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ALVARO
GCM
Índice
Organização estrutural dos textos é um conceito que se refere às estruturas linguísticas dos textos,
ou seja, define a predominância de expressões e estruturas sintáticas presentes, os element os que
caracterizam e permanecem em cada tipo, além de indicar o objetivo comunicativo de cada um. Os
tipos textuais mais conhecidos são:
• narrativo
• descritivo
• dissertativo
• expositivo
• injuntivo
Na prática social, utilizamos determinados gêneros textuais que podem apresentar um ou mais tipo
textual.
NARRAÇÃO
O texto narrativo é aquele que se propõe a relatar acontecimentos e situações, verídicos ou fictícios.
Para apresentar a história, o tipo utiliza personagens de determinado tempo e espaço, que são os
“atores” dos fatos. Muitos gêneros utilizam a tipologia narrativa para diferentes propósitos, sendo
assim, os textos apresentam diferentes formas de mobilizar os elementos da narrativa.
Os textos narrativos caracterizam-se por seu aspecto factual e performático, pois relatam
acontecimentos por meio da utilização de personagens, que, no texto, “encenam” as experiências
vividas ou imaginadas.
Assim, são presentes, nos textos de caráter narrativo, personagens principais e secundários, e espaço(s)
e tempo(s). O espaço pode referir-se a espaços físicos (como um país, estado, cidade) ou sociais (como
as elites, as classes populares, os intelectuais etc.).
O tempo pode referir-se à contagem cronológica ou a um tempo psicológico. O tempo psicológico não é
contado por horas, dias ou anos, e sim pelo conteúdo subjetivo e mental que as personagens
expressam, por isso ele pode se deslocar por diferentes tempos cronológicos por meio da memória, por
exemplo.
Ainda há um elemento importante, principalmente para os textos com predominância do tipo narrativo:
o narrador. O narrador é o ponto de vista pelo qual a história é contada, por isso não é o mesmo que o
autor. Primordialmente, o narrador se divide em:
Dentro desses dois grupos, há muitas possibilidades de explorar essa ferramenta e criar diferentes
efeitos.
Notícia
Biografia
Autobiografia
Conto
Romance
Filme
Teatro
Novela
Parábola
Mito
Lenda
Anedota
Piada
Fofoca
DESCRIÇÃO
O tipo textual descritivo é aquele que se caracteriza por expor as características ou propriedades de
algum objeto, seja ele material (como uma paisagem, um produto físico etc.), seja imaterial (uma
sensação, um serviço, um produto digital etc.).
O texto descritivo se caracteriza por uma forte presença de verbos de ligação e adjetivos ou outros
qualificadores, que servem ao intuito de construir-se uma imagem mental do objeto apresentado. É
muito comum a esse tipo textual uma forte presença da descrição visual, desse modo, a observação
criteriosa do objeto faz-se uma ação fundamental.
Listas de compras
Anúncios de classificados
Currículos
Resenha
A dissertação fundamenta-se na apresentação de uma tese ou uma opinião sobre determinado tema
ou assunto. Essa tese baseia-se em argumentos fundamentados em dados, pesquisas, conceitos,
pesquisas científicas etc.
Desse modo, uma boa dissertação precisa apresentar uma estratégia de convencimento. Assim,
estrutura-se em:
Para facilitar a elaboração dessa estrutura, o tipo textual dissertativo ampara-se em reflexões,
explicações e exposição de ideias, no intuito de se dar a conhecer a tese inicial.
Falácia Argumentativa
A falácia é um tipo de argumento utilizado com a intenção de parecer correto, porém quem opta por esse
recurso geralmente omite algumas informações por trás do discurso. Por definição, a falácia se refere a
qualquer ideia equivocada ou falsa crença em algo. Como, por exemplo, na frase “nenhum homem presta”.
Falso dilema
1. Ou concordas comigo ou não. ...
2. Reduz-te ao silêncio ou aceita o país que temos. ...
3. Ou votas no Silveira ou será a desgraça nacional.
Círculo vicioso
O círculo vicioso indica uma falácia informal que consiste em afirmar uma tese, que se pretende
demonstrar verdadeira na conclusão do argumento, já partindo do princípio de que essa mesma conclusão
é verdadeira e empregando essa pressuposição em uma das premissas.
É um tipo de falha argumentativa em que o argumento se torna cíclico, pois o efeito acaba reforçando a
causa.
“A violência é fruto da miséria social, pois com a pobreza muitos apelam para atos violentos a fim de obter
seu sustento e, com isso, investe-se cada vez mais em segurança. Esses recursos poderiam ser alocados em
educação e saúde, o que promoveria maior justiça social
Generalização precipitada
É uma falácia lógica que ocorre quando o tamanho de uma amostra apresentada é pequeno demais para
sustentar uma generalização, ou seja, apesar de ser possível que apenas uma amostra represente a
população, a amostra é insuficiente para comprovar a afirmação.
GENERALIZAÇÃO EXCESSIVA - produz uma conclusão a partir de uma evidência insuficiente. Exemplo:
Tudo que é raro é caro; um carro por um real é raro, logo um carro por um real é caro.
Fuga do assunto
“O racismo é um grande problema na sociedade. Se cada indivíduo fizer a sua parte, o Brasil poderá se
transformar. Então, o Brasil precisa investir em educação, melhorar as condições de moradia da população
(...)”.
Este tipo de falha argumentativa está presente em argumentos que deveriam ser consequências do
problema mostrado, mas não são.
“As novelas são, hoje, as maiores causadoras da violência urbana, pois incentivam atos de agressão contra
a sociedade”.
Argumentação subjetiva
A argumentação é subjetiva quando o autor expressa sua visão pessoal, manifestando o que seria apenas
suas opiniões e impressões sobre um determinado assunto. A opinião é o modo pessoal de ver algum fato.
Texto expositivo
O tipo textual expositivo caracteriza-se por apresentar saberes consensuais de diferentes áreas, sem
inserir nenhuma problematização ou argumentação a respeito do tema. Dessa forma, esse tipo
objetiva apresentar conhecimentos de mundo, organizados em uma estrutura lógica, que contribua
para a compreensão do leitor.
O texto expositivo pode organizar-se de diferentes formas para apresentar o assunto ou saber. A
estrutura básica pode ser em:
• Verbete de dicionário
• Enciclopédia
• Entrevista
• Seminários
• Palestras
• Conferências
Texto injuntivo
O tipo textual injuntivo caracteriza-se por fornecer instruções para a realização de uma ação desejada,
logo, esse texto incita o leitor a realizar algo. Sua aplicação é presente em manuais de instruções,
pedidos, prescrição etc.
Diferentemente, nos manuais de instrução, por exemplo, o tipo injuntivo pode se organizar em uma
ordem cronológica das ações instruídas. Desse modo, o leitor obedece não apenas às solicitações como
também à ordem na qual estão estruturadas.
QUESTÕES
1) Assinale a opção que apresenta uma frase que pode estar inserida entre os textos classificados como
injuntivos.
A) Você não pode fazer uma cesta de três pontos debaixo da tabela.
D) Comecei uma dieta, cortei a bebida e alguns pratos e, em quatorze dias, perdi duas semanas.
E) Não amar e não tomar banho todos os dias podem levar à perdição.
3) Entre os pensamentos abaixo, aquele que deve ser classificado como um texto não argumentativo, é:
Texto 2
“Para que serve sonhar? No início do século XX esta pergunta ancestral pareceu subitamente ao alcance da
Razão, com a publicação de ‘A interpretação dos sonhos’. Neste livro Freud fundou uma nova e ambiciosa
psicologia, repleta de novas ideias sobre a mente humana e seus sonhos. A despeito do impacto profundo
destas ideias na sociedade ocidental, sua formulação e desenvolvimento não se deram sobre uma base
empírica e quantitativa, marcando um divórcio progressivo de método e discurso entre a psicanálise e a
biologia. Como resultado, pouca ou nenhuma influência é atualmente atribuída a Freud no que diz respeito
à investigação científica do fenômeno onírico.
O fosso não poderia ser mais profundo. Predomina nas ciências exatas a noção de que a contribuição da
psicanálise para o entendimento dos sonhos resume-se a um amontoado de observações isoladas, teorias
não testáveis, imperativos ideológicos e argumentos de autoridade. Por outro lado, as diferentes vertentes
da psicanálise ocupam-se pouco ou nada do estudo experimental e quantitativo dos sonhos, voltando-se
exclusivamente para os símbolos e jamais para seu substrato material, o sistema nervoso.
Na contramão deste divórcio, pretendo aqui demonstrar que os avanços da psicologia experimental e da
neurociência convergiram nos últimos anos para dois importantes insights psicanalíticos. O primeiro
consiste na observação concreta de que os sonhos, muito frequentemente, contêm elementos da
experiência do dia anterior, denominados ‘restos do dia’. O segundo é o reconhecimento de que estes
‘restos’ incluem atividades mnemônicas e cognitivas da vigília, persistindo nos sonhos na medida de sua
importância para o sonhador. Assim, ainda que de maneira difusa, a psicanálise prevê que a consolidação
de memórias e o aprendizado sejam importantes funções oníricas. [...]”
4) É comum que os textos sejam classificados de acordo com o domínio social de comunicação em que se
inserem. Por esse critério, é correto afirmar que o texto 2 tem natureza predominantemente:
5) Um escritor russo disse o seguinte: “Dizem que não há justiça sobre a terra. Mas por acaso existe no
céu?” Nesse pequeno texto argumentativo, o argumento utilizado para rebater a primeira afirmação é
falacioso, caracterizando-se como um(a):
A) falsa analogia;
B) fuga do assunto;
C) confusão causa/efeito;
D) argumento autoritário;
E) generalização excessiva.
D) Os pequenos anúncios contêm toda a verdade que se pode encontrar num jornal;
D) Mas você sabe qual são as atribuições desses profissionais? Quanto eles ganham? Onde trabalham?
8) Assinale a opção que apresenta a frase que exemplifica o gênero textual descritivo.
D) Não fale sobre as minhas dívidas, a menos que você queira pagá-las.
9) “A fórmula da estabilidade democrática europeia está no equilíbrio em torno de duas grandes forças
políticas: de um lado, os social-democratas e, de outro, os liberais”.
Esse segmento serve de introdução a um texto jornalístico; nesse caso, a introdução segue o modelo de
uma:
A) declaração inicial;
B) divisão;
C) citação;
D) alusão histórica;
E) definição.
10) Entre as opções abaixo, aquela que exemplifica o tipo de texto argumentativo, é:
“Olhou o objeto por trás da cadeira que estava diante dele. Contornou-a e aproximou-se da mesa.
Cuidadosamente, pegou o pequeno pássaro esculpido em madeira e, voltando para a cadeira, girou-o entre
os dedos, examinando a pequena base pintada de azul”.
A técnica descritiva empregada nesse texto, é:
“Um homem tinha uma fazenda perto de um rio, mas essa proximidade nunca havia trazido problema.
Certo dia o rio começou a crescer e ele percebeu que sua fazenda ia ficar submersa”.
A frase que inicia propriamente a narração, é:
14) “O melhor colégio de Salvador é, sem dúvida, o de meu filho, pois é o que possui melhores condições
de ensino”.
A) generalização excessiva.
B) círculo vicioso.
D) simplificação exagerada.
E) argumento autoritário.
A) A primeira causa de mortes de jovens na Espanha são os acidentes de trânsito, já que cada ano morrem
cerca de 1400 jovens entre 15 e 29 anos.
B) Esse é um filme tecnicamente perfeito, mas o roteiro não é original nem me emociona.
C) Já se comprovou que cerca de 44% das pessoas consultam seu celular assim que se levantam.
D) Se a mesa tem 1 metro e meio de comprimento, não a podemos colocar no salão, pois só há um metro
de espaço livre.
E) Você não deve preocupar-se com esta prova; a maior parte dos candidatos é aprovada.
“Assim que entrou na loja, o turista passou a observar o homem que vagava entre os corredores com uma
sacola aberta a tiracolo. Quando viu que ele retirou um objeto da prateleira e enfiou-o na bolsa, decidiu
denunciá-lo por roubo”.
Assinale a opção que mostra uma marca adequada a esse gênero textual (narrativo).
A) Quanto ao conteúdo do texto, ocorre a atenção do observador por seres, objetos e cenas.
C) Quanto ao objetivo, sua finalidade está em identificar, localizar e qualificar os fatos narrados.
E) Quanto ao emprego de tempos verbais, ocorre a preferência pelo presente ou pretérito imperfeito do
indicativo.
Texto II
Mas que a cidade fique na sua paisagem verdadeira, com o pequeno córrego perene fertilizando um vale
dentro de um mundo de léguas de caatinga, no fundo do sertão. E o coronel fique na sua varanda, cheia de
gaiolas de passarinhos. Ali perto, enjaulados como feras, dois imensos cães dinamarqueses. Um campo
para criação de ema. E – luxo estranho no sertão – pavões reais. Foi o que vimos na visita rápida, quando
nosso carro entrou pelo parque da fazenda, entre juazeiros e tamarineiros.
(O coronel, 12/05/1951)
A) narrativa, pois relata uma pequena visita do autor a uma fazenda do sertão.
E) injuntiva, pois se volta para a crítica de um sistema de vida, predominante, na época, em nosso sertão.
B)testemunhos de autoridade.
C) analogias indevidas.
19) Os textos podem pertencer a diferentes tipos ou gêneros; a opção abaixo que mostra um texto
predominantemente expositivo é
A) “Depois desses dias na juventude, meu amigo desapareceu de minha vida e eu só tornei a encontrá-lo
na semana passada, em um restaurante”.
C) “O barco atracou ontem no Rio de Janeiro, com muitas turistas a bordo, o que certamente vai trazer a
alegria para muitos comerciantes”.
D) “O rio estava transbordando, em função das fortes chuvas, com as margens derrubadas pela força das
águas e muitos detritos levados pela correnteza”.
E) “O deputado fez o seu discurso, foi ovacionado, agradeceu os aplausos e dirigiu-se a seu gabinete”.
20) Todas as frases abaixo expressam uma opinião; aquela que expressa uma opinião alheia de forma
neutra, é:
A) Como dizem os agricultores, nem todo dia de sol é bom de plantar ou de colher;
B) Considero execrável o pensamento egoísta de pagarmos o mínimo possível a quem trabalha;
C) Considero que esse novo programa agrícola vai atingir um sucesso imenso, principalmente por sua
criatividade;
D) Dizem que a distância traz o esquecimento, mas eu não apoio esse raciocínio;
E) Alguém imaginaria que o atual progresso científico iria trazer essa tragédia para a vida na Terra?
21) Em todas as opções abaixo há diferentes tipos de raciocínio; o texto que exemplifica o tipo de
raciocínio por analogia, é:
A) No governo republicano, é da natureza da constituição que os juízes devem seguir a letra da lei;
B) Se as eleições indicam um vencedor, é natural que as pessoas passem a atribuir a esse vencedor
responsabilidades pelos sonhos que almejam;
C) Os animais não possuem as vantagens que temos, mas possuem outras: eles não têm nossas esperanças,
mas não possuem nossos temores; eles sofrem, como nós, a morte, mas sem a conhecer;
D) Nos estados tirânicos, a natureza do governo requer uma obediência extrema; e, uma vez conhecida a
vontade do líder, ela deve provocar efeito infalível, como o de uma bola que se choca contra a outra;
E) Não há liberdade se o poder de julgar não está separado do poder legislativo e executivo. Se ele
estivesse unido ao poder legislativo, o poder sobre a vida dos cidadãos seria arbitrário porque o juiz seria
legislador.
“Entramos vagarosa e silenciosamente pela porta do laboratório às escuras; o cheiro do local era
nauseabundo e havia uma substância pegajosa não identificada por todo o chão. Havia tubos de ensaio
espalhados, como se os trabalhadores do local tivessem saído às pressas... Pelo amargo de nossas bocas, as
expectativas eram as piores possíveis.”
Em uma tarde ensolarada, estou no portão da escola recebendo as crianças como todos os dias. De
repente, um carro para em frente ao portão. Um menino de quatro anos chega à porta da escola com o
telefone nas mãos, assistindo desenho ou jogando (não foi possível identificar), tão concentrado que nem
percebe que chegou à escola. A mãe chama e ele não atende. Então, ela pega o telefone das mãos do filho
e ele começa a reclamar, chorando e exaltado, querendo o telefone novamente. A mãe pede ao filho para
parar de chorar e de “fazer birra”, mas este não a atende. Para parar de ouvir a reclamação do filho, ela
então vai ao carro, busca o tablet e deixa que o filho o leve para a escola.
23) Sobre a estrutura desse pequeno texto, retirado de um estudo sobre a Tecnologia e a Educação
Infantil, a afirmativa adequada é que se trata de um texto:
A) argumentativo, em que se procura, por meio de uma estrutura narrativa, condenar o mau emprego da
tecnologia nas escolas;
B) narrativo, de que o narrador participa somente como observador e que pode servir de exemplo para a
condenação de um mau processo educativo familiar;
C) narrativo, de que o narrador participa com opiniões sobre o narrado, em tom condenatório da
tecnologia atual;
D) meramente descritivo de uma cena presenciada por um observador isento, cena essa que mostra
características da sociedade atual;
24) Todos os segmentos textuais abaixo são exemplos de textos narrativos, que podem mostrar, entre
outras, uma focalização onisciente dos fatos, ou seja, em que o narrador mostra um conhecimento
completo de todos os elementos romanescos: tempo, espaço e personagens. Esse tipo de focalização
está apresentado em:
25) Um texto anônimo encontrado em um pequeno jornal de um bairro registrava: “Chamo-me Pedro
Álvares Cabral. Quero dizer que acabo de descobrir uma terra que parece muito grande, habitada por gente
estranha, que vive em completa inocência, pois não escondem seus corpos, como nós. Não sei o que
acontecerá a este lugar no futuro, principalmente me preocupa o fato de virem descobrir muitas riquezas
nele, mas espero que Deus o proteja dos homens. Daqui a alguns dias voltarei para Lisboa e darei as boas-
novas ao rei. Vou registrar diariamente os acontecimentos mais notáveis dessa descoberta”.
Sobre a estrutura desse pequeno texto, é correto afirmar que:
A) neste caso, o narrador e o autor são a mesma pessoa;
B) o foco principal da narrativa está na apresentação das diferenças entre os índios e os europeus;
C) o narrador deste pequeno texto mostra uma visão nostálgica de um passado já distante;
D) as características da linguagem empregada no texto tentam indicar que se trata de um momento já
distante no tempo;
E) o texto projeta uma visão futura positiva para o Brasil.
Texto 1
“Investigação é o ato ou efeito de investigar, busca, pesquisa. Ou seja, investigação criminal pode ser
definida como a atividade preliminar de produzir e colher elementos de convicção acerca da materialidade,
de autoria ou participação referente a um fato tido como criminoso” (Jus.com.br).
A) As regras do condomínio estabelecem que os moradores não poderão manter animais de estimação nos
apartamentos;
B) Economize para que, nas próximas férias, possa realizar aquele passeio dos seus sonhos pela Europa;
C) A cidade estava deserta em função do feriado prolongado e a Prefeitura instruiu a população para que
não visitasse os locais de grandes aglomerações;
D) Todos estão cientes de que a inflação parece estar de volta, ainda que em índices menores;
E) Uma vez aberta a caixa, conserve-se na geladeira, sendo aconselhável o consumo nos 3 ou 4 dias
seguintes.
“Um homem acusado de tráfico de drogas e associação para o tráfico foi preso, neste sábado (13/11), por
policiais civis da 110ª DP (Teresópolis) e militares. Contra ele foi cumprido um mandado de prisão.
O criminoso foi capturado após informações de inteligência. Ele foi encaminhado para o sistema prisional,
onde ficará à disposição da Justiça.”
28) O texto 2 é do tipo informativo e é marcado pela mais rigorosa objetividade; a marca de objetividade
presente no texto que está corretamente exemplificada é:
A) emprego da voz passiva sem complemento de agente: “O criminoso foi capturado após informações de
inteligência”;
B) nominalização com omissão do autor da ação: “Um homem acusado de tráfico de drogas e associação
para o tráfico foi preso”;
C) localização precisa da ocorrência: “Um homem acusado de tráfico de drogas e associação para o tráfico
foi preso, neste sábado (13/11), por policiais civis da 110ª DP (Teresópolis) e militares;
D) estrutura pronominal de sentido ativo: “Contra ele foi cumprido um mandado de prisão”;
E) indeterminação do sujeito da ação: “Ele foi encaminhado para o sistema prisional, onde ficará à
disposição da Justiça”.
29) Para os jornais, os títulos das matérias devem seguir regras na sua formulação; nas opções abaixo
aparecem as regras e, em seguida, o título de uma reportagem ou notícia.
A) não é recomendável o uso da voz passiva em títulos: Os bens da faculdade serão vendidos;
B) não se deve confundir integrantes da corporação com a instituição: Polícia é acusada do crime;
D) a informação do título não deve ter imprecisão: Um morador de rua foi acusado de furto;
E) não se deve pôr o verbo no presente quando o tema do título pertence a passado distante: Índice subiu
20% há cinco anos.
A) dissertativo / convencer;
B) dissertativo / relacionar-se;
C) dissertativo / prever;
D) narrativo / ensinar;
E) descritivo / caracterizar.
1-A/ 2-D/ 3-D/ 4-E/ 5-B/ 6-A/7-E/ 8-B/ 9-B/ 10-D/ 11-B / 12-C/ 13-C/ 14-B/ 15-B/ 16-D/ 17-B/ 18-A/ 19-C/
20-A/21-D/ 22-C/ 23-B/ 24-B/ 25-A/ 26-D/ 27-E/ 28-A/ 29-E/ 30-A
INTERTEXTUALIDADE
A intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou seja, é a influência e relação que um estabelece
sobre o outro. Assim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção de textos que faz
referência (explícita ou implícita) aos elementos existentes em outro texto : forma e/ ou conteúdo.
A intertextualidade é o diálogo entre textos, de forma que essa relação pode ser estabelecida entre as
produções textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva, escrita), sendo expressa nas artes
(literatura, pintura, escultura, música, dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos,
provérbios, charges, dentre outros.
Tipos de Intertextualidade
• Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmente, em forma de crítica irônica de caráter
humorístico. Do grego (parodès) a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (semelhante) e
“odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante à outra”. Esse recurso é muito utilizado pelos
programas humorísticos.
• Paráfrase: recriação de um texto já existente mantendo a mesma ideia contida no texto original,
entretanto, com a utilização de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis), significa
a “repetição de uma sentença”.
• Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção textual, de forma que dialoga com ele;
geralmente vem expressa entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor. Esse recurso
é importante haja vista que sua apresentação sem relacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do
Latim, o termo “citação” (citare) significa convocar.
• Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros textos. Do Latim, o vocábulo “alusão”
(alludere) é formado por dois termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
Intertextualidade na Literatura
O poema de Casimiro de Abreu (1839-1860), “Meus oito anos”, escrito no século XIX, é um dos textos que
gerou inúmeros exemplos de intertextualidade, como é o caso da paródia de Oswald de Andrade “Meus
oito anos”, escrito no século XX:
Texto Original
Paródia
(Oswald de Andrade)
Outro exemplo é o poema de Gonçalves Dias (1823-1864) intitulado Canção do Exílio o qual já rendeu
inúmeras versões. Dessa forma, segue um dos exemplos de paródia, o poema de Oswald de Andrade (1890-
1954), e de paráfrase com o poema de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987):
Texto Original
Paródia
Paráfrase
Intertextualidade na Música
A música “Monte Castelo” da banda legião urbana cita os versículos bíblicos 1 e 4, encontrados no livro de
Coríntios, no capítulo 13: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria
QUESTÕES
31) Assinale a frase abaixo que não se apoia, como as demais, num ditado popular.
32) A frase abaixo que NÃO se refere a uma outra frase bastante conhecida (intertextualidade) é:
C) Perante um obstáculo, a linha mais curta entre dois pontos pode ser a curva;
34) A frase a seguir que foi estruturada a partir de outra bastante conhecida (intertextualidade) é:
35) Algumas frases são construídas tendo por base outras já formuladas e conhecidas (intertextualidade);
isso só NÃO ocorre em:
C) Água mole em pedra dura tanto bate até que causa um rombo;
36) “O fundamento jurídico para a proteção dos animais, no Brasil, está no artigo 255 da Constituição
Federal, que incumbe o Poder Público de ‘proteger a fauna, vedadas, na forma da lei, as práticas que
coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção das espécies ou submetam os animais à
crueldade’”.
O autor desse fragmento, ao citar outro texto, exemplifica uma marca característica da textualidade.
Assinale a opção que a indica.
A) Coesão.
B) Informatividade.
D) Coerência.
E) Conhecimento de mundo.
37) Indique a quantidade de frases, dentre as apresentadas abaixo, que se apoiam em intertextualidade,
ou seja, no diálogo com outros textos.
I – “Dize-me com quem andas e te direi quem és na presença do meu advogado”. (Planeta Diário)
II – “No futebol brasileiro você não tem que matar um leão por dia. Tem que matar todos os leões da
floresta por dia”. (Telê Santana)
IV – “Pode-se enganar todo mundo o tempo todo, se a campanha estiver certa e a verba for suficiente”.
(Joseph E. Levine)
A) 1
B) 2
C) 3
D) 4
E) 5
38) A frase abaixo que NÃO mostra a presença de intertextualidade, ou seja, a alusão a um texto
conhecido, é:
A) “Os defensores do sigilo das fontes se justificam com o dever de informar a sociedade, como se esse
dever fosse a tábua da lei, o mandamento supremo acima de qualquer outro mandamento ou lei.”
B) “No fundo, aquela velha máxima de que o fim justifica os meios, pedra angular em que se baseou a
Inquisição medieval e todos os movimentos totalitários que desgraçaram a humanidade.”
C) “O sigilo das fontes beneficia as fontes, e não o jornalista, que geralmente é manipulado na medida em
que aceita e divulga as informações obtidas com a garantia do próprio sigilo.”
E) “Digo ‘inconfessáveis’ por um motivo óbvio: se fossem confessáveis, as fontes não pediriam sigilo,
confessariam o que sabem ou supõem, assumindo a responsabilidade pela informação.”
40) A frase abaixo que não apresenta intertextualidade com um texto amplamente conhecido é:
A) A Universidade Santa Úrsula adverte: frequentar certos cursos faz mal ao bolso!
B) A situação econômica do Brasil é grave e quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça: todos devemos
colaborar para que isso não piore!
42) As marcas de textualidade citadas no programa de Língua Portuguesa são a coesão, a coerência e a
intertextualidade. Observe a seguinte declaração do apresentador Faustão: “Esse negócio de sucesso é
43) Assinale a frase abaixo que mostra intertextualidade na alusão a outro texto bastante conhecido.
A) A sociedade hípica está sofrendo de obsolescência galopante.
B) O céu é o pão de cada dia dos olhos.
C) Mesmo quando uma ave anda, sente que tem asas.
D) É impossível ensinar um gato a não pegar passarinhos.
E) Sirvo-me de animais para instruir os homens.
44) Assinale a frase abaixo que não se apoia, como as demais, num ditado popular.
31-D/ 32-D/ 33-C/ 34-A/ 35-E/ 36-C/ 37-D/ 38-C/ 39-A/ 40-E/ 41-D/ 42-A/ 43-B/ 44-D
AULA 2
Tipos textuais
O Tipo Informativo é um texto em que o escritor expõe brevemente um tema, fato ou circunstância ao
leitor.
Trata-se de uma produção textual objetiva, normalmente em prosa, com linguagem clara e direta.
Tem como objetivo principal transmitir informação sobre algo, estando isento de duplas interpretações.
Ao contrário dos textos poéticos ou literários, que utilizam a linguagem conotativa, o texto informativo
utiliza linguagem denotativa.
Além de apresentar dados e referências, não há interferência de subjetividade, ou seja, o texto é isento de
sentimentos, sensações, apreciações do autor ou opiniões.
No caso das notícias, por exemplo, o escritor está encarregado de transmitir a informação para os
receptores leitores da maneira objetiva e alheia a ele.
Escrito em prosa, o texto informativo apresenta dados que o tornam mais credível.
• Introdução (tese): momento de exposição das informações necessárias para informar o tema que será
explorado pelo emissor (autor).
• Desenvolvimento (antítese): parte fundamental que contém as informações completas sobre o tema,
desde dados mais relevantes, ou melhor, todos os dados que se pode reunir para apresentação do tema.
• Conclusão (nova tese): encerramento do texto com exposição da ideia central.
Além deles, os livros didáticos, as enciclopédias e os verbetes de dicionários são outros exemplos.
Os artigos científicos e técnicos também podem ser considerados textos informativos, embora esse gênero
textual é mais identificado com os textos expositivos-argumentativos.
1. Notícia de Jornal
Combate à Dengue
A picada do mosquito Aedes Aegypti tem demonstrado grande preocupação. Isso porque o aumento de
mortes no país por motivo de dengue tem crescido de forma considerável nos últimos meses.
O foco está nos métodos necessários para acabar com os acúmulos de água nas casas. Isso porque são os
ambientes mais propícios para a reprodução do transmissor da doença.
2. Verbete de Dicionário
Significado de Alienação
Jurídico. Ato de transferir para alguém uma propriedade ou um direito: alienação de um apartamento.
Resultado de algum tipo de abandono ou efeito da ausência de um direito comum: alienação da segurança.
Filosofia. Hegelianismo. Quando a consciência se torna desconhecida a si própria ou a sua própria essência.
Psicologia. Estado da pessoa que, tendo sido educada em condições sociais determinadas, se submete
cegamente aos valores e instituições dadas, perdendo assim a consciência de seus verdadeiros problemas.
pl. alienações.
Tipo DIDÁTICO
O texto didático é um gênero textual com objetivos pedagógicos. É disposto de maneira que todos os
leitores tenham a mesma conclusão. Por este motivo, é considerado um texto utilitário.
Esse é o tipo de texto utilizado em livros didáticos, por exemplo, artigos científicos e programas de
educação.
• Objetividade
• Impessoalidade
• Linguagem acessível ao nível de conhecimento do leitor
• Abordagem que permite uma única e específica interpretação
• Frequentemente usado em programas de ensino-aprendizagem
• Adaptação dos sentidos para a mais clara compreensão da mensagem
• Coesão
Na forma de apresentação das informações, o texto didático considera os conhecimentos prévios ou não
do interlocutor.
Ou seja, quando o interlocutor não tem conhecimentos prévios sobre o assunto, o tema é apresentado e
destrinchado de acordo com o nível de entendimento.
O mesmo ocorre quando já há algum tipo de conhecimento prévio. Nesse caso, a mensagem é adaptada ao
nível das informações adquiridas previamente pelo leitor.
É preciso ter em mente que um texto didático não é figurativo e, por este motivo, os termos são
empregados de maneira exata.
Segundo a ONU (Organização Mundial das Nações), o consumo da água aumentou muito no século XXI.
Sem alternativa para aumentar a oferta de água disponível ao consumo, a melhor maneira de oferecer o
recurso a todos é poupar.
Hoje, o Brasil detém 15% da água doce do Planeta. Entre as principais fontes de água potável no País está o
Aquífero Guarani, que ocupa dois terços de todo o território nacional, dividido entre os estados de Goiás,
Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Saúde no Brasil
A saúde é direito de todos e dever do Estado. É com base nesse princípio constitucional que foi elaborado o
SUS (Sistema Único de Saúde), o programa federal brasileiro que concentra a prevenção, atenção e
tratamento à saúde do brasileiro.
Sociedade
Sociedade é a denominação dada ao conjunto de pessoas que compartilha o mesmo espaço geográfico ao
mesmo tempo e, por este motivo, também partilham de regras de convivência.
A sociedade resulta da experiência de vida coletiva, de pessoas que têm em comum características
semelhantes de convívio.
Tipo Publicitário
O Texto Publicitário um tipo de texto veiculado em campanhas publicitárias e podem ser textos de
natureza escrita, oral e visual.
Eles estão presentes no nosso cotidiano e possuem o intuito principal de convencer o leitor para a compra
de produtos e/ou serviços.
Geralmente são encontrados nos meios de comunicação: jornal, revista, televisão, rádio, internet,
outdoors, dentre outros.
Os textos publicitários são textos sugestivos, retóricos e persuasivos os quais contém uma linguagem
sedutora para despertar nos consumidores o desejo de consumir.
Desse modo, são produzidos através da função conativa ou apelativa da linguagem, ou seja, a mensagem
está centrada no receptor ou interlocutor com a finalidade de despertar emoções, sentimentos e
sensações.
Lembre-se que os publicitários são as pessoas encarregadas de produzirem esse tipo de texto, ou seja, são
os emissores (locutores) da linguagem publicitária dirigidas para determinado público-alvo.
Geralmente são textos curtos com o objetivo de vender algum produto e/ou serviço, e podem ser de
diversos gêneros (argumentativos, narrativos ou descritivos) sendo que alguns deles incluem os três
gêneros num só texto.
É muito comum encontrarmos os textos publicitários com imagem e textos. Observe que a imagem é um
recurso muito importante dos textos publicitários, que tem a função principal de promover a marca e
despertar no leitor a vontade de possuir tal produto ou serviço.
Podem apresentar títulos (na linguagem publicitária são chamados de “headline”) bem atrativos e criativos
com presença de alguma das palavras-chave, com o intuito de chamar mais atenção do leitor para o que se
pretende comercializar.
Em seguida, no corpo do texto será apresentada a ideia principal que apresentará descrições, narrações ou
argumentos para a escolha da marca; e, por fim, a conclusão do pretendido seguidos da assinatura do
anunciante da marca.
Os slogans são elementos fundamentais dos textos publicitários, posto que definem em poucas palavras
(ou frases de efeito) a marca de maneira criativa e que aproxime o leitor da proposta publicitária.
Correspondem aos textos de fácil memorização, por exemplo, quando dizemos “Amo muito tudo isso” logo
nosso pensamento nos leva a pensar na empresa de fast food “Mc Donalds”, que divulgou amplamente sua
marca através desse slogan.
Tipo NORMATIVO
Texto normativo é aquele que integra um conjunto de regras, normas e preceitos. Destina- se a reger o
funcionamento de um grupo ou de uma determinada atividade. Normativo = que estabelece regras ou
normas.
Os textos normativos podem ser representados através do código penal, estatuto da criança e do
adolescente, constituição, regimento escolar e outros textos que visam regular as normas de uma
instituição.
Os textos normativos e legais devem ser claros, de modo a não causar problemas de compreensão para o
público a quem ele se destina. Deve ser objetivo e concentrar-se na regulamentação do que está em
questão, podendo ser relações de convivência, trabalho e comércio.
Tipo PREDITIVO
Tipos de discurso
Tipos de discurso
Discurso Direto
No discurso direto, o narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar fielmente a fala do
personagem.
Pode ser também utilizado por questões de humildade - para não falar algo que foi dito por um estudioso,
por exemplo, como se fosse de sua própria autoria.
• Utilização dos verbos da categoria dicendi, ou seja, aqueles que têm relação com o verbo "dizer". São
chamados de "verbos de elocução", a saber: falar, responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar,
dentre outros.
• Utilização dos sinais de pontuação - travessão, exclamação, interrogação, dois pontos, aspas.
• Inserção do discurso no meio do texto - não necessariamente numa linha isolada.
1. Os formados repetiam: "Prometo cumprir meus deveres e respeitar meus semelhantes com firmeza e
honestidade.".
2. O réu afirmou: "Sou inocente!"
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar:
— Alô, quem fala?
— Bom dia, com quem quer falar? — respondeu com tom de simpatia.
Discurso Indireto
No discurso indireto, o narrador da história interfere na fala do personagem preferindo suas palavras. Aqui
não encontramos as próprias palavras da personagem.
1. Os formados repetiam que iriam cumprir seus deveres e respeitar seus semelhantes com firmeza e
honestidade.
2. O réu afirmou que era inocente.
3. Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar. Cumprimentou e perguntou quem estava falando. Do outro
lado, alguém respondeu ao cumprimento e perguntou com tom de simpatia com quem a pessoa queria
falar.
Preciso sair por alguns instantes. (enunciado Disse que precisava sair por alguns instantes.
na 1.ª pessoa) (enunciado na 3.ª pessoa)
Sou a pessoa com quem falou há pouco. Disse que era a pessoa com quem tinha falado há
(enunciado no presente) pouco. (enunciado no imperfeito)
Não li o jornal hoje. (enunciado no pretérito Disse que não tinha lido o jornal. (enunciado no
perfeito) pretérito mais que perfeito)
O que fará relativamente sobre aquele Perguntou-me o que faria relativamente sobre
assunto? (enunciado no futuro do presente) aquele assunto. (enunciado no futuro de pretérito)
Não me ligues mais! (enunciado no modo Pediu que não lhe ligasse mais. (enunciado no
imperativo) modo subjuntivo)
Isto não é nada agradável. (pronome Disse que aquilo não era nada agradável.
demonstrativo em 1.ª pessoa) (pronome demonstrativo em 3.ª pessoa)
Vivemos muito bem aqui. (advérbio de Disse que viviam muito bem lá. (advérbio de
lugar aqui) lugar lá)
• Liberdade sintática.
• Aderência do narrador ao personagem.
Nas orações destacadas os discursos são diretos, embora não tenha sido sinalizada a mudança da fala do
narrador para a do personagem.
QUESTÕES
1) “Qual é a verdadeira extensão da vida humana?” é um exemplo de frase em discurso direto que, se
colocada em discurso indireto, deveria estar reescrita do seguinte modo: “Ele perguntou qual era a
verdadeira extensão da vida humana”. Assinale a pergunta a seguir que está corretamente reescrita em
discurso indireto.
D) Eles foram ontem ao cinema? / Ele perguntou se eles vão ontem ao cinema.
E) Qual o preço pago pelo livro? / Ele perguntou qual seria o preço pago pelo livro.
“Ele abriu e fechou várias vezes o grosso livro, cada uma dessas vezes acompanhada de um palavrão.
Finalmente ele se recompôs, releu o parágrafo a consertar, gemeu. Bom, tudo bem, vamos lá! – Vamos lá,
falou em voz alta. Levantou-se e saiu da sala”.
Nesse segmento de texto, o trecho que exemplifica o discurso indireto livre, é:
5) Um relatório produzido em determinada seção do serviço público trazia, inadequadamente, uma série
de frases em discurso direto. O chefe da seção solicitou, então, ao funcionário autor do relatório que
modificasse tais frases para o discurso indireto, o que foi imediatamente feito; a frase em que essa
modificação solicitada foi realizada de forma adequada é:
A) O funcionário respondeu ao chefe: “Não cometi essa falha ocorrida ontem” / O funcionário respondeu
ao chefe que não cometera aquela falha ocorrida no dia anterior;
C) O cidadão explicou ao segurança: “Não estou preocupado, é que estou pensando” / O cidadão explicou
ao segurança que não estava preocupado, era que estava pensando;
D) A funcionária pensava: “Como podes deixar que te usem?” / A funcionária pensava como podia deixar
que a usem;
E) O funcionário explicou: “O relatório só ficará pronto depois de amanhã” / O funcionário explicou que o
relatório só ficaria pronto depois de amanhã.
A) Passageiros e parentes estavam na plataforma. Adeus, meu filho. O trem teve sua chegada anunciada
pelo alto-falante;
C) O trem chegou buzinando de forma estridente. Todos se prepararam para entrar nos vagões;
D) Os vagões estavam vazios e muito bem limpos, não deixando espaço para reclamações;
Nesse segmento, “Amanhã irei ver você” é exemplo de discurso direto; colocando a frase em discurso
indireto precedido da forma verbal “disse”, a forma adequada seria:
8) A opção em que a passagem do discurso direto para o indireto é feita de forma adequada é:
A) Maria acrescentou: “Eu sei agora que meu amigo partirá daqui em dois dias” / Maria acrescentou que
ela sabia então que seu amigo partiria daqui dois dias mais tarde;
C) Baixando os olhos, Pedro disse: “É verdade que eu menti ontem” / Baixando os olhos, Pedro disse que
era verdade que ele mentiu no dia anterior;
D) O operário confirmou: “Vou receber amanhã tudo o que mereço pelo meu trabalho” / O operário
confirmou que vai receber no dia seguinte tudo o que merece pelo seu trabalho;
E) O menino explicou: “Eu estava aqui na sala quando minha irmã caiu e machucou o joelho” / O menino
explicou que estava ali na sala quando a irmã dele tinha caído e tinha machucado o joelho.
9) O fragmento textual abaixo, de Machado de Assis, que NÃO exemplifica o discurso indireto livre, é:
A) “Viu o imenso espaço que aquele amor lhe tomara na vida, e a terrível influência que poderia exercer
nela, caso não achasse forças para resistir à separação. Qual seria o meio de escapar a esse desenlace, pior
que tudo?”
B) “Estácio viu Helena a ler atentamente um papel. Era uma carta, longa de suas quatro laudas escritas.
Seria alguma mensagem amorosa?”
C) “Quando o médico voltou, ficou espantado da temeridade do doente; deviam tê-lo impedido de sair; a
morte era certa”.
D) “Quando voltamos, à noite, viemos por ali a pé, falando das minhas dúvidas. Capitu novamente
aconselhou que esperássemos. Sogras eram todas assim; já vinha um dia e mudavam”.
E) “Ninguém adivinharia nas maneiras finamente elegantes daquela moça, a origem mediana que ela
tivera; a borboleta fazia esquecer a crisálida”.
“Havia um cego sentado numa calçada em Paris. A seus pés, um boné e um cartaz em madeira escrito com
giz branco gritava: “Por favor, ajude-me. Sou cego”. Um publicitário da área de criação, que passava em
frente a ele, parou e viu umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz e com o giz
escreveu outro conceito. Colocou o pedaço de madeira aos pés do cego e foi embora”.
10) O texto pertence ao modo narrativo de organização discursiva, caracterizado pela evolução
cronológica das ações. O segmento que comprova essa evolução é:
A) “Havia um cego sentado numa calçada em Paris. A seus pés, um boné e um cartaz em madeira escrito
com giz branco gritava”;
B) não vê novelas.
12) "Ele disse que ia tomar um cafezinho...". Essa frase está em discurso indireto; a forma de discurso direto
que reproduz a forma correspondente dessa mesma frase, é
A) Eu ia tomar um cafezinho.
B) Eu tomaria um cafezinho.
C) Eu tomarei um cafezinho.
E) Eu tomava um cafezinho.
13) “Perguntaram ao vigia-salvador: Por que foi abrir a porta da câmara, se isso não fazia parte de sua
rotina de trabalho?”
A) por que tinha ido abrir a porta da câmara, se aquilo não fazia parte da rotina de trabalho dele;
B) por que fora abrir a porta da câmara, se isso não tinha feito parte de sua rotina de trabalho;
C) porque tinha ido abrir a porta da câmara, se isso não tinha feito parte de sua rotina de trabalho;
D) porque abrira a porta da câmara, se isso não fizera parte de sua rotina de trabalho;
E) por que abrira a porta da câmara, se isso não fez parte da rotina de trabalho dele.
14) É verdade que muitas vezes ouvimos discursos nos quais o candidato derrotado decreta que "decidido o
pleito, vamos trabalhar juntos pela proposta vencedora", mas na maioria das vezes isso não passa de
retórica. (L.91-96)
A) O texto afirma que é verdade que muitas vezes ouvimos discursos nos quais o candidato derrotado
decretava que decidido o pleito, íamos trabalhar juntos pela proposta vencedora, mas na maioria das vezes
isso não passava de retórica.
B) O texto afirma que é verdade que muitas vezes ouvimos discursos nos quais o candidato derrotado
decreta que, decidido o pleito, iríamos trabalhar juntos pela proposta vencedora, mas na maioria das vezes
isso não passaria de retórica.
C) O texto afirma que seria verdade que muitas vezes ouviríamos discursos nos quais o candidato derrotado
decretaria que decidido o pleito, iremos trabalhar juntos pela proposta vencedora, mas na maioria das
vezes isso não passará de retórica.
D) O texto afirma que era verdade que muitas vezes ouvíamos discursos nos quais o candidato derrotado
decreta que, decidido o pleito, iríamos trabalhar juntos pela proposta vencedora, mas na maioria das vezes
isso não passaria de retórica.
E) O texto afirma que era verdade que muitas vezes ouvíamos discursos nos quais o candidato derrotado
decretava que, decidido o pleito, íamos trabalhar juntos pela proposta vencedora, mas na maioria das
vezes isso não passava de retórica.
"Mais adiante, afirma: 'Não conhecemos as condições suficientes para o crescimento. Podemos caracterizar
as economias bem-sucedidas do pós-guerra, mas não podemos apontar com segurança os fatores que
selaram seu êxito nem os fatores sem os quais elas poderiam ter sido exitosas.'" (L.59-63)
15) Assinale a alternativa em que se transpôs corretamente o trecho entre aspas para o discurso indireto.
A) A comissão afirmou que não conhecemos as condições suficientes para o crescimento e que podemos
caracterizar as economias bem-sucedidas do pós-guerra, mas não podemos apontar com segurança os
fatores que selaram seu êxito nem os fatores sem os quais elas poderiam ter sido exitosas.
B) A comissão afirmou que não conhece as condições suficientes para o crescimento e que pode
caracterizar as economias bem-sucedidas do pós-guerra, mas não pode apontar com segurança os fatores
que selaram seu êxito nem os fatores sem os quais elas podiam ter sido exitosas.
C) A comissão afirmou que não conhecia as condições suficientes para o crescimento e que podia
caracterizar as economias bem-sucedidas do pós-guerra, mas não podia apontar com segurança os fatores
que haviam selado seu êxito nem os fatores sem os quais elas poderiam ter sido exitosas.
D) A comissão afirmou que não conhecia as condições suficientes para o crescimento e que poderia
caracterizar as economias bem-sucedidas do pós-guerra, mas não poderia apontar com segurança os
fatores que selariam seu êxito nem os fatores sem os quais elas podiam ter sido exitosas.
16) A opção abaixo em que uma expressão popular foi substituída inadequadamente por linguagem
formal, é:
A) Disse que ficou com dois rapazes na festa / Disse que namorou dois rapazes na festa;
C) Ficou zangado e deu uma bronca nos filhos / Ficou zangado e recriminou os filhos;
E) Após o encontro, João ficou com o pé atrás / Após o encontro, João ficou desconfiado.
17) Abaixo estão cinco gêneros textuais. Assinale a opção que indica o gênero cujo exemplo de texto é
adequado.
B) Didático / oração.
C) Informativo / requerimento.
E) Preditivo / horóscopo.
18) Deparamo-nos diariamente com uma série de textos que tentam convencer-nos a adquirir
determinado produto: são os chamados textos publicitários. Vejamos a seguir um exemplo desses textos.
É festa na fazenda! Para tratar a Tristeza Parasitária e fazer a alegria tomar conta do rebanho. A Tristeza
Parasitária pode afetar o rebanho a qualquer momento e em qualquer fase da vida. Contudo, existe uma
dupla capaz de reanimar e proteger o potencial produtivo dos animais. Com você, Ganaseg™ 7% &
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única Curto período de carência (Leite: 5 dias/Carne: 8 dias para animais tratados via intramuscular e 4 dias
para animais tratados via subcutânea) Xô, tristeza!
Sobre os elementos estruturais desse texto e suas estratégias de produção, é correto afirmar que:
A) o texto segue a estrutura clássica dos textos publicitários: um título, um subtítulo, o conteúdo da
informação e uma recomendação à aquisição do produto;
C) o texto veicula a mensagem, tendo em vista o seu público-alvo, selecionando informações, não
explicitando termos supostamente conhecidos e utilizando uma linguagem adequada;
D) o produto anunciado deve ter destacadas as suas características principais e as vantagens explícitas
sobre os concorrentes;
E) o texto é construído segundo um roteiro: chamar a atenção para o tema, despertar o interesse dos
leitores, transformar o interesse em desejo de aquisição e apelar para a ação.
Texto 5
“Um investigador de crimes cibernéticos é um agente da lei especializado na avaliação de casos envolvendo
crimes de computador. Esse pessoal pode trabalhar para agências policiais e empresas privadas e também
pode ser conhecido como técnico em computação forense. O trabalho nesse campo requer treinamento
em tecnologia da informação e aplicação da lei, para que as pessoas tenham as ferramentas para localizar
evidências, bem como as habilidades para protegê-las e garantir que sejam utilizáveis em tribunal.
Quando membros do público denunciam crimes cibernéticos, um investigador de crimes cibernéticos
participa da investigação. Isso pode incluir qualquer coisa, desde testar a rede de um banco para
determinar como e quando ocorreu um vazamento de dados até avaliar um computador individual que
pode ter sido usado em um crime. Os investigadores de crimes cibernéticos podem recuperar e reconstruir
dados se forem danificados ou destruídos, acidental ou intencionalmente. Eles também podem explorar
redes de computadores, computadores individuais e discos rígidos para identificar evidências de atividade
criminosa” (Netinbag.com).
20) Assinale o segmento textual abaixo que deve ser incluído entre os textos normativos.
1-A/ 2-C/ 3-E/ 4-A/ 5-A/ 6-A/ 7-B/ 8-B/ 9-E/ 10-D/ 11-B/ 12-D/ 13-A/ 14-E / 15-C/ 16-A/17-E/ 18-C/ 19-B/
20-E/
AULA 3
Tipologia da frase portuguesa/ Estrutura da frase portuguesa: operações
de deslocamento, substituição, modificação e correção/ Problemas
estruturais das frases/ Norma culta/ Organização sintática das frases:
termos e orações. Ordem direta e inversa.
Sujeito → Predicado
Sujeito
Sujeito
Ordem inversa
Sujeito
Sujeito
Predicado Sujeito
Os sujeitos no meio do predicado também se configuram como sendo uma ordem invertida. Como o
próprio nome diz, nessa inversão, o sujeito aparece entre os termos do predicado.
Sujeito
Sujeito
Primeiro, é bom lembrar que o adjunto adnominal é todo termo sintático da oração que pode caracterizar,
determinar, modificar, especificar ou restringir um substantivo.
Quem é fiel é fiel a alguém ou a alguma coisa. Assim, o adjetivo “fiel” necessita de complemento.
Note que o advérbio de lugar “perto” necessita de um complemento: perto de algo ou de alguém.
O adjunto adnominal formado por uma locução adjetiva pode ser confundido com o complemento
nominal.
1º critério:
Assim, em orações como “Estava cheio de problemas.”, “Moro perto de você.”, logo no primeiro
critério, já sabemos que “de problemas” e “de você” são complementos nominais, pois completam o
sentido do adjetivo “cheio” e do advérbio “perto”, respectivamente.
2º critério:
Sabendo-se que um substantivo abstrato normalmente é o nome de uma ação (corrida, pesca) ou de uma
característica (tristeza, igualdade) e que o substantivo concreto é o nome de um ser independente, que
conseguimos visualizar, pegar (casa, copo). Nas orações “Trouxe copos de vidro.” e “Vi a casa de pedra.”, os
termos “de vidro” e “de pedra” são adjuntos adnominais, pois caracterizam os substantivos concretos
“copos” e “casa”, respectivamente.
3º critério:
Este último normalmente é o cobrado em prova. Se os termos abaixo sublinhados são agentes,
automaticamente serão os adjuntos adnominais. Se pacientes, serão complementos nominais.
Adjuntos adnominais:
Complementos nominais:
2) Entre os segmentos abaixo, aquele em que o termo sublinhado atua como agente do termo anterior é
A) sensação de insegurança.
B) A Inglaterra é o paraíso das mulheres, o purgatório dos homens e o inferno dos cavalos.
E) Dizem que o silêncio vale ouro. Por isso ele é tão raro.
“Não se trata de uma referência às fontes murmurantes cantadas por Ary Barroso em sua ‘Aquarela do
Brasil’. As fontes em questão são outras, estão atualmente em debate nos meios jornalísticos e legais: o
direito de proteger o sigilo das ‘fontes’. Contrariando a maioria, diria até a unanimidade dos colegas de
ofício, sou contra este tipo de sigilo e, sobretudo, contra as fontes em causa.”
No segmento, o termo que funciona como complemento de um termo anterior é:
A) às fontes murmurantes.
D) das fontes.
Nesse segmento do texto, há duas formas verbais na terceira pessoa do plural: dizem e moram.
Os termos sublinhados podem ter a função de agentes ou pacientes dos termos anteriores; exerce(m) a
função de agente:
A) todos eles;
B) nenhum deles;
C) somente o primeiro;
D) somente o segundo;
10) Assinale a opção que indica a frase que se encontra na ordem direta.
A) “Das coisas mais marcantes da adolescência, minha memória traz os tempos de estudo e dúvidas sobre
o futuro”.
B) “De forma contrária às principais críticas que se ouve hoje, meus anos de Ensino Médio foram, sim,
muito significativos para uma formação dita cidadã, e não só voltada aos vestibulares”.
C) “Hoje trabalhando com educação, tenho plena consciência de que um ensino inovador pode surgir a
partir de práticas consideradas tradicionais”.
D) “uma roda de conversa na escola pode ser tão ou mais revolucionária quanto qualquer aplicativo
educacional”.
“Deveríamos aproveitar a importância desta semana para refletir sobre nosso comportamento como
pedestres, passageiros, motoristas, motociclistas, ciclistas, pais, enfim, como cidadãos cujas ações tem
B) a forma verbal “tem" deveria ter acento circunflexo pois seu sujeito está no plural;
E) a forma “dos demais" deveria ser substituída por “das demais", por referir-se ao feminino “ações".
A) digitação de mensagens;
B) fones de ouvido;
D) teclados de computadores;
E) casos de adultério.
13) Entre os termos sublinhados abaixo, aquele que exerce a função de complemento é:
A) áreas da cidade;
B) campanhas de conscientização;
D) cobrança de pedágio;
E) número de vítimas.
14) O segmento, retirado do texto 1 ou 2, que tem vírgulas em função do deslocamento de um adjunto
adverbial é:
A) “A pressão para a redução da maioridade penal está baseada em casos isolados, e não em dados
estatísticos." (texto 1)
B) “A redução da maioridade penal iria proteger os jovens do aliciamento feito pelo crime organizado, que
tem recrutado menores de 18 anos para atividades..." (texto 2)
D) “A mudança da Constituição de 1988 não seria ilegal, uma vez que a nova lei apenas colocaria novas
regras." (texto 2)
E) “...moradores de áreas periféricas do Brasil, na medida em que esse é o perfil de boa parte da população
carcerária brasileira." (texto 1)
A) salvadora da Pátria;
17) Entre os segmentos do texto 1, aquele que mostra o emprego de vírgula em função de um adjunto
adverbial deslocado é:
A) “A publicidade cerca-nos de todos os lados - na TV, nas ruas, nas revistas e nos jornais – e força-nos a
ser mais consumidores que cidadãos".
C) “Não tem a menor importância, se uma boa máquina publicitária for capaz de tornar a sua marca bem
aceita entre os consumidores".
E) “A gula, nos produtos alimentícios e nas lanchonetes que oferecem muito colesterol em sanduíches
piramidais".
18) Assinale a opção que indica o segmento do texto que tem função distinta dos demais.
B) funcionários de empresas.
D) funcionários da limpeza.
E) limpeza de grafites.
“Os primeiros habitantes do território, hoje conhecido como Brasil, chegaram(1) aqui há milhares de anos.
Por volta de 1500, havia diferentes povos indígenas espalhados por todo o território. Em
1500, chegaram(2) os portugueses e, no século XVI, eles começaram a trazer os povos africanos. Assim,
pode-se dizer que a população brasileira se originou do encontro desses três grupos”.
19) Nesse segmento do texto, a forma verbal que mostra sujeito posposto é:
A) chegaram(1).
B) havia.
C) chegaram(2).
D) começaram a trazer.
E) se originou.
B) "... o Dia do Trabalho é comemorado oficialmente na primeira segunda-feira de setembro, desde 1894”.
D) "Seguiu-se um tiroteio..".
Vírgula
Emprego da vírgula no período simples: quando se trata de separar termos de uma mesma oração, deve-
se usar a vírgula nos seguintes casos:
Ela prefere filmes românticos; o namorado, de aventura. (o namorado prefere filmes de aventura)
quer dizer...
Irei para Águas de Santa Bárbara, melhor dizendo, para São Lourenço.
Período composto por coordenação: as orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula.
Nota: as orações coordenadas aditivas iniciadas pela conjunção e só terão vírgula, quando os sujeitos
forem diferentes e quando o e aparecer repetido.
Ponto-e-vírgula
O ponto-e-vírgula indica uma pausa um pouco mais longa que a vírgula e um pouco mais breve que o
ponto. O emprego do ponto-e-vírgula depende muito do contexto em que ele aparece.
Estive a pensar, durante toda a noite, em Diana, minha antiga namorada; no entanto, desde o último verão,
estamos sem nos ver.
O diretor e a coordenadora já avisaram a todos os alunos que não serão permitidas brincadeiras durante o
intervalo nos corredores; porém alguns alunos ignoram essa ordem.
Dois-pontos
QUESTÕES
A) tem emprego incorreto, pois não se emprega vírgula antes da conjunção coordenativa aditiva.
B) tem emprego incorreto, pois, nesse caso, não há qualquer interrupção na leitura que demonstre pausa.
C) tem emprego adequado, pois o sujeito da segunda oração não é o mesmo da anterior.
“A civilização do século XX tornou-se altamente dependente do mais nobre dos combustíveis, porque ele é
extremamente conveniente: é líquido, podendo pois ser transportado facilmente nos mais variados
recipientes e em oleodutos, e, além disso, é o combustível mais rico em calorias. Assim, a humanidade se
acostumou com o “creme” dos combustíveis e o desperdiçou, como quem desperdiça um bem ganho sem
qualquer esforço. Mas isso vai acabar, o petróleo é uma herança que recebemos do passado e que
fatalmente vai terminar”.
“Pensar mal amiúde significa tornar mau. Na vida das nações (1) não menos que na dos indivíduos (2) os
primeiros momentos de uma trajetória imprimem (3) no que está nascendo (4) traços de teimosa
permanência”.
(Eduardo Giannetti, O Elogio do Vira-Lata e outros ensaios. 1ª. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
p. 13)
3) Nesse segmento inicial de um texto, poderiam ser usadas vírgulas nas posições dos seguintes números:
4) A razão que justifica o emprego da vírgula nesse pensamento é a mesma que ocorre em:
B) “A pintura é uma poesia que se vê e não se sente, e a poesia é uma pintura que se sente e não se vê.”
“O levantamento foi feito pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp) com 99
instituições.”
“Numa democracia, (1) é livre a expressão, estão garantidos o direito de reunião e de greve, (2) entre
outros, obedecidas leis e regras, (3) lastreadas na Constituição. Em um regime de liberdades, (4) há sempre
o risco de excessos, (5) a serem devidamente contidos e seus responsáveis, punidos, conforme
estabelecido na legislação”.
6) Nesse segmento inicial do texto, a vírgula que tem caráter optativo é a indicada pelo número
A(1).
B(2).
C(3).
D(4).
E(5).
7) Sobre o emprego de pontuação e de sinais gráficos nesse segmento do texto 2, é correto afirmar que:
“O tempo passa e a polêmica reforma política que tenta tramitar na Câmara continua a desafiar a
capacidade de os políticos construírem consensos mínimos”.
A) deveria empregar-se uma vírgula após a forma verbal “passa” porque o sujeito da oração seguinte é
diferente do da anterior;
B) deveria empregar-se uma vírgula após o termo “reforma política” por tratar-se de termo restritivo;
C) no termo “de os políticos” não ocorre a combinação da preposição com o artigo, em virtude de o artigo
preceder um termo que é o sujeito da oração;
D) a forma verbal “construírem” aparece no plural por dever concordar com “consensos mínimos”;
E) o adjetivo “polêmica” deveria aparecer após o adjetivo “política” para evitar ambiguidade textual.
“Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se ressente ainda da falta
de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e eficaz
veículo de comunicação”.
“Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer produtos nativos americanos, por isso
trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal”.
A) Os espanhóis, nos primeiros anos de conquista, resistiram a comer produtos nativos americanos, por
isso trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal;
B) Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer produtos nativos americanos e, por
isso, trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal;
C) Nos primeiros anos da conquista os espanhóis resistiram a comer produtos nativos americanos, por isso
trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal;
D) Os espanhóis resistiram a comer produtos nativos americanos, nos primeiros anos de conquista;
trouxeram consigo, por isso, plantas e animais de sua terra natal;
E) Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer produtos nativos americanos, e, por
isso trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal.
E) evitar ambiguidades.
Estou há pouco mais de dois anos morando na China, leitor, e devo dizer que a minha admiração
pelos chineses só tem feito crescer. É um país que tem coesão e rumo, como notou o meu colega de
coluna neste jornal Cristovam Buarque, que passou recentemente por aqui.
11) Na primeira linha do texto 1, o termo “leitor” aparece entre vírgulas pela mesma razão que elas são
empregadas em:
A) “Há uma famosa observação do primeiro-ministro Chou En-Lai, muito citada, que traduz essa noção
singular do tempo”;
B) “Em certa ocasião, no início dos anos 1970, um jornalista estrangeiro lançou a pergunta...”;
D) “Recentemente, li aqui na China que essa célebre resposta foi um simples mal-entendido”;
E) “É um país que tem coesão e rumo, como notou o meu colega de coluna neste jornal Cristovam
Buarque...”.
A) um termo deslocado;
B) um aposto;
C) um vocativo;
D) uma oração antecipada;
E) um adjunto adverbial.
• ... no dia 14 de novembro de 1889, isto é, na véspera da Proclamação da República dos Estados Unidos do
Brasil. (1° parágrafo);
• – Ora, cidadão, que fazia ali a figura do Pedro Banana? (15° parágrafo)
14) Assinale a alternativa em que o período, reescrito com base nas informações do texto, está correto
quanto ao emprego da vírgula.
B) Imagine que, um agricultor observa, nuvens contendo água mais que suficiente para salvar a sua lavoura,
deixando um bom saldo.
C) Quando a situação fica desesperadora o mundo todo, para controlar a chuva gasta milhões de dólares
todos os anos.
D) As nuvens pequenas, que podem reter um volume de 750 km³ de água, são capazes de formar
verdadeiros lagos voadores.
E) O Serviço Nacional do Clima divulgou em fevereiro, que a chance de uma recuperação rápida da
Califórnia, é de uma em mil.
“Entender os debates mais recentes sobre a colonização, as práticas humanitárias, a bioética, o choque de
culturas também / supõe um conhecimento do cristianismo, dos elementos fundamentais da sua doutrina,
das peripécias que marcaram sua história, das etapas da sua adaptação ao mundo”.
15) O trecho acima foi separado em duas partes por uma barra inclinada. Sobre o emprego das vírgulas
nessas duas partes, é correto afirmar que:
“O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e generosa, ainda largamente ignorada
em suas medidas de proteção e promoção”.
16) A inclusão de uma vírgula entre os dois segmentos (texto 2) faz supor a implícita existência de um
conector entre eles; tal conector deveria representar:
“Essa é uma questão que ainda faz a ciência perder o sono – não há um consenso entre os pesquisadores.”
A) consequência;
B) justificativa;
C) proporção;
D) contraste;
E) concessão.
“na natureza nada é perfeito e tudo é perfeito as árvores podem ser retorcidas vergadas de modos
estranhos e ainda assim são belas”.
18) Observe esse pensamento, transcrito sem os sinais de pontuação originais e todo ele em letras
minúsculas.
A) Na natureza, nada é perfeito, e tudo é perfeito. As árvores podem ser retorcidas, vergadas de modos
estranhos, e ainda assim são belas.
B) Na natureza nada é perfeito e tudo é perfeito! As árvores podem ser retorcidas, vergadas de modos
estranhos e ainda assim são belas.
C) Na natureza, nada é perfeito e tudo é perfeito; as árvores podem ser retorcidas, vergadas de modos
estranhos e ainda assim são belas.
D) Na natureza nada é perfeito e tudo é perfeito; as árvores podem ser retorcidas, vergadas de modos
estranhos e ainda assim são belas.
E) Na natureza, nada é perfeito e tudo é perfeito. As árvores podem ser retorcidas, vergadas de modos
estranhos, e ainda assim são belas.
“À medida que meus sofrimentos aumentavam logo percebi que havia duas maneiras pelas quais eu
poderia responder à minha situação reagir com amargura ou procurar transformar o sofrimento em uma
força criativa eu decidi seguir o último curso.” (Martin Luther King Jr.)
A) À medida que meus sofrimentos aumentavam, logo percebi que havia duas maneiras pelas quais eu
poderia responder à minha situação – reagir com amargura ou procurar transformar o sofrimento em uma
força criativa. Eu decidi seguir o último curso.
C) À medida que meus sofrimentos aumentavam, logo percebi que havia duas maneiras pelas quais eu
poderia responder à minha situação – reagir com amargura ou procurar transformar o sofrimento em uma
força criativa, eu decidi seguir o último curso.
D) À medida que meus sofrimentos aumentavam logo percebi que havia duas maneiras pelas quais eu
poderia responder à minha situação – reagir com amargura, ou procurar transformar o sofrimento em uma
força criativa: eu decidi seguir o último curso.
E) À medida que, meus sofrimentos aumentavam, logo percebi que havia duas maneiras pelas quais eu
poderia responder à minha situação, reagir com amargura ou procurar transformar o sofrimento em uma
força criativa. Eu decidi seguir o último curso.
O filósofo francês Pascal afirmou que: “A imaginação tem todos os poderes: ela faz a beleza, a justiça e a
felicidade, que são os maiores poderes do mundo”.
20) O pensamento acima é dividido em duas partes, separadas pelo emprego dos dois pontos. A segunda
parte mostra:
“O neurótico constrói um castelo no ar. O psicótico mora nele. O psiquiatra cobra o aluguel.”
(Jerome Lawrence) Se trocarmos a pontuação entre as frases por conectivos, a forma adequada será:
A) O neurótico constrói um castelo no ar, mas o psicótico mora nele ao passo que o psiquiatra cobra o
aluguel.
B) O neurótico constrói um castelo no ar enquanto o psicótico mora nele e o psiquiatra cobra o aluguel.
C) O neurótico constrói um castelo no ar embora o psicótico more nele, mas o psiquiatra cobra o aluguel.
D) O neurótico constrói um castelo no ar e o psicótico mora nele, contudo o psiquiatra cobra o aluguel.
E) O neurótico constrói um castelo no ar ainda que o psicótico more nele, enquanto o psiquiatra cobra o
aluguel.
A) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas, por favor, não digam que eu seria
capaz de comer pizza de soja.”;
B) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não digam que eu seria
capaz de comer pizza de soja.”;
C) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo mas por favor, não digam que eu seria
capaz de comer pizza de soja.”;
D) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não digam, que eu seria
capaz de comer pizza de soja.”;
E) “Não me importo, de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não digam que eu seria
capaz de comer pizza de soja. ”
AULA 5
Registros de linguagem. Funções da linguagem. Elementos dos atos de
comunicação.
Funções da Linguagem
As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem segundo a intenção do falante.
Elas são classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva, função poética, função fática,
função conativa e função metalinguística.
Cada uma desempenha um papel relacionado com os elementos presentes na comunicação: emissor,
receptor, mensagem, código, canal e contexto. Assim, elas determinam o objetivo dos atos comunicativos.
Como exemplos de linguagem referencial podemos citar os materiais didáticos, textos jornalísticos e
científicos. Todos eles, por meio de uma linguagem denotativa, informam a respeito de algo, sem envolver
aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem.
Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o emissor, uma vez que possui um caráter
pessoal.
Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, as cartas, os diários. Todos eles são marcados pelo
uso de sinais de pontuação, por exemplo, reticências, ponto de exclamação, etc.
Função Poética
A função poética é característica das obras literárias que possui como marca a utilização do sentido
conotativo das palavras.
Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será transmitida por meio da escolha
das palavras, das expressões, das figuras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunicativo é a
mensagem.
Note que esse tipo de função não pertence somente aos textos literários. Também encontramos a função
poética na publicidade ou nas expressões cotidianas em que há o uso frequente de metáforas (provérbios,
anedotas, trocadilhos, músicas).
Esse tipo de função é muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas expressões de cumprimento,
saudações, discursos ao telefone etc.
Essa função é muito utilizada nas propagandas, publicidades e discursos políticos, de modo a influenciar o
receptor por meio da mensagem transmitida.
Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na terceira pessoa com a presença de verbos no
imperativo e o uso do vocativo.
• Vote em mim!
• Entre. Não vai se arrepender!
• É só até amanhã. Não perca!
Função Metalinguística
A função metalinguística é caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a linguagem que se refere a
ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um código utilizando o próprio código.
Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um documentário cinematográfico que fala sobre a
linguagem do cinema são alguns exemplos.
Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem destaque são as gramáticas e os dicionários.
As variações linguísticas reúnem as variantes da língua que foram criadas pelos homens e são reinventadas
a cada dia.
Dessas reinvenções surgem as variações que envolvem diversos aspectos históricos, sociais, culturais,
geográficos, entre outros.
No Brasil, é possível encontrar muitas variações linguísticas, por exemplo, na linguagem regional.
Certamente, quando falamos com pessoas próximas utilizamos a linguagem dita coloquial, ou seja, aquela
espontânea, dinâmica e despretensiosa.
No entanto, de acordo com o contexto no qual estamos inseridos, devemos seguir as regras e normas
impostas pela gramática, seja quando elaboramos um texto (linguagem escrita) ou organizamos nossa fala
numa palestra (linguagem oral).
Em ambos os casos, utilizaremos a linguagem formal, que está de acordo com a normas gramaticais.
Observe que as variações linguísticas são expressas geralmente nos discursos orais. Quando produzimos
um texto escrito, seja em qual for o lugar do Brasil, seguimos as regras do mesmo idioma: a língua
portuguesa.
Níveis de linguagem
Os níveis de linguagem, ou níveis de fala, são os registros da linguagem utilizados pelos falantes, os quais
são determinados por vários fatores de influência.
Por exemplo, um juiz não falará em tribunal tal como fala num jantar com família e amigos.
Não precisamos ir muito longe para entender o conceito. Basta não concordarmos sujeito com verbo e já
temos aí uma transgressão gramatical, por exemplo: “A gente avisamos para ele se afastar.”.
A linguagem informal não é incorreta, motivo pelo qual ela não pode ser caracterizada como inculta, afinal,
qualquer pessoa a usa num ambiente descontraído.
No entanto, a descontração pode dar abertura a algumas transgressões gramaticais, de onde podem surgir
as variantes linguísticas e, em alguns casos, até pode surgir a linguagem vulgar.
Variantes linguísticas
Variantes linguísticas são as mudanças que a língua sofre em função do tempo (como português medieval e
atual), da região onde a língua é falada (nordeste e sul do Brasil), das situações formais ou informais
(gírias).
Regionalismos
Os regionalismos consistem em vocabulário e formas de expressão que são influenciadas pelo local onde a
língua é falada, como podemos notar nas diferenças da língua portuguesa entre os falantes das regiões
brasileiras.
Por exemplo: "Não se avexe." e "Não precisa ficar sem graça.", ambos com o mesmo significado (não ter
vergonha), são as formas utilizadas no nordeste e no sul do Brasil.
Gírias
As gírias consistem em palavras ou frases utilizadas em ambientes informais, e que surgem entre grupos
(jovens surfistas, adolescentes, policiais).
Por exemplo, a palavra “date” em inglês, que significa “encontro” passou a ser utilizada pelos jovens na
língua portuguesa como uma gíria: “Tenho um date hoje.”.
QUESTÕES
1) A opção abaixo em que uma expressão popular foi substituída inadequadamente por linguagem
formal, é:
A) Disse que ficou com dois rapazes na festa / Disse que namorou dois rapazes na festa;
C) Ficou zangado e deu uma bronca nos filhos / Ficou zangado e recriminou os filhos;
E) Após o encontro, João ficou com o pé atrás / Após o encontro, João ficou desconfiado.
2) A linguagem tem múltiplas funções; a frase abaixo em que a função da linguagem empregada é a de
abordar a própria linguagem (metalinguagem) é:
B) Colhe as rosas enquanto estão vivas; amanhã, já não estarão como hoje;
C) Em geral, logo que uma coisa se torna útil deixa de ser bela;
3) A função de linguagem que mostra uma relação equivocada com o elemento da teoria da informação
é:
B) metalinguística / código;
D) fática / canal;
E) poética / mensagem.
“Posso falar de arte e artistas outra vez? Espero que, em algum lugar aí no Brasil, haja leitores e leitoras,
mesmo poucos, que se interessem pela figura tão singular e tão fundamental do artista”.
A) metalinguística.
B) conativa ou apelativa.
C) emotiva ou expressiva.
D) poética.
E) referencial.
O texto “Operação, por exemplo, é uma palavra assustadora. Pior do que intervenção cirúrgica porque
promete uma intromissão muito mais radical nos intestinos”.
5) Esse segmento do texto “Diminutivos”, de Luís Fernando Veríssimo, exemplifica uma função de
linguagem denominada
A) referencial.
C) conativa.
D) expressiva.
E) metalinguística.
6) Um livro didático de Literatura mostra o seguinte texto: “Façam uma pesquisa a fim de averiguar se sua
cidade e seu Estado dispõem de patrimônio artístico-cultural barroco.”.
A) metalinguística;
B) referencial;
C) conativa;
D) fática;
E) poética.
7) Um fabricante de açúcar refinado, hoje considerado produto prejudicial à saúde, escreve, em seus
pequenos sacos de açúcar usados em restaurantes, frases como Ria mais, Abrace seus amigos etc. Vemos
que, nesse caso, o publicitário:
8) "Harém. A palavra harém foi originalmente utilizada para designar um cômodo da casa de um
muçulmano, onde viviam suas esposas e concubinas. O termo, hoje utilizado para identificar um conjunto de
mulheres, deriva do árabe harim, equivalente a "lugar sagrado ou proibido".
(Detrás de las palavras, Charlie López)
Considerando esse pequeno texto, assinale a alternativa que indica a função de linguagem que nele
predomina.
B) Fática.
C) Poética.
D) Metalinguística.
E) Apelativa.
C) “Dispepsia? Significa ‘sensação de desconforto digestivo, especialmente de peso, que ocorre após as
refeições’, segundo o dicionário Houaiss.”
10) A opção abaixo em que uma expressão popular foi substituída inadequadamente por linguagem
formal, é:
A) Disse que ficou com dois rapazes na festa / Disse que namorou dois rapazes na festa;
C) Ficou zangado e deu uma bronca nos filhos / Ficou zangado e recriminou os filhos;
E) Após o encontro, João ficou com o pé atrás / Após o encontro, João ficou desconfiado.
11) Pelos textos lidos até agora, vemos que o cronista se compraz em empregar a linguagem informal, em
segmentos variados. Considerando esses textos, assinale a frase que é integralmente construída em
linguagem culta.
A) Dois amigos meus que leram os três volumes dessa A vida de D. Pedro I, de Octávio Tarquínio de Sousa,
disseram que é um livro de que a gente fica com saudades quando acaba....
B) ...vontade de pedir ao historiador a vida de D. Pedro II como quem repete um prato gostoso em um
restaurante: “Salta mais um Pedro!”.
D) E o coronel fique na sua varanda, cheia de gaiolas de passarinhos. Ali perto, enjaulados como feras, dois
imensos cães dinamarqueses.
E) ...e os escritos desta época andam tão cheios, ora de inverdades, ora de subentendidos, ora de omissões
e enganos, que, entre as linhas e entrelinhas dos documentos, o historiador ficará a coçar o queixo.
12) As frases podem estar escritas em registros variados da língua; a frase abaixo, relacionada à
gastronomia, que mostra marcas do registro popular é
C)“Eu cozinho com vinho, às vezes até mesmo acrescento comida a ele”.
D) “A regra fundamental para um sommelier é fazer as pessoas felizes por meio do vinho”.
13) A frase que se estrutura em linguagem formal, sem exemplos de linguagem coloquial, é:
A) Me sinto como Cristóvão Colombo, pois sobrevivi a seis casamentos e agora descobri a mim mesma;
C) Se a economia tivesse muito boa, se todo mundo tivesse ganhando muito bem, ninguém ia querer saber
de eleição;
“As fotografias estão ótimas; acho que perdi bons momentos; vou ver se qualquer dia desses envio uma
foto minha para você, você sabe que eu não gosto de tirar fotos”.
15) Em situações de formalidade, é conveniente evitar o uso de linguagem informal; a frase abaixo que se
mostra inteiramente formal é:
B) Um memorando serve não para informar a quem lê ele, mas para proteger quem o escreve;
16) O texto 4 está expresso em linguagem culta, com obediência às normas gramaticais; o segmento em
que ocorre um exemplo de linguagem popular é:
A) “É claro que o modelo direto é pouco adotado, já que o orçamento municipal costuma ser apertado e há
outras áreas que as prefeituras devem suprir (saúde e educação, por exemplo)”;
C) “Para fazer isso, é preciso realizar uma licitação, procedimento padrão para que uma empresa
desempenhe um serviço público”;
17) Assinale a frase que não inclui uma marca da linguagem coloquial.
A) Quando uma pessoa é presa da comichão de escrever, nada a pode curar, senão o coçar de uma pena.
C) Nunca se deve ler um mau autor, nem para desdenhar dele. Sempre há um grão de tolice que pega.
Texto 2
O professor tenta exaustivamente explicar o conteúdo seguidas vezes, muda o ponto de vista, muda o
esquema exposto na lousa, exemplifica de duas, três, quatro formas diferentes. A cada pausa, chama
atenção de diferentes grupos de alunos, que insistem em não prestar atenção. (....) Já transpirando e quase
rouco de tanto aumentar o tom de voz, o professor chama a atenção de um aluno que ri alto.
—Fica de boa, profe. Depois eu vejo isso aí no YouTube.
— Fica de boa, profe. Depois eu vejo isso aí no YouTube.
18) A característica que NÃO está presente nessa frase dita pelo aluno do texto 2 é:
A) emprego de gíria;
19) A frase abaixo que foi construída exclusivamente por linguagem formal é:
21) As funções de linguagem fazem parte do conteúdo desta prova; a frase abaixo que documenta a
função de linguagem denominada conativa, ou seja, a que pretende influenciar o receptor, é:
A) Eu sempre quis ser igualzinha à Barbie. É por isso que clareio o cabelo até ficar branco;
B) Gosto de meus braços musculosos, aspecto atlético e cintura fina. Detesto é a camada de gordura que
cobre tudo isso;
C) O mundo abre passagem ao homem que sabe para onde está indo;
D) A rosa vive uma hora e o espinheiro, cem anos;
E) Quando ouvir falar bem de um amigo, conte isso a ele.
22) “Por isso, devemos nos manter alerta às decisões editoriais como as de Zero Hora e nos manifestar
criticamente para que o jornalismo brasileiro não aja como se o colapso climático fosse questão de
opinião.” (Texto 2, 6º parágrafo, último período)
O texto 2 é predominantemente argumentativo (no que se refere ao seu modo de organização discursiva) e
desempenha majoritariamente as funções referencial e emotiva (no que se refere ao seu propósito
comunicativo). Seu último período, no entanto, subverte esse padrão, na medida em que evidencia uma
predominância:
A) do modo narrativo e da função metalinguística;
B) do modo descritivo e da função fática;
C) do modo injuntivo e da função conativa;
D) do modo argumentativo e da função poética;
E) do modo expositivo e da função fática.
24) Numa de suas famosas crônicas, Machado de Assis faz o seguinte comentário: “Há um bom costume na
Índia que eu quisera ver adotado no resto do mundo, ou pelo menos aqui no Rio de Janeiro. A visita não é
que se despede; é o dono da casa que a manda embora”.
Como ocorre em todo ato comunicativo, a linguagem nele empregada mostra uma função predominante;
neste caso, a função predominante da linguagem é
26) Todas as opções a seguir trazem fragmentos textuais retirados de jornais conhecidos.
Assinale a opção que apresenta o fragmento que traz exemplo de linguagem coloquial.
B) Com o advento do novo governo, a legislação econômica sobre o teto de gastos deve sofrer
modificações.
C) Os moradores de algumas comunidades cariocas estão sendo obrigados a fazerem papel de espiões para
os traficantes.
D) Os candidatos a prefeito de São Paulo fizeram ontem à noite mais um debate político, mas não atraíram
grande número de ouvintes.
1-A/ 2-E/ 3-C/ 4-B/ 5-E/ 6-C/ 7-C/ 8-D/ 9-A/ 10-A/ 11-D/ 12-B/ 13-B/ 14-E/ 15-E/ 16-A/ 17-B/ 18-D/ 19-E/
20-D/ 21-E/ 22-C/ 23-B/24-C/ 25-E/ 26-E
AULA 6
Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição.
A diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivação, partimos sempre de um
único radical, enquanto no processo de composição sempre haverá mais de um radical.
Derivação
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já
existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:
Primitiva Derivada
Tipos de Derivação
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os exemplos:
crer-descrer
ler-reler
capaz- incapaz
Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de
classe gramatical. Por exemplo:
alfabetização
No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é
derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar.
papel/papelaria
riso / risonho
atual - atualizar
feliz - felizmente
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo não simultâneo de prefixo e sufixo à palavra
primitiva.
Exemplos:
Note que a presença de apenas um desses afixos é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa
língua existem as palavras "desleal", "lealdade" e "infeliz", "felizmente".
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva.
Considere, por exemplo, o adjetivo "triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer pela junção
simultânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". Note que a presença de apenas um desses afixos não é
suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras "entriste", nem
"tristecer".
Dica: para estabelecer a diferença entre derivação prefixal e sufixal e parassintética, basta retirar o prefixo
ou sufixo da palavra na qual se tem dúvida. Feito isso, observe se a palavra que sobrou existe; caso isso
aconteça, será derivação prefixal e sufixal. Caso contrário, será derivação parassintética.
Derivação Regressiva
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução.
Exemplos:
comprar(verbo)
compra (substantivo)
beijar(verbo)
beijo (substantivo)
Derivação Imprópria
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão
em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:
QUESTÕES ( de 1 a 20)
“Com abordagens diretas ou indiretas, a cultura baiana continua em destaque na “Festa Literária
Internacional de Paraty”, evento fluminense considerado como um dos principais festivais literários da
América do Sul. A nova curadora da “Flip 2019”, a publisher e jornalista Fernanda Diamant acaba de
anunciar o escritor fluminense Euclides da Cunha como o “Autor Homenageado” no evento que começa em
10 de julho, no balneário histórico de Paraty”.
1) Assinale a opção que indica a palavra que tem processo de formação distinta das demais.
A) abordagens.
B) literários.
C) jornalista.
D) fluminense.
E) destaque.
“Em vista disso, inteligência e sabedoria são dois conceitos interessantes. Assim, poderemos ter uma ideia
mais precisa e útil do que realmente são. Afinal, se queremos algo, além de ter um alto QI, é necessário
desenvolver uma sabedoria excepcional e moldar uma personalidade virtuosa. Isso vai um passo além do
cognitivo e do emocional”.
2) Nesse segmento do texto , a palavra formada por processo de formação originalmente diferente dos
demais é:
A) sabedoria;
B) realmente;
C) desenvolver;
D) excepcional;
E) personalidade.
A) falir / falência;
B) provir / provisão;
C) deter / detenção;
D) dispensar / dispensa;
E) fugir / fuga.
4) A palavra do texto que NÃO segue o mesmo processo de formação que as demais é:
A) ressentimento;
B) covardia;
C) legislação;
D) importante;
E) veículo.
5) A palavra abaixo que NÃO segue o mesmo processo de formação que as demais é:
A) agressão;
B) imposição;
C) repressão;
D) familiar;
E) desgaste.
6) Duas palavras que NÃO pertencem à mesma família por não possuírem o mesmo radical são:
A) hemácia/anemia;
B) decapitar/capital;
C) cátedra/catedral;
E) depredar/pedra.
7) O texto emprega alguns vocábulos formados com o sufixo –ção. Os dois vocábulos abaixo que mostram
processo de formação exatamente idêntico são:
A) demonstração / coração
B) construção / inclinação
C) digitação / discrição
D) perturbação / equitação
E) cassação / ficção
8) A palavra abaixo, retirada do texto 1, que apresenta um processo de formação distinto dos demais é:
A) chineses;
B) recentemente;
C) milenar;
D) desagregadores;
E) imediatismo.
9) A palavra abaixo, retirada do texto 1, que mostra processo de formação diferente dos demais é:
A) comunicação;
B) devidamente;
C) saudável;
D) hipertensos;
E) científicas.
10) O texto lido utiliza um conjunto de palavras terminadas pelo mesmo sufixo – ção.
Assinale a alternativa que apresenta as palavras que têm rigorosamente a mesma formação.
B) Fabulação / perfeição.
C) Perfeição / instalação.
D) Instalação / imaginação.
E) Afeição / fabulação.
11) Dentre as opções a seguir, a palavra que mostra um processo de formação distinto do das demais
palavras é:
A) objetividade.
B) segundo.
C) cientista.
D) respectivamente.
E) fabulação.
A) pré-história;
B) inconstitucional;
C) perigosíssimo;
D) embarque;
E) desalmado.
13) Assinale a opção que indica os vocábulos que seguem o mesmo processo de formação.
A) inaptidão / infelizmente.
B) democrático / incerteza.
C) amor / desamor.
D) bebedouro / tesouro.
E) desalmado / amanhecer.
Assinale a opção que indica a frase em que o advérbio não mostra claramente essa formação.
B) “Se está provado, por descobertas arqueológicas, que há sete mil anos estes brasis já eram habitados...”.
C) “... pensai nestas legiões e legiões de pés que palmilharam nosso território”.
D) “E pensai nestes passos, primeiro sem destinos, machados de pedra abrindo as iniciais picadas na
floresta”.
16) Entre as palavras abaixo, aquela que mostra uma formação distinta das demais é:
A) promoção;
B) proteção;
C) internação;
D) população;
E) prevenção.
18) Os vocábulos “aliena” e “alienante” são chamados cognatos por pertencerem à mesma família de
palavras.
Assinale a opção que apresenta os vocábulos que não pertencem à mesma família.
A) Estudar / estudante
B) Ler / leitura
C) Ver / visão
D) Escrever / escrivão
E) Amar / amizade
19) Entre os substantivos abaixo, retirados do texto 1, aquele que NÃO é formado a partir de verbo é:
A) Constituição;
B) pressão;
C) inclusão;
D) redução;
E) população.
20) São vocábulos do texto 1 que exemplificam o processo de formação de palavras denominado
derivação sufixal:
A) desacelerar / economia;
B) mundial / emergente;
D) vítima / transição;
E) paisagem / econômica.
Radicais gregos
Radicais que atuam como primeiro elemento
Forma Sentido Exemplos
Aéros- ar Aeronave
Mónos- um só Monocultura
21) Tecnologia é palavra que tem, em sua formação, o radical grego -logia (“estudo”); a opção abaixo que
indica corretamente o campo de estudo do vocábulo formado com esse mesmo radical, é:
As palavras monólogo e diálogo mostram em sua estrutura o radical grego com o valor de “palavra, língua,
discurso”.
22) Assinale o vocábulo abaixo que mostra esse mesmo radical com valor semântico diferente.
A) prólogo.
B) filólogo.
C) epílogo.
D) logaritmo.
E) ginecologista.
A) No primeiro dia das férias, vou fazer uma análise de mim mesmo / autoanálise;
B) A vacina aplicada há pouco tempo deve trazer benefícios aos contaminados / recém-aplicada;
25) Assinale a opção em que a palavra sublinhada mostra esse mesmo valor.
26) Muitas palavras em língua portuguesa são formadas com o sufixo -ada, que possui significados
diferentes.
Assinale a opção em que todas as palavras mostram esse sufixo com o mesmo valor.
A) Garotada / peneirada.
B) Laranjada / cadeirada.
C) Peixada / estudantada.
D) Vassourada / sujeirada.
E) Caminhada /caçada.
28) Em todas as palavras abaixo há elementos formais sublinhados que são de enorme uso em nossa
língua; o valor semântico desses elementos está corretamente exemplificado em:
“O conceito de direitos humanos está sendo transformado num palavrão”. (Boris Casoy)
Nessa frase, o vocábulo “palavrão”, formado com o sufixo -ão, perdeu o valor de aumentativo, passando a
significar “palavra chula”.
A opção abaixo em que esse caso NÃO está representado por nenhum dos termos é:
31) “Um homem acorda gravemente ferido no meio de um lixão”; a palavra “lixão”, apesar do sufixo
aumentativo, não mostra esse valor, formando um vocábulo com novo sentido (texto 3).
A) casa / casarão;
B) papel / papelão;
C) homem / homenzarrão;
D) pacote / pacotão;
E) cão / canzarrão.
O termo pedofilia é definido no dicionário Houaiss (p. 1457) como “perversão de indivíduo adulto que se
sente atraído por crianças”, em que se destaca o significado do radical grego filia: “atração”.
32) O vocábulo abaixo, formado com o radical filia, que mostra seu significado corretamente é:
33) Na palavra “falatório”, o sufixo -ório tem o mesmo valor semântico no seguinte vocábulo:
A) auditório.
C) laboratório.
D) relatório
E) palavrório.
Um ex-governador do estado do Amazonas disse o seguinte: “Defenda a ecologia, mas não encha o saco”.
(Gilberto Mestrinho)
34) O vocábulo sublinhado, composto do radical-logia (“estudo”), se refere aos estudos de defesa do
meio ambiente; o vocábulo abaixo, com esse mesmo radical, que tem seu significado corretamente
indicado é:
35) Os vocábulos abaixo foram retirados dos dois textos desta prova; aquele cujo elemento sublinhado
tem valor corretamente indicado é:
A)autorregulamentação / verdadeiro;
C) transformação / tempo;
E) supermicroscópio / preço.
36) Assinale a opção em que o segmento destacado tem seu valor semântico corretamente indicado.
A) vice-presidente / substituição.
C) antidemocrático / tempo.
D) internacional / condição.
E) reformular / modo.
37) O vocábulo sublinhado tem um sufixo (-douro) indicando “lugar", que também está presente em
38) No texto 1 há um grupo de vocábulos com sentido negativo produzido pela presença do prefixo
IM/IN/I; a opção em que esse prefixo apresenta esse sentido nos dois vocábulos é:
A) inadiáveis / internação;
B) infratores / instituições;
C) impropriedade / indistintamente;
D) inexistentes / implicar;
E) iniciativas / inimputabilidade.
Não adianta lavar mil vezes. Nunca reutilize galões de material de limpeza ou de qualquer outro produto
que tenha substância química para guardar água para consumo. A água pode ser contaminada e causar
problemas à saúde.
39) As opções a seguir apresentam formas sublinhadas que indicam o valor semântico de modo correto, à
exceção de uma. Assinale-a.
A) Vasilhame = coletivo.
D) Atmosférico = relativo a.
E) Especialista = adepto de
40) No termo “retrógrado”, o prefixo tem o mesmo valor semântico que o da palavra
A) renovar.
B) recuar.
C) demolição.
D) afasia.
E) atrasar.
Estrangeirismo
É o emprego de palavras importadas no lugar de termos correspondentes em Português.
Um exemplo banal é a palavra “clipe” (clip), invenção norte-americana para agrupar papéis. No meio
político, popularizou-se a temida “impeachment”, derivada do verbo to impeach, em inglês, que foi
adaptada do termo em francês, empêcher. Esse, por sua vez, originou-se do latim, impedicare (capturar,
caçar).
Exemplos:
brother, croissant, designer, jeans, link, cappuccino, yes, show, site, pizza, hot dog, reveillon, stop, pink,
lead, layout etc.
Existem também alguns estrangeirismos que devido ao seu frequente uso na língua portuguesa, já foram
incorporados ao léxico da língua, ou seja, já são palavras dicionarizadas.
Exemplos:
Arcaísmo
Arcaísmo é uma palavra ou uma expressão antiga que já caiu em desuso.
Vejamos alguns exemplos de arcaísmos:
Ceroula (cueca)
Vosmecê (você)
Outrossim (também)
Quiçá (talvez)
À guisa de (à maneira de)
Apalermado (bobo)
Magote (grande quantidade)
Neologismo
É uma palavra recém-criada ou a uma palavra já existente que adquire um novo significado.
"Exemplos: transcriação, autogolpe, antimíssil, megaloja, microblusa, multimídia, não ficção, pós-Obama,
pré-pago, sem-terra, petista, golaço, orelhão, natureba, repeteco, troca-troca, ufólogo, motoca, sofrência,
funkeiro, rolezinho etc."
QUESTÕES
“Não é coisa reprovável, mas altamente louvável, tomar emprestadas de uma língua estrangeira as
sentenças e palavras e incorporá-las na própria”.
41) A frase abaixo em que o estrangeirismo sublinhado mostra uma incorporação completa ao nosso
idioma é:
42) Num artigo sobre neologismos em nossa língua, o eminente gramático Evanildo Bechara nos mostra
aspectos pelos quais eles devem ser encarados:
1º) se o termo foi criado segundo os princípios que regem a formação de palavras em nossa língua;
2º) se o termo traduz com eficiência a ideia que quis transmitir;
3º) se o idioma já não possui palavra eficiente na transmissão dessa ideia.
43) A forma verbal “complexificaria” aparece sublinhada de vermelho no corretor de texto, o que mostra
que não é uma palavra dicionarizada; isso significa que essa palavra:
44) “Nada do curto praxismo, do imediatismo...”; o termo “curto praxismo” (texto 1), é exemplo de:
A) neologismo;
B) arcaísmo;
C) cultismo;
D) coloquialismo;
45) Em todas as frases abaixo há estrangeirismos; indique o item em que se afirma corretamente algo
sobre o estrangeirismo sublinhado:
A) “O currículo foi entregue à secretária do colégio” / adaptação gráfica da forma latina curriculum;
B) “O álibi apresentado ao juiz foi o suficiente para inocentar o acusado” / utilização da forma latina
original;
C) “O xampu era vendido pela metade do preço” / tradução da forma inglesa shampoo;
D) “As aulas de marketing eram as mais interessantes” / adequação gráfica de palavra inglesa;
E) “Os encontros dos adolescentes eram sempre no mesmo point da praia”/ tradução de palavra
portuguesa.
46) Segundo Mattoso Câmara, um dos nossos maiores linguistas, estrangeirismo se refere aos empréstimos
não integrados na língua nacional, revelando-se estrangeiros nos fonemas, na flexão e até na grafia.
Quando se pensa em animais hematófagos, ou seja, que vivem (comem) de sangue, a primeira imagem que
vem à cabeça de muita gente é a de um morcego. Esse mamífero levou toda a fama, provavelmente por ter
inspirado um dos personagens mais famosos das histórias de terror, o Conde Drácula. (Ciência hoje, UOL)
47) Nesse segmento, a palavra “hematófago” está explicada por meio de seus radicais componentes; a
palavra abaixo que tem sua explicação dada INCORRETAMENTE, seguindo o mesmo padrão, é:
48) Neologismo é o processo de criação de uma palavra devido à necessidade de designar novos objetos ou
novos conceitos ligados às áreas tecnológica, artística, econômica, esportiva etc.
49) Os advérbios terminados pelo sufixo -mente são criados pela junção desse sufixo à forma feminina do
adjetivo. O exemplo a seguir que não mostra essa formação em sua estrutura é:
50) Assinale a palavra que apresente, em relação a afixos, a mesma estrutura que desigualdade (L.2).
A) distribuição (L.10)
C) Desenvolvimento (L.20)
D) principalmente (L.17)
E) harmoniosas (L.13)
AULA 7
Classes de palavras; os aspectos morfológicos, sintáticos,
semânticos e textuais de substantivos, adjetivos, artigos e
advérbios (os modalizadores).
Artigo
Artigo é a palavra que acompanha o substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira definida
ou indefinida. Além disso, o artigo indica o gênero e o número dos substantivos.
Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas.
O pronome indefinido todo,no singular, pode vir acompanhado, ou não, de artigo definido. Usa-se
todo,sem o artigo, quando se quer expressar a ideia de “cada”, “qualquer”. Para exprimir a noção de
“inteiro”, de “totalidade”, deve-se empregar todo o, toda a.
Substantivo
O “substantivo” é uma palavra variável que existe para dar nome:
Os substantivos podem ser precedidos por numerais (duas menina), artigos (a menina), ou adjetivos (linda
menina).
Definição
Substantivo é uma classe de palavras que nomeia seres, objetos, fenômenos, lugares, qualidades, ações,
dentre outros.
Eles podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau
(aumentativo e diminutivo).
Adjetivo
Responsável por qualificar, atribuir uma característica a um ser ( um substantivo). Geralmente o adjetivo
acompanha um substantivo, modificando-o. Desse modo, sua forma se modifica em gênero, número e grau
de acordo com o substantivo.
Advérbio
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.
Tempo:
hoje, logo, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, nunca,
jamais, agora, sempre, já, breve, constantemente, imediatamente, primeiramente, provisoriamente etc.
Modo:
bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, devagar, à toa, à vontade, aos poucos, desse jeito, desse modo,
dessa maneira, em geral em vão e a maior parte dos que terminam em "-mente": calmamente,
tristemente, propositadamente, simplesmente.
Afirmação:
sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, principalmente, decididamente, deveras,
indubitavelmente.
Negação:
não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.
Seria bom não sentir mágoa, tampouco tanto rancor...
Dúvida:
acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez ...
Intensidade:
muito, demais, pouco, tão, bastante, mais, menos, quão, tanto, quão, demais, quase, de todo, por
completo, extremamente, intensamente, grandemente, bem (quando aplicado a propriedades
graduáveis).
Exclusão:
apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente.
A palavra “MAIS”
Mais é um advérbio de intensidade e sempre será utilizado em oposição à palavra menos.
Eu precisava trabalhar mais.
QUESTÕES
1) Todas as frases abaixo mostram locuções adverbiais sublinhadas; a frase em que a locução destacada
foi substituída de forma adequada é:
B) As mudanças nunca ocorrem sem inconvenientes, até mesmo do pior para o melhor / complexamente;
3) Atribuições do oficial de justiça: “Cumprir mandados judiciais; preparar salas com livros e materiais
necessários ao funcionamento das sessões de julgamento; buscar, na Secretaria e nos Gabinetes, os
processos de cada Relator; atender e dar informações aos advogados, partes e estagiários presentes na
sessão, anotando os pedidos de preferência pela ordem de chegada dos interessados; auxiliar na
manutenção da ordem e efetuar prisões; auxiliar o Secretário de Câmara, quando solicitado o auxílio;
cumprir as demais atribuições previstas em lei ou regulamento”.
Em cada opção a seguir foi destacado um substantivo do texto acima; a opção em que o adjetivo
referente ao substantivo destacado está INCORRETO é:
4) A frase abaixo que contém o maior número de vocábulos classificados como adjetivos é:
6) Em todas as frases abaixo, retiradas do texto 4, há a presença do vocábulo mais. A frase em que esse
vocábulo mostra valor diferente dos demais é:
A) “...doenças pulmonares mais obstrutivas...”;
B) “...o emprego de papel mais poroso...”;
C) “...filtros com mais perfurações...”;
D) “...mais profundas e prolongadas as inalações...”;
E) “...falta de instrução das populações mais pobres...”.
7) As frases 3 e 4 do texto 3 mostram duas expressões adverbiais: “em toda parte” e “ao mesmo tempo”.
Os advérbios que equivalem semanticamente a essas expressões são, respectivamente:
A) universalmente / simultaneamente;
B) localizadamente / paulatinamente;
C) localmente / progressivamente;
D) universalmente / cronologicamente;
E) situacionalmente / paulatinamente.
8) Em todas as frases abaixo há adjetivos destacados; o adjetivo que representa a opinião do autor da
frase é:
A) doce / doçura.
B) justa / justiça.
C) prudente / prudência.
D) hostil / hostilidade.
E) Indiferente / indiferência.
11) Assinale a opção abaixo que mostra uma relação inadequada entre verbo e substantivo/adjetivo.
A) descobrir / descoberta.
B) valorizar / valor.
C) apreciar / precioso.
D) atrair / atrativo.
E) patrocinar / patrocínio.
12) “Em minha casa e em todo outro lugar aprende-se apenas com quem se ama”; nessa frase, o
vocábulo de valor geral “lugar” substitui um vocábulo de valor específico “casa”.
A) sala / cômodo;
B) luz / calor;
D) tecnologia / computador;
E) líquido / refeição.
13) Na tentativa de dar concisão, muitas orações adjetivas podem ser substituídas por adjetivos; a opção
abaixo em que essa substituição foi corretamente realizada é:
14) “Mulheres de certa idade não têm idade certa”. Essa frase do Barão de Itararé mostra que a posição de
alguns adjetivos traz modificação de sentido: “certa idade” não é o mesmo que “idade certa”.
O mesmo acontece no seguinte par abaixo:
A) bom vinho;
B) resultado fantástico;
C) sabor primoroso;
D) ódio intenso;
E) população pobre.
15) A frase em que a substituição dos termos sublinhados por um adjetivo é feita de forma adequada é:
E) Avalia-se a inteligência de um indivíduo pela quantidade de incertezas que ele é capaz de suportar /
individualista.
16) Assinale a opção em que o substantivo ligado ao verbo do texto está erradamente selecionado.
A) Moram / morada
17) Abaixo, estão cinco pares de substantivo + adjetivo retirados do texto. Assinale a opção que indica o
par em que é possível a troca de posição dos termos.
A) Notícia triste
B) Órgão vital
C) Músculo oco
D) Batimentos cardíacos
E) Pressão arterial
18) “Programas de TV ensinam a comer bem para manter o corpo magro e saudável”; a frase abaixo que
mostra o vocábulo “bem” na mesma classe gramatical e no mesmo valor semântico é:
19) Entre os exemplos abaixo, compostos de substantivo + adjetivo ou adjetivo + substantivo, retirados do
texto 2, aquele em que a troca de posição dos termos provoca modificação de sentido é:
A) página desbotada;
B) conflito sangrento;
C) discussões acadêmicas;
D) pesquisas rigorosas;
E) grande reportagem.
20) O texto 1, do Estado de São Paulo, mostra um conjunto de adjetivos sublinhados que poderiam ser
substituídos por locuções; a substituição abaixo que está adequada é:
21) A frase em que a palavra mais tem sentido diferente do das outras frases é:
A) “A mais estranha coisa sobre o futuro é que alguém evocará nossa época como os bons e velhos
tempos”.
C) “Muito poucos são os que vivem no presente, a maioria se prepara para viver mais tarde”.
D) “Devemos procurar mais sermos pais de nosso futuro do que filhos de nosso passado”.
E) “Há ladrões que não castigamos, mas que nos roubam o que é mais precioso: o tempo”.
22) Em todas as frases a seguir, as locuções adjetivas sublinhadas foram substituídas por adjetivos.
C) “Os avarentos são como as bestas de carga: carregam o ouro e se alimentam de aveia”. / carregadas
E) “Estar com raiva é se vingar das falhas dos outros em nós mesmos”. / alheias.
23) Entre os substantivos abaixo, retirados do texto 1, aquele que NÃO é formado a partir de verbo é:
A) Constituição;
B) pressão;
C) inclusão;
D) redução;
E) população.
25) “Todas as atividades do espírito cessariam se os jovens ficassem, um dia, contentes com o que
existe.”
Muitas palavras desse pensamento estão no plural. Assinale a opção que apresenta a forma errada de
plural.
A) coração / corações.
B) cidadão / cidadões.
C) situação / situações.
D) vulcão / vulcões.
E) publicação / publicações.
26) “Atuar preventivamente sobre fatores como a degradação ambiental, o desemprego, problemas
de saneamento, iluminação pública e falta de opções de lazer, a chamada “prevenção primária”, pode
trazer benefícios efetivos para a Segurança Pública.”
A) preventivamente = adjetivo;
B) ambiental = substantivo;
C) saneamento = verbo;
D) falta = substantivo;
E) para = verbo.
28) Entre as opções abaixo, assinale aquela em que o aumentativo sublinhado perdeu o valor de
aumentativo, designando uma outra realidade.
29) Assinale a frase a seguir em que o vocábulo melhor desempenha a mesma função que na frase acima.
32) Em todas as frases abaixo há orações adjetivas sublinhadas; a frase em que foi proposto um adjetivo
adequado para a substituição de uma dessas orações, é:
A) Uma notícia que parece verdadeira / verossímil;
B) Um acordo que se celebra entre dois ou mais estados / intermunicipal;
C) Uma camisa que está excessivamente molhada / úmida;
D) Um lugar que permite a chegada até ele / inacessível;
E) Uma pessoa que mostra com orgulho o que possui / persistente.
33) Em todas as frases abaixo há orações adjetivas sublinhadas; a opção em que foi feita a substituição
dessa oração por um adjetivo adequado, é:
A) Uma espera que durou uma eternidade / indefinida;
B) Uma doença que não oferece nenhum perigo / imune;
C) Uma dor que vai passar logo / abreviada;
D) Uma marca que passa de geração em geração / generalizada;
E) Um romance que prendeu a minha atenção / atraente.
34) “As grandes doenças da alma, bem como aquelas do corpo, renovam o homem; e as convalescências
espirituais não são menos agradáveis nem menos miraculosas do que as físicas.”
Sobre os componentes desse pensamento, assinale a afirmativa correta.
A) O adjetivo “grande” mostra valor de “dimensão, tamanho”.
B) O termo “bem como” tem valor de comparação.
C) O termo “menos agradáveis” tem valor de inferioridade.
D) O adjetivo “miraculosas” é o oposto de “agradáveis”.
35) Nas frases abaixo foram feitas substituições de termos de valor adverbial por advérbios equivalentes;
a frase em que essa substituição foi adequadamente realizada é:
A) “A preocupação traz a velhice antes da hora” / prematuramente;
B) “Criancice a gente faz em qualquer idade” / momentaneamente;
C) “Envelhecer é o único meio que se descobriu para viver muito tempo” / eternamente;
D) “Não se pode governar as crianças hoje em dia” / diariamente;
E) “A melhor forma de emagrecer é ser mãe em tempo integral” / temporariamente.
36) A frase “O alcoólatra acusado se sente mais e mais excluído da sociedade” (texto 2) mostra o vocábulo
“mais” como advérbio; a frase em que esse mesmo vocábulo mostra uma classe gramatical diferente, é:
A) Nada é mais revolucionário do que dinheiro sobrando;
B) Dinheiro é igual a táxi: quando você mais precisa, ele não aparece;
C) Pode-se ser mais esperto do que outra pessoa, mas não do que todas as outras;
D) Graças a Deus o sol já se pôs e não tenho mais de sair para aproveitá-lo;
E) Família divide o bife, põe mais água no feijão e não demite os filhos.
40) Em sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, os autores Celso Cunha e Lindley Cintra
afirmam, sobre o emprego do artigo definido, que ele se antepõe ao substantivo para indicar “que se
trata de um ser já conhecido do leitor, seja por ter sido mencionado antes, seja por ser objeto de um
conhecimento de experiência”. A frase em que o emprego do artigo sublinhado se deve ao primeiro caso
apontado é
A) “O melhor amigo do homem é o uísque; o uísque é o cachorro engarrafado”. (Vinicius de Moraes)
B) “Um menininho aproximou-se da estante com uma moedinha na mão e a depositou no cofre”.
(Fernando Sabino)
C) “A freira fugitiva sempre fala mal do convento”.
D) “Terceira idade é aquela em que a gente bota os óculos para ouvir o rádio”. (Woody Allen)
E) “Um corvo, após apoderar-se de um pedaço de carne, voou para uma amendoeira onde pousou com o
alimento no bico”. (Esopo)
1-A/ 2-B/ 3-C/ 4-C/ 5-D/ 6-C/ 7-A/ 8-B/ 9-B/ 10-E/ 11-C/ 12-A/ 13-D/ 14-E/ 15-D/ 16-D/ 17-A/18-B/ 19-E/ 20-
C/ 21-B/ 22-C/ 23-E/ 24-A/ 25-B/ 26-D/ 27-D/ 28-B/ 29-D/ 30-B/ 31-D/ 32-A/ 33-E/ 34-C/ 35-A/ 36-E/ 37-B/
38-D/ 39-D/ 40-E
AULA 8
Classes de palavras; os aspectos morfológicos, sintáticos, semânticos e
textuais de verbos.
Quando se trata de verbos, temos que entender os tempos e modos verbais (Não tem jeito, não há uma
fórmula mágica...temos que decorá-los). Você vai ver que algumas questões FGVvão cobrar verbos no
passado; outras, no futuro etc. Porém, antes disso, é importante entendermos os três MODOS: verbais.
Veja.
Modos Verbais
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma hipótese, uma possibilidade. - Talvez eu estude amanhã.
O aspecto é imperfeito, pois o processo não tem limites claros, prolongando-se por período impreciso de
tempo.
Pretérito Perfeito do Indicativo - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi
totalmente terminado (Fatos que foram concluídos no passado.).
O pretérito mais-que-perfeito, como o próprio nome indica, apresenta aspecto perfeito em suas várias
formas, pois traduz processos já concluídos:
(Essa forma traz um fato concluído que ocorreu antes de outro fato que também já foi concluído)
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido.
O pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou
desejo.
QUESTÕES
1) No segmento narrativo “O ladrão arrombou o trinco da janela, levantou a vidraça, enquanto olhava
para o interior do quarto. Observou de imediato que não havia ninguém no aposento e ficou mais
tranquilo” traz uma série de ações; as formas verbais que indicam sucessão temporal são:
A) brotou.
B) brotava.
C) vinha brotando.
D) havia brotado.
E) eram brotados.
3) A forma verbal sublinhada poderia ser adequadamente substituída por duas outras formas, que são
B) conseguira / conseguiu.
D) conseguia / conseguira.
E) conseguiria / conseguiu.
4) “Os homens trabalhavam e as mulheres dedicavam-se à gerência da casa e à educação das crianças”.
A) repetida e duradoura;
Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em
diversos tempos.
PRESENTE
Futuro do Presente (simples) do Indicativo - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao
momento atual.
Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já
terminado antes de outro fato futuro.
Futuro do Pretérito (simples) do Indicativo - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato
passado.
Também é utilizado para indicar uma ação hipotética. Expressa também uma possibilidade. Confere um caráter mais
polido a pedidos, sugestões e afirmações.
Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato
passado.
Futuro do Subjuntivo - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual.
Futuro do subjuntivo
Quando eu falar/ Quando tu falares/ Quando ele falar/ Quando nós falarmos/ Quando vós falardes / Quando eles
falarem
O Modo Imperativo
A ação transmitida por um verbo no imperativo é um pedido, convite, exortação, ordem, comando,
conselho ou súplica.
O imperativo se divide em imperativo afirmativo e imperativo negativo, sendo conjugados de forma
diferente. Em ambos não existe flexão na 1.ª pessoa do singular (eu).
Sai da frente!
Para!
Imperativo afirmativo
No imperativo afirmativo, a 2.ª pessoa do singular (tu) e a 2.ª pessoa do plural (vós) derivam do presente
do indicativo, sendo retirado o -s final das formas conjugadas no presente.
Presente do indicativo:
Tu estudas
Vós estudais
Imperativo afirmativo:
Estuda tu
Estudai vós
A 3.ª pessoa do singular (ele), a 1.ª pessoa do plural (nós) e a 3.ª pessoa do plural (eles) derivam do
presente do subjuntivo, sendo conjugadas da mesma forma.
Presente do subjuntivo:
Que ele estude
Que nós estudemos
Que eles estudem
Imperativo afirmativo:
Estude ele
Imperativo negativo
O principal erro na utilização do imperativo está relacionado com a confusão existente entre a 2.ª pessoa
do discurso (tu) e a 3.ª pessoa do discurso (você). A maioria dos brasileiros utiliza a 3.ª pessoa do discurso,
mas utiliza o imperativo na 2.ª pessoa do discurso, havendo assim falta de uniformidade e coesão.
Formas imperativas para tratamento com você
• vá
• dê
• faça
• diga
• veja
• venha
• parta
• beba
• ouça
• sorria
• vai
• dá
• faz
• diz
• vê
• vem
• parte
• bebe
Nota: Alguns verbos, como ser, ir, querer, estar e dar, apresentam formas irregulares no imperativo.
5) Nesse segmento do texto, as duas formas verbais pertencem a tempos diferentes; isso ocorre por:
A) erro nesse emprego, já que ambos deveriam ser do mesmo tempo verbal;
Considere as seguintes afirmações sobre essa frase, utilizada em uma propaganda de software para
empresas:
I- Contém um erro de conjugação verbal, no uso de “virem" em lugar de “verem".
II- Expressa ideia de futuro por meio da locução “vai sentir", que equivale a “sentirá".
III- Resulta de uma reelaboração de um conhecido provérbio popular.
Está correto apenas o que se afirma em
A) III.
B) I e II.
C) I.
D) II.
E) II e III.
7) “Dessa forma, podemos definir a violência como qualquer relação de força que um indivíduo impõe a
outro”. A forma do verbo “impor” que está INCORRETA é:
A) impunha;
B) impusesse;
C) imponha;
D) impuser;
E) impora.
Uma “dica” sobre notícias falsas dizia: “Muitos sites de notícias falsas contêm erros ortográficos ou
apresentam layouts estranhos. Redobre a atenção na leitura se perceber esses sinais”.
A) ordem;
B) incentivo;
C) exigência;
D) repreensão;
E) conselho.
9) Sobre as formas verbais desse segmento que serve de título para o texto da questão anterior, é
correto afirmar que:
10) Observe a seguinte frase: “Nunca roubes: desse modo, nunca terás sorte nos teus negócios. Procura
ludibriar apenas”. Toda essa frase mostra o tratamento na segunda pessoa do singular; se a passarmos
para a terceira pessoa do singular, a forma correta dessa frase seria:
A) Nunca roubes: desse modo nunca terá sorte nos seus negócios. Procure ludibriar apenas;
B) Nunca roube: desse modo nunca terá sorte nos seus negócios. Procure ludibriar apenas;
C) Nunca roube: desse modo nunca terás sorte nos seus negócios. Procure ludibriar apenas;
D) Nunca roube: desse modo nunca terá sorte nos teus negócios. Procure ludibriar apenas;
E) Nunca roube: desse modo nunca terá sorte nos seus negócios. Procura ludibriar apenas.
“O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde não aponta causas exatas do sofrimento mental dos
jovens brasileiros, mas dá a entender que certas particularidades ajudariam a explicar o aumento das taxas
11) Nessas passagens, retiradas respectivamente dos textos 1 e 2, as duas formas verbais sublinhadas se
encontram no futuro do pretérito. Apesar disso, é possível observar que esse tempo verbal desempenha
funções comunicativas distintas em cada um dos casos.
As funções comunicativas desempenhadas pelo futuro do pretérito nas passagens acima estão
corretamente caracterizadas, respectivamente, em:
B) marcar polidez no intercâmbio conversacional e indicar que o fato expresso é dependente de uma
condição;
C) sinalizar incerteza em relação à informação expressa e indicar um evento futuro em relação a um tempo
passado;
A Correlação Verbal
12) Assinale a frase cujas formas verbais mostram correspondência adequada de tempos.
B) “Se os teus princípios morais te deixam triste, podes estar certo de que estivessem errados.”
E) “Tenho a impressão de que a exclamação ‘A pátria corre perigo’ não seja tão terrível quanto ‘A cultura
corre perigo!’”
13) As formas verbais sublinhadas mostram perfeita concordância de tempos; as formas verbais a seguir
que mostram inadequação são:
A) pintava / perdia.
D) pintasse / perderia.
14) Assinale a opção que apresenta a frase em que o gerúndio está bem empregado.
15) Entre os empregos do pretérito imperfeito do indicativo há um que expressa uma relação de cortesia,
como no seguinte caso:
17) “Programas de TV ensinam a comer bem para manter o corpo magro e saudável”; a substituição
adequada do segmento do texto 1 sublinhado é:
18) Assinale a opção em que forma verbal não corresponde a uma forma de gerúndio.
20) O verbo pôr foi empregado em todas as frases abaixo, com sentidos bastante variados. A frase em
que esse verbo foi substituído de forma adequada por outro de significado mais preciso, é:
21) A frase abaixo que mostra uma forma verbal gramaticalmente errada, é:
22) Em todas as frases abaixo foram empregadas formas do tempo verbal do imperfeito (indicativo ou
subjuntivo); a frase em que essa forma verbal tem o valor de ação passada dentro da qual ocorre outra é:
Texto 2
“ e repente, um índio jovem, neto do tuxaua Senembi, o Camaleão, que integrava a expedição de Carrasco,
se aproxima de um dos cativos (que estava preso pela muçurana), bate nele brandamente, várias vezes,
com a mão espalmada, e reivindica a sua posse, alegando que fora ele, neto de Senembi, quem primeiro
tocara aquele inimigo, durante a luta – circunstância que lhe garantia o direito de executá-lo.” (Alberto
Mussa, A primeira história do mundo, p. 129)
A) completamente passada;
C) em desenvolvimento no passado;
“Não sei ver nada do que vejo; vejo bem apenas o que relembro.”
24) A mesma relação entre as formas verbais sublinhadas se repete de forma correta em
A) fazer / faço.
B) prover / provo.
C) comprar / comprei.
D) trazer / trazia.
E) dizer / diz.
“A Polícia Militar foi informada que o criminoso, usando um alicate grande, teria cortado o cadeado do
portão da residência, porém, o cachorro da casa começou a latir e o homem fugiu.
Populares seguiram o criminoso, acionaram a Polícia Militar, ele recebeu voz de prisão e foi encaminhado
para a Central de Flagrantes.” (Rondoniagora, 17/09/2021)
25) Esse segmento de texto é predominantemente narrativo; as duas formas verbais que mostram
sequência cronológica são:
D) seguiram / acionaram;
26) As duas formas de particípio indicadas para o verbo inicial são igualmente válidas em:
27) Assinale a opção que apresenta a frase em que o gerúndio está bem empregado.
28) Uma mãe diz a um filho: “- O senhor não me saia mais daqui!”; essa frase representa
A) um conselho.
B) uma ordem.
C) um aviso.
D) uma reclamação.
E) um pedido.
VERBOS – resumão
Modo Indicativo (certeza)
Presente
1. momento da fala Estão ouvindo!
2. cotidiano Estudo neste local.
3. histórico Em 1822 ocorre a Independência.
4. futuro Amanhã te ligo.
5. atemporal O amor tudo pode.
Pretérito
Verbos derivados
Correlação Verbal
• Pretérito mais que perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do indicativo:
VOZES VERBAIS
A voz verbal indica se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação expressa pelo verbo. Existem três
vozes do verbo ou vozes verbais no português: a voz ativa, a voz passiva e a voz reflexiva.
Voz ativa
O verbo está na voz ativa quando o sujeito gramatical é o agente da ação, ou seja, quando o sujeito
gramatical pratica a ação verbal.
Exemplos:
Mariana leu o livro. A avó fez o almoço. O professor corrigiu as provas dos alunos.
O verbo está na voz passiva quando o sujeito gramatical é o paciente da ação, ou seja, quando o sujeito
gramatical sofre a ação verbal, praticada pelo agente da passiva.
Exemplos:
O livro foi lido por Mariana. Leu-se o livro. O almoço foi feito pela avó.
Corrigiram-se as provas.
É formada por um verbo auxiliar (normalmente o verbo ser), mais o particípio de um verbo transitivo,
seguindo quase sempre a estrutura: sujeito paciente + verbo auxiliar + particípio + preposição + agente da
passiva.
É formada por um verbo transitivo conjugado na 3.ª pessoa do singular ou do plural mais o pronome
apassivador se, seguindo quase sempre a estrutura: verbo transitivo + pronome se + sujeito paciente.
Exemplos:
Voz reflexiva
O verbo está na voz reflexiva quando o sujeito gramatical é ao mesmo tempo agente e paciente da ação, ou
seja, quando o sujeito gramatical pratica e sofre a ação verbal. É formada por um verbo na voz ativa mais
um pronome oblíquo reflexivo (me, te, se, nos, vos, se), atuando como objeto. A voz reflexiva pode ser
recíproca, ou seja, quando há dois sujeitos que praticam a ação um no outro.
Exemplos:
QUESTÕES
1) A frase abaixo (texto 4) que mostra uma voz verbal diferente das demais é:
D) “... todos esses animais, de uma forma ou de outra, rendem expressivos lucros”;
"Essas duas tipologias urbanísticas somam cerca da metade das moradias urbanas brasileiras. São muito
diversificadas, mas, em geral, são lugares com pouca ou nenhuma infraestrutura, com escassez ou
inexistência de serviços públicos, inclusive os de segurança e de regulação.
Assim, criam-se condições para que essas áreas sejam tomadas por interesses marginais, muitas vezes com
dominação territorial armada, que impõem jugo discricionário às populações moradoras".
2) Em relação ao fragmento acima, assinale a opção em que os dois casos apresentam exemplos de voz
passiva.
“Elas também determinam que todos devem ser tratados com igualdade, respeito e tolerância”
3) Com a utilização da forma passiva “devem ser tratados”, o autor consegue o seguinte efeito:
A) identifica-se o sujeito.
A) “O casamento foi a maneira que a humanidade encontrou de propagar a espécie sem causar falatório na
vizinhança."
B) “As tradições matrimoniais se transformaram através dos tempos e variam de cultura para cultura.”
C) “O macho escolhia uma fêmea, batia com um tacape na sua cabeça e a arrastava para a sua caverna."
D) “Em certas sociedades primitivas o tempo gasto nas preliminares do casamento – corte, namoro,
noivado etc. – era abreviado.”
E) “...quando ela estivesse distraída, bater com o tacape na sua cabeça e arrastá-la para a caverna.”
5) Assinale a opção que apresenta esse fragmento do texto colocado adequadamente na voz passiva.
“Os modelos pedagógicos de nossas escolas ainda são muito mais direcionados ao ensino teórico para
passar no funil do vestibular...”; esse segmento (texto 1) mostra uma forma de voz passiva - “são
direcionados” - sem que haja menção do agente dessa ação.
7) O pensamento abaixo em que há uma forma de voz passiva com a indicação do agente é:
8) Essa frase do texto exemplifica a voz passiva; assinale a forma verbal correspondente à que está
sublinhada, na voz ativa.
A) fez-se.
B) fazia.
C) fazia-se.
D) fizera.
E) fez.
E) “Se procurarmos agora no dicionário o termo sabedoria, será encontrada uma definição simples”.
“O flagrante de dois assessores trocando figurinhas durante uma sessão foi divulgado pelas redes sociais e
a cena se espalhou”.
11) O segmento “foi divulgado pelas redes sociais” do texto 2 é exemplo de voz passiva; se a mesma frase
fosse colocada na voz ativa, a forma verbal adequada seria:
A) divulgaram;
B) divulgaram-se;
D) divulgam-se;
E) divulga-se.
C) ...generalize-se a opinião...”;
14) Assinale a opção que apresenta a frase que mostra uma forma de voz passiva sem que essa ação seja
atribuída a qualquer agente.
A) “Uma boa vida é aquela inspirada pelo amor e guiada pelo conhecimento.”
B) “Suicídio é, frequentemente, apenas um grito por ajuda que não foi ouvido a tempo por ninguém.”
E) “O bar é um lugar onde a loucura é vendida em garrafas sem que isso seja visto pela Prefeitura.”
15) A frase abaixo que foi modificada para a voz passiva de forma adequada, é:
A) Se escrevo quatro palavras, risco três / Se quatro palavras são escritas por mim, três são riscadas;
B) Um bom discurso devia esgotar o tema / O tema deveria ser esgotado por um bom discurso;
D) Um corpo débil debilita o espírito / O espírito foi debilitado por um corpo débil;
E) Para evitar o estresse, evite excitação / A excitação deve ser evitada, para que o estresse seja evitado.
17) A frase em que a forma verbal sublinhada tem o mesmo valor da que foi sublinhada acima é:
20) As frases podem aparecer expressas em duas vozes verbais: ativa e passiva; a frase abaixo que está
integralmente na voz ativa é:
A) “Aqueles que reprimem o desejo assim o fazem porque seu desejo é fraco o suficiente para ser
reprimido”;
B) “Tendo o mínimo de desejos, chega-se mais perto dos deuses”;
C) “Cada um é atraído pelo próprio desejo”;
D) “O mais difícil é redescobrir sempre o que já se sabe”;
E) “Nada desejamos tanto como aquilo que não nos foi consentido”.
21) A frase abaixo que, ao contrário das demais, não apresenta uma estrutura na voz passiva:
A) Avalia-se a inteligência de um indivíduo pela quantidade de incertezas que ele é capaz de suportar;
B) Má é uma opinião que não pode ser mudada;
C) Um problema está, de início, resolvido, se está bem colocado;
D) Se você quiser ser uma ponte, precisa estar preparado para ser pisado;
E) De erro em erro descobre-se a verdade inteira.
22) Todas as frases abaixo, retiradas do texto 4, foram passadas para a voz passiva; a frase em que essa
passagem foi feita de forma adequada é:
A) a empresa firma um contrato com a prefeitura / um contrato seja firmado com a prefeitura;
23) A frase “Foi observada a criação de uma nova empresa” está escrita na voz passiva com o verbo ser;
se transformássemos essa frase para a voz ativa, a forma correta seria:
A) Observou-se a criação de uma nova empresa;
B) Observa-se a criação de uma nova empresa;
C) Criou-se uma nova empresa;
D) A criação de uma nova empresa foi observada;
E) Observaram a criação de uma nova empresa.
Na Antiguidade cria-se que o temperamento das pessoas dependia das suas secreções, isto é, dos
‘humores’ segregados pelo organismo, entre os quais cada pessoa possuía um que era predominante.
Desse modo, notava-se que aqueles em que predominava a ‘bílis negra’ (donde ‘humor negro’), que os
gregos chamavam de melan kholé, ou melancolia ou de ‘humor melancólico’ eram propensos à depressão”.
Roosevelt Nogueira, em Palavras, origens e curiosidades.
25) Assinale a opção que apresenta a frase que está estruturada na voz passiva.
A) “Na Antiguidade cria-se que o temperamento das pessoas dependia das suas secreções”.
B) “isto é, dos humores segregados pelo organismo”.
C) “cada pessoa possuía um que era predominante”.
D) “que os gregos chamavam de melan kholé”.
AULA 9
Classes de palavras; os aspectos morfológicos, sintáticos, semânticos e textuais de,
preposições , conjunções e pronomes .
Preposição é a classe de palavras que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração.
Os amigos de Isabel estranharam o seu jeito de vestir.
Ela esperou com tranquilidade o resultado.
Não vá sem mim ao teatro.
Já as preposições com valor nocional (semântico)marcam relações semânticas. Diferente das relacionais,
as nocionais não são exigidas por verbo ou nome.
2) A maioria das palavras mostra vários significados (polissemia), o que também ocorre com as
preposições.
Assinale a opção que indica a frase em que a preposição com tem o significado de acordo.
A) Gosto muito da paisagem dos velhos portos com seus barcos.
B) Os turistas passeiam pela praia com seus cães.
C) Com o retorno das aulas, o trânsito piora.
D) Vamos terminar tudo, com calma.
E) Penso que todos os sindicatos estarão com a nossa proposta.
3) A preposição DE, como outras preposições, pode ter valor gramatical, quando exigida por uma palavra
anterior, ou valor semântico, quando expressa algo importante para o texto; assinale a opção em que a
preposição DE sublinhada é exigida por um termo anterior.
A) Longe de educar o gosto, o teatro serve apenas para desfantasiar o espírito, nos dias de maior
aborrecimento.
B) No outro lado de cada medo está a liberdade.
C) Não sou um completo inútil... Ao menos não preciso de mau exemplo.
D) Em cada minuto de tristeza, você perde 60 segundos de alegria.
E) Uma ideia é um pensamento que ficou de pé.
5) A frase abaixo em que a preposição DE tem valor gramatical, ou seja, é uma exigência de um termo
anterior, é:
A) Não pedi a empresário nenhum que chegasse com malas DE dólares em minha casa;
B) Ninguém quer ser mulher DE malandro. O Brasil não precisa sofrer gol para depois marcar;
C) Tenho certeza DE que, no Brasil, mais jovens fumaram maconha do que gente comeu carne;
D) Os gerentes do banco, como diz o ditado, estão mais perdidos que cachorro em dia DE mudança;
E) Beijar a boca DE uma mulher bonita é fácil.
6) “Em um passeio numa praia do Havaí (EUA), a menina Abbie Graham, 9 anos, encontrou uma garrafa
lançada ao mar há 37 anos por alunos de uma escola do Japão, como parte de um projeto de estudo das
correntes marítimas.” (Tudo Bem, 17/09/2021)
Nesse texto, a preposição EM inicial mostra o mesmo valor em:
A) As moedas estão em uma pequena bolsa;
B) A pintura foi feita em um pedaço do teto;
C) Minha família está em situação difícil;
D) Seu discurso se apoia em falsos argumentos;
E) A notícia foi dada em uma sessão da Câmara.
7) O segmento (texto 4) abaixo em que a preposição “de” NÃO é exigida por nenhum termo anterior é:
A) “sentimentos de justiça”;
B) “aproximar dos homens”;
C) “me entreguei de corpo”;
D) “sentimento de ser um estranho”;
E) “desejo de solidão”.
Conjunções Coordenativas
2) Adversativas (umas das mais usadas): ligam duas orações ou palavras, expressando ideia
de contraste ou oposição.
São elas :mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.
Então, você já sabe que só essas seis conjunções ( mas, porém, contudo, no entanto,
entretanto, todavia) expressam uma OPOSIÇÃO.
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela
9) Assinale a opção com duas ações em sequência que mostram uma relação de causa e consequência.
A) João olhou o cartaz e teve vontade de ir ao cinema.
B) Choveu durante a noite e as ruas ficaram alagadas.
C) Cada vez que via as fotos, começava a chorar.
D) Viu a paisagem e lembrou-se da cidade onde nascera.
E) Jogou na loteria e imaginou o que faria com aquela fortuna.
10) A opção abaixo, entre frases retiradas de um dicionário de citações, em que ocorre uma relação,
respectivamente, de causa/consequência, é
B) Não devemos divulgar nossas opiniões porque amanhã poderemos ter mudado.
D) Procurei ver acima dos ombros dos gigantes e consegui enxergar mais longe.
11) “É melhor ser pouco inteligente com temor do que rico em prudência, mas transgressor da
lei.”
C) Os tabus são feitos para serem quebrados, mas nem todos fazem isso;
12) Na frase “o cachorro da casa começou a latir e o homem fugiu”, a conjunção E mostra o
mesmo valor em:
12) “Por isso, São Paulo e várias cidades vizinhas, que formam a maior região metropolitana do país,
entram na mais grave crise de falta d’água da história.”
13) “A luta contra a criminalidade organizada é muito difícil, porque a criminalidade é organizada, mas
nós não”. (A. Amurri)
Com relação aos componentes desse pensamento de Amurri, assinale a afirmativa incorreta.
A.O conectivo “porque” mostra uma explicação para a afirmação anterior.
B.O emprego de “muito” aumenta a intensidade do adjetivo “difícil”.
C.O conectivo “contra” indica oposição.
D.O conectivo “mas” indica uma exceção.
E.A forma completa da última frase seria “mas nós não somos organizados”.
“Os fantasmas são frutos do medo: quem não tem medo não vê fantasmas”.
A) pois.
B) logo.
C) contudo.
D) entretanto.
E) no entanto.
“Esse pessoal pode trabalhar para agências policiais e empresas privadas e também pode ser conhecido
como técnico em computação forense.”
15) Nesse segmento do texto 5, há duas ocorrências do conectivo E com valor de adição; a frase abaixo
em que esse mesmo conectivo mostra valor diferente é:
16) A conjunção E apresenta predominantemente o valor de adição, mas pode mostrar ainda o valor
adversativo (ou concessivo), consequência ou conclusão, finalidade, valor consecutivo, introduzir uma
explicação enfática, iniciar frases de alta intensidade afetiva (= interjeição), facilitar a passagem de uma
ideia a outra. A frase abaixo em que ela mostra valor adversativo, equivalente à ideia de oposição, é:
A) Quando tenho um pouco de dinheiro, compro livros; se sobrar algum, compro roupas e comida;
B) Existem duas classes de escritores geniais: os que pensam e os que fazem pensar;
C) Vocês sabem o que são os críticos? Gente que fracassou na literatura e na arte;
D) Clássico é um livro que as pessoas elogiam e não leem;
E) Pinta-se com o coração e a cabeça mais do que com as mãos.
17) A conjunção MAS aparece em muitas frases portuguesas, indicando uma contradição entre o conteúdo
da primeira afirmação e o da segunda. A frase abaixo em que essa conjunção tem valor diferente é:
18) “Todo grande homem somente atua ou escreve para desenvolver duas ou três ideias.”
Nessa frase há duas ocorrências da conjunção OU; sobre esses empregos, a única afirmação correta é:
1-A/ 2-E/ 3-C/ 4-E/ 5-C/ 6-E/ 7-C/8-C/ 9-B/ 10-D/ 11-E/ 12-C/13-D/ 14-A/ 15-A/ 16-D/ 17-D/ 18-D/
PRONOMES
20) “O homem não SE conhece o suficiente para medir aquilo de que precisa.”
A frase abaixo em que o vocábulo SE destacado tem o mesmo valor que na frase acima é:
A) Quem não tem dificuldades próprias dificilmente SE lembra das alheias;
B) Nada é tão difícil que não SE possa fazer;
C) Enquanto SE pensa, muitas vezes a ocasião se perde;
D) Quanto maior for a sorte, menos SE deve acreditar nela;
E) Enquanto o homem SE barbeia, seu pensamento viaja.
21) Os pronomes demonstrativos mostram empregos bem definidos em língua portuguesa; a opção
abaixo em que o emprego do demonstrativo está adequado, é:
A) Esta é a verdade: ninguém é totalmente honesto;
B) José e Maria vieram à festa: este, de ônibus, aquele, de táxi;
C) Este cigarro que você está fumando, faz mal à sua saúde;
D) Os tempos atuais são diferentes destes tempos de outrora;
E) Aquela sala que você vê na foto é bastante ampla.
23) A frase abaixo em que o vocábulo MUITO pertence a uma classe gramatical diferente das demais é:
A)“Como os celulares ficam muito tempo nos bolsos, isso poderia ser uma causa da esterilidade";
B)“Antes dos telefones celulares, os casais eram muito mais fiéis;
C)“Mas há relatos de que a distração causada pelos celulares vai muito mais além";
D)“Em uma velocidade muito baixa, mas isso está acontecendo";
E)“Além disso, a audição pode estar sendo afetada por volumes muito altos em fones de ouvido".
24) Assinale a frase abaixo em que o vocábulo menos mostra uma classe gramatical diferente das
demais.
A) O candidato estava com menos disposição para o estudo.
B) Os operários trabalham menos a cada ano.
C) Os atletas treinaram menos para essa prova.
D) Meus filhos sempre leram menos que os primos.
E) Os estrangeiros sempre se mostraram menos animados.
“Investigação é o ato ou efeito de investigar, busca, pesquisa. Ou seja, investigação criminal pode ser
definida como a atividade preliminar de produzir e colher elementos de convicção...”.
Nesse segmento do texto 1, há três ocorrências da preposição DE, sem que nenhuma delas seja solicitada
por um termo anterior.
2) A frase abaixo em que a preposição DE tem valor gramatical, ou seja, é uma exigência de um termo
anterior, é:
A) Não pedi a empresário nenhum que chegasse com malas DE dólares em minha casa;
B) Ninguém quer ser mulher DE malandro. O Brasil não precisa sofrer gol para depois marcar;
C) Tenho certeza DE que, no Brasil, mais jovens fumaram maconha do que gente comeu carne;
D) Os gerentes do banco, como diz o ditado, estão mais perdidos que cachorro em dia DE mudança;
3) No texto 1, observemos os seguintes exemplos: “termo de autópsia” e “abusa de reticências”. Nos dois
segmentos há o emprego da preposição DE, sendo que só no segundo caso ela é obrigatória, já que é
exigida pelo verbo anterior.
A frase abaixo em que a preposição DE tem uso obrigatório é:
4) ”Em um passeio numa praia do Havaí (EUA), a menina Abbie Graham, 9 anos, encontrou uma garrafa
lançada ao mar há 37 anos por alunos de uma escola do Japão, como parte de um projeto de estudo das
correntes marítimas.” (Tudo Bem, 17/09/2021)
Nesse texto, a preposição EM inicial mostra o mesmo valor em:
A) Foram necessários muitos anos de planejamento nas cidades americanas para se tornar fácil nos perder
dentro delas.
B) Inteligência é tudo o que você precisa herdar para ter um Infinity Q45.
C) Quando projetar uma cozinha ou um banheiro, lembre-se de deixar espaço para a sua imaginação.
6) “Essa prática facilitou muito o transporte do café, que era o principal produto do mercado interno e
externo nacional. Antes, esse transporte era feito por tração animal, demorando muito tempo e
enfrentando dificuldades maiores do que nas estradas de ferro antigas. A operação da Estrada de Ferro
Mauá durou até o fim do período imperial, em meados de 1888, já tendo perdido a sua importância.”
Todos os segmentos do texto 1 sublinhados acima são introduzidos pela preposição DE; o exemplo em
que essa preposição é uma exigência de um termo anterior é:
A) do café;
B) do mercado interno;
C) de ferro antigas;
E) do período imperial.
Texto 4
“Em oposição aos meus apaixonados sentimentos de justiça e deveres sociais, sempre experimentei a total
ausência de me aproximar dos homens e das sociedades humanas. Apraz-me sentir-me só. Nunca me
entreguei de corpo e alma a um círculo de amigos, ao Estado, nem à minha própria família. Pelo contrário,
sempre senti nesses laços o indefinível sentimento de ser um estranho em seu desejo de solidão.”
Albert Einstein
A) “sentimentos de justiça”;
E) “desejo de solidão”.
8) Nessa frase o emprego da preposição de é decorrente de uma palavra a seguir, e não de uma palavra
anterior: o verbo gostar.
A) A leitura é um modo de viajar para aqueles que não podem tomar o trem.
B) Como faço uma escultura? Simplesmente retiro do bloco de mármore tudo o que não é necessário.
C) A cana de açúcar, de que vem a cachaça, produz uma doçura semelhante à da poesia.
A) Quem é feliz não repara nas horas que passam sobre seus olhos.
E) Sob o meu ponto de vista, o tempo que passa é o que não vivemos.
Texto 3
“Perseguido pelo branco, o negro no Brasil escondeu as suas crenças nos terreiros das macumbas e dos
candomblés. O folclore foi a válvula pela qual ele se comunicou com a civilização branca, impregnando-a de
maneira definitiva. As suas primitivas festas cíclicas – de religião e magia, de amor, de guerra, de caça e de
pesca... – entremostraram-se assim disfarçadas e irreconhecíveis. O negro aproveitou as instituições aqui
encontradas e por elas canalizou o seu inconsciente ancestral: nos autos europeus e ameríndios do ciclo
das janeiras, nas festas populares, na música e na dança, no carnaval...”
(Luís da Câmara Cascudo. Antologia do folclore brasileiro - Volume I. São Paulo, Martins, 1956)
11) Os termos sublinhados no texto 3 são conectores; o sentido INADEQUADO de um desses conectores
é:
B) nos / lugar;
C) com / companhia;
D) e / adição;
E) por / meio.
12) “e eu amava o brilho de teus olhos quando, manhã ainda, vinhas cambaleando de sono em busca da
árvore que durante a noite brotara embrulhos e coisas”.
Assinale a opção em que a frase em que o emprego da preposição de apresenta o mesmo sentido da
sublinhada no segmento acima.
A) “...onde Papai Noel viria, com seu trenó e suas renas, abarrotado de brinquedos e presentes.”
E) “...é triste a gente não poder mais dar água a um velhinho cansado das chaminés e tetos do mundo.”
13) Há uma série de ligações lógicas entre várias passagens do texto 1; o valor semântico correto de uma
dessas ligações é:
A) “Disse que todo mundo ia rir de mim, por causa das meias vermelhas” / consequência;
B) “Mas ela disse que tinha um motivo muito forte para me colocar as meias vermelhas” / causa;
C) “Na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa” /
conformidade;
D) “Quando ela passar por mim, em qualquer lugar em que eu esteja, ela vai me encontrar e me
levará com ela." / companhia;
E) “Quando ela passar por mim, em qualquer lugar em que eu esteja, ela vai me encontrar e me levará com
ela." / lugar.
14) O segmento do texto em que o emprego da preposição EM indica valor semântico diferente dos
demais é:
15) No texto 1 há um conjunto de preposições que são exigidas pela presença de algum termo anterior; a
preposição abaixo destacada que resulta de uma exigência semântica e não regencial é:
16) “A violência é um fenômeno social presente no cotidiano de todas as sociedades sob várias formas”. A
frase abaixo em que houve troca indevida entre sob/sobre é:
IV. ... ele recebe o sangue das veias e lança para as artérias.
D) II e IV, apenas.
E) I e III, apenas.
“Diz a lenda que, na Bahia, em meados da década de 60 do século passado, havia um menino que, além
de muito levado, era também muito mentiroso, e que, certo, dia após aprontar muito na sala de aula, foi
colocado de castigo no porão da escola por sua professora.”
18) Entre os termos sublinhados, assinale aquele que tem o sentido corretamente indicado.
A) Na / tempo
C) Além de / adição.
D) Após / modo.
E) Da / finalidade.
19) No texto 5 há várias ocorrências de preposições; a ocorrência em que a preposição tem seu valor
semântico indicado de forma INADEQUADA:
20) Assinale a opção em que a preposição a sublinhada é fruto da exigência de um nome e não de um
verbo.
A) “A lealdade a um partido reduz o maior dos homens ao nível mesquinho das massas”.
B) “O pessimismo, quando você se habitua a ele, pode ser tão agradável quanto o otimismo”
C) “Se sua única ferramenta é um martelo, você tende a ver todo problema como um prego”.
E) “Se tudo está sob controle é porque não se está indo suficientemente rápido”.
E) “...é uma excelente leitura para os interessados nas transformações da medicina” / causa.
23) “que terão grande impacto sobre a medicina”; nessa frase está corretamente empregada a forma
“sobre”. Assinale a frase abaixo em que ocorreu confusão entre sob/sobre:
A) “Se tudo está sob controle é porque não se está indo suficientemente rápido” (Mário Andretti);
C) “Filosofar: pôr tijolos sobre tijolos sem construir uma casa” (anônimo);
24) Assinale a opção que indica a frase em que a preposição de tem sua presença na frase por uma
exigência de um termo anterior.
25) A frase a seguir em que o valor semântico da preposição de está corretamente indicado é:
D) Não há nada mais inútil do que fazer de forma eficiente o que nem deveria ser feito. / meio ou
instrumento
E) A coisa mais importante não é de onde se veio, mas aonde se vai. / direção
26) Assinale a opção que indica o segmento em que a preposição de tem seu valor semântico
corretamente indicado.
27) O segmento do texto 4 em que a preposição DE é empregada em razão da exigência de algum termo
anterior é:
28) Assinale a opção que indica o segmento em que o emprego da preposição sublinhada ocorre em
função da presença de um termo anterior que a exige.
C) “... com a manchete 'o Brasil decola', é chamada de 'a melhor revista do mundo'".
“A água da chuva armazenada em casa não pode ser usada para beber, tomar banho e cozinhar porque ela
contém uma alta concentração de poluentes atmosféricos, que podem causar mal à saúde. Essa água só é
indicada para consumo com tratamento químico, feito somente por especialistas, não bastando ferver ou
filtrar. Por isso, é melhor usá-la apenas na limpeza da casa".
29) Assinale a opção que apresenta o conectivo sublinhado nesse segmento que tem um
sinônimo incorretamente indicado
C) com = após.
D) por = com.
E) na = para a.
“Muitos países sofrem com os altos índices de criminalidade e violência e com as dificuldades das
instituições públicas para lidar com a situação”.
30) Sobre as três ocorrências da preposição COM no segmento acima, é correto afirmar que:
1-E/ 2-C/ 3-A/ 4-E/ 5-B/ 6-A/ 7-C/ 8-C/ 9-D/ 10-A/ 11-C/ 12-E/13-D/ 14-D/ 15-A/ 16-B/ 17-B/ 18-C/ 19-E /
20-A/21-D/ 22-A/ 23-E/ 24-C/ 25-B/ 26-B/ 27-C/ 28-E/ 29-D/ 30-D
Homônimos
passo (movimento feito com os pés para andar) paço( palácio ou sede de um governo
municipal)
cauda ( rabo dos animais) calda ( líquido grosso e doce, usado na culinária)
A forma correta de escrita da expressão é círculo vicioso. A expressão ciclo vicioso, embora muito
utilizada pelos falantes, está errada. Um círculo vicioso é um processo no qual a situação inicial
gera consequências que conduzem novamente ao estado inicial, não havendo alterações e
desenvolvimentos.
“Seção” é uma parte, “sessão” é a duração de algo, “cessão” é o mesmo que cedência, de ceder.
Nesta seção, vamos aprender algumas palavras homófonas. Esta sessão terá a duração de 45
minutos. A cessão do material utilizado nas aulas será feita por e-mail.
Parônimos
Ao invés de x Em vez de
Exemplo:
Veja:
"Foi à festa em vez de ir ao cinema" → Cinema não é o contrário de festa, logo usamos "em vez de"
"Entrou no restaurante em vez de entrar no bar" → Bar não é o contrário de restaurante, por isso
usamos "em vez de".
Exemplo: Não sei o porquê da minha reprovação. (Não sei o motivo da minha reprovação).
Porque - (conjunção)
Essa grafia deve ser utilizada com sentido de pois, visto que ou já que.
Exemplo: Fiquei reprovado porque não estudei. (Fiquei reprovado visto que não estudei).
Exemplo: Já sei o motivo por que fui reprovado. (Já sei o motivo pelo qual fui reprovado).
Já o segundo uso é como pronome interrogativo, utilizado em perguntas e longe do ponto de interrogação.
Exemplo: Por que você não estudou ontem? (perceba que a palavra está longe do ponto).
Ao encontro de X De encontro a
"Ao encontro de: tem significado de “estar de acordo com”, “em direção a”, “favorável a”, “para junto de”.
Meu novo trabalho veio ao encontro do que desejava. (Meu novo trabalho está de acordo com o que
desejava.)
Essa lei vem ao encontro dos interesses da população. (Essa lei vem a favor, em direção aos interesses da
população)
Todos ficaram satisfeitos, pois a solicitação do gerente veio ao encontro do que os funcionários queriam.
De encontro a: tem significado de “contra”, “em oposição a”, “para chocar-se com”.
Exemplos:
Esta questão está indo de encontro aos interesses da empresa. (Esta questão está indo contra os interesses
da empresa).
A decisão tomada foi de encontro às reivindicações do sindicato. (A decisão tomada foi oposta às
reivindicações do sindicato).
O jovem dirigiu bêbado e foi de encontro à árvore. (O jovem dirigiu bêbado e chocou-se com a árvore).
Logo, quando for usar as expressões abordadas acima, observe antes se o que vai ser dito tem sentido
desarmônico ou harmônico."
POLISSEMIA
A Polissemia representa a multiplicidade de significados de uma palavra. Do grego polis, significa "muitos",
enquanto sema refere-se ao "significado".
Portanto, um termo polissêmico é aquele que pode apresentar significados distintos de acordo com o
contexto. Apesar disso, eles têm a mesma etimologia e se relacionam em termos de ideia.
Exemplos:
Logo, constatamos que a palavra "letra" é um termo polissêmico, visto que abarca significados distintos
dependendo de sua utilização.
Assim, na frase 1, a palavra é utilizada como "música, canção". Na 2 significa "caligrafia". Já na oração 3
indica a "letra do alfabeto". Apesar dos muitos significados, todos se relacionam com a ideia de escrita.
AMBIGUIDADE
Ambiguidade : mais de um sentido para um único enunciado. Trata-se de um vício que prejudica a
própria clareza do texto.
Comprei uma camisa para minha namorada clara. (clara é um atributo da camisa ou da namorada? Não é
possível identificar no trecho)
Artur visitou sua namorada e depois encontrou com seu irmão. (irmão de quem? Dá namorada ou de
Artur?)
O pai viu o filho estudando em seu quarto. (em qual quarto? No do pai ou no do filho?)
O governo resolveu o problema, promovendo o bem estar à população local.(quem promoveu o bem estar?
O governo ou o problema?)
A impropriedade léxica
Uma impropriedade lexical, ou erro de propriedade lexical, consiste em usar uma palavra que não é
adequada ao contexto.
- ter a haver com, quando se quer dizer «ter que ver com».
QUESTÕES
1) Assinale a opção que indica a frase que é redigida de forma adequada, evitando-se o pleonasmo
vicioso.
2) A ambiguidade pode ser um problema textual, mas muitas vezes ela é intencionalmente produzida
para que a expressão se torne mais efetiva, pela junção de dois sentidos.
“O conceito de escrever bem varia conforme o tempo. Segundo Carlos Drummond de Andrade, escrever
bem é cortar palavras e, se observarmos certos contistas modernos, parece que Drummond tem razão: de
fato, palavras em excesso são um pecado mortal”. (Redação em Construção, p. 20)
B) O piloto informou que o voo para São Paulo seria transferido para o dia seguinte;
B) “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer
um novo fim”. (Chico Xavier);
C) “Espero que sua vida seja tão inteira como duas metades”. (anônimo);
D) “Todos os funcionários receberam um prêmio adicional extra por seu desempenho”. (Cartaz em
lanchonete);
5) A frase “Pedro e Isabel iludiram-se” cria dúvidas de compreensão: Pedro e Isabel enganaram-se
reciprocamente ou reflexivamente?
6) A redundância significa “um excesso de palavras, de expressões, prolixidade", segundo Houaiss; a frase
do texto 2 que mostra, em si mesma, um excesso de palavras, é:
A) “Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro";
7) Nas frases a seguir ocorre um caso de emprego desnecessário de um vocábulo por seu significado já ter
sido incluído em outro vocábulo, à exceção de uma. Assinale-a.
C) Cada empregado, individualmente, terá direito a dois ingressos para o jogo de reabertura do Maracanã.
E) Os boatos sobre o Congresso são muitos, mas as denúncias comprovadas são poucas.
8) Todas as frases abaixo foram retiradas de um relatório de seguranças de um shopping; a única opção
em que NÃO ocorre nenhuma impropriedade léxica, ou seja, mau emprego de vocábulos, é:
10) A frase abaixo que está integralmente adequada à norma culta da língua portuguesa é:
D) Sem que ninguém esperasse, haviam cerca de 250 espectadores sem convite;
A) a falta de paralelismo;
B) a ambiguidade;
D) um erro de pontuação;
A) Não vejo porque os homens que creem em elétrons devam considerar-se menos crédulos do que os
homens que creem em anjos.
C) A educação deve ter algo haver com a tolice dominante nas crianças;
14) Todas as frases abaixo sofreram a mesma alteração; a opção em que a mudança da frase traz
um erro de conjugação verbal é:
E) Não sei onde ele mora / Se você não souber, eu também não saberei.
15) Um grande empresário moderno declarou: “O mundo está progredindo e os recursos tornam-se mais
abundantes. Prefiro entrar em uma mercearia hoje a ir ao banquete de um rei à cem anos”.
A modificação necessária para que esse texto fique correto é:
16) “Todas as coisas têm seu tempo, existe o momento certo para cada uma delas sob o céu.”
A) Quem é feliz não repara nas horas que passam sobre seus olhos.
E) Sob o meu ponto de vista, o tempo que passa é o que não vivemos.
17) “Mas valores como este não são bem desenvolvidos nas escolas do Brasil, indica um relatório divulgado
ontem com dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA)”.
A) a sigla PISA deveria ter sido escrita antes do programa que a explica;
18) Um adesivo plástico colado à janela de um automóvel mostrava a seguinte frase: “A salvação é um
presente gratuito que Deus dá aos homens”.
A impropriedade dessa frase está em:
D) utilizar a oração “que Deus dá aos homens” em lugar de “dado por Deus aos homens”;
19) “Que porcaria de operadora! Se fosse na cadeia aposto que tava funcionando!"
Essa fala do preso mostra o emprego coloquial da língua portuguesa; em variante de norma culta, essa
mesma frase seria:
E) Que operadora deficiente! Se fosse na cadeia, garanto que estava funcionando muito bem.
20) Assinale a opção que traz construção típica da oralidade e é considerada incomum na norma padrão da
Língua Portuguesa.
D) “Mas não aconselho: se faz mal, não deve mesmo tocar neste chá.”
1-E/2-E/ 3-A/ 4-E/ 5-D/ 6-C/ 7-E/ 8-E/ 9-C/ 10-E/ 11-B/ 12-E/ 13-E/ 14-D/ 15-E/ 16-A/ 17-D/ 18-C/ 19-B/ 20-
A
A) O motivo porque as pessoas culpam os outros é que é mais fácil do que assumir seus próprios erros;
3) No texto 2, está presente a palavra acidente, que tem incidente como parônimo; a frase abaixo em que
foi empregada a forma correta do vocábulo é:
A) auferir/aferir – O taxímetro estava marcando o preço certo, pois tinha sido aferido pouco antes;
4) Todas as frases abaixo foram retiradas de um relatório de seguranças de um shopping; a única opção
em que NÃO ocorre nenhuma impropriedade léxica, ou seja, mau emprego de vocábulos, é:
E) A vítima do atropelamento era observada com discrição pelos clientes que passavam.
A) absolver / absorver – O juiz decidiu absorver todo o grupo já que todas as provas eram circunstanciais;
B) aprender / apreender – O grupo de policiais aprendeu uma grande quantidade de drogas no galpão da
empresa;
C) delatar / dilatar – O delegado resolveu delatar o prazo da investigação a fim de ajudar o trabalho dos
agentes;
D) despensa / dispensa – A administração do presídio guardava numa espécie de dispensa todas as frutas;
E) fluir / fruir – Após o conserto a água fluía da torneira com toda a facilidade.
A) Não vejo porque os homens que creem em elétrons devam considerar-se menos crédulos do que os
homens que creem em anjos.
C) A educação deve ter algo haver com a tolice dominante nas crianças;
Se você joga lixo na praia para garantir o emprego do gari, então porque não morre para garantir o
emprego do coveiro?
A) A grafia de “porque”.
9) Em todas as frases abaixo ocorre uma troca indevida do vocábulo sublinhado por seu parônimo; a única
das frases cuja forma de vocábulo sublinhado está correta é:
10) Assinale a opção que mostra a frase cuja lacuna deve ser preenchida com a primeira das formas entre
parênteses.
A) “__________ é um homem que jamais bate numa mulher sem primeiro tirar o chapéu”. (cavaleiro /
cavalheiro)
B) “A indústria do __________ se beneficia do sexo, ou você acha que as pessoas andariam com os jeans
apertados desse jeito se não fosse pela conotação sexual?”. (vestiário/vestuário)
C) “A diminuição __________ do nível da água dos reservatórios trazia preocupação aos governadores de
Estado”. (eminente/iminente)
D) “As mudanças no Código Penal incluem possibilidades de __________ penas mais duras aos criminosos”.
(infligir/infringir)
E) “As novas medidas presidenciais vieram __________ o acerto das votações no Congresso Nacional”.
(retificar / ratificar)
A) deferir / diferir;
B) infarte / infarto;
C) emergir / imergir;
D) descrição / discrição;
E) eminente / iminente.
13) “É uma avaliação cruel, que prioriza a inteligência da decoreba ao invés da inteligência criativa”.
Nesse segmento do texto 1, há a correta utilização da expressão “ao invés de”, que é muitas vezes
confundida com “em vez de”.
A frase abaixo em que se deveria empregar “em vez de” em lugar de “ao invés de” é:
A) O pai decidiu matricular o filho numa escola pública ao invés de uma privada;
E) As escolas utilizam processos de avaliação rápidos ao invés de processos mais lentos e mais eficientes.
A) Aos 40 anos, o homem já não sabe mais que trabalhar. Trabalhar é caminhar de encontro a nós
mesmos.
16) Em quatro das frases abaixo há polissemias intencionais, relacionadas à empresa responsável por
elas; assinale a única frase isenta de polissemia.
B) Com a qualidade da comida feita por minha mulher, vivo em um eterno restaurante;
C) Quanto mais difícil é ler um cardápio, mais altos são os preços de um restaurante;
E) Quando for a um restaurante, cuidado ao escolher a mesa. Às vezes é melhor que seja longe do
banheiro.
18) “Os homens prudentes, pelos casos passados e pelos presentes, julgam os que estão por vir.”
Essa frase pode apresentar ambiguidade, já que o segmento “os que estão por vir” pode referir-se a
“homens” ou a “casos”.
A frase abaixo em que há uma ambiguidade possível é:
A) Para quem é pouca coisa, basta-lhe pouca coisa;
B) Convicções são mais perigosas para a verdade do que as mentiras;
C) A ironia é uma tristeza que não pode chorar e rir;
D) O covarde e o corajoso mostram o seu medo;
E) Eu achei que estava errado uma vez, e estava mesmo errado.
20) “A doença deve ser combatida desde o nascimento.” Assinale a opção que indica o problema de
construção dessa frase.
A) A ambiguidade.
B) A falta de paralelismo.
C) A troca de parônimos.
D) O erro de concordância.
E) A inadequação vocabular.
AULA 11
Ortografia e acentuação gráfica
Acentuação Gráfica
Regras Gerais
Baseiam-se na constatação de que, em nossa língua, as palavras mais numerosas são as
paroxítonas, seguidas pelas oxítonas.
A maioria das paroxítonas termina em -a, -e, -o, -em, podendo ou não ser seguidas de "s". Essas
paroxítonas, por serem maioria, não são acentuadas graficamente. Já as proparoxítonas, por
serem pouco numerosas, são sempre acentuadas.
Proparoxítonas
Sílaba tônica: antepenúltima
As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente.
trágico, patético, árvore, gramática
Paroxítonas
Sílaba tônica: penúltima
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:
l - ( fácil, difícil, útil )
n-( pólen, hífen )
r-( cadáver, revólver, caráter)
ps – ( bíceps, fórceps)
x - (tórax, latex)
us- (vírus, Vênus)
i, is- (júri, táxi, lápis)
om, ons - (iândom, íons)
um, uns- (álbum, álbuns)
ã(s), ão(s)- ( órfã, órfãs, órfão, órgãos)
ditongo oral (seguido ou não de s) (jóquei, túneis, inúteis)
Observações:
1) As paroxítonas terminadas em "n" são acentuadas (hífen), mas as que terminam em "ens", não
(hifens, jovens).
Também palavras terminadas em -ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo são escritas com acento gráfico. Estas
palavras tanto podem ser consideradas proparoxítonas como paroxítonas, conforme o entendimento que
se faça do encontro vocálico (hiato ou ditongo):
história; gênio; sério; vitória; cárie; dúzia; espécie; miséria; rádio; silêncio.
• história (his-tó-ri-a);
• série (sé-ri-e);
• gênio (gê-ni-o);
• glória (gló-ri-a);
• início (i-ní-ci-o);
• exíguo (e-xí-gu-o);
• lírio (lí-ri-o);
• mágoa (má-go-a);
• tênue (tê-nu-e);
• rádio (rá-di-o);
• cárie (cá-ri-e);
• miséria (mi-sé-ri-a).
Oxítonas
Sílaba tônica: última
Acentuam-se as oxítonas terminadas em:
a(s)- (sofá, sofás)
e(s)- (jacaré, vocês)
o(s)- (paletó, avós)
em, ens- (ninguém, armazéns)
Os monossílabos, conforme a intensidade com que se proferem, podem ser tônicos ou átonos.
Monossílabos Tônicos
Possuem autonomia fonética, sendo proferidos fortemente na frase onde aparecem. Acentuam-
se os monossílabos tônicos terminados em:
Monossílabos Átonos
Não possuem autonomia fonética, sendo proferidos fracamente, como se fossem sílabas átonas
do vocábulo a que se apoiam.
o(s), a(s), um, uns, me, te, se, lhe nos, de, em, e, que etc.
Saiba que:
Muitos verbos, ao se combinarem com pronomes oblíquos, produzem formas oxítonas ou
monossilábicas que devem ser acentuadas por acabarem assumindo alguma das terminações
contidas nas regras.
Regras Especiais
Além das regras fundamentais, há um conjunto de regras destinadas a pôr em evidência alguns detalhes
sonoros das palavras.
Ditongos Abertos
Os ditongos éi, éu e ói, sempre que tiverem pronúncia aberta em palavras oxítonas (éi e não êi),
são acentuados.
(assembleia, boia, colmeia, Coreia, estreia, heroico, ideia, jiboia, joia, paranoia, plateia etc.)
Atenção: a palavra destróier é acentuada por ser uma paroxítona terminada em "r" (e não por
possuir ditongo aberto "ói").
Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos
na sílaba ou acompanhados apenas de "s", desde que não sejam se-guidos por "-nh".
Observação: cabe esclarecer que existem hiatos acentuados não por serem hiatos, mas por outras
razões. Veja os exemplos abaixo:
po-é-ti-co: proparoxítona
As palavras “feiura”, “feiume”, “baiuca” tinham acento antes da Reforma (: “feiúra”, “feiúme”, “baiúca.
Agora não têm mais.
Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir,
bem como nos seus compostos (deter, conter, reter, advir, convir, intervir etc.).
Obs.: nos verbos compostos de ter e vir, o acento ocorre obrigatoriamente, mesmo no singular.
Distingue-se o plural do singular mudando o acento de agudo para circunflexo:
Na língua escrita, existem dois casos em que os acentos são utilizados para diferenciar palavras
homógrafas (de mesma grafia).
a) pôde / pode
Pôde é a forma do pretérito perfeito do indicativo do verbo poder. Pode é a forma do presente do
indicativo. Exemplos:
O ladrão pôde fugir.
O ladrão pode fugir.
b) pôr / por
Pôr é verbo e por é preposição. Exemplos:
Você deve pôr o livro aqui.
Não vá por aí!
QUESTÕES
1) Assinale a opção que apresenta a frase em que a forma verbal sublinhada está corretamente
acentuada.
A) “Nas grandes coisas, os homens se mostram como lhes convém se mostrar; nas pequenas mostram-se
como são”.
C) “O envelhecimento ocorre apenas dos 25 aos 30 anos. O que se obtêm até esse momento é o que se
conservará para sempre”.
2) Duas palavras do texto que obedecem à mesma regra de acentuação gráfica são:
A) indébita / também;
B) história / veículo;
D) coíba / já;
E) calúnia / plágio.
3) Assinale a opção que apresenta as duas palavras que estão acentuadas corretamente
A) Família / economía
B) Máquina / vôo
C) Aliás / vêem
D) Caráter / cooperatíva
E) Saída / termômetro
4) Os vocábulos cuja acentuação gráfica pode ser justificada simultaneamente por duas regras são:
A) herói/papéis;
B) econômico/histórico;
C) pátria/tênue;
D) gás/três;
E) têm/vêm.
5) Com relação aos ditongos ÉI/ÓI, o Novo Acordo Ortográfico retirou o acento gráfico do seguinte par de
palavras:
A) destróier/caracóis;
B) jibóia/odisséia;
C) méier/alcalóide;
D) constrói/colméia;
E) pastéis/ovóide.
A) científicas / reúne;
B) saúde / hábito;
C) saudável / índice;
D) cardíacos / será;
E) família / cardápios.
Assinale a opção que apresenta outra palavra que não recebe acento pela mesma regra.
A) Lua
B) Marejado
C) Caju
D) Ideia
E) Rochedo
8) A palavra década tem acento gráfico pela mesma razão que o vocábulo
A) após.
B) trágica.
C) além.
D) ninguém.
E) matá-lo.
A) período / células.
B) frequências / destruídas.
D) frágeis / música.
E) ondulatório / daí.
10) As duas palavras do texto 2 que recebem acento gráfico por razões diferentes são:
A) homicídio/média;
B) país/juízes;
C) histórico/pública;
D) secretários/relatório;
E) está/é.
11) As duas palavras do texto que são acentuadas pela mesma regra de acentuação gráfica são:
A) horário / viável;
B) trânsito / é;
C) público / rápido;
D) vêm / propícia;
E) há / veículos.
13) Assinale a opção que apresenta três exemplos adequados da mudança proposta no Novo Acordo
Ortográfico.
14) A correção na acentuação gráfica faz parte do cuidado com a norma culta na redação de um texto; a
opção que apresenta um vocábulo do texto 3 que é acentuado graficamente por razão distinta das
demais é:
A) famílias;
B) país;
C) rodízio;
D) água;
E) desperdício.
15) Indique a alternativa cujos vocábulos tiveram sua acentuação gráfica alterada em função do último
acordo ortográfico.
A) têm - vêm
B) heroico - saúde
C) colmeia - herói
D) veem - leem
E) para(v.) - pôr(v.)
16) “Trânsito” é uma palavra que muda de sentido conforme a sílaba tônica, pois “transito” pertence ao
verbo “transitar”. A palavra do texto que está nesse mesmo caso é:
A) tragédia
B) véspera
C) público
E) caótico
17) Assinale a alternativa em que o vocábulo indicado só pode ser grafado com acento gráfico.
A) Silêncio
B) Econômico
C) País
D) Têm
E) É
18) As alternativas a seguir apresentam palavras do texto acentuadas pela mesma regra de acentuação, à
exceção de uma. Assinale-a..
A) será / está.
B) ônibus / últimos.
C) três / há.
D) política / econômica.
E) médio / saúde.
19) Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que distribuídos (L.8).
A) sócio
B) sofrê-lo
C) lúcidos
D) constituí
E) órfãos
20) Assinale a palavra que foi acentuada seguindo a mesma regra que três (L.23).
A) prevê (L.32)
B) Até (L.40)
D) é (L.16)
E) país (L.17)
1-A/ 2-E/ 3-E/ 4-C/ 5-B/ 6-E/ 7-C/ 8-B/ 9-A/ 10-E/ 11-C/ 12-A/ 13-A/ 14-A/ 15-D/ 16-C/ 17-B/ 18-E/ 19-D/ 20-
D
AULA 12
A CRASE
Basicamente a crase se refere à fusão da preposição a com o artigo feminino a:
O verbo ir e a palavra acesso regem a preposição a, que se fundem com o artigo exigido pelo substantivo
feminino
Então, não se coloca acento grave antes de palavras que não admitam o artigo feminino a, como verbos, a
maior parte dos pronomes (esta, alguma, qualquer, cada, ela), e as palavras masculinas.
Evidentemente, se o termo regido não admitir a anteposição do artigo feminino "a" (s), não haverá crase.
Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre:
Andamos a cavalo.
Fomos a pé.
Passou a camisa a ferro.
Fazer o exercício a lápis.
Compramos os móveis a prazo.
Assisitimos a espetáculos magníficos.
- Diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das formas
senhora, senhorita e dona:
- Diante da palavra "moda", com o sentido de "à moda de" (mesmo que a expressão moda de
fique subentendida):
- Na indicação de horas:
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição "a". Por exemplo:
O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige
preposição, portanto, ocorre a crase.
O verbo "alugar" é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse
caso. Veja outros exemplos:
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege
esses pronomes exigir a preposição "a", haverá crase. É possível detectar a ocorrência da crase nesses
casos, utilizando a substituição do termo regido feminino por um termo regido masculino. Por exemplo:
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo "a" também pode ser detectada pela substituição do
termo regente feminino por um termo regido masculino. Veja:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes próprios femininos porque é facultativo o uso
do artigo. Observe:
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo feminino diante de nomes próprios femininos,
então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos femininos porque é facultativo
o uso do artigo. Observe:
QUESTÕES
1) Nesse pensamento de um historiador latino, ocorreu duas vezes a utilização correta do acento grave
indicativo de que houve crase; a frase abaixo em que esse mesmo acento está equivocado é:
2)Assinale a alternativa em que o emprego do acento grave indicativo da crase está incorreto.
“Análise nas Despesas, mensalmente analise todas as despesas dando ênfase àquelas com maior oscilação
no período".
4) “Isso se dá graças à tecnologia da informação”; nesse caso, o acento grave indicativo da crase
representa:
5) O texto 3 mostra exemplos de emprego correto do “a” com acento grave indicativo da crase – “diz
respeito à sua vida profissional”. A frase abaixo em que o emprego do acento grave da crase é
corretamente empregado é:
Nesses casos, ocorre a junção da preposição "a" + artigo definido "a". Os termos dessas frases que exigem a
presença da preposição "a" são, respectivamente,
" ...é submeter-se, por três anos, à aplicação de medidas 'socioeducativas'; ...o caso remete à barbárie de
que foi vítima..."; "...distinguir entre o certo e o errado à luz das regras sociais".
7) Com relação ao emprego do acento grave indicativo da crase nessas três frases, é correto afirmar que
B) as duas primeiras ocorrências exemplificam um caso de acento grave diferente do da última ocorrência.
C) as duas últimas ocorrências exemplificam um caso de acento grave diferente do da primeira ocorrência.
D) as três ocorrências do emprego do acento grave indicativo da crase exemplificam casos distintos.
8) Assinale a alternativa em que o emprego grave indicativo da crase ocorre por razão distinta da dos
demais.
Ratifica-se, assim, o conceito de que a conscientização tributária pode representar um ponto de partida
para a formação cidadã como uma das formas eficazes de atender às demandas sociais, com maior controle
sobre a coisa pública. (L.49-53)
9) No período acima, empregou-se corretamente o acento grave para indicar o fenômeno da crase.
“A gestão é fragmentada, educação para um lado e saúde para outro, habitação submetida à especulação
imobiliária, saneamento à espera de recursos que vão para as grandes obras de fachada”.
10) Nesse segmento do texto há duas ocorrências do acento grave indicativo da crase; sobre esse
emprego pode-se afirmar com correção que
D) na segunda ocorrência, a crase é devida à presença de uma locução prepositiva formada com uma
palavra feminina.
E) na primeira ocorrência, o emprego do acento grave é devido à necessidade de esclarecer uma possível
ambiguidade.
“O movimento altermundialista deverá também responder à nova situação mundial nascida da crise
escancarada da fase neoliberal da globalização capitalista.” (L.14-17)
12) No trecho acima, empregou-se corretamente o acento grave indicativo de crase. Assinale a
alternativa em que isso não tenha ocorrido.
A) É justificado pela regência de “ofereceram” e pela presença de artigo definido feminino antes de
“equipe”.
C) Tem a mesma função em: “Eu não ia perder tempo com quem ganhou muito dinheiro à custa de
mentiras”.
14) Assinale a alternativa em que está correto o uso do acento indicativo de crase:
“No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais cedo ou mais tarde colocarão à
disposição dos usuários e das autoridades”.
15) O acento grave indicativo da crase empregado nesse segmento é devido ao mesmo fator da seguinte
frase:
A) À noite, todos os gatos são pardos;
B) Pagar à vista é coisa rara hoje em dia;
C) Entregou o livro à aluna;
D) Saiu à procura da namorada;
E) Ficava contente à proporção que superava os obstáculos.
16) Os casos de crase que correspondem à união de preposição + artigo definido são:
A) 1 e 2;
B) 1 e 4;
C) 2 e 3;
D) 3 e 4;
E) todos eles.
A) I-II-III.
B) apenas I-II.
C) apenas I-III.
“A gestão é fragmentada, educação para um lado e saúde para outro, habitação submetida à especulação
imobiliária, saneamento à espera de recursos que vão para as grandes obras de fachada”.
18) Nesse segmento do texto há duas ocorrências do acento grave indicativo da crase; sobre esse
emprego pode-se afirmar com correção que
D) na segunda ocorrência, a crase é devida à presença de uma locução prepositiva formada com uma
palavra feminina.
E) na primeira ocorrência, o emprego do acento grave é devido à necessidade de esclarecer uma possível
ambiguidade.
19) Assinale a frase em que o emprego do acento grave indicativo da crase é optativo.
A) Trabalhar às claras.
O cartaz publicitário de um evento de moda no Rio de Janeiro mostrava o seguinte: VESTE-RIO A MODA
AQUI É FAZER NEGÓCIO
20) O evento citado na questão anterior teria seu horário de funcionamento indicado de forma correta
na seguinte alternativa:
A) de 12h às 20 horas;
E) de 12hs a 20 horas.
21) No trecho acima, empregou-se corretamente o acento grave indicativo de crase. Assinale a
alternativa em que isso não tenha ocorrido.
22) Assinale a alternativa em que está correto o uso do acento indicativo de crase:
A) É justificado pela regência de “ofereceram” e pela presença de artigo definido feminino antes de
“equipe”.
C) Tem a mesma função em: “Eu não ia perder tempo com quem ganhou muito dinheiro à custa de
mentiras”.
24) Na frase acima, utilizou-se corretamente o acento grave para indicar a crase. Assinale a alternativa
em que isso não tenha ocorrido.
B) Fomos à Bahia.
25) Em ...devido à proximidade com o Porto de Santos... (L.22-23), empregou-se corretamente o acento
indicativo do fenômeno da crase. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido.
Nessa frase há dois casos de emprego correto do acento grave indicativo da crase. Assinale a opção que
indica a frase em que esse acento está empregado incorretamente.
B) Cheguei à conclusão de que a única doença que eu não tinha era inchaço do joelho.
C) Nada se compreendeu em relação à doença enquanto não se reconheceu sua semelhança com a guerra
e o amor.
D) Não contesto que a medicina seja útil à alguns homens, mas digo que ela é funesta ao gênero humano.
“Pedimos desculpas às esposas americanas. ABC apresenta o futebol das segundas-feiras à noite.”
Assinale a opção que indica a frase em que o acento está empregado corretamente.
A) Nas Bermudas, você está à 700 milhas de tudo que o chateia. E a apenas 90 minutos de Nova York.
(American Airlines)
B) Carta aberta à doce senhora que se perdeu tentando chegar à avenida Dakabay de metrô, na última
semana. (Departamento de Trânsito de Nova York)
C) Circe faz você tão tentadora quanto à mais bonita sobremesa. (Circe lingerie)
D) O navio que trouxe para à América seu gosto por scotch. (Cutty Sark whisky)
E) Você não precisa ir à Paris para comprar Chanel nº 5. Mas seria melhor se fosse. (Air France)
28) Nesse texto, Machado emprega corretamente o acento grave indicativo da crase; a frase abaixo em
que esse mesmo acento está empregado de forma adequada é:
29) A frase em que o emprego do acento grave (crase) é justificado por razão diferente dos demais é:
“Todos aqueles que devem deliberar sobre questões dúbias devem também manter-se imunes ao ódio e à
simpatia, à ira e ao sentimentalismo”.
30) Nesse pensamento de um historiador latino, ocorreu duas vezes a utilização correta do acento grave
indicativo de que houve crase; a frase abaixo em que esse mesmo acento está equivocado é:
1-A/2-D/3-D/4-D/5-D/6-B/7-B/8-A/9-A/10-D /11-B/12-C/13-A/14-B/15-D/16-A/17-C/18-D/19-C/20-D/21-
C/22-B/23-A/24-E/25-C/ 26-D/ 27-B/ 28-E/ 29-D/ 30-A