O documento discute a importância da análise sintática para racionalizar aspectos da língua portuguesa como pontuação, regência, crase e concordância. Também destaca que a morfologia leva à análise sintática, que por sua vez leva à aplicação desses conceitos na língua. Finalmente, classifica sintaticamente alguns vocábulos em um texto para exemplificar a análise.
O documento discute a importância da análise sintática para racionalizar aspectos da língua portuguesa como pontuação, regência, crase e concordância. Também destaca que a morfologia leva à análise sintática, que por sua vez leva à aplicação desses conceitos na língua. Finalmente, classifica sintaticamente alguns vocábulos em um texto para exemplificar a análise.
O documento discute a importância da análise sintática para racionalizar aspectos da língua portuguesa como pontuação, regência, crase e concordância. Também destaca que a morfologia leva à análise sintática, que por sua vez leva à aplicação desses conceitos na língua. Finalmente, classifica sintaticamente alguns vocábulos em um texto para exemplificar a análise.
A análise sintática serve para tornar “claras e racionalmente perceptíveis as
relações entre os membros da frase” (sua concordância, sua regência, sua colocação); serve, mais, como elemento de verificação da boa construção de uma frase: “a análise lhe revelará o ponto fraco, a estrutura mal urdida”; permite, ainda, racionalizar a pontuação. (Cf. Gladstone Chaves de Melo, NMAS, 25, e Augusto Gotardelo, O Emprego da Vírgula, 3.) Advirto Não estudaremos a análise sintática apenas com a finalidade de aprendermos as diversas nomenclaturas. Isso seria um retrocesso. No entanto, não podemos desprezar os vários nomes existentes na sintaxe, pois eles nos ajudarão a racionalizar outros aspectos da nossa língua como: pontuação, regência, crase, concordância. Como estudaremos regência e crase, sem entendermos a predicação verbal (transitividade)? Como ensinarei concordância verbal a um aluno que não consegue achar o sujeito? Como racionalizaremos a pontuação, sem sabermos a diferença entre o adjunto adverbial e o aposto? Ressalto: a morfologia nos leva à análise sintática (sintaxe I) e esta nos leva à sintaxe II (chamo de sintaxe II as matérias que constituem finalidade: pontuação, regência, crase, concordância, colocação) MOFOSSINTAXE MORFOLOGIA SINTAXE Substantivo núcleo dos termos Artigo adjunto adnominal Adjetivo adjunto adnominal ou predicativo Advérbio adjunto adverbial Locução adverbial adjunto adverbial Preposição não possui função sintática Conjunção não possui função sintática Pronome substantivo núcleo dos termos Pronome adjetivo adjunto adnominal Numeral substantivo núcleo dos termos Numeral adjetivo adjunto adnominal Verbo VTD/VTI/VTDI/VI/VL Classifique sintaticamente os vocábulos em destaque. A primeira tarefa da Educação é ensinar (1)a ver… É através dos olhos que as crianças tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo… Os olhos tem de ser educados para que (2)nossa alegria aumente. “Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu. O educador diz: “Veja!” e, ao falar, aponta. O aluno olha (3)na direção apontada e vê o que nunca viu. (4)Seu mundo se expande. Ele fica (5)mais rico interiormente… E ficando mais rico interiormente ele pode sentir (6)mais alegria – que é a razão pela qual vivemos. Já li (7)muitos livros sobre Psicologia da Educação, Sociologia da Educação, Filosofia da Educação… Mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de (8)qualquer referência à Educação do Olhar. Ou à importância do olhar na educação, em qualquer um deles. A educação se divide em duas partes: Educação das Habilidades e Educação das Sensibilidades. Sem a Educação das Sensibilidades, todas as habilidades são (9)tolas e sem sentido. Os conhecimentos nos dão meios para viver. A sabedoria nos dá razões para viver. Quero ensinar às crianças. Elas ainda tem olhos (10)encantados. Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os (11)gregos, era o início do pensamento: a capacidade de se assombrar diante do banal. Para as crianças tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o voo dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra. Coisas que os eruditos não veem. (Rubem Alves)