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Matérias IMMA

Língua Portuguesa.
Leitura e compreensão de textos: assunto e estruturação.
TEXTO – é um conjunto de idéias organizadas e relacionadas entre si,
formando um todo significativo capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA
(capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR).

CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas,


há certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior,
criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa
interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-se que o relacionamento entre
as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e
analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial.

INTERTEXTO – comumente, os textos apresentam referências diretas ou


indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-
se INTERTEXTO.

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – o primeiro objetivo de uma interpretação de um


texto é a identificação de sua idéia principal. A partir daí, localizam-se as idéias
secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que
levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.

Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:

1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma


argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os
verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).

2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre


as situações do texto.

3. COMENTAR – é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade,


opinando a respeito.

4. RESUMIR – é concentrar as idéias centrais e/ou secundárias em um só


parágrafo.

5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras.

 EX:  PARÁFRASES
TÍTULO DO

1
TEXTO

A INTEGRAÇÃO DO MUNDO A INTEGRAÇÃO DA HUMANIDADE A


  “O HOMEM UNIÃO DO HOMEM HOMEM + HOMEM = MUNDO
UNIDO” A MACACADA SE UNIU (SÁTIRA)

CONDIÇÕES BÁSICAS PARA INTERPRETAR

Fazem-se necessários:

a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do


texto), leitura e prática;

(b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico;


OBSERVAÇÃO – na semântica (significado das palavras) incluem-se:
homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonímia,
polissemia, figuras de linguagem, entre outros.
c) Capacidade de observação e de síntese e

d) Capacidade de raciocínio.
INTERPRETAR   x   COMPREENDER
INTERPRETAR SIGNIFICA  COMPREENDER SIGNIFICA

– EXPLICAR, COMENTAR, JULGAR,


– INTELECÇÃO, ENTENDIMENTO, ATENÇÃO
TIRAR CONCLUSÕES, DEDUZIR.
AO QUE REALMENTE ESTÁ ESCRITO.
– TIPOS DE ENUNCIADOS • Através do
– TIPOS DE ENUNCIADOS: • O texto DIZ que…
texto, INFERE-SE que… • É possível
• É SUGERIDO pelo autor que… • De acordo
DEDUZIR que… • O autor permite
com o texto, é CORRETA ou ERRADA a
CONCLUIR que…
afirmação…
• Qual é a INTENÇÃO do autor ao
• O narrador AFIRMA…
afirmar que…

ERROS DE INTERPRETAÇÃO

É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de


interpretação. Os mais freqüentes são:

a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no
texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.

b) Redução
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto,
esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser
insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.

2
c) Contradição Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do
candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e,
consequentemente, errando a questão.

OBSERVAÇÃO – Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor.


Pode ser que existam, mas numa prova de concurso qualquer, o que deve ser
levado em consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais.

Ideias principais e secundárias. Como identificar tema, idéia


central e idéias secundárias de um texto

Identificando o tema de um texto


O tema é a idéia principal do texto
Tema: é o assunto a ser desenvolvido em seu texto dissertativo
argumentativo, que é o estilo cobrado na Redação do
Enem. Título: o título indica o enfoque do texto, traz o aspecto
central das ideias desenvolvidas no texto da Redação do
Enem. Por isso, recomenda-se que seja o último elemento
criado.29 de 
. É com base nessa idéia principal que o texto será desenvolvido.
Para que você consiga identificar o tema de um texto, é necessário
relacionar as diferentes informações de forma a construir o seu
sentido global, ou seja, você precisa relacionar as múltiplas partes
que compõe um todo significativo, que é o texto.
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um
texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o
título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre
o assunto que será tratado no texto.

Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura porque


achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atraído pelo
título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito comum as
pessoas se interessarem por temáticas diferentes, dependendo do
sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências pessoais e
experiência de mundo, entre outros fatores.

Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro,


sexualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados

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com o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente
infinitas e saber reconhecer o tema de um texto são condição
essencial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar
nossos estudos?

Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício bem


simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto:
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?

CACHORROS
                Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa
amizade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
outro e a parceria deu certo.
Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o possível
assunto abordado no texto. Embora você imagine que o texto vai
falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele falaria
sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo do
texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a
associação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos
cães pelo mundo, as vantagens da convivência entre cães e
homens.

As informações que se relacionam com o tema chamamos de


subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram,
ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma
unidade de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse
texto fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você
chegou à conclusão de que o texto fala sobre a relação entre
homens e cães. Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso
significa que você foi capaz de identificar o tema do texto!

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Relação entre ideias.
Ideia central e intenção comunicativa.
Efeitos de sentido.
Figuras de linguagem.
As figuras de linguagem ou de estilo, de acordo com Renan Bardine,
são empregadas para valorizar o texto, tornando a linguagem mais
expressiva. É um recurso lingüístico para expressar experiências
comuns de formas diferentes, conferindo originalidade, emotividade
ou poeticidade ao discurso. As figuras revelam muito da
sensibilidade de quem as produz, traduzindo particularidades
estilísticas do autor. A palavra empregada em sentido figurado, não-
denotativo, passa a pertencer a outro campo de significação, mais
amplo e criativo. As figuras de linguagem classificam-se em: figuras
de palavra, figuras de harmonia, figuras de pensamento, figuras de
construção ou sintaxe.
FIGURAS DE PALAVRA, as figuras de palavra são figuras de
linguagem que consistem no emprego de um termo com sentido
diferente daquele convencionalmente empregado, a fim de se
conseguir um efeito mais expressivo na comunicação. São figuras
de palavras: comparação, catacrese, metáfora, sinestesia,
metonímia, antonomásia, sinédoque, alegoria.
Comparação: Ocorre comparação quando se estabelece
aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por
conectivos comparativos explícitos feito, assim como, tal, como, tal
qual, tal como, qual, que nem e alguns verbos parecer, assemelhar-
se e outros. Amou daquela vez como se fosse máquina. Beijou sua
mulher como se fosse lógico.

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Catacrese: A catacrese é um tipo de especial de metáfora, é uma
espécie de metáfora desgastada, em que já não se sente nenhum
vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca. É a metáfora
tornada hábito linguístico, já fora do âmbito estilístico. (Othon M.
Garcia) 4

folhas de livro, pele de tomate, dente de alho, montar em burro, céu


da boca, cabeça de prego, mão de direção, ventre da terra, asa da
xícara, sacar dinheiro no banco.

A catacrese representa o emprego impróprio de uma palavra por


não existir outra mais específica.
Exemplo:
Embarcou há pouco no avião. (Embarcar é colocar-se a bordo de um
barco, mas como não há um termo específico para o avião,
embarcar é o utilizado.)

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Metáfora: Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através
de uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem
a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma
comparação abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas
subentendido. Exemplo: Supondo o espírito humano uma vasta
concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair pérolas, que
é a razão.
A metáfora representa uma comparação de palavras com
significados diferentes e cujo conectivo de comparação
(como, tal qual) fica subentendido na frase.
Exemplos:
A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem
que voa.)

Sinestesia: consiste na fusão de sensações diferentes numa


mesma expressão. Essas sensações podem ser físicas (gustação,
audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas (subjetivas). Exemplo:
A minha primeira recordação é um muro velho, no quintal de uma
casa indefinível. Tinha várias feridas no reboco e veludo de musgo.
Milagrosa aquela mancha verde [sensação visual] e úmida, macia
[sensações táteis], quase irreal. (Augusto Meyer).

A sinestesia acontece pela associação de sensações por


órgãos de sentidos diferentes.

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Exemplos:
Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da
namorada. (A frieza está associada ao tato e não à visão.)
,

Metonímia: Ocorre metonímia quando há substituição de uma


palavra por outra, havendo entre ambas algum grau de semelhança,
relação, proximidade de sentido ou implicação mútua. Tal
substituição fundamenta-se numa relação objetiva, real, realizando-
se de inúmeros modos: - A causa pelo efeito e vice-versa:
Ex:
E assim o operário ia com suor e com cimento* Erguendo uma casa
aqui adiante um apartamento. *
Com trabalho. - O lugar de origem ou de produção pelo produto:
Comprei uma garrafa do legítimo porto*. *O vinho da cidade do
Porto.
O autor pela obra: Ela parecia ler Jorge Amado*. *A obra de Jorge
Amado.
A metonímia é a transposição de significados considerando parte
pelo todo, autor pela obra.

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Exemplos:
Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras
de Shakespeare.)

Antonomásia: Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que


apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto (descritivo,
especificativo etc.) do nome próprio. E ao rabi simples, que a
igualdade prega, rasga e enlameia a túnica inconsútil; Pelé (= Edson
Arantes do Nascimento) O poeta dos escravos (= Castro Alves) O
Dante Negro (= Cruz e Souza) O Corso (= Napoleão).
Alegoria: é uma acumulação de metáforas referindo-se ao mesmo
objeto; é uma figura poética que consiste em expressar uma
situação global por meio de outra que a evoque e intensifique o seu
significado. Na alegoria, todas as palavras estão transladadas para
um plano que não lhes é comum e oferecem dois sentidos
completos e perfeitos um referencial e outro metafórico. Exemplo: A
vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam
pelo soprano, em presença do baixo e dos comprimários, quando
não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença
do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros
numerosos, muitos bailados, e a orquestra é excelente.
Sinédoque: Ocorre sinédoque quando há substituição de um termo
por outro, havendo ampliação ou redução do sentido usual da
palavra numa relação quantitativa. Encontramos sinédoque nos
seguintes casos: - O todo pela parte e vice-versa: A cidade inteira viu
assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo
9
nos cascos de seu cavalo. O povo, parte das patas. O singular pelo
plural e vice-versa: O paulista é tímido; o carioca, atrevido. Todos os
paulistas. Todos os cariocas. - O indivíduo pela espécie (nome
próprio pelo nome comum): Para os artistas ele foi um mecenas .
Modernamente, a metonímia engloba a sinédoque. 
FIGURAS DE HARMONIA: Chamam-se figuras de som ou de
harmonia os efeitos produzidos na linguagem quando há repetição
de sons ou, ainda, quando se procura imitar sons produzidos por
coisas ou seres. As figuras de linguagem de harmonia ou de som
são: a) aliteração c) assonância b) paronomásia d) onomatopeia.
Aliteração: quando há repetição da mesma consoante ou de
consoantes similares, geralmente em posição inicial da palavra.
Exemplo: Toda gente homenageia Januária na janela. 
Assonância: Ocorre assonância quando há repetição da mesma
vogal ao longo de um verso ou poema. Exemplo: Sou Ana, da cama
da cana, fulana, bacana Sou Ana de Amsterdam.
Paronomásia: Ocorre paronomásia quando há reprodução de sons
semelhantes em palavras de significados diferentes. Exemplo: Berro
pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu erro quero que
você ganhe que você me apanhe sou o seu bezerro gritando
mamãe.
Onomatopeia: Ocorre quando uma palavra ou conjunto de palavras
imita um ruído ou som. Exemplo: O silêncio fresco despenca das
árvores. Veio de longe, das planícies altas, dos cerrados onde o
guaxe passe rápido passou.

FIGURAS DE PENSAMENTO
As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se
referem ao significado das palavras, ao seu aspecto semântico. São
figuras de linguagem de pensamento: antítese, apóstrofe, paradoxo,
eufemismo, gradação, hipérbole, ironia, prosopopeia, perífrase.

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Antítese: é quando há aproximação de palavras ou
expressões de sentidos opostos. Exemplo: Amigos ou
inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos
querem mal, e fazem-nos bem. Outros nos almejam o bem,
e nos trazem o mal.
Apóstrofe: é quando há invocação de uma pessoa ou algo,
real ou imaginário, que pode estar presente ou ausente.
Corresponde ao vocativo na análise sintática e é utilizada
para dar ênfase à expressão. Exemplo: Deus! ó Deus! onde
estás, que não respondes?
Paradoxo: Ocorre não apenas na aproximação de palavras
de sentido oposto, mas também na de idéias que se
contradizem referindo-se ao mesmo termo. É uma verdade
enunciada com aparência de mentira. Oxímoro (ou
oximoron) é outra designação para paradoxo. Exemplo:
Amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e não se
sente; É um contentamento descontente; É dor que
desatina sem doer;
Eufemismo: é quando uma palavra ou expressão é
empregada para atenuar uma verdade tida como penosa,
desagradável ou chocante. Ex: e pela paz derradeira que
enfim vai nos redimir Deus lhe pague.
Gradação: Ocorre quando há uma sequência de palavras
que intensificam uma mesma idéia. Exemplo: Aqui além
mais longe por onde eu movo o passo.
Hipérbole: Ocorre quando há exagero de uma idéia, a fim de
proporcionar uma imagem emocionante e de impacto.
Exemplo: Rios te correrão dos olhos, se chorares!

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Ironia: Ocorre quando, pelo contexto, pela entonação, pela
contradição de termos, sugere-se o contrário do que as
palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é
depreciativa ou sarcástica. 5

Exemplo: Moça linda, bem tratada, três séculos de família,


burra como uma porta: um amor.

Prosopopéia: Ocorre (ou animização ou personificação)


quando se atribui movimento, ação, fala, sentimento, enfim,
caracteres próprios de seres animados a seres inanimados
ou imaginários. Também a atribuição de características
humanas a seres animados constitui prosopopéia o que é
comum nas fábulas e nos apólogos, como este exemplo de
Mário de Quintana: O peixinho silencioso e levemente
melancólico os rios vão carregando as queixas do
caminho. Um frio inteligente percorria o jardim.
Perífrase: Ocorre quando se cria um torneio de palavras
para expressar algum objeto, acidente geográfico ou
situação que não se quer nomear. Exemplo: Cidade
maravilhosa Cheia de encantos mil Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil.
FIGURAS DE SINTAXE
As figuras de sintaxe ou de construção dizem respeito a
desvios em relação à concordância entre os termos da
oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões. Elas
podem ser construídas por: omissão: assíndeto, elipse e
zeugma, repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto,
inversão, anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage, ruptura:
anacoluto, concordância ideológica, silepse. Portanto, são
figuras de linguagem de construção ou sintaxe: assíndeto,
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elipse, zeugma, anáfora, pleonasmo, polissíndeto,
anástrofe, hipérbato, sínquise, hipálage, anacoluto, silepse.
Assíndeto: Ocorre quando orações ou palavras deveriam vir
ligadas por conjunções coordenativas, aparecem
justapostas ou separadas por vírgulas. Exigem do leitor
atenção maior no exame de cada fato, por exigência das
pausas rítmicas (vírgulas). Exemplo: Não nos movemos, as
mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro,
pegando-se, apertando-se, fundindo-se.
Elipse: Ocorre elipse quando omitimos um termo ou oração
que facilmente podemos identificar ou subentender no
contexto. Pode ocorrer na supressão de pronomes,
conjunções, preposições ou verbos. É um poderoso recurso
de concisão e dinamismo. Exemplo: Veio sem pinturas, em
vestido leve, sandálias coloridas. Elipse do pronome ela
(Ela veio) e da preposição de (de sandálias).
Zeugma: Ocorre quando um termo já expresso na frase é
suprimido, ficando subentendida sua repetição. Exemplo:
Foi saqueada a vida, e assassinados os partidários dos
Felipes. Zeugma do verbo: e foram assassinados.
Anáfora: Ocorre quando há repetição intencional de
palavras no início de um período, frase ou verso. Exemplo:
Depois o areal extenso depois o oceano de pó depois no
horizonte imenso deserto só.
Pleonasmo: Ocorre quando há repetição da mesma ideia,
isto é, redundância de significado. a) Pleonasmo literário: É
o uso de palavras redundantes para reforçar uma ideia,
tanto do ponto de vista semântico quanto do ponto de vista
sintático. Usado como um recurso estilístico, enriquece a
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expressão, dando ênfase à mensagem. Exemplo: Iam vinte
anos desde aquele dia quando com os olhos eu quis ver de
perto Quando em visão com os da saudade via. Ó mar
salgado, quando do teu sal são lágrimas de Portugal,
Pleonasmo vicioso: É o desdobramento de ideias que já
estavam implícitas em palavras anteriormente expressas.
Pleonasmos viciosos devem ser evitados, pois não têm
valor de reforço de uma idéia, sendo apenas fruto do
descobrimento do sentido real das palavras. subir para
cima, entrar para dentro, repetir de novo, ouvir com os
ouvidos, hemorragia de sangue, monopólio exclusivo, breve
alocução, principal protagonista.
Polissíndeto: Ocorre quando há repetição enfática de uma
conjunção coordenativa mais vezes do que exige a norma
gramatical ( geralmente a conjunção e). É um recurso que
sugere movimentos ininterruptos ou vertiginosos. Exemplo:
Vão chegando as burguesinhas pobres, e as criadas das
burguesinhas ricas e as mulheres do povo, e as lavadeiras
da redondeza.
Anástrofe: Ocorre anástrofe quando há uma simples
inversão de palavras vizinhas (determinante /
determinado). Exemplo: Tão leve estou que nem sombra
tenho. Estou tão leve.
Hipérbato: Ocorre hipérbato quando há uma inversão
completa de membros da frase. Exemplo: Passeiam à
tarde, as belas na Avenida. As belas passeiam na Avenida à
tarde. 
Sínquise: Ocorre quando há uma inversão violenta de
distantes partes da frase. É um hipérbato exagerado.
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Exemplo: A grita se alevanta ao Céu, da gente. A grita da
gente se alevanta ao Céu.
Hipálage: Ocorre hipálage quando há inversão da posição
do adjetivo: uma qualidade que pertence a um objeto é
atribuída a outro, na mesma frase. Exemplo: as lojas
loquazes dos barbeiros. As lojas dos barbeiros loquazes.
Anacoluto: Ocorre quando há interrupção do plano sintático
com que se inicia a frase, alterando a sequência lógica. A
construção do período deixa um ou mais termos que não
apresentam função sintática definida desprendidos dos
demais, geralmente depois de uma pausa sensível.
Exemplo: Essas empregadas de hoje, não se pode confiar
nelas.
Silepse: Ocorre quando a concordância não é feita com as
palavras, mas com a ideia a elas associada. a) Silepse de
gênero: Ocorre quando há discordância entre os gêneros
gramaticais (feminino ou masculino). Exemplo: Quando a
gente é novo, gosta de fazer bonito.
Silepse de número: Ocorre quando há discordância
envolvendo o número gramatical (singular ou plural).
Exemplo: Corria gente de todos lados, e gritavam.
Silepse de pessoa: Ocorre quando há discordância entre o
sujeito expresso e a pessoa verbal: o sujeito que fala ou
escreve se inclui no sujeito enunciado. Exemplo: Na noite
seguinte estávamos reunidas algumas pessoas.
Recursos de argumentação.
Argumentar é a capacidade de relacionar fatos, teses,
estudos, opiniões, problemas e possíveis soluções a fim de

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embasar determinado pensamento ou ideia. Um texto
argumentativo sempre é feito visando um destinatário. O
objetivo desse tipo de texto é convencer, persuadir, levar o
leitor a seguir uma linha de raciocínio e a concordar com
ela. Para que a argumentação seja convincente é necessário levar
o leitor a um beco sem saída, onde ele seja obrigado a concordar
com os argumentos expostos. No caso da redação, por ser um
texto pequeno, há uma obrigatoriedade em ser conciso e preciso,
para que o leitor possa ser levado direto ao ponto chave. Para isso é
necessário que se exponha a questão ou proposta a ser discutida
logo no início do texto, e a partir dela se tome uma posição, sempre
de forma impessoal. O envolvimento de opiniões pessoais, além de
ser terminantemente proibido em textos que serão analisados em
concursos, pode comprometer a veracidade dos fatos e o poder de
convencimento dos argumentos utilizados. Por exemplo, é muito
mais aceitável uma afirmação de um autor renomado ou de um livro
conhecido do que o simples posicionamento do redator a respeito
de determinado assunto. Uma boa argumentação só é feita a partir
de pequenas regras as quais facilmente são encontradas em textos
do dia-a-dia, já que durante a nossa vida levamos um longo tempo
tentando convencer as outras pessoas de que estamos certos.

Os argumentos devem ter um embasamento, nunca devesse afirmar


algo que não venha de estudos ou informações previamente
adquiridas. Os exemplos dados devem ser coerentes com a
realidade, ou seja, podem até ser fictícios, mas não podem ser
inverossímeis. Caso haja citações de pessoas ou trechos de textos
os mesmos devem ser razoavelmente confiáveis, não se pode citar
qualquer pessoa. Experiências que comprovem os argumentos
devem ser também coerentes com a realidade. Há de se imaginar
sempre os questionamentos, dúvidas e pensamentos contrários
dos leitores quanto à sua argumentação, para que a partir deles se
possa construir melhores argumentos, fundamentados em mais
estudo e pesquisa. Sobre a estrutura do texto: Deve conter uma
lógica de pensamentos. Os raciocínios devem ter uma relação entre
si, e um deve continuar o que o outro afirmava. No início do texto
deve-se apresentar o assunto e a problemática que o envolve,

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sempre tomando cuidado para não se contradizer. Ao decorrer do
texto vão sendo apresentados os argumentos propriamente ditos,
junto com exemplificações e citações (se existirem). No final do
texto as ideias devem ser arrematadas com uma tese (a
conclusão). Essa conclusão deve vir sendo prevista pelo leitor
durante todo o texto, à medida que ele vai lendo e se direcionando
para concordar com ela. A argumentação não trabalha com fatos
claros e evidentes, mas sim investiga fatos que geram opiniões
diversas, sempre em busca de encontrar fundamentos para localizar a
opinião mais coerente. Não se pode, em uma argumentação, afirmar a verdade
ou negar a verdade afirmada por outra pessoa. O objetivo é fazer com que o
leitor concorde e não com que ele feche os olhos para possíveis contra-
argumentos. Caso seja necessário se pode também fazer uma comparação
entre vários ângulos de visão a respeito do assunto, isso poderá ajudar no
processo de convencimento do leitor, pois não dará margens para contra-
argumentos. Porém deve-se tomar muito cuidado para não se contradizer e
para ser claro.

Coesão e coerência textuais.


Coerência textual é o fator que possibilita o entendimento da mensagem
transmitida no texto. Aliada à coesão, a coerência tem como função a
construção dos sentidos da textualidade.

Por meio da coerência, ocorre a concatenação das ideias do texto. Ou seja, a


formação de uma cadeia de ideias.

O texto que obedece à coerência transmite uma relação lógica de ideias que se
complementam, não se contradizem e conferem significado à mensagem.
Quando o texto é coerente, o interlocutor apreende os sentidos do texto.

A falta dela afeta a significação do texto, prejudica a relação com o interlocutor,

Tipos de Coerência Textual


Coerência Narrativa:
Nesse tipo de texto é obedecida uma lógica entre ações e personagens. Cada
ação obedece a um tempo que permite conhecer a ordem dos acontecimentos
sem contradições.

Exemplo:

Ele ligou à noite para acalmar o desespero dela. Sentou no sofá de couro já
gasto, acendeu a luz do abajur na sala já escura. Chamou por querida, clamou

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por perdão. Relatou o dia e prometeu reduzir os hiatos que os separava. A
conversa deu fome. Ele levantou e procurou os últimos vestígios do jantar. Ela
ficou saciada com um copo de leite quente preparado enquanto ele lhe fazia
juras que seriam quebradas na manhã seguinte, a continuidade dos sentidos e
compreensão.

Coerência Argumentativa

São apresentados exemplos, opiniões e dados utilizados como argumento para


sustentar a conclusão.

Também é preciso obedecer a uma sequência lógica de acontecimentos para


sustentar a argumentação e possibilitar a compreensão da conclusão.

Exemplo:

A violência escolar é um problema que envolve toda a comunidade. Do núcleo


familiar ao convívio em sociedade, é o Estado, contudo, o responsável por
oferecer as condições necessárias para a redução do problema até a sua
quase eliminação.

Cabe à sociedade interferir para que o Estado desempenhe de maneira


satisfatória o seu papel e evite que problemas como a violência na escola
prejudiquem o desenvolvimento da comunidade. Em suma, o problema só terá
fim com o envolvimento conjunto da sociedade e Estado.

Coerência Descritiva

Nesses textos é promovido um retrato das pessoas, coisas e ambientes com


detalhes sobre suas particularidades.

São usadas figuras que condizem com a cena, o ambiente e o tempo onde
estão situados os personagens e acontecimentos.

Exemplo:

Fazia tão calor naquele dia, que as roupas pareciam aderir à pele. Cada passo
na calçada era um desafio ao bem-estar devido à temperatura do ladrilho.
Mesmo assim, saiu mais cedo e foi fazer as compras de aniversário para a
surpresa da noite. Nem mesmo o calor seria suficiente para impedir a festa.

Princípios da Coerência Textual

Princípio da não-contradição

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Ocorre quando as ideias não se contradizem e a lógica do texto não é
interrompida.

Princípio da não-tautologia

Ocorre quando um mesmo termo não é repetido exaustivamente, prejudicando


a mensagem e tornando o texto inteligível.

Princípio da relevância

Ocorre quando o interlocutor percebe a obediência à relação de ideias em uma


sequência. Não há quebra.

Quando o ordenamento é incorreto, ainda que as mensagens tenham


significado isoladas, a compreensão dos sentidos do texto é prejudicada.

Coesão Textual
A Coesão e a Coerência são mecanismos fundamentais na construção textual.

Para que um texto seja eficaz na transmissão da sua mensagem é essencial


que faça sentido para o leitor.

Além disso, deve ser harmonioso, de forma a que a mensagem flua de forma
segura, natural e agradável aos ouvidos.

A coesão é resultado da disposição e da correta utilização das palavras que


propiciam a ligação entre frases, períodos e parágrafos de um texto. Ela
colabora com sua organização e ocorre por meio de palavras chamadas
de conectivos.

Mecanismos de Coesão
A coesão pode ser obtida através de alguns mecanismos: anáfora e catáfora.

A anáfora e a catáfora se referem à informação expressa no texto e, por esse


motivo, são qualificadas como endofóricas.

Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora o antecipa,


contribuindo com a ligação e a harmonia textual.

Algumas Regras

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Confira abaixo algumas regras que garantem a coesão textual:

Referência

 Pessoal: utilização de pronomes pessoais e possessivos. Exemplo: João


e Maria casaram. Eles são pais de Ana e Beto. (Referência pessoal
anafórica)
 Demonstrativa: utilização de pronomes demonstrativos e
advérbios. Exemplo: Fiz todas as tarefas, com exceção desta: arquivar
a correspondência. (Referência demonstrativa catafórica)
 Comparativa: utilização de comparações através de
semelhanças. Exemplo: Mais um dia igual aos outros… (Referência
comparativa endofórica)

Substituição

Substituir um elemento (nominal, verbal, frasal) por outro é uma forma de evitar
as repetições.

Exemplo: Vamos à prefeitura amanhã, eles irão na próxima semana.

Observe que a diferença entre a referência e a substituição está expressa


especialmente no fato de que a substituição acrescenta uma informação nova
ao texto.

No caso de “João e Maria casaram. Eles são pais de Ana e Beto”, o pronome


pessoal referência as pessoas João e Maria, não acrescentando informação
adicional ao texto.

Elipse

Um componente textual, quer seja um nome, um verbo ou uma frase, pode ser
omitido através da elipse.

Exemplo: Temos ingressos a mais para o concerto. Você os quer?

(A segunda oração é perceptível mediante o contexto. Assim, sabemos que o


que está sendo oferecido são ingressos para o concerto.)

Conjunção

A conjunção liga orações estabelecendo relação entre elas.

Exemplo: Nós não sabemos quem é o culpado, mas ele sabe. (adversativa)

20
Coesão Lexical

A coesão lexical consiste na utilização de palavras que possuem sentido


aproximado ou que pertencem a um mesmo campo lexical. São elas:
sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos, entre outros.

Exemplo: Aquela escola não oferece as condições mínimas de trabalho. A


instituição está literalmente caindo aos pedaços.

Gênero do texto (literário e não literário, narrativo, descritivo


e argumentativo); interpretação e organização interna.
Texto literário

O texto literário expressa emoções como dor, alegria ou amor através da


criatividade e organização das palavras.
Ex: romances, crônicas, letras de músicas e etc…

Características principais do texto literário:


Subjetividade e tem uma linguagem conotativa (sentido figurado da palavra ou
expressão, dependendo do contexto para entender o seu significado)

Sua função: Pode ser poética ou emotiva


Seu objetivo: Levar o leitor a sentir emoção.

É muito utilizado as figuras de linguagem como por exemplo a metáfora


(emprego de uma palavra com outro significado) ou a ironia (Inversão do
sentido da palavra) para dar novos significados às palavras.

Usa recursos artísticos para dar emoção ao texto.


O autor usa muito a sua imaginação, podendo até recriar a realidade que
vivemos.
É um texto que imprime um ritmo, uma beleza própria criando uma harmonia
entre as palavras.

Texto não literário

No texto não literário o objetivo principal é explicar, esclarecer ou informar algo


ao leitor.
Ele é claro e objetivo para que o leitor não tenha dúvidas ou interprete errado a
informação.

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Ex.: Receitas, manuais, livros educacionais, revistas ou anúncios.

Características principais do texto não literário:

Objetividade, explicação e informação e tem uma linguagem denotativa


(Sentido literal da palavra ou expressão, não dependendo do contexto para que
você a compreenda)
Função: Referencial (transmitir informações objetivas)
Objetivo: Dar informação de forma literal (compreensivo, claro e direto).

Texto Narrativo
Ele narra um fato ou ficção na qual tem um personagem em algum lugar e
época. Seu enredo tem a introdução, desenvolvimento, tensão e seu final.
Ex.:
Romance: Por conter muitas informações, do tempo, lugar, personagens ele é
um texto mais longo. Uma de suas principais característica é que se aproxima
muito da realidade.
Contos: Narrativas bem menores que podem ser do cotidiano, mas é mais
utilizada na ficção como as histórias dos Irmãos Grimm.
Crônicas: São textos curtos muito utilizadas nos jornais, pois utilizam de fatos
e costuma aprofundar o tema. O cronista normalmente coloca sua visão no
texto.
Fábulas: É um texto extremamente criativo com animais que têm
características de seres humanos.
São textos direcionados para o público infantil que sempre tem em seu final
uma lição de moral.

Texto Descritivo
É a descrição de uma pessoa, lugar ou objeto mostrando suas características,
com o objetivo de transmitir para a pessoa com quem fala uma visualização
que muitas vezes pode ver e sentir o que o autor do texto quer passar.
O texto descritivo utiliza muito adjetivos.
Ex.: Diário, classificados de jornais, cardápios e currículo

Texto argumentativo
Seu objetivo é defender um ponto de vista através da argumentação. Você
introduz o assunto ou tema, desenvolve com seus motivos (argumentos) e
depois conclui fechando a argumentação.
Para deixar mais claro sua argumentação ele pode utilizar contra-argumentos
para não dar margem a interpretações erradas. Os argumentos podem ser

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pesquisas, dados históricos ou mesmo depoimentos.
Normalmente o texto deve ser objetivo e impessoal.
Ex.: Editorial, manifesto e sermões.

Organização Interna

Para fazermos uma organização interna do texto é necessário descobrir a sua


articulação, ou seja, temos que verificar as ligações verdadeiras do texto e
sermos rigorosos na organização. O texto explica através destas ligações, qual
é o objetivo do autor. É Preciso seguir a ordem do texto construindo uma
explicação das partes do texto.

Devemos evitar analisar somente partes do texto, ou seja, devemos analisar o


texto todo e não somente em uma parte do texto.

Devemos observar com muita atenção quando o autor der alguns exemplos,
pois muitas vezes é neles que você encontrará informações de como pensa o
autor.

Reforço a importância de estudar coesão e coerência que são fundamentais


para uma boa interpretação de texto.

Devemos dar muita atenção aos textos simples, pois podem conter pegadinhas
levando você a uma interpretação errada do texto.

De posse destas informações devemos então seguir um procedimento de


organização interna para podermos interpretar o texto:

A sua organização interna deve conter uma introdução, desenvolvimento e


conclusão

Na introdução você verifica o tema de maneira geral, as dificuldades levantadas


pelo texto e a visão do autor.

No desenvolvimento de sua organização você deve verificar as ligações do


texto, ou seja, o caminho para descobrir o objetivo do autor.

Na conclusão você deve fazer um resumo claro e objetivo do que o autor quis
dizer.

23
Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; campos
semânticos; emprego de tempos e modos dos verbos em
português.

Semântica: é um ramo da linguística que estuda o significado das palavras,


frases e textos de uma língua. Esta mesma matéria é pedida como significação
contextual de palavras ou expressões ou como significação das palavras.

Ela é dividida em:

Descritiva ou sincrônica – a que estuda o significado atual das palavras.

Histórica ou diacrônica – a que estuda as mudanças que as palavras sofreram


no tempo e no espaço.

Sentido e emprego dos vocábulos

Denotação e conotação (sentido próprio (denotativo) e sentido figurado


(conotativo), antônimo e sinônimo, homônimos e parônimos, ambiguidades,
polissemia, hiperonímia e hiponímia.

Denotação e Conotação (sentido Próprio (denotativo) e sentido figurado


(conotativo).

Denotação

Também conhecido como sentido próprio ou denotativo das palavras.

Sentido literal da palavra ou expressão. Ela não precisa do contexto para que
você a compreenda, ou seja, tem o mesmo sentido do dicionário. Como ela
normalmente é usada.

Exemplos: Comprei uma flor na floricultura

A cobra picou a menina.

Conotação

Também conhecido como sentido figurado ou conotativo das palavras

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Já é uma palavra que depende do contexto para entender o seu significado.
Este contexto pode mudar o sentido literal da palavra ou expressão. Quando a
palavra é usada de modo criativo ela aumenta as possibilidades de
interpretações. É muito usado em campanhas publicitárias.

Utilizando as mesmas palavras dos exemplos anteriores ficará mais claro;

Exemplos: A Raquel é uma flor de menina.

O contexto alterou o sentido literal da palavra flor. Nesta expressão significa


que Raquel é meiga e bela.

Minha sogra é uma cobra

O contexto também alterou o sentido literal da palavra cobra. Nesta expressão


significa que a sogra é antipática e insuportável.

 Antônimo e Sinônimo

 Antônimo

Antônimos (Antonímia): palavras que possuem significados diferentes, ou seja,


significados opostos.

Exemplos: feliz e infeliz, simpático e antipático, simétrico e assimétrico,


progressão e regressão

Sinônimos

Sinônimos (Sinonímia): palavras que possuem significados iguais ou


semelhantes.

Exemplos: carro e automóvel, comprido e longo, inteiro e completo, desenvolver


e crescer.

Homônimos e Parônimos

Homônimos (homonímia)

Homônimos são palavras com escrita ou pronúncia iguais, mas significado


diferente.

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Ex: caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar) e rio (curso de água) e rio
(verbo rir);

Tipos de homônimos: homônimos perfeitos, homógrafos e homófonos 

Homônimos perfeitos

Tem a mesma grafia e som, mas com significados diferentes

Ex.: cedo (com antecedência) e cedo (verbo ceder).

Homônimos homógrafos

Tem a mesma grafia e som diferente e com significados diferentes.

Ex.: apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar)

Homônimos homófonos

Tem grafia diferente e mesmo som e com significados diferentes

Ex: cela (cadeia) e sela (arreio)

Parônimos (paronímia)

Parônimos são palavras com escrita e pronúncia parecida, mas com


significado diferente.

Ex: Deferi (conceder) e diferir (ser diferente) e discriminar (especificar) e


descriminar (inocentar)

Ambiguidade

A ambiguidade também é conhecida como anfibologia e ela ocorre quando o


texto não está claro dando uma duplicidade de sentido em palavras ou
expressões do texto. Alguns textos até utilizam deste recurso como o poético
ou literário. Outros como textos como técnicos ou informativos evitam este
recurso.

A ambiguidade é considerado um vício de linguagem que são desvios das


normas gramaticais que atrapalham a comunicação do pensamento e

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normalmente ocorre por descuido ou desconhecimento da norma culta por
parte da pessoa que quer passar a mensagem.

Para se passar uma mensagem é necessária que ela seja clara e coerente, ou
seja, ela não pode dar margem a mais de uma interpretação.

Exemplos de ambiguidade como vício de linguagem:

A menina disse à colega que sua mãe havia chegado.

Quem chegou foi a mãe dela ou a mãe da colega

O pai pediu ao filho que arrumasse o seu quarto

Qual quarto é para arrumar, o do filho ou do pai

Polissemia e Monossemia

Polissemia

Polissemia: Prefixo poli= muitos e sufixo semia= sentidos, ou seja, muitos


sentidos

É uma palavra ou expressão que tem muitos significados (vários sentidos).


Geralmente é da mesma classe gramatical, mesmo campo semântico ou são
relacionados entre si.

Ex.: Letra

João de Barro que escreveu a letra da música Carinhoso.

A letra inicial de Maria é “M”.

A letra de seu filho é muito bonita.

Apesar de terem significados diferentes elas pertencem ao mesmo conceito,


são relacionados à escrita.

Outros exemplos de polissemia: Dama, boca, vela e etc…

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Monossemia

A monossemia indica que determinadas palavras apresentam apenas um


significado.

Exemplos de palavras monossêmicas:

Estetoscópio (instrumento médico);

Porcelana (produto cerâmico)

Heptágono (polígono com sete lados).

Hiperonímia e hiponímia 

Hiperonímia

A hiperonímia é representada por aquelas palavras que dão ideia de um todo,


ou seja, de significado mais abrangente.

O hiperônimo é uma palavra superior pois permitem a formação de subclasses


relacionadas a ele.

Constitui as características gerais de uma classe.

Exemplos: Cor, esportes, animais e veículos.

Classe: Cor (hiperônimo).

Subclasse: Rosa, amarelo, verde, vermelho.

Hiponímia

A hiponímia é representada por aquelas palavras que dão a ideia de uma parte
de um todo, tendo um sentido mais restrito, por isso, é considerada uma
palavra inferior pois ela se originou de outra.

O hipônimo seria as palavras da subclasse do hiperônimo.

Exemplos: Rosa, vôlei, cavalo e carro.

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Classe: esportes (hiperônimo).

Subclasse: Natação, futebol e tênis (hipônimos).

Tempos e Modos Verbais


Você sabe a diferença entre tempos e modos verbais? Muitos acreditam que
ambos se misturam, mas na verdade um é complemento do outro.

Na nossa Gramática, os Tempos verbais são: Presente, Pretérito e Futuro.

Os tempos servem para indicar as formas, os estados ou fenômenos


demonstrados pelos verbos.

Já os Modos verbais compõem os tempos verbais nos modos: Indicativo,


subjuntivo e imperativo.

Tempos Verbais – Tempos e modos verbais

Os tempos verbais são recursos da gramática que indicam o momento da fala


de alguém.

Podem exprimir passado, presente e futuro por meio do verbo.

Dessa forma, indicam, na fala, se algo já ocorreu, acontece no momento em


que se fala ou ainda vai ocorrer.

Presente: expressa que um fato ocorre no momento da fala.

Exemplo: Agora Maria dorme.

Pretérito- Divide-se em perfeito (simples e composto) e imperfeito: é a


referência a algo que aconteceu antes da fala.

Perfeito simples: anuncia que um fato começou em um momento anterior ao


da fala e que foi totalmente concluído.

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Exemplo: Joana limpou o quarto.

Perfeito composto: indica que um fato começou em um momento anterior ao


da fala, ficou em conclusão, mas o fato se prolonga até o momento presente da
fala.

Exemplo: Mário tem estudado muito para a prova.

Mais-que-perfeito: faz referência a um fato que ocorreu antes de outro já ter


terminado.

Exemplo: Quando você chegou, seu pai já tinha saído.

Imperfeito: quando expressa um fato ocorrido, mas que não foi completamente


terminado.

Exemplo: Iza assistia filme quando seu esposo a chamou.

Futuro: é a referência ao que ainda não ocorreu ou não foi realizado.

Futuro do presente simples: faz referência a algo que deve ocorrer em um


futuro próximo ao momento da fala.

Exemplo: Amanhã lerei o jornal na hora do almoço.

Futuro do pretérito simples: indica que algo pode ocorrer posteriormente a um


determinado fato passado.

Exemplo: Se eu tivesse dinheiro, reformaria a casa.

Futuro do pretérito composto: expressa que um fato poderia ter ocorrido


posteriormente a um fato do passado.

Exemplo: Se você não tivesse comprado supérfluos, teria dinheiro para viajar.

Exemplo: Luana viajará amanhã.

Futuro do presente composto: expressa um fato que deve ocorrer após o


momento da fala, mas concluído antes de outro fato futuro.

Exemplo: Antes de terminar o expediente, Murilo já estava pronto para deixar o


recinto.

Explicamos os Tempos verbais, agora falaremos dos Modos verbais.

Modos verbais – Tempos e modos verbais

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Os modos verbais são os nomes que se dão às várias formas assumidas pelo
verbo na expressão de um fato (indicativo, subjuntivo e imperativo).

Vejamos como são os modos em cada tempo verbal.

MODO INDICATIVO : Modo verbal que expressa certeza, fatos vistos como
certos, consumados, concretos.

PRESENTE DO INDICATIVO

PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO

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PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO

PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO DO INDICATIVO

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FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO

FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO 

MODO SUBJUNTIVO :Expressa possibilidade, hipótese, fato incerto, duvidoso


ou irreal.

PRESENTE DO SUBJUNTIVO:

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PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO

FUTURO DO SUBJUNTIVO

MODO IMPERATIVO

Expressa ordem, conselho, pedido, convite, súplica. Divide-se


em afirmativo e negativo.

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NÚMERO E PESSOA

As categorias de número e pessoa indicam qual pessoa do discurso está


relacionada ao verbo e se está no singular ou no plural:

Primeira pessoa: a pessoa que fala (eu, nós)

Segunda pessoa: a pessoa com quem se fala (tu, vós)

Terceira pessoa: a pessoa de quem se fala (ele (a)/eles (as))

Assim, aquela velha história de “eu, tu, ele, nós, vós, eles” nada mais é do que a
lista das pessoas do discurso, representadas pelos pronomes retos. O verbo vai
se flexionar para concordar com cada uma dessas pessoas.

Os verbos podem ser de:

 1ª conjugação (terminam em -AR);


 2ª (terminam em -ER);
 3ª (terminam em -IR).

Assim mesmo, na ordem alfabética A, E, I…

Morfologia: reconhecimento, emprego e sentido das


classes gramaticais;

Na língua portuguesa, a morfologia é uma parte da linguística que estuda as


estruturas e/ou as formação das palavras. Do grego, a palavra morfologia
corresponde a união dos termos “morfo” (forma) e “logia” (estudo).

Classes Morfológicas
De maneira geral, a morfologia estuda a origem, as derivações e as flexões das
palavras, expressas, na língua portuguesa, por dez classes morfológicas ou
gramaticais de acordo com a função de cada.

Elas são classificadas em:

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 palavras variáveis: substantivo, adjetivo, pronome, numeral, artigo e
verbo. Elas podem variar em gênero (masculino e feminino), número
(singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo)
 palavras invariáveis: preposição, conjunção, interjeição e advérbio.

Substantivos: nomeiam os seres em geral sendo classificados em


substantivos: simples, composto, concreto, abstrato, primitivo, derivado,
coletivo, comum e próprio.

Substantivo é a classe de palavras usada para dar nome aos seres, objetos,
fenômenos, lugares, qualidades, ações, dentre outros.

Exemplos: menino, João, Portugal, caneta, ventania, coragem, corrida.

Os substantivos podem ser flexionados em gênero (masculino e


feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo).

Classificação dos substantivos


Os substantivos são classificados em: comum, próprio, simples, composto,
concreto, abstrato, primitivo, derivado e coletivo.

1. Substantivos comuns

Os substantivos são comuns se eles dão nome a seres de forma genérica.

Exemplos: pessoa, gente, país.

2. Substantivos próprios

Os substantivos são próprios quando eles dão nome a seres de forma


particular. Eles são escritos com letra maiúscula.

Exemplos: Maria, São Paulo, Brasil.

3. Substantivos simples

Os substantivos simples são formados por apenas um radical (radical é a parte


da palavra que contém o seu significado básico).

Exemplos: casa, carro, camiseta.

4. Substantivos compostos

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Os substantivos compostos são formados por mais de um radical (radical é a
parte da palavra que contém o seu significado básico).

Exemplos: guarda-chuva, passatempo, beija-flor.

5. Substantivos concretos

Os substantivos concretos designam as palavras reais, concretas, sejam elas


pessoas, objetos, animais ou lugares.

Exemplos: menina, homem, cachorro.

6. Substantivos abstratos

Os substantivos abstratos são aqueles relacionados aos sentimentos, estados,


qualidades e ações.

Exemplos: beleza, alegria, bondade.

7. Substantivos primitivos

Os substantivos primitivos, como o próprio nome indica, são aqueles que não
derivam de outras palavras.

Exemplos: casa, folha, chuva.

8. Substantivos derivados

Os substantivos derivados são aquelas palavras que derivam de outras.

Exemplos: casarão (derivado de casa), folhagem (derivado de folha), chuvarada


(derivado de chuva).

9. Substantivos coletivos

Os substantivos coletivos são aqueles que se referem a um conjunto de seres.

Exemplos: flora (conjunto de plantas), álbum (conjunto de fotos), colmeia


(conjunto de abelhas).

Flexão de gênero dos substantivos

De acordo com o gênero (feminino e masculino) dos substantivos, eles são


classificados em: biforme e uniforme.

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Substantivos biformes - apresentam duas formas, ou seja, uma para o
masculino e outra para o feminino. Exemplos: professor e professora; amigo e
amiga.

Substantivos uniformes - somente um termo especifica os dois gêneros


(masculino e feminino), sendo classificados em: epiceno, sobrecomum e
comum de dois gêneros.

 Epicenos: apresenta somente um gênero e refere-se aos animais.


Exemplo: foca (macho ou fêmea).
 Sobrecomum: apresenta somente um gênero e refere-se às pessoas.
Exemplo: criança (masculino e feminino).
 Comum de dois gêneros: termo que se refere aos dois gêneros
(masculino e feminino), identificado por meio do artigo que o
acompanha. Exemplo: "o artista" e "a artista".

Os substantivos de origem grega terminados em "ema" e "oma" são


masculinos, por exemplo: teorema, poema.

Há os substantivos chamados de "gênero duvidoso ou incerto", ou seja, aqueles


utilizados para os dois gêneros sem alteração do significado, por exemplo: o
personagem e a personagem.

Existem alguns substantivos que, variando de gênero, mudam seu significado,


por exemplo: "o cabeça" (líder), "a cabeça" (parte do corpo humano).

Adjetivos: atribuem qualidades e estados aos seres sendo classificados em


adjetivos: simples, composto, primitivo e derivado.

O adjetivo é uma classe de palavras que atribui características aos


substantivos, ou seja, ele indica suas qualidades e estados.

Essas palavras variam em gênero (feminino e masculino), número (singular e


plural) e grau (comparativo e superlativo).

Exemplos de adjetivos:

garota bonita Exemplos de adjetivos:

 garota bonita
 garotas bonitas

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 criança obediente
 crianças obedientes

Os tipos de adjetivos
Os adjetivos são classificados em:

1.Adjetivo Simples - apresenta somente um radical. Exemplos: pobre,


magro, triste, lindo, bonito.
2.Adjetivo Composto - apresenta mais de um radical. Exemplos: luso-
brasileiro, superinteressante, rosa-claro, amarelo-ouro.
3.Adjetivo Primitivo - palavra que dá origem a outros adjetivos. Exemplos:
bom, alegre, puro, triste, notável.
4.Adjetivo Derivado - palavras que derivam de substantivos ou verbos.
Exemplos: articulado (verbo articular), visível (verbo ser), formoso
(substantivo formosura), tristonho (substantivo triste).
5.Adjetivo Pátrio (ou adjetivo gentílico) - indica o local de origem ou
nacionalidade de uma pessoa. Exemplos: brasileiro, carioca, paulista,
europeu, espanhol.
6. Os Adjetivos Primitivos não derivam de nenhuma palavra. Eles são
aqueles de onde são formados outros adjetivos - os derivados.
Os Adjetivos Derivados, portanto, derivam de outras palavras, que
podem ser adjetivos, substantivos ou verbos.
7. Compare:

Adjetivos Primitivos Adjetivos Derivados

Azul azulado

Amarelo amarelado

Notável notabilíssimo

Exemplos de Adjetivos Primitivos e Derivados


1.Após a triste notícia, saiu para apanhar ar. Ainda tristonho, voltou para
casa.
2.Gosto do vestido verde, embora esse tom esverdeado não combine
muito com a minha pele.
3.Estou feliz com o acontecimento. Nada me deixará infeliz hoje!
4.O esposo sempre fiel, sofria com a esposa infiel.
5.Ele é branco, mas hoje está é esbranquiçado!

Nos pares destacados acima, o primeiro adjetivo é primitivo: triste, verde, feliz,
fiel e branco.

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Tristonho, esverdeado, infeliz, infiel e esbranquiçado, por sua vez, são
adjetivos derivados.

Adjetivos Derivados de Verbos e de Substantivos


Até agora vimos adjetivos derivados de adjetivos primitivos, vejamos agora
adjetivos que surgem a partir de outras classes de palavras.

1.Desarticulado, não conseguia articular corretamente as palavras.


(desarticulado deriva do verbo articular)
2.São todos muito amáveis. (amáveis deriva do substantivo amor)
3.Doenças mortais matam milhões a cada ano. (mortais deriva do
substantivo morte)
4.Sinto-me brasileiro, embora tenha nascido em Portugal. (brasileiro deriva
do substantivo Brasil)
5.Essas letras são visíveis para mim; consigo vê-las perfeitamente.
(visíveis deriva do verbo ver)

Adjetivos Pátrios - aqueles que se referem a países, estados, entre outros,


caracterizando as pessoas de acordo com as suas origens são um exemplo de
adjetivos derivados. Saiba mais!

Adjetivos Simples O adjetivo simples é o tipo de adjetivo mais usual, formado


por apenas um radical (ou elemento).

Lembre-se que o radical é a base fundamental dos vocábulos, sendo um


elemento comum na formação de palavras, por exemplo: casa, casinha,
casarão (radical -cas).

Flexão dos Adjetivos A Flexão dos Adjetivos pode acontecer de três formas:
em gênero (uniforme e biforme), em número (singular e plural) e
em grau (comparativo e superlativo).

Flexão de Gênero
Quanto ao gênero, os adjetivos se classificam em uniformes e biformes.

Adjetivos Uniformes Adjetivos uniformes são aqueles que apresentam somente


uma forma para o gênero masculino e para o feminino.

Integram essa classificação, os adjetivos terminados em -a, -e, -l, -m, -ar, -or, -s, -
z.

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Exemplos:

 Homem indígena - mulher indígena


 Escritor israelita - escritora israelita
 Aparelho excelente - máquina excelente
 Animal silvestre - planta silvestre
 Amigo leal – amiga leal
 Pote frágil - panela frágil
 Sonho ruim - decisão ruim
 Jantar comum - refeição comum
 Comportamento exemplar - punição exemplar
 Discurso ímpar - obra ímpar
 Papel maior - folha maior
 Cargo superior - função superior
 Jeito simples - regra simples
 Vizinho reles - vizinha reles
 Dia feliz - noite feliz
 Médico audaz - médica audaz

No caso dos adjetivos femininos compostos, o primeiro elemento se apresenta


no masculino, enquanto o segundo elemento pode se apresentar no feminino.

Exemplos:

 mulher luso-brasileira
 intervenção médico-cirúrgica
 cidadã hispano-lusitana

Mas há uma exceção: menina surda-muda.

Exemplos: inteligente, amável, feliz.


Os biformes apresentam uma forma diferente para o masculino e outra para o
feminino.
Exemplos: atencioso-atenciosa, engraçado-engraçada, ativo-ativa.
Formação

A flexão de gênero, geralmente, é feita da seguinte forma:

 os adjetivos terminados em -o (masculino) mudam para -a (feminino).


 os adjetivos terminados em -ês, -or e -u (masculino) mudam para -a
(feminino).
 os adjetivos terminados em -ão (masculino) mudam para -ã ou -oa
(feminino).

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 os adjetivos terminados em -eu (masculino) mudam para -eia (feminino).
 os adjetivos terminados em -éu (masculino) mudam para -oa (feminino).

Flexão de Número
Quanto ao número, os adjetivos podem assumir a forma singular ou plural. A
sua formação se assemelha a dos substantivos.

Formação
O plural dos adjetivos obedece as seguintes regras:

Regras Exemplos

Adjetivos terminados em a, e, o, u,


bonita-bonitas, leve-leves, comprido-compridos.
acrescenta-se o -s.

Adjetivos oxítonos, plural em -is. azul-azuis, anil-anis, gentil-gentis.

Adjetivos oxítonos terminados em -el,


fiel-fiéis, cruel-cruéis.
plural em -éis.

Adjetivos não-oxítonos terminados em -el, incrível-incríveis, invencível-invencíveis, aceitável-


plural em -eis. aceitáveis.

Adjetivos não-oxítonos terminados em -il,


fácil-fáceis, difícil-difíceis, útil-úteis.
plural em -eis.

Adjetivos terminados em -m, plural em -


bom-bons, jovem-jovens, ruim-ruins.
ns.

Adjetivos terminados em r, ês, z, plural melhor-melhores, cortês-corteses (sem acento no


em -es. plural), feliz-felizes.

Adjetivos terminados em -al, plural em -


leal-leais, rural-rurais, bucal-bucais.
ais.

Adjetivos terminados em -ão, plural em -


cristão-cristãos; alemão-alemães; brigão-brigões.
ãos, -ães ou -ões.

O plural dos adjetivos compostos é feito da seguinte forma:

1. Apenas o segundo elemento é flexionado, no caso de adjetivos compostos


formados por dois adjetivos.
Exemplos:

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 pacto sócio-econômico e causa sócio-econômica (flexão de gênero)
 escola anglo-americana e escolas anglo-americanas (flexão de número)

Exceção: meninos surdos-mudos.

2. Os adjetivos compostos em que o segundo elemento é um substantivo são


invariáveis em gênero e número.
Exemplos:

 Vestido verde-alface e Camisa verde-alface (flexão de gênero)


 Tinta amarelo-ouro e tintas amarelo-ouro (flexão de número)

Flexão de Grau
Quanto ao grau, os adjetivos se classificam em comparativos e superlativos.

Comparativos
Com grau comparativo comparam-se as características atribuídas aos
substantivos. Podem ser de:

 Igualdade - quando equivale ao adjetivo com o qual se


compara. Exemplo: Esse filme é tão engraçado quanto aquele.
 Superioridade - quando se intensifica mais um adjetivo do que o outro
com o qual se compara. Exemplo: Esse filme é mais engraçado do que
aquele.
 Inferioridade - quando se intensifica menos um adjetivo do que o outro
com o qual se compara. Exemplo: Esse filme é menos engraçado do
que aquele.

Formação

Geralmente, são obedecidas as seguintes formas:

 Igualdade: tão + adjetivo + quanto, como. Exemplo: Essa Matéria é tão


fácil quanto aquela.
 Superioridade: mais + adjetivo + (do) que. Exemplo: Essa Matéria é mais
fácil do que aquela.
 Inferioridade: menos + adjetivo + (do) que. Exemplo: Essa Matéria é
menos fácil do que aquela.

Superlativos
Reforça as características atribuídas aos substantivos. Podem ser:

Relativo - expressa-se em relação a outros elementos de forma superior ou


inferior.
Exemplos:

43
 O menino é o mais atencioso daquele grupo. (superlativo relativo de
superioridade)
 O menino é o menos atencioso daquele grupo. (superlativo relativo de
inferioridade)

Absoluto - não se expressa em relação a outros elementos. Pode apresentar a


forma sintética ou analítica.
Exemplos:

 O menino é muito atencioso. (superlativo absoluto analítico).


 O menino é atenciosíssimo. (superlativo absoluto sintético)

Formação

A flexão do superlativo relativo é sempre feito de forma analítica. Quanto à


flexão do superlativo absoluto:

 Superlativo absoluto analítico - geralmente, é feita com o auxílio de um


advérbio. Exemplo: Esta paisagem é a mais bela.
 Superlativo absoluto sintético - é feita com o auxílio de sufixos, sendo o
mais comum -íssimo. Exemplo: Esta paisagem é belíssima.

Grau dos Adjetivos graus dos adjetivos são comparativo e superlativo. Eles são


utilizados para fazer comparações ou elevar as características atribuídas aos
substantivos.

Exemplos:
Este filme é melhor do que o que assistimos na semana passada. (grau
comparativo)
Este filme é muito bom. (grau superlativo)
Grau comparativo
Conforme o tipo de comparação dos adjetivos, há três tipos de grau
comparativo:

1.comparativo de igualdade: A receita dela é tão saborosa quanto a sua.


2.comparativo de de superioridade: A receita dela é mais saborosa do
que a sua.
3.comparativo de inferioridade: A receita dela é menos saborosa do que a
sua.

44
Grau Superlativo pode ser de dois tipos:

1.superlativo relativo - quando o engrandecimento se refere a um


conjunto: Dentre os livros de sua autoria, aquele é o mais complexo.
2.superlativo absoluto - quando se refere a apenas um substantivo: Aquele
livro é muito complexo.

Os graus superlativo relativo e superlativo absoluto dividem-se, ainda, em:

1.1 superlativo relativo de superioridade: É o mais responsável dos filhos.


1.2 superlativo relativo de inferioridade: É o menos responsável dos filhos.
2.1 superlativo absoluto analítico: Ele é muito responsável.
2.2 superlativo absoluto sintético: Ele é responsabilíssimo.

Enquanto o grau superlativo absoluto analítico conta com a presença de um


advérbio (muito, pouco, bastante), o superlativo absoluto sintético é formado
com sufixos (íssimo, por exemplo).

Locução Adjetiva A Locução Adjetiva é a união de duas ou mais palavras que


possuem valor de adjetivo. A palavra locução vem do Latim "locutio" e significa
modo de falar.

Exemplos de Locuções Adjetivas


As locuções adjetivas são normalmente formadas por preposição +
substantivo ou preposição + advérbio. A locução adjetiva nunca é formada por
verbo, nesse caso corresponde a uma oração.

Exemplos de frases:

 O amor de mãe é o mais forte de todos. (maternal)


 Os trabalhadores receberam o pagamento do mês. (mensal)
 Janaína ganhou um anel de ouro. (dourado)
 Mariana estava com cólica de abdômen. (abdominal)
 O sapato era feito de couro de boi. (bovino)
 deixou marcas de dedo no computador. (digital)
 Pegou o bloco de gelo sem ajuda dos amigos. (glacial)
 Recebemos um tratamento de gato. (felino)
 Isabela tirou uma fotografia de face. (facial)
 O calendário do ano foi entregue. (anual)

Lista de Locuções Adjetivas


Confira abaixo uma lista com as locuções adjetivas e os adjetivos
correspondentes:

45
Locução Adjetiva Adjetivo Correspondente

de abdômen abdominal

de abelha apícola

de abutre vulturino

de águia aquilino

de alma anímico

de aluno discente

de anjo angelical

de ano anual

de aranha aracnídeo

de asno asinino

de astro sideral

de baço esplênico

de bispo episcopal

de boca bucal, oral

de bode hircino

de boi bovino

de bronze brônzeo ou êneo

de cabelo capilar

de cabra caprino

de campo rural ou campestre

46
de cão canino

de carneiro arietino

de cavalo equino, cavalar ou hípico

de chumbo plúmbeo

de chuva pluvial ou chuvoso

de cidade urbano

de cinza cinéreo

de criança infantil ou pueril

de cobre cúprico

de coelho cunicular

de couro coriáceo

de decoração decorativo

de dedo digital

de dia diário

de diamante diamantino ou adamantino

de elefante elefantino

de enxofre sulfúrico

de escola escolar

de esmeralda esmeraldino

de estômago estomacal ou gástrico

de estrela estrelar

47
de fábrica fabril

de face facial

de falcão falconídeo

de farinha farináceo

de fera feroz ou ferino

de frente dianteiro

de fogo ígneo

de gafanhoto acrídeo

de gado pecuário

de ganso anserino

de garganta gutural

de gato felino

de gelo glacial

de gesso gípseo

de governo governamental

de guerra bélico

de hoje hodierno

de homem humano

de ilha insular

de intestino celíaco ou entérico

de inverno invernal ou hibernal

48
de junho junino

de lago lacustre

de laringe laríngeo

de leão leonino

de lebre leporino

de lobo lupino

de lua lunar ou selênico

de macaco macacal, símio ou simiesco

de madeira lígneo

de mãe materno ou maternal

de manhã matutino

de marfim ebóreo ou ebúrneo

de mês mensal

de mestre magistral

de monge monacal

de mundo mundial

de neve níveo ou nival

de nuca occipital

de olhos ocular

de orelha auricular

de ouro áureo, dourado

49
de ovelha ovino

de pai paternal

de paixão passional

de pâncreas pancreático

de páscoa pascal

de pato anserino

de peixe písceo ou ictíaco

de pombo columbino

de porco suíno

de prata argênteo ou argírico

de professor docente

de quadril ciático

de raposa vulpino

de rim renal

de rio fluvial

de serpente ofídico

de sol solar

de sonho onírico

de tarde vespertino

de terra terreno, terrestre ou telúrico

de trás traseiro

50
de urso ursino

de vaca vacum

de velho senil

de vento eólico

de verão estival

de vidro vítreo ou hialino

de virilha inguinal

de visão ótico ou óptico

Pronomes: acompanham os substantivos de maneira que podem substituí-los;


são classificados em pronomes: pessoais (caso reto e caso oblíquo),
possessivos, demonstrativos, tratamento, indefinidos, relativos, interrogativos.

Os pronomes são palavras que indicam pessoas do discurso, posse e


posições. Eles acompanham ou substituem os substantivos.

51
Por exemplo: Onde está o meu bolo? Não acredito que você o comeu.

"Meu" e "o" são pronomes. O primeiro está acompanhando o substantivo bolo


(meu bolo) e o segundo está substituindo o substantivo bolo para não deixar a
frase repetitiva (Não acredito que você comeu o bolo).

Tipos de pronomes
De acordo com a função que exercem, os pronomes são classificados em:

1.Pronomes Pessoais (nele se incluem os pronomes de tratamento)


2.Pronomes Possessivos
3.Pronomes Demonstrativos
4.Pronomes Indefinidos
5.Pronomes Relativos
6.Pronomes Interrogativos

Para entender melhor o uso dos pronomes nas frases, confira os exemplos:

1) Mariana apresentou um show esse final de semana. Ela é considerada uma


das melhores cantoras de música Gospel.

No exemplo acima, o pronome pessoal “Ela” substituiu o substantivo próprio


Mariana. Note que com o uso do pronome no período evitou-se a repetição do
nome.

2) Aquela bicicleta é da minha prima Júlia.

Nesse exemplo, utilizamos dois pronomes: o pronome demonstrativo “aquela”


para indicar algo (no caso o bicicleta) e o pronome possessivo “minha” que
transmite a ideia de posse.

1. Pronome pessoal
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam o sujeito ou complemento da
oração. Eles são classificados em pronomes pessoais do caso reto e pronomes
pessoais do caso oblíquo.

Pronomes pessoais do CASO RETO - exercem a função de sujeito. Exemplos:

 Eu gosto muito da Ana. (Quem gosta da Ana? Eu.)


 Eles saíram? (Quem chegou? Eles.)
 Nós vamos sair também? (Quem vai sair? Nós)

Pronomes pessoais do CASO OBLÍQUO - substituem os substantivos e


complementam os verbos. Exemplos:

52
 Está comigo seu caderno. (Com quem está o caderno? Comigo. Note
que para além de identificar quem tem o caderno, o pronome auxilia o
verbo “estar”.)
 A carta? Fechei-a e coloquei no correio. (Fechei a carta, ou seja, o
pronome "a" completa o sentido do verbo.)
 Deu-lhe um abraço. (Deu um abraço em alguém, ou seja, o pronome "lhe"
completa o sentido do verbo.)

Pessoas Verbais Pronomes do Caso Reto Pronomes do Caso Oblíquo

1ª pessoa do singular Eu me, mim, comigo

2ª pessoa do singular Tu te, ti, contigo

3ª pessoa do singular ele, ela o, a, lhe, se, si, consigo

1ª pessoa do plural Nós nos, conosco

2ª pessoa do plural Vós vos, convosco

3ª pessoa do plural eles, elas os, as, lhes, se, si, consigo.

Vale lembrar que os pronomes oblíquos “o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na, nos,
nas” funcionam somente como objeto direto.

Pronome de tratamento
Os pronomes de tratamento são termos respeitosos empregados normalmente
em situações formais. Mas, como toda regra tem exceção, “você” é o único
pronome de tratamento utilizado em situações informais.

Exemplos de pronomes de tratamento:

 Você deve seguir as regras impostas pelo governo.


 A senhora deixou o casaco cair na rua.
 Vossa Magnificência irá assinar os diplomas dos formandos.
 Vossa Santidade é muito querido, disse o sacerdote ao Papa.

Confira na tabela abaixo, os pronomes de tratamento mais utilizados:

Pronomes de
Abreviações Emprego
Tratamento

Você V./VV Único pronome de tratamento utilizado em

53
Pronomes de
Abreviações Emprego
Tratamento

situações informais.

Senhor (es) e Sr, Sr.ª (singular) e Tratamento formal e respeitoso usado para
Senhora (s) Srs., Srª.s. (plural) pessoas mais velhas.

Usados para pessoas com alta autoridade, como


Vossa Excelência V. Ex.ª/V. Ex.ªs por exemplo: Presidente da República, Senadores,
Deputados, Embaixadores.

Vossa
V. Mag.ª/V. Mag.ªs Usados para os reitores das Universidades.
Magnificência

Empregado nas correspondências e textos


Vossa Senhoria V. S.ª/V. S.ªs
escritos.

Vossa Majestade VM/VVMM Utilizado para Reis e Rainhas

V.A.(singular) e
Vossa Alteza Utilizado para príncipes, princesas, duques.
V.V.A. A. (plural)

Vossa Santidade V.S. Utilizado para o Papa

Vossa Eminência V. Ex.ª/V. Em.ªs Usado para Cardeais.

Vossa V. Rev.m.ª/V.
Utilizado para sacerdotes e religiosos em geral.
Reverendíssima Rev.m.ªs

2. Pronome possessivo
Os pronomes possessivos são aqueles que transmitem a ideia de posse.

Exemplos de pronomes possessivos:

 Essa caneta é minha? (o objeto possuído é a caneta, que pertence à 1ª


pessoa do singular)
 O computador que está em cima da mesa é meu. (o objeto possuído é o
computador, que pertence à 1ª pessoa do singular)
 A sua bolsa ficou na escola. (o objeto possuído é a bolsa, que pertence à
3ª pessoa do singular)

54
 Nosso trabalho ficou muito bom. (o objeto possuído é o trabalho, que
pertence à 1ª pessoa do plural)

Confira abaixo a tabela com os pessoas verbais do discurso e os respectivos


pronomes possessivos:

Pessoas Verbais Pronomes Possessivos

1ª pessoa do singular (eu) meu, minha (singular); meus, minhas (plural)

2ª pessoa do singular (tu, você) teu, tua (singular); teus, tuas (plural)

3ª pessoa do singular (ele/ela) seu, sua (singular); seus, suas (plural)

1ª pessoa do plural (nós) nosso, nossa (singular); nossos, nossas (plural)

2ª pessoa do plural (vós, vocês) vosso, vossa (singular); vossos, vossas (plural)

3ª pessoa do plural (eles/elas) seu, sua (singular); seus, suas (plural)

3. Pronome demonstrativo
Os pronomes demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum
elemento em relação à pessoa seja no discurso, no tempo ou no espaço.

Eles reúnem algumas palavras variáveis - em gênero (masculino e feminino) e


número (singular e plural) - e as invariáveis.

Os pronomes demonstrativos variáveis são aqueles flexionados (em número ou


gênero), ou seja, são os que sofrem alterações na sua forma. Por exemplo:
esse, este, aquele, aquela, essa, esta.

Já os pronomes invariáveis são aqueles que não são flexionados, ou seja, que
nunca sofrem alterações. Por exemplo: isso, isto, aquilo.
Observe o quadro abaixo para entender os pronomes demonstrativos variáveis
em gênero e número:

Pronomes Demonstrativos Singular Plural

Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas

Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles

Exemplos de pronomes demonstrativos:

55
 Essa camisa é muito linda.
 Aquelas bicicletas são boas.
 Este casaco é muito caro.
 Eu perdi aqueles bilhetes de cinema.

Atenção!
Segue algumas dicas de uso dos pronomes demonstrativos:

1. Quando o elemento está com a pessoa que se fala ou próximo dela


utilizamos: este, esta, estes, estas e isto.

Exemplos:

Este computador é meu.
Estas anotações foram feitas pela Carolina.
2. Quando o elemento está com quem se fala ou próximo desta pessoa
utilizamos: esse, essa, esses, essas e isso.

Exemplos:

Esses lugares estão reservados.


De quem é essa bolsa que você está segurando?
3. Quando o elemento não está com a pessoa que fala e nem com a pessoa
com quem se fala utilizamos: aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo.

Exemplos:

De quem são aquelas coisas ali jogadas?


Aquele prédio é o mais alto da cidade.
Para resumir essa explicação, veja o quadro abaixo com os exemplos:

Pessoas Pronomes
Localização do Elemento Exemplo
Verbais Utilizados

Primeira este, esta, estes, quando o elemento está com a pessoa Isto não é
Pessoa estas, isto que fala meu.

Segunda esse, essa, esses, quando o elemento está com quem se Isso não se
Pessoa essas, isso fala faz.

Terceira aquele, aquela, quando o elemento não está com a


Aquilo é
Pessoa aqueles, aquelas, pessoa que fala e nem com a pessoa
muito bonito.
aquilo com quem se fala

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4. Pronome indefinido
Empregados na 3ª pessoa do discurso, o próprio nome já indica que os
pronomes indefinidos substituem ou acompanham o substantivo de maneira
vaga ou imprecisa.

Exemplos de pronomes indefinidos:

 Nenhum vestido serviu na Antônia. (o termo “nenhum” acompanha o


substantivo “vestido” de maneira vaga, pois não sabemos de que
vestido se fala)
 Outras viagens virão. (o termo “outras” acompanha o substantivo
“viagens” sem especificar quais viagens serão)
 Alguém deve me explicar a matéria. (o termo “alguém” significa “uma
pessoa cuja identidade não é especificada ou definida” e, portanto,
substitui o substantivo da frase)
 Cada pessoa deve escolher seu caminho. (o termo “cada” acompanha o
substantivo da frase “pessoa” sem especificá-lo)

Veja abaixo a tabela com os pronomes indefinidos variáveis e invariáveis:

Classificaçã
Pronomes Indefinidos
o

algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas,


muito, muita, muitos, muitas, pouco, pouca, poucos, poucas, todo, toda, todos,
Variáveis todas, outro, outra, outros, outras, certo, certa, certos, certas, vário, vária, vários,
várias, tanto, tanta, tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, quantas, qualquer,
quaisquer, qual, quais, um, uma, uns, umas.

Invariáveis quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.

5. Pronome relativo
Os pronomes relativos se referem a um termo já dito anteriormente na oração,
evitando sua repetição. Esses termos podem ser palavras variáveis e
invariáveis: substantivo, adjetivo, pronome ou advérbio.

Exemplos de pronomes relativos:

 Os temas sobre os quais falamos são bastante complexos. (“os quais”


faz referência ao substantivo dito anteriormente “temas”)
 São plantas cuja raiz é muito profunda. (“cuja” aparece entre dois
substantivos “plantas” e “raiz” e faz referência àquele dito
anteriormente “plantas”)

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 Daniel visitou o local onde nasceu seu avô. (“onde” faz referência ao
substantivo “local”)
 Tive as férias que sonhava. (“que” faz referência ao substantivo “férias”)

Confira na tabela abaixo os pronomes relativos variáveis e invariáveis:

Classificaçã
Pronomes Relativos
o

o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta,
Variáveis quantos, quantas.

Invariáveis quem, que, onde.

6. Pronome interrogativo
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis empregadas
para formular perguntas diretas e indiretas.

Exemplos de pronomes interrogativos:

 Quanto custa a entrada para o cinema? (oração interrogativa direta)


 Informe quanto custa a entrada para o cinema. (oração interrogativa
indireta)
 Quem estava com Maria na festa? (oração interrogativa direta)
 Ela queria saber o que teria acontecido com Lavínia. (oração
interrogativa indireta)

Confira abaixo a tabela dos pronomes interrogativos variáveis e invariáveis.

Classificação Pronomes Interrogativos

Variáveis qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.

Invariáveis quem, que.

Numerais: determinam a quantidade de tudo que existe sendo classificados


em: cardinais, ordinais, fracionários, coletivos e multiplicativos.

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Numeral é a classe de palavra variável que indica um número exato ou a
posição que tal coisa ocupa numa série.

Os numerais podem ser: cardinais (um dois, três), ordinais (primeiro, segundo,
terceiro), fracionários (meio, terço, quarto) e multiplicativos (dobro, triplo,
quádruplo).

Cardinais
Os numerais cardinais são as formas básicas dos números (um, dois, três…)
que indicam quantidades. Alguns deles variam em gênero (um/uma, dois/duas,
trezentos/trezentas, etc.).

Além disso, alguns números cardinais variam em número, como é o caso:


milhão/milhões, bilhão/bilhões, trilhão/trilhões, e assim por diante.

A palavra ambos (as) pode ser considerada numeral, uma vez que indica “os
dois” ou “as duas”. Por exemplo: Joana e Beatriz adoram andar. Ambas gostam
de caminhar ouvindo música.

Exemplos de numeral cardinal: um, dois, doze, vinte, cem, mil.

Ordinais
Os numerais ordinais indicam ordem de uma sequência, ou seja, representam a
ordem de sucessão e uma série, seja de seres, coisas ou objetos (primeiro,
segundo, terceiro, quarto, quinto…).

São palavras que variam em gênero (masculino e feminino) e número (singular


e plural). Por exemplo: primeiro/primeira, primeiros/primeiras, terceiro/terceira,
terceiros/terceiras, etc.

Importante destacar que alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo.


Por exemplo: Compre carne de primeira, por favor.

Exemplos de numeral ordinal: primeiro, segundo, décimo, vigésimo primeiro,


centésimo, milésimo.

Fracionários
Os numerais fracionários indicam a diminuição das proporções numéricas, ou
seja, representam uma parte de um todo. Por exemplo, ¼ (lê-se um quarto), ½
(lê-se meio ou metade), ¾ (lê-se três quartos).

Eles flexionam-se em gênero (masculino e feminino) e número (singular e


plural): um quarto de queijo, duas quartas partes de queijo.

Exemplos de numeral fracionário: meio ou metade, quarto, quinto, undécimo,


treze avos, vinte e um avos,

59
Multiplicativos
Os numerais multiplicativos relacionam um conjunto de seres, objetos ou
coisas, dando-lhes uma característica que determina o aumento através de
múltiplos. Por exemplo, dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, etc.

Os multiplicativos são invariáveis, mas quando têm função de adjetivo,


flexionam-se em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural).
Por exemplo: dose dupla de elogios, duplos sentidos.

Exemplos de numeral multiplicativo: duplo ou dobro, triplo, décuplo, undécuplo,


treze vezes, cêntuplo.

Numerais coletivos
Existem substantivos que indicam quantidades exatas, como dúzia (12
unidades) ou dezena (10 unidades). Esses substantivos também podem ser
chamados de numerais coletivos.

Os numerais coletivos sofrem a flexão de número (singular e plural):


dúzia/dúzias, dezena/dezenas, centena/centenas.

Quadro dos numerais

60
61
Emprego dos numerais
Indicação de dias do mês: quando indica dias do mês, utilizam-se os numerais
cardinais, exceto na indicação do primeiro dia, feita pelo ordinal. Por exemplo:
vinte e três de janeiro, primeiro de outubro.

Indicação de leis e decretos: quando indica leis e decretos, o numeral ordinal é


utilizado até o nono, depois utilizam-se os cardinais. Por exemplo: Artigo 9°
(artigo nono), Artigo 10 (Artigo 10).

Indicação de séculos, capítulos, reis e papas: depois do substantivo utiliza-se o


numeral ordinal até o décimo, e a partir do décimo utiliza-se o numeral cardinal.
Por exemplo: Século III (terceiro), Capítulo XI (onze), Luís XV (quinze), João
Paulo II (segundo).

Artigos: determinam o número e o gênero das palavras sendo classificados em


artigo definido e indefinido.

Artigos são palavras que vêm antes dos substantivos e servem para especificar
ou generalizar o seu sentido.

Os artigos podem ser definidos e indefinidos.

Artigo definido
Os artigos definidos (o, a, os, as) definem ou individualizam, de forma precisa,
os substantivos, que podem ser uma pessoa, objeto ou lugar.

Artigo Definido Gênero Número

O Masculino singular

A Feminino singular

Os Masculino plural

As Feminino plural

Exemplos:

 O garoto foi jantar na casa dos pais.


 Ganhamos a bicicleta que esperávamos.
 Luísa aproveitou para rever os amigos.

62
 As meninas foram viajar.

Em todos os exemplos, podemos notar a precisão de tais pessoas ou objetos


pelo emprego correto do artigo definido. Isso porque ele determina de maneira
exata o substantivo em questão: o garoto, a bicicleta, os amigos e as meninas.

Assim, fica claro que o artigo definido indica, de modo particular, o substantivo
já conhecido. Note que estes estão presentes no texto ou no pensamento do
locutor (emissor, autor) ou do interlocutor (receptor, ouvinte).

Artigo indefinido
Os artigos indefinidos (um, uma, uns, umas) determinam de maneira vaga,
indeterminada ou imprecisa, uma pessoa, objeto ou lugar ao qual não se fez
menção anterior no texto.

Artigo Indefinido Gênero Número

Um Masculino singular

Uma Feminino singular

Uns Masculino plural

Umas Feminino plural

Exemplos:

 Um dia iremos nos encontrar.


 Uma certa tarde, saímos para caminhar.
 Joana convidou para a festa uns amigos estrangeiros.
 Comprei umas camisas para seu aniversário.

Note que em todos os exemplos acima, não está definindo qual objeto, pessoa
ou lugar. Nos dois primeiros exemplos, não está identificado “qual o dia” ou
“qual a tarde” em que o evento ocorre.

Da mesma maneira, Joana não especifica “quais amigos” ela convidará para a
festa. Por fim, “umas camisas” corresponde a uma ideia vaga de “quais
camisas” são essas.

Cuidado para não confundir o artigo indefinido “um” com o numeral “um”, pois o
numeral é uma palavra utilizada para indicar quantidade.

63
Emprego dos artigos
1. Os artigos sempre devem concordar com o substantivo em gênero
(masculino e feminino) e número (singular e plural). Exemplos:

 o garoto - os garotos.
 a menina - as meninas.
 um mês - uns meses.
 uma mesa – umas mesas.

2. Os artigos podem ser combinados com preposições.

 ao/aos (a + o/os). Exemplo: O texto é dedicado aos pais.


 à/às (a + a/as). Exemplo: Vou à escola todas as manhãs.
 da/das (de + a/as). Exemplo: Ganhamos muitos presentes da Inês.
 do/dos (de + o/os). Exemplo: Os móveis eram dos nossos avós.
 na/nas (em + a/as). Exemplo: O colar está nas coisas da Sônia.
 no/nos (em + o/os). Exemplo: Encontramos o anel no corredor.
 num/nuns (em + um/uns). Exemplo: Hoje estamos num congresso.
 numa/numas (em + uma/umas). Exemplo: Almocei numa lanchonete
essa semana.
 dum/duns (de + um/uns). Exemplo: Os cadernos encontrados
são dum pesquisador.
 duma/dumas (de + uma/umas). Exemplo: Preciso dumas blusas para
sair.

3. De acordo com sua posição na frase, os artigos podem transformar qualquer


tipo de palavra em substantivo, independentemente de sua classe gramatical.
Exemplos:

 O andar de Elisa é muito sensual. (neste caso, o verbo “andar” foi


transformado em substantivo).
 O vermelho de seus olhos indicou sua tristeza. (neste caso, o adjetivo
“vermelho” foi transformado em substantivo).

4. Os artigos definidos podem ser empregados com o intuito de indicar um


conjunto de seres ou uma espécie inteira. Dessa forma, o artigo é empregado
no singular, entretanto, faz referência a uma pluralidade de seres. Exemplos:

 A alma é imortal. (refere-se ao conjunto de almas).


 A goiaba é muito rica em vitamina C. (faz referência a todas as goiabas).

5. Na construção das frases a utilização dos artigos indefinidos deve ser


moderada, de modo que o excesso de seu uso no texto provoca um “inchaço”

64
ou uma “redundância” desnecessária, tornando-o, deselegante e “pesado”.
Exemplos:

 Ter (uma) boa educação é fundamental.


 São detentores de (um) bom conhecimento.

6. Para uma adequada coesão textual, antes de pronome de sentido indefinido,


utiliza-se as palavras como “tal, certo (a), outro (a)”. Exemplos:

 Encontrei (uma) certa medalha na cômoda.


 Natália não encontrou (um) outro casaco.

7. O artigo indefinido é usado como recurso expressivo para reforçar


enunciados exclamativos. Exemplos:

 Foi um presente te encontrar!
 A festa estava uma delícia!

Verbos

Os verbos regulares e irregulares são as duas flexões de verbos pautadas


nas formas de conjugação as quais pertencem.

Assim, importante destacar que os verbos são divididos em 3 tipos de


conjugação de acordo com o término da palavras.

Os verbos das primeira conjugação são terminados em – ar, os da segunda são


terminados em – er e os da terceira em – ir.

Feita essa consideração, os verbos regulares são aqueles que seguem o


modelo de conjugação, caracterizados por conjugações invariáveis.

Eles não alteram seu radical e suas desinências, uma vez que, nesses casos,
seguem um paradigma. Já os verbos irregulares não seguem esse modelo,
alterando, dessa forma, seus radicais e suas desinências.

Desinências Verbais
As desinências verbais são morfemas que indicam nas conjugações verbais,
o modo (Indicativo ou Subjuntivo), o tempo (presente, passado, futuro),
o número (singular ou plural) e a pessoa (o sujeito da ação marcado pelos
pronomes pessoais do caso reto: eu, tu, ele, nós, vós, eles).

Em outras palavras, as desinências são terminações dos verbos por meio de


suas flexões. Dessa forma, as desinências são classificadas em:

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1.Desinência modo temporal: Esse tipo de morfema indica o modo e o
tempo em que a ação ocorre, por exemplo: "canta-vas" (desinência que
indica o pretérito imperfeito do modo indicativo)
2.Desinência número pessoal: Essas desinências indicam o número e a
pessoa do verbo, por exemplo: "cant-o" (desinência que indica o verbo
na primeira pessoa do singular “eu”)

Exemplos de Conjugação de Verbos Regulares


1.ª Conjugação: Verbo Cantar no Modo Indicativo
Presente

Eu canto
Tu cantas
Ele/ela canta
Nós cantamos
Vós cantais
Eles/elas cantam
Pretérito Perfeito

Eu cantei
Tu cantaste
Ele/ela cantou
Nós cantamos
Vós cantastes
Eles/elas cantaram
Pretérito Imperfeito

Eu cantava
Tu cantavas
Ele/ela cantava
Nós cantávamos
Vós cantáveis
Eles/elas cantavam
Pretérito Mais-que-perfeito

Eu cantara
Tu cantaras
Ele/ela cantara
Nós cantáramos
Vós cantáreis
Eles/elas cantaram
Futuro do Presente

66
Eu cantarei
Tu cantarás
Ele/ela cantará
Nós cantaremos
Vós cantareis
Eles/elas cantarão
Futuro do Pretérito

Eu cantaria
Tu cantarias
Ele/ela cantaria
Nós cantaríamos
Vós cantaríeis
Eles/elas cantariam
2.ª Conjugação: Verbo Comer no Modo Indicativo
Presente

Eu como
Tu comes
Ele/ela come
Nós comemos
Vós comeis
Eles/elas comem
Pretérito Perfeito

Eu comi
Tu comeste
Ele/ela comeu
Nós comemos
Vós comestes
Eles/elas comeram
Pretérito Imperfeito

Eu comia
Tu comias
Ele/ela comia
Nós comíamos
Vós comíeis
Eles/elas comiam
Pretérito Mais-que-perfeito

Eu comera
Tu comeras

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Ele/ela comera
Nós comêramos
Vós comêreis
Eles/elas comeram
Futuro do Presente

Eu comerei
Tu comerás
Ele/ela comerá
Nós comeremos
Vós comereis
Eles/elas comerão
Futuro do Pretérito

Eu comeria
Tu comerias
Ele/ela comeria
Nós comeríamos
Vós comeríeis
Eles/elas comeriam
3.ª Conjugação: Verbo Partir no Modo Indicativo
Presente

Eu parto
Tu partes
Ele/ela parte
Nós partimos
Vós partis
Eles/elas partem
Pretérito Perfeito

Eu parti
Tu partiste
Ele/ela partiu
Nós partimos
Vós partistes
Eles/elas partiram
Pretérito Imperfeito

Eu partia
Tu partias
Ele/ela partia
Nós partíamos

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Vós partíeis
Eles/elas partiam
Pretérito Mais-que-perfeito

Eu partira
Tu partiras
Ele/ela partira
Nós partíramos
Vós partíreis
Eles/elas partiram
Futuro do Presente

Eu partirei
Tu partirás
Ele/ela partirá
Nós partiremos
Vós partireis
Eles/elas partirão
Futuro do Pretérito

Eu partiria
Tu partirias
Ele/ela partiria
Nós partiríamos
Vós partiríeis
Eles/elas partiriam
Exemplos de Conjugação de Verbos Irregulares
1.ª Conjugação: Verbo Dar no Modo Indicativo
Presente

Eu dou
Tu dás
Ele/ela dá
Nós damos
Vós dais
Eles/elas dão
Pretérito Perfeito

Eu dei
Tu deste
Ele/ela deu
Nós demos

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Vós destes
Eles/elas deram
Pretérito Imperfeito

Eu dava
Tu davas
Ele/ela dava
Nós dávamos
Vós dáveis
Eles/elas davam
Pretérito Mais-que-perfeito

Eu dera
Tu deras
Ele/ela dera
Nós déramos
Vós déreis
Eles/elas deram
Futuro do Presente

Eu darei
Tu darás
Ele/ela dará
Nós daremos
Vós dareis
Eles/elas darão
Futuro do Pretérito

Eu daria
Tu darias
Ele/ela daria
Nós daríamos
Vós daríeis
Eles/elas dariam
2.ª Conjugação: Verbo Fazer no Modo Indicativo
Presente

Eu faço
Tu fazes
Ele/ela faz
Nós fazemos
Vós fazeis
Eles/elas fazem

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Pretérito Perfeito

Eu fiz
Tu fizeste
Ele/ela fez
Nós fizemos
Vós fizestes
Eles/elas fizeram
Pretérito Imperfeito

Eu fazia
Tu fazias
Ele/ela fazia
Nós fazíamos
Vós fazíeis
Eles/elas faziam
Pretérito Mais-que-perfeito

Eu fizera
Tu fizeras
Ele/ela fizera
Nós fizéramos
Vós fizéreis
Eles/elas fizeram
Futuro do Presente

Eu farei
Tu farás
Ele/ela fará
Nós faremos
Vós fareis
Eles/elas farão
Futuro do Pretérito

Eu faria
Tu farias
Ele/ela faria
Nós faríamos
Vós faríeis
Eles/elas fariam
3.ª Conjugação: Verbo Ir no Modo Indicativo
Presente

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Eu vou
Tu vais
Ele/ela vai
Nós vamos
Vós ides
Eles/elas vão
Pretérito Perfeito

Eu fui
Tu foste
Ele/ela foi
Nós fomos
Vós fostes
Eles/elas foram
Pretérito Imperfeito

Eu ia
Tu ias
Ele ia
Nós íamos
Vós íeis
Eles iam
Pretérito Mais-que-perfeito

Eu fora
Tu foras
Ele/ela fora
Nós fôramos
Vós fôreis
Eles/elas foram
Futuro do Presente

Eu irei
Tu irás
Ele/ela irá
Nós iremos
Vós ireis
Eles/elas irão
Futuro do Pretérito

Eu iria
Tu irias
Ele/ela iria

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Nós iríamos
Vós iríeis
Eles/elas iriam

Preposições: conectam dois termos da oração por meio de uma relação de


subordinação. Dessa maneira, conforme a circunstância estabelecida, são
classificadas em preposição: lugar, modo, tempo, distância, causa, instrumento
e finalidade.

Preposição é a palavra que tem a função de conectivo. Ela pode ser usada para
ligar um termo a outro (por exemplo: dente de leite), ou uma oração a outra (por
exemplo: Chegarei daqui a uma hora.).

As preposições são classificadas em essenciais ou acidentais.

Preposições essenciais são as palavras que só funcionam como preposição.

As preposições essenciais são: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em,
entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.

Preposições acidentais são as palavras de outras classes gramaticais que, em


certas frases funcionam como preposição.

Exemplos: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante,


menos, salvo, segundo, visto.

Tipos e exemplos de preposições


De acordo com o sentido que as preposições apresentam, em contextos
diferentes, podemos identificar alguns tipos de preposição. Os tipos mais
comuns são: lugar, modo, tempo, distância, causa, instrumento e finalidade.

Exemplos de preposição de lugar:

 O navio veio de São Paulo.


 Fui à praça.
 Sairemos ao amanhecer.

Exemplos de preposição de modo:

 Os prisioneiros eram colocados em fila.


 As testemunhas estavam contra ele.
 A floresta estava em chamas.

Exemplos de preposição de tempo:

 Por dois anos ele viveu aqui.

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 Após alguns minutos, fui atendido.
 O dia do folclore é em 22 de agosto.

Exemplos de preposição de distância:

 A cinco quilômetros passa uma estrada.


 Correu até onde conseguiu.
 Vá até ali!

Exemplos de preposição de causa:

 Com a seca, o gado começou a morrer.


 Meu coração está doendo de saudade.
 Morre de desgosto.

Exemplos de preposição de instrumento:

 Ele cortou a árvore com o machado.


 Abriu a embalagem com a boca.
 Já tentou com o abridor de lata?

Exemplos de preposição de finalidade:

 A praça foi enfeitada para a festa.


 Tirei férias para descansar.
 Eles saíram para tomar ar fresco.

Combinação e contração de preposições


Algumas preposições podem aparecer combinadas com outras palavras.
Assim, quando não houver perda de elementos fonéticos, teremos
uma combinação. É o que acontece entre a preposição A e o artigo O:

 ao (a + o)
 aos (a + os)

Por conseguinte, quando houver perda fonética, teremos a chamada contração,


por exemplo:

 na (em + a)
 do (de + o)
 da (de + a)
 nos (em + os)
 do (de + os)
 dum (de + um)

74
 desta (de + esta)
 no (em + o)
 neste (em + este)
 nisso (em + isso)

Toda fusão de vogais idênticas forma uma crase:

 à = contração da preposição a + o artigo a


 àquilo = contração da preposição a + a primeira vogal do pronome
aquilo.

Você também pode se interessar por: Crase

Na língua cotidiana, falada ou escrita, aparecem as reduções pra (para a)


e pro (para o). Essas palavras não pedem acento, já que se trata de palavras
átonas. por exemplo:

 Este é um país que vai pra frente.


 Vá pra casa, e não pro botequim!

Lista de preposições
Preposições a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante,
essenciais: por, sem, sob, sobre, trás.

Preposições afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos,


acidentais: salvo, segundo, visto.

Combinação de
preposições: ao (a + o), aos (a + os).

Contração de na (em + a), nas (em + as), no (em + o), nos (em + os), da (de + a), das
preposições: (de + a)s, do (de + o), dos (de + os), daquilo (de + aquilo), naquele (em +
aquele), numa (em + uma).
Locuções prepositivas
A locução prepositiva é formada por duas ou mais palavras com o valor de
preposição, sempre terminando por uma preposição.

Exemplos: abaixo de, acima de, a fim de, além de, antes de, até a, depois de, ao
invés de, ao lado de, em que pese a, à custa de, em via de, à volta com, defronte
de, a par de, perto de, por causa de, através de, etc.

Conjunções: conectam dois termos semelhantes gramaticalmente, sendo


classificados em: conjunção coordenativa (aditivas, adversativas, alternativas,
conclusivas e explicativas); e conjunção subordinativa (integrantes, causais,

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comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas,
temporais, finais e proporcionais).

Conjunção é um termo que liga duas orações ou duas palavras de mesmo valor
gramatical, estabelecendo uma relação entre elas.

Exemplos de conjunção:

Eu iria ao jogo, mas estou sem companhia. (a conjunção "mas" está ligando a


oração "eu iria ao jogo" com a oração "estou sem companhia")

Ele joga futebol e basquete. (a conjunção "e" está ligando as palavras "futebol"


e "basquete")

As conjunções são classificadas em coordenativas e subordinativas. As


conjunções coordenativas ligam orações independentes e as orações
subordinativas ligam orações que são dependentes entre elas.

Conjunções coordenativas
As conjunções coordenativas são aquelas que ligam duas orações
independentes. São divididas em cinco tipos:

1.Conjunções aditivas
2.Conjunções adversativas
3.Conjunções alternativas
4.Conjunções conclusivas
5.Conjunções explicativas

1. Conjunções aditivas
E, nem, não só...mas também, não só... como também.

As conjunções aditivas exprimem soma, adição de pensamentos, por exemplo:

 Ana não fala nem ouve.


 Na festa, comeu e bebeu à vontade.
 Trabalha muito, mas também se diverte.

2. Conjunções adversativas
Mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia, não obstante.

As conjunções adversativas exprimem oposição, contraste, compensação de


pensamentos, por exemplo:

 Não fomos campeões, todavia exibimos o melhor futebol.


 Telefonei, mas ninguém atendeu.
 Tentou falar, contudo ele não quis ouvir.

76
Veja também: Conjunções Adversativas
3. Conjunções alternativas
Ou, Ou... ou, já... já, ora... ora, quer... quer, seja... seja.

As conjunções alternativas exprimem escolha de pensamentos, por exemplo:

 Ou você vem conosco ou você não vai.


 Não viu ou fingiu que não viu.
 Ora ria, ora chorava.

4. Conjunções conclusivas
Logo, por isso, pois (quando vem depois do verbo), portanto, por conseguinte,
assim.

As conjunções conclusivas exprimem conclusão de pensamento, por exemplo:

 Chove bastante, portanto a colheita está garantida.


 Consegui falar com ele, pois esperei à sua porta.
 Almoçarei antes de sair, logo não ficarei com fome.

5. Conjunções explicativas
Que, porque, assim, pois (quando vem antes do verbo), porquanto, por
conseguinte.

As conjunções explicativas exprimem razão, motivo, por exemplo:

 Não choveu, porque nada está molhado.


 Vem aqui, pois preciso falar com você.
 Era o sorvete mais gostoso, assim foi o primeiro a acabar.

Conjunções subordinativas
As conjunções subordinativas servem para ligar orações dependentes uma da
outra e são divididas em dez tipos:

1.Conjunções integrantes
2.Conjunções causais
3.Conjunções comparativas
4.Conjunções concessivas
5.Conjunções condicionais
6.Conjunções conformativas
7.Conjunções consecutivas
8.Conjunções temporais
9.Conjunções finais
10. Conjunções proporcionais

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1. Conjunções integrantes
Que, se.

As conjunções integrantes introduzem orações subordinadas com função


substantiva, por exemplo:

 Quero que você volte já.


 Não sei se devo voltar lá.
 Você disse que me ligava...

2. Conjunções causais
Que, porque, como, pois, visto que, já que, uma vez que.

As conjunções causais introduzem orações subordinadas que dão ideia de


causa, por exemplo:

 Não fui à aula, porque choveu.


 Como fiquei doente, não pude ir à aula.
 Uma vez que os alunos não compareceram, o evento foi cancelado.

3. Conjunções comparativas
Que, do que, como.

As conjunções comparativas introduzem orações subordinadas que dão ideia


de comparação, por exemplo:

 Meu professor é mais inteligente do que o seu.


 Agiam como anjinhos.
 Dançava como uma bailarina.

4. Conjunções concessivas
Embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por
mais que, por melhor que, nem que.

As conjunções concessivas iniciam orações subordinadas que exprimem um


fato contrário ao da oração principal, por exemplo:

 Vou à praia, embora esteja chovendo.


 Não vou nem que me paguem.
 Por mais que lia, menos entendia.

5. Conjunções condicionais
Caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que.

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As conjunções condicionais iniciam orações subordinadas que exprimem
hipótese ou condição para que o fato da oração principal se realize ou não, por
exemplo:

 Se não chover, irei à praia.


 Caso decida ir, estarei à espera.
 Desde que ele explique, ouvirei com atenção.

6. Conjunções conformativas
Segundo, como, conforme, consoante.

As conjunções conformativas iniciam orações subordinadas que exprimem


acordo, concordância de um fato com outro, por exemplo:

 Cada um colhe conforme semeia.
 Fiz como disseram para fazer.
 Sairei mais cedo consoante o trabalho.

7. Conjunções consecutivas
Que, de forma que, de modo que, de maneira que.

As conjunções consecutivas iniciam orações subordinadas que exprimem a


consequência ou o efeito do que se declara na oração principal, por exemplo:

 Foi tamanho o susto que ela desmaiou.


 Adiantou os estudos, de modo que ficou com a tarde livre.
 Perdeu a hora, de maneira que perdeu a consulta.

8. Conjunções temporais
Logo que, antes que, quando, assim que, sempre que, enquanto.

As conjunções temporais iniciam orações subordinadas que dão ideia de


tempo, por exemplo:

 Quando as férias chegarem, viajaremos.


 Sempre que posso, vou à biblioteca.
 Dou o recado logo que ele chegue.

9. Conjunções finais
A fim de que, para que.

As conjunções finais iniciam orações subordinadas que exprimem uma


finalidade, por exemplo:

 Estamos aqui para que ele fique tranquilo.

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 Tirou fotos a fim de que acreditassem no que havia acontecido.
 Manteremos segredo para que ela não descubra a surpresa.

10. Conjunções proporcionais


À medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos,
quanto menor, quanto melhor.

As conjunções proporcionais iniciam orações subordinadas que exprimem


concomitância, simultaneidade, por exemplo:

 Quanto mais trabalho, menos recebo.


 À medida que andava, mais se encantava com a paisagem.
 Quanto menos eu souber dessa história, melhor será para mim.

Interjeições: indicam emoções, sentimentos, sensações e estado de


espírito sendo classificadas em interjeições de: advertência, saudação,
ajuda, afugentamento, alegria, tristeza, medo, alívio, animação,
aprovação, desaprovação, concordância, desejo, desculpa, dúvida,
espanto, contrariedade.

A interjeição é uma palavra que transmite emoção, e é sempre acompanhada


de um ponto de exclamação (!).

As interjeições são consideradas “palavras-frases” pois representam frases-


resumidas, formadas por sons vocálicos (Ah! Oh! Ai!), por palavras (Droga!
Psiu! Puxa!) ou por um grupo de palavras, nesse caso, chamadas de locuções
interjetivas (Meu Deus! Ora bolas!).

Tipos de interjeições
Apesar de não possuírem uma classificação rigorosa, posto que a mesma
interjeição pode expressar sentimentos ou sensações distintas, as interjeições
ou locuções interjetivas são classificadas em:

 Advertência: Cuidado!, Olhe!, Atenção!, Fogo!, Olha lá!, Alto lá!, Calma!,
Devagar!, Sentido!, Alerta!, Vê bem!, Volta aqui!
 Afugentamento: Fora!, Toca!, Xô!, Xô pra lá!, Passa!, Sai!, Roda!, Arreda!,
Rua!, Cai fora!, Vaza!
 Agradecimento: Graças a Deus!, Obrigado!, Agradecido!, Muito obrigada!,
Valeu!, Valeu a pena!
 Alegria: Ah!, Eh!, Oh!, Oba!, Eba!, Viva!, Olá!, Olé! Eta!, Eita!, Eia!, Uhu!, Que
bom!
 Alívio: Ufa!, Uf!, Arre!, Ah!, Eh!, Puxa!, Ainda bem!, Nossa senhora!
 Ânimo: Coragem!, Força!, Ânimo!, Avante!, Eia!, Vamos!, Firme!,
Inteirinho!, Bora!
 Apelo: Socorro!, Ei!, Ô!, Oh!, Alô!, Psiu!, Olá!, Eh!, Psit!, Misericórdia!
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 Aplauso: Muito bem!, Bem!, Bravo!, Bis!, É isso aí!, Isso!, Parabéns!, Boa!,
Apoiado!, Ótimo!, Viva!, Fiufiu!, Hup!, Hurra!
 Chamamento: Alô!, Olá!, Hei!, Psiu!, ô!, oi!, psiu!, psit!, ó!
 Concordância: Claro!, Certo!, Sem dúvida!, Ótimo!, Então!, Sim!, Pois não!,
Tá!, Hã-hã!
 Contrariedade: Droga!, Porcaria!, Credo!
 Desculpa: Perdão!, Opa!, Desculpa!, Desculpe!, Foi mal!
 Desejo: Oxalá!, Tomara!, Quisera!, Queira Deus!, Quem me dera!
 Despedida: Adeus!, Até logo!, Tchau!, Até amanhã!
 Dor: Ai!, Ui!, Ah!, Oh!, Meu Deus!, Ai de mim!
 Dúvida: Hum?, hem?, hã?, Ué!, Epa!
 Espanto: Oh!, Puxa!, Quê!, Nossa!, Nossa mãe!, Virgem!, Caramba!, Xi!,
Meu Deus!, Senhor Jesus!, Ui!, Crê em Deus pai!
 Estímulo: Ânimo!, Coragem!, Adiante!, Avante!, Vamos!, Eia!, Firme!,
Força!, Toca!, Upa!, Vai nessa!
 Medo: Oh!, Credo!, Cruzes!, Ui!, Ai!, Uh!, Barbaridade!, Socorro!,
Francamente!,, Que medo!, Jesus!, Jesus Maria e José!
 Satisfação: Viva!, Oba!, Boa!, Bem!, Bom!, Upa!, Ah!
 Saudação: Alô!, Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau!, Salve!, Ave!, Viva!
 Silêncio: Psiu!, Shh!, Silêncio!, Basta!, Chega!, Calado!, Quieto!, Bico
fechado!

Locução interjetiva
As locuções interjetivas são compostas de uma ou mais palavras que
desempenham o papel da interjeição.

Se a interjeição é uma palavra que expressa uma ideia, a locução interjetiva


trabalha da mesma forma, por exemplo:

 Ai de mim!
 Puxa vida!
 Virgem Santa!
 Valha-me Deus!
 Cruz Credo!
 Quem me dera!

Advérbios: modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio sendo


classificados de acordo com a circunstância que expressam: modo,
intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação, dúvida.

O advérbio é a palavra que indica uma circunstância (modo, lugar, tempo). Ele
pode modificar um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. Exemplos:

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 O vizinho fala alto. (alto é um advérbio que indica o modo como o
vizinho fala)
 A modelo é muito bonita. (muito é um advérbio que intensifica o quanto
a modelo é bonita)
 O vizinho fala bastante alto. (bastante é um advérbio que intensifica o
quanto o vizinho fala alto)

De acordo com as circunstâncias que exprimem, os advérbios podem ser de


modo, intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação, dúvida, entre outros.

Advérbio de modo
Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, devagar, acinte, adrede, debalde, e
grande parte das palavras que terminam em "-mente", como cuidadosamente,
calmamente, tristemente.

O advérbio de modo indica a forma como algo aconteceu ou foi feito, por
exemplo:

 Fui bem na prova.
 Estava andando depressa por causa da chuva.
 Colocou os copos cuidadosamente na pia.

Advérbio de intensidade
Muito, demais, pouco, mais, menos, bastante, tão, quão, demasiado, imenso,
quanto, quase, tanto, assaz, tudo, nada, todo.

O advérbio de intensidade reforça algo, por exemplo:

 Comeu demasiado naquele almoço.
 Ela gosta bastante dele.
 A mãe é muito atenciosa.

Advérbio de lugar
Aí, aqui, acolá, cá, lá, ali, adiante, abaixo, embaixo, acima, adentro, dentro, afora,
fora, atrás, detrás, além, aquém, defronte, antes, aonde, longe, perto, algures,
nenhures, alhures.

O advérbio de lugar indica um espaço ou uma posição, por exemplo:

 Minha casa é ali.


 O livro está embaixo da mesa.
 As notas estão bem abaixo do esperado.

82
Advérbio de tempo
Hoje, já, afinal, logo, agora, amanhã, amiúde, antes, ontem, tarde, breve, cedo,
depois, enfim, ainda, jamais, nunca, sempre, doravante, outrora, primeiramente,
imediatamente, antigamente, provisoriamente, sucessivamente,
constantemente, entrementes.

O advérbio de tempo indica um momento, um período, por exemplo:

 Ontem estivemos numa reunião de trabalho.


 Sempre estamos juntos.
 Já chegou?

Advérbio de negação
Não, nem, tampouco, nunca, jamais.

O advérbio de negação serve para negar ou dizer que algo não é verdade, por
exemplo:

 Jamais reatarei meu namoro com ele.


 Não saiu de casa naquela tarde.
 Sequer pensou para falar.

Advérbio de afirmação
Sim, certo, certamente, realmente, decididamente, efetivamente, deveras,
indubitavelmente, decerto.

O advérbio de afirmação serve para afirmar ou confirmar, por exemplo:

 Certamente passearemos nesse domingo.


 Ele gostou deveras do presente de aniversário.
 Sim, vou.

Advérbio de dúvida
Talvez, possivelmente, provavelmente, acaso, porventura, quiçá, casualmente.

O advérbio de dúvida serve para indicar incerteza, por exemplo:

 Provavelmente irei ao banco.
 Quiçá chova hoje.
 Talvez o cumprimente.

Advérbio interrogativo
Quando, como, onde, aonde, donde, por que.

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O advérbio interrogativo pode indicar circunstâncias de modo, tempo, lugar e
causa. É usado apenas em orações interrogativas diretas ou indiretas, por
exemplo:

 Por que vendeu o livro? (oração interrogativa direta, que indica causa)


 Quando posso sair? (oração interrogativa direta, que indica tempo)
 Explica como você fez isso. (oração interrogativa indireta, que indica
modo)

Advérbio de ordem
Depois, após, ultimamente, primeiramente.

O advérbio de ordem serve para indicar ou colocar em ordem, por exemplo:

 Depois vou à praia.
 Ultimamente acordo cedo.
 Primeiramente cumprimentou os presentes.

Advérbio de inclusão
Também, inclusive, ainda, mesmo, até.

O advérbio de inclusão serve para incluir, acrescentar algo, por exemplo:

 Até ele tirou boas notas.


 As joias também sumiram.
 Inclusive, ele fala alemão.

Advérbio de exclusão
Só, somente, salvo, exclusivamente, apenas.

O advérbio de exclusão serve para excluir, deixar algo de fora, por exemplo:

 Só foi à escola hoje.


 Come somente vegetais.
 Está estudando apenas para o Enem.

Flexão dos advérbios


Os advérbios são considerados palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de
número (singular e plural) e gênero (masculino, feminino). No entanto, os
advérbios são flexionados nos graus comparativo e superlativo.

Grau comparativo
No grau comparativo, o advérbio pode caracterizar relações de igualdade,
inferioridade ou superioridade.

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Igualdade: formado por "tão + advérbio + quanto" (como), por exemplo:
Joaquim fala tão baixo quanto Pedro.

Inferioridade: formado por "menos + advérbio + que" (do que), por exemplo:
Minha casa é menos perto que a casa de Sílvia.

Superioridade: formado por "mais + advérbio + que" (do que), por exemplo: Ana
anda mais depressa que Carolina.

Grau superlativo
No grau superlativo, o advérbio pode ser superlativo analítico ou superlativo
sintético.

Analítico: quando acompanhado de outro advérbio, por exemplo: Isabel


fala muito baixo.

Sintético: quando é formado pelo sufixo -íssimo, por exemplo: Isabel


fala baixíssimo.

Locuções adverbiais
As locuções adverbiais são duas ou mais palavras que têm a função de
advérbio. De acordo com as circunstâncias que exprimem, as locuções
adverbiais podem ser de tempo, modo, lugar, entre outras.

Exemplos:

 Em breve nos veremos. (locução adverbial de tempo)


 Fez os deveres às pressas. (locução adverbial de modo)
 Vire à direita. (locução adverbial de lugar)

Flexão de número dos substantivos

De acordo com o número do substantivo, eles são classificados em: singular e


plural.

Singular - designa uma única coisa, pessoa ou um grupo. Exemplo: bola,


mulher.

Plural - designa várias coisas, pessoas ou grupos. Exemplo: bolas, mulheres.

Flexão de grau dos substantivos

De acordo com o grau dos substantivos, eles são classificados em:


aumentativo e diminutivo.

Aumentativo - indica o aumento do tamanho de algum ser ou alguma coisa.

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Diminutivo - indica a diminuição do tamanho de algum ser ou alguma coisa.

Os graus aumentativo e diminutivo podem ser analíticos e sintéticos.

O aumentativo analítico é acompanhado de um adjetivo que indica grandeza.


Exemplo: casa grande.

O aumentativo sintético recebe o acréscimo de um sufixo indicador de


aumento. Exemplo: casarão.

O diminutivo analítico é acompanhado de um adjetivo que indica pequenez.


Exemplo: casa pequena.

O diminutivo sintético recebe o acréscimo de um sufixo indicador de


diminuição. Exemplo: casinha.

Fonética e Fonologia.

A sonoridade é dividida em fonética e fonologia. Como dito ambas estudam


aspectos do som.  Vamos entender agora as diferenças:

Fonética

Seu campo de estudo são os aspectos que envolvem a produção de som.

Estuda a parte fisiológica do corpo responsável pela produção fonética como


lábios, língua, cordas vocais e a articulação da boca.

Tem a função de descrever o som da fala assim como a sua recepção auditiva,
baseada nas percepções acústicas.

Além de utilizar as letras do alfabeto internacional e dar a ele diferentes


transcrições fonéticas de acordo com o idioma em questão.

A fonética usa medidas acústicas como espectogramas e métodos de


articulação que caracterizam os sons emitidos por meio da fala humana

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Por exemplo, quando alguém pronuncia a palavra “casa”, a fonética analisa a
forma como as letras /c/, /a/, /s/, /a/ serão pronunciadas.

A transcrição fonética é a forma utilizada para transcrever o som em diferentes


idiomas.

Por exemplo, o fonema da consoante /j/ em português é ( jota), no espanhol


sua transcrição é ( rota), mas já no inglês sua transcrição fonética é ( djay).

Fonologia

A fonologia busca formalizar os padrões de sons de maneira gramatical.

Seu estudo baseia-se como os sons se organizam dentro da linguagem desde


sua estrutura silábica até aos acentos e entonações.

Seu campo de estudo é a organização dos sistemas sonoros e decifrar o seu


papel linguístico e suas funções em um determinado idioma.

Explora a combinação fones em unidades sonoras que fazem diferenciar os


fonemas em seus diferentes significados. 

Tem a função de estudar a construção silábica, acentuação e entonação em


sua estrutura.

Além de analisar as variações dos sons que podem comprometer o


entendimento da mensagem.

A fonética e a fonologia se complementam a partir do ponto em que


investigam e formulam a estruturação da fala em todos os seus aspectos
gramaticais e sonoros.

Sintaxe:
Frase: Frase é todo o enunciado linguístico que tem sentido completo e
termina com uma pausa pontuada.

Não é necessário haver verbo para a formação de uma frase quando o que foi
enunciado tem sentido completo.

Exemplos de frases:

 Silêncio!
 E agora, José?
 Choveu.
 Não sei o que dizer...

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As frases são marcadas por entonação que, na escrita, ocorrem com o recurso
dos sinais de pontuação. Sem a pontuação, as palavras são apenas vocábulos
soltos.

Tipos de frases

1. Frases declarativas: o emissor da mensagem constata algum fato de maneira


afirmativa ou negativa. Exemplos: O curso termina esse ano (afirmativa); O
curso não termina esse ano negativa).
2. Frases interrogativas: o emissor da mensagem interroga sobre algo direta ou
indiretamente. Exemplos: — Você quer comer? (pergunta direta); Gostaria de
saber se você quer comer (pergunta indireta).
3. Frases exclamativas: o emissor da mensagem manifesta emoção, surpresa.
Exemplos: Que lindo!; Puxa vida!
4. Frases imperativas: o emissor da mensagem emite uma ordem, conselho ou
pedido, seja de maneira afirmativa ou negativa. Exemplos: Faça o almoço
(afirmativa); Não faça o almoço (negativa).
5. Frases optativas: o emissor da mensagem expressa o desejo sobre algo.
Exemplo: Que Deus te acompanhe!; Muitas felicidades nessa nova fase!

oração e período
termos da oração;
Oração é um enunciado que pode ou não ter sentido completo. É formada por
sujeito e predicado, o que significa que a oração sempre contém um verbo.
Exemplos:

1. Temo pela sua saúde.


É uma oração que tem sentido completo e cuja mensagem transmitida gira em
torno do verbo “temo”.
2. Não sei se ele vem aqui em casa.
Há aqui duas orações, uma com sentido completo (Não sei - mensagem em
torno do verbo “sei”) e outra que não tem sentido completo (se ele vem aqui em
casa - mensagem em torno do verbo “vem”). Repare que a segunda oração
depende da primeira para que faça sentido.
Tipos de oração
As orações podem ser: absolutas, coordenadas ou subordinadas.

Oração absoluta - é assim chamada quando há apenas uma oração, ou seja, o


período é simples. Exemplo: Contemple a beleza das flores.

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Oração coordenada - quando o período é composto, mas as orações são
independentes, não precisando das outras para fazer sentido. Exemplo:
Cheguei, tirei os sapatos, respirei fundo e me joguei no sofá.

Há aqui quatro orações, cada uma delas com sentido completo. Primeira
oração (Cheguei), segunda oração (tirei os sapatos), terceira oração (respirei
fundo) e quarta oração (me joguei no sofá).

Oração subordinada - quando o período é composto e as orações dependem


umas das outras para fazer sentido. Exemplo: Se precisar de ajuda, chame.

Há aqui duas orações. A primeira (Se precisar de ajuda) precisa da segunda


oração (chame para fazer sentido.

Diferença entre oração e frase


Oração e frase distinguem-se pelo fato de que a oração nem sempre apresenta
sentido completo e sempre apresenta verbo, enquanto a frase sempre
apresenta sentido completo e nem sempre contém verbo.

Exemplo de oração: Você está falando sério?

Exemplo de frase: Sério?

Orações coordenadas
Orações coordenadas são orações do período composto que se comportam de
forma independente, ou seja, que não dependem sintaticamente das outras.
Elas podem ser: sindéticas ou assindéticas.

As orações coordenadas sindéticas ligam-se através de conjunção: Exemplo:


Deitou e adormeceu.
(Oração 1: Deitou. Oração 2: adormeceu. Conjunção: e).
As orações coordenadas assindéticas não são ligadas por conectivos.
Exemplo: Saímos, jantamos, dançamos, rimos. (Oração 1: Saímos. Oração 2:
jantamos. Oração 3: dançamos. Oração 4: rimos).

Orações subordinadas
Orações subordinadas são orações do período composto que dependem
sintaticamente entre si. Elas podem ser: substantivas, adjetivas ou adverbiais.

As orações subordinadas substantivas podem exercer diferentes funções:


sujeito, predicado nominal, complemento verbal, complemento nominal e
aposto. Exemplo: Alguém disse que o professor não viria?

Oração 1: Alguém disse. Oração 2: que o professor viria. A oração 2 exerce a


função de objeto direto porque completa o sentido do verbo “disse”, sem
necessidade de usar preposição.

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As orações subordinadas adjetivas exercem a função de adjunto adnominal.
Exemplo: Falei com a Ana que tem os olhos azuis.

Oração 1: Falei com a Ana. Oração 2: que tem os olhos azuis. A oração 2 exerce
a função de adjunto adnominal, porque especifica com que Ana falei - a Ana
que tem os olhos azuis.

As orações subordinadas adverbiais exercem a função de adjunto adverbial.


Exemplo: Ele canta como um rouxinol canta.

Oração 1: Ele canta. Oração 2: como um rouxinol canta. A oração 2 exerce a


função de adjunto adverbial de comparação, porque compara a forma de cantar
de alguém com a do rouxinol.

Os termos essenciais da oração


As orações são estruturadas em torno de um sujeito e de um predicado que,
por isso, são chamados de termos essenciais da oração.

O sujeito é o elemento da oração sobre o qual se declara algo, enquanto


predicado é a declaração feita sobre o sujeito.

Exemplo: Os alunos homenagearam o professor.

Sujeito: Os alunos
Predicado: homenagearam o professor.
Há outros termos que completam o sentido de outros (termos integrantes da
oração) e termos presentes na oração que poderiam ser retirados da mesma
sem que o seu sentido fosse afetado (termos acessórios da oração).

processos de coordenação e subordinação;


No português, as orações coordenadas e subordinadas são tipos de orações
em que existem (ou não) relações sintáticas.

Vale lembrar que a sintaxe é a parte da gramática que estuda a função das
palavras nas orações.

Nas orações coordenadas, por exemplo, não há relação sintática entre elas e,


por isso, são orações independentes.

Já as orações subordinadas recebem esse nome pois uma está subordinada à


outra. Desse modo, elas dependem umas das outras para ter sentido completo
e, portanto, possuem uma relação sintática.

Confira abaixo, as explicações sobre cada uma delas, as classificações das


orações e muitos exemplos de orações coordenadas e subordinadas.

90
O que são orações coordenadas?
As orações coordenadas são orações independentes que já possuem sozinhas
um significado completo. Dessa forma, não existe uma relação sintática entre
elas.

Tipos de orações coordenadas


Esse tipo de oração é classificada de duas maneiras: as orações coordenadas
sindéticas e assindéticas.

Oração coordenada sindética


Nas orações coordenadas sindéticas, há uma conjunção coordenativa que
conecta as palavras ou termos das frases e, dependendo da conjunção
utilizada, elas pode ser de cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas,
conclusivas e explicativas.

1. Oração coordenada sindética aditiva

As orações coordenadas sindéticas aditivas são aquelas em que o uso das


conjunções (ou locuções conjuntivas) transmite a ideia de adição. As
conjunções aditivas são: e, nem, não só, mas também, mas ainda, como, assim,
etc.

Exemplos:

Fomos para a escola e fizemos o exame final.

 Oração 1: Fomos para a escola


 Oração 2: fizemos o exame final

Joelma adora pescar, mas também gosta muito de navegar.

 Oração 1: Joelma adora pescar


 Oração 2: gosta muito de navegar

Com os exemplos, podemos perceber que esse tipo de conjunção adiciona


informações ao que foi dito anteriormente. Além disso, é importante perceber
que as orações acima, quando separadas, são independentes, uma vez que
possuem um sentido completo.

2. Oração coordenada sindética adversativa

As orações coordenadas sindéticas adversativas são aquelas que transmitem,


por meio das conjunções utilizadas, uma ideia de oposição ou de contraste. As
conjunções adversativas são: e, mas, contudo, todavia, entretanto, porém, no
entanto, ainda, assim, senão, etc.

Exemplos:

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Pedro Henrique estuda muito, porém não passa no vestibular.

 Oração 1: Pedro Henrique estuda muito


 Oração 2: não passa no vestibular

Daiana combinou com os amigos de ir à festa, no entanto, estava chovendo


muito naquela noite.

 Oração 1: Daiana combinou com os amigos de ir à festa


 Oração 2: estava chovendo muito naquela noite

Note que as conjunções utilizadas nas orações acima transmitem a ideia de


oposição ao que foi dito anteriormente. Além disso, as frases são
independentes, uma vez que, se separadas, possuem um sentido completo.

3. Oração coordenada sindética alternativa

Nas orações coordenadas sindéticas alternativas, as conjunções enfatizam


uma escolha dentre as opções existentes. As conjunções alternativas
utilizadas são: ou, ou… ou; ora…ora; quer…quer; seja…seja, etc.

Exemplos:

Manuela ora quer comer hambúrguer, ora quer comer pizza.

 Oração 1: Manuela ora quer comer hambúrguer


 Oração 2: ora quer comer pizza

Faça o que sua mãe manda ou ficará de castigo o resto do dia.

 Oração 1: Faça o que sua mãe manda


 Oração 2: ficará de castigo o resto do dia

Em ambos os exemplos, as orações são independentes, e as conjunções


utilizadas indicam opções e, por isso, são chamadas de alternativas.

4. Oração coordenada sindética conclusiva

As orações coordenadas sindéticas conclusivas expressam conclusões e, por


isso, fazem uso das conjunções (ou locuções) conclusivas: logo, assim,
portanto, por fim, por conseguinte, pois, então, consequentemente, etc.

Exemplos:

Não gostamos do restaurante, portanto não iremos mais lá.

 Oração 1: Não gostamos do restaurante


 Oração 2: não iremos mais lá

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Alice não realizou a prova, assim fará a substitutiva no final do ano.

 Oração 1: Alice não realizou a prova


 Oração 2: fará a substitutiva no final do ano

Nos exemplos, as palavras em destaque são conjunções conclusivas que


transmitem a ideia de conclusão sobre algo que foi mencionado na oração
principal.

5. Oração coordenada sindética explicativa

Nas orações coordenadas sindéticas explicativas, as conjunções ou locuções


que ligam as orações expressam uma explicação. São elas: isto é, ou seja, a
saber, na verdade, porque, que, pois, etc.

Exemplos:

Marina não queria falar, ou seja, ela estava de mau humor.

 Oração 1: Marina não queria falar


 Oração 2: ela estava de mau humor

Pedro não foi ao jogo de futebol porque estava cansado.

 Oração 1: Pedro não foi ao jogo de futebol


 Oração 2: estava cansado

Os exemplos mostram que com o uso das conjunções explicativas, as orações


independentes se unem com o intuito de explicar sobre o que foi dito
anteriormente.

Oração coordenada assindética


Diferente das orações coordenadas sindéticas, as orações coordenadas
assindéticas não exigem conjunções que conectam os termos ou palavras da
frase.

Exemplos:

 Lena estava triste, cansada, decepcionada.


 Ao chegar à escola conversamos, estudamos, lanchamos

Nos exemplos acima não existe nenhuma conjunção (ou locução conjuntiva)
que liga as orações e, portanto, temos orações coordenadas assindéticas.

Saiba tudo sobre esse tema com a leitura dos textos:

93
O que são orações subordinadas?
As orações subordinadas, diferente das coordenadas, são orações
dependentes. Assim, quando separadas, não possuem um sentido completo e,
por isso, recebem esse nome, de forma que uma está subordinada à outra.

Tipos de orações subordinadas


As orações subordinadas são classificadas de três maneiras: substantivas,
adjetivas e adverbiais. Isso irá depender da relação sintática estabelecida.

Orações Subordinadas Substantivas


As orações subordinadas substantivas são aquelas que exercem a função de
substantivo. Vale lembrar que o substantivo é uma das classes de palavras que
nomeia os seres, objetos, fenômenos, etc.

Esse tipo de oração pode se apresentar de duas maneiras: orações


desenvolvidas ou orações reduzidas.

Nas orações desenvolvidas, as conjunções integrantes “que” e “se” estão no


início das orações, e podem acompanhar pronomes, conjunções ou locuções
conjuntivas.

Já as orações reduzidas não apresentam uma conjunção integrante, e surgem


com o verbo no infinitivo, no particípio ou no gerúndio.

Dito isso, as orações desenvolvidas podem desempenhar o papel de sujeito,


predicado, complemento nominal, objeto direto, objeto indireto e aposto, sendo
classificadas em seis tipos: subjetiva, predicativa, completiva nominal, objetiva
direta, objetiva indireta, apositiva.

1. Oração subordinada substantiva subjetiva

As orações subordinadas substantivas subjetivas exercem a função


de sujeito da oração principal. Lembre-se que o sujeito é aquele ou aquilo de
que(m) se fala.

Exemplos:

É importante que você beba água.

 Oração principal: É importante


 Oração subordinada: que você beba água

É possível que Paloma saia outra vez.

 Oração principal: É possível


 Oração subordinada: que Paloma saia outra vez

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Note que a oração principal não apresenta sujeito e a oração subordinada, além
de completar o sentido da primeira, desempenha o papel de sujeito da oração.

2. Oração subordinada substantiva predicativa

As orações subordinadas substantivas predicativas exercem a função


de predicativo do sujeito da oração principal e sempre apresentam um verbo
de ligação (ser, estar, parecer, permanecer, continuar, ficar, etc.).

Vale lembrar que o predicativo do sujeito é o termo que tem a função de atribuir
uma qualidade ao sujeito.

Exemplos:

Meu medo é que ela não vença o campeonato.

 Oração principal: Meu medo é


 Oração subordinada: que ela não vença o campeonato

Nosso desejo é que ele passe nos exames finais.

 Oração principal: Nosso desejo é


 Oração subordinada: que ele passe nos exames finais

Nos exemplos, notamos que a partir da presença do verbo de ligação, qualifica-


se o sujeito da oração.

3. Oração subordinada substantiva completiva nominal

As orações subordinadas substantivas completivas nominais exercem a


função de complemento nominal do verbo da oração principal, completando o
sentido do nome da oração principal. Esse tipo de oração sempre é iniciada
com uma preposição.

Note que o complemento nominal completa o sentido de um nome


(substantivo, adjetivo ou advérbio).

Exemplos:

Tenho esperança de que a humanidade se conscientize.

 Oração principal: Tenho esperança


 Oração subordinada: de que a humanidade se conscientize

Tínhamos certeza de que ela passaria na prova.

 Oração principal: Tínhamos certeza


 Oração subordinada: de que ela passaria na prova

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Nos exemplos acima, as orações subordinadas completivas sempre começam
com uma preposição: "de". Ambas complementam os nomes (substantivos) da
oração principal: esperança; certeza.

4. Oração subordinada substantiva objetiva direta

As orações subordinadas substantivas objetivas diretas exercem a função


de objeto direto do verbo da oração principal e, por isso, o complemento não
vem acompanhado de preposição.

Vale destacar que o objeto direto é um complemento verbal que completa o


sentido dos verbos transitivos das orações.

Exemplos:

Desejo que todos tenham um bom dia.

 Oração principal: Desejo


 Oração subordinada: que todos tenham um bom dia

Espero que você passe no concurso.

 Oração principal: Espero


 Oração subordinada: que você passe no concurso

Nos exemplos acima, as orações subordinadas não apresentam preposição e


possuem o valor de objeto direto da oração principal.

Assim, elas completam o sentido do verbo transitivo, visto que sozinho ele não
fornece a informação completa. Exemplo: quem deseja, deseja algo; quem
espera, espera algo.

5. Oração subordinada substantiva objetiva indireta

As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas exercem a função


de objeto indireto do verbo da oração principal, complementando-o.

Vale lembrar que o objeto indireto tem a função de completar o sentido do


verbo transitivo na oração. Assim, nesse tipo de oração, a conjunção
subordinativa integrante é sempre precedida de uma preposição (que ou se).

Exemplos:

Necessito de que você preencha o formulário novamente.

 Oração principal: Necessito


 Oração subordinada: de que você preencha o formulário novamente

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Gostaria de que todas as pessoas se conscientizassem.

 Oração principal: Gostaria


 Oração subordinada: de que todas as pessoas se conscientizassem

Nos exemplos acima, as orações subordinadas completam o sentido dos


verbos transitivos da oração principal, pois sozinhos eles não possuem um
sentido completo (quem necessita, necessita de algo; quem gosta, gosta de
algo ou de alguém). Além disso, podemos notar que antes das conjunções
(que) temos as preposições (de).

6. Oração subordinada substantiva apositiva

As orações subordinadas substantivas apositivas exercem a função


de aposto de qualquer termo presente na oração principal. Nesse caso, a
oração principal pode terminar com dois pontos, ponto e vírgula ou vírgula.

Vale lembrar que o aposto é um termo que tem como função exemplificar ou
especificar outro já mencionado anteriormente na oração.

Exemplos:

Meu único desejo: vencer as olimpíadas.

 Oração principal: Meu único desejo


 Oração subordinada: vencer as olimpíadas

Só lhe peço isso: que nos ajude.

 Oração principal: Só lhe peço isso


 Oração subordinada: que nos ajude

Nos exemplos acima, as frases subordinadas têm a função de aposto, visto


que especificam melhor algo mencionado na oração principal.

Amplie seus conhecimentos sobre esse tipo de oração:

Orações Subordinadas Adjetivas


As orações subordinadas adjetivas são aquelas que funcionam como adjunto
adnominal, as quais possuem a mesma função do adjetivo e, por isso, recebem
esse nome.

Essas orações podem ser desenvolvidas ou reduzidas. Nas orações


desenvolvidas, os verbos aparecem nos modos indicativo e subjuntivo e
sempre iniciam-se com um pronome relativo (que, quem, qual, quanto, onde,
cujo, etc.), os quais exercem a função de adjunto adnominal do termo
antecedente.

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Já nas orações reduzidas, os verbos aparecem no infinitivo, gerúndio ou
particípio e não começam com um pronome relativo.

Dito isso, as oração subordinadas adjetivas desenvolvidas são classificadas


em dois tipos: explicativa e restritiva.

1. Oração subordinada adjetiva explicativa

As orações subordinadas adjetivas explicativas, recebem esse nome pois tem


o intuito de explicar algo que foi dito anteriormente. Esse tipo de oração
subordinada é separada por algum sinal de pontuação, geralmente vírgulas.

Exemplos:

Os livros de José de Alencar, que foram indicados pela professora, são muito


bons.

 Oração principal: Os livros de José de Alencar são muito bons


 Oração subordinada: que foram indicados pela professora

O sistema de aprendizado, que foi desenvolvido pela escola, surpreendeu


todos.

 Oração principal: O sistema de aprendizado surpreendeu todos


 Oração subordinada: que foi desenvolvido pela escola

Nos exemplos acima, as orações subordinadas adjetivas explicativas aparecem


entre vírgulas, adicionando um comentário extra sobre o antecedente da oração
principal.

Note que, nesses casos, as orações subordinadas aproximam-se de um aposto


explicativo e podem ser retiradas sem que isso afete o significado da outra.

2. Oração subordinada adjetiva restritiva

As orações subordinadas adjetivas restritivas, ao contrário das explicativas,


que ampliam a explicação sobre algo, restringem, especificam ou
particularizam o termo antecedente. Aqui, elas não são separadas por sinais de
pontuação.

Exemplos:

Os estudantes que não leem costumam ter mais dificuldades para escrever um


texto.

 Oração principal: Os estudantes costumam ter mais dificuldades para


escrever um texto

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 Oração subordinada: que não leem

As pessoas que fazem exercícios todos os dias tendem a viver mais.

 Oração principal: As pessoas tendem a viver mais


 Oração subordinada: que fazem exercícios todos os dias

A partir dos exemplos acima, nota-se que, diferente das orações adjetivas
explicativas, se as orações subordinadas foram removidas, afetarão o
significado da oração principal.

Outra coisa a se destacar é que essas não apresentam vírgulas e restringem o


termo antecedente, em vez de explicá-los.

Orações Subordinadas Adverbiais


As orações subordinadas adverbiais são aquelas que exercem a função de
advérbio funcionando como adjunto adverbial.

As orações desse tipo são iniciadas por uma conjunção ou locução


subordinativa, as quais têm a função de conectar as orações (principal e
subordinada).

Assim, dependendo do termo utilizados são classificadas em nove tipos:


causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas,
finais, temporais, proporcionais.

1. Oração subordinada adverbial causal

As orações subordinadas adverbiais causais exprimem a causa ou motivo que


a oração principal faz referência. As conjunções ou locuções integrantes
adverbiais utilizadas são: porque, que, como, pois que, porquanto, visto que,
uma vez que, já que, desde que, etc.

Exemplos:

Não fomos à praia já que estava chovendo muito.

 Oração principal: Não fomos à praia


 Oração subordinada: já que estava chovendo muito

Não vou estudar hoje porque estou com dor de cabeça.

 Oração principal: Não vou estudar hoje


 Oração subordinada: porque estou com dor de cabeça

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As orações subordinadas exemplificadas acima, destacam o motivo que a
oração principal faz referência. As conjunções integrantes que expressam isso
são: "já que" e "porque".

2. Oração subordinada adverbial comparativa

As orações subordinadas adverbiais comparativas


expressam comparação entre as orações principal e subordinada.

As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas são: como, assim


como, tal como, tanto como, tanto quanto, como se, do que, quanto, tal, qual, tal
qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc.

Exemplos:

Minha mãe está muito nervosa como eu estava antes.

 Oração principal: Minha mãe está muito nervosa


 Oração subordinada: como eu estava antes

Ela não estudou para a prova o tanto quanto deveria.

 Oração principal: Ela não estudou para a prova


 Oração subordinada: o tanto quanto deveria

Nos exemplos acima, as orações subordinadas fazem uma comparação


utilizando as conjunções integrantes: "como" e "tanto quanto".

3. Oração subordinada adverbial concessiva

As orações subordinadas adverbiais concessivas expressam concessão ou


permissão em relação à oração principal. Dessa forma, elas apresentam uma
ideia contrária ou oposta.

As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas nessas orações


são: embora, conquanto, por mais que, posto que, ainda que, apesar de que, se
bem que, mesmo que, em que pese, etc.

Exemplos:

Embora não queira, vou lhe fazer o jantar.

 Oração principal: vou lhe fazer o jantar


 Oração subordinada: Embora não queira

Mesmo que goste da sandália, não vou comprar.

 Oração principal: não vou comprar


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 Oração subordinada: Mesmo que goste da sandália

Acima, podemos ver que a conjunção "embora" e a locução concessiva


"mesmo que" presentes nas orações subordinadas expressam uma ideia
oposta em relação às orações principais.

4. Oração subordinada adverbial condicional

As orações subordinadas adverbiais condicionais expressam condição. As


conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas são: se, caso,
contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc.

Exemplos:

Se estiver chovendo, não iremos ao evento.

 Oração principal: não iremos ao evento


 Oração subordinada: Se estiver chovendo

Caso ele não esteja na escola, irei visitá-lo.

 Oração principal: irei visitá-lo


 Oração subordinada: Caso ele não esteja na escola

As orações subordinadas dos exemplos acima, exprimem uma condição por


meio do uso das conjunções integrantes utilizadas: "se" e "caso".

5. Oração subordinada adverbial conformativa

As orações subordinadas adverbiais conformativas


expressam conformidade em relação ao que foi expresso na oração principal.
As conjunções integrantes adverbiais utilizadas são: conforme, segundo, como,
consoante, de acordo, etc.

Exemplos:

Segundo as regras impostas pelo governo, a quarentena deverá ser respeitada.

 Oração principal: a quarentena deverá ser respeitada


 Oração subordinada: Segundo as regras impostas pelo governo

Farei a massa do pão consoante os ensinamentos da minha mãe.

 Oração principal: Farei a receita de pão


 Oração subordinada: consoante os ensinamentos da minha mãe

101
Conforme os exemplos acima, as orações subordinadas expressam
conformidade sobre a oração principal enfatizada pelas conjunções utilizadas:
"segundo" e "consoante".

6. Oração subordinada adverbial consecutiva

As orações subordinadas adverbiais consecutivas expressam consequência.


As locuções conjuntivas integrantes adverbiais utilizadas são: de modo que, de
sorte que, sem que, de forma que, de jeito que, etc.

Exemplos:

A palestra foi ruim, de forma que não entendemos nada.

 Oração principal: A palestra foi ruim


 Oração subordinada: de forma que não entendemos nada

Nunca abandonou seus sonhos, de sorte que acabou concretizando-os.

 Oração principal: Nunca abandonou seus sonhos


 Oração subordinada: de sorte que acabou concretizando-os

Em ambos os exemplos, as orações subordinadas exprimem as consequências


expressas na orações principais. Para isso, as locuções conjuntivas utilizadas
foram: "de modo que", "de sorte que".

7. Oração subordinada adverbial final

As orações subordinadas adverbiais finais expressam finalidade. As


conjunções e locuções integrantes adverbiais utilizadas nesse caso são: a fim
de que, para que, que, porque, etc.

Exemplos:

Nós estamos na faculdade para que possamos aprender mais.

 Oração principal: Nós estamos na faculdade


 Oração subordinada: para que possamos aprender mais

O atleta treinou dias a fim de que atingisse a melhor pontuação na prova final.

 Oração principal: O atleta treinou dias


 Oração subordinada: a fim de que atingisse a melhor pontuação na
prova final

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As orações subordinadas acima, utilizaram as locuções conjuntivas ("para que"
e "a fim de que") com o intuito de indicar a finalidade de algo que foi
mencionado na oração principal.

8. Oração subordinada adverbial temporal

As orações subordinadas adverbiais temporais expressam circunstância


de tempo. As conjunções e locuções integrantes adverbiais utilizadas são:
enquanto, quando, desde que, sempre que, assim que, agora que, antes que,
depois que, logo que, etc.

Exemplos:

Você ficará famoso quando publicar seu livro.

 Oração principal: Você ficará famoso


 Oração subordinada: quando publicar seu livro

Eu ficarei mais feliz assim que souber a nota final do exame.

 Oração principal: Eu ficarei mais feliz


 Oração subordinada: assim que souber a nota final do exame

Com o uso da conjunção "quando" e da locução conjuntiva "assim que", as


orações subordinadas dos exemplos indicam circunstâncias temporais.

9. Oração subordinada adverbial proporcional

As orações subordinadas adverbiais proporcionais


expressam proporcionalidade. As locuções conjuntivas integrantes adverbiais
utilizadas são: à proporção que, à medida que, ao passo que, tanto mais, tanto
menos, quanto mais, quanto menos, etc.

Exemplos:

A chuva piorava à medida que o furacão chegava mais perto.

 Oração principal: A chuva piorava


 Oração subordinada: à medida que o furacão chegava mais perto

Quanto mais se esforçava no treino, mais feliz ficava.

 Oração principal: mais feliz ficava


 Oração subordinada: Quanto mais se esforçava no treino

103
As locuções conjuntivas integrantes dos exemplos ("à medida que" e "quanto
mais") enfatizam a proporção expressa na oração principal.

concordância nominal e verbal

Concordância verbal e nominal é relação que garante que as palavras


concordem umas com as outras.

A concordância verbal garante que os verbos concordem com os sujeitos,


enquanto a concordância nominal garante que os substantivos concordem
com adjetivos, artigos, numerais e pronomes.

Exemplo: Nós estudaremos regras e exemplos complicados juntos.

Neste exemplo, quando concordamos o sujeito (nós) com o verbo


(estudaremos) estamos fazendo a concordância verbal.

Por sua vez, quando concordamos os substantivos (regras e exemplos) com o


adjetivo (complicados) estamos fazendo concordância nominal.

Regras de concordância verbal


Para garantir a concordância verbal, precisamos respeitar as relações de
número e pessoa entre verbo e sujeito. Vejamos algumas regras.

1. Concordância de sujeito composto antes do verbo

Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar
sempre no plural. Exemplos:

 Maria e José conversaram até de madrugada.


 Construção e pintura ficarão prontas amanhã.

2. Concordância de sujeito composto depois do verbo

Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no
plural como pode concordar com o sujeito mais próximo. Exemplos:

 Discursaram diretor e professores.


 Discursou diretor e professores.

3. Concordância de sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes

Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o


verbo deve ficar no plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível
gramatical, tem prioridade.

Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu,
vós) e a 2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles). Exemplos:

104
 Nós, vós e eles vamos à festa.
 Tu e ele falais outra língua?

Regras de concordância nominal


Para garantir a concordância nominal, precisamos respeitar as relações de
gênero e número entre substantivos, adjetivos, artigos, numerais e pronomes.
Vejamos algumas regras.

1. Concordância entre substantivo e mais do que um adjetivo

Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, há duas formas de


concordar:

Colocar o artigo antes do último adjetivo. Exemplos:

 A língua francesa e a italiana são encantadoras.


 A música clássica e a popular são manifestações artísticas.

Colocar o substantivo e o artigo que o acompanha no plural. Exemplos:

 As línguas francesa e italiana são encantadoras.


 As músicas clássica e popular são manifestações artísticas.

2. Concordância entre substantivos e um adjetivo

Quando há mais do que um substantivo e apenas um adjetivo, há duas formas


de concordar:

Se o adjetivo vem ANTES dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o


substantivo mais próximo. Exemplos:

 Linda filha e bebê.


 Querido filho e filha.

Se o adjetivo vem DEPOIS dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o


substantivo mais próximo ou com todos os substantivos. Exemplos:

 Pronúncia e vocabulário perfeito.


 Vocabulário e pronúncia perfeita.
 Pronúncia e vocabulário perfeitos.
 Vocabulário e pronúncia perfeitos.

105
transitividade e regência de nomes e verbos; padrões gerais de
colocação pronominal no português; mecanismos de coesão
textual.
A transitividade verbal indica a relação entre os verbos transitivos e os seus
complementos. Isso porque, sozinho, o verbo transitivo não tem sentido
completo, o que significa que ele tem que transitar para um elemento que o
complete.

Exemplos:

 Entregaram a encomenda.
 Vendo quadros.
 Segure isto, por favor!

De acordo com o tipo de complemento, os verbos são classificados da


seguinte forma:

Verbo transitivo direto (VTD)


Verbo que não tem sentido completo e precisa de um complemento,
geralmente introduzido sem preposição, que conclua o quê ou quem. Esse
complemento é chamado de objeto direto.

Exemplos:

 A mesa 3 pediu a carne bem passada. (Pediu o quê? A carne.)


 Terminei a análise. (Terminei o quê? A análise.)
 Agora sim, entendo meus pais. (Entende quem? Meus pais.)

Verbo transitivo indireto (VTI)


Verbo que não tem sentido completo e precisa de um complemento que
conclua de quê, em quê, para quem. Acompanhado de preposição obrigatória, o
complemento desse tipo de verbo é chamado de objeto indireto.

Exemplos:

 Duvido da sua honestidade (Duvido de quê? Da sua honestidade.)


 Não acredito no que ele diz. (Não acredito em quê? No que ele diz.)
 Esperei-lhe pacientemente. (Esperei por quem? Por ele/ela.)

106
Verbo transitivo direto e indireto (VTDI)
Também chamado de bitransitivo, é o verbo que não tem sentido completo e
que precisa de objeto direto e indireto.

Assim, o verbo transitivo direto e indireto precisa de dois complementos, um


dos quais sem preposição obrigatória (objeto direto) e outro que exige
preposição (objeto indireto).

O objeto direto e indireto completa o verbo com a informação sobre o quê a


quem.

Exemplos:

 Enviei os postais aos clientes. (Enviei o quê a quem? Os postais aos clientes.)
 Agradeceu a oportunidade ao chefe. (Agradeceu o quê a quem? A oportunidade
ao chefe.)
 Expus minhas dificuldades ao professor. (Expus o quê a quem? Minhas
dificuldades ao professor.)

Transitividade X Intransitividade verbal


Enquanto a transitividade do verbo indica a necessidade de completar o seu
sentido com complementos, a intransitividade verbal indica que os verbos têm
sentido completo. Assim, sozinhos, os verbos intransitivos conseguem
transmitir a informação sobre o sujeito.

Isso não quer dizer que uma oração cujo verbo seja intransitivo tenha
obrigatoriamente que acabar nesse verbo, mas se acabasse no verbo a oração
seria compreensível.

É que muitas vezes, com os exemplos dados de verbos intransitivos, os alunos


acabam concluindo que não há mais nada depois dele, e quando há, descartam
logo a possibilidade da intransitividade.

Muito facilmente os alunos identificam "João nasceu", "A planta morreu",


"Adormeci" como intransitivos, mas se acrescentamos algo a mais, eles param
e ficam pensando…

 João nasceu ontem.


 A planta morreu de sede.
 Adormeci cedo.

As informações que seguem os verbos intransitivos podem ser classificadas


como adjunto adverbial (é o caso de "ontem", "de sede" e "cedo" dos exemplos
acima).

Ortografia. Acentuação gráfica.

107
A acentuação gráfica consiste na colocação de acento ortográfico para indicar
a pronúncia de uma vogal ou marcar a sílaba tônica de uma palavra. Os nomes
dos acentos gráficos da língua portuguesa são:

 acento agudo (´)


 acento grave (`)
 acento circunflexo (^)

Os acentos gráficos são elementos essenciais que estabelecem, por meio de


regras, a sonoridade/intensidade das sílabas das palavras.

Acentuação das palavras oxítonas


As palavras oxítonas são aquelas em que a última sílaba é tônica (mais forte).
Elas podem ser acentuadas com o acento agudo e com o acento circunflexo.

Oxítonas que recebem acento agudo


Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento

Recebem acento agudo as palavras oxítonas está, estás, já, olá; até, é, és, olé,
terminadas em vogais tônicas abertas -a, -e ou -o pontapé(s); vó(s), dominó(s), paletó(s),
seguidas ou não de -s. só(s)

No caso de palavras derivadas do francês e bebé ou bebê; bidé ou bidê; canapé ou


terminadas com a vogal -e, são admitidos tanto o canapê; croché ou crochê; matiné ou
acento agudo quanto o circunflexo. matinê

adorá-lo (de adorar + lo) ou adorá-los (de


Quando conjugadas com os pronomes -lo(s) ou -la(s)
adorar + los); fá-lo (de faz + lo) ou fá-los
terminando com a vogal tônica aberta -a após a perda
(de faz + los)
do -r, -s, ou -z.
dá-la (de dar + la) ou dá-las (de dar + las)

Recebem acento as palavras oxítonas com mais de acém, detém, deténs, entretém, entreténs,
uma sílaba terminadas no ditongo nasal grafado -em harém, haréns, porém, provém, provéns,
e -ens. também

São acentuadas as palavras oxítonas com os


anéis, batéis, fiéis, papéis, chapéu(s),
ditongos abertos grafados -éu, éi ou -ói, seguidos ou
ilhéu(s), véu(s); herói(s), remói
não de -s.

Obs.: há exceção nas formas da terceira pessoa do plural do presente do


indicativo dos derivados de "ter" e "vir". Nesse caso, elas recebem acento
circunflexo (retêm, sustêm; advêm, provêm).

108
Oxítonas que recebem acento circunflexo
Exemplos de palavras com
Regras de acentuação gráfica
acento

cortês, dê, dês (de dar), lê, lês


São acentuadas as palavras oxítonas terminadas nas vogais
(de ler), português, você(s);
tônicas fechadas grafadas -e ou -o, seguidas ou não de -s.
avô(s), pôs (de pôr), robô(s)

As formas verbais oxítonas, quando conjugadas com os


detê -lo(s); fazê -la(s); vê -la(s);
pronomes clíticos -lo(s) ou -la(s) terminadas com as vogais
compô-la(s); repô-la(s); pô-
tônicas fechadas -e ou -o após a perda da consoantes final -r, -s
la(s)
ou -z, são acentuadas.

Obs.: usa-se, ainda, o acento circunflexo para diferenciar a forma verbal "pôr" da
preposição "por".

Acentuação das palavras paroxítonas


As palavras paroxítonas são aquelas em que a penúltima sílaba é tônica (mais
forte).

Paroxítonas que recebem acento agudo


Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento

Recebem acento agudo as paroxítonas que apresentam,


na sílaba tônica, as vogais abertas grafadas -a, -e, -o, -i e -u dócil, dóceis; fóssil, fósseis; réptil,
e que terminam em -l, -n, -r, -x e -s, e algumas formas do répteis; córtex, córtices; tórax; líquen,
plural, que passam a proparoxítonas. líquenes; ímpar, ímpares

fêmur e fémur; ónix e ônix; pónei e


É admitida dupla grafia em alguns casos. pônei; ténis e tênis; bónus e bônus;
ónus e ônus; tónus e tônus

Palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tônica, as órfã, órfãs; órfão, órfãos; órgão,
vogais abertas grafadas -a, -e, -i, -o e -u, e que terminam órgãos; sótão, sótãos; jóquei, jóqueis;
em -ã, -ão, -ei, -um ou -uns são acentuadas nas formas fáceis, fácil; bílis, íris, júri, oásis,
singular e plural das palavras. álbum, fórum, húmus e vírus

Obs.: não se acentuam graficamente os ditongos representados por -ei e -oi da


sílaba tônica das paroxítonas:

assembleia, boleia, ideia, onomatopeico, proteico, alcaloide, apoio (do verbo


apoiar), tal como apoio (substantivo), boia, heroico, jiboia, moina, paranoico,
zoina.

109
Exemplos de palavras paroxítonas não acentuadas: enjoo, grave, homem, mesa,
Tejo, vejo, velho, voo, avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro,
descobrimento, graficamente e moçambicano.

Paroxítonas e o uso do acento circunflexo


Exemplos de palavras com
Regras de acentuação gráfica
acento

Palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tônica, as vogais


fechadas com a grafia -a, -e e -o, e que terminam em -l, -n, -r cônsul, cônsules; têxtil, têxteis;
ou -x, assim como as respetivas formas do plural, algumas plâncton, plânctons
das quais se tornam proparoxítonas.

Também recebem acento circunflexo as palavras que


Estêvão, zângão, escrevêsseis,
contêm, na sílaba tônica, vogais fechadas com a grafia -a, -e
ânus
e -o, e que terminam em -ão(s), -eis ou -us.

São grafadas com acento circunflexo as formas dos verbos abstêm, advêm, contêm, convêm,
"ter" e "vir", na terceira pessoa do plural do presente do desconvêm, detêm, entretêm,
indicativo ("têm" e "vêm"). O mesmo é aplicado algumas intervêm, mantêm, obtêm,
formas verbais derivadas. provêm, sobrevêm

Não é usado o acento circunflexo nas palavras paroxítonas


creem, deem, descreem,
que contêm um tônico oral fechado em hiato com
desdeem, leem, preveem, redeem,
terminação -em, da terceira pessoa do plural do presente do
releem, reveem, veem
indicativo.

enjoo – substantivo e flexão de


Não é usado o acento circunflexo com objetivo de assinalar a enjoar
vogal tônica fechada na grafia das palavras paroxítonas. povoo – flexão de povoar
voo – substantivo e flexão de voar

para – flexão de parar.


Não são usados os acentos circunflexo e agudo para pela/pelo – preposição de pela,
distinguir as palavras paroxítonas quando têm a vogal tônica quando substantivo de pelar.
aberta ou fechada em palavras homógrafas de palavras pelo – substantivo de per + lo.
proclíticas no singular e plural. polo – combinação de per + lo e
na combinação de por + lo
Fique Atento!

O acento circunflexo é obrigatório na palavra pôde na terceira pessoa do


singular do pretérito perfeito do indicativo. Isso acontece para distingui-la da
forma verbal correspondente do presente do indicativo: pode.

110
O acento circunflexo é facultativo no verbo demos, conjugado na primeira
pessoa do presente do indicativo. Isso ocorre para estabelecer distinção da
forma correspondente no pretérito perfeito do indicativo: demos.

Também é facultativo o uso de acento circunflexo no substantivo fôrma como


distinção do verbo formar na segunda pessoa do singular imperativo: forma.

Vogais tônicas
Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento

Adaís – plural de Adail, aí, atraí (de atrair),


baú, caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país,
As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das palavras
alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraíam (de
oxítonas e paroxítonas recebem acento quando
atrair), atraísse (id.), baía, balaústre, cafeína,
são antecedidas de uma vogal com a qual não
ciúme, egoísmo, faísca, faúlha, graúdo,
formam ditongo e desde que não constituam
influíste (de influir), juízes, Luísa, miúdo,
sílaba com a consoante seguinte.
paraíso, raízes, recaída, ruína, saída e
sanduíche

Recebem acento agudo as vogais tônicas Piauí


grafadas com -i e -u, quando precedidas de teiú – teiús
ditongo na posição final ou seguidas de -s. tuiuiú – tuiuiús

Recebe acento agudo a vogal tônica grafada -i


das palavras oxítonas terminadas em -r dos
verbos terminados em -air e -uir, quando atraí-lo(s), atraí-lo(s) –ia, possuí-la(s), possuí-
combinadas com -lo(s), -la(s) considerando a la(s)-ia – de possuir-la(s)-ia
assimilação e perda do -r nas palavras.

As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das palavras


oxítonas e paroxítonas não recebem acento
quando são antecedidas de uma vogal com a qual bainha, moinho, rainha, Adail, Coimbra, ruim,
não formam ditongo, e desde que não constituam ainda, constituinte, oriundo, ruins, triunfo,
sílaba com a consoante seguinte nos casos de - atrair,influir, influirmos, juiz e raiz
nh, -l, -m, -n, -r e -z.

Não recebem acento agudo as vogais tônicas das arguir, redarguir, aguar, apaniguar, apaziguar,
palavras paroxítonas nas formas rizotônicas de apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar,
alguns verbos. obliquar, delinquir

Não recebem acento agudo os ditongos tônicos


grafados -iu e -ui, quando precedidos de vogal. distraiu; instruiu

111
Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento

Não é utilizado acento agudo nas vogais tônicas


grafadas em -i e -u das palavras paroxítonas baiuca; boiuno; cheinho; sainha
quando precedidas de ditongo.

Acentuação das palavras proparoxítonas


As palavras proparoxítonas são aquelas em que a antepenúltima sílaba é a
tônica (mais forte), sendo que todas são acentuadas.

Proparoxítonas que recebem acento agudo


Exemplos de palavras com
Regras de acentuação gráfica
acento

árabe, cáustico, Cleópatra,


Recebem acento agudo as palavras proparoxítonas que esquálido, exército, hidráulico,
apresentam na sílaba tônica as vogais abertas grafadas -a, -e, -i, líquido, míope, músico,
-o e -u começando com ditongo oral ou vogal aberta. plástico, prosélito, público,
rústico, tétrico, último

Recebem acento agudo as palavras proparoxítonas aparentes


quando apresentam na sílaba tônica as vogais abertas grafadas Álea, náusea; etéreo, níveo;
-a, -e, -i, -o e -u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que enciclopédia, glória; barbárie,
terminam por sequências vocálicas pós-tônicas praticamente série; lírio, prélio; mágoa,
consideradas como ditongos crescentes -ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, - nódoa; exígua; exíguo, vácuo
ua e -uo).

Proparoxítonas que recebem acento circunflexo


Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento

anacreôntico, cânfora, cômputo, devêramos (de


Recebem acento circunflexo as palavras
dever), dinâmico, êmbolo, excêntrico, fôssemos
proparoxítonas que apresentam na sílaba
(de ser e ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada,
tônica vogal fechada ou ditongo com a vogal
lôbrego, nêspera, plêiade, sôfrego, sonâmbulo,
básica fechada e as chamadas
trôpego. Amêndoa, argênteo, côdea, Islândia,
proparoxítonas aparentes.
Mântua e serôdio

Recebem acento circunflexo as palavras acadêmico, anatômico, cênico, cômodo,


proparoxítonas, reais ou aparentes, quando fenômeno, gênero, topônimo, Amazônia, Antônio,
as vogais tônicas são grafadas e/ou estão blasfêmia, fêmea, gêmeo, gênio e tênue
em final de sílaba e são seguidas das
consoantes nasais grafadas -m ou -n

112
Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento

obedecendo ao timbre.

Atenção!
Palavras derivadas de advérbios ou adjetivos não são acentuadas

Exemplos:

 Avidamente - de ávido
 Debilmente - de débil
 Facilmente - de fácil
 Habilmente - de hábil
 Ingenuamente – de ingênuo
 Lucidamente - de lúcido
 Somente - de só
 Unicamente - de único
 Candidamente – cândido
 Dinamicamente - de dinâmico
 Espontaneamente - de espontâneo
 Romanticamente - de romântico
 O atual Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi aprovado em
definitivo no dia 12 de outubro de 1990 e assinado em 16 de dezembro
do mesmo ano.

 O documento foi firmado pela Academia de Ciências de Lisboa, a


Academia Brasileira de Letras e representantes de Angola, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

 Também houve adesão da delegação de observadores da Galiza. Isso


porque na Galiza, região localizada no norte da Espanha, a língua falada
é o galego, a língua-mãe do português.

 Prazo para Implantação no Brasil


 No Brasil, a implantação do novo acordo começou em 2008. O prazo
final para a adesão é 31 de dezembro de 2015, conforme o Decreto
7875/2012.

 Este também é o prazo em Portugal, mas nem todos os países


unificarão ao mesmo tempo. Cabo Verde, por exemplo, só estará
totalmente adaptado ao novo acordo em 2019.

 Até lá, concursos públicos, provas escolares e publicações oficiais do


governo estarão adaptadas às regras. A implantação nos livros didáticos
brasileiros começou em 2009.

113
 O objetivo do acordo é unificar a ortografia oficial e reduzir o peso
cultural e político gerado pelas duas formas de escrita oficial do mesmo
idioma. A ideia é aumentar o prestígio internacional e a difusão do
Português.

 Acordos Ortográficos Anteriores


Países lusófonos no mundo

 As diferenças na grafia da língua utilizada por Brasil e Portugal


começaram em 1911, quando o país lusitano passou pela primeira
reforma ortográfica. A reformulação não foi extensiva ao Brasil.

 As primeiras tentativas para minimizar a questão ocorreram em 1931.


Nesse momento, representantes da Academia Brasileira de Letras e da
Academia das Ciências de Lisboa passaram a discutir a unificação dos
dois sistemas ortográficos. Isso só ocorreu em 1943, mas sem sucesso.

 Representantes dos dois países voltaram a discutir o assunto


novamente em 1943, quando ocorreu a Convenção Ortográfica Luso-
brasileira.

 Tal como o primeiro, este também não surtiu o efeito desejado e


somente Portugal aderiu às novas regras.

 Uma nova tentativa reuniu novamente os representantes. Desta vez, em


1975, quando Portugal não aceitou a imposição de novas regras
ortográficas.

114
 Somente em 1986, estudiosos dos dois países voltaram a tocar na
reforma ortográfica tendo, pela primeira vez, representantes de outros
países da comunidade de língua portuguesa.

 Na ocasião, foi identificado que entre as principais justificativas para o


fracasso das tratativas anteriores estava a drástica simplificação do
idioma.

 A crítica principal estava na supressão dos acentos diferenciais nas


palavras proparoxítonas e paroxítonas, ação rejeitada pela comunidade
portuguesa.

 Já os brasileiros discordaram da restauração de consoantes mudas,


abolidas há tempo.

 Outro ponto rejeitado pela opinião pública brasileira estava na


acentuação de vogais tônicas "e" e "o" quando seguidas das consoantes
nasais "m" e "n". Essa regra era válida para as palavras proparoxítonas
com acento agudo e não o circunflexo.

 Seriam assim no caso de Antônio (António), cômodo (cómodo) e gênero


(género).

 Assim, além da grafia, os estudiosos passaram a considerar também a


pronúncia das palavras.

 Considerando as especificidades dos países signatários do Acordo


Ortográfico da Língua Portuguesa, foi acordada a unificação em 98% dos
vocábulos.
 Veja também: História da Língua Portuguesa

 Principais Mudanças
 As Consoantes C, P, B, G, M e T
 Ficam consideradas neste caso as especificidades da pronúncia
conforme o espaço geográfico. Ou seja, a grafia é mantida quando há
pronúncia é retirada quando não são pronunciadas.

 A manutenção de consoantes não pronunciadas ocorria, principalmente,


pelos falantes de Portugal, que o Brasil há muito havia adaptado a grafia.

 Também houve casos da manutenção da dupla grafia, também


respeitando a pronúncia.

 Ficou decidido que nesses casos, os dicionários da língua portuguesa


passarão a registrar as duas formas em todos os casos de dupla grafia.

115
O fato será esclarecido para apontar as diferenças geográficas que
impõem a oscilação da pronúncia.

 Exemplos de consoantes pronunciadas:

 Compacto, ficção, pacto, adepto, aptidão, núpcias, etc.

 Exemplos de consoantes não pronunciadas:

 Acção, afectivo, direcção, adopção, exacto, óptimo, etc.

 Exemplos de dupla grafia:

 Súbdito e súdito, subtil e sutil, amígdala e amídala, amnistia e anistia, etc.

 Acentuação Gráfica
 Os acentos gráficos deixam de existir em determinadas palavras
oxítonas e paroxítonas.

 Exemplos:

 Para – na flexão de parar


Pelo – substantivo
Pera – substantivo
 Também deixam de receber acento gráfico as paroxítonas
com ditongos "ei" e "oi" na sílaba tônica.

 Exemplos:

 Assembleia, boleia, ideia.

 Cai, ainda, o acento nas palavras paroxítonas com vogais dobradas. Isto
ocorreu porque em palavras paroxítonas ocorre a mesma pronúncia em
todos os países de língua portuguesa.

 Exemplos:

 Abençoo – flexão de abençoar


Enjoo – flexão de enjoar
Povoo – flexão de povoar
Voo – flexão de voar

Emprego do sinal indicativo de crase.

116
A crase não é um acento é a contração de duas letras “a” em uma só
utilizando o acento grave (`) no “a”.

Para usar a crase é necessário ter uma preposição “a” e o artigo “a”
de palavras femininas.

Existem muitas regras para se usar a crase que


acabam confundindo o estudante, então tentarei
simplificar para facilitar o aprendizado, mas no final
coloquei as regras para caso você queira aprofundar
sobre o assunto.

DICA 1

Como a crase é só com palavras femininas é só substituir a palavra


por uma masculina equivalente e se o a (s) se transformar
em ao (s) é porque deve-se usar a crase.

Exemplos 1

Aquela aluna nunca presta atenção a aula.

Substituir por ensinamentos

Aquela aluna nunca presta atenção ao ensinamento. (não ficou


estranho, então leva crase)

Correto: Aquela aluna nunca presta atenção à aula.

117
Exemplo 2

Estou mandando a revista a ela

Substituir por ele

Estou mandando a revista ao ele. (ficou estranho, então não leva


crase)

Correto: Estou mandando a revista a ela

Exemplo 3

Estou indo a academia

Substituir por clube

Estou indo ao clube. (não ficou estranho, então leva crase)

Correto: Estou indo à academia

DICA 2

Substituir o “a” por “para a”, “da”, “na” e “pela”, se não ficar estranho
deve usar a crase.

Exemplo 1

Estou indo a academia

Substituir por “para a”

118
Estou indo para a academia (não ficou estranho, então usa crase)

Correto: Estou indo à academia

Obs.: Esta substituição de “para a” é muito utilizada quando envolve


nomes de lugares

Exemplo 2

Fui a Inglaterra

Substituir por “para a”

Fui para a Inglaterra (não ficou estranho, então usa crase)

Correto: Fui à Inglaterra

Exemplo 3

Fui a Curitiba

Substituir por “para a”

Fui para a Curitiba (ficou estranho, não usa crase)

Correto: Fui a Curitiba.

DICA 3

Substituir “vou a” por “volto da” (da (preposição de + a))

119
Exemplo 1

Vou a São Paulo

Substituir por “volto da”

Volto da São Paulo (ficou estranho não usa crase)

Correto: Vou a São Paulo

Exemplo 2

Vou a Bahia

Substituir por “volto da”

Volto da Bahia (não ficou estranho, então usa crase)

Correto: Vou à Bahia

Estas dicas te ajudarão em grande parte das situações, mas não em


todas, então infelizmente existem regras que devem ser utilizadas
para acertar todas as questões.

ATENÇÃO: Uma das melhores maneiras de fixar conteúdos é


fazendo questões de concursos: Emprego do sinal indicativo de
crase – Questões de concursos

Quando usar a crase:

120
 

1 – Antes de palavras femininas.

Antes de palavras femininas com frases que tem substantivos e


adjetivos que solicitam a preposição “a” se referindo algo.

Exs.: Aquela aluna nunca presta atenção à aula.

Devemos obedecer às regras do condomínio

2 – Expressões que indiquem horas, somente no caso de horas


definidas e especificadas ocorrerá a crase:

Retornaremos à meia-noite.

Chegaremos em Vitória às 8 horas

Às duas horas da tarde viajaremos

3 – locuções adverbiais que expressem ideia de tempo, lugar e


modo.

À tarde, à noite, à direita, à esquerda, à vontade, às claras, às vezes,


às pressas, à espera

Ex.: Os embalos de sábado à noite.

Vire na próxima à direita

Às vezes chegamos tarde para o almoço

4 – Locuções prepositivas
121
À mercê de, às custas de, à moda de, à maneira de, à exceção de,

Ex.: O aluno foi aprovado à custa de muita dedicação

Obs.: Frases que subentende “à moda de” ou “à maneira de” leva


crase também (Esta situação é a única maneira que vai crase com
palavras masculinas também)

Exs.: Bife à milanesa (subentende que é à moda de Milão, então leva


crase).

Bife a cavalo (não leva acento)

Churrasco à gaúcha (à maneira dos gaúchos)

5 – Locuções conjuntivas

À proporção de, à medida que

Ex.: à medida que ficamos mais velhos aprendemos a lidar melhor


com nossas perdas

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6 – Preposição “a” com pronome demonstrativo

“a”(ou “as”)

122
Ex.: Sua calça é idêntica à de meu filho.

7 – Pronomes relativos “a qual” e “as quais”, depende do que


vem antes

Regrinha: Troca o que vem antes por palavras masculinas e “ao” ou


“aos” e se não ficar estranho usa crase

Exemplo 1

Há cidades mineiras as quais não consigo me comunicar.

Substituir por municípios mineiros aos quais

Há municípios mineiros aos quais não consigo me comunicar (não


ficou estranho, então leva crase)

Correto: Há cidades mineiras às quais não consigo me comunicar

Exemplo 2

Aquela é a moça a qual lhe falei

Substituir por moço ao qual

Aquele é o moço ao qual lhe falei (se não ficou estranho, então usa
crase)

Correto: Aquela é a moça à qual lhe falei

8 – Aquele(s), aquela(s), aquilo


123
Substituir por “a este”, “a esta” e “a isto” sem perder o sentido

Exemplos 1:

Voltei, então, aquele hotel que gostei muito!

Substituir por “a este”

Voltei, então, a este hotel que gostei muito! (não perdeu o sentido,


então leva crase)

Correto: Voltei, então, àquele hotel que gostei muito!

Exemplo 2:

Dediquei aquela mulher esta música.

Substituir por “a esta”

Dediquei a esta mulher esta música. (não perdeu o sentido, então


leva crase)

Correto: Dediquei àquela mulher esta música.

Exemplo 3

Refiro-me aquilo que aconteceu no jogo de ontem.

Substituir por “a isto”

Refiro-me a isto que aconteceu no jogo de ontem. (não perdeu o


sentido, então leva crase)

124
Correto: Refiro-me àquilo que aconteceu no jogo de ontem.

9 – Expressão “à vista”

Vendo à vista (leva crase no sentido de não vender parcelado (a


prazo)).

Vendo a vista sem a crase têm outros sentidos como: (tampar os


olhos, olhando a paisagem ou mesmo vendendo os olhos)

QUANDO NÃO USAR A CRASE


 

Antes de palavras masculinas

Gosto de caminhar a pé

Palavras repetidas, mesmo se for femininas

Precisamos conversar frente a frente

Antes de verbo

Minha filha está aprendendo a tocar violão

Antes de palavras femininas no plural antecedidas pela


preposição a:

125
A bolsa de inglês foi dada a mulheres brasileiras

Se o “a” também estiver no plural levará crase

A bolsa de inglês foi dada às mulheres brasileiras

Antes da maioria dos pronomes

Desejamos a todos um feliz ano novo.

Pronomes que pode usar crase: Dona, senhora, senhorita

Eu falei à senhora não me procurar mais.

Expressões que sugerem ideia de futuro ou distância

A aula terminará daqui a pouco

Antes de dia da semana

De segunda a quinta

Obs.: Só haverá crase se definirmos o dia da semana

Abriremos somente às terças-feiras

Antes de numeral (Com exceção de horas)

A praia fica a 100 metros daqui

126
CASOS ESPECÍFICOS PARA USAR
CRASE
 

Antes da palavra terra

Usa crase no sentido de planeta Terra ou se a localidade está


determinada

Os soldados chegaram a terra. (terra indeterminada, não leva crase)

Eles foram à terra de meus pais (terra determinada, então leva crase)

Os astronautas voltaram à terra. (planeta terra)

Antes da palavra casa

Mesma regra: se especificar usa a crase

Volta a casa mais tarde (casa indeterminada, não usa crase)

Volta à casa de meus pais mais tarde (casa determinada, usa crase)

Casos facultativos (pode ou não usar)


 

Antes de pronomes possessivos femininos minha, sua e tua

Ontem na aula fizeram referência a minha tia

Ontem na aula fizeram referência à minha tia


127
 

Antes de nomes próprios femininos (se especificar o nome leva


obrigatoriamente crase)

Enviei e-mail a Cristina

Enviei e-mail à Cristina

Enviei e-mail à Cristina do supermercado (especificou de onde é a


Cristina)

Depois da palavra até

Pedro foi até a piscina

Pedro foi até à piscina

Atenção: Existem situações que o contexto da frase deve ser levado


em consideração para colocar ou não a crase.

Até a casa ficou debaixo d’água (sem crase, pois se colocar a crase
ele estaria indo até a casa)

Pontuação.

Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a


coesão de textos, bem como têm a função de desempenhar questões de ordem
estilística.

São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto
de exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as reticências (...), as aspas (“”),
os parênteses ( ( ) ) e o travessão (—).

Ponto (.)
O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o
final de um período. O ponto é, ainda, utilizado nas abreviações.

Exemplos do uso de ponto final:

128
 Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos. Depois, saí para
trabalhar e resolvi ligar e pedir perdão.
 O filme recebeu várias indicações para o Oscar.
 Esse acontecimento remonta ao ano 300 a.C., segundo afirmam os nossos
historiadores.
 Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi cancelado.

Vírgula (,)
A vírgula indica uma pausa no discurso. Sua utilização é tão importante que
pode mudar o significado quando não utilizada ou utilizada de modo incorreto.
A vírgula também serve para separar termos com a mesma função sintática,
bem como para separar o aposto e o vocativo.

Exemplos do uso de vírgula:

 Vou precisar de farinha, ovos, leite e açúcar.


 Rose Maria, apresentadora do programa da manhã, falou sobre as receitas
vegetarianas. (aposto)
 Desta maneira, Maria, não posso mais acreditar em você. (vocativo)

Ponto e Vírgula (;)


O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro de uma mesma
frase e para separar uma relação de elementos.

É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa
uma pausa mais longa que a vírgula e ora mais breve que o ponto.

Exemplos do uso de ponto e vírgula:

 Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não lucram,


reclamam igualmente.
 Joaquim celebrou seu aniversário na praia; não gosta do frio e nem das
montanhas.
 Os conteúdos da prova são: Geografia; História; Português.

Dois Pontos (:)


Esse sinal gráfico é utilizado antes de uma explicação, para introduzir uma fala
ou para iniciar uma enumeração.

Exemplos do uso de dois pontos:

 Na matemática, as quatro operações essenciais são: adição, subtração,


multiplicação e divisão.
 Joana explicou: — Não devemos pisar na grama do parque.
 Descobri onde estava o livro: na mochila.

129
Ponto de Exclamação (!)
O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases
que denotam sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo,
espanto.

Exemplos do uso de ponto de exclamação:

 Que horror!
 Ganhei!
 Quieto!

Ponto de Interrogação (?)


O ponto de interrogação é utilizado para interrogar, perguntar. Utiliza-se no final
das frases diretas ou indiretas-livre.

Exemplos do uso de ponto de interrogação:

 Quer ir ao cinema comigo?


 Será que eles preferem jornais ou revistas?
 Entendeu?

Reticências (...)
As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que
o sentido vai muito mais além do que está expresso na frase.

Exemplos do uso de reticências:

 Ana gosta de comprar sapatos, bolsas, calças…


 Não sei… Preciso pensar no assunto.
 "A vida é uma tempestade (...) Um dia você está tomando sol e no dia seguinte
o mar te lança contra as rochas." (O Conde de Monte Cristo, Alexandre
Dumas)

Aspas (" ")


É utilizado para enfatizar palavras ou expressões, bem como é usada para
delimitar citações de obras.

Exemplos do uso de aspas:

 Satisfeito com o resultado do vestibular, se sentia "o bom”.


 Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme que primeiro roeu as
frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas
memórias póstumas."
 É simplesmente "inacreditável" o que aconteceu.

130
Parênteses ( ( ) )
Os parênteses são utilizados para isolar explicações ou acrescentar
informação acessória.

Exemplos do uso de parênteses:

 O funcionário (o mais mal-humorado que já vi) fez a troca dos artigos.


 Cheguei à casa cansada, jantei (um sanduíche e um suco) e adormeci no sofá.
 Saiu às pressas (como sempre) e esqueceu o lanche na cozinha.

Travessão (—)
O Travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do
texto bem como para substituir os parênteses ou dupla vírgula.

Exemplos:

 Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por favor, não faça isso
agora, pois teremos problemas mais tarde.
 Perguntei: — Onde é o ponto de ônibus?
 Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que fizesse assim.

Exercícios de sinais de pontuação


1. O texto abaixo precisa de pontuação. Pontue-o adequadamente.

Acordei às oito e pouco da manhã atrasada como sempre e peguei o ônibus


para a escola com as minhas amigas Ana Maria e Bia

A Ana que gosta de ir à janela pediu para a Maria trocar de lugar com ela a
Maria que estava cheia de calor disse que preferia ficar onde estava ambas
ficaram chateadas logo cedo

Li um cartaz que anunciava Feira de Livros Usados Vamos Mas ninguém me


deu resposta, nem sequer a Bia Que começo de dia

Na escola aulas e apresentações de trabalhos Sim, não lembrava que a


professora devolveria as provas corrigidas
Ninguém sai da sala até que eu termine de dizer o resultado de todos
Quando chegou a minha vez
Estou decepcionada
E entregando o meu teste completou teve o melhor resultado da turma.

Reescrita de frases: substituição, deslocamento,


paralelismo; variação linguística: norma culta.
Como fazer a reescrita de uma frase?

131
As frases reescritas devem manter a informação essencial do texto utilizando
vocabulários e expressões do texto original e a ordem das palavras para que o
texto mantenha seu sentido. Deve-se prestar a atenção na ordem das palavras
para que o texto não mude de sentido.

A REESCRITURA DE FRASES POR SUBSTITUIÇÃO


A Reescrita pode ser feita através de substituição de palavras ou de
trechos de textos utilizando: Sinônimos, antônimos, locução verbal,
verbos por substantivos e vice-versa, voz verbal, conectivos de mesmo
valor semântico: Sinônimos: palavras que possuem significados iguais ou
semelhantes
Ex.:  Aquele carro está com problema 
Aquele automóvel está com defeito Antônimos: palavras que possuem
significados diferentes, ou seja, significados opostos.
Ex.:  O homem estava bravo  O sujeito não estava tranquilo

Reescrita das frases deslocamento


O que é termo deslocado na oração?
Quando se fala de termos deslocados, quer-se dizer que alguns termos
têm uma posição definida na sequência da oração, que chamamos de
ordem direta. Essa sequência é formada pelos seguintes termos: Sujeito +
verbo + complementos verbais + adjunto adverbial.
O mais famoso caso de deslocamento é o início de nosso Hino Nacional.
OUVIRAM DO IPIRANGA, AS MÁRGENS PLÁCIDAS+.
Por décadas professores afirmaram que era um sujeito indeterminado,
porém com o passar dos anos foi descoberto que havia uma vírgula,
deslocando, portanto o sujeito de seu predicado.
Na ordem direta fica assim esse verso: AS MARGENS PLÁCIDAS OUVIRAM
DO IPIRANGA.... A ordem direta – sujeito, verbo, complementos – é a
preferida da clareza. Ela evita erros comuns ao ritmo apressado do
trabalho. Mas, volta e meia, a inversa tem a vez. A vírgula, então, entra
132
em campo. Com um cuidado: mesmo deslocados, sujeito e objeto não se
isolam: Maria comprou uma bolsa na liquidação (ordem direta). Comprou
Maria uma bolsa na liquidação (ordem inversa). Uma bolsa Maria
comprou na liquidação (ordem inversa). Outros termos não gozam do
privilégio.
É o caso do adjunto adverbial e da oração adverbial. O lugar deles é na
rabeira. Observe: Ordem direta: O presidente se encontrou com o
primeiro-ministro de Israel em Telavive. Ordem inversa: Em Telavive, o
presidente se encontrou com o primeiro ministro de Israel. O presidente
se encontrou, em Telavive, com o primeiro-ministro de Israel.
Observação:
É facultativo o emprego da vírgula se o adjunto adverbial tiver uma
palavra: Aqui, fala-se português. Aqui se fala português.
Ontem, visitei o Museu da República. Ontem visitei o Museu da República.
Página | 3 Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) Visitei, ontem, o
Museu da República. Visitei ontem o Museu da República.

REESCRITURA DE FRASES POR PARALELISMO


Antes de tudo, reflitamos sobre a estrutura de um texto: parágrafos devidamente organizados
e interligados entre si por meio de harmoniosa junção de elementos coesivos, ideias dispostas
em uma dada sequência lógica, de modo a formar um “todo” coerente. Eis alguns dos
elementos essenciais à perfeita compreensão de qualquer discurso.

Contudo, há que se mencionar acerca de alguns entraves que porventura tendem a surgir,
implicando diretamente na falta dessa perfeição. Para sermos mais precisos, voltemos nosso
foco para a última das considerações supracitadas, retratadas por “ideias dispostas em uma
dada sequência lógica, de modo a formar um ‘todo’ coerente”. Esse todo deixa de ser coerente
quando há a ruptura de similaridade entre os elementos textuais.

Ressaltemos, pois, as palavras de Othon M. Garcia proferidas em sua Comunicação em Prosa


Moderna, as quais ele revela sobre tal ruptura:

“Se coordenação é, como vimos, um processo de encadeamento de valores sintáticos


idênticos, é justo presumir que quaisquer elementos da frase – sejam orações, sejam termos
dela–, coordenados entre si, devam – em princípio, pelo menos – apresentar estrutura
gramatical idêntica, pois –como, aliás, ensina a gramática de Chomsky – não se podem
coordenar frases que não comportem constituintes do mesmo tipo. Em outras palavras: as
ideias similares devem corresponder forma verbal similar. Isso é o que se costuma chamar
paralelismo ou simetria de construção”.

133
Diante de tais pressupostos, podemos dizer que o paralelismo se caracteriza pelas relações de
semelhança entre palavras e expressões, materializadas por meio do campo morfológico
(quando as palavras pertencem a uma mesma classe gramatical), sintático (quando as
construções das frases ou orações são semelhantes) e semântico (quando há correspondência
de sentido).

De forma a constatá-los, analisemos os casos nos quais se detecta a falta de paralelismo de


ordem morfológica: Sua saída se deve a mágoas, humilhações, ressentimentos e a agressores
que tanto pretendiam ocupar seu cargo dentro da empresa

. Constatamos que há uma ruptura de ordem morfológica, evidenciada pela troca de um


substantivo por um adjetivo, ou seja, o termo “agressores” em detrimento a “agressões”.
Portanto, o discurso carece de uma reformulação, evidenciada por:

Sua saída se deve a mágoas, humilhações, ressentimentos e a agressões por parte daqueles
que tanto pretendiam ocupar seu cargo dentro da empresa.

Noções de Direito.
Administrativo
Estrutura administrativa: conceito, elementos e poderes do Estado, organização do estado e
da Administração, Entidades políticas e administrativas, órgãos e agentes públicos.

Atividade administrativa: conceito, natureza e fins, princípios básicos, poderes e deveres do


administrador público, o uso e o abuso do poder.

Organização administrativa estadual: Administração direta e indireta, Autarquias, Fundações


Públicas, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista, Agências Reguladoras.

Poderes Administrativos: Poder vinculado, poder discricionário, poder hierárquico, poder


disciplinar, poder regulamentar, poder de polícia.

Atos administrativos: conceito, requisitos, atributos, classificação, espécies, invalidação.

Processo Administrativo (Lei Federal nº 9.784/99 e Lei Estadual nº 14.184/02): Prescrição,


decadência e preclusão.

Dos Direitos e Deveres do Postulante e do Destinatário do Processo.

Processo Administrativo e suas formas, atos, tempo, lugares. Instrução, comunicação e


competência.

Recursos, prazos, impedimentos e suspeições, dever de decidir, desistência e extinção.

Anulação, Revogação e Convalidação.

Sanções e Revisão. Serviços públicos: conceito, classificação, regulamentação e controle,


requisitos, competência para prestação, formas e meios de prestação do serviço, concessão,
permissão, autorização.

134
Intervenção do Estado na propriedade: noções gerais, servidão administrativa, requisição,
ocupação, limitação administrativa.

Bens públicos: conceito, utilização, afetação e desafetação, regime jurídico, formas de


aquisição e alienação.

Controle da Administração Pública: controle administrativo, controle legislativo, controle pelo


Tribunal de Contas, controle judiciário.

Responsabilidade Civil do Estado: responsabilidade objetiva, reparação do dano.

Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257/2001).

Noções de Direito Constitucional: Constituição: conceito, objeto e classificações.

Aplicabilidade das normas constitucionais.

Interpretação das normas constitucionais. Controle de constitucionalidade: sistema brasileiro.

Ações constitucionais. Página 33 de 48

Princípios fundamentais.

Dos direitos e garantias fundamentais.

Dos deveres individuais e coletivos. Dos direitos políticos.

Dos partidos políticos.

Da organização do Estado.

Da organização dos poderes.

Da tributação e do orçamento. Da ordem econômico-financeira.

Da ordem social.

Constitucional
Constituição: conceito, objeto e classificações.

Aplicabilidade das normas constitucionais.

Interpretação das normas constitucionais.

Controle de constitucionalidade: sistema brasileiro.

Ações constitucionais. Página 33 de 48

Princípios fundamentais.

Dos direitos e garantias fundamentais.

Dos deveres individuais e coletivos.

Dos direitos políticos.

Dos partidos políticos.

Da organização do Estado.

135
Da organização dos poderes.

Da tributação e do orçamento. Da ordem econômico-financeira.

Da ordem social.

Ética Pública.
Conceito de ética e moral; aplicação de valores e princípios morais; Ética e a função pública.

Atos de Improbidade Administrativa (Lei Federal n° 8.429/1992).

Proteção de Dados Pessoais (Lei Federal nº 13.709/2018 e suas alterações)

Noções de Informática.
Noções do sistema operacional Microsoft Windows 10 e versões superiores:

Atalhos de teclado.

Área de Trabalho (Exibir, Classificar, Atualizar, Resolução da tela, Gadgets) e Menu Iniciar
(Documentos, Imagens, Computador, Painel de Controle, Dispositivos e Impressoras, Programa
Padrão, Ajuda e Suporte, Desligar, Todos os exibir, alterar, organizar, classificar, ver as
propriedades, identificar, usar e configurar, utilizando menus rápidos ou suspensos, painéis,
listas, caixa de pesquisa, menus, ícones, janelas, teclado e/ou mouse).

Propriedades da Barra de Tarefas, do Menu Iniciar e do Gerenciador de tarefas: saber


trabalhar, exibir, alterar, organizar, identificar, usar, fechar Programa e configurar, utilizando
as partes da janela (botões, painéis, listas, caixa de pesquisa, caixas de marcação, menus,
ícones e etc.), teclado e/ou mouse. Janelas para facilitar a navegação no Windows e o trabalho
com arquivos, pastas e bibliotecas. Painel de Controle e Lixeira: saber exibir, alterar, organizar,
identificar, usar e configurar ambientes, componentes da janela, menus, barras de
ferramentas e ícones.

Usar as funcionalidades das janelas, Programa e aplicativos utilizando as partes da janela


(botões, painéis, listas, caixa de pesquisa, caixas de marcação, menus, ícones etc.), teclado
e/ou mouse. Realizar ações e operações sobre bibliotecas, arquivos, pastas, ícones e atalhos:
localizar, copiar, mover, criar, criar atalhos, criptografar, ocultar, excluir, recortar, colar,
renomear, abrir, abrir com, editar, enviar para, propriedades etc.

Características das configurações padrão do sistema operacional.

Identificar e utilizar nomes válidos para bibliotecas, arquivos, pastas, ícones e atalhos.

Identificar teclas de atalho para qualquer operação.

Atalhos de teclado. Saber identificar, caracterizar, usar, alterar, configurar e personalizar o


ambiente, componentes da janela, funcionalidades, menus, ícones, barra de ferramentas,
guias, grupos e botões, incluindo número de páginas e palavras, erros de revisão, idioma,
modos de exibição do documento e zoom.

Abrir, fechar, criar, excluir, visualizar, formatar, alterar, salvar, configurar documentos,
utilizado as barras de ferramentas, menus, ícones, botões, guias e grupos da Faixa de Opções,
teclado e/ou mouse. Identificar e utilizar os botões e ícones das barras de ferramentas das

136
guias e grupos Início, Inserir, Layout da Página, Referências, Correspondências, Revisão e
Exibição, para formatar, personalizar, configurar, alterar e reconhecer a formatação de textos
e documentos. Saber identificar as configurações e configurar as Opções do Word.

Saber usar a Ajuda.

Aplicar teclas de atalho para qualquer operação.

Atalhos de teclado. Saber identificar, caracterizar, usar, alterar, configurar e personalizar o


ambiente, componentes da janela, funcionalidades, menus, ícones, barra de ferramentas,
guias, grupos e botões. Definir e identificar célula, planilha e pasta.

Abrir, fechar, criar, visualizar, formatar, salvar, alterar, excluir, renomear, personalizar,
configurar planilhas e pastas, utilizando a barra de ferramentas, menus, ícones, botões, guias e
grupos da Faixa de Opções, teclado e/ou mouse.

Saber selecionar e reconhecer a seleção de células, planilhas e pastas.

Identificar e utilizar os ícones das barras de ferramentas das guias e grupos Início, Inserir,
Layout da Página, Fórmulas, Dados, Revisão e Exibição, para formatar, alterar, selecionar
células, configurar, reconhecer a formatação de textos e documentos e reconhecer a seleção
de células.

Identificar e utilizar os botões das guias e grupos Início, Inserir, Layout da página, Página 34 de
48 Fórmulas, Dados, Revisão e Exibição, para formatar, personalizar, configurar e reconhecer a
formatação documentos.

Saber usar a Ajuda.

Aplicar teclas de atalho para qualquer operação.

Reconhecer fórmulas.

Atalhos de teclado. Como fazer login ou sair. Definir o Google Chrome como navegador
padrão. Importar favoritos e configurações.

Criar perfil.

Personalizar o Chrome com apps, extensões e temas.

Navegar com privacidade ou excluir o histórico.

Usar guias e sugestões. Pesquisar na Web no Google Chrome.

Definir mecanismo de pesquisa padrão.

Fazer o download de um arquivo.

Usar ou corrigir áudio e vídeo em Flash.

Ler páginas mais tarde e off-line.

Imprimir a partir do Chrome.

Desativar o bloqueador de anúncios.

Fazer login ou sair do Chrome.

137
Compartilhar o Chrome com outras pessoas.

Definir sua página inicial e de inicialização.

Criar, ver e editar favoritos.

Ver favoritos, senhas e mais em todos os seus dispositivos.

Navegar como visitante.

Criar e editar usuários supervisionados.

Preencher formulários automaticamente.

Gerencias senhas.

Gerar uma senha.

Compartilhar seu local.

Limpar dados de navegação.

Limpar, ativar e gerenciar cookies no Chrome.

Redefinir as configurações do Chrome para padrão.

Navegar com privacidade.

Escolher configurações de privacidade.

Verificar se a conexão de um site é segura.

Gerenciar avisos sobre sites não seguros.

Remover softwares e anúncios indesejados.

Iniciar ou parar o envio automático de relatórios de erros e falhas.

Aumentar a segurança com o isolamento de site.

Usar o Chrome com outro dispositivo.

Configurações do Google Chrome: alterar tamanho de texto, imagem e vídeo (zoom), ativar e
desativar notificações, alterar idiomas e traduzir páginas da Web, usar a câmera e o microfone,
alterar permissões do site, redefinir as configurações do Chrome para o padrão e
acessibilidade no Chrome.

Corrigir problemas: melhorar a execução do Chrome, corrigir problemas com conteúdo da


Web e corrigir erros de conexão.

Raciocínio Lógico.
Estrutura lógica: de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios;
deduzir novas informações das relações fornecidas e avaliar as condições usadas para
estabelecer a estrutura daquelas relações.

Diagramas lógicos.

Lógica de argumentação.

138
Argumentos Lógicos Dedutivos; Argumentos Categóricos.

Proposições e conectivos: Conceito de proposição, valores lógicos das proposições,


proposições simples, proposições compostas.

Conectivos (conjunção, disjunção, disjunção exclusiva, condicional e bicondicional.

Valor lógico de proposições e construção de tabelas-verdade; Álgebra proposicional;


Equivalências lógicas; Negações dos conectivos (conjunção, disjunção, disjunção exclusiva,
condicional e bicondicional).

Operações lógicas: Sobre proposições de Negação, conjunção, disjunção, disjunção exclusiva,


condicional, bicondicional.

Construção de tabelas-verdade.

Tautologias, contradições e contingências.

Implicação lógica, equivalência lógica, Leis De Morgan.

Argumentação e dedução lógica. Sentenças abertas, operações lógicas sobre sentenças


abertas.

Quantificador universal, quantificador existencial, negação de proposições quantificadas.

Conhecimentos Específicos.
Redação oficial: Aspectos gerais da redação oficial.

As comunicações oficiais: o padrão ofício (partes do documento no padrão ofício; formatação


e apresentação); tipos de documentos.

Elementos de ortografia e gramática.

Os atos normativos.

Operações logísticas: planejamento e implementação da


armazenagem e gestão de estoques: recursos, prazos,
responsabilidades e riscos.

O que é operação logística?


A operação logística diz respeito ao processo de movimentação dos
produtos acabados, desde o fabricante até o usuário final, sendo
parte essencial da cadeia de suprimentos. Gerenciamento de
estoque, armazenamento e atendimento de pedidos, todos
desempenham um papel fundamental na otimização da logística em
geral.

139
Indicadores logísticos mais comuns para a
operação logística

Entre os indicadores de desempenho logístico de maior


relevância, destacam-se:

 Status de serviço de entregas: Considera o tempo que a


carga levou para chegar ao cliente, sendo possível
analisar também se o pedido foi entregue em sua
totalidade ou parcialmente. A partir disso, é possível
identificar os principais problemas com as entregas e
buscar por soluções.
 Índice de ocorrências: Ele é importante, pois as
ocorrências sempre geram um aumento de custos,
comprometem a produtividade e satisfação do cliente,
além de poder custar a vida do condutor. 
 Tempo de ciclo do pedido: Ele abrange todo o processo e
é essencial, pois mostra de modo eficaz onde estão
ocorrendo atrasos, sendo possível melhorar o controle de
estoque, de oferta e transporte. 
 Nível médio de estoque: Esse é um dos mais importantes
indicadores de desempenho para uma empresa. Ele
expressa qual é o nível médio do estoque durante um
determinado tempo, em relação a uma determinada
categoria de produto.
 Custos logísticos da empresa: Esse custo consiste na
soma de todos os gastos que a empresa precisa fazer em
suas operações, desde a manufatura até entrega do
pedido. Esse indicador costuma ser dividido em vários
recortes e setores para facilitar o entendimento dos
gestores, sendo os mais comuns: custos internos,
externos e por produto.
Principais desafios da operação logística

As operações logísticas enfrentam diferentes desafios, mesmo


com metas claras e planejamento estratégico.

140
Entre os principais desafios estão: 

 Custo dos combustíveis: um dos custos mais altos e o


fator mais preocupante no quesito rentabilidade;
 Falta de investimentos em tecnologia: apesar da
necessidade de novas tecnologias, tornou-se um desafio
cada vez maior acompanhar os novos avanços nos
processos de negócios;
 Customização dos serviços: As operações logísticas
estão se transformando em segmentos menores na
cadeia de suprimentos. Portanto, é necessário oferecer
serviços específicos;
 Comunicação em tempo real: Comunicar-se com todos os
envolvidos na operação logística, sejam áreas internas,
fornecedores ou clientes.
Para melhorar a performance em toda a cadeia logística é
essencial ter acesso aos dados em tempo real. Fazer a
integração de sistemas logísticos é uma estratégia assertiva
para aprimorar a operação.

Logística é definida como a colocação do produto certo, na quantidade


certa, no lugar certo, no prazo certo, com a qualidade certa, com a
documentação certa, ao custo certo, sendo produzido ao menor custo, da
melhor forma, e deslocado mais rapidamente, agregando valor ao produto
e dando resultados positivos aos acionistas e aos clientes. Tudo isso
respeitando a integridade humana de empregados, de fornecedores e de
clientes e a preservação do meio ambiente.
Algumas pessoas concebem o conceito de logística como o transporte ou
o estoque/armazenagem de produtos, no entanto, a logística engloba o
transporte, o estoque/armazenagem de produtos e diversas outras
atividades, desde o suprimento para a produção até a entrega do produto
final ao cliente.

141
Planejamento da Logística
Com o planejamento da logística, a organização visa definir, baseada no
Nível de Serviço, os modais de transporte a serem utilizados, a rede de
distribuição e de suprimento, os níveis de estoque, os modelos, os
tamanhos e a quantidade de armazéns e a localização física das
instalações (fábrica, armazéns e garagens). O planejamento da logística
deve, ainda, possibilitar à organização três objetivos: a redução de custos,
a redução de investimento e a melhoria de serviço

Transporte e distribuição de material.


O sistema de transporte é um elemento importante para o crescimento de
cidades e de indústrias, para a geração de renda, de emprego e de
estabilidade econômica de um país. O sistema de transporte permite a
competitividade no mercado global, a exportação e a captação de divisas
estrangeiras. Um sistema de transporte eficiente proporciona as seguintes
vantagens para as regiões atendidas: a redução dos preços, o acesso a
matérias-primas com custo mais baixo, o desenvolvimento local e o
aumento da área de atuação no mercado.
O custo, basicamente, é constituído pela soma de insumos, como mão de
obra, energia, materiais diversos, equipamentos, instalações fixas etc.,
necessários à realização de um determinado serviço, no caso um
transporte, que são avaliados monetariamente.
Os Custos Fixos dizem respeito a todos os itens que não se alteram por
causa do aumento da produção, como o custo do capital, do seguro, o
custo com a folha de pagamento (salários) etc. Os Custos Variáveis
correspondem aos itens que variam por causa do aumento de produção,
como o combustível, os pneus, as horas extras etc.

Gestão de estoques
O estoque é definido como certa quantidade de matéria-prima ou produto
acabado que ainda não foi consumido ou comprado/entregue ao cliente
da organização. O estoque reflete um desequilíbrio entre oferta e
demanda que pode gerar três situações: estoque intencional, Bacharelado

142
em Administração Pública Gestão de Operações e Logística I 90 estoque
ocasionado por ausência de planejamento e estoque ocasionado por falha
de planejamento.
A formação de estoque de forma intencional, entre outros, ocorre quando
a organização visa obter vantagem, como a redução de custo de aquisição
ou como a redução de custo de transporte, com a compra de um volume
maior de produtos para suprir sua necessidade de matéria-prima. Na
produção de produtos acabados, é possível ocorrer situações em que o
lote ótimo de produção gera uma redução significativa do custo de
produção que justifica o custo do estoque. No caso de estoque ocasionado
por ausência de planejamento, não existem desculpas para a área de
logística da organização. É inconcebível admitir a hipótese de tratar da
questão de estoque sem planejamento. Nesse caso, devemos repensar
toda a estrutura da equipe de logística e da alta direção da organização,
visando implantar urgentemente o planejamento de estoque e de logística
da organização.
Podemos dividir o planejamento de estoque sob a ótica dos três processos
da logística vistos anteriormente, ou seja: os Métodos aplicados à
Administração de Materiais, matérias-primas e insumos diversos; os
Métodos aplicados à Distribuição Física, produtos produzidos e produtos
acabados; e os Métodos aplicados à qualquer situação.
O planejamento de estoque para matérias-primas e para insumos diversos
é realizado principalmente pelas seguintes técnicas: Just in time (JIT) e
Material Requirements Planning (MRP). O JIT é uma filosofia de
gerenciamento com abordagem sistêmica utilizado para a maximização
dos recursos de uma organização, portanto, transcende a questão de um
método para controlar o estoque. No entanto, uma consequência natural
da implantação do JIT, dentre as diversas existentes, é a redução do nível
de estoque. No âmbito da logística, ele é tratado como uma ferramenta
de gestão de estoque que se caracteriza por uma política de estoques de
matérias-primas e de componentes com quantidade suficiente para
manter a produção em movimento sem interrupções.
O JIT pressupõe uma forte parceria com os fornecedores, que devem ter
acesso a informações da necessidade de suprimento da organização a
todo o momento e ter condições de atender essas necessidades em
tempo real. Para que isso ocorra sem muito risco, usualmente, os

143
fornecedores estão localizados geograficamente bem próximos da
organização. Muitas vezes, é formado um condomínio empresarial em
volta da organização para que todos os fornecedores fiquem próximos,
propiciando agilidade na entrega dos itens solicitados.
O sistema MRP tem os seguintes objetivos: reduzir o investimento em
estoque, melhorar a eficiência operacional da fábrica e melhorar a
prestação de serviço ao cliente. Seu conceito é: obter o material certo, no
ponto certo e no momento certo. O MRP tem funções de planejamento
organizacional, de previsão de vendas, de planejamento dos recursos
produtivos, de planejamento da produção, de planejamento das
necessidades de produção, de controle e de acompanhamento da
fabricação, de compras e de contabilização dos custos e de criação e de
manutenção da infraestrutura de informação industrial. O MRP apoia o
administrador de materiais no planejamento da produção e na compra do
que é preciso, no momento certo, desde que este seja o mais longo
possível, visando eliminar estoques e produzir listas de insumos ou de
peças casadas com as operações de fabricação ou de montagem, ou seja,
a demanda. Para tanto, é preciso reunir um conjunto de dados para
calcular e produzir informações. O sistema MRP é um “sistema demanda
dependente”, ou seja, a demanda é derivada de alguma outra decisão
tomada dentro da organização, e a demanda de um item depende
diretamente da demanda de outro item. O planejamento de estoque,
principalmente no que tange a produtos acabados, pode ser dividido em
duas categorias: método de empurrar estoques e método de puxar
estoques.

Armazenagem
A armazenagem refere-se à administração do espaço necessário para
manter os estoques de produtos da organização. Ela envolve problemas
como o dimensionamento de área; o arranjo físico; a recuperação de
estoque; o projeto de docas, ou de baias, de atracação; e a configuração
do armazém.
Além disso, os produtos, para serem armazenados, devem ser
transferidos dos veículos de transporte para dentro dos armazéns e vice-
versa. Atualmente, os armazéns não são mais considerados apenas locais

144
de armazenagem e de guarda de produtos, eles se transformaram em elos
fundamentais da rede logística, os CDs, com a importante função de
serem os facilitadores da transferência de produtos, ao longo dessa rede,
para os clientes da organização. Os armazéns em geral envolvem altos
custos para sua construção, manutenção e operação, impactando
diretamente os custos da logística da organização.

CARTILHA GOV SALVA LER

Segurança no trabalho e de preservação


ambiental: Cuidados com o ambiente de trabalho

Ligação entre meio ambiente e segurança do


trabalho
No contexto de Segurança do Trabalho, o meio ambiente leva em
consideração os seguintes aspectos:

 Pessoas;
 Máquinas e equipamentos;
 Relações interpessoais;
 Organização do trabalho;
 Dentre outros.
Assim, a Segurança do Trabalho (ST) é um conjunto de práticas de
prevenção para proteger o colaborador de riscos causados por
agentes físicos, agentes biológicos e agentes químicos e acidentes
de trabalho, proporcionando um ambiente laboral saudável, a fim de
que tenha condições de executar suas tarefas da melhor forma
possível.

145
As principais causas dos acidentes de trabalho acontecem por
atitude insegura, fator pessoal de insegurança ou condição insegura.

A atitude insegura consiste na negligência, imprudência e imperícia


do trabalhador no meio ambiente de trabalho, os fatores pessoais de
insegurança estão relacionados à saúde psicológica do trabalhador,
e, a condição insegura do trabalho diz respeito a situações que
colocam em risco a integridade física e/ou a saúde dos
trabalhadores.

A segurança do trabalho é interligada ao meio ambiente de tal forma,


que possui até normas sobre isso, conforme a Portaria número 3.214
do Ministério do Trabalho. As normas entrelaçadas ao trabalho da
Consultoria Ambiental são:

NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI);

NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos;

NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da


Construção;

NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração;

NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da


Construção e Reparação Naval.

Todos os procedimentos para proteção do meio ambiente e garantia


da segurança do trabalho estão devidamente dispostos nas NRs e a
gestão de riscos está devidamente disposta em todos os programas
internos de segurança, incluindo o Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional (PCMSO).

O descumprimento das normas pode gerar diferentes tipos de multas


e penalidades.

146
Análise de risco como instrumento de
preservação ambiental
As empresas precisam fazer análise de riscos ambientais,
especialmente empresas com  alto potencial de impacto negativo ao
meio ambiente, com indústrias, petrolíferas, construtoras, químicas e
farmacêuticas.

Os riscos ambientais são classificados conforme os agentes de


riscos:

 Agentes físicos: ruídos, pressões e temperaturas anormais,


radiações, vibrações.
 Agentes biológicos: fungos, bactérias, parasitas, vírus, protozoários,
bacilos.
 Agentes químicos: poeiras, gases, neblinas, névoas, todos os tipos
de vapores.
A análise de riscos envolve o esclarecimento a respeito de 4
principais riscos ambientais:

 Risco químico (vapores, névoa, gases);


 Risco biológico (bactérias, vírus, fungos, parasitas);
 Riscos físicos (temperaturas extremas, ruídos, pressão anormal);
 Riscos ergonômicos (desconforto, jornadas exaustivas, tarefas
repetitivas
Estes riscos são analisados e pontuados, mostrando quais locais são
mais propensos a ter um acidente e consequentemente, necessitam
de uma proteção maior.

As tragédias de Mariana (2015) e Brumadinho (2019) são exemplos


claros que a negligência da análise de riscos pode causar perdas
humanas, materiais e impactos ao meio ambiente.

147
Como realizar a gestão dos riscos ambientais?
Para realizar a gestão e análise de riscos ambientais, utilizam-se
algumas ferramentas como:

 Análise Preliminar de Risco (APR);


 Aspectos e Impactos Ambientais (AIA);
 Plano de Continuidade de Negócios (PCN);
 Análise de Impacto do Negócio (AIN);
 Estudos de Perigo de Operabilidade (HAZOP);
 Análise de Vulnerabilidade Sócio Ambiental.
Conta-se também com a análise da qualidade do ar, requisitada
principalmente em espaços confinados de trabalho, para avaliar a
presença de componentes tóxicos e verificar a ventilação.

Temos a biossegurança, na qual é avaliado se o ambiente é propício


para o trabalho humano, e se os colaboradores precisam usar EPIs
(Equipamentos de Proteção Individual). Essa vertente também
dispõe sobre os métodos mais eficazes de higienização e
esterilização.

Também em termos de biossegurança, estão incluídas providências


para reduzir as consequências nocivas da indústria à natureza, com
o descarte sustentável de resíduos químicos.

Por fim, é essencial que as empresas engajem os colaboradores na


responsabilidade de conscientizar seus colaboradores sobre a
prevenção de acidentes que possam afetar tanto o local de trabalho
quanto toda uma comunidade ao realizar campanhas de prevenção a
acidentes.

NOÇÕES BÁSICAS DE HIGIENE E SEGURANÇA DO


TRABALHO
148
A higiene do trabalho compreende normas e procedimentos adequados
para proteger a integridade física e mental do trabalhador, preservando-o
dos riscos de saúde inerente às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde
são executadas.
A higiene do trabalho está ligada ao diagnóstico e à prevenção das
doenças ocupacionais, a partir do estudo e do controle do homem e seu
ambiente de trabalho. Ela tem caráter preventivo por promover a saúde e
o conforto do funcionário, evitando que ele adoeça e se ausente do
trabalho. Envolve, também, estudo e controle das condições de trabalho.
Já a segurança do trabalhador durante o desenvolvimento de suas
atividades necessita, principalmente, de medidas por parte das empresas,
que visem o treinamento e a conscientização dos mesmos. É preciso
mudar os hábitos e as condições de trabalho para que a higiene e a
segurança no ambiente de trabalho se tornem satisfatórios. Nessas
mudanças se faz necessário resgatar o valor humano. Pois, a partir do
momento que a organização está preocupada com a higiene e a segurança
do trabalhador, ele está sendo valorizado. E quando os colaboradores
percebem o fato de serem valorizados, reconhecidos, isso os torna mais
motivados para o trabalho.

Higiene do Trabalho
A higiene do trabalho ou higiene ocupacional é um conjunto de medidas
preventivas relacionadas ao ambiente do trabalho, visando a redução de
acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. A higiene no trabalho
consiste em combater as doenças profissionais.

Segurança do Trabalho
É o conjunto de medidas técnicas, médicas e educacionais, empregadas
para prevenir acidentes, quer eliminando condições inseguras do
ambiente de trabalho quer instruindo ou convencionando pessoas na
implantação de práticas preventivas.

Acidente do trabalho
É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou
instituição, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que

149
cause a morte, a perda ou a redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho.

➢ Considera-se acidente de serviço, para efeitos previstos na legislação


em vigor (relativo às Forças Armadas), aqueles que ocorra com o militar da
ativa, quando:
• No exercício dos deveres previstos no Art. 31 da Lei n.º 6880, de 09 dez.
1980 (Estatuto dos Militares);
• No exercício de suas atribuições funcionais, durante o expediente
normal, ou quando determinado por autoridade competente, em sua
prorrogação ou antecipação;
• No cumprimento da ordem emanada de autoridade competente;
• No decurso de viagem em objeto de serviço (prevista e autorizada por
autoridade competente);
• No decurso de viagem imposta por motivo de movimentação; e DIVISÃO
DE ENSINO SSDMD
• No deslocamento entre sua residência e a Organização em que serve, ou
o local de trabalho, ou o local em que a missão deve ter início ou
prosseguimento e viceversa.
➢ Considera-se também como sendo acidente de trabalho: • Doenças
decorrentes do trabalho: - doença ocupacional, produzida ou
desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada
atividade. - o trabalho com manipulação de areia, sem a devida proteção,
pode levar ao aparecimento de uma doença chamada silicose. A própria
atividade laborativa basta para comprovar a relação de causa e efeito
entre o trabalho e a doença.
➢ Doença do trabalho: •. É a adquirida ou desencadeada em função de
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione
diretamente. Exemplo: O trabalho em um local com muito ruído e sem a
proteção recomendada pode levar ao aparecimento de uma surdez. Neste
caso, necessita-se comprovar a relação de causa e efeito entre o trabalho
e a doença.

➢ Não são consideradas como doenças do trabalho: • Doença


degenerativa, o diabetes; • A inerente a grupo etário, o reumatismo; • A

150
que não produza incapacidade laborativa, a miopia; • A doença endêmica
adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva,
salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho, malária.
Principais conceitos dentro de segurança do trabalho 1.2.1 Acidente É o
evento não-programado nem planejado que resulta em lesão, doença ou
morte, dano ou outro tipo de perda.
1.2.2 Incidente É o evento que tem o potencial de levar a um acidente ou
que deu origem a um acidente. DIVISÃO DE ENSINO SSDMD
1.2.3 Perigo É a fonte ou situação com potencial para provocar danos ao
homem, à propriedade ou ao meio ambiente, ou a combinação destes.
1.2.4 Risco é a combinação da probabilidade de ocorrência e da gravidade
de um determinado evento perigoso.
1.2.5 Dano é a consequência de um perigo, em termos de lesão, doença,
prejuízo ao homem, a propriedade, meio ambiente ou uma combinação
destes.
1.2.6 Saúde é o equilibrado bem-estar físico, mental e social do ser
humano.
1.3 A importância de conhecer os riscos dos locais de trabalho, pela
própria natureza da atividade desenvolvida e pelas características de
organização, relações interpessoais, manipulação ou exposição a agentes
físicos, químicos, biológicos, situações de deficiência ergonômica ou riscos
de acidentes, podem comprometer o trabalhador em curto, médio e longo
prazo, provocando lesões imediatas, doenças ou a morte, além de
prejuízos de ordem legal e patrimonial para a empresa.
É importante salientar que a presença de produtos ou agentes nocivos
nos locais de trabalho não quer dizer que, obrigatoriamente, existe perigo
para a saúde. Isso vai depender da combinação ou inter-relação de
diversos fatores, como a concentração e a forma do contaminante no
ambiente de trabalho, o nível de toxicidade e o tempo de exposição da
pessoa.
Entretanto, na visão da prevenção, não existem micro ou pequenos riscos,
o que existem são micro ou pequenas empresas. Desta forma, em
qualquer tipo de atividade laboral, torna-se imprescindível a necessidade

151
de investigar o ambiente de trabalho para conhecer os riscos a que estão
expostos os trabalhadores.

Equipamento de Proteção Individual (EPI)


É todo dispositivo de uso individual, destinados a ser utilizados por uma
pessoa contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança
durante o exercício de uma determinada atividade. Seu uso será quando
não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do
ambiente em que se desenvolve a actividade. Devemos utilizá-lo quando
não for possível eliminar o risco por outras medidas ou equipamentos de
proteção coletiva, para complementar a proteção coletiva, em trabalhos
eventuais ou emergenciais e em exposição de curto período.

1 Equipamentos de Proteção Coletiva ( EPC)


É toda medida ou dispositivo, sinal, imagem, som, instrumento ou
equipamento destinado à proteção de uma ou mais pessoas expostos a
risco durante a realização de um trabalho. Exemplos: ➢ Limpeza e
organização dos locais de trabalho; ➢ Sistema de exaustão colocado em
um ambiente de trabalho onde há poluição; ➢ Colocação de aterramento
elétrico nas máquinas e equipamentos; ➢ Proteção nas escadas através
de corrimão, rodapé e pastilha antiderrapante; DIVISÃO DE ENSINO
SSDMD ➢ Instalação de avisos, alarmes e sensores nas máquinas, nos
equipamentos e elevadores; e ➢ Isolamento de áreas internas ou
externas com sinalização vertical e horizontal.

Noções de Informações Gerenciais: Conceitos de Tecnologia da


Informação; Noções de ESG (Environmental, Social and Governance);
Noções sobre Inovação; Noções de Gerenciamento de Projetos (métodos
tradicionais e métodos ágeis).

152
Dado
O termo dado é conceituado como elemento de informação, ou
representação de fatos ou de instruções, em forma apropriada para
armazenamento, processamento ou transmissão por meios automáticos
(Ferreira, 2004). Os dados são registros ou indícios quaisquer que podem
ser relacionados a alguma entidade ou evento. Pode-se considerar o dado
como informação ainda não processada. Os sistemas computacionais
trabalham basicamente com dados e sua função é o seu processamento
(processamento de dados).
.....pode-se entender o dado como um elemento da informação (um
conjunto de letras ou dígitos) que, tomado isoladamente, não transmite
nenhum conhecimento, não contém um significado intrínseco” (BIO, 1991,
p.29). “Os dados se compõem de símbolos e experiências-estímulos que
não são relevantes para o comportamento em um determinado
momento”.
“Os dados, como matéria-prima para a informação, se definem como
grupos de símbolos não aleatórios que representam quantidades, ações,
objetos etc.” (DAVIS; OLSON, 1987, p. 209). “Dados são materiais brutos
que precisam ser manipulados e colocados em um contexto compreensivo
antes de se tornarem úteis.
Em informática, pode-se também definir como dados os elementos de
partida que servem de base para o tratamento e sobre os quais o
computador realiza as operações necessárias à tarefa em questão.
Os dados são representados por símbolos como, por exemplo, as letras do
alfabeto, mas não são em si a informação desejada.

Informação
A informação é um conjunto de dados com um significado, que reduz a
incerteza ou que aumenta o conhecimento a respeito de algo (Chiavenato,
1999). O conceito de informação, segundo Ferreira (2004), é o
conhecimento amplo e bem fundamentado, resultante da análise e
combinação de várias informações ou coleção de fatos ou de outros dados
fornecidos à máquina, a fim de se objetivar um processamento. As
informações consistem em estímulos que, em forma de signos,
desencadeiam o comportamento (MURDICK; MUNSON, 1998).

153
A informação, na ciência do comportamento, é um signo ou conjunto de
signos que impulsionam uma ação. Distingue-se de dados porque dados
não são estímulos de ações, mas, simplesmente, cadeias de caracteres ou
padrões sem interpretação. Informação constitui o ato ou efeito de
expedir ou de receber mensagens, ou o conteúdo da própria mensagem,
em especial nos seus aspectos mais importantes de transmissão de
conhecimento de uma pessoa para outra, de um sistema para outro, de
um país para outro; no âmbito da informática, define uma instrução
codificada de um emissor para um receptor, ou um dado com algum valor
para uma solução ou conhecimento específicos (VILELA, 1995).
Informação é todo o conjunto de dados devidamente ordenados e
organizados de forma a terem significado.

Conhecimento
Conhecimento é o ato ou efeito de conhecer. Ideia, noção, informação,
notícia, ciência, prática da vida, experiência, discernimento, critério e
apreciação (Ferreira 2004). O conhecimento também é definido como um
conjunto de ferramentas conceituais e categorias usadas pelos seres
humanos para criar, colecionar, armazenar e compartilhar a informação.
(LAUDON; LAUDON,1999, p. 51).
O conhecimento é aquilo que se admite a partir da captação sensitiva,
sendo assim, acumulável à mente humana. É aquilo que o homem absorve
de alguma maneira, através de informações que de alguma forma lhe são
apresentadas para um determinado fim ou não. Ao comparar-se os
conceitos de dado e informação e conhecimento, pode-se afirmar que
conhecimento possui maior valor que o dado e a informação.

Dado x informação
Dado é um emaranhado de códigos decifráveis ou não. O alfabeto russo,
por exemplo, para leigos no idioma, é simplesmente um emaranhado de
códigos sem nenhum significado específico. Quando esses códigos, até
então indecifráveis, passam a ter um significado próprio para aquele que
os observa, estabelecendo um processo comunicativo, obtém-se uma
informação a partir da decodificação desses dados.

154
A informação é o resultado da decodificação de dados. Os símbolos
(letras) A C B Ú P L I, apresentados desta forma, são dados, mas não pode-
ríamos considerar como informação, pois não são perceptíveis ao homem.
Ao processarmos os dados (letras) e organizá-los de forma útil, geramos a
informação P Ú B L I C A.

Sistema
Sistema é um conjunto ou combinação de coisas ligadas ou
interdependentes, e que interagem de modo a formar uma unidade
complexa; um todo composto de partes de uma forma organizada,
segundo um esquema ou plano (KOONTZ; O’DONNELL; WEIHRICH, 1986,
p.180). É um conjunto de elementos interdependentes em interação, com
vista a atingir um objetivo (CAUTELA; POLLONI, 1986, p.15).
Qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser considerado um
sistema, desde que as relações entre as partes e o comportamento do
todo sejam foco de atenção (CHIAVENATO, 1999, p. 516).
Um sistema pode ser considerado, então, um conjunto de elementos ou
componentes que interagem para atingir metas ou objetivos.

Tipos de sistema
Quanto à sua constituição, os sistemas podem ser físicos (ou concretos) e
abstratos e podem ser considerados físicos ou concretos, quando são
compostos de equipamentos, máquinas e de objetos e coisas reais.
Os sistemas são considerados abstratos, quando são compostos de
conceitos, planos, hipóteses e ideias. Os símbolos representam atributos e
objetos, que, muitas vezes, só existem no pensamento das pessoas.
Quanto à natureza, os sistemas podem ser fechados ou abertos. Os
sistemas fechados são aqueles que não apresentam intercâmbio com o
meio ambiente onde estão, pois são isolados das influências ambientais. A
rigor, literalmente, não existem sistemas fechado.
Sistemas de informação Sistemas de Informação podem ser definidos
como qualquer sistema que objetive prover informação (incluindo o seu
processamento), qualquer que seja o uso feito dessa informação. Os
sistemas de informação possuem também os elementos que coletam
(entrada), manipulam e armazenam (processo); disseminam (saída) os

155
dados e informações, e fornecendo também um mecanismo de
retroalimentação (feedback), corrigindo erros ou problemas no processo.
Um sistema de informação é um tipo especializado de sistema, podendo
ser definido como um conjunto de componentes inter-relacionados,
trabalhando juntos para coletar, recuperar, processar, armazenar e
distribuir a informação com a finalidade de facilitar o planejamento, o
controle, a coordenação, a análise e o processo decisório em empresas e
organizações. Os sistemas de informação contêm informações sobre
pessoas, lugares e coisas de interesse, no ambiente, ao redor e dentro da
própria organização. Todo sistema que utilize, manipule e gere informação
pode ser genericamente considerado Sistema de Informação.

Noções de ESG (Environmental, Social and Governance)


O que é o conceito ESG? O ESG, a sigla em inglês para
“Environmental, Social and Corporate Governance“, (ambiente,
social e governança corporativa), é um conjunto de políticas
utilizadas para orientar empresas, investimentos e escolhas de
consumo focadas em sustentabilidade.
Meio ambiente, social e governança. É assim que se traduz do inglês a
sigla ESG (Environmental, social and Governance). Essas três letras
praticamente substituíram a palavra sustentabilidade no universo
corporativo. Mas, afinal, do que se trata esse novo conceito.
É uma sigla que diz respeito à integração da geração de valor
econômico aliado à preocupação com as questões ambientais, sociais
e de governança corporativa, por parte das empresas.
Na prática, é uma forma de mostrar responsabilidade e
comprometimento com o mercado que atuam, seus consumidores,
fornecedores, colaboradores e seus investidores.
E você já ouviu falar no índice Ambiental, Social e Governança e como
essa agenda tem sido cada vez mais relevante na pauta da
sociedade, dos conselhos de administração das empresas, na
transformação dos negócios e vem influenciando as tomadas de
decisões de investidores por todo o mundo?
O ESG é um conjunto de padrões e boas práticas que visa definir se
uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente
gerenciada.  Trata-se de uma forma de medir o desempenho de
sustentabilidade de uma organização.
156
A sigla, em inglês, reúne os três pilares desse movimento:

 Environmental (Meio ambiente);


 Social;
 Governance (Governança).

O ESG é um conjunto de padrões e boas práticas que visa definir se


uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente
gerenciada.  Trata-se de uma forma de medir o desempenho de
sustentabilidade de uma organização.
A sigla, em inglês, reúne os três pilares desse movimento:

 Environmental (Meio ambiente);


 Social;
 Governance (Governança).

Quais os princípios ESG? 


o índice é norteado por três princípios básicos|:

Ambiental
O critério ambiental inclui exigências nesse campo, como:

 A gestão de resíduos;
 A política de desmatamento (caso aplicável);
 O uso de fontes de energia renováveis pela empresa;
 O posicionamento da empresa em relação a questões de mudanças climáticas;
 Entre outros!

Além disso, o critério ambiental pode também se estender ao controle


exercido pela empresa em terras que possui, se há ações para
melhorar e preservar a biodiversidade, por exemplo.

Social
Quando falamos dos critérios sociais, abrimos um leque muito grande
de questões a serem consideradas.
Para os investidores, por exemplo, é essencial entender como a
empresa preza pelo bem-estar dos funcionários.
Entre os pontos analisados pelos investidores e pelos gestores de
fundos de investimentos, incluem-se:

 Qual a taxa de turnover?


 Há algum tipo de plano de previdência para os funcionários?

157
 Qual o nível de envolvimento dos funcionários com a gestão da empresa?
 Quais os benefícios e vantagens oferecidos aos funcionários, além do salário?
 O salário do funcionário é justo — em relação aos praticados dentro da
empresa e também em relação ao mercado?
 Entre vários outros!

Observação: no eixo Social encontra-se também a relação com


fornecedores. Avaliá-los do ponto de vista dos critérios em ESG em
relação a trabalho infantil, trabalho escravo, atuação em áreas
desmatadas ou queimadas, promovendo transparência na relação.

Governança
Em ESG, o aspecto governança foca em como uma empresa é
administrada pelos gestores e diretores.
Nesse caso, o Environmental, Social and Governance busca entender
se a gestão executiva e o conselho administrativo atendem aos
interesses das várias partes interessadas da empresa — funcionários,
acionistas e clientes?
Além disso, há outras questões avaliadas, como:

 Transparência financeira e contábil


 Relatórios financeiros completos e honestos
 Remuneração dos acionistas
 Entre outros!

Além disso, busca-se entender se essa remuneração está atrelada


aos aspectos do índice e vinculada ao valor de longo prazo, a
viabilidade e a lucratividade da empresa.

Como e quando surgiu o ESG?


Para entender o que é ESG, é interessante compreender as raízes
desse conceito. Existe uma linha do tempo que podemos explorar
sobre o tema, que tem início há mais de 50 anos, nos anos 1970.
Nessa época, começaram a aparecer os primeiros investimentos
motivados por crenças religiosas e de estilo de vida por volta de 1970.
Um dos motivadores foi a Guerra do Vietnã, que ocorreu no final dos
anos 60, e que não possuía tanto apoio da população americana —
que se opunha ao governo.

158
Esse senso moral guiou alguns investidores e também empresas
durante décadas. Foi em 2004, porém, que o Environmental, Social
and Governance tomou forma.
Neste ano, o termo foi citado em uma publicação do Pacto Global em
parceria com o Banco Mundial, intitulado “Who Cares Wins” (que
traduzido pode ser lido como “Quem se importa, ganha“).
Já em 2007, surgiram os green bonds, títulos emitidos com objetivo
de captar recursos para promover a melhoria ambiental. Hoje, os
critérios Ambiental, Social e Governança avançam globalmente e
apontam para um caminho sem volta no mundo dos investimentos.
Como exemplo, de acordo com dados da PwC, até 2025, cerca 57%
dos ativos de fundos mútuos na Europa serão ESG. Em valores,
significa algo na casa dos 7,6 trilhões de euros.

Como e quando surgiu o ESG?


Para entender o que é ESG, é interessante compreender as raízes
desse conceito. Existe uma linha do tempo que podemos explorar
sobre o tema, que tem início há mais de 50 anos, nos anos 1970.
Nessa época, começaram a aparecer os primeiros investimentos
motivados por crenças religiosas e de estilo de vida por volta de 1970.
Um dos motivadores foi a Guerra do Vietnã, que ocorreu no final dos
anos 60, e que não possuía tanto apoio da população americana —
que se opunha ao governo.
Esse senso moral guiou alguns investidores e também empresas
durante décadas. Foi em 2004, porém, que o Environmental, Social
and Governance tomou forma.
Neste ano, o termo foi citado em uma publicação do Pacto Global em
parceria com o Banco Mundial, intitulado “Who Cares Wins” (que
traduzido pode ser lido como “Quem se importa, ganha“).
Já em 2007, surgiram os green bonds, títulos emitidos com objetivo
de captar recursos para promover a melhoria ambiental. Hoje, os
critérios Ambiental, Social e Governança avançam globalmente e
apontam para um caminho sem volta no mundo dos investimentos.
Como exemplo, de acordo com dados da PwC, até 2025, cerca 57%
dos ativos de fundos mútuos na Europa serão ESG. Em valores,
significa algo na casa dos 7,6 trilhões de euros.

159
O que é necessário para uma empresa ser ESG?
O primeiro ponto para uma empresa ser ranqueada dentro do índice
ESG é estar listada na Bolsa de Valores ou, ao menos, no caminho
para tal.
A pontuação é realizada por diversas agências, tanto comerciais
quanto sem fins lucrativos.
Essas organizações realizam uma análise aprofundada das empresas,
com base em dados básicos e especializados.
Além disso, as empresas precisam disponibilizar políticas voltadas
para as diretrizes do índice e problemas enfrentados dentro dos
mesmos tópicos.
Um dos sistemas de ranking mais utilizados por todo mundo é o MSCI
ESG Score, que analisa o risco considerando 10 categorias
ambientais, sociais e de governança.

Quais as vantagens de ser ESG para as empresas? 


Agora, vale mesmo aderir ao índice? Reunimos alguns dos principais
benefícios, confira:

Redução de custos
Uma das principais vantagens de ter um forte desempenho do
Environmental, Social and Governance é que ele pode ajudar a reduzir
custos. Afinal, essas empresas são vistas como melhor administradas
e mais eficientes.

Reputação da empresa
Outra vantagem é que ela pode melhorar a reputação de uma
empresa.
O motivo é que os consumidores e outros stakeholders estão cada vez
mais interessados em apoiar as empresas que estão trabalhando para
causar um impacto positivo.

Fidelização de clientes 
Além disso, o índice Ambiental, Social e Governança também pode
levar ao aumento da fidelidade do cliente. Afinal, os clientes têm maior
probabilidade de apoiar as empresas que compartilham seus valores.

160
É algo que pode levar ao aumento das vendas e da lucratividade no
longo prazo.

Sustentabilidade e transparência
Organizações comprometidas com o ESG são frequentemente mais
transparentes sobre suas operações.
Elas também são mais propensas a ter políticas que protejam o meio
ambiente e promovam a responsabilidade social.
Como resultado, essas empresas são vistas como mais sustentáveis
em geral.

Segurança para o investidor 


O investimento do Environmental, Social and Governance é encarado
como uma forma mais segura de investimento.
Afinal, como já mencionamos, empresas com pontuações fortes no
índice tendem a ser melhor gerenciadas e com estruturas de
governança mais resilientes.

Linhas de crédito especiais 


Muitos bancos e instituições financeiras estão agora oferecendo linhas
de crédito especiais para empresas com boa classificação Ambiental,
Social e de Governança.
O motivo é que estas organizações são vistas como sendo menos
arriscadas e mais propensas a pagar suas dívidas.

Competitividade 
Organizações com alta classificação Environmental, Social and
Governance são frequentemente mais competitivas.
A razão é que elas são capazes de atrair e reter os melhores talentos.
Elas também são vistas como sendo mais inovadoras de modo geral,
bem como capazes de investir em novas tecnologias e métodos de
gestão e operação.

Como é o cenário de investimentos ESG no Brasil?


No Brasil, o ESG ainda não é uma unanimidade e ainda não tem a
mesma relevância que tem na Europa, por exemplo. No entanto, o

161
cenário é positivo e o tema cada vez mais ganha tração entre os
gestores de ativos brasileiros.
Há uma demanda no mercado por aplicações mais responsáveis que
vem servindo como estímulo para o aprimoramento e desenvolvimento
de boas práticas no mercado.
Podemos perceber um maior engajamento dos investidores e
importantes fundos de gestão globais cobrando um posicionamento
mais concreto em relação às diversas temáticas de Ambiental, Social
e Governança. Entre elas:

 Diversidade
 Inclusão e equidade
 Mudanças climáticas
 Governança, ética e integridade nas relações
 Qualidade de vida dos colaboradores em tempos de pandemia

No setor privado, as iniciativas estão sendo colocadas em prática aos


poucos.
As grandes e médias empresas entendem que as questões
relacionadas à mudanças climáticas, diversidade, compliance,
precisam ser implantadas e disseminadas com urgência. Por isso,
muitos são os projetos nesta direção.

Como funcionam os investimentos ESG?


Os investimentos ESG funcionam como via de mão-dupla no mercado
financeiro.
Ao mesmo tempo que sua existência impõe certa pressão para que as
empresas de capital aberto se preocupem com fatores além do lucro,
também serve de ponteiro para direcionar os investimentos dos
acionistas.
Um exemplo da dimensão que o ESG vem tomando pode ser
demonstrada em números:
De acordo com a Forbes, existem mais de 500 fundos de índice
focados em sustentabilidade apenas nos EUA, com mais de US$250
bilhões em ativos.
Impulsionada, em especial, pela pandemia da Covid-19, estima-se
ainda que, a nível mundial, os ativos globais em fundos
Environmental, Social and Governance ultrapassem a barreira dos
US$53 trilhões até 2022.

162
Qual a importância de investimentos ESG?
Os investimentos ESG assumem um papel cada vez mais
fundamental no mercado financeiro — com impactos positivos em todo
mundo.
São vários fatores que apontam isso, como as constantes e cada vez
mais rápidas mudanças culturais, comportamentais e econômicas.
Trata-se de mudanças que mudam as regras sociais e que
transformam as relações entre pessoas, empresas e tecnologias de
forma significativa, alterando a lógica do mercado de investimentos.

Na economia
Há alguns estudos que sugerem que empresas bem alinhadas ao
índice superam aquelas sem tais classificações.
Por exemplo, o MSCI descobriu que durante um período de 10 anos,
organizações com maiores classificações Environmental, Social and
Governance tiveram retornos 2,5% maiores do que aquelas sem tais
classificações.
Uma das principais razões é que esses negócios tendem a ser bem
gerenciados e contar com fortes estruturas de governança, o que  leva
a uma melhor tomada de decisão e desempenho geral.
Além disso, essas empresas frequentemente têm melhores
relacionamentos com seus funcionários, clientes e outras partes
interessadas importantes. O que, por si só, causa uma maior
produtividade, menor rotatividade e maiores vendas.

163
No planeta 
A abordagem permite aos investidores alinhar seus valores com seus
portfólios e apoiar empresas que estão trabalhando para causar um
impacto positivo.
Por exemplo, um investidor pode escolher investir em uma empresa
com fortes relações com funcionários ou que esteja trabalhando para
reduzir sua pegada de carbono.

Quais são as características dos fundos de investimento ESG?


As principais características dos fundos de investimentos atrelados ao
índice estão ligados aos critérios adotados para análise de tomada de
decisão de investimento, que costumam incorporar métricas para além
dos aspectos econômicos-financeiros.
Em geral, o investidor que opta por esse tipo de fundo quer
impulsionar os setores mais sustentáveis, bem como ser um indutor
de boas práticas de gestão corporativa.
O objetivo é contribuir com o melhor desenvolvimento do ambiente de
negócios, de forma que o ESG sirva de ferramenta para análise
comparativa da performance das empresas dentro desses três temas.
Já para a sociedade, o Ambiental, Social e Governança funciona como
um espelho, dando mais visibilidade às ações das empresas, seus
esforços e práticas de gestão ambiental, social e de governança.
O ESG tem relação com o legado da sua empresa e a implementação
da sua visão de futuro.
Em geral, as companhias comprometidas com a causa são empresas
que:

 Conquistam e mais clientes;


 Retém os melhores talentos;
 Geram novas fontes de receita para o negócio;
 Atraem mais investimentos para projetos de longo prazo;
 Possuem marcas empregadoras mais fortes e atrativas;
 Possuem relações mais perenes e sólidas com as comunidades e seus
stakeholders;
 Potencializam o engajamento da marca com públicos formadores de opinião
em ESG.

Ainda assim, é possível destrinchar essas características a partir de


três diferentes perspectivas:

164
Sustentabilidade
Investidores que buscam empresas antenadas no quesito ambiental,
querem encontrar players com um modelo sustentável de negócio
estabelecido.
De modo que não apenas contribua para o meio ambiente, mas que
realmente atue de forma a melhorá-lo, com ações de prevenção.

Rentabilidade
Apesar de todo engajamento social e ambiental, uma das
características dos investimentos ESG é sua rentabilidade.
Afinal, há um jeito de empresas dedicadas à geração de valor muito
além do lucro apresentarem ótimos resultados financeiros?
Os dados mostram que sim.
É o que mostra o Confiança e Impacto, um estudo da PwC, que prevê
uma taxa de crescimento anual composta de quase 27% para o
fundos de ações ESG, com ativos praticamente quadruplicando até
2025 (para mais de 3,6 trilhões de euros).
Isso quer dizer que um fundo Ambiental, Social e Governança tem
garantia de retornos? Como tudo no mundo dos investimentos, é
impossível cravar isso.
No entanto, a história recente desse tipo de investimento mostra uma
evolução promissora.
E essa é uma das características dos investimentos ESG, que buscam
equilibrar as preocupações para além do aspecto financeiro — sem
relegá-lo.

Volatilidade 
Naturalmente, empresas que investem em planos e ações mais
sustentáveis costumam apresentar menor taxa de volatilidade.
Ou seja, a chance dessas empresas se envolverem em situações
jurídicas motivadas por crimes ambientais ou descumprimento de
legislações específicas ao tema é pequena.
Em outras palavras, embora todo o investimento tenha riscos, pode se
dizer que o risco do investimento Ambiental, Social e Governança é
possivelmente menor e/ou as empresas presentes nesse tipo de

165
portfólio adotam práticas de governança e gestão diferenciadas no
tema.

ESG: Quais os principais índices desse tipo de investimento na B3?


Com a ascensão dos critérios ESG, o mercado criou alguns índices
que filtram as organizações que realmente colocam essas melhorias
em ação.
Na B3, existem alguns índices que buscam efetivamente reunir
apenas as empresas que aplicam boas práticas e políticas de
sustentabilidade, além de se posicionarem sobre questões sociais e
que também investem em melhores ações de governança corporativa.
Interessou no tema? Confira os principais índices Ambiental, Social e
Governança da bolsa:

Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3)


O ISE B3 é uma das iniciativas pioneiras na América Latina e um dos
primeiros índices criados no mundo para a perspectiva da
sustentabilidade.
O índice é operado pela B3 e tem como base quatro pilares: eficiência
econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança
corporativa. Saiba mais clicando aqui!

Índice de Governança Corporativa (IGCT)


O IGCT tem como objetivo reunir empresas mais engajadas com o
pilar de governança corporativa.
Ou seja, players que efetivamente buscam melhorar sua gestão de
modo a impactar positivamente a sociedade, seus acionistas, seus
consumidores e colaboradores. Saiba mais clicando aqui!

Índice S&P/B3 Brasil ESG


Lançado em 2020 pela B3, o Índice S&P/B3 Brasil ESG reúne
empresas que fazem parte do S&P Brazil BMI (Broad Market Index).
Para que a organização seja incluída, ela deve ser elegível para
investimentos estrangeiros, não podendo fazer parte do setor
tabagista, carvoeiro ou armamentista. 

166
Além disso, precisam aderir ao Pacto Global estabelecido pela
Organização das Nações Unidas (ONU). Saiba mais clicando aqui!

Índice Carbono Eficiente (ICO2)


O ICO2 foi criado pela B3 em parceria com o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o objetivo de
reunir empresas engajadas com questões de aquecimento global.
São empresas mais normalmente pertencentes à indústria e seus
vários segmentos. Saiba mais clicando aqui!

Como investir em ESG? 


Ficou interessado no tema e quer colocar o seu dinheiro em empresas
alinhadas às diretrizes do índice? Você pode escolher alguns
caminhos, como:

ETFs 
Uma das maneiras mais fáceis de se investir em ESG é por meio de
fundos negociados em bolsa (ETFs). Estes são veículos de
investimento que rastreiam um índice ou uma cesta de ativos
sustentáveis.

Empresas ESG 
Naturalmente, você também pode optar por investir de forma direta em
empresas que são líderes no índice, comprando ações destas
organizações.
Hoje, existe o índice sustentabilidade (ISE), que possui o nome de 48
empresas voluntárias para serem analisadas em relação às questões
de meio ambiente, sociedade e governança.

Como saber se uma empresa é ESG? 


O primeiro passo é verificar se a empresa é signatária do Pacto Global
da ONU. Esta é uma iniciativa da ONU que encoraja as empresas a
adotarem práticas sustentáveis e responsáveis.
Além disso, você também pode verificar se a empresa está incluída
em algum dos principais índices do ESG, como o Dow Jones

167
Sustainability Index (DJSI), Índice de Sustentabilidade (ISE) da B3 ou
o índice FTSE4Good.
Você também pode olhar o site e o relatório anual da empresa para
ver se ela revela algumas informações sobre suas políticas e
desempenho do ESG.

Greenwashing e ESG qual a relação? 


O termo “greenwashing” é aplicado nos casos em que uma empresa
faz alegações falsas ou enganosas sobre seu desempenho ambiental.
O que pode ser feito por uma variedade de razões, tais como para
melhorar a imagem da empresa ou para fazê-la parecer mais amiga
do meio ambiente do que ela realmente é.
O greenwashing pode ter um impacto negativo na credibilidade do
índice ESG, pois pode tornar difícil para os investidores identificar
quais empresas estão realmente comprometidas com práticas
sustentáveis.
Por esta razão, é importante estar ciente do potencial de
greenwashing ao considerar qualquer investimento.

168
O que é preciso saber antes de investir em fundos ESG?

Na teoria, investir em fundos Ambiental, Social e Governança é uma


ótima maneira de alinhar suas premissas com as do mercado, certo?
Agora, na prática, isso pode realmente causar algum impacto?
Como os dados mostram, podem sim!
O ESG é uma forma de incentivar empresas a mudarem suas atitudes
em relação às questões ambientais, sociais e de governança.
Porém, antes de investir em um fundo ESG, é preciso compreender as
alternativas do mercado e como aportar seu dinheiro da melhor forma.

169
Algo que muitos especialistas recomendam é investir em ETFs, que
são fundos ligados aos temas de sustentabilidade que já
mencionamos no conteúdo.
Além disso, você pode buscar pelos índices apresentados acima,
tendo a certeza que seu capital será bem investido e estará
contribuindo para as causas corretas.
E a sua empresa, já está pronta para dar evoluir nas questões
ambientais, sociais e de governança?
Conte com a consultoria em gestão da TOTVS para direcionar seu
negócio, indicar soluções inovadoras e colocar seu negócio em outro
patamar!
Confira mais sobre a TOTVS Consulting e conte com toda
credibilidade e solidez da maior empresa de tecnologia do Brasil!

Conclusão
Os investidores estão buscando construir novas carteiras de
investimentos visando melhor explorar as oportunidades que a
sustentabilidade tem gerado, mitigando os riscos advindos da
volatilidade econômica, política e social.
Assim, cada vez mais investidores voltam seus olhares às empresas
que fazem jus ao ESG, integrando seus valores éticos para gerar valor
em mais campos que apenas o financeiro.
Busca-se, portanto, fomentar uma cultura corporativa com propósito,
que priorize seus stakeholders, seus consumidores, o mercado no
qual atua, os colaboradores que fazem sua operação acontecer e a
comunidade em que estão inseridos.

170
Cada vez mais, o aspecto Ambiental, Social e Governança se torna
relevante para o mercado financeiro.

Noções sobre Inovação

Qual o conceito de inovação?


Inovar é criar algo novo, é introduzir novidades, renovar, recriar. A
inovação é sempre tida como sinônimo de mudanças e/ou
melhorias de algo já existente.
Um dos grandes pensadores da inovação, o economista e cientista político
austríaco Joseph Schumpeter, tinha claro que a inovação é o motor do
crescimento econômico. Criou o conceito de "destruição criativa", que
pode ser resumido na ideia de destruir o antigo para criar algo novo, um
processo intrínseco à dinâmica do capitalismo.
... um produto ou processo novo ou aprimorado (ou uma combinação dos
dois) que difere significativamente dos produtos ou processos anteriores
da empresa e que tenha sido introduzido no mercado ou colocado em uso
pela empresa”.

Um dos componentes centrais desse conceito de inovação é


o conhecimento, seja ele prático, técnico ou científico. O conhecimento
serve como base para o processo de solução de problemas, prospecção e
criação de novos negócios ou melhorias inéditas no processo produtivo,
ou seja, inovações.
Outro componente decisivo para se conceituar a inovação é
a implementação, já que é ela quem diferencia inovação de outros
conceitos, como o de invenção. Ou seja, a inovação se concretiza quando
ela é colocada em uso ou disponibilizada para o uso de quem quer que
seja. Ela deve sair do papel, ser aplicada.  
Inovar é transformar uma ideia em solução com criatividade. Inovar é
fundamental para empresas de qualquer setor e porte, e, claro, para um
país. A inovação é um dos motores do crescimento. É por isso que a
maioria das nações adota uma série de políticas públicas para estimular as

171
atividades de inovação, seja no setor produtivo, na educação, no governo,
na saúde, na segurança ou em infraestrutura.

Quais são os tipos de inovação?


Novamente, a referência mais adotada mundialmente é o Manual de Oslo,
especificamente sua última edição de 2018. Para diferenciar os contextos
da inovação como um processo ou como um resultado, o Manual adota os
termos atividades de inovação (processo) e inovação empresarial
(resultado). A definição destes termos são as seguintes:

Atividades de inovação: incluem todas as atividades de desenvolvimento,


financeiras e comerciais realizadas por uma empresa que se destinem a
resultar em uma inovação para a empresa.
Inovação empresarial: é um produto ou processo de negócios novo
ou aprimorado (ou uma combinação disso) que difere
significativamente dos produtos ou processos de negócios
anteriores da empresa e que tenha sido introduzido no mercado ou
colocado em uso pela empresa.
Inovação de produto: é um produto ou serviço novo ou aprimorado
que difere significativamente dos bens ou serviços anteriores da
empresa e que foram introduzidos no mercado
Inovação de processo: é um processo de negócios novo ou
aprimorado para uma ou mais funções de negócios da empresa que
diferem significativamente de seus processos de negócios
anteriores e que foi colocado em uso na empresa.

Noções de Gerenciamento de Projetos (métodos tradicionais e


métodos ágeis

172
Metodologias Tradicionais

O que é a metodologia tradicional de


gerenciamento de projetos?
Uma abordagem linear ao gerenciamento de projetos, o modelo em
cascata é uma das metodologias de gerenciamento de projetos mais
antigas e populares. Essa metodologia é mais adequada para projetos
com requisitos bem definidos onde não há necessidade de muita
flexibilidade. A abordagem em cascata é uma forma sistemática e
sequencial de gerenciar um projeto. Inclui as seguintes etapas:
1. Planejamento/Iniciação
2. Análise
3. Projeto
4. Implementação/Execução
5. Teste/Garantia de Qualidade
6. Implantação
Essas etapas devem ser concluídas antes de passar para a próxima
etapa. Infelizmente, isso torna o modelo em cascata muito linear e
inflexível.

Vantagens e desvantagens do gerenciamento de


projetos

Cada metodologia de gerenciamento de projetos tem seu próprio


conjunto de vantagens e desvantagens. Vamos dar uma olhada em

173
alguns dos benefícios e desvantagens do gerenciamento de projetos
tradicional:
Benefícios da metodologia tradicional de gerenciamento de
projetos:

 Fácil de entender e usar


 Ideal para pequenos projetos com requisitos bem definidos
 Maneira eficiente de concluir o projeto
 Fácil de acompanhar o andamento do projeto
 Útil para gerenciar riscos
 Máximo controle sobre o projeto
 O gerente de projeto tem uma visão clara do projeto
 A documentação detalhada está disponível

Desvantagens da metodologia tradicional de gerenciamento de


projetos:

 Não é adequado para projetos grandes e complexos


 Não é flexível e não pode acomodar mudanças facilmente
 Leva muito tempo para concluir o projeto
 Não é adequado para projetos com requisitos em rápida mudança
 Requer um alto nível de disciplina dos membros da equipe
 Os membros da equipe podem se sentir microgerenciados
 A documentação pode ser extremamente longa

174
Metodologias Ágeis 

O que é a metodologia ágil de


gerenciamento de projetos?
A metodologia Agile é uma abordagem iterativa e incremental para
gerenciamento de projetos. A abordagem ágil inclui as mesmas etapas
do gerenciamento de projetos tradicional. Nesta abordagem, o projeto
é dividido em pequenas fases ou sprints. Cada sprint é concluído em
um ciclo de 2 a 4 semanas e isso torna a abordagem ágil muito flexível
e fácil de acomodar as mudanças.

Benefícios e desvantagens da metodologia de


gerenciamento de projetos Agile
A metodologia ágil de gerenciamento de projetos também apresenta
vantagens e desvantagens, descreva-as abaixo:
Benefícios da metodologia ágil de gerenciamento de projetos

 Ideal para projetos grandes e complexos


 Muito flexível e pode acomodar mudanças facilmente
 Entrega mais rápida do projeto
 Aumento da satisfação do cliente
 Melhor qualidade do produto
 Maior transparência e comunicação entre os membros da equipe
 Maior colaboração entre os membros da equipe
 Riscos reduzidos
 Mais controle sobre o projeto
 Melhor tomada de decisão

175
Desvantagens da metodologia ágil de gerenciamento de projetos

 Requer um alto nível de disciplina dos membros da equipe


 Os membros da equipe podem se sentir sobrecarregados
 Não é adequado para pequenos projetos com requisitos bem definidos
 A documentação pode ser extremamente longa

Abordagem híbrida Na metodologia de


gerenciamento de projetos
Na abordagem híbrida, o projeto é primeiramente planejado usando o
método tradicional. Em seguida, a abordagem ágil é usada para
execução. Essa abordagem combina o melhor dos dois mundos e dá
ao gerente de projeto mais controle sobre o projeto. Além disso,
também ajuda a reduzir os riscos associados ao projeto. É mais
adequado para projetos grandes e complexos e também adequado
para projetos com requisitos que mudam rapidamente. É crucial
escolher a metodologia de gerenciamento de projetos correta para o
seu projeto. Se você não tiver certeza de qual escolher, sempre
poderá obter ajuda de um especialista em gerenciamento de projetos.

176
Estatística
Distribuições de frequência
Uma distribuição de freqüência é um método de se agrupar dados em
classes de modo a fornecer a quantidade (e/ou a percentagem) de dados
em cada classe.
Com isso, podemos resumir e visualizar um conjunto de dados sem
precisar levar em conta os valores individuais.
Uma distribuição de freqüência (absoluta ou relativa) pode ser
apresentada em tabelas ou gráficos.

177
Construindo uma distribuição de frequência

Coloque os dados em ordem crescente.

178
179
Média
A média (Me) é calculada somando-se todos os valores de um conjunto de
dados e dividindo-se pelo número de elementos deste conjunto.
Como a média é uma medida sensível aos valores da amostra, é mais
adequada para situações em que os dados são distribuídos mais ou menos
de forma uniforme, ou seja, valores sem grandes discrepâncias.

Fórmula

Sendo,

Me: média
x1, x2, x3,..., xn: valores dos dados
n: número de elementos do conjunto de dados

Exemplo
Os jogadores de uma equipe de basquete apresentam as
seguintes idades: 28, 27, 19, 23 e 21 anos. Qual a média de idade
desta equipe?

180
Solução

Moda

A Moda (Mo) representa o valor mais frequente de um conjunto de dados,


sendo assim, para defini-la basta observar a frequência com que os
valores aparecem.
Um conjunto de dados é chamado de bimodal quando apresenta duas
modas, ou seja, dois valores são mais frequentes.
Exemplo
Em uma sapataria durante um dia foram vendidos os seguintes números
de sapato: 34, 39, 36, 35, 37, 40, 36, 38, 36, 38 e 41. Qual o valor da moda
desta amostra?
Solução
Observando os números vendidos notamos que o número 36 foi o que
apresentou maior frequência (3 pares), portanto, a moda é igual a:
Mo = 36
Mediana(E o que aparece no meio)
A Mediana (Md) representa o valor central de um conjunto de dados. Para
encontrar o valor da mediana é necessário colocar os valores em ordem
crescente ou decrescente.
Quando o número elementos de um conjunto é par, a mediana é
encontrada pela média dos dois valores centrais. Assim, esses valores são
somados e divididos por dois.
Exemplos
1) Em uma escola, o professor de educação física anotou a altura de um
grupo de alunos. Considerando que os valores medidos foram: 1,54 m;
1,67 m, 1,50 m; 1,65 m; 1,75 m; 1,69 m; 1,60 m; 1,55 m e 1,78 m, qual o
valor da mediana das alturas dos alunos?

181
Solução
Primeiro devemos colocar os valores em ordem. Neste caso, colocaremos
em ordem crescente. Assim, o conjunto de dados ficará:
1,50; 1,54; 1,55; 1,60; 1,65; 1,67; 1,69; 1,75; 1,78
Como o conjunto é formado por 9 elementos, que é um número ímpar,
então a mediana será igual ao 5º elemento, ou seja:
Md = 1,65 m
2) Calcule o valor da mediana da seguinte amostra de dados: (32, 27, 15,
44, 15, 32).
Solução
Primeiro precisamos colocar os dados em ordem, assim temos:
15, 15, 27, 32, 32, 44
Como essa amostra é formada por 6 elementos, que é um número par, a
mediana será igual a média dos elementos centrais, ou seja:

Exercícios Resolvidos
1. (BB 2013 – Fundação Carlos Chagas). Nos quatro primeiros dias úteis de
uma semana o gerente de uma agência bancária atendeu 19, 15, 17 e 21
clientes. No quinto dia útil dessa semana esse gerente atendeu n clientes.
Se a média do número diário de clientes atendidos por esse gerente nos
cinco dias úteis dessa semana foi 19, a mediana foi:
a) 21.
b) 19.
c) 18.
d) 20.
e) 23.

Ver Resposta
Apesar de já saber qual a média, primeiro precisamos saber a quantidade
de clientes que foi atendida no quinto dia útil. Assim:

182
Para encontrar a mediana precisamos colocar os valores em ordem
crescente, temos então: 15, 17, 19, 21, 23. Portanto, a mediana é 19.

Alternativa: b) 19.

Variância
A variância e o desvio padrão verificam a dispersão em um
conjunto de valores
Imagine a seguinte situação: o dono de uma microempresa
pretende saber, em média, quantos produtos são produzidos por
cada funcionário em um dia. O chefe tem conhecimento que nem
todos conseguem fazer a mesma quantidade de peças, mas pede
que seus funcionários façam um registro de sua produção em
uma semana de trabalho. Ao fim desse período, chegou-se à
seguinte tabela:

Para saber a produção média de seus funcionários, o chefe faz o


cálculo da média aritmética   de produção, isto é, a soma do
número de peças produzido em cada dia dividida pela quantidade
analisada de dias.
A partir desse cálculo, temos a produção diária média de cada
funcionário. Mas se observarmos bem a tabela, veremos que há
valores distantes da média. O funcionário B, por exemplo, produz
uma média de 12,8 peças por dia. No entanto, houve um dia em
que ele produziu 16 peças e outro dia em que ele confeccionou

183
apenas 10 peças. Será que o processo utilizado pelo dono da
empresa é suficiente para o seu propósito?

Para esse exemplo, ficou fácil concluir que há uma grande


variação entre a produção de cada funcionário. Mas e se essa
fosse uma grande empresa, com mais de mil funcionários, ou se
fosse observada a produção em um ano, será que
conseguiríamos definir essa variação com tanta facilidade?

O estudo da Estatística apresenta medidas de dispersão que


permitem a análise da dispersão dos dados. Inicialmente
veremos a variância, uma medida de dispersão que mostra quão
distantes os valores estão da média. Nesse caso, como estamos
analisando todos os valores de cada funcionário, e não apenas
uma “amostra”, trata-se do cálculo da variância populacional
(var).

O cálculo da variância populacional é obtido através da soma dos


quadrados da diferença entre cada valor e a média aritmética,
dividida pela quantidade de elementos observados. Observe o
cálculo simplificado para esse exemplo:

Observação: se estivéssemos trabalhando com a variância


amostral, dividiríamos pela quantidade de elementos observados
subtraída de um (– 1). Nesse exemplo, teríamos: 5 dias – 1 = 4
dias.
Vamos então calcular a variância populacional para cada
funcionário:

Variância → Funcionário A:
184
var (A) = (10 – 10)² + (9 – 10)² + (11 – 10)² + (12 – 10)² + (8 –
10)²
       5
var (A) = 10 = 2,0
   5
Variância → Funcionário B:
var (B) = (15 – 12,8)² + (12 – 12,8)² + (16 – 12,8)² + (10 – 12,8)² +
(11 – 12,8)²
  5
var (B) = 26,8 = 5,36
  5
Variância → Funcionário C:
var (C) = (11 – 10,4)² + (10 – 10,4)² + (8 – 10,4)² + (11 – 10,4)² +
(12 – 10,4)²
  5
var (C) = 9,2 = 1,84
  5
Variância → Funcionário D:
var (D) = (8 – 11)² + (12 – 11)² + (15 – 11)² + (9 – 11)² + (11 –
11)²
   5
var (D) = 30 = 6,0
   5
Podemos afirmar que a produção diária do funcionário C é mais
uniforme do que a dos demais funcionários, assim como a
quantidade de peças diárias de D é a mais desigual. Quanto
maior for a variância, mais distantes da média estarão os
valores, e quanto menor for a variância, mais próximos os
valores estarão da média.
Em algumas situações, apenas o cálculo da variância pode não
ser suficiente, pois essa é uma medida de dispersão muito
influenciada por valores que estão muito distantes da média.
Além disso, o fato de a variância ser calculada “ao quadrado”

185
causa uma certa camuflagem dos valores, dificultando sua
interpretação. Uma alternativa para solucionar esse problema é
o desvio padrão, outra medida de dispersão.

DESVIO PADRAO
O desvio-padrão é uma medida de dispersão do conjunto, ou
seja, uma medida que indica quão uniformes são os dados do
conjunto. O desvio-padrão demonstra a distância dos valores
em relação à média do conjunto, quanto mais próximo de 0 for
o desvio-padrão, menos dispersos são os dados daquele
conjunto.
O desvio padrão (dp) é simplesmente o resultado positivo da
raiz quadrada da variância. Na prática, o desvio padrão indica
qual é o “erro” se quiséssemos substituir um dos valores
coletados pelo valor da média. Vamos agora calcular o desvio
padrão da produção diária de cada funcionário:
Desvio Padrão → Funcionário A:
dp(A) = √var (A)
dp(A) = √2,0
dp(A) ≈ 1,41
Desvio Padrão → Funcionário B:
dp(B) = √var (B)
dp(B) = √5,36
dp(B) ≈ 2,32
Desvio Padrão → Funcionário C:
dp(C) = √var (C)
dp(C) = √1,84
dp(C) ≈ 1,36
Desvio Padrão → Funcionário D:
dp(D) = √var (D)
dp(D) = √6,0
dp(D) ≈ 2,45

186
Podemos ver a utilização do desvio padrão na apresentação da
média aritmética, informando o quão “confiável” é esse valor. Isso
é feito da seguinte forma:
média aritmética (x) ± desvio padrão (dp)
Se o dono da empresa de nosso exemplo pretende concluir seu
relatório com a produção média diária de seus funcionários, ele
fará da seguinte forma:
Funcionário A: 10,0 ± 1,41 peças por dia
Funcionário B: 12,8 ± 2,32 peças por dia
Funcionário C: 10,4 ± 1,36 peças por dia
Funcionário D: 11,0 ± 2,45 peças por dia

Como calcular o desvio padrão

O desvio padrão (DP) é calculado usando-se a seguinte fórmula:

Sendo,
∑: símbolo de somatório. Indica que temos que somar todos os termos,
desde a primeira posição (i=1) até a posição n
xi: valor na posição i no conjunto de dados

187
MA: média aritmética dos dados
n: quantidade de dados

Exemplo

Em uma equipe de remo os atletas possuem as seguintes alturas: 1,55 m ;


1,70 m e 1,80 m. Qual é o valor da média e do desvio padrão da altura
desta equipe?

Cálculo da média, sendo n = 3

Cálculo do desvio padrão

188
O coeficiente de variação
(CV) é um indicador da variabilidade de um conjunto de dados.
Sua medida corresponde à razão percentual entre o desvio-
padrão e a média dos dados. Muito usado na Estatística, o
coeficiente de variação é um indicador da variabilidade de um
conjunto de dados.
Os estudos estatísticos estão relacionados às situações que
envolvem estratégias e planejamentos, coleta e organização de
dados, análise e interpretação clara e objetiva dos dados
observados. Para comparação de dois ou mais conjuntos de
dados, a estatística utiliza o desvio padrão, desde que esses
dados estejam na mesma unidade de medida. Caso os conjuntos
de dados sejam medidos em grandezas diferentes (unidades de
medida diferentes), a comparação será feita utilizando o
coeficiente de variação.
O coeficiente de variação é usado para analisar a dispersão em
termos relativos a seu valor médio quando duas ou mais séries
de valores apresentam unidades de medida diferentes. Dessa
forma, podemos dizer que o coeficiente de variação é uma forma
de expressar a variabilidade dos dados excluindo a influência da
ordem de grandeza da variável.

O cálculo do coeficiente de variação é feito através da fórmula:

189
 

Onde,
 s → é o desvio padrão
X ? → é a média dos dados
CV → é o coeficiente de variação
Como o coeficiente de variação analisa a dispersão em termos
relativos, ele será dado em %. Quanto menor for o valor do
coeficiente de variação, mais homogêneos serão os dados, ou
seja, menor será a dispersão em torno da média. De uma forma
geral, se o CV:

For menor ou igual a 15% → baixa dispersão: dados


homogêneos
For entre 15 e 30% → média dispersão
For maior que 30% → alta dispersão: dados heterogêneos

Vejamos um exemplo.

Exemplo: Em um grupo de moradores de determinada região


foram analisadas a idade (em anos) e a altura (em metros) das
pessoas. Deseja-se comparar a dispersão em termos relativos
em torno da média dos dois conjuntos de dados, a fim de verificar
qual deles é mais homogêneo. Na coleta dos dados verificou-se
que:

Idade das pessoas: X ?=41,6 e s = 0,82


Altura das pessoas: X ?=1,67 e s = 0,2

Qual conjunto de dados apresenta menor dispersão relativa em


torno da média?

Solução: O primeiro fato a se observar é que os dados analisados


possuem unidades de medida diferentes. Dessa forma, somente
o desvio padrão não é suficiente para comparar os dois
conjuntos. Nesse caso, é preciso calcular o coeficiente de

190
variação para fazer a comparação da variação em torno da média
dos dados.
Cálculo do CV da idade.

Cálculo do CV da altura.

Interpretação dos dados: como o coeficiente de variação da idade


foi menor que o coeficiente de variação da altura, pode-se afirmar
que os dados relativos à idade são mais homogêneos que os
dados da altura.

TEORIA DA PROBABILIDADE
O que diz a teoria das probabilidades?
A teoria da probabilidade é o campo da Matemática que estuda
experimentos ou fenômenos aleatórios. Através dela, é possível analisar
as chances de um determinado evento ocorrer.

Em sua base, probabilidade é, das teorias "fáceis", a mais difícil que há.
Você (é, você mesmo!) usa probabilidades todo dia. Cada vez que você
decide se vai levar o guarda-chuva para o trabalho ou não, se pega o
ônibus lotado que acabou de chegar ou espera por um mais vazio, se
compra o plano A ou B do seu celular, se aquela pessoa na foto é ou não
seu(sua) namorado(a), você está usando probabilidades. De fato,
191
exageremos e digamos logo que cada e toda ação do seu dia-a-dia envolve
algum raciocínio probabilístico. Afinal, a Teoria da Probabilidade é a Teoria
da Incerteza, e estamos cercados de incerteza a cada momento de nossas
vidas, por mais que queiramos negar ou minimizar este fato.

O que é probabilidade?
“As questões mais importantes da vida são, em grande parte, nada mais
do que problemas de probabilidade... A Teoria da Probabilidade nada mais
é do que o cálculo do bom senso.” — Pierre-Simon Laplace, 1812, Théorie
Analytique des Probabilités. "O bom senso é bem raro-- Voltaire, 1764,
Dictionaire philosophique portatif.
O objetivo da Teoria da Probabilidade é modelar matematicamente
conceitos como incerteza, risco, chance, possibilidade, verossimilhança,
perspectivas e, até mesmo, sorte. Considere as seguintes frases do nosso
dia-a-dia:
• A probabilidade de uma moeda lançada “dar” coroa é de 50%;
• A previsão do tempo é de 40% de probabilidade de chuva amanhã;
• A radiografia indica uma moderada probabilidade de Tromboembolia
Pulmonar;
• O Copom afirma que aumentou a probabilidade da convergência da
inflação para a trajetória de metas;
• Depois da rodada de ontem, a probabilidade do Flamengo ser rebaixado
aumentou muito.
Quando calculamos a probabilidade, estamos associando um grau de
confiança à ocorrência dos resultados possíveis de experimentos, cujos
resultados não podem ser determinados antecipadamente. Assim, a
probabilidade é a medida da chance de algo acontecer.

O cálculo da probabilidade associa a ocorrência de um resultado a um


valor que varia de 0 a 1 e, quanto mais próximo de 1 estiver o resultado,
maior é a certeza da sua ocorrência.

192
No exemplo do dado, se queremos conhecer a probabilidade da face 2
estar voltada para cima, este é o único caso favorável. O número total de
casos possíveis é seis, por ser a quantidade de faces no dado.

A probabilidade de sair a face 2 é:

1 / 6 = 0,16666 …

Em porcentagem, são aproximadamente 16,6%.

Para facilitar o cálculo da probabilidade, podemos recorrer a uma fórmula


que nos auxilia a organizar as informações.

Um exemplo de experimento aleatório é jogar um dado para o alto. Ao


cair, não é possível prever com total certeza qual das 6 faces estará
voltada para cima.

O cálculo da probabilidade é uma divisão entre a quantidade de casos


favoráveis à ocorrência do evento e o total de casos possíveis.

Fórmula da Probabilidade
Em um fenômeno aleatório, as possibilidades de ocorrência de um evento
são igualmente prováveis.
Sendo assim, podemos encontrar a probabilidade de ocorrer um
determinado resultado através da divisão entre o número de eventos
favoráveis e o número total de resultados possíveis:

Sendo:
P(A): probabilidade da ocorrência de um evento A.
n(A): número de casos favoráveis ou, que nos interessam (evento A).
n(Ω): número total de casos possíveis.
O resultado calculado também é conhecido como probabilidade teórica.
Para expressar a probabilidade na forma de porcentagem, basta
multiplicar o resultado por 100.

193
Exemplo 1
Se lançarmos um dado perfeito, qual a probabilidade de sair um número
menor que 3?
Resolução
Sendo o dado perfeito, todas as 6 faces têm a mesma chance de caírem
voltadas para cima. Vamos então, aplicar a fórmula da probabilidade.
Para isso, devemos considerar que temos 6 casos possíveis (1, 2, 3, 4, 5, 6)
e que o evento "sair um número menor que 3" tem 2 possibilidades, ou
seja, sair o número 1 ou 2. Assim, temos:

Para responder na forma de uma porcentagem, basta multiplicar por 100.

Portanto, a probabilidade de sair um número menor que 3 é de 33%.


Exemplo 2
O baralho de cartas é formado por 52 cartas divididas em quatro naipes
(copas, paus, ouros e espadas) sendo 13 de cada naipe. Dessa forma, se
retirar uma carta ao acaso, qual a probabilidade de sair uma carta do
naipe de paus?
Solução
Ao retirar uma carta ao acaso, não podemos prever qual será esta carta.
Sendo assim, esse é um experimento aleatório.
Neste caso, temos 13 cartas de paus que representam o número de casos
favoráveis.
Substituindo esses valores na fórmula da probabilidade, temos:

194
Ou, multiplicando o resultado por 100:

Espaço Amostral
O espaço amostral é o conjunto de todos os resultados possíveis obtidos a
partir de um experimento aleatório.
Por exemplo, ao retirar ao acaso uma carta de um baralho, o espaço
amostral corresponde às 52 cartas que compõem este baralho.
Da mesma forma, o espaço amostral ao lançar uma vez um dado, são as
seis faces que o compõem:
Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
A quantidade de elementos em um conjunto chama-se cardinalidade,
expressa pela letra n seguida do símbolo do conjunto entre parênteses.
Assim, a cardinalidade do espaço amostral do experimento lançar um
dado é n(Ω)=6.
O espaço amostral é composto de cada resultado possível. Ao lançar uma
moeda o espaço amostral será:
Ω = {cara, coroa}
Sua cardinalidade, o número de elementos, é igual a 2.
n(Ω) = e
Em muitas situações é importante descrever os elementos do espaço
amostral, como nos exemplos da moeda e do dado. Cada um destes
resultados é um ponto amostral do conjunto universo.
Se cada um dos pontos amostrais, ou, resultados possíveis, possuírem a
mesma probabilidade de ocorrer, dizemos que este espaço amostral é
equiprovável.
Como exemplo, tomemos uma urna com 4 esferas de mesmo tamanho e
de cores: amarela, azul, preta e branca. Ao sortear uma ao acaso, qual a
probabilidade de sortear a bola de uma cor qualquer?
Sendo um experimento honesto, todas as cores possuem a mesma chance
de serem sorteadas, sendo o espaço amostral equiprovável.

195
Uma vez definidos o que é experimento aleatório e espaço amostral, para
calcular uma probabilidade, é preciso fazer uma pergunta. Esta pergunta
define o conceito de evento
Eventos na probabilidade
Evento é qualquer subconjunto do espaço amostral de um experimento
aleatório.

O que é distribuição binomial

Distribuição Binomial
Esta importante distribuição é aplicada em casos de experimentos repetidos, onde
existem dois possíveis resultados: cara ou coroa, sucesso ou fracasso, item
defeituoso ou item não defeituoso, e muitos outros possíveis pares. A
probabilidade de cada resultado pode ser calculada utilizando a regra da
multiplicação, talvez com o uso do diagrama de árvore, porém é muito mais
simples e eficiente utilizar uma equação generalizada.
Assim, uma variável aleatória poderá ter sua distribuição de probabilidade
modelada de forma binomial caso atenda os seguintes pressupostos:
Pressupostos
 o resultado é completamente determinado por chance (aleatório);
 existem somente dois possíveis resultados, experimento Bernoulli;
 todas as tentativas possuem a mesma probabilidade para um resultado em
particular. Ou seja, as tentativas ou realizações do experimento
são independentes;
 isso implica que, existe uma probabilidade p� de sucesso constante em
cada tentativa
 o número de tentativas, n�, é um valor fixo, um número inteiro e positivo;

Distribuição normal
Enquanto Poisson pode ser usado para medir as incidências de eventos dentro
de um intervalo, a distribuição binomial só tem dois resultados possíveis:
sucesso ou fracasso. Por isso, ela é bastante utilizada para encontrar a
probabilidade de obtermos um resultado específico durante as provas

As distribuições “Student” t
É possível aplicar o teste t de Student em casos de:

196
 Distribuições monocaudais (distribuição que segue apenas para um lado)
 Distribuições menos parecidas com normais.
 Duas ou mais amostras.
 Amostras de tamanhos diferentes.
 Amostras com desvio padrão diferentes.
 Teste de normalidade para distribuições.

 Teoria Elementar da Amostragem


A teoria da amostragem é um estudo das relações existentes entre uma população e as
amostras dela extraídas.
Ela é útil para a avaliação de grandezas desconhecidas da população (como sua média, sua
variância, etc); denominadas comumente de parâmetros populacionais, através do
conhecimento das grandezas correspondentes das amostras. Essa teoria ajuda, também, a
determinar se diferenças observadas entre duas amostras são realmente devidas uma
variação casual ou se são verdadeiramente significativas.

Amostras aleatórias

O processo de amostragem aleatória é uma das formas em que se pode obter uma
amostra representativa, pois cada elemento de uma população tem a mesma
probabilidade de ser incluído na amostra. Uma técnica para a obtenção de uma amostra
consiste em associar um símbolo (como um número ou letra) a cada elemento da população
e construir uma tabela de números aleatórios para garantir a imparcialidade na escolha dos
elementos da amostra.

Distribuições Amostrais

Considerem-se todas as amostras possíveis de tamanho N que podem ser retiradas de


uma população dada. Para cada amostra, pode-se calcular uma grandeza estatística, como
a média, desvio padrão, etc, que varia de amostra para amostra. Desse modo, obtém-se
uma distribuição da grandeza, que é denominada distribuição amostral das médias, ou da
média. Semelhantemente, poder-se-ia ter distribuições amostrais do desvio padrão, da
variância, da média, das proporções, etc.

Distribuição Amostral das Médias

Vamos admitir que todas as amostras possíveis de tamanho N são retiradas, sem


reposição, de uma população finita de tamanho NP > N. Se a média e o desvio padrão da
distribuição amostral das médias foram designados por   e   e os valores
correspondentes da população forem   e  , respectivamente, então:.

197
Se a população for infinita, ou se a amostragem for tomada com reposição, os resultados
reduzem-se a

Para grandes valores de N (N >= 30), a distribuição amostral das médias é
aproximadamente normal, com a média e o desvio padrão independentemente da população
(enquanto a variância e a média da população forem finitas e o tamanho desta for, no
mínimo, o dobro da amostra.

Teoria estatística da estimação


A teoria da amostragem é um estudo das relações existentes entre uma população e as amostras
dela extraídas. É útil em:
• estimação de parâmetros populacionais;
• determinação das causas de diferenças observadas entre amostras. Constitui o que chamamos de
estatística indutiva ou inferência estatística que consiste em inferir conclusões importantes sobre
uma população a partir da análise de resultados observados em amostras aleatórias. Como toda
conclusão deduzida a partir da amostragem é acompanhada de um grau de incerteza ou risco, o
problema fundamental da inferência estatística é medir este grau de incerteza ou risco das
generalizações. Parâmetro: medida numérica que descreve uma população. Genericamente
representado por θ. Exemplos: média (µ ), variância ( 2 σ ). Estatística ou estimador: medida
numérica que descreve uma amostra. Genericamente representado por θ ˆ. Exemplos: média (x ),
variância ( 2 S ). Estimativa: valor numérico de um estimador. Erro amostral: erro que ocorre pelo uso
da amostra. Denotado por ε e definido por: ε =θ –θ.
Uma distribuição amostral é a distribuição de probabilidade de um estimador (ou estatística) da
amostra formada quando amostras de tamanho n são colhidas várias vezes de uma população. Por
exemplo, se o estimador da amostra for a sua média, a distribuição será uma distribuição amostral
de médias das amostras.

Teste de Hipóteses
Introdução
É uma metodologia estatística que nos auxilia a tomar decisões sobre uma ou mais populações
baseado na informação obtida da amostra.
Nos permite verificar se os dados amostrais trazem evidência que apoiem ou não uma hipótese

198
estatística formulada.
Ao tentarmos tomar decisões, é conveniente a formulação de suposições ou de conjeturas sobre as
populações de interesse, que, em geral, consistem em considerações sobre
parâmetros (μ,σ2,p�,�2,�) das mesmas.
Essas suposições, que podem ser ou não verdadeiras, são denominadas de Hipóteses Estatísticas.
Em muitas situações práticas o interesse do pesquisador é verificar a veracidade sobre um ou mais
parâmetros populacionais (μ,σ2,p�,�2,�) ou sobre a distribuição de uma variável aleatória.
Exemplos:

 A produtividade média milho no estado (SC) é de 2500 kg/ha;


 A proporção de peças defeituosas no unidade de fabricação é de 0,10;
 A propaganda produz efeito positivo nas vendas;
 Os métodos de ensino produzem resultados diferentes de aprendizagem

Um dos primeiros trabalhos sobre testes foi publicado em 1710 (John Arbuthnot);
Um dos primeiros procedimentos estatísticos que chega perto de um teste, no sentido moderno foi
proposto por Karl Pearson em 1900. Esse foi o famoso teste do Qui-quadrado, utilizado para
comparar uma distribuição de frequência observada com uma distribuição teoricamente assumida.
A ideia de testar hipóteses foi posteriormente codificada e elaborada por R. A Fischer (1925), que
considerou os dados como um vetor de variáveis aleatórias que pertenciam a uma distribuição de
probabilidade…
Uma outra abordagem (competitiva a de Fischer) foi estabelecida por J. Neyman e Egon
Pearson (1928)…
Mais tarde, Lehmann (1993) argumentou que de fato era possível unificar as formulação,
combinando as melhores características das duas abordagens…
Hipóteses Estatísticas
Teste de hipótese
O teste de hipóteses fornecem ferramentas que nos permitem rejeitar ou não rejeitar uma hipótese
estatística através da evidencia fornecida pela amostra.
Vamos abordar o tópico com os seguintes exemplos:

Exemplo 1

199
Um engenheiro postula a hipótese que a fração de itens defeituosos em um certo processo é
de p=0.10�=0.10.
O experimento é observar uma amostra aleatória do produto em questão, e suponha
que n=100�=100 itens foram testados e 1212 deles eram defeituosos, dessa forma foi estimada
uma proporção de p^=0.12�^=0.12 a partir da amostra.
É razoável que esta evidência não refuta a condição de que a proporção populacional
é p=0.10�=0.10 ou seja não rejeitamos a hipótese postulada anteriormente.
No entanto, não rejeitaríamos também se fosse p=0.12�=0.12 ou talvez p=0.15�=0.15…
Podemos expressar isso formalmente em termos de um teste de hipótese estatístico como:
H0:p=10 H1:p≠10�0:�=10 �1:�≠10
A afirmação de que H0:p=10�0:�=10 é chamanda de hipótese nula, e a
afirmação H1:p≠10�1:�≠10 é chamada de hipótese alternativa.
A hipótese alternativa H1�1 ainda pode especificar, << ou >> além da diferença ≠≠.
Sempre estabeleceremos a hipótese nula H0�0 como uma afirmação de igualdade.

O que é significância estatística?


A significância estatística é uma forma de medir a probabilidade da diferença entre as taxas de
conversão de versões diferentes da mesma página não ter sido pura coincidência.
Se em um teste A/B uma versão foi vencedora e a significância foi de 95%, por exemplo, isso significa
que há 95% de chance de que você realmente tem uma versão vencedora.
No entanto, ainda há 5% de chance de que esse resultado tenha sido uma pura obra do acaso e não
refletir a realidade.
Pode acontecer, por exemplo, que se você rodar um teste AA, ou seja, duas versões iguais, uma
converta mais que a outra. Há 5% de chance disso ocorrer. Por isso, a significância estatística é tão
importante: indica quando você deve ter expectativas altas e quando não é bem assim.
A significância estatística é um aspeto fundamental dos testes de hipóteses. Em qualquer experiência
que utilize uma amostra de uma população (por exemplo, uma amostra de doentes com uma doença
específica), existe a possibilidade de que um efeito observado possa ser devido a diferenças entre a
amostra e a população total (erro de amostragem) ao invés do medicamento em estudo. Um
resultado de teste diz-se estatisticamente significativo se tiver sido previsto como improvável de
ocorrer por erro de amostragem isoladamente, de acordo com uma probabilidade limiar: o nível de
significância.

200
A significância estatística não implica importância ou significado prático. Por exemplo, o
termo significância clínica refere-se à importância prática do efeito de um tratamento. Os
investigadores que se centrem unicamente no fato de os seus resultados
serem estatisticamente significativos podem reportar conclusões que não são relevantes na prática.
É sempre prudente reportar um tamanho do efeito juntamente com os valores de p. Uma medida do
tamanho do efeito quantifica a força de um efeito e permite tirar conclusões sobre as implicações
práticas.

Ajustamento de curvas e o método dos mínimos quadrados.


O que é o método dos mínimos quadrados?
O método dos mínimos quadrados é uma técnica que nos permite, de forma aproximada, retirar
alguma informação desses sistemas impossíveis. A terminologia se deve ao fato de que, como
veremos, este método minimiza a soma dos quadrados dos erros obtidos na aproximação

O que significa ajuste de curva?


Ajuste de Curvas é um método que consiste em encontrar uma curva que se ajuste a uma série de
pontos e que possivelmente cumpra uma série de parâmetros adicionais.

Noções de Contabilidade
É a ciência que estuda e pratica, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das
entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de
oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico
decorrente da gestão da riqueza econômica (Hilário Franco).

CONCEITOS BASICOS DE CONTABILIDADE


1. Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil e um dos mais conhecidos conceitos
de contabilidade. Ele carrega todas as informações patrimoniais e financeiras de uma empresa.
Nele, encontramos dados como: saldo de caixa e bancos, clientes a receber, estoques, imobilizado,
entre outros. Assim como, também verificaremos algumas contas que reduzem o patrimônio da
companhia, fornecedores a pagar, empréstimos e o capital social, por exemplo.
O Balanço Patrimonial segue um conceito que rege todo o estudo e aplicação da Ciência Contábil, o
princípio das partidas dobradas. Ele pressupõe que todo o fato que modifica um lado do balanço,
acrescenta ou reduz o outro, mas isso será assunto para o nosso próximo tópico. Continue lendo!

201
2. Ativo, Passivo e Resultado
Ativo e Passivo são os dois grandes grupos do Balanço Patrimonial. No Ativo, estão as contas
contábeis que relacionam bens e direitos, como: dinheiro em caixa ou banco, estoques, imóveis,
entre outros.
No Passivo, encontramos todas as dívidas da empresa com fornecedores, bancos, instituições
financeiras e sócios. O princípio das partidas dobradas, que mencionamos logo acima, pressupõe
que cada lançamento deve movimentar duas contas.
Isso significa que a compra de uma mercadoria a prazo, por exemplo, movimentaria o passivo nas
contas de fornecedores e o estoque, que fica no ativo do Balanço Patrimonial. Dessa forma, ficam
registradas, em uma única peça, todas as movimentações da empresa durante um ano.
3. Demonstração de Resultados
A demonstração de resultados é um documento em que constam todas as receitas, os tributos que
incidiram sobre ela, bem como os custos com a compra de materiais, produtos e serviços, a folha de
pagamento e as despesas gerais.
Esse demonstrativo é fundamental para que os gestores conheçam os seus gastos e como eles
impactam positivamente ou negativamente no resultado da empresa.

Por fim, temos ainda o Resultado. Este é, basicamente, o lucro ou prejuízo que a empresa teve no
período. Ele sempre acompanhará o Balanço Patrimonial e será contabilizado no Passivo nas contas
do Capital Social.
O Resultado é demonstrado por meio de um documento que também é um importante conceito de
contabilidade, mas isso será assunto para o nosso próximo tópico.
4. Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)
A DFC é uma demonstração que relaciona as entradas e saídas de recursos da organização, bem
como as suas aplicações. Além de fornecer informações importantes sobre as mutações das contas
de caixa e banco ao longo do período, a DFC também é um documento de apresentação obrigatória
para muitas empresas.

5. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)


A DMPL também é um demonstrativo que deve ser apresentado ao final de um ano, no entanto, ela
trata de um conceito de contabilidade diferente: o Patrimônio Líquido. Ou seja, os valores investidos
pelos sócios, lucros e prejuízos.

202
Nela, você saberá exatamente como essa conta se comportou ao longo dos anos, desde a
integralização do capital, passando pelo acréscimo ou decréscimo gerado pelo resultado, chegando
até o ponto da análise.
Esses são os principais conceitos de contabilidade que você, enquanto gestor, deve aprender.
Conhecendo-os a fundo será possível analisar os dados que eles carregam e tomar decisões
importantes para o futuro do seu negócio.

Receita
é todo capital obtido em troca de uma atividade, a despesa é todo custo para que essa operação
continue.

Receita Despesa

Capital recebido através Pagamentos, compras e saídas de recursos


da venda de produtos e através dos gastos para a manutenção de
O que é serviços. um empreendimento.

Folhas de pagamentos de salários


Contratações de serviços
Venda de produtos Impostos
Serviços realizados Contas de consumo (água, luz, telefone,
Rendimentos de gás, etc.)
investimentos Compra de produtos
Exemplos Dividendos de ações Pagamentos de empréstimos e
Rendimentos fixos financiamentos
Pertence
aos Ativos Passivos

ESTRUTURA CCONCEITUAL BASICA


Uma estrutura básica da contabilidade, tem por objetivo demonstrar por meios de seus alicerces de
sustentação que as teorias, teoremas, axiomas, postulados, convenções, critérios de valorimetria,
princípios e conceitos; representam um conjunto de conhecimentos científicos que subsidiam a
contabilidade, como ciência.

203
Quais são os elementos básicos da contabilidade?
Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Receita e Despesa.
Os princípios são: o da entidade, o da continuidade, o da oportunidade, o do registro pelo valor
original, o da competência e o da prudência.

Princípios gerais de contabilidade.


Hoje são 6 os princípios:

1. Princípio da Entidade;
2. Princípio da Continuidade;
3. Princípio da Oportunidade;
4. Princípio do Registro pelo Valor Original;
5. Princípio da Competência;
6. Princípio da Prudência.

1. Princípio da entidade

Reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade, afirmando a autonomia patrimonial, a


necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes,
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou
instituição de qualquer natureza, ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Em outras palavras, preza
pela dissociação entre patrimônio dos sócios ou proprietários e patrimônio da entidade.
Exemplo 1: quando o sócio de uma empresa decide colocar parte do patrimônio de sua empresa em
uma conta pessoal, o mesmo não está seguindo o princípio da entidade. Exemplo 2: um CEO não
deve transferir parte da receita proveniente dos lucros de uma empresa para sua conta.

2. Princípio da Continuidade

Pressupõe que a entidade seguirá em operação por tempo indeterminado e que isso deve ser
considerado ao classificar e avaliar as mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. E se não
fosse dessa forma, haveria insegurança jurídica, tanto para empresários quanto para funcionários e
fornecedores.
Exemplo: Suponhamos uma empresa que comprou uma máquina de estampar vestuário por R$
20.000,00. Conforme o principio da continuidade, essa máquina deve ser registrada no patrimônio
pelo preço por ela pago.

204
3. Princípio da Oportunidade

Esse princípio refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais


para produzir informações íntegras e tempestivas, ou seja, ele determina a necessidade do registro
correto, adequado, coerente e eficaz do patrimônio, para garantir a confiabilidade da informação,
evitando perdas.
Por exemplo, uma empresa que tenha acumulado prejuízos repetidos períodos e não têm nenhuma
perspectiva de melhoria, deve tomar decisões para recuperação judicial ou decretar falência. Ou
ainda, se os lucros são crescentes, tomar decisões no que ser refere a investimentos ou expansão.
4. O Princípio do Registro pelo Valor Original
Esse princípio determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados
pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. Por exemplo, caso um bem
seja adquirido num valor promocional, esse deve ser o valor registrado.

Principio do registro pelo valor original Exemplo: Os registros so feitos na devida tempestividade
(data correta de aquisio, independente do pagamento) e pelo valor de aquisio ou fabricao. Ou seja,
Registro um produto adquirido por 100 a prazo. No Estoque por este valor e no passivo a dvida
gerada.

Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer
variações decorrentes dos seguintes fatores:

1. Custo corrente;
2. Valor realizável;
3. Valor presente;
4. Valor justo;
5. Atualização monetária.

5. Princípio da Competência

Nesse princípio, a determinação é de que tanto as receitas quanto as despesas tem de ser inclusas
na apuração do resultado do período no qual ocorrerem, sempre em caráter simultâneo quando se
correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. No caso de vendas
parceladas, somente no momento do recebimento da parcela é que será considerado e aceito o
registro.
Para exemplificar e ficar mais claro, suponhamos que a empresa fez uma venda em janeiro, mas só
recebeu o pagamento em fevereiro, segundo esse princípio o lançamento contábil deve ser
registrado no mês de janeiro, o da venda e não no mês do recebimento.

205
6. Princípio da Prudência

 Aqui, nesse último princípio, a determinação é sobre a adoção do menor valor para os componentes
do ativo e do maior para os componentes do passivo, sempre que apresentarem alternativas
igualmente válidas.
E ainda, pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários
às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam
superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade
ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.
Ao se analisar um imóvel, deve-se usar o menor valor de uma avaliação de mercado para venda do
mesmo, e o maior valor de mercado para uma compra.
Como explicar o Princípio da prudência?
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do
maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido.

Critérios de Classificação e Avaliação do Patrimônio.

Quem faz a avaliação patrimonial?

De acordo com a norma NBR 14.653 da ABNT, a avaliação patrimonial consiste em uma avaliação
técnica e, por isso, deve ser realizada por um engenheiro ou profissional habilitado para tal,
regularmente inscrito no conselho de classe: CREA ou CAU.

A Lei 5.194 de 24/12/1966 define que apenas engenheiros e arquitetos são capazes de realizar a
avaliação patrimonial e gerar o laudo desse exercício com as habilidades técnicas necessárias para
tal.

Para realizar a avaliação patrimonial é necessário realizar 3 etapas de identificação. Elas podem ser
definidas como identificação do custo de reposição, do valor justo e do valor residual.
Identificação do custo de reposição ou reprodução

O valor de reposição ou reprodução é o gasto necessário para reproduzir um bem sem considerar
eventual depreciação. Desse modo, ele representa o montante necessário para ser possível
reproduzir todos os bens do ativo da empresa, como instalações e estoques.

206
Apuração e Destinação do resultado
O que é apuração de resultados em contabilidade?
A Apuração de Resultados (ARE) é uma rotina contábil que consiste em confrontar os valores das
receitas, custos e despesas a fim de calcular o lucro ou prejuízo gerado em determinado período pela
movimentação realizada pela empresa.
Assim, é possível encerrar o ciclo (comumente o exercício social / ano calendário), avaliar índices e
realizar comparações. A partir da apuração dos resultados, é possível gerar também o Balanço
Patrimonial da empresa, que é uma declaração obrigatória.

Pré-requisitos para realizar a ARE


Antes de realizar a ARE, é preciso:
 Conferir os saldos dos bancos financeiros para que sejam idênticos aos saldos contábeis;
 Conferir os saldos das contas contábeis;
 Fazer lançamentos manuais, caso necessário;
 Garantir os lançamentos de Folha e Apuração de Impostos Fiscais como DAS.

O que é elaboração de demonstrações contábeis?


“As demonstrações contábeis são uma representação monetária estruturada da posição patrimonial
e financeira em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período findo
nessa data.

Demonstrações contábeis são relatórios que esclarecem todo fluxo de informações relativas ao setor
financeiro e contábil da empresa em um determinado período de tempo.
Nestes documentos, é possível acessar múltiplos indicadores de desempenho do negócio,
compreendendo com profundidade o cenário econômico em que está inserido.
Para compreender o que são demonstrações contábeis e sua importância, imagine um cenário em
que há mais de um sócio ou acionista no negócio.
Enquanto uns acompanham diariamente os resultados financeiros, outros necessitam de um
relatório detalhado para mensurar a performance da entidade.
Nesse cenário, as demonstrações contábeis obrigatórias são fundamentais para a transparência da
situação econômica do empreendimento.
Com os dados em mãos, o negócio tem a vantagem de poder executar o plano orçamentário com
eficiência a partir da previsibilidade de lucros, despesas e custos.

207
As demonstrações contábeis, além de serem uma obrigação legal, também cumprem a função de
instrumento estratégico para um negócio.
São documentos que podem auxiliar em sua estratégia de gestão por indicadores, por exemplo.

Entenda mais sobre a Lei 6404/76


Conforme mencionado, a Lei 6.404/76, conhecida como Lei da S.A. (Sociedade Anônima), orienta as
demonstrações contábeis de empresas e os critérios para avaliação.
No 1º parágrafo do artigo 176, é possível encontrar as diretrizes para compilar as informações:
“As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes
das demonstrações do exercício anterior”.
Dentro das demonstrações contábeis alguns relatórios são obrigatórios, como o Balanço
Patrimonial e o Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE).
Já outros são facultativos, pois são contemplados no SPED Contábil.
Entre os opcionais, podemos citar a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) e a
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).
A estrutura das demonstrações contábeis pode ser visualizada na Norma e Procedimento de
Contabilidade nº 27 (IBRACON NPC 27).
De acordo com a NPC, a empresa deve informar os seguintes dados em suas demonstrações:

 ativos;
 passivos;
 patrimônio líquido;
 receitas, despesas, ganhos e perdas;
 fluxo financeiro (fluxos de caixa ou das origens e aplicações de recursos).

E entre os componentes das demonstrações, incluem-se (mas não restringem-se apenas à):

 balanço patrimonial;
 demonstração do resultado;
 demonstração das mutações do patrimônio líquido;
 demonstração dos fluxos de caixa (ou, alternativamente, das origens e aplicações de recursos,
enquanto requerida pela legislação societária – Lei nº. 6.404/76);
 demonstração do valor adicionado, se divulgada pela entidade; e

208
 notas explicativas, incluindo a descrição das práticas contábeis.

O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a posição
patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma
ampla variedade de usuários na tomada de decisões.

As demonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela Administração,


dos recursos que lhe são confiados.“

Porém, muito além da obrigação legal, há um elemento estratégico de extrema relevância na


realização das demonstrações contábeis.

Ajustes e padronização de critérios para realização de análise econômico-financeira

A administração financeira é a área responsável pela gestão financeira cotidiana de uma empresa. E
o profissional que atua nesta área é o administrador de finanças que tem o papel de analisar,
planejar e controlar todos os recursos financeiros da empresa.

Para desenvolver o seu trabalho, o administrador de finanças precisa conhecer as estruturas e


finalidades de cada demonstração financeira e como saber analisar cada uma delas. Além disso, deve
estar muito bem informado sobre as mudanças no mercado financeiro.

As demonstrações financeiras básicas são: Balanço Patrimonial (apresenta a situação patrimonial da


empresa confrontando com os seus Ativos e Passivos ou Patrimônio Líquido); Demonstração do
Resultado do Exercício (tem por finalidade apresentar um resumo dos resultados financeiros das
operações da empresa em um determinado período); Demonstração das Origens e Aplicações de
Recursos (relata como o Capital Circulante da empresa foi utilizado ou modificado); Demonstração
das Mutações do Patrimônio Líquido (retrata as alterações ocorridas na conta durante o período).

As análises dessas demonstrações financeiras são divididas em:


Situação financeira: apresentada pelos Índices de Liquidez (medem a capacidade da empresa em
honrar seus compromissos) e pelos Índices de Endividamento (mostram as grandes linhas de
decisões financeiras, em termos de origens e aplicações de recursos);

209
Situação econômica: apresentada pelos Índices de Rentabilidade (mostram qual a rentabilidade dos
capitais investidos) e pelos Índices de Atividade (mede a velocidade com que as contas do Ativo
Circulante são convertidas em vendas ou interferem nas disponibilidades).

Estas análises oferecem uma visão clara da situação financeiro-econômica da empresa, identificando
seus pontos fortes e fracos e mostrando sua evolução durante os anos. Com as análises das
evoluções da empresa é possível projetar situações que a empresa pode vivenciar num futuro
próximo. As análises da situação financeira e econômica da empresa Pirelli Pneus S.A.
proporcionaram identificar os seus pontos fortes, fracos, ameaças e oportunidades e ainda a
viabilidade dos retornos dos investimentos na empresa serem maiores que os investimentos em
títulos do Governo.
Métodos tradicionais de análise econômico-financeira

(horizontal,

Análise horizontal é um método de análise de informações dos demonstrativos financeiros e dos


balanços patrimoniais de empresas listadas na Bolsa de Valores. Utilizada na análise fundamentalista
de ações, a análise horizontal compara um dado recente com os registros históricos da mesma
informação.

Análise Horizontal
Também chamada de Análise de Evolução, a Análise Horizontal permite a verificação
da evolução dos elementos das Demonstrações Contábeis, separadamente ou em conjunto,
no decorrer do tempo. Dessa maneira, é possível verificar as mudanças e tendências da situação
patrimonial da empresa com o decorrer dos exercícios.
O seu cálculo é simples, basta escolher um exercício como base e concedê-lo o valor de 100%. Desse
modo, utilizando a fórmula abaixo, é possível saber se houve redução ou aumento do valor da conta
entre os períodos analisados:

Análise Horizontal

210
Análise Vertical
A Análise Vertical, ou Análise de Estrutura, permite a comparação entre diferentes elementos das
demonstrações contábeis dentro de um mesmo exercício, através da medição do percentual de cada
item em relação ao todo, possibilitando a comparação de valores em um mesmo período de tempo.
Para realizar o seu cálculo, basta selecionar uma conta específica em relação a um valor base. Por
exemplo, vamos calcular qual a participação da conta Estoques dentro do Ativo Circulante:

Análise Vertical

Análise por Índices

Esse é o processo de Análise das Demonstrações Contábeis mais utilizado, o qual consiste em realizar
uma relação lógica entre diversas contas e grupos de contas.
Esses índices permitem que seja mensurada a situação econômica e financeira de uma entidade,
sendo eles divididos em grupos: Índices de Liquidez ou Solvência, Índices de Estrutura ou
Endividamento, Índices de Lucratividade ou de Margem, Índices de Rentabilidade e Índices de
Rotatividade.
As fórmulas que serão apresentadas neste artigo possuem diversas siglas, sendo os seus significados
dispostos abaixo:
AC: Ativo Circulante / ANC: Ativo Não Circulante / AT: Ativo Total
PC: Passivo Circulante / PNC: Passivo Não Circulante
PL: Patrimônio Líquido / VL: Vendas Líquidas
LL: Lucro Líquido / LB: Lucro Bruto / LO: Lucro Operacional
CMV: Custo de Mercadorias Vendidas / DF: Despesas Financeiras

Licitação
Licitação é o processo por meio do qual a Administração Pública contrata obras, serviços, compras e

211
alienações. Em outras palavras, licitação é a forma como a Administração Pública pode comprar e
vender. Já o contrato é o ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares,
em que há um acordo para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas
Quais são os princípios da licitação?

O art. 3º da Lei nº 8.666/93, prevê a observância dos princípios da isonomia, legalidade,


impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa, vinculação ao
instrumento convocatório, julgamento objetivo e demais correlatos.

As licitações são condicionadas a determinados princípios, independente das modalidades ou tipos


de licitação todas se baseiam nos princípios da licitação.  O artigo 3˚, da Lei 8.666/93 define os
princípios da licitação: “A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da
isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada
em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade,
da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhe são correlatos”.

PRINCÍPIO DA IGUALDADE:
Dentro dos princípios da licitação está o tratamento isonômico a todos os que participarem do certame, sem
privilégios ou favorecimentos; tratamento igual aos iguais e desigual aos desiguais, no limite de sua
desigualdade (v. art. 3˚, § 1˚, I, L. 8.666/93).

 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE:
O administrador está vinculado à determinação legal, dela não podendo se afastar. “A lei ressalva a liberdade
para a Administração definir as condições da contratação administrativa. Mas, simultaneamente, estrutura o
procedimento licitatório de modo a restringir a discricionariedade a determinadas fases ou momentos
específicos” (MARÇAL JUSTEN FILHO.

PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE:

212
Todos os participantes devem ser tratados com absoluta neutralidade; o julgamento deve ser imparcial.

PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE:
“A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto
ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura”. (art. 3˚, § 3˚, Lei 8.666/93; Lei Federal nº 12.527/11).

PRINCÍPIO DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA:


O administrador deverá atuar obedecendo os princípios da moralidade e eficiência (EC n˚ 19/98).

Alguns dispositivos da Lei Federal n˚ 8.429/92:

Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito

“Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir


qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função,
emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: …”

Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário

“Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou
omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou
dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: …”

Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração


Pública

“Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições…”

 PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO:

“A Administração não pode descumprir as normas e condições do Edital, ao qual se acha estritamente
vinculada.” (art. 41, L. 8.666/93).

213
PRINCÍPIO DO JULGAMENTO OBJETIVO:
O julgamento da licitação deverá pautar-se em critérios objetivos e concretos, afastando-se os critérios
subjetivos de escolha.

“Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão levará em consideração os critérios objetivos definidos no
edital ou convite, os quais não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos por esta Lei.

1o É vedada a utilização de qualquer elemento, critério ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado que possa ainda
que indiretamente elidir o princípio da igualdade entre os licitantes.”

“Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo
convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato
convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição
pelos licitantes e pelos órgãos de controle.”

PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE:
Determina ao administrador a conduta impessoal, ou seja, imparcial, justa. Qualquer preferência de ordem
pessoal deverá ser afastada. Também chamado de “princípio da finalidade”; a descrição do objeto deverá
atender à necessidade administrativa.

Podemos perceber, ainda, que há alguns outros princípios que também irradiam seus efeitos sobre o processo
de licitação. São eles:

Princípio da razoabilidade, da competitividade, da celeridade, da finalidade, proporcionalidade, justo preço,


seletividade e comparação objetiva da proposta.

 OBRIGATÓRIEDADE DE LICITAÇÃO:

A partir de 05 de outubro de 1988 data de publicação da Constituição da República Federativa do Brasil foi
instituído a obrigatoriedade perante a Administração Pública, do regime de licitação que visem o contrato
das obras, serviços, compras e alienações. Tal obrigatoriedade???Q redigido expressamente no texto
constitucional em seu artigo 37, inciso XXI, vejamos:

“XXI – ressalvados os casos específicos na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratos
mediante processo licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas
que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual
somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações. ”

214
A obrigatoriedade da licitação deve ser obedecido de forma logica, logica esta que esta acompanhada dos
princípios da moralidade e eficiência da Administração quando o seu gestor deverá determinar qual a
melhor espécie de licitação a ser executada em observância a tais princípios, é de suma importância
compreendermos que embora as sociedades de economia mista, empresas públicas ou outra entidade
vinculadas ao poder público serem personalidades jurídica de direito privado, estas também se submeteram
ao regime da legislação especifica, entretanto, poderão ter regulamento próprio sempre em harmonia com a
Lei 8.666/93 é assim que dispõe o artigo 119 da referida lei, vejamos:

“Art. 119 -  As sociedades de economia mista, empresas e fundações públicas e demais entidades


controladas direta ou indiretamente pela União e pelas entidades referidas no artigo anterior editarão
regulamentos próprios devidamente publicados, ficando sujeitas às disposições desta Lei.”

DISPENSA DE LICITAÇÃO:

A dispensa de licitação é termo geral que não só se aplica a licitação nos casos onde ela é dispensada,
mais também quando a mesma é dispensável ou inexigível, nestes casos deverá ser emitido comunicado a
autoridade superior para sua aprovação sob pena de responsabilização do servidor que realizar o ato. A
Constituição Federal como vimos anteriormente, destacou que ressalvados os casos especificados em lei
as contratações serão por meio de licitação, lei está que fora promulgada em 21 de Junho de 1993 com a
finalidade de regulamentar o artigo 37, Inciso XXI, da Constituição Federal.

Inexigibilidade

INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO :

A licitação será inexigível quando houver impossibilidade jurídica de competência entre contratantes que
poderá ser verificada quando objeto for de natureza especifica e por objetivos sociais visados pela
Administração. No decorrer deste trabalho vimos as hipóteses em que a licitação é dispensada e os casos
que são dispensável, passaremos portanto a estudar os casos em a que a licitação será inexigível como
dispõe o artigo 25 da lei 8.666/93, vejamos:

“Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em


especial:

I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser


fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a
preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de
atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a
licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal,
ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de

215
natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a
inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através


de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela
opinião pública. ”

Procedimentos licitação
Fases (Lei nº 14.133/2021, Art. 17)

A fim de alcançar os objetivos e a lisura do processo, a legislação define uma série de procedimentos
que podem ser sintetizados nas seguintes fases:
1º. preparatória; 
2º. de divulgação do edital de licitação; 
3º. de apresentação de propostas e lances, quando for o caso; 
4º. de julgamento; 
5º. de habilitação; 
6º. recursal; 
7º. de homologação.

Anulação e Revogação.
 A anulação é o desfazimento de ato ilegal e a revogação é a extinção de ato válido,
mas que deixou de ser conveniente e oportuno. Ou seja, quando se torna ilegal, a
forma de se extinguir é pela anulação e no caso conveniência e oportunidade, seria
pela revogação.

Anulação e revogação no processo licitatório


Uma das prerrogativas da Administração Pública a possibilidade de revogar atos que
não sejam mais necessários para o atendimento do interesse público, assim como
anulá-los em caso de ilegalidade.

216
A Súmula nº 473 do Supremo Tribunal Federal assim dispõe:
“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.”

A anulação de uma licitação segue as mesmas regras aplicáveis à anulação dos atos
administrativos em geral: com base no poder de autotutela, a administração pública
deve anular a licitação, de ofício ou provocada, sempre que constatar ou ficar
demonstrada ilegalidade ou ilegitimidade no procedimento. Paralelamente a esse
controle administrativo, o Poder Judiciário, desde que provocado, tem também
competência para anular o procedimento licitatório em que se comprove a existência
de vício (ilegalidade ou ilegitimidade). [2]
A revogação da licitação sofre restrições em relação à regra geral aplicável aos atos
administrativos. [2]
Com efeito, a regra geral é a possibilidade de a administração pública, também com
base no poder de autotutela, revogar os seus atos discricionários, por motivo de
oportunidade e conveniência, ressalvadas somente aquelas hipóteses em que a
revogação não é cabível. [2]

Portanto, diferentemente da anulação, a revogação de uma licitação somente é


possível em situações específicas e determinadas em Lei. Em termos de licitação, a
anulação e a revogação da licitação, encontram guarida no artigo 49 e no § 2º
do 64 da Lei Federal nº 8.666/93 (Lei de Licitações), bem como nos
artigos 57, 62 e 75 da Lei Federal n.º 13.303/2016 (Lei das Estatais), senão vejamos:
Lei Federal nº 8.666/1993
“Art. 49 - A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente
poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato
superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal
conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros,
mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.
§ 1º A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera
obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta
Lei.

217
§ 2º A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o
disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
§ 3º No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório
e a ampla defesa.
§ 4º O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento de
dispensa e de inexigibilidade de licitação.”

Portanto, em resumo, a decisão de revogar ou anular uma licitação consiste no seu


desfazimento pela autoridade administrativa competente para a aprovação do
procedimento, devendo o ato ser, em ambos os casos, motivado em parecer escrito e
fundamentado na forma do inciso IX, do art. 38 da Lei de Licitações.

Modalidades (Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021).


A Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021, estabelece normas gerais de licitação e
contratação para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Art. 28. São modalidades de licitação:

I - pregão;

II - concorrência;

III - concurso;

IV - leilão;

V - diálogo competitivo.

§ 1º Além das modalidades referidas no caput deste artigo, a Administração pode servir-se dos
procedimentos auxiliares previstos no art. 78 desta Lei.

§ 2º É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou, ainda, a combinação daquelas


referidas no caput deste artigo.

Art. 29. A concorrência e o pregão seguem o rito procedimental comum a que se refere o art. 17
desta Lei, adotando-se o pregão sempre que o objeto possuir padrões de desempenho e qualidade

218
que possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais de mercado.

Art. 30. O concurso observará as regras e condições previstas em edital, que indicará:

I - a qualificação exigida dos participantes;

II - as diretrizes e formas de apresentação do trabalho;

III - as condições de realização e o prêmio ou remuneração a ser concedida ao vencedor.

Art. 31. O leilão poderá ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela autoridade
competente da Administração, e regulamento deverá dispor sobre seus procedimentos operacionais.

Art. 32. A modalidade diálogo competitivo é restrita a contratações em que a Administração:

I - vise a contratar objeto que envolva as seguintes condições:

a) inovação tecnológica ou técnica;

b) impossibilidade de o órgão ou entidade ter sua necessidade satisfeita sem a adaptação de


soluções disponíveis no mercado; e

c) impossibilidade de as especificações técnicas serem definidas com precisão suficiente pela


Administração;

II - verifique a necessidade de definir e identificar os meios e as alternativas que possam


satisfazer suas necessidades, com destaque para os seguintes aspectos:

a) a solução técnica mais adequada;

b) os requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já definida;

c) a estrutura jurídica ou financeira do contrato;

Contratos administrativos
CONCEITO
são ajustes de vontades realizados entre particulares (pessoas físicas ou pessoas
jurídicas) e a administração pública com cláusulas específicas exigidas pela Lei de
Licitações e Contratos Administrativos (Lei 14.133/21), que, por sua vez, também
disciplina sobre os procedimentos licitatórios.

219
Caracteristicas

O contrato administrativo tem as seguintes características: formal, oneroso,


comutativo e intuitu personae. É formal porque deve ser formulado por escrito e nos
termos previstos em lei. Oneroso porque há remuneração relativa contraprestação do
objeto do contrato. Comutativo porque são as partes do contrato compensadas
reciprocamente. Intuitu personae consiste na exigência para execução do objeto pelo
próprio contratado.

Formalização
É nulo o contrato verbal com a Administração Pública.

A Lei federal n. 8.666/93 proíbe, no parágrafo único do art. 60, os contratos verbais, salvo para
pequenas compras a serem pagas prontamente, assim entendidas aquelas de valor não superior a
5% do limite estabelecido no art. 23, II, “a”, feitas em regime de adiantamento (art. 60).
O contrato realizado pela Administração é formal.  A lei obriga que se anexe ao edital de licitação a
minuta do contrato (art. 40, § 2º, III, e § 1º do art. 62), do qual é parte integrante.

Em processo de dispensa ou inexigibilidade de licitação, anteriormente à apresentação da proposta, há


uma consulta da Administração Pública à futura contratada, acompanhada das condições e minuta do
futuro contrato.

O contrato é o resultado da seguinte soma: das disposições do edital + da minuta do


contrato + da proposta da futura contratada.
Para valores que não atinjam o fixado para a modalidade de tomada de preços, esses instrumentos
poderão ser substituídos por outros, tais como:

Carta-contrato: forma simplificada do acordo de vontades;

Nota de empenho de despesa: documento exigido para fins contábeis e financeiros, do qual constam
as condições do acordo (essa nota é obrigatória sempre, ou acompanha o contrato, ou o substitui);

Autorização de compra e ordem de execução de serviço: instrumentos nos quais a administração, no

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primeiro, relaciona os bens comprados e, no segundo, descreve os serviços a serem prestados e
estabelece as condições, anteriormente previstas na licitação que antecedeu a contratação e na
proposta aceita, ou nos documentos em que se fundamenta a autorização de dispensa de licitação
ou, ainda, a declaração de sua inexigibilidade.
Neles, o adjudicatário escreve “de acordo”, data e assina.
O conhecimento do edital completo (além da minuta do contrato, o projeto básico também é um dos
anexos do edital), do contrato celebrado e da legislação é fundamental para o trabalho e gestão do
contrato.
Contrato administrativo é aquele sujeito aos preceitos de direito público.
O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as
normas estabelecidas pela Lei 8.666/1993 (Licitações e Contratos Administrativos), respondendo
cada uma pelas consequências de sua inexecução total ou parcial.
Fiscalização na Execução do Contrato
 A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da
Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas
com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou
defeitos observados.

Responsabilidades do Contratado na Execução do Contrato


O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no
total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções
resultantes da execução ou de materiais empregados.

O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros,


decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa
responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado.

O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais


resultantes da execução do contrato.

A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não
transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o
objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o

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Registro de Imóveis.

   Cumpre Ressaltar que a Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos
encargos previdenciários resultantes da execução do contrato.

O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais,


poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada caso,
pela Administração.

Cumprimento do Contrato - Objeto


Sendo o contrato executado, o seu objeto será recebido:

- em se tratando de obras e serviços: a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento


e fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da
comunicação escrita do contratado; b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela
autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do
prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais,

- em se tratando de compras ou de locação de equipamentos: a) provisoriamente, para efeito de


posterior verificação da conformidade do material com a especificação; b) definitivamente, após a
verificação da qualidade e quantidade do material e consequente aceitação.

Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o recebimento far-se-á mediante termo
circunstanciado e, nos demais, mediante recibo.

O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade civil pela solidez e segurança da
obra ou do serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites
estabelecidos pela lei ou pelo contrato.

Na hipótese de o termo circunstanciado ou a verificação a que se refere este artigo não serem,
respectivamente, lavrado ou procedida dentro dos prazos fixados, reputar-se-ão como realizados,
desde que comunicados à Administração nos 15 (quinze) dias anteriores à exaustão dos mesmos.

Salvo disposições em contrário constantes do edital, do convite ou de ato normativo, os ensaios,


testes e demais provas exigidos por normas técnicas oficiais para a boa execução do objeto do
contrato correm por conta do contratado.

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Prorrogação
Em regra a prorrogação do contrato administrativo deve ser efetuada antes do término do
prazo de vigência, mediante termo aditivo, para que não se opere a extinção do ajuste.
Entretanto, excepcionalmente e para evitar prejuízo ao interesse público, nos contratos de
escopo, diante da inércia do agente em formalizar tempestivamente o devido aditamento, é
possível considerar os períodos de paralisação das obras por iniciativa da Administração
contratante como períodos de suspensão da contagem do prazo de vigência do ajuste.

Extinção

A extinção do contrato administrativo é motivada por fatos ou atos jurídicos. Na


primeira categoria, põem fim à avença com a Administração Pública o cumprimento do
objeto e o exaurimento do prazo. Esses fatos resolvem por completo o contrato, com
direitos exercitados e obrigações satisfeitas, em geral.

DA VIGÊNCIA E DA PRORROGAÇÃO DE CONTRATOS

Conforme a Lei nº 8.666/1993 como também a Instrução Normativa MPOG 05/2017 que disciplinam
os contratos administrativos, orientamos que:
1. A duração dos contratos ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários,
podendo, quando for o caso, ser prorrogada até o limite previsto no ato convocatório, observado o
disposto no art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993.
1.1. O órgão ou entidade poderá estabelecer a vigência por prazo indeterminado nos contratos em
que seja usuária de serviço público essencial de energia elétrica, água e esgoto, serviços postais
monopolizados pela empresa brasileira de correios e telégrafos e ajustes firmados com a imprensa
nacional, desde que no processo da contratação estejam explicitados os motivos que justificam a
adoção do prazo indeterminado e comprovadas, a cada exercício financeiro, a estimativa de
consumo e a existência de previsão de recursos orçamentários.
2. Os contratos por escopo têm vigência por período determinado, podendo excepcionalmente ser
prorrogado pelo prazo necessário à conclusão do objeto, desde que justificadamente e observadas as
hipóteses legais previstas no § 1º do art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993.
3. Nas contratações de serviços continuados, o contratado não tem direito subjetivo à prorrogação
contratual que objetiva a obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração,
podendo ser prorrogados, a cada 12 (doze) meses, até o limite de 60 (sessenta) meses, desde que a
instrução processual contemple:
a) estar formalmente demonstrado que a forma de prestação dos serviços tem natureza continuada;
b) relatório que discorra sobre a execução do contrato, com informações de que os serviços tenham
sido prestados regularmente;

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c) justificativa e motivo, por escrito, de que a Administração mantém interesse na realização do
serviço;
d) comprovação de que o valor do contrato permanece economicamente vantajoso para a
Administração;
e) manifestação expressa da contratada informando o interesse na prorrogação; e
f) comprovação de que o contratado mantém as condições iniciais de habilitação.
4. A comprovação de que trata a alínea “d” do item 3 acima deve ser precedida de análise entre os
preços contratados e aqueles praticados no mercado de modo a concluir que a continuidade da
contratação é mais vantajosa que a realização de uma nova licitação, sem prejuízo de eventual
negociação com a contratada para adequação dos valores àqueles encontrados na pesquisa de
mercado.
5. A prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada pela
autoridade competente do setor de licitações, devendo ser promovida mediante celebração de
termo aditivo, o qual deverá ser submetido à aprovação da consultoria jurídica do órgão ou entidade
contratante.
6. Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade
competente do setor de licitações, o prazo de sessenta meses de que trata o item 3 deste Anexo
poderá ser prorrogado por até doze meses.
7. A vantajosidade econômica para prorrogação dos contratos com mão de obra exclusiva estará
assegurada, sendo dispensada a realização de pesquisa de mercado, nas seguintes hipóteses:
a) quando o contrato contiver previsões de que os reajustes dos itens envolvendo a folha de salários
serão efetuados com base em Acordo, Convenção, Dissídio Coletivo de Trabalho ou em decorrência
de lei;
b) quando o contrato contiver previsões de que os reajustes dos itens envolvendo insumos (exceto
quanto a obrigações decorrentes de Acordo, Convenção, Dissídio Coletivo de Trabalho e de lei) e
materiais serão efetuados com base em índices oficiais, previamente definidos no contrato, que
guardem a maior correlação possível com o segmento econômico em que estejam inseridos tais
insumos ou materiais ou, na falta de qualquer índice setorial, o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA/IBGE); e
c) no caso dos serviços continuados de limpeza, conservação, higienização e de vigilância, os valores
de contratação ao longo do tempo e a cada prorrogação serão iguais ou inferiores aos limites
estabelecidos em ato normativo da Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão.
8. No caso da alínea “c” do item 7 acima se os valores forem superiores aos fixados pela Secretaria de
Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, caberá negociação objetivando a
redução de preços de modo a viabilizar economicamente as prorrogações de contrato.
9. A Administração deverá realizar negociação contratual para a redução e/ou eliminação dos custos
fixos ou variáveis não renováveis que já tenham sido amortizados ou pagos no primeiro ano da

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contratação.

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS - INEXECUÇÃO E RESCISÃO

Inexecução
Contrato administrativo é aquele sujeito aos preceitos de direito público.
A inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua rescisão, com as consequências contratuais e
as previstas em lei ou regulamento.

Rescisão Contratual
Constituem motivo para rescisão do contrato por:
- descumprimento das obrigações contratuais: o não cumprimento de cláusulas contratuais,
especificações, projetos ou prazos;
- irregularidade nas obrigações contratuais: o cumprimento irregular de cláusulas contratuais,
especificações, projetos e prazos;
- demora no cumprimento do contrato: a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a
comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos
estipulados;
- atraso injustificado: o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;
- paralisação das atividades: a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e
prévia comunicação à Administração;
- subcontratação com terceiros não admitidos no edital: a subcontratação total ou parcial do seu
objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem
como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato;
- descumprimento das determinações da autoridade competente: o desatendimento das
determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução,
assim como as de seus superiores;
- faltas na execução do contrato: o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas em
registro próprio pelo representante da administração;

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- falência e insolvência civil: a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;
- dissolução de sociedade: a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado.;
- alteração social: a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que
prejudique a execução do contrato;
- interesse público de alta relevância: razões de interesse público, de alta relevância e amplo
conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que
está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato;
 - supressão: a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras, acarretando
modificação do valor inicial do contrato além do limite permitido nas obras, serviços ou compras, até
25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma
de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos;
- supressão da execução do contrato: a suspensão de sua execução, por ordem escrita da
Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública,
grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o
mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e
contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao
contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações
assumidas até que seja normalizada a situação;

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