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SUMÁRIO:

Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. ................................................2


Reconhecimento de tipos e gêneros textuais ........................................................................4
Domínio da ortografia oficial ................................................................................................6
Domínio dos mecanismos de coesão textual. 4.1 Emprego de elementos de referenciação,
substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação textual........
Emprego de tempos e modos verbais; Domínio da estrutura morfossintática do período. 5.1
Emprego das classes de palavras. ........................................................................................9
Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. 5.3 Relações de subordinação
entre orações e entre termos da oração .............................................................................32
Emprego dos sinais de pontuação. .....................................................................................57
Concordância verbal e nominal. .........................................................................................66
Regência verbal e nominal. ................................................................................................71
Emprego do sinal indicativo de crase. .................................................................................79
Colocação dos pronomes átonos. .......................................................................................83
Reescrita de frases e parágrafos do texto; Significação das palavras. 6.2 Substituição de palavras
ou de trechos de texto. 6.3 Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. 6.4
Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade. .....................................84
Correspondência oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da República). 7.1
Aspectos gerais da redação oficial. 7.2 Finalidade dos expedientes oficiais. 7.3
Adequação da linguagem ao tipo de documento. 7.4 Adequação do formato do texto ao
gênero. ...........................................................................................................................88

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1 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS.
10 DICAS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

DICA 1 – Coloque as orações na ordem direta – sujeito, verbo e complemento. Isso


porque alguns textos, principalmente os literários, como poemas e crônicas, usam
muitos recursos estilísticos.
DICA 2 – Observe os detalhes. Em textos com gráficos, por exemplo, os detalhes fazem
toda a diferença na interpretação. Muitas vezes um olhar mais atento a um gráfico ou a
um dado estatístico já resolve a questão.
DICA 3 – Essa dica é um exercício diário de interpretação. Durante as conversas do seu
dia a dia, tente interpretar as entrelinhas dos diálogos que você tem com sua família e
amigos. Quando não entender, pergunte: “você quis dizer isso ... ou eu interpretei de
maneira errada suas palavras?”. Tal dica é abstrata, mas pode ser útil para interpretar
textos.

DICA 4 – Faça da leitura um hábito. Leia textos longos e com características diversas. Um
texto literário, por exemplo, é diferente de um texto informativo. Quanto mais se lê
com profundidade, mais se aprende.

DICA 5 – Leia mais poesias e ouça mais músicas. As poesias e as músicas têm uma
dificuldade maior de serem interpretadas, pois é necessário tentar entender as
intenções do autor, o que o “eu lírico” quis dizer. Músicas dos anos 70, 80 e poesias são
interessantes para afinar a capacidade de interpretação.

DICA 6 – Leia charges e tirinhas. Muitas vezes, a bancanão traz “textos secos”. Para
ilustrar e até deixar a provamais leve, algumas questõesutilizam charges e tirinhas com
personagens conhecidos.

DICA 7 – Interprete as orações e os períodos. Cada oração tem um objetivo no texto.


Um trecho pode ser: explicativo, adversativo, concessivo etc., e cada conectivo tem uma
função. É importante, por isso, observar cada um e seu contexto.

DICA 8 – Leia textos mais complexos. Para isso, utilize um dicionário ou pesquise na
internet o significado das palavras que não são comuns no seu dia a dia. Aumente seu
vocabulário em conversas diárias. Muitas vezes, a banca usa palavras desconhecidas
para dificultar a vida
do concurseiro.

DICA 9 – Procure
outras fontes. Por
exemplo, veja vídeos
de professores com
outras formas de

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interpretação, outras técnicas e outras dicas. Não se limite a um único material.

DICA 10 – Marque as partes importantes do texto. Na hora da prova, ganhar tempo é


fundamental. Algumas frases ou trechos de um texto conseguem sintetizar a ideia do
autor, então grife as que achar mais relevantes.

IMPORTANTE! As bancas costumam colocar termos que extrapolam o texto, isto é, que
não estão nele. Com isso, elas perguntam se está correto ou não. Por exemplo, o texto
aborda violência URBANA, mas a banca coloca alguma alternativa relativa à violência NO
CAMPO, para confundir o candidato. Por isso, leia com atenção.

OBSERVAÇÃO: Em muitos textos você terá que analisar o contexto com a “visão do
autor”, o que ele quis dizer, qual mensagem ele quis passar. Isso requer treino e muitas
horas de leitura, pois, infelizmente, não há atalho ou fórmula mágica. Entretanto, há
alguns termos que algumas bancas costumam usar, como depreende-se, infere-se,
deduz-se que etc.

Observe as expressões CONFORME O TEXTO, ou seja, isso tem que estar dentro do
texto.

DICA DE OURO PARA INTERPRETAÇÃO DE TEXTO:


Leia o enunciado da questão ➞ crie expectativa ➞ leia o texto ➞ volte ao enunciado
da questão.
Ao ler a questão e criar expectativa antes de ir ao texto, a leitura será mais focada
no que já se sabe que a questão está pedindo, logo, haverá certa otimização de tempo
e facilidade para responder.

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2 RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS.
TIPOS TEXTUAIS

TEXTO NARRATIVO
Uma das características principais do texto narrativo é a presença de um
narrador. Em uma narração temos a presença de narrador, personagem, tempo,
espaço, enredo e clímax (mas não precisa ter todos de uma vez).

Além disso, há predominância de verbos de ação, geralmente no presente e no


pretérito perfeito, e presença de progressão temporal;

TEXTO DESCRITIVO

A característica principal do texto descritivo é descrever algo ou alguém


detalhadamente, de forma que o leitor consiga criar uma imagem mental do que é
descrito. Para uma melhor compreensão e estruturação do texto descritivo, são
utilizados adjetivos, verbos de ligação, metáforas e comparações. Além disso, não há
progressão temporal.

TEXTO DISSERTATIVO
Neste tipo textual é possível notar uma exposição de ideias, teorias, raciocínios
etc. através de uma estrutura formada por introdução, desenvolvimento e conclusão.
Não é necessário haver uma progressão no tempo. Há duas classificações:

▪ DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO: apresenta um ponto de vista e tem como


objetivo persuadir e convencer o leitor a concordar com a ideia defendida. Para isso,
são utilizados conectivos de causa-consequência, além de haver exposição de evidências
e fatos comprovados por dados estatísticos, tudo isso para validar os argumentos do
autor.
▪ DISSERTATIVO-EXPOSITIVO: apresenta informações sobre determinado tema
sem a necessidade de convencer o leitor, ou seja, sem defender uma tese. Aqui a
intenção é explicar, expor, dissertar. Em sua estrutura temos uma ideia central a ser
trabalhada, a fundamentação do tema e o fechamento da ideia desenvolvida no
decorrer do texto, e as informações costumam ser neutras. Geralmente há verbos no
presente e em 3ª pessoa.

TEXTO EXPOSITIVO

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O texto expositivo tem a finalidade de informar e esclarecer o leitor através da
exposição de um determinado assunto ou tema. Esse tipo de texto não tem a pretensão
de convencer o leitor, apenas de expor conhecimentos, ideias e pontos de vista. Sua
linguagem é clara e concisa.

TEXTO INJUNTIVO

➪ Dica: TEXTO INJUNTIVO - IMPERATIVO

Os textos injuntivos são textos instrucionais e têm como finalidade a instrução e


orientação do leitor. Além de fornecer uma informação, eles instigam a ação do leitor.
Os textos injuntivos se caracterizam por utilizar verbos no imperativo, no infinitivo ou
no presente do indicativo, sempre indeterminando o sujeito. Podemos citar como
exemplos receita de bolo, bula de remédio, manual de instruções etc.
Atenção! Um texto injuntivo pode ser facilmente confundido com um texto prescritivo,
porém há uma sutil diferença entre eles: o primeiro tem uma natureza menos coercitiva
que o segundo, pois os textos prescritivos trazem uma noção de algo a ser cumprido à
risca, sem questionamentos.

GÊNEROS TEXTUAIS

TIRINHA
Tirinhas costumam ser histórias curtas, com poucos quadrinhos, e geralmente
trazem humor, apesar de também fazerem alguma crítica social. É possível encontrar
tanto linguagem verbal, com expressões típicas da fala, quanto linguagem não verbal,
isto é, signos visuais (gestos, ilustrações, músicas, posturas, placas etc.).

PROPAGANDA

Trata-se de um gênero textual persuasivo, com função apelativa, cujo objetivo é


influenciar a opinião do leitor, convencê-lo. Geralmente traz o anúncio de um produto,
um benefício, uma ideia, entre outras coisas.

CARTA
No gênero carta temos a presença de um emissor ou remetente (quem escreve)
e de um receptor ou destinatário (quem recebe). A carta pode ser, entre outros tipos:
pessoal, familiar, argumentativa, do leitor, aberta e comercial.

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3 DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL.
GRAFIA E SIGNIFICADO DE ALGUMA PALAVRAS QUE CAEM EM PROVAS

MAS/MAIS:

MAS: conjunção adversativa, equivale a porém, contudo, entretanto. Ex.: Tento não
sofrer, masa dor é muito forte.

MAIS: pronome ou advérbio de intensidade, opõe-se a menos. Ex.: É um dos garotos mais
bonitosda escola.

ONDE/AONDE:

ONDE: lugar em que se está ou que se passa algum fato. Ex.: Onde você foi hoje?

AONDE: indica movimento (refere-se a verbos de movimento). Ex.: Aonde você vai?

QUE/QUÊ

QUE: pronome, conjunção, advérbio ou partícula expletiva: Ex: Convém que o


assunto seja esquecido rapidamente.

QUÊ: monossílabo tônico, substantivo ou interjeição. Ex: Você precisa de quê?

MAL/MAU

MAL: advérbio (opõe-se a bem), como substantivo indica doença, algo prejudicial:
Ex.: Ele se comportou muito mal. (advérbio) Ex: A prostituição infantil é um mal presente
em todas as partes do Brasil. (substantivo)

MAU: adjetivo (ruim, de má qualidade). Ex.: Ele não é um mau sujeito.

AO ENCONTRO DE/DE ENCONTRO A

AO ENCONTRO DE: significa “ser favorável a”, “aproximar-se de”. Ex.: Quando avistei
minha mãe fui correndo ao encontro dela.

DE ENCONTRO A: indica oposição, colisão. Ex.: Suas ideias sempre vieram de encontro às
minhas. Somos mesmo diferentes.

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AFIM/A FIM

AFIM: adjetivo que indica igual, semelhante. Ex.: Temos objetivos afins.

A FIM: indica finalidade. Ex: Trabalho hoje a fim de folgar amanhã.

A PAR/AO PAR

A PAR: sentido de “bem informado”. Ex.: Eu estou a par de todas as fofocas.

AO PAR: indica igualdade entre valores financeiros. Ex.: O real está ao par do dólar.

DEMAIS/DE MAIS

DEMAIS: advérbio de intensidade, sentido de “muito”. Ex.: Você é chato demais.

Demais também pode ser pronome indefinido, sentido de “os outros”. Ex.: Alguns
professores saíram da sala enquanto os demais permaneceram atentos às orientações.

DE MAIS: opõe-se a de menos. Ex.: Não vejo nada de mais em seu comportamento

SENÃO/SE NÃO
SENÃO: sentido de “caso contrário”, “a não ser”. Ex: não fazia coisa alguma senão
conversar.

SE NÃO: sentido de “caso não”. Ex: Se não houver conscientização, haverá escassez de
água.

NA MEDIDA EM QUE/À MEDIDA QUE

NA MEDIDA EM QUE: equivale a porque, já que, uma vez que. Ex: Na medida em que os
projetos foram abandonados, os estagiários ficaram desmotivados.

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À MEDIDA QUE: indica proporção, equivale a à proporção que. Ex: A emoção
aumentava à medida que o momento da apresentação se aproximava.

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4 DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL. 4.1 EMPREGO DE ELEMENTOS
DE REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E REPETIÇÃO, DE CONECTORES E DE OUTROS
ELEMENTOS DE SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL.
COESÃO REFERENCIAL
Nesse tipo de coesão, os elementos de coesão anunciam, ou retomam as frases, sequências e
palavras que indicam conceitos e fatos. Isso pode ocorrer através da anáfora ou catáfora.

A ANÁFORA faz referência a uma informação mencionada no texto anteriormente, ou seja, ela
retoma um componente textual. Também pode ser chamada de elemento anafórico.

A CATÁFORA, por sua vez, antecipa um componente textual, sendo chamada de elemento
catafórico.

Elementos de coesão referencial


Os principais mecanismos da coesão referencial ocorrem por meio de elipse e reiteração.

Exemplo de coesão referencial por elipse: Vamos à praia no domingo. Você nos acompanha?

Neste tipo de coesão, um elemento do texto é retirado e evita a repetição: Vamos à praia no
domingo. Você nos acompanha (à praia)?

Exemplo de coesão por reiteração: Aprendizado é dedicação. Aprendizado é plantar o


conhecimento todos os dias.

Neste tipo de coesão, é possível repetir o elemento lexical ou mesmo usar sinônimos.

COESÃO SEQUENCIAL
É a maneira como os fatos se organizam no tempo do texto. Para isto, são utilizadas relações
semânticas que ligam as orações e os parágrafos à medida que o texto é descrito.

A coesão sequencial pode ocorrer por justaposição ou conexão.

Exemplo de coesão sequencial por JUSTAPOSIÇÃO:

Ricardo é, com certeza, a melhor escolha. Além disso, conhece os meandros da empresa.

A coesão sequencial por justaposição ocorre para dar sequência ao texto no ordenamento
temporal, espacial e de assunto.

Exemplo de coesão sequencial por CONEXÃO:

Acordou tarde, de forma que perdeu o ônibus.

Nesse tipo de coesão, as conjunções, como neste caso, estabelecem uma relação entre as
orações.

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4.2 EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS.

5 DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO. 5.1 EMPREGO DAS


CLASSES DE PALAVRAS.
CLASSES DE PALAVRAS VARIÁVEIS
SUBSTANTIVO: designa seres reais ou imaginários. Ex: casa, cachorro, fada.
Variam em número e grau.
Na sintaxe, geralmente, são OS SUJEITOS da frase ou oração.

Dividem-se em:

Simples — apresentam apenas um elemento:


casa, livro, pedra, árvore, planeta
Compostos — apresentam mais de um elemento:
pombo-correio, guarda-sol, passatempo, rodapé, petróleo

Comuns — nomeiam os seres de uma espécie em sua totalidade:


cão; homem, cidade, planeta

Próprios — nomeiam um ser específico entre todos os de uma espécie:


Lulu, Pedro, Roma, Marte

Primitivos — não provêm de outra palavra:


Árvore, fruta, terra, flor

Derivados — advêm de uma palavra primitiva:


Arvoredo, fruteira, terreno, floricultura

Concretos — referem-se a um ser, REAL OU IMAGINÁRIO:


Pedra, estante, saci, fada

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Abstratos — referem-se a uma ação, qualidade ou estado:
Beijo (de beijar), fuga (de fugir), beleza (de belo), cegueira (de cego), frieza (de frio).

Flexão dos substantivos


Os substantivos podem apresentar flexão de gênero, número e grau.
Observe:
a) gênero o aluno (masculino) — a aluna (feminino).
b) número: aluno (singular) — alunos (plural).
c) grau: gatinho(diminutivo) gatão (aumentativo).

ARTIGO: são as palavras: O, A, OS, AS, UM, UMA, UNS, UMAS.


Podem ser definidos e indefinidos:
Definido: seres determinados. Ex: o índio teria despido o português.
Indefinido: indica seres de maneira vaga, generalizada. Ex: um homem vai devagar.

ATENÇÃO! podem se combinar com as preposições formando: AO, DO, NOS, NUM,
NUMA.

Omissão do artigo, CAÍ MUITO. Depois do pronome CUJO.


Ex: este é o livro CUJO autor desconheço.
este é o livro CUJO O autor desconheço. (ERRADO)

NÃO se combina com preposição o artigo que integra o nome de jornais, revistas, obras
literárias etc.:
 Li essa notícia no Globo. (errado)
 Li :essa notícia em O Globo. (correto)

ADJETIVO: caracteriza o substantivo. Atribuindo-lhe qualidade, estado ou especificação.

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Ex: as misteriosas pálpebras doloridas.
Flexão: gênero, número e grau.
Quanto ao gênero, os adjetivos podem ser uniformes e biformes:

Uniformes — possuem uma única forma que se aplica tanto a substantivos masculinos
como a femininos:

Marido fiel Esposa fiel


Menino feliz Menina feliz
Homem pobre Mulher pobre

Biformes — possuem uma forma para o masculino e outra para o feminino:

Período confuso Ideia confusa


Senador honrado Senadora honrada
Leite pura Água pura

NÚMERO DO ADJETIVO
Adjetivo simples
Em geral, o adjetivo simples faz o plural seguindo as mesmas regras do substantivo:

Branco Brancos Cortês Corteses


Gentil Gentis Amável Amáveis
Veloz Velozes Azul Azuis

Adjetivo composto
No adjetivo composto devemos observar os seguintes procedimentos para a formação
do plural:
Somente o último elemento deve ser flexionado:

Guerras greco-romanas
Salas médicos-cirúrgicas
Crises político-econômicas
Blusas amarelo-escuras
Casacos castanho-claros

Exceções: azul-marinho, azul-celeste e verde gaio (invariáveis); e surdos-mudos (variam


os dois elementos).

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GRAU DO ADJETIVO

ADJETIVO GRAU GRAU SUPERLATIVO


COMPARATIVO
bom melhor ótimo
mau pior péssimo
grande maior máximo
pequeno menor mínimo
alto superior supremo
baixo inferior ínfimo

LOCUÇÃO ADJETIVA
Dá-se o nome de locução adjetiva ao conjunto de preposição e substantivo empregado
com valor de adjetivo.
Às vezes, é possível substituir a locução adjetiva por um adjetivo de igual significado,
outras vezes, isso é impossível:
Doença do coração  doença cardíaca
Perímetro da cidade  perímetro urbano
Colega de turma  (não há adjetivo equivalente)
Cabelo de milho  (não há adjetivo equivalente)

NUMERAL é a palavra que exprime quantidade, ordem, fração ou multiplicação dos


seres. Assim, os numerais podem ser cardinais, ordinais, fracionários ou
muitiplicativos:

Ambos é chamado numeral dual, já que sempre se refere a dois seres, podendo ser
empregado, com reservas, de maneira enfática: ambos os dois, ambos a dois, ambos
de dois, a ambos dois:
“O certo é que ambos os dois monges caminhavam juntos." (Alexandre Herculano)
"De ambos de dois a fronte coroada." (Luís de Camões)
TABELA DOS NUMERAIS

CARDINAIS Indicam uma quantidade exata de seres: um, dois, três etc.
ORDINAIS indicam a ordem numérica em que se localizam os seres numa
série: primeiro, segundo, terceiro etc.

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FRACIONÁRIOS indicam o número de vezes em que os seres são divididos: meio
ou metade, um terço, um quarto etc.
MULTIPLICATIVOS indicam o número de vezes em que os seres são multiplicados:
duplo ou dobro, triplo, quádruplo etc.

PRONOME é a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, relacionando-o às


três pessoas do discurso.

Pessoas do discurso/ Retos Oblíquos Oblíquos tônicos


pronomes pessoais átonos
1ª pessoa Eu me Mim, comigo
SINGULAR 2ª pessoa tu te Ti, contigo
3ª pessoa ele Se, o, a, lhe Si, consigo, ele, ela
1ª pessoa nós nos Nós, convosco
PLURAL 2ª pessoa vós vos Vós, convosco
3ª pessoa Eles Se, os, as, lhes Si, consigo, eles,
elas

Pronomes pessoais retos


Geralmente exercem a função sintática de sujeito:
Eu e ela somos apenas, bons, amigos.
Onde nós jantaremos naquela cidade?

IMPORTANTE! Os pronomes EU E TU NUNCA podem ser regidos de PREPOSIÇÃO.


Devemos substituí-los pelos pronomes MIM E TI, respectivamente:
Nunca houve nada entre MIM E ELA.

Sempre confiei EM TI.

CAÍ MUITO! Os pronomes O(S), A(S) exercem a função de objeto direto, substituindo
um complemento verbal NÃO regido de preposição obrigatória:
Comprei este casaco em Londres. Comprei-o em Londres.

Os pronomes O(S), A(S) assumem as formas LO(S), LA(S) após as formas verbais
terminadas em R, S OU Z, OU depois da partícula EIS:
Devemos analisaR esse caso. Devemos analisá-LO.
ConsideramoS grave a situação do país. Consideramo-LA grave.

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Aquela região produZ ótimas frutas. Aquela região produ-LAS.
"E ei-la, a morte, e ei-lo, o fim!" (Olavo Bilac)

Após as formas verbais terminadas em som nasal, os pronomes o(s), a(s) assumem as
formas no(s), na(s):
Cassaram o mandato de alguns corruptos  Cassaram-NO.
Os carneiros dão a lã  Os carneiros dão-NA.

Os pronomes ME, TE, SE, NOS E VOS, dependendo da regência verbal, funcionam como
OBJETO DIRETO ou OBJETO INDIRETO:
Meus filhos sempre ME respeitaram.

L OD L VTD
Meus filhos sempre ME obedeceram.

L OI L VTI

CAÍ MUITO! Como complemento verbal, LHE(S) SEMPRE funciona como OBJETO
INDIRETO:
Seus filhos sempre lhe obedeceram.

L OI L VTI

Pronomes possessivos
b) O emprego de SEU, SUA, SEUS, SUAS pode causar duplo sentido em certas frases:
A mãe proibiu o filho de sair com seu carro. (carro de qual dos dois?)
Para evitar o duplo sentido, usamos as formas dele(a):
A mãe proibiu o filho de sair com ó carro dele. (ou dela).

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Pronomes demonstrativos

Os pronomes demonstrativos indicam a posição dos seres no tempo ou no espaço,


tendo como referência as TRÊS PESSOAS DO DISCURSO.

Variáveis
Pessoa Masculino Feminino Invariáveis
Singular Plural Singular Plural
1º Este Estes Esta Estas Isto
2º Esse Esses Essa Essas Isso
3º Aquele Aqueles Aquela Aquelas Aquilo

Em relação ao espaço

Exemplo
Este (s), esta (s), isto Próxima a pessoa que fala Eu guardo ESTA caneta há
anos
Exemplo
Esse (s), essa (s), isso Próxima a pessoa com ESSE livro (que está
quem se fala contigo) é raro.
Exemplo
Aquele (s), aquela (s), Ser distante a pessoa com AQUELE livro (ali) me
aquilo quem se fala pertence.

Em ralação ao tempo

Exemplo
Este (s), esta (s), isto Indicam o presente em relação Jamais esquecerei ESTE
ao emissor. momento
Exemplo
Esse (s), essa (s), isso Tempo passado ou futuro Jamais esquecerei ESSE
relativamente próximo momento.
Exemplo
Aquele (s), aquela (s), aquilo Indicam o tempo distante em Jamais esquecerei AQUELE
relação ao momento que o momento
emissor fala

Em relação à fala ou à escrito

Exemplo
Este (s), esta (s), isto Indica o que AINDA VAI ser Os assuntos da próxima
falado. reunião serão ESTES:
indisciplina e evasão
de alunos
Exemplo

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Esse (s), essa (s), isso Indica o que já FOI FALADO. Indisciplina e evasão de
alunos: ESSES foram os
assuntos da última reunião.

Aquele (s), aquela (s), aquilo Os pronomes ESTE E AQUELE Exemplo


referem-se a elementos JÁ Literatura e Matemática me
MENCIONADOS na faia ou na fascinam: ESTA me
escrita. Este indica o mais desenvolve o raciocínio,
próximo; aquele, o mais AQUELA, a sensibilidade.
distante:

Os pronomes o(s), a(s), mesmo(s), mesma(s), próprio(s), semelhante(s), tal e tais


também são considerados DEMONSTRATIVOS:
Já não sei mais O QUE fazer. (= AQUILO) CAÍ DEMAIS.
Ouvimos O MESMO comentário ontem. (= ESSE)
Não diga mais SEMELHANTE asneira. (=ESSA)
Já ouvi TAIS boatos. (=ESSES)

Pronomes relativos.

Pronomes relativos são OS QUE RETOMAM, na oração seguinte, um termo já expresso


na oração anterior (termo antecedente).
Recebam bem os atletas. OS ATLETAS representaram nossa cidade.
[Recebam bem os atletas] [QUE representaram nossa cidade.]

No exemplo acima, o pronome QUE retoma o termo OS ATLETAS da 1ª oração,


exercendo a função de SUJEITO na 2ª oração.

Variáveis Invariáveis

O qual, a qual, os quais, as


quais, cujo, cuja, cujos, cujas, Que, quem, onde, como,
quanto, quantos, quantas. quando

0 pronome relativo QUE pode ter como antecedentes os demonstrativos O(S), A(S):
É verdadeiro O QUE lhe afirmo.
AS QUE estão à direita do palco serão homenageadas.

17 | P á g i n a
O relativo CUJO (e flexões) equivale a um PRONOME POSSESSIVO e sempre se posiciona
ANTES DE UM SUBSTANTIVO. Concorda em gênero e número com o substantivo a que
se refere, não admitindo a posposição de um determinante:
Ex: Esse é um escritor com cuja obra sempre me encantei.
O bairro por cujas ruas caminho à noite é pouco policiado.

Pronome ONDE equivale a EM QUE E NO(A) QUAL, sendo empregado para INDICAR
LUGAR:
EX: visitarei a cidade ONDE nasci.

COMO é pronome reativo apenas quando equivale a conforme, o qual, pelo qual, sendo
empregado para indicar modo:
EX: observem o jeito COMO ela se veste.
Muitos desconhecem o processo COMO o som se propaga.

VERBOS
Um dos tópicos mais extensos da gramática.
Indicam ação, estado ou fenômeno da natureza.
Vamos ao que mais cai em concursos.

FLEXÕES DOS VERBOS

FLEXÕES FINALIDADES EXEMPLOS


Número O verbo deve variar de O gato dorme sob o sofá.
acordo com o sujeito a que As crianças dormem cedo.
se refere.
Indica as três pessoas do Trabalho de sol a sol. (eu)
Pessoa circuito de comunicação Não voltes tarde. (tu)
(emissor, receptor ou Papai decidiu viajar. (ele)
referente)
INDICATIVO — exprime Os brasileiros gostam de
um fato certo, concreto, futebol.
positivo.
Modo Talvez eu viaje com você.
Se ela voltasse para mim.

18 | P á g i n a
SUBJUNTIVO — exprimem Façam silêncio!
um fato hipotético ou Ajudem-me, por favor!
optativo.

IMPERATIVO — exprime
ordem, pedido, súplica.
PRESENTE – indica um fato A violência cresce em todo
que se processa no tempo o mundo.
atual.
Tempo Em 1958, a seleção
PRETÉRITO PERFEITO – brasileira conquistou a
indica um fato totalmente copa.
concluído no passado.

Tempo PRETÉRITO MAIS QUE O povo sabia quem


PERFEITO – indica um fato mandara armar aquela
passado, mas concluído confusão.
antes de outro também já
passado.

PRETÉRITO IMPERFEITO – Ele foi preso quando


expressa um fato tentava pular o muro da
interrompido ou mansão.
continuado no passado.

FUTURO DO PRESENTE – Não se sabe quem vencerá


indica um fato vindouro as próximas eleições.
em relação ao presente.

FUTURO DO PRETÉRITO – Se tivéssemos estudado


exprime um fato posterior mais, conseguiríamos
a um acontecimento aprovação.
passado.

19 | P á g i n a
Os particípios regulares são, geralmente, empregados na voz ativa, com os VERBOS
AUXILIARES TER E HAVER:
O veneno HAVIA MATADO as baratas.

O diretor TINHA SUSPENDIDO as aulas.

Na voz passiva, empregam-se os particípios irregulares, com os verbos irregulares SER E


ESTAR.
As aulas FORAM suspensas pelo diretor.

AUXILIARES
São verbos que se combinam com um outro, chamado principal, que pode estar no
Infinitivo, particípio ou gerúndio. Os mais comumente utilizados na língua portuguesa
são: SER, ESTAR, TER E HAVER.

PRONOMINAIS

20 | P á g i n a
São verbos que aparecem acompanhados de PRONOMES OBLÍQUOS da mesma pessoa
do sujeito.
“QUEIXOU-SE duma dor de cabeça que o torturava” (Eça de Queiroz)

FORMAS NOMINAIS DO VERBO.


INFINITIVO, GERÚNDIO E PARTICÍPIO.

INFINITIVO GERÚNDIO PARTICÍPIO


IMPESSOAL: verbo de Apresenta o resultado do Também apresenta o
maneira imprecisa. processo verbal. resultado do processo
Ex: ESTUDAR é Terminação -NDO verbal. Suas terminações
importante. são -DO(S), -DA(S).
Quando NÃO forma tempo
composto (tenho
estudado), tem valor de
adjetivo, podendo receber
flexão de gênero, número
e grau.
PESSOAL: conjugado de NÃO estando numa Exemplo:
acordo com as pessoas do locução verbal (estou Ele é um homem honrado.
discurso. estudando), tem São pessoas honradas.
É importante (tu) valor de advérbio ou de
ESTUDARES. adjetivo:
Exemplo:
Estudando, aprenderás
mais. (estudando = com
estudo)

VERBOS IMPESSOAIS CAEM DEMAIS EM PROVA.


Os verbos impessoais só apresentam a 3ª PESSOA DO SINGULAR, já que NÃO possuem
sujeito. São os que indicam FENÔMENOS DA NATUREZA: chover, garoar, ventar,
trovejar etc.; HAVER, indicando existência, ocorrência ou exprimindo tempo
decorrido, e os verbos FAZER E ESTAR na indicação de TEMPO OU CLIMA. Veja os
exemplos:
"Chovia quando foste embora." (Ribeiro Couto)
"Há numa vida humana cem mil vidas” (Olavo Bilac)
Hoje de manhã fez um nevoeiro forte.

21 | P á g i n a
Já está muito tarde.

CONJUGAÇÃO COM PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS


Na conjugação de um verbo com pronomes oblíquos, deve-se observar o seguinte:
a) quando o verbo termina em vogal oral, empregam-se normalmente as formas O, A,
OS, AS.
Esta casa/comprei-A para os meus filhos.

b) quando o verbo termina em sílaba nasal (-am, -em, -ão), os pronomes assumem
as formas NO, NA, NOS, NAS:
— Prendam-NA! — disse o delegado.
"... e o comendador... põe-NO a pontapés no olho da rua." (Artur Azevedo)

c) quando o verbo termina em -r, -s ou -z, estas consoantes desaparecem, e os pronomes


assumem as formas Io, Ia, los, Ias:

d) quando o verbo está no futuro do presente ou no futuro do pretérito, as formas


Io, Ia, los, Ias aparecem intercaladas:

e) os pronomes me, te, se, nos, vos NÃO sofrem aliteração:


"Canta-me cantigas, manso, muito manso..." (Guerra Junqueira)
"Dizer-TE que acho medonho
O mundo é nada dizer-TE" (Guimarães Passos)
"Encontrando a filha sozinha, abriu-LHE o coração." (Camilo Castelo Branco)

VOZES DO VERBO
Parte mais importante desse tema.
São quatro as vozes verbais: ativa, passiva, reflexiva e reflexiva recíproca.

22 | P á g i n a
ATIVA
O sujeito é o agente, isto é, pratica a ação.

A multidão aplaudia os jogadores.

L sujeito agente

Os cidadãos elegerão novos governantes.

L sujeito agente

PASSIVA
Ocorre quando o sujeito é paciente, ou seja, RECEBE A AÇÃO EXPRESSA pelo verbo:
Os jogadores eram aplaudidos pela multidão.

L sujeito paciente.
Novos governantes serão eleitos pelo povo.

L sujeito paciente

Existem DUAS possibilidades de voz passiva:


1. Voz passiva analítica — é formada com o auxílio de um verbo auxiliar conjugado
seguido de um verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto no particípio:
Esta questão foi anulada pela banca examinadora. Particípio – ada.

L sujeito paciente

As correspondências foram entregues ao contribuinte pelo carteiro.

L sujeito paciente

23 | P á g i n a
2. Voz passiva sintética — é formada com verbo transitivo direto ou transitivo direto e
indireto na 3º pessoa do singular ou do plural (conforme o sujeito paciente seja singular,
plural ou composto) mais o pronome apassivador SE:
Anulou-SE esta questão. Quem anula, anula algo. VTD

L sujeito paciente
Entregaram-SE as correspondências ao contribuinte. Verbo entregar é VTDI.

L sujeito paciente

VOZ REFLEXIVA
Ocorre quando o sujeito pratica e recebe a ação verbal simultaneamente. Nesse caso,
o verbo é sempre acompanhado de um pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito
a que ele se refere:
O jardineiro feriu-se com a enxada. (ou seja: feriu a si próprio)

L sujeito agente e paciente

VOZ REFLEXIVA RECÍPROCA

24 | P á g i n a
Ocorre quando a ação é mútua entre os elementos do sujeito. Nesse caso, o pronome
oblíquo equivale a um ao outro, uns aos outros:
Os boxeadores encaravam-se friamente. (ou seja: encaravam um ao outro)

L sujeito agente e paciente.

CLASES DE PALAVRAS INVARIÁVEIS

Preposições
Interjeições
Conjunção
Advérbio

PREPOSIÇÕES -
É a palavra invariável que liga duas outras, subordinando a segunda à primeira,
estabelecendo uma certa relação de dependência entre elas.
Ele veio de Portugal
(a preposição de estabelece uma relação de lugar entre as duas palavras)
O poço secou com o calor.
(a preposição com estabelece uma relação de causa entre as duas palavras)

Preposições essenciais

São palavras que funcionam basicamente como preposição: A, ANTE, ATÉ, APÓS, DE,
DESDE, EM, ENTRE, COM, CONTRA, PARA, POR, PERANTE, SEM, SOB E SOBRE.

Contração das preposições


de + o(s) = do(s)
de + a(s) = da(s)
em + o(s) = no(s)
em + a(s) = na(s)

25 | P á g i n a
em + ele(s) = nele(s)
em + ela(s) = nela(s)
de + ali = dali
de + ele(s) = dele(s)
de + ela(s) = dela(s)
a + a(s) = à(s) (com crase)
a + aquele(s) = àquele(s) (com crase)
a + aquela(s) = àquela(s) (com crase)
a + aquilo = àquilo (com crase)

CONJUNÇÃO

Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou duas palavras que tenham a
mesma função na oração.
Observe os exemplos:
Nosso lema é este: ordem E progresso.
Você tem bom gênio, MAS seu irmão é um impulsivo.
Não sabemos SE ele é uma pessoa confiável.

CONECTIVOS COORDENATIVOS

Qual a ideia introduzida?

ADIÇÃO e; não só..., mas também; nem; bem como


ALTERNATIVA ou...ou; ora...ora; quer...quer; seja...seja
ADVERSATIVA mas; contudo; todavia; entretanto; não obstante; ainda sim
EXPLICATIVA pois (antes do verbo); porquanto; ou seja, na verdade
CONCLUSIVA logo; pois (depois do verbo); portanto; assim; na verdade

CONECTIVOS SUBORDINATIVOS

Qual a ideia introduzida?

CONCESSÃO Embora, conquanto, apesar de

26 | P á g i n a
CONFORMIDADE conforme, segundo, como, consoante
CAUSA porque, uma vez que, sendo que, visto que, porquanto
CONSEQUÊNCIA de forma que, de modo que
CONDIÇÃO se, caso, contanto que, a menos que
COMPARAÇÃO como, tal qual, assim como
FINALIDADE a fim de que, para
TEMPO quando, enquanto, sempre, nunca
PROPORCIONALIDADE à medida que, à proporção que

ATENÇÃO!

PROPORCIONAL
À MEDIDA QUE
Obs: “à medida EM que” NÃO EXISTE.
CAUSAL
NA MEDIDA EM QUE
Para Memorizar: “só Jesus NA causa”

ADVERSATIVO
NÃO OBSTANTE
Quando trocado por MAS
CONCESSIVO
NÃO OBSTANTE
Quando trocado por “EMBORA”

ADVÉRBIO
Advérbio é a palavra que MODIFICA O VERBO, O ADJETIVO, OUTRO ADVÉRBIO ou até
mesmo uma frase toda:

Circunstâncias Advérbios e locuções adverbiais


Afirmação sim, certamente, realmente, deveras, efetivamente,
por certo, de
fato, sem dúvida etc.
Dúvida acaso, porventura, possivelmente, provavelmente,
quiçá, talvez
etc.
Intensidade assaz, bastante, bem, demais, mais, menos, muito,
pouco, tão, quase, quanto, demais, meio, todo, apenas,
demasiadamente, em excesso, em demasia, por
completo etc.
Lugar abaixo, acima, adiante, aqui, aí, ali, aquém, além, atrás,
fora, dentro, acolá, através, perto, longe, à direita, à

27 | P á g i n a
esquerda, a (à) distância, de longe, de perto, ao lado,
por dentro, por fora, por aqui, por ali, para onde etc.
Modo assim, bem, debalde, depressa, devagar, mal, bem,
melhor, pior,
alerta, à toa, às claras, às ocultas, às pressas, ao léu,
lado a lado,
frente a frente etc., e quase todos os terminados pelo
sufixo -mente: (calmamente, alegremente etc.)
Negação não, de modo algum, de jeito nenhum, de forma
alguma etc.
Tempo agora, ainda, amanhã, anteontem, antes, breve, cedo,
tarde, depois, hoje, então, nunca, jamais, logo, sempre,
outrora, já, raramente, à tarde, à noite, de manhã, de
repente, de súbito, em breve, de quando em quando
etc.

Advérbios interrogativos.

Circunstância Advérbios interrogativos Exemplos


Causa Por que Por que ele foi preso?
Não sabemos por que ele
foi preso.
Lugar onde Onde mora aquele
cirurgião?
Ignora-se onde ele mora.
Modo como Como ele está de saúde?
Não se sabe como ele está
de saúde.
Tempo quando Quando nos veremos
novamente?
Ainda não sei quando nos
veremos.

PALAVRAS E LOCUÇÕES DENOTATIVAS


Algumas palavras ou locuções, antes consideradas impropriamente como advérbios,
passaram a ter, na NGB, classificação à parte, mas sem nome especial.

a) de inclusão — até, inclusive, mesmo, também etc.:

28 | P á g i n a
Ele fala bem até dos inimigos.

b) de exclusão — apenas, menos, salvo, senão, só, somente etc.:


Esqueci-me de convidar apenas uma pessoa: você.

c) de designação — eis:
Eis os livros que você me pediu.

CAÍ MUITO EM PROVAS.


d) de realce — cá, lá, é que, que, ora, só etc.:
Eu é que não me envolverei nessa confusão!
Essas partículas expletivas ou de realce, NÃO são obrigatórias nas frases. Retirando-as
ainda mantém o sentido, ou seja, elas são dispensáveis. A mais comum é um verbo,
geralmente o verbo SER, acompanhada da palavra QUE.

PARTÍCULA DE REALCE OU EXPLETIVA (ATENÇÃO AQUI MUITO COBRADA NAS BANCAS)


Pode ser retirada da frase sem lhe prejudicar o sentido. Aparece, muitas vezes, na
locução É QUE:
Que vida boa que você leva! (Que vida boa você leva!)

Você é que deve pagar a conta hoje. (Você deve pagar a conta hoje.)

e) de retificação — aliás, ou antes, ou melhor, isto é etc.:


Ela virá amanhã, ou melhor, depois de amanhã.
f) de situação — afinal, agora, então, mas etc.:
Então o estrago que fizeram foi esse?

INTERJEIÇÃO

É uma palavra ou locução com que exprimimos sentimentos de dor, alegria, admiração,
aplauso, irritação etc.
"— Ó vida futura! nós te criaremos." (Carlos Drummond de Andrade)

29 | P á g i n a
"Oh! que doce harmonia traz-me a brisa." (Castro Alves)

A PALAVRA COMO
A palavra como possui as seguintes classificações morfológicas:

SUBSTANTIVO
Aparece antecedida de um determinante ou especificando outro termo:
Esse como é advérbio ou pronome interrogativo?
Agora vamos analisar a palavra como.

INTERJEIÇÃO
Quando expressa espanto, admiração. É sempre seguida de pausa forte:
Como! Você ainda não votou?!

PREPOSIÇÃO
Quando se puder subentender o gerúndio sendo depois dela, ou puder ser substituída
pela locução na qualidade de. Nesse caso, a palavra como sempre introduz um
predicativo na frase.
O aluno classificou como (sendo) pronome um advérbio.
Naquela excursão, ele serviu como guia. (na qualidade de guia)

ADVÉRBIO
Relaciona-se a um verbo ou a um adjetivo, exprimindo circunstância de intensidade ou
modo. Sintaticamente exerce a função de adjunto adverbial de intensidade ou de
modo:
Como é linda a sua casa!

L adj. adv. de intensidade


Como você consegue viver com esse salário?

L adj. adv. de modo

30 | P á g i n a
CONJUNÇÃO
Introduz oração subordinada adverbial. É classificada de acordo com as seguintes
circunstâncias adverbiais:
a) Causal — equivale a porque, já que, uma vez que:
Como não havia estudado, não quis fazer a prova.

b) Conformativa — é substituível por conforme, segundo:


Como já havíamos previsto, ele não cumpriu com a palavra.

c) Comparativa — é substituível por tal qual, representando o segundo elemento


de uma comparação:
Ela é delicada como uma flor.

PRONOME RELATIVO

Quando é pronome relativo, a palavra como sempre aparece antecedida de um


substantivo e equivale a com o(a) qual, pelo(a) qual e variações. Exerce a função
sintática de adjunto adverbial de modo:
Observem o jeitinho como ela se requebra.
Esta é a maneira como lhe pagarei esta dívida.

31 | P á g i n a
5.2 RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO. 5.3
RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO.

Sintaxe é a parte da gramática que trata da ordem, da relação e da função das palavras
na frase. Normalmente segue-se esta ordem: sujeito, verbo, complemento e adjunto (S
V C A), chamada de ORDEM DIRETA.

Frase, oração e período

Frase é qualquer enunciado (curto ou longo) que estabelece comunicação. Toda frase
deve ser inteligível. Tradicionalmente, ela pode ser nominal ou verbal.

Uma oração não é nada mais que uma frase verbal; seu núcleo é um verbo (ou uma
locução verbal).

Período é uma frase que possui uma ou mais orações; começa com letra maiúscula,
apresenta um verbo (ou locução verbal) e termina em ponto, ponto de interrogação,
ponto de exclamação ou reticências. Há dois tipos:
Simples: constituído de uma oração, logo todo período simples é uma oração absoluta.
– Estudo hoje com apenas uma gramática.
– Muitos professores do curso continuam escrevendo artigos para seus alunos!
– Seria esta a resposta certa?

Composto: constituído de mais de uma oração; pode ser formado por coordenação,
subordinação ou coordenação e subordinação (período misto); as conjunções, os
pronomes relativos e certas preposições normalmente aparecem para ligar as orações
deste tipo de período.
– Os resultados foram ótimos, por isso ficamos satisfeitos. (duas orações/ coordenação)
– Pedi que todos viessem preparados. (duas orações/subordinação)
– Para salvar a economia, é preciso planejamento. (duas orações/subordinação)
– A mão que balança o berço é a mão que mata. (três orações/subordinação)

– Sei que eles passaram e que se estabeleceram na profissão. (três


orações/coordenação e subordinação)

32 | P á g i n a
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

Definição

Como você já sabe, as frases verbais ou orações são formadas por termos sintáticos,
certo? Por isso iremos falar justamente sobre tais termos sintáticos que constituem a
oração. Neste capítulo, você aprenderá tudo sobre os termos essenciais da oração, a
saber: o sujeito e o predicado.
Sujeito é não só o termo que representa o ser ou o fato sobre o qual se declara alguma
coisa, mas também o termo que faz o verbo ser conjugado. É por isso que o
verbo/locução verbal concorda em número e pessoa com o sujeito. Cada sujeito está
ligado a um (1) verbo, por isso fique de olho na relação entre o verbo e o seu sujeito.
– As casas da vila estavam à venda.
– Nós ficamos casados por sete anos.
– Sua Majestade foi flagrada às escondidas com o amante.
– Ninguém deveria apoiar campanhas a favor das drogas.
– Quem nunca pecou nesta vida?

Obs.: Note que o núcleo do sujeito pode ser, tradicionalmente, um substantivo


(NORMALMENTE), um pronome, um numeral, um verbo no infinitivo, uma oração
substantiva ou uma palavra substantivada. É muito importante notar que o verbo
concorda em número e pessoa com o núcleo do sujeito.

BIZU DO ACHAMENTO DO SUJEITO

Uma boa maneira de identificarmos o sujeito de uma oração é fazer a pergunta


“o que...?” ou “quem...?” antes do verbo. Observe os exemplos anteriores
– O que estava à venda? Resposta: as casas da vila.
– Quem ficou casado por sete anos? Resposta: nós.
– Quem foi flagrado às escondidas com o amante? Resposta: Sua Majestade.
– Quem deveria apoiar campanhas a favor das drogas? Resposta: ninguém.

33 | P á g i n a
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO
Já que sabemos o que é um sujeito e como identificá-lo, vamos ver os tipos de sujeito.

Simples
Apresenta somente um núcleo explícito.
– Alguém escondeu a minha bolsa.
– Quem foram os beneficiados pelo projeto esportivo?
– As despesas das casas de praia e de campo ficaram por minha conta.

Oculto
Apresenta um núcleo implícito, elíptico, mas facilmente identificável pelo contexto ou
pela desinência do verbo. Por isso, este tipo de sujeito é chamado de oculto, implícito,
elíptico, desinencial etc.
– Não consigo deixar as responsabilidades de lado. (Quem não consegue? Eu. Percebe-
se isso pela desinência do verbo.)
– Todo procedimento médico deve ser bem programado; só será bem-sucedido se
houver acompanhamento e manutenção. (O que será bem-sucedido? O procedimento
médico.)
– Escondeste minha bolsa onde? (Fica fácil perceber que o sujeito oculto é o tu, pois a
desinência/terminação do verbo é de 2a pessoa do singular, ou seja, “Tu escondeste a
minha bolsa onde?”.)

Composto
Apresenta mais de um núcleo explícito.
– Minha chave, minha bolsa, minha moto foram roubadas.
– Indignados ficaram os moradores da zona oeste e os da zona sul com o descaso.
– Tanto a felicidade como a tristeza são estados de espírito.

Indeterminado

Este tipo de sujeito é interessante, pois se assemelha ao oculto. Só que, apesar de o


verbo indicar que houve uma ação praticada por alguém, a identidade do sujeito é

34 | P á g i n a
indeterminada. Indetermina-se o sujeito normalmente por três motivos: 1) por não se
saber sua identidade, 2) por querer torná-lo desconhecido ou 3) por generalização.
Existem três construções com sujeito indeterminado na língua culta.

1) Verbo na 3ª pessoa do plural sem sujeito explícito.


– Criticaram-nos na reunião de ontem. (Alguém criticou, mas quem?)
– Normalmente falam pelas costas por ser mais conveniente. (Alguém fala, mas quem?)
– Esconderam minha bolsa. (Alguém escondeu, mas quem?)

2) Verbo (de ligação, intransitivo, transitivo indireto, transitivo direto seguido de


preposição) na 3ª PESSOA DO SINGULAR + partícula de indeterminação do sujeito “SE”,
indicando uma ideia de generalização/indefinição.
– Só SE é feliz neste lugar por causa de vocês. (Quem é feliz? Todos que são de lá.)
– Vive-SE bem quando há paz e segurança. (Quem vive bem? Todos.)
– Tratava-SE de doenças gravíssimas naquela clínica. (Quem tratava? Alguém.)
– Ama-SE a Deus nesta Igreja. (Quem ama a Deus? Todos que a frequentam.)

3) Verbo no infinitivo impessoal.


– Para conquistar sua confiança, é necessário trabalhar arduamente. (= Para (alguém)
conquistar sua confiança, é necessário (esse alguém) trabalhar arduamente.)

35 | P á g i n a
ORAÇÃO SEM SUJEITO (SUJEITO INEXISTENTE)

As orações sem sujeito sempre apresentam verbos impessoais, os quais, por sua
semântica, não apresentam um sujeito promovendo a ação verbal. Tais verbos são
usados na 3ª pessoa do singular (exceto o engraçadinho do SER).
De todos os verbos impessoais, muita atenção ao VERBO HAVER. Todo ano cai uma
questão sobre ele, SEJA EM ORAÇÃO SEM SUJEITO, seja em CONCORDÂNCIA. É incrível
a tara que as bancas têm com esse verbo.
1) HAVER com sentido de existência, ocorrência ou tempo decorrido.
– Havia poucas pessoas aqui. (Existiam poucas...)
– Houve duas confusões ali. (Ocorreram duas...)
– Abandonei o cigarro há três meses. (... faz três mês...)

2) Fazer, parecer, ficar, estar indicando tempo ou aspectos naturais.


– Não a vejo faz dez meses.
– Aqui fez invernos rigorosos ano passado.
– Parecia tarde da noite.
– Ficou escuro do nada.
– Estava frio naquele dia.

3) Ir + para/em indicando tempo decorrido.


– Vai para dois anos que ela está na França.
– Vai em cinco anos desde a última vez que nos falamos.

4) Passar + de indicando tempo.


– Já passava das duas horas da manhã!

5) Bastar/Chegar + de no imperativo, indicando suficiência.


– Basta de tolices! Chega de problemas!

36 | P á g i n a
6) Tratar-se + de indicando um assunto.
– Paro de falar aqui, pois não se trata de quem tem ou não razão.

7) SER indicando tempo vago, hora, data, distância e aspectos naturais.


– Era uma vez um lugarzinho no meio do nada...
– São três horas da madrugada.
– Hoje são dezoito de outubro.
– São dois quilômetros daqui a sua casa.
– Já era manhã de primavera quando acordei.

8) Certos verbos que indicam sensações, como doer, coçar, cheirar etc.
– Meu filho, onde lhe dói?
– Coça muito aqui atrás, doutor.
– Realmente cheira mal atrás de suas costas.

9) Verbos que indicam fenômenos naturais (chover, ventar, nevar, gear, trovejar,
amanhecer, escurecer).
– Ventou, trovejou, choveu e depois nevou no Sul do país.

ORACIONAL
O sujeito é oracional quando vem em forma de oração. O verbo do sujeito oracional fica
sempre na 3ª PESSOA DO SINGULAR.
– Quem semeia vento colhe tempestade.
– Não é saudável, embora seja delicioso, comer frituras todos os dias.
– Viu-se que ela tem grande potencial na música.

PREDICADO

37 | P á g i n a
O predicado é a soma de todos os termos da oração, exceto o SUJEITO E O VOCATIVO.
É tudo o que se declara na oração referindo-se ao sujeito (quando há sujeito). Sempre
apresenta um verbo.
– A língua portuguesa sofreu uma reforma ortográfica polêmica em 2009.

Lembre-se que as bancas são maliciosas, logo “pedaços” que compõem o predicado
poderão estar “espalhados” pela frase. Veja:
– Em 2009, sofreu a língua portuguesa uma reforma ortográfica polêmica.
Nas orações sem sujeito, tudo é predicado, por um motivo muito óbvio: não há sujeito.

Predicação Verbal / Transitividade Verbal


Predicação verbal (ou transitividade verbal) é a relação entre o verbo e outros termos
da oração, principalmente dentro do predicado. E, quanto à predicação, diz-se que os
verbos podem ser de ligação, intransitivo, transitivo direto, transitivo indireto e
transitivo direto e indireto. Existem dois grupos de verbos: os nocionais (intransitivos
e transitivos) e os relacionais (de ligação, normalmente: ser, estar, ficar, permanecer,
continuar, parecer, tornar-se, encontrar-se, transformar-se, converter-se...).

Verbo de Ligação
Também chamado de copulativo, o verbo de ligação relaciona o sujeito ao seu
predicativo (atributo que indica estado, qualidade ou condição do sujeito). Os verbos
de ligação não indicam ação alguma por parte do sujeito, por isso são tradicionalmente
“vazios” de significado, indicando apenas estado, e por isso o núcleo do predicado,
somente neste caso, não é o verbo, mas sim o predicativo.
– João é alegre. (estado permanente)
– João está alegre. (estado transitório)
– João ficou alegre. (estado mutatório)
– João permanece alegre. (estado continuativo)
– João parece alegre. (estado aparente)

Intransitivo
O verbo intransitivo é aquele que contextualmente não exige complemento, por ter
sentido completo. Segundo a visão tradicional, consideram-se verbos intransitivos
também aqueles que, indicando deslocamento ou moradia, normalmente vêm
acompanhados de uma expressão adverbial (de lugar, principalmente).

38 | P á g i n a
– No dia 5 de outubro de 2011, morre o famoso inventor Steve Jobs.
– Encerraram-se as sessões de cinema às 22h.
– Todos chegaram ao teatro à noite.

Transitivo Direto
O verbo transitivo direto é aquele que contextualmente exige um complemento sem
preposição obrigatória (objeto direto). Uma maneira de saber se o verbo é transitivo
direto se dá por meio da passagem de voz ativa para passiva. Se isso ocorrer, o verbo é
de fato transitivo direto (99,99% das vezes).
– Por que os homens destroem assim a natureza? (Destrói-se algo/alguém)
– Sabemos que o mercado imobiliário está em ascensão. (Sabe-se algo)
– Consideramo-las pessoas realmente idôneas. (Considera-se alguém/algo)

Transitivo Indireto
O verbo transitivo indireto é aquele que contextualmente exige um complemento com
preposição obrigatória (objeto indireto).
– Concordo com você, realmente tenho de acreditar em Deus, pois aqueles que lhe
desobedecem sofrem graves consequências.

(Concorda-se com algo/alguém/Acredita-se em algo/alguém/Desobedece-se a


alguém/algo)

Transitivo Direto e Indireto

Também chamado de bitransitivo, o verbo transitivo direto e indireto exige dois


complementos, um sem preposição (objeto direto) e outro com preposição (objeto
indireto).
– A comissão parlamentar comunicou o problema a todos. (Comunica-se algo a alguém)
– Comprei uma blusa para mim. (Compra-se algo para alguém)
– Minha mãe só conseguiu me dar à luz depois de muito esforço. (me é objeto direto e
à luz, objeto indireto)

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE!

39 | P á g i n a
Assim como o objeto direto, o objeto indireto também pode aparecer de forma
pleonástica:
“Ao avarento, não LHE peço nada. " (Francisco Rodrigues Lobo)

L OI LOI LVTDI LOD


Pleonástico

CAÍ MUITO! Como complemento verbal, LHE(S) SEMPRE funciona como OBJETO
INDIRETO:
Seus filhos sempre lhe obedeceram.

L OI L VTI

ISSO CAÍ MUITO EM PROVAS ATENÇÃO!


1ª) Somente verbos TRANSITIVOS DIRETOS OU TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS
podem ser apassivados.
2ª) O objeto direto da voz ativa passa a sujeito paciente na voz passiva.
3ª) O sujeito da voz ativa passa a agente da passiva na voz passiva.
4ª) O verbo, na voz passiva, fica no particípio, em locução verbal com um verbo auxiliar
(SER, ESTAR OU FICAR).

Observe a tabela com as transformações das vozes.

Voz ativa A multidão aclamou o vencedor.


L suj. agente L VTD L OD
Voz passiva analítica O vencedor foi aclamado pela
multidão
L suj. paciente L loc. Verbal L ag. Da
passiva

40 | P á g i n a
Voz passiva SINTÉTICA OU PRONOMINAL. Pronome apassivador SE + VTD ou VTDI

Voz ativa Derrubaram a torre Derrubaram as torres


LVTD LOD LVTD LOD
Voz passiva A torre foi derrubada As torres foram derrubadas
analítica
L suj. paciente L loc. verbal L suj. paciente L loc. verbal

Voz passiva Derrubou-se a torre Derrubaram-se as torres


sintética
LVTD Lpron. Apas. L suj. paciente LVTD Lpron. Apas. Lsuj. paciente

ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO (MUITO COBRADO EM PROVAS)


Quando o se é índice de indeterminação do sujeito, o verbo fica na 3ª PESSOA DO
SINGULAR. Isso ocorre quando a partícula se acompanha verbos INTRANSITIVOS,
TRANSITIVOS INDIRETOS ou de ligação:
Trabalha-SE pouco durante o Carnaval.
Já não SE acredita em milagreiros.
Era-SE mais feliz antigamente.

COMPLEMENTO NOMINAL X ADJUNTO ADNOMINAL


Adjunto adnominal – caracteriza APENAS substantivo.
Complemento nominal – caracteriza substantivo, adjetivo ou advérbio.

Sobre o substantivo:
Adjunto adnominal – pode ser CONCRETO ou ABSTRATO (nomeia uma ação – corrida,
pesca.)
Complemento nominal – tem que ser ABSTRATO.

Agente e paciente:

41 | P á g i n a
Adjunto adnominal preposicionado é agente. Adjunto Adnominal – Agente.
Complemento nominal é paciente. Complemento nominal – paCiente.

Adjuntos adnominais:
O amor de pai é especial. (agente: o pai ama)
A invenção do físico mudou o mundo. (agente: o físico inventou)
A aula do professor foi boa. (agente: o professor lecionou)

Complementos nominais:
O amor ao pai também é especial. (paciente: o pai é amado)
A invenção da internet mudou o mundo. (paciente: a internet foi inventada)
A leitura da bíblia é instigante. (paciente: a bíblia é lida)

ADJUNTO ADVERBIAL

42 | P á g i n a
O adjunto adverbial é o termo que denota a circunstância do fato expresso pelo verbo
ou intensifica o sentido de um VERBO, ADJETIVO OU ADVÉRBIO.

Morfologicamente, o adjunto adverbial é representado por ADVÉRBIO OU LOCUÇÃO


ADVERBIAL:
Ele escolhia calmamente os presentes.

L advérbio
Ele escolhia com calma os presentes,

L locução adverbial

Adjunto adverbiais mais cobrados em provas.

Tempo (quando?) — agora, depois, sempre, hoje, ontem, nunca, jamais, à noite, às
vezes etc.
Exemplo: Amanhã sairei somente à noite.

Modo (como?) — assim, depressa, devagar, com calma, às pressas etc.


Exemplo: O diretor tomou posse sem formalidades.

Causa (por quê? em virtude de quê? em razão de quê?):


Exemplo: O jovem poeta morreu de tuberculose.

Meio:
Exemplo: Viajaremos de avião.

Fim, finalidade:
Eles não estavam preparados para o jogo.

Concessão:
Apesar de pobre, ele não é miserável.

43 | P á g i n a
APOSTO
O aposto é o termo que repete a função sintática de outro termo fundamental da
oração. Se retirarmos o termo fundamental ao qual o aposto se refere, este passará a
exercer a função do termo retirado. Observe:
"Maria, a esposa do infeliz , abriu finalmente a porta." (Fernando Sabino)

L sujeito L aposto
A esposa do infeliz abriu finalmente a porta.

L sujeito

Aposto explicativo — traduz ou amplia o significado do termo fundamental.


Aparece entre VÍRGULAS, TRAVESSÕES OU PARÊNTESES:
Carlos Drummond de Andrade, o maior poeta brasileiro, nasceu em Itabira.

Aposto especificativo — liga-se, SEM VÍRGULA, a um substantivo de sentido genérico


para indicar a espécie a que pertence:
O poeta Vinícius de Moraes gravou belas canções.

VOCATIVO

O vocativo é uma forma linguística independente da estrutura sintática da frase, isto é,


não pertence nem ao sujeito nem ao predicado. É usado para chamar ou interpelar
alguém ou algo personificado, podendo aparecer antecedido de interjeição de apelo: ó,
ô, olá etc.
"Você é um bicho, Fabiano." (Graciliano Ramos)
"Por que de mim te vais, ó filho caro?" (Camilo Castelo Branco)
"Ó máquina, orai por nós!" (Cassiano Ricardo)
“Ó vida futura! nós te criaremos." (Carlos Drummond de Andrade)

ESTRUTURAS DO PERÍODO COMPOSTO DUAS OS MAIS ORAÇÕES (VERBOS)

44 | P á g i n a
Coordenação – orações sintaticamente independentes, isto é, não exercem função
sintática em relação a verbos, nomes ou pronomes de outra oração.
“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.” (Fernando Pessoa)

L 1ª oração L 2ª oração L 3ª oração

Subordinação – orações são sintaticamente dependentes, ou seja, uma exerce função


sintática em relação a um verbo, nome ou pronome de uma outra oração.

[O compositor me disse] [QUE eu cantasse distraidamente essa canção] (Gilberto Gil)

L 1ª oração L 2ª oração

Aqui, uma oração depende sintaticamente da outra.

Ainda é possível em um mesmo período termos ambos os casos: coordenação e


subordinação.
["A recordação de uns simples olhos basta] [para fixar outros]

L 1ª oração L 2ª oração
[que os recordem] [e se deleitem com a imaginação deles."] (Machado de Assis)

L 3ª oração L 4ª oração
A 2ª oração se subordina ao verbo bastar, que é a principal. 3ª e a 4ª são coordenadas
entre si, mas são dependentes do pronome OUTROS da 2ª oração.
Para separar as orações de um período composto, temos de prestar atenção a dois
elementos fundamentais: os verbos (ou locuções verbais) e os conectivos (conjunções
ou pronomes relativos geralmente o QUE).

Período composto por coordenação.


Podem ser separadas por vírgulas, ponto final ou ponto e vírgula (são ASSINDÉTICAS)
Podem ser ligadas por conjunção coordenativas. Nesse caso, são SINDÉTICAS.

["Subi devagarinho,] [colei o ouvido à porta da saia de Damasceno,]


1ª oração 2ª oração

45 | P á g i n a
[MAS nada mais ouvi."] (Machado de Assis)
3ª oração
Entre a primeira e a segunda – assindética, usou VÍRGULA para separar.

A terceira coordena-se à segunda por meio da conjunção coordenativa MAS, havendo,


portanto, uma coordenação sindética.

CONECTIVOS COORDENATIVOS

Qual a ideia introduzida?

ADIÇÃO e; não só..., mas também; nem; bem como


ALTERNATIVA ou...ou; ora...ora; quer...quer; seja...seja
ADVERSATIVA mas; contudo; todavia; entretanto; não obstante; ainda sim
EXPLICATIVA pois (antes do verbo); porquanto; ou seja, na verdade
CONCLUSIVA logo; pois (depois do verbo); portanto; assim; na verdade

CONECTIVOS SUBORDINATIVOS

Qual a ideia introduzida?

CONCESSÃO Embora, conquando, apesar de


CONFORMIDADE conforme, segundo, como, consoante
CAUSA porque, uma vez que, sendo que, visto que, porquanto
CONSEQUÊNCIA de forma que, de modo que
CONDIÇÃO se, caso, contanto que, a menos que
COMPARAÇÃO como, tal qual, assim como
FINALIDADE a fim de que, para
TEMPO quando, enquanto, sempre, nunca
PROPORCIONALIDADE à medida que, à proporção que

Orações subordinadas substantivas


Exercem funções próprias de um substantivo.
Aguardamos a sua visita.

L substantivo.

O substantivo visita exerce a função de núcleo do objeto direto do verbo aguardar. Em


seu lugar podemos usar uma oração com função sintática equivalente:

46 | P á g i n a
Aguardamos que você nos visite.

L or. subord. substantiva


É importante que saibamos escolher bem os candidatos. (Isso é importante.)

L or. subord. subst. subjetiva L sujeito


Bizu, faça a pergunta ao pronome QUE, aguardamos o que? ISSO. Aguardamos isso,
quem aguarda, aguarda algo. Assim o QUE, exercerá a função de OBJETO DIRETO na
frase. Assim por diante, conforme a função que o QUE vai exercer na frase.

É importante que saibamos escolher bem os candidatos. (Isso é importante.)

L or. subord. subst. subjetiva L sujeito

IMPORTANTE!
As orações subordinadas substantivas também podem ser conectivas:
Conectivas — são introduzidas pelas conjunções subordinativas integrantes QUE ou SE:
Dizem que haverá novos aumentos de impostos. SUBSTITUA por ISSO. Dizem o que?
ISSO.
Não sei se poderei sair hoje à noite. SUBSTITUA por ISSO. Não sei o que? Não sei ISSO.

DICA: Conforme as funções que exercem, as orações subordinadas substantivas são


classificadas como subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas, completivas
nominais, predicativas e apositivas.

OBJETIVAS INDIRETAS
Funcionam como objeto indireto de um verbo transitivo indireto ou transitivo direto e
indireto da oração principal:

Insisto em seu regresso. (analise o verbo, quem insiste, insiste em algo)

L OI

47 | P á g i n a
informe-se do que aconteceu. (or. subord. subst. objetiva indireta)

L OI oracional
"Não nos esqueçamos de que o bem-estar social nasceu da ilustração." (Alexandre
Herculano). LOI oracional

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

As orações subordinadas adjetivas desempenham a função própria de um adjetivo


(adjunto adnominal ou, raras vezes, aposto explicativo). Observe:
Os trabalhadores grevistas foram demitidos,
adjetivo

O adjetivo “grevistas” exerce a função de adjunto adnominal do substantivo


trabalhadores.
Podemos substituí-lo por uma oração de igual função:
Os trabalhadores que fizeram greve foram demitidos,

L or. subord. adjetiva


Essas orações são introduzidas por pronomes relativos (QUE (principal usado nas
BANCAS), o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas etc.).
As orações subordinadas adjetivas podem acrescentar ao substantivo ou pronome de
outra oração uma ideia de maior ou menor importância para o sentido do período todo,
daí receberem a classificação de restritivas ou explicativas.

RESTRITIVAS

Especificam ou limitam a significação do termo antecedente, acrescentando-lhe um


elemento indispensável ao sentido; não é possível suprimi-las sem prejudicar o sentido
do período. Por essa razão, não são isoladas por vírgulas:
A doença que surgiu recentemente ainda é incurável.
No período acima, a oração adjetiva "que surgiu recentemente" é restritiva, já que sem
ela o período ficaria sem sentido.

EXPLICATIVAS

48 | P á g i n a
Não imitam o termo antecedente; elas simplesmente acrescentam uma explicação
sobre alguma qualidade peculiar do antecedente. Funcionam como uma espécie de
informação acessória, podendo ser suprimidas sem prejudicar o sentido do período:
Minha mãe, que é muito católica, vai à missa todos os domingos.

Nesse período, a oração adjetiva "que é muito católica" é explicativa. Se eia for retirada,
o significado do período não sofrerá alterações.
Toda oração adjetiva explicativa aparece ISOLADA POR VÍRGULAS.
O emprego ou não da vírgula nas orações adjetivas é de fundamental importância na
escrita. Às vezes, o significado de uma frase pode mudar, de acordo com o emprego da
vírgula. Observe:
Ele visitará o irmão que mora em Recife.
(Ele tem mais de um irmão; apenas um deles mora em Recife — restritiva.)

Ele visitará o irmão, que mora em Recife.


(Ele tem apenas um irmão, e este mora em Recife — explicativa.)

As orações subordinadas adjetivas podem aparecer de forma reduzida. Basta eliminar o


pronome relativo e empregar o verbo no particípio, no gerúndio ou, mais raramente,
no infinitivo. Veja os exemplos:
Conheci as garotas chegadas da Itália. (= que chegaram da Itália)
(or. subord. adjetiva restritiva reduzida de particípio)
Naquela esquina há crianças pedindo esmolas. (= que pedem esmolas)
(or. subord. adjetiva restritiva reduzida de gerúndio)
Meu vizinho possui um cão de meter medo. (= que mete medo)
(or. subord. adjetiva restritiva reduzida de infinitivo)

DICA DE OURO: reStritiVa – Sem Vírgulas. expliCativaS – Com Vírgulas. Se aparecer o


pronome QUE COM E SEM VÍRGULAS. Vai ALTERAR O SENTIDO.

QUE: DISTINÇÃO ENTRE PRONOME RELATIVO E CONJUNÇÃO INTEGRANTE

49 | P á g i n a
• Quando pronome relativo, como vimos, introduz oração subordinada adjetiva.
Relaciona-se a um termo antecedente e corresponde a o qual, a qual, os quais, as quais:

Termo antecedente or. subord. Adj.


Feliz é o homem que encontra o que procura.
(que — pronome relativo = o qual)

• Quando conjunção integrante, introduz oração subordinada substantiva. Não


corresponde a o qual, a qual, os quais, as quais:
Oração principal or. subord. Subst.
Desejo que vocês sejam muito felizes.
(que — conjunção integrante, insubstituível por o qual)

IMPORTANTE! As conjunções integrantes (só existem duas: QUE E SE) NÃO exercem
função sintática na oração de que participam. São meros conectivos entre a oração
subordinante e a subordinada que encabeçam.
OUTRAS ABORDAGENS QUE AS BANCAS COSTUMAM COBRAR SOBRE O PRONOME
RELATIVO QUE

Funções sintáticas dos pronomes relativos


Os pronomes relativos têm dupla função no período: a de conectivo, pois ligam duas
orações, e a de termo da oração adjetiva que introduzem.
A função sintática do pronome relativo pode ser facilmente reconhecida quando o
substituímos por seu termo antecedente. Feita a substituição, o pronome relativo
assumirá a mesma função QUE O TERMO ANTECEDENTE apresentar na frase substituta.
Observe:

termo
antecedente sujeito (QUE), aqui o “QUE” retoma o sujeito: CRIANÇAS.
Vi crianças que passavam fome.
L Crianças passavam fome.

50 | P á g i n a
Sujeito

Perceba nessa oração que o pronome QUE “assumiu” a função de SUJEITO DA ORAÇÃO.
O QUE É O MAIS COBRADO PELAS BANCAS.
1. Que — o pronome relativo “que” refere-se a coisas ou pessoas e pode exercer as
seguintes funções:
a) sujeito
O homem que é honesto dorme com tranquilidade.
L sujeito (= O homem é honesto.)

b) objeto direto
Cresceram as roseiras que mamãe plantou no jardim.
L OD (= Mamãe plantou as roseiras no jardim.)

c) objeto indireto
Estas são as informações de que você necessita. Observe primeiro o VERBO.
L OI (= Você necessita das informações.)

Assumindo a função de Objeto Indireto, observe que quem necessita, necessita de algo,
de alguma coisa.

d) complemento nominal
Surpreendem-nos as loucuras de que ele é capaz.
L complemento nominal (= Ele é capaz de loucuras.)

e) predicativo do sujeito
Não confio no hipócrita que você é.
L predicativo do sujeito (= Você é hipócrita.)
f) agente da passiva

51 | P á g i n a
Aquele é o cão por que fui mordido.
L ag. da passiva (= Fui mordido pelo cão.)

g) adjunto adverbial
Aquele é o hospital em que nasci.
L adj. adv. de lugar (= Nasci no hospital.)

2. Quem — o pronome relativo quem deve ser empregado somente em relação a


pessoas e sempre aparece preposicionado:
Chegaram os convidados a quem esperávamos.
L ODPr (= Esperávamos os convidados.)
Aquelas são as senhoras a quem devemos obedecer.
L OI (= Devemos obedecer às senhoras.)

3. Cujo — o pronome relativo cujo tem valor possessivo. Concorda em gênero e número
com o ser a que se refere, exercendo sempre a função de adjunto adnominal:
O incêndio, cujas origens estão investigando, causou bastante prejuízo.
L adj. adn. (- Estão investigando suas origens.)

4. Onde — o pronome relativo onde tem sentido locativo, isto é, indica lugar. Exerce,
portanto, a função de adjunto adverbial de lugar:

BIZU PARA AS BANCAS: ELAS VÃO TROCAR PRONOMES POR ONDE, A MAIORIA DAS
VEZES NÃO INDICA LUGAR. DESSA FORMA, A QUESTÃO ESTARÁ ERRADA.
GRAVE ISSO: ONDE SÓ SE REFERE A LUGAR.

Visitarei a fazenda onde moram meus avós.


L adj. adv. de lugar (= Meus avós moram na fazenda.)

52 | P á g i n a
5. Quanto — o pronome relativo quanto tem por antecedentes os pronomes indefinidos
tudo, todo, todos, todas:
Isso contraria tudo quanto aprendemos.
L OD (= Aprendemos tudo.)

6. Como — é pronome relativo quando tem por antecedente uma expressão que indica
modo:
Não gosto da maneira como você me trata.
L adj. adv. de modo (= ... você me trata dessa maneira.)

7. Quando — é pronome relativo, exercendo a função de adjunto adverbial de tempo:


Espere o momento quando devemos falar.
L adj. adv. de tempo {= ...devemos falar no momento.)

Orações subordinadas adverbiais


As orações subordinadas adverbiais exprimem uma circunstância relativa a um fato
expresso em outra oração. Têm, portanto, função idêntica à do adjunto adverbial. Veja:
À noite, visitaremos o museu,

L locução adverbial
A locução adverbial à noite, que exerce a função de adjunto adverbial, pode ser
expressa por uma oração com a mesma função:
Assim que anoitecer, visitaremos o museu.

L or. subord. adverbial


Observe mais este exemplo:
Deveremos viajar de manhã.

L adjunto adverbial.
Deveremos viajar quando amanhecer.

L oração subordinada adverbial.

53 | P á g i n a
A PALAVRA SE
Morfologicamente, a palavra se pode ser:

SUBSTANTIVO
Como substantivo, aparece antecedida de determinante ou especifica outro
substantivo:
O se exerce várias funções sintáticas.
Esse se está mal colocado na frase.
Vamos analisar a palavra se.

CONJUNÇÃO
Como conjunção, a palavra se é sempre subordinativa. Possui os seguintes valores:
a) Conjunção subordinativa integrante - introduz uma oração subordinada substantiva:
Não sei se poderemos viajar no mesmo voo.

L or. subord. subst. objetiva direta

Verifique se os convidados já chegaram.

L or. subord. subst. objetiva direta


b) Conjunção subordinativa causal — equivale a já que, uma vez que:
Se você tem medo de escuro, não ande por aquelas ruas.

c) Conjunção subordinativa condicional — pode ser substituída por caso não:


Se não chover, iremos à praia amanhã.

PRONOME
Empregada como pronome pessoal oblíquo, a palavra se pode ser:
a) Pronome apassivador — liga-se a verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e
indiretos na voz passiva sintética. Uma maneira prática para reconhecer
esse caso é tentar construir a voz passiva analítica equivalente. Observe:

54 | P á g i n a
Anulou-se uma questão. (= Uma questão foi anulada.)
Anularam-se várias questões. (= Várias questões foram anuladas.)
b) Índice de indeterminação do sujeito — liga-se a verbos intransitivos, transitivos
indiretos ou de ligação, sempre conjugados na 3ª pessoa do singular. Identifica-se
facilmente esse caso porque a palavra se pode ser substituída por alguém ou ninguém:
Vive-se muito bem no interior. (= Alguém vive muito bem no interior.)
Precisa-se de carpinteiros. (= Alguém precisa de carpinteiros.)
Não se é feliz sem amor. (= Ninguém é feliz sem amor.)

c) Parte integrante do verbo — a palavra se faz parte de verbos essencialmente


pronominais, ou seja, verbos que só se conjugam acompanhados de pronome pessoal
oblíquo. Tais verbos quase sempre denotam sentimentos ou atitudes próprias do
sujeito: indignar-se, vangloriar-se, queixar-se, arrepender-se, orgulhar-se, suicidar-se
etc.:
O técnico vangloriava-se com o sucesso do time.
Aquela mulher sempre se queixou da estupidez do marido.

d) Pronome reflexivo — dependendo da predicação verbal, o pronome se pode exercer


a função de objeto direto, objeto indireto ou sujeito de um infinitivo.
Nesses casos, o se tem o valor de a si mesmo:
O operário feriu-se com a serra.

L VTD L OD
Ela sempre se atribuiu muito valor.

L OI L VTDI L OD
REFLEXIVO

Como sujeito de um infinitivo, a palavra se liga-se a verbos como: deixar, sentir, fazer
etc. seguidos de um objeto direto em forma de oração reduzida de infinitivo:
oração principal or. subord. subst. objetiva direta
O rapaz deixou-se dominar peio medo.
VTD SUJ. DO INFINITIVO "DOMINAR"

55 | P á g i n a
e) Pronome reflexivo recíproco — nesse caso, o pronome se corresponde a um ao outro
e pode, também, funcionar como objeto direto ou objeto indireto:

Os dois lutadores encaravam-se friamente.


VTD OD

RECÍPROCO

Os noivos deram-se os braços.


VTDI OI OD

RECÍPROCO

f) Partícula de realce ou expletiva — o pronome se como partícula de realce pode ser


retirado da frase sem que haja prejuízo de sentido. Liga-se a verbos intransitivos,
enfatizando uma ação ou atitude do sujeito: AS BANCAS ADORAM ESSA UTILIZAÇÃO
DO PRONOME, ATENÇÃO A ELA.
Os convidados já se foram embora.
Aquela garota morre-se de amores por meu irmão.

56 | P á g i n a
5.4 EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO.

Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar
recuperar recursos específicos da língua falada, tais como: ENTONAÇÃO, JOGO DE
SILÊNCIO, PAUSAS, etc.

DIVISÃO E EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO:

1 - Ponto ( . )

a) indicar o final de uma frase declarativa.

Ex.: Lembro-me muito bem dele.

b) separar períodos entre si.

Ex.: Fica comigo. Não vá embora.

c) nas abreviaturas

Ex.: Av.; V. Ex.ª

2 - Dois-pontos ( : )

a) iniciar a fala dos personagens:

Ex.: Então o padre respondeu:


- Parta agora.

b) antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que


explicam,resumem ideias anteriores.

Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.

c) antes de citação

Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama,
mas queseja infinito enquanto dure.”

3 - Reticências ( ... )

a) indicar dúvidas ou hesitação do falante.

57 | P á g i n a
Ex.: Sabe... eu queria te dizer que... esquece.

b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta.

Ex.: - Alô! João está?


- Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...

c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de


sugerir prolongamento deideia.

Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-
de-rosa...”(Cecília - José de Alencar)

d) indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita.

Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)

4- Parênteses ( ( ) )

a) isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas.

Exemplos:

Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmeras perdas humanas.

"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara


depois dumagrande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste-
Graça Aranha)

DICAS: os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.

5- Ponto de Exclamação ( ! )

a) Após vocativo

Ex.: “Parte, Heliel!” (As violetas de Nossa Srª. - Humberto de Campos)

b) Após imperativo

Ex.: Cale-se!

c) Após interjeição

58 | P á g i n a
Ex.: Ufa! Ai!

d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional

Ex.: Que pena!

6- Ponto de Interrogação ( ? )

a) Em perguntas diretas

Ex.: Como você se chama?

b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação

Ex.: - Quem ganhou na loteria?


- Você.
- Eu?!

7 - Vírgula ( , )

É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os
termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não
formam uma unidade sintática.

Ex.: Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena.

DICAS: podemos concluir que quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se
pode separá-los por meio de vírgula.

Não se separam por vírgula:

a) predicado de sujeito;
b) objeto de verbo;
c) adjunto adnominal de nome;
d) complemento nominal de nome;
e) predicativo do objeto do objeto;
f) oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem
apareçana ordem inversa)

A vírgula no interior da oração:

É utilizada nas seguintes situações:

a) separar o vocativo.

59 | P á g i n a
Exemplos:

Maria, traga-me uma xícara de café.


A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país.

b) separar alguns apostos.


Ex.: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem.

c) separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado.


Exemplos:

Chegando de viagem, procurarei por você.As pessoas, muitas vezes, são falsas.

d) separar elementos de uma enumeração.

Ex.: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras.

e) isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo.

Ex.: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a
viagem.

f) separar conjunções intercaladas.

Ex.: Não havia, porém, motivo para tanta raiva.

g) separar o complemento pleonástico antecipado.

Ex.: A mim, nada me importa.

h) isolar o nome de lugar na indicação de datas.


Ex.: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001.

i) separar termos coordenados assindéticos.

Ex.: "Lua, lua, lua, lua, por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano
Veloso)

j) marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo).

Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir)

60 | P á g i n a
DICAS: termos coordenados ligados pelas conjunções: e, ou, nem dispensam o uso da vírgula.

EXEMPLOS:

Conversaram sobre futebol, religião e política.


Não se falavam nem se olhavam.

Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará.

Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar ênfase, o uso da
vírgula passa a ser obrigatório.

Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia.

A vírgula entre orações:

É utilizada nas seguintes situações:

a) separar as orações subordinadas adjetivas explicativas.

Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro.

b) separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela


conjunção “e”).

Exemplos:

Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o trabalho. Estudou muito, mas não foi
aprovado no exame.

ATENÇÃO:

Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção E:

1) quando as orações coordenadas possuírem sujeitos diferentes.

Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.

61 | P á g i n a
2) quando a conjunção “e” vier repetida com a finalidade de dar ênfase
(polissíndeto).

Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.

3) quando a conjunção “e” assumir valores distintos que não retratarem


sentido de adição(adversidade, consequência, por exemplo)

Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.

c) separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou


reduzidas), principalmente seestiverem antepostas à oração principal.

Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o
corpoapresentou o gancho." (O selvagem - José de Alencar)

d) separar as orações intercaladas.

Ex.: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”

DICAS: essas orações poderão ter suas vírgulas substituídas por duplo travessão.

Ex.: "Senhor - disse o velho - tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”

e) separar as orações substantivas antepostas à principal.

Ex.: Quanto custa viver, realmente não sei.

8- Ponto e vírgula ( ; )

a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma sequência, etc.

Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares:


I- advertência;
II- suspensão;
III- demissão;
IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V- destituição de cargo em comissão;
VI-destituição de função comissionada. (cap. V das penalidades referentes ao Direito
Administrativo)

b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações

62 | P á g i n a
coordenadas nas quais já tenhamutilizado a vírgula.

Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era
pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite
crônicade que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os
lábios grossos,o inferior um tanto tenso (...) " (O visconde de Inhomerim - Visconde de
Taunay)

9- Travessão ( — )

a) dar início à fala de um personagem

Ex.: O filho perguntou:


— Pai, quando começarão as aulas?

b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos

Ex.: - Doutor, o que tenho é grave?


- Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom

c) unir grupos de palavras que indicam itinerários

Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado.

DICAS: também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas.

Ex.: Xuxa — a rainha dos baixinhos — será mãe.

10- ASPAS ( “ ” )

a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos,
palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares.

Exemplos:

Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador.A festa na casa de Lúcio estava
“chocante”.
Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.

b) indicar uma citação textual

Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na

63 | P á g i n a
face, desfize refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)

DICAS: se dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novas
aspas, estas serão simples. (' ')

IMPORTANTE!
NÃO se usa vírgula: as bancas amam esse tema.
a) entre sujeito e predicado, mesmo que o sujeito seja extenso:
"A sua compleição robusta / ostenta-se nesta ocasião em toda a plenitude. "
sujeito predicado
(Euclides da Cunha)

b) entre o verbo e o complemento, mesmo que o objeto indireto se anteponha ao


objeto direto:
Pagarei ao farmacêutico a conta. (Quem paga, paga algo a alguém)
OI OD

c) entre o nome e o adjunto adnominal ou complemento nominal:


As ruas da cidade amanheceram alagadas,
nome adj. adn.
Todos aguardam o seu retorno à cidade.
nome compl. nom.

d) entre oração principal e oração subordinada substantiva:


" E todos asseguramos / que aquilo efetivamente era atroz." (Graciliano Ramos)
or. principal or. subord. subst.

OBSERVAÇÃO!

As orações subordinadas substantivas apositivas podem aparecer antecedidas de


vírgula ou de dois-pontos: MUITAS QUESTÕES PERGUNTAM SE PODEMOS FAZER ESSA
TROCA.

64 | P á g i n a
DICA DE OURO.
TEXTO CESPE 2020
Num tempo ainda anterior à minha infância, suponho que a resposta mais comum...
“Zygmunt Bauman. A modernidade como história do tempo. In: Modernidade líquida. Plínio Dentzien
(Trad.). Rio de Janeiro: Zahar, 2001 (com adaptações).”

Em questões como esta, a banca usa o seguinte raciocínio: se o adjunto adverbial de


tempo é de longa extensão: 3 ou mais palavras, VIRGULA OBRIGATÓRIA. Se for de curta
extensão 1 ou 2 palavras, VIRGULA FACULTATIVA.

Num tempo ainda anterior à minha infância, esse trecho é de longa extensão, logo a
VÍRGULA É OBRIGATÓRIA.

65 | P á g i n a
5.5 CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL.
CONCORDÂNCIA VERBAL

A regra geral da concordância verbal é que o verbo ficará de acordo com o sujeito em
pessoa enúmero.

Casos específicos de concordância verbal

Existem diversos casos de concordância verbal e nominal. Agora, vamos conhecer os


principaiscasos de concordância verbal:

Concordância verbal com verbos impessoais:

O verbo sempre ficará de acordo com a 3° pessoa do singular, uma vez que não existe um
sujeito:havia pessoas, houve problemas, faz dois dias, já amanheceu.

• Havia três pessoas esperando na fila. (verbo haver com sentido de existir)
• Faz dez anos que não te vejo. (verbo fazer indicando tempo decorrido)
• Aqui onde trabalho, chove todos os dias. (verbos que indicam fenômenos da natureza)

Concordância com o elemento apassivador se

O verbo cria concordância com o objeto direto, que exerce a função de sujeito paciente.
Isso ocorre com VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS ou VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS E
INDIRETOS. Ele podeaparecer no singular ou no plural:

• Vende-se apartamento.
• Vendem-se apartamentos.

Concordância verbal com a partícula de indeterminação do sujeito se

O verbo sempre vai concordar com a 3° pessoa do singular quando a frase for formada por
verbos
intransitivos ou por verbos transitivos indiretos:

• Precisa-se de funcionário
• Precisa-se de funcionários.

Concordância verbal com a maioria, a maior parte, a metade...

Preferentemente, o verbo vai concordar com a 3° pessoa do singular. Entretanto, a 3°


pessoa doplural também pode ser usada:

66 | P á g i n a
• A maioria dos trabalhadores vai…
• A maior parte dos trabalhadores vai…
• A maioria dos trabalhadores vão…
• A maior parte dos trabalhadores vão…

Concordância verbal com pronome relativo que

O verbo cria concordância com o termo antecedente do pronome

• Fui eu que pedi…


• Foi ela que pediu…

• Fomos nós que pedimos…

Concordância verbal com pronome relativo quem

O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome ou fica na 3° pessoa do


singular:

• Fui eu quem solicitou…


• Fomos nós quem solicitamos…
• Fui eu quem solicitou…
• Fomos nós quem solicitou…

Concordância verbal com o infinitivo pessoal

O verbo no infinitivo é flexionado sempre que existir um sujeito definido, quando


se quiserdeterminar o sujeito ou quando o sujeito da segunda oração for diferente do
da primeira:

• Isto é para nós solicitarmos.


• Eu pedir para eles solicitarem tudo.

Concordância verbal com o infinitivo impessoal

O verbo no infinitivo não é flexionado quando não existir um sujeito definido, quando
o sujeito da segunda oração for igual ao da primeira oração, em locuções verbais, com
verbos preposicionados e com verbos imperativos:

• As mães conseguiram entender a verdade.


• Foram obrigadas a entender a verdade.
• Foram barradas de entender a verdade.

67 | P á g i n a
Concordância verbal com o verbo ser

O verbo cria uma concordância com o predicativo do sujeito, podendo ficar no singular
ou noplural:

• Isto é uma mentira,


• Isto são mentiras;
• Quem é você,
• Quem são vocês.

Concordância verbal com um dos que

O verbo sempre vai concordar com 3° pessoa do plural:

• Um dos que foram…


• Um dos que querem…
• Um dos que podem…

CONCORDÂNCIA NOMINAL:

Existem diferentes casos de concordância verbal e nominal. Agora, vamos


acompanhar osprincipais casos de concordância nominal:

Concordância nominal com pronomes pessoais:

O adjetivo constitui concordância em gênero e número com os pronomes pessoais:

• Ele é brincalhão.
• Ela é brincalhona.
• Eles são brincalhões
• Elas são brincalhonas.

Concordância nominal vários substantivos

O adjetivo constitui concordância em gênero e número com o substantivo que está mais
próximo.Ele também pode estabelecer concordância com a forma no masculino plural:

• Caneta e caderno emprestado;


• Caderno e caneta emprestada;
• Caneta e caderno emprestados;
• Caderno e caneta emprestados.

68 | P á g i n a
Concordância nominal com adjetivos

Quando existe dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo continua no singular se


existir um artigo no meio dos adjetivos. Caso não tenha um artigo, o substantivo deve
ser escrito no plural:

• A aluna simpática e a antipática;


• O aluno simpático e o antipático;
• As alunas simpática e antipática;
• Os alunos simpático e antipático.

Concordância nominal com bastante, muito, pouco, meio, caro, barato, longe

Essas palavras instauram concordância em gênero e número com o substantivo quando


exercemfunção de adjetivo:

• Comi meio chocolate,


• Comi meia maçã,
• Há bastante procura,
• Há bastantes pedidos,
• Vi muitas crianças,
• Vi muitos adultos.

Concordância nominal com é permitido e é proibido

Nessas expressões, o adjetivo se modifica em gênero e número quando tiver a


participação de um artigo determinando o substantivo. Quando não tiver artigo, o
adjetivo fica invariável no masculino singular:

• É permitida a entrada de cães.


• É proibida a entrada de cães.
• É permitido entrada de cães.
• É proibido entrada de cães.

Concordância nominal com mesmo e próprio

Os termos “mesmo” e “próprio” estabelecem concordância em gênero e número


com o
substantivo quando agem como adjetivo:

• Na mesma estrada;
• No mesmo trabalho;

69 | P á g i n a
• Nas mesmas estradas;
• Nos mesmos trabalhos;
• Na própria residência;
• No próprio escritório;
• Nas próprias residências;
• Nos próprios escritórios.

Concordância nominal com menos

A palavra menos permanece é invariável independente da sua atuação, seja ela


advérbio ou adjetivo:

• Menos tristeza;
• Menos tristezas;
• Menos aborrecimento;
• Menos aborrecimentos;

Dicas concordância verbal e nominal


Observadas todas as situações, vamos, agora, rever tudo que foi aprendido sobre
concordânciaverbal e nominal:

• Concordância verbal e nominal estuda a compatibilidade existente


entre cada elemento de umaoração;
• Concordância verbal refere-se ao verbo em relação ao sujeito, já a
concordância nominal refere-se às classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral,
pronome, artigo.
• Para fazer concordância verbal e nominal correta é necessário
observar a que termo ele serefere.

70 | P á g i n a
5.6 REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL.
REGÊNCIA VERBAL

Regência verbal é a parte da língua que se ocupa da relação entre os verbos e os termos
que seseguem a eles e completam o seu sentido.
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos
adverbiais são os termos regidos.

REGÊNCIA DOS PRINCIPAIS VERBOS DA LÍNGUA PORTUGUESA:

1 - ASSISTIR

a) com o sentido de ver exige preposição:

Que tal assistirmos ao filme?

b) com o sentido de dar assistência não exige preposição:

Sempre assistiu pessoas mais velhas.

c) com o sentido de pertencer exige preposição:

Assiste aos prejudicados o direito de indenização.

2 – CHEGAR

O verbo chegar é regido pela preposição “a”:

Chegamos ao local indicado no mapa.

Essa é a forma padrão. No entanto, é comum observarmos o uso da preposição


“em” nasconversas informais, cujo estilo é coloquial: Chegamos no local indicado no
mapa.

3 – CUSTAR

a) com o sentido de ser custoso exige preposição:

Aquela decisão custou ao filho.

b) com o sentido de valor não exige preposição:

71 | P á g i n a
Aquela casa custou caro.

4 – OBEDECER

O verbo obedecer é transitivo indireto, logo, exige preposição:

Obedeça ao pai!

Na linguagem informal, entretanto, ele é usado como verbo transitivo direto: Obedeça
o pai!

5 – PROCEDER

a) com o sentido de fundamento é verbo intransitivo:

Essa sua desconfiança não procede.

b) com o sentido de origem exige preposição:

Essa sua desconfiança procede de situações passadas.

6 – VISAR

a) com o sentido de objetivo exige preposição:

Visamos ao sucesso.

Na variante coloquial, encontramos o verbo sendo utilizado sem preposição, ou seja,


como verbotransitivo direto: Visamos o sucesso.
b) com o sentido de mirar não exige preposição: O policial visou o

bandido à distância.

7 - ESQUECER

O verbo esquecer é transitivo direto, logo não exige preposição: Esqueci o meu

material.

No entanto, na forma pronominal, deve ser usado com preposição: Esqueci-me do meu
material.

8 – QUERER

a) com o sentido de desejar não exige preposição:

72 | P á g i n a
Quero ficar aqui.

b) com o sentido de estimar exige preposição:

Queria muito aos seus amigos.

9 – ASPIRAR

a) com o sentido de respirar ou absorver não exige preposição:

Aspirou todo o escritório.

b) com o sentido de pretender exige preposição:

Aspirou ao cargo de ministro.

10 – INFORMAR

O verbo é transitivo direto e indireto, assim ele exige um complemento sem e


outro compreposição:

Informei o acontecimento aos professores.

11 – IR

O verbo ir é regido pela preposição “a”:

Vou à biblioteca.

12 – IMPLICAR

a) com o sentido de consequência, o verbo implicar é transitivo direto, logo, não exige

preposição:O seu pedido implicará um novo orçamento.

b) com o sentido de embirrar, é transitivo indireto, logo exige preposição:

Implica com tudo!

13 – MORAR

O verbo morar é regido pela preposição “em”:

Mora no fim da rua.

73 | P á g i n a
14 – NAMORAR

O verbo namorar é transitivo direto, apesar de as pessoas o usarem sempre seguido de


preposição:

Namorou Maria durante anos.

"Namorou com Maria durante anos" não é gramaticalmente aceito.

15 – PREFERIR

O verbo preferir é transitivo direto e indireto. Assim:

Prefiro carne a peixe.

16 – SIMPATIZAR

O verbo simpatizar é transitivo indireto e exige a preposição "com":Simpatiza com os

mais velhinhos.

17 – CHAMAR

a) com o sentido de convocar não exige complemento com preposição:

Chama o Pedro!

b) com o sentido de apelidar exige complementos com e sem preposição:Chamou ao

João de Mauricinho.

Chamou João de Mauricinho.Chamou ao João Mauricinho.

Chamou João Mauricinho.

18 – PAGAR

a) quando informamos o que pagamos o complemento não tem preposição:Paga o

sorvete?

a) quando informamos a quem pagamos o complemento exige preposição:

Paga o sorvete ao dono do bar.

REGÊNCIA NOMINAL

74 | P á g i n a
Regência Nominal é a maneira de um nome (substantivo, adjetivo e advérbio)
relacionar-se comseus complementos.

Em geral, a relação entre o nome e o seu complemento é estabelecida por preposição.


Portanto,é justamente o conhecimento da preposição o que há de mais importante na
regência nominal.

EXEMPLOS:

Confira abaixo alguns exemplos e frases com regência nominal:

Exemplo de regência de alguns nomes:

Amor

Tenha “amor a” seus livros.


Meu “amor pelos” animais me conforta.Cultivemos o “amor da” família.

O amor “para com” a Pátria.

Ansioso

Olhos “ansiosos de” novas paisagens.Estava “ansioso por” vê-la.


Estou “ansioso para” ler o livro.

Exemplos de nomes transitivos e suas respectivas preposições:Acessível a

Exemplo: isto é acessível a todos.

Acostumado a, com

Exemplos:

Estou acostumado a comer pouco.


Estamos acostumados com as novas ferramentas.

Afável com, para com

Exemplos:

75 | P á g i n a
Ele é afável com sua filha.
O professor tem sido afável para com seus alunos.

Agradável a

Exemplo: Sou agradável a ti.

Alheio a, de

Exemplos:

Ele vive alheio a tudo.


João está alheio de carinho fraternal.

Apto a, para

Exemplos:

Estou apto a trabalhar.


Joana está apta para desenvolver suas funções.

Aversão a, por

Exemplos:

Ele tem aversão a pessoas.

Paula tem aversão por itens supérfluos.

Benefício a

Exemplo: Pilates é um grande benefício à saúde.

Capacidade de, para

Exemplos:

76 | P á g i n a
Laura tem excepcional capacidade de comunicação. Joaquim tem capacidade para o
trabalho.

Capaz de, para

Exemplos:

Ele é capaz de tudo.


A empresa é capaz para trabalhar com projetos.

Compatível com

Exemplo: Seu computador é compatível com este.

Contrário a

Exemplo: Esse modo de vida é contrário à saúde.

Curioso de, por

Exemplos:

Luís é curioso de tudo. Vitória é curiosa por natureza

Descontente com

Exemplo: Estamos descontentes com nosso sistema político.

Essencial para

Exemplo: Esse livro é essencial para aprender matemática.

Fanático por

Exemplo: Ele é fanático por histórias em quadrinhos.

Imune a, de

Exemplos:

77 | P á g i n a
O Brasil não ficou imune à crise econômica.Estamos imunes de pagar os impostos.

Inofensivo a, para

Exemplos:

O vírus é inofensivo a seres humanos


Os danos que sofreu são inofensivos para sua saúde.

Junto a, de

Exemplos:

Comprei a casa junto a sua.


Estava junto de miguel, quando aconteceu o acidente.

Livre de

Exemplo: Este sabonete está livre de parabenos.

Simpatia a, por

Exemplo:

José tem simpatia as causas populares.Tenho muita simpatia por Ana.

Tendência a, para

Viviana tem tendência à mentira.


As meninas tem tendência para a moda.

União com, de, entre

A união com Regina foi fracassada.


Na reação química, ocorreu uma união de substâncias. A união entre eles é muito
bonita.

78 | P á g i n a
5.7 EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE.

A crase é a UNIÃO DO ARTIGO FEMININO A COM A PREPOSIÇÃO a e com certos


PRONOMES cuja letra inicialtambém é o A.

Essa união é indicada ortograficamente através do uso do acento grave (à), também
designadode acento indicador de crase.

EXEMPLOS:

 Gosto de comida à mineira.


 Fomos àquela cidade mês passado.

O primeiro passo para saber quando usar a crase é identificar se houve a fusão do artigo
a com apreposição a.

Veja algumas regras e dicas para saber mais sobre o uso da crase.

Uso obrigatório da crase:

1. Quando o verbo exigir preposição a e a seguir houver um artigo a e um substantivo


feminino

EXEMPLOS:

 Cecília levou o filho à festa


 Os funcionários foram à manifestação contra o corte de verbas.

DICA: para se certificar de que a crase deve ser aplicada, basta substituir o substantivo feminino
por um masculino. Se for necessário substituir o a pelo ao, o acento grave deve ser usado.
Se experimentarmos esse exercício com as frases acima, por exemplo, constatamos que o a passa
a ao:
Cecília levou o filho ao shopping. Os funcionários foram ao protesto contra o corte de verbas.

2. Em expressões que indiquem hora

Antes de locuções indicativas de horas, o acento grave deve ser utilizado.

EXEMPLOS:

 Minha aula de italiano começa às 15h.


 A reunião está marcada para as 16h.

79 | P á g i n a
EXCEÇÃO: se antes das horas forem usadas as preposições para, desde ou até o acento indicadorde
crase não é usado.

EXEMPLOS:

 Ele está no aeroporto desde as 16h.


 Vou estar em casa até as 20h.
 O encontro da turma ficou marcado para as 14h.

3. Em locuções femininas que indicam modo, tempo e lugar.

EXEMPLOS:

 Às vezes viajamos no fim de semana.


 Na correria, fez a maquiagem às pressas.

Observe que, no primeiro exemplo, a locução “fim de semana” indica tempo e, no


segundoexemplo, a locução “às pressas” indica modo.

Veja abaixo mais algumas locuções onde a crase é aplicada: Indicam TEMPO: às vezes,

à noite, à tarde.
Indicam LUGAR: à frente de, à beira de, à exceção de.
Indicam MODO: à proporção que, à medida que.

4. Antes das palavras casa e terra.

Nesse caso, é preciso ter atenção ao sentido da palavra na frase.

A palavra casa só é precedida de crase quando não significa lar, e a palavra terra só é
precedidade crase quando seu sentido não está relacionado com o solo.

EXEMPLOS:

 Ele foi à casa dos irmãos. (casa de outra pessoa e não o próprio lar)
 No fim do ano ela vai à sua terra natal passar as festas com a família. (local específico)

USO FACULTATIVO DA CRASE (BIZU ATÉ SUA MARIA)

80 | P á g i n a
BIZU: Facultativo é depois de ATÉ, antes de SUA (pronome possessivo), antes de MARIA
(nome próprio feminino)

1 - Antes de um pronome possessivo


Antes dos pronomes meu, minha, meus, minhas, teu, tua, teus, tuas, seu, sua, seus,
suas, dele,dela, deles, delas, nosso, nossa, nossos, nossas, pode-se optar ou não pelo
uso da crase.

EXEMPLOS:

 Entreguei o trabalho à minha professora. / Entreguei o trabalho a minha professora.


 Desobedeceram às minhas ordens. / Desobedeceram as minhas ordens.

2. Depois da palavra até

Quando a palavra até precede uma palavra feminina que admite o artigo a, o uso da
crase éopcional.

EXEMPLOS:

Caminhamos até à praia. / Caminhamos até a praia.

Siga até à frutaria e pegue o retorno. / Siga até a frutaria e pegue o retorno.

3. Antes de nomes próprios femininos

A crase é opcional antes de substantivos próprios femininos pois o uso do artigo antes
do nomenão é obrigatório.

EXEMPLOS:

 Carlos entregou um documento à Maria. / Carlos entregou um documento a Maria.


 Bruna fez um convite à Clara. / Bruna fez um convite a Clara.

QUANDO NÃO USAR CRASE:

81 | P á g i n a
Confira as explicações abaixo para saber quando a crase não deve ser aplicada.Quando

precede substantivos masculinos

O artigo a não costuma aparecer antes de substantivos masculinos, logo, não é


possível queocorra a união do artigo a com a preposição a.

EXEMPLOS:

 Gosto de passear a pé.


 Há 300 pessoas a bordo do navio.

EXCEÇÃO: quando a frase expressar ideia de “à moda de”.

EXEMPLOS:

 Ela pintou um quadro à Picasso.


 Ele fez uma defesa à Taffarel.

82 | P á g i n a
5.8 COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS.

83 | P á g i n a
6 REESCRITA DE FRASES E PARÁGRAFOS DO TEXTO. 6.1 SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS.
6.2 SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS OU DE TRECHOS DE TEXTO. 6.3 REORGANIZAÇÃO DA
ESTRUTURA DE ORAÇÕES E DE PERÍODOS DO TEXTO. 6.4 REESCRITA DE TEXTOS DE
DIFERENTES GÊNEROS E NÍVEIS DE FORMALIDADE.

QUESTÕES DA BANCA CEBRASPE

1. (CESPE 2021)
As opções subsequentes apresentam PROPOSTAS DE REESCRITA para o seguinte
período do último parágrafo do texto CG2A1-I: “Os adoçantes foram ganhando má
reputação — muita gente acha que o seu gosto é ruim e que eles fazem mal à saúde.”.
Assinale a opção em que a proposta de reescrita apresentada é gramaticalmente
correta e mantém a coerência do texto original.
Alternativas
Vamos analisar a questão as alternativas devem estar gramaticalmente corretas. Para
essas questões, analisaremos primeiramente a GRAMÁTICA sobretudo a
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL. Depois o SENTIDO.
A) Muitas pessoas acham o GOSTO dos adoçantes RUINS e que eles fazem mal à saúde,
por isso eles foram ganhando má reputação.
Incorreta. Ruim está concordando com o que? Com o GOSTO, isto é, deveria estar no
SINGULAR.
Veja: o gosto dos adoçantes é ruim.
O erro da alternativa é de concordância nominal.

B) O GOSTO ruim dos adoçantes e O FATO de fazerem mal à saúde FEZ com que eles
ganhassem má reputação junto às pessoas.
Incorreta. Vamos achar o sujeito, o que FEZ ou quem FEZ? O gosto e o fato. Sujeito
composto antes do verbo, verbo deve ir ao plural.
O gosto e o fato são os sujeitos da oração. Dessa forma, o verbo deve concordar com
eles. O erro está na falta de concordância verbal. Veja o correto seria: ...FIZERAM com
que eles...

C) Muita gente ACHA o seu gosto ruim e ACREDITAM que faz mal à saúde — isso fez
com que os adoçantes fossem ganhando má reputação.
Incorreta. Vamos novamente analisar a concordância do verbo. O que/quem acha?
Muita gente, concordância ok. Vamos ao segundo verbo, ACREDITAM o que ou quem
acreditam? Muita gente. Erro na concordância nesse caso, pois o verbo “acreditar” está
no plural e o seu sujeito está no singular.

84 | P á g i n a
D) Os adoçantes ganharam má reputação, porque muita gente considera o gosto deles
ruim e acredita que eles fazem mal à saúde.
Correta. Vamos analisar novamente o sujeito. Verbo ganharam, quem ou o que
ganharam? Os adoçantes. Verbo no plural, sujeito no plural. Porque junto indica
explicação, mesmo sentido de pois, visto que e porquanto. Verbo acredita, quem ou o
que acredita? Muita gente acredita nisso. Verbo “fazem” que eles fazem. Concorda com
“eles”. Crase está correta, a regência de mal pede complemento a. Quem faz mal, faz
mal a alguma coisa. Crase obrigatória, artigo + preposição.
Mal oposto de bem. Com L. Advérbio.
Mau oposto de bom. Com U. Adjetivo.

2. (CESPE 2021)
Assinale a opção que apresenta uma PROPOSTA DE REESCRITA que, além de
GRAMATICALMENTE CORRETA, mantém OS SENTIDOS do trecho “Gérson me conduzia
pela mão, quando nos alinhamos para fazer o cumprimento de praxe à assistência.”, no
terceiro parágrafo do texto CG1A1-I.
Alternativas
Novamente, vamos analisar a questão, as alternativas devem estar gramaticalmente
corretas. Para essas questões, analisaremos primeiramente a GRAMÁTICA sobretudo a
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL. Depois o SENTIDO das frases.

A) Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para fazermos os


comprimentos de praxe à assistência.

Incorreta. Muto sútil essa questão.


Comprimentos – refere-se a dimensão metro, cm, etc.
Cumprimento – é relativo a cumprimentar, saudar uma pessoa.
Os verbos estão de acordo com a gramatica. Veja: me conduzia pela mão, quem ou o
que? Ele, ele quem Gerson, Gérson me conduzia.
Quando nos alinhamos. Quando é adverbio atrai próclise – pronome antes do verbo -
nos. Fazermos está concordando com o sujeito oculto nós.
Veja quem faz, faz algo, a alguém.

B) Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para que fosse feito os
cumprimentos de praxe à assistência.
Incorreta. Vamos analisar os verbos. Verbo conduzia está correto, veja, quem ou o que
conduzia? Gérson. Ele conduzia, ele quem? Gérson. Alinhamos esse verbo está

85 | P á g i n a
concordando com o sujeito oculto: NÓS. Conjugação correta. Fosse, atenção aqui. Fosse
o que? Os cumprimentos de praxe. Deveria estar no plural. Fossem feitos os
cumprimentos de praxe.

C) Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para que fossem feitos os
comprimentos de praxe à assistência.
Incorreta.
Cumprimentos – cumprimentar alguém
Comprimento – é relativo a medida. Exemplo: metro, centímetro, quilômetros.

D) Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para que fizéssemos os
cumprimentos de praxe à assistência.
Correta. Aqui toda a construção está correta. Observe o verbo “FIZÉSSEMOS” ele está
no plural para concordar com o sujeito oculto “NÓS”. “NÓS” fizéssemos.
Verbo fazer como verbo transitivo direto e indireto
O verbo fazer atua também como verbo transitivo direto e indireto, indicando que
alguém faz alguma coisa a ou para alguém.
Observe o uso da crase no trecho “À ASSISTÊNCIA”. Essa crase é relativa à regência do
verbo FAZER. Nesse trecho, ele está com DUPLA TRANSITIVIDADE, com o sentido de
quem faz, faz algo, a alguém. Ou também, quem faz, faz algo PARA alguém.
Vamos aprofundar mais o assunto:
Fizéssemos os cumprimentos de praxe à assistência.
Fazer algo, algo o que? Cumprimentos de praxe
Fazer algo, A ALGÚEM ou ALGUMA COISA, A assistência. A da transitividade do verbo
FAZER + A do artigo feminino assistência, crase obrigatória.

3. (ANO: 2022 BANCA: CESPE / CEBRASPE)


A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso o trecho “é o de
mantê-LO em um cerco informativo” (terceiro parágrafo) fosse reescrito da seguinte
forma: é o de LHE manter em um cerco informativo.

Alternativas
Certo
Errado
GABARITO ERRADO.

86 | P á g i n a
Mais uma vez, uso de pronomes, algo muito recorrente em provas. Segue a tabela para
decorar.
PRONOMES FUNÇÕES
O/A (S) / LO , LA ( S ) Sempre OBJETO DIRETO
LHE- (S ) = A ELE , A sempre OBJETO INDIRETO: substituem pessoas na oração.
ELA
ME/TE/SE/NOS/VOS Podem funcionar tanto como OBJETO DIRETO QUANTO COMO
OBJETO INDIRETO (depende do verbo)
“é o de mantê-LO em um cerco informativo” veja o LO, representa objeto DIRETO. O lhe
representa objeto INDIRETO. Dessa forma, a troca estaria incorreta.
Outra observação, no contexto o verbo MANTER tem dupla transitividade. Manter
algo/alguém em algum lugar.

BIZU DE PROVA!
REESCRITA, SUBSTITUIÇÃO DE TERMOS

QUE o qual, a qual


A ao qual, à qual
QUE
em que, no qual, na qual
ONDE
Atenção!! ONDE sempre poderá ser substituído por EM QUE, mas EM QUE só
podeser substituído por ONDE para lugar físico
DE do qual, da qual
QUE
POR
pelo qual, pela qual
QUE

MUITA ATENÇÃO AO CUJO! NÃO pode trocar “cujo/cuja” por nenhum outro, nem meter “A”
antes dele.

 Ideia de posse
 Cujo aponta para trás, mas concorda com a frente
 Trocar “que” por “cujo” ok
 Trocar “cujo” por “que” NÃO

DICA: não enfie nada no seu cujo/cuja, nem artigo.

87 | P á g i n a
7 CORRESPONDÊNCIA OFICIAL (CONFORME MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA
DA REPÚBLICA). 7.1 ASPECTOS GERAIS DA REDAÇÃO OFICIAL. 7.2 FINALIDADE DOS
EXPEDIENTES OFICIAIS. 7.3 ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM AO TIPO DE DOCUMENTO.
7.4 ADEQUAÇÃO DO FORMATO DO TEXTO AO GÊNERO.

MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 2018

 O enunciador é aquele que comunica a mensagem.


 Na comunicação oficial, QUEM COMUNICA É SEMPRE O SERVIÇO PÚBLICO.
 A mensagem é o algo que se comunica.
 O receptor é alguém que recebe essa mensagem, o público.

PRINCÍPIOS
Clareza
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Pode-se definir como claro
aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor.

Para a obtenção de clareza, sugerem-se:

a) utilizar palavras e expressões simples, em seu sentido comum, salvo quando o texto
versar sobre assunto técnico, hipótese em que se utilizará
nomenclatura própria da área;

b) usar frases curtas, bem estruturadas; apresentar as orações na ordem direta e evitar
intercalações excessivas. Em certas ocasiões, para evitar ambiguidade, sugere-se a
adoção da ordem inversa da oração;

c) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto;

d) não utilizar regionalismos e neologismos;

e) pontuar adequadamente o texto;

f) explicitar o significado da sigla na primeira referência a ela; e

g) utilizar palavras e expressões em outro idioma apenas quando indispensáveis, em


razão de serem designações ou expressões de uso já consagrado ou de não terem exata
tradução. Nesse caso, grafe-as em itálico.

Precisão
O atributo da precisão complementa a clareza e caracteriza-se por:

88 | P á g i n a
a) articulação da linguagem comum ou técnica para a perfeita compreensão da ideia
veiculada no texto;

b) manifestação do pensamento ou da ideia com as mesmas palavras, evitando o


emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico; e

c) escolha de expressão ou palavra que não confira duplo sentido ao texto.

Objetividade

Ser objetivo é ir diretamente ao assunto que se deseja abordar, sem voltas e sem
redundâncias.

Concisão

A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial. Conciso é
o texto que consegue transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras.
Não se deve de forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é, não
se deve eliminar passagens substanciais do texto com o único objetivo de reduzi-lo em
tamanho. Trata-se, exclusivamente, de excluir palavras inúteis, redundâncias e
passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.

Coesão e Coerência

É indispensável que o texto tenha coesão e coerência. Tais atributos favorecem a


conexão, a ligação, a harmonia entre os elementos de um texto. Percebe-se que o
texto tem coesão e coerência quando se lê um texto e se verifica que as palavras,
as frases e os parágrafos estão entrelaçados, dando continuidade uns aos outros.
Alguns mecanismos que estabelecem a coesão e a coerência de um texto são:
referência, substituição, elipse e uso de conjunção.

Impessoalidade
Das comunicações oficiais decorre:

a) da ausência de impressões individuais.

A Redação Oficial deve ser isenta da interferência da individualidade de quem a


elabora.

Formalidade e Padronização

89 | P á g i n a
As comunicações administrativas devem ser sempre formais, isto é, obedecer a certas
regras de forma. Isso é válido tanto para as comunicações feitas em meio eletrônico
(por exemplo: o e-mail, o documento gerado no SEI!, o documento em html etc.),
quanto para os eventuais documentos impressos.

O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua
compreensão limitada.

SOBRE O EMAIL
Nos termos da Medida Provisória n. 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, para que o e-mail
tenha valor documental, isto é, para que possa ser aceito como documento original, é
necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, segundo os
parâmetros de integridade, autenticidade e validade jurídica da Infraestrutura de
Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil.

Na redação oficial, emprega-se o pronome de tratamento em três situações:

• Endereçamento: é o texto utilizado no envelope que contém a correspondência oficial;

• Vocativo: o autor do expediente se dirige ao destinatário no início do documento;

• Corpo do texto: emprega-se o pronome em sua forma abreviada ou por extenso.

O MRPR destaca que os pronomes Vossa Excelência ou Vossa Senhoria são utilizados
para se dirigir (via comunicação) diretamente com o receptor.
Nomes compostos com elementos de ligação preposicionados ficam dem.
A definição de vocativo dada pelo MRPR (p. 26) é muito clara: “o vocativo é uma
invocação ao destinatário”. É por meio do vocativo que eu me dirijo ao meu interlocutor
(ou seja, com quem desejo estabelecer comunicação).

Nas comunicações oficiais (e no registro culto da língua), o vocativo é sempre seguido


de vírgula. Isso porque o vocativo é um elemento não oracional.

Quando a comunicação é dirigida aos Chefes de Poder, a expressão a ser utilizada é


Excelentíssimo Senhor ou Excelentíssima Senhora e o cargo respectivo, seguidos de
vírgula:

Nas comunicações oficiais, não se adota as formas Digníssimo (DD) e Ilustríssimo


(Ilmo.). O uso de doutor não pode ocorrer indiscriminadamente. Para o MRPR, o
tratamento por meio de Senhor confere, por si só, a formalidade desejada.
3ª Edição do MRPR (2018)

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Fica abolida a distinção entre os tipos de expedientes (aviso, ofício e memorando).
Passa-se a utilizar o termo ofício nas três hipóteses
(ou seja, nas três finalidades, antes denominadas aviso, ofício e memorando).

Cabeçalho
Segundo o MRPR, o cabeçalho é utilizado apenas na primeira página do documento,
centralizado na área determinada pela formatação.

Brasão de Armas da República: no topo da página. Não há necessidade de ser aplicado


em cores. O uso de marca da instituição deve ser evitado na correspondência oficial
para não se sobrepor ao Brasão de Armas da República. Observação sobre o brasão
apresentada no MRPR:

Endereçamento
Segundo o MRPR, o endereçamento é a parte do documento que informa quem
receberá o expediente. Nele deverão constar os seguintes elementos:

• Vocativo: na forma de tratamento adequada para quem receberá o expediente


• Nome: nome do destinatário do expediente;
• Cargo: cargo do destinatário do expediente;
• Endereço: endereço postal de quem receberá o expediente, dividido em duas linhas:
− Primeira linha: informação de localidade/logradouro do destinatário ou, no caso de

Texto do Documento
Em relação ao texto do documento oficial, o MRPR apresenta a seguinte padronização
de estrutura:

• Nos casos em que não seja usado para encaminhamento de documentos, o


expediente deve conter a seguinte estrutura:

− Introdução: em que é apresentado o objetivo da comunicação.


.
− Desenvolvimento: em que o assunto é detalhado.

− Conclusão: em que é afirmada a posição sobre o assunto.

FECHOS DE COMUNICAÇÃO
 Respeitosamente,

Para autoridades de hierarquia superior à do remetente,


inclusive o Presidente da República

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 Atenciosamente,
Para autoridades de mesma hierarquia, de hierarquia
inferior ou demais casos

92 | P á g i n a

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