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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Explicar, explanar ou aclarar as informações


do texto;
Apreender, assimilar o seu conteúdo;
Selecionar, perceber as suas ideias essenciais
e as secundárias;
Perceber informações de outros textos
inseridas em seu conteúdo (intertextualidade);
 Depreender os pontos de vista
expressos, os argumentos
fundamentadores desses pontos, dos
raciocínios e conclusões apresentados;
 Discutir o que foi lido a partir
especificamente das informações do
texto, reproduzindo, entendendo e
resumindo o seu conteúdo.
 Relacionar as informações entre autor
e leitor;
 Fazer inferências a partir das
informações apresentadas;
 Compreender a(s) intenção (ões) do
seu autor.
INTERPRETAR EXIGE:
 IDENTIFICAR, RELACIONAR,
ASSOCIAR, EXPLICAR, PARAFRASEAR,
COMENTAR, RESUMIR, ANALISAR
ideias nos, dos, entre textos.
Os Ombros Suportam o Mundo
(CDA)
 “Chega um tempo em que não se diz
mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu
amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco”
DEFINIÇÕES BÁSICAS

 1. TEXTO
 Tudo o que pode ser interpretado:
pintura, gravuras, sinais, gestos, texto
escrito etc.
 2. LEITURA
 Decodificação das informações
denotativa e / ou conotativa e explícita
e / ou implícita dos valores semânticos
de um texto.
 3. CONTEXTO
 Situação em que se desenvolve o texto:
cultura, tempo, espaço, participantes,
momento, assunto, instante etc.
 4. DISCURSO
 A intenção nas entrelinhas do texto.
TEXTO
Interpretação: as obras do PAC são
fachadas.
TEXTO
 TÍTULO?
SUBSÍDIOS PARA LEITURA
 1. CONTEXTOS:
 a) Cultural: Abrangente, envolve todo o
conhecimento de mundo de uma comunidade:
expressões, ditos, comportamentos coletivos.
 b) Situacional: Específico, envolve apenas a
situação momentânea de um ato de fala.
 Participantes: autor / leitor;
 Situação: espaço, tempo, meio;
 Assunto
Podem determinar:
 A configuração textual:
estrutura frasal,
denotação e conotação,
níveis e funções de linguagem;
 Significação do texto;
 Intenção discursiva.
 Ex.: (Contexto: Alunos atrapalham a aula do
professor em sala).
 - A porta está aberta!
 Significado: Saiam de sala!
 Ex: (Contexto: alguém bate à porta)
 Significado: Entra!
 Ex.:
“A gente não sabemos escolher presidente
A gente não sabemos tomar conta da gente
A gente não sabemos nem escovar os dente
Tem gringo pensando que nós é indigente
Inútil, a gente somos inútil
Inútil, a gente somos inútil”
 Intenção discursiva: Político-social
 Linguagem coloquial: sugestão de incompetência
 Polidez: inclusão entre os incompetentes
 Sarcasmo
 Função de linguagem: emotiva
CONHECIMENTO DE MUNDO
 Representa:
 a) As experiências de vida;
 b) Os Conhecimentos adquiridos.
1. Política;
2. Artes;
3. Realidade;
4. Ciência;
5. Cultura, etc.
Facilita a interpretação de textos, pois
representa a bagagem cultural do leitor.
TEXTO
 Título?
TEXTO
 Título?
POSSÍVEIS INTENÇÕES NO TEXTO
 Informar, noticiar, comunicar (referencial,
informativa);
 Persuadir, convencer (conativa, apelativa);
 Opinar, emocionar (emotiva, expressiva);
 Contatar (fática),
 Discutir fenômenos da própria linguagem
(metalinguística);
 Criar efeitos poéticos (poética).
TEXTO
 Intenções.
IDEIAS
 Explícitas: informações literais;
 Implícitas: informações nas entrelinhas.
 Ex:
– - Eu tinha uma vida bela.
 Explícito: Eu tinha uma vida bela.
 Implícito: Não tenho mais uma vida bela.
 Ex:
– - Eu quero você.
Explícito: Quero você.
Implícito: Não quero outra pessoa.
Ex.:
Informações implícitas (inferidas)

 Pressuposto: informação abstraída a


partir de marcas lingüísticas (palavras,
expressões) presentes no texto. Por isso
tem conteúdo discutível.
 Ex: Ontem, eu li um conto policial francês,
mas era interessante.
 Pressuposto: Todo conto policial
francês é chato.
 Ex: Fábio cometeu um novo crime.
 Pressuposto: Fábio cometera outro crime.
 Subentendido: informação sugerida por um
autor a partir de um contexto. Por isso é de
responsabilidade do leitor.
 Ex.: - Maria, eu te amo. Fica comigo?
 - Paulo, eu te amo como a um irmão.
 Subentendido: Não é possível.
 Ex:
 - Um dia vamos namorar!
 - Você acredita em Papai Noel?
 Subentendido: - Nunca.

 Ex.: - Aceita um pouco de refrigerante?


- Estou com gastrite.
 Subentendido: - Não.
PRESSUPOSTO E SUBENTENDIDO
Subentendido

 Sugere a incompetência da Igreja


DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
 Significados literal e figurado respectivamente.
 Denotação: mais clareza, mais objetividade, mais
efeito expressivo-informativo;
 Ex: Açougueiro descobre que foi traído, fica
extremamente irritado em casa, espancando a
esposa.
 Conotação: mais poeticidade, mais subjetividade,
mais efeito de expressividade.
 Ex: Açougueiro sabe que levou chifre e vira o
cavalo do cão em casa, metendo o pau na
mulher.
METAFORIZAÇÃO
Procedimentos argumentativos
 Argumento de autoridade
-Citação de idéias de outrem.
 Argumento de ilustração
-Apresentação de exemplos, dados,
estatísticas, informações.
 Argumento moral
- referência a valores éticos irrefutáveis.
 Argumento lingüístico
- Adaptação da linguagem ao meio de uso.
5. ARGUMENTAÇÃO
 Recursos de fundamentação e credibilização
das idéias nos textos.
- Reforçam a veracidade das idéias;
- Enfatizam a competência do autor;
- Credibilizam as informações;
- Sensibilizam o leitor;
-Sustentam as teses defendidas.
Exemplos
 Argumento de autoridade
 “Segundo Matos, se a pessoa fizer um
condicionamento adequado com a ajuda de
profissionais, o coração estará preparado em
três meses. Mesmo assim, de acordo com
ela, o ideal é fazer exercícios regularmente
para evoluir do sedentarismo para a corrida
em seis meses.“
Argumento ilustrativo
 “Há cinqüenta anos, os bebes utilizavam
fraldas de pano, que não eram jogadas fora.
Tomavam sopa feita em casa e bebiam leite
mantido em garrafas reutilizáveis. Hoje, os
bebês usam fralda descartáveis, tomam sopa
em potinhos que são jogados fora e bebem
leite embalado em tetrapak. Ao final de uma
semana de vida, o lixo que eles produzem
equivale, em volume, a quatro vezes o seu
tamanho. “
Estratégias
 Exemplos ou narrativas;
 Fatos históricos;
 Humor;
 Ironia;
 Adequação da linguagem;
 Princípios ou crenças pessoais (valores
éticos ou morais supostamente irrefutáveis)
ESTRATÉGIAS DISCURSIVAS
 Uso dos argumentos de modo que cumpram
melhor seu papel de fundamentação e de
credibilização das idéias e produzam um melhor
efeito no leitor.
 Uso de dados estatísticos;
 Citacão de autoridade;
 Citacão de títulos;
 Exploração do emocional;
 Exploração do conhecimento de mundo do leitor;
 Exploração de conhecimentos partilhados;
 Valorização do argumento oposto (evitar conflito);
 HUMOR E IRONIA
Polidez discursiva
 Recurso de atenuação de ameaças à imagem
do outro.
 Indicação de possibilidade;
 Indicação de incerteza;
 Frases interrogativas;
 Eufemismos;
 Ex: Talvez, seja importante que você altere
um pouquinho o seu modo de agir.
 POLIDEZ DISCURSIVA e Ironia
MODALIZAÇÃO DISCURSIVA
 Uso específico de recursos lingüísticos para
destacar, enfatizar, evidenciar, realçar o nível
de (não)comprometimento/engajamento do
autor com a informação ou com o seu
interlocutor.
 Evidencia o julgamento do autor acerca de
alguém ou de algo;
 Reforça o nível de envolvimento do autor
com as suas idéias e/ou com o seu
interlocutor;
 Revela que o autor manipula o seu texto para
conseguir efeitos discursivo-semânticos.
SIGNIFICADOS MODAIS
 (In)certeza;
 Obrigação;
 Necessidade;
 Potencialidade;
 Probabilidade;
 Tempo;
 Freqüência;
 Intensidade;
 Inclinação
 Polaridade: Afirmação/Negação.
VALORES MODAIS
 Alto (afirmação categórica)
 Ex: Certamente, encontrarei você.

 Médio (afirmação não categórica)


 Ex: É muito possível que encontre você.

 Baixo (afirmação não categórica)


 Talvez, eu encontre você.
RECURSOS MODAIS
 Operadores modais: Ter de (que), Dever,
Poder, conseguir;

 Adjuntos modais: sempre, ainda, só,


certamente etc.

 Expressões modais: acho que, é


necessário que, precisamos ..., estou certo de
que etc.
Ex.:

 Discurso não categórico e o categórico

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