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APOSTILA

Lagoa Da Canoa AL

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MÉRITO APOSTILAS
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Língua Portuguesa

LÍNGUA PORTUGUESA

MÉRITO
Apostilas 1
Leitura, compreensão e interpretação de textos

Leitura, compreensão e
interpretação de textos

MÉRITO
Apostilas 1
Leitura, compreensão e interpretação de textos

Compreensão e interpretação de texto são duas ações que estão relacionadas,


uma vez que quando se compreende corretamente um texto e seu propósito
comunicativo chegamos a determinadas conclusões (interpretação).
A compreensão de um texto é a análise e decodificação do que está realmente
escrito, seja das frases ou das ideias presentes.

Já a interpretação de texto, está ligada às conclusões que podemos chegar ao


conectar as ideias do texto com a realidade. É o entendimento subjetivo que o
leitor teve sobre o texto.

É possível compreender um texto sem interpretá-lo, porém não é possível


interpretá-lo sem compreendê-lo.

Compreensão de texto

A compreensão de texto significa decodificá-lo para entender o que foi dito. É a


análise objetiva e a assimilação das palavras e ideias presentes no texto.

As expressões que geralmente se relacionam com a compreensão são:

• Segundo o texto…

• De acordo com o autor…

• No texto…

• O texto informa que...

• O autor sugere…

Interpretação de texto

A interpretação do texto é o que podemos concluir sobre ele, após estabelecer


conexões entre o que está escrito e a realidade. São as conclusões que podemos

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

tirar com base nas ideias do autor. Essa análise ocorre de modo subjetivo e está
relacionada com a dedução do leitor.

Na interpretação de texto, as expressões geralmente utilizadas são:

• Diante do que foi exposto, podemos concluir…

• Infere-se do texto que…

• O texto nos permite deduzir que…

• Conclui-se do texto que...

• O texto possibilita o entendimento de...

Item Compreensão Interpretação


Análise objetiva do conteúdo,
A conclusão subjetiva do texto. É o que o leitor entende
Definição compreendendo frases, ideias e
que o texto quis dizer.
dados presentes no texto.
As informações necessárias estão A informação vai além do que está no texto, embora
Informação
dispostas no texto. tenha uma relação direta com ele.
Análise Objetiva. Ligada mais aos fatos. Subjetiva. Pode estar relacionada a uma opinião.

A Importância da Leitura

Tanto a leitura quanto a escrita são práticas sociais de importância fundamental


para o desenvolvimento da cognição humana. Ambas asseguram o
desenvolvimento do intelecto e da imaginação e conduzem à aquisição de
conhecimentos.

Quando lemos, existem várias conexões no cérebro que nos permitem desenvolver
nosso raciocínio. Além disso, por meio dessa atividade, aprimoramos nosso senso
crítico por meio da capacidade de interpretar.

Nesse sentido, vale lembrar que a “interpretação” dos textos é uma das chaves
básicas da leitura. Afinal, não basta ler ou decodificar códigos de linguagem, é
preciso entender e interpretar essa leitura.

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

Exercícios

1 - (Enem-2012)

Figura 1: Fonte: www.ivancabral.com.

O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações


visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre
à:

a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para


transmitir a ideia que pretende veicular.

b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.

c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população


pobre e o espaço da população rica.

d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.

e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira


de descanso da família.

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

2. (Enem-2019)

Qual a diferença entre publicidade e propaganda?

Esses dois termos não são sinônimos, embora sejam usados indistintamente no
Brasil. Propaganda é a atividade associada à divulgação de ideias (políticas,
religiosas, partidárias etc.) para influenciar um comportamento. Alguns exemplos
podem ilustrar, como o famoso Tio Sam, criado para incentivar jovens a se alistar
no exército dos EUA; ou imagens criadas para “demonizar” os judeus, espalhadas
na Alemanha pelo regime nazista; ou um pôster promovendo o poderio militar da
China comunista. No Brasil, um exemplo regular de propaganda são as campanhas
políticas em período pré-eleitoral.

Já a publicidade, em sua essência, quer dizer tornar algo público. Com a Revolução
Industrial, a publicidade ganhou um sentido mais comercial e passou a ser uma
ferramenta de comunicação para convencer o público a consumir um produto,
serviço ou marca. Anúncios para venda de carros, bebidas ou roupas são exemplos
de publicidade. VASCONCELOS, Y. Fonte: https://mundoestranho.abril.com.br.

A função sociocomunicativa desse texto é

a) ilustrar como uma famosa figura dos EUA foi criada para incentivar jovens a se
alistar no exército.

b) explicar como é feita a publicidade na forma de anúncios para venda de carros,


bebidas ou roupas.

c) convencer o público sobre a importância do consumo.

d) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.

e) divulgar atividades associadas à disseminação de ideias.

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Leitura, compreensão e interpretação de textos

Gabarito

1 - (Enem-2012)

Resposta correta: a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão


“rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular.

A questão é um bom exemplo de compreensão e interpretação de texto visual.

O humor gerado pela charge advém da polissemia da palavra "rede", ou seja, dos
diferentes significados que ela carrega.

Na cultura indígena, a rede é um objeto utilizado para dormir. Já rede social, termo
que surgiu por meio do avanço da internet, representa espaços virtuais de
interação entre grupos de pessoas ou de empresas.

Uma interpretação que podemos obter com a observação da charge é sobre a


desigualdade social que atinge muitas pessoas as quais não possuem condições
financeiras de ter acesso à internet.

2. (Enem-2019)

Resposta correta: d) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.

Essa é uma questão de compreensão e interpretação de um texto escrito.

Depois da leitura atenta do texto, fica claro entender qual sua finalidade:
esclarecer sobre dois conceitos que são utilizados como sinônimos pelo senso
comum.

Assim, trata-se de um tipo de texto explicativo que utiliza alguns exemplos para
ilustrar os conceitos de publicidade e propaganda.

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Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

Polissemia, Ironia, Comparação,


Ambiguidade, Citação, Inferência,
Pressuposto

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Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

Ambiguidade

Ambíguo é tudo aquilo que pode ter mais de um sentido.

Você sabia que ambiguidade também pode ser chamado de “Anfibologia”?

Anfibologia vem do grego amphibolia e é considerado um vício de linguagem. É a duplicidade de


sentido em uma construção sintática, quando permite mais de uma interpretação.

A ambiguidade pode ser proposital ou não. Quando não é proposital, pode-se chamar de ato
falho ou acontecer por descuido de quem fala ou escreve na organização sintática.

Ex.: Matarei o porco do meu tio hoje. (Matarei o animal que pertence ao meu tio? Ou, além de
xingar meu tio, ainda cometerei um assassinato?)

Existem dois tipos de ambiguidade, a lexical e a estrutural.

a) Ambiguidade Lexical

Quando uma determinada palavra pode assumir mais de um significado, como acontece com a
polissemia

Ex.: Pedi o prato mais caro!

b) Ambiguidade Estrutural

Quando a ambiguidade é provocada pela posição das palavras em um enunciado, gerando má


compreensão.

Ex.: Ana ficou chateada com minha irmã por sua casa estar desarrumada. (A casa de quem está
desarrumada? De Ana ou de minha irmã?)

A palavra “sua” pode referir-se tanto à casa de Ana quanto à de minha irmã, causando a
ambiguidade.

Polissemia

Você sabia que existe um termo oposto a “Polissemia”? Monossemia é quando uma palavra
assume apenas um significado.

A palavra “polissemia” é originária do grego polysemos, que significa “algo que tem muito s
significados”.

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Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

A palavra “vela”, por exemplo, dependendo do contexto, pode significar a vela de um barco, uma
vela feita de cera para iluminar ou pode ser uma conjugação do verbo “velar” (Ela vela por seu filho
durante o sono).

Existe bastante confusão entre polissemia e homonímia. Para desfazer a confusão, basta
prestarmos atenção em alguns pontos.

A palavra “manga” possui significados e conceitos completamente diferentes: uma fruta ou a


parte de uma camisa. Não há relação entre um significado e outro, o que constitui homonímia.

Já a palavra “letra” pode significar um elemento básico do alfabeto, o texto de uma canção ou a
caligrafia de uma pessoa, neste caso, temos a polissemia, uma vez que todos os significados estão
relacionados ao mesmo conceito: “a escrita”.

Ironia

Outro efeito de sentido muito comum é a ironia que consiste na utilização de determinada
palavra ou expressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um novo sentido, gerando
um efeito de humor.

Exemplos:

– Que menino educado! Entrou sem cumprimentar ninguém!

–Vai ver se estou na esquina!

Comparação

Comparação é uma figura de linguagem caracterizada pela analogia explícita entre termos de um
enunciado, já que conta com a presença de conjunção ou locução conjuntiva comparativa. Isso já não
acontece com a metáfora, que também realiza uma analogia, porém sem a presença desse tipo de
conectivo. Já os símiles híbridos consistem na combinação entre uma comparação e uma metáfora.

Exemplos de comparação

A comparação é uma figura de linguagem em que se percebe a analogia explícita entre dois ou
mais termos, pois está sempre acompanhada de uma conjunção ou locução conjuntiva comparativa.

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Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

O que é uma citação?

A citação é uma ferramenta textual para que você dê credibilidade ao que escreveu. Ela é uma
parte de um texto consultado por você e pode ser utilizada em diversos textos, inclusive, na redação
do Enem!

Pois é, se você está na saga de se preparar para este exame e demais vestibulares, fique atento
às citações, elas podem ser um diferencial em sua prova escrita.

Por que fazer uma citação em seu texto?

Bom, a citação deve ser empregada em sua redação ou qualquer que seja o tipo de texto escrito
por você para dar credibilidade ao que você escreveu. Ela serve para embasar o seu ponto de vista,
convencendo o leitor de que sua ideia está correta e que mais pessoas, inclusive o especialista citado
por você, acreditam nela.

As citações são supervaliosas, já que validam o que está escrito por você. Essas citações po dem
ser empregadas em diferentes gêneros textuais, sejam eles falados ou escritos.

Se, por exemplo, você foi escolhido para ser orador de sua turma do 3º ano, irá preparar um
discurso daqueles, não é? Pois bem, nesse discurso você provavelmente irá citar alguém que inspirou
você e seus colegas a serem melhores e buscarem seus sonhos. Pode ser um professor, um
coordenador, ou mesmo uma figura mais conhecida, como o Paulo Freire, se quiser falar sobre o
poder transformador da educação.

Porém, se você estiver superconcentrado em sua redação do Enem e quiser garantir a maior
nota possível, deve puxar pela memória alguma citação de alguém famoso para incluir e impressionar
o corretor de sua redação.

Além de enriquecer e embasar a sua argumentação, a citação ainda mostra que você possui um
repertório cultural. O que culminará em pontos nas competências 2, 3 e 4. Veja abaixo sobre o que
cada uma delas cobra:

Competência 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de


conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-
argumentativo.

Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e


argumentos em defesa de um ponto de vista.

Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a


construção da argumentação.

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Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

Inferência

O texto não se reduz à palavra, por isso é importante aprender a ler outras linguagens, não só a
escrita. Antigamente, aprendia-se a ler somente textos literários, não havendo a preocupação de
como os textos não literários seriam lidos. Atualmente, busca-se formar cidadãos, portanto, a leitura
ganhou novo significado.

Ler é um exercício. Levantar hipóteses, analisar, comparar, relacionar são passos que auxiliam
nessa tarefa. Entretanto, existe uma habilidade que merece destaque: a inferência.

Segundo Houaiss, inferir é: concluir pelo raciocínio, a partir de fatos, indícios; deduzir.

Entretanto, na prática, como isso pode ajudar na interpretação? Ao ler um texto, as informações
podem estar explícitas ou implícitas. Inferir é conseguir chegar a conclusões a partir dessas
informações.

Pressupostos

Pressupostos são informações que, como o próprio nome diz, se pressupõe de outras
informações adicionais. Elas são facilmente identificadas e compreendidas a partir de expressões ou
até mesmo palavras presentes nas orações.

Assim, o pressuposto se destaca por permitir que o leitor consiga identificá-la por meio do
implícito. O pressuposto, dessa maneira, se torna verdadeiro e irrefutável por estar presente na
oração.

Exemplos de pressupostos

Decidi parar de comer carne.

Pressuposto: A pessoa comia carne antes.

Finalmente acabei meu livro.

Pressuposto: Demorou um longo tempo para finalizar o livro.

Alunos que estudam pela manhã têm melhor rendimento.

Pressuposto: Alguns alunos não estudam pela manhã.

Marcas linguísticas dos pressupostos

Identificar verbos que indicam sentido de fim, mudança, continuidade: começar, deixar, acabar,
continuar e etc…;
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Polissemia, Ironia, Comparação, Ambiguidade, Citação, Inferência, Pressuposto

Advérbios dos mais variados tipos: finalmente, já, depois, felizmente e demais…;

Pronome de introdução: que;

Locuções indicadoras de circunstância: depois que, visto que, desde que…;

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Linguagem Verbal E Não Verbal

Linguagem Verbal E Não Verbal

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Linguagem Verbal E Não Verbal

Linguagem Verbal E Não Verbal

Linguagem não verbal

Outra forma de comunicação que não ocorre por meio de sinais falados ou escritos é a
linguagem não verbal. Então, basicamente, ele lida com imagens. Neste caso, o símbolo é usado. A
linguagem não verbal consiste em gestos, tom de voz, entre outras coisas. Portanto, é possível
perceber que a ausência de palavras não significa ausência de texto. Por exemplo: - Se uma pessoa
está dirigindo e vê um sinal vermelho, qual é a primeira reação? Pare.

Bem, esta comunicação é feita em linguagem não verbal.

Ao contrário do que muitos pensam, a linguagem não verbal é constantemente utilizada na vida
das pessoas. Um exemplo disso são os semáforos. Gestos e linguagem corporal também são
classificados como linguagem não verbal. Por exemplo: - Se um pai diz rispidamente, gritando e
agressivamente que ama seu filho, ele interpreta dessa forma? Provavelmente não.

Linguagem mista ou linguagem híbrida

A comunicação humana é quase sempre criada através de gestos e palavras, portanto é uma
combinação de duas linguagens. Essa interseção é definida como uma linguagem mista. Isso também
pode ser visto em desenhos animados que se comunicam com imagens e palavras. Acelerando a
compreensão e a interpretação na comunicação todo ato comunicativo ocorre por meio do uso da
linguagem, que pode ser definida como linguagem verbal e não verbal. Em outras palavras, essas
formas de linguagem são definidas como categorias de comunicação. Isso significa que enviar ou
receber uma mensagem requer a ação de um remetente e um destinatário.

Linguagem verbal: Também chamada de linguagem verbalizada, é expressa por meio de palavras
escritas ou faladas.

Linguagem não verbal: utiliza sinais visuais como gestos, postura, desenhos, sinais, música.

Além dessas, outra forma de linguagem pode ser utilizada na vida cotidiana, uma língua mista,
também conhecida como língua híbrida. É possível encontrar idiomas falados e não falados juntos
para transmitir uma única mensagem. Um exemplo de linguagem mista pode ser encontrado na caixa
de desenho se você encontrar uma imagem e um espaço com texto ao redor da imagem. Tanto a foto
quanto o texto tiveram um impacto significativo na compreensão da mensagem.

Comunicação x Linguagem verbal e não verbal

A comunicação é um processo de troca de informações entre emissor e receptor. Um aspecto


que pode atrapalhar esse processo é o código utilizado, que deve ser mutuamente inteligível,

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Linguagem Verbal E Não Verbal

portanto a linguagem verbal e a não verbal são componentes que fazem parte dos elementos da
comunicação.

Linguagem falada

Quando você fala com alguém, lê um livro ou uma revista, esta palavra é usada como um código.
Esse tipo de linguagem, como vimos no início do texto, é conhecida como linguagem falada, podendo
ser escrita ou falada. É certamente a linguagem mais comum na vida cotidiana. Quando alguém
escreve uma mensagem em, por exemplo, uma rede social, ele utiliza a linguagem verbal, ou seja,
transmite informações por meio de palavras. Como exemplo dessa definição, veja-se o poema de
Fernando Pessoa, que expressa seus sentimentos com palavras.

"Questão 01 - (Enem/2013)

Casados e independentes

Um novo levantamento do IBGE mostra que o número de casamentos entre pessoas na faixa dos
60 anos cresce, desde 2003, a um ritmo 60% maior que o observado na população brasileira como um
todo…

Os gráficos expõem dados estatísticos por meio de linguagem verbal e não verbal. No texto, o
uso desse recurso

A) exemplifica o aumento da expectativa de vida da população.

B) explica o crescimento da confiança na instituição do casamento.

C) mostra que a população brasileira aumentou nos últimos cinco anos.

D) indica que as taxas de casamento e emprego cresceram na mesma proporção.

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Linguagem Verbal E Não Verbal

E) sintetiza o crescente número de casamentos e de ocupação no mercado de trabalho.

Alternativa E"

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Gêneros e tipos textuais

Gêneros e tipos textuais

MÉRITO
Apostilas 1
Gêneros e tipos textuais

A comunicação é um processo que envolve o uso de signos e regras semióticas¹


entre os interlocutores para a troca de informações entre si. A operação básica de
enviar e receber outra mensagem configura o principal processo social por meio da
linguagem.

Por meio da linguagem, você pode interagir com outras pessoas e alterar as
palavras de acordo com o contexto. Observe que, ao longo do dia, podemos estar
envolvidos em diferentes tipos de situações, cada uma das quais requer um
comportamento de linguagem apropriado.

O resultado é o surgimento do tipo e gênero de texto. Nestes casos, o locutor ou


autor lança os alicerces para a construção de um determinado discurso de forma a
atendê-lo efetivamente.

¹ Semiótica é o estudo dos signos, que consistem em todos os elementos que


representam algum significado e sentido para o ser humano, abrangendo as
linguagens verbais e não-verbais. Fonte: Significados.

Gêneros e tipos textuais


O tipo de texto, ou tipo textual, é configurado como um modelo fixo e abrangente
projetado para distinguir e definir a estrutura, bem como os aspectos linguísticos
da narrativa, ensaio, descrição e explicação. Os tipos de texto têm uma estrutura
definida e possibilidades limitadas, que variam de cinco a nove tipos.

Por outro lado, os gêneros textuais apresentam maior diversidade e


desempenham funções sociais específicas. Além disso, mesmo que as
características principais sejam mantidas, elas estão sujeitas a alterações com o
tempo.

Um exemplo prático: carta. Até recentemente, era um dos principais meios de


comunicação para a escrita à distância.

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Gêneros e tipos textuais

Gêneros Textuais
Cada texto possuiu uma estrutura e linguagem. Existem inúmeros gêneros textuais
dentro das categorias tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros textuais
são estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de textos: narrativo,
descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e injuntivo.

Tipos textuais
A tipologia textual é classificada de acordo com a estrutura e a finalidade de um
texto. Cada tipo de texto cumpre uma função e, para isso, possui um modo
específico de enunciar e realizar a comunicação.

1- Texto Narrativo

Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no


espaço. A estrutura da narração é dividida em: apresentação,
desenvolvimento, clímax e desfecho.

Exemplos de gêneros textuais narrativos:

• Romance

• Novela

• Crônica

• Contos de Fada

• Fábula

• Lendas

2- Texto Descritivo

Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa,


objeto, lugar, acontecimento. Dessa forma, são textos repletos de adjetivos,

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Gêneros e tipos textuais

os quais descrevem ou apresentam imagens a partir das percepções


sensoriais do locutor (emissor).

Exemplos de gêneros textuais descritivos:

• Diário

• Relatos (viagens, históricos, etc.)

• Biografia e autobiografia

• Notícia

• Currículo

• Lista de compras

• Cardápio

• Anúncios de classificados

3- Texto Dissertativo-argumentativo

Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou


assunto por meio de argumentações. São marcados pela defesa de um ponto
de vista, ao mesmo tempo que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura
textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese
(desenvolvimento), nova tese (conclusão).

Exemplos de gêneros textuais dissertativos:

• Editorial Jornalístico

• Carta de opinião

• Resenha

• Artigo

• Ensaio

• Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado

4
Gêneros e tipos textuais

4- Texto Expositivo

Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por


meio de recursos como: definição, conceituação, informação, descrição e
comparação.

Exemplos de gêneros textuais expositivos:

• Seminários

• Palestras

• Conferências

• Entrevistas

• Trabalhos acadêmicos

• Enciclopédia

• Verbetes de dicionários

5- Texto Injuntivo

O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que


indica uma ordem, de modo que o locutor (emissor) objetiva orientar e
persuadir o interlocutor (receptor). Por isso, apresentam, na maioria dos
casos, verbos no imperativo.

Exemplos de gêneros textuais injuntivos:

• Propaganda

• Receita culinária

• Bula de remédio

• Manual de instruções

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Gêneros e tipos textuais

Exercícios
Exercício 1

São Paulo, 18 de agosto de 1929.

Carlos [Drummond de Andrade],

Achei graça e gozei com o seu entusiasmo pela candidatura Getúlio Vargas – João
Pessoa. É. Mas veja como estamos... trocados. Esse entusiasmo devia ser meu e sou
eu que conservo o ceticismo que deveria ser de você. (...). Eu... eu contemplo numa
torcida apenas simpática a candidatura Getúlio Vargas, que antes desejara tanto.
Mas pra mim, presentemente, essa candidatura (única aceitável, está claro) fica
manchada por essas pazes fragílimas de governistas mineiros, gaúchos, paraibanos
(...), com democráticos paulistas (que pararam de atacar o Bernardes) e
oposicionistas cariocas e gaúchos. Tudo isso não me entristece. Continuo
reconhecendo a existência de males necessários, porém me afasta do meu país e
da candidatura Getúlio Vargas. Repito: única aceitável.

Mário [de Andrade] Renato Lemos. Bem traçadas linhas: a história do Brasil em cartas pessoais.
Rio de Janeiro: Bom Texto, 2004, p. 305 (Enem - 200 7)

A carta é um gênero textual em que existe sempre um emissor (remetente) e um


receptor (destinatário). No trecho acima, a carta escrita para Carlos revela um
exemplo de:

a) carta pessoal

b) carta do leitor

c) carta aberta

d) carta argumentativa

e) carta comercial

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Gêneros e tipos textuais

Exercício 2

Eça de Queirós, um dos maiores escritores do realismo português, é conhecido por


sua prosa onde ele criou novas formas de linguagens, neologismos e mudanças na
sintaxe.

O trecho abaixo é de sua obra mais emblemática “O primo Basílio”

"Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de


fazenda preta, bordado a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo
louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-
se, torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a
brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a
orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis
miudinhos davam cintilações escarlates."

De acordo com os gêneros textuais, a intenção do autor foi

a) relatar sobre a manhã da personagem

b) narrar os fatos habituais daquela manhã

c) descrever aspectos da personagem e de suas ações

d) apresentar o principal jornal lido pela personagem

e) dissertar sobre a roupa utilizada pela personagem

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Gêneros e tipos textuais

Exercício 3

Qual das alternativas abaixo contém somente gêneros textuais?

a) romance, descrição, biografia

b) autobiografia, narração, dissertação

c) bula de remédio, propaganda, receita culinária

d) contos, fábulas, exposição

e) seminário, injunção, declaração

Exercício 4

"Experimente o nova e deliciosa barrinha de chocolate asteca: com mais de 70%


de cacau e 0% de gordura saturada."

A oração acima faz parte do gênero textual:

a) notícia

b) propaganda

c) editorial

d) bilhete

e) declaração

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Gêneros e tipos textuais

Exercício 5

Pé de moleque

Ingredientes

3 xícaras de amendoim torrado e moído

3 xícaras de açúcar

1 ½ xícaras de leite

Modo de Fazer

Leve todos os ingredientes ao fogo, mexendo sempre e até desgrudar da panela.


Em seguida, despeje em mármore e espere esfriar e endurecer. Por fim, corte em
pequenos pedaços.

As receitas culinárias são gêneros textuais que instruem as pessoas a fazerem


algo, seguindo um passo a passo. Esse tipo de gênero pertence aos textos

a) prescritivos

b) narrativos

c) descritivos

d) injuntivos

e) expositivos

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Gêneros e tipos textuais

Gabarito
Exercício 1

Alternativa a) carta pessoal

A carta pessoal é escrita por pessoas que já se conhecem e possuem algum grau de
intimidade.

Nela, o remetente (quem escreve) pode abordar assuntos pessoais demonstrando


sua opinião sobre determinado tema.

Mário revela a Carlos que a candidatura de Getúlio vargas, segundo sua opinião, é
a única aceitável no momento.

Exercício 2

Alternativa c) descrever aspectos da personagem e de suas ações

A intenção do escritor é descrever, detalhar, mostrar alguns aspectos que


caracterizam a personagem naquele momento: a roupa que está usando, o jeito do
cabelo, a cor da pele, a maneira como está apoiada na mesa e os movimentos que
realiza com os dedos.

Exercício 3

Alternativa c) bula de remédio, propaganda, receita culinária

Os gêneros textuais são estruturas peculiares que surgem dos cinco tipos de
textos: narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo.

Não devemos confundir os tipos de textos e os gêneros textuais que podem ser:
romance, biografia, autobiografia, bula de remédio, propaganda, receita culinária,
contos, fábulas, seminário e declaração.

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Gêneros e tipos textuais

Exercício 4

Alternativa b) propaganda

A propaganda é um gênero textual que faz parte dos textos injuntivos. Esse tipo de
texto tem a finalidade de persuadir o leitor, indicando uma ordem. Por isso, grande
parte dos textos de propaganda possuem verbos no imperativo “experimente”.

Exercício 5

Alternativa d) injuntivos

Os textos injuntivos, também chamado de instrucionais, tem como objetivo a


explicação para a concretização de algo. Assim, eles indicam o método, o
procedimento que deverá ser realizado, transmitindo ao receptor explicações,
instruções e indicações de como fazer algo.

Geralmente, eles apresentam verbos no imperativo indicando uma ordem: leve,


despeje, corte.

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Estrutura Textual

Estrutura Textual

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Estrutura Textual

Estrutura textual

A estrutura textual é a organização lógica das ideias em um texto. Ela é essencial para
que o texto seja claro, objetivo e fácil de entender.

A estrutura textual é composta por três elementos principais:

 Introdução: é a parte inicial do texto, onde é apresentado o tema e o objetivo do texto.

 Desenvolvimento:é a parte principal do texto, onde são apresentadas as ideias e


argumentos que sustentam o tema.

 Conclusão:é a parte final do texto, onde são resumidos os pontos principais e são
apresentadas as conclusões do texto.

A introdução deve ser clara e objetiva, apresentando o tema e o objetivo do texto. O


desenvolvimento deve ser bem organizado e argumentativo, apresentando as ideias e
argumentos que sustentam o tema. A conclusão deve ser concisa e objetiva, resumindo os
pontos principais e apresentando as conclusões do texto.

Além desses elementos principais, a estrutura textual pode ser composta por outros
elementos, como:

 Título: é a primeira informação que o leitor recebe sobre o texto. O título deve ser claro
e objetivo, refletindo o conteúdo do texto.

 Corpo do texto: é a parte do texto onde são apresentadas as ideias e argumentos. O


corpo do texto pode ser dividido em parágrafos, cada um com uma ideia principal.

 Intertítulos:
são títulos que dividem o corpo do texto em partes menores. Os intertítulos
ajudam a organizar o texto e a facilitar a compreensão do leitor.

 Imagens: as imagens podem ser usadas para ilustrar o texto e torná-lo mais
interessante e informativo.

 Referências: as referências são usadas para citar fontes de informação utilizadas no


texto. As referências ajudam a dar credibilidade ao texto e a evitar plágio.

A estrutura textual é importante para que o texto seja claro, objetivo e fácil de entender.
Por meio de uma estrutura bem organizada, o leitor pode compreender o texto de forma
rápida e eficaz.

Dicas para uma boa estrutura textual:

 Definao objetivo do texto: antes de começar a escrever, é importante definir o objetivo


do texto. O que você deseja comunicar ao leitor?

 Planeje a estrutura do texto: antes de começar a escrever, é importante planejar a


estrutura do texto. Quais serão os principais pontos que você deseja apresentar?

2
Estrutura Textual

 Useuma linguagem clara e objetiva: evite o uso de jargons ou termos técnicos que
possam dificultar a compreensão do leitor.

 Seja
conciso: foque na transmissão de informações relevantes, evitando digressões ou
informações desnecessárias.

 Revise a estrutura do texto: antes de enviar o texto, revise-o cuidadosamente para


garantir que ele esteja claro, objetivo e bem organizado.

Méri Curiosidade

A estrutura textual é uma habilidade essencial para qualquer escritor. Por meio de uma
estrutura bem organizada, é possível escrever textos claros, objetivos e fáceis de entender.

3
Progressão Temática

Progressão Temática

1
Progressão Temática

Progressão Temática

A progressão do tópico é um procedimento que os falantes usam para ordenar seu texto falado
ou escrito. Trata-se de levar o texto adiante, dando novas informações sobre o que está sendo falado,
qual é o assunto.

Um requisito da construção do texto conhecido por todos os falantes é que o texto tenha
unidade temática (apoie o 'fio do fio') e ao mesmo tempo traga novas informações sobre o tópico.
Por exemplo, um texto sobre gripe não pode mudar de assunto acidentalmente e começar a falar
sobre furacões ou celulares. Mas para ser aceito como um texto, ele deve falar sobre os diferentes
aspectos da gripe: o que é, quais os riscos que traz para o paciente, quais são as formas de
transmissão, o que fazer para prevenir, qual o tratamento, o que é a propagação desta doença, o que
está associado a esta doença. etc. Assim, do ponto de vista funcional, a organização e hierarquização
das unidades semânticas do texto se dá por meio de dois eixos de informação denominado s topic
(tema) e reme (comentário). O assunto do enunciado é o que se considera como base da
comunicação, o que está sendo falado e como esse assunto está sendo falado. Normalmente, o
sujeito recebe informações que já foram apresentadas ao ouvinte ou leitor ou que ele pode
facilmente deduzir do contexto ou do próprio texto. Reme traz novas informações que são
introduzidas no texto.

O texto avança pela articulação entre esses eixos de informação. É possível que mantenha um
tema e introduza diferentes rimas, diferentes novas informações sobre ele. Mas também é possível
que um tema ou tema principal se desenvolva em subtemas ou subtemas de acordo com os quais o
texto progride.

A progressão temática pode ser pensada no nível geral do texto - qual é o tema geral, como está
dividido em partes ou seções, de que aspecto trata cada uma delas, introduz novos subtemas ou não.
Mas a progressão temática também pode ser vista em como os temas e as rimas estão ligados nas
frases que se sucedem no texto. Por exemplo, quando o sujeito de uma frase se torna a rima da
próxima frase, e essa rima se torna o sujeito da próxima frase, ocorre uma progressão temática linear,
como no trecho: Coelho lembra da Páscoa. A Páscoa é como o chocolate (a Páscoa, que é o suj eito da
primeira frase, passa a ser o assunto da segunda). Se o mesmo tema continua em frases sucessivas do
texto, a progressão temática ocorre com um tema contínuo, como na sequência: O peixe-boi é o
único mamífero aquático herbívoro. Eles vivem em águas rasas de regiões subtropicais e estão
ameaçados de extinção. O assunto deste parágrafo são os peixes-boi, que é continuado pelo pronome
eles e as reticências na terceira frase: [eles, os peixes-boi] estão em perigo.

Essas formas de progressão geralmente parecem estar inter-relacionadas e articuladas com


procedimentos destinados a preservar o tema do texto. Manter o tema e avançar são condições
necessárias para a coerência e unidade do texto. Na prática pedagógica, deve-se trabalhar tanto com
textos bem estruturados, que sejam uma fonte de referência para o aluno, quanto com textos
problemáticos do ponto de vista do andamento temático, situação em que devem ser apresentadas

2
Progressão Temática

alternativas de sua adequação. Essa prática promove o desenvolvimento do texto e da comunicação


do aluno.

3
Frases

Frases

MÉRITO
Apostilas 1
Frases

Uma frase é um enunciado falado ou escrito que apresenta um sentido com-


pleto, podendo conter apenas uma ou várias palavras.

- Exemplo: A cereja é uma fruta deliciosa.

Tipos de frase

Os tipos de frases são cinco: exclamativas, declarativas, imperativas, interro -


gativas e optativas.

A intencionalidade do discurso é manifestada através dos diferentes tipos de


frases. Para tanto, os sinais de pontuação que as acompanham auxiliam para ex-
pressar o sentido de cada uma delas.

Frases exclamativas

As frases exclamativas são empregadas quando o emissor quer manifestar


emoção. São sinalizadas com ponto de exclamação:

- Puxa!

- Que sorvete gostoso!

- Até que enfim!

Frases declarativas

As frases declarativas representam a constatação de um fato pelo emissor.


Levam ponto final e podem ser afirmativas ou negativas.

• Declarativas afirmativas:

- O documento foi enviado ontem.

- Gosto de comida apimentada.

- As matrículas começam hoje.

2
Frases

• Declarativas negativas:

- O documento não foi enviado ontem.

- Não gosto de comida apimentada.

- As matrículas não começam hoje.

Frases imperativas

As frases imperativas são utilizadas para emissão de ordens, conselhos e pe -


didos. Levam ponto final ou ponto de exclamação e também podem ser afirmati -
vas ou negativas.

• Imperativas afirmativas:

- Desista!

- Vá por ali.

- Siga-me!

• Imperativas negativas:

- Não desista!

- Não vá por ali.

- Não me siga!

Frases interrogativas

As frases interrogativas ocorrem quando o emissor faz uma pergunta na men -


sagem. Podem ser diretas ou indiretas.

As interrogativas diretas devem ser sinalizadas com ponto de interrogação,


enquanto as interrogativas indiretas levam ponto final.

• Interrogativas diretas:

- Aceita um café?

3
Frases

- Escreveu o discurso?

- O prazo terminou?

• Interrogativas indiretas:

- Gostaria de saber se deseja um café.

- Quero saber se o discurso está feito.

- Precisava saber se o prazo terminou.

Frases optativas

As frases optativas expressam um desejo e são sinalizadas com ponto de ex-


clamação:

- Que Deus te abençoe!

- Espero que dê tudo certo!

- Muita sorte para a nova etapa!

4
Frases

Anotações:
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5
Pontuação

Pontuação

MÉRITO
Apostilas 1
Pontuação

Sinais de pontuação são recursos prosódicos¹ que conferem às orações ritmo,


entoação e pausa, bem como indicam limites sintáticos e unidades de sentido. Na
escrita, substituem, em parte, o papel desempenhado pelos gestos na fala,
garantindo coesão, coerência e boa compreensão da informação transmitida.

Prosódia é a parte da linguística que estuda a entonação, o ritmo, o acento


(intensidade, altura, duração) da linguagem falada e demais atributos correlatos na
fala.

Ponto (.)
O ponto pode ser utilizado para:

a) Indicar o final de uma frase declarativa:

Acho que Pedro está gostando de você.

b) Separar períodos:

Ela vai estudar mais tempo. Ainda é cedo.

c) Abreviar palavras:

V. Ex.ª (Vossa excelência)

Dois-pontos (:)
Deve ser utilizado com as seguintes finalidades:

a) Iniciar fala de personagens:

Ela gritou:

– Vá embora!

2
Pontuação

b) Anteceder apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de


palavras que explicam e/ou resumem ideias anteriores.

Esse é o problema dessa geração: tem liberdade, mas não tem responsabilidade.

Anote meu número de telefone: 1233820847.

c) Anteceder citação direta:

É como disse Platão: “De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais
difícil de domar.”

Reticências (...)
Usa-se para:

a) Indicar dúvidas ou hesitação:

Sabe... preciso confessar uma coisa: naquela viagem gastei todas as minhas
economias.

b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente:

Talvez se você pedisse com jeitinho...

c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a


reflexão:

Roubos, pessoas sem ter onde morar, escândalos ligados à corrupção... assim
caminha a humanidade.

d) Suprimir palavras em uma transcrição:

“O Cristo não pediu muita coisa. (...) Ele só pediu que nos amássemos uns aos
outros.” (Chico Xavier)

3
Pontuação

Parênteses ( )
Os parênteses são usados para:

a) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e, também,


podem substituir a vírgula ou o travessão:

Rosa Luxemburgo nasceu em Zamosc (1871).

Numa linda tarde primaveril (meu caçula era um bebê nessa época), ele veio nos
visitar pela última vez.

Ponto de exclamação (!)


Em que situações utilizar:

a) Após vocativo:

Juliana, bom dia!

b) Final de frases imperativas:

Fuja!

c) Após interjeição:

Ufa! Graças a Deus!

d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, expressivo:

Que lástima!

Ponto de interrogação (?)


Quando utilizar:

a) Em perguntas diretas:

Quando você chegou?

4
Pontuação

b) Às vezes, pode ser utilizada junto com o ponto de exclamação para enfatizar o
enunciado:

Não acredito, é sério?!

Vírgula (,)
Esse é o sinal de pontuação que exerce o maior número de funções, por isso
aparece em várias situações. A vírgula marca pausas no enunciado, indicando que
os termos por ela separados não formam uma unidade sintática, apesar de estarem
na mesma oração.

Situações em que se deve utilizar vírgula.

a) Separar o vocativo:

Marília, vá à padaria comprar pães para o lanche.

b) Separar apostos:

Camila, minha filha caçula, presenteou-me com este relógio.

c) Separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado:

Os políticos, muitas vezes, visam somente os próprios interesses.

d) Separar elementos de uma enumeração:

Meus bolos prediletos são os de chocolate, coco, doce de leite e nata com
morangos.

e) Isolar expressões explicativas:

Faça um bolo de chocolate, ou melhor, de chocolate e morangos.

f) Separar conjunções intercaladas:

Os deputados não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas.

g) Separar o complemento pleonástico antecipado:

Havia no rosto dela ódio, uma ira, uma raiva que não possuía justificativa.

5
Pontuação

h) Isolar o nome do lugar na indicação de datas:

São Paulo, 10 de Dezembro de 2016.

i) Separar termos coordenados assindéticos:

Vim, vi, venci. (Júlio César)

j) Marcar a omissão de um termo:

Maria gosta de praticar esportes, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar)

Antes da conjunção, como nos casos abaixo:

k) Quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes:

Os políticos estão cada vez mais ricos, e seus eleitores, cada vez mais pobres.

l) Quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizar alguma ideia


(polissíndeto):

Eu alerto, e brigo, e repito, e faço de tudo para ela perceber que está errada,
porém nunca me escuta.

m) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não
retratam sentido de adição (adversidade, consequência, por):

Teve febre a noite toda, e ainda está muito fraca.

Entre orações:

n) Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas:

Amélia, que não se parece em nada com a Amélia da canção, não suportou seu
jeito grosseiro e mandão.

o) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das


orações iniciadas pela conjunção “e”:

Pediu muito, mas não conseguiu convencer-lhe.

6
Pontuação

p) Para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas),


principalmente se estiverem antepostas à oração principal:

A casa, tão cara que ela desistiu da compra, hoje está entregue às baratas.

q) Para separar as orações intercaladas:

Ficou doente, creio eu, por conta da chuva de ontem.

r) Para separar as orações substantivas antepostas à principal:

Quando me formarei, ainda não sei.

Ponto e vírgula (;)


a) Utiliza-se ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros
itens:

Para preparar o bolo vamos precisar dos seguintes ingredientes:

1 xícara de trigo;

4 ovos;

1 xícara de leite;

1 xícara de açúcar;

1 colher de fermento.

b) Utilizamos ponto e vírgula, também, para separar orações coordenadas muito


extensas ou orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:

“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era


pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a
bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora
asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso." (O Visconde de
Inhomerim - Visconde de Taunay)

7
Pontuação

Travessão (—)
O travessão deve ser utilizado para os seguintes fins:

a) Iniciar a fala de um personagem no discurso direto:

Então ela disse:

— Gostaria que fosse possível fazer a viagem antes de Outubro.

b) Indicar mudança do interlocutor nos diálogos:

— Querido, você já lavou a louça?

— Sim, já comecei a secar, inclusive.

c) Unir grupos de palavras que indicam itinerários:

O descaso do poder público com relação à rodovia Belém—Brasília é


decepcionante.

d) Substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:

Dizem que Elvis — o rei do rock — na verdade, detestava atuar.

Aspas (“”)
As aspas são utilizadas com os seguintes objetivos:

a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias,


estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares:

A aula do professor foi “irada”.

Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente.

b) Indicar uma citação direta:

“Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue
na face, desfiz e refiz a mala.” (O prazer de viajar - Eça de Queirós)

8
Pontuação

Observação: Quando houver necessidade de utilizar aspas dentro de uma


sentença onde ela já esteja presente, usa-se a marcação simples ('), não dupla (").

Exercícios
Exercício 1

Indique qual conjunto de sinais de pontuação completa as lacunas de forma


correta.

Na realidade__ nada mais havia para fazer__ Os assuntos foram falados__ as


dúvidas foram esclarecidas__ os problemas foram evitados__ Apesar disso__ um
enorme clima de mal-estar continuava a existir__

a) vírgula, ponto final, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, ponto de interrogação;

b) vírgula, vírgula, ponto final, ponto final, ponto final, vírgula, ponto final;

c) vírgula, ponto final, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, reticências;

d) vírgula, ponto de exclamação, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, ponto de


exclamação.

Exercício 2

Indique a opção que apresenta erros de pontuação.

a) Você quer vir comigo ao parque?

b) Pare imediatamente com isso!

c) Quem sabe, um dia, você não aprende?

d) O estudante levava, o pão, na mochila.

9
Pontuação

Exercício 3

Assinale as hipóteses que indicam funções corretas da vírgula.

a) Separar elementos coordenados em enumerações com a mesma função


sintática.

b) Isolar o aposto e outros elementos explicativos.

c) Separar os advérbios sim e não em respostas.

d) Separar o sujeito do predicado e o objeto direto do objeto indireto.

e) Isolar orações subordinadas adjetivas explicativas.

Exercício 4

Indique os sinais de pontuação usados para…

a) Introduzir uma enumeração.

b) Indicar a suspensão ou interrupção de uma ideia ou pensamento.

c) Destacar citações e transcrições.

d) Substituir a vírgula na separação do vocativo.

e) Finalizar uma frase declarativa com sentido completo.

10
Pontuação

Gabarito
Exercício 1

Resposta: c) vírgula, ponto final, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, reticências.

Exercício 2

Resposta: d) O estudante levava, o pão, na mochila.

Exercício 3

Respostas:

a) Separar elementos coordenados em enumerações com a mesma função


sintática.

b) Isolar o aposto e outros elementos explicativos.

c) Separar os advérbios sim e não em respostas.

e) Isolar orações subordinadas adjetivas explicativas.

Exercício 4

Respostas:

a) dois pontos;

b) reticências;

c) aspas;

d) ponto de exclamação;

e) ponto final.

11
Coesão e coerência textual

Coesão e coerência textual

MÉRITO
Apostilas 1
Coesão e coerência textual

Coerência e coesão são mecanismos fundamentais para a produção de texto.


Para que um texto transmita sua mensagem com eficácia, ele deve fazer sentido
para o leitor. Além disso, deve ser harmonioso para que a mensagem flua com
segurança, naturalidade e seja agradável ao ouvido.

Coesão textual
A coesão é resultado da disposição e da correta utilização das palavras que
propiciam a ligação entre frases, períodos e parágrafos de um texto. Ela colabora
com sua organização e ocorre por meio de palavras chamadas de conectivos.
A coesão cria relações entre as partes do texto de modo a guiar o leitor
relativamente a uma sequência de fatos.
Uma mensagem coesa apresenta ligações harmoniosas entre as partes do texto.

Elementos de coesão textual


1- Substituições
Garantem a coesão lexical. Ocorrem quando um termo é substituído por
outro termo ou por uma locução como forma de evitar repetições.
Exemplos:
Coesão correta: Os legumes são importantes para manter uma alimentação
saudável. As frutas também.
Erro de coesão: Os legumes são importantes para manter uma alimentação
saudável. As frutas também são importantes para manter uma alimentação
saudável.
Explicação: "também" substitui "são importantes para manter uma
alimentação saudável".

2
Coesão e coerência textual

2- Conectores
Esses elementos são responsáveis pela coesão interfrásica do texto. Criam
relações de dependência entre os termos e geralmente são representados
por preposições, conjunções, advérbios, etc.
Exemplos:
Coesão correta: Elas gostam de jogar bola e de dançar.
Erro de coesão: Elas gostam de jogar bola. Elas gostam de dançar.
Explicação: sem o conectivo "e", teríamos uma sequência repetitiva.

3- Referências e reiterações
Nesse tipo de coesão, um termo é usado para se referir a outro, para reiterar
algo dito anteriormente ou quando uma palavra é substituída por outra com
ligação de significados.
Coesão correta: Hoje é aniversário da minha vizinha. Ela está fazendo 35
anos.
Erro de coesão: Hoje é aniversário da minha vizinha. Minha vizinha está
fazendo 35 anos.
Explicação: observe que o pronome "ela" faz referência à vizinha.

4- Correlação verbal
É a utilização dos verbos nos tempos verbais corretos. Esse tipo de coesão
garante que o texto siga uma sequência lógica de acontecimentos.
Coesão correta: Se eu soubesse eu te avisaria.
Erro de coesão: Se eu soubesse eu te avisarei.
Explicação: note que "soubesse" é uma flexão do verbo "saber" no pretérito
imperfeito do subjuntivo e isso indica uma situação condicional que poderia
dar origem a uma outra ação.

3
Coesão e coerência textual

Para a frase fazer sentido, o verbo "avisar" tem de estar conjugado no futuro do
pretérito para indicar um fato que poderia ter acontecido se uma ação no passado
tivesse se concretizado.

Coerência textual
A coerência textual está diretamente relacionada com a significância e com a
interpretabilidade de um texto.
A mensagem de um texto é coerente quando ela faz sentido e é comunicada de
forma harmoniosa, de forma que haja uma relação lógica entre as ideias
apresentadas, onde umas complementem as outras.

Conceitos da coerência textual


1- Princípio da não contradição
Não pode haver contradições de ideias entre diferentes partes do texto.
Coerência correta: Ele só compra leite de soja pois é intolerante à lactose.
Erro de coerência: Ele só compra leite de vaca pois é intolerante à lactose.
Explicação: quem é intolerante à lactose não pode consumir leite de vaca.
Por esse motivo, o segundo exemplo constitui um erro de coerência; não faz
sentido.

2- Princípio da não tautologia


Ainda que sejam expressas através do uso de diferentes palavras, as ideias
não devem ser repetidas, pois isso compromete a compreensão da
mensagem a ser emitida e muitas vezes a torna redundante.
Coerência correta: Visitei Roma há cinco anos.
Erro de coerência: Visitei Roma há cinco anos atrás.
Explicação: "há" já indica que a ação ocorreu no passado. O uso da palavra
"atrás" também indica que a ação ocorreu no passado, mas não acrescenta
nenhum valor e torna a frase redundante.

4
Coesão e coerência textual

3- Princípio da relevância
As ideias devem estar relacionadas entre si, não devem ser fragmentadas e
devem ser necessárias ao sentido da mensagem.
O ordenamento das ideias deve ser correto, pois, caso contrário, mesmo que
elas apresentem sentido quando analisadas isoladamente, a compreensão do
texto como um todo pode ficar comprometida.
Coerência correta: O homem estava com muita fome, mas não tinha dinheiro
na carteira e por isso foi ao banco e sacou uma determinada quantia para
utilizar. Em seguida, foi a um restaurante e almoçou.
Erro de coerência: O homem estava com muita fome, mas não tinha dinheiro
na carteira. Foi a um restaurante almoçar e em seguida foi ao banco e sacou
uma determinada quantia para utilizar.
Explicação: observe que, embora as frases façam sentido isoladamente, a
ordem de apresentação da informação torna a mensagem confusa. Se o
homem não tinha dinheiro, não faz sentido que primeiro ele tenha ido ao
restaurante e só depois tenha ido sacar dinheiro.

4- Continuidade temática
Esse conceito garante que o texto tenha seguimento dentro de um mesmo
assunto. Quando acontece uma falha na continuidade temática, o leitor fica
com a sensação de que o assunto foi mudado repentinamente.
Coerência correta: "Tive muita dificuldade até acertar o curso que queria
fazer. Primeiro fui fazer um curso de informática... A meio do semestre
troquei para um curso de desenho e por fim acabei me matriculando aqui no
curso de inglês. Foi confuso assim também para você?"
"Na verdade foi fácil pois eu já tinha decidido há algum tempo que assim que
tivesse a oportunidade de pagar um curso, faria um de inglês."
Erro de coerência: "Tive muita dificuldade até acertar o curso que queria
fazer. Primeiro fui fazer um curso de informática... A meio do semestre
troquei para um curso de desenho e por fim acabei me matriculando aqui no
curso de inglês. Foi confuso assim também para você?"

5
Coesão e coerência textual

"Quando eu me matriculei aqui no curso, eu procurei me informar sobre a


metodologia, o tipo de recursos usados, etc. e acabei decidindo rapidamente
por este curso."
Explicação: note que no último exemplo, o segundo interlocutor acaba por
não responder exatamente ao que foi perguntado.
O primeiro interlocutor pergunta se ele também teve dificuldades de decidir
que tipo de curso fazer e a resposta foi sobre características que ele teve em
conta ao optar pelo curso de inglês onde se matriculou.
Apesar de ter falado de um curso, houve uma alteração de assunto.

5- Progressão semântica
É a garantia da inserção de novas informações no texto, para dar seguimento
a um todo. Quando isso não ocorre, o leitor fica com a sensação de que o
texto é muito longo e que nunca chega ao objetivo final da mensagem.
Coerência correta: Os meninos caminhavam e quando se depararam com o
suspeito apertaram o passo. Ao notarem que estavam sendo perseguidos,
começaram a correr.
Erro de coerência: Os meninos caminhavam e quando se depararam com o
suspeito continuaram caminhando mais um pouco. Passaram por várias
avenidas e ruelas e seguiram sempre em frente. Ao notarem que estavam
sendo perseguidos, continuaram caminhando em direção ao seu destino,
percorreram um longo caminho...
Explicação: note que a frase onde a coerência está correta apresenta uma
sequência de novas informações que direcionam o leitor à conclusão do
desfecho da frase.
No exemplo seguinte, a frase acaba por se prolongar demais e o receptor da
mensagem fica sem saber, afinal, o que os meninos fizerem.

6
Coesão e coerência textual

Diferença e exemplos
A coesão está mais diretamente ligada a elementos que ajudam a estabelecer uma
ligação entre palavras e frases que unem as diferentes partes de um texto.
A coerência, por sua vez, estabelece uma ligação lógica entre as ideias, de forma
que umas complementem as outras e, juntas, garantam que o texto tenho sentido.
Em outras palavras, a coerência está mais diretamente ligada ao significado da
mensagem.
Apesar de os dois conceitos estarem relacionados, eles são independentes, ou seja,
um não depende do outro para existir.
É possível, por exemplo, uma mensagem ser coesa e incoerente ou coerente e não
apresentar coesão.

Mensagem coerente que não apresenta coesão:


"Para de mexer nessa tinta. Vá já para o banheiro! Não toque em nada. Lave bem as
mãos. Vá para o seu quarto."
Explicação: A mensagem é compreensível, porém não existe uma ligação
harmoniosa entre as ideias. Faltam as ligações entre as frases para que a
mensagem soe natural.

Mensagem coesa e incoerente:


"Aberto todos os dias, exceto sábado."
Explicação: A mensagem tem uma ligação harmoniosa entre as frases, porém não
faz sentido: se existe uma exceção, então o estabelecimento não está aberto todos
os dias.

7
Coesão e coerência textual

Exercícios
1- (Enem - 2013)
Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série
de contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe que
disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o
italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo derivado do latim
medieval influentia, que significava “influência dos astros sobre os homens”. O
segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se
que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo
infectado.

RODRIGUES. S. Sobre palavras. Veja, São Paulo, 30 nov. 2011.

Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor
reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída
predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O
fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é:

a) “[...] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”
b) “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe [...]”.
c) “O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava
‘influência dos astros sobre os homens’.”
d) “O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper [...]”.
e) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do
organismo infectado.”

8
Coesão e coerência textual

2- (Enem – 2011)
Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o
risco de infarto, mas também de problemas como morte súbita e derrame. Significa
que manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente já
reduz, por si só, as chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é
importante para o controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de
glicose no sangue. Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade
física, fatores que, somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses
casos, com acompanhamento médico e moderação, é altamente recomendável.

ATALIA, M. Nossa vida. Época. 23 mar. 2009.

As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na


construção do sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que

a) a expressão “Além disso” marca uma sequenciação de ideias.


b) o conectivo “mas também” inicia oração que exprime ideia de contraste.
c) o termo “como”, em “como morte súbita e derrame”, introduz uma generalização.
d) o termo “Também” exprime uma justificativa.
e) o termo “fatores” retoma coesivamente “níveis de colesterol e de glicose no
sangue”.

9
Coesão e coerência textual

3- Sobre a coesão textual, estão corretas as seguintes proposições:

I. A coesão textual está relacionada com os componentes da superfície textual, ou


seja, as palavras e frases que compõem um texto. Esses componentes devem estar
conectados entre si em uma sequência linear por meio de dependências de ordem
gramatical.

II. A coesão é imaterial e não está na superfície textual. Compreender aquilo que
está escrito dependerá dos níveis de interação entre o leitor, o autor e o texto. Por
esse motivo, um mesmo texto pode apresentar múltiplas interpretações.

III. Por meio do uso adequado dos conectivos e dos mecanismos de coesão,
podemos evitar erros que prejudicam a sintaxe e a construção de sentidos do
texto.

IV. A coesão obedece a três princípios: o princípio da não contradição; princípio da


não tautologia e o princípio da relevância.

V. Entre os mecanismos de coesão estão a referência, a substituição, a elipse, a


conjunção e a coesão lexical.

a) Apenas V está correta.


b) II e IV estão corretas.
c) I, III e V estão corretas.
d) I e III estão corretas.
e) II, IV e V estão corretas.

10
Coesão e coerência textual

Gabarito
1- Alternativa correta: “e”. A forma verbal “fizesse” tem seu sujeito oculto, fazendo
referência ao vocábulo viral grippe, que significa agarrar. Caso o fragmento fosse
reescrito com o sujeito explícito, teríamos: “Supõe-se que o vocábulo grippe
fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo
infectado.”
2- Alternativa correta: “a”. A expressão “Além disso” estabelece coesão, dando
sequência às ideias ditas anteriormente.
3- Alternativa correta: “c”. As proposições II e IV fazem referência à coerência
textual, elemento indispensável para a construção de sentidos de um texto.

11
Variação Linguística

Variação Linguística

MÉRITO
Apostilas 1
Variação Linguística

Variação linguística é a diversificação dos sistemas de uma língua em relação


às possibilidades de mudança de seus elementos (vocabulário, pronúncia, morfo -
logia, sintaxe).

Variação linguística é o movimento comum e natural de uma língua, que varia


principalmente por fatores históricos e culturais. Modo pelo qual ela se usa, siste -
mática e coerentemente, de acordo com o contexto histórico, geográfico e socio-
cultural no qual os falantes dessa língua se manifestam verbalmente. É o conjunto
das diferenças de realização linguística falada pelos locutores de uma mesma lín -
gua. Tais diferenças decorrem do fato de um sistema linguístico não ser unitário,
mas comportar vários eixos de diferenciação: estilístico, regional, sociocultural,
ocupacional e etário. A variação e a mudança podem ocorrer em algum ou em vá -
rios dos subsistemas constitutivos de uma língua (fonético, morfológico, fonológi-
co, sintático, léxico e semântico). O conjunto dessas mudanças constitui a evolu -
ção dessa língua.

A variação é também descrita como um fenômeno pelo qual, na prática cor -


rente de um dado grupo social, em uma época e em certo lugar, uma língua nun -
ca é idêntica ao que ela é em outra época e outro lugar, na prática de outro grupo
social. O termo variação pode também ser usado como sinônimo de variante.
Existem diversos fatores de variação possíveis - associados a aspectos geográfi -
cos e sociolinguísticos, à evolução linguística e ao registro linguístico.

Variedade ou variante linguística se define pela forma pela qual determinada


comunidade de falantes, vinculados por relações sociais ou geográficas, usa as
formas linguísticas de uma língua natural. É um conceito mais forte do que estilo
de prosa ou estilo de linguagem. Refere-se a cada uma das modalidades em que
uma língua se diversifica, em virtude das possibilidades de variação dos elemen -
tos do seu sistema (vocabulário, pronúncia, sintaxe) ligadas a fatores sociais ou
culturais (escolaridade, profissão, sexo, idade, grupo social etc.) e geográficos
(tais como o português do Brasil, o português de Portugal, os falares regionais,
etc). A língua padrão e a linguagem popular também são variedades sociais ou
culturais. Um dialeto é uma variedade geográfica. Variações de léxico, como ocor -
re na gíria e no calão, podem ser consideradas como variedades mas também
como registros ou, ainda, como estilos, a depender da definição adotada em cada
caso. Os idiotismos são às vezes considerados como formas de estilo, por se limi -
tarem a variações de léxico.

Utiliza-se o termo variedade como uma forma neutra de se referir a diferenças


linguísticas entre os falantes de um mesmo idioma. Evita-se assim ambiguidade
de termos como língua (geralmente associado à norma padrão) ou dialeto (associ-
ado a variedades não padronizadas, consideradas de menor prestígio ou menos
corretas do que a norma padrão). O termo "leto" também é usado quando há difi -
culdade em decidir se duas variedades devem ser consideradas como uma mes -
ma língua ou como línguas ou dialetos diferentes. Alguns sociolinguistas usam o

2
Variação Linguística

termo leto no sentido de variedade linguística - sem especificar o tipo de varieda -


de. As variedades apresentam não apenas diferenças de vocabulário mas também
diferenças de gramática, fonologia e prosódia.

“ Nenhuma língua permanece a mesma em todo o seu domínio e, ainda


num só local, apresenta um sem-número de diferenciações.[...] Mas essas varieda-
des de ordem geográfica, de ordem social e até individual, pois cada um procura
utilizar o sistema idiomático da forma que melhor lhe exprime o gosto e o pensa -
mento, não prejudicam a unidade superior da língua, nem a consciência que têm
os que a falam diversamente de se servirem de um mesmo instrumento de comu -
nicação, de manifestação e de emoção. ”

A sociolinguística procura estabelecer as fronteiras entre os diferentes falares


de uma língua. O pesquisador verifica se os falantes apresentam diferenças nos
seus modos de falar de acordo com o lugar em que estão (variação diatópica),
com a situação de fala ou registro (variação diafásica) ou de acordo com o nível
socioeconômico do falante (variação diastrática).e, de acordo com o contexto his -
tórico, geográfico e sociocultural no qual os falantes dessa língua se manifestam
verbalmente. É o conjunto das diferenças de realização linguística falada pelos lo -
cutores de uma mesma língua.

Tipos de variações linguísticas


Há quatro tipos de distinção dentro das variações linguísticas. Vamos apren -
der um pouco sobre cada um deles.

Variações históricas (diacrônicas)

As variações históricas tratam das mudanças ocorridas na língua com o decor -


rer do tempo. Algumas expressões deixaram de existir, outras novas surgiram e
outras se transformaram com a ação do tempo.

Um clássico exemplo da língua portuguesa é o termo “você”: no português ar -


caico, a forma usual desse pronome de tratamento era “vossa mercê”, que, devi-
do a variações inicialmente sociais, passou a ser mais usado frequentemente
como “vosmecê”. Com o passar dos séculos, essa expressão reduziu-se ao que
hoje falamos como “você”, que é a forma incorporada pela norma-padrão (visto
que a língua adapta-se ao uso de seus falantes) e aceita pelas regras gramaticais.
Em contextos informais, é comum ainda o uso da abreviação “cê” ou, na escrita
informal, “vc” (lembrando que estas últimas formas não foram incorporadas pela
norma-padrão, então não são utilizadas na linguagem formal).

3
Variação Linguística

Vossa mercê → Vosmecê → Você → Cê

Outras mudanças comuns são as de grafia, as quais as reformas ortográficas


costumam regular. Assim, a partir de 2016, a palavra “consequência” passou a ser
escrita sem trema, sendo que antes era escrita desta forma: “consequência”. Do
mesmo modo, a palavra “fase” é hoje escrita com a letra f devido à reforma orto -
gráfica de 1911, sendo que antes era escrita com ph: “phase”.

Consequência → Consequência

Phase → Fase

Vale, ainda, comentar a respeito de palavras que deixam de existir ou passam


a existir. Isso acontece frequentemente com as gírias: se antes jovens costuma -
vam dizer que algo era “supimpa” ou que “aquele broto é um pão”, hoje é mais
comum ouvir deles que algo é “da hora” ou que “aquela mina é mó gata”.

Variações geográficas (diatópicas)

As variações geográficas naturalmente falam da diferença de linguagem devi-


do à região. Essas diferenças tornam-se óbvias quando ouvimos um falante brasi-
leiro, um angolano e um português conversando: nos três países, fala-se portu -
guês, mas há diferenças imensas entre cada fala.

Não é preciso que a distância seja tão grande: dentro do próprio Brasil, vemos
diferenças de léxico (palavras) ou de fonemas (sons, sotaques). Há diferenças en-
tre a capital e as cidades do interior do mesmo estado. Observemos alguns exem-
plos de diferenças regionais:

“Mandioca”, “aipim” ou “macaxeira”? Os três nomes estão corretos, mas, de-


pendendo da região do Brasil, você ouvirá com mais frequência um ou outro. O
mesmo vale para a polêmica disputa entre “biscoito” e “bolacha”, que se estende
para todo o território nacional.

As gírias também variam bastante regionalmente: cerveja pode ser conhecida


como “bera” em regiões do Paraná, “breja” em São Paulo e “cerva” no Rio de Ja-
neiro.

4
Variação Linguística

Variações sociais (diastráticas)

As variações sociais são as diferenças de acordo com o grupo social do falan-


te. Embora tenhamos visto como as gírias variam histórica e geograficamente, no
caso da variação social, a gíria está mais ligada à faixa etária do falante, sendo
tida como linguagem informal dos mais jovens (ou seja, as gírias atuais tendem a
ser faladas pelos mais novos).

Há, ainda, expressões informais ligadas a grupos sociais específicos. Um gru -


po de futebolistas, por exemplo, pode usar a expressão “carrinho” com significado
específico, que pode não ser entendido por um falante que não goste de futebol
ou que será entendido de modo distinto por crianças, por exemplo.

Um grupo de capoeiristas pode facilmente falar de uma “meia-lua”, enquanto


pessoas de fora desse grupo talvez não entendam imediatamente o conceito es -
pecífico na capoeira. Do mesmo modo, capoeiristas e instrumentistas provavel-
mente terão mais familiaridade com o conceito de “atabaque” do que outras pes -
soas.

Como vimos, as profissões também influenciam bastante nas variações soci-


ais por meio dos termos técnicos (jargões): contadores falam dos termos “ativo” e
“passivo” para remeter a conceitos diferentes daqueles usados por linguistas. No
entanto, em ambos os casos, ativo e passivo são conceitos muito mais específicos
do que seu uso geral em outros grupos.

Variações estilísticas (diafásicas)

As variações estilísticas remetem ao contexto que exige a adaptação da fala


ou ao estilo dela. Aqui entram as questões de linguagem formal e informal, ade -
quação à norma-padrão ou despreocupação com seu uso. O uso de expressões re-
buscadas e o respeito às normas-padrão do idioma remetem à linguagem tida
como culta, que se opõe àquela linguagem mais coloquial e familiar. Na fala, o
tom de voz acaba tendo papel importante também.

Assim, o vocabulário e a maneira de falar com amigos provavelmente não se -


rão os mesmos que em uma entrevista de emprego, e também serão diferentes
daqueles usados para falar com pais e avós. As variações estilísticas respeitam a
situação da interação social, levando-se em conta ambiente e expectativas dos in -
terlocutores.

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Variação Linguística

Anotações:
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Formas De Tratamento E Autoridades E Público Em Geral

Formas De Tratamento E Autoridades


E Público Em Geral

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Formas De Tratamento E Autoridades E Público Em Geral

Formas De Tratamento E Autoridades E Público Em Geral

Forma de tratamento

As formas senhor e senhora só devem usadas em reproduções de falas ou em entrevistas. Assim,


nesses casos, quando seguidas de nome próprio, prefira abreviá-las: sr. e sra. (use com inicial minús-
cula).

Agência: Qual o papel que o senhor vê para as mídias sociais, as novas mídias, neste maior enga-
jamento da sociedade civil?

— O Sr. Bernardo Figueiredo (sr. Bernardo Figueiredo) transita do privado para o público, depois
de transitar do público para o privado — disse Requião.

Não use o título de doutor ou doutora como forma de tratamento. Use-o apenas para identifica-
ção de pessoas que tenham o título acadêmico. Médicos devem ser identificados como os demais
profissionais. Para reproduzir falas, prefira as abreviaturas dr. e dra. Quando seguidas do nome.

Para Elizabeth Tunes, doutora em psicologia educacional e professora da Universidade de Brasí-


lia (UnB), ainda há muito preconceito na sociedade e nas escolas devido à padronização do currículo
e do ritmo de ensino.

A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) lamentou em Plenário a morte do médico e professor Fran-
cisco Ludovico de Almeida Neto.

O médico Drauzio Varella esclarece que o autismo pode afetar pessoas de todas as classes soci-
ais e etnias, mais meninos do que meninas.

— Esse doutor Tourinho Neto (dr. Tourinho Neto), ao meu juízo, não está cumprindo o que diz a
Constituição — afirmou.

Usa-se dona, para mulher, e seu, para homem, quando a pessoa se popularizou assim: Dona
Neuma (da Mangueira), Dona Ivone Lara. Nesses casos, use com inicial maiúscula, porque a forma
dona incorporou-se ao nome.

O senador, que se encontra acompanhado da esposa, dona Ivone, passa bem e deve deixar hoje
a Unidade de Terapia Intensiva.

O senador, que se encontra acompanhado da esposa, Ivone, passa bem e deve deixar hoje a Uni-
dade de Terapia Intensiva.

Use dom em inicial minúscula. A forma de tratamento deve ser usada quando tiver "se incorpo-
rado" ao nome da pessoa, como em nome de monarcas e autoridades da Igreja Católica:

A língua brasileira de sinais remonta a meados do século 19, quando dom Pedro II autorizou o
francês Eduard Huet a criar no Rio de Janeiro o Colégio Nacional para Surdos-Mudos.

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Formas De Tratamento E Autoridades E Público Em Geral

Tem como presidente o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, e como vice, o
diretor da Secretaria Especial de Comunicação do Senado (Secom), Fernando Cesar Mesquita.

Abrevie os pronomes de reverência apenas quando seguidos de nome. Nesse caso, no entanto,
use iniciais maiúsculas: V. Exa., S. Ema., S. Sa.

— Faço um apelo a que Vossa Excelência assine o requerimento que pede a instalação da CPI do
Ministério dos Transportes. Essa assinatura, certamente, sinalizará que está, efetivamente, disposto a
permitir que as investigações aconteçam para que os esclarecimentos sejam oferecidos ao país —
afirmou Alvaro Dias.

— O tratamento que V. Exª tem me dado, desde que cheguei nesta Casa, renovou a esperança
na minha alma — afirmou.

Autoridade

Autoridade (do termo latino auctoritate) é um sinônimo de poder. É a base de qualquer tipo de
organização hierarquizada, sobretudo no sistema político. É uma espécie de poder continuado no
tempo, estabilizado, podendo ser caracterizado como institucionalizado ou não, em que os subordina-
dos prestam obediência ao indivíduo ou à instituição detentores da autoridade.

3
Ortografia 2.0

Ortografia 2.0

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Ortografia 2.0

Ortografia 2.0

Mau ou mal

Alguns questionamentos são bem insistentes (ou será que nós é quem insistimos em errar?), entre
eles, o uso correto de mau e mal. Quem nunca se perguntou quando e como usar cada um dos termos,
não é mesmo? Essa é certamente uma das perguntas que sondam nosso particular universo linguístico,
mas nada como pensar um pouquinho para chegar a uma resposta. Se você ainda não sabe qual é o
correto, mau ou mal, fique atento às dicas para nunca mais errar.

Em primeiro lugar, devemos deixar bem claro que as duas formas existem, mau com “u” e mal
com “l”. Apesar de serem foneticamente idênticas, semanticamente são bem diferentes, o que facilita
na hora de escolher a grafia correta. Para usarmos corretamente essas duas palavrinhas-problema,
basta fazer a oposição entre seus antônimos. Observe:

Mal é advérbio, antônimo de bem.

Mau é um adjetivo, antônimo de bom.

Exemplos:

Os governantes fizeram mau uso do dinheiro público. (mau ≠ bom)

O aluno foi embora porque estava sentindo-se mal. (mal ≠ bem)"

Quando se usa há?

A palavra há é uma conjugação do verbo “haver” quando este é impessoal, por isso seus
significados mais comuns são no sentido de “existir” (nesse sentido, “ter”) ou, no caso de tempo
decorrido, “fazer”. Se você substituir o verbo há por um dos verbos citados acima e isso não alterar o
sentido da frase, você já sabe qual a forma correta de escrever.

Veja alguns exemplos:

A meteorologista disse que há muita probabilidade de chuva amanhã.

(A meteorologista disse que existe muita probabilidade de chuva amanhã.)

Há vários livros no meu quarto.

(Tem vários livros no meu quarto.)

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Ortografia 2.0

Não nos vemos há muitos anos.

(Não nos vemos faz muitos anos.)

O uso de “há” e “a” pode gerar muitas dúvidas.

Quando se usa a?

A palavra “a” pode ter diversas classificações dependendo do contexto. Costuma estar em várias
locuções e, por isso, seu uso é muito versátil.

Usamos “a” como artigo definido feminino singular, ou seja, para especificar um substantivo
feminino em determinado contexto. Já as preposições conectam uma palavra a outra, gerando sentido
e estabelecendo uma relação de dependência entre elas. A preposição “a” costuma ser regida por
alguns verbos, isto é, eles necessitam dessa preposição para que o enunciado tenha sentido.

Além dos verbos, muitas vezes a preposição “a” aparece em locuções, que são duas ou mais
palavras com a mesma função, cujo sentido surge a partir da junção desses termos, e não da palavra
isolada.

Quando não há sentido de “existir” ou de tempo passado, use a palavra “a”.

Observe os exemplos a seguir:

Estivemos em consulta com a pediatra.

(Artigo)

Eu disse a ela que estava tudo bem.

(Preposição)

Daqui a pouco vai chover.

(Locução adverbial)"

Diferenças entre “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de”

As expressões “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de” costumam causar dúvidas por causa da
sua semelhança. Porém, elas significam coisas totalmente distintas. Vejamos, então, quando usá -las e
o significado de cada uma.

3
Ortografia 2.0

Quando se usa “acerca de”?

A expressão “acerca de” é o que chamamos locução prepositiva, situação em que duas ou mais
palavras têm valor morfológico de preposição. Essa expressão tem o significado de “sobre”, “quanto a”,
“a respeito de”. Observe os exemplos:

Na reunião de ontem, foi falado acerca do comportamento dos funcionários.

Assim, conforme o exemplo, na reunião foi falado sobre o comportamento dos funcionários.

Quero tratar acerca dos lucros da empresa. / Quero tratar a respeito dos lucros da empresa.

Atenção: Ressalta-se que, nesse caso, é possível a contração da preposição “de” com o artigo, ou
seja, acerca do — de + o / acerca da — de + a, de modo a concordar com o substantivo posterior.

Quando se usa “a cerca de”?

Primeiramente, é importante lembrar que existe, na língua portuguesa, a expressão “cerca de”,
que significa “perto”, “aproximado”, “junto”, “nas aproximações”. Essa expressão, quando
preposicionada, torna-se “a cerca de”, que mantém o seu significado original. Dessa forma, “a cerca
de” marca distância aproximada no espaço e no tempo futuro.

Exemplos:

O mercado está a cerca de três quilômetros de distância. / O mercado está aproximadamente a


três quilômetros de distância.

A cerca de dois quilômetros, você terá que virar à direita. / Mais ou menos em dois quilômetros,
você terá que virar à direita.

Quando se usa “há cerca de”?

Em “há cerca de”, percebemos a presença do verbo haver na sua forma impessoal: há. Isso faz
com que a expressão ganhe a conotação de tempo passado, como em “há dois anos” = “faz dois anos”,
ou seja, dois anos atrás. Por isso, a expressão marca algum evento acontecido próximo a determinado
tempo passado.

Exemplos:

Há cerca de quatro anos, retornei à cidade. / Aproximadamente há quatro anos, retornei à cidade.

Essa guerra aconteceu há cerca de 200 anos. / Essa guerra aconteceu aproximadamente há 200
anos.

4
Ortografia 2.0

Atenção: Vale lembrar que quando ocorre o uso de “há”, este já estabelece a marcação de um
tempo passado, dispensando o uso de “atrás”. Logo, utilizar a expressão “há cerca de dois anos atrás”
configura pleonasmo ou redundância, uma vez que é desnecessário marcar o tempo passado duas
vezes.

Quando se usa “onde”?

“Onde” é um advérbio de lugar e também pode exercer a função de pronome relativo (quando se
refere a um lugar mencionado anteriormente na frase).

Exemplo

“Onde há fumaça, há fogo. ”

Nessa expressão popular, a palavra “onde” indica o lugar em que há fumaça e fogo.

Exemplo

Onde coloquei a minha carteira?

Nessa frase interrogativa, a palavra “onde” indica o lugar (ainda desconhecido) em que o
enunciador colocou sua carteira.

Já na próxima frase, perceba que o pronome relativo “onde” retoma o substantivo “país”:

Angola foi o país onde vivi durante os anos 90.

Portanto, “onde”, nesse exemplo, refere-se ao país Angola, mencionado anteriormente.

Angola é um país onde há belas paisagens.

Mas atenção! Não confunda lugar com tempo. É comum algumas pessoas usarem “onde”
equivocadamente, como em:

Estávamos todos tristes naquele dia, foi onde percebi que ele fazia falta.

Note que o uso da palavra “onde”, nessa frase, não faz sentido, pois essa palavra indica lugar. A
que lugar o enunciador ou enunciadora se refere então? Na verdade, a sua intenção era esta:

Estávamos todos tristes naquele dia, foi quando percebi que ele fazia falta.

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Ortografia 2.0

Agora sim, o termo “quando” se refere ao dia (portanto, indica tempo) em que todos estavam
tristes.

Quando se usa aonde?

A bicicleta é o lugar onde os ciclistas estão, para ir aonde eles querem.

A palavra “aonde” é formada pela união da preposição “a” e do advérbio ou pronome relativo
“onde”. Portanto, só usamos esse termo quando ele vem acompanhado de outro termo que exija a
preposição “a”, como é o caso do verbo “chegar” no exemplo seguinte:

Aonde você quer chegar com essa atitude?

Desse modo, quem chega, chega a algum lugar: chegar aonde.

Ou ainda este exemplo:

Vou aonde você quiser.

Nessa frase, o verbo “ir” exige a preposição “a”; portanto, quem vai, vai a algum lugar: vou aonde."

5 hábitos para escrever melhor e não errar mais a fim de ou afim

1. Leia mais

A leitura estimula o cérebro e contribui com o aprendizado.

Embora seja fundamental conhecer as regras da língua portuguesa, a compreensão delas pode
ser facilitada ao assimilar os exemplos aplicados.

2. Troque a ligação por uma mensagem

A ideia aqui é fazer com que a escrita seja mais presente na sua vida.

Você não precisa se concentrar apenas em construir textos longos.

Ao redigir mensagens, e-mails ou cartas, por exemplo, você acaba treinando, além da ortografia,
a sua capacidade criativa.

6
Ortografia 2.0

3. Dê uma folga para o corretor ortográfico

Você é daqueles que vive com o corretor sempre ligado?

Então, que tal desativá-lo um pouco?

A ferramenta é, de fato, uma aliada do mundo moderno, mas você não pode ficar refém dela.

4. Pesquise sempre que houver dúvidas

Na hora de escrever, incertezas sempre vão surgir.

Por isso, nesses casos, não hesite em fazer algumas pesquisas para descobrir a escrita correta.

Você pode consultar, por exemplo, o sistema de busca do Vocabulário Ortográfico da Língu a
Portuguesa.

Lá, é possível digitar uma palavra e verificar se ela, realmente, existe no nosso idioma e se está
com a grafia certa.

5. Continue estudando

Para melhorar o aprendizado em qualquer área, é fundamental se manter sempre atualizado,


buscando novos conhecimentos.

A educação continuada é uma alternativa excelente para desenvolver habilidades como o


vocabulário, a comunicação, a criatividade e a visão estratégica, dentre outras.

Mais ou Mas?

O “mais” e o “mas” são duas palavras que tem um som parecido, no entanto, são utilizadas em
contextos distintos. Confira abaixo a diferença entre elas e suas regras de uso.

Mais

A palavra “mais” possui como antônimo o “menos”. Nesse caso, ela indica a soma ou o aumento
da quantidade de algo.

7
Ortografia 2.0

Embora seja mais utilizada como advérbio de intensidade, dependendo da função que exerce na
frase, o “mais” pode ser substantivo, preposição, pronome indefinido ou conjunção.

Exemplos:

Quero ir mais vezes para a Europa.

Hoje vivemos num mundo melhor e mais justo.

Jonatas foi à festa com seu amigo mais sua namorada.

Dica: Uma maneira de saber se você está usando a palavra corretamente é trocar pelo seu
antônimo “menos”.

Mas

A palavra, “mas” pode desempenhar o papel de substantivo, conjunção ou advérbio.

1. Como substantivo, o, “mas” está associado a algum defeito.

Exemplo: Nem, mas, nem meio, mas, faça já seus deveres de casa.

2. Como conjunção adversativa, o, “mas” é utilizado quando o locutor quer expor uma ideia
contrária a que foi dita anteriormente.

Exemplo: Sou muito calmo, mas estou muito nervoso agora.

Nesse caso, ela possui o mesmo sentido de: porém, todavia, contudo, entretanto, contanto que,
etc.

3. Como advérbio, o “mas” é empregado para enfatizar alguma informação.

Exemplo: Ela é muito dedicada, mas tão dedicada, que trabalhou anos vendendo doces.

Não confunda!

A palavra "más" com acento é o plural de "má", ou seja, é um adjetivo sinônimo de ruim, por
exemplo:

Nesse semestre suas notas estão muito más.

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Ortografia 2.0

Exercícios

Mais ou Mas

1. (Cesgranrio) para estar de acordo com a norma-padrão, a frase abaixo deve ser completada.

Esperamos que, daqui ____ alguns anos, não tenhamos de lidar ____ com os mesmos problemas
que enfrentamos já ____ duas décadas no Brasil.

A sequência de palavras que completa as lacunas acima de acordo com a norma-padrão é:

a) a – mas – há

b) a – mais – a

c) a – mais – há

d) há – mas – há

e) há – mais – a

Alternativa c: a – mais – há

Exercícios resolvidos sobre “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de”

Questão 1

Analise o uso das expressões “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de” nas proposições a seguir e
marque a alternativa correta:

I - Meu carro está estacionado a cerca de 100 metros daqui.

II - Conversamos muito acerca do divórcio.

III - A cerca de 300 anos, iniciou-se a jornada do grande homem.

Onde ou aonde

"Questão 1 - Todas as orações a seguir apresentam o uso correto dos termos “onde” e “aonde”,
exceto:

9
Ortografia 2.0

a) Não sei onde está o meu caderno e nem onde coloquei meu lápis.

b) Não se esqueça de que aonde você estiver, eu estarei com você.

c) O mundo onde você vive é mais do que especial, é fantasioso.

d) Levarei o dinheiro aonde você quiser, mas só quando eu puder.

e) Na cidade onde moro, não tenho segurança para ir aonde quero.

Resolução

Alternativa “b”. Nesse período, o verbo “estar” não exige preposição. Portanto, o correto, segundo
a norma-padrão, é “onde você estiver”, ou seja, o lugar em que “você estiver”."

a) Apenas a proposição I está correta.

b) Apenas a proposição II está correta.

c) Apenas a proposição III está correta.

d) Estão corretas as proposições I e II.

e) Estão corretas as proposições I e III.

Resolução:

Alternativa correta: letra D

A proposição I apresenta uma conotação de proximidade. Isso justifica o uso da expressão “a cerca
de”.

A proposição II apresenta o significado “conversar sobre algo”, por isso “acerca de” é a proposição
correta.

A proposição III está incorreta, uma vez que referencia tempo passado. Assim, “há cerca de” seria
a opção correta.

10
Ortografia 2.0

2. (FGV-SP) Assinale a alternativa em que as formas mal ou mau estão utilizadas de acordo com a
norma culta:

a) Mau agradecidas, as juízas se postaram diante do procurador, a exigir recompensas.

b) Seu mal humor ultrapassa os limites do suportável.

c) Mal chegou a dizer isso, e tomou um sopapo que o lançou longe.

d) As respostas estavam mau dispostas sobre a mesa, de forma que ninguém sabia a sequência
correta.

e) Então, mau ajeitada, desceu triste para o salão, sem perceber que alguém a observava.

Alternativa c: Mal chegou a dizer isso, e tomou um sopapo que o lançou longe.

A ou há

1 – Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas:

Explicamos ___ ela que não seria possível ___ devolução hoje, pois fecharíamos dali ___ cinco
minutos. Mas vamos avisar que ___ possibilidade de devolução amanhã.

a) a; a; há; há.

b) há; a; a; a.

c) a; a; há; a.

d) a; a; a; há.

2 – Assinale a alternativa que apresenta uso correto do termo “há” de acordo com a norma-padrão
da língua portuguesa:

a) Há tempos que queria fazer isso.

b) Demos presentes há várias crianças.

c) Esperava há entrega por muito tempo.

d) Há dez horas atrás, ocorreu um acidente.

11
Ortografia 2.0

Respostas

1 – d)

Explicamos a ela = preposição

Não seria possível a devolução = artigo

Dali a cinco minutos = preposição, tempo futuro

Avisar que há possibilidade = verbo haver no presente do indicativo

2 – a)

No item b), o correto seria a, pois trata-se de preposição.

No item c), o correto seria a, pois trata-se de artigo.

No item d), o correto de fato é há, porém, a construção “há ... atrás” não está de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa."

12
Acentuação gráfica

Acentuação gráfica

MÉRITO
Apostilas 1
Acentuação gráfica

O acento gráfico é um sinal de escrita. A acentuação gráfica consiste na colocação


de acento ortográfico para indicar a pronúncia de uma vogal ou marcar a sílaba
tônica de uma palavra. Os acentos gráficos da língua portuguesa são:

Acento agudo (´)

Esse sinal, inclinado para a direita (´), indica que a tônica tem som aberto e recebe
o nome de acento agudo.

Acento grave (`)

O acento grave, inclinado para a esquerda (`), possui outra função, que é assinalar
uma fusão, a crase.

Acento circunflexo (^)

Se a sílaba tônica é fechada, temos o acento circunflexo (^): avô.

O acento gráfico não deve ser confundido com o acento tônico. O acento tônico
tem maior intensidade de voz apresentada por uma sílaba quando pronunciamos
determinadas palavras:

calor - a sílaba lor é a de maior intensidade.

faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade.

sólido - a sílaba só é a de maior intensidade.

Acentuação das palavras oxítonas


As palavras oxítonas são aquelas em que a última sílaba é tônica (mais forte). Elas
podem ser acentuadas com o acento agudo e com o acento circunflexo.

Oxítonas que recebem acento agudo

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


Recebem acento agudo as palavras oxítonas está, estás, já, olá; até, é, és, olé,

2
Acentuação gráfica

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


terminadas em vogais tônicas abertas -a, -e pontapé(s); vó(s), dominó(s),
ou -o seguidas ou não de -s. paletó(s), só(s)
bebé ou bebê; bidé ou bidê; canapé
No caso de palavras derivadas do francês e
ou canapê; croché ou crochê;
terminadas com a vogal -e, são admitidos
matiné ou matinê
tanto o acento agudo quanto o circunflexo.

adorá-lo (de adorar + lo) ou adorá-


Quando conjugadas com os pronomes -lo(s) los (de adorar + los); fá-lo (de faz +
ou -la(s) terminando com a vogal tônica lo) ou fá-los (de faz + los)
aberta -a após a perda do -r, -s, ou -z. dá-la (de dar + la) ou dá-las (de dar
+ las)
Recebem acento as palavras oxítonas com acém, detém, deténs, entretém,
mais de uma sílaba terminadas no ditongo entreténs, harém, haréns, porém,
nasal grafado -em e -ens. provém, provéns, também
São acentuadas as palavras oxítonas com os anéis, batéis, fiéis, papéis,
ditongos abertos grafados -éu, éi ou -ói, chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); herói(s),
seguidos ou não de -s. remói

Obs.: há exceção nas formas da terceira pessoa do plural do presente do indicativo


dos derivados de "ter" e "vir". Nesse caso, elas recebem acento circunflexo (retêm,
sustêm; advêm, provêm).

Oxítonas que recebem acento circunflexo

Exemplos de palavras com


Regras de acentuação gráfica
acento
cortês, dê, dês (de dar), lê,
São acentuadas as palavras oxítonas terminadas nas
lês (de ler), português,
vogais tônicas fechadas grafadas -e ou -o, seguidas ou
você(s); avô(s), pôs (de
não de -s.
pôr), robô(s)
As formas verbais oxítonas, quando conjugadas com
detê -lo(s); fazê -la(s); vê -
os pronomes clíticos -lo(s) ou -la(s) terminadas com as
la(s); compô-la(s); repô-
vogais tônicas fechadas -e ou -o após a perda da
la(s); pô-la(s)
consoantes final -r, -s ou -z, são acentuadas.

3
Acentuação gráfica

Obs.: usa-se, ainda, o acento circunflexo para diferenciar a forma verbal "pôr" da
preposição "por".

Acentuação das palavras paroxítonas


As palavras paroxítonas são aquelas em que a penúltima sílaba é tônica (mais
forte).

Paroxítonas que recebem acento agudo

Exemplos de palavras com


Regras de acentuação gráfica
acento
Recebem acento agudo as paroxítonas que dócil, dóceis; fóssil, fósseis;
apresentam, na sílaba tônica, as vogais abertas réptil, répteis; córtex, córtices;
grafadas -a, -e, -o, -i e -u e que terminam em -l, -n, tórax; líquen, líquenes; ímpar,
-r, -x e -s, e algumas formas do plural, que passam ímpares
a proparoxítonas.
fêmur e fémur; ónix e ônix;
pónei e pônei; ténis e tênis;
É admitida dupla grafia em alguns casos.* bónus e bônus; ónus e ônus;
tónus e tônus

órfã, órfãs; órfão, órfãos; órgão,


Palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba
órgãos; sótão, sótãos; jóquei,
tônica, as vogais abertas grafadas -a, -e, -i, -o e -u,
jóqueis; fáceis, fácil; bílis, íris,
e que terminam em -ã, -ão, -ei, -um ou -uns são
júri, oásis, álbum, fórum, húmus
acentuadas nas formas singular e plural das
e vírus
palavras.

Obs.: não se acentuam graficamente os ditongos representados por -ei e -oi da


sílaba tônica das paroxítonas:
assembleia, boleia, ideia, onomatopeico, proteico, alcaloide, apoio (do verbo
apoiar), tal como apoio (substantivo), boia, heroico, jiboia, moina, paranoico, zoina.

4
Acentuação gráfica

Exemplos de palavras paroxítonas não acentuadas: enjoo, grave, homem, mesa,


Tejo, vejo, velho, voo, avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro,
descobrimento, graficamente e moçambicano.
*Atenção! Quando duas formas são indicadas como válidas, embora sejam ambas
corretas, não são necessariamente recomendadas em todos os países.

Paroxítonas e o uso do acento circunflexo

Exemplos de palavras com


Regras de acentuação gráfica
acento
Palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tônica,
as vogais fechadas com a grafia -a, -e e -o, e que cônsul, cônsules; têxtil,
terminam em -l, -n, -r ou -x, assim como as têxteis; plâncton, plânctons
respetivas formas do plural, algumas das quais se
tornam proparoxítonas.
Também recebem acento circunflexo as palavras
que contêm, na sílaba tônica, vogais fechadas com Estêvão, zângão,
a grafia -a, -e e -o, e que terminam em -ão(s), -eis ou escrevêsseis, ânus
-us.
São grafadas com acento circunflexo as formas dos abstêm, advêm, contêm,
verbos "ter" e "vir", na terceira pessoa do plural do convêm, desconvêm, detêm,
presente do indicativo ("têm" e "vêm"). O mesmo é entretêm, intervêm, mantêm,
aplicado algumas formas verbais derivadas. obtêm, provêm, sobrevêm
Não é usado o acento circunflexo nas palavras creem, deem, descreem,
paroxítonas que contêm um tônico oral fechado em desdeem, leem, preveem,
hiato com terminação -em, da terceira pessoa do redeem, releem, reveem,
plural do presente do indicativo. veem
enjoo – substantivo e flexão
de enjoar
Não é usado o acento circunflexo com objetivo de
povoo – flexão de povoar
assinalar a vogal tônica fechada na grafia das
voo – substantivo e flexão de
palavras paroxítonas.
voar

Não são usados os acentos circunflexo e agudo para – flexão de parar.


para distinguir as palavras paroxítonas quando têm pela/pelo – preposição de
a vogal tônica aberta ou fechada em palavras pela, quando substantivo de
homógrafas de palavras proclíticas no singular e pelar.

5
Acentuação gráfica

Exemplos de palavras com


Regras de acentuação gráfica
acento
pelo – substantivo de per +
lo.
polo – combinação de per +
plural.
lo e na combinação de por +
lo

Atenção! O acento circunflexo é obrigatório na palavra pôde na terceira pessoa do


singular do pretérito perfeito do indicativo. Isso acontece para distingui-la da
forma verbal correspondente do presente do indicativo: pode.

O acento circunflexo é facultativo no verbo demos, conjugado na primeira pessoa


do presente do indicativo. Isso ocorre para estabelecer distinção da forma
correspondente no pretérito perfeito do indicativo: demos.

Também é facultativo o uso de acento circunflexo no substantivo fôrma como


distinção do verbo formar na segunda pessoa do singular imperativo: forma.

Vogais tônicas

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


Adaís – plural de Adail, aí, atraí (de atrair),
As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das
baú, caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país,
palavras oxítonas e paroxítonas
alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraíam (de
recebem acento quando são
atrair), atraísse (id.), baía, balaústre,
antecedidas de uma vogal com a qual
cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha,
não formam ditongo e desde que não
graúdo, influíste (de influir), juízes, Luísa,
constituam sílaba com a consoante
miúdo, paraíso, raízes, recaída, ruína, saída
seguinte.
e sanduíche
Recebem acento agudo as vogais
Piauí
tônicas grafadas com -i e -u, quando
teiú – teiús
precedidas de ditongo na posição
tuiuiú – tuiuiús
final ou seguidas de -s.
Recebe acento agudo a vogal tônica atraí-lo(s), atraí-lo(s) –ia, possuí-la(s),
grafada -i das palavras oxítonas

6
Acentuação gráfica

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


terminadas em -r dos verbos
terminados em -air e -uir, quando
possuí-la(s)-ia – de possuir-la(s)-ia
combinadas com -lo(s), -la(s)
considerando a assimilação e perda
do -r nas palavras.
As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das
palavras oxítonas e paroxítonas não
recebem acento quando são bainha, moinho, rainha, Adail, Coimbra,
antecedidas de uma vogal com a qual ruim, ainda, constituinte, oriundo, ruins,
não formam ditongo, e desde que não triunfo, atrair,influir, influirmos, juiz e raiz
constituam sílaba com a consoante
seguinte nos casos de -nh, -l, -m, -n, -r
e -z.

Não recebem acento agudo as vogais arguir, redarguir, aguar, apaniguar,


tônicas das palavras paroxítonas nas apaziguar, apropinquar, averiguar,
formas rizotônicas de alguns verbos. desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir

Não recebem acento agudo os


distraiu; instruiu
ditongos tônicos grafados -iu e -ui,
quando precedidos de vogal.
Não é utilizado acento agudo nas
vogais tônicas grafadas em -i e -u das
baiuca; boiuno; cheinho; sainha
palavras paroxítonas quando
precedidas de ditongo.

Acentuação das palavras proparoxítonas


As palavras proparoxítonas são aquelas em que a antepenúltima sílaba é a tônica
(mais forte), sendo que todas são acentuadas.

Proparoxítonas que recebem acento agudo

Exemplos de palavras
Regras de acentuação gráfica
com acento
Recebem acento agudo as palavras proparoxítonas que árabe, cáustico,
apresentam na sílaba tônica as vogais abertas grafadas Cleópatra, esquálido,

7
Acentuação gráfica

Exemplos de palavras
Regras de acentuação gráfica
com acento
exército, hidráulico,
líquido, míope, músico,
-a, -e, -i, -o e -u começando com ditongo oral ou vogal
plástico, prosélito,
aberta.
público, rústico, tétrico,
último
Recebem acento agudo as palavras proparoxítonas
Álea, náusea; etéreo,
aparentes quando apresentam na sílaba tônica as
níveo; enciclopédia,
vogais abertas grafadas -a, -e, -i, -o e -u ou ditongo oral
glória; barbárie, série;
começado por vogal aberta, e que terminam por
lírio, prélio; mágoa,
sequências vocálicas pós-tônicas praticamente
nódoa; exígua; exíguo,
consideradas como ditongos crescentes -ea, -eo, -ia, -
vácuo
ie, -io, -oa, -ua e -uo).

Proparoxítonas que recebem acento circunflexo

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


anacreôntico, cânfora, cômputo,
Recebem acento circunflexo as
devêramos (de dever), dinâmico, êmbolo,
palavras proparoxítonas que
excêntrico, fôssemos (de ser e ir),
apresentam na sílaba tônica vogal
Grândola, hermenêutica, lâmpada,
fechada ou ditongo com a vogal básica
lôbrego, nêspera, plêiade, sôfrego,
fechada e as chamadas proparoxítonas
sonâmbulo, trôpego. Amêndoa, argênteo,
aparentes.
côdea, Islândia, Mântua e serôdio
Recebem acento circunflexo as
palavras proparoxítonas, reais ou
acadêmico, anatômico, cênico, cômodo,
aparentes, quando as vogais tônicas
fenômeno, gênero, topônimo, Amazônia,
são grafadas e/ou estão em final de
Antônio, blasfêmia, fêmea, gêmeo, gênio e
sílaba e são seguidas das consoantes
tênue
nasais grafadas -m ou -n obedecendo
ao timbre.

Atenção! Palavras derivadas de advérbios ou adjetivos não são acentuadas.

Avidamente - de ávido

Debilmente - de débil

8
Acentuação gráfica

Crase
A crase é usada na contração da preposição a com as formas femininas do artigo
ou pronome demonstrativo a: à (de a + a), às (de a + as).

Também é usada a crase na contração da preposição "a" com os pronomes


demonstrativos:

àquele(s)

àquela(s)

àquilo

Trema
O sinal de trema (¨) é inteiramente suprimido em palavras da língua portuguesa e
só é utilizado nas palavras derivadas de nomes próprios.

Exemplo: Müller - de mülleriano

9
Acentuação gráfica

Exercícios
Exercício 1

(IFSC) Assinale a alternativa CORRETA quanto à acentuação gráfica.

a) Aquí dá muito cajú de maio a setembro.

b) No rítmo em que andavamos, levaríamos toda a manhã para percorrer duas


léguas.

c) Para mantê-los saudáveis é melhor alimentá-los com legumes crus.

d) Joel tinha os biceps mal definidos e o tórax exagerado para alguem tão baixo.

e) O juíz condenou-o a devolver com juros aos cófres publicos todo o dinheiro
desviado.

Exercício 2

(UFPR) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por


serem oxítonos:

a) paletó, avô, pajé, café, jiló

b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis

c) você, capilé, Paraná, lápis, régua

d) amém, amável, filó, porém, além

e) caí, aí, ímã, ipê, abricó

10
Acentuação gráfica

Exercício 3

(Cesgranrio) Aponte a única série em que pelo menos um vocábulo apresente erro
no que diz respeito à acentuação gráfica:

a) pegada - sinonímia

b) êxodo - aperfeiçoe

c) álbuns - atraí-lo

d) ritmo - itens

e) redimí-la – grátis

Exercício 4

(PUC-Campinas) Assinale a alternativa de vocábulo corretamente acentuado:

a) hífen

b) ítem

c) ítens

d) rítmo

e) n.d.a

11
Acentuação gráfica

Exercício 5

(UFF) Só numa série abaixo estão todas as palavras acentuadas corretamente.


Assinale-a:

a) rápido, séde, côrte

b) ananás, ínterim, espécime

c) corôa, vatapá, automóvel

d) cometi, pêssegozinho, viúvo

e) lápis, raínha, côr

Exercício 6

(UFSCar) Estas revistas que eles ___ , ___ artigos curtos e manchetes que todos ___ .

a) leem - tem - vêem

b) lêm - têem - vêm

c) leem - têm - veem

d) lêem - têm - vêm

e) lêm - tem - vêem

12
Acentuação gráfica

Gabarito
Exercício 1

Alternativa c: Para mantê-los saudáveis é melhor alimentá-los com legumes crus.

Mantê-los, porque é uma palavra oxítona (última sílaba é tônica: man-tê) e, de


acordo com a regra de acentuação das oxítonas, quando as palavras terminam em
vogal fechada “e” e são conjugadas com os pronomes -lo(s), la(s), como se verifica
neste caso, elas levam acento circunflexo;

Saudáveis, porque é uma palavra paroxítona (penúltima sílaba é tônica: sau-dá-


veis) e, de acordo com a regra de acentuação das paroxítonas, são acentuadas as
palavras cuja sílaba tônicas contenham vogal aberta “a” e terminem em “l” (sau-dá-
vel), sendo que o mesmo acontece quando elas passam para o plural (sau-dá-veis);

Alimentá-los, porque é uma palavra oxítona (última sílaba é tônica: a-li-men-tá) e,


de acordo com a regra de acentuação das oxítonas, quando as palavras terminam
em vogal aberta “a” e são conjugadas com os pronomes -lo(s), la(s), como se verifica
neste caso, elas levam acento agudo.

Exercício 2

Alternativa a: paletó, avô, pajé, café, jiló.

Todas as palavras acima são oxítonas, ou seja, a sílaba tônica de todas elas é a
última: pa-le-tó, a-vô, pa-jé, ca-fé, ji-ló. De acordo com as regras de acentuação das
oxítonas, recebem acento agudo as palavras oxítonas terminadas em vogais
abertas “a, e, o” (pa-le-tó, pa-jé, ca-fé, ji-ló), enquanto recebem acento circunflexo
as palavras oxítonas terminadas em vogais fechadas “e, o” (a-vô).

Exercício 3

Alternativa e: redimí-la - grátis.

Redimi-la (re-di-mi-la) não é acentuada, porque as palavras oxítonas (última sílaba


tônica) que são acentuadas quando conjugadas com os pronomes -lo(s), -la(s) são
as que terminam em vogal “a”, e neste caso, a palavra termina em “i”.

13
Acentuação gráfica

Grátis (grá-tis) está acentuada de forma correta, porque é uma palavra paroxítona
(penúltima sílaba tônica) que tem na sílaba tônica a vogal aberta “a” termina em -s.

Exercício 4

Alternativa a: hífen.

A palavra “hífen” é paroxítona, o que significa que a sua sílaba tônica é a penúltima
(hí-fen). Assim, de acordo com a regra, são acentuadas as palavras paroxítonas que
contenham na sílaba tônicas as vogais abertas “a, e, i, o, u” e terminam em “l, n, r, x,
s”. É o caso de “grátis”, que tem vogal aberta “a” e termina em “s”.

Exercício 5

Alternativa b: ananás, ínterim, espécime.

Ananás (a-na-nás), porque é uma oxítona, ou seja, palavra cuja última sílaba é
tônica. De acordo com a regra, as palavras oxítonas terminadas em vogal aberta “a,
e, o”, seguidas ou não de “s” são acentuadas, como acontece neste caso.

Ínterim (ín-te-rim) e espécime (es-pé-ci-me), porque são proparoxítonas, ou seja,


palavras cuja antepenúltima sílaba é tônica. De acordo com as regras, todas as
palavras proparoxítonas - sem exceção - são acentuadas.

Exercício 6

Alternativa c: leem - têm - veem.

Leem (le-em) e veem (ve-em) não são acentuadas porque não se usa acento
circunflexo nas palavras paroxítonas (penúltima sílaba tônica) que na sua sílaba
tônica têm um hiato fechado (encontro vocálico que se separa) e que terminem
com "em".

Têm é acentuada, porque as formas dos verbos “ter” e “vir” na terceira pessoal do
plural do presente do indicativo levam acento circunflexo.

14
Crase

Crase

MÉRITO
Apostilas 1
Crase

A crase caracteriza-se como a fusão de duas vogais idênticas, relacionadas ao


emprego da preposição “a” com o artigo feminino a (s), com o “a” inicial referente
aos pronomes demonstrativos – aquela (s), aquele (s), aquilo e com o “a”
pertencente ao pronome relativo a qual (as quais). Casos estes em que tal fusão se
encontra demarcada pelo acento grave (`): à(s), àquela, àquele, àquilo, à qual, às
quais.

Quando usar crase


Antes de palavras femininas

Fui à escola.

Fomos à praça.

Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir)

Vou à padaria.

Fomos à praia.

Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas

Saímos à noite.

À medida que o tempo passa as amizades aumentam.

Exemplos de locuções: à medida que, à noite, à tarde, às pressas, às vezes, em


frente a, à moda de.

2
Crase

Antes dos Pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele

No verão, voltamos àquela praia.

Refere-se àquilo que aconteceu ontem na festa.

Antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida

Veste roupas à (moda de) Luís XV.

Dribla à (moda de) Pelé.

Uso da crase na indicação das horas

Utiliza-se a crase antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas:

Termino meu trabalho às cinco horas da tarde.

Saio da escola às 12h30.

Por outro lado, quando acompanhadas de preposições (para, desde, após, perante,
com), não se utiliza a crase, por exemplo:

Ficamos na reunião desde as 12h.

Chegamos após as 18h.

O congresso está marcado para as 15h.

Quando não usar crase


Antes de palavras masculinas

Jorge tem um carro a álcool.

Samuel comprou um jipe a diesel.

3
Crase

Antes de verbos que não indiquem destino

Estava disposto a salvar a menina.

Passava o dia a cantar.

Antes de pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo

Falamos a ela sobre o ocorrido

Ofereceram a mim as entradas para o cinema.

Os pronomes do caso reto são: eu, tu, ele, nós, vós, eles.

Os pronomes do caso oblíquo são: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe.

Antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa

Era a isso que nos referíamos.

Quando aderir a esse plano, a internet ficará mais barata.

Crase facultativa
1. Depois da preposição “até”

Exemplos:

Vou até a faculdade agora. OU Vou até à faculdade agora.

Vamos até a feira? OU Vamos até à feira?

Fui até a loja de manhã. OU Fui até à loja de manhã.

Explicação:

4
Crase

A crase é a junção da preposição "a" com o artigo "a". Para não escrever “Vou a a
praia”, usamos o acento grave para indicar essa soma (a + a).

Bem, “até” é preposição e, sendo assim, não há soma de “a + a”: Vou até a faculdade.

Mas, também podemos dizer “até a”. “Até a” é uma locução prepositiva e, neste
caso, há a soma de “a + a”: “Vou até a a faculdade” é o mesmo que “Vou até à
faculdade”.

Por isso, as duas formas estão corretas: “até a” ou “até à”.

1.1. “Até” antes de horas

Antes da indicação de um horário usamos crase, mas se antes das horas vier a
preposição “até”, o seu uso é facultativo.

Exemplos:

Chegarei ao restaurante até as 20h. OU Chegarei ao restaurante até às 20h.

O médico atenderá o paciente até as 14h. OU O médico atenderá o paciente


até às 14h.

Até as 11h devo ligar para você. OU Até às 11h devo ligar para você.

2. Antes dos nomes próprios femininos

Exemplos:

Custa a Maria ver o filho sofrer. OU Custa à Maria ver o filho sofrer.

Obedeça a Joana! OU Obedeça à Joana!

Informou a Ana. OU Informou à Ana.

Explicação:

O uso do artigo é facultativo antes de nomes próprios femininos:

Maria é uma simpatia. OU A Maria é uma simpatia.

5
Crase

Joana é inglesa. OU A Joana é inglesa.

Ana está atrasada. OU A Ana está atrasada.

Uma vez que não haja artigo “a” haverá apenas a presença da preposição “a”, logo,
não há crase.

No entanto, se considerarmos a preposição e o artigo (a + a), então há crase.


Ambas opções estão corretas.

3. Antes dos pronomes possessivos

Exemplos:

Não iremos a tua casa. OU Não iremos à tua casa.

Querem assistir a nossa reportagem? OU Querem assistir à nossa reportagem?

Vamos a minha casa! OU Vamos à minha casa!

Explicação:

O uso do artigo também é facultativo antes dos pronomes possessivos. É por isso
que antes deles o uso ou não da crase está correto:

Tua casa é bonita. OU A tua casa é bonita.

Nossa reportagem está ótima. OU A nossa reportagem está ótima.

Minha casa está uma bagunça! OU A minha casa está uma bagunça!

Para lembrar: os pronomes possessivos femininos são: minha(s), tua(s), sua(s),


nossa(s), vossa(s).

6
Crase

Anotações:
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
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Crase

Exercícios
Exercício 1

(ESAN - Escola Superior de Administração de Negócios de São Paulo) Das frases


abaixo, apenas uma está correta, quanto à crase. Assinale-a:

a) Devemos aliar a teoria à prática.

b) Daqui à duas semanas ele estará de volta.

c) Dia à dia, a empresa foi crescendo.

d Ele parecia entregue à tristes cogitações.

e) Puseram-se à discutir em voz alta.

Exercício 2

(FCC - Fundação Carlos Chagas) É preciso suprimir um ou mais sinais de crase em:

a) À falta de coisa melhor para fazer, muita gente assiste à televisão sem sequer
atentar para o que está vendo.

b) Cabe à juventude de hoje dedicar-se à substituição dos apelos do mercado por


impulsos que, em sua verdade natural, façam jus à capacidade humana de sonhar.

c) Os sonhos não se adquirem à vista: custa tempo para se elaborar dentro de nós a
matéria de que são feitos, às vezes à revelia de nós mesmos.

d) Compreenda-se quem aspira à estabilidade de um emprego, mas prestem-se


todas as homenagens àquele que cultiva seus sonhos.

e) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu pragmatismo
não está à salvo de ser o responsável pela frustração de toda uma geração.

8
Crase

Gabarito
Exercício 1

Alternativa A) Devemos aliar a teoria à prática.

Exercício 2

Alternativa E) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu
pragmatismo não está à salvo de ser o responsável pela frustração de toda uma
geração.

9
Estrutura e formação de palavras

Estrutura e formação de palavras

MÉRITO
Apostilas 1
Estrutura e formação de palavras

Palavras são formadas por elementos mórficos, também denominados morfemas,


que podem ser definidos por unidades mínimas de caráter significativo. Esses
elementos mórficos recebem denominações diferentes, dependendo de qual sua
função na formação das palavras, podendo ser assim denominados: radical, afixos,
desinências, vogais temáticas ou vogais e consoantes de ligação.

Um radical, também chamado de raiz ou tema, é o elemento básico da palavra, o


que contém seu significado e que a partir dele é possível identificá-la. Como “livr -
”, “escol - ”, “cert -”.

Afixos são acréscimos, podendo vir antes (os prefixos) ou depois (os sufixos. Os
afixos modificam o significado dos radicais e também da classe gramatical destes.
Seguindo os exemplos anteriores podemos dizer: “incertamente”, “escolarização”,
“livreto”, ou também “internacional”,

Desinências são flexões do radical, ou seja, as flexões do verbo em número, tempo


e pessoa. Desinências nominais indicam o nome e o número, utilizando-se das
vogais “a” e “o” e o morfema “s”.

Vogal temática: Aparece entre o radical e uma desinência. As vogais temáticas


verbais definem a conjugação verbal. As vogais temáticas nominais atuam também
como desinência de gênero.

Tema: É a junção do radical com uma vogal temática.

Vogal ou consoante de ligação: As vogais ou consoantes de ligação são morfemas


que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a
leitura de uma determinada palavra. Temos um exemplo de vogal de ligação na
palavra escolaridade: o -i- entre os sufixos -ar- e -dade facilita a emissão vocal da
palavra. Outros exemplos: gasômetro, alvinegro, tecnocracia, paulada, cafeteira,
chaleira, tricota.

Análise de morfemas

Avissássemos

aviss-á-sse-mos

2
Estrutura e formação de palavras

aviss (radical)

á (vogal temática)

sse (desinência indicativa do modo e tempo verbal)

mos (desinência indicativa da pessoa e número verbal)

Separação de morfemas

Força

força (forç-a)

forçar (forç-a-r)

forçado (forç-a-do)

forcinha (forc-inh-a)

esforçar (es-forç-a-r)

esforçadamente (es-forç-a-da-mente)

Formação de palavras
Existem diversos processos que possibilitam a formação de novas palavras. Os
dois processos principais são a derivação e a composição.

Existem vários tipos de derivação e composição:

• derivação prefixal;

• derivação sufixal;

• derivação parassintética;

• derivação regressiva;

• derivação imprópria;

3
Estrutura e formação de palavras

• composição por justaposição;

• composição por aglutinação.

Processos de
Caracterização Exemplos
formação
infiel (in- + fiel)
Derivação Acrescenta-se um prefixo a reaver (re- + haver)
prefixal uma palavra já existente. antemão (ante- + mão)

gentileza (gentil + -eza)


Acrescenta-se um sufixo a
Derivação chatice (chato + -ice)
uma palavra já existente.
sufixal tapar (tapa + -ar)

envernizar
(en- + verniz + -izar)
Derivação apodrecer
Acrescenta-se um sufixo e um
parassintética prefixo a uma palavra já existente. (a- + podre + -ecer)
engordar
(en- + gordo + -ar)

amparo (de amparar)


Derivação Ocorre a redução da palavra sobra (de sobrar)
regressiva primitiva. choro (de chorar)

Não há alteração da palavra jovem (de adjetivo para


Derivação primitiva. Há mudança de substantivo)
imprópria significado e de saber (de verbo para
classe gramatical. substantivo)

aguardente
(água + ardente)
Composição Há alteração das palavras
vinagre (vinho + acre)
por aglutinação formadoras, que se fundem.
dessarte (dessa + arte)

beija-flor
Composição
Não há alteração das palavras segunda-feira
por
formadoras, que apenas se juntam. paraquedas
justaposição

4
Estrutura e formação de palavras

Outros processos de formação de palavras


Além da derivação e da composição, existem outros processos secundários de
formação de palavras:

• abreviação (vídeo, de videocassete)

• reduplicação (zum-zum)

• combinação (showmício, de show + comício)

• intensificação (culpabilizar, de culpar)

• hibridismo (monóculo, do grego mono + o latim oculus)

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Estrutura e formação de palavras

Anotações:
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Estrutura e formação de palavras

Exercícios
Exercício 1

(UFSC) Aponte a alternativa cujas palavras são respectivamente formadas por


justaposição, aglutinação e parassíntese:

a) varapau - girassol - enfaixar

b) pontapé - anoitecer - ajoelhar

c) maldizer - petróleo - embora

d) vaivém - pontiagudo - enfurece

e) penugem - plenilúnio - despedaça

Exercício 2

Indique quais das seguintes palavras da lista são formadas por derivação prefixal,
derivação sufixal e derivação parassintética.

a) lealdade

b) folhagem

c) entristecer

d) sobre-humano

e) entardecer

f) desfazer

g) livraria

h) sobrenome

i) contra-ataque

7
Estrutura e formação de palavras

Gabarito
Exercício 1

Resposta: Alternativa D.

- Vaivém – Justaposição: ocorre quando dois radicais unem-se sem que as palavras
sofram transformações.

- Pontiagudo – Aglutinação: ocorre quando dois radicais unem-se e um deles sofre


alteração.

- Enfurece – Parassíntese: ocorre quando os dois morfemas (prefixo e sufixo)


unem-se ao radical simultaneamente. Perceba que não existe a palavra enfure, da
mesma forma que não existe a palavra furece. Portanto, podemos afirmar que a
anexação do prefixo e do sufixo ocorreu ao mesmo tempo.

Exercício 2

Resposta:

Palavras formadas por derivação prefixal (ou prefixação), que são aquelas cujo
prefixo é adicionado à palavra primitiva formando uma nova palavra:

d) sobre-humano (o prefixo sobre- foi adicionado à palavra primitiva “humano”)

f) desfazer (o prefixo des- foi adicionado à palavra primitiva “fazer”)

h) sobrenome (o prefixo sobre- foi adicionado à palavra primitiva “nome”)

i) contra-ataque (o prefixo contra- foi adicionado à palavra primitiva “ataque”)

Palavras formadas por derivação sufixal (ou sufixação), que são aquelas cujo
sufixo é adicionado à palavra primitiva formando uma nova palavra:

a) lealdade (o sufixo -dade foi adicionado à palavra primitiva “leal”)

b) folhagem (o sufixo -agem foi adicionado à palavra primitiva “folha”)

g) livraria (o sufixo -aria foi adicionado à palavra primitiva “livro”)

8
Estrutura e formação de palavras

Palavras formadas por derivação parassintética (ou parassíntese), que são


aquelas cujo prefixo e sufixo são adicionados à palavra primitiva, ao mesmo tempo,
formando uma nova palavra:

c) entristecer (o prefixo en- e o sufixo - ecer foram adicionados de forma


simultânea à palavra primitiva “triste”.)

e) entardecer (o prefixo en- e o sufixo - ecer foram adicionados de forma


simultânea à palavra primitiva “tarde”.)

9
Formação De Palavras: Prefixos E Sufixos

Formação De Palavras: Prefixos


E Sufixos

1
Formação De Palavras: Prefixos E Sufixos

As palavras que compõem o léxico da língua são formadas principalmente por dois proces-
sos morfológicos:

 Derivação (prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria)

 Composição (justaposição e aglutinação)

Palavras Primitivas e Derivadas

Antes de mais nada, vale ressaltar dois conceitos importantes para o estudo de formação
das palavras.

Os vocábulos “primitivos” são as palavras que originam outras. Já as palavras “derivadas”


são aquelas que surgem a partir das palavras primitivas

Exemplos:

 Dente (primitiva) e dentista (derivada)

 Mar (primitiva) e marítimo (derivada)

 Sol (primitiva) e solar (derivada)

Prefixo e Sufixo são morfemas que se juntam às palavras a fim de formar novas palavras.
Ambos são, na verdade, afixos.

O nome prefixo ou sufixo é dado dependendo do lugar que ocupam na palavra. Ou seja, se
estiver antes do radical é prefixo, mas se estiver depois do radical é sufixo.

Exemplos:

 Antipatia (anti = prefixo)

 Retroceder (retro = prefixo)

 Tolerante (ante = sufixo)

 Realismo (ismo = sufixo)

Prefixos

Os prefixos são afixos que formam palavras a partir de um morfema que antecede o radi-
cal. Assim, eles modificam o seu sentido, mas, geralmente, mantêm a classe gramatical a qual
pertencem.

A maior parte dos prefixos da língua portuguesa são de origem latina ou grega. Confira as
listas com os respetivos significados e exemplos:

2
Formação De Palavras: Prefixos E Sufixos

Lista de Prefixos Latinos

Prefixos Significados Exemplos


ab- afastamento abdicar
ambi- duplicação ambidestro
ante- anterioridade antepor
bem-, ben- bem bendito, beneficente
bi-, bis- dois biênio, bisneto
contra- oposição contradizer
in-, i- negação ingrato, ilegal
pos- posição posterior
semi- metade semicírculo
tri- três triângulo

Lista de Prefixos Gregos

Prefixos Significados Exemplos


anti- oposição antipatia
arce- superioridade arcebispo
cata- movimento para baixo cataclismo
dis- dificuldade dispneia
en- posição interior encéfalo
epi- posterioridade epílogo
eu- bem, bom eufonia
hiper- excessivo hipertensão
para- proximidade paralelo
pro- anterioridade prólogo

Sufixos

Os sufixos são afixos que formam palavras a partir de um morfema que sucede o radical.
Assim, eles modificam o seu sentido e, principalmente, alteram a classe gramatical a qual per-
tencem.

3
Formação De Palavras: Prefixos E Sufixos

Os sufixos podem ser nominais, verbais e adverbiais.

Sufixos Nominais

Os sufixos nominais se juntam ao radical para formar substantivos e adjetivos.

Sufixos Nominais Sufixos Exemplos

-ão paredão
-aço ricaço
-alhão grandalhão
-aréu povaréu
Sufixos Aumentativos
-arra bocarra
-(z)arrão homenzarrão
-eirão boqueirão
-uça dentuça

-inho Pedrinho
-zinho avozinho
-acho riacho
-icho (a) barbicha
Sufixos Diminutivos
-eco soneca
-ela viela
-ote velhote
-isco chuvisco

Confira na tabela abaixo outros exemplos de sufixos nominais:

Sufi-
Exemplos Significado
xos

-dor
causador
-tor
tradutor
-sor
professor
-eiro agente, profissão, instrumento
padeiro
-ista
dentista
-nte
estudante
-rio
bibliotecário

-dade credibilidade qualidade, estado


-ência paciência

4
Formação De Palavras: Prefixos E Sufixos

Sufi-
Exemplos Significado
xos

-ez sensatez
-eza beleza
-ice meiguice
-ície imundície
-ismo patriotismo
-or frescor
-ude amplitude
-ume azedume
-ura formosura

-ado principado
-ato orfanato
-aria padaria
lugar, ramo de negócio
-douro matadouro
-tório dormitório
-tério cemitério

-ia geometria
-ismo cristianismo
ciência, técnica, doutrina
-ica física
-tica política

-al cafezal
-agem ferragem
-ada boiada
-ama dinheirama
-ame vasilhame
-ário mobiliário
coletivo
-aria gritaria
-edo arvoredo
-eiro formigueiro
-eira fumaceira
-ena dezena

-az sagaz
-ento ciumento
-lento sonolento qualidade em abundância, intensidade
-into faminto
-enho ferrenho
-onho medonho
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Formação De Palavras: Prefixos E Sufixos

Sufi-
Exemplos Significado
xos

-oso jeitoso
-udo barrigudo

-eo ósseo
-aco demoníaco
-iaco paradisíaco
-aco polaco
-aico hebraico
-ano paraibano
-ão catalão
natureza, origem, que tem a qualidade de
-enho panamenho
-eno chileno
-ense cearense
-ês francês
-eu europeu
-ino argentino
-ista paulista

-ável
amável
-ível
audível
-óvel
móvel possibilidade, tendência
-úvel
solúvel
-iço
movediço
-ivo
lucrativo

-ada cabeçada
-agem aprendizagem
-ança esperança
-aria pirataria
-eria selvageria
-ata passeata
-ção correção ação, resultado de ação
-ura formatura
-ela olhadela
-ença parecença
-ência continência
-mento juramento
-or temor

6
Formação De Palavras: Prefixos E Sufixos

7
Classes gramaticais

Classes gramaticais

MÉRITO
Apostilas 1
Classes gramaticais

Classe gramatical

É a classificação das palavras em grupos de acordo com a sua função na lín -


gua portuguesa. Elas podem ser variáveis e invariáveis, dividindo-se da seguinte
forma:

Palavras variáveis - aquelas que variam em gênero, número e grau: subs -


tantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo e numeral.

Palavras invariáveis - as que não variam: preposição, conjunção, interjeição


e advérbio.

As classes de palavras ou classes gramaticais são dez: substantivo, verbo, ad-


jetivo, pronome, artigo, numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio.

1. Substantivo

Substantivo é a palavra que nomeia os seres em geral, desde objetos, fenô-


menos, lugares, qualidades, ações, dentre outros, tais como: Ana, Brasil, beleza.

Exemplos de frases com substantivo:

• A Ana é super inteligente.

• O Brasil é lindo.

• A tua beleza me encanta.

Há vários tipos de substantivos: comum, próprio, concreto, abstrato, coletivo.

2. Verbo

Verbo é a palavra que indica ações, estado ou fenômeno da natureza, tais


como: sairemos, corro, chovendo.

Exemplos de frases com verbo:

• Sairemos esta noite?

• Corro todos os dias.

• Chovendo, eu não vou.

2
Classes gramaticais

Os verbos são classificados em: regulares, irregulares, defectivos e abundan-


tes.

3. Adjetivo

Adjetivo é a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos, tais


como: feliz, superinteressante, amável.

Exemplos de frases com adjetivo:

• A criança ficou feliz.

• O artigo ficou superinteressante.

• Sempre foi amável comigo.

4. Pronome

Pronome é a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a


relação das pessoas do discurso, tais como: eu, contigo, aquele.

Exemplos de frases com pronome:

• Eu aposto como ele vem.

• Contigo vou até a Lua.

• Aquele tipo não me sai da cabeça.

Há vários tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, relati-


vos, indefinidos e interrogativos.

5. Artigo

Artigo é a palavra que antecede o substantivo, tais como: o, as, uns, uma.

Exemplos de frases com artigo:

• O menino saiu.

• As meninas saíram.

• Uns constroem, outros destroem.

• Uma chance é o que preciso.

3
Classes gramaticais

Os artigos são classificados em: definidos e indefinidos.

6. Numeral

Numeral é a palavra que indica a posição ou o número de elementos, tais


como: um, primeiro, dezenas.

Exemplos de frases com numeral:

• Um pastel, por favor!

• Primeiro as damas.

• Dezenas de pessoas estiveram presentes.

Os numerais são classificados em: cardinais, ordinais, multiplicativos, fracio-


nários e coletivos.

7. Preposição

Preposição é a palavra que liga dois elementos da oração, tais como: a, após,
para.

Exemplos de frases com preposição:

• Entreguei a carta a ele.

• As portas abrem após as 18h.

• Isto é para você.

As preposições são classificadas em: preposições essenciais e preposições


acidentais.

8. Conjunção

Conjunção é a palavra que liga dois termos ou duas orações de mesmo valor
gramatical, tais como: mas, portanto, conforme.

Exemplos de frases com conjunção:

• Vou, mas não volto.

• Portanto, não sei o que fazer.

4
Classes gramaticais

• Dançar conforme a dança.

As conjunções são classificadas em coordenativas (aditivas, adversativas, al-


ternativas, conclusivas e explicativas) e subordinativas (integrantes, causais, com -
parativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, temporais, fi -
nais e proporcionais).

9. Interjeição

Interjeição é a palavra que exprime emoções e sentimentos, tais como: Olá!,


Viva! Psiu!.

Exemplos de frases com interjeição:

• Olá! Sou a Maria.

• Viva! Conseguimos ganhar o campeonato.

• Psiu! Não faça barulho aqui.

10. Advérbio

Advérbio é a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, ex-


primindo circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros, tais como:
melhor, demais, ali.

Exemplos de frases com advérbio:

• O melhor resultado foi o do atleta estrangeiro.

• Não acha que trouxe folhas demais?

• O restaurante é ali.

Os advérbios são classificados em: modo, intensidade, lugar, tempo, negação,


afirmação e dúvida.

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Classes gramaticais

Anotações:
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Classes gramaticais

Exercícios
Exercício 1

Indique a que classe de palavras pertencem as palavras em negrito.

a) As meninas são tão corajosas quanto os meninos.

b) Coragem!

c) Falta a coragem…

d) Com seus trinta anos já era para ter juízo.

e) Há uns anos não sabia o que fazer da vida.

f) Fazer o bem sem olhar a quem.

7
Classes gramaticais

Gabarito
Exercício 1

A) Adjetivo - classe de palavras que atribui característica ao substantivo. Na


oração, temos: meninas (substantivo), corajosas (adjetivos).

B) Interjeição - classe de palavras que expressa sensações e é sempre


acompanhada de ponto de exclamação. "Coragem!" é uma interjeição de
ânimo.

C) Substantivo - classe de palavras que nomeia seres, fenômenos, entre muitos


outros. Na oração, "coragem" é um substantivo abstrato.

D) Pronome - classe de palavras que substitui ou acompanha os substantivos.


Na oração, "seus" é um pronome possessivo.

E) Artigo - classe de palavras que acompanham o substantivo de forma a


determinar seu número (singular ou plural) e seu gênero (feminino ou
masculino). Na oração "uns" é um artigo indefinido plural, masculino.

F) Substantivo - classe de palavras que nomeia seres, fenômenos, entre muitos


outros. Na oração, "bem" é um substantivo abstrato, porque foi
substantivada em decorrência da utilização do artigo "o" (o bem). Em outros
contextos, essa mesma palavra pode assumir a função de advérbio, tal
como na alternativa seguinte, em que "bem" é um advérbio de modo: "Os
trabalhos ficaram muito bem feitos.".

8
Regência verbal e nominal

Regência verbal e nominal

MÉRITO
Apostilas 1
Regência verbal e nominal

Regência verbal
A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o
seu complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na
regência verbal os termos regidos são o objeto direto (sem preposição) e o objeto
indireto (preposicionado).

Exemplos de regência verbal preposicionada

• assistir a;

• obedecer a;

• avisar a;

• agradar a;

• morar em;

• apoiar-se em;

• transformar em;

• morrer de;

• constar de;

• sonhar com;

• indignar-se com;

• ensaiar para;

• apaixonar-se por;

• cair sobre.

Regência verbal sem preposição

Os verbos transitivos diretos apresentam um objeto direto como termo regido,


não sendo necessária uma preposição para estabelecer a regência verbal.

2
Regência verbal e nominal

Exemplos de regência verbal sem preposição:

• Você já fez os deveres?

• Eu quero um carro novo.

• A criança bebeu o suco.

O objeto direto responde, principalmente, às perguntas o quê? e quem?, indicando


o elemento que sofre a ação verbal.

Regência verbal com preposição

Os verbos transitivos indiretos apresentam um objeto indireto como termo regido,


sendo obrigatória a presença de uma preposição para estabelecer a regência
verbal.

Exemplos de regência verbal com preposição:

• O funcionário não se lembrou da reunião.

• Ninguém simpatiza com ele.

• Você não respondeu à minha pergunta.

O objeto indireto responde, principalmente, às perguntas de quê? para quê? de


quem? para quem? em quem?, indicando o elemento ao qual se destina a ação
verbal.

Preposições usadas na regência verbal

As preposições usadas na regência verbal podem aparecer na sua forma simples,


bem como contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.

Preposições simples: a, de, com, em, para, por, sobre, desde, até, sem,...

3
Regência verbal e nominal

Contração e combinação de preposições: à, ao, do, das, destes, no, numa, nisto,
pela, pelo,...

As preposições mais utilizadas na regência verbal são: a, de, com, em, para e por.

• Preposição a: perdoar a, chegar a, sujeitar-se a,...

• Preposição de: vangloriar-se de, libertar de, precaver-se de,...

• Preposição com: parecer com, zangar-se com, guarnecer com,...

• Preposição em: participar em, teimar em, viciar-se em,...

• Preposição para: esforçar-se para, convidar para, habilitar para,...

• Preposição por: interessar-se por, começar por, ansiar por,…

Regência nominal
A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com
o seu complemento (termo regido) através do uso de uma preposição.

Exemplos de regência nominal

• favorável a;

• apto a;

• livre de;

• sedento de;

• intolerante com;

• compatível com;

• interesse em;

• perito em;

• mau para;

4
Regência verbal e nominal

• pronto para;

• respeito por;

• responsável por.

Regência nominal com preposição

A regência nominal ocorre quando um nome necessita obrigatoriamente de uma


preposição para se ligar ao seu complemento nominal.

Exemplos de regência nominal com preposição:

• Sempre tive muito medo de baratas.

• Seu pai está furioso com você!

• Sinto-me grato a todos.

Preposições usadas na regência nominal

Também na regência nominal as preposições podem ser usadas na sua forma


simples e contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.

As preposições mais utilizadas na regência nominal são, também: a, de, com, em,
para, por.

Preposição a: anterior a, contrário a, equivalente a,...

Preposição de: capaz de, digno de, incapaz de,...

Preposição com: impaciente com, cuidadoso com, descontente com,...

Preposição em: negligente em, versado em, parco em,...

Preposição para: essencial para, próprio para, apto para,...

Preposição por: admiração por, ansioso por, devoção por,...

5
Concordância Verbal e Nominal

Concordância Verbal e Nominal

MÉRITO
Apostilas 1
Concordância Verbal e Nominal

Concordância verbal e nominal é a parte da gramática que estuda a conformidade


estabelecida entre cada componente da oração.

Concordância verbal se ocupa da relação entre sujeito e verbo, concordância


nominal se ocupa da relação entre as classes de palavras:

concordância verbal = sujeito e verbo

concordância nominal = classes de palavras

Concordância Verbal
1. Sujeito composto antes do verbo

Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre
no plural.

Exemplo: Maria e José conversaram até de madrugada.

2. Sujeito composto depois do verbo

Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no
plural como pode concordar com o sujeito mais próximo.

Exemplos:

Discursaram diretor e professores.

Discursou diretor e professores.

3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes

Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo


também deve ficar no plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível
gramatical, tem prioridade.

Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a
2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles).

2
Concordância Verbal e Nominal

Exemplos:

Nós, vós e eles vamos à festa.

Tu e ele falais outra língua?

Concordância Nominal
1. Adjetivos e um substantivo

Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, os adjetivos devem


concordar em gênero e número com o substantivo.

Exemplo: Adorava comida salgada e gordurosa.

2. Substantivos e um adjetivo

No caso inverso, ou seja, quando há mais do que um substantivo e apenas um


adjetivo, há duas formas de concordar:

2.1. Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com
o substantivo mais próximo.

Exemplo: Linda filha e bebê.

2.2. Quando o adjetivo vem depois dos substantivos, o adjetivo deve concordar
com o substantivo mais próximo ou com todos os substantivos.

Exemplos: Pronúncia e vocabulário perfeito.

Vocabulário e pronúncia perfeita.

Pronúncia e vocabulário perfeitos.

Vocabulário e pronúncia perfeitos.

3
Flexão nominal e verbal

Flexão nominal e verbal

MÉRITO
Apostilas 1
Flexão nominal e verbal

O que é uma flexão nominal e verbal?

São morfemas (pedaço mínimo para expressar um significado) colocados no


final das palavras para indicar que elas podem flexionar tanto nos nomes como
nos verbos.

O ato de flexionar é mudar de forma, ou seja, a flexão nominal varia a forma


dos nomes e a flexão verbal varia a forma dos verbos.

FLEXÃO NOMINAL

Flexão nominal é o estudo do gênero e número dos substantivos, adjetivos,


numerais e pronomes.

Essencialmente é o estudo do plural e gêneros dos nomes.

Ex.: Mala e malas ou cachorro e cachorra

FLEXÃO NOMINAL DE GÊNERO:

Os substantivos masculinos são precedidos pelo artigo “o”.

Ex. O cachorro ou o piloto.

Os substantivos femininos são precedidos pelo artigo “a”.

Ex.: A cachorra ou a pilota.

2
Flexão nominal e verbal

Formação do feminino:

Substantivos masculinos terminados em “o” substitui por “a”:

Ex.: piloto por pilota

Substantivos masculinos terminados em “ão” substitui por “ã”:

Ex.: o Anão por a anã ou o capitão por a capitã.

Substantivos masculinos terminados em “r” acrescenta a letra “a”:

Ex.: o cantor por a cantora

Pode acontecer em que substantivos masculinos terminados em “or” substitui


por “eira”:

Ex.: O arrumador por a arrumadeira.

Tem substantivo que terminado em “e” mudam para “a” no feminino

Ex.: Elefante por elefanta

Substantivo terminado com “ês”, “L” ou “z” acrescenta o “a” no feminino.

Ex.: Freguês fica freguesa

Conforme o sentido da frase pode ser feminino ou masculino.

Ex.: A capital (cidade); o capital (dinheiro)

3
Flexão nominal e verbal

FLEXÃO NOMINAL DE NÚMEROS

Os nomes, geralmente admitem a flexão de número: Singular e plural.

SUBSTANTIVOS TERMINADOS EM “ÃO”:

Não existe uma regra específica, depende da origem da palavra.

Em sua maioria os substantivos terminados em “ão” faz plural em “ões”

Doação – Doações

Substantivos no grau aumentativo: casarão – casarões

Quando termina em uma sílaba átona (menor intensidade), paroxítonas e as


vezes em oxítonas e monossílabas, acrescenta-se o “s”

Cidadão – cidadãos

O que tem menos incidência, é palavras que fazem plural em “ães”

Alemão – alemães

4
Flexão nominal e verbal

Pode ocorrer em mais formas e mesmo assim todas estarem corretas:

Aldeão – aldeões, aldeãos e aldeães

Guardião – guardiães e guardiões

FLEXÃO VERBAL
Das classes de palavras a que tem mais flexões é a do Verbo.

Os verbos sofrem flexão em modo, tempo, número e pessoa.

Modo:

Mostra em que contexto acontece o verbo.

Temos:

Modo indicativo – A pessoa que fala tem certeza do que tá dizendo.

Ex.: Eu vou assistir ao jogo hoje.

Modo subjuntivo – A pessoa que fala tem dúvidas sobre o que tá dizendo.

Ex.: Espero que você jogue bem hoje a noite

Modo imperativo – A pessoa fala uma ordem ou faz um pedido.

Ex.: Pare de dizer estas besteiras!

Tempo:

São ações que podem ocorrer no passado (pretérito), presente ou futuro.

No passado temos o pretérito: Perfeito, imperfeito, mais que perfeito, perfeito


composto do indicativo e mais que perfeito composto do indicativo, imperfeito do
subjuntivo e o mais que perfeito composto do subjuntivo.

5
Flexão nominal e verbal

No presente temos o presente do indicativo e o presente do subjuntivo.

No futuro temos futuro: do presente do indicativo, do pretérito do indicativo,


do presente composto do indicativo, do pretérito composto do indicativo, do sub -
juntivo e o composto do subjuntivo.

Número:

Singular ou plural

Eu preciso estudar (singular)

Nós precisamos estudar (plural)

Pessoa:

1ª pessoa: Eu e nós. Seria a pessoa que esta falando

2ª pessoa: Tu e vós. Seria a pessoa com quem se esta falando

3ª pessoa: ele e eles. Seria a pessoa de quem estão falando.

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Flexão nominal e verbal

Anotações:
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Sintaxe De Concordância, Regência E Colocação

Sintaxe De Concordância,
Regência E Colocação

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Sintaxe De Concordância, Regência E Colocação

O que é sintaxe de concordância?

A sintaxe de concordância estuda a relação gramatical estabelecida entre dois termos. Ela
pode ser verbal ou nominal. Observe os exemplos:

► Concordância verbal:

Os alunos ficaram entusiasmados com o passeio no museu

ou

Os alunos ficou entusiasmados com o passeio no museu?

A primeira opção é aquela que estabelece correta combinação entre o verbo e o sujeito. Se
o sujeito (alunos = eles) está no plural, o verbo da oração deverá ser flexionado na terceira pes-
soa do plural: eles 'ficaram'.

► Concordância nominal:

Os aluno indisciplinado foram suspenso da escola

ou

Os alunos indisciplinados foram suspensos da escola?

O segundo exemplo obedece às regras da concordância nominal porque nele o substan-


tivo – alunos – concorda com seus determinantes, que podem ser artigo, numeral, pronome ou
adjetivo. A concordância nominal é, portanto, a combinação entre os nomes de uma oração.

O que é sintaxe de regência?

A sintaxe de regência ocupa-se do estudo dos tipos de ligação existentes entre um verbo
(regência verbal) ou nome e seus complementos (regência nominal). Dessa maneira, haverá os
termos regentes, aqueles que precisam de um complemento, e os termos regidos, aqueles que
complementam o sentido dos termos regentes.

► Regência verbal:

A regência verbal ocupa-se do estudo da relação estabelecida entre os verbos e os termos


que os complementam ou caracterizam. Estudá-la nos permite aprimorar nossa capacidade ex-
pressiva, pois a partir da análise de uma preposição um mesmo verbo pode assumir diferentes
significados. Observe:
2
Sintaxe De Concordância, Regência E Colocação

Os parlamentares implicaram-se em escândalos por causa do desvio de verbas públicas.


(implicar = envolver)

Os alunos implicaram com o novo coordenador. (implicar = ter implicância, aversão).

► Regência nominal:

A regência nominal estuda a relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou ad-
vérbio) e os termos por ele regidos. É a partir da análise da preposição que essa relação será
construída. Observe os exemplos:

A nova tarifa é acessível a todos os cidadãos.


Os atentados contra a embaixada deixaram vários feridos.
Eles preferiram ficar longe de todos.

Na regência nominal é interessante observar que alguns nomes apresentam o mesmo re-
gime dos verbos de que derivam: se você conhece o regime de um verbo, conhecerá também o
regime dos nomes cognatos, ou seja, dos nomes que têm a mesma raiz ou origem etimológica:

As crianças devem obedecer às regras.(obedecer = verbo)


Eles foram obedientes às regras. (obediente = nome cognato)

O que é sintaxe de colocação?

A sintaxe de colocação mostra que os pronomes oblíquos átonos, embora possam ser dis-
postos de maneira livre, possuem uma posição adequada na oração. Quando há liberdade de
posição desses termos, o enunciado poderá assumir diferentes efeitos expressivos, o que nem
sempre é bem-vindo. Existem três possíveis colocações para os pronomes oblíquos átonos:

► Próclise: o pronome será posicionado antes do verbo. Veja os exemplos:

Não se esqueça de comprar novos livros.


Não me fale novamente sobre esse assunto.
Aqui se vive melhor do que na cidade grande.
Tudo me incomoda quando não estou em casa.
Quem te chamou para a festa?

► Mesóclise: será empregada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro


do pretérito do indicativo. O pronome surge intercalado ao verbo. A mesóclise é mais encontrada
3
Sintaxe De Concordância, Regência E Colocação

na linguagem literária ou na língua culta e, havendo possibilidade de próclise, ela deverá ser eli-
minada. Observe os exemplos:

Dizer-lhe-ei sobre tuas queixas (Direi + lhe)


Convidar-me-iam para a formatura, mas viajei para o campo. (convidariam + me)

► Ênclise: o pronome surgirá depois do verbo, obedecendo à sequência verbo-comple-


mento. Observe os exemplos:

Diga-me o que você fez nas férias.


Espero encontrá-lo (la) na festa hoje à noite.
Acolheram o filhote abandonado, dando-lhe abrigo e comida.

4
Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Sinônimos, antônimos, homônimos


e parônimos

MÉRITO
Apostilas 1
Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Semântica é a classe gramatical que estuda a significação das palavras e as


relações que elas têm umas com as outras por meio das classificações como si -
nônimos, antônimos, homônimos e parônimos.

Sinônimos
A sinonímia é o nome dado ao que ocorre quando usamos palavras diferen -
tes, mas com o significado igual ou parecido, estabelecendo uma relação de proxi-
midade. Essas palavras de mesma significação são chamadas de sinônimos, e uti -
lizá-las evita que sentenças e argumentos se tornem repetitivos e desinteressan-
tes.

Importante notar que sinônimos não são equivalentes e é raro encontrar


aqueles que são perfeitos, como no caso de “belo” e “bonito”, dependendo do
contexto (“este rapaz é belo” é muito semelhante a “este rapaz é bonito”, mas nem
sempre a relação é tão próxima).

Exemplos:

• Casa/lar/moradia/residência

• Longe/distante

• Delicioso/saboroso

• Carro/automóvel

• Triste/melancólico

• Resgatar/recuperar

Antônimos
A antonímia, ao contrário da sinonímia, é o que acontece quando duas pala -
vras são usadas para indicar o oposto uma da outra, estabelecendo uma relação
de contrariedade.

Exemplos:

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

• Amor/ódio

• Luz/trevas

• Mal/bem

• Ausência/presença

• Fraco/forte

• Bonito/feio

• Cheio/vazio

Polissemia e monossemia
Quando uma palavra tem vários significados, temos uma polissemia. O con-
trário, que é quando uma palavra tem somente um significado, é chamado de mo -
nossemia. Para entender esses significados, é fundamental observar o contexto
no qual essas palavras estão inseridas.

Exemplo:

Gato: animal, homem atraente, instalação elétrica irregular.

• Adotei um gato na semana passada.

• Conheci seu amigo ontem na festa. Que gato!

• Aquela instalação elétrica da vizinha é um gato.

Homônimos
Homônimos são aquelas palavras que têm som igual, escrita igual, mas signifi -
cados diferentes. Dentro dessa classificação, temos ainda as palavras homófonas
(mesmo som, mas com escrita e significado diferentes) e as homógrafas (escrita
igual, mas com som e significado diferentes).

Exemplos:

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

• Vou colocar “extrato” de tomate no molho do macarrão.

• Vou ao banco retirar o “extrato”.

• Eu “rio” tanto.

• Da minha casa posso ver o “rio”.

Homônimos perfeitos: são palavras que possuem a mesma grafia e o mesmo


som. Exemplo: Esse homem é são (saúde), São Pedro (título), Como vai? (sauda-
ção), Eu como feijão (verbo comer).

Homônimos homófonos: são as palavras que possuem o mesmo som, porém


a grafia é diferente. Exemplo: sessão (reunião), seção (repartição), cessão (ato de
ceder), concerto (musical) e conserto (ato de consertar).

Homônimos homógrafos: são palavras que possuem a mesma grafia e sons


diferentes. Exemplo: almoço (ô) substantivo – almoço (ó) verbo; jogo (ô) substanti -
vo – jogo (ó) verbo; para (preposição) – para (verbo)

Parônimos
são aquelas que são escritas e pronunciadas de maneira semelhante, mas têm
significados distintos.

• coro e couro;

• cesta e sesta;

• eminente e iminente;

• osso e ouço;

• sede e cede;

• comprimento e cumprimento;

• tetânico e titânico;

• degradar e degredar;

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

• infligir e infringir;

Formas variantes
As formas variantes se referem a palavras que possuem mais do que uma gra -
fia correta, sem que haja alteração do seu significado.

Exemplos de formas variantes:

• abdome e abdômen;

• bêbado e bêbedo;

• embaralhar e baralhar;

• enfarte e infarto;

• louro e loiro.

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Exercícios
Exercício 1

Levando em consideração o contexto atribuído pelos enunciados, empregue


corretamente um dos termos propostos pelas alternativas entre parênteses.

a – O atacante aproveitou a jogada distraída e deu o ___________ no adversário.


(cheque/xeque)

b – O visitante pôs a _____________ no cavalo, despediu-se de todos e seguiu


viagem. (cela/sela)

c – No presídio, todos os ocupantes foram trocados de _____________. (cela/sela)

d – O filme a que assisti pertence à ______ das dez. (seção/sessão/cessão)

Exercício 2

(FMPA- MG) - Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamente


aplicada:

a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes .

b) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros.

c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.

d) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever.

e) A cessão de terras compete ao Estado.

Exercício 3

CEITEC 2012 - FUNRIO - Advogado - AAO-ADVOGAD

Fotografia divulgada na internet mostra a placa com o nome de um bar. Nela se


lê: “BAR ÁLCOOL ÍRIS”. Pode-se criticar a suposta originalidade, mas não há
dúvida de que a escolha do nome baseou-se na relação que há entre as palavras
“álcool” e “arco”, o que caracteriza um caso de:

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

a. ambiguidade.

b. homonímia.

c. paráfrase.

d. paronímia.

e. polissemia.

Exercício 4

CEITEC 2012 - FUNRIO - Administração/Ciências Contábeis/Direito/Pregoeiro


Público AAO-COMNACI

Os vocábulos Emergir e Imergir são parônimos: empregar um pelo outro acarreta


grave confusão no que se quer expressar. Nas alternativas abaixo, só uma
apresenta uma frase em que se respeita o devido sentido dos vocábulos,
selecionando convenientemente o parônimo adequado à frase elaborada.
Assinale-a.

a A descoberta do plano de conquista era eminente.

b O infrator foi preso em flagrante.

c O candidato recebeu despensa das duas últimas provas.

d O metal delatou ao ser submetido à alta temperatura.

e Os culpados espiam suas culpas na prisão.

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Sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos

Gabarito
Exercício 1

Resposta:

a – xeque

b – sela

c – cela

d – sessão

Exercício 2

Resposta: Alternativa “c”.

Exercício 3

Resposta: ( D ) paronímia.

Exercício 4

Resposta: ( B ) O infrator foi preso em flagrante.

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Noções de tempos verbais

Noções de tempos verbais

MÉRITO
Apostilas 1
Noções de tempos verbais

Os tempos verbais (presente, pretérito (passado) e futuro) indicam quando ocorre


a ação, estado ou fenômeno expressado pelo verbo.

Presente - não só indica o momento atual, mas ações regulares ou situações


permanentes.

Exemplos:

• Tomo medicamentos.

• Estou aqui!

• Lá, neva muito.

Pretérito - indica momentos anteriores, decorridos ou acabados.

Exemplos:

• Eles fizeram mesmo isso?

• Eu não acreditava no que meus olhos viam.

• Trovejou a noite toda!

Futuro - indica acontecimentos que se realizarão.

Exemplos:

• Dormirei o dia todo se for preciso.

• Ficarei aqui!

• Ventará durante o dia.

2
Noções de tempos verbais

Os tempos verbais (presente, pretérito e futuro) se unem aos modos verbais


(indicativo, subjuntivo e imperativo) para indicar a forma como ocorrem as ações,
estados ou fenômenos expressados pelo verbo.

O modo indicativo expressa certezas. Exemplo: O aluno entendeu.

O modo subjuntivo expressa desejos e possibilidades. Exemplo: Tomara que o


aluno entenda.

O modo imperativo expressa ordens, pedidos. Exemplo: Por favor, entenda!

Tempos do modo indicativo


Os tempos do indicativo são: presente, pretérito (perfeito, imperfeito e pretérito
mais-que-perfeito), futuro (do presente e do pretérito).

Presente

O presente do indicativo exprime uma ação na atualidade. Exemplo: Leio o jornal


todos os dias pela manhã.

Conjugação do verbo ler no presente do indicativo: (eu) leio, (tu) lês, (ele) lê, (nós)
lemos, (vós) ledes, (eles) leem.

Pretérito

O pretérito indica passado e, no modo indicativo, ele é usado para situações


acabadas, para situações inacabadas ou para situações anteriores a outras já
passadas.

Assim, existem três tipos de pretérito: pretérito perfeito, pretérito imperfeito e


pretérito mais-que-perfeito.

1. Pretérito perfeito - o pretérito perfeito do indicativo exprime uma ação


concluída. Exemplo:

Porém, ontem não li o jornal.

3
Noções de tempos verbais

Conjugação do verbo ler no pretérito perfeito: (eu) li, (tu) leste, (ele) leu, (nós)
lemos, (vós) lestes, (eles) leram.

2. Pretérito imperfeito - o pretérito imperfeito do indicativo exprime uma ação


anterior ao presente, mas ainda não concluída. Exemplo: Antes não lia nenhum
tipo de publicação.

Conjugação do verbo ler no pretérito imperfeito do indicativo: (eu) lia, (tu) lias,
(ele) lia, (nós) líamos, (vós) líeis, (eles) liam.

3. Pretérito mais-que-perfeito - o pretérito mais-que-perfeito exprime uma ação


anterior a outra já concluída. Exemplo: Quando saí para trabalhar, já lera o jornal
de hoje.

Esse tempo está em desuso, porém embora não seja empregado, é importante
conhecê-lo. É mais comum combinar dois ou mais verbos que transmitam o mesmo
sentido. Exemplo: Quando saí para trabalhar, já tinha lido o jornal de hoje.

Conjugação do verbo ler no pretérito mais-que-perfeito: (eu) lera, (tu) leras, (ele)
lera, (nós) lêramos, (vós) lêreis, (eles) leram.

Futuro

O futuro indica algo que se realizará e, no modo indicativo, ele e é usado para
situações que se realizarão depois do momento em que falamos ou para situações
que se realizariam, se não fossem interrompidas por uma situação passada.

1. Futuro do presente - o futuro do presente exprime uma ação que irá se realizar.
Exemplo:

Amanhã lerei o jornal na hora do almoço.

Conjugação do verbo ler no futuro do presente: (eu) lerei, (tu) lerás, (ele) lerá, (nós)
leremos, (vós) lereis, (eles) lerão.

4
Noções de tempos verbais

2. Futuro do pretérito - o futuro do pretérito exprime uma ação futura em relação


a outra já concluída. Exemplo: Leria mais se houvera (ou se tivesse havido) tempo.

Conjugação do verbo ler no futuro do pretérito: (eu) leria, (tu) lerias, (ele) leria,
(nós) leríamos, (vós) leríeis, (eles) leriam.

Tempos do modo subjuntivo


Os tempos do subjuntivo são: presente, pretérito (imperfeito) e futuro.

Presente

O presente do subjuntivo exprime uma ação na atualidade que é incerta ou


duvidosa. Exemplo: Que eles leiam!

Conjugação do verbo ler no futuro do subjuntivo: (que eu) leia, (que tu) leias, (que
ele) leia, (que nós) leiamos, (que vós) leiais, (que eles) leiam.

Pretérito

O pretérito imperfeito do subjuntivo exprime um verbo no passado dependente


de uma ação também já passada. Exemplo: Se eles lessem estariam informados.

Conjugação do verbo ler no pretérito imperfeito do subjuntivo: (se eu) lesse, (se
tu) lesses, (se ele) lesse, (se nós) lêssemos, (se vós) lêsseis, (se eles) lessem.

Futuro

O futuro do subjuntivo exprime uma ação que irá se realizar dependendo de outra
ação futura. Exemplo: Quando eles lerem ficarão informados.

Conjugação do verbo ler no futuro do subjuntivo: (quando eu) ler, (quando tu)
leres, (quando ele) ler, (quando nós) lermos, (quando vós) lerdes, (quando eles)
lerem.

5
Noções de tempos verbais

Tempos do modo imperativo


O modo imperativo se apresenta apenas no presente, e pode ser afirmativo ou
negativo.

Modo imperativo afirmativo

O imperativo afirmativo expressa uma ordem na forma positiva. Exemplo:

Eu estou cansada. Leia ele o relatório.

Conjugação do verbo ler no imperativo afirmativo: lê (tu), leia (você), leiamos (nós),
lede (vós), leiam (vocês).

Modo imperativo negativo

O imperativo negativo expressa uma ordem na forma negativa. Exemplo:

Precisamos de uma apresentação natural. Não leia ele o trabalho.

Conjugação do verbo ler no imperativo negativo: não leias (tu), não leia (você), não
leiamos (nós), não leiais (vós), não leiam (vocês).

Conjugação do verbo Ler


O verbo ler é um verbo irregular que pertence à 2.ª conjugação. Vejamos sua
conjugação em todos os modos e tempos estudados acima:

• Presente do indicativo: (eu) leio, (tu) lês, (ele) lê, (nós) lemos, (vós) ledes,
(eles) leem.

• Pretérito perfeito: (eu) li, (tu) leste, (ele) leu, (nós) lemos, (vós) lestes, (eles)
leram.

• Pretérito imperfeito do indicativo: (eu) lia, (tu) lias, (ele) lia, (nós) líamos,
(vós) líeis, (eles) liam.

6
Noções de tempos verbais

• Pretérito mais-que-perfeito: (eu) lera, (tu) leras, (ele) lera, (nós) lêramos,
(vós) lêreis, (eles) leram.

• Futuro do presente: (eu) lerei, (tu) lerás, (ele) lerá, (nós) leremos, (vós)
lereis, (eles) lerão.

• Futuro do pretérito: (eu) leria, (tu) lerias, (ele) leria, (nós) leríamos, (vós)
leríeis, (eles) leriam.

• Presente do subjuntivo: (que eu) leia, (que tu) leias, (que ele) leia, (que nós)
leiamos, (que vós) leiais, (que eles) leiam.

• Pretérito imperfeito do subjuntivo: (se eu) lesse, (se tu) lesses, (se ele)
lesse, (se nós) lêssemos, (se vós) lêsseis, (se eles) lessem.

• Futuro do subjuntivo: (quando eu) ler, (quando tu) leres, (quando ele) ler,
(quando nós) lermos, (quando vós) lerdes, (quando eles) lerem.

• Imperativo afirmativo: lê (tu), leia (você), leiamos (nós), lede (vós), leiam
(vocês).

• Imperativo negativo: não leias (tu), não leia (você), não leiamos (nós), não
leiais (vós), não leiam (vocês).

Observe que nos imperativos afirmativo e negativo a 1.ª pessoa do singular (eu)
não é conjugada, uma vez que não damos ordens a nós próprios.

Tempos Simples e Compostos


Os tempos simples e os tempos compostos são a forma como os verbos exprimem
ação, estado, mudança de estado ou fenômeno da natureza.

Se são expressos por apenas um verbo são tempos simples, mas se são expressos
por uma combinação de verbos são tempos compostos.

Exemplos:

• Lerei o livro até que o sono chegue. (tempo simples)

• Teria lido o livro, mas o sono chegou. (tempo composto)

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Noções de tempos verbais

Anotações:
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Modos verbais

Modos verbais

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Modos verbais

Modos verbais

Os modos verbais estão relacionados ao estudo dos verbos, classe de palavras variável que
admite flexão de número (singular e plural), pessoa (primeira, segunda e terceira), tempo (presente,
pretérito e futuro), voz (ativa, passiva e reflexiva) e modo (indicativo, subjuntivo e imperativo). Os
modos verbais estão relacionados com as atitudes de quem fala ou escreve, exprimindo a posição do
falante diante de uma posição verbal. Graças aos modos verbais o enunciador pode explicitar
intenções e juízos de valores.

Observe as definições dos modos verbais indicativo, subjuntivo e imperativo, assim como suas
situações de uso:

Modo indicativo: É empregado quando a atitude do enunciador revela ser aquele fato sobre o
qual se escreve ou fala algo real, verdadeiro:

Trabalho no escritório da empresa.

A mãe fazia lindos vestidos para complementar a renda familiar.

O trem partiu da estação às três horas da tarde de domingo.

O modo indicativo possui os seguintes tempos verbais:

→ Presente;

→ Pretérito perfeito;

→ Pretérito imperfeito;

→ Pretérito mais-que-perfeito;

→ Futuro do presente;

→ Futuro do pretérito.

Modo subjuntivo: É empregado quando a atitude do enunciador revela conteúdos emocionais


que expressam ideias de dúvida ou incerteza:

Se tudo der certo, viajaremos na sexta-feira à tarde.

Talvez eu vá na festa da escola.

O modo subjuntivo possui os seguintes tempos verbais:

→ Presente;

→ Pretérito imperfeito;

2
Modos verbais

→ Futuro.

Modo imperativo: É empregado quando a atitude do enunciador exprime ideia de ordem ou


pedido:

Faça o favor de se comportar na escola!

Fique quieto!

O modo imperativo, diferentemente do que acontece com os outros modos verbais, é


indeterminado em relação ao tempo. Por se tratar de uma ordem ou pedido, infere-se que a ação
ocorrerá no futuro. Não possui a 1ª pessoa do singular e nem a 3ª pessoa, a representação é feita
pelo pronome você. Possui duas formas distintas:

→ Imperativo afirmativo;

Não diga nada aos meus pais!

→ Imperativo negativo.

Chegue cedo em casa.

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Modos verbais

Anotações:
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4
Estrutura morfossintática do período

Estrutura morfossintática do período

MÉRITO
Apostilas 1
Estrutura morfossintática do período

Período Composto

Período composto é aquele formado por duas ou mais orações. Há dois tipos de
períodos compostos:

1) Período composto por coordenação: quando as orações não mantêm rela-


ção sintática entre si, ou seja, quando o período é formado por orações sintatica-
mente independentes entre si.

Ex. Estive à sua procura, mas não o encontrei.

2) Período composto por subordinação: quando uma oração, chamada subor-


dinada, mantém relação sintática com outra, chamada principal.

Ex. Sabemos que eles estudam muito. (oração que funciona como objeto direto)

Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração.

Período Composto por Subordinação

A uma oração principal podem relacionar-se sintaticamente três tipos de ora-


ções subordinadas: substantivas, adjetivas e adverbiais.

I. Orações Subordinadas Substantivas: São seis as orações subordinadas subs-


tantivas, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa integrante (que, se)

A) Subjetiva: funciona como sujeito da oração principal. Existem três estruturas


de oração principal que se usam com subordinada substantiva subjetiva: verbo de li-
gação + predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva.

Ex. É necessário que façamos nossos deveres.


2
Estrutura morfossintática do período

verbo unipessoal + oração subordinada substantiva subjetiva. Verbo unipessoal


só é usado na 3ª pessoa do singular; os mais comuns são convir, constar, parecer,
importar, interessar, suceder, acontecer.

Ex. Convém que façamos nossos deveres.

Verbo na voz passiva + oração subordinada substantiva subjetiva.

Ex. Foi afirmado que você subornou o guarda.

B) Objetiva Direta: funciona como objeto direto da oração principal. (sujeito) +


VTD + oração subordinada substantiva objetiva direta.

Ex. Todos desejamos que seu futuro seja brilhante.

C) Objetiva Indireta: funciona como objeto indireto da oração principal. (sujeito)


+ VTI + prep. + oração subordinada substantiva objetiva indireta.

Ex. Lembro-me de que tu me amavas.

D) Completiva Nominal: funciona como complemento nominal de um termo da


oração principal. (sujeito) + verbo + termo intransitivo + prep. + oração subordinada
substantiva completiva nominal.

Ex. Tenho necessidade de que me elogiem.

E) Apositiva: funciona como aposto da oração principal; em geral, a oração su-


bordinada substantiva apositiva vem após dois pontos, ou mais raramente, entre vír-
gulas. oração principal + : + oração subordinada substantiva apositiva.

3
Estrutura morfossintática do período

Ex. Todos querem o mesmo destino: que atinjamos a felicidade.

F) Predicativa: funciona como predicativo do sujeito do verbo de ligação da ora-


ção principal. (sujeito) + VL + oração subordinada substantiva predicativa.

Ex. A verdade é que nunca nos satisfazemos com nossas posses.

Nota: As subordinadas substantivas podem vir introduzidas por outras palavras:

Pronomes interrogativos (quem, que, qual…)

Advérbios interrogativos (onde, como, quando…)

Perguntou-se quando ele chegaria. Não sei onde coloquei minha carteira.

II. Orações Subordinadas Adjetivas

As orações subordinadas adjetivas são sempre iniciadas por um pronome relati-


vo.

São duas as orações subordinadas adjetivas:

A) Restritiva: é aquela que limita, restringe o sentido do substantivo ou prono-


me a que se refere. A restritiva funciona como adjunto adnominal de um termo da
oração principal e não pode ser isolada por vírgulas.

Ex. A garota com quem simpatizei está à sua procura.

Os alunos cujas redações foram escolhidas receberão um prêmio.

4
Estrutura morfossintática do período

B) Explicativa: serve para esclarecer melhor o sentido de um substantivo, expli-


cando mais detalhadamente uma característica geral e própria desse nome. A expli-
cativa funciona como aposto explicativo e é sempre isolada por vírgulas.

Ex. Londrina, que é a terceira cidade da região Sul do país, está muito bem cui-
dada.

III. Orações Subordinadas Adverbiais

São nove as orações subordinadas adverbiais, que são iniciadas por uma conjun-
ção subordinativa

A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa.

Conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, que.

Ex. Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo temporal.

B) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente,


o verbo fica subentendido

Conjunções: (mais) … que, (menos)… que, (tão)… quanto, como.

Ex. Diocresildo era mais esforçado que o irmão(era).

C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de concessão.

Conjunções: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se-


bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese.

5
Estrutura morfossintática do período

Ex. Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova.

D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condição.

Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, contanto que.

Ex. Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce.

E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade.

Conjunções: como, conforme, segundo.

Ex. Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura.

F) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de consequência.

Conjunções: (tão)… que, (tanto)… que, (tamanho)… que. Ex. Ele fala tão alto, que
não precisa do microfone.

G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo.

Conjunções: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que,
mal.

Ex. Fico triste, sempre que vou à casa de Juvenildo.

H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade.

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Estrutura morfossintática do período

Conjunções: a fim de que, para que, porque.

Ex. Ele não precisa do microfone, para que todos o ouçam.

I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporção.

Conjunções: à proporção que, à medida que, tanto mais. À medida que o tempo
passa, mais experientes ficamos.

IV. Orações Reduzidas

Quando uma oração subordinada se apresenta sem conjunção ou pronome rela-


tivo e com o verbo no infinitivo, no particípio ou no gerúndio, dizemos que ela é
uma oração reduzida, acrescentando-lhe o nome de infinitivo, de particípio ou de
gerúndio.

Ex. Ele não precisa de microfone, para o ouvirem.

Período Simples e Composto

O período pode ser caracterizado pela presença de uma ou de mais orações, por
isso, pode ser simples ou composto.

Período Simples - apresenta apenas uma oração, a qual é chamada de oração


absoluta.

Exemplos:

Já acordamos.

Hoje está tão quente!

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Estrutura morfossintática do período

Preciso disto.

Período Composto - apresenta duas ou mais orações.

Exemplos:

• Conversamos quando eu voltar.

• É sua obrigação explicar o que aconteceu.

• Descansou, passeou e fez o que mais quis nas férias.

O número de orações depende do número de verbos presentes num enunciado.

Classificação do Período Composto

Conforme a sua formação, o período composto é classificado em:

Período Composto por Coordenação - quando as orações são independentes


entre si, ou seja, cada uma delas têm sentido completo.

Exemplos:

Levantou e começou a trabalhar.

Assaltou a loja e correu pela porta dos fundos.

Período Composto por Subordinação - quando as orações relacionam-se entre


si.

Exemplos:

8
Estrutura morfossintática do período

Espero terminar os enfeites até que os convidados comecem a chegar.


Fi a receita mesmo sem saber quais ingredientes levava.

Período Misto- quando há a presença de orações coordenadas e subordinadas.

Exemplos:

Levantei, embora ainda estivesse cheio de sono.


Enquanto ele falar, nós vamos escutar.

Orações Coordenadas

As orações coordenadas podem ser sindéticas ou assindéticas, respectivamente,


conforme são utilizadas ou não conjunções.

Exemplos: Ora fala, ora não fala. (oração coordenada sindética, marcada pelo
uso da conjunção “ora...ora”).
As aulas começaram, os deveres começaram e a preguiça deu lugar à determinação.
(orações coordenadas assindéticas: “As aulas começaram, os deveres começaram”,
oração coordenada sindética: “e a preguiça deu lugar à determinação”.)

As orações coordenadas sindéticas podem ser:

Aditivas: quando as orações expressam soma. Exemplo: Gosta de praia, mas


também gosta de campo.

Adversativas: quando as orações expressam adversidade. Exemplo: Gostava do


curso, contudo não havia vaga na sua cidade.

Alternativas: quando as orações expressam alternativa. Exemplo: Vai ele ou vou


eu.

Conclusivas: quando as orações expressam conclusão. Exemplo: Estão de acor-


do, então vamos.

9
Estrutura morfossintática do período

Explicativas: quando as orações expressam explicação. Exemplo: Fizemos o tra-


balho hoje porque tivemos tempo.

Orações Subordinadas

As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais, con-


forme a sua função.

Exemplos:

Substantivas: quando as orações têm função de substantivo. Exemplo: Espero


que vocês consigam.

Adjetivas: quando as orações têm função de adjetivo. Exemplo: Os concorrente


que dormem mais têm um desempenho melhor.

Adverbiais: quando as orações têm função de advérbio. Exemplo: À medida que


crescem, aumentam as preocupações.
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Estrutura morfossintática do período

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Exercícios:

1. (UNIRIO) No período “Ah, arrulhou de repente a pomba, quando distinguiu,

indignada, o pombo que chegava (...)”, as duas orações subordinadas são

respectivamente:

a) adjetiva e adverbial temporal

b) substantiva predicativa e adjetiva

c) adverbial temporal e adverbial temporal

d) adverbial temporal e adverbial consecutiva

e) adverbial temporal e adjetiva

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2. (FGV) Leia atentamente: “O vigilante guarda-noturno e o seu valente auxiliar,

nunca esmoreceram no cumprimento do dever.” No período acima, a vírgula está

mal colocada, pois separa:

a) o sujeito e o objeto direto

b) o sujeito e o predicado

c) a oração principal e a oração subordinada

11
Estrutura morfossintática do período

d) o sujeito e o seu adjunto adnominal

e) o predicado e o objeto direto

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Gabarito

1 – Alternativa e: adverbial temporal e adjetiva.

2 – Alternativa b: o sujeito e o predicado

3 – Alternativa b: subordinada adverbial consecutiva

12
Termos da oração

Termos da oração

MÉRITO
Apostilas 1
Termos da oração

Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. É em torno des -


ses dois elementos que as orações são estruturadas.

O elemento a quem se declara algo é denominado sujeito. Na estrutura da


oração, o sujeito é o elemento que estabelece a concordância com o verbo. Por
sua vez, o predicado é tudo aquilo que se diz sobre o sujeito.

Sujeito = o ser sobre o qual se declara alguma coisa.

Predicado = o que se declara sobre o sujeito.

Na oração, sujeito e predicado funcionam assim:

Exemplo 1:

As ruas são intransitáveis.

Sujeito: as ruas

Verbo: são

Predicado: são intransitáveis (este é um predicado nominal e abaixo você vai


entender o porquê!)

Exemplo 2:

Os alunos chegaram atrasados novamente.

Sujeito: os alunos

Verbo: chegaram

Predicado: chegaram atrasados novamente

Sujeito
Núcleo do sujeito

Núcleo do sujeito é a palavra com carga mais significativa em torno do sujei -


to. Quando o sujeito é formado por mais de uma palavra, há sempre uma com
maior importância semântica.

2
Termos da oração

Exemplo:

O garoto logo percebeu a festa que o esperava.

Sujeito: O garoto

Núcleo do sujeito: garoto

Predicado: logo percebeu a festa que o esperava

O núcleo do sujeito pode ser expresso por substantivo, pronome substantivo,


numeral substantivo ou qualquer palavra substantivada.

Exemplo de substantivo:

A casa foi fechada para reforma.

Sujeito: A casa

Núcleo do sujeito: casa

Predicado: foi fechada para reforma.

Exemplo de pronome substantivo:

Eles não gostam de carne vermelha.

Sujeito: Eles

Núcleo do sujeito: Eles

Predicado: não gostam de carne vermelha.

Exemplo de numeral substantivo:

Três excede.

Sujeito: Três

Núcleo do sujeito: Três

Predicado: excede.

3
Termos da oração

Exemplo de palavra substantivada:

Um oi foi expresso rapidamente.

Sujeito: Um oi

Núcleo do sujeito: oi

Predicado: foi expresso rapidamente.

Tipos de sujeito

O sujeito pode ser determinado (simples, composto, oculto), indeterminado ou


inexistente.

Sujeito simples

Quando possui um só núcleo. Ocorre quando o verbo se refere a um só subs-


tantivo ou um só pronome, ou um só numeral, ou a uma só palavra substantivada.

Exemplo:

O desenho em nanquim será sempre uma expressão admirada.

Sujeito: O desenho em nanquim

Núcleo: desenho

Predicado: será sempre uma expressão admirada.

Sujeito composto

Com mais de um núcleo. As orações com sujeito composto são compostas por
mais de um pronome, mais de um numeral, mais de uma palavra ou expressão
substantivada ou mais de uma oração substantivada.

4
Termos da oração

Exemplo:

Cristina, Marina e Bianca fazem balé no Teatro Municipal.

Sujeito: Cristina, Marina e Bianca

Núcleo: Cristina, Marina, Bianca

Predicado: fazem balé no Teatro Municipal.

Sujeito oculto

Ocorre quando o sujeito não está materialmente expresso na oração, mas


pode ser identificado pela desinência verbal ou pelo período contíguo.

Também é chamado de sujeito elíptico, desinencial ou implícito.

Exemplo:

Estávamos à espera do ônibus.

Sujeito oculto: nós

Desinência verbal: estávamos

Sujeito indeterminado

O sujeito indeterminado ocorre quando não se refere a um elemento identifi -


cado de maneira clara. É observado em três casos:

• quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, sem que o contexto permita


identificar o sujeito;

• quando um verbo está na 3.ª pessoa do singular acompanhado do pronome


(se);

• quando o verbo está no infinitivo pessoal.

5
Termos da oração

Sujeito inexistente

A oração sem sujeito ocorre quando a informação veiculada pelo predicado


está centrada em um verbo impessoal. Por isso, não há relação entre sujeito e
verbo.

Exemplo:

Choveu muito em Manaus.

Predicado: Choveu muito em Manaus

Predicado
O predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal.

Predicado Verbal

O predicado verbal ocorre quando o núcleo da informação veiculada pelo pre -


dicado está contido em um verbo significativo que pode ser transitivo ou intransi-
tivo. Nesse caso, a informação sobre o sujeito está contida nos verbos.

Exemplo:

O entregador chegou.

Predicado verbal: chegou.

Predicado Nominal

O predicado nominal é formado por um verbo de ligação + predicativo do su -


jeito.

6
Termos da oração

Exemplo:

O entregador está atrasado.

Predicado nominal: está atrasado.

Predicado Verbo-nominal

O predicado verbo-nominal apresenta dois núcleos: o verbo transitivo ou in -


transitivo + o predicativo do sujeito ou predicativo do objeto.

Exemplo:

A menina chegou ofegante à ginástica.

Sujeito: A menina

Predicado verbo-nominal: chegou ofegante à ginástica.

7
Termos da oração

Exercícios

1. (EMM) Há predicado verbo-nominal em:

a) Ela descansava em casa.

b) Todos cumpriram o juramento

c) Ele vinha preocupado.

d) Ele está abatido

e) Ela marchava alegremente.

2. (EMM) A única oração com sujeito simples é:

a) Existem algumas dúvidas.

b) Compraram-se livros e revistas.

c) Precisa-se de ajuda.

d) Faz muito frio.

e) Há alguns problemas.

3. (PUC-SP) – O verbo ser, na oração:

“Eram cinco horas da manhã...”, é:

a) pessoal e concorda com o sujeito indeterminado.

b) impessoal e concorda com o objeto direto.

c) impessoal e concorda com o sujeito indeterminado.

d) Impessoal e concorda com a expressão numérica.

e) Pessoal e concorda com a expressão numérica.

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Termos da oração

Gabarito

1- Alternativa c: Ele vinha preocupado.

2- Alternativa a: Existem algumas dúvidas.

3- Alternativa d: Impessoal e concorda com a expressão numérica.

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Termos da oração

Anotações:
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Coordenação e Subordinação

Coordenação e
Subordinação

MÉRITO
Apostilas 1
Coordenação e Subordinação

Para compreender a estrutura sintática de uma frase, ou seja, a análise em


relação à organização da mesma, que é dividida em coordenação e subordina-
ção; primeiramente deve-se entender o que é frase; e, de acordo com Mattoso
Câmara, nada mais é do que “unidade de comunicação linguística, caracterizada
[...] do ponto de vista comunicativo – por ter um propósito definido e ser suficien -
te pra defini-lo –, e do ponto de vista fonético – por uma entonação [...] que lhe
assinala nitidamente o começo e o fim.”.

Seguindo a linha de definição acerca de frase escrita, Perini diz que se inicia
com letra maiúscula e finaliza com algum sinal de pontuação (ponto final, ponto
de interrogação, ponto de exclamação etc), todavia, outros gramáticos não delimi -
tam a necessidade de pontuação para a constituição de frase.

O vocábulo definido acima ainda pode ser uma oração, mas a última não é si -
nônimo de frase; isto é, uma oração possui verbo, mas uma frase não precisa de
verbo para ser denominada como tal, sendo assim, toda oração (ou conjunto de
orações = período) é uma frase (exemplo: Abra o livro na página 4 e Faça um bolo
e entregue a Maria), porém, nem toda frase é uma oração (exemplo: O caderno
amarelo da filha de João da Silva).

Quanto a período (ou enunciado) – que é a soma dos elementos estruturais da


frase e tem a necessidade da pontuação –, este pode ser simples ou composto;
sendo por composição, será subdividido em coordenação (semântica + sintática)
e subordinação (“... é o emprego de um nível mais elevado no lugar de outro de
nível inferior”, BACK). Outro ponto a ser frisado é que composição por aposição di -
fere-se de composição por coordenação, pois a primeira admite expressões expli -
cativas (isto é; quero dizer) e expressões retificadoras (minto; aliás).

Ainda em relação à composição por aposição, Back enumera dois tipos de


aposição: identificadora (“Pedro Álvares Cabral, um almirante português , desco-
briu o Brasil.”) e retificadora (“João, minto, Pedro veio até a sala.”), e ambas exer-
cem a mesma função sintática.

A locução subordinante também tem duas classificações, podendo ser com-


plexa ou unitária. A primeira refere-se a uma locução verbal (Ex. Amanhã, todos
os alunos irão fazer o teste), enquanto a segunda, como o próprio nome diz, é
composta por um único verbo (Ex. Ontem, Pedro fez o exame).

A explanação de alguns termos, como hipotaxe (subordinação) – estrutura


muito complexa que pode ser reduzida – e parataxe – termo equivalente para a
coordenação –, hipertaxe – palavra que exerce um grande significado, como, por
exemplo, um substantivo com significado maior – é também bastante válida para
uma compreensão clara e coerente. Além disso, vale ressaltar que pronome sem -
pre tem função sintática.

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Coordenação e Subordinação

Anotações:
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Figuras de linguagem

Figuras de linguagem

MÉRITO
Apostilas 1
Figuras de linguagem

Figuras de linguagem são formas de expressão que destoam da linguagem comum


ou denotativa. Elas dão ao texto um significado que vai além do sentido literal,
portanto permitem uma plurissignificação do enunciado.

Figuras de linguagem consistem em “fugas” discursivas da língua, uma vez que nem
sempre uma ideia pode (ou precisa) ser comunicada literalmente.

Exemplo: “A pedra chorou de tristeza.”

Nesse exemplo, o sentido denotativo (original) é que uma pedra verteu lágrimas de
seus olhos porque estava triste. Porém, sabemos que pedras não têm olhos e,
portanto, não podem chorar. Assim, essa expressão afasta-se das regras da
linguagem denotativa para assumir outro sentido.

Figuras de palavras ou semântica


Comparação

Uma relação de comparação explícita entre dois termos, marcada pela presença de
conjunção comparativa.

Exemplo: O pensamento é tal qual um diamante bruto.

Uso da comparação por meio do conectivo "como": "o amor é como uma flor" e "o
amor é como o motor do carro".

2
Figuras de linguagem

Metáfora

Representa uma comparação de palavras com significados diferentes e cujo termo


comparativo fica subentendido na frase. Comparação implícita.

Muito utilizada em textos poéticos, ela pode tornar o discurso mais elegante.

Uso da metáfora em "meu amor é uma caravana de rosas vagando num deserto
inefável"

Outros exemplos:

Gabriel é um gato. (subentende-se beleza felina)

Lucas é um touro. (subentende-se a força do touro)

Fernando é um anjo. (subentende-se a bondade dos anjos)

Metonímia

Substituição de um termo por outro, desde que haja uma relação entre eles.

Uso da metonímia que substitui o vocábulo boi por "cabeças de gado".

3
Figuras de linguagem

Catacrese

Emprego inadequado de um termo devido à perda de seu sentido original.

Exemplo: Embarcou há pouco no avião.

Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um termo específico


para o avião, embarcar é o utilizado.

O uso da expressão "bala perdida" é utilizada por não ter outra mais específica.

Perífrase ou antonomásia

É a substituição de um termo por outro que o caracterize, como se fosse uma


espécie de apelido.

O rei das selvas ainda não é uma espécie em extinção.

O Boca do Inferno não tinha papas na língua.

No primeiro exemplo, “rei das selvas” é uma expressão que se refere ao leão. Já
“Boca do Inferno”, no segundo exemplo, era como o poeta barroco Gregório de
Matos (1636-1695) era chamado.

É importante fazer uma distinção: a perífrase refere-se a coisas ou animais, já a


antonomásia refere-se a pessoas. Nessa perspectiva, o primeiro exemplo é uma
perífrase; e o segundo, uma antonomásia.

4
Figuras de linguagem

Sinestesia

Combinação de dois ou mais sentidos, ou seja, visão, olfato, audição, paladar e


tato.

No doce caminho que percorri, ouvi cantarem os pássaros no calor da manhã.

Perceba que a palavra “doce” aciona o paladar; o verbo “cantarem”, a audição; e o


substantivo “calor”, o tato.

Figuras de sintaxe ou construção


Elipse

Ocultação de palavra ou expressão na estrutura do enunciado.

— Vou te ligar. Qual o seu número?

Nesse exemplo, foi omitida a expressão “de telefone”: Qual o seu número de
telefone?

Zeugma

Um tipo de elipse caracterizado pela omissão de um termo mencionado


anteriormente.

Preferia os caminhos difíceis aos fáceis.

Ou seja: Preferia os caminhos difíceis aos (caminhos) fáceis.

Anáfora

Repetição de uma ou mais palavras no início dos versos ou orações.

Eu não devo ter medo. Eu não devo parar. Eu não devo retroceder.

5
Figuras de linguagem

Pleonasmo

É o uso de algum termo dispensável, repetitivo, com o objetivo de enfatizar


determinada ideia.

— Vi a abdução com meus próprios olhos — ele afirmou. — Você precisa acreditar
em mim!

Atenção! Esse tipo de ênfase é aceitável quando utilizado para melhor expressar
uma ideia; do contrário, é apenas uma redundância, um vício de linguagem.

Anacoluto

Falta de conexão sintática entre o início de uma frase e a sequência de ideias.

Aquela atriz não sei de quem você está falando.

Silepse

Concordância ideológica, ou seja, com a ideia, e não com o termo expresso.

• Silepse de gênero:

A gente ficou chocado com o que aconteceu ontem.

Nesse caso, o enunciador é masculino e refere-se a pessoas do gênero


masculino, então faz a concordância com a ideia, e não com o sujeito “A
gente”: A gente ficou chocada com o que aconteceu ontem.

• Silepse de número:

O povo exigiu uma satisfação, pois não suportavam mais aquele silêncio.

Nesse exemplo, o verbo “suportavam” tem como sujeito “eles/ elas” (não
expresso no período), pois o enunciador pensa em povo como uma
quantidade de pessoas. Assim, em vez de fazer a concordância com a
palavra, no singular, “povo” (O povo não suportava mais aquele silêncio), o

6
Figuras de linguagem

enunciador faz a concordância com a ideia, ou seja, “eles/ elas”, uma


quantidade de pessoas chamadas de “povo”, portanto no plural.

• Silepse de pessoa:

Os ciclistas corremos grande perigo no trânsito.

Ao conjugar o verbo “correr” na primeira pessoa do plural (nós), o enunciador


coloca-se na categoria de ciclista, o que não ficaria evidente se ele fizesse a
concordância gramaticalmente esperada: Os ciclistas correm grande perigo
no trânsito.

Hipérbato

Inversão da ordem direta dos elementos de uma oração ou período.

A ordem direta é composta de sujeito, verbo, complemento ou predicativo:

“As manifestações culturais brasileiras são muito valorizadas no exterior.”

Sujeito: As manifestações culturais brasileiras.

Verbo: são.

Predicativo: valorizadas.

Se ocorrer o hipérbato, a inversão, temos:

“Muito valorizadas são as manifestações culturais brasileiras no exterior.”

Polissíndeto

Repetição da conjunção “e”.

“E o cachorro latia, e corria, e babava em tudo que via pela frente.”

7
Figuras de linguagem

Figuras de pensamento
Hipérbole

Exagero na declaração.

“Estava com tanta fome que podia comer um boi inteiro.”

Comer um boi inteiro, de uma só vez, por ser humanamente impossível, é um


exagero.

Litotes

Afirmação realizada pela negação do contrário.

“Ariosto não é nada bonito, mas gosto dele mesmo assim.”

Nesse exemplo, o enunciador afirma que Ariosto é feio a partir da negação do


adjetivo contrário a feio, ou seja, bonito: não é nada bonito.

Eufemismo

Palavras ou expressões agradáveis para amenizar a declaração.

“Segundo o juiz, a deputada faltou à verdade em seu depoimento.”

Note que, em vez de dizer que a deputada mentiu, é usada a expressão “faltou à
verdade”, o que torna a afirmação menos desagradável.

Ironia

Sugerir o contrário do que se afirma.

“A pontualidade daquele médico é britânica. Só esperei duas horas para ser


atendido.”

8
Figuras de linguagem

A ironia depende muito de um contexto, ou seja, da situação em que é inserida, do


conhecimento do interlocutor sobre o fato ironizado, além de outros elementos,
como gestos (na linguagem oral).

Prosopopeia

Personificação, atribuição de características humanas a seres irracionais ou a


coisas.

“O lobo conversou com Chapeuzinho, e decidiram fazer as pazes.”

Antítese

Oposição entre palavras, expressões ou ideias.

“O bem e o mal caminham de mãos dadas no coração humano.”

Paradoxo ou oximoro

Antítese que expressa uma contradição.

“Ninguém parecia ouvir, mas a menina gritava em silêncio.”

Note que é contraditório alguém gritar em silêncio, já que o grito se configura em


um som.

Apóstrofe

Interrupção da frase para interpelar ou invocar.

“Não podia acreditar, ó céus, que aquilo acontecera.”

Gradação

Sequência de ideias.

9
Figuras de linguagem

“Ele era um porco, um jumento, um dinossauro. Impossível lidar com alguém


assim.”

Figuras de som ou harmonia


Aliteração

Repetição de consoantes ou sílabas.

“Minha mãe me mandou fazer o meu melhor.”

É importante lembrar que essa é uma figura usada em textos literários. Em uma
linguagem objetiva, ela é considerada um vício de linguagem.

Assonância

Repetição de vogais.

“Por onde andam o amor e a dor do trovador?”

Onomatopeia

Palavra cuja sonoridade está associada à coisa representada.

“O cocoricó se faz ouvir toda manhã.”

“O bem-te-vi estava mais triste naquele dia.”

No primeiro exemplo, “cocoricó” é um substantivo que, em sua sonoridade,


representa aquilo a que se refere, ou seja, imita o canto do galo. Já no segundo
exemplo, o substantivo “bem-te-vi” refere-se a um pássaro cujo canto tem essa
sonoridade.

10
Figuras de linguagem

Paronomásia

Uso de palavras parecidas, mas com grafia, som e significado distintos.

“Depois que fiz a descrição do meu chefe, pedi discrição aos meus colegas de
trabalho.”

Anotações:
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Figuras de linguagem

Exercícios
Exercício 1 - (Enem)

Amor é fogo que arde sem se ver;

é ferida que dói e não se sente;

é um contentamento descontente;

é dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;

é solitário andar por entre a gente;

é nunca contentar-se de contente;

é cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;

é servir a quem vence, o vencedor;

é ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor

nos corações humanos amizade,

se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões.

12
Figuras de linguagem

O poema tem, como característica, a figura de linguagem denominada antítese,


relação de oposição de palavras ou ideias. Assinale a opção em que essa oposição
se faz claramente presente.

a) “Amor é fogo que arde sem se ver.”

b) “É um contentamento descontente.”

c) “É servir a quem vence, o vencedor.”

d) “Mas como causar pode seu favor.”

e) “Se tão contrário a si é o mesmo Amor?”

Exercício 2 – (Enem)

Nesta tirinha, a personagem faz referência a uma das mais conhecidas figuras de
linguagem para:

a) condenar a prática de exercícios físicos.

b) valorizar aspectos da vida moderna.

c) desestimular o uso das bicicletas.

d) caracterizar o diálogo entre gerações.

e) criticar a falta de perspectiva do pai.

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Figuras de linguagem

Gabarito
Exercício 1

Resposta: Alternativa B.

Em “É um contentamento descontente”, é possível verificar que a palavra


“contentamento” tem sentido oposto a “descontente”.

Exercício 2

Resposta: Alternativa E.

Na tirinha, a existência do pai do enunciador é comparada ao ato de pedalar uma


bicicleta e não chegar a lugar nenhum, portanto a vida do pai não teria perspectiva.

14
Reescrita de frases e parágrafos do texto

Reescrita de frases e
parágrafos do texto

MÉRITO
Apostilas 1
Reescrita de frases e parágrafos do texto

Para fazer uma reescrita de frases e parágrafos de um texto, nós devemos ter
muita atenção na gramática, ou seja, nos erros de pontuação, concordância verbal
e nominal, regência verbal e nominal, o uso da crase e a colocação pronominal.

Uma troca de posição da vírgula, por exemplo, pode alterar o sentido da fra -
se.

As frases reescritas devem manter a informação essencial do texto utilizando


vocabulários e expressões do texto original e a ordem das palavras para que o
texto mantenha seu sentido.

Deve-se prestar a atenção na ordem das palavras para que o texto não mude
de sentido.

Devemos também prestar atenção no tempo verbal

A Reescrita pode ser feita através de substituição de palavras ou de trechos


de textos utilizando:

Sinônimos, antônimos, locução verbal, verbos por substantivos e vice-versa,


voz verbal, conectivos de mesmo valor semântico:

Sinônimos: palavras que possuem significados iguais ou semelhantes

Ex.:

Aquele carro está com problema

Aquele automóvel está com defeito.

Antônimos: palavras que possuem significados diferentes, ou seja, significa-


dos opostos

Ex.:

O homem estava bravo

O sujeito não estava tranquilo

2
Reescrita de frases e parágrafos do texto

Locução verbal: É a união de verbos com a função de apenas um.

Ex.:

Vou ler este livro para meu filho

Lerei este livro para meu filho

Verbo por substantivo e vice-versa: Você transforma uma oração verbal


em oração nominal ou vice-versa.

Caminhar = caminho

Resolver = resolução

Trabalhar = trabalho

Estudar = estudos

Beijar = beijo

Ex.:

O trabalho é essencial para a vida

Trabalhar é essencial para a vida

Voz verbal: A voz assumida pelo verbo indica se o sujeito é agente ou paci-
ente da ação.

Ex.:

Eu vi a mulher no supermercado

A mulher foi vista por mim no supermercado

Conectivos com mesmo valor semântico: Os conectivos como conjunção,


preposição e advérbio ajudam a dar sentido às orações.

Conectivos de adição: Além disso, ainda mais, também, e…

Conectivos de certeza: Por certo, certamente, com certeza…

3
Reescrita de frases e parágrafos do texto

Conectivos de condição: Caso, eventualmente, se.

Conectivos de conclusão: Em suma, em conclusão, enfim…

Conectivos de tempo: Enfim, logo, então, logo depois, logo após…

Dentre outros conectivos.

Ex.:

Por certo, eu vencerei esta partida.

Certamente, eu vencerei esta partida.

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Reescrita de frases e parágrafos do texto

Anotações:
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CONHECIMENTOS GERAIS

CONHECIMENTOS
GERAIS

MÉRITO
Apostilas 1
Atualidades

Atualidades

1
Atualidades

Fiquem por dentro das atualidades 2024

Os territórios indígenas e o garimpo nas terras yanomamis.

Os Yanomamis são um grupo de aproximadamente 35 mil indígenas que vive aldeias na


floresta amazônica entre o Amazonas e Roraima, junto a fronteira com a Venezuela. Suas
terras estão sendo invadidas pelo garimpo ilegal do ouro na região, com ações violentas
contra os indígenas e a devastação de áreas preservadas.

Censo demográfico

O Censo Demográfico é um estudo estatístico realizado, normalmente cada dez anos,


pelo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e produz informações atualizadas
sobre a população do país, as quais são fundamentais para o desenvolvimento e
implementação de políticas públicas e para a realização de investimentos, tanto do governo
quanto da iniciativa privada.

Terremotos na Síria e na Turquia

Em fevereiro de 2023 fortes terremotos ocorreram na região de fronteira entre a Turquia


e a Síria, o que fez com que mais de 50.0000 pessoas perdessem a vida, sendo que 173 mil
prédios ruíram ou precisaram ser demolidos. A Turquia é uma das zonas sísmicas mais
ativas do mundo. Na região ocorre a chamada falha da Anatólia. É nesta falha em que há o
encontro de 3 placas tectônicas: Anatólia, Africana e Arábica. Os tremores ocorreram durante
a madrugada, o que, juntamente com a alta densidade demográfica na região atingida e a
falta de segurança das construções explicam a o seu potencial destrutivo.

Chuvas e deslizamentos no litoral norte de São Paulo

Os elevados índices pluviométricos são comuns na região, em razão da maritimidade e


da presença da Serra do Mar, que leva a formação de chuvas orográficas. Estas condições
naturais somadas a ocupação irregular das encostas e o desmatamento, levaram a
ocorrência dos deslizamentos que fez com os municípios do litoral norte decretassem estado
de calamidade pública.

China x EUA: A nova Guerra Fria

Uma nova guerra fria entre os EUA e a China se desenha no cenário global. A competi-
ção entre as duas potências pela hegemonia mundial cria pressões e riscos. A competição é
pela influência mundial – a China, com sua iniciativa da Nova Rota da Seda, os Estados Uni-

2
Atualidades

dos com o peso de seus 75 anos como superpotência. Fazem parte desta disputa as inova-
ções em áreas como a inteligência artificial, o desenvolvimento de veículos autônomos, mis-
sões a Marte e armamentos ultramodernos, além de acusações de espiona gem.

Corte da Selic foi tardio e métodos do BC precisam ser revistos, diz professor da
Unicamp à CNN

O economista e professor da Unicamp, Pedro Rossi, fez nesta quinta-feira (3) críticas à
postura do Banco Central (BC) nos últimos anos na condução da política monetária. Em
entrevista à CNN, ele disse que há maneiras melhores de combater a inflação além do
aumento dos juros.

“A lógica dos juros é de combater a inflação com desemprego. É preciso uma forma
mais inteligente de se conter os preços, que preserve o poder de compra da população”,
afirmou.

Segundo Rossi, “ao puxar o ‘freio de mão’, reduzir a fila do alimento e abaixar o preço,
pessoas acabam passando fome no meio do processo. Não faz sentido”, reforça.

Além disso, Rossi ressaltou que a decisão de cortar os juros somente agora “é tardia ”,
já que a alta da taxa de juros faz a economia desacelerar.

Para o professor da Unicamp, a medida é um “passo adiante”. Contudo, apesar do corte


de 0,5 ponto percentual superar as expectativas médias do mercado, – que esperava uma
redução de 0,25 p.p. – Rossi afirma que a queda ainda não é suficiente e que “não é uma
solução para o problema dos juros altos“.

“Provavelmente, as próximas reduções também serão de 0,5%. Agora, a duração a


gente não sabe, então a gente pode continuar com as maiores taxas de juros do mundo.
Ainda não temos perspectiva de sair dessa posição”, pontua o economista.

Petrobras avalia acordo de R$ 910 milhões sobre a Sete Brasil

Pelo acordo, a Petrobras aceita pagar esse valor aos credores em troca de se livrar de
qualquer responsabilização jurídica e financeira futura.

O conselho, segundo relatos, está dividido.

Os integrantes ligados ao governo defendem o pagamento, mesmo entendimento da


cúpula da estatal.

Mas os acionistas minoritários são contrários. Como para fechar o acordo é necessário
que haja maioria qualificada dos votos dos onze conselheiros, a tendência é de que ele seja
rejeitado.

3
Atualidades

A empresa foi criada pela Petrobras em 2010 dentro de uma proposta para estruturar
um polo naval brasileiro destinado à exploração de petróleo do pré-sal.

A Sete seria responsável pela construção de navios-sonda. O projeto, porém, naufragou


em meio a denúncias de corrupção investigadas pela Lava Jato. Nenhuma das 28 sondas
idealizadas foram entregues.

Recuperação chinesa perde força e empresas globais já alertam para queda dos
resultados

Empresas globais – como a gigante de bens de consumo Unilever, a montadora Nissan


e a fabricante de máquinas Caterpillar – alertaram sobre desaceleração de resultados na
China, à medida que a segunda maior economia do mundo perde impulso pós-pandemia.

A recuperação contínua foi limitada a alguns setores, como alimentação e artigos de


luxo, impulsionando o crescimento das vendas na China de empresas como Starbucks,
LVMH e Hugo Boss. Mas mesmo esses líderes de mercado pararam de elevar suas
perspectivas para a China, cautelosos com os dados econômicos fracos.

Enquanto isso, empresas de bens de consumo como Procter & Gamble, L’Oreal e Coca -
Cola adotam uma postura mais comedida.

“O que estamos vendo é um consumidor muito cauteloso na China, um mercado


imobiliário em declínio e uma demanda de exportação reduzida”, disse o diretor de finanças
da Unilever, Graeme Pitkethly, em teleconferência na semana passada.

“E há um alto índice de desemprego na China, principalmente entre os jovens. Até onde


podemos dizer, estamos no ponto mais baixo da história em termos de confiança do
consumidor chinês”, afirma Pitkethly.

O Kerry Group, sediado na Irlanda, que fornece ingredientes para empresas como
McDonald’s, disse que seus volumes aumentaram na China desde o fim das restrições da
pandemia de Covid-19. Mas o presidente-executivo, Edmond Scanlon, advertiu nesta quarta-
feira (2) que os negócios não voltarão ao normal no país até 2024.

Pequim implementou uma série de medidas políticas nas últimas semanas para apoiar a
economia em declínio. Contudo, os fracos dados de manufatura de julho, divulgados na
terça-feira (1º), reforçaram as preocupações de que a virada ainda pode estar longe.

“A China está estimulando neste momento e teremos que ver o sucesso desses esfor-
ços”, disse Tony Roth, diretor de investimentos da Wilmington Trust Investment Advisors.

China terá pacote de apoio à pequena empresa para driblar fraca recuperação eco-
nômica

4
Atualidades

Ministérios, reguladores e o banco central chineses prometeram mais apoio financeiro a


pequenas empresas nesta terça-feira (1). A medida sinaliza uma urgência entre as
autoridades para reanimar o setor privado em meio à recuperação fraca da economia
chinesa.

A China incentivará as instituições financeiras a oferecer apoio financeiro direcionado e


diversificado a algumas pequenas e médias empresas do setor manufatureiro, de acordo
com uma declaração conjunta entre o banco central, os ministérios da indústria e das
finanças, reguladores financeiros e de valores mobiliários.

As pequenas e médias empresas em setores industriais importantes também receberão


produtos apropriados para cobertura cambial, disse o comunicado.

Além da medida conjunta, o principal órgão planejador econômico da China anunciou


uma extensão das ferramentas de apoio a empréstimos para pequenas empresas até o final
de 2024, prometendo expandir o crédito para empresas privadas e atender à demanda por
terras.

China divulga medidas para impulsionar consumo doméstico e recuperar econo-


mia

O principal órgão de planejamento da China divulgou nesta segunda-feira (31) um


comunicado detalhando medidas para impulsionar o consumo doméstico, uma vez que a
recuperação pós-Covid-19 da segunda maior economia do mundo perdeu força.

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, pela sigla em inglês)


orientou governos locais a aliviar restrições para compras de carros e lançar medidas para
incentivar aquisições de novos veículos.

Economia da China desacelera em maio

O órgão também determinou que autoridades locais promovam o uso de carros elétricos
em áreas do interior e aperfeiçoem a infraestrutura voltada a veículos movidos a bateria.

O NDRC também deseja estimular o consumo de eletrodomésticos por meio de medidas


de troca e reciclagem. Os governos locais poderão oferecer subsídios para consumidores
rurais comprarem e trocarem eletrodomésticos, segundo o comunicado.

A recuperação alimentada pelo consumo da China desacelerou nos últimos meses, após
o forte impulso inicial do começo do ano. As vendas no varejo chinês, por exemplo, tiveram
expansão anual de 3,1% em junho, bem abaixo do acréscimo de 12,7% de maio.

Incerteza econômica é a menor no Brasil desde 2017, mostra indicador da FGV


5
Atualidades

O nível de incerteza da economia do país é o menor desde novembro de 2017. É o que


aponta o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), divulgado nesta segunda-feira (31), no
Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

O IIE-Br caiu 4,12 pontos em julho, atingindo 103,5 pontos. Em novembro de 2017, o
índice estava em 103,21. Nos últimos quatro meses, o indicador acumula recuo de 13,2
pontos.

Esse indicador é uma média ponderada de dois componentes: o IIE-Br Mídia, baseado
na frequência de notícias com menção à incerteza nos principais jornais do país; e o IIE-Br
Expectativa, obtido a partir de previsões do mercado financeiro para a ta xa de câmbio, juros
e inflação.

Expectativas

“Enquanto nos três meses anteriores a queda do IIE-Br havia sido determinada
exclusivamente pelo componente de mídia, em julho o resultado é influenciado também pelo
componente de expectativas. Com a desaceleração da inflação ficando mais clara, observa -
se redução da heterogeneidade nas previsões de 12 meses tanto para o IPCA [considerado
a inflação oficial do país] quanto para a [taxa] Selic”, explica Anna Carolina G ouveia,
economista do FGV IBRE.

Em julho, o componente de Mídia caiu 2,6 pontos, menor nível desde fevereiro de 2015.
Já o componente de Expectativas recuou 8,2 pontos.

Argentina anuncia pagamento de parte da dívida com FMI em yuan e com emprés-
timo de banco de desenvolvimento

O ministro da economia da Argentina, Sergio Massa, informou, nesta segunda-feira (31),


que o país efetuará o pagamento da parcela ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que
vence hoje sem usar as escassas reservas nacionais de dólares.

O governo argentino precisa pagar cerca de US$ 2,7 bilhões (R$ 12,8 bilhões) agora no
final de julho como parte de uma reestruturação do passivo que mantém com o Fundo.

Em pronunciamento nesta manhã, Massa explicou que o Banco de Desenvolvimento da


América Latina (CAF, na sigla em espanhol) acertou um empréstimo de US$ 1 bi lhão
(R$ 4,74 bilhões) à Argentina, com o aval de 20 das 21 nações que compõem a instituição.

O restante será pago com yuans liberados por meio de uma operação de swap cambial
com o Banco do Povo da China (PBoC), segundo o ministro.

“Desta maneira, protegemos as reservas no ano em que os problemas que


representam a herança da dívida com o FMI se somaram a pior seca da história, que nos
custou mais de US$ 20 bilhões (R$ 94,8 bilhões) de exportações para este ano, e mais de
US$ 5 bilhões (R$ 23,7 bilhões) em ingresso para o setor público nacional como
6
Atualidades

consequência dos impostos dessas exportações”, disse Massa, que é o pré -candidato
governista às eleições presidenciais deste ano.

Na última sexta-feira (28), Buenos Aires firmou com a equipe técnica do FMI um acordo
que busca flexibilizar as metas econômicas no âmbito do programa de reestruturação de
uma dívida de cerca de US$ 45 bilhões (R$ 213,3 bilhões). Com o pacto, o país poderá de-
sembolsar até US$ 7,5 bilhões (R$ 35 bilhões) nos próximos meses.

Expansão de trabalhadores autônomos está mudando perfil da economia dos EUA

Lazarus Limo geralmente começa o dia às 10h, conduzindo passageiros e entregando


comida para a Uber em Chapel Hill, na Carolina do Norte.

“Costumo definir uma meta mínima de quanto devo receber até o final do dia. Assim que
eu atingir meu alvo, é isso; terminei o dia”, disse. Seu objetivo geralmente é ganhar entre
US$ 200 e US$ 300 e, dependendo do dia, alcançá-lo pode levar entre 8 e 10 horas, disse
ele.

Mas esse é apenas o trabalho dele durante a semana. Nos fins de semana, Limo, de 28
anos, trabalha como “Dasher”, entregando pedidos de comida para a DoorDash.

Ele é um dos milhões que participam nos Estados Unidos da chamada “economia gig”,
um termo que ganhou popularidade na última década para descrever o aumento do trabalho
freelancer por meio de aplicativos como Uber, Lyft, DoorDash e Instacart.

Os dados do governo sobre esse grupo de trabalhadores são indefinidos. A última vez
que o Bureau of Labor Statistics rastreou oficialmente trabalhadores com acordos de
trabalho alternativos foi em 2017.

Mas especialistas dizem que o número de trabalhadores temporários está crescendo e


seu impacto é sentido em toda a economia. E pode até estar distorcendo os dados econômi-
cos do governo, dizem eles.

Orçamento da Cultura para 2024 é tema de encontro ministerial

Reunião de Margareth Menezes e Fernando Haddad ocorreu na sede do Ministério da


Fazenda, em Brasília

Ministra Margareth Menezes se reuniu com o chefe da Fazenda, Fernando Haddad, na


manhã desta terça-feira (1). No encontro foi discutido o orçamento para a cultura em 2024,
com destaque para a os reflexos econômicos gerados pelo setor no âmbito da geração de
emprego e renda.

7
Atualidades

O ministro Haddad reforçou o compromisso com a construção cultural do Brasil. “Nós


estamos trabalhando duro aqui para fazer acontecer”, destacou o líder da Pasta que
classificou a cultura como “geradora de emprego, renda e oportunidade”.

Já Margareth Menezes lembrou que o PIB da Economia movimenta números


significativos social e economicamente, por isso, avançar nessa discussão é “celebrar um
modelo que precisa ser consolidado”.

O secretário Executivo do MinC, Márcio Tavares, também participou da agenda.

Amazônia: o risco de uma possível pandemia no habitat de milhares de morcegos

O habitat natural de milhares de morcegos, como a floresta Amazônica, pode ser palco do
surgimento de uma nova pandemia. Os morcegos podem abrigar cerca de 72 mil vírus!

Risco de pandemia

A destruição do habitat dos morcegos, além de aumentar o risco de pandemia, está le-
vando algumas espécies de morcegos à beira da extinção.

Mal saímos de uma pandemia e já corremos o risco de entrar em outra pandemia, cau-
sada por um vírus mortal encontrado em morcegos que habitam na floresta Amazônica.

Nas profundezas da floresta amazônica, cientistas dizem que a próxima pandemia do


mundo pode começar em uma caverna como a de Planaltina, que se estende por mais de 1,5
km de profundidade e abriga milhares de morcegos. Muitas outras cavernas existem em toda a
Amazônia.

Impulsionando o risco, está o rápido desmatamento da região amazônica. Os cientistas


dizem que o desmatamento causa estresse nos morcegos e alguns estudos descobriram que os
morcegos estressados podem carregar mais vírus e liberar mais germes em sua saliva, urina e
fezes.

O despertar do vírus

Por milênios, os vírus dos morcegos espreitaram nas florestas da África Ocidental e em
outras partes não perturbadas do mundo, mas representavam pouca ameaça à humanidade.
Hoje, esses patógenos representam um campo minado epidemiológico em 113 países e em to-
dos os continentes, exceto na Antártida.

Desmatamento
8
Atualidades

Os desmatamentos acelerados das florestas tropicais podem afetar o habitar natural dos
morcegos, e desencadear uma possível pandemia

O perigo representado pelos morcegos não vem de morder as pessoas, como retratado
na literatura e no cinema, mesmo o famoso morcego-vampiro raramente ataca humanos. Esses
vírus podem entrar em humanos por meio de contato direto ou por meio de outros animais hos-
pedeiros.

Os morcegos, ao contrário, espalham vírus em sua saliva, urina, sangue e excrementos.

Segundo os pesquisadores, o catalisador do surto não é o comportamento dos morcegos,


mas o nosso próprio. O desmatamento descontrolado das florestas tropicais, como a Amazônia,
está ampliando o risco de pandemias globais devido ao maior contato com os animais.

O Brasil se destaca por apresentar condições propícias para um vírus se espalhar de


morcegos para humanos, são as chamadas “zonas de salto”. Perturbar esse habitat dá origem a
perigos especiais, pois os morcegos são um dos principais reservatórios de vírus, aproximada-
mente 72 mil, segundo estimativas.

Uma análise da Reuters descobriu que as zonas de salto brasileiras cresceram mais de
40% nas últimas duas décadas. Isso é 2,5 vezes mais rápido do que áreas de risco semelhantes
em todo o mundo.

O risco eminente de uma possível pandemia

Os morcegos são proliferadores potentes e alguns se empoleiram juntos e próximos a ou-


tras espécies de morcegos. Isso significa que seus vírus podem se espalhar e evoluir rapida-
mente, alguns equipados para infectar outros animais, como humanos. Além de serem os princi-
pais veículos de entrega, podendo voar centenas de quilômetros em busca de comida - trans-
portando vírus por toda parte.

Essa espécie é incubadora excepcional, eles podem abrigar e sobreviver a vírus que ma-
tam outros mamíferos.

De acordo com dados ambientais, a Reuters identificou os locais mais vulneráveis ao


alastramento de vírus transmitido pelo morcego. A análise revelou um sistema econômico global
lutando contra a natureza e colocando mais de 1 bilhão de pessoas em risco, à medida que flo-
restas ricas em morcegos são derrubadas para dar lugar à agricultura, indústrias extrativas, in-
fraestrutura e outros desenvolvimentos.

O Brasil possui mais terras em risco que qualquer outro país, enquanto os humanos de-
vastam a Amazônia. Essas áreas, que chamamos de “zonas de salto”, cobrem 6% da massa ter-
restre da Terra. São principalmente locais tropicais ricos em morcegos e em rápida urbanização,
como a Amazônia.

9
Atualidades

Não só há mais pessoas vivendo nesses lugares, eles também vivem mais próximos, au-
mentando as chances de propagação de doenças. A densidade populacional nas zonas de salto
aumentou quase 40% de 2002 a 2020. O mais preocupante é que a população está crescendo
mais rapidamente e a densidade está aumentando mais em áreas onde as condições são mais
propícias para transbordamento.

Cientistas e especialistas em saúde alertam que o país ainda está mal equipado para de-
tectar um patógeno perigoso – apesar das chances de um novo vírus emergir da região serem
altas.

Jogos Paris-2024: poluição ameaça realização de prova de natação no rio Sena

As chuvas fortes e persistentes que vêm atingindo Paris nas últimas semanas podem pre-
judicar um evento teste de natação para as Olimpíadas de 2024, programado para acontecer
neste fim de semana. Nesta sexta-feira (04), o treinamento para a prova foi cancelado e as auto-
ridades discutem a poluição do rio Sena e o clima.

Quase 104 milímetros de chuva caíram, muitas vezes como uma tempestade tropical, en-
tre 20 de julho e o início de agosto, de acordo com a prefeitura da região de Ile-de-France. E é
justamente esse o cenário mais temido pelos organizadores: fortes chuvas que provocam o
transbordamento dos esgotos e chegam a contaminar as águas do Sena.

"Após as recentes chuvas em Paris, a qualidade da água do Sena está abaixo dos pa-
drões aceitáveis ??para proteger a saúde dos nadadores", explicou quinta-feira à noite a Fede-
ração Francesa de Natação (FFN), que se reuniu com a federação internacional World Aquatics
e "parceiros de saúde pública" e, de comum acordo, decidiram cancelar a sessão de treina-
mento.

Esta prova da Copa do Mundo de natação em águas abertas, prevista para acontecer no
sábado para mulheres e domingo para homens, entre a ponte Alexandre III e a ponte de l'Alma
é, acima de tudo, um teste para as Olimpíadas de Paris, daqui a um ano.

Análise para presença de bactéria intestinal

O comitê organizador dos Jogos Olímpicos, a prefeitura de Paris, a prefeitura da região


de Ile-de-France, federações esportivas, entre outros, estão analisando amostras da água e a
previsão do tempo há dias.

Está agendada uma reunião para esta sexta-feira, que deve ser seguida de um pronunci-
amento das federações internacional e nacional de natação. Outras opções estão sendo cogita-
das: a realização da prova no sábado, a sua anulação, ou mesmo a espera de novos resultados
que poderão ser analisados ??durante a noite de sexta para sábado.

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Atualidades

A "degradação temporária da qualidade da água", segundo a prefeitura da região de Ile-


de-France, eleva o índice mais considerado pelos especialistas, o da presença da bactéria intes-
tinal Escherichia coli. A World Aquatics impõe para essa bactéria uma taxa inferior a 1000 UFC
por 100 ml para que a competição ocorra.

Em 27 de julho, com base em 42 amostras de junho e julho, a prefeitura da região de Ile-


de-France autorizou a competição deste fim de semana, bem como a do triatlo, que acontece
entre os dias 17 e 20 de agosto, cuja etapa da natação deve ser disputada no Sena.

Olimpíadas 2024: conheça as novas modalidades como o breakdance e a canoa-


gem

Em julho deste ano, o mundo todo acompanhou os atletas olímpicos baterem recordes
em Tóquio. A estreia das novas modalidades das Olimpíadas 2021, especialmente o skate e o
surfe, encantaram milhares de telespectadores atentos às manobras desafiadoras dos atletas.

Então para quem se emocionou neste ano, não pode deixar de acompanhar os atletas até
a próxima edição. Agora se você deseja continuar aprendendo inglês fora das salas de aula, ler
artigos e notícias sobre atletas internacionais pode ser uma maneira de manter o idioma vivo na
rotina.

E os fãs de esportes ansiosos pelas Olimpíadas 2024, que será sediada em Paris entre
os dias 26 de julho e 11 de agosto, fique por dentro das novidades do universo olímpico. Ao
todo, serão 329 eventos esportivos, em 38 modalidades, com algumas estreias como o break-
dance e uma inédita igualdade de gênero entre os atletas convocados.

O diretor geral do Comitê Olímpico do Brasil, Rogério Sampaio, comentou as mudanças


no site oficial do COB: "A confirmação do skate, surfe, escalada e a entrada do breakdance re-
força a aproximação com o público jovem. Assim, uma parcela ainda maior da juventude mun-
dial passa a ter mais contato com os Jogos Olímpicos e, em consequência, com os Valores
Olímpicos".

Igualdade de gênero

Entre as novas modalidades das Olimpíadas 2024, o atletismo, o boxe e o ciclismo vão
alcançar igualdade de gênero pela primeira vez, então 28 dos 32 esportes serão equilibrados e
22 modalidades são mistas. Em Tóquio, a porcentagem de atletas mulheres foi de 48,8%, mas
até os próximos jogos, chegará a 50%.

"Da mesma forma, consideramos muito justa a equiparação dos números entre atletas
homens e mulheres. Quanto mais incentivo às mulheres para que alcancem os principais even-
tos do calendário internacional, mais saudável e natural fica o ambiente esportivo para que no-
vas meninas se sintam motivadas a buscar os benefícios da prática esportiva", comentou Rogé-
rio Sampaio, do COB.
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Atualidades

Quantidade de atletas

Nas Olimpíadas 2024, o número de atletas confirmados é de 10.500, uma redução de 592
esportistas, que estiveram presentes em Tóquio. Por exemplo, modalidades como beise-
bol/softbol e o karatê não serão disputadas. A mudança tem a ver com o tamanho e a complexi-
dade de logística da produção dos jogos. "Com esse programa, estamos tornando os Jogos
Olímpicos de Paris 2024 adequados para o mundo pós-corona vírus. Estamos reduzindo ainda
mais o custo e a complexidade de hospedar o evento", explicou o presidente do COI, Thomas
Bach.

Preocupação ambiental

Além da questão de gênero, as Olimpíadas 2024 terão uma preocupação climática e será
a primeira edição alinhada com o acordo climático de 2015. A organização promete uma redu-
ção de 55% na pegada de carbono, além de diminuir os impactos das construções – 75% das
instalações já existem e 20% serão temporárias. Neste caso, apenas 5% das instalações preci-
sarão ser construídas, entre elas a Vila Olímpica e o Centro Aquático.

Quais são as modalidades novas na próxima Olimpíada?

Além do aumento das provas mistas nas Olimpíadas 2024, há a estreia da canoagem sla-
lom extremo, também conhecida como caiaque cross. No esporte, duas a quatro embarcações
competem para ver quem termina o trajeto primeiro e vende a competição.

A novidade gerou comoção nas redes sociais e foi comemorada no mundo dos esportes
porque o Brasil conta com grandes atletas na modalidade. A mineira Ana Sátila foi campeã mun-
dial em 2018, e o paulista Pedro Henrique Gonçalves, é o atual campeão mundial.

Agora o breakdance, também conhecido como breaking, estreia em Paris na modalidade


feminino e masculino, em torneios individuais com tempo máximo de até 60 segundos. O DJ es-
colherá a faixa que será batalhada e os atletas precisam criar em cima da batida.

Na essência, o breaking, assim como a ginástica artística ou dos saltos ornamentais, é


uma atividade física natural com intersecção na arte. Por exemplo, se já existem as manobras
sobre rodas ou pranchas, por que não ter coreografias na pista de dança?

A nova modalidade das Olimpíadas 2024 trará consigo a história da cultura hip hop e da
cultura de rua. O breaking é uma criação dos afro-americanos, que viviam no bairro do Bronx,
em Nova Iorque na década de 1970. Desde então, assim como o próprio hip hop marcou a his-
tória da música, o estilo de dança alcança patamar mundial e se consolida como modalidade
olímpica.

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Atualidades

Onde serão realizados as Olimpíadas de 2024?

Os Jogos Olímpicos de 2024 vão ser realizados em Paris, na França, de 24 de julho a 11


de agosto. A escolha da cidade-sede da competição aconteceu em 2017, na 130ª Sessão do
Comitê Olímpico Internacional, em Lima, no Peru. Paris foi selecionada pela 3ª vez na história
da realização dos Jogos, sendo anfitriã também em 1900 e 1924. Entre as outras cidades com-
petindo estavam Los Angeles, Hamburgo, Budapeste e Roma.

No entanto, alguns desses lugares desistiram da participação, devido aos altos custos ou
às outras programações previstas exigidas para sediar os jogos. Das opções, Los Angeles e Pa-
ris estiveram até o final na disputa e a cidade francesa foi declarada vencedora.

A cerimônia de abertura da 33ª edição dos Jogos Olímpicos está programada para o dia
26 de julho de 2024. Ao todo, o evento contará com 19 dias de disputas em diversas modalida-
des esportivas.

Os Jogos Paraolímpicos de 2024 também já têm data e estão previstos para ocorrer logo
após o encerramento das Olimpíadas. O evento acontecerá entre os dias 28 de agosto e 8 de
setembro de 2024.

Quanto custa ir para as Olimpíadas 2024?

Ir para as Olimpíadas 2024 envolve custos de 24 € a 950 € para ingressos avulsos das
competições. O que equivale a R$ 135 a R$ 5.361. O valor de cada bilhete para as cerimônias
de abertura ou de encerramento é de 90 €, ou R$ 507. As passagens de ida e de volta de avião,
partindo do Brasil, ficam em torno de R$ 6.490. Custos diários de hospedagem, alimentação e
passeios turísticos devem ficar a partir de 105 €, ou R$ 592, nas opções mais econômicas.

Na hora de se programar para viajar para Paris para assistir às Olimpíadas 2024, é pre-
ciso considerar também outros gastos, como o seguro de viagem.

É por isso que é uma boa ideia fazer um bom planejamento financeiro. Assim, é possível
preparar tudo para ter uma excelente experiência e se divertir a cada minuto da viagem para a
França.

Os gastos planejados dependem de diversos fatores. Comprar as passagens aéreas e


fazer as reservas da hospedagem com antecedência vai ajudar a ter uma boa economia. Os de-
mais custos variam conforme o tempo de estadia, as atividades realizadas no destino e os seus
objetivos de viagem.

Quantos esportes estão nos Jogos Olímpicos?

Ao todo, são 32 esportes e 48 modalidades nos Jogos Olímpicos de 2024:


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Atualidades

Aquáticos (natação competitiva, artística, maratona aquática, saltos ornamentais e polo


aquático);

Tiro com arco;

Atletismo;

Badminton;

Basquete e basquete 3×3;

Boxe;

Breaking;

Canoagem de velocidade e slalom;

Ciclismo (bmx freestyle, bmx racing, de estrada e de pista);

Hipismo (adestramento, salto e concurso completo);

Esgrima;

Futebol;

Golfe;

Ginástica artística, rítmica e de trampolim;

Handebol;

Hóquei;

Judô;

Pentatlo moderno;

Remo;

Rugby e rugby sevens;

Vela;

Tiro esportivo;

Skate;

Escalada esportiva;

Surfe;

Tênis;
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Atualidades

Tênis de mesa;

Taekwondo;

Triatlo;

Vôlei de quadra e de praia;

Levantamento de peso;

Luta greco-romana e estilo livre.

Qual será o valor do salário mínimo em 2024?

Como o reajuste nos moldes do projeto de lei depende de indicadores que ainda serão
consolidados, não é possível cravar o valor do salário mínimo para o próximo ano. No entanto,
existem projeções a respeito do montante.

Para Tiago Sbardelotto, especialista em contas públicas da XP, o valor do salário mínimo
em 2024 pode chegar a R$ 1.441. O cálculo realizado pelo economista leva em conta a estima-
tiva da XP de que o INPC de 2023 será de 6,1%. Além disso, considera-se o crescimento do PIB
de 2022, que foi de 2,9%.

Dessa forma, a conta fica da seguinte maneira: R$ 1.320 + 6,1% + 2,9% = R$ 1.441. En-
tretanto, é importante ressaltar que caso a inflação deste ano seja maior ou menor do que a esti-
mada, o valor do salário será diferente.

Ministra anuncia atualização da vacina contra pólio a partir de 2024

O Ministério da Saúde vai substituir gradualmente a vacina oral contra poliomielite pela
versão inativada do imunizante a partir de 2024. A recomendação foi debatida e aprovada pela
Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização que considerou as novas evidências cientí-
ficas para proteção contra a doença.

Essa atualização não representa o fim imediato do imunizante na versão popularmente


conhecida como gotinha, e sim um avanço tecnológico para maior eficácia do esquema vacinal
a ser feito após um período de transição, informou o ministério.

A indicação da câmara técnica foi para que o Brasil passe a adotar exclusivamente a va-
cina inativada poliomielite no reforço aos 15 meses de idade, o que atualmente é feito com a
forma oral do imunizante. A forma injetável é aplicada aos dois, quatro e seis meses de vida,
conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Portanto, após um período de transição que co-
meça no primeiro semestre de 2024, as crianças brasileiras que completarem as três primeiras
doses da vacina irão tomar apenas um reforço com a injetável aos 15 meses.

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Atualidades

A dose de reforço aplicada atualmente aos quatro anos não será mais necessária, já que
o esquema vacinal com quatro doses garantirá a proteção contra a pólio. A atualização conside-
rou os critérios epidemiológicos, as evidências relacionadas à vacina e as recomendações inter-
nacionais sobre o tema.

Movimentos da sociedade

A nova recomendação foi apresentada, nesta sexta-feira (7), durante live [transmissão ao
vivo pela internet] da ministra da Saúde, Nísia Trindade, com a Sociedade Brasileira de Pediatria
(SBP).

“A retomada das altas coberturas vacinais é uma prioridade do governo federal. Esse é
um movimento, não uma campanha isolada, justamente pela ideia de continuidade e pelo cons-
tante monitoramento de resultados. Esse trabalho não se restringe ao Ministério da Saúde, por
isso estamos indo aonde estão os movimentos da sociedade”, explicou a ministra.

Desde 1989 não há notificação de caso de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais
contra a doença sofreram quedas sucessivas nos últimos anos. Em todo o Brasil, a cobertura
ficou em 77,19% no ano passado, longe da meta de 95% para essa vacina. Por isso, a mobiliza-
ção para retomar as altas coberturas vacinais no país, que já foi referência internacional, é fun-
damental.

Multivacinação

Durante a live, também foi abordada a ação de multivacinação voltada para menores de
15 anos com todas as vacinas do calendário nacional. A ideia é checar as cadernetas de vacina-
ção e atualizá-las com as doses faltantes.

O Ministério da Saúde vai repassar mais de R$ 151 milhões para estados e municípios
investirem nas ações de vacinação. A portaria com a destinação dos recursos será publicada
nas próximas semanas.

Para combater o risco de reintrodução de doenças que já foram eliminadas pela vacina-
ção - como a poliomielite – o ministério adotou o micro planejamento em que ele trabalha com
estados e municípios para melhorar o planejamento das ações de vacinação.

Equipes irão aos estados para participar de ações deste método, como a análise da situa-
ção dos dados (características geográficas, socioeconômicas e demográficas locais), definição
de estratégias de vacinação, seguimento e monitoramento das ações e avaliação de todo o pro-
cesso da vacinação para o alcance das metas.

Estratégia

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Atualidades

A ideia é que o município se organize e se planeje considerando a realidade local. Neste


sentido, a estratégia de imunização será adaptada conforme a população, a estrutura de saúde
e a realidade socioeconômica e geográfica. Entre as estratégias que podem ser adotadas atra-
vés do micro planejamento pelos municípios estão a vacinação nas escolas, a busca ativa de
não vacinados, vacinação em qualquer contato com serviço de saúde, vacinação extramuros,
checagem da caderneta de vacinação e intensificação da vacinação em áreas indígenas.

Com base nessa estratégia, antecipou-se a multivacinação em estados de fronteira, como


Acre e Amazonas. O próximo estado a receber essa ação será o Amapá, a partir do dia 15 de
julho, com um Dia D da Vacinação.

Oscar Health: conheça a empresa que tenta descomplicar mercado de planos de


saúde nos EUA

O que é a Oscar Health

A Oscar Health é uma operadora de plano saúde que combina inovação tecnológica, de-
sign centrado no usuário e foco no cliente. Assim, consegue fornecer uma abordagem personali-
zada e planos de saúde para todos os gostos e bolsos. Além disso, se destaca pelo atendimento
eficiente e pela promoção de estilos de vida saudáveis entre seus membros.

Atualmente, emprega 2,6 mil pessoas e oferece planos de saúde nos seguintes estados:
Arizona, California, Connecticut, Florida, Georgia, Iowa, Illinois, Kansas, Michigan, Missouri,
North Carolina, Nebraska, New Jersey, New York, Ohio, Oklahoma, Pennsylvania, Tennessee,
Texas e Virginia.

A ideia da Oscar Health surgiu com a constatação de que o sistema de saúde americano
era difícil de navegar, caro e pouco intuitivo. A operadora nasceu então com a missão de simplifi-
car o processo.

Para resolver os problemas comuns associados ao setor, ela fornece uma plataforma digi-
tal onde os usuários podem encontrar médicos, agendar consultas, ver os custos dos procedi-
mentos e administrar todas as suas necessidades de saúde. Além disso, utiliza algoritmos de
aprendizado de máquina para melhorar o atendimento ao cliente e personalizar a experiência de
cada membro, de acordo com suas necessidades individuais.

Outro ponto importante da Oscar Health é a sua preocupação com a prevenção e o bem-
estar dos usuários. A empresa incentiva seus membros a manterem-se saudáveis através de
programas de recompensas, que incluem benefícios para aqueles que realizam check-ups regu-
lares, seguem planos de exercícios ou atingem outros objetivos de saúde.

Planos de saúde da Oscar Health

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Atualidades

A Oscar Health oferece os planos Individuais & Famílias, Pequenos Grupos e Medicare
Advantage. Eles variam de acordo com o estado americano em que a pessoa mora. Nos indivi-
duais, o usuário pode optar por planos que cobrem 60% (Bronze), 70% (Prata), 80% (Ouro) e
90% (Platinum) dos custos que a pessoa teve. Quanto menor a porcentagem de cobertura, me-
nor também o preço pago todos os meses.

O plano Pequenos Grupos oferece cobertura para empresas que têm entre 1 e 50 funcio-
nários. Os custos variam dependendo do tamanho do negócio, da idade dos funcionários e do
tipo de plano escolhido.

Já o Medicare Advantage é uma alternativa ao Medicare, um programa de seguro de sa-


úde administrado pelo governo federal americano para pessoas com 65 anos ou mais e alguns
indivíduos com deficiência. Oferecido por empresas privadas para o mesmo público-alvo, o Ad-
vantage fornece os benefícios oferecidos pelo Medicare e pode oferecer vantagens adicionais.

Assim, o grande atrativo do Medicare Advantage é que ele permite que os beneficiários
escolham um plano de saúde que melhor se adeque às suas necessidades e orçamentos indivi-
duais. Ele fornece uma opção para aqueles que desejam um plano de saúde mais personali-
zado, embora possa haver restrições sobre onde e de quem eles podem receber cuidados.

Plataforma +Oscar

Um dos diferenciais da Oscar Health é a plataforma +Oscar. Ela facilita o engajamento


com membros e pacientes, ajudando provedores e pagadores a migrarem para o cuidado base-
ado em valor.

Disponibilizada em abril de 2021, a plataforma também fornece ferramentas que permi-


tem que as outras seguradoras gerenciem suas operações de forma mais eficiente, oferecendo
uma melhor experiência ao cliente com custos menores. Alguns dos recursos incluem análise de
dados em tempo real, automação de processos, interfaces de usuário intuitivas, entre outros. O
parceiro pode contratar apenas as tecnologias de que precisa.

A ideia é que, a partir da tecnologia disponibilizada pela Oscar Health, usuários não técni-
cos de empresas parceiras consigam configurar rapidamente fluxos de trabalho complexos e
centrados nos seus clientes.

Entretanto, no ano passado, a empresa teve dificuldades para implementar a plataforma


para um grande cliente, a seguradora Health First Shared Services, com sede na Florida. Apesar
de a Oscar Health já ter fechado outros contratos antes para serviços específicos, esse havia
sido o primeiro acordo de tecnologia de serviço completo feito pelo startup.

Em agosto de 2022, foi anunciado que a seguradora da Florida decidiu rescindir o con-
trato a partir do primeiro dia de 2023. Isso pode ter causado uma perda de até US$ 60 milhões
em receita pela Oscar Health, segundo relatório da United States Securities and Exchange Co-
mission.

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Atualidades

Além disso, na mesma época, a empresa anunciou a investidores que deixaria de buscar
novos acordos de serviços completos para sua plataforma de tecnologia pelos 18 meses seguin-
tes.

Apesar dos desafios de implementação, os negócios da +Oscar continuaram a ser expan-


didos. Em fevereiro deste ano, a empresa assinou a primeira parceria para implantar a ferra-
menta Campaign Builder, uma plataforma de comunicação e automação feita sob medida para
ajudar organizações de saúde a obter melhores resultados clínicos e comerciais. A Associated
Medical Care, um grupo de provedores com sede em Miami, implantará a ferramenta para en-
contrar novas eficiências em suas operações.

História e evolução da Oscar Health

A Oscar Health foi fundada por Joshua Kushner, Kevin Nazemi e Mario Schlosser em
2012. Começou a oferecer planos individuais dois anos depois, incluindo acesso 24 horas por
dia, sete dias por semana, aos serviços de atendimento virtual em evolução.

Oscar Health

Em 2016, a empresa começou a designar equipes de atendimento dedicadas a cada


membro. No mesmo ano, foi aberto o Tempe Health Hub, um centro de serviços da Oscar Health
localizado em Tempe, Arizona.

O objetivo do local é fornecer experiência superior de atendimento ao cliente e cuidados


de saúde aprimorados para os usuários. O hub funciona como uma central de atendimento e lo-
cal onde os membros podem receber orientações em saúde e bem-estar.

A equipe do Tempe Health Hub é composta por enfermeiros, especialistas em saúde e


profissionais de atendimento ao cliente. Eles ficam disponíveis para responder a perguntas e for-
necer assistência a qualquer momento. A equipe também fornece suporte personalizado aos
membros. Isso é feito através de auxílio para buscar médicos, respostas a perguntas sobre co-
berturas de seguro, ou ajuda para o paciente entender melhor uma condição de saúde.

Nos anos seguintes, foram lançadas a plataforma Oscar Provider e a linha de negócios
para pequenos grupos. Em 2020, a empresa lançou a sua terceira linha de negócios, o Medicare
Advantage. Também foi anunciado o lançamento do serviço Virtual Primary Care 3.

Em 2021, a empresa comemorou sua oferta pública inicial na bolsa de valores de Nova
York e lançou o +Oscar. No ano seguinte, superou a marca de 1 milhão de membros na plata-
forma do Oscar Health.

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Atualidades

Atualização da tabela SUS e política nacional do câncer devem ser pautas do Con-
gresso após recesso parlamentar

Diálogo com instituições ligadas à saúde

Representantes de instituições e associações ligadas à saúde enxergam ser imprescindí-


vel que o Congresso olhe de forma mais prioritária para o setor. A pandemia, inclusive, serviu de
alerta. “Foi preciso rever a forma como o setor era tratado, considerando sua essencialidade e a
gestão de recursos e serviços”, avalia Antônio Britto, diretor-executivo da Associação Nacional
de Hospitais Privados (Anahp).

Para Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, é importante não só
acompanhar, mas “fomentar e instrumentalizar os parlamentares em relação a diversas ques-
tões que são importantes”. Segundo ela, é necessário estar presente e “intervir para que as in-
formações corretas cheguem para quem, de fato, pode melhorar ou construir novas políticas pú-
blicas de saúde”.

O protagonismo da saúde nestes últimos anos veio por meio do foco que a imprensa, or-
ganizações, governo e população tiveram durante a pandemia, “sobretudo pelos aspectos mais
sensíveis que denotaram as grandes falhas do sistema de saúde como um todo”, segundo o di-
retor-executivo da Anahp. Ele exemplificou ainda que um dos grandes avanços foi o processo de
regulamentação da telemedicina.

Para Andrea Bento, especialista em mobilização social e cofundadora da Colabore com o


Futuro, o contato remoto foi um facilitador nessa aproximação dos parlamentares. “Reuniões on-
lines realizadas com maior agilidade e, dessa forma, vários requerimentos de urgência foram
aprovados”. Dentre eles, ela cita o PL 6330/2019, da quimio oral, que foi vetado em 2019, mas
resultou na publicação de uma Medida Provisória que garantiu o tratamento em casa para o pa-
ciente com câncer. “Com o engajamento da sociedade civil e a atuação do legislativo, o PL foi
votado em tempo recorde nas duas casas e com a pressão feita na casa civil”, afirmou Andrea.

Outro exemplo de atuação conjunta entre legisladores e iniciativa privada é o movimento


Unidos pela Vida, iniciativa composta por três Frentes Parlamentares (Combate às Doenças
Cardiovasculares; Luta contra o Câncer; e Saúde 4.0 e do Acesso e Uso Racional de Equipa-
mentos e Dispositivos Médicos) e entidades como a Associação Brasileira da Indústria de Tec-
nologia para Saúde (ABIMED) e o Instituto Lado a Lado Pela Vida. No movimento os represen-
tantes vão tratar do cenário da inovação, pesquisa e acesso da população a instrumentos e me-
todologias de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação dessas doenças. A ideia é pro-
ver os congressistas de instrumentos, informações e dados necessários para os debates que
ocorrerão logo em seguida na Comissão de Saúde.

De acordo com o presidente-executivo da ABIMED, Fernando Silveira Filho, a ampliação


das discussões em torno da saúde no Congresso “é perceptível pelo aumento significativo de
projetos de lei que foram apresentados para a área de saúde, bem como pela própria formação
de frentes parlamentares específicas”.

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Atualidades

Para Zé Vitor, “a parceria com entidades e associações é fundamental no desenvolvi-


mento dos debates. A Comissão é bastante aberta a essas demandas. Muitas vezes as suges-
tões vêm de fora para dentro. Acredito que temos um diálogo aberto e um bom relacionamento
com diferentes entidades, tanto órgãos ligados ao sistema público quanto privado”.

Saúde ganha espaço pós-pandemia

Na saúde, a Comissão de Saúde faz parte das atividades legislativas da Câmara dos De-
putados desde 1823, início do Brasil independente. Entre mudanças de nomes, o setor da saúde
pública sempre teve espaço para debater as questões e competência da saúde, mas é inegável
que tem ganhado cada vez mais espaço, principalmente no cenário pós-pandemia. Atualmente,
o órgão é permanente na Câmara dos Deputados e possui 48 deputados titulares e 48 suplen-
tes.

Presidida pelo deputado federal Zé Vitor, o órgão tem a atribuição de debater e votar as-
suntos voltados à saúde em geral, sendo público ou privado. Segundo ele, “a saúde é uma área
delicada, que exige conhecimento técnico e também um olhar humanizado”:

“Posso dizer que os parlamentares que participam com a gente das audiências são muito
comprometidos com a causa, estão sempre trazendo pautas que contribuem para isso, convi-
dando especialistas de diversos setores para enriquecer os debates, mantendo diálogo com os
profissionais da saúde”.

Além dos trabalhos da comissão, é possível criar subcomissões, formadas por grupos
menores de parlamentares de uma comissão maior, para tratar de algum assunto específico. Há
atualmente duas subcomissões permanentes em vigência: a SUBSUS, que trata da moderniza-
ção e aperfeiçoamento da legislação aplicável ao SUS, e a SUBPLANOS, que lida com o de-
sempenho de atividades relacionadas aos planos e seguros privados de assistência à saúde.

Existem ainda três subcomissões especiais: a SUBRARAS, que trata de doenças raras, a
SUBTEA, sobre transtorno do espectro autista, e a SUBTELE, que debate a telemedicina, teles-
saúde e saúde digital.

Comissões Permanentes

As atividades parlamentares da Câmara dos Deputados são divididas por comissões par-
lamentares permanentes, temporárias ou mistas, com funções legislativas e fiscalizadoras,
como definido na Constituição Federal e nos regimentos internos. No cumprimento das ativida-
des de elaboração das leis e de acompanhamento das ações administrativas, no âmbito do Po-
der Executivo, as Comissões promovem debates e discussões com a participação da sociedade
em geral, sobre todos os temas ou assuntos de seu interesse.

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Atualidades

Essas comissões são grupos temáticos fixos formados por deputados ou senadores para
debater e votar as propostas legislativas relacionadas a determinados temas. A composição par-
lamentar desses grupos é renovada a cada ano.

Na Câmara há a já citada Comissão de Saúde. No Senado, os temas relacionados à área


são tratados pela Comissão de Assuntos Sociais, que é presidida pelo Senador Humberto Costa
(PT). De acordo com a Resolução Nº 93, a Comissão opina sobre proposições relacionadas à
proteção e defesa da saúde, condições e requisitos para remoção de órgãos, tecidos e substân-
cias humanas para fins de transplante, pesquisa, tratamento e coleta de sangue humano e seus
derivados, produção, controle e fiscalização de medicamentos, saneamento, inspeção e fiscali-
zação de alimentos é competência do Sistema Único de Saúde.

Comissões Temporárias

Além das permanentes, existem as Comissões Temporárias, com prazo determinado de


funcionamento, que são divididas em Comissões Especiais, Comissões de Inquérito – como as
CPIs – e Comissões Externas. Atualmente, existem 3 comissões temporárias voltadas à saúde:
a Comissão Especial de Combate ao Câncer no Brasil; a Comissão Especial sobre Violência
Obstétrica e Morte Materna; e a Comissão Externa de Intervenção na Saúde Pública do Municí-
pio de Cuiabá-MT.

As Comissões Especiais são criadas para dar parecer sobre alguma das situações: Pro-
postas de Emendas à Constituição (PEC); projetos de código; projetos que envolvam matéria de
competência de mais de três comissões de mérito; denúncia oferecida contra o Presidente da
República por crime de responsabilidade ou projeto de alteração do Regimento Interno. Algumas
Comissões Especiais são criadas também, na prática, para estudar determinados assuntos e
apresentar projetos sobre eles.

A Comissão Especial de Combate ao Câncer no Brasil, por exemplo, é composta por 34


membros titulares e é destinada a tratar de temas voltados à oncologia do Brasil. A antiga comis-
são foi encerrada em 2022, mas resultou no PL 2952/22, que criou a Política Nacional de Pre-
venção e Controle do Câncer no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Comissão Especial sobre Violência Obstétrica e Morte Materna tem o objetivo, dentre
outras coisas, de conceituar a violência obstétrica, debater a qualidade do atendimento pré-natal
no país, conscientizar sobre a importância da autonomia das mulheres na escolha do parto e
procedimentos, entender os riscos da violência obstétrica pela perspectiva da criança, bem
como a necessidade do acompanhamento do pré-natal e neonatal e debater a necessidade do
planejamento de parto junto às instituições de saúde.

Já as Comissões Externas são criadas para o cumprimento de missões externas tempo-


rárias autorizadas, nas quais os deputados representam a Câmara em atos que a instituição te-
nha sido convidada. O parlamentar fica afastado pelo prazo máximo de oito sessões, se for
22
Atualidades

exercida no país, e de 30 sessões, se desempenhadas no exterior. A Comissão Externa de Inter-


venção na Saúde Pública do Município de Cuiabá-MT é a única comissão externa vigente atual-
mente na Câmara dos Deputados. De acordo com o site oficial da Comissão, atualmente ela
conta com 7 deputados membros.

Comissões Mistas

As comissões mistas são integradas por deputados e senadores e constituídas para tratar
de matéria pertinente à competência do Congresso Nacional e podem ser permanentes ou tem-
porárias.

Neste ano já foi instalada a comissão mista responsável pela análise da MP 1.165/2023,
que foi elaborada com a finalidade de diminuir a carência de profissionais de atenção primária à
saúde nas regiões prioritárias para o SUS, a fim de reduzir as desigualdades na área da saúde,
fortalecer a prestação de serviços na atenção primária à saúde, ampliar o escopo de práticas da
atenção primária à saúde através do aprimoramento e da formação de especialistas para o SUS
e ampliar a oferta de especialização profissional nas áreas estratégicas para o SUS. A comissão
tem 13 senadores e 13 deputados titulares.

Rio de Janeiro sediará cúpula do G20 em 2024

O Rio de Janeiro sediará a cúpula de chefes de estado do G20, grupo que reúne as prin-
cipais economias do mundo, em novembro de 2024. A informação foi divulgada pelo governador
Cláudio Castro, do Rio, em seu perfil na rede social Twitter.

O G20 reúne 19 países, entre eles o Brasil, além da União Europeia. Sua presidência é
rotativa. A nação que preside o G20 também recebe o encontro de cúpula realizado anualmente.

Neste ano, por exemplo, a presidência é da Índia, que receberá a cimeira de chefes de
estado nos dias 9 e 10 de setembro, em sua capital, Nova Délhi. A partir de dezembro deste
ano, a presidência ficará a cargo do Brasil, que, portanto, receberá a cúpula do ano que vem.

Integrantes

Além do Brasil, Índia e União Europeia, integram o G20 os Estados Unidos, China, Ale-
manha, Rússia, Reino Unido, França, Japão, Itália, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Aus-
trália, Canadá, Coreia do Sul, Indonésia, México e Turquia.

Segundo Cláudio Castro, o encontro de 2024 terá 20 integrantes do grupo, além de dez
nações convidadas, entre elas Paraguai e Uruguai, que integram o Mercosul junto com Brasil e
Argentina.

23
Atualidades

Atualidades

1
Atualidades

A estimativa de uma pesquisa para a movimentação anual, em milhões de toneladas, de


certo porto de navios, prevê o crescimento de 91% até 2024, se comparada com a quantidade
atual. Entretanto, devido a um grande evento que ocorrerá em 2024, a pesquisa prevê um
acréscimo extra de 50 milhões de toneladas, sobre essa primeira estimativa. Com isso, o porto
deve estar preparado para movimentar 280 milhões de toneladas em 2024. Com base nessas
informações, a movimentação atual desse porto, em milhões de toneladas, é, aproximadamente,
de

Alternativas

A 96

B 120

C 146

D 230

Resposta: B120

O atual PNE é um projeto nacional que determinou diretrizes, metas e estratégias para a
política educacional no período de 2014 a 2024. Quanto às metas do PNE, assinale a alternativa
correta.

Alternativas

A A meta 2 do PNE pretende a universalização do ensino fundamental de nove anos para


toda a população de seis a quatorze anos de idade e a garantia de que 100% dos alunos con-
cluam essa etapa, na idade recomendada, até 2024.

B A meta 5 do PNE almeja a alfabetização de todas as crianças, no máximo, até o final do


1.° ano do ensino fundamental.

C A meta 7 do PNE trata do fomento à melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de


modo a atingir a média nacional para o IDEB de 6,0, até 2021, nos anos iniciais e finais do en-
sino fundamental e no ensino médio.

D A meta 10 prevê a oferta de, no mínimo, 50% das matrículas de educação de jovens e
adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

E A meta 11 almeja triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível mé-


dio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público.

2
Atualidades

Resposta: E

Certa organização que opera apenas na região Sudeste do país está se expandindo e vai
inaugurar uma unidade na região Sul em 2024. Tendo em vista a nova situação, a direção está
em dúvida sobre qual critério de departamentalização deverá adotar: manter a atual departa-
mentalização por produto ou adotar departamentalização geográfica. Uma vantagem da depar-
tamentalização por produto e uma vantagem da departamentalização geográfica são, respecti-
vamente:

Alternativas

A eliminar a redundância de funções; garantir autonomia decisória às diversas unidades


da organização;

B favorecer a redução de custos; favorecer a inovação em serviços;

C favorecer a inovação em produtos; facilitar a adaptação às necessidades e condições


regionais;

D garantir vantagens econômicas derivadas da plena utilização da tecnologia do processo


produtivo; facilitar a avaliação do desempenho dos produtos em cada região;

E favorecer a centralização; favorecer o crescimento da organização.

Resposta: C

Após uma negociação com a Prefeitura de Orlândia, os servidores conquistaram um au-


mento de 6% sobre o salário atual para o ano de 2023. Além disso, no ano de 2024, haverá um
reajuste de 10% sobreo salário de 2023. Considere um servidor da Prefeitura de Orlândia que
possui um salário de R$ 1.300,00 antes dos referidos aumentos. Assim, no ano de 2024, o salá-
rio desse servidor será um valor compreendido entre:

Alternativas

A R$ 1.500,00 e R$ 1.505,00

B R$ 1.505,01 e R$ 1.510,00

C R$ 1.510,01 e R$ 1.515,00

D R$ 1.515,01 e R$ 1.520,00

Resposta: D

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Aspectos Geográficos Do Brasil

Aspectos Geográficos Do Brasil

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Aspectos Geográficos Do Brasil

Aspectos Geográficos Do Brasil

Regiões do Brasil

Histórico

A definição das regiões do Brasil vista como é hoje teve seu início de discussão desde a década
de 1940, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) desenvolveu a primeira divisão
regional brasileira para a divulgação dos dados estatísticos do país. Era dividida entre Norte, Nor-
deste, Este, Centro e Sul, e a disposição das unidades de federação estavam diferentes, assim como
algumas ainda não existiam até então.

Em 1945 houve uma divisão com o intuito de agrupar as regiões de acordo com fatores naturais
como vegetação, clima, relevo e econômicos. As alterações foram feitas e as regiões se dividiam entre
Norte, Nordeste Ocidental, Nordeste Oriental, Leste Setentrional, Leste Meridional, Centro -Oeste e
Sul. Ainda não haviam surgido todas as unidades de federação, e essa divisão em maior número de
regiões era voltada mais as características naturais e não se relacionava com a real vivencia da econo-
mia do país naquele momento.

Na década de 1960 há uma nova formulação de divisões, seguido os parâmetros naturais e


socioeconômicos, mas com o surgimento de novas regiões como a solidificação da região Nordeste e
o surgimento da Sudeste, bem próximo ao que se encontra atualmente, mas as unidades de
federação de Tocantins e Mato Grosso do Sul ainda não haviam se fragmentado.

Regiões brasileiras atualmente

O território brasileiro passou por mudanças durante esse período, com a criação de novos
estados, novos estudos sobre as características naturais do país, aumento da industrialização, entre
outros fatores, que fizeram com que houvesse uma nova divisão territorial. Em 1970 constituiu -se a
divisão regional como é encontrada nos dias atuais, entre Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e
Sul, com a atual disposição das unidades de federação. Os principais fatores utilizados para a atual
divisão foram as características naturais, sociais e econômicas, mesmo não sendo os condicionantes
específicos para limitar essas regiões, foram levados em consideração a divisão político -
administrativa, de modo que nenhuma unidade de federação está presente em mais de uma região.
São chamadas de macrorregiões ou de regiões homogêneas.

Região Norte

A Região Norte é formada por 7 unidades de federação, sendo elas Acre (AC), Amapá (AP), Ama-
zonas (AM), Pará (PA), Rondônia (RO), Roraima (RR) e Tocantins (TO), é a maior região em dimensão
territorial, com aproximadamente 3.870.000 km², porém sua população possui cerca de 17.800.000

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Aspectos Geográficos Do Brasil

habitantes (expectativa para 2016), tendo a menor densidade demográfica do país, com cerca de 4,5
habitantes/km². É a região com o maior número de população que se identifica como indígena. É
composta pela floresta amazônica, maior floresta pluvial, também pela maior bacia hidrográfica, que
recebe o nome de seu rio principal, a bacia do amazonas. Possui clima equatorial, responsável por al-
tas temperaturas e chuvas intensas por todo o ano.

Região Nordeste

A Região Nordeste é formada por 9 unidades de federação, sendo, Alagoas (AL), Bahia (BA), Ce-
ará (CE), Maranhão (MA), Paraíba (PB), Pernambuco (PE), Piauí (PI), Rio Grande do Norte (RN) e Ser-
gipe (SE). Possui a segunda maior população do país, com cerca de 56.900.00 h abitantes (expectativa
para 2016) distribuídos em um território de aproximadamente 1.561.177,8 km², gerando uma densi-
dade demográfica de 36,4 habitantes/km². Essa região é marcada pela forte presença do clima semiá-
rido, característico do sertão nordestino, dificultando o desenvolvimento econômico a partir da agro-
pecuária nessa sub-região, um dos motivos de uma grande migração dos habitantes para as demais
regiões em busca de melhores qualidades de vida. A formação vegetal do Nordeste é a caatinga, com
características próprias para o clima seco da região. Suas outras sub-regiões são divididas entre zona
da mata, agreste e meio norte, cada um com características específicas e transitórias.

Região Centro-Oeste

A Região Centro-Oeste é formada por 4 unidades de federação, sendo, o Distrito Federal (DF),
Goiás (GO), Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS). Possui aproximadamente 1.612.000 km² e
uma população com cerca de 15.700.000 habitantes (expectativa para 2016), o que proporciona uma
densidade demográfica de 9,7 habitantes/km². É a região em que se encontra o Distrito Federal, capi-
tal do país, onde se encontram os três poderes federais (executivo, judiciário e legislativo). Possui
uma das maiores expansões agropecuárias do país, principalmente as voltadas a monoculturas, esse
fator é um dos agravantes da diminuição da vegetação local que é o cerrado, que possui característi-
cas de vegetação morta e seca no período de escassez, mas durante as chuvas sua coloração volta ao
verde. Seu clima é o tropical de altitude, pois se encontra no planalto central do país.

Região Sudeste

A Região Sudeste é formada por 4 unidades de federação, sendo. Espirito Santo (ES), Minas Ge-
rais (MG), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). A região brasileira com o maior número absoluto de
pessoas e de densidade demografia, pois há cerca de 86.400.00 habitantes (expectativa para 2016)
divididos em um território de aproximadamente 927.286km², o que resulta em uma densidade demo-
gráfica de 92,7 habitantes/km². É a região com maior industrialização, centros urbanos e consequen-
temente graves problemas sociais ligados ao desordenado e acelerado crescimento das cidades. A
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Aspectos Geográficos Do Brasil

grande expansão das cidades foi um dos fatores que levaram ao desmatamento em massa da Mata
Atlântica, vegetação nativa presente em maior parte na região. Seu clima está entre Tropical Úmido e
Tropical de Altitude, sendo o primeiro nas áreas litorâneas.

Região Sul

A Região Sul é formada por 3 unidades de federação, sendo, Paraná (PR), Rio Grande do Sul (RS)
e Santa Catarina (SC). Com população aproximada de 29.500.000 habitantes (expectativa para 2016) e
área com cerca de 576.773,368 km², possui uma densidade demográfica de 51,1 habitantes/km². É a
menor das regiões e com o menor número de unidades de federação, sua economia se destaca com
as atividades agrícolas, já que os campos sulinos, vegetação da região, permite uma ampliação do uso
de máquinas. Diferente das demais regiões brasileiras, se encontra geograficamente abaixo do trópico
de capricórnio, o que resulta em ter um clima subtropical.

Contudo a atual divisão regional do Brasil está classificada pelo IBGE com o intuito de
compreender os fatores socioeconômicos, mas ainda possui caráter demonstrativo a partir dos
censos que o instituto realiza frequentemente para apresentar os dados de cada região e
compreender suas separações socioeconômicas.

Estados do Brasil

Os estados do Brasil são, segundo definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, en-
tidades autônomas que possuem seus próprios governos, bem como suas próprias constituições. Jun-
tos, formam a República Federativa do Brasil. São também denominados unidades federativas.

O Brasil já passou por diversas regionalizações, as quais mudaram a configuração do território


brasileiro ao longo dos anos. A atual regionalização está relacionada com a Constituição Federal de
1988, na qual alguns estados surgiram e outros territórios foram elevados à categoria de estado.

Quantos estados tem o Brasil?

Atualmente, o Brasil é dividido em 26 estados e o Distrito Federal, ao todo são 27 unidades fede-
rativas. Contudo, o território brasileiro nem sempre foi organizado dessa forma. Entre os anos de
1500 e 1822 (período colonial), o Brasil não existia como uma nação. A parte conhecida do país era de
posse do governo português e também do espanhol, tendo sido dividida em capitanias hereditárias.

Por volta de 1789, houve modificações na organização do território com a expansão territorial
proporcionada pelo Tratado de Madri, e nomes como Grão-Pará e São Paulo já eram conhecidos no
território brasileiro. A partir de 1889, os contornos do Brasil estavam mais próximos dos que conhece-
mos atualmente. A região do Grão-Pará foi extinta e deu origem à província do Pará e à província do
4
Aspectos Geográficos Do Brasil

Amazonas. Foi a partir da Proclamação da República, em 1889, que as províncias brasileiras tornaram-
se estados, oficializados por meio da Constituição de 1891.

Em 1942, criaram-se o território de Rio Branco (que, depois, elevou-se à categoria de estado e
foi nomeado Roraima) e o arquipélago de Fernando de Noronha. A partir de 1943, o Acre torna-se um
território administrado pelo governo brasileiro. No ano de 1960, o território do estado de Goiás foi
desmembrado, na divisa, do território do estado de Minas Gerais, passando a abrigar então a capital
do país, Brasília, sediada no que ficou conhecido como Distrito Federal. No ano de 1962, o território
do Acre elevou-se à categoria de estado. No ano de 1977, a parte sul do estado do Mato Grosso deu
origem ao estado do Mato Grosso do Sul. Em 1991, foi criado o estado de Rondônia.

A atual configuração do território brasileiro deu-se a partir da Constituição Federal de 1988.


Amapá e Roraima foram elevados à categoria de estado. Fernando de Noronha foi integrado ao
estado de Pernambuco. O estado de Goiás foi novamente desmembrado e sua porção norte deu
origem ao estado do Tocantins.

História das capitais do Brasil

Você sabia que o Brasil já teve três capitais federais? Ao longo da história do país e do seu de-
senvolvimento, a capital federal, que inicialmente se encontrava na Região Nordeste do país, foi
transferida para a Região Sudeste e, posteriormente, para a Região Centro-Oeste.

Salvador

Salvador foi a primeira capital do Brasil, escolhida por conta de sua localização estratégica.

A primeira capital do Brasil foi a cidade de Salvador, localizada na Bahia. A escolha da cidade
como capital deu-se em 1549, ano de sua fundação, tendo à frente do governo o militar e político
português Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral do Brasil.

A escolha de Salvador como a capital foi influenciada tanto pela sua localização, que facilitava o
escoamento dos recursos naturais explorados no território brasileiro para o continente europeu,
quanto pela existência do pau-brasil e a produção de cana-de-açúcar na região. Salvador foi a capital
do país por 214 anos.

Rio de Janeiro

Rio de Janeiro foi a capital do Brasil entre 1753 e 1960.

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Aspectos Geográficos Do Brasil

Posteriormente, houve a transferência da capital do Brasil para a cidade do Rio de Janeiro, locali-
zada no estado do Rio de Janeiro, na Região Sudeste do país, tendo em vista a nova realidade econô-
mica vivida naquele período. A economia açucareira passou a dar espaço para a economia minera-
dora, com extração do ouro especialmente nos estados do Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. O Rio
de Janeiro foi a capital do país entre 1763 e 1960.

Brasília

Brasília é atualmente a capital do Brasil e sede do governo do Distrito Federal.

A atual capital do Brasil é Brasília, localizada na Região Centro-Oeste, correspondendo também à


sede do governo do Distrito Federal. Na cidade, encontra-se a sede dos Poderes Legislativo, Executivo
e Judiciário, assim como as embaixadas dos países do mundo. Brasília, considerada Patrimônio Mun-
dial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), t ornou-se a
capital do país em 1960, quando foi inaugurada pelo então presidente do país, Juscelino Kubitschek."

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Aspectos Geográficos Do Brasil

Anotações:
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História e Geografia do Brasil

História e Geografia do
Brasil

MÉRITO
Apostilas 1
História e Geografia do Brasil

Brasil, oficialmente República Federativa do Brasil, é um país localizado no


continente americano, especificamente na América do Sul. A leste, o país é ba -
nhado pelo oceano Atlântico; a oeste, faz fronteiras com países, como Argentina,
Uruguai, Paraguai, Bolívia e Venezuela. A norte, o país é cortado pela Linha do
Equador, e a sul, pelo Trópico de Capricórnio.

O país é o maior da América do Sul em extensão territorial e um dos mais po -


pulosos também, contudo é considerado pouco povoado, e isso se deve ao tama-
nho de sua área. O Brasil possui uma enorme diversidade cultural, étnica, religio -
sa e também no que se refere aos aspectos naturais, como vegetação, clima, rele -
vo, fauna e flora. No país, o português é a língua oficial, o que nos remete a sua
colonização.

Dados gerais

Nome oficial República Federativa do Brasil

Gentílico Brasileiro(a)

Localização América do Sul

Capital Brasília

República Federativa Presidencialista e sistema político


Governo
multipartidarista (admite vários partidos políticos)

Moeda Real

Área 8.510.820,623 km 2

População (2020) 212,6 milhões

Produto Interno Bruto


R$ 7,4 trilhões
(2020)

Índice de Desenvolvimento
0,765
Humano (2019)

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História e Geografia do Brasil

Estados do Brasil

O território brasileiro é dividido em 26 estados e um Distrito Federal, portanto,


em 27 unidades federativas que se distribuem nas cinco regiões do país.

Estados Capitais

Acre (AC) Rio Branco

Alagoas (AL) Maceió

Amapá (AP) Macapá

Amazonas (AM) Manaus

Bahia (BA) Salvador

Ceará (CE) Fortaleza

Distrito Federal (DF) Brasília

Espírito Santo (ES) Vitória

Goiás (GO) Goiânia

Maranhão (MA) São Luís

Mato Grosso (MT) Cuiabá

Mato Grosso do Sul (MS) Campo Grande

Minas Gerais (MG) Belo Horizonte

Pará (PA) Belém

Paraíba (PB) João Pessoa

Paraná (PR) Curitiba

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História e Geografia do Brasil

Pernambuco (PE) Recife

Piauí (PI) Teresina

Rio de Janeiro (RJ) Rio de Janeiro

Rio Grande do Norte (RN) Natal

Rio Grande do Sul (RS) Porto Alegre

Rondônia (RO) Porto Velho

Roraima (RR) Boa Vista

Santa Catarina (SC) Florianópolis

São Paulo (SP) São Paulo

Sergipe (SE) Aracaju

Tocantins (TO) Palmas

Capital

A atual capital do Brasil é Brasília. A cidade localiza-se no Centro-Oeste brasi -


leiro. Brasília é também a sede do governo do Distrito Federal. A cidade tornou-se
capital do país em 1960, durante o governo de Juscelino Kubitschek. Anterior à es -
colha de Brasília como capital, o país teve outras duas capitais.

A primeira foi Salvador, cidade situada no estado da Bahia, no Nordeste brasi -


leiro. A escolha de Salvador deu-se em 1549 por Tomé de Sousa, primeiro gover-
nador-geral do Brasil. Após Salvador, a cidade do Rio de Janeiro foi nomeada capi -
tal brasileira, localizada no estado homônimo, no Sudeste brasileiro, em 1763.

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História e Geografia do Brasil

Mapa

Regiões do Brasil

O território brasileiro é dividido em cinco grandes regiões. Essa regionalização


foi feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entidade da ad -
ministração pública federal considerada a principal fornecedora de dados e infor -
mações do país. A regionalização atual foi elaborada em 1970 e agrupa estados
cujas características são semelhantes, como os aspectos naturais, sociais e eco -
nômicos.

Norte

A região Norte é composta por sete estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins. Essa é a maior região brasileira, com

5
História e Geografia do Brasil

3.853.676,948 km2, o que representa quase 45% do território do país. Com cerca
de 18.182.253 habitantes, o Norte é considerado populoso, porém pouco povoado,
possuindo a menor densidade demográfica (relação entre o número de habitantes
e a área habitada) entre as regiões: 4,72 habitantes por quilômetro quadrado.

Nordeste

A região Nordeste é composta por nove estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Mara -
nhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. A região corres -
ponde à boa parte do litoral brasileiro e apresenta uma área de 1.544.291 km2.
Entre as regiões do país, essa é a que apresenta os menores índices de desenvol -
vimento social. Isso significa que boa parte do Nordeste sofre com políticas públi -
cas insuficientes ou ineficientes, o que cria um desafio para o seu desenvolvimen -
to econômico. Esse desafio é reforçado devido às características naturais da regi -
ão. O clima semiárido dificulta o desenvolvimento da agricultura e da pecuária,
atividades essas bastante desenvolvidas no resto do país.

Centro-Oeste

A região Centro-Oeste é composta por três estados: Goiás, Mato Grosso e


Mato Grosso do Sul, e também pelo Distrito Federal. Essa região apresenta gran -
des particularidades, especialmente quanto aos aspectos naturais, visto que ela
faz fronteira com quase todas as demais regiões, resultando então numa enorme
biodiversidade. Atualmente a região é bastante conhecida pela expansão da agro -
pecuária e do extrativismo mineral.

Sudeste

A região Sudeste é composta por quatro estados: Espírito Santo, Minas Gerais,
Rio de Janeiro e São Paulo. Essa região destaca-se das demais quando o assunto é
economia e população. O sudeste brasileiro é a região mais populosa do Brasil, ul -
trapassando a marca de 85 milhões de habitantes. Muitos destes são migrantes
que se deslocam de outras regiões para lá em busca de oportunidades de empre-
go. Essa região é responsável por 55,2% do Produto Interno Bruto nacional, ou
seja, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante um ano ou
trimestre.

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História e Geografia do Brasil

Sul

A região Sul é composta por três estados: Paraná, Santa Catarina e Rio Gran-
de do Sul. Essa região difere-se das demais em diversos aspectos. O Sul do país
foi colonizado não só por portugueses mas também por holandeses, alemães, itali-
anos, entre outros. Com uma área de 576.774 km2, a região Sul, diferentemente
das outras regiões, apresenta as estações do ano bem definidas, ou seja, as ca-
racterísticas comuns de cada estação são realmente vivenciadas em cada uma
delas. No restante do Brasil, há basicamente duas estações: uma seca e uma chu -
vosa.

Aspectos gerais

População

Como dito, a população brasileira apresenta uma enorme pluralidade étnica e


cultural devido à colonização e aos processos migratórios. Cerca de 86,6% da po -
pulação vivem nas áreas urbanas, concentradas especialmente na região Sudeste.

A taxa de natalidade (número de nascidos vivos no período de ano com base


no número de habitantes) é de 14,163 por mil habitantes, número esse menor do
que o do período de 2012 a 2016, segundo o IBGE. Já a taxa de mortalidade (nú -
mero de óbitos ao longo de um ano com base no número de habitantes), que de -
monstrou um leve aumento entre os anos de 2012 e 2016, é de 6,165 por mil ha -
bitantes.

Há no país um maior número de mulheres, cerca de 107.268.645. Já os ho -


mens são ao todo 103.599.314. A esperança de vida do brasileiro, segundo o
IBGE, é 75,7 anos, expectativa essa que cresceu entre os anos de 2013 e 2017.
Cerca de 97,5% da população têm acesso à água potável, e 86,15%, à rede sani -
tária.

Dados do IBGE (Censo 2010) mostram que 47,1% da população brasileira de-
claram-se brancos; 43,42%, pardos; 7,52%, negros; 1,1%, amarelos; e 0,43%, indí -
genas.

Economia

A economia do Brasil é considerada uma das maiores do mundo, ocupando o


sétimo lugar no ranking mundial (segundo o Programa das Nações Unidas para o

7
História e Geografia do Brasil

Brasil) e a maior da América Latina (região do continente americano composta por


países que falam línguas românicas, como o espanhol, português e francês).

A economia brasileira baseia-se principalmente na agropecuária, cuja produ -


ção é voltada para o mercado externo; na mineração, visto que o país é extrema -
mente rico em recursos minerais; nas indústrias de aeronaves, automobilística,
têxteis, de calçados, de petrolífica do pré-sal, e de serviços. Segundo a Confedera -
ção da Agricultura e Pecuária do Brasil, o agronegócio é responsável por 23% do
PIB brasileiro, ocupando nosso país o terceiro lugar no ranking de maiores expor -
tadores mundiais de produtos agrícolas.

Vegetação

A vegetação no Brasil é extremamente diversificada. Há no país seis grandes


biomas: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Esses
compreendem inúmeros ecossistemas caracterizados pela grande biodiversidade.
No país podemos encontrar florestas tropicais, florestas equatoriais e florestas de
araucárias. Muitos desses biomas têm sofrido com a devastação, perdendo parte
da sua vegetação original.

8
História e Geografia do Brasil

Clima

O clima predominante no Brasil é o tropical. Contudo, devido à grande exten-


são territorial do país, há uma diversidade climática. A região Norte é caracteriza -
da pelo clima equatorial úmido, com chuvas durante boa parte do ano. Já na regi -
ão Nordeste, o clima característico é o semiárido, com elevadas temperaturas e
baixos índices pluviométricos ao ano.

No Centro-Oeste brasileiro, apresenta-se o clima tropical, com duas estações


bem definidas: invernos secos e verões úmidos. A região Sudeste apresenta algu -
mas variações climáticas, como subtropical úmido e tropical de altitude. Na região
Sul, o clima predominante é o subtropical, apresentando em algumas de suas par -
tes temperaturas negativas.

Relevo

O relevo brasileiro é diversificado, podendo ser encontradas no território


áreas de planícies, planaltos e cerrados, assim como áreas de morros e serras. As
planícies podem ser encontradas em diversas regiões, como Norte e Sul. Serras e
morros são características também de diversas regiões, com destaque para o Su -
deste brasileiro. O planalto é predominante no Centro-Oeste do país.

Religião

A religião predominante no país é a Católica Apostólica Romana, mas há uma


enorme diversidade religiosa no território brasileiro. Há um grande grupo de cris-
tãos divididos em católicos, pentecostais, episcopais, metodistas, luteranos e ba -
tistas. Há também uma parcela espírita, judeus, muçulmanos, budistas e também
grupos umbandistas. Cerca de 64,6% dos brasileiros declaram-se católicos;
22,2%, protestantes; 8%, ateus; 2%, espíritas; e 3,2%, outra religião.

É importante dizer que o Estado é laico e a Constituição do país prega a liber -


dade religiosa.

História do Brasil

História do Brasil não possui um marco inicial bem definido. Não obstante, tra -
dicionalmente, existe uma datação recorrente sobre a chegada dos portugueses
com Pedro Álvares Cabral, em 22 de abril de 1500, à região costeira de onde hoje
é a Bahia. Seria esse então o “descobrimento do Brasil”. No entanto, cabe ressal -
tar que se trata da descoberta dos portugueses. Diversos grupos étnicos já habita -

9
História e Geografia do Brasil

vam o território que veio a ser o Brasil muito antes de qualquer europeu desem -
barcar nele.

O Brasil é o resultado histórico de diversos projetos distintos que se sucede -


ram em uma delimitação geográfica específica. Primeiro tratava-se de um projeto
de conquista; depois, um projeto de colonização; já no século XIX, um projeto de
Império e de constituição de um Estado-nação; e, por fim, um projeto de Brasil Re-
pública, que é o que se tenta manter até hoje.

Nossos hinos, bandeiras, brasões, emblemas, palavras de ordem, e tudo aqui -


lo que nos remete à identidade nacional, dizem respeito a essa construção. Ser
patriota é ser adepto de um projeto de nação, que muitas vezes diverge de outros
projetos que também estão em construção. Portanto, seria mais preciso referirmo-
nos ao processo da chegada dos portugueses como a invenção do Brasil, da qual
se sucederam projetos diferentes.

Período Pré-Cabralino (~ -1500)

Antes da chegada dos portugueses, havia diversos grupos étnicos ocupantes


do território que, futuramente, seria chamado Brasil. O período Pré-Cabralino diz
respeito, como o próprio nome sugere, à história que antecede o contato desses
povos separados pelo Atlântico.

Durante algum tempo, era comum encontrar a denominação “Pré-História do


Brasil”, que já não é considerada adequada por grande parte dos historiadores e
antropólogos. A história não passa a existir após a chegada dos portugueses. E
mesmo que exista o argumento de que essa expressão preserva a noção de que a
história diz respeito às fontes escritas, desde meados do século XX até os dias de
hoje, a historiografia desenvolveu-se bastante tendo em vista metodologias que
analisem outros tipos de fontes.

Estima-se que os primeiros povos começaram a habitar o território onde hoje


é o Brasil há 60.000 anos. Contudo, devido a esse enorme traçado temporal e à
ausência de qualquer tentativa de preservação do seu início, muito foi perdido da
integridade dessa história.

Nesse sentido, um dos indícios mais trabalhados pela arqueologia sobre o ter -
ritório brasileiro são os sambaquis, que consistem em depósitos de matéria orgâ-
nica e calcário formados pela ação humana e que, ao longo do tempo, sofreram
um processo de fossilização. Eles oferecem informações importantes sobre as pri -
meiras populações que habitaram nosso território por volta de 2.000 a 8.000 anos
atrás.

10
História e Geografia do Brasil

Com a chegada dos jesuítas, em meados do século XVI, uma série de “obras
gramaticais” foi produzida com o objetivo de normatizar algumas “línguas dificul -
tosas” da colônia. Nesse empreendimento, foram catalogados conhecimentos vali-
osos sobre línguas indígenas do período que corresponde à chegada dos portu -
gueses à América.

Assim se descobriu que existiam quatro grupos linguísticos principais, sendo


eles: os tupi-guarani, os caraíba, os macro-jê e os arauaque. Desses troncos lin -
guísticos, como também são chamados, derivam uma série de grupos étnicos e
variações linguísticas que dão origem aos idiomas indígenas modernos.

Período Pré-Colonial (1500-1530)

Após 22 de abril de 1500, com a chegada dos portugueses ao território ameri -


cano, essas novas terras desconhecidas não despertaram grande interesse na Co -
roa de imediato. O Império português estava, nesse momento, voltado para o co -
mércio com as Índias, o qual, por sua vez, já estava em processo de declínio, des -
de a tomada da Constantinopla pelos turcos otomanos em 1453, dando fim ao Im-
pério bizantino.

Já os franceses não tardaram muito e, no início do século XVI, fizeram o envio


de embarcações para o Atlântico Sul, pois estavam de olho nessas novas terras e
questionavam a divisão luso-espanhola determinada pelo Tratado de Tordesilhas.
Nisso estabeleceram, em 1555, uma colônia, na Baía de Guanabara, conhecida
como França Antártica.

Portugal, nesse momento inicial, promovia as chamadas expedições explora -


doras no território sul-americano com o objetivo de reconhecer e mapear o territó -
rio e estabelecer contato com os índios nativos. O principal produto extraído des -
sas terras, até então, era uma árvore nativa da Mata Atlântica que passou a ser
chamada de pau-brasil.

É interessante saber que o nome Brasil surge antes da própria terra brasileira.
Desde o século XIV, mapas europeus atribuíam-no, com diversas variantes possí -
veis (Bracil, Brazille, Bersil, Braxili etc.), a uma ou mais ilhas, “expressando um
horizonte geográfico ainda mítico”, segundo a historiadora Laura de Mello e Sou -
za. Contudo, em 1º de maio de 1500, em carta, Pero Vaz de Caminha referia-se a
essa terra por Vera Cruz. Posteriormente, outros nomes também foram utilizados,
como Terra dos Papagaios e Santa Cruz.

No fim do Período Pré-Colonial, em 1530, quando Portugal envia expedições


com o objetivo de estabelecer colonos e implementar uma administração colonial,
o nome Estado do Brasil passa a ser oficial.

11
História e Geografia do Brasil

Período Colonial (1530-1815)

Em 1530, Portugal envia Martim Afonso de Souza como chefe de uma expedi -
ção colonizadora. Sua missão era combater os traficantes franceses, que preocu -
pavam a Coroa, estabelecer alguns núcleos de povoamento na região litorânea e
buscar metais preciosos. Para isso, foi Afonso de Souza designado capitão-mor, o
que lhe acumulava a função de exercer a justiça civil e criminal, distribuir sesma-
rias, reivindicar terras em nome do rei e nomear funcionários para administração
colonial.

Em 1532, o explorador recebeu a ordem, vinda de D. João III, de implementar


o sistema de capitanias hereditárias. Nesse sistema, o território recém-descoberto
foi dividido em 15 lotes, que formavam 14 capitanias, e eram nomeados capitães
donatários os responsáveis pela administração de cada uma delas. O sistema é
implementado em 1534 (nele, o próprio Martim Afonso de Souza torna-se donatá -
rio da capitania de São Vicente) e dura até 1548, quando surge o governo geral,
com o objetivo de centralizar a administração colonial de todo o território.

É também na capitania de São Vicente que Martim Afonso de Souza estabele -


ce, em meados do século XVI, o primeiro engenho de açúcar (que, até meados do
século XVII, seria o principal produto de exportação da colônia), inaugurando, en -
tão, o ciclo do açúcar. O sistema de plantation era o modelo utilizado nesse tipo
produção. Extensas faixas territoriais eram concedidas aos senhores de engenho,
que, munidos com a fertilidade da terra, a mão de obra escrava e a monocultura
da cana-de-açúcar, transformaram-se na principal elite econômica, social e políti -
ca a partir de então.

Em um primeiro momento, os portugueses utilizaram a mão de obra escrava


indígena. Entretanto, com a pressão do crescente tráfico negreiro, já em meados
do século XVI, a escravização negra tornou-se a maior fonte de trabalho, tendo o
Brasil recebido cerca de 4,9 milhões de escravos africanos até século XIX, quando
houve a promulgação da Lei Eusébio de Queirós, em 1850.

O fim do ciclo do açúcar é marcado pela invasão e tentativa de colonização


holandesa. Os holandeses conseguem estabelecer-se em 1637, e, até 1644, o con -
de Maurício de Nassau governa a região de Pernambuco, a qual também começa a
produzir açúcar. No entanto, em 1645, com o apoio da Inglaterra, os portugueses
voltam a combater os holandeses, no que ficou conhecido como insurreição per -
nambucana, até que, em 1654, conseguem restabelecer a cidade de Olinda como
posse da Coroa portuguesa.

A partir de então, os holandeses instalam-se na América Central e passam


competir com sua produção de açúcar, prejudicando diretamente o comércio exte-
rior do Império português. Com isso, as entradas e bandeiras começam a voltar-se
em busca de metais preciosos, até que, já no final do século XVII, na região da ca -

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História e Geografia do Brasil

pitania de São Paulo, quantidades significativas são encontradas, dando início ao


ciclo do ouro.

O Período Colonial também é marcado por uma série de conflitos e revoltas,


como as rebeliões nativistas e as rebeliões separatistas. Sobretudo a partir do fi -
nal do século XVII, os interesses de uma crescente elite local e de portugueses co -
meçaram a criar problemas para a administração colonial.

Além disso a Família Real portuguesa, sob ameaça de invasão francesa em


Portugal, foge para o Brasil que, em 1815, é designado Reino de Portugal, Brasil e
Algarves, sendo o Rio de Janeiro sede da administração do reino. Esse movimento
deu fim ao Período Colonial.

Desde o final do século XVIII começou a ocorrer processos de independência


das colônias inglesas, francesas, espanholas e portuguesas. Os conflitos entre o
Partido Brasileiro, nome que se dava ao grupo político que defendia interesses lo -
cais, e os portugueses acentuavam-se cada vez mais, culminando, em 1822, no
processo de independência do Brasil.

Período Imperial

Período Imperial vai de 1822, com a independência do Brasil, até 1889, com a
proclamação da República, e é dividido em três fases principais: o Primeiro Reina -
do (1822-1831), o Período Regencial (1831-1840) e o Segundo Reinado (1840-
1889). Embora, desde 1815 que o Brasil tornara-se Reino de Portugal, Brasil e Al -
garves, como consequência direta da transferência Corte para o Rio de Janeiro.

Outras medidas importantes foram tomadas, tais como a abertura dos portos
às nações amigas em 1808, a fundação do Banco do Brasil no mesmo ano, os tra -
tados de 1810, a fundação da Real Biblioteca, a Missão Artística Francesa em
1816, entre outras coisas. Estima-se que entre 10 a 15 mil pessoas embarcaram
rumo ao Brasil, entre 25 e 27 de novembro de 1807. Estruturas administrativas in -
teiras instalaram-se do outro lado do Atlântico.

A partir de então, o Brasil sofreu grandes transformações. Na política, por


exemplo, houve um movimento emancipacionista, inspirado nos ideais iluministas,
na capitania de Pernambuco. Conhecido como Revolução Pernambucana, ou Revo-
lução dos Padres, tal motim foi fortemente reprimido pelo Reino.

Esses e outros conflitos estabelecidos nesse período, somados à Revolução Li -


beral do Porto e ao retorno da Corte para Portugal, foram decisivos para o proces -
so de independência brasileira, que Portugal só reconheceu oficialmente em 1825,
após receber uma indenização volumosa.

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História e Geografia do Brasil

• Primeiro Reinado

O principal ícone da independência brasileira foi Pedro de Alcântara (o quarto


filho de D. João VI), que, após esse processo, torna-se o primeiro imperador do
Brasil, assumindo a alcunha de Pedro I do Brasil. Diferentemente de seu pai, Pedro
I admirava os ideais iluministas, defendia ideias liberais, como a abolição da es-
cravidão, e liberdades individuais.

Nesse contexto, surgem dois grupos políticos informais na disputa por espa -
ços de poder: o Partido Português, que concentrava defensores do absolutismo, de
um governo centralizado e forte, dos comerciantes portugueses e, muitas vezes,
da restauração do Brasil enquanto colônia de Portugal; e o Partido Brasileiro, com -
posto por comerciantes brasileiros, latifundiários e senhores de escravos, cujos
principais objetivos eram na defesa e a ampliação de direitos e privilégios con -
quistados.

Em 1823, foi instalada a Assembleia Nacional Constituinte, que deu origem à


Constituição Política do Império do Brasil, de 1824. Embora, a princípio, o seu pa -
pel seria limitar os poderes do monarca, conforme os ideais iluministas, a Consti -
tuição de 1824 possuía forte caráter autoritário e centralizador, sobretudo por
meio da instituição do poder moderador.

Ainda com resquícios da Revolução Pernambucana no ar, após a promulgação


da Constituição de 1824 e seu caráter expressamente autoritário, os pernambuca -
nos novamente revoltaram-se, e, em julho de 1824, deflagra-se a Confederação
do Equador, de caráter separatista e republicano. Logo em seguida, o Império en -
volve-se na Guerra da Cisplatina, trazendo ainda mais impopularidade a D. Pedro
I.

Em 1826, com a morte de João VI, pai do imperador, abre-se um problema de


sucessão na monarquia lusitana. Diante disso e da incapacidade de acalmar os
ânimos no Brasil, Pedro I abdica do trono e deixa seu filho, Pedro II, com apenas
cinco anos, como seu sucessor. Contudo, a própria Constituição de 1824 determi -
nava que o imperador deveria ter, pelo menos, 21 anos de idade para assumir o
cargo. Foi preciso, assim, estabelecer um governo regencial, inaugurando uma
nova fase do Período Imperial.

• Período Regencial

O Período Regencial foi marcado por uma série de conflitos constantes com o
governo central, criando sucessivos quadros de instabilidade política, agravada
pela grave situação econômica. As forças políticas dividiam-se, basicamente, em
duas vertentes: os liberais e os conservadores, estes com maior presença política.

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História e Geografia do Brasil

Na tentativa de conter essas rebeliões, em 1834 foi promulgado um ato adici -


onal que revisou pontos importantes da Constituição de 1824, proporcionando, en -
tre outras coisas, maior autonomia das províncias. Contudo isso não foi suficiente.
Dentre essas revoltas regenciais, destacaram-se: Revolta dos Malês (1835), Caba -
nagem (1835-1840), Sabinada (1837-1838), Balaiada (1838-1841) e Revolta dos
Farrapos (1835-1845).

Em julho de 1840, sob iniciativa dos liberais, que pressionavam a Regência,


foi dado o Golpe da Maioridade, nomeando D. Pedro II, com apenas 14 anos de
idade, imperador do Brasil. Foi uma tentativa dos liberais de ocuparem mais espa -
ço nas decisões políticas, além de viabilizarem uma forma de conter as agitações
políticas que se alastravam por todo o território. Inicia-se, assim, o Segundo Rei -
nado (1840-1889).

• Segundo Reinado

Durante esse período, ocorreram transformações profundas. A economia do


Império que, desde o ciclo do ouro, estava em sérias dificuldades, encontrou no
aumento do consumo do café no exterior a possibilidade de aumentar suas expor -
tações, diminuindo, assim, seu déficit comercial. Essa atitude deu início ao ciclo
do café. Tal atividade, que já vinha ocorrendo antes mesmo da chegada da Corte
portuguesa, portanto, acelerou-se.

O poder econômico passou a transferir-se do Nordeste para o Sudeste do país,


onde se concentravam as plantações de café. Ao mesmo tempo, o próprio sistema
de produção agrícola, a plantation, começa a sofrer fortes pressões, sobretudo dos
ingleses, com a exigência do fim do comércio de escravos e, consequentemente,
da abolição da escravidão.

No entanto, somente com a promulgação das leis abolicionistas, a partir de


1850 com a Lei Eusébio de Queirós, o combate à escravidão começou a ser colo -
cado em prática no Brasil. Outro evento importante, tanto para a abolição quanto
para a formação sociopolítica que deu origem ao movimento de derrubar a monar-
quia brasileira, foi a Guerra do Paraguai (1864-1870). Escravos foram enviados ao
campo de batalha, muitos deles até obrigados, sob a promessa de alforria após o
término do conflito.

Após a vitória brasileira, e seu alto nível de endividamento para financiar a


guerra, D. Pedro II sai fragilizado politicamente, ao mesmo tempo que os militares
passam a ocupar mais espaço dentro do debate político. São eles, inclusive, que
encabeçam a proclamação da República, em 1889.

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História e Geografia do Brasil

Período Republicano

A República Brasileira, período sob o qual o país ainda está em vigência, pode
ser dividida da seguinte forma: Primeira República/República Velha (1889-1930),
Governo Provisório (1930-1934), Constitucional de Vargas (1934-1937), Estado
Novo (1937-1945), Quarta República (1945-1964), Regime Militar (1964-1985), e
Nova República (1985-até os dias atuais).

É importante destacar que, mesmo diante do sistema republicano, o Brasil


possui historicamente sérias dificuldades em manter-se sob o regime democrático.
Durante esse período, foram promulgadas outras seis constituições, sendo duas
delas (a de 1937 do Estado Novo e a de 1967 do regime militar).

• Primeira República

Logo no começo da República, durante a presidência de Prudente de Morais,


primeiro civil eleito e por voto popular, deflagrou-se um dos maiores conflitos ar -
mados do período, cujas motivações ainda são incertas e imprecisas: a Guerra dos
Canudos (1896-1897).

Esse período da Primeira República também foi marcado pela alternância do


poder, entre as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais, que ficou conhecida
como política do café com leite. Esse tipo de política contribuía ainda mais para o
isolamento dos outros Estados da federação e consolidava a hegemonia do Sudes-
te do país.

Apenas em 1930, com o movimento civil militar liderado por Getúlio Vargas,
após vitória de Washington Luís ao cargo do executivo nacional ser questionada
pela Aliança Liberal, deu-se início então à Revolução de 1930. O Brasil, a partir de
então, inicia uma nova fase da República.

• Era Vargas

Durante a Era Vargas (1930-1945), houve um rearranjo das forças políticas,


que se concentravam em setores médios dos centros urbanos. Esse, inclusive, foi
o período de maior crescimento industrial da história do Brasil. Foi quando, tam-
bém, criou-se a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), no dia 1º de maio de
1943, unificando e ampliando os direitos dos trabalhadores, entre outras coisas.

Contudo, é importante ressaltar que o Estado Novo foi um regime que perse-
guiu lideranças políticas, sobretudo ligadas ao Partido Comunista do Brasil, além

16
História e Geografia do Brasil

de ter feito aliança, em alguns momentos, com a Ação Integralista Brasileira, de


inspiração fascista, com o Integralismo Lusitano e com a Doutrina Social da Igreja
Católica.

Ao mesmo tempo, Vargas possuía forte capilaridade nos movimentos dos tra -
balhadores, conseguindo, inclusive, controlar de perto as atividades dos sindica -
tos. Por esses motivos, muitas vezes, Vargas é chamado de populista. Todavia,
uma historiografia já consolidada no assunto identifica problemas desse tipo de
atribuição, uma vez que trata a massa de eleitores que o apoiou não por ser facil -
mente manipulável em torno de um projeto de poder, mas porque parte conside -
rável de suas demandas foi atendida pelo Executivo.

Aliás, Getúlio Vargas é uma personalidade com muitas nuances. Toda a era
que leva o seu nome na história da República do Brasil divide-se em momentos
muito distintos, estando em lados distintos do espectro político e atendendo de -
mandas aparentemente contraditórias. Ainda hoje é a principal referência política
e histórica para o trabalhismo brasileiro.

No entanto, a tradição do trabalhismo deixada por Vargas transformou-se em


uma grande ameaça política, segundo os militares e forças da Unidade Democráti -
ca Nacional (UDN), que queriam sua renúncia. Na segunda metade da década de
1940, sucedem-se uma série de pressões buscando interferir na já fragilizada de -
mocracia recentemente instaurada após o fim do Estado Novo. Vargas foi eleito
em 1950 pelo voto direto, assumiu a presidência em 1951 e, sob pressão dos mili -
tares, que já ameaçavam um golpe no país, suicidou na madrugada de 24 de
agosto de 1954.

Apesar desse ato “retardar o golpe”, o clima de instabilidade política acirrou-


se cada vez mais. Em 1961, quando o ex-ministro do trabalho de Vargas, João
Goulart, na ocasião vice-presidente do Brasil, deveria assumir a presidência da Re -
pública após a renúncia de Jânio Quadros, os militares tentaram impedi-lo.

Foi quando Leonel Brizola, naquela ocasião governador do Rio Grande do Sul,
promoveu a campanha da legalidade, pegando em armas, inclusive, para garantir
a posse do novo presidente. Apesar disso, em abril de 1964, é deflagrado o golpe
militar no Brasil, com apoio dos Estados Unidos da América, instaurando o regime
militar que durou 21 anos.

• Regime Militar

Durante o Regime Militar, uma série de conquistas obtidas com a Constituição


de 1946, no breve período da Quarta República, foram suspendidas com as pro-
mulgações dos atos institucionais. Em 1968, o AI-5, considerado o golpe dentro do
golpe, proibiu reuniões políticas, executou censura prévia em filmes, livros, peças

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História e Geografia do Brasil

de teatros e programas de televisão, suspendeu o habeas corpus, conferiu ao pre -


sidente o direito de fechar o Congresso Nacional, entre outras coisas. Tal docu -
mento institucionalizou a repressão no país.

Durante esse período, surgiram também importantes movimentos artísticos


que se colocaram ao lado da resistência ao regime, como o cinema novo e o Tropi -
calismo, e que revolucionaram seus respectivos campos de atuação no Brasil, ten-
do reverberação até os dias atuais. A partir de 1974, inicia-se o processo de aber-
tura política do regime, de forma lenta e gradual, com o objetivo de entregar aos
civis o poder político.

Em 1985 o poder Executivo é, de fato, entregue pelos militares. Ainda de for -


ma indireta, Tancredo Neves é eleito presidente do Brasil, porém, antes mesmo de
assumir, faleceu vítima de uma infecção generalizada. José Sarney, o vice, assu -
me, por fim, a presidência do Brasil em março de 1985, encerrando o período de
Regime Militar.

• Nova República

Assim se inicia o período da Nova República. Até hoje, esse é o período demo -
crático mais longevo de nossa história, seu início foi marcado pelo combate à hi -
perinflação, além de uma dívida externa que, durante os governos militares, cres -
ceu 30 vezes. Até hoje, sucederam-se oito presidentes, sendo o primeiro eleito
Fernando Collor de Mello, em 1989.

Em 1988 foi promulgada também uma nova Constituição, que, pela ampla ga-
rantia de acessos aos serviços públicos, recebeu a alcunha de Constituição Cida -
dã. Apesar de ser o maior período democrático da história brasileira, a Nova Repú -
blica já passou por dois processos de impedimento (ou impeachment).

No regime presidencialista, como é o caso do Brasil desde que se tornou Re -


pública, o processo de impeachment deve ser empenhado com muitas ressalvas,
uma vez que a dinâmica do cargo de presidente confere-lhe mais poderes do que
o cargo de primeiro-ministro, como é o caso do parlamentarismo. Caso contrário,
a própria credibilidade do regime democrático é colocada em risco, destacando
que se trata de um processo político-jurídico, o que minimiza o poder do voto.

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História e Geografia do Brasil

Anotações:
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Estado De Alagoas

Estado De Alagoas

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Estado De Alagoas

Alagoas

Alagoas é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado no leste da região
Nordeste e tem como limites Pernambuco (N e NO), Sergipe (S), Bahia (SO) e o Oceano
Atlântico (L). Ocupa uma área de 27 848,140 km², sendo ligeiramente menor que a Albânia.
Sua capital é a cidade de Maceió e a sede administrativa é o Palácio República dos
Palmares. O atual governador é Paulo Dantas (MDB).

Inicialmente, o território alagoano constituía a parte sul da Capitania de Pernambuco, só


vindo a conquistar sua autonomia em 1817, como punição imposta por D. João VI aos
pernambucanos pela chamada "Revolução Pernambucana", movimento separatista. Sua
ocupação decorreu da expansão para o sul da lavoura de cana-de-açúcar da Capitania de
Pernambuco, que necessitava de novas áreas de cultivo. Surgiram, assim, Porto Calvo,
Alagoas (atual Marechal Deodoro) e Penedo, núcleos que orientaram, por muito tempo, a
colonização e a vida econômica e social da região. A invasão holandesa em Pernambuco
estendeu-se a Alagoas em 1631. Os invasores foram expulsos em 1645, depois de intensos
combates em Porto Calvo, deixando a economia local totalmente desorganizada. A f uga
de escravos negros durante a invasão holandesa criou um sério problema de falta de mão de
obra nas plantações de cana. Agrupados em aldeamentos denominados quilombos, os
negros só foram dominados completamente no final do século XVII, com a destruição do
quilombo mais importante, o de Palmares.

Durante o Império, a Confederação do Equador (1824) movimento separatista e


republicano, recebeu o apoio de destacadas figuras alagoanas. Na década de 1840, a vida
política local foi marcada pelo conflito entre os lisos, conservadores, e os cabeludos, liberais.
No início do século XX, o sertão alagoano viveu a experiência pioneira de Delmiro Gouveia,
empresário cearense que instalou, em Pedra (atualmente, Delmiro Gouveia), a fábrica
de linhas Estrela, que chegou a produzir 200 mil carretéis diários. Delmiro Gouveia foi
assassinado em outubro de 1917 em circunstâncias até hoje não esclarecidas, depois de ser
pressionado, segundo consta, a vender sua fábrica a firmas concorrentes estrangeiras.
Depois de sua morte, suas máquinas teriam sido destruídas e atiradas na cachoeira de
Paulo Afonso.

Penúltimo estado brasileiro em área (mais extenso apenas que Sergipe) e 16º em
população, é um dos maiores produtores de cana-de-açúcar e coco-da-baía do país e tem
na agropecuária a base de sua economia. Terra do sururu, marisco das lagoas que serve de
alimento à população do litoral, e da água de coco, Alagoas possui também um
dos folclores mais ricos do país. O estado possui um dos menores índice de
desenvolvimento humano (IDH) e índice de alfabetização do país, embora tenha se
destacando cada vez mais para melhoramento dos índices, como é o caso da mortalidade
infantil no estado, saindo do último lugar para o décimo sexto em todo o país, devido a
políticas voltadas a saúde dos recém-nascidos no interior de Alagoas.

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Estado De Alagoas

História

Descobrimento pelos europeus

Barra Grande deve ter sido o primeiro ponto do território das Alagoas visitado pelos
descobridores europeus, por ocasião da viagem de Américo Vespúcio em 1501. Embora não
haja referência àquele porto, excelente para a acolhida de navios, como a expedição vinha
do norte para o sul, cabe crer que tenha ocorrido ali o primeiro contato com a terra alagoana.
A 29 de setembro, Vespúcio assinalou um rio a que chamou São Miguel, no território
percorrido; a 4 de outubro denominou São Francisco o rio então descoberto, hoje limite de
Alagoas com Sergipe.

Sem sombra de dúvida, nas décadas seguintes, os franceses andaram pela costa
alagoana, no tráfico do pau-brasil com os nativos dos arredores. Até hoje, o porto do
Francês documenta a presença, ali, daquele povo.

Duarte Coelho, primeiro donatário da capitania de Pernambuco, realizou uma excursão


ao sul; não há documentos que a comprove, mas há evidências de que tenha sido realizada
em 1545 e de que dela resulte a fundação de Penedo, às margens do rio São Francisco.

Em 1556, voltava da Bahia para Portugal o bispo dom Pero Fernandes Sardinha,
quando seu navio naufragou defronte da enseada do hoje pontal do Coruripe. Sardinha foi
morto e devorado pelos caetés, uma das numerosas tribos indígenas então existentes na
região. Perdura a crença popular de que a ira divina secou e esterilizou todo o chão
manchado pelo sangue do religioso. Para vingá-lo, Jerônimo de Albuquerque comandou uma
expedição guerreira contra os caetés, destruindo-os quase completamente.

Em 1570, uma segunda bandeira enviada por Duarte Coelho, comandada por Cristóvão
Lins, explorou o norte de Alagoas, onde fundou Porto Calvo e cinco engenhos, dos quais
subsistem dois, o Buenos Aires e o Escurial. Neste último, repousou, em 1601,
o corsário inglês Anthony Knivet, que viajara por terra após fugir da Bahia, onde estivera
prisioneiro dos portugueses.

A guerra holandesa

No princípio do século XVII, Penedo, Porto Calvo e Alagoas já


eram freguesias, admitindo-se que tais títulos lhes tivessem sido conferidos ainda no século
anterior. Foram vilas, porém, em 1636. Repousando a economia regional na atividade
açucareira, tornaram-se os engenhos de açúcar os núcleos principais da ocupação da
terra. A partir de 1630, Alagoas, atingida pela invasão
holandesa, teve povoados, igrejas e engenhos incendiados e saqueados.

Os portugueses reagiram duramente. Batidos por sucessivos reveses, os holandeses já


desanimavam, pensando em retirar-se, quando para eles se passa o mameluco Domingos
Fernandes Calabar, de Porto Calvo. Grande conhecedor do terreno, orientou os holandeses

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Estado De Alagoas

em uma nova expedição a Alagoas. Os invasores aportaram à Barra Grande, de onde


passaram a vários pontos, sempre com bom êxito. Em Santa Luzia do Norte, a população,
prevenida, ofereceu resistência. Após encarniçada peleja, os holandeses recuaram e
retornaram a Recife. Mas, caindo em seu poder o arraial do Bom Jesus, entre Recife
e Olinda, obtiveram várias vitórias.

Alagoas, Penedo e Porto Calvo: eis os pontos principais onde se trava a luta em terras
alagoanas. Por fim, os portugueses retomaram Porto Calvo e aprisionaram Calabar, que
morreu na forca em 1635. Clara Camarão, uma porto-calvense de sangue indígena, também
se salientou na luta contra os holandeses. Acompanhou o marido, o índio Filipe Camarão,
em quase todos os lances e arregimentou outras mulheres, tomando-lhes a frente.

Palmares

Por volta de 1641, afirmava um chefe holandês estar quase despovoada a região. João
Maurício de Nassau pensou em repovoá-la,[29] mas o projeto não foi adiante. Na época
também se produzia fumo em Alagoas, considerado de excelente qualidade o de Barra
Grande. Em 1645, a população participou da reação nacionalista, integrando-se na luta sob
o comando de Cristóvão Lins, neto e homônimo do primeiro povoador de Porto Calvo.
Expulsos os holandeses do território alagoano, em setembro de 1645, prossegue a
população em sua luta contra eles, já agora, todavia, em território pernambucano.

Em fins do século XVII, intensificam-se as lutas contra os quilombos negros reunidos


nos Palmares. Frustradas as primeiras tentativas de Domingos Jorge Velho, sobretudo em
1692, dois anos depois o quilombo é derrotado, com o ataque simultâneo de três colunas:
uma, dos paulistas de Domingos Jorge; outra, de pernambucanos, sob o comando
de Bernardo Vieira de Melo; e a terceira, de alagoanos, comandados por Sebastião Dias.
Palmares começara a formar-se ainda nos fins do século XVI, e resistiu a sucessivos
ataques durante quase um século.

Um dos maiores redutos de escravos foragidos do Brasil colonial, Palmares ocupava,


inicialmente, a vasta área que se estendia, coberta de palmeiras, do cabo de Santo
Agostinho ao rio São Francisco. A superfície do quilombo, progressivamente reduzida com o
passar do tempo, concentrar-se-ia, em fins do século XVII, na ainda extensa região
delimitada pelas vilas de Una e Serinhaém, em Pernambuco, e Porto Calvo, Alagoas e São
Francisco (Penedo), em Alagoas. Os escravos haviam organizado no reduto um
verdadeiro estado, segundo os moldes africanos, com o quilombo constituído de povoações
diversas (mocambos), pelo menos 11, governadas por oligarcas, sob a chefia suprema do
rei Ganga-Zumba. A partir de 1667, amiudaram-se as entradas contra os negros, a princípio
com a finalidade de recapturá-los, em seguida com a de conquistar as terras de que se
haviam apoderado.

As investidas do sargento-mor Manuel Lopes (1675) e de Fernão Carrilho (1677) seriam


desastrosas para os quilombolas, obrigados a aceitar a paz em condições desfavoráveis.
Apesar desse revés, a luta prosseguiria, liderada por Zumbi, sobrinho de Ganga Zumba,
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Estado De Alagoas

contra cujas hostes aguerridas, em seguida a uma primeira expedição punitiva, em 1679, e a
diferentes entradas sem maiores consequências, se voltaria finalmente o bandeirante
paulista Domingos Jorge Velho, para tanto contratado pelo governador de Pernambuco, João
da Cunha Souto Maior.

Nos primeiros meses de 1694, aliado a destacamentos alagoanos e pernambucanos,


sob o comando, respetivamente, de Sebastião Dias e Bernardo Vieira de Melo, Velho
liquidaria a derradeira resistência do quilombo. Zumbi lograria escapar, arregimentando
novos combatentes, mas, traído, ver-se-ia envolvido por forças inimigas, com cerca de vinte
de seus homens, perecendo em luta, a 20 de novembro de 1695. Desaparecia, após mais de
sessenta anos, o quilombo dos Palmares, "o maior protesto ao despotismo que uma raça
infeliz traçou à face do mundo", no dizer de Craveiro Costa.

Criação da comarca

Já então apresentavam as Alagoas indícios de prosperidade e desenvolvimento, quer do


ponto de vista econômico, quer do cultural. Sua principal riqueza era o açúcar, sendo além
disso produzidos, embora em menor escala, mandioca, fumo e milho; couros, peles e pau-
brasil eram exportados. As matas abundantes forneciam madeira para a construção de naus.
Nos conventos de Penedo e das Alagoas os franciscanos mantinham cursos e publicavam
sermões e poesias. Tudo isso justificou o ato régio de 9 de outubro de 1710, criando
a comarca das Alagoas, que somente se instalou em 1711. Daí em diante, a organização
judiciária restringia o arbítrio feudal dos senhores, e até o dos representantes da metrópole.
A comarca desenvolvia-se.

Já em 1730, o governador de Pernambuco, propondo a el-rei a extinção da


decadente capitania da Paraíba, assinalava a prosperidade de Alagoas, com seus quase
cinquenta engenhos, dez freguesias, e apreciável renda para o erário real. Ao lado
do açúcar, incrementou-se a cultura do algodão. Seu cultivo foi introduzido na década de
1770; em 1778, já se exportavam para Lisboa amostras de algodão tecido nas
Alagoas. Em Penedo e Porto Calvo, fabricava-se pano ordinário, para uso, sobretudo,
de escravos. Em 1754, frei João de Santa Ângela publicou, em Lisboa, seu livro de sermões
e poesias; é a primeira obra de um alagoano. A população crescia, distribuindo-se em várias
atividades. Um cômputo demográfico mandado realizar em 1816 pelo ouvidor Antônio
Ferreira Batalha registrava uma população de 89 589 pessoas.

Capitania independente

Três anos depois, em 1819, novo recenseamento acusou uma população de 111 973
pessoas.[40] Contavam-se, então, na província, oito vilas.[40] Alagoas já se
constituíra capitania independente da de Pernambuco, criada pelo alvará de 16 de setembro
de 1817.[45] A repercussão da Revolução Pernambucana desse ano contribuiu para facilitar o
processo de emancipação. O ouvidor Batalha foi o principal mentor da gente alagoana.
5
Estado De Alagoas

Aproveitando-se da situação e infringindo as próprias leis régias, desmembrou a comarca da


jurisdição de Pernambuco e nela constituiu um governo provisório. Esses atos foram
suficientes para abrir caminhos que levaram D. João a sancionar o
desmembramento. Sebastião Francisco de Melo e Póvoas, governador nomeado, só
assumiu o governo a 22 de janeiro de 1819.

Acentuou-se, a partir de então, o surto de prosperidade de Alagoas. Em 17 de agosto de


1831, apareceu o Íris Alagoense, primeiro jornal publicado na província, assim considerada a
partir da independência do Brasil e organização do império. [47] É certo que os primeiros anos
de independência não foram fáceis. Uma sequência de movimentos abalou a vida provincial:
em 1824, a Confederação do Equador; em 1832-1835, a Cabanada; em 1844, a rebelião
conhecida como Lisos e Cabeludos; em 1849, a repercussão da revolução praieira.

República

O movimento republicano, intensificado pela abolição, traduziu-se nas atividades


da imprensa e clubes de propaganda. O mais importante destes foi o Centro Republicano
Federalista, também, de certo, o mais antigo; outros foram o Clube Federal Republicano e o
Clube Centro Popular Republicano Maceioense, ambos existentes na capital no momento
da proclamação. No interior havia igualmente outros clubes de propaganda. O Gutenberg era
o órgão de imprensa mais veemente na difusão da ideia republicana.

No mesmo dia em que no Rio de Janeiro era proclamada a república,


em Maceió assumia a presidência o dr. Pedro Ribeiro Moreira, último delegado do governo
imperial para a província. Confirmada a mudança do regime, organizou-se a princípio uma
junta governativa, mas a 19 de novembro o marechal Deodoro designou o irmão, Pedro
Paulino da Fonseca, para governar o novo estado. Foi ele também o
primeiro governador eleito após promulgada a constituição estadual, em 12 de junho de
1891.

Perturbados e incertos decorreram os primeiros dez anos de vida republicana, na


província. Governos se sucediam, nomeados pelo poder central ou eleitos pelo povo, mas
quase sempre substituídos ou depostos. Constituíram-se várias juntas governativas, numa
ou noutra oportunidade. Somente no fim do século XIX, ou melhor, já nos primeiros anos
do século XX, a situação se consolidou com os governos do barão de Traipu e de Euclides
Malta, o primeiro da chamada "oligarquia Malta", que se prolongou até 1912. Euclides
governou de 1900 a 1903; sucedeu-lhe o irmão, Joaquim Paulo, no período de 1903 a 1906;
Euclides voltou ao poder de 1906 a 1909, e, reelegendo-se nesse ano, permaneceu por mais
um triênio, até 1912.

Os 12 primeiros anos do século se assinalaram por lutas partidárias. Contudo, não


houve paralisação nas diferentes atividades do estado. Maceió ganhou numerosos prédios
públicos, como o palácio do governo, inaugurado a 16 de setembro de 1902, o Teatro
Deodoro e o edifício da municipalidade, ainda hoje existentes. Com a atividade pedagógica
de Alfredo Rego, procedeu-se à reforma do ensino, atualizando a anterior, ainda dos fins do
6
Estado De Alagoas

império, orientada por Manuel Baltasar Pereira Diegues Júnior, criador do Instituto de
Professores, posteriormente chamado Pedagogium, iniciativa pioneira na época. Nova
remodelação do ensino se fez em 1912-1914, sob a orientação do segundo daqueles
educadores. Criou-se o primeiro grupo escolar.

Em 1912, o Partido Democrata conseguiu derrotar a oligarquia Malta depois de enérgica


campanha, em que se registraram ferrenhas lutas de rua, inclusive com a morte do poeta
Bráulio Cavalcanti, em praça pública, quando participava de um comício
democrático. Clodoaldo da Fonseca, governador eleito, embora não fosse alagoano, ligava -
se ao estado através da família da Fonseca: era sobrinho de Deodoro e filho de Pedro
Paulino e, assim, parente do Marechal Hermes da Fonseca, então presidente da república.

As lutas contra os Malta envolveram igualmente os grupos do culto afro-


brasileiro. Xangôs e candomblés, diziam os jornais da oposição, tinham o governador Malta
como estimulador. Entre papéis de orações, de panos com símbolos desenhados de Ogum,
de Ifá, de Exu, foram encontrados retratos dos chefes democratas da oposição. O grupo que
apoiava o governador era chamado de Leba, por alusão a uma das figuras
do orixá dos xangôs. O que valeu de tudo isso é que o acervo apreendido pela polícia se
preservou — peças, objetos, insígnias e símbolos do culto, conservados no museu do
Instituto Histórico como uma das coleções mais preciosas do culto afro-brasileiro.

Até 1930, o Partido Democrata manteve a situação, através dos governadores que
sucederam a Clodoaldo. Cada um deles deu uma contribuição para o progresso do estado.
Abriram-se estradas de rodagem em direção ao norte e ao centro, e posteriormente o trecho
de Atalaia e a Palmeira dos Índios, estrada de penetração para a zona sertaneja;
construíram-se grupos escolares em quase todos os municípios; Maceió renovou-se com a
abertura de ruas e avenidas; combateu-se a criminalidade, principalmente com o movimento
contra o banditismo, que culminaria, em 1938, com o extermínio do grupo de Lampião;
promoveram-se pesquisas petrolíferas. As sucessões políticas praticamente se fizeram sem
luta, pois quase sempre predominava o candidato único, oriundo do Partido Democrata.

Com a vitória da revolução de outubro de 1930, também sem luta armada no estado,
iniciou-se o sistema de interventores (com breve interrupção entre 1935 e 1937) até 1947,
quando a redemocratização do país propiciou a promulgação de uma nova constituição para
o estado. O chamado período das interventoras foi igualmente fecundo, malgrado a falta de
continuidade nas administrações, quase sempre de curtos períodos. Nesse período, entre
outros fatos marcantes destacaram-se os trabalhos de pesquisa do petróleo; a construção
do porto de Maceió, inaugurado em 1940; o incremento das atividades econômicas,
sobretudo com a diversificação da produção agrícola e a implantação da indústria leiteira
em Jacaré dos Homens, constituindo-se a cooperativa de laticínios para a produção
de leite, manteiga e queijo; o incremento do ensino rural e a ampliação do cooperativismo.
Tal desenvolvimento possibilitou que, no período da segunda guerra mundial, Alagoas
contribuísse, de maneira efetiva, para o abastecimento de estados vizinhos, sem prejuízo de
sua colaboração para o esforço de guerra. Constituiu-se, com a criação da usina Caeté, a
primeira cooperativa de plantadores de cana.

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Estado De Alagoas

As atividades intelectuais também se desenvolveram, não apenas com o Instituto


Histórico, mas ainda com a criação da Academia Alagoana de Letras, em 1919, e a formação
de centros literários de jovens como a Academia dos Dez Unidos, o Cenáculo Alagoano de
Letras e o Grêmio Literário Guimarães Passos. Em 1931, fundou-se a Faculdade de
Direito, e em 1954 a Faculdade de Ciências Econômicas. Depois essas duas faculdades, e
mais as de odontologia, medicina, engenharia e serviço social uniram-se para formar
a Universidade Federal de Alagoas.

As lutas políticas estaduais ganharam força na década de 1950. Quando da tentativa de


impeachment do governador Muniz Falcão, em 1957, um tiroteio na assembleia
legislativa causou a morte do deputado Humberto Mendes, sogro do governador. E em toda
a segunda metade do século XX manteve-se a tensão política, enquanto os ganhos oriundos
do sal-gema, do açúcar e do petróleo não beneficiavam a população.

Em 1979, o ex-governador Arnon de Melo, então senador, conseguiu do governo militar


a nomeação de seu filho Fernando Afonso Collor de Melo, para prefeito de Maceió. Em 1988,
um acordo entre Collor, já então governador, e as usinas de açúcar e álcool, principais
contribuintes do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços no estado, permitiu que
estas reduzissem sua carga tributária. A queda de receita agravou a histórica crise social e
econômica do estado e gerou um quadro falimentar que levou o governo federal a uma
intervenção não oficial em 1997. Depois de nomeado um novo secretário de Fazenda,
o governador Divaldo Suruagy se afastou, cedendo o posto ao vice-governador.

Século XXI

Após o escândalo que levou Renan Calheiros a renunciar à presidência do Senado


Federal do Brasil, em 2007, seu filho, Renan Filho (PMDB), foi eleito prefeito de Murici, em
outubro de 2008. O prefeito Cícero Almeida (PP), foi reeleito com 81,49% dos votos.

Em setembro de 2008, o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Antonio


Albuquerque (PT do B), foi destituído do cargo. Ele foi o principal suspeito do desvio de
R$ 280 milhões do poder legislativo, investigado na Operação Taturana. Catorze deputados
foram indiciados. O deputado Fernando Toledo (PSDB) assumiu a presidência da Casa. Em
julho de 2009, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes,
determinou que oito dos 14 deputados retornassem à Assembleia, entre eles Antonio
Albuquerque.

Em outubro de 2006, Teotônio Vilela (PSDB) foi eleito governador do estado, sendo
reeleito, em outubro de 2010, com 52,74% dos votos, em segundo turno, contra o seu
adversário, o candidato Ronaldo Lessa (PDT), que ficou com 47,26%.

8
Estado De Alagoas

Geografia

Cerca de 86% do território alagoano se encontra abaixo de 300 m de altitude, e 61%


abaixo de 200 m. Apenas um por cento fica acima de 600 m. Cinco unidades compõem o
quadro morfológico:

A baixada litorânea, com extensos areais (praias e restingas) dominados por


elevações de topo plano (tabuleiros areníticos);

 Uma faixa de colinas e morros argilosos, imediatamente a oeste, com solos espessos
e relativamente ricos;

O pedi plano, ocupando todo o interior, com solos ricos, porém rasos, e
uma topografia levemente ondulada, da qual despontam as serras de Mata Grande e Água
Branca, no extremo oeste do estado;

A encosta meridional do planalto da Borborema, no centro-Norte, parte mais elevada


de Alagoas;

E planícies aluviais (várzeas), ao longo dos rios, inclusive o delta e a várzea do


baixo São Francisco (margem esquerda), com solos anualmente renovados
por cheias periódicas.

A rede hidrográfica do estado é constituída por rios que correm diretamente para
o oceano Atlântico (como, por exemplo, o Camaragibe,o Mundaú, o Paraíba do Meio e
o Coruripe) e por rios que deságuam no São Francisco (como
o Marituba, o Traipu, o Ipanema, o Capiá e o Moxotó). Três tipos de cobertura vegetal, em
grande medida modificados pela ação do homem, revestiam o território alagoano: a floresta
tropical na porção úmida do estado (microrregião da mata alagoana); o agreste, vegetação
de transição para um clima mais seco, no centro; e a caatinga, no Oeste. Toda a metade
oriental do estado possui clima do tipo As, de Köppen, quente (médias anuais superiores a
24 °C), com chuvas de outono-inverno relativamente abundantes (mais de 1 400 milímetros).
No interior dominam condições semiáridas, clima BSh caindo a pluviosidade abaixo de 1 000
milímetros; essa região está incluída no chamado Polígono das Secas. As estações do
ano são perfeitamente definidas pela periodicidade das chuvas. O verão tem início em
setembro e termina em fevereiro e o "inverno" começa aproximadamente em
março, terminando em agosto. A temperatura não sofre grandes oscilações, variando,
no litoral, entre 22,5 e 28 °C, e no sertão, entre 17 e 33 °C.

O estado encontra-se com 44,36% de seu território dentro do polígono das secas,
segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O
relevo alagoano sofreu ao longo do tempo variações de suas interpretações, algumas foram
feitas com base em estudos de campo (visita as áreas retratadas), outra com base em
instrumentos modernos (fotografia, imagem de satélite).

Considerado nos traços gerais, este relevo tem aspectos particulares no conjunto de
suas formas variadas, podendo ser dividido em: planalto, planície (baixada litorânea e
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Estado De Alagoas

tabuleiros costeiros) e depressões (nelas ocorrem formações mamelonares). O L itoral


(Planície Litorânea) é formado por uma extensa baixada. A paisagem apresenta dunas e
mangues na foz dos rios e riachos. Nessa faixa de terra encontram-se também as lagoas
costeiras. A região dos Tabuleiros é muito ondulada, pouco elevada, e se estende para o
interior. A cidade de Maceió encontra-se na base desses tabuleiros. Enquanto a região
litorânea é cortada por pequenos rios que deságuam no mar ou no rio São Francisco, o
interior do estado apresenta áreas mais elevadas, onde se destaca o planalto do Borborema,
que se estende do Agreste até o Sertão.

Demografia

As pessoas na faixa etária de 0 a 14 anos representam 40,3% do total da população; os


habitantes na faixa etária de 15 a 59 anos respondem por 53,3% do total e aqueles de 60
anos ou mais representam apenas 6,4% da população. Um total de 58,3% da população vive
nas zonas urbanas, enquanto 41,7% encontram-se na zona rural. A população de mulheres
corresponde a 51,2% do total de habitantes e os homens somam 48,8%. O índice de
mortalidade do Estado é de 6,2 por mil habitantes e a taxa de mortalidade infantil em 2017
foi de 13,40 para cada mil crianças nascidas vivas.

Alagoas apresenta o IDH de 0,683 em relação ao ano de 2017. As cidades litorâneas e


Zona da Mata do estado apresentam em geral IDH maior que as localizadas no Agreste e no
Sertão Alagoano. A capital Maceió possui o maior IDH (0,735), enquanto o menor é
de Inhapi (0,484), no Alto Sertão.

Composição étnica

De acordo com dados obtidos por meio de auto declaração pela Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios, 36% da população alagoana é formada por brancos, 59%
por pardos e 3% por negros.

A população branca do estado é descendente em sua grande parte de portugueses.


Os pardos são compostos da mistura entre negros, índios e brancos. Os
autodeclarados negros perfazem o menor grupo étnico alagoano. De acordo com um estudo
genético de 2013, a composição genética da população de Alagoas é 54,7% europeia, 26,6%
africana e 18,7% ameríndia.

Os índios não apareceram na pesquisa, embora haja presença indígena no interior do


estado. Os principais povos indígenas do estado são: aconã, carapotó, kariri-
xocó, caruazu, catokinn, jeripancó, kalankó, koiupanká, tingui-botó, uassu-cocal e xukuru-
kariri

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Estado De Alagoas

Subdivisões

Região geográfica intermediária é, no Brasil, um agrupamento de regiões geográficas


imediatas que são articuladas através da influência de uma ou mais metrópoles, capitais
regionais e/ou centros urbanos representativos dentro do conjunto, mediante a análise
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização


da divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, que
estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez,
substituíram as microrregiões. A divisão de 2017 teve o objetivo de abranger as
transformações relativas à rede urbana e sua hierarquia ocorridas desde as divisões
passadas, devendo ser usada para ações de planejamento e gestão de políticas públicas e
para a divulgação de estatísticas e estudos do IBGE. Alagoas está dividida oficialmente em
duas regiões geográficas intermediárias: a Região Geográfica Intermediária de Maceió e
a Região Geográfica Intermediária de Arapiraca.

Cultura

Pontos turísticos

Os destinos mais procurados atualmente são: Maceió, Maragogi, Japaratinga, Barra de


São Miguel, Piaçabuçu, Marechal Deodoro, Piranhas e Penedo esse último tem um grande
potencial turístico e histórico. Além dos festejos de Bom Jesus dos Navegantes que
começam de 8 a 15 janeiro com balsas que atravessam desde Alagoas até Sergipe e voltam
a Penedo, depois em terra começam os fogos sinalizando a chegada das embarcações e
assim as festas com os shows de bandas musicais.

Outros pontos visados pelos turistas são as praias do estado. Dentre as mais
procuradas estão: Praia de Pajuçara, Praia de Ipioca, Praia da Sereia e Praia de Cruz das
Almas, todas em Maceió. Além disso, um dos destinos mais procurados na cidade são:
Mercado do Artesanato, Museu Pierre Chalita, Museu Théo Brandão de Antropologia e
Folclore e Museu do Esporte.

Outros locais procurados pelos turistas incluem: Passeio às Galés, em Maragogi, Igreja
de Nossa Senhora do Livramento, Ecopark, Foz do Rio São Francisco, Mirante da Praia do
Gunga, Museu da Imagem e do Som, Catedral Metropolitana, Teatro Deodoro e Mirante,
ambos em Maceió.

Outras cidades que recebem intensa movimentação turística


são: Cajueiro, Quebrangulo, Santana do Ipanema, Santana do Mundaú, São Miguel dos
Campos, Satuba, Taquarana, União dos Palmares, Viçosa, Paripueira, Boca da Mata, Barra
de Santo Antônio, Branquinha, Capela, Lagoa da Canoa, Delmiro Gouveia, Olivença, Olho
d'Água das Flores, Murici, Maravilha e Coruripe. Todas elas atraem turistas de várias partes

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Estado De Alagoas

do mundo e fazendo sua economia alavancar, sendo esse setor o que mais emprega e gera
renda para diversas cidades do estado.

Maragogi é uma das cidades mas conhecidas de Alagoas, distante 131 km de Maceió,
com uma população de 25 mil habitantes, é o segundo destino mais procurado de Alagoas.
Devido ao rio que banha o local, Maragogi que significa "rio livre" deu nome ao povoado em
1892. A excelente infraestrutura turística, vários hotéis, pousadas, hotéis fazenda,
restaurantes, centros de artesanato e várias opções de lazer agregam a qualidade dos
serviços do município.

Cenários como vilas de pescadores, fazendas com reservas e trilhas de mata atlântica,
abundância de coqueirais, praias belíssimas de águas cristalinas, como as praias de São
Bento, Peroba, Burgalhau, Barra Grande, além das galés formadas por recifes de corais a
6 km da costa, são algumas das riquezas naturais do município.

Maragogi tem um dos ecossistemas mais importantes do Brasil, a diversificada fauna e


flora de espécies marinhas são locais ideais para mergulhos. Navegar pelos rios onde se
encontra os preservados manguezais, praias, praticar esportes, tomar banhos de bicas,
cachoeiras, todas essas cidades tem um contato com a natureza. Alagoas é conhecida por
paraíso das águas justamente devido os ricos aquíferos no estado, bem como cachoeiras,
rios, mar, lagoas. Algumas praias são geralmente comparadas às do Caribe.

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Município Lagoa Da Canoa AL

Município Lagoa Da Canoa AL

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Município Lagoa Da Canoa AL

Lagoa da Canoa

Lagoa da Canoa é um município brasileiro do estado de Alagoas. Localiza-se na


microrregião de Arapiraca, na mesorregião do Agreste Alagoano. Sua população estimada
em 2021 era de 30.067 habitantes.

O município foi fundado em 1842 por dois casais, José Gomes da Silva e Maria da
Conceição, e Antônio Gomes da Silva e Maria da Conceição. A cidade recebeu o nome de
Lagoa da Canoa devido à existência de uma lagoa no local onde foi construída.

A economia de Lagoa da Canoa é baseada na agricultura, na pecuária e no comércio.


Os principais produtos agrícolas cultivados no município são o milho, o feijão, a mandioca e
o algodão. A pecuária é voltada para a criação de bovinos, suínos e aves. O comércio é a
principal atividade econômica da cidade, com destaque para os setores de comércio varejista
e atacadista, prestação de serviços e turismo.

Lagoa da Canoa é um destino turístico popular, com destaque para as suas belas
praias, como a Praia do Pontal da Barra, a Praia de Carro Quebrado e a Praia de Maragogi.
O município também abriga diversos atrativos naturais, como a Cachoeira do Urubu, a
Cachoeira do Sítio das Flores e a Lagoa da Canoa.

Lagoa da Canoa é uma cidade com um clima agradável, com temperaturas médias que
variam de 25 °C a 35 °C. O município é um ótimo destino para quem busca tranquilidade,
belas praias e atrações naturais.

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Exercícios De Atualidades

Exercícios De Atualidades

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Exercícios De Atualidades

Questão 1

Qual das alternativas apresenta os Presidentes do Brasil em ordem de sucessão?

a) Dilma Rousseff, Lula, Jair Bolsonaro, Lula

b) Lula, Michel Temer, Jair Bolsonaro, Lula

c) Lula, Dilma Rousseff, Jair Bolsonaro, Lula

d) Collor, Lula, Jair Bolsonaro, Lula

e) Dilma Rousseff, Michel Temer, Jair Bolsonaro, Lula

Alternativa e: Dilma Rousseff, Michel Temer, Jair Bolsonaro, Lula.

Dilma Rousseff foi presidente do Brasil entre 2011 e 2016. Em 2016 sofreu impeachment,
quando seu vice, Michel Temer, assumiu a presidência até 2018.

Jair Bolsonaro venceu as eleições presidenciais realizadas em outubro de 2018, tomando


posse em janeiro de 2019. Em 2022, perdeu a eleição para Luiz Inácio Lula da Silva, que assu-
miu o poder em 1.º de janeiro de 2023.

Questão 2

Qual das alternativas contém os números aproximados de casos e de óbitos de Covid-19,


acumulados no Brasil, em 11 de novembro de 2022, de acordo com Nota Técnica do Ministério
da Saúde?

a) 35 milhões de casos e 106 mil óbitos

b) 35 milhões de casos e 689 mil óbitos

c) 200 milhões de casos e 689 mil óbitos

d) 35 milhões de casos e 410 mil óbitos

e) 200 milhões de casos e 195 mil óbitos

Alternativa b: 35 milhões de casos e 689 mil óbitos.

Esses são os números, de acordo com a NOTA TÉCNICA Nº 16/2022-


CGGRIPE/DEIDT/SVS/MS.

Questão 3

Quais destes acontecimentos completa 10 anos em 2022 e em 2023?

a) Primavera árabe e Atentados de 11 de setembro

b) Massacre do Carandiru e RIO+20


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Exercícios De Atualidades

c) Massacre do Carandiru e Impeachment de Fernando Collor

d) RIO+20 e eleição do Papa Francisco

e) Fim da Guerra no Golfo e Coroação de Dom Pedro II no Brasil

Alternativa d: RIO+20 e eleição do Papa Francisco.

O RIO+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, realizou-


se entre os dias 13 e 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro.

O Papa Francisco foi eleito no dia 13 de março de 2013, após a renúncia do Papa Bento
XVI, em 28 de fevereiro.

Questão 4

Quais os países que mais têm recebido refugiados ucranianos?

a) Polônia e República Tcheca

b) Bulgária e Eslováquia

c) Polônia e Eslováquia

d) República Tcheca e Bulgária

e) Polônia e Hungria

Alternativa a: Polônia e República Tcheca.

De acordo com o ACNUR, Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados ou
Agência da ONU para Refugiados, em 15 de novembro de 2022, em toda a Europa há mais de 7
milhões de refugiados ucranianos.

Na Polônia, o número de refugiados é de quase 1,5 milhão, enquanto na República Tcheca


há aproximadamente 460 mil refugiados.

Questão 5

O que é Crimeia?

a) tipo de conferência realizada entre líderes de organizações russas

b) nome dado ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia

c) península localizada no sul da Ucrânia que em 2014 foi anexada ao território da Rússia

d) conjunto das repúblicas da União Soviética

e) processo de cristianização da Rússia

3
Exercícios De Atualidades

Alternativa c: Península localizada no sul da Ucrânia que em 2014 foi anexada ao território
da Rússia.

A anexação da Crimeia à Rússia é um dos motivos da Guerra na Ucrânia, que teve início
em 24 de fevereiro de 2022. A Crimeia já esteve anexada à Rússia e à Ucrânia.

Em 1783, a Crimeia foi anexada à Rússia, mas depois da dissolução da União Soviética, a
Crimeia passou a território independente da Ucrânia. Em 2014, tropas russas ocuparam a região
e a anexaram à Rússia.

Questão 6

Quanto ao projeto de criação da moeda comum entre Brasil e Argentina, qual dessas alter-
nativas é verdadeira?

a) seu nome será MCBA (sigla de moeda comum entre Brasil e Argentina)

b) seu nome será URV (sigla de unidade real de valor)

c) uma das razões para a sua criação é dispensar o uso do dólar nas transações comerci-
ais entre os dois países

d) substituirá o real brasileiro e o peso argentino

e) será adotada durante o primeiro semestre de 2024

Alternativa c: uma das razões para a sua criação é dispensar o uso do dólar nas transa-
ções comerciais entre os dois países.

Se a proposta avançar, o real brasileiro e o peso argentino não deixarão de existir e a mo-
eda comum, usada apenas para transações comerciais entre os países, deverá ser chamada de
Sur.

Questão 7

Xi Jinping, Emmanuel Macron e Volodymyr Zelensky são, respectivamente, os governantes


de quais países?

a) Japão, França e Rússia

b) Coreia do Norte, Alemanha e Ucrânia

c) China, França e Ucrânia

d) Taiwan, Bélgica e Rússia

e) Macau, Suíça e Ucrânia

4
Exercícios De Atualidades

Alternativa c: China, França e Ucrânia.

Xi Jinping,15 de Junho de 1953, é o presidente da República Popular da China desde


2013. Em 2022, foi reeleito para o terceiro mandato.

Emmanuel Macron, 21 de dezembro de 1977, é o presidente da França desde 2017. Em


2022, foi reeleito para o segundo mandato.

Volodymyr Zelensky, 25 de janeiro de 1978, é o presidente da Ucrânia desde 2019.

Questão 8

Qual o nome do líder da Coreia do Norte?

a) Pak Pong-ju

b) Kim Jong-un

c) Kim Jong-Il

d) Moon Jae-in

e) Xi Jinping

Alternativa b: Kim Jong-un.

O norte-coreano Kim Jong-un (1983) é o líder supremo da Coreia do Norte desde 17 de


dezembro de 2011.

Questão 9

Há cerca de 30 anos, alguns escândalos culminaram no afastamento do primeiro presi-


dente do Brasil que tinha sido eleito pelo povo. A que se refere esse acontecimento de 1992?

a) Mensalão

b) Apagão

c) Impeachment de Dilma Rousseff

d) Operação Lava Jato

e) Impeachment de Collor

Alternativa e: Impeachment de Collor.

Depois de ganhar o segundo turno das eleições contra Luiz Inácio Lula da Silva, em 1989,
Fernando Collor de Mello assumiu a presidência do Brasil em 1990.

5
Exercícios De Atualidades

Após o seu plano contra a inflação - o Plano Collor, ter falhado, e após o seu nome estar
envolvido em fraudes financeiras, em agosto de 1992, os estudantes foram às ruas protestar.
Em dezembro do mesmo ano, o Senado votou pela sua destituição.

Questão 10

Quanto à invasão ao Congresso Nacional em janeiro de 2023 é correto afirmar que

a) uma das reações após a invasão foi a aprovação da Lei Antiterrorismo

b) foi uma manifestação pacífica e organizada

c) aconteceu antes da tomada de posse do presidente Lula

d) estava a decorrer uma sessão solene pela passagem do centenário de falecimento de


Rui Barbosa

e) participantes manifestaram-se contra a posse do presidente Lula

Alternativa e: participantes manifestaram-se contra a posse do presidente Lula.

Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o poder em 1.º de janeiro de 2023, após ter vencido o se-
gundo turno das eleições, em outubro de 2022, contra o então presidente Jair Bolsonaro.

Questão 11

Que país sediará as Olimpíadas de 2024?

a) Catar

b) Rússia

c) Estados Unidos

d) Austrália

e) França

Alternativa e: França.

A realização dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 está marcada para o período compreen-
dido entre 26 de julho e 11 de agosto de 2024.

Questão 12

Qual das alternativas contém apenas artistas que participaram da Semana de Arte Mo-
derna, cujo centenário foi comemorado em 2022?

a) Tarsila do Amaral, Heitor Villa-Lobos, Di Cavalcanti e Manuel Bandeira

b) Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Anita Malfatti


6
Exercícios De Atualidades

c) Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti e Manuel Bandeira

d) Tarsila do Amaral, Plínio Salgado, Heitor Villa-Lobos e Mário de Andrade

e) Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti

Alternativa c: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti e Manuel Bandeira.

Com exceção de Tarsila do Amaral, presente em todas as alternativas, todos os outros ar-
tistas participaram da Semana de Arte Moderna, conhecida como a Semana de 22.

Apesar de não ter participado do evento, Tarsila foi uma das artistas plásticas mais impor-
tantes do Modernismo.

Questão 13

Substituiu o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial. De que programa estamos falando?

a) Auxílio Brasil

b) Auxílio Gás dos Brasileiros

c) Bolsa Escola

d) Auxílio Moradia

e) Bolsa Atleta

Alternativa a: Auxílio Brasil.

O Auxílio Brasil é um programa social que foi instituído em novembro de 2021 e substituiu
o Bolsa Família, que havia sido criado em 2013, e o Auxílio Emergencial, criado em 2020.

Em 2023, o Auxílio Brasil voltou a ser chamado de Bolsa Família.

Questão 14

Quem assumiu o cargo de primeiro-ministro do Reino Unido após a renúncia de Boris


Johnson?

a) Rishi Sunak

b) Margaret Thatcher

c) Thereza May

d) Liz Truss

e) Giorgia Meloni

7
Exercícios De Atualidades

Alternativa d: Liz Truss.

Depois da renúncia de Boris Johnson, que ocupou o cargo de primeiro-ministro do Reino


Unido entre julho de 2019 e setembro de 2022, Liz Truss tornou-se a primeira-ministra.

Liz Truss, a terceira mulher com este cargo, assumiu suas funções por apenas 45 dias,
pois renunciou, dando lugar a Rishi Sunak, primeiro-ministro do Reino Unido desde 25 de outu-
bro de 2022.

Questão 15

Quais são, respectivamente, os anos de abertura, encerramento para obras e reabertura


do Museu do Ipiranga?

a) 1822, 2019 e 2022

b) 1895, 2013 e 2022

c) 1882, 1922 e 2013

d) 1888, 1955 e 200

e) 1895,1922 e 2019

Alternativa b: 1895, 2013 e 2022.

A construção do Museu do Ipiranga teve início em 1885, sendo inaugurado dez anos de-
pois, no dia 7 de setembro de 1895. Em 2013, depois de alguns problemas terem sido diagnosti-
cados no espaço, o Museu foi fechado para visitas, sendo reaberto no dia 6 de setembro de
2022.

Questão 16

Qual das alternativas contém apenas músicas que marcaram a carreira de Gal Costa, que
faleceu em 2022?

a) Detalhes, Emoções e Lady Laura

b) Eduardo e Mônica, Pais e Filhos, Será

c) Me dê Motivos, Do Leme ao Pontal, O Descobridor dos Sete Mares

d) Brasil, Ideologia, Exagerado

e) Baby, Vapor Barato e Chuva de Prata

Alternativa e: Baby, Vapor Barato e Chuva de Prata.

As restantes alternativas contêm músicas que marcaram a carreira dos seguintes cantores:

8
Exercícios De Atualidades

a) Detalhes, Emoções e Lady Laura - Roberto Carlos

b) Eduardo e Mônica, Pais e Filhos, Será - Renato Russo

c) Me dê Motivos, Do Leme ao Pontal, O Descobridor dos Sete Mares - Tim Maia

d) Brasil, Ideologia, Exagerado - Cazuza

Questão 17

Por qual motivo o último líder da União Soviética, Mikhail Gorbatchov, que faleceu em
2022, ganhou o Prêmio Nobel da Paz?

a) pelos esforços feitos pela liberdade de expressão

b) pelos seus esforços para proibir o uso de armas nucleares

c) por liderar mudanças, pela paz, nas relações entre comunidades internacionais

d) por liderar a disseminação de conhecimento sobre mudanças climáticas

e) por lutar pelos direitos das mulheres e das crianças

Alternativa c: por liderar mudanças, pela paz, nas relações entre comunidades internacio-
nais.

Mikhail Gorbatchov (1931-2022) desempenhou um papel importante para acabar com a


Guerra Fria, conflito entre socialismo e capitalismo, que teve início em 1947 e acabou, pacifica-
mente, em 1991.

Questão 18

Qual relíquia, guardada em Portugal, veio para o Brasil apenas para a comemoração do
bicentenário da Independência?

a) coração de D. Pedro I

b) a insígnia portuguesa que D. Pedro I usava quando proclamou a Independência

c) a espada de D. Pedro I

d) carta de D. Pedro I a D. João VI informando que não regressaria a Portugal com a famí-
lia

e) a indumentária que D. Pedro I usava em 7 de setembro de 1822

Alternativa a: coração de D. Pedro I.

Enquanto os despojos do corpo de D. Pedro I estão sepultados nos Brasil, o seu coração é
guardado em Portugal, conforme a sua vontade, que deixou expressa em testamento. Para as

9
Exercícios De Atualidades

comemorações do bicentenário da Independência, o coração de D. Pedro I foi trazido para o


Brasil, regressando dias depois a Portugal.

Questão 19

Quais os nomes dos vencedores do Nobel da Paz e da Literatura de 2022?

a) Nobel da Paz: Maria Ressa e Dmitry Muratov; Nobel de Literatura: Abdulrazak Gurnah

b) Nobel da Paz: Ales Bialiatski e as organizações Memorial e Centro para Liberdades Ci-
vis; Nobel de Literatura: Annie Ernaux

c) Nobel da Paz: Programa Alimentar Mundial; Nobel de Literatura: Louise Glück

d) Nobel da Paz: Abiy Ahmed Ali; Nobel de Literatura: Peter Handke

e) Nobel da Paz: Malala Yousafzai; Nobel de Literatura: Bob Dylan

Alternativa b: Nobel da Paz: Ales Bialiatski e as organizações Memorial e Centro para Li-
berdades Civis; Nobel de Literatura: Annie Ernaux.

Ales Bialiatski é um ativista bielorusso que recebeu o Nobel da Paz em 2022 juntamente
com duas organizações de direitos humanos - a Memorial, da Rússia, e o Centro para Liberda-
des Civis, da Ucrânia - pelos esforços para proteger os direitos dos cidadãos.

Annie Ernaux (1940), francesa, é a escritora e professora universitária de literatura que re-
cebeu o Nobel de Literatura em 2022.

Questão 20

Quantos anos a Rainha Elizabeth II tinha quando assumiu o trono e durante quantos anos
governou?

a) 21 e 96 anos

b) 25 e 75 anos

c) 26 e 95 anos

d) 20 e 75 anos

e) 25 e 70 anos

Alternativa e: 25 e 70 anos.

A Rainha Elizabeth II (1926-2022) assumiu o trono depois da morte do seu pai, o rei Jorge
VI, quando tinha 25 anos. No dia 6 de fevereiro de 2022 a rainha celebrou o Jubileu de Platina,
70 anos do seu reinado, falecendo alguns meses depois, em 8 de setembro do mesmo ano.

10
Exercícios De Atualidades

Questão 21

Onde e quando foi identificado o primeiro caso da varíola dos macacos num ser humano?

a) na China, em 2019

b) no Brasil, em 2010

c) na República Democrática do Congo, em 1970

d) na Guiné Equatorial, em 1975

e) na Espanha, em 2022

Alternativa c: na República Democrática do Congo, em 1970.

O vírus monkeypox, transmissor da varíola dos macacos, foi descoberto em 1958 em um


laboratório na Dinamarca. Mas, foi em 1970 que o primeiro caso foi identificado em um ser hu-
mano, uma criança da República Democrática do Congo.

Questão 22

Qual a causa do terremoto que atingiu a Turquia e na Síria no dia 6 de fevereiro de 2023 e
qual a sua magnitude?

a) movimentos de placas tectônicas e magnitute 7,8

b) tempestades fortes combinadas com terremotos submarinos e magnitude 8,7

c) erupções vulcânicas e magnitude 7,8

d) combinação de fatores climáticos e magnitude 7,8

e) rompimento de barragens e magnitude 5,6

Alternativa a: movimentos de placas tectônicas e magnitute 7,8.

O primeiro terremoto que aconteceu em 2023 na Turquia foi o mais forte desde 1939, e
também o mais forte na Síria desde 1822. Depois do terremoto do dia 6 de fevereiro, ocorreram
outros, fazendo mais de 50 mil mortes, conforme foi contabilizada até o fim desse mês.

Questão 23

A escritora brasileira Patrícia Rehder Galvão é a grande homenageada deste ano da Flip –
Festa Literária Internacional de Paraty. Pagu, como era conhecida, nasceu em 9 de junho, em
São João da Boa Vista, São Paulo. Sua escrita encantou outros artistas, como Tarsila do Amaral
e Oswald de Andrade. Um dos grandes nomes da literatura brasileira, Pagu também trabalhou
como tradutora, desenhista, cartunista e jornalista. Uma mulher com hábitos considerados extra-
vagantes para a época, que não se deixava levar pelas críticas e, assim, seguia com passos fir-
mes, sendo considerada um símbolo na luta contra as desigualdades.
11
Exercícios De Atualidades

(Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/cultura/audio/2023-


07/pagu-e-escritora-homenageada-da-flip-2023.)

Sua obra inclui ficção, como os títulos “Parque Industrial”, “A Famosa Revista” e “Safra Ma-
cabra”, assim como a autobiografia “Paixão Pagu” e seus textos políticos. Sobre tal escritora, as-
sinale a afirmativa correta.

Alternativas

A artista foi convidada para participar da Academia Brasileira de Letras, mas não aceitou.

A escritora venceu o Prêmio Machado de Assis – um dos mais importantes prêmios literá-
rios do país.

Embora não tenha participado da Semana de Arte Moderna, destacou-se no movimento


modernista iniciado em 1922.

A autora tinha apenas vinte anos quando publicou a obra “O Quinze” que, com sua prosa
simples e enxuta, virou referência do romance nordestino.

Resposta: C

Questão 24

Chegada da BYD no Brasil derruba preços dos carros elétricos

A recente chegada do BYD Dolphin, um dos veículos elétricos mais acessíveis da chinesa
BYD, parece ter causado um impacto significativo no mercado brasileiro de carros elétricos. Isso
porque a acessibilidade do veículo comparado a outros fez com que houvesse uma queda nos
preços dos carros no país, com a Caoa Chery liderando a corrida ao reduzir o preço do seu iCar
em até R$ 20.000.

(Disponível em: https://mundoconectado.com.br/noticias/v/35934/chegada-da-byd-no-bra-


sil-derruba-precos-dos-carros-eletricos.)

Os carros elétricos, muito mais do que uma realidade esporádica, tem se expandido bas-
tante no mercado atualmente, uma vez que

Alternativas

12
Exercícios De Atualidades

A fabricação de gás carbônico foi literalmente eliminada nesse tipo de carro, gerando O%
de poluição.

A geração do CO² é bem reduzida durante a vida útil do automóvel elétrico, o que é bem
visto nos tempos atuais.

Apesar de terem mecanismos que fazem mais barulho que os carros comuns, compensam
no quesito durabilidade.

Embora a manutenção e o abastecimento sejam percentualmente mais caros, o desempe-


nho dos carros elétricos é suficientemente melhor.

Resposta: B

Questão 25

Nísia Floresta, era o pseudônimo da potiguar Dionísia Gonçalves Pinto, nascida em 1810 e
falecida em 1885, foi uma escritora, educadora e uma das pioneiras na defesa dos direitos das
mulheres e na luta pela emancipação feminina no Brasil. Segundo um artigo publicado no jornal
O Globo, de 15 de outubro de 2020, “[...] ela também defendia a abolição da escravidão e a li-
berdade religiosa em uma época em que somente homens brancos e de elite tinham direitos
fundamentais, como à educação e ao voto, garantidos. ”

ANTUNES, Leda. Nísia Floresta: o que pensava e defendia a primeira professora feminista
do Brasil. O Globo, Rio de Janeiro, 15/10/2020. Plataforma Celina.

Considerando os temas pelos quais Nísia Floresta lutava, assinale a afirmação verdadeira.

Alternativas

Sua luta surtiu efeito, pois a questão da igualdade de gênero, racial e de culto religioso fo-
ram legalmente conquistadas e são plenamente praticadas no Brasil.

Os esforços da educadora potiguar servem de motivação para a atualidade, pois, apesar


de alguns avanços legais, há ainda muito o que se conquistar nessas lutas.

Nísia é patrona do feminismo brasileiro, pois através de sua luta as mulheres brancas con-
seguiram o direito de voto ainda no período do império brasileiro.
13
Exercícios De Atualidades

Com a sua luta e seus textos combativos, a presença de Nísia Floresta na história brasi-
leira é bem expressiva, pois ela liderou a luta feminina na República Velha.

Resposta B

Meio Ambiente, Sustentabilidade e Aquecimento Global na Atualidade

Leia o trecho da notícia intitulada Heróis pouco reconhecidos da conservação: indígenas


lutam pelas florestas. “Todos os anos, o mundo perde 12 milhões de hectares de florestas de-
vido ao desmatamento - o equivalente ao território de Portugal. Os povos indígenas estão na li-
nha de frente dos esforços globais de conservação, mas são heróis pouco reconhecidos por sua
contribuição à natureza”.

Fonte: https://www.unep.org/pt-br/noticias-ereportagens/reportagem/herois-pouco-reconhe-
cidos lutam-pelas

Considerando o trecho da notícia e os conhecimentos sobre conservação, analise as se-


guintes afirmações:

I. Práticas extrativas como extração de madeira em larga escala, agricultura industrial e mi-
neração estão colocando em risco os direitos dos povos indígenas e os ecossistemas florestais.

II. As florestas são recursos valiosos para as pessoas e para o planeta, pois circulam e re-
ciclam a água, mantendo a umidade e os índices de precipitação estáveis.

III. As florestas desempenham um papel crítico na mitigação da crise climática graças à


sua capacidade de emitir dióxido de carbono para a atmosfera.

IV. Sem a preservação e a restauração das florestas, estaremos cada vez mais longe de
contornar a crise climática.

V. A pressão dos povos indígenas pela proteção de seus direitos a terras e territórios é fun-
damental para acelerar o desmatamento.

Está correto o que se afirma somente em

Alternativas

II, III e V.

I, II e IV.

14
Exercícios De Atualidades

I e III.

IV e V.

Resposta: B

Questão 26

O novo modelo de placas de veículos que passou a ser utilizado no Brasil desde 2018 é
conhecido como:

Alternativas

Padrão Mercosul.

Padrão Brasileiro.

Padrão Municipal.

Padrão Estadual.

Resposta: A

Questão 27

Em agosto de 2023, a Índia se tornou o 4º país a pousar na Lua, com a missão espacial
Chandrayaan-3. Isso demonstra os crescentes posição e capacidade global da Índia em ciência
e tecnologia. Qual das seguintes tecnologias surgiu a partir do desenvolvimento de satélites a
serem lançados no espaço?

Alternativas

GPS.

Energia elétrica.

C
15
Exercícios De Atualidades

DNA.

Televisão.

Resposta: A

16
Conhecimentos específicos

CONHECIMENTOS
ESPECÍFICOS

MÉRITO
Apostilas 1
Personalidade Humana Conceitos E Características, Sua Importância Na Interação Social

Personalidade Humana
Conceitos E Características, Sua
Importância Na Interação Social

1
Personalidade Humana Conceitos E Características, Sua Importância Na Interação Social

A personalidade

A personalidade é um conceito complexo que tem sido estudado por psicólogos há


séculos. Não há uma definição única de personalidade, mas ela pode ser entendida como o
conjunto de características que determinam os padrões pessoais e sociais de uma pessoa.

As características da personalidade podem ser divididas em dois grandes grupos:

 Traços de personalidade: são características relativamente estáveis que influenciam o


modo como uma pessoa pensa, sente e age. Alguns exemplos de traços de personalidade
são: extroversão, introversão, neuroticismo, afabilidade, abertura a novas experiências.

 Estados de personalidade: são características transitórias que podem ser


influenciadas por fatores externos, como o ambiente ou o humor. Alguns exemplos de
estados de personalidade são: ansiedade, raiva, tristeza, alegria.

A personalidade é formada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Os


genes influenciam a predisposição para determinados traços de personalidade, enquanto o
ambiente influencia a forma como esses traços se manifestam.

O desenvolvimento da personalidade ocorre ao longo da vida, mas é especialmente


importante na infância e adolescência. Durante esses períodos, a pessoa é mais receptiva a
novas experiências e está mais sujeita à influência do ambiente.

Importância da personalidade na interação social

A personalidade é um fator fundamental na interação social. Ela influencia a forma


como as pessoas se relacionam com os outros, como se comunicam, como se comportam
em diferentes situações sociais.

Por exemplo, pessoas extrovertidas tendem a ser mais sociáveis e a gostar de estar em
grupo, enquanto pessoas introvertidas tendem a ser mais reservadas e a preferir passar
tempo sozinhas.

As pessoas com personalidade mais afável tendem a ser mais cooperativas e a se


relacionar melhor com os outros, enquanto pessoas menos afáveis tendem a ser mais
competitivas e a ter mais dificuldade em se relacionar com os outros.

A personalidade também influencia a forma como as pessoas lidam com o estresse e


com as adversidades. Pessoas com personalidade mais resiliente tendem a ser mais
capazes de lidar com situações difíceis, enquanto pessoas com personalidade menos
resiliente tendem a ser mais suscetíveis a problemas psicológicos.

Em resumo, a personalidade é um aspecto fundamental da vida humana que influencia


o modo como as pessoas se comportam, se relacionam com os outros e lidam com o mundo
ao seu redor.

2
Motivação Sua Importância No Comportamento Humano, Na Relação Com As Pessoas E O Trabalho

Motivação Sua Importância No


Comportamento Humano, Na
Relação Com As Pessoas E O
Trabalho

1
Motivação Sua Importância No Comportamento Humano, Na Relação Com As Pessoas E O Trabalho

A motivação

A motivação é um processo psicológico que impulsiona as pessoas a agirem em direção


a um objetivo. Ela é essencial para o comportamento humano, pois é o que nos leva a
realizar tarefas, a superar desafios e a alcançar nossos objetivos.

A motivação pode ser dividida em dois tipos principais:

 Motivação intrínseca: é a motivação que vem de dentro da pessoa, ou seja, é


motivada por fatores internos, como o interesse, o desafio ou a satisfação de realizar algo.

 Motivação extrínseca: é a motivação que vem de fora da pessoa, ou seja, é motivada


por fatores externos, como recompensas, punições ou expectativas sociais.

A motivação é importante para o comportamento humano em diversos aspectos,


incluindo:

 Aprendizagem: a motivação é essencial para o aprendizado, pois é o que nos leva a


estudar, a praticar e a buscar conhecimento.

 Desempenho: a motivação está diretamente relacionada ao desempenho, pois é o que


nos leva a nos esforçar, a ser produtivos e a alcançar nossos objetivos.

 Relações interpessoais: a motivação é importante para as relações interpessoais, pois


é o que nos leva a nos comunicar, a colaborar e a construir relacionamentos positivos.

A relação da motivação com as pessoas

A motivação é um aspecto fundamental das relações interpessoais. Ela influencia a


forma como nos relacionamos com os outros, como nos comunicamos, como nos
comportamos em diferentes situações sociais.

Por exemplo, pessoas motivadas tendem a ser mais sociáveis, mais cooperativas e
mais abertas a novas experiências. Elas também tendem a ser mais positivas, mais
resilientes e mais capazes de lidar com o estresse e com as adversidades.

Assim, a motivação é um fator importante para a construção de relacionamentos


positivos e de qualidade.

A relação da motivação com o trabalho

A motivação é essencial para o sucesso no trabalho. Ela é o que nos leva a nos
esforçar, a ser produtivos e a alcançar nossos objetivos profissionais.

2
Motivação Sua Importância No Comportamento Humano, Na Relação Com As Pessoas E O Trabalho

Pessoas motivadas no trabalho tendem a ser mais produtivas, mais criativas, mais
inovadoras e mais propensas a permanecer na empresa.

Assim, a motivação é um fator importante para a satisfação e o sucesso profissional.

Como aumentar a motivação

Existem diversas maneiras de aumentar a motivação. Algumas dicas incluem:

 Definir objetivos claros: ter objetivos claros é importante para nos motivar a agir.

 Criar um plano de ação: ter um plano de ação nos ajuda a visualizar o caminho para
alcançar nossos objetivos.

 Romper grandes objetivos em metas menores: quebrar grandes objetivos em metas


menores nos torna menos sobrecarregados e mais motivados.

 Concentrar-se nos aspectos positivos: focar nos aspectos positivos de uma tarefa ou
objetivo nos ajuda a manter a motivação.

 Recompensar-se pelo progresso: recompensar-se pelo progresso nos ajuda a manter


o foco e a motivação.

A motivação é um aspecto importante da vida humana que influencia o nosso


comportamento, as nossas relações interpessoais e o nosso desempenho profissional. É
importante estarmos atentos aos fatores que podem influenciar a nossa motivação e adotar
estratégias para aumentar a nossa motivação.

3
Comportamento Emocional Gerador De Diferentes Atitudes No Comportamento

Comportamento Emocional
Gerador De Diferentes Atitudes
No Comportamento

1
Comportamento Emocional Gerador De Diferentes Atitudes No Comportamento

O comportamento emocional

O comportamento emocional é um processo complexo que envolve a interação de


diversos fatores, incluindo as emoções, os pensamentos, as crenças e o ambiente. As
emoções são uma parte fundamental do comportamento humano e podem influenciar a
forma como nos comportamos, nos relacionamos com os outros e lidamos com o mundo ao
nosso redor.

Existem diversas maneiras de gerar diferentes atitudes no comportamento emocional.


Algumas dicas incluem:

 Conhecer as suas emoções: o primeiro passo para gerar diferentes atitudes no


comportamento emocional é conhecer as suas emoções. Quais são as emoções que você
sente com mais frequência? Como você reage a essas emoções?

 Identificar os seus pensamentos e crenças: os pensamentos e crenças também podem


influenciar o seu comportamento emocional. Quais são os pensamentos e crenças que você
tem sobre si mesmo, sobre os outros e sobre o mundo?

 Modificar o seu ambiente: o ambiente também pode influenciar o seu comportamento


emocional. Quais são os fatores ambientais que podem desencadear emoções negativas?
Como você pode modificar o seu ambiente para minimizar esses fatores?

Aqui estão alguns exemplos de como você pode gerar diferentes atitudes no
comportamento emocional:

 Se você está se sentindo triste, você pode tentar se concentrar nos aspectos positivos
da sua vida. Você também pode tentar fazer algo que você goste, como ouvir música, ler ou
passar tempo com amigos.

 Se você está se sentindo com raiva, você pode tentar respirar fundo e contar até dez.
Você também pode tentar encontrar uma maneira saudável de expressar sua raiva, como
fazer exercícios ou praticar meditação.

 Se você está se sentindo ansioso, você pode tentar relaxar os músculos do seu corpo.
Você também pode tentar praticar técnicas de respiração profunda ou visualização.

É importante lembrar que o comportamento emocional é um processo dinâmico e que


as emoções podem mudar rapidamente. É importante estar atento às suas emoções e aos
fatores que podem influenciá-las. Com a prática, você pode aprender a gerar diferentes
atitudes no comportamento emocional e a lidar de forma mais eficaz com suas emoções.

Aqui estão alguns exemplos específicos de atitudes que você pode adotar em
diferentes situações:

 Se você estiver em uma reunião de trabalho e se sentir ansioso, você pode adotar
uma atitude positiva e confiante. Você pode se concentrar nos seus pontos fortes e nas suas
contribuições para a equipe.
2
Comportamento Emocional Gerador De Diferentes Atitudes No Comportamento

 Se você estiver conversando com um amigo e se sentir triste, você pode adotar uma
atitude aberta e receptiva. Você pode ouvir o que seu amigo tem a dizer e oferecer seu
apoio.

 Se você estiver em um relacionamento e se sentir com raiva, você pode adotar uma
atitude assertiva e respeitosa. Você pode expressar sua raiva de forma clara e direta, sem
atacar o outro.

Méri Curiosidade

É importante escolher as atitudes que sejam mais adequadas para a situação e para a
pessoa com quem você está interagindo.

3
O Desenvolvimento De Conceito Eu: Variações Na Vida, Variações No Trabalho

O Desenvolvimento De Conceito
Eu: Variações Na Vida, Variações
No Trabalho

1
O Desenvolvimento De Conceito Eu: Variações Na Vida, Variações No Trabalho

O desenvolvimento do conceito de eu

O desenvolvimento do conceito de eu é um processo complexo que ocorre ao longo da


vida. Ele é influenciado por diversos fatores, incluindo a genética, o ambiente e as
experiências pessoais.

Na infância, o conceito de eu começa a se desenvolver a partir da interação com os


cuidadores. As crianças aprendem a se reconhecer como indivíduos separados dos outros e
a desenvolver uma imagem de si mesmas.

Na adolescência, o conceito de eu continua a se desenvolver à medida que as crianças


passam por mudanças físicas, emocionais e sociais. Elas começam a explorar diferentes
identidades e a desenvolver um senso de individualidade.

Na idade adulta, o conceito de eu continua a se desenvolver à medida que as pessoas


ganham mais experiência e se envolvem em diferentes papéis sociais. Elas começam a
desenvolver um senso de propósito e de significado na vida.

Variações na vida

O desenvolvimento do conceito de eu pode variar de pessoa para pessoa, dependendo


das suas experiências de vida. Por exemplo, pessoas que cresceram em ambientes seguros
e estimulantes tendem a ter um conceito de eu mais positivo do que pessoas que cresceram
em ambientes abusivos ou negligentes.

As experiências positivas, como o sucesso acadêmico ou profissional, também podem


contribuir para o desenvolvimento de um conceito de eu positivo. As experiências negativas,
como o fracasso ou a rejeição, podem dificultar o desenvolvimento de um conceito de eu
positivo.

Variações no trabalho

O trabalho também pode ter um impacto significativo no desenvolvimento do conceito de


eu. As pessoas que gostam do seu trabalho e que se sentem realizadas nele tendem a ter
um conceito de eu mais positivo do que pessoas que não gostam do seu trabalho ou que não
se sentem realizadas nele.

O trabalho também pode contribuir para o desenvolvimento de um senso de identidade


e de propósito. As pessoas que se dedicam ao seu trabalho e que acreditam que ele é
importante tendem a ter um conceito de eu mais positivo.

Algumas dicas para o desenvolvimento do conceito de eu

Aqui estão algumas dicas para o desenvolvimento do conceito de eu:

2
O Desenvolvimento De Conceito Eu: Variações Na Vida, Variações No Trabalho

 Conheça-se a si mesmo: reflita sobre suas qualidades, seus valores e seus objetivos.

 Aceite-se como você é: não se compare a outras pessoas e não se cobre demais.

 Crie metas e objetivos: ter metas e objetivos dá um sentido de direção e propósito à


vida.

 Concentre-se no positivo: foque nos seus pontos fortes e nas suas conquistas.

 Ajude
os outros: ajudar os outros é uma ótima maneira de se sentir bem consigo
mesmo e de fazer a diferença no mundo.

Méri Curiosidade

Lembre-se que o conceito de eu é um processo dinâmico que se desenvolve ao longo


da vida. É importante estar aberto a novas experiências e a aprender com elas.

3
O Indivíduo E O Grupo Imitações Individuais

O Indivíduo E O Grupo Imitações


Individuais

1
O Indivíduo E O Grupo Imitações Individuais

O indivíduo e o grupo

O indivíduo e o grupo são conceitos interdependentes que se influenciam mutuamente.


O indivíduo é um ser social que nasce e se desenvolve em um grupo, e o grupo é formado
por indivíduos que interagem entre si.

As imitações individuais são um fenômeno que ocorre na interação entre o indivíduo e o


grupo. Elas podem ser definidas como o processo de copiar o comportamento de outra
pessoa.

As imitações individuais podem ocorrer por diversos motivos, incluindo:

 Aprendizagem: as imitações individuais podem ser uma forma de aprender novos


comportamentos. Por exemplo, uma criança pode aprender a andar de bicicleta imitando os
adultos.

 Ajuste social: as imitações individuais também podem ser uma forma de se ajustar a
um grupo. Por exemplo, um adolescente pode começar a fumar para se encaixar no grupo
de amigos.

 Identificação: as imitações individuais também podem ser uma forma de se identificar


com outra pessoa. Por exemplo, uma pessoa pode começar a vestir roupas iguais às de seu
ídolo.

As imitações individuais podem ter um impacto significativo no comportamento do


indivíduo. Elas podem influenciar as escolhas que a pessoa faz, as crenças que ela defende
e os valores que ela adota.

Exemplos de imitações individuais

Aqui estão alguns exemplos de imitações individuais:

 Um criança imita os pais ou os irmãos.

 Um adolescente imita os amigos ou os ídolos.

 Um adulto imita colegas de trabalho ou líderes.

Consequências das imitações individuais

As imitações individuais podem ter consequências positivas ou negativas para o


indivíduo.

As consequências positivas das imitações individuais incluem:

 A aprendizagem de novos comportamentos.

 O ajuste social.

 A construção de relações interpessoais.


2
O Indivíduo E O Grupo Imitações Individuais

As consequências negativas das imitações individuais incluem:

 A adoção de comportamentos prejudiciais.

 A perda da individualidade.

 A dependência dos outros.

Méri Curiosidade

É importante que o indivíduo seja consciente das consequências das imitações


individuais. Ele deve escolher com cuidado os modelos que vai imitar e deve estar atento
aos comportamentos que está adotando.

3
Estruturas De Grupo

Estruturas De Grupo

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Estruturas De Grupo

As estruturas de grupo

As estruturas de grupo são os padrões de relacionamento que se desenvolvem entre os


membros de um grupo. Elas podem ser definidas como as formas como os membros do
grupo interagem entre si, se comunicam e se organizam.

As estruturas de grupo podem ser influenciadas por diversos fatores, incluindo o


tamanho do grupo, a composição do grupo, os objetivos do grupo e o ambiente em que o
grupo se encontra.

Existem diversos tipos de estruturas de grupo, cada uma com suas próprias
características e vantagens.

Estruturas de grupo formais

As estruturas de grupo formais são aquelas que são definidas e estruturadas por uma
autoridade externa. Elas são comumente encontradas em organizações, onde os grupos são
formados para atingir objetivos específicos.

Exemplos de estruturas de grupo formais incluem:

 Hierarquias: as hierarquias são estruturas de grupo em que os membros são


organizados em uma ordem de poder e autoridade.

 Equipes: as equipes são estruturas de grupo em que os membros trabalham juntos


para atingir um objetivo comum.

Estruturas de grupo informais

As estruturas de grupo informais são aquelas que se desenvolvem espontaneamente,


sem a intervenção de uma autoridade externa. Elas são comuns em todos os tipos de
grupos, incluindo grupos sociais, grupos de amigos e grupos familiares.

Exemplos de estruturas de grupo informais incluem:

 Coalições: as coalizões são grupos de pessoas que se unem para alcançar um


objetivo comum.

 Clãs: os clãs são grupos de pessoas que compartilham valores e crenças comuns.

Estruturas de grupo híbridas

2
Estruturas De Grupo

As estruturas de grupo híbridas são aquelas que combinam características de


estruturas formais e informais. Elas são comuns em organizações que buscam flexibilidade e
adaptabilidade.

Exemplos de estruturas de grupo híbridas incluem:

 Equipes autogerenciadas: as equipes autogerenciadas são equipes que têm


autonomia para tomar decisões e organizar seu próprio trabalho.

 Organizações sem hierarquia: as organizações sem hierarquia são organizações que


não têm uma estrutura de autoridade formal.

As estruturas de grupo podem ter um impacto significativo no desempenho do grupo.


Elas podem influenciar a comunicação, a cooperação, a tomada de decisão e a resolução de
conflitos.

É importante que os líderes de grupos estejam cientes das diferentes estruturas de


grupo e escolham a estrutura que melhor se adapte aos objetivos e às necessidades do
grupo.

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Dinâmica De Grupo E Relações Interpessoais

Dinâmica De Grupo E Relações


Interpessoais

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Dinâmica De Grupo E Relações Interpessoais

Dinâmicas de grupo interpessoais são importantes para estreitar vínculos entre


uma mesma equipe ou equipes diferentes.

Afinal, todos passam muitas horas trabalhando juntos, e quanto melhor o vínculo,
melhor o ambiente de trabalho, certo?

As relações humanas estão intimamente relacionadas com o comportamento e as


atitudes dos funcionários. Na verdade, a ideia principal é criar um bom conforto. A chave
para um bom relacionamento entre colegas é o respeito. A partir disso, qualquer
relacionamento pode sobreviver bem e, quem sabe, até se aprofundar em uma grande
amizade.

Afinal, quem nunca fez bons amigos no trabalho, não é mesmo?

Além de fazer amigos, porém, é preciso saber conviver com pessoas que pensam e
agem de maneira diferente. Para alcançar bons resultados, a equipe deve coletar vários
perfis comportamentais. Portanto, é provável que você encontre muitos colegas com
formações e pontos de vista diferentes, mas boas relações de trabalho não devem ser
evitadas. A dinâmica grupal de relacionamento interpessoal oferece diversos benefícios a
todos os envolvidos. Atividades simples e divertidas podem estimular os funcionário s a se
conhecerem melhor e desenvolverem empatia uns pelos outros. Dessa forma, o clima da
organização melhora, e com união no clima em prol de um objetivo comum, os colaboradores
ficam mais motivados e comprometidos com suas atividades e com os objetivos da empresa.
Outro benefício de investir periodicamente em atividades interpessoais no trabalho é
estimular as equipes a darem o melhor de si e buscarem desenvolver ainda mais suas
habilidades técnicas e comportamentais. A maneira mais eficaz de aumentar o envolvimento
e a integração dos funcionários é por meio da dinâmica de grupo interpessoal. Com a ajuda
de exercícios simples e divertidos, eles se conhecem melhor, aprendem a trabalhar juntos e
a conviver com diferentes padrões de comportamento, pensamentos e crenças. Na verdade,
eles tratam dos cinco pilares dos relacionamentos, que são:

1. autoconhecimento;

2. empatia;

3. autoconfiança;

4. cordialidade;

5. ética.

As relações humanas fazem parte da vida de cada indivíduo em sociedade, respeitar a


condição e as atitudes de cada um é essencial para o sucesso das relações sociais. Nos ne-
gócios, a dinâmica de grupo simula um cenário que remete o candidato a situações de con-
flito que revelam habilidades de relacionamento que refletem diretamente no comportamento
organizacional. A organização da dinâmica de grupo envolve diversos fatores que variam de
2
Dinâmica De Grupo E Relações Interpessoais

acordo com as características levadas em consideração durante o processo, como comporta-


mento do grupo, tomada de decisão, gestão do tempo, etc. Durante as atividades destinadas
a analisar o comportamento interpessoal do candidato, é necessário analisar alguns pontos
importantes que podem revelar intolerância, desconforto, consentimento, liderança e outras
atitudes típicas do grupo. Certas atitudes têm sido avaliadas como essenciais para um profis-
sional nas organizações modernas, entre elas liderança, facilidade de comunicação, capaci-
dade de trabalhar sob pressão, criatividade, equilíbrio emocional.

O grande problema é que se essa dinâmica não for gerida por um profissional compe-
tente, ela leva a uma série de escolhas baseadas nas preferências e vieses do entrevistador,
que podem prejudicar a imagem da empresa no mercado. Focada na análise das relações
interpessoais, uma importante contribuição da dinâmica de grupo é destacar virtudes e fa-
lhas e determinar se determinados padrões de comportamento podem ser desenvolvidos em
benefício da organização. É improvável que um candidato preencha de imediato todos os re-
quisitos da empresa, o papel do processo dinâmico é mostrar quais candidatos podem traba-
lhar pelos ideais da organização, mas isso só é possível por meio de um processo seletivo
competente e imparcial.

3
Interação Social

Interação Social

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Interação Social

Interação Social

Na sociologia, a interação social é uma expressão que define as relações sociais


desenvolvidas por indivíduos e grupos sociais.

Esta é uma condição necessária para o desenvolvimento e constituição das sociedades.


Através de processos interativos, o homem torna-se um sujeito social.

Desde então, o homem desenvolve a comunicação, criando contatos sociais e redes de


relacionamentos que levam a determinados comportamentos sociais.

A comunicação social tem sido hoje um dos temas de discussão nos campos da sociologia,
da antropologia e da filosofia.

A razão disso é o fato de que na sociedade atual, dominada pelos meios de comunicação
de massa e pelas novas tecnologias, a comunicação social assume um novo aspecto, ou seja,
também é desenvolvido virtualmente pela Internet.

O fenômeno e expansão da Internet trouxe novas formas de dinâmica e interação social,


ao passo que pode gerar problemas sociais (exclusão e isolamento social) ou mesmo outros
tipos de preconceito (cyberbullying) por meio da rede.

Classificação e exemplos de interação social

De acordo com o tipo de relacionamento formado, a interação social pode ser:

Interação social recíproca: quando há interação entre as partes em interação, que podem
ser pessoas ou grupos. Nesse caso, ambos se influenciam e determinam o comportamento
social, como em uma conversa entre amigos.

Interação social não recíproca: A principal característica deste tipo de interação é


unilateral, ou seja. quando ambas as partes carecem de interação social, por exemplo, quando
assistimos TV (somente nós somos afetados, mas não o contrário).

2
O Significado Social Das Atitudes

O Significado Social Das


Atitudes

1
O Significado Social Das Atitudes

As atitudes

As atitudes são componentes importantes da vida social. Elas influenciam o modo como
as pessoas se relacionam com os outros, como se comportam em diferentes situações e
como participam da sociedade.

As atitudes podem ser definidas como avaliações positivas ou negativas de pessoas,


objetos, eventos, atividades ou ideais. Elas podem ser expressas de forma explícita ou
implícita, e podem influenciar o comportamento de forma consciente ou inconsciente.

As atitudes têm um significado social importante por diversos motivos. Elas podem:

 Influenciar as relações interpessoais: as atitudes podem determinar como as pessoas


se relacionam com os outros. Por exemplo, uma pessoa com uma atitude positiva em relação
a um determinado grupo étnico é mais propensa a se relacionar com membros desse grupo.

 Influenciar o comportamento social: as atitudes podem influenciar o comportamento


das pessoas em diferentes situações sociais. Por exemplo, uma pessoa com uma atitude
negativa em relação à violência é menos propensa a se envolver em comportamentos
violentos.

 Influenciar as instituições sociais: as atitudes podem influenciar as instituições sociais,


como a família, a escola e o governo. Por exemplo, as atitudes em relação à educação
podem influenciar a qualidade da educação nas escolas.

As atitudes podem ser formadas por diversos fatores, incluindo:

 A experiência pessoal: as experiências pessoais podem influenciar as atitudes das


pessoas. Por exemplo, uma pessoa que teve uma experiência positiva com um membro de
um determinado grupo étnico é mais propensa a ter uma atitude positiva em relação a esse
grupo.

 A comunicação: a comunicação com outras pessoas também pode influenciar as


atitudes. Por exemplo, uma pessoa que é exposta a mensagens positivas sobre um
determinado grupo étnico é mais propensa a ter uma atitude positiva em relação a esse
grupo.

 Os valores culturais: os valores culturais também podem influenciar as atitudes das


pessoas. Por exemplo, uma pessoa que vive em uma cultura que valoriza a igualdade é mais
propensa a ter uma atitude positiva em relação a grupos minoritários.

As atitudes podem ser mudadas, mas isso pode ser um processo desafiador. Para
mudar uma atitude, é necessário identificar os fatores que a influenciam e desenvolver
estratégias para modificar esses fatores.

Algumas estratégias que podem ser usadas para mudar atitudes incluem:

2
O Significado Social Das Atitudes

 A exposição a informações positivas: a exposição a informações positivas sobre um


determinado grupo ou objeto pode ajudar a mudar as atitudes em relação a esse grupo ou
objeto.

 A experimentação direta: a experimentação direta com um determinado grupo ou


objeto pode ajudar a mudar as atitudes em relação a esse grupo ou objeto.

 A mudança de valores: a mudança de valores pode levar a mudanças nas atitudes.

É importante estar ciente do significado social das atitudes. As atitudes podem


influenciar significativamente a vida das pessoas, e é importante ter o controle sobre as
próprias atitudes.

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Formação E Modificação De Atitudes

Formação E Modificação De
Atitudes

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Formação E Modificação De Atitudes

A formação e a modificação de atitudes

A formação e a modificação de atitudes são processos complexos que podem ser


influenciados por uma variedade de fatores.

Formação de atitudes

As atitudes geralmente são formadas durante a infância e a adolescência, quando as


pessoas estão mais abertas a novas experiências e estão mais propensas a serem
influenciadas pelos outros.

Os principais fatores que influenciam a formação de atitudes incluem:

 Experiência pessoal: as experiências pessoais, tanto positivas quanto negativas,


podem influenciar as atitudes. Por exemplo, uma pessoa que teve uma experiência positiva
com um membro de um determinado grupo étnico é mais propensa a ter uma atitude positiva
em relação a esse grupo.

 Comunicação: a comunicação com outras pessoas também pode influenciar as


atitudes. Por exemplo, uma pessoa que é exposta a mensagens positivas sobre um
determinado grupo étnico é mais propensa a ter uma atitude positiva em relação a esse
grupo.

 Valores culturais: os valores culturais também podem influenciar as atitudes. Por


exemplo, uma pessoa que vive em uma cultura que valoriza a igualdade é mais propensa a
ter uma atitude positiva em relação a grupos minoritários.

Modificação de atitudes

As atitudes também podem ser modificadas ao longo da vida. A modificação de atitudes


pode ser intencional ou não intencional.

Algumas estratégias que podem ser usadas para modificar atitudes incluem:

 Exposição a informações positivas: a exposição a informações positivas sobre um


determinado grupo ou objeto pode ajudar a mudar as atitudes em relação a esse grupo ou
objeto. Por exemplo, uma pessoa que é exposta a histórias positivas sobre membros de um
determinado grupo étnico é mais propensa a ter uma atitude positiva em relação a esse
grupo.

 Experimentação direta: a experimentação direta com um determinado grupo ou objeto


pode ajudar a mudar as atitudes em relação a esse grupo ou objeto. Por exemplo, uma
pessoa que conhece pessoalmente membros de um determinado grupo étnico é mais
propensa a ter uma atitude positiva em relação a esse grupo.

2
Formação E Modificação De Atitudes

 A mudança de valores: a mudança de valores pode levar a mudanças nas atitudes.


Por exemplo, uma pessoa que começa a valorizar a igualdade é mais propensa a ter uma
atitude positiva em relação a grupos minoritários.

Méri Curiosidade

A modificação de atitudes pode ser um processo desafiador. É importante identificar os


fatores que influenciam as atitudes e desenvolver estratégias apropriadas para modificar
esses fatores.

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Atitudes De Opinião Pública

Atitudes De Opinião Pública

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Atitudes De Opinião Pública

Atitudes de opinião pública

Atitudes de opinião pública são as avaliações positivas ou negativas que as pessoas


têm sobre questões ou tópicos de interesse público. Elas podem ser formadas por uma
variedade de fatores, incluindo a experiência pessoal, a comunicação com os outros e os
valores culturais.

As atitudes de opinião pública podem ter um impacto significativo na sociedade. Elas


podem influenciar as decisões dos governos, as políticas públicas e o comportamento das
pessoas.

Tipos de atitudes de opinião pública

As atitudes de opinião pública podem ser divididas em dois tipos principais:

 Atitudes cognitivas: são as crenças que as pessoas têm sobre uma determinada
questão ou tópico de interesse público. Por exemplo, uma pessoa pode acreditar que a pena
de morte é uma punição justa ou que o aquecimento global é uma ameaça real.

 Atitudes afetivas: são os sentimentos que as pessoas têm sobre uma determinada
questão ou tópico de interesse público. Por exemplo, uma pessoa pode sentir raiva ou medo
de uma determinada política ou pode sentir simpatia ou empatia por um determinado grupo
de pessoas.

Formação de atitudes de opinião pública

As atitudes de opinião pública geralmente são formadas durante a infância e a


adolescência, quando as pessoas estão mais abertas a novas experiências e estão mais
propensas a serem influenciadas pelos outros.

Os principais fatores que influenciam a formação de atitudes de opinião pública


incluem:

 Experiência pessoal: as experiências pessoais, tanto positivas quanto negativas,


podem influenciar as atitudes. Por exemplo, uma pessoa que teve uma experiência positiva
com um membro de um determinado grupo étnico é mais propensa a ter uma atitude positiva
em relação a esse grupo.

 Comunicação: a comunicação com outras pessoas também pode influenciar as


atitudes. Por exemplo, uma pessoa que é exposta a mensagens positivas sobre um
determinado grupo étnico é mais propensa a ter uma atitude positiva em relação a esse
grupo.

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Atitudes De Opinião Pública

 Valores culturais: os valores culturais também podem influenciar as atitudes. Por


exemplo, uma pessoa que vive em uma cultura que valoriza a igualdade é mais propensa a
ter uma atitude positiva em relação a grupos minoritários.

Modificação de atitudes de opinião pública

As atitudes de opinião pública também podem ser modificadas ao longo da vida. A


modificação de atitudes pode ser intencional ou não intencional.

Algumas estratégias que podem ser usadas para modificar atitudes de opinião pública
incluem:

 Exposição a informações: a exposição a informações positivas ou negativas sobre


uma determinada questão ou tópico de interesse público pode ajudar a mudar as atitudes em
relação a esse tema. Por exemplo, uma pessoa que é exposta a histórias positivas sobre
membros de um determinado grupo étnico é mais propensa a ter uma atitude positiva em
relação a esse grupo.

 Interação social: a interação social com pessoas que têm atitudes diferentes pode
ajudar a mudar as atitudes. Por exemplo, uma pessoa que conhece pessoalmente membros
de um determinado grupo étnico é mais propensa a ter uma atitude positiva em relação a
esse grupo.

 Experiência direta: a experiência direta com uma determinada questão ou tópico de


interesse público pode ajudar a mudar as atitudes. Por exemplo, uma pessoa que participa
de uma manifestação contra uma determinada política é mais propensa a ter uma atitude
negativa em relação a essa política.

A importância das atitudes de opinião pública

As atitudes de opinião pública são importantes porque podem influenciar a sociedade


de diversas maneiras. Elas podem influenciar as decisões dos governos, as políticas
públicas e o comportamento das pessoas.

Por exemplo, se a opinião pública é favorável a uma determinada política, é mais


provável que o governo a implemente. Da mesma forma, se a opinião pública é contrária a
uma determinada política, é mais provável que o governo a mude ou a elimine.

As atitudes de opinião pública também podem influenciar o comportamento das


pessoas. Por exemplo, se a opinião pública é negativa sobre uma determinada empresa, as
pessoas podem ser menos propensas a comprar seus produtos ou serviços.

Portanto, é importante compreender as atitudes de opinião pública e como elas podem


influenciar a sociedade.

3
Grupos E Instituições Diferença Entre Grupo E Instituições

Grupos E Instituições Diferença


Entre Grupo E Instituições

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Grupos E Instituições Diferença Entre Grupo E Instituições

Grupos e instituições

Grupos e instituições são dois conceitos importantes na sociologia. Ambos se referem a


grupos de pessoas, mas existem algumas diferenças importantes entre eles.

Grupos

Os grupos são conjuntos de pessoas que interagem entre si e compartilham algum tipo
de identidade ou objetivo comum. Eles podem ser grandes ou pequenos, formais ou
informais, e podem ter uma variedade de propósitos.

Alguns exemplos de grupos incluem:

 Famílias

 Amigos

 Equipes esportivas

 Clubes sociais

 Associações profissionais

 Partidos políticos

Os grupos são importantes porque fornecem às pessoas um senso de identidade,


suporte social e oportunidades de interação social. Eles também podem desempenhar um
papel importante na sociedade, contribuindo para a ordem social e a cultura.

Instituições

As instituições são organizações sociais que desempenham funções essenciais na


sociedade. Elas são estabelecidas para atender às necessidades sociais básicas, como
educação, saúde, segurança e justiça.

Alguns exemplos de instituições incluem:

 Família

 Escola

 Governo

 Igreja

 Empresa

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Grupos E Instituições Diferença Entre Grupo E Instituições

 Hospital

As instituições são importantes porque fornecem às pessoas os recursos e serviços de


que precisam para viver. Elas também ajudam a manter a ordem social e a promover a
estabilidade.

Diferenças entre grupos e instituições

A principal diferença entre grupos e instituições é que os grupos são formados


espontaneamente, enquanto as instituições são criadas intencionalmente. Os grupos são
geralmente mais flexíveis e adaptáveis do que as instituições, que tendem a ser mais
hierárquicas e burocráticas.

Outras diferenças entre grupos e instituições incluem:

 Tamanho: Os grupos geralmente são pequenos, enquanto as instituições podem ser


grandes ou pequenas.

 Formalidade: Os grupos podem ser formais ou informais, enquanto as instituições são


geralmente formais.

 Objetivos: Os grupos podem ter uma variedade de objetivos, enquanto as instituições


geralmente têm objetivos específicos.

 Duração: Os grupos podem ser de curta ou longa duração, enquanto as instituições


geralmente são de longa duração.

Relação entre grupos e instituições

Grupos e instituições estão frequentemente interligados. Os grupos podem formar


instituições, como um grupo de amigos que decide criar uma empresa. As instituições
também podem formar grupos, como uma escola que forma equipes esportivas.

Os grupos e instituições podem ter um impacto mútuo. Os grupos podem influenciar as


instituições, pressionando-as a mudar ou adaptar suas políticas e práticas. As instituições
também podem influenciar os grupos, moldando suas atitudes e comportamentos.

Em conclusão, grupos e instituições são dois conceitos importantes na sociologia.


Ambos se referem a grupos de pessoas, mas existem algumas diferenças importantes entre
eles. Grupos são formados espontaneamente, enquanto instituições são criadas
intencionalmente. Grupos são geralmente mais flexíveis e adaptáveis do que instituições,
que tendem a ser mais hierárquicas e burocráticas. Grupos e instituições estão
frequentemente interligados e podem ter um impacto mútuo.

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O Papel De Grupo Na Instituição

O Papel De Grupo Na Instituição

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O Papel De Grupo Na Instituição

O papel do grupo na instituição

O papel do grupo na instituição é complexo e dinâmico. Os grupos podem desempenhar


uma variedade de funções nas instituições, incluindo:

 Atender às necessidades sociais básicas: Os grupos podem fornecer às pessoas um


senso de identidade, suporte social e oportunidades de interação social. Isso é
particularmente importante nas instituições que atendem a pessoas que estão em situações
vulneráveis, como crianças em abrigos ou idosos em asilos.

 Promover a aprendizagem e o desenvolvimento: Os grupos podem fornecer


oportunidades para as pessoas aprenderem novas habilidades e conhecimentos. Isso pode
ser importante nas instituições que se concentram na educação ou no treinamento, como
escolas ou empresas.

 Resolver problemas e tomar decisões: Os grupos podem ser eficazes na resolução de


problemas e na tomada de decisões complexas. Isso pode ser importante nas instituições
que precisam tomar decisões que afetam o bem-estar de muitas pessoas, como governos ou
organizações sem fins lucrativos.

 Promover a mudança social: Os grupos podem ser um catalisador para a mudança


social. Eles podem pressionar as instituições a mudar suas políticas e práticas, ou podem
criar novas instituições para atender às necessidades não atendidas.

O papel do grupo na instituição pode variar dependendo do tipo de instituição. Por


exemplo, os grupos desempenham um papel mais importante nas instituições que são
voltadas para as pessoas do que nas instituições que são voltadas para os bens. Os grupos
também desempenham um papel mais importante nas instituições que são flexíveis e
adaptáveis do que nas instituições que são hierárquicas e burocráticas.

Aqui estão alguns exemplos específicos do papel do grupo na instituição:

 Em uma escola, os grupos de trabalho podem ajudar os alunos a aprender novos


conceitos e habilidades.

 Em um hospital, os grupos de apoio podem fornecer suporte social aos pacientes e


seus familiares.

 Em uma empresa, os grupos de trabalho podem ajudar a resolver problemas e tomar


decisões.

 Em um governo, os grupos de interesse podem pressionar o governo a mudar suas


políticas.

Em conclusão, os grupos desempenham um papel importante nas instituições. Eles


podem ajudar a atender às necessidades sociais básicas, promover a aprendizagem e o
desenvolvimento, resolver problemas e tomar decisões, e promover a mudança social.

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Reforma Psiquiátrica E Política Nacional De Saúde Mental

Reforma Psiquiátrica E Política


Nacional De Saúde Mental

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Reforma Psiquiátrica E Política Nacional De Saúde Mental

Reforma Psiquiátrica E Política Nacional De Saúde Mental

A humanidade conviveu com a loucura durante séculos e, antes que ela se tornasse um assunto
primordialmente médico, os loucos viviam no imaginário popular de várias maneiras. Do ridículo e da
zombaria à possessão demoníaca, passando pelo ostracismo por não se enquadrar nas diretrizes mo-
rais vigentes, há um mistério enlouquecedor que ameaça o saber emergente do homem. Durante o
Renascimento, a separação dos loucos fazia-se expulsando-os dos muros das cidades europeias, e o
seu aprisionamento era uma prisão móvel: eram condenados a andar de povoado em povoado ou co-
locados em navios que vagavam sem destino no tumulto do mar, que por acaso chega a algum porto.

Desde a Idade Média, no entanto, existem loucos em grandes asilos e hospitais para todos os
tipos de indesejáveis - doentes, doentes com doenças venéreas, mendigos e libertinos. Os mais vio-
lentos eram acorrentados nessas instituições; alguns foram autorizados a sair para mendigar. Conside-
rado o pai da psiquiatria no século XVIII, Phillippe Pinel propôs uma nova forma de tratar os loucos,
libertando-os de suas correntes e transferindo-os para asilos destinados apenas a doentes mentais.
Diferentes experiências e métodos de tratamento são desenvolvidos e difundidos por toda a Europa.

O tratamento preconizado por Pinel nos manicômios baseia-se principalmente na reeducação do


louco, no respeito às normas e na prevenção de comportamentos inadequados. Para Pinel, o papel
disciplinador do médico e do asilo deve ser exercido com firmeza, mas com gentileza. Significa basica-
mente um caráter moral com o qual a loucura é revestida. Com o tempo, porém, a abordagem moral
de Pinel mudou e foi esvaziada das ideias originais do método. As idéias corretivas sobre o comporta-
mento e os hábitos do paciente permanecem, mas como meio de criar ordem e disciplina institucio-
nal. Nos anos 1800, o tratamento para doentes mentais incluía procedimentos físicos como banhos
de chuveiro, banhos frios, chicotadas, máquinas giratórias e sangria.

Pouco a pouco, com o desenvolvimento das teorias orgânicas, uma doença considerada moral
passa a ser compreendida também como orgânica. No entanto, as técnicas de tratamento utilizadas
pelos orgânicos eram as mesmas dos proponentes da abordagem moral, significando que mesmo que
a compreensão da loucura seja diferente, devido aos achados experimentais da neurofisiologia e da
Neuroanatomia, a sujeição do louco permanece e entra no século 20. Na segunda m etade do século
XX, principalmente sob a liderança do psiquiatra italiano Franco Basaglia, iniciou-se a crítica radical e
a mudança no conhecimento, no tratamento e nas instituições psiquiátricas. Esse movimento tem ori-
gem na Itália, mas tem influência em todo o mundo e principalmente no Brasil.

Nesse sentido, iniciou-se o movimento contra a Luta Manicomial, que nasceu de uma ideia pro-
funda de proteger os direitos humanos e salvar a cidadania daqueles que sofrem de problemas de sa-
úde mental. Como coalizão dessa luta, surgiu um movimento pela reforma psiquiátrica que, ao invés
de condenar os manicômios como instituições de violência, oferece uma rede de serviços e estraté-
gias regionais e comunitárias profundamente solidárias, inclusivas e liberais.

No Brasil, esse movimento teve início no final da década de 1970 com a mobilização de profissi-
onais de saúde mental e familiares de pacientes com problemas de saúde mental. Este movimento
insere-se no contexto da redemocratização do país e da mobilização política e social ocorrida à época.
2
Reforma Psiquiátrica E Política Nacional De Saúde Mental

Acontecimentos importantes como a intervenção e fechamento da Clínica Anchieta em Santos/SP e o


projeto de lei do então vice-presidente Paulo Delgado nº.4

Em 1990, o Brasil assinou a Declaração de Caracas, que propunha a reestruturação da assistência


psiquiátrica e, em 2001, foi aprovada a Lei Federal nº 10.216, que trata da proteção e dos direitos das
pessoas com transtorno mental e reorienta o modelo de tratamento na saúde mental. Esta lei tem
origem na política de saúde mental, que visa essencialmente assegurar o tratamento dos doentes
mentais em serviços substitutivos dos hospitais psiquiátricos, contrariando assim a lógica do interna-
mento de longa duração, em que o doente é tratado isoladamente da vida com a família e a soci e-
dade. Tamanho

A política de saúde mental do Brasil promove a redução planejada de leitos psiquiátricos de


longa permanência e incentiva que as internações psiquiátricas ocorram em hospitais gerais, se ne-
cessário, e que sejam de curta duração. Além disso, essa política visa criar uma rede de diferentes
unidades que permitam o tratamento de pacientes de saúde mental em sua região, a remoção de pa-
cientes de longa permanência de hospitais psiquiátricos e atividades que permitam a reabilitação psi-
cossocial por meio do trabalho, da cultura e do lazer. . .

A exposição fotográfica aqui apresentada traz o poder documental das imagens para provar com
palavras que mudar o modelo de atenção às pessoas com problemas de saúde mental não é apenas
possível e possível, mas também real e acontecendo. A Coordenação Nacional de Saúde Mental do
SUS e o Programa de Humanização (ambos do Ministério da Saúde) colaboraram para o registro do
cotidiano, histórias e trajetórias de vida de 24 casas de Barbacena/MG, onde residem pacien tes psi-
quiátricos de longa permanência abandono em abrigos, personagens mais que impossíveis. Antes pri-
vados de sua identidade, do direito básico à liberdade e da capacidade de possuir bens pessoais (os
poucos que foram obrigados a carregar em seus corpos), eles agora vivem. São personagens da ci-
dade: transeuntes no meio urbano, vizinhos, trabalhadores e também turistas, estudantes e artistas.
Eles compõem e compõe novas músicas no mundo.

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Políticas Públicas Da Saúde Mental No Brasil (Implantação E Legislações)

Políticas Públicas Da Saúde


Mental No Brasil (Implantação E
Legislações)

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Políticas Públicas Da Saúde Mental No Brasil (Implantação E Legislações)

Tabu e informação

O senador Romário (Podemos-RJ) lembrou que durante muito tempo falar sobre saúde
mental foi um tabu. Segundo o parlamentar, hoje é mais compreensivo dialogar sobre
doenças que afetam a mente. Com isso, Romário ressaltou a importância de campanhas
informativas para prevenção de doenças mentais.

— A depressão, por exemplo, tem atingido um número bastante elevado de pessoas.


Sendo fundamental que as pessoas procurem ajuda para ter uma vida mais saudável, tanto
socialmente como fisicamente. Cuidar e prevenir são coisas que só podem ser feitas quanto
temos um nível de informação necessária sobre o problema, por isso, campanhas
informativas e debates públicos são fundamentais — afirmou.

O senador é autor de um projeto que altera a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (LBI - Lei nº 13.146, de 2015) para permitir o reconhecimento de pessoas com
doenças mentais como pessoas com deficiência (PL 4.687/2020).

O parlamentar argumentou que pessoas com doenças mentais enfrentam barreiras em


função de sua condição psicossocial e que, muitas vezes, são equiparadas àquelas com
deficiência intelectual e acabam sendo vítimas de preconceitos e dificuldades de
compreensão, impedindo sua inclusão na sociedade. O parlamentar explicou que apesar de
não serem sinônimos, a doença mental e a deficiência intelectual são condições que podem
coexistir nas pessoas.

— Isso leva ao isolamento e à marginalização de pessoas com esquizofrenia,


depressão e ansiedade severas, transtorno bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo severo,
síndrome de Tourette e diversas outras condições. É preciso não confundir doenças e
deficiências, mas a avaliação biopsicossocial pode identificar se uma pessoa com doença
mental também deve ser considerada pessoa com deficiência, conforme encontre barreiras à
sua plena inclusão — enfatizou.

Programa para acolhimento

Outra proposta em análise no Senado, direcionada para pessoas com doenças mentais,
prevê a criação de um programa específico para acolhimento de pessoas que estão em
sofrimento emocional por causa do isolamento social, causado pela pandemia da covid-19. O
PL 2.083/2020 é do senador Acir Gurgacz (PDT-RO).

O senador declarou que, durante a pandemia, o isolamento social tem causado muitos
problemas para a sociedade, por este motivo é necessário que o Sistema Único de Saúde
(SUS) disponibilize um atendimento especifico para cuidar do psicológico das pessoas.

— Nós precisamos cuidar do ser humano. Essa atenção ao atendimento emocional é de


fundamental importância para a população atravessar esse momento de pandemia — disse.

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Políticas Públicas Da Saúde Mental No Brasil (Implantação E Legislações)

Em pronunciamento, Gurgacz relatou que o isolamento social tem potencializado os


casos de sofrimento por conta do afastamento de familiares, amigos e principalmente, de
psiquiatras e psicólogos. O senador disse que os profissionais têm encontrado dificuldades
para ajudar a grande quantidade de pessoas que precisam de atendimento para cuidar da
saúde mental. Para ele, o programa vai preparar a população a se adaptar à nova realidade
de confinamento.

— A atenção às pessoas com abalo emocional deve ser intensificada, nesse momento,
pelo sistema de saúde pública, através de políticas e resposta aos efeitos negativos à saúde
mental. Entendo que o nosso Sistema Único de Saúde precisa estar pronto para esse
enfrentamento, para essas mudanças, para essa nova realidade do nosso Brasil. Os novos
tempos exigem novos comportamentos; um deles é cuidar da saúde mental — declarou o
senador.

Convício social

Para Paulo Paim (PT-RS), a saúde mental é um completo estado de bem-estar físico,
mental e social. O senador declarou que a saúde mental é peça fundamental para um
convívio social saudável, que proporciona interações individuais e coletivas com mais
qualidade.

— Se o indivíduo se apresenta de maneira estável e harmoniosa para a sociedade ele


pode aplicar individualmente valores e virtudes positivos na construção da coletividade. As
políticas públicas para saúde mental têm que construir uma relação integrativa entre
promoção, prevenção e tratamento da doença. E falar sobre o assunto ajudar a evidenciar e
conscientizar — ressaltou.

Paim é autor do PL 4.364/2020 que cria a Política Nacional de Enfrentamento à Doença


de Alzheimer e outras demências. O texto determina que o Ministério da Saúde desenvolva
campanhas de orientação e conscientização em clínicas, hospitais públicos e privados,
postos de saúde, unidades básicas de saúde e unidades de pronto atendimento.

— É um projeto que articula áreas como: saúde, assistência social, direitos humanos,
educação, inovação e tecnologia. Vai na linha da construção de um Brasil com maior
promoção da cura da saúde mental e cuidados com os vulneráveis — explicou Paim.

O parlamentar declarou que o PL 4.364/2020 se trata de uma proposta que surgiu a


partir da sugestão apresentada por Leandro Minozzo, médico geriatra e professor do curso
de medicina.

“Tempos difíceis”

O aumento do estresse ocasionado pelo trabalho em casa, ou pela ausência dele,


também tem sido motivo de adoecimento da população, como destacou a senadora Mara
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Políticas Públicas Da Saúde Mental No Brasil (Implantação E Legislações)

Gabrilli (PSDB-SP). Ela observou que, além dos distúrbios mentais, como resultado direto
da interrupção de atividades, as pessoas sofrem também com o tédio, a fome; e até a falta
de remédios de alto custo para o tratamento de doenças crônicas.

— Vivemos tempos difíceis que tem acarretado vários problemas de ordem mental e
psicológica na população. A pandemia tem levado vidas, assim como o isolamento social tem
deixado sequelas emocionais nas pessoas ao redor do mundo. Aqui no Brasil a situação não
poderia ser diferente e essa é uma pauta que não pode ser negligenciada pelo poder
público. Muitos brasileiros estão desenvolvendo distúrbios mentais como resultado direto da
interrupção de suas atividades. Alguns não encontram suporte remoto no SUS para lidar com
o isolamento social — ressaltou.

Mara observou ainda que no mercado de trabalho, por exemplo, as empresas terão de
criar uma política interna para lidar com funcionários que cessarão o home office, mas que
estão mentalmente afetados por esse período.

— O novo normal, que é viver isolado, de repente, não deixará mais de sê-lo. Como se
reprogramar para voltar ao 'velho normal'? — Questionou.

A senadora é relatora do PLS 61/2017, de autoria do ex-senador Ronaldo Caiado, que


inclui entre os rendimentos isentos do Imposto de Renda os proventos recebidos por
portadores do mal de Alzheimer.

A parlamentar observou que existem muitos idosos isolados hoje caindo em depressão,
“porque não recebem mais visitas de familiares e, na maioria das vezes, não sabem utilizar a
tecnologia para se comunicar”. Segundo Mara, essas pessoas não têm plano de saúde e não
contam com uma assistência remota pública pensada nas dificuldades da terceira idade.

— Quando pensamos em pessoas com Alzheimer, todo apoio e recurso possíveis são
urgentes. Falamos de uma doença séria, que mexe, inclusive, com o psicológico de
familiares que acompanham os pacientes e vivem uma rotina de cuidados desgastante e
pesada financeiramente falando também. Nesse sentido, a aprovação do PLS 61/2017 é
muito importante — afirmou Mara Gabrilli.

Serviços durante a pandemia

Pesquisa realizada pela OMS revela os serviços de saúde mental diminuíram durante
pandemia, no qual apenas 7% dos 130 países participantes da pesquisa relataram que todos
seus serviços de saúde mental continuam funcionando normalmente, o que representa 9,1
países, e 93% (120,9 países) relataram serviços limitados durante crise causada pela covid-
19.

A organização revelou ainda que dos 1 bilhão de pessoas no mundo que possuem
transtornos mentais, cerca de 75% dos casos não são atendidos em países de renda média
ou baixa. Já em países de renda alta, essa porcentagem é de 50%.

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Políticas Públicas Da Saúde Mental No Brasil (Implantação E Legislações)

No Brasil, o governo federal lançou no final de agosto o Mentalize, um programa de


auxílio e cuidado à saúde mental. A ideia é promover saúde e bem-estar do brasileiro diante
da covid-19 e prevenir danos à saúde mental de todos os cidadãos. Em um primeiro
momento estão sendo realizadas palestras on-line sobre temas como ansiedade, depressão
e envelhecimento saudável. O programa do Ministério da Saúde tem objetivo de abordar
temas como prevenção ao suicídio e da automutilação; prevenção da gravidez na
adolescência; prevenção de drogas ilícitas e lícitas; e ética da vida.

O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) compartilhou em suas redes sociais que pesquisa
do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) aponta que 51% das pessoas sentiram um
impacto negativo na sua saúde mental por causa da pandemia da covid-19. O estudo revela
que o surto do novo coronavírus "agravou doenças mentais existentes, gerou novas doenças
e limitou ainda mais o acesso aos serviços de saúde mental".

“A pesquisa também indica que três em cada quatro pessoas consideram ser necessário
dar apoio aos trabalhadores da linha de frente de combate à pandemia, tais como
profissionais da saúde”, publicou.

Programas e políticas de saúde mental

O termo “saúde mental” se refere ao estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz


de usar suas próprias habilidades, se recuperar do estresse rotineiro, ser produtivo e
contribuir com a sua comunidade. Com o objetivo de proteger e recuperar a saúde mental
das pessoas, o país conta com algumas políticas nesse sentido.

A Lei 10.216, de 2001 é a principal referência legal sobre a proteção e os direitos das
pessoas portadoras de transtornos mentais. A lei estabelece que o paciente tem o direito à
assistência de saúde de acordo com suas necessidades.

No SUS, existem serviços de saúde para atendimento às pessoas que precisam de


cuidados e tratamentos psicológicos. Entre eles, a Política Nacional de Saúde Mental, Álcool
e Outras Drogas, do Ministério da Saúde, estabelece diretrizes e estratégias que organizam
a assistência às pessoas que necessitam de tratamentos e cuidados específicos em saúde
mental.

A Rede de Atenção Psicossocial (Raps), instituída em 2011, prevê a criação, a


ampliação e a articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou
transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas
no âmbito do SUS.

Também existem os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que são instituições


brasileiras que visam à substituição dos hospitais psiquiátricos e prestam serviços
especializados em saúde mental nas comunidades, sem a necessidade de encaminhamento
para os pacientes serem acolhido neste serviço.

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Políticas do SUS

Políticas do SUS

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Políticas do SUS

Composição do SUS

• União:

A saúde federal é administrada pelo Ministério da Saúde. O governo federal é o


principal financiador da rede nacional de saúde. O Ministério da Saúde elabora políticas
nacionais de saúde, que são pactuadas e implementadas em colaboração com estados e
municípios. O governo federal também tem a atribuição de desenhar, padronizar, avaliar e
operar os instrumentos de monitoramento do SUS.

• Estados e Distrito Federal:

Estados possuem secretaria especial de saúde. O administrador estadual também deve


utilizar recursos próprios, também nos municípios, e investimentos mediados pelo sindicato.
Coordena e planeja o SUS em nível estadual de acordo com a regulamentação federal. Os
líderes estaduais são responsáveis pela gestão da saúde em sua região.

• Municípios:

Responsáveis pela implementação de recursos e serviços de saúde em sua região. O


gestor comunitário deve utilizar tantos recursos próprios quanto repassados pelo sindicato e
pelo estado. O município formula sua própria política de saúde e também é um dos parceiros
na implementação da política nacional e estadual de saúde. Coordena e planeja o SUS no
nível municipal de acordo com as normas federais.

Pandemia e o Legado do SUS

Diante da maior crise sanitária da história mundial, a pandemia de Covid -19, o SUS
passou por ampla reestruturação e reforçou o controle epidemiológico. O Brasil iniciou a pro-
dução de vacinas com o Ingrediente Farmacêutico Ativo Nacional (IFA), o que garantiu o pro-
cesso de inclusão tecnológica, garantindo a autossuficiência da produção nacional.

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Política Do Sistema Único De Assistência Social

Política Do Sistema Único De


Assistência Social

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Política Do Sistema Único De Assistência Social

A Política Nacional de Assistência Social (PNAS)

A Política Nacional de Assistência Social (PNAS) é um conjunto de diretrizes e


princípios que orientam a organização e a operacionalização do Sistema Único de
Assistência Social (SUAS). Ela foi instituída pela Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e
regulamentada pelo Decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007.

A PNAS tem como objetivo promover a universalização do acesso aos serviços,


benefícios e programas de assistência social, garantindo o direito à proteção social e a
inclusão social de toda a população brasileira. Para isso, ela estabelece os seguintes
princípios:

 Universalidade: a assistência social é direito de toda a população, independentemente


de sua condição socioeconômica.

 Integralidade: a assistência social deve atender a todas as necessidades básicas do


cidadão, incluindo a proteção social básica e a proteção social especial.

 Equidade: a assistência social deve ser prestada de forma justa e igualitária,


considerando as necessidades específicas de cada pessoa ou grupo.

 Descentralização: a gestão da assistência social deve ser descentralizada, com a


participação dos entes federados, da sociedade civil e da população usuária.

 Prestação de serviços de qualidade: os serviços, benefícios e programas de


assistência social devem ser prestados com qualidade e eficiência.

A PNAS organiza a assistência social em dois níveis de proteção:

 Proteção Social Básica: é destinada à população em situação de vulnerabilidade


social, com o objetivo de prevenir o agravamento das situações de risco e de fortalecer os
vínculos familiares e comunitários.

 Proteção Social Especial: é destinada à população em situação de vulnerabilidade


social e risco social, com o objetivo de garantir a proteção social e a inclusão social.

A PNAS também estabelece as seguintes modalidades de serviços, benefícios e


programas de assistência social:

 Serviços de Proteção Social Básica: são ofertados de forma universal, com o objetivo
de prevenir o agravamento das situações de risco e de fortalecer os vínculos familiares e
comunitários. Alguns exemplos de serviços de proteção social básica são:

o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS)

o Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (CREAS)

o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF)

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Política Do Sistema Único De Assistência Social

o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV)

 Benefícios de Proteção Social Básica: são ofertados de forma universal, com o


objetivo de garantir a proteção social e a inclusão social. Alguns exemplos de benefícios de
proteção social básica são:

o Benefício de Prestação Continuada (BPC)

o Programa Bolsa Família

o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem Urbano)

 Serviços de Proteção Social Especial: são ofertados de forma seletiva e contributiva,


com o objetivo de garantir a proteção social e a inclusão social. Alguns exemplos de serviços
de proteção social especial são:

o Serviço de Acolhimento Institucional

o Serviço de Acolhimento Familiar

o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI)

o Serviço de Proteção Social a Pessoas com Deficiência, Idosos e suas Famílias


(SPED)

 Benefícios de Proteção Social Especial: são ofertados de forma seletiva e contributiva,


com o objetivo de garantir a proteção social e a inclusão social. Alguns exemplos de
benefícios de proteção social especial são:

o Benefício de Prestação Continuada (BPC)

o Programa Bolsa Família

o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem Urbano)

A PNAS é um instrumento fundamental para a garantia do direito à proteção social e à


inclusão social de toda a população brasileira. Ela estabelece os princípios e diretrizes que
orientam a organização e a operacionalização do SUAS, garantindo a universalização do
acesso aos serviços, benefícios e programas de assistência social.

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