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APOSTILA
CONCURSO
APOSTILA -DE
ABAIARA
PORTEIRAS
PREFEITURA 2023
DE IGUATU (88) 9.9993 3366 _ibconcurso
s
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir
INTERAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR).
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se
com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa
interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase
for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial.
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações.
Esse tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que
levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.
EXEMPLO
A INTEGRAÇÃO DO MUNDO
A INTEGRAÇÃO DA HUMANIDADE
"O HOMEM UNIDO ” A UNIÃO DO HOMEM
HOMEM + HOMEM = MUNDO
A MACACADA SE UNIU (SÁTIRA)
Fazem-se necessários:
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática;
OBSERVAÇÃO – na semântica (significado das palavras) incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conotação,
sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros.
d) Capacidade de raciocínio.
ERROS DE INTERPRETAÇÃO
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema
quer pela imaginação.
b) Redução
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o
que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.
c) Contradição
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e,
consequentemente, errando a questão.
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OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de
concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais.
DICAS IMPORTANTES:
2. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto principal.
4. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos duas vezes pois a primeira impressão pode ser falsa.
5. Ler o texto com perspicácia (observando os detalhes), sutileza, malícia nas entrelinhas.
6. Realize uma nova leitura, desta vez sublinhando as palavras desconhecidas do texto.
7. Seja curioso, utilize um dicionário e encontre o significado das palavras que você sublinhou no texto.
13. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa.
14. Quando o autor apenas sugerir uma ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva.
15. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do
texto.
17. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem.
QUESTÕES
Do Casamento
O casamento foi a maneira que a humanidade encontrou de propagar a espécie sem causar falatório na vizinhança. As
tradições matrimoniais se transformaram através dos tempos e variam de cultura para cultura. Em certas sociedades
primitivas o tempo gasto nas preliminares do casamento – corte, namoro, noivado etc. – era abreviado. O macho
escolhia uma fêmea, batia com um tacape na sua cabeça e a arrastava para a sua caverna. Com o passar do tempo este
método foi sendo abandonado, por pressão dos buffets, das lojas de presente e das mulheres, que não admitiam um
período pré-conjugal tão curto. O homem precisava aproximar-se dela, cheirar seus cabelos, grunhir no seu ouvido,
mordiscar a sua orelha e só então, quando ela estivesse distraída, bater com o tacape na sua cabeça e arrastá-la para a
caverna.
(fragmento) VERÍSSIMO, Luís Fernando, Comédias da Vida Privada. Ed. LPm. 1994.
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1. (FGV-2018)O livro de onde foi retirado este fragmento recebeu o nome de Comédias da Vida Privada. O humor deste
fragmento é conseguido basicamente pelo seguinte processo:
2. (FGV-2018) “O casamento foi a maneira que a humanidade encontrou de propagar a espécie sem causar falatório na
vizinhança”.
Em outras palavras, segundo esse fragmento do texto, o casamento desempenha principalmente o papel de
(A) autorizar as relações sexuais. (B) construir as relações entre homem e mulher.
(C) legalizar uma relação social. (D) trazer segurança social. (E) organizar a vida familiar.
No início dos anos 1980, uma equipe da TV BBC britânica veio ao Brasil gravar um documentário sobre as condições de
vida numa favela do Rio de Janeiro. A ideia era mostrar de forma hiper-realista, no melhor estilo “câmera invisível” da
tradição anglo-americana de reportagem, um dia na vida de uma jovem favelada. A intenção era explorar ao máximo as
chagas abertas e a penúria do dia a dia na favela, as condições aviltantes da vida no morro.
Acontece que a eleita para servir de fio condutor do programa personificava a negação viva de toda a carga de sombra e
amargura que o registro clínico de seu cotidiano na favela nos faria esperar dela. A moça, porém, em meio à pobreza,
irradiava uma energia alegre e espontânea, uma satisfação íntima consigo mesma e uma sensualidade exuberante que
jamais se encontrariam numa inglesa de sua idade, não importando a classe social. Embora tivesse razões de sobra para
queixar-se do destino e viver na mais espessa melancolia, ela esbanjava alegria de viver por todos os poros e arrancava
luz das trevas com sua vitalidade interior.
Inesquecível é a cena em que a moça ia buscar água numa bica distante de casa e, para o desconcerto da equipe da BBC,
voltava carregando o balde pesado equilibrado na cabeça e... cantando! A relação assim estabelecida entre o barraco
pobre e objetivo e o alegre palácio interior dá o que pensar. Pelo menos terá feito pensar muito os jornalistas britânicos
que vieram para fazer uma reportagem e fizeram outra.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 160-161)
(A) foi parcialmente alcançado, pois a jovem moradora da favela não deixou de expor o otimismo brasileiro,
reconhecido internacionalmente.
(B) remodelou-se durante a reportagem, já que as atitudes da jovem convenceram a equipe de jornalistas que a
prioridade deveria ser outra.
(C) frustrou-se pelo fato de que o hiper-realismo da reportagem planejada consistia em se ater aos aspectos mais
negativos da vida na favela.
(D) desviou-se do plano original, de vez que as mazelas sociais a serem destacadas eram menores do que as imaginadas
pela equipe de jornalistas.
(E) mostrou-se inócuo, pois a personalidade da moça impedia qualquer visibilidade para os aspectos negativos da rotina
de uma favela.
4. (FCC-2018) Estes dois segmentos expressam comportamentos ou atributos relativos à jovem moradora da favela não
previstos pelos jornalistas britânicos:
A) informar os bandidos a respeito da segurança deles. B) alertar as pessoas de que não há armas em casa.
C) criticar os que defendem a lei do desarmamento. D) proibir os visitantes de usar armas dentro de casa.
GABARITO: 1B, 2A, 3B, 4D, 5B, 6C, 7D, 8A, 9B.
TIPOLOGIAS TEXTUAIS
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Narração: Sua principal característica é contar uma história, real ou não, geralmente situada em um tempo e espaço,
com personagens, foco narrativo, clímax, desfecho, entre outros elementos. Os gêneros que se apropriam da estrutura
narrativa são: contos, crônicas, fábulas, romance, biografias etc.
Dissertação: Tipo de texto opinativo em que ideias são desenvolvidas por meio de estratégias argumentativas. Sua
maior finalidade é conquistar a adesão do leitor aos argumentos apresentados. Os gêneros que se apropriam da
estrutura dissertativa são: ensaio, carta argumentativa, dissertação, editorial etc.
Descrição: Têm por objetivo descrever objetiva ou subjetivamente coisas, pessoas ou situações. Os gêneros que se
apropriam da estrutura descritiva são: laudo, relatório, ata, guia de viagem etc. Também podem ser encontrados em
textos literários por meio da descrição subjetiva.
Injunção: São textos que apresentam a finalidade de instruir e orientar o leitor, utilizando verbos no imperativo, no
infinitivo ou presente do indicativo, sempre indeterminando o sujeito. Os gêneros que se apropriam da estrutura
injuntiva são: manual de instruções, receitas culinárias, bulas, regulamentos, editais, códigos, leis etc.
Exposição: O texto expositivo tem por finalidade apresentar informações sobre um objeto ou fato específico,
enumerando suas características por meio de uma linguagem clara e concisa. Os gêneros que se apropriam da estrutura
expositiva são: reportagem, resumo, fichamento, artigo científico, seminário etc.
GÊNEROS TEXTUAIS
Os gêneros textuais são aqueles que encontramos em nossa vida diária, inclusive em nossos momentos de interação
verbal. Quando nos comunicamos verbalmente, fazemos, intuitivamente, uso de algum gênero textual. Os gêneros
privilegiam a funcionalidade da língua, ou seja, a maneira como os falantes podem dela dispor, e não seus aspectos
estruturais. São inúmeros os gêneros textuais utilizados em nossas ações sociocomunicativas:
Telefonema, Carta comercial, Carta pessoal, Poema, Cardápio de restaurante, Receita culinária, Bula de remédio,
Bilhete, Notícia de jornal, Romance, Edital de concurso, Piada, Carta eletrônica, Formulário de inscrição, Inquérito
policial, História em quadrinhos, Entrevista, Biografia, Monografia, Aviso, Conto, Obra teatral etc.
QUESTÕES
Texto
“O valor da vida é de tal magnitude que, até mesmo nos momentos mais graves, quando tudo parece perdido dadas as
condições mais excepcionais e precárias — como nos conflitos internacionais, na hora em que o direito da força se
instala negando o próprio Direito, e quando tudo é paradoxal e inconcebível —, ainda assim a intuição humana tenta
protegê-lo contra a insânia coletiva, criando regras que impeçam a prática de crueldades inúteis.
Quando a paz passa a ser apenas um instante entre dois tumultos, o homem tenta encontrar nos céus do amanhã uma
aurora de salvação. A ciência, de forma desesperada, convoca os cientistas a se debruçarem sobre as mesas de seus
laboratórios, na procura de meios salvadores da vida. Nas salas de conversação internacionais, mesmo entre intrigas e
astúcias, os líderes do mundo inteiro tentam se reencontrar com a mais irrecusável de suas normas: o respeito pela vida
humana.
Assim, no âmago de todos os valores, está o mais indeclinável de todos eles: a vida humana. Sem ela, não existe a
pessoa humana, não existe a base de sua identidade. Mesmo diante da proletária tragédia de cada homem e de cada
mulher, quase naufragados na luta desesperada pela sobrevivência do dia a dia, ninguém abre mão do seu direito de
viver. Essa consciência é que faz a vida mais que um bem: um valor.
A partir dessa concepção, hoje, mais ainda, a vida passa a ser respeitada e protegida não só como um bem afetivo ou
patrimonial, mas pelo valor ético de que ela se reveste. Não se constitui apenas de um meio de continuidade biológica,
mas de uma qualidade e de uma dignidade que faz com que cada um realize seu destino de criatura humana”.
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Internet: <http://www.dhnet.org.br>. Acesso em ago./2004 (com adaptações).
(1) O texto estrutura-se de forma argumentativa em torno de uma ideia fundamental e constante: a vida humana como
um bem indeclinável.
(2) O primeiro parágrafo discorre acerca da valorização da existência e da necessidade de proteção da vida contra a
insânia coletiva, por intermédio de normas de convivência que impeçam a prática de crueldades inúteis, principalmente
em épocas de graves conflitos internacionais, quando o direito da força contrapõe-se à força do Direito e quando a
situação se apresenta paradoxal e inconcebível.
(3) No segundo parágrafo, estão presentes as ideias de que a paz é ilusória, não passando de um instante apenas de
trégua entre dois tumultos, e de que, para mantê-la, os cientistas se desdobram à procura de fórmulas salvadoras da
humanidade e os líderes mundiais se encontram para preservar o respeito recíproco.
(4) No penúltimo parágrafo, encontra-se uma redundância: a afirmação de que o soberano dos valores é a vida humana,
sem a qual não existe a pessoa humana, sequer a sua identidade.
(5) O comprometimento ético para com a humanidade é defendido no último parágrafo do texto, que discorre acerca da
vida não só como um meio de continuidade biológica, mas como a responsável pelo destino da criatura humana.
( ) O mundo moderno caminha atualmente para sua própria destruição, pois tem havido inúmeros conflitos
internacionais, o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico e, além do mais, permanece o
perigo de uma catástrofe nuclear.
( ) Qualquer pessoa que o visse, quer pessoalmente ou através de meios de comunicação, era levada a sentir que
dele emanava uma serenidade e autoconfiança próprias daqueles que vivem com sabedoria e dignidade.
( ) De baixa estatura, magro, calvo, tinha a idade de um pai que cada pessoa gostaria de ter e de quem a nação
tanto precisava naquele momento de desamparo.
( ) Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar na possibilidade de estarmos a caminho do
nosso próprio extermínio. É desejo de todos nós que algo possa ser feito no sentido de conter essas diversas forças
destrutivas, para podermos sobreviver às adversidades e construir um mundo que, por ser pacífico será mais facilmente
habitado pelas gerações vindouras.
( ) O homem, dono da barraca de tomates, tentava, em vão, acalmar a nervosa senhora. Não sei por que
brigavam, mas sei o que vi: a mulher imensamente gorda, monstruosa, erguia os enormes braços e, com os punhos
cerrados, gritava contra o feirante. Comecei a me assustar, com medo de que ela destruísse a barraca - e talvez o
próprio homem - devido à sua fúria incontrolável. Ela ia gritando e se empolgando com sua raiva crescente e ficando
cada vez mais vermelha, assim como os tomates, ou até mais.
7- (... ) em volta das bicas era um zumzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns após
outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão
inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar. Via-se-lhes a tostada nudez
dos braços e do pescoço que elas despiam suspendendo o cabelo todo para o alto do casaco; os homens, esses não se
preocupavam em mostrar o pêlo, ao contrário, metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as
ventas e as barbas. fossando e fungando contra as palmas das mãos. As portas das latrinas não descansavam, era um
abrir e fechar de cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando
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as calças ou saias: as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo, no capinzal dos fundos, por
detrás da estalagem ou no recanto das hortas. (Aluísio Azevedo. O Cortiço)
a) narrativo, pois ocorre entre seus enunciados uma progressão temporal de modo que um pode ser considerado
anterior ao outro;
c) descritivo, pois não ocorre entre os enunciados uma progressão temporal: um enunciado não pode ser considerado
anterior ao outro;
Saí, afastando-me dos grupos e fingindo ler os epitáfios. E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada,
uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos de sombra
que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que sabem os seus mortos na vala comum; parece-lhes que a
podridão anônima os alcança a eles mesmos. (Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas)
Do ponto de vista da composição, é correto afirmar que o capítulo "Filosofia dos Epitáfios"
a) é predominantemente dissertativo, servindo os dados do enredo do ambiente como fundo para a digressão;
b) é predominantemente descritivo, com a suspensão do curso da história dando lugar à construção do cenário;
c) equilibra em harmonia narração e descrição, à medida que faz avançar a história e cria o cenário de sua ambientação;
d) é predominantemente narrativo, visto que o narrador evoca os acontecimentos que marcaram sua saída.
(Eliana Yunes)
(1) Pense num bairro de periferia, numa rua ainda de barro, numa pré-escola de terra batida, sob um teto de amianto
que já foi abrigo de aves, mas imagine uma vizinhança de gente simpática, prestimosa, desejosa de novos horizontes na
vida e você localiza em Rio Branco, no bairro Chico Mendes, uma rua Gregório Filho, cruzamento com a rua do Angico,
onde foi inaugurada a segunda Casa de Leitura da Capital.
(2) A Casa de Leitura Chico Mendes, cuidada como se fosse uma casa de encantamentos, tem cerca, canteiros verdes,
goiabeiras e cupuaçuzeiro; a partir de hoje tem dez novas seringueiras que em quinze anos vão estar chovendo
sementes no quintal, como hoje, ao do Theatro Helio Melo. Uma varanda aberta, acolhedora, envolve a casinha de
madeira reformada, com cortinas de chita nas janelas e cadeira de vime ao lado das redes de balanço coloridas. Pepetas
no beiral anunciam para a criançada que ali mora a liberdade de voar... com o pensamento!
(3) No único salãozinho de leitura, uma roda central em tronco grosso de madeira pende como um candelabro, baixo,
ao alcance das mãos e lhos ávidos, curiosos, remexendo o acervo dos livros expostos... Nos cantos, troncos naturais
polidos e cortados sustentam outras coleções como mesas de apoio, enquanto os muito pequenos, sentados lado a lado
em esteiras de palha de bananeira, rolam as páginas coloridas.
(4) Na pirâmide de caixotes em que se guardam os livros, culmina uma miniatura da casa de Chico Mendes em Xapuri.
Do outro lado sua foto, sorridente, vivo, dialoga com suas imagens do primeiro Prêmio Chico Mendes de Cultura. Uma
sala com internet convida os jovens a outras leituras, com CDs, música e plástica.
(5) Foi comovente acompanhar o hasteamento das bandeiras, por um senador da República, Tião Viana, pela presidente
do Comitê Chico Mendes e pela diretora da Associação de Moradores, sob as vozes e batuque das crianças do Som da
Floresta. O mate gelado corria sem pressa, e os vizinhos, convidados e imprensa se misturavam para ouvir histórias,
receber a benção e acompanhar os brevíssimos discursos. Antes de começar a festa, os vizinhos já tinham tomado conta 8
da Casa, na alegria deste sinal de vida nova...
(6) Esse exemplo de união pela cidadania deveria mover muitas vezes o poder público, o empresariado, os artistas e a
comunidade para semear Casas de Leitura pelo Acre como seringueiras e castanheiras.
09. Assinale a alternativa que relacione corretamente os parágrafos à natureza textual predominante.
A) dissertativo/dissertativo/dissertativo/narrativo/descritivo;
B) descritivo/descritivo/descritivo/narrativo/dissertativo;
C) narrativo/dissertativo/descritivo/descritivo/narrativo;
D) descritivo/narrativo/narrativo/descritivo/dissertativo;
E) dissertativo/descritivo/narrativo/dissertativo/descritivo.
SITUAÇÃO COMUNICATIVA
Chamamos de situação de comunicação todo tipo de processo comunicativo, ou seja, qualquer contexto no qual exista a
transmissão de informações de um emissor para um receptor. Também chamado de situação comunicativa, esse
processo envolve o contexto imediato do discurso e a forma como ele está sendo empregado.
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
A comunicação está associada à linguagem e interação, de forma que representa a transmissão de mensagens entre um
emissor e um receptor.
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Derivada do latim, o termo comunicação (“communicare”) significa “partilhar, participar de algo, tornar comum”, sendo,
portanto, um elemento essencial da interação social humana.
Emissor: chamado também de locutor ou falante, o emissor é aquele que emite a mensagem para um ou mais
receptores, por exemplo, uma pessoa, um grupo de indivíduos, uma empresa, dentre outros.
Receptor: denominado de interlocutor ou ouvinte, o receptor é quem recebe a mensagem emitida pelo emissor.
Mensagem: é o objeto utilizado na comunicação, de forma que representa o conteúdo, o conjunto de informações
transmitidas pelo locutor, por isso.
Canal de Comunicação: corresponde ao local (meio) onde a mensagem será transmitida, por exemplo, jornal, livro,
revista, televisão, telefone, dentre outros.
Contexto: Também chamado de referente, trata-se da situação comunicativa em que estão inseridos o emissor e
receptor.
Inferência textual está relacionada à compreensão da leitura. Significa interpretar os elementos que estão explícitos e
implícitos no texto, analisando em conjunto tudo que foi escrito e compreendendo a ideia central do texto. A inferência
textual pode requerer algum conhecimento prévio sobre o tema da leitura.
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São informações implícitas num texto, não expressas formalmente, apenas sugeridas por marcas linguísticas ou pelo
contexto. Cabe ao leitor, numa leitura proficiente, ir além da informação que se encontra explícita, identificando e
compreendendo as informações implícitas, ou seja, lendo nas entrelinhas.
Os pressupostos são de mais fácil identificação, estando sugeridos no texto. Os subentendidos são deduzidos pelo leitor,
sendo da sua responsabilidade.
Exemplos:
- Heloísa está cansada de ser professora.
Pressuposto: Heloísa é professora.
Subentendido: Talvez porque o salário é baixo ou há muita indisciplina.
Pressupostos: são informações implícitas adicionais, facilmente compreendidas devido a palavras ou expressões
presentes na frase que permitem ao leitor compreender essa informação implícita. O enunciado depende dessa
pressuposição para que faça sentido. Assim, o pressuposto é verdadeiro e irrefutável.
Exemplos de pressupostos:
- Decidi deixar de comer carne.
Pressuposto: A pessoa comia carne antes.
- Finalmente acabei minha monografia.
Pressuposto: Demorou algum tempo para terminar a monografia.
Verbos que indicam fim, continuidade, mudança e implicações: começar, continuar, parar, deixar, acabar, conseguir,...
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Locuções que indicam circunstâncias: depois que, antes que, desde que, visto que,...
Subentendidos: são insinuações, informações escondidas, dependentes da interpretação do leitor. Não possuem marca
linguística, sendo deduzidos através do contexto comunicacional e do conhecimento que os destinatários têm do
mundo. Podem ser ou não verdadeiros e podem ser facilmente negados, visto serem unicamente da responsabilidade
de quem interpreta a frase.
Exemplos de subentendidos:
- Quando sair de casa, não se esqueça de levar um casaco.
Subentendido: Está frio lá fora.
AMBIGUIDADE
Ambiguidade é considerada um vício de linguagem. É também chamada de Anfibologia. Ocorre quando há a duplicidade
de sentido em palavras ou expressões do texto.
Muitas vezes, certas orações não são constituídas com clareza. Acontece isto quando alguns termos apresentam
entendimento ambíguo ou duvidoso. Isso pode acontecer quando são usadas palavras ou expressões que não 10
possibilitam uma interpretação precisa. Neste caso há um entendimento duvidoso da sentença e a Ambiguidade se
estabelece.
Apesar de ser uma alternativa linguística admissível dentro do contexto poético e também na linguagem literária, seu
uso não é recomendado em casos de escrita mais objetiva, em textos informativos e em redação de cunho técnico.
(A oração deixa um entendimento duvidoso, pois não se sabe ao certo quem chegou. A mãe da menina ou a mãe da
colega).
(Quem foi perseguido? o porco que é um animal ou o tio que está sendo chamado de porco?)
Orações como estas são casos de Ambiguidade, que deixam muitas dúvidas no entendimento.
INTERTEXTUALIDADE
Diálogo entre dois ou mais textos, que não precisam ser necessariamente de um mesmo gênero, a intertextualidade é
um fenômeno que pode manifestar-se de diferentes maneiras.
Você sabia que os textos podem conversar entre si? Sim, isso é possível, e a esse fenômeno damos o nome de
intertextualidade. Essa ocorrência pode ser implícita ou explícita, feita por meio de paródia ou por meio da paráfrase. O
que esses variados tipos têm em comum? Todos eles resgatam referências nos chamados textos-fonte, que são aqueles
textos considerados fundamentais em uma cultura.
A intertextualidade pode ser classificada conforme sua relação com o texto fonte, isto é, se aparece de forma direta
(explícita) ou indireta (implícita). Veja mais detalhes:
Implícita: não é facilmente identificada pelos leitores, exigindo recorrer a conhecimentos prévios para compreender o
conteúdo. Por isso, não estabelece relação direta com o texto fonte nem elementos que o identifiquem.
Explícita: os leitores identificam a intertextualidade de forma rápida por elementos e relação direta estabelecida com o
texto fonte. Não exige que haja dedução ou algum conhecimento prévio para compreensão.
A intertextualidade pode ser expressa sob diferentes formas, como vimos anteriormente. Os tipos mais comuns são:
Alusão: recurso que faz referência a elementos presentes em outros textos de forma indireta, ou seja, por meio de
características simbólicas. Exemplo: O mais bonito de todos era sem dúvida Narciso – meu filho e não o outro. (Alusão a
Narciso, herói grego famoso por sua beleza e orgulho)
Citação: quando um autor acrescenta partes de outras obras na sua produção textual ocasionando uma 11
intertextualidade direta. Por vezes, ocorre a transcrição das palavras do texto fonte e, por isso, dá credibilidade à nova
construção. Normalmente, a citação é inserida em itálico e entre aspas, além de citar o nome do autor original a fim de
evitar plágio. Exemplo: Analisando a rotação do osso sobre a base, pode-se, segundo “Kapan (2001), descobrir até que
ponto haverá o desenvolvimento do paciente”.
Epígrafe: acréscimo de parágrafo ou frase que se relacione com o texto que está sendo escrito. O recurso é bastante
utilizado em trabalhos científicos e obras, sendo colocada em seu início. Exemplo: “O mais corajoso dos atos ainda é
pensar com a própria cabeça.” (Coco Chanel)
Paráfrase: do grego paraphrasis, que significa “repetição de uma sentença”, a paráfrase é a recriação de um texto que já
existe mantendo a mesma ideia, porém utilizando outras palavras. O objetivo é reafirmar as ideias do texto fonte,
porém com estrutura e estilo próprios. Exemplo:
Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(…)
(Gonçalves Dias, Primeiros cantos, 1846.)
Paródia: muito presente em programas humorísticos, a paródia consiste na subversão de um texto original, porém sob
forma crítica ou satírica. O objetivo é a ironia, crítica e reflexão. Exemplo:
Quem tem boca vai a Roma. (ditado popular)
Quem tem carro vai a Roma. (paródia)
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Sabemos que a linguagem é uma das formas de apreensão e de comunicação das coisas do mundo. O ser humano, ao
viver em conjunto, utiliza vários códigos para representar o que pensa, o que sente, o que quer, o que faz.
A multiplicidade da linguagem pode ser sintetizada em seis funções ou finalidades básicas. Veja a seguir:
Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos indicadores da função emotiva num
texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação.
É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o que
dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto,
surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. Embora seja própria da obra literária, a função poética
não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de
valor metafórico e na publicidade.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres e surge pela necessidade do convívio social. Pode ser
utilizada de diversas formas, que chamamos de variações.
A variedade padrão ou norma culta – caracteriza-se pela observância às regras da gramática normativa.
A variedade não padrão ou coloquial – caracteriza-se pela não observância às regras da gramática normativa, pelo
vocabulário mais “comum”.
Podem ser:
Variações diafásicas: Trata-se das variações que ocorrem em função do contexto comunicativo. A ocasião determina
como falaremos com o nosso interlocutor, podendo ser formal ou informal.
Variações diastráticas: Variações que ocorrer devido à convivência entre os grupos sociais. Como exemplos temos as
gírias, os jargões e o linguajar caipira. Trata-se de uma variante social pertencente a um grupo específico de pessoas.
Variações históricas: A língua não é fixa e imutável, mas sim dinâmica e sofre transformações ao longo do tempo. A
palavra “você”, por exemplo, tem origem na expressão de tratamento “vossa mercê” e que se transformou
sucessivamente em “vossemecê”, “vosmecê”, “vancê” até chegar no abreviado “vc”.
Variações diatópicas: São as variações que ocorrem pelas diferenças regionais. As variações regionais são denominadas
dialetos e fazem referência a diferentes regiões geográficas, de acordo com a cultura local.
O interlocutor: (emissor e receptor) são parceiros na comunicação, por isso, esse é um dos fatores determinantes para a
adequação linguística (conhecer o seu interlocutor);
Ambiente: A linguagem também é definida a partir do ambiente, por isso, é importante prestar atenção para não
cometer inadequações; 13
Assunto: É preciso adequar a linguagem ao que será dito, logo, não se convida para um chá de bebê da mesma maneira
que se convida para uma missa de 7º dia. Da mesma forma que não haverá igualdade entre um comentário de um
falecimento e de um time de futebol que foi rebaixado.
Relação falante-ouvinte: A presença ou ausência de intimidade entre os interlocutores é outro fator utilizado para a
adequação linguística.
Intencionalidade (efeito pretendido): Nenhum texto (oral ou escrito) é despretensioso, ou seja, sem objetivo, todos são
carregados de intenções. Assim, as declarações de amor são feitas diferentes de uma solicitação de emprego.
QUESTÕES
(FIORIN, José Luiz. “Os Aldrovandos Cantagalos e o preconceito linguístico”. In O direito à fala. A questão do preconceito
linguístico. Florianópolis. Editora Insular, pp. 27, 28, 2002.)
a) As variações linguísticas são próprias da língua e estão alicerçadas nas diversas intenções comunicacionais.
c) O aprendizado da língua portuguesa não deve estar restrito ao ensino das regras.
d) As variedades linguísticas trazem prejuízos à norma-padrão da língua, por isso devem ser evitadas.
3. Assinale a alternativa que apresenta ideia incompatível com o que se defende no texto do professor José Luiz Fiorin.
a) Todo o falante nativo de uma determinada língua tem competência linguística, portanto a norma padrão seria uma
dentre as variedades da língua.
b) Visto que qualquer língua é essencialmente heterogênea, cabe à escola enfatizar o conhecimento das regras, a fim de
que os falantes desenvolvam a competência discursiva.
c) A língua sofre a influência do contexto em que o falante está inserido, dessa forma ensino da língua não
preconceituoso pressupõe reconhecer o fato de que as diferentes formas de falar constituem variedades linguísticas
que não devem ser desprezadas.
d) A competência discursiva do aluno não pode ser medida pela variedade linguística por ele empregada.
e) O falante “poliglota” revela sua competência linguística uma vez que é capaz de distinguir diferentes variações em
sua própria língua.
4. No trecho “quando alguém começa a falar, sabemos se é de São Paulo, gaúcho, carioca ou português”). O autor faz
referência a um tipo de variação linguística que se encontra na alternativa:
Considere o texto abaixo: “Os linguistas sabem que não vale tudo, porque a língua, em todas as suas variantes,
obedece a um conjunto de regras. Sabem, no entanto que esse conjunto de regras pode ser distinto de uma
variante para a outra. Em segundo lugar, é preciso considerar que há formas linguísticas que podem ser usadas em
determinadas situações de comunicação e não em outras e que há regras que são observadas por todos os
falantes uma dada língua e outras que não são gerais. (...) Usar uma variante inadequada cria uma imagem
inadequada do falante. “ (FIORIN, José Luiz. “Os Aldrovandos Cantagalos e o preconceito linguístico.” In O
direito à fala.
5. Com base no texto, levando em consideração a situação de interlocução, assinale a alternativa que apresenta
inadequação quanto ao aspecto linguístico. 15
a) Por gentileza, senhor, dirija-se a segunda sala. ( a secretária de uma empresa para um cliente)
b) A gente é também responsável pelo fracasso do aluno, se os governantes não faz o que eles merece, nós temos a
obrigação de fazer. ( um professor em uma reunião de pais e mestres.)
c) _Lê, a comida está na geladeira, não deixa nada sujo garoto. _tá bom, já ouvi.( diálogo entre irmãos)
6. Indique a opção abaixo que apresenta somente exemplo de linguagem não verbal.
7. “Tamos aí! Na crista da onda, depois de anos de trabalho duro. Tamos aí: u m coral prá frente e sério paca.
É o fino em matéria de música, da popular e da erudita.”
Dentre as opções abaixo, qual atende a reescrita adequada do texto acima, de acordo com a linguagem formal?
b) Em matéria de música, da popular e da erudita, ninguém deu duro como nosso coral.
e) Estamos apresentando um coral moderno, sério e excelente em matéria d e música popular e erudita.
Entender os processos de variações linguísticas é muito importante para nós, que moramos em um país de tanta
diversidade cultural.
a) Aqui ela ali é uma perua e tanto. b) Aquela senhora está sempre muito enfeitada.
10. Dois homens discutiam sobre interesse próprio. O bate-boca descambou para maior
Considerando que interlocutores são cúmplices do mesmo código, diante dessas falas, você deverá marcar a
16
opção adequada:
c. O receptor não deve ter entendido o que seu interlocutor desejou comunicar;
e. Devemos evitar discussão quando não pudermos usar bem a norma culta da língua.
Evocação do Recife
(...)
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada
(...)
(BANDEIRA, Manuel. Libertinagem & Estrela da manhã. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005, p. 22 -25.)
O poeta, no fragmento acima, estabelece uma contraposição d e variedades do português. É correto afirmar que :
a) O autor critica a variedade linguística usada pelo povo por achá-la é in correta já que usa a expressão
"língua errada do povo".
c) Manuel Bandeira focaliza o aspecto de oralidade na comunicação, tão característico da literatura popular.
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
O telefone é o canal de comunicação por meio do qual a mensagem emitida pelo atendente é transmitida durante o
atendimento telefônico.
Certo ( ) Errado ( )
13. Comunicação só poderá existir quando duas ou mais pessoas estiverem interagindo em torno de uma mensagem,
seja ela escrita ou oral por canais, como rádio, telefone, carta, etc. Para que haja comunicação, é necessária a interação
de vários elementos. Sobre os elementos da comunicação, assinale a alternativa que corresponde ao veículo que
permite a transmissão da mensagem.
16 . Um guarda de trânsito percebe que o motorista de um carro está em alta velocidade. Faz um gesto pedindo para
ele parar. Neste trecho o gesto que o guarda faz para o motorista parar, podemos dizer que é:
a) o código que ele utiliza b) o canal que ele utiliza c) quem recebe a mensagem
17. A mãe de Felipe sacode-o levemente e o chama: “Felipe está na hora de acordar”.
Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; não a prosa de um ficcionista, na qual este
é levado meio a tapas pelas personagens e situações que, azar dele, criou porque quis. Com um prosador do cotidiano, a
coisa fia mais fino. Senta-se ele diante de sua máquina, olha através da janela e busca fundo em sua imaginação um fato
qualquer, de preferência colhido no noticiário matutino, ou da véspera, em que, com as suas artimanhas peculiares,
possa injetar um sangue novo. Se nada houver, resta-lhe o recurso de olhar em torno e esperar que, através de um
processo associativo, surja-lhe de repente a crônica, provinda dos fatos e feitos de sua vida emocionalmente
despertados pela concentração. Ou então, em última instância, recorrer ao assunto da falta de assunto, já bastante
gasto, mas do qual, no ato de escrever, pode surgir o inesperado.
MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. São Paulo: Cia. das Letras, 1991
a) nas diferenças entre o cronista e o ficcionista. b) nos elementos que servem de inspiração ao cronista.
20.Quando a intenção do emissor está voltada para a própria mensagem, quer na seleção e combinação das palavras,
quer na estrutura da mensagem, com as mensagens carregadas de significados, temos a função de
linguagem denominada 18
A) fática. B) poética. C) emotiva. D) referencial. E) metalinguística.
21. No texto: “Com formato de guarda-chuva aberto, a Chrysaora hypocella pertence à classe dos cifozoários, animais
celentrados, da classe Scyphozoa, aeróspedos, caracterizados por terem medusas grandes, em forma de campânula,
marginadas por tentáculos.”, a função de linguagem predominante é
PROPRIEDADE LEXICAL
Tendo isso em vista, podemos perceber que, por mais próximos que sejam, há diferenças quando o assunto é campo
semântico e campo lexical.
Campo Lexical
O campo lexical de uma língua é formado pelas palavras pertencentes a uma mesma área de conhecimento e por
palavras formadas por composição (processo que forma palavras a partir da junção de dois ou mais radicais) e derivação
(processo que forma uma nova palavra a partir de outra que já existe, chamada primitiva). Exemplo:
Campo lexical de trabalho: trabalhar, trabalhador, trabalhista, funcionário, patrão, salário, sindicato, profissão, função,
carteira de trabalho, profissional, equipe, operário etc.
Campo Semântico
Já o campo semântico trabalha com os sentidos que uma única palavra apresenta quando inserida em contextos
diversos. Ele é, portanto, o conjunto dos diversos sentidos que uma única palavra pode apresentar.
Um mesmo termo, dependendo de como e quando ele for empregado e de que palavras estiverem relacionadas a ele,
pode ter variados significados. Exemplos:
Campo semântico de partir: sair, ir embora, dar o fora, sumir, morrer, quebrar, espatifar etc.
Campo semântico de morrer: falecer, apagar, bater as botas, passar para um plano superior, apagar, foi para o céu etc.
Campo semântico de brincadeira: divertimento, distração, piada, gozação, palhaçada, zoação etc.
Campo semântico de fabricar: construir, montar, criar, projetar, edificar, confeccionar, fazer, elaborar etc.
Exemplos:
19
casa - lar - moradia - residência
longe - distante
delicioso - saboroso
carro - automóvel
Observe que o sentido dessas palavras são próximos, mas não são exatamente equivalentes. Dificilmente
encontraremos um sinônimo perfeito, uma palavra que signifique exatamente a mesma coisa que outra.
Há uma pequena diferença de significado entre palavras sinônimas. Veja que, embora casa e lar sejam sinônimos, ficaria
estranho se falássemos a seguinte frase:
Obs.: o uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade nos processos de retomada de elementos que inter-
relacionam as partes dos textos.
Exemplos:
mal / bem
ausência / presença
fraco / forte
claro / escuro
Polissemia: é a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar mais de um significado nos múltiplos contextos
em que aparece. Veja alguns exemplos de palavras polissêmicas:
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Homônimos: São palavras que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas significados
diferentes. Veja alguns exemplos no quadro abaixo:
Por Exemplo: 20
Eu cedo este lugar para a professora. (cedo = verbo)
Atenção:
Existem algumas palavras que possuem a mesma escrita (grafia), mas a pronúncia e o significado são sempre
diferentes. Essas palavras são chamadas de homógrafas e são uma subclasse dos homônimos. Observe os exemplos:
almoço (forma do verbo almoçar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo)
gosto (substantivo)
gosto (forma do verbo gostar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo)
Parônimos: É a relação que se estabelece entre palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas
na pronúncia e na escrita. Veja alguns exemplos:
peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos) pião (tipo de brinquedo)
QUESTÕES
1. (AOCP – 2016) Em “As conversas nem sempre são frutíferas, as trocas muitas vezes são frustrantes.”, os termos em
destaque poderiam ser substituídos, no texto e sem que houvesse prejuízos para o sentido expresso, respectivamente,
por
2. No trecho “É difícil deixar para trás o sentimento de abandono e suas volúpias.”, o termo destacado significa
3. (AOCP – 2015) Assinale a alternativa que apresenta um sinônimo para a palavra destacada em: “A Pesquisa Nacional
de Saúde coletou informações [...]”.
5. Trate de arrumar o aparelho que você quebrou e costurar a roupa que você rasgou, do contrário não saíra de casa
nesse final de semana. As palavras destacadas podem ser substituídas por:
6. Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. A ___________da greve era
________, mas o líder dos trabalhadores iria __________ mais uma vez.
8. Em “o prefeito deferiu o requerimento do contribuinte”, o termo grifado poderia perfeitamente ser substituído por:
Escolha a alternativa que oferece a sequência correta de vocábulos para as lacunas existentes:
e) conserto – há – a – sessões – a .
10. Indique a alternativa que contém a sequência necessária para completar as lacunas abaixo:
“A ______ de uma guerra nuclear provoca uma grande _______ na humanidade e a deixa _______com relação ao
futuro da vida na terra.”
GABARITO: 1 D -2 C - 3 C - 4 A - 5 B - 6 C - 7 D - 8 C - 9 D -10 C
FONÉTICA E FONOLOGIA
Fonologia é o ramo da Linguística que estuda o sistema sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira como os fones
(sons) se organizam dentro de uma língua, classifica-os em unidades capazes de distinguir significados, chamadas
fonemas. As particularidades na pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.
Os fonemas são as unidades sonoras que compõem o discurso ou a fala e são representados entre barras oblíquas.
As letras, por sua vez, são os sinais gráficos que tornam possível a escrita. Juntas de forma ordenada, as letras
constituem o alfabeto.
Exemplos:
coçar = 5 letras
máximo = 6 letras
Vogais: São sons que são emitidos sem obstáculos, quer somente pela boca (a, e, i , o, u), quer pela boca e pelas fossas
nasais (ã, ẽ, ĩ, õ, ũ).
Consoantes: encontram obstáculos na sua passagem pela boca, por isso, precisam sempre do acompanhamento das
vogais.
Semivogais: As semivogais são os fonemas /i/ e /u/ que aparecem juntos com uma vogal formando uma sílaba. É
importante dizer que enquanto as vogais são essenciais na formação de sílabas, as semivogais não.
Encontros vocálicos são encontros de vogais ou semivogais, sem consoantes intermediárias, na mesma ou em outra
sílaba. Assim, em português, há três tipos: ditongo, tritongo e hiato.
23
Ditongo: (SV + V ou V + SV) é o encontro de vogal + semivogal ou de semivogal + vogal que ocorre na mesma sílaba.
De acordo com a localização da vogal e da semivogal, os ditongos podem ser: Crescentes e Decrescentes.
Nasais: Quando são produzidos pela boca, mas também pelo nariz.
Tritongo: (SV + V + SV) é o encontro de semivogal + vogal + semivogal que ocorre na mesma sílaba.
Encontros Consonantais Perfeitos: É o encontro de consoantes que ocorre na mesma sílaba. Em virtude da sua
frequência, têm destaque os encontros com as consoantes l ou r.
Menos comuns, os encontros consonantais gn, mn, pn, ps, pt, tm não se separam no início das palavras:
Nem sempre os encontros com l ou r são perfeitos, pois há situações em que eles se separam.
Encontros Consonantais Mistos: Há palavras nas quais ocorrem encontros consonantais perfeitos e imperfeitos.
Dígrafo é o encontro de duas letras que representam um único fonema. Também chamado de digrama, há dois tipos de
dígrafos: dígrafo consonantal e dígrafo vocálico.
Dígrafo Consonantal: Encontro de duas letras que representam um fonema consonantal. Os principais são: ch, lh, nh, rr,
ss, sc, sç, xc, gu e qu.
Exemplos: chave, chefe, olho, ilha, unha, dinheiro, arranhar, arrumação, ossos, assadeira, descer, crescer, desço, cresça,
exceder, excelência, gueixa, guirlanda, queijo, quilômetro etc. 24
Dígrafo Vocálico: Encontro de uma vogal seguida das letras m ou n, que resulta num fonema vocálico. Eles são: am, an;
em, en; im, in; om, on e um, un.
QUESTÕES
1. (AOCP - 2010 ) Todas as alternativas abaixo apresentam palavras que possuem 5 letras e 5 fonemas, EXCETO
a) oito, nove e doze fonemas b) oito, oito e onze fonemas; c) oito, sete e treze fonemas;
a) nove, sete e cinco fonemas; b) nove, sete e seis fonemas; c) oito, seis e cinco fonemas;
4. (CEPERJ- 2012) Alguns vocábulos sofrem alteração de timbre da vogal tônica ao serem flexionados, como ocorre em
olho olhos.
GABARITO: 1 B - 2 E - 3 A - 4 E - 5 A
QUESTÕES
1. Em relação à fonologia, numerar a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que apresenta a
sequência CORRETA:
(1) Encontro vocálico: ditongo decrescente. (2) Encontro vocálico: ditongo crescente.
a) 4 - 4 - 2 - 4 - 3. b) 3 - 4 - 2 - 4 - 1. c) 1 - 3 - 1 - 4 - 1. d) 3 - 4 - 2 - 3 - 2. e) 3 - 4 - 1 - 3 - 1.
a) O ruído dos dois ratos assusta os rapazes. b) O quarto voo foi cancelado.
c) O criar um blog juiz disse que o café estava amargo. d) Nada é gratuito, somente a água que bebemos.
8. (AOCP-2016) Na palavra “charme”, presente no texto, há um Dígrafo. Em qual das palavras a seguir encontramos o
mesmo recurso?
GABARITO: 1 E - 2 D - 3 C - 4 A - 5 C - 6 C - 7 D - 8 C
ORTOGRAFIA
É o conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa para a grafia correta das palavras e o uso de acentos, da
crase e dos sinais de pontuação.
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Uso do h
Exceção: A palavra Bahia quando se refere ao estado é uma exceção. O acidente geográfico baía é grafado sem h.
Uso do x/ch
Exceção: O verbo encher escreve-se com ch. O mesmo acontece com as palavras que dele derivem: enchente,
encharcar, enchido.
Uso do s/z
Nos sufixo -ês, -esa, - isa que indicam origem, título ou profissão: marquês, francesa, poetisa.
Nos sufixos -ez/-eza que formam substantivos a partir de adjetivos: magro - magreza, belo - beleza, grande - grandeza
Uso do g/j
Nas palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: presságio, régio, litígio, relógio, refúgio
Observações:
A conjugação do verbo viajar no Presente do Subjuntivo escreve-se com j: (Que ) eles/elas viajem.
Nos verbos que, no infinitivo, contenham g antes de e ou i, o g é substituído para j antes do a ou do o de forma que seja
mantido o mesmo som. Assim: afligir - aflija, aflijo; eleger - elejam, elejo; agir - ajam, ajo.
Abaixo / A baixo
Olhou-me de cima a baixo com olhar de desaprovação. (relação com a expressão "de cima" ou "de alto")
Onde / Aonde
Mas / Mais
Há / a
Há – É usado para indicar tempo já transcorrido. Ex.: Estou desempregado há dois meses.
A – É usado para indicar distância ou tempo futuro. Ex.: Daqui a dois meses estarei empregado.
1. Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por
qual razão” ou “por qual motivo”:
Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)
Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)
2. Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as
flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.
Por quê
Quando vier antes de um ponto (final, interrogativo, exclamação), o por quê deverá vir acentuado e continuará com o
significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.
Porque
É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”.
Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)
Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)
Porquê
É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo)
Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)
MAU / MAL
É usado principalmente para indicar algo de má qualidade ou alguém que faz maldades, sendo sinônimo de ruim e
malvado. Apresenta ainda outros significados, sendo também sinônimo de nocivo, indelicado, incapaz, incorreto,
endiabrado, difícil, indecente, entre outros.
O advérbio mal é usado principalmente para indicar algo feito de forma errada e incorreta, sendo sinônimo de
erradamente, incorretamente, insatisfatoriamente, negativamente, indevidamente, entre outros. Mal também é
substantivo, podendo significar doença, moléstia, angústia, desgosto, maldade, tudo aquilo que é prejudicial ou nocivo.
Mal pode ser ainda uma conjunção temporal, sinônima de assim que.
28
Exemplo com mal:
Hífen é usado em substantivos compostos, em palavras formadas por derivação prefixal, em locuções, na colocação
pronominal, na divisão silábica, na translineação e em encadeamentos vocabulares, indicando maioritariamente a união
semântica de duas palavras.
O atual acordo ortográfico trouxe diversas alterações às regras de hifenização. Aprenda como e quando usar o hífen nas
diferentes situações.
Uso do hífen em substantivos compostos: segundo o atual Acordo Ortográfico, o hífen é utilizado nas palavras
compostas por justaposição sem elementos de ligação, cujos elementos formam uma unidade com significado próprio.
* No caso do advérbio mal, usa-se hífen se a segunda palavra iniciar com vogal, h ou l, formando uma unidade
semântica.
Nos demais casos, não se utiliza. Ex.: malcriado, malgrado, malvisto, malnascido etc
Com a nova ortografia, o hífen foi abolido nas palavras compostas por justaposição quando já se perdeu esta noção de
composição.
Sem hífen:
Não se usa o hífen em todas as outras situações, sendo o prefixo escrito junto à palavra já existente.
Salienta-se que nas formações em que o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com as consoantes r ou
s, estas consoantes deverão ser duplicadas.
1.Nos prefixos sob- e sub-, além do h e do b, também se utiliza hífen quando a segunda palavra começa pela letra r:
Nota: No entanto, verifica-se que esta regra não se aplica à palavra coabitar.
3. Com os prefixos pró-, pós- e pré- utiliza-se o hífen quando os prefixos forem tônicos e autônomos da segunda palavra:
4. Quando os prefixos pro-, pos- e pre- forem átonos e não forem autônomos da segunda palavra, não se emprega o
hífen:
5. Com os prefixos circum- e pan- utiliza-se o hífen quando a segunda palavra começa por vogal, m, n ou h:
6. Com os prefixos ex-, vice-, vizo-, soto- e sota- utiliza-se sempre o hífen:
Segundo o atual acordo ortográfico, não deverá ser utilizado hífen nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais,
adverbiais, prepositivas ou conjuntivas:
dia a dia; fim de semana; sala de jantar; cão de guarda; cor de vinho; café com leite; à toa; à vontade;
*São exceções a essa regra algumas locuções consagradas pelo uso, com significado próprio:
a) Ontem fomos à praia porquê fazia sol. b) Por que recebi ontem, fui ao mercado fazer compras.
c) Fernanda não foi trabalhar hoje porque está doente. d) Mudei de canal por quê quis.
Marcelo e Carolina namoraram durante três anos e estavam juntos ______________ se amavam. ______________
agora, depois de tanto tempo, ela resolvera romper o relacionamento? Estaria ela infeliz? ___________? Na verdade ele
nunca entenderá o _____________ da atitude da namorada.
a) porque, por que, por quê, porquê. b) por que, porque, porquê, por quê.
c) por quê, porquê, porque, por que. d) porque, por quê, por que, porquê.
III. Nós percebemos que ele estava mal intencionado, por isso corremos.
a) Mau – mal – mau – mal – mal. b) Mau – mau – mau – mal – mau.
c) Mal – mau – mal – mal – mal. d) Mau – mal – mal – mal – mal.
6. O PRIMO
Primeira noite ele conheceu que Santina não era moça. Casado por amor, Bento se desesperou. Matar a noiva, suicidar-
se, e deixar o outro sem castigo? Ela revelou que, havia dois anos, o primo Euzébio lhe fizera mal, por mais que se
defendesse. De vergonha, prometeu a Nossa Senhora ficar solteira. O próprio Bento não a deixava mentir, testemunha
de sua aflição antes do casamento. Santina pediu perdão, ele respondeu que era tarde - noiva de grinalda sem ter
direito.
"...o primo Euzébio lhe fizera mal..." Nessa frase, a palavra mal está escrita com "l". Há, porém, situações em que ela
também pode ser escrita com "u". Observe as frases abaixo e, em seguida, assinale a alternativa cuja sequência
preencha adequadamente os espaços em branco.
- Bento recebeu muito_____ a revelação de Santina. _____ ouviu a revelação de Santina, Bento decidiu separar-se.
a) mau / mal / mal / Mau b) mau / mal / mau / Mal c) mal / mau / mal / Mau
Os turistas foram ao Cristo Redentor, ________ puderam observar a bela paisagem da cidade.
Nas metrópoles brasileiras, ________ o trânsito é congestionado, um simples trajeto pode demorar horas.
a) Aonde você quer ir? b) O casal foi visitar a cidade onde moraram durante dois anos.
c) Onde você ficou durante a festa? d) Aonde os meninos vão com tanta pressa?
Pedro e João, -------entraram em casa, perceberam que as coisas não estavam bem, pois sua irmã caçula escolhera um
32
momento ------- para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; --------------seus dois irmãos deixaram os pais -------
sossegados quando disseram que a jovem iria com as primas e a tia.
a) mau – mal – mais – mas b) mal – mal – mais – mais c) mal – mau – mas – mais
GABARITO: 1 C - 2 A - 3 C - 4 C - 5 A - 6 E - 7 B - 8 E - 9 C
QUESTÕES- HÍFEN
1. (CESPE-2016) Na palavra “artista-docente” (l.11), para maior clareza gráfica, caso o hífen da translineação coincidisse,
na partição da sílaba ao final da linha, com o hífen integrante da palavra composta, seria gramaticalmente correto
repeti-lo, no início da linha subsequente, da forma a seguir: artista-/-docente.
Certo ( ) Errado ( )
2. Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o novo Acordo, está sendo usado corretamente:
5. Segundo o novo Acordo, entre as palavras pão duro (avarento), copo de leite (planta) e pé de moleque (doce) o hífen
é obrigatório:
6. Fez um esforço __ para vencer o campeonato __. Qual a alternativa completa corretamente as lacunas?
7. Suponha que você tenha que agregar o prefixo sub‐ às palavras que aparecem nas alternativas a seguir. Assinale
aquela que tem de ser escrita com hífen:
33
a) (sub) chefe b) (sub) entender c) (sub) solo d) (sub) reptício e) (sub) liminar
10. Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção quanto ao emprego do hífen.
GABARITO: 1 C - 2 B - 3 B - 4 A - 5 E - 6 C - 7 D - 8 D - 9 B - 10 D – 11 A
Sílaba tônica é a que é emitida com mais ênfase; enquanto a sílaba átona, com menos ênfase.
Exemplos:
Monossílabos são as palavras formadas por apenas uma sílaba, ou seja, são pronunciadas através de uma única emissão
de som, tais como: cor, pá, nó.
Monossílabos Átonos: não são pronunciados de forma expressiva, mas sim, com pouca intensidade (sem significação)
Pronomes oblíquos: me, nos, te, vos, o, a, lhe, os, as, lhes.
De acordo com a posição da sílaba tônica as palavras podem ser oxítonas, paroxítonas ou proparoxítonas.
Oxítonas - palavras cuja última sílaba é tônica. Exemplos: me-trô, su-flê, su-por.
Paroxítonas - palavras cuja penúltima sílaba é tônica. Exemplos: ca-rá-ter, ca-va-lei-ro, pa-pa-gai-o.
Proparoxítonas - palavras cuja antepenúltima sílaba é tônica. Exemplos: es-tá-di-o, sí-la-ba, sub-sí-di-o.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Monossílabas tônicas: Acentuamos todas as palavras monossílabas tônicas terminadas em a(s), e(s), o(s).
Nas palavras oxítonas, os ditongos abertos éi(s), éu(s), ói(s) também são acentuados.
Palavras paroxítonas: Acentuamos as paroxítonas terminadas em l, n, r, x, i(s), u(s), ps, ã(s), ão(s), um(uns).
Lavável, pólen, repórter, tórax, lápis, bônus, bíceps, ímãs, sótão, álbum.
Atenção
Ditongos abertos éi(s), ói(s), éu(s) não são mais acentuados nas palavras paroxítonas.
Atenção
Não utilizamos mais acentos no i e no u quando, nas palavras paroxítonas, estas letras vierem depois de um ditongo.
Hiatos
Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou
acompanhados apenas de "s", desde que não sejam seguidos por "-nh".
Exemplos:
sa - í – da e - go - ís -mo sa - ú - de 35
Não se acentuam, portanto, hiatos como os das palavras:
ju – iz ra – iz ru - im ca - ir
Observação: cabe esclarecer que existem hiatos acentuados não por serem hiatos, mas por outras razões. Veja os
exemplos abaixo:
po-é-ti-co: proparoxítona
bo-ê-mio: paroxítona terminada em ditongo crescente.
ja-ó: oxítona terminada em "o".
Hiatos formados por –ee e –oo não devem ser acentuados: creem, deem, leem, magoo, enjoo e etc.
Nos derivados de ter e vir (manter, intervir, convir, etc) a terceira pessoa do singular terá acento agudo e a terceira
pessoa do plural terá acento circunflexo.
Acentos diferenciais
Os acentos diferenciais serão obrigatórios nas palavras pôr (verbo) e pôde (passado do verbo poder).
O acento diferencial é opcional somente em dêmos/demos (presente subjuntivo do verbo dar) e fôrma/forma
(recipiente).
QUESTÕES
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PORTUGUÊS PROFESSORA: SANDRA LIMA
1. (CESPE-2013) No segundo parágrafo, na oração “que trabalham com a linguagem artística em suas práticas
pedagógicas" (l.12-13), há três palavras com a antepenúltima sílaba acentuada.
Certo ( ) Errado ( )
2. No primeiro parágrafo, as formas “Com”, “um”, “na”, “em”, “da”, “aos” e “dos” são classificadas como monossílabos
átonos.
Certo ( ) Errado ( )
e) extraordinário / incêndio
a) raiz, raízes, sai, apóio, Grajau b) carretéis, funis, índio, hifens, atrás
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c) juriti, ápto, âmbar, dificil, almoço d) órfão, afável, cândido, catéter, Cristovão
7. Estas revistas que eles ... , ... artigos curtos e manchetes que todos ... .
a) leem - tem – vêem b) lêm - têem – vêm c) leem - têm – veem d) lêem - têm - vêm
8. Das palavras abaixo, uma admite duas formas de justificar o acento gráfico, por enquadrar-se em duas regras de
acentuação:
c) Nada me perturba a paz interna, nem mesmo quando a minha consciência me argúi.
1) Normalmente ela não ... em casa. 2) Não sabíamos onde ... os discos. 3) De algum lugar ... essas ideias.
GABARITO: 1 C - 2 C - 3 E - 4 D - 5 D - 6 B - 7 C - 8 E - 9 C -10 D - 11 A
Uma palavra é formada por unidades mínimas que possuem significado. A essas chamamos de elementos mórficos ou
morfemas.
Menin inh o s
Os morfemas que constituem as palavras são os seguintes: radical, desinência, vogal temática, afixos, vogais e
consoantes de ligação.
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Radical: é a parte fundamental da palavra, esse contém seu sentido básico, é comum a um grupo de palavras do idioma.
Exemplos:
- nominal: a desinência nominal indica o gênero (masculino/feminino) e o número (singular/plural) dos substantivos,
adjetivos e alguns pronomes.
- verbal: a desinência verbal indica a pessoa (1ª, 2ª e 3ª), o número (singular/plural), o tempo e o modo (indicativo....,
presente...).
á – vogal temática
Vogal temática: É ela que torna possível a ligação entre o radical e a desinência.
Cant: radical
A: vogal temática
R: desinência de infinitivo.
A junção do radical cant- com a desinência –r no português é impossível, é a vogal temática “a” que torna possível essa
ligação.
- Vogais temáticas nominais: são –a, -e e –o, quando átonas finais, como em escola, dente, livro, essas vogais ligam as
desinências indicadoras de plural, como escolas, dentes, livros. Os nomes terminados em vogais tônicas não apresentam
vogal temática, como café, cipó, caju, saci.
- Vogais temáticas verbais: são –a, -e e –i, essas caracterizam três grupos de verbos denominados conjugações. Os
verbos cuja vogal temática é –a pertencem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática é –e pertencem à
segunda conjugação e por fim aqueles que tem vogal temática –i pertencem à terceira conjugação.
Afixos: são morfemas que se colocam antes ou depois do radical alterando sua significação básica. São divididos em:
Vogais ou consoantes de ligação: ocorrem eventualmente entre um morfema e outro por motivos eufônicos, facilitando
ou até possibilitando a leitura de uma palavra.
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Exemplos: paulada, cafeteira, gasômetro.
Palavras primitivas: são palavras que servem como base para a formação de outra e que não foram formadas a partir de
outro radical da língua.
Exemplos: pedra, flor, casa.
No português, os principais processos para formar palavras novas são dois: derivação e composição.
Derivação Parassintética: Faz-se pela anexação simultânea de prefixo e sufixo à palavra primitiva.
Exemplos: desalmado, entristecer.
A derivação parassintética só acontece quando os dois morfemas (prefixo e sufixo) se unem ao radical
simultaneamente. Note que na palavra desalmado houve parassíntese. É fácil perceber, pois não existe a
palavra desalma, da qual teria vindo desalmado, da mesma forma não existe a palavra almado, da qual também teria
vindo desalmado. Portanto, ocorreu anexação de prefixo e sufixo ao mesmo tempo.
Derivação Imprópria: Forma-se quando uma palavra muda de classe gramatical sem que a forma da primitiva seja
alterada.
Exemplos: O infeliz faltou ao serviço hoje. (adjetivo torna-se substantivo).
Não aceito um não como resposta. (advérbio torna-se substantivo, o artigo um substantiva o advérbio).
Composição: O processo de composição forma palavras através da junção de dois ou mais radicais.
Exemplos: guarda-roupa, pombo-correio.
Composição por Aglutinação: Ocorre quando um dos radicais, ao se unirem, sofre alterações.
Exemplos: planalto (plano + alto), embora (em + boa + hora).
Composição por Justaposição: Ocorre quando os radicais, ao se unirem, não sofrem alterações.
Exemplos: pé-de-galinha, passatempo, cachorro-quente, girassol. 39
Outros processos
Hibridismo: Ocorre quando os elementos que formam a palavra são de idiomas diferentes.
Exemplos: automóvel (auto= grego, móvel= latim), televisão (tele= grego, visão=latim).
Redução ou Abreviação: Esse processo se manifesta quando uma palavra é muito longa, pois forma novas palavras a
partir da redução ou abreviação de palavras já existentes.
Exemplos: pornô (pornográfico), moto (motocicleta), pneu (pneumático).
Neologismo: É a criação de novas palavras para atender às necessidades dos falantes em contextos específicos.
Veja os neologismos num trecho do poema Amar, de Carlos Drummond de Andrade:
QUESTÕES
1. (UECE-2011) Assinale a opção que contém os elementos que estruturam a palavra “indefinível”, linha 63, separados e
classificados corretamente.
A) in (prefixo) + definir (raiz) + ível (sufixo) B) in (sufixo) + definir (raiz) + ível (prefixo)
C) inde (raiz) + finir (prefixo) + vel (raiz) D) inde (raiz) + finir (sufixo) + vel (raiz)
2. (AOCP-2016) Assinale a alternativa que apresenta a palavra cujo processo de formação encontrado é o mesmo da
palavra “freudiano”.
3. Aponte a alternativa cujas palavras são respectivamente formadas por justaposição, aglutinação e parassíntese:
II. Desconhecido, pessimismo e sociedade são formados pelo processo de derivação parassintética.
III. Trabalho, choro e carro são formados pelo processo de derivação regressiva.
IV. Infelizmente, alarme e indisposto são formados pelo processo de derivação sufixal. 40
V. Refazer, desfazer e felizmente são formados pelo processo de derivação prefixal.
I. A derivação imprópria ocorre quando uma palavra, pertencente a uma determinada classe, é utilizada como se fosse
de outra classe gramatical.
8. (IBGE) Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo processo:
11. "Sarampo" é:
GABARITO: 1 A - 2 A - 3 D - 4 D - 5 D - 6 E - 7 D - 8 B - 9 B - 10 B - 11 C
MORFOLOGIA
É o estudo da estrutura das classificações das palavras, ou seja da formação delas, quais seus componentes e tipos. A
morfologia estuda as palavras de maneira separada e não a inclusão das mesmas em uma frase ou período. Ela é
dividida em dez classes que recebem o nome de classe de palavras ou classes gramaticais.
Substantivo – é a palavra o que dá nome aos seres, a fenômenos da natureza, a objetos, sentimentos, qualidades e
ações. O substantivo pode ser classificado em:
Ex. Brasil.
Ex. homem.
Ex. terra.
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Abstrato: Estados, qualidades, sentimentos e ações, derivados de um conceito original.
Ex. bondade
Ex. casa.
Ex. cardume.
Ex. livreiro.
Ex. chuva.
Ex. couve-flor
Se os dois elementos forem substantivos, pode-se flexionar os dois ou apenas o primeiro elemento.
Palavras-chaves / palavras-chave
Pombos-correio
Bananas-maça
Salários-família
Bananas-da-terra
Porquinhos-da-índia
- Se o primeiro for:
Os bota-fora / os topa-tudo
O abre-e-fecha / os ganha-e-perde
Os louva-a-deus / os arco-íris
Os abre-alas / os porta-luvas
De acordo com o gênero (feminino e masculino) das palavras substantivas, elas são classificadas em:
Substantivos Biformes: apresentam duas formas, ou seja, uma para o masculino e outra para o feminino, por exemplo:
professor e professora; amigo e amiga.
Substantivos Uniformes: somente um termo especifica os dois gêneros (masculino e feminino), sendo classificados em:
Epicenos: palavra que apresenta somente um gênero e refere-se aos animais, por exemplo: foca (macho ou fêmea).
Sobrecomum: palavra que apresenta somente um gênero e refere-se às pessoas, por exemplo: criança (masculino e
feminino).
Comum de dois gêneros: termo que se refere aos dois gêneros (masculino e feminino), identificado por meio do artigo
que o acompanha, por exemplo: "o artista" e "a artista".
De acordo com o grau dos substantivos, eles são classificados em aumentativo e diminutivo:
Aumentativo
Palavra que indica o aumento do tamanho de algum ser ou alguma coisa. Divide-se em:
Analítico: substantivo acompanhado de um adjetivo que indica grandeza, por exemplo: casa grande.
Sintético: substantivo com acréscimo de um sufixo indicador de aumento, por exemplo: casarão.
Diminutivo
Palavra que indica a diminuição do tamanho de algum ser ou alguma coisa. Divide-se em:
Analítico: substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pequenez, por exemplo: casa pequena.
Sintético: substantivo com acréscimo de um sufixo indicador de diminuição, por exemplo: casinha.
Adjetivo: é uma palavra que expressa uma qualidade, característica, especificação... e sempre está acompanhado do
substantivo.
Ex. magro;
Ex. bondoso;
Ex. escuro;
Ex. azul-claro;
Ex. britânico.
A Locução Adjetiva é a união de duas ou mais palavras que possuem valor de adjetivo
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As locuções adjetivas são normalmente formadas por preposição + substantivo ou preposição + advérbio. A locução
adjetiva nunca é formada por verbo, nesse caso corresponde a uma oração.
Exemplos de frases:
Grau do adjetivo
O grau comparativo indica que o adjetivo tem uma dada qualidade de grau superior, igual ou inferior a outro.
Comparativos de superioridade
Comparativos de igualdade
Comparativos de inferioridade
Exemplos:
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada, sem relação com outros seres.
1. Sintético
Ocorre quando é expresso por uma só palavra formada pelo adjetivo mais o sufixo.
2. Analítico
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres.
Artigo: Palavra que precedida de um substantivo pode ser classificada em definida e indefinida. Ele também classifica
número, tempo e gênero.
Indefinido: Qualquer elemento num conjunto, ou seja, não há uma precisão sobre o gênero ou número do substantivo.
Ex. um, uns, uma, umas.
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Antes de numeral expressam cálculos aproximados. Ex. uns dezesseis anos;
A ausência de artigo antes do substantivo serve para generaliza-lo. Ex. Tempo é dinheiro. Pimenta é bom;
Funciona para intensificador do substantivo. Ex. Estava com uma raiva danada;
Numeral: Palavra relacionada ao substantivo que caracteriza um número e pode ser classificado em cardinal, ordinal,
multiplicativo e fracionário.
Pronome: Classe de palavra que acompanha um substantivo e representa as três pessoas no discurso e também exerce
um parâmetro de espaço e tempo.
Pronomes Substantivos: substitui o substantivo. Ex. Ela era a mais tímida da sala.
PRONOMES PESSOAIS
CASO OBLÍQUO
3ª pes. sing. - ele/ela se, o, a, lhe si, consigo, ele, ela (regidos de preposição)
3ª pes. plural - eles, elas se, os, as, lhes si, consigo, ele, ela (regidos de preposição)
Pronomes pessoais são os que substituem o substantivo. Dividem-se em: caso reto, caso oblíquo e de tratamento. Os
pronomes pessoais do caso reto funcionam como sujeito e os do caso oblíquo, como complemento do verbo ou do
nome.
Pronomes de tratamento: São aqueles que substituem a terceira pessoa gramatical. Alguns são usados em tratamento
cerimonioso e outros em situações de intimidade.
Os pronomes de tratamento que começam com "vossa" fazem referência à qualidade da pessoa. Neste sentido, "Vossa
Santidade" é uma referência à santidade que há no Papa, não está o substituindo por "santidade". Deste modo, os
verbos ligados aos pronomes de tratamento devem estar na 3ª pessoa, concordando em gênero e número com a pessoa
de quem ou com quem se está falando.
Quando fazemos referência a pessoas que merecem tais tratamentos, utilizamos o pronome "sua". Utilize o pronome
"Vossa" apenas quando tratar diretamente com tais pessoas.
Pronomes Demonstrativos
Singular Plural
Não gostei Neste ano, viajei para Isto é o que nos reserva: A mulher e o homem têm sorte,
desta pintura aqui. a Espanha. a vida eterna. mas este tem mais.
Exemplo:
47
esse(s), Perto de quem ouve. Passado ou futuro Referente aquilo que já
(2ª pessoa) próximo foi dito.
essa(s)
isso
Pronome Relativo: são os que, em geral, relacionam uma oração a um substantivo. Também se classificam em variáveis
e invariáveis.
* Quando o pronome relativo quem se refere a uma pessoa ou a uma coisa personificada virá precedido de preposição.
* Quando o relativo quem aparecer sem antecedente claro, é classificado como pronome relativo indefinido.
* O pronome relativo que pode ter por antecedente os demonstrativos<o, a, os, as>.
Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com preposições de mais de uma
sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões).
* O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo. Equivale a <do qual, de que, de quem>. Deve concordar com
a coisa possuída.
* Os pronomes quanto(s), quanta(s) são relativos quando seguem os pronomes indefinidos tudo, todos ou todas.
* O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de <em que, no qual>.
PRONOMES POSSESSIVOS
são aqueles que indicam a posse de algo. Eles variam em gênero e número, conforme as pessoas que detém algo e o
número de coisas que elas possuem.
Exemplos:
2) Quando a palavra “seu” antecede o nome de alguém, a sua função não é a de pronome, neste caso se trata de uma
forma reduzida de “senhor”.
Exemplos:
3) Nem sempre os pronomes possessivos indicam posse. Por vezes, sua utilização pode indicar aproximação numérica, 49
afetividade ou ofensa.
Exemplos:
PRONOMES INDEFINIDOS:
Pronomes indefinidos são aqueles que fazem referência, de forma vaga, à 3.ª pessoa do discurso.
Variáveis Invariáveis
Variáveis Invariáveis
qualquer, quaisquer
PRONOMES INTERROGATIVOS são aqueles empregados em orações interrogativas diretas ou indiretas. São eles: que,
quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas.
Advérbio: é invariável e modifica ou acompanha um verbo, um adjetivo ou a si mesmo. Veja mais sobre a classificação
dos advérbios:
Locução Adverbial: Conjunto de palavras com mesmo valor de advérbio. Iniciam por preposição. Ex. por trás, de cor, às
vezes, de perto, por fora, sem dúvida, às pressas, em breve;
*Os advérbios terminados em –mente derivam-se do adjetivo feminino. Ex. friamente, imediatamente, Exceção:
adjetivo terminado em – es: francesmente;
*Antes de particípios não se usa forma de superioridade sintética (melhor, pior) mas sim analítica (mas bem, mais mal).
Ex. Elas estavam mais bem preparadas.
Preposição: é a palavra invariável que liga dois termos da oração numa relação de subordinação donde, geralmente, o
segundo termo subordina o primeiro.
Preposições Essenciais – são as palavras que só funcionam como preposição, a saber: a, ante, após, até, com, contra, de,
desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
Preposições Acidentais – são as palavras de outras classes gramaticais que, em certas frases funcionam como
preposição, a saber: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc.
Locuções Prepositivas
A locução prepositiva é formada por duas ou mais palavras com o valor de preposição, sempre terminando por uma
preposição, por exemplo:
abaixo de, acima de, a fim de, além de, antes de, até a, depois de, ao invés de, ao lado de, em que pese a, à custa de, em
via de, à volta com, defronte de, a par de, perto de, por causa de, através de, etc.
Conjunção: É uma palavra invariável que une duas orações ou termos parecidos.
Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto- Ex. Estudou, mas não passou.
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Alternativas: ora...ora, ou...ou, seja...seja, quer...quer - Ex. Ora sorria, ora chorava.
Conclusivas: portanto, assim, então, logo, pois (depois do verbo) - Ex. Ela está preparada, portanto se sairá na
entrevista.
Explicativas: porque, que, porquanto, pois (antes do verbo) - Ex. Não veio porque esqueceu as chaves do carro no
trabalho.
Conjunções subordinativas: Ligam duas orações subordinando uma à outra. As conjunções subordinativas são divididas
em:
Causais: exprimem causa ou o motivo - porque, que, como, pois que, porquanto, visto que, uma vez que, já que, desde
que.
Comparativas: exprimem comparação- como, assim como, tal como, tanto como, tanto quanto, como se, do que,
quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais).
Concessivas: exprimem permissão- embora, conquanto, por mais que, posto que, ainda que, apesar de que, se bem
que, mesmo que, em que pese.
Condicionais: exprimem condição - se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que.
Consecutivas: exprimem consequência - de modo que, de sorte que, sem que, de forma que, de jeito que.
Exemplo: O palestrante falou tão baixo, de forma que não conseguimos ouvir a apresentação.
Temporais: exprimem circunstância de tempo- enquanto, quando, desde que, sempre que, assim que, agora que, antes
que, depois que, logo que.
Proporcionais: exprimem proporção- à proporção que, à medida que, ao passo que, tanto mais, tanto menos, quanto
mais, quanto menos.
Interjeição é uma palavra invariável (não sofre variação em gênero, número e grau), que representa um recurso da
linguagem afetiva, de modo que expressa sentimentos, sensações, estados de espírito, sendo sempre acompanhadas de
um ponto de exclamação (!).
As interjeições são consideradas “palavras-frases” na medida em que representam frases-resumidas, formadas por sons
vocálicos (Ah! Oh! Ai!), por palavras (Droga! Psiu! Puxa!) ou por um grupo de palavras, nesse caso, chamadas de
locuções interjetivas (Meu Deus! Ora bolas!).
Tipos de Interjeições
Apesar de não possuírem uma classificação rigorosa, posto que a mesma interjeição pode expressar sentimentos ou
sensações distintas, as interjeições ou locuções interjetivas são classificadas em:
Advertência: Cuidado!, Olhe!, Atenção!, Fogo!, Olha lá!, Alto lá!, Calma!, Devagar!, Sentido!, Alerta!, Vê bem!, Volta
aqui!
Alegria: Ah!, Eh!, Oh!, Oba!, Eba!, Viva!, Olá!, Olé! Eta!, Eita!, Eia!, Uhu!, Que bom!
Alívio: Ufa!, Uf!, Arre!, Ah!, Eh!, Puxa!, Ainda bem!, Nossa senhora!
Ânimo: Coragem!, Força!, Ânimo!, Avante!, Eia!, Vamos!, Firme!, Inteirinho!, Bora!
Apelo: Socorro!, Ei!, Ô!, Oh!, Alô!, Psiu!, Olá!, Eh!, Psit!, Misericórdia!
Concordância: Claro!, Certo!, Sem dúvida!, Ótimo!, Então!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!
Silêncio: Psiu!, Shh!, Silêncio!, Basta!, Chega!, Calado!, Quieto!, Bico fechado!
QUESTÕES
2. (FGV) Assinale a alternativa em que o termo indicado não tenha valor adjetivo.
a) ... Poder Legislativo, cujas competências foram ampliadas. b) ... configura alguns desafios.
3.“com o passar dos anos”; nesse segmento do texto, o verbo passar está substantivado (derivação imprópria); a frase
abaixo em que aparece um outro vocábulo substantivado é:
5. Na junção de golpistas venezuelanos, caso haja troca de posição de termos – venezuelanos golpistas:
c) só no primeiro caso venezuelanos indica nacionalidade. d) só no segundo caso venezuelano indica nacionalidade.
6. “Atinge toda a região e a si mesmo, pois o Equador é credor no âmbito do CCR, e a efetiva realização da ameaça de
não honrar compromisso assumido o impedirá de receber aquilo que lhe é devido.” No trecho acima há:
a) Sete artigos. b) Seis artigos. c) Cinco artigos. d) Quatro artigos. e) Três artigos.
a) “... ganhem cada vez mais espaço...” b) “... de forma bastante tímida...”
8. Considere o final de uma reivindicação dos moradores de um bairro, dirigida ao prefeito da cidade: “Esperamos que
________, senhor prefeito, _______ verificar as condições por nós apontadas, e que sejam tomadas as medidas
necessárias no sentido de solucionar tais problemas...
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A _______ dispor, atentos às providências,
Os moradores.”
a) Vossa Senhoria – mandeis – vosso b) Vossa Excelência – mande – seu c) Vossa Excelência – mandeis – seu
9. Assinale a opção em que a partícula “o” sublinhada aparece com o mesmo emprego que se apresenta no seguinte
trecho do texto: “A primeira é o que queremos dizer.”
a) Eles devem realizar logo o projeto do grupo. b) Responda-me: o que você tem com isso?
c) Seu sucesso depende de o livro ser aceito. d) É preciso conhecer a rotina do laboratório.
10. “O hábito arraigado de separar o econômico do social, do político, do ético e do legal, de que é o exemplo de
contrapor o ‘mercado’ ao ‘social’ – quase sempre denegrindo o primeiro e enaltecendo o segundo – é uma das causas...”
; mantendo-se o sentido original, os
a) este / aquele b) este / esse c) aquele / este d) aquele / esse e) esse / este
11. “...os peixes morrem e boiam na superfície. Quem chega muito perto fica com os olhos ardendo e algumas pessoas
têm dificuldade para respirar. Esses são alguns dos efeitos das marés vermelhas...”
e) redistribui as consequências dos fenômenos assinalados, acentuando seu efeito nas pessoas.
12. Considere as afirmações a seguir sobre o emprego dos pronomes nas frases.
II. “Os pescadores de largo curso olhavam para eles com certo desprezo” – Pronome indefinido atenuando o sentido do
substantivo desprezo.
III. “Era como se todo o mundo se aproximasse para aconchegá-los” – Pronome indefinido todo equivalendo a qualquer.
a) I b) II c) III d) I e II e) II e III
13. Assinale a opção em que é possível substituir, de acordo com a norma culta, a expressão destacada pela palavra “
55
onde”.
a) O cinema em que nos encontramos passa bons filmes. b) Vejo você às 11 horas, quando iremos almoçar.
c) Se o tempo melhorar, então vamos à praia. d) A situação que ele criou não é aceitável.
14. Em 1970 e 1971, houve, no Nordeste brasileiro, uma enorme procura por sapos, que eram caçados para que suas
peles fossem exportadas para os Estados Unidos. Lá elas eram usadas para fazer bolsas, cintos e sapatos. Isso levou a
uma drástica diminuição da população de sapos nessa região. Nesse primeiro parágrafo do texto os elementos em
destaque se referem a outros elementos do mesmo parágrafo; assinale a correspondência errada:
15. O valor relacional da preposição em destaque está indicado com erro na alternativa:
16. Em “Procuro respeitar sua vontade, colocando-a à frente da tecnologia, por entender que a morte, assim como a
vida, merece dignidade”, a preposição por está empregada com o mesmo valor relacional que em:
a) Inês, dama de rara beleza, morreu por amor. b) Examinaremos toda a questão, mas por partes.
c) Vagamos, distraídos, por toda a cidade. d) A casa tem dois pavimentos, ligados por uma escada.
17. A frase abaixo em que a preposição DE tem seu valor corretamente indicado é:
A nossa separação
a) Sete e cinco. b) Cinco e cinco. c) Seis e cinco. d) Sete e quatro. e) Seis e quatro.
GABARITO: 1D – 2 A – 3B – 4 A – 5 E – 6B – 7 A – 8 B – 9 E – 10 C – 11 D- 12 D – 13 A – 14D – 15 C – 16 – A – 17 B – 18 E
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MAIS QUESTÕES
TEXTO XX
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu
nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a
adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para
quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também
contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.
01) Pode-se afirmar, com base nas ideias do autor-personagem, que se trata:
e) de um texto teatral
a) começar um livro por seu nascimento. b) não começar um livro por seu nascimento, nem por sua morte.
c) começar um livro por sua morte. d) não começar um livro por sua morte.
a) está morrendo. b) já morreu. c) não quer morrer. d) não vai morrer. e) renasceu.
a) o autor fala da morte; Moisés, da vida. b) o livro do autor é de memórias; o de Moisés, religioso.
c) o autor começa pelo nascimento; Moisés, pela morte. d) Moisés começa pelo nascimento; o autor, pela morte.
a) não fala da morte de Moisés. b) foi lido pelo autor do texto. c) foi escrito por Moisés.
07) Autor defunto está para campa, assim como defunto autor para:
Iniciando-se o período acima por Esse grupo passa a se preocupar com o futuro, o elemento grifado pode ser
corretamente alterado para:
11) No entanto, da Antiguidade aos tempos modernos a história é fértil em relatos protagonizados por guerreiras.
Mantendo-se a correção e a lógica, sem que qualquer outra alteração seja feita na frase, o segmento grifado acima
pode ser substituído por:
12. As orações subordinadas adverbiais, destacadas nos períodos abaixo são respectivamente:
GABARITO: 1D, 2C, 3B, 4E, 5D, 6C, 7D, 8E, 9C, 10D, 11 A, 12B
VERBO
Verbo é a palavra que expressa processos, ação, estado, mudança de estado, fenômeno da natureza, conveniência,
desejo e existência
O verbo caracteriza-se pelo valor dinâmico de sua significação, expressando realidades situadas no tempo. Essa ideia
temporal traduzida pelo verbo pode assumir o caráter de:
FLEXÃO DO VERBO
MODO: É a propriedade de o verbo designar a atitude mental do falante em face do processo que enuncia. Os modos
são:
Modo indicativo: Expressa uma atitude de certeza, ou apresenta um fato como real.
Modo subjuntivo: Exprime uma atitude de dúvida, ou anuncia um fato como possível, hipotético, provável ou incerto.
Modo imperativo :Exprime o desejo que o falante tem de que algo aconteça: é o desiderato de ordem, desejo, súplica,
pedido.
Flexão de tempo 58
O tempo verbal é a localização da ocorrência do processo em relação ao momento em que se fala. Os tempos são:
Flexão de número: O verbo apresenta desinências que, simultaneamente, indicam número singular e plural. Ainda
podemos dizer que indica a quantidade de seres envolvidos no processo verbal.
Flexão de voz: É a forma em que se apresenta o verbo para indicar a relação entre ele e o seu sujeito. O verbo, segundo
a perspectiva de voz, pode ser:
Voz passiva: Quando o sujeito sofre a ação verbal. O agente da passiva (regido por preposição por, de ou a) pratica a
ação verbal. A voz passiva pode ser apresentada sob duas formas:
- Irregulares: são os verbos cujos radicais se alteram ou cujas terminações não seguem o modelo da conjugação a que
pertence.
Exemplos:
- Verbos pronominais são assim chamados pois requerem o uso do pronome oblíquo, como é o caso dos verbos
“arrepender-se” e “queixar-se”.
- Verbos unipessoais são aqueles que apresentam somente a terceira pessoa do singular ou do plural.
Exprimem ações: acontecer, ocorrer, suceder, urgir etc. ou estados relativos a vozes de animais, tais como: mugir,
cacarejar, latir, miar, entre outros.
- Verbos impessoais são aqueles que não possuem sujeito. Ou seja, eles surgem em orações sem sujeito.
- Há alguns muito usados, como o verbo “haver” no sentido de “existir”, como o próprio “há” no início dessa oração.
- Podemos citar ainda: os que exprimem os fenômenos da natureza: chover, relampejar, ventar, nevar, gear,
amanhecer, escurecer, esquentar, estar e fazer (meteorologia).
- E os que indicam tempo: ser (indicando data, hora, distância) e fazer (tempo).
QUESTÕES
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
a) eram publicados. b) viria a publicar. c) seria publicado. d) seriam publicados. e) havia publicado.
2. Em outubro de 1967, quando Gilberto Gil e Caetano Veloso apresentaram as canções Domingo no parque e Alegria,
Alegria, no Festival da TV Record, logo houve quem percebesse que as duas canções eram influenciadas pela narrativa
cinematográfica ...
Transpondo-se a primeira das frases grifadas acima para a voz passiva e a segunda para a voz ativa, as formas verbais
resultantes serão, respectivamente:
3. “Winston Churchill, primeiro-ministro que …… a Inglaterra durante os conflitos da Segunda Guerra Mundial, …… mais
do que todos que o país …… os alemães.”
4. O verbo destacado na frase “Para nunca se separar de sua esposa, o índio macuxi teceu uma tipóia…” está no
III – A forma verbal “poderia”, no segundo quadrinho, está no futuro do pretérito do modo subjuntivo;
V - A forma verbal “fosse”, no quarto quadrinho, está no pretérito imperfeito do modo indicativo.
Estão corretas:
6. "Com o último trompejo do berrante, engarrafam no curral da estrada-de-ferro o rebanho" (Guimarães Rosa). A
forma verbal engarrafam se encontra no tempo:
Tirinha de Fernando Gonsales, do livro Nem tudo que balança cai. São Paulo: Devir, 2003. p.16
Sobre os verbos do primeiro e segundo quadrinhos, “abaixa, enrola, puxa, torce, vira, remexe, pula”, estão no modo
verbal:
8. Das alternativas abaixo, a que apresenta o particípio irregular dos verbos expressar, tingir e enxugar é:
Frase – É todo enunciado linguístico dotado de significado, ou seja, é uma comunicação clara, precisa e de fácil
entendimento entre os interlocutores, seja na língua falada ou escrita.
Neste caso, temos a frase nominal e verbal. A frase nominal não é constituída por verbo. Ex: Que dia lindo!
Oração - É todo enunciado linguístico dotado de sentido, porém há, necessariamente, a presença do verbo ou de uma
locução verbal. Este verbo, por sua vez, pode estar explícito ou subentendido.
Ex: Os garotos adoram ir ao cinema e depois ao clube.
Período – É um enunciado linguístico que se constitui de uma ou mais orações. Este se classifica em:
- Período simples - formado por apenas uma oração, também denominada de oração absoluta.
Ex: Os professores entregaram as provas.
TEMOS ESSENCIAIS
Sujeito: É o termo da oração do qual se declara alguma coisa. Exemplo: No céu, um sol claro anuncia o verão.
Características do Sujeito:
I. Pode ser identificado através da pergunta "quem é que"... (ou "que é que"...), feita antes do verbo da oração Que(m) é
que + verbo? __ Resposta=sujeito
II. É substituível por ele(s), ela(s)
III. O verbo concorda com o sujeito.
Classificação do sujeito:
II. Verbo ser indicando tempo, horas, datas e distâncias. Exemplo: Agora são cinco e doze da tarde.
III. Verbos indicativos de fenômenos da natureza. Exemplo: Ontem à tarde, ventou muito aqui.
Predicado: É tudo que se diz do sujeito. (Retirando o sujeito, o que fica na oração é o Predicado.)
Predicado verbal: Tem como núcleo um verbo significativo. Ex.: Todos elogiaram o campeonato.
Predicado Nominal: Apresenta verbos de ligação; O núcleo é predicativo, um nome. Exemplo: Eles estavam furiosos.
Predicado verbo-nominal: Apresenta verbo significativo; Apresenta predicativo (do sujeito ou de objeto);
Dois núcleos: o verbo e o predicativo.
Exemplos: Eles invadiram furiosos a loja. / Todos consideram ruim o filme.
I. Objeto direto:
IV. Adjunto adverbial: Acrescenta ao verbo circunstâncias de tempo, lugar, modo, dúvida, causa, intensidade. Ex.: Talvez
ele não venha aqui amanhã.
I. Adjunto adnominal:
II. Predicativo:
IV. Aposto: Detalha, caracteriza melhor, explica ou resume o nome a que se refere.
Exemplo: O Flamengo, time carioca, ganhou ontem.
V. Vocativo:
a) Usado para "chamar" o ser com quem se fala.
b) Na escrita, vem sempre isolado por vírgula(s).
Exemplo: Era a primeira vez, meu amigo, que eu a encontrava.
O complemento nominal é sempre iniciado por uma preposição e o adjunto adnominal às vezes inicia-se por preposição.
Por esse motivo, se houver dúvida, você pode usar os seguintes critérios diferenciadores:
Exemplos:
O termo destacado (de literatura) refere-se ao nome livros, que é um substantivo concreto. Observando o primeiro
critério do quadro, conclui-se que de literatura só pode ser adjunto adnominal, uma vez que o complemento nominal só
se refere a substantivos abstratos, nunca a concreto.
Observe que com nossa atitude refere-se a descontente, que é um adjetivo. Portanto, o tempo com nossa amizade só
pode ser complemento nominal, uma vez que o adjunto adnominal nunca se refere a adjetivo.
QUESTÕES
1. Na oração: “Foram chamados às pressas todos os vaqueiros da fazenda vizinha”, o núcleo do sujeito é:
a) todos; b) fazenda; c) vizinha; d) vaqueiros; e) pressas.
3.Em “Éramos três velhos amigos, na praia quase deserta”, o sujeito desta oração é:
6. Considere a frase: “Ele andava triste porque não encontrava a companheira”, os verbos grifados são respectivamente:
a) transitivo direto - de ligação; b) de ligação - intransitivo; c) de ligação - transitivo - indireto;
d) transitivo direto - transitivo indireto; e) de ligação - transitivo direto.
9. “O toque dos sinos ao cair da noite era trazido lá da cidade pelo vento”. O termo grifado é:
10. Na oração “Mestre Reginaldo, o impoluto, é uma sumidade no campo das ciências” - o termo grifado é:
a) Sua falta aos encontros sufocava o nosso amor. b) Ela é uma fera maluca.
c) Ela é maluca por lambada nacional. d) Não tenho medo da louca.
e) O amor de Deus é o primeiro mandamento.
14.Em “a linguagem do amor está nos olhos” – os termos grifados são respectivamente:
GABARITO: 1 D - 2 E - 3 A - 4 D - 5 E - 6 E - 7 C - 8 C - 9 E - 10 D - 11 E - 12 A - 13 C - 14 E
Período Composto por Coordenação: Quando a oração não exerce função sintática com relação a outras orações, ou
seja, ela é independente ou absoluta.
Período Composto por Subordinação: Quando a oração exerce função sintática com relação a outras orações, uma vez
que se relacionam entre si.
Período Composto por Coordenação e por Subordinação: é formado por uma oração principal, por uma ou mais orações
subordinadas e por uma ou mais orações coordenadas. Somente existe oração principal em relação à oração
subordinada, nunca em relação à oração coordenada.
Exemplos: Acordei/, tomei café/ e apanhei o ônibus. (duas orações coordenadas assindéticas e uma oração coordenada
sindética “e apanhei o ônibus.”)
Adversativas - exprimem ideia de adversidade, contrariedade. Exemplo: Vou ao casamento, todavia não posso ficar para
a festa.
Alternativas - exprimem ideia de alternância, escolha. Exemplo: Vamos ao cinema hoje, quer você queira quer não.
Conclusivas - exprimem ideia de conclusão. Exemplo: Está chovendo, portanto, não vamos ao parque.
Explicativas - exprimem ideia de explicação, justificação. Exemplo: Estou atrasado, na verdade, adormeci.
Orações subordinadas substantivas: Geralmente, as orações subordinadas desenvolvidas são introduzidas pelas
conjunções integrantes “que” e “se”, entretanto, podem acompanhar pronomes, conjunções ou locuções conjuntivas.
Subjetiva: exerce valor de sujeito da oração principal, por exemplo: É fundamental que você chegue antes à reunião.
Predicativa: exerce valor de predicativo do sujeito, ou seja, aquilo que se revela sobre o sujeito da oração, por exemplo:
Nosso desejo é que ela vencesse o campeonato.
Completiva Nominal: possui valor de complemento nominal (completa o sentido do nome da oração principal), sendo
sempre iniciada por uma preposição, por exemplo: Temos fé de que a humanidade para de destruir o planeta.
Objetiva Direta: possui valor de objeto direto do verbo da oração principal, por exemplo: Desejo que vocês sejam
felizes.
Objetiva Indireta: possui valor de objeto indireto do verbo da oração principal, sendo iniciada por preposição, por
exemplo: O gerente precisa (de) que esteja tudo em ordem.
Apositiva: possui valor de aposto de qualquer termo da oração principal, por exemplo: Todos pensam a mesma
coisa: que eu sou um vitorioso. 66
Orações Subordinadas Adjetivas: são aquelas que exercem a função sintática de adjetivo e, geralmente, são introduzidas
por pronomes relativos (que, quem, qual, quanto, onde, cujo, dentre outros) os quais exercem a função de adjunto
adnominal do termo antecedente.
Explicativas: Separada por vírgulas, as orações subordinadas explicativas, como o próprio nome já indica, explicam
melhor ou esclarecem o termo ao qual se referem, por exemplo: O exame final, que estava muito difícil, deixou todos
apreensivos.
Restritiva: Ao contrário das orações explicativas, as orações restritivas, como o nome já indica, são orações que
restringem ou delimitam o significado de seu antecedente, de forma que não são separadas por vírgulas, por exemplo:
As pessoas que são racistas merecem ser punidas
Orações subordinadas adverbiais: exercem a função do advérbio e funcionam como adjunto adverbial .
Causais: exprimem causa ou o motivo, sendo as conjunções adverbiais: porque, que, como, pois que, porquanto, visto
que, uma vez que, já que, desde que.
Concessivas: exprimem permissão, sendo as conjunções adverbiais: embora, conquanto, por mais que, posto que, ainda
que, apesar de que, se bem que, mesmo que, em que pese.
Condicionais: exprimem condição, sendo as conjunções adverbiais: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que,
desde que, a menos que, sem que.
Conformativas: exprimem conformidade, sendo as conjunções adverbiais: conforme, segundo, como, consoante, de
acordo.
Exemplo: Consoante às regras de conduta, Antenor preferiu alertar seus colegas de trabalho.
Consecutivas: exprimem consequência, sendo as conjunções adverbiais: de modo que, de sorte que, sem que, de forma
que, de jeito que.
Exemplo: O palestrante falou tão baixo, de forma que não conseguimos ouvir a apresentação.
Finais: exprimem finalidade, sendo as conjunções integrantes adverbiais: a fim de que, para que, que, porque.
Temporais: exprimem circunstância de tempo, sendo as conjunções adverbiais: enquanto, quando, desde que, sempre
que, assim que, agora que, antes que, depois que, logo que.
Proporcionais: exprimem proporção, sendo as conjunções adverbiais: à proporção que, à medida que, ao passo que,
tanto mais, tanto menos, quanto mais, quanto menos.
67
Exemplo: À medida que o tempo passa, estamos mais distantes.
QUESTÕES
1. ESPCEX - No período: “... no fundo eu não estava triste com a viagem de meu pai, era a primeira vez que ele ia ficar
longe de nós por algum tempo ...”, a oração sublinhada é:
a) subordinada substantiva predicativa; b) subordinada adjetiva restritiva;
c) subordinada adverbial de lugar; d) subordinada substantiva subjetiva.
2. AFA - Em que alternativa, a oração subordinada não é da mesma natureza da que existe em “Quero que vocês
escrevam uma composição”?
a) “E anunciou que não nos faria cantar.” b) “Esperava um irmão que vinha buscá-la.”
c) “Vamos fazer de conta que estamos na aula de Português.”
d) “Circulava a história de que ela dormia no sótão do colégio.”
b) Não chores, porque amanhã será um novo dia. (coordenada sindética explicativa)
Não chores porque erraste o problema. (subordinada adverbial causal)
d) “Quando você foi embora, Fez-se noite em meu viver (...)” (subordinada adverbial temporal)
e) “Estêvão ficou ainda algum tempo encostado à cerca na esperança de que ela olhasse (...)”
(subordinada substantiva completiva nominal)
“A ambição e o egoísmo se opõem a que a paz reine sobre a Terra.” (subordinada substantiva objetiva indireta)
4. EFOMM - Assinale o único exemplo em que não ocorre oração subordinada substantiva subjetiva:
a) “Cansativo que seja, urge atravessarmos o campo que banha o Rio Negro antes de anoitecer.”
b) “Todo escritor que surge reage contra os mais velhos, mesmo que o não perceba, e ainda que os admire.”
c) “Dormiram naquilo, tinham-se acostumado, mas seria mais agradável dormirem numa cama de lastro de couro.”
d) “É preciso que o pecador reconheça ao menos isto: que a Moral católica está certa e é
irrepreensível.”
e) “Sobre a multiplicidade informe e confusa dos bens da matéria é mister que paire a força
ordenadora do espírito.”
5. Somos uma pequena parte do elo, o miolo de envoltórios descomunais que desconhecemos, arrogantes embora, na
suposição de que é conosco que Deus se preocupa. A última oração do texto deve ser classificada como subordinada:
e) substantiva subjetiva.
68
6. EFOMM - “Não sei de onde te conheço.” A classificação correta da oração grifada está na opção:
7. CESGRANRIO - “Hoje, a dependência operacional está reduzida, uma vez que o Brasil adquiriu auto-suficiência na
produção de bens como papel-imprensa (...)” A oração grifada no período acima tem valor:
8. Colégio Naval - No período: “Quando o rei Herodes mandou decapitar crianças, eu o levei na fuga para o Egito”, as
orações classificam-se, respectivamente:
9. UNIRIO - Em “Entende-se bem que D. Tonica observasse a contemplação dos dois”. à oração principal segue-se uma
oração subordinada:
e) adverbial concessiva.
11. Marque a classificação correta das orações destacadas no período: “Ao analisar o desempenho da economia
brasileira, os empresários afirmaram que a produção e o lucro eram bastante razoáveis.”
12. Marque a alternativa em que a oração destacada não se encontra corretamente classificada.
b) “(...) torcíamos para ele subir mais” - oração subordinada adverbial final;
c) “Lembro-me (...) desse jardim que não existe mais.” - oração subordinada adjetiva restritiva;
d) “Lá fora, uma galinha cacareja, como antigamente.” - oração subordinada adverbial 69
comparativa;
e) “Diziam que São Pedro estava arrastando os móveis” - oração subordinada substantiva subjetiva.
13. No período “Ah, arrulhou de repente a pomba, quando distinguiu, indignada, o pombo que chegava (...)”, as duas
orações subordinadas são respectivamente:
14. Na frase “E quando Larissa se agita, é para desobedecer ao pai ou à mãe.”, temos como incorreta:
a) Período composto por subordinação, coordenado pela conjunção e ao anterior.
b) Oração subordinada adverbial temporal: ... “quando Larissa se agita”.
c) Oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo : para desobedecer ao pai ou à mãe.
d) Oração principal : é.
e) O período é composto por coordenação.
16. Na oração “PEDRO NÃO JOGA E NEM ASSISTE”, temos a presença de uma oração
coordenada que pode ser classificada em:
GABARITO: 1 D - 2 B - 3 C - 4 B - 5 B - 6 E - 7 E - 8 B - 9 A - 10 E - 11 A - 12 E - 13 E - 14 E - 15 D -16 D
CONCORDÂNCIA
Concordância Verbal: Flexão do verbo para concordar com o número e a pessoa do seu sujeito.
Sujeito Simples: Quando é um sujeito simples o verbo concorda em número e pessoa e a ação é praticada por apenas
um núcleo.
1) Sujeito formado por expressão partitiva (uma porção de, a maioria de, grande parte de...) pode ter a concordância no
singular ou plural quando for seguida de substantivo ou por um pronome no plural.
4) Nomes que só existem no plural, a concordância se faz com o artigo que o precede. Se não há artigo, o verbo fica no
singular
5) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural (muitos, vários, quantos, alguns...) que seja
sucedido dos termos “de nós” ou “de vós”. O verbo nesse caso pode concordar com o primeiro pronome ou com o
pronome pessoal. Para os casos em que o pronome interrogativo e indefinido estiver no singular o verbo também fica
no singular.
6) Quando o sujeito é formado por uma porcentagem e sucedido por um substantivo. O verbo deve estar em
concordância com o substantivo.
7) Para os casos em que existe porcentagem que não é sucedida de substantivo o verbo concorda com o número.
8) Quando o sujeito da frase é o pronome relativo "que" o verbo concorda em número e pessoa com o termo que
antecede o pronome.
Pelé foi um dos jogadores que mais usaram a camisa da seleção brasileira.
10) Para os casos em que o sujeito for um pronome relativo quem o verbo pode concordar com o termo que antecede o
pronome ou vir na 3º pessoa do singular.
11) Para o sujeito que é um pronome de tratamento o verbo deve permanecer na 3º pessoa do singular ou plural.
12) Para verbos como dar, bater e soar a concordância ocorre dependendo do numeral.
13) A concordância para verbos impessoais (haver, fazer e os que indicam fenômenos da natureza) são utilizados na 3º
pessoa do singular.
14) Sujeito resumido por tudo, nada, alguém, ninguém, cada um etc. * O verbo deve concordar com esse elemento.
Sujeito Composto: Aquele que possui mais de um núcleo. Veja a seguir as regras:
1) Para o sujeito composto que vem antes do verbo a concordância deve ser no plural.
2) Quando o sujeito composto vem após o verbo (posposto) há duas possibilidades de concordância. Na primeira o
verbo concorda no plural com o sujeito e na segunda opção concorda com o núcleo do sujeito mais próximo.
3)Para os sujeitos compostos que possuem pessoas gramaticais distintas a concordância verbal segue a seguinte regra: a
1º pessoa predomina sobre a 2º pessoa. Exemplo:
O motorista, tu e as crianças ficareis/ ficarão na casa dos meus tios – 2ª ou 3ª pes. do plural
5) Quando há sujeitos compostos formados por núcleos sinônimos o verbo concorda no plural ou no singular.
6) Quando o sujeito composto apresenta termos dispostos em gradação o verbo pode concordar com o último núcleo
do sujeito ou ficar no plural. Exemplos:
7) Quando os núcleos do sujeito estão ligados pelos termos “ou” ou “nem”, o verbo concorda no plural e a afirmação do
predicado é relacionada a todos os núcleos.
8) Para as expressões “um ou outro” e "nem um nem outro” pode-se utilizar a concordância no plural ou singular, no
entanto é mais comum ver no singular.
9) Quando os núcleos do sujeito são ligados com o termo “com” o verbo concorda preferencialmente no plural.
10) Para os núcleos do sujeito ligados por expressões correlativas (tanto...quanto, não somente, não só...mas ainda,
etc), o verbo fica no plural.
Tanto os alunos quanto os professores ficaram tristes com o fim das aulas.
12) Haja vista * Nesta expressão, vista(e não visto) permanece invariável; o que varia, concordando com o sujeito, é o
verbo:
a) Sujeito no singular (referente à coisa) + Predicativo no plural (substantivo): o verbo concorda com o predicativo.
Aqueles coqueiros era um verdadeiro encanto. (Concordância com o predicativo – verbo no singular)
Aqueles coqueiros eram um verdadeiro encanto. (Concordância com o sujeito – verbo no plural)
Os colegas da faculdade eram a sua maior recordação. O verbo concorda com o sujeito plural.
d) A maioria, Grande número, A maior parte, etc. (Sujeito) + verbo “ser”: concorda com o predicativo.
f) É muito, É pouco, É mais de, É menos de, É demais, É suficiente, É bastante ao indicarem quantidade: o verbo ser fica
73
no singular
Tudo é alegria.
i) Verbo “ser’ – datas: concordância com a palavra “dia (s)” expressa ou subentendida na frase
Hoje é dezesseis.
Concordância Nominal: trabalha a relação de um substantivo com as palavras (adjetivos, particípios, artigos, pronomes
adjetivos e numerais adjetivos) que o caracterizam. Veja abaixo as principais regras:
2) Para os adjetivos que referem-se a vários substantivos a concordância varia se o adjetivo estiver anteposto ou
proposto a eles. Para o primeiro caso ele vai concordar em gênero e número com o substantivo que estiver próximo e
quando ele estiver posposto o adjetivo concorda com o substantivo que estiver mais próximo ou com todos eles.
Obs: Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentes o adjetivo concorda no plural. Exemplo: Os
maravilhosos João e Maria me visitaram no hospital.
3) Para os casos em que o adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais.
4) Para as expressões com pronome indefinido neutro (tanto, nada, muito, algo etc.) seguido da preposição "de +
artigo" a concordância se dá para o masculino singular.
7) Com as expressões é proibido, é necessário, é bom, é preciso e é permitido: o adjetivo permanece no singular e no
masculino, se mantendo invariável, quando não há presença de artigos ou outros determinantes do substantivo, mas
varia em gênero e número quando há presença de artigos ou outros determinantes do substantivo.
8) Com as palavras anexo, obrigado, mesmo, próprio, incluso e quite: devem concordar em gênero e número com o
substantivo que caracterizam.
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9. Com as palavras bastante, caro, barato, muito, pouco, longe e meio: embora invariáveis enquanto advérbios, devem
concordar em gênero e número com o substantivo que caracterizam enquanto adjetivos.
10. Com as palavras alerta e menos: embora atuem como adjetivos, são advérbios, permanecendo sempre invariáveis.
11. Com as expressões um e outro, uma e outra, num brasileiro se lembra dos e noutro, numa e noutra: o adjetivo deve
ser escrito no plural, embora ao substantivo permaneça no singular.
QUESTÕES
1. Com relação à concordância, à regência e à colocação, assinale a opção que contém a única frase gramaticalmente
correta.
A) Cada um dos brasileiros deve ter consciência de que não se deve desobedecer às leis.
B) Os políticos não tornarão-se admirados, enquanto houverem práticas maldosas devido o seu comportamento.
2. Tendo em vista as regras de concordância, assinale a opção em que a forma verbal está errada:
c) Faltam aos países subdesenvolvidos uma legislação mais rigorosa sobre os agrotóxicos.
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d) Persistem por muito tempo no meio ambiente os efeitos nocivos dos inseticidas clorados.
3. (UB-MG) – Nas duas margens, ………. relva abundante; contudo, lá onde ………. ervas perigosas, no matagal, é que
………. os bois e os cavalos.
a) são, eram, serão, eram, são b) é, eram, serão, era, é c) são, era, serão, era, são
c) Embaixo das pedras há muitas lagartas. d) Naquela casa, dorme-se de dia e trabalha-se à noite.
a) hajam vista. b) hajam vistas. c) haja visto. d) haja vistas. e) hajam vistos.
c) O tratamento e a destinação corretos do lixo evitaria que 35% deles fosse despejado em aterros.
e) Somos nós quem paga a conta pelo descaso com a coleta de lixo.
10. (FCC) Assinale a alternativa desse exercício que preenche, corretamente, as lacunas do texto.
A Polícia Civil apreendeu 415,4 quilos de crack __________ em uma casa na Avenida Salim Farah Maluf. No local,
também __________ dois quilos de maconha. Um homem de 28 anos e um adolescente de 17 __________ .
11. Na construção de uma das opções abaixo foi empregada uma forma verbal que segue o mesmo tipo de uso do 77
verbo “haver” em “Há dessas reminiscências que não descansam...” (1º§). Assinale-a:
13. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na construção da seguinte frase:
a) Diferentemente do que ocorre com livros muito antigos, que se vêm revelando muito resistentes, os de hoje
ressentem-se do uso constante.
b) Caso deixassem de haver as grandes bibliotecas de hoje, é possível que os homens do futuro não pudessem
interpretar plenamente a nossa cultura.
c) Confia-se a um suporte eletrônico incontáveis informações, mas não se podem avaliar com segurança quanto tempo
permanecerão disponíveis.
d) Ainda que só venha a restar da nossa época algumas boas bibliotecas, elas serão suficientes para dar notícia do que
pensamos e criamos.
e) Atribuem-se a picos de tensão ou raios ocasionais a causa de muita perda de informações, que se julgavam
preservadas numa memória eletrônica.
a) A redução da emissão de partículas poluentes pelo escapamento dos carros é uma das metas que devem ser
atingidas pelos órgãos responsáveis pela organização do trânsito nas grandes cidades.
b) Em cidades maiores, inúmeros moradores, para fugir da violência e do estresse urbano, se mudou para condomínios
fechados próximos e passou a depender de carro para seus deslocamentos.
c) O planejamento urbano das grandes e médias cidades nem sempre acompanharam os deslocamentos de grandes
contingentes da população, que depende de transporte coletivo para ir e vir do trabalho diariamente.
d) O número de automóveis nos países desenvolvidos costumam ser mais elevados, mas nessas cidades existe bons
sistemas de transporte coletivo e as pessoas usam seus carros apenas para viagens e passeios de fins de semana.
e) No caso das regiões metropolitanas brasileiras, é necessário os investimentos na expansão de sistemas integrados de
transporte coletivo, para desestimular o uso de veículos particulares no dia a dia das cidades. 78
15. Assinale a alternativa de concordância que pode ser considerada correta como variante da frase do texto – A
maioria considera aceitável que um convidado chegue mais de duas horas ...
a) A maioria dos cariocas consideram aceitável que um convidado chegue mais de duas horas...
b) A maioria dos cariocas considera aceitáveis que um convidado chegue mais de duas horas...
c) As maiorias dos cariocas considera aceitáveis que um convidado chegue mais de duas horas...
d) As maiorias dos cariocas consideram aceitáveis que um convidado chegue mais de duas horas...
e) As maiorias dos cariocas consideram aceitável que um convidado cheguem mais de duas horas...
16. Indique a opção correta, no que se refere à concordância verbal, de acordo com a norma culta:
b) A maioria dos conflitos foram resolvidos. c) Deve haver bons motivos para a sua recusa.
d) De casa à escola é três quilômetros. e) Nem uma nem outra questão é difícil.
c) Os livros estão custando cada vez mais caro. d) Seus apartes eram sempre o mais pertinentes possíveis.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
22. (MACKENZIE)
I. Os brasileiros somos todos eternos sonhadores.
II. Muito obrigadas! - disseram as moças.
III. Sr. Deputado, V. Exa. Está enganada.
IV. A pobre senhora ficou meio confusa.
V. São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso.
Aponte a opção em que, substituídos os substantivos destacados acima, fica incorreta a concordância de “amontoado”.
a) Ela mesmo confirmou a realização do encontro. b) Foi muito criticado pelos jornais a reedição da obra.
c) Ela ficou meia preocupada com a notícia. d) Muito obrigada, querido, falou-me emocionada.
A entrada para o cinema foi..., mas o filme e o desenho... compensaram, pois saímos todos....
26. Marque a única frase onde a concordância nominal aparece de maneira inadequada.
27. (URCA 2010) Dadas as proposições, todas aceitam mais de uma concordância, EXCETO:
A) pai e filhas educados (educadas); B) o(s) herói(s) José e Rodrigo; 80
C) casa e carro novo(s) D) livros e revistas velhos (velhas)
E) homens e mulheres educados (educadas)
e) Depois de tão pesadas ofensas, prefiro ficar a sós a conviver com essa agressiva.
32. “Meninas, avisem a _________ colegas que vocês _________ é que vão dirigir os ensaios da peça.”
a) vossos – mesmos; b) seus – mesmas; c) vossos – mesmas; d) seus – mesma; e) vossos – mesmo.
GABARITO: 1 A - 2 C - 3 B - 4 A - 5 B - 6 B - 7 A - 8 C - 9 E - 10 A - 11 C - 12 B - 13 A -14 A - 15 A - 16 C - 17 D - 18 D – 19 B -
20 D - 21 D - 22 D –
23 E - 24 D - 25 D - 26 C - 27 B - 28 A - 29 E - 30 D - 31 B - 32 B
REGÊNCIA
A regência estabelece uma relação entre um termo principal (termo regente) e o termo que lhe serve de complemento
(termo regido) e possui dois tipos: REGÊNCIA NOMINAL e REGÊNCIA VERBAL.
REGÊNCIA NOMINAL: é quando um nome (substantivo, adjetivo) regente determina para o nome regido a necessidade
do uso de uma preposição, ou seja, o vínculo entre o nome regente e o seu termo regido se estabelece por meio de uma
preposição.
Substantivos
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Advérbios
Longe de
Perto de
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a;
paralelamente a; relativa a; relativamente a.
REGÊNCIA VERBAL: trata da relação de dependência que se deve estabelecer entre o termo regente (verbo) e o termo
regido (complemento: objeto direto e objeto indireto).
82
Quanto à transitividade, se, classificam em:
INTRANSITIVOS: quando têm ideia completa, isto é, quando não precisam de complemento:
TRANSITIVOS DIRETOS: quando não têm ideia completa, isto é, quando exigem complemento (objeto direto), e este se
liga ao verbo sem o auxílio de preposição:
TRANSITIVOS INDIRETOS: quando não têm ideia completa, e o complemento (objeto indireto) relaciona-se ao verbo,
obrigatoriamente, através de uma preposição:
1- Chegar/ ir – deve ser introduzido pela preposição “a” e não pela preposição “em”.
Exemplos: Vou ao dentista.
Cheguei a Belo Horizonte.
6- Preferir - este verbo exige dois complementos, sendo que um é usado sem preposição, e o outro com a preposição
“a”.
Ex.: Prefiro dançar a fazer ginástica.
1 - Aspirar
a - no sentido de cheirar, sorver: usa-se sem preposição.
Ex.: Aspirou o ar puro da manhã.
b - no sentido de almejar, pretender: exige a preposição “a”.
Ex.: Esta era a vida a que aspirava.
2 - Assistir
a - no sentido de prestar assistência, ajudar, socorrer: usa-se sem preposição. 83
Ex.: O técnico assistia os jogadores novatos.
b - no sentido de ver, presenciar: exige a preposição “a”.
Ex.: Não assistimos ao show.
c - no sentido de caber, pertencer: exige a preposição “a”.
Ex.: Assiste ao homem tal direito.
d) no sentido de morar, residir: é intransitivo e exige a preposição “em”.
Ex.: Assistiu em Maceió por muito tempo.
3 - Esquecer/lembrar
a - Quando não forem pronominais: são usados sem preposição.
Ex.: Esqueci o nome dela.
b - Quando forem pronominais: são regidos pela preposição “de”.
Ex.: Lembrei-me do nome de todos.
4 - Visar
a - no sentido de mirar: usa-se sem preposição.
Ex.: Disparou o tiro visando o alvo.
b - no sentido de dar visto: usa-se sem preposição.
Ex.: Visaram os documentos.
5 - Querer
a - no sentido de desejar: usa-se sem preposição.
Ex.: Quero viajar hoje.
6 - Proceder
a - no sentido de ter fundamento: usa-se sem preposição.
Ex.: Suas queixas não procedem.
b - no sentido de originar-se, vir de algum lugar: exige a preposição “de”.
Ex.: Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito ao próximo.
c - no sentido de dar início, executar: usa-se a preposição “a”.
Ex.: Os detetives procederam a uma investigação criteriosa.
7 - Pagar/ perdoar
a - se tem por complemento uma palavra que denote algo: não exige preposição.
Ex.: Ela pagou a conta do restaurante.
b - se tem por complemento uma palavra que denote pessoa: é regido pela preposição “a”.
Ex.: Perdoou a todos.
8 - Informar
a - no sentido de comunicar, avisar, dar informação: admite duas construções:
1 - objeto direto de pessoa e indireto de coisa (regido pelas preposições “de” ou “sobre”).
Ex.: Informou todos do ocorrido.
2 - objeto indireto de pessoa (regido pela preposição “a”) e direto de coisa.
Ex.: Informou a todos o ocorrido.
9 - Implicar
a - no sentido de causar, acarretar: usa-se sem preposição. 84
Ex.: Esta decisão implicará sérias consequências.
b - no sentido de envolver, comprometer: usa-se com dois complementos, um direto e um indireto com a preposição
“em”.
Ex.: Implicou o negociante no crime.
c - no sentido de antipatizar: é regido pela preposição “com”.
Ex.: Implica com ela todo o tempo.
10 - Custar
a - no sentido de ser custoso, ser difícil: é regido pela preposição “a”.
Ex.: Custou ao aluno entender o problema.
b - no sentido de acarretar, exigir, obter por meio de: usa-se sem preposição.
Ex.: O carro custou-me todas as economias.
c - no sentido de ter valor de, ter o preço: usa-se sem preposição.
Ex.: Imóveis custam caro.
QUESTÕES
1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta a regência verbal incorreta, de acordo com a norma culta da língua:
a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortável.
b) Obedeceu rigorosamente ao horário de trabalho do corte de cana.
c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros.
d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade.
e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao lucro pretendido.
2. (IBGE) Assinale a opção que contém os pronomes relativos, regidos ou não de preposição, que completam
corretamente as frase abaixo: Os navios negreiros, ....... donos eram traficantes, foram revistados. Ninguém conhecia o
traficante ....... o fazendeiro negociava.
3. (IBGE) Assinale a opção em que as duas frases se completam corretamente com o pronome lhe:
a) Não ..... amo mais. / O filho não ..... obedecia.
b) Espero-..... há anos. / Eu já ..... conheço bem.
c) Nós ..... queremos muito bem. / Nunca ..... perdoarei, João.
d) Ainda não ..... encontrei trabalhando, rapaz. / Desejou-..... felicidades.
e) Sempre ..... vejo no mesmo lugar. / Chamou-..... de tolo.
4. (IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos devem ser seguidos pela mesma preposição:
a) ávido / bom / inconsequente b) indigno / odioso / perito
c) leal / limpo / oneroso d) orgulhoso / rico / sedento
e) oposto / pálido / sábio
5. Assinale a frase em que está usado indevidamente um dos pronomes seguintes: o, lhe.
a) Não lhe agrada semelhante providência? b) A resposta do professor não o satisfez.
c) Ajudá-lo-ei a preparar as aulas.
d) O poeta assistiu-a nas horas amargas, com extrema dedicação.
e) Vou visitar-lhe na próxima semana.
10. As mulheres da noite ....... o poeta faz alusão ajudam a colorir Aracaju, ....... coração bate de noite, no silêncio. A
alternativa que completa corretamente as lacunas da frase acima é:
a) as quais / de cujo b) a que / no qual c) de que / o qual
d) às quais / cujo e) que / em cujo
12. (CESGRANRIO) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da seguinte frase: Toda comunidade, .....
aspirações e necessidades devem vincular-se os temas da pesquisa científica, possui uma cultura própria, ..... precisa ser
preservada.
a) cujas / de que b) a cujas / que c) cujas / pela qual d) cuja / que e) a cujas / de que
CRASE
Crase é a fusão de duas vogais idênticas. Assinalamos com o acento grave (`) a crase do a.
- da preposição a + vogal a inicial dos pronomes demonstrativos aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
1. Com palavras masculinas, posto que não admitem o artigo feminino “a”
2. Com pronomes pessoais, tratamento e demonstrativos, por não admitirem o acompanhamento do artigo “a”:
(Nesse exemplo, “a” é preposição, pois quem revela, revela algo a alguém.).
(Nesse caso, “a” também é preposição, pois quem vai, vai a algum lugar.).
No caso dos pronomes de tratamento, há exceção das formas senhora, senhorita e dona:
a) quando “uma” for numeral, caso em que é possível substituí-lo por “duas”:
b) na expressão à uma, significando “ao mesmo tempo”: Todos à uma começaram a vaiar.
Admite-se a crase, caso a referência seja feita à “Terra” (planeta) ou à terra (cidade natal).
8. Com a palavra “casa” e com nomes de cidade, quando não houver especificações:
b) Iremos a Florianópolis.
Note que não se especificam/definem a casa a que fomos, nem a cidade, sobre a qual se fala. Por isso, em ambos os
87
casos, não se admite a presença do artigo definido “a”. Ninguém diz, por exemplo, “A Florianópolis é a capital
catarinense”. Mas, pode dizer: “Iremos à belíssima Florianópolis.”.
- Diante da palavra "moda", com o sentido de "à moda de", a maneira de (mesmo que a expressão fique subentendida):
- Na indicação de horas:
- Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por exemplo:
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo "a". Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição "a". Para saber se um nome de lugar admite ou
não a anteposição do artigo feminino "a", deve-se substituir o termo regente por um verbo que peça a
preposição "de" ou "em". A ocorrência da contração "da" ou "na" prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por
isso, haverá crase. Por exemplo:
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição "a". Por exemplo:
Preposição Pronome
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses
pronomes exigir a preposição "a", haverá crase. É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos, utilizando a
substituição do termo regido feminino por um termo regido masculino. Por exemplo:
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo "a" também pode ser detectada pela substituição do termo
regente feminino por um termo regido masculino. Veja:
- A Palavra Distância
Se a palavra distância estiver especificada, determinada, a crase deve ocorrer. Por exemplo:
Sua casa fica à distância de 100 quilômetros daqui. (A palavra está determinada.)
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A palavra está especificada.)
Se a palavra distância não estiver especificada, a crase não pode ocorrer. Por exemplo:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo.
Observe:
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Paula é muito bonita. Laura é minha amiga.
Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está esperando por você.
A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está esperando por você.
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as
frases abaixo das seguintes formas:
A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A palestra vai até às cinco horas da tarde.
QUESTÕES
a) a – a – a; b) à – à – a; c) à – a – a; d) a – à – a; e) à – a – à.
a) o deputado presidiu a reunião até o fim; b) proibimos os alunos de usar os cadernos para fazer a prova;
a) à - a - à; b) a - a - à; c) a - à - à; d) à - à - à; e) à - à - a
a) a cem milhas horárias você encontrará um posto à direita, a meia hora daqui;
5. “Dê ciência ___ todos de que não mais se atenderá___ pedidos que não forem dirigidos ___ diretoria”:
a) a - a - a; b) a - à - a; c) a - a - à; d) à - à - a; e) à - a - a.
7. “ ___ hora prevista, todos se dirigiram ___ sala principal para assistir ___ cerimônia”.
a) a - a - a; b) a - à - a; c) à - à - à; d) há - à - à; e) há – a – a .
a) obedeça as regras de trânsito; b) encontraram-se face a face; c) dirijo-me agora a vossa excelência;
d) é uma campanha digna, a cuja disposição me ponho; e) peço a você que não deponha o candidato.
9. “Para ganhar mais dinheiro, Manoel passou ___entregar compras ___ domicilio ___ segundas-feiras”.
“Não me refiro _____ estava sentada, mas sim______ pessoa ______ tu também te referias”.
11. “Foi obrigado ____ embarcar no trem que saia ____onze horas, mas mostrou ____ todos seu descontentamento”.
a) a - as - à; b) às - as - a; c) a - às - a; d) à - às - a; e) a - às - à.
12. “A disciplina naquela escola podia ser comparada___ dos militares, mas nem por isso permitia tranquilidade____
professoras”.
13. Aponte a frase em que o “a” ou “as” não deve levar sinal indicativo de crase:
a) dirijo-me apressado àquela farmácia; b) refiro-me àquele rapaz que foi teu colega;
c) àquela hora todos já se tinham recolhido; d) quero agradecer àquele rapaz as atenções que me dispensou;
14. Na frase: “Tende a satisfazer as exigências do mercado”, substituindo-se “satisfazer” por “satisfação”, tem-se a
forma correta:
15. “ ______ tarde, diriji-me ______ casa, embora______ hora todos já estivessem ____ dormir”:
GABARITO: 1 A - 2 D - 3 A - 4 C - 5 C - 6 B - 7 C - 8 A - 9 B - 10 E - 11 C -12 B - 13 E - 14 E - 15 E
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
A colocação dos pronomes pessoais oblíquos átonos na oração pode ser feita de três formas distintas, existindo regras
definidas para cada uma dessas formas.
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Em próclise: pronome colocado antes do verbo;
Em ênclise: pronome colocado depois do verbo;
Em mesóclise: pronome colocado no meio do verbo.
ÊNCLISE
1. Em orações iniciadas com verbos (com exceção do futuro do presente do indicativo e do futuro do pretérito do
indicativo), uma vez que não se iniciam frases com pronomes oblíquos.
Sente-se imediatamente!
IMPORTANTE: É facultativo o uso da próclise ou da ênclise, caso o verbo não se encontre no início da frase, nem haja
situações que justifiquem o uso específico de uma forma de colocação pronominal.
Exemplo: Minha mãe ajudou-me nos trabalhos. / Minha mãe me ajudou nos trabalhos.
PRÓCLISE
A colocação pronominal deverá ser feita antes do verbo apenas quando houver palavras atrativas que justifiquem o
adiantamento do pronome, como:
Nunca a esquecerei.
Quem me chamou?
Deus te guarde!
9. Advérbios, sem que haja uma pausa marcada. Havendo uma pausa marcada por uma vírgula, deverá ser usada a
ênclise.
MESÓCLISE
A colocação pronominal deverá ser feita no meio do verbo quando o verbo estiver conjugado no futuro do presente do
indicativo ou no futuro do pretérito do indicativo.
A mesóclise é maioritariamente utilizada numa linguagem formal, culta e literária. Caso haja situação que justifique a
próclise, a mesóclise não ocorre.
A colocação pronominal nas locuções verbais difere caso o verbo principal esteja no particípio ou no gerúndio e
infinitivo.
Caso não haja palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo poderá ficar após o verbo principal ou após o
verbo auxiliar.
93
Quero ver-te hoje.
Caso haja alguma palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo poderá ficar antes da locução verbal ou
depois da locução verbal.
Caso não haja palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo deverá ficar depois do verbo auxiliar, nunca
depois do verbo principal no particípio.
Caso haja alguma palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo deverá ficar antes da locução verbal.
QUESTÕES
1. Assinale a opção que apresenta o emprego correto do pronome, de acordo com a norma culta:
a) O diretor mandou eu entrar na sala. b) Preciso falar consigo o mais rápido possível.
e) As espécies se atraem.
3. Imagine o pronome entre parênteses no lugar devido e aponte onde não deve haver próclise:
c) Espero que faças justiça. (se) d) Meus amigos, apresentem em posição de sentido. (se)
a) Para não aborrecê-lo, tive de sair. b) Quando sentiu-se em dificuldade, pediu ajuda.
94
c) Não me submeterei aos seus caprichos. d) Ele me olhou algum tempo comovido.
8. "O individualismo não a alcança." A colocação do pronome átono está em desacordo com a norma culta da língua, na
seguinte alteração da passagem acima:
9. (SANTA CASA) Do lugar onde ......., ....... um belo panorama, em que o céu ...... com a terra.
GABARITO: 1 D - 2 D - 3 D - 4 A - 5C - 6 B - 7 D - 8 D - 9 A - 10 E
Os sinais de pontuação e os sinais gráficos auxiliares da escrita são usados na linguagem escrita e servem para:
Representar pausas, destaques, entonações e transmissão de sentimentos e intenções existentes na linguagem oral,
marcando o ritmo de um texto.
Conferir à linguagem escrita uma maior clareza, coesão e coerência textual, de forma a esclarecer sentidos ambíguos e
promover a fácil leitura e compreensão do texto escrito.
VÍRGULA (,): é um sinal de pontuação que separa elementos dentro de uma oração e orações dentro de um período.
Marca uma pequena pausa. Muitos consideram o uso da vírgula confuso por ser flexível em alguns casos.
A vírgula é usada para separar termos dentro de uma oração, quer tenham a mesma função sintática, quer tenham
funções sintáticas diferentes.
A vírgula separa elementos coordenados em enumerações com a mesma função sintática, quando não separados pelas
conjunções e, ou, nem.
95
Ana, Carolina, Joana e Luísa foram promovidas pelo diretor da empresa.
Prezados senhores,
3. Isola os advérbios sim e não, quando iniciam uma oração dando uma resposta, se referindo à oração anterior.
A acentuação gráfica foi simplificada pela Lei n.º 5.765, de 20 de dezembro de 1971.
Em reposta ao seu Ofício n.º 235, de 22 de setembro último, comunicamos que ...
8. Pode isolar o adjunto adverbial no início ou meio da oração, sendo dispensável quando o adjunto adverbial for
apenas um advérbio.
11. Isola expressões intercaladas na oração, como: por exemplo, contudo, todavia, além disso, logo, enfim,…
A vírgula separa orações coordenadas assindéticas, ou seja, orações que não estão ligadas através de conjunções, mas
sim através de uma pausa.
Meu filho não quer trabalhar, nem estudar, nem ser independente.
Quero aproveitar a vida, conviver com amigos, estar com a família, ser feliz.
A vírgula separa orações coordenadas sindéticas, ou seja, orações que estão ligadas através de conjunções, quando não
introduzidas pela conjunção e.
A vírgula isola orações intercaladas, bem como orações subordinadas adjetivas explicativas.
Minha irmã, que sempre foi minha melhor amiga, não consegue entender meus problemas atuais.
A vírgula separa orações subordinadas adverbiais antepostas, bem como orações reduzidas do gerúndio, particípio e
infinitivo que equivalem a orações adverbiais
3. A conjunção e não transmitir uma noção de adição, mas sim um valor diferente.
Ela fez uma dieta intensa, e mesmo assim não conseguiu emagrecer.
PONTO E VÍRGULA (;) é um sinal de pontuação intermediário entre o ponto e a vírgula. Indica uma pausa ao mesmo
tempo que indica que o período frásico ainda não acabou. É usado nos seguintes casos:
1. Itens enumerados: a é usado na separação de itens enumerados, sendo frequente sua utilização em leis.
Exemplos: Serão abrangidas pelas medidas enunciadas neste decreto as pessoas que cumpram os seguintes requisitos:
2. Orações extensas: orações extensas e relacionadas entre si, principalmente quando já subdivididas com vírgulas.
Exemplos:
Dos autores brasileiros, homenagearam Cecília Meireles; dos portugueses, Eugênio de Andrade; dos moçambicanos,
Mia Couto.
Dos vinte funcionários da empresa, dezoito concordaram com as propostas da direção; os restantes discordaram.
Exemplos:
Pensei que conseguiria terminar o trabalho esta semana; porém, só o terminarei semana que vem.
Estarei presente na reunião; contudo, não concordo com as decisões que serão comunicadas.
Exemplos:
DOIS PONTOS (:): é um sinal de pontuação que marca uma ligeira suspensão no ritmo ou na entonação de uma frase
não concluída. É usado:
Exemplo: Para o início das aulas, os alunos precisarão de: lápis, canetas, borracha, apontador, régua, tesoura, cola e
caderno.
Exemplos: E foi isso que aconteceu: elas foram embora mais cedo.
Resumindo: será necessário um esforço por parte de todos para que tudo funcione corretamente.
- Após palavras que indicam exemplos, observações, notas, informações importantes etc.
- Após o vocativo inicial de cartas e comunicações, sendo, contudo, mais usualmente utilizada a vírgula.
TRAVESSÃO é um sinal de pontuação usado, maioritariamente, no início das falas no discurso direto. É também usado
para substituir a vírgula ou os parênteses em orações intercaladas ou no destaque de alguma parte da frase.
Travessão no discurso direto: indica quando começa a fala de uma personagem, quando há mudança de interlocutores e
quando há mudança para o narrador através de um verbo de elocução, ou seja, através de verbos que anunciam o
discurso, como: dizer, perguntar, responder, comentar, entre outros.
— Obrigado!
Travessão nas orações intercaladas: pode substituir a vírgula ou os parênteses, separando-as da oração principal.
Travessão para criar destaque: realça uma informação sobre um elemento da frase, principalmente quando aparece no
fim da mesma. O travessão também serve para destacar o aposto.
Ele está fazendo o possível e o impossível para concretizar seu objetivo — ficar com minha vaga dentro da empresa.
PARÊNTESES: são sinais de pontuação que marcam um momento intercalado no texto, onde há acréscimo de
informação acessória. Sendo acessória, a informação dos parênteses pode ser retirada da frase sem alterar o sentido da
mesma, sendo assim dispensável.
1. Na introdução de explicações, comentários, considerações e reflexões sobre algo que foi mencionado na frase.
Exemplos:
Existe dois tipos de orações coordenadas: as sindéticas (ligadas através de uma conjunção) e as assindéticas (ligadas
através da vírgula).
2. Na separação de orações intercaladas com verbos declarativos, principalmente quando curtas. Exemplos:
99
Há quem o faça (mas não o aconselha) por isso não o farei.
Maria Heloísa Magalhães (Paris, 1960 - Rio de Janeiro, 2012) foi a fundadora da empresa.
“Agora eu quero contar as histórias da beira do cais da Bahia.” (Jorge Amado, Mar Morto, 1936.)
4. Na indicação da possibilidade de leitura de uma certa palavra no gênero masculino ou feminino, bem como no
singular ou no plural. Exemplos:
COLCHETES [ ] também chamados de parênteses retos, são um sinal de pontuação de uso mais restrito do que os
parênteses, sendo usados em linguagem científica e técnica, como textos filológicos, linguísticos, matemáticos, didáticos
etc.
São usados:
Existe dois tipos de orações coordenadas: as sindéticas (ligadas através de uma conjunção) e as assindéticas (ligadas
através de uma pausa [normalmente simbolizada pela vírgula]).
21 x [36: (6 + 2)]
2. Quando uma citação está incompleta, havendo partes da mesma que não foram transcritas.
“ Houve momentos de alegria e de tristeza, havendo também […] experiências inesquecíveis […]”
3. Quando há acréscimo de informação numa citação, bem como quando há acréscimo de comentários em textos,
alterando sua forma original.
“Agora eu quero contar as [verdadeiras] histórias da beira do cais da Bahia.” (Jorge Amado, Mar Morto, 1936.)
Passaremos então a estudar as poesias de Fernando Pessoa [um ilustre poeta português].
4. Com a palavra latina sic, em transcrições, para identificar erros no texto original. Além de aparecer entre colchetes, a
palavra sic também costuma aparecer em itálico, levemente inclinada para a direita.
5. Nas transcrições fonéticas que aparecem em alguns dicionários, que representam os sons da fala através do alfabeto
fonético internacional. 100
cada [kada];
vê [ve].
ASPAS [“ ”]: são um sinal de pontuação cuja principal finalidade é destacar alguma parte de um texto, distinguindo-a do
restante. Esse destaque pode se dever a várias razões.
Paulo Coelho disso: "Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela".
“Agora eu quero contar as histórias da beira do cais da Bahia.” (Jorge Amado, Mar Morto, 1936.)
“Amor é fogo que ardem sem se ver / É ferida que dói, e não se sente” (Luís de Camões, Rimas, 1953)
3. No início e no fim de palavras e expressões que não se enquadram na norma padrão e culta do português,
como estrangeirismos, neologismos, arcaísmos, gírias e expressões populares:
4. No início e no fim de palavras e expressões que se pretendem destacar, conferindo-lhes ironia ou ênfase:
Que “belo” trabalho! Você conseguiu estragar tudo o que já estava feito! (ironia)
5. No início e no fim de nomes de obras literárias ou artísticas, como títulos de livros, de obras de arte, de filmes, de
músicas,... Nestes casos, as aspas podem ser substituídas por uma escrita em itálico, levemente inclinada para a direita.
USO DE ASPAS SIMPLES [ʽ ʼ]: deverão ser usadas quando a parte do texto que se quer destacar com aspas já se encontra
dentro de um trecho destacado com aspas:
O aluno explicou à professora o que aconteceu: “Ela foi chamada de ʽquatro-olhosʼ e ficou muito triste”.
O garçom avisou: “Já estamos prontos para a realização do ʽcoffee breakʼ da conferência”.
QUESTÕES
1. (UECE-2011) Sobre as vírgulas empregadas na frase “Na mitologia grega, a mãe de Eros, o desejo, é a Penúria, a
falta.”, linhas 71 a 73, é correto afirmar-se que
A) a primeira isola uma oração, a segunda e a terceira isolam um aposto e a quarta isola outro aposto.
B) a primeira isola uma oração, a segunda e a terceira isolam um vocativo e a quarta isola outro vocativo.
101
C) a primeira isola uma expressão adverbial, a segunda e a terceira isolam um aposto e a quarta isola outro aposto.
D) a primeira isola uma expressão adverbial, a segunda e a terceira isolam um vocativo e a quarta isola outro vocativo.
2. Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as
lacunas da frase abaixo:
“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que
o trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter.
a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula b) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; d) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
e) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
3. Assinale o exemplo em que há emprego incorreto da vírgula:
a) como está chovendo, transferi o passeio; b) não sabia, por que todos lhe viravam o rosto;
c) ele, caso queira, poderá vir hoje; d) não sabia, por que não estudou;
e) o livro, comprei-o por conselho do professor.
4. Assinale as frases em que as vírgulas estão incorretas:
a) ora ríamos, ora chorávamos; b) amigos sinceros, já não os tinha;
c) a parede da casa, era branquinha branquinha; d) Paulo, diga-me o que sabe a respeito do caso;
e) João, o advogado, comprou, ontem, uma casa.
5. Observe:
1) depois de muito pedir ( ) obteve o que desejava;
2) se fosse em outras circunstâncias ( ) teria dado tudo certo;
3) exigiam-me o que eu nunca tivera ( ) uma boa educação;
4) fez primeiramente seus deveres ( ) depois foi brincar;
a) (;) (,) (:) (;); b) (,) (;) (:) (;); c) (,) (,) (:) (;); d) (?) (,) (,) (:); e) (,) (;) (.) (;).
7. Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as
lacunas da frase abaixo:
“Como amanhã será o nosso grande dia ___ duas coisas serão importantes ___ uma é a tranquilidade ___ a outra é a
observação minuciosa do que esta sendo solicitado”.
a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula; b) vírgula, vírgula, vírgula;
c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; d) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
e) ponto e vírgula, dois pontos, vírgula.
8. (IBGE) Assinale a sequência correta dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo. Não
havendo sinal, O indicará essa inexistência: Na época da colonização ..... os negros e os indígenas escravizados pelos
brancos ..... reagiram ..... indiscutivelmente ..... de forma diferente.
a) O - O - vírgula - vírgula b) O - dois pontos - O – vírgula c) O - dois pontos - vírgula - vírgula
d) vírgula - vírgula - O – O e) vírgula - O - vírgula - vírgula.
9. (BB) "Os textos são bons e entre outras coisas demonstram que há criatividade". Cabem no máximo: 102
a) 3 vírgulas b) 1 vírgula c) 4 vírgulas d) 5 vírgulas e) 2 vírgulas
GABARITO: 1 C - 2 C - 3 D - 4 C - 5 C - 6 E - 7 C - 8 E – 9 E
ESTRUTURA TEXTUAL
“Chama-se textualidade ao conjunto de características que fazem com que um texto seja um texto, e não apenas uma
sequência de frases.” Isso é a definição que Costa Val dá de textualidade, em seu livro “Redação e Textualidade”.
PROGRESSÃO TEMÁTICA
A progressão temática é um procedimento utilizado pelos enunciadores para dar sequência a seus textos, orais ou
escritos. Ela consiste em fazer o texto avançar apresentando informações novas sobre aquilo de que se fala, que é o
tema.
Um requisito para a construção do texto, conhecido por todos os falantes, é que ele tenha unidade temática (mantenha
‘o fio da meada’), e, ao mesmo tempo, apresente informações novas sobre o tema. Um texto sobre gripe, por exemplo,
não pode mudar de tema aleatoriamente e passar a tratar de furacão ou telefone celular. Mas, para ser aceito como
texto, precisa falar de diferentes aspectos da gripe: o que é, que riscos traz para o doente, quais são os meios de
contágio, o que se deve fazer para evitá-la, qual é o tratamento, etc. Assim, do ponto de vista funcional, a organização e
hierarquização das unidades semânticas do texto se concretizam por meio de dois eixos de informação,
denominados tema (tópico) e rema (comentário). Considera-se como tema do enunciado o que se toma como base da
comunicação, aquilo de que se fala, e como rema aquilo que se diz sobre o tema. De modo geral, o tema é uma
informação dada, já apresentada ao ouvinte ou leitor, ou que pode ser facilmente inferida, depreendida por ele, a partir
do contexto ou do próprio texto. O rema apresenta informação nova que é introduzida no texto.
PARAGRAFAÇÃO
A paragrafação é a “ação de construir parágrafos”. São os parágrafos que organizam as partes de um texto em
prosa (os textos verbais – que usam a palavra escrita – podem ser em prosa ou em poesia, os textos em forma de poesia
são organizados em estrofes e versos, e os textos em prosa, em parágrafos e frases). A marcação de parágrafos ocorre
pelo recuo da primeira frase do parágrafo em relação à margem, ou seja, deixando um espaço em branco. É importante
lembrar que não se colocam marcadores, como flechas, pontos ou travessão no início dos parágrafos; o travessão só
pode aparecer se for a fala de um personagem – ainda assim o recuo em relação à margem deve ser deixado, é apenas o
recuo (o espaço em branco).
Os parágrafos variam de extensão, dependendo da ideia que está sendo construída dentro do texto. Assim, não
há um número de linhas correto. Quando fazemos nossos textos, vamos encadeando as ideias, ligando-as umas às
outras. Cada ideia desenvolvida deve vir em um parágrafo diferente. E cada vez que mudamos de ideia (ou mudamos de
“assunto”), iniciamos um novo parágrafo.
ENUNCIADO
De maneira geral, os enunciados podem ser considerados como sendo acontecimentos discursivos, isto é, são as
unidades de comunicação/interação entre os sujeitos.
COESÃO TEXTUAL
São só palavras
Fui à praia me bronzear porque estava nevando e, quando isso ocorre, o calor aumenta, o que faz com que sintamos
frio.
1. Coesão por referência: é um dos tipos mais utilizados em um texto. Graças a ela, evitamos repetições de termos,
descuido que pode tornar desagradável a leitura de um texto:
Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Eles foram acompanhados pelos professores da
escola.
Em vez de:
Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Os alunos do terceiro ano foram acompanhados
pelos professores da escola.
2. Coesão por substituição: são empregadas palavras e expressões que retomam termos já enunciados através
da anáfora. Observe o exemplo:
Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso isso volte a acontecer,eles serão suspensos.
Em vez de:
Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso o mau comportamentovolte a acontecer, os alunos serão
suspensos.
3. Coesão por elipse: Ocorre por meio da omissão de uma ou mais palavras sem que isso comprometa a clareza de
ideias da oração:
Em vez de:
Maria faz o almoço e ao mesmo tempo Maria conversa ao telefone com a amiga.
4. Coesão por conjunção: Esse tipo de coesão possibilita relações entre os termos do texto através do emprego
adequado de conjunções:
Como não consegui ingressos, não fui ao show, contudo, assisti ao espetáculo pela televisão.
5.Coesão lexical: ocorre por meio do emprego de sinônimos, pronomes, hipônimos ou heterônimos. Observe o
exemplo:
Machado de Assis é considerado o maior escritor brasileiro. O carioca nasceu no dia 21 de junho de 1839 e faleceu no
Rio de Janeiro no dia 29 de setembro de 1908. Gênio maior de nossas letras, foi um dos fundadores da Academia
Brasileira de Letras.
COERÊNCIA TEXTUAL
Quando falamos em COERÊNCIA textual, falamos acerca da significação do texto, e não mais dos elementos estruturais
que o compõem. Um texto pode estar perfeitamente coeso, porém incoerente. É o caso do exemplo abaixo: 104
"As ruas estão molhadas porque não choveu"
Há elementos coesivos no texto acima, como a conjunção, a sequência lógica dos verbos, enfim, do ponto de vista da
COESÃO, o texto não tem nenhum problema. Contudo, ao ler o que diz o texto, percebemos facilmente que há uma
incoerência, pois se as ruas estão molhadas, é porque alguém molhou, ou a chuva, ou algum outro evento. Não ter
chovido não é o motivo de as ruas estarem molhadas. O texto está incoerente.
Princípio da Não Contradição: em um texto não se pode ter situações ou ideias que se contradizem entre si, ou seja, que
quebram a lógica.
Princípio da Não Tautologia: Tautologia é um vício de linguagem que consiste n a repetição de alguma ideia, utilizando
palavras diferentes. Um texto coerente precisa transmitir alguma informação, mas quando há repetição excessiva de
palavras ou termos, o texto corre o risco de não conseguir transmitir a informação. Caso ele não construa uma
informação ou mensagem completa, então ele será incoerente
Princípio da Relevância: Fragmentos de textos que falam de assuntos diferentes, e que não se relacionam entre si,
acabam tornando o texto incoerente, mesmo que suas partes contenham certa coerência individual. Sendo assim, a
representação de ideias ou fatos não relacionados entre si, fere o princípio da relevância, e trazem incoerência ao texto.
Outros dois conceitos importantes para a construção da coerência textual são a CONTINUIDADE TEMÁTICA e a
PROGRESSÃO SEMÂNTICA.
Há quebra de continuidade temática quando não se faz a correlação entre uma e outras partes do texto (quebrando
também a coesão). A sensação é que se mudou o assunto (tema) sem avisar ao leitor.
Já a quebra da progressão semântica acontece quando não há a introdução de novas informações para dar sequência a
um todo significativo (que é o texto). A sensação do leitor é que o texto é demasiadamente prolixo, e que não chega ao
ponto que interessa, ao objetivo final da mensagem.
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Em resumo, podemos dizer que a COESÃO trata da conexão harmoniosa entre as partes do texto, do parágrafo, da
frase. Ela permite a ligação entre as palavras e frases, fazendo com que um dê sequência lógica ao outro. A COERÊNCIA,
por sua vez, é a relação lógica entre as ideias, fazendo com que umas complementem as outras, não se contradigam e
formem um todo significativo que é o texto.
Vale salientar também que há muito para se estudar sobre coerência e coesão textuais, e que cada um dos conceitos
apresentados acima podem e devem ser melhor investigados para serem melhor compreendidos.
QUESTÕES
01."Como a natureza, é capaz de preservar os ganhos e erradicar os erros para continuar a existir."; a forma
EQUIVOCADA de reescrever-se esse mesmo segmento é:
a) É capaz, como a natureza, de preservar os ganhos e erradicar os erros para continuar a existir;
b) Como a natureza, para continuar a existir, é capaz de preservar os ganhos e erradicar os erros;
c) Para continuar a existir, é capaz de preservar os ganhos e erradicar os erros, como a natureza;
d) É capaz de preservar os ganhos, como a natureza, e erradicar os erros para continuar a existir;
e) É capaz de preservar os ganhos e erradicar os erros, como a natureza, para continuar a existir.
02. “a diminuição dos processos normais de metabolismo e crescimento economiza energia...” equivale a “a energia é
economizada ao se reduzirem os processos normais de metabolismo e crescimento”; o item abaixo em que as duas
frases NÃO se equivalem é:
c) Melões estão na promoção: compre dois a R$l,00 cada e leve outro de graça.
Não há momento em que a taxa por volta na pista seja diferente de R$l0,00.
03. O sentido de "...o autor de um bom manual de aritmética para o ensino médio não é necessariamente um
intelectual, mas, se ele escrever esse livro adotando critérios pedagógicos inovadores e eficazes, pode ser" fica
profundamente alterado com a substituição de "se ele escrever esse livro" por:
a) caso ele escreva esse livro; b) conquanto ele escreva esse livro; c) desde que ele escreva esse livro;
d) uma vez que ele escreva esse livro; e) escrevendo ele esse livro.
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04. O sentido de “associará a felicidade ao exercício das virtudes, que, embora árduo, compele os homens a se
defrontar com a realidade” sofre profunda alteração se o enunciado for reescrito do seguinte modo:
a) associará a felicidade ao exercício das virtudes, que, conquanto árduo, compele os homens a se defrontar com a
realidade;
b) associará a felicidade ao exercício das virtudes, que, sendo árduo, compele todavia os homens a se defrontar com a
realidade;
c) associará a felicidade ao exercício das virtudes, que é árduo, sim, contudo compele os homens a se defrontar com a
realidade;
d) associará a felicidade ao exercício das virtudes, que, árduo, compele por isso mesmo os homens a se defrontar com a
realidade;
e) associará a felicidade ao exercício das virtudes, o qual, árduo que seja, compele ainda assim os homens a se defrontar
com a realidade.
05. Altera-se profundamente o sentido de "e todas as ações boas ou más se justificam, desde que sirvam à causa
operária." , caso se dê à oração em destaque a seguinte forma negativa:
a) exceto se não servirem à causa operária; b) salvo se não servirem à causa operária;
c) a menos que não sirvam à causa operária; d) a não ser que não sirvam à causa operária;
07. O pronome sublinhado em "Não surpreende que assim seja, porque desta definição depende em parte o
estabelecimento das credenciais dos atores que hoje estão envolvidos na luta dos negros pelo lugar na sociedade
brasileira que nem a abolição, nem os cem anos que a seguiram lhes propiciaram." está em clara referência ao termo:
08. A substituição feita abaixo do termo sublinhado no período "Algo semelhante, embora em ponto menor, acontece
com a abolição da escravidão" que implica alteração de sentido é:
a) não obstante em ponto menor; b) ainda que em ponto menor; c) conquanto em ponto menor;
09. O pronome destacado em "... e a frente do movimento pelo fim das discriminações raciais. Ambas são políticas, mas
a primeira O é de forma mediatizada" tem a função de substituir, no texto:
10. Dentre as modificações impostas à frase "Embora seguindo regras distintas, as duas frentes são importantes e se
alimentam mutuamente ou, pelo menos, deveriam fazê-lo", a que NÃO implica mudança de sentido é:
a) Embora seguindo regras, distintas as duas frentes, são ambas importantes e se alimentam mutuamente ou, pelo
menos, deveriam fazê-lo.
b) Embora as duas frentes sigam regras distintas, são ambas importantes e se alimentam mutuamente ou, ao menos,
deveriam fazê-lo.
c) Embora seguindo regras distintas, as duas frentes são importantes e se nutrem mutuamente, já que precisariam fazê-
lo.
d) Embora seguindo regras distintas, as duas frentes ou são importantes ou se alimentam mutuamente: pelo menos,
deveriam fazê-lo.
e) Embora com regras distintas, as duas frentes ou são importantes ou se alimentam mutuamente, já que assim
deveriam fazê-lo.
11. Na oração "e sofre com a falta de alguns dos requisitos mínimos para uma vida decente", os termos I - "sofre" e II -
"com a falta de alguns dos requisitos mínimos para uma vida decente" guardam entre si uma relação de:
12. "Apesar da urgência da organização..."; nesse segmento do texto, a locução "apesar de" pode ser perfeitamente
substituída por: 107
a) não obstante; b) entretanto; c) visto que; d) já que; e) após.
GABARITOS: 01.D 02.C 03.B 04.D 05.E 06.B 07.A 08.D 09.A 10.B 11.A 12.A