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A didáctica não pode ser considerada uma pura mecanização e manipulação de métodos e

técnicas de ensino que são empregues subtilmente ao serviço de ideologias:

Ela deve se pôr ao serviço do educando como uma totalidade pessoal, que compreende os
domínios cognitivo (saber), psicomotor (saber fazer) e afectivo (saber ser e estar). Isoladamente
não representam o verdadeiro acto didáctico, eis porque a didáctica objectiva resultada,
aprendizagens, mudanças significativas de comportamento, a didáctica deve ser uma disciplina
altamente questionadora da realidade educacional, da escola, do professor, do ensino, das
disciplinas e conteúdos, das metodologias, da aprendizagem, da realidade cultural, da politica
educacional. Ela não é uma disciplina com verdades prontas e acabadas, mas uma disciplina
que busca, que investiga o universo da educação.

A didática deve servir como mecanismo de tradução prática, no exercício educativo, de


decisões filosóficas, políticas e epistemológicas de um projeto histórico de desenvolvimento
do povo. Ao exercer seu papel específico estará apresentando-se como o mecanismo tradutor
de posturas teóricas em práticas educativas.
Assim, a didática ao longo da história foi desenvolvida de modo linear em suas dimensões
técnica, humanista e político social. Para ingressar no paradigma da didática fundamental ela
deve reafirmar essas suas três dimensões tendo como possibilidade de desenvolver-se em
sentido dialético e conjunto entre suas dimensões constitutivas. Desta forma, não se trata de
negar a dimensão técnica, mas aliar esta à dimensão humana e político-social. Segundo Garcia
(1994), no desenvolvimento profissional de professores deve-se considerar que estes são
também pessoas.
Uma das capacidades didácticas essenciais do professor é de tomar decisões baseando-se em
soluções possíveis diante de cada situação de ensino.

- Explique como o professor realiza esta actividade.

É interessante a afirmação sobre os aspectos acima indicados, mesmo sem termos como sendo
de grande importância a ordem. O mais essencial são as conclusões no sentido em que, para
cada um destes aspectos, a capacidade do professor consiste no seguinte:

Capacidade de tomar decisões. A habilidade de tomar decisões é saber escolher as melhores


alternativas, se decidir por aquilo que é melhor para si e para os outros, para o agora e para o
futuro. O professor que sabe tomar decisões não se prende de forma categórica a uma só
alternativa. Ele busca muitas soluções possíveis, e, após uma análise profunda e criteriosa, vai
optar pela mais segura e real.

O que ensinar. Eis a grande questão que os professores enfrentam no momento em que
pretendem ensinar a alguém que está ali para aprender, mas que não tem visão clara do que é
necessário aprender. Escolher o que ensinar é, muitas vezes, uma atitude crítica do professor.
O que deve ser ensinado para que o aprendizado seja útil à vida? É preciso seleccionar
conteúdos que transformem e acompanhem a vida da criança. Conteúdos que sejam
significativos e que surjam da própria realidade em que a criança vive, que não sejam puras
abstrações. Devemos deixar a vida jorrar nos programas, nos conteúdos, nos métodos
utilizados, no clima de trabalho, nas pessoas presentes. Ensinar não é só ministrar conteúdos
que sejam assimilados pelos alunos. Todo conteúdo deve ser educativo e formador de
personalidades. A dimensão da pessoa não se limita ao intelectual, a pessoa também é emoção,
sentimentos e habilidades, daí deve o ensino se ocupar da formação da pessoa como totalidade.

Falar e ler: Uma das primeiras necessidades da pessoa é se comunicar, falar, entender e se
fazer entender. Saber dizer o que pensa, com firmeza e espírito crítico e se comunicar através
da escrita. Aprender a falar, ler e escrever passam a ser os rudimentos da história do ensino,
que ainda não foram superados por outras necessidades mais importantes. Aprender a ler, para
interpretar, de forma crítica e segura, os embustes da propaganda, que cria necessidades
incansáveis. Ler criticamente a sociedade, o mundo, o trabalho, a vida, a realidade. Ler a vida
na escola, na rua, em casa, na vida social, no desporto, na religião.
Aprender a escrever. A escrita é a comunicação gráfica. Com a escrita a pessoa pode registar
ideias, pensamentos, conhecimentos. Por que não ensinar à que provavelmente abandonará a
escola a dar um recado por escrito, a escrever um bilhete aos pais, aos amigos e, futuramente,
uma cartinha ao namorado ou namorada, a elaborar um requerimento, a preencher um cheque?
A aprendizagem da escrita é um ato educativo e de afirmação pessoal, livrando da vergonha de
não saber registar o pensamento de forma clara.

Aprender a contar. Assim como o falar e escrever, contar é uma necessidade básica. A
matemática é uma ciência imbricada no cotidiano. O número não é uma abstração, mas
concretização da realidade. São infinitas as situações em que se necessita da matemática para
a solução de inúmeros problemas. Grande parte da vida é regida pela matemática. Para contar
os anos da vida usa-se a matemática. A todo o momento todo mundo se pergunta: quanto é
possível; quanto posso fazer; quanto é necessário; quanto ganhei; quanto perdi. E diz: isso é
demais; isso é pouco; está faltando; está sobrando; é muito caro; é mais barato; por este preço
não é possível; os juros estão muito altos; é melhor comprar lá e não aqui; isso deve ser somado,
subtraído, dividido, multiplicado...

Porque ensinar. Ensina-se para difundir a cultura, para converter a ignorância em sabedoria,
para adquirir muitos e sábios conhecimentos. Toda a acção educativa visa sempre propósitos
definidos. Qualquer actividade e ser dirigida e orientada em função daquilo que se quer
alcançar. As acções docente e discente devem agir em função dos objectivos que devem ser
alcançados. O primeiro passo a ser dado na acção educativa é a definição dos resultados e
propósitos que se quer alcançar: os objectivo determinam as prioridades, indicam o que se
pretende e como se pretende alguma coisa.

Como ensinar. O professor deve ser capaz de seleccionar adequadamente o método didáctico
e organizar todos os procedimentos e técnicas, visando propiciar aos alunos a melhor
aprendizagem. No ensino, sempre se estabelecem certas prioridades. Para atingi-las, traçam-se
estratégias que dirigem toda a acção. Os procedimentos didácticos devem estar intimamente
relacionados com os objectivos do ensino, com os conteúdos a serem ensinados e com as
características e habilidades dos alunos. O melhor procedimento é aquele que atende às
características individuais ou grupais.
Quando ensinar. A habilidade de tomar decisões acertadas sobre quando ensinar parece ser
uma proposição sem muito significado. Ensina-se a partir do momento em que a criança
ingressa na escola, tendo como referência a idade e não tanto a maturidade intelectual,
psicológica e motora. Ano apos ano, segundo uma escola cronológica, vão se ensinando as
mais diversas disciplinas e conteúdos, povoar a mente da criança com conhecimento, normas,
regras, princípios e fórmulas que um dia podem ser úteis, como também podem ser inúteis.
Qual a maturidade intelectual e psicológica para entender e analisar determinados conteúdos e
ideias? A questão é saber quando a criança está pronta e apta a aprender. Será que a criança, se
não souber um conteúdo hoje, não poderá aprendê-lo futuramente na escola ou fora dela? Será
que a sociedade, os pais e a escola não querem forçar a criança a aprender coisas que não são
do seu interesse e inatingíveis devido à falta de certas habilidades?

Com que ensinar. Os meios e recursos para ensinar auxiliam o professor e aluno no processo
de ensino-aprendizagem. Quem planifica o ensino deve partir de uma análise dos objectivos,
dos conteúdos, dos procedimentos e de todas as possibilidades humanas e materiais que o
ambiente escolar pode oferecer em termos de meios a empregar no processo de ensino e
aprendizagem. Os objectivos de ensino não são só determinam os conteúdos e procedimentos,
como também os recursos e meios de ensino, pois deles depende, em parte, a consecução
daqueles. O ensino fundamenta-se na estimulação, que é favorecida por recursos didácticos
que facilitam a aprendizagem. Esses meios despertam o interesse e provocam a discussão e
debates, desencadeando perguntas e gerando ideias.

Onde ensinar, senão na escola? A escola sempre foi o habitat do ensino. Sempre se afirmou
que é na escola que se deve aprender. A escola, ironicamente, se tornou o santuário do saber.
O aluno, contaminado pela ignorância, tenta nela ingressar para, depois, sair santificado pela
auréola do saber. A escola é uma das muitas condições para se aprender, mas não a única, pois
a criança adquire maior quantidade de conhecimentos fora da escola: a verdade é que em todo
lugar se pode aprender; assim como todass pessoas podem ensinar de uma ou de outra forma.
Parece, neste sentido, claro percebermos que a escola participa no desenvolvimento do saber
enquanto instituição e nela o processo é planificado e sistemático. Eis porque, quando falamos
de escola como local do ensino, é pertinente colocarmo-nos questões tais como: como se
estruturam administrativamente nossas escolas? Quais as condições das escolas, das salas de
aulas, seu mobiliário, sua biblioteca, seu laboratório, suas salas especializadas e seu
instrumental básico para que se possa ensinar? Sabemos que há escolas que não têm livros,
mapas, giz, etc. São questões sobre as quais a didáctica deve reflectir.
O professor que ensina. Deve-se encarar o “mestre” não apenas como explicador de matérias,
mas como educador apto a desempenhar sua complexa função de estimular, orientar e controlar
com habilidade o processo educativo e a aprendizagem dos seus alunos, com vistas a um real
e positivo rendimento para os indivíduos e para a sociedade. O professor se compromete em
defender e testemunhar a verdade e a vida dos outros. Segundo Gusdorf, do professor se exige
“que não se limite a apresentar-se como homem de um determinado saber, mas como
testemunha da verdade e afirmador dos valores”. A responsabilidade principal do professor é
com a verdade. A verdade e o saber não são dados de modo definitivo e acabado. Devem ser
procurados. Por isso o professor não é aquele que nos dá a verdade feita e pronta, porque ele
não é aquele que nos dá a verdade feita e pronta, porque ele não é apenas um reprodutor ou
repetidor da verdade. Ele é o que abre uma perspectiva sobre a verdade, o exemplo de um
caminho para o verdadeiro que ele designa. Porque a verdade é sobretudo o caminho da
verdade.

É interessante a afirmação sobre os aspectos acima indicados, mesmo sem termos como sendo
de grande importância a ordem. O mais essencial são as conclusões no sentido em que, para
cada um destes aspectos, a capacidade do professor consiste no seguinte:
Capacidade de tomar decisões. A habilidade de tomar decisões é saber escolher as melhores
alternativas, se decidir por aquilo que é melhor para si e para os outros, para o agora e para o
futuro. O professor que sabe tomar decisões não se prende de forma categórica a uma só
alternativa. Ele busca muitas soluções possíveis, e, após uma análise profunda e criteriosa, vai
optar pela mais segura e real.

O que ensinar. Eis a grande questão que os professores enfrentam no momento em que
pretendem ensinar a alguém que está ali para aprender, mas que não tem visão clara do que é
necessário aprender. Escolher o que ensinar é, muitas vezes, uma atitude crítica do professor.
O que deve ser ensinado para que o aprendizado seja útil à vida? É preciso seleccionar
conteúdos que transformem e acompanhem a vida da criança. Conteúdos que sejam
significativos e que surjam da própria realidade em que a criança vive, que não sejam puras
abstrações. Devemos deixar a vida jorrar nos programas, nos conteúdos, nos métodos
utilizados, no clima de trabalho, nas pessoas presentes. Ensinar não é só ministrar conteúdos
que sejam assimilados pelos alunos. Todo conteúdo deve ser educativo e formador de
personalidades. A dimensão da pessoa não se limita ao intelectual, a pessoa também é emoção,
sentimentos e habilidades, daí deve o ensino se ocupar da formação da pessoa como totalidade.

Falar e ler: Uma das primeiras necessidades da pessoa é se comunicar, falar, entender e se
fazer entender. Saber dizer o que pensa, com firmeza e espírito crítico e se comunicar através
da escrita. Aprender a falar, ler e escrever passam a ser os rudimentos da história do ensino,
que ainda não foram superados por outras necessidades mais importantes. Aprender a ler, para
interpretar, de forma crítica e segura, os embustes da propaganda, que cria necessidades
incansáveis. Ler criticamente a sociedade, o mundo, o trabalho, a vida, a realidade. Ler a vida
na escola, na rua, em casa, na vida social, no desporto, na religião.

Aprender a escrever. A escrita é a comunicação gráfica. Com a escrita a pessoa pode registar
ideias, pensamentos, conhecimentos. Por que não ensinar à que provavelmente abandonará a
escola a dar um recado por escrito, a escrever um bilhete aos pais, aos amigos e, futuramente,
uma cartinha ao namorado ou namorada, a elaborar um requerimento, a preencher um cheque?
A aprendizagem da escrita é um ato educativo e de afirmação pessoal, livrando da vergonha de
não saber registar o pensamento de forma clara.

Aprender a contar. Assim como o falar e escrever, contar é uma necessidade básica. A
matemática é uma ciência imbricada no cotidiano. O número não é uma abstração, mas
concretização da realidade. São infinitas as situações em que se necessita da matemática para
a solução de inúmeros problemas. Grande parte da vida é regida pela matemática. Para contar
os anos da vida usa-se a matemática. A todo o momento todo mundo se pergunta: quanto é
possível; quanto posso fazer; quanto é necessário; quanto ganhei; quanto perdi. E diz: isso é
demais; isso é pouco; está faltando; está sobrando; é muito caro; é mais barato; por este preço
não é possível; os juros estão muito altos; é melhor comprar lá e não aqui; isso deve ser somado,
subtraído, dividido, multiplicado...

Porque ensinar. Ensina-se para difundir a cultura, para converter a ignorância em sabedoria,
para adquirir muitos e sábios conhecimentos. Toda a acção educativa visa sempre propósitos
definidos. Qualquer actividade e ser dirigida e orientada em função daquilo que se quer
alcançar. As acções docente e discente devem agir em função dos objectivos que devem ser
alcançados. O primeiro passo a ser dado na acção educativa é a definição dos resultados e
propósitos que se quer alcançar: os objectivo determinam as prioridades, indicam o que se
pretende e como se pretende alguma coisa.

Como ensinar. O professor deve ser capaz de seleccionar adequadamente o método didáctico
e organizar todos os procedimentos e técnicas, visando propiciar aos alunos a melhor
aprendizagem. No ensino, sempre se estabelecem certas prioridades. Para atingi-las, traçam-se
estratégias que dirigem toda a acção. Os procedimentos didácticos devem estar intimamente
relacionados com os objectivos do ensino, com os conteúdos a serem ensinados e com as
características e habilidades dos alunos. O melhor procedimento é aquele que atende às
características individuais ou grupais.

Quando ensinar. A habilidade de tomar decisões acertadas sobre quando ensinar parece ser
uma proposição sem muito significado. Ensina-se a partir do momento em que a criança
ingressa na escola, tendo como referência a idade e não tanto a maturidade intelectual,
psicológica e motora. Ano apos ano, segundo uma escola cronológica, vão se ensinando as
mais diversas disciplinas e conteúdos, povoar a mente da criança com conhecimento, normas,
regras, princípios e fórmulas que um dia podem ser úteis, como também podem ser inúteis.
Qual a maturidade intelectual e psicológica para entender e analisar determinados conteúdos e
ideias? A questão é saber quando a criança está pronta e apta a aprender. Será que a criança, se
não souber um conteúdo hoje, não poderá aprendê-lo futuramente na escola ou fora dela? Será
que a sociedade, os pais e a escola não querem forçar a criança a aprender coisas que não são
do seu interesse e inatingíveis devido à falta de certas habilidades?

Com que ensinar. Os meios e recursos para ensinar auxiliam o professor e aluno no processo
de ensino-aprendizagem. Quem planifica o ensino deve partir de uma análise dos objectivos,
dos conteúdos, dos procedimentos e de todas as possibilidades humanas e materiais que o
ambiente escolar pode oferecer em termos de meios a empregar no processo de ensino e
aprendizagem. Os objectivos de ensino não são só determinam os conteúdos e procedimentos,
como também os recursos e meios de ensino, pois deles depende, em parte, a consecução
daqueles. O ensino fundamenta-se na estimulação, que é favorecida por recursos didácticos
que facilitam a aprendizagem. Esses meios despertam o interesse e provocam a discussão e
debates, desencadeando perguntas e gerando ideias.
Onde ensinar, senão na escola? A escola sempre foi o habitat do ensino. Sempre se afirmou
que é na escola que se deve aprender. A escola, ironicamente, se tornou o santuário do saber.
O aluno, contaminado pela ignorância, tenta nela ingressar para, depois, sair santificado pela
auréola do saber. A escola é uma das muitas condições para se aprender, mas não a única, pois
a criança adquire maior quantidade de conhecimentos fora da escola: a verdade é que em todo
lugar se pode aprender; assim como todass pessoas podem ensinar de uma ou de outra forma.
Parece, neste sentido, claro percebermos que a escola participa no desenvolvimento do saber
enquanto instituição e nela o processo é planificado e sistemático. Eis porque, quando falamos
de escola como local do ensino, é pertinente colocarmo-nos questões tais como: como se
estruturam administrativamente nossas escolas? Quais as condições das escolas, das salas de
aulas, seu mobiliário, sua biblioteca, seu laboratório, suas salas especializadas e seu
instrumental básico para que se possa ensinar? Sabemos que há escolas que não têm livros,
mapas, giz, etc. São questões sobre as quais a didáctica deve reflectir.

O professor que ensina. Deve-se encarar o “mestre” não apenas como explicador de matérias,
mas como educador apto a desempenhar sua complexa função de estimular, orientar e controlar
com habilidade o processo educativo e a aprendizagem dos seus alunos, com vistas a um real
e positivo rendimento para os indivíduos e para a sociedade. O professor se compromete em
defender e testemunhar a verdade e a vida dos outros. Segundo Gusdorf, do professor se exige
“que não se limite a apresentar-se como homem de um determinado saber, mas como
testemunha da verdade e afirmador dos valores”. A responsabilidade principal do professor é
com a verdade. A verdade e o saber não são dados de modo definitivo e acabado. Devem ser
procurados. Por isso o professor não é aquele que nos dá a verdade feita e pronta, porque ele
não é aquele que nos dá a verdade feita e pronta, porque ele não é apenas um reprodutor ou
repetidor da verdade. Ele é o que abre uma perspectiva sobre a verdade, o exemplo de um
caminho para o verdadeiro que ele designa. Porque a verdade é sobretudo o caminho da
verdade.
A palavra Didáctica deriva-se da palavra grega didactos, que significa “instrução”. Quer dizer,
visto deste modo, a Didáctica desenvolveu-se como a teoria de instrução (Nivagara, 2015).

De acordo com Macauze (1990), etimologicamente, a ‟Didáctica é a teoria de instrução” (p.6).


Ao falarmos de instrução, no processo de formação humana, estamos nos posicionando
principalmente do lado do desenvolvimento no individuo do:

• Saber (conhecimentos);

• Saber fazer (capacidades e habilidades).

Quer dizer, deixamos de parte o saber ser (atitudes, valores, convicções), assim como o saber
estar (comportamentos e hábitos) que são também importantes para se conseguir o
desenvolvimento integral do homem.

Por seu turno, Sant’Anna e Menegolla (2000, cit. em Macauze, 1990, pp. 25-26) numa longa
dissertação e com algum sentido de ironia faz notar que:

A Didáctica não pode ser entendida simplesmente como um rol de princípios, de teorias de
ensino ou teorias de aprendizagem. Não pode ser concebida como ciência que somente
estabelece uma série de métodos e técnicas de ensino a ser apresentada como solução para
todos os problemas no processo ensino-aprendizagem.

A didáctica não é apenas a rígido e inflexível planificação do ensino, a listagem quantitativa


de objectivos que não passam de um rol de intenções e utopias inúteis, desvirtuados pela
irrealidade, não é um rol de conteúdos chamados mínimos, por vezes insignificantes, por
sugestões de recursos materiais e humanos, que vão desde o mais simples cartaz até os mais
sofisticados meios de engenharia educacional.
O objecto de estudo da Didáctica é o processo de ensino, que inclui os conteúdos dos programas
e dos livros didácticos, os métodos e formas organizativos do ensino, as actividades do
professor e dos alunos e as directrizes que regulam e orientam esse processo.

Macauze, S (1990). A didáctica noas dias de hoje, 2º ed. Maputo, Moçambique: Plural edito

Nivagara, Daniel Daniel (2005). Didáctica Geral – Aprender a Ensinar. Módulo de Ensino à
distância, Universidade Pedagógica

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