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LÍNGUA PORTUGUESA

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Apresenta um enredo, com ações e


relações entre personagens, que ocorre
Compreender e interpretar textos é essencial para que o obje- em determinados espaço e tempo. É
TEXTO NARRATIVO
tivo de comunicação seja alcançado satisfatoriamente. Com isso, é contado por um narrador, e se estrutura
importante saber diferenciar os dois conceitos. Vale lembrar que o da seguinte maneira: apresentação >
texto pode ser verbal ou não-verbal, desde que tenha um sentido desenvolvimento > clímax > desfecho
completo. Tem o objetivo de defender determinado
A compreensão se relaciona ao entendimento de um texto e TEXTO ponto de vista, persuadindo o leitor a
de sua proposta comunicativa, decodificando a mensagem explíci- DISSERTATIVO partir do uso de argumentos sólidos.
ta. Só depois de compreender o texto que é possível fazer a sua ARGUMENTATIVO Sua estrutura comum é: introdução >
interpretação. desenvolvimento > conclusão.
A interpretação são as conclusões que chegamos a partir do Procura expor ideias, sem a necessidade
conteúdo do texto, isto é, ela se encontra para além daquilo que de defender algum ponto de vista. Para
está escrito ou mostrado. Assim, podemos dizer que a interpreta- isso, usa-se comparações, informações,
ção é subjetiva, contando com o conhecimento prévio e do reper- TEXTO EXPOSITIVO
definições, conceitualizações etc. A
tório do leitor. estrutura segue a do texto dissertativo-
Dessa maneira, para compreender e interpretar bem um texto, argumentativo.
é necessário fazer a decodificação de códigos linguísticos e/ou vi-
suais, isto é, identificar figuras de linguagem, reconhecer o sentido Expõe acontecimentos, lugares, pessoas,
de conjunções e preposições, por exemplo, bem como identificar de modo que sua finalidade é descrever,
expressões, gestos e cores quando se trata de imagens. TEXTO DESCRITIVO ou seja, caracterizar algo ou alguém. Com
isso, é um texto rico em adjetivos e em
Dicas práticas verbos de ligação.
1. Faça um resumo (pode ser uma palavra, uma frase, um con-
Oferece instruções, com o objetivo de
ceito) sobre o assunto e os argumentos apresentados em cada pa-
TEXTO INJUNTIVO orientar o leitor. Sua maior característica
rágrafo, tentando traçar a linha de raciocínio do texto. Se possível,
são os verbos no modo imperativo.
adicione também pensamentos e inferências próprias às anotações.
2. Tenha sempre um dicionário ou uma ferramenta de busca
por perto, para poder procurar o significado de palavras desconhe- Gêneros textuais
cidas. A classificação dos gêneros textuais se dá a partir do reconhe-
3. Fique atento aos detalhes oferecidos pelo texto: dados, fon- cimento de certos padrões estruturais que se constituem a partir
te de referências e datas. da função social do texto. No entanto, sua estrutura e seu estilo
4. Sublinhe as informações importantes, separando fatos de não são tão limitados e definidos como ocorre na tipologia textual,
opiniões. podendo se apresentar com uma grande diversidade. Além disso, o
5. Perceba o enunciado das questões. De um modo geral, ques- padrão também pode sofrer modificações ao longo do tempo, as-
tões que esperam compreensão do texto aparecem com as seguin- sim como a própria língua e a comunicação, no geral.
tes expressões: o autor afirma/sugere que...; segundo o texto...; de Alguns exemplos de gêneros textuais:
acordo com o autor... Já as questões que esperam interpretação do • Artigo
texto aparecem com as seguintes expressões: conclui-se do texto • Bilhete
que...; o texto permite deduzir que...; qual é a intenção do autor • Bula
quando afirma que... • Carta
• Conto
• Crônica
TIPOLOGIA TEXTUAL • E-mail
• Lista
Tipologia Textual • Manual
A partir da estrutura linguística, da função social e da finali- • Notícia
dade de um texto, é possível identificar a qual tipo e gênero ele • Poema
pertence. Antes, é preciso entender a diferença entre essas duas • Propaganda
classificações. • Receita culinária
• Resenha
Tipos textuais • Seminário
A tipologia textual se classifica a partir da estrutura e da finali-
dade do texto, ou seja, está relacionada ao modo como o texto se Vale lembrar que é comum enquadrar os gêneros textuais em
apresenta. A partir de sua função, é possível estabelecer um padrão determinados tipos textuais. No entanto, nada impede que um tex-
específico para se fazer a enunciação. to literário seja feito com a estruturação de uma receita culinária,
Veja, no quadro abaixo, os principais tipos e suas característi- por exemplo. Então, fique atento quanto às características, à finali-
cas: dade e à função social de cada texto analisado.

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ORTOGRAFIA OFICIAL

A ortografia oficial diz respeito às regras gramaticais referentes à escrita correta das palavras. Para melhor entendê-las, é preciso ana-
lisar caso a caso. Lembre-se de que a melhor maneira de memorizar a ortografia correta de uma língua é por meio da leitura, que também
faz aumentar o vocabulário do leitor.
Neste capítulo serão abordadas regras para dúvidas frequentes entre os falantes do português. No entanto, é importante ressaltar que
existem inúmeras exceções para essas regras, portanto, fique atento!

Alfabeto
O primeiro passo para compreender a ortografia oficial é conhecer o alfabeto (os sinais gráficos e seus sons). No português, o alfabeto
se constitui 26 letras, divididas entre vogais (a, e, i, o, u) e consoantes (restante das letras).
Com o Novo Acordo Ortográfico, as consoantes K, W e Y foram reintroduzidas ao alfabeto oficial da língua portuguesa, de modo que
elas são usadas apenas em duas ocorrências: transcrição de nomes próprios e abreviaturas e símbolos de uso internacional.

Uso do “X”
Algumas dicas são relevantes para saber o momento de usar o X no lugar do CH:
• Depois das sílabas iniciais “me” e “en” (ex: mexerica; enxergar)
• Depois de ditongos (ex: caixa)
• Palavras de origem indígena ou africana (ex: abacaxi; orixá)

Uso do “S” ou “Z”


Algumas regras do uso do “S” com som de “Z” podem ser observadas:
• Depois de ditongos (ex: coisa)
• Em palavras derivadas cuja palavra primitiva já se usa o “S” (ex: casa > casinha)
• Nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título ou origem. (ex: portuguesa)
• Nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa” (ex: populoso)

Uso do “S”, “SS”, “Ç”


• “S” costuma aparecer entre uma vogal e uma consoante (ex: diversão)
• “SS” costuma aparecer entre duas vogais (ex: processo)
• “Ç” costuma aparecer em palavras estrangeiras que passaram pelo processo de aportuguesamento (ex: muçarela)

Os diferentes porquês

POR QUE Usado para fazer perguntas. Pode ser substituído por “por qual motivo”
PORQUE Usado em respostas e explicações. Pode ser substituído por “pois”
O “que” é acentuado quando aparece como a última palavra da frase, antes da pontuação final
POR QUÊ
(interrogação, exclamação, ponto final)
PORQUÊ É um substantivo, portanto costuma vir acompanhado de um artigo, numeral, adjetivo ou pronome

Parônimos e homônimos
As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pronúncia semelhantes, porém com significados distintos. Ex: cumprimento
(extensão) X comprimento (saudação); tráfego (trânsito) X tráfico (comércio ilegal).
Já as palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma pronúncia, porém são grafadas de maneira diferente. Ex: conserto
(correção) X concerto (apresentação); cerrar (fechar) X serrar (cortar).

Nos capítulos seguintes serão passadas regras específicas quanto à acentuação e uso da crase, entre outras normas que condizem à
ortografia oficial do português.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Acentuação
A acentuação é uma das principais questões relacionadas à Ortografia Oficial, que merece um capítulo a parte. Os acentos utilizados
no português são: acento agudo (´); acento grave (`); acento circunflexo (^); cedilha (¸) e til (~).
Depois da reforma do Acordo Ortográfico, a trema foi excluída, de modo que ela só é utilizada na grafia de nomes e suas derivações
(ex: Müller, mülleriano).
Esses são sinais gráficos que servem para modificar o som de alguma letra, sendo importantes para marcar a sonoridade e a intensi-
dade das sílabas, e para diferenciar palavras que possuem a escrita semelhante.
A sílaba mais intensa da palavra é denominada sílaba tônica. A palavra pode ser classificada a partir da localização da sílaba tônica,
como mostrado abaixo:

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• OXÍTONA: a última sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: café)


• PAROXÍTONA: a penúltima sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: automóvel)
• PROPAROXÍTONA: a antepenúltima sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: lâmpada)
As demais sílabas, pronunciadas de maneira mais sutil, são denominadas sílabas átonas.
Regras fundamentais

CLASSIFICAÇÃO REGRAS EXEMPLOS


• terminadas em A, E, O, EM, seguidas ou
cipó(s), pé(s), armazém
OXÍTONAS não do plural
respeitá-la, compô-lo, comprometê-los
• seguidas de -LO, -LA, -LOS, -LAS
• terminadas em I, IS, US, UM, UNS, L, N,
X, PS, Ã, ÃS, ÃO, ÃOS
• ditongo oral, crescente ou decrescente, táxi, lápis, vírus, fórum, cadáver, tórax, bíceps, ímã, órfão, órgãos,
PAROXÍTONAS
seguido ou não do plural água, mágoa, pônei, ideia, geleia, paranoico, heroico
(OBS: Os ditongos “EI” e “OI” perderam o
acento com o Novo Acordo Ortográfico)
PROPAROXÍTONAS • todas são acentuadas cólica, analítico, jurídico, hipérbole, último, álibi

Regras especiais

REGRA EXEMPLOS
Acentua-se quando “I” e “U” tônicos formarem hiato com a vogal anterior, acompanhados ou não de “S”,
saída, faísca, baú, país
desde que não sejam seguidos por “NH”
feiura, Bocaiuva, Sauipe
OBS: Não serão mais acentuados “I” e “U” tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo
Acentua-se a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos “TER” e “VIR” e seus compostos têm, obtêm, contêm, vêm
Não são acentuados hiatos “OO” e “EE” leem, voo, enjoo
Não são acentuadas palavras homógrafas
pelo, pera, para
OBS: A forma verbal “PÔDE” é uma exceção

PONTUAÇÃO

Pontuação
Os sinais de pontuação são recursos gráficos que se encontram na linguagem escrita, e suas funções são demarcar unidades e sinalizar
limites de estruturas sintáticas. É também usado como um recurso estilístico, contribuindo para a coerência e a coesão dos textos.
São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as
reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ), o travessão (—), a meia-risca (–), o apóstrofo (‘), o asterisco (*), o hífen (-), o colchetes
([]) e a barra (/).
Confira, no quadro a seguir, os principais sinais de pontuação e suas regras de uso.

SINAL NOME USO EXEMPLOS


Indicar final da frase declarativa Meu nome é Pedro.
. Ponto Separar períodos Fica mais. Ainda está cedo
Abreviar palavras Sra.
Iniciar fala de personagem
A princesa disse:
Antes de aposto ou orações apositivas,
- Eu consigo sozinha.
enumerações ou sequência de palavras
: Dois-pontos Esse é o problema da pandemia: as pessoas não
para resumir / explicar ideias apresentadas
respeitam a quarentena.
anteriormente
Como diz o ditado: “olho por olho, dente por dente”.
Antes de citação direta
Indicar hesitação
Sabe... não está sendo fácil...
... Reticências Interromper uma frase
Quem sabe depois...
Concluir com a intenção de estender a reflexão
Isolar palavras e datas
A Semana de Arte Moderna (1922)
() Parênteses Frases intercaladas na função explicativa
Eu estava cansada (trabalhar e estudar é puxado).
(podem substituir vírgula e travessão)

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Indicar expressão de emoção Que absurdo!


Ponto de
! Final de frase imperativa Estude para a prova!
Exclamação
Após interjeição Ufa!
Ponto de
? Em perguntas diretas Que horas ela volta?
Interrogação
Iniciar fala do personagem do discurso direto e A professora disse:
indicar mudança de interloculor no diálogo — Boas férias!
— Travessão
Substituir vírgula em expressões ou frases — Obrigado, professora.
explicativas O corona vírus — Covid-19 — ainda está sendo estudado.
Vírgula
A vírgula é um sinal de pontuação com muitas funções, usada para marcar uma pausa no enunciado. Veja, a seguir, as principais regras
de uso obrigatório da vírgula.
• Separar termos coordenados: Fui à feira e comprei abacate, mamão, manga, morango e abacaxi.
• Separar aposto (termo explicativo): Belo Horizonte, capital mineira, só tem uma linha de metrô.
• Isolar vocativo: Boa tarde, Maria.
• Isolar expressões que indicam circunstâncias adverbiais (modo, lugar, tempo etc): Todos os moradores, calmamente, deixaram o
prédio.
• Isolar termos explicativos: A educação, a meu ver, é a solução de vários problemas sociais.
• Separar conjunções intercaladas, e antes dos conectivos “mas”, “porém”, “pois”, “contudo”, “logo”: A menina acordou cedo, mas não
conseguiu chegar a tempo na escola. Não explicou, porém, o motivo para a professora.
• Separar o conteúdo pleonástico: A ela, nada mais abala.

No caso da vírgula, é importante saber que, em alguns casos, ela não deve ser usada. Assim, não há vírgula para separar:
• Sujeito de predicado.
• Objeto de verbo.
• Adjunto adnominal de nome.
• Complemento nominal de nome.
• Predicativo do objeto do objeto.
• Oração principal da subordinada substantiva.
• Termos coordenados ligados por “e”, “ou”, “nem”.

FORMAÇÃO E EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS

CLASSE DE PALAVRAS

Para entender sobre a estrutura das funções sintáticas, é preciso conhecer as classes de palavras, também conhecidas por classes
morfológicas. A gramática tradicional pressupõe 10 classes gramaticais de palavras, sendo elas: adjetivo, advérbio, artigo, conjunção, in-
terjeição, numeral, pronome, preposição, substantivo e verbo.
Veja, a seguir, as características principais de cada uma delas.

CLASSE CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS


Menina inteligente...
Expressar características, qualidades ou estado dos seres Roupa azul-marinho...
ADJETIVO
Sofre variação em número, gênero e grau Brincadeira de criança...
Povo brasileiro...
A ajuda chegou tarde.
Indica circunstância em que ocorre o fato verbal
ADVÉRBIO A mulher trabalha muito.
Não sofre variação
Ele dirigia mal.
Determina os substantivos (de modo definido ou indefinido) A galinha botou um ovo.
ARTIGO
Varia em gênero e número Uma menina deixou a mochila no ônibus.
Liga ideias e sentenças (conhecida também como conectivos) Não gosto de refrigerante nem de pizza.
CONJUNÇÃO
Não sofre variação Eu vou para a praia ou para a cachoeira?
Exprime reações emotivas e sentimentos Ah! Que calor...
INTERJEIÇÃO
Não sofre variação Escapei por pouco, ufa!
Atribui quantidade e indica posição em alguma sequência Gostei muito do primeiro dia de aula.
NUMERAL
Varia em gênero e número Três é a metade de seis.

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Posso ajudar, senhora?


Acompanha, substitui ou faz referência ao substantivo Ela me ajudou muito com o meu trabalho.
PRONOME
Varia em gênero e número Esta é a casa onde eu moro.
Que dia é hoje?
Relaciona dois termos de uma mesma oração Espero por você essa noite.
PREPOSIÇÃO
Não sofre variação Lucas gosta de tocar violão.
Nomeia objetos, pessoas, animais, alimentos, lugares etc. A menina jogou sua boneca no rio.
SUBSTANTIVO
Flexionam em gênero, número e grau. A matilha tinha muita coragem.
Ana se exercita pela manhã.
Indica ação, estado ou fenômenos da natureza
Todos parecem meio bobos.
Sofre variação de acordo com suas flexões de modo, tempo,
VERBO Chove muito em Manaus.
número, pessoa e voz.
A cidade é muito bonita quando vista do
Verbos não significativos são chamados verbos de ligação
alto.

Substantivo
Tipos de substantivos
Os substantivos podem ter diferentes classificações, de acordo com os conceitos apresentados abaixo:
• Comum: usado para nomear seres e objetos generalizados. Ex: mulher; gato; cidade...
• Próprio: geralmente escrito com letra maiúscula, serve para especificar e particularizar. Ex: Maria; Garfield; Belo Horizonte...
• Coletivo: é um nome no singular que expressa ideia de plural, para designar grupos e conjuntos de seres ou objetos de uma mesma
espécie. Ex: matilha; enxame; cardume...
• Concreto: nomeia algo que existe de modo independente de outro ser (objetos, pessoas, animais, lugares etc.). Ex: menina; cachor-
ro; praça...
• Abstrato: depende de um ser concreto para existir, designando sentimentos, estados, qualidades, ações etc. Ex: saudade; sede;
imaginação...
• Primitivo: substantivo que dá origem a outras palavras. Ex: livro; água; noite...
• Derivado: formado a partir de outra(s) palavra(s). Ex: pedreiro; livraria; noturno...
• Simples: nomes formados por apenas uma palavra (um radical). Ex: casa; pessoa; cheiro...
• Composto: nomes formados por mais de uma palavra (mais de um radical). Ex: passatempo; guarda-roupa; girassol...

Flexão de gênero
Na língua portuguesa, todo substantivo é flexionado em um dos dois gêneros possíveis: feminino e masculino.
O substantivo biforme é aquele que flexiona entre masculino e feminino, mudando a desinência de gênero, isto é, geralmente o final
da palavra sendo -o ou -a, respectivamente (Ex: menino / menina). Há, ainda, os que se diferenciam por meio da pronúncia / acentuação
(Ex: avô / avó), e aqueles em que há ausência ou presença de desinência (Ex: irmão / irmã; cantor / cantora).
O substantivo uniforme é aquele que possui apenas uma forma, independente do gênero, podendo ser diferenciados quanto ao gêne-
ro a partir da flexão de gênero no artigo ou adjetivo que o acompanha (Ex: a cadeira / o poste). Pode ser classificado em epiceno (refere-se
aos animais), sobrecomum (refere-se a pessoas) e comum de dois gêneros (identificado por meio do artigo).
É preciso ficar atento à mudança semântica que ocorre com alguns substantivos quando usados no masculino ou no feminino, trazen-
do alguma especificidade em relação a ele. No exemplo o fruto X a fruta temos significados diferentes: o primeiro diz respeito ao órgão
que protege a semente dos alimentos, enquanto o segundo é o termo popular para um tipo específico de fruto.

Flexão de número
No português, é possível que o substantivo esteja no singular, usado para designar apenas uma única coisa, pessoa, lugar (Ex: bola;
escada; casa) ou no plural, usado para designar maiores quantidades (Ex: bolas; escadas; casas) — sendo este último representado, geral-
mente, com o acréscimo da letra S ao final da palavra.
Há, também, casos em que o substantivo não se altera, de modo que o plural ou singular devem estar marcados a partir do contexto,
pelo uso do artigo adequado (Ex: o lápis / os lápis).

Variação de grau
Usada para marcar diferença na grandeza de um determinado substantivo, a variação de grau pode ser classificada em aumentativo
e diminutivo.
Quando acompanhados de um substantivo que indica grandeza ou pequenez, é considerado analítico (Ex: menino grande / menino
pequeno).
Quando acrescentados sufixos indicadores de aumento ou diminuição, é considerado sintético (Ex: meninão / menininho).

Novo Acordo Ortográfico


De acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, as letras maiúsculas devem ser usadas em nomes próprios de
pessoas, lugares (cidades, estados, países, rios), animais, acidentes geográficos, instituições, entidades, nomes astronômicos, de festas e
festividades, em títulos de periódicos e em siglas, símbolos ou abreviaturas.
Já as letras minúsculas podem ser usadas em dias de semana, meses, estações do ano e em pontos cardeais.

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Existem, ainda, casos em que o uso de maiúscula ou minúscula é facultativo, como em título de livros, nomes de áreas do saber,
disciplinas e matérias, palavras ligadas a alguma religião e em palavras de categorização.

Adjetivo
Os adjetivos podem ser simples (vermelho) ou compostos (mal-educado); primitivos (alegre) ou derivados (tristonho). Eles podem
flexionar entre o feminino (estudiosa) e o masculino (engraçado), e o singular (bonito) e o plural (bonitos).
Há, também, os adjetivos pátrios ou gentílicos, sendo aqueles que indicam o local de origem de uma pessoa, ou seja, sua nacionali-
dade (brasileiro; mineiro).
É possível, ainda, que existam locuções adjetivas, isto é, conjunto de duas ou mais palavras usadas para caracterizar o substantivo. São
formadas, em sua maioria, pela preposição DE + substantivo:
• de criança = infantil
• de mãe = maternal
• de cabelo = capilar

Variação de grau
Os adjetivos podem se encontrar em grau normal (sem ênfases), ou com intensidade, classificando-se entre comparativo e superlativo.
• Normal: A Bruna é inteligente.
• Comparativo de superioridade: A Bruna é mais inteligente que o Lucas.
• Comparativo de inferioridade: O Gustavo é menos inteligente que a Bruna.
• Comparativo de igualdade: A Bruna é tão inteligente quanto a Maria.
• Superlativo relativo de superioridade: A Bruna é a mais inteligente da turma.
• Superlativo relativo de inferioridade: O Gustavo é o menos inteligente da turma.
• Superlativo absoluto analítico: A Bruna é muito inteligente.
• Superlativo absoluto sintético: A Bruna é inteligentíssima.

Adjetivos de relação
São chamados adjetivos de relação aqueles que não podem sofrer variação de grau, uma vez que possui valor semântico objetivo, isto
é, não depende de uma impressão pessoal (subjetiva). Além disso, eles aparecem após o substantivo, sendo formados por sufixação de um
substantivo (Ex: vinho do Chile = vinho chileno).

Advérbio
Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Eles se classificam de acordo com a tabela
abaixo:

CLASSIFICAÇÃO ADVÉRBIOS LOCUÇÕES ADVERBIAIS


DE MODO bem; mal; assim; melhor; depressa ao contrário; em detalhes
ontem; sempre; afinal; já; agora; doravante; primei- logo mais; em breve; mais tarde, nunca mais, de
DE TEMPO
ramente noite
DE LUGAR aqui; acima; embaixo; longe; fora; embaixo; ali Ao redor de; em frente a; à esquerda; por perto
DE INTENSIDADE muito; tão; demasiado; imenso; tanto; nada em excesso; de todos; muito menos
DE AFIRMAÇÃO sim, indubitavelmente; certo; decerto; deveras com certeza; de fato; sem dúvidas
DE NEGAÇÃO não; nunca; jamais; tampouco; nem nunca mais; de modo algum; de jeito nenhum
DE DÚVIDA Possivelmente; acaso; será; talvez; quiçá Quem sabe

Advérbios interrogativos
São os advérbios ou locuções adverbiais utilizadas para introduzir perguntas, podendo expressar circunstâncias de:
• Lugar: onde, aonde, de onde
• Tempo: quando
• Modo: como
• Causa: por que, por quê

Grau do advérbio
Os advérbios podem ser comparativos ou superlativos.
• Comparativo de igualdade: tão/tanto + advérbio + quanto
• Comparativo de superioridade: mais + advérbio + (do) que
• Comparativo de inferioridade: menos + advérbio + (do) que
• Superlativo analítico: muito cedo
• Superlativo sintético: cedíssimo

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Curiosidades • Tempos simples do modo indicativo: presente, pretérito per-


Na linguagem coloquial, algumas variações do superlativo são feito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do
aceitas, como o diminutivo (cedinho), o aumentativo (cedão) e o presente, futuro do pretérito.
uso de alguns prefixos (supercedo). • Tempos simples do modo subjuntivo: presente, pretérito im-
Existem advérbios que exprimem ideia de exclusão (somente; perfeito, futuro.
salvo; exclusivamente; apenas), inclusão (também; ainda; mesmo)
e ordem (ultimamente; depois; primeiramente). Os tempos verbais compostos são formados por um verbo
Alguns advérbios, além de algumas preposições, aparecem auxiliar e um verbo principal, de modo que o verbo auxiliar sofre
sendo usados como uma palavra denotativa, acrescentando um flexão em tempo e pessoa, e o verbo principal permanece no parti-
sentido próprio ao enunciado, podendo ser elas de inclusão (até, cípio. Os verbos auxiliares mais utilizados são “ter” e “haver”.
mesmo, inclusive); de exclusão (apenas, senão, salvo); de designa- • Tempos compostos do modo indicativo: pretérito perfeito,
ção (eis); de realce (cá, lá, só, é que); de retificação (aliás, ou me- pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do preté-
lhor, isto é) e de situação (afinal, agora, então, e aí). rito.
• Tempos compostos do modo subjuntivo: pretérito perfeito,
Pronomes pretérito mais-que-perfeito, futuro.
Os pronomes são palavras que fazem referência aos nomes, As formas nominais do verbo são o infinitivo (dar, fazerem,
isto é, aos substantivos. Assim, dependendo de sua função no aprender), o particípio (dado, feito, aprendido) e o gerúndio (dando,
enunciado, ele pode ser classificado da seguinte maneira:
fazendo, aprendendo). Eles podem ter função de verbo ou função
• Pronomes pessoais: indicam as 3 pessoas do discurso, e po-
de nome, atuando como substantivo (infinitivo), adjetivo (particí-
dem ser retos (eu, tu, ele...) ou oblíquos (mim, me, te, nos, si...).
pio) ou advérbio (gerúndio).
• Pronomes possessivos: indicam posse (meu, minha, sua, teu,
nossos...)
• Pronomes demonstrativos: indicam localização de seres no Tipos de verbos
tempo ou no espaço. (este, isso, essa, aquela, aquilo...) Os verbos se classificam de acordo com a sua flexão verbal.
• Pronomes interrogativos: auxiliam na formação de questio- Desse modo, os verbos se dividem em:
namentos (qual, quem, onde, quando, que, quantas...) Regulares: possuem regras fixas para a flexão (cantar, amar,
• Pronomes relativos: retomam o substantivo, substituindo-o vender, abrir...)
na oração seguinte (que, quem, onde, cujo, o qual...) • Irregulares: possuem alterações nos radicais e nas termina-
• Pronomes indefinidos: substituem o substantivo de maneira ções quando conjugados (medir, fazer, poder, haver...)
imprecisa (alguma, nenhum, certa, vários, qualquer...) • Anômalos: possuem diferentes radicais quando conjugados
• Pronomes de tratamento: empregados, geralmente, em situ- (ser, ir...)
ações formais (senhor, Vossa Majestade, Vossa Excelência, você...) • Defectivos: não são conjugados em todas as pessoas verbais
(falir, banir, colorir, adequar...)
Colocação pronominal • Impessoais: não apresentam sujeitos, sendo conjugados sem-
Diz respeito ao conjunto de regras que indicam a posição do pre na 3ª pessoa do singular (chover, nevar, escurecer, anoitecer...)
pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os, as, lo, • Unipessoais: apesar de apresentarem sujeitos, são sempre
la, no, na...) em relação ao verbo, podendo haver próclise (antes do conjugados na 3ª pessoa do singular ou do plural (latir, miar, custar,
verbo), ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo). acontecer...)
Veja, então, quais as principais situações para cada um deles: • Abundantes: possuem duas formas no particípio, uma regular
• Próclise: expressões negativas; conjunções subordinativas; e outra irregular (aceitar = aceito, aceitado)
advérbios sem vírgula; pronomes indefinidos, relativos ou demons- • Pronominais: verbos conjugados com pronomes oblíquos
trativos; frases exclamativas ou que exprimem desejo; verbos no átonos, indicando ação reflexiva (suicidar-se, queixar-se, sentar-se,
gerúndio antecedidos por “em”. pentear-se...)
Nada me faria mais feliz. • Auxiliares: usados em tempos compostos ou em locuções
verbais (ser, estar, ter, haver, ir...)
• Ênclise: verbo no imperativo afirmativo; verbo no início da • Principais: transmitem totalidade da ação verbal por si pró-
frase (não estando no futuro e nem no pretérito); verbo no gerún-
prios (comer, dançar, nascer, morrer, sorrir...)
dio não acompanhado por “em”; verbo no infinitivo pessoal.
• De ligação: indicam um estado, ligando uma característica ao
Inscreveu-se no concurso para tentar realizar um sonho.
sujeito (ser, estar, parecer, ficar, continuar...)
• Mesóclise: verbo no futuro iniciando uma oração.
Orgulhar-me-ei de meus alunos. Vozes verbais
As vozes verbais indicam se o sujeito pratica ou recebe a ação,
DICA: o pronome não deve aparecer no início de frases ou ora- podendo ser três tipos diferentes:
ções, nem após ponto-e-vírgula. • Voz ativa: sujeito é o agente da ação (Vi o pássaro)
• Voz passiva: sujeito sofre a ação (O pássaro foi visto)
Verbos • Voz reflexiva: sujeito pratica e sofre a ação (Vi-me no reflexo
Os verbos podem ser flexionados em três tempos: pretérito do lago)
(passado), presente e futuro, de maneira que o pretérito e o futuro
possuem subdivisões. Ao passar um discurso para a voz passiva, é comum utilizar a
Eles também se dividem em três flexões de modo: indicativo partícula apassivadora “se”, fazendo com o que o pronome seja
(certeza sobre o que é passado), subjuntivo (incerteza sobre o que é equivalente ao verbo “ser”.
passado) e imperativo (expressar ordem, pedido, comando).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Conjugação de verbos
Os tempos verbais são primitivos quando não derivam de outros tempos da língua portuguesa. Já os tempos verbais derivados são
aqueles que se originam a partir de verbos primitivos, de modo que suas conjugações seguem o mesmo padrão do verbo de origem.
• 1ª conjugação: verbos terminados em “-ar” (aproveitar, imaginar, jogar...)
• 2ª conjugação: verbos terminados em “-er” (beber, correr, erguer...)
• 3ª conjugação: verbos terminados em “-ir” (dormir, agir, ouvir...)
Confira os exemplos de conjugação apresentados abaixo:

Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-lutar

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Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-impor

Preposições
As preposições são palavras invariáveis que servem para ligar dois termos da oração numa relação subordinada, e são divididas entre
essenciais (só funcionam como preposição) e acidentais (palavras de outras classes gramaticais que passam a funcionar como preposição
em determinadas sentenças).

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Preposições essenciais: a, ante, após, de, com, em, contra, • Proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que.
para, per, perante, por, até, desde, sobre, sobre, trás, sob, sem, en- • Temporais: quando, enquanto, agora.
tre.
Preposições acidentais: afora, como, conforme, consoante, du- ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
rante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc.
Locuções prepositivas: abaixo de, afim de, além de, à custa de, Ao estudar a estrutura das palavras, estamos penetrando seu
defronte a, a par de, perto de, por causa de, em que pese a etc. íntimo e conhecendo as várias partes que formam um todo acaba-
do e repleto de significado. Uma palavra é formada por unidades
Ao conectar os termos das orações, as preposições estabele- mínimas que possuem significado, que são chamadas elementos
cem uma relação semântica entre eles, podendo passar ideia de: mórficos ou morfemas.
• Causa: Morreu de câncer. A palavra “maquininhas”, por exemplo, possui quatro morfe-
• Distância: Retorno a 3 quilômetros. mas:
• Finalidade: A filha retornou para o enterro.
• Instrumento: Ele cortou a foto com uma tesoura. maquin inh a s
• Modo: Os rebeldes eram colocados em fila.
• Lugar: O vírus veio de Portugal. Base do Indica grau Indica gênero Indica
• Companhia: Ela saiu com a amiga. significado diminutivo feminino plural
• Posse: O carro de Maria é novo.
• Meio: Viajou de trem. Raiz

Combinações e contrações Origem das palavras. É onde se concentra a significação das


Algumas preposições podem aparecer combinadas a outras pa- palavras.
lavras de duas maneiras: sem haver perda fonética (combinação) e
havendo perda fonética (contração). Exemplo: Raiz (carr- raiz nominal de carro).
• Combinação: ao, aos, aonde
• Contração: de, dum, desta, neste, nisso Os morfemas que constituem as palavras são: radical, desinên-
cia, vogal temática, afixos, vogais e consoantes de ligação.
Conjunção
As conjunções se subdividem de acordo com a relação estabe- Radical
lecida entre as ideias e as orações. Por ter esse papel importante
É a forma mínima que indica o sentido básico da palavra. Com
de conexão, é uma classe de palavras que merece destaque, pois
o radical formamos famílias de palavras.
reconhecer o sentido de cada conjunção ajuda na compreensão e
interpretação de textos, além de ser um grande diferencial no mo-
Exemplos:
mento de redigir um texto.
Moço – moça – moçada – mocinha – moçoila - remoçar
Elas se dividem em duas opções: conjunções coordenativas e
conjunções subordinativas.
Desinência
Conjunções coordenativas Elementos colocados no final das palavras para indicar aspec-
As orações coordenadas não apresentam dependência sintáti- tos gramaticais. As desinências são de dois tipos:
ca entre si, servindo também para ligar termos que têm a mesma
função gramatical. As conjunções coordenativas se subdividem em - nominal: indica o gênero (masculino/feminino) e o número
cinco grupos: (singular/plural) dos substantivos, adjetivos pronomes e numerais.
• Aditivas: e, nem, bem como. Exemplo: menino, menina, meninos, meninas.
• Adversativas: mas, porém, contudo.
• Alternativas: ou, ora…ora, quer…quer. - verbal: indica a pessoa (1ª, 2ª e 3ª), o número (singular/plu-
• Conclusivas: logo, portanto, assim. ral), o tempo e o modo (indicativo, presente...).
• Explicativas: que, porque, porquanto. Exemplo: amássemos
am- (radical)
Conjunções subordinativas -á- (vogal temática)
As orações subordinadas são aquelas em que há uma relação - sse- (desinência modo subjuntivo e de tempo perfeito)
de dependência entre a oração principal e a oração subordinada. -mos (desinência de primeira pessoa e de número plural)
Desse modo, a conexão entre elas (bem como o efeito de sentido)
se dá pelo uso da conjunção subordinada adequada. Vogal temática
Elas podem se classificar de dez maneiras diferentes:
• Integrantes: usadas para introduzir as orações subordinadas É o que torna possível a ligação entre o radical e a desinência.
substantivas, definidas pelas palavras que e se. Observe o verbo dançar:
• Causais: porque, que, como.
• Concessivas: embora, ainda que, se bem que. Danç: radical
• Condicionais: e, caso, desde que. A: vogal temática
• Conformativas: conforme, segundo, consoante. R: desinência de infinitivo.
• Comparativas: como, tal como, assim como.
• Consecutivas: de forma que, de modo que, de sorte que. A junção do radical danç- com a desinência –r no português é
• Finais: a fim de que, para que. impossível, é a vogal temática “a” que torna possível essa ligação.

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Afixos - Adjetivos passam a advérbios: Falei baixo para que ninguém


escutasse.
São morfemas que se colocam antes ou depois do radical alte- - Palavras invariáveis passam a substantivos
rando sua significação básica. São divididos em: - Substantivos próprios tornam-se comuns

- Prefixos: antepostos ao radical. Composição: processo que forma palavras compostas, pela
Exemplo: impossível, desleal. junção de dois ou mais radicais. São dois tipos:

- Sufixos: pospostos ao radical. - Justaposição: ao juntar duas ou mais palavras ou radicais, não
Exemplo: lealdade, felizmente. há alteração fonética: televisão, quinta-feira, girassol, couve-flor.

Vogais ou consoantes de ligação - Aglutinação: quando pelo menos uma das palavras que for-
mam o composto apresenta alteração em sua forma: aguardente
As vogais ou consoantes de ligação podem ocorrer entre um (água + ardente), vinagre (vinho + acre), planalto (plano + alto).
morfema e outro por motivos eufônicos, facilitando ou até possibi-
litando a leitura de uma palavra. A formação de palavras se dá a partir de processos morfológi-
Exemplos: paulada, cafeteira, gasômetro. cos, de modo que as palavras se dividem entre:
• Palavras primitivas: são aquelas que não provêm de outra
Formação das Palavras palavra. Ex: flor; pedra
• Palavras derivadas: são originadas a partir de outras pala-
Há dois processos pelos quais se formam as palavras: Deriva- vras. Ex: floricultura; pedrada
ção e Composição. A diferença é que na derivação, partimos sem- • Palavra simples: são aquelas que possuem apenas um radi-
pre de um único radical, enquanto na composição sempre haverá cal (morfema que contém significado básico da palavra). Ex: cabelo;
mais de um radical. azeite
Derivação: processo pelo qual se obtém uma palavra nova (de- • Palavra composta: são aquelas que possuem dois ou mais
rivada), a partir de outra já existente, (primitiva). radicais. Ex: guarda-roupa; couve-flor
Exemplo: Terra (enterrar, terráqueo, aterrar). Observamos que Entenda como ocorrem os principais processos de formação de
“terra” não se forma de nenhuma outra palavra, mas, possibilitam palavras:
a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou pre-
fixo. Sendo assim, terra e palavra primitiva, e as demais, derivadas. Derivação
A formação se dá por derivação quando ocorre a partir de uma
Tipos de Derivação palavra simples ou de um único radical, juntando-se afixos.
• Derivação prefixal: adiciona-se um afixo anteriormente à pa-
- Prefixal ou Prefixação: acréscimo de prefixo à palavra primiti- lavra ou radical. Ex: antebraço (ante + braço) / infeliz (in + feliz)
va, e tem o significado alterado: rever; infeliz, desamor. • Derivação sufixal: adiciona-se um afixo ao final da palavra ou
radical. Ex: friorento (frio + ento) / guloso (gula + oso)
- Sufixal ou Sufixação: acréscimo de sufixo à palavra primitiva, • Derivação parassintética: adiciona-se um afixo antes e outro
pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramati- depois da palavra ou radical. Ex: esfriar (es + frio + ar) / desgoverna-
cal: amoroso, felizmente, menininho. do (des + governar + ado)
A derivação sufixal pode ser: • Derivação regressiva (formação deverbal): reduz-se a pala-
Nominal: formando substantivos e adjetivos: riso – risonho. vra primitiva. Ex: boteco (botequim) / ataque (verbo “atacar”)
Verbal: formando verbos: atual - atualizar. • Derivação imprópria (conversão): ocorre mudança na classe
Adverbial: formando advérbios de modo: feliz – felizmente. gramatical, logo, de sentido, da palavra primitiva. Ex: jantar (verbo
para substantivo) / Oliveira (substantivo comum para substantivo
- Parassintética ou Parassíntese: a palavra derivada resulta do próprio – sobrenomes).
acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por
meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) Composição
e verbos. A presença de apenas um desses afixos não é suficiente A formação por composição ocorre quando uma nova palavra
para formar uma nova palavra. se origina da junção de duas ou mais palavras simples ou radicais.
Exemplos: • Aglutinação: fusão de duas ou mais palavras simples, de
modo que ocorre supressão de fonemas, de modo que os elemen-
Esfriar, esquentar, amadurecer. tos formadores perdem sua identidade ortográfica e fonológica. Ex:
aguardente (água + ardente) / planalto (plano + alto)
- Derivação Regressiva: uma palavra é formada não por acrés- • Justaposição: fusão de duas ou mais palavras simples, man-
cimo, mas por redução: trabalhar – trabalho, castigar – castigo. tendo a ortografia e a acentuação presente nos elementos forma-
dores. Em sua maioria, aparecem conectadas com hífen. Ex: beija-
- Derivação Imprópria: ocorre quando determinada palavra, -flor / passatempo.
sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda
de classe gramatical. Assim: Abreviação
- Adjetivos passam a substantivos Quando a palavra é reduzida para apenas uma parte de sua
- Particípios passam a substantivos ou adjetivos totalidade, passando a existir como uma palavra autônoma. Ex: foto
- Infinitivos passam a substantivos (fotografia) / PUC (Pontifícia Universidade Católica).
- Substantivos passam a adjetivos

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Hibridismo Polissemia e monossemia


Quando há junção de palavras simples ou radicais advindos de As palavras polissêmicas são aquelas que podem apresentar
línguas distintas. Ex: sociologia (socio – latim + logia – grego) / binó- mais de um significado, a depender do contexto em que ocorre a
culo (bi – grego + oculus – latim). frase. Ex: cabeça (parte do corpo humano; líder de um grupo).
Combinação Já as palavras monossêmicas são aquelas apresentam apenas
Quando ocorre junção de partes de outras palavras simples ou um significado. Ex: eneágono (polígono de nove ângulos).
radicais. Ex: portunhol (português + espanhol) / aborrecente (abor-
recer + adolescente). Denotação e conotação
Palavras com sentido denotativo são aquelas que apresentam
Intensificação um sentido objetivo e literal. Ex:Está fazendo frio. / Pé da mulher.
Quando há a criação de uma nova palavra a partir do alarga- Palavras com sentido conotativo são aquelas que apresentam
mento do sufixo de uma palavra existente. Normalmente é feita um sentido simbólico, figurado. Ex: Você me olha com frieza. / Pé
adicionando o sufixo -izar. Ex: inicializar (em vez de iniciar) / proto- da cadeira.
colizar (em vez de protocolar).
Hiperonímia e hiponímia
Neologismo Esta classificação diz respeito às relações hierárquicas de signi-
Quando novas palavras surgem devido à necessidade do falan- ficado entre as palavras.
te em contextos específicos, podendo ser temporárias ou perma- Desse modo, um hiperônimo é a palavra superior, isto é, que
nentes. Existem três tipos principais de neologismos: tem um sentido mais abrangente. Ex: Fruta é hiperônimo de limão.
• Neologismo semântico: atribui-se novo significado a uma pa- Já o hipônimo é a palavra que tem o sentido mais restrito, por-
lavra já existente. Ex: amarelar (desistir) / mico (vergonha) tanto, inferior, de modo que o hiperônimo engloba o hipônimo. Ex:
• Neologismo sintático: ocorre a combinação de elementos já Limão é hipônimo de fruta.
existentes no léxico da língua. Ex: dar um bolo (não comparecer ao
compromisso) / dar a volta por cima (superar). Formas variantes
• Neologismo lexical: criação de uma nova palavra, que tem São as palavras que permitem mais de uma grafia correta, sem
um novo conceito. Ex: deletar (apagar) / escanear (digitalizar) que ocorra mudança no significado. Ex: loiro – louro / enfarte – in-
farto / gatinhar – engatinhar.
Onomatopeia
Quando uma palavra é formada a partir da reprodução aproxi- Arcaísmo
madado seu som. Ex: atchim; zum-zum; tique-taque. São palavras antigas, que perderam o uso frequente ao longo
do tempo, sendo substituídas por outras mais modernas, mas que
ainda podem ser utilizadas. No entanto, ainda podem ser bastante
SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS encontradas em livros antigos, principalmente. Ex: botica <—> far-
mácia / franquia <—> sinceridade.
Este é um estudo da semântica, que pretende classificar os
sentidos das palavras, as suas relações de sentido entre si. Conheça
as principais relações e suas características: SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO

Sinonímia e antonímia A sintaxe estuda o conjunto das relações que as palavras esta-
As palavras sinônimas são aquelas que apresentam significado belecem entre si. Dessa maneira, é preciso ficar atento aos enuncia-
semelhante, estabelecendo relação de proximidade. Ex: inteligente dos e suas unidades: frase, oração e período.
<—> esperto Frase é qualquer palavra ou conjunto de palavras ordenadas
Já as palavras antônimas são aquelas que apresentam signifi- que apresenta sentido completo em um contexto de comunicação
cados opostos, estabelecendo uma relação de contrariedade. Ex: e interação verbal. A frase nominal é aquela que não contém verbo.
forte <—> fraco Já a frase verbal apresenta um ou mais verbos (locução verbal).
Oração é um enunciado organizado em torno de um único ver-
Parônimos e homônimos bo ou locução verbal, de modo que estes passam a ser o núcleo
As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pro- da oração. Assim, o predicativo é obrigatório, enquanto o sujeito é
núncia semelhantes, porém com significados distintos. Ex: cumpri- opcional.
mento (extensão) X comprimento (saudação); tráfego (trânsito) X
tráfico (comércio ilegal).
As palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma Período é uma unidade sintática, de modo que seu enuncia-
grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes. Ex: rio (verbo do é organizado por uma oração (período simples) ou mais orações
“rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta). (período composto). Eles são iniciados com letras maiúsculas e fina-
As palavras homófonas são aquelas que possuem a mesma lizados com a pontuação adequada.
pronúncia, mas com escrita e significado diferentes. Ex: cem (nu-
meral) X sem (falta); conserto (arrumar) X concerto (musical). Análise sintática
As palavras homógrafas são aquelas que possuem escrita igual, A análise sintática serve para estudar a estrutura de um perío-
porém som e significado diferentes. Ex: colher (talher) X colher (ver- do e de suas orações. Os termos da oração se dividem entre:
bo); acerto (substantivo) X acerto (verbo). • Essenciais (ou fundamentais): sujeito e predicado
• Integrantes: completam o sentido (complementos verbais e
nominais, agentes da passiva)
• Acessórios: função secundária (adjuntos adnominais e adver-
biais, apostos)

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Termos essenciais da oração


Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. O sujeito é aquele sobre quem diz o resto da oração, enquanto o predicado
é a parte que dá alguma informação sobre o sujeito, logo, onde o verbo está presente.

O sujeito é classificado em determinado (facilmente identificável, podendo ser simples, composto ou implícito) e indeterminado,
podendo, ainda, haver a oração sem sujeito (a mensagem se concentra no verbo impessoal):
Lúcio dormiu cedo.
Aluga-se casa para réveillon.
Choveu bastante em janeiro.

Quando o sujeito aparece no início da oração, dá-se o nome de sujeito direto. Se aparecer depois do predicado, é o caso de sujeito
inverso. Há, ainda, a possibilidade de o sujeito aparecer no meio da oração:
Lívia se esqueceu da reunião pela manhã.
Esqueceu-se da reunião pela manhã, Lívia.
Da reunião pela manhã, Lívia se esqueceu.

Os predicados se classificam em: predicado verbal (núcleo do predicado é um verbo que indica ação, podendo ser transitivo, intran-
sitivo ou de ligação); predicado nominal (núcleo da oração é um nome, isto é, substantivo ou adjetivo); predicado verbo-nominal (apre-
senta um predicativo do sujeito, além de uma ação mais uma qualidade sua)
As crianças brincaram no salão de festas.
Mariana é inteligente.
Os jogadores venceram a partida. Por isso, estavam felizes.

Termos integrantes da oração


Os complementos verbais são classificados em objetos diretos (não preposicionados) e objetos indiretos (preposicionado).
A menina que possui bolsa vermelha me cumprimentou.
O cão precisa de carinho.

Os complementos nominais podem ser substantivos, adjetivos ou advérbios.


A mãe estava orgulhosa de seus filhos.
Carlos tem inveja de Eduardo.
Bárbara caminhou vagarosamente pelo bosque.

Os agentes da passiva são os termos que tem a função de praticar a ação expressa pelo verbo, quando este se encontra na voz passiva.
Costumam estar acompanhados pelas preposições “por” e “de”.
Os filhos foram motivo de orgulho da mãe.
Eduardo foi alvo de inveja de Carlos.
O bosque foi caminhado vagarosamente por Bárbara.
Termos acessórios da oração
Os termos acessórios não são necessários para dar sentido à oração, funcionando como complementação da informação. Desse
modo, eles têm a função de caracterizar o sujeito, de determinar o substantivo ou de exprimir circunstância, podendo ser adjunto adver-
bial (modificam o verbo, adjetivo ou advérbio), adjunto adnominal (especifica o substantivo, com função de adjetivo) e aposto (caracteriza
o sujeito, especificando-o).
Os irmãos brigam muito.
A brilhante aluna apresentou uma bela pesquisa à banca.
Pelé, o rei do futebol, começou sua carreira no Santos.

TIPOS DE ORAÇÃO

Levando em consideração o que foi aprendido anteriormente sobre oração, vamos aprender sobre os dois tipos de oração que existem
na língua portuguesa: oração coordenada e oração subordinada.

Orações coordenadas
São aquelas que não dependem sintaticamente uma da outra, ligando-se apenas pelo sentido. Elas aparecem quando há um período
composto, sendo conectadas por meio do uso de conjunções (sindéticas), ou por meio da vírgula (assindéticas).
No caso das orações coordenadas sindéticas, a classificação depende do sentido entre as orações, representado por um grupo de
conjunções adequadas:

CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS CONJUNÇÕES


ADITIVAS Adição da ideia apresentada na oração anterior e, nem, também, bem como, não só, tanto...
Oposição à ideia apresentada na oração anterior (inicia
ADVERSATIVAS mas, porém, todavia, entretanto, contudo...
com vírgula)

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Opção / alternância em relação à ideia apresentada na


ALTERNATIVAS ou, já, ora, quer, seja...
oração anterior
CONCLUSIVAS Conclusão da ideia apresentada na oração anterior logo, pois, portanto, assim, por isso, com isso...
EXPLICATIVAS Explicação da ideia apresentada na oração anterior que, porque, porquanto, pois, ou seja...

Orações subordinadas
São aquelas que dependem sintaticamente em relação à oração principal. Elas aparecem quando o período é composto por duas ou
mais orações.
A classificação das orações subordinadas se dá por meio de sua função: orações subordinadas substantivas, quando fazem o papel
de substantivo da oração; orações subordinadas adjetivas, quando modificam o substantivo, exercendo a função do adjetivo; orações
subordinadas adverbiais, quando modificam o advérbio.
Cada uma dessas sofre uma segunda classificação, como pode ser observado nos quadros abaixo.

SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS FUNÇÃO EXEMPLOS


APOSITIVA aposto Esse era meu receio: que ela não discursasse outra vez.
COMPLETIVA NOMINAL complemento nominal Tenho medo de que ela não discurse novamente.
OBJETIVA DIRETA objeto direto Ele me perguntou se ela discursaria outra vez.
OBJETIVA INDIRETA objeto indireto Necessito de que você discurse de novo.
PREDICATIVA predicativo Meu medo é que ela não discurse novamente.
SUBJETIVA sujeito É possível que ela discurse outra vez.

SUBORDINADAS
CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS
ADJETIVAS
Esclarece algum detalhe, adicionando uma informa-
O candidato, que é do partido socialista, está sen-
EXPLICATIVAS ção.
do atacado.
Aparece sempre separado por vírgulas.
Restringe e define o sujeito a que se refere.
As pessoas que são racistas precisam rever seus
RESTRITIVAS Não deve ser retirado sem alterar o sentido.
valores.
Não pode ser separado por vírgula.
Introduzidas por conjunções, pronomes e locuções
conjuntivas. Ele foi o primeiro presidente que se preocupou
DESENVOLVIDAS
Apresentam verbo nos modos indicativo ou subjun- com a fome no país.
tivo.
Não são introduzidas por pronomes, conjunções
sou locuções conjuntivas. Assisti ao documentário denunciando a corrup-
REDUZIDAS
Apresentam o verbo nos modos particípio, gerúndio ção.
ou infinitivo

SUBORDINADAS ADVERBIAIS FUNÇÃO PRINCIPAIS CONJUNÇÕES


CAUSAIS Ideia de causa, motivo, razão de efeito porque, visto que, já que, como...
COMPARATIVAS Ideia de comparação como, tanto quanto, (mais / menos) que, do que...
CONCESSIVAS Ideia de contradição embora, ainda que, se bem que, mesmo...
CONDICIONAIS Ideia de condição caso, se, desde que, contanto que, a menos que...
CONFORMATIVAS Ideia de conformidade como, conforme, segundo...
CONSECUTIVAS Ideia de consequência De modo que, (tal / tão / tanto) que...
FINAIS Ideia de finalidade que, para que, a fim de que...
quanto mais / menos... mais /menos, à medida
PROPORCIONAIS Ideia de proporção
que, na medida em que, à proporção que...
TEMPORAIS Ideia de momento quando, depois que, logo que, antes que...

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CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL

CONCODÂNCIA VERBAL E NOMINAL

Concordância é o efeito gramatical causado por uma relação harmônica entre dois ou mais termos. Desse modo, ela pode ser verbal
— refere-se ao verbo em relação ao sujeito — ou nominal — refere-se ao substantivo e suas formas relacionadas.
• Concordância em gênero: flexão em masculino e feminino
• Concordância em número: flexão em singular e plural
• Concordância em pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa

Concordância nominal
Para que a concordância nominal esteja adequada, adjetivos, artigos, pronomes e numerais devem flexionar em número e gênero,
de acordo com o substantivo. Há algumas regras principais que ajudam na hora de empregar a concordância, mas é preciso estar atento,
também, aos casos específicos.

Quando há dois ou mais adjetivos para apenas um substantivo, o substantivo permanece no singular se houver um artigo entre os
adjetivos. Caso contrário, o substantivo deve estar no plural:
• A comida mexicana e a japonesa. / As comidas mexicana e japonesa.

Quando há dois ou mais substantivos para apenas um adjetivo, a concordância depende da posição de cada um deles. Se o adjetivo
vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais próximo:
• Linda casa e bairro.

Se o adjetivo vem depois dos substantivos, ele pode concordar tanto com o substantivo mais próximo, ou com todos os substantivos
(sendo usado no plural):
• Casa e apartamento arrumado. / Apartamento e casa arrumada.
• Casa e apartamento arrumados. / Apartamento e casa arrumados.

Quando há a modificação de dois ou mais nomes próprios ou de parentesco, os adjetivos devem ser flexionados no plural:
• As talentosas Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles estão entre os melhores escritores brasileiros.

Quando o adjetivo assume função de predicativo de um sujeito ou objeto, ele deve ser flexionado no plural caso o sujeito ou objeto
seja ocupado por dois substantivos ou mais:
• O operário e sua família estavam preocupados com as consequências do acidente.

CASOS ESPECÍFICOS REGRA EXEMPLO


É PROIBIDO Deve concordar com o substantivo quando há presença
É proibida a entrada.
É PERMITIDO de um artigo. Se não houver essa determinação, deve
É proibido entrada.
É NECESSÁRIO permanecer no singular e no masculino.
Mulheres dizem “obrigada” Homens dizem
OBRIGADO / OBRIGADA Deve concordar com a pessoa que fala.
“obrigado”.
As bastantes crianças ficaram doentes com a
volta às aulas.
Quando tem função de adjetivo para um substantivo,
Bastante criança ficou doente com a volta às
BASTANTE concorda em número com o substantivo.
aulas.
Quando tem função de advérbio, permanece invariável.
O prefeito considerou bastante a respeito da
suspensão das aulas.
É sempre invariável, ou seja, a palavra “menas” não exis- Havia menos mulheres que homens na fila
MENOS
te na língua portuguesa. para a festa.
As crianças mesmas limparam a sala depois
MESMO Devem concordar em gênero e número com a pessoa a
da aula.
PRÓPRIO que fazem referência.
Eles próprios sugeriram o tema da formatura.
Quando tem função de numeral adjetivo, deve concor-
Adicione meia xícara de leite.
dar com o substantivo.
MEIO / MEIA Manuela é meio artista, além de ser enge-
Quando tem função de advérbio, modificando um adje-
nheira.
tivo, o termo é invariável.

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Segue anexo o orçamento.


Seguem anexas as informações adicionais
ANEXO INCLUSO Devem concordar com o substantivo a que se referem. As professoras estão inclusas na greve.
O material está incluso no valor da mensali-
dade.

Concordância verbal
Para que a concordância verbal esteja adequada, é preciso haver flexão do verbo em número e pessoa, a depender do sujeito com o
qual ele se relaciona.

Quando o sujeito composto é colocado anterior ao verbo, o verbo ficará no plural:


• A menina e seu irmão viajaram para a praia nas férias escolares.

Mas, se o sujeito composto aparece depois do verbo, o verbo pode tanto ficar no plural quanto concordar com o sujeito mais próximo:
• Discutiram marido e mulher. / Discutiu marido e mulher.

Se o sujeito composto for formado por pessoas gramaticais diferentes, o verbo deve ficar no plural e concordando com a pessoa que
tem prioridade, a nível gramatical — 1ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2ª (tu, vós); a 2ª tem prioridade em relação à 3ª (ele,
eles):
• Eu e vós vamos à festa.
Quando o sujeito apresenta uma expressão partitiva (sugere “parte de algo”), seguida de substantivo ou pronome no plural, o verbo
pode ficar tanto no singular quanto no plural:
• A maioria dos alunos não se preparou para o simulado. / A maioria dos alunos não se prepararam para o simulado.

Quando o sujeito apresenta uma porcentagem, deve concordar com o valor da expressão. No entanto, quanto seguida de um subs-
tantivo (expressão partitiva), o verbo poderá concordar tanto com o numeral quanto com o substantivo:
• 27% deixaram de ir às urnas ano passado. / 1% dos eleitores votou nulo / 1% dos eleitores votaram nulo.

Quando o sujeito apresenta alguma expressão que indique quantidade aproximada, o verbo concorda com o substantivo que segue
a expressão:
• Cerca de duzentas mil pessoas compareceram à manifestação. / Mais de um aluno ficou abaixo da média na prova.

Quando o sujeito é indeterminado, o verbo deve estar sempre na terceira pessoa do singular:
• Precisa-se de balconistas. / Precisa-se de balconista.

Quando o sujeito é coletivo, o verbo permanece no singular, concordando com o coletivo partitivo:
• A multidão delirou com a entrada triunfal dos artistas. / A matilha cansou depois de tanto puxar o trenó.

Quando não existe sujeito na oração, o verbo fica na terceira pessoa do singular (impessoal):
• Faz chuva hoje

Quando o pronome relativo “que” atua como sujeito, o verbo deverá concordar em número e pessoa com o termo da oração principal
ao qual o pronome faz referência:
• Foi Maria que arrumou a casa.

Quando o sujeito da oração é o pronome relativo “quem”, o verbo pode concordar tanto com o antecedente do pronome quanto com
o próprio nome, na 3ª pessoa do singular:
• Fui eu quem arrumei a casa. / Fui eu quem arrumou a casa.

Quando o pronome indefinido ou interrogativo, atuando como sujeito, estiver no singular, o verbo deve ficar na 3ª pessoa do singular:
• Nenhum de nós merece adoecer.
Quando houver um substantivo que apresenta forma plural, porém com sentido singular, o verbo deve permanecer no singular. Ex-
ceto caso o substantivo vier precedido por determinante:
• Férias é indispensável para qualquer pessoa. / Meus óculos sumiram.

REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL

A regência estuda as relações de concordâncias entre os termos que completam o sentido tanto dos verbos quanto dos nomes. Dessa
maneira, há uma relação entre o termo regente (principal) e o termo regido (complemento).
A regência está relacionada à transitividade do verbo ou do nome, isto é, sua complementação necessária, de modo que essa relação
é sempre intermediada com o uso adequado de alguma preposição.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Regência nominal
Na regência nominal, o termo regente é o nome, podendo ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio, e o termo regido é o
complemento nominal, que pode ser um substantivo, um pronome ou um numeral.
Vale lembrar que alguns nomes permitem mais de uma preposição. Veja no quadro abaixo as principais preposições e as palavras que
pedem seu complemento:

PREPOSIÇÃO NOMES
acessível; acostumado; adaptado; adequado; agradável; alusão; análogo; anterior; atento; benefício; co-
mum; contrário; desfavorável; devoto; equivalente; fiel; grato; horror; idêntico; imune; indiferente; infe-
A
rior; leal; necessário; nocivo; obediente; paralelo; posterior; preferência; propenso; próximo; semelhante;
sensível; útil; visível...
amante; amigo; capaz; certo; contemporâneo; convicto; cúmplice; descendente; destituído; devoto; di-
DE ferente; dotado; escasso; fácil; feliz; imbuído; impossível; incapaz; indigno; inimigo; inseparável; isento;
junto; longe; medo; natural; orgulhoso; passível; possível; seguro; suspeito; temeroso...
opinião; discurso; discussão; dúvida; insistência; influência; informação; preponderante; proeminência;
SOBRE
triunfo...
acostumado; amoroso; analogia; compatível; cuidadoso; descontente; generoso; impaciente; ingrato; in-
COM
tolerante; mal; misericordioso; ocupado; parecido; relacionado; satisfeito; severo; solícito; triste...
abundante; bacharel; constante; doutor; erudito; firme; hábil; incansável; inconstante; indeciso; morador;
EM
negligente; perito; prático; residente; versado...
atentado; blasfêmia; combate; conspiração; declaração; fúria; impotência; litígio; luta; protesto; reclama-
CONTRA
ção; representação...
PARA bom; mau; odioso; próprio; útil...

Regência verbal
Na regência verbal, o termo regente é o verbo, e o termo regido poderá ser tanto um objeto direto (não preposicionado) quanto um
objeto indireto (preposicionado), podendo ser caracterizado também por adjuntos adverbiais.
Com isso, temos que os verbos podem se classificar entre transitivos e intransitivos. É importante ressaltar que a transitividade do
verbo vai depender do seu contexto.

Verbos intransitivos: não exigem complemento, de modo que fazem sentido por si só. Em alguns casos, pode estar acompanhado
de um adjunto adverbial (modifica o verbo, indicando tempo, lugar, modo, intensidade etc.), que, por ser um termo acessório, pode ser
retirado da frase sem alterar sua estrutura sintática:
• Viajou para São Paulo. / Choveu forte ontem.

Verbos transitivos diretos: exigem complemento (objeto direto), sem preposição, para que o sentido do verbo esteja completo:
• A aluna entregou o trabalho. / A criança quer bolo.

Verbos transitivos indiretos: exigem complemento (objeto indireto), de modo que uma preposição é necessária para estabelecer o
sentido completo:
• Gostamos da viagem de férias. / O cidadão duvidou da campanha eleitoral.

Verbos transitivos diretos e indiretos: em algumas situações, o verbo precisa ser acompanhado de um objeto direto (sem preposição)
e de um objeto indireto (com preposição):
• Apresentou a dissertação à banca. / O menino ofereceu ajuda à senhora.

EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE

Crase é o nome dado à contração de duas letras “A” em uma só: preposição “a” + artigo “a” em palavras femininas. Ela é demarcada
com o uso do acento grave (à), de modo que crase não é considerada um acento em si, mas sim o fenômeno dessa fusão.
Veja, abaixo, as principais situações em que será correto o emprego da crase:
• Palavras femininas: Peça o material emprestado àquela aluna.
• Indicação de horas, em casos de horas definidas e especificadas: Chegaremos em Belo Horizonte às 7 horas.
• Locuções prepositivas: A aluna foi aprovada à custa de muito estresse.
• Locuções conjuntivas: À medida que crescemos vamos deixando de lado a capacidade de imaginar.
• Locuções adverbiais de tempo, modo e lugar: Vire na próxima à esquerda.

Veja, agora, as principais situações em que não se aplica a crase:


• Palavras masculinas: Ela prefere passear a pé.
• Palavras repetidas (mesmo quando no feminino): Melhor termos uma reunião frente a frente.

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LÍNGUA PORTUGUESA

• Antes de verbo: Gostaria de aprender a pintar.


• Expressões que sugerem distância ou futuro: A médica vai te atender daqui a pouco.
• Dia de semana (a menos que seja um dia definido): De terça a sexta. / Fecharemos às segundas-feiras.
• Antes de numeral (exceto horas definidas): A casa da vizinha fica a 50 metros da esquina.

Há, ainda, situações em que o uso da crase é facultativo


• Pronomes possessivos femininos: Dei um picolé a minha filha. / Dei um picolé à minha filha.
• Depois da palavra “até”: Levei minha avó até a feira. / Levei minha avó até à feira.
• Nomes próprios femininos (desde que não seja especificado): Enviei o convite a Ana. / Enviei o convite à Ana. / Enviei o convite à
Ana da faculdade.

DICA: Como a crase só ocorre em palavras no feminino, em caso de dúvida, basta substituir por uma palavra equivalente no masculino.
Se aparecer “ao”, deve-se usar a crase: Amanhã iremos à escola / Amanhã iremos ao colégio.

EXERCÍCIOS

1. (ENEM - 2012) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava de-
safetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e
Iracema, tido como o pai do romance no Brasil.
Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de
jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas
desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada.
História Viva, n.º 99, 2011.
Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que
(A) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances.
(B) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal.
(C) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial.
(D) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional.
(E) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista.

2. (FUVEST - 2013) A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na
crença de que os conflitos e problemas humanos – econômicos, políticos, ou sociais – são solucionáveis pela educação, isto é, pela coope-
ração voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores
conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a
mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em termos que os tornem
acessíveis a todos.
(Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.)
No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo “chamadas” indica que o autor
(A) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise crítica da sociedade.
(B) considera utópicos os objetivos dessas ciências.
(C) prefere a denominação “teoria social” à denominação “ciências sociais”.
(D) discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências.
(E) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”.

3. (UERJ - 2016)

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A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque as- 06. (INSTITUTO AOCP/2017 – EBSERH) Assinale a alternativa
sinala a ausência de um elemento fundamental para a instalação em que todas as palavras estão adequadamente grafadas.
de um tribunal: a existência de alguém que esteja sendo acusado. (A) Silhueta, entretenimento, autoestima.
Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação (B) Rítimo, silueta, cérebro, entretenimento.
aos usuários da internet: (C) Altoestima, entreterimento, memorização, silhueta.
(A) proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do (D) Célebro, ansiedade, auto-estima, ritmo.
processo. (E) Memorização, anciedade, cérebro, ritmo.
(B) configuram julgamentos vazios, ainda que existam crimes
comprovados. 7. (ALTERNATIVE CONCURSOS/2016 – CÂMARA DE BANDEI-
(C) emitem juízos sobre os outros, mas não se veem na posição RANTES-SC) Algumas palavras são usadas no nosso cotidiano de
de acusados. forma incorreta, ou seja, estão em desacordo com a norma culta
(D) apressam-se em opiniões superficiais, mesmo que possuam padrão. Todas as alternativas abaixo apresentam palavras escritas
dados concretos. erroneamente, exceto em:
(A) Na bandeija estavam as xícaras antigas da vovó.
4. (UEA - 2017) Leia o trecho de Quincas Borba, de Machado (B) É um privilégio estar aqui hoje.
de Assis: (C) Fiz a sombrancelha no salão novo da cidade.
E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico se- (D) A criança estava com desinteria.
nhor; é a perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, tudo (E) O bebedoro da escola estava estragado.
rindo cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas1, so-
luços e sarabandas2, acaba por trazer à alma do mundo a variedade 8. (SEDUC/SP – 2018) Preencha as lacunas das frases abaixo
necessária, e faz-se o equilíbrio da vida. com “por que”, “porque”, “por quê” ou “porquê”. Depois, assinale a
(Quincas Borba, 1992.) alternativa que apresenta a ordem correta, de cima para baixo, de
1
polca: tipo de dança. classificação.
2
sarabandas: tipo de dança. “____________ o céu é azul?”
De acordo com o narrador, “Meus pais chegaram atrasados, ____________ pegaram trân-
(A) os erros do passado não afetam o presente. sito pelo caminho.”
(B) a existência é marcada por antagonismos. “Gostaria muito de saber o ____________ de você ter faltado
(C) a sabedoria está em perseguir a felicidade. ao nosso encontro.”
(D) cada instante vivido deve ser festejado. “A Alemanha é considerada uma das grandes potências mun-
(E) os momentos felizes são mais raros que os tristes. diais. ____________?”
(A) Porque – porquê – por que – Por quê
5. (ENEM 2013) (B) Porque – porquê – por que – Por quê
(C) Por que – porque – porquê – Por quê
(D) Porquê – porque – por quê – Por que
(E) Por que – porque – por quê – Porquê

9. (CEITEC – 2012) Os vocábulos Emergir e Imergir são parô-


nimos: empregar um pelo outro acarreta grave confusão no que
se quer expressar. Nas alternativas abaixo, só uma apresenta uma
frase em que se respeita o devido sentido dos vocábulos, selecio-
nando convenientemente o parônimo adequado à frase elaborada.
Assinale-a.
(A) A descoberta do plano de conquista era eminente.
(B) O infrator foi preso em flagrante.
(C) O candidato recebeu despensa das duas últimas provas.
(D) O metal delatou ao ser submetido à alta temperatura.
(E) Os culpados espiam suas culpas na prisão.

10. (FMU) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão


Cartum de Caulos, disponível em www.caulos.com grafadas corretamente.
(A) paralisar, pesquisar, ironizar, deslizar
O cartum faz uma crítica social. A figura destacada está em (B) alteza, empreza, francesa, miudeza
oposição às outras e representa a (C) cuscus, chimpazé, encharcar, encher
(A) opressão das minorias sociais. (D) incenso, abcesso, obsessão, luxação
(B) carência de recursos tecnológicos. (E) chineza, marquês, garrucha, meretriz
(C) falta de liberdade de expressão.
(D) defesa da qualificação profissional.
(E) reação ao controle do pensamento coletivo.

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11. (VUNESP/2017 – TJ-SP) Assinale a alternativa em que todas 16. (UNIFESP - 2015) Leia o seguinte texto:
as palavras estão corretamente grafadas, considerando-se as regras Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook?
de acentuação da língua padrão. Uma organização não governamental holandesa está propondo
(A) Remígio era homem de carater, o que surpreendeu D. Firmi- um desafio que muitos poderão considerar impossível: ficar 99 dias
na, que aceitou o matrimônio de sua filha. sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. O objetivo é medir o
(B) O consôlo de Fadinha foi ver que Remígio queria desposa-la grau de felicidade dos usuários longe da rede social.
apesar de sua beleza ter ido embora depois da doença. O projeto também é uma resposta aos experimentos psicológi-
(C) Com a saúde de Fadinha comprometida, Remígio não con- cos realizados pelo próprio Facebook. A diferença neste caso é que
seguia se recompôr e viver tranquilo. o teste é completamente voluntário. Ironicamente, para poder par-
(D) Com o triúnfo do bem sobre o mal, Fadinha se recuperou, ticipar, o usuário deve trocar a foto do perfil no Facebook e postar
Remígio resolveu pedí-la em casamento. um contador na rede social.
(E) Fadinha não tinha mágoa por não ser mais tão bela; agora, Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação e felicidade
interessava-lhe viver no paraíso com Remígio. dos participantes no 33º dia, no 66º e no último dia da abstinência.
Os responsáveis apontam que os usuários do Facebook gastam
12. (PUC-RJ) Aponte a opção em que as duas palavras são acen- em média 17 minutos por dia na rede social. Em 99 dias sem acesso,
tuadas devido à mesma regra: a soma média seria equivalente a mais de 28 horas, 2que poderiam
(A) saí – dói ser utilizadas em “atividades emocionalmente mais realizadoras”.
(B) relógio – própria (http://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.)
(C) só – sóis
(D) dá – custará Após ler o texto acima, examine as passagens do primeiro pa-
(E) até – pé rágrafo: “Uma organização não governamental holandesa está pro-
pondo um desafio” “O objetivo é medir o grau de felicidade dos
13. (UEPG ADAPTADA) Sobre a acentuação gráfica das palavras usuários longe da rede social.”
agradável, automóvel e possível, assinale o que for correto. A utilização dos artigos destacados justifica-se em razão:
(A) Em razão de a letra L no final das palavras transferir a tonici- (A) da retomada de informações que podem ser facilmente
dade para a última sílaba, é necessário que se marque graficamente depreendidas pelo contexto, sendo ambas equivalentes semantica-
a sílaba tônica das paroxítonas terminadas em L, se isso não fosse mente.
feito, poderiam ser lidas como palavras oxítonas. (B) de informações conhecidas, nas duas ocorrências, sendo
(B) São acentuadas porque são proparoxítonas terminadas em possível a troca dos artigos nos enunciados, pois isso não alteraria
L. o sentido do texto.
(C) São acentuadas porque são oxítonas terminadas em L. (C) da generalização, no primeiro caso, com a introdução de
(D) São acentuadas porque terminam em ditongo fonético – informação conhecida, e da especificação, no segundo, com infor-
eu. mação nova.
(E) São acentuadas porque são paroxítonas terminadas em L. (D) da introdução de uma informação nova, no primeiro caso, e
da retomada de uma informação já conhecida, no segundo.
14. (IFAL – 2016 ADAPTADA) Quanto à acentuação das palavras, (E) de informações novas, nas duas ocorrências, motivo pelo
assinale a afirmação verdadeira. qual são introduzidas de forma mais generalizada
(A) A palavra “tendem” deveria ser acentuada graficamente,
como “também” e “porém”. 17. (UFMG-ADAPTADA) As expressões em negrito correspon-
(B) As palavras “saíra”, “destruída” e “aí” acentuam-se pela dem a um adjetivo, exceto em:
mesma razão. (A) João Fanhoso anda amanhecendo sem entusiasmo.
(C) O nome “Luiz” deveria ser acentuado graficamente, pela (B) Demorava-se de propósito naquele complicado banho.
mesma razão que a palavra “país”. (C) Os bichos da terra fugiam em desabalada carreira.
(D) Os vocábulos “é”, “já” e “só” recebem acento por constituí- (D) Noite fechada sobre aqueles ermos perdidos da caatinga
rem monossílabos tônicos fechados. sem fim.
(E) Acentuam-se “simpática”, “centímetros”, “simbólica” por- (E) E ainda me vem com essa conversa de homem da roça.
que todas as paroxítonas são acentuadas.
18. (UMESP) Na frase “As negociações estariam meio abertas
15. (MACKENZIE) Indique a alternativa em que nenhuma pala- só depois de meio período de trabalho”, as palavras destacadas são,
vra é acentuada graficamente: respectivamente:
(A) lapis, canoa, abacaxi, jovens (A) adjetivo, adjetivo
(B) ruim, sozinho, aquele, traiu (B) advérbio, advérbio
(C) saudade, onix, grau, orquídea (C) advérbio, adjetivo
(D) voo, legua, assim, tênis (D) numeral, adjetivo
(E) flores, açucar, album, virus (E) numeral, advérbio

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19. (ITA-SP) 23. (VUNESP – 2020) Assinale a alternativa correta quanto à


Beber é mal, mas é muito bom. pontuação.
(FERNANDES, Millôr. Mais! Folha de S. Paulo, 5 ago. 2001, p. (A) Colaboradores da Universidade Federal do Paraná afirma-
28.) ram: “Os cristais de urato podem provocar graves danos nas arti-
A palavra “mal”, no caso específico da frase de Millôr, é: culações.”.
(A) adjetivo (B) A prescrição de remédios e a adesão, ao tratamento, por
(B) substantivo parte dos pacientes são baixas.
(C) pronome (C) É uma inflamação, que desencadeia a crise de gota; diag-
(D) advérbio nosticada a partir do reconhecimento de intensa dor, no local.
(E) preposição (D) A ausência de dor não pode ser motivo para a interrupção
do tratamento conforme o editorial diz: – (é preciso que o doente
20. (PUC-SP) “É uma espécie... nova... completamente nova! confie em seu médico).
(Mas já) tem nome... Batizei-(a) logo... Vou-(lhe) mostrar...”. Sob o (E) A qualidade de vida, do paciente, diminui pois a dor no local
ponto de vista morfológico, as palavras destacadas correspondem da inflamação é bastante intensa!
pela ordem, a:
(A) conjunção, preposição, artigo, pronome 24. (ENEM – 2018)
(B) advérbio, advérbio, pronome, pronome
(C) conjunção, interjeição, artigo, advérbio Física com a boca
(D) advérbio, advérbio, substantivo, pronome Por que nossa voz fica tremida ao falar na frente do ventilador?
(E) conjunção, advérbio, pronome, pronome Além de ventinho, o ventilador gera ondas sonoras. Quando
você não tem mais o que fazer e fica falando na frente dele, as on-
21. (IFAL - 2011) das da voz se propagam na direção contrária às do ventilador. Davi
Akkerman – presidente da Associação Brasileira para a Qualidade
Parágrafo do Editorial “Nossas crianças, hoje”. Acústica – diz que isso causa o mismatch, nome bacana para o de-
sencontro entre as ondas. “O vento também contribui para a distor-
“Oportunamente serão divulgados os resultados de tão impor- ção da voz, pelo fato de ser uma vibração que influencia no som”,
tante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos sentimos diz. Assim, o ruído do ventilador e a influência do vento na propaga-
na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento da ção das ondas contribuem para distorcer sua bela voz.
infância mais pobre. Nosso Estado e nossa região padece de índices Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 30 jul.
vergonhosos no tocante à mortalidade infantil, à educação básica e 2012 (adaptado).
tantos outros indicadores terríveis.” (Gazeta de Alagoas, seção Opi- Sinais de pontuação são símbolos gráficos usados para organi-
nião, 12.10.2010) zar a escrita e ajudar na compreensão da mensagem. No texto, o
O primeiro período desse parágrafo está corretamente pontu- sentido não é alterado em caso de substituição dos travessões por
ado na alternativa: (A) aspas, para colocar em destaque a informação seguinte
(A) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão (B) vírgulas, para acrescentar uma caracterização de Davi
importante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos, sen- Akkerman.
timos na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento (C) reticências, para deixar subetendida a formação do espe-
da infância mais pobre.” cialista.
(B) “Oportunamente serão divulgados os resultados de tão im- (D) dois-pontos, para acrescentar uma informação introduzida
portante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos senti- anteriormente.
mos, na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de sofrimento (E) ponto e vírgula, para enumerar informações fundamentais
da infância mais pobre.” para o desenvolvimento temático.
(C) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão
importante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos, sen-
timos na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de sofrimento
da infância mais pobre.”
(D) “Oportunamente serão divulgados os resultados de tão im-
portante encontro, mas, enquanto nordestinos e alagoanos senti-
mos, na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento,
da infância mais pobre.”
(E) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão im-
portante encontro, mas, enquanto nordestinos e alagoanos, senti-
mos, na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de sofrimento
da infância mais pobre.”

22. (F.E. BAURU) Assinale a alternativa em que há erro de pon-


tuação:
(A) Era do conhecimento de todos a hora da prova, mas, alguns
se atrasaram.
(B) A hora da prova era do conhecimento de todos; alguns se
atrasaram, porém.
(C) Todos conhecem a hora da prova; não se atrasem, pois.
(D) Todos conhecem a hora da prova, portanto não se atrasem.
(E) N.D.A

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25. (FCC – 2020)

A supressão da vírgula altera o sentido da seguinte frase:


(A) O segundo é o “capitalismo de Estado”, que confia ao governo a tarefa de estabelecer a direção da economia.
(B) milhões prosperaram, à medida que empresas abriam mercados.
(C) Por fim, executivos e investidores começaram a reconhecer que seu sucesso em longo prazo está intimamente ligado ao de seus
clientes.
(D) De início, um novo indicador de “criação de valor compartilhado” deveria incluir metas ecológicas.
(E) Na verdade, esse deveria ser seu propósito definitivo.
26. (FMPA – MG)
Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamente aplicada:
(A) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes.
(B) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros.
(C) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.
(D) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever.
(E) A cessão de terras compete ao Estado.

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27. (UEPB – 2010) 28. (UNIFOR CE – 2006)


Um debate sobre a diversidade na escola reuniu alguns, dos Dia desses, por alguns momentos, a cidade parou. As televi-
maiores nomes da educação mundial na atualidade. sões hipnotizaram os espectadores que assistiram, sem piscar, ao
resgate de uma mãe e de uma filha. Seu automóvel caíra em um
Carlos Alberto Torres rio. Assisti ao evento em um local público. Ao acabar o noticiário, o
1
O tema da diversidade tem a ver com o tema identidade. Por- silêncio em volta do aparelho se desfez e as pessoas retomaram as
tanto, 2quando você discute diversidade, um tema que cabe muito suas ocupações habituais. Os celulares recomeçaram a tocar. Per-
no 3pensamento pós-modernista, está discutindo o tema da 4diver- guntei-me: indiferença? Se tomarmos a definição ao pé da letra,
sidade não só em ideias contrapostas, mas também em 5identida- indiferença é sinônimo de desdém, de insensibilidade, de apatia e
des que se mexem, que se juntam em uma só pessoa. E 6este é um de negligência. Mas podemos considerá-la também uma forma de
processo de aprendizagem. Uma segunda afirmação é 7que a diver- ceticismo e desinteresse, um “estado físico que não apresenta nada
sidade está relacionada com a questão da educação 8e do poder. Se de particular”; enfim, explica o Aurélio, uma atitude de neutralida-
a diversidade fosse a simples descrição 9demográfica da realidade e de.
a realidade fosse uma boa articulação 10dessa descrição demográ- Conclusão? Impassíveis diante da emoção, imperturbáveis
fica em termos de constante articulação 11democrática, você não diante da paixão, imunes à angústia, vamos hoje burilando nossa
sentiria muito a presença do tema 12diversidade neste instante. Há indiferença. Não nos indignamos mais! À distância de tudo, segui-
o termo diversidade porque há 13uma diversidade que implica o uso mos surdos ao barulho do mundo lá fora. Dos movimentos de mas-
e o abuso de poder, de uma 14perspectiva ética, religiosa, de raça, sa “quentes” (lembram-se do “Diretas Já”?) onde nos fundíamos na
de classe. igualdade, passamos aos gestos frios, nos quais indiferença e dis-
[…] tância são fenômenos inseparáveis. Neles, apesar de iguais, somos
estrangeiros ao destino de nossos semelhantes. […]
Rosa Maria Torres (Mary Del Priore. Histórias do cotidiano. São Paulo: Contexto,
15
O tema da diversidade, como tantos outros, hoje em dia, abre 2001. p.68)
16
muitas versões possíveis de projeto educativo e de projeto 17po- Dentre todos os sinônimos apresentados no texto para o vo-
lítico e social. É uma bandeira pela qual temos que reivindicar, 18e cábulo indiferença, o que melhor se aplica a ele, considerando-se
pela qual temos reivindicado há muitos anos, a necessidade 19de o contexto, é
reconhecer que há distinções, grupos, valores distintos, e 20que a (A) ceticismo.
(B) desdém.
escola deve adequar-se às necessidades de cada grupo. 21Porém, o
(C) apatia.
tema da diversidade também pode dar lugar a uma 22série de coisas
(D) desinteresse.
indesejadas.
(E) negligência.
[…]
Adaptado da Revista Pátio, Diversidade na educação: limites e 29. (CASAN – 2015) Observe as sentenças.
possibilidades. Ano V, nº 20, fev./abr. 2002, p. 29. I. Com medo do escuro, a criança ascendeu a luz.
Do enunciado “O tema da diversidade tem a ver com o tema II. É melhor deixares a vida fluir num ritmo tranquilo.
identidade.” (ref. 1), pode-se inferir que III. O tráfico nas grandes cidades torna-se cada dia mais difícil
I – “Diversidade e identidade” fazem parte do mesmo campo para os carros e os pedestres.
semântico, sendo a palavra “identidade” considerada um hiperôni- Assinale a alternativa correta quanto ao uso adequado de ho-
mo, em relação à “diversidade”. mônimos e parônimos.
(A) I e III.
II – há uma relação de intercomplementariedade entre “diversi- (B) II e III.
dade e identidade”, em função do efeito de sentido que se instaura (C) II apenas.
no paradigma argumentativo do enunciado. (D) Todas incorretas.
III – a expressão “tem a ver” pode ser considerada de uso co-
loquial e indica nesse contexto um vínculo temático entre “diversi- 30. (UFMS – 2009)
dade e identidade”. Leia o artigo abaixo, intitulado “Uma questão de tempo”, de
Miguel Sanches Neto, extraído da Revista Nova Escola Online, em
Marque a alternativa abaixo que apresenta a(s) proposi- 30/09/08. Em seguida, responda.
ção(ões) verdadeira(s). “Demorei para aprender ortografia. E essa aprendizagem con-
(A) I, apenas tou com a ajuda dos editores de texto, no computador. Quando eu
(B) II e III cometia uma infração, pequena ou grande, o programa grifava em
(C) III, apenas vermelho meu deslize. Fui assim me obrigando a escrever minima-
(D) II, apenas mente do jeito correto.
(E) I e II Mas de meu tempo de escola trago uma grande descoberta,
a do monstro ortográfico. O nome dele era Qüeqüi Güegüi. Sim,
esse animal existiu de fato. A professora de Português nos disse que
devíamos usar trema nas sílabas qüe, qüi, güe e güi quando o u é
pronunciado. Fiquei com essa expressão tão sonora quanto enig-
mática na cabeça.
Quando meditava sobre algum problema terrível – pois na pré-
-adolescência sempre temos problemas terríveis –, eu tentava me
libertar da coisa repetindo em voz alta: “Qüeqüi Güegüi”. Se numa
prova de Matemática eu não conseguia me lembrar de uma fórmu-
la, lá vinham as palavras mágicas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Um desses problemas terríveis, uma namorada, ouvindo minha evocação, quis saber o que era esse tal de Qüeqüi Güegüi.
– Você nunca ouviu falar nele? – perguntei.
– Ainda não fomos apresentados – ela disse.
– É o abominável monstro ortográfico – fiz uma falsa voz de terror.
– E ele faz o quê?
– Atrapalha a gente na hora de escrever.
Ela riu e se desinteressou do assunto. Provavelmente não sabia usar trema nem se lembrava da regrinha.
Aos poucos, eu me habituei a colocar as letras e os sinais no lugar certo. Como essa aprendizagem foi demorada, não sei se consegui-
rei escrever de outra forma – agora que teremos novas regras. Por isso, peço desde já que perdoem meus futuros erros, que servirão ao
menos para determinar minha idade.
– Esse aí é do tempo do trema.”

Assinale a alternativa correta.


(A) As expressões “monstro ortográfico” e “abominável monstro ortográfico” mantêm uma relação hiperonímica entre si.
(B) Em “– Atrapalha a gente na hora de escrever”, conforme a norma culta do português, a palavra “gente” pode ser substituída por
“nós”.
(C) A frase “Fui-me obrigando a escrever minimamente do jeito correto”, o emprego do pronome oblíquo átono está correto de acordo
com a norma culta da língua portuguesa.
(D) De acordo com as explicações do autor, as palavras pregüiça e tranqüilo não serão mais grafadas com o trema.
(E) A palavra “evocação” (3° parágrafo) pode ser substituída no texto por “recordação”, mas haverá alteração de sentido.

31. (IPAD – COMPESA) Analise a divisão silábica das palavras abaixo.


1. convicção - con-vic-ção
2. abstrato - ab-stra-to
3. transparência - tran-spa-rên-ci-a
4. nascimento - nas-ci-men-to
Estão corretas:
(A) 1, 2, 3 e 4.
(B) 1 e 4, apenas.
(C) 2 e 3, apenas.
(D) 1, 3 e 4, apenas.
(E) 2, 3 e 4, apenas.

32. (UFAC) Assinale a série em que apenas um dos vocábulos NÃO possui dígrafo:
(A) Folha – ficha – lenha- fecho
(B) Lento – bomba – trinco – algum
(C) Águia – queijo – quatro – quero
(D) Descer – cresço – exceto – exsudar
(E) Serra – vosso – arrepio – assinar

33. (UNI – RIO) Assinale a opção em que o vocábulo apresenta ao mesmo tempo um encontro consonantal, um dígrafo consonantal
e um ditongo fonético.
(A) ninguém
(B) coalhou
(C) iam
(D) nenhum
(E) murcham

34. (SEDUC / RO – 2008) Sabemos que a letra “s” pode representar mais de um fonema, ou som. Na palavra “esconso”, a letra “s”
ocorre duas vezes. Em cada uma das alternativas a seguir, há uma palavra em que a letra “s” também ocorre duas vezes. Em qual dessas
alternativas o primeiro “s” e o segundo “s” soam, respectivamente, do mesmo modo que o primeiro e o segundo da palavra “esconso”?
(A) esposo
(B) israelense
(C) piscoso
(D) asianista
(E) astrosofia

35. (SEDUC / RO) Em qual das alternativas abaixo está CORRETAMENTE apresentada a separação das sílabas de uma palavra?
(A) oblíqua: ob-lí-qua.
(B) obter: o-bter.
(C) diagonal: dia-go-nal.
(D) artístico: ar-tí-sti-co.
(E) Moisés: Moi-sés.

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LÍNGUA PORTUGUESA

36. (FUNDATEC – 2016)

Sobre fonética e fonologia e conceitos relacionados a essas áreas, considere as seguintes afirmações, segundo Bechara:
I. A fonologia estuda o número de oposições utilizadas e suas relações mútuas, enquanto a fonética experimental determina a natu-
reza física e fisiológica das distinções observadas.
II. Fonema é uma realidade acústica, opositiva, que nosso ouvido registra; já letra, também chamada de grafema, é o sinal empregado
para representar na escrita o sistema sonoro de uma língua.
III. Denominam-se fonema os sons elementares e produtores da significação de cada um dos vocábulos produzidos pelos falantes da
língua portuguesa.

Quais estão INCORRETAS?


(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e II
(E) Apenas II e III.

37. (CEPERJ) Na palavra “fazer”, notam-se 5 fonemas. O mesmo número de fonemas ocorre na palavra da seguinte alternativa:
(A) tatuar
(B) quando
(C) doutor
(D) ainda
(E) além

38. (OSEC) Em que conjunto de signos só há consoantes sonoras?


(A) rosa, deve, navegador;
(B) barcos, grande, colado;
(C) luta, após, triste;
(D) ringue, tão, pinga;
(E) que, ser, tão.

39. (UFRGS – 2010) No terceiro e no quarto parágrafos do texto, o autor faz referência a uma oposição entre dois níveis de análise de
uma língua: o fonético e o gramatical.
Verifique a que nível se referem as características do português falado em Portugal a seguir descritas, identificando-as com o número
1 (fonético) ou com o número 2 (gramatical).
() Construções com infinitivo, como estou a fazer, em lugar de formas com gerúndio, como estou fazendo.
() Emprego frequente da vogal tônica com timbre aberto em palavras como académico e antónimo,
() Uso frequente de consoante com som de k final da sílaba, como em contacto e facto.
() Certos empregos do pretérito imperfeito para designar futuro do pretérito, como em Eu gostava de ir até lá por Eu gostaria de ir
até lá.

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LÍNGUA PORTUGUESA

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


(A) 2 – 1 – 1 – 2.
(B) 2 – 1 – 2 – 1.
(C) 1 – 2 – 1 – 2.
(D) 1 – 1 – 2 – 2.
(E) 1 – 2 – 2 – 1.

40. (UFSM – 2006)

Assinale a alternativa que contém a resposta correta em relação à grafa e aos fonemas dos quadrinhos 3 e 4.
(A) A palavra “aqui” tem um ditongo crescente, quatro letras e três fonemas.
(B) No terceiro quadrinho, a letra “s” representa um só fonema.
(C) Nas palavras “acho” e “questão”, há dois dígrafos e dois ditongos decrescentes.
(D) “Sempre” e “pegadinha” têm o número de sílabas diferentes, mas, quanto à tonicidade, recebem a mesma classificação.
(E) Na separação silábica das palavras do quarto quadrinho, as letras que representam os dígrafos ficam juntas na mesma sílaba.

GABARITO

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ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
1. Raciocínio lógico: Estruturas lógicas. Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões. Lógica sentencial ou
proposicional. Proposições simples e compostas. Tabelas verdade. Equivalências. Leis de De Morgan. Diagramas lógicos. . . . . . . 01
2. Linguagem elementar dos conjuntos: Subconjuntos, união, intersecção, diferença, complementar. Conjunto universo e conjunto vazio.
Partes de um conjunto finito. Conjuntos numéricos e operações com números: Conjuntos dos números naturais, inteiros, racionais e
reais. Operações entre conjuntos dos números reais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3. Intervalos de números reais. Produto cartesiano e plano cartesiano. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4. Potenciação e radiciação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
5. Razão e proporção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
6. Regra de três simples e composta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
7. Grandeza diretamente e inversamente proporcionais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
8. Porcentagem e juros simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
9. Funções: Definição de função. Operações com funções. Funções afins e quadráticas. Gráfico de uma função. . . . . . . . . . . . . . . . . 56
10. Trigonometria no triângulo retângulo: Seno, cosseno e tangente no triângulo retângulo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
11. Matrizes, determinantes e sistemas lineares: Definição de matrizes e determinantes. Operações e propriedades de matrizes e deter-
minantes. Inversa de matrizes. Matriz associada a um sistema de equações lineares. Resolução e discussão de sistemas lineares via
matrizes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
12. Polinômios: Conceito e propriedades fundamentais. Operações, fatorações e produtos notáveis. Equações polinomiais e raí-
zes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
13. Combinatória: Problemas de contagem. Arranjos, permutações e combinações simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
14. Geometria Analítica: Coordenadas cartesianas. Distância entre pontos. Equação da reta. Paralelismo e perpendicularismo de retas.
Ângulo entre retas. Distância entre ponto e reta. Circunferência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
15. Geometria plana: Teorema de Tales. Semelhança de triângulos. Quadriláteros Notáveis (paralelogramo, retângulo, quadrado e tra-
pézio). Áreas de polígonos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO

RACIOCÍNIO LÓGICO: ESTRUTURAS LÓGICAS. LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: ANALOGIAS, INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E


CONCLUSÕES. LÓGICA SENTENCIAL OU PROPOSICIONAL. PROPOSIÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS. TABELAS VERDADE.
EQUIVALÊNCIAS. LEIS DE DE MORGAN. DIAGRAMAS LÓGICOS

CONCEITOS BÁSICOS DE RACIOCÍNIO LÓGICO

Proposição
Conjunto de palavras ou símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de sentido completo. Elas transmitem pensamentos,
isto é, afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou entes.

Valores lógicos
São os valores atribuídos as proposições, podendo ser uma verdade, se a proposição é verdadeira (V), e uma falsidade, se a proposi-
ção é falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valores lógicos verdade e falsidade respectivamente.
Com isso temos alguns aximos da lógica:
– PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo tempo.
– PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre um desses casos, NUNCA
existindo um terceiro caso.

Fique Atento!!
“Toda proposição tem um, e somente um, dos valores, que são: V ou F.”

Classificação de uma proposição


Elas podem ser:
Sentença aberta:quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto, não é
considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
- Frases interrogativas: Quando será prova?- Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro do
meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1
Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.

Proposições simples e compostas


Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.
Exemplos
r: Thiago é careca.
s: Pedro é professor.

Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições sim-
ples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R...,também chamadas letras proposicionais.
Exemplo:
P: Thiago é careca e Pedro é professor.

ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.

Exemplo:(Cespe/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir:


• “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
• A expressão x + y é positiva.
• O valor de √4 + 3 = 7.
• Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
• O que é isto?

Há exatamente:
(A) uma proposição;
(B) duas proposições;
(C) três proposições;
(D) quatro proposições;
(E) todas são proposições.

1
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Resolução:
Analisemos cada alternativa:
(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma sentença lógica.
(B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir valores lógicos, logo não é sentença lógica.
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado que tenhamos
(D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando a quantidade
certa de gols, apenas se podemos atribuir um valor de V ou F a sentença).
(E) O que é isto? -como vemos não podemos atribuir valores lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.
01. Resposta: B.

Conectivos (concectores lógicos)


Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos. São eles:

Operação Conectivo Estrutura Lógica Tabela verdade

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

Condicional → Se p então q

Bicondicional ↔ p se e somente se q

2
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Exemplo: (PC/SP - Delegado de Polícia - VUNESP). Os conec- - Contigência: possui valores lógicos V e F ,da tabela verdade
tivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) (última coluna). Em outros termos a contingência é uma proposição
ou símbolos (da linguagem formal) utilizados para conectar propo- composta que não é tautologia e nem contradição.
sições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a
alternativa que apresenta exemplos de conjunção, negação e impli- Exemplos:
cação, respectivamente. 01. (PECFAZ/ESAF) Conforme a teoria da lógica proposicional,
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q a proposição ~P ∧ P é:
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q (A) uma tautologia.
(C) p -> q, p v q, ¬ p (B) equivalente à proposição ~p ∨ p.
(D) p v p, p -> q, ¬ q (C) uma contradição.
(E) p v q, ¬ q, p v q (D) uma contingência.
(E) uma disjunção.
Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o Resolução:
conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre- Resposta: C.
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposi-
ção simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma 02. (DPU – Analista – CESPE) Um estudante de direito, com o
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representa- objetivo de sistematizar o seu estudo, criou sua própria legenda, na
da pelo símbolo (→). qual identificava, por letras, algumas afirmações relevantes quanto
Resposta: B. à disciplina estudada e as vinculava por meio de sentenças (proposi-
ções). No seu vocabulário particular constava, por exemplo:
Tabela Verdade P: Cometeu o crime A.
Quando trabalhamos com as proposições compostas, determi- Q: Cometeu o crime B.
namos o seu valor lógico partindo das proposições simples que a R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no
compõe. O valor lógico de qualquer proposição composta depende regime fechado.
UNICAMENTE dos valores lógicos das proposições simples compo- S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.
nentes, ficando por eles UNIVOCAMENTE determinados. Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar
qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
Número de linhas de uma Tabela Verdade: depende do núme- Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item
ro de proposições simples que a integram, sendo dado pelo seguin- que se segue.
te teorema: A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre verdadeira, in-
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* pro- dependentemente das valorações de P e Q como verdadeiras ou
posições simpleste componentes contém 2n linhas.” falsas.
() Certo ( ) Errado
Exemplo: (Cespe/UnB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposi-
ções simples e distintas, então o número de linhas da tabela-verda- Resolução:
de da proposição (A → B) ↔ (C → D) será igual a: Considerando P e Q como V.
(A) 2; (V→V) ↔ ((F)→(F))
(B) 4; (V) ↔ (V) = V
(C) 8; Considerando P e Q como F
(D) 16; (F→F) ↔ ((V)→(V))
(E) 32. (V) ↔ (V) = V
Então concluímos que a afirmação é verdadeira.
Resolução: Resposta: Certo.
Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio acima,
então teremos: Equivalência
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas. Duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quan-
Resposta D. do mesmo possuindo estruturas lógicas diferentes, apresentam a
mesma solução em suas respectivas tabelas verdade.
Conceitos de Tautologia , Contradição e Contigência
- Tautologia: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade
(última coluna), V (verdades).
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma tautologia,
então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma tautologia, quaisquer que
sejam as proposições P0, Q0, R0, ...

- Contradição: possui todos os valores lógicos, da tabela ver-


dade (última coluna), F (falsidades). A contradição é a negação da
Tautologia e vice versa.
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma contradição,
então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma contradição, quaisquer que
sejam as proposições P0, Q0, R0, ...

3
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLOGIAS, ou então, são CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.

Exemplo: (VUNESP/TJSP) Uma negação lógica para a afirmação “João é rico, ou Maria é pobre” é:
(A) Se João é rico, então Maria é pobre.
(B) João não é rico, e Maria não é pobre.
(C) João é rico, e Maria não é pobre.
(D) Se João não é rico, então Maria não é pobre.
(E) João não é rico, ou Maria não é pobre.

Resolução:
Nesta questão, a proposição a ser negada trata-se da disjunção de duas proposições lógicas simples. Para tal, trocamos o conectivo
por “e” e negamos as proposições “João é rico” e “Maria é pobre”. Vejam como fica:

Resposta: B.

Leis de Morgan
Com elas:
- Negamos que duas dadas proposições são ao mesmo tempo verdadeiras equivalendo a afirmar que pelo menos uma é falsa
- Negamos que uma pelo menos de duas proposições é verdadeira equivalando a afirmar que ambas são falsas.

Atenção!!!
As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÂO transforma:
CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO e DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO

Exemplo: (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – FGV) Considere a afirmação:


“Mato a cobra e mostro o pau”
A negação lógica dessa afirmação é:

(A) não mato a cobra ou não mostro o pau;


(B) não mato a cobra e não mostro o pau;
(C) não mato a cobra e mostro o pau;
(D) mato a cobra e não mostro o pau;
(E) mato a cobra ou não mostro o pau.

4
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Resolução:
Resposta: A

CONECTIVOS
Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos.

Operação Conectivo Estrutura Lógica Exemplos


Negação ~ Não p A cadeira não é azul.
Conjunção ^ peq Fernando é médico e Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Inclusiva v p ou q Fernando é médico ou Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Exclusiva v Ou p ou q Ou Fernando é médico ou João é Engenheiro.
Condicional → Se p então q Se Fernando é médico então Nicolas é Engenheiro.
Bicondicional ↔ p se e somente se q Fernando é médico se e somente se Nicolas é Engenheiro.

Conectivo “não” (~)


Chamamos de negação de uma proposição representada por “não p” cujo valor lógico é verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F)
quando p é verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de p. Pela tabela verdade temos:

Conectivo “e” (˄)


Se p e q são duas proposições, a proposição p ˄ q será chamada de conjunção. Para a conjunção, tem-se a seguinte tabela-verdade:

FIQUE ATENTO: Sentenças interligadas pelo conectivo “e” possuirão o valor verdadeiro somente quando todas as sentenças, ou argu-
mentos lógicos, tiverem valores verdadeiros.

Conectivo “ou” (v)


Esteinclusivo: Elisabete é bonita ou Elisabete é inteligente. (Nada impede que Elisabete seja bonita e inteligente).

5
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Conectivo “ou” (v) Considere, agora, a seguinte bijunção: “Irei à praia se e somen-
Este exclusivo: Elisabete é paulista ou Elisabete é carioca. (Se te se fizer sol”. Podem ocorrer as situações:
Elisabete é paulista, não será carioca e vice-versa). 1. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
2. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
3. Não fez sol e fui à praia. (Eu menti)
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade). Sua tabela
verdade:

Mais sobre o Conectivo “ou”


- “inclusivo”(considera os dois casos)
-“exclusivo”(considera apenas um dos casos)
Observe que uma bicondicional só é verdadeira quando as pro-
Exemplos: posições formadoras são ambas falsas ou ambas verdadeiras.
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa O importante sobre os concectivos é ter em mente a tabela de
No primeiro caso,o“ou” é inclusivo, pois pelo menos uma das cada um deles, para que assim você possa resolver qualquer ques-
proposições é verdadeira, podendo ser ambas. tão referente ao assunto.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das
proposições poderá ser verdadeira Ordem de precedência dos conectivos
O critério que especifica a ordem de avaliação dos conectivo
Ele pode ser “inclusivo”(considera os dois casos) ou “exclusi- sou operadores lógicos de uma expressão qualquer. A lógica mate-
vo”(considera apenas um dos casos) Exemplo: R: Paulo é professor mática prioriza as operações de acordo com a ordem listadas:
ou administrador S: Maria é jovem ou idosa No primeiro ca-
so,o“ou”é inclusivo,pois pelo menos uma das proposições é verda-
deira, podendo ser ambas. No caso da segunda, o “ou” é exclusivo,
pois somente uma das proposições poderá ser verdadeira Em resumo:

Conectivo “Se... então” (→)


Se p e q são duas proposições, a proposição p→q é chamada
subjunção ou condicional. Considere a seguinte subjunção: “Se fizer
sol, então irei à praia”.
1. Podem ocorrer as situações:
2. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
3. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade)
5. Não fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade, pois eu não dis- Exemplo: (PC/SP - Delegado de Polícia - VUNESP). Os conec-
se o que faria se não fizesse sol. Assim, poderia ir ou não ir à praia). tivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum)
Temos então sua tabela verdade: ou símbolos (da linguagem formal) utilizados para conectar propo-
sições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a
alternativa que apresenta exemplos de conjunção, negação e impli-
cação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q

Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o
Observe que uma subjunção p→q somente será falsa quando conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
a primeira proposição, p, for verdadeira e a segunda, q, for falsa. sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposi-
ção simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
Conectivo “Se e somente se” (↔) proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representa-
Se p e q são duas proposições, a proposição p↔q1 é chamada da pelo símbolo (→).
bijunção ou bicondicional, que também pode ser lida como: “p é Resposta: B.
condição necessária e suficiente para q” ou, ainda, “q é condição
necessária e suficiente para p”.

6
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
CONTRADIÇÕES
São proposições compostas formadas por duas ou mais proposições onde seu valor lógico é sempre FALSO, independentemente do
valor lógico das proposições simples que a compõem. Vejamos:
A proposição: p ^ ~p é uma contradição, conforme mostra a sua tabela- verdade:

Exemplo: (PEC-FAZ) Conforme a teoria da lógica proposicional, a proposição ~P ∧ P é:


(A) uma tautologia.
(B) equivalente à proposição ~p ∨ p.
(C) uma contradição.
(D) uma contingência.
(E) uma disjunção.

Resolução:
Montando a tabela teremos que:

P ~p ~p ^p
V F F
V F F
F V F
F V F

Como todos os valores são Falsidades (F) logo estamos diante de uma CONTRADIÇÃO.
Resposta: C.

ESTRUTURAS LÓGICAS
Precisamos antes de tudo compreender o que são proposições. Chama-se proposição toda sentença declarativa à qual podemos atri-
buir um dos valores lógicos: verdadeiro ou falso, nunca ambos. Trata-se, portanto, de uma sentença fechada.

Elas podem ser:


Sentença aberta:quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto, não é
considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
- Frases interrogativas: Quando será prova?- Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro do
meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.

Proposições simples e compostas


Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As pro-
posições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.

Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições sim-
ples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R...,também chamadas letras proposicionais.

ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.

7
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Proposições Compostas – Conectivos
As proposições compostas são formadas por proposições simples ligadas por conectivos, aos quais formam um valor lógico, que
podemos vê na tabela a seguir:

Operação Conectivo Estrutura Lógica Tabela verdade

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

Condicional → Se p então q

Bicondicional ↔ p se e somente se q

8
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas questões

Exemplo: (MEC – Conhecimentos básicos para os Postos 9,10,11 e 16 – CESPE)

A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V e F corres-
pondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro e falso.
Com base nessas informações e utilizando os conectivos lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.

A última coluna da tabela-verdade referente à proposição lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal é igual a

() Certo ( ) Errado

Resolução:
P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:

R Q P [P v (Q ↔ R) ]
V V V V V V V V
V V F F V V V V
V F V V V F F V
V F F F F F F V
F V V V V V F F
F V F F F V F F
F F V V V F V F
F F F F V F V F

Resposta: Certo.

IMPLICAÇÃO LÓGICA
A proposição P(p,q,r,...) implica logicamente a proposição Q(p,q,r,...) quando Q é verdadeira todas as vezes que P é verdadeira. Repre-
sentamos a implicação com o símbolo “⇒”, simbolicamente temos:

P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...).

9
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
FIQUE ATENTO: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente distintos. O primeiro (“→”) representa a condicional, que é um conectivo.
O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação lógica que pode ou não existir entre duas proposições. Exemplo:

Observe:
- Toda proposição implica uma Tautologia:

- Somente uma contradição implica uma contradição:

Propriedades

Reflexiva:
– P(p,q,r,...) ⇒ P(p,q,r,...)
– Uma proposição complexa implica ela mesma.

Transitiva:
– Se P(p,q,r,...) ⇒Q(p,q,r,...) e
Q(p,q,r,...) ⇒R(p,q,r,...), então
P(p,q,r,...) ⇒R(p,q,r,...)
– Se P ⇒Q e Q ⇒R, então P ⇒R

Regras de Inferência
Inferência é o ato ou processo de derivar conclusões lógicas de proposições conhecidas ou decididamente verdadeiras. Em outras
palavras: é a obtenção de novas proposições a partir de proposições verdadeiras já existentes.

Regras de Inferência obtidas da implicação lógica

- Silogismo Disjuntivo

10
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
- Modus Ponens A proposição “(p ↔ q) ^ p” implica a proposição “q”, pois a
condicional “(p ↔ q) ^ p → q” é tautológica.

Exemplo: (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – FGV)


Renato falou a verdade quando disse:
• Corro ou faço ginástica.
• Acordo cedo ou não corro.
• Como pouco ou não faço ginástica.

Certo dia, Renato comeu muito.


- Modus Tollens
É correto concluir que, nesse dia, Renato:
(A) correu e fez ginástica;
(B) não fez ginástica e não correu;
(C) correu e não acordou cedo;
(D) acordou cedo e correu;
(E) não fez ginástica e não acordou cedo.

Resolução:
Na disjunção, para evitarmos que elas fiquem falsas, basta por
uma das proposições simples como verdadeira, logo:
“Renato comeu muito”
Como pouco ou não faço ginástica
FV

Corro ou faço ginástica


Tautologias e Implicação Lógica VF

Teorema Acordo cedo ou não corro


P(p,q,r,..) ⇒ Q(p,q,r,...) se e somente se P(p,q,r,...) → Q(p,- VF
q,r,...)
Portanto ele:
Comeu muito
Não fez ginástica
Corrreu, e;
Acordou cedo
Resposta: D.

QUANTIFICADORES UNIVERSAL E EXISTENCIAL


Quantificador é um termo utilizado para quantificar uma ex-
pressão. Os quantificadores são utilizados para transformar uma
sentença aberta ou proposição aberta em uma proposição lógica.

Observe que:
→ indica uma operação lógica entre as proposições. Ex.: das
proposições p e q, dá-se a nova proposição p → q.
⇒ indica uma relação. Ex.: estabelece que a condicional P →
Q é tautológica. Tipos de quantificadores

Inferências - Quantificador universal (∀)


O símbolo ∀ pode ser lido das seguintes formas:
Regra do Silogismo Hipotético

Exemplo: Todo homem é mortal.


Princípio da inconsistência A conclusão dessa afirmação é: se você é homem, então será
– Como “p ^ ~p → q” é tautológica, subsiste a implicação lógica mortal.
p ^ ~p ⇒q
– Assim, de uma contradição p ^ ~p se deduz qualquer propo-
sição q.

11
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Na representação do diagrama lógico, seria: - A palavra algum permite a inversão dos termos: “Algum A é B”
é a mesma coisa que “Algum B é A”.

Forma simbólica dos quantificadores

Todo A é B = (∀ (x) (A (x) → B).


Algum A é B = (∃ (x)) (A (x) ∧ B).
Nenhum A é B = (~ ∃ (x)) (A (x) ∧ B).
Algum A não é B= (∃ (x)) (A (x) ∧ ~ B).

ATENÇÃO: Todo homem é mortal, mas nem todo mortal é ho- Exemplos:
mem. 1) Todo cavalo é um animal. Logo,
(A) Toda cabeça de animal é cabeça de cavalo.
A frase “todo homem é mortal” possui as seguintes conclusões: (B) Toda cabeça de cavalo é cabeça de animal.
1ª) Algum mortal é homem ou algum homem é mortal. (C) Todo animal é cavalo.
2ª) Se José é homem, então José é mortal. (D) Nenhum animal é cavalo.
A forma “Todo A é B” pode ser escrita na forma: Se A então B. Resolução:
A forma simbólica da expressão “Todo A é B” é a expressão (∀ A frase “Todo cavalo é um animal” possui as seguintes conclu-
(x) (A (x) → B). sões:
Observe que a palavra todo representa uma relação de inclusão – Algum animal é cavalo ou Algum cavalo é um animal.
de conjuntos, por isso está associada ao operador da condicional. – Se é cavalo, então é um animal.
Nesse caso, nossa resposta é toda cabeça de cavalo é cabeça
Aplicando temos: de animal, pois mantém a relação de “está contido” (segunda forma
x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Agora, se escrevermos da for- de conclusão).
ma ∀ (x) ∈ N / x + 2 = 5 (lê-se: para todo pertencente a N temos x Resposta: B.
+ 2 = 5), atribuindo qualquer valor a x a sentença será verdadeira?
A resposta é NÃO, pois depois de colocarmos o quantificador, 2) (CESPE) Se R é o conjunto dos números reais, então a pro-
a frase passa a possuir sujeito e predicado definidos e podemos jul- posição (∀ x) (x ∈ R) (∃ y) (y ∈ R) (x + y = x) é valorada como V.
gar, logo, é uma proposição lógica.
Resolução:
- Quantificador existencial (∃) Lemos: para todo x pertencente ao conjunto dos números reais
O símbolo ∃ pode ser lido das seguintes formas: (R) existe um y pertencente ao conjunto dos números dos reais (R)
tal que x + y = x.
- 1º passo: observar os quantificadores.
X está relacionado com o quantificador universal, logo, todos
os valores de x devem satisfazer a propriedade.
Y está relacionado com o quantificador existencial, logo, é ne-
cessário pelo menos um valor de x para satisfazer a propriedade.
- 2º passo: observar os conjuntos dos números dos elementos
Exemplo: x e y.
“Algum matemático é filósofo.” O diagrama lógico dessa frase O elemento x pertence ao conjunto dos números reais.
é: O elemento y pertence ao conjunto os números reais.

- 3º passo: resolver a propriedade (x+ y = x).


A pergunta: existe algum valor real para y tal que x + y = x?
Existe sim! y = 0.
X + 0 = X.
Como existe pelo menos um valor para y e qualquer valor de
x somado a 0 será igual a x, podemos concluir que o item está cor-
O quantificador existencial tem a função de elemento comum. reto.
A palavra algum, do ponto de vista lógico, representa termos co- Resposta: CERTO.
muns, por isso “Algum A é B” possui a seguinte forma simbólica: (∃
(x)) (A (x) ∧ B). LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de propo-
Aplicando temos: sições iniciais redunda em outra proposição final, que será conse-
x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Escrevendo da forma (∃ x) ∈ quência das primeiras. Ou seja, argumento é a relação que associa
N / x + 2 = 5 (lê-se: existe pelo menos um x pertencente a N tal que x um conjunto de proposições P1, P2,... Pn , chamadas premissas do
+ 2 = 5), atribuindo um valor que, colocado no lugar de x, a sentença argumento, a uma proposição Q, chamada de conclusão do argu-
será verdadeira? mento.
A resposta é SIM, pois depois de colocarmos o quantificador,
a frase passou a possuir sujeito e predicado definidos e podemos
julgar, logo, é uma proposição lógica.
- A palavra todo não permite inversão dos termos: “Todo A é B”
é diferente de “Todo B é A”.

12
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Observem que todos os elementos do conjunto menor (ho-
mens) estão incluídos, ou seja, pertencem ao conjunto maior (dos
] pássaros). E será sempre essa a representação gráfica da frase
“Todo A é B”. Dois círculos, um dentro do outro, estando o círculo
menor a representar o grupo de quem se segue à palavra TODO.
Na frase: “Nenhum pássaro é animal”. Observemos que a pa-
lavra-chave desta sentença é NENHUM. E a idéia que ela exprime é
de uma total dissociação entre os dois conjuntos.

Exemplo:
P1: Todos os cientistas são loucos.
P2: Martiniano é louco.
Q: Martiniano é um cientista.

O exemplo dado pode ser chamdo de Silogismo (argumento


formado por duas premissas e a conclusão).
A respeito dos argumentos lógicos, estamos interessados em
verificar se eles são válidos ou inválidos! Então, passemos a enten- Será sempre assim a representação gráfica de uma sentença
der o que significa um argumento válido e um argumento inválido. “Nenhum A é B”: dois conjuntos separados, sem nenhum ponto em
Argumentos Válidos comum.
Dizemos que um argumento é válido (ou ainda legítimo ou bem
construído), quando a sua conclusão é uma consequência obrigató- Tomemos agora as representações gráficas das duas premissas
ria do seu conjunto de premissas. vistas acima e as analisemos em conjunto. Teremos:

Exemplo: O silogismo...
P1: Todos os homens são pássaros.
P2: Nenhum pássaro é animal.
Q: Portanto, nenhum homem é animal.

... está perfeitamente bem construído, sendo, portanto, um


argumento válido, muito embora a veracidade das premissas e da
conclusão sejam totalmente questionáveis.

Fique Atento!!!
O que vale é a CONSTRUÇÃO, E NÃO O SEU CONTEÚDO!
Se a construção está perfeita, então o argumento é válido, in-
dependentemente do conteúdo das premissas ou da conclusão!
Comparando a conclusão do nosso argumento, temos:
Como saber se um determinado argumento é mesmo válido? – NENHUM homem é animal – com o desenho das premissas
Para se comprovar a validade de um argumento é utilizando será que podemos dizer que esta conclusão é uma consequência
diagramas de conjuntos (diagramas de Venn). Trata-se de um mé- necessária das premissas? Claro que sim! Observemos que o con-
todo muito útil e que será usado com frequência em questões que junto dos homens está totalmente separado (total dissociação!) do
pedem a verificação da validade de um argumento. Vejamos como conjunto dos animais. Resultado: este é um argumento válido!
funciona, usando o exemplo acima. Quando se afirma, na premissa
P1, que “todos os homens são pássaros”, poderemos representar Argumentos Inválidos
essa frase da seguinte maneira: Dizemos que um argumento é inválido – também denominado
ilegítimo, mal construído, falacioso ou sofisma – quando a verdade
das premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclu-
são.

Exemplo:
P1: Todas as crianças gostam de chocolate.
P2: Patrícia não é criança.
Q: Portanto, Patrícia não gosta de chocolate.

Este é um argumento inválido, falacioso, mal construído, pois


as premissas não garantem (não obrigam) a verdade da conclusão.
Patrícia pode gostar de chocolate mesmo que não seja criança, pois
a primeira premissa não afirmou que somente as crianças gostam
de chocolate.

13
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Utilizando os diagramas de conjuntos para provar a validade do argumento anterior, provaremos, utilizando-nos do mesmo artifício,
que o argumento em análise é inválido. Comecemos pela primeira premissa: “Todas as crianças gostam de chocolate”.

Analisemos agora o que diz a segunda premissa: “Patrícia não é criança”. O que temos que fazer aqui é pegar o diagrama acima (da
primeira premissa) e nele indicar onde poderá estar localizada a Patrícia, obedecendo ao que consta nesta segunda premissa. Vemos
facilmente que a Patrícia só não poderá estar dentro do círculo das crianças. É a única restrição que faz a segunda premissa! Isto posto,
concluímos que Patrícia poderá estar em dois lugares distintos do diagrama:
1º) Fora do conjunto maior;
2º) Dentro do conjunto maior. Vejamos:

Finalmente, passemos à análise da conclusão: “Patrícia não gosta de chocolate”. Ora, o que nos resta para sabermos se este argumen-
to é válido ou não, é justamente confirmar se esse resultado (se esta conclusão) é necessariamente verdadeiro!
- É necessariamente verdadeiro que Patrícia não gosta de chocolate? Olhando para o desenho acima, respondemos que não! Pode
ser que ela não goste de chocolate (caso esteja fora do círculo), mas também pode ser que goste (caso esteja dentro do círculo)! Enfim, o
argumento é inválido, pois as premissas não garantiram a veracidade da conclusão!

Métodos para validação de um argumento


Aprenderemos a seguir alguns diferentes métodos que nos possibilitarão afirmar se um argumento é válido ou não!
1º) Utilizando diagramas de conjuntos: esta forma é indicada quando nas premissas do argumento aparecem as palavras TODO, AL-
GUM E NENHUM, ou os seus sinônimos: cada, existe um etc.

2º) Utilizando tabela-verdade: esta forma é mais indicada quando não for possível resolver pelo primeiro método, o que ocorre quan-
do nas premissas não aparecem as palavras todo, algum e nenhum, mas sim, os conectivos “ou” , “e”, “→” e “↔”. Baseia-se na construção
da tabela-verdade, destacando-se uma coluna para cada premissa e outra para a conclusão. Este método tem a desvantagem de ser mais
trabalhoso, principalmente quando envolve várias proposições simples.

3º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos e considerando as premissas verdadeiras.


Por este método, fácil e rapidamente demonstraremos a validade de um argumento. Porém, só devemos utilizá-lo na impossibilidade
do primeiro método.
Iniciaremos aqui considerando as premissas como verdades. Daí, por meio das operações lógicas com os conectivos, descobriremos o
valor lógico da conclusão, que deverá resultar também em verdade, para que o argumento seja considerado válido.

4º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos, considerando premissas verdadeiras e conclusão falsa.
É indicado este caminho quando notarmos que a aplicação do terceiro método não possibilitará a descoberta do valor lógico da con-
clusão de maneira direta, mas somente por meio de análises mais complicadas.

14
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Em síntese:

Exemplo: Diga se o argumento abaixo é válido ou inválido:

(p ∧ q) → r
_____~r_______
~p ∨ ~q

Resolução:
-1ª Pergunta) O argumento apresenta as palavras todo, algum ou nenhum?
A resposta é não! Logo, descartamos o 1º método e passamos à pergunta seguinte.
- 2ª Pergunta) O argumento contém no máximo duas proposições simples?
A resposta também é não! Portanto, descartamos também o 2º método.
- 3ª Pergunta) Há alguma das premissas que seja uma proposição simples ou uma conjunção?
A resposta é sim! A segunda proposição é (~r). Podemos optar então pelo 3º método? Sim, perfeitamente! Mas caso queiramos seguir
adiante com uma próxima pergunta, teríamos:
- 4ª Pergunta) A conclusão tem a forma de uma proposição simples ou de uma disjunção ou de uma condicional? A resposta também
é sim! Nossa conclusão é uma disjunção! Ou seja, caso queiramos, poderemos utilizar, opcionalmente, o 4º método!
Vamos seguir os dois caminhos: resolveremos a questão pelo 3º e pelo 4º métodos.

Resolução pelo 3º Método


Considerando as premissas verdadeiras e testando a conclusão verdadeira. Teremos:
- 2ª Premissa) ~r é verdade. Logo: r é falsa!
- 1ª Premissa) (p ∧ q)→r é verdade. Sabendo que r é falsa, concluímos que (p ∧ q) tem que ser também falsa.

E quando uma conjunção (e) é falsa? Quando uma das premissas for falsa ou ambas forem falsas. Logo, não é possível determinamos
os valores lógicos de p e q. Apesar de inicialmente o 3º método se mostrar adequado, por meio do mesmo, não poderemos determinar se
o argumento é ou NÃO VÁLIDO.

15
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Resolução pelo 4º Método 2º -Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C → ~D
Considerando a conclusão falsa e premissas verdadeiras. Tere- = V - para que o argumento seja válido temos que Quando Cláudio
mos: sai de casa tem que ser F.
- Conclusão) ~p v ~q é falso. Logo: p é verdadeiro e q é verda- 5º -Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove (V).
deiro! // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está estudando pode
Agora, passamos a testar as premissas, que são consideradas ser V ou F.
verdadeiras! Teremos: 1º-Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V
- 1ª Premissa) (p∧q)→r é verdade. Sabendo que p e q são ver-
dadeiros, então a primeira parte da condicional acima também é Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi ao
verdadeira. Daí resta que a segunda parte não pode ser falsa. Logo: cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou F); pois temos
r é verdadeiro. dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V ou F).
- 2ª Premissa) Sabendo que r é verdadeiro, teremos que ~r é Resposta: Errado.
falso! Opa! A premissa deveria ser verdadeira, e não foi!
Neste caso, precisaríamos nos lembrar de que o teste, aqui no 02. (Petrobras – Técnico (a) de Exploração de Petróleo Júnior
4º método, é diferente do teste do 3º: não havendo a existência si- – Informática – CESGRANRIO) Se Esmeralda é uma fada, então Bon-
multânea da conclusão falsa e premissas verdadeiras, teremos que grado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então Monarca é um cen-
o argumento é válido! Conclusão: o argumento é válido! tauro. Se Monarca é um centauro, então Tristeza é uma bruxa.
Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
Exemplos: 01. (DPU – Agente Administrativo – CESPE) Consi-
dere que as seguintes proposições sejam verdadeiras. (A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. (B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema. (C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. (D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
• Quando Fernando está estudando, não chove. (E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.
• Durante a noite, faz frio.
Resolução:
Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue o Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Trizteza não é
item subsecutivo. bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como conclusão
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando. o valor lógico (V), então:
() Certo ( ) Errado (4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo (F)
→V
Resolução: (3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro
A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as pre- (F) → V
missas chegamos a uma conclusão. Enumerando as premissas: (2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma bruxa(F)
A = Chove →V
B = Maria vai ao cinema (1) Tristeza não é uma bruxa (V)
C = Cláudio fica em casa
D = Faz frio Logo:
E = Fernando está estudando Temos que:
F = É noite Esmeralda não é fada(V)
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V) Bongrado não é elfo (V)
Lembramos a tabela verdade da condicional: Monarca não é um centauro (V)
Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será verda-
deiro quando todas as afirmativas forem verdadeiras, logo, a única
que contém esse valor lógico é:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
Resposta: B.

LÓGICA MATEMÁTICA QUALITATIVA


Aqui veremos questões que envolvem correlação de elemen-
tos, pessoas e objetos fictícios, através de dados fornecidos. Veja-
mos o passo a passo:
A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª falsa,
utilizando isso temos: 01. Três homens, Luís, Carlos e Paulo, são casados com Lúcia,
O que se quer saber é:Se Maria foi ao cinema, então Fernando Patrícia e Maria, mas não sabemos quem ê casado com quem. Eles
estava estudando. // B → ~E trabalham com Engenharia, Advocacia e Medicina, mas também
Iniciando temos: não sabemos quem faz o quê. Com base nas dicas abaixo, tente
4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → ~B descobrir o nome de cada marido, a profissão de cada um e o nome
= V – para que o argumento seja válido temos que Quando chove de suas esposas.
tem que ser F. a) O médico é casado com Maria.
3º -Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema (V). // b) Paulo é advogado.
C → B = V - para que o argumento seja válido temos que Maria vai c) Patrícia não é casada com Paulo.
ao cinema tem que ser V. d) Carlos não é médico.

16
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Vamos montar o passo a passo para que você possa compreender como chegar a conclusão da questão.
1º passo – vamos montar uma tabela para facilitar a visualização da resolução, a mesma deve conter as informações prestadas no
enunciado, nas quais podem ser divididas em três grupos: homens, esposas e profissões.

Também criamos abaixo do nome dos homens, o nome das esposas.

2º passo – construir a tabela gabarito.


Essa tabela não servirá apenas como gabarito, mas em alguns casos ela é fundamental para que você enxergue informações que ficam
meio escondidas na tabela principal. Uma tabela complementa a outra, podendo até mesmo que você chegue a conclusões acerca dos
grupos e elementos.

3º passo preenchimento de nossa tabela, com as informações mais óbvias do problema, aquelas que não deixam margem a nenhuma
dúvida. Em nosso exemplo:
- O médico é casado com Maria: marque um “S” na tabela principal na célula comum a “Médico” e “Maria”, e um “N” nas demais
células referentes a esse “S”.

ATENÇÃO: se o médico é casado com Maria, ele NÃO PODE ser casado com Lúcia e Patrícia, então colocamos “N” no cruzamento de
Medicina e elas. E se Maria é casada com o médico, logo ela NÃO PODE ser casada com o engenheiro e nem com o advogado (logo colo-
camos “N” no cruzamento do nome de Maria com essas profissões).
- Paulo é advogado: Vamos preencher as duas tabelas (tabela gabarito e tabela principal) agora.
- Patrícia não é casada com Paulo: Vamos preencher com “N” na tabela principal
- Carlos não é médico: preenchemos com um “N” na tabela principal a célula comum a Carlos e “médico”.

Notamos aqui que Luís então é o médico, pois foi a célula que ficou em branco. Podemos também completar a tabela gabarito.
Novamente observamos uma célula vazia no cruzamento de Carlos com Engenharia. Marcamos um “S” nesta célula. E preenchemos
sua tabela gabarito.

17
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO

4º passo – após as anotações feitas na tabela principal e na tabela gabarito, vamos procurar informações que levem a novas conclu-
sões, que serão marcadas nessas tabelas.
Observe que Maria é esposa do médico, que se descobriu ser Luís, fato que poderia ser registrado na tabela-gabarito. Mas não vamos
fazer agora, pois essa conclusão só foi facilmente encontrada porque o problema que está sendo analisado é muito simples. Vamos con-
tinuar o raciocínio e fazer as marcações mais tarde. Além disso, sabemos que Patrícia não é casada com Paulo. Como Paulo é o advogado,
podemos concluir que Patrícia não é casada com o advogado.

Verificamos, na tabela acima, que Patrícia tem de ser casada com o engenheiro, e Lúcia tem de ser casada com o advogado.

Concluímos, então, que Lúcia é casada com o advogado (que é Paulo), Patrícia é casada com o engenheiro (que e Carlos) e Maria é
casada com o médico (que é Luís).
Preenchendo a tabela-gabarito, vemos que o problema está resolvido:

Exemplo: (TRT-9ª REGIÃO/PR – Técnico Judiciário – Área Administrativa – FCC) Luiz, Arnaldo, Mariana e Paulo viajaram em janeiro,
todos para diferentes cidades, que foram Fortaleza, Goiânia, Curitiba e Salvador. Com relação às cidades para onde eles viajaram, sabe-se
que:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;
− Mariana viajou para Curitiba;
− Paulo não viajou para Goiânia;
− Luiz não viajou para Fortaleza.

18
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
É correto concluir que, em janeiro, SEQUÊNCIAS LÓGICAS ENVOLVENDO NÚMEROS, LETRAS E FIGU-
(A) Paulo viajou para Fortaleza. RAS
(B) Luiz viajou para Goiânia. As sequências podem ser formadas por números, letras, pes-
(C) Arnaldo viajou para Goiânia. soas, figuras, etc. Existem várias formas de se estabelecer uma se-
(D) Mariana viajou para Salvador. quência, o importante é que existem pelo menos três elementos
(E) Luiz viajou para Curitiba. que caracterize a lógica de sua formação, entretanto algumas séries
necessitam de mais elementos para definir sua lógica1. Um bom co-
Resolução: nhecimento em Progressões Algébricas (PA) e Geométricas (PG), fa-
Vamos preencher a tabela: zem com que deduzir as sequências se tornem simples e sem com-
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador; plicações. E o mais importante é estar atento a vários detalhes que
elas possam oferecer. Exemplos:
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador
Progressão Aritmética: Soma-se constantemente um mesmo
Luiz N número.
Arnaldo N
Mariana
Paulo

− Mariana viajou para Curitiba;


Progressão Geométrica: Multiplica-se constantemente um
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador mesmo número.

Luiz N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N
Sequência de Figuras: Esse tipo de sequência pode seguir o
− Paulo não viajou para Goiânia; mesmo padrão visto na sequência de pessoas ou simplesmente so-
frer rotações, como nos exemplos a seguir. Exemplos:
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador
01. Analise a sequência a seguir:
Luiz N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N N

− Luiz não viajou para Fortaleza. Admitindo-se que a regra de formação das figuras seguintes
permaneça a mesma, pode-se afirmar que a figura que ocuparia a
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador 277ª posição dessa sequência é:
Luiz N N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N N

Agora, completando o restante:


Paulo viajou para Salvador, pois a nenhum dos três viajou. En- Resolução:
tão, Arnaldo viajou para Fortaleza e Luiz para Goiânia A sequência das figuras completa-se na 5ª figura. Assim, conti-
nua-se a sequência de 5 em 5 elementos. A figura de número 277
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador ocupa, então, a mesma posição das figuras que representam núme-
ro 5n + 2, com nN. Ou seja, a 277ª figura corresponde à 2ª figura,
Luiz N S N N que é representada pela letra “B”.
Arnaldo S N N N Resposta: B.
Mariana N N S N
Paulo N N N S

Resposta: B.
1 https://centraldefavoritos.com.br/2017/07/21/sequencias-
-com-numeros-com-figuras-de-palavras/

19
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
02. (Câmara de Aracruz/ES - Agente Administrativo e Legislativo - IDECAN) A sequência formada pelas figuras representa as posições,
a cada 12 segundos, de uma das rodas de um carro que mantém velocidade constante. Analise-a.

Após 25 minutos e 48 segundos, tempo no qual o carro permanece nessa mesma condição, a posição da roda será:

Resolução:
A roda se mexe a cada 12 segundos. Percebe-se que ela volta ao seu estado inicial após 48 segundos.
O examinador quer saber, após 25 minutos e 48 segundos qual será a posição da roda. Vamos transformar tudo para segundos:
25 minutos = 1500 segundos (60x25)
1500 + 48 (25m e 48s) = 1548
Agora é só dividir por 48 segundos (que é o tempo que levou para roda voltar à posição inicial)
1548 / 48 = vai ter o resto “12”.
Portanto, após 25 minutos e 48 segundos, a roda vai estar na posição dos 12 segundos.
Resposta: B.

DIAGRAMAS LÓGICOS E LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM

LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM


Existem alguns tipos de argumentos que apresentam proposições com quantificadores. Numa proposição categórica, é importante
que o sujeito se relacionar com o predicado de forma coerente e que a proposição faça sentido, não importando se é verdadeira ou falsa.

Vejamos algumas formas:


- Todo A é B.
- Nenhum A é B.
- Algum A é B.
- Algum A não é B.

Onde temos que A e B são os termos ou características dessas proposições categóricas.

20
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Classificação de uma proposição categórica de acordo com o tipo
e a relação
Elas podem ser classificadas de acordo com dois critérios fun-
damentais: qualidade e extensão ou quantidade.

Qualidade: O critério de qualidade classifica uma proposição


categórica em afirmativa ou negativa.

Extensão: O critério de extensão ou quantidade classifica uma


proposição categórica em universal ou particular. A classificação de-
penderá do quantificador que é utilizado na proposição.

Essas proposições Algum A é B estabelecem que o conjunto “A”


tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto “B”. Con-
tudo, quando dizemos que Algum A é B, presumimos que nem todo
A é B. Observe “Algum A é B” é o mesmo que “Algum B é A”.

Particular negativa (Tipo O) - “ALGUM A não é B”


Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as três
representações possíveis:
Entre elas existem tipos e relações de acordo com a qualidade
e a extensão, classificam-se em quatro tipos, representados pelas
letras A, E, I e O.

Universal afirmativa (Tipo A) – “TODO A é B”.


Teremos duas possibilidades.

Proposições nessa forma: Algum A não é B estabelecem que o


Tais proposições afirmam que o conjunto “A” está contido no conjunto “A” tem pelo menos um elemento que não pertence ao
conjunto “B”, ou seja, que todo e qualquer elemento de “A” é tam- conjunto “B”. Observe que: Algum A não é B não significa o mesmo
bém elemento de “B”. Observe que “Toda A é B” é diferente de que Algum B não é A.
“Todo B é A”.
Negação das Proposições Categóricas
Universal negativa (Tipo E) – “NENHUM A é B”. Ao negarmos uma proposição categórica, devemos observar as
Tais proposições afirmam que não há elementos em comum seguintes convenções de equivalência:
entre os conjuntos “A” e “B”. Observe que “nenhum A é B” é o mes- - Ao negarmos uma proposição categórica universal geramos
mo que dizer “nenhum B é A”. uma proposição categórica particular.
Podemos representar esta universal negativa pelo seguinte dia- - Pela recíproca de uma negação, ao negarmos uma proposição
grama (A ∩ B = ø): categórica particular geramos uma proposição categórica universal.
- Negando uma proposição de natureza afirmativa geramos,
sempre, uma proposição de natureza negativa; e, pela recíproca,
negando uma proposição de natureza negativa geramos, sempre,
uma proposição de natureza afirmativa.

Em síntese:

Particular afirmativa (Tipo I) - “ALGUM A é B”


Podemos ter 4 diferentes situações para representar esta pro-
posição:

21
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Exemplos: Equivalência entre as proposições
01. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV) João olhou as dez Basta usar o triângulo a seguir e economizar um bom tempo na
bolas que havia em um saco e afirmou: resolução de questões.
“Todas as bolas desse saco são pretas”.

Sabe-se que a afirmativa de João é falsa.


É correto concluir que:
(A) nenhuma bola desse saco é preta;
(B) pelo menos nove bolas desse saco são pretas;
(C) pelo menos uma bola desse saco é preta;
(D) pelo menos uma bola desse saco não é preta;
(E) nenhuma bola desse saco é branca.

Resolução:
Resposta: D.
Exemplo: (PC/PI - Escrivão de Polícia Civil - UESPI) Qual a ne-
02. (DESENVOLVE/SP - Contador - VUNESP) Alguns gatos não gação lógica da sentença “Todo número natural é maior do que ou
são pardos, e aqueles que não são pardos miam alto. igual a cinco”?
Uma afirmação que corresponde a uma negação lógica da afir- (A) Todo número natural é menor do que cinco.
mação anterior é: (B) Nenhum número natural é menor do que cinco.
(A) Os gatos pardos miam alto ou todos os gatos não são pardos. (C) Todo número natural é diferente de cinco.
(B) Nenhum gato mia alto e todos os gatos são pardos. (D) Existe um número natural que é menor do que cinco.
(C) Todos os gatos são pardos ou os gatos que não são pardos não (E) Existe um número natural que é diferente de cinco.
miam alto.
(D) Todos os gatos que miam alto são pardos. Resolução:
(E) Qualquer animal que mia alto é gato e quase sempre ele é Do enunciado temos um quantificador universal (Todo) e pede-
pardo. -se a sua negação.
O quantificador universal todos pode ser negado, seguindo o
Resolução: esquema abaixo, pelo quantificador algum, pelo menos um, existe
Temos um quantificador particular (alguns) e uma proposição ao menos um, etc. Não se nega um quantificador universal com To-
do tipo conjunção (conectivo “e”). Pede-se a sua negação. dos e Nenhum, que também são universais.
O quantificador existencial “alguns” pode ser negado, seguindo
o esquema, pelos quantificadores universais (todos ou nenhum).
Logo, podemos descartar as alternativas A e E.
A negação de uma conjunção se faz através de uma disjunção,
em que trocaremos o conectivo “e” pelo conectivo “ou”. Descarta-
mos a alternativa B.
Vamos, então, fazer a negação da frase, não esquecendo de
que a relação que existe é: Algum A é B, deve ser trocado por: Todo
A é não B.

Todos os gatos que são pardos ou os gatos (aqueles) que não


são pardos NÃO miam alto.
Resposta: C. Portanto, já podemos descartar as alternativas que trazem
quantificadores universais (todo e nenhum). Descartamos as alter-
nativas A, B e C.
Seguindo, devemos negar o termo: “maior do que ou igual a
cinco”. Negaremos usando o termo “MENOR do que cinco”.
Obs: maior ou igual a cinco (compreende o 5, 6, 7...) ao ser
03. (CBM/RJ - Cabo Técnico em Enfermagem - ND) Dizer que a negado passa a ser menor do que cinco (4, 3, 2,...).
afirmação “todos os professores é psicólogos” e falsa, do ponto de Resposta: D.
vista lógico, equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira
(A) Todos os não psicólogos são professores. DIAGRAMAS LÓGICOS
(B) Nenhum professor é psicólogo. Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários proble-
(C) Nenhum psicólogo é professor. mas. È uma ferramenta para resolvermos problemas que envolvam
(D) Pelo menos um psicólogo não é professor. argumentos dedutivos, as quais as premissas deste argumento po-
(E) Pelo menos um professor não é psicólogo. dem ser formadas por proposições categóricas.

Resolução: Fica a dica!!!


Se a afirmação é falsa a negação será verdadeira. Logo, a nega- É bom ter um conhecimento sobre conjuntos para conseguir
ção de um quantificador universal categórico afirmativo se faz atra- resolver questões que envolvam os diagramas lógicos.
vés de um quantificador existencial negativo. Logo teremos: Pelo
menos um professor não é psicólogo.
Resposta: E.

22
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Vejamos a tabela abaixo as proposições categóricas:

Tipo Preposição Diagramas

A TODO A é B

Se um elemento pertence ao conjunto A, então pertence também a B.

E NENHUM A é B

Existe pelo menos um elemento que pertence a A, então não pertence a B, e vice-versa.

Existe pelo menos um elemento comum aos conjuntos A e B.


Podemos ainda representar das seguintes formas:

I ALGUM A é B

23
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO

O ALGUM A NÃO é B

Perceba-se que, nesta sentença, a atenção está sobre o(s) elemento (s) de A que não são B (enquanto
que, no “Algum A é B”, a atenção estava sobre os que eram B, ou seja, na intercessão).
Temos também no segundo caso, a diferença entre conjuntos, que forma o conjunto A - B

Exemplo: (GDF–Analista de Atividades Culturais Administração – IADES) Considere as proposições: “todo cinema é uma casa de cul-
tura”, “existem teatros que não são cinemas” e “algum teatro é casa de cultura”. Logo, é correto afirmar que
(A) existem cinemas que não são teatros.
(B) existe teatro que não é casa de cultura.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro.
(D) existe casa de cultura que não é cinema.
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema.

Resolução:
Vamos chamar de:
Cinema = C
Casa de Cultura = CC
Teatro = T
Analisando as proposições temos:

- Todo cinema é uma casa de cultura

- Existem teatros que não são cinemas

24
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
- Algum teatro é casa de cultura
LINGUAGEM ELEMENTAR DOS CONJUNTOS: SUBCON-
JUNTOS, UNIÃO, INTERSECÇÃO, DIFERENÇA, COMPLE-
MENTAR. CONJUNTO UNIVERSO E CONJUNTO VAZIO.
PARTES DE UM CONJUNTO FINITO. CONJUNTOS NU-
MÉRICOS E OPERAÇÕES COM NÚMEROS: CONJUNTOS
DOS NÚMEROS NATURAIS, INTEIROS, RACIONAIS E
REAIS. OPERAÇÕES ENTRE CONJUNTOS DOS NÚME-
ROS REAIS. INTERVALOS DE NÚMEROS REAIS

Conjunto está presente em muitos aspectos da vida, sejam eles


Visto que na primeira chegamos à conclusão que C = CC cotidianos, culturais ou científicos. Por exemplo, formamos conjun-
Segundo as afirmativas temos: tos ao organizar a lista de amigos para uma festa agrupar os dias da
(A) existem cinemas que não são teatros- Observando o último semana ou simplesmente fazer grupos.
diagrama vimos que não é uma verdade, pois temos que existe pelo Os componentes de um conjunto são chamados de elementos.
menos um dos cinemas é considerado teatro. Para enumerar um conjunto usamos geralmente uma letra
maiúscula.
Representações

Pode ser definido por:


-Enumerando todos os elementos do conjunto: S={1, 3, 5, 7, 9}
-Simbolicamente: B={x>N|x<8}, enumerando esses elementos
temos:
B={0,1,2,3,4,5,6,7}

-Diagrama de Venn

(B) existe teatro que não é casa de cultura. – Errado, pelo mes-
mo princípio acima.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro. – Errado,
a primeira proposição já nos afirma o contrário. O diagrama nos
afirma isso

Há também um conjunto que não contém elemento e é repre-


sentado da seguinte forma: S=c ou S={ }.
Quando todos os elementos de um conjunto A pertencem tam-
bém a outro conjunto B, dizemos que:
(D) existe casa de cultura que não é cinema. – Errado, a justifi- A é subconjunto de B
cativa é observada no diagrama da alternativa anterior. Ou A é parte de B
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema. – Cor- A está contido em B escrevemos: A⊂B
reta, que podemos observar no diagrama abaixo, uma vez que todo
cinema é casa de cultura. Se o teatro não é casa de cultura também Se existir pelo menos um elemento de A que não pertence a
não é cinema. B: A⊄B

Resposta: E.

25
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Símbolos

Igualdade

Propriedades básicas da igualdade

Para todos os conjuntos A, B e C,para todos os objetos x ∈ U, temos que:


(1) A = A.
(2) Se A = B, então B = A.
(3) Se A = B e B = C, então A = C.
(4) Se A = B e x ∈ A, então x∈ B.
Se A = B e A ∈ C, então B ∈ C.

Dois conjuntos são iguais se, e somente se, possuem exatamente os mesmos elementos. Em símbolo:
Para saber se dois conjuntos A e B são iguais, precisamos saber apenas quais são os elementos.
Não importa ordem:
A={1,2,3} e B={2,1,3}
Não importa se há repetição:
A={1,2,2,3} e B={1,2,3}

Classificação

Definição
Chama-se cardinal de um conjunto, e representa-se por #, ao número de elementos que ele possui.

Exemplo
Por exemplo, se A ={45,65,85,95} então #A = 4.

Definições
Dois conjuntos dizem-se equipotentes se têm o mesmo cardinal.
Um conjunto diz-se
a) infinito quando não é possível enumerar todos os seus elementos
b) finito quando é possível enumerar todos os seus elementos
c) singular quando é formado por um único elemento
d) vazio quando não tem elementos

Exemplos
N é um conjunto infinito (O cardinal do conjunto N (#N) é infinito (∞));
A = {½, 1} é um conjunto finito (#A = 2);
B = {Lua} é um conjunto singular (#B = 1)
{ } ou ∅ é o conjunto vazio (#∅ = 0)

26
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Pertinência

O conceito básico da teoria dos conjuntos é a relação de per-


tinência representada pelo símbolo ∈. As letras minúsculas desig-
nam os elementos de um conjunto e as maiúsculas, os conjuntos.
Assim, o conjunto das vogais (V) é:
V={a,e,i,o,u}
A relação de pertinência é expressa por: a∈V
A relação de não-pertinência é expressa por:b∉V, pois o ele-
mento b não pertence ao conjunto V.

Inclusão Exemplo:
A Relação de inclusão possui 3 propriedades: A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B = {5, 6, 7}
Propriedade reflexiva: A⊂A, isto é, um conjunto sempre é sub- Então os elementos de A – B serão os elementos do conjunto A
conjunto dele mesmo. menos os elementos que pertencerem ao conjunto B.
Propriedade antissimétrica: se A⊂B e B⊂A, então A=B Portanto A – B = {0, 1, 2, 3, 4}.
Propriedade transitiva: se A⊂B e B⊂C, então, A⊂C.
Complementar
Operações
Sejam A e B dois conjuntos tais que A⊂B. Chama-se comple-
União mentar de A em relação a B, que indicamos por CBA, o conjunto
cujos elementos são todos aqueles que pertencem a B e não per-
Dados dois conjuntos A e B, existe sempre um terceiro formado tencem a A.
pelos elementos que pertencem pelo menos um dos conjuntos a A⊂B⇔ CBA={x|x∈B e x∉A}=B-A
que chamamos conjunto união e representamos por: A∪B.
Formalmente temos: A∪B={x|x∈A ou x∈B} Exemplo
Exemplo: A={1,2,3} B={1,2,3,4,5}
A={1,2,3,4} e B={5,6} CBA={4,5}
A∪B={1,2,3,4,5,6}
Interseção Representação
-Enumerando todos os elementos do conjunto: S={1, 2, 3, 4, 5}
A interseção dos conjuntos A e B é o conjunto formado pelos -Simbolicamente: B={x∈ N|2<x<8}, enumerando esses ele-
elementos que são ao mesmo tempo de A e de B, e é representada mentos temos:
por : A∩B. Simbolicamente: A∩B={x|x∈A e x∈B} B={3,4,5,6,7}
- por meio de diagrama:

Exemplo:
A={a,b,c,d,e} e B={d,e,f,g}
A∩B={d,e}
Diferença Quando um conjunto não possuir elementos chama-se de con-
Uma outra operação entre conjuntos é a diferença, que a cada junto vazio: S=∅ ou S={ }.
par A, B de conjuntos faz corresponder o conjunto definido por:
A – B ou A\B que se diz a diferença entre A e B ou o comple- Igualdade
mentar de B em relação a A.
A este conjunto pertencem os elementos de A que não perten- Dois conjuntos são iguais se, e somente se, possuem exata-
cem a B. mente os mesmos elementos. Em símbolo:
A\B = {x : x∈A e x∉B}.

Para saber se dois conjuntos A e B são iguais, precisamos saber


apenas quais são os elementos.
Não importa ordem:
A={1,2,3} e B={2,1,3}
Não importa se há repetição:
A={1,2,2,3} e B={1,2,3}

27
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Relação de Pertinência Exemplo:
A={a,b,c,d,e} e B={d,e,f,g}
Relacionam um elemento com conjunto. E a indicação que o A∩B={d,e}
elemento pertence (∈) ou não pertence (∉)
Exemplo: Dado o conjunto A={-3, 0, 1, 5} Diferença
0∈A Uma outra operação entre conjuntos é a diferença, que a cada
2∉A par A, B de conjuntos faz corresponder o conjunto definido por:
A – B ou A\B que se diz a diferença entre A e B ou o comple-
Relações de Inclusão mentar de B em relação a A.
A este conjunto pertencem os elementos de A que não perten-
Relacionam um conjunto com outro conjunto. cem a B.
Simbologia: ⊂(está contido), ⊄(não está contido), ⊃(contém),
(não contém) A\B = {x : x ∈A e x∉B}.

A Relação de inclusão possui 3 propriedades:


Exemplo:
{1, 3,5}⊂{0, 1, 2, 3, 4, 5}
{0, 1, 2, 3, 4, 5}⊃{1, 3,5}
Aqui vale a famosa regrinha que o professor ensina, boca aber-
ta para o maior conjunto.

Subconjunto B-A = {x : x ∈B e x∉A}.

O conjunto A é subconjunto de B se todo elemento de A é tam-


bém elemento de B.
Exemplo: {2,4} é subconjunto de {x∈N|x é par}

Operações

União
Dados dois conjuntos A e B, existe sempre um terceiro formado Exemplo:
pelos elementos que pertencem pelo menos um dos conjuntos a A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B = {5, 6, 7}
que chamamos conjunto união e representamos por: A∪B. Então os elementos de A – B serão os elementos do conjunto A
Formalmente temos: A∪B={x|x ∈A ou x B} menos os elementos que pertencerem ao conjunto B.
Exemplo: Portanto A – B = {0, 1, 2, 3, 4}.
A={1,2,3,4} e B={5,6}
A∪B={1,2,3,4,5,6} Complementar
O complementar do conjunto A( ) é o conjunto formado pelos
elementos do conjunto universo que não pertencem a A.

Interseção
A interseção dos conjuntos A e B é o conjunto formado pelos
elementos que são ao mesmo tempo de A e de B, e é representada Fórmulas da união
por : A∩B. n(A ∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)
n(A ∪B∪C)=n(A)+n(B)+n(C)+n(A∩B∩C)-n(A∩B)-n(A∩C)-n(B
Simbolicamente: A∩B={x|x ∈A e x ∈B} C)

Essas fórmulas muitas vezes nos ajudam, pois ao invés de fazer


todo o diagrama, se colocarmos nessa fórmula, o resultado é mais
rápido, o que na prova de concurso é interessante devido ao tempo.
Mas, faremos exercícios dos dois modos para você entender
melhor e perceber que, dependendo do exercício é melhor fazer de
uma forma ou outra.

28
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
(MANAUSPREV – Analista Previdenciário – FCC/2015) Em um
grupo de 32 homens, 18 são altos, 22 são barbados e 16 são care-
cas. Homens altos e barbados que não são carecas são seis. Todos
homens altos que são carecas, são também barbados. Sabe-se que
existem 5 homens que são altos e não são barbados nem carecas.
Sabe-se que existem 5 homens que são barbados e não são altos
nem carecas. Sabe-se que existem 5 homens que são carecas e não
são altos e nem barbados. Dentre todos esses homens, o número
de barbados que não são altos, mas são carecas é igual a
(A) 4.
(B) 7.
(C) 13.
(D) 5.
(E) 8. Quando somarmos 5+x+6=18
X=18-11=7
Primeiro, quando temos 3 diagramas, sempre começamos pela Carecas são 16
interseção dos 3, depois interseção a cada 2 e por fim, cada um

7+y+5=16
Se todo homem careca é barbado, não teremos apenas ho- Y=16-12
mens carecas e altos. Y=4
Homens altos e barbados são 6
Então o número de barbados que não são altos, mas são care-
cas são 4.
Nesse exercício ficará difícil se pensarmos na fórmula, ficou
grande devido as explicações, mas se você fizer tudo no mesmo dia-
grama, mas seguindo os passos, o resultado sairá fácil.

(SEGPLAN/GO – Perito Criminal – FUNIVERSA/2015) Suponha


que, dos 250 candidatos selecionados ao cargo de perito criminal:

1) 80 sejam formados em Física;


2) 90 sejam formados em Biologia;
3) 55 sejam formados em Química;
Sabe-se que existem 5 homens que são barbados e não são 4) 32 sejam formados em Biologia e Física;
altos nem carecas. Sabe-se que existem 5 homens que são carecas 5) 23 sejam formados em Química e Física;
e não são altos e nem barbados 6) 16 sejam formados em Biologia e Química;
7) 8 sejam formados em Física, em Química e em Biologia.
Considerando essa situação, assinale a alternativa correta.

(A) Mais de 80 dos candidatos selecionados não são físicos nem


biólogos nem químicos.
(B) Mais de 40 dos candidatos selecionados são formados ape-
nas em Física.
(C) Menos de 20 dos candidatos selecionados são formados
apenas em Física e em Biologia.
(D) Mais de 30 dos candidatos selecionados são formados ape-
nas em Química.
(E) Escolhendo-se ao acaso um dos candidatos selecionados, a
Sabemos que 18 são altos probabilidade de ele ter apenas as duas formações, Física e Quími-
ca, é inferior a 0,05.

29
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Resolução 05. (SAP/SP – Agente de Segurança Penitenciária – MSCON-
CURSOS/2017) Numa sala de 45 alunos, foi feita uma votação para
A nossa primeira conta, deve ser achar o número de candidatos escolher a cor da camiseta de formatura. Dentre eles, 30 votaram
que não são físicos, biólogos e nem químicos. na cor preta, 21 votaram na cor cinza e 8 não votaram em nenhuma
n(F ∪B∪Q)=n(F)+n(B)+n(Q)+n(F∩B∩Q)-n(F∩B)-n(F∩Q)- delas, uma vez que não farão as camisetas. Quantos alunos votaram
-n(B∩Q) nas duas cores?
n(F ∪B∪Q)=80+90+55+8-32-23-16=162 (A) 6
Temos um total de 250 candidatos (B) 10
250-162=88 (C) 14
(D) 18
Resposta: A.
06. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervisor –
QUESTÕES FGV/2017) Na assembleia de um condomínio, duas questões inde-
pendentes foram colocadas em votação para aprovação. Dos 200
01. (CRF/MT - Agente Administrativo – QUADRIX/2017) Num condôminos presentes, 125 votaram a favor da primeira questão,
grupo de 150 jovens, 32 gostam de música, esporte e leitura; 48 110 votaram a favor da segunda questão e 45 votaram contra as
gostam de música e esporte; 60 gostam de música e leitura; 44 gos- duas questões.
tam de esporte e leitura; 12 gostam somente de música; 18 gostam
somente de esporte; e 10 gostam somente de leitura. Ao escolher Não houve votos em branco ou anulados.
ao acaso um desses jovens, qual é a probabilidade de ele não gostar
de nenhuma dessas atividades? O número de condôminos que votaram a favor das duas ques-
(A) 1/75 tões foi:
(B) 39/75 (A) 80;
(C) 11/75 (B) 75;
(D) 40/75 (C) 70;
(E) 76/75 (D) 65;
(E) 60.
02. (CRMV/SC – Recepcionista – IESES/2017) Sabe-se que 17%
dos moradores de um condomínio tem gatos, 22% tem cachorros e 07. (IFBAIANO – Assistente em Administração – FCM/2017)
8% tem ambos (gatos e cachorros). Qual é o percentual de condô- Em meio a uma crescente evolução da taxa de obesidade infantil,
minos que não tem nem gatos e nem cachorros? um estudioso fez uma pesquisa com um grupo de 1000 crianças
(A) 53 para entender o comportamento das mesmas em relação à prática
(B) 69 de atividades físicas e aos hábitos alimentares.
(C) 72 Ao final desse estudo, concluiu-se que apenas 200 crianças pra-
(D) 47 ticavam alguma atividade física de forma regular, como natação, fu-
tebol, entre outras, e apenas 400 crianças tinham uma alimentação
03. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – MPEGO/2017) Em uma adequada. Além disso, apenas 100 delas praticavam atividade física
pesquisa sobre a preferência entre dois candidatos, 48 pessoas vo- e tinham uma alimentação adequada ao mesmo tempo.
tariam no candidato A, 63 votariam no candidato B, 24 pessoas vo-
tariam nos dois; e, 30 pessoas não votariam nesses dois candidatos. Considerando essas informações, a probabilidade de encontrar
Se todas as pessoas responderam uma única vez, então o total de nesse grupo uma criança que não tenha alimentação adequada
pessoas entrevistadas foi: nem pratique atividade física de forma regular é de:
(A) 141. (A) 30%.
(B) 117. (B) 40%.
(C) 87. (C) 50%.
(D) 105. (D) 60%.
(E) 112. (E) 70%.

04. (DESENBAHIA – Técnico Escriturário – INSTITUTO 08. (TRF 2ª REGIÃO – Analista Judiciário – CONSULPLAN/2017)
AOCP/2017) Para realização de uma pesquisa sobre a preferência Uma papelaria fez uma pesquisa de mercado entre 500 de seus
de algumas pessoas entre dois canais de TV, canal A e Canal B, os clientes. Nessa pesquisa encontrou os seguintes resultados:
entrevistadores colheram as seguintes informações: 17 pessoas
preferem o canal A, 13 pessoas assistem o canal B e 10 pessoas • 160 clientes compraram materiais para seus filhos que cur-
gostam dos canais A e B. Assinale a alternativa que apresenta o total sam o Ensino Médio;
de pessoas entrevistadas. • 180 clientes compraram materiais para seus filhos que cur-
(A) 20 sam o Ensino Fundamental II;
(B) 23 • 190 clientes compraram materiais para seus filhos que cur-
(C) 27 sam o Ensino Fundamental I;
(D) 30 • 20 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam
(E) 40 o Ensino Médio e Fundamental I;
• 40 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam
o Ensino Médio e Fundamental II;
• 30 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam
o Ensino Fundamental I e II; e,

30
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
• 10 clientes compraram materiais para seus filhos que cursam 32+10+12+18+16+28+12+x=150
o Ensino Médio, Fundamental I e II. X=22 que não gostam de nenhuma dessas atividades
Quantos clientes da papelaria compraram materiais, mas os fi- P=22/150=11/75
lhos NÃO cursam nem o Ensino Médio e nem o Ensino Fundamental
I e II? 02. Resposta: B.

(A) 50.
(B) 55.
(C) 60.
(D) 65.

09. (ANS - Técnico em Regulação de Saúde Suplementar –


FUNCAB/2016) Foram visitadas algumas residências de uma rua e
em todas foram encontrados pelo menos um criadouro com larvas
do mosquito Aedes aegypti. Os criadouros encontrados foram lista-
dos na tabela a seguir: 9+8+14+x=100
P. pratinhos com água embaixo de vasos de planta. X=100-31
R. ralos entupidos com água acumulada. X=69%
K. caixas de água destampadas
03. Resposta: B.
Número de criadouros
P 103
R 124
K 98
PeR 47
PeK 43
ReK 60
P, R e K 25
24+24+39+30=117
De acordo com a tabela, o número de residências visitadas foi:
(A) 200. 04. Resposta: A.
(B) 150. N(A ∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)
(C) 325. N(A∪B)=17+13-10=20
(D) 500.
(E) 455. 05. Resposta: C.
Como 8 não votaram, tiramos do total: 45-8=37
10. (DPU – Agente Administrativo – CESPE/2016) Na zona rural N(A ∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)
de um município, 50% dos agricultores cultivam soja; 30%, arroz; 37=30+21- n(A∩B)
40%, milho; e 10% não cultivam nenhum desses grãos. Os agricul- n(A∩B)=14
tores que produzem milho não cultivam arroz e 15% deles cultivam
milho e soja. 06. Resposta: A.
Considerando essa situação, julgue o item que se segue. N(A ∪B)==200-45=155
Em exatamente 30% das propriedades, cultiva-se apenas mi- N(A ∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)
lho. 155=125+110- n(A∩B)
( )Certo ( )Errado n(A∩B)=80

Respostas 07. Resposta: C.


Sendo x o número de crianças que não praticam atividade física
01. Resposta: C. e tem uma alimentação adequada
N(A ∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)
1000-x=200+400-100
X=500
P=500/1000=0,5=50%

08. Resposta:A.
Sendo A=ensino médio
B fundamental I
C=fundamental II
X=quem comprou material e os filhos não cursam ensino mé-
dio e nem ensino fundamental
n(A∪B∪C) =n(A)+n(B)+n(C)+n(A∩B∩C)-n(A∩B)-n(A∩C)-
-n(B∩C)

31
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
500-x=160+190+180+10-20-40-30 - Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um anteces-
X=50 sor (número que vem antes do número dado).
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero.
09. Resposta: A. a) O antecessor do número m é m-1.
b) O antecessor de 2 é 1.
c) O antecessor de 56 é 55.
d) O antecessor de 10 é 9.

Expressões Numéricas
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtrações, mul-
tiplicações e divisões. Todas as operações podem acontecer em
uma única expressão. Para resolver as expressões numéricas utili-
zamos alguns procedimentos:
Se em uma expressão numérica aparecer as quatro operações,
devemos resolver a multiplicação ou a divisão primeiramente, na
ordem em que elas aparecerem e somente depois a adição e a sub-
tração, também na ordem em que aparecerem e os parênteses são
resolvidos primeiro.

38+20+42+18+25+22+35=200 residências Exemplo 1


Ou fazer direto pela tabela: 10 + 12 – 6 + 7
P+R+K+(P∩R∩K)-( P∩R)- (R∩K)-(P∩K) 22 – 6 + 7
103+124+98+25-60-43-47=200 16 + 7
23
10. Resposta: errado
Exemplo 2

40 – 9 x 4 + 23
40 – 36 + 23
4 + 23
27
Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25

Números Inteiros
Podemos dizer que este conjunto é composto pelos números
naturais, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero.
Este conjunto pode ser representado por:
Z={...-3, -2, -1, 0, 1, 2,...}
Subconjuntos do conjunto :
O número de pacientes que apresentaram pelo menos dois 1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero
desses sintomas é: Z*={...-2, -1, 1, 2, ...}
Pois pode ter 2 sintomas ou três. 2) Conjuntos dos números inteiros não negativos
6+14+26+32=78 Z+={0, 1, 2, ...}

CONJUNTOS NUMÉRICOS 3) Conjunto dos números inteiros não positivos


Z-={...-3, -2, -1}
Números Naturais
Os números naturais são o modelo matemático necessário Números Racionais
para efetuar uma contagem. Chama-se de número racional a todo número que pode ser ex-
Começando por zero e acrescentando sempre uma unidade, presso na forma , onde a e b são inteiros quaisquer, com b≠0
obtemos o conjunto infinito dos números naturais
São exemplos de números racionais:
-12/51
- Todo número natural dado tem um sucessor -3
a) O sucessor de 0 é 1. -(-3)
b) O sucessor de 1000 é 1001. -2,333...
c) O sucessor de 19 é 20.
As dízimas periódicas podem ser representadas por fração,
Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero. portanto são consideradas números racionais.
Como representar esses números?

32
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Representação Decimal das Frações E então subtraímos:

Temos 2 possíveis casos para transformar frações em decimais 10x-x=3,333...-0,333...


9x=3
1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o número de- X=3/9
cimal terá um número finito de algarismos após a vírgula. X=1/3

Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de período.

Exemplo 2

Seja a dízima 1,1212...

Façamos x = 1,1212...
100x = 112,1212... .
Subtraindo:
2º) Terá um número infinito de algarismos após a vírgula, mas 100x-x=112,1212...-1,1212...
lembrando que a dízima deve ser periódica para ser número racio- 99x=111
nal X=111/99
OBS: período da dízima são os números que se repetem, se não
repetir não é dízima periódica e assim números irracionais, que tra- Números Irracionais
taremos mais a frente. Identificação de números irracionais

- Todas as dízimas periódicas são números racionais.


- Todos os números inteiros são racionais.
- Todas as frações ordinárias são números racionais.
- Todas as dízimas não periódicas são números irracionais.
- Todas as raízes inexatas são números irracionais.
- A soma de um número racional com um número irracional é
sempre um número irracional.
- A diferença de dois números irracionais, pode ser um número
racional.
Representação Fracionária dos Números Decimais -Os números irracionais não podem ser expressos na forma ,
com a e b inteiros e b≠0.
1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar com o
denominador seguido de zeros. Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional.
O número de zeros depende da casa decimal. Para uma casa,
um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim por diante. - O quociente de dois números irracionais, pode ser um núme-
ro racional.

Exemplo: : = = 2e 2 é um número racional.

- O produto de dois números irracionais, pode ser um número


racional.

Exemplo: . = = 7 é um número racional.


Exemplo:radicais( a raiz quadrada de um número natu-
ral, se não inteira, é irracional.

2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, então como


podemos transformar em fração?

Exemplo 1

Transforme a dízima 0, 333... .em fração


Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízima dada
de x, ou seja
X=0,333...
Se o período da dízima é de um algarismo, multiplicamos por
10.

10x=3,333...

33
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Números Reais INTERVALOS ILIMITADOS

Semirreta esquerda, fechada de origem b- números reais me-


nores ou iguais a b.

Intervalo:]-∞,b]
Conjunto:{x ∈R|x≤b}

Semirreta esquerda, aberta de origem b – números reais me-


nores que b.

Fonte: www.estudokids.com.br Intervalo:]-∞,b[


Conjunto:{x ∈R|x<b}
Representação na reta
Semirreta direita, fechada de origem a – números reais maiores
ou iguais a a.

Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x ∈R|x≥a}
INTERVALOS LIMITADOS
Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou iguais a Semirreta direita, aberta, de origem a – números reais maiores
e menores do que b ou iguais a b. que a.

Intervalo:]a,+ ∞[
Intervalo:[a,b] Conjunto:{x ∈R|x>a}
Conjunto: {x ∈R|a≤x≤b}
Potenciação
Intervalo aberto – números reais maiores que a e menores que Multiplicação de fatores iguais
b.
2³=2.2.2=8

Casos
Intervalo:]a,b[
Conjunto:{x ∈R|a<x<b} 1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.

Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores que a ou


iguais a a e menores do que b.

2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio número.

Intervalo:{a,b[
Conjunto {x ∈R|a≤x<b}
Intervalo fechado à direita – números reais maiores que a e 3) Todo número negativo, elevado ao expoente par, resulta em
menores ou iguais a b. um número positivo.

Intervalo:]a,b]
Conjunto:{x ∈R|a<x≤b} 4) Todo número negativo, elevado ao expoente ímpar, resulta
em um número negativo.

34
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos passar o sinal Técnica de Cálculo
para positivo e inverter o número que está na base. A determinação da raiz quadrada de um número torna-se mais
fácil quando o algarismo se encontra fatorado em números primos.
Veja:

6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o valor do
expoente, o resultado será igual a zero.

Propriedades

1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de mesma


base, repete-se a base esoma os expoentes. 64=2.2.2.2.2.2=26

Exemplos: Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-se” um


24 . 23 = 24+3= 27 e multiplica.
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27

Observe:
2)(am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mesma base.
Conserva-se a base e subtraem os expoentes. 1 1
1

Exemplos:
3.5 = (3.5) 2 = 3 2 .5 2 = 3. 5
96 : 92 = 96-2 = 94
De modo geral, se

a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * ,
3)(am)n Potência de potência. Repete-se a base e multiplica-se
os expoentes. então:
Exemplos:
(52)3 = 52.3 = 56 n
a.b = n a .n b

O radical de índice inteiro e positivo de um produto indicado


é igual ao produto dos radicais de mesmo índice dos fatores do
radicando.
4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores elevados a um
expoente, podemos elevar cada um a esse mesmo expoente. Raiz quadrada de frações ordinárias
(4.3)²=4².3²

5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente, podemos 1 1


elevar separados. 2  2 2 22 2
=  = 1 =
Observe: 3 3 3
32
De modo geral,
Radiciação
Radiciação é a operação inversa a potenciação
se
a ∈ R+ , b ∈ R *+ , n ∈ N * ,

então:

a na
n =
b nb

35
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente indicado Racionalização de Denominadores
é igual ao quociente dos radicais de mesmo índice dos termos do
radicando. Normalmente não se apresentam números irracionais com
radicais no denominador. Ao processo que leva à eliminação dos
Raiz quadrada números decimais radicais do denominador chama-se racionalização do denominador.
1º Caso:Denominador composto por uma só parcela

Operações

2º Caso: Denominador composto por duas parcelas.

Operações

Multiplicação Devemos multiplicar de forma que obtenha uma diferença de


quadrados no denominador:

Exemplo

QUESTÕES

Divisão 01. (Prefeitura de Salvador /BA - Técnico de Nível Superior II


- Direito – FGV/2017) Em um concurso, há 150 candidatos em ape-
nas duas categorias: nível superior e nível médio.
Sabe-se que:

• dentre os candidatos, 82 são homens;


Exemplo • o número de candidatos homens de nível superior é igual ao
de mulheres de nível médio;
• dentre os candidatos de nível superior, 31 são mulheres.

O número de candidatos homens de nível médio é


Adição e subtração
(A) 42.
(B) 45.
(C) 48.
Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20. (D) 50.
(E) 52.

02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - MSCON-


CURSOS/2017) Raoni, Ingrid, Maria Eduarda, Isabella e José foram
a uma prova de hipismo, na qual ganharia o competidor que obti-
vesse o menor tempo final. A cada 1 falta seriam incrementados 6
segundos em seu tempo final. Ingrid fez 1’10” com 1 falta, Maria
Eduarda fez 1’12” sem faltas, Isabella fez 1’07” com 2 faltas, Raoni
fez 1’10” sem faltas e José fez 1’05” com 1 falta. Verificando a colo-
cação, é correto afirmar que o vencedor foi:
Caso tenha: (A) José
(B) Isabella
(C) Maria Eduarda
(D) Raoni
Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo.

36
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - MSCON- (A) 1.
CURSOS/2017) O valor de √0,444... é: (B) 2.
(A) 0,2222... (C) 4.
(B) 0,6666... (D) 8.
(C) 0,1616... (E) 16.
(D) 0,8888...
08. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRVGO/2017)
04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário -VUNESP/2017) Se,
numa divisão, o divisor e o quociente são iguais, e o resto é 10, sen-
do esse resto o maior possível, então o dividendo é Qual o resultado de ?
(A) 131.
(B) 121. (A) 3
(C) 120. (B) 3/2
(D) 110. (C) 5
(E) 101. (D) 5/2
09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervisor –
05. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) As expressões nu- FGV/2017) Suponha que a # b signifique a - 2b .
méricas abaixo apresentam resultados que seguem um padrão es-
pecífico: Se 2#(1#N)=12 , então N é igual a:
(A) 1;
1ª expressão: 1 x 9 + 2 (B) 2;
2ª expressão: 12 x 9 + 3 (C) 3;
3ª expressão: 123 x 9 + 4 (D) 4;
... (E) 6.
7ª expressão: █ x 9 + ▲
Seguindo esse padrão e colocando os números adequados no 10. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervisor –
lugar dos símbolos █ e ▲, o resultado da 7ª expressão será FGV/2017) Uma equipe de trabalhadores de determinada empresa
tem o mesmo número de mulheres e de homens. Certa manhã, 3/4
(A) 1 111 111. das mulheres e 2/3 dos homens dessa equipe saíram para um aten-
(B) 11 111. dimento externo.
(C) 1 111.
(D) 111 111. Desses que foram para o atendimento externo, a fração de mu-
(E) 11 111 111. lheres é
(A) 3/4;
06. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Durante um trei- (B) 8/9;
namento, o chefe da brigada de incêndio de um prédio comercial (C) 5/7;
informou que, nos cinquenta anos de existência do prédio, nunca (D) 8/13;
houve um incêndio, mas existiram muitas situações de risco, feliz- (E) 9/17.
mente controladas a tempo. Segundo ele, 1/13 dessas situações
deveu-se a ações criminosas, enquanto as demais situações haviam RESPOSTAS
sido geradas por diferentes tipos de displicência. Dentre as situa-
ções de risco geradas por displicência, 01.Resposta: B.
− 1/5 deveu-se a pontas de cigarro descartadas inadequada- 150-82=68 mulheres
mente; Como 31 mulheres são candidatas de nível superior, 37 são de
− 1/4 deveu-se a instalações elétricas inadequadas; nível médio.
− 1/3 deveu-se a vazamentos de gás e Portanto, há 37 homens de nível superior.
− as demais foram geradas por descuidos ao cozinhar. 82-37=45 homens de nível médio.

De acordo com esses dados, ao longo da existência desse pré- 02. Resposta: D.
dio comercial, a fração do total de situações de risco de incêndio Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o vencedor.
geradas por descuidos ao cozinhar corresponde à
(A) 3/20. 03. Resposta: B.
(B) 1/4. Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração
(C) 13/60. X=0,4444....
(D) 1/5. 10x=4,444...
(E) 1/60. 9x=4

07. (ITAIPU BINACIONAL -Profissional Nível Técnico I - Técnico


em Eletrônica – NCUFPR/2017) Assinale a alternativa que apresen-
ta o valor da expressão

37
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
04. Resposta: A.
Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número 11 que PRODUTO CARTESIANO E PLANO CARTESIANO
é igual o quociente.
11x11=121+10=131 SISTEMA CARTESIANO

05. Resposta: E. Coordenadas de um ponto


A 7ª expressão será: 1234567x9+8=11111111 Sejam x e y dois eixos perpendiculares entre si e com origem
O comum, conforme a figura abaixo. Nessas condições, diz-se que
06. Resposta: D. x e y formam um sistema cartesiano retangular (ou ortogonal), e o
plano por eles determinado é chamado plano cartesiano.
Eixo x (ou Ox): eixo das abscissas
Eixo y (ou Ou): eixo das ordenadas
O: origem do sistema
Gerado por descuidos ao cozinhar:

Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1-1/13)

1 x

07.Resposta: C. 0 1

A cada ponto P do plano corresponderão dois números: a (abs-


cissa) e b (ordenada), associados às projeções ortogonais de P so-
bre o eixo x e sobre o eixo y, respectivamente.
Assim, o ponto P tem coordenadas a e b e será indicado anali-
08. Resposta: D. ticamente pelo par ordenado (a, b).

b • P
09. Resposta: C.
2-2(1-2N)=12
2-2+4N=12
4N=12
x
• •
N=3
0 a
10. Resposta: E.
Como tem o mesmo número de homens e mulheres:

Exemplo 1
Dos homens que saíram: Os pontos, no sistema cartesiano abaixo, têm suas coordena-
das escritas ao lado da figura.
A (3, 2)
B (0, 2)
C (-3, 2)
Saíram no total D (-3, 0)
E (-3, -2)
F (0, -2)
G (3, -2)
H (3, 0)
O (0, 0)

38
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
2) Todo ponto P(a, b) do 2º quadrante tem abscissa negativa (a
y < 0) e ordenada positiva (B > 0) e reciprocamente.
P(a, b) 2º Q a < 0 e b > 0

C B A Assim P(-3, 2) 2º quadrante


2

-3 -2 -1
1 1 2 3 x y

D -1
0 H
P 2
-2 x
E F G
-3 0

Nota 3) Todo ponto P(a, b) do 3º quadrante tem abscissa negativa (a


< 0) e ordenada negativa (b < 0) e reciprocamente.
Neste estudo, será utilizado somente o sistema cartesiano re- P(a, b) 3º Q a < 0 e b < 0
tangular, que se chamará simplesmente sistema cartesiano.
Assim P(-3, -2) 3º Q
Observações
1) Os eixos x e y dividem o plano cartesiano em quatro regiões y
ou quadrantes (Q), que são numeradas, como na figura abaixo.

y x
-3

2º Q 1º Q 0
P -2

x
0 4) Todo ponto P(a, b) do 4º quadrante tem abscissa positiva (a
> 0) e ordenada negativa (B < 0) e reciprocamente.
3º Q 4º Q P(a, b) 4º Q a > 0 e b < 0

Assim P(3, -2) 4º Q


2) Neste curso, a reta suporte das bissetrizes do 1º e 3º qua-
drantes será chamada bissetriz dos quandrantes ímapares e indica-
y
-se por bi.a do 2º e 4º quadrantes será chamado bissetriz dos qua-
drantes pares e indica-se por bp.
y
bp
bi
3 x
0
x
-2
0
P

5) Todo eixo das abscissas tem ordenada nula e reciprocamen-


te.
Propriedades
1) Todo ponto P(a, b) do 1º quadrante tem abscissa positiva (a P(a, b) Ox b=0
> 0) e ordenada positiva (b > 0) e reciprocamente.
P(a, b) 1º Q a > 0 e b > 0 Assim P(3, 0) Ox
Assim P(3, 2) 1º Q
y

P x
2 P
0 3
x
0 3

39
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
6) Todo ponto do eixo das ordenadas tem abscissa nula e reci- Resolução
procamente.
P(a, b) Oy a = 0 M bi 2m – 1 = m + 3 ∴ m = 4

Assim P(0, 3) Oy Resposta: 4.


Ponto Médio
Considerem-se os pontoa A(xA, yA) e B(xB, yB). Sendo M(xM, yM) o
y ponto médio de (ou ), tem-se:
3 P
e , ou seja,

x o ponto médio é dado por:

7) Todo ponto P(a, b) da bissetriz dos quadrantes ímpares tem


abscissa e ordenada iguais (a = b) e reciprocamente. y
P(a, b) bi a = b

Assim P(-2, -2) bi B’’ (yB)

y M’’ (yM)

A’’ (yA)

-2 0 x
x
0 A’ (yA) M’ (yM) B’ (yB)
P -2

De fato:
Se M é o ponto médio de (ou ), pelo teorema de Tales,
8) Todo ponto P(a, b) da bissetriz dos quadrantes pares tem para o eixo x pode-se escrever:
abscissa e ordenada opostas (a = -b) e reciprocamente.
P(a, b) bp a = -b

Assim P(-2, 2) bp
y

P
2

x Analogicamente, para o eixo y, tem-se


-2 0

Portanto, as coordenadas do ponto médio M do segmento


Exemplo 2 (ou ) são respectivamente as médias das abscissas de A e B e das
Obter a, sabendo-se que o ponto A(4, 3ª -6) está no eixo das ordenadas de A e B.
abscissas. Exemplo 4
Obter o ponto médio M do segmento , sendo dados: A(-1,
Resolução 3) e B(0, 1).
A Ox 3a – 6 = 0 ∴ a = 2
Resolução
Resposta: 2.

Exemplo 3
Obter m, sabendo-se que o ponto M(2m – 1, m + 3) está na
bissetriz dos quadrantes ímpares.

40
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Resolução
Resposta: .

Baricentro
Seja o triângulo ABC de vértices A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC, yC). Logo, G(4, 2).
sendo G(xG, yG) o baricentro (ponto de encontro das medianas) do Distância Entre Dois Pontos
triângulo ABC, tem-se:
Considerem-se dois pontos distintos A(xA, yA) e B(xB, yB), tais que
o segmento não seja paralelo a algum dos eixos coordenados.
Traçando-se por A e B as retas paralelas aos eixos coordenados
ou seja, o ponto G é dado por que se interceptam em C, tem-se o triângulo ACB, retângulo em C.

d
y

C A

C

M 0

A distância entre os pontos A e B qie se indica por d é tal que


A
B x

0 A’(xA) G’(xG) M’(xM)

De fato, considerando a mediana AM, o baricentro G é tal que

Portanto:

Pelo Teorema de Tales, para o eixo x podemos escrever

Observações
1) Como (xB - xA)2 = (xA - xB)2, a ordem escolhida para a diferença
das abscissas não altera o cálculo de d. O mesmo ocorre com a di-
ferença das ordenadas.
2) A fórmula para o cálculo da distância continua válida se o
e, como , vem segmento é paralelo a um dos eixos, ou ainda se os pontos A e
B coincidem, caso em que d = 0.

Exemplo 6
Calcular a distância entre os pontos A e B, nos seguintes casos:
a) A(1, 8) e B(4, 12)
ou seja,
Resolução
Analogamente, para o eixo y, tem-se

b) A(0, 2) e B(-1, -1)


Portanto, as coordenadas do baricentro de um triângulo ABC
são, respectivamente, as médias aritméticas das abscissas de A, B e Resolução
C e das ordenadas A, B e C.

Exemplo 5
Sendo A(1, -1), B(0, 2) e C(11, 5) os vértices de um triângulo, Exemplo 7
obter o baricentro G desse triângulo. Qual é o ponto da bissetriz dos quadrantes pares cuja distância
ao ponto A(2, 2) é 4?

41
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Resolução EXERCÍCIOS COMENTADOS
Seja P o ponto procurado.
Como P pertence à bissetriz dos quadrantes pares (bp), pode-se 1- Dar as coordenadas dos pontos A, B, C, D, E, F e G da figura
representá-lo por P(a, -a). abaixo:
Sendo 4 a distância entre A e P, tem-se
y

Quadrando
(2 – a)2 + (2 + a )2 = 16
B
C
a=2
4 – 4a + a2 + 4 + 4a + a2 = 16 ∴ a2 = 4 ou A
a = -2 1
D x
Assim se a = 2, tem-se o ponto (2, -2) •

se a = -2, tem-se o ponto (-2, 2)

De fato, existem dois pontos P da bissetriz dos quadrantes pa- F


res (bp) cuja distância ao ponto A(2, 2) é 4. Observe-se a figura:
G
E
y
Resposta: A(5, 1); B(0, 3); C(-3, 2); D(-2, 0); E(-1, -4); F(0, -2);
bp G(4, -3).
P 2 A
2- Seja o ponto A(3p – 1, p – 3) um ponto pertencente à bisse-
triz dos quadrantes ímpares, então a ordenada do ponto A é:

a) 0
b) –1
c) –2

0 x d)

-2 2 e) –4

Resposta: Letra E. Como A pertence à bissetriz dos quadrantes


ímapres xA = yA ⇒ 3p – 1 = p – 3 ⇒ p = 1.

-2
P Logo, o ponto A(-4, -4) tem ordenada igual a -4.

3- O ponto A(p – 2, 2p – 3) pertence ao eixo das ordenadas.


Obter o ponto B’ simétrico de B(3p – 1, p – 5) em relação ao eixo
das abscissas.

Resposta: B’(5, 3).Se A pertence ao eixo das ordenadas, temos


que p – 2 = 0 ⇒ p = 2, logo, B(5, –3).
Como B’ é o simétrico de B em relação ao eixo das abscissas,
temos a mesma abscissa e a ordenada oposta, logo, B’(5, 3) é o
ponto procurado.

4- Um triângulo equilátero de lado 6 tem um vértice no eixo


das abscissas. Determine as coordenadas do 3º vértice, sabendo
que ele está no 4º quadrante (faça a figura).

Resposta: C(3, ).
Lembrando que a altura do triângulo equilátero mede , te-
mos: .

42
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
7- Achar o ponto T da bissetriz dos quadrantes ímpares que
x enxerga o segmento de extremindades A(2, 1) e B(5, 2) sob ângulo
A (0, 0) B (6, 0) y reto.

Resposta; T1(2, 2) e T2(3, 3).

Resolução
T∈ bissetriz dos quadrantes ímpares ⇒ T(x, x).
Se T enxerga sob ângulo reto, então o triângulo ATB é re-
tângulo em T.
C (3, )

5- A distância entre dois pontos (2, -1) e (-1, 3) é igual a:


A
a) zero

b)

c)
d) 5 ⇒
e) n.d.a.
Assim:
Resposta: Letra D [(x - 2)2 + (x - 1)2] + [(x – 5)2 (x – 2)2] = [(2 – 5)2 + (1 – 2)2]
Resolução X2 – 4x + 4 + x2 – 2x + 1 + x2 – 10x + 25 + x2 – 4x + 4 = 9 + 1
Δx = 2 – (–1) = 3 e Δy = –1 –3 = –4 4x2 – 20x + 24 = 0
X2 – 5x + 6 = 0 ⇒ x = 2 ou x = 3.

8- O paralelogramo ABCD tem lados , , e . Sendo


d=5 A(0, 0), B(4, 2) e D(8, 0), determine as coordenadas do ponto C.
6- Sendo A(3,1), B(4, -4) e C(-2, 2) os vértices de um triângulo,
então esse triângulo é: Resposta: C(12, 2).

a) retângulo e não isósceles. RESOLUÇÃO


b) retângulo e isósceles.
c) equilátero. B (4,2) C(a, b)
d) isósceles e não retângulo.
e) escaleno.
M
Resposta: Letra D

A (0,0) D (8,0)

M é o ponto de encontro das diagonais, portanto ponto médio


dos segmentos e . Dados B e D, temos M(6, 1) e agora temos
A e M, logo:
ee


Portanto, o Δ ABC é isósceles e não retângulo.

43
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
ou
POTENCIAÇÃO E RADICIAÇÃO

Prezado candidato, o tema supracitado foi abordado em tópicos


anteriores.
Ou
RAZÃO E PROPORÇÃO

Razão
ou
Chama-se de razão entre dois números racionais a e b, com b
0, ao quociente entre eles. Indica-se a razão de a para b por a/bou
a : b.

Exemplo: Terceira propriedade das proporções


Na sala do 1º ano de um colégio há 20 rapazes e 25 moças. Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos an-
Encontre a razão entre o número de rapazes e o número de moças. tecedentes está para a soma ou a diferença dos consequentes, as-
(lembrando que razão é divisão) sim como cada antecedente está para o seu respectivo consequen-
te. Temos então:

Proporção
ou
Proporção é a igualdade entre duas razões. A proporção entre
A/B e C/D é a igualdade:

Ou
Propriedade fundamental das proporções
Numa proporção:

ou

Os números A e D são denominados extremos enquanto os nú-


meros B e C são os meios e vale a propriedade: o produto dos meios Grandezas Diretamente Proporcionais
é igual ao produto dos extremos, isto é:
AxD=BxC Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente pro-
porcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza é igual a
Exemplo: A fração 3/4 está em proporção com 6/8, pois: razão entre os valores correspondentes da 2ª, ou de uma maneira
mais informal, se eu pergunto:
Quanto mais.....mais....

Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3 esteja Exemplo


em proporção com 4/6. Distância percorrida e combustível gasto

Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte forma: Distância(km) Combustível(litros)


13 1
26 2

. 39 3
52 4
Segunda propriedade das proporções
Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos dois Quanto MAIS eu ando, MAIS combustível?
primeiros termos está para o primeiro, ou para o segundo termo, Diretamente proporcionais
assim como a soma ou a diferença dos dois últimos termos está Se eu dobro a distância, dobra o combustível
para o terceiro, ou para o quarto termo. Então temos:

44
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Grandezas Inversamente Proporcionais A montagem do sistema com n equações e n incógnitas, assu-
me que X1+X2+...+ Xn=M e além disso
Duas grandezas variáveis dependentes são inversamente pro-
porcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza é igual
ao inverso da razão entre os valores correspondentes da 2ª.
Quanto mais....menos...

Exemplo cuja solução segue das propriedades das proporções:


velocidadextempo a tabela abaixo:

Velocidade (m/s) Tempo (s)


QUESTÕES
5 200
8 125 01. (DESENBAHIA – Técnico Escriturário - INSTITUTO
AOCP/2017) João e Marcos resolveram iniciar uma sociedade para
10 100 fabricação e venda de cachorro quente. João iniciou com um capital
16 62,5 de R$ 30,00 e Marcos colaborou com R$ 70,00. No primeiro final de
semana de trabalho, a arrecadação foi de R$ 240,00 bruto e ambos
20 50
reinvestiram R$ 100,00 do bruto na sociedade, restando a eles R$
140,00 de lucro. De acordo com o que cada um investiu inicialmen-
Quanto MAIOR a velocidade MENOS tempo?? te, qual é o valor que João e Marcos devem receber desse lucro,
Inversamente proporcional respectivamente?
Se eu dobro a velocidade, eu faço o tempo pela metade. (A) 30 e 110 reais.
(B) 40 e 100 reais.
Diretamente Proporcionais (C)42 e 98 reais.
Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn direta- (D) 50 e 90 reais.
mente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um sistema (E) 70 e 70 reais.
com n equações e n incógnitas, sendo as somas X1+X2+...+Xn=M e
p1+p2+...+pn=P. 02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Em uma empresa,
trabalham oito funcionários, na mesma função, mas com cargas ho-
rárias diferentes: um deles trabalha 32 horas semanais, um trabalha
24 horas semanais, um trabalha 20 horas semanais, três trabalham
16 horas semanais e, por fim, dois deles trabalham 12 horas sema-
nais. No final do ano, a empresa distribuirá um bônus total de R$
74.000,00 entre esses oito funcionários, de forma que a parte de
A solução segue das propriedades das proporções: cada um seja diretamente proporcional à sua carga horária sema-
nal.
Dessa forma, nessa equipe de funcionários, a diferença entre o
maior e o menor bônus individual será, em R$, de
(A) 10.000,00.
Exemplo (B) 8.000,00.
Carlos e João resolveram realizar um bolão da loteria. Carlos (C) 20.000,00.
entrou com R$ 10,00 e João com R$ 15,00. Caso ganhem o prêmio (D) 12.000,00.
de R$ 525.000,00, qual será a parte de cada um, se o combinado (E) 6.000,00.
entre os dois foi de dividirem o prêmio de forma diretamente pro-
porcional? 03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VUNESP/2017) Para
uma pesquisa, foram realizadas entrevistas nos estados da Região
Sudeste do Brasil. A amostra foi composta da seguinte maneira:
– 2500 entrevistas realizadas no estado de São Paulo;
– 1500 entrevistas realizadas nos outros três estados da Região
Sudeste.
Desse modo, é correto afirmar que a razão entre o número de
entrevistas realizadas em São Paulo e o número total de entrevistas
realizadas nos quatro estados é de
(A) 8 para 5.
(B) 5 para 8.
Carlos ganhará R$210000,00 e Carlos R$315000,00. (C) 5 para 7.
(D) 3 para 5.
Inversamente Proporcionais (E) 3 para 8.
Para decompor um número M em n partes X1, X2, ..., Xn inver-
samente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decompor este número
M em n partes X1, X2, ..., Xn diretamente proporcionais a 1/p1, 1/p2,
..., 1/pn.

45
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
04. (UNIRV/60 – Auxiliar de Laboratório – UNIRVGO/2017) Em 08. (DPE/RS - Analista - FCC/2017) A razão entre as alturas de
relação à prova de matemática de um concurso, Paula acertou 32 dois irmãos era 3/4 e, nessa ocasião, a altura do irmão mais alto era
das 48 questões da prova. A razão entre o número de questões que 1,40 m. Hoje, esse irmão mais alto cresceu 10 cm. Para que a razão
ela errou para o total de questões da prova é de entre a altura do irmão mais baixo e a altura do mais alto seja hoje,
(A) 2/3 igual a 4/5 , é necessário que o irmão mais baixo tenha crescido,
(B) 1/2 nesse tempo, o equivalente a
(C) 1/3 (A) 13,5 cm.
(D) 3/2 (B) 10,0 cm.
(C) 12,5 cm.
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO/2017) José, (D) 14,8 cm.
pai de Alfredo, Bernardo e Caetano, de 2, 5 e 8 anos, respectiva- (E) 15,0 cm.
mente, pretende dividir entre os filhos a quantia de R$ 240,00, em
partes diretamente proporcionais às suas idades. Considerando o 09. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017) O trans-
intento do genitor, é possível afirmar que cada filho vai receber, em porte de 1980 caixas iguais foi totalmente repartido entre dois
ordem crescente de idades, os seguintes valores: veículos, A e B, na razão direta das suas respectivas capacidades
(A) R$ 30,00, R$ 60,00 e R$150,00. de carga, em toneladas. Sabe-se que A tem capacidade para trans-
(B) R$ 42,00, R$ 58,00 e R$ 140,00. portar 2,2 t, enquanto B tem capacidade para transportar somente
(C) R$ 27,00, R$ 31,00 e R$ 190,00. 1,8 t. Nessas condições, é correto afirmar que a diferença entre o
(D)R$ 28,00, R$ 84,00 e R$ 128,00. número de caixas carregadas em A e o número de caixas carregadas
(E) R$ 32,00, R$ 80,00 e R$ 128,00. em B foi igual a
(A) 304.
06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP/2017) Sa- (B) 286.
be-se que 16 caixas K, todas iguais, ou 40 caixas Q, todas também (C) 224.
iguais, preenchem totalmente certo compartimento, inicialmente (D) 216.
vazio. Também é possível preencher totalmente esse mesmo com- (E) 198.
partimento completamente vazio utilizando 4 caixas K mais certa
quantidade de caixas Q. Nessas condições, é correto afirmar que o 10. (EMDEC – Assistente Administrativo – IBFC/2016) Paulo
número de caixas Q utilizadas será igual a vai dividir R$ 4.500,00 em partes diretamente proporcionais às ida-
(A) 10. des de seus três filhos com idades de 4, 6 e 8 anos respectivamente.
(B) 28. Desse modo, o total distribuído aos dois filhos com maior idade é
(C) 18. igual a:
(D) 22. (A) R$2.500,00
(E) 30. (B) R$3.500,00
(C) R$ 1.000,00
07. (IPRESB/SP – Agente Previdenciário – VUNESP/2017) A ta- (D) R$3.200,00
bela, onde alguns valores estão substituídos por letras, mostra os
valores, em milhares de reais, que eram devidos por uma empresa RESPOSTAS
a cada um dos três fornecedores relacionados, e os respectivos va-
lores que foram pagos a cada um deles. 01. Resposta: C.
30k+70k=140
Fornecedor A B C 100k=140
K=1,4
Valor pago 22,5 X 37,5 30⋅1,4=42
Valor devido Y 40 z 70⋅1,4=98

Sabe-se que os valores pagos foram diretamente proporcionais 02. Resposta: A.


a cada valor devido, na razão de 3 para 4. Nessas condições, é cor- Vamos dividir o prêmio pelas horas somadas
reto afirmar que o valor total devido a esses três fornecedores era, 32+24+20+3⋅16+2⋅12=148
antes dos pagamentos efetuados, igual a 74000/148=500
(A) R$ 90.000,00. O maior prêmio foi para quem fez 32 horas semanais
(B) R$ 96.500,00. 32⋅500=16000
(C) R$ 108.000,00. 12⋅500=6000
(D) R$ 112.500,00. A diferença é: 16000-6000=10000
(E) R$ 120.000,00.
03. Resposta:B.
2500+1500=4000 entrevistas

46
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
04. Resposta: C. A+B+C=4500
Se Paula acertou 32, errou 16. 4p+6p+8p=4500
18p=4500
P=250
B=6p=6x250=1500
C=8p=8x250=2000
05. Resposta: E. 1500+2000=3500
2k+5k+8k=240
15k=240
K=16 REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA
Alfredo: 2⋅16=32
Bernardo: 5⋅16=80 Regra de três simples
Caetano: 8⋅16=128 Regra de três simples é um processo prático para resolver pro-
06. Resposta: E. blemas que envolvam quatro valores dos quais conhecemos três
Se, com 16 caixas K, fica cheio e já foram colocadas 4 caixa, deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já
faltam 12 caixas K, mas queremos colocar as caixas Q, então vamos conhecidos.
ver o equivalente de 12 caixas K Passos utilizados numa regra de três simples:
1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma
espécie em colunas e mantendo na mesma linha as grandezas de
espécies diferentes em correspondência.
Q=30 caixas 2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamen-
te proporcionais.
07. Resposta: E. 3º) Montar a proporção e resolver a equação.
Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h,
faz um determinado percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria
esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480km/h?
Y=90/3=30
Solução: montando a tabela:

1) Velocidade (Km/h) Tempo (h)


X=120/4=30 400-----------------3
480---------------- x

2) Identificação do tipo de relação:


Z=150/3=50 Velocidade----------tempo
Portanto o total devido é de: 30+40+50=120000 400↓-----------------3↑
480↓---------------- x↑
08. Resposta: E.
Obs.: como as setas estão invertidas temos que inverter os nú-
meros mantendo a primeira coluna e invertendo a segunda coluna
ou seja o que está em cima vai para baixo e o que está em baixo na
segunda coluna vai para cima
X=1,05 Velocidade----------tempo
Seo irmão mais alto cresceu 10cm, está com 1,50 400↓-----------------X↓
480↓---------------- 3↓

480x=1200
X=1,20 X=25
Ele cresceu: 1,20-1,05=0,15m=15cm
Regra de três composta
09. Resposta: E. Regra de três composta é utilizada em problemas com mais de
2,2k+1,8k=1980 duas grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
4k=1980
K=495 Exemplos:
2,2x495=1089
1980-1089=891 1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m³ de areia. Em
1089-891=198 5 horas, quantos caminhões serão necessários para descarregar
125m³?
10. Resposta: B.
Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as
grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as grandezas de es-
pécies diferentes que se correspondem:

47
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Horas --------caminhões-----------volume 03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - MSCON-
8↑----------------20↓----------------------160↑ CURSOS/2017) Para a construção de uma rodovia, 12 operários tra-
5↑------------------x↓----------------------125↑ balham 8 horas por dia durante 14 dias e completam exatamente
A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde a metade da obra. Porém, a rodovia precisa ser terminada daqui a
está o x. exatamente 8 dias, e então a empresa contrata mais 6 operários
Observe que: de mesma capacidade dos primeiros. Juntos, eles deverão trabalhar
Aumentando o número de horas de trabalho, podemos dimi- quantas horas por dia para terminar o trabalho no tempo correto?
nuir o número de caminhões. Portanto a relação é inversamente (A) 6h 8 min
proporcional (seta para cima na 1ª coluna). (B)6h 50min
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número (C) 9h 20 min
de caminhões. Portanto a relação é diretamente proporcional (seta (D) 9h 33min
para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que contém o
termo x com o produto das outras razões de acordo com o sentido 04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VUNESP/2017 ) Um
das setas. restaurante “por quilo” apresenta seus preços de acordo com a ta-
Montando a proporção e resolvendo a equação temos: bela:

Horas --------caminhões-----------volume
8↑----------------20↓----------------------160↓
5↑------------------x↓----------------------125↓

Obs.: Assim devemos inverter a primeira coluna ficando:


Rodolfo almoçou nesse restaurante na última sexta-feira. Se
a quantidade de alimentos que consumiu nesse almoço custou R$
Horas --------caminhões-----------volume 21,00, então está correto afirmar que essa quantidade é, em gra-
5----------------20----------------------160 mas, igual a
8------------------x----------------------125
(A) 375.
(B) 380.
(C) 420.
(D) 425.
Logo, serão necessários 25 caminhões (E) 450.

QUESTÕES 05. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VUNESP/2017 ) Um


carregamento de areia foi totalmente embalado em 240 sacos, com
01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciários- VU- 40 kg em cada saco. Se fossem colocados apenas 30 kg em cada
NESP/2017) Para imprimir 300 apostilas destinadas a um curso, saco, o número de sacos necessários para embalar todo o carrega-
uma máquina de fotocópias precisa trabalhar 5 horas por dia du- mento seria igual a
rante 4 dias. Por motivos administrativos, será necessário imprimir (A) 420.
360 apostilas em apenas 3 dias. O número de horas diárias que essa (B) 375.
máquina terá que trabalhar para realizar a tarefa é (C) 370.
(A) 6. (D) 345.
(B) 7. (E) 320.
(C) 8.
(D) 9. 06. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRVGO/2017)
(E) 10. Quarenta e oito funcionários de uma certa empresa, trabalhando
12 horas por dia, produzem 480 bolsas por semana. Quantos fun-
02. (SEPOG – Analista em Tecnologia da Informação e Comu- cionários a mais, trabalhando 15 horas por dia, podem assegurar
nicação – FGV/2017) Uma máquina copiadora A faz 20% mais có- uma produção de 1200 bolsas por semana?
pias do que uma outra máquina B, no mesmo tempo. (A) 48
A máquina B faz 100 cópias em uma hora. (B) 96
A máquina A faz 100 cópias em (C) 102
(A) 44 minutos. (D) 144
(B) 46 minutos.
(C) 48 minutos. 07. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO/2017) Durante
(D) 50 minutos. 90 dias, 12 operários constroem uma loja. Qual o número mínimo
(E) 52 minutos. de operários necessários para fazer outra loja igual em 60 dias?
(A) 8 operários.
(B) 18 operários.
(C) 14 operários.
(D) 22 operários.
(E) 25 operários

48
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
08. (FCEP – Técnico Artístico – AMAUC/2017) A vazão de uma 8⋅18x=14⋅12⋅8
torneira é de 50 litros a cada 3 minutos. O tempo necessário para X=9,33h
essa torneira encher completamente um reservatório retangular, 9 horas e 1/3 da hora
cujas medidas internas são 1,5 metros de comprimento, 1,2 metros 1/3 de hora é equivalente a 20 minutos
de largura e 70 centímetros de profundidade é de: 9horas e 20 minutos
(A) 1h 16min 00s
(B) 1h 15min 36s 04. Resposta:C.
(C) 1h 45min 16s 12,50------250
(D) 1h 50min 05s 21----------x
(E) 1h55min 42s X=5250/12,5=420 gramas

09. (CRMV/SC – Assistente Administrativo – IESES/2017) Tra- 05. Resposta: E.


balhando durante 6 dias, 5 operários produzem 600 peças. Deter- Sacoskg
mine quantas peças serão produzidas por sete operários trabalhan- 240----40
do por 8 dias: x----30
(A) 1120 peças
(B)952 peças Quanto mais sacos, menos areia foi colocada(inversamente)
(C) 875 peças
(D) 1250 peças

10. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VUNESP/2016) Para 30x=9600


organizar as cadeiras em um auditório, 6 funcionários, todos com X=320
a mesma capacidade de produção, trabalharam por 3 horas. Para
fazer o mesmo trabalho, 20 funcionários, todos com o mesmo ren- 06. Resposta: A.
dimento dos iniciais, deveriam trabalhar um total de tempo, em ↓Funcionários↑ horasbolsas↓
minutos, igual a 48------------------------12-----------480
(A) 48. x-----------------------------15----------1200
(B) 50. Quanto mais funcionários, menos horas precisam
(C) 46. Quanto mais funcionários, mais bolsas feitas
(D) 54.
(E) 52.
RESPOSTAS

01. Resposta: C. X=96 funcionários


↑Apostilas↑ horasdias↓ Precisam de mais 48 funcionários
300------------------5--------------4
360-----------------x----------------3 07. Resposta: B.
Operários dias
↑Apostilas↑ horasdias↑ 12-----------90
300------------------5--------------3 x--------------60
360-----------------x----------------4 Quanto mais operários, menos dias (inversamente proporcio-
nal)

900x=7200
X=8 60x=1080
X=18
02. Resposta: D. 08. Resposta: B.
Como a máquina A faz 20% a mais: V=1,5⋅1,2⋅0,7=1,26m³=1260litros
Em 1 hora a máquina A faz 120 cópias. 50litros-----3 min
120------60 minutos 1260--------x
10-------x X=3780/50=75,6min
X=50 minutos 0,6min=36s
75min=60+15=1h15min
03. Resposta: C.
↑Operário↓horas dias↑ 09. Resposta: A.
12--------------8------------14 ↑Dias↑ operáriospeças↑
18----------------x------------8 6-------------5---------------600
Quanto mais horas, menos operários 8--------------7---------------x
Quanto mais horas, menos dias

49
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
30x=33600 Desconto
X=1120 No caso de haver um decréscimo, o fator de multiplicação será:
Fator de Multiplicação =1 - taxa de desconto (na forma decimal)
10. Resposta: D. Veja a tabela abaixo:

Como o exercício pede em minutos, vamos transformar 3 horas Desconto Fator de Multiplicação
em minutos
10% 0,90
3x60=180 minutos 25% 0,75
↑Funcionários minutos↓
6------------180 34% 0,66
20-------------x 60% 0,40
90% 0,10
As Grandezas são inversamente proporcionais, pois quanto
mais funcionários, menos tempo será gasto.
Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos:
Vamos inverter os minutos
↑Funcionários minutos↑
6------------x
20-------------180 Chamamos de lucro em uma transação comercial de compra e
20x=6.180 venda a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.
20x=1040 Lucro=preço de venda -preço de custo
X=54 minutos
Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem de duas
formas:

GRANDEZA DIRETAMENTE E INVERSAMENTE


PROPORCIONAIS

Prezado candidato, o tema supracitado foi abordado em tópicos


anteriores.
(DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em sala de aula
PORCENTAGEM E JUROS SIMPLES com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse total está com gripe. Se x%
das meninas dessa sala estão com gripe, o menor valor possível
Porcentagem é uma fração cujo denominador é 100, seu sím- para x é igual a
bolo é (%). Sua utilização está tão disseminada que a encontramos (A) 8.
nos meios de comunicação, nas estatísticas, em máquinas de cal- (B) 15.
cular, etc. (C) 10.
(D) 6.
Os acréscimos e os descontos é importante saber porque ajuda (E) 12.
muito na resolução do exercício.
Resolução
Acréscimo 45------100%
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um determina- X-------60%
do valor, podemos calcular o novo valor apenas multiplicando esse X=27
valor por 1,10, que é o fator de multiplicação. Se o acréscimo for O menor número de meninas possíveis para ter gripe é se to-
de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim por diante. Veja a tabela dos os meninos estiverem gripados, assim apenas 2 meninas estão.
abaixo:

Acréscimo ou Lucro Fator de Multiplicação


10% 1,10 Resposta: C.
15% 1,15
20% 1,20
47% 1,47
67% 1,67

Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 temos:

50
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
QUESTÕES 04. (UTFPR – Técnico de Tecnologia da Informação –
UTFPR/2017) Um retângulo de medidas desconhecidas foi altera-
01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - MSCON- do. Seu comprimento foi reduzido e passou a ser 2/ 3 do compri-
CURSOS/2017) Um aparelho de televisão que custa R$1600,00 es- mento original e sua largura foi reduzida e passou a ser 3/ 4 da
tava sendo vendido, numa liquidação, com um desconto de 40%. largura original.
Marta queria comprar essa televisão, porém não tinha condições de Pode-se afirmar que, em relação à área do retângulo original, a
pagar à vista, e o vendedor propôs que ela desse um cheque para área do novo retângulo:
15 dias, pagando 10% de juros sobre o valor da venda na liquidação. (A)foi aumentada em 50%.
Ela aceitou e pagou pela televisão o valor de: (B) foi reduzida em 50%.
(A) R$1120,00 (C) aumentou em 25%.
(B)R$1056,00 (D) diminuiu 25%.
(C)R$960,00 (E)foi reduzida a 15%.
(D) R$864,00
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO/2017) Paulo,
02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) A equipe de segu- dono de uma livraria, adquiriu em uma editora um lote de apostilas
rança de um Tribunal conseguia resolver mensalmente cerca de para concursos, cujo valor unitário original é de R$ 60,00. Por ter ca-
35% das ocorrências de dano ao patrimônio nas cercanias desse dastro no referido estabelecimento, ele recebeu 30% de desconto
prédio, identificando os criminosos e os encaminhando às autori- na compra. Para revender os materiais, Paulo decidiu acrescentar
dades competentes. Após uma reestruturação dos procedimentos 30% sobre o valor que pagou por cada apostila. Nestas condições,
de segurança, a mesma equipe conseguiu aumentar o percentual qual será o lucro obtido por unidade?
de resolução mensal de ocorrências desse tipo de crime para cer- (A) R$ 4,20.
ca de 63%. De acordo com esses dados, com tal reestruturação, a (B) R$ 5,46.
equipe de segurança aumentou sua eficácia no combate ao dano (C) R$ 10,70.
ao patrimônio em (D) R$ 12,60.
(A) 35%. (E) R$ 18,00.
(B) 28%.
(C) 63%. 06. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO/2017) Joana
(D) 41%. foi fazer compras. Encontrou um vestido de R$ 150,00 reais. Des-
(E) 80%. cobriu que se pagasse à vista teria um desconto de 35%. Depois de
muito pensar, Joana pagou à vista o tal vestido. Quanto ela pagou?
03. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Três irmãos, André, (A) R$ 120,00 reais
Beatriz e Clarice, receberam de uma tia herança constituída pelas (B) R$ 112,50 reais
seguintes joias: um bracelete de ouro, um colar de pérolas e um (C) R$ 127,50 reais
par de brincos de diamante. A tia especificou em testamento que (D) R$ 97,50 reais
as joias não deveriam ser vendidas antes da partilha e que cada um (E) R$ 90 reais
deveria ficar com uma delas, mas não especificou qual deveria ser
dada a quem. O justo, pensaram os irmãos, seria que cada um re- 07. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP/2017) A
cebesse cerca de 33,3% da herança, mas eles achavam que as joias empresa Alfa Sigma elaborou uma previsão de receitas trimestrais
tinham valores diferentes entre si e, além disso, tinham diferentes para 2018. A receita prevista para o primeiro trimestre é de 180 mi-
opiniões sobre seus valores. Então, decidiram fazer a partilha do lhões de reais, valor que é 10% inferior ao da receita prevista para
seguinte modo: o trimestre seguinte. A receita prevista para o primeiro semestre é
− Inicialmente, sem que os demais vissem, cada um deveria 5% inferior à prevista para o segundo semestre. Nessas condições,
escrever em um papel três porcentagens, indicando sua avaliação é correto afirmar que a receita média trimestral prevista para 2018
sobre o valor de cada joia com relação ao valor total da herança. é, em milhões de reais, igual a
− A seguir, todos deveriam mostrar aos demais suas avaliações. (A) 200.
− Uma partilha seria considerada boa se cada um deles rece- (B) 203.
besse uma joia que avaliou como valendo 33,3% da herança toda (C) 195.
ou mais. (D) 190.
As avaliações de cada um dos irmãos a respeito das joias foi a (E) 198.
seguinte:
08. (CRM/MG – Técnico em Informática- FUNDEP/2017) Veja,
a seguir, a oferta da loja Magazine Bom Preço:

Aproveite a Promoção!
Forno Micro-ondas
De R$ 720,00
Assim, uma partilha boa seria se André, Beatriz e Clarice rece- Por apenas R$ 504,00
bessem, respectivamente,
(A) o bracelete, os brincos e o colar. Nessa oferta, o desconto é de:
(B) os brincos, o colar e o bracelete. (A) 70%.
(C) o colar, o bracelete e os brincos. (B) 50%.
(D) o bracelete, o colar e os brincos. (C) 30%.
(E) o colar, os brincos e o bracelete. (D) 10%.

51
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
09 (CODAR – Recepcionista – EXATUS/2016) Considere que x=200
uma caixa de bombom custava, em novembro, R$ 8,60 e passou a
custar, em dezembro, R$ 10,75. O aumento no preço dessa caixa de 200+180=380 milhões para o primeiro semestre
bombom foi de: 380----95
(A) 30%. x----100
(B) 25%. x=400 milhões
(C)20%.
(D) 15% Somando os dois semestres: 380+400=780 milhões
780/4trimestres=195 milhões
10. (ANP – Técnico em Regulação de Petróleo e Derivados –
CESGRANRIO/2016) Um grande tanque estava vazio e foi cheio de 08. Resposta: C.
óleo após receber todo o conteúdo de 12 tanques menores, idên-
ticos e cheios.
Se a capacidade de cada tanque menor fosse 50% maior do que
a sua capacidade original, o grande tanque seria cheio, sem exces-
sos, após receber todo o conteúdo de Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de 30%.
(A) 4 tanques menores OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não errar con-
(B) 6 tanques menores forme a pergunta feita.
(C) 7 tanques menores 09. Resposta: B.
(D) 8 tanques menores 8,6(1+x)=10,75
(E) 10 tanques menores 8,6+8,6x=10,75
8,6x=10,75-8,6
RESPOSTAS 8,6x=2,15
X=0,25=25%
01. Resposta:B.
Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do produto. 10. Resposta: D.
50% maior quer dizer que ficou 1,5
1600⋅0,6=960 Quantidade de tanque: x
Como vai pagar 10% a mais: A quantidade que aumentaria deve ficar igual a 12 tanques
960⋅1,1=1056 1,5x=12
X=8
02. Resposta: E.
63/35=1,80 Matemática Financeira
Portanto teve um aumento de 80%. A Matemática Financeira possui diversas aplicações no atual
sistema econômico. Algumas situações estão presentes no cotidia-
03. Resposta: D. no das pessoas, como financiamentos de casa e carros, realizações
Clarice obviamente recebeu o brinco. de empréstimos, compras a crediário ou com cartão de crédito,
Beatriz recebeu o colar porque foi o único que ficou acima de aplicações financeiras, investimentos em bolsas de valores, entre
30% e André recebeu o bracelete. outras situações. Todas as movimentações financeiras são baseadas
na estipulação prévia de taxas de juros. Ao realizarmos um emprés-
04. Resposta: B. timo a forma de pagamento é feita através de prestações mensais
A=b⋅h acrescidas de juros, isto é, o valor de quitação do empréstimo é
superior ao valor inicial do empréstimo. A essa diferença damos o
nome de juros.

Capital
Portanto foi reduzida em 50% O Capital é o valor aplicado através de alguma operação finan-
ceira. Também conhecido como: Principal, Valor Atual, Valor Pre-
05. Resposta: D. sente ou Valor Aplicado. Em inglês usa-se Present Value (indicado
Como ele obteve um desconto de 30%, pagou 70% do valor: pela tecla PV nas calculadoras financeiras).
60⋅0,7=42
Ele revendeu por: Taxa de juros e Tempo
42⋅1,3=54,60 A taxa de juros indica qual remuneração será paga ao dinheiro
Teve um lucro de: 54,60-42=12,60 emprestado, para um determinado período. Ela vem normalmente
expressa da forma percentual, em seguida da especificação do perí-
06. Resposta: D. odo de tempo a que se refere:
Como teve um desconto de 35%. Pagou 65%do vestido 8 % a.a. - (a.a. significa ao ano).
150⋅0,65=97,50 10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre).

07. Resposta: C. Outra forma de apresentação da taxa de juros é a unitária, que


Como a previsão para o primeiro trimestre é de 180 milhões e é é igual a taxa percentual dividida por 100, sem o símbolo %:
10% inferior, no segundo trimestre temos uma previsão de 0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês).
180-----90% 0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre)
x---------100

52
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Montante Juros Compostos
Também conhecido como valor acumulado é a soma do Capi- o juro de cada intervalo de tempo é calculado a partir do saldo
tal Inicial com o juro produzido em determinado tempo. no início de correspondente intervalo. Ou seja: o juro de cada in-
Essa fórmula também será amplamente utilizada para resolver tervalo de tempo é incorporado ao capital inicial e passa a render
questões. juros também.
M=C+J
M = montante Quando usamos juros simples e juros compostos?
C = capital inicial A maioria das operações envolvendo dinheiro utilizajuros com-
J = juros postos. Estão incluídas: compras a médio e longo prazo, compras
M=C+C.i.n com cartão de crédito, empréstimos bancários, as aplicações finan-
M=C(1+i.n) ceiras usuais como Caderneta de Poupança e aplicações em fundos
de renda fixa, etc. Raramente encontramos uso para o regime de
Juros Simples juros simples: é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do pro-
Chama-se juros simples a compensação em dinheiro pelo em- cesso de desconto simples de duplicatas.
préstimo de um capital financeiro, a uma taxa combinada, por um
prazo determinado, produzida exclusivamente pelo capital inicial. O cálculo do montante é dado por:
Em Juros Simples a remuneração pelo capital inicial aplicado
é diretamente proporcional ao seu valor e ao tempo de aplicação.
A expressão matemática utilizada para o cálculo das situações
envolvendo juros simples é a seguinte: Exemplo
J = C i n, onde: Calcule o juro composto que será obtido na aplicação de
J = juros R$25000,00 a 25% ao ano, durante 72 meses
C = capital inicial C=25000
i = taxa de juros i=25%aa=0,25
n = tempo de aplicação (mês, bimestre, trimestre, semestre, i=72 meses=6 anos
ano...)
Observação importante: a taxa de juros e o tempo de aplica-
ção devem ser referentes a um mesmo período. Ou seja, os dois
devem estar em meses, bimestres, trimestres, semestres, anos... O
que não pode ocorrer é um estar em meses e outro em anos, ou
qualquer outra combinação de períodos.
Dica: Essa fórmula J = C i n, lembra as letras das palavras “JU-
ROS SIMPLES” e facilita a sua memorização.
Outro ponto importante é saber que essa fórmula pode ser tra-
balhada de várias maneiras para se obter cada um de seus valores,
ou seja, se você souber três valores, poderá conseguir o quarto, ou M=C+J
seja, como exemplo se você souber o Juros (J), o Capital Inicial (C)
J=95367,50-25000=70367,50
e a Taxa (i), poderá obter o Tempo de aplicação (n). E isso vale para
qualquer combinação.
QUESTÕES
Exemplo
01. (TRE/PR – Analista Judiciário – FCC/2017) Uma geladeira
Maria quer comprar uma bolsa que custa R$ 85,00 à vista.
está sendo vendida nas seguintes condições:
Como não tinha essa quantia no momento e não queria perder a
− Preço à vista = R$ 1.900,00;
oportunidade, aceitou a oferta da loja de pagar duas prestações de
− Condições a prazo = entrada de R$ 500,00 e pagamento de
R$ 45,00, uma no ato da compra e outra um mês depois. A taxa de
juros mensal que a loja estava cobrando nessa operação era de: uma parcela de R$ 1.484,00 após 60 dias da data da compra.
(A) 5,0% A taxa de juros simples mensal cobrada na venda a prazo é de
(B) 5,9% (A) 1,06% a.m.
(C) 7,5% (B) 2,96% a.m.
(D) 10,0% (C) 0,53% a.m.
(E) 12,5% (D) 3,00% a.m.
Resposta Letra “e”. (E) 6,00% a.m.

O juros incidiu somente sobre a segunda parcela, pois a pri- 02. (FUNAPEP - Analista em Gestão Previdenciária-FCC/2017)
meira foi à vista. Sendo assim, o valor devido seria R$40 (85-45) e a João emprestou a quantia de R$ 23.500,00 a seu filho Roberto. Tra-
parcela a ser paga de R$45. taram que Roberto pagaria juros simples de 4% ao ano. Roberto
Aplicando a fórmula M = C + J: pagou esse empréstimo para seu pai após 3 anos. O valor total dos
45 = 40 + J juros pagos por Roberto foi
J=5 (A) 3.410,00.
Aplicando a outra fórmula J = C i n: (B) R$ 2.820,00.
5 = 40 X i X 1 (C) R$ 2.640,00.
i = 0,125 = 12,5% (D) R$ 3.120,00.
(E) R$ 1.880,00.

53
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
03. (IFBAIANO – Técnico em Contabilidade – FCM/2017) O 09. (CASAN – Assistente Administrativo – INSTITUTO
montante acumulado ao final de 6 meses e os juros recebidos a AOCP/2016) Para pagamento um mês após a data da compra, certa
partir de um capital de 10 mil reais, com uma taxa de juros de 1% loja cobrava juros de 25%. Se certa mercadoria tem preço a prazo
ao mês, pelo regime de capitalização simples, é de igual a R$ 1500,00, o preço à vista era igual a
(A) R$ 9.400,00 e R$ 600,00. (A) R$ 1200,00.
(B) R$ 9.420,00 e R$ 615,20. (B) R$ 1750,00.
(C) R$ 10.000,00 e R$ 600,00. (C) R$ 1000,00.
(D) R$ 10.600,00 e R$ 600,00. (D) R$ 1600,00.
(E) R$ 10.615,20 e R$ 615,20. (E) R$ 1250,00.

04. (CEGAS – Assistente Técnico – IESES/2017)O valor dos juros 10. (CASAN – Técnico de Laboratório – INSTITUTO AOCP/2016)
simples em uma aplicação financeira de $ 3.000,00 feita por dois A fatura de um certo cartão de crédito cobra juros de 12% ao mês
trimestres a taxa de 2% ao mês é igual a: por atraso no pagamento. Se uma fatura de R$750,00 foi paga com
(A) $ 360,00 um mês de atraso, o valor pago foi de
(B) $ 240,00 (A) R$ 970,00.
(C)$ 120,00 (B) R$ 777,00.
(D) $ 480,00 (C) R$ 762,00.
(D) R$ 800,00.
05. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciários- VU- (E) R$ 840,00.
NESP/2017) Um capital foi aplicado a juros simples, com taxa de 9%
ao ano, durante 4 meses. Após esse período, o montante (capital + 11. (DPE/PR – Contador – INAZ DO PARÁ/2017) Em 15 de ju-
juros) resgatado foi de R$ 2.018,80. O capital aplicado era de nho de 20xx, Severino restituiu R$ 2.500,00 do seu imposto de ren-
(A) R$ 2.010,20. da. Como estava tranquilo financeiramente, resolveu realizar uma
(B) R$ 2.000,00. aplicação financeira para retirada em 15/12/20xx, período que vai
(C) R$ 1.980,00. realizar as compras de natal. A uma taxa de juros de 3% a.m., qual
(D) R$ 1.970,40. é o montante do capital, sabendo-se que a capitalização é mensal:
(E) R$ 1.960,00. (A) R$ 2.985,13
(B) R$ 2.898,19
06. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO/2017) Em um (C) R$ 3.074,68
investimento no qual foi aplicado o valor de R$ 5.000,00, em um (D) R$ 2.537,36
ano foi resgatado o valor total de R$ 9.200,00. Considerando estes (E) R$ 2.575,00
apontamentos e que o rendimento se deu a juros simples, é verda-
deiro afirmar que a taxa mensal foi de: 12. (TRE/PR – Analista Judiciário- FCC/2017) A Cia. Escocesa,
(A) 1,5% não tendo recursos para pagar um empréstimo de R$ 150.000,00
(B) 2 % na data do vencimento, fez um acordo com a instituição financeira
(C) 5,5% credora para pagá-la 90 dias após a data do vencimento. Sabendo
(D) 6% que a taxa de juros compostos cobrada pela instituição financeira
(E) 7% foi 3% ao mês, o valor pago pela empresa, desprezando-se os cen-
tavos, foi, em reais,
07. (UFES – Assistente em Administração – UFES/2017) No (A) 163.909,00.
regime de juros simples, os juros em cada período de tempo são (B) 163.500,00.
calculados sobre o capital inicial. Um capital inicial C0 foi aplicado a (C) 154.500,00.
juros simples de 3% ao mês. Se Cn é o montante quando decorridos (D) 159.135,00.
n meses, o menor valor inteiro para n, tal que Cn seja maior que o
dobro de C0, é 13. (FUNAPE – Analista em Gestão Previdenciária – FCC/2017)
(A) 30 O montante de um empréstimo de 4 anos da quantia de R$
(B) 32 20.000,00, do qual se cobram juros compostos de 10% ao ano, será
(C) 34 igual a
(D) 36 (A) R$ 26.000,00.
(E) 38 (B) R$ 28.645,00.
(C) R$ 29.282,00.
08. (PREF. DE NITERÓI/RJ – Agente Fazendário – FGV/2016) (D) R$ 30.168,00.
Para pagamento de boleto com atraso em período inferior a um (E) R$ 28.086,00.
mês, certa instituição financeira cobra, sobre o valor do boleto,
multa de 2% mais 0,4% de juros de mora por dia de atraso no re- 14. (IFBAIANO - Técnico em Contabilidade- FCM/2017) A em-
gime de juros simples. Um boleto com valor de R$ 500,00 foi pago presa Good Finance aplicou em uma renda fixa um capital de 100
com 18 dias de atraso. mil reais, com taxa de juros compostos de 1,5% ao mês, para resga-
O valor total do pagamento foi: te em 12 meses. O valor recebido de juros ao final do período foi de
(A) R$ 542,00; (A) R$ 10.016,00.
(B) R$ 546,00; (B) R$ 15.254,24.
(C) R$ 548,00; (C) R$ 16.361,26.
(D) R$ 552,00; (D) R$ 18.000,00.
(E) R$ 554,00. (E) R$ 19.561,82.

54
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
15. (POLICIA CIENTIFICA – Perito Criminal – IBFC/2017) Assi-
nale a alternativa correta. Uma empresa recebeu um empréstimo 09. Resposta: A.
bancário de R$ 120.000,00 por 1 ano, pagando o montante de R$ M=C(1+in)
180.000,00. A taxa anual de juros desse empréstimo foi de: 1500=C(1+0,25x1)
(A) 0,5% ao ano 1500=C(1,25)
(B) 5 % ao ano C=1500/1,25
(C) 5,55 % ao ano C=1200
(D) 150% ao ano
(E) 50% ao ano 10. Resposta: E.
M=C(1+in)
RESPOSTAS M=750(1+0,12)
M=750x1,12=840
01. Resposta: D.
J=500+1484-1900=84 11. Resposta: A.
C=1900-500=1400 D junho a dezembro: 6 meses
J=Cin M=C(1+i)t
84=1400.i.2 M=2500(1+0,03)6
I=0,03=3% M=2500⋅1,194=2985

02. Resposta: B. 12. Resposta: A.


J=Cin 90 dias=3 meses
J=23500⋅0,04⋅3 M=C(1+i)t
J= 2820 M=150000(1+0,03)3
M=150000⋅1,092727=163909,05
03. Resposta: D. Desprezando os centavos: 163909
J=Cin
J=10000⋅0,01⋅6=600 13. Resposta: C.
M=C+J M=C(1+i)t
M=10000+600=10600 M=20000(1+0,1)4
M=20000⋅1,4641=29282
04. Resposta: A.
2 trimestres=6meses 14. Resposta: E.
J=Cin J=Cin
J=3000⋅0,02⋅6 J=10000⋅0,015⋅12=18000
J=360
Não, ninguém viu errado.
05. Resposta: E. Como ficaria muito difícil de fazer sem calculadora, a tática é
4meses=1/3ano fazer o juro simples, e como sabemos que o composto vai dar maior
M=C(1+in) que esse valor, só nos resta a alternativa E. Você pode se perguntar,
2018,80=C(1+0,09⋅1/3) e se houver duas alternativas com números maiores? Olha pessoal,
2018,80=C+0,03C não creio que a banca fará isso, e sim que eles fizeram mais para
1,03C=2018,80 usar isso mesmo.
C=1960
15. Resposta: E.
06. Resposta: E. M=C(1+i)t
M=C(1+in) 180000=120000(1+i)
9200=5000(1+12i) 180000=120000+120000i
9200=5000+60000i 60000=120000i
4200=60000i i=0,5=50%
I=0,07=7%

07. Resposta: C.
M=C(1+in)
Cn=Co(1+0,03n)
2Co=Co(1+0,03n)
2=1+0,03n
1=0,03n
N=33,33
Ou seja, maior que 34
08. Resposta: C.
M=C(1+in)
C=500+500x0,02=500+10=510
M=510(1+0,004x18)
M=510(1+0,072)=546,72

55
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Cada elemento x do domínio tem um correspondente y no con-
FUNÇÕES: DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO. OPERAÇÕES COM tradomínio. A esse valor de y damos o nome de imagem de x pela
FUNÇÕES. FUNÇÕES AFINS E QUADRÁTICAS. GRÁFICO função f. O conjunto de todos os valores de y que são imagens de
DE UMA FUNÇÃO valores de x forma o conjunto imagem da função, que indicaremos
por Im.
Diagrama de Flechas Exemplo
Com os conjuntosA={1, 4, 7}eB={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12}criamos a
funçãof: A→B.definida porf(x) = x + 5que também pode ser repre-
sentada pory = x + 5. A representação, utilizando conjuntos, desta
função, é:

Gráfico Cartesiano

No nosso exemplo, o domínio éD = {1, 4, 7}, o contradomínio é


={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12}e o conjunto imagem éIm = {6, 9, 12}

Classificação das funções

Injetora: Quando para ela elementos distintos do domínio


apresentam imagens também distintas no contradomínio.

Muitas vezes nos deparamos com situações que envolvem uma


relação entre grandezas. Assim, o valor a ser pago na conta de luz
depende do consumo medido no período; o tempo de uma viagem
de automóvel depende da velocidade no trajeto.
Sobrejetora: Quando todos os elementos do contradomínio fo-
Como, em geral, trabalhamos com funções numéricas, o domí-
rem imagens de pelo menos um elemento do domínio.
nio e a imagem são conjuntos numéricos, e podemos definir com
mais rigor o que é uma função matemática utilizando a linguagem
da teoria dos conjuntos.

Definição: Sejam A e B dois conjuntos não vazios e f uma rela-


ção de A em B.
Essa relação f é uma função de A em B quando a cada elemen-
to x do conjunto A está associado um e apenas um elemento y do
conjunto B.

Notação: f:A→B (lê-se função f de A em B)


Bijetora: Quando apresentar as características de função inje-
Domínio, contradomínio, imagem tora e ao mesmo tempo, de sobrejetora, ou seja, elementos dis-
O domínio é constituído por todos os valores que podem ser tintos têm sempre imagens distintas e todos os elementos do con-
atribuídos à variável independente. Já a imagem da função é forma- tradomínio são imagens de pelo menos um elemento do domínio.
da por todos os valores correspondentes da variável dependente.

O conjunto A é denominado domínio da função, indicada por D.


O domínio serve para definir em que conjunto estamos trabalhan-
do, isto é, os valores possíveis para a variável x.
O conjunto B é denominado contradomínio, CD.

56
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Função 1 grau Raiz da função
A função do 1° grau relacionará os valores numéricos obtidos Calcular o valor da raiz da função é determinar o valor em que a
de expressões algébricas do tipo (ax + b), constituindo, assim, a fun- reta cruza o eixo x, para isso consideremos o valor de y igual a zero,
çãof(x) = ax + b. pois no momento em que a reta intersecta o eixo x, y = 0. Observe a
representação gráfica a seguir:

Estudo dos Sinais


Definimos função como relação entre duas grandezas repre-
sentadas por x e y. No caso de uma função do 1º grau, sua lei de
formação possui a seguinte característica:y = ax + bouf(x) = ax + b,
onde os coeficientes a e b pertencem aos reais e diferem de zero.
Esse modelo de função possui como representação gráfica a figura
de uma reta, portanto, as relações entre os valores do domínio e da
imagem crescem ou decrescem de acordo com o valor do coeficien-
te a. Se o coeficiente possui sinal positivo, a função é crescente, e
caso ele tenha sinal negativo, a função é decrescente. Podemos estabelecer uma formação geral para o cálculo da raiz
de uma função do 1º grau, basta criar uma generalização com base
Função Crescente: a > 0 na própria lei de formação da função, considerando y = 0 e isolando
De uma maneira bem simples, podemos olhar no gráfico que os o valor de x (raiz da função).
valores de y vão crescendo. X=-b/a

Dependendo do caso, teremos que fazer um sistema com duas


equações para acharmos o valor de a e b.

Exemplo:
Dado que f(x)=ax+b e f(1)=3 e f(3)=5, ache a função.

F(1)=1a+b
3=a+b

F(3)=3a+b
5=3a+b

Isolando a em I
Função Decrescente: a < 0 a=3-b
Nesse caso, os valores de y, caem. Substituindo em II

3(3-b)+b=5
9-3b+b=5
-2b=-4
b=2

Portanto,
a=3-b
a=3-2=1

Assim, f(x)=x+2

Função Quadrática ou Função do 2º grau


Em geral, uma função quadrática ou polinomial do segundo
grau tem a seguinte forma:
f(x)=ax²+bx+c, onde a≠0
f(x)=a(x-x1)(x-x2)
É essencial que apareça ax² para ser uma função quadrática e
deve ser o maior termo.

Considerações

Concavidade
A concavidade da parábola é para cima se a>0 e para baixo se
a<0

57
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Veja os gráficos:

Discriminante(∆)

∆=b²-4ac

∆>0
A parábola y=ax²+bx+c intercepta o eixo x em dois pontos dis-
tintos, (x1,0) e (x2,0), onde x1 e x2 são raízes da equação ax²+bx+c=0

∆=0
Quando , a parábola y=ax²+bx+c é tangente ao

eixo x, no ponto

Repare que, quando tivermos o discriminante , as duas


raízes da equação ax²+bx+c=0 são iguais

∆<0

A função não tem raízes reais

Equação Exponencial
É toda equação cuja incógnita se apresenta no expoente de
Raízes uma ou mais potências de bases positivas e diferentes de 1.

Exemplo
Resolva a equação no universo dos números reais.

Solução

Vértices e Estudo do Sinal


Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e
um ponto de mínimo V; quando a < 0, a parábola tem concavidade
voltada para baixo e um ponto de máximo V.

Em qualquer caso, as coordenadas de V são

58
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Função exponencial Propriedades dos expoentes
Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um número
A expressão matemática que define a função exponencial é racional, então:
uma potência. Nesta potência, a base é um número real positivo e - axay= ax + y
diferente de 1 e o expoente é uma variável. - ax/ ay= ax - y
- (ax)y= ax.y
Função crescente - (a b)x= axbx
- (a / b)x= ax/ bx
Se temos uma função exponencial crescente, qual- - a-x= 1 / ax
quer que seja o valor real de x. Logaritmo
No gráfico da função ao lado podemos observar que à medida Considerando-se dois números N e a reais e positivos, com a
que x aumenta, também aumenta f (x)ou y. Graficamente vemos ≠1, existe um número c tal que:
que a curva da função é crescente.

A esse expoente c damos o nome de logaritmo de N na base a

Ainda com base na definição podemos estabelecer condições


de existência:

Exemplo

Função decrescente

Se temos uma função exponencial decrescente


em todo o domínio da função.
Neste outro gráfico podemos observar que à medida que x
aumenta,y diminui. Graficamente observamos que a curva da fun-
ção é decrescente.
Consequências da Definição

A Constante de Euler
Propriedades
É definida por :
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em função da
definição da função exponencial, temos que:
Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao matemático
suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primeiros a estudar as
propriedades desse número.
O valor deste número expresso com 10 dígitos decimais, é:
e = 2,7182818284
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser Mudança de Base
escrita como a potência de base e com expoente x, isto é:
ex = exp(x)

59
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Exemplo 02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Um vende-
Dados log 2=0,3010 e log 3=0,4771, calcule: dor recebe um salário mensal composto de um valor fixo de R$
a)log 6 1.300,00 e de uma parte variável. A parte variável corresponde a
b) log1,5 uma comissão de 6% do valor total de vendas que ele fez durante
c) log 16 o mês. O salário mensal desse vendedor pode ser descrito por uma
expressão algébrica f(x), em função do valor total de vendas men-
Solução sal, representado por x.
a) Log 6=log 2⋅3=log2+log3=0,3010+0,4771=0,7781 A expressão algébrica f(x) que pode representar o salário men-
sal desse vendedor é
(A) f(x) = 0,06x + 1.300.
(B) f(x) = 0,6x + 1.300.
(C) f(x) = 0,78x + 1.300.
(D) f(x) = 6x + 1.300.
(E) f(x) = 7,8x + 1.300.
Função Logarítmica
03. (CONSANPA – Técnico Industrial – FADESP/2017) Um re-
Uma função dada por , em que a servatório em formato de cilindro é abastecido por uma fonte a va-
constante a é positiva e diferente de 1, denomina-se função loga- zão constante e tem a altura de sua coluna d’água (em metros), em
rítmica. função do tempo (em dias), descrita pelo seguinte gráfico:

Sabendo que a altura do reservatório mede 12 metros, o nú-


mero de dias necessários para que a fonte encha o reservatório ini-
cialmente vazio é
(A) 18
(B) 12
QUESTÕES (C) 8
(D) 6
01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Uma locado-
ra de automóveis oferece dois planos de aluguel de carros a seus 04. (TRT – 14ªREGIÃO -Técnico Judiciário – FCC/2016)Carlos
clientes: presta serviço de assistência técnica de computadores em empre-
sas. Ele cobra R$ 12,00 para ir até o local, mais R$ 25,00 por hora de
Plano A: diária a R$ 120,00, com quilometragem livre. trabalho até resolver o problema (também são cobradas as frações
Plano B: diária a R$ 90,00, mais R$ 0,40 por quilômetro rodado. de horas trabalhadas). Em um desses serviços, Carlos resolveu o
problema e cobrou do cliente R$ 168,25, o que permite concluir
Alugando um automóvel, nesta locadora, quantos quilômetros que ele trabalhou nesse serviço
precisam ser rodados para que o valor do aluguel pelo Plano A seja (A) 5 horas e 45 minutos.
igual ao valor do aluguel pelo Plano B? (B) 6 horas e 15 minutos.
(A) 30. (C) 6 horas e 25 minutos.
(B) 36. (D) 5 horas e 25 minutos.
(C) 48. (E) 5 horas e 15 minutos.
(D) 75.
(E) 84.

60
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) No sistema de 09. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) O gráfico que melhor
coordenadas cartesianas da figura abaixo, encontram-se represen- representa a função y = 2x , para o domínio em R+ é:
tados o gráfico da função de segundo grau f, definida por f(x), e o
gráfico da função de primeiro grau g, definida por g(x). (A)

(B)

(C)

Os valores de x, soluções da equação f(x)=g(x), são


(A)-0,5 e 2,5.
(B) -0,5 e 3.
(C) -1 e 2.
(D) -1 e 2,5. (D)
(E) -1 e 3.

06. (EMBASA – Agente Administrativo – IBFC/2017) A soma


das coordenadas do vértice da parábola da função f(x) = – x² + 8x –
12 é igual a:
(A) 4
(B) 6
(C) 8 (E)
(D) 10

07. (EMBASA – Assistente de Laboratório –

IBFC/2017) Substituindo o valor da raiz da função


, na função g(x) = x2 - 4x + 5, encontramos como resultado:
(A) 12
(B) 15
(C) 16
(D) 17
10. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Trabalho Júnior
08. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Trabalho Júnior -CESGRANRIO/2017) Qual o maior valor de k na equação log(kx) =
-CESGRANRIO/2017) Quantos valores reais de x fazem com que a 2log(x+3) para que ela tenha exatamente uma raiz?
expressão assuma valor numérico igual a 1? (A) 0
(A) 2 (B) 3
(B) 3 (C) 6
(C) 4 (D) 9
(D) 5 (E) 12
(E) 6
11. (ITAIPU BINACIONAL -Profissional Nível Técnico I - Técnico
em Eletrônica – NCUFPR/2017) Considerando que log105 = 0,7, assi-
nale a alternativa que apresenta o valor de log5100.
(A) 0,35.
(B) 0,50.
(C)2,85.
(D) 7,00.
(E) 70,00.

61
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO

RESPOSTAS
01. Resposta: D.

90+0,4x=120 A soma das coordenadas é igual a 8


0,4x=30
X=75km 07. Resposta: D.

02. Resposta: A.

6%=0,06
Como valor total é x, então 0,06x
E mais a parte fixa de 1300
0,06x+1300

03. Resposta: A.

-2x=-12
X=6
2x=36 Substituindo em g(x)
X=18 G(6)=6²-4(6)+5=36-24+5=17

08. Resposta: D.
04.Resposta: B. Para assumir valor 1, o expoente deve ser igual a zero.
F(x)=12+25x X²+4x-60=0
X=hora de trabalho ∆=4²-4.1.(-60)
∆=16+240
168,25=12+25x ∆=256
25x=156,25
X=6,25 horas
1hora---60 minutos
0,25-----x
X=15 minutos

Então ele trabalhou 6 horas e 15 minutos


05. Resposta: E.
Como a função do segundo grau, tem raízes -2 e 2:
(x-2)(x+2)=x²-4 A base pode ser igual a 1:
X²-5x+5=1
A função do primeiro grau, tem o ponto (0, -1) e (2,3) X²-5x+4=0
Y=ax+b ∆=25-16=9
-1=b
3=2a-1
2a=4
A=2
Y=2x-1

Igualando a função do primeiro grau e a função do segundo


grau:
X²-4=2x-1 A base for -1 desde que o expoente seja par:
X²-2x-3=0 X²-5x+5=-1
∆=4+12=16 X²-5x+6=0

∆=25-24=1

06. Resposta:C.

62
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Vamos substituir esses dois valores no expoente
X=2:
X²+4x-60
Classificação
2²+8-60==48
As progressões aritméticas podem ser classificadas de acordo
X=3
com o valor da razão r.
3²+12-60=-39
r<0, PA decrescente
Portanto, serão 5 valores.
r>0, PA crescente
r=0 PA constante
09. Resposta: A.
Um gráfico de função exponencial não começa do zero, é é uma
Propriedades das Progressões Aritméticas
curva.
-Qualquer termo de uma PA, a partir do segundo, é a média
aritmética entre o anterior e o posterior.
10. Resposta: E.
Kx=(x+3)²
Kx=x²+6x+9
X²+(6-k)x+9=0
-A soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual à
Para ter uma raiz, ∆=0
soma dos extremos.
∆=b²-4ac
, ∆=(6-k)²-36=0
36-12k+k²-36=0
k²-12k=0
Termo Geral da PA
k=0 ou k=12
Podemos escrever os elementos da PA(a1, a2, a3, ..., an,...) da
seguinte forma:
11. Resposta:C.

Observe que cada termo é obtido adicionando-se ao primeiro


número de razões r igual à posição do termo menos uma unidade.

SEQUÊNCIAS
Soma dos Termos de uma Progressão Aritmética
Sempre que estabelecemos uma ordem para os elementos de
um conjunto, de tal forma que cada elemento seja associado a uma
Considerando a PA finita (6,10, 14, 18, 22, 26, 30, 34).
posição, temos uma sequência.
6 e 34 são extremos, cuja soma é 40
O primeiro termo da sequência é indicado por a1,o segundo por
a2, e o n-ésimo por an.

Termo Geral de uma Sequência


Algumas sequências podem ser expressas mediante uma lei de
formação. Isso significa que podemos obter um termo qualquer da
Numa PA finita, a soma de dois termos equidistantes dos extre-
sequência a partir de uma expressão, que relaciona o valor do ter-
mos é igual à soma dos extremos.
mo com sua posição.
Para a posição n(n∈N*), podemos escrever an=f(n)
Soma dos Termos
Usando essa propriedade, obtemos a fórmula que permite cal-
Progressão Aritmética
cular a soma dos n primeiros termos de uma progressão aritmética.
Denomina-se progressão aritmética(PA) a sequência em que
cada termo, a partir do segundo, é obtido adicionando-se uma
constante r ao termo anterior. Essa constante r chama-se razão da
PA.

Exemplo
A sequência (2,7,12) é uma PA finita de razão 5:

Exemplo
Uma progressão aritmética finita possui 39 termos. O último é
igual a 176 e o central e igual a 81. Qual é o primeiro termo?

63
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Solução Termo Geral da PG
Como esta sucessão possui 39 termos, sabemos que o termo Pelo exemplo anterior, podemos perceber que cada termo é
central é o a20, que possui 19 termos à sua esquerda e mais 19 à sua obtido multiplicando-se o primeiro por uma potência cuja base é
direita. Então temos os seguintes dados para solucionar a questão: a razão. Note que o expoente da razão é igual à posição do termo
menos uma unidade.

Portanto, o termo geral é:


Sabemos também que a soma de dois termos equidistantes
dos extremos de uma P.A. finita é igual à soma dos seus extremos.
Como esta P.A. tem um número ímpar de termos, então o termo
central tem exatamente o valor de metade da soma dos extremos. Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica Finita
Em notação matemática temos:
Seja a PG finita de razão q e de soma dos
termos Sn:
1º Caso: q=1

2º Caso: q≠1

Exemplo
Dada a progressão geométrica (1, 3, 9, 27,..) calcular:
a) A soma dos 6 primeiros termos
b) O valor de n para que a soma dos n primeiros termos seja
29524

Assim sendo: Solução


O primeiro termo desta sucessão é igual a -14.

Progressão Geométrica
Denomina-se progressão geométrica(PG) a sequência em que
se obtém cada termo, a partir do segundo, multiplicando o anterior
por uma constante q, chamada razão da PG.
Exemplo
Dada a sequência: (4, 8, 16)

q=2

Classificação
As classificações geométricas são classificadas assim:

- Crescente: Quando cada termo é maior que o anterior. Isto


ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e 0 < q < 1.
- Decrescente: Quando cada termo é menor que o anterior. Isto Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica Infinita
ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando a1 < 0 e q > 1.
- Alternante: Quando cada termo apresenta sinal contrário ao 1º Caso:-1<q<1
do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
- Constante: Quando todos os termos são iguais. Isto ocorre Quando a PG infinita possui soma finita, dizemos que a série é
quando q = 1. Uma PG constante é também uma PA de razão r = 0. convergente.
A PG constante é também chamada de PG estacionaria.
- Singular: Quando zero é um dos seus termos. Isto ocorre 2º Caso:
quando a1 = 0 ou q = 0. A PG infinita não possui soma finita, dizemos que a série é di-
vergente

3º Caso:

64
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Também não possui soma finita, portanto divergente 06. (ARTESP – Agente de Fiscalização à Regulação de Trans-
porte – FCC/2017) Mantido o mesmo padrão na sequência infinita
Produto dos termos de uma PG finita 5, 6, 7, 8, 9, 7, 8, 9, 10, 11, 9, 10, 11, 12, 13, 11, 12, 13, 14, 15, . . . ,
a soma do 19° e do 31° termos é igual a
(A) 42.
QUESTÕES (B) 31.
(C) 33.
01. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Trabalho Júnior (D) 39.
-CESGRANRIO/2017) A soma dos n primeiros termos de uma pro- (E) 36.
gressão geométrica é dada por
07. (POLICIA CIENTIFICA/PR – Auxiliar de Necropsia –
IBFC/2017) Considere a seguinte progressão aritmética: (23, 29, 35,
41, 47, 53, ...)
Quanto vale o quarto termo dessa progressão geométrica? Desse modo, o 83.º termo dessa sequência é:
(A) 1 (A) 137
(B) 3 (B) 455
(C) 27 (C) 500
(D) 39 (D) 515
(E) 40 (E) 680

02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017)Para que a se- 08. (CEGAS – Assistente Técnico – IES/2017) Determine o valor
quência (4x-1 , x² -1, x - 4) forme uma progressão aritmética, x pode do nono termo da seguinte progressão geométrica (1, 2, 4, 8, ...):
assumir, dentre as possibilidades abaixo, o valor de (A) 438
(A) -0,5. (B) 512
(B)1,5. (C) 256
(C) 2. (D) 128
(D)4.
(E) 6. 09. (CRF/MT – Agente Administrativo – QUADRIX/2017) Maria
criou uma conta no Instagram. No mesmo dia, quatro pessoas co-
03. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervisor – meçaram a segui-la. Após 1 dia, ela já tinha 21 seguidores e após 2
FGV/2017) O valor da expressão dias, já eram 38 seguidores. Maria percebeu que, a cada dia, ela ga-
nhava 17 seguidores. Mantendo-se essa tendência, ela ultrapassará
2(1 - 2 + 3 - 4 + 5 - 6 + 7- ... + 2015 - 2016 + 2017) é: a barreira de 1.000 seguidores após:
(A) 57 dias.
(A)2014; (B) 58 dias.
(B) 2016; (C) 59 dias.
(C) 2018; (D) 60 dias.
(D) 2020; (E) 61 dias.
(E) 2022.
10.. (PREF. DE CHOPINZINHO – Procurador Municipal –
04. (FCEP – Técnico Artístico – AMAUC/2017) Considere a FAU/2016) Com base na sequência numérica a seguir determine o
equação do 1º grau: 2(x - 2) = 3(x/3 + 4) . A raiz da equação é o sexto termo da sequência:
segundo termo de uma Progressão Aritmética (P.A.). O primeiro 196 ;169 ;144 ;121 ; ...
termo da P.A. corresponde aos 3/4 da raiz da equação. O valor do (A) 115.
décimo termo da P.A. é: (B) 100.
(A) 48 (C) 81.
(B)36 (D) 69.
(C) 32 (E) 49.
(D) 28
(E) 24 RESPOSTAS

05. (ARTESP – Agente de Fiscalização à Regulação de Trans- 01.Resposta: A.


porte – FCC/2017) Em um experimento, uma planta recebe a cada
dia 5 gotas a mais de água do que havia recebido no dia anterior. Se
no 65° dia ela recebeu 374 gotas de água, no 1° dia do experimento
ela recebeu
(A) 64 gotas.
(B) 49 gotas.
(C) 59 gotas. Como S3 é a soma dos 3 primeiros e S4 é a soma dos 4 primei-
(D) 44 gotas. ros termos, se subtrairmos um do outro, obteremos o 4º termo.
(E) 54 gotas.

65
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
02. Resposta: B. 05. Resposta: E.
Para ser uma PA:
X²-1-(4x-1)=x-4-(x²-1)
X²-1-4x+1=x-4-x²+1
X²+x²-4x-x-3=0
2x²-5x-3=0 A1=374-320
∆=25-24=1 A1=54

06. Resposta: B.
Observe os números em negrito:
9, 11, 13, 15,...
São os números ímpares, a partir do 9 e a cada 5 números.
Ou seja, o 9 está na posição 5
O 11 está na posição 10 e assim por diante.
03. Resposta: C. O 19º termo, já temos na sequência que é o 14
Os termos ímpares formam uma PA de razão 2 e são os núme- Seguindo os termos:
ros ímpares. 25º termo é o 17
Os termos pares formam uma PA de razão -2 30º termo é 19
Vamos descobrir quantos termos há: Como o número seguinte a esses, abaixa duas unidades
O 31º termo é o 17.
2017=1+(n-1)▲2 14+17=31
2017=1+2n-2
2017=-1+2n 07. Resposta: D.
2n=2018 Observe a razão: 29-23=6
n=1009 A83=a1+82r
A83=23+82▲6
A83=23+492
A83=515

08. Resposta: C.
Q=2

Para a sequência par:


-2016=-2+(n-1)▲(-2)
-2016=-2-2n+2
2n=2016 09. Resposta: C.
N=1008 1000=21+17(n-1)
1000=21+17n-17
1004=17n
N=59

10. Resposta: C.
A sequência tem como base os quadrados perfeitos
1018081-1017072=1009 14, 13, 12, 11, 10, 9
2▲1009=2018 Portanto o 6º termo é o 9²=81
04. Resposta: A.
Raiz da equação:
2x-4=x+12 TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO: SENO,
X=16 é 0 segundo termo da PA COSSENO E TANGENTE NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
Primeiro termo:
Fórmulas Trigonométricas
Relação Fundamental

PA Existe uma outra importante relação entre seno e cosseno de


(12,16,...) um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.
R=16-12=4

=48

66
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Neste triângulo, temos que: c²=a²+b² Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo
Dividindo os membros por c²
Considerando o triângulo retângulo ABC.
! ! !! ! !
= +
!! !! !!
!! ! !
1= !+ !
! !
Como
! !
!"# Â = !!!!!"# ! = , !"#$%
! !

!"!! ! + !"! ! ! = 1
!": ℎ!"#$%&'() = !
!
!": !"#$#%!!"!#$!!!!!!!!!"#!$%&'%!!!! = !
Lei dos Cossenos
!": !"#$#%!!"#!$%&'%!!!!!!!!"!#$!!!!! = !
!
A lei dos cossenos é uma importante ferramenta matemática
para o cálculo de medidas dos lados e dos ângulos de triângulos Temos:
quaisquer.
cateto!oposto!a!! !
sen!α = =
hipotenusa !

cateto!adjacente!a!! !
cos ! = =
hipotenusa !

cateto!oposto!a!! !
tg!α = =
!"#$#%!!"#!$%&'%!!!! !
!

Lei dos Senos


1 !"#$#%!!"#!$%&'%!!!! !
!"#$!! = = =
!"!! !"#$#%!!"!#$!!!!! !

1 ℎ!"#$%&'() !
sec ! = = =
cos ! !"#$#%!!"#!$%&'%!!!! !

1 ℎ!"#$%&'() !
!"#$!!! = = = !
!"#$ !"#$#%!!"!#$!!!!! !
!

67
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Teorema de Pitágoras Funções Trigonométricas

c²=a²+b² Função seno

Considere um arco !" !, contido numa circunferência de raio r, A função seno é uma função !: ! → ! ! que a todo arco !"!
tal que o comprimento do arco !" !seja igual a r. de medida x∈R associa a ordenada y’ do ponto M.

! ! = !"#!! !

D=R e Im=[-1,1]

Dizemos que a medida do arco !"!é 1 radiano(1rad)


Transformação de arcos e ângulos

Determinar em radianos a medida de 120° Exemplo


Sem construir o gráfico, determine o conjunto imagem da fun-
!"#$ = 180°! ção f(x)=2sen x.
π----180
x-----120 Solução
-1≤sen x≤1
120! 2! -2≤2sen x≤2
!= = !"#
180 3 -2≤f(x)≤2
!
Circunferência Trigonométrica Im=[-2,2]

Função Cosseno

A função cosseno é uma função !: ! → ! ! que a todo arcode


medida x∈R associa a abscissa x do ponto M.

D=R
Im=[-1,1]
Redução ao Primeiro quadrante

Sen(π-x)=senx
Cos(π-x)=-cos x Exemplo
Tg (π-x)=-tg x Determine o conjunto imagem da função f(x)=2+cos x.
Sen(π+x)=-sen x
Cos(π+x)=-cos x Solução
Tg(π+x)=tg x -1≤cos x≤1
Sen(2π-x)=-sen x -1+2≤2+cos x≤1+2
Cos(2π-x)=cos x 1≤f(x)≤3
Tg(2π-x)=-tg x
Logo, Im=[1,3]

68
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Função Tangente 2. (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) No clube, há
um campo de futebol cujas traves retangulares têm 6 m de largura
A todo arco !" ! de medida x associa a ordenada yT do pontoT. e 2 m de altura. Logo, a medida da diagonal da trave
O ponto T é a interseção da reta !" ! com o eixo das tangentes.
a) menor que 6 metros.
b) maior que 6 metros e menor que 7 metros.
! ! = !"!! ! c) maior que 7 metros e menor que 8 metros.
d) maior que 8 metros e menor que 9 metros.
e) maior que 9 metros.

3. (PM/SP – OFICIAL – VUNESP/2013) Em um determinando


momento, duas viaturas da PM encontram-se estacionadas nos
pontos A e B separados por uma distância de 12km em linha reta.
Acionadas via rádio, ambas partem simultaneamente e se deslocam
na direção do ponto C, seguindo o trajeto mostrado na figura.

!
!= !∈!!≠ + !", ! ∈ ! !
2
Im=R
Considerados dois arcos quaisquer de medidas a e b, as ope-
rações da soma e da diferença entre esses arcos será dada pelas
seguintes identidades:

!"# ! + ! = !"#!! ∙ cos ! + cos ! ∙ !"#!!

cos ! + ! = cos ! ∙ cos ! − !"#!! ∙ !"#!!


Admita que, nesses trajetos, as velocidades médias desenvolvi-
das pelas viaturas que estavam nos pontos A e B tenham sido de 60
!"!! + !"!! km/h e 50km/h, respectivamente. Nesse caso, pode-se afirmar que
!" ! + ! = o intervalo de tempo, em minutos, decorrido entre os momentos
1 − !"!! ∙ !"!!
de chegada de ambas no ponto C foi, aproximadamente,
!
Duplicação de arcos
!"!#:! 2 = 1,41!

!"#2! = 2!"#$! ∙ !"#$ a) 9,6.


b) 7,2.
c) 5,4.
!"#2! = !"! ! ! − !"!! ! d) 4,5.
e) 2,6.
2!"#
!"2! = 4. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Assinale a alterna-
1 − !!! ! tiva que apresenta a medida do lado AC da figura abaixo.
!

EXERCÍCIOS

1. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA DE CLAS-


SE I – VUNESP/2013) Roberto irá cercar uma parte de seu terreno
para fazer um canil. Como ele tem um alambrado de 10 metros, de-
cidiu aproveitar o canto murado de seu terreno (em ângulo reto) e
fechar essa área triangular esticando todo o alambrado, sem sobra.
Se ele utilizou 6 metros de um muro, do outro muro ele irá utilizar, !"#$#%!!"!#$!
em metros, (Dados: sen 30°=0,5 e senx= ).!
ℎ!"#$%&'()
a) 7.
b) 5. a) 5 metros.
c) 8. b) 6 metros.
d) 6. c) 9 metros.
e) 9. d) 10 metros.

69
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
5. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Assinale a alter- 8. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013) Durante a aula,
nativa que apresenta o valor da medida do lado AB do triângulo uma professora pede que os alunos façam recortes de papel em
abaixo. formatos triangulares. Os triângulos devem ser triângulos retângu-
los pitangóricos, a hipotenusa deve medir 13 cm, e um dos catetos
deve medir 12 cm. Dessa forma, qual será a área desses recortes
triangulares?

a) 30 mm2
b) 30 cm2
c) 30 m2
d) 17 cm2
e) 25 cm2

a) 20. 9. (ESPCEX – CADETES DO EXÉRCITO – EXÉRCITO BRASILEI-


b) 28. RO/2013) Um tenente do Exército está fazendo um levantamento
c) 30. topográfico da região onde será realizado um exercício de campo.
d) 32. Ele quer determinar a largura do rio que corta a região e por isso
adotou os seguintes procedimentos: marcou dois pontos, A (uma
6. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LO- árvore que ele observou na outra margem) e B (uma estaca que
GÍSTICA – TÉCNICA/AVIAÇÃO – EXÉRCITO BRASILEIRO/2012) A ele fincou no chão na margem onde ele se encontra); marcou um
soma dos valores de m que satisfazem a ambas as igualdades sen- ponto C distante 9 metros de B, fixou um aparelho de medir ângulo
x=(m+1)/m e cos x=(m+2)/m (teodolito) de tal modo que o ângulo no ponto B seja reto e obteve
uma medida de π/3 rad para o ângulo !!! ! . Qual foi a largura do
a) 5 rio que ele encontrou?
b) 6
c) 4 A) 9 3!!"#$%&
d) -4
B) 3 3!!"#$%&
e) -6
! !
C) ! !!"#$%&
7. (IAMSPE – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2012) Ob- D) 3!!"#$%&
serve o desenho
E) 4,5!!"#$%&
!
10. Dois lados de um triângulo medem 6m e 10m e formam
entre si um ângulo de 120º. Determinar a medida do terceiro lado.
Representando geometricamente a situação, temos:

RESPOSTAS
1. RESPOSTA: “C”.

Todos os pontos do desenho representam as portarias de vários


prédios de um complexo hospitalar. Os segmentos representados,
cujas medidas estão em cm, são as ruas internas desse complexo e
representam as distâncias entre uma portaria e outra, podendo-se
circular entre duas portarias quaisquer a pé. Cada 1 cm do desenho
corresponde a uma distância real de 50 metros. Para ir de B a D, a
menor distância que uma pessoa pode percorrer é
10! = 6! + ! !
a) 650 m. ! ! = 100 − 36
b) 600m.
c) 500m. ! ! = 64
d) 400m. ! = 8!
e) 350m. !

70
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
2. RESPOSTA: “B”. 5. RESPOSTA: “A”.

!!! = 12! + 16!


!!! = 144 + 256
!!! = 400
!" = 20
!
6. RESPOSTA: “E”.

x²=6²+2² !"!! ! + !"! ! ! = 1


x²=36+4
x²=40
! !
!+1 !+2
+ =1
! !

!! + 2! + 1 !! + 4! + 4
+ −1=0
!! !!

!! + 2! + 1 + !! + 4! + 4 − !! = 0
! = 2 10 ≈ 6,32!
!! + 6! + 5 = 0
Portanto, é maior que 6 e menor que 7. !
3. RESPOSTA: “E”. S=-b/a
S=-6/1=-6
!"
!"45 = 7. RESPOSTA: “A”.
12

!"
1=
12

!" = 12!"

!! = 12 2 = 12 ∙ 1,41 = 16,92km
!
60km----60 minutos
16,92---x

X=16,92 minutos

50km---60 minutos
12------x

X=14,4 minutos A menor distância de B a D é:


X²=12²+5²
Diferença: 16,92-14,4=2,52≅2,6 X²=144+25
4. RESPOSTA: “B”. X²=169
X=13
3 1cm---50m
!"#30° =
!" 13 cm---y
Y=650m
3
0,5 =
!"

!" = 6!
!

71
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
8. RESPOSTA: “B”.
MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES:
DEFINIÇÃO DE MATRIZES E DETERMINANTES. OPERA-
ÇÕES E PROPRIEDADES DE MATRIZES E DETERMINAN-
TES. INVERSA DE MATRIZES. MATRIZ ASSOCIADA A
UM SISTEMA DE EQUAÇÕES LINEARES. RESOLUÇÃO E
DISCUSSÃO DE SISTEMAS LINEARES VIA MATRIZES
MATRIZ

Chama-se matriz do tipo m x n, m ∈N* e n∈N*, a toda tabela


13²=12²+x² de m.n elementos dispostos em m linhas e n colunas.
169=144+x² Indica-se a matriz por uma letra maiúscula e colocar seus ele-
25=x² mentos entre parênteses ou entre colchetes como, por exemplo, a
X=5 matriz A de ordem 2x3.

!
! = 12 ∙ ! = 30!!"²
!
Representação da matriz
9. RESPOSTA: “A”. Forma explicita (ou forma de tabela)
A matriz A é representada indicando-se cada um de seus ele-
mentos por uma letra minúscula acompanhada de dois índices: o
primeiro indica a linha a que pertence o elemento: o segundo indica
a coluna a que pertence o elemento, isto é, o elemento da linha i e
da coluna j é indicado por ij.
Assim, a matriz A2 x 3 é representada por:

Forma abreviada
! ! A matriz A é dada por (aij)m x n e por uma lei que fornece aij em
!" = função de i e j.
3 9 A=(aij)2 x 2, onde aij=2i+j
!
3=
9

!=9 3
!
10.Pela lei dos cossenos:

! ! = 10² + 6! − 2 ∙ 10 ∙ 6 ∙ !"#120

1
! ! = 100 + 36 − 2 ∙ 10 ∙ 6 ∙ − Portanto,
2
Tipos de Matriz
! ! = 136 + 60 = 196
Matriz linha
! = 13
! Chama-se matriz linha a toda matriz que possui uma única li-
nha.
Assim, [23 7] é uma matriz do tipo 1 x 3.

72
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Matriz coluna Matriz Transposta

Chama-se matriz coluna a toda matriz que possui uma única Dada a matriz A=(aij) do tipo m x n, chama-se matriz transposta
coluna. de A a matriz do tipo n x m.

Assim, é uma matriz coluna do tipo 2 x 1.

Matriz quadrada

Chama-se matriz quadrada a toda matriz que possui número de


linhas igual ao número de colunas. Uma matriz quadrada A do tipo
n x n é dita matriz quadrada de ordem n e indica-se por An. Exemplo:
Adição de Matrizes

Sejam A= (aij), B=(bij) e C=(cij) matrizes do mesmo tipo m x n.


Diz-se que C é a soma de A com B, e indica-se por A+B.

Diagonais Dada as matrizes:


Diagonal principal é a sequência tais que i=j, ou seja, (a11, a22,
a33,..)

Diagonal secundária é a sequência dos elementos tais que i+-


j=n+1, ou seja, (a1n, a2 n-1,...) ,

portanto

Propriedades da adição
Comutativa: A + B = B + A
Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
Matriz diagonal Elemento neutro: A + O = O + A = A
Elemento Oposto: A + (-A) = (-A) + A = O
Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de matriz Transposta da soma: (A + B)t = At + Bt
diagonal se, e somente se, todos os elementos que não pertencem
à diagonal principal são iguais a zero. Subtração de matrizes

Sejam A=(aij), B=(bij) e C=(cij), matrizes do mesmo tipo m x n.


Diz-se que C é a diferença A-B, se, e somente se, C=A+(-B).

Matriz identidade

Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de matriz


identidade se, e somente se, os elementos da diagonal principal são
iguais a um e os demais são iguais a zero.

Multiplicação de um número por uma matriz

Matriz nula Considere:

É chamada matriz nula se, e somente se, todos os elementos


são iguais a zero.

73
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Multiplicação de matrizes

O produto (linha por coluna) de uma matriz A = (aij)m x p por uma


Determinante de ordem 2
matriz B = (bij)p x n é uma matriz C = (cij)m x n, de modo que cada ele-
mento cij é obtido multiplicando-se ordenadamente os elementos
da linha i de A pelos elementos da coluna j de B, e somando-se os
Dada a matriz
produtos assim obtidos.
Dada as matrizes:
O determinante é dado por:

Determinante de ordem 3
Regra 1:

Repete a primeira e a segunda coluna

Matriz Inversa

Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Uma matriz B é cha-


mada inversa de A se, e somente se,
Regra 2

Exemplo:
Determine a matriz inversa de A.

Solução

Seja
detA= a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a32 a21 a13 - a31 a22 a13
-a12 a21 a33 - a32 a23 a11

SISTEMA DE EQUAÇÕES LINEARES

Um sistema de equações lineares mxn é um conjunto de m


equações lineares, cada uma delas com n incógnitas.

Temos que x=3; y=2; z=1; t=1

Logo,

DETERMINANTE

Dada uma matriz quadrada, chama-se determinante o número


real a ela associado.
Em que:
Cálculo do determinante
Determinante de ordem 1

74
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Sistema Linear 2 x 2 Sistema Possível e Indeterminado
Chamamos de sistema linear 2 x 2 o con­junto de equações line-
ares a duas incógnitas, consideradas simultaneamente.

Todo sistema linear 2 x 2 admite a forma geral abaixo:


esse tipo de sistema possui infinitas soluções, os valores de x
a1 x + b1 y = c1 e y assumem inúmeros valores. Observe o sistema a seguir, x e y
 podem assumir mais de um valor, (0,4), (1,3), (2,2), (3,1) e etc.
a2 + b2 y = c2 2. Sistema Impossível

Sistema Linear 3x3 Não existe um par real que satisfaça simultaneamente as duas
equações. Logo o sistema não tem solução, portanto é impossível.

Sistemas Lineares equivalentes Sistema Escalonado


Sistema Linear Escalonado é todo sistema no qual as incógnitas
Dois sistemas lineares que admitem o mesmo conjunto solução das equações lineares estão escritas em uma mesma ordem e o 1º
são ditos equivalentes. Por exemplo: coeficiente não-nulo de cada equação está à direita do 1º coeficien-
te não-nulo da equação anterior.

Exemplo
Sistema 2x2 escalonado.
São equivalentes, pois ambos têm o mesmo conjunto solução
S={(1,2)}
Denominamos solução do sistema linear toda sequência or-
denada de números reais que verifica, simultaneamente, todas as
equações do sistema. Sistema 3x3
Dessa forma, resolver um sistema significa encontrar todas as A primeira equação tem três coeficientes não-nulos, a segunda
sequências ordenadas de números reais que satisfaçam as equa- tem dois e a terceira, apenas um.
ções do sistema.

Matriz Associada a um Sistema Linear

Dado o seguinte sistema:


Sistema 2x3

Matriz incompleta
Resolução de um Sistema Linear por Escalonamento

Podemos transformar qualquer sistema linear em um outro


equivalente pelas seguintes transformações elementares, realiza-
das com suas equações:
-trocas as posições de duas equações
-Multiplicar uma das equações por um número real diferente
Classificação de 0.
-Multiplicar uma equação por um número real e adicionar o
1. Sistema Possível e Determinado resultado a outra equação.
Exemplo

O par ordenado (2, 1) é solução da equação, pois

Inicialmente, trocamos a posição das equações, pois é conve-


niente ter o coeficiente igual a 1 na primeira equação.

Como não existe outro par que satisfaça simultaneamente as


duas equações, dizemos que esse sistema é SPD(Sistema Possível e
Determinado), pois possui uma única solução.

75
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Depois eliminamos a incógnita x da segunda equação Se substituirmos em M a 2ª coluna (dos coeficientes de y) pela
Multiplicando a equação por -2: coluna dos coeficientes independentes,

obteremos ,cujo determinante é indicado por Dy = af


– ce.
Somando as duas equações:
Assim, .

Substituindo esse valor de y na 1ª equação de (*) e

Sistemas com Número de Equações Igual ao Número de In- considerando a matriz , cujo determinante é
cógnitas

Quando o sistema linear apresenta nº de equações igual ao nº indicado por Dx = ed – bf, obtemos , D ≠ 0.
de incógnitas, para discutirmos o sistema, inicialmente calculamos
o determinante D da matriz dos coeficientes (incompleta), e: QUESTÕES
- Se D ≠ 0, o sistema é possível e determinado.
- Se D = 0, o sistema é possível e indeterminado ou impossível. 01. (POLICIA CIENTÍFICA – Perito Criminal –IBFC/2017)

Para identificarmos se o sistema é possível, indeterminado ou


impossível, devemos conseguir um sistema escalonado equivalente Dadas a matriz ea matriz
pelo método de eliminação de Gauss. assinale a alternativa que apresenta a matriz C que representa a
soma da matriz A e B, ou seja, C = A + B:
Exemplos

- Discutir, em função de a, o sistema:

x + 3 y = 5

2 x + ay = 1
Resolução

1 3
D= = a−6
2 a

D = 0⇒ a−6 = 0⇒ a = 6
02. (POLICIA CIENTÍFICA – Perito Criminal –
Assim, para a ≠ 6, o sistema é possível e determinado. IBFC/2017)
Para a ≠ 6, temos:
Dadas a matriz e a matriz , assinale
x + 3 y = 5
 a alternativa que apresenta a matriz C que representa a subtração
x + 3 y = 5
2 x + 6 y = 1 ~ da matriz A e B, ou seja, C = A - B.
 ← −2 0 x + 0 y = −9

Que é um sistema impossível.


Assim, temos:
a ≠ 6 → SPD (Sistema possível e determinado)
a = 6 → SI (Sistema impossível)

Regra de Cramer

Consideramos os sistema .

Suponhamos que a ≠ 0. Observamos que a matriz in

completa desse sistema é , cujo determinante é


indicado por D = ad – bc.

76
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
03. (POLICIA CIENTÍFICA – Perito Criminal – IBFC/2017) 06. (PREF. DE ITAPEMA/SC – Técnico Contábil – MSCONCUR-
SOS/2016) Sabendo que o determinante da

Dada a matriz e a matriz , assinale a


alternativa que apresenta a matriz C que representa o produto da matriz é 10, então o determinante da matriz
matriz A e B, ou seja, C=A*B. é:

(A)-20
(B) -10
(C) 3
(D) 20

07. (PREF. DE BIGUAÇU/SC – Professor – UNISUL/2016)


Considere

04. (PREF. DE PIRAÚBA/MG – Agente Fiscal de Posturas – MS-


CONCURSOS/2017)
Sejam as matrizes

Assinale a alternativa CORRETA:


.
(A) A + B = 20
A matriz A-B é igual a (B) A - 3B2 = -51
(C) √2A + 1- 5 = -2
(D) A/B +1 =23
(E) 3A -2B + 9 = 25

08. (PREF. DE TAQUARITUBA/SP – Professor – INSTITUTO EX-


CELÊNCIA/2016)

Dada a matriz

, assinale a alternativa que tenha res-


pectivamente os números dos elementos a12, a23, a33 e a35.
(A) 0, 0, 7, 5.
(B) 0, 7, 7, 5.
(C) 6, 7, 0, 0.
(D) Nenhuma das alternativas.
05. (UNITINS – Assistente Administrativo – UNITINS/2016)
Sejam os determinantes das matrizes
09. (MGS – Serviços Técnicos Contábeis – IBFC/2015) Sejam as
matrizes quadradas de eentão o valor ordem

e , então o valor do

O valor de x²-2xy+y² é igual a determinante da matriz C = A + B é igual a:


(A) 8 (A) -2
(B) 6 (B) 2
(C) 4 (C) 6
(D) 2 (D) -6
(E) 0
10. (PREF. DE SANTO ANDRÉ – Assistente Econômico Financei-
ro – IBAM/2015) Considere as seguintes matrizes:

77
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Sendo “a” um número real, para que tenhamos A . B = C, o valor
da variável “a” deverá ser:
(A) um número inteiro, ímpar e primo.
(B) um número inteiro, par, maior que 1 e menor que 5
(C) um número racional, par, maior que 5 e menor que 10.
(D) um número natural, impar, maior que 1 e menor que 5. 05. Resposta:C.

11. (BRDE – Analista de Sistemas – FUNDATE/2015) A solução detA=15+10+4x+6+2x-50=-19


do seguinte sistemalinear 6x=0
X=0

detB=0+40-y-0-12y+6=72
-13y=26
é: Y=-2

(A) S={(0,2,-5)} X²-2xy+y²=0²-0+4=4


(B) S={(1,4,1)} 06. Resposta: A.
(C) S={(4,0,6)} Observe a primeira coluna: foi multiplicado por 2.
(D) S={(3/2 ,6, -7/2)} Observe a segunda coluna: foi multiplicada por -1
(E)Sistema sem solução. Portanto, fazemos as mesmas operações com o determinante:
10.2.-1=-20
12. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDATEC/2015) A
solução do sistema linear 07. Resposta: B.
Da primeira matriz, para fazer o determinante, basta multipli-
car os números da diagonal principal:
é: detA=-1⋅3⋅2⋅-4=24

(A) S={(4, ¼)} A matriz B, devemos multiplicar os números da diagonal secun-


(B) S={(3, 3/2 )} dária e multiplicar ainda por -1(pois, quando fazemos determinante,
(C) S={(3/2 ,3 )} sempre colocamos o menos antes de fazer a diagonal secundária)
(D) S={(3,− 3/2 )} detB=-(-1/2⋅1⋅10⋅-1)=-5
(E) S={(1,3/2 )} Fazendo por alternativa:
A-A+B=20
13. (SEDUC/PI – Professor – Matemática – NUCEPE/2015) O 24-5=20
sistema linear 19=20(F)
(B) A-3B²=-51
24-3⋅(-5)²=-51
24-75=-51
-51=-51(V)
é possível e indeterminado se:
08. Resposta: A.
(A) m ≠ 2 e n = 2 . A12=0
(B) m ≠1/2 e n = 2 . A23=0
(C) m= 2en = 2 . A33=7
(D) m=1/2en = 2 . A35=5
(E) m=1/2en ≠ 2 .
RESPOSTAS 09. Resposta: D.

01. Resposta: E.

02. Resposta: E.

10. Resposta: A.

03. Resposta: E.

04. Resposta: A.

78
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO

a+2=9
a=7 (n-4+9)-(-3+6+2n)=0
n+5-2n-3=0
11. Resposta: D. -n=-2
n=2
Da II equação tiramos:
X=5+z POLINÔMIOS: CONCEITO E PROPRIEDADES FUNDA-
MENTAIS. OPERAÇÕES, FATORAÇÕES E PRODUTOS
Da III equação: NOTÁVEIS. EQUAÇÕES POLINOMIAIS E RAÍZES
Y=13+2z

Polinômios
Substituindo na I
5+z+2(13+2z)+z=10 Denomina-se polinômio a função:
5+z+26+4z+z=10
6z=10-31
6z=-21
Z=-21/6
Z=-7/2
Grau de um polinômio
X=5+z Se an ≠0, o expoente máximo n é dito grau do polinômio. Indi-
camos: gr(P)=n
Exemplo
P(x)=7 gr(P)=0
P(x)=7x+1 gr(P)=1

12. Resposta: A. Valor Numérico


O valor numérico de um polinômio P(x), para x=a, é o número
que se obtém substituindo x por a e efetuando todas as operações.
Exemplo
P(x)=x³+x²+1 , o valor numérico para P(x), para x=2 é:
P(2)=2³+2²+1=13
O número a é denominado raiz de P(x).

Igualdade de polinômios
Os polinômios p e q em P(x), definidos por:
P(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn
Somando as duas equações: Q(x) = bo + b1x + b2x² + b3x³ +...+ bnxn
144y=36 São iguais se, e somente se, para todo k = 0,1,2,3,...,n:
ak = bk

Redução de Termos Semelhantes


-x+28y=3 Assim como fizemos no caso dos monômios, também podemos
-x+7=3 fazer a redução de polinômios através da adição algébrica dos seus
-x=3-7 termos semelhantes.
X=4 No exemplo abaixo realizamos a soma algébrica do primeiro
com o terceiro termo, e do segundo com o quarto termo, reduzindo
13. Resposta: D. um polinômio de quatro termos a um outro de apenas dois.
Para ser possível e indeterminado, D=Dx=Dy=Dz=0 3xy+2a²-xy+3a²=2xy+5a²
Polinômios reduzidos de dois termos também são denomina-
dos binômios. Polinômios reduzidos de três termos, também são
denominados trinômios.

Ordenação de um polinômio
D=(3m+4m+3)-(3m+6m+2)=0 A ordem de um polinômio deve ser do maior para o menor
7m+3-9m-2=0 expoente.
-2m=-1 4x4+2x³-x²+5x-1
m=1/2 Este polinômio não está ordenado:
3x³+4x5-x²

79
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Operações

Adição e Subtração de Polinômios


Para somar dois polinômios, adicionamos os termos com expoentes de mesmo grau. Da mesma forma, para obter a diferença de dois
polinômios, subtraímos os termos com expoentes de mesmo grau.
Exemplo

Multiplicação de Polinômios
Para obter o produto de dois polinômios, multiplicamos cada termo de um deles por todos os termos do outro, somando os coefi-
cientes.
Exemplo

Divisão de Polinômios
Considere P(x) e D(x), não nulos, tais que o grau de P(x) seja maior ou igual ao grau de D(x). Nessas condições, podemos efetuar a
divisão de P(x) por D(x), encontrando o polinômio Q(x) e R(x):
P(x)=D(x)⋅Q(x)+R(x)
P(x)=dividendo
Q(x)=quociente
D(x)=divisor
R(x)=resto

Método da Chave

Passos
1. Ordenamos os polinômios segundo as potências decrescentes de x.
2. Dividimos o primeiro termo de P(x) pelo primeiro de D(x), obtendo o primeiro termo de Q(x).
3. Multiplicamos o termo obtido pelo divisor D(x) e subtraímos de P(x).
4. Continuamos até obter um resto de grau menor que o de D(x), ou resto nulo.

Exemplo
Divida os polinômios P(x)=6x³-13x²+x+3 por D(x)=2x³-3x-1

Método de Descartes
Consiste basicamente na determinação dos coeficientes do quociente e do resto a partir da identidade:

80
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Exemplo
Divida P(x)=x³-4x²+7x-3 por D(x)=x²-3x+2

Solução
Devemos encontrar Q(x) e R(x) tais que:

Vamos analisar os graus:

Como Gr( R) < Gr(D), devemos impor Gr(R )=Gr(D)-1=2-1=1

Para que haja igualdade:

Algoritmo de Briot-Ruffini
Consiste em um dispositivo prático para efetuar a divisão de um polinômio P(x) por um binômio D(x)=x-a

Exemplo
Divida P(x)=3x³-5x+x-2 por D(x)=x-2

Solução
Passos
-Dispõem-se todos os coeficientes de P(x) na chave
-Colocar a esquerda a raiz de D(x)=x-a=0.
-Abaixar o primeiro coeficiente. Em seguida multiplica-se pela raiz a e soma-se o resultado ao segundo coeficiente de P(x), obtendo o
segundo coeficiente. E assim sucessivamente.

Portanto, Q(x)=3x²+x+3 e R(x)=4

Produtos Notáveis

1. O quadrado da soma de dois termos.


Verifiquem a representação e utilização da propriedade da potenciação em seu desenvolvimento.
(a + b)2 = (a + b) . (a + b)
Onde a é o primeiro termo e b é o segundo.

81
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Ao desenvolvermos esse produto, utilizando a propriedade distributiva da multiplicação, teremos:

Exemplos

2. O quadrado da diferença de dois termos.


Seguindo o critério do item anterior, temos:
(a - b)2 = (a - b) . (a - b)
Onde a é o primeiro termo e b é o segundo.
Ao desenvolvermos esse produto, utilizando a propriedade distributiva da multiplicação, teremos:

Exemplos:

3. O produto da soma pela diferença de dois termos.


Se tivermos o produto da soma pela diferença de dois termos, poderemos transformá-lo numa diferença de quadrados.

Exemplos
(4c + 3d).(4c – 3d) = (4c)2 – (3d)2 = 16c2 – 9d2
(x/2 + y).(x/2 – y) = (x/2)2 – y2 = x2/4 – y2
(m + n).(m – n) = m2 – n2

4. O cubo da soma de dois termos.

Consideremos o caso a seguir:


(a + b)3 = (a + b).(a + b)2 → potência de mesma base.
(a + b).(a2 + 2ab + b2) → (a + b)2

Aplicando a propriedade distributiva como nos casos anteriores, teremos:


(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3

Exemplos:
(2x + 2y)3 = (2x)3 + 3.(2x)2.(2y) + 3.(2x).(2y)2 + (2y)3 = 8x3 + 24x2y + 24xy2 + 8y3
(w + 3z)3 = w3 + 3.(w2).(3z) + 3.w.(3z)2 + (3z)3 = w3 + 9w2z + 27wz2 + 27z3
(m + n)3 = m3 + 3m2n + 3mn2 + n3

82
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
5. O cubo da diferença de dois termos Operação com frações algébricas

Acompanhem o caso seguinte: Adição e subtração de frações algébricas


(a – b)3 = (a - b).(a – b)2 → potência de mesma base. Da mesma forma que ocorre com as frações numéricas, as fra-
(a – b).(a2 – 2ab + b2) → (a - b)2 ções algébricas são somadas ou subtraídas obedecendo dois casos
diferentes.
Aplicando a propriedade distributiva como nos casos anterio-
res, teremos: Caso 1: denominadores iguais.
(a – b)3 = a3 – 3a2b + 3ab2 – b3 Para adicionar ou subtrair frações algébricas com denomina-
dores iguais, as mesmas regras aplicadas às frações numéricas aqui
Exemplos são aplicadas também.
(2 – y)3 = 23 – 3.(22).y + 3.2.y2 – y3 = 8 – 12y + 6y2 – y3 ou y3– (2x^2-5)/x^2 -(x^2+3)/x^2 +(9-x^2)/x^2
6y +12y – 8
2
(2x^2-5-x^2-3+9-x^2)/x^2 =1/x^2
(2w – z)3 = (2w)3 – 3.(2w)2.z + 3.(2w).z2 – z3 = 8w3 – 12w2z + Caso 2: denominadores diferentes.
6wz2 – z3 Para adicionar ou subtrair frações algébricas com denominado-
res diferentes, siga as mesmas orientações dadas na resolução de
(c – d)3 = c3 – 3c2d + 3cd2 – d3 frações numéricas de denominadores diferentes.
Fatoração (3x+1)/(2x-2)-(x+1)/(x-1)
Fatorar uma expressão algébrica significa escrevê-la na forma (3x+1)/2(x-1) -2(x+1)/2(x-1)
de um produto de expressões mais simples. (3x+1-2x-2)/(2(x-1))=(x-1)/2(x-1) =1/2

Casos de fatoração Multiplicação de frações algébricas


Para multiplicar ou dividir frações algébricas, usamos o mesmo
Fator Comum: processo das frações numéricas. Fatorando os termos da fração e
Ex.: ax + bx + cx = x (a + b + c) simplificar os fatores comuns.
O fator comum é x. 2x/(x-4)∙3x/(x+5)
Ex.: 12x³ - 6x²+ 3x = 3x (4x² - 2x + 1)
O fator comum é 3x Multiplica-se os denominadores e os numeradores.
Agrupamento: (6x^2)/((x-4)(x+5))=(6x^2)/(x^2+x-20)
Ex.: ax + ay + bx + by
Divisão de frações algébricas
Agrupar os termos de modo que em cada grupo haja um fator Multiplica-se a primeira pelo inverso da segunda.
comum. 7x/(3-4x) ∶x/(x+1)
(ax + ay) + (bx + by) 7x/(3-4x)∙((x+1))/x
7x(x+1)/(3-4x)x=(7x^2+7x)/(3x-4x²)
Colocar em evidência o fator comum de cada grupo
a(x + y) + b(x + y) EXERCÍCIOS

Colocar o fator comum (x + y) em evidência (x + y) (a + b) Este 1) (Escola de Aprendizes-Marinheiros/2012) Os valores numé-


produto é a forma fatorada da expressão dada ricos do quociente e do resto da divisão de p(x) = 5x4 – 3x2 + 6x – 1
por d(x) = x2 + x + 1, para x = -1 são, respectivamente,
Diferença de Dois Quadrados: a² − b² a) -7 e -12
= (a + b) (a − b) b) -7 e 14
c) 7 e -14
Trinômio Quadrado Perfeito: a²± 2ab + b² d) 7 e -12
= (a ± b)² e) -7 e 12

Trinômio do 2º Grau: 2) (Escola de Aprendizes-Marinheiros/2012) Na equação


Supondo x1 e x2 raízes reais do trinômio, temos: ax² + bx + c =
a (x - x1) (x - x2), a≠0

MDC e MMC de polinômios


Mínimo Múltiplo Comum entre polinômios, é formado pelo
produto dos fatores com os maiores expoentes. Sendo a e b números reais não nulos, o valor de a/b é
Máximo Divisor Comum é o produto dos fatores primos com o a) 0,8
menor expoente. b) 0,7
Exemplo c) 0,5
X²+7x+10e3x²+12x+12 d) 0,4
Primeiro passo é fatorar as expressões: e) 0,3
X²+7x+10=(x+2)(x+5)
3x²+12x+12=3(x²+4x+4)=3(x+2)²
Mmc=3(x+2)²(x+5)
Mdc=x+2

83
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
3) Os x carteiros de uma agencia dos correios dividir igualmen- 3a=a+b
te as 660 cartas que deveriam distribuir. Cada um deles recebeu 2a=b
660/x. No dia seguinte, havia 396 cartas para distribuir; faltaram, a/b=1/2
porém, dois carteiros. Nesses dois dias, coincidentemente, o núme-
ro de cartas que cada um dos carteiros recebeu foi igual. Quantos
são os carteiros dessa agencia?
3)
4) A solução da equação
a) S = {3}
b) S = {–3}
c) S = {4}
d) S = {–5}

5) Carlos executou um trabalho em 8 dias. Mário executou o


mesmo trabalho em x dias. Juntos, eles executaram o mesmo tra-
balho em 3 dias. Determine o valor de x. 4) Alternativa A

6) Escreve de forma reduzida o polinômio: 0,3x – 5xy + 1,8y +


2x – y + 3,4xy.

7) Qual é a forma mais simples de se escrever o polinômio ex-


presso por: 2x(3a – 2x) + a(2x – a) – 3x(a + x)?

8) Calcule: (12a5b² – 20a4b³ + 48a³b4)(4ab).

RESPOSTAS

1) Alternativa D 5)

X=4,8

6) Resposta “2,3x – 1,65xy + 0,8y”.


Solução:
0,3x – 5xy + 1,8y + 2x – y + 3,4xy =
= 0,3x + 2x – 5xy + 3,4xy + 1,8y – y = → propriedade comutativa
= 2,3x – 1,65xy + 0,8y → reduzindo os termos semelhantes

Para x=-1 Então: 2,3x – 1,65xy + 0,8y é a forma reduzida do polinômio


Q(-1)=5(-1)²-5(-1)-3=7 dado.
R(-1)=14(-1)+2=-12
7) Resposta “5ax – 7x² – a²”.
2) Alternativa C Solução:
2x(3a – 2x) + a(2x – a) – 3x(a + x) =
= 6ax – 4x² + 2ax – a² – 3ax – 3x² =
= 6ax + 2ax – 3ax – 4x² – 3x² – a² =
= 5ax – 7x² – a²

8) Resposta “3a4b – 5a³b² + 12a²b³”.


Solução:
(12a5b² – 20a4b³ + 48a³b4)(4ab) =
= (12a5b²4ab) – (20a4b³4ab) + (48a³b4 4ab) =
= 3a4b – 5a³b² + 12a²b³

84
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Observe que os números obtidos diferem entre si:
COMBINATÓRIA: PROBLEMAS DE CONTAGEM. AR- Pela ordem dos elementos: 56 e 65
RANJOS, PERMUTAÇÕES E COMBINAÇÕES SIMPLES Pelos elementos componentes: 56 e 67
Cada número assim obtido é denominado arranjo simples dos
ANÁLISE COMBINATÓRIA 3 elementos tomados 2 a 2.

A Análise Combinatória é a área da Matemática que trata dos Indica-se


problemas de contagem.

Princípio Fundamental da Contagem

Estabelece o número de maneiras distintas de ocorrência de Permutação Simples


um evento composto de duas ou mais etapas. Chama-se permutação simples dos n elementos, qualquer
Se uma decisão E1 pode ser tomada de n1 modos e, a decisão E2 agrupamento(sequência) de n elementos distintos de E.
pode ser tomada de n2 modos, então o número de maneiras de se O número de permutações simples de n elementos é indicado
tomarem as decisões E1 e E2 é n1.n2. por Pn.
Exemplo

Exemplo
Quantos anagramas tem a palavra CHUVEIRO?
Solução
A palavra tem 8 letras, portanto:

Permutação com elementos repetidos


De modo geral, o número de permutações de n objetos, dos
O número de maneiras diferentes de se vestir é:2(calças). quais n1 são iguais a A, n2 são iguais a B, n3 são iguais a C etc.
3(blusas)=6 maneiras

Fatorial

É comum nos problemas de contagem, calcularmos o produto Exemplo


de uma multiplicação cujos fatores são números naturais consecu- Quantos anagramas tem a palavra PARALELEPÍPEDO?
tivos. Para facilitar adotamos o fatorial. Solução
Se todos as letras fossem distintas, teríamos 14! Permutações.
Como temos uma letra repetida, esse número será menor.
Temos 3P, 2A, 2L e 3 E

Arranjo Simples
Denomina-se arranjo simples dos n elementos de E, p a p, toda
sequência de p elementos distintos de E. Combinação Simples
Dado o conjunto {a1, a2, ..., an} com n objetos distintos, pode-
Exemplo mos formar subconjuntos com p elementos. Cada subconjunto com
Usando somente algarismos 5, 6 e 7. Quantos números de 2 i elementos é chamado combinação simples.
algarismos distintos podemos formar?

Exemplo
Calcule o número de comissões compostas de 3 alunos que po-
demos formar a partir de um grupo de 5 alunos.
Solução

Números Binomiais
O número de combinações de n elementos, tomados p a p,
também é representado pelo número binomial .

85
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Binomiais Complementares QUESTÕES
Dois binomiais de mesmo numerador em que a soma dos de-
nominadores é igual ao numerador são iguais: 01. (UFES - Assistente em Administração – UFES/2017) Uma
determinada família é composta por pai, por mãe e por seis filhos.
Eles possuem um automóvel de oito lugares, sendo que dois lugares
estão em dois bancos dianteiros, um do motorista e o outro do ca-
rona, e os demais lugares em dois bancos traseiros. Eles viajarão no
Relação de Stifel automóvel, e o pai e a mãe necessariamente ocuparão um dos dois
bancos dianteiros. O número de maneiras de dispor os membros da
família nos lugares do automóvel é igual a:
(A) 1440
(B) 1480
Triângulo de Pascal (C) 1520
(D) 1560
(E) 1600

02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Tomando os al-


garismos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, quantos números pares de 4 algarismos
distintos podem ser formados?
(A) 120.
(B) 210.
(C) 360.
(D) 630.
(E) 840.

03. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) Seis livros diferentes


estão distribuídos em uma estante de vidro, conforme a figura abai-
xo:

Binômio de Newton Considerando-se essa mesma forma de distribuição, de quan-


Denomina-se binômio de Newton todo binômio da forma tas maneiras distintas esses livros podem ser organizados na estan-
, com n∈N. Vamos desenvolver alguns binômios: te?
(A) 30 maneiras
(B) 60 maneiras
(C) 120 maneiras
(D) 360 maneiras
(E) 720 maneiras

04. (UTFPR - Técnico de Tecnologia da Informação –


UTFPR/2017) Em um carro que possui 5 assentos, irão viajar 4 pas-
sageiros e 1 motorista. Assinale a alternativa que indica de quantas
Observe que os coeficientes dos termos formam o triângulo de maneiras distintas os 4 passageiros podem ocupar os assentos do
Pascal. carro.
(A) 13.
(B) 26.
(C) 17.
(D) 20.
(E) 24.

86
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
05. (UTFPR - Técnico de Tecnologia da Informação – 10. (IFAP – Engenheiro de Segurança do Trabalho – FUNIVER-
UTFPR/2017) A senha criada para acessar um site da internet é for- SA/2016) Considerando-se que uma sala de aula tenha trinta alu-
mada por 5 dígitos. Trata-se de uma senha alfanumérica. André tem nos, incluindo Roberto e Tatiana, e que a comissão para organizar
algumas informações sobre os números e letras que a compõem a festa de formatura deva ser composta por cinco desses alunos,
conforme a figura. incluindo Roberto e Tatiana, a quantidade de maneiras distintas de
se formar essa comissão será igual a:
(A) 3.272.
(B) 3.274.
(C) 3.276.
(D) 3.278.
(E) 3.280.

Sabendo que nesta senha as vogais não se repetem e também Respostas


não se repetem os números ímpares, assinale a alternativa que in-
dica o número máximo de possibilidades que existem para a com- 01. Resposta: A.
posição da senha. P2▲P6=2!▲6!=2▲720=1440
(A) 3125.
(B) 1200. 02. Resposta: C.
(C) 1600. __ ___ __ __
(D) 1500. 6▲ 5▲4▲ 3=360
(E) 625.
03. Resposta: E.
06. (CELG/GT/GO – Analista de Gestão – CSUFGO/2017) Uma P6=6!=6▲5▲4▲3▲2▲1=720
empresa de limpeza conta com dez faxineiras em seu quadro. Para
atender três eventos em dias diferentes, a empresa deve formar 04. Resposta: E.
três equipes distintas, com seis faxineiras em cada uma delas. De P4=4!= 4▲3▲2▲1=24
quantas maneiras a empresa pode montar essas equipes?
(A) 210 05. Resposta: B.
(B) 630 Vogais: a, e, i, o, u
(C) 15.120 Números ímpares: 1,3,5,7,9
(D) 9.129.120

07. (UPE – Técnico em Administração – UPENET/IAUPE – 2017)


No carro de João, tem vaga apenas para 3 dos seus 8 colegas. De
quantas formas diferentes, João pode escolher os colegas aos quais
dá carona?
(A) 56
(B) 84 5▲5▲4▲4▲3=1200
(C) 126
(D) 210 06. Resposta: D.
(E) 120

08. (UPE – Técnico em Administração – UPENET/IAUPE – 2017)


Num grupo de 15 homens e 9 mulheres, quantos são os modos di-
ferentes de formar uma comissão composta por 2 homens e 3 mu- Como para os três dias têm que ser diferentes:
lheres? __ __ __
(A) 4725 210▲209▲208=9129120
(B) 12600
(C) 3780 07. Resposta: A.
(D) 13600
(E) 8820

09. (SESAU/RO – Enfermeiro – FUNRIO/2017) Um torneio de


futebol de várzea reunirá 50 equipes e cada equipe jogará apenas 08. Resposta: E.
uma vez com cada uma das outras. Esse torneio terá a seguinte
quantidade de jogos:
(A) 320.
(B) 460.
(C) 620.
(D) 1.225.
(E) 2.450. 09. Resposta: D.

87
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
10. Resposta: D. Eventos complementares
Seja E um espaço amostral finito e não vazio, e seja A um even-
RobertoTatiana ________ to de E. Chama-se complementar de A, e indica-se por , o evento
formado por todos os elementos de E que não pertencem a A.
São 30 alunos, mas vamos tirar Roberto e Tatiana que terão que
fazer parte da comissão.
30-2=28

Experimento Aleatório
Qualquer experiência ou ensaio cujo resultado é imprevisível,
por depender exclusivamente do acaso, por exemplo, o lançamento
de um dado.

Espaço Amostral
Num experimento aleatório, o conjunto de todos os resultados Note que
possíveis é chamado espaço amostral, que se indica por E.
No lançamento de um dado, observando a face voltada para
cima, tem-se:
E={1,2,3,4,5,6} Exemplo
No lançamento de uma moeda, observando a face voltada para Uma bola é retirada de uma urna que contém bolas coloridas.
cima: Sabe-se que a probabilidade de ter sido retirada uma bola vermelha
E={Ca,Co} é Calcular a probabilidade de ter sido retirada uma bola que não
seja vermelha.
Evento
É qualquer subconjunto de um espaço amostral. Solução
No lançamento de um dado, vimos que
E={1,2,3,4,5,6}
Esperando ocorrer o número 5, tem-se o evento {5}: Ocorrer
um número par, tem-se {2,4,6}. são complementares.
Exemplo
Considere o seguinte experimento: registrar as faces voltadas
para cima em três lançamentos de uma moeda.

a) Quantos elementos tem o espaço amostral? Adição de probabilidades


b) Descreva o espaço amostral. Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral E, finito e não
vazio. Tem-se:
Solução
a) O espaço amostral tem 8 elementos, pois cada lançamento,
há duas possibilidades. Exemplo
No lançamento de um dado, qual é a probabilidade de se obter
2x2x2=8 um número par ou menor que 5, na face superior?
b) E={(C,C,C), (C,C,R),(C,R,C),(R,C,C),(R,R,C),(R,C,R),(-
C,R,R),(R,R,R)} Solução
E={1,2,3,4,5,6} n(E)=6
Probabilidade Sejam os eventos
Considere um experimento aleatório de espaço amostral E com A={2,4,6} n(A)=3
n(E) amostras equiprováveis. Seja A um evento com n(A) amostras. B={1,2,3,4} n(B)=4

Probabilidade Condicional
É a probabilidade de ocorrer o evento A dado que ocorreu o
evento B, definido por:

88
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
E={1,2,3,4,5,6}, n(E)=6 05. (POLÍCIA CIENTÍFICA/PR – Perito Criminal – IBFC/2017) A
B={2,4,6} n(B)=3 probabilidade de se sortear um número múltiplo de 5 de uma urna
A={2} que contém 40 bolas numeradas de 1 a 40, é:
(A) 0,2
(B) 0,4
(C) 0,6
(D) 0,7
(E) 0,8

06. (PREF. DE PIRAUBA/MG – Assistente Social – MSCONCUR-


Eventos Simultâneos SOS/2017) A probabilidade de qualquer uma das 3 crianças de um
Considerando dois eventos, A e B, de um mesmo espaço amos- grupo soletrar, individualmente, a palavra PIRAÚBA de forma cor-
tral, a probabilidade de ocorrer A e B é dada por: reta é 70%. Qual a probabilidade das três crianças soletrarem essa
palavra de maneira errada?
(A) 2,7%
(B) 9%
Questões (C) 30%
(D) 35,7%
01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Em cada um
de dois dados cúbicos idênticos, as faces são numeradas de 1 a 6. 07. (UFTM – Tecnólogo – UFTM/2016) Lançam-se simultanea-
Lançando os dois dados simultaneamente, cuja ocorrência de cada mente dois dados não viciados, a probabilidade de que a soma dos
face é igualmente provável, a probabilidade de que o produto dos resultados obtidos seja nove é:
números obtidos seja um número ímpar é de: (A) 1/36
(A) 1/4. (B) 2/36
(B) 1/3. (C) 3/36
(C) 1/2. (D) 4/36
(D) 2/3.
(E) 3/4. 08. (CASAN – Técnico de Laboratório – INSTITUTO AOCP/2016)
Um empresário, para evitar ser roubado, escondia seu dinheiro no
02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - MSCON- interior de um dos 4 pneus de um carro velho fora de uso, que man-
CURSOS/2017) A uma excursão, foram 48 pessoas, entre homens tinha no fundo de sua casa. Certo dia, o empresário se gabava de
e mulheres. Numa escolha ao acaso, a probabilidade de se sortear sua inteligência ao contar o fato para um de seus amigos, enquanto
um homem é de 5/12 . Quantas mulheres foram à excursão? um ladrão que passava pelo local ouvia tudo. O ladrão tinha tem-
(A) 20 po suficiente para escolher aleatoriamente apenas um dos pneus,
(B) 24 retirar do veículo e levar consigo. Qual é a probabilidade de ele ter
(C) 28 roubado o pneu certo?
(D) 32 (A) 0,20.
(B) 0,23.
03. (UPE – Técnico em Administração – UPENET/2017) Qual a (C) 0,25.
probabilidade de, lançados simultaneamente dois dados honestos, (D) 0,27.
a soma dos resultados ser igual ou maior que 10? (E) 0,30.
(A) 1/18
(B) 1/36 09. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV/2016) Em uma urna
(C) 1/6 há quinze bolas iguais numeradas de 1 a 15. Retiram-se aleatoria-
(D) 1/12 mente, em sequência e sem reposição, duas bolas da urna.
(E) ¼ A probabilidade de que o número da segunda bola retirada da
urna seja par é:
04. (UPE – Técnico em Administração – UPENET/2017) Uma (A) 1/2;
pesquisa feita com 200 frequentadores de um parque, em que 50 (B) 3/7;
não praticavam corrida nem caminhada, 30 faziam caminhada e (C) 4/7;
corrida, e 80 exercitavam corrida, qual a probabilidade de encon- (D) 7/15;
trar no parque um entrevistado que pratique apenas caminhada? (E) 8/15.
(A) 7/20
(B) 1/2 10. (CASAN – Advogado – INSTITUTO AOCP/2016) Lançando
(C)1/4 uma moeda não viciada por três vezes consecutivas e anotando
(D) 3/20 seus resultados, a probabilidade de que a face voltada para cima
(E) 1/5 tenha apresentado ao menos uma cara e ao menos uma coroa é:
(A) 0,66.
(B) 0,75.
(C) 0,80.
(D) 0,98.
(E) 0,50.

89
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Respostas
Os números pares são: 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14
01. Resposta: A.
Para o produto ser ímpar, a única possibilidade, é que os dois
dados tenham ímpar:

Ímpar/par:

Os númerosímpares são: 1, 3, 5, 7, 9, 11 ,13, 15


02. Resposta: C.
Como para homens é de 5/12, a probabilidade de escolher uma
mulher é de 7/12

A probabilidade é par/par OU ímpar/par

12x=336
X=28

03. Resposta: C. 10. Resposta: B.


P=6x6=36 São seis possibilidades:
Pra ser maior ou igual a 10: Cara, coroa, cara
4+6
5+5
5+6
6+4
6+5 Cara, coroa, coroa
6+6

Cara, cara, coroa


04. Resposta: A.
Praticam apenas corrida: 80-30=50
Apenas caminhada:x
X+50+30+50=200 Coroa, cara, cara
70
P=70/200=7/20
05. Resposta: A.
M5={5,10,15,20,25,30,35,40}
P=8/40=1/5=0.2 Coroa, coroa, cara

06. Resposta:A.
A probabilidade de uma soletrar errado: 0,3
__ __ __
0,3▲0,3▲0,3=0,027=2,7% Coroa, cara, coroa

07. Resposta: D.
Para dar 9, temos 4 possibilidades
3+6
6+3
4+5
5+4

P=4/36

08. Resposta: C.
A probabilidade é de 1/4, pois o carro tem 4 pneus e o dinheiro
está em 1.
1/4=0,25

09. Resposta: D.
Temos duas possibilidades
As bolas serem par/par ou ímpar/par
Ser par/par:

90
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Distância entre Dois Pontos
GEOMETRIA ANALÍTICA: COORDENADAS CARTESIA-
NAS. DISTÂNCIA ENTRE PONTOS. EQUAÇÃO DA RETA. Dados os pontos P(xp,yp) e Q(xq,yq), a distância dAB entre eles é
PARALELISMO E PERPENDICULARISMO DE RETAS. ÂN- uma função das coordenadas de P e Q:
GULO ENTRE RETAS. DISTÂNCIA ENTRE PONTO E RETA.
CIRCUNFERÊNCIA

GEOMETRIA ANALÍTICA

Estudo do Ponto

Podemos localizar um ponto P em um planoα utilizando um sis-


tema de eixos cartesianos.
- A é a abscissa do ponto P
-B é a ordenada do ponto P
-P ∈1ºQuad

Ponto Médio

Dados os pontos P(xp,yp) e Q(xq,yp), as coordenadas do ponto


M(xM, yM) médio entre A e B, serão dadas pelas semi-somas das co-
ordenadas de P e Q.
Fonte: www.matematicadidatica.com.br
1º Quadrante: x>o e y>o O ponto M terá as seguintes coordenadas:
2º Quadrante: x<0 e y>0
3º Quadrante: x<0 e y<0
4º Quadrante: x>0 e y>0
Três pontos estão alinhados se, e somente se, pertencerem à
Para representar o par ordenado P(x,y) mesma reta.
Vale a pena lembrar que o eixo x é chamado de abscissa e o eixo
y de ordenada.

Exemplo: Um P(3,-1) está em qual quadrante?


x>0 e y<0 IV quadrante.

91
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Para verificarmos se os pontos estão alinhados, podemos uti-
lizar a construção gráfica determinando os pontos de acordo com 2º caso:
suas coordenadas posicionais. Outra forma de determinar o alinha-
mento dos pontos é através do cálculo do determinante pela regra
de Sarrus envolvendo a matriz das coordenadas.

Exemplo
Dados os pontos A (2, 5), B (3, 7) e C (5, 11), vamos determinar
se estão alinhados. Do triângulo retângulo ABC, vem:

Portanto, para os dois casos, temos:

Coeficiente angular

(14 + 25 + 33)–(35 + 22 + 15) Coeficiente angular de uma reta não-perpendicular ao eixo


72 – 72 = 0 é o valor da tangente do ângulo de inclinação dessa reta.
Os pontos somente estarão alinhados se o determinante da ma-
triz quadrada calculado pela regra de Sarrus for igual a 0.

Estudo da Reta

Cálculo do coeficiente angular

Consideremos a reta que passa pelos pontos e


, com , e que forma com o eixo um ângulo de
medida .

1º caso:

Sendo o triângulo ABC retângulo ( é reto), temos:

92
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO

O valor do coeficiente angular varia em função de . Equação Geral da Reta

Ax+by+c=0

Equação Segmentária

Equação reduzida da reta

Vamos determinar a equação da reta que passa por e


tem coeficiente angular :

A equação fundamental de é dada por:

Toda equação na forma é chamada equação redu-


zida da reta, em que é o coeficiente.
Posições relativas de duas retas
Considere duas retas distintas do plano cartesiano:

Podemos classificá-las como paralelas ou concorrentes.

93
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Retas paralelas

As retas e têm o mesmo coeficiente angular.

Como

Então:

Assim, para , temos:


E, reciprocamente, se

Retas concorrentes
Logo,
As retas e têm coeficientes angulares diferentes.

Assim, para e concorrentes, temos: Distância de ponto a reta

Considere uma reta , de equação , e um pon-


to não pertencente a . Pode-se demonstrar que a distân-
cia entre e é dada por:

Retas perpendiculares

Duas retas, e , não-verticais são perpendiculares se, e somen-


te se, os seus coeficientes angulares são tais que

. Ângulo entre duas retas

De fato: Conhecendo os coeficientes angulares e de duas retas,


e , não paralelas aos eixos e , podemos determinar o ângulo
agudo formado entre elas:

94
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO

Se uma das retas for vertical, teremos:

Portanto, (x - a)2 + (y - b)2 =r2 é a equação reduzida da circunfe-


rência e permite determinar os elementos essenciais para a cons-
trução da circunferência: as coordenadas do centro e o raio.
Observação: Quando o centro da circunfer6encia estiver na ori-
gem (C(0,0)), a equação da circunferência será x2 + y2 = r2.

Equação Geral

Desenvolvendo a equação reduzida, obtemos a equação geral


da circunferência:

Circunferência Como exemplo, vamos determinar a equação geral da circunfe-


rência de centro C(2, -3) e raio r = 4.
Equações da circunferência
A equação reduzida da circunferência é:
Equação reduzida
( x - 2 )2 +( y + 3 )2 = 16
Circunferência é o conjunto de todos os pontos de um plano
equidistantes de um ponto fixo, desse mesmo plano, denominado Desenvolvendo os quadrados dos binômios, temos:
centro da circunferência:

Determinação do centro e do raio da circunferência, dada a


equação geral

Dada a equação geral de uma circunferência, utilizamos o pro-


cesso de fatoração de trinômio quadrado perfeito para transformá-
-la na equação reduzida e, assim, determinamos o centro e o raio
da circunferência.
Para tanto, a equação geral deve obedecer a duas condições:
- Os coeficientes dos termos x2 e y2 devem ser iguais a 1;
Assim, sendo C(a, b) o centro e P(x, y) um ponto qualquer da - Não deve existir o termo xy.
circunferência, a distância de C a P(dCP) é o raio dessa circunferên-
cia. Então: Então, vamos determinar o centro e o raio da circunferência
cuja equação geral é x2 + y2 - 6x + 2y - 6 = 0.

Observando a equação, vemos que ela obedece às duas condi-


ções.

95
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Assim:

1º passo: agrupamos os termos em x e os termos em y e isola-


mos o termo independente
x2 - 6x + _ + y2 + 2y + _ = 6

2º passo: determinamos os termos que completam os quadra-


dos perfeitos nas variáveis x e y, somando a ambos os membros as Ângulo Raso:
parcelas correspondentes
- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.

3º passo: fatoramos os trinômios quadrados perfeitos


( x - 3 ) 2 + ( y + 1 ) 2 = 16 Ângulo Reto:

4º passo: obtida a equação reduzida, determinamos o centro - É o ângulo cuja medida é 90º;
e o raio - É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendiculares.

GEOMETRIA PLANA: TEOREMA DE TALES. SEMELHAN-


ÇA DE TRIÂNGULOS. QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS (PA-
RALELOGRAMO, RETÂNGULO, QUADRADO E TRAPÉ-
ZIO). ÁREAS DE POLÍGONOS

Ângulos
Triângulo
Denominamos ângulo a região do plano limitada por duas se-
mirretas de mesma origem. As semirretas recebem o nome de la- Elementos
dos do ângulo e a origem delas, de vértice do ângulo.
Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que liga um
vértice ao ponto médio do lado oposto.

Na figura, é uma mediana do ABC.


Um triângulo tem três medianas.

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do que 90º.

A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo intercepta o


lado oposto

Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da bissetriz de


um ângulo do triângulo que liga um vértice a um ponto do lado
oposto.

Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do que 90º.

96
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO

Na figura, é uma bissetriz interna do . Classificação


Um triângulo tem três bissetrizes internas.
Quanto aos lados

Triângulo escaleno:três lados desiguais.

Altura de um triângulo é o segmento que liga um vértice a um Triângulo isósceles: Pelo menos dois lados iguais.
ponto da reta suporte do lado oposto e é perpendicular a esse lado.

Na figura, é uma altura do .

Um triângulo tem três alturas.

Triângulo equilátero: três lados iguais.

Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpendicular a


esse segmento pelo seu ponto médio.

Na figura, a reta m é a mediatriz de .

Quanto aos ângulos

Triângulo acutângulo:tem os três ângulos agudos

Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do triângulo


que é mediatriz de um dos lados desse triângulo.

Na figura, a reta m é a mediatriz do lado do . Triângulo retângulo:tem um ângulo reto


Um triângulo tem três mediatrizes.

97
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso

Desigualdade entre Lados e ângulos dos triângulos Diagonal de um polígono é um segmento cujas extremidades
Num triângulo o comprimento de qualquer lado é menor que são vértices não-consecutivos desse polígono.
a soma dos outros dois.Em qualquer triângulo, ao maior ângulo
opõe-se o maior lado, e vice-versa.

QUADRILÁTEROS
Quadrilátero é todo polígono com as seguintes propriedades:
- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º
Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.

Número de Diagonais

- é paralelo a
- Losango: 4 lados congruentes
- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

- Observações:

- No retângulo e no quadrado as diagonais são congruentes Ângulos Internos


(iguais) A soma das medidas dos ângulos internos de um polígono con-
- No losango e no quadrado as diagonais são perpendiculares vexo de n lados é (n-2).180
entre si (formam ângulo de 90°) e são bissetrizes dos ângulos inter- Unindo um dos vértices aos outros n-3, convenientemente es-
nos (dividem os ângulos ao meio). colhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das medidas dos ângu-
los internos do polígono é igual à soma das medidas dos ângulos
Áreas internos dos n-2 triângulos.

1- Trapézio: , onde B é a medida da base maior, b


é a medida da base menor e h é medida da altura.
2- Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da base e h é
a medida da altura.
3- Retângulo: A = b.h

4- Losango: , onde D é a medida da diagonal maior e


d é a medida da diagonal menor.
5- Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado.

Polígono
Chama-se polígono a união de segmentos que são chamados
lados do polígono, enquanto os pontos são chamados vértices do
polígono.

98
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
Ângulos Externos

2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes proporcio-
nais e os ângulos compreendidos entre eles congruentes, então es-
ses dois triângulos são semelhantes.

A soma dos ângulos externos=360°

Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais, então a
razão de dois segmentos quaisquer de uma transversal é igual à ra-
zão dos segmentos correspondentes da outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que são váli-
das as seguintes proporções:
3º Caso: LLL(lado-lado-lado)
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes proporcio-
nais, então esses dois triângulos são semelhantes.

Exemplo

Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo

Considerando o triângulo retângulo ABC.


2

Semelhança de Triângulos
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os seus ân-
gulos internos tiverem, respectivamente, as mesmas medidas, e os
lados correspondentes forem proporcionais.

Casos de Semelhança
1º Caso:AA(ângulo-ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de vértices
correspondentes, então esses triângulos são congruentes.

Temos:

99
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
a: hipotenusa
b e c: catetos
h:altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa

Relações Métricas no Triângulo Retângulo


Chamamos relações métricas as relações existentes entre os
diversos segmentos desse triângulo. Assim:

1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da hipotenu-


sa pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa.

2. O produto dos catetos é igual ao produto da hipotenusa


Fórmulas Trigonométricas pela altura relativa à hipotenusa.

Relação Fundamental
Existe uma outra importante relação entre seno e cosseno de
um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC. 3. O quadrado da altura é igual ao produto das projeções dos
catetos sobre a hipotenusa.

4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados


dos catetos (Teorema de Pitágoras).

Posições Relativas de Duas Retas


Duas retas no espaço podem pertencer a um mesmo plano.
Nesse caso são chamadas retas coplanares. Podem também não
estar no mesmo plano. Nesse caso, são denominadas retas rever-
Neste triângulo, temos que: c²=a²+b² sas.
Dividindo os membros por c²
Retas Coplanares
a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum

Como

-Duas retas concorrentes podem ser:

1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.


Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado trian-
gulo retângulo. 2. Oblíquas:r e s não são perpendiculares.
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são:

100
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são coinci- 03. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na figura abai-
dentes. xo, encontra-se representada uma cinta esticada passando em tor-
no de três discos de mesmo diâmetro e tangentes entre si.

Considerando que o diâmetro de cada disco é 8, o comprimen-


to da cinta acima representada é
(A) 8/3 π + 8 .
(B) 8/3 π + 24.
(C) 8π + 8 .
QUESTÕES (D) 8π + 24.
(E) 16π + 24.
01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciários- VU-
NESP/2017) Um terreno retangular ABCD, com 40 m de largura por 04. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na figura abai-
60 m de comprimento, foi dividido em três lotes, conforme mostra xo, ABCD é um quadrado de lado 10; E, F, G e H são pontos médios
a figura. dos lados do quadrado ABCD e são os centros de quatro círculos
tangentes entre si.

Sabendo-se que EF = 36 m e que a área do lote 1 é 864 m², o


perímetro do lote 2 é
A área da região sombreada, da figura acima apresentada, é
(A) 100 m. (A)100 - 5π .
(B) 108 m. (B) 100 - 10π .
(C) 112 m. (C) 100 - 15π .
(D) 116 m. (D)100 - 20π .
(E) 120 m. (E)100 - 25π .

02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Considere um 05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) No cubo de
triângulo retângulo de catetos medindo 3m e 5m. Um segundo aresta 10, da figura abaixo, encontra-se representado um plano
triângulo retângulo, semelhante ao primeiro, cuja área é o dobro passando pelos vértices B e C e pelos pontos P e Q, pontos médios,
da área do primeiro, terá como medidas dos catetos, em metros: respectivamente, das arestas EF e HG, gerando o quadrilátero BCQP.
(A) 3 e 10.
(B) 3√2 e 5√2 .
(C) 3√2 e 10√2 .
(D)5 e 6.
(E) 6 e 10.

101
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
A área do quadrilátero BCQP, da figura acima, é 08. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VUNESP/2017) O
piso de um salão retangular, de 6 m de comprimento, foi totalmente
(A) 25√5. coberto por 108 placas quadradas de porcelanato, todas inteiras.
(B) 50√2. Sabe-se que quatro placas desse porcelanato cobrem exatamente
(C) 50√5. 1 m2 de piso. Nessas condições, é correto afirmar que o perímetro
(D)100√2 . desse piso é, em metros, igual a
(E) 100√5. (A) 20.
(B) 21.
06. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - MSCON- (C) 24.
CURSOS/2017) O triângulo retângulo em B, a seguir, de vértices A, (D) 27.
B e C, representa uma praça de uma cidade. Qual é a área dessa (E) 30.
praça?
09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervisor –
FGV/2017) O proprietário de um terreno retangular resolveu cer-
cá-lo e, para isso, comprou 26 estacas de madeira. Colocou uma
estaca em cada um dos quatro cantos do terreno e as demais igual-
mente espaçadas, de 3 em 3 metros, ao longo dos quatro lados do
terreno.
O número de estacas em cada um dos lados maiores do terre-
no, incluindo os dois dos cantos, é o dobro do número de estacas
(A) 120 m² em cada um dos lados menores, também incluindo os dois dos can-
(B)90 m² tos.
(C) 60 m² A área do terreno em metros quadrados é:
(D) 30 m² (A) 240;
(B) 256;
07. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VUNESP/2017) A (C) 324;
figura, com dimensões indicadas em centímetros, mostra um painel (D) 330;
informativo ABCD, de formato retangular, no qual se destaca a re- (E) 372.
gião retangular R, onde x > y.
10. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário- VUNESP/2017) A fi-
gura seguinte, cujas dimensões estão indicadas em metros, mostra
as regiões R1 e R2 , ambas com formato de triângulos retângulos,
situadas em uma praça e destinadas a atividades de recreação in-
fantil para faixas etárias distintas.

Sabendo-se que a razão entre as medidas dos lados correspon-


dentes do retângulo ABCD e da região R é igual a 5/2 , é correto
afirmar que as medidas, em centímetros, dos lados da região R, in- Se a área de R1 é 54 m², então o perímetro de R2 é, em metros,
dicadas por x e y na figura, são, respectivamente, igual a

(A) 80 e 64. (A) 54.


(B) 80 e 62. (B) 48.
(C) 62 e 80. (C) 36.
(D) 60 e 80. (D) 40.
(E) 60 e 78. (E) 42.

102
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
11. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária – MSCON- X=30
CURSOS/2017) Como h=18 e AD é 40, EG=22

Perímetro lote 2: 40+22+24+30=116


Seja a expressão definida em 0< x <
π/2 . Ao simplificá-la, obteremos: 02. Resposta: B.

(A) 1
(B) sen²x
(C)cos²x
(D)0
12. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária – MSCON-
CURSOS/2017) Fábio precisa comprar arame para cercar um ter-
reno no formato a seguir, retângulo em B e C. Considerando que
ele dará duas voltas com o arame no terreno e que não terá per-
das, quantos metros ele irá gastar? (considere √3 =1,7; sen30º=0,5;
cos30º=0,85; tg30º=0,57).

Lado=3√2
Outro lado =5√2

03. Resposta: D.
Observe o triângulo do meio, cada lado é exatamente a mesma
(A) 64,2 m medida da parte reta da cinta.
(B) 46,2 m Que é igual a 2 raios, ou um diâmetro, portanto o lado esticado
(C)92,4 m tem 8x3=24 m
(D) 128,4 m A parte do círculo é igual a 120°, pois é 1/3 do círculo, como são
três partes, é a mesma medida de um círculo.
RESPOSTAS O comprimento do círculo é dado por: 2πr=8π
Portanto, a cinta tem 8π+24
01. Resposta: D.
04. Resposta: E.
Como o quadrado tem lado 10,a área é 100.

O ladao AF e AE medem 5, cada um, pois F e E é o ponto Médio


X²=5²+5²
X²=25+25
X²=50
X=5√2
96h=1728 X é o diâmetro do círculo, como temos 4 semi círculos, temos
H=18 2 círculos inteiros.

Como I é um triângulo:
60-36=24
X²=24²+18²
X²=576+324
X²=900

103
CONHECIMENTO LÓGICO E MATEMÁTICO
A área de um círculo é 10. Resposta: B.

9x=108
A sombreada=100-25π
X=12
05. Resposta: C.
CQ é hipotenusa do triângulo GQC. Para encontrar o perímetro do triângulo R2:
01. CQ²=10²+5²
CQ²=100+25
CQ²=125
CQ=5√5
A área do quadrilátero seria CQ⋅BC
A=5√5⋅10=50√5
06. Resposta: C
Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x.

17²=x²+8²
289=x²+64
X²=225
X=15 Y²=16²+12²
Y²=256+144=400
07. Resposta: A. Y=20

Perímetro: 16+12+20=48

5y=320 11. Resposta: C.


Y=64

5x=400 1-cos²x=sen²x
X=80

12. Resposta: D.
08. Resposta: B.
108/4=27m²
6x=27
X=27/6

O perímetro seria

09. Resposta: C.
Número de estacas: x
X+x+2x+2x-4=26 obs: -4 é porque estamos contando duas X=6
vezes o canto
6x=30
X=5
Temos 5 estacas no lado menor, como são espaçadas a cada
3m
4 espaços de 3m=12m
Lado maior 10 estacas Y=10,2
9 espaços de 3 metros=27m 2 voltas=2(12+18+10,2+6+18)=128,4m
A=12⋅27=324 m²

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