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SEQUÊNCIAS TEXTUAIS
Resumo Teórico 1 - Professora Carol
INTRODUÇÃO
São sequências de textos com características linguísticas facilmente identificáveis, determinadas
por aspectos lexicais e sintáticos. Apresentam-se em número relativamente pequeno e
encontram-se interpoladas no interior dos gêneros textuais.
A sequência textual utilizada pelo autor na construção de seu texto está diretamente
relacionada ao propósito de sua redação: dizer como é (descrição), apresentar uma sucessão de
acontecimentos em que haja relação de anterioridade e posterioridade (narração), apresentar
informações sobre um objeto ou fato específico (exposição), buscar adesão para um propósito ou
ideia (argumentação), orientar sobre como fazer (injunção), estabelecer interlocução em uma
relação dialógica (diálogo).
• O objetivo desse tipo de texto é a descrição dos traços mais particulares do objeto/da
cena/ da personagem em questão, a imagem;
• A descrição pode ser objetiva ou subjetiva, estática ou dinâmica;
• As qualidades dos objetos são da ordem do sensorial (tato, visão, audição, olfato,
paladar). Dessa maneira, o texto descritivo convida o leitor a construir o objeto até
compor o conjunto da figura, numa espécie de construção de um quadro;
• Não há temporalidade, logo os elementos desse tipo de texto não mantêm relação de
anterioridade e posterioridade; PLANO ÚNICO/ LINEAR DE AÇÃO: NÃO HÁ EVOLUÇÃO
CRONOLÓGICA.
• Não há a ideia da causalidade;
• Verbos de estado (descrições estáticas) ou de ação (descrições dinâmicas), no
presente ou no pretérito imperfeito do modo indicativo;
• Base em caracterização, localização espaço-temporal (adjetivos/advérbios);
• Surge comumente articulada com sequências textuais de outros tipos, pois é uma
sequência pouco autônoma.
• Sequência predominante em: anúncios, classificados, cardápios, catálogo de vendas etc.
• O objetivo desse tipo de texto é expor conceitos, desenvolver, explicar um assunto ou uma
determinada situação. Não há a intenção de levar o interlocutor à adesão de uma dada tese;
transmite informações: leva ao receptor conhecimentos que ele não possui;
FATOS/EVIDÊNCIAS.
• Verbos no presente atemporal, ou seja, as formas verbais não se restringem a um
momento;
• Conectores do tipo lógico (mas, contudo, não obstante, posto que, já que...);
• Predomínio da função referencial da linguagem;
• Predomínio da 3ª pessoa;
• Sequência predominante em: livros didáticos, aulas, ensaios, artigos científicos etc.
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INTERPOLAÇÃO DAS SEQUÊNCIAS TEXTUAIS (UFU)
É raro encontrar um texto totalmente descritivo, ou narrativo, ou explicativo etc. Em geral, podem-
se encontrar algumas dessas sequências, concomitantemente, nos textos. Isso contribui para que
se use o termo sequências textuais, indicando-se que há partes composicionais diversas que
entram na organização do texto.
Entendemos, portanto, que os textos são heterogêneos. Um conto de fadas, por exemplo,
apresenta uma sequência narrativa (conjunto de ações realizadas por um agente que provoca ou
tenta evitar uma mudança), uma sequência descritiva (conjunto de operações que apresenta
aspectos caracterizadores de um objeto, animal ou pessoa) e uma sequência dialogal (fala entre
os personagens). Pode haver também uma sequência injuntiva (indicação de como ou do que se
deve fazer) ou uma argumentativa (apresentação de uma tese, defesa ou rejeição, contra-
argumentação e conclusão) ou, ainda, uma explicativa (explicação de um problema apresentado).
Mesmo que seja composto de diferentes sequências simultâneas, o texto não se torna caótico, pois
uma delas domina as demais, que são utilizadas para melhor demonstrar essa dominante. Um
artigo de opinião, por exemplo, tem como sequência principal a argumentativa, pois nele se
discute um tema polêmico e se defende ou refuta uma tese, mas nele pode haver uma sequência
narrativa, cujo fato ou ação narrada venha fortalecer essa tese; uma sequência descritiva, que
mostra aspectos do tema que contribuem para convencer ou persuadir o leitor do artigo; ou, ainda,
uma explicativa, expondo por que ou como a tese é defendida ou rejeitada.
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2. Argumento por comparação: opõe dois dados (informações) .
“Essa é a realidade: o Brasil cresceu 2.3 % em 2005 enquanto a China cresceu 9,9 %. Só
as ações brasileiras, as mais representativas entre as de países emergentes,
movimentaram US$ 1,5 trilhão.”
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2) Uso dos dois-pontos:
Introduzir a fala/citação;
Introduzir explicações, esclarecimentos (uso mais cobrado na UFU); - está no
lugar de um “ou seja”, um “porque” etc.
Introduzir conclusões/consequências (caiu 1 vez na UFU);
Introduzir enumerações ou exemplificações.
4) Figuras de Linguagem:
As figuras moldam as percepções que o leitor tem do texto e do discurso, gerando
direções específicas. Além de acrescentar ao texto a expressividade, as figuras de
linguagem trazem força argumentativa ao texto. (Você terá este assunto desenvolvido nos
módulos de FL, aulas 8 e 9).
Além desses quatro recursos acima, que são os mais comuns, podemos encontrar os
recursos da polissemia e da intertextualidade. Lembre-se de que a interpolação de
sequências textuais é um importante recurso/estratégia: cada sequência
secundária interpolada cumpre uma função especial e potencializa a força da
primária.
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Desvendando os Segredos da UFU
GÊNEROS TEXTUAIS
Resumo Teórico 1 - Professora Carol
Diferentemente das sequências, os gêneros textuais são os vários tipos de textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam
certas características composicionais. Segundo Luiz Antônio Marcuschi, só pode haver comunicação por meio dos gêneros textuais, os quais circulam em
domínios discursivos variados: esfera jurídica, esfera jornalística, esfera religiosa, esfera escolar etc.
TRAÇOS
GÊNERO OBJETIVOS CARACTERÍSTICAS SEQUÊNCIA PREDOMINANTE
LINGUÍSTICOS
• PERTENCE à ESFERA
JORNALÍSTICA • Verbos
(JORNALISMO predominantemente no
OPINATIVO); abordam presente do indicativo;
• Defender um ponto de assuntos significativos • 1ª pessoa (mais
vista, problematizar, / polêmicos / de comum);
ARTIGO DE OPINIÃO levar à adesão de uma relevância social; • Mais subjetivo que o ARGUMENTATIVA
tese. editorial: pode haver
• Explicitam a opinião ironias e/ou
de um articulista provocações; metáforas
(postura ideológica e recursos persuasivos
marcada); variados; diferentes
tipos de argumentos
• Texto assinado. (estratégias
argumentativas).
• PERTENCE à ESFERA
• Defender o ponto de JORNALÍSTICA • Verbos
vista de uma empresa (JORNALISMO predominantemente no
de comunicação; levar à OPINATIVO); abordam presente do indicativo;
leitura da matéria em assuntos significativos • 3ª pessoa (mais
questão; faz referência / polêmicos / de comum);
EDITORIAL (ou CARTA AO
temática a notícias e a relevância social; • Mais objetivo e ARGUMENTATIVA
LEITOR)
reportagens. comedido que o artigo:
• Explicitam a opinião
impessoalidade, função
de uma empresa de
referencial é a mais
comunicação (postura
comum; diferentes tipos
ideológica marcada);
de argumentos.
• Sem assinatura.
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• Texto marcado pela
oralidade e produzido
pela interação entre • Linguagem dialógica e
duas pessoas, ou seja, o oral;
• Informar, difundir entrevistador, ESTRUTURA DIALOGAL QUE SE
conhecimento, formar responsável por fazer • Marca do discurso
MESCLA COM A SEQUÊNCIA
opinião e perguntas, e o direto e da
ENTREVISTA entrevistado (ou subjetividade; EXPOSITIVA E/OU
posicionamentos
críticos, propor debates entrevistados), que ARGUMENTATIVA (A
sobre determinado responde às perguntas. • Mescla da linguagem DEPENDER DA ENTREVISTA).
• Textos informativos formal e informal.
tema.
e/ou opinativos de
temas variados.
• Alternância dos turnos
de fala.
• Além de sintetizar as
ideias principais do
• Fazer a apreciação de objeto, a resenha crítica • Emprego da primeira ou
um produto cultural é marcada pelo juízo de da terceira pessoa;
RESENHA CRÍTICA (obra literária, valor do resenhista. adjetivos que constroem ARGUMENTATIVA
cinematográfica, • Texto de informação e juízos de valor
musical etc.) de opinião. (subjetividade).
• Publicada pelos meios
de comunicação
(revistas, jornais, sites).
• Fazer com que o leitor • A sinopse é diferente de
entenda os pontos uma resenha, pois ela Normalmente, há os seguintes
principais de um livro, não contém a itens presentes na sinopse:
de um filme ou de um interpretação nem a EXPOSITIVA
evento; é essencial para opinião de um
SINOPSE • Título,
fazer com que os resenhista: ela é (PODE APRESENTAR TRAÇOS
indivíduos se interessem formada • Nome do autor, DE SUBJETIVIDADE)
por um determinado prioritariamente de
produto cultural, é uma informações; às vezes, • Ideia principal do texto.
espécie de síntese, de pode conter traços de
chamariz. subjetividade ou, até
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mesmo, um parecer do
verdadeiro escritor.
• Destinatário: geralmente é
acrescentado um título que
indica a quem será destinada a
carta (comunidade, associação,
instituição, organização,
entidade, autoridade municipais,
estaduais e nacionais etc.)
• A Carta Aberta é um • Introdução: as principais ideias
modelo de carta (texto são abordadas pelos
epistolar) que tem destinatários. • Geralmente escrito em
como principal • Desenvolvimento: segundo a 1ª pessoa (sing. ou
CARTA ABERTA característica informar, proposta da carta, nesse plural); ARGUMENTATIVA
instruir, alertar, momento serão apontados os • Marcas de interlocução;
protestar, reivindicar ou principais argumentos referentes • Presente do indicativo.
argumentar sobre ao assunto abordado.
determinado assunto. • Conclusão: momento de
arrematar a ideia e sugerir
alguma ação dos interlocutores
ou possível resolução do
problema posto em causa.
• Despedida: com saudações
cordiais e assinatura dos
remetentes, a despedida finaliza
a carta aberta.
▪ Leitores livremente se • Textos breves e escritos
• Gênero epistolar; temas
manifestam, opinando em 1ª pessoa;
atuais e de caráter
CARTA DO LEITOR sobre a qualidade das Linguagem simples, ARGUMENTATIVO
subjetivo; presença de
matérias publicadas clara e objetiva; texto
destinatário e
em revistas e/ ou em expositivo-
remetente.
jornais. argumentativo.
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▪ Informar sobre um
tema atual ou algum
acontecimento real, • Gênero jornalístico;
veiculada pelos temas atuais; • Discurso indireto,
NOTÍCIA principais meios de brevidade, clareza, linguagem formal e NARRATIVA / EXPOSITIVA
comunicação: jornais, objetividade, função denotativa, 3ª pessoa.
revistas, meios referencial.
televisivos, rádio,
internet, dentre outros.
▪ Informar e fazer
circular assuntos
relativos às questões da • Linguagem facilitada,
• Jornalismo científico;
NOTÍCIA CIENTÍFICA ciência; popularizá-la; clara e denotativa; EXPOSITIVA
publicadas em suportes
promover o debate função referencial, 3ª
de divulgação científica.
científico; divulgar pessoa.
resultados de pesquisas
científicas.
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Forma concisa, que inclusive, dispensar a
respeita a ordem em consulta ao original.
que as ideias aparecem
no texto original.
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