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Respostas: a. Pode haver poesia em prosa e poesia em verso livre. Sabemos que a poesia pode estar autenticamente presente na prosa de cção.
b.
O conteúdo do poema e a maneira como este é subjetivamente abordado pela voz do sujeito aproxima o crítico dos estudos da poesia,
do que é abstrato.
e. O poema é a combinação de palavras, versos, sons e ritmos. É o elemento concreto, o resultado da Arte.
Comentário da Resposta: C. Justi cativa: a a rmação é falsa porque a poesia – elemento abstrato – pode ser encontrada em poema (texto em verso), em
resposta: texto em prosa ou até mesmo em uma paisagem.
Oh! alto e baixo
em círculos e retas
acima de nós, em redor de nós
as palavras voam.
E às vezes pousam.
(MEIRELES apud GOUVEA, L. V. B. (org.). Ensaios sobre Cecília Meireles.
São Paulo: Fapesp/Humanitas, 2007, p. 251)
Comentário da Resposta: E. Justi cativa: no poema o leitor depara-se com imagens metafóricas, em que a palavra é comparada tanto à borboleta quanto à
resposta: ave rapina. Ou seja, a palavra traz suavidade, doçura, alegria, delicadeza, mas também traz sentimentos e atitudes atrozes. Nessa comparação,
o poema marca a subjetividade, o ponto de vista de um “eu” sobre a palavra.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, m de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja in nito enquanto dure.
(MORAES, Vinicius de. Antologia poética.São Paulo:
Companhia de Bolso, 2009, p. 112)
Resposta c. Como o título já explica, trata-se de um soneto, com estrutura clássica de dois quartetos e dois tercetos.
Selecionada:
Respostas: a.
Como o poeta pertenceu à literatura modernista, cujo objetivo era romper com a tradição literária, o poema Soneto de delidade não
apresenta estrutura rígida em seus versos nem em suas estrofes.
b. O poema de Moraes é um exemplo típico de écloga, devido justamente ao número de versos (4, 4, 3, 3) em cada estrofe.
c. Como o título já explica, trata-se de um soneto, com estrutura clássica de dois quartetos e dois tercetos.
d.
Vinicius de Moraes escreveu várias letras de música e vários de seus poemas foram musicados. Assim, Soneto de delidade é da espécie
canção.
e. Trata-se de um texto poético, sem preocupação formal e livre, tal como ocorre em um soneto.
Comentário da Resposta: C. Justi cativa: o poema segue o gênero soneto, cuja estrutura é rígida, sendo constituído por duas estrofes de quatro versos cada,
resposta: seguidas de mais duas estrofes de três versos cada. Além disso, há preocupação com o número de sílabas poéticas em cada verso e da
criação de rima.
Atualmente, dentre os gêneros literários, um está esquecido pelos escritores, em parte pelos padrões culturais do leitor atual e, principalmente, pelo caráter
obsoleto a que restringe a abordagem de fatos e de personagens heroicos. Pode-se a rmar que esse gênero é o:
Respostas: a. Épico.
b. Lírico.
c. Dramático.
d. Narrativo.
e. Jornalístico.
Comentário da Resposta: A. Justi cativa: a epopeia é um gênero todo escrito em versos e muito extenso, chegando, dependendo da obra, a mais de oito mil
resposta: versos. Esse tipo de texto não atende mais à demanda da sociedade contemporânea, criadora e fruto de linguagem mais dinâmica e bem
menos extensa. Hoje temos o microconto, criado em 140 caracteres, como exemplo dessa linguagem dinâmica e breve.
(apud TAVARES, Hênio. Teoria Literária. Belo Horizonte: Itatiaia, 2002, p. 176)
Respostas: a. Monossílabo.
b. Dissílabo.
c. Trissílabo.
d. Hexassílabo.
e. Pentassílabo.
Comentário da resposta: Resposta: A. Justi cativa: em cada verso há apenas uma sílaba poética, sendo classi cada, por conseguinte, como monossílaba.
Leia um fragmento da epopeia Os lusíadas, de Camões, e veri que o número de versos em cada estrofe. Depois, indique a classi cação em relação à estrutura das
estrofes.
Canto I
(CAMÕES, Luis Vaz de. Os lusíadas. São Paulo: Cultrix, 1993, p. 21)
Respostas: a. Terceto.
b. Quarteto.
c. Oitava.
d. Irregular.
e. Décima.
Comentário da Resposta: C. Justi cativa: a epopeia máxima da Língua Portuguesa – Os lusíadas – foi toda escrita na disposição estró ca oitava. Ou seja,
resposta: em cada estrofe há oito versos.
Dos trechos poéticos a seguir, indique aquele que possui rima pobre:
Comentário da Resposta: B. Justi cativa: rima pobre é aquela constituída de palavras que pertencem à mesma classe gramatical. No caso, “convento”
resposta: (substantivo) rima com “vento” (também substantivo) e “quebrada” rima com “isolada”, ambas adjetivas.
Indique a obra que não segue a estrutura épica, mas que tem o caráter da epopeia:
c. Os lusíadas, de Camões.
Comentário da Resposta: E. Justi cativa: Classicamente, as epopeias são modeladas em verso e sempre tratam de algo grandioso. No caso de Os sertões,
resposta: trata-se de um texto em prosa (e não em verso), mas há grandiosidade na obra, tal como ocorre na epopeia. Muitos romances modernos são
considerados “épicos”.
Comentário da resposta: Resposta: D. Justi cativa: as informações condizem com a estrutura e a forma da obra de Camões.
Leia o poema:
Soneto de separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Oceano Atlântico, a bordo do Highland Patriot, a caminho da Inglaterra, setembro de 1938.
(MORAES, Vinicius de. Antologia poética. São Paulo:
Companhia de Bolso, 2009, p. 114)
Sobre os recursos de linguagem empregados na construção do poema, temos:
I - As semelhanças sonoras entre palavras como “espalmadas” e “espanto”, “branco” e “bruma”, exempli cam o uso de aliterações no texto.
II - A repetição, ao longo do poema, da expressão “de repente”, acentua a ideia de espanto trazido pela separação.
III - O uso de algumas antíteses demonstra o contraste entre os momentos antes e depois da separação.
IV - Na segunda estrofe, a palavra “vento” metaforiza a tranquilidade anterior à separação.
Respostas: a. I e II.
b. I e IV.
c. III e IV.
d. I, II e III.
Comentário da Resposta: D. Justi cativa: o poema é rico em linguagem poética, com o uso de aliteração, antítese e metáfora. No entanto, o vento não é
resposta: uma metáfora de tranquilidade, mas de problemas advindos da separação.