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2. Rotinas-chave.
- Observando: 10 vezes 2.
- Conversa de papel.
4. Referências.
Uma vez que você conheça as diferentes rotinas de pensamento e as formas de pensar que elas
promovem, você poderá selecionar aquelas mais apropriadas para o seu objetivo de aprendizagem.
Para os(as) estudantes, o pensamento ficará mais estruturado, compreensível e visível, sendo
utilizado como evidência de aprendizagem.
Dicas: selecionar algumas poucas rotinas de pensamento e usá-las de forma contínua e flexível é
preferível a escolher várias rotinas, pois isso ajuda a fortalecer as formas específicas de cada uma
delas. Além disso, sua aplicação não deve ser vista como apenas uma atividade a ser preenchida,
pois as discussões e conexões de pensamento são vivas, de modo que a sua profundidade
depende de quem participa e de quem faz a mediação de cada rotina de pensamento.
As pesquisas educacionais conduzidas pelo Project Zero mostram que, quando criamos
oportunidades desafiadoras para os(as) estudantes, eles(as) desenvolvem a habilidade de focar no
processo de aprendizagem, e não no resultado final. E as rotinas de pensamento apresentam
evidências de aprendizagem ao longo desse processo.
Por isso, estudantes expostos(as) às práticas de pensamento visível de forma consistente ao longo
do tempo são capazes de aplicar e desenvolver as diferentes formas de pensamento necessárias
para construir uma compreensão de vários conceitos (Ron Ritchhart e Mark Church, The Power of
Making Thinking Visible, 2020).
Outras adaptações incluem trocar a escrita por desenhos e escrita espontânea ou mediar a rotina
para que a troca seja feita de forma oral, incentivando o trabalho com as habilidades de
comunicação. Ao perceberem as próprias reflexões sobre as exposições dos(as) colegas e tendo de
se expressar a respeito de forma compreensível, as crianças têm a oportunidade de desenvolver
essas habilidades de maneira rica e efetiva. As rotinas de pensamento também usam
questionamentos para o desenvolvimento do pensamento crítico e criativo das crianças, além de
contribuir para o despertar da curiosidade.
Entenda que este é um processo que Seja paciente, consistente e experimente coisas novas.
leva tempo. Só por tentar você já está fazendo a diferença.
Rotina de
Sugestões de uso G2 G3 G4 G5
pensamento
Concentrar-se para fazer observações
Observando: 10 vezes 2
cuidadosas e ir além das impressões mais x x x x
Ouvindo: 10 vezes 2
óbvias.
Rotinas-chave
As rotinas-chave são sugeridas para qualquer conteúdo, de qualquer segmento do Geekie One.
Isso porque quando as rotinas-chave são aplicadas regularmente elas acabam se tornando um
hábito de pensamento e comportamento. É na Educação Infantil que começamos a usar algumas
das rotinas-chave com as crianças: Ver, pensar e perguntar e O que faz você pensar assim?.
Utilizemos como exemplo a rotina de pensamento O que faz você pensar assim?: uma criança que
observa o interesse de sua professora em saber como suas explicações e opiniões foram elaboradas
percebe que constantemente seu pensamento é valorizado. Com o tempo, essa criança ganhará
facilidade em raciocinar e fazer explicações com base em evidências sem a necessidade da
facilitação do professor(a). O que faz você pensar assim? é uma rotina de pensamento simples de
aplicar, mas muito poderosa em sua intencionalidade pedagógica.
Lembre-se de que as rotinas variam em sua complexidade e dependendo da faixa etária, algumas
podem exigir mais orientação do que outras. Além disso, fazemos adaptações para garantir que as
rotinas escolhidas permitam que as crianças construam seu pensamento de forma significativa e
adequada ao seu desenvolvimento.
Introdução e
Ver, pensar e perguntar Descrever, interpretar e perguntar.
exploração
O que é?
Essa rotina incentiva observações cuidadosas e interpretações bem pensadas com base em
evidências, além de despertar a curiosidade.
Use essa rotina é usada na introdução de um assunto para motivar o interesse da turma e
capturar o conhecimento prévio das crianças. Utilize imagens, vídeos ou objetos significativos para
a turma, que contribuam para a oportunidade de criarem interpretações que não sejam óbvias
logo à primeira vista.
Passo a passo
Peça às crianças que façam observações sobre um objeto (por exemplo, pode ser uma obra de
arte, uma imagem, um artesanato ou até mesmo um assunto) e siga com uma conversa sobre as
reflexões feitas, abordando uma pergunta de cada vez. À medida que as crianças vão
respondendo, usando como base as três perguntas principais, a própria rotina e a construção do
pensamento ficam mais completas (Eu vejo… Eu penso… O que seria…).
As crianças podem expor seu pensamento individualmente, discutir cada passo da rotina em
duplas ou em pequenos grupos, baseando-se no pensamento dos(as) outros(as), com mediação
do(a) professor(a). Convide as crianças para compartilhar suas ideias e/ou as ideias de seu grupo.
No passo ver, peça à turma que liste apenas as coisas que vê, de forma descritiva, sem fazer
interpretações. São todos aqueles elementos que podem ser vistos e apontados com o dedo ou
indicados pessoalmente.
Lembre-se: a rotina pode pedir adequações devido à sua complexidade, para atender as
especificidades das turmas da Educação Infantil.
No passo pensar, peça à turma que diga o que acha que está acontecendo no objeto de estudo,
mostrando as relações entre as personagens e os elementos que aparecem. É importante que
o(a) professor(a) priorize as interpretações de forma livre, para depois, se necessário, fazer
perguntas de forma mais direcionada. Para ajudar as crianças a elaborarem seu raciocínio, o(a)
professor(a) poderá apoiá-las com algumas frases estruturadas, como
Todo pensamento que as crianças compartilham deve ser valorizado e tido como importante.
Quando uma criança fizer uma observação, encoraje-a a justificar suas interpretações (O que faz
você pensar assim?), para ter mais evidências da forma de pensar de cada uma.
E, por último, no passo perguntar, peça à turma que crie perguntas ou questionamentos com
base em suas reflexões do passo anterior. É possível dar dicas para que as crianças possam fazer
perguntas utilizando quem, como, o que e quando.
Importante: as perguntas não têm respostas certas e podem ser criadas conforme as
curiosidades de cada uma das crianças. Se ainda assim as crianças tiverem dificuldade, o(a)
professor(a) pode sugerir perguntas para ajudá-las, por exemplo: “se a pintora do quadro
estivesse aqui, o que você perguntaria para ela?”; “que perguntas você faria para essa
personagem?”.
O próprio diálogo em cada passo da rotina fornece evidências do aprendizado de cada criança.
Suas respostas podem ser registradas por escrito com o apoio do(a) professor(a), de modo que a
turma tenha um painel de observações, interpretações e perguntas. Também é possível pedir que
façam os registros com desenhos!
Quando o(a) professor(a) atua como escriba e deixa em evidência esses registros, as crianças
conseguem fazer conexões e até identificam a anotação que se refere à sua contribuição. Isso
permite maior proximidade com palavras e letras, auxiliando no processo da alfabetização.
Os resultados dessa experiência certamente serão surpreendentes!
Na investigação “A festa é nossa! O que fazer para organizar uma festa?”, a turma do G4 da
Educação Infantil observa uma imagem escolhida pelo(a) professor(a). E, na sequência, o(a)
professor(a) executa a rotina de pensamento passo a passo, obtendo as seguintes respostas:
O(A) professor(a) realiza a mediação convidando as crianças para a atividade: “Turma, agora
vamos olhar atentamente essa imagem…”
2. O que essa imagem faz você pensar? O que você pensa que as crianças estão
fazendo? O que faz você pensar assim?
É um aniversário. Uma das crianças está fazendo 6 anos. Elas estão felizes porque tem presente
em festa de aniversário.
3. Que perguntas vêm à sua mente ao observar a imagem? Imagine que você está com
essas crianças. O que você perguntaria sobre a atividade que elas estão realizando?
A intenção do(a) professor(a) era que as crianças observassem a imagem, conseguissem pensar
e descrever elementos que são característicos de uma festa de aniversário, além de fazer
conexões com sua própria experiência de vida. Com as perguntas, buscou-se aprofundar a
reflexão sobre o que compunha a festa. A partir dessas discussões, o(a) professor(a) conseguiu
que as próprias crianças trouxessem ideias sobre o que seria necessário para organizar uma festa
de aniversário.
O(A) professor(a) também utilizou as observações e os questionamentos gerados na rotina de
pensamento para realizar o primeiro registro da vivência no portfólio, evidenciando como as
crianças construíram suas primeiras ideias sobre a festa com seus próprios conhecimentos.
O que é?
Ela pode ser utilizada em qualquer momento em que as crianças exponham sua opinião, seu
pensamento ou sua interpretação de alguma temática ou questão. Quando o(a) professor(a) faz
uso dessa rotina, fortalece uma cultura em que a construção do pensamento é valorizada e
permite ter mais evidências de aprendizagem.
Passo a passo
Fique atento(a) com as discussões que estão acontecendo com a turma e observe em que
momento essa rotina pode ajudar a tornar explícito um raciocínio.
1. Pergunte à turma (ou criança) “O que faz você pensar assim?”, para ajudar cada criança
a construir suas explicações.
2. Se necessário, utilize uma segunda pergunta: “Com base em que você pensou isso?”, para
que as crianças possam construir seus argumentos.
Essa rotina solicita às crianças que descrevam algo como um objeto ou conceito, e que façam
interpretações tendo como base essas evidências. A natureza flexível dessas perguntas torna-as
úteis na observação de objetos como obras de arte, artefatos históricos, obras de arte, mas elas
também podem ser usadas para explorar poemas, fazer observações, levantar hipóteses
científicas ou investigar ideias mais conceituais (ex.: família).
A pergunta “o que faz você pensar assim?” também pode ser utilizada para complementar os
passos de outras rotinas. Ela pode ser aplicada oralmente ou de forma escrita com o apoio do(a)
professor(a).
A rotina pode ser adaptada a qualquer contexto e ajuda a coletar informações sobre o
entendimento geral das crianças a respeito de um novo tópico ou conceito. Quando utilizada em
uma discussão, a rotina pode ser utilizada para aprofundar o pensamento e mostrar para o(a)
professor(a) as concepções e ideias que estão sendo construídas.
Nessa vivência, a proposta é que as crianças analisem as imagens e os símbolos ilustrados nas
embalagens dos alimentos para descobrir quais pistas eles fornecem em relação a quanto o
alimento é ou não saudável.
Como o(a) professor(a) estava interessado(a) em saber os critérios utilizados pelas crianças e
como elas chegaram à conclusão de que o alimento era saudável ou não, a rotina de pensamento
O que faz você pensar assim? foi uma boa forma de evidenciar o raciocínio delas. Além disso,
quando as crianças são capazes de contar o que pensaram, muitas vezes conseguem fortalecer
as conexões que fizeram e torná-las visíveis para si mesmas. Isso as ajuda a se perguntar, em seu
dia a dia, se o alimento que escolhem, mesmo fora da escola, compõe ou não uma alimentação
saudável.
O que é?
Essa rotina ajuda as crianças a fazerem observações cuidadosas e, a partir delas, conhecer e
compartilhar seus sentimentos, além de incentivar sua curiosidade.
No passo sentir, você pode ajudar as crianças sugerindo uma estrutura de frase como “Quando
eu vejo……., sinto…..”. Uma variação é pedir que as crianças tentem fazer um exercício de empatia,
ao imaginar por exemplo o que uma personagem da história poderia estar sentindo.
Por último, no passo perguntar, peça à turma que crie perguntas ou questionamentos com base
em suas reflexões do passo anterior. É possível dar dicas para que as crianças possam fazer
perguntas utilizando quem, como, o que e quando.
Importante: as perguntas não têm resposta certa e podem explorar a curiosidade de cada
criança. O(A) professor(a) também pode ajudar as crianças na elaboração dos questionamentos,
por exemplo: “que perguntas você faria para a pessoa que organizou essa festa?; “se a pintora do
quadro estivesse aqui, o que você perguntaria para ela?”; “que perguntas você faria para essa
personagem?”.
É possível dar dicas para que as crianças façam perguntas que utilizem quem, como, o que e
quando. O importante é saber o momento de fazer essa mediação com dicas. Recomendamos
que o(a) professor(a) incentive e valorize o pensamento espontâneo de cada criança, antes de
intervir com alguma ajuda.
O que é?
Essa rotina ajuda as crianças a se concentrar para fazer observações cuidadosas e detalhadas,
incentivando-as a ir além das primeiras impressões e características óbvias.
Passo a passo
1. Olhe para a imagem ou o objeto em silêncio por pelo menos 30 segundos. Deixe seus
olhos vagarem, passeando por cada detalhe da imagem.
2. Liste 10 palavras ou frases sobre quaisquer aspectos da imagem.
3. Repita o primeiro e o segundo passo: olhe para a imagem novamente e tente adicionar
mais 10 palavras ou frases à sua lista.
Para turmas com crianças mais novas, sugerimos também algumas adaptações nos comandos,
para que a rotina de pensamento seja feita principalmente de forma oral.
1. Olhe a imagem em silêncio. (O tempo é cronometrado pelo(a) professor(a)).
2. Fale algumas palavras sobre o que você observa na imagem.
3. Repita o primeiro e o segundo passo: olhe para a imagem novamente e tente dizer novas
palavras.
Para que a rotina seja interessante, escolha uma imagem ou um objeto que tenha vários
elementos que possam ser observados. Não devemos utilizar algo óbvio e que podemos entender
olhando para ele apenas uma vez.
Você pode experimentar com a sua turma diferentes formas de iniciar a rotina:
- Convide as crianças para que, em silêncio, deem uma primeira olhada no objeto de
estudo. Isso ajuda a evitar que as crianças comecem a descrever o objeto sem deixar um
tempo para a observação individual.
- Ofereça um desafio: as crianças precisam listar ou escrever em segredo 10 itens que
conseguem observar.
Sobre a listagem de itens, existem algumas dinâmicas que você pode considerar:
- O(A) professor(a) pode atuar como escriba registrando as ideias da turma, de modo que
se produza um painel de observações coletivas.
- As próprias crianças fazem a listagem com 10 desenhos e escritas do que observaram.
Para repetir os passos 1 e 2, considere ajudar as crianças oferecendo novos olhares que ajudem
a fazer observações mais profundas: o que mais pode ser observado? Quais cores, formatos e
linhas podemos observar?
Essa rotina é especialmente útil para ajudar as crianças a desenvolverem uma linguagem
descritiva.
As observações das crianças evidenciam o seu aprendizado com as nuances que elas são
capazes de identificar. Ao compartilhar o que cada pessoa observou, peça que as outras crianças
também identifiquem o elemento que seu(sua) colega observou. Isso incentiva a turma a fazer
conexões com o pensamento de outras pessoas e a identificar padrões ou temas comuns.
As crianças da turma 5 da educação infantil estão trabalhando na vivência “Uma obra de arte
saborosa…”, que faz parte da investigação Detetives de alimentos.
Vertumnus, de Giuseppe Arcimboldo, 1591. Óleo sobre painel, 700 mm x 580 mm. Castelo de Skokloster, Habo, Suécia.
Para iniciar uma discussão sobre alimentação saudável, o(a) professor(a) perguntou para as
crianças se elas já tinham visto uma comida tão bonita que pudesse lembrar uma obra de arte.
Perguntou também se elas já tinham visto comidas com formato que lembrasse algum desenho,
bichinhos etc.
Na troca mediada pelo professor(a), as crianças descobriram que o capim que tinham visto no
quadro, na verdade, era trigo!
No diálogo, as crianças fizeram conexões com o momento inicial do encontro, no qual o(a)
professor(a) havia perguntado sobre a semelhança de alimentos com outras formas, expandindo
a criatividade da turma. Nesse diálogo, o(a) professor(a) pôde observar tanto os aprendizados
com relação a nomes de alimentos quanto as riquíssimas conexões que as crianças fizeram entre
a obra de arte apresentada e o diálogo do início da aula.
Ouvindo 10 vezes 2
“Ouvindo 10 vezes 2” é uma variação da rotina “Observando 10 vezes 2”. O mesmo passo a passo
é usado para a sua execução, porém, o objeto de aprendizagem será audível.
Conversa de papel
Formas de pensamento
A rotina promove a oportunidade das crianças raciocinarem, considerando ideias, questões ou
problemas. Em um segundo momento, elas fazem conexões com o pensamento de outras
pessoas.
O que é?
As crianças desenham ou utilizam a escrita espontânea para trazer seu pensamento a respeito de
Depois de esse trabalho ter sido realizado com todos os grupos, fica mais fácil socializar as
respostas com toda a turma. Use as anotações das folhas para auxiliar nas discussões, mas deixe
que as próprias crianças comecem apresentando e interpretando os registros.
Quando você já estiver confiante para aplicar essa rotina de pensamento, experimente:
- Para o passo de estabelecer conexão entre as ideias, as crianças podem trabalhar na folha
de papel do grupo e usar uma canetinha para desenhar linhas entre ideias semelhantes ou
um “x” em algo que pensam diferente.
- Utilize algumas folhas com diferentes sentenças em cada uma. Dessa forma, todas as
crianças fazem seus registros sobre o tema e as conexões são mais fortes porque surgem
padrões.
Na folha de cada grupo, ela escreveu em letras grandes a seguinte pergunta: ONDE PODEMOS
ENCONTRAR NÚMEROS? Então, deixou um tempo para que as crianças fizessem seus registros.
Observe como ficou a folha de um dos grupos:
Depois desse momento, o(a) professor(a) continuou a conversar com o grupo e pôde adicionar
algumas anotações sobre os desenhos:
O que é?
Essa rotina incentiva a criação de boas perguntas, fornecendo às crianças oportunidades para
desenvolver e praticar a elaboração de perguntas que auxiliam na investigação e na reflexão
sobre um tópico.
Passo a passo
Use essas “perguntas para começar” para ajudar as crianças a pensarem em perguntas
interessantes.
O(A) professor(a) fará a mediação do diálogo de forma coletiva, de modo que as crianças
conheçam as perguntas dos colegas e também tenham curiosidade em investigar possíveis
respostas.
O(A) professor(a), com mediação cuidadosa, poderá ajudá-las a escolher as perguntas que mais
despertam curiosidade e usá-las no desenvolvimento da investigação.
No começo, experimente fazer a rotina com a turma toda para que seja possível orientar e facilitar
a elaboração das perguntas. Você pode começar dando exemplos de uma pergunta: “O que
mudaria se a fruta não tivesse casca?” Então, peça que as crianças pensem em perguntas que
começam do mesmo jeito.
Quando elas já estiverem mais familiarizadas com a rotina, deixe um tempo para que trabalhem
em pequenos grupos ou individualmente para pensar em suas próprias perguntas utilizando os
diversos começos, antes de compartilhá-las com a turma.
Uma outra sugestão é que você, professor(a), seja a escriba e registre as ideias das crianças. Os
registros devem ser organizados de modo que as crianças consigam recorrer e identificar
facilmente suas perguntas. Para isso, é recomendado ao(à) professor(a) deixar esse material
exposto em um local de fácil acesso e com boa visibilidade para a turma.
Conforme a investigação caminhar, mais perguntas podem ser adicionadas à lista e a turma pode
anotar as descobertas sobre suas perguntas, percebendo que contribuíram no processo de
aprendizagem de algo novo.
Antes de propor a rotina de pensamento, o(a) professor(a) preparou a turma para iniciar uma
nova vivência. Ela explicou que elas poderiam imaginar que eram astronautas e fariam uma
grande viagem pelo espaço para investigar tudo o que quisessem.
Para começar essa investigação sobre o espaço, o(a) professor(a) disse que as crianças teriam
que pensar como astronautas e elaborar boas perguntas para ajudar em sua exploração no
espaço. Para isso, iniciou uma conversa com a turma sobre o que seria uma boa pergunta e
elencou elementos como: perguntas cujas respostas ainda não sabemos, que consideram nossas
curiosidades e coisas que queremos saber mais.
Depois dessa conversa, o(a) professor(a) apresentou em um cartaz boas formas para se começar
uma pergunta:
→ Por que… ?
→ E se… ?
→ Quais são os motivos… ?
→ Como seria se… ?
→ Imagine que… ?
→ E se soubéssemos… ?
→ O que mudaria se… ?
O(A) professor(a) deixou o cartaz pendurado na sala para que toda a turma pudesse retomar as
perguntas ao longo da investigação e encontrar respostas para suas curiosidades.
1. Making Thinking Visible (2011), por Ron Ritchhart, Mark Church e Karin Morrison.
3. The Power of Making Thinking Visible (2020), por Ron Ritchhart e Mark Church.