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Metodologias Ativas

MÓDULO 1

Unidade 1: Introdução às metodologias ativas

No final desta unidade, os estudantes poderão atingir os seguintes objetivos:

Ter uma boa compreensão sobre a ideologia por trás de metodologias ativas

Ter uma compreensão profunda de como e por que elas se tornaram necessárias no ambiente
acadêmico atual

Reconhecer o impacto que as metodologias ativas podem ter na revolução do ambiente de


sala de aula

1. FASES DO ENSINO

1.1 Introdução

Nos programas de formação de professores – e no desenvolvimento profissional contínuo –


muito tempo é dedicado ao "o que" do ensino - que áreas devemos cobrir, que recursos
precisamos e assim por diante. O "como" do ensino também ganha muito espaço – como
estruturar uma lição, gerenciar aulas, avaliar para a aprendizagem e assim por diante.

Às vezes, podemos até perguntar o "porquê" - como em 'por quais razões e para atingir quais
fins que nós ensinamos?' Mas raramente, 'nós fazemos a pergunta de "quem" - como em
quem é o "eu/ser" que ensina?’

Posto isso, as perguntas: “quem”, “o quê”, “por que” e o “como” do ensino não podem ser
respondidos seriamente sem explorar a natureza do próprio ensino.

O vídeo abaixo apresenta o ensino como um processo e elabora quais etapas estão envolvidas
nele, juntamente com suas respectivas significâncias.

O que é ensinar?
Ensinar é um processo ativo de apreciar e considerar

as necessidades das pessoas, experiências de vida e emoções, e intervir para ajudá-las a


aprender coisas particulares, e até ir além do que é dado, sempre que possível. (Williamson,
2008)

Estas intervenções podem normalmente assumir a forma de perguntas, explicações e


demonstração de competências. Estas intervenções são necessárias para o processo educativo,
porque ajudam não só a compreender os conceitos, mas também têm impacto na forma como
o conhecimento aprendido será beneficiado em várias situações da vida.

O conceito de "ir além da informação dada" foi central para as investigações de Jerome Bruner
nos campos da cognição e educação. Foi dada muita importância para isso, porque a finalidade
da educação, proposta por ele, era fazer o aluno mais 'ciente' e mais 'equipado' com o
conhecimento a fim de lidar com questões da vida real. Ele pertencia a uma era onde a
psicologia estava ganhando reconhecimento no campo da academia e havia uma tendência
para pensar em seres humanos como aprendizes ativos em vez de retentores passivos. O
proveito da educação está, portanto, na sua aplicabilidade e utilidade prática.

Duas ideias-chave tornaram-se centrais para este processo de educação de outros - a "espiral"
e os “andaimes”.

A Espiral

As pessoas têm de assumir e construir representações das suas experiências e do mundo à sua
volta.

A princípio, qualquer ideia/conceito é suscetível de ser percebido de uma forma concreta e


simples. À medida que a compreensão se desenvolve, ela metamorfoseia-se em uma
representação complexa de uma parte do mundo real. Para ter sucesso no ensino ou na
educação, é preciso olhar para onde as pessoas em espiral estão, e como estão "prontas" para
explorar algo.

Grosseiramente, significa simplificar a informação complexa sempre que necessário e, em


seguida, revisitá-la para construir a compreensão.

Andaime
A ideia de andaimes envolve moldar uma estrutura e dar apoio estruturado, que encoraja e
permite que os estudantes desenvolvam habilidades e atitudes específicas. Assim, a tarefa de
aprender é dada ao aluno e a de facilitar é dada ao professor.

Analisando o ensino como um processo

Uma vez que o ensino é um processo, tem certas etapas e fases que atravessa desde o
momento em que o material informativo é apresentado ao aluno até o início de novas ideias e
entendimentos. O processo de ensino divide-se em três fases, cada uma das quais requer
necessariamente metodologias adequadas para a sua conclusão.

1ª fase - APRESENTAR

Esta é a primeira etapa. Nesta fase, espera-se que o educador apresente o material
informativo de forma a incentivar os alunos a fazerem associações com situações reais. Isto
torna o conhecimento que eles aprendem mais "realista" e aumenta a motivação para
aprender. Este conhecimento pode envolver fatos, teorias ou qualquer outro conteúdo
igualmente importante.

2ª fase - APLICAR

Esta é a segunda etapa do processo de ensino e envolve metodologias que exigem que um
estudante aplique o material recém aprendido na solução de um problema do mundo real.
Esta etapa é extremamente importante uma vez que os educadores aqui, não estão apenas
dando algum fato aleatório sobre o mundo, mas eles ajudam os alunos a perceberem como
esses fatos podem ser usados para superar dificuldades e a significância geral aplicada do que
foi aprendido.

3ª fase - REVISÃO

A revisão é a terceira e última etapa do processo de ensino. Nesta fase, os educadores têm de
incentivar os alunos a recordar e rever a sua aprendizagem e comentar a utilidade desse
conhecimento. Esta é uma oportunidade para o educador realmente garantir a compreensão e
verificar se houve qualquer deturpação dos fatos. Os professores também podem utilizar esta
fase para esclarecer quaisquer ambiguidades e rever os pontos-chave da unidade.

A relevância do intelecto dos alunos para metodologias de Ensino

Ensinar é uma arte em si. Requer paciência, compreensão e, mais importante ainda,
apreciação do nível intelectual do público ou do estudante. Com base neste nível intelectual,
as metodologias de ensino foram amplamente divididas em duas grandes categorias, ou seja,
Andragogia e Pedagogia. O primeiro diz respeito ao ensino do ser humano adulto, enquanto o
segundo é usado para significar princípios de ensino de crianças. É desnecessário dizer que o
nível de compreensão do mundo, do estudante, dita os princípios do ensino e as metodologias
que serão mais úteis ao mesmo tempo em que transmite o conhecimento. Vamos discutir
estas duas categorias para uma melhor compreensão:

Pedagogia

A pedagogia, o método para ensinar um público mais jovem, determina como o processo de
aprendizagem impacta o desenvolvimento psicossocial dos alunos e vice-versa. A disciplina da
Pedagogia é a análise da forma como o conhecimento e as competências são transmitidas num
contexto acadêmico, tendo em conta as interações que ocorrem durante a aprendizagem.

As abordagens pedagógicas podem incluir behaviorismo, construtivismo e construtivismo


social, esta última também conhecida como perspectiva histórico-cultural. O behaviorismo
incentiva o uso de conhecimento científico e pesquisa sobre condicionamento e associação
para melhorar a prática de aprendizagem. O construtivismo e as abordagens do construtivismo
social, sustentam que os alunos são o centro e ressaltam a importância das experiências
estudantis associadas ao processo de aprendizagem.

Andragogia

Andragogia é uma tradição popularizada por Malcolm Knowles. Baseia-se na ideia de


autodidatas e educadores como seus facilitadores para a aprendizagem. Discutido
amplamente na literatura contemporânea, o termo também é conhecido através de definições
como "prática de educação de adultos", "valores desejáveis", "métodos específicos de ensino",
"reflexões" e "disciplina acadêmica".

O termo andragogia foi cunhado pelo educador alemão Alexander Kapp em 1833. No entanto,
foi Malcolm Knowles, um professor americano, que afirmou que andragogia (Grego: "líder de
homens") deve ser distinguido do termo mais comumente usado, Pedagogia (Grego: "líder de
crianças").

A teoria da Andragogia de Knowles é uma tentativa de desenvolver uma teoria


especificamente para a aprendizagem de adultos. Ele enfatizou que os adultos são auto-
direcionados e esperam assumir a responsabilidade pelas decisões.

A andragogia faz os seguintes pressupostos sobre a concepção da aprendizagem:

(1) Os adultos precisam saber porque precisam aprender alguma coisa;


(2) Os adultos precisam aprender por experiência;

(3) Os adultos abordam a aprendizagem como solução de problemas; e

(4) Os adultos aprendem melhor quando o tópico é de valor imediato.

Em termos práticos, a andragogia significa que a instrução para adultos precisa se concentrar
mais no processo e menos no conteúdo que está sendo ensinado.

1.2 METODOLOGIAS ATIVAS

A aprendizagem ativa é uma abordagem para o ensino acadêmico que inclui envolver
ativamente os alunos com o material do curso através de atividades.

As técnicas interativas incluídas sob o termo "metodologias ativas" incluem discussões,


resolução de problemas, estudos de caso e outros métodos. Metodologias de aprendizagem
ativas colocam um maior grau de responsabilidade sobre o aluno do que abordagens passivas
como palestras, mas a orientação dos educadores continua a ser crucial dentro da sala de aula
de aprendizagem ativa. As atividades de aprendizagem ativa podem variar em duração de
alguns minutos até sessões de aula inteiras ou podem até ser prolongadas para preencher
várias sessões de aula.

A figura ilustra o espectro da aprendizagem ativa e passiva. Cabe aos educadores certificar-se
de que eles tentem afastar-se o mais possível do lado passivo do espectro.
Font
e: Adaptado da Pirâmide de Aprendizagem do Instituto NTL de Ciências Comportamentais
Aplicadas.

Para obter mais informações sobre a definição de metodologias de aprendizagem ativa,


consulte os links fornecidos abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=lgD_G0_5EYE

https://www.youtube.com/watch?v=zoa2pKYp_fk

2.1 Objetivos da Aprendizagem Ativa

As atividades de aprendizagem ativa podem ser utilizadas para atingir os seguintes objetivos:
Muitos acadêmicos acreditam que chamar a atenção dos estudantes para o que eles estão
aprendendo e mantê-los envolvidos, são etapas essenciais no processo de aprendizagem.
Metodologias ativas colocam os estudiosos no meio deste processo e os tornam protagonistas
da descoberta, em vez de limitar seu papel a apenas receber informações passivas.

Há uma variedade de estratégias de ensino para criar um ambiente de aprendizagem


dinâmico, mais produtivo, que permita interagir efetivamente com os alunos. As evidências de
pesquisas contemporâneas indicam que a aprendizagem ativa melhora a compreensão e
aumenta a retenção de informações. É também eficaz na melhoria do funcionamento
cognitivo de execução. No entanto, a adoção de metodologias ativas continua a ser reduzida.
Atividade

Qual das seguintes atividades de aprendizagem você experimentou como estudante ou usou
como professor?

(Por favor, familiarize-se com todas as estratégias / metodologias apresentadas abaixo, uma
vez que elas irão ajudá-lo mais adiante nos Módulos)

1. Minute Papers/Reflexões
2. Post-it Parade
3. Think-Pair-Share (Pensar-Compartilhar-Socializar)
4. Think Aloud (Pensar Em Voz Alta)
5. Casos de Estudo
6. Leitura de textos em grupo
7. Revisão por pares
8. Responder, Reagir, Replicar
9. Tabelas de Prós e Contras
10. Anotação Social do texto
11. Buzz Groups
12. Complete Turn Taking
13. Mesas redondas
14. Line-up
15. Debates
16. Dotmocracy
17. Snowball
18. Fishbowl
19. Quescussion
20. Index Card Pass
Regras Básicas para Debates Online

Use um bom estilo de escrita

Esta é uma exigência! Uma sala de aula virtual é um ambiente profissional. Escreva como se
estivesse redigindo um trabalho de termo e diga a seus alunos para fazerem o mesmo. Espera-
se uma ortografia, gramática e estilo corretos em toda bolsa de estudos e redação acadêmica.
Isto não quer dizer que você deve perder sua voz por trás de uma série de jargões e citações.
No entanto, lembre-se de seu público. Se você julgar a escrita de outra pessoa, você pode
esperar que alguém esteja julgando a sua.

Respeite a Diversidade

Sua sala de aula virtual - e a academia como um todo - deveria ser, sem dúvida, um espaço
seguro para pessoas de todas as raças, gêneros, sexos, idades, orientações sexuais, religiões,
deficiências e status socioeconômico. Comentários e piadas sarcásticas e depreciativas que
marginalizam qualquer pessoa são fundamentalmente inaceitáveis, especialmente na sala de
aula. Linguagem ofensiva - ou linguagem que poderia ser interpretada como ofensiva - deve
ser evitada e desativada. No caso infeliz de que isto se torne um problema, você deve tomar
medidas imediatas para proteger a segurança e o conforto de seus alunos.

Sem Flaming

Não tolere conflitos em fóruns acadêmicos. A crítica, embora seja uma parte central da
academia, deve ser construtiva, bem intencionada e bem articulada. As críticas dirigidas a
qualquer colaborador são altamente inaceitáveis. Além disso, os estudantes são obrigados a
evitar palavrões.

3. PRINCÍPIOS DE METODOLOGIAS ATIVAS

De acordo com a literatura empírica atualmente disponível sobre aprendizagem ativa e


memória, são especificados 16 princípios distintos. Estes princípios se enquadram em duas
máximas.

As Máximas

A primeira máxima pode ser denominada "Reflita bem" e esta máxima inclui princípios
relacionados a prestar muita atenção e processar minuciosamente as novas informações. A
segunda das máximas é "Fazer e Usar Associações". Isto se concentra nas técnicas de
organização, armazenamento e recuperação de informações.
Os princípios foram resumidos da seguinte forma.

Máxima 1: “Reflita bem”

Processamento aprofundado - estender o pensamento além do "valor superficial" da


informação aprendida

Nível de dificuldade - relacionado ao educador, que deve utilizar o nível adequado durante a
concepção das atividades

Recordação das informações - o educador deve provocar o efeito de geração dos alunos,
exigindo que recordem informações relevantes

Tentativa e erro - os alunos devem ser encorajados a se engajar na prática deliberada, de


modo que a promoção prática se concentre em aprender com os erros

Codificação dupla - os professores devem induzir a dupla codificação ao apresentar


informações verbalmente e visualmente

Usando as emoções - os educadores devem se entregar à evocação de emoções nos


estudantes, o que ajuda na recordação.

Máxima 2: “Fazer e Usar Associações”

Técnica de trituração - coleta de informações em pedaços, que facilita a memorização

Associações - com informações previamente conhecidas, que melhora a capacidade de


memória

Conceitos antes de categorizações - as informações básicas funcionam como estrutura para


aprendizagem de novas informações

Exemplos - ajuda na clareza e facilita a compreender a aplicação polivalente daquilo que


aprendeu

Clareza conceitual - caracterização explícita das dimensões , fatores ou mecanismos que


fundamentam um fenômeno

Inferência cognitiva - a ser evitado, pois pode gerar ambiguidade.

O aprendizado ativo normalmente se baseia em combinações destes princípios. Por exemplo,


um debate bem conduzido se baseará em praticamente todos, com exceção da prática de
codificação dupla, intercalação e espaçamento. Em contraste, ouvir passivamente uma
palestra raramente se baseia em algum princípio.

Barnes trabalha na aprendizagem ativa


Há uma gama de atividades que podem promover o aprendizado ativo: estudos de caso,
simulações, discussão, resolução de problemas, trabalho em grupo, trabalho de projeto,
atividades interativas online, ensino entre pares, etc. Barnes em 1989 publicou um livro com o
nome de "Aprendizagem Ativa" no qual ele discutia os seguintes princípios-chave a ter em
mente ao estabelecer atividades de aprendizagem:

1. Propósito: Estabelecer tarefas que tenham propósito e relevância para os estudantes.

2. Reflexão: Incentivar os alunos a refletirem sobre o significado do que aprenderam.

3. Negociação: Permitir aos estudantes a negociação de objetivos e métodos de aprendizagem


com o professor.

4. Avaliação: Incentivar os alunos a avaliarem criticamente diferentes formas e meios de


aprender o conteúdo.

5. Situação: Manter tarefas guiadas pela situação: ou seja, considerar a necessidade da


situação.

Conclusão

Assim, na aprendizagem ativa, o professor fornece atividades que promovem a análise, a


síntese e a avaliação do conteúdo do curso. Quando os alunos estão ativamente envolvidos,
eles pensam mais profundamente sobre o conteúdo do curso, e gostam de sua aprendizagem.
Seu pensamento de alto nível é avançado, pois eles estão participando ativamente e refletindo
sobre as atividades de aprendizagem.

Unidade 2: Ganhar reconhecimento na narrativa educacional

GANHANDO RECONHECIMENTO NA PLATAFORMA ACADÊMICA

O aprendizado ativo tem recebido considerável atenção nos últimos anos e atraído fortes
defensores entre os professores que buscam alternativas aos métodos tradicionais de ensino.
Porém, existem céticos entre os docentes que questionam sua eficácia.

Os envolvidos na academia têm se empenhado em avaliar a eficácia dos métodos didáticos


tradicionais de ensino. O objetivo de tais educadores é introduzir metodologias que sejam
capazes de contrariar os problemas atuais enfrentados pelos estudantes. Tais problemas
incluem, mas não estão apenas limitados, a aplicação dos conhecimentos adquiridos para
resolver problemas do mundo real e a reforma política e econômica mais ampla.
Os procedimentos de instrução centrados no estudante, envolvendo a participação ativa em
nome dos estudantes, têm sido ligados a realizações superiores no aprendizado do estudante
e no desenvolvimento genérico de habilidades ou competências. As habilidades genéricas de
vida têm sido vistas como metas de aprendizagem importantes, devido ao seu papel
significativo quando um indivíduo se transfere do ensino superior para o mercado de trabalho.

Interesse na aprendizagem ativa

O aprendizado ativo é um conceito amplo, na maioria das vezes se referindo a métodos


centrados no estudante e atividades lideradas por instrutores.

A aprendizagem ativa geralmente não é um conceito de aprendizagem, mas um conceito de


instrução. Pesquisas anteriores sobre aprendizagem ativa, do ponto de vista dos resultados da
aprendizagem do estudante, geraram resultados promissores. Estudos realizados por
pesquisadores mostram que tais estratégias podem ter efeitos positivos na motivação e
retenção da aprendizagem.

Bonwell e Eison resumem a literatura sobre aprendizagem ativa e concluem que ela leva a
melhores atitudes estudantis e melhorias no pensamento e na escrita dos estudantes. Felder
et al. incluem a aprendizagem ativa em suas recomendações de métodos de ensino que
funcionam, observando, entre outras coisas, que a aprendizagem ativa é um dos "Sete
Princípios de Boas Práticas" de Chickering e Gamson.

O outro lado da imagem

Nem todo o apoio à aprendizagem ativa é convincente. O próprio McKeachie admite que as
melhorias medidas da discussão sobre a palestra são pequenas. A falta de definições claras de
aprendizagem ativa e a terminologia compartilhada podem causar algumas discrepâncias
quando as atividades de aprendizagem ativa são consideradas. Por exemplo, pesquisadores e
instrutores em uma área como a engenharia podem ter pouca experiência em teorias
educacionais, que poderiam refletir em suas experiências. Consequentemente, a aplicação de
aprendizagem ativa sem uma experiência ou conhecimento insuficiente sobre ela pode não
produzir os resultados de aprendizagem esperados, e pode até ter o impacto oposto de
desmotivar e desencorajar os estudantes.

Pesquisa de evidências:
Onde há na literatura atual uma abundância de apoio para popularizar ainda mais as
metodologias ativas, há também resultados que mostram que algumas das metodologias mais
famosas não são tão efetivas como se espera que sejam.

Tomemos o exemplo de uma metodologia muito comum, ou seja, a aprendizagem baseada em


problemas ou PBL. Além de produzir atitudes positivas dos estudantes, os efeitos do PBL são
menos aceitos de modo geral, embora existam outros dados de apoio. Vernon e Blake, por
exemplo, apresentam evidências de que há uma melhoria estatisticamente significativa do PBL
no desempenho clínico dos estudantes com um tamanho de efeito de 0,28. No entanto,
Colliver aponta que isto é fortemente influenciado por um estudo externo com um tamanho
de efeito positivo de 2,11, que distorce os dados.

Embora os resultados variem em força, os estudos de meta-análise encontraram apoio para


todas as formas de aprendizagem ativa examinadas. Algumas das conclusões, tais como os
benefícios do envolvimento dos estudantes, provavelmente não serão controversas, embora a
magnitude das melhorias resultantes dos métodos de envolvimento ativo possa ser uma
surpresa. Outras constatações desafiam as suposições tradicionais sobre a educação em
engenharia, e estas são as mais dignas de destaque.

Atividade

Pense em quais foram suas experiências com a aplicação de metodologias ativas e como elas
afetaram seu próprio crescimento como aprendiz. Você acredita que os prós de usar essas
estratégias superam os contras?

Unidade 3: Impacto das Metodologias Ativas

3. SIGNIFICÂNCIA APLICADA

Temos assistido (e talvez ministrado) aulas onde o professor leu um roteiro preparado com
pouca ou nenhuma possibilidade de interação. Estas palestras 'didáticas' são exaustivas para o
professor e extremamente desmotivantes para os alunos. A literatura educacional geralmente
cita estudos mostrando que quando o material é entregue utilizando um único método (ou
seja, os estudantes estão escutando passivamente) o limite de concentração dos estudantes
fica entre 10 e 20 minutos, uma pequena fração de uma palestra, dificilmente um quarto de
uma aula de um curso.

Ouvir passivamente uma palestra pode ser útil para promover o aprendizado na extremidade
inferior de uma taxonomia de aprendizado como - "lembrar" e "entender" - mas não é tão
bom para promover habilidades executivas de alto nível
como "aplicar", "analisar" e "avaliar".

A Taxonomia de Objetivos Educacionais de Bloom

Em 1956, Benjamin Bloom com alguns de seus colegas publicou uma estrutura para categorizar
objetivos educacionais: Taxonomia de Objetivos Educacionais. Familiarmente conhecida como
“Bloom's Taxonomy”, esta estrutura tem sido aplicada por gerações de professores e
instrutores universitários nos planejamentos de ensino.

A estrutura elaborada por Bloom e seus colaboradores consistem em seis categorias principais:
Lembrar, Entender, Aplicar, Analisar, Avaliar e Criar.

Embora todos esses tipos de aprendizagem (mencionados na figura acima) sejam importantes
e se baseiem uns nos outros, as habilidades de pensamento crítico de alto nível são parte
integrante da aprendizagem dos estudantes adultos. As aulas de 'modo de entrega', onde os
estudantes escutam em vez de interagir, são extremamente prejudiciais para a motivação dos
estudantes. As abordagens de 'aprendizagem ativa' formam uma alternativa favorável ao atual
sistema de palestras.

A estrutura elaborada por Bloom e seus colaboradores consistem em seis categorias principais:
Lembrar, Entender, Aplicar, Analisar, Avaliar e Criar.
Embora todos esses tipos de aprendizagem (mencionados na figura acima) sejam importantes
e se baseiem uns nos outros, as habilidades de pensamento crítico de alto nível são parte
integrante da aprendizagem dos estudantes adultos. As aulas de 'modo de entrega', onde os
estudantes escutam em vez de interagir, são extremamente prejudiciais para a motivação dos
estudantes. As abordagens de 'aprendizagem ativa' formam uma alternativa favorável ao atual
sistema de palestras.

Benefícios da Aprendizagem Ativa

A promoção do aprendizado ativo em palestras tem muitos benefícios para o aprendizado dos
alunos. (Barnes, 1989) A queda na concentração pode ser limitada pelo uso de uma
abordagem diferente para a aprendizagem, ou seja, uma metodologia ativa diferente, a cada
15 minutos (o que significa alterar a forma como os estudantes estão engajados, em vez de
alterar tópicos). O aprendizado ativo promove a memorização e o entendimento mais
profundo do material, uma vez que os estudantes estão envolvidos com o conteúdo, em vez
de simplesmente escutá-lo.

Há também benefícios de equidade que fluem do aprendizado ativo, já que os alunos com
desempenho inferior têm maiores benefícios do aprendizado ativo do que os alunos que já
estão alcançando notas altas. (Walker, 2008).

Outro resultado de aprendizagem ativa é que o uso de diferentes modos de entrega apoia os
estudantes que têm estilos de aprendizagem diferentes. Há claros benefícios éticos e
pedagógicos para o uso de técnicas de aprendizagem ativa.

Vantagens do Aprendizado Ativo

Interagir com o conteúdo através do aprendizado ativo tem algumas vantagens convincentes
em relação às palestras no 'modo de entrega'. Ela ajuda a manter a concentração dos
estudantes e aprofunda o aprendizado em direção às habilidades de alto nível, como o
pensamento crítico. Também ajuda a engajar os estudantes que, de outra forma, poderiam ter
dificuldades. Isto não significa eliminar as palestras faladas, mas sim integrar diferentes
maneiras de se envolver com o material em intervalos regulares ao longo da palestra.

Os alunos relatam que o aprendizado ativo pode melhorar a aprendizagem, ser mais divertido
e pode ajudar a manter a concentração.

Vários estudos de pesquisa demonstram o impacto positivo que o aprendizado ativo pode ter
sobre os resultados do aprendizado dos alunos:
1. Maior conhecimento de conteúdo, pensamento crítico e capacidade de resolução de
problemas, além de atitudes positivas em relação ao aprendizado em comparação com
as aulas tradicionais (Anderson et al, 2005)
2. Maior entusiasmo pela aprendizagem tanto em estudantes quanto em instrutores
(Thaman et al., 2013)
3. Desenvolvimento de capacidades graduais como pensamento crítico e criativo,
resolução de problemas, adaptabilidade, comunicação e habilidades interpessoais
(Kember & Leung, 2005)
4. Melhoria das percepções e atitudes dos estudantes em relação à alfabetização da
informação (Deltor et al., 2012)

Apesar da ampla gama de benefícios positivos listados acima, Michael (2006) articula um
ponto importante: "o aprendizado ativo não acontece sem motivo; ele ocorre na sala de aula
quando o professor cria um ambiente de aprendizado que o torna mais provável de ocorrer".
Há muitas estratégias de aprendizagem ativa a serem consideradas pelos instrutores quando
eles projetam seus cursos.

Implementação de estratégias

O aprendizado ativo tem sido implementado em grandes palestras e tem sido demonstrado
que tanto estudantes nacionais quanto internacionais percebem uma ampla gama de
benefícios.

Em um estudo recente, foram mostradas amplas melhorias no engajamento dos estudantes e


na compreensão do material da unidade entre os estudantes internacionais. (Marrone, 2018)

Abordagens ativas de aprendizagem também demonstraram reduzir o contato entre alunos e


professores em dois terços, mantendo ao mesmo tempo resultados de aprendizagem que
foram pelo menos tão bons, e em um caso, significativamente melhores, em comparação com
os alcançados em salas de aula tradicionais. Além disso, as percepções dos alunos sobre seu
aprendizado foram melhoradas, e foi demonstrado que as salas de aula de aprendizado ativo
levaram a um uso mais eficiente do espaço físico. (Freeman, S. et al. (2014).

Uso da mídia e sua importância

O uso de ferramentas multimídia e tecnológicas ajuda a melhorar a atmosfera da sala de aula,


melhorando assim a experiência de aprendizagem ativa. Desta forma, cada aluno se envolve
ativamente no processo de aprendizagem.

Os professores podem usar filmes, vídeos, jogos e outras atividades divertidas para aumentar a
eficácia do processo de aprendizagem ativa.

Os fundamentos teóricos deste processo de aprendizagem são:


- Flow - O Flow é um conceito para melhorar o nível de foco do estudante à medida que cada
indivíduo se torna consciente e completamente envolvido na atmosfera de aprendizagem. De
acordo com sua própria capacidade e potencial, através da autoconsciência, os estudantes
executam a tarefa em mãos. A primeira metodologia para medir o fluxo foi o Método da
Amostragem da Experiência de Csikszentmihalyi (MAE).

- Estilos de aprendizagem - Adquirir conhecimento através da própria técnica é chamado de


estilo de aprendizagem. O aprendizado ocorre de acordo com o potencial, pois cada criança é
diferente e tem um potencial particular em várias áreas. Ela atende a todos os tipos de
aprendizes: visual, cinestésico, cognitivo e afetivo

- Lócus de controle - Os que têm um alto lócus de controle interno acreditam que cada
situação ou evento é atribuível aos seus recursos e comportamento. Os que têm alto lócus de
controle externo acreditam que nada está sob seu controle.

- Motivação intrínseca - A motivação intrínseca é um fator que lida com a autopercepção em


relação à tarefa proposta. O interesse, atitude e resultados dependem da autopercepção da
atividade em questão.

O infográfico acima elabora toda a ideologia por trás do uso de Metodologias Ativas em
ambientes de aprendizagem. Em resumo, a aprendizagem ativa envolve experimentar o
conhecimento que eles aprendem, compartilhar ou assimilar as informações em seu banco de
conhecimentos e comunicar sua compreensão/percepção com seu educador e colegas. Todo
este processo de aprendizagem ajuda ativamente na compreensão e retenção do estudante.
3.2 APLICAÇÃO BEM SUCEDIDA DE METODOLOGIAS ATIVAS

Até agora falamos sobre a importância e o significado aplicado do uso de metodologias ativas
na sala de aula, em oposição aos métodos didáticos mais famosos de ensino. Para uma
pequena demonstração, podemos ver a imagem abaixo para recapitular a diferença entre uma
metodologia ativa, ou seja, a colaboração e o método didático de ensino.

Muitos professores se abstêm de utilizar métodos ativos no ensino de suas palestras porque
são céticos sobre sua eficácia e também porque não se sentem suficientemente confiantes
para praticá-los em sua rotina.

Portanto, o que precisa ser feito é explicar como qualquer metodologia pode ser incorporada
em um plano de unidade a ser projetado. Vamos agora discutir um único exemplo de uma
metodologia ativa para entender como podemos usar o que aprendemos até agora neste
curso em sala de aula com estudantes adultos.

Trabalhando em grupo
Vamos pegar a metodologia de aprendizagem ativa que envolve os alunos para trabalhar em
grupos e colaborar uns com os outros. Espera-se que os alunos reúnam seus conhecimentos e
apresentem ideias diferentes e únicas.

Motivos para pedir aos alunos que trabalhem em grupos

Solicitar aos estudantes que trabalhem em grupos (pequenos ou grandes) é uma das muitas
abordagens que permitem aos estudantes aprender de forma interativa. Os pequenos grupos
são os mais preferidos pelos educadores, pois eles são bons por qualquer uma das razões
discutidas abaixo.

Por quê fazer discussões em grupo?

- para gerar uma extensa gama de possíveis pontos de vista e soluções alternativas para um
único problema, pois cada um resolve com base em experiências únicas

- dar chance de trabalhar a tarefa complexa para ser resolvida sozinho ou que demoraria muito
tempo para ser concluída

- permitir que estudantes com formações diversas tragam seus conhecimentos, experiências
ou habildiades especiais a um projeto e expliquem aos outros sua orientação e ponto de vista
único

- dar a oportunidade de ensinar e aprender uns com os outros

Benefícios de trabalhar em grupo

Há uma série de benefícios em trabalhar em grupo, mesmo que seja por um período de tempo
muito curto. Todos os alunos podem participar de uma atividade em grupo e o ambiente da
classe ajuda a superar o anonimato e a passividade de uma classe grande ou de uma reunião
de classe em uma sala mal projetada. Alunos tímidos que são amigáveis e francos com os
colegas de classe podem achar difícil realmente conversar ou dialogar com seus professores.
Pode ocorrer que as dúvidas fiquem sem resposta. Estar em um grupo ajudará tais alunos na
clareza de conceitos e também os encorajará a conversar com seu educador.

Ressalva: Se você pedir aos alunos que trabalhem em grupo, seja claro sobre seu propósito e o
comunique a eles. Os alunos temem que o trabalho em grupo seja um potencial desperdício de
tempo valioso, mas podem se beneficiar ao considerar as razões e benefícios (acima).

Formando o grupo
Ao formar os grupos, os professores têm que manter a seguinte diretriz em suas mentes:

 Diretriz 1 - A formação do grupo inclui a escolha dos alunos no assunto. Muitos alunos
acolhem ambos os tipos de experiências de grupo, apreciando o valor de ouvir a
perspectiva de outra disciplina, ou outro contexto, mas há aqueles que não se sentem
confortáveis. Então, o que a maioria dos alunos quer?
 Diretriz 2 - Se o grupo for grande, será gasto mais tempo para se organizar e tentar
tomar decisões sobre o que é mais produtivo para o trabalho.
 Diretriz 3 - Forneça uma lista completa das aulas, com endereços e números de
telefone atuais para que os alunos possam entrar em contato uns com os outros de
forma eficaz.
 Diretriz 4 - Você pode antecipar sua resposta a uma ou duas exceções de uma pessoa
que realmente tem dificuldades no grupo. Talvez seja necessário decidir em tal
situação se é melhor atribuir ao aluno um projeto independente, concorda?

Organizando o trabalho

O grupo será capaz de trabalhar de forma mais eficiente se receber alguns dos seguintes
recursos:

Objetivos definidos:

1. Por que eles estão trabalhando juntos? O que se espera que eles realizem?
2. Formas de dividir a tarefa em unidades menores
3. Formas de alocar a responsabilidade por diferentes aspectos do trabalho
4. Formas de alocar a responsabilidade organizacional
5. Uma linha de tempo de amostra com pontos de checagem sugeridos para as etapas de
trabalho a serem concluídas

Ressalva: O planejamento de tarefas efetivas em pequenos grupos pode exigir muito tempo e
organização do corpo docente. Não se intimidem com este esforço, pois os resultados valerão
todo o trabalho árduo.

Ressalva: Se você pedir aos alunos que trabalhem em grupo, seja claro sobre seu propósito e o
comunique a eles. Os alunos temem que o trabalho em grupo seja um potencial desperdício de
tempo valioso, mas podem se beneficiar ao considerar as razões e benefícios (acima).

Formando o grupo

Ao formar os grupos, os professores têm que manter a seguinte diretriz em suas mentes:

Diretriz 1 - A formação do grupo inclui a escolha dos alunos no assunto. Muitos alunos
acolhem ambos os tipos de experiências de grupo, apreciando o valor de ouvir a perspectiva
de outra disciplina, ou outro contexto, mas há aqueles que não se sentem confortáveis. Então,
o que a maioria dos alunos quer?
Diretriz 2 - Se o grupo for grande, será gasto mais tempo para se organizar e tentar tomar
decisões sobre o que é mais produtivo para o trabalho.

Diretriz 3 - Forneça uma lista completa das aulas, com endereços e números de telefone atuais
para que os alunos possam entrar em contato uns com os outros de forma eficaz.

Diretriz 4 - Você pode antecipar sua resposta a uma ou duas exceções de uma pessoa que
realmente tem dificuldades no grupo. Talvez seja necessário decidir em tal situação se é
melhor atribuir ao aluno um projeto independente, concorda?

Organizando o trabalho

Outras atividades

Vamos agora explorar algumas técnicas específicas de aprendizagem ativa para envolver os
estudantes no processo de aprendizagem. Estas atividades destinam-se ao uso em sala de
aula, especialmente em ambientes de palestras, e podem ser adaptadas a qualquer disciplina.
A maioria delas leva apenas alguns minutos para ser concluída. Algumas atividades devem ser
feitas individualmente, enquanto outras devem ser feitas em pares ou em pequenos grupos.

Técnica de perguntas e respostas

As perguntas são uma forma despretensiosa, mas eficiente de promover a interação entre
alunos e professores, e proporcionam a você uma noção do nível de compreensão de seus
alunos. As perguntas podem ser usadas em qualquer disciplina. É aconselhável desenvolver
essas perguntas antes do início da aula e tomar a decisão sobre quando você vai fazê-las. As
perguntas podem ser feitas a qualquer momento durante a palestra, mas é importante
ponderar o tempo para evitar repetições e tédio. É importante estimular a atividade de toda a
classe, reconhecer todas as respostas, apoiar a participação contínua e apreciar ideias únicas.

Demonstrações em sala de aula

As demonstrações interativas em classe podem ser usadas para demonstrar a aplicação de um


conceito novo e inovador. Os estudantes devem ser envolvidos em tal demonstração e
encorajados a analisar e replicar o processo. Por exemplo, você pode pedir aos alunos que
prevejam o resultado de qualquer demonstração primeiro individualmente, e depois instruí-los
a discuti-la na forma de grupos, ou então com toda a classe. As demonstrações em sala de aula
são eficazes porque aumentam a compreensão dos alunos sobre novos conceitos, ao mesmo
tempo em que aumentam o prazer e o interesse dos alunos pela classe.

One-minute paper (Trabalho curto de um minuto)


Nesta atividade, os estudantes escrevem suas respostas, que duram alguns minutos, para uma
pergunta em aberto. Se usado no final da aula, os alunos podem ser instruídos por você a
escrever uma resposta na qual eles devem fornecer um feedback sobre sua compreensão.
Você pode fazer perguntas do tipo "Qual é a coisa mais importante que você aprendeu hoje?",
"Resuma a palestra de hoje em uma frase" e "Que perguntas ficaram sem resposta?". Você
pode até incluir esta atividade como uma transição entre os tópicos, permitindo aos
estudantes rever e resumir informações, e identificar o que eles não entendem, antes de
passar para o próximo tópico.

Brainstorming

Os estudantes são instruídos a gerar ideias sobre um tema específico, categorização ou


pergunta enquanto você modera e registra as respostas, que eles lhe dão em um quadro de
giz/lousa branca, por exemplo. Encoraje os estudantes a tirar proveito de seus conhecimentos
e experiências anteriores. É significativamente importante reconhecer todas as respostas
durante este período de geração de ideias para incentivar a resposta dos estudantes. O
Brainstorming pode ser adaptado a aulas com diversos pontos fortes dos alunos, em qualquer
disciplina e por qualquer período de tempo durante a aula.

Think-Pair-Share (Pensar-Compartilhar-Socializar)

Os estudantes pensam em qualquer pergunta em particular ou consulta conceitual


individualmente, depois formam pares para discutir seus pontos de vista. Depois disso, os
resultados são compartilhados em uma discussão mais ampla em sala de aula. Em uma
situação alternativa, dois pares de alunos podem formar pares para comparar e discutir suas
respostas. Este processo incentiva os estudantes a pensarem individualmente, e depois
permite que eles analisem e esclareçam a resposta de forma colaborativa. Ele ajuda os
estudantes a organizarem o conhecimento anterior, fazerem brainstorming ou resumir, e
aplicar e integrar as novas informações. Esta atividade pode variar no tempo, dependendo da
complexidade da pergunta feita. O método Think-Pair-Share funciona melhor com perguntas
pré-planejadas feitas antes de iniciar um tópico ou no final.

Pequenos casos/cenários

O uso de cenários/estudos de caso permite que os alunos apliquem os conceitos aprendidos


em sala de aula a "situações do mundo real". Esta atividade é flexível e pode ser adaptada para
uso em uma variedade de disciplinas. Ela pode ser tão simples quanto colocar uma única
pergunta à classe, a fim de gerar uma discussão sobre como os alunos abordariam uma
determinada situação da vida real. Também pode ser complexo e exigir que os estudantes
conduzam pesquisas adicionais no tópico aprendido para abordar efetivamente o cenário. Os
resultados dos alunos podem ser apresentados brevemente à classe, seja em pequenos
grupos, seja em um documento de reflexão.
Discussões

As discussões podem ser eficazes tanto em classe quanto online e podem ser adaptadas a
qualquer tamanho de classe e a qualquer disciplina. Em uma discussão, o instrutor facilita a
experiência de aprendizagem dos alunos, em vez de apenas apresentar alguns fatos. A
discussão exige que os alunos pensem criticamente e respondam a suas próprias ideias e as de
outros. Os alunos são capazes de explorar uma variedade de perspectivas, construir sobre os
conhecimentos uns dos outros e compreender o conteúdo. As discussões ajudam os
estudantes a desenvolverem as habilidades de assimilação e incorporação do conhecimento.

MÓDULO 2 - Implementação de Metodologias Ativas

Unidade 1: Estratégias

1.1 ATIVIDADES INDIVIDUAIS

Atividades individuais como o nome sugere são aquelas metodologias ativas de


aprendizagem/ensino que envolvem uma única pessoa ou estudante para aprender de uma
forma inovadora.

As metodologias que se enquadram nesta categoria são baseadas em envolver o estudante


individualmente como um receptor direto de conhecimento e incutir neles a capacidade de
participar ativamente do processo de aprendizagem. Elas incentivam a criatividade, o
pensamento inovador, o conteúdo original e ajudam os estudantes a acreditarem em si
mesmos.

Exemplos de atividades individuais

Cartões de aplicação

Esta atividade é usada para ajudar os estudantes a descobrirem por si mesmos o significado
aplicado do conhecimento que acabaram de aprender.

Técnica: Depois que os estudantes são introduzidos a um princípio, categorização, teoria ou


processo crucial e inovador, dê-lhes um pequeno cartão e peça-lhes uma aplicação realista no
mínimo possível para o que acabaram de aprender.

Por exemplo: Você pode dar aos estudantes um cartão com a pergunta "Qual é a utilidade
prática do que você acabou de aprender?" escrita em cima dele.

Parafraseamento direto
A Paráfrase direta é útil no esclarecimento de conceitos que são novos para o aprendiz. Ela dá
uma ideia sobre o que o estudante percebeu e entendeu a partir do processo de
aprendizagem.

O educador será capaz de apontar qualquer erro de comunicação (da parte do educador) e
mal-entendido (da parte dos alunos) que possa ter acontecido involuntariamente. Os
estudantes melhoram as habilidades de conversação. Explicando conceitos aos "pacientes",
eles praticam colocar conceitos difíceis nos termos dos leigos, e ensinar aos outros também
ajuda os alunos a preservar seus conhecimentos.

Técnica: Peça a seus alunos para parafrasear parte do que eles aprenderam na lição para um
público e para um propósito, usando suas próprias palavras.

Por exemplo: Peça aos alunos para parafrasear parte de uma lição para um público e para um
propósito específico, usando suas próprias palavras. (por exemplo: explicar um diagnóstico a
um paciente). Eles devem escolher palavras e linguagens calculadas para garantir que sejam
capazes de se comunicar efetivamente com o paciente. Eles também serão testados para
limitar o uso de jargões profissionais e usar termos leigos para elaborar o diagnóstico.

Minute Papers (Papéis de Minuto)

O Minute Paper é uma técnica de avaliação em sala de aula muito comumente utilizada. Ele
realmente leva cerca de um minuto e, embora normalmente seja usado no final da aula, pode
ser usado no final de qualquer discussão temática.

Sua principal vantagem é que fornece um feedback rápido sobre se a ideia principal do
professor e o que os alunos percebem como sendo a ideia principal são as mesmas. Às vezes,
em vez de perguntar pelo ponto principal, um professor pode querer sondar o item mais
inquietante ou mais surpreendente. É, portanto, uma ferramenta muito adaptável.

Técnica: Faça a seus alunos uma pergunta que os obrigue a refletir sobre seu aprendizado ou a
se engajar em um pensamento crítico. Peça-lhes que escrevam por um minuto. Os estudantes
devem primeiro organizar seu pensamento para classificar os pontos principais e depois
decidir sobre uma pergunta significativa. Peça aos alunos que compartilhem as respostas para
estimular a discussão. Assim como a abordagem de "Think-Pair-Share", esta abordagem
incentiva os estudantes a articular e examinar as conexões recém-formadas. Ela também
engaja todos a pensar e escrever, não apenas alguns poucos estudantes.

Por exemplo: Um educador pode fazer a seguinte pergunta aos alunos: "Quais são as duas
coisas mais significativas/usadas/inquietantes que você aprendeu durante esta sessão"?

Muddiest point (Ponto mais turvo)

Esta variação do Minute Paper fornece ao professor informações importantes a respeito das
dúvidas que os alunos ainda possam estar tendo.

Ela permite aos alunos refletirem sobre o que eles sabem e não sabem. Esclarece onde os
alunos podem não entender, para que o facilitador possa atendê-los, se necessário.
Técnica: Faça uma pergunta que estimule o aluno a analisar sua compreensão do tópico em
questão.

Por exemplo: "Que perguntas permanecem no seu pensamento ao concluirmos esta aula?"

Resumo do aluno da resposta dada por outro aluno

Esta atividade mantém os estudantes atentos ao que seus colegas estão dizendo e lhes dá a
oportunidade de melhorar o que acabaram de ouvir.

Técnica: A fim de promover uma escuta ativa, após um estudante ter se oferecido para
responder à sua pergunta, peça a outro estudante para resumir a resposta do primeiro
estudante. Dada a possibilidade de ser solicitado a repetir os comentários de um colega, a
maioria dos estudantes escutará mais atentamente uns aos outros e promoverá a ideia de que
o aprendizado é um processo compartilhado.

1.2 ATIVIDADES EM DUPLA

As atividades em dupla constituem aquelas estratégias ou metodologias ativas de


aprendizagem que requerem que os estudantes/alunos trabalhem em conjunto com um
colega. O número de parceiros pode variar, mas a maioria das atividades requer o
envolvimento de dois indivíduos. A ambos é dada uma tarefa específica, e ambos juntos têm
que reunir seus conhecimentos e resolver a tarefa em questão. Embora seja necessário
observar, ao escolher qualquer atividade, o fato é que nem todas as atividades funcionarão em
todas as situações.

Abaixo está o link para um exemplo clássico de uma atividade de parceria realizada. Esta
atividade pode ser usada em aulas de habilidades de comunicação ou em uma aula na qual os
alunos estão aprendendo um novo idioma. https://www.youtube.com/watch?v=8yGhNwDMT-
g&feature=youtu.be

Importância das atividades em parceria

Estas atividades são ótimas para a construção de caráter e para o ensino de habilidades de
comunicação. Espera-se que um estudante articule sua opinião de tal forma que seu parceiro
não só seja capaz de compreender completamente o que está dizendo, mas também de
reconhecer seus próprios pensamentos sobre o assunto. Estas atividades podem ajudar os
estudantes a tomar consciência e apreciar a influência que as suas experiências de vida têm na
formação de suas crenças e na abordagem de um problema.

Exemplos de atividades em parceria


Apresentamos abaixo algumas das atividades em parceria mais famosas e utilizadas
ativamente. Portanto, tenha em mente o que você quer alcançar com a atividade antes de
decidir qual você vai implementar.

Encenação

Os estudantes são solicitados a "representar" uma parte. Enquanto fazem isso, eles têm uma
ideia melhor dos novos conceitos e teorias que haviam sido discutidos na classe. Os exercícios
de encenação podem variar desde os simples (por exemplo, "Como você se apresentaria a um
paciente?") até os exercícios muito mais complexos (depois que um estudante detalha uma
experiência clínica que parece ter algumas questões éticas de como tratar os pacientes, você
pede aos parceiros que encenem como eles abordariam a situação).

Benefícios - O exercício de encenações ajuda os estudantes a praticarem as interações que eles


provavelmente terão em sua vida profissional futura. Os estudantes também são capazes de
melhorar suas habilidades de conversação. Ao explicar conceitos uns aos outros, eles praticam
a simplificação de conceitos difíceis em termos leigos, e ensinar aos outros também ajuda os
alunos a memorizarem esse conhecimento. https://www.youtube.com/watch?
v=gMsOw2urOQU

https://www.youtube.com/watch?v=VTezt58Ms0c

Think-Pair-Share (Pensar-Compartilhar-Socializar)

As atividades do “Think-Pair-Share” são feitas para encorajar todos os estudantes a interagir


com o material aprendido. O instrutor faz uma pergunta em aberto e os alunos compartilham
suas opiniões uns com os outros.

O professor pode pedir aos alunos que passem um ou dois minutos pensando sobre a solução
da pergunta ou escrevendo uma resposta. Em seguida, o professor pede aos alunos que
formem um par com um parceiro e discutam suas respostas com eles. Reúna novamente a
turma depois que os alunos terminarem a discussão e peça aos alunos individualmente que
compartilhem as respostas de ambos os membros da dupla.

Benefícios - Ao dar aos alunos tempo para escrever primeiro, o professor está dando ao aluno
o tempo para realmente esclarecer e articular seu próprio entendimento antes de
compartilhar ou ouvir as opiniões dos outros. Ao pedir aos alunos que expliquem sua resposta
a um vizinho e analisem criticamente a resposta do vizinho, esta abordagem ajuda os alunos a
articularem conexões mentais recém-formadas e a aperfeiçoarem seu pensamento crítico. Os
estudantes também são capazes de apreciar o ponto de vista do outro.

https://www.youtube.com/watch?v=8Hjc-oQb-FE
Turn and Talk (Virar e Falar)

“Turn and Talk” é uma versão mais simples e mais rápida de “Think-Pair-Share”. Nesta
atividade, o educador faz aos alunos uma pergunta de ordem superior e os instrui a falar sobre
isso com o próximo por um período de 1-2 minutos. Depois disso, o professor pede aos pares
que compartilhem seus pensamentos com todo o grupo.

Benefícios - Esta atividade é um processo rápido e de baixo consumo de tempo que pode ser
inserido em uma única sessão de aula com tempo múltiplo. Quando estamos pedindo aos
alunos que expliquem suas respostas a um vizinho e depois os instruam a considerar
criticamente as respostas de seu vizinho, esta abordagem está ajudando os alunos a
articularem conexões mentais recém-formadas. https://www.youtube.com/watch?
v=2zSUCh10vHY

1.3 ATIVIDADES EM GRUPO

A formação de equipes não é apenas para o ambiente de trabalho corporativo, ela também
pode ser usada em sala de aula para incentivar a colaboração, habilidades de comunicação e
tomada de decisões.

A implementação de atividades relevantes de formação de equipes para os alunos pode


energizar sua sala de aula e ter um efeito positivo na motivação e na capacidade de atenção
dos alunos.

Importância

Conforme os estudantes realizam tarefas de grupo, eles aprendem a ouvir, confiar e apoiar uns
aos outros, enquanto desenvolvem habilidades de vida como a resolução de problemas e a
cooperação entre si. Tais habilidades não podem ser aprendidas com um livro didático.
Aprender a ter um relacionamento respeitoso com os colegas, por exemplo, não é algo que se
possa aprender através da memorização. A universidade de Washington descreveu muito
apropriadamente as razões pelas quais os professores devem utilizar tais atividades em sala de
aula.

Exemplos de Atividades em Grupo

Aprendizagem baseada em casos

Em uma aprendizagem baseada em casos, espera-se que os estudantes apliquem seus


conhecimentos para chegar a uma certa conclusão sobre uma situação/conquista do mundo
real e aberta.
O professor tem que fornecer aos alunos um caso, pedindo-lhes que decidam que parte de
seus conhecimentos aprendidos até o momento é relevante para o caso, que outras
informações eles podem precisar para resolver a questão e que efeito suas decisões podem
ter, considerando as implicações mais amplas de suas decisões. O professor deve oferecer
oportunidades para que cada aluno compartilhe suas respostas.

Benefícios – O uso desta atividade ajudará os alunos da classe a aplicar o que aprenderam
através da leitura ou do método didático de ensino. A maior importância do aprendizado
baseado em casos vem da complexidade e variedade de respostas que podem ser geradas nas
sessões de brainstorming.

Discussão em grupo

Quando uma pergunta ou caso é sugerido, os estudantes discutem em pequenos grupos por
mais de 5 minutos, é importante que a pergunta ou caso seja suficientemente difícil para que
os membros do grupo precisem gastar algum tempo tentando considerar o que já sabem sobre
o caso e aqui várias opções poderiam ser consideradas antes de chegar a uma única conclusão
unânime. Se não houver tempo suficiente para discutir, e os estudantes forem capazes de
chegar a uma conclusão rapidamente, a discussão se tornará plana e ineficaz muito
rapidamente.

Benefícios – A discussão de conceitos em grupos permite que os estudantes tenham tempo


para falar através de seu pensamento, trocar ideias sobre outros e receber feedback crítico e
pontos de vista alternativos dos membros de seu grupo. Uma discussão em grupo ajuda os
alunos a entenderem melhor e auxilia na retenção do conhecimento.

Método Jigsaw

O Jigsaw Classroom é uma técnica de aprendizagem cooperativa que reduz o conflito racial
entre crianças em idade escolar, promove um melhor aprendizado, melhora a motivação dos
alunos e aumenta o prazer da experiência de aprendizagem.

Foi projetado pelo psicólogo social Elliot Aronson para ajudar a enfraquecer os cliques raciais
nas escolas forçosamente integradas. (Lestik, 2012).

Benefícios – É um método que traz tanto a responsabilidade individual quanto a realização dos
objetivos da equipe. Este processo deriva seu nome do quebra-cabeças, uma vez que envolve
juntar as partes da tarefa para formar um quadro completo da tarefa, muito parecido com um
quebra-cabeças. (Bafile, 2015) A tarefa é dividida em partes e a classe também é dividida no
mesmo número de grupos. A cada um desses grupos é dado um tópico diferente e dado tempo
para aprender sobre ele. Estes grupos são então embaralhados para formar novos grupos
compostos por membros de cada grupo, desta forma todos os grupos têm alunos com certas
especialidades, muito semelhante a um instituto corporativo.
https://www.youtube.com/watch?v=euhtXUgBEts

1.4 TÉCNICAS DE ORGANIZAÇÃO VISUAL

Se todos os materiais didáticos criados pelos professores forem organizados de forma visual,
as coisas serão mais claras para os alunos e mais fáceis para os professores a longo prazo.

A tarefa mais difícil de realizar quando se trata de incluir mais elementos visuais no ambiente
educacional, é a organização dos materiais de aprendizagem. Educadores e alunos do sistema
educacional precisam saber tanto o que têm que ensinar quanto o que têm que aprender
respectivamente - basicamente, tudo o que têm que fazer para chegar com sucesso ao final do
ano letivo.

Estas maneiras visuais podem incluir o uso de planilhas de Excel definindo quais os tópicos que
provavelmente estudaremos e por quanto tempo os alunos irão estudá-los, etc.

Importância

Excluir ou não incorporar elementos visuais em sala de aula e instrução virtual leva à perda de
oportunidades na criação de materiais de aprendizagem que atraem a atenção dos alunos.

Tais materiais podem despertar seu interesse e ajudá-los a compreender e lembrar o que
aprenderam de uma maneira melhor e mais eficiente. É muito provável que eles sejam
capazes de lembrar dessa informação mesmo depois de terem passado no teste.

Pesquisas mostram que os estudantes aprendem melhor quando podem visualizar novos
conceitos. (Burrow, 1986) Não importa o que eles tenham que aprender, nem quão eficientes
eles sejam em lembrar o que leram, uma imagem relevante, um gráfico ou qualquer outro
elemento visual inserido no local apropriado em um material de aprendizagem pode ajudar os
estudantes na lembrança e retenção de informações.

Exemplos
Mesmo que não seja necessário muito esforço para incluir elementos visuais durante a
organização das aulas, os resultados até agora têm sido bastante encorajadores. Portanto,
aqui estão algumas ideias para professores que querem atender às necessidades dos alunos
visuais.

Categorização das tabelas

Nesta atividade, apresente a seus alunos uma tabela composta de várias categorias
importantes e uma lista de termos codificados, imagens, equações ou outros itens.

Peça aos estudantes para rapidamente classificarem os termos nas categorias apropriadas
dentro da tabela. Peça a qualquer voluntário do corpo estudantil que compartilhe suas tabelas
e responda a todas as perguntas que possam surgir.

Benefícios – Esta abordagem permite que os estudantes expressem e assim contra-examinem


as diferenças que eles vêem dentro de um campo de itens relacionados. Pode ser
principalmente eficaz para ajudar os educadores a identificarem quaisquer equívocos que os
estudantes possam ter. https://www.youtube.com/watch?v=DKBHd9ajfUY

Mapas de conceito

Diagramas de mapas de conceitos que ilustram visualmente as relações entre diferentes


conceitos em uma lição e ajudam os alunos a organizar e representar o conhecimento do que
aprenderam.

Eles são criados em torno de um único conceito principal e depois se ramificam para significar
como esse conceito específico pode ser dividido em subtópicos específicos. Assim, os
conceitos são basicamente colocados em pontos (frequentemente, círculos), e as relações
entre eles são indicadas por setas rotuladas que conectam os conceitos.

Benefícios – Durante o desenho de um mapa conceitual, os estudantes são encorajados a


encontrar correlações entre o que já sabem e o que está sendo ensinado atualmente. Eles são
obrigados a fazer um brainstorming e a gerar ideias. Tudo isso os ajuda a lembrar melhor os
conceitos recém aprendidos. Esta atividade ajuda os estudantes a entenderem as inter-
relações entre os conceitos e promove uma melhor compreensão e retenção.
https://www.youtube.com/watch?v=vuBLI6ijHHg

Mapas mentais
Um pouco diferente dos mapas conceituais, os mapas mentais podem ficar mais pessoais, e
talvez até mais confusos - tudo depende de quão rápido sua mente trabalha. Um mapa mental
é baseado em um conceito central e se espalha para os mapas mentais de conexão.

Os estudantes podem incluir não apenas palavras e frases nele, mas também imagens,
rabiscos, desenhos e até mesmo links para outros recursos ou vídeos se trabalharem nele
online. Esta versão de mapeamento visual encoraja os estudantes a entreterem possibilidades
infinitas para articularem seus pensamentos.

Benefícios

As vantagens de usar mapas mentais como uma técnica de aprendizagem em sala de aula são
infinitas; os professores podem melhorar significativamente suas palestras e os alunos podem
compreender e reter melhor o conhecimento de uma forma que se adapte às suas próprias
necessidades específicas. Como os professores estão dando a eles controle completo sobre
como eles querem expressar seus pensamentos e ideias, o processo de aprendizagem torna-se
pessoal e também agradável.

A maioria dos educadores usa quadros brancos e apresentações em PowerPoint para


palestras, mas nem todos estão equipados para aprender desta forma. A incorporação do
mapeamento mental na palestra combina aspectos de ambos os softwares mencionados -
permite aos professores melhorar suas apresentações através de software visual. Isto é mais
importante quando se considera o fato de que mais da metade da população consiste de
alunos visuais, por isso é necessário que os educadores utilizem as ferramentas adequadas em
seus métodos de ensino. https://www.youtube.com/watch?v=m1qW0wPJV1M

Memory Matrix

Uma Matriz de Memória é uma tabela não pretensiosa e bidimensional que é dividida em
linhas e colunas. A tabela é usada para organizar o conhecimento e identificar as relações
entre diferentes conceitos no conteúdo.

Algumas células da tabela são deixadas em branco de propósito, os estudantes são solicitados
a preencher estas células em branco, demonstrando assim sua compreensão do conteúdo. Há
uma atividade particular que pode ser bastante demorada para o corpo docente, pois eles têm
que fazer toda a matriz sozinhos, mas eles são ideais para testar a clareza do conceito nos
estudantes.
Benefícios – A técnica fornece aos estudantes uma matriz ou tabela para organizar e sintetizar
informações complexas. Este exercício funciona melhor com grandes quantidades de conteúdo
e pode ajudar a simplificar efetivamente sistemas de informação complicados e dinâmicos. As
matrizes de memória são melhores no ensino de um idioma para seus alunos que não estão
muito familiarizados. https://www.youtube.com/watch?v=RHpluz3s0MM

Unidade 2: Seleção da metodologia apropriada

1. A REVISÃO

Nos capítulos anteriores pesquisamos a ampla gama de métodos ativos de


ensino/aprendizagem que estão disponíveis. Vamos agora analisar algumas diretrizes gerais
sobre como escolher quais métodos usar com seus próprios alunos em diferentes situações.

Primeiramente, temos que ter em mente que o domínio do assunto é apenas um dos pré-
requisitos para um ensino eficaz. Como educador, você deve planejar estratégias em termos
de quais metas e objetivos você quer que seus alunos atinjam, quais das estratégias de ensino
que você conhece, podem ajudar seus alunos a atingir essas metas estabelecidas, e como você
será capaz de avaliar que o aprendizado teve lugar. Você também deve programar uma certa
flexibilidade em seu projeto. Cada classe tem diferentes dinâmicas e necessidades, um
professor eficaz conhecerá os alunos e fará modificações para adaptar o plano de acordo com
os objetivos, estratégias de ensino e avaliações, conforme necessário.

Fases da seleção
Aqui são dados os passos que você precisa ter em mente ao escolher uma estratégia para uma
metodologia ativa. (Keeley, 2008).

Etapa 1: Descreva seus objetivos

O primeiro passo é esclarecer e definir quais serão os objetivos do processo de aprendizagem.


Seus objetivos educacionais devem ser claros e inequívocos. Se, por exemplo, você achar que
os objetivos não são suficientemente claros e precisam de mais especificidade, então você é
encorajado a consultar qualquer Descritor de Módulo de Curso ou seu equivalente e obter
ajuda do mesmo na formação de seus objetivos.
Etapa 2: Seleção provisória da estratégia

Se você tem muita experiência na área de ensino, provavelmente poderá escolher o método
mais eficaz com base em sua experiência e conhecimento do nível do aluno por si só. Mas se
você sentir a necessidade de certificar-se de que a estratégia que escolheu é a mais eficaz,
você poderá encontrar as seguintes orientações ao seu dispor.

Etapa 3: Determinando o nível de conforto de seus alunos

Não há razão em usar métodos em que seus estudantes não serão capazes de lidar - seja por
não serem suficientemente maduros ou talvez os estudantes sejam maduros, mas o método
não é desafiador o suficiente para eles. Uma atividade deve ser planejada, tendo em mente se
os alunos possuem habilidades prévias vitais para fazer a atividade. Esta é uma consideração
importante ao planejar cursos de aprendizagem à distância, onde é absolutamente essencial
tornar seus métodos de ensino/aprendizagem o mais “amigáveis” possíveis.

Etapa 4: Determinando seu próprio nível de conforto

É igualmente importante que você mesmo se sinta confortável e competente o suficiente para
conduzir o(s) método(s) de ensino/aprendizagem que você for usar. Se você não estiver
confiante, é muito improvável que use o(s) método(s) corretamente. Lembre que os
estudantes são muito rápidos em perceber quando um professor não está completamente
confiante no que está tentando fazer - e eles podem ser um tanto impiedosos ao fazer você
perceber este fato. Assim, apenas use métodos que você esteja confiante de que possa usar
efetivamente.

Etapa 5: Determinando se o método é prático

Aqui, é necessário se perguntar algumas questões como:

Eu conseguirei seguir as instruções como sugerido ou precisarei da ajuda de alguém?

Se sim, essa ajuda estará disponível internamente? Externamente?

Há acomodações adequadas disponíveis internamente? Externamente?

Há tempo suficiente disponível?

Há itens vitais de equipamento/instalações disponíveis internamente? Externamente?

Há algum material de recurso especial disponível internamente? Externamente?

Se existirem quaisquer problemas que você acha que não será capaz de resolver, pense
novamente.

Etapa 6: Determinando se você terá permissão para usar a estratégia

Esta é uma questão óbvia e também muito importante. Certifique-se de que o que você se
propõe a fazer é culturalmente apropriado e consistente com o Regulamento do Curso.

Etapa 7: Implementando o método escolhido


Se suas ideias passaram pelas Etapas 3-6 sem alterações, você pode realizar qualquer trabalho
preparatório necessário para colocá-las em prática.

Unidade 3: Inovação e Criatividade na sala de aula

Aprenda com Da Vinci

Por que o peixe na água é mais rápido que a ave no ar, quando deveria ser o contrário, já que a
água é mais pesada e mais grossa que o ar?

Leonardo Da Vinci

Por que o peixe na água é mais rápido que a ave no ar, quando deveria ser o contrário, já que a
água é mais pesada e mais grossa que o ar?

Leonardo Da Vinci

Da Vinci preencheu mais de 7.000 páginas de cadernos com perguntas, rabiscos, observações,
esboços e cálculos. Ele alimentou a criatividade como um hábito e habilidade todos os dias - e
isso valeu a pena. O trabalho de Da Vinci remodelou várias disciplinas, da ciência à arte e à
engenharia. O que Da Vinci fez foi nunca reprimir sua curiosidade e abraçou-a. Esta é a atitude
que o educador moderno precisa atingir. É de suma importância para as gerações futuras que
os estudantes de hoje abracem esta necessidade natural de respostas.

BENEFÍCIOS DO ENSINO CRIATIVO

Uma pesquisa encontrou os seguintes benefícios para os estudantes que utilizam a criatividade
na educação (Rinkevich, 2011):

Torna a aprendizagem mais envolvente para os estudantes, onde eles podem aprender mais
rápido e aumentar seu desempenho

A aversão dos estudantes pelas disciplinas de ciências, matemática e estudos sociais pode ser
reduzida

Melhoria nas conquistas dos estudantes.


BARREIRAS PARA O ENSINAMENTO CRIATIVO

Existem algumas barreiras à criatividade dos professores. Alguns professores podem não ter a
mentalidade de ensinar seus alunos a serem criativos. Outros professores podem ver o
trabalho criativo como "extra" e não necessário. Há uma "lacuna de criatividade" nas salas de
aula onde a criatividade é desencorajada. Alguns estudos têm colocado a hipótese de que os
professores não podem ser criativos nas salas de aula devido às pressões do sistema, dos
padrões e do grande tamanho da sala de aula. (Rinkevich, 2011).

MANEIRAS DE AUMENTAR A CRIATIVIDADE EM SALA DE AULA

Apresentamos abaixo algumas formas de aumentar a criatividade em sala de aula (Chan,


2013):

MÉTODOS DIFERENTES

1. Creative Problem Solving (CPS) - Solução Criativa de Problemas

O método CPS é uma forma mais explícita de incentivar a criatividade dos estudantes e utiliza
habilidades de pensamento divergentes e convergentes.

Os estudantes são convidados a fazer um brainstorm, planejar e encontrar soluções para os


problemas. Ao invés de mudar todo um currículo para ser mais focado na criatividade, este
método é uma forma mais óbvia de ensinar aos estudantes como abordar criticamente as
tarefas. (Worwood, 2011).

2. The Torrance Incubation Model (TIM) - Modelo de Incubação de Torrance

O Modelo de Incubação de Torrance (TIM), desenvolvido por Paul E. Torrance é feito em três
etapas:

1) Aumentar a antecipação

2) Aprofundar as expectativas

3) Ampliar a aprendizagem.
Este modelo foi criado para permitir aos instrutores integrar a criatividade em suas aulas sem
afetar o material didático.

Ao invés de ter que reservar tempo para ensinar criatividade, os professores podem usar o
modelo TIM para abordar o assunto e a criatividade ao mesmo tempo. O modelo de ensino
também aspira a ajudar os professores a ensinarem melhor e a despertar o interesse dos
alunos.

Os estudantes podem seguir o link abaixo para saber sobre a aplicação do TIM:
https://www.youtube.com/watch?v=gRjov1pAiNQ

Módulo 3: O Plano de Ação Futuro

Unidade 1: Cursos e certificações online

Devido ao rápido avanço da tecnologia, a educação online faz parte de muitos cursos
ofertados por instituições ao redor do mundo. De certificados, PhDs, um impactante
aprendizado de idiomas online e tudo o que há entre eles, aprender virtualmente nunca foi tão
fácil. Cada pedaço de informação está na palma de suas mãos. Em razão dos benefícios que o
ensino virtual tem e a eficiência que oferece, muitas pessoas estão buscando cursos online
para acrescentar habilidades ao currículo.

Os Prós de escolher o Virtual


Oferecida por algumas das melhores instituições do mundo, a educação online oferece a você
todas as vantagens de frequentar sua universidade dos sonhos, com o benefício adicional de
uma experiência de aprendizagem adaptada à sua conveniência. Com cursos disponíveis para
praticamente todas as disciplinas, e horários flexíveis para atender a quase todos os estilos de
vida. Pode te possibilitar a estudar no exterior de forma remota, em uma universidade que não
seja em seu país de origem.

Enquanto alguns especialistas consideram que a educação online exige um grau elevado de
auto motivação, instituições ao redor do mundo reconhecem que o apoio educacional é tão
importante quanto o feedback de tutores, e eles tentam garantir que seus estudantes recebam
os mesmos níveis de apoio que receberiam caso estivessem no campus.

O que é Aprendizagem Ativa dentro de um Curso Online

Bonwell e Eison descrevem estratégias de aprendizagem ativa como “atividades instrucionais


envolvendo estudantes fazendo coisas e pensando sobre o que estão fazendo.” (Bonwell &
Eison,1991).

Em “Creating Significant Learning Experiences”, L. Dee Fink (2003) amplia a definição de


Bonwell e Eison ao descrever uma visão holística da aprendizagem ativa que inclui todos os
seguintes componentes: Informação e Ideias, Experiência e Diálogo Reflexivo. Essa estrutura
pode ser uma ferramenta útil para você analisar como seus alunos para atender ao(s)
objetivo(s) de aprendizagem do estudante para seu curso.

Encontram informações – Por exemplo: por meio de vídeos ou lendo PDFs, ou a partir de uma
apresentação que você faz usando o recurso do Zoom de tela compartilhada.

Engajam com essa informação – Por exemplo: por meio de discussões com seus pares usando
o recurso do Zoom de salas simultâneas e documentando suas conversas em um Google Docs
colaborativo.

Refletem sobre seus aprendizados – Por exemplo: ao passar os últimos cinco minutos das aulas
online engajando-se em uma escrita refletida e compartilhando seus pensamentos através de
uma enquete aberta no “Poll Everywhere”.

Estratégias de Aprendizagem Ativa


As estratégias de aprendizagem ativa que você seleciona para seu curso, devem servir como
objetivos de aprendizagem para seu aluno. Precisamos ter em mente que o objetivo da
aprendizagem ativa não é simplesmente para seus alunos fazerem coisas, mas também
analisar suas metacognições enquanto as estão fazendo. À medida que percorremos a lista de
estratégias apresentada abaixo, considere o quão efetiva cada uma seria em promover a
aprendizagem que você deseja de seus alunos. O número de estratégias que você pode usar
para programas online não é limitado pela lista dada.

Antes de escolher a estratégia, você precisa se perguntar algumas coisas. Essas perguntas irão
te ajudar a encontrar a estratégia mais efetiva para ajudar os alunos a alcançarem seus
objetivos particulares.

Qual habilidade meus alunos devem ser capazes de desempenhar até o final de nossas aulas
online?

Qual estratégia de aprendizagem ativa irá permitir que meus alunos pratiquem essa
habilidade?Quando meus alunos encontrarão e se engajarão com informações e ideias?
Quando irão refletir sobre o que aprenderam?

Exemplos de Estratégias em Cursos Online

Estratégia 1: Enquete

Enquete é uma forma eficiente e simples de checar opiniões ou processos de reflexão dos seus
alunos ao fazer uma afirmação e reunir suas respostas sobre isso em tempo real.

A ferramenta do Zoom de enquete permite enquete de múltipla escolha, incluindo perguntas


em Escala Likert que pede aos alunos para expressarem suas opiniões sobre o assunto em
questão. Enquetes simples podem ser usadas a qualquer momento durante a sessão de aula
para engajar e avaliar seus alunos.

Estratégia 2: Minute Paper

Um “minute paper” é um pequeno “artigo” que os estudantes precisam completar em um


minuto individualmente, como uma resposta para alguma pergunta dada.

Os “minute papers” proporcionam aos estudantes oportunidades para refletir e analisar o


conhecimento que aprenderam e habilidades disciplinares, assim como a autoconsciência
como aprendizes. Essa estratégia de aprendizagem ativa permite que o professor cheque o
conhecimento de seus alunos com um limite dado de tempo.
Estratégia 3: Apresentações Curtas para Estudantes

Apresentações curtas fornecem uma oportunidade para os estudantes engajarem com seus
colegas e praticarem a instrução por pares “Peer Instruction”. Esse tipo de atividade requer
que os alunos articulem e comuniquem seus conhecimentos da melhor maneira possível.

Alunos podem ser solicitados a pesquisarem um assunto da preferência deles que seja
relacionado ao tópico do curso e depois apresentar suas descobertas durante uma próxima
aula online. Isso permite que os estudantes associem o conteúdo do curso com seus próprios
interesses e experiências e também lhes dá a oportunidade de aprender com seus colegas.

Salas simultâneas podem ser usadas para discussões e atividades em grupo em salas de aula
online. Assista o vídeo abaixo para entender como você deve usar essa opção para
implementar atividades que envolvem trabalho em grupo.

Estratégias para Cursos Sem Professores

Há muitos sites disponíveis na Internet que envolvem cursos e certificações nos quais os
alunos não têm a oportunidade de interagir com o professor diretamente. O curso que você
está fazendo agora também se enquadra nessa categoria. Discutiremos a seguir como você
pode fazer tais cursos mais interativos e envolventes para os estudantes. Você já realizou essas
atividades, portanto, elas devem ser mais fáceis de entender.

Estratégia 1: Think-Pair-Share (Pensar-Compartilhar-Socializar)

Essa estratégia de aprendizagem ativa envolve propor um pequeno problema ou uma


pergunta para seus alunos e dar a eles algum tempo para pensar e depois dar a oportunidade
de completar os próximos passos:

Pensar sobre o problema individualmente.

Fazer dupla com um colega para discutir.

Compartilhar suas descobertas ou conclusões com o restante da classe.

Se o sistema de gestão de aprendizado que você usa permite o uso de sub-fóruns fechados
e/ou privados, você pode separar os alunos em grupos menores e pedir que discutam durante
um tempo específico. Uma vez que os estudantes tenham sintetizado suas respostas, eles
podem postar suas respostas em um fórum maior em que todos os alunos possam ler e
comentar sobre.
Estratégia 2: Discussão em Grupo

Muito parecido com a atividade anterior, a discussão em grupo pode ocorrer em fóruns
relevantes nos quais os alunos são dados a oportunidade de conversar com seus colegas e
também aprender diferentes pontos de vista. Você pode propor uma questão ou problema em
aberto ou fornecer aos seus estudantes um cenário ou estudo de caso para trabalhar. Como a
maioria dos alunos de tais cursos é formada por profissionais graduados e estudantes adultos,
há uma vasta quantidade de conhecimento que pode ser compartilhado entre si.

Conclusão

Trabalhar em uma sala de aula virtual requer muita paciência da parte do professor e também
do aluno. No entanto, é sugerido que comece com atividades simples de baixa avaliação para
você e seus estudantes se acomodarem com o novo formato. Também proporcionar tempo e
oportunidade para seus alunos perguntarem quaisquer dúvidas que tenham. O educador deve
procurar minimizar as barreiras que os estudantes talvez encarem ao participar em atividades
que planejam para a classe online. Fatores a serem considerados podem incluir acesso a
tecnologia confiável e espaços propícios, habilidades físicas e mentais dos estudantes, e
tempo.

Unidade 2: Exploração das mídias sociais

2.1 TENDÊNCIAS ATUAIS

Tendências Atuais em Metodologias Ativas

O ambiente educacional está ficando cada vez mais competitivo. Enquanto as universidades se
esforçam para que seus graduados sejam considerados os melhores do mundo, os educadores
estão mostrando muita disposição para experimentar a mudança de seus planos de aula.
Todos os institutos estão investindo em seus alunos, pois mais tarde eles se tornam a fonte de
reconhecimento da universidade.

Aprendizagem Ativa Atualmente


Muitas pesquisas têm sido feitas sobre o tema das metodologias ativas e como elas podem
garantir uma melhor compreensão e, consequentemente, uma melhor taxa de graduação dos
estudantes. Toda universidade no atual ambiente acadêmico está buscando a taxa de
graduação ideal e de oferecer os diplomas mais procurados.

Devido a esta ênfase em aumentar as habilidades dos estudantes, muitos educadores estão
fazendo lobby para aumentar a quantidade de sessões de aulas por meio de atividades que
incentivam o envolvimento dos estudantes. Os educadores estão esperançosos de que eles
sejam capazes de revolucionar a ideia de ensinar com a ajuda de estratégias ativas.

Estratégias Modernas de Aprendizagem Ativa

Instrutores continuam achando novas maneiras de usar a tecnologia para reformular e avançar
modelos de aprendizagem tradicionais, inspirando assim a inovação em quase todas as salas
de aula. Atualmente, muitos dos últimos avanços pedagógicos visam maximizar a eficácia do
tempo em classe. Seu objetivo é liberar os instrutores de “ensinar medianamente” e permitir
que mais tempo seja gasto para apoiar as necessidades e oportunidades individuais dos
alunos. Algumas das tendências modernas atuais favorecidas pela equipe são discutidas
abaixo.

APRENDIZAGEM INVERTIDA

Simplificando ao máximo, uma ‘sala de aula invertida’ significa inverter a aprendizagem. É uma
abordagem pedagógica em que os elementos tradicionais da lição ensinada pelo professor são
revertidos.

Pegue o ambiente de aprendizagem e o inverta para que os estudantes vivenciem o processo


de aprendizagem juntamente com seus professores, em vez de estudarem sozinhos para
provas em uma sala escura com apenas uma lâmpada acesa para orientá-los.

Benefícios

Os alunos vêm preparados para a aula com seus próprios entendimentos sobre o tema da
discussão e o professor age mais como um moderador enquanto os estudantes discutem suas
compreensões do tópico. O educador também tem o dever de realmente preencher todas as
lacunas de informação e esclarecer quaisquer equívocos.

https://www.youtube.com/watch?v=bwvXFlLQClU
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS (PBL)

A Aprendizagem Baseada em Projetos é um método de ensino em que os alunos aprendem a


se engajar ativamente em problemas do mundo real e projetos significativos para eles
pessoalmente.

Os estudantes trabalham em um projeto durante um período prolongado – esse tempo pode


durar de uma semana a um semestre – que os engaja a solucionar um problema do mundo
real ou responder uma pergunta complexa. Eles mostram seus aprendizados e habilidades ao
fazer um produto ou apresentação para um público real.

Benefícios – Os alunos desenvolvem um conhecimento profundo referente ao conteúdo e às


habilidades de pensamento crítico, colaboração, criatividade e comunicação. A Aprendizagem
Baseada em Projetos envolve entre alunos e professores uma energia contagiante e criativa.

https://www.youtube.com/watch?v=LMCZvGesRz8

Saiba mais: https://www.pblworks.org/what-is-pbl#:~:text=Project%20Based%20Learning


%20is%20a,question%2C%20problem%2C%20or%20challenge

APRENDIZAGEM COOPERATIVA

Essa técnica funciona na expressão idiomática “Juntos somos mais fortes”. Esse conceito é
uma maneira simples usada por educadores em que os professores usam grupos de alunos
juntos e, ao fazerem isso, impactam o aprendizado de forma positiva.

Os proponentes desse modelo teorizam que trabalhar em grupo aprimora a atenção,


envolvimento e aquisição de conhecimento por alunos. Enquanto no aprendizado individual o
estudante foca em atingir seus objetivos sem ter que depender do restante de seus colegas de
classe, o objetivo final dessa estratégia é sempre orientado ao grupo e só pode ser alcançado
se cada um dos membros realizar suas tarefas com sucesso. A principal característica é que sua
estrutura é baseada na formação de grupos de pessoas, onde cada membro tem um papel
específico e, para alcançar os objetivos, é necessário interagir e trabalhar de forma
coordenada.
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS

Esse método possui diversos componentes que o tornam único, citando alguns, ele inclui uma
pergunta que conduz uma investigação, experiências de aprendizagem prática, e uma solução
para a questão na forma de uma apresentação.

Em relação à educação terciária, a aprendizagem baseada em problemas está ganhando muito


mais popularidade na Austrália. Os alunos recebem um problema do mundo real no qual
trabalham juntos para encontrar uma solução. Por exemplo, na Austrália, os cursos de
enfermagem começaram a adotar esse estilo de ensino e aprendizagem pois desafia o
estudante a trabalhar como se estivesse lidando com problemas reais que irá encontrar no
local de trabalho.

O vídeo abaixo sugere cenários nos quais essa estratégia pode ser benéfica quando aplicada.
https://www.youtube.com/watch?v=RGoJIQYGpYk

DESIGN THINKING
O design thinking é um processo não linear e iterativo que equipes utilizam para compreender
o usuário, desafiar suposições, redefinir problemas e criar soluções inovativas para

protótipos e testes.

Envolvendo cinco fases — Empatizar, Definir, Idealizar, Protótipo e Testar — é mais indicado
para resolver problemas que são mal definidos ou desconhecidos. Naturalmente, o Design
Thinking (DT) aplicado baseia-se em designers instrucionais e em seu método único de resolver
problemas e satisfazer as necessidades de seus clientes.

Benefícios

Aplicado à educação, esse modelo permite identificar, com maior precisão, os problemas
individuais de cada aluno e gerar em sua experiência educacional a criação e inovação para a
satisfação dos outros, o que então se torna simbiótico.

https://www.youtube.com/watch?v=_r0VX-aU_T8&feature=youtu.be

2.2 TENDÊNCIAS EMERGENTES

TENDÊNCIAS EMERGENTES

Vimos na última seção desse módulo que tendências modernas estão atualmente mais
inclinadas ao uso de tecnologia em sala de aula. O uso da tecnologia deixa o aluno mais
motivado e envolvido no aprendizado. Dando lugar a ideias novas e inovadoras que podem ser
utilizadas para pesquisas adicionais em diferentes áreas.

Tendências Emergentes em Metodologias Ativas

Os estudantes de hoje têm o mundo inteiro a um clique de distância e os estudantes de


amanhã supostamente terão uma riqueza de conhecimento na palma de suas mãos. As
estratégias de ensino e o ambiente acadêmico devem se preparar para evoluir e se equiparar
ao ritmo dos estudantes do futuro.

Os estudantes de amanhã estarão imersos na tecnologia de consumo e será mais favorável se


essa mesma tecnologia for manipulada pelos educadores para fornecer informações adicionais
e desenvolvimento de habilidades extras.
O vídeo abaixo fornece uma elaboração excessivamente abrangente das formas pelas quais os
educadores do século 21 precisam para melhorar suas estratégias de ensino.

https://www.youtube.com/watch?v=UCFg9bcW7Bk&feature=youtu.be

Um Exemplo do Modelo Educacional Futurístico

GAMIFICAÇÃO

A integração das mecânicas e dinâmicas de jogos em um ambiente ambíguo, ou gamificação,


vem sendo praticada há um tempo. Nos últimos anos, porém, e particularmente devido à
evolução dos videogames, o fenômeno ganhou um significado e fama sem precedentes, e é
uma das técnicas mais faladas como tendência atual e futura na indústria EdTech.

Teoria da Ascensão da Gamificação

Como, nos anos 80, jogos com vocação internacional como a série “Carmen Sandiego” ou
“Reader Rabbit” ganharam popularidade mundial, o desenvolvimento de títulos educacionais
também cresceu consistentemente. Não apenas aqueles destinados ao público em geral, mas
também os específicos destinados para estudantes e cursos particulares.

Essa tendência foi consolidada com a crescente inclusão da gamificação no currículo escolar e
é previsível que essa inclusão continuará crescendo no futuro.
Os alunos podem assistir o vídeo abaixo para ter uma ideia da gamificação no projeto de jogos
em sala de aula: https://www.youtube.com/watch?v=4qlYGX0H6Ec

Acesse o link abaixo, leia o seguinte artigo e analise os benefícios de usar videogames como
ferramentas educacionais, como listado pelo autor deste artigo.

https://www.researchgate.net/publication/
284491180_The_educational_benefits_of_videogames

Módulo 4: Projeto final

Unidade 1: Planejamento
1. DESENVOLVENDO UMA ESTRATÉGIA ATIVA

O desenvolvimento de uma estratégia ativa tem várias etapas que vêm no processo. Esse
processo pode parecer bastante complicado, mas o esforço vale a pena. Nos módulos
anteriores, nos familiarizamos com diversas estratégias e suas aplicações no campo
acadêmico. Muitos de vocês compartilharam suas próprias experiências com algumas delas e
discutiram com seus colegas suas opiniões sobre suas eficácias.

Chegamos à conclusão de que a aprendizagem ativa é, comparativamente, a melhor


abordagem para a aprendizagem. É mais eficaz na clareza do conceito do que o método
didático e também mais atento às necessidades do estudante. Ela está se popularizando a
cada dia e, portanto, é a necessidade do educador atual ou futuro de aprender a fazer uso
dela. Há também a necessidade de aprender como fazer ou projetar sua própria abordagem
para o ensino e aprendizagem ativa. Assim, vamos agora discutir as diferentes etapas que
estão envolvidas na elaboração de uma estratégia de aprendizagem ativa.

No vídeo seguinte iremos discutir as fases de elaboração de uma estratégia ativa de


aprendizagem.

FASE DE PLANEJAMENTO

Nesta unidade, começaremos com a primeira fase de desenvolvimento, que é a fase de


"planejamento". A fase de planejamento inclui vários indicadores que é preciso ter em mente
enquanto se desenvolve uma estratégia. Esta fase funciona como uma base sobre a qual o
resto das fases de desenvolvimento são construídas. É desnecessário dizer que esta fase é a
mais importante. Discutiremos quais aspectos precisamos ter em mente enquanto estamos na
fase de planejamento.

Planejamento - assunto, objetivo, tempo, revisar literatura para escolher a estratégia

EXEMPLO

A fase de planejamento envolve muito trabalho árduo e também é a fase que funciona como
uma base para o planejamento. É preciso trabalhar mais nesta fase, pois a revisão da pesquisa
esclarece a mente sobre o que é necessário para que a estratégia seja eficaz.

O exemplo dado elucida o significado da fase de planejamento no desenvolvimento da


estratégia.
Unidade 2: Projeto/Esboço

1. FASE DE PROJETO

Nesta unidade, começaremos com a segunda fase de desenvolvimento, que é a fase de


"projeto". A fase de projeto inclui vários indicadores que é preciso ter em mente durante o
desenvolvimento ou a escolha de uma estratégia. Enquanto a fase de planejamento é a base
da atividade que você implementa, a fase de projeto é onde você forma o primeiro esboço de
sua estratégia. É a sua própria criação, ou também pode ser uma atividade que é usada com
frequência. O mais importante nesta fase é que ela lhe dá clareza sobre o que você quer
ensinar a seus alunos e como você pode ensiná-los da maneira mais eficiente possível.
Discutiremos quais aspectos precisamos ter em mente enquanto estamos na fase de projeto.

Projeto - analisar as atividades escolhidas, pensando nas habilidades a serem ensinadas e


comparando os objetivos, avaliar especificidade cultural,

EXEMPLO

A fase de projeto envolve muito trabalho árduo e também é a fase que funciona como um
primeiro esboço da estratégia escolhida. É preciso trabalhar muito bem nesta fase, pois a
elaboração ajuda a esclarecer seus objetivos e metas para a atividade e julgar se eles são
realistas ou ambiciosos demais para serem práticos.

O exemplo dado elucida o significado da fase de elaboração do projeto no desenvolvimento da


estratégia.

Unidade 3: Análise Crítica

1. FASE DE ANÁLISE CRÍTICA

Nesta unidade, começaremos com a terceira fase de desenvolvimento, que é a fase de


"Análise Crítica". A fase de análise crítica inclui muitos princípios que é preciso ter em mente
durante o desenvolvimento ou a escolha de uma estratégia. As duas fases anteriores são
relevantes para sua estratégia de projeto, independentemente de você estar fazendo sua
própria atividade ou usando uma já bem estabelecida. A fase de análise crítica é mais
importante se você estiver estabelecendo uma técnica nova e inovadora em vez de copiá-la de
algum outro lugar. Discutiremos quais aspectos precisamos ter em mente enquanto
estivermos na fase de análise crítica.
EXEMPLO

A fase de análise crítica envolve muitas análises e também é a fase que funciona como uma
crítica do primeiro esboço da estratégia escolhida. É preciso trabalhar muito bem nesta fase,
pois a análise ajuda a descobrir quaisquer falhas e você pode então ajustar e fazer mudanças
em sua preferência.

O exemplo dado desenvolve o significado da fase de análise crítica no desenvolvimento da


estratégia.

Unidade 4: Análise Prática

1. FASE DE ANÁLISE PRÁTICA

Nesta unidade, começaremos com a quarta fase de desenvolvimento, que é a fase de "Análise
prática". A fase de Análise Prática inclui vários princípios que é preciso ter em mente durante o
desenvolvimento ou a escolha de uma estratégia. Esta fase é muito importante em termos de
julgar a praticidade e a viabilidade da estratégia escolhida. A estratégia escolhida tem que ser
aplicável; tem que ser eficaz e tem que ser de acordo com o nível de compreensão dos
estudantes. A capacidade de atenção e os interesses do estudante precisam ser mantidos em
mente durante esta fase para ter o impacto desejado. Discutiremos quais aspectos precisamos
ter em mente enquanto estivermos na fase de Análise Prática.

EXEMPLO

A fase de Análise Prática envolve muita revisão e é a fase que funciona como a verificação da
realidade para o esboço da estratégia que você escolher. É preciso trabalhar muito nesta fase
para provar que a estratégia é eficaz e tem uma multiplicidade de aplicações e de praticidade.

O exemplo dado elucida o significado da fase de Análise Prática no desenvolvimento da


estratégia.

Unidade 5: Implementação
1. FASE DE IMPLEMENTAÇÃO

Nesta unidade, começaremos com a última fase de desenvolvimento, que é a fase de


"Implementação". A fase de Implementação constitui um conjunto de indicadores que ajudam
a refinar sua atividade e poli-la em todo o seu potencial. Ela inclui etapas que são de suma
importância se você precisar aperfeiçoar suas técnicas. Estas podem incluir a crítica de outros
colegas e também as críticas de seus alunos. Ambas são igualmente importantes para garantir
que a atividade não seja uma perda de tempo, mas sim um investimento. Discutiremos quais
aspectos precisamos ter em mente enquanto estivermos na fase de projeto.

EXEMPLO

A fase de implementação requer muita perseverança. Você pode ser tentado a usar suas ideias
e não pedir a opinião das pessoas, mas seria um enorme erro ceder a tal tolice. Você precisaria
da crítica construtiva para trabalhar no campo da educação e desta forma você faria seus
alunos perceberem que a crítica não é um insulto, mas uma sugestão de modificação.

O exemplo dado elucida o significado da fase de projeto no desenvolvimento de estratégias.

EXEMPLO

A fase de implementação requer muita perseverança. Você pode ser tentado a usar suas ideias
e não pedir a opinião das pessoas, mas seria um enorme erro ceder a tal tolice. Você precisaria
da crítica construtiva para trabalhar no campo da educação e desta forma você faria seus
alunos perceberem que a crítica não é um insulto, mas uma sugestão de modificação.

O exemplo dado elucida o significado da fase de projeto no desenvolvimento de estratégias.

Unidade 6: Apresentação do Projeto

Nesta parte de seu módulo, espera-se que você nos forneça uma apresentação. Você deverá
apresentar uma nova estratégia ativa ou analisar uma estratégia ativa operacional já disponível
para você. Analise cuidadosamente essa estratégia, explicando cada fase de seu
desenvolvimento. Publique no link do Padlet fornecido abaixo. Junto com esta análise, você
também é encorajado a criticar pelo menos uma estratégia publicada por qualquer um de seus
colegas e comentar como essa estratégia poderia ser usada em sua própria cultura e ambiente
educacional.

(Nota: O envio não implica quaisquer notas)

Clique aqui para acessar o Padlet de Apresentação do Projeto

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