Você está na página 1de 9

Texto Expositivo-Explicativo

O texto expositivo-explicativo dá a conhecer e/ou esclarece determinadas situações


ou factos. É um tipo de texto cujo objectivo se prende essencialmente com o
conhecimento da realidade, a respeito da qual oferece um saber.

Definição

O texto expositivo/explicativo é um tipo de texto cuja intenção de comunicação


se prende essencialmente com conhecimento da realidade, a respeito da qual oferece
um saber.

A finalidade de acção da linguagem a atingir é a de informar, isto é, de transmitir


conhecimentos ao destinatário relativo a um referente preciso. Por isso, o texto
expositivo/explicativo é um texto conceptual, visa instruir o estado cognitivo do
destinatário.

Características

Quanto à organização textual

A análise de qualquer texto requer o conhecimento das regras do seu funcionamento,


da sua estruturação, isto é, da sua gramática.

Da mesma forma que o campo da linguística desenvolve estudos visando a


consciencialização dos elementos da frase, torna-se imperioso o estudo dos
elementos caracterizadores de cada tipo de texto.

Collier (1986:8) apud Adam resume as fases de construção do texto


expositivo/explicativo em três momentos:

 1) A fase de questionar
 2) A fase de resolução
 3) A fase de conclusão

Estes três momentos (introdução, desenvolvimento e conclusão) podem ou não


aparecer explícito na superfície do texto. Todavia, a fase de questionar não contém
necessariamente uma interrogativa directa ou indirecta; poderá, por exemplo, ser
constituída apenas pela explicitação do tema / assunto da exposição, às vezes,
aparece no título do texto.

A ordem de ocorrência destas fases, regra geral, obedece ao seguinte encadeamento:


de questão poder-se-á ir à resolução, ou optar-se pela antecipação da parte
conclusiva.

Exemplo 1:

Introdução – uma reflexão sobre influência da droga no rendimento escolar da


camada juvenil.

Implicitamente temos uma questão:

A droga influencia? Porquê? Como?

Desenvolvimento – Expor-se-ão as principais ideias sobre a influência da droga


no rendimento escolar.

Conclusão – Apresentar-se-ão as principais conclusões sobre o objecto


problematizado.

Exemplo 2:

“A droga provoca um fraco rendimento escolar na camada juvenil, o que origina o


abandono dos estudos”.

Desenvolvimentos – Apresentam-se enunciados que fazem compreender a


observância do baixo rendimento nos consumidores de estupefacientes.

Quanto ao tipo de enunciados

O texto expositivo/explicativo tem uma própria textura que o distingue das outras
formas de discurso.

Assim, este género textual é composto por três tipos de enunciados:


 1. enunciados de exposição, contendo uma sucessão de informações que visam fazer
saber.
 2. enunciados de explicação que tem como finalidade fazer compreender o saber
transmitido.
 3. enunciados que marcam as articulações do discurso: anunciar o que vai ser dito;
resumir o que se disse; antecipar o que vai ser dito, através de títulos, subtítulos,
numerações, etc., focalizar o que é dito através de sublinhados e de mudanças
tipográficas.

Os discursos de manuais (usados nas escolas) têm a ver com saberes científicos de
base de uma disciplina, escritos por autores que não são, grosso modo,
pesquisadores; jogam, sim, um papel de intermediários, Beacco, 1990. Este facto leva
o autor da compilação a usar estratégias que ajudarão o estudante a compreender o
texto.

Características Linguísticas

O texto expositvo/explicativo é um discurso de verdade, a sua objectividade


manifesta-se através de formas linguísticas próprias. Ele é emitido por um locutor ao
qual não são contestados nem o poder nem o saber. Quando se põe em causa esta
autoridade, entra-se no domínio da polémica, perdendo, assim o estatuto de texto de
explicação. É objectivo e isento de ataques.

A análise deste tipo de discurso mostra a existência de uma diversidade de modos de


comunicação:

 emprego da passiva;
 nominalizações;
 apagamento do sujeito falante;
 emprego de um presente com valor genérico;
 uso de expressões que explicam os conteúdos veiculados;
 articuladores.

Uma das características do texto expositivo/explicativo consiste na abstracção do


sujeito entanto que membro duma sociedade determinada; deve neutralizar tudo o
que se possa resultar de uma apreciação pessoal, subjectiva. O discurso expositivo
deverá, por isso, fazer desaparecer do enunciado toda a referência a um caso
particular, a um momento determinado e situar-se no universal. A forma passiva é
um mecanismo para tornar impessoal o discurso científico; ela é usada como uma
estratégia de objectividade, de afastamento do sujeito enunciador do seu discurso.
Em suma, usam-se procedimentos de invisibilidade, mesmo que em alguns textos
apareça um nós, eu, estarão desprovidos do valor individualizante. Por se tratar de
um discurso monológico, observa-se a ausência de tu.

As nominalizações, processo que consiste na transformação de um sintagma


verbal, ou adjectival num nome, permite, em certos casos, condensar o que foi dito,
assegurar uma determinada orientação da reflexão.

Exemplo:

“Quando os animais e as plantas morrem, os corpos apodrecem (SV) e acabam


por desaparecer na terra. O apodrecimento (N) é provocado por organismos (...)
”.

Quanto aos tempos verbais, a forma essencial é o presente com valor genérico ou


estativo que enuncia as propriedades.

Exemplo:

“O gato é um animal vertebrado”.

A informação contida nesta frase constitui uma verdade que perdura,


independentemente da sua enunciação.

O presente genérico não pode ser oposto a um passado ou um futuro, trata-se de uma
forma temporal “zero”, Mainguenean (1991:65).

Um presente com valor deíctico (actual) reenvia ao momento de exposição.

As expressões explicativas têm um papel importante nos textos


expositivos/explicativos, permitindo ao emissor tornar mais clara a sua comunicação
e orientar a compreensão do receptor.

Definidos como elementos que asseguram as relações entre as diversas partes do


texto, quer a nível intrafrásico, interfrásico, quer entre parágrafos, no texto
expositivo/explicativo, estes elementos com frequência são de natureza lógica.
Estes conectores podem marcar laços de adição (também, igualmente) oposições
(mas, ao contrário) laços de consecução ou de causalidade (porque, visto que, dado
que).

Texto expositivo-explicativo é um texto que visa dar a conhecer fazer


saber compreender um determinado assunto.

É um texto cujo intenção da comunicação se


prende essencialmente com conhecimento da realidade a respeito da
qual oferece um saber. A finalidade é de informar transmitir
conhecimento aos destinatários.

Vejamos como se organiza um texto deste gênero:

Estrutura

O texto expositivo explicativo está organizado ou estruturado em três


fases, a saber:

1.  Fase do questionário – na qual é apresentada a questão de partida, nem


sempre é necessariamente preciso que seja uma questão. Corresponde a
introdução.

1.  Fase da Resolução – é o desenvolvimento, a resolução da questão de


partida.

1.  Fase da conclusão – é desfecho do assunto.


Características Discursivas

O texto expositivo explicativo apresenta os seguintes enunciados ou


seguimentos:
1.  a)  Enunciadode exposição/ Expositivo – contém uma sucessão de
informação que visa fazer saber ou dar a conhecer (conceito ou definição).

2.  b)  Enunciado de Explicação/ Explicativo – visa fazer compreender


como e o porquê? (isto é, quer dizer, significa que, tais como, melhor
dizendo).
Exemplo: … «o exercício físico é bom para o corpo, melhor dizendo,
para si ter um corpo saudável é necessário fazer exercício…»

1.   c)Enunciado de baliza ou meta discursiva – servem para anuciar o que


vai ser dito antecipar o que vai ser dito, explicar o que se disse, destacar
termos, através de título, subtítulo, itálico, negritos, parenteses, aspas,
sublinhado.
Nota: Itálico: Serve para destacar uma palavra na língua estrangeira:
          Negrito: Serve para destacar termos.

         Parenteses (): explicar o que já foi dito.

Características Linguísticas

Analisemos as seguintes características linguísticas usadas no texto


expositivo explicativo:

.     1. Uso da passiva – emprega-se como forma ou estratégia para


apagar o sujeito falante ou enunciador.

Exemplo: Convoca-se a todos os encarregados a uma reunião…

Temos dois tipos de passivas: passiva de si e passiva de ser.

2. Uso do presente genérico


O presente genérico – gnômico o ou universal emprega-se para
exprimir verdades a temporais, isto é, verdade que perduram, que
não passam com o tempo.

Exemplo: … «o exercício físico é bom para o corpo”…

                    O homem é animal racional.

3. Uso das nominalizações – Empregam-se para tornar o discurso mais


coerente condessando o que se diz com o que foi dito.
Exemplo: A mensagem é transmitida, para a sua transmissão ha
que…

                E para tal é necessário que o indivíduo possa fazer uma


programação, ou melhor dizendo, fazer um programa de estudo…

4.    4. Uso do pretérito perfeito– marca o valor aspectuado acabado para


simbolizar verdades que aconteceram realmente.
Exemplo: Eu deixava o dinheiro com o teu filho (Pretérito imperfeito).

                 Eu deixei o dinheiro com o teu filho (Pretérito perfeito).

           (Por Rosário Cangomba)

Texto expositivo-explicativo

Texto expositivo-explicativo
O texto Expositivo-Explicativo é um tipo de texto que tem por objectivo principal a transmissão de
conhecimentos a cerca de uma dada realidade, isto é, fazer-saber ou fazer-conhecer (fazer-
perceber). É um texto que se caracteriza por fazer uma exposição e explicação de ideias, factos ou
fenómenos.

Organização textual

Neste tipo de textos, identificam-se três momentos ou fases (correspondentes às partes do texto), a
saber:

A fase do questionário ou exposição – que contém de forma explícita ou implícita uma questão que
se vai responder ao longo do texto, ou simplesmente pela anunciação do tema/assunto/problema
da exposição correspondente à introdução. Este objectivo concretiza-se através da designação,
denominação, definição ou composição dos temas ou elementos;

A fase da resolução ou desenvolvimento – correspondente ao corpo explicativo ou


desenvolvimento. Nele apresentam-se os dados de forma sistemática, interligando-os;

A fase da conclusão ou síntese – os momentos de conclusão não são tão necessários em todos os


textos, mas havendo, ele deverá decorrer do questionamento inicial. Nesta fase faz-se a síntese do
conteúdo sobre o qual versa o texto.

Organização discursiva

O texto expositivo-explicativo obedece a um plano discursivo caracterizado por apresentar:

Enunciados/ segmentos expositivos (contendo as informações com as quais o autor do texto


pretende fazer saber, ou seja, transmitir os novos saberes) – caracterizam-se pela ausência de
marcas gramaticais da primeira e segunda pessoa, cuja intenção é não fazer transparecer a presença
do sujeito enunciador; pelo uso do presente e do pretérito perfeito do indicativo, e pelo recurso da
forma passiva.

Enunciados/ segmentos explicativos (visando fazer compreender o que se transmite) – são


caracterizados pela recorrência a construções de detalhes, visando facilitar a compreensão do
fenómeno ou do estado de coisas recorrendo, por isso, a compreensão e reformulações
parafrásticas como (á semelhança…, de tal como…, isto é…, quer dizer…, ou seja…). É igualmente
caracterizado pelo uso de asserções afirmativas ou negativas.

Enunciado balizas ou segmentos meta-discursivos – com a finalidade de marcar as articulações do


discurso, isto é, anunciar o que vai ser dito (através de títulos e subtítulos); resumir o que se disse,
focalizar o que é dito (através de destaques tipográficos: sublinhados, negrito, itálico e maiúsculas).

Carcterísticas linguísticas

Linguisticamente, o texto expositivo-explicativo caracteriza-se por:

O uso do presente genérico com o valor gnómico (atemporal), uma vez que se refere a factos que
são tidos como verdadeiros por parte de quem os anuncia, portanto, uma verdade que perdura
independentemente do tempo em que ela é dita. (Ex: o ciclone tropical é um sistema tempestuoso).

Emprego da construção passiva como uma estratégia de impessoalizar o discurso científico. Sendo o


texto científico objectivo o sujeito deve estar afastado do seu discurso e isso consegue-se com o
recurso à passiva (Ex: este fenómeno meteorológico forma-se; o gradiente barométrico e mais
pronunciado).
Apagamento do sujeito enunciador de forma a tornar o discurso impessoal, garantindo dessa forma
a objectividade do texto;

Uso do discurso directo com citações textuais entre aspas (ou itálico);

As nominalizações são usadas para condensar o que foi dito e assegurar a progressão do texto (Ex: o
ciclone tropical é […] este fenómeno […]);

Não se usam os adjectivos valorativos, a não ser que eles sejam necessariamente exigidos pelo
discurso.

Emprego do vocabulário técnico e/ou termos técnicos relativos à área temática do texto (Ex:
isóbaras, alísios, barométrico, tufão, baixa pressão, etc.).

Predomínio de definições (o que legitima a função metalinguística da linguagem).

Neste tipo de texto há predomínio de duas funções de linguagens a saber:

Função informativa de linguagem, usada para transmitir informações novas.

Função metalinguística, usada em seguimentos que visam explicar ou esclarecer o sentido de uma


noção ou expressão anterior. 

Você também pode gostar