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PORTUGUÊS

ALVARO

GCM
Índice

AULA 1 - Interpretação e Compreensão de texto. Organização estrutural dos textos. Marcas de


textualidade: coesão, coerência e intertextualidade. Modos de organização discursiva: descrição, narração,
exposição, argumentação e injunção; características específicas de cada modo.

AULA 2 - Tipos textuais: informativo, publicitário, propagandístico, normativo, didático e divinatório;


características específicas de cada tipo. Textos literários e não literários. Tipos de discurso.

AULA 3 - Tipologia da frase portuguesa. Estrutura da frase portuguesa: operações de deslocamento,


substituição, modificação e correção. Problemas estruturais das frases. Norma culta. Organização sintática
das frases: termos e orações. Ordem direta e inversa.

AULA 4 - Pontuação e sinais gráficos.


AULA 5 - Registros de linguagem. Funções da linguagem. Elementos dos atos de comunicação.
AULA 6 - Estrutura e formação de palavras. Formas de abreviação. Vocabulário: neologismos, arcaísmos,
estrangeirismos; latinismos.

AULA 7 - Classes de palavras; os aspectos morfológicos, sintáticos, semânticos e textuais de substantivos,


adjetivos, artigos e advérbios (os modalizadores).

AULA 8 - Classes de palavras; os aspectos morfológicos, sintáticos, semânticos e textuais de verbos.


AULA 9 - Classes de palavras; os aspectos morfológicos, sintáticos, semânticos e textuais de preposições,
conjunções e pronomes .

AULA 10 – Semântica: sentido próprio e figurado; antônimos, sinônimos, parônimos e hiperônimos.


Polissemia e ambiguidade.

AULA 11 - Ortografia e acentuação gráfica.


AULA 12 - A crase.
.

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AULA 1
Interpretação e Compreensão de texto. Organização estrutural dos textos. Marcas de textualidade:
coesão, coerência e intertextualidade. Modos de organização discursiva: descrição, narração, exposição,
argumentação e injunção; características específicas de cada modo.

Organização estrutural dos textos é um conceito que se refere às estruturas linguísticas dos textos,
ou seja, define a predominância de expressões e estruturas sintáticas presentes, os element os que
caracterizam e permanecem em cada tipo, além de indicar o objetivo comunicativo de cada um. Os
tipos textuais mais conhecidos são:

• narrativo
• descritivo
• dissertativo
• expositivo
• injuntivo

Na prática social, utilizamos determinados gêneros textuais que podem apresentar um ou mais tipo
textual.

NARRAÇÃO
O texto narrativo é aquele que se propõe a relatar acontecimentos e situações, verídicos ou fictícios.
Para apresentar a história, o tipo utiliza personagens de determinado tempo e espaço, que são os
“atores” dos fatos. Muitos gêneros utilizam a tipologia narrativa para diferentes propósitos, sendo
assim, os textos apresentam diferentes formas de mobilizar os elementos da narrativa.

Características e estrutura dos textos narrativos

Os textos narrativos caracterizam-se por seu aspecto factual e performático, pois relatam
acontecimentos por meio da utilização de personagens, que, no texto, “encenam” as experiências
vividas ou imaginadas.

Assim, são presentes, nos textos de caráter narrativo, personagens principais e secundários, e espaço(s)
e tempo(s). O espaço pode referir-se a espaços físicos (como um país, estado, cidade) ou sociais (como
as elites, as classes populares, os intelectuais etc.).

O tempo pode referir-se à contagem cronológica ou a um tempo psicológico. O tempo psicológico não é
contado por horas, dias ou anos, e sim pelo conteúdo subjetivo e mental que as personagens
expressam, por isso ele pode se deslocar por diferentes tempos cronológicos por meio da memória, por
exemplo.

Ainda há um elemento importante, principalmente para os textos com predominância do tipo narrativo:
o narrador. O narrador é o ponto de vista pelo qual a história é contada, por isso não é o mesmo que o
autor. Primordialmente, o narrador se divide em:

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• 1ª pessoa: quem narra é quem vive os fatos;
• 3ª pessoa: quem narra assiste de fora os fatos.

Dentro desses dois grupos, há muitas possibilidades de explorar essa ferramenta e criar diferentes
efeitos.

Exemplos de textos narrativos

Notícia
Biografia
Autobiografia
Conto
Romance
Filme
Teatro
Novela
Parábola
Mito
Lenda
Anedota
Piada
Fofoca

DESCRIÇÃO
O tipo textual descritivo é aquele que se caracteriza por expor as características ou propriedades de
algum objeto, seja ele material (como uma paisagem, um produto físico etc.), seja imaterial (uma
sensação, um serviço, um produto digital etc.).

O propósito da descrição consiste em fornecer uma apresentação consistente com o objetivo do


apresentador, de modo que o leitor ou ouvinte possa ter uma visualização mental do objeto
apresentado.

Características e estrutura dos textos descritivos

O texto descritivo se caracteriza por uma forte presença de verbos de ligação e adjetivos ou outros
qualificadores, que servem ao intuito de construir-se uma imagem mental do objeto apresentado. É
muito comum a esse tipo textual uma forte presença da descrição visual, desse modo, a observação
criteriosa do objeto faz-se uma ação fundamental.

• Exemplos de textos descritivos

Listas de compras
Anúncios de classificados
Currículos
Resenha

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Dissertação
O tipo textual dissertativo é aquele em que o autor se propõe a apresentar um determinado tema ou
assunto, posicionando-se sobre ele, baseado em uma argumentação consistente, com avaliações,
justificativas, conceitos e exemplos.

• Características e estrutura dos textos dissertativos

A dissertação fundamenta-se na apresentação de uma tese ou uma opinião sobre determinado tema
ou assunto. Essa tese baseia-se em argumentos fundamentados em dados, pesquisas, conceitos,
pesquisas científicas etc.

Desse modo, uma boa dissertação precisa apresentar uma estratégia de convencimento. Assim,
estrutura-se em:

• Apresentação do tema por meio de uma exposição inicial


• Constatação inicial que conduzirá o desenvolvimento do texto
• Problematização do tema e da constatação inicial
• Resolução dos questionamentos
• Conclusão e avaliação final

Para facilitar a elaboração dessa estrutura, o tipo textual dissertativo ampara-se em reflexões,
explicações e exposição de ideias, no intuito de se dar a conhecer a tese inicial.

• Exemplos de textos dissertativos


• Artigo de opinião
• Dissertação acadêmica
• Tese
• Artigo acadêmico-científico
• Editorial de jornal
• Monografia
• Conferência
• Artigo de divulgação científica

Falhas de raciocínio argumentativo

Falácia Argumentativa
A falácia é um tipo de argumento utilizado com a intenção de parecer correto, porém quem opta por esse
recurso geralmente omite algumas informações por trás do discurso. Por definição, a falácia se refere a
qualquer ideia equivocada ou falsa crença em algo. Como, por exemplo, na frase “nenhum homem presta”.

Como identificar falácias em argumentos?

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Um argumento é falacioso quando parece que as razões apresentadas sustentam a conclusão, mas na
realidade não sustentam.

Falso dilema
1. Ou concordas comigo ou não. ...
2. Reduz-te ao silêncio ou aceita o país que temos. ...
3. Ou votas no Silveira ou será a desgraça nacional.
Círculo vicioso
O círculo vicioso indica uma falácia informal que consiste em afirmar uma tese, que se pretende
demonstrar verdadeira na conclusão do argumento, já partindo do princípio de que essa mesma conclusão
é verdadeira e empregando essa pressuposição em uma das premissas.
É um tipo de falha argumentativa em que o argumento se torna cíclico, pois o efeito acaba reforçando a
causa.
“A violência é fruto da miséria social, pois com a pobreza muitos apelam para atos violentos a fim de obter
seu sustento e, com isso, investe-se cada vez mais em segurança. Esses recursos poderiam ser alocados em
educação e saúde, o que promoveria maior justiça social
Generalização precipitada

É uma falácia lógica que ocorre quando o tamanho de uma amostra apresentada é pequeno demais para
sustentar uma generalização, ou seja, apesar de ser possível que apenas uma amostra represente a
população, a amostra é insuficiente para comprovar a afirmação.

GENERALIZAÇÃO EXCESSIVA - produz uma conclusão a partir de uma evidência insuficiente. Exemplo:
Tudo que é raro é caro; um carro por um real é raro, logo um carro por um real é caro.

Fuga do assunto

Esse problema consiste em desviar o texto da temática proposta .

“O racismo é um grande problema na sociedade. Se cada indivíduo fizer a sua parte, o Brasil poderá se
transformar. Então, o Brasil precisa investir em educação, melhorar as condições de moradia da população
(...)”.

Confusão de causa e efeito

Este tipo de falha argumentativa está presente em argumentos que deveriam ser consequências do
problema mostrado, mas não são.

“As novelas são, hoje, as maiores causadoras da violência urbana, pois incentivam atos de agressão contra
a sociedade”.

Argumentação subjetiva

A argumentação é subjetiva quando o autor expressa sua visão pessoal, manifestando o que seria apenas
suas opiniões e impressões sobre um determinado assunto. A opinião é o modo pessoal de ver algum fato.

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Marcas do enunciador
Os resultados sinalizam que as marcas enunciativas e as expressões linguísticas próprias da oralidade
utilizadas intencionalmente pelo enunciador têm o intuito de persuadir o enunciatário e de aproximar os
interlocutores como se estivessem em uma interação face a face.

Texto expositivo
O tipo textual expositivo caracteriza-se por apresentar saberes consensuais de diferentes áreas, sem
inserir nenhuma problematização ou argumentação a respeito do tema. Dessa forma, esse tipo
objetiva apresentar conhecimentos de mundo, organizados em uma estrutura lógica, que contribua
para a compreensão do leitor.

• Características e estrutura dos textos expositivos

O texto expositivo pode organizar-se de diferentes formas para apresentar o assunto ou saber. A
estrutura básica pode ser em:

• Método dedutivo - generalização - especificação: parte-se de um saber abrangente para


apresentar saberes específicos.
• Método indutivo - especificação - generalização: parte-se de um saber específico para
apresentar generalizações.
• Método dedutivo-indutivo - generalização - especificação - generalização: parte-se de um
saber geral, apresenta-se especificações, conclui-se com uma nova generalização.

Exemplos de textos expositivos

• Verbete de dicionário
• Enciclopédia
• Entrevista
• Seminários
• Palestras
• Conferências

Texto injuntivo
O tipo textual injuntivo caracteriza-se por fornecer instruções para a realização de uma ação desejada,
logo, esse texto incita o leitor a realizar algo. Sua aplicação é presente em manuais de instruções,
pedidos, prescrição etc.

• Características e estrutura dos textos injuntivos

Os textos injuntivos apresentam, predominantemente, orações com o uso de formas verbais no


imperativo, indicando ordem ou pedido, organizadas em uma ordem que favoreça a realização da ação
solicitada.

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Desse modo, um texto injuntivo que faz uma súplica ou um pedido pode, anteriormente, utilizar o tipo
expositivo para apresentar uma determinada situação ou o dissertativo para defender um ponto de
vista e, em seguida, fazer a solicitação.

Diferentemente, nos manuais de instrução, por exemplo, o tipo injuntivo pode se organizar em uma
ordem cronológica das ações instruídas. Desse modo, o leitor obedece não apenas às solicitações como
também à ordem na qual estão estruturadas.

• Exemplos de textos injuntivos


• Mensagem religiosa doutrinária
• Instruções
• Manuais de uso e/ou montagem de aparelhos e outros
• Receitas de cozinha e receitas médicas
• Textos de orientação comportamental

QUESTÕES
1) Assinale a opção que apresenta uma frase que pode estar inserida entre os textos classificados como
injuntivos.

A) Cuide dos anúncios, que o dinheiro cuida de si mesmo.

B) Vendeu a empresa. Deixou de ser rico, agora só tem dinheiro.

C) Férias coletivas são o prenúncio de demissão.

D) Na origem de toda riqueza há coisas que fazem tremer.

E) O comércio é a escola do ludíbrio.

2) Assinale a frase que pode ser inserida entre os textos narrativos.

A) Você não pode fazer uma cesta de três pontos debaixo da tabela.

B) O cérebro é o órgão com que pensamos que pensamos.

C) O boxe exige grande generosidade: dar sempre, sem receber.

D) Comecei uma dieta, cortei a bebida e alguns pratos e, em quatorze dias, perdi duas semanas.

E) Não amar e não tomar banho todos os dias podem levar à perdição.

3) Entre os pensamentos abaixo, aquele que deve ser classificado como um texto não argumentativo, é:

A) Três pessoas podem manter um segredo, se duas delas estiverem mortas;

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B) Penso, logo existo;

C) Ouve sempre e não fala nunca;

D) O dilúvio passou. Deixou ficar um homem;

E) Detesto as mulheres porque elas sempre sabem onde as coisas estão.

Texto 2

Sonho, memória e o reencontro de Freud com o cérebro (fragmento adaptado)

“Para que serve sonhar? No início do século XX esta pergunta ancestral pareceu subitamente ao alcance da
Razão, com a publicação de ‘A interpretação dos sonhos’. Neste livro Freud fundou uma nova e ambiciosa
psicologia, repleta de novas ideias sobre a mente humana e seus sonhos. A despeito do impacto profundo
destas ideias na sociedade ocidental, sua formulação e desenvolvimento não se deram sobre uma base
empírica e quantitativa, marcando um divórcio progressivo de método e discurso entre a psicanálise e a
biologia. Como resultado, pouca ou nenhuma influência é atualmente atribuída a Freud no que diz respeito
à investigação científica do fenômeno onírico.

O fosso não poderia ser mais profundo. Predomina nas ciências exatas a noção de que a contribuição da
psicanálise para o entendimento dos sonhos resume-se a um amontoado de observações isoladas, teorias
não testáveis, imperativos ideológicos e argumentos de autoridade. Por outro lado, as diferentes vertentes
da psicanálise ocupam-se pouco ou nada do estudo experimental e quantitativo dos sonhos, voltando-se
exclusivamente para os símbolos e jamais para seu substrato material, o sistema nervoso.

Na contramão deste divórcio, pretendo aqui demonstrar que os avanços da psicologia experimental e da
neurociência convergiram nos últimos anos para dois importantes insights psicanalíticos. O primeiro
consiste na observação concreta de que os sonhos, muito frequentemente, contêm elementos da
experiência do dia anterior, denominados ‘restos do dia’. O segundo é o reconhecimento de que estes
‘restos’ incluem atividades mnemônicas e cognitivas da vigília, persistindo nos sonhos na medida de sua
importância para o sonhador. Assim, ainda que de maneira difusa, a psicanálise prevê que a consolidação
de memórias e o aprendizado sejam importantes funções oníricas. [...]”

(Sidarta Ribeiro. Disponível em: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext Acesso em: 02/04/2022)

4) É comum que os textos sejam classificados de acordo com o domínio social de comunicação em que se
inserem. Por esse critério, é correto afirmar que o texto 2 tem natureza predominantemente:

A) descritiva, porque se propõe primariamente a qualificar, identificar e localizar os sonhos;

B) narrativa, porque se propõe primariamente a relatar uma sucessão de acontecimentos em ordem


cronológica;

C) expositiva, porque se propõe primariamente a ensinar a interpretação psicanalítica sobre os símbolos


oníricos;

D) injuntiva, porque se propõe primariamente a orientar as ações futuras do leitor;

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E) argumentativa, porque se propõe primariamente a defender um ponto de vista acerca da relação entre
psicanálise, de um lado, e neurociência e psicologia cognitiva, de outro.

5) Um escritor russo disse o seguinte: “Dizem que não há justiça sobre a terra. Mas por acaso existe no
céu?” Nesse pequeno texto argumentativo, o argumento utilizado para rebater a primeira afirmação é
falacioso, caracterizando-se como um(a):

A) falsa analogia;

B) fuga do assunto;

C) confusão causa/efeito;

D) argumento autoritário;

E) generalização excessiva.

6) Entre as opções abaixo, aquela que exemplifica o tipo de texto instrucional, é:

A) Separe os parafusos e coloque-os nos buracos das dobradiças;

B) Criar é matar a morte;

C) A imprensa mente, deturpa os fatos e agride o vernáculo;

D) Os pequenos anúncios contêm toda a verdade que se pode encontrar num jornal;

E) Para saber falar é preciso saber escutar.

7) Assinale a frase mais proximamente ligada ao texto injuntivo.

A) Quando a gente fala em auditoria, muita gente fica de orelha em pé.

B) A profissão é bastante badalada no mercado de trabalho e geralmente associada a altos salários.

C) No serviço público, então, é um dos cargos mais desejados!

D) Mas você sabe qual são as atribuições desses profissionais? Quanto eles ganham? Onde trabalham?

E) Descubra o que faz um auditor e o que estudar para se tornar um!

8) Assinale a opção que apresenta a frase que exemplifica o gênero textual descritivo.

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A) Quem investe hoje na produção deveria receber um diploma de burrice.

B) Fazer bons negócios é ver primeiro.

C) Quando o assunto é dinheiro, todos os homens pertencem à mesma religião.

D) Não fale sobre as minhas dívidas, a menos que você queira pagá-las.

E) Desconfiai do primeiro movimento: é sempre generoso.

9) “A fórmula da estabilidade democrática europeia está no equilíbrio em torno de duas grandes forças
políticas: de um lado, os social-democratas e, de outro, os liberais”.
Esse segmento serve de introdução a um texto jornalístico; nesse caso, a introdução segue o modelo de
uma:

A) declaração inicial;

B) divisão;

C) citação;

D) alusão histórica;

E) definição.

10) Entre as opções abaixo, aquela que exemplifica o tipo de texto argumentativo, é:

A) Quando muitos estão, falem pouco;

B) O asterisco nada mais é do que um ponto final hippie;

C) Cuidado ao ler livros sobre saúde;

D) Segundo Aristóteles, o ignorante afirma, o sábio duvida e reflete;

E) Que nunca o livro fique longe de tua mão e de teus olhos.

11) Observe o seguinte texto descritivo:

“Olhou o objeto por trás da cadeira que estava diante dele. Contornou-a e aproximou-se da mesa.
Cuidadosamente, pegou o pequeno pássaro esculpido em madeira e, voltando para a cadeira, girou-o entre
os dedos, examinando a pequena base pintada de azul”.
A técnica descritiva empregada nesse texto, é:

A) observador e objeto estão parados;

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B) observador e objeto estão em movimento;

C) objeto imóvel e observador em movimento;

D) objeto em movimento e observador parado;

E) objeto e observador alternam movimento e paralisação.

12) A frase abaixo que contém marcas do enunciador, é:

A) Hoje, tempo bom, com chuvas no cair da tarde;

B) O acidente causou duas vítimas, levadas ao hospital mais próximo;

C) O fogão era moderno, pena que custasse tão caro;

D) O material de construção ficou espalhado pela calçada;

E) Todos os convidados chegaram atrasados ao evento.

13) Observe o início do seguinte texto narrativo:

“Um homem tinha uma fazenda perto de um rio, mas essa proximidade nunca havia trazido problema.
Certo dia o rio começou a crescer e ele percebeu que sua fazenda ia ficar submersa”.
A frase que inicia propriamente a narração, é:

A) Um homem tinha uma fazenda perto de um rio;

B) ...mas essa proximidade nunca havia trazido problema;

C) Certo dia o rio começou a crescer;

D) ...e ele percebeu;

E) ...que sua fazenda ia ficar submersa.

14) “O melhor colégio de Salvador é, sem dúvida, o de meu filho, pois é o que possui melhores condições
de ensino”.

Nesse raciocínio, a falha de raciocínio argumentativo é identificada como

A) generalização excessiva.

B) círculo vicioso.

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C) falsa analogia.

D) simplificação exagerada.

E) argumento autoritário.

15) Leia com atenção os segmentos argumentativos a seguir.

Assinale a opção que apresenta uma argumentação subjetiva.

A) A primeira causa de mortes de jovens na Espanha são os acidentes de trânsito, já que cada ano morrem
cerca de 1400 jovens entre 15 e 29 anos.

B) Esse é um filme tecnicamente perfeito, mas o roteiro não é original nem me emociona.

C) Já se comprovou que cerca de 44% das pessoas consultam seu celular assim que se levantam.

D) Se a mesa tem 1 metro e meio de comprimento, não a podemos colocar no salão, pois só há um metro
de espaço livre.

E) Você não deve preocupar-se com esta prova; a maior parte dos candidatos é aprovada.

16) Observe o seguinte fragmento de um texto narrativo:

“Assim que entrou na loja, o turista passou a observar o homem que vagava entre os corredores com uma
sacola aberta a tiracolo. Quando viu que ele retirou um objeto da prateleira e enfiou-o na bolsa, decidiu
denunciá-lo por roubo”.

Assinale a opção que mostra uma marca adequada a esse gênero textual (narrativo).

A) Quanto ao conteúdo do texto, ocorre a atenção do observador por seres, objetos e cenas.

B) Quanto ao tempo, ocorre a apreensão de um momento único.

C) Quanto ao objetivo, sua finalidade está em identificar, localizar e qualificar os fatos narrados.

D) Quanto às classes de palavras predominantes, há a preferência por verbos e conjunções temporais.

E) Quanto ao emprego de tempos verbais, ocorre a preferência pelo presente ou pretérito imperfeito do
indicativo.

17) Atenção: use o Texto II a seguir para responder a próxima questão.

Texto II

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“Vamos arranjar um nome inventado para a cidade: Maranguaia. E também um nome para o coronel: Juca
Brito.

Mas que a cidade fique na sua paisagem verdadeira, com o pequeno córrego perene fertilizando um vale
dentro de um mundo de léguas de caatinga, no fundo do sertão. E o coronel fique na sua varanda, cheia de
gaiolas de passarinhos. Ali perto, enjaulados como feras, dois imensos cães dinamarqueses. Um campo
para criação de ema. E – luxo estranho no sertão – pavões reais. Foi o que vimos na visita rápida, quando
nosso carro entrou pelo parque da fazenda, entre juazeiros e tamarineiros.

O coronel Juca Brito é dono da casa, da cidade, do município, do sertão, do mundo.”

(O coronel, 12/05/1951)

17) A estruturação desse texto é predominantemente

A) narrativa, pois relata uma pequena visita do autor a uma fazenda do sertão.

B) descritiva, pois fornece elementos visuais componentes da paisagem da fazenda.

C) expositiva, pois traz informações necessárias para o entendimento do texto.

D) argumentativa, pois traz a tese implícita, contrária ao coronelismo.

E) injuntiva, pois se volta para a crítica de um sistema de vida, predominante, na época, em nosso sertão.

18) Leia o julgamento equivocado sobre alguns profissionais médicos, a seguir.


“O clínico é aquele sujeito que sabe tudo e não resolve nada. O cirurgião não sabe nada e resolve tudo. O
psiquiatra não sabe nada e não resolve nada.”

Esse julgamento mostra erro grave, já que apoia sua argumentação em

A) uma generalização excessiva.

B)testemunhos de autoridade.

C) analogias indevidas.

D) um conjunto de opiniões alheias.

E) uma pesquisa não identificada.

19) Os textos podem pertencer a diferentes tipos ou gêneros; a opção abaixo que mostra um texto
predominantemente expositivo é

A) “Depois desses dias na juventude, meu amigo desapareceu de minha vida e eu só tornei a encontrá-lo
na semana passada, em um restaurante”.

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B) “Defendo a ideia de que as pessoas podem dizer tudo o que querem, e, quando isso trouxer qualquer
prejuízo a alguém, que esse alguém as processe”.

C) “O barco atracou ontem no Rio de Janeiro, com muitas turistas a bordo, o que certamente vai trazer a
alegria para muitos comerciantes”.

D) “O rio estava transbordando, em função das fortes chuvas, com as margens derrubadas pela força das
águas e muitos detritos levados pela correnteza”.

E) “O deputado fez o seu discurso, foi ovacionado, agradeceu os aplausos e dirigiu-se a seu gabinete”.

20) Todas as frases abaixo expressam uma opinião; aquela que expressa uma opinião alheia de forma
neutra, é:
A) Como dizem os agricultores, nem todo dia de sol é bom de plantar ou de colher;
B) Considero execrável o pensamento egoísta de pagarmos o mínimo possível a quem trabalha;
C) Considero que esse novo programa agrícola vai atingir um sucesso imenso, principalmente por sua
criatividade;
D) Dizem que a distância traz o esquecimento, mas eu não apoio esse raciocínio;
E) Alguém imaginaria que o atual progresso científico iria trazer essa tragédia para a vida na Terra?

21) Em todas as opções abaixo há diferentes tipos de raciocínio; o texto que exemplifica o tipo de
raciocínio por analogia, é:

A) No governo republicano, é da natureza da constituição que os juízes devem seguir a letra da lei;

B) Se as eleições indicam um vencedor, é natural que as pessoas passem a atribuir a esse vencedor
responsabilidades pelos sonhos que almejam;

C) Os animais não possuem as vantagens que temos, mas possuem outras: eles não têm nossas esperanças,
mas não possuem nossos temores; eles sofrem, como nós, a morte, mas sem a conhecer;

D) Nos estados tirânicos, a natureza do governo requer uma obediência extrema; e, uma vez conhecida a
vontade do líder, ela deve provocar efeito infalível, como o de uma bola que se choca contra a outra;

E) Não há liberdade se o poder de julgar não está separado do poder legislativo e executivo. Se ele
estivesse unido ao poder legislativo, o poder sobre a vida dos cidadãos seria arbitrário porque o juiz seria
legislador.

Observe o texto descritivo a seguir para responder à questão 22.

“Entramos vagarosa e silenciosamente pela porta do laboratório às escuras; o cheiro do local era
nauseabundo e havia uma substância pegajosa não identificada por todo o chão. Havia tubos de ensaio
espalhados, como se os trabalhadores do local tivessem saído às pressas... Pelo amargo de nossas bocas, as
expectativas eram as piores possíveis.”

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22) A estratégia empregada nessa descrição é a de:

A) descrever detalhadamente, construindo-se da parte para o todo;

B) apresentar os elementos da descrição de cima para baixo;

C) utilizar todos os sentidos físicos na descrição;

D) identificar claramente os componentes do cenário descrito;

E) mostrar os elementos de longe para perto.

Em uma tarde ensolarada, estou no portão da escola recebendo as crianças como todos os dias. De
repente, um carro para em frente ao portão. Um menino de quatro anos chega à porta da escola com o
telefone nas mãos, assistindo desenho ou jogando (não foi possível identificar), tão concentrado que nem
percebe que chegou à escola. A mãe chama e ele não atende. Então, ela pega o telefone das mãos do filho
e ele começa a reclamar, chorando e exaltado, querendo o telefone novamente. A mãe pede ao filho para
parar de chorar e de “fazer birra”, mas este não a atende. Para parar de ouvir a reclamação do filho, ela
então vai ao carro, busca o tablet e deixa que o filho o leve para a escola.

Diário de bordo, 26 de fevereiro de 2018.

23) Sobre a estrutura desse pequeno texto, retirado de um estudo sobre a Tecnologia e a Educação
Infantil, a afirmativa adequada é que se trata de um texto:

A) argumentativo, em que se procura, por meio de uma estrutura narrativa, condenar o mau emprego da
tecnologia nas escolas;

B) narrativo, de que o narrador participa somente como observador e que pode servir de exemplo para a
condenação de um mau processo educativo familiar;

C) narrativo, de que o narrador participa com opiniões sobre o narrado, em tom condenatório da
tecnologia atual;

D) meramente descritivo de uma cena presenciada por um observador isento, cena essa que mostra
características da sociedade atual;

E) argumentativo, em que o argumentador se utiliza da presença de um tablet para a condenação dos


games infantis como não educativos.

24) Todos os segmentos textuais abaixo são exemplos de textos narrativos, que podem mostrar, entre
outras, uma focalização onisciente dos fatos, ou seja, em que o narrador mostra um conhecimento
completo de todos os elementos romanescos: tempo, espaço e personagens. Esse tipo de focalização
está apresentado em:

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A) Meus pensamentos vagaram toda a noite por projetos a serem realizados e, quando despertei, procurei
anotar alguns detalhes importantes;
B) A raposa olhou as uvas lá no alto e, sabendo que não iria alcançá-las, desistiu do seu projeto, alegando
que estavam verdes, mantendo, assim, o orgulho;
C) O homem aproximou-se do portão da casa e talvez, desejoso de ver a sua amada, apertou o botão da
campainha...;
D) Estacionei o carro na esquina, deixei rapidamente o local e meia hora depois a explosão acordou todo o
quarteirão;
E) Ele não sabia por que estava ali, parado, nem mesmo eu, o narrador desta história, tenho esse
conhecimento.

25) Um texto anônimo encontrado em um pequeno jornal de um bairro registrava: “Chamo-me Pedro
Álvares Cabral. Quero dizer que acabo de descobrir uma terra que parece muito grande, habitada por gente
estranha, que vive em completa inocência, pois não escondem seus corpos, como nós. Não sei o que
acontecerá a este lugar no futuro, principalmente me preocupa o fato de virem descobrir muitas riquezas
nele, mas espero que Deus o proteja dos homens. Daqui a alguns dias voltarei para Lisboa e darei as boas-
novas ao rei. Vou registrar diariamente os acontecimentos mais notáveis dessa descoberta”.
Sobre a estrutura desse pequeno texto, é correto afirmar que:
A) neste caso, o narrador e o autor são a mesma pessoa;
B) o foco principal da narrativa está na apresentação das diferenças entre os índios e os europeus;
C) o narrador deste pequeno texto mostra uma visão nostálgica de um passado já distante;
D) as características da linguagem empregada no texto tentam indicar que se trata de um momento já
distante no tempo;
E) o texto projeta uma visão futura positiva para o Brasil.

Texto 1
“Investigação é o ato ou efeito de investigar, busca, pesquisa. Ou seja, investigação criminal pode ser
definida como a atividade preliminar de produzir e colher elementos de convicção acerca da materialidade,
de autoria ou participação referente a um fato tido como criminoso” (Jus.com.br).

26) O texto 1 pode ser classificado como:

A) argumentativo, já que defende uma ideia;

B) expositivo, já que mostra como se faz uma investigação;

C) narrativo, pois relata as etapas de um processo investigativo;

D) descritivo, já que define o termo “investigação”;

E) expositivo-argumentativo, visto que expõe fatos.

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27) O segmento abaixo que exemplifica o tipo de texto denominado instrucional é:

A) As regras do condomínio estabelecem que os moradores não poderão manter animais de estimação nos
apartamentos;

B) Economize para que, nas próximas férias, possa realizar aquele passeio dos seus sonhos pela Europa;

C) A cidade estava deserta em função do feriado prolongado e a Prefeitura instruiu a população para que
não visitasse os locais de grandes aglomerações;

D) Todos estão cientes de que a inflação parece estar de volta, ainda que em índices menores;

E) Uma vez aberta a caixa, conserve-se na geladeira, sendo aconselhável o consumo nos 3 ou 4 dias
seguintes.

“Um homem acusado de tráfico de drogas e associação para o tráfico foi preso, neste sábado (13/11), por
policiais civis da 110ª DP (Teresópolis) e militares. Contra ele foi cumprido um mandado de prisão.
O criminoso foi capturado após informações de inteligência. Ele foi encaminhado para o sistema prisional,
onde ficará à disposição da Justiça.”

28) O texto 2 é do tipo informativo e é marcado pela mais rigorosa objetividade; a marca de objetividade
presente no texto que está corretamente exemplificada é:

A) emprego da voz passiva sem complemento de agente: “O criminoso foi capturado após informações de
inteligência”;

B) nominalização com omissão do autor da ação: “Um homem acusado de tráfico de drogas e associação
para o tráfico foi preso”;

C) localização precisa da ocorrência: “Um homem acusado de tráfico de drogas e associação para o tráfico
foi preso, neste sábado (13/11), por policiais civis da 110ª DP (Teresópolis) e militares;

D) estrutura pronominal de sentido ativo: “Contra ele foi cumprido um mandado de prisão”;

E) indeterminação do sujeito da ação: “Ele foi encaminhado para o sistema prisional, onde ficará à
disposição da Justiça”.

29) Para os jornais, os títulos das matérias devem seguir regras na sua formulação; nas opções abaixo
aparecem as regras e, em seguida, o título de uma reportagem ou notícia.

A opção em que a regra inicial foi seguida corretamente pelo título é:

A) não é recomendável o uso da voz passiva em títulos: Os bens da faculdade serão vendidos;

B) não se deve confundir integrantes da corporação com a instituição: Polícia é acusada do crime;

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C) não se deve usar o presente em referência a uma ação distante: O presidente inaugura hospital daqui a
dois anos;

D) a informação do título não deve ter imprecisão: Um morador de rua foi acusado de furto;

E) não se deve pôr o verbo no presente quando o tema do título pertence a passado distante: Índice subiu
20% há cinco anos.

30) “Compre a marca X. É eficiente e mais barata!”


Esse texto representa, respectivamente, o seguinte modo de organização discursiva e a finalidade do tipo
textual:

A) dissertativo / convencer;

B) dissertativo / relacionar-se;

C) dissertativo / prever;

D) narrativo / ensinar;

E) descritivo / caracterizar.

1-A/ 2-D/ 3-D/ 4-E/ 5-B/ 6-A/7-E/ 8-B/ 9-B/ 10-D/ 11-B / 12-C/ 13-C/ 14-B/ 15-B/ 16-D/ 17-B/ 18-A/ 19-C/
20-A/21-D/ 22-C/ 23-B/ 24-B/ 25-A/ 26-D/ 27-E/ 28-A/ 29-E/ 30-A

INTERTEXTUALIDADE
A intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou seja, é a influência e relação que um estabelece
sobre o outro. Assim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção de textos que faz
referência (explícita ou implícita) aos elementos existentes em outro texto : forma e/ ou conteúdo.

A intertextualidade é o diálogo entre textos, de forma que essa relação pode ser estabelecida entre as
produções textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva, escrita), sendo expressa nas artes
(literatura, pintura, escultura, música, dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos,
provérbios, charges, dentre outros.

Tipos de Intertextualidade

• Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmente, em forma de crítica irônica de caráter
humorístico. Do grego (parodès) a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (semelhante) e
“odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante à outra”. Esse recurso é muito utilizado pelos
programas humorísticos.
• Paráfrase: recriação de um texto já existente mantendo a mesma ideia contida no texto original,
entretanto, com a utilização de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis), significa
a “repetição de uma sentença”.

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• Epígrafe: recurso bastante utilizado em obras, textos científicos, desde artigos, resenhas, monografias,
uma vez que consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha alguma relação com o que será
discutido no texto. Do grego, o termo “epígrafhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior) e
“graphé” (escrita). Como exemplo podemos citar um artigo sobre Patrimônio Cultural e a epígrafe do
filósofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.): "A cultura é o melhor conforto para a velhice".

• Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção textual, de forma que dialoga com ele;
geralmente vem expressa entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor. Esse recurso
é importante haja vista que sua apresentação sem relacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do
Latim, o termo “citação” (citare) significa convocar.

• Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros textos. Do Latim, o vocábulo “alusão”
(alludere) é formado por dois termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).

Outras formas de intertextualidade são o pastiche, o sample, a tradução e a bricolagem.

Alguns exemplos de intertextualidade na literatura e na música:

Intertextualidade na Literatura

O poema de Casimiro de Abreu (1839-1860), “Meus oito anos”, escrito no século XIX, é um dos textos que
gerou inúmeros exemplos de intertextualidade, como é o caso da paródia de Oswald de Andrade “Meus
oito anos”, escrito no século XX:

Texto Original

“Oh! que saudades que tenho


Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!”

(Casimiro de Abreu, “Meus oito anos”)

Paródia

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“Oh que saudades que eu tenho
Da aurora de minha vida
Das horas
De minha infância
Que os anos não trazem mais
Naquele quintal de terra!
Da rua de Santo Antônio
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais”

(Oswald de Andrade)

Outro exemplo é o poema de Gonçalves Dias (1823-1864) intitulado Canção do Exílio o qual já rendeu
inúmeras versões. Dessa forma, segue um dos exemplos de paródia, o poema de Oswald de Andrade (1890-
1954), e de paráfrase com o poema de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987):

Texto Original

“Minha terra tem palmeiras


Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.”

(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”)

Paródia

“Minha terra tem palmares


onde gorjeia o mar
os passarinhos daqui
não cantam como os de lá.”

(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”)

Paráfrase

“Meus olhos brasileiros se fecham saudosos


Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!”

(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”)

Intertextualidade na Música
A música “Monte Castelo” da banda legião urbana cita os versículos bíblicos 1 e 4, encontrados no livro de
Coríntios, no capítulo 13: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria

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como o metal que soa ou como o sino que tine” e “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o
amor não trata com leviandade, não se ensoberbece”. Além disso, nessa mesma canção, ele cita os versos
do escritor português Luís Vaz de Camões (1524-1580), encontradas na obra “Sonetos” (soneto 11):

“Amor é um fogo que arde sem se ver;


É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?”

QUESTÕES
31) Assinale a frase abaixo que não se apoia, como as demais, num ditado popular.

A) Mais valem duas abelhas voando do que duas na mão.

B) Todo homem tem seu preço e, alguns, até dão desconto.

C) Nos negócios não existem amigos, apenas fregueses.

D) Não há segurança nessa terra, apenas oportunidades.

E) A ocasião não só faz o ladrão como, também, os grandes homens.

32) A frase abaixo que NÃO se refere a uma outra frase bastante conhecida (intertextualidade) é:

A) “A justiça tarda, mas não chega”;

B) “Depois da impunidade vem a bonança”;

C) “Assim tropeça a humanidade”;

D) “Não existe o herói sem a plateia”;

E) “Saio da História para cair na vida”.

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33) A frase abaixo que mostra a presença de outro texto famoso (intertextualidade) é:

A) Quando o mar está calmo, todos podemos ser timoneiros;

B) A consciência é um Deus para todos os mortais;

C) Perante um obstáculo, a linha mais curta entre dois pontos pode ser a curva;

D) Sobre uma cabeça arrependida não se abaixa a espada;

E) A vingança é uma espécie de justiça selvagem.

34) A frase a seguir que foi estruturada a partir de outra bastante conhecida (intertextualidade) é:

A) “A pressa é inimiga da refeição.”

B) “Quem não fez nada, não sabe nada.”

C) “A pressa gera o erro em todas as coisas.”

D) “Em toda iniciativa pensa bem aonde queres chegar.”

E) “Sem entusiasmo nunca se realizou nada de grandioso.”

35) Algumas frases são construídas tendo por base outras já formuladas e conhecidas (intertextualidade);
isso só NÃO ocorre em:

A) Em dentadura dada não se olham os dentes;

B) A justiça pode ser cega, mas não devemos fazê-la paralítica;

C) Água mole em pedra dura tanto bate até que causa um rombo;

D) A pressa é inimiga da refeição;

E) Para mim, o verdadeiro valor é a prudência.

36) “O fundamento jurídico para a proteção dos animais, no Brasil, está no artigo 255 da Constituição
Federal, que incumbe o Poder Público de ‘proteger a fauna, vedadas, na forma da lei, as práticas que
coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção das espécies ou submetam os animais à
crueldade’”.
O autor desse fragmento, ao citar outro texto, exemplifica uma marca característica da textualidade.
Assinale a opção que a indica.

A) Coesão.

B) Informatividade.

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C) Intertextualidade.

D) Coerência.

E) Conhecimento de mundo.

37) Indique a quantidade de frases, dentre as apresentadas abaixo, que se apoiam em intertextualidade,
ou seja, no diálogo com outros textos.

I – “Dize-me com quem andas e te direi quem és na presença do meu advogado”. (Planeta Diário)

II – “No futebol brasileiro você não tem que matar um leão por dia. Tem que matar todos os leões da
floresta por dia”. (Telê Santana)

III – “Para meio entendedor, uma palavra basta”. (Eduardo Suplicy)

IV – “Pode-se enganar todo mundo o tempo todo, se a campanha estiver certa e a verba for suficiente”.
(Joseph E. Levine)

V – “A morte é o clube mais aberto do mundo”. (Otto Lara Resende)

A) 1

B) 2

C) 3

D) 4

E) 5

38) A frase abaixo que NÃO mostra a presença de intertextualidade, ou seja, a alusão a um texto
conhecido, é:

A) “Sinto vergonha, logo existo”;

B) “Às vezes, a alegria do dono do circo é ver o palhaço pegar fogo”;

C) “Grande sucesso é mais comum que grande capacidade”;

D) “De onde menos se espera é que não sai nada mesmo”;

E) “Cada um por si e nem sempre Deus por todos”.

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39) Entre os segmentos a seguir, assinale aquele que apresenta intertextualidade com o discurso
religioso.

A) “Os defensores do sigilo das fontes se justificam com o dever de informar a sociedade, como se esse
dever fosse a tábua da lei, o mandamento supremo acima de qualquer outro mandamento ou lei.”

B) “No fundo, aquela velha máxima de que o fim justifica os meios, pedra angular em que se baseou a
Inquisição medieval e todos os movimentos totalitários que desgraçaram a humanidade.”

C) “O sigilo das fontes beneficia as fontes, e não o jornalista, que geralmente é manipulado na medida em
que aceita e divulga as informações obtidas com a garantia do próprio sigilo.”

D) “São fontes realmente murmurantes, que transmitem os murmúrios, as especulações e as jogadas


inconfessáveis dos interessados, que são os próprios informantes.”

E) “Digo ‘inconfessáveis’ por um motivo óbvio: se fossem confessáveis, as fontes não pediriam sigilo,
confessariam o que sabem ou supõem, assumindo a responsabilidade pela informação.”

40) A frase abaixo que não apresenta intertextualidade com um texto amplamente conhecido é:

A) A Universidade Santa Úrsula adverte: frequentar certos cursos faz mal ao bolso!

B) A situação econômica do Brasil é grave e quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça: todos devemos
colaborar para que isso não piore!

C) A ocasião faz o roubo, pois o ladrão já nasce feito!

D) Acreditar ou não nas religiões: eis a questão!

E) Juntos salvaremos o Brasil!

41) A frase abaixo que NÃO mostra intertextualidade é:

A) Mais vale um pássaro voando que dois na mão.

B) Brasil? Fraude explica.

C) Rock in Rio está pronto para decolar.

D) Presidente diz que facínoras roubam a verdade.

E) Nossa rua tem palmeiras, mas sabiá não canta...

42) As marcas de textualidade citadas no programa de Língua Portuguesa são a coesão, a coerência e a
intertextualidade. Observe a seguinte declaração do apresentador Faustão: “Esse negócio de sucesso é

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bonito, mas você não vive em função disso. O cemitério está cheio de caras de sucesso. Quero uma vida
mais simples do que um copo d’água”.
Assinale a opção que exemplifica intertextualidade.
A) Esse negócio de sucesso é bonito.
B) ...mas você não vive em função disso.
C) O cemitério está cheio de caras de sucesso.
D) Quero uma vida mais simples...
E) ...mais simples do que um copo d’água.

43) Assinale a frase abaixo que mostra intertextualidade na alusão a outro texto bastante conhecido.
A) A sociedade hípica está sofrendo de obsolescência galopante.
B) O céu é o pão de cada dia dos olhos.
C) Mesmo quando uma ave anda, sente que tem asas.
D) É impossível ensinar um gato a não pegar passarinhos.
E) Sirvo-me de animais para instruir os homens.

44) Assinale a frase abaixo que não se apoia, como as demais, num ditado popular.

A) Mais valem duas abelhas voando do que duas na mão.

B) Todo homem tem seu preço e, alguns, até dão desconto.

C) Nos negócios não existem amigos, apenas fregueses.

D) Não há segurança nessa terra, apenas oportunidades.

E) A ocasião não só faz o ladrão como, também, os grandes homens.

31-D/ 32-D/ 33-C/ 34-A/ 35-E/ 36-C/ 37-D/ 38-C/ 39-A/ 40-E/ 41-D/ 42-A/ 43-B/ 44-D

AULA 2

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Tipos textuais: informativo, publicitário, propagandístico, normativo,
didático e divinatório; características específicas de cada tipo.
Textos literários e não literários. Tipos de discurso.

Tipos textuais

O Tipo Informativo é um texto em que o escritor expõe brevemente um tema, fato ou circunstância ao
leitor.

Trata-se de uma produção textual objetiva, normalmente em prosa, com linguagem clara e direta.

Tem como objetivo principal transmitir informação sobre algo, estando isento de duplas interpretações.

Ao contrário dos textos poéticos ou literários, que utilizam a linguagem conotativa, o texto informativo
utiliza linguagem denotativa.

Além de apresentar dados e referências, não há interferência de subjetividade, ou seja, o texto é isento de
sentimentos, sensações, apreciações do autor ou opiniões.

Características do texto informativo


O autor dos textos informativos é um transmissor que se preocupa em relatar informações da maneira mais
objetiva e verossímil.

No caso das notícias, por exemplo, o escritor está encarregado de transmitir a informação para os
receptores leitores da maneira objetiva e alheia a ele.

Escrito em prosa, o texto informativo apresenta dados que o tornam mais credível.

Estrutura do texto informativo


Tal como outros Gêneros Textuais, o texto informativo é constituído por:

• Introdução (tese): momento de exposição das informações necessárias para informar o tema que será
explorado pelo emissor (autor).
• Desenvolvimento (antítese): parte fundamental que contém as informações completas sobre o tema,
desde dados mais relevantes, ou melhor, todos os dados que se pode reunir para apresentação do tema.
• Conclusão (nova tese): encerramento do texto com exposição da ideia central.

Exemplos de textos informativos


Veículos de informação tais como jornais, revistas e entrevistas são os exemplos mais notórios de textos
informativos.

Além deles, os livros didáticos, as enciclopédias e os verbetes de dicionários são outros exemplos.

Os artigos científicos e técnicos também podem ser considerados textos informativos, embora esse gênero
textual é mais identificado com os textos expositivos-argumentativos.

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Confira exemplos de textos informativos:

1. Notícia de Jornal
Combate à Dengue

A picada do mosquito Aedes Aegypti tem demonstrado grande preocupação. Isso porque o aumento de
mortes no país por motivo de dengue tem crescido de forma considerável nos últimos meses.

A melhor maneira de combater a doença é explorar a única arma: a prevenção.

Projetos de conscientização alertam a população para os perigos da proliferação do mosquito.

O foco está nos métodos necessários para acabar com os acúmulos de água nas casas. Isso porque são os
ambientes mais propícios para a reprodução do transmissor da doença.

2. Verbete de Dicionário
Significado de Alienação

s.f. Ação ou efeito de alienar: alienação de uma propriedade.

Jurídico. Ato de transferir para alguém uma propriedade ou um direito: alienação de um apartamento.

Resultado de algum tipo de abandono ou efeito da ausência de um direito comum: alienação da segurança.

Filosofia. Hegelianismo. Quando a consciência se torna desconhecida a si própria ou a sua própria essência.

Informal. Desinteresse por questões políticas ou sociais.

Psicologia. Estado da pessoa que, tendo sido educada em condições sociais determinadas, se submete
cegamente aos valores e instituições dadas, perdendo assim a consciência de seus verdadeiros problemas.

Psicopatologia. Perda da razão, loucura: alienação mental.

Psiquiatria. No desenvolvimento de um sintoma clínico algumas pessoas ou situações comuns tornam-se


estranhas ou perdem sua natureza familiar.

Alienação a título gratuito, doação.

pl. alienações.

(Etm. do latim: alienatione.m)

Tipo DIDÁTICO

O texto didático é um gênero textual com objetivos pedagógicos. É disposto de maneira que todos os
leitores tenham a mesma conclusão. Por este motivo, é considerado um texto utilitário.

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A construção de um texto didático é feita de maneira conceitual, primando pela necessidade do
interlocutor de compreender o assunto exposto com base.

Esse é o tipo de texto utilizado em livros didáticos, por exemplo, artigos científicos e programas de
educação.

Características do texto didático

• Objetividade
• Impessoalidade
• Linguagem acessível ao nível de conhecimento do leitor
• Abordagem que permite uma única e específica interpretação
• Frequentemente usado em programas de ensino-aprendizagem
• Adaptação dos sentidos para a mais clara compreensão da mensagem
• Coesão

Na forma de apresentação das informações, o texto didático considera os conhecimentos prévios ou não
do interlocutor.

Ou seja, quando o interlocutor não tem conhecimentos prévios sobre o assunto, o tema é apresentado e
destrinchado de acordo com o nível de entendimento.

O mesmo ocorre quando já há algum tipo de conhecimento prévio. Nesse caso, a mensagem é adaptada ao
nível das informações adquiridas previamente pelo leitor.

É preciso ter em mente que um texto didático não é figurativo e, por este motivo, os termos são
empregados de maneira exata.

Exemplos de texto didático


Água
A água é um recurso natural abundante, porém finito. Isto quer dizer que pode acabar se não for bem
cuidada e, por isso, devemos utilizá-la com responsabilidade. Nem toda a água do planeta pode ser usada
para consumo humano. Somente 2% está disponível para este fim.

Segundo a ONU (Organização Mundial das Nações), o consumo da água aumentou muito no século XXI.
Sem alternativa para aumentar a oferta de água disponível ao consumo, a melhor maneira de oferecer o
recurso a todos é poupar.

Hoje, o Brasil detém 15% da água doce do Planeta. Entre as principais fontes de água potável no País está o
Aquífero Guarani, que ocupa dois terços de todo o território nacional, dividido entre os estados de Goiás,
Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Saúde no Brasil
A saúde é direito de todos e dever do Estado. É com base nesse princípio constitucional que foi elaborado o
SUS (Sistema Único de Saúde), o programa federal brasileiro que concentra a prevenção, atenção e
tratamento à saúde do brasileiro.

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O programa é considerado um dos mais sofisticados do mundo em termos de garantia dos direitos do
cidadão, contudo é penalizado pela administração deficitária, má distribuição de recursos e desvio das
verbas que deveriam ser direcionadas ao programa.

Sociedade
Sociedade é a denominação dada ao conjunto de pessoas que compartilha o mesmo espaço geográfico ao
mesmo tempo e, por este motivo, também partilham de regras de convivência.

A sociedade resulta da experiência de vida coletiva, de pessoas que têm em comum características
semelhantes de convívio.

Tipo Publicitário

O Texto Publicitário um tipo de texto veiculado em campanhas publicitárias e podem ser textos de
natureza escrita, oral e visual.

Eles estão presentes no nosso cotidiano e possuem o intuito principal de convencer o leitor para a compra
de produtos e/ou serviços.

Geralmente são encontrados nos meios de comunicação: jornal, revista, televisão, rádio, internet,
outdoors, dentre outros.

Os textos publicitários são textos sugestivos, retóricos e persuasivos os quais contém uma linguagem
sedutora para despertar nos consumidores o desejo de consumir.

Desse modo, são produzidos através da função conativa ou apelativa da linguagem, ou seja, a mensagem
está centrada no receptor ou interlocutor com a finalidade de despertar emoções, sentimentos e
sensações.

Lembre-se que os publicitários são as pessoas encarregadas de produzirem esse tipo de texto, ou seja, são
os emissores (locutores) da linguagem publicitária dirigidas para determinado público-alvo.

Características do texto publicitário


As principais características do texto publicitário são:

• Texto persuasivo com o objetivo de convencimento


• Verbos no imperativo ou presente do Indicativo
• Uso de expressão de chamamento: vocativo
• Linguagem simples, coloquial, dinâmica e acessível
• Presença de criatividade, humor e ironia
• Intertextualidade (relação com outros textos)
• Subjetividade e musicalidade
• Uso de figuras e vícios de linguagem
• Uso de rimas, neologismos, estrangeirismo, polissemia e trocadilhos
• Função Apelativa da Linguagem
• Utilização de estereótipos

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Estrutura do texto publicitário
Os textos publicitários não seguem uma estrutura padrão e podem ser frases, textos visuais auditivos e
escritos os quais utilizam a linguagem verbal e não-verbal.

Geralmente são textos curtos com o objetivo de vender algum produto e/ou serviço, e podem ser de
diversos gêneros (argumentativos, narrativos ou descritivos) sendo que alguns deles incluem os três
gêneros num só texto.

É muito comum encontrarmos os textos publicitários com imagem e textos. Observe que a imagem é um
recurso muito importante dos textos publicitários, que tem a função principal de promover a marca e
despertar no leitor a vontade de possuir tal produto ou serviço.

Podem apresentar títulos (na linguagem publicitária são chamados de “headline”) bem atrativos e criativos
com presença de alguma das palavras-chave, com o intuito de chamar mais atenção do leitor para o que se
pretende comercializar.

Em seguida, no corpo do texto será apresentada a ideia principal que apresentará descrições, narrações ou
argumentos para a escolha da marca; e, por fim, a conclusão do pretendido seguidos da assinatura do
anunciante da marca.

Os slogans são elementos fundamentais dos textos publicitários, posto que definem em poucas palavras
(ou frases de efeito) a marca de maneira criativa e que aproxime o leitor da proposta publicitária.

Correspondem aos textos de fácil memorização, por exemplo, quando dizemos “Amo muito tudo isso” logo
nosso pensamento nos leva a pensar na empresa de fast food “Mc Donalds”, que divulgou amplamente sua
marca através desse slogan.

Tipo NORMATIVO

Texto normativo é aquele que integra um conjunto de regras, normas e preceitos. Destina- se a reger o
funcionamento de um grupo ou de uma determinada atividade. Normativo = que estabelece regras ou
normas.

Os textos normativos podem ser representados através do código penal, estatuto da criança e do
adolescente, constituição, regimento escolar e outros textos que visam regular as normas de uma
instituição.

Os textos normativos e legais devem ser claros, de modo a não causar problemas de compreensão para o
público a quem ele se destina. Deve ser objetivo e concentrar-se na regulamentação do que está em
questão, podendo ser relações de convivência, trabalho e comércio.

Tipo PREDITIVO

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É um gênero que abarca textos como previsões do tempo, horóscopo, profecias e mesmo alguns
provérbios. Como principal característica, apresenta seus verbos no futuro do presente e, por vezes, o
presente do indicativo. É comum o uso de expressões com valor de futuro, além da existência de
interlocução.

Tipos de discurso

Tipos de discurso
Discurso Direto
No discurso direto, o narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar fielmente a fala do
personagem.

O objetivo desse tipo de discurso é transmitir autenticidade e espontaneidade. Assim, o narrador se


distancia do discurso, não se responsabilizando pelo que é dito.

Pode ser também utilizado por questões de humildade - para não falar algo que foi dito por um estudioso,
por exemplo, como se fosse de sua própria autoria.

Características do Discurso Direto

• Utilização dos verbos da categoria dicendi, ou seja, aqueles que têm relação com o verbo "dizer". São
chamados de "verbos de elocução", a saber: falar, responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar,
dentre outros.
• Utilização dos sinais de pontuação - travessão, exclamação, interrogação, dois pontos, aspas.
• Inserção do discurso no meio do texto - não necessariamente numa linha isolada.

Exemplos de Discurso Direto

1. Os formados repetiam: "Prometo cumprir meus deveres e respeitar meus semelhantes com firmeza e
honestidade.".
2. O réu afirmou: "Sou inocente!"
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar:
— Alô, quem fala?
— Bom dia, com quem quer falar? — respondeu com tom de simpatia.

Discurso Indireto
No discurso indireto, o narrador da história interfere na fala do personagem preferindo suas palavras. Aqui
não encontramos as próprias palavras da personagem.

Características do Discurso Indireto

• O discurso é narrado em terceira pessoa.

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• Algumas vezes são utilizados os verbos de elocução, por exemplo: falar, responder, perguntar, indagar,
declarar, exclamar. Contudo não há utilização do travessão, pois geralmente as orações são subordinadas,
ou seja, dependem de outras orações, o que pode ser marcado através da conjunção “que” (verbo + que).

Exemplos de Discurso Indireto

1. Os formados repetiam que iriam cumprir seus deveres e respeitar seus semelhantes com firmeza e
honestidade.
2. O réu afirmou que era inocente.
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar. Cumprimentou e perguntou quem estava falando. Do outro
lado, alguém respondeu ao cumprimento e perguntou com tom de simpatia com quem a pessoa queria
falar.

Transposição do Discurso Direto para o Indireto


Discurso Direto Discurso Indireto

Preciso sair por alguns instantes. (enunciado Disse que precisava sair por alguns instantes.
na 1.ª pessoa) (enunciado na 3.ª pessoa)

Sou a pessoa com quem falou há pouco. Disse que era a pessoa com quem tinha falado há
(enunciado no presente) pouco. (enunciado no imperfeito)

Não li o jornal hoje. (enunciado no pretérito Disse que não tinha lido o jornal. (enunciado no
perfeito) pretérito mais que perfeito)

O que fará relativamente sobre aquele Perguntou-me o que faria relativamente sobre
assunto? (enunciado no futuro do presente) aquele assunto. (enunciado no futuro de pretérito)

Não me ligues mais! (enunciado no modo Pediu que não lhe ligasse mais. (enunciado no
imperativo) modo subjuntivo)

Isto não é nada agradável. (pronome Disse que aquilo não era nada agradável.
demonstrativo em 1.ª pessoa) (pronome demonstrativo em 3.ª pessoa)

Vivemos muito bem aqui. (advérbio de Disse que viviam muito bem lá. (advérbio de
lugar aqui) lugar lá)

Discurso Indireto Livre


No discurso indireto livre há uma fusão dos tipos de discurso (direto e indireto), ou seja, há intervenções do
narrador bem como da fala dos personagens.

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Não existem marcas que mostrem a mudança do discurso. Por isso, as falas dos personagens e do narrador
- que sabe tudo o que se passa no pensamento dos personagens - podem ser confundidas.

Características do Discurso Indireto Livre

• Liberdade sintática.
• Aderência do narrador ao personagem.

Exemplos de Discurso Indireto Livre

1. Fez o que julgava necessário. Não estava arrependido, mas sentia um


peso. Talvez não tenha sido suficientemente justo com as crianças…
2. O despertador tocou um pouco mais cedo. Vamos lá, eu sei que consigo!
3. Amanheceu chovendo. Bem, lá vou eu passar o dia assistindo televisão!

Nas orações destacadas os discursos são diretos, embora não tenha sido sinalizada a mudança da fala do
narrador para a do personagem.

QUESTÕES
1) “Qual é a verdadeira extensão da vida humana?” é um exemplo de frase em discurso direto que, se
colocada em discurso indireto, deveria estar reescrita do seguinte modo: “Ele perguntou qual era a
verdadeira extensão da vida humana”. Assinale a pergunta a seguir que está corretamente reescrita em
discurso indireto.

A) Qual é o seu nome? / Ele perguntou qual era o nome dela.

B) Onde Pedro foi ontem? / Ele perguntou onde Pedro ia ontem.

C) Bernardo chegará amanhã? / Ele perguntou se Bernardo chegava amanhã.

D) Eles foram ontem ao cinema? / Ele perguntou se eles vão ontem ao cinema.

E) Qual o preço pago pelo livro? / Ele perguntou qual seria o preço pago pelo livro.

2) Observe o seguinte segmento textual:

“Ele abriu e fechou várias vezes o grosso livro, cada uma dessas vezes acompanhada de um palavrão.
Finalmente ele se recompôs, releu o parágrafo a consertar, gemeu. Bom, tudo bem, vamos lá! – Vamos lá,
falou em voz alta. Levantou-se e saiu da sala”.
Nesse segmento de texto, o trecho que exemplifica o discurso indireto livre, é:

A) Ele abriu e fechou várias vezes o grosso livro;

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B) ...cada uma dessas vezes acompanhada de um palavrão;

C) Bom, tudo bem, vamos lá!

D) Vamos lá, falou em voz alta;

E) Levantou-se e saiu da sala.

3) No segmento a seguir, a pergunta é feita em discurso indireto.

“No caixa, outras freguesas perguntaram se ela tinha restaurante.”

Assinale a opção que apresenta a forma dessa pergunta em discurso direto.

A) A senhora tinha restaurante?

B) A senhora tinha tido restaurante?

C) A senhora teria restaurante?

D) A senhora teve restaurante?

E) A senhora tem restaurante?

4) A frase a seguir está formulada no discurso indireto:


“Churchill respondeu com uma nota dizendo que não poderia comparecer naquela noite.”
Em discurso direto, a nota de Churchill deveria estar escrita do seguinte modo:

A) Não poderei comparecer esta noite.

B) Naquela noite não poderei comparecer.

C) Nesta noite não vou poder comparecer.

D) Não vou poder comparecer esta noite.

E) Essa noite não vou poder comparecer.

5) Um relatório produzido em determinada seção do serviço público trazia, inadequadamente, uma série
de frases em discurso direto. O chefe da seção solicitou, então, ao funcionário autor do relatório que
modificasse tais frases para o discurso indireto, o que foi imediatamente feito; a frase em que essa
modificação solicitada foi realizada de forma adequada é:

A) O funcionário respondeu ao chefe: “Não cometi essa falha ocorrida ontem” / O funcionário respondeu
ao chefe que não cometera aquela falha ocorrida no dia anterior;

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B) O chefe retrucou: “Iremos terminar a tarefa e voltar para casa” / O chefe retrucou que irão terminar a
tarefa e voltar para suas casas;

C) O cidadão explicou ao segurança: “Não estou preocupado, é que estou pensando” / O cidadão explicou
ao segurança que não estava preocupado, era que estava pensando;

D) A funcionária pensava: “Como podes deixar que te usem?” / A funcionária pensava como podia deixar
que a usem;

E) O funcionário explicou: “O relatório só ficará pronto depois de amanhã” / O funcionário explicou que o
relatório só ficaria pronto depois de amanhã.

6) A frase abaixo que mostra a presença do discurso indireto livre é:

A) Passageiros e parentes estavam na plataforma. Adeus, meu filho. O trem teve sua chegada anunciada
pelo alto-falante;

B) Todos os passageiros carregavam malas e reclamavam bastante do calor;

C) O trem chegou buzinando de forma estridente. Todos se prepararam para entrar nos vagões;

D) Os vagões estavam vazios e muito bem limpos, não deixando espaço para reclamações;

E) A viagem transcorreu com tranquilidade e ouviam-se roncos de alguns que dormiam.

7) “Chamou Carlos e lhe disse: Amanhã irei ver você.”

Nesse segmento, “Amanhã irei ver você” é exemplo de discurso direto; colocando a frase em discurso
indireto precedido da forma verbal “disse”, a forma adequada seria:

A) que irá vê-lo amanhã;

B) que iria vê-lo no dia seguinte;

C) que iria ver você amanhã;

D) que iria ver você no dia seguinte;

E) que irá ver você no dia seguinte.

8) A opção em que a passagem do discurso direto para o indireto é feita de forma adequada é:

A) Maria acrescentou: “Eu sei agora que meu amigo partirá daqui em dois dias” / Maria acrescentou que
ela sabia então que seu amigo partiria daqui dois dias mais tarde;

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B) Seu professor lhe disse: “Refaça agora o trabalho” / Seu professor lhe disse que refizesse naquele
momento o trabalho;

C) Baixando os olhos, Pedro disse: “É verdade que eu menti ontem” / Baixando os olhos, Pedro disse que
era verdade que ele mentiu no dia anterior;

D) O operário confirmou: “Vou receber amanhã tudo o que mereço pelo meu trabalho” / O operário
confirmou que vai receber no dia seguinte tudo o que merece pelo seu trabalho;

E) O menino explicou: “Eu estava aqui na sala quando minha irmã caiu e machucou o joelho” / O menino
explicou que estava ali na sala quando a irmã dele tinha caído e tinha machucado o joelho.

9) O fragmento textual abaixo, de Machado de Assis, que NÃO exemplifica o discurso indireto livre, é:

A) “Viu o imenso espaço que aquele amor lhe tomara na vida, e a terrível influência que poderia exercer
nela, caso não achasse forças para resistir à separação. Qual seria o meio de escapar a esse desenlace, pior
que tudo?”

B) “Estácio viu Helena a ler atentamente um papel. Era uma carta, longa de suas quatro laudas escritas.
Seria alguma mensagem amorosa?”

C) “Quando o médico voltou, ficou espantado da temeridade do doente; deviam tê-lo impedido de sair; a
morte era certa”.

D) “Quando voltamos, à noite, viemos por ali a pé, falando das minhas dúvidas. Capitu novamente
aconselhou que esperássemos. Sogras eram todas assim; já vinha um dia e mudavam”.

E) “Ninguém adivinharia nas maneiras finamente elegantes daquela moça, a origem mediana que ela
tivera; a borboleta fazia esquecer a crisálida”.
“Havia um cego sentado numa calçada em Paris. A seus pés, um boné e um cartaz em madeira escrito com
giz branco gritava: “Por favor, ajude-me. Sou cego”. Um publicitário da área de criação, que passava em
frente a ele, parou e viu umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz e com o giz
escreveu outro conceito. Colocou o pedaço de madeira aos pés do cego e foi embora”.

10) O texto pertence ao modo narrativo de organização discursiva, caracterizado pela evolução
cronológica das ações. O segmento que comprova essa evolução é:

A) “Havia um cego sentado numa calçada em Paris. A seus pés, um boné e um cartaz em madeira escrito
com giz branco gritava”;

B) “Por favor, ajude-me. Sou cego”;

C) “Um publicitário da área de criação, que passava em frente a ele”;

D) “parou e viu umas poucas moedas no boné”;

E) “Sem pedir licença, pegou o cartaz”.

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11) A nova forma da frase inicial “Não vejo novelas", se colocada em discurso indireto, iniciando-se a nova
frase por “O autor do texto declara que...", seria

A) não via novelas.

B) não vê novelas.

C) não viu novelas.

D) não verá novelas.

E) não veria novelas.

12) "Ele disse que ia tomar um cafezinho...". Essa frase está em discurso indireto; a forma de discurso direto
que reproduz a forma correspondente dessa mesma frase, é

A) Eu ia tomar um cafezinho.

B) Eu tomaria um cafezinho.

C) Eu tomarei um cafezinho.

D) Eu vou tomar um cafezinho.

E) Eu tomava um cafezinho.

13) “Perguntaram ao vigia-salvador: Por que foi abrir a porta da câmara, se isso não fazia parte de sua
rotina de trabalho?”

A forma de discurso indireto que substitui convenientemente o segmento sublinhado é:

A) por que tinha ido abrir a porta da câmara, se aquilo não fazia parte da rotina de trabalho dele;

B) por que fora abrir a porta da câmara, se isso não tinha feito parte de sua rotina de trabalho;

C) porque tinha ido abrir a porta da câmara, se isso não tinha feito parte de sua rotina de trabalho;

D) porque abrira a porta da câmara, se isso não fizera parte de sua rotina de trabalho;

E) por que abrira a porta da câmara, se isso não fez parte da rotina de trabalho dele.

14) É verdade que muitas vezes ouvimos discursos nos quais o candidato derrotado decreta que "decidido o
pleito, vamos trabalhar juntos pela proposta vencedora", mas na maioria das vezes isso não passa de
retórica. (L.91-96)

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Tomando o trecho acima como discurso direto, assinale a alternativa em que se tenha feito corretamente a
passagem para o indireto.

A) O texto afirma que é verdade que muitas vezes ouvimos discursos nos quais o candidato derrotado
decretava que decidido o pleito, íamos trabalhar juntos pela proposta vencedora, mas na maioria das vezes
isso não passava de retórica.

B) O texto afirma que é verdade que muitas vezes ouvimos discursos nos quais o candidato derrotado
decreta que, decidido o pleito, iríamos trabalhar juntos pela proposta vencedora, mas na maioria das vezes
isso não passaria de retórica.

C) O texto afirma que seria verdade que muitas vezes ouviríamos discursos nos quais o candidato derrotado
decretaria que decidido o pleito, iremos trabalhar juntos pela proposta vencedora, mas na maioria das
vezes isso não passará de retórica.

D) O texto afirma que era verdade que muitas vezes ouvíamos discursos nos quais o candidato derrotado
decreta que, decidido o pleito, iríamos trabalhar juntos pela proposta vencedora, mas na maioria das vezes
isso não passaria de retórica.

E) O texto afirma que era verdade que muitas vezes ouvíamos discursos nos quais o candidato derrotado
decretava que, decidido o pleito, íamos trabalhar juntos pela proposta vencedora, mas na maioria das
vezes isso não passava de retórica.

"Mais adiante, afirma: 'Não conhecemos as condições suficientes para o crescimento. Podemos caracterizar
as economias bem-sucedidas do pós-guerra, mas não podemos apontar com segurança os fatores que
selaram seu êxito nem os fatores sem os quais elas poderiam ter sido exitosas.'" (L.59-63)

15) Assinale a alternativa em que se transpôs corretamente o trecho entre aspas para o discurso indireto.

A) A comissão afirmou que não conhecemos as condições suficientes para o crescimento e que podemos
caracterizar as economias bem-sucedidas do pós-guerra, mas não podemos apontar com segurança os
fatores que selaram seu êxito nem os fatores sem os quais elas poderiam ter sido exitosas.

B) A comissão afirmou que não conhece as condições suficientes para o crescimento e que pode
caracterizar as economias bem-sucedidas do pós-guerra, mas não pode apontar com segurança os fatores
que selaram seu êxito nem os fatores sem os quais elas podiam ter sido exitosas.

C) A comissão afirmou que não conhecia as condições suficientes para o crescimento e que podia
caracterizar as economias bem-sucedidas do pós-guerra, mas não podia apontar com segurança os fatores
que haviam selado seu êxito nem os fatores sem os quais elas poderiam ter sido exitosas.

D) A comissão afirmou que não conhecia as condições suficientes para o crescimento e que poderia
caracterizar as economias bem-sucedidas do pós-guerra, mas não poderia apontar com segurança os
fatores que selariam seu êxito nem os fatores sem os quais elas podiam ter sido exitosas.

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E) A comissão afirmou que não conhecera condições suficientes para o crescimento e que pudera
caracterizar as economias bem-sucedidas do pós-guerra, mas não pudera apontar com segurança os
fatores que haviam selado seu êxito nem os fatores sem os quais elas teriam podido ser exitosas.

16) A opção abaixo em que uma expressão popular foi substituída inadequadamente por linguagem
formal, é:

A) Disse que ficou com dois rapazes na festa / Disse que namorou dois rapazes na festa;

B) Invadiram a casa e logo se mandaram / Invadiram a casa e logo fugiram;

C) Ficou zangado e deu uma bronca nos filhos / Ficou zangado e recriminou os filhos;

D) A menina deixou de lado o namorado / A menina desgostou do namorado;

E) Após o encontro, João ficou com o pé atrás / Após o encontro, João ficou desconfiado.

17) Abaixo estão cinco gêneros textuais. Assinale a opção que indica o gênero cujo exemplo de texto é
adequado.

A) Normativo / livro escolar.

B) Didático / oração.

C) Informativo / requerimento.

D) Publicitário / conto folclórico.

E) Preditivo / horóscopo.

18) Deparamo-nos diariamente com uma série de textos que tentam convencer-nos a adquirir
determinado produto: são os chamados textos publicitários. Vejamos a seguir um exemplo desses textos.

É festa na fazenda! Para tratar a Tristeza Parasitária e fazer a alegria tomar conta do rebanho. A Tristeza
Parasitária pode afetar o rebanho a qualquer momento e em qualquer fase da vida. Contudo, existe uma
dupla capaz de reanimar e proteger o potencial produtivo dos animais. Com você, Ganaseg™ 7% &
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(apenas 96 horas) Ótimo índice de segurança Kinetomax® Rápida ação contra a Anaplasmose Dose
única Curto período de carência (Leite: 5 dias/Carne: 8 dias para animais tratados via intramuscular e 4 dias
para animais tratados via subcutânea) Xô, tristeza!

Sobre os elementos estruturais desse texto e suas estratégias de produção, é correto afirmar que:

A) o texto segue a estrutura clássica dos textos publicitários: um título, um subtítulo, o conteúdo da
informação e uma recomendação à aquisição do produto;

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B) o final do texto dirige-se particularmente às emoções dos leitores, de modo que eles continuem a pensar
na mensagem veiculada;

C) o texto veicula a mensagem, tendo em vista o seu público-alvo, selecionando informações, não
explicitando termos supostamente conhecidos e utilizando uma linguagem adequada;

D) o produto anunciado deve ter destacadas as suas características principais e as vantagens explícitas
sobre os concorrentes;

E) o texto é construído segundo um roteiro: chamar a atenção para o tema, despertar o interesse dos
leitores, transformar o interesse em desejo de aquisição e apelar para a ação.

Texto 5

“Um investigador de crimes cibernéticos é um agente da lei especializado na avaliação de casos envolvendo
crimes de computador. Esse pessoal pode trabalhar para agências policiais e empresas privadas e também
pode ser conhecido como técnico em computação forense. O trabalho nesse campo requer treinamento
em tecnologia da informação e aplicação da lei, para que as pessoas tenham as ferramentas para localizar
evidências, bem como as habilidades para protegê-las e garantir que sejam utilizáveis em tribunal.
Quando membros do público denunciam crimes cibernéticos, um investigador de crimes cibernéticos
participa da investigação. Isso pode incluir qualquer coisa, desde testar a rede de um banco para
determinar como e quando ocorreu um vazamento de dados até avaliar um computador individual que
pode ter sido usado em um crime. Os investigadores de crimes cibernéticos podem recuperar e reconstruir
dados se forem danificados ou destruídos, acidental ou intencionalmente. Eles também podem explorar
redes de computadores, computadores individuais e discos rígidos para identificar evidências de atividade
criminosa” (Netinbag.com).

19) O texto 5 deve ser classificado predominantemente como:

A) publicitário, pois faz propaganda da atividade policial;

B) informativo, pois dá a conhecer fatos novos;

C) normativo, pois indica regras a serem seguidas;

D) didático, pois ensina como proceder;

E) metalinguístico, pois indica significados de palavras.

20) Assinale o segmento textual abaixo que deve ser incluído entre os textos normativos.

A) Gastos públicos podem também significar investimentos e não desperdício.

B) Todos os militares estão obrigados a respeitar os superiores.

C) Os caminhões foram amontoando-se na estrada até fecharem completamente o trânsito.

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D) Todos estavam preocupados diante da ação policial, que costumava ser forte e rápida.

E) As ordens judiciais devem ser obedecidas.

1-A/ 2-C/ 3-E/ 4-A/ 5-A/ 6-A/ 7-B/ 8-B/ 9-E/ 10-D/ 11-B/ 12-D/ 13-A/ 14-E / 15-C/ 16-A/17-E/ 18-C/ 19-B/
20-E/

AULA 3
Tipologia da frase portuguesa/ Estrutura da frase portuguesa: operações
de deslocamento, substituição, modificação e correção/ Problemas
estruturais das frases/ Norma culta/ Organização sintática das frases:
termos e orações. Ordem direta e inversa.

Ordem direta e inversa


O sujeito é o termo ao qual o verbo e o restante da oração referem-se.

As carteiras estão cada vez mais caras.

Sujeito → Predicado

Disposição do Sujeito na Oração

Dependendo da intencionalidade discursiva do falante/escritor, a ordem dos termos essenciais da oração


pode ser alterada.

Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar na:

Ordem Direta (sujeito + verbo + complementos + adjunto adverbial)

Na ordem direta, o sujeito é disposto na oração antes do predicado.

As mães preocupam-se muito com os filhos.

Sujeito

Os perfumes me dão alergias no pescoço.

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Sujeito

Os bebês adoram tomar banho e ouvir músicas de ninar.

Sujeito

Ordem inversa

Na ordem inversa, o sujeito é disposto depois do predicado.

Arrombaram a janela com a maior facilidade os bandidos.

Sujeito

Pediram desculpas os alunos do terceiro ano.

Sujeito

Precisam ser pintadas essas paredes.

Predicado Sujeito

Sujeito no meio do Predicado

Os sujeitos no meio do predicado também se configuram como sendo uma ordem invertida. Como o
próprio nome diz, nessa inversão, o sujeito aparece entre os termos do predicado.

Apavorados, os passageiros desceram do avião.

Sujeito

Despreocupados, os alunos fizeram a prova de recuperação.

Sujeito

A FGV pede para o candidato diferenciar adjunto adnominal de complemento


nominal.

Primeiro, é bom lembrar que o adjunto adnominal é todo termo sintático da oração que pode caracterizar,
determinar, modificar, especificar ou restringir um substantivo.

Esse termo pode ser representado por:

1) um artigo: O carro parou.

2) um pronome adjetivo: Encontrei meu relógio.

3) um numeral adjetivo: Recebi a segunda parcela.

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4) um adjetivo: Tive ali grandes amigos.

5) uma locução adjetiva: Tenho uma mesa de pedra.

Já o complemento nominal é sempre precedido de preposição e completa o sentido de substantivos,


adjetivos e advérbios que apresentam transitividade.

1) complemento nominal de um substantivo:

Você fez uma boa leitura do texto.

Note que o substantivo “leitura” é o nome da ação de “ler”.

2) complemento nominal de um adjetivo:

Você precisa ser fiel aos seus ideais.

Quem é fiel é fiel a alguém ou a alguma coisa. Assim, o adjetivo “fiel” necessita de complemento.

3) Complemento nominal de advérbio:

Você mora perto de Maria.

Note que o advérbio de lugar “perto” necessita de um complemento: perto de algo ou de alguém.

O adjunto adnominal formado por uma locução adjetiva pode ser confundido com o complemento
nominal.

A dúvida ocorre quando os dois termos são preposicionados.

A leitura do livro é instigante. A leitura do aluno foi boa.

Para percebermos a diferença, é importante passarmos por três critérios:

1º critério:

O adjunto adnominal quando preposicionado caracteriza apenas o substantivo.

O complemento nominal complementa um substantivo, adjetivo ou advérbio.

Assim, em orações como “Estava cheio de problemas.”, “Moro perto de você.”, logo no primeiro
critério, já sabemos que “de problemas” e “de você” são complementos nominais, pois completam o
sentido do adjetivo “cheio” e do advérbio “perto”, respectivamente.

2º critério:

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O substantivo caracterizado por um adjunto adnominal pode ser concreto ou abstrato.

O substantivo completado por um complemento nominal deve ser abstrato.

Sabendo-se que um substantivo abstrato normalmente é o nome de uma ação (corrida, pesca) ou de uma
característica (tristeza, igualdade) e que o substantivo concreto é o nome de um ser independente, que
conseguimos visualizar, pegar (casa, copo). Nas orações “Trouxe copos de vidro.” e “Vi a casa de pedra.”, os
termos “de vidro” e “de pedra” são adjuntos adnominais, pois caracterizam os substantivos concretos
“copos” e “casa”, respectivamente.

E se o substantivo seguido do termo preposicionado for abstrato?

Neste caso, passamos para o 3º critério:

3º critério:

O adjunto adnominal preposicionado é agente.

O complemento nominal é paciente.

Este último normalmente é o cobrado em prova. Se os termos abaixo sublinhados são agentes,
automaticamente serão os adjuntos adnominais. Se pacientes, serão complementos nominais.

Adjuntos adnominais:

O amor de mãe é especial. (agente: a mãe ama)

A invenção do cientista mudou o mundo. (agente: o cientista inventou)

A leitura do aluno foi boa. (agente: o aluno leu)

Complementos nominais:

O amor à mãe também é especial. (paciente: a mãe é amada)

A invenção do rádio mudou o mundo. (paciente: o rádio foi inventado)

A leitura do livro é instigante. (paciente: o livro é lido)

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QUESTÕES
1) Nessa frase, a primeira oração – Os deuses certamente não revelaram tudo aos mortais desde o princípio
– apresenta seus termos em ordem direta, ou seja, sujeito + verbo + complementos + adjunto adverbial.

Assinale a frase a seguir cujos termos também se apresentam em ordem direta.

A) A guerra, assim como é a madrasta dos covardes, é mãe dos corajosos.

B) Nunca houve uma guerra boa nem uma paz ruim.

C) A guerra é menos provável se somos mais fortes.

D) Em meio às armas, as leis calam.

E) A guerra, quase sempre, nutre a si mesma.

2) Entre os segmentos abaixo, aquele em que o termo sublinhado atua como agente do termo anterior é

A) sensação de insegurança.

B) degradação do espaço público.

C) administração da justiça criminal.

D) aumento dos custos operacionais.

E) reforma das instituições.

3) Assinale a frase que mostra os seus termos sintáticos em ordem direta.

A) Se você está gostando da viagem, provavelmente não vai gostar do destino.

B) A Inglaterra é o paraíso das mulheres, o purgatório dos homens e o inferno dos cavalos.

C) Homens realmente educados são os autodidatas.

D) São as perguntas que fazem o filósofo.

E) Para o biólogo, o homem é um animal como os demais.

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4) Assinale a opção que não exemplifica uma frase impessoal.

A) Nesta empresa precisa-se de funcionários criativos.

B) As pessoas são solitárias porque erguem paredes em vez de pontes.

C) Atacaram os bancos de mais uma pequena cidade.

D) Hoje em dia não se sabe falar porque não se sabe escutar.

E) Dizem que o silêncio vale ouro. Por isso ele é tão raro.

5) Leia o segmento a seguir.

“Não se trata de uma referência às fontes murmurantes cantadas por Ary Barroso em sua ‘Aquarela do
Brasil’. As fontes em questão são outras, estão atualmente em debate nos meios jornalísticos e legais: o
direito de proteger o sigilo das ‘fontes’. Contrariando a maioria, diria até a unanimidade dos colegas de
ofício, sou contra este tipo de sigilo e, sobretudo, contra as fontes em causa.”
No segmento, o termo que funciona como complemento de um termo anterior é:

A) às fontes murmurantes.

B) em sua ‘Aquarela do Brasil’.

C) nos meios jornalísticos e legais.

D) das fontes.

E) dos colegas de ofício.

6) Assinale a frase a seguir em que a preposição de é uma exigência de um termo anterior.

A) “um grupo de pesquisadores do Imazon.”

B) “indicadores de sustentabilidade da cidade de Belém.”

C) “Armados de GPS, trena e suor."

D) “debate recente sobre os dados de cobertura.”

E) “50 milhões de hectares.”

8) “Ao contrário do que dizem, não é ali que moram os sentimentos.”

Nesse segmento do texto, há duas formas verbais na terceira pessoa do plural: dizem e moram.

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Sobre essas formas, assinale a opção correta.

A) As duas formas mostram sujeitos pospostos.

B) Só a primeira forma tem sujeito indeterminado.

C) Só a segunda forma tem sujeito.

D) As duas formas mostram sujeitos indeterminados.

E) As duas orações não tem sujeito.

9) “A veiculação de informações, a oferta de serviços e a venda de produtos médicos na Internet têm o


potencial de promover a saúde...”.

Os termos sublinhados podem ter a função de agentes ou pacientes dos termos anteriores; exerce(m) a
função de agente:

A) todos eles;

B) nenhum deles;

C) somente o primeiro;

D) somente o segundo;

E) somente o segundo e o terceiro.

10) Assinale a opção que indica a frase que se encontra na ordem direta.

A) “Das coisas mais marcantes da adolescência, minha memória traz os tempos de estudo e dúvidas sobre
o futuro”.

B) “De forma contrária às principais críticas que se ouve hoje, meus anos de Ensino Médio foram, sim,
muito significativos para uma formação dita cidadã, e não só voltada aos vestibulares”.

C) “Hoje trabalhando com educação, tenho plena consciência de que um ensino inovador pode surgir a
partir de práticas consideradas tradicionais”.

D) “uma roda de conversa na escola pode ser tão ou mais revolucionária quanto qualquer aplicativo
educacional”.

E) “É disso que trata a educação”.

“Deveríamos aproveitar a importância desta semana para refletir sobre nosso comportamento como
pedestres, passageiros, motoristas, motociclistas, ciclistas, pais, enfim, como cidadãos cujas ações tem

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reflexo na nossa segurança, assim como dos demais".

11) O comentário correto sobre os componentes desse segmento do texto 2 é:

A) a forma verbal “deveríamos" tem como sujeito todos os motoristas;

B) a forma verbal “tem" deveria ter acento circunflexo pois seu sujeito está no plural;

C) a forma “sobre" deveria ser substituída pela forma “sob";

D) a forma “enfim" deveria ser grafada em duas palavras “em fim";

E) a forma “dos demais" deveria ser substituída por “das demais", por referir-se ao feminino “ações".

12) O segmento textual em que a preposição é uma exigência de um termo anterior é:

A) digitação de mensagens;

B) fones de ouvido;

C) letras de seus celulares;

D) teclados de computadores;

E) casos de adultério.

13) Entre os termos sublinhados abaixo, aquele que exerce a função de complemento é:

A) áreas da cidade;

B) campanhas de conscientização;

C) cidades de médio porte;

D) cobrança de pedágio;

E) número de vítimas.

14) O segmento, retirado do texto 1 ou 2, que tem vírgulas em função do deslocamento de um adjunto
adverbial é:

A) “A pressão para a redução da maioridade penal está baseada em casos isolados, e não em dados
estatísticos." (texto 1)

B) “A redução da maioridade penal iria proteger os jovens do aliciamento feito pelo crime organizado, que
tem recrutado menores de 18 anos para atividades..." (texto 2)

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C) “Em 2013, pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) indicou que 92,7% dos
brasileiros são a favor da medida." (texto 2)

D) “A mudança da Constituição de 1988 não seria ilegal, uma vez que a nova lei apenas colocaria novas
regras." (texto 2)

E) “...moradores de áreas periféricas do Brasil, na medida em que esse é o perfil de boa parte da população
carcerária brasileira." (texto 1)

15) Considerando os seguintes segmentos do texto 1: “redução da maioridade penal" e “inclusão de


jovens", a afirmação correta sobre o papel dos termos sublinhados é:

A) os dois termos exercem a função de adjuntos adnominais;

B) apenas o primeiro termo exerce a função de adjunto;

C) apenas o segundo termo exerce a função de adjunto;

D) os dois termos exercem a função de complementos nominais;

E) apenas o primeiro termo exerce a função de complemento.

16) O termo que exerce a função de complemento, e não de adjunto, é:

A) salvadora da Pátria;

B) apoio de governos vizinhos;

C) dinheiro de várias nações;

D) 230 trilhões de dólares;

E) a maior floresta do mundo.

17) Entre os segmentos do texto 1, aquele que mostra o emprego de vírgula em função de um adjunto
adverbial deslocado é:

A) “A publicidade cerca-nos de todos os lados - na TV, nas ruas, nas revistas e nos jornais – e força-nos a
ser mais consumidores que cidadãos".

B) “Hoje, tudo se reduz a uma questão de marketing".

C) “Não tem a menor importância, se uma boa máquina publicitária for capaz de tornar a sua marca bem
aceita entre os consumidores".

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D) “Isso vale também para o refrigerante que descalcifica os ossos, corrói os dentes, engorda e cria
dependência".

E) “A gula, nos produtos alimentícios e nas lanchonetes que oferecem muito colesterol em sanduíches
piramidais".

18) Assinale a opção que indica o segmento do texto que tem função distinta dos demais.

A) Prefeitura de São Paulo.

B) funcionários de empresas.

C) empresas de limpeza urbana.

D) funcionários da limpeza.

E) limpeza de grafites.

“Os primeiros habitantes do território, hoje conhecido como Brasil, chegaram(1) aqui há milhares de anos.
Por volta de 1500, havia diferentes povos indígenas espalhados por todo o território. Em
1500, chegaram(2) os portugueses e, no século XVI, eles começaram a trazer os povos africanos. Assim,
pode-se dizer que a população brasileira se originou do encontro desses três grupos”.

19) Nesse segmento do texto, a forma verbal que mostra sujeito posposto é:

A) chegaram(1).

B) havia.

C) chegaram(2).

D) começaram a trazer.

E) se originou.

20) Assinale a frase em que não ocorre a presença de um sujeito posposto.

A) "Curiosamente, no país onde ocorreu o massacre de Chicago...".

B) "... o Dia do Trabalho é comemorado oficialmente na primeira segunda-feira de setembro, desde 1894”.

C) "Em abril de 1886, eclodiram nos Estados Unidos diversas greves...".

D) "Seguiu-se um tiroteio..".

E) "...no qual foram mortos vários manifestantes”.

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1-C/ 2-C/ 3-B/ 4-B/ 5-A/ 6-B/ 7-B/ 8-B/ 9-B/ 10-D/11-B/ 12-A/ 13-D/ 14-C/ 15-D/ 16-A/ 17-B/ 18-E/ 19-C/ 20-
B

AULA 4 - Pontuação e sinais gráficos

Vírgula

Emprego da vírgula no período simples: quando se trata de separar termos de uma mesma oração, deve-
se usar a vírgula nos seguintes casos:

Para isolar adjuntos adverbiais deslocados:

A maioria dos alunos, durante as férias, viajam.

Para isolar o aposto explicativo:

Londrina, a terceira cidade do Sul do Brasil, é aprazibilíssima.

Para isolar o vocativo:

Alberto, traga minhas calças até aqui!

Para separar elementos coordenados:

As crianças, os pais, os professores e os diretores irão ao evento musical.

Para indicar a elipse do verbo:

Ela prefere filmes românticos; o namorado, de aventura. (o namorado prefere filmes de aventura)

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Para isolar conjunção coordenativa intercalada:

Os candidatos, porém, não respeitaram a lei.

Para isolar as expressões explicativas isto é, a saber, melhor dizendo,

quer dizer...

Irei para Águas de Santa Bárbara, melhor dizendo, para São Lourenço.

Emprego da vírgula no período composto

Período composto por coordenação: as orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula.

Todos gostamos de seus projetos, no entanto não há verbas para viabilizá-los

Nota: as orações coordenadas aditivas iniciadas pela conjunção e só terão vírgula, quando os sujeitos
forem diferentes e quando o e aparecer repetido.

Ela irá no primeiro avião, e seus filhos no próximo.

Ele gritava, e pulava, e gesticulava como um louco.

Período composto por subordinação:

Orações subordinadas adjetivas: só a explicativa é separada por vírgula.

Londrina, que é a terceira cidade do Sul do Brasil, é aprazibilíssima.

Orações subordinadas adverbiais (quando estiverem deslocadas: antepostas ou intercaladas na oração


principal).

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Assim que chegarem as encomendas, começaremos a trabalhar.

Ponto-e-vírgula

O ponto-e-vírgula indica uma pausa um pouco mais longa que a vírgula e um pouco mais breve que o
ponto. O emprego do ponto-e-vírgula depende muito do contexto em que ele aparece.

Podem-se seguir as seguintes orientações para empregar o ponto-e-vírgula:

Para separar duas orações coordenadas que já contenham vírgulas:

Estive a pensar, durante toda a noite, em Diana, minha antiga namorada; no entanto, desde o último verão,
estamos sem nos ver.

Para separar duas orações coordenadas, quando elas são longas:

O diretor e a coordenadora já avisaram a todos os alunos que não serão permitidas brincadeiras durante o
intervalo nos corredores; porém alguns alunos ignoram essa ordem.

Dois-pontos

Deve-se empregar esse sinal:

Para iniciar uma enumeração:

Compramos para a casa o seguinte: mesa, cadeiras, tapetes e sofás.

Para esclarecer ou concluir algo que já foi dito:

Essa moleza vai acabar: essas são as palavras do professor Luís.

QUESTÕES

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1) Falando sobre uma passeata em São Paulo, um jornal paulista escreveu o seguinte:

“Os alunos iam à frente da passeata, e os professores seguiam atrás”.

A vírgula, nesse caso,

A) tem emprego incorreto, pois não se emprega vírgula antes da conjunção coordenativa aditiva.

B) tem emprego incorreto, pois, nesse caso, não há qualquer interrupção na leitura que demonstre pausa.

C) tem emprego adequado, pois o sujeito da segunda oração não é o mesmo da anterior.

D) mostra correção, pois a nova frase tem valor explicativo da primeira.

E) está bem empregada, pois a segunda frase indica mudança de pensamento.

“A civilização do século XX tornou-se altamente dependente do mais nobre dos combustíveis, porque ele é
extremamente conveniente: é líquido, podendo pois ser transportado facilmente nos mais variados
recipientes e em oleodutos, e, além disso, é o combustível mais rico em calorias. Assim, a humanidade se
acostumou com o “creme” dos combustíveis e o desperdiçou, como quem desperdiça um bem ganho sem
qualquer esforço. Mas isso vai acabar, o petróleo é uma herança que recebemos do passado e que
fatalmente vai terminar”.

2) No texto acima, o corretor de texto do computador sublinhou os termos “podendo pois”.

Nesse caso, o erro apontado foi

A) a ausência da conjunção “mas” antes de “podendo”.

B) o emprego indevido de uma vírgula antes do gerúndio.

C) o erro de posição de “pois”, que deveria vir antes de “podendo”.

D) a falta de vírgulas antes e depois de “pois”.

E) o erro no emprego do gerúndio “podendo”.

“Pensar mal amiúde significa tornar mau. Na vida das nações (1) não menos que na dos indivíduos (2) os
primeiros momentos de uma trajetória imprimem (3) no que está nascendo (4) traços de teimosa
permanência”.

(Eduardo Giannetti, O Elogio do Vira-Lata e outros ensaios. 1ª. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
p. 13)

3) Nesse segmento inicial de um texto, poderiam ser usadas vírgulas nas posições dos seguintes números:

A) apenas em (1) e (2);

B) apenas em (2) e (4);

C) apenas em (3) e (4);

D) apenas em (1), (2) e (4);

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E) Mem (1), (2), (3) e (4).

“A pintura transforma o espaço em tempo; a música, o tempo em espaço.”

4) A razão que justifica o emprego da vírgula nesse pensamento é a mesma que ocorre em:

A) “A pintura é poesia silenciosa, a poesia é pintura que fala.”

B) “A pintura é uma poesia que se vê e não se sente, e a poesia é uma pintura que se sente e não se vê.”

C) “A crítica rasteja, e a criação voa.”

D) “O artista é mentiroso, mas a arte é verdade.”

E) “Todos pintam com talento e ele, com arte.”

“O levantamento foi feito pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp) com 99
instituições.”

5) A sigla do Sindicato aparece entre parênteses porque

A) assim requer a convenção da imprensa escrita.

B) se trata de uma instituição amplamente conhecida.

C) é empregada novamente no desenrolar do texto.

D) economiza espaço gráfico em futuras referências.

E) indica o responsável oficial pelo levantamento citado.

“Numa democracia, (1) é livre a expressão, estão garantidos o direito de reunião e de greve, (2) entre
outros, obedecidas leis e regras, (3) lastreadas na Constituição. Em um regime de liberdades, (4) há sempre
o risco de excessos, (5) a serem devidamente contidos e seus responsáveis, punidos, conforme
estabelecido na legislação”.

6) Nesse segmento inicial do texto, a vírgula que tem caráter optativo é a indicada pelo número

A(1).

B(2).

C(3).

D(4).

E(5).

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“’Votação importante hoje (19/02) e os deputados ao invés de estarem trabalhando e fazendo jus ao
salário superior a 25 mil reais, estão trocando e colando figurinha da Copa do Mundo em meio à votação.
Se eu falasse, ninguém acreditaria’, diz o post”.

7) Sobre o emprego de pontuação e de sinais gráficos nesse segmento do texto 2, é correto afirmar que:

A) não deveria haver vírgula após “25 mil reais”;

B) os parênteses explicam um termo anterior;

C) as aspas indicam que o trecho foi literalmente reproduzido;

D) o acento grave em “à votação” está errado;

E) a datação (19/02) deveria aparecer entre vírgulas.

“O tempo passa e a polêmica reforma política que tenta tramitar na Câmara continua a desafiar a
capacidade de os políticos construírem consensos mínimos”.

8) Sobre a estruturação desse segmento do texto 1, é correto observar que:

A) deveria empregar-se uma vírgula após a forma verbal “passa” porque o sujeito da oração seguinte é
diferente do da anterior;

B) deveria empregar-se uma vírgula após o termo “reforma política” por tratar-se de termo restritivo;

C) no termo “de os políticos” não ocorre a combinação da preposição com o artigo, em virtude de o artigo
preceder um termo que é o sujeito da oração;

D) a forma verbal “construírem” aparece no plural por dever concordar com “consensos mínimos”;

E) o adjetivo “polêmica” deveria aparecer após o adjetivo “política” para evitar ambiguidade textual.

“Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se ressente ainda da falta
de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e eficaz
veículo de comunicação”.

9) O problema de norma culta identificado nesse segmento do texto é:

A) a redundância desnecessária de “aqui/na Folha”;

B) a ausência de vírgula antes de “mas”;

C) a ausência de vírgula depois de “Folha”;

D) o emprego de plural indevido em “os usos”;

E) a repetição de adjetivos antes de “veículo”.

“Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer produtos nativos americanos, por isso
trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal”.

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10) Na reescritura desse segmento do texto 2, a pontuação está INADEQUADA em relação às regras de
pontuação em:

A) Os espanhóis, nos primeiros anos de conquista, resistiram a comer produtos nativos americanos, por
isso trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal;

B) Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer produtos nativos americanos e, por
isso, trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal;

C) Nos primeiros anos da conquista os espanhóis resistiram a comer produtos nativos americanos, por isso
trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal;

D) Os espanhóis resistiram a comer produtos nativos americanos, nos primeiros anos de conquista;
trouxeram consigo, por isso, plantas e animais de sua terra natal;

E) Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer produtos nativos americanos, e, por
isso trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal.

“Agradar a si mesmo é orgulho; aos demais, vaidade”.

11) Nessa frase, o emprego da vírgula se justifica para:

A) separar elementos intercalados ou antepostos;

B) separar aposto ou vocativo;

C) isolar termos e expressões explicativas;

D) marcar a omissão do verbo;

E) evitar ambiguidades.

Estou há pouco mais de dois anos morando na China, leitor, e devo dizer que a minha admiração
pelos chineses só tem feito crescer. É um país que tem coesão e rumo, como notou o meu colega de
coluna neste jornal Cristovam Buarque, que passou recentemente por aqui.

11) Na primeira linha do texto 1, o termo “leitor” aparece entre vírgulas pela mesma razão que elas são
empregadas em:

A) “Há uma famosa observação do primeiro-ministro Chou En-Lai, muito citada, que traduz essa noção
singular do tempo”;

B) “Em certa ocasião, no início dos anos 1970, um jornalista estrangeiro lançou a pergunta...”;

C) “Qual é afinal, primeiro-ministro, a sua avaliação da Revolução Francesa?”;

D) “Recentemente, li aqui na China que essa célebre resposta foi um simples mal-entendido”;

E) “É um país que tem coesão e rumo, como notou o meu colega de coluna neste jornal Cristovam
Buarque...”.

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12) Na charge, na frase do representante do restaurante, o primeiro termo devia estar separado por
vírgula por ser:

A) um termo deslocado;
B) um aposto;
C) um vocativo;
D) uma oração antecipada;
E) um adjunto adverbial.

13) Observe os trechos do texto:

• ... no dia 14 de novembro de 1889, isto é, na véspera da Proclamação da República dos Estados Unidos do
Brasil. (1° parágrafo);

• – Ora, cidadão, que fazia ali a figura do Pedro Banana? (15° parágrafo)

Usam-se as vírgulas nos dois trechos para separar, respectivamente:

A) locução conjuntiva e aposto.


B) expressão explicativa e vocativo.
C) locução adverbial e sujeito.
D) denotador de ratificação e aposto.
E) datação e sujeito.

14) Assinale a alternativa em que o período, reescrito com base nas informações do texto, está correto
quanto ao emprego da vírgula.

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A) A Califórnia, ainda deve recuperar-se de uma seca que deixou seus reservatórios com metade da
capacidade e áreas sem gelo perigosamente reduzidas.

B) Imagine que, um agricultor observa, nuvens contendo água mais que suficiente para salvar a sua lavoura,
deixando um bom saldo.

C) Quando a situação fica desesperadora o mundo todo, para controlar a chuva gasta milhões de dólares
todos os anos.

D) As nuvens pequenas, que podem reter um volume de 750 km³ de água, são capazes de formar
verdadeiros lagos voadores.

E) O Serviço Nacional do Clima divulgou em fevereiro, que a chance de uma recuperação rápida da
Califórnia, é de uma em mil.

“Entender os debates mais recentes sobre a colonização, as práticas humanitárias, a bioética, o choque de
culturas também / supõe um conhecimento do cristianismo, dos elementos fundamentais da sua doutrina,
das peripécias que marcaram sua história, das etapas da sua adaptação ao mundo”.

15) O trecho acima foi separado em duas partes por uma barra inclinada. Sobre o emprego das vírgulas
nessas duas partes, é correto afirmar que:

A) marcam a presença de enumerações de termos nas duas partes;

B) indicam, respectivamente, a presença de aposto e da enumeração de termos;

C) documentam a presença de apostos explicativos nos dois segmentos;

D) mostram, nos dois segmentos, inserções de termos;

E) indicam, respectivamente, a presença de enumeração e de aposto explicativo.

“O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e generosa, ainda largamente ignorada
em suas medidas de proteção e promoção”.

16) A inclusão de uma vírgula entre os dois segmentos (texto 2) faz supor a implícita existência de um
conector entre eles; tal conector deveria representar:

A) uma concessão, como “ainda que”;

B) uma adversidade, como “porém”;

C) uma conclusão, como “logo”;

D) uma explicação , como “pois”;

E) uma proporcionalidade, como “à medida que”.

“Essa é uma questão que ainda faz a ciência perder o sono – não há um consenso entre os pesquisadores.”

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Essa passagem, retirada do primeiro parágrafo do texto 1, contém duas partes: uma antes do travessão e
uma após o travessão.

17) Em relação à primeira parte, a segunda parte veicula ideia de:

A) consequência;

B) justificativa;

C) proporção;

D) contraste;

E) concessão.

“na natureza nada é perfeito e tudo é perfeito as árvores podem ser retorcidas vergadas de modos
estranhos e ainda assim são belas”.

18) Observe esse pensamento, transcrito sem os sinais de pontuação originais e todo ele em letras
minúsculas.

A forma correta de redigi-lo é:

A) Na natureza, nada é perfeito, e tudo é perfeito. As árvores podem ser retorcidas, vergadas de modos
estranhos, e ainda assim são belas.

B) Na natureza nada é perfeito e tudo é perfeito! As árvores podem ser retorcidas, vergadas de modos
estranhos e ainda assim são belas.

C) Na natureza, nada é perfeito e tudo é perfeito; as árvores podem ser retorcidas, vergadas de modos
estranhos e ainda assim são belas.

D) Na natureza nada é perfeito e tudo é perfeito; as árvores podem ser retorcidas, vergadas de modos
estranhos e ainda assim são belas.

E) Na natureza, nada é perfeito e tudo é perfeito. As árvores podem ser retorcidas, vergadas de modos
estranhos, e ainda assim são belas.

“À medida que meus sofrimentos aumentavam logo percebi que havia duas maneiras pelas quais eu
poderia responder à minha situação reagir com amargura ou procurar transformar o sofrimento em uma
força criativa eu decidi seguir o último curso.” (Martin Luther King Jr.)

19) Esse pensamento se encontra sem os sinais de pontuação adequados.

Uma das maneiras correta e adequada de pontuá-lo é:

A) À medida que meus sofrimentos aumentavam, logo percebi que havia duas maneiras pelas quais eu
poderia responder à minha situação – reagir com amargura ou procurar transformar o sofrimento em uma
força criativa. Eu decidi seguir o último curso.

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B) À medida que meus sofrimentos aumentavam logo percebi que havia duas maneiras pelas quais eu
poderia responder à minha situação: reagir com amargura, ou procurar transformar o sofrimento em uma
força criativa. Eu decidi seguir o último curso.

C) À medida que meus sofrimentos aumentavam, logo percebi que havia duas maneiras pelas quais eu
poderia responder à minha situação – reagir com amargura ou procurar transformar o sofrimento em uma
força criativa, eu decidi seguir o último curso.

D) À medida que meus sofrimentos aumentavam logo percebi que havia duas maneiras pelas quais eu
poderia responder à minha situação – reagir com amargura, ou procurar transformar o sofrimento em uma
força criativa: eu decidi seguir o último curso.

E) À medida que, meus sofrimentos aumentavam, logo percebi que havia duas maneiras pelas quais eu
poderia responder à minha situação, reagir com amargura ou procurar transformar o sofrimento em uma
força criativa. Eu decidi seguir o último curso.

O filósofo francês Pascal afirmou que: “A imaginação tem todos os poderes: ela faz a beleza, a justiça e a
felicidade, que são os maiores poderes do mundo”.

20) O pensamento acima é dividido em duas partes, separadas pelo emprego dos dois pontos. A segunda
parte mostra:

A) o esclarecimento sobre como atua a imaginação;

B) uma enumeração dos poderes da imaginação;

C) uma explicação dos termos da parte anterior;

D) a consequência da oração anterior;

E) uma definição do que é a imaginação.

21) Observe a seguinte frase:

“O neurótico constrói um castelo no ar. O psicótico mora nele. O psiquiatra cobra o aluguel.”

(Jerome Lawrence) Se trocarmos a pontuação entre as frases por conectivos, a forma adequada será:

A) O neurótico constrói um castelo no ar, mas o psicótico mora nele ao passo que o psiquiatra cobra o
aluguel.

B) O neurótico constrói um castelo no ar enquanto o psicótico mora nele e o psiquiatra cobra o aluguel.

C) O neurótico constrói um castelo no ar embora o psicótico more nele, mas o psiquiatra cobra o aluguel.

D) O neurótico constrói um castelo no ar e o psicótico mora nele, contudo o psiquiatra cobra o aluguel.

E) O neurótico constrói um castelo no ar ainda que o psicótico more nele, enquanto o psiquiatra cobra o
aluguel.

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22) Se colocarmos todas as vírgulas necessárias na frase “Não me importo de me atribuírem todos os
pecados do mundo mas por favor não digam que eu seria capaz de comer pizza de soja.”, a forma correta
será:

A) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas, por favor, não digam que eu seria
capaz de comer pizza de soja.”;

B) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não digam que eu seria
capaz de comer pizza de soja.”;

C) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo mas por favor, não digam que eu seria
capaz de comer pizza de soja.”;

D) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não digam, que eu seria
capaz de comer pizza de soja.”;

E) “Não me importo, de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não digam que eu seria
capaz de comer pizza de soja. ”

1-C / 2-D/3-E/4-E/5-D/6-A/ 7-C/8-C/9-C/10-E/11-C/12-C/13-B/14-D/15-A/16-B/ 17-B/ 18-A/ 19-A/ 20-B/ 21-


B/ 22-A

AULA 5
Registros de linguagem. Funções da linguagem. Elementos dos atos de
comunicação.

Funções da Linguagem
As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem segundo a intenção do falante.

Elas são classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva, função poética, função fática,
função conativa e função metalinguística.

Cada uma desempenha um papel relacionado com os elementos presentes na comunicação: emissor,
receptor, mensagem, código, canal e contexto. Assim, elas determinam o objetivo dos atos comunicativos.

Função Referencial ou Denotativa


Também chamada de função informativa, a função referencial tem como objetivo principal informar,
referenciar algo.

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Voltada para o contexto da comunicação, esse tipo de texto é escrito na terceira pessoa (singular ou plural)
enfatizando seu caráter impessoal.

Como exemplos de linguagem referencial podemos citar os materiais didáticos, textos jornalísticos e
científicos. Todos eles, por meio de uma linguagem denotativa, informam a respeito de algo, sem envolver
aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem.

Exemplo de função referencial


Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o real teve a maior desvalorização da sua história.
Nesse dia foi preciso desembolsar R$ 4,0538 para comprar um dólar. Recorde-se que o Real foi lançado há
mais de 20 anos, mais precisamente em julho de 1994.

Função Emotiva ou Expressiva


Também chamada de função expressiva, na função emotiva o emissor tem como objetivo principal
transmitir suas emoções, sentimentos e subjetividades por meio da própria opinião.

Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o emissor, uma vez que possui um caráter
pessoal.

Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, as cartas, os diários. Todos eles são marcados pelo
uso de sinais de pontuação, por exemplo, reticências, ponto de exclamação, etc.

Exemplo de função emotiva


Meus amores, tenho tantas saudades de vocês … Mas não se preocupem, em breve a mamãe chega e
vamos aproveitar o tempo perdido bem juntinhos. Sim, consegui adiantar a viagem em uma semana!!! Isso
quer dizer que tenho muito trabalho hoje e amanhã.... Quando chegar, quero encontrar essa casa em
ordem, combinado?!?

Função Poética
A função poética é característica das obras literárias que possui como marca a utilização do sentido
conotativo das palavras.

Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será transmitida por meio da escolha
das palavras, das expressões, das figuras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunicativo é a
mensagem.

Note que esse tipo de função não pertence somente aos textos literários. Também encontramos a função
poética na publicidade ou nas expressões cotidianas em que há o uso frequente de metáforas (provérbios,
anedotas, trocadilhos, músicas).

Exemplo de função poética


Apesar de não ter frequentado a escola, dizia que a avó era um poço de sabedoria. Falava de tudo e sobre
tudo e tinha sempre um provérbio debaixo da manga.

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Função Fática
A função fática tem como objetivo estabelecer ou interromper a comunicação de modo que o mais
importante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem. Aqui, o foco reside no canal de
comunicação.

Esse tipo de função é muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas expressões de cumprimento,
saudações, discursos ao telefone etc.

Exemplo de função fática


— Consultório do Dr. João, bom dia!
— Bom dia! Precisava marcar uma consulta para o próximo mês, se possível.
— Hum, o Dr. tem vagas apenas para a segunda semana. Entre os dias 7 e 11, qual a sua preferência?
— Dia 8 está ótimo.

Função Conativa ou Apelativa


Também chamada de apelativa, a função conativa é caracterizada por uma linguagem persuasiva que tem
o intuito de convencer o leitor. Por isso, o grande foco é no receptor da mensagem.

Essa função é muito utilizada nas propagandas, publicidades e discursos políticos, de modo a influenciar o
receptor por meio da mensagem transmitida.

Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na terceira pessoa com a presença de verbos no
imperativo e o uso do vocativo.

Exemplos de função conativa

• Vote em mim!
• Entre. Não vai se arrepender!
• É só até amanhã. Não perca!

Função Metalinguística
A função metalinguística é caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a linguagem que se refere a
ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um código utilizando o próprio código.

Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um documentário cinematográfico que fala sobre a
linguagem do cinema são alguns exemplos.

Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem destaque são as gramáticas e os dicionários.

Exemplo de função metalinguística


Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define o que é escrita, bem como exemplifica a função
metalinguística.

FUNÇÃO REFERENCIAL- ÊNFASE NO CONTEXTO

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FUNÇÃO METALINGUISTICA- ÊNFASE NO CÓDIGO

FUNÇÃO FATICA- ÊNFASE NO CANAL

FUNÇÃO POETICA- ENFASE NA MENSAGEM

FUNÇÃO EMOTIVA/EXPRESSIVA - ENFASE NO LOCUTOR/ EMISSOR (QUEM ESCREVE OU QUEM FALA)

FUNÇÃO APELATIVA/CONATIVA- ENFASE NO INTERLOCUTOR/DESTINATARIO (QUEM VAI RECEBER A


MENSAGEM)

Registros de linguagem/ Elementos dos atos de comunicação

As variações linguísticas reúnem as variantes da língua que foram criadas pelos homens e são reinventadas
a cada dia.

Dessas reinvenções surgem as variações que envolvem diversos aspectos históricos, sociais, culturais,
geográficos, entre outros.

No Brasil, é possível encontrar muitas variações linguísticas, por exemplo, na linguagem regional.

Linguagem Formal e Informal


Quanto aos níveis da fala, podemos considerar dois padrões de linguagem: a linguagem formal e informal.

Certamente, quando falamos com pessoas próximas utilizamos a linguagem dita coloquial, ou seja, aquela
espontânea, dinâmica e despretensiosa.

No entanto, de acordo com o contexto no qual estamos inseridos, devemos seguir as regras e normas
impostas pela gramática, seja quando elaboramos um texto (linguagem escrita) ou organizamos nossa fala
numa palestra (linguagem oral).

Em ambos os casos, utilizaremos a linguagem formal, que está de acordo com a normas gramaticais.

Observe que as variações linguísticas são expressas geralmente nos discursos orais. Quando produzimos
um texto escrito, seja em qual for o lugar do Brasil, seguimos as regras do mesmo idioma: a língua
portuguesa.

Níveis de linguagem
Os níveis de linguagem, ou níveis de fala, são os registros da linguagem utilizados pelos falantes, os quais
são determinados por vários fatores de influência.

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A situação ou o local em que estamos, a escolarização que temos, as pessoas com quem estamos falando
em um determinado momento são elementos que influenciam os falantes.

Por exemplo, um juiz não falará em tribunal tal como fala num jantar com família e amigos.

Os principais níveis de linguagem são: linguagem culta e linguagem coloquial.

Linguagem culta: mais regras


A linguagem culta ou formal é aquela em que as pessoas falam de acordo com as regras gramaticais.
Também chamada de norma padrão, nela se escolhe com mais cuidado o vocabulário utilizado na
comunicação.

É a linguagem usada na escrita e que aprendemos na escola.

Não precisamos ir muito longe para entender o conceito. Basta não concordarmos sujeito com verbo e já
temos aí uma transgressão gramatical, por exemplo: “A gente avisamos para ele se afastar.”.

Frases em linguagem culta

• Considero viável começar por este projeto.


• Estava muito abatido hoje.
• Poderia falar com o departamento de compras, por favor?
• Tenho comigo o resultado dos exames.
• Agradeço que conversem mais baixo.

Linguagem coloquial: menos regras


A linguagem coloquial ou informal é aquela em que os falantes expressam-se de forma mais descontraída e
em que há uma preocupação menor com as regras e com as palavras do discurso.

A linguagem informal não é incorreta, motivo pelo qual ela não pode ser caracterizada como inculta, afinal,
qualquer pessoa a usa num ambiente descontraído.

No entanto, a descontração pode dar abertura a algumas transgressões gramaticais, de onde podem surgir
as variantes linguísticas e, em alguns casos, até pode surgir a linguagem vulgar.

Frases em linguagem coloquial

• Acho que a gente tem que começar por aqui.


• Tava super derrubado hoje.
• Alô, posso falar com a Ana?
• Olha o resultado dos exames que você pediu.
• Cala a boca.

Variantes linguísticas
Variantes linguísticas são as mudanças que a língua sofre em função do tempo (como português medieval e
atual), da região onde a língua é falada (nordeste e sul do Brasil), das situações formais ou informais
(gírias).

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Assim, existem diferentes tipos de variações linguísticas, tal como regionalismos e gírias.

Regionalismos
Os regionalismos consistem em vocabulário e formas de expressão que são influenciadas pelo local onde a
língua é falada, como podemos notar nas diferenças da língua portuguesa entre os falantes das regiões
brasileiras.

Por exemplo: "Não se avexe." e "Não precisa ficar sem graça.", ambos com o mesmo significado (não ter
vergonha), são as formas utilizadas no nordeste e no sul do Brasil.

Gírias
As gírias consistem em palavras ou frases utilizadas em ambientes informais, e que surgem entre grupos
(jovens surfistas, adolescentes, policiais).

Por exemplo, a palavra “date” em inglês, que significa “encontro” passou a ser utilizada pelos jovens na
língua portuguesa como uma gíria: “Tenho um date hoje.”.

QUESTÕES
1) A opção abaixo em que uma expressão popular foi substituída inadequadamente por linguagem
formal, é:

A) Disse que ficou com dois rapazes na festa / Disse que namorou dois rapazes na festa;

B) Invadiram a casa e logo se mandaram / Invadiram a casa e logo fugiram;

C) Ficou zangado e deu uma bronca nos filhos / Ficou zangado e recriminou os filhos;

D) A menina deixou de lado o namorado / A menina desgostou do namorado;

E) Após o encontro, João ficou com o pé atrás / Após o encontro, João ficou desconfiado.

2) A linguagem tem múltiplas funções; a frase abaixo em que a função da linguagem empregada é a de
abordar a própria linguagem (metalinguagem) é:

A) Para salvar seu crédito, você deve esconder a sua ruína;

B) Colhe as rosas enquanto estão vivas; amanhã, já não estarão como hoje;

C) Em geral, logo que uma coisa se torna útil deixa de ser bela;

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D) Se você tiver que ser atropelado por um carro, é melhor que seja por uma Ferrari;

E) O não produz inimigos; o sim, falsos amigos.

3) A função de linguagem que mostra uma relação equivocada com o elemento da teoria da informação
é:

A) emotiva ou expressiva / emissor;

B) metalinguística / código;

C) apelativa ou conativa / contato;

D) fática / canal;

E) poética / mensagem.

“Posso falar de arte e artistas outra vez? Espero que, em algum lugar aí no Brasil, haja leitores e leitoras,
mesmo poucos, que se interessem pela figura tão singular e tão fundamental do artista”.

4) Nesses períodos prevalece a função de linguagem denominada

A) metalinguística.

B) conativa ou apelativa.

C) emotiva ou expressiva.

D) poética.

E) referencial.

O texto “Operação, por exemplo, é uma palavra assustadora. Pior do que intervenção cirúrgica porque
promete uma intromissão muito mais radical nos intestinos”.

5) Esse segmento do texto “Diminutivos”, de Luís Fernando Veríssimo, exemplifica uma função de
linguagem denominada

A) referencial.

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B) fática.

C) conativa.

D) expressiva.

E) metalinguística.

6) Um livro didático de Literatura mostra o seguinte texto: “Façam uma pesquisa a fim de averiguar se sua
cidade e seu Estado dispõem de patrimônio artístico-cultural barroco.”.

Nesse caso, a função de linguagem predominante é:

A) metalinguística;

B) referencial;

C) conativa;

D) fática;

E) poética.

7) Um fabricante de açúcar refinado, hoje considerado produto prejudicial à saúde, escreve, em seus
pequenos sacos de açúcar usados em restaurantes, frases como Ria mais, Abrace seus amigos etc. Vemos
que, nesse caso, o publicitário:

A) apela para a gula na valorização de seu produto;

B) valoriza o seu produto através do paladar;

C) deseja agregar a seu produto sensações felizes;

D) desvia o tema do produto para a embalagem;

E) desvaloriza o produto em busca de honestidade.

8) "Harém. A palavra harém foi originalmente utilizada para designar um cômodo da casa de um
muçulmano, onde viviam suas esposas e concubinas. O termo, hoje utilizado para identificar um conjunto de
mulheres, deriva do árabe harim, equivalente a "lugar sagrado ou proibido".
(Detrás de las palavras, Charlie López)

Considerando esse pequeno texto, assinale a alternativa que indica a função de linguagem que nele
predomina.

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A) Referencial.

B) Fática.

C) Poética.

D) Metalinguística.

E) Apelativa.

9) Assinale a opção que exemplifica a função referencial da linguagem.

A) “O poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade nasceu em 1902 e faleceu em 1987.”

B) “Alô, Maria? Está-me ouvindo, querida? Oi?”

C) “Dispepsia? Significa ‘sensação de desconforto digestivo, especialmente de peso, que ocorre após as
refeições’, segundo o dicionário Houaiss.”

D) “... eu te amo a perder de vista...” (Mario Quintana)

E) “Fale, amor, que eu ajudarei prontamente.”

10) A opção abaixo em que uma expressão popular foi substituída inadequadamente por linguagem
formal, é:

A) Disse que ficou com dois rapazes na festa / Disse que namorou dois rapazes na festa;

B) Invadiram a casa e logo se mandaram / Invadiram a casa e logo fugiram;

C) Ficou zangado e deu uma bronca nos filhos / Ficou zangado e recriminou os filhos;

D) A menina deixou de lado o namorado / A menina desgostou do namorado;

E) Após o encontro, João ficou com o pé atrás / Após o encontro, João ficou desconfiado.

11) Pelos textos lidos até agora, vemos que o cronista se compraz em empregar a linguagem informal, em
segmentos variados. Considerando esses textos, assinale a frase que é integralmente construída em
linguagem culta.

A) Dois amigos meus que leram os três volumes dessa A vida de D. Pedro I, de Octávio Tarquínio de Sousa,
disseram que é um livro de que a gente fica com saudades quando acaba....

B) ...vontade de pedir ao historiador a vida de D. Pedro II como quem repete um prato gostoso em um
restaurante: “Salta mais um Pedro!”.

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C) Quando amanhã alguém quiser escrever a história da vida brasileira deste último quarto de século terá,
com certeza, muita dor de cabeça.

D) E o coronel fique na sua varanda, cheia de gaiolas de passarinhos. Ali perto, enjaulados como feras, dois
imensos cães dinamarqueses.

E) ...e os escritos desta época andam tão cheios, ora de inverdades, ora de subentendidos, ora de omissões
e enganos, que, entre as linhas e entrelinhas dos documentos, o historiador ficará a coçar o queixo.

12) As frases podem estar escritas em registros variados da língua; a frase abaixo, relacionada à
gastronomia, que mostra marcas do registro popular é

A) “Não estou fazendo nenhuma dieta. Eu amo comer. Eu amo comida”.

B) “Cozinhar é como amar. Entregue-se ou caia fora”.

C)“Eu cozinho com vinho, às vezes até mesmo acrescento comida a ele”.

D) “A regra fundamental para um sommelier é fazer as pessoas felizes por meio do vinho”.

E) “Quanto mais difícil é ler um cardápio, mais altos são os preços”.

13) A frase que se estrutura em linguagem formal, sem exemplos de linguagem coloquial, é:

A) Me sinto como Cristóvão Colombo, pois sobrevivi a seis casamentos e agora descobri a mim mesma;

B) O lugar dos brasileiros é no Brasil, não na Europa;

C) Se a economia tivesse muito boa, se todo mundo tivesse ganhando muito bem, ninguém ia querer saber
de eleição;

D) Pagar a dívida externa com a desgraça interna não dá pé;

E) A gente está neste mundo por pura bondade de Deus.

14) Eis o texto de um e-mail, enviado a uma ex-namorada:

“As fotografias estão ótimas; acho que perdi bons momentos; vou ver se qualquer dia desses envio uma
foto minha para você, você sabe que eu não gosto de tirar fotos”.

A marca linguística que está presente nesse pequeno texto é:

A) a formalidade da linguagem empregada;

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B) a extensão demasiada das frases;

C) o uso de formas abreviadas em exagero;

D) a preocupação com a clareza da mensagem;

E) a presença de marcas da linguagem oral.

15) Em situações de formalidade, é conveniente evitar o uso de linguagem informal; a frase abaixo que se
mostra inteiramente formal é:

A) O Brasil não sabe mais o que é um porre feliz;

B) Um memorando serve não para informar a quem lê ele, mas para proteger quem o escreve;

C) Desde que organizado, o crime é que compensa;

D) Me disseram que o prazer é o grande incentivo para o mal;

E) Os ricos são diferentes de você e de mim. Eles têm mais crédito.

16) O texto 4 está expresso em linguagem culta, com obediência às normas gramaticais; o segmento em
que ocorre um exemplo de linguagem popular é:

A) “É claro que o modelo direto é pouco adotado, já que o orçamento municipal costuma ser apertado e há
outras áreas que as prefeituras devem suprir (saúde e educação, por exemplo)”;

B) “A saída mais comum é contratar empresas para desempenhar essa função”;

C) “Para fazer isso, é preciso realizar uma licitação, procedimento padrão para que uma empresa
desempenhe um serviço público”;

D) “O responsável primário pelo transporte público urbano é o poder público municipal”;

E) “É isso que prevê o inciso V do artigo 30 da Constituição Federal”.

17) Assinale a frase que não inclui uma marca da linguagem coloquial.

A) Quando uma pessoa é presa da comichão de escrever, nada a pode curar, senão o coçar de uma pena.

B) O tema de uma obra é o que sobra de uma obra ruim.

C) Nunca se deve ler um mau autor, nem para desdenhar dele. Sempre há um grão de tolice que pega.

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D) “Para que vieste na minha janela meter o nariz? / Se foi por um verso, não sou mais poeta. / Ando tão
feliz”.

E) O musical é chato do começo ao fim, mas está cheio de bom entretenimento.

Texto 2

O professor tenta exaustivamente explicar o conteúdo seguidas vezes, muda o ponto de vista, muda o
esquema exposto na lousa, exemplifica de duas, três, quatro formas diferentes. A cada pausa, chama
atenção de diferentes grupos de alunos, que insistem em não prestar atenção. (....) Já transpirando e quase
rouco de tanto aumentar o tom de voz, o professor chama a atenção de um aluno que ri alto.
—Fica de boa, profe. Depois eu vejo isso aí no YouTube.
— Fica de boa, profe. Depois eu vejo isso aí no YouTube.

18) A característica que NÃO está presente nessa frase dita pelo aluno do texto 2 é:

A) emprego de gíria;

B) transcrição oral de uma abreviatura;

C) o emprego de isso com valor pejorativo;

D) falha na estruturação gramatical;

E) o uso de aí para marcar distância.

19) A frase abaixo que foi construída exclusivamente por linguagem formal é:

A) Primeiro a gente enlouquece e depois vê no que dá;

B) A vida é curta demais para vivê-la ao lado de um filho da mãe;

C) Tem pessoas que discordam de mim e outras, que são inteligentes;

D) Me deram como castigo uma pena de dez anos;

E) Somente o que perdi é meu para sempre.

20) A frase abaixo que exemplifica a função metalinguística da linguagem, é:


A) Os homens ilustres têm a terra inteira como sepultura;
B) Se a obra não é útil, a glória é uma estupidez;
C) Facilite uma boa ação, pois é o mesmo que praticá-la;
D) Ele é um pensador: isto é, ele sabe como tornar as coisas mais simples do que elas são;

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E) As coisas são exatamente o que aparentam ser e atrás delas... não há nada.

21) As funções de linguagem fazem parte do conteúdo desta prova; a frase abaixo que documenta a
função de linguagem denominada conativa, ou seja, a que pretende influenciar o receptor, é:
A) Eu sempre quis ser igualzinha à Barbie. É por isso que clareio o cabelo até ficar branco;
B) Gosto de meus braços musculosos, aspecto atlético e cintura fina. Detesto é a camada de gordura que
cobre tudo isso;
C) O mundo abre passagem ao homem que sabe para onde está indo;
D) A rosa vive uma hora e o espinheiro, cem anos;
E) Quando ouvir falar bem de um amigo, conte isso a ele.

22) “Por isso, devemos nos manter alerta às decisões editoriais como as de Zero Hora e nos manifestar
criticamente para que o jornalismo brasileiro não aja como se o colapso climático fosse questão de
opinião.” (Texto 2, 6º parágrafo, último período)
O texto 2 é predominantemente argumentativo (no que se refere ao seu modo de organização discursiva) e
desempenha majoritariamente as funções referencial e emotiva (no que se refere ao seu propósito
comunicativo). Seu último período, no entanto, subverte esse padrão, na medida em que evidencia uma
predominância:
A) do modo narrativo e da função metalinguística;
B) do modo descritivo e da função fática;
C) do modo injuntivo e da função conativa;
D) do modo argumentativo e da função poética;
E) do modo expositivo e da função fática.

23) Assinale a frase abaixo que exemplifica a função conativa da linguagem.


A) A sorte favorece a mente bem-preparada.
B) Se você acha que tem 50% de chance de sucesso, vá atrás.
C) Sucesso é uma palavra à procura de definição pessoal.
D) Minha terra tem palmeiras onde cantavam os sabiás.

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E) A disciplina é a parte mais importante da vida militar.

24) Numa de suas famosas crônicas, Machado de Assis faz o seguinte comentário: “Há um bom costume na
Índia que eu quisera ver adotado no resto do mundo, ou pelo menos aqui no Rio de Janeiro. A visita não é
que se despede; é o dono da casa que a manda embora”.
Como ocorre em todo ato comunicativo, a linguagem nele empregada mostra uma função predominante;
neste caso, a função predominante da linguagem é

A) metalinguística, pois concentra o foco no significante linguístico.

B) fática, pois focaliza o contato social entre os interlocutores.

C) referencial, pois reproduz dados da realidade.

D) conativa, pois seu interesse está no convencimento do leitor.

E) emotiva, pois se dirige às emoções do emissor.

25) Em situações de comunicação formal, é conveniente evitar o uso de linguagem informal.


Assinale a opção que apresenta a frase cuja linguagem é inteiramente formal.
A) Caso tivéssemos nessa situação, reagiríamos de forma diferente.
B) Para mim estudar de forma eficiente, é indispensável estar em lugar silencioso.
C) A gente não deve passear à noite por lugares escuros e desconhecidos.
D) Eu lia mais, se tivesse mais dinheiro e tempo.
E) Os presentes que lhes demos custaram caro.

26) Todas as opções a seguir trazem fragmentos textuais retirados de jornais conhecidos.
Assinale a opção que apresenta o fragmento que traz exemplo de linguagem coloquial.

A) O Flamengo, que teve um jogador expulso, deve recorrer ao STJD.

B) Com o advento do novo governo, a legislação econômica sobre o teto de gastos deve sofrer
modificações.

C) Os moradores de algumas comunidades cariocas estão sendo obrigados a fazerem papel de espiões para
os traficantes.

D) Os candidatos a prefeito de São Paulo fizeram ontem à noite mais um debate político, mas não atraíram
grande número de ouvintes.

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E) De olho em novos negócios, algumas empresas estão organizando uma feira internacional de
eletrodomésticos.

1-A/ 2-E/ 3-C/ 4-B/ 5-E/ 6-C/ 7-C/ 8-D/ 9-A/ 10-A/ 11-D/ 12-B/ 13-B/ 14-E/ 15-E/ 16-A/ 17-B/ 18-D/ 19-E/
20-D/ 21-E/ 22-C/ 23-B/24-C/ 25-E/ 26-E

AULA 6

Estrutura e formação de palavras. Formas de abreviação.


Vocabulário: neologismos, arcaísmos, estrangeirismos,
latinismos.

Formação das Palavras

Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição.

A diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivação, partimos sempre de um
único radical, enquanto no processo de composição sempre haverá mais de um radical.

Derivação

Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já
existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:

Primitiva Derivada

mar marítimo, marinheiro, marujo

terra enterrar, terreiro, aterrar

Tipos de Derivação

Derivação Prefixal ou Prefixação

Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os exemplos:

crer-descrer
ler-reler
capaz- incapaz

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Derivação Sufixal ou Sufixação

Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de
classe gramatical. Por exemplo:

alfabetização

No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é
derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar.

A derivação sufixal pode ser:

a) Nominal, formando substantivos e adjetivos. Por exemplo:

papel/papelaria
riso / risonho

b) Verbal, formando verbos. Por exemplo:

atual - atualizar

c) Adverbial, formando advérbios de modo.

feliz - felizmente

Derivação Prefixal e Sufixal

Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo não simultâneo de prefixo e sufixo à palavra
primitiva.

Exemplos:

Palavra Inicial Prefixo Radical Sufixo Palavra Formada

leal des leal dade deslealdade

feliz in feliz mente infelizmente

Note que a presença de apenas um desses afixos é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa
língua existem as palavras "desleal", "lealdade" e "infeliz", "felizmente".

Derivação Parassintética ou Parassíntese

Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva.

Considere, por exemplo, o adjetivo "triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer pela junção
simultânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". Note que a presença de apenas um desses afixos não é
suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras "entriste", nem
"tristecer".

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Palavra Inicial Prefixo Radical Sufixo Palavra Formada

mudo e mud ecer emudecer

alma des alm ado desalmado

Dica: para estabelecer a diferença entre derivação prefixal e sufixal e parassintética, basta retirar o prefixo
ou sufixo da palavra na qual se tem dúvida. Feito isso, observe se a palavra que sobrou existe; caso isso
aconteça, será derivação prefixal e sufixal. Caso contrário, será derivação parassintética.

Derivação Regressiva

Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução.
Exemplos:

comprar(verbo)
compra (substantivo)

beijar(verbo)
beijo (substantivo)

Derivação Imprópria

A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão
em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:

1) Os adjetivos passam a substantivos. Por exemplo:

Os bons serão contemplados.

2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos. Por exemplo:

Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.

3) Os infinitivos passam a substantivos. Por exemplo:

O andar de Roberta era fascinante.


O badalar dos sinos soou na cidadezinha.

4) Os substantivos passam a adjetivos. Por exemplo:

O funcionário fantasma foi despedido.


O menino prodígio resolveu o problema.

5) Os adjetivos passam a advérbios. Por exemplo:

Falei baixo para que ninguém escutasse.

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6) Palavras invariáveis passam a substantivos. Por exemplo:

Não entendo o porquê disso tudo.

7) Substantivos próprios tornam-se comuns. Por exemplo:

Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente)

QUESTÕES ( de 1 a 20)
“Com abordagens diretas ou indiretas, a cultura baiana continua em destaque na “Festa Literária
Internacional de Paraty”, evento fluminense considerado como um dos principais festivais literários da
América do Sul. A nova curadora da “Flip 2019”, a publisher e jornalista Fernanda Diamant acaba de
anunciar o escritor fluminense Euclides da Cunha como o “Autor Homenageado” no evento que começa em
10 de julho, no balneário histórico de Paraty”.

1) Assinale a opção que indica a palavra que tem processo de formação distinta das demais.

A) abordagens.

B) literários.

C) jornalista.

D) fluminense.

E) destaque.

“Em vista disso, inteligência e sabedoria são dois conceitos interessantes. Assim, poderemos ter uma ideia
mais precisa e útil do que realmente são. Afinal, se queremos algo, além de ter um alto QI, é necessário
desenvolver uma sabedoria excepcional e moldar uma personalidade virtuosa. Isso vai um passo além do
cognitivo e do emocional”.

2) Nesse segmento do texto , a palavra formada por processo de formação originalmente diferente dos
demais é:

A) sabedoria;

B) realmente;

C) desenvolver;

D) excepcional;

E) personalidade.

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3) O item abaixo em que os dois vocábulos citados NÃO fazem parte da mesma família de palavras é:

A) falir / falência;

B) provir / provisão;

C) deter / detenção;

D) dispensar / dispensa;

E) fugir / fuga.

4) A palavra do texto que NÃO segue o mesmo processo de formação que as demais é:

A) ressentimento;

B) covardia;

C) legislação;

D) importante;

E) veículo.

5) A palavra abaixo que NÃO segue o mesmo processo de formação que as demais é:

A) agressão;

B) imposição;

C) repressão;

D) familiar;

E) desgaste.

6) Duas palavras que NÃO pertencem à mesma família por não possuírem o mesmo radical são:

A) hemácia/anemia;

B) decapitar/capital;

C) cátedra/catedral;

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D) animismo/desanimado;

E) depredar/pedra.

7) O texto emprega alguns vocábulos formados com o sufixo –ção. Os dois vocábulos abaixo que mostram
processo de formação exatamente idêntico são:

A) demonstração / coração

B) construção / inclinação

C) digitação / discrição

D) perturbação / equitação

E) cassação / ficção

8) A palavra abaixo, retirada do texto 1, que apresenta um processo de formação distinto dos demais é:

A) chineses;

B) recentemente;

C) milenar;

D) desagregadores;

E) imediatismo.

9) A palavra abaixo, retirada do texto 1, que mostra processo de formação diferente dos demais é:

A) comunicação;

B) devidamente;

C) saudável;

D) hipertensos;

E) científicas.

10) O texto lido utiliza um conjunto de palavras terminadas pelo mesmo sufixo – ção.

Assinale a alternativa que apresenta as palavras que têm rigorosamente a mesma formação.

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A) Imaginação / afeição.

B) Fabulação / perfeição.

C) Perfeição / instalação.

D) Instalação / imaginação.

E) Afeição / fabulação.

11) Dentre as opções a seguir, a palavra que mostra um processo de formação distinto do das demais
palavras é:

A) objetividade.

B) segundo.

C) cientista.

D) respectivamente.

E) fabulação.

12) O vocábulo abaixo que é formado pelo processo de parassíntese é:

A) pré-história;

B) inconstitucional;

C) perigosíssimo;

D) embarque;

E) desalmado.

13) Assinale a opção que indica os vocábulos que seguem o mesmo processo de formação.

A) inaptidão / infelizmente.

B) democrático / incerteza.

C) amor / desamor.

D) bebedouro / tesouro.

E) desalmado / amanhecer.

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14) A formação de advérbios em -mente é feita com o acréscimo desse sufixo à forma feminina do
adjetivo.

Assinale a opção que indica a frase em que o advérbio não mostra claramente essa formação.

A) Os prazos do concurso serão religiosamente respeitados.

B) Os candidatos devem ser imediatamente contratados.

C) Alguns candidatos estudaram desesperadamente.

D) Brevemente os candidatos aprovados serão chamados.

E) Os resultados são provisoriamente desconhecidos.

15) Um dos processos conhecidos de formação de palavras em Português é a chamada “derivação


imprópria”, marcada pela criação de uma nova palavra pela modificação de sua classe original. Tal
processo aparece em:

A) “Sim, no começo era o pé”.

B) “Se está provado, por descobertas arqueológicas, que há sete mil anos estes brasis já eram habitados...”.

C) “... pensai nestas legiões e legiões de pés que palmilharam nosso território”.

D) “E pensai nestes passos, primeiro sem destinos, machados de pedra abrindo as iniciais picadas na
floresta”.

E) “E nos pés dos que subiam às rochas distantes”.

16) Entre as palavras abaixo, aquela que mostra uma formação distinta das demais é:

A) promoção;

B) proteção;

C) internação;

D) população;

E) prevenção.

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17) As opções a seguir apresentam palavras retiradas do texto 1 consideradas, em sua formação, como
ponto de chegada. Assinale a que indica a sequência correta de formação.

A) mata – matar – desmatar – desmatamento

B) tempo – temperado – temperar – temperatura

C) ferir – conferido – conferir – conferência

D) volver – envolver – desenvolver – desenvolvimento

E) inteiro – integrar – íntegro – integração

18) Os vocábulos “aliena” e “alienante” são chamados cognatos por pertencerem à mesma família de
palavras.
Assinale a opção que apresenta os vocábulos que não pertencem à mesma família.

A) Estudar / estudante

B) Ler / leitura

C) Ver / visão

D) Escrever / escrivão

E) Amar / amizade

19) Entre os substantivos abaixo, retirados do texto 1, aquele que NÃO é formado a partir de verbo é:

A) Constituição;

B) pressão;

C) inclusão;

D) redução;

E) população.

20) São vocábulos do texto 1 que exemplificam o processo de formação de palavras denominado
derivação sufixal:

A) desacelerar / economia;

B) mundial / emergente;

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C) investimento / ilustre;

D) vítima / transição;

E) paisagem / econômica.

Radicais gregos
Radicais que atuam como primeiro elemento
Forma Sentido Exemplos

Aéros- ar Aeronave

Ánthropos- homem Antropófago

Autós- de si mesmo Autobiografia

Bíblion- livro Biblioteca

Bíos- vida Biologia

Chróma- cor Cromático

Chrónos- tempo Cronômetro

Démos- povo Democracia

Ethnos- raça Etnia

Géo- terra Geografia

Ichthýs- peixe Ictiografia

Ísos- igual Isósceles

Makrós- grande, longo Macróbio

Mónos- um só Monocultura

Nekrós- morto Necrotério

Néos- novo Neolatino

Ophthalmós- olho Oftalmologia

Orthós- reto, justo Ortografia

Pan- todos, tudo Pan-americano

Páthos- doença Patologia

Polýs- muito Poliglota

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Pótamos- rio Potamologia

Pséudos- falso Pseudônimo

Psiché- mente Psicologia

Techné- arte Tecnografia

Thermós- quente Térmico

Týpos- figura, marca Tipografia

Tópos- lugar Topografia

Zóon- Animal Zoologia

Radicais que atuam como segundo elemento


Forma Sentido Exemplos

-agogós Que conduz Pedagogo

álgos Dor Analgésico

-arché Comando, governo Monarquia

-drómos Lugar para correr Hipódromo

-glótta; -glóssa Língua Poliglota, glossário

-gonía Ângulo Pentágono

-grápho Escrita Ortografia

-grafo Que escreve Calígrafo

-grámma Escrito, peso Telegrama, quilograma

-krátos Poder Democracia

-lógos Palavra, estudo Diálogo

-métron Que mede Quilômetro

-nómos Que regula Autônomo

-pólis; Cidade Petrópolis

-pterón Asa Helicóptero

-skopéo Instrumento para ver Microscópio

-sophós Sabedoria Filosofia

-théke Lugar onde se guarda Biblioteca

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QUESTÕES

21) Tecnologia é palavra que tem, em sua formação, o radical grego -logia (“estudo”); a opção abaixo que
indica corretamente o campo de estudo do vocábulo formado com esse mesmo radical, é:

A) pneumologia / estudo dos pneus dos veículos;

B) radiologia / estudo das transmissões radiofônicas;

C) geologia / estudo geográfico das paisagens;

D) arqueologia / estudo de realidades antigas;

E) etnologia / estudo da origem das palavras.

Monólogo é uma pessoa falando sozinha. Diálogo são duas.

As palavras monólogo e diálogo mostram em sua estrutura o radical grego com o valor de “palavra, língua,
discurso”.

22) Assinale o vocábulo abaixo que mostra esse mesmo radical com valor semântico diferente.

A) prólogo.

B) filólogo.

C) epílogo.

D) logaritmo.

E) ginecologista.

“A avançada tecnologia é uma das marcas dos tempos modernos”.


23) Assinale a opção que apresenta um vocábulo, formado com o mesmo radical logia, com seu
significado corretamente explicado.

A) Zoologia – estudo dos jardins zoológicos.

B) Pneumologia – estudo dos pneus adequados.

C) Arqueologia – estudo das construções em arco.

D) Dermatologia – estudo médico da pele.

E) Geologia – estudo de caráter geográfico.

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24) Em todas as opções abaixo, o termo sublinhado foi substituído por um outro, formado com a ajuda de
um afixo (prefixo ou sufixo); a opção em que a substituição está INADEQUADA, é:

A) No primeiro dia das férias, vou fazer uma análise de mim mesmo / autoanálise;

B) A vacina aplicada há pouco tempo deve trazer benefícios aos contaminados / recém-aplicada;

C) Monteiro Lobato está sendo lido de novo / renovado;

D) O ex-presidente da empresa tinha uma riqueza dificilmente imaginada / inimaginável;

E) As ações foram valorizadas acima do normal / supervalorizadas.

“É bastante inconveniente desobedecer às ordens médicas”.


Nessa frase, a palavra desobedecer mostra o prefixo des- com valor de negação, equivalente a não.

25) Assinale a opção em que a palavra sublinhada mostra esse mesmo valor.

A) O hospital decidiu desmontar o aparelho de raio-X.

B) Os eleitores desaprovaram a decisão.

C) O diretor pediu que se desfizesse a equipe de médicos.

D) O documento desmentia o relatório da equipe.

E) A enfermeira tinha ficado descabelada.

26) Muitas palavras em língua portuguesa são formadas com o sufixo -ada, que possui significados
diferentes.

Assinale a opção em que todas as palavras mostram esse sufixo com o mesmo valor.

A) Garotada / peneirada.

B) Laranjada / cadeirada.

C) Peixada / estudantada.

D) Vassourada / sujeirada.

E) Caminhada /caçada.

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27) Sabendo-se que o radical cultura entra na composição de muitos vocábulos com o significado de
“criação, cultivo; cuidado, exame”, a palavra que tem seu significado corretamente indicado é:

A) piscicultura: cultura de pêssegos;

B) triticultura: cultura de trigo;

C) monocultura: criação de macacos;

D) ranicultura: cultura de ramos alimentícios;

E) canicultura: cultura de cana-de-açúcar.

28) Em todas as palavras abaixo há elementos formais sublinhados que são de enorme uso em nossa
língua; o valor semântico desses elementos está corretamente exemplificado em:

A) lugar: vindouro e duradouro;

B) doença: tuberculose e celulose;

C) golpe: cacetada e molecada;

D) possibilidade: manipulável e nomeável;

E) atividade: jornalismo e raquitismo.

“O conceito de direitos humanos está sendo transformado num palavrão”. (Boris Casoy)

Nessa frase, o vocábulo “palavrão”, formado com o sufixo -ão, perdeu o valor de aumentativo, passando a
significar “palavra chula”.

A opção abaixo em que esse caso NÃO está representado por nenhum dos termos é:

A) cartão – homenzarrão – garrafão.

B) caixão – portão – colherão.

C) papelão – facão – jarrão.

D) casarão – panelão – pratão.

E) pezão – cabeção – fardão.

O segmento aborda estudo ligado à oncologia, “estudo do câncer”.

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30) Assinale a opção que indica o vocábulo formado por esse mesmo radical e mostra seu significado
corretamente.

A) Filologia: estudo das relações sociais.


B) Biologia: estudo dos habitats.
C) Pneumologia: estudo dos vários tipos de borracha.
D) Ideologia: estudo de deficiências mentais.
E) Andrologia: estudo físico do homem.

31) “Um homem acorda gravemente ferido no meio de um lixão”; a palavra “lixão”, apesar do sufixo
aumentativo, não mostra esse valor, formando um vocábulo com novo sentido (texto 3).

O mesmo ocorre em:

A) casa / casarão;

B) papel / papelão;

C) homem / homenzarrão;

D) pacote / pacotão;

E) cão / canzarrão.

“[A exposição] incentivava a pedofilia e desrespeitava símbolos sacros” (O Globo, 26/08/2018).

O termo pedofilia é definido no dicionário Houaiss (p. 1457) como “perversão de indivíduo adulto que se
sente atraído por crianças”, em que se destaca o significado do radical grego filia: “atração”.

32) O vocábulo abaixo, formado com o radical filia, que mostra seu significado corretamente é:

A) necrofilia – atração pelos mortos;

B) hemofilia – atração por hospitais;

C) francofilia – atração pela franqueza;

D) zoofilia – atração por doenças;

E) cinefilia – atração pelo movimento.

33) Na palavra “falatório”, o sufixo -ório tem o mesmo valor semântico no seguinte vocábulo:

A) auditório.

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B) promontório.

C) laboratório.

D) relatório

E) palavrório.

Um ex-governador do estado do Amazonas disse o seguinte: “Defenda a ecologia, mas não encha o saco”.
(Gilberto Mestrinho)

34) O vocábulo sublinhado, composto do radical-logia (“estudo”), se refere aos estudos de defesa do
meio ambiente; o vocábulo abaixo, com esse mesmo radical, que tem seu significado corretamente
indicado é:

A) Antropologia: estudo do homem como representante do sexo masculino;

B) Etimologia: estudo das raças humanas;

C) Meteorologia: estudo dos impactos de meteoros sobre a Terra;

D) Ginecologia: estudo das doenças privativas das mulheres;

E) Fisiologia: estudo das forças atuantes na natureza.

35) Os vocábulos abaixo foram retirados dos dois textos desta prova; aquele cujo elemento sublinhado
tem valor corretamente indicado é:

A)autorregulamentação / verdadeiro;

B) indireto / dentro de;

C) transformação / tempo;

D) diagnóstico / através de;

E) supermicroscópio / preço.

No vocábulo “recém-formado", o vocábulo recém mostra valor de tempo.

36) Assinale a opção em que o segmento destacado tem seu valor semântico corretamente indicado.

A) vice-presidente / substituição.

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B) supermercado / local superior.

C) antidemocrático / tempo.

D) internacional / condição.

E) reformular / modo.

“... acabar com os criadouros de mosquitos".

37) O vocábulo sublinhado tem um sufixo (-douro) indicando “lugar", que também está presente em

A) “No ano vindouro, pretendia viajar à Europa."

B) “Com a crise, o bebedouro estava quase seco."

C) “Nutria por ela um sentimento duradouro."

D) “Pretendia criar algo imorredouro."

E) “Passou por intenso suadouro no verão."

38) No texto 1 há um grupo de vocábulos com sentido negativo produzido pela presença do prefixo
IM/IN/I; a opção em que esse prefixo apresenta esse sentido nos dois vocábulos é:

A) inadiáveis / internação;

B) infratores / instituições;

C) impropriedade / indistintamente;

D) inexistentes / implicar;

E) iniciativas / inimputabilidade.

Guardar água em vasilhame de material de limpeza

Não adianta lavar mil vezes. Nunca reutilize galões de material de limpeza ou de qualquer outro produto
que tenha substância química para guardar água para consumo. A água pode ser contaminada e causar
problemas à saúde.

39) As opções a seguir apresentam formas sublinhadas que indicam o valor semântico de modo correto, à
exceção de uma. Assinale-a.

A) Vasilhame = coletivo.

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B) Reutilize = ação repetida.

C) Limpeza = ação de.

D) Atmosférico = relativo a.

E) Especialista = adepto de

Horóscopo do signo de Virgem


“ Procure agregar aliados com interesses semelhantes aos seus, invista em parcerias corretas. Mercúrio
segue retrógrado em Aquário: você ganha mais se unir forças e trabalhar em equipe. Continue com atenção
redobrada ao se comunicar. Bom período para ouvir opiniões diferentes, repensar assuntos e se abrir para
novos pontos de vista. Bom, também, para revisar equipamentos eletrônicos.”

40) No termo “retrógrado”, o prefixo tem o mesmo valor semântico que o da palavra

A) renovar.

B) recuar.

C) demolição.

D) afasia.

E) atrasar.

Estrangeirismo
É o emprego de palavras importadas no lugar de termos correspondentes em Português.

Um exemplo banal é a palavra “clipe” (clip), invenção norte-americana para agrupar papéis. No meio
político, popularizou-se a temida “impeachment”, derivada do verbo to impeach, em inglês, que foi
adaptada do termo em francês, empêcher. Esse, por sua vez, originou-se do latim, impedicare (capturar,
caçar).

Exemplos:

brother, croissant, designer, jeans, link, cappuccino, yes, show, site, pizza, hot dog, reveillon, stop, pink,
lead, layout etc.

Existem também alguns estrangeirismos que devido ao seu frequente uso na língua portuguesa, já foram
incorporados ao léxico da língua, ou seja, já são palavras dicionarizadas.

Exemplos:

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shampoo (xampu), deletar (delete), football (futebol), basketball (basquete).

Arcaísmo
Arcaísmo é uma palavra ou uma expressão antiga que já caiu em desuso.
Vejamos alguns exemplos de arcaísmos:
Ceroula (cueca)
Vosmecê (você)
Outrossim (também)
Quiçá (talvez)
À guisa de (à maneira de)
Apalermado (bobo)
Magote (grande quantidade)

Neologismo
É uma palavra recém-criada ou a uma palavra já existente que adquire um novo significado.
"Exemplos: transcriação, autogolpe, antimíssil, megaloja, microblusa, multimídia, não ficção, pós-Obama,
pré-pago, sem-terra, petista, golaço, orelhão, natureba, repeteco, troca-troca, ufólogo, motoca, sofrência,
funkeiro, rolezinho etc."

QUESTÕES
“Não é coisa reprovável, mas altamente louvável, tomar emprestadas de uma língua estrangeira as
sentenças e palavras e incorporá-las na própria”.

41) A frase abaixo em que o estrangeirismo sublinhado mostra uma incorporação completa ao nosso
idioma é:

A) Após o cinema, fui comer um hamburger;

B) O show foi um sucesso absoluto;

C) O shopping fica aberto até as 22h;

D) Faço ginástica no meu clube;

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E) Gosto de jogar videogame.

42) Num artigo sobre neologismos em nossa língua, o eminente gramático Evanildo Bechara nos mostra
aspectos pelos quais eles devem ser encarados:

1º) se o termo foi criado segundo os princípios que regem a formação de palavras em nossa língua;
2º) se o termo traduz com eficiência a ideia que quis transmitir;
3º) se o idioma já não possui palavra eficiente na transmissão dessa ideia.

A frase abaixo em que o neologismo destacado cumpre todos esses requisitos é:

A) Augusto faz estudos de marketing;

B) As vítimas tinham sido apagadas na noite anterior;

C) O marqueteiro do senador foi eficiente;

D) No restaurante, o chefe era de origem francesa;

E) O serviço de delivery ganhou força na pandemia.

43) A forma verbal “complexificaria” aparece sublinhada de vermelho no corretor de texto, o que mostra
que não é uma palavra dicionarizada; isso significa que essa palavra:

A) não deve ser usada;

B) mostra erros em sua estrutura;

C) deve ser um arcaísmo;

D) pode tratar-se de um neologismo;

E) representa uma variação coloquial de linguagem.

44) “Nada do curto praxismo, do imediatismo...”; o termo “curto praxismo” (texto 1), é exemplo de:

A) neologismo;

B) arcaísmo;

C) cultismo;

D) coloquialismo;

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E) regionalismo.

45) Em todas as frases abaixo há estrangeirismos; indique o item em que se afirma corretamente algo
sobre o estrangeirismo sublinhado:

A) “O currículo foi entregue à secretária do colégio” / adaptação gráfica da forma latina curriculum;

B) “O álibi apresentado ao juiz foi o suficiente para inocentar o acusado” / utilização da forma latina
original;

C) “O xampu era vendido pela metade do preço” / tradução da forma inglesa shampoo;

D) “As aulas de marketing eram as mais interessantes” / adequação gráfica de palavra inglesa;

E) “Os encontros dos adolescentes eram sempre no mesmo point da praia”/ tradução de palavra
portuguesa.

46) Segundo Mattoso Câmara, um dos nossos maiores linguistas, estrangeirismo se refere aos empréstimos
não integrados na língua nacional, revelando-se estrangeiros nos fonemas, na flexão e até na grafia.

Nesse caso, o único caso de estrangeirismo, entre os vocábulos sublinhados abaixo, é:

A) Os clientes solicitaram musse de sobremesa.

B) O filme mostrava cenas ousadas.

C) Não serviram cachorro-quente na festa.

D) O menino comeu um hamburger saboroso.

E) A menina desligou o abajur e foi dormir.

Quando se pensa em animais hematófagos, ou seja, que vivem (comem) de sangue, a primeira imagem que
vem à cabeça de muita gente é a de um morcego. Esse mamífero levou toda a fama, provavelmente por ter
inspirado um dos personagens mais famosos das histórias de terror, o Conde Drácula. (Ciência hoje, UOL)

47) Nesse segmento, a palavra “hematófago” está explicada por meio de seus radicais componentes; a
palavra abaixo que tem sua explicação dada INCORRETAMENTE, seguindo o mesmo padrão, é:

A) biografia / descrição da vida;

B) paquiderme / que tem pele grossa;

C) hemisfério / metade da esfera;

D) ortografia / escrita correta;

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E) ecologia / estudo das árvores.

48) Neologismo é o processo de criação de uma palavra devido à necessidade de designar novos objetos ou
novos conceitos ligados às áreas tecnológica, artística, econômica, esportiva etc.

Assinale a frase que mostra um exemplo de neologismo.

A) “Quem inventou o trabalho não tinha o que fazer.” (Barão de Itararé)

B) “Apaixonar-se é criar uma religião que tem um deus falível.” (Borges)

C) “Nem ditadura, nem democratura... liberdade!” (Higgins)

D) “Paranoia é a ilusão de que seus inimigos estão organizados.” (A. Hlavaty)

E) “E ninguém é eu, e ninguém é você. Esta é a solidão.” (Clarice Lispector)

49) Os advérbios terminados pelo sufixo -mente são criados pela junção desse sufixo à forma feminina do
adjetivo. O exemplo a seguir que não mostra essa formação em sua estrutura é:

A) "Curiosamente, no país onde ocorreu o massacre de Chicago... "

B) "...oito líderes foram presos e julgados rapidamente”

C) "o Dia do Trabalho é comemorado oficialmente..."

D) "...deveria ser dividido logicamente em três partes...”

E) "...abandonassem imediatamente a praça...”

50) Assinale a palavra que apresente, em relação a afixos, a mesma estrutura que desigualdade (L.2).

A) distribuição (L.10)

B) Universidade (L. 27)

C) Desenvolvimento (L.20)

D) principalmente (L.17)

E) harmoniosas (L.13)

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1-A/ 2-C/ 3-B/ 4-E/ 5-E/6-E/ 7-B/ 8-D/ 9-D/ 10-D/ 11-B/ 12-E / 13-E/ 14-D/ 15-B/ 16-D/ 17-D/ 18-E/ 19-E/
20-B/21-D/ 22-E/ 23-D/ 24-C/ 25-B/ 26-E/ 27-B/ 28-D/ 29-D/ 30-E/ 31-B/ 32-A/ 33-E/ 34-D/ 35-D/ 36-A/ 37-
B/ 38-C/ 39-E/ 40-B/ 41-D / 42-C/ 43-D/ 44-A/ 45-A/ 46-D/ 47-E/ 48-C/ 49-C/ 50-C

AULA 7
Classes de palavras; os aspectos morfológicos, sintáticos,
semânticos e textuais de substantivos, adjetivos, artigos e
advérbios (os modalizadores).

Artigo
Artigo é a palavra que acompanha o substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira definida
ou indefinida. Além disso, o artigo indica o gênero e o número dos substantivos.

Classificação dos Artigos

Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as.

O cidadão honesto cumpre as leis.

Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas.

Umas pessoas fizeram um acordo.

OS ARTIGOS FAZEM TODA A DIFERENÇA:

O pronome indefinido todo,no singular, pode vir acompanhado, ou não, de artigo definido. Usa-se
todo,sem o artigo, quando se quer expressar a ideia de “cada”, “qualquer”. Para exprimir a noção de
“inteiro”, de “totalidade”, deve-se empregar todo o, toda a.

"Todo o dia, ele fica debruçado no balcão do cartório." (o dia inteiro);


"Todo dia, ele fica debruçado no balcão do cartório." (todos os dias).

“Todo ano essa árvore tem fruto.” ( todos os anos);


“Todo o ano essa árvore tem fruto.“ (o ano inteiro).

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"Toda vida é uma dádiva de Deus." (qualquer vida);
"Toda a vida é uma dádiva de Deus." ( a vida inteira).

Substantivo
O “substantivo” é uma palavra variável que existe para dar nome:

às pessoas (Maria, Carlos, João, Luiza…);


às qualidades (a beleza da mulher, a teimosia do menino, a grandeza da vida…);
aos sentimentos (amizade, raiva, rancor…);
aos objetos (tênis, mesa, cigarro, caixa…);
aos lugares (casa, escritório, corredor, aeroporto, Alemanha, São Paulo…);
aos seres reais e imaginários (homem, fada, Papai Noel, cachorro…);
às ações (tapa, corrida, piscadela, movimento…).

Os substantivos podem ser precedidos por numerais (duas menina), artigos (a menina), ou adjetivos (linda
menina).

Definição
Substantivo é uma classe de palavras que nomeia seres, objetos, fenômenos, lugares, qualidades, ações,
dentre outros.
Eles podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau
(aumentativo e diminutivo).

O mar está calmo.


As portas foram trancadas.
A chuva molhou o chão da sala.
Um abraço reforça a beleza de uma amizade.
Até as criancinhas conheciam o perigo que havia naquela discussão.

Adjetivo
Responsável por qualificar, atribuir uma característica a um ser ( um substantivo). Geralmente o adjetivo
acompanha um substantivo, modificando-o. Desse modo, sua forma se modifica em gênero, número e grau
de acordo com o substantivo.

As tristes canções fizeram um sucesso enorme.


Uma cançãozinha triste pode ser uma eterna lembrança.
As canções tristes fizeram um enorme sucesso.
Uma triste cançãozinha pode ser uma lembrança eterna.

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Locução Adjetiva (Possui o mesmo valor de um adjetivo)
A locução adjetiva é a expressão formada por mais de uma palavra que tem a função de um adjetivo, que
caracteriza os substantivos.

Na maioria dos casos, a locução é formada por uma preposição e um substantivo.

As funcionárias receberam o pagamento do mês. (locução adjetiva)


A funcionárias receberam o pagamento mensal. (adjetivo)
O calendário do ano foi entregue aos alunos. (locução adjetiva)
O calendário anual foi entregue aos alunos. (adjetivo)

Advérbio
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.

Eles trabalharam hoje...eles trabalharam muito hoje.


Eles trabalharam aqui.
Eles trabalharam tranquilamente.
Isabelle é uma menina esforçada...ela é muito esforçada.
Lívia mora longe...Lívia mora muito longe.

Classificação dos Advérbios


De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode ser de:
Lugar:
aqui dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo,
aonde, longe, debaixo, adentro, afora, embaixo, externamente...

Daqui a pouco, ele vai estar em casa!


O que de mais saboroso provei por lá, contudo, não foi fast-food nem era uma especialidade local.
… pensando mais na performance de seu produto dentro dos caminhões do que em cima dos pratos…

Tempo:
hoje, logo, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, nunca,
jamais, agora, sempre, já, breve, constantemente, imediatamente, primeiramente, provisoriamente etc.

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Num dia desses, fui ouvir as mensagens do celular.
… e agora quer começar uma carreira médica.
... a velhice atualmente pode ser sinônimo de vida ativa...
… voltei dois quilos mais gordo e, ainda no avião, fiz a promessa…
...a arrogância da modernidade, mostrava como a nossa imperfeição pode ser, às vezes, uma forma de
salvação.

Modo:
bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, devagar, à toa, à vontade, aos poucos, desse jeito, desse modo,
dessa maneira, em geral em vão e a maior parte dos que terminam em "-mente": calmamente,
tristemente, propositadamente, simplesmente.

Preciso falar urgentemente com o senhor!


Com calma, tentei explicar que, antes de mais nada, era preciso estudar para ser atriz.
... podemos facilmente perceber que o que pensam os sábios...
...mesmo que os ensinamentos não possam ser apresentados com rigor .

Afirmação:
sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, principalmente, decididamente, deveras,
indubitavelmente.

– … ele tem 80 anos. Isto mesmo, 80.


E a minha mãe certamente estaria presa...
Com certeza haverá uma segunda chamada para os concursados.

Negação:
não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.
Seria bom não sentir mágoa, tampouco tanto rancor...

Dúvida:
acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez ...

“Provavelmente, seria exibido em uma jaula...”


O médico disse que talvez realize a cirurgia ainda hoje.

Intensidade:

muito, demais, pouco, tão, bastante, mais, menos, quão, tanto, quão, demais, quase, de todo, por
completo, extremamente, intensamente, grandemente, bem (quando aplicado a propriedades
graduáveis).

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– Obrigada por ser tão grosseiro! E desligou o telefone.
... essa etapa importante da vida possui uma receita mais simples ainda...
… e não podemos medir esforços para deixá-la muito doce, macia e suculenta.
O mundo seria bem melhor se elas parassem de pensar nelas mesmas...

Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também.


A legislação que virá e a retomada nas vendas precisam gerar também um ciclo de renovação ...

Exclusão:
apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente.

Ele apenas disse a verdade.

A palavra “MAIS”
Mais é um advérbio de intensidade e sempre será utilizado em oposição à palavra menos.
Eu precisava trabalhar mais.

Mais é um advérbio de tempo: Agora; neste momento


Ela não canta mais.

Mais é um pronome :que se apresenta em maior número


O pedinte precisava de mais dinheiro.

QUESTÕES
1) Todas as frases abaixo mostram locuções adverbiais sublinhadas; a frase em que a locução destacada
foi substituída de forma adequada é:

A) Nenhum banco morre de repente / repentinamente;

B) As mudanças nunca ocorrem sem inconvenientes, até mesmo do pior para o melhor / complexamente;

C) Repreende o amigo em segredo e elogia-o em público / descaradamente;

D) Um homem muito lido nunca cita com precisão / necessariamente;

E) O sol se põe de novo a cada noite / repetidamente.

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Um antigo ministro brasileiro declarou certa vez: “O grande mal do Brasil tem sido o crime sem castigo. O
que reduz a criminalidade é a certeza da punição”.
2) Nessa frase, a locução “sem castigo” pode ser adequadamente substituída por “impune”; a frase
abaixo em que uma substituição de uma locução por um adjetivo foi feita de forma adequada é:
A) O melhor equipamento de segurança já inventado foi um espelho retrovisor com um carro de polícia
refletido nele / seguro;
B) Cadeia é castigo e não colônia de férias / festiva;
C) Não é permitido fazer em nome de outro o que não podemos fazer em nosso nome / alheio;
D) Um diamante é um pedaço de carvão que se saiu bem sob pressão / carbonizado;
E) A noite é a mãe dos pensamentos / pensativa.

3) Atribuições do oficial de justiça: “Cumprir mandados judiciais; preparar salas com livros e materiais
necessários ao funcionamento das sessões de julgamento; buscar, na Secretaria e nos Gabinetes, os
processos de cada Relator; atender e dar informações aos advogados, partes e estagiários presentes na
sessão, anotando os pedidos de preferência pela ordem de chegada dos interessados; auxiliar na
manutenção da ordem e efetuar prisões; auxiliar o Secretário de Câmara, quando solicitado o auxílio;
cumprir as demais atribuições previstas em lei ou regulamento”.

Em cada opção a seguir foi destacado um substantivo do texto acima; a opção em que o adjetivo
referente ao substantivo destacado está INCORRETO é:

A) livros e materiais / necessários;


B) advogados, partes e estagiários / presentes;
C) pedidos / interessados;
D) auxílio / solicitado;
E) atribuições / previstas.

4) A frase abaixo que contém o maior número de vocábulos classificados como adjetivos é:

A) Devem-se considerações aos vivos; aos mortos deve-se apenas a verdade;

B) Um cadáver é o produto final; nós somos apenas a matéria-prima;

C) A vida é agradável e a morte é tranquila. O problema é a transição;

D) A morte é uma vida vivida. A vida é uma morte que chega;

E) A morte não é o fim. Sempre resta a briga interminável pelo espólio.

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5) “A medicina é uma grande ciência; basta só isso de dar saúde aos outros, conhecer as moléstias,
combatê-las e vencê-las.” Machado de Assis. Dom Casmurro. Nesse texto, o adjetivo grande

A) mostra a longa duração dos estudos médicos.

B) indica um enorme conteúdo de estudos.

C) valoriza a competência dos profissionais médicos.

D) contém uma apreciação positiva de valor.

E) refere-se a uma comparação com as demais ciências.

6) Em todas as frases abaixo, retiradas do texto 4, há a presença do vocábulo mais. A frase em que esse
vocábulo mostra valor diferente dos demais é:
A) “...doenças pulmonares mais obstrutivas...”;
B) “...o emprego de papel mais poroso...”;
C) “...filtros com mais perfurações...”;
D) “...mais profundas e prolongadas as inalações...”;
E) “...falta de instrução das populações mais pobres...”.

7) As frases 3 e 4 do texto 3 mostram duas expressões adverbiais: “em toda parte” e “ao mesmo tempo”.
Os advérbios que equivalem semanticamente a essas expressões são, respectivamente:
A) universalmente / simultaneamente;
B) localizadamente / paulatinamente;
C) localmente / progressivamente;
D) universalmente / cronologicamente;
E) situacionalmente / paulatinamente.

8) Em todas as frases abaixo há adjetivos destacados; o adjetivo que representa a opinião do autor da
frase é:

A) O homem é o único animal que ri;

B) As grandes obras podem não ser obras grandes;

C) Os dias atuais passam mais rapidamente;

D) As provas extensas trazem muito cansaço;

E) Nuvens cinzentas anunciam chuva.

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9) Assinale a opção na qual o segmento composto pelo verbo ter + substantivo foi substituído de forma
semanticamente adequada.

A) A jovem tinha prazer em dançar / pretendia

B) O turista teve vontade de voltar / desejou

C) O candidato tem intenção de estudar / tendia a

D) O governo tem necessidade de novos funcionários / contrata

E) A mãe tinha dificuldades com os filhos / discutia

10) Assinale a opção em que a correspondência adjetivo/substantivo está incorreta.

A) doce / doçura.

B) justa / justiça.

C) prudente / prudência.

D) hostil / hostilidade.

E) Indiferente / indiferência.

11) Assinale a opção abaixo que mostra uma relação inadequada entre verbo e substantivo/adjetivo.

A) descobrir / descoberta.

B) valorizar / valor.

C) apreciar / precioso.

D) atrair / atrativo.

E) patrocinar / patrocínio.

12) “Em minha casa e em todo outro lugar aprende-se apenas com quem se ama”; nessa frase, o
vocábulo de valor geral “lugar” substitui um vocábulo de valor específico “casa”.

A mesma situação ocorre, respectivamente, com o seguinte par de palavras:

A) sala / cômodo;

B) luz / calor;

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C) tangerina / mexerica;

D) tecnologia / computador;

E) líquido / refeição.

13) Na tentativa de dar concisão, muitas orações adjetivas podem ser substituídas por adjetivos; a opção
abaixo em que essa substituição foi corretamente realizada é:

A) Não há bem que sempre dure / efêmero;


B) Nem tudo que reluz é ouro / iluminado;
C) Fatos que se repetem são cansativos / frequentes;
D) Sentimentos que duram pouco trazem dor / passageiros;
E) Muitas moedas que são guardadas perdem valor / resguardadas

14) “Mulheres de certa idade não têm idade certa”. Essa frase do Barão de Itararé mostra que a posição de
alguns adjetivos traz modificação de sentido: “certa idade” não é o mesmo que “idade certa”.
O mesmo acontece no seguinte par abaixo:
A) bom vinho;
B) resultado fantástico;
C) sabor primoroso;
D) ódio intenso;
E) população pobre.

15) A frase em que a substituição dos termos sublinhados por um adjetivo é feita de forma adequada é:

A) Um beijo de minha mãe fez de mim um pintor / maternal;

B) O importante na obra de arte: o espanto / arteira;

C) Toda arte é imitação da natureza / naturalista;

D) Apreciar os defeitos do próximo é ter talento? / alheios;

E) Avalia-se a inteligência de um indivíduo pela quantidade de incertezas que ele é capaz de suportar /
individualista.

16) Assinale a opção em que o substantivo ligado ao verbo do texto está erradamente selecionado.
A) Moram / morada

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B) Bombear / bombeamento
C) Recebe / recepção
D) Contrai / contrato
E) Relaxa / relaxamento

17) Abaixo, estão cinco pares de substantivo + adjetivo retirados do texto. Assinale a opção que indica o
par em que é possível a troca de posição dos termos.
A) Notícia triste
B) Órgão vital
C) Músculo oco
D) Batimentos cardíacos
E) Pressão arterial

18) “Programas de TV ensinam a comer bem para manter o corpo magro e saudável”; a frase abaixo que
mostra o vocábulo “bem” na mesma classe gramatical e no mesmo valor semântico é:

A) Ele está bem magro;

B) Ela sabe costurar bem;

C) Nem bem saiu, ele voltou;

D) Bem saudável ele ficou após a dieta;

E) As frutas estão bem caras.

19) Entre os exemplos abaixo, compostos de substantivo + adjetivo ou adjetivo + substantivo, retirados do
texto 2, aquele em que a troca de posição dos termos provoca modificação de sentido é:
A) página desbotada;
B) conflito sangrento;
C) discussões acadêmicas;
D) pesquisas rigorosas;
E) grande reportagem.

20) O texto 1, do Estado de São Paulo, mostra um conjunto de adjetivos sublinhados que poderiam ser
substituídos por locuções; a substituição abaixo que está adequada é:

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A) independente = com dependência;
B) pública = de publicidade;
C) relevante = de relevância;
D) sociais = de associados;
E) mobilizador = de motivação.

21) A frase em que a palavra mais tem sentido diferente do das outras frases é:

A) “A mais estranha coisa sobre o futuro é que alguém evocará nossa época como os bons e velhos
tempos”.

B) “O futuro não é mais o que costumava ser”.

C) “Muito poucos são os que vivem no presente, a maioria se prepara para viver mais tarde”.

D) “Devemos procurar mais sermos pais de nosso futuro do que filhos de nosso passado”.

E) “Há ladrões que não castigamos, mas que nos roubam o que é mais precioso: o tempo”.

22) Em todas as frases a seguir, as locuções adjetivas sublinhadas foram substituídas por adjetivos.

Assinale a frase em que a substituição foi inadequada.

A) “Nunca ninguém conseguirá ir ao fundo de um riso de criança”. / infantil.

B) “Um bebê é a opinião de Deus de que a vida deveria continuar”. / divina.

C) “Os avarentos são como as bestas de carga: carregam o ouro e se alimentam de aveia”. / carregadas

D) “Os paranoicos têm inimigos de verdade”. / verdadeiros.

E) “Estar com raiva é se vingar das falhas dos outros em nós mesmos”. / alheias.

23) Entre os substantivos abaixo, retirados do texto 1, aquele que NÃO é formado a partir de verbo é:
A) Constituição;
B) pressão;
C) inclusão;
D) redução;
E) população.

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24) “O fenômeno da violência e da criminalidade é extremamente complexo, multifacetado e dinâmico,
exigindo uma abordagem integrada, multissetorial, que envolva a sociedade como um todo na busca de
soluções efetivas e sustentáveis. Intervenções que acionem apenas as instituições policiais ou de justiça
criminal, desarticuladas, não oferecem resultados duráveis, até porque o campo de ação destas instâncias
sobre as possíveis causas do fenômeno é limitado.”
Sobre os componentes desse segmento do texto, a opção correta é:
A) os adjetivos “complexo, multifacetado e dinâmico” se referem a um mesmo substantivo;
B) os adjetivos “integrada, multissetorial” se referem a substantivos diferentes;
C) a primeira ocorrência do pronome relativo “que” tem por antecedente o substantivo “fenômeno”;
D) a segunda ocorrência do pronome relativo “que” tem por antecedente o substantivo “soluções”;
E) o adjetivo “limitado” se refere ao substantivo “fenômeno”.

25) “Todas as atividades do espírito cessariam se os jovens ficassem, um dia, contentes com o que
existe.”

Muitas palavras desse pensamento estão no plural. Assinale a opção que apresenta a forma errada de
plural.
A) coração / corações.
B) cidadão / cidadões.
C) situação / situações.
D) vulcão / vulcões.
E) publicação / publicações.

26) “Atuar preventivamente sobre fatores como a degradação ambiental, o desemprego, problemas
de saneamento, iluminação pública e falta de opções de lazer, a chamada “prevenção primária”, pode
trazer benefícios efetivos para a Segurança Pública.”

A classe de palavra sublinhada corretamente identificada é:

A) preventivamente = adjetivo;

B) ambiental = substantivo;

C) saneamento = verbo;

D) falta = substantivo;

E) para = verbo.

27) A opção que mostra a junção, respectivamente, de um adjetivo com um substantivo é:

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A) transportes alternativos;
B) recursos necessários;
C) crescimento desnorteado;
D) grande fluxo;
E) projetos defasados.

28) Entre as opções abaixo, assinale aquela em que o aumentativo sublinhado perdeu o valor de
aumentativo, designando uma outra realidade.

A) O turista usava um casacão, que chegava aos joelhos.

B) O professor não aceitava palavrão em sala de aula.

C) O mendigo devorou um pratão de comida.

D) Havia um cadeirão antigo no canto da sala.

E) Um paredão separava os dois pátios de prisioneiros.

“Um relato honesto se desenrola melhor se o fazem sem rodeios.”

29) Assinale a frase a seguir em que o vocábulo melhor desempenha a mesma função que na frase acima.

A) A melhor frase é sempre dita em particular.

B) A engenhosidade é o sal da conversação, não seu melhor alimento.

C) As palavras são mais misteriosas que o melhor acontecimento.

D) Quando os bens circulam melhor, as pessoas são mais felizes.

E) Das palavras insignificantes nasce a melhor demanda.

30) Os adjetivos, em língua portuguesa, mostram estados, características, qualidades e relações.


Assinale o adjetivo abaixo, retirado do texto, que não indica uma qualidade.
A) grande coisa.
B) selvagens locais.
C) metais preciosos.
D) valor extraordinário.
E) se tornaram financeiramente atrativas.

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31) Observe a frase a seguir.
“Amo tudo que é velho: velhos amigos, velhos tempos, velhas maneiras, velhos livros, velhos vinhos.”
Sobre a utilização do adjetivo velho nesse pensamento, a afirmação correta, é:
A) velhos tempos, velhas maneiras e velhos livros mostram o valor positivo da tradição;
B) velhos amigos e velhos vinhos mostram o mesmo valor do adjetivo velho;
C) velhos tempos e velhas maneiras indicam uma significação negativa do adjetivo velho;
D) velhos livros e velhos vinhos atribuem ao adjetivo velhos uma qualidade positiva;
E) velhos amigos e amigos velhos significam exatamente a mesma coisa.

32) Em todas as frases abaixo há orações adjetivas sublinhadas; a frase em que foi proposto um adjetivo
adequado para a substituição de uma dessas orações, é:
A) Uma notícia que parece verdadeira / verossímil;
B) Um acordo que se celebra entre dois ou mais estados / intermunicipal;
C) Uma camisa que está excessivamente molhada / úmida;
D) Um lugar que permite a chegada até ele / inacessível;
E) Uma pessoa que mostra com orgulho o que possui / persistente.

33) Em todas as frases abaixo há orações adjetivas sublinhadas; a opção em que foi feita a substituição
dessa oração por um adjetivo adequado, é:
A) Uma espera que durou uma eternidade / indefinida;
B) Uma doença que não oferece nenhum perigo / imune;
C) Uma dor que vai passar logo / abreviada;
D) Uma marca que passa de geração em geração / generalizada;
E) Um romance que prendeu a minha atenção / atraente.

34) “As grandes doenças da alma, bem como aquelas do corpo, renovam o homem; e as convalescências
espirituais não são menos agradáveis nem menos miraculosas do que as físicas.”
Sobre os componentes desse pensamento, assinale a afirmativa correta.
A) O adjetivo “grande” mostra valor de “dimensão, tamanho”.
B) O termo “bem como” tem valor de comparação.
C) O termo “menos agradáveis” tem valor de inferioridade.
D) O adjetivo “miraculosas” é o oposto de “agradáveis”.

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E) Os adjetivos “espirituais” e “físicas” se referem a dois substantivos diferentes.

35) Nas frases abaixo foram feitas substituições de termos de valor adverbial por advérbios equivalentes;
a frase em que essa substituição foi adequadamente realizada é:
A) “A preocupação traz a velhice antes da hora” / prematuramente;
B) “Criancice a gente faz em qualquer idade” / momentaneamente;
C) “Envelhecer é o único meio que se descobriu para viver muito tempo” / eternamente;
D) “Não se pode governar as crianças hoje em dia” / diariamente;
E) “A melhor forma de emagrecer é ser mãe em tempo integral” / temporariamente.

36) A frase “O alcoólatra acusado se sente mais e mais excluído da sociedade” (texto 2) mostra o vocábulo
“mais” como advérbio; a frase em que esse mesmo vocábulo mostra uma classe gramatical diferente, é:
A) Nada é mais revolucionário do que dinheiro sobrando;
B) Dinheiro é igual a táxi: quando você mais precisa, ele não aparece;
C) Pode-se ser mais esperto do que outra pessoa, mas não do que todas as outras;
D) Graças a Deus o sol já se pôs e não tenho mais de sair para aproveitá-lo;
E) Família divide o bife, põe mais água no feijão e não demite os filhos.

37) “...que vêm transformando as comunicações em todo o mundo”.


Nessa frase do texto 1, empregou-se corretamente o artigo definido após o pronome indefinido todo; a
frase abaixo em que esse emprego também está correto é:
A) Todo o jornal do planeta cobre acontecimentos mundiais;
B) As notícias aparecem em todas as páginas dos jornais;
C) Todo o repórter deve trabalhar muito diariamente;
D) Toda a notícia deve ser checada antes de publicação;
E) Todo o texto publicitário deve elogiar produtos.

38) A frase abaixo em que o emprego do artigo mostra inadequação é:


A) Todas as coisas que hoje se creem antiquíssimas já foram novas;
B) Cuidado com todas as coisas que requeiram roupas novas;
C) Todos os bons pensamentos estão presentes no mundo, só falta aplicá-los;
D) Em toda a separação existe uma imagem da morte;

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E) Alegria de amor dura apenas um instante, mas sofrimento de amor dura toda a vida.

39) A frase abaixo em que há ERRO no emprego ou na ausência do artigo definido é:


A) Não importa se o gato é preto ou branco, desde que ele pegue os ratos;
B) As grandes ideias sempre encontram os homens que as procuram;
C) As ideias concordam bem mais entre si do que os homens;
D) Todo o dia em que se trabalha é um dia perdido;
E) A virtude premeditada é a virtude do vício.

40) Em sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, os autores Celso Cunha e Lindley Cintra
afirmam, sobre o emprego do artigo definido, que ele se antepõe ao substantivo para indicar “que se
trata de um ser já conhecido do leitor, seja por ter sido mencionado antes, seja por ser objeto de um
conhecimento de experiência”. A frase em que o emprego do artigo sublinhado se deve ao primeiro caso
apontado é
A) “O melhor amigo do homem é o uísque; o uísque é o cachorro engarrafado”. (Vinicius de Moraes)
B) “Um menininho aproximou-se da estante com uma moedinha na mão e a depositou no cofre”.
(Fernando Sabino)
C) “A freira fugitiva sempre fala mal do convento”.
D) “Terceira idade é aquela em que a gente bota os óculos para ouvir o rádio”. (Woody Allen)
E) “Um corvo, após apoderar-se de um pedaço de carne, voou para uma amendoeira onde pousou com o
alimento no bico”. (Esopo)

1-A/ 2-B/ 3-C/ 4-C/ 5-D/ 6-C/ 7-A/ 8-B/ 9-B/ 10-E/ 11-C/ 12-A/ 13-D/ 14-E/ 15-D/ 16-D/ 17-A/18-B/ 19-E/ 20-
C/ 21-B/ 22-C/ 23-E/ 24-A/ 25-B/ 26-D/ 27-D/ 28-B/ 29-D/ 30-B/ 31-D/ 32-A/ 33-E/ 34-C/ 35-A/ 36-E/ 37-B/
38-D/ 39-D/ 40-E

AULA 8
Classes de palavras; os aspectos morfológicos, sintáticos, semânticos e
textuais de verbos.
Quando se trata de verbos, temos que entender os tempos e modos verbais (Não tem jeito, não há uma
fórmula mágica...temos que decorá-los). Você vai ver que algumas questões FGVvão cobrar verbos no
passado; outras, no futuro etc. Porém, antes disso, é importante entendermos os três MODOS: verbais.
Veja.

Modos Verbais

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Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. - Eu sempre estudo.

Subjuntivo - indica uma dúvida, uma hipótese, uma possibilidade. - Talvez eu estude amanhã.

Imperativo - indica uma ordem, um pedido. - Estuda agora, menino.

Tempos Verbais (Pretérito)


Pretérito Imperfeito do Indicativo - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que
não foi completamente terminado (ou fatos passados que ocorreram de forma contínua, habitual, no
passado.).

Ele estudava as lições quando foi interrompido.

- Quando o via, cumprimentava-o.

O aspecto é imperfeito, pois o processo não tem limites claros, prolongando-se por período impreciso de
tempo.

O tempo imperfeito pode indicar processos frequentes e repetidos:

- Sempre que saía, trancava todas as portas.

Pretérito Perfeito do Indicativo - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi
totalmente terminado (Fatos que foram concluídos no passado.).

Ele estudou as lições ontem à noite.

- Quando o vi, cumprimentei-o.

O aspecto é perfeito, pois o processo está concluído.

Pretérito-Mais-Que-Perfeito do Indicativo - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado.

Ele já tinha estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma composta)

Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples)

O pretérito mais-que-perfeito, como o próprio nome indica, apresenta aspecto perfeito em suas várias
formas, pois traduz processos já concluídos:

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- Quando atingimos o topo da montanha, encontramos a bandeira que ele fincara (ou havia fincado) dois
dias antes.

(Essa forma traz um fato concluído que ocorreu antes de outro fato que também já foi concluído)

Quando chegamos lá, a loja já fechara.

Geralmente substituímos esta conjugação por outra composta:

Quando chegamos lá, a loja já tinha fechado.

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido.

Eu esperava que ele vencesse o jogo.

O pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou
desejo.

Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.

QUESTÕES
1) No segmento narrativo “O ladrão arrombou o trinco da janela, levantou a vidraça, enquanto olhava
para o interior do quarto. Observou de imediato que não havia ninguém no aposento e ficou mais
tranquilo” traz uma série de ações; as formas verbais que indicam sucessão temporal são:

A) arrombou / levantou / observou.

B) arrombou / levantou / olhava.

C) levantou / olhava / observou.

D) observou / havia / ficou.

E) olhava / observou / havia.

“... que durante a noite brotara embrulhos e coisas”.

2) A forma verbal “brotara” pode ser adequadamente substituída por

A) brotou.

B) brotava.

C) vinha brotando.

D) havia brotado.

E) eram brotados.

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“A dona, diligente, havia conseguido algumas verduras.”

3) A forma verbal sublinhada poderia ser adequadamente substituída por duas outras formas, que são

A) conseguira / tinha conseguido.

B) conseguira / conseguiu.

C) tinha conseguido / conseguiu.

D) conseguia / conseguira.

E) conseguiria / conseguiu.

4) “Os homens trabalhavam e as mulheres dedicavam-se à gerência da casa e à educação das crianças”.

As formas verbais sublinhadas indicam ação:

A) repetida e duradoura;

B) iniciada e terminada no passado;

C) ocorrida antes de outra ação passada;

D) iniciada no passado e mantida no presente;

E) iniciada no presente e continuada no futuro.

Tempos Verbais (Presente do Indicativo e Presente do Subjuntivo)

Tempos Verbais

Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em
diversos tempos.

PRESENTE

Presente do Indicativo - Expressa um fato atual.

Eu estudo neste colégio.

Presente do Subjuntivo - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual.

É conveniente que estudes para o exame.

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O presente do indicativo e o presente do subjuntivo apresentam aspecto imperfeito, pois não impõem
precisos ao processo verbal:

- Faço isso sempre.

- É provável que ele faça isso sempre.

Tempos Verbais (Futuro)

Futuro do Presente (simples) do Indicativo - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao
momento atual.

Ele estudará as lições amanhã.

Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já
terminado antes de outro fato futuro.

Antes de bater o sinal, os alunos já terão terminado o teste.

O futuro do presente ( -rei, -rás, -rá, -remos, -reis, -rão)

Futuro do Pretérito (simples) do Indicativo - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato
passado.

Ele disse que viajaria nas férias.

O futuro do pretérito ( -ria, -rias, -ria, -ríamos, -ríeis, -riam)

Também é utilizado para indicar uma ação hipotética. Expressa também uma possibilidade. Confere um caráter mais
polido a pedidos, sugestões e afirmações.

Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato
passado.

Se eu tivesse ganhado esse dinheiro, teria viajado nas férias.

Futuro do Subjuntivo - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual.

Quando ele vier à loja, levará as encomendas.

O futuro do subjuntivo é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo.

Se ele vier à loja, levará as encomendas.

Futuro do subjuntivo

Quando eu falar/ Quando tu falares/ Quando ele falar/ Quando nós falarmos/ Quando vós falardes / Quando eles
falarem

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Se os funcionários mantiverem a greve.
Se o sindicato propuser um acordo, os funcionários acatarão a decisão.
Se você vir as meninas, diga que estou com saudade
Se a testemunha depuser contra o réu, provavelmente ele será condenado.
Se o aluno obtiver êxito na avaliação, será aprovado.

O Modo Imperativo
A ação transmitida por um verbo no imperativo é um pedido, convite, exortação, ordem, comando,
conselho ou súplica.
O imperativo se divide em imperativo afirmativo e imperativo negativo, sendo conjugados de forma
diferente. Em ambos não existe flexão na 1.ª pessoa do singular (eu).

Exemplos de uso do modo imperativo

Pare com essa brincadeira.

Jogue o lixo fora, por favor.

Resolva esse problema rápido.

Sai da frente!

Para!

Imperativo afirmativo

No imperativo afirmativo, a 2.ª pessoa do singular (tu) e a 2.ª pessoa do plural (vós) derivam do presente
do indicativo, sendo retirado o -s final das formas conjugadas no presente.
Presente do indicativo:
Tu estudas
Vós estudais
Imperativo afirmativo:
Estuda tu
Estudai vós
A 3.ª pessoa do singular (ele), a 1.ª pessoa do plural (nós) e a 3.ª pessoa do plural (eles) derivam do
presente do subjuntivo, sendo conjugadas da mesma forma.
Presente do subjuntivo:
Que ele estude
Que nós estudemos
Que eles estudem
Imperativo afirmativo:
Estude ele

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Estudemos nós
Estudem eles

Imperativo negativo

O imperativo negativo é conjugado conforme o presente do subjuntivo.


Presente do subjuntivo:
Que tu estudes
Que ele estude
Que nós estudemos
Que vós estudeis
Que eles estudem
Imperativo negativo:
Não estudes tu
Não estude ele
Não estudemos nós
Não estudeis vós
Não estudem eles

Dúvidas no uso do imperativo

O principal erro na utilização do imperativo está relacionado com a confusão existente entre a 2.ª pessoa
do discurso (tu) e a 3.ª pessoa do discurso (você). A maioria dos brasileiros utiliza a 3.ª pessoa do discurso,
mas utiliza o imperativo na 2.ª pessoa do discurso, havendo assim falta de uniformidade e coesão.
Formas imperativas para tratamento com você

• vá
• dê
• faça
• diga
• veja
• venha
• parta
• beba
• ouça
• sorria

Formas imperativas para tratamento com tu

• vai
• dá
• faz
• diz
• vê
• vem
• parte
• bebe

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• ouve
• sorri

Nota: Alguns verbos, como ser, ir, querer, estar e dar, apresentam formas irregulares no imperativo.

“O tamanho desse problema rompeu fronteiras e torna-se uma praga mundial”.

5) Nesse segmento do texto, as duas formas verbais pertencem a tempos diferentes; isso ocorre por:

A) erro nesse emprego, já que ambos deveriam ser do mesmo tempo verbal;

B) indicação respectiva de uma ação passada e de um fato atual;

C) tentativa de dar destaque a uma realidade do presente;

D) demonstração de um fato já completado e outro que se encontra em fase inicial;

E) desejo de mostrar que fatos atuais são decorrentes de ações passadas.

6) Leia a seguinte frase:

O que os olhos não virem o seu coração não vai sentir.

Considere as seguintes afirmações sobre essa frase, utilizada em uma propaganda de software para
empresas:
I- Contém um erro de conjugação verbal, no uso de “virem" em lugar de “verem".
II- Expressa ideia de futuro por meio da locução “vai sentir", que equivale a “sentirá".
III- Resulta de uma reelaboração de um conhecido provérbio popular.
Está correto apenas o que se afirma em

A) III.
B) I e II.
C) I.
D) II.
E) II e III.

7) “Dessa forma, podemos definir a violência como qualquer relação de força que um indivíduo impõe a
outro”. A forma do verbo “impor” que está INCORRETA é:

A) impunha;
B) impusesse;
C) imponha;
D) impuser;
E) impora.

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Na intenção de identificar notícias falsas, foram dadas várias “dicas” de como reconhecê-las. A primeira
delas dizia: “Notícias falsas frequentemente apresentam manchetes apelativas em letras maiúsculas e com
pontos de exclamação. Se as afirmações chocantes na manchete parecerem inacreditáveis, desconfie”.

Uma “dica” sobre notícias falsas dizia: “Muitos sites de notícias falsas contêm erros ortográficos ou
apresentam layouts estranhos. Redobre a atenção na leitura se perceber esses sinais”.

8) Nas dicas anteriores, as formas verbais de imperativo “desconfie” e “Redobre” indicam:

A) ordem;
B) incentivo;
C) exigência;
D) repreensão;
E) conselho.

“Saiba identificar notícias que possam ser falsas”.

9) Sobre as formas verbais desse segmento que serve de título para o texto da questão anterior, é
correto afirmar que:

A) a forma do imperativo “saiba” indica ordem;

B) a forma “saiba identificar” indica a existência de duas orações;

C) a forma “possam ser” indica a existência de duas orações;

D) as formas “identificar” e “ser” mostram modos diferentes;

E) a forma do subjuntivo “possam” indica um fato possível.

10) Observe a seguinte frase: “Nunca roubes: desse modo, nunca terás sorte nos teus negócios. Procura
ludibriar apenas”. Toda essa frase mostra o tratamento na segunda pessoa do singular; se a passarmos
para a terceira pessoa do singular, a forma correta dessa frase seria:

A) Nunca roubes: desse modo nunca terá sorte nos seus negócios. Procure ludibriar apenas;

B) Nunca roube: desse modo nunca terá sorte nos seus negócios. Procure ludibriar apenas;

C) Nunca roube: desse modo nunca terás sorte nos seus negócios. Procure ludibriar apenas;

D) Nunca roube: desse modo nunca terá sorte nos teus negócios. Procure ludibriar apenas;

E) Nunca roube: desse modo nunca terá sorte nos seus negócios. Procura ludibriar apenas.

“O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde não aponta causas exatas do sofrimento mental dos
jovens brasileiros, mas dá a entender que certas particularidades ajudariam a explicar o aumento das taxas

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de suicídio juvenil.” “O que os estudiosos do BID não poderiam prever é o quanto os
divórcios aumentariam no Brasil do século 21.”

11) Nessas passagens, retiradas respectivamente dos textos 1 e 2, as duas formas verbais sublinhadas se
encontram no futuro do pretérito. Apesar disso, é possível observar que esse tempo verbal desempenha
funções comunicativas distintas em cada um dos casos.

As funções comunicativas desempenhadas pelo futuro do pretérito nas passagens acima estão
corretamente caracterizadas, respectivamente, em:

A) expressar ordem ou pedido e enfatizar a noção de desejo;

B) marcar polidez no intercâmbio conversacional e indicar que o fato expresso é dependente de uma
condição;

C) sinalizar incerteza em relação à informação expressa e indicar um evento futuro em relação a um tempo
passado;

D) exprimir uma verdade atemporal e destacar o caráter improvável de uma condição;

E) enfatizar um questionamento e sugerir ausência de comprometimento em relação a uma determinada


posição.

A Correlação Verbal

Correlações verbais corretas

Presente do indicativo + presente do subjuntivo:

Exijo que você faça o dever.

Futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:

Se você fizer o dever, eu ficarei feliz.


Quando você fizer o dever, dormirei.

Pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo:

Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas.

12) Assinale a frase cujas formas verbais mostram correspondência adequada de tempos.

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A) “Nenhuma moralidade pode fundar-se na autoridade, mesmo que a autoridade fosse divina.”

B) “Se os teus princípios morais te deixam triste, podes estar certo de que estivessem errados.”

C) “O modo mais seguro de prevenir as revoltas é que eliminássemos sua matéria.”

D) “´Foi o cargo que permitiu que se conheça o homem.”

E) “Tenho a impressão de que a exclamação ‘A pátria corre perigo’ não seja tão terrível quanto ‘A cultura
corre perigo!’”

“Toda vez que pinto um retrato perco um amigo.”

13) As formas verbais sublinhadas mostram perfeita concordância de tempos; as formas verbais a seguir
que mostram inadequação são:

A) pintava / perdia.

B) pinte / tenho perdido.

C) tivesse pintado / teria perdido.

D) pintasse / perderia.

E) pintara / tinha perdido.

14) Assinale a opção que apresenta a frase em que o gerúndio está bem empregado.

A) O policial viu o assaltante correndo pela ponte.

B) O professor entrou em sala abrindo o livro de chamada.

C) O turista saiu do museu sorrindo.

D) Tirou o dinheiro do bolso, comprando o livro a seguir.

E) Pensou um pouco sobre o assunto, decidindo fugir.

15) Entre os empregos do pretérito imperfeito do indicativo há um que expressa uma relação de cortesia,
como no seguinte caso:

A) Francisco tinha uma voz bonita;

B) Enquanto dormia, os ladrões roubaram a casa;

C) Eu pensava em ir à escola hoje;

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D) Olhe onde estava a minha carteira;

E) Boa tarde, o que queria?

16) A forma verbal abaixo corretamente conjugada é:

A) Todos se entreteram com os novos jogos;

B) Os turistas reouveram seus pertences;

C) O repórter interviu na discussão;

D) Quando o ver de novo, dar-lhe-ei o recado;

E) Ele se manteu no cargo até o último momento.

17) “Programas de TV ensinam a comer bem para manter o corpo magro e saudável”; a substituição
adequada do segmento do texto 1 sublinhado é:

A) para que se mantenha o corpo magro e saudável;

B) a fim de que se mantivesse o corpo magro e saudável;

C) para que a magreza e a saúde do corpo fosse mantida;

D) para a manutenção da magreza no corpo saudável;

E) para que se mantesse o corpo magro e saudável.

18) Assinale a opção em que forma verbal não corresponde a uma forma de gerúndio.

A) Os alunos estavam caminhando pelo pátio.

B) Estudando mais, o progresso virá.

C) Os professores tinham vindo ao colégio.

D) O policial continuava vigiando a saída.

E) Todos triunfarão, dedicando-se mais.

... a primeira versão do que se tornaria essa famosa rede social...

19) A forma verbal tornaria foi empregada com o seguinte valor:

A) marcar um fato futuro, mas próximo;

B) transportarmo-nos a uma época passada e descrevermos o que seria ação futura;

C) designar fatos passados concebidos como contínuos ou permanentes;

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D) indicar ações posteriores à época em que se fala;

E) exprimir a incerteza sobre fatos passados.

20) O verbo pôr foi empregado em todas as frases abaixo, com sentidos bastante variados. A frase em
que esse verbo foi substituído de forma adequada por outro de significado mais preciso, é:

A) Puseram em seu uniforme uma condecoração / inscreveram;

B) Ponha um pouco mais de sal na carne / acrescente;

C) Temos que pôr um anúncio no jornal / introduzir;

D) O sacerdote pôs a batina / enfiou;

E) O rapaz pôs o maço de cigarros no bolso / inseriu.

21) A frase abaixo que mostra uma forma verbal gramaticalmente errada, é:

A) Os turistas já tinham pagado a conta;

B) Os vinhos provieram de Portugal;

C) Os manifestantes interviram na discussão;

D) O governo manteve o decreto;

E) O aluno se esqueceu de trazer o livro.

22) Em todas as frases abaixo foram empregadas formas do tempo verbal do imperfeito (indicativo ou
subjuntivo); a frase em que essa forma verbal tem o valor de ação passada dentro da qual ocorre outra é:

A) Minha filha tinha uma postura muito elegante;

B) Enquanto dormia, roubaram o relógio dela;

C) Eles pensavam visitar o centro na segunda-feira;

D) Se tivesse dinheiro, comprava esse carro;

E) Olha só onde estava o meu relógio.

Texto 2

“ e repente, um índio jovem, neto do tuxaua Senembi, o Camaleão, que integrava a expedição de Carrasco,
se aproxima de um dos cativos (que estava preso pela muçurana), bate nele brandamente, várias vezes,
com a mão espalmada, e reivindica a sua posse, alegando que fora ele, neto de Senembi, quem primeiro
tocara aquele inimigo, durante a luta – circunstância que lhe garantia o direito de executá-lo.” (Alberto
Mussa, A primeira história do mundo, p. 129)

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23) “...que integrava a expedição de Carrasco...” (texto 2); a forma verbal sublinhada está no pretérito
imperfeito do indicativo, tempo verbal que indica uma ação:

A) completamente passada;

B) anterior a outra ação passada;

C) em desenvolvimento no passado;

D) desenvolvida em futuro próximo;

E) passada, de término indeterminado.

“Não sei ver nada do que vejo; vejo bem apenas o que relembro.”

24) A mesma relação entre as formas verbais sublinhadas se repete de forma correta em

A) fazer / faço.

B) prover / provo.

C) comprar / comprei.

D) trazer / trazia.

E) dizer / diz.

“A Polícia Militar foi informada que o criminoso, usando um alicate grande, teria cortado o cadeado do
portão da residência, porém, o cachorro da casa começou a latir e o homem fugiu.

Populares seguiram o criminoso, acionaram a Polícia Militar, ele recebeu voz de prisão e foi encaminhado
para a Central de Flagrantes.” (Rondoniagora, 17/09/2021)

25) Esse segmento de texto é predominantemente narrativo; as duas formas verbais que mostram
sequência cronológica são:

A) foi informada / usando;

B) usando / teria cortado;

C) teria cortado / começou a latir;

D) seguiram / acionaram;

E) recebeu / foi encaminhado.

26) As duas formas de particípio indicadas para o verbo inicial são igualmente válidas em:

A) progredir / progredido, progresso;

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B) escrever / escrevido, escrito;

C) trazer / trazido, trago;

D) consumir / consumido, consumado;

E) abstrair / abstraído, abstrato.

27) Assinale a opção que apresenta a frase em que o gerúndio está bem empregado.

A) O policial viu o assaltante correndo pela ponte.

B) O professor entrou em sala abrindo o livro de chamada.

C) O turista saiu do museu sorrindo.

D) Tirou o dinheiro do bolso, comprando o livro a seguir.

E) Pensou um pouco sobre o assunto, decidindo fugir.

28) Uma mãe diz a um filho: “- O senhor não me saia mais daqui!”; essa frase representa

A) um conselho.

B) uma ordem.

C) um aviso.

D) uma reclamação.

E) um pedido.

VERBOS – resumão
Modo Indicativo (certeza)

Presente
1. momento da fala Estão ouvindo!
2. cotidiano Estudo neste local.
3. histórico Em 1822 ocorre a Independência.
4. futuro Amanhã te ligo.
5. atemporal O amor tudo pode.

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Modo Indicativo (certeza)

Pretérito

Perfeito (ação pontual) Estudei aqui.


Imperfeito (ação durativa) Estudava aqui.
Mais-que-perfeito (ação anterior à pontual) Estudara muito, até que entrou na faculdade.
Tinha estudado muito, até que entrou na faculdade.

Modo Indicativo (certeza)

Futuro do presente: Não choverá hoje. Não vai chover hoje.


Futuro do pretérito:
Se eu ganhasse na Mega, viajaria sempre.

possibilidade: verbo no Modo Subjuntivo


certeza: verbo no Modo Indicativo

Modo Subjuntivo (hipótese)

Presente (QUE): Torço para que você seja feliz!


Pretérito imperfeito (SE): “É preciso amar como se não houvesse amanhã”
Futuro (QUANDO): Quando eu vir seu irmão, darei o recado.

Modo Imperativo * Nunca conjugado para a 1ª pessoa do singular

Afirmativo: idêntico ao Presente do Subjuntivo, exceto TU e VÓS. Estas formas derivam do


Presente do Indicativo, sem “S”
Negativo: idêntico ao Presente do Subjuntivo.

Verbos derivados

TER Eu tenho detenho, retenho, mantenho, Ele teve, manteve...


VIR Eu vim, intervim. Ele veio, interveio...

Correlação Verbal

• Presente do indicativo -> presente do modo subjuntivo:

Quero que você faça um favor para a turma.

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• Futuro do subjuntivo -> futuro do presente do indicativo:

Se você fizer o favor, eu ficarei satisfeita.

• Pretérito mais que perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do indicativo:

Se você tivesse feito o favor, eu teria ficado satisfeita.

• Pretérito perfeito do indicativo -> pretérito imperfeito do subjuntivo:

Pedi que ele fizesse o favor.

• Pretérito imperfeito do subjuntivo -> futuro do pretérito do indicativo:

Se você fizesse o favor, eu ficaria satisfeita.

1-A/2-D/3-A/4-A/5-B/6-E/7-E/8-E/9-E/10-B/11-C/12-E/13-B/14-C/15-E/16-B/17-A/18-C/19-B/ 20-B/ 21-


C/ 22-B/23-E/ 24-A/ 25-E/26-E/27-C/ 28-B

VOZES VERBAIS
A voz verbal indica se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação expressa pelo verbo. Existem três
vozes do verbo ou vozes verbais no português: a voz ativa, a voz passiva e a voz reflexiva.

Voz ativa

O verbo está na voz ativa quando o sujeito gramatical é o agente da ação, ou seja, quando o sujeito
gramatical pratica a ação verbal.

Exemplos:

Mariana leu o livro. A avó fez o almoço. O professor corrigiu as provas dos alunos.

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Voz passiva

O verbo está na voz passiva quando o sujeito gramatical é o paciente da ação, ou seja, quando o sujeito
gramatical sofre a ação verbal, praticada pelo agente da passiva.

Exemplos:

O livro foi lido por Mariana. Leu-se o livro. O almoço foi feito pela avó.

Fez-se o almoço. As provas dos alunos foram corrigidas pelo professor.

Corrigiram-se as provas.

Existem dois processos distintos de formação da voz passiva: o analítico e o sintético.

Voz passiva analítica

É formada por um verbo auxiliar (normalmente o verbo ser), mais o particípio de um verbo transitivo,
seguindo quase sempre a estrutura: sujeito paciente + verbo auxiliar + particípio + preposição + agente da
passiva.

A dança foi coreografada por ela.

As capas dos cadernos foram enfeitadas pelas crianças.

Os pacientes serão atendidos pelo médico logo que possível.

Voz passiva sintética

É formada por um verbo transitivo conjugado na 3.ª pessoa do singular ou do plural mais o pronome
apassivador se, seguindo quase sempre a estrutura: verbo transitivo + pronome se + sujeito paciente.

Exemplos:

Vendem-se limões. Cantam-se canções. Finalizou-se o acordo.

Voz reflexiva

O verbo está na voz reflexiva quando o sujeito gramatical é ao mesmo tempo agente e paciente da ação, ou
seja, quando o sujeito gramatical pratica e sofre a ação verbal. É formada por um verbo na voz ativa mais
um pronome oblíquo reflexivo (me, te, se, nos, vos, se), atuando como objeto. A voz reflexiva pode ser
recíproca, ou seja, quando há dois sujeitos que praticam a ação um no outro.

Exemplos:

A menina penteia-se todos os dias. O cozinheiro feriu-se com a faca.

Nós olhamo-nos no espelho. Eles olharam-se longamente antes de se abraçarem.

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Pedro e Bianca amam-se muito.

QUESTÕES
1) A frase abaixo (texto 4) que mostra uma voz verbal diferente das demais é:

A) “...desestabilizando completamente o ecossistema”;

B) “...afloram as várias atividades humanas que as provocaram, ou estão provocando”;

C) “Dentre essas ações, as principais talvez sejam...”;

D) “... todos esses animais, de uma forma ou de outra, rendem expressivos lucros”;

E) “Atualmente, quando se mencionam ‘espécies em extinção’...”.

"Essas duas tipologias urbanísticas somam cerca da metade das moradias urbanas brasileiras. São muito
diversificadas, mas, em geral, são lugares com pouca ou nenhuma infraestrutura, com escassez ou
inexistência de serviços públicos, inclusive os de segurança e de regulação.

Assim, criam-se condições para que essas áreas sejam tomadas por interesses marginais, muitas vezes com
dominação territorial armada, que impõem jugo discricionário às populações moradoras".

2) Em relação ao fragmento acima, assinale a opção em que os dois casos apresentam exemplos de voz
passiva.

A) "são muito diversificadas" e "sejam tomadas".

B) "criam-se condições" e "impõem".

C) "impõem" e "sejam tomadas".

D) "sejam tomadas" e "criam-se condições".

E) "criam-se condições" e "são muito diversificadas".

“Elas também determinam que todos devem ser tratados com igualdade, respeito e tolerância”

3) Com a utilização da forma passiva “devem ser tratados”, o autor consegue o seguinte efeito:

A) identifica-se o sujeito.

B) não se atribui a ação verbal a ninguém.

C) localiza-se a ação verbal no passado.

D) torna a ação verbal obrigatória.

E) o agente da ação verbal passa a ser indeterminado.

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4) Assinale a opção em que a frase do texto mostra um exemplo de voz passiva verbal.

A) “O casamento foi a maneira que a humanidade encontrou de propagar a espécie sem causar falatório na
vizinhança."

B) “As tradições matrimoniais se transformaram através dos tempos e variam de cultura para cultura.”

C) “O macho escolhia uma fêmea, batia com um tacape na sua cabeça e a arrastava para a sua caverna."

D) “Em certas sociedades primitivas o tempo gasto nas preliminares do casamento – corte, namoro,
noivado etc. – era abreviado.”

E) “...quando ela estivesse distraída, bater com o tacape na sua cabeça e arrastá-la para a caverna.”

“Buscar a felicidade e a paz”.

5) Assinale a opção que apresenta esse fragmento do texto colocado adequadamente na voz passiva.

A) “A felicidade e a paz são buscadas”.


B) “É buscada a felicidade e a paz”.
C) “Serem buscadas a felicidade e a paz”.
D) “A felicidade e a paz ser buscada”.
E) “Tanto a felicidade quanto a paz são buscadas”.

6) O segmento do texto 3 em que a forma de apassivação é INADEQUADA é:

A) “Um homem acorda gravemente ferido” / Um homem é acordado gravemente ferido;


B) “para sentir sua falta” / para sua falta ser sentida;
C) “para dar vazão” / para ser dada vazão”;
D) “começar uma nova vida” / uma nova vida ser começada;
E) "executar criminosos” / criminosos serem executados.

“Os modelos pedagógicos de nossas escolas ainda são muito mais direcionados ao ensino teórico para
passar no funil do vestibular...”; esse segmento (texto 1) mostra uma forma de voz passiva - “são
direcionados” - sem que haja menção do agente dessa ação.
7) O pensamento abaixo em que há uma forma de voz passiva com a indicação do agente é:

A) “A natureza só é comandada se é obedecida”;


B) “Dada a causa, a natureza produz o efeito no modo mais breve em que pode ser produzido”;
C) “O mundo será julgado pelas crianças. O espírito da infância julgará o mundo”;
D) “Existe alguma religião cujos fiéis possam ser apontados como nitidamente mais amáveis e dignos de
confiança do que os de qualquer outra?”;
E) “A sabedoria não pode ser transmitida. A sabedoria que um sábio tenta transmitir soa mais como
loucura”.

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“O levantamento foi feito pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp) com 99
instituições.”

8) Essa frase do texto exemplifica a voz passiva; assinale a forma verbal correspondente à que está
sublinhada, na voz ativa.

A) fez-se.

B) fazia.

C) fazia-se.

D) fizera.

E) fez.

9) A frase do texto 2 que NÃO exemplifica a voz passiva é:

A) “Vivemos em uma sociedade onde a eficiência e os resultados são valorizados”;

B) “Aparentemente, apenas os mais inteligentes estão destinados a obter sucesso”;

C) “Eles devem ser observados, analisados e desconstruídos”;

D) “Eles são guiados por valores e preocupados em fazer uso da bondade”;

E) “Se procurarmos agora no dicionário o termo sabedoria, será encontrada uma definição simples”.

10) A frase a seguir que apresenta uma forma de voz passiva é:

A) “Numa democracia, é livre a expressão”.

B) “A greve atravessou vários sinais ao estrangular as vias de suprimento...”.

C) “Em um regime de liberdades, há sempre o risco de excessos, a serem devidamente contidos”.

D) “Sempre há, também, o oportunismo político-ideológico para se aproveitar da crise”.

E) “...que mantêm o sistema produtivo funcionando”.

“O flagrante de dois assessores trocando figurinhas durante uma sessão foi divulgado pelas redes sociais e
a cena se espalhou”.

11) O segmento “foi divulgado pelas redes sociais” do texto 2 é exemplo de voz passiva; se a mesma frase
fosse colocada na voz ativa, a forma verbal adequada seria:

A) divulgaram;

B) divulgaram-se;

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C) divulgou-se;

D) divulgam-se;

E) divulga-se.

12) A frase do texto que NÃO exemplifica a ocorrência de voz passiva é:

A) “Diante do número de casos de preconceito explícito e agressões, somos levados ao questionamento...”;

B) “...corre o risco de estar tornando-se irracionalmente intolerante”;

C) “No último ano, foram registradas dezenas de casos de intolerância religiosa...”;

D) “Preconceito não se tolera, se combate”;

E) “...muitas ocorrências que deveriam ser registradas como ‘intolerância religiosa’...”.

13) A frase do texto que se apresenta na voz passiva é:

A) “A resistência ao desmonte da cultura em cenário de crises graves não se dá por acaso”;

B) “...a gestão pública do setor vem sofrendo...”;

C) ...generalize-se a opinião...”;

D) “...política públicas para a cultura não devem ser prioritárias”;

E) “Combater essa generalização equivocada é urgente”.

14) Assinale a opção que apresenta a frase que mostra uma forma de voz passiva sem que essa ação seja
atribuída a qualquer agente.

A) “Uma boa vida é aquela inspirada pelo amor e guiada pelo conhecimento.”

B) “Suicídio é, frequentemente, apenas um grito por ajuda que não foi ouvido a tempo por ninguém.”

C) “Todas as religiões são fundadas no medo de muitos e na esperteza de uns poucos.”

D) “Pescar é um esporte que foi inventado por insetos e você é a isca.”

E) “O bar é um lugar onde a loucura é vendida em garrafas sem que isso seja visto pela Prefeitura.”

15) A frase abaixo que foi modificada para a voz passiva de forma adequada, é:

A) Se escrevo quatro palavras, risco três / Se quatro palavras são escritas por mim, três são riscadas;

B) Um bom discurso devia esgotar o tema / O tema deveria ser esgotado por um bom discurso;

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C) Se você mudar seus pensamentos, você mudará o mundo / O mundo será mudado por você, se seus
pensamentos são mudados;

D) Um corpo débil debilita o espírito / O espírito foi debilitado por um corpo débil;

E) Para evitar o estresse, evite excitação / A excitação deve ser evitada, para que o estresse seja evitado.

16) Assinale a frase que se apresenta integralmente na voz ativa.


A) Bebendo-se um pouco de vinho, a inteligência se rejuvenesce.
B) Quem comer do fruto da árvore da sabedoria sempre é arrojado de algum paraíso.
C) A indigestão é encarregada por Deus de pregar a moral do estômago.
D) A uísque dado não se olha o selo.
E) Conte as calorias de tudo o que você come e em um mês seu cérebro terá emagrecido uns dez quilos.

“Faça-se justiça, ainda que o mundo pereça.”

17) A frase em que a forma verbal sublinhada tem o mesmo valor da que foi sublinhada acima é:

A) Não se deseja o que não se conhece;

B) Morrer-se pela pátria é a sorte mais bela;

C) Sempre se está só em tempos nublados;

D) O que se orgulha de sua linhagem elogia o alheio;

E) Afligir-se antes do tempo é afligir-se duas vezes.

18) O primeiro parágrafo do texto 5 está na voz passiva com auxiliar:


“No nordeste, a história do Bumba meu boi foi inspirada na lenda da Mãe Catirina e do Pai Francisco
(Chico).”
Dizem alguns estudiosos, porém, que, em se tratando de um sujeito representado por nome de coisa (a
história do Bumba meu boi), mais adequada seria a passiva pronominal.
Nesse caso, a nova forma adequada seria:
A) No nordeste, inspiraram a história do Bumba meu boi na lenda da Mãe Catirina e do Pai Francisco
(Chico);
B) No nordeste, a história do Bumba meu boi teve sua inspiração na lenda da Mãe Catirina e do Pai
Francisco (Chico);

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C) Inspiraram-se, no nordeste, a história do Bumba meu boi na lenda da Mãe Catirina e do Pai Francisco
(Chico);
D) No nordeste, a história do Bumba meu boi inspirou-se na lenda da Mãe Catirina e do Pai Francisco
(Chico);
E) No nordeste, a história do Bumba meu boi é de inspiração na lenda da Mãe Catirina e do Pai Francisco
(Chico).

19) A frase abaixo que se encontra na voz ativa é:


A) Sou a favor de beijar as mãos de uma mulher quando somos apresentados;
B) Eu devia ter desconfiado de um homem que abandonou a mulher por minha causa;
C) Conhecem-se homens de grande valor que têm medo do casamento;
D) Adoraria ser fotografada no meu túmulo;
E) A vida não é perdida pela morte.

20) As frases podem aparecer expressas em duas vozes verbais: ativa e passiva; a frase abaixo que está
integralmente na voz ativa é:
A) “Aqueles que reprimem o desejo assim o fazem porque seu desejo é fraco o suficiente para ser
reprimido”;
B) “Tendo o mínimo de desejos, chega-se mais perto dos deuses”;
C) “Cada um é atraído pelo próprio desejo”;
D) “O mais difícil é redescobrir sempre o que já se sabe”;
E) “Nada desejamos tanto como aquilo que não nos foi consentido”.

21) A frase abaixo que, ao contrário das demais, não apresenta uma estrutura na voz passiva:
A) Avalia-se a inteligência de um indivíduo pela quantidade de incertezas que ele é capaz de suportar;
B) Má é uma opinião que não pode ser mudada;
C) Um problema está, de início, resolvido, se está bem colocado;
D) Se você quiser ser uma ponte, precisa estar preparado para ser pisado;
E) De erro em erro descobre-se a verdade inteira.

22) Todas as frases abaixo, retiradas do texto 4, foram passadas para a voz passiva; a frase em que essa
passagem foi feita de forma adequada é:
A) a empresa firma um contrato com a prefeitura / um contrato seja firmado com a prefeitura;

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B) para administrar a maior parte do sistema de transporte coletivo municipal; / para a maior parte do
sistema de transporte coletivo municipal ser administrada;
C) A saída mais comum é contratar empresas para desempenhar essa função. / A saída mais comum é que
empresas sejam contratadas para desempenhar essa função;
D) dá liberdade aos municípios quanto a como ofertar esse serviço. / dá liberdade aos municípios a como
esse serviço será ofertado;
E) A prefeitura se responsabiliza diretamente pela gestão do sistema e desembolsa 100% dos recursos para
mantê-lo. / A prefeitura se responsabiliza diretamente pela gestão do sistema e 100% dos recursos para
mantê-lo serão desembolsados por ela.

23) A frase “Foi observada a criação de uma nova empresa” está escrita na voz passiva com o verbo ser;
se transformássemos essa frase para a voz ativa, a forma correta seria:
A) Observou-se a criação de uma nova empresa;
B) Observa-se a criação de uma nova empresa;
C) Criou-se uma nova empresa;
D) A criação de uma nova empresa foi observada;
E) Observaram a criação de uma nova empresa.

24) Assinale a opção que mostra exemplo de voz passiva.


A) Não se faz arte com fórmula. Para avançar é preciso ser audacioso, subversivo.
B) Deveríamos considerar perdido cada dia em que não tenhamos dançado pelo menos uma vez.
C) Viajar é estar constantemente emocionado.
D) Um quadro vive apenas através de quem o contempla.
E) O viajante continua sendo o que mais importa numa viagem.

Na Antiguidade cria-se que o temperamento das pessoas dependia das suas secreções, isto é, dos
‘humores’ segregados pelo organismo, entre os quais cada pessoa possuía um que era predominante.
Desse modo, notava-se que aqueles em que predominava a ‘bílis negra’ (donde ‘humor negro’), que os
gregos chamavam de melan kholé, ou melancolia ou de ‘humor melancólico’ eram propensos à depressão”.
Roosevelt Nogueira, em Palavras, origens e curiosidades.
25) Assinale a opção que apresenta a frase que está estruturada na voz passiva.
A) “Na Antiguidade cria-se que o temperamento das pessoas dependia das suas secreções”.
B) “isto é, dos humores segregados pelo organismo”.
C) “cada pessoa possuía um que era predominante”.
D) “que os gregos chamavam de melan kholé”.

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E) “eram propensos à depressão.

1-E/2-D/3-B/4-D/5-C/6-A/7-C/8- E /9-B/10-C/11-A/ 12-B/13-C/14-C/ 15-A/ 16-E/ 17-A/ 18-D/


19-B/ 20-B/ 21-A/ 22-B/23-E/ 24-A/25-A

AULA 9
Classes de palavras; os aspectos morfológicos, sintáticos, semânticos e textuais de,
preposições , conjunções e pronomes .

Preposição é a classe de palavras que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração.
Os amigos de Isabel estranharam o seu jeito de vestir.
Ela esperou com tranquilidade o resultado.
Não vá sem mim ao teatro.

Principais Relações Estabelecidas pelas Preposições


Lugar - Estou em casa.
Tempo -Eu viajei durante as férias.
Modo ou conformidade - Vamos escolher por sorteio.
Causa - Estou tremendo de frio
Assunto - Não gosto de falar sobre política.
Fim ou finalidade - Eu vim para ficar.
Instrumento - Paulo feriu- se com a faca.
Companhia - Hoje vou sair com meus amigos.
Meio - Voltarei a andar a cavalo.
Matéria - Devolva-me meu anel de prata.
Posse - Este é o carro de João.
Oposição - O Flamengo jogou contra Fluminense.
Origem - Você descende de família humilde.
Destino ou direção - Olhe para os lados!

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O que é valor nocional (semântico) e valor relacional (gramatical) das preposições?
Todos concordaram com a minha proposta.
Ninguém acreditou em você.
Preciso de um emprego urgente.
Ele tem a certeza de que isso está certo.
Algumas pessoas têm medo de fantasmas.
Nota-se que as preposições “com”, “em” e “de” têm valor relacional (gramatical): elas são uma exigência
do verbo (pode ser de um nome também) e não imprime qualquer valor semântico.

Já as preposições com valor nocional (semântico)marcam relações semânticas. Diferente das relacionais,
as nocionais não são exigidas por verbo ou nome.

Companhia: Se for para ir com você eu vou.


Conformidade: Entreguei tudo de acordo com o combinado.
Distância: A poucos metros você encontra a padaria.
Finalidade: Cheguem cedo para não perdermos o ônibus.

Relações estabelecidas pela preposição COM


Instrumento - Paulo feriu- se com a faca.
Companhia - Hoje vou sair com meus amigos.
Modo- Fizemos o serviço com tranquilidade.
Causa- Com a pandemia, as pessoas ficaram “presas” em casa.

Relações estabelecidas pela preposição DE


Causa- Estou tremendo de frio .
Matéria - Devolva-me meu anel de prata.
Posse - Este é o carro de João.
Origem - Você descende de família humilde.
Assunto - Não gosto de falar de (sobre) política.
Meio- Eles foram ao trabalho de táxi.

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QUESTÕES
1) Todas as frases abaixo são iniciadas por um termo preposicionado; a forma adequada de reescrever
uma dessas frases, eliminando a preposição e mantendo o sentido original, é:
A) Neste livro, há um capítulo sobre esse assunto / Este livro contém um capítulo sobre esse assunto;
B) No preço do hotel, está compreendido o café da manhã / O preço do hotel cobra o café da manhã;
C) Para este rio afluem as águas de todo o vale / Este rio deságua as águas de todo o vale;
D) No interesse de todos, as eleições devem acontecer / O interesse de todos evita a realização das
eleições;
E) Pela letra se nota que o aluno escreveu apressadamente / A letra anota a escrita apressada do aluno.

2) A maioria das palavras mostra vários significados (polissemia), o que também ocorre com as
preposições.
Assinale a opção que indica a frase em que a preposição com tem o significado de acordo.
A) Gosto muito da paisagem dos velhos portos com seus barcos.
B) Os turistas passeiam pela praia com seus cães.
C) Com o retorno das aulas, o trânsito piora.
D) Vamos terminar tudo, com calma.
E) Penso que todos os sindicatos estarão com a nossa proposta.

3) A preposição DE, como outras preposições, pode ter valor gramatical, quando exigida por uma palavra
anterior, ou valor semântico, quando expressa algo importante para o texto; assinale a opção em que a
preposição DE sublinhada é exigida por um termo anterior.
A) Longe de educar o gosto, o teatro serve apenas para desfantasiar o espírito, nos dias de maior
aborrecimento.
B) No outro lado de cada medo está a liberdade.
C) Não sou um completo inútil... Ao menos não preciso de mau exemplo.
D) Em cada minuto de tristeza, você perde 60 segundos de alegria.
E) Uma ideia é um pensamento que ficou de pé.

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4) No texto, há uma série de ocorrências da preposição “de”; a frase em que essa preposição é solicitada
por um termo anterior é
A) “em tempos de pandemia”.
B) “a redução sem precedentes da circulação de pessoas”.
C) “medidas de isolamento social”.
D) “os índices de criminalidade”.
E) “trata-se de um serviço essencial”.

5) A frase abaixo em que a preposição DE tem valor gramatical, ou seja, é uma exigência de um termo
anterior, é:
A) Não pedi a empresário nenhum que chegasse com malas DE dólares em minha casa;
B) Ninguém quer ser mulher DE malandro. O Brasil não precisa sofrer gol para depois marcar;
C) Tenho certeza DE que, no Brasil, mais jovens fumaram maconha do que gente comeu carne;
D) Os gerentes do banco, como diz o ditado, estão mais perdidos que cachorro em dia DE mudança;
E) Beijar a boca DE uma mulher bonita é fácil.

6) “Em um passeio numa praia do Havaí (EUA), a menina Abbie Graham, 9 anos, encontrou uma garrafa
lançada ao mar há 37 anos por alunos de uma escola do Japão, como parte de um projeto de estudo das
correntes marítimas.” (Tudo Bem, 17/09/2021)
Nesse texto, a preposição EM inicial mostra o mesmo valor em:
A) As moedas estão em uma pequena bolsa;
B) A pintura foi feita em um pedaço do teto;
C) Minha família está em situação difícil;
D) Seu discurso se apoia em falsos argumentos;
E) A notícia foi dada em uma sessão da Câmara.

7) O segmento (texto 4) abaixo em que a preposição “de” NÃO é exigida por nenhum termo anterior é:
A) “sentimentos de justiça”;
B) “aproximar dos homens”;
C) “me entreguei de corpo”;
D) “sentimento de ser um estranho”;
E) “desejo de solidão”.

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8) “Três coisas existem de que sempre gostei muito e que mais consegui compreender: a música, a
pintura e as mulheres”.
Nessa frase o emprego da preposição de é decorrente de uma palavra a seguir, e não de uma palavra
anterior: o verbo gostar.
Assinale a frase a seguir em que ocorre a mesma coisa.
A) A leitura é um modo de viajar para aqueles que não podem tomar o trem.
B) Como faço uma escultura? Simplesmente retiro do bloco de mármore tudo o que não é necessário.
C) A cana de açúcar, de que vem a cachaça, produz uma doçura semelhante à da poesia.
D) Para mim, solo de guitarra é como o latim, uma língua morta.
E) Um quadro de museu é certamente o que mais besteiras ouve no mundo.

Conjunções Coordenativas

1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de soma ou adição.


São elas (“ decorebinha” ) : e, nem (= e não), não só... mas também, não só...como também,
bem como, não só...mas ainda .
Isso mesmo, gente! Adição é a palavra que eles vão pedir. Veja esta questão:

2) Adversativas (umas das mais usadas): ligam duas orações ou palavras, expressando ideia
de contraste ou oposição.
São elas :mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.
Então, você já sabe que só essas seis conjunções ( mas, porém, contudo, no entanto,
entretanto, todavia) expressam uma OPOSIÇÃO.

3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha,


indicando fatos que se realizam separadamente. (Raramente caem em uma prova, mas sempre
estão em uma alternativa.)
São elas: ou, ou...ou, ora, já...já, quer...quer etc.
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. (ESCOLHA)
Ora você lavará a louça, ora limpará o quarto. (ALTERNÂNCIA)
4) Conclusivas (Elas são muito importantes!) : ligam a oração anterior a uma oração que
expressa ideia de conclusão.
São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.
CONCLUSÃO, essa é a palavra expressa pelas conjunções acima!

5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela

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contida.
São elas: que, porque, pois, porquanto.

As principais Conjunções Coordenativas , portanto, são:

EXPLICATIVAS (pois, porque, porquanto)

CONCLUSIVAS (portanto, logo, assim , por isso, então etc.)

ADITIVAS (e, nem, não só... mas também etc)

ALTERNATIVAS (ou, ora...ora )

ADVERSATIVAS (mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto)

9) Assinale a opção com duas ações em sequência que mostram uma relação de causa e consequência.
A) João olhou o cartaz e teve vontade de ir ao cinema.
B) Choveu durante a noite e as ruas ficaram alagadas.
C) Cada vez que via as fotos, começava a chorar.
D) Viu a paisagem e lembrou-se da cidade onde nascera.
E) Jogou na loteria e imaginou o que faria com aquela fortuna.

10) A opção abaixo, entre frases retiradas de um dicionário de citações, em que ocorre uma relação,
respectivamente, de causa/consequência, é

A) Não se deve mudar de opinião, se não se pode mudar de conduta.

B) Não devemos divulgar nossas opiniões porque amanhã poderemos ter mudado.

C) Ninguém pode julgar o outro, porque ninguém conhece a si mesmo.

D) Procurei ver acima dos ombros dos gigantes e consegui enxergar mais longe.

E) A missão da ciência é catalogar o mundo para devolvê-lo em ordem a Deus.

11) “É melhor ser pouco inteligente com temor do que rico em prudência, mas transgressor da
lei.”

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Nessa frase, a conjunção MAS indica oposição; a frase abaixo em que essa mesma conjunção indica
adição é:

A) Os covardes duram mais, mas vivem menos;

B) As coisas não mudam, mas nós mudamos;

C) Os tabus são feitos para serem quebrados, mas nem todos fazem isso;

D) Mudam de corpo, mas não de alma;

E) O universo é a mudança, mas a vida é o que o pensamento faz dessa mudança.

12) Na frase “o cachorro da casa começou a latir e o homem fugiu”, a conjunção E mostra o
mesmo valor em:

A) O ladrão chegou perto da casa e observou o cenário;

B) O bandido usou o alicate e cortou o cadeado;

C) A Polícia Militar chegou e o bandido ficou com medo;

D) O meliante foi preso e encaminhado para a delegacia;

E) Os assaltos e furtos são comuns nas grandes cidades.

12) “Por isso, São Paulo e várias cidades vizinhas, que formam a maior região metropolitana do país,
entram na mais grave crise de falta d’água da história.”

O conectivo “Por isso” introduz uma:


A.conclusão;
B.explicação;
C.causa;
D.consequência;
E.adição.

13) “A luta contra a criminalidade organizada é muito difícil, porque a criminalidade é organizada, mas
nós não”. (A. Amurri)
Com relação aos componentes desse pensamento de Amurri, assinale a afirmativa incorreta.
A.O conectivo “porque” mostra uma explicação para a afirmação anterior.
B.O emprego de “muito” aumenta a intensidade do adjetivo “difícil”.
C.O conectivo “contra” indica oposição.
D.O conectivo “mas” indica uma exceção.
E.A forma completa da última frase seria “mas nós não somos organizados”.

14) Observe a frase a seguir:

“Os fantasmas são frutos do medo: quem não tem medo não vê fantasmas”.

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Os dois pontos entre os dois segmentos da frase podem ser adequadamente substituídos pelo seguinte
conectivo:

A) pois.
B) logo.
C) contudo.
D) entretanto.
E) no entanto.

“Esse pessoal pode trabalhar para agências policiais e empresas privadas e também pode ser conhecido
como técnico em computação forense.”

15) Nesse segmento do texto 5, há duas ocorrências do conectivo E com valor de adição; a frase abaixo
em que esse mesmo conectivo mostra valor diferente é:

A) A crítica é fácil, e a arte é difícil;


B) Quando penso que Mozart na minha idade já estava morto, fico mais sério e pensativo;
C) Quando viu que tinha ladrão no filme, Maria Antônia, imediata e precavidamente, tirou os brincos das
orelhinhas e guardou na bolsa;
D) Eu usei o mesmo terno e o mesmo diálogo durante seis anos. Só trocava o título do filme e a mocinha;
E) Eu pego as lendas e as transformo em coisas comuns; Mozart pega as coisas comuns e as transforma em
lendas.

16) A conjunção E apresenta predominantemente o valor de adição, mas pode mostrar ainda o valor
adversativo (ou concessivo), consequência ou conclusão, finalidade, valor consecutivo, introduzir uma
explicação enfática, iniciar frases de alta intensidade afetiva (= interjeição), facilitar a passagem de uma
ideia a outra. A frase abaixo em que ela mostra valor adversativo, equivalente à ideia de oposição, é:

A) Quando tenho um pouco de dinheiro, compro livros; se sobrar algum, compro roupas e comida;
B) Existem duas classes de escritores geniais: os que pensam e os que fazem pensar;
C) Vocês sabem o que são os críticos? Gente que fracassou na literatura e na arte;
D) Clássico é um livro que as pessoas elogiam e não leem;
E) Pinta-se com o coração e a cabeça mais do que com as mãos.

17) A conjunção MAS aparece em muitas frases portuguesas, indicando uma contradição entre o conteúdo
da primeira afirmação e o da segunda. A frase abaixo em que essa conjunção tem valor diferente é:

A) Tem muito dinheiro, mas é muito infeliz;


B) O filme é bom, mas um pouco chato;
C) O time jogou bem, mas perdeu
D) Ficou triste, mas quem não ficaria...;
E) A prova estava fácil, mas obtive nota ruim.

18) “Todo grande homem somente atua ou escreve para desenvolver duas ou três ideias.”
Nessa frase há duas ocorrências da conjunção OU; sobre esses empregos, a única afirmação correta é:

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A) as duas ocorrências têm valor alternativo;
B) as duas ocorrências têm valor aditivo;
C) somente a primeira ocorrência tem valor alternativo;
D) somente a primeira ocorrência tem valor aditivo;
E) nenhuma das ocorrências mostra valor aditivo ou alternativo.

1-A/ 2-E/ 3-C/ 4-E/ 5-C/ 6-E/ 7-C/8-C/ 9-B/ 10-D/ 11-E/ 12-C/13-D/ 14-A/ 15-A/ 16-D/ 17-D/ 18-D/

PRONOMES

19) A frase em que se deveria usar a forma EU em lugar de MIM é:


A) Um desejo de minha avó fez de mim um artista;
B) Há muitas diferenças entre mim e a minha futura mulher;
C) Para mim, ver filmes antigos é a maior diversão;
D) Entre mim viajar ou descansar, prefiro o descanso;
E) Separamo-nos, mas sempre de mim se lembra.

20) “O homem não SE conhece o suficiente para medir aquilo de que precisa.”
A frase abaixo em que o vocábulo SE destacado tem o mesmo valor que na frase acima é:
A) Quem não tem dificuldades próprias dificilmente SE lembra das alheias;
B) Nada é tão difícil que não SE possa fazer;
C) Enquanto SE pensa, muitas vezes a ocasião se perde;
D) Quanto maior for a sorte, menos SE deve acreditar nela;
E) Enquanto o homem SE barbeia, seu pensamento viaja.

21) Os pronomes demonstrativos mostram empregos bem definidos em língua portuguesa; a opção
abaixo em que o emprego do demonstrativo está adequado, é:
A) Esta é a verdade: ninguém é totalmente honesto;
B) José e Maria vieram à festa: este, de ônibus, aquele, de táxi;
C) Este cigarro que você está fumando, faz mal à sua saúde;
D) Os tempos atuais são diferentes destes tempos de outrora;
E) Aquela sala que você vê na foto é bastante ampla.

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22) “A medicina é uma grande ciência; basta só isso de dar saúde aos outros, conhecer as moléstias,
combatê-las e vencê-las.” Machado de Assis. Dom Casmurro. Nesse segmento, o pronome isso se refere
textualmente
A) a dar saúde aos outros, conhecer as moléstias, combatê-las e vencê-las.
B) à possibilidade de a medicina dar saúde aos outros.
C) ao fato de a medicina ser uma grande ciência.
D) ao conhecimento médico das moléstias.
E) à ação única de vencer as moléstias.

23) A frase abaixo em que o vocábulo MUITO pertence a uma classe gramatical diferente das demais é:
A)“Como os celulares ficam muito tempo nos bolsos, isso poderia ser uma causa da esterilidade";
B)“Antes dos telefones celulares, os casais eram muito mais fiéis;
C)“Mas há relatos de que a distração causada pelos celulares vai muito mais além";
D)“Em uma velocidade muito baixa, mas isso está acontecendo";
E)“Além disso, a audição pode estar sendo afetada por volumes muito altos em fones de ouvido".

24) Assinale a frase abaixo em que o vocábulo menos mostra uma classe gramatical diferente das
demais.
A) O candidato estava com menos disposição para o estudo.
B) Os operários trabalham menos a cada ano.
C) Os atletas treinaram menos para essa prova.
D) Meus filhos sempre leram menos que os primos.
E) Os estrangeiros sempre se mostraram menos animados.

19-D/ 20-E/ 21-A/ 22-C/ 23-A/ 24-A/

QUESTÕES EXTRAS (Preposição)


1) As preposições podem ter valor gramatical, quando são exigidas por um termo anterior, com presença
obrigatória, e valor nocional quando são empregadas para acrescentar alguma informação ao texto.
Assinale a frase a seguir em que a preposição DE mostra valor nocional.

A) Jamais alguém se arrependeu de ter-se acostumado a madrugar e a ter-se casado jovem.

B) Quando a história se encarrega de fazer teatro, o faz maravilhosamente.

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C) Quem mais tempo sabe aproveitar mais certo está de ganhar.

D) A vida necessita de pausas.

E) Aproveita bem o dia de hoje.

“Investigação é o ato ou efeito de investigar, busca, pesquisa. Ou seja, investigação criminal pode ser
definida como a atividade preliminar de produzir e colher elementos de convicção...”.
Nesse segmento do texto 1, há três ocorrências da preposição DE, sem que nenhuma delas seja solicitada
por um termo anterior.

2) A frase abaixo em que a preposição DE tem valor gramatical, ou seja, é uma exigência de um termo
anterior, é:

A) Não pedi a empresário nenhum que chegasse com malas DE dólares em minha casa;

B) Ninguém quer ser mulher DE malandro. O Brasil não precisa sofrer gol para depois marcar;

C) Tenho certeza DE que, no Brasil, mais jovens fumaram maconha do que gente comeu carne;

D) Os gerentes do banco, como diz o ditado, estão mais perdidos que cachorro em dia DE mudança;

E) Beijar a boca DE uma mulher bonita é fácil.

3) No texto 1, observemos os seguintes exemplos: “termo de autópsia” e “abusa de reticências”. Nos dois
segmentos há o emprego da preposição DE, sendo que só no segundo caso ela é obrigatória, já que é
exigida pelo verbo anterior.
A frase abaixo em que a preposição DE tem uso obrigatório é:

A) Os cemitérios estão cheios de gente insubstituível;

B) A paciência é a mais heroica de todas as virtudes;

C) A paciência é de gosto amargo, mas seu fruto é doce;

D) A inteligência é uma espécie de paladar;

E) Os livros são de grande utilidade.

4) ”Em um passeio numa praia do Havaí (EUA), a menina Abbie Graham, 9 anos, encontrou uma garrafa
lançada ao mar há 37 anos por alunos de uma escola do Japão, como parte de um projeto de estudo das
correntes marítimas.” (Tudo Bem, 17/09/2021)
Nesse texto, a preposição EM inicial mostra o mesmo valor em:

A) As moedas estão em uma pequena bolsa;

B) A pintura foi feita em um pedaço do teto;

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C) Minha família está em situação difícil;

D) Seu discurso se apoia em falsos argumentos;

E) A notícia foi dada em uma sessão da Câmara.

5) Assinale a opção em que a preposição para mostra valor semântico de finalidade.

A) Foram necessários muitos anos de planejamento nas cidades americanas para se tornar fácil nos perder
dentro delas.

B) Inteligência é tudo o que você precisa herdar para ter um Infinity Q45.

C) Quando projetar uma cozinha ou um banheiro, lembre-se de deixar espaço para a sua imaginação.

D) Não podemos restaurar seu carro para sua feiura original.

E) Nós nos reportamos para uma autoridade maior.

6) “Essa prática facilitou muito o transporte do café, que era o principal produto do mercado interno e
externo nacional. Antes, esse transporte era feito por tração animal, demorando muito tempo e
enfrentando dificuldades maiores do que nas estradas de ferro antigas. A operação da Estrada de Ferro
Mauá durou até o fim do período imperial, em meados de 1888, já tendo perdido a sua importância.”
Todos os segmentos do texto 1 sublinhados acima são introduzidos pela preposição DE; o exemplo em
que essa preposição é uma exigência de um termo anterior é:

A) do café;

B) do mercado interno;

C) de ferro antigas;

D) da Estrada de Ferro Mauá;

E) do período imperial.

Texto 4

“Em oposição aos meus apaixonados sentimentos de justiça e deveres sociais, sempre experimentei a total
ausência de me aproximar dos homens e das sociedades humanas. Apraz-me sentir-me só. Nunca me
entreguei de corpo e alma a um círculo de amigos, ao Estado, nem à minha própria família. Pelo contrário,
sempre senti nesses laços o indefinível sentimento de ser um estranho em seu desejo de solidão.”

Albert Einstein

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7) O segmento (texto 4) abaixo em que a preposição “de” NÃO é exigida por nenhum termo anterior é:
Alternativas

A) “sentimentos de justiça”;

B) “aproximar dos homens”;

C) “me entreguei de corpo”;

D) “sentimento de ser um estranho”;

E) “desejo de solidão”.

8) Nessa frase o emprego da preposição de é decorrente de uma palavra a seguir, e não de uma palavra
anterior: o verbo gostar.

Assinale a frase a seguir em que ocorre a mesma coisa.

A) A leitura é um modo de viajar para aqueles que não podem tomar o trem.

B) Como faço uma escultura? Simplesmente retiro do bloco de mármore tudo o que não é necessário.

C) A cana de açúcar, de que vem a cachaça, produz uma doçura semelhante à da poesia.

D) Para mim, solo de guitarra é como o latim, uma língua morta.

E) Um quadro de museu é certamente o que mais besteiras ouve no mundo.

“se ambos devem atingir a mesma perfeição da qual são capazes.”

9) Nesse segmento, emprega-se a preposição de em função de um termo posterior: capazes.

O mesmo ocorre na seguinte frase:

A) “O esporte necessita de muita dedicação e esforço.”

B) “Os homens de fibra praticam esporte diariamente.”

C) “Gosto de que todos cheguem na hora marcada.”

D) “Essa é a prática esportiva de que todos necessitam.”

E) “A prática de todos os esportes favorece a boa saúde.”

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“Todas as coisas têm seu tempo, existe o momento certo para cada uma delas sob o céu.”

10) Assinale a frase em que houve troca indevida entre sob/sobre.

A) Quem é feliz não repara nas horas que passam sobre seus olhos.

B) O homem não tem porto, o tempo passa sobre a margem.

C) Os homens muito discutem sobre o tempo.

D) Sob o aspecto físico, o tempo não existe.

E) Sob o meu ponto de vista, o tempo que passa é o que não vivemos.

Texto 3

“Perseguido pelo branco, o negro no Brasil escondeu as suas crenças nos terreiros das macumbas e dos
candomblés. O folclore foi a válvula pela qual ele se comunicou com a civilização branca, impregnando-a de
maneira definitiva. As suas primitivas festas cíclicas – de religião e magia, de amor, de guerra, de caça e de
pesca... – entremostraram-se assim disfarçadas e irreconhecíveis. O negro aproveitou as instituições aqui
encontradas e por elas canalizou o seu inconsciente ancestral: nos autos europeus e ameríndios do ciclo
das janeiras, nas festas populares, na música e na dança, no carnaval...”

(Luís da Câmara Cascudo. Antologia do folclore brasileiro - Volume I. São Paulo, Martins, 1956)

11) Os termos sublinhados no texto 3 são conectores; o sentido INADEQUADO de um desses conectores
é:

A) pelo / agente de ação;

B) nos / lugar;

C) com / companhia;

D) e / adição;

E) por / meio.

12) “e eu amava o brilho de teus olhos quando, manhã ainda, vinhas cambaleando de sono em busca da
árvore que durante a noite brotara embrulhos e coisas”.
Assinale a opção em que a frase em que o emprego da preposição de apresenta o mesmo sentido da
sublinhada no segmento acima.

A) “...onde Papai Noel viria, com seu trenó e suas renas, abarrotado de brinquedos e presentes.”

B) “...e fomos juntos, de mãos dadas, escolher o acordeão."

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C) “...O acordeão veio logo, e hoje, quando o encontrar na árvore, já vai saber o preço, o prazo da garantia,
o fabricante.

D) “Não será o mágico brinquedo de outros Natais.”

E) “...é triste a gente não poder mais dar água a um velhinho cansado das chaminés e tetos do mundo.”

13) Há uma série de ligações lógicas entre várias passagens do texto 1; o valor semântico correto de uma
dessas ligações é:

A) “Disse que todo mundo ia rir de mim, por causa das meias vermelhas” / consequência;

B) “Mas ela disse que tinha um motivo muito forte para me colocar as meias vermelhas” / causa;

C) “Na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa” /
conformidade;

D) “Quando ela passar por mim, em qualquer lugar em que eu esteja, ela vai me encontrar e me
levará com ela." / companhia;

E) “Quando ela passar por mim, em qualquer lugar em que eu esteja, ela vai me encontrar e me levará com
ela." / lugar.

14) O segmento do texto em que o emprego da preposição EM indica valor semântico diferente dos
demais é:

A) “Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas”;

B) A maioria dos abusos, se praticados em outros meios”;

C) “... seriam crimes já especificados em lei”;

D) “...a comunicação virtual está em sua pré-história”;

E) “...ainda que em citação longa e sem aspas”.

15) No texto 1 há um conjunto de preposições que são exigidas pela presença de algum termo anterior; a
preposição abaixo destacada que resulta de uma exigência semântica e não regencial é:

A) “O Brasil precisa ampliar as discussões sobre a cultura”;

B) “...inibe a consolidação de mecanismos de mapeamento”;

C) “...garantir o acesso da população aos bens culturais”;

D) A resistência ao desmonte da cultura”;

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E) “...trabalhe pela extinção de uma série de políticas”.

16) “A violência é um fenômeno social presente no cotidiano de todas as sociedades sob várias formas”. A
frase abaixo em que houve troca indevida entre sob/sobre é:

A) O clima sob os tetos das celas era tenso;

B) Deus faz chover sob homens justos e injustos;

C) Sob o ponto de vista político, essa proposta é inviável;

D) O preso trazia, sob o casaco, drogas proibidas;

E) Cavando o solo, os presos traziam muita terra sob as unhas.

17) Analise o emprego de “para” nas seguintes frases do texto:

I. Para que serve ele, afinal?

II. Calma, não jogue o coração para escanteio.

III. ... bombear sangue para todas as células de nosso corpo...

IV. ... ele recebe o sangue das veias e lança para as artérias.

A preposição “para” tem o mesmo valor em

A) I, II, III e IV.

B) II, III e IV, apenas.

C) I, III e IV, apenas.

D) II e IV, apenas.

E) I e III, apenas.

“Diz a lenda que, na Bahia, em meados da década de 60 do século passado, havia um menino que, além
de muito levado, era também muito mentiroso, e que, certo, dia após aprontar muito na sala de aula, foi
colocado de castigo no porão da escola por sua professora.”

18) Entre os termos sublinhados, assinale aquele que tem o sentido corretamente indicado.

A) Na / tempo

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B) Em / lugar.

C) Além de / adição.

D) Após / modo.

E) Da / finalidade.

19) No texto 5 há várias ocorrências de preposições; a ocorrência em que a preposição tem seu valor
semântico indicado de forma INADEQUADA:

A) “ataque A faca” / meio ou instrumento;

B) “ataque a faca EM centro para deficientes” / lugar;

C) “centro PARA deficientes” / finalidade;

D) “ficaram feridas APÓS serem esfaqueadas” / tempo;

E) “pessoas COM deficiência” / companhia.

20) Assinale a opção em que a preposição a sublinhada é fruto da exigência de um nome e não de um
verbo.

A) “A lealdade a um partido reduz o maior dos homens ao nível mesquinho das massas”.

B) “O pessimismo, quando você se habitua a ele, pode ser tão agradável quanto o otimismo”

C) “Se sua única ferramenta é um martelo, você tende a ver todo problema como um prego”.

D) “Ninguém pode convencer o outro a mudar”.

E) “As pessoas não resistem a mudanças, resistem a ser mudadas”.

21) Assinale a frase em que houve troca indevida entre sob/sobre.

A) “Infância é vida sob uma ditadura”.

B) “Falar sobre música é como dançar sobre arquitetura”.

C) “O verso é uma vitória sobre os limites da linguagem”.

D) “A interpretação é a vingança do intelecto sob a arte”.

E) “Se tudo está sob controle é porque não se está indo suficientemente rápido”.

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22) O segmento de texto abaixo em que a preposição para tem seu valor semântico corretamente indicado
é:

A) “Para Topol, o futuro está nos smartphones” / opinião;

B) “Está para chegar ao mercado um apetrecho” / direção;

C) “os hospitais caminhem para uma rápida extinção” / tempo;

D) “Dando algum desconto para as previsões, "The Patient” / concessão;

E) “...é uma excelente leitura para os interessados nas transformações da medicina” / causa.

23) “que terão grande impacto sobre a medicina”; nessa frase está corretamente empregada a forma
“sobre”. Assinale a frase abaixo em que ocorreu confusão entre sob/sobre:

A) “Se tudo está sob controle é porque não se está indo suficientemente rápido” (Mário Andretti);

B) “A interpretação é a vingança do intelecto sobre a arte” (Susan Sontag);

C) “Filosofar: pôr tijolos sobre tijolos sem construir uma casa” (anônimo);

D) “Infância é vida sob uma ditadura” (Graham Greene);

E) “Nada de novo sobre o sol” (Horácio).

24) Assinale a opção que indica a frase em que a preposição de tem sua presença na frase por uma
exigência de um termo anterior.

A) “minha memória traz os tempos de estudo”

B) “meus anos de Ensino Médio foram, sim, muito significativos”.

C) “tenho plena consciência de que um ensino inovador pode surgir”.

D) “uma roda de conversa na escola”

E) “nos permite entrar em contato de forma sistemática”.

25) A frase a seguir em que o valor semântico da preposição de está corretamente indicado é:

A) O que a escultura é para um bloco de mármore, a educação é para o espírito. / origem

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B) Eu passei no meu curso de Ética. Eu colei, claro. / assunto

C) O trabalho de um educador é irrigar o deserto, não derrubar a floresta. / modo

D) Não há nada mais inútil do que fazer de forma eficiente o que nem deveria ser feito. / meio ou
instrumento

E) A coisa mais importante não é de onde se veio, mas aonde se vai. / direção

26) Assinale a opção que indica o segmento em que a preposição de tem seu valor semântico
corretamente indicado.

A) “participar da feira de educação" / meio ou instrumento.

B) “cansado de ouvir reclamações" / causa.

C) “códigos de programação" / modo.

D) “armazenamento de dados" / conclusão.

E) “trabalho de Matemática" / finalidade.

27) O segmento do texto 4 em que a preposição DE é empregada em razão da exigência de algum termo
anterior é:

A) “O cigarro é um dos produtos DE consumo mais vendidos no mundo”;

B) “Comanda legiões DE compradores leais”;

C) “os fabricantes orgulham-se DE ter lucros impressionantes”;

D) “a vida DOS fumantes americanos é reduzida”;

E) “cinco milhões DE anos”.

28) Assinale a opção que indica o segmento em que o emprego da preposição sublinhada ocorre em
função da presença de um termo anterior que a exige.

A) “Brasileiro adora elogio de estrangeiro".

B) “Se a revista Economist publica na capa o Cristo Redentor em forma de foguete".

C) “... com a manchete 'o Brasil decola', é chamada de 'a melhor revista do mundo'".

D) “instrumento do capital internacional".

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E) “Muito da dificuldade que encontramos em lidar com a crítica decorre de insegurança em relação a nossa
identidade nacional".

“A água da chuva armazenada em casa não pode ser usada para beber, tomar banho e cozinhar porque ela
contém uma alta concentração de poluentes atmosféricos, que podem causar mal à saúde. Essa água só é
indicada para consumo com tratamento químico, feito somente por especialistas, não bastando ferver ou
filtrar. Por isso, é melhor usá-la apenas na limpeza da casa".

29) Assinale a opção que apresenta o conectivo sublinhado nesse segmento que tem um
sinônimo incorretamente indicado

A) para = a fim de.

B) porque = visto que.

C) com = após.

D) por = com.

E) na = para a.

“Muitos países sofrem com os altos índices de criminalidade e violência e com as dificuldades das
instituições públicas para lidar com a situação”.

30) Sobre as três ocorrências da preposição COM no segmento acima, é correto afirmar que:

A) todas as ocorrências são exigências de um mesmo verbo;

B) a primeira ocorrência tem valor de “companhia”;

C) a segunda e a terceira ocorrências introduzem complementos nominais;

D) a última ocorrência está ligada a um verbo diferente das ocorrências anteriores;

E) todas as ocorrências estão ligadas a termos diferentes.

1-E/ 2-C/ 3-A/ 4-E/ 5-B/ 6-A/ 7-C/ 8-C/ 9-D/ 10-A/ 11-C/ 12-E/13-D/ 14-D/ 15-A/ 16-B/ 17-B/ 18-C/ 19-E /
20-A/21-D/ 22-A/ 23-E/ 24-C/ 25-B/ 26-B/ 27-C/ 28-E/ 29-D/ 30-D

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AULA 10
Semântica: sentido próprio e figurado; antônimos, sinônimos, parônimos e
hiperônimos. Polissemia e ambiguidade.

Homônimos

cela (cômodo pequeno) sela (de cavalos)


cheque (meio de pagamento) xeque (do xadrez)
esperto (perspicaz) experto (experiente)
ruço (pardo claro) russo (da Rússia)
tachar (censurar) taxar (fixar taxa)

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espiar (observar) expiar (reparar falta mediante cumprimento de pena)

passo (movimento feito com os pés para andar) paço( palácio ou sede de um governo
municipal)

cauda ( rabo dos animais) calda ( líquido grosso e doce, usado na culinária)

incerto (indefinido, duvidoso) inserto ( inserido, incluído, introduzido, colocado)

A forma correta de escrita da expressão é círculo vicioso. A expressão ciclo vicioso, embora muito
utilizada pelos falantes, está errada. Um círculo vicioso é um processo no qual a situação inicial
gera consequências que conduzem novamente ao estado inicial, não havendo alterações e
desenvolvimentos.

Conserto ou concerto: qual usar?


"Concerto" designa uma sessão musical e "conserto", um reparo.

Seção, Sessão ou Cessão

“Seção” é uma parte, “sessão” é a duração de algo, “cessão” é o mesmo que cedência, de ceder.

Nesta seção, vamos aprender algumas palavras homófonas. Esta sessão terá a duração de 45
minutos. A cessão do material utilizado nas aulas será feita por e-mail.

Parônimos

Os parônimos são as palavras que se assemelham na grafia e na pronúncia, entretanto, diferem no


sentido.

A seguir, alguns exemplos de palavras parônimas:

• Absolver (perdoar) e absorver (aspirar)


• Aprender (tomar conhecimento) e apreender (capturar)
Aferir (conferir de acordo com o estabelecido, avaliar, calcular) e Auferir( colher, obter, ter)
• Cavaleiro (que cavalga) e cavalheiro (homem gentil)
• Comprimento (extensão) e cumprimento (saudação)
• Delatar (denunciar) e Dilatar (alargar)
• Descrição (ato de descrever) e discrição (prudência)
• Despensa (local onde se guardam alimentos) e dispensa (ato de dispensar)
• Emigrar (deixar um país) e imigrar (entrar num país)
• Eminente (elevado) e iminente (prestes a ocorrer)
• Flagrante (evidente) e fragrante (perfumado)
• Imergir (afundar) e emergir (vir à tona)

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• Inflação (alta dos preços) e infração (violação)
• Infligir (aplicar pena) e infringir (violar)
• Mandado (ordem judicial) e mandato (procuração)
• Precedente (que vem antes) e procedente (proveniente de; que possui fundamento)
• Ratificar (confirmar) e retificar (corrigir)
• Tráfego (trânsito) e tráfico (comércio ilegal)
• Soar (produzir som) e suar (transpirar)
• Cesta(onde se guardam coisas, sinônimo de cesto) e Sesta (repouso depois do almoço)

Ao invés de x Em vez de

Você só utilizará AO INVÉS DE quando um for contrário ao outro.

Exemplo:

"Era alto ao invés de baixo" → Baixo é o contrário de alto


"Ia devagar ao invés de rápido" → Rápido é o contrário de devagar.

Quando você não identificar a relação de contrariedade, utilize EM VEZ DE.

Veja:

"Foi à festa em vez de ir ao cinema" → Cinema não é o contrário de festa, logo usamos "em vez de"
"Entrou no restaurante em vez de entrar no bar" → Bar não é o contrário de restaurante, por isso
usamos "em vez de".

Uso dos Porquês


Porquê - (substantivo)
Essa grafia deve ser utilizada com sentido de razão ou motivo.

Exemplo: Não sei o porquê da minha reprovação. (Não sei o motivo da minha reprovação).

Porque - (conjunção)
Essa grafia deve ser utilizada com sentido de pois, visto que ou já que.

Exemplo: Fiquei reprovado porque não estudei. (Fiquei reprovado visto que não estudei).

Por quê - (pronome interrogativo)


Essa grafia deve ser utilizada em perguntas e a palavra deve estar próxima do ponto de interrogação.

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Exemplo: Você não estudou por quê? (perceba que a palavra está próxima do ponto).

Por que - (preposição ou pronome interrogativo)


Essa grafia pode ter dois usos - o primeiro é quando assume papel de preposição e possui sentido de pelo
qual ou pela qual.

Exemplo: Já sei o motivo por que fui reprovado. (Já sei o motivo pelo qual fui reprovado).

Já o segundo uso é como pronome interrogativo, utilizado em perguntas e longe do ponto de interrogação.

Exemplo: Por que você não estudou ontem? (perceba que a palavra está longe do ponto).

Ao encontro de X De encontro a
"Ao encontro de: tem significado de “estar de acordo com”, “em direção a”, “favorável a”, “para junto de”.

Meu novo trabalho veio ao encontro do que desejava. (Meu novo trabalho está de acordo com o que
desejava.)

Vamos ao encontro de nossa turma. (Vamos para junto de nossa turma)

Essa lei vem ao encontro dos interesses da população. (Essa lei vem a favor, em direção aos interesses da
população)

Todos ficaram satisfeitos, pois a solicitação do gerente veio ao encontro do que os funcionários queriam.

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De encontro a: tem significado de “contra”, “em oposição a”, “para chocar-se com”.

Exemplos:

Esta questão está indo de encontro aos interesses da empresa. (Esta questão está indo contra os interesses
da empresa).

A decisão tomada foi de encontro às reivindicações do sindicato. (A decisão tomada foi oposta às
reivindicações do sindicato).

O jovem dirigiu bêbado e foi de encontro à árvore. (O jovem dirigiu bêbado e chocou-se com a árvore).

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Como podemos perceber, “ao encontro de” tem significado de concordância, de acordo, enquanto “de
encontro a” exprime significado de discordância, divergência.

Logo, quando for usar as expressões abordadas acima, observe antes se o que vai ser dito tem sentido
desarmônico ou harmônico."

POLISSEMIA
A Polissemia representa a multiplicidade de significados de uma palavra. Do grego polis, significa "muitos",
enquanto sema refere-se ao "significado".

Portanto, um termo polissêmico é aquele que pode apresentar significados distintos de acordo com o
contexto. Apesar disso, eles têm a mesma etimologia e se relacionam em termos de ideia.

Exemplos:

1. A letra da música do Chico Buarque é incrível.


2. A letra daquele aluno é inteligível
3. Meu nome começa com a letra D.

Logo, constatamos que a palavra "letra" é um termo polissêmico, visto que abarca significados distintos
dependendo de sua utilização.

Assim, na frase 1, a palavra é utilizada como "música, canção". Na 2 significa "caligrafia". Já na oração 3
indica a "letra do alfabeto". Apesar dos muitos significados, todos se relacionam com a ideia de escrita.

AMBIGUIDADE
Ambiguidade : mais de um sentido para um único enunciado. Trata-se de um vício que prejudica a
própria clareza do texto.

Comprei uma camisa para minha namorada clara. (clara é um atributo da camisa ou da namorada? Não é
possível identificar no trecho)

Artur visitou sua namorada e depois encontrou com seu irmão. (irmão de quem? Dá namorada ou de
Artur?)

O pai viu o filho estudando em seu quarto. (em qual quarto? No do pai ou no do filho?)

O governo resolveu o problema, promovendo o bem estar à população local.(quem promoveu o bem estar?
O governo ou o problema?)

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O Pleonasmo vicioso
O pleonasmo vicioso refere-se ao uso de termos redundantes de maneira não intencional, causando a
repetição desnecessária de uma ideia.

• “Sair para fora”


• “Entrar para dentro”
• “Descer para baixo”
• “Subir para cima”

A impropriedade léxica
Uma impropriedade lexical, ou erro de propriedade lexical, consiste em usar uma palavra que não é
adequada ao contexto.

- controlar a rotunda em vez de «contornar a rotunda»;

-retificar o acordo em lugar de «ratificar o acordo»;

- ter a haver com, quando se quer dizer «ter que ver com».

QUESTÕES
1) Assinale a opção que indica a frase que é redigida de forma adequada, evitando-se o pleonasmo
vicioso.

A) João encarou de frente a namorada.

B) O fato real é que isso acontece sempre.

C) Possivelmente poderá ocorrer um terremoto.

D) Grande multidão de pessoas invadiu o prédio.

E) Nem todos os dias praticamos boas ações.

2) A ambiguidade pode ser um problema textual, mas muitas vezes ela é intencionalmente produzida
para que a expressão se torne mais efetiva, pela junção de dois sentidos.

A frase publicitária abaixo que NÃO apela para uma ambiguidade é:

A) Nesta padaria todos metemos a mão na massa!

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B) Nossos doces são ótimos. Qualidade que se prova!

C) CBN: a rádio que toca a notícia!

D) Conosco, suas ações vão lhe trazer lucro!

E) Só fala e escreve bem quem pensa!

“O conceito de escrever bem varia conforme o tempo. Segundo Carlos Drummond de Andrade, escrever
bem é cortar palavras e, se observarmos certos contistas modernos, parece que Drummond tem razão: de
fato, palavras em excesso são um pecado mortal”. (Redação em Construção, p. 20)

3) O segmento abaixo que mostra o pecado de escrever com um pleonasmo vicioso é:

A) A minha própria opinião pessoal é bastante discutível;

B) O piloto informou que o voo para São Paulo seria transferido para o dia seguinte;

C) Os automóveis antigos ficam depositados em um museu;

D) As questões eram compostas por cinco opções de respostas;

E) Quem dá o que tem, a pedir vem.

4) A frase em que a redundância está ausente é:

A) “Ninguém jamais se afogou em seu próprio suor”. (Ann Landers);

B) “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer
um novo fim”. (Chico Xavier);

C) “Espero que sua vida seja tão inteira como duas metades”. (anônimo);

D) “Todos os funcionários receberam um prêmio adicional extra por seu desempenho”. (Cartaz em
lanchonete);

E) “Os cemitérios estão cheios de gente insubstituível”. (Charles De Gaulle).

5) A frase “Pedro e Isabel iludiram-se” cria dúvidas de compreensão: Pedro e Isabel enganaram-se
reciprocamente ou reflexivamente?

O modo de reescrever-se essa frase que mantém sua ambiguidade é

A) “Pedro e Isabel iludiram-se a si mesmos.”

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B) “Pedro e Isabel iludiram-se entre si.”

C) “Pedro e Isabel podiam iludir-se um ao outro.”

D) “Pedro e Isabel decidiram iludir-se.”

E) “Pedro e Isabel mutuamente se iludiram.”

6) A redundância significa “um excesso de palavras, de expressões, prolixidade", segundo Houaiss; a frase
do texto 2 que mostra, em si mesma, um excesso de palavras, é:

A) “Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro";

B) “E uma banana pelo potássio";

C) “E também uma laranja pela vitamina C";

D) “Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes";

E) “Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos".

7) Nas frases a seguir ocorre um caso de emprego desnecessário de um vocábulo por seu significado já ter
sido incluído em outro vocábulo, à exceção de uma. Assinale-a.

A) A Universidade requereu um empréstimo temporário ao Banco do Brasil.

B) O gabinete do diretor continua a permanecer aberto a todos os funcionários da empresa.

C) Cada empregado, individualmente, terá direito a dois ingressos para o jogo de reabertura do Maracanã.

D) Os funcionários dividirão seus salários em duas metades iguais.

E) Os boatos sobre o Congresso são muitos, mas as denúncias comprovadas são poucas.

8) Todas as frases abaixo foram retiradas de um relatório de seguranças de um shopping; a única opção
em que NÃO ocorre nenhuma impropriedade léxica, ou seja, mau emprego de vocábulos, é:

A) O segurança de plantão cometeu um ato de heroísmo ao salvar os meninos de atropelamento;

B) O entregador escorregou graças à gordura derramada na porta de entrada;

C) Os seguranças foram hospitalizados e um deles goza de muito má saúde;

D) Os motoristas não tinham alternativa: ou saíam rapidamente ou pagariam multas;

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E) A vítima do atropelamento era observada com discrição pelos clientes que passavam.

9) A frase abaixo que respeita integralmente a norma culta é:

A) Se nós nos mantermos quietos, o perigo passa;

B) Quando eu te ver de novo, dar-te-ei o prêmio;

C) Estar aqui, para mim, é um prazer;

D) Os policiais interviram na briga;

E) Os assaltantes desapercebidos pelos policiais escaparam.

10) A frase abaixo que está integralmente adequada à norma culta da língua portuguesa é:

A) Os turistas na cidade preferiam mais as praias do que as atrações históricas;

B) Quando os policiais interviram na discussão, tudo se acalmou;

C) Os passageiros reaveram os objetos perdidos após uma hora de espera;

D) Sem que ninguém esperasse, haviam cerca de 250 espectadores sem convite;

E) Ao invés de irem embora, os candidatos permaneceram no local das provas.

“O novo livro da série que já vendeu 1,5 milhão de exemplares no Brasil.

11) O primeiro período desse texto traz um problema de construção, que é:

A) a falta de paralelismo;

B) a ambiguidade;

C) um desrespeito à norma culta;

D) um erro de pontuação;

E) uma seleção vocabular inadequada.

12) A frase abaixo em que a grafia da palavra sublinhada está correta é:

A) Não vejo porque os homens que creem em elétrons devam considerar-se menos crédulos do que os
homens que creem em anjos.

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B) As universidades são lugares aonde os cascalhos são polidos e os brilhantes embaciados;

C) A educação deve ter algo haver com a tolice dominante nas crianças;

D) Nem todos os professores estão afim de fazer seus alunos progredir;

E) Ao invés de falar, o inteligente caça.

13) Assinale a opção em que a expressão sublinhada está adequadamente empregada.

A) Graças à inflação, os preços dispararam.

B) Cerca de 37,4% dos preços subiram.

C) Todos estamos afim de enriquecer.

D) O capitalista foi de encontro a um grande negócio.

E) Ao invés de ganhar, todos tiveram prejuízo.

14) Todas as frases abaixo sofreram a mesma alteração; a opção em que a mudança da frase traz
um erro de conjugação verbal é:

A) Queremos as informações corretas / Se vocês quiserem, eu também quererei;

B) Trago o automóvel hoje / Se você trouxer, eu também trarei;

C) Vejo a corrida daqui / Se você vir, eu também verei;

D) Faço minhas obrigações sempre / Se você fizer, eu também fazerei;

E) Não sei onde ele mora / Se você não souber, eu também não saberei.

15) Um grande empresário moderno declarou: “O mundo está progredindo e os recursos tornam-se mais
abundantes. Prefiro entrar em uma mercearia hoje a ir ao banquete de um rei à cem anos”.
A modificação necessária para que esse texto fique correto é:

A) “está progredindo” deve ser substituído por “progrediu”;

B) “tornam-se” deve ser substituído por “ficaram”;

C) “a ir” deve ser substituído por “do que ir”;

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D) “de um rei” deve ser substituído por “real”;

E) “à cem anos” deve ser substituído por “há cem anos”.

16) “Todas as coisas têm seu tempo, existe o momento certo para cada uma delas sob o céu.”

Assinale a frase em que houve troca indevida entre sob/sobre.

A) Quem é feliz não repara nas horas que passam sobre seus olhos.

B) O homem não tem porto, o tempo passa sobre a margem.

C) Os homens muito discutem sobre o tempo.

D) Sob o aspecto físico, o tempo não existe.

E) Sob o meu ponto de vista, o tempo que passa é o que não vivemos.

17) “Mas valores como este não são bem desenvolvidos nas escolas do Brasil, indica um relatório divulgado
ontem com dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA)”.

O problema que pode ser destacado na escritura desse segmento do texto 4 é:

A) a sigla PISA deveria ter sido escrita antes do programa que a explica;

B) após a conjunção “mas” deveria haver uma vírgula;

C) a locução “do Brasil” deveria ser substituída por “brasileiras”;

D) o demonstrativo “este” deveria ser substituído por “esses”;

E) o segmento deveria começar, por coerência, pelo nome do programa.

18) Um adesivo plástico colado à janela de um automóvel mostrava a seguinte frase: “A salvação é um
presente gratuito que Deus dá aos homens”.
A impropriedade dessa frase está em:

A) errar na acentuação da palavra “gratuito”;

B) escrever a expressão “aos homens” em lugar de “ao Homem”;

C) mostrar uma redundância dispensável em “presente gratuito”;

D) utilizar a oração “que Deus dá aos homens” em lugar de “dado por Deus aos homens”;

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E) indicar a salvação como um presente em lugar de uma conquista.

19) “Que porcaria de operadora! Se fosse na cadeia aposto que tava funcionando!"

Essa fala do preso mostra o emprego coloquial da língua portuguesa; em variante de norma culta, essa
mesma frase seria:

A) Que operadora porca! Se fosse na cadeia aposto que estava funcionando;

B) Que operadora ruim! Se fosse na cadeia, aposto que estaria funcionando;

C) Que porcaria de operadora! Se estivesse na cadeia, garanto que estava funcionando;

D) Que operadora horrorosa! Se estivesse na cadeia, aposto que estaria funcionando;

E) Que operadora deficiente! Se fosse na cadeia, garanto que estava funcionando muito bem.

20) Assinale a opção que traz construção típica da oralidade e é considerada incomum na norma padrão da
Língua Portuguesa.

A) “Incomoda não, meu filho.”

B) “Não posso tomar, me dá dispepsia, me põe nervosa.”

C) “Posso fazer um pedido?”

D) “Mas não aconselho: se faz mal, não deve mesmo tocar neste chá.”

E) “Isso é maconha, mamãe!”

1-E/2-E/ 3-A/ 4-E/ 5-D/ 6-C/ 7-E/ 8-E/ 9-C/ 10-E/ 11-B/ 12-E/ 13-E/ 14-D/ 15-E/ 16-A/ 17-D/ 18-C/ 19-B/ 20-
A

SEGUNDA BATERIA DE QUESTÕES


1) Parônimos são palavras semelhantes, mas de sentido diferente; a frase abaixo em que a forma
sublinhada mostra uma forma de um parônimo/homônimo mal-empregada é

A) O aumento era tão pequeno que passou despercebido.

B) Ela trabalhava na seção de perfumes da loja.

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C) Falou acerca da situação política.

D) Não estou feliz aqui; vou imigrar.

E) Pensou em auferir grandes lucros.

2) A frase em que a grafia da palavra sublinhada está correta é:

A) O motivo porque as pessoas culpam os outros é que é mais fácil do que assumir seus próprios erros;

B) Eu sei que o amor é indispensável, mas não sei por quê;

C) Porque o país não conseguiu superar as dificuldades da pandemia?

D) Os jornais não informam mais porquê nem tudo é sabido;

E) Devemos trocar os pneus por que estão gastos.

3) No texto 2, está presente a palavra acidente, que tem incidente como parônimo; a frase abaixo em que
foi empregada a forma correta do vocábulo é:

A) auferir/aferir – O taxímetro estava marcando o preço certo, pois tinha sido aferido pouco antes;

B) acostumar/costumar – Os meninos de rua acostumavam jogar futebol depois do almoço;

C) aprender/apreender – O motorista causador do acidente teve sua carteira aprendida;

D) calda/cauda – As crianças comeram pêssego em cauda na sobremesa;

E) comprimento/cumprimento – Todo o time recebeu comprimentos pela conquista do título.

4) Todas as frases abaixo foram retiradas de um relatório de seguranças de um shopping; a única opção
em que NÃO ocorre nenhuma impropriedade léxica, ou seja, mau emprego de vocábulos, é:

A) O segurança de plantão cometeu um ato de heroísmo ao salvar os meninos de atropelamento;

B) O entregador escorregou graças à gordura derramada na porta de entrada;

C) Os seguranças foram hospitalizados e um deles goza de muito má saúde;

D) Os motoristas não tinham alternativa: ou saíam rapidamente ou pagariam multas;

E) A vítima do atropelamento era observada com discrição pelos clientes que passavam.

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5) No texto 2 há a ocorrência de três vocábulos que poderiam ser confundidos com seus
parônimos: tráfico/tráfego, cumprido/comprido, mandado/mandato.
A frase abaixo em que o vocábulo destacado está bem empregado é:

A) absolver / absorver – O juiz decidiu absorver todo o grupo já que todas as provas eram circunstanciais;

B) aprender / apreender – O grupo de policiais aprendeu uma grande quantidade de drogas no galpão da
empresa;

C) delatar / dilatar – O delegado resolveu delatar o prazo da investigação a fim de ajudar o trabalho dos
agentes;

D) despensa / dispensa – A administração do presídio guardava numa espécie de dispensa todas as frutas;

E) fluir / fruir – Após o conserto a água fluía da torneira com toda a facilidade.

6) A frase abaixo em que a grafia da palavra sublinhada está correta é:

A) Não vejo porque os homens que creem em elétrons devam considerar-se menos crédulos do que os
homens que creem em anjos.

B) As universidades são lugares aonde os cascalhos são polidos e os brilhantes embaciados;

C) A educação deve ter algo haver com a tolice dominante nas crianças;

D) Nem todos os professores estão afim de fazer seus alunos progredir;

E) Ao invés de falar, o inteligente caça.

7) Assinale a opção em que a expressão sublinhada está adequadamente empregada.

A) Graças à inflação, os preços dispararam.

B) Cerca de 37,4% dos preços subiram.

C) Todos estamos afim de enriquecer.

D) O capitalista foi de encontro a um grande negócio.

E) Ao invés de ganhar, todos tiveram prejuízo.

8) Leia o cartaz a seguir, colado em um poste da praia de Copacabana.

Se você joga lixo na praia para garantir o emprego do gari, então porque não morre para garantir o
emprego do coveiro?

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Assinale a opção que mostra um erro do texto do cartaz.

A) A grafia de “porque”.

B) A falta de acento em “emprego”.

C) O emprego da vírgula entre as frases.

D) O uso de “garantir” em lugar de “garantia”.

E) A repetição indevida da palavra “garantir”.

9) Em todas as frases abaixo ocorre uma troca indevida do vocábulo sublinhado por seu parônimo; a única
das frases cuja forma de vocábulo sublinhado está correta é:

A) O motorista infligiu como leis do trânsito;

B) O prisioneiro dilatou os comparsas do assalto;

C) Não há nada que desabone sua conduta imoral;

D) A cobrança é bimestral, ou seja, duas vezes por mês;

E) Os cumprimentos devem ser dados na entrada da festa.

10) Assinale a opção que mostra a frase cuja lacuna deve ser preenchida com a primeira das formas entre
parênteses.

A) “__________ é um homem que jamais bate numa mulher sem primeiro tirar o chapéu”. (cavaleiro /
cavalheiro)

B) “A indústria do __________ se beneficia do sexo, ou você acha que as pessoas andariam com os jeans
apertados desse jeito se não fosse pela conotação sexual?”. (vestiário/vestuário)

C) “A diminuição __________ do nível da água dos reservatórios trazia preocupação aos governadores de
Estado”. (eminente/iminente)

D) “As mudanças no Código Penal incluem possibilidades de __________ penas mais duras aos criminosos”.
(infligir/infringir)

E) “As novas medidas presidenciais vieram __________ o acerto das votações no Congresso Nacional”.
(retificar / ratificar)

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11) Há uma série de palavras em língua portuguesa que modificam o seu sentido em função de uma troca
vocálica; esse fato só NÃO ocorre em:

A) deferir / diferir;

B) infarte / infarto;

C) emergir / imergir;

D) descrição / discrição;

E) eminente / iminente.

12) A frase em que está correto o emprego de um dos parônimos mandado/mandato é:

A) O mandado de senador dura 8 anos;

B) Impetrou mandato de segurança com pedido de liminar;

C) Não tinha mandado de busca para entrar na casa;

D) Todos desejavam que seu mandado de diretor acabasse;

E) O mandato de apreensão não havia sido expedido.

13) “É uma avaliação cruel, que prioriza a inteligência da decoreba ao invés da inteligência criativa”.

Nesse segmento do texto 1, há a correta utilização da expressão “ao invés de”, que é muitas vezes
confundida com “em vez de”.

A frase abaixo em que se deveria empregar “em vez de” em lugar de “ao invés de” é:

A) O pai decidiu matricular o filho numa escola pública ao invés de uma privada;

B) Não é de hoje que as escolas brasileiras preferem o retrocesso ao invés do progresso;

C) Muitos professores dão destaque à teoria ao invés de priorizar a prática;

D) Os livros didáticos utilizam imagens ao invés de textos

E) As escolas utilizam processos de avaliação rápidos ao invés de processos mais lentos e mais eficientes.

14) Assinale a frase em que a forma sublinhada está corretamente grafada.

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A) “Sabe-se lá por quê, quando faço a barba no banho, se tento cantarolar um motivo breve e atual, me
corto.”

B) “Marido e mulher amavam os hóspedes, porquê sem eles acabavam brigando.”

C) “Por que amou muito, Madalena teve seus pecados perdoados.”

D) “Eis os crimes porque os homens devem ser punidos por Deus.”

E) “Às vezes somos castigados sem saber porquê.”

15) Assinale a frase a seguir em que houve erro na expressão sublinhada.

A) Aos 40 anos, o homem já não sabe mais que trabalhar. Trabalhar é caminhar de encontro a nós
mesmos.

B) Havia cerca de 200 candidatos à vaga de porteiro.

C) Somos felizes graças à esperança de ganhar na loteria.

D) Comemos saladas em vez de carne.

E) Fiquei a baixo dela na ordem de chegada.

16) Em quatro das frases abaixo há polissemias intencionais, relacionadas à empresa responsável por
elas; assinale a única frase isenta de polissemia.

A) (Jornal) Notícia e cafezinho devem ser quentes.

B) (Restaurante) Aqui levamos a massa em consideração.

C) (Empresa de ônibus) A vida é passageira.

D) (Delegacia) Estamos presos ao dever.

E) (Banco) Nossa fé nunca nos abandona.

17) A frase abaixo em que a palavra restaurante é empregada em sentido figurado, é:

A) Restaurante sofisticado: aquele que serve sopa fria de propósito;

B) Com a qualidade da comida feita por minha mulher, vivo em um eterno restaurante;

C) Quanto mais difícil é ler um cardápio, mais altos são os preços de um restaurante;

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D) O restaurante é uma espécie de fantasia viva, em que os comensais são os mais importantes membros
de um elenco;

E) Quando for a um restaurante, cuidado ao escolher a mesa. Às vezes é melhor que seja longe do
banheiro.

18) “Os homens prudentes, pelos casos passados e pelos presentes, julgam os que estão por vir.”
Essa frase pode apresentar ambiguidade, já que o segmento “os que estão por vir” pode referir-se a
“homens” ou a “casos”.
A frase abaixo em que há uma ambiguidade possível é:
A) Para quem é pouca coisa, basta-lhe pouca coisa;
B) Convicções são mais perigosas para a verdade do que as mentiras;
C) A ironia é uma tristeza que não pode chorar e rir;
D) O covarde e o corajoso mostram o seu medo;
E) Eu achei que estava errado uma vez, e estava mesmo errado.

19) As frases a seguir apresentam redundâncias desnecessárias.


Assinale a opção que indica a frase que é redigida de forma adequada, evitando-se esse problema.
A) João encarou de frente a namorada.
B) O fato real é que isso acontece sempre.
C) Possivelmente poderá ocorrer um terremoto.
D) Grande multidão de pessoas invadiu o prédio.
E) Nem todos os dias praticamos boas ações.

20) “A doença deve ser combatida desde o nascimento.” Assinale a opção que indica o problema de
construção dessa frase.
A) A ambiguidade.
B) A falta de paralelismo.
C) A troca de parônimos.
D) O erro de concordância.
E) A inadequação vocabular.

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1-D/ 2-B/3-A/ 4-E/ 5-E/ 6-E/ 7-E/ 8-A/ 9-E/ 10-D/ 11-B/ 12-C/ 13-D/ 14-E/ 15-E/ 16-E/ 17-B/18-E / 19-E/ 20-
A

AULA 11
Ortografia e acentuação gráfica
Acentuação Gráfica

Regras Gerais
Baseiam-se na constatação de que, em nossa língua, as palavras mais numerosas são as
paroxítonas, seguidas pelas oxítonas.
A maioria das paroxítonas termina em -a, -e, -o, -em, podendo ou não ser seguidas de "s". Essas
paroxítonas, por serem maioria, não são acentuadas graficamente. Já as proparoxítonas, por
serem pouco numerosas, são sempre acentuadas.

Proparoxítonas
Sílaba tônica: antepenúltima
As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente.
trágico, patético, árvore, gramática

Paroxítonas
Sílaba tônica: penúltima
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:
l - ( fácil, difícil, útil )
n-( pólen, hífen )
r-( cadáver, revólver, caráter)
ps – ( bíceps, fórceps)
x - (tórax, latex)
us- (vírus, Vênus)
i, is- (júri, táxi, lápis)
om, ons - (iândom, íons)
um, uns- (álbum, álbuns)
ã(s), ão(s)- ( órfã, órfãs, órfão, órgãos)
ditongo oral (seguido ou não de s) (jóquei, túneis, inúteis)
Observações:
1) As paroxítonas terminadas em "n" são acentuadas (hífen), mas as que terminam em "ens", não
(hifens, jovens).

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2) Não são acentuados os prefixos terminados em "i "e "r" (semi, super).
3) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes: ea(s), oa(s), eo(s), ua(s), ia(s),
ue(s), ie(s), uo(s), io(s).
( várzea, mágoa, óleo, régua, férias, tênue, cárie, ingênuo, início)

Também palavras terminadas em -ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo são escritas com acento gráfico. Estas
palavras tanto podem ser consideradas proparoxítonas como paroxítonas, conforme o entendimento que
se faça do encontro vocálico (hiato ou ditongo):

história; gênio; sério; vitória; cárie; dúzia; espécie; miséria; rádio; silêncio.

O atual acordo ortográfico considera-as proparoxítonas:

• história (his-tó-ri-a);
• série (sé-ri-e);
• gênio (gê-ni-o);
• glória (gló-ri-a);
• início (i-ní-ci-o);
• exíguo (e-xí-gu-o);
• lírio (lí-ri-o);
• mágoa (má-go-a);
• tênue (tê-nu-e);
• rádio (rá-di-o);
• cárie (cá-ri-e);
• miséria (mi-sé-ri-a).

Oxítonas
Sílaba tônica: última
Acentuam-se as oxítonas terminadas em:
a(s)- (sofá, sofás)
e(s)- (jacaré, vocês)
o(s)- (paletó, avós)
em, ens- (ninguém, armazéns)

Os monossílabos, conforme a intensidade com que se proferem, podem ser tônicos ou átonos.

Monossílabos Tônicos
Possuem autonomia fonética, sendo proferidos fortemente na frase onde aparecem. Acentuam-
se os monossílabos tônicos terminados em:

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a(s): lá, cá
e(s): pé, mês
o(s): só, pó, nós, pôs

Monossílabos Átonos
Não possuem autonomia fonética, sendo proferidos fracamente, como se fossem sílabas átonas
do vocábulo a que se apoiam.

o(s), a(s), um, uns, me, te, se, lhe nos, de, em, e, que etc.

Saiba que:
Muitos verbos, ao se combinarem com pronomes oblíquos, produzem formas oxítonas ou
monossilábicas que devem ser acentuadas por acabarem assumindo alguma das terminações
contidas nas regras.

beijar + a = beijá-la fez + o = fê-lo


dar + as = dá-las fazer + o = fazê-lo

Regras Especiais
Além das regras fundamentais, há um conjunto de regras destinadas a pôr em evidência alguns detalhes
sonoros das palavras.

Ditongos Abertos

Os ditongos éi, éu e ói, sempre que tiverem pronúncia aberta em palavras oxítonas (éi e não êi),
são acentuados.

éi (s): anéis, fiéis, papéis

éu (s): troféu, céus

ói (s): herói, constrói, caubóis

Obs.: os ditongos abertos ocorridos em palavras paroxítonas NÃO são acentuados.

(assembleia, boia, colmeia, Coreia, estreia, heroico, ideia, jiboia, joia, paranoia, plateia etc.)

Atenção: a palavra destróier é acentuada por ser uma paroxítona terminada em "r" (e não por
possuir ditongo aberto "ói").

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Hiatos

Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos
na sílaba ou acompanhados apenas de "s", desde que não sejam se-guidos por "-nh".

(sa - í – da/ e - go - ís –mo/ sa - ú – de)

Não se acentuam, portanto, hiatos como os das palavras:

(ju – iz/ ra – iz/ ru – im/ ca – ir)

Razão: -i ou -u não estão sozinhos nem acompanhados de -s na sílaba.

Observação: cabe esclarecer que existem hiatos acentuados não por serem hiatos, mas por outras
razões. Veja os exemplos abaixo:

po-é-ti-co: proparoxítona

bo-ê-mio: paroxítona terminada em ditongo crescente.

ja-ó: oxítona terminada em "o"

As palavras “feiura”, “feiume”, “baiuca” tinham acento antes da Reforma (: “feiúra”, “feiúme”, “baiúca.
Agora não têm mais.

Verbos Ter e Vir

Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir,
bem como nos seus compostos (deter, conter, reter, advir, convir, intervir etc.).

Ele tem Eles têm

Ela vem Elas vêm

Ele retém Eles retêm

Ele intervém Eles intervêm

Obs.: nos verbos compostos de ter e vir, o acento ocorre obrigatoriamente, mesmo no singular.
Distingue-se o plural do singular mudando o acento de agudo para circunflexo:

ele detém - eles detêm

ele advém - eles advêm.

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Acento Diferencial

Na língua escrita, existem dois casos em que os acentos são utilizados para diferenciar palavras
homógrafas (de mesma grafia).

a) pôde / pode
Pôde é a forma do pretérito perfeito do indicativo do verbo poder. Pode é a forma do presente do
indicativo. Exemplos:
O ladrão pôde fugir.
O ladrão pode fugir.

b) pôr / por
Pôr é verbo e por é preposição. Exemplos:
Você deve pôr o livro aqui.
Não vá por aí!

QUESTÕES
1) Assinale a opção que apresenta a frase em que a forma verbal sublinhada está corretamente
acentuada.

A) “Nas grandes coisas, os homens se mostram como lhes convém se mostrar; nas pequenas mostram-se
como são”.

B) “Dêem-nos as coisas supérfluas da vida e dispensaremos o necessário”.

C) “O envelhecimento ocorre apenas dos 25 aos 30 anos. O que se obtêm até esse momento é o que se
conservará para sempre”.

D) “Quase todos os jovens mantém a própria opinião em situações polêmicas”.

E) “O velho detêm a sabedoria de gerações”.

2) Duas palavras do texto que obedecem à mesma regra de acentuação gráfica são:

A) indébita / também;

B) história / veículo;

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C) crônicas / atribuídos;

D) coíba / já;

E) calúnia / plágio.

3) Assinale a opção que apresenta as duas palavras que estão acentuadas corretamente

A) Família / economía

B) Máquina / vôo

C) Aliás / vêem

D) Caráter / cooperatíva

E) Saída / termômetro

4) Os vocábulos cuja acentuação gráfica pode ser justificada simultaneamente por duas regras são:

A) herói/papéis;

B) econômico/histórico;

C) pátria/tênue;

D) gás/três;

E) têm/vêm.

5) Com relação aos ditongos ÉI/ÓI, o Novo Acordo Ortográfico retirou o acento gráfico do seguinte par de
palavras:

A) destróier/caracóis;

B) jibóia/odisséia;

C) méier/alcalóide;

D) constrói/colméia;

E) pastéis/ovóide.

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6) As duas palavras do texto 1 que são acentuadas graficamente em função da mesma regra são:

A) científicas / reúne;

B) saúde / hábito;

C) saudável / índice;

D) cardíacos / será;

E) família / cardápios.

7) A palavra “sucuri” não leva acento em sua sílaba tônica.

Assinale a opção que apresenta outra palavra que não recebe acento pela mesma regra.

A) Lua

B) Marejado

C) Caju

D) Ideia

E) Rochedo

8) A palavra década tem acento gráfico pela mesma razão que o vocábulo

A) após.

B) trágica.

C) além.

D) ninguém.

E) matá-lo.

9) As palavras do texto acentuadas pela mesma regra de acentuação gráfica são

A) período / células.

B) frequências / destruídas.

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C) responsável / média.

D) frágeis / música.

E) ondulatório / daí.

10) As duas palavras do texto 2 que recebem acento gráfico por razões diferentes são:

A) homicídio/média;

B) país/juízes;

C) histórico/pública;

D) secretários/relatório;

E) está/é.

11) As duas palavras do texto que são acentuadas pela mesma regra de acentuação gráfica são:

A) horário / viável;

B) trânsito / é;

C) público / rápido;

D) vêm / propícia;

E) há / veículos.

12) A palavra abaixo cuja acentuação gráfica está corretamente justificada é:

A) concluíram – hiato em que a segunda vogal é I, sozinha na sílaba;

B) irá – monossílabo tônico terminado em A;

C) métodos – palavra paroxítona terminada em S;

D) dá – acento diferencial da combinação de preposição mais artigo (da);

E) gás – oxítona terminada em A, seguido ou não de S.

13) Assinale a opção que apresenta três exemplos adequados da mudança proposta no Novo Acordo
Ortográfico.

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A) Ideia – plateia – paranoico.

B) Colmeia – herói – apoia.

C) Boleia – ateia – languidez.

D) Fiéis – anzóis – ureia.

E) Faróis – joia – jiboia.

14) A correção na acentuação gráfica faz parte do cuidado com a norma culta na redação de um texto; a
opção que apresenta um vocábulo do texto 3 que é acentuado graficamente por razão distinta das
demais é:

A) famílias;

B) país;

C) rodízio;

D) água;

E) desperdício.

15) Indique a alternativa cujos vocábulos tiveram sua acentuação gráfica alterada em função do último
acordo ortográfico.

A) têm - vêm

B) heroico - saúde

C) colmeia - herói

D) veem - leem

E) para(v.) - pôr(v.)

16) “Trânsito” é uma palavra que muda de sentido conforme a sílaba tônica, pois “transito” pertence ao
verbo “transitar”. A palavra do texto que está nesse mesmo caso é:

A) tragédia

B) véspera

C) público

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D) enérgico

E) caótico

17) Assinale a alternativa em que o vocábulo indicado só pode ser grafado com acento gráfico.

A) Silêncio

B) Econômico

C) País

D) Têm

E) É

18) As alternativas a seguir apresentam palavras do texto acentuadas pela mesma regra de acentuação, à
exceção de uma. Assinale-a..

A) será / está.

B) ônibus / últimos.

C) três / há.

D) política / econômica.

E) médio / saúde.

19) Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que distribuídos (L.8).
A) sócio
B) sofrê-lo
C) lúcidos
D) constituí
E) órfãos

20) Assinale a palavra que foi acentuada seguindo a mesma regra que três (L.23).

A) prevê (L.32)

B) Até (L.40)

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C) além (L.34)

D) é (L.16)

E) país (L.17)

1-A/ 2-E/ 3-E/ 4-C/ 5-B/ 6-E/ 7-C/ 8-B/ 9-A/ 10-E/ 11-C/ 12-A/ 13-A/ 14-A/ 15-D/ 16-C/ 17-B/ 18-E/ 19-D/ 20-
D

AULA 12
A CRASE
Basicamente a crase se refere à fusão da preposição a com o artigo feminino a:

Vou à escola. Eles têm acesso às universidades.

O verbo ir e a palavra acesso regem a preposição a, que se fundem com o artigo exigido pelo substantivo
feminino

Vou à (a+a) escola. Eles têm acesso às (a + as) universidades.

A ocorrência de crase é marcada com o acento grave.

No caso de ir a algum lugar e voltar de algum lugar:

Usa-se crase quando:

"Vou à Bolívia. Volto da Bolívia".

Não se usa crase quando:

"Vou a São Paulo. Volto de São Paulo".

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O verbo ou a palavra têm que reger a preposição a, que se funde com o artigo exigido pelo substantivo
feminino ( ou seja- não se usa crase antes de verbo, antes de palavras masculinas, antes de pronomes
indefinidos- pois a próxima palavra deve ser um substantivo feminino).

Então, não se coloca acento grave antes de palavras que não admitam o artigo feminino a, como verbos, a
maior parte dos pronomes (esta, alguma, qualquer, cada, ela), e as palavras masculinas.

Evidentemente, se o termo regido não admitir a anteposição do artigo feminino "a" (s), não haverá crase.
Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre:

- Diante de substantivos masculinos:

Andamos a cavalo.
Fomos a pé.
Passou a camisa a ferro.
Fazer o exercício a lápis.
Compramos os móveis a prazo.
Assisitimos a espetáculos magníficos.

- Diante de verbos no infinitivo:

A criança começou a falar.


Ela não tem nada a dizer.
Estavam a correr pelo parque.
Estou disposto a ajudar.
Continuamos a observar as plantas.
Voltamos a contemplar o céu.

- Diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das formas
senhora, senhorita e dona:

Diga a ela que não estarei em casa amanhã.


Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.
Mostrarei a vocês nossas propostas de trabalho.
Quero informar a algumas pessoas o que está acontecendo.
Isso não interessa a nenhum de nós.
Aonde você pretende ir a esta hora?
Agradeci a ele, a quem tudo devo.

- Diante de numerais cardinais:

Chegou a duzentos o número de feridos.


Daqui a uma semana começa o campeonato.

Casos em que a crase SEMPRE ocorre:

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- Diante de substantivos femininos:

Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.


Sempre vamos à praia no verão.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Sou grata à população.
Fumar é prejudicial à saúde.
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.

- Diante da palavra "moda", com o sentido de "à moda de" (mesmo que a expressão moda de
fique subentendida):

O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.


Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.

- Na indicação de horas:

Acordei às sete horas da manhã.


Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.
Ele saiu às duas horas.

Obs.: com a preposição "até", a crase será facultativa.

Dormiram até as/às 14 horas.

- Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas.

à tarde às ocultas às pressas à medida que


à noite às claras às escondidas à força
à vontade à beça à larga à escuta
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
à esquerda às turras às vezes à chave
à direita à procura à deriva à toa
à luz à sombra de à frente de à proporção que
à semelhança de às ordens à beira de

Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo

Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição "a". Por exemplo:

Refiro-me àquele atentado.

O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige
preposição, portanto, ocorre a crase.

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Observe este outro exemplo:

Aluguei aquela casa.

O verbo "alugar" é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse
caso. Veja outros exemplos:

Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.


Quero agradecer àqueles que me socorreram.
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
Não obedecerei àquele sujeito.
Assisti àquele filme três vezes.
Espero aquele rapaz.
Fiz aquilo que você disse.
Comprei aquela caneta.

Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais

A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege
esses pronomes exigir a preposição "a", haverá crase. É possível detectar a ocorrência da crase nesses
casos, utilizando a substituição do termo regido feminino por um termo regido masculino. Por exemplo:

A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade.


O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade.
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase.

Veja outros exemplos:

São normas às quais todos os alunos devem obedecer.


Esta foi a conclusão à qual ele chegou.
Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam responder nenhuma das questões.
A sessão à qual assisti estava vazia.

Crase com o Pronome Demonstrativo "a"

A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo "a" também pode ser detectada pela substituição do
termo regente feminino por um termo regido masculino. Veja:

Minha revolta é ligada à do meu país.


Meu luto é ligado ao do meu país.
As orações são semelhantes às de antes.
Os exemplos são semelhantes aos de antes.
Aquela rua é transversal à que vai dar na minha casa.
Aquele beco é transversal ao que vai dar na minha casa.
Suas perguntas são superiores às dele.
Seus argumentos são superiores aos dele.

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Sua blusa é idêntica à de minha colega.
Seu casaco é idêntico ao de minha colega.

Casos em que a CRASE É FACULTATIVA

- Diante de nomes próprios femininos:

Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes próprios femininos porque é facultativo o uso
do artigo. Observe:

Paula é muito bonita. Laura é minha amiga.


A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga.

Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo feminino diante de nomes próprios femininos,
então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:

Entreguei o cartão a Paula.


Entreguei o cartão à Paula.

- Diante de pronome possessivo feminino:

Observação: é facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos femininos porque é facultativo
o uso do artigo. Observe:

Cedi o lugar a minha avó.


Cedi o lugar à minha avó.

Diga a sua irmã que estou esperando por ela.


Diga à sua irmã que estou esperando por ela.

- Depois da preposição até:

Fui até a praia. ou Fui até à praia.


Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à porta.
A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A palestra vai até às cinco horas da tarde.

QUESTÕES
1) Nesse pensamento de um historiador latino, ocorreu duas vezes a utilização correta do acento grave
indicativo de que houve crase; a frase abaixo em que esse mesmo acento está equivocado é:

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A) Quem perdoa uma culpa encoraja à cometer muitas outras;

B) A aspiração à glória é a última da qual se conseguem libertar os homens mais sábios;

C) Quem aspira à sumidade, raras vezes consegue passar do meio;

D) Veja o que ocorreu com muitos intelectuais, condenados à fama imortal;

E) Todos somos levados à obediência eterna a Deus.

2)Assinale a alternativa em que o emprego do acento grave indicativo da crase está incorreto.

A) “da mais inconsequente opção pessoal às mais sérias decisões do governo”.

B) “...e se cruzam a cada instante e às vezes se chocam”.

C) “...para que alguém possa chegar, sempre, às melhores decisões”;

D) “...não se sujeitando à interferências ou pressões externas”.

E) “É o caminho que levará à formação de cidadãos conscientes”.

“Análise nas Despesas, mensalmente analise todas as despesas dando ênfase àquelas com maior oscilação
no período".

3) Nesse segmento, a utilização do acento grave no demonstrativo “aquelas" representa:

A) um erro de regência, pois não há necessidade do acento;

B) um erro de acentuação gráfica, já que não há regra que o justifique;

C) uma junção do artigo definido A com a primeira vogal de “aquelas";

D) uma junção da preposição A com a primeira vogal de “aquelas";

E) uma junção do demonstrativo A com a primeira vogal de “aquelas".

4) “Isso se dá graças à tecnologia da informação”; nesse caso, o acento grave indicativo da crase
representa:

A) a união de dois artigos definidos;

B) a junção de duas preposições;

C) a combinação de um artigo e um pronome demonstrativo;

D) a união de uma preposição com um artigo definido;

E) a combinação de uma preposição com um pronome demonstrativo.

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Texto 3 – “A Lua Cheia entra em sua fase Crescente no signo de Gêmeos e vai movimentar tudo o que diz
respeito à sua vida profissional e projetos de carreira. Os próximos dias serão ótimos para dar andamento a
projetos que começaram há alguns dias ou semanas. Os resultados chegarão rapidamente”.

5) O texto 3 mostra exemplos de emprego correto do “a” com acento grave indicativo da crase – “diz
respeito à sua vida profissional”. A frase abaixo em que o emprego do acento grave da crase é
corretamente empregado é:

A) o texto do horóscopo veio escrito à lápis;

B) começaram à chorar assim que leram as previsões;

C) o horóscopo dizia à cada leitora o que devia fazer;

D) o leitor estava à procura de seu destino;

E) o astrólogo previa o futuro passo à passo.

6) No texto, observamos três ocorrências do emprego do acento grave indicativo da crase:

I. "...mandavam um moleque à farmácia..."

II. "...que eram associados ao ódio e à improdutividade..."

III. "...associados (...) ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã".

Nesses casos, ocorre a junção da preposição "a" + artigo definido "a". Os termos dessas frases que exigem a
presença da preposição "a" são, respectivamente,

A) moleque / associados / comportamento.

B) mandavam / associados / associados.

C) mandavam / ódio / antissocial.

D) moleque / ódio / comportamento

E) moleque / associados / comportamento.

" ...é submeter-se, por três anos, à aplicação de medidas 'socioeducativas'; ...o caso remete à barbárie de
que foi vítima..."; "...distinguir entre o certo e o errado à luz das regras sociais".

7) Com relação ao emprego do acento grave indicativo da crase nessas três frases, é correto afirmar que

A) as três ocorrências exemplificam o mesmo emprego do acento grave

B) as duas primeiras ocorrências exemplificam um caso de acento grave diferente do da última ocorrência.

C) as duas últimas ocorrências exemplificam um caso de acento grave diferente do da primeira ocorrência.

D) as três ocorrências do emprego do acento grave indicativo da crase exemplificam casos distintos.

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E) a primeira e a terceira ocorrência exemplificam o mesmo caso de emprego do acento grave indicativo da
crase.

8) Assinale a alternativa em que o emprego grave indicativo da crase ocorre por razão distinta da dos
demais.

A) “...e não recebe em troca serviços públicos à altura”.

B) “Acrescentar o adjetivo hediondo à corrupção de pouco adianta...”.

C) “...recentemente incorporadas à economia formal”.

D) “...dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas ...”.

E) “....dar respostas não às questões que ninguém fez”.

Ratifica-se, assim, o conceito de que a conscientização tributária pode representar um ponto de partida
para a formação cidadã como uma das formas eficazes de atender às demandas sociais, com maior controle
sobre a coisa pública. (L.49-53)

9) No período acima, empregou-se corretamente o acento grave para indicar o fenômeno da crase.

Assinale a alternativa em que o acento grave tenha sido empregado corretamente.

A) Em visita ao Rio, fomos à Copacabana da Bossa Nova.

B) Esta prova vai de 13h às 18h.

C) Finalmente fiquei face à face com a tão esperada prova.

D) Os candidatos somente podem deixar o local de prova à partir das 15h.

E) Pedimos um bife à cavalo.

“A gestão é fragmentada, educação para um lado e saúde para outro, habitação submetida à especulação
imobiliária, saneamento à espera de recursos que vão para as grandes obras de fachada”.

10) Nesse segmento do texto há duas ocorrências do acento grave indicativo da crase; sobre esse
emprego pode-se afirmar com correção que

A) nas duas ocorrências a justificativa do emprego da crase é rigorosamente a mesma.

B) só na segunda ocorrência há a junção da preposição a com o artigo definido feminino singular a.

C) na segunda ocorrência ocorre a junção da preposição a com um pronome demonstrativo a.

D) na segunda ocorrência, a crase é devida à presença de uma locução prepositiva formada com uma
palavra feminina.

E) na primeira ocorrência, o emprego do acento grave é devido à necessidade de esclarecer uma possível
ambiguidade.

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11) Em à prova (L.21), empregou-se corretamente o acento indicativo da crase.

Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido.

A) Foram à Santos das ruas antigas.

B) O curso se realizará de segunda à sexta-feira.

C) No restaurante, pedimos angu à baiana.

D) Chegamos à hora do encontro e não encontramos ninguém.

E) O fumo é prejudicial à saúde.

“O movimento altermundialista deverá também responder à nova situação mundial nascida da crise
escancarada da fase neoliberal da globalização capitalista.” (L.14-17)

12) No trecho acima, empregou-se corretamente o acento grave indicativo de crase. Assinale a
alternativa em que isso não tenha ocorrido.

A) Eles visaram à premiação no concurso.

B) Sempre nos referimos à Florianópolis dos açorianos.

C) Nossos cursos vão de 8h às 18h.

D) A solução foi sair à francesa.

E) Fizemos uma longa visita à casa nova dos nossos amigos.

13) No 2º§, em “ofereceram à equipe chilena de salvamento,...”, o emprego do acento grave:

A) É justificado pela regência de “ofereceram” e pela presença de artigo definido feminino antes de
“equipe”.

B) É considerado facultativo por estar diante de substantivo coletivo.

C) Tem a mesma função em: “Eu não ia perder tempo com quem ganhou muito dinheiro à custa de
mentiras”.

D) Antecede uma locução adverbial que expressa uma circunstância.

E) Não se manteria caso “ofereceram” fosse substituído por “deram”.

14) Assinale a alternativa em que está correto o uso do acento indicativo de crase:

A) O autor se comparou à alguém que tem boa memória.

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B) Ele se referiu às pessoas de boa memória.

C) As pessoas aludem à uma causa específica.

D) Ele passou a ser entendido à partir de suas reflexões sobre a memória.

E) Os livros foram entregues à ele.

“No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais cedo ou mais tarde colocarão à
disposição dos usuários e das autoridades”.
15) O acento grave indicativo da crase empregado nesse segmento é devido ao mesmo fator da seguinte
frase:
A) À noite, todos os gatos são pardos;
B) Pagar à vista é coisa rara hoje em dia;
C) Entregou o livro à aluna;
D) Saiu à procura da namorada;
E) Ficava contente à proporção que superava os obstáculos.

No texto 1, há quatro ocorrências do acento grave indicativo da crase: ...vise à promoção de


políticas de controle...(1), “tornando-os inacessíveis à grande massa populacional...(2), “Além disso,
à medida que as cidades crescem...(3) e “que às vezes não contam com saneamento básico..(4).

16) Os casos de crase que correspondem à união de preposição + artigo definido são:

A) 1 e 2;
B) 1 e 4;
C) 2 e 3;
D) 3 e 4;
E) todos eles.

17) Há, no texto, três ocorrências do acento grave indicativo da crase

I. “...dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer”

II. “Os xópis são civilizações à parte...”

III. “...pode vê-las como ataque (...) à civilização dos xópis”.

As ocorrências em que o acento grave da crase é resultante da junção de uma preposição


solicitada por um termo anterior + artigo definido são:

A) I-II-III.
B) apenas I-II.
C) apenas I-III.

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D) apenas II-III.
E) apenas II.

“A gestão é fragmentada, educação para um lado e saúde para outro, habitação submetida à especulação
imobiliária, saneamento à espera de recursos que vão para as grandes obras de fachada”.

18) Nesse segmento do texto há duas ocorrências do acento grave indicativo da crase; sobre esse
emprego pode-se afirmar com correção que

A) nas duas ocorrências a justificativa do emprego da crase é rigorosamente a mesma.

B) só na segunda ocorrência há a junção da preposição a com o artigo definido feminino singular a.

C) na segunda ocorrência ocorre a junção da preposição a com um pronome demonstrativo a.

D) na segunda ocorrência, a crase é devida à presença de uma locução prepositiva formada com uma
palavra feminina.

E) na primeira ocorrência, o emprego do acento grave é devido à necessidade de esclarecer uma possível
ambiguidade.

19) Assinale a frase em que o emprego do acento grave indicativo da crase é optativo.

A) Trabalhar às claras.

B) Comi frango à passarinho.

C) Dei um prêmio à Margarida.

D) Cansava-se à proporção que caminhava.

E) Respondi às perguntas do juiz.

O cartaz publicitário de um evento de moda no Rio de Janeiro mostrava o seguinte: VESTE-RIO A MODA
AQUI É FAZER NEGÓCIO

20) O evento citado na questão anterior teria seu horário de funcionamento indicado de forma correta
na seguinte alternativa:

A) de 12h às 20 horas;

B) das 12h a 20 horas;

C) das 12hs às 20hs;

D) das 12h às 20 horas;

E) de 12hs a 20 horas.

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O movimento altermundialista deverá também responder à nova situação mundial nascida da crise
escancarada da fase neoliberal da globalização capitalista.” (L.14-17)

21) No trecho acima, empregou-se corretamente o acento grave indicativo de crase. Assinale a
alternativa em que isso não tenha ocorrido.

A) Eles visaram à premiação no concurso.

B) Sempre nos referimos à Florianópolis dos açorianos.

C) Nossos cursos vão de 8h às 18h.

D) A solução foi sair à francesa.

E) Fizemos uma longa visita à casa nova dos nossos amigos.

22) Assinale a alternativa em que está correto o uso do acento indicativo de crase:

A) O autor se comparou à alguém que tem boa memória.

B) Ele se referiu às pessoas de boa memória.

C) As pessoas aludem à uma causa específica.

D) Ele passou a ser entendido à partir de suas reflexões sobre a memória.

E) Os livros foram entregues à ele.

23) No 2º§, em “ofereceram à equipe chilena de salvamento,...”, o emprego do acento grave:

A) É justificado pela regência de “ofereceram” e pela presença de artigo definido feminino antes de
“equipe”.

B) É considerado facultativo por estar diante de substantivo coletivo.

C) Tem a mesma função em: “Eu não ia perder tempo com quem ganhou muito dinheiro à custa de
mentiras”.

D) Antecede uma locução adverbial que expressa uma circunstância.

E) Não se manteria caso “ofereceram” fosse substituído por “deram”.

“’É um atentado às liberdades constitucionais!’”(L.3-4)

24) Na frase acima, utilizou-se corretamente o acento grave para indicar a crase. Assinale a alternativa
em que isso não tenha ocorrido.

A) O evento vai da segunda à sexta.

B) Fomos à Bahia.

C) Ela sempre sai às pressas.

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D) Sempre pedimos filé à Osvaldo Aranha.

E) Nós nos enfrentamos cara à cara.

25) Em ...devido à proximidade com o Porto de Santos... (L.22-23), empregou-se corretamente o acento
indicativo do fenômeno da crase. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido.

A) O horário de trabalho é das 8h às 18h, de segunda a sábado.

B) Fomos à Santos da modernidade portuária.

C) Estávamos face à face com o perigo.

D) Ele sempre compra à vista.

E) Preferimos nosso filé à Osvaldo Aranha.

26) “A cura está ligada ao tempo e às vezes também às circunstâncias.”

Nessa frase há dois casos de emprego correto do acento grave indicativo da crase. Assinale a opção que
indica a frase em que esse acento está empregado incorretamente.

A) Às vezes faz bem ficar doente.

B) Cheguei à conclusão de que a única doença que eu não tinha era inchaço do joelho.

C) Nada se compreendeu em relação à doença enquanto não se reconheceu sua semelhança com a guerra
e o amor.

D) Não contesto que a medicina seja útil à alguns homens, mas digo que ela é funesta ao gênero humano.

E) A melhor resposta às calúnias é o silêncio.

27) No texto a seguir há dois casos de acento grave indicativo da crase:

“Pedimos desculpas às esposas americanas. ABC apresenta o futebol das segundas-feiras à noite.”

Assinale a opção que indica a frase em que o acento está empregado corretamente.

A) Nas Bermudas, você está à 700 milhas de tudo que o chateia. E a apenas 90 minutos de Nova York.
(American Airlines)

B) Carta aberta à doce senhora que se perdeu tentando chegar à avenida Dakabay de metrô, na última
semana. (Departamento de Trânsito de Nova York)

C) Circe faz você tão tentadora quanto à mais bonita sobremesa. (Circe lingerie)

D) O navio que trouxe para à América seu gosto por scotch. (Cutty Sark whisky)

E) Você não precisa ir à Paris para comprar Chanel nº 5. Mas seria melhor se fosse. (Air France)

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“É minha opinião que não se deve dizer mal de ninguém, e ainda menos da polícia. A polícia é uma
instituição necessária à ordem e à vida da cidade.” (Machado de Assis, A Semana – 1871)

28) Nesse texto, Machado emprega corretamente o acento grave indicativo da crase; a frase abaixo em
que esse mesmo acento está empregado de forma adequada é:

A) Os clientes pagaram a compra à crédito;

B) A ordem é necessária à todo grupo social;

C) Ninguém abandonou o local à correr;

D) O motorista deu à documentação ao policial;

E) Todos os policiais saíram à mesma hora.

29) A frase em que o emprego do acento grave (crase) é justificado por razão diferente dos demais é:

A) Fui à casa dele na semana passada;

B) Nunca mais fui à França;

C) Entregue a encomenda à professora;

D) Não sei à qual te referes;

E) Dei esse livro à Rosângela.

“Todos aqueles que devem deliberar sobre questões dúbias devem também manter-se imunes ao ódio e à
simpatia, à ira e ao sentimentalismo”.

30) Nesse pensamento de um historiador latino, ocorreu duas vezes a utilização correta do acento grave
indicativo de que houve crase; a frase abaixo em que esse mesmo acento está equivocado é:

A) Quem perdoa uma culpa encoraja à cometer muitas outras;

B) A aspiração à glória é a última da qual se conseguem libertar os homens mais sábios;

C) Quem aspira à sumidade, raras vezes consegue passar do meio;

D) Veja o que ocorreu com muitos intelectuais, condenados à fama imortal;

E) Todos somos levados à obediência eterna a Deus.

1-A/2-D/3-D/4-D/5-D/6-B/7-B/8-A/9-A/10-D /11-B/12-C/13-A/14-B/15-D/16-A/17-C/18-D/19-C/20-D/21-
C/22-B/23-A/24-E/25-C/ 26-D/ 27-B/ 28-E/ 29-D/ 30-A

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