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TIPOS DE TEXTOS
Classificar textos
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ensino superior, literatura e publicidade, entre outras); integra classes como
discurso jornalístico, político, jurídico, religioso, científico-académico,
literário, publicitário, etc.;
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Diz-se que uma classificação textual é fechada quando não é possível que, ao longo
dos tempos, novas classes venham a integrá-la ou que outras classes venham a ser
descartadas. Uma classificação textual é aberta sempre que seja possível incorporar
novas classes ou quando sucede que algumas deixem de ser usadas. Nesse sentido,
pode dizer-se que as classificações em modos literários, em tipos de textos e em
tipos de sequências textuais são fechadas, e as classificações em tipos de discurso e
em géneros são abertas.
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Uma das classificações mais frequentemente adotadas em contexto
didático é a que incide nos tipos de textos. Para ficar a conhecer de forma
sistemática a tipologia proposta por Werlich (1983) – que é possivelmente a
mais (re)conhecida classificação em tipos de textos –, interessa responder a
questões como as seguintes:
− o que são tipos de textos (segundo Werlich, 1983)?
− quais são os tipos de textos previstos nessa classificação?
− que critérios são usados para identificar e distinguir os tipos de textos?
− que propriedades se associa a cada tipo de texto?
Nas secções seguintes, reflete-se sobre estas questões e apresenta-se
textos que são exemplares de cada um dos tipos contemplados na
classificação de Werlich (1983).
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conteúdos manifestados nos textos de cada tipo e nos mecanismos
linguísticos usados em cada um deles.
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O texto instrucional também é, por vezes, designado texto injuntivo.
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Werlich (1983, p. 39) refere-se ao “foco contextual” de cada tipo de texto. Esta
designação pode ser interpretada como a finalidade que o autor do texto visa atingir
num dado contexto (em que se dirige a determinados interlocutores – investidos de
papéis socioprofissionais específicos –, em que se abordam certos temas, etc.)
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textos: a estruturação dos conteúdos no texto e as propriedades
linguístico-textuais. Estes critérios são de natureza eminentemente
textual; ao contrário dos outros (objetivo comunicativo e mecanismo
cognitivo predominante), são identificados no texto, e não meramente
deduzidos com base na análise de propriedades textuais.
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É conveniente referir também que um texto (em particular, se se trata
de um texto extenso) pode não ser exclusivamente de um dado tipo. Dito de
outro modo, cada texto pode integrar excertos de diversos tipos4. Assim, num
texto narrativo, podem ocorrer segmentos de tipo descritivo, argumentativo
ou expositivo, por exemplo. Num texto argumentativo, pode narrar-se um
episódio para ilustrar a tese que se defende (ou seja, ele pode integrar um
segmento de tipo narrativo). Diz-se, por isso, que os textos são, na maior
parte dos casos, predominantemente narrativos e não exclusivamente
narrativos5.
Nas secções seguintes, serão sistematizadas as principais propriedades
textuais geralmente associadas aos textos dos tipos indicados por Werlich
(1983) e serão apresentados exemplos de cada um deles.
Textos narrativos
Os textos narrativos têm como objetivo explicitar um conjunto de
eventos cronologicamente ordenados. Desse modo, subjaz-lhes o mecanismo
cognitivo de perceção dos acontecimentos no tempo.
A ocorrência de formas verbais de pretérito perfeito simples e de
adverbiais temporais é mais frequente em textos deste tipo. Constata-se
também que, neles, predomina a referência a eventos que se sucedem
cronologicamente e são quase sempre localizados num período de tempo
anterior àquele em que o texto é produzido. Estas propriedades fundamentam
a ocorrência frequente, por um lado, de formas verbais de pretérito perfeito
simples (coocorrendo com formas de pretérito imperfeito e de pretérito mais
que perfeito) e, por outro lado, de adverbiais temporais, que servem para
localizar as situações denotadas quer no eixo do tempo, quer umas
relativamente às outras.
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Esta constatação esteve na origem da proposta de uma classificação em
sequências textuais, inspirada na classificação em tipos de textos. De acordo com
o autor que a propôs (Adam, 1992), os textos integram geralmente sequências de
diversos tipos, ainda que um deles predomine em relação aos outros.
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Considera-se geralmente que há três maneiras de identificar que tipo predomina
num dado texto: i) o tipo que ocorre nos excertos com que se inicia e termina o texto
é frequentemente o tipo dominante; ii) o tipo mais extenso ao longo do texto é
geralmente o que predomina; iii) quando se sumaria um texto, o resumo obtido
revela geralmente o tipo dominante, porque é ele próprio predominantemente
narrativo, descritivo, argumentativo, etc. Cf. Adam (2005, p. 177-179) e Silva (2012,
p. 130).
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Outras propriedades que podem ser associadas a este tipo foram
sistematizadas por Adam (1992), incidindo a sua atenção não sobre o
conceito de tipo de texto, mas sobre o de sequência textual. De qualquer
modo, as suas propostas podem ser acolhidas no que diz respeito ao que se
tem designado nesta exposição por textos narrativos (ou textos de tipo
narrativo).
De acordo com este autor, as sequências narrativas caracterizam-se por
seis propriedades interligadas: i) a unidade temática pode ser entendida
como o facto de os conteúdos manifestados se desenrolarem em torno de
uma ou mais personagens; ii) observa-se, de igual modo, que as situações
referidas (eventos e estados) se sucedem temporalmente e iii) que há
relações de causalidade entre elas; além disso, iv) entre os momentos inicial
e final da intriga narrativa, há uma transformação de predicados, o que
equivale a dizer que a situação final é diferente da situação inicial da
narrativa; estas três propriedades conjugadas permitem concluir que v) os
conteúdos narrados configuram um processo; por fim, vi) de um texto
narrativo, pode-se extrair ou inferir uma avaliação, ensinamento ou lição de
moral.
O excerto seguinte constitui um exemplo de texto narrativo.
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Quando o chamaram para partir para Coimbra, lançou-se do leito de tal
modo transfigurado, que sua mãe, avisada do rosto amargurado dele, foi ao
quarto interrogá-lo e despersuadi-lo de ir enquanto assim estivesse febril.
Simão, porém, entre mil projetos, achara melhor o de ir para Coimbra,
esperar lá notícias de Teresa, e vir a ocultas a Viseu falar com ela.
Ajuizadamente discorrera ele; que a sua demora agravaria a situação de
Teresa.
Descera o académico ao pátio, depois de abraçar a mãe e irmãs, e beijar
a mão do pai, que para esta hora reservara uma admoestação severa, a ponto
de lhe asseverar que de todo o abandonaria se ele caísse em novas
extravagâncias. Quando metia o pé no estribo, viu a seu lado uma velha
mendiga, estendeu-lhe a mão aberta como quem pede esmola, e, na palma
da mão, um pequeno papel. Sobressaltou-se o moço; e, a poucos passos
distante de sua casa, leu estas linhas:
"Meu pai diz que me vai encerrar num convento por tua causa. Sofrerei
tudo por amor de ti. Não me esqueças tu, e achar-me-ás no convento, ou no
céu, sempre tua do coração, e sempre leal. Parte para Coimbra. Lá irão dar
as minhas cartas; e na primeira te direi em que nome hás de responder à tua
pobre Teresa".
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segmentos de tipo descritivo (com destaque sublinhado), como “este amor
era singularmente discreto e cauteloso”, “daquela voz que, um momento
antes, soluçava comovida por lágrimas de saudade”, “a apaixonada menina”
ou “pontos difíceis das matérias”. Esta constatação reitera o conhecido
preceito segundo o qual é possível descrever sem narrar, mas não é possível
narrar sem que haja um mínimo de descrição.
Alguns textos do género anedota adotam a estrutura de textos
narrativos curtos, quando manifestam eventos que se sucedem no tempo. É
o caso do exemplo seguinte.
Textos descritivos
Os textos de tipo descritivo dependem do processo cognitivo de
perceção das entidades no espaço e visam caracterizar uma dada entidade
(pessoa, animal, objeto, edifício, paisagem, etc.). Para tal, concretizam
movimentos como i) nomear essa entidade, ii) indicar as suas propriedades
e iii) listar as partes em que pode ser segmentada, além de se iv) proceder
à sua localização no espaço e/ou no tempo e, eventualmente, v) compará-la
com outras entidades.
Cada parte da entidade descrita pode, por sua vez, ser objeto de
descrição, num processo recursivo; por exemplo, se o objeto da descrição
global é um edifício, a descrição pode incidir em cada um dos vários andares
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que o constituem; cada andar, por seu turno, pode ser globalmente
caracterizado e segmentado em compartimentos (quartos, salas, etc.); cada
um dos compartimentos pode, novamente, ser caracterizado e segmentado
em partes (mobiliário, janelas, etc.); e assim sucessivamente.
Nestes textos, predomina geralmente o uso de formas verbais do
presente do indicativo ou do pretérito imperfeito. Também é comum os
conteúdos descritos apresentarem-se ordenados de tal forma que adotam
movimentos como os seguintes:
− das características físicas para as características psíquicas (no caso
de um retrato) ou vice-versa;
− do geral para o particular ou vice-versa;
− do maior para o menor ou vice-versa;
− do que está em cima para o que está em baixo ou vice-versa;
− do que está à esquerda em direção ao que está à direita ou vice-
versa;
− do que está em frente em direção ao que está atrás ou vice-versa.
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fazendo painel no lugar heráldico do Escudo de Armas, que nunca chegara a
ser colocado, e representando um grande ramo de girassóis atado por uma
fita onde se distinguiam letras e números de uma data. […]
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A cobertura da varanda de remate superior da construção é suportada
por esbeltas escoras de ferro, rematadas por florões de três pétalas em
chapa.
O varandim da varanda superior do edifício é constituído por uma
platibanda de granito que alterna espaços cheios com espaços de balaustrada
aberta.
Textos argumentativos
Os textos deste tipo assentam no mecanismo cognitivo de avaliação e
tomada de posição do locutor. Quando produz um texto argumentativo, o
sujeito falante pretende convencer ou persuadir os seus destinatários.
Assim, entre as características deste tipo de textos constam os
movimentos retóricos que consistem na apresentação de dados – que servem
de argumentos –, os quais permitem extrair uma dada conclusão (ou mais
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do que uma). Deste modo, cada texto argumentativo inclui um ou mais
movimentos retóricos que consistem na relação entre vários argumentos e
uma ou mais conclusões. Convencer os interlocutores de que a tese que o
autor defende é mais válida do que outra(s) tese(s) alternativa(s) constitui o
principal objetivo do autor de textos argumentativos.
A ordem de apresentação dos argumentos e das conclusões no texto
determina dois movimentos diferentes:
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Excerto extraído do editorial “A luta contra o tempo na guerra da Ucrânia”,
Manuel Carvalho
Neste excerto, o autor começa por expor a tese segundo a qual a invasão
da Ucrânia por soldados russos, em fevereiro de 2022, enfrentou uma
inesperada resistência. E essa ideia é reforçada pelo argumento de que, em
2014, quando a Crimeia foi anexada pela Rússia, não houve grande oposição
(militar ou mesmo político-diplomática) por parte dos ucranianos.
Depois, apresenta uma outra tese: a de que este conflito militar constitui
apenas uma parte de um conflito mais duradouro (militar ou não) entre a
Ucrânia e o Ocidente, por um lado, e a Rússia, por outro. E expõe dados
(neste caso, históricos, relativos a acontecimentos que se deram durante a
segunda guerra mundial) que parecem apoiar essa tese: em apenas dois
meses e meio, os soldados nazis tomaram Kiev, mas a guerra estendeu-se
por cerca de seis anos. Além disso, segundo o autor, mesmo que a Rússia
não venha a controlar militarmente toda a Ucrânia, terá o seu vizinho
dominado (e, neste caso, o leitor plausivelmente pode inferir que isso
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implicará não deixar os ucranianos decidirem livremente sobre as opções de
adesão à União Europeia e à NATO).
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Em todos os casos apresentados nos dois excertos, expõe-se a tese em
primeiro lugar, e só depois os argumentos que a fundamentam. Nesse
sentido, os vários movimentos retóricos atestados são de tipo regressivo.
Textos expositivos
Os textos expositivos visam manifestar conteúdos para que o
interlocutor fique a conhecer um pouco mais acerca do tema abordado.
Dependem do processo cognitivo de análise e síntese de representações
conceptuais.
Nem sempre é fácil distinguir textos argumentativos de textos
expositivos. Por exemplo, quanto às propriedades textuais que evidenciam,
a ocorrência de formas verbais de presente do indicativo e de conectores
lógico-causais é comum em textos de tipo argumentativo e expositivo. Assim,
pode ser necessário recorrer a ouros critérios para diferenciar os textos
destes dois tipos. Nesse sentido, pode-se considerar o objetivo pragmático
que o autor procura atingir. Com os textos argumentativos, procura-se
fundamentalmente avaliar e julgar, influenciando as opções do interlocutor,
isto é, convencendo-o acerca de algo ou persuadindo-o a agir de uma
determinada maneira. Contrastando com esta intenção, os textos expositivos
têm como principal objetivo fazer com que o interlocutor compreenda algo,
instruí-lo acerca de um dado tema. A finalidade visada é, então, um dos
critérios que permite diferenciar os textos de cada um destes dois tipos.
Os excertos seguintes constituem exemplares de textos
predominantemente expositivos.
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Homem foram ou são animais domados, isto é, nascidos em liberdade e
adaptados às várias funções. Os motivos da falta de sucesso da domesticação
dos elefantes incluem as despesas elevadas de manutenção, o longo período
de gestação e crescimento e o temperamento por vezes violento destes
animais. É por causa da sua personalidade que a grande maioria dos animais
domados são fêmeas; em contrapartida, elefantes de guerra eram (e, ainda
hoje, normalmente são) exclusivamente machos. […]
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Também este excerto configura um exemplo de texto expositivo, dado
que visa atingir a mesma finalidade: informar acerca do modo como se
processa a circulação sanguínea no corpo humano. Mas, à semelhança do que
já foi anteriormente observado, o excerto inclui segmentos que podem ser
considerados descritivos (como “O sistema cardiovascular divide-se em dois
circuitos distintos: a circulação pulmonar […] e a circulação sistémica […]”) e
narrativos (“A aurícula direita recebe o sangue venoso da circulação
sistémica, pobre em oxigénio. Daí passa para o ventrículo direito, onde é
bombeado para a artéria pulmonar e entra na circulação pulmonar. Nos
pulmões, o sangue liberta o dióxido de carbono e recebe o oxigénio inalado
pelo sistema respiratório. O sangue rico em oxigénio regressa então ao
coração esquerdo pelas veias pulmonares”).
Por isso se diz que o texto é predominantemente expositivo, e não
exclusivamente expositivo. Recorrer à finalidade comunicativa visada pelo
autor do texto pode ser indispensável para que se identifique adequadamente
o tipo em que um dado texto se insere. Neste caso, por exemplo, o principal
objetivo pretendido consiste em fazer com que o interlocutor compreenda
algo acerca de um dado tema (a circulação sanguínea), e não propriamente
explicitar eventos cronologicamente ordenados (como seria no caso de se
tratar de um texto de tipo narrativo) ou caracterizar uma dada entidade
(como seria no caso de se tratar de um texto de tipo descritivo).
Textos instrucionais
Os textos instrucionais dizem respeito à antevisão de comportamentos
futuros do interlocutor: sugerem, aconselham, recomendam ou prescrevem
o que o destinatário poderá ou deverá fazer para atingir uma determinada
finalidade. Subjaz-lhes o mecanismo cognitivo de planificação.
Os textos deste tipo visam uma finalidade prática, que consiste em
auxiliar o leitor a concretizar uma determinada tarefa ou adotar uma
determinada atitude. Por isso, expressam indicações que, em muitos casos,
devem ser seguidas numa ordem sequencial (por exemplo, nas instruções de
montagem de mobiliário, nas receitas de culinária ou no de uso de certos
produtos, como champôs, cremes, medicamentos, etc.). Muitas vezes, quer
o leitor do texto, quer o tempo em que as tarefas são concretizadas são
indeterminados (o que significa que quem escreve o texto pode não saber
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exatamente a que indivíduo específico se está a dirigir, nem em que momento
serão concretizadas as tarefas indicadas). Além disso, as formas verbais
predominantes possuem valor ilocutório diretivo (ou seja, aconselham,
recomendam ou prescrevem indicações que o leitor deverá seguir); trata-se,
geralmente, de formas verbais do imperativo, do presente do conjuntivo
(com valor de imperativo), do presente do indicativo (frequentemente com
sujeito indeterminado) ou do infinitivo não flexionado; tanto as formas de
presente do indicativo como as de presente do conjuntivo ocorrem
flexionadas na 3.ª pessoa do singular.
Nas alíneas seguintes, ilustra-se com exemplos a ocorrência destas
formas verbais:
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Excerto extraído do
Manual de instruções do aspirador robot Rowenta
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Paragem de emergência
Se o produto produzir um som ou odor estranho, ou fumo, desligue
imediatamente o interruptor principal de modo a evitar um incêndio ou danos
no robot).
Não coloque materiais inflamáveis perto do robot. Não coloque materiais
inflamáveis como gasolina, diluentes, etc., ou agentes químicos fortes como
detergentes, produtos de casa de banho, bebidas, etc. junto ao corpo
principal do robot (se o fizer pode provocar um incêndio ou danificar o robot).
Manuseamento da ficha
Não manuseie a ficha do adaptador com as mãos molhadas e segure-a bem
quando a retirar da tomada (não puxe pelo cabo). Quando retira a ficha do
adaptador, segure o corpo principal evitando o contacto com partes metálicas
(se não o fizer pode provocar um choque eléctrico).
Nota: Ligue à entrada de alimentação do carregador antes de ligar à tomada
de CA da parede.
Risco de quedas
O robot ROWENTA está equipado com sensores inteligentes de detecção de
espaço vazio que o impedem de cair. No entanto, podem ocorrer situações
nas quais os sensores de espaço vazio são menos eficientes, por exemplo,
junto de extremidades de escadas redondas, quando existem carpetes junto
a escadas, em superfícies escorregadias e quando os sensores estão
obstruídos. […]
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medicamentos em associação. Ao tomar outros medicamentos que
contenham paracetamol, tenha em atenção para não ultrapassar a dose
máxima diária.
Duração do tratamento
A não ser por indicação do médico, ben-u-ron não deve ser tomado durante
mais de 3 dias, nem em doses elevadas. Se os sintomas se agravarem ou
persistirem mais de 3 dias, deve consultar o seu médico.
Referências bibliográficas
Werlich, E. (1983). A text grammar of English. 2nd ed. Quelle & Meyer.
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