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Descomplicando o português

Questão - Características de um texto RESUMIDO (gênero textual)

Texto 1

Stephen Hawking, A Mente Que Superou Tudo em reverência ao


gênio que revolucionou o estudo da cosmologia, o mundo prestou
tributo a Stephen Hawking no dia seguinte a sua morte. O cientista
britânico, símbolo da superação, teve papel decisivo na divulgação
científica e virou um ícone pop. (O Globo, 15/3/2018)

1. O texto 1 é uma pequena notícia de primeira página de O Globo,


cujo conteúdo é ampliado em reportagem no interior do jornal.

A marca mais característica de ser este um texto resumido é:

(A) a presença marcante de frases curtas;

(B) a preferência por sinais de pontuação em lugar de conectivos;

(C) a ausência de adjetivos e advérbios;

(D) a seleção de temas de destaque; Resposta correta.

(E) a utilização de verbos indicadores de ação rápida.

Características de um BOM resumo:

O que é um resumo? É uma redução do texto original, que tenta


captar suas ideias essenciais. É uma condensação fiel das ideias
ou dos fatos apresentados em determinados textos. Fazer um
resumo não é fazer uma colagem ou compilação de partes do texto
original: é apresentar, com suas próprias palavras, os pontos
relevantes de um texto.

Brevidade: o resumo só contém as ideias principais, enquanto os


pormenores são excluídos.

Rigor e clareza: a estrutura do resumo deve seguir a ideia do texto


inicial, com o mesmo número de parágrafos e o mesmo tom do
autor.

Linguagem pessoal: não se copia frases do texto. Pelo contrário,


exprimem-se as ideias principais por palavras nossas.
Há três principais tipos de resumo: Resumo Indicativo: Indica
apenas os pontos principais do texto, não apresentando dados
qualitativos e quantitativos, etc. Resumo Informativo: Informa
suficientemente ao leitor, para que esse possa definir a
conveniência da leitura do texto inteiro. Expõe finalidades,
metodologia, resultados e conclusões, etc. Resumo crítico
(resenha): Resumo redigido por especialistas com análise
interpretativa de um documento.

Características do resumo:

Apresentar linguagem objetiva;

Não ter frases inteiras do texto original;

Respeitar a ordem das informações;

Não ter juízo valorativo (opinião de quem fez o resumo);

Ser compreensível por si mesmo, ou seja, deve dispensar a


consulta ao texto original. É preciso identificar: Fato central -
Informações adicionais - “Quem fez o que” - Onde - Quando -
Como - Por quê - Para quê - Com quem - Para quem

Há 3 principais técnicas de sintetizar: Apagamento;


Generalização e Construção.

Apagamento: Consiste em eliminar partes desnecessárias.

Generalização: Consiste em reduzir os elementos da frase,


usando um critério semântico.

Construção: uma sequência de fatos por um único, que pode


ser presumido a partir deles.

Observe que cada tipo de texto tem informações relevantes para o


resumo: Texto descritivo: prestar especial atenção nos aspectos
visuais e espaciais. Texto narrativo: prestar atenção às relações
de causa e às sequências de tempo. Texto dissertativo: observar
a construção e a organização das ideias.

Gênero textual

É um conceito que busca compreender e explicar a materialização


dos inúmeros textos que utilizamos na vida diária, desde
mensagens telefônicas e posts em redes sociais até entrevistas de
emprego, artigos científicos e outros.

Os gêneros e tipos textuais relacionam-se, pois aqueles se utilizam


destes na sua estrutura. Além disso, outros elementos caracterizam
os gêneros, como interlocutor, contexto, função social e linguagem.

Tipos e gêneros textuais

Existem duas grandes categorias no estudo dos textos:

Tipos textuais e Gêneros textuais

Ambas existem de modo paralelo, mas partem de posicionamentos


distintos, por isso contemplam aspectos diversos e complementares
para categorizar e organizar a variedade de textos que existe em
nossas sociedades.

A tipologia textual é uma categoria que se refere aos aspectos


sequenciais e composicionais dos textos, como suas características
sintáticas, lexicais e estruturais. Desse modo, o que se pretende,
com essa categoria, é analisar a forma como os textos organizam-
se linguisticamente para cumprirem suas funções comunicativas.

O gênero textual, por sua vez, é outra categoria que prioriza os


traços comunicativos, contextuais e sociais que influenciam,
também, na organização dos textos. Essa categoria classifica os
textos por suas funções sociocomunicativas, considerando-se, além
da estrutura linguística, os aspectos extralinguísticos.

Os gêneros textuais são fluidos e mutáveis, sempre se adequando


às novas necessidades sociais, entretanto, todos eles obedecem às
regras de natureza linguística e textual que se apresentam em
todos os gêneros, ou seja, os tipos textuais são aplicados na
construção e modificação dos gêneros textuais.

Por meio dessa relação, é possível estabelecer-se combinações


entre tipos e gêneros textuais. É importante ressaltar que um único
gênero pode conter diversos tipos textuais, com predominância de
um ou mais. Em alguns casos, é possível encontrar gêneros com
uma tipologia específica.

Segue uma lista com os principais tipos textuais e as possíveis


relações entre os tipos e gêneros textuais:
Relação entre tipos e gêneros textuais.

Um mesmo gênero pode


abarcar mais de um tipo
textual, isso demonstra
que utilizamos diversas
sequências linguísticas
para construir nossos
textos, sempre as
mesclando para
potencializar a nossa
escrita.

Além disso, é importante


lembrar que, a depender
da intenção do autor, os
tipos textuais podem ser
utilizados em hierarquias
e arranjos diversos.

Por exemplo, uma notícia


pode ter predominância
do tipo narrativo, pois
conta um fato. Entretanto, a depender do fato a ser contado, o autor
pode utilizar o tipo expositivo para explicar contextos prévios ao
acontecimento em questão, ou ainda utilizar o tipo descritivo para
apresentar uma cena do ocorrido ou acrescentar detalhes a alguma
informação.

Questão - ESTRUTURAÇÃO (Referente aos sentidos, à estrutura


textual e aos aspectos gramaticais do texto)

Texto 1

Stephen Hawking, A Mente Que Superou Tudo em reverência ao


gênio que revolucionou o estudo da cosmologia, o mundo prestou
tributo a Stephen Hawking no dia seguinte a sua morte. O cientista
britânico, símbolo da superação, teve papel decisivo na
divulgação científica e virou um ícone pop. (O Globo, 15/3/2018)
Questão - Na estruturação da notícia do texto 1, o jornal deu
principal destaque ao seguinte papel de Stephen Hawking:

(A) possuir uma mente privilegiada;

(B) ter revolucionado o estudo da cosmologia;

(C) ser um símbolo de superação; Resposta correta.

(D) ter tido papel decisivo na divulgação científica;

(E) ter virado um ídolo pop

O que é uma estrutura textual?

Na prática, a estrutura do texto é justamente como o texto se


apresenta ao leitor e, para saber diferenciar um conteúdo de outro,
é necessário entender as peculiaridades de cada tipo de
produção textual, com sua linguagem, forma e aspecto tipológico
>>> tudo se resume a Tipologia textual.

Produção textual é o ato de expor por meio de palavras as ideias


sobre determinado assunto. Saber como escrever um texto pode
ser um pré-requisito para conseguir um emprego e uma vaga na
faculdade. ... Vale lembrar que o hábito da leitura é essencial para
se produzir um bom texto. Tipos: As tipologias existentes dentro da
produção textual são as seguintes: texto narrativo, texto
descritivo, texto dissertativo e texto expositivo (tipologia
textual)

Linguística textual é uma orientação possível na análise de textos. A


linguística textual é basicamente uma criação da Europa
continental, e é especialmente valorizada na Alemanha e na
Holanda.

A linguística textual (mesmo que tipologia textual) faz um uso


pesado dos conceitos e da terminologia linguística corrente, e muito
do que se faz nesse campo são tentativas de estender os tipos
correntes de análise linguística a unidades maiores do que a
sentença.
Tipos: 1 – Narrativo. Exemplos: Romances; ...
2 – Descritivo. Exemplos: Diários; ...
3 – Dissertativo argumentativo. Exemplos: Artigos de opinião; ...
4 – Dissertativo expositivo. Exemplos: Jornais; ...
5 – Explicativo injuntivo. Exemplos: Receitas culinárias; ...
6 – Explicativo prescritivo. Exemplos: Edital de concursos públicos;
Leis; Cláusulas contratuais; Regras de trânsito; Constituição;
Códigos.

Aspectos tipológicos: O aspeto tipológico de um texto diz respeito


ao propósito com o qual o texto foi escrito. Assim, as diferentes
tipologias textuais são: narração, dissertação, descrição,
informação e injunção. Prestar atenção! Muitas vezes
a tipologia textual é confundida com gênero textual.

COMO SE ESTRUTURA UM TEXTO?

A maioria dos gêneros textuais é composta pela estrutura:


introdução, desenvolvimento e conclusão. Essas partes são
compostas por parágrafos que auxiliam na lógica e na coerência do
texto, conforme a explicação:

Introdução

É a primeira parte do ensaio, que convida o leitor a continuar a ler o


texto. Se a produção textual for bastante longa, pode-se escrever
mais de um parágrafo para a introdução.

Há diferentes maneiras de se começar um ensaio. Entretanto, as


mais comuns e fáceis são: iniciar com uma pergunta ou alguma
reflexão, com uma citação ou com estatísticas que apresentem o
tema que o autor pretende desenvolver.

Desenvolvimento

É o corpo textual do ensaio cujas ideias, anteriormente abordadas


na introdução, descrevem e narraram dados ou fatos, dialogam com
outros textos por meio de citações diretas ou indiretas e apresentam
reflexões e opiniões do autor. Recomenda-se dividir as ideias por
parágrafos para facilitar a leitura e poder organizar-se melhor.
Também é aconselhável utilizar entre os parágrafos palavras
conectoras que indiquem coerência entre a ideia anterior e a
seguinte.
Conclusão

É a última parte do ensaio. Compreende uma comprovação da ideia


que se expôs na introdução, agora mais aprofundada, pois se
supõe que, ao longo do ensaio, apresentaram-se argumentos e
reflexões que foram articuladas pelo autor.

COMO ESTRUTURAR OS PARÁGRAFOS?

Os parágrafos são compostos por frases e cada frase possui uma


função: tópico frasal, apresentação de argumentos e frase de
fechamento. A princípio, esta classificação pode parecer um tanto
complicada, mas conhecê-la é imprescindível para redigir um bom
texto. Para esclarecer tais explicações, apresenta-se o seguinte
esquema:

Questão - Texto 1

Stephen Hawking, A Mente Que Superou Tudo em reverência ao


gênio que revolucionou o estudo da cosmologia, o mundo prestou
tributo a Stephen Hawking no dia seguinte a sua morte. O cientista
britânico, símbolo da superação, teve papel decisivo na divulgação
científica e virou um ícone pop. (O Globo, 15/3/2018)
Ao dizer que o cientista inglês “virou um ícone pop”, o autor do
texto 1 quer dizer que ele:

(A) tornou-se temática de muitos filmes modernos;

(B) realizou tarefas ligadas à arte popular;

(C) alcançou popularidade acima das expectativas;

(D) obteve uma fama comparável à de artistas populares; Resposta


correta

(E) conquistou um espaço nas artes plásticas.

3. Charge (gênero textual)

A charge acima é uma homenagem a Stephen Hawking,


destacando o fato de o cientista:

(A) ter alcançado o céu após sua morte;

(B) mostrar determinação no combate à doença;

(C) ser comparado a cientistas famosos;

(D) ser reconhecido como uma (ARTIGO) mente brilhante;


Resposta correta

(E) localizar seus interesses nos estudos de Física.

Olha Galileu,(vocativo) a (artigo) mente brilhante que (nós –


implícito no texto) estavámos esperando!
O que é um artigo:

Na gramática, o artigo é a classe de palavras que antecede o


substantivo para determiná-lo de modo particular ou geral. Há dois
tipos de artigos: Artigos definidos: o, os, a, as; Artigos
indefinidos: um, uns, uma, umas.

Como saber se a palavra é artigo?

O artigo antepõe o substantivo, determinando-o ou


indeterminando-o. O artigo integra as dez classes gramaticais que
conhecemos, definindo-se como o termo que antepõe o substantivo
para determiná-lo ou indeterminá-lo, indicando, também, o gênero
(masculino/feminino) e o número (singular/plural).

Charge

A charge é um gênero jornalístico que se utiliza da imagem para


expressar à coletividade o posicionamento editorial do veículo. É
uma crítica carregada de ironia e que reflete situações do cotidiano.

Por meio da charge, o leitor tem a capacidade de compreender a


dinâmica de acontecimentos ocorridos em todo o mundo. O
chargista, como é chamado o profissional que desenha charges,
precisa estar inteiramente familiarizado com os assuntos
jornalísticos para conseguir retratar e transmitir a mensagem em um
único quadro de elementos gráficos.

Características da Charge

Retrata a atualidade;

É usada em uma notícia que retrata um fato social ou político de


relevância;

Se origina na notícia jornalística;

Reflete na imagem o posicionamento editorial do veículo;

A charge também pode ser chamada de texto visual em que utiliza


o humor ao mesmo tempo em que critica;

Como se alimenta da novidade, é tida como uma narrativa efêmera;


Caso não venha acompanhada de uma notícia, pode não ser
compreendida pelo leitor.

Charge Política

Por ser íntima da atualidade, a charge é amplamente utilizada no


debate jornalístico que trata da política. É praticamente obrigatório
aos jornais destinarem um espaço exclusivo à postagem de
charges.

Observação em Cartum

O cartum é um gênero jornalístico de opinião e análise que pode


usado como crítica. Entre suas características está a sátira e o
humor. É utilizado por todos os veículos que se utilizam da
ilustração para transmitir informação: os jornais, as revistas e a
internet.

Como se utiliza da crítica, o cartum é, por vezes, mordaz ao expor


os hábitos e comportamentos humanos.

Diferença entre Charge e Cartum

O elemento de tempo é a principal diferença entre charge e cartum.


Enquanto a charge retrata situações atuais embasadas em notícias,
o cartum é utilizado para criticar e satirizar situações atemporais.

Ação atemporal

Atemporal é um adjetivo usado para qualificar algo ou alguém


que não é afetado pelo passar do tempo, ou seja, que faz parte
de qualquer época ou tempo.

História em quadrinhos

As histórias em quadrinhos são um dos 11 tipos de arte presentes


no mundo. Muito apreciadas pelo público jovem, são uma maneira
despojada e divertida de contar histórias.

O que é História em Quadrinhos?

História em quadrinhos - ou HQ - é o nome dado à arte de narrar


histórias através de desenhos e textos em sequência, normalmente
na horizontal.
Essas histórias possuem os fundamentos básicos das narrativas:
enredo, personagens, tempo, lugar e desfecho. No geral,
apresentam linguagem verbal e não-verbal.

Os artistas utilizam diversos recursos gráficos nesse gênero textual


para trazer o leitor para "dentro" da história contada.

Para comunicar as falas das personagens, por exemplo, são


empregados balões com textos escritos. O formato desses balões
também transmite intenções distintas.

Por exemplo, balões com linhas contínuas sugerem uma fala em


tom normal; os balões com linhas tracejadas indicam que a
personagem está sussurrando; os balões em forma de nuvens
apontam pensamentos; já os balões com traços pontiagudos
exibem gritos.

Outro recurso bastante explorado são as onomatopeias, definidas


como palavras que tentam reproduzir os sons. Exemplo: “cabrum”,
como o som de trovão; “tic-tac”, como o som dos ponteiros do
relógio, entre outros.

Outro recurso bastante explorado são as onomatopeias, definidas


como palavras que tentam reproduzir os sons. Exemplo: “cabrum”,
como o som de trovão; “tic-tac”, como o som dos ponteiros do
relógio, entre outros.

Também são exploradas as letras de tipos diferentes e sinais de


pontuação, sempre buscando a interação com o leitor.

Os suportes mais usados para a publicação das histórias em


quadrinhos são os jornais, as revistas e os gibis.

ONOMATOPEIA

A Onomatopeia é uma figura de linguagem que reproduz fonemas


ou palavras que imitam os sons naturais, quer sejam de objetos, de
pessoas ou de animais.

Esse recurso aumenta a expressividade do discurso, motivo pelo


qual é muito utilizado na literatura e nas histórias em quadrinhos.
Segue abaixo lista das principais onomatopeias:

Ratimbum: som de instrumentos musicais (Ra = caixa, tim = pratos,


bum = bombo)

Tic-tac: som do relógio

Toc-toc: som de bater na porta

Sniff sniff: som de pessoa triste, chorando

Buááá: ruído de choro

Atchim: barulho de espirro

Uhuuu: grito de felicidade ou adrenalina

Aaai: grito de dor

Cof-cof: som de tosse

Urgh: referente ao nojo

Nhac: ruído de mordida

Aff: som que expressa tédio e raiva

Grrr: som de raiva

Zzzz: som de homem ou animal dormindo

Tchibum: som de mergulho

Tum-tum: batidas do coração

Plaft: som de queda

Bum: ruído de explosão

Crash: som de batida


Smack: som de beijo

Au Au: som do cachorro

Miau: som do gato

Cocóricó: som do galo cantando

Piu-piu: som do passarinho

Vrum-vrum: som de motor (moto, carro, etc.)

Bang-bang: som de tiro

Bi-bi: som de buzina

Din-don: som da campainha

Blém-blém: badalar dos sinos

Trrrim-trrrim: ruído de telefone tocando.

Essa charge traz elementos verbais – a fala de Einstein – e


elementos imagísticos; entre os significados construídos pelos
dados da imagem, NÃO está correta a seguinte afirmação:

(A) as asas na cadeira de rodas indicam a pureza angelical do


cientista falecido; Resposta correta.

(B) a aparência da cadeira de rodas indica a alta tecnologia de que


dispunha o cientista morto;

(C) a gestualidade de Einstein mostra alegria na recepção a


Stephen Hawking;
(D) a espécie de luneta em uma das mãos de Galileu se refere à
sua atividade de observador astronômico;

(E) as roupas dos cientistas estão adequadas à época em que


viveram

Olha Galileu,(vocativo) a (artigo) mente brilhante que (nós –


implícito no texto) estavámos esperando!

Sobre a frase dita por Einstein, é correto afirmar que:

(A) o termo “Galileu”, por ser um vocativo, deveria ser colocado no


início da frase;

O vocativo é um termo que indica o “chamamento”, “invocação”,


“interpelação” de uma pessoa (interlocutor) real ou fictícia.

Geralmente, ele é isolado por vírgulas quando a pausa for curta,


ou com o ponto de exclamação, interrogação ou reticências, quando
for uma pausa longa.

O aposto, tal qual o vocativo, é um termo acessório da oração.


Entretanto, diferente dele, possui relação sintática com os termos
da oração.

Sendo assim, o aposto é o termo encarregado de explicar ou


detalhar melhor o nome ao qual se refere e, geralmente, vem
separado por vírgulas, travessões ou parênteses, por exemplo:

- Camilo Castelo Branco, escritor português, nasceu na cidade de


Lisboa em 1825 -

(B) o adjetivo “brilhante”, por ser um adjetivo qualificativo, deveria


vir antes do substantivo “mente”;

O adjetivo qualificativo, que exprime qualidades e características.


Normalmente é colocado à direita do nome, embora possa ser
colocado antes dele, correspondendo a uma alteração de sentido. A
título de exemplo, temos as seguintes frases: Ele é um homem
rico/Ele é um rico homem.

(C) o pronome “nós”, implícito em “estávamos esperando” se refere


a todos os habitantes do céu;
As palavras implícito e explícito existem no português e estão
corretas. Apresentam, contudo, significados diferentes, devendo ser
usadas em situações diferentes. Implícito se refere principalmente
a uma informação que está subentendida. Explícito indica uma
informação expressa de forma clara e compreensível.

(D) o termo “Galileu” deveria aparecer entre vírgulas, por ser um


vocativo; Resposta correta

(E) o emprego da forma “olha” é desaconselhável por pertencer à


linguagem coloquial

A linguagem coloquial compreende a linguagem informal, popular,


que utilizamos frequentemente em situações informais como numa
conversa entre amigos, familiares, vizinhos, etc.

Quando utilizamos a linguagem coloquial, decerto que não estamos


preocupados com as normas gramaticais. Por isso, falamos de
maneira rápida, espontânea, descontraída, popular e regional com o
intuito de interagir com as pessoas.

Dessa forma, é comum usar gírias, estrangeirismos, abreviar e criar


palavras, cometer erros de concordância, os quais não estão de
acordo com a norma culta. Para tanto, quando escrevemos um
texto, é muito importante que utilizemos a linguagem formal (culta),
ou seja, gramaticalmente correta.

Isso é um problema que ocorre muitas vezes com os estudantes


que tentam produzir um texto, e por estarem tão familiarizados com
a linguagem falada, não conseguem se distanciar da maneira de
falar.

Outro exemplo, é quando fazemos uma entrevista de emprego.


Nesse momento, devemos deixar de lado a linguagem coloquial e
dar lugar à linguagem formal ou culta.

Isso porque torna-se deselegante conversar com seu chefe ou


superior de maneira coloquial, por exemplo, com um discurso
repleto de gírias, abreviações e erros gramaticais.

Note que a linguagem coloquial faz parte do cotidiano das pessoas


de todos os lugares do mundo. A ideia não é que ela seja
substituída pela linguagem formal, mas que todos compreendam a
diferença existente entre elas e os contextos de uso de cada uma.
Questão - Texto 2:

Inteligência e sabedoria não são a mesma coisa. Entretanto, na


linguagem cotidiana, usamos os dois termos indistintamente.
Vivemos em uma sociedade onde a eficiência e os resultados são
valorizados. Aparentemente, apenas os mais inteligentes estão
destinados a obter sucesso. No entanto, apenas os sábios
conseguem uma felicidade autêntica. Eles são guiados por valores
e preocupados em fazer uso da bondade, aplicando uma visão mais
otimista à vida. (introdução)

Se procurarmos agora no dicionário o termo sabedoria, será


encontrada uma definição simples: a faculdade das pessoas de agir
de maneira sensata, prudente ou correta. Sendo assim, a primeira
pergunta que vem à mente é: a inteligência não nos dá a
capacidade de nos movimentarmos no nosso dia a dia da mesma
maneira? Um QI médio ou alto não nos garante a capacidade de
tomar decisões acertadas? (Desenvolvimento)

É claro que sim. Também é claro que quando falamos de


inteligência surgem diferentes nuances. Por isso, o tipo de
personalidade e a maturidade emocional são fatores que
influenciam mais concretamente as realizações das pessoas. Isso
também é verdadeiro em relação à capacidade de investir mais ou
menos em seu próprio bem-estar e no dos outros.
(Desenvolvimento)

Em vista disso, inteligência e sabedoria são dois conceitos


interessantes. Assim, poderemos ter uma ideia mais precisa e útil
do que realmente são. Afinal, se queremos algo, além de ter um alto
QI, é necessário desenvolver uma sabedoria excepcional e moldar
uma personalidade virtuosa. Isso vai um passo além do cognitivo e
do emocional. “A verdadeira sabedoria está em reconhecer a
própria ignorância.” Sócrates. Disponível em
https:amentemaravilhosa.com.br/inteligencia-e-sabedoria
(Conclusão)

Questão - “Inteligência e sabedoria não são a mesma coisa”.


Essa frase tem a função textual de:

(A) introduzir tematicamente o assunto do texto 2, sem


preocupações, no momento, de explicar a afirmativa;

(B) indicar uma questão que será resolvida no restante do texto 2;


(C) propor uma reflexão conjunta com o leitor;

(D) despertar o interesse do leitor pela leitura do texto 2;

(E) mostrar o posicionamento do autor diante de uma questão


polêmica no terreno da psicologia.

Função textual

A função textual identifica-se com a oração que desempenha


a função de construir uma mensagem, assim como o
significado textual, a partir da relação do texto com o contexto
social. ... Essa função serve às demais como suporte, uma vez que
promove a interação entre forma, conteúdo e contexto de produção
do discurso.

As funções da linguagem dizem respeito aos papéis que a


linguagem cumpre enquanto instrumento de comunicação entre
dois ou mais indivíduos. Essa comunicação pode ser feita de
maneiras particulares, dependendo do tipo de efeito que o
remetente (isto é, quem produz um enunciado) quer passar na
mensagem para o destinatário (quem recebe o enunciado).

As funções da linguagem são:

 função referencial;
 função poética;
 função fática;
 função conativa;
 função emotiva;
 função metalinguística.

Elementos da comunicação

As funções da linguagem estão intimamente relacionadas com a


comunicação e seus efeitos de sentido, já que cada elemento da
comunicação está associado a uma função da linguagem.

 Remetente/Emissor: é quem produz o enunciado e emite a


mensagem para estabelecer a comunicação.
 Destinatário/Receptor: é quem recebe o enunciado emitido
pelo remetente.
 Mensagem: é o enunciado em si, o que foi comunicado pelo
emissor ao receptor.
 Contexto: é o assunto do enunciado, indicando seu
significado. Pelo contexto, os interlocutores terão maior
clareza sobre a mensagem.
 Contato: é o canal através do qual se estabelece a
comunicação.
 Código: é o sistema seguido pelos interlocutores para
estabelecer a comunicação.

Função referencial ou denotativa

Quando o enunciado se centra no contexto, dizemos que a


linguagem possui função referencial ou denotativa. Nesse caso, o
emissor transmite a mensagem da maneira mais realista e objetiva
possível. Costuma ser a função predominante em notícias de
jornais e em artigos científicos.

Taxa oficial de desmatamento é 42% maior do que apontava sistema de alertas do


Inpe

A taxa oficial de desmatamento na Amazônia Legal divulgada nesta segunda-feira (18) é


42,8% maior do que os números já divulgados antes nos alertas de desmate.

A comparação leva em conta dois sistemas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais


(Inpe): os dados mais recentes são do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na
Amazônia Legal por Satélite (Prodes), que é divulgado uma vez por ano e verificou área de
9.762 km² desmatados entre agosto de 2018 e julho de 2019.

Nesse exemplo, a notícia é descrita do modo mais objetivo


possível, com pouca ou nenhuma impressão pessoal do emissor
(IMPESSOALIDADE). Trata-se de uma comunicação que apresenta
dados e veicula informações, portanto, está focada no contexto. 

Função poética

Na função poética, o enunciado centra-se na mensagem. Significa


que há muito mais preocupação estética e nos efeitos que a
mensagem pode causar. Por isso mesmo, costuma ser um
enunciado que pode gerar muitas interpretações pessoais. Tende a
ser a função predominante em poemas, músicas, quadros e obras
artísticas em geral. A seguir, um exemplo:

Ou isto ou aquilo
Ou se tem chuva e não se tem sol,

ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,

ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,

quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa

estar ao mesmo tempo nos dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,

ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo…

e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,

se saio correndo ou fico tranquilo.

Mas não consegui entender ainda

qual é melhor: se é isto ou aquilo.

(Cecília Meireles)

O poema é escrito em versos e, em muitos casos, apresenta rimas


ou um jogo de sons entre as palavras. Por isso, a forma é um
elemento muito importante para esse tipo de comunicação, já que
influencia de modo mais explícito a mensagem que se passa.

Função fática

Quando o enunciado se centra no contato (ou no canal), dizemos


que a linguagem possui função fática. Nesse caso, a mensagem
está sempre voltada para o contato em si, a fim de certificar-se de
que o canal está aberto, funcionando eficientemente, e de prolongar
a comunicação. Costuma estar presente em determinados
momentos de ligações telefônicas ou contatos por escrito (cartas e
e-mails), além de algumas construções orais. Veja o exemplo:

“Alô? Alô, você está me ouvindo?”

Nesse caso, a mensagem do emissor ao receptor está


completamente associada ao canal através do qual estão falando (o
telefone). Observe o próximo exemplo:

“Pergunta rápida: você está lendo este texto na tela do seu


smartphone? Se a resposta for sim, você certamente não é uma
exceção.”|2|

No exemplo, a mensagem torna-se fática quando o emissor


pergunta através de qual canal o receptor está acessando a
mensagem. Para obter mais detalhes sobre essa modalidade,
acesse: Função fática.

Função conativa ou apelativa

Se o enunciado centra-se no receptor da mensagem, a linguagem


possui função conativa (ou apelativa). Aqui, o enunciado procura
estabelecer um vínculo muito forte com o receptor, chamando sua
atenção. Por isso, muitas vezes é um enunciado na 2ª pessoa.
Essa função está fortemente relacionada a anúncios publicitários.
Observe o exemplo:

“Venha para a nossa instituição e torne-se um dos maiores


pensadores do país!”

Nesse caso, a mensagem tem função conativa ao dirigir-se ao


receptor e propor a ele a possibilidade de destacar-se (tornando-se
“um dos maiores pensadores do país”). Vamos a outro exemplo:

“Cuide de seu corpo, pois você mora nele.”

A frase de Abílio Diniz possui função conativa, já que, além de


dirigir-se diretamente ao receptor, também chama sua atenção ao
estabelecer um vínculo com ele, aconselhando-o a respeito do
próprio corpo. Saiba mais detalhes sobre a função de linguagem
abordada acessando: Função conativa.

Função emotiva ou expressiva


A função emotiva, por outro lado, está centrada no próprio emissor.
Assim sendo, costuma tratar-se de um enunciado repleto de lirismo
e de subjetividade, comumente construído na 1ª pessoa. O eu-lírico
mostra-se de maneira muito evidente. Costuma estar presente em
diários e em obras artísticas narradas em 1ª pessoa ou baseadas
na autorrepresentação.

Leia o exemplo a seguir, retirado do livro Quarto de despejo, de


Carolina Maria de Jesus (chamamos atenção para o fato de que a
escrita foge à norma padrão da língua portuguesa):

“Fiquei pensando que precisava comprar pão, sabão e leite para a


Vera Eunice. E os 13 cruzeiros não dava! Cheguei em casa, aliás
no meu barracão, nervosa e exausta. Pensei na vida atribulada que
eu levo. Cato papel, lavo roupa para dois jovens, permaneço na rua
o dia todo. E estou sempre em falta.”

No trecho, retirado do diário de Carolina Maria de Jesus, predomina


a função emotiva, visto que está em 1ª pessoa e expressa a
subjetividade da autora, com seus pensamentos e sentimentos.

Vejamos outro exemplo|3|:

“Só sei que é difícil acreditar que esse cara seja um engenheiro civil
de gabarito, que cava estradas no Acre. Vocês, que são vizinhos de
porta, já devem ter ouvido essa história da dona Vera, ela conta até
pelos corredores.”

O excerto foi retirado do livro Acre, de Lucrecia Zappi. No trecho


também há predomínio da função emotiva, visto que está em 1ª
pessoa e apresenta o ponto de vista da personagem Oscar, que é o
narrador-personagem da obra de Lucrecia. Temos suas impressões
e reflexões a respeito de alguém. Para aprofundar-se mais nesse
tema, leia: Função emotiva.

Função metalinguística

Quando o código é que se mostra o centro do enunciado, trata-se


da função metalinguística. Como o próprio nome diz, o enunciado
foca o código por meio do qual se estabelece a mensagem, citando-
o e/ou descrevendo-o explicitamente. Está presente sempre que o
código é explicitado de alguma forma.
Leia o trecho seguinte de Memórias póstumas de Brás Cubas, de
Machado de Assis, em que o narrador escreve sobre o próprio
processo de escrita do livro:

“Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio


ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou
a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo
nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente
método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor
defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço;
a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo.
Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas
no cabo; diferença radical entre este livro e o Pentateuco.”

Questão - “Inteligência e sabedoria não são a mesma coisa.


Entretanto, na linguagem cotidiana, usamos os dois termos
indistintamente”.

Esse segmento do texto 2 mostra que nossa linguagem cotidiana


(que nada mais é, do que nossa linguagem informal, linguagem do
dia a dia):

(A) falha em determinar especificidades da realidade; Resposta


correta, e porque está correta? Porque realidade tem a ver com o
nosso dia a dia. Precisamos nos atentar a esses detalhes.

(B) é empregada de diferentes formas em função da situação


comunicativa em que se insere;

(C) não possui todos os vocábulos necessários à perfeita


comunicação humana;

(D) engloba todo o conhecimento humano, mas não é usada de


forma coerente por todos;

(E) não é capaz de mostrar a diferença entre realidades próximas

Questão - “Inteligência e sabedoria não são a mesma coisa.


Entretanto, na linguagem cotidiana, usamos os dois termos
indistintamente”. Nesse segmento do texto 2, o conector
“entretanto” só NÃO pode ser substituído de forma
semanticamente adequada por:

(A) contudo; (B) todavia; (C) conquanto; (D) no entanto;

(E) porém.

Significado de Entretanto – É uma Conjunção, e as conjunções são


vocábulos gramaticais cuja função é reunir ou relacionar orações
em um mesmo enunciado. Quando houver duas ou mais palavras
com a função de conjunção, dizemos que se trata de uma locução
conjuntiva. As conjunções e locuções conjuntivas têm o objetivo de
unir duas ou mais orações ou palavras.

Mas, porém, contudo, todavia: queria ficar, entretanto fui embora.

[Gramática] Conjunção que indica oposição ou limitação: estava


almoçando, entretanto não a pude esperar e fui embora.

Advérbio

Neste meio tempo; inserido no espaço de tempo entre duas ações:


estava almoçando, entretanto, ela chegou.

Expressão

Entretanto que. Espaço de tempo entre uma coisa e outra - em fase


intermédia; enquanto: e, entretanto que a noite chegava, pediu que
fossem embora.

Nesse, neste e naquele entretanto. Nesse, neste, naquele período


intermediário.

No entretanto. No entanto ou todavia: embora o tempo estivesse


mal, no entretanto, eles decidiram ir à praia.

CONECTIVOS

Conectivos são conjunções que ligam as orações, estabelecem a


conexão entre as orações nos períodos compostos e também
as preposições, que ligam um vocábulo a outro.

O período composto é formado de duas ou mais orações. Quando


essas orações são independentes umas das outras, chamamos de
período composto por coordenação. Essas orações podem estar
justapostas (sem conectivos) ou ligadas por conjunções (=
conectivos).

CONECTIVOS coordenativos são as seguintes conjunções


coordenadas:

ADITIVAS (adicionam, acrescentam): e, nem (e não), também,


que; e as locuções: mas também, senão também, como
também...Ela estuda e trabalha.

ADVERSATIVAS (oposição, contraste): mas, porém, todavia,


contudo, entretanto, senão, que. Também as locuções: no entanto,
não obstante, ainda assim, apesar disso.
Ela estuda, no entanto não trabalha.

ALTERNATIVAS (alternância): ou. Também as locuções ou...ou,


ora...ora, já...já, quer...quer...
Ou ela estuda ou trabalha.

CONCLUSIVAS (sentido de conclusão em relação à oração


anterior): logo, portanto, pois (posposto ao verbo). Também as
locuções: por isso, por conseguinte, pelo que...
Ela estudou com dedicação, logo deverá ser aprovada.

EXPLICATIVAS (justificam a proposição da oração anterior): que,


porque, porquanto...Vamos estudar, que as provas começam
amanhã.

Quando as orações dependem sintaticamente umas das outras,


chamamos período composto por subordinação. Esses períodos
compõem-se de uma ou mais orações principais e uma ou mais
orações subordinadas.

CONECTIVOS subordinativos são as seguintes conjunções e


locuções subordinadas:

CAUSAIS (iniciam a oração subordinada denotando causa.): que,


como, pois, porque, porquanto. Também as locuções: por isso que,
pois que, já que, visto que...
Ela deverá ser aprovada, pois estudou com dedicação.

COMPARATIVAS (estabelecem comparação): que, do que (depois


de mais, maior, melhor ou menos, menor, pior), como...Também as
locuções: tão...como, tanto...como, mais...do que, menos...do que,
assim como, bem como, que nem...
Ela é mais estudiosa do que a maioria dos alunos.

CONCESSIVAS (iniciam oração que contraria a oração principal,


sem impedir a ação declarada): que, embora, conquanto. Também
as locuções: ainda que, mesmo que, bem que, se bem que, nem
que, apesar de que, por mais que, por menos que...
Ela não foi aprovada, embora tenha estudado com dedicação.

CONDICIONAIS (indicam condição): se, caso. Também as


locuções: contanto que, desde que, dado que, a menos que, a não
ser que, exceto se...
Ela pode ser aprovada, se estudar com dedicação.

Finais (indicam finalidade): As locuções para que, a fim de que, por


que...
É necessário estudar com dedicação,para que se obtenha
aprovação.

TEMPORAIS (indicam circunstância de tempo): quando, apenas,


enquanto...Também as locuções: antes que, depois que, logo que,
assim que, desde que, sempre que...
Ela deixou de estudar com dedicação,quando foi aprovada.

CONSECUTIVAS (indicam conseqüência): que (precedido de tão,


tanto, tal) e também as locuções: de modo que, de forma que, de
sorte que, de maneira que...
Ela estudava tanto, que pouco tempo tinha para dedicar-se à
família.

INTEGRANTES (introduzem uma oração):se, que.


Ela sabe que é importante estudar com dedicação.

Forma semântica

A semântica é o ramo da linguística que estuda os significados e/ou


sentido dos vocábulos da língua.

De acordo com duas vertentes, “sincrônica” e “diacrônica”, a


semântica é dividida em:

Semântica Descritiva: denominada de semântica sincrônica, essa


classificação indica o estudo da significação das palavras na
atualidade.
Semântica Histórica: denominada de semântica diacrônica, se
encarrega de estudar o significado das palavras em determinado
espaço de tempo.

A fim de conhecer as palavras apropriadas para empregá-las em


determinados discursos, recorremos à semântica, ou seja, a
significação dos termos.

Para isso, alguns conceitos são basilares para o estudo das


significações, a saber:

Sinonímia e Antonímia

Os sinônimos designam as palavras que possuem significados


semelhantes, por exemplo:

andar e caminhar

usar e utilizar

fraco e frágil

Do grego, a palavra sinônimo significa “semelhante nome” sendo


classificados de acordo com a semelhança que compartilham com o
outro termo.

Os sinônimos perfeitos possuem significados idênticos (após e


depois; léxico e vocabulário). Já os sinônimos imperfeitos possuem
significados parecidos (gordo e obeso; córrego e riacho).

Os antônimos designam as palavras que possuem significados


contrários, por exemplo:

claro e escuro

triste e feliz

bom e mau

Do grego, a palavra “antônimo” significa “nome oposto, contrário”.

Paronímia e Homonímia
Homônimos são palavras que ora possuem a mesma pronúncia,
(palavras homófonas), ora possuem a mesma grafia (palavras
homógrafas), entretanto, possuem significados diferentes.

São chamados de "homônimos perfeitos", as palavras que possuem


a mesma grafia e a mesma sonoridade na pronúncia, por exemplo:

O pelo do cachorro é curto.

Pelo caminho da vida.

Tenho que chegar cedo.

Cedo meu lugar aos idosos.

Parônimos são aquelas palavras que possuem significados


diferentes, porém se assemelham na pronúncia e na escrita, por
exemplo:

soar (produzir som) e suar (transpirar);

acento (sinal gráfico) e assento (local para sentar);

acender (dar luz) e ascender (subir).

Polissemia

A polissemia representa a multiplicidade de significados de uma


palavra.

Com o decorrer do tempo, determinado termo adquiriu um novo


significado, entretanto, ainda se relaciona com o original, por
exemplo:

A menina quebrou a perna no acidente.

A perna da cadeira é marrom.

Que letra ilegível!

A letra dessa canção é muito bonita.

Conotação e Denotação
A conotação designa o sentido virtual, figurado e subjetivo da
palavra, alargando o seu campo semântico. Assim, depende do
contexto.

Na maioria das vezes, a conotação é utilizada nos textos poéticos


com o intuito de produzir sensações no leitor.

A denotação designa o sentido real, literal e objetivo da palavra. Ela


explora uma linguagem mais informativa, em detrimento de uma
linguagem mais poética (conotativa).

É muito utilizada nos trabalhos acadêmicos, jornais, manuais de


instruções, dentre outros

Exemplos:

Ele foi um cara de pau! (sentido conotativo)

Não foi aquele cara que te pediu informação ontem? (sentido


denotativo)

Agiu como um porco. (sentido conotativo)

No sítio do meu avô há um porco. (sentido denotativo)

Valor semântico é o sentido atribuído às palavras mediante o seu


contexto.

Muitas vezes, as mesmas palavras têm significados distintos.


Vejamos os exemplos:

Tinha uma vizinha que era uma cobra!

O caseiro encontrou uma cobra no sítio.

A palavra cobra usada nos dois exemplos diferem no seu


significado. No primeiro deles, a pessoa não está contente com a
vizinha, que segundo ela é uma pessoa má, cuja convivência é
difícil. No segundo, a palavra tem o sentido literal, ou seja, de um
réptil.

No caso das preposições e das conjunções, a mesma palavra


também pode assumir valores diferentes. É por isso que, embora
algumas delas sejam mais frequentes em determinado tipo, o seu
valor semântico somente pode ser verificado mediante a relação
estabelecida em determinado contexto.

Valor semântico das preposições

Assunto: O livro trata de culinária.

Causa: Com a barba feita, conseguiu emprego.

Companhia: Se for para ir com você eu vou.

Conformidade: Entreguei tudo como ele pediu.

Distância: A poucos metros você encontra a padaria.

Finalidade: Cheguem cedo para não perdermos o ônibus.

Instrumento: Com o que você se machucou?

Lugar: Mudou-se para a Alemanha.

Matéria: Fiz bolo de chocolate.

Meio: Falei com ela por telefone.

Modo: Faz tudo com disposição.

Oposição: Agiu contra a minha vontade.

Origem: De onde você é?

Posse: Este livro é da biblioteca?

Tempo: Vou me aposentar por tempo de contribuição.

Saiba mais sobre o tema:

Preposição

Exercícios de preposição

Valor semântico das conjunções

Adição: Passeei e descansei.

Adversidade: Faço tudo e não vejo nada pronto.


Alternativa: Ora estudava, ora fingia que estudava.

Causa: Como estou doente, não vou à festa.

Comparação: Anda como a mãe.

Concessão: Vou à praia, e está chovendo.

Conclusão: Não dormiu em casa porque a cama está arrumada.

Condição: Se resolver ir, chame.

Conformidade: Faço tudo como ele quer.

Consequência: Você mexe-se, e eu atiro.

Explicação: Fica, pois ela vai precisar de ajuda.

Finalidade: Faço o bolo e levo na hora do Parabéns.

Proporção: Tanto mais faz, tanto menos é reconhecido.

Tempo: Quando o professor chegar, eu guardo o telefone.

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