Você está na página 1de 86

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM BÁSICA


DISCIPLINA FUNDAMENTOS E TECNOLOGIAS NO
CUIDAR EM ENFERMAGEM II

Exames
Laboratoriais
Profa. Marluce Rodrigues Godinho
(Aula adaptada da Profa. Dra. Angélica C. O. Coelho)

Juiz de Fora
2016
Objetivos do dado
laboratorial
• Principais:
• Confirmar, estabelecer ou
complementar o diagnóstico clínico

• Secundários
• Fornecer elementos para auxiliar o
estadiamento e o prognóstico
• Estabelecer critérios de
normalidade
• Delinear fatores de risco
Atenção
• Indispensável que o preparo e a coleta do
material sejam realizados obedecendo a
determinadas regras

Necessário o…

• Uso de boas práticas para evitar variações e


situações que possam interferir com a exatidão
dos resultados
Condições que podem
interferir
• Idade

• Gênero

• Variação cronobiológica

• Posição

• Horário

• Jejum
Condições que podem
interferir
• Dieta

• Atividade física

• Uso de fármacos e drogas de abuso

• Material para coleta

• Aplicação de torniquete
Tipos de exames
• Exames de sangue

• Exames de urina

• Exames de fezes

• Escarro
Exames de sangue
Composição do sangue
• Uma pessoa em média tem aproximadamente 5
litros de sangue circulante (1/13 do peso
corporal).
• 3 Litros são plasma e 2 litros são células.
• O líquido plasmático provém do intestino e do
sistema linfático e proporciona o veículo para o
movimento celular.
Exames de sangue
Composição do sangue

• As células sanguíneas são classificadas em:


• Células brancas – leucócitos;
• Células vermelhas – eritrócitos;
• Plaquetas – trombócitos.

As células sanguíneas são produzidas na Medula


Óssea – responsável pela hematopoese
Exames de sangue
Composição do sangue

• Os leucócitos são ainda classificados como:


• granulócitos;
• Linfócitos;
• Monócitos;
• Neutrófilos;
• Eosinófilos;
• Basófilos.
Exames de sangue
Procedimentos para coleta de sangue

• O sangue de maneira geral é coletado em


seringas ou vácuo e armazenados em tubos.

• Cada cor (tampa do tubo) possui um material de


conservação em seu conteúdo próprio para
realização de diferentes exames.
Exames de sangue
• A análise pode ser feita no sangue total ou
plasma – tubo com anticoagulante e/ou
conservante específico

• A análise pode ser feita no soro – tubo não


contem nenhuma substância ou apenas um gel
separador
Cor da tampa, tipo de anticoagulante e teste
realizado para cada tipo de tubo

Hemograma Glicemia e lactato Sorológico e Bioquímico


Teste de pH Teste de coagulação
Coleta de sangue venoso
• Material necessário:
• Bandeja;
• Recipiente com álcool a 70%;
• Algodão;
• Luvas de procedimento;
• Seringa;
Coleta de sangue venoso
• Material necessário:
• Agulha ou dispositivo intravenoso;
• Garrote;
• Tubo de coleta;
• Estantes para os tubos;
• Etiquetas e ou caneta para a identificação das
amostras;
• Recipiente de paredes rígidas e próprio para
desprezar material perfuro-cortante.
Coleta de sangue venoso
• Conferir a prescrição médica para confirmar a
realização do procedimento e verificar os tubos
necessários;
• Preparar o material na bandeja;
• Identificar o tubo corretamente com nome do
paciente, leito, registro e assinatura de quem
realizou a coleta;
• Higienizar as mãos conforme rotina da instituição;
• Levar a bandeja para o quarto do paciente;
• Explicar o procedimento ao paciente;
Coleta de sangue venoso
• Solicitar ao paciente que se sente ou fique em
uma posição confortável;

• Posicionar o braço do paciente inclinado


levemente para baixo e estendido, formando
uma linha direta do ombro para o pulso;

• Escolher o local do acesso venoso, exponha a


área e verifique as condições das veias;
Locais de escolha para
venopunção
• Padrão H: (cefálica,
cubital mediana e
basílica) :70%

• Padrão M: (cefálica,
cefálica mediana,
basílica mediana e
basílica) assemelha-se
à letra M
Locais de escolha para
venopunção
Áreas a serem evitadas
• Membros com terapias intravenosas;

• Áreas cicatriciais de queimadura;


• Membro ao lado da mastectomia;
• Áreas com hematomas;

• Fístulas arteriovenosas, enxertos vasculares ou


cânulas vasculares;
• Veias trombosadas.
Técnicas para
evidenciação das veias
• Observação de veias calibrosas;

• Movimentação;

• Massagens;

• Palpação.

Atenção: não bater, pois pode causar hemólise.


Coleta de sangue venoso
• Aplicar torniquete (garrote) alguns centímetros
acima do local da punção (de 7,5 a 10 cm);
Precauções no uso do
torniquete
• Não exceder um minuto: estase localizada,
hemoconcentração e infiltração de sangue para os
tecidos – valores falsamente elevados;
• O uso inadequado pode levar à situação de erro
diagnóstico;
• Em caso de lesão escolher local alternativo e ou aplicar
o torniquete sobre a roupa;
• Não apertar intensamente o torniquete, pois o fluxo
arterial não deve ser interrompido;
• Se utilizar para seleção prévia da veia. Esperar dois
minutos para aplicá-lo novamente.
Coleta de sangue venoso
Coleta de sangue venoso
• Realizar a antissepsia do local com algodão
embebido em álcool a 70% com movimentos do
centro para a extremidade (não toque
novamente no local da punção);

• Permitir a secagem da área por 30 segundos


para prevenir hemólise da amostra e reduzir a
sensação de ardência na venopunção.

Obs: Se a venopunção for difícil de ser obtida e a


veia precisar ser palpada novamente, o local
escolhido deve ser limpo novamente.
Coleta de sangue venoso
• Não assoprar, não abanar e não colocar nada no
local;

• Manter o algodão seco entre os dedos e ou em


local próximo;

• Fazer a punção numa angulação oblíqua de 30o,


com o bisel da agulha voltado para cima;
Coleta de sangue venoso
Coleta de sangue venoso

Seringa ou vácuo?
Coleta de sangue venoso
Seringa
• Técnica antiga;
• É um procedimento de maior risco para o
profissional de saúde;
• NR32 (acidentes) – dispositivos de
segurança;
• Potenciais erros pré-analíticos (hemólise).
Coleta de sangue venoso
Coleta de sangue venoso
Vácuo

• É a técnica de coleta de sangue venoso reco-


mendada atualmente, devido a inúmeras vantagens:
• Facilidade no manuseio;
• Qualidade na obtenção da amostra e nos resultados;
• Conforto para o paciente (coleta rápida de vários
tubos);
• Sistema fechado – segurança para o profissional e
paciente.
Coleta de sangue venoso
Continuando as etapas da coleta...
Seringa
• Desgarrotear o braço do paciente assim que o sangue
começar a fluir dentro da seringa;
• Aspirar devagar o volume necessário, de acordo com a
quantidade de sangue requerida na etiqueta dos tubos a
serem utilizados;
• Retirar o dispositivo e realizar uma pressão com o
algodão seco no local da punção de 1 a 2 min;
• Descartar imediatamente a agulha em recipiente
adequado;
Coleta de sangue venoso
Coleta de sangue venoso
Coleta de sangue venoso
• Conectar o dispositivo de transferência na
seringa, introduzir os tubos a vácuo e aguardar o
sangue parar de fluir em direção ao interior do
tubo.
Coleta de sangue venoso
• Realizar a troca dos tubos sucessivamente
Sequência de coleta para tubos de vidro de coleta de
sangue
1. Frascos para hemocultura.
2. Tubos para soro vidro-siliconizados (tampa vermelha).
3. Tubos com citrato (tampa azul-claro).
4. Tubos para soro com ativador de coágulo com gel
separador (tampa amarela).
5. Tubos com heparina com ou sem gel separador de
plasma (tampa verde).
6. Tubos com EDTA (tampa roxa).
7. Tubos com fluoreto (tampa cinza).
Coleta de sangue venoso
• Homogeneizar imediatamente após a retirada
de cada tubo, invertendo-o suavemente de 5 a
10 vezes;
Coleta de sangue venoso
Vácuo

• Abrir o lacre da agulha de coleta múltipla de


sangue a vácuo em frente ao paciente e
rosquear a agulha no adaptador do sistema a
vácuo;
Coleta de sangue venoso
• Após puncionar inserir o primeiro tubo a vácuo;
• Quando o sangue começar a fluir para dentro do
tubo, desgarrotear o braço do paciente e pedir
para que abra a mão;
• Realizar a troca dos tubos sucessivamente;
• Homogeneizar imediatamente após a retirada
de cada tubo, invertendo-o suavemente de 5 a
10 vezes;
Coleta de sangue venoso
• Retirar o dispositivo e realizar uma pressão com
o algodão seco no local da punção de 1 a 2 min;

• Descartar a agulha imediatamente após sua


remoção do braço do paciente, em recipiente
para materiais perfurocortantes;

• Fazer curativo oclusivo no local da punção;


Coleta de sangue venoso
• Orientar o paciente a não dobrar o braço, não
carregar peso ou bolsa a tiracolo no mesmo lado
da punção por, no mínimo, 1 hora, e não manter
a manga dobrada, pois pode funcionar como
torniquete;
Coleta de sangue venoso
• Verificar se há alguma pendência, fornecendo
orientações adicionais ao paciente;
• Certificar-se das condições gerais do paciente,
perguntando se está em condições de se
locomover sozinho e, em caso afirmativo, liberá-
lo;
• Colocar as amostras em local adequado ou
encaminhá-las imediatamente ao laboratório.
Deve-se respeitar sempre o procedimento
operacional do laboratório.
Cuidados para uma
punção bem sucedida
• Sempre puncionar a veia com o bisel voltado para
cima;
• Respeitar a proporção sangue/aditivo no tubo;

• Introduzir a agulha mais ou menos 1 cm no braço;

• Respeitar a angulação de 30o (ângulo oblíquo), em


relação ao braço do paciente;
• Deve-se tomar cuidado quando o sangue não for
obtido logo na primeira punção, para evitar
complicações.
Problemas e alternativas
• Bisel está encostado na parede superior da veia.

• O ideal é inclinar um pouco para cima e avançar


um pouco a agulha, permitindo a passagem do
fluxo sanguíneo.
Problemas e alternativas
• A parte posterior da agulha encostada na parede da
veia.

• Retroceder um pouco com a agulha e girar


sutilmente o adaptador ou a seringa, permitindo a
recomposição do fluxo sanguíneo.
Problemas e alternativas
• Veia transfixada.

• Neste caso, deve-se retroceder um pouco a


agulha, observando a retomada do fluxo.
Problemas e alternativas
• Penetração parcial na veia.

• É eminente a formação de hematoma. Para evitar


que seja feita uma segunda punção, deve-se
introduzir um pouco mais a agulha no braço do
paciente, tranquilizando-o. Após o término da
coleta, fazer compressa com gelo.
Problemas e alternativas
• Colabamento venoso.

• Retirar ou afrouxar o torniquete, para permitir o


restabelecimento da circulação. Em seguida, re-
troceder um pouco a agulha, para permitir que o
fluxo sanguíneo desobstrua.
Coleta de sangue venoso
OBS

• Se a venopunção for difícil de ser obtida e a veia precisar


ser palpada novamente para efetuar a coleta, o local
escolhido deve sofrer antissepsia novamente.

• Nunca deixe o torniquete aplicado por mais de 1 minuto;

• Nunca retire a agulha sem remover o torniquete;

• Nunca agite vigorosamente os tubos, apenas inverta-os


repetidas vezes.
Coleta de sangue venoso
OBS

• Realocação lateral da agulha nunca deve ser


tentada;

• Tentar coletar o material com outro tubo, se o


utilizado inicialmente falhar por qualquer defeito
(por exemplo, por falta de vácuo);

• Não são recomendados os movimentos de busca


aleatória da veia – induz hemólise e hematomas;
• Não é recomendável que o mesmo flebotomista
tente mais de duas vezes uma venopunção
Tipos de exames de
sangue
HEMOGRAMA

•Consiste na contagem de leucócitos,


hemácias e plaquetas. Além da determinação
da hemoglobina, hematócrito e índices
hematológicos.
Tipos de exames de
sangue
HEMOGRAMA
• Contagem de leucócitos
• Contagem de hemácias
• Hematócrito
• Hemoglobina
• VCM: refere-se ao tamanho da hemácia
• HCM: é a quantidade de hemoglobina presente
nas hemácias.
• Contagem de plaquetas
Tipos de exames de
sangue
HEMOGRAMA

• Para realização deste exame, não é necessário


jejum (jejum de 4 horas), mas refeições ricas em
gordura podem alterar o resultado;

• Desidratação ou hiperhidratação alteram o


resultado.
Valores de referência
Valores de referência
Tipos de exames de
sangue
• Leucocitose: Contagem de leucócitos
>11.000/mm3
• Ocorre em casos de infecção aguda;
traumatismos (cirurgias); neoplasias malignas,
toxinas, drogas, etc

• Leucopenia: CL<4.000/mm3
• Ocorre em casos de infecções virais, anemia
perniciosa, distúrbios primários da medula óssea.
Tipos de exames de
sangue
Glicemia
• Glicemia de jejum (jejum de 8 a 10 horas) – 70 a 99
mg/dL
• 100 a 125 mg/dL – intolerância aos carboidratos
• 126 mg/dL em duas aferições sem sintomas – valor
diagnóstico para diabetes

• Glicemia pós-prandial e Glucose Tolerance Test


(GTT)
• >200mg/dL - valor diagnóstico para diabetes
• 140 a 199mg/dL - intolerância aos carboidratos
• <140mg/dL – exclui diagnóstico de diabetes.
Tipos de exames de
sangue
• Glicemia de jejum e após 75 gr = GTT

GLICEMIA DE JEJUM

INGERIR SOLUÇÃO DE GLICOSE 75 Gr GLICOSE EM 300 ML DE ÁGUA

GLICEMIA APÓS 2 HORAS


Tipos de exames de
sangue
• Lipídios – Jejum de 12 a 16 horas
• Colesterol total
• Frações:
• HDL
• LDL
• Colesterol não HDL

• Triglicerídeos – Jejum de 12 a 14 horas


Valores de referência
Valores de referência

• Colesterol não HDL


• Ótimo - <130mg/dL
• Desejável – 130 a 159mg/dL
• Alto – 160 a 189mg/dL
• Muito alto – maior ou igual a 190mg/dL
Valores de referência
Coleta de sangue arterial
• Punção arterial:
- A coleta de sangue arterial tem como objetivo
analisar os gases do sangue (gasometria).
Esse exame é utilizado para avaliação de
doenças respiratórias e de outras condições
que afetem os pulmões, além de determinar a
eficiência da oxigenioterapia.
Coleta de sangue arterial
Recomendações
• A artéria radial é mais utilizada, por ser de
fácil acesso, palpável e não estar associada
a complicações graves

• Heparinizar seringa
Punção capilar

A punção capilar é um meio


seguro e eficiente para
coletar uma amostra de
sangue quando somente
uma pequena quantidade de
sangue é necessária.
Punção capilar
• Se a saída de sangue for insuficiente, deve-se
ordenhar o dedo a partir da base
Punção capilar
Locais de punção

• Crianças > de 1 ano e adultos - Superfície


palmar da falange distal (extremidade) dos
dedos médio ou anelar em crianças maiores de
um ano ou em adultos
Punção capilar

• Crianças < de 1 ano -


Superfície plantar lateral ou
medial do calcanhar (área
de menor risco).
Exame de urina
EAS: exame dos elementos anormais do sedimento

• Consta de uma análise em 3 partes:


• o exame físico: cor, odor, turvação, etc,
• o exame químico: feito com fita reagente para urinálise
(hemoglobina, proteína, glicose, corpos cetônicos, nitrito
etc, Trichomonas sp.) e etc.
• a sedimentoscopia: que é a análise microscópica do
sedimento da urina: Células epiteliais descamativas,
Leucócitos, Hemácias, Bactérias, Filamentos de muco,
Cristais, Artefatos (como por exemplo fibras de algodão),
parasitas.

• Deve ser colhida após antissepsia local, desprezando-


se o primeiro jato e coletando-se o jato médio.
Exame de urina
Urina de 24 horas
• Tem como objetivo, medir a quantidade de urina que o rim
elimina em 24 horas, e avaliar alguns valores anormais, como
proteinúria e o clearence de creatinina

• Fornecem resultados mais consistentes.


• A composição final da urina varia a cada momento de forma
significativa dependendo da ingesta hídrica, da dieta e estado
metabólico. Algumas substâncias de interesse apresentam rítmo
circadiano.

Mede a taxa de filtração dos rins, ou seja, a medição de


quantos mililitros de sangue os rins filtram por minuto. É o
principal modo de avaliar a função renal.
Exame de urina
• Orientações para coleta de Urina de 24 horas
• Esvaziar a bexiga às 7 h ou em outro horário
específico pré-determinado;
• Coletar todo o volume das urinas posteriores até
as 7 h do dia seguinte ou até o horário
especificado;
• Encaminhar todo o volume de urina ao serviço de
saúde e ou laboratório imediatamente após o
término da coleta, identificando todos os frascos;
• Manter o frasco fechado durante os intervalos de
coleta, sem expô-lo à luz e ao calor excessivos.
Exame de urina
Exame de urina
• PACIENTE COM CATETERISMO VESICAL
• A bolsa de drenagem de urina é considerada
como contaminada;
• A desconexão do sistema aumenta a possibilidade
de infecções;
Exame de urina
Exame de urina
• Atenção
• O ponto de clampeamento deve ser justamente
abaixo da via de coleta. Certifique-se de soltar a
pinça ou o clamp da sonda após a coleta.
• Na urocultura o frasco deve ser obrigatoriamente
estéril.
Exame de fezes
• Utilizado para distúrbios gastrintestinais,
detectando sangramento, parasitoses, colite,
aumento da excreção de gordura, icterícia
obstrutiva, entre outras.
Exame de fezes
Orientações ao paciente – EPF e cultura
• Utilizar um frasco plástico comum (se cultura,
estéril);
• A amostra poderá ser coletada em qualquer
horário e, preferencialmente, entregue ao
laboratório em até 2 horas. Caso contrário,
conservar a amostra em geladeira até a entrega
no laboratório com prazo máximo de 12 horas;
• Coletar várias porções das fezes e colocar no
frasco.
Exame de fezes
Orientações ao paciente – coleta de fezes com MIF
• Utilizar um frasco plástico com conservante;
• A amostra deverá ser coletada em dias consecutivos ou
alternados;
• Colocar todas as amostras dentro do mesmo frasco, até
obter o número de coletas desejado;
• O volume total de amostras não deve ultrapassar o volume
do líquido;
• Retirar pequenas frações de fezes em diferentes partes do
bolo fecal, de todas as coletas;
• Misturar as fezes com o conservante. Não precisa
refrigerar;
• Encaminhar ao laboratório;
• O conservante tem validade de até 7 dias após misturado
as fezes.
Exame de fezes
Orientações ao paciente – Sangue oculto
• Orientar o paciente, junto a nutricionista, a
realizar durante 4 dias a dieta, evitando
alimentos de cor.
• Não ingerir medicamentos a base de ferro ou
medicamentos que podem causar irritações
gastrintestinal (ex: aspirina e vitamina C)
• Coleta apenas uma amostra de fezes.
• Evitar coletar no período menstrual ou com
alguma alteração que possa interferir no exame.
Exame de escarro
• O exame objetiva a verificação da microbiota
pulmonar, diagnósticos de processos neoplásico,
auxílio de doenças parasitárias, infecciosas e
alérgicas
Exame de escarro
Orientações ao paciente
• A coleta deve ser feita pela manhã, antes do
consumo de alimentos e bebidas;
• O paciente não deve realizar higiene oral. Apenas
enxaguar a boca e fazer gargarejo com água;
• Orientar ao paciente a não coletar saliva e ou
secreção nasal;
• A amostra deve ter volume maior que 2 ml.
Exame de escarro
Observação

• Em caso de suspeita de doença por fungos ou


micobatérias deve ser coletado de 2 a 3
amostras em dias consecutivos.
Referências
• BARROS, L.B.L e cols. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstico de
enfermagem no adulto. 2ed. Porto Alegre: Artemed, 2016.

• CARMAGNANI, M.I.S, et al. Procedimentos de enfermagem: guia prático.


Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.

• POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro.


Elsevier, 2009.

• Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/medicina


laboratorial para coleta de sangue venoso. 2a edição. Barueri, SP : Minha
Editora, 2010.

• WHITE, L., DUNCAN, G., BAUMLE. Fundamentos de enfermagem básica:


Tradução da 3 Edição Norte Americana. São Paulo:Cengage Leaarning,
2012.

Você também pode gostar