquia, ou seja, deve obediência a administração que a delegou ordem. Por exemplo:
a Secretaria de Educação de uma prefeitura.
II) A descentralização consiste na transferência de serviços da Administração Direta para a Ad-
ministração Indireta, ou seja, na criação (por meio de lei) de outra pessoa jurídica ou física. Que de-
sempenhará a função sem hierarquia, ou seja, com autonomia. Por exemplo: a União repassar a segu-
ridade social para a autarquia do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
Pela doutrina está se divide em três modalidades: descentralização territorial, descentralização por
serviços e descentralização por colaboração.
• Descentralização territorial: Definida pela Di Pietro (2018, p.574) “entidade local, geografica-
mente delimitada, é dotada de personalidade jurídica própria, de direito público, com capaci-
dade administrativa genérica”. Podendo estar sob controle da entidade que a delegou.
• Descentralização por serviços que é quando o poder público cria uma pessoa jurídica de poder
público por meio de lei e concede a titularidade e também fica a cargo à execução do serviço.
Esta trabalha de forma autônoma, mas dentro dos limites da lei que a criou. Exemplo: serviço
de comunicações é regido pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATAL).
• Já na situação de descentralização por colaboração, acontece apenas o repasse da execução do
serviço, o que vale dizer que a Administração continua detendo a titularidade. Aqui, não há uma

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Organização administrativa da união

criação da pessoa jurídica, pois pressupõe uma pré-existência, sendo realizada a colaboração
por meio de contrato ou ato unilateral.
Exemplos: concessão (empresa contratada para construir um presídio), permissão (explorar a dis-
tribuição de energia elétrica) ou autorização do serviço público (serviço de táxi).
A descentralização também pode ser vista pelo ponto político e administrativo:
1. Descentralização política: possuem a própria competência para legislar, sem interferência do
outro. Se dividindo internamente em União, Estados- membros, Distrito Federal e Municípios,
vislumbrando- se no art. 18 da Constituição Federal.
2. Descentralização administrativa: esta atribuição não advém da Constituição, mas sim do ente
central. Capacidade de cada ente de controlar de suas atividades, porém com submissão às leis.
Das entidades pertencentes a Administração Indireta, discorre-se resumidamente sobre as principais
características:
• Autarquia: pessoa jurídica de direito público, só pode ser criada por lei, possui autoadministra-
ção se limitando as leis. Exemplo: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANISA).
• Empresa pública: pessoa jurídica de direito privado. Seu capital é público, submetida ao controle
do Estado. Podendo realizar atividade econômica ou prestar serviços. Exemplo: Caixa Econômica
Federal.
• Sociedade de economia mista: pessoa jurídica de direito privado, criada por lei, possui capital
tanto privado quanto público. O Poder Público pode participar da gestação e organização. Sua
principal atividade é econômica. Exemplo: Petrobras.
• Fundação: pode ser pessoa jurídica de direito público ou privado. Quando pública é chamada
de autarquia fundacional, por ser semelhante a autarquia. Se privada, é regida pelo Direito Civil,
no que couber. Exemplo: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse poder de delegação de serviços ou de dividir atividades dentro da própria repartição da mesma
administração é explicitamente importante, uma vez que tem a finalidade de uma melhor organização,
desempenho e funcionamento da Administração Pública, sem concentrar em um único lugar atividade
e serviços importantes.

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Organização administrativa da união

Anotações:
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Improbidade Administrativa

Improbidade Administrativa

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Improbidade Administrativa

Improbidade Administrativa

Recentemente, em 25 de outubro de 2021, a lei n. 14.230, que alterou significativamente a


lei n. 8.429, de 6.2.1992 (LIA), que, além do entendimento e definição de contra ordenação,
dispõe sobre as sanções aplicáveis à prática de contra ordenação.

Como sabem, além da responsabilidade civil (jurídica), a improbidade também significa a


instauração de processo disciplinar, pois a Lei n. A Seção 132 (IV) do Artigo 8.112 de 1990 prevê
a pena de demissão para funcionários públicos que cometerem atos de improbidade. No
entanto, a Lei do Servidor não conceitua impropriedade, o que nos remete às definições da Lei.
8.429, 1992, conforme alterada.

Na nova lei de impugnação de normas administrativas, a lei define improbidade como a


conduta dolosa de agente do setor público, que se encontra protegida por fins ilícitos e cujo fim
é obter lucro ou vantagem injustificada para si ou para outrem pessoa ou entidade ver Artigo 1
parágrafos 1, 2 e 3 e Artigo 11 parágrafos 1 e 2).

Certos atos que antes eram considerados demissões sem justa causa e sem justa causa
nos termos do artigo IV do artigo 132 da Lei n. 132. 8.112, de 1990, passou a exigir diversas
propostas disciplinares devido a mudanças no texto da lei.

Ao mesmo tempo, no n. º 4 do § 1º da recém-criada LIA, o diploma está inegavelmente


ligado ao direito ao processo disciplinar na parte que diz: Ao regime do processo disciplinar
aplicam-se os princípios constitucionais do direito administrativo sancionatório esta lei.

A coordenação jurídica geral de nossos assuntos administrativos já começou, portanto, a


enfrentar os desafios das mudanças experimentadas nas análises dos processos
administrativos disciplinares da LIA. Sem pretender esgotar o assunto, abordaremos os
principais pontos que afetam nossa atividade.

Principais impactos da Lei Nº. 14.320, DE 2021, na análise de Processos


Administrativos Disciplinares

Primeiramente, danos causados por imprudência, imperícia ou negligência não podem mais
ser configurados como atos de improbidade, pois a lei passou a contar com texto expresso no
sentido da exigência de dolo para responsabilização por improbidade. Anteriormente, a atuação
culposa também poderia ensejar punição nesse sentido.

Com efeito, essa já era uma tendência bastante forte na doutrina e jurisprudência, de modo
que o novo marco legal veio apenas a consagrar a regra. Os dispositivos que incluíam a culpa
como elemento subjetivo do tipo da improbidade foram todos modificados para deixar apenas a
ação ou omissão dolosa. Bem assim, o dolo genérico não é mais admitido, pois a finalidade de
obter proveito ou benefício indevido para si ou para outra pessoa ou entidade passou a ser
explícita no texto legal.

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Improbidade Administrativa

Assim, com o advento da Lei n. 14.230, de 2021, para que seja considerado ímprobo, o ato
deve derivar de vontade livre e consciente do agente público de causar algum tipo de prejuízo
ao erário, ferir os princípios da Administração Pública ou enriquecer ilicitamente, não bastando a
voluntariedade ou o mero exercício da função. Também ficou explícito na nova redação que não
pode ser punida como improbidade a ação ou omissão decorrente de divergência na
interpretação da lei.

A conceituação do instituto é cara ao direito disciplinar, pois como dito, é necessário utilizar
as definições da LIA para enquadrar infrações administrativas no artigo 132, IV, da Lei n. 8.112,
de 1990. Daí o impacto que tais alterações causam na condução e julgamento de processos
disciplinares.

Os artigos 9º e 10 da LIA, que estabelecem os atos de improbidade que importam prejuízo


ao erário, tiveram suas redações modificadas para excluir a possibilidade de condenação
culposa, mantendo rol exemplificativo de condutas que se enquadram na descrição do caput.

Entretanto, a prática vem demonstrando que a alteração que mais impacta a análise de
procedimentos disciplinares é aquela promovida no artigo 11 da Lei, que conceitua o ato de
improbidade administrativa por violação a princípio.

Tratava-se do chamado de ato de improbidade administrativa stricto sensu, utilizado como


fundamento da quase totalidade de punições por improbidade na esfera administrativa
disciplinar.

Vejamos a redação anterior do artigo 11 da Lei de Improbidade:

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na
regra de competência;

II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva
permanecer em segredo;

IV - negar publicidade aos atos oficiais;

V - frustrar a licitude de concurso público;

VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva


divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria,
bem ou serviço.
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Improbidade Administrativa

VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de


parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas.

Como se vê, tratava-se de conceituação aberta, calcada no malferimento a princípios da


Administração Pública, seguida de rol exemplificativo de condutas que poderiam configurar, em
tese, improbidade.

Assim, para caracterização do ato de improbidade, não era necessário prejuízo ao erário
ou enriquecimento ilícito do agente, bastava que fosse demonstrada a violação a um princípio
administrativo constitucional. E como em sede disciplinar não é comum a quantificação de
prejuízo e a mensuração financeira de danos e favorecimentos ilícitos, a utilização do artigo 11
era comum em casos de corrupção.

Contudo, o novo marco legal assim passou a prever:

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de
imparcialidade e de legalidade, caracterizada por uma das seguintes condutas: (Redação dada
pela Lei nº 14.230, de 2021)

I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva
permanecer em segredo, propiciando beneficiamento por informação privilegiada ou colocando
em risco a segurança da sociedade e do Estado; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

IV - negar publicidade aos atos oficiais, exceto em razão de sua imprescindibilidade para a
segurança da sociedade e do Estado ou de outras hipóteses instituídas em lei; (Redação dada
pela Lei nº 14.230, de 2021)

V - frustrar, em ofensa à imparcialidade, o caráter concorrencial de concurso público, de


chamamento ou de procedimento licitatório, com vistas à obtenção de benefício próprio, direto
ou indireto, ou de terceiros; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo, desde que disponha das
condições para isso, com vistas a ocultar irregularidades; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de
2021)

VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva


divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria,
bem ou serviço.

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Improbidade Administrativa

VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de


parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas. (Vide Medida Provisória
nº 2.088-35, de 2000) (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)

IX - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

X - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

XI - nomear cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até
o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e
indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

XII - praticar, no âmbito da administração pública e com recursos do erário, ato de


publicidade que contrarie o disposto no § 1º do art. 37 da Constituição Federal, de forma a
promover inequívoco enaltecimento do agente público e personalização de atos, de programas,
de obras, de serviços ou de campanhas dos órgãos públicos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
2021)

§ 1º Nos termos da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, promulgada pelo
Decreto nº 5.687, de 31 de janeiro de 2006, somente haverá improbidade administrativa, na
aplicação deste artigo, quando for comprovado na conduta funcional do agente público o fim de
obter proveito ou benefício indevido para si ou para outra pessoa ou entidade. (Incluído pela Lei
nº 14.230, de 2021)

§ 2º Aplica-se o disposto no § 1º deste artigo a quaisquer atos de improbidade


administrativa tipificados nesta Lei e em leis especiais e a quaisquer outros tipos especiais de
improbidade administrativa instituídos por lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 3º O enquadramento de conduta funcional na categoria de que trata este artigo


pressupõe a demonstração objetiva da prática de ilegalidade no exercício da função pública,
com a indicação das normas constitucionais, legais ou infralegais violadas. (Incluído pela Lei nº
14.230, de 2021)

§ 4º Os atos de improbidade de que trata este artigo exigem lesividade relevante ao bem
jurídico tutelado para serem passíveis de sancionamento e independem do reconhecimento da
produção de danos ao erário e de enriquecimento ilícito dos agentes públicos. (Incluído pela Lei
nº 14.230, de 2021)

§ 5º Não se configurará improbidade a mera nomeação ou indicação política por parte dos
detentores de mandatos eletivos, sendo necessária a aferição de dolo com finalidade ilícita por
parte do agente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (destacamos)

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Improbidade Administrativa

A nova redação continua possibilitando a caracterização de improbidade por


desobediência a princípios da Administração Pública, porém especifica em quais casos poderá
haver o enquadramento.

Dessa forma, os incisos do artigo 11, que anteriormente traziam exemplos de condutas
ímprobas, passaram a prever taxativamente as hipóteses em que o malferimento a princípios da
Administração Pública classifica-se como improbidade. Além disso, algumas previsões
constantes do rol exemplificativo anterior foram excluídas.

Portanto, para que o acusado seja condenado nos termos no artigo 132, IV, da Lei n, 8.112,
de 1990, com base no artigo 11 da Lei n. 8.429, de 1992, os atos investigados no processo
administrativo disciplinar devem ser enquadrados exatamente em um ou mais incisos do
dispositivo.

Nos casos em que resta caracterizada conduta inadequada, imoral ou desleal, que todavia
não esteja abarcada pelas hipóteses citadas no artigo 11 da LIA, a comissão da PAD não
poderá fazer o enquadramento em improbidade administrativa. A nova redação do dispositivo
significa grande impacto nos atos violadores de princípios da administração pública em que não
haja provas de enriquecimento ilícito, devido à taxatividade imposta pelo novo dispositivo.

Inúmeros eram os casos em que a falta de moralidade e/ou deslealdade do servidor lhe
rendia a demissão por improbidade. Esclarecemos: a demissão continua sendo plenamente
possível por malferimento a princípios da Administração Pública. Todavia, se não houver em tais
condutas a constatação de prejuízo ao erário ou enquadramento em um dos incisos do artigo 11
da LIA, a condenação por improbidade não terá fundamento.

Ocorre que, como dito, na maior parte dos casos, é inviável a quantificação de prejuízos em
sede disciplinar, de modo que também restarão sensivelmente reduzidas as condenações por
improbidade que dependam dessa comprovação.

Bem assim, apesar da possibilidade de apuração de enriquecimento ilícito, por meio de


sindicância patrimonial, o aparato de que dispõe a Administração Pública para tal mister não
permite aprofundamento e por vezes as investigações são frustradas por falta de meios.

Por tais razões, já existe doutrina defendendo que não se pode mais cogitar a configuração
de ato de improbidade em sede administrativa:

Pois bem, não se estando mais diante de um regime jurídico que permitia a caracterização
do ato de improbidade quando constatado o elemento subjetivo dolo genérico na conduta do
agente, é preciso ter em mente que o novo marco legal traz a necessidade de uma maior
sofisticação e esmero na instrução dos processos penaliformes que são instaurados para apurar
a prática de atos pretensamente ímprobos.

À luz da nova Lei de Improbidade Administrativa, as mesmas fragilidades no contraditório e


na ampla defesa apontadas pelo STF nos processos que tramitam nos Tribunais de Contas (e
que inclusive levaram o Supremo a afirmar no julgamento do RE 636.886/AL que as cortes de
contas não têm poder para imputar a prática de improbidade) estão igualmente presentes nos
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Improbidade Administrativa

processos administrativos disciplinares que aplicam as penalidades de demissão calcadas na


ocorrência de improbidade.

Como na esfera administrativa não há um terceiro imparcial e equidistante entre as


pretensões das partes, esse redesenho da configuração do ato de improbidade promovido pela
Lei nº 14.230/2021 claramente demanda a necessidade de que a mesma somente ocorra em
juízo, e não administrativamente.

Militar em sentido contrário seria admitir a existência de duas espécies de atos ímprobos:
os configurados após apuração em juízo em que se avaliou adequadamente a existência de
dolo específico e os configurados após mera apuração em sede administrativa, em que a
aferição do dolo é feita por um ente que acumula as funções de instrução, acusação e
julgamento.

Portanto, não nos parece uma solução aceitável ignorar o overruling da Súmula 651/STJ,
vez que ela é claramente infensa ao novo paradigma trazido pela Lei nº 14.230/2021.

A nosso ver, ainda é muito cedo para abolir a possibilidade de condenação administrativo-
disciplinar por ato de improbidade. Porém, é certo que o novo marco legal traz a necessidade de
maior sofisticação e primor na instrução dos processos instaurados para apurar a prática de atos
supostamente ímprobos, sob pena de haver grandes dificuldades para seu enquadramento ao
final do purgatório.

Prazo e Retroatividade da Lei Mais Favorável

14.320 de 2021 também alterou o prazo prescricional para apuração de atos ilícitos,
estendendo-o de cinco para oito anos. Como geralmente são incidentes investigativos
complexos, a extensão do tempo facilita a investigação e a prevenção de violações.

Não houve tempo suficiente para desenvolver jurisprudência sobre o efeito retroativo da
norma mais favorável, mas em nossa opinião a melhor precaução pressupõe que não haja efeito
retroativo nos casos em que a autoridade judiciária já tenha proferido uma sentença porque o
enquadramento foi aplicado com base nas normas vigentes à época da decisão. Nesta fase,
cabe esclarecer que não é necessário o esgotamento das vias judiciais (decisão transitada em
julgado), pois aplica-se o princípio do auto execução na esfera administrativa.

Circunstâncias e/ou processos instaurados em tutela anterior, mas ainda pendentes de


julgamento, devem ser analisados à luz do disposto na nova versão do MKS, devendo, nesse
sentido, a norma ser retroativa, com base na lei princípio da retroatividade constitucional da lei
de sanção mais acessível.

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Arquivologia e gestão de documentos

Arquivologia e gestão de
documentos

MÉRITO
Apostilas 1
Arquivologia e gestão de documentos

A arquivística ou arquivologia é uma ciência que estuda as funções do arqui-


vo, e também os princípios e técnicas a serem observados durante a atuação de
um arquivista sobre os arquivos.

A arquivística se relaciona com a ciência da informação.

Conceitos de Arquivologia

Suporte: é o material no qual as informações são registradas. São exemplos


de suporte pendrive, DVD, CD, microfilmes, entre outros.

Documento: registro da informação independente da natureza de seu supor-


te, portanto qualquer informação que seja gravada e possibilite consultas posteri -
ores é um documento. Nisso, podemos incluir livros, CD’s, plantas (gráficas), pen -
drive, entre outros. Cuidado: um suporte não será um documento se não houver
nenhuma informação gravada nele!

Informação: de acordo com o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivísti-


ca (DBTA), a informação é a ideia, mensagem ou elemento referencial contido em
um documento.

acervo: total de documentos guardados em um arquivo

acondicionamento: suporte ou embalagem cuja função é proteger o docu-


mento e facilitar o seu manuseio

Digitalização: armazenamento, em disco óptico, de documento de forma a


permitir sua visualização em terminal de alta resolução, ou ainda a sua impressão

Microfilmagem: produzir imagens fotográficas de determinado documento,


porém em tamanho altamente reduzido

Arquivo

O nome “arquivo” tem origens grega ou latina. E, olha, essa informação é im -


portante e pode cair na sua prova! Na origem grega, “arquivo” vem de arché, ar-
cheion, os depósitos do Antigo Regime. Já em latim, o nome é oriundo de archi -
vum, o lugar onde se guarda os documentos da nobreza.

De acordo com a Lei n. 8.519/1991:

Art. 2º – Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos de do -


cumentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter pú -
blico e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas,

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Arquivologia e gestão de documentos

bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a na -
tureza dos documentos.

Se uma repartição produz e recebe documentos, significa que ocorre uma


acumulação dos mesmos, certo? Acumulação essa que deve ser ordenada. Ainda
falando em leis, é necessário buscar a legislação para definir o que é arquivo pú -
blico. O texto que trata disso é o Decreto 4.073 de 2002 que regulamenta a Lei
8.159/91. Dele, temos que:

Art. 15. São arquivos públicos os conjuntos de documentos:

I – produzidos e recebidos por órgãos e entidades públicas federais, estadu-


ais, do Distrito Federal e municipais, em decorrência de suas funções administra-
tivas, legislativas e judiciárias;

II – produzidos e recebidos por agentes do Poder Público, no exercício de seu


cargo ou função ou deles decorrente;

III – produzidos e recebidos pelas empresas públicas e pelas sociedades de


economia mista

Ainda sobre a Lei 8.159/91, temos que:

Art. 7º – Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e


recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal,
estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência de suas funções adminis-
trativas, legislativas e judiciárias.

ß 1º – São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebi -


dos por instituições de caráter público, por entidades privadas encarregadas da
gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades.

ß 2º – A cessação de atividades de instituições públicas e de caráter público


implica o recolhimento de sua documentação à instituição arquivística pública ou
a sua transferência à instituição sucessora.

Tipos de arquivo

Os arquivos podem ser classificados quanto ao seu uso, estrutura organizacio -


nal, extensão de atuação e natureza do documento.

Classificação quanto ao uso

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Arquivologia e gestão de documentos

• Arquivo corrente: documentos relacionados aos objetivos imediatos de


sua produção ou recepção. São aqueles utilizados com frequência pelos ór -
gãos produtores, assim como sua consulta. Nos arquivos correntes, é neces -
sário estabelecer um código de classificação de documentos, classificando o
que for produzido ou recebido pelo órgão ao longo de suas atividades. É im -
portante frisar que todo documento é criado na fase corrente.

• Arquivo intermediário: documentos cujo uso é pouco frequente e que, por


isso, são destinados a um depósito de armazenamento temporário até que
seja dada sua destinação final.

• Arquivo permanente: documentos cuja guarda é definitiva em função de


seu valor.

A classificação quanto ao uso segue o conceito do ciclo de vida dos documen -


tos, mais conhecida como Teoria das Três Idades. Nela, o arquivista caracterizará
os documentos de acordo com a sua origem, utilização ou tratamento documen-
tal.

Classificação quanto à estrutura organizacional

• Centralizada

• Descentralizada

Classificação quanto à extensão de atuação

Dentro desse conceito, temos o arquivo central, a unidade que controla os do -


cumentos originados pelos setores, bem como os procedimentos técnicos aos
quais cada um deve ser submetido. Ainda precisamos considerar o conceito de ar-
quivo setorial, a unidade que recebe documentos acumulados por determinada
entidade subordinada, mas que ainda é dependente do arquivo central.

Classificação quanto à natureza do documento

Um arquivo pode ser especial, quando vinculado ao aspecto físico do docu-


mento, como uma fotografia; ou, especializado, quando refletem a experiência de
quem o produz, como uma planta residencial.

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Arquivologia e gestão de documentos

Classificação quanto à natureza do assunto

O arquivo pode ser ostensivo ou ordinário, quando a divulgação não prejudica


a Administração; sigilosos, quando guardam conteúdo de conhecimento restrito e
requerem medidas especiais de custódia; ou, reservados, quando seu conteúdo
não deve ser de conhecimento público geral.

Classificação quanto ao gênero do documento

Quanto ao gênero, um arquivo pode ser classificado em:

textual: manuscritos, datilografados ou impressos

cartográfico: mapas, plantas, entre outros

filmográfico: fitas magnéticas de imagens ou películas cinematográficas

sonoro: registros fonográficos

micrográfico: suporte fílmico

informático: produzidos, tratados e armazenados em computador

Princípios arquivísticos

Cumulatividade: também chamado de naturalidade, esse princípio remete


ao enriquecimento do arquivo em razão de sua formação contínua.

Unicidade: os documentos são únicos dentro do seu contexto de produção


porque atendem à função realizada por determinado órgão. Porém, isso não signi -
fica que sejam proibidas cópias desses documentos.

Ordem original: o arquivo deve manter a ordem material (física) e intelectu-


al (contextual) conforme o arranjo estruturado pela entidade que o produziu.

Indivisibilidade: os fundos de arquivos não podem ser mutilados, dispersos,


destruídos, alienados sem autorização ou sofrer adições indevidas.

Organicidade: os arquivos devem refletir funções, estrutura e atividades da


entidade que o produz ou acumula, além de suas relações, tanto externas quanto
internas.

Proveniência: manutenção dos arquivos agrupados, de forma a não permitir


que se misturem aos demais provenientes de instituição, administração, pessoa

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Arquivologia e gestão de documentos

física ou jurídica. Ou seja, respeitar a origem dos respectivos documentos. Exis -


tem dois tipos de fundos:

– Fundo aberto: quando ainda podem ser acrescentados novos docu-


mentos em função de a entidade produtora seguir em atividade

– Fundo fechado: quando não são mais recebidos documentos pelo


fato de a entidade produtora não estar mais em atividade. Porém, poderá re -
cebê-los caso os documentos tenham sido produzidos durante o funciona -
mento da respectiva instituição

Inter-relacionamento: relações estabelecidas entre os documentos de um


arquivo

Veracidade: o conteúdo daquele documento deve corresponder aos respecti -


vos fatos

Autenticidade: os documentos devem ser geridos conforme normas técnicas


e processos que garantam sua confiabilidade e veracidade

Pertinência territorial: os documentos podem ser transferidos para a custó-


dia de outros arquivos desde que haja a jurisdição arquivística sobre o território ao
qual o conteúdo for reportado

Gestão documental

A gestão documental é o conjunto de medidas que buscam racionalizar e tor-


nar eficientes os processos de criação, avaliação, uso e arquivamento dos docu-
mentos que estejam nas fases corrente ou intermediária. Nisso, podemos incluir
eliminação ou recolhimento para guarda permanente.

Os procedimentos da gestão documental visam à conservação dos arquivos,


isto é, as medidas que visam assegurar a proteção dos documentos contra agen -
tes de deterioração. Um dos pontos a ser considerado na gestão documental é a
data-limite de cada documento, o elemento que menciona os anos de início e
término dos períodos abrangidos pelos documentos de um processo.

Avaliação dos arquivos e documentos

A avaliação dos documentos é o processo na qual, como o próprio nome já


diz, analisamos os arquivos e estabelecemos a sua destinação conforme os valo -
res atribuídos. A partir dela, o arquivista verificará qual será a destinação do ar-

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Arquivologia e gestão de documentos

quivo, incluindo a sua eliminação (destruição de documentos cuja avaliação resul -


tou em sua desvalorização para guarda permanente).

Valoração do documento

• valor administrativo: também chamado de primário ou funcional, indica o


valor que o documento apresenta para o funcionamento da instituição, o va -
lor pelo qual ele foi criado.

• valor histórico: também chamado de secundário, se refere à possibilidade


de uso daquele documento para fins diversos do funcional, quando passa
então a ser considerado como fonte de pesquisa.

Tabela de temporalidade

A tabela de temporalidade é o instrumento pelo qual o arquivista irá determi -


nar os prazos de recolhimento, transferência, reprodução ou eliminação de docu -
mentos, sempre sob a aprovação de autoridade competente.

Tipos de arquivamento

Existem dois tipos de arquivamento. São eles:

• horizontal: documentos colocados uns sobre os outros e arquivados em cai-


xas, escaninhos ou estantes. Usado para mapas, plantas ou desenhos, além
dos arquivos permanentes

• vertical: documentos dispostos uns atrás dos outros, de forma a permitir


consulta rápida

Métodos e operações de arquivamento

• Alfabético: o elemento principal é o nome

• Numérico: o elemento principal é o número do documento (numérico sim -


ples) ou número associado à data (numérico cronológico)

• Geográfico: o elemento principal é o local, seja ele estado, país ou cidade

• Ideográfico: o elemento principal é o assunto

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Arquivologia e gestão de documentos

Referências/ Leitura recomendada

https://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/arquivologia/

https://arquivologia.ufes.br/o-que-e-arquivologia

Exercício

(CEBRASPE – 2018) No que tange a preservação e conservação de documen-


tos de arquivo, julgue o próximo item.

“Os documentos de arquivo devem ser armazenados em locais que apresen -


tem condições ambientais apropriadas às suas necessidades de preservação, pelo
prazo de guarda estabelecido em tabela de temporalidade e destinação.”

A- ( ) Certo B- ( ) Errado

Gabarito

Resposta: A) Certo

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Arquivologia e gestão de documentos

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Legislação Arquivística

Legislação Arquivística

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Legislação Arquivística

Área destinada à relação de atos normativos, no âmbito da Administração Pública Federal,


que dizem respeito à Gestão de Documentos e dispositivos arquivísticos.

Leis

Lei nº 8.159, de 08 de janeiro de 1991 - Dispõe sobre a política nacional de arquivos


públicos e privados e dá outras providências;

Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação - LAI) - Regula o


acesso a informações previsto na Constituição Federal e na Lei nº 8.112 ;

Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012 - Dispõe sobre a elaboração e o arquivamento de


documentos em meios eletromagnéticos;

Decretos

Decreto n° 4.073, de 03 de janeiro de 2002 - Regulamenta a Lei no 8.159, de 8 de janeiro


de 1991, que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados;

Decreto nº 4.915, de 12 de dezembro de 2003 - Dispõe sobre o Sistema de Gestão de


Documentos de Arquivo - SIGA, da administração pública federal, e dá outras providências;

Decreto nº º 7.724, de 16 de maio de 2012 - Regulamenta a Lei nº 12.527/2011 (Lei de


Acesso à Informação);

Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015 - Dispõe sobre o uso do meio eletrônico para a
realização do processo administrativo no âmbito dos órgãos e das entidades da Administração
Pública federal direta, autárquica e fundacional;

Decreto nº 9.758, de 11 de abril de 2019 - Dispõe sobre a forma de tratamento e de


endereçamento nas comunicações com agentes públicos da administração pública federal.

Resoluções

Resoluções do Conselho Nacional de Arquivos - Dispõem sobre gestão arquivística;

Portarias

Portaria AN/MJ n° 92, de 23 de setembro de 2011- Aprova o Código de Classificação e a


Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo relativos às Atividades Fim
das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES);

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Legislação Arquivística

Portaria MEC n° 1.261, de 23 de dezembro de 2013 - Determina a obrigatoriedade do uso


do Código de Classificação e a Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos de
Arquivo relativos às Atividades Fim das Instituições Federais de Ensino Superior;

Portaria Interministerial MJ/MP nº 1.677, de 7 de outubro de 2015 - Define os


procedimentos gerais para o desenvolvimento das atividades de protocolo no âmbito dos órgãos
e entidades da Administração Pública Federal.

Portaria MP nº 9, de 1 de agosto de 2018 - Cria o Assentamento Funcional Digital - AFD e


estabelece orientação aos órgãos e entidades integrantes do Sistema de Pessoal Civil da
Administração Pública Federal - SIPEC, quanto aos procedimentos relativos à organização,
digitalização e armazenamento dos assentamentos funcionais

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Tabela de temporalidade de documentos

Tabela de temporalidade de
documentos

MÉRITO
Apostilas 1
Tabela de temporalidade de documentos

No setor de RH, a Tabela de Temporalidade identifica, de forma separada,


cada documento que integra a ficha pessoal do profissional. Ela destaca informa -
ções a respeito do ciclo de vida, período de guarda, frequência de utilização até a
destinação final.

A TTD pode receber informações adicionais conforme as características de


cada negócio.

Em resumo, a Tabela de Temporalidade Documental determina:

- os prazos de manutenção dos documentos no arquivo corrente operacional;

- o tempo que eles devem ser transferidos ao arquivo intermediário (estoque);

- o período em que eles devem ser mantidos neste arquivo intermediário para
depois serem descartados.

Viabilidade

A Tabela de Temporalidade Documental deve ser vista como um documento e


normativa institucional, principalmente em empresas com grande volume de do -
cumentos físicos.

Processos de gestão de documentos que não estejam orientados por uma TTD
passam por constantes renovações de fluxos de gerenciamento, pois a geração e
volume de documentos é exponencial em qualquer segmento de empresa.

Enfim, a TTD é viável para todas as empresas, de qualquer ramo, que gerem
uma quantidade elevada de documentos físicos, principalmente instituições públi -
cas.

Para algumas empresas, sejam de pequeno, médio ou grande porte, a tempo-


ralidade de permanência de documentos em arquivo pode variar dependendo da
área relacionada. As áreas contábil, fiscal, financeira e pessoal são aquelas que
demandam um tempo maior de manutenção de documentos.

Classificação

A classificação básica dos documentos, conforme a arquivologia, é dada de


acordo com a destinação adequada. Assim, temos:

- arquivos setoriais, documentos que permanecem nas empresas;

- arquivos centrais, documentos que também ficam guardados na organiza -


ção, mas que podem ser solicitados a qualquer momento;

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Tabela de temporalidade de documentos

- arquivos intermediários, documentos que são arquivados e permanecem sob


a responsabilidade de alguma entidade pública.

Na TTD, veremos outras classificações para os documentos, relacionadas ao


ciclo de vida e à frequência de uso, que não deixam de se relacionar com a classi-
ficação dos técnicos dos Arquivo Nacional (setoriais, centrais e intermediários).

Como montar uma tabela de temporalidade

Cada organização deve estabelecer a sua comissão para o gerenciamento de


documentos e institucionalizá-la. Contando com membros de todos os setores en -
volvidos nos processos diretamente ligados à geração dos documentos.

E, para maior efetividade, esta comissão deve responsabilizar-se por ações e


procedimentos referentes a esta gestão de documentos. Ações e procedimentos
que podem ser de simples análises e avaliações até a elaboração de projetos que
facilitem esta gestão, como a implementação de softwares que tornem mais efici -
entes e produtivos o controle destes documentos que seguirão a sua temporalida-
de de existência dentro de uma TTD.

Vamos mostrar um exemplo de Tabela de Temporalidade Documental com os


seus elementos básicos. Deve-se, a princípio, definir qual será o item-documento
que será analisado, como atestado de saúde ocupacional, cartão de ponto, livro
de inspeção do trabalho, contrato de prestação de serviço, holerite. Depois, é pre -
ciso considerar os critérios de avaliação listados abaixo.

1- Ciclo de vida

Essa coluna avalia a fase do documento, considerando o trajeto que começa


na produção e termina na destinação final. O ciclo de vida divide os documentos
em três idades:

- correntes: documentos vigentes, que são consultados com frequência;

- intermediários: documentos cuja vigência já se encerrou e esperam prazos


extensos de prescrições/precauções; não são muito consultados e esperam por
um destino, que pode ser a guarda permanente ou a eliminação;

- permanentes: documentos que, mesmo sem estarem sob vigência adminis -


trativa, apresentam algum valor de natureza probatória, informativa ou histórico-
cultural.

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Tabela de temporalidade de documentos

2- Frequência de uso

Há três divisões que explicamos abaixo.

• Frequência média

Os documentos dessa categoria são consultados eventualmente. Eles são ori-


ginados dos arquivos correntes. A documentação espera o encerramento de seu
prazo de precaução para que seja eliminada ou direcionada para o arquivo perma -
nente e ainda apresenta valor primário.

• Frequência baixa

Esses documentos apresentam valor secundário e devem ser armazenados de


forma permanente. Isso significa que não podem ser descartados em hipótese ne -
nhuma por causa do valor probatório e/ou informativo para a sociedade e o gover -
no.

• Frequência alta

Os documentos cuja frequência de uso é alta correspondem àqueles que es-


tão tramitando ou que são consultados frequentemente por causa da importância
fiscal, administrativa ou jurídica. É o caso do cartão de ponto, que contém infor -
mações relevantes para fundamentar a composição da remuneração dos funcioná-
rios.

3- Prazo de guarda e destinação final

Essas são as últimas colunas da Tabela de Temporalidade Documental. O pra -


zo de guarda do documento que integra a ficha pessoal do profissional é estabele -
cido de forma legal, mas a lei pode passar por mudanças com o passar do tempo.

Para determinar o período de armazenamento de documentos correntes e in -


termediários, é necessário considerar as leis relacionadas e as necessidades da
administração. Em relação ao destino, ela é determinada pelo prazo de guarda.

Entre as formas de destinação, estão a eliminação, a digitalização de docu-


mentos, o arquivo inativo e o armazenamento em microfilme.

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Tabela de temporalidade de documentos

Anotações:
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Protocolos (Recebimento, Registro, Distribuição, Tramitação E Expedição De Documentos)

Protocolos (Recebimento,
Registro, Distribuição,
Tramitação E Expedição De
Documentos)

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Protocolos (Recebimento, Registro, Distribuição, Tramitação E Expedição De Documentos)

Protocolo

O Protocolo compreende um conjunto de operações que possibilita o controle do fluxo


documental (local por onde passa os documentos no órgão/instituição), viabilizando a sua
recuperação e o acesso à informação. Portanto, Protocolo é o setor responsável pelo
recebimento, registro, distribuição, tramitação e expedição de documentos.

O protocolo pode ser Centralizado e descentralizado

Centralizado: Os documentos e atividades de controle ficam em um único local na or-


ganização

Descentralizado: Os documentos e atividades de controle ficam dentro de cada depar-


tamento. A descentralização dos arquivos correntes obedece basicamente a dois critérios:
centralização das atividades de controle (protocolo) e descentralização de arquivos; e des-
centralização das atividades de controle (protocolo) e dos arquivos.

Recebimento:

Como o próprio nome diz, é onde se recebe os documentos e onde se separa o que é
oficial e o que é pessoal.

Os pessoais são encaminhados aos seus destinatários.

Já os oficiais podem sem ostensivos e sigilosos. Os ostensivos são abertos e analisa-


dos, anexando mais informações e assim encaminhados aos seus destinos e os sigilosos
são enviados diretos para seus destinatários.

Registro:

Todos os documentos recebidos devem ser registrados eletronicamente com seu nú-
mero, nome do remetente, data, assunto dentre outras informações.

Depois do registro o documento é numerado (autuado) em ordem de chegada.

Depois de analisado o documento ele é classificado em uma categoria de assunto para


que possam ser achados. Neste momento pode-se até dar um código a ele.

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Protocolos (Recebimento, Registro, Distribuição, Tramitação E Expedição De Documentos)

Distribuição:

Também conhecido como movimentação, é a entrega para seus destinatários internos


da empresa. Caso fosse para fora da empresa seria feita pela expedição.

Tramitação:

A tramitação são procedimentos formais definidas pela empresa. É o caminho que o do-
cumento percorre desde sua entrada na empresa até chegar ao seu destinatário (cumprir
sua função). Todas as etapas devem ser seguidas sem erro para que o protocolo consiga lo-
calizar o documento. Quando os dados são colocados corretamente, como datas e setores
em que o documento caminhou por exemplo, ajudará a agilizar a sua localização.

Expedição de documentos:

A expedição é por onde sai o documento. Deve-se verificar se faltam folhas ou anexos.
Também deve numerar e datar a correspondência no original e nas cópias, pois as cópias
são o acompanhamento da tramitação do documento na empresa e serão encaminhadas ao
arquivo. Os originais são expedidos para seus destinatários.

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Classificação De Documentos E Correspondências

Classificação De Documentos E
Correspondências

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Classificação De Documentos E Correspondências

A importância da classificação e avaliação como foco

A classificação de documentos pode ser descrita como uma série de atividades que
tendem a dividir os documentos em categorias e subcategorias de acordo com estruturas,
funções e funções organizacionais.

No entanto, é importante entender que após a desclassificação é necessário avaliar os


documentos que incidem sobre o abandono não funcional, mesmo que alguns nunca sejam
abandonados.

Por outro lado, não é possível nem necessário guardar todos os documentos, porque
eles desempenham uma função importante por um certo tempo, após o qual perdem seu
valor original, o que leva ao seu descarte, para que as informações que ainda permanecem
válido é de alguma forma bloqueado.

Ocorrem classificações e subcategorias

Existem três critérios para definir as categorias e subcategorias do plano de


classificação de documentos:

Funcionais: As categorias correspondem à função dos documentos;

Estrutura: De acordo com a estrutura da organização;

Assunto: Conteúdo registrado em documentos.

O calendário de documentos, por sua vez, é definido como um instrumento aprovado


pela autoridade competente, que regula a finalidade final dos documentos, determina as
condições de preservação dos documentos de acordo com seu valor administrativo, legal e
fiscal, define as condições da sua transferência, as condições de conservação dos
documentos coleta ou descarte.

Pode, inclusive, ser considerada a principal ferramenta do processo de avaliação


documental, que dá resultados práticos sobre a falta de documentos acumulados e a retirada
de informações desnecessárias.

A prática dessas medidas permite que as empresas gerenciem informações, controle de


atividades, fluxos de documentos, avaliação e direcionamento de documentos, o que
aumenta a produtividade das indústrias.

Segue abaixo a classificação dos documentos segundo suas características e :

- Gênero;

- Espécies;

- Tipologia;
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Classificação De Documentos E Correspondências

- A natureza do objeto;

- Formulário;

- Formulário.

Agora que já sabemos o que são as classes, vamos nos aprofundar um pouco mais e
entender todas elas.

Gênero

Refere-se à apresentação de um documento de acordo com seu suporte. Os


documentos podem assim ser textuais, cartográficos - por exemplo desenhos e mapas,
iconográficos - pinturas, cartazes, filmes, sons, micrografias e informáticos ou digitais - doc
ou pdf.

Tipo

É uma definição baseada na disposição e na natureza das informações, por exemplo:


protocolo, contrato, portaria, ofício, certidão, etc.

Tipologia

A tipologia documental é uma composição que assume um tipo com base na atividade
que a criou, por exemplo: Contrato de prestação de serviços e certidão de nascimento.

Natureza da matéria

Esta é a natureza da matéria contida no documento, neste caso independentemente de


prejudicar a administração se divulgada ou não. Se a sua divulgação não for prejudicial, diz -
se que o documento é “visível” e se for, é “confidencial” e requer restrições de acesso.

Formulário

O formulário refere-se à fase de preparação do documento pré-original, original ou


original. Ou seja, se um documento é uma minuta, dizemos que é um pré -original, e se é
uma cópia idêntica ao original, dizemos que é um guardião do original.

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Classificação De Documentos E Correspondências

Formato

É determinado pelas características físicas e técnicas dos documentos com os quais o


documento é apresentado. Os formatos incluem: livros, cartões, caderno e pergaminho.

Determinar a classificação de documentos e fazer avaliações são etapas muito


importantes para quem deseja maior produtividade e resultados, pois o processamento de
documentos não é uma tarefa fácil, pelo contrário, se esses processos forem negligenciados,
podem levar a problemas irreversíveis.

O desenvolvimento da gestão de documentos e informações, portanto, atrapalha a


qualidade das informações utilizadas nas empresas e, para evitar isso, torna -se importante o
sigilo e a avaliação.

Desenvolvimento da classificação de documentos

O SIGAD pode ser utilizado para evitar a inclusão de documentos no sistema sem
desclassificação, que às vezes acontece em meio físico.

O SIGAD nada mais é apenas um conjunto de procedimentos e funções técnicas


capazes de gerenciar versões, períodos de retenção e metas, armazenamento seguro de
documentos digitais e não digitais e procedimentos de médio e longo prazo, recuperação de
documentos e implementação de classificação.

Se um documento que deveria ser guardado por apenas 5 anos for acidentalmente
classificado em outra categoria que não reflita suas funções e conteúdo, seu ciclo de vida
tem conceitos e armazenamento diferentes.

Isso tem consequências importantes durante a avaliação, pois os documentos que não
cumpriram o prazo não podem ser excluídos, pois ainda podem ser utilizados para fins
administrativos.

A classificação de documentos exige, portanto, muita atenção, tempo e


comprometimento, principalmente em relação ao ciclo de vida, que é pré -requisito para uma
gestão documental eficaz.

Gestão de Classificação de Documentos

Os sistemas de gestão eletrônica possuem uma série de funções para atribuir ações a
qualquer pessoa que tenha acesso.

Portanto, apenas pessoas autorizadas podem fazer alterações no sistema, como criar
ou excluir categorias, definir segmentos.

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Classificação De Documentos E Correspondências

Prestar atenção a relatórios e estatísticas

Uma das principais funções dos sistemas de gestão documental é fornecer relatórios,
tabelas e outras informações estatísticas relacionadas com a produção de documentos.

A partir disso podemos continuar com o SIGAD, que oferece a possibilidade de criar
relatórios e gráficos estatísticos que podem mostrar produção, processamento, remoção e
outros parâmetros permitidos para tal operação.

Para maiores esclarecimentos veja os parâmetros abaixo:

» Prazo para criação de documentos;

» Limitação por criação e localização do documento.

» Demarcação baseada na classificação em categorias e subcategorias, que permite


mensurar a quantidade de documentos classificados em cada categoria.

» Tipos de documentos criados por cada setor ou de uso geral, que especifiquem
detalhadamente a produção documental da instituição.

O planejamento de iniciativas de gerenciamento de informações de longo prazo requer


suporte consistente para atingir as metas estabelecidas. Os relatórios do SIGAD cumprem
esta função.

Definição de Prazos Provisórios

As atividades de avaliação de documentos guardam relação direta com a classificação


por serem etapas sequenciais de acordo com as diretrizes de gestão de documentos.

Para SIGAD, o sistema permite especificar o tempo que corresponde ao criar catego-
rias e subcategorias

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Ordenação De Documentos De Arquivo

Ordenação De Documentos De
Arquivo

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Ordenação De Documentos De Arquivo

Ordenação de documentos

A ordenação de documentos é atividade que permite a proposição de um arranjo para a


coleção, pertinente aos objetivos institucionais, às características dos documentos e às
atividades do público-alvo. Esse arranjo tem por funções fornecer um modo de leitura da
coleção que se realiza pela circulação no espaço, possibilitar o acesso aos documentos por
meio de sua localização a partir de códigos indicados em registros de bases de dados e nos
documentos dispostos na coleção e viabilizar a gestão da coleção no que tange a políticas de
seleção, otimização do espaço e preservação dos documentos.

Essas funções podem ser operacionalizadas por um plano de ordenação, instrumento que
fornece um mapa estruturado para a disposição espacial da coleção, incluindo os códigos a
serem utilizados para os documentos. Atividade realizada em abordagem arquivística,
museológica e bibliográfica, a ordenação de documentos será aqui tratada apenas quanto à
última. Embora difícil de ser definida, segundo nos parece, podemos dizer que a abordagem
bibliográfica da informação contempla: informação para construção de conhecimento,
necessária a atividades educacionais, científicas e profissionais em geral; informação para
fruição ou experiência estética; e informação para fins utilitários, relativa ao acesso a serviços ou
atividades de entretenimento, educação, cultura, saúde e direitos civis em geral.

A perspectiva bibliográfica envolve também a experiência sensorial a partir de objetos 766


em exposições ou atividades similares, que não trataremos aqui, priorizando o caráter cognitivo
das mensagens produzidas sobre objetos. Os problemas que justificam o tema deste trabalho
são descritos a seguir. A despeito da necessidade de adequação de procedimentos a seus
contextos visando a comunicação com públicos, um modo de realizar a atividade de ordenação
de documentos predomina frente a outros. Trata-se do número de chamada, criado com a
função de código de localização do documento em uma coleção.

O número de chamada pertence ao conjunto de soluções de processamento técnico de


coleções de biblioteca que compõe o que chamamos de modelo anglo-americano. A adoção
extensiva do número de chamada pela comunidade de bibliotecas constitui-se pelo uso da
Classificação Decimal de Dewey (CDD) ou da Classificação Decimal Universal (CDU) para a
notação classificatória, cuja função é agrupar documentos, seguida do número correspondente
ao nome do autor, em geral o ponto de acesso principal da ficha do documento, segundo as
Regras Anglo-Americanas de Catalogação (AACR2), com uso da tabela Cutter de nomes de
autor, com a função de individualizar o documento. O modelo do número de chamada ganhou
maior legitimidade e capacidade de disseminação no Brasil por compor os conteúdos dos cursos
de graduação em Biblioteconomia. No entanto, em geral, nos programas de ensino não são
aprofundados os aspectos históricos, teóricos e metodológicos que fundamentam o número de
chamada. Mais que isso, um recorte ideal partiria do conceito de código de localização do
documento, deste modo, passível de adequação a diversos contextos.

O modelo único faz prevalecer o uso dos tradicionais sistemas de classificação bibliográfica
citados, a CDD e a CDU. Enquanto instrumentos componentes de um modelo, vários pontos
merecem aprofundamento. Primeiramente, está a questão de que sistemas de classificação
bibliográfica não permitem a ordenação pois não realizam sozinhos a individualização do
2
Ordenação De Documentos De Arquivo

documento em uma coleção. Além disso, a ordenação não é realizada apenas pelo método
classificatório, podendo ocorrer pelo método sequencial, ou por ambos. Assim, uma operação é
tomada pela outra, ou seja, a classificação faz as vezes da ordenação.

O segundo ponto é o de que os sistemas de classificação bibliográfica são estudados na


perspectiva da representação temática dos documentos, juntamente com as listas de
cabeçalhos de assunto e os tesauros. No entanto, os atributos dos documentos pertinentes a
uma disposição física dos mesmos, os quais estão claramente indicados nos tradicionais
sistemas de 767 classificação bibliográfica e no modo como são utilizados, não se referem
apenas a assuntos. Uma terceira questão é a compreensão de que os tesauros seriam mais
relevantes por atenderem à recuperação da informação, frente a um peso menor que os
sistemas de classificação bibliográfica exerceriam como ordenadores de documentos. Como
uma atividade não se sobrepõe à especificidade da outra, a ordenação continuou necessária,
mas, tanto o processo em si, quanto os instrumentos adotados para ele, não foram
suficientemente estudados.

Como quarta e última questão, apontamos o problema da assimilação do conceito de


organização da informação pelo de classificação. Embora, em sentido amplo, todos os
procedimentos de organização da informação impliquem operações cognitivas classificatórias,
eles não se restringem a estas operações. Pelo dito anteriormente, constatamos a existência de
lacunas em Organização da Informação sobre processos e instrumentos de ordenação de
caráter classificatório, mas não somente eles, que dificultam o desenvolvimento da mesma já
que, a compreensão de um processo ocorre na medida em que o mesmo é devidamente
explicitado, assim como, sua relação com os demais processos.

Desse modo, o objetivo deste trabalho é o de explorar fundamentos à ordenação


bibliográfica de documentos, por meio do estudo da especificidade do processo e de seus
instrumentos e quanto às suas relações com o processo de classificação bibliográfica. A
metodologia incluiu leitura e seleção de textos sobre conceitos fundamentadores do processo de
ordenação de documentos e, de sua operacionalização, integrados a demais processos. Foram
selecionados e adotados para a pesquisa textos em português (do Brasil e de Portugal),
espanhol, inglês e francês.

Adotamos como referência principal a produção francesa contemporânea sobre o tema,


desenvolvida em torno do termo ordenação (classement, na forma original em francês), por sua
maior generalização sobre os processos, instrumentos e produtos que compõem a atividade,
mas também por ser proposta em uso nas instituições francesas. Quanto aos métodos de
ordenação – sequencial e classificatório –, uma breve sistematização é proposta a partir de
indicações dispersas da literatura, basicamente, Salvan (1962), Jouguelet (1997), Maniez
(2002), Carrión Gútiez (2002), Calenge (2010) e Combot (2011).

O estudo dos instrumentos classificatórios da ordenação e dos sistemas tradicionais de


classificação bibliográfica pautou-se especialmente em Gardin e Coyuad que, a partir de textos
próprios, ambos 768 publicados em 1966, na França, trataram da abordagem linguística como
fundamentação a esquemas classificatórios, a partir da ideia da unidimensional idade que é
intrínseca aos mesmos. Baseada em grande medida nesta abordagem, no contexto dos estudos
3
Ordenação De Documentos De Arquivo

do Grupo Temma, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, Lara (1999, 2001 e 2002)
discorre sobre os aspectos linguísticos dos sistemas tradicionais de classificação bibliográfica,
além de observar especificamente seus aspectos pragmáticos.

Como estrutura do trabalho, no tópico 1 contextualizamos a ordenação de documentos


como processo de organização da informação. No tópico 2 desenvolvemos uma conceituação
do processo de ordenação de documentos, por meio de seus processos relacionados, seus
métodos, instrumentos e produtos. No tópico 3, discutimos a especificidade da classificação
bibliográfica, de modo a avançar na compreensão da ordenação de documentos, observando a
singularidade de cada uma e as interconexões entre elas. No tópico 4, discorremos sobre os
fundamentos linguísticos dos instrumentos classificatórios de ordenação, analisando, com base
neles, os sistemas de classificação bibliográfica mais conhecidos. Apresentamos ao final
algumas considerações sobre o tema.

4
Acondicionamento E Armazenamento De Documentos De Arquivo

Acondicionamento E Armazenamento
De Documentos De Arquivo

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Acondicionamento E Armazenamento De Documentos De Arquivo

Acondicionamento E Armazenamento De Documentos De Arquivo

O que são documentos de arquivo?

Vamos começar com a definição de que todo documento é uma fonte de informação. No
entanto, documentos de arquivo são todos os documentos elaborados ou obtidos por uma pessoa
singular ou coletiva, pública ou privada, que constituam prova ou informação. Em outras palavras,
para determinar essa condição, deve-se conhecer a causa de sua origem ou a tarefa pela qual surgem.

Dentre os diversos tipos de documentos arquivísticos existentes, os mais comuns são os textos e
os documentos eletrônicos. Mas também temos, e. documentários cartográficos, iconográficos, filmo
gráficos e sonoros.

Armazenamento: como fazer?

Para preservação dos documentos, estes devem ser guardados em locais ou locais com
condições ambientais adequadas às suas necessidades. Podem ser divididos de duas formas:

Áreas Externas:

Apresentam-se normalmente como armazenamento de arquivos, sempre prezando pela


acessibilidade e segurança contra ameaças imediatas. É importante considerar aspectos que podem
prejudicar a sustentabilidade ambiental.

Ou seja, evitar a colocação desses depósitos em áreas de risco, como próximo a rios, locais
propensos a tempestades, incêndios, postos de gasolina, empresas que liberam, por ex. muita
poluição.

Áreas internas:

Além das áreas externas, lojas e locais de trabalho públicos devem atender a certos critérios.
Assim, determinadas unidades da instituição devem atender às necessidades de funcionalidade e
comodidade, enquanto os repositórios de documentos devem ser totalmente independentes uns dos
outros.

Algumas medidas, como evitar tubulações hidráulicas, caixas d'água e painéis elétricos acima
das áreas de armazenamento, e evitar quaisquer materiais que possam contribuir para o risco de
propagação de incêndio ou formação de gás, como madeira, tintas e revestimentos, são práticas que
ajudam a prevenir acidentes.

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Acondicionamento E Armazenamento De Documentos De Arquivo

Além disso, é importante ressaltar que os documentos devem ser armazenados separadamente
em repositórios de acordo com seu suporte e características. Podem ser encontrados nos seguintes
formatos: documentos de texto (manuscritos e datilografados), documentos encadernados, grandes
documentos de texto, documentos cartográficos (como mapas e plantas arquitetônicas), documentos
iconográficos (como desenhos, gravuras e cartazes), documentos micrográficos, documentos
fotográficos, documentos de áudio, documentos de filme, documentos em suportes magnéticos e
ópticos.

E a embalagem?

Para garantir a preservação, os documentos devem estar em locais com condições adequadas -
iluminação, controle de umidade e temperatura, mobiliário e embalagem adequados. Para isso, é
necessário conhecer as características físicas e a natureza de cada suporte. A produção e colocação
de móveis devem atender a padrões válidos de qualidade, durabilidade e segurança no trabalho.

Portanto, a escolha do mobiliário (estantes, armários ou estantes, adequados a qualquer


suporte e formato), não só favorece o acesso seguro aos documentos, como também protege contra
danos físicos, químicos e mecânicos.

Documentos de maior formato devem, portanto, ser armazenados horizontalmente em cartões


de dimensões adequadas ou acondicionados em tubos de papelão alcalino e colocados em armários
ou gavetas. Não armazene documentos diretamente no chão.

Requisitos de embalagem

Em geral, a embalagem protege os documentos contra poeira e danos acidentais, minimiza as


flutuações na temperatura externa e na umidade relativa e reduz o risco de danos causados por água
e fogo em caso de desastre. As caixas de arquivo devem suportar o manuseio, o peso dos documentos
e a pressão quando devem ser empilhadas. Para proteger os documentos, eles devem ser mantidos
em boas condições de armazenamento e limpeza.

A embalagem basicamente protege um documento de fatores externos que podem danificá -lo, e
a preservação consiste em colocar os documentos no lugar certo em condições ideais.

Assim, ficou claro que esses conceitos, além da simplicidade, facilitam muito o dia a dia no
ambiente de trabalho e evitam perdas de tempo e conflitos internos e externos por desorganização e
fácil disponibilidade do material desejado.

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Preservação E Conservação De Documentos De Arquivo

Preservação E Conservação De
Documentos De Arquivo

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Preservação E Conservação De Documentos De Arquivo

Preservação E Conservação De Documentos De Arquivo

Preservação, Conservação e Restauração de documentos de arquivo

A conservação é um conjunto de medidas administrativas e operacionais que são implementadas


direta ou indiretamente para alcançá-lo. A conservação é o estudo da gestão dos registros de arquivo
e das causas da deterioração e, finalmente, da restauração, que são iniciativas destinadas a estabilizar
os danos físicos ou químicos que ocorreram ao longo do tempo e dos anos.

Substâncias Degradantes do Papel

Substâncias internas são aquelas associadas ao próprio material do papel, como partículas
metálicas, resíduos químicos, pontas de fibras ou qualquer outro componente da produção de papel.
Os fatores externos podem ser físicos ou biológicos, como radiação, temperatura, umidade, insetos,
roedores e movimento humano.

Prazo de validade

Fatores físicos que danificam o documento são umidade, temperatura e luz, fatores químicos que
interferem no prazo de validade são poeiras, sujeira e/ou fumaça que podem contribuir para o
envelhecimento do papel, portanto a limpeza é necessária exceto durante o arquivamento.
Documentos e também o local onde se encontra. É importante não usar agentes de limpeza para
preservar os documentos.

Falando em fatores biológicos, eles de alguma forma ameaçam o documento, fatores biológicos
são insetos, mariposas, cupins, fungos e/ou bactérias, lembrando que o ser humano também contribui
para a deterioração do documento, alguns cuidados são necessários para preservar o documento,
documento como:

· Não dobre documentos, não os deixe inclinados durante o armazenamento;

· Lavar as mãos antes de manusear documentos;

· Notas temporárias ou provisórias, sendo necessário o uso de caneta, pois permite o apagamento
para alterações posteriores;

· Evite amarrar com barbante pois pode rasgar o papel;

· Use luvas de algodão ao tirar fotos.

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Preservação E Conservação De Documentos De Arquivo

Técnicas de manutenção de registros

Como qualquer outro fator que danifique os registros de arquivo, existem técnicas que podem ser
usadas para manter registros de agentes físicos, químicos ou biológicos.

As principais técnicas de conservação são: desinfecção, limpeza, alisamento, restauro ou


reparação, ver:

· Desinfecção

A forma mais eficaz de controlo dos incestos é a fumigação, que é um agente químico que garante
a integridade do papel e da tinta. A fumigação ocorre em uma sala especial com um agente químico e
eles ficam expostos por 48 a 72 horas. (PAES, 2004)

Assim evitam que os insetos caminhem sobre os arquivos.

· Limpeza

Após a gaseificação dos documentos, procede-se à limpeza do local do documento, o que é feito
apenas com um pano macio ou, se necessário, com um aspirador de pó.

· Alisamento

É uma técnica utilizada para alisar documentos danificados pelo tempo, a técnica de alisamento
consiste em manter as páginas expostas à umidade por uma hora e depois colocá -las em máquinas
elétricas para alisá-las utilizando o conceito da técnica PAES (2004).

'' Consiste em colocar o documento sobre bases inoxidáveis, mantendo-os expostos à umidade de
90-95 graus por uma hora em câmara de umidificação, após o que são passados folha a folha em
máquinas elétricas especiais.

Restauro ou reparação

São utilizadas técnicas para restaurar documentos danificados pelo tempo, geralmente papéis
velhos tornam-se velhos e frágeis, e esta técnica tenta restaurar a sua durabilidade segundo MARILENA
(2004):

''O restauro requer um conhecimento profundo dos papéis e tintas usadas, existem duas opções.
O método ideal é aumentar a durabilidade do papel e resistir a danos externos como mofo, pragas e
manuseio inadequado, o método mais comum é aplicar uma película protetora em uma das faces do
papel, como o método de laminação e seda''.

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Preservação E Conservação De Documentos De Arquivo

Técnicas de Conservação e Restauração de Documentos

· Banho de Gelatina: Envolve a imersão do documento em um gel ou mistura adesiva para


fortalecer o papel ou documento.

· Pano: folhas de papel goma utilizadas para cobrir um documento a ser guardado. Esse processo
ajuda a manter a durabilidade, mas reduz a legibilidade e atrai mais insetos por causa do amido.

· Serigrafia: É a mesma técnica do tecido, exceto que o material é mais durável e legível, mas ainda
é um material mais caro.

· Laminação mecânica: É um processo onde uma folha de papel macio é usada em ambos os lados
do documento e outra folha de acetato de celulose é colocada em uma prensa hidráulica com pressão
e temperatura de 7-8 kg/c. 145-155°C. De forma simples, o documento é embalado em técnica de
laminação em duas folhas, sendo uma de seda e a outra de acetato, pois isso aumenta a durabilidade
e não diminui a flexibilidade ou a legibilidade.

· Laminação manual: É a mesma que a mecânica, mas não pode ser utilizada a temperatura
sugerida pelo mecânico, a diferença também está no papel, onde a folha de acetato de celulose é
substituída por acetona.

· Encapsulamento: Enrole o documento entre duas folhas de papel poliéster e feche as bordas
com fita dupla face.

Preservação

Os registros adquiridos são particularmente importantes e relevantes, os registros de arquivo são


evidências ou informações. A boa conservação do documento depende dos materiais utilizados na sua
elaboração, sendo o procedimento de conservação elaborado pelo Conselho Nacional de Arquivos.

Vejamos a seguir quais são os métodos de armazenamento dos documentos arquivísticos:

· Higienização: É preciso analisar quais materiais podem ser utilizados e quais não danificam os
documentos, nessa etapa o objetivo é limpar todo o material, essa higienização pode ser feita
mecanicamente (escova, aspirador de pó, pinça, furo e cola (, enquanto a limpeza a seco é feita com
grampos, colas e fitas).: Este processo trata de todos os furos e rasgos do documento, para que não
enfraqueçam mais os arquivos etc... Caso o local já esteja mobiliado, o documento deve estar acessível

· Armazenagem: É o ambiente onde se encontram os documentos do arquivo são armazenados.


Stic, mas este ambiente deve ser condicionado ar controlada, com atenção a vedação de portas e
janelas.

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Preservação E Conservação De Documentos De Arquivo

· Plano de Emergência: É um plano para poder guardar o local aonde está armazenado os
documentos, salvaguardando a segurança dos arquivos contra roubo, incêndio, água e vandalismo,
como conceitua CONARQ 2005, p.16

· Manuseio e deslocamento dos documentos: O manuseio de documento de arquivos tem que ser
com luvas de algodão e máscaras, para proteger a saúde de quem os manuseiam.

PAES, Marilena Leite. Arquivo: teoria e prática. 3ªed. rev. e atual. Editora Fundação Getúlio Vargas,
2004.

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Noções Básicas De Administração Geral

Noções Básicas De
Administração Geral

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Noções Básicas De Administração Geral

A gestão é uma ciência que foi influenciada por muitas fontes:

- Economistas liberais;

- Filósofos;

- Igreja Católica;

- Organizações militares;

- Revolução Industrial;

- Os primeiros pioneiros do empreendedorismo.

Liberal Economistas

Adam Smith, James Mill, David Ricardo, você sabe o que eles têm em comum? Todos
eram economistas liberais.

Por exemplo: Adam Smith enfatizou fortemente a importância do planejamento e da


organização nas tarefas de gerenciamento.

Filosofia

Sócrates, Platão, Aristóteles, Francis Bacon, René Descartes, Thomas Hobbes, Jean -
Jacques Rousseau, Karl Marx, todos esses filósofos tinham ideias relacionadas à liderança.

Por exemplo: Platão em sua República revela seus pontos de vista sobre a forma
democrática de governo e a organização dos assuntos públicos.

A Igreja Católica Romana

Ao longo dos séculos, as normas administrativas e os princípios de ordem pública


passaram das instituições estatais para as instituições e organizações militares da
emergente Igreja Católica.

Por exemplo: A Igreja Católica estruturou sua organização, hierarquia de autoridade,


pessoal-chave (aconselhamento) e coordenação operacional durante séculos. Hoje, a igreja
tem uma organização hierárquica tão simples e eficaz que sua vasta organização global
pode funcionar satisfatoriamente sob um único CEO.

Organizações Militares

Conceitos como organização linear, unidade de comando, escala hierárquica - todos


eles sempre foram muito usados em exércitos e ainda são usados em organizações hoje.

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Noções Básicas De Administração Geral

Por exemplo: O conceito de hierarquia militar é provavelmente tão antigo quanto a


própria guerra.

Revolução Industrial

Avanços na tecnologia, deslocamento da terra, fatores causados pela Revolução


Industrial provocaram uma explosão de organizações que se tornaram cada vez mais
complexas e precisavam de formas de administrar toda aquela complexidade.

Por exemplo: os donos de fábricas perceberam a necessidade de tecnologias que


lhes permitissem administrar seus negócios. Uma das primeiras teorias de gestão, a teoria
científica, ajudou-os a alcançar maior eficiência e produtividade e custos mais baixos.

Os primeiros pioneiros empreendedores

Henry Ford, John Davison Rockefeller, Cornelius Vanderbilt I, Andrew Carnegie, todos
eles são empreendedores pioneiros que criaram grandes organizações e fortunas com seu
espírito empreendedor.

Por exemplo: Indústrias de petróleo, transportes, siderurgia, etc. foram viabilizadas


pela visão daquelas pessoas e isso influenciou muito a administração.

Noções básicas de gerenciamento

Explore alguns conceitos básicos para entender os fundamentos do gerenciamento.

O que é gestão

Gestão tem muitas definições dadas por diferentes fatores, mas há alguns pontos
comuns entre eles que quero enfatizar:

- Gestão envolve pessoas

- Gestão envolve recursos

- Gestão envolve organizações

- Gestão requer objetivos.

- A gestão exige a tomada de decisões racionais

- A gestão assegura a sobrevivência e o sucesso da organização.

Em licitações públicas, os pontos acima costumam ser os mais enfatizados.

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Noções Básicas De Administração Geral

Gosto muito do seguinte conceito:

"Liderança é a melhor gestão dos recursos através das pessoas para alcançar
resultados organizacionais e interpessoais".

A gestão ocorre dentro das organizações.

Ao contrário da matemática, física ou química, a gestão não é uma ciência exata. É


subjetivo e depende dos responsáveis pela obra.

A importância da gestão aumenta à medida que a sociedade e, portanto, as


organizações se tornam mais complexas.

Gestão, gestão e liderança significam a mesma coisa

A administração permite e encoraja generalizações e refinamentos que surgem das


características das organizações e pessoas. Em outras palavras, todas as organizações são
únicas, assim como as pessoas que as compõem. Em alguns casos, é possível observar um
único caso e generalizar. E em outros casos, é possível ver o caso em geral e aplicá -lo de
uma determinada forma.

Nota: Nas compras públicas é frequente a menção de tarefas administrativas


(planeamento, organização, direção e controlo) como parte do conceito de gestão.

O que é uma organização

Uma organização como entidade social é um conjunto de pessoas que possuem


recursos e se esforçam para alcançar seus objetivos.

Quando as pessoas se unem de forma organizada em torno de um objetivo comum e


possuem uma estrutura para isso, temos uma organização.

Exemplos:

• Empresas;

• Escolas;

• Igrejas;

• organizações não governamentais;

• país;

• Hospitais;

• etc;

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Noções Básicas De Administração Geral

Observe que os exemplos acima possuem três variáveis: pessoas, recursos e


objetivos. Esses são pontos importantes na definição da organização.

Organização Formal e Informal

Existem dois tipos de organização em uma organização: formal e informal. Estes são
os dois conceitos básicos do conceito de gestão. Isso deve ser mencionado na introdução de
cada introdução.

Organização Formal

Toda organização tem o que é considerado, racionalizado, organizado como tal. Por
exemplo: cargos, funções, hierarquia, práticas, regras, normas, setores, departamentos, etc.

Então, quando se fala em cargos ou funções, por exemplo, essas variáveis não
surgiram do nada. Alguém pensou no título, alguém pensou nas características, alguém
escreveu sobre isso, alguém disse que tinha que ser assim.

Organização informal

E também em toda organização existem aspectos que não foram considerados e que
surgiram espontaneamente como resultado da comunicação mútua das pessoas na
organização. Por exemplo: costumes, tradições, normas sociais.

Então quando um colega do RH vai comer pizza com um vendedor na sexta-feira,


essa relação nasceu de forma espontânea, informal, sem pensar. No entanto, afeta a
organização, bem como os aspectos formais.

Tipos de organizações segundo setores econômicos: primeiro, segundo e terceiro


setores

Nas bases da administração, esses assuntos às vezes estão em concursos.

Primeiro setor (governos)

O primeiro setor refere-se às autoridades públicas. Órgãos administrativos distritais,


municipais, estaduais e federais fazem parte desse grande bloco. Isso significa prefeituras e
suas secretarias, governos e suas secretarias, e o governo federal e seus ministérios. Aí vem
a autarquia e os espaços públicos.

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Noções Básicas De Administração Geral

Outro setor (empresas)

O segundo setor é composto por empresas privadas. Seja comercializando produtos


ou prestando serviços, são instituições com fins lucrativos. Este quarteirão pode acomodar
uma empresa de jardinagem, um banco, pequenos e grandes mercados ou mesmo uma
grande empresa multinacional. Se uma empresa está registrada na Junta Comercial, ela
pertence a outro setor.

Terceiro setor (organizações não-governamentais)

Como o primeiro setor não pode consistentemente fornecer bens e serviços à


população de maneira satisfatória, organizações privadas não-governamentais e
organizações sem fins lucrativos trabalham com o desenvolvimento de serviços públicos
para cumprir os princípios básicos direitos cidadania. Assim, é uma sociedade que se
organiza para tentar satisfazer necessidades comuns que não são satisfeitas pelo Estado.
Isso significa que o terceiro setor necessariamente trabalha com questões de interesse
social.

O que é uma empresa

Uma empresa é uma organização que estuda uma indústria e fornece bens/serviços à
sociedade com fins lucrativos.

Como o gerente obtém informações

O conhecimento do gerente vem da leitura, observação, técnicas, metodologia.

A teoria do livro sempre se aplica à aquisição de conhecimento do administrador do


sistema, mas ele também se baseia na observação de fatos cotidianos, ou seja, suas
próprias experiências. Além disso, existem técnicas e métodos de gestão que podem ser
implementados para que ele possa desempenhar bem suas funções.

Conceitos de tarefas administrativas: planejar, organizar, dirigir e controlar

Vários recursos já foram inventados durante o desenvolvimento da gestão. As funções


gerenciais comuns hoje são planejamento, organização, direção (ou liderança) e controle.

O processo de gestão é cíclico, dinâmico e interativo.

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Noções Básicas De Administração Geral

É importante observar que o que você vê a seguir é apenas uma introdução ao


assunto esperado de um texto sobre fundamentos de negócios e seus conceitos. O processo
administrativo inclui mais detalhes e é mais complexo.

- Planejamento

- Organização

- Controle

- Controle

- Eficiência, Eficácia e Eficiência

- Eficiência

- Eficiência

- Eficiência

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Conceitos básicos de administração pública

Conceitos básicos de
administração pública

MÉRITO
Apostilas 1
Conceitos básicos de administração pública

A administração pública é definida como o poder de gestão do país, incluindo


o poder de legislar e cobrar impostos, fiscalizar e regular por meio de suas insti -
tuições e outras instituições; sempre visa a serviços públicos eficazes. A adminis -
tração é definida por um arcabouço jurídico-sistêmico baseado na constituição,
leis e regulamentos. Originou-se na França no final do século 18, mas com o de -
senvolvimento do estado de direito, tornou-se um ramo autônomo do direito. Ba -
seia-se nos conceitos de serviço público, autoridade, poder público e particularida -
de da jurisdição.

Os princípios norteadores da administração pública e do próprio direito admi -


nistrativo foram os da separação das autoridades administrativas e judiciária; da
legalidade; da responsabilidade do poder público; e, decisões executórias dos atos
jurídicos, emitidos unilateralmente.

Um problema comum na administração pública é que as decisões executórias,


através das criadas autoridades administrativas (criadas através da separação
destas das autoridades judiciárias, o que foi um dos princípios norteadores dessa
atividade), frequentemente conferem privilégios à administração pública, contra-
pondo-se ao ideal de igualdade perante a lei. Essas prerrogativas e privilégios que
lhe são outorgadas, permitem-lhe assegurar a supremacia do interesse público so-
bre o particular. É importante, assim, que decorra da lei o fundamento para as de -
cisões administrativas.

Gestor público

O gestor público tem como função gerir, administrar de forma ética, técnica e
transparente a coisa pública, seja esta órgãos, departamentos ou políticas públi -
cas visando o bem comum da comunidade a que se destina e em consonância
com as normas legais e administrativas vigentes.

Modelos

Na Europa, existem basicamente quatro modelos de gestão da administração


pública, o modelo nórdico (Dinamarca, Finlândia, Suécia e Países Baixos), o mode-
lo anglo-saxão (Reino Unido e Irlanda), o modelo renano ou continental (Áustria,
Bélgica, França, Alemanha e Luxemburgo) e o modelo mediterrâneo (Grécia, Itália,
Portugal e Espanha).

Fora da Europa, países de colônia inglesa quase em sua totalidade adotam o


modelo anglo-saxão. Na América Latina a preferência é o modelo mediterrâneo, a
exemplo do Brasil. Na Ásia, especialmente no Japão e na Coreia do Sul adotam um
modelo semelhante ao renano e ao mediterrâneo.

2
Conceitos básicos de administração pública

Modelo mediterrâneo

O modelo mediterrâneo é mais focado no sistema de carreira, se caracteriza


pelo baixo status do funcionalismo, forte intervenção da política na administração
e níveis elevados de proteção ao emprego.

Modelo nórdico e anglo-saxão

O modelo nórdico e anglo-saxão são semelhantes com algumas diferenças, é


mais focado no sistema de emprego, adota o alto status do funcionalismo público,
baixa intervenção da política na administração, níveis elevados de empregabilida -
de e seguro-desemprego. Em relação aos níveis de emprego, os modelos nórdico e
anglo-saxão apresentam níveis elevados, sendo o nórdico melhor para a redução
das desigualdades. No caso nórdico, é adotada uma alta descentralização e inde -
pendência dos serviços (modelo de agência).

Modelo renano ou continental

O modelo renano apresenta um meio termo, adota elevado status do funcio -


nalismo público com alta interferência de sindicatos, que são considerados uma
categoria especial.

Regime jurídico-administrativo (estatutário) e regime contratual tra -


balhista.

Entre o pessoal da administração pública há diferenças importantes relativa-


mente ao direito pertinaz ao exercício da função, diferenças estas que variam em
razão do regime jurídico no qual se insere o agente público; chama-se regime es -
tatutário o do exercente de cargo público, e as bases deste regime são as mesmas
do regime jurídico-administrativo comum. O servidor público - denominação con-
cedida ao ocupante de cargo público, logo submetido a regime estatutário - se
distingue do empregado público, que, apesar de também ser espécie do gênero
agente público, é regido pela legislação contratual trabalhista (no Brasil, por
exemplo, o empregado público mantém suas relações jurídicas com base na Con-
solidação das Leis Trabalhistas (CLT) - daí o neologismo celetista); a tabela abaixo
mostra as principais diferenças entre referidos regimes:

Regime jurídico-administrativo Regime contratual trabalhista


Legislação estatutária Legislação de direito privado
Ênfase na habilitação literária Ênfase na experiência profissional

3
Conceitos básicos de administração pública

Estabilidade Rotatividade (foco no contrato)


Promoções reservadas Promoções abertas
Remuneração por estatuto Remuneração por contrato (acordo
coletivo)
Progressão salarial Sem progressão salarial
Foco na lealdade, nos procedimentos e Foco nos resultados e no desempenho
na objetividade
Seguridade específica Seguridade igual ao do setor privado
Participação de sindicatos Participação de sindicatos da mesma
regulamentada forma do direito privado

Quanto ao Brasil, o país adotou ao longo de sua história três modelos de ad-
ministração do Estado: o patrimonialista, em que não havia diferenciação entre os
bens públicos e privados; o burocrático, advindo da desorganização do Estado na
prestação dos serviços públicos, além da corrupção e do nepotismo; e por fim, o
modelo gerencial, fruto das mudanças da segunda metade do século XX. Esse mo-
delo, apesar de não ser estático, se encontra dessa maneira no Brasil, visto que a
influência do Direito Administrativo francês acaba por lhe conferir uma maior rigi -
dez organizacional. Contudo, o país também sofreu interferências norte-america -
nas, através do presidencialismo, o que imprimiu uma flexibilidade e politização
na Administração brasileira.

Apenas, com a Carta Magna de 1988 que a legislação tornou-se mais rígida
em relação à burocracia. A "reestruturação das bases do projeto brasileiro", para a
inovação do modelo administrativo, só veio com a implantação do "Plano Diretor
da Reforma do Aparelho do Estado" (PDRAE), em 1995. Essa mudança não despre -
zou as características dos antigos modelos, entretanto, seu avanço se garantiu
pela implementação de uma administração mais autônoma e responsável perante
a sociedade.

O modelo gerencial de administração pública ou simplesmente gerencialismo


é meio de implementação das políticas públicas previamente desenvolvidas e
aceitas pela organização. Neste modelo, a administração pública passa a enfatizar
a eficiência, a qualidade e a efetiva concretização do regime democrático, medi -
ante a participação mais intensa dos cidadãos.

A administração no Brasil aconteceu de três formas, sendo a primeira na épo -


ca do Império; a administração pública patrimonialista onde o Estado nomeava
pessoas de confiança e altos-oficiais para exercer cargos políticos. Esta fase é se -
guida, após a instalação da república, pelo nepotismo e grande corrupção no ser -
viço público, indo até a Constituição de 1934. Já na Era Vargas, houve a adminis -
tração pública burocrática, com a finalidade combater a corrupção e o nepotismo,
orientando-se pelos princípios da profissionalização, da ideia de carreira, da hie -

4
Conceitos básicos de administração pública

rarquia funcional, da impessoalidade, do formalismo, características do poder raci-


onal legal. Atualmente, há uma transição para a administração pública gerencial,
a qual busca a otimização e expansão dos serviços públicos, visando a redução
dos custos e o aumento da efetividade e eficiência dos serviços prestados aos ci -
dadãos.

Nos termos da Constituição brasileira de 1988, a administração pública deve


seguir os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e efi -
ciência.

Aspectos objetivo e subjetivo

Para alguns doutrinadores brasileiros, a administração pública é conceituada


com base em dois aspectos: objetivo (também chamado material ou funcional) e
subjetivo (também chamado formal ou orgânico):

Sentido objetivo, material ou funcional (de atividade): a administração pú-


blica é a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve para a consecu-
ção dos interesses coletivos, sob regime jurídico de direito público. Neste sentido,
a administração pública compreende atividades de intervenção, de fomento, o
serviço público e o poder de polícia.

Sentido subjetivo, formal ou orgânico (de pessoa): a administração pública


é o conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes, aos quais a lei atribui o exer -
cício da função administrativa do Estado. Neste sentido, a administração pública
pode ser direta, quando composta pelos entes federados (União, Estados, Municí -
pios e DF), ou indireta, quando composta por entidades autárquicas, fundacionais,
sociedades de economia mista e empresas públicas.

O sentido subjetivo do termo foi o preferido do legislador brasileiro, como se


observa no Decreto-lei nº 200/67 e na Constituição de 1988.

Administração tributária

Administração tributária, enquanto saber vinculado ao conhecimento científi -


co de administração, é o negócio público associado à estruturação e articulação
de meios estatais em torno de processos que visam à obtenção de rendas em fa -
vor da esfera pública mediante a exploração econômica de bases tributárias que
sustentem os seus objetivos e propósitos.

5
Conceitos básicos de administração pública

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu artigo 37,


incisos XVIII e XXII, estabelece que:

XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de


suas áreas de competência e jurisdição, precedência (prioridade) sobre os demais
setores administrativos, na forma da lei;

XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal


e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por
servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de
suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento
de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.

O Poder Constituinte, ciente da importância do tema, concedeu à administra-


ção tributária status constitucional, prevendo precedência administrativa, essenci -
alidade ao funcionamento do Estado e recursos prioritários para realização das
suas atividades. Cabe à administração tributária prover o Estado com os recursos
financeiros necessários ao funcionamento das instituições do três Poderes da Re -
pública, bem como à implementação das políticas públicas.

Encontra-se em discussão na Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda à


Constituição nº 186/2007 (PEC 186/2007). De acordo com essa PEC, lei comple -
mentar estabelecerá as normas gerais aplicáveis à Administração Tributária da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dispondo inclusive sobre
direitos, deveres, garantias e prerrogativas dos cargos de sua carreira específica.
Além disso, às Administrações Tributárias da União, dos Estados, do Distrito Fede -
ral e dos Municípios serão asseguradas autonomia administrativa, financeira e
funcional e as iniciativas de suas propostas orçamentárias dentro dos limites esta -
belecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

6
Conceitos básicos de administração pública

Referências/ Leitura recomendada

https://www.significados.com.br/administracao-publica/

https://brasilescola.uol.com.br/politica/administracao-publica.htm

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Conceitos básicos de administração pública

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Fundamentos de Administração

Fundamentos de Administração

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Fundamentos de Administração

A gestão deve ser definida: é o processo de trabalhar com pessoas para alcançar objeti-
vos organizacionais e pessoais. Para Drucker, "a administração tornou-se um fator decisivo na
produção". As tarefas mais importantes do administrador são:

Planejar: Definir metas alcançáveis e decidir quais ações precisam ser tomadas.

Organizar: Reúna recursos e informações necessárias para atingir os objetivos definidos.


Ø Liderar/Direcionar: Estimular, direcionar, motivar, inspirar e comunicar com os grupos.

Gestão: Monitore o progresso e faça as mudanças necessárias. Os níveis de desempe-


nho são os seguintes:

– Estratégico: alta direção, CEO e diretores, trabalham em nível organizacional, em nível


organizacional;

– Tático: trabalha em nível de gerência intermediária, nível de processo;

– Funcional: O nível de controle abrange uma atividade ou tarefa específica no nível ope-
racional. As habilidades necessárias que as escolas de administração devem transmitir aos seus
alunos em todos os níveis:

* Comunicação interpessoal, expressão correta em alguns documentos técnicos e inter-


pretação da realidade das organizações;

* Raciocínio lógico, crítico e analítico que trabalha com valores e formulações matemáti-
cas e cria relações formais e causais entre fenômenos;

* Criatividade e inovação em diferentes contextos organizacionais e sociais;

* Entendimento abrangente, sistemático e estratégico da unidade administrativa e sua re-


lação com o ambiente externo;

* Capacidade de lidar com modelos de negócios inovadores;

* Resolução de problemas e desafios organizacionais com flexibilidade e adaptabilidade;

* Organização de atividades e programas; identificar e mensurar os riscos para a tomada


de decisão;

* Seleção de estratégias de ação adequadas ao atendimento de interesses interpessoais


e institucionais;

* Seleção de procedimentos que favoreçam formas de atividade que promovam objetivos


comuns.

Eu me pergunto se os programas pedagógicos nas escolas de negócios têm alguma co-


nexão com as habilidades necessárias para incentivar e, francamente, não vejo nenhuma cone-
xão entre esses assuntos, como comunicação interpessoal, raciocínio lógico, criatividade e ino-
vação. prof. A gestão Falcon é a resolução de problemas, existem bons e maus que respondem
2
Fundamentos de Administração

a anomalias operacionais, "a gestão deve garantir que problemas ruins ocorram em quantidades
decrescentes ou sejam eliminados". Os métodos de solução podem ser Six Sigma (seis sigma),
que consiste em DMAIC, que é usado na GE, Ambev e outros, definir, medir, analisar, melhorar
(melhorar) e controlar; ou encontre uma solução através do PDCA - Plan, Do, Control and Act ou
Translate, Plan, Implement, Control and Act, que é a alma do Sistema Toyota de Produção. Ob-
serve que funções, níveis organizacionais e conhecimentos e habilidades de gerenciamento são
aplicáveis a qualquer tipo de negócio ou organização.

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Funções da administração

Funções da administração

MÉRITO
Apostilas 1
Funções da administração

Existem 4 Funções Administrativas, chamadas de funções básicas do PODC


‘Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar’.

Elas fazem parte de um grande universo de ações, as quais o gestor deverá


tomar para manter a organização no rumo certo.

Planejar
Planejar quer dizer estabelecer os objetivos da empresa e por quais caminhos
ela percorrerá para atingir eles, afinal, nada deve ser decidido de improviso.

É preciso pensar, analisar a situação de forma que o seu planejamento será


baseado em dados reais com fontes confiáveis e bem estruturadas.

Analisando e planejando as suas ações, como questões internas da empresa,


levando em conta a real situação do mercado na hora de planejar.

Muito diferente da maioria das pessoas, o planejamento não abrange, apenas


intuição do administrador/gestor, sendo necessário realizar um estudo mais com -
pleto, colocando em pauta as suas projeções o máximo possível.

Logicamente um gestor experiente ou intuitivo terá uma melhor capacidade


de interpretar os dados.

Porém, é sempre importante trabalhar com base em estudos e não somente


com intuição para ter um melhor planejamento.

Organizar
É preciso organizar para colocar o planejamento em prática, somente com or -
ganização é preciso lidar melhor com os recursos da empresa.

De forma que é preciso definir de que maneira será o projeto, como será feito,
como distribuí-lo entre as sessões da sua empresa e os seus empregados, sendo
necessário ter uma espécie de jogo com a produtividade e eficiência.

Ser eficiente no sentido, por exemplo, de fazer o trabalho no menor tempo e


com o menor desperdício possível, sem prejudicar a qualidade de entrega.

De forma que, para isso o administrador precisa de uma ótima capacidade de


organização individual e coletiva.

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Funções da administração

Outra funcionalidade deverá ser a aplicação de uma visão sistêmica e um


bom conhecimento sobre os processos produtivos do setor da empresa, conside-
rando as suas características essenciais.

A organização pode ser conceituada como a construção estrutural de uma


empresa por meio de dois pontos de vista:

- Recursos: podendo ser o quadro de colaboradores, materiais e matérias-pri -


mas, sem esses é quase impossível executar os planos estabelecidos pela organi -
zação;

- Operações: seriam as atividades e tarefas que deverão ser executadas, de


acordo com a definição de autoridade e responsabilidade de cada um dentro da
empresa.

A organização é uma espécie de instrumento de operacionalização do planeja -


mento, que viabiliza a transformação dos planos em objetivos concretos.

Sendo um meio coordenar os seus recursos, como por exemplo, os recursos fi -


nanceiros, humanos ou materiais.

Dirigir
Dirigir é uma função administrativa que quer dizer liderar, sendo considerado
como a capacidade de mobilizar os recursos humanos para que os resultados de -
sejados sejam atingidos.

Não sendo somente uma ferramenta que atua como distribuidora de tarefas,
mas, de influenciar e motivar os funcionários da empresa de maneira positiva,
sendo um meio incentivador utilizado por administradores brilhantes.

Nessa função o administrador é um líder que irá atuar com uma destreza e in-
teligência emocional.

Sendo importante ter essa capacidade de perceber as emoções dos outros e


comunicar as da empresa.

Sendo uma questão de fazer o possível para manter os funcionários super mo -


tivados e satisfeitos, sem prejudicar as finanças da empresa.

É através dessa influência, que o administrador faz com que seus colaborado -
res atendam ao que foi planejado.

É um processo interpessoal, que deseja ativar pessoas por meio de instru-


ções, motivação, comunicação, liderança e coordenação dos trabalhos, a direção
é uma das funções administrativas mais importantes.

3
Funções da administração

Controlar
Depois de planejar, organizar e dirigir as tarefas aos seus empregados, ter o
controle é uma espécie de garantia de que, na prática, o trabalho será bem execu-
tado e dará os resultados previstos.

Nessa função é criado os padrões de desempenho, medição do desempenho


atual.

A comparação entre o desempenho padrão e o atual e as possíveis ações cor -


retivas que visam redirecionar os esforços no caminho dos objetivos inicialmente
elaborados.

De forma que para administrar a sua empresa é preciso controlar a empresa


com uma excelente capacidade de análise, sendo fundamental se basear em nú -
meros.

Sendo importante pontuar que o uso de indicadores técnicos, proporcionará


melhores condições para uma avaliação fidedigna da situação da empresa, sendo
essencial que você preste atenção redobrada ao interpretar as planilhas.

Nessa fase será feito a verificação e avaliação do plano que já foi executado,
para que se possam ter correções.

O controle visa verificar se os objetivos foram alçados, a principal ideia do


controle é a ação corretiva e preventiva.

Há gestores que têm dificuldades em saber organizar a produção sofrendo


com o controle, pois, não sabem estabelecer e comparar parâmetros para saber
se está tudo certo.

É preciso que o gestor saiba lidar com o controle da empresa, sendo necessá -
rio buscar trabalhar com as suas capacidades, dando um foco em ações que pro -
venham de estabilidade.

O controle busca também o aprimoramento dessas funções, garantindo os pi -


lares da administração em perfeito equilíbrio, sendo importante investir em auto -
matização na gestão.

Uma forma mais eficaz de trabalhar com o controle da administração é adqui-


rir um software de gestão empresarial e fiscal para o negócio.

O que proporciona uma maior possibilidade de estruturação com um bom pla-


nejamento, garantindo segurança para o crescimento.

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Funções da administração

A Administração precisa das 4 Funções


Portanto, é preciso utilizar as quatro funções administrativas juntas para que
estas sejam eficientes.

Pois, junto à organização vem o planejamento, que ajuda na visão de futuro e


também nas ações a serem implementadas no seu negócio.

Bem como, o bom direcionamento e controle de todas as atividades e funções


da empresa, para que a sua administração seja mais produtiva e eficaz é funda -
mental utilizar das técnicas de maior sucesso.

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Funções da administração

Anotações:
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Eficiência, Eficácia E Efetividade Administrativa

Eficiência, Eficácia E Efetividade


Administrativa

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Eficiência, Eficácia E Efetividade Administrativa

Termos mais utilizados

Independente da sua especialidade, conhecer e compreender os termos mais utilizados


na sua rotina de trabalho é essencial para o sucesso da sua organização, principalmente na
hora de elaborar um planejamento estratégico. Portanto, separar os três Es da gestão pode ser
importante, por exemplo, ao planejar estratégias de gestão de equipes.

Como determinar a produtividade da equipe?

Quem precisa melhorar e quem já pode ser considerado um funcionário efetivo?

Se essas definições estiverem muito claras em sua organização, você poderá determinar
se uma determinada equipe ou funcionário está executando suas tarefas corretamente ou se
são necessárias mudanças para obter resultados mais satisfatórios. É importante fazer essa dis-
tinção para ter sucesso em suas atividades e tornar seus processos mais sustentáveis no longo
prazo. Saber qual funcionário é eficiente, eficaz ou produtivo é essencial se você deseja que sua
equipe entregue os melhores resultados.

O que significa eficiência, eficácia e eficiência?

Para entender melhor as diferenças entre os três Es e conseguir identificar e promover


essas qualidades em sua empresa, apresentamos cada um desses conceitos sob a ótica da
gestão e mostramos seus indicadores mais importantes.

Eficiência

Se o trabalho for feito da melhor forma, utilizando apenas os recursos disponíveis e sem
gastar mais do que o previsto, pode ser considerado eficaz. Em outras palavras, ao reduzir com
sucesso custos, perdas ou desperdícios de qualquer tipo durante uma determinada atividade, o
trabalhador é eficiente. O conceito de eficiência refere-se ao custo-benefício de uma operação e
consiste na característica de uma equipe que consegue produzir exatamente o que dela se es-
pera, realizando um trabalho de alta qualidade no tempo e no orçamento exigidos. Quanto me-
nos esforço for necessário para concluir uma tarefa, mais eficiente será o trabalho. Um sinal de
eficiência é, por exemplo, melhorar e otimizar os resultados industriais mês a mês com os mes-
mos recursos disponíveis anteriormente. Eficiência

Enquanto o conceito anterior está diretamente relacionado à otimização dos processos de


trabalho, fazendo o mesmo trabalho e ainda economizando dinheiro, a eficiência consiste em
utilizar todos os recursos disponíveis para apresentar o melhor trabalho possível e com isso pro-
duzir resultados positivos para sua empresa, faça o que você tem que fazer. Uma equipe eficaz
é aquela que faz o melhor uso possível de todos os recursos e prazos disponíveis. Digamos que
sua empresa tenha um orçamento de R$ 10.000 para um projeto específico de marketing. Se a
obra for efetiva, todo o orçamento garantirá que o resultado final seja o mais satisfatório possí-
vel. Nesse caso, a preocupação é com a qualidade do fornecimento em si, e não com a redução
2
Eficiência, Eficácia E Efetividade Administrativa

dos custos operacionais. Aqui, o foco está no desempenho que atinge as metas e objetivos origi-
nalmente definidos. Eficiência

Esse conceito reflete o melhor cenário possível para qualquer empresa: uma equipe efici-
ente. Na gestão, a eficiência é a capacidade de ser eficaz e eficiente ao mesmo tempo, ou seja,
atingir as metas definidas dentro do prazo e orçamento definidos e conseguir produzir um resul-
tado final que satisfaça a empresa. Eficiência significa, portanto, a capacidade de reduzir os cus-
tos operacionais de um determinado projeto, mas ainda garantir que o produto final seja o me-
lhor possível. Ou seja, combinar os dois conceitos anteriores de forma que a obra acabe econo-
mizando recursos e tempo da organização, mas sem perder nada em termos de qualidade. O
objetivo final deste conceito é, assim, a otimização dos recursos existentes, o que tem um im-
pacto positivo na empresa e permite atingir os objetivos originalmente traçados – garantindo o
real reconhecimento dos resultados alcançados.

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A Tecnologia E Sua Administração

A Tecnologia E Sua
Administração

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A Tecnologia E Sua Administração

Neste final de século, organizações públicas ou privadas de sucesso serão aquelas que
souberem escolher e usar corretamente a tecnologia para atingir seus objetivos.

À medida que a tecnologia se funde com os produtos e serviços que uma organização
produz, permitindo inovação, melhoria de qualidade e novas abordagens de relacionamento com
seu público-alvo (o cliente), sua gestão deve se tornar central para sua estratégia geral.

No entanto, em muitas organizações ainda existe uma lacuna muito grande entre as es-
tratégias e o uso da tecnologia, principalmente quando se trata de tecnologia da informação.

Tecnologia é o know-how, o conhecimento científico e a aplicação sistemática do conheci-


mento adquirido com a experiência e tradição na produção de bens/produtos/insumos e na pres-
tação de serviços.

A gestão da tecnologia - saber escolher e saber usar - constitui um processo decisório di-
recionado à adoção planejada de novas tecnologias e à manutenção de determinadas tecnolo-
gias, incluindo busca, avaliação, disseminação, implantação, monitoramento e controle. o uso de
tecnologias, as atividades que devem ser realizadas pela unidade competente da organização
no caso de tecnologia da informação, para que as atividades de negócios, estratégias e objeti-
vos da organização sejam totalmente compatíveis com a tecnologia e, principalmente, com a
tecnologia da informação.

Conceito de tecnologia da informação

Segundo Baker [Bak85], “Tecnologia da informação (TI) é o conjunto de recursos não hu-
manos dedicados ao armazenamento, processamento e transmissão de informações e como es-
ses recursos são organizados em um sistema capaz de realizar determinadas tarefas”. A tecno-
logia da informação não se limita a dispositivos (hardware), programas (software) e comunica-
ções de dados. Estão disponíveis tecnologias relacionadas a planejamento de TI, desenvolvi-
mento de sistemas, suporte de software, processos de fabricação e operacionais e suporte de
hardware.

Estratégias para o uso da tecnologia da informação na administração pública

Toda organização pública ou privada tem um público-alvo para o qual produz bens ou ser-
viços, muitas vezes conhecido como cliente. No caso das empresas, esse público é o consumi-
dor, no caso de uma organização pública, o público-alvo é finalmente o cidadão.

Em ambos os casos, o recurso gerenciado é a informação. Ao utilizar a TI no setor pri-


vado, o objetivo é utilizar as vantagens dessa tecnologia para obter uma vantagem competitiva
sobre os concorrentes por meio da eficiência interna e da competitividade da organização no
ambiente externo da organização.

2
A Tecnologia E Sua Administração

Uso estratégico da tecnologia da informação na iniciativa privada

Na empresa privada, a utilização dos recursos de informática era justificada pela expres-
são da língua inglesa "save money"- que recursos economizo: materiais, humanos, tempo, di-
nheiro ... - mas, nos tempos atuais, a expressão utilizada é "make money" - o que o uso da TI
possibilita em termos de produtos, serviços e mercados, plenamente justificados quando o obje-
tivo final é obter lucro.

Se para a organização pública não é vital o ganho de competitividade, qual a importância


da TI nessas organizações?

A resposta é simples: na perpetuação da organização pública em função dos serviços


prestados. Isto significa que, além de melhorias no ambiente interno da organização, pelo au-
mento da eficácia organizacional (agilização de processos, da estrutura, da comunicação e a eli-
minação da burocracia), o uso estratégico da TI e a administração dos recursos de informática
pode (e deve) melhorar o atendimento da população e os serviços prestados ao cidadão.

3
A Tecnologia E Sua Administração

Uso estratégico da tecnologia da informação na administração pública

Quando uma organização, pública ou privada, não consegue desempenhar adequada-


mente sua missão, surgem forças externas (concorrentes, no caso da organização privada; ou-
tras entidades - públicas, privadas ou governamentais, no caso da organização pública) que as-
sumem seu papel (fatia de mercado para o setor privado ou competência para o setor público)
levando à extinção (falência, na iniciativa privada ou deterioração, na área pública).

Se o Estado deixa de executar de forma eficaz seu papel, surgem grupos organizados que
proverão à população suas necessidades, passando a exercer um forte domínio sobre a
mesma, influenciando-a conforme seus interesses.

Portanto, a gestão da TI na administração pública deve vislumbrar não apenas o contexto


interno da organização que visa obter a eficácia organizacional, mas principalmente o ambiente
externo, que diferencia a qualidade dos serviços prestados ao cidadão, contribuindo para uma
atuação eficaz do poder público na área de atuação de sua competência.

Importância da Informação na Organização

Segundo Meirelles [Mei90], "a tendência natural é tentar medir o valor da informação pelo
quanto adicional ela traz, entretanto, o conceito mais amplo e correto é o custo de oportunidade
- quanto custa não a ter. Neste sentido, medir o valor da informação passa a ser um processo
semelhante ao de um seguro ou propaganda - quanto custa não ter". Portanto, nesta aborda-
gem amplamente utilizada, a informação é tratada como recurso, possuindo então custo e valor,
taxa de retorno, custo de oportunidade de não se ter a informação; pode existir uma sinergia ao
combinar dados cujo resultado final é maior que a soma das partes.

Independentemente do tipo de organização - privada ou pública - o administrador orienta


suas decisões de investimentos adotando o princípio da racionalidade econômica: obter o má-
ximo resultado com um dado montante de recursos ou minimizar este montante para obtenção
de um determinado resultado.

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Organograma

Organograma

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Organograma

O que é um organograma corporativo?

Um organograma é um método para estruturar grupos dentro de uma empresa.

O objetivo desta ferramenta é organizar as salas onde cada profissional é adicionado, e


também explicar em que nível os níveis de cada um devem se comunicar e satisfazer.

Deve fazer parte do planejamento estratégico da organização porque esclarece as


responsabilidades.

Um organograma é criado com caixas, cada uma contendo os cargos existentes na


empresa, como CEO, VP, Diretor, Diretor, Assistente, Estagiário, etc. Linhas conectam caixas
para mostrar a hierarquia.

Tal ferramenta proporciona uma visão panorâmica da organização e é interessante não


só para gestores, mas também para colaboradores de todos os níveis hierárquicos.

E em relação ao pessoal, como é a seleção e contratação da sua empresa?

É importante contratar os parceiros certos para garantir um organograma unificado. A


Gupy oferece as melhores soluções de recrutamento, seleção e integração para sua equipe
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Quais são os principais modelos desta ferramenta?

Embora a proposta organizacional permaneça a mesma em todos eles, os desenhos


dos organogramas são diferentes. Em seguida, distinguimos alguns dos mais importantes
utilizados no mercado empresarial.

Clássico

O design clássico desta ferramenta é vertical e coloca o CEO ou CEO no topo da


pirâmide. Abaixo estão os líderes empresariais, administrativos ou técnicos, seguidos pelos
executivos e suas equipes.

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Organograma

Horizontal

O organograma horizontal também representa as hierarquias da empresa. No entanto,


a estruturação é feita de lado, não de cima para baixo. O objetivo é mostrar que as relações
de poder são menos importantes, sem perder a ideia de organização.

Círculo

Neste modelo, a importância do trabalho em equipe é enfatizada ao mostrar os lugares


próximos uns dos outros em um círculo. No centro do círculo está o CEO ou Presidente, e o
restante da hierarquia se move para as extremidades do modelo.

Indústria

O organograma industrial segue a mesma fórmula do tradicional, com a diferença de


que se refere a um setor específico de uma empresa. É indicado para grandes empresas
com equipes bem estruturadas e muitos especialistas.

Matriz

Pode ser utilizada em projetos especiais para mostrar quais áreas trabalham em con-
junto e a quem são responsáveis.

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Fluxogramas

Fluxogramas

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Fluxogramas

O que é Fluxograma?

O fluxograma é uma representação gráfica que descreve etapas de um determinado


processo, deixando mais clara a visualização deste.

Ele é estruturado por símbolos geométricos que simbolizam quais são os materiais,
serviços ou recursos envolvidos nos processos e quais são as direções a serem seguidas
para que o resultado (produto ou serviço) seja atingido.

É uma representação teórica de como funciona o processo, de forma que quando o


responsável for ao Gemba, ele poderá conferir se a representação teórica condiz com a
prática de como o processo está acontecendo.

Qual é a função de um fluxograma?

A principal função de um fluxograma é mapear e medir processos de forma


segmentada, compreensível e simples. Nesse sentido, o objetivo de um fluxograma é
representar cada etapa do processo por meio de símbolos e desenhos. É por isso que um
fluxograma é uma ferramenta muito importante.

Como o fluxograma é utilizado nas diferentes regiões?

Por ser uma representação visual simples que deve ser interpretada, existe um
fluxograma em uma grande variedade de campos, como:

• IT (programação): Na programação, o objetivo de um fluxograma é visualizar a


execução do código de forma mais simples maneira, para mostrar a organização do código,
e de muitas outras maneiras.

• Vendas: o fluxograma é utilizado, entre outras coisas, para mapear o processo de


vendas, realizar pesquisas, planejar estratégias.

• Design: fluxograma é usado para descrever fluxos de processo, estrutura de avaliação


do ciclo de vida, apresentação de protótipo de produto.

• Negócios: Fluxogramas são usados para documentar processos, compreender o


comportamento do cliente, descrever tarefas e muito mais.

• Educação: Fluxogramas são usados para desenvolver projetos, planejar cursos,


preparar planos de aula e muito mais.

Como fazer um fluxograma?

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Fluxogramas

Para ajudá-lo a aprender a criar um fluxograma de maneira fácil, criamos alguns


passos que você pode seguir para criar seu mapeamento. Vamos até eles?

1. Defina o processo para representar

Primeiro, você deve decidir qual processo ou família de produtos mapear. Você
costuma escolher o processo mais problemático, o de maior volume, porque se você pode
medir e melhorar o processo, basta duplicar processos menores.

Outra vantagem é que todas as mudanças nesses processos são significativas em


termos de qualidade e quantidades de entrega.

2. Defina o escopo do projeto

Para definir o escopo do projeto, você deve definir o início e o fim do projeto, qual o
nível de detalhamento necessário, se é micro ou macro, quais detalhes são necessários,
quem você precisa entregar e o que você precisa remover desse processo.

Desta forma, não surgem problemas relacionados com a falta de detalhes ou falta de
detalhes adicionais e informações desnecessárias dependendo do processo.

3. Identificar as atividades

Nesta etapa do fluxograma, você deve definir as atividades que ocorrerão no processo
e organizá-las da melhor forma.

Isso significa analisar como cada função é processada e sua importância, para então
definir uma ordem que torne o processo mais flexível.

4. Desenhando Símbolos

Como você já pode ver, um fluxograma é uma representação gráfica. Portanto,


símbolos são usados para representar as etapas do processo e as decisões a serem
tomadas.

É preciso desenhar corretamente para que todo o processo fique claro, pois existem
simbologias padronizadas para cada tipo de informação.

Dessa forma, a leitura do mapa torna-se internacional, permitindo que qualquer pessoa
familiarizada com a ferramenta interprete seu fluxograma e entenda os processos e etapas
envolvidos.

3
Benchmarking

Benchmarking

1
Benchmarking

Benchmarking significa ponto de referência em português. É um processo de pesquisa


entre empresas do mesmo setor que analisa o desempenho de seus produtos, processos e ser-
viços em comparação com seus concorrentes. Esta tarefa de vigilância do mercado considera a
análise, interpretação, avaliação e mensuração dos dados coletados. Para criar uma verdadeira
inteligência de marketing, você precisa entender o que os dados significam e como eles podem
beneficiar seus negócios. Geralmente, cada empresa identifica os fatores que afetam seu de-
sempenho e, em seguida, define os principais indicadores de desempenho (KPI) da indústria ou
do mercado relacionados a esses fatores. Assim, eles servem como um “benchmark” ou bench-
mark contra o qual a equipe de marketing pode desenvolver iniciativas que melhorem o posicio-
namento da empresa ou aumentem sua participação no mercado. Conheça os tipos básicos de
benchmarking

Para implementar essa estratégia, é importante entender que existem muitos tipos de
benchmarking e cada um vai ajudar o seu negócio de uma forma diferente. Por isso apresenta-
mos os mais comuns e como funcionam.

Competitivo

Para esse tipo, o objetivo é usar os concorrentes como parâmetro. O objetivo é medir
como uma empresa ou produto está posicionado em relação àqueles que competem direta-
mente pelos clientes. A melhor opção é usar dados oficiais e amplamente divulgados, como
renda e crescimento em geral.

O benchmarking geral pode ser aplicado quando existem processos semelhantes, mesmo
que não concorram no mercado. Em alguns casos, eles nem criam o mesmo produto. No en-
tanto, a comparação é válida para encontrar áreas de melhoria.

Ativo

A versão funcional busca etapas que podem ser aplicadas a qualquer negócio, mesmo
que não sejam similares ou concorram no mesmo mercado. Por exemplo, a gestão financeira
deve ser realizada da melhor maneira possível de qualquer maneira, para que possa ser usada
como ilustração.

Interno

No caso de um caso interno, são analisados os ramos de atuação da empresa. Por exem-
plo, em um escritório de comunicação, é possível comparar áreas de desenvolvimento e servi-
ços para entender o nível de produtividade e outros resultados.

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Benchmarking

Cooperação

Esse tipo de benchmarking ocorre quando duas empresas se associam para trocar expe-
riências. Por exemplo, se uma empresa tem muito sucesso em relacionamento e a outra em
vendas, elas podem explorar cases e estratégias para crescerem juntas. Entenda os princípios
do benchmarking

Coletar e comparar dados não é suficiente para fazer essa comparação. É necessário se-
guir certos princípios éticos para garantir não só que o processo seja realizado corretamente,
mas também os resultados.

Legalidade

É importante que todas as informações sejam obtidas de forma legal e aberta. Caso ve-
nham a ser exigidos por qualquer empresa, questões como precificação e manipulação de mer-
cado devem ser cuidadosamente discutidas. Compensação

Se forem solicitadas informações precisas, é aconselhável fornecer informações seme-


lhantes em troca. Manter a integridade é essencial, assim como o senso de parceria e colabora-
ção.

Confiança

Todas as informações de benchmark devem ter o propósito de aprendizado, aprendizado


e desenvolvimento. Como prejudicar concorrentes é antiético, a confidencialidade é obrigatória.
Se a empresa não concordar em divulgar as informações, elas devem ser ocultadas. Entrar em
contato; entrar em contato

Para melhorar os resultados, o ideal é que as informações circulem nos chamados conta-
tos de benchmarking. A escolha de profissionais especializados de ambas as partes garante que
as informações não vazem e a necessidade de coleta de dados seja atendida. Preparação

Para aproveitar os benefícios do benchmarking, é preciso mostrar disposição. Saber


quais dados são necessários, como são usados e por que são importantes são postos-chave
para o uso eficiente dos recursos.

Por que isso é tão importante para as empresas?

Dito isso, a comparação é natural. Para crescer e nos desenvolver, queremos saber como
nos posicionamos em relação aos outros. Este é um fator decisivo para as empresas, pois as
impulsiona para a melhoria dos processos. É uma forma de desenvolver suas estratégias com
base no conhecimento de seus concorrentes. No entanto, isso não significa que tudo o que um

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Benchmarking

concorrente faz é melhor para o seu negócio. Uma abordagem excessivamente reativa aos re-
sultados do benchmarking pode até ser contraproducente. No entanto, se usado corretamente,
pode haver inúmeros benefícios. Alguns exemplos:

- Revisar a abordagem atual das ferramentas de marketing e identificar as áreas que pre-
cisam ser alteradas e aprimoradas;

- Encontrar práticas de sucesso em empresas que já possuem conhecimento consolidado


sobre determinado assunto;

- Identificar novas tendências e seguir em frente;

- Obter novas referências de empresas que atuam no mesmo segmento que você;

- Obter uma base argumentativa para discutir a direção de novos investimentos no futuro;

- Criar um plano para desenvolver novas estratégias e capacidades que colocarão a em-
presa no caminho do crescimento. Como o benchmarking se compara ao marketing digital

Para se destacar no universo da internet e utilizar todas as ferramentas do marketing e da


comunicação digital para o sucesso do seu negócio, você deve criar uma espécie de manual
para analisar a eficácia das suas estratégias digitais em comparação com outras empresas que
são referências no assunto.

Quer melhorar seus resultados e avançar em um ponto que para?

Quer se trate de geração de leads, tráfego, presença na mídia social ou classificação de


pesquisa orgânica do seu site, o benchmarking digital é uma ferramenta incrível que fornece in-
formações valiosas para ajudá-lo a corrigir o que não está funcionando e seguir em frente. Isso
não quer dizer que você seja refém da concorrência e foque toda a sua estratégia de negócios
nesse aspecto. Aqui é importante usar os dados obtidos no monitoramento das estratégias digi-
tais utilizadas no mercado a seu favor.

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Empowerment

Empowerment

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Empowerment

O que é empoderamento?

O termo empowerment vem do verbo inglês “empower”, que significa dar a alguém o po-
der ou autoridade para fazer algo. Você já deve ter ouvido essa palavra também chamada de
reforço. Se você pensar dessa maneira, pode se relacionar a diferentes situações. Por exemplo,
para uma empresa, essa condição é a delegação de autoridade aos funcionários da organiza-
ção. Quando bem utilizada, essa é uma estratégia muito eficaz para quem busca treinar e de-
senvolver seus colaboradores. Além dessa definição, o termo Empowerment também vem da
economia empresarial e se configura quando o ponto de partida básico da organização é adotar
um modelo de gestão mais descentralizado, ou seja, o poder de decisão não está nas mãos de
apenas uma pessoa uma pessoa ou um pequeno grupo de pessoas, geralmente em uma posi-
ção de liderança.

No fundo, encontramos uma estratégia que visa dar cada vez mais poder e formação a
todos os profissionais da empresa com o objetivo de desenvolver a autonomia necessária para
uma tomada de decisão verdadeiramente convincente e uma gestão de tarefas responsável e
ao mesmo tempo otimizada.

É principalmente um modelo de liderança baseado na confiança, onde os profissionais


em cargos de liderança se comprometem a direcionar pessoas para suas equipes com o obje-
tivo de que cada indivíduo desenvolva continuamente sua maturidade profissional e comece a
crescer em harmonia com a organização.

Portanto, o objetivo da delegação é delegar novas responsabilidades a alguém, enrique-


cer seu cargo com novas funções, deveres ou tarefas. A aplicação desse conceito dá mais auto-
nomia, permitindo que as pessoas tomem decisões e desenvolvam habilidades para alcançar
posições mais altas na organização. Como funciona a coerção? Agora que você já conhece um
pouco sobre o conceito de Empowerment, segue abaixo uma introdução de como ele funciona e
como aplicá-lo no seu negócio. Fique conosco e descubra:

Poder descentralizado

Como todos sabemos, as relações de poder se desenvolvem dentro de uma empresa e


fazem parte de quase todos os ambientes de trabalho. Porém, ao implementar a estratégia exe-
cutiva, também ocorre de forma que as decisões não fiquem apenas nas mãos dos empresários,
gerentes e supervisores. Como vimos nos parágrafos anteriores, o modelo de gestão passa de
autocrático para descentralizado, ou seja, o funcionário não está mais em uma posição de sim-
plesmente cumprir ordens, mas, ao contrário, está totalmente envolvido no processo de tomada
de decisão, conscientemente sobre seus deveres e responsabilidades mais importantes. Isso
alcança um benefício significativo em termos de produtividade, pois o cumprimento de suas ne-
cessidades não depende da presença e pressão constante de seu gerente direto.

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Empowerment

Desenvolvimento de habilidades

Para realmente implementar e implementar o conceito de empowerment nas organiza-


ções, é necessário investir fortemente no desenvolvimento de habilidades e competências em
geral. Isso é importante porque contribui significativamente para que os colaboradores sintam
que podem tomar decisões com rapidez, segurança e, sobretudo, estrategicamente, pois con-
tam com suporte, informações, técnicas e conhecimento para isso.

Investir nesse processo significa investir em uma gestão efetiva de talentos, onde a em-
presa oferece às suas profissionais oportunidades reais de desenvolvimento não só na carreira,
mas também na vida pessoal. Além disso, incentiva a se manter em constante aprendizado, su-
perar com maestria limitações e desafios, sempre atingir metas, objetivos e resultados excepcio-
nais.

O despertar dos líderes

Outro ponto em que vale a pena investir, e sem o qual não haverá realização na em-
presa, é estimular e despertar nas pessoas uma gestão eficaz, deixando o papel de motivar os
colaboradores da empresa nesse sentido especificamente para os gerentes e supervisores.

Desenvolver o sentido de liderança em cada pessoa permite que a liderança ocorra de


fato de forma distribuída, como sugere o conceito de empowerment, pois seu principal objetivo,
como o próprio nome sugere, é capacitar as pessoas para que se tornem mais proativas e capa-
zes de ação independente.

Assim, o gestor tem plena consciência de que ninguém chega a lugar nenhum sozinho e
direciona suas forças e ações para tornar sua equipe mais independente e pronta para superar
e vencer os desafios do dia a dia dos negócios.

Motivação constante

Por último, mas não menos importante, um dos fatores chave no processo de capacita-
ção dos colaboradores é a motivação contínua, na qual a própria organização deve investir. E
isso acontece por meio de atividades que também promovem o autodesenvolvimento e o al-
cance de metas nas atividades da empresa.

Isso é feito todos os dias por meio de um feedback constante, que permite ao profissional
entrar em um processo de melhoria contínua, o que certamente o faz sentir-se valorizado, pois
ao mostrar os pontos onde falha e acerta, o empoderamento da empresa mostra que ele en-
tende a importância de seus funcionários para o sucesso da empresa.

Ao investir nela, você começará a obter bons resultados ao longo do tempo na forma de
um clima organizacional positivo e harmonioso e, consequentemente, no crescimento da produ-
tividade.
3
Empowerment

Vantagens do empowerment

A prática do empoderamento oferece diversas vantagens tanto para o funcionário quanto


para os empregadores. Já falamos de algumas delas, mas existem mais! Confira todos os bene-
fícios abaixo:

Autonomia dos colaboradores

A empresa entrará para um processo de gestão participativa em que todos têm voz. Dessa
maneira, o funcionário terá o sentimento de pertencimento e se sentirá mais responsável pelas
suas ações e também pelas consequências delas.

Desenvolvimento profissional

O empoderamento é um dos fatores que ajudam a motivar e estimular as habilidades e ca-


pacidades individuais. Claro que se existem novas responsabilidades é preciso treinar o funcio-
nário para que ele possa se adequar corretamente a elas. Ensinar novas ferramentas e oferecer
treinamentos são algumas das ações que a empresa deve oferecer nessa fase de preparação
ou de costume com as novas funções. E se o colaborador quiser aprender por conta própria
também é válido.

Autoconfiança

A partir do momento em que a pessoa está empoderada, ela também está com a autocon-
fiança bem construída e embasada. Com isso, será mais fácil para ela acreditar nas habilidades
e capacidades.

Proatividade

Um funcionário que tem confiança em si e que recebeu confiança da empresa, quando ob-
teve novas atribuições, terá mais estímulo para ser proativo. O processo de criação, desenvolvi-
mento e aplicação de ideias novas será natural e contribuirá consideravelmente para o pro-
gresso dos indicadores da organização.

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Empowerment

Resultados da área e da empresa

O exercício do empoderamento está cada vez mais presente na rotina dos gestores, que
desejam preparar suas equipes e organização para receber novas responsabilidades e contri-
buir para o crescimento acelerado da empresa, alcançando resultados satisfatórios de maneira
acelerada.

Feedback

Não basta dar novas funções e autonomia aos funcionários sem saber o retorno disso. O
famoso feedback é essencial para avaliar se as novidades da vida profissional do colaborador
estão de acordo com as expectativas dele e se ele está conseguindo cumpri-las sem problema.
Com essa verificação regular é possível planejar ações e novas maneiras de melhorar o traba-
lho.

Otimização diária

Quem está com mais controle das suas funções e está com o sentimento de pertencimento
também terá mais vontade de progredir todos os dias. A evolução do trabalho, do ambiente e
dos seres humanos é diária.

Fluxo de comunicação

Gera uma comunicação mais clara e eficiente, além de contribuir para um ambiente mais
propício para feedbacks e troca de ideias;

Clima organizacional positivo

Tudo que falamos até agora sobre um funcionário empoderado são benefícios que podem
ser vistos por ele mesmo, pelos colegas de área e pela empresa como um todo. O colaborador
que está satisfeito com o seu trabalho e com o local em que o exerce suas funções transpare-
cerá isso com as suas ações, podendo até estimular outros a fazerem o mesmo. Esse clima har-
monioso é muito vantajoso para todos da equipe, contribuindo para melhorar o clima organizaci-
onal.

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Empowerment

Relação empresa colaborador

Com o passar do tempo, o empoderamento é capaz de criar e estreitar a conexão do funci-


onário e da empresa. É uma maneira de disseminar a cultura da organização de forma natural e
agradável.

Empoderamento para as empresas

O Empowerment é uma excelente maneira das empresas começarem a descentralizar as


decisões e estabelecerem um estilo de gestão mais participativa. Com o tempo, os colaborado-
res ficam mais autossuficientes e mais preparados para ocupar um cargo de liderança.

Apesar de parecer que os proprietários da organização estão apenas concedendo mais li-
berdade aos funcionários, a situação é mais complexa do que isso. O empoderamento é uma
maneira eficaz de desenvolver o autoconhecimento e a autoestima do empoderado. Desse jeito,
o colaborador terá mais controle sobre sua vida profissional e entregará resultados melhores
para a empresa.

Todas essas vantagens exigem cuidado no momento da aplicação. Confira alguns deles:

Novidades

Não basta simplesmente jogar um monte de tarefas novas nas mãos do funcionário e es-
perar que ele saiba fazer tudo no primeiro momento. O processo de aprendizagem e autonomia
não é instantâneo e deve ser levado muito a sério.

Realidade X discurso

É muito bacana quando o gestor diz que vai dar mais autonomia para o funcionário. E
como esse discurso fica na prática? É essencial que tudo que é falado seja verdadeiramente le-
vado para o dia a dia. Os colaboradores devem ter acesso a recursos materiais e financeiros e
também poder de decisão sobre as novas atribuições. Só dessa maneira a capacidade deles
será elevada ao máximo.

Reconhecimento

É fundamental que a empresa entenda que mais responsabilidade também é mais risco. E
é preciso que a área de Gestão de Pessoas reconheça quem conseguiu alcançar os objetivos
mesmo com dificuldades.

É possível chegar a um acordo de que o empoderamento é uma ferramenta muito impor-


tante, tanto para empresa quanto para o funcionário. O processo se destaca como uma maneira
de ajudar o trabalhador na vida no trabalho e também na vida fora dele.
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Ciclo PDCA

Ciclo PDCA

MÉRITO
Apostilas 1
Ciclo PDCA

PDCA (do inglês: PLAN - DO - CHECK - ACT ou Adjust) é um método iterativo


de gestão de quatro passos, utilizado para o controle e melhoria contínua de pro -
cessos e produtos. É também conhecido como o círculo/ciclo/roda de Deming, ci -
clo de Shewhart, círculo/ciclo de controle, ou PDSA (plan-do-study-act). Outra ver -
são do ciclo PDCA é o OPDCA, onde a letra agregada "O" significa observação ou
como algumas versões dizem "Observe a situação atual". Esta ênfase na observa -
ção e na condição atual é utilizada frequentemente na produção enxuta (Lean Ma -
nufacturing / Toyota Production System) do Sistema Toyota de Produção.

É uma ferramenta baseada na repetição, aplicada sucessivamente nos proces -


sos buscando a melhoria de forma continuada para garantir o alcance das metas
necessárias à sobrevivência de uma organização. Pode ser utilizada em qualquer
ramo de atividade, para alcançar um nível de gestão melhor a cada dia. Seu prin -
cipal objetivo é tornar os processos da gestão de uma empresa mais ágeis, claros
e objetivos. Segundo Vieira Filho “Esse método é largamente utilizado na busca da
melhoria continua tão necessária para o sucesso dos negócios.”

Etapas

• Planejar

Estabelecer os objetivos e processos necessários para entregar resultados de


acordo com o projetado (objetivos ou metas). Ao estabelecer expectativas de re -
sultado, a integridade e precisão da especificação também é uma parte da melho -
ria almejada. Quando possível, começar em pequena escala para testar os possí -
veis efeitos.

Consiste no estabelecimento de objetivos e de processos fundamentais para


garantir os resultados, conforme o que se espera atingir em termos de metas para
a organização. Para Vieira Filho “definidas as metas, deve-se definir os métodos
para atingi-las. Nesta etapa, também são definidos os procedimentos que serão
seguidos para a obtenção das metas.”

• Desenvolver/Executar/ Dirigir

Implementar o plano, executar o processo e fazer o produto. Coletar dados


para mapeamento e análise dos próximos passos "Checar" e "Ajustar". Portanto
esta etapa gera muito cuidado pois pode não ser a causa raiz.

Definida como a etapa executiva da metodologia PDCA, deve-se executar to-


dos e cada um dos processos. Antes de iniciar a fase de execução é necessário

2
Ciclo PDCA

educar e treinar todos os envolvidos no processo para garantir que todos estejam
comprometidos e tudo saia conforme o planejamento realizado na etapa anterior.
“Todos os envolvidos são treinados em procedimentos que tem como base as me -
tas estabelecidas, realizam as atividades e colhem dados.”

• Conferir/Verificar

Estudar o resultado (medido e coletado no passo anterior “Desenvolver”) e


compará-lo em relação aos resultados esperados (objetivos estabelecidos no pas-
so “PLANEJAR”) para determinar quaisquer diferenças. Procurar por desvios princi -
palmente na aplicação do plano e também olhar para a adequação e abrangência
do plano permite a execução do próximo passo, ou seja, "AGIR". Traçar dados
pode fazer isso muito mais fácil para ver as tendências ao longo de vários ciclos
de PDCA e assim converter os dados coletados em informação. Informação é o
que você precisa para a próxima etapa "Ajustar".

Após planejar e pôr em prática, o gestor precisa monitorar e avaliar constan-


temente os resultados obtidos com a execução das atividades. Avaliar processos e
resultados, confrontando-os com o planejado, com os objetivos, especificações e
estado desejado, consolidando as informações, eventualmente confeccionando re-
latórios específicos.

Vieira Filho afirma que “esta é uma etapa puramente gerencial, que verifica
se o que foi executado está de acordo com as metas estabelecidas. Na etapa an-
terior, são coletados dados das ações e estes dados são analisados nesta etapa e
comparados com o planejado.”

• Alavancar/Ajustar/Atuar/Agir

Tomar ações corretivas sobre as diferenças significativas entre os resultados


reais e planejados. Analisar as diferenças para determinar suas causas. Determi -
nar onde aplicar as mudanças que incluem a melhoria do processo ou produto.
Quando uma passagem por estes quatro passos não resultar na necessidade de
alguma melhora, o método ao qual o PDCA é aplicado pode ser refinado com mai -
ores detalhe na iteração seguinte do ciclo, ou a atenção deve ser colocada de
uma forma diferente em alguma fase do processo. O plano PDCA quando aplicado
junto ao Sistema de Gestão da Qualidade pode implementar ações para atingir a
melhoria contínua, assegurar a operação e controle dos processos produtivos. No
sistema de Gestão da Qualidade podemos encontrar não conformidades nos pro -
cessos,para tratar a não conformidade utilizamos o plano PDCA. Ação para elimi -
nar uma não conformidade identificada. Ação corretiva Plano de ação para elimi-
nar a causa de uma não conformidade existente, visando eliminar ou reduzir a

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Ciclo PDCA

possibilidade de reincidência dessa não conformidade. Ação preventiva Plano de


ação para eliminar a causa de uma não conformidade potencial, visando eliminar
ou reduzir a possibilidade de ocorrência dessa não conformidade Ação de melhoria
Plano de ação para implementar melhorias contínua nos processos. Abertura de
um plano de ação PDCA O plano de ação preventivo ou corretivo ou de melhoria
são abertos para contemplar a determinação das causas e as ações propostas,
com acompanhamento até a Análise crítica sempre que ocorrer.

Nesta etapa é preciso tomar as providências estipuladas nas avaliações e re-


latórios sobre os processos. Se necessário, o gestor deve traçar novos planos para
a melhoria do procedimento, visando sempre a correção máxima de falhas e o
aprimoramento dos processos da empresa.

“A atuação é corretiva, ou seja, caso a operação realizada não esteja de acor -


do com o planejado, deve-se atuar corretivamente com planos de ação para a cor-
reção de rumo visando atingir a meta estabelecida.”

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Ciclo PDCA

Anotações:
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Planejamento Estratégico Empresarial

Planejamento Estratégico Empresarial

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Planejamento Estratégico Empresarial

Planejamento Estratégico Empresarial

Quais são os benefícios do planejamento estratégico?

O planejamento estratégico de negócios impulsiona o desempenho de toda a empresa e avança o


caminho dos negócios para o sucesso. Aqui estão os principais benefícios de criar um plano para o seu
negócio.

Criando insumos para a tomada de decisões

Você tem que tomar decisões sobre o futuro da empresa todos os dias. Nesses momentos, muitos
empreendedores usam a famosa intuição. O problema aqui é que simplesmente confiar na intuição ou
"intuição" pode colocar o negócio em risco e tomar decisões que entram em conflito com os objetivos
da empresa e a situação do mercado.

Com o planejamento, agora você tem entradas para apoiar uma decisão. Isso porque o documento
ajuda você a definir o que é mais importante para o seu negócio neste momento e orienta as decisões
sobre o futuro do negócio.

Ajuda a identificar problemas

Toda organização tem alguns gargalos e problemas. No entanto, nem sempre são visíveis, o que
torna difícil encontrar soluções concretas.

Uma estratégia bem definida ajuda a gestão e toda a equipe a identificar diversas dificuldades
dentro da empresa. Dessa forma, é possível reorganizar determinados elementos para corrigir
problemas e melhorar os resultados do negócio. Objetivo da Equipe de Redirecionamentos

Toda a sua equipe se esforça para produzir os melhores resultados para o seu negócio. No entanto,
se todos seguirem em direções diferentes, o resultado final pode ficar aquém das expectativas.

Delinear essa estratégia ajuda a alinhar todas as atividades em torno de um objetivo. Dessa forma,
toda a equipe trabalha para que a empresa alcance as metas estabelecidas, o que fortalece os esforços
individuais dos colaboradores.

Estilos de Sucesso Empresarial

O conceito de sucesso empresarial varia de acordo com os objetivos do negócio - e sua


organização não fica de fora. Isso significa que enquanto algumas empresas querem aumentar as
vendas, outras pretendem expandir a marca internacionalmente, por exemplo.

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Planejamento Estratégico Empresarial

Com o planejamento estratégico de negócios, você sabe exatamente para onde quer ir. Assim você
aumenta o sucesso da empresa, pois sabe exatamente qual caminho seguir para atingir seus objetivos.

Como preparar um plano estratégico de negócios?

O planejamento pode ser resumido em questões simples, mas fundamentais. Afinal, as respostas
mostram em que fase a empresa está e quais são as perspectivas futuras. Então responda as seguintes
perguntas.

- Onde está a empresa?

- Para onde ele está indo?

- O que fazer para chegar lá?

Muitos empreendedores têm uma visão míope do negócio e não conseguem ver a situação do
negócio de forma realista. Portanto, é necessário realizar pesquisas de mercado para desenvo lver um
conjunto de estratégias que ajudarão a empresa a atingir seus objetivos definidos. Veja abaixo o que
você precisa fazer para criar um plano estratégico de negócios.

Méri Curiosidade

Como fazer um planejamento estratégico empresarial na prática?

-Comece pelo propósito

-Defina o modelo de negócio

-Faça a análise estratégica

-Realize um estudo de mercado

-Defina indicadores e metas desafiadoras, mas alcançáveis

-Estabeleça planos de ação para atingir os objetivos

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Balanced Scorecard

Balanced Scorecard

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Balanced Scorecard

Balanced Scorecard

O que é Balanced Scorecard?

O conceito de Balanced Scorecard – também conhecido pela sigla BSC e traduzido para o
português como “Indicadores Balanceados de Desempenho” – foi criado nos anos 90 pelas mentes
brilhantes dos professores Robert Kaplan e David Norton, ambos alocados na Harvard Business School
(o que já diz muita coisa).

Considerado um modelo de gestão estratégica, o método surgiu para desmistificar a visão de que,
para obter sucesso, um negócio precisa focar unicamente em indicadores financeiros e contábeis. E, ao
mesmo tempo, para definir estratégias e desenhar planejamentos de uma maneira muito mais
abrangente.

Como aplicar o Balanced Scorecard na sua empresa

A partir de sua ideia inicial, Kaplan e Norton pensaram em 4 perspectivas para nortearem seu
método. Todas elas são multifatoriais e auxiliam você a analisar o desempenho da sua organização de
forma integral.

Perspectiva financeira

Mas não era para fugir dos indicadores financeiros e contábeis?! Epa, a ideia era não focar
somente neles, mas sim neles e também em outros fatores que veremos a seguir. Afinal, todo negócio
precisa de dinheiro para rodar, né?

Aqui você irá avaliar quais são os objetivos financeiros de curto, médio e longo prazo da empresa,
levando em conta as expectativas dos seus investidores. Pergunte-se: para oferecer resultados
satisfatórios aos nossos acionistas, quais metas financeiras precisamos seguir?

O uso de métricas para análise está liberado, aliás. Aqui vão algumas das principais para você
estudar:

Retorno Sobre Investimento (ROI);

Lifetime Value (LTV);

Custo de Aquisição de Clientes (CAC);

Ticket médio;

Churn Rate.

Lembrando que, além dessas, existem muitas outras. Além disso, as métricas precisam estar
alinhadas ao seu tipo de negócio e ao que é relevante para você e seu mercado.

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Balanced Scorecard

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para sua empresa. Com ele, você junta as informações de todos os seus contatos em diferentes canais
com recursos de análise para provar que suas ações trazem mais vendas e clientes. Faça um teste
gratuito de 10 dias.

Seu e-mail profissional

Ao preencher o formulário, concordo* em receber comunicações de acordo com meus interesses.

Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de privacidade.

*Você pode alterar suas permissões de comunicação a qualquer tempo.

Perspectiva dos clientes

Essa perspectiva foca no que deveria ser o motivo de todos os esforços da empresa:
relacionamento com o cliente e a participação no mercado.

Aqui, é necessário focar em estratégias para que, daqui a anos – como falamos no início deste
post – o seu negócio não só tenha mercado como uma boa quantidade de consumidores, de preferência
muito maior que a de hoje!

Observe alguns dos pontos principais dessa perspectiva:

Retenção de clientes;

Aquisição de clientes;

Lucratividade do seu cliente (vale citar, também, o Perfil de Cliente Ideal (ICP).

Disclaimer: as perspectivas do Balanced Scorecard são interdependentes. Logo, para atingir seus
objetivos financeiros, é preciso atender plenamente às necessidades dos clientes e assim por diante
com as outras perspectivas do BSC.

Perspectiva dos processos internos

O objetivo dessa perspectiva é identificar os processos que mais impactam o seu negócio e
aperfeiçoá-los. Resumidamente, aqui o foco é a qualidade dos processos internos, que precisam ser
performados com cada vez mais assertividade até atingir a excelência.

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Balanced Scorecard

Uma ressalva importante, porém, é que as atenções não podem estar voltadas somente aos
processos internos: também se torna essencial identificar a necessidade de criação de novos processos,
que tornem sua estratégia ainda mais plausível e facilitem o alcance dos seus objetivos.

A “qualidade”, então, pode ser medida por indicadores como:

Produtividade;

Atendimento ao cliente mais ágil (pós-venda);

Compliance;

Inovação;

Outras métricas de desempenho internas.

Perspectiva do aprendizado e crescimento

Por fim, a quarta perspectiva do Balanced Scorecard tem por objetivo trabalhar no aprendizado
da empresa, como o próprio nome sugere. Ela representa o conhecimento e a experiência necessários
para que a sua empresa atinja suas metas e, assim, cresça cada vez mais.

Vale pensar que, para que todos os objetivos que foram listados até aqui sejam alcançados,
precisamos de pessoas. E de pessoas boas, preparadas para o mercado e alinhadas à cultura da sua
empresa.

Entre outros pontos, invista em:

Capacitações e treinamentos;

Criação e/ou aplicação mais assertiva de um Culture Code;

Iniciativas que promovam a satisfação dos seus colaboradores;

Clima organizacional (indicador).

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Gerenciamento Pelas Diretrizes (GPD)

Gerenciamento Pelas Diretrizes


(GPD)

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Gerenciamento Pelas Diretrizes (GPD)

A gestão direcional (GPD) é uma metodologia de gestão empresarial que visa alinhar os
objetivos estratégicos da organização com as atividades diárias e garantir que todas as áreas da
empresa trabalhem de forma integrada para alcançá-los que orientam a tomada de decisões em
todos os níveis hierárquicos da organização. As diretrizes são baseadas em análises críticas da
situação atual da empresa e das tendências do mercado, levando em consideração as necessi-
dades e expectativas dos clientes, acionistas e demais stakeholders.

Como isso aconteceu?

A Gestão de Diretrizes de Gestão (GPD) é um método que tem suas raízes no movimento
de Qualidade Total do Japão pós-Segunda Guerra Mundial, coordenado pelo americano W.
Edwards Deming. Mas foi no Brasil, do autor e consultor de gestão Vicente Falconi, que essa
prática surgiu e se difundiu amplamente nas empresas. Falconi observou que o método de im-
plantação pode ser usado por todas as partes da organização, não apenas para garantir a quali-
dade do processo. Por isso, ele trabalha desde a década de 1990 para disseminar essa prática
nas empresas brasileiras. Atualmente, o GPD é considerado um método importante nos negó-
cios do terceiro milênio e tem sido amplamente utilizado em empresas que buscam uma gestão
de sucesso.

Como funciona o GPD?

O GPD opera por meio de três pilares ou fases interdependentes: planejamento estraté-
gico, planejamento tático e planejamento operacional. O planejamento estratégico é quando os
objetivos de longo prazo da organização são definidos.

Esses objetivos devem estar alinhados com a missão, visão e valores da empresa. Ao
mesmo tempo, eles também devem ser ambiciosos e realistas. Por exemplo, uma empresa
pode definir uma meta estratégica de aumentar sua participação de mercado em um determi-
nado segmento em 10% nos próximos dois anos. Na segunda etapa, planejamento tático, os ob-
jetivos estratégicos são decompostos em marcos mais precisos. Essas metas são distribuídas
para diferentes áreas da organização, que elaboram seus próprios planos de ação para alcançá-
las.

Por exemplo, para aumentar a participação de mercado, uma empresa pode definir metas
específicas para cada equipe de vendas e marketing, como aumentar a frequência de visitas de
clientes em 30% e realizar campanhas de marketing direcionadas. Finalmente, na terceira
etapa, planejamento operacional, os marcos são divididos em medidas operacionais que são im-
plementadas pela equipe. Por exemplo, a equipe de vendas pode identificar oportunidades para
melhorar e mudar a estratégia de acesso do cliente.

Na última etapa, são definidos os indicadores de desempenho, que podem ser utilizados
para monitorar o andamento das atividades em relação às metas estabelecidas. Quais são os
objetivos da gestão diretiva? Nesta seção de conteúdo, conheceremos os objetivos da gestão
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Gerenciamento Pelas Diretrizes (GPD)

educacional nas empresas e como eles podem ser alcançados por meio de uma gestão voltada
para resultados e orientada para o sucesso organizacional.

Formular metas

O principal objetivo do GPD é definir metas claras para a empresa, com base na análise
do ambiente interno e externo e nas expectativas dos clientes e outros grupos de interesse. A
formulação de objetivos deve ser baseada na visão de futuro da organização, que leva em con-
sideração seus pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças. Otimização e gerenciamento de
metas

Uma vez formulados os objetivos, os responsáveis diretos pelo GPD devem otimizá-los e
gerenciá-los com eficácia. Isso requer definir indicadores de desempenho, monitorar e controlar
metas e fazer as mudanças necessárias para garantir que elas sejam alcançadas.

Melhoria continua

O GPD também visa promover a melhoria contínua da empresa, identificando oportunida-


des de crescimento em processos, produtos e serviços. Para isso, os gestores devem investir na
análise crítica dos resultados obtidos e na implementação de medidas corretivas e preventivas.
Como implementar a gestão política? A implantação da gestão diretiva requer um processo bem
definido que possibilite traçar metas compatíveis com os objetivos estratégicos da organização,
bem como acompanhar o desempenho da empresa e fazer as mudanças necessárias. Em se-
guida, entenda com mais detalhes como essas ações são implementadas na prática.

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Análise De Cenários E De Ambiente; Matriz SWOT

Análise De Cenários E De
Ambiente; Matriz SWOT

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Análise De Cenários E De Ambiente; Matriz SWOT

O que é análise SWOT?

A análise SWOT é uma ferramenta de gestão que se baseia no estudo das forças, fraque-
zas, oportunidades e ameaças a uma situação ou empresa, produto, indústria etc.

Inclusive, o acrônimo SWOT é uma sigla para Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknes-
ses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). No Brasil, é também conhecido como
análise FOFA, basicamente traduzindo a sigla.

Na prática, trata-se de um diagrama visual que permite um estudo simplificado e objetivo


de diferentes situações.

Por que “diferentes situações”?

Como mencionamos, a análise SWOT não serve apenas para as empresas, mas para pro-
dutos e projetos em si, bem como para pessoas que buscam reavaliar sua carreira profissional.

Para evitar repetições, neste artigo, vamos focar na aplicação da ferramenta para empre-
sas e projetos corporativos, combinado?

A aplicação da análise SWOT parte do pressuposto de que todo negócio (ou ideia de negó-
cio) possui forças e fraquezas.

E como está inserido em um mercado volátil, competitivo e essencialmente movido à ino-


vação, também se depara com oportunidades e ameaças.

Desse modo, com a análise SWOT, é possível basicamente descobrir fatores positivos e
negativos em qualquer contexto.

Quem foi o criador da análise SWOT?

O framework original da análise SWOT foi criado pelo consultor empresarial Albert Hum-
phrey no Instituto de Pesquisa Stanford, ainda no fim da década de 1960.

No entanto, ao mergulhar na literatura e nas referências disponíveis hoje, entende-se que


não há um consenso sobre quem de fato criou a análise SWOT.

Existem vários estudos de instituições de ensino americanas da década de 1960 que se


aproximam do conceito de SWOT como conhecemos hoje, incluindo Stanford e também Har-
vard.

Fato é que a análise SWOT começou a se popularizar (ainda sem utilizar esse nome, que
hoje é conhecido) em várias publicações de administração empresarial.

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Análise De Cenários E De Ambiente; Matriz SWOT

A primeira aparição do termo “análise SWOT” aconteceu em 1972, em um artigo de jornal


por Norman Stait, consultor de gestão britânico.

Destrinchando os componentes da sigla SWOT

Como o próprio nome diz, a análise SWOT é composta de quatro componentes que ser-
vem de estrutura para o estudo realizado.

Que tal conhecer a fundo cada um deles e o que significam no contexto da análise? Con-
fira:

Forças (Strengths)

As forças do seu negócio são os pontos fortes da sua operação — o que você melhor faz e
aquilo em que se destaca.

Parte-se da premissa de que, quando falamos de forças, falamos de coisas que sua em-
presa controla e que podem ser consideradas uma vantagem sobre os concorrentes.

Talvez sua empresa possua uma política de devolução mais amigável ao cliente, ou frete
mais barato do que a concorrência ou mesmo um aplicativo mais fácil de utilizar.

Na hora de analisar esses pontos, é preciso olhar para dentro do negócio e buscar em
sua cultura organizacional, na gestão de processos, nas suas entregas ou mesmo no seu pró-
prio time de talentos tudo aquilo que se destaca positivamente.

Fraquezas (Weaknesses)

Já as fraquezas do negócio são aqueles fatores que o destacam negativamente. São coi-
sas que ainda estão sob seu controle (ou ao menos, algum controle), mas que configuram uma
desvantagem.

Imagine que, apesar de fácil de utilizar, o aplicativo da sua empresa esteja apenas disponí-
vel para Android e não para iOS — ou que apenas possua uma versão em inglês e não em por-
tuguês.

São fraquezas que até podem ser complexas de resolver, mas possuem solução.

Sua análise de fraquezas irá capturar todas as áreas internas de melhoria ou vulnerabilida-
des que existem dentro do negócio ou do assunto em questão.

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Análise De Cenários E De Ambiente; Matriz SWOT

Oportunidades (Opportunities)

E as Oportunidades? Quando entendemos o que é análise SWOT, descobrimos que as


Oportunidades são coisas que você não controla, mas que pode aproveitar. Ou seja, brechas
que podem ser capitalizadas de alguma forma.

Falamos de gaps de entrega na sua concorrência, tendências de mercado, soluções inova-


doras que otimizam processos específicos, entre vários outros pontos.

A transformação digital foi um movimento que impactou muito nesse quesito em específico,
revolucionando a forma com que as pessoas lidam com soluções digitais, ocasionando disrup-
ção em vários mercados.

A oportunidade é normalmente encarada como um fator exclusivamente externo — mas é


possível identificá-la internamente, muito embora seja mais difícil e exija maior atenção.

Ameaças (Threats)

As ameaças são fatores externos e completamente fora do seu controle, com potencial de
impactar negativamente e prejudicar o seu negócio.

Falamos de, por exemplo, o surgimento de um novo concorrente, com um produto melhor
que o seu, e mirando o mesmo público-alvo.

Ou mesmo o fato de que a sua empresa dependa de importações da França e o governo


de lá tenha aumentado os tributos sobre estas mercadorias em específicos.

Essas ameaças geralmente incluem regulamentações ou tendências de consumo capazes


de afastar os usuários da sua empresa.

Ambiente interno X ambiente externo na análise FOFA

O modelo de análise SWOT é uma ferramenta extremamente flexível, que permite que
você mergulhe no ambiente interno e também externo do negócio ou situação em questão.

Percebeu que, ao explicar o que são os componentes da análise FOFA, mencionamos que
eles são externos ou internos ao seu negócio?

É que os dois primeiros (Forças e Fraquezas) são pontos internos da sua organização ou
situação. Eles podem ser alterados e muitas vezes controlados por você.

Já os fatores externos (Oportunidades e Ameaças) são pontos externos, que não necessa-
riamente são controlados por você ou sua organização.

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Análise De Cenários E De Ambiente; Matriz SWOT

Para que serve a análise SWOT?

Mas para que serve a análise SWOT? O objetivo é compreender exatamente os pontos
fortes e fracos que se destacam em um cenário competitivo, bem como as brechas de mercado

Ao entender as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, sua empresa passa por todos
os fatores necessários para que se entenda a direção para o sucesso.

Por exemplo, uma empresa pode aplicá-la como parte da pesquisa de mercado preliminar
antes do lançamento de um novo produto, de modo a viabilizar a ideia.

Ou pode realizar a análise diante de uma queda de market share, que obriga a organiza-
ção a rever sua posição no mercado e entender como pode tomar o topo da concorrência.

Ao entender para que serve a análise SWOT (FOFA) fica evidente que, além de fornecer
um panorama geral do cenário competitivo, ela também oferece uma visão de futuro da sua ope-
ração e da sua cadeia de valor.

Ou seja, é uma ferramenta que ajuda você a reduzir as chances de falhas no futuro, enten-
dendo quais são suas deficiências e eliminando todos os erros de escopo que podem ser preju-
diciais ao seu negócio.

Desse modo, ao entender tudo que influencia sua operação, você basicamente tem todas
as cartas na mão.

Isso oferece uma visão mais ampla e transparente do cenário, permitindo uma construção
mais eficaz do planejamento estratégico — de modo a se diferenciar dos concorrentes.

Quais são os benefícios da análise SWOT?

Entre as incontáveis ferramentas de gestão de negócios que aparecem por aí, a análise
SWOT se destaca pela sua resiliência. O que queremos dizer? Mesmo com décadas de existên-
cia, ela continua sendo utilizada.

E isso, mesmo após vários anos de evolução corporativa, é o indicativo de uma certeza: a
análise SWOT (FOFA) é extremamente eficaz!

Na prática, falamos de vários benefícios e vantagens ao negócio, ampliando a visão dos


gestores e líderes corporativos.

Que tal entender alguns deles? Detalhamos a seguir, confira:

Gera insights para solucionar problemas e gargalos

Uma vez que você entenda para que serve a análise SWOT, consegue entender que essa
é uma ferramenta ideal para solucionar problemas e gargalos na sua operação.

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Análise De Cenários E De Ambiente; Matriz SWOT

O motivo é simples: com essa análise, é mais fácil descobrir novas oportunidades de me-
lhoria e otimização.

Quando você analisa os pontos fracos de sua empresa, não se trata de encontrar culpa-
dos, mas sim de entender de forma crítica o que se passa na empresa, compreendendo o que
pode ser melhorado.

Essa avaliação, normalmente bastante realista, também ajuda na prevenção de erros es-
tratégicos e oferece uma chance de melhoria contínua em todas as áreas operacionais da em-
presa.

Ajuda na tomada de decisão

Com isso, você tem em mãos o potencial de não apenas entender sua empresa, mas tam-
bém seu mercado e a posição da sua marca dentro dele.

Tamanho contexto potencializa sua tomada de decisão, garantindo que entenda como agir
e em que direção se mover estrategicamente.

Identifica melhorias nos serviços e produtos

Para crescer no mundo dos negócios, não basta simplesmente entregar excelência, é ne-
cessário buscar novas oportunidades.

Isso pode ser feito por uma análise intensa de mercado que ajuda a determinar seus clien-
tes em potencial, possíveis estratégias de expansão e possibilidades diferenciadas de distribui-
ção e gestão logística.

Em geral, trata-se de uma análise que permite a você melhorar sua entrega de valor —
mas de forma antecipada, possibilitando um melhor trabalho sobre esses fatores.

Identifica a posição estratégica do negócio

Muitas empresas fazem uma análise SWOT não somente de sua organização, mas de
seus principais concorrentes!

O objetivo é ter uma ideia de como a empresa deve se posicionar contra eles.

Assim, é possível mapear as principais fraquezas dos concorrentes de forma direcionada


— e, como mencionamos antes, antecipada, com seu próprio planejamento.

Ou seja, é possível identificar a posição estratégica do negócio perante o mercado, mas


também de seus concorrentes.

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Análise De Cenários E De Ambiente; Matriz SWOT

Ajuda a priorizar tarefas

Com a análise SWOT, os líderes de negócio conseguem ter uma visão clara do que é ne-
cessário fazer para atingir os objetivos estratégicos.

Desse modo, a empresa pode entender a hierarquia de fraquezas, ameaças e oportunida-


des, compreendendo exatamente quais delas priorizar na hora de tomar decisões.

Além disso, ajuda na aplicação eficiente de seus próprios recursos.

Cada empresa tem uma oferta limitada de recursos (mão de obra, capacidade produtiva e
dinheiro em caixa, por exemplo).

O importante é que a gestão desses recursos seja melhor realizada após entender seus
pontos fortes — sabendo como alocar melhor os recursos, de modo a ser mais rentável.

Ajuda a mapear tendências para novos produtos

Por fim, a análise SWOT (FOFA) permite que sua empresa “olhe com uma lupa” para o
mercado e tudo que está por vir.

Isso permite mapear as tendências, compreender os riscos envolvidos e direcionar suas


estratégias, de modo a cultivar uma cultura inovadora e que busque capitalizar as oportunida-
des.

Quais são os tipos de análise SWOT?

Um fato interessante sobre a análise SWOT é que essa não é uma ferramenta estática. É
claro, entender como analisar a matriz SWOT é importante, mas simples.

Basicamente, trata-se de um diagrama dividido em quatro quadrantes, cada um dedicado a


um elemento da análise FOFA.

Essa organização visual proporciona um overview completo da posição da empresa ou da


situação em questão.

No entanto, essa matriz serviu de inspiração (ou divide espaço) para outras análises. É por
isso que hoje se diz que existem diferentes tipos de estudos SWOT.

Na verdade, o que acontece é que há diferentes matrizes utilizadas na aplicação de Busi-


ness Performance, com objetivos variados (e outros que se assemelham bastante ao SWOT
“comum”).

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Noções De Administração Pública Características Básicas Das Organizações Formais Modernas

Noções De Administração
Pública Características Básicas
Das Organizações Formais
Modernas

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Noções De Administração Pública Características Básicas Das Organizações Formais Modernas

Noções De Administração Pública Características Básicas Das Organizações For-


mais Modernas

É a legislação que descreve um conjunto de atores, serviços e órgãos governamentais


que visam gerir determinados aspectos da sociedade, como educação, saúde e cultura.
Assim, seu principal objetivo é atuar no interesse público e atender às suas próprias
necessidades.

A administração pública consiste em um sistema organizacional que garante seu


funcionamento impecável e eficiência, que se divide em administração direta e indireta.

Gestão direta

São entidades vinculadas a pessoas jurídicas políticas.

- Unificação;

- Estados;

- Estado federal;

- Comunidades.

Gestão indireta

Entidades com personalidade jurídica própria pertencem a esta vertente.

- Comunidades;

- Fundos públicos;

- Sociedades por ações;

- Sociedades de economia mista.

Princípios da Administração Pública Lei: os funcionários públicos são obrigados a


fazer apenas o que é prescrito por lei.

Personalidade: o servidor público deve zelar pelo bem geral sem interesses pessoais.
Além disso, é proibida a promoção de atores públicos em qualquer atividade, trabalho,
serviço, atividade promocional, programa ou campanha.

Moralidade: Aqueles que lidam com o bem público e a propriedade também devem
aderir aos padrões éticos esperados na comunidade em questão.

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Noções De Administração Pública Características Básicas Das Organizações Formais Modernas

Divulgação: Todas as ações administrativas devem ser divulgadas, exceto aquelas que
são confidenciais em casos de segurança nacional ou investigação policial.

Eficiência: Eficiência implica resultados positivos para o serviço público e atendimento


satisfatório em prazo razoável.

Características básicas das organizações formais modernas

Uma organização formal é representada por um organograma. É possível observar um


desenho que apresente a estrutura, tarefas, funções, áreas ou departamentos de uma
organização em seus respectivos níveis hierárquicos.

A estrutura formal concentra-se na autoridade, responsabilidade, divisão do trabalho,


comunicação e tomada de decisão.

Os princípios básicos da organização formal são:

a) Divisão do trabalho: a divisão de um processo complexo em pequenas tarefas, que


aumenta a produtividade, melhora a eficiência organizacional e o desempenho dos
participantes e reduz os custos de produção.

b) Especialização: considerada como consequência da divisão do trabalho. Cada


estação tem suas próprias funções, assim como cada missão.

c) Hierarquia: divisão corporativa e níveis hierárquicos. O objetivo da hierarquia é


garantir que os subordinados aceitem e sigam rigorosamente as ordens e instruções dadas
pelos superiores.

d) Abrangência Administrativa: Também chamada de Abrangência de Comando ou


Abrangência de Comando - determina o número de funcionários que um gerente pode
gerenciar de forma eficaz e eficiente. Uma estrutura organizacional com uma pequena
extensão de controle é nítida ou vertical.

Tipos de Estrutura Organizacional

Estrutura organizacional é o conjunto de responsabilidades, autoridades, comunicação


e decisões das unidades de negócios. No tipo de estrutura formal, a relação hierárquica é
impessoal e sempre implementada por meio de uma organização escrita.

A estrutura da organização, que é um meio para atingir os objetivos, está relacionada à


estratégia da organização de forma que mudanças na estratégia precedem e promovem
mudanças na estrutura.

A estrutura organizacional de uma empresa determina como as tarefas são


formalmente atribuídas, agrupadas e coordenadas.
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Noções De Administração Pública Características Básicas Das Organizações Formais Modernas

Há seis elementos básicos aos quais os gerentes devem prestar atenção ao projetar
uma estrutura organizacional: especialização do trabalho, divisão de departamentos, cadeia
de comando, amplitude de controle, centralização e descentralização e, finalmente,
formalização.

Ao projetar uma estrutura organizacional, uma das variáveis diz respeito a quem os
indivíduos e grupos se reportam. Essa variável consiste na análise da cadeia de comandos.

Os tipos tradicionais de organização são:

a) Organização linear: corpo unificado baseado na hierarquia (unidade de comando),


comunicação formal, decisões centralizadas e perspectiva piramidal.

b) Organização funcional: poder funcional ou compartilhado, meios diretos de


comunicação, decisões descentralizadas e ênfase na especialização.

c) Organização do pessoal de linha: coexistência de uma estrutura de linha com uma


estrutura funcional, ou seja, comunicação formal com a assistência operacional, separação
dos órgãos operacionais (linha) e órgãos de apoio (staff). Ao mesmo tempo, há uma
hierarquia de comando e especialização técnica.

São estruturas organizacionais modernas:

a) Estrutura seccional: caracterizada pela criação de unidades denominadas centros de


lucro. , que operam de forma relativamente independente, incluindo o cálculo do lucro ou
prejuízo de cada pessoa. Os departamentos fornecem informações e são responsáveis pela
implementação integral dos serviços prestados, mediados por um sistema de gestão eficaz.

b) Estrutura matricial: combina as vantagens da especialização funcional com o foco e


responsabilidade dos departamentos ou divisões de produto. Suas aplicações ocorrem em
hospitais, laboratórios governamentais, instituições financeiras, etc. Difere de outras formas
de estrutura organizacional porque as características de mais de uma estrutura afetam os
funcionários simultaneamente. Outro aspecto distintivo é que existem vários subord inados,
viz. os funcionários se reportam a mais de um gerente, o que pode causar confusão entre os
subordinados e se tornar uma desvantagem desse tipo de estrutura. Esta é uma ótima opção
para empresas que lidam com projetos e atividades temporárias. Nesse tipo de estrutura, o
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Noções De Administração Pública Características Básicas Das Organizações Formais Modernas

processo decisório é descentralizado. Disponibilidade de centros de atividades de duração


limitada para determinados projetos. Uma estrutura organizacional que facilita projetos
complexos. Dupla autoridade e comando.

c) Estrutura da rede: competitividade global, flexibilidade da força de trabalho e sua


estrutura leve. As redes organizacionais caracterizam-se por formarem unidades
interdependentes orientadas para a identificação e resolução de problemas.

d) Estrutura específica do projeto: manter os recursos necessários sob o controle de


uma pessoa.

Critérios de Departamentalização

Departamentalização é a determinação da especialização horizontal de uma


organização pela qual são criados departamentos que cuidam da atividade da organização.
Isso se deve à divisão do trabalho e à homogeneização das funções. É o agrupamento
correto de atividades em determinados departamentos.

Dois conceitos importantes se destacam:

a) Verticalização: a necessidade de melhorar a qualidade do controle ou gestão


agregando níveis hierárquicos à estrutura.

b) horizontalizarão: a necessidade de aumentar a competência, a eficiência e a


qualidade do próprio trabalho.

Os critérios de divisão dos departamentos são os seguintes:

a) Divisão funcional dos departamentos: representa o agrupamento segundo funções


ou atividades principais. A divisão do trabalho ocorre dentro da empresa, de acordo com as
especialidades. A abordagem é projetada para condições estáveis com pouca mudança e
exigindo tarefas de rotina constantes.

b) Distribuição por produtos ou serviços: representa o agrupamento dos resultados de


produtos ou serviços. A divisão do trabalho ocorre por meio de linhas de produtos/serviços.
Orientação é a obtenção de resultados por meio da ênfase em produtos/serviços.

c) Departamentalização Geográfica: também chamada de Departamentalização


Territorial, representa o agrupamento conforme localização geográfica ou territorial. Caso
uma organização, para estabelecer seus departamentos, deseje considerar a distribuição
territorial de suas atividades, ela deverá observar as técnicas de departamentalização
geográfica.

d) Departamentalização por Clientela: representa o agrupamento conforme o tipo ou


tamanho do cliente ou comprador. Possui ênfase e direcionamento para o cliente.

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Noções De Administração Pública Características Básicas Das Organizações Formais Modernas

e) Departamentalização por Processos: representa o agrupamento por etapas do


processo, do produto ou da operação. Possui ênfase na tecnologia utilizada.

f) Departamentalização por Projetos: representa o agrupamento em função de entregas


(saídas) ou resultados quanto a um ou mais projetos. É necessária uma estrutura flexível e
adaptável às circunstâncias do projeto, pois o mesmo pode ser encerrado antes do prazo
previsto. Dessa forma, os recursos envolvidos, ao término do projeto, são liberados.

g) Departamentalização Matricial: também chamada de organização em grade, combina


duas formas de departamentalização – a funcional com a departamentalização de produto ou
projeto – na mesma estrutura organizacional. Representa uma estrutura mista ou híbrida. O
desenho matricial apresenta duas dimensões: gerentes funcionais e gerentes de produtos ou
de projeto. Logo, não há unidade de comando. É criada uma balança de duplo poder e, por
consequência, dupla subordinação.

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Tipos De Estrutura Organizacional, Natureza, Finalidades E Critérios De Departamentalização

Tipos De Estrutura Organizacional,


Natureza, Finalidades E Critérios De
Departamentalização

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Tipos De Estrutura Organizacional, Natureza, Finalidades E Critérios De Departamentalização

Tipos De Estrutura Organizacional, Natureza, Finalidades E Critérios De Departamentalização

Organização formal

A organização formal é representada por meio do organograma. Nele, é possível visualizar o de-
senho que demonstra a estrutura organizacional, os cargos, as funções, as áreas ou departamentos,
em seus respectivos níveis hierárquicos. A estrutura formal focaliza o sistema de autoridade, respon-
sabilidade, divisão de trabalho, comunicação e processo decisório.

As estruturas organizacionais modernas são:

a) Estrutura Departamental: Caracterizada pela criação de unidades operacionais relativamente


independentes denominadas centros de lucro, incluindo o cálculo do lucro ou prejuízo de cada uma.
Os departamentos fornecem informações e são responsáveis pela plena execução dos serviços presta-
dos, mediados por um sistema de gestão eficaz.

b) Estrutura matricial: combina as vantagens da especialização funcional com o foco e responsa-


bilidades departamentais. Suas aplicações ocorrem em hospitais, laboratórios govern amentais, insti-
tuições financeiras, etc. Difere de outras formas de estrutura organizacional, pois as características de
mais de uma estrutura afetam os funcionários simultaneamente. Outro aspecto diferenciador é que
existem vários subordinados, viz. os funcionários se reportam a mais de um gerente, o que pode cau-
sar confusão entre os subordinados e se tornar uma desvantagem desse tipo de estrutura. Esta é uma
ótima opção para empresas que trabalham em projetos e desenvolvem medidas temporárias. Nesse
tipo de estrutura, o processo decisório é descentralizado. Disponibilidade de centros de atividades de
duração limitada para determinados projetos. Uma estrutura organizacional que facilita projetos com-
plexos. Dupla autoridade e comando.

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Tipos De Estrutura Organizacional, Natureza, Finalidades E Critérios De Departamentalização

c) Estrutura da Rede: Competitividade Global, Flexibilidade da Força de Trabalho e Estrutura


Leve. As redes organizacionais caracterizam-se pela formação de unidades interdependentes orienta-
das para a identificação e resolução de problemas.

d) Estrutura específica do projeto: manter os recursos necessários sob o controle de uma pes-
soa.

Natureza

A essência da subdivisão é a divisão de grandes áreas do empreendimento em unidades. É as-


sim que surgem vários tipos de divisões departamentais (características) (professores, departamen-
tos, departamentos, seções, setores, departamentos).

Objetivo

Segundo Chiavenato, o objetivo da departamentalização não é uma estrutura rígida e equili-


brada por níveis, mas sim o agrupamento de atividades de forma que melhor promova o alcance de
objetivos organizacionais específicos.

Segundo Luis Oswaldo e Leal da Rocha, o principal objetivo da departamentalização é fornecer


recursos para o crescimento e desenvolvimento racional dos órgãos sociais.

Critérios de incorporação

Departamento refere-se à especialização horizontal de uma organização pela qual são criados
departamentos para cuidar das atividades da organização. Isso se deve à divisão do trabalho e à ho-
mogeneização das funções. É o agrupamento correto de atividades em determinados departamentos.

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Tipos De Estrutura Organizacional, Natureza, Finalidades E Critérios De Departamentalização

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Noções De Administração De Recursos Humanos

Noções De Administração De
Recursos Humanos

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Noções De Administração De Recursos Humanos

Tem como objetivo adquirir, gerir, motivar e desenvolver talentos para aprimorar as
estratégias da empresa. Desde os mais técnicos, como segurança do trabalho e folha de
pagamento, até os altamente estratégicos, como formação de equipes e gestão de
desempenho, processos de grande importância para a organização permeiam a gestão de
RH. Neste artigo iremos compreender a importância da gestão de recursos humanos, quais
são os seus objetivos e que elementos estão envolvidos na sua gestão.

Qual a importância da gestão de RH? Vamos pensar em uma partida de futebol.


Quantos processos e quantos profissionais se dedicam à sua gestão para que o time marque
gols, defenda bem, mantenha boas estratégias ao longo do campeonato e chegue ao
cobiçado troféu? Treinadores, olheiros, preparadores físicos, professores, jogadores,
médicos, etc. Uma equipe multidisciplinar totalmente comprometida com os resultados e que
deve trabalhar em harmonia para desenvolver a melhor estratégia para preparar os
jogadores em campo para vencer. Da mesma forma, a gestão de RH nas empresas. É a cola
que une indústrias, compensa ausências, garante benefícios e pagamentos, preocupa-se
com bem-estar, inclusão e distribui talentos estrategicamente para atingir os objetivos de
negócios. A gestão de recursos humanos deve ser um parceiro estratégico na gestão e apoio
aos processos e mudanças diárias da organização através de políticas de formação,
desenvolvimento de competências e aquisição de competências. Ele também tem que
administrar rotinas burocráticas, ou seja pagar salários em dia, executar tarefas
administrativas e garantir o cumprimento das obrigações legais. Quais são os objetivos da
gestão de RH? A gestão de pessoas inclui diversas tarefas, cujo número varia de acordo com
o porte da empresa e o objetivo da atividade. Os principais recursos incluem:

-Funcionários;

-Analistas de pessoal;

-Recrutadores;

-Formadores E desenvolvedores de talentos;

-Técnicos do departamento de RH;

-Técnicos de segurança do trabalho;

-Psicólogos.

Ao recrutar, o gerente de RH deve procurar o melhor funcionário para a organização.


Avalie as necessidades de recrutamento, planeje e divulgue as vagas e selecione o melhor
candidato com base na tarefa e no perfil da empresa. Cuidar da socialização ―
onboarding ― dos novos talentos, capacitá-los em habilidades técnicas, definir e pagar
salários e benefícios e garantir a segurança do desenvolvimento operacional também é
responsabilidade do RH. Além disso, deve ajudar o profissional a se desenvolver
profissionalmente por meio de estratégias bem pensadas e planejamento de carreira para
garantir a retenção de talentos. Tudo deve ser baseado em um planejamento eficaz, análise
de dados e relatórios de desempenho, para que tanto os profissionais quanto a organização
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Noções De Administração De Recursos Humanos

obtenham bons resultados desse relacionamento. O que inclui a gestão de RH? Para que
tudo funcione de forma eficaz, este setor exige habilidades multidisciplinares, pois são
muitos os elementos envolvidos na gestão de RH. Vamos conhecer cada um deles a seguir.
Treinamento e desenvolvimento de pessoas

O treinamento não deve ser feito apenas quando novas contratações ou falhas de
processo são descobertas. Deve ser contínuo para que a equipe esteja sempre pronta e
motivada para enfrentar os desafios da organização. O desenvolvimento de habilidades pode
ser planejado para cada funcionário com base em uma pesquisa de competências. É
necessário realizar um levantamento de necessidades de treinamento de tempos em tempos
para que seja sempre proativo no sentido de prevenir falhas. A equipe precisa de
planejamento

Os gestores de recursos humanos devem trabalhar em harmonia com os demais


gestores da empresa para que possam definir as necessidades dos novos profissionais em
grupos de trabalho. Esse alinhamento resulta em um processo de recrutamento e seleção
mais eficiente e eficaz, que promove equipes bem treinadas e eficazes. Recrutamento e
seleção de pessoal

Como encontrar, selecionar e reter os talentos mais qualificados da equipe? O


desempenho da empresa depende principalmente das características dos colaboradores,
como motivação, conhecimento, comprometimento, inovação ou vontade de cooperar.
Durante o recrutamento e seleção, é necessário encontrar especialistas qualificados e
compatíveis com a cultura organizacional, para que o recrutamento seja eficaz e contribua
para atender às necessidades da empresa tanto no curto quanto no longo prazo. Acordos de
trabalho e salário

A oferta de salários razoáveis depende de vários parâmetros, um dos quais é a licitação


competitiva. O RH sabe que a folha de pagamento é o investimento da organização para
atingir seus objetivos. Deve ser um fator motivador para os funcionários e ter um bom
desempenho para a empresa. Por isso, o planejamento de cargos e salários é parte muito
importante da gestão de RH e requer profissionais capacitados para traçar a melhor política
salarial.

Gestão de benefícios

Com a dose certa de incentivos, os colaboradores se dedicarão à empresa com paixão


e energia inovadoras, tornando-se verdadeiros embaixadores da marca no mercado. Os
benefícios corporativos são muito importantes para despertar esse engajamento e garantir a
saúde e qualidade de vida da força de trabalho.

Seguros e planos de saúde, auxílio para o transporte, vales para refeição e alimentação,
convênios com farmácias, academias e universidades, auxílio-creche, vale-cultura, entre
muitos outros benefícios devem ser disponibilizados estrategicamente, de acordo com o
perfil e necessidades das equipes.
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Noções De Administração De Recursos Humanos

Avaliação do desempenho

Gerenciar o desempenho continuamente permite que as organizações tenham mais


controle sobre o processo de avaliação de desempenho por meio de feedback contínuo,
desenvolvimento profissional e indicadores de avaliação.

Com análises de desempenho mais oportunas e atualizadas, os colaboradores se


sentem mais em sintonia com a empresa e com o trabalho que fazem todos os dias.

Planejamento de carreira

O RH deve auxiliar no desenvolvimento de carreira dos seus profissionais, ajudando-os,


por meio de treinamentos e planos de desenvolvimento individuais a desenhar suas
perspectivas futuras na empresa. Essa atitude é fundamental para que os talentos se sintam
acolhidos e queiram ter um relacionamento estável com a empresa.

Todos esses processos parecem complexos demais para você? Pode ser que sejam,
mas existem muitas ferramentas para ajudar os profissionais de RH a fazerem uma gestão
eficiente. Hoje, existem empresas especializadas que oferecem softwares projetados para
você fazer a administração de recursos humanos, com a maior eficiência em plataformas
amigáveis e fáceis de gerenciar.

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Treinamento E Desenvolvimento

Treinamento E Desenvolvimento

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Treinamento E Desenvolvimento

Modernidade da T&D segundo Chiavenato

Planejado x casual: A visão mais atual corresponde a antecipar situações e pensar na


formação e desenvolvimento estratégico das pessoas como parte da cultura organizacional.
Portanto, o casual moderno distancia-se da qualificação.

Intencional x Aleatório: Também é possível garantir que a seleção de funcionários esteja


incluída na estratégia. Não é algo aleatório ou sem padrão.

Proativo x Reativo: Outra coisa é que hoje em dia o objetivo é antecipar necessidades ao
invés de agir depois que surge um problema.

Longo prazo x curto prazo: Treinar e desenvolver pessoas é feito pensando nos próximos
meses e até anos, não no problema imediato.

Instabilidade x Estabilidade: Os programas são feitos para criar mudanças, as coisas


devem ser diferentes no final do processo.

Consensual x Forçado: A ideia é incentivar e fazer o funcionário participar dos processos,


não apenas mandar um profissional fazer.

Temporário x Permanente: Reconhecendo a necessidade de aperfeiçoamento constante


para se adaptar às mudanças, portanto impossibilitado de treinar permanentemente.

Qual a diferença entre treinamento e desenvolvimento humano?

Esses dois processos de aprendizagem são importantes para a gestão estratégica de


recursos humanos e compartilham tipos e formas de trabalho.

No entanto, como especifica Chiavenato, a diferença é temporal:

A formação é orientada para o presente, focando-se no cargo atual e procurando


melhorar as aptidões e competências relacionadas com o desempenho imediato da tarefa.

O desenvolvimento do pessoal centra-se principalmente nas tarefas a desempenhar no


futuro na organização e nas novas aptidões e competências necessárias.

Você também pode examinar o problema de uma perspectiva do sistema. Os


treinamentos realizados durante a jornada corporativa do funcionário são as unidades que, em
conjunto, determinam seu desenvolvimento. Se tudo for planejado, pensado e consistente, os
profissionais tendem a se sair melhor no final do que quando começaram.

Qual a importância do T&D para a estratégia de negócios?

Uma maneira de organizar uma estratégia de negociação é usar um Balanced


Scorecard. Essa abordagem tem a vantagem de entender como o sucesso - caracterizado pelo
aspecto financeiro, lucro, retorno do investimento, etc. - emerge de níveis mais fundamentais.
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Treinamento E Desenvolvimento

Quando uma empresa detecta a necessidade de obter competências, o “GPS” do RH


oferecerá dois caminhos. Você pode realizar um processo de recrutamento e seleção de
pessoas e buscar os conhecimentos, habilidades e atitudes no mercado. Ou, pode utilizar a
educação para reduzir o gap presente nos profissionais da empresa. Cada momento pedirá uma
coisa.

Agora, supondo que você decidiu qualificar os colaboradores, quais são as opções
disponíveis?

A primeira é olhar para os cargos e atender às demandas pontualmente, um programa de


treinamento; a segunda é pensar o que a pessoa vai precisar na sua carreira dentro da
empresa, um plano de desenvolvimento. Ambas constituem dimensões da aprendizagem em
nível individual. Há também uma outra, a organizacional, em que o importante é como a
empresa adquire competências para se adaptar às mudanças e inovações do contexto em que
ela está inserida.

Os tipos estão ligados ao que será treinado ou desenvolvido, enquanto os métodos ao


como. Abaixo, você verá exemplos relacionados aos tipos de treinamentos e de
desenvolvimento.

Tipos de treinamento de colaboradores

1. Reciclagem e atualização profissional

2. Habilidades de gerência e supervisão

3. Redução de gaps de competência

4. Integração e promoção de pessoas

5. Soft skills

Tipos de desenvolvimento de colaboradores

1. Carreira

2. Educação continuada

3. Gestão da mudança

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Desenho De Cargos

Desenho De Cargos

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Desenho De Cargos

Planejamento de tarefas é a estrutura organizacional das atividades com as característi-


cas de cada cargo dentro da empresa, que está relacionado ao mapeamento de competências.
O mapeamento de competências e o planejamento de tarefas se complementam para orientar o
recrutamento e treinamento de pessoal, análise de pessoal, planejamento de carreira e outras
atividades de recursos humanos desenvolvidas pela empresa. Portanto, o processo de descri-
ção de cargos deve ser consistente com o tipo de negócio que a empresa atende. Uma boa des-
crição de cargo deve atender a certos critérios, como:

- Nome do cargo: identificando claramente o nome do cargo;

- Objetivo da tarefa: qual é a tarefa do funcionário;

- Diferenças: as tarefas que o empregado deve executar, como a atividade deve ser exe-
cutada e a quem deve ser responsável (superior imediato; cargo hierárquico), o horário que
deve ser executado (dia útil);

- Requisitos necessários: descrição das habilidades e competências esperadas (hard e


soft skills);

- Formação: determinar a formação necessária ao cumprimento das funções;

- Grau: corresponde aos deveres e responsabilidades; benefícios é importante que tudo


isso seja claramente organizado pela empresa: quanto melhor a vaga for descrita, melhor a em-
presa funciona, além disso, os candidatos a emprego de ex-funcionários são impedidos de mu-
dar de emprego ou equiparar remuneração.

A implementação do planejamento de tarefas na empresa é realizada de acordo com vá-


rias etapas: identificação do trabalho a ser descrito; definir o método de recolha de dados (in-
quérito, entrevista, observação); coleta e revisão de dados (hierarquia e relatórios); preparação
e registro de documentos; informando a empresa no idioma correspondente ao perfil da em-
presa. Mas não se preocupe, além de profissionais qualificados, existem ferramentas (softwa-
res) para auxiliar no processo de descrição de cargos.

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Descrição Dos Cargos E Avaliação De Desempenho

Descrição Dos Cargos E


Avaliação De Desempenho

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Descrição Dos Cargos E Avaliação De Desempenho

O que é uma avaliação de desempenho?

A avaliação de desempenho é uma ferramenta utilizada pelo RH, especificamente pelo


RH, para mensurar o desempenho de sócios ou áreas da empresa. Isso pode ser feito
regularmente de acordo com as necessidades da organização.

Esse método também ajuda a entender se o funcionário está abaixo, supera ou supera
o desempenho esperado pela organização, e com base na análise de hard skills e soft skills,
ou seja, habilidades técnicas e comportamentais, é possível elaborar um plano estratégico
de acordo com a organização as necessidades daquele funcionário ou equipe, como
treinamento, promoção, bonificação, demissão, etc.

Além disso, a avaliação de desempenho contribui para a visão estratégica da empresa,


pois destaca os pontos fortes e os pontos de desenvolvimento de cada colaborador e grupos.
Isso facilita a visualização de formas de melhorar os processos e produzir mais resultados.

Quais são os objetivos de uma avaliação de desempenho?

Os objetivos mais comuns são desenvolvimento, melhoria e inovação. Os três pontos


de atenção criam diferentes demandas para o profissional quando são divididos em
objetivos.

Essas metas ajudam a medir o progresso e orientam o funcionário. Conheça algumas


delas a seguir:

1. Metas de Desenvolvimento

Corresponde ao crescimento profissional ou pessoal. Aqui você reconhece o potencial


de uma pessoa colaborativa e se esforça para desenvolver as habilidades essenciais para
realizá-lo.

2. Objetivos de melhoria

São casos em que o desempenho precisa ser melhorado. Isso acontece quando os
relatórios mostram que o desempenho está abaixo dos padrões e requisitos esperados, e o
RH precisa acompanhar a evolução dos indicadores.

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Descrição Dos Cargos E Avaliação De Desempenho

3. Objetivos da inovação

Inclui a criação de novas funções para aumentar a produtividade. Este é um fator


decisivo para o sucesso da empresa, pois devido às rápidas mudanças no mundo, as
organizações precisam se renovar constantemente.

4. Metas inteligentes

Ao escolher metas de desenvolvimento, melhoria e inovação ou focar em outra coisa, é


importante criar um nível de exigência suficiente. Uma metodologia inteligente pode a judar
muito, pois determina que as metas devem ser:

• Algo claramente distinguível e definido em detalhes (concreto);

• Mensurável quantitativa ou qualitativamente (mensurável);

• limite dentro das capacidades, pontos fortes e recursos dos destinatários (disponível);

• Fator muito importante para a empresa (importante);

• Disponível no prazo (definido temporariamente).

Ao considerar os cinco critérios, você promove a transparência na avaliação de


desempenho. Afinal, todos conhecem as expectativas e elas são justas.

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Plano De Carreira

Plano De Carreira

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Plano De Carreira

Um plano de carreira é um programa para estruturar uma trajetória profissional. Baseia-se


na busca de oportunidades (educação, treinamento e habilidades técnicas) que correspondam
aos interesses, paixões e objetivos pessoais e organizacionais. Este é um ponto importante a
ser enfatizado: um plano de carreira pode ser uma estrutura que resulta tanto de esforços pes-
soais quanto organizacionais. Sim, qualquer um pode fazer seu próprio plano de carreira - na
verdade, seguir na direção certa é um passo essencial em sua carreira.

No entanto, cabe às empresas sentar com os funcionários e planejar suas carreiras den-
tro de sua estrutura organizacional. Assim, tanto o RH, os gestores quanto o próprio profissional
conhecem a hierarquia de atribuições da empresa, suas responsabilidades e até onde podem
crescer – e como fazê-lo. Para uma empresa, a elaboração de um plano de carreira em conjunto
com os colaboradores é um passo fundamental para desenvolver uma melhor gestão do capital
humano. Assim, é possível mapear as competências, conhecimentos e atitudes dos colaborado-
res – e entender suas intenções e expectativas.

Qual é o objetivo de um plano de carreira? Um plano de carreira é como um roteiro que


mostra qual caminho seguir para ir do ponto A ao ponto B. Pretende explicar este desenvolvi-
mento e descrever as aptidões, competências e qualificações exigidas. Se um profissional se-
guir rigorosamente todos os requisitos estabelecidos, ele consegue atingir seus objetivos e se
desenvolver em sua carreira. Esse plano pode ser feito de várias maneiras, incluindo delinear
metas de curto e longo prazo.

Qual a importância de um plano de carreira? O plano de carreira é um programa muito


importante para profissionais e empresas. É possível traçar a trajetória de uma pessoa nos pró-
ximos meses ou até anos, definindo onde ela quer chegar e como conquistar esses lugares.
Quando bem feito, um plano alinha interesses, paixões, habilidades, experiências e educação
com objetivos profissionais e organizacionais e os divide em etapas acionáveis. Você já se per-
guntou como grandes líderes chegam ao topo? Certamente não foi por acaso. A maioria investiu
em suas carreiras e planejou isso. Assim, ao entender para onde a pessoa e a empresa querem
chegar, é possível entender quais os passos a seguir para organizações

Para as organizações, definir um programa de planejamento de carreira significa adminis-


trar o capital humano e a experiência humana. É uma forma de investir no desenvolvimento pro-
fissional e se posicionar como uma marca empregadora que acredita nos colaboradores e está
disponível para ajudá-los a alcançar seus objetivos. Além disso, um plano de carreira ajuda as
empresas a identificar os gestores e entender quais profissionais estão mais próximos de uma
promoção e real agregação de valor para a empresa. Outra coisa é que um programa de plane-
jamento de carreira ajuda a empresa a entender todos os detalhes de seus funcionários: seus
objetivos, pontos fortes e fracos, expectativas, valores, crenças, ideias e muito mais para profis-
sionais

Um plano de carreira ajuda a pessoa a esclarecer seu caminho de desenvolvimento espe-


rado dentro da empresa (e, se desejar, também fora dela). É neste programa que se decidem os
passos a implementar e se definem os passos que se podem concretizar: em que direção? Qual
soft skill desenvolver? Que inovação é necessária para a aprendizagem? Quais são seus planos
de carreira? Mas como é um plano de carreira eficaz? Para quem está começando a entender
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Plano De Carreira

do assunto, parece que o planejamento é o mais simples possível: anotar no papel ou em um


documento digital. Porém, saiba que existem diferentes planos de carreira que podem ser utili-
zados. Como mencionamos, nada mais é do que um instrumento. Portanto, diferentes formatos
atendem a múltiplos propósitos e se adequam a diferentes tipos de profissionais e empresas. E
se você entendesse mais? Vamos descobrir os mais importantes:

Plano de carreira on-line

O plano de carreira em rede é um dos mais populares, frequentemente relacionado a ou-


tros tipos que logo mais descreveremos, como o Y ou W.

Neste caso, “em rede” significa que o funcionário tem a sua disposição uma maior gama de
opções de cargos futuros que poderá exercer.

Ou seja, ele não precisa focar em um ou dois caminhos, mas em vários.

Assim, trabalha-se de forma mais atenta, de modo a definir múltiplas opções de caminhos
a percorrer — como na evolução de um cargo técnico para gestão ou vice-versa.

Plano de carreira em Y

O plano de carreira em Y possui uma dinâmica bastante evidente, certo? O profissional se-
gue um desenvolvimento linear e depois de atingir certo nível, divide-se em outras duas funções.

Na prática, é uma evolução do desenvolvimento tradicional de profissionais (de técnicos se


tornam gestores).

Assim, no plano Y, o profissional que atingir o nível certo para evoluir, é colocado diante de
duas opções: especialista ou gerente.

Assim, ele não precisa necessariamente pular de uma área operacional para uma estraté-
gica caso não queira — afinal, não são poucos os profissionais excelentes na parte técnica, mas
que possuem enorme dificuldade na gestão de pessoas e processos.

Plano de carreira em W

Já o plano de carreira em W é uma espécie de evolução do plano Y, adicionando uma ter-


ceira opção, destinada à gestão de projetos.

Assim, o profissional realiza um “ziguezague” em sua carreira, alternando-se entre as posi-


ções mais técnicas e outra de cunho um pouco mais estratégico, como o gestor de projetos.

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Plano De Carreira

Desse modo, ao fim do percurso, o profissional pode escolher entre exercer um cargo de
liderança, referência técnica ou mesmo gestor de projetos.

Plano de carreira em linha

O plano de carreira em linha é um modelo um tanto em desuso, mais comum em cargos


públicos e instituições militares.

Na prática, tratam-se de organizações com uma hierarquia predefinida e bastante rígida, o


que indica que promoções são raras e normalmente acontecem de acordo com o tempo de casa
e o padrão praticado.

Além disso, destaca-se que em instituições assim é um tanto difícil de mudar de carreira.

Uma vez engajado em uma ocupação, é provável que a pessoa a siga até o fim!

Plano de carreira horizontal

Já no plano de carreira horizontal, o que a diferencia de outros é a cultura organizacio-


nal da empresa.

Ela é colocada em prática em organizações sem divisão hierárquica e vertical de funções.


Ou seja, todos estão no mesmo patamar.

Neste caso, a evolução profissional (relativa ao cargo que ocupa) pode ser lenta e muitas
vezes confusa, no entanto o reconhecimento vem por meio do desempenho em projetos ou de-
terminados períodos de tempo.

Plano de carreira paralela

Muito comum em empresas com programas de trainees, esse tipo de planejamento de car-
reira coloca os profissionais em um caminho próprio para que se tornem lideranças.

Assim, toda hierarquia a ser seguida é diferente do resto da empresa, pois o objetivo é de-
senvolver gestores e líderes.

Plano de carreira pessoal

O plano de carreira pessoal ou individual é justamente o programa definido pela própria


pessoa, com o objetivo de mapear suas competências e documentar seus objetivos.

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Plano De Carreira

É, muitas vezes, um projeto de vida, com metas que vão além da empresa em si (mas que
a envolvem).

Plano de carreira empresarial

E o plano de carreira empresarial é desenhado pela organização em que o funcionário se


encontra.

O objetivo é traçar a jornada do colaborador ao longo do seu ciclo de vida ali dentro, identi-
ficando suas expectativas, promoções que deseja alcançar e como ele pode alcançá-las.

Esse tipo de planejamento é diferente de empresa para empresa e normalmente é aplicado


a todos na organização, dos estagiários aos mais altos líderes.

Qualquer profissional pode fazer um plano de desenvolvimento de carreira?

Não apenas qualquer profissional pode elaborar um plano de carreira, como essa prática
deveria ser mais comum no mercado atual.

Afinal, pensar de forma estratégica nos seus próximos passos nunca é uma má decisão,
certo?

Esse é um recado que vale tanto para os indivíduos, quanto para as empresas.

Mapear o caminho para o sucesso é tão importante quanto realmente trilhá-lo. Afinal, como
mencionamos antes, trata-se de entender exatamente quais degraus pisar para alcançar seus
objetivos.

E se a área que um funcionário se dedicou por anos não for a melhor para ele, levando em
conta quesitos como seu perfil?

É algo que o planejamento de carreira ajuda a lapidar, permitindo que tanto os responsá-
veis pelo RH, quanto o profissional em si entendam os melhores caminhos a traçar e os destinos
mais adequados para ele no futuro.

Além disso, há detalhes acerca do planejamento de carreira que são muito importantes
para os profissionais — coisas que muitas vezes passam despercebidas.

Quando um indivíduo sabe quais caminhos deve percorrer, se torna mais fácil a etapa de
preparação: ou seja, quais cursos realizar, quais hard e soft skills trabalhar e quais conselhos
buscar!

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Plano De Carreira

Plano de carreira: vantagens e desvantagens

Que o plano de carreira é essencial, não há dúvidas. No entanto, como todo programa que
os profissionais devem se comprometer, há certas vantagens e desvantagens que devem ser
elucidadas. Que tal conferir?

Vantagens

No que diz respeito às vantagens, o plano de carreiras se destaca como um programa defi-
nidor para a trajetória profissional do indivíduo.

Não é um documento concreto e “talhado em pedra”, longe disso: é um guia para que o
profissional possa se basear na hora da tomada de decisão.

Afinal, é ele quem vai decidir se optar pelo caminho A, B ou C (ou qualquer outro) é o que
faz sentido no momento.

Porém, o importante aqui é ter essa régua a qual se apoiar, bem como ter documentadas
todas as suas principais habilidades, competências e conquistas prévias — e também seus pon-
tos fracos e fracassos.

Muitas vezes, no calor da emoção, decisões são tomadas sem levar em conta vários pon-
tos — o que vale tanto para o indivíduo, quanto para a empresa.

O perfil da profissional conta — e muito — em qualquer promoção ou mudança de rumo e


o planejamento ajuda nesses momentos.

Desvantagens

E quando o assunto são desvantagens, na prática, realmente não há consequências para


quem desenvolve um plano de carreira.

O que existe são planejamentos mal feitos ou modelos (como o plano de carreira em linha,
por exemplo) antiquados para a realidade e as metas da pessoa.

Esses são detalhes que podem prejudicar sua trajetória profissional.

Além disso, o mau planejamento pode ser responsável por fazer tanto o profissional,
quanto a empresa perderem tempo precioso no desenvolvimento de competências que não se-
rão aproveitadas.

É por isso que, a nível organizacional, o programa de plano de carreiras deve ser minuci-
oso e fruto de um intenso monitoramento por parte do time de RH, que administra o capital inte-
lectual da empresa.

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Qualidade De Vida No Trabalho

Qualidade De Vida No Trabalho

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Qualidade De Vida No Trabalho

Qualidade De Vida No Trabalho

Qual é a qualidade de vida no trabalho?

Os empregadores nem sempre consideraram a qualidade de vida no trabalho. Demorou anos até
que os direitos dos trabalhadores fossem protegidos por lei.

No entanto, ainda existem grandes desafios nas empresas: manter a saúde e o bem-estar dos
colaboradores para que eles se sintam confortáveis no ambiente de trabalho. Consequentemente,
eles produzem mais e melhor.

Outro fator que mudou ao longo dos últimos milhares de anos foi a relação entre o homem e o
trabalho e seu papel tanto nas mudanças sociais quanto no desenvolvimento das civilizações.

A história humana pode nos mostrar essa relação e como a qualidade de vida se tornou impor-
tante no ambiente de trabalho.

Embora na antiguidade e na Idade Média o trabalho fosse um meio de tortura e punição para os
escravos e a sociedade inferior, sempre foi necessário para o progresso da humanidade.

Com base no conhecimento científico e filosófico, surgiram sociedades que criaram suas pró-
prias regras com base em suas necessidades. O trabalho agora valoriza as pessoas e seu significado
muda e evolui a cada nova geração.

A era moderna e o ambiente pós-guerra exigiram uma demanda proletária por melhores condi-
ções de trabalho.

Por outro lado, graças às leis de proteção ao trabalhador, as empresas perceberam que o ambi-
ente mais produtivo não é necessariamente aquele em que o empregador pressiona por seus objeti-
vos.

Eric Trist, por volta de 1950, vivenciou a relação das pessoas com o trabalho repensando suas
estruturas para as operações cotidianas. O estudo analisou como seria possível tornar esse ambiente
menos doloroso. O conceito de QVT, ou qualidade de vida no trabalho, nasceu, mas ganhou força ape-
nas duas décadas depois.

Na década de 1970, o professor Louis Davis da Universidade da Califórnia percebeu que o termo
QVT e novas estruturas organizacionais poderiam ser críticos para os negócios. Além disso, observou
que depende da saúde e bem-estar dos profissionais.

Sabe-se hoje que a qualidade de vida no trabalho está diretamente relacionada ao bem -estar
físico, emocional, psicológico e financeiro de uma pessoa. Dessa forma, fica claro a partir de suas ati-
tudes ou reações, quais as experiências do colaborador – negativas ou positivas – relacionadas ao tra-
balho.

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Qualidade De Vida No Trabalho

Davis chegou a uma conclusão que hoje nos parece evidente, mas pouco praticada: profissionais
desmotivados, deprimidos e infelizes produzem menos, o que reduz a capacidade produtiva da em-
presa.

Atualmente, o conceito de qualidade de vida no trabalho significa promover a implementação


de melhorias que promovam a saúde e o bem-estar dos colaboradores, seja no âmbito pessoal ou
profissional.

Qual a importância da qualidade de vida no trabalho?

Empresas que ignoram a satisfação de seus clientes internos, ou seja. seus funcionários, não terá
sucesso com clientes externos. O processo de vendas ou prestação de serviços reflete a motivação e a
satisfação dos funcionários. Por essas razões, ambientes de trabalho tóxicos têm uma data de vali-
dade.

No passado, as empresas costumavam perguntar a seguinte frase em uma entrevista: "Você sabe
trabalhar sob pressão?". Essa frase revela uma cultura organizacional que pode envolver alta rotativi-
dade.

Todo trabalho tem alguma pressão para atingir metas. No entanto, quando a empresa valoriza a
qualidade do desempenho, e não necessariamente a quantidade de tarefas concluídas, a “pressão” é
substituída por uma ação inteligente para manter o colaborador satisfeito, motivado e alinhado às
expectativas do negócio.

Um grande desafio para o setor de RH é entender o que gera pressão no ambiente de trabalho
que causa problemas de saúde, por exemplo: estresse, ansiedade, depressão, problemas psicológicos,
doenças psicossomáticas, problemas de relacionamento, produtividade, absenteísmo e falta compro-
misso.

A importância da QVT é que ela evita o impacto na saúde da organização e permite que os fun-
cionários desempenhem plenamente suas funções de trabalho.

Não ignoramos aqui os conflitos e dizemos que a qualidade do trabalho deve ser “conto de fa-
das”, mas deve ser um ambiente propício à felicidade.

As empresas que investem em maneiras de gerenciar o comportamento dos funcionários, a pro-


dutividade da equipe e até mesmo gerenciar uma cultura organizacional de suporte têm alcançado
resultados maiores e melhores.

A qualidade de vida no trabalho não significa instalar mesa de sinuca, colocar poltronas e jogos
no tempo livre do funcionário.

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Qualidade De Vida No Trabalho

Qualidade de vida no trabalho é entender o contexto em que um empregado está inserido, o


que é necessário para cumprir suas obrigações laborais e como esse empregado pode se virar sem
prejudicar sua saúde.

Por outro lado, as empresas também se beneficiam da felicidade de seus funcionários. As orga-
nizações que investem em QVT são capazes de gerenciar melhor as habilidades dos funcionários e im-
plementar estratégias para manter a satisfação e o desempenho em linha com as expectativas do ne-
gócio.

No entanto, a qualidade de vida não se limita ao trabalho, portanto, as empresas devem cuidar
dos fatores psicológicos e emocionais de seus colaboradores. Tudo isso porque a saúde mental pode
ser afetada por fatores alheios à gestão empresarial. Portanto, você deve estar sempre atento aos
funcionários.

Foto: Sodexo
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Desenvolvimento De Recursos Humanos E Educação Corporativa

Desenvolvimento De Recursos
Humanos E Educação
Corporativa

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Desenvolvimento De Recursos Humanos E Educação Corporativa

O desenvolvimento pessoal e a formação empresarial são duas áreas interligadas cujo


objetivo é melhorar o desempenho do pessoal e, consequentemente, de toda a organização.
Desenvolvimento pessoal significa treinamento contínuo, aprendizado e processo de desen-
volvimento pessoal e profissional dos colaboradores. Isso inclui treinamentos, workshops,
programas de mentoring, treinamentos, entre outros. O objetivo é desenvolver as habilidades
especiais e conhecimentos que os funcionários precisam para desempenhar suas funções de
forma eficaz e eficiente. A formação empresarial, por outro lado, é uma estratégia de des en-
volvimento dos recursos humanos em que são criados e implementados programas de for-
mação e aprendizagem com o objetivo de melhorar as competências e conhecimentos dos
colaboradores face às necessidades estratégicas da organização.

Esses programas podem ser entregues interna ou externamente e podem incluir muitos
formatos diferentes, como cursos presenciais, e-learning, webinars, etc. Ambas as áreas são
importantes para o sucesso da organização, pois permitem que os colaboradores adquiram
as habilidades e informações necessárias, o que aumenta sua produtividade e eficiência,
além de contribuir para a retenção de talentos e a criação de um ambiente de trabalho posi-
tivo e saudável.

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Elementos Da Comunicação

Elementos Da Comunicação

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Elementos Da Comunicação

Os elementos da comunicação são

Emissor: é a pessoa que envia uma mensagem, seja na forma de fala, carta, imagem ou
outra expressão.

Destinatário: é a pessoa que recebe a mensagem enviada pelo remetente.

Mensagem: é o conteúdo que o remetente deseja enviar ao destinatário.

Canal: é o meio físico ou técnico pelo qual uma mensagem é transmitida, como voz, te-
levisão, internet, etc.

Código: é um conjunto de regras e símbolos usados pelo remetente para codificar a


mensagem, ou seja, converter informações em sinais que possam ser entendidos pelo re-
ceptor.

Contexto: É o ambiente ou situação em que ocorre a comunicação, incluindo local,


tempo, clima, cultura e outros fatores que podem afetar o entendimento da mensagem.

Feedback: é a resposta do destinatário ao remetente que indica se a mensagem foi


compreendida ou não, ou fornece informações adicionais sobre a mensagem. Todos esses
elementos são necessários para uma comunicação eficaz e eficiente para que as pessoas
possam se comunicar de forma clara e objetiva.

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Comunicação corporativa e ambiente de trabalho

Comunicação corporativa e ambiente


de trabalho

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Comunicação corporativa e ambiente de trabalho

Comunicação corporativa e ambiente de trabalho

Na nossa vida pessoal, a comunicação é fator de extrema importância para que possamos
transmitir informações, fatos, nossas ideias, desejos, etc.

No mundo empresarial não é diferente, pois as informações produzidas e transmitidas causam


impactos na vida dos funcionários, porém, estes impactos podem causar efeitos diversos daqueles
que se pretendia. Daí a importância de uma comunicação eficiente e eficaz.

No atual cenário informatizado das organizações, recorremos ao e-mail para comunicação rápida de
nossas ideias e a recepção quase instantânea das respostas solicitadas. Mas há, também, as cartas,
memorandos, circulares, comunicação interna, etc. Dependendo do que se deseja comunicar,
podemos utilizar o jornal, o rádio, a televisão, o cinema, a internet ou qualquer outro tipo de
“veículo” para divulgação.

A comunicação empresarial poder ser vista como um processo dinâmico através do qual as
organizações se relacionam com o meio ambiente e por meio do qual as divisões da organização se
conectam entre si. Mas essa comunicação pode sofrer algumas interferências, as “barreiras”, como:

• Barreiras mecânicas ou físicas – Aparelho de transmissão, como o barulho, ambiente e


equipamentos inadequados. A comunicação é bloqueada por fatores físicos.

• Barreiras fisiológicas – Dizem respeito aos problemas genéticos ou de malformação dos


órgãos vitais da fala.

• Barreiras semânticas – São as que decorrem do uso inadequado de uma linguagem não
comum ao receptor ou a grupos visados.

• Barreiras psicológicas – São os preconceitos e estereótipos que fazem com que a comunicação
fique prejudicada.

Barreiras na Comunicação Empresarial

• Barreiras pessoais – A pessoas podem facilitar ou dificultar as comunicações. Tudo irá


depender da personalidade de cada um, do estado de espírito, das emoções, dos valores, etc...

• Barreiras administrativas burocráticas – Decorrem das formas como as organizações atuam e


processam suas informações.

O excesso de informações é outra barreira bastante presente na atualidade. A sobrecarga de


informações de toda ordem e nas mais variadas formas, a proliferação de papéis administrativos e
institucionais, reuniões desnecessárias e inúteis, etc.

A falta de seleção e de prioridades acaba confundindo o público em vez de propiciar uma


comunicação eficaz.
As comunicações incompletas e parciais também constituem mais uma barreira na comunicação

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Comunicação corporativa e ambiente de trabalho

organizacional. São encontradas nas informações fragmentadas, distorcidas ou sujeitas a dúvidas, nas
informações não transmitidas ou sonegadas, etc...

Rede Formal e Informal

O sistema de comunicação das organizações flui basicamente por meio de duas redes: a formal e a
informal.

A rede formal pode ser conceituada como o conjunto de canais e meios de comunicação
estabelecidos de forma consciente e deliberados.

A rede informal surge no decorrer do tempo quando o próprio sistema formal é suplementado. Ela se
baseia nas relações sociais intra – organizativas e é uma forma mais rápida de atender a demandas
mais urgentes e instáveis.

Fluxos Comunicativos

Os fluxos mais comumente estudados são: os descendentes ou verticais, os ascendentes, os


horizontais ou laterais, os transversais e o circular.

• Fluxo descendente ou vertical – É o processo de informações da cúpula diretiva da


organização para os subalternos, isto é, a comunicação de cima para baixo.

• Fluxo ascendente – É o processo contrário. São as pessoas situadas na posição inferior da


estrutura organizacional que enviam à cúpula suas informações.

• Fluxo horizontal ou lateral – É a comunicação que ocorre no mesmo nível. É a comunicação


entre os pares e as pessoas situadas em posição hierárquicas semelhantes.

O Fluxo transversal ou longitudinal se dá em todas as direções, fazendo-se presente nos fluxos


descendente, ascendente e horizontal nas mais variadas posições das estruturas ou da arquitetura
organizacional. Esse tipo de fluxo acontece nas organizações orgânicas e flexíveis que permitem uma
gestão mais participativa e integrada, criam condições para que as pessoas passem a intervir em
diferentes áreas e com elas interagir.

O Fluxo circular abarca todos os níveis sem se ajustar às direções tradicionais. Surge e se desenvolve
muito mais nas organizações informais e favorece a efetividade no trabalho.

Educação Corporativa

Educação Corporativa, que alguns chamam de educação empresarial, é a aquisição da


competência em empreender um forte processo de aprendizagem e gestão do conhecimento, de
acordo com a visão e missão da instituição.

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Comunicação corporativa e ambiente de trabalho

Na Educação Corporativa temos os seguintes objetivos: desenvolver competências essenciais


para o sucesso da empreitada, desenvolver a prática das atividades, alicerçar crenças e valores da
instituição, enfatizar a cultura empresarial, desenvolver a cidadania para o sucesso da instituição.

A Missão da Educação Corporativa é “Formar e desenvolver talentos humanos na Gestão dos


Negócios, por meio da aprendizagem e gestão do conhecimento organizacional, com foco na
competitividade”. A aprendizagem pode ser tanto específica quanto organizacional, mas sempre
funcional e continuada. Tanto a aprendizagem quanto a gestão do conhecimento precisam ser
eficientes para não haver desperdício do recurso mais precioso, que é o tempo. Na Educação
Corporativa a visão dos objetivos e as metas a serem alcançadas devem ser compartilhadas.

No sistema de Educação Corporativa o desenvolvimento de competências se dá através do


desenvolvimento do conhecimento, habilidades e atitudes. O conhecimento será desenvolvido por
meio da compreensão de conceitos e técnicas, que gera o saber. A habilidade é proporcionada p ela
aptidão e capacidade de realizar, que gera o poder. A atitude se configura na postura e modo de agir,
que culmina no querer. A aplicação desses três eixos associados determina a competência.

A competência na educação corporativa se estabelece também através de princípios de sucesso:


parceria, sustentabilidade, conectividade, disponibilidade, cidadania, competitividade. As
competências assim formatadas propiciam um saber agir responsável, que implica mobilizar, integrar,
transferir conhecimentos, recursos e habilidades, que acrescentam valor à organização e valor social
ao indivíduo.

Através da Educação Corporativa há o estimulo da aprendizagem que favorece o


autodesenvolvimento, a formação de lideranças eficazes e a disseminação da cultura. Com isso, é
possível difundir o conceito de que o capital intelectual é o diferencial nas organizações, despertando
a aptidão para o aprendizado.

A aquisição de conceitos necessários depende basicamente de uma revolução no sistema de


educação e na transmissão e criação de informação. A referência dessa transformação é explicitada em
ações voltadas para o acesso à qualidade da educação básica e à visão de oportunidades para o
desenvolvimento de um sistema de educação contínuo, flexível e de excelência na qualidade.
Lembrando sempre que conhecimento não é armazenamento, não é coleção, mas, é conexão entre
saberes e pessoas.

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Comunicação corporativa e ambiente de trabalho

Anotações:
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Trabalho em equipe

Trabalho em equipe

MÉRITO
Apostilas 1
Trabalho em equipe

Trabalho em equipe é quando um grupo ou uma sociedade resolve criar um


esforço coletivo para resolver um problema.

O trabalho em equipe pode também ser descrito como um conjunto ou grupo


de pessoas que dedicam-se a realizar uma tarefa ou determinado trabalho. Uma
revisão de 2012 da literatura acadêmica descobriu que a palavra "trabalho em
equipe" foi usada como "catchall" para se referir a uma série de processos com -
portamentais e estados emergentes ".

O trabalho em equipe possibilita a troca de conhecimento e agilidade no cum -


primento de metas e objetivos compartilhados. Na sociedade em que vivemos, o
trabalho em equipe é muito importante, pois cada um precisa da ajuda do outro.

Negócios

Nas empresas o trabalho em equipa é crucial para a concretização dos objeti -


vos por ela delineados. John C. Maxwell, no seu livro Teamwork Makes The Dream
Work refere que trabalhar em conjunto é importante em todas a vertentes da
vida, sejam elas pessoais ou profissionais. Se houver um objetivo estabelecido
pelo desempenho de um grupo de pessoas, é mais provável que cada um se sinta
obrigado a agir nesse sentido e produzindo assim maiores resultados.

Tecnologia da informação

O trabalho em equipe tem se mostrado crucial não somente na área de tecno-


logia da informação, mas também em quase todas as áreas de negócio, já que a
evolução tecnológica afetou (positivamente) também outras áreas, como a indús -
tria, os transportes, a logística, a medicina, a educação etc., disseminando e pul -
verizando o conhecimento em múltiplas áreas de especialização. O século XXI fir-
mou a metodologia do trabalho em equipe como forma definitiva de executar pro -
jetos e também meios de produção.

Esportes

Exemplo de uma atuação de um trabalho em equipe são os esportes ou ativi-


dades, em que times ou seleções jogam umas contras as outras.

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Trabalho em equipe

Saúde

Em cuidados de saúde, o "trabalho em equipe" é "um processo dinâmico en -


volvendo dois ou mais profissionais de saúde com antecedentes e habilidades
complementares, compartilhando objetivos comuns de saúde e exercendo esfor -
ços físicos e mentais concertados na avaliação, planejamento ou avaliação do pa -
ciente Cuidado".

Dicas fundamentais para trabalhar em equipe:

Conheça os membros da sua equipe

A aproximação com os colegas de trabalho pode resultar em uma convivência


mais produtiva e positiva. Por isso, crie laços com quem passa a maior do dia ao
seu lado, conheça os sonhos e a motivação que fazem seus colegas trabalharem
todos os dias, as dificuldades, as limitações e o que eles possuem de melhor. Mas
cuidado para não ser invasivo, procure agir sempre de forma natural e respeitosa.

Cuidado com as críticas

Ninguém gosta de ser criticado em público, ainda que seja uma crítica cons -
trutiva. Por isso, reserve um tempo para uma conversa particular com a pessoa,
tenha cuidado na forma de falar e busque acrescentar algo de positivo para o co-
lega.

Respeite as diferenças

É fundamental saber respeitar e lidar com as diferenças das pessoas. Algumas


equipes entram em conflito por falta de direcionamento correto nas atividades.
Todo mundo é muito bom em algumas coisas, e ruim em outras. Por isso, saiba ex -
plorar as potencialidades de seus colegas de trabalho e aprenda a conviver com
as limitações de cada um.

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Trabalho em equipe

Dificuldades enfrentadas pelo trabalho em equipe

O trabalho em equipe possui alguns desafios, principalmente quando existe


uma busca por boa comunicação entre todos os colaboradores, a criação de um
ambiente saudável e com um bom relacionamento interpessoal exige tempo, de -
dicação e respeito.

Um exemplo para ilustrar um pouco mais o cenário de trabalho em equipe é


um time de futebol, onde a meta é ganhar o jogo, porém se o nosso time fizer a
mesma quantidade de gols que o adversário também fez, o objetivo não será
cumprido.

É importante que toda a equipe trabalhe em conjunto para alcançar a meta,


que no exemplo seria de vencer o time adversário com o maior número de gols
marcados. A defesa e o ataque precisam traçar estratégias, de acordo com as ori -
entações do seu treinador, para que juntos, alcancem o objetivo traçado.

A essência do espírito de equipe é alcançar os objetivos traçados, trabalhando


em conjunto, em harmonia e em colaboração.

Mas existem dificuldades que podem atrapalhar o desempenho da equipe,


atrasando as metas e trazendo problemas para os relacionamentos interpessoais,
conheça alguns a seguir.

Individualismo

Existem alguns colaboradores que desejam apenas cumprir o seu papel, para
receber o seu salário, sem trabalho em equipe. E no momento de uma promoção
salarial ou outro tipo de reconhecimento, não existe espírito de equipe, é apenas
ele por ele.

Esse tipo de pensamento pode ir na “contramão” de quem está buscando por


um reconhecimento, uma promoção ou almejando um cargo mais alto na hierar -
quia empresarial.

No momento que entendemos o que é realmente o trabalho em equipe, per-


cebemos que não é apenas um colaborador que influencia no crescimento de uma
empresa, mas sim o time de colaboradores, que estão desempenhando seu papel
da melhor forma possível.

Flexibilidade

Na atuação no ambiente empresarial é importante ter em mente que as pes-


soas são diferentes, com opiniões, metodologias de trabalho, com rotinas, histó -

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Trabalho em equipe

rias e desejos completamente diferentes, e esse conjunto de diferenças que tem o


poder de mudar a história de uma empresa, com um time diversificado, que atua
com qualidade.

Conseguir ser flexível é ter a percepção que o respeito é a base para um rela -
cionamento saudável dentro da equipe, e com demais membros da empresa. É
preciso aprender a ouvir opiniões contrárias as suas, e respeitar, sem pensar e
verbalizar que a sua opinião é a melhor, e argumentar.

O ideal que as ideias sejam igualmente ouvidas, para que em seguida, acon -
teça o entendimento coletivo sobre qual terá o melhor resultado dentre o cenário
em avaliação, como uma solução para um problema recorrente, ou sobre qualquer
outro cenário.

A união das ideias, sem conflitos, é capaz de gerar soluções incríveis.

Falha na comunicação

Uma equipe que não se comunica, não consegue desenvolver um trabalho de


qualidade. A comunicação quando está truncada, gera retrabalho, entregas sem
qualidades e fora das expectativas. Não compartilhar informações pertinentes ge -
ram grandes prejuízos para toda a equipe.

É necessário entender que para trabalhar em equipe, é necessário trocar idei-


as, conhecimentos, sugestões, tirar dúvidas com seus companheiros de equipe e
estar aberto à receber críticas, quando for necessário.

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Trabalho em equipe

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Noções De Relações Humanas E Conflito

Noções De Relações Humanas E


Conflito

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Noções De Relações Humanas E Conflito

As relações humanas referem-se ao estudo do comportamento humano em relação a


outras pessoas em diversos contextos, como ambiente de trabalho, família, sociedade, etc. É
um campo de estudo multidisciplinar que inclui conhecimentos de psicologia, sociologia, an-
tropologia e outras disciplinas. Uma parte importante das relações humanas é entender os
conflitos que surgem na comunicação interpessoal. Conflito é uma situação em que as ne-
cessidades, interesses ou valores de duas ou mais pessoas entram em conflito, causando
tensão e desacordo. Esses conflitos podem surgir por vários motivos, como diferenças cultu-
rais, personalidades, diferenças de opinião, etc. A gestão de conflitos é uma parte importante
das relações humanas porque pode afetar a produtividade, eficácia e eficiência da comunica-
ção interpessoal.

O gerenciamento adequado de conflitos pode levar a soluções criativas, re lacionamen-


tos aprimorados e habilidades de comunicação aprimoradas. Algumas estratégias comuns de
gerenciamento de conflitos incluem escuta ativa, negociação, mediação e compromisso. É
importante que as partes em conflito estejam prontas para encontrar uma solução viável e
trabalhar juntas para isso. Em suma, pode-se afirmar que as relações e os conflitos humanos
são importantes campos de estudo e práticas para promover a comunicação efetiva, a coo-
peração e o trabalho em equipe em diferentes contextos. A capacidade de gerir conflitos é
essencial para o sucesso pessoal e profissional.

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Organização no ambiente de trabalho

Organização no ambiente de trabalho

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Organização no ambiente de trabalho

Organização no ambiente de trabalho

A organização no trabalho atua, precisamente, para conquistar um objetivo: a qualidade. Na


realidade o verdadeiro motivo da organização do trabalho é para que tudo funcione de forma assertiva,
como um relógio de precisão.

Se prestarmos atenção no funcionamento de um relógio, todas as peças unidas dão uma


informação preciosa que resulta naquilo que precisamos para guiar-nos no tempo. Por isso, a
organização no trabalho é algo essencial.

Porém, a organização do trabalho depende da união de todas as peças. Os ponteiros não podem
funcionar sem uma máquina precisa e esta, por sua vez, não se move sem uma fonte de energia. Nesse
caso, a organização se torna indispensável.

Isso é o que definimos como organização do trabalho: cada peça funcionando em conformidade
com as demais, formando um grupo organizado e conseguindo o objetivo de trabalhar da forma mais
organizada possível.

A importância da organização no trabalho

Manter a organização no ambiente de trabalho é extremamente importante para qualquer


profissional que queira ter mais produtividade e qualidade, pois garante às pessoas melhores
condições de vida e facilidade no dia a dia, além do conforto.

A desorganização no trabalho implica no rendimento do profissional, e acaba afetando o seu


humor e a sua saúde, além da possibilidade de desentendimento ou desgaste com colegas de trabalho.

Para garantir que o ambiente de trabalho esteja adequado, é necessário fazer uma avaliação de
tudo que existe nele. Precisa-se entender que muitas coisas não estão sendo utilizadas e podem ser
descartadas ou, até mesmo repassadas para profissionais de outros setores da empresa, que façam uso
desses materiais.

Além de tudo o que já foi citado, é preciso lembrar também da organização pessoal em ações
simples, como ter a agenda em dia, não se atrasar para compromissos, reuniões e tarefas.

Quais as vantagens de manter a organização no trabalho?

Logicamente, manter um ambiente de trabalho organizado só traz vantagens, além de refletir


diretamente no desempenho individual de cada colaborador, e de todos que utilizam um espaço bem
cuidado. Confira alguns desses benefícios:

Aumento da produtividade

Quando você chega para trabalhar e encontra uma mesa toda bagunçada, com papéis e materiais
jogados aleatoriamente, dificilmente conseguirá ser produtivo como esperado.

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Organização no ambiente de trabalho

Primeiramente, será necessário arrumar toda a bagunça, colocando cada objeto em seu devido
lugar e de maneira organizada, que não atrapalhe a execução de outros serviços. Com todo esse
contratempo, ninguém consegue iniciar bem o dia de trabalho, certo?

Em outras palavras, a falta de ordenação impacta diretamente no rendimento de um profissional,


obrigando-o a ocupar-se com tarefas que não estavam programadas e, assim, diminuir a sua
produtividade diária.

Otimização de tempo

Com certeza você já escutou alguém falar que “tempo é dinheiro”, e no mundo corporativo, essa
frase não é exagero. Considerando a alta concorrência do mercado atual, isso é ainda uma grande
verdade.

Por isso, a partir de uma sistematização, você consegue otimizar a rotina de tarefas, cumprindo
exatamente com o que foi planejado e, dessa forma, reduzindo o tempo ocioso e improdutivo. Os bons
resultados serão uma consequência direta dessa organização.

Foco maior nas atividades

Todo profissional é contratado para executar um serviço específico, geralmente algo que está
ligado a sua área de formação. Nesse caso, o gestor espera que o colaborador cumpra a sua parte e
exerça com eficiência as suas atividades diárias.

Ou seja, para se concentrar completamente no cumprimento de suas responsabilidades, o


profissional precisa contar com um ambiente totalmente favorável a isso, garantindo que nada tire a
sua atenção do foco.

Bem-estar e conforto

A rotina de trabalho pode ser bem menos desgastante e estressante do que o de costume. Todavia,
com obrigações que vão além das tarefas convencionais, nenhum trabalhador consegue iniciar ou
terminar o seu dia com conforto ou bem-estar.

Garantir um local de trabalho que ofereça conforto para o colaborador, ajudará muito no aumento
do engajamento e da motivação, fazendo o trabalhador sentir-se cada dia mais à vontade dentro da
empresa.

Dicas de organização no trabalho

Abaixo você irá conferir algumas dicas simples que podem fazer a diferença no seu dia de trabalho,
diminuindo o estresse e deixando o ambiente ainda melhor:

Arrume sua mesa

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Organização no ambiente de trabalho

Comece estabelecendo uma área de trabalho. Defina onde cada coisa vai ficar: computador, porta
canetas, decoração, papéis, livros, garrafinha ou copo. De preferência, coloque todos os papéis em uma
caixa, descrevendo na tampa qual o conteúdo delas, depois disso junte todo o lixo acumulado e livre -
se dele.

Limite o tempo de cada tarefa e priorize as atividades do dia

Uma vez priorizadas as tarefas, limite o tempo de cada uma delas. Dessa forma, você saberá quais
atividades irão demandar mais tempo, e como programar-se para que todas sejam realizadas dentro
do cronograma estipulado.

Faça intervalos

Pausas curtas e regulares são essenciais para que o seu rendimento e performance não caiam e,
assim, você consiga manter o foco para realizar o seu trabalho da melhor maneira possível.

Defina a hora de sair

Estender a jornada de trabalho pode não ser uma boa opção! Defina uma hora para finalizar todas
a suas tarefas do dia, e tente cumprir. Trabalhar cansado e com pouca energia gera um ambiente
também de pouca organização e concentração, trazendo desânimo aos dias posteriores.

Tenha um propósito para sua tarefa

Quando você busca um sentido para aquilo que está fazendo, sua concentração no trabalho
melhora de forma notória. Para convencer o cérebro de que sua atividade profissional é importante, é
preciso mostrar a ele que ela faz com que você cresça e também com que se divirta de alguma forma.

Ou seja, a dica é tentar ver o lado bom da atividade que você está fazendo, mesmo que não seja
a atividade dos seus sonhos. Se for algo chato, pense que, por trás, existe um propósito, uma missão
maior.

Corra da procrastinação

“Deixar para fazer depois…” Essa é uma mania comum que temos quando a tarefa nos assusta um
pouco. Pode ser algo fácil de fazer, e só estamos com medo de começar. E daí vem a procrastinação.

É preciso focar nos benefícios para superar os esforços. Uma dica é pensar na tarefa já executada,
e quantos benefícios ela trará, começando devagar, com passos menores. Quando menos perceber, ela
já estará cumprida.

Elabore listas

Listas são muito úteis para que o colaborador visualize suas tarefas durante o dia de trabalho, e
se mantenha organizado. Procure organizar-se diariamente, seja em uma tabela no papel, um rascunho

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Organização no ambiente de trabalho

ou até mesmo via caminhos mais modernos, como um aplicativo de celular ou um site que faça essa
organização para ajudar você.

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Organização no ambiente de trabalho

Anotações:
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Normas De Qualidade No Atendimento Ao Público Interno E Externo

Normas De Qualidade No
Atendimento Ao Público Interno
E Externo

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Normas De Qualidade No Atendimento Ao Público Interno E Externo

Normas De Qualidade No Atendimento Ao Público Interno E Externo

Quando falamos em atendimento pensamos apenas nos clientes externo, mas um bom
atendimento atende igualmente o cliente externo e o cliente interno (colaboradores)

Toda organização deve prestar muita atenção ao atendimento ao público, pois o atendi-
mento reflete a imagem da empresa, pois o cliente não falará mau do atendente e sim da
empresa.

Uma empresa quando atende mal, tende a criar um ciclo com um impacto na empresa.

Explicando melhor, o cliente vai na empresa e recebe um mau atendimento, ele falará
mal dela para várias pessoas e poderá ainda comprar da concorrência.

Isto gera um prejuízo para a empresa, acarretando uma diminuição de seu faturamento,
podendo gerar desemprego ou alta rotatividade na empresa.

O cliente interno é um dos mais importantes agentes de uma organização. Isso porque a
qualidade de seu trabalho reflete diretamente nos objetivos e na reputação de seu negócio.

Um bom ambiente para trabalhar é determinante para a produtividade e para o desem-


penho de seus colaboradores. Afinal, um funcionário adota uma postura positiva se estiver
satisfeito. Assim, atua de forma mais colaborativa, atenciosa e, até mesmo, criativa.

Como garantir a satisfação do cliente interno?

Para garantir a satisfação do cliente interno, é recomendável seguir algumas boas práti-
cas:

Padronize processos: para manter uma equipe organizada e comprometida, estabele-


cer padrões em processos é uma estratégia importante. Isso porque ela evita retrabalhos,
mantém as entregas alinhadas e reduz a improdutividade;

Promova ações de incentivo: um dos fatores que mais motivam um cliente interno é a
possibilidade de crescer dentro de uma empresa. Dessa forma, valorizar essa questão por
meio de ações de incentivo, como premiações e bônus, é uma tática que deve ser conside-
rada;

Mensure os resultados: medir os esforços de seus clientes internos também é uma


boa prática. Para isso, é preciso estabelecer métricas de performances (KPIs). Com elas, é
possível mensurar o desempenho de deles. Caso o engajamento não seja satisfatório, é pos-
sível descobrir os motivos e, assim, propor soluções;

Valorize o diálogo: ao manter uma comunicação aberta e um diálogo constante é pos-


sível entender os anseios, as frustrações e as opiniões de seus clientes internos. Dessa
forma, a relação se fortalece e você também se sente mais confortável para dar feedbacks.

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Normas De Qualidade No Atendimento Ao Público Interno E Externo

Confira, agora, os principais tipos de clientes externos:

Cliente decidido: é aquele que já fez várias pesquisas e que já está disposto a adquirir
seu produto ou serviço. Nesse contexto, a dica para atendê-lo bem é ser prestativo, estar
aberto para responder todas as suas dúvidas e estar apto a fazer demonstrações de produ-
tos;

Cliente indeciso: ele também já pesquisou bastante sobre o produto que deseja, mas
ainda não ao certo se a sua empresa é melhor que a da concorrência. Uma boa dica para
esse tipo de cliente é fazer perguntas simples e breves para entender o que ele, de fato, está
procurando. Dessa forma, será possível orientá-lo e, assim, continuar a negociação;

Cliente apressado: para o cliente que não tem tempo é perder, é essencial manter uma
comunicação assertiva e breve. Assim, ele não fica impaciente, o que potencializa o fecha-
mento do o negócio;

Embaixador da marca: esse tipo de cliente faz comentários positivos nas redes sociais
sobre sua empresa e sempre tece elogios. Para mantê-lo motivado, é preciso lançar mãos
de diferentes ações, como enviar brindes especiais e, até mesmo, convidá-lo para conhecer
sua empresa.

Técnicas de atendimento ao cliente interno e externo

Conheça, agora, algumas técnicas de atendimento para clientes internos e externos:

Falar a sua língua: para garantir um bom atendimento ao cliente interno e externo é es-
sencial entrar em sintonia com eles. Em outras palavras, é preciso entender a sua linguagem
e a forma como ele se comunica;

Manter a postura profissional: independentemente do grau de intimidade que você te-


nha com seus clientes internos e externos, manter a postura profissional deve ser sua priori-
dade. Afinal, seu comportamento está totalmente conectado à reputação da marca;

Conhecer os desejos e os objetivos: é só conhecendo os desejos e os objetivos de


seus clientes internos e externos que é possível oferecer as melhores soluções e produtos;

Ter empatia: ser solidário e empático também é uma prática essencial para valorizar o
atendimento ao cliente interno e externo. No caso do cliente interno, ele se sentirá mais valo-
rizado e seu desempenho melhorará. Já em relação ao cliente externo, essa atitude irá forta-
lecer os seus laços de relacionamento, o que potencializará o processo de f idelização.

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Organização Administrativa

Organização Administrativa

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Organização Administrativa

Organização Administrativa

Concentração e Desconcentração

Não raro, uma vez incluído no programa, constar de provas e exames os conceitos e diferenças
entre centralização e descentralização administrativa, concentração e desconcentração administra-
tiva. É tema de fácil entendimento, mas que requer atenção.

O estudo da centralização/descentralização e da concentração/desconcentração relaciona-se ao


tópico “prestação de serviços públicos”, mas nela não se esgota. A Constituição de 1988, em seu art.
175, atribui ao Poder Público a competência para a prestação de serviços públicos. Assim, de se defi-
nir apenas as respectivas competências, o que se dá pelos artigos 21, 23, 25, 30 e 3 2 da Constituição
Federal de 1988.

Registre-se, por relevante, desde já: um serviço público pode ser prestado de forma direta ou
indireta.

É mister iniciar referindo-se que “o Estado tem como função primordial o oferecimento de utili-
dades aos administrados,” de modo que sua total atuação deve buscar, sem outro lume a não ser o
interesse público, sendo esse a razão primordial da sua existência democrática, o que não poderia ou
não deveria servir aos interesses particulares como temos visto nos últimos tempos.

A organização administrativa do Estado apresenta um cabedal de normas jurídicas que direcio-


nam e delimitam a hierarquia, a atuação, a competência, o controle dos órgãos e das pessoas jurídi-
cas e seus respectivos agentes que os integram.

O Estado para cumprir suas obrigações para com o cidadão, por meio do oferecimento da pres-
tação de serviços “para satisfazer as necessidades essenciais ou secundárias da coletividade”, atua em
três condições ou situações fundamentais de execução: a centralização, a descentralização e a des-
concentração.

“A CENTRALIZAÇÃO ocorre quando o Estado executa suas tarefas diretamente, por meio dos inú-
meros órgãos e agentes administrativos que compõe sua estrutura administrativa funcional, denomi-
nada Administração Direta. Os serviços são prestados diretamente pelos órgãos do Estado, desperso-
nalizados, integrantes de uma mesma pessoa jurídica.”

Quando se fala em CENTRALIZAÇÃO, trata-se do desempenho direto das atividades públicas pelo
Estado-Administração, de modo a sobressair a denominada administração direta – administração cen-
tralizada, quando o Estado executa diretamente suas funções administrativas por meio dos seus ór-
gãos e agentes – sendo a mesma pessoa jurídica (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).

Portanto, a CENTRALIZAÇÃO se mostra patente quando o poder central executa as suas ativida-
des, presta os seus serviços através da sua própria estrutura (ministérios, secretarias, delegacias, de-
partamentos), quando o Estado (poder central) é o titular e o próprio executor por seus órgãos, res-
saltando-se aqui o Estado (federal, estadual, distrital ou municipal).

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Organização Administrativa

A CENTRALIZAÇÃO das funções administrativas do Estado se mostrou concretamente delineada,


quando da reforma administrativa federal em 1967 ao estabelecer as suas diretrizes básicas, como
descreve o professor José dos Santos Carvalho Filho que: {1} “o ente federativo, por seus órgãos, será
tanto o titular do serviço quanto o prestador, o que a doutrina chama de Administração Centralizada,
(...) e conclui que o Decr.-lei n° 200/67, que implantou a reforma administrativa federal, denominou
esse grupamento de órgãos de administração direta (art. 4°, I), isso porque o Estado, na função de ad-
ministrar, assumirá diretamente seus encargos." Art. 4º - A Administração Federal compreende: I - A
Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presi-
dência da República e dos Ministérios.

Portanto, a CENTRALIZAÇÃO é a acumulação das funções administrativas do Estado (federal, es-


tadual, distrital, municipal) e consubstancia-se na execução de atribuições pela mesma pessoa jurí-
dica (política) que representa a Administração Pública competente, dando-se através da Administra-
ção Centralizada, isto é, com a prestação dos serviços de interesse da coletividade, por si e direta-
mente, sem a participação de outras pessoas jurídicas interpostas.

“A DESCENTRALIZAÇÃO ocorre quando outras pessoas jurídicas desempenham algumas atribui-


ções e obrigações típicas do Estado, o que se dá indiretamente e não diretamente se concretizando
quando o Estado delega as suas atividades e obrigações a terceiros. Assim, a descentralização pressu-
põe duas pessoas distintas, o Estado e a pessoa que executará a obrigação, o serviço, por ter recebido
do primeiro tal atribuição e, em nome deste, executará, porém, sob o controle e fiscalização do pró-
prio Estado.”

A DESCENTRALIZAÇÃO importa concluir a existência de correlação entre a obrigação de certa ati-


vidade direta do Estado e o exercício de tal atividade executada por terceiro, isto é, executada de
modo indireto por este, e tão somente, controlada e fiscalizada por aquele. Neste aspecto, o exercício
deste tipo de atividade conduz à noção de administração descentralizada.

Na preleção do professor Celso Antônio Bandeira de Mello entende-se a descentralização:

“Diz-se que a atividade é descentralizada quando é exercida, por pessoas distintas do Estado. Na
descentralização o Estado atua indiretamente, pois o faz através de outras pessoas, seres juridica-
mente distintos dele, ainda quando sejam criaturas suas e por isso mesmo se constituam, em parce-
las personalizadas da totalidade do aparelho administrativo estatal."

A DESCENTRALIZAÇÃO dos serviços públicos pode ser analisada política e administrativamente,


conforme ensina a mestra Maria Sylvia Zanella Di Pietro:

“... o ente descentralizado exerce atribuições próprias que não decorrem do ente central; é a si-
tuação dos Estados-membros da federação e, no Brasil, também dos Municípios. Cada um desses en-
tes locais detém competência legislativa própria que não decorre da União nem a ela se subordina,
mas encontra seu fundamento na própria Constituição Federal. As atividades jurídicas que exercem
não constituem delegação ou concessão do governo central, pois delas são titulares de mane ira origi-
nária”. GRIFAMOS.

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Organização Administrativa

Descentralização Política.

“...ocorre quando as atribuições que os entes descentralizados exercem só têm o valor jurídico
que lhes empresta o ente central; suas atribuições não decorrem, com força própria, da Constituição,
mas do poder central. É o tipo de descentralização própria dos Estados unitários, em que há um cen-
tro único de poder; do qual se destacam, com relação de subordinação, os poderes das pessoas jurídi-
cas locais”.

Portanto, a descentralização POLÍTICA se dá através de preceito constitucional e não depende da


manifestação ou da vontade do Poder Central – União. A descentralização ADMINISTRATIVA se dá
com o exercício das atribuições advindas do Poder Central, quando este cede sua competência a um
ente federativo (Estado-membro, Distrito Federal e Município) a condição para a execução dos servi-
ços públicos, o que quer dizer: “os entes descentralizados têm competência para gerir os seus pró-
prios negócios, mas com subordinação às leis postas pelo ente central.”

A DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA se dá por três formas: territorial ou geográfica; funcio-


nal ou técnica e por colaboração.

Centralização e descentralização administrativa

Ocorre a chamada centralização administrativa quando o Estado executa suas tarefas por meio
dos órgãos e agentes integrantes da Administração Direta. Nesse caso, os serviços são prestados pe-
los órgãos do Estado, despersonalizados, integrantes de uma mesma pessoa política (União, DF, est a-
dos ou municípios), sem outra pessoa jurídica interposta. Portanto, quando falamos que determinada
função é exercida pela Administração Centralizada Federal, sabemos que é a pessoa jurídica União
quem a exerce, por meio de seus órgãos; quando se diz que um serviço é prestado pela Administra-
ção Centralizada do Distrito Federal, significa que é a pessoa jurídica Distrito Federal quem presta o
serviço, por meio de seus órgãos, e assim por diante.

Em síntese, a centralização administrativa, ou o desempenho centralizado de funções adminis-


trativas, consubstancia-se na execução de atribuições pela pessoa política que representa a Adminis-
tração Pública competente - União, Estado-membro, Municípios ou DF – dita, por isso, Administração
Centralizada. NÃO há participação de outras pessoas jurídicas na prestação do serviço centralizado.

Ocorre a chamada descentralização administrativa quando o Estado (União, DF, estados ou mu-
nicípios) desempenha algumas de suas funções por meio de outras pessoas jurídicas. A descentrali za-
ção pressupõe duas pessoas jurídicas distintas: o Estado e a entidade que executará o serviço, por ter
recebido do Estado essa atribuição. A descentralização administrativa acarreta a especialização na
prestação do serviço descentralizado, o que é desejável em termos de técnica administrativa. Por esse
motivo, já em 1967, ao disciplinar a denominada “Reforma Administrativa Federal”, o Decreto -Lei nº

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Organização Administrativa

200, em seu art. 6º, inciso III, elegeu a “descentralização administrativa” como um dos princípios fun-
damentais da Administração Federal.

Administração descentralizada é administração indireta.

Há 2 (duas) formas pelas quais o Estado pode efetivar a chamada descentralização administra-
tiva: outorga e delegação.

A outorga ocorre quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, mediante previsão em lei,
determinado serviço público e é conferida, regra geral, por prazo indeterminado. É o que ocorre rela-
tivamente às entidades da Administração Indireta prestadoras de serviços públicos: o Estado descen-
traliza a prestação dos serviços, outorgando-os a outras entidades (autarquias, empresas públicas,
sociedades de economia mista e fundações públicas), que são criadas para o fim de prestá -los.

A descentralização será efetivada por meio de delegação quando o Estado transfere, por con-
trato ou ato unilateral, unicamente a execução do serviço, para que o ente delegado o preste ao pú-
blico em seu próprio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização do Estado, contudo. A delegação é
normalmente efetivada por prazo determinado. Há delegação, por exemplo, nos contratos de conces-
são ou nos atos de permissão, em que o Estado transfere aos concessionários e aos permissionários
apenas a execução temporária de determinado serviço.

Em resumo, a descentralização administrativa pressupõe a existência de duas pessoas jurídicas:


a titular originária da função e a pessoa jurídica que é incumbida de exercê -la. Se essa incumbência se
consubstanciar numa outorga, será criada por lei, ou em decorrência de autorização legal, uma pes-
soa jurídica que receberá a titularidade do serviço outorgado. É o que ocorre na criação de entidades
(pessoas jurídicas) da Administração Indireta prestadoras de serviços públicos. Se a atribuição do ser-
viço for feita mediante delegação, a pessoa jurídica delegada receberá, por contrato ou ato unilateral,
a incumbência de prestar o serviço em seu próprio nome, por prazo determinado, sob fiscalização do
Estado. A delegação não implica a transferência da titularidade do serviço à pessoa delegada, mas
apenas a concessão, a permissão ou a autorização temporária para a execução do serviço.

A prestação de serviços públicos mediante concessão, permissão ou autorização é considerada


forma de prestação indireta. Dão prova disso os arts. 175, caput, 21, XI e XII, 25, § 2º, e 30 , V, da
Constituição. Diversamente, a prestação de serviços públicos realizada pela Administração Centrali-
zada (ou Administração Direta), por meio de seus órgãos, sem a contratação de terceiros, constitui
modalidade de prestação direta.

A dificuldade pode surgir ao analisarmos a prestação de serviço por entidade da Administração


Indireta. A prestação será direta quando a entidade recebeu outorga do serviço e o presta com seus
próprios recursos, com o próprio aparelhamento da entidade, sem a contratação de terceiros.
Teremos, nesse caso, serviço descentralizado de prestação direta. A prestação será indireta quando a
entidade for contratada para realizar o serviço que não se encontra sob sua titularidade (a

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Organização Administrativa

Administração Direta pode, por exemplo, contratar uma empresa pública para o fornecimento de
merenda a uma escola pública) ou quando a entidade da Administração Indireta contratar terceiros,
para a prestação de serviço de que seja titular.

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Organização Administrativa

Anotações:
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Ferramentas de gestão da qualidade

Gestão de processos

MÉRITO
Apostilas 1
Ferramentas de gestão da qualidade

Gestão de processos é um conjunto de práticas que têm o objetivo de buscar


o aperfeiçoamento contínuo dos processos organizacionais de uma empresa ou
instituição.

Para tanto, os gestores se propõem a identificar, desenvolver, documentar,


monitorar e controlar os processos da companhia.

E isso vale para a própria gestão de processos, que também é um processo,


ou seja, um conjunto de ações organizado e sistemático.

Aliás, para entendermos melhor o conceito, é fundamental pensarmos em


uma definição precisa do que são os processos organizacionais.

São conjuntos de atividades realizadas por pessoas ou equipamentos de uma


organização.

Essas atividades envolvem a transformação de insumos (entradas) para aten -


der a um objetivo específico, de alguma forma relacionado com os resultados da
empresa.

Entre os exemplos mais óbvios está o processo de produção de uma indústria,


em que o insumo principal é a matéria-prima, que é transformada no produto fi -
nal.

Na realidade, para que isso aconteça, geralmente, há dezenas de pequenos


processos que devem ser seguidos pelas máquinas e operadores.

Na área administrativa, também encontramos um conjunto de processos ori-


entando o trabalho dos colaboradores.

BPM

BPM é a sigla para business process management, que é basicamente o termo


equivalente à gestão de processos organizacionais na língua inglesa.

Quanto ao significado, não há diferença. Mas podemos dizer que o costume é


usar a sigla BPM em um contexto um pouco mais específico, referindo-se a um sis-
tema BPM.

Também chamado de BPMS (business process management system), é um


software que busca automatizar a gestão de processos.

Ou seja, uma solução tecnológica cujo objetivo é sistematizar e tornar mais


eficiente o gerenciamento dos processos de uma organização.

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Ferramentas de gestão da qualidade

Da mesma forma que um software é utilizado para facilitar esse conjunto de


atividades, outros processos também podem ser automatizados e otimizados com
a tecnologia.

Voltando ao exemplo das passagens aéreas, imagine que o trabalho de rece-


ber as solicitações e emitir os bilhetes fique a cargo de apenas uma pessoa, que
acumula outras atribuições.

Nesse caso, é razoável pensar que a execução do processo estaria sujeita a


erros ou à ineficiência.

Como a gestão de processos busca a melhoria, conforme destacamos no início


do texto, pode haver a adoção de um programa no qual o próprio colaborador pro-
cura pelas passagens e cadastra as informações.

Então, um gestor fica responsável por aprovar os pedidos e as passagens são


emitidas a partir do centro de contas selecionado.

É importante entender, porém, que a tecnologia não traz eficiência por si só.

Para que não se torne uma bagunça, o ideal é que haja algum grau de inte -
gração entre os softwares utilizados em diferentes processos.

No caso da compra das passagens, por exemplo, a informação deve constar


no software de gestão financeira.

A importância da gestão de processos

A importância da gestão de processos é fazer com que a empresa se enqua-


dre nas novas realidades impostas pelo mercado.

Antes disso, e talvez ainda mais importante, as práticas da gestão de proces -


sos ajudam a combater o desperdício.

Com o planejamento, design, monitoramento e aperfeiçoamento dos proces-


sos, a organização passa a aproveitar melhor seus recursos.

Principais características da Gestão de Processos

Modelação

A empresa deve ter abertura para o redesenho dos fluxos de trabalho e, por
consequência, dos processos.

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Ferramentas de gestão da qualidade

Isso demanda uma cultura organizacional de flexibilidade, para que a prática


de modificar um processo não se transforme em uma batalha, enfrentando a resis -
tência dos colaboradores.

Documentação

Os processos de uma organização precisam estar bem documentados, para


que não ocorram situações nas quais apenas determinado colaborador sabe como
fazer um conjunto de atividades.

Com tudo documentado, caso esse colaborador deixe a empresa ou troque de


função, o responsável a assumir seu lugar terá um norte.

Entrega de valor

Os processos existem para entregar algum tipo de valor à empresa, à marca,


ao produto ou serviço comercializado.

Se não está claro de que maneira essa entrega ocorre, pode ser um sinal de
que o processo deve ser repensado.

Monitoramento

Os gestores também precisam de números para entender se os processos es -


tão entregando o que se espera deles.

A dica é, ao desenhá-los, pensar em key performance indicators (KPIs) para


embasar a avaliação do desempenho.

Sistematização

Conforme já destacamos aqui, a gestão de processos é também um processo.

Isso quer dizer que esse conjunto de práticas deve ter as mesmas característi -
cas de que falamos aqui.

Etapas da Gestão de Processos

1. Planejamento

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Ferramentas de gestão da qualidade

Aqui, nasce o projeto, fase na qual é analisado o conjunto de atividades envol-


vidas, qual o objetivo do processo e sua relação com a estratégia da empresa.

2. Modelagem

A modelagem corresponde ao desenho dos fluxos de trabalho, ou seja, como


será a prática do processo que está sendo desenvolvido.

3. Simulação

É a fase em que as atividades definidas na etapa anterior são testadas.

Serve para averiguar como o que foi previsto se manifesta na prática e de que
forma os colaboradores respondem ao novo processo.

A etapa de simulação também é importante para colher insights que permi-


tam aperfeiçoar a solução que está sendo proposta.

4. Execução

A partir da experiência obtida na simulação, são feitos os ajustes necessários


e o processo passa a ser praticado.

5. Monitoramento

São colhidos dados de acordo com as métricas e KPIs definidos nas etapas de
planejamento e modelagem.

Essas informações são importantes para saber se os objetivos estabelecidos


são de fato alcançados.

6. Melhorias

Por fim, deve-se ter em mente que o mesmo trabalho de modelagem de um


novo processo pode se repetir no futuro.

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Ferramentas de gestão da qualidade

Benefícios da Gestão de Processos

• Melhor aproveitamento do tempo

Quando um processo é modelado ou aperfeiçoado, um dos principais pontos


planejados é como ter o mínimo desperdício de tempo.

Também são exploradas oportunidades de automação, para que os gestores e


colaboradores tenham mais tempo para realizar outras tarefas.

• Redução de custos

Aproveitar melhor o tempo disponível é, por si só, uma maneira de economi -


zar.

Mas a gestão de processos procura oportunidades de reduzir custos em fren -


tes diversas.

• Maior qualidade nos serviços e produtos

Um bom processo é aquele que resulta em um produto ou serviço de qualida -


de, que deve ser sempre o objetivo final da empresa.

• Qualifica a tomada de decisões

Como implica no monitoramento de métricas e indicadores, a gestão de pro-


cessos colabora para uma cultura organizacional na qual as decisões são tomadas
com base em dados.

• Retenção de talentos

Como os processos são amplamente conhecidos e mapeados, fica mais fácil


alocar os profissionais adequados a cada função, o que aumenta a satisfação e a
qualidade do trabalho dos colaboradores.

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Ferramentas de gestão da qualidade

Anotações:
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Contrato De Gestão

Contrato De Gestão

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Contrato De Gestão

Contrato De Gestão

Um acordo de governança é um compromisso institucional entre o governo federal e uma


entidade não governamental (pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos) reconhecida
como organização da sociedade civil. O objetivo é criar uma parceria para promover e implementar a
parceria atividade de benefício social exclusivamente ao Estado definido na Lei nº 9.637, de 1998.

O contrato de gestão deve, em seu seguimento, possibilitar a definição e aprovação das


estratégias operacionais que se mostrem necessárias para criar melhores condições para que a
instituição atinja as metas e objetivos pactuados. Adicionalmente, a monitorização do desempenho
da instalação através do contrato de gestão permite a definição de metas e objetivos acordados
quando se verifiquem alterações nas condições de utilização da instalação que justifiquem a sua
redefinição.

O Aditivo ao Acordo Administrativo é uma ferramenta usada para alterar o Acordo


Administrativo. Pode dispor, por exemplo, sobre a inclusão ou exclusão de cláusulas, a revisão de
metas, indicadores e prazos, assim como sobre alterações nos valores originalmente pactuados e
autorizações do repasse desses recursos.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio de sua Coordenação-Geral de Unidades


de Pesquisa e Organizações Sociais (CGPS), tem por finalidade negociar, pactuar, supervisionar e
avaliar o desempenho das organizações sociais, conforme metas e indicadores estabelecidos nos
Contratos de Gestão e Termos Aditivos; coordenar as reuniões das Comissões de Acompanhamento e
Avaliação dos Contratos de Gestão; analisar os relatórios das Comissões de Acompanhamento e
Avaliação dos Contratos de Gestão e instrumentos similares; acompanhar a execução das ações das
organizações sociais estabelecidas no Plano Plurianual; apoiar e acompanhar a elaboração e execução
do Planejamento Estratégico das organizações sociais, no que tange aos Contratos de Gestão;
articular-se com órgãos congêneres de gestão no âmbito do poder executivo federal; e executar
outras competências que lhe forem cometidas, no seu campo de atuação.

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REGIMENTO INTERNO

DISPÕE SOBRE O REGIMENTO


INTERNO DA CÂMARA MUNICIPAL DE
NATAL.

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DO NATAL, FAÇO SABER que a Câmara


Municipal do Natal aprovou e eu PROMULGO a seguinte Resolução:

Art. 1º O regimento Interno da Câmara Municipal do Natal passa a vigorar nos termos
estabelecidos no anexo único desta Resolução.

Art. 2º Esta Resolução entrará em vigor no dia 01 de novembro de 2005.

Art. 3ºRevogam-se as disposições em contrário, em especial a Resolução nº 275, datada de


07 de abril de 1992.

Sala das Sessões, em Natal, 24 de outubro de 2005.

ROGÉRIO MARINHO - Presidente


Sargento Siqueira - Primeiro Secretário
Edivan Martins - Segundo Secretário.

ANEXO ÚNICO

REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA MUNICIPAL DO NATAL

TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I
DA SEDE DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 1º A Câmara Municipal tem sede na Cidade do Natal, Capital do Estado do Rio Grande do
Norte, desenvolvendo suas atividades no Palácio Padre Miguelinho.

Parágrafo Único - Havendo motivo relevante, por decisão de maioria absoluta dos
Vereadores, a Câmara poderá se reunir em local distinto do fixado no caput deste artigo.

CAPÍTULO II
DAS LEGISLATURAS E DAS SESSÕES LEGISLATIVAS

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Seção I
Do Inicio da Legislatura

Art. 2º A Legislatura, com duração de quatro anos, começa no dia 1º de janeiro do ano
seguinte ao das eleições parlamentares municipais e termina no dia 31 de dezembro, quatro
anos depois.

Art. 3º A Legislatura se instala com sessão especial de posse dos vereadores no dia 1º de
janeiro do ano seguinte ao das eleições municipais.

§ 1º A sessão especial a que se refere este artigo, será presidida pelo Vereador mais
antigo, independentemente de quórum, servindo de Secretários dois Vereadores de legendas
diferentes, dentre os mais votados.

§ 2º Quem tiver sido eleito Vereador deve apresentar à Mesa Diretora, até 31 de
dezembro do ano da eleição, diploma expedido pela Justiça Eleitoral, bem como declaração de
bens e fontes de rendas e de ausência dos impedimentos previstos no art. 24 da Lei Orgânica
do Município, recebendo certidão comprobatória.

§ 3º Aberta a sessão especial, o Presidente anunciará os nomes dos Vereadores


diplomados e, de pé, proferirá a seguinte declaração:

"Prometo exercer, com dedicação e lealdade, o meu mandato, cumprindo as Leis e


respeitando as instituições, promovendo o bem geral do Município de Natal e pugnando pela
manutenção da democracia".

§ 4º Ato contínuo, o Primeiro Secretário, também de pé, ratificará esta declaração,


igualmente o fazendo cada um dos Vereadores, chamados nominalmente, por ordem
alfabética, dizendo: "Assim prometo".

§ 5º O Vereador que não prestar o compromisso na sessão referida neste Artigo, poderá
fazê-lo perante o Presidente ou seu substituto legal, desde que o faça dentro de quinze dias, a
partir da realização daquela.

§ 6º O Vereador que não tomar posse no prazo previsto no parágrafo anterior, sem
motivo justificado, entende-se haver renunciado ao mandato, assim declarando o Presidente,
cabendo recurso ao Plenário, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.

Art. 4º Imediatamente após a posse dos vereadores, proceder-se-á à eleição da Mesa


Diretora, em votação nominal aberta.

§ 1º Para a inscrição de candidaturas, o Presidente suspenderá a sessão por até 05


(cinco) minutos.

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§ 2º A votação será, salvo decisão contrária do Plenário, através de CHAPA composta de


candidatos concorrentes a todos os cargos da Mesa Diretora e de seus substitutos:

a) Presidente;
b) Vice-presidentes;
c) Secretários.

§ 3º Será admitida a apresentação de candidaturas avulsas, tanto para os cargos da


Mesa Diretora quanto para seus substitutos.

Art. 5º Eleita e empossada a Mesa Diretora, a Câmara Municipal dará posse ao Prefeito e ao
Vice-prefeito, tomando-lhes o compromisso.

Seção II
Das Sessões Legislativas

Art. 6ºAs Sessões Legislativas Ordinárias, que transcorrem durante cada ano, compreendem
dois períodos legislativos: o primeiro se estendendo de 15 de fevereiro a 30 de junho e o
segundo, de 1º de agosto a 15 de dezembro.

Parágrafo Único - Se os dias referidos no caput deste artigo forem sábado, domingo ou
feriado, as sessões que neles deveriam realizar-se, serão transferidas para o primeiro dia útil
seguinte.

Seção III
Do Recesso

Art. 7º A Câmara Municipal entra em recesso de 1º a 31 de julho e de 16 de dezembro a 14


de fevereiro do ano seguinte, observadas as regras constantes na Lei Orgânica do Município,
no que tange à apreciação e aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentária e Lei Orçamentária
Anual .

Art. 8º Durante os recessos, a Câmara poderá ser convocada:

I - pelo Presidente, atendendo a deliberação da Mesa Diretora ou requerimento de, no


mínimo, um terço (1/3) dos Vereadores;

II - pelo Prefeito Municipal, sendo observado o seguinte:

§ 1º a remuneração dos Edis será a expensas do Poder Executivo, observadas as regras


contidas neste Regimento;

§ 2º a remuneração em epígrafe não será computada como sendo gasto de pessoal em


desfavor da Câmara Municipal e, sim, da Prefeitura Municipal.

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Art. 9º A convocação extraordinária, sempre com prazo certo e para apreciação


exclusivamente da matéria determinada, é concretizada pelo Presidente com publicação de
aviso na imprensa oficial e comunicação pessoal aos Vereadores, que deverá ser feita com
antecedência de 48 (quarenta e oito) horas.

Art. 10 Recebida a mensagem de convocação extraordinária, feita pelo Prefeito Municipal, de


acordo com o inciso II do Art. 8º, o Presidente da Câmara Municipal terá prazo máximo de 72
h para efetivar a medida, observada também a regra do artigo anterior.

TÍTULO II
DOS ÓRGÃOS DA CÂMARA MUNICIPAL

CAPÍTULO I
DA MESA DIRETORA

Art. 11 A Mesa Diretora, com mandato de dois anos, compõe-se de Presidente, 1º e 2º


Secretários, competindo-lhes a direção dos trabalhos legislativos e dos serviços
administrativos da Câmara.

§ 1º É permitida a reeleição para os cargos da Mesa Diretora e seus substitutos.

§ 2º Juntamente com os membros da Mesa, serão eleitos seus substitutos, os 1º, 2º e 3º


Vice-presidentes, bem como os 3º e 4º Secretários.

§ 3º Os Vice-presidentes, seguindo a ordem de precedência, substituirão o Presidente,


em suas faltas e impedimentos, da mesma forma como o 3º e 4º Secretários substituirão o 1º
e 2º Secretários, obedecida sempre a ordem da numeração respectiva.

§ 4º Durante as sessões, o Presidente tomará assento à Mesa e não deixará sua cadeira
enquanto não tiver substituto. O 1º e o 2º Secretários permanecerão à Mesa durante a leitura
da ata e do expediente, nas verificações de quórum e chamadas nominais para votação e por
todo tempo das sessões especiais e solenes.

§ 5º Ausentes os Secretários, o Presidente convidará qualquer Vereador para substituí-


los ocasionalmente.

§ 6º Ausentes os membros da Mesa, a sessão será presidida pelo Vereador mais antigo.

§ 7º Os membros da Mesa não poderão fazer parte de Comissão Permanente.

Seção I
Da Eleição da Mesa Diretora e Seus Substitutos

Art. 12 A eleição da Mesa Diretora e de seus substitutos, bem como o preenchimento de

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qualquer vaga, será feita por maioria absoluta de votos, em votação nominal aberta.

Parágrafo Único - Não sendo alcançada a maioria absoluta por qualquer dos candidatos
ou CHAPAS, se procederá a um segundo escrutínio, em que concorrerão apenas os dois
candidatos ou CHAPAS mais votados, decidindo-se a eleição por maioria simples e, em caso
de empate, será proclamado eleito o candidato ou CHAPA cujo Presidente seja o Vereador
mais idoso.

Art. 13 A Mesa Diretora, com seus substitutos, no início da legislatura, é eleita em sessões
especiais e em votação nominal aberta, conforme o Art. 4º deste Regimento.

Art. 14 A eleição da Mesa Diretora e de seus substitutos, para os 02 (dois) últimos anos da
legislatura, correspondentes às 3ª e 4ª sessões legislativas, acontecerá em sessão especial a
ser realizada durante a primeira quinzena do mês de dezembro do 4º período legislativo,
através de votação nominal aberta, ocorrendo a posse no dia 1º de janeiro do ano em que for
aberta a 3ª Sessão Legislativa.

Art. 15 Só poderão concorrer à eleição para a Mesa Diretora e seus substitutos os


Vereadores titulares e no exercício do mandato, observadas as seguintes exigências e
formalidades:

I - Verificação da presença da maioria absoluta dos Vereadores;

II - Chamada dos Vereadores por ordem alfabética;

Parágrafo Único - O 1º Secretário, por determinação do Presidente da Mesa Diretora,


fará a chamada nominal dos presentes, e o Presidente proclamará o resultado, para, em
seguida, dar posse aos eleitos.

Art. 16 Durante a Sessão Ordinária de eleição da Mesa Diretora e de seus substitutos, os


Vereadores podem usar da palavra por dez minutos para tratar de assuntos pertinentes à
eleição, desde que o faça antes de iniciada a chamada para a votação.

§ 1º Depois do início da chamada de votação, a palavra só será concedida para questão


de ordem, por um prazo de 30 segundos.

§ 2º O Vereador poderá solicitar declaração de voto por até 03 (três) minutos.

Art. 17 Ocorrendo, a qualquer tempo, vaga na Mesa Diretora, se procederá à nova eleição
para o preenchimento da vaga, exceto para Presidente, quando a vaga será assumida pelo 1º
Vice-presidente, observadas as regras dos artigos anteriores, devendo a eleição realizar-se
até cinco dias após a ocorrência da vaga.

Seção II
Das Atribuições da Mesa Diretora

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Art. 18 Compete à Mesa Diretora, privativamente:

I - dirigir os trabalhos do plenário, respeitadas as atribuições exclusivas do Presidente;

II - promover a regularidade dos trabalhos legislativos e de fiscalização e controle;

III - dar parecer em todas as proposições que interessem aos serviços administrativos da
Câmara, ou alterem este Regimento, exceto quando for autora;

IV - propor projetos dispondo sobre criação, transformação e extinção de cargos,


empregos e funções dos serviços da Câmara, inclusive fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros da Lei de Diretrizes Orçamentárias;

V - elaborar o Regulamento dos Serviços Administrativos da Câmara, submetendo-os à


aprovação do Plenário;

VI - encaminhar pedidos de informação ao Poder Executivo, apurando, de ofício,


responsabilidades pelo não atendimento;

VII - promulgar as emendas à Lei Orgânica do Município;

VIII - propor Projeto de Lei de autorização para a abertura de crédito especial ou


suplementar às dotações orçamentárias da Câmara;

IX - dirigir todos os serviços administrativos da Câmara;

X - dar conhecimento ao Plenário, através de relatório circunstanciado, na última sessão


ordinária do ano, de todas as atividades realizadas;

XI - propor ação de inconstitucionalidade (Constituição Estadual, art. 71, § 2º, inciso VI),
por iniciativa própria ou a requerimento de qualquer Vereador;

XII - conferir a seus membros atribuições ou encargos referentes aos serviços


legislativos, de fiscalização, controle e administrativos;

XIII - fixar diretrizes para divulgação dos trabalhos da Câmara;

XIV - adotar medidas adequadas para a promoção e valorização do Poder Legislativo e


resguardo de seu conceito perante a opinião pública;

XV - adotar as providências cabíveis para a defesa judicial e extrajudicial de Vereador


contra a ameaça ou a prática de ato atentatório ao livre exercício do mandato;

XVI - promover ou adotar as providências necessárias para o cumprimento de decisão


judicial;

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XVII - prover os cargos, empregos e funções dos servidores administrativos da Câmara,


observado o disposto no art. 26, inciso II, da Constituição Estadual, bem como conceder a
seus ocupantes licença e vantagens e, ainda, colocá-los em disponibilidade, aplicar
penalidades, exonerá-los ou demiti-los;

XVIII - pedir que sejam colocados à disposição da Câmara servidores da Administração


Municipal, direta ou indireta;

XIX - aprovar a proposta orçamentária da Câmara e encaminhá-la ao Poder Executivo;

XX - autorizar a celebração de convênios e de contratos de prestação de serviços;

XXI - aprovar o orçamento analítico da Câmara;

XXII - autorizar licitações, dispensá-las, quando prevista a dispensa em Lei, homologar


seus resultados e aprovar o calendário de compras e contratação de serviços, podendo
delegar, expressamente, poderes a quem de direito, para prática dos demais atos
conseqüentes;

XXIII - encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado a Prestação de Contas da Câmara;

XXIV - proibir, quando o interesse público recomendar, que sejam gravados, irradiados,
filmados ou televisionados os trabalhos da Câmara Municipal;

XXV - determinar a abertura de sindicância e inquéritos administrativos;

XXVI - interpretar, conclusivamente, em grau de recurso, o Regulamento dos Serviços


Administrativos;

XXVII - prover a política interna da Câmara;

XXVIII - deferir justificativa de ausência de Vereadores às sessões;

XXIX - aplicar penalidades aos Vereadores, nos limites da competência estabelecida


neste Regimento, e representar ao Plenário quando a imposição da pena for da competência
deste;

XXX - exercer outras atribuições previstas na Lei Orgânica do Município ou neste


Regimento.

§ 1º As funções da Mesa Diretora não se interrompem durante os recessos da Câmara


Municipal.

§ 2º Estando a Câmara em recesso, em caso de matéria urgente e inadiável, de interesse


exclusivo da Câmara Municipal, poderá o Presidente ou seu substituto legal decidir ad

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referendum da Mesa Diretora e, até mesmo, do Plenário, sobre assunto da competência


destes, ficando sujeita à apreciação da Mesa Diretora e do Plenário para ratificação posterior
do ato praticado, tão logo a Câmara Municipal retorne do recesso.

§ 3º A Mesa Diretora sempre deliberará pela maioria dos votos do Presidente, do


Primeiro e Segundo Secretários.

Seção III
Do Presidente

Art. 19 O Presidente é o representante da Câmara quando ela se pronunciar coletivamente, o


supervisor de seus trabalhos e fiscal de sua ordem, competindo-lhe:

I - representar a Câmara em juízo ou fora dele, autorizado pelo Plenário ou pela Mesa
Diretora, quando este Regimento exigir tal autorização;

II - convocar, extraordinariamente, a Câmara, nos termos deste Regimento, devendo


concretizar a convocação no prazo de 72 h (setenta e duas horas) do recebimento da
mensagem ou do requerimento, ou da deliberação da Mesa;

III - promulgar as Leis, nos termos do art. 43, § 6º, da Lei Orgânica do Município, ou face
ao silêncio do Chefe do Executivo, no prazo do parágrafo 1º do mesmo art. 43;

IV - exercer o cargo de Prefeito Municipal, na hipótese do art. 51, do parágrafo único,


da Lei Orgânica;

V - dar posse aos Vereadores, nos termos deste Regimento;

VI - convocar suplentes;

VII - promulgar os Decretos Legislativos e Resoluções, bem como os Atos da Mesa;

VIII - assinar correspondências e ofícios da Câmara;

IX - cumprir e fazer cumprir este Regimento, sendo o guardião de sua fiel execução;

X - assinar os autógrafos dos Projetos de Lei e remetê-los à sanção;

XI - presidir as reuniões da Mesa, distribuindo as matérias que dependam de parecer;

XII - propor ao Plenário a constituição de Comissão Especial para representação externa


da Câmara, designando seus membros, titulares e suplentes;

XIII - assinar, juntamente com o Primeiro e Segundo Secretários, as atas das sessões
plenárias;

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XIV - ordenar as despesas, sendo por elas responsável, nos termos da lei.

Art. 20 Compete ainda ao Presidente, quanto às sessões da Câmara:

I - presidi-las, mantendo a ordem necessária quanto ao bom andamento dos trabalhos;

II - conceder a palavra aos Vereadores, advertindo o orador ou o aparteante quanto ao


tempo de que ele dispõe;

III - interromper o orador que se desviar da questão ou, em qualquer momento ou


circunstância, proferir expressões que configurem agressão ao decoro, advertindo-o, e, em
caso de insistência, cassar-lhe a palavra;

IV - determinar que discurso ou parte dele que contrariem este Regimento não seja
registrado em ata;

V - convidar Vereador a se retirar do recinto do Plenário, quando ele perturbar a ordem.

VI - suspender a sessão, quando necessário;

VII - impedir que os assistentes se manifestem durante as sessões, evacuando a


assistência quando preciso;

VIII - decidir as questões de ordem;

IX - anunciar o número de Vereadores presentes, tanto no início da sessão, quanto na


Ordem do Dia;

X - anunciar a pauta da Ordem do Dia, sempre com antecedência;

XI - submeter à discussão e votação a matéria a isso destinada, bem como estabelecer o


ponto de questão que será objeto de votação;

XII - proclamar o resultado da votação e declarar a prejudicialidade;

XIII - votar como qualquer Vereador;

XIV - desempatar as votações, quando extensivas, não se computando o voto de


desempate para obtenção de maioria qualificada exigida pela Lei Orgânica ou por este
Regulamento;

XV - convocar as sessões, sempre com antecedência mínima de um dia, quer ordinárias,


quer extraordinárias, especiais e/ou solenes;

XVI - determinar, em qualquer fase dos trabalhos, de ofício ou a requerimento de

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qualquer Vereador, a verificação do número de Vereadores presentes;

XVII - determinar o destino do expediente lido;

XVIII - designar oradores para as sessões solenes e homenagens;

XIX - decidir os requerimentos sujeitos a seu despacho;

XX - marcar data para comparecimento do Prefeito Municipal, Secretário ou dirigente de


Órgão da Administração Indireta e Procurador Geral do Município, quando devam prestar
informações em Plenário, nos termos do art. 22, Inciso XXVI, da Lei Orgânica;

XXI - mandar registrar, em livro próprio, as decisões sobre questões de ordem, para que
sirvam de precedentes autorizados para a solução de casos análogos, uniformizando as
decisões.

Art. 21Compete também ao Presidente da Câmara Municipal manter a ordem e a disciplina


no Palácio Padre Miguelinho e em suas adjacências.

§ 1º O policiamento no Edifício da Câmara Municipal será feito, ordinariamente, por


servidores do próprio Poder Legislativo, cabendo ao Presidente, quando necessário, solicitar o
reforço policial para a manutenção da ordem e garantia do livre exercício do mandato.

§ 2º Se, no recinto da Câmara Municipal, for cometida alguma infração penal, o


Presidente fará a prisão em flagrante e apresentará o preso à autoridade policial competente.

Art. 22 Quanto às proposições, cabe ao Presidente:

I - distribuí-las às Comissões, no prazo de 24:00h. (vinte e quatro horas), a contar de sua


leitura no expediente;

II - determinar arquivamento, nos termos regimentais;

III - anunciar, logo após a votação, o destino a ser dado às proposições;

IV - determinar a leitura de qualquer proposição no expediente, na primeira sessão, após


o seu recebimento;

V - devolver ao autor a proposição que não esteja devidamente formalizada e em termos


que não permitam perceber a vontade legislativa, ou aquelas que versem sobre matéria
estranha à competência da Câmara, cabendo recurso ao Plenário, com efeito suspensivo;

VI - zelar pelo cumprimento dos prazos regimentais de tramitação;

VII - encaminhar as conclusões e pareceres das Comissões Especiais e de Inquéritos;

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VIII - anexar uma proposição a outra sempre que o caso exigir, observadas as regras
deste Regimento Interno;

IX - fazer publicar, em papel ou em meio magnético, todas as proposições em avulsos,


incluídas, neles, as proposições acessórias e pareceres, determinando sua distribuição aos
Vereadores, com antecedência mínima de um dia da sessão em que devam entrar em
discussão ou votação.

Art. 23 Compete ao Presidente, quanto às Comissões permanentes e especiais:

I - nomear seus membros, ouvidas as indicações dos Líderes de bancadas;

II - declarar ocorrência de vaga, nos termos regimentais;

III - designar Vereador para dar parecer oral, em Plenário, em substituição à Comissão,
quando esta não o fizer no prazo regimental nem houver designação por parte do Presidente
da Comissão;

IV - convocar os membros nomeados para, em dia e hora que designar, elegerem


Presidente e Vice-presidente;

V - julgar recursos contra decisões de Presidente de Comissão em questão de ordem.

Art. 24 Cabe ao Presidente zelar pelo prestígio e decoro da Câmara Municipal, bem como
pela liberdade dos Vereadores e dignidade do exercício do mandato parlamentar.

Parágrafo Único - O Presidente assegurará, por todos os meios a seu alcance, a


inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos, conforme o art. 29 inciso
VI da Constituição Federal, e adotará procedimento judicial cabível nos casos de agressão.

Art. 25 Aos Vice-presidentes, segundo sua numeração ordinal, incumbe substituir o


Presidente em suas faltas e impedimentos.

Seção IV
Dos Secretários

Art. 26 São atribuições do Primeiro Secretário:

I - ler, em Plenário, o resumo da correspondência recebida pela Câmara, bem como as


proposições oriundas do Poder Executivo e as dos Vereadores;

II - proceder a chamada dos Vereadores para as votações ou verificação de presença;

III - fazer inscrições de oradores nos livros próprios;

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IV - assinar as atas das sessões;

V - inspecionar os serviços administrativos e exercer fiscalização permanente sobre a


execução das despesas;

VI - abrir e encerrar o livro de presença dos Vereadores, que ficará sob sua guarda e
responsabilidade;

VII - informar ao setor administrativo competente a presença dos Vereadores para efeito
de remuneração;

VIII - assinar documento de resultado das votações, com indicação dos votos, abstenções
e ausências;

IX - certificar, nos processos legislativos, as deliberações do Plenário e os despachos do


Presidente;

X - exercer todas as atribuições administrativas não reservadas à Mesa ou ao Presidente,


podendo, delegá-las a servidores da Secretaria;

XI - dar posse aos servidores da Câmara;

XII - fazer leitura de proposições, termos e documentos em sessão, quando determinado


pelo Presidente;

XIII - substituir o terceiro Vice-presidente em suas faltas e impedimentos.

Art. 27 Compete ao Segundo Secretário:

I - fiscalizar a redação das atas das sessões plenárias, procedendo à sua leitura;

II - redigir e assinar as atas das sessões;

III - substituir o Primeiro Secretário em suas faltas e impedimentos;

IV - prestar, em sessão, esclarecimento sobre as atas;

V - expedir certidões das atas.

Seção V
Do Término Dos Mandatos do Presidente, Vice-presidentes e Secretários

Art. 28Os mandatos do Presidente, Vice-presidente e Secretários se encerram,


ordinariamente, no final do período para o qual foram eleitos e, ainda:

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I - por renúncia manifestada em documento escrito, surtindo efeito a partir de sua leitura
em plenário ou publicação na imprensa oficial, estando a Câmara em recesso;

II - por perda do mandato de Vereador, nos termos regimentais;

III - por assunção nos cargos previstos no art. 27, inciso I, da Lei Orgânica do Município;

IV - pela destituição.

Parágrafo Único - A destituição do Presidente, Vice-presidentes ou Secretários será


decretada por decisão plenária, tomada pelo voto de 2/3 (dois terços) dos membros da
Câmara, quando cometida grave irregularidade no exercício do cargo apurada por Comissão
Especial, assegurada ampla defesa, aplicando-se, no que couber, as regras regimentais
pertinentes à perda de mandato dos Vereadores.

CAPÍTULO II
DOS LÍDERES, VICE-LÍDERES E DAS BANCADAS

Art. 29 Os Vereadores são agrupados em bancadas, por representações partidárias, ou


Blocos Parlamentares.

§ 1º Cada Representação Partidária com assento na Câmara Municipal indicará um líder.

§ 2º Cada Líder, que contará com infra-estrutura humana e material suficiente ao


exercício de suas funções, poderá indicar Vice-líderes, na proporção de um para cada 3 (três)
Vereadores que constituam sua bancada, facultada a designação de um deles como primeiro
Vice-líder.

§ 3º A escolha do Líder será comunicada à Mesa, no início de cada legislatura, pela


indicação partidária ou após a criação do Bloco Parlamentar, em documento subscrito pela
maioria absoluta dos integrantes da representação.

§ 4º Os Líderes permanecerão no exercício de suas funções até que nova indicação


venha a ser feita pela respectiva representação partidária, ou enquanto existir o Bloco
Parlamentar que lidera; sendo substituídos em suas faltas, licenças ou impedimentos pelos
Vice-líderes.

§ 5º As lideranças das representações partidárias que se coligarem em Bloco


Parlamentar perdem suas atribuições e prerrogativas regimentais.

Art. 30 Líderes são os Vereadores escolhidos pela representação partidária ou pela bancada,
com a finalidade de representá-las junto aos Órgãos da Câmara.

§ 1º As Bancadas deverão indicar seus Líderes à Mesa até a quinta sessão ordinária de
cada período legislativo, em documento subscrito pela maioria absoluta dos Vereadores que
as integram.

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§ 2º Enquanto não houver a indicação tratada no parágrafo anterior, a Mesa considerará


Líder o Vereador mais idoso.

§ 3º Cada Líder indicará formalmente o seu Vice-líder, que ocasionalmente o substituirá.

Art. 31 O Líder, além de outras atribuições regimentais, tem as seguintes prerrogativas:

I - falar pela ordem, dirigindo à Mesa comunicações relativas à sua Bancada quando, pela
sua relevância e urgência, interessem ao conhecimento da Câmara, ou, ainda, para indicar,
nos impedimentos de membros de Comissões pertencentes à Bancada, os respectivos
substitutos;

II - encaminhar a votação de qualquer proposição sujeita à deliberação do Plenário, para


orientar sua Bancada, por tempo não superior a 1 (um) minuto;

III - indicar à Mesa os membros da Bancada para comporem as Comissões.

Art. 32 O Prefeito, mediante ofício dirigido à Mesa Diretora, poderá indicar um Vereador para
exercer a Liderança e mais 02 (dois) Vereadores para exercerem a Vice-liderança do
Governo, da mesma forma, caberá a Oposição à indicação de um Vereador para exercer a
Liderança, os quais gozarão de todas as prerrogativas concedidas às Lideranças.

Parágrafo Único - Os Vereadores que ocuparem as funções de Líder do Governo e da


Oposição não poderão acumular com a Presidência de quaisquer Comissões Permanentes ou
Temporárias.

Art. 33Compete aos Líderes das Bancadas a indicação, por escrito, junto à Mesa Diretora,
dos membros que deverão compor as Comissões da Câmara.

Art. 34 É facultado aos Líderes, após a Ordem do Dia, o uso da palavra para tratar de
assuntos que, por sua relevância e urgência, interessem aos componentes da Câmara.

Parágrafo Único - O líder não poderá ultrapassar o tempo de cinco minutos.

Art. 35 A formação dos blocos parlamentares ocorrerá quando um grupo de Vereadores, em


número mínimo de 03 (três), comunicar à Mesa a sua constituição com os respectivos nomes
e Líder indicados.

§ 1º Para os fins parlamentares, os Vereadores comunicarão à Mesa o seu desligamento


da representação partidária, sempre que vierem a integrar ou formar um bloco parlamentar.

§ 2º O desligamento da representação partidária para integrar um bloco parlamentar, não


implicará o desligamento do partido, reduzindo, porém, o quantitativo de sua Bancada de
origem, para fins de votação e representação.

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CAPÍTULO III
DO PLENÁRIO

Art. 36O Plenário é o órgão deliberativo e soberano da Câmara, constituído pela reunião dos
Vereadores em exercício, em local, forma e número estabelecidos neste Regimento e na Lei
Orgânica do Município.

§ 1º Local de deliberação é o recinto destinado às sessões da Câmara, denominado


Plenário Érico Hackradt.

§ 2º Quórum é o número determinado em Lei ou no Regimento, para realização das


sessões e deliberações.

Art. 37 As deliberações do Plenário serão tomadas por:

I - maioria simples;

II - maioria absoluta;

III - maioria qualificada.

§ 1º A maioria simples é a que representa o maior resultado de votação, dentre os


Vereadores presentes.

§ 2º A maioria absoluta é a que compreende mais da metade dos membros da Câmara.

§ 3º A maioria qualificada é a que atinge ou ultrapassa 2/3 (dois terços) dos membros da
Câmara.

§ 4º As deliberações do Plenário, em qualquer das partes das sessões, só poderão ser


tomadas com a presença da maioria absoluta dos membros da Câmara.

Art. 38 O Plenário deliberará:

I - por maioria absoluta:

a) Código Tributário do Município;


b) Código de Obras e Edificações e outros Códigos;
c) Estatuto dos Servidores Municipais;
d) Concessão de serviço público;
e) Organização da Procuradoria Geral do Município;
f) Concessão de pensão especial;
g) Autorização para obtenção de empréstimo de particular, inclusive para as autarquias,
fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;
h) Criação, organização e supressão de distritos e subdistritos, e divisão do território do
Município em áreas administrativas;

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i) Criação, estruturação e atribuições das Secretarias, Subprefeituras, Conselhos


Municipais e dos órgãos da administração pública;
j) Realização de operações de crédito para abertura de créditos adicionais,
suplementares ou especiais com finalidade precisa;
k) Rejeição de veto;
l) Regimento Interno da Câmara Municipal;
m) Alteração de denominação de prédios, vias e logradouros públicos;
n) Zoneamento urbano;
o) Plano Diretor.

II - por maioria qualificada:

a) emendas à Lei Orgânica;


b) destituição dos membros da Mesa Diretora;
c) rejeição do parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado;
d) concessão de título de cidadão honorário ou qualquer outra honraria ou homenagem.

Art. 39 As deliberações do Plenário dar-se-ão sempre por voto aberto, salvo na hipótese de
julgamento político do Prefeito ou de Vereador, concessão de título honorífico, apreciação de
veto do Prefeito e autorização de indicação de parente, até 3 o grau, do Chefe do Poder
Executivo, para ocupar cargo de Secretário Municipal, Presidente de Instituição, Diretor de
autarquia, de departamento e de fundação, além de titular de instituição de que participe o
Município.

Art. 40 São atribuições do Plenário:

I - eleger a Mesa diretora e seus substitutos e destituir qualquer de seus membros, na


forma regimental;

II - alterar, reformar ou substituir o Regimento Interno;

III - dispor sobre a organização da Câmara Municipal, seu funcionamento, política,


criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e
fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na Lei de
Diretrizes Orçamentárias;

IV - dar posse ao Prefeito e ao Vice-prefeito, tomar conhecimento de sua renúncia e


afastá-los, definitivamente, do exercício do cargo;

V - conceder licença para afastamento ao Prefeito, ao Vice-prefeito e aos Vereadores;

VI - fixar, para viger na legislatura subseqüente, a remuneração dos Vereadores, bem


como a do Prefeito e a do Vice-prefeito;

VII - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município por mais de 15 (quinze) dias


consecutivos;

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VIII - criar Comissões Temporárias;

IX - convocar Secretários Municipais ou responsáveis pela administração direta e indireta


para prestar informações sobre matéria de sua competência;

X - solicitar informações ao Prefeito sobre assuntos referentes à administração;

XI - autorizar a convocação de referendo e plebiscito, exceto os casos previstos na Lei


Orgânica do Município;

XII - tomar e julgar as contas do Prefeito e da Mesa Diretora da Câmara;

XIII - zelar pela preservação de sua competência legislativa, sustando os atos normativos
do Executivo que exorbitem do poder regulamentar;

XIV - julgar o Prefeito, o Vice-prefeito e os Vereadores nos casos previstos em lei;

XV - deliberar sobre a criação, organização e funcionamento de Conselhos e Comissões


da Câmara;

XVI - deliberar sobre tributos municipais, bem como autorizar isenções, anistias fiscais e
remissão tributária;

XVII - votar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual, bem


como autorizar a abertura de créditos suplementares e especiais;

XVIII - deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito,


bem como sobre a forma e os meios de pagamento;

XIX - autorizar a concessão de auxílios e subvenções;

XX - autorizar a concessão de serviços públicos;

XXI - autorizar a concessão do direito real de uso de bens municipais;

XXII - autorizar a concessão administrativa de uso de bens municipais;

XXIII - autorizar a alienação de bens imóveis municipais;

XXIV - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem
encargos;

XXV - criar, alterar e extinguir cargos, funções e empregos públicos e fixar a


remuneração da administração direta, autárquica e fundacional;

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XXVI - aprovar as diretrizes gerais de desenvolvimento urbano, o Plano Diretor, a


legislação de controle de uso, de parcelamento e de ocupação do solo urbano;

XXVII - dispor sobre convênios com entidades públicas e particulares e autorizar


consórcios com outros municípios;

XXVIII - criar, estruturar e atribuir funções às Secretarias e aos órgãos da administração


pública;

XXIX - autorizar a alteração de denominação de próprios, vias e logradouros públicos;

XXX - delimitar o perímetro urbano e o de expansão urbana;

XXXI - aprovar o Código de Obras e Edificações;

XXXII - conceder títulos de cidadão honorário ou qualquer outra honraria;

XXXIII - exercer outras atribuições regimentais e legais.

XXXIV - realizar as sessões do Programa Fórum da Cidade.

XXXV - convocar as eleições para formação da Mesa Diretora, respeitadas as


disposições e os prazos regimentais.

CAPÍTULO IV
DAS COMISSÕES

Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 41 As comissões da Câmara Municipal são:

I - Permanentes, as que subsistem através das Legislaturas, com caráter técnico


especializado, competindo-lhes apreciar as matérias submetidas a seu exame e sobre elas
emitir parecer, assim como exercer o acompanhamento dos planos e programas do Governo
Municipal, atuar na fiscalização e controle dos atos do Poder Executivo, incluídos os da
Administração indireta e da execução orçamentária do Município, e terão mandato de 01 (um)
ano.

II - Temporárias, as constituídas com finalidade especial, que se extinguem ao término da


Legislatura, ou quando alcançado o fim a que se destinam, ou expirado o prazo de sua
duração.

§ 1º As Comissões permanentes são:

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a) de Legislação, Justiça e Redação Final;


b) de Finanças, Orçamentos e Fiscalização;
c) de Planejamento Urbano, Meio Ambiente, Transportes e Habitação;
d) de Saúde, Educação, Assistência Social e Defesa do Consumidor;
e) de Ética Parlamentar;
f) Turismo;
g) Defesa dos Direitos Humanos, Trabalho e das Minorias;
h) De Legislação Participativa.

§ 2º As Comissões temporárias são:

a) especiais;
b) especiais de inquérito;
c) de representação.

Art. 42 A Comissão Permanente de Legislação Participativa terá como missão precípua


receber:

I - Sugestões de iniciativa legislativa, apresentadas por associações e órgãos de classe,


sindicatos e entidades organizadas da sociedade civil, inclusive pelo Parlamento Comum da
Região Metropolitana de Natal;

II - Pareceres técnicos, exposições e propostas oriundas de entidades científicas e


culturais e de qualquer das entidades mencionadas no inciso anterior.

Seção II
Da Composição Das Comissões

Art. 43 Na constituição das Comissões Permanentes, assegurar-se-á, tanto quanto possível,


a representação proporcional das bancadas existentes na Câmara Municipal.

Parágrafo Único - Não havendo acordo, proceder-se-á à escolha dos membros das
Comissões, por eleição, votando cada Vereador em cinco nomes para cada Comissão, exceto
para a de Ética Parlamentar, que constará apenas de 3 (três) nomes.

Art. 44 As Comissões Permanentes serão eleitas por maioria simples, presente a maioria
absoluta, em votação aberta, considerando-se eleito, em caso de empate, o Vereador mais
idoso.

§ 1º Não podem ser votados os membros da Mesa, os Vereadores licenciados e os


suplentes.

§ 2º O mesmo Vereador não poderá fazer parte de mais de 03 (três) Comissões


Permanentes.

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§ 3º A eleição referida neste artigo será realizada no horário do expediente da primeira


sessão da 1ª e 3ª sessões legislativas.

§ 4º Após a eleição dos membros da comissão, eles se reunirão para escolha do


Presidente e do Vice-presidente.

Art. 45 O ato de nomeação dos membros das Comissões será lido em Plenário e publicado
na imprensa oficial, juntamente com o de escolha do Presidente e Vice-presidente.

Art. 46 As Comissões Temporárias compor-se-ão do número de membros previstos no ato ou


requerimento de sua constituição, nomeados pelo Presidente por indicação dos Líderes de
Bancadas ou, independentemente dela, se, no prazo de duas sessões, após sua criação, não
se fizer a indicação.

Parágrafo Único - Na constituição das Comissões Temporárias, observar-se-ão, tanto


quanto possível, os critérios previstos neste Regimento para a composição das Comissões
Permanentes, bem como para o rodízio entre as Bancadas não contempladas.

Art. 47 O Líder de Bancada poderá pedir, em documento escrito, a substituição de membro


indicado por ele.

Parágrafo Único - A substituição somente poderá ser levada a efeito se houver justa
motivação.

Art. 48 Eleitos Presidente e Vice-presidente das Comissões, imediatamente decidirão elas


quais os dias e horários em que realizarão suas reuniões ordinárias.

Seção III
Da Presidência Das Comissões

Art. 49 As Comissões terão Presidente e Vice-presidente eleitos por seus pares, com
mandato até 14 de fevereiro do ano seguinte ao da investidura, salvo as Comissões
Temporárias, nas quais os mandatos perdurarão por todo o prazo de seu funcionamento.

Parágrafo Único - O Presidente será substituído pelo Vice-presidente ou, ausente este,
pelo Vereador mais idoso.

Art. 50 Compete ao Presidente da Comissão:

I - ordenar e dirigir os trabalhos, presidindo as reuniões;

II - receber e expedir a correspondência e ofícios da Comissão, respeitadas as


atribuições privativas do Presidente da Câmara;

III - convocar as reuniões extraordinárias, de ofício ou a requerimento da maioria da

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Comissão;

IV - designar relatores, distribuir-lhes as matérias para parecer, ou avocá-las;

V - determinar a leitura, pelo Secretário, da ata da reunião anterior e a correspondência


recebida;

VI - conceder a palavra aos Vereadores, bem como adverti-los pelos excessos


cometidos, interrompendo-os quando estiverem falando sobre matéria vencida ou se
desviando da questão em debate;

VII - submeter à votação as matérias sujeitas à deliberação da Comissão e proclamar os


resultados;

VIII - assinar os pareceres, relatórios e proposições, convidando os demais membros a


fazê-lo;

IX - comunicar ao Presidente da Câmara as vagas verificadas e as ausências não


justificadas;

X - resolver as questões de ordem no âmbito das comissões;

XI - conceder vista das proposições aos membros da Comissão;

XII - encaminhar toda matéria sobre a qual tenha deliberado a Comissão;

XIII - representar a Comissão em suas relações com a Mesa, os Líderes e as demais


Comissões;

XIV - remeter à Mesa Diretora, no fim de cada sessão legislativa, relatório das atividades
da Comissão;

XV - determinar a gravação ou registro taquigráfico dos debates, quando necessário;

XVI - requisitar aos serviços administrativos da Câmara a prestação de assessoramento


ou consultoria técnico-legislativa especializada, durante as reuniões da Comissão ou para
instruir as matérias sujeitas à sua apreciação.

§ 1º O Presidente da Comissão convocará sessão extraordinária por solicitação do


Presidente da Câmara Municipal, em sessão Plenária, ou na própria reunião da Comissão, ou
ainda por comunicação direta aos demais membros, sempre com antecedência mínima de
dois (02) dias úteis.

§ 2º O Presidente da Comissão poderá funcionar como relator, salvo quanto à proposição


de sua autoria e terá voto em todas as deliberações, mas não presidirá discussão e votação
de matéria de que seja autor.

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Seção IV
Dos Relatores

Art. 51 O Presidente designará relator para cada matéria sujeita à apreciação da comissão.

§ 1º O autor da proposição não pode ser designado relator.

§ 2º A designação de relator deve se dar a partir de vinte e quatro horas da chegada da


matéria à Comissão.

§ 3º O mesmo relator da proposição principal será o das emendas oferecidas.

§ 4º O relator pode, com o seu parecer, apresentar emendas ou subemendas, relatando-


as em conjunto.

§ 5º O relator tem, para apresentar seu relatório e parecer, a metade dos prazos
concedidos à Comissão.

Seção V
Dos Prazos Das Comissões

Art. 52 Excetuados os casos expressamente indicados neste Regimento, cada Comissão,


para examinar as proposições e sobre elas emitir parecer, deverá obedecer aos seguintes
prazos:

I - 05(cinco) dias, quando se tratar de matéria em regime de urgência ou apreciação de


veto;

II - 15(quinze) dias, quando se tratar de matéria em regime de tramitação ordinária.

§ 1º Apresentada emenda em Plenário, a matéria volta às Comissões, que terão os


mesmos prazos que tiveram para apreciar a proposição principal, que correrão em comum
para todas.

§ 2º No caso do Parágrafo anterior, o prazo se conta da chegada da matéria na


Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, e corre em sua Secretaria.

§ 3º Para apreciar emenda com prazo comum, as Comissões devem se reunir


conjuntamente, sob a presidência do Presidente da Comissão de Legislação, Justiça e
Redação Final, que designará um único Relator.

§ 4º A discussão será única, mas as votações serão distintas entre os membros das
diversas Comissões, constando do parecer as necessárias especificações.

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Art. 53 Emendada numa Comissão, a matéria seguirá sua tramitação regular, naquela e nas
demais Comissões que se devam manifestar, voltando, após a última destas, àquelas que
ainda não se tenham manifestado sobre a emenda, cumprindo-se os prazos do Artigo anterior.

§ 1º Não apresentado o parecer pelo relator, cabe ao Presidente da Comissão substituí-


lo, mas tal providência não importará, por si, em dilatação do prazo concedido à Comissão.

§ 2º Vencido, sem parecer, o prazo concedido à Comissão, seu Presidente designará um


de seus membros para oferecer parecer oral em Plenário; não o fazendo, tal designação será
feita pelo Presidente da Câmara.

Art. 54 Os membros da Comissão poderão obter vista das matérias em apreciação,


observados os seguintes prazos máximos;

I - três dias, quando em regime de tramitação ordinária;

II - um dia, quando em regime de urgência.

§ 1º A vista será conjunta e na Secretaria da Comissão, quando houver mais de um


pedido, sempre respeitados os prazos previstos neste Artigo.

§ 2º Concedida uma vez, novamente não será concedida vista, quer ao mesmo, quer a
outro Vereador. Devolvida, entretanto, a matéria ao debate, depois da vista, outro Vereador
pode pedir suspensão da reunião por até uma hora para melhor exame da nova
argumentação, o que só se fará uma única vez.

§ 3º Os pedidos de vista serão indeferidos pelo Presidente se forem ultrapassados os


prazos concedidos à Comissão.

Seção VI
Da Ordem Dos Trabalhos

Art. 55 Todas as matérias devem ser encaminhadas, em primeiro lugar, à Comissão de


Legislação, Justiça e Redação Final, indo, em seguida, às demais Comissões pertinentes.

Art. 56Os trabalhos das Comissões se iniciam com qualquer número, mas as deliberações
dependem da presença da maioria dos membros da Comissão e são tomadas por maioria de
votos.

Parágrafo Único - Havendo empate, desempata o Presidente.

Art. 57 Qualquer Vereador pode participar dos debates e trabalhos das Comissões de que
não sejam membros, sem direito a voto.

Art. 58

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Art. 58 As reuniões obedecerão à seguinte ordem:

I - leitura da ata da reunião anterior;

II - sinopse da correspondência recebida;

III - comunicação acerca das proposições e demais matérias recebidas e distribuídas aos
relatores;

IV - Ordem do Dia;

a) conhecimento, exame e instrução de matéria de natureza legislativa, informativa ou de


fiscalização e controle, propostas de atuação, diligências e outros assuntos da alçada da
Comissão;
b) discussão e votação de requerimentos e relatórios em geral;
c) discussão e votação de pareceres.

Art. 59 No desenvolvimento de suas funções, os relatores e as Comissões obedecerão às


seguintes normas;

I - os pareceres versarão sobre a proposição principal e aquelas que lhe forem


acessórias, oferecendo opinião conclusiva sobre todas elas;

II - os pareceres conterão ementas indicativas da matéria a que se refiram, vedada a


simples e única remissão a dispositivos constitucionais, legais ou regimentais;

III - havendo pedido de informações ao Poder Executivo, será formulado à Mesa Diretora
pedido de suspensão dos prazos regimentais, até sua satisfação, devendo o Plenário se
manifestar a respeito da suspensividade pleiteada;

IV - se houver pedido de convocação do Prefeito Municipal, nos termos do art. 22, inciso
XXVI, da Lei Orgânica, ele será encaminhado ao Plenário, suspendendo-se o prazo se
aprovada a convocação:

V - havendo pedido de convocação de Secretário Municipal, dirigente de Órgão da


Administração Indireta ou Procurador Geral do Município, deliberará a Comissão a respeito de
seu atendimento ou não, cabendo a seu Presidente marcar dia e hora para o
comparecimento, cumprindo, entretanto, ao Plenário deliberar acerca da suspensão dos
prazos regimentais de tramitação;

VI - a Comissão, tomando conhecimento de proposição idêntica a outra, proporá ao


Presidente da Câmara sua anexação ou a declaração de sua prejudicialidade;

VII - tomando conhecimento a Comissão de Projeto de Lei versando sobre matéria


idêntica à de outro, anteriormente, rejeitado pela Câmara, na mesma sessão Legislativa,
proporá ao Presidente seu arquivamento, salvo se de autoria do Prefeito ou da maioria dos

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Vereadores;

VIII - quando a Comissão julgar que petição, memorial, representação ou qualquer outro
documento não deva tramitar, mandará arquivá-los, salvo se sobre eles deva manifestar-se o
Plenário, por expressa determinação constitucional, legal ou regimental, sempre comunicando
o fato à Mesa, para que seja cientificado o Plenário;

IX - o parecer conclusivo do relator pode ser:

a) pela aprovação total;


b) pela rejeição total;
c) pela aprovação parcial, indicando as partes ou dispositivos que devam ser rejeitados;
d) pela anexação;
e) pelo arquivamento;
f) pelo destaque, para tramitação como proposição separada, de parte da proposição
separada, de parte da proposição principal, ou de emenda ou subemenda;
g) pela apresentação de projeto, de requerimento ou de indicação e, ainda, de emenda e
subemenda;

X - optando por apresentar emenda ou subemenda, ou opinando pela aprovação de


emenda ou subemenda de outros autores, o relator deverá reunir a matéria da proposição
principal e das emendas e subemendas num único texto, com os acréscimos e alterações que
visem a seu aperfeiçoamento;

XI - ao deliberar a Comissão ou o Plenário sobre as matérias nas condições do inciso


anterior, a votação versará sobre o texto único apresentado, salvo os destaques
regimentalmente permitidos;

XII - se for aprovado o parecer do relator em todos os seus termos, será tido como
parecer da Comissão e, desde logo, assinado pelo Presidente, relator e demais membros,
constando da ata o nome dos votantes e respectivos votos;

XIII - se ao parecer do relator forem oferecidas sugestões, com as quais ele concorde,
ser-lhe-á concedido prazo até a reunião ordinária seguinte para redação de novo texto,
quando necessário;

XIV - se o parecer do relator não for adotado pela Comissão, a redação da Comissão
será feita por outro Vereador designado pelo Presidente;

XV - não restando tempo hábil à Comissão para oferecer parecer escrito, o seu
Presidente designará Vereador que o fará oralmente em Plenário ou o avocará para si com a
mesma finalidade;

XVI - na hipótese de a Comissão adotar parecer diverso do relator, o deste constituirá


voto em separado;

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XVII - para efeito de contagem dos votos relativos aos pareceres, serão considerados:

a) favoráveis: os que aprovam integralmente, bem como os "pelas conclusões", os "com


restrições", os "em separado", não divergentes das conclusões;
b) contrários: os "vencidos", os "em separado", divergentes das conclusões;

XVIII - os membros das Comissões podem oferecer voto em separado, que será anexado
ao processo em qualquer fase da tramitação, bem como assinar os pareceres com as
declarações de "pelas conclusões", "com restrições" ou "vencido".

XIX - sendo favorável o parecer sobre indicação, mensagem, ofício, memorial ou


qualquer outro documento contendo sugestão ou solicitação dependente do projeto, será a ele
anexado;

XX - concluída a tramitação de uma matéria em uma Comissão, será ela imediatamente


encaminhada à Mesa Diretora ou diretamente à Comissão que, em seguida, se deva
manifestar.

Seção VII
Da Competência Geral Das Comissões

Art. 60Às Comissões Permanentes, em razão da matéria de sua competência específica, e


às demais Comissões, no que lhes for aplicável, cabe:

I - discutir e votar as proposições, oferecendo parecer e, quando o caso exigir, relatório


para a deliberação do Plenário.

II - realizar audiências públicas com autoridades, cidadãos e representantes das


entidades da sociedade civil;

III - convocar Secretários Municipais, dirigentes de Órgãos da Administração Indireta do


Município, para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto inerente às suas
atribuições, ou conceder-lhes audiência para que exponham temas de relevância dos Órgãos
que dirigem;

IV - encaminhar, através da Mesa Diretora, pedidos escritos de informações ao Prefeito


Municipal, Secretários, dirigentes de Órgãos da Administração Indireta e Procurador Geral do
Município, fixando prazo para atendimento;

V - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra


atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas municipais, no âmbito de suas
respectivas competências;

VI - acompanhar e apreciar programas de obras e planos de desenvolvimento e sobre


eles emitir parecer, no âmbito de suas respectivas competências;

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VII - exercer a fiscalização e o controle dos atos do Poder Executivo, inclusive da


Administração Indireta;

VIII - propor ao Plenário a sustação dos atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder de regulamentar, elaborando o respectivo projeto de Decreto Legislativo,
ouvida a Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final;

IX - acompanhar, junto ao Poder Executivo, a elaboração da proposta orçamentária, bem


como sua execução;

X - estudar qualquer assunto incluído nas atribuições da Câmara Municipal, propondo as


medidas cabíveis, inclusive de ordem legislativa;

XI - solicitar audiência ou colaboração de órgãos ou entidades da Administração Pública


e da sociedade civil, para elucidação de matéria sujeita a seu exame e pronunciamento.

Parágrafo Único - As atribuições previstas nos incisos III, IV e VIII deste Artigo não
excluem a iniciativa individual de qualquer Vereador junto ao Plenário.

Seção VIII
Das Comissões Permanentes

Art. 61 As Comissões Permanentes têm os seguintes campos temáticos:

I - Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final;

II - Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização;

III - Comissão de Planejamento Urbano, Meio Ambiente, Transporte e Habitação;

IV - Comissão de Saúde, Educação, Assistência Social e Defesa do Consumidor;

V - Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Trabalho e das Minorias;

VI - Comissão de Turismo;

VII - Comissão de Legislação Participativa;

VIII - Comissão de Ética Parlamentar.

Subseção I
Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final

Art. 62

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Art. 62 A Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final tem as seguintes áreas de


atividades:

I - aspectos constitucional, legal, jurídico, regimental, de técnica legislativa e correção de


linguagem de todas as proposições sujeitas à apreciação da Câmara;

II - admissibilidade de proposta de emenda à Lei Orgânica do Município;

III - matéria regimental;

IV - assunto de natureza jurídica, de interpretação da Lei Orgânica ou regimental que seja


submetido, em consulta ou indicação, pelo Presidente da Câmara, pelo Plenário ou Comissão,
ou em razão de recurso contra decisão do Presidente em questão de ordem, ainda que a
decisão originária seja de Presidente de Comissão;

V - transferência temporária da sede da Prefeitura e da Câmara;

VI - declaração de inconstitucionalidade de Leis Municipais;

VII - direitos e deveres do mandato parlamentar;

VIII - aplicação de penalidades;

IX - licenças ao Prefeito e ao Vice-prefeito para interromperem o exercício de suas


funções;

X - destituição do Prefeito, do Vice-prefeito e dos Secretários do Município;

XI - organização administrativa da Prefeitura e da Câmara;

XII - criação de entidades da administração direta e indireta;

XIII - contratos, ajustes, convênios e consórcios;

XIV - aquisição e alienação de imóveis;

XV - licenças dos Vereadores;

XVI - vetos do Prefeito;

XVII - concessão de títulos honoríficos de Cidadão Natalense;

XVIII - perda do mandato de Vereador, do Prefeito e do Vice-prefeito;

XIX - assuntos internos que envolvam questão de alta indagação, sempre que solicitados
pelo Presidente;

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XX - matérias regimentais;

XXI - redação final das proposições em geral, bem como redigir o vencido, nos termos
deste Regimento.

§ 1º Sempre que a Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final concluir pela


inconstitucionalidade ou ilegalidade de proposição, em qualquer fase de tramitação, esta será
encaminhada ao Plenário, para imediata inclusão na Ordem do Dia, para discussão prévia.

§ 2º Se o Plenário rejeitar o parecer da Comissão de Legislação, Justiça e Redação


Final, a matéria voltará à sua tramitação normal.

§ 3º Caso o Plenário aprove o parecer contrário da Comissão de Legislação, Justiça e


Redação Final, a matéria estará automaticamente rejeitada, devendo ser arquivada.

Subseção II
Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização

Art. 63 A Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização tem as seguintes áreas de


atividades:

I - aspectos financeiros e orçamentários de quaisquer proposições, quanto à sua


compatibilidade com o Plano Plurianual de Investimentos, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e
o Orçamento Anual e quanto à sua adequação a eles;

II - dívidas públicas;

III - fixação da remuneração dos Vereadores, do Prefeito, do Vice-prefeito, dos


Secretários do Município e do Procurador Geral do Município;

IV - sistema tributário, direito tributário e financeiro;

V - tributação, arrecadação, fiscalização, administração fiscal e contribuições sociais;

VI - prestação de contas da Mesa Diretora da Câmara e do Prefeito;

VII - fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do


Município, inclusive de todas as entidades da Administração Direta e Indireta;

VIII - plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, orçamento anual, projetos de


autorização para abertura de créditos;

IX - acompanhamento do emprego de dotações, subsídios ou auxílios a entidades


públicas e privadas e respectivas prestações de contas;

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X - determinação à autoridade responsável para que preste esclarecimento, no prazo de


05(cinco) dias, acerca de despesas não autorizadas, solicitação de parecer conclusivo do
Tribunal de Contas do Estado sobre o assunto;

XI - acompanhamento e fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais


Comissões;

XII - proposições que fixem vencimentos do funcionalismo.

Parágrafo Único - A Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização deverá ainda, no


segundo semestre do ultimo ano de cada legislatura, apresentar Projeto de Lei, fixando os
subsídios do Prefeito, Vice-prefeito, Vereadores, Secretários Municipais e Procurador Geral do
Município, para vigorar na legislatura seguinte.

Subseção III
Comissão de Planejamento Urbano, Meio Ambiente, Transporte e Habitação

Art. 64A Comissão de Planejamento Urbano, Meio Ambiente e Transportes tem as seguintes
áreas de atividades:

I - política de desenvolvimento municipal;

II - sistema municipal de defesa civil;

III - projetos atinentes à fiscalização de obras e serviços pelo Município, autarquias,


entidades paraestatais e concessionárias de serviços públicos de âmbito municipal;

IV - matérias relativas à urbanização da cidade, mercados, feiras, matadouros, açougues


e as referentes à alienação de bens, aquisição de bens imóveis por doação, outorga e
concessão de serviços públicos e uso de imóvel.

V - projetos que disponham sobre denominação ou alteração de vias e logradouros


públicos;

VI - matérias relacionadas com a habitação e transporte no Município;

VII - matérias que disponham sobre o meio ambiente, sua preservação e equilíbrio
ecológico;

Subseção IV
Comissão de Saúde, Educação, Assistência Social e Defesa do Consumidor

Art. 65 A Comissão de Saúde, Educação, Assistência Social e Defesa do Consumidor tem as

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seguintes áreas de atividades:

I - projetos referentes à educação, ensino, arte, patrimônio histórico, esportes, higiene e


saúde pública;

II - matérias relativas aos órgãos assistenciais do Município;

III - matérias que disponham sobre os direitos do consumidor;

IV - fiscalização e aplicação do Código de Defesa do Consumidor e seu conseqüente


cumprimento;

V - proposições relativas a abastecimento;

VI - medidas legislativas e campanhas publicitárias tendentes a melhorar a distribuição e


comercialização de gêneros alimentícios;

VII - reclamações, consultas, denúncias e sugestões apresentadas por consumidores ou


entidades representativas, transformando-as em medidas legislativas, dentro do âmbito e da
competência da Câmara Municipal.

Subseção V
Comissão de Defesa Dos Direitos Humanos, Trabalho e Das Minorias

Art. 66 A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e das Minorias tem as seguintes áreas
de atividades:

I - projetos relativos ao combate à violência e defesa dos direitos humanos, em todos os


níveis;

II - iniciativas referentes aos órgãos assistenciais do município e entidades congêneres;

III - matérias de interesse dos grupos de defesa dos direitos humanos e de combate à
violência, bem como das minorias estabelecidas;

IV - fiscalização e aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente, da Declaração de


Direitos Universais do Homem, bem como toda a legislação atinente à defesa dos direitos
humanos, em especial à defesa do trabalho.

V - proposições relativas ao combate à violência e à defesa dos direitos humanos, do


trabalho e das minorias;

VI - medidas legislativas e campanhas publicitárias pela conscientização contra a


violência e pela preservação dos direitos do homem e do cidadão.

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VII - atendimento de reclamações, consultas, denúncias e sugestões apresentadas por


entidades defensoras dos direitos humanos, do trabalho e das minorias.

Subseção VI
Comissão de Turismo

Art. 67 A Comissão de Turismo tem as seguintes áreas de atividades:

I - projetos relativos ao desenvolvimento do Turismo local, envolvendo, inclusive, o


combate à violência e defesa dos direitos do Turista;

II - medidas legislativas e campanhas publicitárias pela conscientização da população


acerca da importância do Turismo, para o desenvolvimento sócio-econômico da Cidade,
influindo de forma positiva em favor do emprego e utilização de mão-de-obra local;

III - fiscalização de projetos de impacto ambiental de interesse público ou privado que


envolva área de relevância turística.

Subseção VII
Comissão de Legislação Participativa

Art. 68 A Comissão de Legislação Participativa tem as seguintes áreas de atividades:

I - receber sugestões de iniciativa legislativa, apresentadas por associações e órgãos de


classe, sindicatos e entidades organizadas da sociedade civil, inclusive pelo Parlamento
Comum da Região Metropolitana de Natal;

II - emitir pareceres técnicos, exposições e propostas oriundas de entidades científicas e


culturais e de qualquer das entidades mencionadas no inciso anterior.

Subseção VIII
Comissão de ética Parlamentar

Art. 69 A Comissão de Ética Parlamentar tem as seguintes áreas de atividades:

I - pronunciar-se, formalmente, sobre fatos que comprometam a conduta e o decoro


parlamentar do Vereador, no exercício do mandato;

§ 1º de posse da denúncia ou informado de qualquer ato praticado pelo Vereador que lhe
comprometa a conduta ou o decoro parlamentar, o Presidente da Câmara, em sessão
ordinária, dará conhecimento ao Plenário, encaminhando, em seguida, o referido assunto à
Comissão de Ética Parlamentar, que terá 15(quinze) dias para apresentar o seu relatório;

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§ 2º a Comissão de Ética Parlamentar apresentará, depois de ouvidas as partes,


relatório, opinando pelo arquivamento, punição ou pelo prosseguimento do processo, nos
casos que importem na perda ou cassação de mandato.

§ 3º O arquivamento somente poderá ser solicitado, nos casos de insuficiência de provas,


entendimentos entre as partes e motivos relevantes;

§ 4º Em caso de conclusão pela aplicação de penalidades e, dependendo da gravidade


do fato, a Comissão proporá à Mesa Diretora a adoção de uma das seguintes punições:

a) advertência pessoal;
b) advertência em Plenário;
c) censura pública em órgão de imprensa local;
d) suspensão do mandato entre 5(cinco) a 15(quinze) dias com a perda, nesse período,
dos direitos e prerrogativas do Vereador.

§ 5º Concluído pelo prosseguimento do processo, nos casos que importem na perda do


mandato parlamentar, a Comissão de Ética Parlamentar dará conhecimento à Mesa Diretora
sobre a gravidade do fato, solicitando a constituição de uma Comissão Especial, para
apuração da denúncia em toda sua dimensão.

§ 6º O Presidente da Câmara Municipal, de posse do relatório da Comissão, convocará a


Câmara Municipal em sessão secreta, a fim de que o Plenário possa deliberar a respeito,
aprovando-o ou rejeitando-o.

§ 7º Aprovado o relatório da Comissão, o processo seguirá os trâmites previstos neste


Regimento Interno.

§ 6º Em todos os casos, a Comissão assegurará ampla defesa do acusado.

Seção IX
Das Comissões Temporárias

Art. 70 As Comissões temporárias têm os seguintes campos temáticos:

I - Comissão Especial;

II - Comissão Especial de Inquérito;

III - Comissão de Representação;

Subseção I
Das Comissões Especiais

Art. 71

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Art. 71 As Comissões Especiais serão constituídas para:

I - dar parecer sobre proposta de emenda à Lei Orgânica do Município;

II - elaborar projetos sobre assunto determinado;

II - estudar assunto específico da conjuntura municipal, propondo as medidas


pertinentes;

II - realizar processo de cassação, nos termos deste Regimento.

§ 1º Estas Comissões serão constituídas de ofício pela Mesa Diretora, no caso do inciso I
deste Artigo ou, nos demais casos, por deliberação do Plenário, a requerimento de Vereador
ou Comissão, observadas as regras contidas neste Regimento.

§ 2º As Comissões Especiais apresentarão relatório de suas atividades para


conhecimento do Plenário, anexando-lhe os projetos que entendam convenientes ao interesse
público.

Subseção II
Das Comissões Especiais de Inquérito

Art. 72 A Comissão Especial de Inquérito, criada automaticamente mediante apresentação de


requerimento à Mesa Diretora, de 1/3 (um terço) dos Vereadores da Câmara Municipal, é a
que se destina a apurar, em prazo certo, fato determinado ou denúncia grave que envolva
matéria de relevante interesse do Município, ofensa à ordem constitucional, legal, econômica
e social do Município, devidamente caracterizado e fundamentado no requerimento de pedido
de constituição da Comissão.

§ 1º os membros da Comissão Especial de Inquérito, nunca inferior a 03(três) ou superior


a 05(cinco), serão nomeados pelo presidente da Câmara Municipal, garantindo-se a
proporcionalidade das bancadas e ouvidos os lideres;

§ 2º dentro de 03(três) dias a partir da apresentação do requerimento, a Comissão


deverá instalar-se, elegendo, entre seus membros, Presidente, Vice-presidente e Relator;

§ 3º além dos poderes das demais Comissões, são igualmente atribuídos a esta
Comissão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, nos limites traçados na
Constituição Federal.

§ 4º A Comissão Especial de Inquérito funcionará na sede da Câmara, sendo permitida a


realização de diligências externas.

§ 5º o prazo de funcionamento da Comissão será de até 120 (cento e vinte) dias,


podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.

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§ 6º A Comissão, devidamente instalada, poderá, a critério de seus membros,


desenvolver seus trabalhos no período de recesso parlamentar.

§ 7º Poderão funcionar, simultaneamente, na Câmara, até 02 (duas) Comissões


Especiais de Inquérito, que serão instaladas de acordo com a apresentação do pedido.

Art. 73 No interesse da investigação, a Comissão Especial de Inquérito poderá:

I - tomar depoimento das autoridades municipais, intimar testemunhas e inquiri-las sob


compromisso;

II - proceder às verificações contábeis em livros, papéis e documentos de órgãos da


administração direta, indireta, fundacional;

III - requerer ao Presidente da Câmara Municipal intimação judicial, através do Ministério


Público, ao juízo competente, quando do não comparecimento do intimado pela Comissão, por
duas convocações consecutivas.

Art. 74 A Comissão Especial de Inquérito elaborará relatório sobre a matéria, votando-o e


enviando-o ao Plenário para ser discutido, no prazo máximo de 15 (quinze) dias após a
conclusão de seus trabalhos.

§ 1º O relatório conterá, obrigatoriamente, um anexo sob o título "encaminhamento", onde


a Comissão apontará as medidas que deverão ser tomadas a partir das conclusões chegadas.

§ 2º Os encaminhamentos sugeridos pela Comissão serão apreciados em plenário, que


decidirá sobre a sua realização, podendo inclusive apontar novas medidas.

§ 3º O plenário poderá acrescentar medidas aos encaminhamentos a serem executados,


sem alterar o relatório, não cabendo, portanto, emendar aqueles sugeridos pela Comissão.

Art. 75 Sempre que a Comissão Especial de Inquérito julgar necessário consubstanciar o


resultado de seu trabalho numa proposição, ela a apresentará em separado, constituindo seu
relatório a respectiva justificação.

Subseção III
Das Comissões de Representação

Art. 76As Comissões de Representação, criadas por deliberação do Plenário, a requerimento


de qualquer Vereador, destinam-se à representação da Câmara em acontecimentos de
excepcional relevância.

Seção X
Das Vagas Nas Comissões

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Art. 77 As vagas nas Comissões se dão:

I - com a renúncia, considerada ato perfeito e acabado com sua comunicação por escrito
ao Presidente da Câmara;

II - com a perda da condição de membro.

Parágrafo Único - A perda da condição de membro da Comissão será declarada pelo


Presidente da Câmara Municipal, à vista de comunicação do Líder da Bancada ou do
Presidente da Comissão, quando o Vereador faltar a 5(cinco) reuniões consecutivas.

Art. 78 Sempre que a ausência reiterada de titulares estiver impedindo o funcionamento


regular da Comissão, o Presidente da Câmara Municipal, a requerimento do Presidente da
Comissão, nomeará substitutos eventuais, que funcionarão até que se normalize a atividade
do órgão.

TÍTULO III
DOS VEREADORES

CAPÍTULO I
DO EXERCÍCIO DO MANDATO

Art. 79 O Vereador é inviolável por suas opiniões, palavras e votos, nos termos da
Constituição de República.

Art. 80 O Vereador deve comparecer às sessões plenárias e às reuniões das Comissões da


Convocação, só se escusando de tal dever em caso de licença, enfermidade, luto, missão
autorizada ou investidura em cargo público, autorizada pela Lei Orgânica do Município.

Art. 81 Ao Vereador compete:

I - oferecer proposições, discutir as matérias, votar e ser votado;

II - encaminhar, através da Mesa Diretora, pedidos de informações às autoridades


municipais sobre fatos relativos ao serviço público ou úteis à elaboração legislativa;

III - usar da palavra, nos termos regimentais;

IV - integrar as Comissões;

V - utilizar-se dos serviços da Câmara, desde que seja para fins relacionados com suas
funções;

VI - promover, perante quaisquer autoridades, entidades ou órgãos municipais, os

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interesses ou reivindicações coletivas;

VII - realizar outros cometimentos inerentes ao exercício do mandato popular e atender a


deveres políticos e partidários decorrentes da representação.

Art. 82 O Vereador pode escusar-se de votar, declarando sua intenção.

§ 1º Deve o Vereador dar-se por impedido de votar quando ele próprio ou seu parente,
consangüíneo ou afim, até o terceiro grau, inclusive, tiverem interesse manifesto na
deliberação, sob pena de nulidade de votação, sendo decisivo o voto de impedimento.

§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, a presença do Vereador será computada apenas


para efeito de número.

CAPÍTULO II
DA VACÂNCIA

Art. 83 Ocorre a vaga em virtude de:

I - morte;

II - renúncia, apresentada por escrito;

III - perda de mandato.

Art. 84 A renúncia será comunicada por escrito à Mesa Diretora, em documento com firma
reconhecida, e só se tornará perfeita e irretratável, depois de lida no expediente e publicada
na imprensa oficial, embora não dependa de deliberação da Câmara.

Parágrafo Único - Na hipótese do § 6º do Art. 3º deste Regimento, o Presidente declarará


a vaga em sessão, salvo recurso provido pela maioria absoluta do Plenário, depois do
pronunciamento da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final.

Art. 85 Verificada a vaga, o Presidente publicará aviso na imprensa oficial, dando-se posse
ao suplente, nos termos da legislação eleitoral.

CAPÍTULO III
DAS FALTAS E LICENÇAS

Art. 86 Será atribuída falta ao Vereador que não comparecer às sessões plenárias ou às
reuniões ordinárias das Comissões Permanentes, salvo motivo justo.

Art. 87 Para efeito de justificação das faltas, consideram-se motivos justos:

I - doença;

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II - casamento;

III - falecimento de parente até terceiro grau;

IV - licença-gestante ou licença-paternidade;

V - intimação de audiência judicial;

V - desempenho de missões oficiais da Câmara.

Parágrafo Único - A justificação das faltas será feita por requerimento fundamentado ao
Presidente da Câmara, que o julgará na forma deste Regimento.

Art. 88 O Vereador somente poderá se licenciar:

I - por motivo de doença devidamente comprovada;

II - em face de licença-gestante ou licença-paternidade;

III - para desempenhar missões temporárias de interesse do Município;

IV - para tratar de interesses particulares.

§ 1º Nos casos dos incisos I, II e IV, a licença far-se-á através de comunicação subscrita
pelo Vereador e dirigida ao Presidente da Câmara Municipal, que dela dará conhecimento
imediato ao Plenário.

§ 2º No caso do inciso III, a licença far-se-á através de requerimento escrito submetido à


deliberação do Plenário, podendo o Vereador licenciado reassumir após cumprir a missão.

§ 3º Quanto às hipóteses de licenças previstas pelos incisos I, II e IV, serão observados


os seguintes princípios:

a) no caso do inciso I, a licença será por prazo determinado, prescrito por médico
estranho aos quadros dos servidores municipais, devendo a comunicação ser previamente
instruída por atestado médico;
b) no caso do inciso IV, a licença será por prazo determinado, nunca inferior a 30 (trinta)
dias, nem superior a 120 (cento e vinte) dias por sessão legislativa.
c) nos casos do inciso II, a licença será concedida segundo os mesmos critérios, prazos
e condições estabelecidos para os funcionários públicos municipais;
d) com exceção do caso previsto no inciso III, é expressamente vedada a reassunção do
Vereador antes do término do período de licença.

Art. 89 Encontrando-se o Vereador impossibilitado física ou mentalmente de subscrever


comunicação de licença para tratamento de saúde, caberá ao Presidente da Câmara declará-
lo licenciado, mediante comunicação escrita do Líder da Bancada, devidamente instruída por

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atestado médico.

Art. 90 É facultado ao Vereador prorrogar o seu tempo de licença por meio de novo pedido.

Art. 91 Será considerado automaticamente licenciado o Vereador investido na função de


Ministro de Estado, Secretário de Estado, Secretário Municipal ou chefe de missão diplomática
temporária, podendo optar pelos vencimentos do cargo ou pela remuneração do mandato, a
partir da respectiva posse.

Art. 92 Para fins de remuneração, será considerado como em exercício o Vereador licenciado
nos termos dos incisos I, II e III do artigo 88.

Art. 93 Dar-se-á a convocação do Suplente no caso de vaga em razão de morte ou renúncia,


de investidura em função prevista no artigo 91 e quando em licença por período superior a 30
(trinta) dias.

Art. 94 Efetivada a licença e nos casos previstos no artigo anterior, o Presidente da Câmara
convocará o respectivo Suplente, que deverá tomar posse dentro de 15 (quinze) dias, salvo
motivo justo aceito pela Câmara.

Parágrafo Único - Na falta de Suplente, o Presidente da Câmara comunicará o fato,


dentro de 48 (quarenta e oito) horas, diretamente ao Tribunal Regional Eleitoral.

CAPÍTULO IV
DA REMUNERAÇÃO DO MANDATO

Art. 95 O Vereador, desde a posse, faz jus à remuneração, nos termos previstos na
Constituição Federal.

§ 1º Antes da eleição para Vereador, a Câmara deve fixar a remuneração para a


Legislatura seguinte, em valores certos, expressos em moeda nacional, observados os
parâmetros traçados nas Constituições Federal e Estadual.

§ 2º A remuneração do Vereador não pode ser superior à remuneração do Prefeito


Municipal.

§ 3º Não fixados os valores da remuneração no prazo do parágrafo 1º, a remuneração do


Vereador na Legislatura a iniciar-se será igual à do último mês da Legislatura finda, exceto se
houver alteração nos subsídios dos Deputados Estaduais.

§ 4º Pelo não comparecimento efetivo do Vereador, bem como pela não participação nas
votações, salvo motivo justo, será descontada importância correspondente a 1/30(um trinta)
avos de sua remuneração, por dia de ausência.

§ 5º A Mesa Diretora adotará livro próprio para registro da presença dos Vereadores, que
ficará sob a guarda do Primeiro Secretário, a quem compete fornecer, ao final de cada mês,

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certidão de comparecimento para efeito de percepção da remuneração.

§ 6º Somente fará jus à percepção da remuneração o Vereador que assinar o livro de


presença e permanecer em Plenário até o final, devendo o Primeiro Secretário proceder à
verificação de presença ao término de cada sessão.

CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES

Art. 96 O Vereador está sujeito às seguintes penalidades:

I - advertência pessoal;

II - advertência em Plenário;

III - censura pública através da imprensa;

IV - suspensão do mandato de cinco a quinze dias;

V - cassação do mandato.

Art. 97 Incide na penalidade de advertência pessoal o Vereador que:

I - usar de expressões insultuosas;

II - ofender, por atos ou palavras, outro Vereador, Comissão, Mesa Diretora e/ou a
própria Câmara Municipal;

III - perturbar a ordem das sessões plenárias ou das reuniões das Comissões;

IV - acusar, levianamente, outro Vereador, sem indicação de elemento de prova válida.

Art. 98 Incorre na penalidade de advertência em Plenário o Vereador que reincidir em infração


do Artigo anterior.

Art. 99 Aplica-se a pena de censura pública, através da imprensa, ao Vereador que:

I - já foi advertido em Plenário por 2(duas vezes);

II - pratica, nas dependências da Câmara, ato incompatível com a compostura pessoal;

III - falta, sem motivo justificado, a 10(dez) sessões ordinárias consecutivas ou a


30(trinta) intercaladas, numa mesma Sessão Legislativa Ordinária ou Extraordinária.

Art. 100 É passível de suspensão, de 05(cinco) a 15(quinze) dias, o Vereador que:

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I - reincidir em infração ao Artigo anterior;

II - revelar o conteúdo de debate, deliberação, documento ou informação que, por


disposição regimental ou decisão da Câmara, deva permanecer secreto.

Art. 101 Sujeita-se à cassação do mandato o Vereador que:

I - infringir o disposto no Art.24 da Lei Orgânica do Município;

II - atentar contra o decoro parlamentar ou lesar o patrimônio público;

III - deixar de comparecer, salvo por razão justificada, à terça parte das sessões
ordinárias de uma Sessão Legislativa;

Parágrafo Único - Atenta contra o decoro parlamentar o Vereador que:

a) cometer abuso de prerrogativas asseguradas aos Vereadores;


b) perceber vantagens indevidas;
c) usar, de forma grave, em discussões ou proposições, de expressões que configurem
crime contra a honra ou incitamento à prática de crimes;
d) praticar irregularidades graves no desempenho do mandato ou em situações dele
decorrentes;
e) reincidir nas infrações previstas no Artigo anterior.
f) Sofrer condenação por crime funcional.

Art. 102As penalidades de advertência pessoal e advertência em Plenário serão impostas


pela Mesa Diretora, depois de parecer da Comissão de Ética Parlamentar.

Parágrafo Único - As penalidades de censura pública através da imprensa e de


suspensão e cassação do mandato dependem de deliberação do Plenário, em sessão e por
escrutínio secreto.

CAPÍTULO VI
DA EXTINÇÃO, CASSAÇÃO E INTERRUPÇÃO DO EXERCÍCIO DO MANDATO
PARLAMENTAR

Seção I
Da Extinção e da Perda do Mandato

Art. 103 Extingue-se ou perde-se o mandato do Vereador, declarando-se vago o seu cargo
pelo Presidente da Câmara, nos seguintes casos:

I - morte;

II - renúncia por escrito, nos termos deste Regimento Interno;

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III - cassação dos direitos políticos;

IV - condenação por crime eleitoral que declare a perda do mandato;

V - incidência de impedimentos para o exercício do mandato, estabelecidos em lei;

IX - ausência de posse, sem motivo justificado, no respectivo mandato;

X - cassação do mandato nos termos deste Regimento Interno.

Art. 104 Ocorrido e comprovado o ato extintivo, o Presidente da Câmara Municipal, em


sessão ordinária, comunicará ao Plenário a declaração de extinção ou de perda de mandato,
procedendo à convocação do respectivo suplente, para o que determinará, em seguida, o
devido registro em ata.

Seção II
Do Processo de Cassação

Art. 105 O processo de cassação do mandato do Vereador, assim como o de Prefeito e Vice-
prefeito, e a apuração de crime de responsabilidade ocorrerão nos seguintes casos previstos
na legislação pertinente:

I - A denúncia escrita da infração poderá ser feita por qualquer eleitor, com a exposição
dos fatos e indicação das provas. Se o denunciante for Vereador, ficará impedido de votar
sobre a denúncia e de integrar a Comissão processante, podendo, todavia, praticar todos os
atos de acusação. Se o denunciante for o Presidente da Câmara, passará a presidência ao
seu substituto legal para os atos do processo e só votará se necessário, para completar o
quórum de julgamento;

§ 1º De posse da denúncia, o Presidente da Câmara Municipal, na primeira sessão,


determinará sua leitura e consultará o Plenário sobre o seu recebimento pelo voto da maioria
absoluta dos membros da Câmara Municipal. Na mesma sessão, será constituída a Comissão
Especial, composta de 03(três) Vereadores, sorteados entre os desimpedidos, os quais
elegerão, desde logo, o Presidente e o relator;

§ 2º Recebendo o processo, o Presidente da Comissão iniciará os trabalhos, dentro de


05(cinco) dias, notificando o denunciado, com a remessa de cópia da denúncia e documentos
que a instruem para que, no prazo de 10(dez) dias, apresente a defesa prévia por escrito,
indique as provas que pretende produzir e arrole testemunhas, até o máximo de 10(dez). Se
estiver ausente do Município, a notificação será feita por edital, publicado 03(três) vezes no
órgão oficial, com intervalo de 03(três) dias, pelo menos, contando-se o prazo a partir da
última publicação.

§ 3º Decorrido o prazo da defesa, a Comissão Especial de Inquérito emitirá parecer

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dentro de 05(cinco) dias, opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da denúncia,


devendo o parecer, neste último caso, ser submetido ao Plenário. Se a Comissão opinar pelo
prosseguimento, o Presidente da Câmara Municipal designará, desde logo, o início da
instrução e determinará os atos, diligências e audiências que se fizerem necessários para o
depoimento do denunciado e inquirição de testemunhas;

§ 4º O denunciado deverá ser intimado de todos os atos do processo, pessoalmente ou


na pessoa de seu procurador, com a antecedência de, no mínimo, 72(setenta e duas) horas,
sendo-lhe permitido assistir às diligências e audiências, bem como formular perguntas às
testemunhas e requerer o que for de interesse da defesa;

§ 5º concluída a instrução, será aberta vista do processo ao denunciado, para razões


escritas, no prazo de 05(cinco)dias e, após, a Comissão especial emitirá parecer final pela
procedência da acusação e solicitará ao Presidente da Câmara a convocação de Sessão
Especial para julgamento.

§ 6º Na sessão de julgamento, o processo será lido integralmente e, a seguir, os


Vereadores que o desejarem, poderão manifestar-se, verbalmente, pelo tempo máximo de
15(quinze)minutos cada um. Ao final, o denunciado ou seu procurador terá o prazo máximo de
02(duas)horas para produzir sua defesa oral;

§ 7º concluída a defesa oral, proceder-se-á a tantas votações quantas forem as infrações


especificadas na denúncia;

IX - Incurso em qualquer das infrações especificadas na denúncia, considerar-se-á o


denunciado, definitivamente, afastado do cargo pelo voto da maioria absoluta dos membros da
Câmara;

§ 8º concluído o julgamento, o Presidente da Câmara Municipal proclamará,


imediatamente, o resultado e fará lavrar a ata que consigne a votação nominal sobre cada
infração e, se houver condenação, expedirá o competente Decreto Legislativo de Cassação
do Mandato do denunciado;

§ 9º Se o resultado da votação for pela absolvição, o Presidente da Câmara Municipal


determinará a extinção do processo;

§ 10 o processo a que se refere este artigo deverá estar concluído dentro de 120(cento e
vinte) dias, contados da data em que se efetivar a notificação do acusado. Transcorrido o
prazo, sem o julgamento, o processo será arquivado sem prejuízo de nova denúncia, ainda
que sobre os mesmos fatos;

§ 11 Em quaisquer dos casos, o Presidente da Câmara Municipal comunicará o resultado


à Justiça Eleitoral.

Seção III
Da Interrupção do Exercício

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Art. 106 Dar-se-á a interrupção do exercício do cargo de Vereador, Prefeito e Vice-prefeito


por:

I - incapacidade absoluta, julgada por sentença de interdição, mediante laudo médico,


passado por junta nomeada pela Mesa da Câmara;

II - condenação criminal que impuser pena de privação da liberdade, enquanto durarem


seus efeitos.

TÍTULO IV
DAS SESSÕES

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 107Qualquer pessoa pode assistir às sessões da Câmara, no local do recinto do Plenário
reservado ao público, desde que:

I - esteja decentemente trajado;

II - não se manifeste em apoio ou reprovação às deliberações do Plenário, nem aos


pronunciamentos dos Vereadores;

III - não porte armas;

IV - atenda às deliberações da Mesa.

Parágrafo Único - O Presidente fará retirar do recinto quem desrespeitar as regras deste
artigo.

Art. 108 As sessões da Câmara Municipal serão:

I - ordinárias, as de qualquer sessão legislativa, realizada de segunda a quinta-feira, no


horário das 14 às 18 horas;

II - extraordinárias, as realizadas em horas diversas das pré-fixadas para as ordinárias.

III - especiais, para instalação da Legislatura, eleição da Mesa Diretora, posse do


Prefeito, Vice-prefeito e Vereadores, e julgamento do Prefeito, Vice-prefeito e Vereadores;

IV - solenes, para homenagens e comemorações;

V - populares, com participação de representantes da comunidade e da sociedade civil


em geral, com tribuna aberta para discussões sobre temas específicos da municipalidade,

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realizadas em períodos mensais, preferencialmente no horário da manhã.

Art. 109 As sessões da Câmara Municipal somente serão realizadas no Plenário Vereador
Érico Hackradt, destinado ao seu funcionamento, e serão públicas.

Art. 110 As sessões da Câmara Municipal somente poderão ser suspensas para recepcionar
autoridades e para a solução de incidentes procedimentais, por até 20(vinte) minutos.

Art. 111As sessões da Câmara somente podem ser encerradas antes de finda a hora a elas
destinada, nos seguintes casos:

I - não havendo matéria a discutir ou votar, nem oradores que queiram usar da palavra;

II - tumulto grave;

III - falecimento de Vereador em exercício do mandato, do Prefeito Municipal ou Chefe de


um dos Poderes da República;

IV - por falta de número legal.

Art. 112O prazo de duração das sessões poderá ser prorrogável a requerimento de qualquer
Vereador.

Parágrafo Único - O requerimento de prorrogação será verbal, fixará o prazo de dilatação


e será decidido pelo Plenário.

CAPÍTULO II
DAS SESSÕES ORDINÁRIAS

Art. 113 As sessões ordinárias terão início às 14 horas, com duração de 04 (quatro) horas.

Art. 114 As sessões ordinárias compõem-se de:

I - Pequeno expediente;

II - expediente;

III - ordem do dia;

IV - horário de lideranças;

V - explicações pessoais.

Seção I
Do Pequeno Expediente

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Art. 115 O Pequeno Expediente, independente de quórum regimental, terá duração


improrrogável de 90 (noventa) minutos, destinando-se a pronunciamentos dos Vereadores.

§ 1º No Pequeno Expediente, os Vereadores, no máximo em número de 06(seis) por


sessão, farão uso da palavra seguindo a ordem de inscrição em livro próprio, por 10 (dez)
minutos, prorrogáveis por no máximo 05 (cinco) minutos, dividido eqüitativamente o tempo
disponível.

§ 2º As inscrições dos oradores para o Pequeno Expediente serão feitas em livro


especial, sob a fiscalização do Primeiro Secretário.

Seção II
Do Expediente

Art. 116À hora do início do expediente, os membros da Mesa Diretora e os Vereadores


ocuparão seus lugares e, por determinação do Presidente, o Primeiro Secretário fará a
chamada dos Vereadores.

§ 1º Verificado o quórum regimental, presença de um terço dos Vereadores da Câmara


Municipal, o Presidente abrirá os Trabalhos da sessão. Caso contrário, aguardará durante
20(vinte) minutos, deduzindo o retardamento do prazo destinado ao expediente.

§ 2º Se persistir a falta de quórum, o Presidente declarará que está prejudicada a sessão


e lavrará o termo de ocorrência, constando os nomes dos Vereadores ausentes. A Ordem do
Dia ficará transferida para a sessão seguinte.

Art. 117O Expediente terá a duração improrrogável de 30 (trinta) minutos, a partir das 15 h e
30 min, destinando-se à leitura e aprovação da ata da sessão anterior, leitura de matérias
oriundas do Poder Executivo Municipal ou de outras origens, além das apresentadas pelos
Vereadores.

Art. 118Aprovada a ata, o Presidente determinará ao Primeiro Secretário proceder à leitura


do Expediente, obedecendo à seguinte ordem:

I - proposta de emendas à Lei Orgânica;

II - projetos de Lei Complementar;

III - projetos de Lei;

IV - projetos de decreto legislativo;

V - projetos de resolução;

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VI - requerimentos;

VII - indicações;

VIII - correspondências recebidas.

§ 1º As proposições deverão ser encaminhadas, até ao meio dia, à Secretaria Legislativa,


que deverá proceder à organização da pauta e encaminhá-la ao Plenário para conhecimento
dos Vereadores.

§ 2º As proposições serão, obrigatoriamente, protocolizadas em 03(três) vias e


acompanhadas de via em meio magnético, sob pena de não recebimento.

Seção III
Da Ordem do Dia

Art. 119 Findo o Expediente, tratar-se-á da matéria destinada à Ordem do Dia, que terá
duração de 90(noventa) minutos, encerrando-se às 18 h.

§ 1º Qualquer Vereador poderá pedir a prorrogação do tempo destinado à Ordem do Dia,


decidindo o Presidente. Neste caso, ficará prejudicado o tempo destinado a explicações
pessoais;

§ 2º O requerimento de prorrogação de horário deverá ser apresentado à Mesa Diretora


até 05 (cinco) minutos antes do término da sessão;

§ 3º Além das matérias a serem tratadas na ordem do dia, esta se destina à utilização da
tribuna, remanescendo tempo hábil, pelos líderes.

§ 4º Ao iniciar-se a Ordem do Dia, o Presidente determinará ao Primeiro Secretário que


proceda à verificação de quórum regimental. Na falta de quórum, o presidente aguardará 10
(dez) minutos. Persistindo a falta de número, o Presidente declarará encerrada a sessão,
fazendo constar da ata tal ocorrência, bem como os Vereadores faltosos.

Art. 120 Nenhuma proposição legislativa ou requerimento poderá entrar na Ordem do Dia para
deliberação sem haver sido anunciado, pelo menos, com um dia de antecedência.

Art. 121 Durante a Ordem do Dia, somente poderão ser levantadas questões de ordem
atinentes à ordem dos trabalhos, à proposição em discussão ou votação.

Art. 122 A votação das proposições constantes da Ordem do Dia dar-se-á na seguinte ordem:

I - matéria em redação final;

II - vetos;

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III - proposta de emenda à Lei Orgânica;

IV - projetos de lei de iniciativa do Executivo;

V - projetos de lei de iniciativa dos Vereadores;

VI - projetos de resolução;

VII - projetos de Decreto Legislativo;

VIII - requerimentos;

IX - indicações;

X - outras proposições;

Parágrafo Único - A ordem das proposições inseridas na Ordem do Dia só poderá ser
alterada ou interrompida por motivo de urgência, preferência ou adiamento, mediante
requerimento apresentado no início ou no transcorrer da Ordem do Dia, e aprovado pelo
Plenário.

Art. 123 Não esgotado o horário regimental e finda a Ordem do Dia, o Presidente facultará a
palavra aos líderes.

Seção IV
Explicações Pessoais

Art. 124 Explicação Pessoal é o tempo da sessão destinada à manifestação de Vereadores


sobre atitudes pessoais assumidas durante a sessão ou para dar satisfação ou explicação à
Casa sobre incidentes em que se tenham envolvido no transcurso do debate ou no exercício
do mandato.

§ 1º Esgotada a pauta da Ordem do Dia, desde que esteja presente 1/3 (um terço), no
mínimo, dos Vereadores, passar-se-á à Explicação Pessoal, pelo tempo restante da sessão.

§ 2º Não pode o Vereador desviar-se da finalidade da Explicação Pessoal, sob pena de


advertência e, em caso de insistência, cassação da palavra.

§ 3º O tempo destinado à Explicação Pessoal será de, no máximo, 30(trinta) minutos,


divididos entre os Vereadores que solicitarem a palavra.

§ 4º Cada Vereador disporá de 5 (cinco) minutos para falar em Explicação Pessoal, não
se permitindo apartes.

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§ 5º A fase de Explicação Pessoal se encerra às 18 h.

§ 6º Esgotado o horário destinado às Explicações Pessoais, o Presidente encerrará a


sessão, antes, porém, convocando a próxima, anunciando a matéria da Ordem do Dia, se
houver.

§ 7º As sessões ordinárias não serão prorrogadas para a Explicação Pessoal.

CAPÍTULO III
DAS SESSÕES EXTRAORDINÁRIAS

Art. 125As sessões extraordinárias da Câmara serão realizadas em qualquer dia e hora da
semana, incluindo sábados, domingos e feriados.

§ 1º A sessão extraordinária será convocada pelo Presidente ou por requerimento da


maioria absoluta dos vereadores, sempre que necessária a sua realização, e terá o tempo de
duração das sessões ordinárias.

§ 2º O ato de convocação do Presidente ou seu substituto legal deverá ser publicado com
24 (vinte e quatro) horas de antecedência.

CAPÍTULO IV
DAS SESSÕES SOLENES

Art. 126 Deliberando a Câmara Municipal, seja por proposta da Mesa Diretora, seja por
requerimento de qualquer Vereador, haverá sessão solene para comemoração de eventos
importantes ou homenagens públicas a todos aqueles que tenham prestado serviços à
comunidade natalense.

Parágrafo Único - Nas sessões solenes, farão uso da palavra somente o vereador autor
da proposição, os Vereadores indicados pelos Líderes de bancada e o homenageado, caso
queira.

CAPÍTULO V
DAS SESSÕES POPULARES

Art. 127 As sessões populares destinam-se à discussão de tema específico de interesse da


municipalidade, com instituição de tribuna livre para participação de cidadãos vinculados aos
segmentos representativos da comunidade e da sociedade em geral.

§ 1º O horário destinado à realização de Sessão Popular será fixado no turno matutino,


com período de tempo e pauta pré-determinados, garantindo-se, outrossim, a participação de
todo e qualquer munícipe, no uso e gozo de seus direitos políticos, com direito a voz nas
sessões designadas para a discussão do referido tema, mediante apreciação e aprovação da
Mesa Diretora da Câmara Municipal.

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§ 2º A sessão de que trata o caputdeste artigo poderá ser realizada fora das
dependências físicas desta Casa Legislativa, realizando-se em localidades inseridas em cada
região administrativa do município, em períodos sucessivos e alternados, atendido o que
dispõe o parágrafo único, do art. 1º.

§ 3º A Câmara Municipal deverá instituir Centro de Estudos e Debates para melhor


aproveitamento e participação dos presentes às sessões definidas pelo caput deste artigo,
elegendo os temas específicos que serão discutidos pela municipalidade nesta Casa
Legislativa.

§ 4º A Tribuna Livre de que trata o artigo 127 é um espaço destinado à participação dos
munícipes, organizados em movimentos ou entidades constituídas, para apresentar temas de
interesse geral ou coletivo, que devam ser levados ao conhecimento dos vereadores.

§ 5º A Tribuna Livre realizar-se-á ordinariamente nas primeiras terças-feiras de cada mês


e, excepcionalmente, quando algum fato de extrema urgência ou emergência justificar a
medida.

§ 6º A excepcionalidade de que trata o § 5º deverá ser apreciada pelo Plenário, após


requerimento verbal de qualquer vereador, aprovado por maioria simples.

§ 7º A Tribuna Livre poderá ser utilizada por:

a) munícipes residentes em Natal, representantes de movimentos ou entidades


constituídas, com idade igual ou superior a 16 (dezesseis) anos;
b) vereador que se inscrever.

§ 8º A inscrição para o uso da Tribuna Livre deverá ser feita até às 18 h do dia anterior à
sessão em formulário apropriado, fornecido pela Secretaria Legislativa

§ 9º Fica estipulado o tempo máximo de 05 (cinco) minutos para a fala de cada orador
inscrito, respeitando-se o limite de 03 (três) oradores por movimento ou entidade, facultando-
se ao movimento ou à entidade a inscrição de apenas um orador, que terá o tempo máximo de
10 (dez) minutos.

§ 10 Os oradores inscritos deverão preencher, de modo legível, a ficha de identificação


pessoal, contendo nome e endereço completos, bem como número de documento de
identidade, mencionando o órgão expedidor, além de informações do movimento ou entidade
e do tema a ser tratado.

§ 11 Caso o movimento pretenda apresentar fita de vídeo durante o uso da Tribuna Livre,
o tempo de apresentação será descontado do tempo da fala, não podendo ser superior àquele
estabelecido neste Regimento.

§ 12 Para apresentação do vídeo, o interessado deverá preencher formulário próprio,


fornecido pelo serviço de cerimonial com descrição sucinta do seu conteúdo.

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§ 13 O orador inscrito receberá por escrito as seguintes informações quanto ao uso da


Tribuna Livre:

a) O tempo é de 5 (cinco) minutos por orador, havendo um limite de até 3 (três)


oradores(as) inscritos(as) por movimento ou entidade, ou de 10 (dez) minutos caso haja um
único orador inscrito;
b) As sessões da Tribuna Livre serão gravadas em vídeo;
c) O orador deve comportar-se de forma compatível com o Regimento Interno, podendo
ser responsabilizado civil e criminalmente pelo conteúdo de seu discurso;
d) O orador será advertido pela Presidência, podendo ter a palavra cassada na hipótese
de reincidência, caso seu discurso não se limite ao tema proposto, falte com respeito ou não
se comporte de forma urbana e ordeira;
e) Para fazer uso da Tribuna Livre, o orador deve estar trajando roupas compatíveis com
o recinto;
f) O orador que fizer uso da Tribuna Livre representando algum movimento ou entidade,
somente poderá se reapresentar após o decurso de 15 (quinze) dias, contados da última
participação.

§ 14 O orador que tiver a palavra cassada pela Presidência, por não ter respeitado o
disposto na alínea "d" do parágrafo anterior, somente poderá fazer nova inscrição para
utilização da Tribuna Livre após transcorridos 180 (cento e oitenta) dias daquela data.

§ 15 O vereador que se inscrever para falar durante a Tribuna livre terá o limite de:

a) 05 (cinco) minutos, caso haja apenas um movimento ou entidade;


b) 10(dez) minutos, caso haja dois ou mais movimentos ou entidades participantes.

§ 16 Os discursos proferidos na parte destinada à Tribuna Livre serão transcritos e


constarão em Ata e nos Anais da Câmara.

§ 17 Poderá haver permuta na seqüência cronológica de inscrição, por iniciativa da Mesa


ou acordo entre as partes.

CAPÍTULO VI
DAS SESSÕES ESPECIAIS

Art. 128 As sessões especiais serão realizadas para instalação da Legislatura, posse e
julgamento dos Vereadores, do Prefeito, do Vice-prefeito e eleições da Mesa Diretora.

§ 1º A sessão especial para eleição da Mesa Diretora para a 3ª e 4ª sessões legislativas


poderá ser convocada:

a) Pelo Presidente da Mesa Diretora;


b) Pela Maioria dos membros da Mesa Diretora;
c) Por 1/3(um Terço) dos vereadores da Câmara Municipal;

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§ 2º O ato de convocação deverá ser lido no expediente com, no mínimo, 24 h (vinte e


quatro horas) de antecedência da data marcada para eleição, devendo, ainda, ser divulgado
no site da Câmara Municipal na internet.

CAPÍTULO VII
DAS ATAS DAS SESSÕES

Art. 129 De cada sessão da Câmara Municipal lavrar-se-á ata dos trabalhos, contendo o
seguinte:

I - nome dos Vereadores presentes e ausentes, no início da sessão e na Ordem do Dia,


bem como os nomes dos que presidiram e secretariaram os trabalhos;

II - súmula do expediente lido;

III - resumo dos discursos proferidos no Pequeno Expediente, nas discussões, nas
Explicações Pessoais e nos Horários de Lideranças;

IV - síntese das declarações de votos;

V - detalhada referência às matérias apreciadas na Ordem do Dia, bem como os nomes


dos Vereadores que votaram SIM e dos que votaram NÃO, nas votações nominais;

VI - a s questões de ordem suscitadas e as respectivas decisões;

VII - a convocação da sessão seguinte.

§ 1º Cada Vereador poderá falar, uma vez, sobre a ata, para pedir sua retificação e/ou
impugnação.

§ 2º Aceita a impugnação, será lavrada outra ata.

§ 3º A ata da última sessão de cada Legislatura será lida antes do encerramento da


sessão e, nela, deverá constar a assinatura dos Vereadores presentes.

§ 4º Todas as atas serão transcritas em livro próprio e rubricadas pelo Segundo


Secretário.

TÍTULO V
DAS PROPOSIÇÕES

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 130 Proposição é toda matéria sujeita à deliberação do Plenário, devendo ser redigida

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com clareza, em termos explícitos e sintéticos.

Art. 131 São modalidades de proposição:

I - proposta de emendas à Lei Orgânica do Município;

II - projeto de Lei Complementar;

III - projeto de lei;

IV - projeto de resolução;

V - projeto de decreto legislativo;

VI - projeto de fiscalização e controle;

VII - emendas e subemendas;

VIII - substitutivos;

VIII - vetos;

IX - pareceres;

X - requerimentos;

XI - indicações;

XII - recursos.

Parágrafo Único - A Mesa Diretora recusará a proposição que:

a) verse sobre assunto alheio à competência da Câmara Municipal;


b) delegue a outro Poder atribuições do Legislativo;
c) tenha sido rejeitada no mesmo período, salvo se subscrita pela maioria absoluta dos
membros da Câmara Municipal ou de autoria do Prefeito.

Art. 132O Vereador que, primeiro, assinar a proposição será considerado seu autor, podendo
ser subscrita pelos demais pares.

Parágrafo Único - As assinaturas seguintes serão consideradas de apoio.

Art. 133 Quando, por extravio ou retenção indevida, não for possível o andamento de
qualquer proposição e vencidos os prazos regimentais, o Presidente da Câmara Municipal
determinará a sua reconstituição por deliberação própria ou a requerimento de qualquer
Vereador.

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Art. 134O autor poderá solicitar, em qualquer fase da elaboração legislativa, a retirada de sua
proposição.

§ 1º Se a matéria ainda não tiver recebido parecer favorável da Comissão, caberá ao


Presidente da Mesa Diretora deferir o pedido.

§ 2º Se a matéria tiver recebido parecer favorável da Comissão, competirá ao Plenário


decidir sobre o pedido.

CAPÍTULO II
DAS PROPOSIÇÕES LEGISLATIVAS

Art. 135 A Câmara Municipal exercerá o processo legislativo por meio das seguintes
proposições legislativas:

I - proposta de emenda à Lei Orgânica do Município;

II - projeto de lei complementar

III - projeto de lei;

IV - projeto de resolução;

V - projeto de decreto legislativo;

Parágrafo Único - Observadas as competências determinadas pela Lei Orgânica do


Município e por este Regimento Interno, a iniciativa das proposições legislativas será:

a) do Vereador;
b) da Mesa da Câmara;
c) das Comissões;
d) do Prefeito;
e) dos cidadãos, nos casos dos incisos I e III deste artigo, observadas as regras contidas
na Lei Orgânica do Município e as demais constantes neste Regimento.

Seção I
Das Emendas à Lei Orgânica do Município de Natal

Art. 136 A Lei Orgânica do Município do Natal pode ser emendada mediante proposta:

I - de um terço dos membros da Câmara;

II - do Prefeito;

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III - da Mesa Diretora da Câmara Municipal;

IV - de 3%(três por cento) do eleitorado do Município registrado na última eleição.

§ 1º Não pode ser emendada a Lei Orgânica do Município durante a vigência de


intervenção do Estado ou qualquer medida de restrição das liberdades públicas.

§ 2º A proposta de emenda é discutida e votada em 02(dois) turnos, com intervalo de


10(dez) dias úteis, sendo aprovada quando obtiver, em ambas as votações, dois terços dos
votos dos Vereadores, não sendo permitido o regime de urgência ou dispensa de interstício.

§ 3º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada, não


pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

§ 4º Admitida a proposta por parecer prévio da Comissão de Legislação, Justiça e


Redação Final, a Mesa Diretora designará Comissão Especial para opinar quanto ao mérito.

Seção II
Dos Projetos de Lei Complementar

Art. 137 As leis complementares são aprovadas em dois turnos, por maioria absoluta dos
Vereadores, com intervalo de quarenta e oito horas, devendo ter numeração distinta das leis
ordinárias.

Parágrafo Único - É objeto de lei complementar, dentre outras matérias:

I - Código Tributário do Município;

II - Organização da Procuradoria Geral do Município;

III - Estatuto dos Funcionários Públicos Municipais;

IV - Plano Diretor da Cidade;

V - Código de Obras;

VI - Código de Meio Ambiente e Turismo;

VII - Código de Posturas.

Seção III
Dos Projetos de Lei Ordinária

Art. 138 Projeto de lei é a proposição que tem por finalidade regular toda matéria legislativa de

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competência da Câmara Municipal sujeita à sanção do Prefeito.

Parágrafo Único - A iniciativa dos projetos de lei cabe a qualquer Vereador, a 3% (três por
cento) do eleitorado registrado na última eleição e ao Prefeito, sendo privativa desta Câmara a
iniciativa dos projetos indicados no § 1º do art. 39, da Lei Orgânica do Município, observada a
regra do § 2º deste mesmo artigo.

Art. 139É de competência exclusiva da Mesa Diretora da Câmara iniciativa das leis que
disponham sobre:

I - criação, transformação ou extinção de cargos e de funções de seus serviços, fixando


ou alterando seu quantitativo, vencimento e/ou vantagens;

II - abertura de crédito especial ou suplementar à Câmara Municipal.

Art. 140 O Prefeito poderá enviar à Câmara Municipal projeto de lei sobre qualquer matéria de
sua competência e, solicitando, deverá ser apreciado dentro de 45(quarenta e cinco) dias, a
contar da data do seu recebimento.

§ 1º Não ocorrendo deliberação nesse prazo, será o projeto incluído na Ordem do Dia,
sobrestando-se a votação de qualquer outra matéria até que se ultime a votação.

§ 2º O prazo referido no caput deste Artigo não correrá durante os períodos de recesso.

Art. 141 Nenhum projeto de lei ou resolução poderá ser discutido, se não for apresentado,
pelo menos, 10(dez) dias antes do término da Sessão Legislativa, salvo se subscrito pela
maioria absoluta dos membros da Câmara.

Art. 142 Faltando 10(dez) dias para o encerramento da Sessão Legislativa, serão
considerados sob urgência, todos os projetos de crédito, oriundos da Mesa Diretora, das
Comissões Permanentes e os que estiverem subscritos pela maioria absoluta dos membros
da Câmara.

Subseção I
Do Projeto de Lei de Iniciativa Popular

Art. 143 O direito à iniciativa popular de apresentar projeto de lei poderá ser exercido em
matéria de interesse específico do Município, desde que subscrito por, pelo menos, 3% (três
por cento) do respectivo eleitorado, excetuando-se os casos de competência privativa
definidos em lei, observado o seguinte:

I - As assinaturas ou impressões digitais dos eleitores serão apostas em formulários


impressos, cada formulário contendo, em seu verso, o texto completo do Projeto de Lei
apresentado e a indicação dos cidadãos responsáveis;

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II - No formulário, será declarada a inscrição do eleitor na zona e secção eleitoral


respectiva;

III - Será responsável pela idoneidade das subscrições quem apresentar o projeto;

IV - O projeto poderá ser apresentado por, pelo menos, uma entidade legalmente
constituída, com sede em Natal, ou grupo de (três) 3 cidadãos com domicílio eleitoral no
município;

V - O Projeto será protocolado, iniciando-se o prazo de 5 (cinco) dias para a verificação,


pela Secretaria da Mesa Diretora, do cumprimento das exigências legais;

VI - Constatada a falta da indicação de quem apresenta o projeto ou a ausência do


número legal de subscrição ou qualquer outro irregularidade, será devolvido o projeto podendo
ser reapresentado em 20 (vinte) dias;

VII - Não serão computadas, para a verificação do número legal, as subscrições:

a) quando não constarem as zonas e secções ou não corresponderem ao município de


Natal;
b) quando apostas em formulários que não contenham o texto do Projeto;
c) repetidas.

VIII - Constatado o número legal de subscrições, a Mesa Diretora da Câmara Municipal,


em 3 (três) dias, encaminhará o Projeto para a Comissão de Legislação, Justiça e Redação
Final para dar parecer sobre sua admissibilidade;

IX - Em seguida, será enviado à Comissão Especial, para análise do mérito;

X - A Comissão será composta por 1 (um) representante de cada partido com


representação na Câmara, podendo os partidos delegar poderes de representação a membros
de outros partidos.

XI - A Comissão Especial terá 5 (cinco) dias para instalar-se, após designação, e 10


(dez) dias para emitir parecer, contados a partir da instalação, observado o seguinte:

a) O parecer será por aprovação, rejeição, aprovação com emendas ou aprovação de


substitutivo elaborado na comissão e versando sobre a mesma matéria.
b) Os responsáveis pela apresentação do projeto poderão ser ouvidos pela comissão, até
o número máximo de 3 (três) representantes.

XII - No prazo máximo de 5 (cinco) dias, após o parecer da Comissão Especial, o projeto
será enviado à discussão em plenário;

XIII - O primeiro subscritor do projeto ou o representante que houver sido previamente


designado poderá falar à Câmara Municipal para defendê-lo, sendo-lhe concedida a palavra

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antes de ela ser facultada aos Vereadores e pelo prazo de 10 (dez) minutos; logo após, falará
o relator.

XIV - Sendo rejeitado, o Projeto de Lei só poderá ser novamente proposto em outra
sessão legislativa.

XV - Os casos omissos serão resolvidos pelas demais normas deste Regimento Interno.

Parágrafo Único - Nos projetos referidos neste artigo, não serão admitidas emendas que
aumentem direta ou indiretamente a despesa prevista, conforme o disposto no art. 39,
parágrafo 2º, da Lei Orgânica do Município.

Seção IV
Dos Projetos de Resolução

Art. 144 Os projetos de Resolução destinam-se a regular matéria de caráter político-


administrativa de interesse interno da Câmara Municipal, independentemente de sanção do
Prefeito.

Art. 145 Constituem matéria de projeto de resolução, entre outras:

I - assuntos de economia interna;

II - aprovação e reforma do Regimento Interno;

III - criação, modificação ou extinção de cargos e funções dos serviços administrativos da


Câmara e fixação da remuneração respectiva;

IV - destituição dos membros da Mesa e aplicação de penalidades dos Vereadores;

V - licença dos Vereadores.

Parágrafo Único - a aprovação e a reforma do Regimento Interno, conforme disposto no


inciso II deste artigo, serão por maioria absoluta dos Vereadores.

Seção V
Dos Projetos de Decreto Legislativo

Art. 146Projeto de Decreto Legislativo é a proposição destinada a regular a matéria de


competência exclusiva da Câmara Municipal, não sujeita à sanção do Prefeito.

Art. 147 Constitui matéria de Projeto de Decreto Legislativo:

I - concessão de títulos honoríficos ou qualquer outra honraria a pessoas que,

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reconhecidamente, tenham prestado serviço ao Município;

II - aprovação ou rejeição das contas do Executivo e do Legislativo;

III - autorização para o Prefeito ou Vice-prefeito ausentar-se do Município por mais de


30(trinta) dias;

IV - acusação contra o Prefeito e o Vice-prefeito.

Subseção I
Da Concessão de Títulos Honoríficos de Cidadão Natalense

Art. 148Por via de projeto de decreto legislativo, aprovado em discussão e votação únicas, no
mínimo por 2/3 (dois terços) de seus membros, através de votação secreta, a Câmara
Municipal poderá conceder título de cidadão honorário ou qualquer outra honraria ou
homenagem a personalidades nacionais ou estrangeiras radicadas no País,
comprovadamente dignas da honraria.

§ 1º Os títulos referidos no presente artigo poderão ser conferidos a personalidades


estrangeiras, mundialmente consagradas pelos serviços prestados à humanidade, não se
aplicando, nesta hipótese, o disposto no parágrafo anterior, nem a exigência de que seja
radicado no País, constante do "caput" deste artigo.

§ 2º A honraria de que trata o presente Capítulo será concedida em número máximo de


04 (quatro) para cada Vereador, por sessão legislativa, não sendo permitida a acumulação de
uma sessão para outra.

Art. 149 O projeto de concessão de titulo honorifico poderá ser proposto por qualquer
vereador e vir acompanhado de circunstanciada biografia da pessoa que se deseja
homenagear.

Art. 150O signatário será considerado fiador das qualidades da pessoa que se deseja
homenagear e da relevância dos serviços que tenha prestado.

Parágrafo Único - Cada Vereador poderá figurar, no máximo, por 04 (quatro) vezes, como
primeiro signatário de projeto de concessão da honraria, em cada legislatura.

Art. 151 Para discutir projeto de concessão de título honorífico, cada Vereador disporá de 15
(quinze) minutos.

Parágrafo Único - Tão logo seja aprovada a concessão do título honorífico, será expedido
o respectivo diploma, com a imediata assinatura do autor da propositura.

Art. 152 A entrega dos títulos será feita em sessão solene convocada para este fim.

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§ 1º Na sessão solene de entrega do título honorífico, o Presidente da Casa referendará,


publicamente, com sua assinatura, a honraria outorgada.

§ 2º Nas sessões de entrega do título honorífico, para falar em nome da Câmara


Municipal, só será permitida a palavra do Vereador autor da propositura, como orador oficial,
ou de outro por ele designado.

Seção VI
Dos Projetos de Codificação

Art. 153 São todos aqueles que, pela completa reunião de disposições legais sobre
determinados assuntos, estabelecendo princípios gerais e normas do sistema adotado,
constituem matéria a ser codificada.

Parágrafo Único - Os projetos de codificação terão andamento regular dos demais


projetos, salvo no que diz respeito aos pareceres que serão emitidos pelas Comissões no
prazo de 15(quinze) dias.

Seção VII
Dos Substitutivos, Das Emendas e Subemendas

Art. 154Substitutivo é o projeto de lei, de resolução ou de decreto legislativo, apresentado por


Vereador ou Comissão, em substituição a outro já apresentado sobre o mesmo tema.

Art. 155 Emenda é a alteração apresentada a um dispositivo de qualquer proposição.

Art. 156 As emendas podem ser supressivas, substitutivas, aditivas ou modificativas.

§ 1º Emenda supressiva é a que suprime, no todo ou em parte, artigo, alínea ou


parágrafo do projeto.

§ 2º Emenda substitutiva é a que deve substituir o artigo, inciso, alínea ou parágrafo do


projeto.

§ 3º Emenda aditiva é a que deve ser acrescida aos termos do dispositivo.

§ 4º Emenda modificativa é a que se refere apenas à redação do artigo, sem alterar sua
substância.

Seção VIII
Dos Pareceres

Art. 157 Parecer é a proposição com que uma Comissão se pronuncia sobre qualquer matéria

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sujeita à sua apreciação.

Parágrafo Único - A comissão que tiver de apresentar parecer sobre matérias e demais
assuntos submetidos à sua apreciação se restringirá à sua exclusiva competência.

Art. 158Nenhuma matéria será submetida à discussão e votação sem parecer escrito da
Comissão competente, salvo disposição regimental expressa.

Art. 159 Os pareceres aprovados, depois de opinar a última Comissão a que tinha sido
distribuído o projeto, serão remetidos à Mesa para deliberação pelo Plenário.

Seção IX
Dos Requerimentos e Das Indicações

Art. 160 Requerimento é todo pedido verbal ou escrito, feito ao Presidente da Câmara
Municipal, pelo Vereador ou Comissão, sobre qualquer assunto.

Art. 161 Serão verbais, sem discussão e imediatamente decididos pelo Presidente os
requerimentos em que for pedido:

I - uso da palavra ou sua desistência;

II - leitura de qualquer matéria sujeita ao conhecimento do Plenário;

III - observância de disposições regimentais;

IV - retirada de proposição pelo autor, com parecer contrário ou sem parecer da


Comissão, ainda não submetida ao Plenário;

V - verificação de quórum ou votação;

VI - informação sobre os trabalhos ou a pauta da Ordem do Dia;

VII - encaminhamento de votação, justificação ou declaração de voto;

VIII - inclusão de matéria na Ordem do Dia;

IX - prorrogação de sessão, de acordo com o previsto neste Regimento;

X - destaque para votação;

XI - preferência de votação por determinado processo;

XII - discussão de uma proposição por partes;

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XIII - designação de relator para emitir parecer oral, quando esgotado o prazo concedido
à Comissão.

Art. 162 Serão decididos pelo Presidente os requerimentos escritos em que se peça o
preenchimento de vaga nas Comissões.

Art. 163 Serão escritos e dependerão de deliberação do Plenário os requerimentos em que


se, dentre outras, solicitem:

I - inserção de documentos em ata;

II - preferência para discussão de matéria;

III - informações ao Poder Executivo, caso em que será ouvida a Mesa Diretora;

IV - retirada de proposição com parecer favorável;

V - convocação do Prefeito ou Secretários Municipais para apresentar informações em


Plenário;

VI - voto de congratulações, louvor ou moção;

VII - regime de urgência;

VIII - voto de pesar por falecimento;

IX - constituição de Comissões Especiais ou de Representação;

X - convocação de sessão extraordinária;

XI - proposta de debate sobre tema específico;

XII - moção.

XIII - informações sobre atos da Mesa Diretora ou da Câmara Municipal;

XIV - preferência ou adiamento de votação.

§ 1º Os requerimentos referidos neste artigo serão lidos no expediente e submetidos ao


Plenário, na Ordem do Dia da sessão seguinte, ou os requerimentos verbais poderão ser
incluídos na ordem do dia da sessão em que forem apresentados, independentemente de
publicação ou parecer.

§ 2º A Mesa Diretora fixará prazo para atendimento de informações ao Poder Executivo.

§ 3º moção é a proposição em que é sugerida a manifestação da Câmara sobre

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determinado assunto, reivindicando providências, hipotecando solidariedade, protestando ou


repudiando.
a) As moções ficam limitadas a 5 (cinco) por vereador, a cada mês.
b) Apresentada até a fase do Expediente, a moção será lida na fase do Prolongamento do
Expediente, sendo discutida e votada na sessão subseqüente.
c) Não se admitirão emendas a moções, facultando-se, apenas, a apresentação de
substitutivos.
d) Cada Vereador disporá de 5 (cinco) minutos para discussão de moções, não se
admitindo encaminhamento de votação nem declaração de voto.

Art. 164Indicação é a proposição em que o Vereador sugere medidas de interesse público


aos poderes competentes.

Parágrafo Único - Não é permitido dar a forma de indicação a assuntos reservados por
este Regimento para constituírem objeto de requerimento.

TÍTULO VI
DA TRAMITAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 165 Exceto os requerimentos e indicações, todas as proposições, uma vez lidas no
expediente, serão despachadas pelo Presidente às Comissões.

Parágrafo Único - Logo após seu retorno das Comissões, a proposição, o parecer e
proposições acessórias são publicados em avulsos e incluídos na pauta da Ordem do Dia.

Art. 166 O Presidente considerará prejudicada a proposição que:

I - seja idêntica a outra já aprovada ou cuja matéria haja sido regulamentada pela
Câmara Municipal por qualquer outro meio;

II - esteja apensa à outra, quando esta, já aprovada, for idêntica ou de finalidade oposta
àquela;

III - apensa à outra que já tinha sido rejeitada, e haja identidade entre elas;

IV - tiver substitutivo aprovado, incluídas na prejudicialidade emendas e subemendas,


ressalvados os destaques;

V - sendo emenda ou subemenda, tratar de matéria idêntica à de outra já aprovada ou


rejeitada;

VI - ainda sendo emenda ou subemenda, dispuser de modo absolutamente contrário ao


de outra de dispositivo já aprovado;

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VII - sendo requerimento ou indicação, tenha a mesma finalidade à de outro já aprovado;

VIII - trate da mesma matéria de outra, cujo veto tenha sido mantido pela Câmara, salvo
se assinada pela maioria absoluta dos Vereadores;

IX - houver perdido a oportunidade para surtir os efeitos objetivados.

Parágrafo Único - A decisão presidencial sobre prejudicialidade será comunicada ao


Plenário, podendo o autor interpor, imediatamente, recurso ao Plenário, que decidirá na
Ordem do Dia da mesma sessão.

Art. 167 Têm tramitação urgente as proposições:

I - sobre mudança temporária da sede da Câmara Municipal;

II - sobre licença dos Vereadores;

III - sobre autorização de afastamento do Prefeito e do Vice-prefeito, e concessão de


licença dos mesmos;

IV - de solicitação de intervenção estadual, nos termos do Art. 22, inciso XII, da Lei
Orgânica do Município;

V - de declaração de vacância dos cargos dos Prefeitos e Vice-prefeitos;

VI - vetadas, após 30(trinta) dias da comunicação dos motivos do veto quando serão
incluídas na Ordem do Dia, sobrestada qualquer outra deliberação, até que sobre o veto se
pronuncie a Câmara Municipal;

VII - de iniciativa do Prefeito, com solicitação de urgência, observadas as regras


específicas deste Regimento;

VIII - reconhecidas como urgentes por deliberação de dois terços da Câmara Municipal.

§ 1º Não podem ser reconhecidas como urgentes as propostas de emenda à Lei


Orgânica do Município, os projetos de codificação ou de alteração da legislação codificada,
nem projetos de alteração ou reforma deste Regimento.

§ 2º O regime de tramitação urgente importa em considerar, desde logo, a proposição,


dispensadas as exigências e formalidades regimentais, até a deliberação final.

§ 3º Não se dispensam:

a) leitura da proposição em Plenário;


b) sua disponibilização antes da Ordem do Dia;

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c) pareceres orais em substituição às das Comissões.

§ 4º Os requerimentos de urgências serão votados na mesma sessão em que forem


apresentados.

§ 5º Negada urgência, outro requerimento não será admitido para a mesma proposição.

CAPÍTULO II
DOS TURNOS

Art. 168 As proposições em geral são discutidas e votadas em 2 (dois) turnos.

§ 1º Cada turno é composto de discussão e votação.

§ 2º A proposta de emenda à Lei Orgânica do Município do Natal é discutida e votada em


02(dois) turnos, com intervalo de 10(dez)dias úteis entre um e outro, vedada a dispensa de
interstício.

§ 3º Terão apenas uma discussão:

a) projetos de Decretos Legislativos e Resoluções;


b) requerimentos, moções e indicações;
c) recursos contra ato da Mesa Diretora;
d) pareceres e relatórios.

CAPÍTULO III
DA DISCUSSÃO

Art. 169 Discussão é a fase do turno de apreciação das proposições destinadas ao debate.

§ 1º Todos os Vereadores podem discutir qualquer proposição pelo prazo de 03(três)


minutos, duplicados aos Líderes de bancada e ao autor, falando cada um apenas uma vez.

§ 2º O primeiro subscritor do projeto de iniciativa popular ou o representante que houver


sido previamente designado, pode falar à Câmara Municipal para defendê-lo, sendo-lhe
concedida a palavra antes de ela ser facultada aos demais Vereadores e pelo prazo de 10
(dez) minutos.

Art. 170 A proposição pode receber emenda no Plenário, enquanto não encerradas as
discussões.

Art. 171 Encerra-se a discussão pela ausência de oradores.

Seção I
Do A
PARTE

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Art. 172 Aparte é a interrupção consentida, breve e oportuna do orador, para indagação,
esclarecimento ou contestação relativos à matéria em debate, não podendo ter duração
superior a 2 (dois) minutos.

§ 1º O Vereador só poderá apartear o orador se lhe solicitar e obtiver permissão.

§ 2º Não será admitido aparte:

a) à palavra do Presidente, quando na direção dos trabalhos;


b) no processo de discussão;
c) por ocasião de encaminhamento de votação;
d) quando o orador estiver suscitando questão de ordem;
e) quando o orador declarar, de modo geral, que não o permite;
f) a parecer oral;
g) em declaração de voto.

§ 3º Os apartes se subordinarão às disposições relativas aos debates, em tudo o que


lhes for aplicável.

§ 4º Não serão publicados os apartes proferidos em desacordo com os dispositivos


regimentais e assim declarados pelo Presidente.

§ 5º Os apartes só poderão ser revistos pelo autor com permissão do orador que, por sua
vez, não poderá modificá-los.

§ 6º O tempo que perdurar o aparte será deduzido do tempo regimental concedido ao


orador.

Seção II
Da Questão de Ordem e Pela Ordem

Subseção I
Da Questão de Ordem

Art. 173Questão de Ordem é toda dúvida levantada em Plenário quanto à interpretação do


Regimento Interno, sua aplicação ou sua legalidade.

Art. 174 Cabe ao Presidente resolver, soberanamente, as questões de ordem, sendo lícito a
qualquer Vereador opor-se à decisão do Presidente, recorrendo ao Plenário.

Art. 175 Não se admitirão questões de ordem:

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I - quando, na direção dos trabalhos, o Presidente estiver com a palavra;

II - quando se estiver procedendo a qualquer votação.

Art. 176 Se a questão de ordem comportar resposta, ela deverá ser dada imediatamente, se
possível, ou, caso contrário, em fase posterior da mesma sessão, ou na sessão ordinária
seguinte.

Subseção II
Pela Ordem

Art. 177 Pela Ordem, o Vereador só poderá falar, declarando o motivo, para:

I - reclamar contra preterição de formalidades regimentais;

II - na qualidade de Líder de bancada, para dirigir comunicação à Mesa Diretora;

III - solicitar a prorrogação do prazo de funcionamento de Comissão Temporária ou


comunicar a conclusão de seus trabalhos;

IV - solicitar a retificação de voto;

V - solicitar a censura do Presidente a qualquer pronunciamento de outro Vereador que


contenha expressão, frase ou conceito que considerar injuriosos;

VI - solicitar ao Presidente esclarecimentos sobre assuntos de interesse da Câmara


Municipal.

Art. 178 Para falar em Questão de Ordem ou Pela Ordem, cada Vereador disporá de 01 (um)
minuto, não sendo permitidos apartes.

Seção III
Recurso ao Plenário

Art. 179 A decisão ou omissão do Presidente em Questão de Ordem, Representação ou


Proposição de qualquer Vereador cabe recurso ao Plenário, nos termos da presente Seção.

Parágrafo Único - Até deliberação do Plenário sobre o recurso, prevalece a decisão do


Presidente.

Art. 180 O recurso formulado por escrito deverá ser proposto, obrigatoriamente, dentro do
prazo improrrogável de 2 (dois) dias úteis da decisão do Presidente.

§ 1º Apresentado o recurso, o Presidente deverá, dentro do prazo improrrogável de 2

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(dois) dias úteis, dar-lhe provimento, ou, caso contrário, informá-lo e, em seguida, encaminhá-
lo à Comissão de Constituição e Justiça.

§ 2º A Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final terá o prazo improrrogável de 2


(dois) dias úteis para emitir parecer sobre o recurso.

§ 3º Emitido o parecer da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final e


independentemente de sua publicação, o recurso será, obrigatoriamente, incluído na pauta da
Ordem do Dia da sessão ordinária seguinte, para deliberação do Plenário.

§ 4º Aprovado o recurso, o Presidente deverá observar a decisão soberana do Plenário e


cumpri-la, fielmente, sob pena de sujeitar-se a processo de destituição.

§ 5º Rejeitado o recurso, a decisão do Presidente será integralmente mantida

Seção IV
Da Preferência e do Adiamento

Art. 181A preferência para discussão de uma matéria sobre outra poderá ser requerida por
Vereador, deliberando o Plenário.

Art. 182 O adiamento da votação de uma proposição poderá ser requerida ao Plenário e será
possível quando a matéria estiver em discussão, sendo concedida uma única vez, pelo prazo
máximo de 05(cinco)sessões.

Parágrafo Único - Apresentado mais de um requerimento de adiamento, será votado o


que marcar menor tempo.

Seção V
Das Votações

Art. 183 A votação completa o turno regimental de apreciação das proposições.

Art. 184 Considera-se qualquer matéria em fase de votação a partir do momento em que o
Presidente declara encerrada a discussão.

Art. 185 Havendo substitutivo à matéria, ele será votado em primeiro lugar. Caso seja
aprovado, o projeto original fica prejudicado. Aprovado o substitutivo, passa-se à votação das
emendas em blocos, salvo destaque às que tenham parecer contrário e às que tenham
parecer favoráveis. Sendo divergentes os pareceres, as emendas serão votadas uma a uma.
Havendo subemenda, ela será votada antes das emendas respectivas.

Art. 186O Vereador poderá escusar-se de tomar parte na votação, declarando simplesmente
"abstenção" ao responder a chamada, quando:

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I - houver interesse pessoal;

II - tratar-se de assunto em causa própria;

III - por qualquer outro motivo de razão ética ou moral.

§ 1º Estando o Vereador enquadrado em quaisquer dos itens dos Artigos anteriores,


deverá declarar o seu impedimento perante a Mesa Diretora. Caso não o faça, qualquer outro
Vereador poderá fazê-lo, mostrando as razões da suspeição do voto.

§ 2º Quando o Vereador se declarar impedido em qualquer votação ou tenha sido


levantada a sua suspeição, não será tomado o seu voto, e a sua presença constará apenas
para questão de quórum.

§ 3º Quando a presença do Vereador impedido exercer qualquer influência no resultado


da votação, o Presidente da Mesa Diretora, por determinação própria ou a pedido de qualquer
Vereador, solicitará que ele se retire do Plenário, até a votação da matéria.

Art. 187 As deliberações, excetuados os casos previstos neste Regimento Interno, serão
tomadas por maioria simples de votos, presente, pelo menos, a maioria absoluta dos membros
da Câmara Municipal.

Art. 188 Dependem do voto favorável de, no mínimo, dois terços dos membros da Câmara
Municipal as deliberações sobre:

I - emendas à Lei Orgânica do Município do Natal;

II - outorga de concessões de uso de imóveis;

III - alienação de bens imóveis;

IV - alteração de denominações de vias e logradouros públicos;

V - aquisição de bens imóveis por doação com encargo;

VI - aprovação e modificação do Plano Diretor Integrado do Município;

VII - concessão de aforamento e arrendamento.

Art. 189 Dependem do voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara as
deliberações sobre;

I - concessão de título honorífico ou qualquer outra honraria como homenagem póstuma;

II - projetos de Leis Complementares reguladoras das matérias discriminadas no art. 38,

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parágrafo único e seus incisos, da Lei Orgânica do Município do Natal;

III - criação, transformação e extinção de cargos públicos, além de concessão de pensão


especial;

IV - aprovação e modificação do Regimento Interno da Câmara Municipal;

V - rejeição de veto;

VI - cassação de mandato de Vereador, Prefeito e Vice-prefeito.

Art. 190 três são os processos de votação da Câmara:

I - simbólico;

II - nominal;

III - escrutínio secreto.

Parágrafo Único - O escrutínio secreto somente será utilizado na votação de veto do


Poder Executivo municipal, outorga de título honorífico e processo cassação ou perda de
mandato de Prefeito, Vice-prefeito, Vereador. Todos os demais processos de votação da
Câmara se darão por votação nominal aberta ou simbólica.

Art. 191A votação pelo processo simbólico far-se-á por sistema de escolha do Presidente,
desde que seja facilmente perceptível o resultado manifesto dos votos.

§ 1º O processo simbólico será a regra para as votações, podendo ser alterado apenas
nos casos previstos neste Regimento Interno ou a requerimento verbal de qualquer Vereador,
aquiescendo o Plenário.

§ 2º Havendo dúvida quanto ao resultado da votação, qualquer Vereador poderá pedir a


recontagem dos votos, ocasião em que o Presidente convidará o Primeiro Secretário para
proceder à chamada nominal.

Art. 192 A votação nominal será feita pela chamada dos Vereadores através do Primeiro
Secretário, e não será admitida recontagem dos votos.

Art. 193 A votação por escrutínio secreto far-se-á através de cédulas impressas, que deverão
conter as expressões "SIM" e "NÃO", antecedidas de pequeno retângulo e distribuídas pelo
Presidente aos Vereadores que, à anunciação de seus nomes, se encaminharão à cabine,
assinalando sua intenção de voto.

Art. 194É obrigatório o escrutínio secreto em caso de aplicação de penalidades a Vereador,


julgamento do Prefeito e do Vice-prefeito.

Art. 195

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Art. 195 Anunciada a votação de uma proposição, qualquer Vereador pode requerer destaque
de parte dela, bem como de emendas ou subemendas.

§ 1º O pedido de destaque será sempre deferido pelo Presidente.

§ 2º A rejeição da proposição principal prejudica todos os destaques antes deferidos.

§ 3º Aprovada a proposição principal, com destaque, submete-se a votos a matéria


destacada, que somente integrará o texto se aprovada.

§ 4º O quórum para aprovação da proposição principal é o mesmo necessário para


aprovação de seus destaques.

§ 5º Destacada uma emenda, sê-lo-ão, automaticamente, suas subemendas e as


emendas com a primeira relacionadas.

Seção VI
Da Urgência e do Interstício

Art. 196 A urgência dispensa as exigências regimentais, salvo a de numero legal, do prazo de
24(vinte e quatro) horas após a sua leitura no expediente e de parecer que, neste caso,
deverá ser oral, para que a proposição seja apreciada.

Art. 197A concessão da urgência dependerá da apresentação de requerimento escrito, que


somente será submetido ao Plenário, se assinado:

I - pela Mesa Diretora, em proposição de sua autoria;

II - por Comissão, em assuntos de sua especialidade;

III - por um terço dos Vereadores da Câmara Municipal.

§ 1º Concedida a urgência para tramitação de qualquer proposição, toda a pauta restará


prejudicada até que seja encerrada a votação da matéria que se encontra sob o regime de
urgência.

§ 3º Os pedidos de urgência deverão ser apresentados antes de iniciar-se a Ordem do


Dia.

Art. 198 Interstício é o lapso do tempo existente entre duas discussões da mesma proposição.

Art. 199 O pedido de urgência e dispensa de interstício obedecerá ao disposto neste


Regimento Interno.

CAPÍTULO IV

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DA REDAÇÃO FINAL E DOS AUTÓGRAFOS

Art. 200Terminada a votação, será o projeto, com as respectivas emendas, enviado à


Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, para redigir o vencido.

§ 1º Não vai à redação final o projeto aprovado sem emendas, ou com substitutivo
integral, salvo se houver vício de linguagem, defeito ou erro manifesto a corrigir.

§ 2º A Comissão ultimará a redação em 03(três) dias.

§ 3º A redação final não depende de deliberação do Plenário.

§ 4º Oferecida a redação final, ou sendo caso de sua dispensa, o Presidente assinará os


autógrafos, para encaminhamento à sanção, salvo Decreto Legislativo ou Resolução, que por
ele serão promulgados.

CAPÍTULO V
DA SANÇÃO, DO VETO E DA PROMULGAÇÃO

Art. 201 Aprovado o projeto de lei, na forma regimental, a Mesa Diretora terá prazo de 15
(quinze) dias úteis para remeter ao Prefeito Municipal que, aquiescendo, o sanciona em igual
prazo.

§ 1º Considerando o projeto, total ou parcialmente, inconstitucional ou contrário ao


interesse público, o Prefeito pode vetá-lo no prazo de quinze dias úteis, contados de seu
recebimento, comunicando o veto ao Presidente da Câmara Municipal, dentro de quarenta e
oito horas, com os motivos do ato.

§ 2º O veto parcial abrange o texto integral do artigo, parágrafo, inciso, alínea ou item.

§ 3º Comunicado o veto ao Presidente da Câmara Municipal, ele deverá ser apreciado


por ela dentro de trinta dias contados de seu recebimento, podendo ser rejeitado pela maioria
absoluta de seus membros.

§ 4º Lido no expediente, será o veto imediatamente encaminhado à Comissão de


Legislação, Justiça e Redação Final, que terá o prazo improrrogável de 10(dez) dias para
emitir parecer. Não o fazendo, o Presidente da Câmara Municipal designará Comissão
Interpartidária para exarar parecer sobre a matéria no decorrer da sessão, suspendendo-a, se
for o caso.

§ 5º Considerar-se-á mantido o veto se não obtiver, em votação única, o voto da maioria


absoluta dos membros da Câmara ou, ainda, se não for apreciado no prazo fixado neste
Regimento Interno.

§ 6º Decorrido o prazo de 15(quinze) dias úteis, contados da data do seu recebimento,


sem manifestação do Prefeito, o projeto será tido como aprovado, por decurso de prazo,

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sendo obrigatória a sua imediata promulgação.

§ 7º Esgotado o prazo sem deliberação, será o veto incluído na ordem do Dia da Sessão
imediata, sobrestada qualquer outra deliberação.

§ 8º Não mantido o veto, o texto é remetido ao Prefeito para promulgação.

§ 9º Omitindo-se o Prefeito, dentro de 48 horas (quarenta e oito horas), de promulgar


Projeto de Lei na hipótese do § 5º deste artigo, ele é promulgado pelo Presidente da Câmara
Municipal. Se ele não o fizer, cabe ao seu substituto fazê-lo, obrigatoriamente, em igual prazo.

§ 10 Negando a sanção durante o prazo de recesso da Câmara Municipal, o Prefeito


publica as razões do veto no Diário Oficial.

CAPÍTULO VI
DOS PRECEDENTES REGIMENTAIS

Art. 202 Os casos não previstos neste Regimento serão decididos pelo Presidente, cabendo
recurso ao plenário, que decidirá por maioria absoluta, devendo ser registrados em livro
próprio, passando as respectivas decisões a constituir precedentes regimentais, que
orientarão a solução de casos análogos.

§ 1º Também constituirão precedentes regimentais as interpretações do Regimento feitas


pelo Presidente.

§ 2º Os precedentes regimentais serão condensados, para a leitura a ser feita pelo


Presidente, até o término da sessão ordinária seguinte, e posterior publicação à parte, na
Imprensa Oficial.

§ 3º Para os efeitos do parágrafo anterior, os precedentes deverão conter, além do texto,


a indicação do dispositivo regimental a que se referem, o número e a data da sessão em que
foram estabelecidos e a assinatura de quem, na presidência dos trabalhos, os estabeleceu.

Art. 203 Ao final de cada sessão legislativa, a Mesa Diretora fará, através de Ato, a
consolidação de todos os precedentes regimentais firmados, publicando-os em avulso para
distribuição aos Vereadores.

CAPÍTULO VII
DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Art. 204 Os balanços anuais e balancetes mensais serão lidos no expediente e


encaminhados ao Tribunal de Contas.

§ 1º Recebidos os processos do Tribunal de Contas, a Mesa Diretora distribuirá cópias


dos pareceres aos Vereadores. Encaminhará, em seguida, os processos à apreciação da
Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização.

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§ 2º A Comissão proporá projeto de Decreto Legislativo dispondo sobre a aprovação ou


rejeição das contas, deliberando o Plenário.

§ 3º Somente por voto de dois terços dos membros da Câmara, deixará de prevalecer o
parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas.

CAPÍTULO VIII
DAS INFORMAÇÕES E CONVOCAÇÕES

Art. 205 Compete à Câmara Municipal solicitar ao Prefeito quaisquer informações sobre
assuntos relativos à administração municipal.

§ 1º As informações serão solicitadas por qualquer Vereador e sujeitas às normas ditadas


por este Regimento.

§ 2º Aprovado o pedido de informação pela Câmara Municipal, ele será encaminhado ao


Prefeito, que terá o prazo de 15(quinze) dias úteis, contados da data do seu recebimento, para
prestar as informações solicitadas, conforme Art. 22, inciso XXV, da Lei Orgânica do
Município do Natal.

§ 3º Poderá o Prefeito solicitar à Câmara Municipal prorrogação do prazo, sendo o


pedido sujeito à aprovação do Plenário.

Art. 206 Compete, ainda, à Câmara Municipal convocar o Prefeito, bem como os Secretários
Municipais, mediante ofício enviado pelo Presidente da Câmara, atendendo a requerimento
aprovado pelo Plenário, conforme dispõe o Art. 22, inciso XXVI, da Lei Orgânica do Município
do Natal.

CAPÍTULO IX
DOS PROJETOS DE LEIS ORÇAMENTÁRIAS

Art. 207 A Comissão de Finanças e Orçamento, para apreciação dos projetos de leis
orçamentárias, observará as mesmas normas que disciplinam os trabalhos das Comissões
Permanentes.

Parágrafo Único - O parecer deverá apreciar o aspecto formal e o mérito do projeto.

Art. 208 Publicado o parecer, será o projeto, dentro do prazo máximo de 2 (dois) dias úteis,
incluído na Ordem do Dia para primeira discussão, vedando-se, nesta fase, apresentação de
substitutivos e emendas.

Art. 209 Aprovado em primeira discussão, permanecerá o projeto sobre a Mesa Diretora
durante as duas sessões ordinárias seguintes, para o recebimento de emendas, que deverão
ser subscritas por 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara Municipal e
encaminhadas à Comissão de Finanças e Orçamento para apreciação.

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§ 1º Se não houver emendas, o projeto será incluído na Ordem do Dia, dentro do prazo
máximo de 2 (dois) dias úteis, para segunda discussão, sendo vedada a apresentação de
emendas e substitutivos em Plenário.

§ 2º Não serão recebidas pelo Presidente emendas em desacordo com as normas gerais
de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos.

Art. 210 Para elaborar o parecer sobre as emendas, a Comissão de Finanças e Orçamento
terá os mesmos prazos previstos no artigo 63 deste Regimento.

Parágrafo Único - Em seu parecer, deverão ser observadas as seguintes normas:

I - as emendas de mesma natureza ou objetivo serão obrigatoriamente reunidas, pela


ordem numérica de sua apresentação, em três grupos, conforme a Comissão recomende a
sua aprovação, rejeição ou transfira sua apreciação ao Plenário;

II - a Comissão poderá oferecer novas emendas de caráter técnico, retificativo ou que


visem a restabelecer o equilíbrio financeiro;

III - tratando-se do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, será observado o disposto


no parágrafo 4º do artigo 138 da Lei Orgânica do Município;

IV - tratando-se do Projeto de Lei do Orçamento Anual, deverão ser seguidas as


disposições do parágrafo 3º do artigo 138 da Lei Orgânica do Município.

Art. 211 Publicado o parecer sobre as emendas, o projeto será incluído na Ordem do Dia
dentro do prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, para segunda discussão, sendo vedada a
apresentação de novas emendas em Plenário.

Art. 212Aprovado o projeto, a votação das emendas será feita em grupos, conforme dispuser
o parecer da Comissão de Finanças e Orçamento.

Parágrafo Único - Dentro de cada um dos grupos constantes do parecer, admite-se o


destaque de emenda ou de grupo de emendas, para votação em separado, sendo o pedido de
destaque formulado por escrito e votado sem discussão, encaminhamento de votação ou
declaração de voto.

Se aprovado, em fase de segunda discussão, sem emendas, o projeto será enviado


Art. 213
à sanção do Prefeito; caso contrário, o processo retornará à Comissão de Finanças e
Orçamento para, dentro do prazo máximo e improrrogável de 5 (cinco) dias, elaborar redação
final.

§ 1º Sempre que se fizer necessário, a Comissão, no parecer de redação final, poderá


adaptar os termos da emenda que restabelece o equilíbrio financeiro ao que foi deliberado em
Plenário sobre as demais emendas, devendo, nesta hipótese, mencionar, expressamente, no

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preâmbulo do parecer, a adaptação feita.

§ 2º No caso da apreciação conjunta de projetos relativos ao plano plurianual e ao


orçamento anual, na redação final, a Comissão de Finanças e Orçamento procederá à sua
compatibilização em função do que foi deliberado em Plenário.

Art. 214 Publicado o parecer, o projeto em fase de redação final será incluído na Ordem do
Dia dentro do prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, aplicando-se, quando for o caso,
as demais regras pertinentes.

Art. 215 Aprovada a redação final, será o projeto encaminhado à sanção do Prefeito.

Art. 216 Caso a Câmara Municipal não tenha votado a proposta orçamentária anual até 31 de
dezembro, será aplicada, para o ano subseqüente, a lei orçamentária vigente, na forma
prevista na Lei Orgânica do Município e nas Constituições Federal e Estadual.

Art. 217 Ocorrendo veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, os
recursos que ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso,
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa,
nos termos do § 8º do artigo 138 da Lei Orgânica do Município.

Art. 218 Respeitadas as disposições expressas neste Capítulo para discussão e votação de
projetos de leis orçamentárias, serão aplicadas, no que couber, as normas estabelecidas
neste Regimento para os demais projetos de lei.

CAPÍTULO X
DA INTERPRETAÇÃO E REFORMA DO REGIMENTO INTERNO

Art. 219 Qualquer projeto de resolução modificando este Regimento, depois de lido em
Plenário, será encaminhado à Mesa Diretora para opinar, não se incluindo, nessa exigência,
os projetos de autoria da própria Mesa Diretora.

Parágrafo Único - Os precedentes regimentais serão anotados em livro próprio para


orientação na solução de casos análogos e, no final de cada Legislatura, a Mesa fará a
consolidação de todas as modificações feitas no Regimento, bem como dos procedentes
anotados, publicando-os em separata.

TÍTULO VII
DA FISCALIZAÇÃO E CONTROLE

Art. 220 Constituem atos ou fatos sujeitos à fiscalização e ao controle da Câmara Municipal:

I - os de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos


Poderes do Município, inclusive da Administração Indireta.

II - os atos de gestão administrativa do Poder Executivo, seja das Administrações Direta e

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Indireta, seja de qual for a autoridade ou servidor que os haja praticado.

III - os atos do Prefeito, do Vice-prefeito, dos Secretários Municipais e do Procurador


Geral do Município que importarem, tipicamente, em crime de responsabilidade ou infração
político-administrativa.

Art. 221 A Câmara Municipal exerce a fiscalização e controle referidos no artigo anterior
através de suas Comissões Permanentes ou de Comissão Especial para cada caso
específico.

§ 1º No desempenho dessa atribuição, as Comissões obedecerão às seguintes regras:

a) a proposta de fiscalização e controle poderá ser apresentada por qualquer Vereador,


ao Plenário ou diretamente à Comissão competente, com indicação do ato ou do fato, e
designação da providência objetivada;
b) a proposta será relatada previamente, quanto à oportunidade e conveniência da
medida e ao alcance jurídico, administrativo, político, social e orçamentário do ato impugnado,
definindo-se os planos de execução e a metodologia da avaliação;
c) aprovado pela Comissão o relatório prévio, o mesmo relator ficará encarregado de sua
implementação, requisitando-se à Mesa Diretora a provisão de meios e recursos
administrativos e o assessoramento necessário, inclusive a celebração de contrato de
prestação de serviços com empresas, entidades ou profissionais especializados;
d) o relatório final da fiscalização e controle versará sobre a legalidade do fato, ato ou
omissão, e conterá avaliação circunstanciada quanto a seus aspectos políticos,
administrativos, sociais e econômicos.

§ 2º A Comissão poderá solicitar ao Tribunal de Contas do Estado informações sobre


inspeções e auditorias realizadas no âmbito do Poder Público Municipal.

§ 3º A Comissão da Câmara Municipal, ou seu relator, tem livre acesso às dependências,


arquivos, livros e papéis das repartições municipais assinalado prazo nunca inferior a
05(cinco) dias para prestação de informações, atendimento a convocações e requisição de
documentos de quaisquer espécies.

§ 4º O descumprimento do disposto no Parágrafo anterior ensejará a apuração da


responsabilidade, na forma da lei.

TÍTULO VIII
DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS

Art. 222 Os serviços administrativos da Câmara Municipal serão executados por suas
Diretorias e Gerências, bem como pela Procuradoria Jurídica, com funções específicas e
obrigações definidas em Resolução.

§ 1º Qualquer pedido de informação, por parte dos Vereadores, relativa aos serviços
executados por essa unidade da Casa, deverá ser dirigido diretamente ao Presidente da

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Câmara Municipal.

§ 2º As informações serão prestadas nos prazos e nos termos estabelecidos pelo Art. 178
da Lei Orgânica do Município.

§ 3º É assegurado ao Vereador livre acesso, verificação e consulta em qualquer órgão da


Câmara Municipal, bem como o acesso a quaisquer documentos escritos ou em meio
magnético, com o fornecimento de cópias devidamente autenticadas, em qualquer órgão da
Câmara Municipal.

§ 4º Os órgãos de imprensa da Câmara Municipal deverão divulgar as ações do Poder


Legislativo e a atuação de todos os seus Vereadores de maneira igualitária, observando, nas
transmissões e retransmissões, a seguinte ordem de preferência:

a) Sessões ordinárias;
b) Sessões extraordinárias;
c) Sessões especiais;
d) Reuniões das Comissões;
e) Audiências públicas
f) Sessões solenes
g) Demais atividades da Câmara Municipal;
h) Programação jornalística, educativa, cultural, esportiva, de saúde publica, etc.,
devidamente aprovada pela presidência da Mesa Diretora.

§ 5º A TV Câmara disponibilizará a todos os Vereadores um espaço semanal de 10(dez)


minutos, quando requerido com 48 h de antecedência pelo edil, para explicações pessoais e
divulgação da atividade parlamentar, obserevados os seguintes critérios:

a) Utilização do mesmo cenário e mesmo formato;


b) Vedação a exibição de tomadas externas;
c) Permitida apenas uma retransmissão;
d) Observância da legislação em vigor, em especial a eleitoral.

§ 6º Os critérios estabelecidos no parágrafo anterior devem ser aplicados a todos os


órgão de imprensa e divulgação da Câmara Municipal.

Art. 223A Procuradoria Jurídica é o órgão de assessoramento superior, diretamente ligado à


Presidência, com funções específicas e obrigações definidas em Resolução.

TÍTULO IX
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 224A Mesa da Câmara terá o prazo de 30(trinta)dias para propor as medidas legislativas
e demais projetos necessários à implementação das regras regimentais.

Art. 225 Os prazos previstos neste Regimento, quando não se fizer menção de dias úteis,

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serão contados em dias corridos, os quais não se computarão durante os períodos de


recessos da Câmara.

Art. 226 Ficam revogados todos os precedentes regimentais anteriormente firmados.

Art. 227 Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

Sala das Sessões, em Natal/RN, 24 de outubro de 2005.

ROGÉRIO MARINHO
Presidente

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