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PRIMEIRA INFÂNCIA
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Presidente
Ministro Luiz Fux
Conselheiros
Luiz Fernando Tomasi Keppen
Mário Augusto Figueiredo de Lacerda Guerreiro
Tânia Regina Silva Reckziegel
Flávia Moreira Guimarães Pessoa
Sidney Pessoa Madruga
Ivana Farina Navarrete Pena
André Luis Guimarães Godinho
Marcos Vinícius Jardim Rodrigues
Mário Henrique Aguiar Goulart Ribeiro Nunes Maia
Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho
Secretário-Geral
Valter Shuenquener de Araujo
Diretor-Geral
Johaness Eck
COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E
ORGANIZAÇÃO DO CURSO
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Aula 1 ‒ Andragogia ‒ Contribuições no processo
ensino-aprendizagem para o trabalho com adultos1
Introdução
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Elaborado por Janaína Rocha de Souza Leal, pedagoga.
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Você sabe o que é Andragogia?
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"Na educação convencional, os alunos se adaptam ao currículo oferecido, mas,
na educação de adultos, os alunos ajudam a elaborar os currículos [...]. Em
condições democráticas, a autoridade pertence ao grupo" (GESSNER, 1956, citado
em KNOWLES; HOLTON; SWANSON, 2011, p.52).
REFLEXÃO:
Como aluno do CNJ, consegue enxergar como,
durante o curso, esse conceito de Andragogia foi
utilizado?
Saiba mais:
Malcolm Knowles, pesquisador que ficou conhecido como pai da andragogia, é o
responsável por grande parte dos estudos e publicações do ensino ao adulto e publicou
o livro The modern practice of adult education, que tinha o subtítulo Pedagogy vs Andragogy e,
posteriormente, na segunda edição, foi alterado para From pedagogy to andragogy. Para maior
aprofundamento nas didáticas de ensino aos adultos, fica, como sugestão de leitura do autor, o
livro Fluxo Andragógico de Knowles. Por meio de seus estudos, Knowles apresenta seis princípios
fundamentais da andragogia, sendo eles: necessidade, autonomia, experiências prévias,
interatividade, orientação para aprendizagem e, por último, a reflexão ou a motivação.
Abordaremos cada um desses princípios na próxima seção.
Como multiplicador é muito importante que você visualize situações da infância em que as
práticas da Lei estejam sendo aplicadas na vida das crianças. Leia, a seguir, o relato de Knowles
(pai da andragogia). Observe com o olhar de multiplicador como foi a aplicação desses direitos
no trecho a seguir.
[...] nos envolvíamos em discussões sérias sobre todos os
tipos de temas, tais como o sentido da vida, o bem e o mal,
religião, política, sucesso, felicidade e tudo que uma criança
era curiosa em saber. Eu me lembro claramente que eu me
senti mais como um companheiro do que inferior ou mais
novo a ele. Após nossas conversas, o meu pai costumava
perguntar a minha opinião sobre o assunto, o que me fazia
sentir que ele respeitava o meu raciocínio. (Malcolm Knowles
falando sobre as conversas com o seu pai)
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Aplicando princípios andragógicos ao treinamento
A inquietação gera movimento, e essa é uma das principais formas de fazer que o
adulto vá atrás de conhecimento. Para isso, algumas indagações são fatores de motivação nessa
busca pelo saber. Os princípios fundamentais da andragogia abordam esses fatores
motivacionais que favorecem a aprendizagem do aluno adulto.
■ Necessidade
■ Autonomia
REFLEXÃO:
O ensino a distância, modalidade do curso que você está realizando, promove convicção de que
Knowles estava correto em suas colocações. Reflita: Como você se sente tendo a liberdade de
acessar os conteúdos de acordo com a própria gestão de tempo? Qual sentimento é gerado ao
final do curso EAD em que você se aprofundou para além das propostas colocadas?
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■ Experiências prévias
CURIOSIDADE:
Piaget define a assimilação como “uma integração a estruturas prévias, que podem
permanecer invariáveis ou são mais ou menos modificadas por esta própria integração, mas sem
descontinuidade com o estado precedente, isto é, sem serem destruídas, mas simplesmente
acomodando-se à nova situação”. (PIAGET, 1996, p. 13)
A importância dessa receptividade ao que está sendo proposto é a principal razão para
que o multiplicador faça dele um ensino significativo para o estudante. Dessa forma, a história
e o contexto de vida do aprendiz devem ser levados em consideração na elaboração do
conteúdo, na linguagem utilizada no material didático e nas abordagens linguísticas.
■ Interatividade
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■ Orientação para aprendizagem
■ A reflexão ou motivação
A motivação é a resposta dada ao porquê interno de cada um. O que move você? Esses
fatores podem ser extrínsecos, como salário, promoções, recompensas ou punições, ou
intrínsecos, fatores internos que levam ao movimento de mudança pessoal. A motivação
intrínseca é particular e, por isso, um fator singular. Para maior eficácia no processo de ensino-
aprendizagem, buscar a reflexão e a conscientização da motivação de cada aluno é essencial,
pois é ela que gera satisfação, aumento da autoestima, prazer e maior qualidade de vida.
Você já se perguntou o que move você? Quais são os fatores pessoais que fazem você
buscar esse conhecimento?
IMPORTANTE
Para buscar um novo conhecimento, precisamos ter clareza do porquê.
Ter autonomia para aprender.
Entender a aplicação prática do conhecimento.
Conseguir conectar o novo saber com nossa história de vida.
Querer aprender de forma voluntária.
Solucionar problemáticas a partir da aprendizagem.
Estar motivado a aprender.
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Papel dos multiplicadores: função e competências necessárias para
atuações bem-sucedidas
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Conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) no processo ensino-
aprendizagem
A competência é uma capacidade ligada a determinada ação, quase sempre com o fim
de resolver algum problema ou gerar determinado resultado na execução de tarefas. Por isso,
para o desenvolvimento de competências, é importante que o treinamento seja realizado com
o foco em resoluções de problemas reais e que façam parte da rotina do aprendiz.
Ao elaborar um treinamento, tenha bastante atenção e foco no desenvolvimento de
competência do participante, não se esqueça: conhecimento, habilidade e atitude precisam
permear esse resultado desejado.
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■ Conhecimento: violão e as técnicas de notas musicais.
Saiba mais:
O CEAJUD possui um Guia de Implementação da gestão por competências no Poder Judiciário. Acesse
o link abaixo para conhecer esse documento e saber mais.
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2012/01/6df487e745d2ed907c5ea433b6ebee96.pdf
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