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TUTORIA

Governo do Estado de Mato Grosso do Sul


Eduardo Corrêa Riedel - Governador
José Carlos Barbosa- Vice Governador

Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul


Helio Queiroz Daher – Secretário de Estado de Educação
Edio Antonio Resende de Castro – Secretário-Adjunto de Estado de Educação

Superintendência de Políticas Educacionais (SUPED)


Adriana Aparecida Burato Marques Buytendorp - Superintendente de Políticas Educacionais

Coordenadoria de Políticas para o Ensino Fundamental (COPEF)


Maria Gorete Siqueira Silva (Coordenadora)
Vanderlis Legramante Barbosa (Gestora)

Coordenadoria de Políticas para o Ensino Médio e Educação Profissional


(COPEMEP)
Davi de Oliveira Santos (Coordenador)
Marcia Proescholdt Wilhelms (Gestora)

EQUIPE DE ORGANIZAÇÃO E PROJETO GRÁFICO

Unidade de Educação em Tempo Integral COLABORADORES

Lucia Aguiar Santos


Ana Paula Baptista Machado Heloise Vinha Melo
Cristiano de Almeida Karoline Belo dos Santos Silva
Kassia Karoline Rosa do Valle Natália Gabrieli dos Santos Fagundes Euzébio
Andrea Eliane Stahlke Augusto
Marcela França Della Santa
Lucimara Nascimento da Silva
Dayse Mara Alves Chilaver
Janaina Vasconcelos Martins Paim

Diagramação
Instituto Sonho Grande

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SUMÁRIO
4. A TUTORIA
5. O TUTOR
8. O TUTORANDO
9. OUTROS ENVOLVIDOS COM A TUTORIA
10. IMPLEMENTAÇÃO DA TUTORIA
14. DIA A DIA DA TUTORIA
18. RELAÇÃO COM AS FAMÍLIAS E A COMUNIDADE
18. ARTICULAÇÃO INTERSETORIAL
36. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1. A TUTORIA
Conceito demais áreas do conhecimento do currículo escolar. A
O conceito de Tutoria parte de diversas referências do Tutoria, essencialmente dialoga com elas, mas pode ter
meio empresarial e acadêmico, que têm em comum a focos próprios, sintonizados com o que é preconizado pela
relação entre um indivíduo com mais experiência, que Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
se coloca como um orientador de outro, que está em Por competência, a BNCC entende que é um
fase inicial de aprendizagem, seja ela voltada para conjunto “de conhecimentos (conceitos e
aspectos técnicos ou comportamentais. procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e
No contexto da Escola em Tempo Integral de Ensino socioemocionais), atitudes e valores para resolver
Fundamental e Médio a Tutoria se configura como o demandas complexas da vida cotidiana, do pleno
papel exercido por um educador (não necessariamente exercício da cidadania e do mundo do trabalho”
o professor), por meio da Presença Pedagógica, para (BNCC, p. 8). Estas competências devem privilegiar
mediar o processo de aprendizagem, compartilhar aspectos éticos e estar comprometidas com a
saberes, acompanhar e orientar o estudante na sua dimensão coletiva.
trajetória escolar, focando especialmente na As categorias no quadro abaixo, exemplificam
implementação do seu projeto de vida e em seu como a Tutoria pode promover o desenvolvimento
percurso acadêmico. das competências do tutorando:
Na dimensão do desenvolvimento do projeto de
vida, a tutoria tem papel fundamental na orientação
para que o estudante possa traçar metas claras, AÇÕES DA TUTORIA
objetivas e possíveis, fazendo escolhas coerentes com o 

caminho que pretende seguir. A Tutoria também torna ❏ Apoio: auxiliar o estudante a lidar com questões não
possível ao tutorando ampliar a visão que tem de si apenas relacionadas aos conteúdos/ objetos de
conhecimento, tampouco ao aspecto cognitivo, mas
mesmo, do ambiente ao seu redor, do mundo, das também àquelas que afetam sua aprendizagem,
oportunidades e das estratégias necessárias para ser sua relação intra e interpessoal, como dificuldade de
protagonista da sua vida, permitindo que ele tome trabalhar em grupo, timidez para falar em público.
❏ Capacitação: Possibilitar ao estudante desenvolver e
decisões de forma autônoma, consciente e responsável. aplicar estratégias de aprendizagens com eficiência,
A dimensão acadêmica é tratada, na Tutoria, sob a que contribuam para sua autoformação, gestão do
mesma perspectiva, ajudando o tutorando a entender tempo, rotina de estudos. Para tanto é importante
recomendar materiais que subsidiem fortaleçam a
melhor o seu perfil como estudante, como ele aprende, aquisição de conhecimento em prol de sua
estimulando sua autonomia, identificando o que autoformação.
colabora positivamente com o seu percurso e quais são ❏ Orientação: Instigar o estudante a compreender
que os objetos/conteúdos de conhecimento, bem
os empecilhos, buscando alternativas para superá-los. como sua relação com os objetivos das
Por intermédio da Tutoria, é possível atuar em uma aprendizagens e a construção de saberes
intencionais promovidos no ambiente escolar,
perspectiva preventiva, já que o tutor auxilia o possam fazer sentido às necessidades e
tutorando a construir e desenvolver aprendizagens possibilidades, sintonizados aos interesses do
antes das dificuldades aparecerem. Algumas sujeito. Assim, ressalta-se a abordagem de temáticas
que promovam a reflexão acerca de escolhas e
observações do tutor podem antecipar possíveis caminhos possíveis para o seu projeto de vida.
obstáculos e auxiliar o tutorando a agir antes de ❏
acontecerem. No polo oposto, a Tutoria também COMPETÊNCIAS DESENVOLVIDAS NO
contribui na dimensão da reconstrução pessoal e
TUTORANDO
resiliência, quando favorece a superação dos desafios
pelo tutorando, apoiando-o no planejamento de ações
que permitam potencializar sua aprendizagem e ❏ Pessoal: conhecer a si próprio, identificar
resolver problemas. habilidades e preferências, saber lidar com as
emoções de modo positivo, desenvolver
Desenvolvimento de competências
perseverança e espírito colaborativo.
Entendendo a Tutoria como uma ação pedagógica, ❏ Acadêmica: identificar potencialidades e limites em
na perspectiva da educação integral, ela também pode relação ao aprendizado, organizar rotina de estudo
ser um espaço de aprendizagem e desenvolvimento adequada e produtiva, desenvolver autonomia nos
de competências tanto cognitivas quanto estudos.
socioemocionais, ou seja, não se restringe apenas ao ❏ Projeto de vida: ter clareza das possibilidades de
que está sendo proposto como objetivo de trajetórias, saber fazer escolhas conscientes, optar
aprendizagem em projeto de vida ou nas por percursos coerentes com seu Projeto de Vida.

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2. O TUTOR
A proposta da Tutoria, dentro do modelo da educação
integral, demanda um novo perfil de educador, que QUALIDADES
enxerga o estudante em sua totalidade e
singularidade e percebe, de forma empática, os Qualidades humanas (o ser do tutor) :
desafios advindos do seu contexto. Empatia, maturidade intelectual e afetiva,
A função do tutor na escola de tempo integral sociabilidade, responsabilidade e capacidade de
se refere ao processo de acompanhamento, aceitação.
orientação e apoio do desempenho acadêmico dos
estudantes. O foco principal da tutoria é ajudar o Qualidades científicas (o saber do tutor) :
estudante a desenvolver competências e habilidades Conhecimento da maneira de ser do estudante e
necessárias para o sucesso acadêmico. Nesse sentido, dos elementos pedagógicos que tornam possível
os tutores podem oferecer orientação sobre como conhecê-lo e ajudá-lo.
estudar, aplicar conceitos aprendidos em sala de aula,
bem como desenvolver estratégias de trabalho Qualidades técnicas (o saber fazer do tutor) :
eficazes. Além disso, podem oferecer apoio para que Capacidade de trabalhar com eficácia e em equipe,
os estudantes criem e cumpram planos de estudo participando de projetos e programas estabelecidos
individualizados, desenvolvam hábitos de de comum acordo para a formação dos estudantes.
auto-organização e autogestão, e aprendam a resolver
problemas acadêmicos de forma autônoma. Além das competências e habilidades, deve-se
Para que isso seja possível, o tutor precisa considerar também a disponibilidade afetiva de quem
estabelecer uma relação mais próxima com o exerce a função de tutor, seu desejo, sua abertura ao
tutorando, em que a escuta ativa empática seja a base novo, a fim de ocupar esse lugar de referência,
para a construção de um vínculo que gere segurança, sobretudo no que se refere a lidar com questões
estimule o desenvolvimento da aprendizagem e socioemocionais. Visto que, a criação de vínculos
impulsione a concretização dos objetivos do mais próximos com os estudantes, a oferta da escuta
estudante. ativa e do acolhimento, consequentemente vai
A tutoria, ou o papel do tutor, envolve trabalhar em requerer do tutor uma disposição emocional, que
estreita colaboração com os professores, estudantes e nem sempre é possível dentro dos seus limites.
famílias para proporcionar um ambiente de
aprendizagem saudável, seguro e motivador. O tutor
pode usar técnicas de ensino eficazes, proporcionar
orientação e aconselhamento, e atuar como mediador.
A tutoria na escola de tempo integral pode contribuir
para o estudante alcançar seus objetivos educacionais
e promover o seu bem-estar.
Por ser uma tarefa eminentemente educativa, é
importante que a pessoa que assuma e integre a
equipe pedagógica da escola, não seja
necessariamente um professor, mas que esta reúna
características as quais possibilite atuar em prol do
desenvolvimento das competências socioemocionais
dos tutorandos.
A tabela a seguir contém as qualidades do tutor,
definidas com suas respectivas competências e
habilidades. Elas não são definitivas, nem excludentes,
ou seja, não significa que um educador necessita
apresentá-las, integralmente, para ser um tutor.
Contudo, elas servem de referência para a
compreensão do perfil adequado para assumir esse
papel na escola.

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2. O TUTOR
Faz parte do dia a dia e do papel do tutor:

Faz parte do papel do tutor acompanhar mais de perto o » Planejar e realizar encontros regulares de
percurso do estudante na escola, com um olhar mais acompanhamento do seu tutorando (individuais
individualizado. Deve apoiá-lo na elaboração de e/ou em grupo);
estratégias que o ajude no seu percurso pessoal, social e » Criar um ambiente acolhedor e organizado, o
acadêmico, assim como na implementação e qual oportunize que aprendizagem aconteça;
desenvolvimento do seu projeto de vida. » Acompanhar o desempenho do tutorando no
No que tange ao Ensino Fundamental é importante estudo, identificando potencialidades e
compreender que essa etapa é primordial para o dificuldades;
desenvolvimento de habilidades de autoconhecimento, » Estimular a reflexão sobre temas
pensamento crítico, solução de problemas, oportunidade relacionados ao projeto de vida do tutorando
de explorar novas ideias e ampliar os horizontes e demais atividades escolhidas por ele;
vislumbrando a etapa seguinte. A tutoria no ensino » Mobilizar o tutorando para participar de
fundamental configura-se como um importante meio diversas atividades esportivas, científicas,
para apoiar o estudante para atingir seu potencial. culturais, entre outras propostas pela escola,
Desse modo, o tutor pode ajudar o estudante a assim como de eventos externos, que o auxilie
desenvolver suas habilidades de leitura e escrita, em sua formação integral, como exposições,
impulsionar o seu conhecimento de matemática, olimpíadas do conhecimento, shows culturais,
melhorar o seu entendimento de conteúdos curriculares, teatro, feiras científicas e tecnológicas e culturais
além de auxiliar o estudante a desenvolver habilidades dentre outros outros;
sociais. » Fazer registros dos encontros e
apresentar relatório individual de
Para que o desenvolvimento das referidas habilidades
acompanhamento do tutorando à equipe
aconteça, é necessário oferecer um espaço de escuta
gestora ao final de cada semestre.
ativa e acolhimento, não apenas para tratar das
» Comunicar à equipe gestora qualquer
dificuldades apresentadas pelo tutorando, mas também
intercorrência (atitudes ou comentários do
que possa apoiá-lo no desenvolvimento de estratégias de
tutorando) que gere estranheza ou
superação.
mereça atenção, para que sejam
tomadas as providências adequadas;
» Articular-se com educadores
responsáveis pelos outros elementos da
educação integral (projeto de vida) e a
família, quando necessário.

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Ter claro o papel da Tutoria e entender o foco
da relação estabelecida entre tutor e estudante é O QUE É O TUTOR
fundamental para que não ocorram ruídos e
sobreposições de funções dentro da equipe escolar, ● Mediador de aprendizagens e experiências
desentendimentos com as famílias e frustração de dos tutorandos;
expectativas dos tutorandos. ● Orientador e apoiador da implementação do
O tutor deve estar atento para não ser invasivo, projeto de vida do estudante;
nem trazer conteúdos que não estejam relacionados ● Lugar de escuta atenta e acolhedora sobre os
ao percurso escolar ou ao projeto de vida elaborado desafios e questões que atravessam as
pelos estudantes e, principalmente, respeitar os limites aprendizagens dos estudantes e a execução
que eles trazem no tratamento de determinados do seu projeto de vida.
temas. O tutor não julga, ele acolhe, ouve e faz o
tutorando escutar a si mesmo.
É comum misturar Tutoria e terapia, ou mesmo O QUE NÃO É O TUTOR
associá-la com uma relação de amizade entre tutor e
estudante. O fato da Tutoria interagir com questões
emocionais, que surgem nesse processo, o que não • Pai/mãe;
significa que se estabeleça entre o tutor e o estudante • Terapeuta;
uma relação terapêutica ou de amizade. Visto que o • Melhor amigo;
tutor não é psicólogo, nem um amigo do estudante,
• Juiz das escolhas, dos valores e das decisões do
mas um educador, assim como a escola não é um
tutorando, nem da sua família;
espaço terapêutico, mas de aprendizado, ainda que
em uma perspectiva dimensional envolvam as • Oráculo de todas as respostas.
competências socioemocionais dos estudantes.
Ao lado um resumo do que faz parte ou não do
papel da Tutoria.

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3. O TUTORANDO
Para que aconteça o efetivo trabalho do tutor,
faz-se necessário o envolvimento e a participação rural, periférica etc.), dentre outras.
ativa do estudante. Por isso, é importante que ele
À vista disso, considerar o contexto do tutorando
tenha conhecimento sobre o que cabe a ele se
ao pensar nas oportunidades que estão à sua
comprometer, para que o processo gere os
disposição, entretanto, isso não pode ser um fator
aprendizados esperados.
limitador, a exemplo do que ele sonhe e pense para
A pactuação com o tutorando deve ser feita logo seu futuro seja algo mais do que a sua família
no início do processo. Alguns pontos podem ser conseguiu conquistar. Isso se aplica também à
sugeridos pelo tutor (vide alguns exemplos abaixo), e dimensão do mundo do trabalho, tema que emerge
outros podem surgir do próprio estudante: com força no Ensino Médio, que se configura por vezes
como causas de abandono e evasão escolar. Nesse
» Manter postura de bom convívio com o tutor,
sentido, é importante refletir com o tutorando acerca
estabelecendo vínculos de diálogo e respeito; da complexidade do mundo do trabalho, e os desafios
propostos para a juventude, a fim de possibilitar que
» Participar de todos os encontros da Tutoria, sejam ele faça escolhas mais conscientes.
eles individuais ou coletivos, e realizar todas as O jovem estudante não pode estar restrito ao
atividades combinadas com o tutor; espaço da Tutoria, mas deve ser compartilhado por
toda a comunidade escolar e incorporado às práticas
pedagógicas. O que demanda mudanças nas dinâmicas
» Ter disponibilidade para refletir sobre seu percurso da sala de aula, além da abertura de espaços para
de aprendizado, mudar posturas e rumos para participação dos estudantes no funcionamento da
superar seus desafios. escola como um todo.
Cabe ao tutor reconhecer a singularidade de cada A forma como os estudantes são vistos pela equipe
estudante, o que ele traz como história e seus pedagógica vai influenciar diretamente no desenho e
desejos, para que a Tutoria possa dialogar com ele, nas ações propostas para a Tutoria. Assim, se os
dar sentido à escola e propor estratégias de estudantes são percebidos como indivíduos
aprendizagem que respeitem ritmos, interesses e desinteressados, incapazes de tomar decisões e
escolhas. resolver seus próprios problemas, ou os da sua
Compreender que cada estudante já traz comunidade, ou até mesmo como pessoa, cuja
conhecimentos e experiências que o equipam para condição familiar e econômica lhe restringirá a
fazer suas escolhas. É essencial, para a Tutoria, possibilidade de executar seu projeto de vida,
acreditar nesse potencial que os jovens estudantes dificilmente o percurso proposto irá ajudá-lo a ser mais
trazem. autônomo e superar seus desafios de aprendizagens.
Valorizar todas as experiências dos estudantes,
inclusive as que se realizam fora da escola, já que a
aprendizagem acontece no mundo e não apenas no
convívio escolar. De modo que eles sejam capazes de
confiar em suas capacidades/potencialidades, e em
seu poder de vencer os desafios que lhes são
colocados, tanto individualmente, quanto
coletivamente. Nessa perspectiva, possam enxergar os
jovens estudantes como protagonistas, autores do seu
próprio processo de ensino-aprendizagem em prol
de fortalecer a construção da sua autonomia.
Nesta concepção é importante que se faça uma
distinção muito clara da ideia de tutela para que ela
não seja associada à Tutoria. Não cabe ao tutor dizer
ao estudante qual caminho deve ser percorrido,
contudo trazer elementos para que isso seja
construído e decidido por ele. O tutor também deve
ter um olhar sensível sobre os estudantes enquanto
jovens, num sentido mais amplo, que contemple sua
diversidade e desigualdades, percebendo que
características como gênero, raça e etnia, deficiências
físicas, emocionais e cognitivas, orientação sexual e
religião são entrelaçadas com outras dimensões da
sua condição, assim como a renda, o nível de
escolaridade, o local de moradia (urbana ou
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4. OUTROS
ENVOLVIDOS COM A TUTORIA
Existem outros atores comprometidos com a O trio gestor
realização da Tutoria:
Para que a tutoria seja realizada de forma
Secretaria de Educação intencional, é necessário que o trio gestor proporcione
Cabe à Secretaria de Educação: a estrutura necessária. É de responsabilidade também
do trio gestor o acompanhamento, planejamento das
ações, mobilização dos estudantes e encaminhamento
» Estabelecer os parâmetros para implementação da
a outros órgãos quando identificadas situações que
política nas escolas; ultrapassem os limites da tutoria, como Conselho
tutelar, centros de psicologia, dentre outros.
» Elaborar orientação centralizada para execução da Cabe ao trio gestor incumbir-se de organizar
Tutoria, considerando especificidades locais; registros das atividades elaboradas pelos tutores,
reuniões periódicas, articulação da tutoria com as
» Disponibilizar material de apoio/formação/ demais práticas e vivência da Escola de Tempo
instrumentais para órgãos regionais e gestão escolar Integral. Além disso, estimular a integração com a
executarem adequadamente a metodologia; comunidade escolar, incluindo as famílias dos
tutorandos.
» Proporcionar a estrutura necessária;

» Acompanhar o desenvolvimento da Tutoria na Rede e


oferecer suporte para as questões que surjam ao longo
do processo; .

» Reunir dados sobre a implementação da Tutoria para


avaliação e aprimoramento da política educacional

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5.IMPLEMENTAÇÃO
DA TUTORIA
A Tutoria, assim como os demais elementos da Primeiros passos
educação integral, se constitui numa ação que deve ser Após o estudo do material sobre tutoria, a escola
planejada, sistematizada e articulada com outras deverá realizar o levantamento dos possíveis tutores da
práticas e profissionais da equipe pedagógica da escola. equipe escolar e administrativa. A partir daí, realizar o
Ressalta-se que o planejamento é fundamental, planejamento das ações da tutoria.
porque a Tutoria não pode ser uma ação espontânea,
que acontece apenas como uma resposta ao que Entender a Tutoria como parte de um conjunto
aparece na interação com os tutorandos. É preciso maior de ações da escola, é integrá-la ao todo. Um
pensar em um percurso que dê sentido ao que se está passo na direção dessa perspectiva é a sua previsão no
desenvolvendo junto com o estudante. Esse Plano Político Pedagógico (PPP) da escola. Esse
planejamento, claro, deve se retroalimentar com o que importante documento deve ser elaborado
surge no diálogo com o tutorando, mas não pode se coletivamente, com a participação de toda a
limitar a ele. Portanto, é essencial que este ocorra no comunidade escolar, funcionários, familiares,
começo do ano letivo, antes de se iniciar a Tutoria, e educadores e estudantes. Nele deverão estar expressos
precisa ser revisitado e aprimorado ao longo do os valores, intenções e o desenho geral da Tutoria. O
desenvolvimento do estudante.. planejamento traz especificações que darão o norte
A ação da Tutoria também deve ser sistemática. De para o detalhamento que deve ser feito pela equipe
modo que haja regularidade de encontros, sejam eles pedagógica considerando o perfil de seus estudantes,
individuais ou coletivos. Deve existir, ainda, um “ritual” como a etapa de ensino, faixa etária, maturidade e
metodológico para esses momentos, pactuado com os ainda o atendimento dos estudantes com deficiência .
participantes, com regras que tenham sido pré-definidas A reorganização dos ambientes de aprendizagem
e acordadas, por meio de uma construção coletiva dos pode ser necessária, de forma que a escola possa ser
participantes. Essa dinâmica contribuirá para o um espaço potencializador da criatividade, da
engajamento de todos os envolvidos, pois permite que autonomia e da convivência saudável entre as
os limites e objetivos estejam mais evidenciados, diferenças. Segundo Singer, “esse ambiente estimula
possibilitando amplas condições para que a Tutoria estratégias que fomentam a aprendizagem, o diálogo
realmente tenha o efeito desejado. Sob este enfoque, é entre os diversos segmentos da comunidade, a
imprescindível estabelecer uma rotina de mediação de conflitos por pares, o bem-estar de todos,
acompanhamento desse processo na escola, a valorização da diversidade e das diferenças, e a
especialmente pelos profissionais envolvidos, isso inclui promoção da equidade”. (SINGER, p. 76)
registros e reuniões periódicas para que o percurso seja
avaliado e (re)ajustado.
Levantamento de Tutores
A Tutoria é uma ferramenta extremamente útil para
A definição dos tutores deve acontecer,
o desenvolvimento dos estudantes, pois fornece um
preferencialmente, antes das avaliações do primeiro
ambiente seguro e estruturado para auxiliá-los a
bimestre letivo, de forma a assegurar tempo suficiente
desenvolverem habilidades importantes, como
para que os estudantes conheçam e interajam com os
pensamento crítico, resolução de problemas,
membros da equipe escolar, com tempo hábil para uma
autoconfiança e responsabilidade. Essa abordagem que
intervenção mais qualificada ao longo do ano.
se inicia no ensino fundamental, fomenta o preparo
Idealmente, ela envolve duas etapas: a primeira, que
dos jovens para o ensino médio, além de outras etapas
cabe ao corpo técnico da escola; e a segunda, que é de
educacionais. Salienta-se que a tutoria também pode
livre decisão do estudante.
ajudar os estudantes, principalmente do ensino médio a
se conectarem às instituições educacionais, conhecer A tutoria deve envolver critérios bem definidos e
essas instituições ampliam sua percepção de mundo, conscientes para os tutores, para a gestão escolar e os
ajudando-os a se sentirem parte de algo maior. Isso estudantes.
pode ajudar a aumentar a motivação dos discentes a A primeira etapa é administrada pela gestão, que
reduzirem a taxa de desistências escolares. identifica a quantidade de estudantes para cada tutor
O impacto da Tutoria na vida do estudante será levando em consideração a carga horária de cada
ampliado, quanto maior for a articulação com os profissional. Todos os profissionais da unidade escolar
demais membros da equipe escolar e possíveis devem ter a oportunidade de serem tutores,
parceiros, auxiliando o percurso do estudante na escola considerando que fazem parte da proposta pedagógica
que deve também contar com “aliados” para lidarem da escola em tempo integral.
com as questões que surjam. É importante que essa É importante destacar que mesmo os profissionais com
articulação também aconteça fora dos muros da escola, carga horária reduzida na unidade escolar lhes seja
com as famílias, a comunidade e com instituições oportunizada a possibilidade de serem tutores, bem
responsáveis por outras políticas sociais voltadas para como a equipe manter estudos constantes sobre
adolescentes e jovens. A escola não pode, nem deve, dar tutoria e atenção ao planejamento.
conta de todos os temas que emergem.

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A escolha do tutor pelo estudante
Os estudantes devem decidir livremente Coletivamente, os tutores devem alinhar aspectos
sobre o tutor que desejam dentre as opções de metodológicos, ações a serem desenvolvidas,
número e periodicidade de encontros, em
educadores disponibilizados pela escola. É importante
alinhamento com o PPP da escola e a partir dos
que sejam bem orientados sobre o processo da apontamentos da avaliação, caso tenha sido
Tutoria para que essa decisão seja tomada com realizada.
consciência. A escolha é renovada anualmente, Já o planejamento dos encontros com os tutorandos,
podendo haver continuidades ou substituição do sejam eles individuais ou coletivos, deve ser realizado
por cada tutor, separadamente, considerando os
tutor.
temas alinhados coletivamente e as demandas de
cada estudante que irá participar da Tutoria. Os
tutorandos devem ser acompanhados
Formação do tutor
sistematicamente, para isso deve haver
disponibilidade do tutor(a)e do (a) tutorando(a), esses
Vencida a etapa de definição dos tutores, é encontros podem ser ajustados em horários
necessário preparar a equipe responsável e planejar o possíveis e registrados.
processo.
Todo o trabalho é gerido pelo trio gestor, Inicialmente, deve-se buscar informações sobre
responsável pela formação dos tutores, pela os tutorandos, a partir de uma pesquisa em registros
disponibilização de orientações para o planejamento e de anos anteriores ou conversando com quem teve
pelo acompanhamento das atividades. contato com eles. Tudo deve ser registrado em
instrumentos orientados pela coordenação
pedagógica.1
Planejamento geral da Tutoria Esse levantamento vai embasar o desenho de um
O planejamento deve acontecer antes de iniciar a percurso de encontros, de acordo com o número
Tutoria e é realizado em ciclos coletivos e/ou previsto até o fim do ano, e a elaboração dos
individuais, dependendo do modelo de tutoria. Ambos objetivos do trabalho com cada tutorando
conduzidos por um representante do trio gestor. Caso individualmente e com os grupos. Tais objetivos
a Tutoria já seja uma prática desenvolvida na escola, poderão ser ajustados a partir do diálogo com os
esse momento deve ser precedido de uma avaliação estudantes, à medida que as atividades ocorrerem.
que irá proporcionar insumos importantes para o O importante é que haja um fio condutor do
aprimoramento do desenho da Tutoria, das processo, de maneira que cada encontro se conecte
abordagens e da escolha de estratégias com o anterior, e com o seguinte, principalmente
metodológicas. que eles sejam regulares. Perante o exposto, não
Na Tutoria individual, o diálogo se estabelece entre o importa qual seja a quantidade prevista para o ano
tutor e o estudante em encontros realizados letivo, mas que haja uma periodicidade definida e
separadamente, atentando-se para os tempos e pactuada com os tutorandos.
espaços em que serão realizados. Nesse modelo é Finalizado o desenho do percurso de encontros
feito um acompanhamento da situação de cada para cada tutorando e para os grupos, ele deve ser
estudante, permitindo um olhar e uma atuação mais alinhado e integrado ao conjunto do planejamento,
atenta e próxima na dimensão do desenvolvimento com o apoio da coordenação pedagógica e com a
socioemocional, contribuindo mais com o participação da equipe pedagógica, levando em
fortalecimento da autoestima, da percepção sobre si consideração projeto de vida, protagonismo juvenil e
próprio e da autonomia. Nesse sentido, cabe ainda outras práticas da escola. Isso potencializará o
ressaltar a importância de que a Coordenação esforço de cada um na perspectiva do
Pedagógica e a Gestão estejam sempre a par dos desenvolvimento integral do estudante
encontros, seja por meio da agenda pré-definida ou
pelo acompanhamento dos instrumentos utilizados
nos encontros.
Na Tutoria coletiva, os encontros são realizados em
grupo, com temas que contemplem as demandas da
maioria. Essa modalidade também pode atuar sobre
as competências socioemocionais, mas potencializa
aspectos do contexto das relações sociais. Diversidade,
respeito, comunicação e participação da vida escolar
têm terreno fértil para serem trabalhados nesse
desenho, o que também pode acontecer de forma
integrada ao currículo escolar.

1. Vide Instrumento 01 – Ficha de coleta de informações sobre


o tutorando.

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Planejamento dos encontros » Organização dos encontros e pactuações
Concluído o planejamento geral, é hora de detalhar os – combinar a programação de encontros
encontros individuais e/ou coletivos. Não existe um individuais (se estiverem previstos) e coletivos,
formato ideal, único para os encontros de Tutoria. O temas a serem desenvolvidos, local e horário,
tutor tem liberdade para pensar nas estratégias que
outras estratégias de acompanhamento;
mais se adequam a cada estudante, grupo ou
circunstância. O importante é que haja alguma rotina
» Orientações finais.
de duração, de momentos, pois isso ajudará a definir
os limites e o papel da Tutoria.
O planejamento pode e deve ser compartilhado Primeiro encontro individual
com os demais tutores. Este espaço de troca pode O primeiro encontro individual é fundamental para a
contribuir com a qualificação dos planejamentos e construção de um percurso produtivo e saudável
com o aprimoramento da metodologia. Ele deve entre tutorando e tutor. Assim como o primeiro
também ser revisitado ao longo do processo para que encontro coletivo, ele não tem um formato
dialogue ao máximo com o que emerge dos pré-definido, mas precisa contemplar alguns focos
encontros. Mais adiante serão apresentados alguns essenciais:
roteiros que podem servir como referência para os » Criar um ambiente de acolhimento,
primeiros planejamentos. confiança para que o tutorando se sinta
seguro, com abertura para expor suas dúvidas
e opiniões, bem como trazer as questões que
DICA!
necessitam de escuta e apoio. Também
Pesquisas sobre temas relacionados à formação
acadêmica/profissional do tutorando (profissões, deve-se deixar claro o propósito e os limites da
oportunidades), sobre algum tipo específico de Tutoria para não gerar nenhum ruído com
dificuldade de aprendizagem e outros temas expectativas não correspondidas;
podem subsidiar a elaboração dos roteiros dos
encontros. » Conhecer melhor o tutorando, quais são suas
Buscar informações também acerca de assuntos expectativas em relação à Tutoria e quais
gerais que interessam o estudante, como esporte,
demandas traz para esse espaço. É importante,
música, filmes, etc., podem auxiliar o tutor a se
aproximar do estudante e propor atividades que neste momento, complementar as informações
engajem mais os tutorandos sobre o estudante coletadas a partir dos
registros escolares, sobretudo acerca de
dinâmicas externas ao cotidiano escolar, mas
Primeiro encontro coletivo de Tutoria que interferem na sua aprendizagem, além de
O primeiro encontro coletivo pode ser realizado por mapear as rotinas de estudo e o cotidiano do
cada tutor com os seus tutorandos, separadamente estudante. Isso vai possibilitar o planejamento
ou em conjunto com outros tutores, dependendo do
número de tutorandos de cada um. Ele é estratégico, de ações que dialoguem com essa dinâmica e
pois tem como objetivo retomar a proposta da demandas. Para isso, recomenda-se um
Tutoria, explicar seu funcionamento, integrar o grupo questionário inicial, que pode ser preenchido
e realizar os primeiros combinados para iniciar as diretamente pelo estudante ou aplicado pelo
atividades.
tutor no primeiro encontro2;
Não há um formato pré-definido, mas alguns
momentos são fundamentais serem contemplados: » Pactuar com o estudante como será a
dinâmica dos encontros e o compromisso
» Apresentação do(s) tutor(es);
que se espera dele. Rever com o estudante o
» Apresentação de cada tutorando e integração percurso previsto, ajustando às suas demandas.
– além de integrar o grupo, esse momento
pode servir para descontrair os participantes;
» Levantamento de expectativas dos IMPORTANTE: tudo o que foi inicialmente planejado
deve ser revisto à luz das informações coletadas nos
estudantes acerca da Tutoria; primeiros encontros, coletivo e individual, para que
haja de fato um diálogo entre o que está sendo
»
Explicação breve sobre a proposta da Tutoria e proposto e o que são anseios dos estudantes e
abertura para as dúvidas e os comentários dos também para que sintam que foram escutados e
contemplados.
estudantes;

2. Vide Instrumento 02 – Questionário inicial do


tutorando.

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INÍCIO DO ANO LETIVO
Percurso de preparação da Tutoria

Definição
de quem assumirá
o papel de tutor

Escolha
dos tutores

Formação
dos tutores

Planejamento
do percurso e
dos encontros
de tutoria

1° encontro
coletivo de tutoria

1° encontro
individual
de tutoria

13 | 36 Tutoria · Mato Grosso do Sul


6. DIA A DIA
DA TUTORIA
A figura abaixo resume a rotina básica da Tutoria ao Encontros de Tutoria
longo do ano. Ao se discutir o desenho da Tutoria na Como já foi mencionado, não existe um formato ideal
escola, é importante contemplar e considerar a de roteiro para os encontros individuais ou coletivos.
periodicidade e os ciclos de todas as ações, pois elas A título de sugestão, são indicados a seguir alguns
se complementam. Não adianta realizar encontros pontos que podem ser contemplados nos
sem registrá-los, desenvolver a Tutoria sem articulá-la planejamentos. Ao final deste documento, existem
com os demais elementos e sem avaliá-la. Cada passo alguns roteiros sugeridos como exemplos para a
a seguir é fundamental para que o percurso seja feito construção do planejamento dos encontros de
com segurança e qualidade. Tutoria.
Encontros individuais
Encontros periódicos de tutoria
» Escuta e acolhimento: deve ser realizada uma
(individual e coletivo)
breve conversa sobre o que ocorreu depois do
último encontro de Tutoria, na qual deve se permitir
que o tutorando fale, de maneira espontânea, sobre
si e o que é mais importante para ele,
Elaboração de registro proporcionando-lhe um ambiente de acolhimento.
dos encontros Esse momento envolve o relato do tutorando em
relação ao que ocorreu desde o último encontro da
Tutoria, sua rotina como estudante, os projetos e as
atividades em que esteve envolvido e as questões
pessoais que interferem no seu desenvolvimento
Articulação com os geral.
demais elementos
» Acompanhamento: retomada das orientações
dadas no último encontro e verificação do que foi
cumprido pelo tutorando. Deve-se checar também a
rotina de estudos, os avanços e em quais áreas ainda
Reunião de precisa investir mais. A conversa não é sobre o
acompanhamento conteúdo dos estudos, contudo sobre o processo e o
ato de estudar, e os seus resultados. No que se
refere ao seu projeto de vida, dialogar sobre os
passos que foram dados e as questões que precisam
ser enfrentadas.

Adaptação no » Feedback: momento em que o tutor deve dar um


planejamento retorno ao tutorando sobre o que foi relatado. Cabe
ao tutor estimular o tutorando de maneira positiva,
apontando suas qualidades, os seus avanços, sua
postura e sua dedicação. Por outro lado, deve-se
também sinalizar pontos de atenção, atitudes que
Elaboração de precisam ser desenvolvidas, dentre outras.
relatório considerando tudo o que possa colaborar para a sua
reflexão e engajamento.

» Orientações: momento mais propositivo do


encontro, no qual, tutor e tutorando, juntos,
visualizam os desafios relatados, prospectam
Avaliação estratégias possíveis para o seu enfrentamento e
estabelecem metas e ações que devem ser
realizadas até o próximo encontro que ocorrer a
Tutoria. Assim, podem ser realizadas desde leituras
à oferta de outros materiais, exercícios de
14 | 36 Tutoria · Mato Grosso do Sul planejamento e reflexão, diálogos com outras
pessoas, dentre outras.
Encontros coletivos Organização e observação
Para os encontros coletivos, o tutor deve planejar dos registros dos encontros
discussões temáticas, que estimulem a reflexão dos
tutorandos e promovam situações de trocas de Cabe ao coordenador pedagógico propor e organizar
experiências entre eles para que relatem as instrumentos de registros a serem utilizados pelos
dificuldades enfrentadas, as estratégias utilizadas e os tutores em diferentes etapas do processo. Esses
avanços alcançados. registros devem contemplar tanto informações mais
operacionais, como o cronograma de encontros
Os encontros podem ser construídos em parceria individuais e coletivos, quanto o perfil dos tutorandos
com professores de outras áreas, para que as e o relato de todos os encontros realizados.
temáticas possam ser aprofundadas e trabalhadas
com diferentes enfoques. Os instrumentos devem ser utilizados por todos
os tutores, com critérios comuns de registro que
É importante considerar que a Tutoria, no espaço podem ser construídos coletivamente. O objetivo
coletivo, demanda uma condução distinta do processo não seria fixar e engessar o relato, mas nortear o que
individual, porque é necessário construir um espaço deve ser observado e aprofundado na Tutoria
de confiança, cuidado, respeito e aprendizado (aspectos cognitivos, comportamentais e
coletivo, de forma que todos se sintam seguros para socioemocionais).
compartilhar suas experiências e desafios, não só na
relação do tutor com cada estudante, mas, sobretudo, Por questões éticas, é importante ter muito
entre eles. cuidado com o arquivamento e a manipulação dos
Por essa razão, é preciso ter atenção especial em registros, pois eles contêm informações e relatos
relação à integração, aos vínculos grupais, à pessoais dos estudantes. Seu acesso deve ser restrito
comunicação e aos conflitos que possam ocorrer. apenas ao tutor responsável, à coordenação
Deve-se buscar um clima de empatia e cooperação pedagógica e/ou à gestão.
que fortaleça os percursos individuais. A seguir serão apresentadas sugestões de
Sugestão de estrutura de roteiro para os encontros instrumentos para registro:
coletivos:
Instrumento 03 - Ficha de registro
» Acolhimento: momento destinado à do encontro individual
apresentação da proposta do encontro, à Instrumento 04 - Ficha de registro
recepção dos estudantes e criação do clima para
do encontro coletivo
a atividade. O qual pode ser aproveitado
Instrumento 05 - Ficha de acompanhamento
também para integrar o grupo e estreitar os
individual do tutorando
laços, o que ajudará a fortalecer o respeito e a
confiança e, consequentemente, a participação
nas atividades. Articulação da Tutoria na escola
A Tutoria não deve ser uma “ilha” na escola. Para que
» Aquecimento: apresentação e aproximação com a educação integral realmente seja incorporada nas
o tema que será trabalhado no encontro, práticas, é fundamental que todos os elementos que a
utilizando uma estratégia que dialogue com o compõem se articulem entre si, de forma a construir
momento posterior. uma visão mais ampla do estudante e potencializar as
» Desenvolvimento: vivência do tema por cada suas ações. Por essa razão, o trabalho desenvolvido
estudante individualmente ou em grupo. Trazer pelo tutor deve ser realizado em parceria com os
linguagens artísticas ou de comunicação pode demais professores e com a coordenação
funcionar como uma estratégia poderosa para pedagógica.
provocar a reflexão e aglutinar o grupo em torno Nesse sentido, a coordenação pedagógica tem um
de uma tarefa que o faça mergulhar nos temas papel fundamental na integração entre as diferentes
propostos. É importante prever um tempo para iniciativas. Essa articulação deve ser observada no
que os estudantes compartilhem o que foi processo de monitoramento das ações, provocando
produzido e os sentimentos vividos por ele ao um olhar mais amplo no âmbito do planejamento de
realizar a atividade. cada área, mas também por meio da promoção de
encontros com o objetivo de compartilhar experiência
» Encerramento: hora de finalizar o encontro, e desafios das áreas e elaborar estratégias conjuntas.
fazendo uma síntese do que foi trabalhado e Algumas oportunidades de interação podem ser
avaliando se o objetivo proposto foi alcançado. construídas também no cotidiano das ações de cada
Pode ser destinado também um tempo para a área.
orientação de uma tarefa que possa ser
realizada pelos estudantes até o próximo
encontro.

15 | 36 Tutoria · Mato Grosso do Sul


6.3.1 Interação com o Acolhimento 6.3.4 Interação com o Protagonismo estudantil
Faz parte do papel do tutor aproximar-se e acolher o A Tutoria cria um ambiente para que o estudante reflita
estudante exercendo a esperada e necessária e tome decisões de forma mais autônoma e consciente, ao
presença pedagógica. mesmo tempo que estimula o seu envolvimento nas
No acolhimento, que ocorre no início do ano atividades promovidas pela escola. O tutor pode incentivar
escolar, o tutor pode ajudar a pensar no que se que o tutorando proponha ações de forma protagônica,
refere às estratégias para construir um clima de que podem ser acolhidas pelo educador responsável pelo
chegada saudável, que favoreça as aprendizagens. elemento protagonismo juvenil.
Esse momento pode ser útil para o tutor conhecer um O tutor pode buscar saber como está a participação do
pouco mais os estudantes e as suas famílias. No estudante no clube e em outras ações protagonistas na
cotidiano da escola, a ação do tutor junto com a escola. Caso o estudante não esteja envolvido em
equipe pedagógica, pode proporcionar um dia a dia atividades de estímulo ao protagonismo, o tutor pode
de aulas mais tranquilo e produtivo. Ele pode refletir com ele sobre seus interesses, projeto de vida e
colaborar também com situações específicas que vivência, assim pensarem juntos em estratégias para que
demandem escuta, acolhimento e mediação. este possa exercer seu protagonismo estudantil.

6.3.2 Interação com a aprendizagem 6.3.5 Interação com o Projeto de vida


A Tutoria pode auxiliar de forma personalizada nas
necessidades de aprendizagem de cada estudante Com frequência, os professores de projeto de vida
tutorando. Por essa razão, é preciso uma rotina de assumem também a função de tutores na escola. Ainda que
comunicação entre o tutor e professores, para que o isso ocorra, é importante visualizar a diferença entre esses
primeiro possa contribuir com a resolução das papéis, mas sem deixar de lado o nível de interação entre
dificuldades de aprendizagem. Algumas delas podem eles e sua aproximação.
envolver questões socioemocionais6 e podem ser O professor de projeto de vida tem como foco a sua
identificadas pelo tutor num diálogo mais próximo que construção, a oferta de um espaço de reflexão para que o
estabelece com o estudante, em alguns momentos o estudante consiga planejar o seu futuro. O espaço da
tutor pode precisar encaminhar para ajuda de um Tutoria objetiva a mediação da implementação desse
profissional externo à escola para diagnóstico e/ou projeto, buscando com o jovem resolver problemas que
suporte. Nestes casos, o tutor pode contribuir possam ocorrer durante o processo educativo com vistas
mapeando possíveis sinais e articulando com a ao desenvolvimento do projeto de vida em diversos
coordenação pedagógica e gestão da escola os âmbitos:
encaminhamentos necessários para lidar com tais
situações. Pessoal, social e cidadão: para proporcionar uma
O tutor pode apoiar também no fortalecimento da formação integral e facilitar seu autoconhecimento e
autonomia do estudante cabe a ele fortalecer tomada de decisões, apoiar e orientar as mudanças
capacidade do estudante de se auto organizar, fazer advindas da evolução do seu projeto de vida;
escolhas sobre métodos e rotinas de estrutura que
funcionam melhor para ele. A Tutoria pode também » Escolar ou acadêmico: para apoiar a superação das
mapear oportunidades de aprendizagem para dificuldades quanto aos hábitos e métodos de estudo
aprofundamento dos estudos, além de inteirar inadequados ou ineficientes, necessidade de integração
sobre os desafios que os estudantes estejam com o grupo, mediação junto aos professores etc;
enfrentando para serem debatidos juntos aos
professores.
» Profissional: para apoiar no processo de
autoconhecimento diante das opções de estudos
6.3.3 Interação com o Plano de Recomposição e oportunidades existentes no âmbito
das Aprendizagens profissional; favorecer escolhas acadêmicas e
profissionais coerentes com sua personalidade,
suas aptidões e seus interesses.
O tutor pode ser uma fonte de informação
para os demais professores da escola e a
coordenação pedagógica, trazendo aspectos sobre as
dificuldades dos tutorandos que transcendem a sala
de aula e que podem apoiar a coordenação na
estruturação de ações que fortaleçam a melhoria da
aprendizagem. A coordenação pedagógica, por sua
vez, deve fornecer dados consolidados de resultados
das aprendizagens dos estudantes aos tutores, a fim
de poderem identificar as situações que demandam a
sua atuação. 6. Importante lembrar o
papel e os limites do tutor.
Ele não deverá jamais
exercer uma função
terapêutica, mas de escuta,
acolhimento e de orientação
para que o estudante
encontre estratégias para

16 | 36 Tutoria · Mato Grosso do Sul lidar com suas questões. Em


alguns casos, será necessário
acionar um profissional de
suporte na área.
Reunião de acompanhamento e
replanejamento
Momento em que o coordenador pedagógico
pode observar o andamento das tutorias e auxiliar na
compreensão do caminho percorrido e nas tomadas de
decisões para futuros encaminhamentos. Eles podem
ser individuais e/ou coletivos. Em ambos os casos, os
tutores relatam como foram as tutorias, quais as
questões mais relevantes, as ações tomadas, as
propostas e os avanços dos estudantes. A diferença é
que individualmente, tutor e coordenador podem
detalhar mais os casos e entrar em temas que não
podem ser expostos coletivamente. Em grupo, a
reunião pode abordar as características gerais dos
tutorandos, as dificuldades mais comuns, os assuntos
mais recorrentes, as intervenções realizadas e ideias
em prol de estratégias mais adequadas em casos
específicos.

Relatórios
Ao final de cada ano, o tutor pode realizar um
relatório registrando o caminho percorrido com os
tutorandos, as dificuldades encontradas, as ações
realizadas e os avanços observados, assim como o
que ainda precisa ser acompanhado junto aos
estudantes no ano seguinte. O relatório de cada tutor
irá compor o relatório da coordenação pedagógica,
que reúne aspectos mais gerais, resultados
alcançados e pontos de aprimoramento a serem
observados.
Ambos os relatórios devem tomar como
referência os indicadores de avaliação para que toda
a equipe trabalhe com parâmetros comuns de
reflexão.

7. Ver Instrumento 06 - modelo de relatório do acompanhamento


individual dos tutorandos e Instrumento 07 – modelo de relatório dos
encontros coletivos.

17 | 36 Tutoria · Mato Grosso


do Sul
7. RELAÇÃO
COM AS FAMÍLIAS E A COMUNIDADE
A participação das famílias no processo de
aprendizagem dos estudantes é fundamental para o Estes momentos podem proporcionar reflexões que
seu avanço. Estudos demonstram que quanto mais ajudem na relação da família com os filhos e contar
envolvida for a família na vida escolar do estudante, mais com a participação dos estudantes para que eles
chances de sucesso ele terá. A interação da Tutoria com próprios relatem o seu percurso. Independentemente da
as famílias tem por objetivo conhecer melhor o perfil promoção desses encontros entre a família, estudantes e
do estudante, e comunicá-las sobre os avanços do a equipe escolar, também podem ocorrer situações de
tutorando em relação ao processo de aprendizagem e conversa individual com o tutor, sobretudo quando
às ações realizadas na Tutoria. Por meio desse diálogo existem assuntos mais delicados a serem tratados.
com a Tutoria, as famílias podem ser orientadas a
Também é interessante que haja uma integração
respeito de como podem contribuir para o
da escola com a comunidade na qual ela está inserida.
desenvolvimento pleno do estudante.
Esta integração não se dá apenas através de convites
Por conseguinte essa interlocução precisa acontecer para atividades dentro do espaço escolar numa via de
de forma organizada e articulada à equipe pedagógica mão única. Ela se constrói também por meio da
da escola. Primeiro, é importante que as famílias contribuição da escola no território.
tenham uma referência de contato na escola, que seja
Dessa interlocução podem advir oportunidades de
capaz de trazer as informações de todas as áreas
atividades e de portas para os estudantes viabilizarem
envolvidas. Essa figura não necessariamente é o tutor,
seus projetos de vida, assim como estreitar os vínculos
mas ele pode assumir esse papel.
locais, favorecer o sentimento de pertencimento e
Além do interlocutor, é preciso que haja espaços estimular a sua ação protagônica.
promovidos para esta interação e participação da
família, articulados a todos os educadores, coordenação
pedagógica e gestão.

8. ARTICULAÇÃO INTERSETORIAL
Embora a Tutoria não seja responsável por essa
A proposta da educação integral exige uma visão
articulação com outras políticas e setores sociais8, ela
sobre os indivíduos mais global, que não separa as
é uma das principais provocadoras para que isso
dimensões intelectual, física, afetiva, social e cultural.
ocorra dentro da escola. Primeiro, porque vai levantar
Elas compõem um todo que não pode ser
demandas relacionadas ao projeto de vida do
fragmentado. Esse paradigma precisa ser incorporado
estudante, que podem não ser contempladas dentro
não apenas pelas políticas educacionais, mas pelas
do contexto da escola.
demais políticas sociais que precisam atuar de forma
integrada. Assistência social, saúde, esporte, inclusão Segundo, porque a relação de vínculo e confiança
digital e cultura precisam se articular para uma oferta estabelecida entre o tutor e o estudante permite que
de atenção integral para adolescentes e jovens aflorem questões mais sensíveis, que precisarão de
voltada para o seu amplo desenvolvimento. uma resposta que não necessariamente cabe à
escola.
Por isso, é importante que a escola entenda qual o
seu papel enquanto articuladora, tendo em vista seu Desse modo, é importante entender os limites do
contato diário e o acompanhamento próximo que tutor nesses casos. Ele não pode e nem deve assumir
realiza de cada estudante. Muitas vezes, é a escola a a responsabilidade sozinho. O primeiro passo é
primeira a identificar situações de violência doméstica, relatar o ocorrido para a gestão da escola, tomando
abuso sexual, depressão, tentativas de suicídio, entre todos os cuidados éticos. Dependendo de cada
outras, de modo que cabe a ela acionar as demais ins- situação, caberá ao gestor acionar outros
tituições responsáveis por dar suporte a esses casos. profissionais da escola, a família ou mesmo outros
órgãos integrantes da rede de atenção à criança e ao
Mas esta atuação intersetorial não é importante
adolescente. É bom lembrar que, para muitas dessas
apenas em situações adversas ou de violação de
questões, já existem protocolos de atenção
direitos. Ela também é essencial para a realização de
definidos. É fundamental que o corpo escolar os
ações conjuntas pedagógicas e preventivas e para que
conheça para que a escola atue também de forma
sejam articuladas oportunidades que favoreçam a
integrada com outras instâncias.
implementação do projeto de vida dos estudantes.

8. Institucionalmente, cabe à gestão acionar outras instâncias fora da


18 | 36 Tutoria · Mato Grosso do Sul escola.
SUGESTÕES DE INSTRUMENTOS
Instrumento 01 – Ficha de coleta de
informações sobre o tutorando

NOME:

IDADE: ANO/SÉRIE-TURMA: DATA DE INÍCIO NA ESCOLA:

COMPONENTES CURRICULARES COM MAIORES NOTAS:

COMPONENTES CURRICULARES COM MENORES NOTAS:

É ESTUDANTE PROTAGONISTA? ( ) SIM ( ) NÃO

HISTÓRICO DE REPROVAÇÕES/ABANDONOS:

TEM FALTAS INJUSTIFICADAS? (SE SIM, QUANTAS?)

PERFIL GERAL COMO ESTUDANTE:

DADOS SÓCIO FAMILIARES RELEVANTES:

OUTRAS INFORMAÇÕES:

19 | 36 Tutoria · Mato Grosso do Sul


NOME DA MÃE:
( ) NÃO INFORMADA ( ) VIVA ( ) FALECIDA
ESCOLARIDADE DA MÃE: ( ) NÃO INFORMADA ( ) NENHUMA ( ) FUNDAMENTAL I
( ) FUNDAMENTAL II ( ) MÉDIO ( ) SUPERIOR

OCUPAÇÃO DA MÃE: ( ) NÃO INFORMADA ( ) EMPREGADA ( ) DESEMPREGADA ( ) APOSENTADA ( )


AUTÔNOMA ( ) OUTRA:

ATIVIDADE OCUPACIONAL DA MÃE:

NOME DO(A) RESPONSÁVEL:


ESCOLARIDADE DO(A) RESPONSÁVEL: ( ) NENHUMA ( ) FUNDAMENTAL I
( ) FUNDAMENTAL II ( ) MÉDIO ( ) SUPERIOR

OCUPAÇÃO DO(A) RESPONSÁVEL: ( ) EMPREGADO(A) ( ) DESEMPREGADO(A)


( ) APOSENTADO(A) ( ) AUTÔNOMO(A) ( ) OUTRA:

ATIVIDADE OCUPACIONAL DO(A) RESPONSÁVEL:

RENDA FAMILIAR:
LOCAL DE MORADIA:

TIPO DE IMÓVEL: ( ) PRÓPRIO ( ) ALUGADO ( ) CEDIDO

DESCRIÇÃO DO IMÓVEL (PREENCHER COM A QUANTIDADE): ( ) SALA ( ) QUARTO


( ) BANHEIRO ( ) COZINHA ( ) VARANDA ( ) QUINTAL ( ) OUTRO(S):

COM QUEM MORA?

COMO É O RELACIONAMENTO COM AS PESSOAS COM QUEM


MORA?

Continua

20 | 36 Tutoria · Mato Grosso do Sul


DATA DE ENTRADA NA ESCOLA: / /

O QUE O(A) MOTIVA A VIR PARA A ESCOLA?

PARTICIPAÇÃO DE ATIVIDADES NA ESCOLA (ESPORTIVAS, ARTÍSTICAS, DE PROTAGONISMO


ETC.):

O QUE GOSTA NA ESCOLA (ATIVIDADES, MOMENTOS ETC.)? POR


QUÊ?

COMPONENTES CURRICULARES COM OS QUAIS TÊM MAIS FACILIDADE:

COMPONENTES CURRICULARES COM OS QUAIS PRECISA DE AJUDA:

OUTRAS DIFICULDADES EM RELAÇÃO À ESCOLA


(APRENDIZAGEM, RELACIONAMENTO INTERPESSOAL…):

JÁ REPETIU O ANO ESCOLAR? ( ) NÃO ( ) SIM. QUANTAS VEZES:

MOTIVO:

JÁ ABANDONOU A ESCOLA? ( ) NÃO ( ) SIM. QUANTAS VEZES:

Continua

21 | 36 Tutoria · Mato Grosso do Sul


MOTIVO:

RESUMO DE SEU PERFIL COMO ESTUDANTE:

JÁ TEVE OU ESTÁ TENDO ALGUMA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL? QUAL? DURANTE


QUANTO TEMPO? QUAL A CARGA HORÁRIA?

ESTÁ PROCURANDO TRABALHO? QUAL? DE QUE FORMA ESTÁ PROCURANDO? ESTÁ


TENDO DIFICULDADE PARA ENCONTRÁ-LO?

PARTICIPA DE ALGUMA ATIVIDADE FORA DA ESCOLA? QUAL (CURSO, GRUPO CULTURAL,


RELIGIOSO OU ESPORTIVO ETC.)?

O QUE COSTUMA FAZER NO TEMPO LIVRE (FESTA, CINEMA, LEITURA, CONVERSA COM AMIGOS
ETC.)?

O QUE GOSTARIA DE MUDAR EM SI PRÓPRIO E O QUE GOSTARIA DE PRESERVAR? O QUE


PLANEJA FAZER QUANDO CONCLUIR O ENSINO MÉDIO?

RESUMO DOS PLANOS QUE TEM PARA FUTURO E COMO PENSA CONCRETIZÁ-LOS:

22 | 36 Tutoria · Mato Grosso do Sul


SUGESTÕES DE INSTRUMENTOS
Instrumento 03 – Ficha de registro do
encontro individual

ENCONTRO INDIVIDUAL DE TUTORIA

TUTOR: DATA:
TUTORANDO: SÉRIE/TURMA: IDADE:

TEMAS/QUESTÕES TRAZIDAS PELO TUTORANDO:

REALIZAÇÃO DE TAREFAS PACTUADAS NO ÚLTIMO ENCONTRO


(LISTAR TUDO O QUE FOI COMBINADO, O QUE FOI REALIZADO E AS DIFICULDADES ENCONTRADAS):

REFLEXÕES REALIZADAS DURANTE O ENCONTRO:

ORIENTAÇÕES FINAIS / TAREFAS COMBINADAS PARA O PRÓXIMO ENCONTRO:

OUTRAS OBSERVAÇÕES:

23 | 36 Tutoria · Mato Grosso do Sul


SUGESTÕES DE INSTRUMENTOS
Instrumento 04 – Ficha de registro do
encontro coletivo

ENCONTRO COLETIVO DE TUTORIA

TUTOR: DATA:
SÉRIE/TURMA: TUTORANDOS PARTICIPANTES:

OBJETIVOS PROPOSTOS E RESULTADOS ALCANÇADOS:

TEMAS/QUESTÕES EMERGENTES:

ASPECTOS POSITIVOS A SEREM DESTACADOS


(INFRAESTRUTURA, DINÂMICAS DO GRUPO, QUESTÕES SOCIOEMOCIONAIS, ATIVIDADES,
ETC):

PONTOS DE ATENÇÃO
(INFRAESTRUTURA, DINÂMICAS DO GRUPO, QUESTÕES SOCIOEMOCIONAIS, ATIVIDADES,
ETC):

ORIENTAÇÕES FINAIS / TAREFAS COMBINADAS PARA O PRÓXIMO ENCONTRO:

OUTRAS OBSERVAÇÕES:

24 | 36 Tutoria · Mato Grosso do Sul


SUGESTÕES DE INSTRUMENTOS
Instrumento 05 – Ficha de acompanhamento
individual do tutorando

FICHA DE ACOMPANHAMENTO INDIVIDUAL DO TUTORANDO

TUTOR: DATA:
SÉRIE/TURMA: TUTORANDO:

TEMAS/QUESTÕES TRABALHADOS NA TUTORIA:

APRENDIZADOS/AVANÇOS OBSERVADOS:

DESAFIOS A ENFRENTAR:

POSTURA DO TUTORANDO EM RELAÇÃO AO TUTOR E À TUTORIA:

OUTRAS OBSERVAÇÕES:

25 | 36 Tutoria · Mato Grosso do Sul


SUGESTÕES DE INSTRUMENTOS
Instrumento 06 – Modelo de relatório do
acompanhamento individual dos tutorandos

RELATÓRIO DO ACOMPANHAMENTO INDIVIDUAL DOS TUTORANDOS

TUTOR:

POSTURA DO TUTORANDO
TEMAS/QUESTÕES APRENDIZADOS/AVANÇOS DESAFIOS A ENFRENTAR
TUTORANDO SÉRIE/TURMA EM RELAÇÃO AO TUTOR
TRABALHADOS NA TUTORIA OBSERVADOS
E À TUTORIA

BALANÇO DOS RESULTADOS ALCANÇADOS:

O QUE É POSSÍVEL APRIMORAR:

OUTRAS OBSERVAÇÕES:

26 | 36 Tutoria · Mato Grosso do Sul


SUGESTÕES DE INSTRUMENTOS
Instrumento 07 – Modelo de relatório dos
encontros coletivos

OBJETIVOS PROPOSTOS E TEMAS/QUESTÕES ASPECTOS POSITIVOS A


ENCONTRO PONTOS DE ATENÇÃO
RESULTADOS ALCANÇADOS: EMERGENTES: SEREM DESTACADOS

BALANÇO DOS RESULTADOS ALCANÇADOS:

O QUE É POSSÍVEL APRIMORAR:

OUTRAS OBSERVAÇÕES:

27 | 36 Tutoria · Mato Grosso do Sul


SUGESTÕES DE ROTEIROS
Encontros individuais

ENCONTRO: 01
TUTOR: DATA: SÉRIE/TURMA: TUTORANDO:

OBJETIVO(S):
» Conhecer melhor o tutorando.
» Criar um ambiente de acolhimento e confiança para que o tutorando possa expor suas
dúvidas e opiniões.
» Realizar o Levantamento do perfil do tutorando e de suas demandas e expectativas em
relação à Tutoria.
» Esclarecer com mais detalhes a proposta da Tutoria e pactuar com o estudante a demanda
dos encontros.

ROTEIRO

TEMPO ATIVIDADE

O que é a Tutoria – apresentação e levantamento de expectativas


» O tutor pede que o estudante liste numa folha de papel todas as expectativas que tem em relação à Tutoria.
» O tutor apresenta a proposta da Tutoria, seus objetivos e como ela funciona. Se o primeiro encontro coletivo tiver
20 min ocorrido e o estudante tiver participado, não é necessário apresentar toda a proposta integralmente novamente.
Nesse caso, pode-se apenas retomar o que foi dito.
» Quando a apresentação for concluída, o tutor pede que o estudante faça uma leitura do que foi colocado como
expectativa, dialogando com o que ele viu na apresentação. O tutor abre espaço para que o tutorando traga suas
dúvidas e depois ele esclarece o que foi colocado pelo estudante.

Conhecendo melhor o tutorando


O tutor aplica o questionário de perfil do tutorando. É relevante que o tutorando tenha tempo
50 min para preencher sozinho o instrumento, além de fazer uma entrevista direcionada a partir do
questionário. Caso o tutorando responda o questionamento sozinho, deve-se fazer uma leitura
posterior, junto com ele, para confirmar as informações e/ou complementá-las.

Continua

28 | 36 Tutoria · Mato Grosso do Sul


Combinados
20 min
Pactuar com tutorando qual será a dinâmica dos encontros (horário, periodicidade).

MATERIAL NECESSÁRIO:
Caneta ou lápis , Papel , Cópia do questionário.

ENCONTRO: 01
TUTOR: DATA: SÉRIE/TURMA: TUTORANDO:

OBJETIVO(S):
Mapear demandas do tutorando como estudante.

ROTEIRO

TEMPO ATIVIDADE

Acolhimento
O tutor pede ao tutorando que relate o que ocorreu desde o último encontro da Tutoria. Coisas
10 min como sua rotina como estudante, os projetos e atividades em que esteve envolvido e as
questões que interferiram no seu desenvolvimento geral.

Conhecendo melhor a demanda como estudante


» Pedir que o tutorando reproduza numa folha qual foi a sua rotina na última semana. O tutor faz a leitura da
rotina junto com o estudante, confirma e complementa as informações.
» O tutor pergunta para o estudante o que ele acha que funcionou bem nessa rotina, pensando no seu
50 min percurso como estudante. O tutor registra o que foi dito e depois pergunta o que não funcionou.
» A partir desses dois pontos, o tutor investiga junto com o estudante quais deles ocorreram apenas no contexto
desta semana relatada e quais já fazem parte do seu cotidiano. Reflete também sobre quais desses elementos
dependem do estudante;

» Traçar com o estudante estratégias para lidar com as questões desafiadoras.

Continua

29 | 36 Tutoria · Mato Grosso do Sul


Orientações e fechamento do encontro
20 min Dentre as estratégias pensadas na atividade anterior, selecionar junto com o tutorando quais podem ser colocadas
em prática até o próximo encontro da Tutoria. A partir desta escolha, detalhar o passo-a-passo para a sua execução.

MATERIAL NECESSÁRIO:
Caneta ou lápis , Papel

SUGESTÕES DE ROTEIROS
Encontros coletivos

ENCONTRO: 01
TUTOR: DATA: SÉRIE/TURMA: TEMA:

OBJETIVO(S):
» Apresentar o(s) tutor(es) e conhecer a turma.
» Promover a integração entre os estudantes.
» Apresentar a proposta da Tutoria, levantando as expectativas e ouvindo sugestões.
» Observar atitudes e conhecimentos prévios trazidos pelos jovens.

ROTEIRO

TEMPO ATIVIDADE

5 min Apresentação dos tutores e boas-vindas à turma

10 min Rodada de apresentação dos estudantes

Integração – Dinâmica do Carrossel


O tutor pede que o grupo se divida em dois círculos concêntricos, coloca uma música e pede que os círculos girem
em sentidos opostos. Quando o tutor parar a música, o estudante do círculo de dentro diz seu nome e conta para
30 min
o estudante a sua frente, do círculo de fora, o que espera da Tutoria. Depois o de fora repete o procedimento.
Circula quatro vezes. O tutor solicita que todos voltem para os seus lugares e pede que, espontaneamente, contem
o que ouviram. O tutor vai registrando os pontos no quadro. Quando os relatos cessarem ou começarem a se
repetir, o tutor faz uma leitura rápida do que surgiu e informa que tudo será esclarecido no momento seguinte.

30 | 36 Tutoria · Mato Grosso do Sul


TEMPO ATIVIDADE

O que é a Tutoria - apresentação


O tutor apresenta a proposta da Tutoria, seus objetivos e como ela funciona. Deve-se utilizar algo que ajude na
visualização. Pode ser uma apresentação em Power Point projetada, cartazes, qualquer coisa que possa servir de
suporte à fala. O tutor divide o grupo em subgrupos aleatórios. O número de subgrupos depende da quantidade
de participantes do encontro. Entregar tarjetas e pilotos para os subgrupos. Nas tarjetas brancas, o subgrupo
40 min deve escrever a expectativa que não foi atendida em relação à proposta da Tutoria e, na azul, as dúvidas. O
subgrupo deve debater rapidamente antes de escrever nas tarjetas. Dar um tempo para que a tarefa seja
concluída.
Quando terminarem, devem colar as tarjetas em paredes separadas por tema.
Quando todos os subgrupos colarem, o tutor faz a leitura e avalia o conteúdo que saiu com o grupo, dialogando
com as expectativas e esclarecendo as dúvidas.

Combinados
10 min
O tutor apresenta o calendário de encontros e temas, ouve sugestões e pactua a participação dos
estudantes.

Encerramento e avaliação quente


5 min
O tutor pede que cada estudante fale uma palavra para traduzir como está saindo do primeiro
encontro.

MATERIAL NECESSÁRIO:
Som, Datashow com computador, cartazes ou algum outro suporte para a apresentação da Tutoria,
Tarjetas em duas cores, canetão e Fita crepe.

PREPARAÇÃO PRÉVIA:
Reservar e organizar a sala onde irá acontecer a atividade. Confirmar a participação dos estudantes.
Preparar o suporte para a apresentação (apresentação de Power Point, elaboração de cartazes etc.).
Providenciar som e demais materiais e equipamentos necessários.

ENCONTRO: 02
TUTOR: DATA: SÉRIE/TURMA:

TEMA: Integração e regras de convivência

Continua

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OBJETIVO(S):

» Promover a integração entre os estudantes;


» Pactuar princípios para a boa convivência do grupo.

ROTEIRO

TEMPO ATIVIDADE

Acolhida
5 min
O tutor dá as boas-vindas ao grupo e faz uma rodada rápida de escuta sobre como estão chegando ao encontro.

Aquecimento - Andança
O tutor pede que todos os estudantes caminhem livremente pela sala, ocupando todos os espaços. Explica
ao grupo que, quando bater palma, todos devem parar e fazer o que ele orientar e depois voltar a
caminhar.
15 min
Comandos:
» Cumprimentar a pessoa mais próxima, sem usar palavras;
» Cumprimentar a pessoa mais distante usando palavras;
» Contar algo que fez antes de chegar no encontro;
» Contar para a pessoa mais próxima o que acha que vai acontecer no encontro.

Integração – Conhecendo o grupo


O tutor coloca cartazes no chão com os títulos:
» Tipo de música que eu gosto;
» O que faço no tempo livre;
35 min » Uma qualidade que eu tenho;
» Algo que não gosto.
O tutor pede que cada um responda nos cartazes, de acordo com as suas preferências, a percepção que tem de si.
Após todos terem escrito nos cartazes, o tutor lê com o grupo, enfatizando os itens que mais apareceram. Depois
traz para o grupo a diversidade retratada nos cartazes e a importância do respeito às diferenças individuais e
suas escolhas.

Princípios de Convivência
O tutor divide o grupo em subgrupos aleatórios. O número de subgrupos depende da quantidade de participantes
do encontro. O tutor solicita que cada subgrupo sugira pelo menos cinco princípios de convivência. Dar um tempo
40 min para que a tarefa seja concluída. Quando terminarem, o tutor abre para que cada grupo apresente a sua
produção. A medida que cada grupo apresentar, o tutor vai registrando as sugestões diferentes numa folha de
papel metro à vista do grupo.
Quando todos os subgrupos apresentarem, o tutor deve fazer uma discussão com o grupo para que haja uma
escolha coletiva do que deve permanecer como princípio de convivência. Os princípios acordados devem ficar
sempre visíveis ao grupo durante os encontros.

Encerramento – foto do grupo


5 min O tutor pede que todos se levantem e se posicionem como se fossem tirar uma foto do grupo. A expressão do rosto
deve representar o sentimento com o qual estão saindo do encontro. Se houver um celular disponível, deve-se
tirar a foto e compartilhar com o grupo posteriormente.

Continua

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MATERIAL NECESSÁRIO:
Som, Papel metro ou folha de flip shart, Pilotos, Fita crepe.

PREPARAÇÃO PRÉVIA:
Reservar e organizar a sala onde irá acontecer a atividade .
Confirmar a participação dos estudantes.
Providenciar som e demais materiais e equipamentos necessários.

ENCONTRO: 03
TUTOR: DATA: SÉRIE/TURMA:

TEMA: Conversa sobre escolhas e projeto de vida

OBJETIVO(S):
Refletir sobre a forma como fazemos escolhas e como elas impactam no desenvolvimento do projeto
de vida.

ROTEIRO

TEMPO ATIVIDADE

Acolhida
5 min
O tutor dá as boas-vindas ao grupo e faz uma rodada rápida de escuta sobre como estão chegando ao encontro.

Aquecimento – Fila em movimento


Tutor pede que o grupo faça uma fila indiana. Coloca uma música e pede que o primeiro estudante da fila comece
a puxar o grupo para uma caminhada pela sala. À medida que o grupo caminha, o tutor explica que, ao seu sinal,
o primeiro da fila seguirá o percurso, mas agora fazendo um movimento que todo o grupo irá repetir seguindo-o.
15 min primeiro da fila passa para o final e o “novo” primeiro da fila assume com uma nova trajetória e movimento,
seguindo o fluxo até que o tutor sinalize.
Ao terminar, o tutor pergunta aos integrantes do grupo como se sentiram puxando a fila ou sendo
conduzidos. O tutor provoca a reflexão de que cada um constrói seu caminho e de uma forma muito
própria.

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TEMPO ATIVIDADE

Dinâmica do sorvete9
O tutor desenha no quadro dois picolés e abaixo escreve “Picolé sabor X” e “Picolé sabor Y”.
Sinaliza que cada participante irá escolher um picolé dentre duas opções de sabores que nunca provou na vida,
mas sem poder experimentá-los. Distribua uma folha de papel e lápis e peça que cada participante escreva quais
critérios utilizaria para escolher nesse caso. Reservar um tempo para esta reflexão.
Dividir o grupo em subgrupos e pedir que cada participante compartilhe os seus critérios para que o subgrupo
50 min faça uma síntese do que surgiu. Vencido o tempo, o tutor pede que todos os subgrupos compartilhem suas
sínteses e reflete junto com o grupo sobre o que apareceu como conteúdo.
Importante observar:
-Alguém ou algo influencia nessa escolha?
-Quais valores estão por trás de cada critério de escolha?
-Quais sentimentos estão envolvidos no processo de escolha?
-Quais momentos da vida demandam escolhas mais complexas?

Encerramento
O tutor conecta a discussão anterior com as escolhas relacionadas ao projeto de vida. Pede que cada participante
faça uma releitura do seu projeto de vida elaborado, à luz das reflexões realizadas no encontro de hoje. O tutor
sugere que todos tragam para o próximo encontro o resultado desta reflexão, a partir das perguntas a seguir:
-Existe alguma escolha que ainda não tenho segurança?
15 min
-Mudaria alguma escolha feita?
-Incluiria alguma outra escolha que ainda não tinha sido cogitada, ou foi, mas, por algum motivo não foi incluída?
-Quais sentimentos estão envolvidos no processo de escolha?
-Quais momentos da vida demandam escolhas mais complexas?

MATERIAL NECESSÁRIO:
Som;
Papel metro ou folha de flip shart;
Giz colorido;
Pilotos;
Fita crepe.

PREPARAÇÃO PRÉVIA:
Reservar e organizar a sala onde irá acontecer a atividade.
Confirmar a participação dos estudantes.
Providenciar som e demais materiais e equipamentos necessários.

9. Fonte: SOUZA, Raquel. Guia Tô no Rumo – Jovens e Escolha


Profissional – Subsídios para educadores. São Paulo: Ação Educativa,
2014.

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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
FEUSP/ASHOKA/Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Por um Ensino Médio
Democrático, Inclusivo, Integral e Transformador: construção coletiva de propostas
para o Ensino Médio. São Paulo, Fundação Santillana, 2019.

Instituto de Corresponsabilidade pela Educação. Inovações em Conteúdo, Método


e Gestão. Rotinas e Práticas Educativas. Ensino Médio.

Instituto de Corresponsabilidade pela Educação. Modelo Pedagógico. Metodologias


de Êxito da Parte Diversificada do Currículo. Práticas Educativas.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a Base.


Brasília, 2017.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Caminhos para elaborar uma proposta de educação


integral em jornada ampliada. Série Mais Educação. Brasília, 2011.

PARO, Vitor Henrique. Autonomia do educando na escola fundamental: um tema


negligenciado in Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. 41, p. 197-213, jul./set. 2011.
Editora UFPR.

SINGER, Helena. Educação integral como inovação social in FUNDAÇÃO ROBERTO


MARINHO E CANAL FUTURA. Destino: educação: escolas inovadoras. São Paulo:
Fundação Santillana, 2016.

SOUZA, Raquel. Guia Tô no Rumo – Jovens e Escolha Profissional – Subsídios para


educadores. São Paulo: Ação Educativa, 2014.

ZANELLI, Fernanda Fragoso e SANTOS, Wagner Antonio dos. Itinerário para


as juventudes e a educação integral em Minas Gerais: parte I: concepções e
metodologias. 1. ed. - São Paulo: Fundação Itaú Social, 2017.

Tutoria. Orientações para acompanhar o tutorando e auxiliá-lo na sua formação


integral e na construção do seu projeto de vida.

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