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MATÉRIA DE ESTUDO DO CONCURSO CEMIG 2023

PORTUGUÊS
- Compreensão e interpretação de textos
A compreensão e interpretação de texto são duas ações que estão relacionadas, uma vez
que quando se compreende corretamente um texto e seu propósito comunicativo
chegamos a determinadas conclusões (interpretação).
 Compreensão de textos: é a decodificação da mensagem, ou seja, análise do
que está no explícito no texto.
 Interpretação de textos: é a interpretação que fazemos do conteúdo, ou seja,
quais conclusões chegamos por meio da conexão de ideias e, por isso, vai além
do texto
EXEMPLOS:
1. (Enem-2012)

O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e


recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à:
a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir
a ideia que pretende veicular.
b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.
c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o
espaço da população rica.
d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de
descanso da família.
Comentário da questão
Resposta correta: a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede
social” para transmitir a ideia que pretende veicular.
2. (Enem-2019)
Qual a diferença entre publicidade e propaganda?
Esses dois termos não são sinônimos, embora sejam usados indistintamente no Brasil.
Propaganda é a atividade associada à divulgação de ideias (políticas, religiosas,
partidárias etc.) para influenciar um comportamento. Alguns exemplos podem ilustrar,
como o famoso Tio Sam, criado para incentivar jovens a se alistar no exército dos EUA;
ou imagens criadas para “demonizar” os judeus, espalhadas na Alemanha pelo regime
nazista; ou um pôster promovendo o poderio militar da China comunista. No Brasil, um
exemplo regular de propaganda são as campanhas políticas em período pré-eleitoral.
Já a publicidade, em sua essência, quer dizer tornar algo público. Com a Revolução
Industrial, a publicidade ganhou um sentido mais comercial e passou a ser uma
ferramenta de comunicação para convencer o público a consumir um produto, serviço
ou marca. Anúncios para venda de carros, bebidas ou roupas são exemplos de
publicidade.
A função sociocomunicativa desse texto é
a) ilustrar como uma famosa figura dos EUA foi criada para incentivar jovens a se
alistar no exército.
b) explicar como é feita a publicidade na forma de anúncios para venda de carros,
bebidas ou roupas.
c) convencer o público sobre a importância do consumo.
d) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.
e) divulgar atividades associadas à disseminação de ideias.
Comentário da questão
Resposta correta: d) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.
Essa é uma questão de compreensão e interpretação de um texto escrito.
Depois da leitura atenta do texto, fica claro entender qual sua finalidade: esclarecer
sobre dois conceitos que são utilizados como sinônimos pelo senso comum.

-Tipologia textual e organização funcional dos gêneros de texto:


As tipologias textuais são os tipos de textos criados em determinados contextos e que
vão depender da intenção e necessidade de comunicação das pessoas.
A tipologia textual é dividida em cinco tipos de textos:

1. tipologia narrativa (narração): contar uma história incluindo tempo, espaço e


personagens envolvidos.
2. tipologia descritiva (descrição): descrever uma pessoa, um objeto, um local, um
acontecimento.
3. tipologia dissertativa (dissertação): defender uma ideia e expor uma opinião
através de argumentações.
4. tipologia expositiva (exposição): apresentar um conceito, uma ideia, ou
informar sobre algo.
5. tipologia injuntiva (injunção): ensinar ou instruir sobre algo com o objetivo de
levar a uma ação.

Características da tipologia narrativa

 revela a sequência de acontecimentos de uma história;


 os fatos e as ações são relatados por um narrador (foco narrativo) que participa
ou não da trama;
 presença de personagens principais (protagonistas), que aparecem com maior
frequência e são mais importantes na história, e personagens secundários
(coadjuvantes);
 marcação de tempo (tempo cronológico) através de datas e momentos históricos,
ou o tempo individual de cada personagem (tempo psicológico);
 indicação do local onde se desenvolve a história e que podem ser físicos (reais
ou imaginários) ou psicológicos (na mente das personagens).

Exemplos de textos da tipologia narrativa

Os principais exemplos de textos narrativos são:

 crônicas
 contos
 romances
 fábulas
 novelas

Características da tipologia descritiva

 aponta os principais atributos e aspectos de algo;


 realiza um retrato verbal sobre algo;
 valoriza os detalhes, os pormenores e as minúcias;
 utiliza muitos adjetivos para detalhar o objeto descrito;
 usa verbos de ligação (ser, estar, parecer) para demostrar o objeto descrito;
 presença de verbos no pretérito imperfeito e no presente do indicativo para
descrever cenas;
 recorre às metáforas e comparações que permitem uma melhor imagem mental
do que está sendo descrito.

Exemplos de textos da tipologia descritiva

Os principais exemplos de textos descritivos são:

 manuais de instruções
 retratos falados
 diários
 notícias
 biografias

Características da tipologia dissertativa

 textos escritos na terceira pessoa do plural (nós, eles);


 presença de apreciações, opiniões e juízos de valor do autor do texto;
 foco na formação da opinião do leitor, persuadindo-o;
 uso da norma culta (linguagem formal);
 recorre à coerência e à coesão para criar uma argumentação lógica e bem
conectada pelos elementos coesivos;
 utilização de dados, exemplos e estatísticas de outras pesquisas para corroborar
suas ideias;
 explicações fundamentadas em outros autores, por exemplo, para a defesa do
tema com mais propriedade.

Exemplos de textos da tipologia dissertativa

Os principais exemplos da textos dissertativos são:

 artigos
 monografias
 resenhas
 ensaios
 editoriais

Características da tipologia expositiva

 textos escritos ou orais sem opiniões do autor;


 uso de uma linguagem clara e direta;
 produções textuais informativas e objetivas, sem juízo de valor;
 uso de informações, dados e referências para expor o tema;
 recorre à conceituação e definição para explicar os temas;
 utiliza comparações e enumerações para facilitar o entendimento.

Exemplos de textos da tipologia expositiva

Os principais exemplos de textos expositivos são:

 palestras
 entrevistas
 seminários
 verbetes de dicionários
 verbetes enciclopédicos

Características da tipologia injuntiva

 visam instruir ou ensinar algo à alguém;


 foco na explicação e no método para a realização de algo;
 textos objetivos, sem espaço para outras interpretações;
 uso da linguagem simples e objetiva, e, por vezes, técnica;
 presença da linguagem formal, baseada na norma culta;
 utilização de verbos no imperativo, que denotam ordem.

Exemplos de textos da tipologia injuntiva

Os principais exemplos de textos injuntivos são:

 propagandas
 manuais de instruções
 bulas de remédios
 receitas culinárias
 regulamentos

Exercícios sobre gêneros textuais

Questão 1
Leia o trecho abaixo:

"A ciência mais imperativa e predominante sobre tudo é a ciência política, pois esta
determina quais são as demais ciências que devem ser estudadas na pólis. Nessa
medida, a ciência política inclui a finalidade das demais, e, então, essa finalidade deve
ser o bem do homem."

(Aristóteles. Adaptado)

O gênero textual utilizado pelo autor é

a) propaganda
b) enciclopédia
c) texto didático
d) texto de opinião
e) texto prescritivo

Ver Resposta
Alternativa d) texto de opinião

O trecho acima expõe um tema por meio da argumentação e, portanto, traz a opinião do
autor sobre a ciência política.

Questão 2
São Paulo, 18 de agosto de 1929.

Carlos [Drummond de Andrade],


Achei graça e gozei com o seu entusiasmo pela candidatura Getúlio Vargas – João
Pessoa. É. Mas veja como estamos... trocados. Esse entusiasmo devia ser meu e sou eu
que conservo o ceticismo que deveria ser de você. (...). Eu... eu contemplo numa torcida
apenas simpática a candidatura Getúlio Vargas, que antes desejara tanto. Mas pra mim,
presentemente, essa candidatura (única aceitável, está claro) fica manchada por essas
pazes fragílimas de governistas mineiros, gaúchos, paraibanos (...), com democráticos
paulistas (que pararam de atacar o Bernardes) e oposicionistas cariocas e gaúchos. Tudo
isso não me entristece. Continuo reconhecendo a existência de males necessários, porém
me afasta do meu país e da candidatura Getúlio Vargas. Repito: única aceitável.

Mário [de Andrade] Renato Lemos. Bem traçadas linhas: a história do Brasil em cartas pessoais. Rio de Janeiro: Bom Texto, 2004, p. 305 (Enem - 2007)

A carta é um gênero textual em que existe sempre um emissor (remetente) e um


receptor (destinatário). No trecho acima, a carta escrita para Carlos revela um exemplo
de

a) carta pessoal
b) carta do leitor
c) carta aberta
d) carta argumentativa
e) carta comercial

Ver Resposta
Alternativa a) carta pessoal

A carta pessoal é escrita por pessoas que já se conhecem e possuem algum grau de
intimidade.

Nela, o remetente (quem escreve) pode abordar assuntos pessoais demonstrando sua
opinião sobre determinado tema.

Questão 3
Qual das alternativas abaixo contém somente gêneros textuais?

a) romance, descrição, biografia


b) autobiografia, narração, dissertação
c) bula de remédio, propaganda, receita culinária
d) contos, fábulas, exposição
e) seminário, injunção, declaração

Ver Resposta
Alternativa c) bula de remédio, propaganda, receita culinária

Os gêneros textuais são estruturas peculiares que surgem dos cinco tipos de textos:
narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo.
Não devemos confundir os tipos de textos e os gêneros textuais que podem ser:
romance, biografia, autobiografia, bula de remédio, propaganda, receita culinária,
contos, fábulas, seminário e declaração.

-Argumentação: pertinência, relevância e coerência dos argumentos

A Argumentação é um recurso retórico da linguagem utilizado na produção de textos


argumentativos, o qual apresenta um conjunto de proposições, promovendo assim o
diálogo e reflexões críticas.
Um bom texto argumentativo inclui a clareza de ideias e o uso correto das normas
gramaticais, ou seja, a coerência e a coesão. A argumentação pode ser utilizada nos
discursos orais, por exemplo, numa palestra, debates políticos, propagandas
publicitárias, dentre outros.
Contra Argumentação
A contra argumentação é um recurso utilizado para rebater ou refutar as proposições
produzidas pela argumentação. Em outras palavras, ela apresenta uma opinião contrária
à argumentação textual.
Textos Argumentativos
Segue abaixo os mais importantes textos argumentativos, os quais absorvem a estrutura
básica textual: introdução (tese), desenvolvimento (antítese) e conclusão (síntese):
Texto Dissertativo-Argumentativo
Um texto dissertativo argumentativo é aquele que apresenta um tema, de forma que
argumentação é uma importante etapa de desenvolvimento. Através dela, o escritor
expõe seu raciocínio e defende seu ponto de vista, sendo, portanto, uma ferramenta
muito importante na produção desse tipo de texto. Há muitos exemplos de textos
dissertativos, a saber: artigos, ensaios, resenhas, dentre outros.
Resenha Crítica
Além do texto dissertativo-argumentativo, a resenha crítica, da mesma forma, apresenta
a argumentação como um dos recursos mais importantes.
Isso porque a resenha crítica, diferente da resenha-resumo, é marcada pelo juízo de
valor, ou seja, a exposição de ideias com forte poder de persuasão ou convencimento do
leitor.

Texto Editorial
Dos textos jornalísticos, o editorial é um bom exemplo de texto argumentativo, visto
que se trata de um texto opinativo e crítico que apresenta certa subjetividade do autor.
Assim, o editorial (que também surge nas revistas) é diferente da maioria dos textos que
compõem os periódicos, ou seja, os textos informativos, os quais não tem o intuito de
convencer e sim de informar.
Crônica Argumentativa
Tipo de texto que se aproxima dos artigos de opinião, o qual é explorado na literatura e
nos meios de comunicação como os textos jornalísticos, revistas e programas
humorísticos.
No entanto, a crônica é um texto que aborda aspectos e acontecimentos do cotidiano,
centrados no contexto. Diferente das crônicas históricas e humorísticas, a crônica
argumentativa utiliza do juízo de valor para a exposição de um determinado ponto de
vista sempre com o intuito de persuadir ou convencer o leitor.
Ensaio
O ensaio é um texto argumentativo na medida em que apresenta ideias, pensamentos e
opiniões pessoais sobre um tema. O nome desse tipo de texto está justamente associado
ao ato de “ensaiar”, ou seja, demostrar de maneira mais flexível e despretensiosa as
proposições argumentativas. Em relação ao artigo, trata-se de um texto mais informal, o
qual pode não apresentar a estrutura básica da produção de textos: apresentação,
desenvolvimento e conclusão.
Artigos de Opinião
Além dos editoriais, os artigos de opiniões disseminados geralmente nos meios de
comunicação, tal qual jornais e revistas, apresentam o ponto de vista do escritor sobre
temas atuais e, na maioria das vezes, são assinados pelo autor.

Articulação dos argumentos por meio dos mecanismos de coesão e


elementos da organização textual: segmentação e ordenação
Coesão e Coerência
Coesão Textual
A coesão é resultado da disposição e da correta utilização das palavras que propiciam a
ligação entre frases, períodos e parágrafos de um texto.
Mecanismos de Coesão
A coesão pode ser obtida através de alguns mecanismos: anáfora e catáfora.
A anáfora e a catáfora se referem à informação expressa no texto e, por esse motivo, são
qualificadas como endofóricas.
Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora o antecipa, contribuindo com a
ligação e a harmonia textual.
Coerência Textual
A Coerência é a relação lógica das ideias de um texto que decorre da sua argumentação
- resultado especialmente dos conhecimentos do transmissor da mensagem.
Um texto contraditório e redundante ou cujas ideias iniciadas não são concluídas, é um
texto incoerente. A incoerência compromete a clareza do discurso, a sua fluência e a
eficácia da leitura.
Diferença entre Coesão e Coerência
Coesão e coerência são coisas diferentes, de modo que um texto coeso pode ser
incoerente. Ambas têm em comum o fato de estarem relacionadas com as regras
essenciais para uma boa produção textual.
A coesão textual tem como foco a articulação interna, ou seja, as questões gramaticais.
Já a coerência textual trata da articulação externa e mais profunda da mensagem.

Exercícios do Enem com Gabarito


1. (Enem-2010)

O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o Botafogo procurava fazer uma


forte marcação no meio campo e tentar lançamentos para Victor Simões, isolado entre
os zagueiros rubro-negros. Mesmo com mais posse de bola, o time dirigido por Cuca
tinha grande dificuldade de chegar à área alvinegra por causa do bloqueio montado pelo
Botafogo na frente da sua área.

No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. Após cruzamento da direita de


Ibson, a zaga alvinegra rebateu a bola de cabeça para o meio da área. Kléberson
apareceu na jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan. Ronaldo Angelim apareceu
nas costas da defesa e empurrou para o fundo da rede quase que em cima da linha:
Flamengo 1 a 0.

O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol, realizado
em 2009, contém vários conectivos, sendo que

a) após é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de a zaga alvinegra ter rebatido
a bola de cabeça.
b) enquanto tem um significado alternativo, porque conecta duas opções possíveis para
serem aplicadas no jogo.
c) no entanto tem significado de tempo, porque ordena os fatos observados no jogo em
ordem cronológica de ocorrência.
d) mesmo traz ideia de concessão, já que “com mais posse de bola”, ter dificuldade não
é algo naturalmente esperado.
e) por causa de indica consequência, porque as tentativas de ataque do Flamengo
motivaram o Botafogo a fazer um bloqueio.

Ver Resposta
Alternativa d) mesmo traz ideia de concessão, já que “com mais posse de bola”, ter
dificuldade não é algo naturalmente esperado.
2. (Enem-2011)

Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o risco de


infarto, mas também de problemas como morte súbita e derrame. Significa que manter
uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente já reduz, por si só, as
chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é importante para o controle da
pressão arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no sangue. Também ajuda a
diminuir o estresse e aumentar a capacidade física, fatores que, somados, reduzem as
chances de infarto. Exercitar-se, nesses casos, com acompanhamento médico e
moderação, é altamente recomendável.

As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na


construção do sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que

a) a expressão “Além disso” marca uma sequenciação de ideias.


b) o conectivo “mas também” inicia oração que exprime ideia de contraste.
c) o termo “como”, em “como morte súbita e derrame”, introduz uma generalização.
d) o termo “Também” exprime uma justificativa.
e) o termo “fatores” retoma coesivamente “níveis de colesterol e de glicose no sangue”.

Ver Resposta
Alternativa a) a expressão “Além disso” marca uma sequenciação de ideias.
3. (Enem-2013)

Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série de
contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe que disseminou
pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o italiano influenza
e o francês grippe. O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que
significava “influência dos astros sobre os homens”. O segundo era apenas a forma
nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse referência ao modo
violento como o vírus se apossa do organismo infectado.

Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor reconheça
a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída predominantemente
pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em que
há coesão por elipse do sujeito é:

a) “[…] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”
b) “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe […]”.
c) “O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava
‘influência dos astros sobre os homens’.”
d) “O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper […]”.
e) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do
organismo infectado.”

Ver Resposta
Alternativa e) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se
apossa do organismo infectado.”

Segmentação
Segmentar as palavras na escrita não é uma mera exigência formal; é um recurso
funcional que facilita, na leitura, o acesso ao significado. Desta forma,
a segmentação de palavras adquire o mesmo valor da pontuação, já que ambas são
pistas que orientam o leitor a percorrer a escrita, ou seja, é o espaço entre as palavras.
Ordenação
Ela trata do modo como os usuários de uma língua ordenam as palavras ou os termos no
interior das orações a fim de produzirem sentido. Para que serve tal estudo? Ora, a
ordenação dos termos nas orações é fundamental para produzir sentido.

Oralidade e escrita: processos de textualização


Retextualização: é a passagem de um gênero textual para um gênero diferente ou entre
os mesmos gêneros, mantendo o tema do texto original. Assim, uma notícia pode virar
poema, um poema pode ser transformado em receita culinária ou uma música, por
exemplo.

Variedades linguísticas e situações de comunicação; linguagem formal e


informal

Variedades linguísticas e situações de comunicação

Variações linguísticas procuram estabelecer uma comunicação adequada ao contexto


pedido. As variações podem ser históricas, geográficas, sociais e estilísticas.

 Variações históricas (diacrônicas)

As variações históricas tratam das mudanças ocorridas na língua com o decorrer


do tempo. Algumas expressões deixaram de existir, outras novas surgiram e outras se
transformaram com a ação do tempo. Um clássico exemplo da língua portuguesa é o
termo “você”: no português arcaico, a forma usual desse pronome de tratamento era
“vossa mercê”, que, devido a variações inicialmente sociais, passou a ser mais usado
frequentemente como “vosmecê”.

 Variações geográficas (diatópicas)

As variações geográficas naturalmente falam da diferença de linguagem devido


à região. Essas diferenças tornam-se óbvias quando ouvimos um falante brasileiro,
um angolano e um português conversando: nos três países, fala-se português, mas há
diferenças imensas entre cada fala.

 Variações sociais (diastráticas)

As variações sociais são as diferenças de acordo com o grupo social do falante.


Embora tenhamos visto como as gírias variam histórica e geograficamente, no caso da
variação social, a gíria está mais ligada à faixa etária do falante, sendo tida como
linguagem informal dos mais jovens (ou seja, as gírias atuais tendem a ser faladas pelos
mais novos). Há, ainda, expressões informais ligadas a grupos sociais específicos.
Um grupo de futebolistas, por exemplo, pode usar a expressão “carrinho” com
significado específico, que pode não ser entendido por um falante que não goste de
futebol ou que será entendido de modo distinto por crianças, por exemplo.
 Variações estilísticas (diafásicas)

As variações estilísticas remetem ao contexto que exige a adaptação da fala ou


ao estilo dela. Aqui entram as questões de linguagem formal e informal, adequação à
norma-padrão ou despreocupação com seu uso. O uso de expressões rebuscadas e o
respeito às normas-padrão do idioma remetem à linguagem tida como culta, que se opõe
àquela linguagem mais coloquial e familiar. Na fala, o tom de voz acaba tendo papel
importante também. Assim, o vocabulário e a maneira de falar com amigos
provavelmente não serão os mesmos que em uma entrevista de emprego, e também
serão diferentes daqueles usados para falar com pais e avós. As variações
estilísticas respeitam a situação da interação social, levando-se em conta ambiente e
expectativas dos interlocutores.

Linguagem formal e informal

A linguagem formal e informal são duas variantes linguísticas que possuem o intuito de
comunicar. No entanto, elas são utilizadas em contextos distintos. A linguagem formal,
também chamada de "culta" está pautada no uso correto das normas gramaticais. Já
a linguagem informal, ou coloquial, representa a linguagem cotidiana, ou seja, trata-se
de uma linguagem espontânea, regionalista e despreocupada com as normas
gramaticais.
Exemplo de linguagem formal

"Doutor Armando seguiu até a esquina para encontrar o filho que chegava da escola,
enquanto Maria, sua esposa, preparava o almoço.

Quando chegaram em casa, Armando e seu filho encontraram Dona Maria na cozinha
preparando uma das receitas de família, o famoso bolo de fubá cremoso, a qual
aprendera com sua avó Carmela."

Exemplo de linguagem informal

"O Doutor Armando foi até a esquina esperá o filho que chegava da escola. Nisso, a
Maria ficou em casa preparando o almoço.

Quando eles chegarão em casa a Maria tava na cozinha preparando a famosa receita da
família boa pra caramba o bolo de fubá cremoso.

Aquele que ela aprendeu cum a senhora Carmela anos antes da gente se casá."

Multimodalidade

O ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita precisam levar em conta, atualmente, a


variedade dos modos de comunicação existentes, o que chamamos de multimodalidade.
Nessa nova perspectiva, que se opõe às abordagens educacionais ocidentais mais
tradicionais, devem-se considerar os modos de comunicação linguísticos – a escrita e a
oralidade –, visuais – imagens, fotografias –, ou gestuais – apontar o dedo, balançar a
cabeça negativa ou afirmativamente, por exemplo.
Funções da linguagem

As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem segundo a intenção do


falante. Elas são classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva,
função poética, função fática, função conativa e função metalinguística.

Função Referencial ou Denotativa


Também chamada de função informativa, a função referencial tem como objetivo
principal informar, referenciar algo. Voltada para o contexto da comunicação, esse
tipo de texto é escrito na terceira pessoa (singular ou plural) enfatizando seu caráter
impessoal. Como exemplos de linguagem referencial podemos citar os materiais
didáticos, textos jornalísticos e científicos.

Exemplo de função referencial


Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o real teve a maior desvalorização
da sua história. Nesse dia foi preciso desembolsar R$ 4,0538 para comprar um dólar.
Recorde-se que o Real foi lançado há mais de 20 anos, mais precisamente em julho de
1994.

Função Emotiva ou Expressiva


Também chamada de função expressiva, na função emotiva o emissor tem como
objetivo principal transmitir suas emoções, sentimentos e subjetividades por meio da
própria opinião. Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, as cartas,
os diários.

Exemplo de função emotiva


Meus amores, tenho tantas saudades de vocês … Mas não se preocupem, em breve a
mamãe chega e vamos aproveitar o tempo perdido bem juntinhos. Sim, consegui
adiantar a viagem em uma semana!!! Isso quer dizer que tenho muito trabalho hoje e
amanhã.... Quando chegar, quero encontrar essa casa em ordem, combinado?!?

Função Poética
A função poética é característica das obras literárias que possui como marca a utilização
do sentido conotativo das palavras. Também encontramos a função poética na
publicidade ou nas expressões cotidianas em que há o uso frequente de metáforas
(provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).

Exemplo de função poética


Apesar de não ter frequentado a escola, dizia que a avó era um poço de sabedoria.
Falava de tudo e sobre tudo e tinha sempre um provérbio debaixo da manga.

Função Fática
A função fática tem como objetivo estabelecer ou interromper a comunicação de
modo que o mais importante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem.
Aqui, o foco reside no canal de comunicação. Esse tipo de função é muito utilizado nos
diálogos, por exemplo, nas expressões de cumprimento, saudações, discursos ao
telefone, etc.

Exemplo de função fática


— Consultório do Dr. João, bom dia!
— Bom dia! Precisava marcar uma consulta para o próximo mês, se possível.
— Hum, o Dr. tem vagas apenas para a segunda semana. Entre os dias 7 e 11, qual a sua
preferência?
— Dia 8 está ótimo.
Função Conativa ou Apelativa
Também chamada de apelativa, a função conativa é caracterizada por uma linguagem
persuasiva que tem o intuito de convencer o leitor. Por isso, o grande foco é no
receptor da mensagem. Essa função é muito utilizada nas propagandas, publicidades e
discursos políticos, de modo a influenciar o receptor por meio da mensagem
transmitida.

Exemplos de função conativa

 Vote em mim!
 Entre. Não vai se arrepender!
 É só até amanhã. Não perca!

Função Metalinguística
A função metalinguística é caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a
linguagem que se refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um código
utilizando o próprio código. Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um
documentário cinematográfico que fala sobre a linguagem do cinema são alguns
exemplos. Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem destaque são as
gramáticas e os dicionários.

Exemplo de função metalinguística


Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define o que é escrita, bem como
exemplifica a função metalinguística.

Exercícios de funções da linguagem


Leia os textos que se seguem e classifique as funções de linguagem.

1) E nunca mais chega o dia 18 de setembro… Estou em pulgas! É a primeira vez que
vou entrar na cidade do Rock!!
2) "Há menos de um mês para a realização de mais um Rock in Rio, a organização do
super-festival carioca divulgou uma lista de itens considerados proibidos - e que serão
bloqueados na revista realizada por seguranças em cada pessoa que quiser entrar na
Cidade do Rock." (26 de Agosto de 2015, in Estadão)

3) Rock in Rio 2013. Eu vou.

Ver Resposta
1) Função Emotiva ou Expressiva.
2) Função Referencial ou Denotativa.
3) Função Conativa ou Apelativa.
Intertextualidade

A intertextualidade é o diálogo entre textos, de forma que essa relação pode ser
estabelecida entre as produções textuais que apresentem diversas linguagens (visual,
auditiva, escrita), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música, dança,
cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos, provérbios, charges, dentre
outros.

Tipos de Intertextualidade
Há muitas maneiras de realizar a intertextualidade sendo que os tipos de
intertextualidade mais comuns são:

 Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmente, em forma de crítica


irônica de caráter humorístico. Esse recurso é muito utilizado pelos programas
humorísticos.
 Paráfrase: recriação de um texto já existente mantendo a mesma ideia contida no texto
original, entretanto, com a utilização de outras palavras.
 Epígrafe: recurso bastante utilizado em obras, textos científicos, desde artigos,
resenhas, monografias, uma vez que consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo
que tenha alguma relação com o que será discutido no texto.
 Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção textual, de forma que
dialoga com ele; geralmente vem expressa entre aspas e itálico, já que se trata da
enunciação de outro autor. Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação
sem relacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”.
 Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros textos.

Outras formas de intertextualidade são o pastiche, o sample, a tradução e


a bricolagem.

Semântica

A semântica é o ramo da linguística que estuda o significado das palavras. O estudo da


semântica contempla o conhecimento de sinônimos, antônimos, homônimos,
parônimos, polissemia, conotação e denotação.

Sinônimos e antônimos
Os sinônimos são palavras que possuem significados semelhantes, por exemplo:

 andar e caminhar
 usar e utilizar
 fraco e frágil

Os antônimos são palavras que possuem significados contrários, por exemplo:

 claro e escuro
 triste e feliz
 bom e mau

Homônimos e parônimos
Os homônimos são palavras que possuem a mesma grafia (palavras homógrafas) ou a
mesma pronúncia (palavras homófonas), mas significados diferentes. Quando as
palavras têm a mesma grafia e a mesma pronúncia, são chamados de homônimos
perfeitos, por exemplo:

 molho (caldo) e molho (verbo molhar) são palavras homógrafas


 cinto (objeto) e sinto (verbo sentir) são palavras homófonas
 rio (curso de água) e rio (verbo rir são homônimos perfeitos

Os parônimos são palavras que possuem escrita e pronúncia parecidas e significados


diferentes, por exemplo:

 soar (produzir som) e suar (transpirar)


 sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder)
 acender (dar luz) e ascender (subir)

Polissemia
A polissemia é a multiplicidade de significados de uma palavra.

Com o decorrer do tempo, determinado termo adquiriu um novo significado, entretanto,


ainda se relaciona com o original, por exemplo:

 banco: assento, instituição


 manga: fruta, parte da roupa
 grama: relva, unidade de medida

Conotação e denotação
A conotação designa o sentido virtual, figurado e subjetivo da palavra, alargando o seu
campo semântico. Assim, depende do contexto. Na maioria das vezes, a conotação é
utilizada nos textos poéticos com o intuito de produzir sensações no leitor.

A denotação designa o sentido real, literal e objetivo da palavra. Ela explora uma
linguagem mais informativa, em detrimento de uma linguagem mais poética
(conotativa). É muito utilizada nos trabalhos acadêmicos, jornais, manuais de
instruções, dentre outros.

Exemplos:

 Agiu como um porco. (sentido conotativo)


 No sítio do meu avô há um porco. (sentido denotativo)

Figuras de Linguagem

Figuras de Linguagem, também chamadas de figuras de estilo, são recursos


estilísticos usados para dar maior ênfase à comunicação e torná-la mais bonita.
Dependendo da sua função, elas são classificadas em:

 Figuras de palavras ou semânticas: estão associadas ao significado das


palavras. Exemplos: metáfora, comparação, metonímia, catacrese, sinestesia e
perífrase.
 Figuras de pensamento: trabalham com a combinação de ideias e pensamentos.
Exemplos: hipérbole, eufemismo, litote, ironia, personificação, antítese,
paradoxo, gradação e apóstrofe.
 Figuras de sintaxe ou construção: interferem na estrutura gramatical da frase.
Exemplos: elipse, zeugma, hipérbato, polissíndeto, assíndeto, anacoluto,
pleonasmo, silepse e anáfora.
 Figuras de som ou harmonia: estão associadas à sonoridade das palavras.
Exemplos: aliteração, paronomásia, assonância e onomatopeia.

Figuras de palavras
As figuras de palavras são usadas para tornar os textos mais bonitos ou
expressivos através da utilização das palavras e dos seus significados.

Metáfora

A metáfora representa uma comparação de palavras com significados diferentes e cujo


conectivo de comparação (como, tal qual) fica subentendido na frase.

Exemplos:

A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)
Na tirinha acima, "uma caravana de rosas vagando num deserto inefável" é uma
metáfora do amor.

Comparação
Chamada de comparação explícita, ao contrário da metáfora, neste caso são utilizados
conectivos de comparação (como, assim, tal qual).
Exemplos:
Seus olhos são como jabuticabas.

Na tirinha acima, o amor é comparado a uma flor e a um motor. Neste caso foi
utilizado o conectivo "como": "o amor é como uma flor" e "o amor é como o
motor do carro".
Metonímia
A metonímia é a transposição de significados considerando parte pelo todo, autor pela obra.
Exemplos:

Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.)


Na tirinha acima, uma parte (cabeças de gado) tem o significado do todo (boi).
Catacrese
A catacrese representa o emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais
específica.
Exemplo: Embarcou há pouco no avião. (Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas
como não há um termo específico para o avião, embarcar é o utilizado.)

Na charge acima, ocorre a catacrese, porque foi usada a expressão "bala perdida" por não haver
outra mais específica.

Sinestesia

A sinestesia acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes.

Exemplos:

Com aqueles olhos frios, disse que não gostava mais da namorada. (A frieza está
associada ao tato e não à visão.)
Na tirinha acima, a expressão "olhar frio" é um exemplo de sinestesia.

Perífrase

A perífrase, também chamada de antonomásia, é a substituição de uma ou mais palavras


por outra que a identifique.

Exemplos: O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros. (O


rugido do leão é ouvido a uma distância de 8 quilômetros.)

Na charge acima, foi usada a perífrase, uma vez que "Terra da Garoa" é uma forma de
identificar a "cidade de São Paulo".

Figuras de pensamento
As figuras de pensamento são usadas para tornar os textos mais bonitos ou expressivos através
da utilização de ideias e pensamentos.

Hipérbole
A hipérbole corresponde ao exagero de uma ideia feito de maneira intencional.

Exemplos:

Quase morri de estudar.

Na tirinha acima, a expressão "morrendo de inveja" é uma hipérbole.

Eufemismo

O eufemismo é utilizado para suavizar o discurso.

Exemplos:

Entregou a alma a Deus. (Nesta frase está sendo informada a morte de alguém.)

Na charge acima, "produtora de biografias orais não autorizadas" foi uma forma
delicada de dizer que a mulher é, na verdade, uma fofoqueira.

Litote
O litote representa uma forma de suavizar uma ideia. Neste sentido, assemelha-se ao
eufemismo, bem como é a oposição da hipérbole.

Exemplos:

— Não é que sejam más companhias… — disse o filho à mãe. (Pelo discurso,
percebemos que apesar de as suas companhias não serem más, também não são boas.)

Na tirinha acima, nota-se o uso do litote por meio da expressão "acho que você deveria
aperfeiçoar essa técnica".

Ironia

A ironia é a representação do contrário daquilo que se afirma.

Exemplos:

É tão inteligente que não acerta nada.

Nota-se o uso da ironia na charge acima. O personagem está zangado com alguém, a
quem ele chama de "inteligente" de maneira irônica.

Personificação
A personificação ou prosopopeia é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a
objetos ou aos seres irracionais.

Exemplos:

O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

A personificação é expressa na última parte do quadrinho, onde o Zé Lelé afirma que o


espelho está lhe olhando. Assim, utilizou-se uma característica dos seres vivos (olhar)
em um ser inanimado (o espelho).

Antítese

A antítese é o uso de termos que têm sentidos opostos.

Exemplos:

Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.


Na tirinha acima, há várias antíteses, ou seja, termos que têm sentidos opostos: positivo,
negativo; mal, bem; paz e guerra.

Paradoxo

O paradoxo representa o uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas de termos
(tal como no caso da antítese).

Exemplos:

Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom. (Como é possível alguém estar cego e
ver?)
Na tirinha acima, as ideias com sentidos opostos (certeza e relativa) é um exemplo de
paradoxo.

Gradação

A gradação é a apresentação de ideias que progridem de forma crescente (clímax) ou


decrescente (anticlímax).

Exemplos:

Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total nervosismo. (Neste
exemplo, acompanhamos a progressão da tranquilidade até o nervosismo.)

Na tirinha acima, o personagem foi explicando de forma crescente como foi trazida pela
cegonha (decolou; fizemos uma escala; trocaram uma pena; finalmente ela me deixou
aqui).

Apóstrofe

A apóstrofe é a interpelação feita com ênfase.

Exemplos:

Ó céus, é preciso chover mais?


Na tirinha acima, notamos a ênfase no segundo quadrinho: "Ai meu Deus!!! Ele vai me
matar! O que faço!? É o fim!"

Figuras de sintaxe
As figuras de sintaxe são usadas para tornar os textos mais bonitos ou expressivos através da
construção gramatical das frases e orações.

Elipse
A elipse é a omissão de uma palavra que se identifica de forma fácil.
Exemplos:

Tomara você me entenda. (Tomara que você me entenda.)

Na segunda imagem do quadrinho, notamos o uso da elipse: "depois (ele


começou) a comer sanduíches entre as refeições...".

Zeugma

A zeugma é a omissão de uma palavra pelo fato de ela já ter sido usada antes.

Exemplos:

Fiz a introdução, ele a conclusão. (Fiz a introdução, ele fez a conclusão.)


A zeugma é utilizada na segunda e terceira parte dos quadrinhos: "(você é) um
descongestionante nasal para o meu nariz"; (você é) um antiácido para meu estômago!".

Hipérbato

O hipérbato é a alteração da ordem direta da oração.

Exemplos:

São como uns anjos os seus alunos. (Os seus alunos são como uns anjos.)

A charge acima é um exemplo de hipérbato, porque se tivesse sido escrito na ordem


direta, o nosso hino começaria assim: "As margens plácidas do Ipiranga ouviram o
brado retumbante de um povo heroico".

Polissíndeto

O polissíndeto é o uso repetido de conectivos (e, ou, nem).

Exemplos:

As crianças falavam e cantavam e riam felizes.


A charge acima é um exemplo de polissíndeto, porque o conectivo "se for" esta sendo
repetido muitas vezes ("se for eleitor", "se for deputado", "se for assessor).

Assíndeto

O assíndeto representa a omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto.

Exemplos:

Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios.

Anacoluto

O anacoluto é a mudança repentina na estrutura da frase.

Exemplos:

Eu, parece que estou ficando zonzo. (A estrutura normal da frase é: Parece que eu estou
ficando zonzo.)

Magali, comer é o que ela mais gosta de fazer. (A estrutura normal da frase é: O que a
Magali mais gosta de fazer é comer.)

Pleonasmo

Pleonasmo é a repetição da palavra ou da ideia contida nela para intensificar o


significado.

Exemplos:

A mim me parece que isso está errado. (Parece-me que isto está errado.)
Na tirinha acima, o "saia para fora" é um pleonasmo, uma vez que o verbo "sair" já
significa "para fora".

Silepse

A silepse é a concordância com a ideia que se pretende transmitir, e não com o que está
implícito. Ela é classificada em: silepse de gênero, de número e de pessoa.

Exemplos:

Vivemos na bonita e agitada São Paulo. (silepse de gênero: Vivemos na bonita e


agitada cidade de São Paulo.)

A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto. (silepse de número: A


maioria dos clientes ficou insatisfeita com o produto.)

Todos terminamos os exercícios. (silepse de pessoa: neste caso concordância com nós,
em vez de eles: Todos terminaram os exercícios.)

Na tirinha acima, há silepse de pessoa em "mais da metade da população


mundial somos crianças" e "as crianças, vamos ter o mundo nas mãos".

Anáfora

A anáfora é a repetição de uma ou mais palavras de forma regular.


Exemplos:

Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar. Se você “qualquer coisa”, eu estarei
aqui sempre para você.

A charge acima é um exemplo de anáfora, porque há várias repetições do termo "falta".

Figuras de som
As figuras de som são usadas para tornar os textos mais bonitos ou expressivos através
da sonoridade das palavras.

Aliteração

A aliteração é a repetição de sons consonantais.

Exemplos:

"Chove chuva.
Chove sem parar". (Jorge Ben Jor)
Na tirinha acima, ocorre aliteração, porque a letra "r" é repetida muitas vezes em "O
rato roeu a roupa do rei de Roma."

Paronomásia

Paronomásia é a repetição de palavras cujos sons são parecidos.

Exemplos:

O cavaleiro, muito cavalheiro, conquistou a donzela. (cavaleiro = homem que anda a


cavalo, cavalheiro = homem gentil)

A charge acima contém paronomásia, porque foram usados termos que possuem sons
parecidos: "grama" e "grana".

Assonância

A assonância é a repetição de sons vocálicos.

Exemplos:

"O que o vago e incógnito desejo


de ser eu mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa)
Na tirinha acima, o uso da assonância é expresso pela repetição das vogais "a" em: "massa",
"salga", "amassa".
Onomatopeia
Onomatopeia é a inserção de palavras no discurso que imitam sons.
Exemplos:
Não aguento o tic-tac desse relógio.

No primeiro e último quadrinho temos o uso da onomatopeia com "Bum, Bum, Bum" e
"Buááá...; Buááá...". O primeiro expressa o som do tambor, e o segundo, o choro do Cebolinha.
Figuras de Palavras Figuras de Sintaxe ou Figuras de Som ou
Figuras de Pensamento
ou semânticas construção harmonia
Produzem maior
Produzem maior
Produzem maior expressividade à Produzem maior
expressividade à
expressividade à comunicação através da expressividade à
comunicação através da
comunicação através inversão, repetição ou comunicação através da
combinação de ideias e
das palavras. omissão dos termos na sonoridade.
pensamentos.
construção das frases.
6. hipérbole
7. eufemismo
 elipse
8. litote
2. metáfora  pleonasmo
9. ironia
3. comparação  zeugma
10. personificação ou  aliteração
4. metonímia  hipérbato
prosopopeia  paronomásia
5. catacrese  silepse
11. antítese  assonância
6. sinestesia  polissíndeto
12. paradoxo ou  onomatopeia
7. perífrase ou  assíndeto
oxímoro
antonomásia  anacoluto
13. gradação ou
 anáfora
clímax
14. apóstrofe

Exercícios de figuras de linguagem


1. (UNITAU) No sintagma: “Uma palavra branca e fria”, encontramos a figura
denominada:

a) sinestesia
b) eufemismo
c) onomatopeia
d) antonomásia
e) catacrese

Ver Resposta
Alternativa a: sinestesia.
2. (Universidade Anhembi Morumbi)

"A novidade veio dar à praia


na qualidade rara de sereia
metade um busto de uma deusa maia
metade um grande rabo de baleia
a novidade era o máximo
do paradoxo estendido na areia
alguns a desejar seus beijos de deusa
outros a desejar seu rabo pra ceia
oh, mundo tão desigual
tudo tão desigual
de um lado este carnaval
do outro a fome total
e a novidade que seria um sonho
milagre risonho da sereia
virava um pesadelo tão medonho
ali naquela praia, ali na areia
a novidade era a guerra
entre o feliz poeta e o esfomeado
estraçalhando uma sereia bonita
despedaçando o sonho pra cada lado”

(Gilberto Gil – A Novidade)

Gilberto Gil em seu poema usa um procedimento de construção textual que consiste em
agrupar ideias de sentidos contrários ou contraditórios numa mesma unidade de
significação.

A figura de linguagem acima caracterizada é:

a) metonímia
b) paradoxo
c) hipérbole
d) sinestesia
e) sinédoque

Ver Resposta
Alternativa b: paradoxo.

Conhecimentos linguísticos de acordo com a Gramática Normativa da


Língua Portuguesa: formação de palavras, Sinonímia, antonímia
Formação de Palavras

As palavras que compõem o léxico da língua são formadas principalmente por dois
processos morfológicos:

 Derivação (prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria)


 Composição (justaposição e aglutinação)

Palavras Primitivas e Derivadas

Os vocábulos “primitivos” são as palavras que originam outras. Já as palavras


“derivadas” são aquelas que surgem a partir das palavras primitivas

Exemplos:

 dente (primitiva) e dentista (derivada)


 mar (primitiva) e marítimo (derivada)
 sol (primitiva) e solar (derivada)

Afixos
Além do conceito de palavras primitivas e derivadas, temos os afixos. Eles são morfemas, ou
seja, as menores partículas significativas da língua. Juntos a um radical, os afixos formam uma
palavra, por exemplo, pedra (palavra primitiva) e pedreira (palavra derivada). Nesse exemplo,
foi acrescentado o sufixo -eira.
Os afixos são classificados de acordo com sua localização na palavra. Assim, os sufixos vem
depois do radical, por exemplo, folhagem e livraria.

Já os prefixos são acrescentados antes do radical, por exemplo desleal e ilegal.

Além deles, há ainda os “infixos” que aparecem no meio da palavra, sendo representados por
uma consoante ou vogal, por exemplo, cafeteria e cafezal.

Processos de Derivação

Os processos de derivação de palavras ocorrem de cinco maneiras sempre com um


radical e os afixos (sufixos e prefixos):

 Derivação Prefixal (Prefixação): inclusão de prefixo à palavra primitiva, por


exemplo: infeliz, antebraço, enraizar, refazer, etc.
 Derivação Sufixal (Sufixação): inclusão de sufixo à palavra primitiva, por
exemplo: felicidade, beleza, estudante, etc.
 Derivação Parassintética (Parassíntese): inclusão de um prefixo e de um sufixo
à palavra primitiva, de forma simultânea, por
exemplo: entardecer, emagrecer, engaiolar, etc.
 Derivação Regressiva: redução da palavra derivada por meio da retirada de uma
parte da palavra primitiva, por exemplo: beijar-beijo, debater-debate, perder-
perda, etc.
 Derivação Imprópria: ocorre a mudança de classe gramatical da palavra, por
exemplo, O jantar estava muito bom (substantivo); Fui jantar ontem à noite
com Luís. (verbo)

Exercícios de Vestibular com Gabarito


1. (CESGRANRIO-RJ) As palavras esquartejar, desculpa e irreconhecível foram formadas,
respectivamente, pelos processos de:
a) sufixação - prefixação - parassíntese
b) sufixação - derivação regressiva - prefixação
c) composição por aglutinação - prefixação - sufixação
d) parassíntese - derivação regressiva - prefixação
e) parassíntese - derivação imprópria - parassíntese
Ver Resposta
Alternativa d) parassíntese - derivação regressiva - prefixação.
Esquartejar é parassíntese, porque é formada pelo prefixo es- e pelo sufixo -ejar, ao mesmo
tempo: es + quart + ejar.
Desculpa é derivação regressiva, porque é formada com a retirada de uma parte da palavra
primitiva, neste caso, a letra r do verbo desculpar: desculpar --> desculpa.
Irreconhecível é prefixação, porque é formada pelo prefixo ir-: ir + reconhecível.

2. (PUC-RJ) Marque a opção que indica os processos de formação, presentes nas


palavras abaixo, pela ordem em que aparecem.

bebidinha - indevassável - banheiro - adormecer.

a) Parassíntese, prefixação, sufixação, sufixação.


b) Sufixação, parassíntese, sufixação, parassíntese.
c) Sufixação, prefixação e sufixação, sufixação, parassíntese.
d) Prefixação e sufixação, sufixação, prefixação, parassíntese.
e) Parassíntese, sufixação, prefixação, prefixação e sufixação.

Ver Resposta

Alternativa c) Sufixação, prefixação e sufixação, sufixação, parassíntese.

Bebidinha é sufixação, porque é formada pelo sufixo -inha: bebid + inha.


Indevassável é prefixação, porque é formada pelo prefixo in-: in + devassável. Também
é sufixação, porque é formada pelo sufixo -ável: devass + ável.

Repare que apesar de prefixo e sufixo estarem presentes na formação da palavra


indevassável, ela não é parassíntese, porque existe a palavra devassável e indevassável,
ou seja, com ou sem prefixo. Para haver parassíntese, uma palavra sempre tem que ter
ambos, prefixo e sufixo, por exemplo anoitecer: a + noite + ecer (não existe noitecer, ou
seja, essa palavra precisa sempre do prefixo).

Banheiro é sufixação, porque é formada pelo sufixo -eiro: banh + eiro.

Adormecer é parassíntese, porque é formada pelo prefixo a- e pelo sufixo -ecer, ao


mesmo tempo: a + dorm + ecer (não existe dormecer, ou seja, essa palavra precisa
sempre do prefixo).

3. (Fuvest-SP) Foram formadas pelo mesmo processo as seguintes palavras:

a) vendavais, naufrágios, polêmicas


b) descompõem, desempregados, desejava
c) estendendo, escritório, espírito
d) quietação, sabonete, nadador
e) religião, irmão, solidão

Ver Resposta
Alternativa d) quietação, sabonete, nadador.

Essas palavras foram formadas pelo processo de derivação sufixal (ou sufixação):
Quietação: quieta + ção
Sabonete: sabão + ete
Nadador: nada + dor

O que são Sinônimos e Antônimos (com exemplos)

Sinônimos são palavras que têm sentido igual ou muito parecido, enquanto antônimos
são palavras que têm sentido contrário.

Exemplos de sinônimos:

 belo e bonito
 casa e lar
 longe e distante

Exemplos de antônimos:

 aberto e fechado
 escuro e claro
 sair e entrar

De acordo com a aproximação semântica entre as palavras sinônimas, elas são


classificadas de duas maneiras:
 Sinônimos Perfeitos: são as palavras que compartilham significados idênticos,
por exemplo: léxico e vocabulário, morrer e falecer, após e depois.
 Sinônimos Imperfeitos: são as palavras que compartilham significados
semelhantes e não idênticos, por exemplo: feliz e alegre, cidade e município,
córrego e riacho.

Seleção vocabular

A seleção vocabular se escolhe a escolha de palavras certas para formar um bom texto,
de modo que as palavras escolhidas preferencialmente devem seguir a norma culta e
padrão da língua portuguesa.

Seleção vocabular

Supondo que tenhamos que escolher entre duas frases:

 "E aí, blz?";


 "Olá, tudo bem?".

As duas frases possuem sentidos similares, sendo que o uso da segunda frase fornece
um estilo mais formal de escrita e está de acordo com a norma culta da língua
portuguesa, por isso, ela deveria ser escolhida de acordo com a seleção vocabular.

Classe de palavras

As 10 classes de palavras ou classes gramaticais

1. Substantivo

Substantivo é a palavra que nomeia os seres em geral, desde objetos, fenômenos,


lugares, qualidades, ações, dentre outros, tais como: Ana, Brasil, beleza.

Exemplos de frases com substantivo:

 A Ana é super inteligente.


 O Brasil é lindo.
 A tua beleza me encanta.

Os substantivos são classificados em: simples ou composto, primitivo ou derivado,


comum ou próprio, concreto ou abstrato, e coletivo.

2. Verbo

Verbo é a palavra que indica ações, estado ou fenômeno da natureza, tais como: sair,
correr, chover.

Exemplos de frases com verbo:

 Sairemos esta noite?


 Corro todos os dias.
 Chovendo, eu não vou.

Os verbos são classificados em: regulares, irregulares, defectivos e abundantes.

3. Adjetivo

Adjetivo é a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos, tais como:
feliz, superinteressante, amável.

Exemplos de frases com adjetivo:

 A criança ficou feliz.


 O artigo ficou superinteressante.
 Sempre foi amável comigo.

Os adjetivos são classificados em: primitivos ou derivados, simples ou compostos, e


pátrios.

4. Pronome

Pronome é a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a relação das


pessoas do discurso, tais como: eu, contigo, aquele.

Exemplos de frases com pronome:

 Eu aposto como ele vem.


 Contigo vou até a Lua.
 Aquele tipo não me sai da cabeça.

Tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, relativos, indefinidos e


interrogativos.

5. Artigo

Artigo é a palavra que antecede o substantivo, tais como: o, as, uns, uma.

Exemplos de frases com artigo:

 O menino saiu.
 As meninas saíram.
 Uns meninos tocaram a campainha.
 Uma chance é o que preciso.

Os artigos são classificados em: definidos e indefinidos.

6. Numeral

Numeral é a palavra que indica a posição ou o número de elementos, tais como: um,
primeiro, dezenas.
Exemplos de frases com numeral:

 Um pastel, por favor!


 Primeiro as damas.
 Dezenas de pessoas estiveram presentes.

Os numerais podem ser: cardinais, ordinais, multiplicativos e fracionários.

7. Preposição

Preposição é a palavra que liga dois elementos da oração, tais como: a, após, para.

Exemplos de frases com preposição:

 Entreguei a carta a ele.


 As portas abrem após as 18h.
 Isto é para você.

As preposições são classificadas em: preposições essenciais e preposições acidentais.

8. Conjunção

Conjunção é a palavra que liga dois termos ou duas orações de mesmo valor gramatical,
tais como: mas, portanto, conforme.

Exemplos de frases com conjunção:

 Vou, mas não volto.


 Portanto, não sei o que fazer.
 Dançar conforme a dança.

As conjunções são classificadas em coordenativas (aditivas, adversativas, alternativas,


conclusivas e explicativas) e subordinativas (integrantes, causais, comparativas,
concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, temporais, finais e
proporcionais).

9. Interjeição

Interjeição é a palavra que exprime emoções e sentimentos, tais como: Olá! Viva! Psiu!

Exemplos de frases com interjeição:

 Olá! Sou a Maria.


 Viva! Conseguimos ganhar o campeonato.
 Psiu! Não faça barulho aqui.

As interjeições são classificadas em: alegria, desejo, dor, surpresa, silêncio, entre outros.

10. Advérbio
Advébio é a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo
circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros, tais como: melhor, demais,
ali.

Exemplos de frases com advérbio:

 Escrevia melhor quando tinha o hábito de ler.


 Não acha que trouxe folhas demais?
 O restaurante é ali.

Os advérbios são classificados em: modo, intensidade, lugar, tempo, negação,


afirmação, dúvida, entre outros.

 Palavras variáveis - aquelas que variam em gênero, número e grau: substantivo,


verbo, adjetivo, pronome, artigo e numeral.
 Palavras invariáveis - as que não variam: preposição, conjunção, interjeição e
advérbio.

Exercício de classes gramaticais


Indique a que classe de palavras pertencem as palavras em negrito.

a) As meninas são tão corajosas quanto os meninos.

Ver Resposta
Adjetivo - classe de palavras que atribui característica ao substantivo. Na oração, temos:
meninas (substantivo), corajosas (adjetivos).
b) Coragem!

Ver Resposta
Interjeição - classe de palavras que expressa sensações e é sempre acompanhada de
ponto de exclamação. "Coragem!" é uma interjeição de ânimo.
c) Falta a coragem…

Ver Resposta
Substantivo - classe de palavras que nomeia seres, fenômenos, entre muitos outros. Na
oração, "coragem" é um substantivo abstrato.
d) Com seus trinta anos já era para ter juízo.

Ver Resposta
Pronome - classe de palavras que substitui ou acompanha os substantivos. Na oração,
"seus" é um pronome possessivo.
e) Há uns anos não sabia o que fazer da vida.

Ver Resposta
Artigo - classe de palavras que acompanham o substantivo de forma a determinar seu
número (singular ou plural) e seu gênero (feminino ou masculino). Na oração "uns" é
um artigo indefinido plural, masculino.
f) Fazer o bem sem olhar a quem.

Ver Resposta
Substantivo - classe de palavras que nomeia seres, fenômenos, entre muitos outros. Na
oração, "bem" é um substantivo abstrato, porque foi substantivada em decorrência da
utilização do artigo "o" (o bem). Em outros contextos, essa mesma palavra pode assumir
a função de advérbio, tal como na alternativa seguinte, em que "bem" é um advérbio de
modo: "Os trabalhos ficaram muito bem feitos.".
g) Os trabalhos ficaram muito bem feitos.

Ver Resposta
Advérbio - classe de palavras que modifica um verbo, um adjetivo ou outro advérbio.
Na oração, "bem" é um advérbio de modo.
h) Fui bem na prova.

Ver Resposta
Advérbio - classe de palavras que modifica um verbo, um adjetivo ou outro advérbio.
Na oração, "bem" é um advérbio de modo.
i) Ainda bem!

Ver Resposta
Interjeição - classe de palavras que expressa sensações e é sempre acompanhada de
ponto de exclamação. "Ainda bem!" é uma interjeição de alívio.
j) Fiz o dobro do trabalho e não adiantou.

Ver Resposta
Numeral - classe de palavras que determina quantidades ou posições. "Dobro" é um
numeral multiplicativo.
k) Aqueles são os meus clientes.

Ver Resposta
Substantivo - classe de palavras que nomeia seres, fenômenos, entre muitos outros. Na
oração, "clientes" é um substantivo comum de dois gêneros.
l) Perante seu discurso senti-me motivado.

Ver Resposta
Preposição - classe de palavras que ligam dois termos da oração. Na oração, "perante" é
uma preposição essencial.
m) Estou motivado porque o palestrante transmitiu motivação.
Ver Resposta
Conjunção - classe de palavras que ligam duas orações ou duas palavras. Na oração,
"porque" é uma conjunção causal.

Colocação pronominal

A colocação pronominal indica a posição dos pronomes átonos - me, nos, te, vos, se,
o(s), a(s), lhe(s) - em relação ao verbo, do que resulta a próclise, a mesóclise e a ênclise.

Próclise

Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. Isso acontece quando a oração


contém palavras que atraem o pronome:

1. Palavras que expressam negação tais como “não, ninguém, nunca”:

 Não o quero aqui.


 Nunca o vi assim.

2. Pronomes relativos (que, quem, quando...), indefinidos (alguém, ninguém, tudo…) e


demonstrativos (este, esse, isto…):

 Foi ela que o fez.


 Alguns lhes deram maus conselhos.
 Isso me lembra algo.

3. Advérbios ou locuções adverbiais:

 Ontem me disseram que havia greve hoje.


 Às vezes nos deixa falando sozinhos.

4. Palavras que expressam desejo e também orações exclamativas:

1. Oxalá me dês a boa notícia.


2. Deus nos dê forças.

5. Conjunções subordinativas:

1. Embora se sentisse melhor, saiu.


2. Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo.

6. Palavras interrogativas no início das orações:

1. Quando te deram a notícia?


2. Quem te presenteou?

Mesóclise
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. Isso acontece com verbos do
futuro do presente ou do futuro do pretérito, a não ser que haja palavras que atraiam a
próclise:

1. Orgulhar-me-ei dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do presente:


orgulharei)
2. Orgulhar-me-ia dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do pretérito:
orgulharia)

Ênclise

Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo. Isso acontece quando a oração


contém palavras que atraem esse tipo de colocação pronominal:

1. Verbos no imperativo afirmativo:

1. Depois de terminar, chamem-nos.


2. Para começar, joguem-lhes a bola!

2. Verbos no infinitivo impessoal:

1. Gostaria de pentear-te a minha maneira.


2. O seu maior sonho é casar-se.

3. Verbos no início das orações:

1. Fiz-lhe a pessoa mais feliz do mundo.


2. Surpreendi-me com o café da manhã.

Colocação pronominal nas locuções verbais

Nos exemplos acima existe apenas um verbo atraindo o pronome.

Agora, vejamos como ocorre a colocação do pronome nas locuções verbais. Lembrando
que as regras citadas para os verbos na forma simples devem ser seguidas.

1. Usa-se a ênclise depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal nas locuções
verbais em que o verbo principal esteja no infinitivo ou no gerúndio:

1. Devo-lhe explicar o que se passou. (ênclise depois do verbo auxiliar, “devo”)


2. Devo explicar-te o que se passou. (ênclise depois do verbo principal,
“explicar”)

2. Caso não haja palavra que atraia a próclise, usa-se a ênclise depois do verbo auxiliar
em que o verbo principal esteja no particípio:

1. Foi-lhe explicado como deveria agir. (ênclise depois do verbo auxiliar, “foi”,
uma vez que o verbo principal “explicar” está no particípio, “explicado”)
2. Tinha-lhe feito as vontades se não tivesse sido malcriado. (ênclise depois do
verbo auxiliar, “tinha”, uma vez que o verbo principal “fazer” está no particípio,
“feito”)

Exercícios de colocação pronominal


Corrija as orações incorretas.
a) Rapidamente atendem-nos se formos simpáticos.

Ver Resposta
Correção: Rapidamente nos atendem se formos simpáticos.
"Rapidamente" é advérbio, palavra que atrai o pronome, que assim deve ser colocado antes do
verbo, resultando em uma próclise.
b) Te chamei há horas.

Ver Resposta
Correção: Chamei-te há horas.
Nas orações que iniciam com verbo, ocorre a ênclise, ou seja, o pronome deve ser colocado
depois do verbo.
c) Quanto mais o critica, menos ele trabalha.

Ver Resposta
A colocação pronominal da oração está correta, pois a próclise (pronome antes do verbo) deve
ser usada em orações que contenham conjunções subordinativas; neste caso, "quanto mais".
d) Quantos disseram-te a mesma coisa?

Ver Resposta
Correção: Quantos te disseram a mesma coisa?
A próclise (colocação do pronome antes do verbo) deve ser usada nas orações que iniciem com
palavras interrogativas; neste caso, "quantos".
e) Queria lhe dizer que não posso ir à reunião de amanhã.

Ver Resposta
Nessa locução verbal, uma vez que o verbo principal, "dizer", está no infinitivo, a colocação
pronominal pode ser feita de duas formas:
Usando a ênclise depois do verbo auxiliar: Queria lhe dizer que não posso ir à reunião de
amanhã.
Usando a ênclise depois do verbo principal: Queria dizer-lhe que não posso ir à reunião de
amanhã.
f) Ninguém vai te ouvir.

Ver Resposta
Correção: Ninguém te vai ouvir.
A próclise (colocação do pronome antes do verbo) é usada quando a oração contém pronome
indefinido; neste caso, "ninguém".
c) Quanto mais o critica, menos ele trabalha.

Ver Resposta
A colocação pronominal da oração está correta, pois a próclise (pronome antes do
verbo) deve ser usada em orações que contenham conjunções subordinativas; neste
caso, "quanto mais".
d) Quantos disseram-te a mesma coisa?

Ver Resposta
Correção: Quantos te disseram a mesma coisa?

A próclise (colocação do pronome antes do verbo) deve ser usada nas orações que
iniciem com palavras interrogativas; neste caso, "quantos".
e) Queria lhe dizer que não posso ir à reunião de amanhã.

Ver Resposta
Nessa locução verbal, uma vez que o verbo principal, "dizer", está no infinitivo, a
colocação pronominal pode ser feita de duas formas:

Usando a ênclise depois do verbo auxiliar: Queria lhe dizer que não posso ir à reunião
de amanhã.

Usando a ênclise depois do verbo principal: Queria dizer-lhe que não posso ir à reunião
de amanhã.
f) Ninguém vai te ouvir.

Ver Resposta
Correção: Ninguém te vai ouvir.

A próclise (colocação do pronome antes do verbo) é usada quando a oração contém


pronome indefinido; neste caso, "ninguém".

c) Quanto mais o critica, menos ele trabalha.

Ver Resposta

A colocação pronominal da oração está correta, pois a próclise (pronome antes do


verbo) deve ser usada em orações que contenham conjunções subordinativas; neste
caso, "quanto mais".

d) Quantos disseram-te a mesma coisa?


Ver Resposta

Correção: Quantos te disseram a mesma coisa?

A próclise (colocação do pronome antes do verbo) deve ser usada nas orações que
iniciem com palavras interrogativas; neste caso, "quantos".

e) Queria lhe dizer que não posso ir à reunião de amanhã.

Ver Resposta

Nessa locução verbal, uma vez que o verbo principal, "dizer", está no infinitivo, a
colocação pronominal pode ser feita de duas formas:

Usando a ênclise depois do verbo auxiliar: Queria lhe dizer que não posso ir à reunião
de amanhã.

Usando a ênclise depois do verbo principal: Queria dizer-lhe que não posso ir à reunião
de amanhã.

f) Ninguém vai te ouvir.

Ver Resposta

Correção: Ninguém te vai ouvir.

A próclise (colocação do pronome antes do verbo) é usada quando a oração contém


pronome indefinido; neste caso, "ninguém".

Emprego de tempos e modos verbais

Os tempos verbais (presente, pretérito e futuro) indicam quando ocorre a ação, estado
ou fenômeno expressado pelo verbo:

Presente - não só indica o momento atual, mas ações regulares ou situações


permanentes. Exemplos:

1. Tomo medicamentos.
2. Estou aqui!
3. Lá, neva muito.

Pretérito - indica momentos anteriores, decorridos ou acabados. Exemplos:

1. Eles fizeram mesmo isso?


2. Eu não acreditava no que meus olhos viam.
3. Trovejou a noite toda!

Futuro - indica acontecimentos que se realizarão. Exemplos:

1. Dormirei o dia todo se for preciso.


2. Ficarei aqui!
3. Ventará durante o dia.

Os tempos verbais (presente, pretérito e futuro) se unem aos modos verbais (indicativo,
subjuntivo e imperativo) para indicar a forma como ocorrem as ações, estados ou
fenômenos expressados pelo verbo.

O modo indicativo expressa certezas. Exemplo: O aluno entendeu.

O modo subjuntivo expressa desejos e possibilidades. Exemplo: Tomara que o


aluno entenda.

O modo imperativo expressa ordens, pedidos. Exemplo: Por favor, entenda!

Tempos do modo indicativo

Os tempos do indicativo são: presente, pretérito (perfeito, imperfeito e pretérito mais-


que-perfeito), futuro (do presente e do pretérito).

Presente

O presente do indicativo exprime uma ação na atualidade.

EXEMPLO: Leio o jornal todos os dias pela manhã.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no presente do indicativo: (eu) leio, (tu) lês, (ele) lê, (nós)
lemos, (vós) ledes, (eles) leem.

Pretérito

O pretérito indica passado. No modo indicativo, ele é usado para situações acabadas,
para situações inacabadas ou para situações anteriores a outras já passadas.

Assim, existem três tipos de pretérito: pretérito perfeito, pretérito imperfeito e pretérito
mais-que-perfeito.

1. Pretérito perfeito - o pretérito perfeito do indicativo exprime uma ação concluída.

EXEMPLO: Porém, ontem não li o jornal.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no pretérito perfeito: (eu) li, (tu) leste, (ele) leu, (nós)
lemos, (vós) lestes, (eles) leram.

2. Pretérito imperfeito - o pretérito imperfeito do indicativo exprime uma ação anterior


ao presente, mas ainda não concluída.
EXEMPLO: Antes não lia nenhum tipo de publicação.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no pretérito imperfeito do indicativo: (eu) lia, (tu) lias,
(ele) lia, (nós) líamos, (vós) líeis, (eles) liam.

3. Pretérito mais-que-perfeito - o pretérito mais-que-perfeito exprime uma ação


anterior a outra já concluída. Exemplo: Quando saí para trabalhar, já lera o jornal de
hoje.

Esse tempo está em desuso. Atualmente, é mais comum combinar dois ou mais verbos
que transmitam o mesmo sentido, mas, mesmo assim, é importante conhecê-lo.

EXEMPLO: Quando saí para trabalhar, já tinha lido o jornal de hoje.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no pretérito mais-que-perfeito: (eu) lera, (tu) leras, (ele)
lera, (nós) lêramos, (vós) lêreis, (eles) leram.

Futuro

O futuro indica algo que se realizará.

1. Futuro do presente - o futuro do presente exprime uma ação que irá se realizar.

EXEMPLO: Amanhã lerei o jornal na hora do almoço.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no futuro do presente: (eu) lerei, (tu) lerás, (ele) lerá,
(nós) leremos, (vós) lereis, (eles) lerão.

2. Futuro do pretérito - o futuro do pretérito exprime uma ação futura em relação a


outra já concluída.

EXEMPLO: Leria mais se houvera (ou se tivesse havido) tempo.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no futuro do pretérito: (eu) leria, (tu) lerias, (ele) leria,
(nós) leríamos, (vós) leríeis, (eles) leriam.

Tempos do modo subjuntivo

Os tempos do subjuntivo são: presente, pretérito (imperfeito) e futuro.

Presente

O presente do subjuntivo exprime uma ação na atualidade que é incerta ou duvidosa.

EXEMPLO: Que eles leiam!

CONJUGAÇÃO do verbo ler no futuro do subjuntivo: (que eu) leia, (que tu) leias, (que
ele) leia, (que nós) leiamos, (que vós) leiais, (que eles) leiam.

Pretérito
O pretérito imperfeito do subjuntivo exprime um verbo no passado dependente de
uma ação também já passada.

EXEMPLO: Se eles lessem estariam informados.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no pretérito imperfeito do subjuntivo: (se eu) lesse, (se tu)
lesses, (se ele) lesse, (se nós) lêssemos, (se vós) lêsseis, (se eles) lessem.

Futuro

O futuro do subjuntivo exprime uma ação que irá se realizar dependendo de outra ação
futura.

EXEMPLO: Quando eles lerem ficarão informados.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no futuro do subjuntivo: (quando eu) ler, (quando tu)
leres, (quando ele) ler, (quando nós) lermos, (quando vós) lerdes, (quando eles) lerem.

Tempos do modo imperativo

O modo imperativo se apresenta apenas no presente, e pode ser afirmativo ou negativo.

Modo imperativo afirmativo

O imperativo afirmativo expressa uma ordem na forma positiva.

EXEMPLO: Eu estou cansada. Leia ele o relatório.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no imperativo afirmativo: lê (tu), leia (você), leiamos


(nós), lede (vós), leiam (vocês).

Modo imperativo negativo

O imperativo negativo expressa uma ordem na forma negativa.

EXEMPLO: Precisamos de uma apresentação natural. Não leia ele o trabalho.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no imperativo negativo: não leias (tu), não leia (você),
não leiamos (nós), não leiais (vós), não leiam (vocês).

Conjugação do verbo Ler

O verbo ler é um verbo irregular que pertence à 2.ª conjugação. Vejamos sua
conjugação em todos os modos e tempos estudados acima:

1. Presente do indicativo: (eu) leio, (tu) lês, (ele) lê, (nós) lemos, (vós) ledes,
(eles) leem.
2. Pretérito perfeito: (eu) li, (tu) leste, (ele) leu, (nós) lemos, (vós) lestes, (eles)
leram.
3. Pretérito imperfeito do indicativo: (eu) lia, (tu) lias, (ele) lia, (nós) líamos,
(vós) líeis, (eles) liam.
4. Pretérito mais-que-perfeito: (eu) lera, (tu) leras, (ele) lera, (nós) lêramos, (vós)
lêreis, (eles) leram.
5. Futuro do presente: (eu) lerei, (tu) lerás, (ele) lerá, (nós) leremos, (vós) lereis,
(eles) lerão.
6. Futuro do pretérito: (eu) leria, (tu) lerias, (ele) leria, (nós) leríamos, (vós)
leríeis, (eles) leriam.
7. Presente do subjuntivo: (que eu) leia, (que tu) leias, (que ele) leia, (que nós)
leiamos, (que vós) leiais, (que eles) leiam.
8. Pretérito imperfeito do subjuntivo: (se eu) lesse, (se tu) lesses, (se ele) lesse,
(se nós) lêssemos, (se vós) lêsseis, (se eles) lessem.
9. Futuro do subjuntivo: (quando eu) ler, (quando tu) leres, (quando ele) ler,
(quando nós) lermos, (quando vós) lerdes, (quando eles) lerem.
10. Imperativo afirmativo: lê (tu), leia (você), leiamos (nós), lede (vós), leiam
(vocês).
11. Imperativo negativo: não leias (tu), não leia (você), não leiamos (nós), não
leiais (vós), não leiam (vocês).

Questão 1
Indique o tempo e o modo verbal usado da seguinte frase:

Fazia panquecas todos os sábados.

a) tempo: pretérito imperfeito, modo: indicativo

b) tempo: pretérito mais-que-perfeito, modo: indicativo

c) tempo: presente, modo: subjuntivo

d) tempo: futuro do pretérito, modo: indicativo


Gabarito explicado
O pretérito perfeito do indicativo indica um fato que aconteceu no passado, mas
expressando ideia de continuidade, porque não foi acabado totalmente.

Exercícios sobre tempos e modos verbais (com gabarito comentado)

Questão 1
Indique o tempo e o modo verbal usado da seguinte frase:
Fazia panquecas todos os sábados.
a) tempo: pretérito imperfeito, modo: indicativo

b) tempo: pretérito mais-que-perfeito, modo: indicativo


c) tempo: presente, modo: subjuntivo

d) tempo: futuro do pretérito, modo: indicativo


Gabarito explicado
O pretérito perfeito do indicativo indica um fato que aconteceu no passado, mas expressando
ideia de continuidade, porque não foi acabado totalmente.

Questão 2
Considerando as frases abaixo, indique quais delas transmitem hipótese, condição.
I. Não voltem aqui!
II. Se vocês voltarem…
III. Que eles voltem.
a) II
b) I
c) III
d) II e III
Gabarito explicado
As frases
II. Se vocês voltarem…
III. Que eles voltem.
indicam possibilidade, porque os verbos são ações que ainda não aconteceram e que dependem
de outras para acontecer. O verbo da frase "Se vocês voltarem…" está conjugado no futuro do
subjuntivo, enquanto o verbo da frase "Que eles voltem." está conjugado no presente do
subjuntivo.
Quanto à frase "Não voltem aqui!", o verbo está no imperativo negativo. O modo imperativo
expressa um pedido ou uma ordem.

Questão 3
Escolha a opção em que os verbos completam corretamente a frase.

Sempre que eu ____________________, ele não ____________________.

a) telefonava (pretérito imperfeito do indicativo), atenderá (futuro do presente)

b) telefono e atende (presente do indicativo)

c) telefono (presente do indicativo) e atendia (pretérito imperfeito do indicativo)

d) telefono (presente do indicativo) e atenderia (futuro do pretérito)


Gabarito explicado
Sempre que eu telefono, ele não atende.

As formas verbais "telefono" e "atende" são do presente do indicativo. O indicativo é o


modo dos verbos que exprimem certezas. O presente, além de indicar ações que
acontecem no momento em que se fala, também indicam ações habituais, como neste
caso.

Estruturação sintática e semântica dos termos na oração e das orações


no período

A análise sintática é o estudo da função de cada termo de uma oração. Os termos da


oração são classificados em: essenciais (quando a estrutura da oração é feita em torno
desses termos), integrantes (quando completam o sentido de outros termos presentes na
oração) e acessórios (quando a sua remoção não prejudica o sentido da oração).

Termos essenciais da oração

Os termos essenciais são os termos que servem de base na construção da oração, motivo
pelo qual são chamados de essenciais.

Os termos essenciais são dois: sujeito e predicado.

1. Sujeito

O sujeito é alguém ou alguma coisa sobre a qual é dada uma informação. Por exemplo:
Uma pessoa ligou, mas não quis se identificar. (Sujeito: uma pessoa)

O sujeito pode ser: determinado ou indeterminado, simples ou composto e inexistente.

Os sujeitos podem ser determinados ou indeterminados, mediante a condição de


poder ser ou não ser identificados. Quando identificados, são sujeitos determinados (A
Ana acabou de chegar. - sujeito determinado: A Ana). Quando não identificado, são
sujeitos indeterminados (Estão chamando aí à porta.).

2. Predicado

O predicado é a informação que se dá sobre o sujeito. Ao identificar o sujeito da oração,


todo o resto faz parte do predicado. Por exemplo: Uma pessoa ligou, mas não quis se
identificar. (Sujeito: uma pessoa. Predicado: ligou, mas não quis se identificar)

O predicado pode ser: verbal, nominal e verbo-nominal.

O predicado pode ser verbal quando o seu núcleo (parte principal do predicado) é um
verbo que expressa uma ação (O velhinho contou uma história. - predicado: contou uma
história, cujo núcleo é “contou”).

Quando o verbo, ou núcleo do predicado verbal, tem sentido completo e não precisa de
complemento, ele é verbo intransitivo (A vítima morreu. - predicado: morreu, cujo
núcleo é “morreu” - predicado verbal: verbo intransitivo).
O predicado pode ser nominal quando o seu núcleo (parte principal do predicado) é
um nome e o seu verbo é de ligação, ou seja, que expressa um estado (Esta matéria é
extensa. - predicado: é extensa, cujo núcleo é “extensa”).

O predicado pode ser verbo-nominal quando apresenta dois núcleos (parte principal
do predicado), um núcleo verbal e um núcleo nominal (As crianças chegaram felizes. -
predicado: chegaram felizes, cujo núcleo é “chegaram” e (“estavam”) felizes).

Termos integrantes da oração

Os termos integrantes são os termos que servem para completar o sentido de outros
termos da oração.

Os termos integrantes são três: complementos verbais, complemento nominal e agente


da passiva.

1. Complementos verbais

Com a função de completar o sentido dos verbos, os complementos verbais podem ser:
objeto direto e objeto indireto.

Os complementos verbais podem ser objeto direto, quando o complemento não é


ligado ao verbo através de preposição obrigatória (O poeta recitou poemas. - predicado
verbal: recitou poemas, cujo núcleo é “recitou” - complemento verbal objeto direto:
poemas).

Os complementos verbais podem ser objeto indireto, quando o complemento é ligado


ao verbo através de preposição obrigatória (O doente precisa de cuidados. - predicado
verbal: precisa de cuidados, cujo núcleo é “precisa” - complemento verbal objeto
indireto: de cuidados).

2. Complemento nominal

O complemento nominal é o termo utilizado para completar o sentido de um nome, que


pode ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio. Por exemplo: Os idosos têm
necessidade de afeto. (Complemento nominal: "de afeto", pois completa o sentido do
substantivo “necessidade".)

3. Agente da Passiva

O agente da passiva é o termo que indica quem executa a ação, na voz passiva, e vem
sempre seguido de preposição. Por exemplo: O bolo foi feito por mim. (Agente da
passiva: por mim)

Termos acessórios da oração

Os termos acessórios são os termos que servem para acrescentar uma informação, mas
que se forem excluídos da oração não afetam o seu sentido. Os termos acessórios são
quatro: adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto e vocativo.
1. Adjunto adnominal

O adjunto adnominal é o termo utilizado para caracterizar um substantivo através de


adjetivos, artigos, numerais, pronomes ou locuções adjetivas. Por exemplo: O homem
educado cedeu a sua cadeira à senhora de idade. (Adjuntos adnominais: o, educado, a,
sua, de idade)

2. Adjunto adverbial

O adjunto adverbial é o termo utilizado para modificar um verbo ou intensificar o


sentido de um verbo, de um advérbio ou de um adjetivo. Por exemplo: Canta
lindamente. (Adjunto adverbial: lindamente)

3. Aposto

O aposto é o termo que tem a função de explicar, ampliar outro termo. Por exemplo:
Sábado, dia sete, não haverá aula de música. (Aposto: dia sete)

4. Vocativo

O vocativo é o termo utilizado para atrair a atenção do interlocutor. Por exemplo:


Senhora, não esqueça o seu saquinho. (Vocativo: senhora)

Exercícios de análise sintática

Questão 1
Indique a única oração em que o sujeito é indeterminado.

a) Faltam-me as palavras.

b) Fugimos de medo.

c) Disseram que era aqui.

d) Eu não disse que era aqui?

e) Há pessoas lá dentro.
Gabarito explicado
O verbo está na terceira pessoa do plural e, assim, não conseguimos identificar o sujeito;
a não ser que essa indicação tivesse sido dado no contexto. Por exemplo:

Falei com os meus pais e ele disseram que era aqui.

Nesse caso, o sujeito de "Disseram que era aqui" seria oculto: "(Eles/meus pais)
disseram que era aqui.".
Quanto às alternativas restantes:

a) Faltam-me as palavras. (sujeito simples: as palavras)

b) Fugimos de medo. (sujeito oculto: nós)

d) Eu não disse que era aqui? (sujeito simples: eu)

e) Há pessoas lá dentro. (oração sem sujeito, lembrando que o verbo "haver" é


impessoal quando exprime existência)

Questão 2
Qual é a oração em que os termos destacados são objeto indireto?

a) Estou feliz com as suas notas.

b) Isso faz mal às crianças.

c) Seja fiel aos seus princípios.

d) Preciso de ajuda.

e) Soltou um grito de dor.


Gabarito explicado
Eu preciso de quê? O verbo "precisar" necessita de complemento para fazer sentido.
Quem precisa, precisa de algo. Como esse complemento tem que ser acompanhado por
preposição, ele é objeto indireto.

Quanto às alternativas restantes:

a) Estou feliz com as suas notas. ("com as suas notas" é complemento nominal, porque
completa o sentido do adjetivo "feliz")

b) Isso faz mal às crianças. ("às crianças" é complemento nominal, porque completa o
sentido do adjetivo "mal")

c) Seja fiel aos seus princípios. ("aos seus princípios" é complemento nominal, porque
completa o sentido do adjetivo "fiel")

d) Soltou um grito de dor. ("um grito" é objeto direto, porque completa o sentido do
verbo "soltou" e não é acompanhado por preposição)

Questão 3
Identifique a alternativa em que o sujeito e o predicado estão classificados corretamente.
a) Fizeram o vídeo professores e alunos.

Sujeito composto: professores e alunos. / Predicado verbal: fizeram o vídeo.

b) A família e os vizinhos chamaram a polícia.

Sujeito composto: a família, os vizinhos, a polícia. / Predicado verbal: chamaram.

c) Ela é linda.

Sujeito simples: ela. / Predicado verbal: é linda.

d) Ainda havia alunos na sala.

Sujeito simples: alunos. / Predicado nominal: ainda havia na sala.

e) Falam pelos cotovelos.

Sujeito oculto. / Predicado verbal: falam pelos cotovelos.


Gabarito explicado
Correção das alternativas restantes:

b) A família e os vizinhos chamaram a polícia. (sujeito composto: a família e os


vizinhos / predicado verbal: chamaram a polícia)

c) Ela é linda. (sujeito simples: ela / predicado nominal: é linda)

d) Ainda havia alunos na sala. (oração sem sujeito / predicado verbal: ainda havia
alunos na sala)

e) Falam pelos cotovelos. (sujeito indeterminado - verbo na 3.ª pessoa do plural /


predicado verbal: falam pelos cotovelos)

Questão 4
Qual a função sintática dos termos “das férias” na oração “Faça bom proveito das
férias.”

a) complemento verbal

b) complemento nominal

c) adjunto adverbial

d) adjunto adnominal
e) aposto
Gabarito explicado
Faça bom proveito de quê? A palavra "proveito" é um substantivo, ou seja, é um nome.
Ele precisa de complemento para fazer sentido: "Faça bom proveito das férias.". Como
está completando um nome, "das férias" é um complemento nominal.

Emprego da regência nominal e verbal

Regência Verbal

Regência verbal é a parte da língua que se ocupa da relação entre os verbos e os termos
que se seguem a eles e completam o seu sentido.

Nos exemplos acima, morar é um verbo transitivo indireto, pois exige a


preposição em (morar em algum lugar).

No segundo exemplo, implicar é um verbo transitivo direto, pois não exige preposição
(implicar algo, e não implicar em algo).

No terceiro exemplo, ir exige a preposição a, o que faz dele um verbo transitivo


indireto.

Na forma padrão, a oração “Isso implica em mudança de horário” não está correta.

Vamos ver exemplos de alguns verbos e entender como eles são regidos. Alguns,
conforme o seu significado, podem ter mais do que uma forma de regência.

1. Assistir
a) com o sentido de ver exige preposição:

Que tal assistirmos ao filme?

b) com o sentido de dar assistência não exige preposição:

Sempre assistiu pessoas mais velhas.

c) com o sentido de pertencer exige preposição:

Assiste aos prejudicados o direito de indenização.

2. Chegar

O verbo chegar é regido pela preposição “a”:

Chegamos ao local indicado no mapa.

Essa é a forma padrão. No entanto, é comum observarmos o uso da preposição “em” nas
conversas informais, cujo estilo é coloquial: Chegamos no local indicado no mapa

3. Custar

a) com o sentido de ser custoso exige preposição:

Aquela decisão custou ao filho.

b) com o sentido de valor não exige preposição:

Aquela casa custou caro.

4. Obedecer

O verbo obedecer é transitivo indireto, logo, exige preposição:

Obedeça ao pai!

Na linguagem informal, entretanto, ele é usado como verbo transitivo direto: Obedeça
o pai!

5. Proceder

a) com o sentido de fundamento é verbo intransitivo:

Essa sua desconfiança não procede.

b) com o sentido de origem exige preposição:

Essa sua desconfiança procede de situações passadas.


6. Visar

a) com o sentido de objetivo exige preposição:

Visamos ao sucesso.

Na variante coloquial, encontramos o verbo sendo utilizado sem preposição, ou seja,


como verbo transitivo direto: Visamos o sucesso.

O que é verbo transitivo direto?

Verbos transitivos diretos (VTD) são os verbos que precisam de um complemento para
fazer sentido. Esse complemento, chamado de objeto direto, se liga ao verbo sem
preposição obrigatória:

1. O povo ama o prefeito. (VTD: ama. Objeto direto: o prefeito)


2. Eu comi meu bolo predileto. (VTD: comi. Objeto direto: meu bolo predileto)
3. Ganhei flores. (VTD: ganhei. Objeto direto: flores)

Verbo Transitivo Indireto

Verbo transitivo indireto é aquele que exige um complemento com preposição (por
exemplo: de, com, em, a). Esse complemento recebe o nome de objetivo indireto.

Exemplos de verbos transitivos indiretos

1. Acredito em suas melhoras.

Acredito em quê? Em suas melhoras.


Uma vez que o complemento do verbo melhorar vem acompanhado pela preposição
"em", estamos diante de um verto transitivo indireto.

2. Concordo com você.

Concordo com quem? Com você.


Uma vez que o complemento do verbo concordar vem acompanhado pela preposição
"com", estamos diante de um verto transitivo indireto.

3. Gosto de você.

Gosto de quê? De você.


Uma vez que o complemento do verbo gostar vem acompanhado pela preposição "de",
estamos diante de um verto transitivo indireto.

Regência Nominal
Regência Nominal é a maneira de um nome (substantivo, adjetivo e advérbio)
relacionar-se com seus complementos.

Exemplos

Confira abaixo alguns exemplos e frases com regência nominal:

Exemplo de regência de alguns nomes:

Amor

1. Tenha “amor a” seus livros.


2. Meu “amor pelos” animais me conforta.
3. Cultivemos o “amor da” família.
4. O amor “para com” a Pátria.

Ansioso

1. Olhos “ansiosos de” novas paisagens.


2. Estava “ansioso por” vê-la.
3. Estou “ansioso para” ler o livro.

Exercícios
1. (UPM-SP) A regência verbal está errada em:

a) Esqueceu-se do endereço.
b) Não simpatizei com ele.
c) O filme a que assistimos foi ótimo.
d) Faltou-me completar aquela página.
e) Aspiro um alto cargo político.

Ver Resposta
Alternativa e: Aspiro um alto cargo político.

Correção: Aspiro a um alto cargo político.


2. (UFPA) Assinale a alternativa que contém as respostas corretas.
I. Visando apenas os seus próprios interesses, ele, involuntariamente, prejudicou toda uma
família.
II. Como era orgulhoso, preferiu declarar falida a firma a aceitar qualquer ajuda do sogro.
III. Desde criança sempre aspirava a uma posição de destaque, embora fosse tão humilde.
IV. Aspirando o perfume das centenas de flores que enfeitavam a sala, desmaiou.
a) II, III, IV
b) I, II, III
c) I, III, IV
d) I, III
e) I, II
Ver Resposta
Alternativa a: II, III, IV

Correção da oração I: Visando apenas aos seus próprios interesses, ele,


involuntariamente, prejudicou toda uma família.
3. (Fuvest) Indique a alternativa correta:

a) Preferia brincar do que trabalhar.


b) Preferia mais brincar a trabalhar.
c) Preferia brincar a trabalhar.
d) Preferia brincar à trabalhar.
e) Preferia mais brincar que trabalhar.

Ver Resposta
Alternativa c: Preferia brincar a trabalhar.

O verbo preferir é transitivo direto e indireto, logo exige complemento com e sem
preposição. Sua construção deve ser: Prefiro (uma coisa) + preposição "a" + (outra
coisa).

De acordo com a língua culta, não se deve usar intensificadores (mais, muito) com o
verbo preferir.

Assim:

a) A alternativa está errada porque usa "do que trabalhar" em vez de "a trabalhar".
b) A alternativa está errada porque usa o intensificador "mais".
d) A alternativa está errada porque usou a forma errada da crase.
e) A alternativa está errada porque além de usar o intensificador "mais", também usa
"que trabalhar" em vez de "a trabalhar".

Uso de sinal indicativo de crase

Regras de quando usar crase

A crase pode ser usada nas seguintes situações:

1. antes de palavras femininas;


2. quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir);
3. nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas;
4. antes dos pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele;
5. antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida;
6. na indicação de horas exatas.

Antes de palavras femininas

1. Fui à escola.
2. Fomos à praça.
3. Você vai à padaria agora?

Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir)

1. Vou à padaria.
2. Fomos à praia.
3. Voltei à loja e fui bem atendido.

Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas

1. Saímos à noite.
2. À medida que o tempo passa as amizades aumentam.
3. Veja, isto foi feito às pressas!

Antes dos pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele

1. No verão, voltamos àquela praia.


2. Refere-se àquilo que aconteceu ontem na festa.
3. Vou àquele lugar hoje.

Antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida

1. Veste roupas à (moda de) Luís XV.


2. Dribla à (moda de) Pelé.
3. Escreve à (moda de) José de Alencar.

Uso da crase na indicação das horas

Utiliza-se a crase antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas:

1. Termino meu trabalho às cinco horas da tarde.


2. Saio da escola às 12h30.
3. Entro à uma.

Regras de quando NÃO usar crase


A crase não deve ser usada nas seguintes situações:

1. antes de palavras masculinas;


2. antes de verbos;
3. antes de pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles) e do caso
oblíquo (me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe);
4. antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa.

Antes de palavras masculinas

1. Jorge tem um carro a álcool.


2. Samuel comprou um jipe a diesel.
3. Escreveu a lápis.
Antes de verbos

1. Estava disposto a salvar a menina.


2. Passava o dia a cantar.
3. Comprometeu-se a estudar mais.

Antes de pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo

1. Falamos a ela sobre o ocorrido.


2. Ofereceram a mim as entradas para o cinema.
3. Deram o troco a ele?

Os pronomes do caso reto são: eu, tu, ele, nós, vós, eles.
Os pronomes do caso oblíquo são: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe.
Antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa

1. Era a isso que nos referíamos.


2. Quando aderir a esse plano, a internet ficará mais barata.
3. Já aderiu a este plano?

Exercícios de crase
1. (ESAN - Escola Superior de Administração de Negócios de São Paulo) Das frases
abaixo, apenas uma está correta, quanto à crase. Assinale-a:

a) Devemos aliar a teoria à prática.


b) Daqui à duas semanas ele estará de volta.
c) Dia à dia, a empresa foi crescendo.
d Ele parecia entregue à tristes cogitações.
e) Puseram-se à discutir em voz alta.

Ver Resposta
Alternativa a: Devemos aliar a teoria à prática.

Correção das restantes alternativas:

b) Daqui a duas semanas ele estará de volta.


c) Dia a dia, a empresa foi crescendo.
d Ele parecia entregue a tristes cogitações.
e) Puseram-se a discutir em voz alta.
2. (ESAF - Escola de Administração Fazendária) Assinale a frase em que o acento
indicativo de crase foi empregado incorretamente:

a) Ao voltar das férias, devolverei tudo à Vossa Senhoria.


b) O candidato falou às classes trabalhadoras.
c) Fiquei à espera de meus amigos.
d) Sua maneira de falar é semelhante à de Paulo.
e) Você só poderá ser atendido às 9 horas.
Ver Resposta
Alternativa a: Ao voltar das férias, devolverei tudo à Vossa Senhoria.

Correção: Ao voltar das férias, devolverei tudo a Vossa Senhoria.

Emprego da concordância nominal e verbal

A concordância verbal garante que os verbos concordem com os sujeitos, enquanto


a concordância nominal garante que os substantivos concordem com adjetivos, artigos,
numerais e pronomes.

Regras de concordância verbal

1. Concordância de sujeito composto antes do verbo

Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre no
plural. Exemplos:

1. Maria e José conversaram até de madrugada.


2. Construção e pintura ficarão prontas amanhã.

2. Concordância de sujeito composto depois do verbo

Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no plural
como pode concordar com o sujeito mais próximo. Exemplos:

1. Discursaram diretor e professores.


2. Discursou diretor e professores.

3. Concordância de sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes

Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo deve
ficar no plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível gramatical, tem
prioridade.

Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a 2.ª
tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles). Exemplos:

1. Nós, vós e eles vamos à festa.


2. Tu e ele falais outra língua?

Regras de concordância nominal

1. Concordância entre substantivo e mais do que um adjetivo

Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, há duas formas de concordar:

Colocar o artigo antes do último adjetivo. Exemplos:


1. A língua francesa e a italiana são encantadoras.
2. A música clássica e a popular são manifestações artísticas.

Colocar o substantivo e o artigo que o acompanha no plural. Exemplos:

1. As línguas francesa e italiana são encantadoras.


2. As músicas clássica e popular são manifestações artísticas.

2. Concordância entre substantivos e um adjetivo

Quando há mais do que um substantivo e apenas um adjetivo, há duas formas de


concordar:

Se o adjetivo vem ANTES dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o


substantivo mais próximo. Exemplos:

1. Linda filha e bebê.


2. Querido filho e filha.

Se o adjetivo vem DEPOIS dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o


substantivo mais próximo ou com todos os substantivos. Exemplos:

1. Pronúncia e vocabulário perfeito.


2. Vocabulário e pronúncia perfeita.
3. Pronúncia e vocabulário perfeitos.
4. Vocabulário e pronúncia perfeitos.

Exercícios de concordância verbal e nominal


1. (Mackenzie) Há uma concordância inaceitável de acordo com a gramática:

I. Os brasileiros somos todos eternos sonhadores.


II. Muito obrigadas! – disseram as moças.
III. Sr. Deputado, V. Exa. está enganada.
IV. A pobre senhora ficou meio confusa.
V. São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso.

a) em I e II
b) apenas em IV
c) apenas em III
d) em II, III e IV
e) apenas em II

Ver Resposta
Alternativa c: apenas em III.
Sr. Deputado, V. Exa. está enganada.
Correção: Sr. Deputado, V. Exa. está enganado.
Para haver concordância nominal, o adjetivo "enganado" deve concordar com o
substantivo "deputado".
2. (IBGE) Indique a opção correta, no que se refere à concordância verbal, de acordo
com a norma culta:

a) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.


b) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha.
c) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
d) Bateu três horas quando o entrevistador chegou.
e) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.

Ver Resposta
Alternativa c: Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.

Para haver concordância verbal, quando o verbo "fazer" tem sentido de tempo
transcorrido deve ser usado no singular.
3. (Mackenzie) Indique a alternativa em que há erro:

a) Os fatos falam por si sós.


b) A casa estava meio desleixada.
c) Os livros estão custando cada vez mais caro.
d) Seus apartes eram sempre o mais pertinentes possíveis.
e) Era a mim mesma que ele se referia, disse a moça.

Ver Resposta
Alternativa d: Seus apartes eram sempre o mais pertinentes possíveis.

Correção: Seus apartes eram sempre os mais pertinentes possíveis.


Para haver concordância nominal, o artigo "o" deve concordar em gênero e número com
o substantivo "apartes" (os apartes mais pertinentes possíveis)

Paragrafação

O parágrafo corresponde a uma estrutura textual onde estão contidas informações de


um texto, sendo caracterizado por um recuo em relação à margem esquerda do texto.

Tipos de Parágrafo

Dependendo da dimensão e do tipo de texto, os parágrafos são classificados em:

 Longos: muito utilizado em textos acadêmicos, monografias, teses e artigos,


pois apresentam conceituações, definições e exemplificações.
 Médios: normalmente encontrado nos meios de comunicação como as revistas e
os jornais. Esse tipo de parágrafo prende a atenção do leitor, uma vez que suas
ideias são apresentadas de maneira menos extensa.
 Curtos: encontrados nos textos infantis ou propagandas de publicidades.
Constituídos por poucas palavras e, no caso das propagandas, uso de frases de
destaque.
 Narrativos: utilizam dos recursos de textos narrativos (contar uma história) para
a construção do parágrafo como o predomínio dos verbos de ação. Nesse caso,
se o discurso utilizado for o direto, pode haver travessões para indicar as falas
das personagens.
 Descritivos: parágrafos repletos de adjetivos, verbos de ligação e orações
coordenadas, dos quais apresentam uma descrição e/ou apreciação de objeto,
pessoa, lugar, acontecimento, dentre outros.
 Dissertativos: parágrafos que apresentam uma ideia; sua proposta é defendê-la
através da argumentação.

Estruturação do Parágrafo

A constituição de um parágrafo envolve três partes fundamentais:

3. Introdução: chamado de “tópico frasal”, essa parte define toda a ideia do


parágrafo. Alguns recursos que auxiliam na estruturação de um tópico frasal são:
uma alusão histórica, declaração inicial, interrogação, dentre outros.
4. Desenvolvimento: momento de explicação e/ou explanação do tópico inicial
(frasal). Algumas maneiras para o desenvolvimento do texto são:
desenvolvimento por definição, fundamentação, exemplos, detalhes, comparação
5. Conclusão: Nessa parte, ocorre o arremate e a retomada para encerrar a ideia
inicial.

Emprego de sinais de pontuação

Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a coesão de
textos, bem como têm a função de desempenhar questões de ordem estilística.

MATEMÁTICA
Subconjuntos dos Números Naturais

 N* = {1, 2, 3, 4, 5..., n, ...} ou N* = N – {0}: conjuntos dos números naturais


não-nulos, ou seja, sem o zero.

 Np = {0, 2, 4, 6, 8..., 2n, ...}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais


pares.

 Ni = {1, 3, 5, 7, 9..., 2n+1, ...}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais


ímpares.

 P = {2, 3, 5, 7, 11, 13, ...}: conjunto dos números naturais primos ( "Um número
é classificado como primo se ele é maior do que um e é divisível apenas por um
e por ele mesmo").
Subconjuntos dos Números Inteiros

 Z* = {..., –4, –3, –2, –1, 1, 2, 3, 4, ...} ou Z* = Z – {0}: conjuntos dos números inteiros
não-nulos, ou seja, sem o zero.
 Z+ = {0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}: conjunto dos números inteiros e não-negativos. Note que Z + =
N.
 Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, ...}: conjunto dos números inteiros positivos e sem o zero.
 Z – = {..., –5, –4, –3, –2, –1, 0}: conjunto dos números inteiros não-positivos.
 Z*– = {..., –5, –4, –3, –2, –1}: conjunto dos números inteiros negativos e sem o zero.

Subconjuntos dos Números Racionais

 Q* = subconjunto dos números racionais não-nulos, formado pelos números racionais


sem o zero.
 Q+ = subconjunto dos números racionais não-negativos, formado pelos números
racionais positivos e o zero.
 Q*+ = subconjunto dos números racionais positivos, formado pelos números racionais
positivos, sem o zero.
 Q– = subconjunto dos números racionais não-positivos, formado pelos números
racionais negativos e o zero.
 Q*– = subconjunto dos números racionais negativos, formado números racionais
negativos, sem o zero.

Conjunto dos Números Irracionais (I)

O conjunto dos números irracionais é representado por I. Reúne os números decimais


não exatos com uma representação infinita e não periódica, por exemplo: 3,141592... ou
1,203040...

Alguns exemplos de irracionais:

 √3 = 1,732050807568....
 √5 = 2,236067977499...
 √7 = 2,645751311064...

Conjunto dos Números Reais (R)


O conjunto dos números reais é representado por R. Esse conjunto é formado pelos
números racionais (Q) e irracionais (I). Assim, temos que R = Q ∪ I. Além disso, N, Z,
Q e I são subconjuntos de R.
Subconjuntos dos Números Reais
 R*= {x ∈ R│x ≠ 0}: conjunto dos números reais não-nulos.
 R+ = {x ∈ R│x ≥ 0}: conjunto dos números reais não-negativos.
 R*+ = {x ∈ R│x > 0}: conjunto dos números reais positivos.
 R– = {x ∈ R│x ≤ 0}: conjunto dos números reais não-positivos.
 R*– = {x ∈ R│x < 0}: conjunto dos números reais negativos.
Exercícios de Vestibular com Gabarito
1. (UFOP-MG) A respeito dos números a = 0,499999... e b = 0,5, é correto afirmar:

a) b = a + 0,011111
b) a = b
c) a é irracional e b é racional
d) a < b

Ver Resposta
Alternativa b: a = b
2. (UEL-PR) Observe os seguintes números:

I. 2,212121...
II. 3,212223...
III. π/5
IV. 3,1416
V. √– 4

Assinale a alternativa que identifica os números irracionais:

a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e V.
e) III e V.

Ver Resposta: Alternativa c: II e III.


3. (Cefet-CE) É unitário o conjunto:

a) {x ∈ Z│x < 1}
b) {x ∈ Z│x2 > 0}
c) {x ∈ R│x2 = 1}
d) {x ∈ Q│x2 < 2}
e) {x ∈ N│1 < 2x < 4}

Ver Resposta
Alternativa e: {x ∈ N│1 < 2x < 4}

Operações fundamentais

As operações de adição, subtração, multiplicação e divisão são conhecidas como as


operações matemáticas básicas.

Sistema de numeração

O sistema de numeração decimal é de base 10, ou seja, utiliza 10 algarismos (símbolos)


diferentes para representar todos os números. Formado pelos algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5,
6, 7, 8, 9, é um sistema posicional, ou seja, a posição do algarismo no número modifica
o seu valor.

Características do Sistema de Numeração Decimal


 Possui símbolos diferentes para representar quantidades de 1 a 9 e um símbolo
para representar a ausência de quantidade (zero).
 Como é um sistema posicional, mesmo tendo poucos símbolos, é possível
representar todos os números.
 As quantidades são agrupadas de 10 em 10, e recebem as seguintes
denominações:

10 unidades = 1 dezena
10 dezenas = 1 centena
10 centenas = 1 unidade de milhar, e assim por diante

Exemplos

Ordens e Classes

Exercícios de Sistema de Numeração Decimal


Resolvidos
Exercício 1
Considere o número 643018 e responda:
a) Qual o nome da classe que pertence o algarismo 4?
b) Qual o algarismo ocupa a ordem da dezena?
c) Quantas unidades vale o algarismo 3?
Ver Resposta

a) classe dos milhares


b) 1
c) 3.000 unidades

Exercício 2
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que o Brasil tenha, em
2017, 207 700 000 de habitantes. Escreva esse valor por extenso.

Ver Resposta

Duzentos e sete milhões e setecentos mil habitantes.

Exercício 3
Dado o número 137459072, indique:

a) Quantas unidades representam o algarismo 7 que está à esquerda do 4?


b) Quantas unidades representam o algarismo 7 que está à esquerda do 2?
Ver Resposta

a) 7 000 000 unidades


b) 70 unidades

DIVISIBILIDADE
Os critérios de divisibilidade nos ajudam a saber antecipadamente quando um número
natural é divisível por um outro. Ser divisível significa que quando dividimos esses
números, o resultado será um número natural e o resto será igual a zero.

Divisibilidade por 2
Todo número cujo algarismo da unidade é par será divisível por 2, ou seja, os números
terminados por 0, 2, 4, 6 e 8.

Exemplo
O número 438 é divisível por 2, pois termina em 8, que é um número par.

Divisibilidade por 3
Um número é divisível por 3 quando a soma dos seus algarismos é um número divisível
por 3.

Exemplo
Verifique se os números 65283 e 91277 são divisíveis por 3.
Solução
Somando os algarismos dos números indicados, temos:

6 + 5 + 2 + 8 + 3 = 24
9 + 1 + 2 + 7 + 7 = 26
Como 24 é um número divisível por 3 (8 . 3 = 24), então 65283 é divisível por 3. Já o
número 26, não é divisível por 3, portanto, 91277 também não é divisível por 3.

Divisibilidade por 4
Para um número ser divisível por 4 é necessário que seus dois últimos algarismos sejam
00 ou divisíveis por 4.

Exemplo
Qual das opções abaixo apresenta um números que não é divisível por 4?

a) 35748
b) 20500
c) 97235
d) 70832
Solução
Para responder a questão, vamos verificar os dois últimos algarismos de cada opção:

a) 48 é divisível por 4 (12 . 4 = 48).


b) 00 é divisível por 4.
c) 35 não é divisível por 4, pois não existe nenhum número natural que multiplicado por
4 seja igual a 35.
d) 32 é divisível por 4 ( 8 . 4 = 32)
Portanto, a resposta é a letra c. O número 97235 não é divisível por 4.S

Divisibilidade por 5
Um número será divisível por 5 quando o algarismo da unidade for igual a 0 ou 5.

Exemplo
Comprei um pacote com 378 canetas e quero guardá-las em 5 caixas, de forma que em
cada caixa tenha o mesmo número de canetas e que não sobre nenhuma caneta. Isso será
possível?

Solução
O algarismo da unidade do número 378 é diferente de 0 e 5, logo não será possível
dividir as canetas em 5 partes iguais sem sobrar resto.

Divisibilidade por 6
Para um número ser divisível por 6 é necessário que seja ao mesmo tempo divisível por
2 e por 3.
Exemplo
Verifique se o número 43722 é divisível por 6.

Solução
O algarismo da unidade do número é par, logo ele é divisível por 2. Temos ainda que
verificar se também é divisível por 3, para isso vamos somar todos os algarismos:

4 + 3 + 7 + 2 + 2 = 18

Como o número é divisível por 2 e por 3, também será divisível por 6.

Divisibilidade por 7
Para saber se um número é divisível por 7 siga os seguintes passos:

 Separe o algarismo da unidade do número


 Multiplique esse algarismo por 2
 Subtraia o valor encontrado do restante do número
 Verifique se o resultado é divisível por 7. Se não souber se o número encontrado é
divisível por 7, repita todo o procedimento com o último número encontrado.

Exemplo
Verifique se o número 3625 é divisível por 7.

Solução
Primeiro, vamos separar o algarismo da unidade, que é 5 e multiplicá-lo por 2. O
resultado encontrado é 10. O número sem a unidade é 362, subtraindo 10, temos: 362 -
10 = 352.

Contudo, não sabemos se esse número é divisível por 7, então faremos novamente o
processo, conforme indicado abaixo:

35 - 2.2 = 35 - 4 = 31

Como 31 não é divisível por 7, o número 3625 também não é divisível por 7.

Divisibilidade por 8
Um número será divisível por 8 quando os seus três últimos algarismos formem um
número divisível por 8. Esse critério é mais útil para números com muitos algarismos.

Exemplo
O resto da divisão do número 389 823 129 432 por 8 é igual a zero?

Solução
Se o número for divisível por 8 o resto da divisão será igual a zero, então vamos
verificar se é divisível.
O número formado pelos seus 3 últimos algarismos é 432 e este número é divisível por
8, pois 54 . 8 = 432. Portanto, o resto da divisão do número por 8, será igual a zero.

Divisibilidade por 9
O critério de divisibilidade por 9 é muito parecido com o critério do 3. Para ser divisível
por 9 é necessário que a soma dos algarismos que formam o número seja divisível por 9.

Exemplo
Verifique se o número 426 513 é divisível por 9.

Solução
Para verificar, basta somar os algarismos do número, ou seja:

4 + 2 + 6 + 5 + 1 + 3 = 21

Como 21 não é divisível por 9, então o número 426 513 também não será.

Divisibilidade por 10
Todo número que o algarismo da unidade é igual a zero é divisível por 10.

Exemplo
O resultado da expressão 76 + 2 . 7 é um número divisível por 10?

Solução
Resolvendo a expressão:

76 + 2 . 7 = 76 + 14 = 90

90 é divisível por 10, pois termina com 0.

Saiba mais sobre a Divisão.

Exercícios Resolvidos
1) Dentre os números apresentados abaixo, o único que não é divisível por 7 é:

a) 546
b) 133
c) 267
d) 875

Ver Resposta
Usando o critério para o 7, temos:
a) 54 - 6 . 2 = 54 - 12 = 42 (divisível por 7)
b) 13 - 3 . 2 = 13 - 6 = 7 (divisível por 7)
c) 26 - 7 . 2 = 26 - 14 = 12 (não é divisível por 7)
d) 87 - 5 . 2 = 87 - 10 = 77 (divisível por 7)

Alternativa: c) 267
2) Analise as seguintes afirmações:

I - O número 3 744 é divisível por 3 e por 4.


II - O resultado da multiplicação de 762 por 5 é um número divisível por 10.
III - Todo número par é divisível por 6.

Assinale a alternativa correta

a) Apenas a afirmação I é verdadeira.


b) As alternativas I e III são falsas.
c) Todas as afirmações são falsas.
d) Todas as afirmações são verdadeiras.
e) Apenas as alternativas I e II são verdadeiras.

Ver Resposta
Analisando cada afirmação:

I - O número é divisível por 3: 3 + 7 + 4 + 4 = 18 e também é divisível por 4: 44 = 11 .


4. Afirmação verdadeira.
II - Multiplicando 762 por 5 encontramos 3810 que é um número divisível por 10, pois
acaba com 0. Afirmação verdadeira.
III - Por exemplo o número 16 é par e não é divisível por 6, logo nem todo número par é
divisível por 6. Portanto, essa afirmação é falsa.

Alternativa: e) Apenas as alternativas I e II são verdadeiras.


3) Para que o número 3814b seja divisível por 4 e por 8 é necessário que b seja igual a:

a) 0
b) 2
c) 4
d) 6
e) 8

Ver Resposta
Alternativa: c) 4

FATORAÇÃO
Fatorar uma expressão algébrica ou um polinômio significa transformar a expressão
algébrica ou o polinômio, num produto de fatores irredutíveis. Assim, por exemplo,
cada uma das identidades abaixo pode ser analisada sob dois aspectos distintos:

a) da esquerda para a direita, efetuamos a multiplicação indicada no 1º membro;


b) da direita para a esquerda, foi feita a fatoração da expressão que aparece no 2º
membro, ou seja, ela foi transformada em um produto de fatores de grau menor.
Nesse sentido, podemos dizer, de modo geral, que fatorar é o “caminho inverso” de
multiplicar.
Em seguida, vamos apresentar os principais casos de fatoração.
1º caso: colocar fator comum em evidência
Este caso se baseia na propriedade distributiva da multiplicação em relação à adição e
subtração:
ab + ac – ad = a . (b + c – d)
Dizemos que o fator a, comum a todos os termos do 1º membro, foi colocado em
evidência.
De maneira geral, ao fatorar um polinômio, colocamos em evidência o máximo divisor
comum (MDC) de seus termos e, em seguida, dividimos cada termo por esse MDC.

Exemplos:
1. Fatore a expressão 5x + 5y – 5z.
Nesse caso, é fácil identificar o fator em comum: 5. Como estamos fazendo o processo
inverso da propriedade distributiva da multiplicação, podemos dividir cada termo pelo
fator comum para encontrar a forma fatorada:

5x+5y−5z=
5⋅(5x5+5y5−5z5)=
5⋅(x+y+z)
2. Fatore a expressão 3x3y2 – 6x4y3 + 12 x6y4.
Podemos reescrever a expressão 3x3y2 – 6x4y3 + 12 x6y4 como 3x3y2 – 6.x3. x.y2.y +
12.x3.x3.y2.y2
Observe que 3.x3.y2 é o fator comum. Colocando-o em evidência, temos:

3x3y2−6x2y3+12x6y4=

3x3y2⋅(3x3y23x3y2−6x4y33x3y2+12x6y43x3y2)=
3x3y2⋅(1−2xy+4x3y2)
2º caso: Agrupamento
Este caso se aplica quando:
a) não existe um fator comum para todas as parcelas;
b) partes da expressão (grupos) possuem fator comum.
Nesse caso, formamos dois ou mais grupos com um termo comum. Em seguida,
colocamos em evidência um fator comum a todos os grupos.
Exemplos:
1. Fatore a expressão x2 + ax + bx + ab

Portanto: x2 + ax + bx + ab = (x + a) . (x + b)
2. Fatore a expressão 2ax2 + 3axy – 2bxy – 3by2

Portanto: 2ax2 + 3axy – 2bxy – 3by2 = (2x + 3y) . ( ax – by)


3. Fatore a expressão axy + bcxy – az – bcz – a – bc
Portanto: 2ax2 + 3axy – 2bxy – 3by2 = (a + bc) . ( xy –z – 1)
3º caso: Diferença de quadrados
A partir da propriedade simétrica da igualdade (se a = b, então b = a), pode-se dizer que:
se (x + y)(x – y) = x2 – y2, então x2 – y2 = (x + y)(x – y)
Observando que, esse binômio é composto pela diferença do quadrado de dois termos,
podemos fatorá-lo facilmente, escrevendo-o como produto da soma pela diferença
desses termos.
Exemplos:
1. Fatore a expressão x2 - 16

2. Fatore a expressão 16x4 – 25b2

3. Fatore a expressão 36x2y425−121a416


4º caso: Trinômio quadrado perfeito
Todo polinômio com três termos que apresenta dois monômios quadrados perfeitos (a 2 e
b2), cujo terceiro termo é igual a duas vezes o produto das bases desses monômios
quadrados perfeitos, em módulo ( 2ab), é um trinômio quadrado perfeito, isto é, pode
ser reduzido a uma das seguintes formas:
a2 + 2ab + b2 = (a + b)2 ou a2 -2ab + b2 = (a – b)2
Exemplos:
1. Verifique se o trinômio x 2 + 4x + 4 a seguir são quadrados perfeitos e, caso sejam,
fatore-os.
Escrevendo o primeiro e o terceiro como quadrados, temos:

Como 2ab é igual ao termo 4x, o trinômio é quadrado perfeito:


2ab = 2 . x . 2 = 4x (logo, x2 + 4x + 4 é quadrado perfeito)
Fatorando o trinômio, temos: x2 + 4x + 4 = (x + 2)2
2. Verifique se o trinômio 4x2 - 20x + 52 a seguir são quadrados perfeitos e, caso sejam,
fatore-os.
Escrevendo o primeiro e o terceiro como quadrados, temos:

Como 2ab é igual ao termo 20x, o trinômio é quadrado perfeito e sua forma fatorada é:
4x2 - 20x + 25 = (2x - 5)2
5º caso: Trinômio do segundo grau
Mesmo um trinômio não sendo quadrado perfeito, é possível fatorá-lo. Para isso, basta
associá-lo a uma equação do 2º grau e conhecer suas raízes. Para um trinômio do tipo
ax2 + bx + c (a ≠ 0), a equação associada a ele é ax 2 + bx + c = 0 (a ≠ 0), na qual suas
raízes x1 e x2 satisfazem as relações:
x1+x2=−ba e x1⋅x2=ca
A forma fatorada do trinômio do segundo grau, usando as raízes x1 e x2 , é o produto do
coeficiente a por dois fatores de 1º grau
ax2 + bx + c = a . (x – x1) . (x – x2)
Exemplos:
1. Fatore: x2 – 5x + 6 (a = 1, b = -5, c = 6)
Calculando as raízes: Δ = b2 – 4.a.c = (-5)2 – 4.(1).(6) = 25 – 24 = 1

Como x1 = 2 e x2 = 3 e a = 1, a forma fatorada do trinômio é: x2 – 5x + 6 = 1 (x -2).(x -3)


2. Fatore: 3x2 – 2x - 1 (a = 3, b = -2, c = -1)
Calculando as raízes: Δ = b2 – 4.a.c = (-2)2 – 4.(3).(-1) = 4 + 12 = 16

Como x1=−13 e x2 = 1 e a = 3, a forma fatorada do trinômio é:

Máximo divisor comum e mínimo múltiplo comum


O mínimo múltiplo comum (MMC ou M.M.C) e o máximo divisor comum (MDC ou
M.D.C) podem ser calculados simultaneamente através da decomposição em fatores
primos. Por meio da fatoração, o MMC de dois ou mais números é determinado pela
multiplicação dos fatores. Já o MDC é obtido pela multiplicação dos números que os
dividem ao mesmo tempo.
1º passo: fatoração dos números
A fatoração consiste na representação em números primos, chamados fatores. Por
exemplo, 2 x 2 é a forma fatorada de 4.
A forma fatorada de um número é obtida seguindo a sequência:
 Inicia-se com a divisão pelo menor número primo possível;
 O quociente da divisão anterior também é dividido pelo menor número primo
possível;
 Repete-se a divisão até que o resultado seja o número 1.
Exemplo: fatoração do número 40.

Portanto, a forma fatorada do número 40 é 2 x 2 x 2 x 5, que é o mesmo que 23 x 5.


2º passo: cálculo do MMC
A decomposição de dois números simultaneamente terá como resultado a forma
fatorada do mínimo múltiplo comum entre eles.
Exemplo: fatoração dos números 40 e 60.

A multiplicação dos fatores primos 2 x 2 x 2 x 3 x 5 tem como forma fatorada 23 x 3 x 5.


Portanto, o MMC de 40 e 60 é: 23 x 3 x 5 = 120.
Vale lembrar que as divisões sempre serão feitas pelo menor número primo possível,
mesmo que esse número divida apenas um dos componentes.
3º passo: cálculo do MDC
O máximo divisor comum é encontrado quando multiplicamos os fatores que dividem
simultaneamente os números fatorados.
Na fatoração de 40 e 60, podemos perceber que o número 2 foi capaz de dividir duas
vezes o quociente da divisão e o número 5 uma vez.

Portanto, o MDC de 40 e 60 é: 22 x 5 = 20.

Exercícios de MMC e MDC resolvidos


Exercício 1
Determine simultaneamente o MMC e o MDC entre 10, 20 e 30.

Ver Resposta

Resposta correta: MMC = 60 e MDC = 10.

1º passo: decomposição em fatores primos.

Efetue a divisão pelos menores números primos possíveis.

2º passo: cálculo do MMC.

Multiplique os fatores encontrados anteriormente.

MMC: 2 x 2 x 3 x 5 = 22 x 3 x 5 = 60

3º passo: cálculo do MDC.

Multiplique os fatores que dividem os números ao mesmo tempo.


MDC: 2 x 5 = 10

Exercício 2
Determine simultaneamente o MMC e o MDC entre15, 25 e 45.

Ver Resposta

Resposta correta: MMC = 225 e MDC = 5.

1º passo: decomposição em fatores primos.

Efetue a divisão pelos menores números primos possíveis.

2º passo: cálculo do MMC.

Multiplique os fatores encontrados anteriormente.

MMC: 3 x 3 x 5 x 5 = 32 x 52 = 225

3º passo: cálculo do MDC

Multiplique os fatores que dividem os números ao mesmo tempo.

MDC: 5

Operações com frações


Tipos de Frações
Fração Própria
São frações em que o numerador é menor que o denominador, ou seja, representa um
número menor que um inteiro. Ex: 2/7
Fração Imprópria
São frações em que o numerador é maior, ou seja, representa um número maior que o
inteiro. Ex: 5/3
Fração Aparente
São frações em que o numerador é múltiplo ao denominador, ou seja, representa um
número inteiro escrito em forma de fração. Ex: 6/3= 2
Fração Mista
É constituída por uma parte inteira e uma fracionária representada por números mistos.
Ex: 1 2/6. (um inteiro e dois sextos)
Operações com Frações
Adição
Para somar frações é necessário identificar se os denominadores são iguais ou
diferentes. Se forem iguais, basta repetir o denominador e somar os numeradores.
Contudo, se os denominadores são diferentes, antes de somar devemos transformar as
frações em frações equivalentes de mesmo denominador. Neste caso, calcular o (MMC)
entre os denominadores das frações que queremos somar, esse valor passa a ser o novo
denominador das frações.
Exemplos:

Subtração
Para subtrair frações temos que ter o mesmo cuidado que temos na soma, ou seja,
verificar se os denominadores são iguais. Se forem, repetimos o denominador e
subtraímos os numeradores. Se forem diferentes, fazemos os mesmos procedimentos da
soma, para obter frações equivalentes de mesmo denominador, aí sim podemos efetuar a
subtração.
Exemplos

Multiplicação
A multiplicação de frações é feita multiplicando os numeradores entre si, bem como
seus denominadores.
Exemplos

Divisão
Na divisão entre duas frações, multiplica-se a primeira fração pelo inverso da segunda,
ou seja, inverte-se o numerador e o denominador da segunda fração.
Exemplos

Representação decimal, números decimais periódicos e não periódicos


Representação decimal
Leitura de Números Decimais: Exemplos
 0,1: um décimo
 0,4: quatro décimos
 0,01: um centésimo
 0,35: trinta e cinco centésimos
 0,125: cento e vinte e cinco milésimos
 1,50: um inteiro e cinquenta centésimos
 2,1: dois inteiros e um décimo
 4,8: quatro inteiros e oito décimos

Exercícios Resolvidos
1. Indique quais números decimais são expressos pelas seguintes frações:

a)

b)

c)

d)

e)

Ver Resposta
a) 0,875
b) 0,666 (considerando até a terceira casa decimal)
c) 2,037 (considerando até a terceira casa decimal)
d) 13,142 (considerando até a terceira casa decimal)
e) 0,59
2. Some os números decimais abaixo:

a) 0,34+057
b) 0,098+2,4
c) 7,9+8,56
d) 0,002+0,01
e) 97,9+52,54

Ver Resposta
a) 0,91
b) 2,498
c) 16,46
d) 0,012
e) 150,44
3. (Enem-2011) O dono de uma oficina mecânica precisa de um pistão das partes de um
motor, de 68 mm de diâmetro, para o conserto de um carro. Para conseguir um, esse
dono vai até um ferro velho e lá encontra pistões com diâmetros iguais a 68,21 mm;
68,102 mm; 68,001 mm; 68,02 mm e 68,012 mm.
Para colocar o pistão no motor que está sendo consertado, o dono da oficina terá de
adquirir aquele que tenha o diâmetro mais próximo do que precisa.

Nessa condição, o dono da oficina deverá comprar o pistão de diâmetro

a) 68,21 mm.
b) 68,102 mm.
c) 68,02 mm.
d) 68,012 mm.
e) 68,001 mm.

Ver Resposta
Alternativa e) 68,001 mm.
Números decimais periódicos

Dízimas periódicas simples e compostas

A dízimas são chamadas de simples quando apresentam a parte inteira e após a vírgula
apenas algarismos que se repetem.

São exemplos de dízimas periódicas simples:

 0,34343434... → parte inteira igual a 0 e período igual a 34

 1,222222... → parte inteira igual a 1 e período igual a 2

 234,193193193... → parte inteira igual a 234 e período igual a 193

Já as dízimas periódicas compostas possuem a parte inteira e depois da vírgula


algarismos que não se repetem, além dos algarismos que se repetem.

São exemplos de dízimas compostas:

 3,125555... → parte inteira igual a 3, parte não periódica igual a 12 e período


igual a 5.

 1,7863333... → parte inteira igual a 1, parte não periódica igual a 786 e período
igual a 3.

 11,2350505050... → parte inteira igual a 11, parte não periódica igual a 23 e


período igual a 50.

Matemática comercial: razões, proporções, regra de três simples e


composta.

Regra de Três Simples


A regra de três simples é uma proporção entre duas grandezas, por exemplo: velocidade
e tempo, venda e lucro, mão de obra e produção…

Para resolver uma regra de três simples, escrevemos a proporção entre as razões das
grandezas, com uma letra para representar o valor desconhecido, desta forma:

Regra de Três Composta

A regra de três composta, permite descobrir um valor a partir de três ou mais valores
conhecidos, analisando a proporção entre três, ou mais grandezas.

Escrevem-se as razões de cada grandeza, com uma letra para o valor desconhecido.

15 4 5
x 3 2

Fazemos a razão com o x igual ao produto das demais:

Esta razão com o valor desconhecido deve ser comparada com as outras. Caso a
grandeza seja inversamente proporcional, invertemos a razão.

Multiplicam-se as razões, isolando o valor desconhecido e determinando seu valor.

Razão

Na matemática, a razão estabelece uma comparação entre duas grandezas, sendo o


coeficiente entre dois números.

Exemplos

A partir das grandezas A e B temos:


Razão: ou A : B, onde b≠0

Proporção: , onde todos os coeficientes são ≠0

Exemplo 1

Qual a razão entre 40 e 20?

Se o denominador for igual a 100, temos uma razão do tipo porcentagem, também
chamada de razão centesimal.

Além disso, nas razões, o coeficiente que está localizado acima é chamado de
antecedente (A), enquanto o de baixo é chamado de consequente (B).

Exemplo 2

Qual o valor de x na proporção abaixo?

3 . 12 = x
x = 36

Exercícios Resolvidos
1. Calcule a razão entre os números:

a) 120:20
b) 345:15
c) 121:11
d) 2040:40

Ver Resposta
a) 6
b) 23
c) 11
d) 51

Proporção

Proporção é uma igualdade entre razões. Duas razões são proporcionais quando o
resultado da divisão entre o numerador e o denominador da primeira razão é igual ao
resultado da divisão da segunda.

Exemplo

A igualdade é verdadeira, pois 4 / 2 = 2, assim como, 12 / 6 = 2.

Exercícios
Exercício 1
Um mapa apresenta a escala 1:3500 (1 para 3500) centímetros. Foi realizada uma
medida no mapa de 8 centímetros. Esta medida no mapa representa quantos centímetros
reais?

Ver Resposta

A escala pode ser escrita como a razão .

Nesta razão, o numerador representa os centímetros no mapa, enquanto o denominador,


os centímetros reais.

Podemos, nesta ordem, escrever uma razão para o valor desconhecido.

Os centímetros medidos no mapa ficam no numerador, enquanto os centímetro reais,


que pretendemos determinar, ficam no denominador.

Escrevendo uma proporção entre estas duas razões, temos:


Para determinar o valor desconhecido, utilizamos a propriedade fundamental das
proporções: o produto dos extremos é igual o produto dos meios.

Portanto, 8cm no mapa, equivalem a 28 000cm reais.

Exercício 2
Catarina vai fazer um bolo para sua família e, para isso, separou uma receita que
prescreve as seguintes quantidades:

4 ovos;
2 xícaras de açúcar;
300 gramas de farinha de trigo.
Como ela possui 7 ovos e gostaria de usá-los de uma vez, aumentando a quantidade de
ovos na receita, é preciso aumentar proporcionalmente, as quantidades dos outros
ingredientes. Sendo assim, em seu preparo, qual a quantidade dos outros ingredientes
ela deverá utilizar?

Ver Resposta

Vamos determinar as novas quantidades proporcionais de cada ingrediente.

Açúcar

Na receita original, para cada 4 ovos, utilizam-se 2 xícaras de açúcar.

No novo preparo, Catarina irá utilizar 7 ovos e, embora ainda não sabemos a quantidade
de xícaras de açúcar, por enquanto, iremos chamar de x.

Como estas razões precisam ser proporcionais, iremos igualá-las.

Para determinar o valor de x, utilizamos a propriedade fundamental das proporções, que


diz que o produto dos extremos é igual o produto dos meios.
Isolando o x do lado esquerdo da igualdade:

Desta forma, Catarina irá utilizar três xícaras e meia de açúcar no novo preparo.

Seguindo o mesmo raciocínio para a quantidade de trigo, temos:

Sendo assim, Catarina deverá utilizar 525 gramas de farinha de trigo no novo preparo de
seu bolo.
Exercício 2
Catarina vai fazer um bolo para sua família e, para isso, separou uma receita que
prescreve as seguintes quantidades:

4 ovos;
2 xícaras de açúcar;
300 gramas de farinha de trigo.
Como ela possui 7 ovos e gostaria de usá-los de uma vez, aumentando a quantidade de
ovos na receita, é preciso aumentar proporcionalmente, as quantidades dos outros
ingredientes. Sendo assim, em seu preparo, qual a quantidade dos outros ingredientes
ela deverá utilizar?

Ver Resposta

Vamos determinar as novas quantidades proporcionais de cada ingrediente.

Açúcar

Na receita original, para cada 4 ovos, utilizam-se 2 xícaras de açúcar.

No novo preparo, Catarina irá utilizar 7 ovos e, embora ainda não sabemos a quantidade
de xícaras de açúcar, por enquanto, iremos chamar de x.

Como estas razões precisam ser proporcionais, iremos igualá-las.


Para determinar o valor de x, utilizamos a propriedade fundamental das proporções, que
diz que o produto dos extremos é igual o produto dos meios.

Isolando o x do lado esquerdo da igualdade:

Desta forma, Catarina irá utilizar três xícaras e meia de açúcar no novo preparo.

Seguindo o mesmo raciocínio para a quantidade de trigo, temos:

Sendo assim, Catarina deverá utilizar 525 gramas de farinha de trigo no novo preparo de
seu bolo.

Porcentagem

A Porcentagem ou Percentagem representa uma razão cujo denominador é igual a 100


e indica uma comparação de uma parte com o todo.

Exemplo:

Para facilitar o entendimento, veja a tabela abaixo:

Porcentagem Razão Centesimal Número Decimal


1% 1/100 0,01
Porcentagem Razão Centesimal Número Decimal
5% 5/100 0,05
10% 10/100 0,1
120% 120/100 1,2
250% 250/100 2,5

Desconto
O desconto é dividido em:

a) Desconto Racional (por dentro).


b) Desconto Comercial (por fora).

a) DESCONTO RACIONAL (por dentro).

Desconto racional simples é aquele aplicado no valor atual do título n períodos antes do
vencimento, ou seja, é o mesmo que juro simples. Não será dada muita importância a menos
de comparação, pois raramente tem sido aplicado no Brasil.

Dr = VF – VP

Onde Dr = Desconto Racional

Como VP = VF /(1+i.n)

Temos:

b) DESCONTO COMERCIAL OU BANCÁRIO (por fora)

Desconto comercial simples é aquele em que a taxa de desconto incide sempre sobre o
montante ou valor futuro. É utilizado no Brasil de maneira ampla e generalizado, principalmente
nas chamadas operações de “desconto de duplicatas” realizadas pelos bancos, sendo, por
essa razão, também conhecido por desconto bancário ou comercial. É obtido multiplicando-se
o valor de resgate do título pela taxa de desconto e pelo prazo a decorrer até o seu
vencimento, ou seja:

D = VF.d.n

Onde d representa a taxa de desconto e n o prazo. E para se obter o valor presente, também
chamado de valor descontado, basta subtrair o valor do desconto do valor futuro do título, como
segue:

VP = FV – D

Daí vem que: VP = VF – VF.d.n => VP = VF.(1. –.d.n)

SITUAÇÃO PROBLEMA:
1. Qual o valor do desconto comercial simples de um título de R$ 2.000,00, com vencimento
para 90 dias, á taxa de 2,5% ao mês?

Dados:
VF = 2.000,00
n = 90 dias = 3 meses (como a taxa está em mês, devemos transformar o período para essa
unidade)
d = 2,5% ao mês
D=?

Solução:

D = VF . d . n => D = 2.000,00 . 0,025 . 3 = 150,00

2. Qual a taxa mensal de desconto comercial utilizada numa operação a 120 dias, cujo valor de
resgate é de R$ 1.000,00 e cujo valor atual é de R$ 880,00?

Dados:
VF = 1.000,00
VP = 880,00
n = 120 dias = 4 meses
d=?

Solução:

D = VF – VP = 1.000,00 – 880,00 = 120,00

Isolando a taxa d na fórmula do desconto temos:

d = D / (VF . n) => d = 0,03 ou seja, d = 3% ao mês

3. Uma duplicata no valor de R$ 6.800,00 é descontada por fora, por um banco, gerando um
crédito de R$ 6.000,00 na conta do cliente. Sabendo-se que a taxa cobrada pelo banco é de
3,2% ao mês, determinar o prazo de vencimento da duplicata.

Dados:
VF = 6.800,00
VP = 6.000,00
d = 3,2% ao mês
n =?

Solução:

D = VF – VP

D = 6.800,00 – 6.000,00 = 800,00

Isolando o prazo n na equação D = VF. d. n, temos n = D/(VF.d) substituindo os valores resulta


que:

n = 3,676 meses, ou seja 110 dias

Juros simples
Tipos de Formação de Juros

Os juros são formados através do processo denominado regime de capitalização, que pode
ocorrer de modo simples ou composto, conforme apresentado a seguir:

Juros Simples

No regime de capitalização a juros simples, somente o capital inicial, também conhecido como
principal (VP), rende juros é diretamente proporcional ao tempo de aplicação. Assim, o total dos
juros (J) resultante da aplicação de um capital por um determinado período n, a uma taxa de
juros dada, será calculado pela fórmula:

J = VP.i.n (1)

A taxa de juros deverá estar na mesma unidade de tempo do período de aplicação, ou seja,
para um período de n anos, a taxa será anual.
Logo, pode-se calcular o total conseguido ao final do período, ou seja, o montante VF, através
da soma do capital inicial aplicado com o juro gerado. O montante pode ser expresso, para este
caso, por: VF = VP + J, originando a fórmula:

VF = VP (1 + i.n) (2)

Nos meios, econômico e financeiro, o emprego de juros simples é pouco freqüente. O reinvesti
mento dos juros é prática usual e a sua consideração na consecução de estudos econômico-
financeiros deve ser levada em conta, até mesmo por uma questão de realismo. (Oliveira,
1982) Assim, o presente texto será desenvolvido consoante os princípios da capitalização a
juros compostos, que será visto no próximo item.

Situação Problema
1. Um capital de $ 10.000,00 foi aplicado por cinco meses, a juros simples. Calcule o valor a
ser resgatado no final deste período à taxa de 4 % a.m.
Dados:
VP = 10.000
n = 5 meses
i = 4% ao mês

Valor resgatado são o capital mais os juros do período, ou seja, o montante.


Primeiramente podemos calcular os juros:

J = VP.i.n => J = 10.000 x 5 x 0,04 = $ 2.000,00

Como VF = J + VP, o valor resgatado será: VF = 2.000 + 10.000 = $ 12.000,00

Situação Problema
2. Um capital de $ 25.000,00, aplicado durante sete meses, rende juros de $ 7.875,00.
Determinar a taxa mensal correspondente.

Dados:
VP = 25.000,00
J = 7.875,00
n = 7 meses
i=?
Sabendo que J=PV.i.n, temos que a taxa i = J/(PV.n) Substituindo os valores acima na
equação temos: i = 7875 / (25000 x 7)

Resultando i = 0,045 para dar a resposta em porcentagem basta multiplicar por 100

Equivalência de Taxas

Duas taxas de juros são equivalentes se:

• aplicadas ao mesmo capital;

• pelo mesmo intervalo de tempo.

Ambas produzem o mesmo juro ou montante.

No regime de juros simples, as taxas de juros proporcionais são igualmente equivalentes, ou


seja, uma taxa de 12% ao ano é equivalente a 1% ao mês.
Situação Problema
3. Seja um capital de $ 10.000,00 que pode ser aplicado alternativamente à taxa de 2% a.m.
ou de 24% a.a. Supondo um prazo de aplicação de 2 anos, verificar se as taxas são
equivalentes.

Resolução:
Aplicando o principal à taxa de 2% a.m. e pelo prazo de dois anos, teremos o juro de:

J1 = 10.000,00 x 0,02 x 24 = $ 4.800,00

Aplicando o mesmo principal à taxa de 24% a.a. por dois anos, teremos um juro igual a:

J2 = 10.000,00 x 0,24 x 2 = $ 4.800,00

Constatamos que o juro gerado é igual nas duas hipóteses, nestas condições, concluímos que
a taxa de 2% a.m. é equivalente à taxa de 24% a.a.

Períodos não Inteiros

Quando o prazo de aplicação não é um número inteiro de períodos a que se refere à taxa de
juros, faz-se o seguinte:

I) Calcula-se o juro correspondente à parte inteira de períodos.

II) Calcula-se a taxa proporcional à fração de período que resta e o juro correspondente.

O juro total é a soma do juro referente à parte inteira com o juro da parte fracionária.

Situação Problema
4. Qual o juro e qual o montante de um capital de $ 1.000,00 que é aplicado à taxa de juros
simples de 12% ao semestre, pelo prazo de 5 anos e 9 meses ?

Resolução:
Sabemos que em 5 anos e 9 meses são iguais a 5 x 12 meses + 9 meses = 69 meses

Cada semestre tem seis meses totalizando = 11,5 semestres

Ou seja, em 5 anos e 9 meses é igual a 11 semestres e 3 meses, ou 11,5 semestres.

a) Cálculo do juro:

J= 1000 x 0,12 x 11,5 = $ 1.380,00

Estatística: conceitos fundamentais de estatística descritiva (população,


amostra e amostragem)

Estatística é uma ciência que estuda a coleta, a organização, a análise e registro de


dados por amostras.

Fases do método estatístico

1. Definição do problema: determinar como a recolha de dados pode solucionar


um problema
2. Planejamento: elaborar como fazer o levantamento dos dados
3. Coleta de dados: reunir dados após o planeamento do trabalho pretendido, bem
como definição da periodicidade da coleta (contínua, periódica, ocasional ou
indireta)
4. Correção dos dados coletados: conferir dados para afastar algum erro por parte
da pessoa que os coletou
5. Apuração dos dados: organização e contagem dos dados
6. Apresentação dos dados: montagem de suportes que demonstrem o resultado
da coleta dos dados (gráficos e tabelas)
7. Análise dos dados: exame detalhado e interpretação dos dados

Estatística Descritiva — Os dados coletados são organizados e diversas medidas são


computadas, como as de tendência central (médias) ou variabilidade (desvios,
amplitude…). As tabelas de frequência são ferramentas úteis para organização dos
dados, assim como os gráficos que ilustram e facilitam a leitura das informações.

Amostragem — A definição do problema, o planejamento da pesquisa, a coleta e


correção dos dados fazem parte desta área. A definição da amostra é uma parte de
fundamental importância para o sucesso da pesquisa. A amostra deve ser diversificada e
representativa. Uma amostra ruim irá interferir nos resultados de forma não satisfatória.

População - A população é o conjunto de todos os elementos de que se pretende


conhecer alguma questão, como uma preferência, uma tendência ou determinadas
características. Ela é o objeto de trabalho da pesquisa estatística. São destes elementos
que a pesquisa estatística pretende levantar dados e informações.

Amostra e Pesquisa Amostral - A amostra é uma fração da população estudada, é um


subconjunto. A amostra deve representar a população o melhor possível e, para isso, a
diversidade dos elementos da amostra é importante. Caso a amostra não seja
representativa, as informações da pesquisa podem ser comprometidas.

Organização de dados (tabelas e gráficos)

Tabelas de Frequência

As tabelas de frequência são um instrumento utilizado para organizar dados. Nas


tabelas, as variáveis e o número de vezes que ocorrem na pesquisa são dispostos em
linhas e colunas. A função de uma tabela de frequência é facilitar a leitura e o
entendimento dos dados.

A frequência absoluta (Fa) é o número de vezes que ocorreu aquela variável ou, o
número de vezes que alguém respondeu aquela informação.

A frequência relativa (Fr), é a relação entre a frequência absoluta e o número total de


dados daquela variável. Geralmente apresentada em porcentagem.

Exemplo
Variável Frequência Absoluta Frequência Relativa
Cachorro 39 39/60 = 0,65 ou 65%
Gato 21 21/60 = 0,35 ou 35%
Total 60 1 ou 100%

Gráficos

Gráficos são representações visuais utilizadas para exibir dados, sejam eles, sobre
determinada informação, ou valores numéricos. Os tipos de gráficos incluem as
diversas formas de representar algumas informações e dados, sendo que os mais
importantes são: coluna, linha, pizza e área.

Medidas de tendência central (média, moda e mediana)

Média, Moda e Mediana são medidas de tendência central utilizadas em estatística.

Média

A média (Me) é calculada somando-se todos os valores de um conjunto de dados e


dividindo-se pelo número de elementos deste conjunto.

Fórmula

Sendo,

Me: média
x1, x2, x3,..., xn: valores dos dados
n: número de elementos do conjunto de dados
Exemplo
Os jogadores de uma equipe de basquete apresentam as seguintes idades: 28, 27, 19, 23
e 21 anos. Qual a média de idade desta equipe?

Solução

Moda

A Moda (Mo) representa o valor mais frequente de um conjunto de dados, sendo assim,
para defini-la basta observar a frequência com que os valores aparecem.
Exemplo
Em uma sapataria durante um dia foram vendidos os seguintes números de sapato: 34,
39, 36, 35, 37, 40, 36, 38, 36, 38 e 41. Qual o valor da moda desta amostra?

Solução
Observando os números vendidos notamos que o número 36 foi o que apresentou maior
frequência (3 pares), portanto, a moda é igual a:

Mo = 36

Mediana

A Mediana (Md) representa o valor central de um conjunto de dados. Para encontrar o


valor da mediana é necessário colocar os valores em ordem crescente ou decrescente.

Quando o número elementos de um conjunto é par, a mediana é encontrada pela média


dos dois valores centrais. Assim, esses valores são somados e divididos por dois.

Exemplos
1) Em uma escola, o professor de educação física anotou a altura de um grupo de
alunos. Considerando que os valores medidos foram: 1,54 m; 1,67 m, 1,50 m; 1,65 m;
1,75 m; 1,69 m; 1,60 m; 1,55 m e 1,78 m, qual o valor da mediana das alturas dos
alunos?

Solução
Primeiro devemos colocar os valores em ordem. Neste caso, colocaremos em ordem
crescente. Assim, o conjunto de dados ficará:

1,50; 1,54; 1,55; 1,60; 1,65; 1,67; 1,69; 1,75; 1,78

Como o conjunto é formado por 9 elementos, que é um número ímpar, então a mediana
será igual ao 5º elemento, ou seja:

Md = 1,65 m

2) Calcule o valor da mediana da seguinte amostra de dados: (32, 27, 15, 44, 15, 32).

Solução
Primeiro precisamos colocar os dados em ordem, assim temos:

15, 15, 27, 32, 32, 44

Exercícios de Mediana
Exercício 1
Em um consultório de pediatria um médico atendeu nove crianças em um dia. Ele
mediu e anotou as alturas das crianças conforme as consultas.

1.ª consulta 0,90 m


2.ª consulta 1,30 m

3.ª consulta 0,85 m

4.ª consulta 1,05 m

5.ª consulta 0,98 m

6.ª consulta 1,35 m

7.ª consulta 1,12 m

8.ª consulta 0,99 m

9.ª consulta 1,15 m

Determine a mediana das alturas das crianças nas consultas.

Ver Resposta

Resposta correta: 1,05 m.

A mediana é uma medida de tendência central. Para determinar a mediana devemos


organizar o ROL dos dados, que é colocá-los em ordem crescente.

0,85 m 0,90 m 0,98 m 0,99 m 1,05 m 1,12 m 1,15 m 1,30 m 1,35 m

A mediana é o valor central, no caso, o quinto valor: 1,05 m.


Exercício 2
(Enem 2021) O gerente de uma concessionária apresentou a seguinte tabela em uma
reunião de dirigentes. Sabe-se que ao final da reunião, a fim de elaborar metas e planos
para o próximo ano, o administrador avaliará as vendas com base na mediana do
número de automóveis vendidos no período de janeiro a dezembro.
Qual foi a mediana dos dados apresentados?

a) 40,0
b) 42,5
c) 45,0
d) 47,5
e) 50,0
Ver Resposta

Resposta correta: b) 42,5

Para determinar a mediana, precisamos organizar o ROL de dados, ou seja, colocá-los


em ordem crescente.

Como o número de elementos é par, devemos calcular a média aritmética simples entre
os dois valores centrais.

Portanto, 42,5 é a mediana dos dados apresentados.

Média
Exercício 5
A seguinte tabela mostra os preços nas corridas de moto taxi para diferentes bairros da
cidade do Rio de Janeiro, e a quantidade de viagens registradas em um dia, para cada
bairro.

Bairros Preço Número de viagens

Méier R$ 20,00 3

Madureira R$ 30,00 2

Botafogo R$ 35,00 3

Copacabana R$ 40,00 2

Calcule a média de preços das viagens neste dia.

Ver Resposta
Resposta: R$ 30,50.

Como cada preço tem uma contribuição diferente na média, pois as quantidades das
viagens são diferentes para cada bairro, a média tem que ser ponderada pela quantidade
de viagens.

A média ponderada é a divisão entre cada preço multiplicado pelas respectivas


quantidades de viagens e, o total de viagens.

Dessa forma, o preço médio das viagens deste dia foi de R$ 30,50.
Exercício 6
(Enem 2015) Um concurso é composto por cinco etapas. Cada etapa vale 100 pontos. A
pontuação final de cada candidato é a média de suas notas nas cinco etapas. A
classificação obedece à ordem decrescente das pontuações finais. O critério de
desempate baseia-se na maior pontuação na quinta etapa.

A ordem de classificação final desse concurso é

a) A, B, C, E, D.
b) B, A, C, E, D.
c) C, B, E, A, D.
d) C, B, E, D, A.
e) E, C, D, B, A.
Ver Resposta

Resposta correta: b) B, A, C, E, D.

Precisamos determinar a média dos cinco candidatos.

Escrevemos e1 + e2 + e3 + e4 como a soma das quatro primeiras notas dos candidatos.


Candidato A

Assim,

Média das cinco etapas do candidato A

Já determinamos a soma das quatro primeira etapas, que é igual a 360. Da tabela,
retiramos a pontuação da quinta etapa, 60.

Calculando a média, temos:

A média das pontuações do candidato A, nas cinco primeiras etapas foi de 84 pontos.

Repetindo o raciocínio para os outros candidatos, temos:

Candidato B:
Nas quatro primeiras etapas,

Nas cinco etapas,

Candidato C:
Nas quatro primeiras etapas,
Nas cinco etapas,

Candidato D:
Nas quatro primeiras etapas,

Nas cinco etapas,

Candidato E:

Nas quatro primeiras etapas,

Nas cinco etapas,

Em ordem decrescente das pontuações, temos:

B 85

A 84

C 83
E 68

D 66

Moda
Exercício 9
Em um cinema a pipoca é vendida em embalagens de três tamanhos. Após a entrada de
uma sessão, a gerência fez um levantamento para saber qual das embalagens foi mais
vendida.

Em ordem de vendas, esses foram os valores anotados pelo caixa da pipoca.

20,30
17,50
17,50
17,50
20,30
20,30
11,40
11,40
17,50
17,50
11,40
20,30
Com base na moda dos valores, determine que tamanho de pipoca foi a mais vendida.

Ver Resposta

Resposta correta: a média, de R$ 17,50 foi a mais vendida.

A moda é o elemento que mais se repete. Cada elemento se repetiu:

11,40 três vezes

17,50 x cinco vezes

20,30 x quatro vezes

Sendo assim, a pipoca média foi a mais vendida, pois 17,50 é o valor que mais se
repete.

Exercício 10
(Marinha 2014) Analise o quadro a seguir.
Assinale a opção que apresenta a moda dos dados do quadro acima.

a) 9
b) 21
c) 30
d) 30,5
e) 31
Ver Resposta

Resposta correta: b) 21

Moda é o elemento que mais se repete. O elemento 21 se repete 4 vezes.

Sequências: progressões aritméticas e geométricas

Resumo das fórmulas de PA e PG

Progressão aritmética Progressão geométrica

Razão

Termo geral

Termo médio

Soma finita

Soma infinita
com 0 < q < 1

A progressão aritmética – PA é uma sequência de valores que apresenta uma


diferença constante entre números consecutivos.

Onde,

r é a razão da PA;
a2 é o segundo termo;
a1 é o primeiro termo.
A progressão geométrica – PG apresenta números com o mesmo quociente na divisão
de dois termos consecutivos.

Onde,

q é a razão da PG;
a2 é o segundo termo;
a1 é o primeiro termo.

Tipos de PA

De acordo com o valor da razão, as progressões aritméticas são classificadas em 3 tipos:

1. Constante: quando a razão for igual a zero e os termos da PA são iguais.

Exemplo: PA = (2, 2, 2, 2, 2, ...), onde r = 0

2. Crescente: quando a razão for maior que zero e um termo a partir do segundo é
maior que o anterior;

Exemplo: PA = (2, 4, 6, 8, 10, ...), onde r = 2

3. Decrescente: quando a razão for menor que zero e um termo a partir do segundo é
menor que o anterior.

Exemplo: PA = (4, 2, 0, - 2, - 4, ...), onde r = - 2

As progressões aritméticas ainda podem ser classificadas em finitas, quando possuem


um determinado número de termos, e infinitas, ou seja, com infinitos termos.

Exemplo resolvido
Dada a PA (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14) determine a razão, o termo médio e a soma dos
termos.

1. Razão da PA

2. Termo médio
3. Soma dos termos

Tipos de PG

De acordo com o valor da razão (q), podemos classificar as Progressões Geométricas


em 4 tipos:

1. Crescente: com a razão q > 1 e termos positivos ou, 0 < q < 1 e termos negativos;

Exemplos:
PG: (3, 9, 27, 81, ...), onde q = 3.
PG: (-90, -30, -15, -5, ...), onde q = 1/3

2. Decrescente: com a razão q > 1 e termos negativos ou, 0 < q < 1 e os termos
positivos;

Exemplo:
PG: (-3, -9, -27, -81, ...), onde q = 3
PG: (90, 30, 15, 5, ...), onde q = 1/3

3. Oscilante: a razão é negativa (q < 0) e os termos são números negativos e positivos;

Exemplo: PG: (3, -6, 12, -24, 48, -96, …), onde q = - 2

4. Constante: a razão é sempre igual a 1 e os termos possuem o mesmo valor.

Exemplo: PG: (3, 3, 3, 3, 3, 3, 3, ...), onde q = 1

Exemplo resolvido
Dada a PG (1, 3, 9, 27 e 81) determine a razão, o termo médio e a soma dos termos.

1. Razão da PG
2. Termo médio

3. Soma dos termos

Exercícios sobre PA e PG
Questão 1
Qual o 16º termo da sequência que inicia com o número 3 e tem razão da PA igual a 4?

a) 36
b) 52
c) 44
d) 63
Ver Resposta

Alternativa correta: d) 63.

Como a razão de uma PA é constante, podemos encontrar o segundo termo da sequência


ao somar a razão com o primeiro número.

a2 = a1 + r

a2 = 3 + 4
a2 = 7

Portanto, podemos dizer que essa sequência é formada por (3, 7, 11, 15, 19, 23, …)

O 16º termo pode ser calculado com a fórmula do termo geral.

an = a1 + (n - 1) . r

a16 = 3 + (16 – 1) . 4

a16 = 3 + 15.4

a16 = 3 + 60

a16 = 63

Sendo assim, a resposta da questão é 63.

Questão 2
Qual a razão de uma PA de seis termos, cuja soma dos três primeiros números da
sequência é igual a 12 e dos dois últimos é igual a – 34?

a) 7
b) – 6
c) – 5
d) 5
Ver Resposta

Alternativa correta: b) – 6.

A fórmula geral dos termos de uma progressão aritmética é a1, (a1 + r), (a1 + 2r), ..., {a1 +
(n-1) r}. Portanto, a soma dos três primeiros termos pode ser escritos da seguinte forma:

a1 + (a1 + r) + (a1 + 2r) = 12


3a1 + 3r = 12
3a1 = 12 – 3r
a1 = (12 – 3r)/3
a1 = 4 – r
E a soma dos dois últimos termos é:

(a1 + 4r) + (a1 + 5r) = – 34


2a1 + 9r = – 34
Agora, substituímos a1 por 4 – r.

2(4 – r) + 9r = – 34
8 – 2r + 9r = – 34
7r = – 34 – 8
7r = – 42
r = – 42/7
r=–6
Portanto, a razão da PG é - 6.

Questão 3
Se o terceiro termo de uma PG é 28 e o quarto termo é 56 quais são os 5 primeiros
termos dessa progressão geométrica?

a) 6, 12, 28, 56, 104


b) 7, 18, 28, 56, 92
c) 5, 9, 28, 56, 119
d) 7, 14, 28, 56, 112
Ver Resposta

Alternativa correta: d) 7, 14, 28, 56, 112

Primeiramente, devemos calcular a razão dessa PG. Para isso, utilizaremos a fórmula:

a4 = a3 . q
56 = 28 . q
56 / 28 = q
q=2
Agora, calculamos os 5 primeiros termos. Começaremos por a1 utilizando a fórmula do
termo geral.

an = a1 . q(n-1)
a3 = a1 . q(3-1)
28 = a1 . 22
a1 = 28/ 4 = 7
Os demais termos podem ser calculados multiplicando o termo antecedente pela razão.

a2 = a1.q
a2 = 7 . 2
a2 = 14
a5 = a4 . q
a5 = 56 . 2
a5 = 112
Portanto, os 5 primeiros termos da PG são:

1º termo: 7
2º termo: 14
3º termo: 28
4º termo: 56
5º termo: 112

Cálculo algébrico: equações do 1° grau

As equações de primeiro grau são sentenças matemáticas que estabelecem relações de


igualdade entre termos conhecidos e desconhecidos, representadas sob a forma:

ax+b = 0
Exemplo
Qual o valor da incógnita x que torna a igualdade 8x - 3 = 5 verdadeira?

Solução
Para resolver a equação, devemos isolar o x. Para isso, vamos primeiro passar o 3 para o
outro lado do sinal de igual. Como ele está subtraindo, passará somando. Assim:

8x = 5 + 3
8x = 8
Agora podemos passar o 8, que está multiplicando o x, para o outro lado dividindo:
x = 8/8
x=1
Outra regra básica para o desenvolvimento das equações de primeiro grau determina o
seguinte:

Se a parte da variável ou a incógnita da equação for negativa, devemos multiplicar todos


os membros da equação por –1. Por exemplo:

– 9x = – 90 . (-1)
9x = 90
x = 10
Exercícios Resolvidos

Exercício 1
Ana nasceu 8 anos depois de sua irmã Natália. Em determinado momento da vida,
Natália possuía o triplo da idade de Ana. Calcule a idade das duas nesse momento.

Solução
Para resolver esse tipo de problema, utiliza-se uma incógnita para estabelecer a relação
de igualdade.

Assim, denominemos a idade de Ana como o elemento x. Como Natália tem oito anos a
mais que Ana, sua idade será igual a x+8.

Por conseguinte, a idade de Ana vezes 3 será igual à idade de Natália: 3x = x + 8

Estabelecida essas relações, ao passar o x para o outro lado da igualdade, tem-se:

3x - x = 8
2x = 8
x = 8/2
x=4
Portanto, como x é a idade de Ana, naquele momento ela terá 4 anos. Enquanto isso,
Natália terá 12 anos, o triplo da idade de Ana (8 anos a mais).

Exercício 2
Resolva as equações abaixo:
a) x - 3 = 9
x=9+3
x = 12
b) 4x - 9 = 1 - 2x
4x + 2x = 1 + 9
6x = 10
x = 10/6
c) x + 5 = 20 - 4x
x + 4x = 20 - 5
5x = 15
x = 15/5
x=3
d) 9x - 4x + 10 = 7x - 30
9x - 4x - 7x = - 10 - 30
- 2x = - 40 (-1) multiplica-se todos os termos por -1
2x = 40
x = 40/2
x = 20

Raízes de uma equação algébrica

O conceito de raízes de equações é bem simples. Basicamente, é chamado de raiz de


uma equação o valor que suas variáveis assumem de modo que essa equação seja
válida perante a igualdade. O número de raízes de uma equação é dado pelo grau que
ela possui. Vejamos abaixo alguns casos:

1) As equações do primeiro grau possuem uma única raiz:

ax+b=0

Existe um valor de 𝑥 que deve satisfazer esta igualdade, logo ele é a única raiz desta
equação.

Exemplo 1:

3x+5=20
3x=20−5
3x=15
x=153=5
2) As equações quadráticas possuem duas raízes:

ax2+bx+c=0
Podemos encontrar essas raízes pela famosa fórmula de Bháskara:

x=−b±b2−4⋅a⋅c√2⋅a

Exemplo 2:

x2−5x+6=0
Resolvendo, temos:

x=−(−5)±(−5)2−4⋅1⋅6√2⋅1

x=5±1√2⇒{x1=5+12=62=3x2=5−12=42=2

Funções: conceitos de função (funções reais de uma variável, gráfico,


domínio e imagem)

É uma função cujo domínio e o conjunto de chegada estão contidos em R. f(x) ! É a


expressão analítica que representa a função f com conjunto de chegada igual a R e
domínio constituído por todos os números reais x para os quais f(x) é um número real.

Gráfico de uma função


Domínio e imagem

Domínio

Domínio D de uma função f é o conjunto de saída, composto pelos elementos x


aplicados na função. Geometricamente, em um plano cartesiano, os elementos do
domínio formam o eixo x, das abcissas.

Na notação o domínio é representado pela letra antes da seta.

Todo elemento x do domínio tem pelo menos uma imagem y no contradomínio.

Imagem

Imagem Im é um subconjunto do contradomínio, formado pelos elementos y que saem


da função e chegam ao contradomínio, podendo possuir o mesmo número de elementos,
ou um número menor.

Desta forma o conjunto imagem de uma função f, está contido no contradomínio.


Geometricamente, em um plano cartesiano os elementos do conjunto imagem formam o
eixo y, das ordenadas.

É comum dizer que y é o valor assumido pela função f(x) e, desta forma, escrevemos:

É possível que um mesmo elemento y seja imagem de mais de um elemento x do


domínio.

Exemplo
Na função definida pela lei , para valores x simétricos do domínio,
temos uma única imagem y.

Exercícios sobre domínio, contradomínio e imagem

Exercício 1
Dados os conjuntos A = {8, 12, 13, 20, 23} e B = {10, 17, 22, 24, 25, 27, 41, 46, 47,
55}, determine: domínio, o contradomínio e imagem das funções.

a) f: A → B definida por f(x) = 2x + 1

b) f: A → B definida por f(x) = 3x - 14

Ver Resposta

a) f: A → B definida por f(x) = 2x + 1

Domínio A = {8, 12, 13, 20, 23}


Contradomínio B = {10, 17, 22, 24, 25, 27, 41, 46, 47, 55}
Imagem Im(f) ={17,25,27,41,47}
D(f) f(x)=2x+1 Im(f)

8 f(8)=2.8+1 17

12 f(12)=2.12+1 25

13 f(13)=2.13+1 27

20 f(20)=2.20+1 41

23 f(23)=2.23+1 47

b) f: A → B definida por f(x) = 3x - 14


Domínio A = {8, 12, 13, 20, 23}
Contradomínio B = {10, 17, 22, 24, 25, 27, 41, 46, 47, 55}
Imagem Im(f) ={10, 22, 25, 46, 55}
D(f) f(x) = 3x - 14 Im(f)

8 f(8)=3.8 - 14 10

12 f(12)=3.12 - 14 22

13 f(13)=3.13 - 14 25

20 f(20)=3.20 - 14 46

23 f(23)=3.23 - 14 55

Exercício 2
Determine o domínio das funções definidas por:

Ver Resposta

O domínio é o conjunto dos possíveis valores que x pode assumir.

a) Sabemos que não é possível existir divisão por zero 0, desta forma o denominador
deve ser diferente de zero.

Lemos: x pertence aos reais tal que x diferente de 2.

b) Não existe raiz quadrada de número negativo. Desta forma, o radicando deve ser
maior ou igual a zero.
Lemos: x pertence aos reais tal que x maior ou igual a 5.

Funções polinomiais

As funções polinomiais são definidas por expressões polinomiais. Elas são


representadas pela expressão:

f(x) = an . xn + an – 1 . xn – 1 + ...+a2 . x2 + a1 . x + a0

onde,

n: número inteiro positivo ou nulo


x: variável
a0, a1, ....an – 1, an: coeficientes
an . xn, an – 1 . xn – 1, ... a1 . x , a0: termos

Valor Numérico de um Polinômio

Para encontrar o valor numérico de um polinômio, substituímos um valor numérico na


variável x.

Exemplo

Qual o valor numérico de p(x) = 2x3 + x2 - 5x - 4 para x = 3?

Substituindo o valor na variável x temos: 2 . 33 + 32 - 5 . 3 - 4 = 54 + 9 - 15 - 4 = 44

Grau dos Polinômios

Dependendo do expoente mais elevado que apresentam em relação à variável, os


polinômios são classificados em:

 Função polinomial de grau 1: f(x) = x + 6


 Função polinomial de grau 2: g(x) = 2x2 + x - 2
 Função polinomial de grau 3: h(x) = 5x3 + 10x2 - 6x + 15
 Função polinomial de grau 4: p(x) = 20x4 - 15x3+ 5x2 + x - 10
 Função polinomial de grau 5: q(x) = 25x5 + 12x4 - 9x3 + 5x2 + x - 1

Obs: o polinômio nulo é aquele que possui todos os coeficientes iguais a zero. Quando
isso ocorre, o grau do polinômio não é definido.

Gráficos da Função Polinomial

Função polinomial de grau 1


Função polinomial de grau 2

Função polinomial de grau 3

Igualdade de Polinômios

Dois polinômios são iguais se os coeficientes dos termos de mesmo grau são todos
iguais.

Exemplo
Determine o valor de a, b, c e d para que os polinômios p(x) = ax 4 + 7x3 + (b + 10)x2 - c
e h(x) = (d + 4)x3 + 3bx2 + 8.

Para os polinômios serem iguais é necessário que os coeficientes correspondentes sejam


iguais.

Então,

a = 0 (o polinômio h(x) não tem o termo x4, sendo assim seu valor é igual a zero)
b + 10 = 3b → 2b = 10 → b = 5
-c=8→c=-8
d+4=7→d=7-4→d=3

Operações com Polinômios

Confira abaixo exemplos das operações entre polinômios:

Adição

(- 7x3 + 5x2 - x + 4) + (- 2x2 + 8x -7)


- 7x3 + 5x2 - 2x2 - x + 8x + 4 - 7
- 7x3 + 3x2 + 7x -3

Subtração

(4x2 - 5x + 6) - (3x - 8)
4x2 - 5x + 6 - 3x + 8
4x2 - 8x + 14

Multiplicação

(3x2 - 5x + 8) . (- 2x + 1)
- 6x3 + 3x2 + 10x2 - 5x - 16x + 8
- 6x3 + 13x2 - 21x + 8

Divisão

Funções exponenciais
Função Exponencial é aquela que a variável está no expoente e cuja base é sempre
maior que zero e diferente de um.

Exemplos:

f(x) = 4x
f(x) = (0,1)x
f(x) = (⅔)x

Nos exemplos acima 4, 0,1 e ⅔ são as bases, enquanto x é o expoente.

Gráfico da função exponencial

O gráfico desta função passa pelo ponto (0,1), pois todo número elevado a zero é igual a
1. Além disso, a curva exponencial não toca no eixo x.

Função Crescente ou Decrescente

A função exponencial pode ser crescente ou decrescente.

Será crescente quando a base for maior que 1. Por exemplo, a função y = 2 x é uma
função crescente.

Para constatar que essa função é crescente, atribuímos valores para x no expoente da
função e encontramos a sua imagem. Os valores encontrados estão na tabela abaixo.
Observando a tabela, notamos que quando aumentamos o valor de x, a sua imagem
também aumenta. Abaixo, representamos o gráfico desta função.

Por sua vez, as funções cujas bases são valores maiores que zero e menores que 1, são
decrescentes. Por exemplo, f(x) = (1/2)x é uma função decrescente.
Função Exponencial - Exercícios

Questão 1
Um grupo de biólogos está estudando o desenvolvimento de uma determinada colônia
de bactérias e descobriu que sob condições ideais, o número de bactérias pode ser
encontrado através da expressão N(t) = 2000 . 20,5t, sendo t em horas.

Considerando essas condições, quanto tempo após o início da observação, o número de


bactérias será igual a 8192000?

Ver Resposta

Resposta: 8 192 000 bactérias após 1 dia (24 h) do início da observação.

Na situação proposta, conhecemos o número de bactérias, ou seja, sabemos que N(t) =


8192000 e queremos descobrir o valor de t. Então, basta substituir esse valor na
expressão dada:

Para resolver essa equação, vamos escrever o número 4096 em fatores primos, pois se
tivermos a mesma base, podemos igualar os expoentes. Portanto, fatorando o número,
temos:

Logo, a cultura terá 8 192 000 bactérias após 1 dia (24 h) do início da observação.
Questão 2
Os materiais radioativos possuem uma tendência natural, ao longo do tempo, de
desintegrar sua massa radioativa. O tempo necessário para que metade da sua massa
radioativa se desintegre é chamado de meia-vida.

A quantidade de material radioativo de um determinado elemento é dado por:

Sendo,

N(t): a quantidade de material radioativo (em gramas), em um determinado tempo.


N0: a quantidade inicial de material (em gramas)
T: o tempo da meia vida (em anos)
t: tempo (em anos)
Considerando que a meia-vida deste elemento é igual a 28 anos, determine o tempo
necessário para que o material radioativo se reduza a 25% da sua quantidade inicial.

Ver Resposta

Resposta: 56 anos para que a quantidade de material radioativo seja reduzida em 25%.

Para a situação proposta A(t) = 0,25 A0 = 1/4 A0, sendo assim, podemos escrever a
expressão dada, substituindo T por 28 anos, então:

Portanto, serão necessários 56 anos para que a quantidade de material radioativo


seja reduzida em 25%.

Funções logarítmicas

A inversa da função exponencial é a função logarítmica. A função logarítmica é


definida como f(x) = logax, com a real positivo e a ≠ 1.

Definição de logaritmo
Como calcular um logaritmo?

O logaritmo é um número e representa um dado expoente. Podemos calcular um


logaritmo aplicando diretamente a sua definição.

Exemplo

Qual o valor do log3 81?

Solução

Neste exemplo, queremos descobrir qual expoente devemos elevar o 3 para que o
resultado seja igual a 81. Usando a definição, temos:

log3 81 = x ⇔ 3x = 81

Para encontrar esse valor, podemos fatorar o número 81, conforme indicado abaixo:

Substituindo o 81 por sua forma fatorada, na equação anterior, temos:

3x = 34

Como as bases são iguais, chegamos a conclusão que x = 4.

Consequência da definição dos logaritmos


 O logaritmo de qualquer base, cujo logaritmando seja igual a 1, o resultado será
igual a 0, ou seja, loga 1 = 0. Por exemplo, log9 1 = 0, pois 90 =1.
 Quando o logaritmando é igual a base, o logaritmo será igual a 1, assim, log a a =
1. Por exemplo, log5 5 = 1, pois 51= 5
 Quando o logaritmo de a na base a possui uma potência m, ele será igual ao
expoente m, ou seja loga am = m, pois usando a definição am = am. Por exemplo,
log3 35 = 5.
 Quando dois logaritmos com a mesma base são iguais, os logaritmandos
também serão iguais,ou seja, loga b = loga c ⇔ b = c.
 A potência de base a e expoente loga b será igual a b, ou seja alogab = b.

Propriedades dos Logaritmos

 Logaritmo de um produto: O logaritmo de um produto é igual a soma de seus


logaritmos: Loga (b.c) = Loga b + loga c
 Logaritmo de um quociente: O logaritmo de um quociente é igual a diferença

dos logaritmos: Loga = Loga b - Loga c


 Logaritmo de uma potência: O logaritmo de uma potência é igual ao produto
dessa potência pelo logaritmo: Loga bm = m . Loga b
 Mudança de base: Podemos mudar a base de um logaritmo usando a seguinte

relação:

Exemplos

1) Escreva os logaritmos abaixo na forma de um único logaritmo.

a) log3 8 + log3 10
b) log2 30 - log2 6
c) 4 log4 3

Solução

a) log3 8 + log3 10 = log3 8.10 = log3 80

b)
c) 4 log4 3 = log4 34 = log4 81

2) Escreva o log8 6 como uma razão de logaritmos na base 2, em seguida, simplifique.

Solução

Logaritmo - Exercícios
Questão 1
Determine o valor de:

a)

b)

c)

Ver Resposta
Respostas corretas: a) 4; b) 3/2; e c) 2/5.

Pela definição de logaritmo, temos:

O logaritmo de b na base a (sendo a e b números reais e positivos e a≠1) é igual ao


expoente x, ao qual se deve elevar a base, fazendo com quea potência axseja igual a b.

a)

b)

c)

Portanto, , ,

Questão 2
Calcule:

a)

b)
c)

Ver Resposta
Respostas corretas: a) 25; b) 10 e c) 24.

Uma potência que apresenta logaritmo como expoente pode ser resolvida da seguinte
forma:

Ou seja, se tomarmos o valor do logaritmo como sendo , então podemos


dizer que .

a)

b)

c)

Análise combinatória e probabilidade

Análise combinatória
A análise combinatória ou combinatória é a parte da Matemática que estuda métodos
e técnicas que permitem resolver problemas relacionados com contagem. Muito
utilizada nos estudos sobre probabilidade, ela faz a análise das possibilidades e das
combinações possíveis entre um conjunto de elementos.
Tipos de Combinatória
Basicamente há três tipos de agrupamentos: arranjos, combinações e permutações.
O fatorial de um número natural é definido como o produto deste número por todos os
seus antecessores. Utilizamos o símbolo para indicar o fatorial de um número.
Define-se ainda que o fatorial de zero é igual a 1.
Exemplo
O! = 1
1! = 1
3! = 3.2.1 = 6
7! = 7.6.5.4.3.2.1 = 5 040
10! = 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1 = 3 628 800
Arranjos
Nos arranjos, os agrupamentos dos elementos dependem da ordem e da natureza dos
mesmos.
Para obter o arranjo simples de n elementos tomados, p a p (p ≤ n), utiliza-se a seguinte
expressão:

Exemplo
Como exemplo de arranjo, podemos pensar na votação para escolher um
representante e um vice-representante de uma turma, com 20 alunos. Sendo que o
mais votado será o representante e o segundo mais votado o vice-representante.
Dessa forma, de quantas maneiras distintas a escolha poderá ser feita? Observe
que nesse caso, a ordem é importante, visto que altera o resultado.

Permutações
As permutações são agrupamentos ordenados, onde o número de elementos (n) do
agrupamento é igual ao número de elementos disponíveis.
Note que a permutação é um caso especial de arranjo, quando o número de elementos é
igual ao número de agrupamentos. Desta maneira, o denominador na fórmula do arranjo
é igual a 1 na permutação.
Assim a permutação é expressa pela fórmula:

Exemplo
Para exemplificar, vamos pensar de quantas maneiras diferentes 6 pessoas podem se
sentar em um banco com 6 lugares.
Como a ordem em que irão se sentar é importante e o número de lugares é igual ao
número de pessoas, iremos usar a permutação:

Logo, existem 720 maneiras diferentes para as 6 pessoas sentarem neste banco.
Combinações
As combinações são subconjuntos onde a ordem dos elementos não é importante,
entretanto, são caracterizadas pela natureza dos mesmos.
Assim, para calcular uma combinação simples de n elementos tomados p a p (p ≤ n),
utiliza-se a seguinte expressão:

Exemplo
A fim de exemplificar, podemos pensar na escolha de 3 membros para formar uma
comissão organizadora de um evento, dentre as 10 pessoas que se candidataram.
De quantas maneiras distintas essa comissão poderá ser formada?
Note que, ao contrário dos arranjos, nas combinações a ordem dos elementos não é
relevante. Isso quer dizer que escolher: Maria, João e José, é equivalente a escolher:
João, José e Maria.

Observe que para simplificar os cálculos, transformamos o fatorial de 10 em produto,


mas conservamos o fatorial de 7, pois, desta forma, foi possível simplificar com o
fatorial de 7 do denominador.
Assim, existem 120 maneiras distintas formar a comissão.

Probabilidade
A probabilidade permite analisar ou calcular as chances de obter determinado resultado
diante de um experimento aleatório. São exemplos as chances de um determinado
número sair em um lançamento de dados, ou, a possibilidade de ganhar na loteria.
A partir disso, a probabilidade é determinada pela razão entre o número de casos
favoráveis e número de casos possíveis, apresentada pela seguinte expressão:

Sendo:
P (A): probabilidade de ocorrer um evento A;
n (A): número de resultados favoráveis
n (Ω): número total de resultados possíveis
Para encontrar o número de casos possíveis e favoráveis, muitas vezes necessitamos
recorrer às fórmulas estudadas em análise combinatória.
Exemplo
Qual a probabilidade de um apostador ganhar o prêmio máximo da mega-sena, fazendo
uma aposta mínima, ou seja, apostar exatamente nos seis números sorteados?
Solução
Como vimos, a probabilidade é calculada pela razão entre os casos favoráveis e os casos
possíveis. Nesta situação, temos apenas um caso favorável, ou seja, apostar exatamente
nos seis números sorteados.
Já o número de casos possíveis é calculado considerando que serão sorteados, ao acaso,
6 números, não importando a ordem, de um total de 60 números.
Para fazer esse cálculo, usaremos a fórmula de combinação, conforme indicado abaixo:

Assim, existem 50 063 860 modos distintos de sair o resultado. A probabilidade de


acertarmos então será calculada como:

Exercícios de análise combinatória com gabarito

Exercício 1

Uma pessoa mora na cidade A e deseja viajar para conhecer a cidade C. Para isso, é
preciso passar primeiro pela cidade B. Existem 4 caminhos que levam até a cidade B e,
a partir da cidade B, três caminhos que levam até a cidade C. Supondo que a única
maneira de chegar até a cidade C seja passando por B, de quantas formas diferentes esta
pessoa pode ir até à cidade C, e voltar para cidade A?

Ver Resposta
Resposta: 72 possibilidades.

Pelo principio fundamental da contagem, são 4 caminhos de A para B e 3 caminhos de


B para C, na ida.
4 x 3 = 12

Para voltar, restam dois caminho de C para B e três caminhos de B para A.

2x3=6

No total, são:

12 x 6 = 72 possibilidades.
Exercício 2

Gabriel, Maurício, Luiza, Paula e Raquel são um grupo de amigos que decidem ir ao
cinema. Eles compram ingressos na mesma fileira, de forma que estejam sempre juntos,
sem nenhuma cadeira vazia ou ocupada por outro espectador. Como Maurício e Luiza
são namorados, eles irão sentar lado a lado. De quantas maneiras o grupo de amigos
podem se sentar, de modo que o casal permaneça junto?

Ver Resposta
Resposta: 48 maneiras.

O casal forma um bloco e passa a ser considerado como um elemento no conjunto.


Desta forma, há quatro elementos para serem permutados.

Gabriel, Paula, Raquel, casal

Ainda assim, há duas possibilidade que devem ser consideradas:

Maurício e Luiza ou Luiza e Maurício

Pelo princípio fundamental da contagem, temos:

24 . 2 = 48

Há, portanto, 48 maneiras do grupo se organizar nas cadeiras.


Exercícios de probabilidade resolvidos

Exercício 1

(PUC/RJ - 2013) Se a = 2n + 1 com n ∈ {1, 2, 3, 4}, então a probabilidade de o


número a ser par é

a) 1
b) 0,2
c) 0,5
d) 0,8
e) 0
Ver Resposta
Ao substituirmos cada valor possível de n na expressão do número a, notamos que o
resultado será sempre um número ímpar.

Portanto, "ser um número par" é um evento impossível. Neste caso, a probabilidade é


igual a zero.

Alternativa: e) 0
Exercício 2

(UPE - 2013) Em uma turma de um curso de espanhol, três pessoas pretendem fazer
intercâmbio no Chile, e sete na Espanha. Dentre essas dez pessoas, foram escolhidas
duas para a entrevista que sorteará bolsas de estudo no exterior. A probabilidade de
essas duas pessoas escolhidas pertencerem ao grupo das que pretendem fazer
intercâmbio no Chile é

Ver Resposta
Primeiro, vamos encontrar o número de situações possíveis. Como a escolha das 2
pessoas não depende da ordem, iremos usar a fórmula de combinação para determinar o
número de casos possíveis, ou seja:

Assim, existem 45 maneiras de escolher as 2 pessoas em um grupo de 10 pessoas.

Agora, precisamos calcular o número de eventos favoráveis, ou seja, as duas pessoas


sorteadas quererem fazer o intercâmbio no Chile. Novamente iremos usar a fórmula de
combinação:

Portanto, existem 3 modos de escolher 2 pessoas entre as três que pretendem estudar no
Chile.
Com os valores encontrados, podemos calcular a probabilidade pedida substituindo na
fórmula:

Alternativa: b)

Princípio fundamental de contagem


O princípio fundamental da contagem, também chamado de princípio multiplicativo,
postula que:
“Quando um evento é composto por n etapas sucessivas e independentes, de tal modo
que as possibilidades da primeira etapa é x e as possibilidades da segunda etapa é y,
resulta no número total de possibilidades de o evento ocorrer, dado pelo produto (x) .
(y).”
Em resumo, no princípio fundamental da contagem, multiplica-se o número de opções
entre as escolhas que lhe são apresentadas.
Exemplo
Uma lanchonete vende uma promoção de lanche a um preço único. No lanche, estão
incluídos um sanduíche, uma bebida e uma sobremesa. São oferecidas três opções de
sanduíches: hambúrguer especial, sanduíche vegetariano e cachorro-quente completo.
Como opção de bebida, pode-se escolher 2 tipos: suco de maçã ou guaraná. Para a
sobremesa, existem quatro opções: cupcake de cereja, cupcake de chocolate, cupcake de
morango e cupcake de baunilha. Considerando todas as opções oferecidas, de quantas
maneiras um cliente pode escolher o seu lanche?
Solução
Podemos começar a resolução do problema apresentado construindo uma árvore de
possibilidades, conforme ilustrado abaixo:
Acompanhando o diagrama, podemos diretamente contar quantos tipos diferentes de
lanches podemos escolher. Assim, identificamos que existem 24 combinações possíveis.
Podemos ainda resolver o problema usando o princípio multiplicativo. Para determinar
as diferentes possibilidades de lanches, basta multiplicar o número de opções de
sanduíches, bebidas e sobremesa.
Total de possibilidades: 3.2.4 = 24

Geometria plana: áreas e perímetros (triângulos, quadriláteros e


circunferências)

Geometria Plana

A geometria plana ou euclidiana é a parte da matemática que estuda as figuras que


não possuem volume. A geometria plana também é chamada de euclidiana, uma vez que
seu nome representa uma homenagem ao geômetra Euclides de Alexandria, considerado
o “pai da geometria”.

Área e Perímetro

Área: equivale a medida da superfície de uma figura geométrica.


Perímetro: soma das medidas de todos lados de uma figura.

Triângulo: figura fechada e plana formado por três lados.


Quadriláteros: Quadrilátero é um polígono que possui quatro lados. Essa figura
geométrica bidimensional é formada por:

 Lados: são os segmentos de reta que formam o contorno do polígono


 Vértices: são os pontos de encontro dos segmentos de reta
 Ângulos: são quatro ângulos internos que somam 360º
 Diagonais: são duas diagonais que ligam dois vértices não consecutivos

Tipos de quadriláteros
Circunferência: é uma figura geométrica com formato circular que faz parte dos
estudos da geometria. Note que todos os pontos de uma circunferência são equidistantes
de seu centro.

Raio e diâmetro da circunferência

Comprimento da Circunferência

 O é uma constante que, aproximadamente, vale 3,14;


 O r é a medida do raio.

Exercícios Resolvidos
1. Calcule as áreas das figuras abaixo:

a) Triângulo de base 5 cm e altura de 12 cm.

Ver Resposta
A = b.h/2
A = 5 . 12/2
A = 60/2
A = 30 cm2
b) Retângulo de base 15 cm e altura de 10 cm.

Ver Resposta
A = b.h
A = 15 . 10
A = 150 cm2

c) Quadrado com lado de 19 cm.


Ver Resposta
A = L2
A = 192
A = 361 cm2
d) Círculo com diâmetro de 14 cm.

Ver Resposta
A = π . r2
A = π . 72
A = 49π
A = 49 . 3,14
A = 153,86 cm2
e) Trapézio com base menor de 5 cm, base maior de 20 cm e altura de 12 cm.

Ver Resposta
A = (B + b) . h/2
A = (20 + 5) . 12/
A = 25 . 12/2
A = 300/2
A = 150 cm2
f) Losango com diagonal menor de 9 cm e diagonal maior de 16 cm.

Ver Resposta
A = D.d/2
A = 16 . 9/2
A = 144/2
A = 72 cm2
2. Calcule os perímetros das figuras abaixo:

a) Triângulo isósceles com dois lados de 5 cm e outro de 3 cm.

Ver Resposta
Lembre-se que o triângulo isósceles apresenta dois lados iguais e outro diferente.

P=5+5+3
P = 13 cm
b) Retângulo de base 30 cm e altura de 18 cm.

Ver Resposta
P = (2b+ 2h)
P = (2.30 + 2.18)
P = 60 + 36
P = 96 cm
c) Quadrado de lado 50 cm.

Ver Resposta
P = 4.L
P = 4. 50
P = 200 cm
d) Círculo com raio de 14 cm.

Ver Resposta
P=2π.r
P = 2 π . 14
P = 28 π
P = 87,92 cm
e) Trapézio de base maior 27 cm, base menor de 13 cm e lados de 19 cm.

Ver Resposta
P = B + b + L1 + L 2
P = 27 + 13 + 19 + 19
P = 78 cm
f) Losango com lados de 11 cm.

Ver Resposta
P = 4.L
P = 4 . 11
P = 44 cm

Mediana e mediatriz

Mediana

A mediana é o valor do meio ou, que representa o meio, de uma lista de dados. Para
mediana, a posição dos valores é importante, assim como a organização dos dados.

Como se calcula a Mediana

Para calcular a mediana organizam-se os dados de forma crescente ou decrescente. Esta


lista é o ROL de dados. Após, verificamos se a quantidade de dados no ROL é par ou
ímpar.

Se a quantidade de dados no ROL é ímpar, a mediana é o valor do meio, da posição


central.

Se a quantidade de dados no ROL é par, a mediana é a média aritmética dos valores


centrais.

Exemplo 1 — mediana com quantidade ÍMPAR de dados no ROL.

Determine a mediana do conjunto A={12, 4, 7, 23, 38}.

Primeiro organizamos o ROL.


A={4, 7, 12, 23, 38}

Verificamos que a quantidade de elementos no conjunto A é ÍMPAR, sendo a mediana


o valor do meio.

Portanto, a mediana do conjunto A é o 12.

Exemplo 2 — mediana com quantidade PAR de dados no ROL.

Qual a mediana das alturas dos jogadores de um time de vôlei onde as alturas são:
2,05m; 1,97m; 1,87m; 1,99m; 2,01m; 1,83m?

Organizando o ROL:
1,83m; 1,87m; 1,97m; 1,99m; 2,01m; 2,05m

Verificamos que a quantidade de dados é PAR. A mediana é a média aritmética dos


valores centrais.

Portanto, a mediana das alturas dos jogadores é 1,98m.

Mediatriz

Mediatriz é uma reta perpendicular a um segmento de reta e que passa pelo ponto médio
deste segmento.

Exercícios resolvidos
1) Epcar - 2016
Um terreno com formato de um triângulo retângulo será dividido em dois lotes por uma
cerca feita na mediatriz da hipotenusa, conforme mostra figura.

Sabe-se que os lados AB e BC desse terreno medem, respectivamente, 80 m e 100 m.


Assim, a razão entre o perímetro do lote I e o perímetro do lote II, nessa ordem, é

Ver Resposta
Para encontrar a razão entre os perímetros, é necessário conhecer a medida de todos os
lados do lote I e do lote II.

Entretanto, não conhecemos as medidas dos lados , e do lote I, nem a


medida de do lote II.

Para começar, podemos encontrar o valor da medida do lado , aplicando o teorema


de Pitágoras, ou seja:
Poderíamos também encontrar esse valor observando que temos um múltiplo do
triângulo pitagórico 3, 4 e 5.

Sendo assim, se um lado mede 80 m (4 . 20), o outro mede 100 m (5 . 20) , então o
terceiro lado só poderá medir 60 m (3 . 20).

Sabemos que a cerca é a mediatriz da hipotenusa, portanto divide este lado em duas
partes com mesma medida, formando um ângulo de 90º com o lado. Desta forma, o
triângulo PMB é retângulo.

Note que os triângulos PMB e ACB são semelhantes, pois apresentam ângulos com
mesma medida. Chamando o lado de x, temos que o lado será igual a 80-x.

Sendo assim, podemos escrever as seguintes proporções:

Falta ainda encontrar a medida do lado . Para encontrar esse valor, vamos chamar
esse lado de y. Por semelhança de triângulos, encontramos a seguinte proporção:
Agora que conhecemos a medida de todos os lados, podemos calcular os perímetros dos
lotes:

Antes de calcular o perímetro do lote II, perceba que a medida de será igual

a , ou seja . Desta maneira, o perímetro será:

Assim, a razão entre os perímetros será igual a:

Alternativa: d)
2) Enem - 2013

Nos últimos anos, a televisão tem passado por uma verdadeira revolução, em termos de
qualidade de imagem, som e interatividade com o telespectador. Essa transformação se
deve à conversão do sinal analógico para o sinal digital. Entretanto, muitas cidades
ainda não contam com essa nova tecnologia. Buscando levar esses benefícios a três
cidades, uma emissora de televisão pretende construir uma nova torre de transmissão,
que envie sinal às antenas A, B e C, já existentes nessas cidades. As localizações das
antenas estão representadas no plano cartesiano:

A torre deve estar situada em um local equidistante das três antenas. O local adequado
para a construção dessa torre corresponde ao ponto de coordenadas

a) (65 ; 35).
b) (53 ; 30).
c) (45 ; 35).
d) (50 ; 20).
e) (50 ; 30).

Ver Resposta
Como queremos que a torre seja construída em um local equidistante das três antenas,
ela deverá estar situada em algum ponto pertencente a mediatriz da reta AB, conforme
representado na imagem abaixo:
Pela imagem, concluímos que a abscissa do ponto será igual a 50. Agora, precisamos
encontrar o valor da ordenada. Para isso, vamos considerar que a distância entre os
pontos AT e AC são iguais:

Alternativa: e) (50 ; 30)

Raciocínio Lógico
Noções básicas da lógica matemática: proposições, problemas com
tabelas, argumentação, associação lógica, verdades e mentiras:
resolução de problemas
A lógica matemática analisa determinada proposição buscando identificar se representa
uma afirmação verdadeira ou falsa.
Proposições
As proposições são palavras ou símbolos que expressam um pensamento com um
sentido completo e indicam afirmações de fatos ou de ideias.
Essas afirmações assumem valores lógicos que podem ser verdadeiros ou falsos e para
representar uma proposição usualmente utilizamos as letras p e q.
São exemplos as proposições:
 O Brasil está localizado na América do Sul. (proposição verdadeira).
 A Terra é um dos planetas do sistema solar. (proposição verdadeira).

 .(proposição verdadeira).
 A Terra é plana. (proposição falsa).

 . (proposição falsa)
Operações Lógicas
As operações feitas a partir de proposições são chamadas de operações lógicas. Este tipo
de operação segue as regras do chamado cálculo proposicional. As operações lógicas
fundamentais são: negação, conjunção, disjunção, condicional e bicondicional.
Negação
Esta operação representa o valor lógico oposto de uma dada proposição. Desta forma,
quando uma proposição é verdadeira, a não proposição será falsa.
Com o objetivo de indicar a negação de uma proposição colocamos o símbolo ~ na
frente da letra que representa a proposição, assim, ~p significa a negação de p.
Exemplo
p: Minha filha estuda muito.
~p: Minha filha não estuda muito.
Como o valor lógico da não proposição é o inverso da proposição, teremos a seguinte
tabela verdade:
Conjunção
A conjunção é utilizada quando entre as proposições existe o conectivo e. Esta operação
será verdadeira quando todas as proposições forem verdadeiras.
O símbolo utilizado para representar essa operação é o ^, colocado entre as proposições.
Desta forma, quando temos p ^ q, significa "p e q".
Desta forma, a tabela verdade desse operador lógico será:

Exemplo:
Sendo p: 3 + 4 = 7 e q: 2 + 12 = 10 qual o valor lógico de p ^ q?
Solução: A primeira proposição é verdadeira, mas a segunda é falsa. Portanto, o valor
lógico de p e q será falso, pois esse operador só será verdadeiro quando ambas as
sentenças forem verdadeiras.
Disjunção
Nesta operação, o resultado será verdadeiro quando pelo menos uma das proposições é
verdadeira. Sendo assim, será falso apenas quando todas as proposições forem falsas.
A disjunção é usada quando entre as proposições existe o conectivo ou e para
representar esta operação é usado o símbolo v entre as proposições, assim, p v q
significa "p ou q".
Levando em consideração que se uma das proposições for verdadeira o resultado será
verdadeiro, temos a seguinte tabela verdade:
Condicional
A condicional é a operação realizada quando na proposição utiliza-se o conectivo se...
então.... Para representar esse operador usamos o símbolo →. Assim, p → q significa
"se p, então q".
O resultado desta operação só será falso quando a primeira proposição for verdadeira e a
consequente for falsa.
É importante ressaltar que uma operação condicional não significa que uma proposição
é a consequência da outra, o que estamos tratando é apenas de relações entre valores
lógicos.
Exemplo
Qual o resultado da proposição "Se um dia tem 20 horas, então um ano tem 365 dias"?
Solução
Sabemos que um dia não tem 20 horas, logo essa proposição é falsa, também sabemos
que um ano tem 365 dias, logo essa proposição é verdadeira.
Desta forma, o resultado será verdadeiro, pois o operador condicional só será falso
quando a primeira for verdadeira e a segunda falsa, que não é o caso.
A tabela verdade para esse operador será:

Bicondicional
O operador bicondicional é representado pelo símbolo e indica uma proposição do
tipo ...se e somente se.... Portanto, significa "p se e somente se q", ou seja, p é
condição necessária e suficiente para q.
Ao usar esse operador, a sentença será verdadeira quando as proposições forem ambas
verdadeiras ou ambas falsas.
Os possíveis resultados que podemos encontrar ao usar esse operador estão na tabela
abaixo:
Exemplo
Qual o resultado da proposição "30 = 2 se somente se 2 + 5 = 3"?
Solução
A primeira igualdade é falsa, pois 3 0 = 1 e a segunda também é falsa (2 + 5 = 7), desta
maneira, como ambas são falsas, então, o valor lógico da proposição é verdadeiro.

Exercícios de Raciocínio Lógico

Questão 1
Descubra a lógica e complete o próximo elemento:

a) 1, 3, 5, 7, ___
b) 2, 4, 8, 16, 32, 64, ____
c) 0, 1, 4, 9, 16, 25, 36, ____
d) 4, 16, 36, 64, ____
e) 1, 1, 2, 3, 5, 8, ____
f) 2,10, 12, 16, 17, 18, 19, ____

Ver Resposta
Respostas:

a) 9. Sequência de números ímpares ou + 2 (1+2=3; 3+2=5; 5+2=7; 7+2=9)

b) 128. Sequência baseada na multiplicação por 2 (2x2=4; 4x2=8; 8x2=16... 64x2=128)

c) 49. Sequência baseada na soma em uma outra sequência de números ímpares (+1, +3,
+5, +7, +9, +11, +13)

d) 100. Sequência de quadrados de números pares (22, 42, 62, 82, 102).

e) 13. Sequência baseada na soma dos dois elementos anteriores: 1 (primeiro


elemento), 1 (segundo elemento), 1+1=2, 1+2=3, 2+3=5, 3+5=8, 5+8=13.

f) 200. Sequência numérica baseada em um elemento não numérico, a letra inicial do


número escrito por
extenso: dois, dez, doze, dezesseis, dezessete, dezoito, dezenove, duzentos.
Questão 2
(Enem) Jogar baralho é uma atividade que estimula o raciocínio. Um jogo tradicional é
a Paciência, que utiliza 52 cartas. Inicialmente são formadas sete colunas com as cartas.
A primeira coluna tem uma carta, a segunda tem duas cartas, a terceira tem três cartas, a
quarta tem quatro cartas, e assim sucessivamente até a sétima coluna, a qual tem sete
cartas, e o que sobra forma o monte, que são as cartas não utilizadas nas colunas.

A quantidade de cartas que forma o monte é

a) 21.
b) 24.
c) 26.
d) 28.
e) 31.

Ver Resposta
Alternativa correta: b) 24

Para descobrir o número de cartas que sobraram no monte, devemos diminuir do


número total de cartas do número de cartas que foram utilizadas nas 7 colunas.

O número total de cartas utilizadas nas colunas é encontrado somando-se as cartas de


cada uma delas, deste modo, temos:

1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 = 28

Fazendo a substração, encontramos:


52 - 28 = 24

Questão 3
(UERJ) Em um sistema de codificação, AB representa os algarismos do dia do
nascimento de uma pessoa e CD os algarismos de seu mês de nascimento. Nesse
sistema, a data trinta de julho, por exemplo, corresponderia a:

Admita uma pessoa cuja data de nascimento obedeça à seguinte condição:

O mês de nascimento dessa pessoa é:

a) agosto
b) setembro
c) outubro
d) novembro
Ver Resposta
Alternativa correta: b) setembro

As somas dos algarismos relativos ao dias do mês, variam de 1 a 11.

01 = 0 + 1 = 1
02 = 0 + 2 = 2
...
29 = 2 + 9 = 11 (é a maior soma)
30 = 3 + 0 = 3
31 = 3 + 1 = 4

Já a soma dos algarismos relativos ao mês, varia de 1 a 9.

janeiro: 01 = 0 + 1 = 1
fevereiro: 02 = 0 + 2 = 2
...
setembro: 09 = 0 + 9 = 9 (é a maior soma)
outubro: 10 = 1 + 0 = 1
novembro: 11 = 1 + 1 = 2
dezembro: 12 = 1 + 2 = 3

Sendo assim, observamos que 11 + 9 = 20, que são os valores máximos da soma.
Portanto, essa combinação é a única possível para a resolução da questão. Desta forma,
a soma do mês igual a 9 é o mês de setembro.
Diagramas lógicos
Os diagramas são utilizados como uma representação gráfica de proposições
relacionadas a uma questão de raciocínio lógico.
Conjunto: Um conjunto constitui-se em um número de objetos ou números com
características semelhantes. Podem ser classificados assim:
Conjunto finito: possui uma quantidade determinada de elementos;
Conjunto infinito: como o próprio nome diz nesse caso temos um número infinito de
elementos;
Conjunto unitário: apenas um elemento;
Conjunto Vazio: sem elemento no conjunto;
Conjunto Universo: esse caso tem todos os elementos de uma situação.
Esses elementos podem ser demonstrados da seguinte forma:
Extensão: Os elementos são separados por chaves; {1,2,3,4...}
Compreensão: Escreve-se a caraterística em questão do conjunto mencionado.
Diagrama de Venn: Os elementos são inseridos em uma figura fechada e aparecem
apenas uma vez.
Questão 1: VUNESP/2011 – Concurso TJM-SP –
Analista de Sistemas (Judiciário)
Pergunta: Neste grupo de pessoas, usar só chapéu ou só relógio, nem pensar. Tampouco usar
óculos, chapéu e relógio ao mesmo tempo. Quinze pessoas usam óculos e chapéu ao mesmo
tempo. Usam chapéu e relógio, simultaneamente, o mesmo número de pessoas que usam
apenas os óculos. Uma pessoa usa óculos e relógio ao mesmo tempo. Esse grupo é formado
por 40 pessoas e essas informações são suficientes para afirmar que nesse grupo o número
de pessoas que usam óculos é
a) 20
b) 22
c) 24
d) 26
e) 28
Resposta: São 40 acessórios, mas há apenas informações de 16 deles. Sobram 24. Como o
número de pessoas que usa apenas óculos é o mesmo que usa chapéu e relógio, 12 pessoas
utilizam chapéu e óculos e a outra metade apenas óculos.
Resumindo:
 Óculos e Chapéu= 15
 Chapéu e Relógio=12
 Só óculos=12
 Óculos e Relógio=1
Total= 40
-Quantos usam óculos: 15+12+1=28

Questão 2: VUNESP/2011 – Concurso TJM-SP –


Analista de Sistemas (Judiciário)
Pergunta: Observe o seguinte diagrama. De acordo com o diagrama,pode-se afirmar que

a) todos os músicos são felizes.


b) não há cantores que são músicos e felizes.
c) os cantores que não são músicos são felizes.
d) os felizes que não são músicos não são cantores.
e) qualquer músico feliz é cantor.
Resposta-Como pode ser visto no diagrama, parte dos felizes não são músicos nem cantores.
Sequências lógicas
Exemplo 1

A sequência numérica proposta envolve multiplicações por 4.


6 x 4 = 24
24 x 4 = 96
96 x 4 = 384
384 x 4 = 1536

Exemplo 2

A diferença entre os números vai aumentando 1 unidade.


13 – 10 = 3
17 – 13 = 4
22 – 17 = 5
28 – 22 = 6
35 – 28 = 7
Exemplo 3

Multiplicar os números sempre por 3.


1x3=3
3x3=9
9 x 3 = 27
27 x 3 = 81
81 x 3 = 243
243 x 3 = 729
729 x 3 = 2187

Exemplo 4

A diferença entre os números vai aumentando 2 unidades.


24 – 22 = 2
28 – 24 = 4
34 – 28 = 6
42 – 34 = 8
52 – 42 = 10
64 – 52 = 12
78 – 64 = 14
Casa de pombos
Princípio da Casa de Pombos
Ideia principal: Se existirem pelo menos K+1 pombos, e somente K casas, pelo menos
uma casa vai ter mais do que um pombo.
A afirmação acima é bem simples, porém tem muitas aplicações na matemática.
Exemplos:
1) Quantas rolagens de dado (um dado de 6 faces) são necessárias para se ter certeza
que um mesmo número vai cair duas vezes?
Resposta: Bem, vamos ver pela "pior" das hipóteses: na "pior" das hipóteses, se
jogarmos o dado 6 vezes, teremos os números (não necessariamente nesta ordem): 3, 5,
6, 1, 2 e 4.
O que acontece se jogarmos o dado mais uma vez?
Vai cair um número igual a outro já rolado.
Conclusão: Como temos 6 possibilidades, se jogarmos o dado 6+1 vezes, teremos um
número que se repete mais do que uma vez. Esse processo pode ser simplificado se você
se lembrar do princípio da casa dos pombos.
2) Existem N pessoas em uma sala. Quantas pessoas são necessárias para se ter certeza
de que 3 nasceram no mesmo mês?
Resposta: Pelo princípio da casa dos pombos: (12*2)+1 = 25 pessoas.
Existem 12 meses, então se pegarmos 24 pessoas, pode ser que não existam 3 pessoas
que nasceram no mesmo mês. Ao adicionar mais uma pessoa, termos certeza de que ela
nasceu no mesmo mês que pelo menos outras 2 presentes na sala.

Orientação espacial e temporal


O raciocínio lógico espacial ou orientação espacial envolvem figuras, dados e
palitos. O raciocínio espacial é uma habilidade importante que gera conceitos e soluções
para problemas que surgem em áreas como arquitetura, engenharia, ciências,
matemática, arte, jogos, e também no cotidiano.
O raciocínio lógico temporal ou orientação temporal envolve datas, calendário,ou
seja, envolve o tempo.

1. TCE/SP 2012 – FCC – AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA II

Rafaela empilhou 125 peças brancas, todas com a forma de cubo de aresta
1 cm, de modo a formar um único cubo maior, de aresta 5 cm. Então, ela
pintou todas as faces do cubo maior com tinta verde e, após a tinta secar,
separou novamente as 125 peças. Ao examiná-las com cuidado, Rafaela
percebeu que o número de peças que estavam com uma única face pintada
de verde era igual a

A) 48

B) 54

C) 72

D) 90

E) 98

Resposta: empilhando…

temos um “cubão” de 5×5 cubinhos…cada face terá 25 cubos que terão faces e
aresta pintadas mas somente os centrais de cada face deste cubão, receberão
tinta só em uma face… assim em cada face teremos 9 cubos pintados só de um
lado…os do “miolo não receberão tinta e os que formarão os vértices receberão
tinta em 2 faces. assim 9 cubos em cada face vezes 6 faces dá 54! Alternativa B

2. RACIOCÍNIO LÓGICO – Calendário

(FCC – TRT 6ª Região 2012 – Analista Judiciário ) Em um determinado ano,


o mês de abril, que possui um total de 30 dias, teve mais domingos do que
sábados. Nesse ano, o feriado de 1º de maio ocorreu numa
a) segunda-feira.
b) terça-feira.
c) quarta-feira.
d) quinta-feira.
e) sexta-feira.

Resposta: Se o mês teve mais domingos do que sábados, dia 1º/04 foi
domingo.
Observando que abril tem 30 dias, 1º de maio será 30 dias depois.
30 dividido por 7 = 4 semanas e 2 dias
1º de maio ocorreu numa TERÇA-FEIRA.
ALTERNATIVA B

3. PREF. SOROCABA/SP 2012 – VUNESP – TÉCNICO DE CONTROLE


ADMINISTRATIVO – PMS
O ano de 2012 é bissexto, e o dia 1.º de janeiro foi um domingo. O dia 1.º
de janeiro de 2013 será uma terça-feira.
O dia 1.º de janeiro de 2017 será:

A) um domingo

B) Uma terça-feira

C) uma quarta-feira

D) uma quinta-feira

E) Uma sexta-feira

Resposta: Os dias da semana, de um ano comum para outro, mudam para o dia
seguinte (ex: de domingo passa para segunda).

Quando se passa de um ano comum para um bissexto, a mudança será de


apenas 1 dia se a data for em janeiro ou fevereiro, e de 2 dias se for de março
em diante.

E quando se passa de um ano bissexto para um comum, a mudança será de 2


dias se a data for em janeiro ou fevereiro, e de apenas 1 dia se for de março em
diante.

O motivo disso tudo é que nos anos bissextos temos a inclusão do dia 29 no
final de fevereiro.

Temos, então:

2012 – ano bissexto – 1º de janeiro – domingo

2013 – ano comum – 1º de janeiro – mudança de +2 dias – terça-feira;

2014 – ano comum – 1º de janeiro – mudança normal de 1 dia – quarta-feira;

2015 – ano comum – 1º de janeiro – mudança normal de 1 dia – quinta-feira;

2016 – ano bissexto – 1º de janeiro – mudança normal de 1 dia – sexta-feira;

2017 – ano comum – 1º de janeiro – mudança de +2 dias- domingo.


Alternativa (A)

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