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TEORIA LITERARIA 6262-60_59625_R_E1_20222 CONTEÚDO Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE II

Usuário gessica.souza23 @aluno.unip.br


Curso TEORIA LITERARIA
TEORIA Teste QUESTIONÁRIO UNIDADE II
LITERARIA (6262- Iniciado 31/10/22 22:24
60_59625_R_E1_202
Enviado 31/10/22 22:41
22)
Status Completada
CONTEÚDO Resultado da tentativa 3 em 3 pontos  
Tempo decorrido 17 minutos
Resultados exibidos Todas as respostas, Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários, Perguntas respondidas incorretamente

Pergunta 1 0,3 em 0,3 pontos

Em relação à poesia e ao poema, considera-se falsa a seguinte a rmativa:

Resposta c. Um texto é poesia só porque é feito em verso.


Selecionada:

Respostas: a. Pode haver poesia em prosa e poesia em verso livre. Sabemos que a poesia pode estar autenticamente presente na prosa de cção.

b.
O conteúdo do poema e a maneira como este é subjetivamente abordado pela voz do sujeito aproxima o crítico dos estudos da poesia,
do que é abstrato.

c. Um texto é poesia só porque é feito em verso.

d. Pode ser feita em verso muita coisa que não é poesia.

e. O poema é a combinação de palavras, versos, sons e ritmos. É o elemento concreto, o resultado da Arte.

Comentário da Resposta: C. Justi cativa: a a rmação é falsa porque a poesia – elemento abstrato – pode ser encontrada em poema (texto em verso), em
resposta: texto em prosa ou até mesmo em uma paisagem.

Pergunta 2 0,3 em 0,3 pontos

Dado o poema a seguir, considere seus recursos poéticos:


Voo
Alheias e nossas
as palavras voam.
Bando de borboletas multicores,
as palavras voam.
Bando azul de andorinhas,
bando de gaivotas brancas,
as palavras voam.
Voam as palavras
como águias imensas.
Como escuros morcegos
como negros abutres,
as palavras voam.

 
Oh! alto e baixo
em círculos e retas
acima de nós, em redor de nós
as palavras voam.

 
E às vezes pousam.
(MEIRELES apud GOUVEA, L. V. B. (org.). Ensaios sobre Cecília Meireles.
São Paulo: Fapesp/Humanitas, 2007, p. 251)

I - Podemos notar o desabrochar da subjetividade do poeta.


II - A palavra – matéria-prima do escritor literário – é metaforicamente comparada a um pássaro.
III - A seleção lexical no poema cria sinestesia, uma vez que a palavra é oral (audição) e é comparada à borboleta multicolor (visão).
IV - Há ideias opostas em uma formação de antítese ao comparar a palavra à borboleta (sinônimo de delicadeza) e às aves rapinas (sinônimo de agressividade).

Resposta Selecionada: e. Todas estão corretas.

Respostas: a. Apenas I e II estão corretas.

b. Apenas II está correta.

c. Apenas III e IV estão corretas.

d. Apenas I, III e IV estão corretas.

e. Todas estão corretas.

Comentário da Resposta: E. Justi cativa: no poema o leitor depara-se com imagens metafóricas, em que a palavra é comparada tanto à borboleta quanto à
resposta: ave rapina. Ou seja, a palavra traz suavidade, doçura, alegria, delicadeza, mas também traz sentimentos e atitudes atrozes. Nessa comparação,
o poema marca a subjetividade, o ponto de vista de um “eu” sobre a palavra.

Pergunta 3 0,3 em 0,3 pontos

Sobre o aspecto formal do poema de Vinicius de Moraes, consideramos correto:


Soneto de delidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

 
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

 
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, m de quem ama

 
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja in nito enquanto dure.

 
(MORAES, Vinicius de. Antologia poética.São Paulo:
Companhia de Bolso, 2009, p. 112)

Resposta c. Como o título já explica, trata-se de um soneto, com estrutura clássica de dois quartetos e dois tercetos.
Selecionada:

Respostas: a.
Como o poeta pertenceu à literatura modernista, cujo objetivo era romper com a tradição literária, o poema Soneto de delidade não
apresenta estrutura rígida em seus versos nem em suas estrofes.

b. O poema de Moraes é um exemplo típico de écloga, devido justamente ao número de versos (4, 4, 3, 3) em cada estrofe.

c. Como o título já explica, trata-se de um soneto, com estrutura clássica de dois quartetos e dois tercetos.

d.
Vinicius de Moraes escreveu várias letras de música e vários de seus poemas foram musicados. Assim, Soneto de delidade é da espécie
canção.

e. Trata-se de um texto poético, sem preocupação formal e livre, tal como ocorre em um soneto.

Comentário da Resposta: C. Justi cativa: o poema segue o gênero soneto, cuja estrutura é rígida, sendo constituído por duas estrofes de quatro versos cada,
resposta: seguidas de mais duas estrofes de três versos cada. Além disso, há preocupação com o número de sílabas poéticas em cada verso e da
criação de rima.

Pergunta 4 0,3 em 0,3 pontos

Atualmente, dentre os gêneros literários, um está esquecido pelos escritores, em parte pelos padrões culturais do leitor atual e, principalmente, pelo caráter
obsoleto a que restringe a abordagem de fatos e de personagens heroicos. Pode-se a rmar que esse gênero é o:

Resposta Selecionada: a. Épico.

Respostas: a. Épico.

b. Lírico.

c. Dramático.

d. Narrativo.

e. Jornalístico.

Comentário da Resposta: A. Justi cativa: a epopeia é um gênero todo escrito em versos e muito extenso, chegando, dependendo da obra, a mais de oito mil
resposta: versos. Esse tipo de texto não atende mais à demanda da sociedade contemporânea, criadora e fruto de linguagem mais dinâmica e bem
menos extensa. Hoje temos o microconto, criado em 140 caracteres, como exemplo dessa linguagem dinâmica e breve.

Pergunta 5 0,3 em 0,3 pontos

Qual é a classi cação quanto ao número de sílabas poéticas no poema abaixo?


Vo
gar
Ro
lar
O
ar
do
lar
na
or

por
A-
mor

 
(apud TAVARES, Hênio. Teoria Literária. Belo Horizonte: Itatiaia, 2002, p. 176)

Resposta Selecionada: a. Monossílabo.

Respostas: a. Monossílabo.

b. Dissílabo.

c. Trissílabo.

d. Hexassílabo.

e. Pentassílabo.

Comentário da resposta: Resposta: A. Justi cativa: em cada verso há apenas uma sílaba poética, sendo classi cada, por conseguinte, como monossílaba.

Pergunta 6 0,3 em 0,3 pontos

Leia um fragmento da epopeia Os lusíadas, de Camões, e veri que o número de versos em cada estrofe. Depois, indique a classi cação em relação à estrutura das
estrofes.

 
Canto I

As armas e os Barões assinalados


Que da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edi caram
Novo Reino, que tanto sublimaram;

E também as memórias gloriosas


Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

Cessem do sábio Grego e do Troiano


As navegações grandes que zeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.

 
(CAMÕES, Luis Vaz de. Os lusíadas. São Paulo: Cultrix, 1993, p. 21)

Resposta Selecionada: c. Oitava.

Respostas: a. Terceto.

b. Quarteto.

c. Oitava.

d. Irregular.

e. Décima.

Comentário da Resposta: C. Justi cativa: a epopeia máxima da Língua Portuguesa – Os lusíadas – foi toda escrita na disposição estró ca oitava. Ou seja,
resposta: em cada estrofe há oito versos.

Pergunta 7 0,3 em 0,3 pontos

Dos trechos poéticos a seguir, indique aquele que possui rima pobre:

Resposta Selecionada: “Entre as ruínas de um convento,


de uma coluna quebrada
sobre os destroços, ao vento
b. vive uma or isolada” (Alberto de Oliveira)

Respostas: “O coração que bate neste peito


e que bate por ti unicamente
o coração, outrora independente,
a. hoje humilde, cativo e satisfeito” (Luis Guimarães Jr.)

“Entre as ruínas de um convento,


de uma coluna quebrada
sobre os destroços, ao vento
b. vive uma or isolada” (Alberto de Oliveira)

“Em cima daquele morro


passa boi, passa boiada;
também passa uma menina
c. de cabelo cacheado” (parlenda popular)

“Depois... Mas o lavor da taça admira


toca-a, e do ouvido aproximando-a às bordas
d. nas hás de lhe ouvir, canora e doce” (Alberto de Oliveira)

“Ignota voz, qual se da antiga lira


Fosse encantada música das cordas,
e. Qual se essa voz de Anacreonte fosse” (Alberto de Oliveira)

Comentário da Resposta: B. Justi cativa: rima pobre é aquela constituída de palavras que pertencem à mesma classe gramatical. No caso, “convento”
resposta: (substantivo) rima com “vento” (também substantivo) e “quebrada” rima com “isolada”, ambas adjetivas.

Pergunta 8 0,3 em 0,3 pontos

Indique a obra que não segue a estrutura épica, mas que tem o caráter da epopeia:

Resposta Selecionada: e. Os sertões, de Euclides da Cunha.

Respostas: a. Eneida, de Virgílio.

b. A divina comédia, de Dante.

c. Os lusíadas, de Camões.

d. Paraíso perdido, de Milton.

e. Os sertões, de Euclides da Cunha.

Comentário da Resposta: E. Justi cativa: Classicamente, as epopeias são modeladas em verso e sempre tratam de algo grandioso. No caso de Os sertões,
resposta: trata-se de um texto em prosa (e não em verso), mas há grandiosidade na obra, tal como ocorre na epopeia. Muitos romances modernos são
considerados “épicos”.

Pergunta 9 0,3 em 0,3 pontos

As a rmações a seguir são da obra Os lusíadas:


I - É uma epopeia lusa, de Camões, escrita no século XVI, em plena Renascença.
II - Compõe-se de 10 cantos, todos eles em oitavas, com rimas cruzadas, sendo os dois últimos versos de rimas paralelas.
III - O número total de estrofes é de 1.102 oitavas, perfazendo um total de 8.816 versos.

Resposta Selecionada: d. Todas estão corretas.

Respostas: a. Apenas I está correta.

b. Apenas II está correta.

c. Apenas I e III estão corretas.

d. Todas estão corretas.

e. Apenas III está correta.

Comentário da resposta: Resposta: D. Justi cativa: as informações condizem com a estrutura e a forma da obra de Camões.

Pergunta 10 0,3 em 0,3 pontos

Leia o poema:
 
Soneto de separação
 
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

 
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

 
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

 
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

 
Oceano Atlântico, a bordo do Highland Patriot, a caminho da Inglaterra, setembro de 1938.
(MORAES, Vinicius de. Antologia poética. São Paulo:
Companhia de Bolso, 2009, p. 114)

 
Sobre os recursos de linguagem empregados na construção do poema, temos:
I - As semelhanças sonoras entre palavras como “espalmadas” e “espanto”, “branco” e “bruma”, exempli cam o uso de aliterações no texto.
II - A repetição, ao longo do poema, da expressão “de repente”, acentua a ideia de espanto trazido pela separação.
III - O uso de algumas antíteses demonstra o contraste entre os momentos antes e depois da separação.
IV - Na segunda estrofe, a palavra “vento” metaforiza a tranquilidade anterior à separação.

Resposta Selecionada: d. I, II e III.

Respostas: a. I e II.

b. I e IV.

c. III e IV.

d. I, II e III.

e. II, III e IV.

Comentário da Resposta: D. Justi cativa: o poema é rico em linguagem poética, com o uso de aliteração, antítese e metáfora. No entanto, o vento não é
resposta: uma metáfora de tranquilidade, mas de problemas advindos da separação.

Segunda-feira, 31 de Outubro de 2022 22h41min49s GMT-03:00 ← OK

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