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Língua Portuguesa.
Leitura e compreensão de textos: assunto e estruturação.
TEXTO – é um conjunto de idéias organizadas e relacionadas entre si,
formando um todo significativo capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA
(capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR).
EX: PARÁFRASES
TÍTULO DO
1
TEXTO
Fazem-se necessários:
d) Capacidade de raciocínio.
INTERPRETAR x COMPREENDER
INTERPRETAR SIGNIFICA COMPREENDER SIGNIFICA
ERROS DE INTERPRETAÇÃO
a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no
texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
b) Redução
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto,
esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser
insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.
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c) Contradição Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do
candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e,
consequentemente, errando a questão.
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com o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente
infinitas e saber reconhecer o tema de um texto são condição
essencial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar
nossos estudos?
CACHORROS
Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa
amizade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
outro e a parceria deu certo.
Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o possível
assunto abordado no texto. Embora você imagine que o texto vai
falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele falaria
sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo do
texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a
associação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos
cães pelo mundo, as vantagens da convivência entre cães e
homens.
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Relação entre ideias.
Ideia central e intenção comunicativa.
Efeitos de sentido.
Figuras de linguagem.
As figuras de linguagem ou de estilo, de acordo com Renan Bardine,
são empregadas para valorizar o texto, tornando a linguagem mais
expressiva. É um recurso lingüístico para expressar experiências
comuns de formas diferentes, conferindo originalidade, emotividade
ou poeticidade ao discurso. As figuras revelam muito da
sensibilidade de quem as produz, traduzindo particularidades
estilísticas do autor. A palavra empregada em sentido figurado, não-
denotativo, passa a pertencer a outro campo de significação, mais
amplo e criativo. As figuras de linguagem classificam-se em: figuras
de palavra, figuras de harmonia, figuras de pensamento, figuras de
construção ou sintaxe.
FIGURAS DE PALAVRA, as figuras de palavra são figuras de
linguagem que consistem no emprego de um termo com sentido
diferente daquele convencionalmente empregado, a fim de se
conseguir um efeito mais expressivo na comunicação. São figuras
de palavras: comparação, catacrese, metáfora, sinestesia,
metonímia, antonomásia, sinédoque, alegoria.
Comparação: Ocorre comparação quando se estabelece
aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por
conectivos comparativos explícitos feito, assim como, tal, como, tal
qual, tal como, qual, que nem e alguns verbos parecer, assemelhar-
se e outros. Amou daquela vez como se fosse máquina. Beijou sua
mulher como se fosse lógico.
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Catacrese: A catacrese é um tipo de especial de metáfora, é uma
espécie de metáfora desgastada, em que já não se sente nenhum
vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca. É a metáfora
tornada hábito linguístico, já fora do âmbito estilístico. (Othon M.
Garcia) 4
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Metáfora: Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através
de uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem
a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma
comparação abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas
subentendido. Exemplo: Supondo o espírito humano uma vasta
concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair pérolas, que
é a razão.
A metáfora representa uma comparação de palavras com
significados diferentes e cujo conectivo de comparação
(como, tal qual) fica subentendido na frase.
Exemplos:
A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem
que voa.)
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Exemplos:
Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da
namorada. (A frieza está associada ao tato e não à visão.)
,
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Exemplos:
Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras
de Shakespeare.)
FIGURAS DE PENSAMENTO
As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se
referem ao significado das palavras, ao seu aspecto semântico. São
figuras de linguagem de pensamento: antítese, apóstrofe, paradoxo,
eufemismo, gradação, hipérbole, ironia, prosopopeia, perífrase.
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Antítese: é quando há aproximação de palavras ou
expressões de sentidos opostos. Exemplo: Amigos ou
inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos
querem mal, e fazem-nos bem. Outros nos almejam o bem,
e nos trazem o mal.
Apóstrofe: é quando há invocação de uma pessoa ou algo,
real ou imaginário, que pode estar presente ou ausente.
Corresponde ao vocativo na análise sintática e é utilizada
para dar ênfase à expressão. Exemplo: Deus! ó Deus! onde
estás, que não respondes?
Paradoxo: Ocorre não apenas na aproximação de palavras
de sentido oposto, mas também na de idéias que se
contradizem referindo-se ao mesmo termo. É uma verdade
enunciada com aparência de mentira. Oxímoro (ou
oximoron) é outra designação para paradoxo. Exemplo:
Amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e não se
sente; É um contentamento descontente; É dor que
desatina sem doer;
Eufemismo: é quando uma palavra ou expressão é
empregada para atenuar uma verdade tida como penosa,
desagradável ou chocante. Ex: e pela paz derradeira que
enfim vai nos redimir Deus lhe pague.
Gradação: Ocorre quando há uma sequência de palavras
que intensificam uma mesma idéia. Exemplo: Aqui além
mais longe por onde eu movo o passo.
Hipérbole: Ocorre quando há exagero de uma idéia, a fim de
proporcionar uma imagem emocionante e de impacto.
Exemplo: Rios te correrão dos olhos, se chorares!
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Ironia: Ocorre quando, pelo contexto, pela entonação, pela
contradição de termos, sugere-se o contrário do que as
palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é
depreciativa ou sarcástica. 5
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embasar determinado pensamento ou ideia. Um texto
argumentativo sempre é feito visando um destinatário. O
objetivo desse tipo de texto é convencer, persuadir, levar o
leitor a seguir uma linha de raciocínio e a concordar com
ela. Para que a argumentação seja convincente é necessário levar
o leitor a um beco sem saída, onde ele seja obrigado a concordar
com os argumentos expostos. No caso da redação, por ser um
texto pequeno, há uma obrigatoriedade em ser conciso e preciso,
para que o leitor possa ser levado direto ao ponto chave. Para isso é
necessário que se exponha a questão ou proposta a ser discutida
logo no início do texto, e a partir dela se tome uma posição, sempre
de forma impessoal. O envolvimento de opiniões pessoais, além de
ser terminantemente proibido em textos que serão analisados em
concursos, pode comprometer a veracidade dos fatos e o poder de
convencimento dos argumentos utilizados. Por exemplo, é muito
mais aceitável uma afirmação de um autor renomado ou de um livro
conhecido do que o simples posicionamento do redator a respeito
de determinado assunto. Uma boa argumentação só é feita a partir
de pequenas regras as quais facilmente são encontradas em textos
do dia-a-dia, já que durante a nossa vida levamos um longo tempo
tentando convencer as outras pessoas de que estamos certos.
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sempre tomando cuidado para não se contradizer. Ao decorrer do
texto vão sendo apresentados os argumentos propriamente ditos,
junto com exemplificações e citações (se existirem). No final do
texto as ideias devem ser arrematadas com uma tese (a
conclusão). Essa conclusão deve vir sendo prevista pelo leitor
durante todo o texto, à medida que ele vai lendo e se direcionando
para concordar com ela. A argumentação não trabalha com fatos
claros e evidentes, mas sim investiga fatos que geram opiniões
diversas, sempre em busca de encontrar fundamentos para localizar a
opinião mais coerente. Não se pode, em uma argumentação, afirmar a verdade
ou negar a verdade afirmada por outra pessoa. O objetivo é fazer com que o
leitor concorde e não com que ele feche os olhos para possíveis contra-
argumentos. Caso seja necessário se pode também fazer uma comparação
entre vários ângulos de visão a respeito do assunto, isso poderá ajudar no
processo de convencimento do leitor, pois não dará margens para contra-
argumentos. Porém deve-se tomar muito cuidado para não se contradizer e
para ser claro.
O texto que obedece à coerência transmite uma relação lógica de ideias que se
complementam, não se contradizem e conferem significado à mensagem.
Quando o texto é coerente, o interlocutor apreende os sentidos do texto.
Exemplo:
Ele ligou à noite para acalmar o desespero dela. Sentou no sofá de couro já
gasto, acendeu a luz do abajur na sala já escura. Chamou por querida, clamou
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por perdão. Relatou o dia e prometeu reduzir os hiatos que os separava. A
conversa deu fome. Ele levantou e procurou os últimos vestígios do jantar. Ela
ficou saciada com um copo de leite quente preparado enquanto ele lhe fazia
juras que seriam quebradas na manhã seguinte, a continuidade dos sentidos e
compreensão.
Coerência Argumentativa
Exemplo:
Coerência Descritiva
São usadas figuras que condizem com a cena, o ambiente e o tempo onde
estão situados os personagens e acontecimentos.
Exemplo:
Fazia tão calor naquele dia, que as roupas pareciam aderir à pele. Cada passo
na calçada era um desafio ao bem-estar devido à temperatura do ladrilho.
Mesmo assim, saiu mais cedo e foi fazer as compras de aniversário para a
surpresa da noite. Nem mesmo o calor seria suficiente para impedir a festa.
Princípio da não-contradição
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Ocorre quando as ideias não se contradizem e a lógica do texto não é
interrompida.
Princípio da não-tautologia
Princípio da relevância
Coesão Textual
A Coesão e a Coerência são mecanismos fundamentais na construção textual.
Além disso, deve ser harmonioso, de forma a que a mensagem flua de forma
segura, natural e agradável aos ouvidos.
Mecanismos de Coesão
A coesão pode ser obtida através de alguns mecanismos: anáfora e catáfora.
Algumas Regras
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Confira abaixo algumas regras que garantem a coesão textual:
Referência
Substituição
Substituir um elemento (nominal, verbal, frasal) por outro é uma forma de evitar
as repetições.
Elipse
Um componente textual, quer seja um nome, um verbo ou uma frase, pode ser
omitido através da elipse.
Conjunção
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Coesão Lexical
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Ex.: Receitas, manuais, livros educacionais, revistas ou anúncios.
Texto Narrativo
Ele narra um fato ou ficção na qual tem um personagem em algum lugar e
época. Seu enredo tem a introdução, desenvolvimento, tensão e seu final.
Ex.:
Romance: Por conter muitas informações, do tempo, lugar, personagens ele é
um texto mais longo. Uma de suas principais característica é que se aproxima
muito da realidade.
Contos: Narrativas bem menores que podem ser do cotidiano, mas é mais
utilizada na ficção como as histórias dos Irmãos Grimm.
Crônicas: São textos curtos muito utilizadas nos jornais, pois utilizam de fatos
e costuma aprofundar o tema. O cronista normalmente coloca sua visão no
texto.
Fábulas: É um texto extremamente criativo com animais que têm
características de seres humanos.
São textos direcionados para o público infantil que sempre tem em seu final
uma lição de moral.
Texto Descritivo
É a descrição de uma pessoa, lugar ou objeto mostrando suas características,
com o objetivo de transmitir para a pessoa com quem fala uma visualização
que muitas vezes pode ver e sentir o que o autor do texto quer passar.
O texto descritivo utiliza muito adjetivos.
Ex.: Diário, classificados de jornais, cardápios e currículo
Texto argumentativo
Seu objetivo é defender um ponto de vista através da argumentação. Você
introduz o assunto ou tema, desenvolve com seus motivos (argumentos) e
depois conclui fechando a argumentação.
Para deixar mais claro sua argumentação ele pode utilizar contra-argumentos
para não dar margem a interpretações erradas. Os argumentos podem ser
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pesquisas, dados históricos ou mesmo depoimentos.
Normalmente o texto deve ser objetivo e impessoal.
Ex.: Editorial, manifesto e sermões.
Organização Interna
Devemos observar com muita atenção quando o autor der alguns exemplos,
pois muitas vezes é neles que você encontrará informações de como pensa o
autor.
Devemos dar muita atenção aos textos simples, pois podem conter pegadinhas
levando você a uma interpretação errada do texto.
Na conclusão você deve fazer um resumo claro e objetivo do que o autor quis
dizer.
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Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; campos
semânticos; emprego de tempos e modos dos verbos em
português.
Denotação
Sentido literal da palavra ou expressão. Ela não precisa do contexto para que
você a compreenda, ou seja, tem o mesmo sentido do dicionário. Como ela
normalmente é usada.
Conotação
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Já é uma palavra que depende do contexto para entender o seu significado.
Este contexto pode mudar o sentido literal da palavra ou expressão. Quando a
palavra é usada de modo criativo ela aumenta as possibilidades de
interpretações. É muito usado em campanhas publicitárias.
Antônimo e Sinônimo
Antônimo
Sinônimos
Homônimos e Parônimos
Homônimos (homonímia)
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Ex: caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar) e rio (curso de água) e rio
(verbo rir);
Homônimos perfeitos
Homônimos homógrafos
Homônimos homófonos
Parônimos (paronímia)
Ambiguidade
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normalmente ocorre por descuido ou desconhecimento da norma culta por
parte da pessoa que quer passar a mensagem.
Para se passar uma mensagem é necessária que ela seja clara e coerente, ou
seja, ela não pode dar margem a mais de uma interpretação.
Polissemia e Monossemia
Polissemia
Ex.: Letra
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Monossemia
Hiperonímia e hiponímia
Hiperonímia
Hiponímia
A hiponímia é representada por aquelas palavras que dão a ideia de uma parte
de um todo, tendo um sentido mais restrito, por isso, é considerada uma
palavra inferior pois ela se originou de outra.
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Classe: esportes (hiperônimo).
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Exemplo: Joana limpou o quarto.
Exemplo: Se você não tivesse comprado supérfluos, teria dinheiro para viajar.
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Os modos verbais são os nomes que se dão às várias formas assumidas pelo
verbo na expressão de um fato (indicativo, subjuntivo e imperativo).
MODO INDICATIVO : Modo verbal que expressa certeza, fatos vistos como
certos, consumados, concretos.
PRESENTE DO INDICATIVO
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PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO
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FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO
PRESENTE DO SUBJUNTIVO:
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PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO
FUTURO DO SUBJUNTIVO
MODO IMPERATIVO
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NÚMERO E PESSOA
Assim, aquela velha história de “eu, tu, ele, nós, vós, eles” nada mais é do que a
lista das pessoas do discurso, representadas pelos pronomes retos. O verbo vai
se flexionar para concordar com cada uma dessas pessoas.
Classes Morfológicas
De maneira geral, a morfologia estuda a origem, as derivações e as flexões das
palavras, expressas, na língua portuguesa, por dez classes morfológicas ou
gramaticais de acordo com a função de cada.
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palavras variáveis: substantivo, adjetivo, pronome, numeral, artigo e
verbo. Elas podem variar em gênero (masculino e feminino), número
(singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo)
palavras invariáveis: preposição, conjunção, interjeição e advérbio.
Substantivo é a classe de palavras usada para dar nome aos seres, objetos,
fenômenos, lugares, qualidades, ações, dentre outros.
1. Substantivos comuns
2. Substantivos próprios
3. Substantivos simples
4. Substantivos compostos
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Os substantivos compostos são formados por mais de um radical (radical é a
parte da palavra que contém o seu significado básico).
5. Substantivos concretos
6. Substantivos abstratos
7. Substantivos primitivos
Os substantivos primitivos, como o próprio nome indica, são aqueles que não
derivam de outras palavras.
8. Substantivos derivados
9. Substantivos coletivos
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Substantivos biformes - apresentam duas formas, ou seja, uma para o
masculino e outra para o feminino. Exemplos: professor e professora; amigo e
amiga.
Exemplos de adjetivos:
garota bonita
garotas bonitas
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criança obediente
crianças obedientes
Os tipos de adjetivos
Os adjetivos são classificados em:
Azul azulado
Amarelo amarelado
Notável notabilíssimo
Nos pares destacados acima, o primeiro adjetivo é primitivo: triste, verde, feliz,
fiel e branco.
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Tristonho, esverdeado, infeliz, infiel e esbranquiçado, por sua vez, são
adjetivos derivados.
Flexão dos Adjetivos A Flexão dos Adjetivos pode acontecer de três formas:
em gênero (uniforme e biforme), em número (singular e plural) e
em grau (comparativo e superlativo).
Flexão de Gênero
Quanto ao gênero, os adjetivos se classificam em uniformes e biformes.
Integram essa classificação, os adjetivos terminados em -a, -e, -l, -m, -ar, -or, -s, -
z.
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Exemplos:
Exemplos:
mulher luso-brasileira
intervenção médico-cirúrgica
cidadã hispano-lusitana
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os adjetivos terminados em -eu (masculino) mudam para -eia (feminino).
os adjetivos terminados em -éu (masculino) mudam para -oa (feminino).
Flexão de Número
Quanto ao número, os adjetivos podem assumir a forma singular ou plural. A
sua formação se assemelha a dos substantivos.
Formação
O plural dos adjetivos obedece as seguintes regras:
Regras Exemplos
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pacto sócio-econômico e causa sócio-econômica (flexão de gênero)
escola anglo-americana e escolas anglo-americanas (flexão de número)
Exceção: meninos surdos-mudos.
Flexão de Grau
Quanto ao grau, os adjetivos se classificam em comparativos e superlativos.
Comparativos
Com grau comparativo comparam-se as características atribuídas aos
substantivos. Podem ser de:
Formação
Superlativos
Reforça as características atribuídas aos substantivos. Podem ser:
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O menino é o mais atencioso daquele grupo. (superlativo relativo de
superioridade)
O menino é o menos atencioso daquele grupo. (superlativo relativo de
inferioridade)
Formação
Exemplos:
Este filme é melhor do que o que assistimos na semana passada. (grau
comparativo)
Este filme é muito bom. (grau superlativo)
Grau comparativo
Conforme o tipo de comparação dos adjetivos, há três tipos de grau
comparativo:
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Grau Superlativo pode ser de dois tipos:
Exemplos de frases:
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Locução Adjetiva Adjetivo Correspondente
de abdômen abdominal
de abelha apícola
de abutre vulturino
de águia aquilino
de alma anímico
de aluno discente
de anjo angelical
de ano anual
de aranha aracnídeo
de asno asinino
de astro sideral
de baço esplênico
de bispo episcopal
de bode hircino
de boi bovino
de cabelo capilar
de cabra caprino
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de cão canino
de carneiro arietino
de chumbo plúmbeo
de cidade urbano
de cinza cinéreo
de cobre cúprico
de coelho cunicular
de couro coriáceo
de decoração decorativo
de dedo digital
de dia diário
de elefante elefantino
de enxofre sulfúrico
de escola escolar
de esmeralda esmeraldino
de estrela estrelar
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de fábrica fabril
de face facial
de falcão falconídeo
de farinha farináceo
de frente dianteiro
de fogo ígneo
de gafanhoto acrídeo
de gado pecuário
de ganso anserino
de garganta gutural
de gato felino
de gelo glacial
de gesso gípseo
de governo governamental
de guerra bélico
de hoje hodierno
de homem humano
de ilha insular
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de junho junino
de lago lacustre
de laringe laríngeo
de leão leonino
de lebre leporino
de lobo lupino
de madeira lígneo
de manhã matutino
de mês mensal
de mestre magistral
de monge monacal
de mundo mundial
de nuca occipital
de olhos ocular
de orelha auricular
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de ovelha ovino
de pai paternal
de paixão passional
de pâncreas pancreático
de páscoa pascal
de pato anserino
de pombo columbino
de porco suíno
de professor docente
de quadril ciático
de raposa vulpino
de rim renal
de rio fluvial
de serpente ofídico
de sol solar
de sonho onírico
de tarde vespertino
de trás traseiro
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de urso ursino
de vaca vacum
de velho senil
de vento eólico
de verão estival
de virilha inguinal
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Por exemplo: Onde está o meu bolo? Não acredito que você o comeu.
Tipos de pronomes
De acordo com a função que exercem, os pronomes são classificados em:
Para entender melhor o uso dos pronomes nas frases, confira os exemplos:
1. Pronome pessoal
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam o sujeito ou complemento da
oração. Eles são classificados em pronomes pessoais do caso reto e pronomes
pessoais do caso oblíquo.
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Está comigo seu caderno. (Com quem está o caderno? Comigo. Note
que para além de identificar quem tem o caderno, o pronome auxilia o
verbo “estar”.)
A carta? Fechei-a e coloquei no correio. (Fechei a carta, ou seja, o
pronome "a" completa o sentido do verbo.)
Deu-lhe um abraço. (Deu um abraço em alguém, ou seja, o pronome "lhe"
completa o sentido do verbo.)
3ª pessoa do plural eles, elas os, as, lhes, se, si, consigo.
Vale lembrar que os pronomes oblíquos “o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na, nos,
nas” funcionam somente como objeto direto.
Pronome de tratamento
Os pronomes de tratamento são termos respeitosos empregados normalmente
em situações formais. Mas, como toda regra tem exceção, “você” é o único
pronome de tratamento utilizado em situações informais.
Pronomes de
Abreviações Emprego
Tratamento
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Pronomes de
Abreviações Emprego
Tratamento
situações informais.
Senhor (es) e Sr, Sr.ª (singular) e Tratamento formal e respeitoso usado para
Senhora (s) Srs., Srª.s. (plural) pessoas mais velhas.
Vossa
V. Mag.ª/V. Mag.ªs Usados para os reitores das Universidades.
Magnificência
V.A.(singular) e
Vossa Alteza Utilizado para príncipes, princesas, duques.
V.V.A. A. (plural)
Vossa V. Rev.m.ª/V.
Utilizado para sacerdotes e religiosos em geral.
Reverendíssima Rev.m.ªs
2. Pronome possessivo
Os pronomes possessivos são aqueles que transmitem a ideia de posse.
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Nosso trabalho ficou muito bom. (o objeto possuído é o trabalho, que
pertence à 1ª pessoa do plural)
2ª pessoa do singular (tu, você) teu, tua (singular); teus, tuas (plural)
2ª pessoa do plural (vós, vocês) vosso, vossa (singular); vossos, vossas (plural)
3. Pronome demonstrativo
Os pronomes demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum
elemento em relação à pessoa seja no discurso, no tempo ou no espaço.
Já os pronomes invariáveis são aqueles que não são flexionados, ou seja, que
nunca sofrem alterações. Por exemplo: isso, isto, aquilo.
Observe o quadro abaixo para entender os pronomes demonstrativos variáveis
em gênero e número:
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Essa camisa é muito linda.
Aquelas bicicletas são boas.
Este casaco é muito caro.
Eu perdi aqueles bilhetes de cinema.
Atenção!
Segue algumas dicas de uso dos pronomes demonstrativos:
Exemplos:
Este computador é meu.
Estas anotações foram feitas pela Carolina.
2. Quando o elemento está com quem se fala ou próximo desta pessoa
utilizamos: esse, essa, esses, essas e isso.
Exemplos:
Exemplos:
Pessoas Pronomes
Localização do Elemento Exemplo
Verbais Utilizados
Primeira este, esta, estes, quando o elemento está com a pessoa Isto não é
Pessoa estas, isto que fala meu.
Segunda esse, essa, esses, quando o elemento está com quem se Isso não se
Pessoa essas, isso fala faz.
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4. Pronome indefinido
Empregados na 3ª pessoa do discurso, o próprio nome já indica que os
pronomes indefinidos substituem ou acompanham o substantivo de maneira
vaga ou imprecisa.
Classificaçã
Pronomes Indefinidos
o
5. Pronome relativo
Os pronomes relativos se referem a um termo já dito anteriormente na oração,
evitando sua repetição. Esses termos podem ser palavras variáveis e
invariáveis: substantivo, adjetivo, pronome ou advérbio.
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Daniel visitou o local onde nasceu seu avô. (“onde” faz referência ao
substantivo “local”)
Tive as férias que sonhava. (“que” faz referência ao substantivo “férias”)
Classificaçã
Pronomes Relativos
o
o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta,
Variáveis quantos, quantas.
6. Pronome interrogativo
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis empregadas
para formular perguntas diretas e indiretas.
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Numeral é a classe de palavra variável que indica um número exato ou a
posição que tal coisa ocupa numa série.
Os numerais podem ser: cardinais (um dois, três), ordinais (primeiro, segundo,
terceiro), fracionários (meio, terço, quarto) e multiplicativos (dobro, triplo,
quádruplo).
Cardinais
Os numerais cardinais são as formas básicas dos números (um, dois, três…)
que indicam quantidades. Alguns deles variam em gênero (um/uma, dois/duas,
trezentos/trezentas, etc.).
A palavra ambos (as) pode ser considerada numeral, uma vez que indica “os
dois” ou “as duas”. Por exemplo: Joana e Beatriz adoram andar. Ambas gostam
de caminhar ouvindo música.
Ordinais
Os numerais ordinais indicam ordem de uma sequência, ou seja, representam a
ordem de sucessão e uma série, seja de seres, coisas ou objetos (primeiro,
segundo, terceiro, quarto, quinto…).
Fracionários
Os numerais fracionários indicam a diminuição das proporções numéricas, ou
seja, representam uma parte de um todo. Por exemplo, ¼ (lê-se um quarto), ½
(lê-se meio ou metade), ¾ (lê-se três quartos).
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Multiplicativos
Os numerais multiplicativos relacionam um conjunto de seres, objetos ou
coisas, dando-lhes uma característica que determina o aumento através de
múltiplos. Por exemplo, dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, etc.
Numerais coletivos
Existem substantivos que indicam quantidades exatas, como dúzia (12
unidades) ou dezena (10 unidades). Esses substantivos também podem ser
chamados de numerais coletivos.
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Emprego dos numerais
Indicação de dias do mês: quando indica dias do mês, utilizam-se os numerais
cardinais, exceto na indicação do primeiro dia, feita pelo ordinal. Por exemplo:
vinte e três de janeiro, primeiro de outubro.
Artigos são palavras que vêm antes dos substantivos e servem para especificar
ou generalizar o seu sentido.
Artigo definido
Os artigos definidos (o, a, os, as) definem ou individualizam, de forma precisa,
os substantivos, que podem ser uma pessoa, objeto ou lugar.
O Masculino singular
A Feminino singular
Os Masculino plural
As Feminino plural
Exemplos:
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As meninas foram viajar.
Assim, fica claro que o artigo definido indica, de modo particular, o substantivo
já conhecido. Note que estes estão presentes no texto ou no pensamento do
locutor (emissor, autor) ou do interlocutor (receptor, ouvinte).
Artigo indefinido
Os artigos indefinidos (um, uma, uns, umas) determinam de maneira vaga,
indeterminada ou imprecisa, uma pessoa, objeto ou lugar ao qual não se fez
menção anterior no texto.
Um Masculino singular
Exemplos:
Note que em todos os exemplos acima, não está definindo qual objeto, pessoa
ou lugar. Nos dois primeiros exemplos, não está identificado “qual o dia” ou
“qual a tarde” em que o evento ocorre.
Da mesma maneira, Joana não especifica “quais amigos” ela convidará para a
festa. Por fim, “umas camisas” corresponde a uma ideia vaga de “quais
camisas” são essas.
Cuidado para não confundir o artigo indefinido “um” com o numeral “um”, pois o
numeral é uma palavra utilizada para indicar quantidade.
63
Emprego dos artigos
1. Os artigos sempre devem concordar com o substantivo em gênero
(masculino e feminino) e número (singular e plural). Exemplos:
o garoto - os garotos.
a menina - as meninas.
um mês - uns meses.
uma mesa – umas mesas.
64
ou uma “redundância” desnecessária, tornando-o, deselegante e “pesado”.
Exemplos:
Foi um presente te encontrar!
A festa estava uma delícia!
Verbos
Eles não alteram seu radical e suas desinências, uma vez que, nesses casos,
seguem um paradigma. Já os verbos irregulares não seguem esse modelo,
alterando, dessa forma, seus radicais e suas desinências.
Desinências Verbais
As desinências verbais são morfemas que indicam nas conjugações verbais,
o modo (Indicativo ou Subjuntivo), o tempo (presente, passado, futuro),
o número (singular ou plural) e a pessoa (o sujeito da ação marcado pelos
pronomes pessoais do caso reto: eu, tu, ele, nós, vós, eles).
65
1.Desinência modo temporal: Esse tipo de morfema indica o modo e o
tempo em que a ação ocorre, por exemplo: "canta-vas" (desinência que
indica o pretérito imperfeito do modo indicativo)
2.Desinência número pessoal: Essas desinências indicam o número e a
pessoa do verbo, por exemplo: "cant-o" (desinência que indica o verbo
na primeira pessoa do singular “eu”)
Eu canto
Tu cantas
Ele/ela canta
Nós cantamos
Vós cantais
Eles/elas cantam
Pretérito Perfeito
Eu cantei
Tu cantaste
Ele/ela cantou
Nós cantamos
Vós cantastes
Eles/elas cantaram
Pretérito Imperfeito
Eu cantava
Tu cantavas
Ele/ela cantava
Nós cantávamos
Vós cantáveis
Eles/elas cantavam
Pretérito Mais-que-perfeito
Eu cantara
Tu cantaras
Ele/ela cantara
Nós cantáramos
Vós cantáreis
Eles/elas cantaram
Futuro do Presente
66
Eu cantarei
Tu cantarás
Ele/ela cantará
Nós cantaremos
Vós cantareis
Eles/elas cantarão
Futuro do Pretérito
Eu cantaria
Tu cantarias
Ele/ela cantaria
Nós cantaríamos
Vós cantaríeis
Eles/elas cantariam
2.ª Conjugação: Verbo Comer no Modo Indicativo
Presente
Eu como
Tu comes
Ele/ela come
Nós comemos
Vós comeis
Eles/elas comem
Pretérito Perfeito
Eu comi
Tu comeste
Ele/ela comeu
Nós comemos
Vós comestes
Eles/elas comeram
Pretérito Imperfeito
Eu comia
Tu comias
Ele/ela comia
Nós comíamos
Vós comíeis
Eles/elas comiam
Pretérito Mais-que-perfeito
Eu comera
Tu comeras
67
Ele/ela comera
Nós comêramos
Vós comêreis
Eles/elas comeram
Futuro do Presente
Eu comerei
Tu comerás
Ele/ela comerá
Nós comeremos
Vós comereis
Eles/elas comerão
Futuro do Pretérito
Eu comeria
Tu comerias
Ele/ela comeria
Nós comeríamos
Vós comeríeis
Eles/elas comeriam
3.ª Conjugação: Verbo Partir no Modo Indicativo
Presente
Eu parto
Tu partes
Ele/ela parte
Nós partimos
Vós partis
Eles/elas partem
Pretérito Perfeito
Eu parti
Tu partiste
Ele/ela partiu
Nós partimos
Vós partistes
Eles/elas partiram
Pretérito Imperfeito
Eu partia
Tu partias
Ele/ela partia
Nós partíamos
68
Vós partíeis
Eles/elas partiam
Pretérito Mais-que-perfeito
Eu partira
Tu partiras
Ele/ela partira
Nós partíramos
Vós partíreis
Eles/elas partiram
Futuro do Presente
Eu partirei
Tu partirás
Ele/ela partirá
Nós partiremos
Vós partireis
Eles/elas partirão
Futuro do Pretérito
Eu partiria
Tu partirias
Ele/ela partiria
Nós partiríamos
Vós partiríeis
Eles/elas partiriam
Exemplos de Conjugação de Verbos Irregulares
1.ª Conjugação: Verbo Dar no Modo Indicativo
Presente
Eu dou
Tu dás
Ele/ela dá
Nós damos
Vós dais
Eles/elas dão
Pretérito Perfeito
Eu dei
Tu deste
Ele/ela deu
Nós demos
69
Vós destes
Eles/elas deram
Pretérito Imperfeito
Eu dava
Tu davas
Ele/ela dava
Nós dávamos
Vós dáveis
Eles/elas davam
Pretérito Mais-que-perfeito
Eu dera
Tu deras
Ele/ela dera
Nós déramos
Vós déreis
Eles/elas deram
Futuro do Presente
Eu darei
Tu darás
Ele/ela dará
Nós daremos
Vós dareis
Eles/elas darão
Futuro do Pretérito
Eu daria
Tu darias
Ele/ela daria
Nós daríamos
Vós daríeis
Eles/elas dariam
2.ª Conjugação: Verbo Fazer no Modo Indicativo
Presente
Eu faço
Tu fazes
Ele/ela faz
Nós fazemos
Vós fazeis
Eles/elas fazem
70
Pretérito Perfeito
Eu fiz
Tu fizeste
Ele/ela fez
Nós fizemos
Vós fizestes
Eles/elas fizeram
Pretérito Imperfeito
Eu fazia
Tu fazias
Ele/ela fazia
Nós fazíamos
Vós fazíeis
Eles/elas faziam
Pretérito Mais-que-perfeito
Eu fizera
Tu fizeras
Ele/ela fizera
Nós fizéramos
Vós fizéreis
Eles/elas fizeram
Futuro do Presente
Eu farei
Tu farás
Ele/ela fará
Nós faremos
Vós fareis
Eles/elas farão
Futuro do Pretérito
Eu faria
Tu farias
Ele/ela faria
Nós faríamos
Vós faríeis
Eles/elas fariam
3.ª Conjugação: Verbo Ir no Modo Indicativo
Presente
71
Eu vou
Tu vais
Ele/ela vai
Nós vamos
Vós ides
Eles/elas vão
Pretérito Perfeito
Eu fui
Tu foste
Ele/ela foi
Nós fomos
Vós fostes
Eles/elas foram
Pretérito Imperfeito
Eu ia
Tu ias
Ele ia
Nós íamos
Vós íeis
Eles iam
Pretérito Mais-que-perfeito
Eu fora
Tu foras
Ele/ela fora
Nós fôramos
Vós fôreis
Eles/elas foram
Futuro do Presente
Eu irei
Tu irás
Ele/ela irá
Nós iremos
Vós ireis
Eles/elas irão
Futuro do Pretérito
Eu iria
Tu irias
Ele/ela iria
72
Nós iríamos
Vós iríeis
Eles/elas iriam
Preposição é a palavra que tem a função de conectivo. Ela pode ser usada para
ligar um termo a outro (por exemplo: dente de leite), ou uma oração a outra (por
exemplo: Chegarei daqui a uma hora.).
As preposições essenciais são: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em,
entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
73
Após alguns minutos, fui atendido.
O dia do folclore é em 22 de agosto.
ao (a + o)
aos (a + os)
na (em + a)
do (de + o)
da (de + a)
nos (em + os)
do (de + os)
dum (de + um)
74
desta (de + esta)
no (em + o)
neste (em + este)
nisso (em + isso)
Lista de preposições
Preposições a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante,
essenciais: por, sem, sob, sobre, trás.
Combinação de
preposições: ao (a + o), aos (a + os).
Contração de na (em + a), nas (em + as), no (em + o), nos (em + os), da (de + a), das
preposições: (de + a)s, do (de + o), dos (de + os), daquilo (de + aquilo), naquele (em +
aquele), numa (em + uma).
Locuções prepositivas
A locução prepositiva é formada por duas ou mais palavras com o valor de
preposição, sempre terminando por uma preposição.
Exemplos: abaixo de, acima de, a fim de, além de, antes de, até a, depois de, ao
invés de, ao lado de, em que pese a, à custa de, em via de, à volta com, defronte
de, a par de, perto de, por causa de, através de, etc.
75
comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas,
temporais, finais e proporcionais).
Conjunção é um termo que liga duas orações ou duas palavras de mesmo valor
gramatical, estabelecendo uma relação entre elas.
Exemplos de conjunção:
Conjunções coordenativas
As conjunções coordenativas são aquelas que ligam duas orações
independentes. São divididas em cinco tipos:
1.Conjunções aditivas
2.Conjunções adversativas
3.Conjunções alternativas
4.Conjunções conclusivas
5.Conjunções explicativas
1. Conjunções aditivas
E, nem, não só...mas também, não só... como também.
2. Conjunções adversativas
Mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia, não obstante.
76
Veja também: Conjunções Adversativas
3. Conjunções alternativas
Ou, Ou... ou, já... já, ora... ora, quer... quer, seja... seja.
4. Conjunções conclusivas
Logo, por isso, pois (quando vem depois do verbo), portanto, por conseguinte,
assim.
5. Conjunções explicativas
Que, porque, assim, pois (quando vem antes do verbo), porquanto, por
conseguinte.
Conjunções subordinativas
As conjunções subordinativas servem para ligar orações dependentes uma da
outra e são divididas em dez tipos:
1.Conjunções integrantes
2.Conjunções causais
3.Conjunções comparativas
4.Conjunções concessivas
5.Conjunções condicionais
6.Conjunções conformativas
7.Conjunções consecutivas
8.Conjunções temporais
9.Conjunções finais
10. Conjunções proporcionais
77
1. Conjunções integrantes
Que, se.
2. Conjunções causais
Que, porque, como, pois, visto que, já que, uma vez que.
3. Conjunções comparativas
Que, do que, como.
4. Conjunções concessivas
Embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por
mais que, por melhor que, nem que.
5. Conjunções condicionais
Caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que.
78
As conjunções condicionais iniciam orações subordinadas que exprimem
hipótese ou condição para que o fato da oração principal se realize ou não, por
exemplo:
6. Conjunções conformativas
Segundo, como, conforme, consoante.
Cada um colhe conforme semeia.
Fiz como disseram para fazer.
Sairei mais cedo consoante o trabalho.
7. Conjunções consecutivas
Que, de forma que, de modo que, de maneira que.
8. Conjunções temporais
Logo que, antes que, quando, assim que, sempre que, enquanto.
9. Conjunções finais
A fim de que, para que.
79
Tirou fotos a fim de que acreditassem no que havia acontecido.
Manteremos segredo para que ela não descubra a surpresa.
Tipos de interjeições
Apesar de não possuírem uma classificação rigorosa, posto que a mesma
interjeição pode expressar sentimentos ou sensações distintas, as interjeições
ou locuções interjetivas são classificadas em:
Advertência: Cuidado!, Olhe!, Atenção!, Fogo!, Olha lá!, Alto lá!, Calma!,
Devagar!, Sentido!, Alerta!, Vê bem!, Volta aqui!
Afugentamento: Fora!, Toca!, Xô!, Xô pra lá!, Passa!, Sai!, Roda!, Arreda!,
Rua!, Cai fora!, Vaza!
Agradecimento: Graças a Deus!, Obrigado!, Agradecido!, Muito obrigada!,
Valeu!, Valeu a pena!
Alegria: Ah!, Eh!, Oh!, Oba!, Eba!, Viva!, Olá!, Olé! Eta!, Eita!, Eia!, Uhu!, Que
bom!
Alívio: Ufa!, Uf!, Arre!, Ah!, Eh!, Puxa!, Ainda bem!, Nossa senhora!
Ânimo: Coragem!, Força!, Ânimo!, Avante!, Eia!, Vamos!, Firme!,
Inteirinho!, Bora!
Apelo: Socorro!, Ei!, Ô!, Oh!, Alô!, Psiu!, Olá!, Eh!, Psit!, Misericórdia!
80
Aplauso: Muito bem!, Bem!, Bravo!, Bis!, É isso aí!, Isso!, Parabéns!, Boa!,
Apoiado!, Ótimo!, Viva!, Fiufiu!, Hup!, Hurra!
Chamamento: Alô!, Olá!, Hei!, Psiu!, ô!, oi!, psiu!, psit!, ó!
Concordância: Claro!, Certo!, Sem dúvida!, Ótimo!, Então!, Sim!, Pois não!,
Tá!, Hã-hã!
Contrariedade: Droga!, Porcaria!, Credo!
Desculpa: Perdão!, Opa!, Desculpa!, Desculpe!, Foi mal!
Desejo: Oxalá!, Tomara!, Quisera!, Queira Deus!, Quem me dera!
Despedida: Adeus!, Até logo!, Tchau!, Até amanhã!
Dor: Ai!, Ui!, Ah!, Oh!, Meu Deus!, Ai de mim!
Dúvida: Hum?, hem?, hã?, Ué!, Epa!
Espanto: Oh!, Puxa!, Quê!, Nossa!, Nossa mãe!, Virgem!, Caramba!, Xi!,
Meu Deus!, Senhor Jesus!, Ui!, Crê em Deus pai!
Estímulo: Ânimo!, Coragem!, Adiante!, Avante!, Vamos!, Eia!, Firme!,
Força!, Toca!, Upa!, Vai nessa!
Medo: Oh!, Credo!, Cruzes!, Ui!, Ai!, Uh!, Barbaridade!, Socorro!,
Francamente!,, Que medo!, Jesus!, Jesus Maria e José!
Satisfação: Viva!, Oba!, Boa!, Bem!, Bom!, Upa!, Ah!
Saudação: Alô!, Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau!, Salve!, Ave!, Viva!
Silêncio: Psiu!, Shh!, Silêncio!, Basta!, Chega!, Calado!, Quieto!, Bico
fechado!
Locução interjetiva
As locuções interjetivas são compostas de uma ou mais palavras que
desempenham o papel da interjeição.
Ai de mim!
Puxa vida!
Virgem Santa!
Valha-me Deus!
Cruz Credo!
Quem me dera!
O advérbio é a palavra que indica uma circunstância (modo, lugar, tempo). Ele
pode modificar um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. Exemplos:
81
O vizinho fala alto. (alto é um advérbio que indica o modo como o
vizinho fala)
A modelo é muito bonita. (muito é um advérbio que intensifica o quanto
a modelo é bonita)
O vizinho fala bastante alto. (bastante é um advérbio que intensifica o
quanto o vizinho fala alto)
Advérbio de modo
Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, devagar, acinte, adrede, debalde, e
grande parte das palavras que terminam em "-mente", como cuidadosamente,
calmamente, tristemente.
O advérbio de modo indica a forma como algo aconteceu ou foi feito, por
exemplo:
Fui bem na prova.
Estava andando depressa por causa da chuva.
Colocou os copos cuidadosamente na pia.
Advérbio de intensidade
Muito, demais, pouco, mais, menos, bastante, tão, quão, demasiado, imenso,
quanto, quase, tanto, assaz, tudo, nada, todo.
Comeu demasiado naquele almoço.
Ela gosta bastante dele.
A mãe é muito atenciosa.
Advérbio de lugar
Aí, aqui, acolá, cá, lá, ali, adiante, abaixo, embaixo, acima, adentro, dentro, afora,
fora, atrás, detrás, além, aquém, defronte, antes, aonde, longe, perto, algures,
nenhures, alhures.
82
Advérbio de tempo
Hoje, já, afinal, logo, agora, amanhã, amiúde, antes, ontem, tarde, breve, cedo,
depois, enfim, ainda, jamais, nunca, sempre, doravante, outrora, primeiramente,
imediatamente, antigamente, provisoriamente, sucessivamente,
constantemente, entrementes.
Advérbio de negação
Não, nem, tampouco, nunca, jamais.
O advérbio de negação serve para negar ou dizer que algo não é verdade, por
exemplo:
Advérbio de afirmação
Sim, certo, certamente, realmente, decididamente, efetivamente, deveras,
indubitavelmente, decerto.
Advérbio de dúvida
Talvez, possivelmente, provavelmente, acaso, porventura, quiçá, casualmente.
Provavelmente irei ao banco.
Quiçá chova hoje.
Talvez o cumprimente.
Advérbio interrogativo
Quando, como, onde, aonde, donde, por que.
83
O advérbio interrogativo pode indicar circunstâncias de modo, tempo, lugar e
causa. É usado apenas em orações interrogativas diretas ou indiretas, por
exemplo:
Advérbio de ordem
Depois, após, ultimamente, primeiramente.
Depois vou à praia.
Ultimamente acordo cedo.
Primeiramente cumprimentou os presentes.
Advérbio de inclusão
Também, inclusive, ainda, mesmo, até.
Advérbio de exclusão
Só, somente, salvo, exclusivamente, apenas.
O advérbio de exclusão serve para excluir, deixar algo de fora, por exemplo:
Grau comparativo
No grau comparativo, o advérbio pode caracterizar relações de igualdade,
inferioridade ou superioridade.
84
Igualdade: formado por "tão + advérbio + quanto" (como), por exemplo:
Joaquim fala tão baixo quanto Pedro.
Inferioridade: formado por "menos + advérbio + que" (do que), por exemplo:
Minha casa é menos perto que a casa de Sílvia.
Superioridade: formado por "mais + advérbio + que" (do que), por exemplo: Ana
anda mais depressa que Carolina.
Grau superlativo
No grau superlativo, o advérbio pode ser superlativo analítico ou superlativo
sintético.
Locuções adverbiais
As locuções adverbiais são duas ou mais palavras que têm a função de
advérbio. De acordo com as circunstâncias que exprimem, as locuções
adverbiais podem ser de tempo, modo, lugar, entre outras.
Exemplos:
85
Diminutivo - indica a diminuição do tamanho de algum ser ou alguma coisa.
Fonética e Fonologia.
Fonética
Tem a função de descrever o som da fala assim como a sua recepção auditiva,
baseada nas percepções acústicas.
86
Por exemplo, quando alguém pronuncia a palavra “casa”, a fonética analisa a
forma como as letras /c/, /a/, /s/, /a/ serão pronunciadas.
Fonologia
Sintaxe:
Frase: Frase é todo o enunciado linguístico que tem sentido completo e
termina com uma pausa pontuada.
Não é necessário haver verbo para a formação de uma frase quando o que foi
enunciado tem sentido completo.
Exemplos de frases:
Silêncio!
E agora, José?
Choveu.
Não sei o que dizer...
87
As frases são marcadas por entonação que, na escrita, ocorrem com o recurso
dos sinais de pontuação. Sem a pontuação, as palavras são apenas vocábulos
soltos.
Tipos de frases
oração e período
termos da oração;
Oração é um enunciado que pode ou não ter sentido completo. É formada por
sujeito e predicado, o que significa que a oração sempre contém um verbo.
Exemplos:
88
Oração coordenada - quando o período é composto, mas as orações são
independentes, não precisando das outras para fazer sentido. Exemplo:
Cheguei, tirei os sapatos, respirei fundo e me joguei no sofá.
Há aqui quatro orações, cada uma delas com sentido completo. Primeira
oração (Cheguei), segunda oração (tirei os sapatos), terceira oração (respirei
fundo) e quarta oração (me joguei no sofá).
Orações coordenadas
Orações coordenadas são orações do período composto que se comportam de
forma independente, ou seja, que não dependem sintaticamente das outras.
Elas podem ser: sindéticas ou assindéticas.
Orações subordinadas
Orações subordinadas são orações do período composto que dependem
sintaticamente entre si. Elas podem ser: substantivas, adjetivas ou adverbiais.
89
As orações subordinadas adjetivas exercem a função de adjunto adnominal.
Exemplo: Falei com a Ana que tem os olhos azuis.
Oração 1: Falei com a Ana. Oração 2: que tem os olhos azuis. A oração 2 exerce
a função de adjunto adnominal, porque especifica com que Ana falei - a Ana
que tem os olhos azuis.
Sujeito: Os alunos
Predicado: homenagearam o professor.
Há outros termos que completam o sentido de outros (termos integrantes da
oração) e termos presentes na oração que poderiam ser retirados da mesma
sem que o seu sentido fosse afetado (termos acessórios da oração).
Vale lembrar que a sintaxe é a parte da gramática que estuda a função das
palavras nas orações.
90
O que são orações coordenadas?
As orações coordenadas são orações independentes que já possuem sozinhas
um significado completo. Dessa forma, não existe uma relação sintática entre
elas.
Exemplos:
Exemplos:
91
Pedro Henrique estuda muito, porém não passa no vestibular.
Exemplos:
Exemplos:
92
Alice não realizou a prova, assim fará a substitutiva no final do ano.
Exemplos:
Exemplos:
Nos exemplos acima não existe nenhuma conjunção (ou locução conjuntiva)
que liga as orações e, portanto, temos orações coordenadas assindéticas.
93
O que são orações subordinadas?
As orações subordinadas, diferente das coordenadas, são orações
dependentes. Assim, quando separadas, não possuem um sentido completo e,
por isso, recebem esse nome, de forma que uma está subordinada à outra.
Exemplos:
94
Note que a oração principal não apresenta sujeito e a oração subordinada, além
de completar o sentido da primeira, desempenha o papel de sujeito da oração.
Vale lembrar que o predicativo do sujeito é o termo que tem a função de atribuir
uma qualidade ao sujeito.
Exemplos:
Exemplos:
95
Nos exemplos acima, as orações subordinadas completivas sempre começam
com uma preposição: "de". Ambas complementam os nomes (substantivos) da
oração principal: esperança; certeza.
Exemplos:
Assim, elas completam o sentido do verbo transitivo, visto que sozinho ele não
fornece a informação completa. Exemplo: quem deseja, deseja algo; quem
espera, espera algo.
Exemplos:
96
Gostaria de que todas as pessoas se conscientizassem.
Vale lembrar que o aposto é um termo que tem como função exemplificar ou
especificar outro já mencionado anteriormente na oração.
Exemplos:
97
Já nas orações reduzidas, os verbos aparecem no infinitivo, gerúndio ou
particípio e não começam com um pronome relativo.
Exemplos:
Exemplos:
98
Oração subordinada: que não leem
A partir dos exemplos acima, nota-se que, diferente das orações adjetivas
explicativas, se as orações subordinadas foram removidas, afetarão o
significado da oração principal.
Exemplos:
99
As orações subordinadas exemplificadas acima, destacam o motivo que a
oração principal faz referência. As conjunções integrantes que expressam isso
são: "já que" e "porque".
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
101
Conforme os exemplos acima, as orações subordinadas expressam
conformidade sobre a oração principal enfatizada pelas conjunções utilizadas:
"segundo" e "consoante".
Exemplos:
Exemplos:
O atleta treinou dias a fim de que atingisse a melhor pontuação na prova final.
102
As orações subordinadas acima, utilizaram as locuções conjuntivas ("para que"
e "a fim de que") com o intuito de indicar a finalidade de algo que foi
mencionado na oração principal.
Exemplos:
Exemplos:
103
As locuções conjuntivas integrantes dos exemplos ("à medida que" e "quanto
mais") enfatizam a proporção expressa na oração principal.
Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar
sempre no plural. Exemplos:
Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no
plural como pode concordar com o sujeito mais próximo. Exemplos:
Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu,
vós) e a 2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles). Exemplos:
104
Nós, vós e eles vamos à festa.
Tu e ele falais outra língua?
105
transitividade e regência de nomes e verbos; padrões gerais de
colocação pronominal no português; mecanismos de coesão
textual.
A transitividade verbal indica a relação entre os verbos transitivos e os seus
complementos. Isso porque, sozinho, o verbo transitivo não tem sentido
completo, o que significa que ele tem que transitar para um elemento que o
complete.
Exemplos:
Entregaram a encomenda.
Vendo quadros.
Segure isto, por favor!
Exemplos:
Exemplos:
106
Verbo transitivo direto e indireto (VTDI)
Também chamado de bitransitivo, é o verbo que não tem sentido completo e
que precisa de objeto direto e indireto.
Exemplos:
Enviei os postais aos clientes. (Enviei o quê a quem? Os postais aos clientes.)
Agradeceu a oportunidade ao chefe. (Agradeceu o quê a quem? A oportunidade
ao chefe.)
Expus minhas dificuldades ao professor. (Expus o quê a quem? Minhas
dificuldades ao professor.)
Isso não quer dizer que uma oração cujo verbo seja intransitivo tenha
obrigatoriamente que acabar nesse verbo, mas se acabasse no verbo a oração
seria compreensível.
107
A acentuação gráfica consiste na colocação de acento ortográfico para indicar
a pronúncia de uma vogal ou marcar a sílaba tônica de uma palavra. Os nomes
dos acentos gráficos da língua portuguesa são:
Recebem acento agudo as palavras oxítonas está, estás, já, olá; até, é, és, olé,
terminadas em vogais tônicas abertas -a, -e ou -o pontapé(s); vó(s), dominó(s), paletó(s),
seguidas ou não de -s. só(s)
Recebem acento as palavras oxítonas com mais de acém, detém, deténs, entretém, entreténs,
uma sílaba terminadas no ditongo nasal grafado -em harém, haréns, porém, provém, provéns,
e -ens. também
108
Oxítonas que recebem acento circunflexo
Exemplos de palavras com
Regras de acentuação gráfica
acento
Obs.: usa-se, ainda, o acento circunflexo para diferenciar a forma verbal "pôr" da
preposição "por".
Palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tônica, as órfã, órfãs; órfão, órfãos; órgão,
vogais abertas grafadas -a, -e, -i, -o e -u, e que terminam órgãos; sótão, sótãos; jóquei, jóqueis;
em -ã, -ão, -ei, -um ou -uns são acentuadas nas formas fáceis, fácil; bílis, íris, júri, oásis,
singular e plural das palavras. álbum, fórum, húmus e vírus
109
Exemplos de palavras paroxítonas não acentuadas: enjoo, grave, homem, mesa,
Tejo, vejo, velho, voo, avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro,
descobrimento, graficamente e moçambicano.
São grafadas com acento circunflexo as formas dos verbos abstêm, advêm, contêm, convêm,
"ter" e "vir", na terceira pessoa do plural do presente do desconvêm, detêm, entretêm,
indicativo ("têm" e "vêm"). O mesmo é aplicado algumas intervêm, mantêm, obtêm,
formas verbais derivadas. provêm, sobrevêm
110
O acento circunflexo é facultativo no verbo demos, conjugado na primeira
pessoa do presente do indicativo. Isso ocorre para estabelecer distinção da
forma correspondente no pretérito perfeito do indicativo: demos.
Vogais tônicas
Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento
Não recebem acento agudo as vogais tônicas das arguir, redarguir, aguar, apaniguar, apaziguar,
palavras paroxítonas nas formas rizotônicas de apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar,
alguns verbos. obliquar, delinquir
111
Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento
112
Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento
obedecendo ao timbre.
Atenção!
Palavras derivadas de advérbios ou adjetivos não são acentuadas
Exemplos:
Avidamente - de ávido
Debilmente - de débil
Facilmente - de fácil
Habilmente - de hábil
Ingenuamente – de ingênuo
Lucidamente - de lúcido
Somente - de só
Unicamente - de único
Candidamente – cândido
Dinamicamente - de dinâmico
Espontaneamente - de espontâneo
Romanticamente - de romântico
O atual Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi aprovado em
definitivo no dia 12 de outubro de 1990 e assinado em 16 de dezembro
do mesmo ano.
113
O objetivo do acordo é unificar a ortografia oficial e reduzir o peso
cultural e político gerado pelas duas formas de escrita oficial do mesmo
idioma. A ideia é aumentar o prestígio internacional e a difusão do
Português.
114
Somente em 1986, estudiosos dos dois países voltaram a tocar na
reforma ortográfica tendo, pela primeira vez, representantes de outros
países da comunidade de língua portuguesa.
Principais Mudanças
As Consoantes C, P, B, G, M e T
Ficam consideradas neste caso as especificidades da pronúncia
conforme o espaço geográfico. Ou seja, a grafia é mantida quando há
pronúncia é retirada quando não são pronunciadas.
115
O fato será esclarecido para apontar as diferenças geográficas que
impõem a oscilação da pronúncia.
Acentuação Gráfica
Os acentos gráficos deixam de existir em determinadas palavras
oxítonas e paroxítonas.
Exemplos:
Exemplos:
Cai, ainda, o acento nas palavras paroxítonas com vogais dobradas. Isto
ocorreu porque em palavras paroxítonas ocorre a mesma pronúncia em
todos os países de língua portuguesa.
Exemplos:
116
A crase não é um acento é a contração de duas letras “a” em uma só
utilizando o acento grave (`) no “a”.
Para usar a crase é necessário ter uma preposição “a” e o artigo “a”
de palavras femininas.
DICA 1
Exemplos 1
Substituir por ensinamentos
117
Exemplo 2
Substituir por ele
Exemplo 3
Substituir por clube
Correto: Estou indo à academia
DICA 2
Substituir o “a” por “para a”, “da”, “na” e “pela”, se não ficar estranho
deve usar a crase.
Exemplo 1
Substituir por “para a”
118
Estou indo para a academia (não ficou estranho, então usa crase)
Correto: Estou indo à academia
Exemplo 2
Fui a Inglaterra
Substituir por “para a”
Correto: Fui à Inglaterra
Exemplo 3
Fui a Curitiba
Correto: Fui a Curitiba.
DICA 3
119
Exemplo 1
Exemplo 2
Vou a Bahia
Correto: Vou à Bahia
120
Retornaremos à meia-noite.
4 – Locuções prepositivas
121
À mercê de, às custas de, à moda de, à maneira de, à exceção de,
5 – Locuções conjuntivas
“a”(ou “as”)
122
Ex.: Sua calça é idêntica à de meu filho.
Exemplo 1
Exemplo 2
Aquele é o moço ao qual lhe falei (se não ficou estranho, então usa
crase)
Exemplos 1:
Exemplo 2:
Exemplo 3
124
Correto: Refiro-me àquilo que aconteceu no jogo de ontem.
9 – Expressão “à vista”
Gosto de caminhar a pé
Antes de verbo
125
A bolsa de inglês foi dada a mulheres brasileiras
De segunda a quinta
126
CASOS ESPECÍFICOS PARA USAR
CRASE
Eles foram à terra de meus pais (terra determinada, então leva crase)
Volta à casa de meus pais mais tarde (casa determinada, usa crase)
Até a casa ficou debaixo d’água (sem crase, pois se colocar a crase
ele estaria indo até a casa)
Pontuação.
São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto
de exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as reticências (...), as aspas (“”),
os parênteses ( ( ) ) e o travessão (—).
Ponto (.)
O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o
final de um período. O ponto é, ainda, utilizado nas abreviações.
128
Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos. Depois, saí para
trabalhar e resolvi ligar e pedir perdão.
O filme recebeu várias indicações para o Oscar.
Esse acontecimento remonta ao ano 300 a.C., segundo afirmam os nossos
historiadores.
Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi cancelado.
Vírgula (,)
A vírgula indica uma pausa no discurso. Sua utilização é tão importante que
pode mudar o significado quando não utilizada ou utilizada de modo incorreto.
A vírgula também serve para separar termos com a mesma função sintática,
bem como para separar o aposto e o vocativo.
É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa
uma pausa mais longa que a vírgula e ora mais breve que o ponto.
129
Ponto de Exclamação (!)
O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases
que denotam sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo,
espanto.
Que horror!
Ganhei!
Quieto!
Reticências (...)
As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que
o sentido vai muito mais além do que está expresso na frase.
130
Parênteses ( ( ) )
Os parênteses são utilizados para isolar explicações ou acrescentar
informação acessória.
Travessão (—)
O Travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do
texto bem como para substituir os parênteses ou dupla vírgula.
Exemplos:
Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por favor, não faça isso
agora, pois teremos problemas mais tarde.
Perguntei: — Onde é o ponto de ônibus?
Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que fizesse assim.
A Ana que gosta de ir à janela pediu para a Maria trocar de lugar com ela a
Maria que estava cheia de calor disse que preferia ficar onde estava ambas
ficaram chateadas logo cedo
131
As frases reescritas devem manter a informação essencial do texto utilizando
vocabulários e expressões do texto original e a ordem das palavras para que o
texto mantenha seu sentido. Deve-se prestar a atenção na ordem das palavras
para que o texto não mude de sentido.
Contudo, há que se mencionar acerca de alguns entraves que porventura tendem a surgir,
implicando diretamente na falta dessa perfeição. Para sermos mais precisos, voltemos nosso
foco para a última das considerações supracitadas, retratadas por “ideias dispostas em uma
dada sequência lógica, de modo a formar um ‘todo’ coerente”. Esse todo deixa de ser coerente
quando há a ruptura de similaridade entre os elementos textuais.
133
Diante de tais pressupostos, podemos dizer que o paralelismo se caracteriza pelas relações de
semelhança entre palavras e expressões, materializadas por meio do campo morfológico
(quando as palavras pertencem a uma mesma classe gramatical), sintático (quando as
construções das frases ou orações são semelhantes) e semântico (quando há correspondência
de sentido).
Sua saída se deve a mágoas, humilhações, ressentimentos e a agressões por parte daqueles
que tanto pretendiam ocupar seu cargo dentro da empresa.
Noções de Direito.
Administrativo
Estrutura administrativa: conceito, elementos e poderes do Estado, organização do estado e
da Administração, Entidades políticas e administrativas, órgãos e agentes públicos.
134
Intervenção do Estado na propriedade: noções gerais, servidão administrativa, requisição,
ocupação, limitação administrativa.
Princípios fundamentais.
Da organização do Estado.
Da ordem social.
Constitucional
Constituição: conceito, objeto e classificações.
Princípios fundamentais.
Da organização do Estado.
135
Da organização dos poderes.
Da ordem social.
Ética Pública.
Conceito de ética e moral; aplicação de valores e princípios morais; Ética e a função pública.
Noções de Informática.
Noções do sistema operacional Microsoft Windows 10 e versões superiores:
Atalhos de teclado.
Área de Trabalho (Exibir, Classificar, Atualizar, Resolução da tela, Gadgets) e Menu Iniciar
(Documentos, Imagens, Computador, Painel de Controle, Dispositivos e Impressoras, Programa
Padrão, Ajuda e Suporte, Desligar, Todos os exibir, alterar, organizar, classificar, ver as
propriedades, identificar, usar e configurar, utilizando menus rápidos ou suspensos, painéis,
listas, caixa de pesquisa, menus, ícones, janelas, teclado e/ou mouse).
Identificar e utilizar nomes válidos para bibliotecas, arquivos, pastas, ícones e atalhos.
Abrir, fechar, criar, excluir, visualizar, formatar, alterar, salvar, configurar documentos,
utilizado as barras de ferramentas, menus, ícones, botões, guias e grupos da Faixa de Opções,
teclado e/ou mouse. Identificar e utilizar os botões e ícones das barras de ferramentas das
136
guias e grupos Início, Inserir, Layout da Página, Referências, Correspondências, Revisão e
Exibição, para formatar, personalizar, configurar, alterar e reconhecer a formatação de textos
e documentos. Saber identificar as configurações e configurar as Opções do Word.
Abrir, fechar, criar, visualizar, formatar, salvar, alterar, excluir, renomear, personalizar,
configurar planilhas e pastas, utilizando a barra de ferramentas, menus, ícones, botões, guias e
grupos da Faixa de Opções, teclado e/ou mouse.
Identificar e utilizar os ícones das barras de ferramentas das guias e grupos Início, Inserir,
Layout da Página, Fórmulas, Dados, Revisão e Exibição, para formatar, alterar, selecionar
células, configurar, reconhecer a formatação de textos e documentos e reconhecer a seleção
de células.
Identificar e utilizar os botões das guias e grupos Início, Inserir, Layout da página, Página 34 de
48 Fórmulas, Dados, Revisão e Exibição, para formatar, personalizar, configurar e reconhecer a
formatação documentos.
Reconhecer fórmulas.
Atalhos de teclado. Como fazer login ou sair. Definir o Google Chrome como navegador
padrão. Importar favoritos e configurações.
Criar perfil.
137
Compartilhar o Chrome com outras pessoas.
Gerencias senhas.
Configurações do Google Chrome: alterar tamanho de texto, imagem e vídeo (zoom), ativar e
desativar notificações, alterar idiomas e traduzir páginas da Web, usar a câmera e o microfone,
alterar permissões do site, redefinir as configurações do Chrome para o padrão e
acessibilidade no Chrome.
Raciocínio Lógico.
Estrutura lógica: de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios;
deduzir novas informações das relações fornecidas e avaliar as condições usadas para
estabelecer a estrutura daquelas relações.
Diagramas lógicos.
Lógica de argumentação.
138
Argumentos Lógicos Dedutivos; Argumentos Categóricos.
Construção de tabelas-verdade.
Conhecimentos Específicos.
Redação oficial: Aspectos gerais da redação oficial.
Os atos normativos.
139
Indicadores logísticos mais comuns para a
operação logística
140
Entre os principais desafios estão:
141
Planejamento da Logística
Com o planejamento da logística, a organização visa definir, baseada no
Nível de Serviço, os modais de transporte a serem utilizados, a rede de
distribuição e de suprimento, os níveis de estoque, os modelos, os
tamanhos e a quantidade de armazéns e a localização física das
instalações (fábrica, armazéns e garagens). O planejamento da logística
deve, ainda, possibilitar à organização três objetivos: a redução de custos,
a redução de investimento e a melhoria de serviço
Gestão de estoques
O estoque é definido como certa quantidade de matéria-prima ou produto
acabado que ainda não foi consumido ou comprado/entregue ao cliente
da organização. O estoque reflete um desequilíbrio entre oferta e
demanda que pode gerar três situações: estoque intencional, Bacharelado
142
em Administração Pública Gestão de Operações e Logística I 90 estoque
ocasionado por ausência de planejamento e estoque ocasionado por falha
de planejamento.
A formação de estoque de forma intencional, entre outros, ocorre quando
a organização visa obter vantagem, como a redução de custo de aquisição
ou como a redução de custo de transporte, com a compra de um volume
maior de produtos para suprir sua necessidade de matéria-prima. Na
produção de produtos acabados, é possível ocorrer situações em que o
lote ótimo de produção gera uma redução significativa do custo de
produção que justifica o custo do estoque. No caso de estoque ocasionado
por ausência de planejamento, não existem desculpas para a área de
logística da organização. É inconcebível admitir a hipótese de tratar da
questão de estoque sem planejamento. Nesse caso, devemos repensar
toda a estrutura da equipe de logística e da alta direção da organização,
visando implantar urgentemente o planejamento de estoque e de logística
da organização.
Podemos dividir o planejamento de estoque sob a ótica dos três processos
da logística vistos anteriormente, ou seja: os Métodos aplicados à
Administração de Materiais, matérias-primas e insumos diversos; os
Métodos aplicados à Distribuição Física, produtos produzidos e produtos
acabados; e os Métodos aplicados à qualquer situação.
O planejamento de estoque para matérias-primas e para insumos diversos
é realizado principalmente pelas seguintes técnicas: Just in time (JIT) e
Material Requirements Planning (MRP). O JIT é uma filosofia de
gerenciamento com abordagem sistêmica utilizado para a maximização
dos recursos de uma organização, portanto, transcende a questão de um
método para controlar o estoque. No entanto, uma consequência natural
da implantação do JIT, dentre as diversas existentes, é a redução do nível
de estoque. No âmbito da logística, ele é tratado como uma ferramenta
de gestão de estoque que se caracteriza por uma política de estoques de
matérias-primas e de componentes com quantidade suficiente para
manter a produção em movimento sem interrupções.
O JIT pressupõe uma forte parceria com os fornecedores, que devem ter
acesso a informações da necessidade de suprimento da organização a
todo o momento e ter condições de atender essas necessidades em
tempo real. Para que isso ocorra sem muito risco, usualmente, os
143
fornecedores estão localizados geograficamente bem próximos da
organização. Muitas vezes, é formado um condomínio empresarial em
volta da organização para que todos os fornecedores fiquem próximos,
propiciando agilidade na entrega dos itens solicitados.
O sistema MRP tem os seguintes objetivos: reduzir o investimento em
estoque, melhorar a eficiência operacional da fábrica e melhorar a
prestação de serviço ao cliente. Seu conceito é: obter o material certo, no
ponto certo e no momento certo. O MRP tem funções de planejamento
organizacional, de previsão de vendas, de planejamento dos recursos
produtivos, de planejamento da produção, de planejamento das
necessidades de produção, de controle e de acompanhamento da
fabricação, de compras e de contabilização dos custos e de criação e de
manutenção da infraestrutura de informação industrial. O MRP apoia o
administrador de materiais no planejamento da produção e na compra do
que é preciso, no momento certo, desde que este seja o mais longo
possível, visando eliminar estoques e produzir listas de insumos ou de
peças casadas com as operações de fabricação ou de montagem, ou seja,
a demanda. Para tanto, é preciso reunir um conjunto de dados para
calcular e produzir informações. O sistema MRP é um “sistema demanda
dependente”, ou seja, a demanda é derivada de alguma outra decisão
tomada dentro da organização, e a demanda de um item depende
diretamente da demanda de outro item. O planejamento de estoque,
principalmente no que tange a produtos acabados, pode ser dividido em
duas categorias: método de empurrar estoques e método de puxar
estoques.
Armazenagem
A armazenagem refere-se à administração do espaço necessário para
manter os estoques de produtos da organização. Ela envolve problemas
como o dimensionamento de área; o arranjo físico; a recuperação de
estoque; o projeto de docas, ou de baias, de atracação; e a configuração
do armazém.
Além disso, os produtos, para serem armazenados, devem ser
transferidos dos veículos de transporte para dentro dos armazéns e vice-
versa. Atualmente, os armazéns não são mais considerados apenas locais
144
de armazenagem e de guarda de produtos, eles se transformaram em elos
fundamentais da rede logística, os CDs, com a importante função de
serem os facilitadores da transferência de produtos, ao longo dessa rede,
para os clientes da organização. Os armazéns em geral envolvem altos
custos para sua construção, manutenção e operação, impactando
diretamente os custos da logística da organização.
Pessoas;
Máquinas e equipamentos;
Relações interpessoais;
Organização do trabalho;
Dentre outros.
Assim, a Segurança do Trabalho (ST) é um conjunto de práticas de
prevenção para proteger o colaborador de riscos causados por
agentes físicos, agentes biológicos e agentes químicos e acidentes
de trabalho, proporcionando um ambiente laboral saudável, a fim de
que tenha condições de executar suas tarefas da melhor forma
possível.
145
As principais causas dos acidentes de trabalho acontecem por
atitude insegura, fator pessoal de insegurança ou condição insegura.
146
Análise de risco como instrumento de
preservação ambiental
As empresas precisam fazer análise de riscos ambientais,
especialmente empresas com alto potencial de impacto negativo ao
meio ambiente, com indústrias, petrolíferas, construtoras, químicas e
farmacêuticas.
147
Como realizar a gestão dos riscos ambientais?
Para realizar a gestão e análise de riscos ambientais, utilizam-se
algumas ferramentas como:
Higiene do Trabalho
A higiene do trabalho ou higiene ocupacional é um conjunto de medidas
preventivas relacionadas ao ambiente do trabalho, visando a redução de
acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. A higiene no trabalho
consiste em combater as doenças profissionais.
Segurança do Trabalho
É o conjunto de medidas técnicas, médicas e educacionais, empregadas
para prevenir acidentes, quer eliminando condições inseguras do
ambiente de trabalho quer instruindo ou convencionando pessoas na
implantação de práticas preventivas.
Acidente do trabalho
É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou
instituição, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que
149
cause a morte, a perda ou a redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho.
150
que não produza incapacidade laborativa, a miopia; • A doença endêmica
adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva,
salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho, malária.
Principais conceitos dentro de segurança do trabalho 1.2.1 Acidente É o
evento não-programado nem planejado que resulta em lesão, doença ou
morte, dano ou outro tipo de perda.
1.2.2 Incidente É o evento que tem o potencial de levar a um acidente ou
que deu origem a um acidente. DIVISÃO DE ENSINO SSDMD
1.2.3 Perigo É a fonte ou situação com potencial para provocar danos ao
homem, à propriedade ou ao meio ambiente, ou a combinação destes.
1.2.4 Risco é a combinação da probabilidade de ocorrência e da gravidade
de um determinado evento perigoso.
1.2.5 Dano é a consequência de um perigo, em termos de lesão, doença,
prejuízo ao homem, a propriedade, meio ambiente ou uma combinação
destes.
1.2.6 Saúde é o equilibrado bem-estar físico, mental e social do ser
humano.
1.3 A importância de conhecer os riscos dos locais de trabalho, pela
própria natureza da atividade desenvolvida e pelas características de
organização, relações interpessoais, manipulação ou exposição a agentes
físicos, químicos, biológicos, situações de deficiência ergonômica ou riscos
de acidentes, podem comprometer o trabalhador em curto, médio e longo
prazo, provocando lesões imediatas, doenças ou a morte, além de
prejuízos de ordem legal e patrimonial para a empresa.
É importante salientar que a presença de produtos ou agentes nocivos
nos locais de trabalho não quer dizer que, obrigatoriamente, existe perigo
para a saúde. Isso vai depender da combinação ou inter-relação de
diversos fatores, como a concentração e a forma do contaminante no
ambiente de trabalho, o nível de toxicidade e o tempo de exposição da
pessoa.
Entretanto, na visão da prevenção, não existem micro ou pequenos riscos,
o que existem são micro ou pequenas empresas. Desta forma, em
qualquer tipo de atividade laboral, torna-se imprescindível a necessidade
151
de investigar o ambiente de trabalho para conhecer os riscos a que estão
expostos os trabalhadores.
152
Dado
O termo dado é conceituado como elemento de informação, ou
representação de fatos ou de instruções, em forma apropriada para
armazenamento, processamento ou transmissão por meios automáticos
(Ferreira, 2004). Os dados são registros ou indícios quaisquer que podem
ser relacionados a alguma entidade ou evento. Pode-se considerar o dado
como informação ainda não processada. Os sistemas computacionais
trabalham basicamente com dados e sua função é o seu processamento
(processamento de dados).
.....pode-se entender o dado como um elemento da informação (um
conjunto de letras ou dígitos) que, tomado isoladamente, não transmite
nenhum conhecimento, não contém um significado intrínseco” (BIO, 1991,
p.29). “Os dados se compõem de símbolos e experiências-estímulos que
não são relevantes para o comportamento em um determinado
momento”.
“Os dados, como matéria-prima para a informação, se definem como
grupos de símbolos não aleatórios que representam quantidades, ações,
objetos etc.” (DAVIS; OLSON, 1987, p. 209). “Dados são materiais brutos
que precisam ser manipulados e colocados em um contexto compreensivo
antes de se tornarem úteis.
Em informática, pode-se também definir como dados os elementos de
partida que servem de base para o tratamento e sobre os quais o
computador realiza as operações necessárias à tarefa em questão.
Os dados são representados por símbolos como, por exemplo, as letras do
alfabeto, mas não são em si a informação desejada.
Informação
A informação é um conjunto de dados com um significado, que reduz a
incerteza ou que aumenta o conhecimento a respeito de algo (Chiavenato,
1999). O conceito de informação, segundo Ferreira (2004), é o
conhecimento amplo e bem fundamentado, resultante da análise e
combinação de várias informações ou coleção de fatos ou de outros dados
fornecidos à máquina, a fim de se objetivar um processamento. As
informações consistem em estímulos que, em forma de signos,
desencadeiam o comportamento (MURDICK; MUNSON, 1998).
153
A informação, na ciência do comportamento, é um signo ou conjunto de
signos que impulsionam uma ação. Distingue-se de dados porque dados
não são estímulos de ações, mas, simplesmente, cadeias de caracteres ou
padrões sem interpretação. Informação constitui o ato ou efeito de
expedir ou de receber mensagens, ou o conteúdo da própria mensagem,
em especial nos seus aspectos mais importantes de transmissão de
conhecimento de uma pessoa para outra, de um sistema para outro, de
um país para outro; no âmbito da informática, define uma instrução
codificada de um emissor para um receptor, ou um dado com algum valor
para uma solução ou conhecimento específicos (VILELA, 1995).
Informação é todo o conjunto de dados devidamente ordenados e
organizados de forma a terem significado.
Conhecimento
Conhecimento é o ato ou efeito de conhecer. Ideia, noção, informação,
notícia, ciência, prática da vida, experiência, discernimento, critério e
apreciação (Ferreira 2004). O conhecimento também é definido como um
conjunto de ferramentas conceituais e categorias usadas pelos seres
humanos para criar, colecionar, armazenar e compartilhar a informação.
(LAUDON; LAUDON,1999, p. 51).
O conhecimento é aquilo que se admite a partir da captação sensitiva,
sendo assim, acumulável à mente humana. É aquilo que o homem absorve
de alguma maneira, através de informações que de alguma forma lhe são
apresentadas para um determinado fim ou não. Ao comparar-se os
conceitos de dado e informação e conhecimento, pode-se afirmar que
conhecimento possui maior valor que o dado e a informação.
Dado x informação
Dado é um emaranhado de códigos decifráveis ou não. O alfabeto russo,
por exemplo, para leigos no idioma, é simplesmente um emaranhado de
códigos sem nenhum significado específico. Quando esses códigos, até
então indecifráveis, passam a ter um significado próprio para aquele que
os observa, estabelecendo um processo comunicativo, obtém-se uma
informação a partir da decodificação desses dados.
154
A informação é o resultado da decodificação de dados. Os símbolos
(letras) A C B Ú P L I, apresentados desta forma, são dados, mas não pode-
ríamos considerar como informação, pois não são perceptíveis ao homem.
Ao processarmos os dados (letras) e organizá-los de forma útil, geramos a
informação P Ú B L I C A.
Sistema
Sistema é um conjunto ou combinação de coisas ligadas ou
interdependentes, e que interagem de modo a formar uma unidade
complexa; um todo composto de partes de uma forma organizada,
segundo um esquema ou plano (KOONTZ; O’DONNELL; WEIHRICH, 1986,
p.180). É um conjunto de elementos interdependentes em interação, com
vista a atingir um objetivo (CAUTELA; POLLONI, 1986, p.15).
Qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser considerado um
sistema, desde que as relações entre as partes e o comportamento do
todo sejam foco de atenção (CHIAVENATO, 1999, p. 516).
Um sistema pode ser considerado, então, um conjunto de elementos ou
componentes que interagem para atingir metas ou objetivos.
Tipos de sistema
Quanto à sua constituição, os sistemas podem ser físicos (ou concretos) e
abstratos e podem ser considerados físicos ou concretos, quando são
compostos de equipamentos, máquinas e de objetos e coisas reais.
Os sistemas são considerados abstratos, quando são compostos de
conceitos, planos, hipóteses e ideias. Os símbolos representam atributos e
objetos, que, muitas vezes, só existem no pensamento das pessoas.
Quanto à natureza, os sistemas podem ser fechados ou abertos. Os
sistemas fechados são aqueles que não apresentam intercâmbio com o
meio ambiente onde estão, pois são isolados das influências ambientais. A
rigor, literalmente, não existem sistemas fechado.
Sistemas de informação Sistemas de Informação podem ser definidos
como qualquer sistema que objetive prover informação (incluindo o seu
processamento), qualquer que seja o uso feito dessa informação. Os
sistemas de informação possuem também os elementos que coletam
(entrada), manipulam e armazenam (processo); disseminam (saída) os
155
dados e informações, e fornecendo também um mecanismo de
retroalimentação (feedback), corrigindo erros ou problemas no processo.
Um sistema de informação é um tipo especializado de sistema, podendo
ser definido como um conjunto de componentes inter-relacionados,
trabalhando juntos para coletar, recuperar, processar, armazenar e
distribuir a informação com a finalidade de facilitar o planejamento, o
controle, a coordenação, a análise e o processo decisório em empresas e
organizações. Os sistemas de informação contêm informações sobre
pessoas, lugares e coisas de interesse, no ambiente, ao redor e dentro da
própria organização. Todo sistema que utilize, manipule e gere informação
pode ser genericamente considerado Sistema de Informação.
Ambiental
O critério ambiental inclui exigências nesse campo, como:
A gestão de resíduos;
A política de desmatamento (caso aplicável);
O uso de fontes de energia renováveis pela empresa;
O posicionamento da empresa em relação a questões de mudanças climáticas;
Entre outros!
Social
Quando falamos dos critérios sociais, abrimos um leque muito grande
de questões a serem consideradas.
Para os investidores, por exemplo, é essencial entender como a
empresa preza pelo bem-estar dos funcionários.
Entre os pontos analisados pelos investidores e pelos gestores de
fundos de investimentos, incluem-se:
157
Qual o nível de envolvimento dos funcionários com a gestão da empresa?
Quais os benefícios e vantagens oferecidos aos funcionários, além do salário?
O salário do funcionário é justo — em relação aos praticados dentro da
empresa e também em relação ao mercado?
Entre vários outros!
Governança
Em ESG, o aspecto governança foca em como uma empresa é
administrada pelos gestores e diretores.
Nesse caso, o Environmental, Social and Governance busca entender
se a gestão executiva e o conselho administrativo atendem aos
interesses das várias partes interessadas da empresa — funcionários,
acionistas e clientes?
Além disso, há outras questões avaliadas, como:
158
Esse senso moral guiou alguns investidores e também empresas
durante décadas. Foi em 2004, porém, que o Environmental, Social
and Governance tomou forma.
Neste ano, o termo foi citado em uma publicação do Pacto Global em
parceria com o Banco Mundial, intitulado “Who Cares Wins” (que
traduzido pode ser lido como “Quem se importa, ganha“).
Já em 2007, surgiram os green bonds, títulos emitidos com objetivo
de captar recursos para promover a melhoria ambiental. Hoje, os
critérios Ambiental, Social e Governança avançam globalmente e
apontam para um caminho sem volta no mundo dos investimentos.
Como exemplo, de acordo com dados da PwC, até 2025, cerca 57%
dos ativos de fundos mútuos na Europa serão ESG. Em valores,
significa algo na casa dos 7,6 trilhões de euros.
159
O que é necessário para uma empresa ser ESG?
O primeiro ponto para uma empresa ser ranqueada dentro do índice
ESG é estar listada na Bolsa de Valores ou, ao menos, no caminho
para tal.
A pontuação é realizada por diversas agências, tanto comerciais
quanto sem fins lucrativos.
Essas organizações realizam uma análise aprofundada das empresas,
com base em dados básicos e especializados.
Além disso, as empresas precisam disponibilizar políticas voltadas
para as diretrizes do índice e problemas enfrentados dentro dos
mesmos tópicos.
Um dos sistemas de ranking mais utilizados por todo mundo é o MSCI
ESG Score, que analisa o risco considerando 10 categorias
ambientais, sociais e de governança.
Redução de custos
Uma das principais vantagens de ter um forte desempenho do
Environmental, Social and Governance é que ele pode ajudar a reduzir
custos. Afinal, essas empresas são vistas como melhor administradas
e mais eficientes.
Reputação da empresa
Outra vantagem é que ela pode melhorar a reputação de uma
empresa.
O motivo é que os consumidores e outros stakeholders estão cada vez
mais interessados em apoiar as empresas que estão trabalhando para
causar um impacto positivo.
Fidelização de clientes
Além disso, o índice Ambiental, Social e Governança também pode
levar ao aumento da fidelidade do cliente. Afinal, os clientes têm maior
probabilidade de apoiar as empresas que compartilham seus valores.
160
É algo que pode levar ao aumento das vendas e da lucratividade no
longo prazo.
Sustentabilidade e transparência
Organizações comprometidas com o ESG são frequentemente mais
transparentes sobre suas operações.
Elas também são mais propensas a ter políticas que protejam o meio
ambiente e promovam a responsabilidade social.
Como resultado, essas empresas são vistas como mais sustentáveis
em geral.
Competitividade
Organizações com alta classificação Environmental, Social and
Governance são frequentemente mais competitivas.
A razão é que elas são capazes de atrair e reter os melhores talentos.
Elas também são vistas como sendo mais inovadoras de modo geral,
bem como capazes de investir em novas tecnologias e métodos de
gestão e operação.
161
cenário é positivo e o tema cada vez mais ganha tração entre os
gestores de ativos brasileiros.
Há uma demanda no mercado por aplicações mais responsáveis que
vem servindo como estímulo para o aprimoramento e desenvolvimento
de boas práticas no mercado.
Podemos perceber um maior engajamento dos investidores e
importantes fundos de gestão globais cobrando um posicionamento
mais concreto em relação às diversas temáticas de Ambiental, Social
e Governança. Entre elas:
Diversidade
Inclusão e equidade
Mudanças climáticas
Governança, ética e integridade nas relações
Qualidade de vida dos colaboradores em tempos de pandemia
162
Qual a importância de investimentos ESG?
Os investimentos ESG assumem um papel cada vez mais
fundamental no mercado financeiro — com impactos positivos em todo
mundo.
São vários fatores que apontam isso, como as constantes e cada vez
mais rápidas mudanças culturais, comportamentais e econômicas.
Trata-se de mudanças que mudam as regras sociais e que
transformam as relações entre pessoas, empresas e tecnologias de
forma significativa, alterando a lógica do mercado de investimentos.
Na economia
Há alguns estudos que sugerem que empresas bem alinhadas ao
índice superam aquelas sem tais classificações.
Por exemplo, o MSCI descobriu que durante um período de 10 anos,
organizações com maiores classificações Environmental, Social and
Governance tiveram retornos 2,5% maiores do que aquelas sem tais
classificações.
Uma das principais razões é que esses negócios tendem a ser bem
gerenciados e contar com fortes estruturas de governança, o que leva
a uma melhor tomada de decisão e desempenho geral.
Além disso, essas empresas frequentemente têm melhores
relacionamentos com seus funcionários, clientes e outras partes
interessadas importantes. O que, por si só, causa uma maior
produtividade, menor rotatividade e maiores vendas.
163
No planeta
A abordagem permite aos investidores alinhar seus valores com seus
portfólios e apoiar empresas que estão trabalhando para causar um
impacto positivo.
Por exemplo, um investidor pode escolher investir em uma empresa
com fortes relações com funcionários ou que esteja trabalhando para
reduzir sua pegada de carbono.
164
Sustentabilidade
Investidores que buscam empresas antenadas no quesito ambiental,
querem encontrar players com um modelo sustentável de negócio
estabelecido.
De modo que não apenas contribua para o meio ambiente, mas que
realmente atue de forma a melhorá-lo, com ações de prevenção.
Rentabilidade
Apesar de todo engajamento social e ambiental, uma das
características dos investimentos ESG é sua rentabilidade.
Afinal, há um jeito de empresas dedicadas à geração de valor muito
além do lucro apresentarem ótimos resultados financeiros?
Os dados mostram que sim.
É o que mostra o Confiança e Impacto, um estudo da PwC, que prevê
uma taxa de crescimento anual composta de quase 27% para o
fundos de ações ESG, com ativos praticamente quadruplicando até
2025 (para mais de 3,6 trilhões de euros).
Isso quer dizer que um fundo Ambiental, Social e Governança tem
garantia de retornos? Como tudo no mundo dos investimentos, é
impossível cravar isso.
No entanto, a história recente desse tipo de investimento mostra uma
evolução promissora.
E essa é uma das características dos investimentos ESG, que buscam
equilibrar as preocupações para além do aspecto financeiro — sem
relegá-lo.
Volatilidade
Naturalmente, empresas que investem em planos e ações mais
sustentáveis costumam apresentar menor taxa de volatilidade.
Ou seja, a chance dessas empresas se envolverem em situações
jurídicas motivadas por crimes ambientais ou descumprimento de
legislações específicas ao tema é pequena.
Em outras palavras, embora todo o investimento tenha riscos, pode se
dizer que o risco do investimento Ambiental, Social e Governança é
possivelmente menor e/ou as empresas presentes nesse tipo de
165
portfólio adotam práticas de governança e gestão diferenciadas no
tema.
166
Além disso, precisam aderir ao Pacto Global estabelecido pela
Organização das Nações Unidas (ONU). Saiba mais clicando aqui!
ETFs
Uma das maneiras mais fáceis de se investir em ESG é por meio de
fundos negociados em bolsa (ETFs). Estes são veículos de
investimento que rastreiam um índice ou uma cesta de ativos
sustentáveis.
Empresas ESG
Naturalmente, você também pode optar por investir de forma direta em
empresas que são líderes no índice, comprando ações destas
organizações.
Hoje, existe o índice sustentabilidade (ISE), que possui o nome de 48
empresas voluntárias para serem analisadas em relação às questões
de meio ambiente, sociedade e governança.
167
Sustainability Index (DJSI), Índice de Sustentabilidade (ISE) da B3 ou
o índice FTSE4Good.
Você também pode olhar o site e o relatório anual da empresa para
ver se ela revela algumas informações sobre suas políticas e
desempenho do ESG.
168
O que é preciso saber antes de investir em fundos ESG?
169
Algo que muitos especialistas recomendam é investir em ETFs, que
são fundos ligados aos temas de sustentabilidade que já
mencionamos no conteúdo.
Além disso, você pode buscar pelos índices apresentados acima,
tendo a certeza que seu capital será bem investido e estará
contribuindo para as causas corretas.
E a sua empresa, já está pronta para dar evoluir nas questões
ambientais, sociais e de governança?
Conte com a consultoria em gestão da TOTVS para direcionar seu
negócio, indicar soluções inovadoras e colocar seu negócio em outro
patamar!
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credibilidade e solidez da maior empresa de tecnologia do Brasil!
Conclusão
Os investidores estão buscando construir novas carteiras de
investimentos visando melhor explorar as oportunidades que a
sustentabilidade tem gerado, mitigando os riscos advindos da
volatilidade econômica, política e social.
Assim, cada vez mais investidores voltam seus olhares às empresas
que fazem jus ao ESG, integrando seus valores éticos para gerar valor
em mais campos que apenas o financeiro.
Busca-se, portanto, fomentar uma cultura corporativa com propósito,
que priorize seus stakeholders, seus consumidores, o mercado no
qual atua, os colaboradores que fazem sua operação acontecer e a
comunidade em que estão inseridos.
170
Cada vez mais, o aspecto Ambiental, Social e Governança se torna
relevante para o mercado financeiro.
171
atividades de inovação, seja no setor produtivo, na educação, no governo,
na saúde, na segurança ou em infraestrutura.
172
Metodologias Tradicionais
173
alguns dos benefícios e desvantagens do gerenciamento de projetos
tradicional:
Benefícios da metodologia tradicional de gerenciamento de
projetos:
174
Metodologias Ágeis
175
Desvantagens da metodologia ágil de gerenciamento de projetos
176
Estatística
Distribuições de frequência
Uma distribuição de freqüência é um método de se agrupar dados em
classes de modo a fornecer a quantidade (e/ou a percentagem) de dados
em cada classe.
Com isso, podemos resumir e visualizar um conjunto de dados sem
precisar levar em conta os valores individuais.
Uma distribuição de freqüência (absoluta ou relativa) pode ser
apresentada em tabelas ou gráficos.
177
Construindo uma distribuição de frequência
178
179
Média
A média (Me) é calculada somando-se todos os valores de um conjunto de
dados e dividindo-se pelo número de elementos deste conjunto.
Como a média é uma medida sensível aos valores da amostra, é mais
adequada para situações em que os dados são distribuídos mais ou menos
de forma uniforme, ou seja, valores sem grandes discrepâncias.
Fórmula
Sendo,
Me: média
x1, x2, x3,..., xn: valores dos dados
n: número de elementos do conjunto de dados
Exemplo
Os jogadores de uma equipe de basquete apresentam as
seguintes idades: 28, 27, 19, 23 e 21 anos. Qual a média de idade
desta equipe?
180
Solução
Moda
181
Solução
Primeiro devemos colocar os valores em ordem. Neste caso, colocaremos
em ordem crescente. Assim, o conjunto de dados ficará:
1,50; 1,54; 1,55; 1,60; 1,65; 1,67; 1,69; 1,75; 1,78
Como o conjunto é formado por 9 elementos, que é um número ímpar,
então a mediana será igual ao 5º elemento, ou seja:
Md = 1,65 m
2) Calcule o valor da mediana da seguinte amostra de dados: (32, 27, 15,
44, 15, 32).
Solução
Primeiro precisamos colocar os dados em ordem, assim temos:
15, 15, 27, 32, 32, 44
Como essa amostra é formada por 6 elementos, que é um número par, a
mediana será igual a média dos elementos centrais, ou seja:
Exercícios Resolvidos
1. (BB 2013 – Fundação Carlos Chagas). Nos quatro primeiros dias úteis de
uma semana o gerente de uma agência bancária atendeu 19, 15, 17 e 21
clientes. No quinto dia útil dessa semana esse gerente atendeu n clientes.
Se a média do número diário de clientes atendidos por esse gerente nos
cinco dias úteis dessa semana foi 19, a mediana foi:
a) 21.
b) 19.
c) 18.
d) 20.
e) 23.
Ver Resposta
Apesar de já saber qual a média, primeiro precisamos saber a quantidade
de clientes que foi atendida no quinto dia útil. Assim:
182
Para encontrar a mediana precisamos colocar os valores em ordem
crescente, temos então: 15, 17, 19, 21, 23. Portanto, a mediana é 19.
Alternativa: b) 19.
Variância
A variância e o desvio padrão verificam a dispersão em um
conjunto de valores
Imagine a seguinte situação: o dono de uma microempresa
pretende saber, em média, quantos produtos são produzidos por
cada funcionário em um dia. O chefe tem conhecimento que nem
todos conseguem fazer a mesma quantidade de peças, mas pede
que seus funcionários façam um registro de sua produção em
uma semana de trabalho. Ao fim desse período, chegou-se à
seguinte tabela:
183
apenas 10 peças. Será que o processo utilizado pelo dono da
empresa é suficiente para o seu propósito?
Variância → Funcionário A:
184
var (A) = (10 – 10)² + (9 – 10)² + (11 – 10)² + (12 – 10)² + (8 –
10)²
5
var (A) = 10 = 2,0
5
Variância → Funcionário B:
var (B) = (15 – 12,8)² + (12 – 12,8)² + (16 – 12,8)² + (10 – 12,8)² +
(11 – 12,8)²
5
var (B) = 26,8 = 5,36
5
Variância → Funcionário C:
var (C) = (11 – 10,4)² + (10 – 10,4)² + (8 – 10,4)² + (11 – 10,4)² +
(12 – 10,4)²
5
var (C) = 9,2 = 1,84
5
Variância → Funcionário D:
var (D) = (8 – 11)² + (12 – 11)² + (15 – 11)² + (9 – 11)² + (11 –
11)²
5
var (D) = 30 = 6,0
5
Podemos afirmar que a produção diária do funcionário C é mais
uniforme do que a dos demais funcionários, assim como a
quantidade de peças diárias de D é a mais desigual. Quanto
maior for a variância, mais distantes da média estarão os
valores, e quanto menor for a variância, mais próximos os
valores estarão da média.
Em algumas situações, apenas o cálculo da variância pode não
ser suficiente, pois essa é uma medida de dispersão muito
influenciada por valores que estão muito distantes da média.
Além disso, o fato de a variância ser calculada “ao quadrado”
185
causa uma certa camuflagem dos valores, dificultando sua
interpretação. Uma alternativa para solucionar esse problema é
o desvio padrão, outra medida de dispersão.
DESVIO PADRAO
O desvio-padrão é uma medida de dispersão do conjunto, ou
seja, uma medida que indica quão uniformes são os dados do
conjunto. O desvio-padrão demonstra a distância dos valores
em relação à média do conjunto, quanto mais próximo de 0 for
o desvio-padrão, menos dispersos são os dados daquele
conjunto.
O desvio padrão (dp) é simplesmente o resultado positivo da
raiz quadrada da variância. Na prática, o desvio padrão indica
qual é o “erro” se quiséssemos substituir um dos valores
coletados pelo valor da média. Vamos agora calcular o desvio
padrão da produção diária de cada funcionário:
Desvio Padrão → Funcionário A:
dp(A) = √var (A)
dp(A) = √2,0
dp(A) ≈ 1,41
Desvio Padrão → Funcionário B:
dp(B) = √var (B)
dp(B) = √5,36
dp(B) ≈ 2,32
Desvio Padrão → Funcionário C:
dp(C) = √var (C)
dp(C) = √1,84
dp(C) ≈ 1,36
Desvio Padrão → Funcionário D:
dp(D) = √var (D)
dp(D) = √6,0
dp(D) ≈ 2,45
186
Podemos ver a utilização do desvio padrão na apresentação da
média aritmética, informando o quão “confiável” é esse valor. Isso
é feito da seguinte forma:
média aritmética (x) ± desvio padrão (dp)
Se o dono da empresa de nosso exemplo pretende concluir seu
relatório com a produção média diária de seus funcionários, ele
fará da seguinte forma:
Funcionário A: 10,0 ± 1,41 peças por dia
Funcionário B: 12,8 ± 2,32 peças por dia
Funcionário C: 10,4 ± 1,36 peças por dia
Funcionário D: 11,0 ± 2,45 peças por dia
Sendo,
∑: símbolo de somatório. Indica que temos que somar todos os termos,
desde a primeira posição (i=1) até a posição n
xi: valor na posição i no conjunto de dados
187
MA: média aritmética dos dados
n: quantidade de dados
Exemplo
188
O coeficiente de variação
(CV) é um indicador da variabilidade de um conjunto de dados.
Sua medida corresponde à razão percentual entre o desvio-
padrão e a média dos dados. Muito usado na Estatística, o
coeficiente de variação é um indicador da variabilidade de um
conjunto de dados.
Os estudos estatísticos estão relacionados às situações que
envolvem estratégias e planejamentos, coleta e organização de
dados, análise e interpretação clara e objetiva dos dados
observados. Para comparação de dois ou mais conjuntos de
dados, a estatística utiliza o desvio padrão, desde que esses
dados estejam na mesma unidade de medida. Caso os conjuntos
de dados sejam medidos em grandezas diferentes (unidades de
medida diferentes), a comparação será feita utilizando o
coeficiente de variação.
O coeficiente de variação é usado para analisar a dispersão em
termos relativos a seu valor médio quando duas ou mais séries
de valores apresentam unidades de medida diferentes. Dessa
forma, podemos dizer que o coeficiente de variação é uma forma
de expressar a variabilidade dos dados excluindo a influência da
ordem de grandeza da variável.
189
Onde,
s → é o desvio padrão
X ? → é a média dos dados
CV → é o coeficiente de variação
Como o coeficiente de variação analisa a dispersão em termos
relativos, ele será dado em %. Quanto menor for o valor do
coeficiente de variação, mais homogêneos serão os dados, ou
seja, menor será a dispersão em torno da média. De uma forma
geral, se o CV:
Vejamos um exemplo.
190
variação para fazer a comparação da variação em torno da média
dos dados.
Cálculo do CV da idade.
Cálculo do CV da altura.
TEORIA DA PROBABILIDADE
O que diz a teoria das probabilidades?
A teoria da probabilidade é o campo da Matemática que estuda
experimentos ou fenômenos aleatórios. Através dela, é possível analisar
as chances de um determinado evento ocorrer.
Em sua base, probabilidade é, das teorias "fáceis", a mais difícil que há.
Você (é, você mesmo!) usa probabilidades todo dia. Cada vez que você
decide se vai levar o guarda-chuva para o trabalho ou não, se pega o
ônibus lotado que acabou de chegar ou espera por um mais vazio, se
compra o plano A ou B do seu celular, se aquela pessoa na foto é ou não
seu(sua) namorado(a), você está usando probabilidades. De fato,
191
exageremos e digamos logo que cada e toda ação do seu dia-a-dia envolve
algum raciocínio probabilístico. Afinal, a Teoria da Probabilidade é a Teoria
da Incerteza, e estamos cercados de incerteza a cada momento de nossas
vidas, por mais que queiramos negar ou minimizar este fato.
O que é probabilidade?
“As questões mais importantes da vida são, em grande parte, nada mais
do que problemas de probabilidade... A Teoria da Probabilidade nada mais
é do que o cálculo do bom senso.” — Pierre-Simon Laplace, 1812, Théorie
Analytique des Probabilités. "O bom senso é bem raro-- Voltaire, 1764,
Dictionaire philosophique portatif.
O objetivo da Teoria da Probabilidade é modelar matematicamente
conceitos como incerteza, risco, chance, possibilidade, verossimilhança,
perspectivas e, até mesmo, sorte. Considere as seguintes frases do nosso
dia-a-dia:
• A probabilidade de uma moeda lançada “dar” coroa é de 50%;
• A previsão do tempo é de 40% de probabilidade de chuva amanhã;
• A radiografia indica uma moderada probabilidade de Tromboembolia
Pulmonar;
• O Copom afirma que aumentou a probabilidade da convergência da
inflação para a trajetória de metas;
• Depois da rodada de ontem, a probabilidade do Flamengo ser rebaixado
aumentou muito.
Quando calculamos a probabilidade, estamos associando um grau de
confiança à ocorrência dos resultados possíveis de experimentos, cujos
resultados não podem ser determinados antecipadamente. Assim, a
probabilidade é a medida da chance de algo acontecer.
192
No exemplo do dado, se queremos conhecer a probabilidade da face 2
estar voltada para cima, este é o único caso favorável. O número total de
casos possíveis é seis, por ser a quantidade de faces no dado.
1 / 6 = 0,16666 …
Fórmula da Probabilidade
Em um fenômeno aleatório, as possibilidades de ocorrência de um evento
são igualmente prováveis.
Sendo assim, podemos encontrar a probabilidade de ocorrer um
determinado resultado através da divisão entre o número de eventos
favoráveis e o número total de resultados possíveis:
Sendo:
P(A): probabilidade da ocorrência de um evento A.
n(A): número de casos favoráveis ou, que nos interessam (evento A).
n(Ω): número total de casos possíveis.
O resultado calculado também é conhecido como probabilidade teórica.
Para expressar a probabilidade na forma de porcentagem, basta
multiplicar o resultado por 100.
193
Exemplo 1
Se lançarmos um dado perfeito, qual a probabilidade de sair um número
menor que 3?
Resolução
Sendo o dado perfeito, todas as 6 faces têm a mesma chance de caírem
voltadas para cima. Vamos então, aplicar a fórmula da probabilidade.
Para isso, devemos considerar que temos 6 casos possíveis (1, 2, 3, 4, 5, 6)
e que o evento "sair um número menor que 3" tem 2 possibilidades, ou
seja, sair o número 1 ou 2. Assim, temos:
194
Ou, multiplicando o resultado por 100:
Espaço Amostral
O espaço amostral é o conjunto de todos os resultados possíveis obtidos a
partir de um experimento aleatório.
Por exemplo, ao retirar ao acaso uma carta de um baralho, o espaço
amostral corresponde às 52 cartas que compõem este baralho.
Da mesma forma, o espaço amostral ao lançar uma vez um dado, são as
seis faces que o compõem:
Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
A quantidade de elementos em um conjunto chama-se cardinalidade,
expressa pela letra n seguida do símbolo do conjunto entre parênteses.
Assim, a cardinalidade do espaço amostral do experimento lançar um
dado é n(Ω)=6.
O espaço amostral é composto de cada resultado possível. Ao lançar uma
moeda o espaço amostral será:
Ω = {cara, coroa}
Sua cardinalidade, o número de elementos, é igual a 2.
n(Ω) = e
Em muitas situações é importante descrever os elementos do espaço
amostral, como nos exemplos da moeda e do dado. Cada um destes
resultados é um ponto amostral do conjunto universo.
Se cada um dos pontos amostrais, ou, resultados possíveis, possuírem a
mesma probabilidade de ocorrer, dizemos que este espaço amostral é
equiprovável.
Como exemplo, tomemos uma urna com 4 esferas de mesmo tamanho e
de cores: amarela, azul, preta e branca. Ao sortear uma ao acaso, qual a
probabilidade de sortear a bola de uma cor qualquer?
Sendo um experimento honesto, todas as cores possuem a mesma chance
de serem sorteadas, sendo o espaço amostral equiprovável.
195
Uma vez definidos o que é experimento aleatório e espaço amostral, para
calcular uma probabilidade, é preciso fazer uma pergunta. Esta pergunta
define o conceito de evento
Eventos na probabilidade
Evento é qualquer subconjunto do espaço amostral de um experimento
aleatório.
Distribuição Binomial
Esta importante distribuição é aplicada em casos de experimentos repetidos, onde
existem dois possíveis resultados: cara ou coroa, sucesso ou fracasso, item
defeituoso ou item não defeituoso, e muitos outros possíveis pares. A
probabilidade de cada resultado pode ser calculada utilizando a regra da
multiplicação, talvez com o uso do diagrama de árvore, porém é muito mais
simples e eficiente utilizar uma equação generalizada.
Assim, uma variável aleatória poderá ter sua distribuição de probabilidade
modelada de forma binomial caso atenda os seguintes pressupostos:
Pressupostos
o resultado é completamente determinado por chance (aleatório);
existem somente dois possíveis resultados, experimento Bernoulli;
todas as tentativas possuem a mesma probabilidade para um resultado em
particular. Ou seja, as tentativas ou realizações do experimento
são independentes;
isso implica que, existe uma probabilidade p� de sucesso constante em
cada tentativa
o número de tentativas, n�, é um valor fixo, um número inteiro e positivo;
Distribuição normal
Enquanto Poisson pode ser usado para medir as incidências de eventos dentro
de um intervalo, a distribuição binomial só tem dois resultados possíveis:
sucesso ou fracasso. Por isso, ela é bastante utilizada para encontrar a
probabilidade de obtermos um resultado específico durante as provas
As distribuições “Student” t
É possível aplicar o teste t de Student em casos de:
196
Distribuições monocaudais (distribuição que segue apenas para um lado)
Distribuições menos parecidas com normais.
Duas ou mais amostras.
Amostras de tamanhos diferentes.
Amostras com desvio padrão diferentes.
Teste de normalidade para distribuições.
Amostras aleatórias
O processo de amostragem aleatória é uma das formas em que se pode obter uma
amostra representativa, pois cada elemento de uma população tem a mesma
probabilidade de ser incluído na amostra. Uma técnica para a obtenção de uma amostra
consiste em associar um símbolo (como um número ou letra) a cada elemento da população
e construir uma tabela de números aleatórios para garantir a imparcialidade na escolha dos
elementos da amostra.
Distribuições Amostrais
197
Se a população for infinita, ou se a amostragem for tomada com reposição, os resultados
reduzem-se a
Para grandes valores de N (N >= 30), a distribuição amostral das médias é
aproximadamente normal, com a média e o desvio padrão independentemente da população
(enquanto a variância e a média da população forem finitas e o tamanho desta for, no
mínimo, o dobro da amostra.
Teste de Hipóteses
Introdução
É uma metodologia estatística que nos auxilia a tomar decisões sobre uma ou mais populações
baseado na informação obtida da amostra.
Nos permite verificar se os dados amostrais trazem evidência que apoiem ou não uma hipótese
198
estatística formulada.
Ao tentarmos tomar decisões, é conveniente a formulação de suposições ou de conjeturas sobre as
populações de interesse, que, em geral, consistem em considerações sobre
parâmetros (μ,σ2,p�,�2,�) das mesmas.
Essas suposições, que podem ser ou não verdadeiras, são denominadas de Hipóteses Estatísticas.
Em muitas situações práticas o interesse do pesquisador é verificar a veracidade sobre um ou mais
parâmetros populacionais (μ,σ2,p�,�2,�) ou sobre a distribuição de uma variável aleatória.
Exemplos:
Um dos primeiros trabalhos sobre testes foi publicado em 1710 (John Arbuthnot);
Um dos primeiros procedimentos estatísticos que chega perto de um teste, no sentido moderno foi
proposto por Karl Pearson em 1900. Esse foi o famoso teste do Qui-quadrado, utilizado para
comparar uma distribuição de frequência observada com uma distribuição teoricamente assumida.
A ideia de testar hipóteses foi posteriormente codificada e elaborada por R. A Fischer (1925), que
considerou os dados como um vetor de variáveis aleatórias que pertenciam a uma distribuição de
probabilidade…
Uma outra abordagem (competitiva a de Fischer) foi estabelecida por J. Neyman e Egon
Pearson (1928)…
Mais tarde, Lehmann (1993) argumentou que de fato era possível unificar as formulação,
combinando as melhores características das duas abordagens…
Hipóteses Estatísticas
Teste de hipótese
O teste de hipóteses fornecem ferramentas que nos permitem rejeitar ou não rejeitar uma hipótese
estatística através da evidencia fornecida pela amostra.
Vamos abordar o tópico com os seguintes exemplos:
Exemplo 1
199
Um engenheiro postula a hipótese que a fração de itens defeituosos em um certo processo é
de p=0.10�=0.10.
O experimento é observar uma amostra aleatória do produto em questão, e suponha
que n=100�=100 itens foram testados e 1212 deles eram defeituosos, dessa forma foi estimada
uma proporção de p^=0.12�^=0.12 a partir da amostra.
É razoável que esta evidência não refuta a condição de que a proporção populacional
é p=0.10�=0.10 ou seja não rejeitamos a hipótese postulada anteriormente.
No entanto, não rejeitaríamos também se fosse p=0.12�=0.12 ou talvez p=0.15�=0.15…
Podemos expressar isso formalmente em termos de um teste de hipótese estatístico como:
H0:p=10 H1:p≠10�0:�=10 �1:�≠10
A afirmação de que H0:p=10�0:�=10 é chamanda de hipótese nula, e a
afirmação H1:p≠10�1:�≠10 é chamada de hipótese alternativa.
A hipótese alternativa H1�1 ainda pode especificar, << ou >> além da diferença ≠≠.
Sempre estabeleceremos a hipótese nula H0�0 como uma afirmação de igualdade.
200
A significância estatística não implica importância ou significado prático. Por exemplo, o
termo significância clínica refere-se à importância prática do efeito de um tratamento. Os
investigadores que se centrem unicamente no fato de os seus resultados
serem estatisticamente significativos podem reportar conclusões que não são relevantes na prática.
É sempre prudente reportar um tamanho do efeito juntamente com os valores de p. Uma medida do
tamanho do efeito quantifica a força de um efeito e permite tirar conclusões sobre as implicações
práticas.
Noções de Contabilidade
É a ciência que estuda e pratica, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das
entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de
oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico
decorrente da gestão da riqueza econômica (Hilário Franco).
201
2. Ativo, Passivo e Resultado
Ativo e Passivo são os dois grandes grupos do Balanço Patrimonial. No Ativo, estão as contas
contábeis que relacionam bens e direitos, como: dinheiro em caixa ou banco, estoques, imóveis,
entre outros.
No Passivo, encontramos todas as dívidas da empresa com fornecedores, bancos, instituições
financeiras e sócios. O princípio das partidas dobradas, que mencionamos logo acima, pressupõe
que cada lançamento deve movimentar duas contas.
Isso significa que a compra de uma mercadoria a prazo, por exemplo, movimentaria o passivo nas
contas de fornecedores e o estoque, que fica no ativo do Balanço Patrimonial. Dessa forma, ficam
registradas, em uma única peça, todas as movimentações da empresa durante um ano.
3. Demonstração de Resultados
A demonstração de resultados é um documento em que constam todas as receitas, os tributos que
incidiram sobre ela, bem como os custos com a compra de materiais, produtos e serviços, a folha de
pagamento e as despesas gerais.
Esse demonstrativo é fundamental para que os gestores conheçam os seus gastos e como eles
impactam positivamente ou negativamente no resultado da empresa.
Por fim, temos ainda o Resultado. Este é, basicamente, o lucro ou prejuízo que a empresa teve no
período. Ele sempre acompanhará o Balanço Patrimonial e será contabilizado no Passivo nas contas
do Capital Social.
O Resultado é demonstrado por meio de um documento que também é um importante conceito de
contabilidade, mas isso será assunto para o nosso próximo tópico.
4. Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)
A DFC é uma demonstração que relaciona as entradas e saídas de recursos da organização, bem
como as suas aplicações. Além de fornecer informações importantes sobre as mutações das contas
de caixa e banco ao longo do período, a DFC também é um documento de apresentação obrigatória
para muitas empresas.
202
Nela, você saberá exatamente como essa conta se comportou ao longo dos anos, desde a
integralização do capital, passando pelo acréscimo ou decréscimo gerado pelo resultado, chegando
até o ponto da análise.
Esses são os principais conceitos de contabilidade que você, enquanto gestor, deve aprender.
Conhecendo-os a fundo será possível analisar os dados que eles carregam e tomar decisões
importantes para o futuro do seu negócio.
Receita
é todo capital obtido em troca de uma atividade, a despesa é todo custo para que essa operação
continue.
Receita Despesa
203
Quais são os elementos básicos da contabilidade?
Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Receita e Despesa.
Os princípios são: o da entidade, o da continuidade, o da oportunidade, o do registro pelo valor
original, o da competência e o da prudência.
1. Princípio da Entidade;
2. Princípio da Continuidade;
3. Princípio da Oportunidade;
4. Princípio do Registro pelo Valor Original;
5. Princípio da Competência;
6. Princípio da Prudência.
1. Princípio da entidade
2. Princípio da Continuidade
Pressupõe que a entidade seguirá em operação por tempo indeterminado e que isso deve ser
considerado ao classificar e avaliar as mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. E se não
fosse dessa forma, haveria insegurança jurídica, tanto para empresários quanto para funcionários e
fornecedores.
Exemplo: Suponhamos uma empresa que comprou uma máquina de estampar vestuário por R$
20.000,00. Conforme o principio da continuidade, essa máquina deve ser registrada no patrimônio
pelo preço por ela pago.
204
3. Princípio da Oportunidade
Principio do registro pelo valor original Exemplo: Os registros so feitos na devida tempestividade
(data correta de aquisio, independente do pagamento) e pelo valor de aquisio ou fabricao. Ou seja,
Registro um produto adquirido por 100 a prazo. No Estoque por este valor e no passivo a dvida
gerada.
Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer
variações decorrentes dos seguintes fatores:
1. Custo corrente;
2. Valor realizável;
3. Valor presente;
4. Valor justo;
5. Atualização monetária.
5. Princípio da Competência
Nesse princípio, a determinação é de que tanto as receitas quanto as despesas tem de ser inclusas
na apuração do resultado do período no qual ocorrerem, sempre em caráter simultâneo quando se
correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. No caso de vendas
parceladas, somente no momento do recebimento da parcela é que será considerado e aceito o
registro.
Para exemplificar e ficar mais claro, suponhamos que a empresa fez uma venda em janeiro, mas só
recebeu o pagamento em fevereiro, segundo esse princípio o lançamento contábil deve ser
registrado no mês de janeiro, o da venda e não no mês do recebimento.
205
6. Princípio da Prudência
Aqui, nesse último princípio, a determinação é sobre a adoção do menor valor para os componentes
do ativo e do maior para os componentes do passivo, sempre que apresentarem alternativas
igualmente válidas.
E ainda, pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários
às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam
superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade
ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.
Ao se analisar um imóvel, deve-se usar o menor valor de uma avaliação de mercado para venda do
mesmo, e o maior valor de mercado para uma compra.
Como explicar o Princípio da prudência?
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do
maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido.
De acordo com a norma NBR 14.653 da ABNT, a avaliação patrimonial consiste em uma avaliação
técnica e, por isso, deve ser realizada por um engenheiro ou profissional habilitado para tal,
regularmente inscrito no conselho de classe: CREA ou CAU.
A Lei 5.194 de 24/12/1966 define que apenas engenheiros e arquitetos são capazes de realizar a
avaliação patrimonial e gerar o laudo desse exercício com as habilidades técnicas necessárias para
tal.
Para realizar a avaliação patrimonial é necessário realizar 3 etapas de identificação. Elas podem ser
definidas como identificação do custo de reposição, do valor justo e do valor residual.
Identificação do custo de reposição ou reprodução
O valor de reposição ou reprodução é o gasto necessário para reproduzir um bem sem considerar
eventual depreciação. Desse modo, ele representa o montante necessário para ser possível
reproduzir todos os bens do ativo da empresa, como instalações e estoques.
206
Apuração e Destinação do resultado
O que é apuração de resultados em contabilidade?
A Apuração de Resultados (ARE) é uma rotina contábil que consiste em confrontar os valores das
receitas, custos e despesas a fim de calcular o lucro ou prejuízo gerado em determinado período pela
movimentação realizada pela empresa.
Assim, é possível encerrar o ciclo (comumente o exercício social / ano calendário), avaliar índices e
realizar comparações. A partir da apuração dos resultados, é possível gerar também o Balanço
Patrimonial da empresa, que é uma declaração obrigatória.
Demonstrações contábeis são relatórios que esclarecem todo fluxo de informações relativas ao setor
financeiro e contábil da empresa em um determinado período de tempo.
Nestes documentos, é possível acessar múltiplos indicadores de desempenho do negócio,
compreendendo com profundidade o cenário econômico em que está inserido.
Para compreender o que são demonstrações contábeis e sua importância, imagine um cenário em
que há mais de um sócio ou acionista no negócio.
Enquanto uns acompanham diariamente os resultados financeiros, outros necessitam de um
relatório detalhado para mensurar a performance da entidade.
Nesse cenário, as demonstrações contábeis obrigatórias são fundamentais para a transparência da
situação econômica do empreendimento.
Com os dados em mãos, o negócio tem a vantagem de poder executar o plano orçamentário com
eficiência a partir da previsibilidade de lucros, despesas e custos.
207
As demonstrações contábeis, além de serem uma obrigação legal, também cumprem a função de
instrumento estratégico para um negócio.
São documentos que podem auxiliar em sua estratégia de gestão por indicadores, por exemplo.
ativos;
passivos;
patrimônio líquido;
receitas, despesas, ganhos e perdas;
fluxo financeiro (fluxos de caixa ou das origens e aplicações de recursos).
E entre os componentes das demonstrações, incluem-se (mas não restringem-se apenas à):
balanço patrimonial;
demonstração do resultado;
demonstração das mutações do patrimônio líquido;
demonstração dos fluxos de caixa (ou, alternativamente, das origens e aplicações de recursos,
enquanto requerida pela legislação societária – Lei nº. 6.404/76);
demonstração do valor adicionado, se divulgada pela entidade; e
208
notas explicativas, incluindo a descrição das práticas contábeis.
O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a posição
patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma
ampla variedade de usuários na tomada de decisões.
A administração financeira é a área responsável pela gestão financeira cotidiana de uma empresa. E
o profissional que atua nesta área é o administrador de finanças que tem o papel de analisar,
planejar e controlar todos os recursos financeiros da empresa.
209
Situação econômica: apresentada pelos Índices de Rentabilidade (mostram qual a rentabilidade dos
capitais investidos) e pelos Índices de Atividade (mede a velocidade com que as contas do Ativo
Circulante são convertidas em vendas ou interferem nas disponibilidades).
Estas análises oferecem uma visão clara da situação financeiro-econômica da empresa, identificando
seus pontos fortes e fracos e mostrando sua evolução durante os anos. Com as análises das
evoluções da empresa é possível projetar situações que a empresa pode vivenciar num futuro
próximo. As análises da situação financeira e econômica da empresa Pirelli Pneus S.A.
proporcionaram identificar os seus pontos fortes, fracos, ameaças e oportunidades e ainda a
viabilidade dos retornos dos investimentos na empresa serem maiores que os investimentos em
títulos do Governo.
Métodos tradicionais de análise econômico-financeira
(horizontal,
Análise Horizontal
Também chamada de Análise de Evolução, a Análise Horizontal permite a verificação
da evolução dos elementos das Demonstrações Contábeis, separadamente ou em conjunto,
no decorrer do tempo. Dessa maneira, é possível verificar as mudanças e tendências da situação
patrimonial da empresa com o decorrer dos exercícios.
O seu cálculo é simples, basta escolher um exercício como base e concedê-lo o valor de 100%. Desse
modo, utilizando a fórmula abaixo, é possível saber se houve redução ou aumento do valor da conta
entre os períodos analisados:
Análise Horizontal
210
Análise Vertical
A Análise Vertical, ou Análise de Estrutura, permite a comparação entre diferentes elementos das
demonstrações contábeis dentro de um mesmo exercício, através da medição do percentual de cada
item em relação ao todo, possibilitando a comparação de valores em um mesmo período de tempo.
Para realizar o seu cálculo, basta selecionar uma conta específica em relação a um valor base. Por
exemplo, vamos calcular qual a participação da conta Estoques dentro do Ativo Circulante:
Análise Vertical
Esse é o processo de Análise das Demonstrações Contábeis mais utilizado, o qual consiste em realizar
uma relação lógica entre diversas contas e grupos de contas.
Esses índices permitem que seja mensurada a situação econômica e financeira de uma entidade,
sendo eles divididos em grupos: Índices de Liquidez ou Solvência, Índices de Estrutura ou
Endividamento, Índices de Lucratividade ou de Margem, Índices de Rentabilidade e Índices de
Rotatividade.
As fórmulas que serão apresentadas neste artigo possuem diversas siglas, sendo os seus significados
dispostos abaixo:
AC: Ativo Circulante / ANC: Ativo Não Circulante / AT: Ativo Total
PC: Passivo Circulante / PNC: Passivo Não Circulante
PL: Patrimônio Líquido / VL: Vendas Líquidas
LL: Lucro Líquido / LB: Lucro Bruto / LO: Lucro Operacional
CMV: Custo de Mercadorias Vendidas / DF: Despesas Financeiras
Licitação
Licitação é o processo por meio do qual a Administração Pública contrata obras, serviços, compras e
211
alienações. Em outras palavras, licitação é a forma como a Administração Pública pode comprar e
vender. Já o contrato é o ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares,
em que há um acordo para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas
Quais são os princípios da licitação?
PRINCÍPIO DA IGUALDADE:
Dentro dos princípios da licitação está o tratamento isonômico a todos os que participarem do certame, sem
privilégios ou favorecimentos; tratamento igual aos iguais e desigual aos desiguais, no limite de sua
desigualdade (v. art. 3˚, § 1˚, I, L. 8.666/93).
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE:
O administrador está vinculado à determinação legal, dela não podendo se afastar. “A lei ressalva a liberdade
para a Administração definir as condições da contratação administrativa. Mas, simultaneamente, estrutura o
procedimento licitatório de modo a restringir a discricionariedade a determinadas fases ou momentos
específicos” (MARÇAL JUSTEN FILHO.
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE:
212
Todos os participantes devem ser tratados com absoluta neutralidade; o julgamento deve ser imparcial.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE:
“A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto
ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura”. (art. 3˚, § 3˚, Lei 8.666/93; Lei Federal nº 12.527/11).
“Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou
omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou
dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: …”
“Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições…”
“A Administração não pode descumprir as normas e condições do Edital, ao qual se acha estritamente
vinculada.” (art. 41, L. 8.666/93).
213
PRINCÍPIO DO JULGAMENTO OBJETIVO:
O julgamento da licitação deverá pautar-se em critérios objetivos e concretos, afastando-se os critérios
subjetivos de escolha.
“Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão levará em consideração os critérios objetivos definidos no
edital ou convite, os quais não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos por esta Lei.
1o É vedada a utilização de qualquer elemento, critério ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado que possa ainda
que indiretamente elidir o princípio da igualdade entre os licitantes.”
“Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo
convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato
convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição
pelos licitantes e pelos órgãos de controle.”
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE:
Determina ao administrador a conduta impessoal, ou seja, imparcial, justa. Qualquer preferência de ordem
pessoal deverá ser afastada. Também chamado de “princípio da finalidade”; a descrição do objeto deverá
atender à necessidade administrativa.
Podemos perceber, ainda, que há alguns outros princípios que também irradiam seus efeitos sobre o processo
de licitação. São eles:
OBRIGATÓRIEDADE DE LICITAÇÃO:
A partir de 05 de outubro de 1988 data de publicação da Constituição da República Federativa do Brasil foi
instituído a obrigatoriedade perante a Administração Pública, do regime de licitação que visem o contrato
das obras, serviços, compras e alienações. Tal obrigatoriedade???Q redigido expressamente no texto
constitucional em seu artigo 37, inciso XXI, vejamos:
“XXI – ressalvados os casos específicos na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratos
mediante processo licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas
que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual
somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações. ”
214
A obrigatoriedade da licitação deve ser obedecido de forma logica, logica esta que esta acompanhada dos
princípios da moralidade e eficiência da Administração quando o seu gestor deverá determinar qual a
melhor espécie de licitação a ser executada em observância a tais princípios, é de suma importância
compreendermos que embora as sociedades de economia mista, empresas públicas ou outra entidade
vinculadas ao poder público serem personalidades jurídica de direito privado, estas também se submeteram
ao regime da legislação especifica, entretanto, poderão ter regulamento próprio sempre em harmonia com a
Lei 8.666/93 é assim que dispõe o artigo 119 da referida lei, vejamos:
DISPENSA DE LICITAÇÃO:
A dispensa de licitação é termo geral que não só se aplica a licitação nos casos onde ela é dispensada,
mais também quando a mesma é dispensável ou inexigível, nestes casos deverá ser emitido comunicado a
autoridade superior para sua aprovação sob pena de responsabilização do servidor que realizar o ato. A
Constituição Federal como vimos anteriormente, destacou que ressalvados os casos especificados em lei
as contratações serão por meio de licitação, lei está que fora promulgada em 21 de Junho de 1993 com a
finalidade de regulamentar o artigo 37, Inciso XXI, da Constituição Federal.
Inexigibilidade
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO :
A licitação será inexigível quando houver impossibilidade jurídica de competência entre contratantes que
poderá ser verificada quando objeto for de natureza especifica e por objetivos sociais visados pela
Administração. No decorrer deste trabalho vimos as hipóteses em que a licitação é dispensada e os casos
que são dispensável, passaremos portanto a estudar os casos em a que a licitação será inexigível como
dispõe o artigo 25 da lei 8.666/93, vejamos:
215
natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a
inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
Procedimentos licitação
Fases (Lei nº 14.133/2021, Art. 17)
A fim de alcançar os objetivos e a lisura do processo, a legislação define uma série de procedimentos
que podem ser sintetizados nas seguintes fases:
1º. preparatória;
2º. de divulgação do edital de licitação;
3º. de apresentação de propostas e lances, quando for o caso;
4º. de julgamento;
5º. de habilitação;
6º. recursal;
7º. de homologação.
Anulação e Revogação.
A anulação é o desfazimento de ato ilegal e a revogação é a extinção de ato válido,
mas que deixou de ser conveniente e oportuno. Ou seja, quando se torna ilegal, a
forma de se extinguir é pela anulação e no caso conveniência e oportunidade, seria
pela revogação.
216
A Súmula nº 473 do Supremo Tribunal Federal assim dispõe:
“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.”
A anulação de uma licitação segue as mesmas regras aplicáveis à anulação dos atos
administrativos em geral: com base no poder de autotutela, a administração pública
deve anular a licitação, de ofício ou provocada, sempre que constatar ou ficar
demonstrada ilegalidade ou ilegitimidade no procedimento. Paralelamente a esse
controle administrativo, o Poder Judiciário, desde que provocado, tem também
competência para anular o procedimento licitatório em que se comprove a existência
de vício (ilegalidade ou ilegitimidade). [2]
A revogação da licitação sofre restrições em relação à regra geral aplicável aos atos
administrativos. [2]
Com efeito, a regra geral é a possibilidade de a administração pública, também com
base no poder de autotutela, revogar os seus atos discricionários, por motivo de
oportunidade e conveniência, ressalvadas somente aquelas hipóteses em que a
revogação não é cabível. [2]
217
§ 2º A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o
disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
§ 3º No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório
e a ampla defesa.
§ 4º O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento de
dispensa e de inexigibilidade de licitação.”
I - pregão;
II - concorrência;
III - concurso;
IV - leilão;
V - diálogo competitivo.
§ 1º Além das modalidades referidas no caput deste artigo, a Administração pode servir-se dos
procedimentos auxiliares previstos no art. 78 desta Lei.
Art. 29. A concorrência e o pregão seguem o rito procedimental comum a que se refere o art. 17
desta Lei, adotando-se o pregão sempre que o objeto possuir padrões de desempenho e qualidade
218
que possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais de mercado.
Art. 30. O concurso observará as regras e condições previstas em edital, que indicará:
Art. 31. O leilão poderá ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela autoridade
competente da Administração, e regulamento deverá dispor sobre seus procedimentos operacionais.
Contratos administrativos
CONCEITO
são ajustes de vontades realizados entre particulares (pessoas físicas ou pessoas
jurídicas) e a administração pública com cláusulas específicas exigidas pela Lei de
Licitações e Contratos Administrativos (Lei 14.133/21), que, por sua vez, também
disciplina sobre os procedimentos licitatórios.
219
Caracteristicas
Formalização
É nulo o contrato verbal com a Administração Pública.
A Lei federal n. 8.666/93 proíbe, no parágrafo único do art. 60, os contratos verbais, salvo para
pequenas compras a serem pagas prontamente, assim entendidas aquelas de valor não superior a
5% do limite estabelecido no art. 23, II, “a”, feitas em regime de adiantamento (art. 60).
O contrato realizado pela Administração é formal. A lei obriga que se anexe ao edital de licitação a
minuta do contrato (art. 40, § 2º, III, e § 1º do art. 62), do qual é parte integrante.
Nota de empenho de despesa: documento exigido para fins contábeis e financeiros, do qual constam
as condições do acordo (essa nota é obrigatória sempre, ou acompanha o contrato, ou o substitui);
220
primeiro, relaciona os bens comprados e, no segundo, descreve os serviços a serem prestados e
estabelece as condições, anteriormente previstas na licitação que antecedeu a contratação e na
proposta aceita, ou nos documentos em que se fundamenta a autorização de dispensa de licitação
ou, ainda, a declaração de sua inexigibilidade.
Neles, o adjudicatário escreve “de acordo”, data e assina.
O conhecimento do edital completo (além da minuta do contrato, o projeto básico também é um dos
anexos do edital), do contrato celebrado e da legislação é fundamental para o trabalho e gestão do
contrato.
Contrato administrativo é aquele sujeito aos preceitos de direito público.
O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as
normas estabelecidas pela Lei 8.666/1993 (Licitações e Contratos Administrativos), respondendo
cada uma pelas consequências de sua inexecução total ou parcial.
Fiscalização na Execução do Contrato
A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da
Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas
com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou
defeitos observados.
A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não
transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o
objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o
221
Registro de Imóveis.
Cumpre Ressaltar que a Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos
encargos previdenciários resultantes da execução do contrato.
Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o recebimento far-se-á mediante termo
circunstanciado e, nos demais, mediante recibo.
O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade civil pela solidez e segurança da
obra ou do serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites
estabelecidos pela lei ou pelo contrato.
Na hipótese de o termo circunstanciado ou a verificação a que se refere este artigo não serem,
respectivamente, lavrado ou procedida dentro dos prazos fixados, reputar-se-ão como realizados,
desde que comunicados à Administração nos 15 (quinze) dias anteriores à exaustão dos mesmos.
222
Prorrogação
Em regra a prorrogação do contrato administrativo deve ser efetuada antes do término do
prazo de vigência, mediante termo aditivo, para que não se opere a extinção do ajuste.
Entretanto, excepcionalmente e para evitar prejuízo ao interesse público, nos contratos de
escopo, diante da inércia do agente em formalizar tempestivamente o devido aditamento, é
possível considerar os períodos de paralisação das obras por iniciativa da Administração
contratante como períodos de suspensão da contagem do prazo de vigência do ajuste.
Extinção
Conforme a Lei nº 8.666/1993 como também a Instrução Normativa MPOG 05/2017 que disciplinam
os contratos administrativos, orientamos que:
1. A duração dos contratos ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários,
podendo, quando for o caso, ser prorrogada até o limite previsto no ato convocatório, observado o
disposto no art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993.
1.1. O órgão ou entidade poderá estabelecer a vigência por prazo indeterminado nos contratos em
que seja usuária de serviço público essencial de energia elétrica, água e esgoto, serviços postais
monopolizados pela empresa brasileira de correios e telégrafos e ajustes firmados com a imprensa
nacional, desde que no processo da contratação estejam explicitados os motivos que justificam a
adoção do prazo indeterminado e comprovadas, a cada exercício financeiro, a estimativa de
consumo e a existência de previsão de recursos orçamentários.
2. Os contratos por escopo têm vigência por período determinado, podendo excepcionalmente ser
prorrogado pelo prazo necessário à conclusão do objeto, desde que justificadamente e observadas as
hipóteses legais previstas no § 1º do art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993.
3. Nas contratações de serviços continuados, o contratado não tem direito subjetivo à prorrogação
contratual que objetiva a obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração,
podendo ser prorrogados, a cada 12 (doze) meses, até o limite de 60 (sessenta) meses, desde que a
instrução processual contemple:
a) estar formalmente demonstrado que a forma de prestação dos serviços tem natureza continuada;
b) relatório que discorra sobre a execução do contrato, com informações de que os serviços tenham
sido prestados regularmente;
223
c) justificativa e motivo, por escrito, de que a Administração mantém interesse na realização do
serviço;
d) comprovação de que o valor do contrato permanece economicamente vantajoso para a
Administração;
e) manifestação expressa da contratada informando o interesse na prorrogação; e
f) comprovação de que o contratado mantém as condições iniciais de habilitação.
4. A comprovação de que trata a alínea “d” do item 3 acima deve ser precedida de análise entre os
preços contratados e aqueles praticados no mercado de modo a concluir que a continuidade da
contratação é mais vantajosa que a realização de uma nova licitação, sem prejuízo de eventual
negociação com a contratada para adequação dos valores àqueles encontrados na pesquisa de
mercado.
5. A prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada pela
autoridade competente do setor de licitações, devendo ser promovida mediante celebração de
termo aditivo, o qual deverá ser submetido à aprovação da consultoria jurídica do órgão ou entidade
contratante.
6. Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade
competente do setor de licitações, o prazo de sessenta meses de que trata o item 3 deste Anexo
poderá ser prorrogado por até doze meses.
7. A vantajosidade econômica para prorrogação dos contratos com mão de obra exclusiva estará
assegurada, sendo dispensada a realização de pesquisa de mercado, nas seguintes hipóteses:
a) quando o contrato contiver previsões de que os reajustes dos itens envolvendo a folha de salários
serão efetuados com base em Acordo, Convenção, Dissídio Coletivo de Trabalho ou em decorrência
de lei;
b) quando o contrato contiver previsões de que os reajustes dos itens envolvendo insumos (exceto
quanto a obrigações decorrentes de Acordo, Convenção, Dissídio Coletivo de Trabalho e de lei) e
materiais serão efetuados com base em índices oficiais, previamente definidos no contrato, que
guardem a maior correlação possível com o segmento econômico em que estejam inseridos tais
insumos ou materiais ou, na falta de qualquer índice setorial, o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA/IBGE); e
c) no caso dos serviços continuados de limpeza, conservação, higienização e de vigilância, os valores
de contratação ao longo do tempo e a cada prorrogação serão iguais ou inferiores aos limites
estabelecidos em ato normativo da Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão.
8. No caso da alínea “c” do item 7 acima se os valores forem superiores aos fixados pela Secretaria de
Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, caberá negociação objetivando a
redução de preços de modo a viabilizar economicamente as prorrogações de contrato.
9. A Administração deverá realizar negociação contratual para a redução e/ou eliminação dos custos
fixos ou variáveis não renováveis que já tenham sido amortizados ou pagos no primeiro ano da
224
contratação.
Inexecução
Contrato administrativo é aquele sujeito aos preceitos de direito público.
A inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua rescisão, com as consequências contratuais e
as previstas em lei ou regulamento.
Rescisão Contratual
Constituem motivo para rescisão do contrato por:
- descumprimento das obrigações contratuais: o não cumprimento de cláusulas contratuais,
especificações, projetos ou prazos;
- irregularidade nas obrigações contratuais: o cumprimento irregular de cláusulas contratuais,
especificações, projetos e prazos;
- demora no cumprimento do contrato: a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a
comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos
estipulados;
- atraso injustificado: o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;
- paralisação das atividades: a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e
prévia comunicação à Administração;
- subcontratação com terceiros não admitidos no edital: a subcontratação total ou parcial do seu
objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem
como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato;
- descumprimento das determinações da autoridade competente: o desatendimento das
determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução,
assim como as de seus superiores;
- faltas na execução do contrato: o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas em
registro próprio pelo representante da administração;
225
- falência e insolvência civil: a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;
- dissolução de sociedade: a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado.;
- alteração social: a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que
prejudique a execução do contrato;
- interesse público de alta relevância: razões de interesse público, de alta relevância e amplo
conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que
está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato;
- supressão: a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras, acarretando
modificação do valor inicial do contrato além do limite permitido nas obras, serviços ou compras, até
25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma
de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos;
- supressão da execução do contrato: a suspensão de sua execução, por ordem escrita da
Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública,
grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o
mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e
contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao
contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações
assumidas até que seja normalizada a situação;
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