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MATERIAL ESTRUTURADO

DO PRÉ IFI
Vol. 02
APRESENTAÇÃO E OBJETIVO GERAL DOS
ENCONTROS DO 2º PERÍODO

Neste 2º volume do material estruturado dos Pré-Itinerários Formativos Integrados, a


proposta é continuar a apresentação dos campos de estudos e as áreas de atuação profissional
vinculadas às áreas de conhecimento articuladas ao IFI de CHL e ao IFI de CS. No primeiro
volume do material estavam presentes 5 encontros relacionados à apresentação do IFI CHL, e
5 voltados ao IFI CS. Dando continuidade, apresentaremos aqui o desenvolvimento de
encontros que estão alicerçados ao TCT “Educação em direitos humanos”, visando despertar
nos estudantes ações humanizadas no ambiente social, motivadas pelo entendimento de que
todos os seres humanos têm a dignidade como algo intrínseco a si mesmo, e ao eixo “Saúde
no cuidado e na reabilitação”, que visa ampliar conhecimentos acerca dos cuidados que
devemos ter com a saúde física e mental, com foco na prevenção, mas também no processo
de reabilitação das pessoas, em prol de qualidade de vida e bem-estar biopsicossocial.
Ressaltamos ser imprescindível que, durante a condução dos encontros, o(a)
professor(a) coloque em destaque competências e habilidades das áreas de humanas e sociais
aplicadas, linguagens e ciências da natureza, que estão sendo mobilizadas no
desenvolvimento das discussões e atividades neste primeiro semestre e, quando possível e
necessário, destacar a relação e as contribuições dos campos de atuação e profissões.

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MÓDULO 02
IFI CIÊNCIAS DA SAÚDE

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ENCONTRO 6 - SAÚDE NO CUIDADO: MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE VIGENTE
NO BRASIL (SUS)

DURAÇÃO PREVISTA: 1 aula de 50 minutos.

OBJETIVO
 Discutir o modelo de atenção à saúde vigente no Brasil

OBJETOS CORRELATOS
 Cuidado em Saúde;
 Políticas Públicas em Saúde;

SUGESTÃO DE RECURSOS
 Textos;
 Papel 40 kg;
 Cartolina;
 Pincéis;
 Quadro branco;
 Datashow.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS SUGERIDOS

1º MOMENTO: Como ponto de partida, propomos iniciar o encontro com uma tempestade
de ideias (brainstorming) sobre Cuidado em Saúde partindo dos seguintes questionamentos:
 O que significa cuidar de pessoas na área de Saúde?
 De que maneira o Sistema Único de Saúde cuida das pessoas?

2º MOMENTO: Apresentação e discussão dos temas: o cuidado em saúde e níveis de


assistência do cuidado à saúde no SUS. Sugerem-se as seguintes opções metodológicas:
1. Aula expositiva dialogada: slides, mapa mental, vídeos curtos, entre outros;

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2. Estações de aprendizagem: os/as estudantes podem ser divididos em grupos e, por
um tempo previamente determinado/a pelo/a professor/a, revezam-se em
atividades (leitura, pesquisa, dinâmica, por exemplo) distintas sobre os temas
desse encontro;
3. Roda de conversa: participação dos estudantes no debate e leitura coletiva para
expressarem suas opiniões e experimentarem a escuta de seus pares.

MATERIAL DE APOIO:
TEXTO I
O cuidado em saúde
De acordo com Emerson Elias Merhy, renomado médico sanitarista brasileiro, as Ciências da
Saúde como campo de estudo não deveriam se preocupar unicamente com a cura ou a
promoção da saúde, mas com a produção do cuidado, ou seja, o lugar de produção de atos,
ações, procedimentos e cuidados com os quais pode se chegar à cura ou a um modo
qualificado de se levar a vida.
Por essa visão, percebe-se que as Ciências da Saúde não tratam especificamente de
conhecimentos, técnicas e tecnologias sofisticadas para manutenção de indivíduos saudáveis
ou cura de doenças, mas trata também do elemento humanizador: a saúde em sua
perspectiva integral, a educação em saúde, o acolhimento socioemocional.
“Somos feitos e precisamos de cuidado para nossa sobrevivência e manutenção da
condição de ser humano” (BOFF, 2002). É através do cuidado e com o cuidado que se pode
levar adiante e concretizar qualquer “projeto” de ser e do ser humano, ou seja, o homem é
quem projeta e, ao mesmo tempo, é o cuidador do seu projeto e jeito de levar a sua vida.
Portanto, só tem sentido falar em cuidado ao longo do tempo, de uma linha de temporalidade
que percorre os ciclos de vida.
A ação em saúde, tendo o conceito de cuidado como pano de fundo, desenvolve
espaços de encontros entre o profissional de saúde e o sujeito/pessoa sempre apoiados nos
saberes estruturados, mas sem colocar aí um ponto final.
Deve tornar a mais simétrica possível a relação entre o usuário e o profissional
possibilitando ações terapêuticas mais compartilhadas, gerando também autonomia e
responsabilização do usuário em relação ao seu modo de levar a vida. Ter o conceito de

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cuidado como balizador das práticas de saúde e colocando a pessoa como centro da atenção,
implica na incorporação de outros saberes para além dos típicos da saúde (Sociologia,
Antropologia, Direito...). Deve-se ter claro que mesmo esses saberes não são suficientes para
dar conta da singularidade do encontro entre sujeitos, que é sempre carregado de imprevistos
e de acasos.
Segundo Cecílio (2011), pode-se pensar na gestão ou na produção do cuidado sendo
realizada em seis dimensões. Dentre elas, destacamos quatro que consideramos essenciais
conforme mostra quadro a seguir:
Quadro 1 - Dimensões da Gestão do Cuidado da Saúde

DIMENSÃO DA GESTÃO ATORES OU PRINCIPAIS ELEMENTOS: A LÓGICA DA


DO CUIDADO PROTAGONISTAS DIMENSÃO

Autonomia nos processos de cuidar de si e de


Individual Cada um de nós viver a vida de forma mais plena, fazendo as
suas escolhas.

Família Dimensão do cuidado que se realiza no


Familiar Ciclo de amigos mundo da vida estabelecendo relações de
Vizinhos proximidade e apoio.

Marcada pelo encontro entre profissionais e


Profissionais da saúde
Profissional os usuários em espaços institucionais (ex.:
O médico
médico e paciente).

Marcada pela produção e implementação de


políticas públicas e de saúde. Dimensão mais
O Estado ampla de gestão ou produção do cuidado:
Societária
A sociedade civil produção de cidadania, de direito a vida, e de
acesso a tecnologias que contribuam para
uma vida melhor
Fonte: Adaptado de: GARIGLIO, M.T. O cuidado em saúde. In: MINAS GERAIS, Escola de Saúde
Pública do Estado de Minas Gerais, Oficinas de qualificação da atenção primária à saúde em
Belo Horizonte: Oficina 2 – Atenção centrada na pessoa. Belo Horizonte: ESPMG, 2012.
Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/4097.pdf

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TEXTO II
Níveis de assistência do cuidado à saúde no SUS
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) opera com três níveis de assistência do cuidado à
saúde da população. São eles: a Atenção Primária, a Atenção Secundária e a Atenção Terciária.
A Atenção Primária é constituída pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), pelos
Agentes Comunitários de Saúde (ACS), pela Equipe de Saúde da Família (ESF) e pelo Núcleo de
Apoio à Saúde da Família (NASF) enquanto o nível intermediário de atenção fica a encargo do
SAMU 192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), das Unidades de Pronto
Atendimento (UPA), e o atendimento de média e alta complexidade feito nos hospitais.
A Atenção Secundária é formada pelos serviços especializados em nível ambulatorial
e hospitalar, com densidade tecnológica intermediária entre a atenção primária e a terciária,
historicamente interpretada como procedimentos de média complexidade. Esse nível
compreende serviços médicos especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico e
atendimento de urgência e emergência.
A Atenção Terciária ou alta complexidade designa o conjunto de terapias e
procedimentos de elevada especialização. Organiza também procedimentos que envolvem
alta tecnologia e/ou alto custo, como oncologia, cardiologia, oftalmologia, transplantes, parto
de alto risco, traumato-ortopedia, neurocirurgia, diálise (para pacientes com doença renal
crônica), otologia (para o tratamento de doenças no aparelho auditivo).
Envolve ainda a assistência em cirurgia reparadora (de mutilações, traumas ou
queimaduras graves), cirurgia bariátrica (para os casos de obesidade mórbida), cirurgia
reprodutiva, reprodução assistida, genética clínica, terapia nutricional, distrofia muscular
progressiva, osteogênese imperfeita (doença genética que provoca a fragilidade dos ossos) e
fibrose cística (doença genética que acomete vários órgãos do corpo causando deficiências
progressivas).
Entre os procedimentos ambulatoriais de alta complexidade estão a quimioterapia, a
radioterapia, a hemoterapia, a ressonância magnética e a medicina nuclear, além do
fornecimento de medicamentos excepcionais, tais como próteses ósseas, marca-passos, stent
cardíaco, etc.
Quadro 2 - Níveis de assistência do cuidado à saúde da população (SUS)

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ATENÇÃO PRIMÁRIA ATENÇÃO SECUNDÁRIA ATENÇÃO TERCIÁRIA

 Atendimento inicial nas  Atendimento na Unidades  Atendimento em


Unidades Básicas de Saúde de Pronto Atendimento hospitais de grande
(UBS): atenção a grupos (UPAs)/ Hospitais Gerais porte - Serviços de
populacionais situados em  Serviços ambulatoriais com hospitalares de maior
uma área de abrangência especialidades clínicas e complexidade
delimitada cirúrgicas, serviços de  Cirurgias, transplantes
 Atuação da Medicina da apoio diagnóstico e e diálises estão
Família terapêutico, serviço de inseridos nesse tipo de
 Foco na prevenção de urgência e emergência atendimento
doenças, imunização e  Atenção de médicos  Alta complexidade
educação em saúde especialistas  Hospitais
 Quadros de baixa  Geralmente, a doença já foi  Cirurgias, internação,
complexidade identificada exames de alta
 Resolvem cerca de 80% dos  Complexidade complexidade
problemas de saúde da intermediária  Resolvem 5% dos
população  Ambulatórios de problemas de saúde da
 Porta de entrada para o especialidades, policlínicas, população
sistema de saúde centros de imagem
 Realiza a coordenação entre  Resolvem 15% dos
os diferentes níveis de problemas de saúde da
atenção população
Fonte: Ministério da Saúde.

SAIBA MAIS
DE OLHO NA SAÚDE!
Cartão do SUS

O Cartão do SUS ou Cartão Nacional de Saúde é um documento gratuito que reúne dados
sobre quando e onde o usuário foi atendido em toda rede de saúde pública. Se você ainda não
tem um cartão, faça já o seu em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS, também conhecida
como Posto de Saúde). Por meio do cartão, os profissionais da equipe de saúde podem ter
acesso ao histórico de atendimento do usuário no SUS. Ainda, o usuário pode acessar o Portal
de Saúde do Cidadão para ter acesso ao seu histórico de registros das ações e serviços de

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saúde no SUS. Além disso, o Cartão do SUS é feito de forma gratuita em hospitais ou locais
definidos pela Secretaria Municipal de Saúde, mediante a apresentação de RG, CPF, certidão
de nascimento ou casamento. O uso do cartão facilita a marcação de consultas e exames e
garante o acesso a medicamentos gratuitos.

Aplicativo Conecte SUS

O Conecte SUS Cidadão é o aplicativo oficial do Ministério da Saúde, onde o cidadão brasileiro
pode visualizar as interações realizadas nos pontos de atenção à saúde e acompanhar o seu
histórico no Sistema Único de Saúde (SUS), como exames, vacinas, dispensação de
medicamentos e localização de estabelecimentos de saúde.
Encontra-se disponível para download gratuito na Playstore.

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ENCONTRO 7 - SAÚDE NO CUIDADO: AS POLÍTICAS PÚBLICAS NACIONAIS DE
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE

DURAÇÃO PREVISTA: 1 aula de 50 minutos.

OBJETIVO
 Discutir com os estudantes sobre políticas públicas nacionais de atenção integral à
saúde.

OBJETOS CORRELATOS
● Cuidado em Saúde;
● Políticas Públicas em Saúde.

SUGESTÃO DE RECURSOS
 Textos;
 Papel 40 kg;
 Cartolina;
 Pincéis.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS SUGERIDOS

1º MOMENTO: Apresentação e discussão de algumas políticas públicas nacionais de atenção


integral à saúde. Sugerem-se as seguintes opções metodológicas:
1. Exibição de vídeo curto seguida de discussão;

2º MOMENTO: Promover a divisão da turma em grupos para trabalhar a atividade de


protagonismo juvenil proposta.
Sugerem-se as seguintes opções de organização:
1. Distribuição dos estudantes em 5 ou 6 grupos;
2. Indicação de locais para realização da observação proposta;

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3. Orientações aos estudantes sobre a realização da atividade quanto apresentação
ao chegar no local da pesquisa (escola que pertence, objetivos do trabalho), roteiro
de perguntas, comportamento adequado, entre outros.

MATERIAL DE APOIO:
POLÍTICAS PÚBLICAS EM SAÚDE (1)
As políticas públicas podem ser definidas como conjuntos de disposições, medidas e
procedimentos que traduzem a orientação política do Estado e regulam as atividades
governamentais relacionadas às tarefas de interesse público. São também definidas como
todas as ações de governo, divididas em atividades diretas de produção de serviços pelo
próprio Estado e em atividades de regulação de outros agentes econômicos. As políticas
públicas em saúde integram o campo de ação social do Estado orientado para a melhoria das
condições de saúde da população e dos ambientes natural, social e do trabalho. Sua tarefa
específica em relação às outras políticas públicas da área social consiste em organizar as
funções públicas governamentais para a promoção, proteção e recuperação da saúde dos
indivíduos e da coletividade. (LUCCHESE, Patrícia T. R. Políticas Públicas em Saúde. São Paulo:
BIREME/OPAS/OMS, 2004, p. 3)

Quadro 3 - Descrição sintética de algumas políticas públicas em saúde.


POLÍTICAS OBJETIVO (Resumo) AÇÕES (Resumo)

 Clínico-Ginecológica;
 Planejamento Familiar;
Promover a melhoria das condições  Obstétrica e Neonatal
de vida e saúde das mulheres Qualificada e Humanizada;
brasileiras, mediante a garantia de  Situação de Violência
Política Nacional de Doméstica e Sexual;
direitos legalmente constituídos e a
Atenção Integral à Saúde  Redução da Morbimortalidade
ampliação do acesso aos meios e
da Mulher (2) por Câncer;
serviços de promoção, prevenção,
assistência e recuperação da saúde  Saúde Mental das Mulheres
em todo território brasileiro. Sob o Enfoque de Gênero;
 Climatério e saúde na terceira
idade;
 Saúde da Mulher Negra;

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 Saúde das Trabalhadoras do
Campo e da Cidade;
 Saúde da Mulher Indígena;
 Saúde das Mulheres em
Situação de Prisão.
 Gestação, ao parto e ao
nascimento;
 Aleitamento Materno e
Alimentação Complementar
Promover e proteger a saúde da Saudável;
criança e o aleitamento materno,  Promoção e
mediante a atenção e cuidados Acompanhamento do
integrais e integrados, da gestação Crescimento e do
aos 9 (nove) anos de vida, com Desenvolvimento Integral;
Política Nacional de  Agravos Prevalentes na
especial atenção à primeira infância
Atenção Integral à Saúde Infância e com Doenças
e às populações de maior
da Criança (3) Crônicas;
vulnerabilidade, visando à redução
da morbimortalidade e um  Situação de Violências,
ambiente facilitador à vida com Prevenção de Acidentes e
condições dignas de existência e Promoção da Cultura de Paz;
pleno desenvolvimento  Deficiência ou em Situações
Específicas e de
Vulnerabilidade;
 Vigilância e Prevenção do
Óbito Infantil, Fetal e
Materno.
 Assistência em saúde sexual e
reprodutiva;
 Planejamento de sua vida
Promover a melhoria das condições sexual e reprodutiva;
de saúde da população masculina  Paternidade responsável;
do Brasil, contribuindo, de modo  Educação e comunicação, o
efetivo, para a redução da autocuidado com sua própria
Política Nacional de saúde;
morbidade e mortalidade dessa
Atenção Integral à Saúde  Prevenção e o controle das
população, através do
do Homem (4) infecções sexualmente
enfrentamento racional dos fatores
de risco e mediante a facilitação ao transmissíveis e da infecção
acesso, às ações e aos serviços de pelo HIV
assistência integral à saúde.  Populações negras,
quilombolas, gays, bissexuais,
travestis, transexuais,
trabalhadores rurais, com
deficiência, em situação de

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risco, em situação carcerária,
entre outros.
 Aquisição dos imunobiológicos
e disponibilização nas salas de
vacinação nos Estados e
Reduzir a transmissão de doenças Municípios);
imunopreveníveis, ocorrência de  Estabelecimento de normas e
Política Nacional de diretrizes sobre as indicações
casos graves e óbitos, com
Imunizações (Programa e recomendações da
fortalecimento de ações integradas
Nacional de Imunizações vacinação em todo o Brasil;
de vigilância em saúde para
(PNI) (5)  Definição do Calendário
promoção, proteção e prevenção
em saúde da população brasileira. Nacional de Vacinação;
 Plano Nacional de
Operacionalização da
Vacinação contra a Covid-19
(PNO).
 Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais
(RENAME);
 Regulamentação Sanitária de
Medicamentos;
 Modelo de assistência
farmacêutica;
 Processo educativo dos
Garantir a necessária segurança, usuários ou consumidores
eficácia e qualidade destes acerca dos riscos da
Política Nacional de produtos, a promoção do uso automedicação, da
Medicamentos (6) racional e o acesso da população interrupção e da troca da
àqueles considerados essenciais, ao medicação prescrita;
menor custo possível.  Desenvolvimento Científico e
Tecnológico farmacêutico;
 Promoção da Produção de
Medicamentos;
 Garantia da Segurança,
Eficácia e Qualidade dos
Medicamentos;
 Desenvolvimento e
Capacitação de Recursos
Humanos;
Política Nacional de Garantir aos povos indígenas o  Organização dos serviços de
Atenção à Saúde dos acesso à atenção integral à saúde, atenção à saúde dos povos
Povos Indígenas (7) de acordo com os princípios e indígenas na forma de
diretrizes do Sistema Único de Distritos Sanitários Especiais e

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Saúde, contemplando a diversidade Pólos-Base, no nível local,
social, cultural, geográfica, histórica onde a atenção primária e os
e política de modo a favorecer a serviços de referência se
superação dos fatores que tornam situam;
essa população mais vulnerável aos  Preparação de recursos
agravos à saúde de maior humanos para atuação em
magnitude e transcendência entre contexto intercultural;
os brasileiros, reconhecendo a  Monitoramento das ações de
eficácia de sua medicina e o direito saúde dirigidas aos povos
desses povos à sua cultura. indígenas;
 Articulação dos sistemas
tradicionais indígenas de
saúde;
 Promoção do uso adequado e
racional de medicamentos;
 Promoção de ações
específicas em situações
especiais;
 Promoção da ética na
pesquisa e nas ações de
atenção à saúde envolvendo
comunidades indígenas;
 Promoção de ambientes
saudáveis e proteção da saúde
indígena;
 Controle social.
Fonte: Ministério da Saúde

SAIBA MAIS:
(1) http://files.bvs.br/upload/M/2004/Lucchese_Politicas_publicas.pdf
(2) https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_atencao_mulher2.pdf
(3) https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/9258/1/livro_saude_crianca.pdf
(4) https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_atencao_homem.pdf
(5) https://www.unasus.gov.br/noticia/pni-entenda-como-funciona-um-dos-maiores-
programas-de-vacinacao-do-
mundo#:~:text=Criado%20em%201973%2C%20o%20Programa,e%20preven%C3%A7%C3%A
3o%20em%20sa%C3%BAde%20da
(6) https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_medicamentos.pdf
(7) https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_saude_indigena.pdf

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EXERCENDO O PROTAGONISMO JUVENIL
Eixo estruturante em ação: Investigação Científica
Descrição da Atividade:
Mapeamento de profissionais, programas e serviços de saúde prestados à comunidade ou o
mapeamento de postos de saúde, clínicas, hospitais, farmácias e laboratórios.
Observação: A escolha deverá ser norteada pela disponibilidade dos profissionais de saúde
e/ou acesso a esses espaços.
Proposta de roteiro para observação:
 Vá a uma unidade de saúde básica da sua comunidade / da sua localidade e pesquise sobre
os profissionais, programas e serviços oferecidos pela mesma. Registre em seu caderno.
(Posto de Saúde, UPA).
 Quais são os programas e serviços de saúde disponíveis na sua localidade?
 Quais são os profissionais da área da saúde com maior disponibilidade na região onde você
vive?
 Quais são os profissionais da área da saúde mais solicitados?
 Quais são os profissionais da área da saúde em menor número?
 Que tipo de formação o profissional observado deve possuir para exercer a sua profissão
(curso técnico, curso superior)?

Propostas para apresentação dos resultados:


1. Construção de painel temático;
2. Utilização de Slides;
3. Portfólio.

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ENCONTRO 8 - SAÚDE NO CUIDADO: Cursos superiores e técnicos da área da
saúde (parte 1)

DURAÇÃO PREVISTA: 1 aula de 50 minutos.

OBJETIVO
 Apresentar os campos de estudos do Itinerário Formativo Integrado de Ciências da
Saúde com algumas possibilidades de cursos superiores e técnicos.

CAMPOS DE ESTUDO A SEREM ABORDADOS:


 Biomedicina
 Bioquímica
 Educação Física
 Enfermagem
 Farmácia
 Medicina
 Nutrição
 Odontologia

SUGESTÃO DE RECURSOS
 Textos;
 Televisão;
 Notebook;
 Vídeo;
 Datashow.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS SUGERIDOS

1º MOMENTO: Socializar a pesquisa realizada pelos estudantes proposta no encontro


anterior.

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2º MOMENTO: O/A professor/a apresente os cursos de Enfermagem e Medicina, uma vez
que as competências gerais de ambos convergem. Sugerem-se as seguintes opções
metodológicas:
1. Aula expositiva dialogada;
2. Exibição de vídeo curto seguida de discussão;
3. Participação de um profissional da saúde (Médico/a e/ou Enfermeiro/a) ou
estudantes de graduação dos referidos cursos.

3º MOMENTO: Promover a divisão da turma em grupos para apresentar os demais cursos


nos próximos encontros.
Sugerem-se as seguintes opções de organização:
1. Distribuição dos estudantes em 5 ou 6 grupos;
2. Cada grupo ficará responsável pela apresentação de 2 ou 3 cursos;
3. Sorteio ou escolha dos cursos entre os grupos;
4. Avaliação qualitativa com base nos critérios: criatividade, coerência, objetividade,
cumprimento do tempo acordado, entre outros.

CURSOS DE NÍVEL SUPERIOR


Documentos consultados:
BRASIL, Resolução MEC; BRASIL. Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de
Bacharelado e Licenciatura. 2010. Disponível em:
https://abmes.org.br/arquivos/documentos/Referenciais-Curriculares-Nacionais-v-2010-04-
29.pdf
BRASIL. Diretrizes Curriculares - Cursos de Graduação. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=12991

Consulta das instituições ofertantes: https://emec.mec.gov.br/

1) MEDICINA

Curso: Medicina – Bacharelado Carga Horária Mínima: 7200h


Integralização: 6 anos

Perfil do Egresso:

O Bacharel em Medicina ou Médico atua, de forma generalista, na promoção da saúde, na


prevenção e no tratamento de doenças e na reabilitação do ser humano. Realiza procedimentos
clínicos e cirúrgicos em ambulatório e atendimento inicial das urgências e das emergências em
todas as fases do ciclo biológico. Avalia, sistematiza e decide as condutas mais adequadas

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baseadas em evidências científicas. Encaminha casos, para as especialidades médicas, de acordo
com a organização do Sistema Único de Saúde do País. Em sua atividade gerencia o trabalho e
os recursos materiais, de modo compatível com as políticas públicas de saúde. Atua na
promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo e da comunidade,
primando pelos princípios éticos e de segurança.

Ambientes de Atuação:

O Médico trabalha no serviço de saúde público ou privado. Atua no nível primário em unidades
básicas de saúde, na comunidade, em ambulatórios gerais e prontos-socorros; no nível
secundário em ambulatórios de especialidade e no nível terciário em hospitais. Em instituições
de pesquisa; em clínicas e em consultórios públicos, privados ou da saúde complementar, em
planos de saúde e em convênios médicos. Também pode atuar de forma autônoma, em empresa
própria ou prestando consultoria.

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA CURSOS SUPERIORES DEFINIDAS PELO


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC):

Competências Gerais:
● Atenção à Saúde (dimensão da diversidade biológica, subjetiva, cultural, local, ambiental,
entre outras particularidades humanas);
● Gestão em Saúde (compreensão dos princípios, diretrizes e políticas do sistema de saúde
e das ações de gerenciamento e administração);
● Educação em Saúde (responsabilidade com o aprendizado e aprofundamento científico
contínuo).

Áreas de Conhecimento:
● Ciências Biológicas e da Saúde;
● Ciências Humanas e Sociais;
● Ciências da Enfermagem (Fundamentos, Assistência, Administração e Ensino).

2) ENFERMAGEM

Curso: Enfermagem – Bacharelado Carga Horária Mínima: 4000h


Integralização: 5 anos

Perfil do Egresso:

O Bacharel em Enfermagem ou Enfermeiro atua no planejamento, organização, supervisão e


execução da assistência de enfermagem ao doente, à família e à comunidade. Presta cuidados

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de enfermagem aos casos de grande complexidade técnica e aos pacientes graves com risco de
vida. Desenvolve atividades de pesquisa e extensão na área de saúde. Realiza a consulta de
enfermagem e presta serviços de consultoria e auditoria de Enfermagem. Em sua atividade
gerencia o trabalho e os recursos materiais, de modo compatível com as políticas públicas de
saúde. Atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo e da
comunidade, primando pelos princípios éticos e de segurança.

Ambientes de Atuação:

O Enfermeiro atua na rede básica de serviços de saúde; em escolas e creches; em empresas; em


hospitais gerais e especializados; em clínicas e ambulatórios; em órgãos de gestão,
financiamento e supervisão de saúde; no atendimento em domicílio; em casas de parto; em
consultórios de enfermagem. Também pode atuar de forma autônoma, em empresa própria ou
prestando consultoria.

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA CURSOS SUPERIORES DEFINIDAS PELO


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC):

Competências Gerais:
● Atenção à Saúde (dimensão da diversidade biológica, subjetiva, cultural, local, ambiental,
entre outras particularidades humanas);
● Gestão em Saúde (compreensão dos princípios, diretrizes e políticas do sistema de saúde
e das ações de gerenciamento e administração);
● Educação em Saúde (responsabilidade com o aprendizado e aprofundamento científico
contínuo).

Áreas de Conhecimento:
● Ciências Biológicas e da Saúde;
● Ciências Humanas e Sociais;
● Ciências da Enfermagem (Fundamentos, Assistência, Administração e Ensino).

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ENCONTRO 9 e 10 - SAÚDE NO CUIDADO: Cursos superiores e técnicos da área
da saúde (parte 2)

DURAÇÃO PREVISTA: 2 aulas de 50 minutos.

OBJETIVO
 Apresentar os campos de estudos do Itinerário Formativo Integrado de Ciências da Saúde
com algumas possibilidades de cursos superiores e técnicos.

CAMPOS DE ESTUDO A SEREM ABORDADOS:


 Biomedicina
 Bioquímica
 Educação Física
 Enfermagem
 Farmácia
 Medicina
 Nutrição
 Odontologia

SUGESTÃO DE RECURSOS
 Textos;
 Televisão;
 Notebook;
 Vídeo;
 Datashow.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS SUGERIDOS

1º MOMENTO: Apresentação dos grupos de estudantes sorteados ou escolhidos para


apresentarem os cursos;

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2º MOMENTO: Discussão, contribuições e avaliação qualitativa das apresentações com base
nos critérios sugeridos: criatividade, coerência, objetividade, cumprimento do tempo
acordado, entre outros.

CURSOS DE NÍVEL SUPERIOR


Documentos consultados:
BRASIL, Resolução MEC; BRASIL. Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de
Bacharelado e Licenciatura. 2010. Disponível em:
https://abmes.org.br/arquivos/documentos/Referenciais-Curriculares-Nacionais-v-2010-04-
29.pdf
BRASIL. Diretrizes Curriculares - Cursos de Graduação. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=12991

Consulta das instituições ofertantes: https://emec.mec.gov.br/

3) EDUCAÇÃO FÍSICA

Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais definidas pelo Ministério da Educação (MEC), o


curso de Educação Física deve conter disciplinas que articulem a formação específica e
ampliada, divididas de tal forma:

Formação Específica:
● Dimensão cultural do movimento humano;
● Dimensão técnica-instrumental;
● Dimensão didática-pedagógica.

Formação Ampliada:
● Relação ser humano-sociedade;
● Dimensão biológica do corpo humano;
● Produção do conhecimento científico e tecnológico.

3.1) EDUCAÇÃO FÍSICA - BACHARELADO

Curso: Educação Física – Bacharelado Carga Horária Mínima: 3200h


Integralização: 4 anos

Perfil do Egresso:

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O Bacharel em Educação Física atua no planejamento, prescrição, supervisão e coordenação
de projetos e programas de atividades físicas, recreativas e esportivas. Em sua atividade, avalia
as manifestações e expressões do movimento humano, tais como: exercício físico, ginástica,
jogo, esporte, luta, artes marciais e dança. Pesquisa, analisa e avalia campos da prevenção,
promoção e reabilitação da saúde, da formação cultural, da educação e reeducação motora e
do rendimento físico-esportivo. Planeja e gerencia atividades de lazer e de empreendimentos
relacionados às atividades físicas, recreativas e esportivas. Em sua atividade gerencia o
trabalho e os recursos materiais de modo compatível com as políticas públicas de saúde,
primando pelos princípios éticos e de segurança.

Ambientes de Atuação:

O Bacharel em Educação Física atua em clubes; em academias de ginástica; em empresas de


artigos esportivos; em clínicas; em hospitais; em hotéis; em parques; nos meios de
comunicação. Também pode atuar de forma autônoma, em empresa própria ou prestando
consultoria.

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA CURSOS SUPERIORES DEFINIDAS PELO


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC):

A formação do Bacharel em Educação Física


Eixos Articuladores:
I - Saúde: políticas e programas de saúde; atenção básica, secundária e terciária em saúde,
saúde coletiva, Sistema Único de Saúde, dimensões e implicações biológica, psicológica,
sociológica, cultural e pedagógica da saúde; integração ensino, serviço e comunidade; gestão
em saúde; objetivos, conteúdos, métodos e avaliação de projetos e programas de Educação
Física na saúde;
II - Esporte: políticas e programas de esporte; treinamento esportivo; dimensões e implicações
biológica, psicológica, sociológica, cultural e pedagógica do esporte; gestão do esporte;
objetivos, conteúdos, métodos e avaliação de projetos e programas de esporte;
III - Cultura e lazer: políticas e programas de cultura e de lazer; gestão de cultura e de lazer;
dimensões e implicações biológica, psicológica, sociológica, cultural e pedagógica do lazer;
objetivos, conteúdos, métodos e avaliação de projetos e programas de Educação Física na
cultura e no lazer.

3.2) EDUCAÇÃO FÍSICA - LICENCIATURA

Curso: Educação Física – Licenciatura Carga Horária Mínima: 2800h


Integralização: 3 anos

22
Perfil do Egresso:

O Licenciado em Educação Física é o professor que planeja, organiza e desenvolve atividades e


materiais relativos à Educação Física. Sua atribuição central é a docência na Educação Básica,
que requer sólidos conhecimentos sobre os fundamentos da Educação Física, sobre seu
desenvolvimento histórico e suas relações com diversas áreas; assim como sobre estratégias
para transposição do conhecimento da Educação Física em saber escolar. Além de trabalhar
diretamente na sala de aula, o licenciado elabora e analisa materiais didáticos, como livros,
textos, vídeos, programas computacionais, ambientes virtuais de aprendizagem, entre outros.
Realiza ainda pesquisas em Educação Física, coordena e supervisiona equipes de trabalho. Em
sua atuação, prima pelo desenvolvimento do educando, incluindo sua formação ética, a
construção de sua autonomia intelectual e de seu pensamento crítico.

Ambientes de Atuação:

O Licenciado em Educação Física trabalha como professor em instituições de ensino que


oferecem cursos de nível fundamental e médio; em editoras e em órgãos públicos e privados
que produzem e avaliam programas e materiais didáticos para o ensino presencial e a distância.
Além disso, atua em espaços de educação não-formal e em instituições que desenvolvem
pesquisas educacionais.

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA CURSOS SUPERIORES DEFINIDAS PELO


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC):

A formação do Licenciado em Educação Física contempla os seguintes conteúdos


programáticos:
a) Política e Organização do Ensino Básico;
b) Introdução à Educação;
c) Introdução à Educação Física Escolar;
d) Didática e metodologia de ensino da Educação Física Escolar;
e) Desenvolvimento curricular em Educação Física Escolar;
f) Educação Física na Educação Infantil;
g) Educação Física no Ensino Fundamental;
h) Educação Física no Ensino Médio;
i) Educação Física Escolar Especial/Inclusiva;
j) Educação Física na Educação de Jovens e Adultos; e
k) Educação Física Escolar em ambientes não urbanos e em comunidades e agrupamentos
étnicos distintos

4) BIOMEDICINA

23
Curso: Biomedicina- Bacharelado Carga Horária Mínima: 3200h
Integralização: 4 anos

Perfil do Egresso:
O Bacharel em Biomedicina ou Biomédico atua no desenvolvimento de ações de suporte
laboratorial aos serviços médicos. Coleta materiais biológicos, realiza análises clínicas,
bioquímicas, microbiológicas, parasitológicas, imunológicas e cito-hematológicas para o
diagnóstico de patologias; emite laudos e administra laboratórios. Desenvolve procedimentos
laboratoriais relativos à reprodução humana assistida. Realiza análises moleculares para
análises forenses e diagnósticos de patologias genéticas. Produz e controla a qualidade de
insumos biológicos como soros e vacinas. Participa de procedimentos em radioterapia,
medicina nuclear e diagnóstico por imagem, sem emitir laudo. Desenvolve programas
computacionais e instrumentais de uso em pesquisa, para diagnóstico e para aplicação clínica.
Realiza análises físico-químicas e microbiológicas para o saneamento do meio ambiente e para
a análise de alimentos. Em sua atividade gerencia o trabalho e os recursos materiais de modo
compatível com as políticas públicas de saúde. Atua na promoção, prevenção, recuperação e
reabilitação da saúde do indivíduo e da comunidade, primando pelos princípios éticos e de
segurança.

Ambientes de Atuação:
O Biomédico atua em laboratórios de análises clínicas e de pesquisa técnico-científica; em
hospitais; em institutos de pesquisas; em indústrias farmacêuticas e de bioinformática; em
laboratórios de análises ambientais e físico-químicas; em laboratórios de análises
bromatológicas; em bancos de sangue; em clínicas de reprodução humana; em unidades de
diagnóstico por imagens e de medicina nuclear e em laboratórios de biologia molecular.
Também pode atuar de forma autônoma, em empresa própria ou prestando consultoria.

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA CURSOS SUPERIORES DEFINIDAS PELO


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC):

Competências:
I - Atenção à saúde
II - Tomada de decisões
III - Comunicação
IV - Liderança
V - Administração e gerenciamento
VI - Educação permanente
Áreas de Conhecimento:
● Ciências Biológicas e da Saúde;
● Ciências Humanas e Sociais;
● Ciências da Biomedicina.

24
5) NUTRIÇÃO

Curso: Nutrição- Bacharelado Carga Horária Mínima: 3200h


Integralização: 4 anos

Perfil do Egresso:
O Bacharel em Nutrição ou Nutricionista atua com a alimentação e a nutrição de indivíduos e
comunidades. Trabalha na avaliação, diagnóstico e acompanhamento do estado nutricional de
indivíduos sadios e enfermos; no planejamento e na execução de atividades na área de
alimentação, nutrição e saúde. Elabora cardápios balanceados e dietas alimentares, visando à
segurança alimentar, nutricional e o direito humano à alimentação adequada. Em sua atividade
gerencia o trabalho e os recursos materiais, de modo compatível com as políticas públicas de
saúde. Atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo e da
comunidade, primando pelos princípios éticos e de segurança.

Ambientes de Atuação:
O Nutricionista atua em atividades de auditoria e assessoria em restaurantes, refeitórios e
bares; na área de alimentação e de nutrição de hotéis, hospitais, clínicas, creches, escolas e
instituições asilares; em spa´s; em academias e clubes esportivos; na indústria alimentícia; em
laboratórios de controle de qualidade de alimentos; em unidades básicas de saúde; em
empresas e laboratórios de pesquisa científica e tecnológica. Também pode atuar de forma
autônoma, em empresa própria ou prestando consultoria.

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA CURSOS SUPERIORES DEFINIDAS PELO


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC):

Competências:
I - Atenção à saúde
II - Tomada de decisões
III - Comunicação
IV - Liderança
V - Administração e gerenciamento
VI - Educação permanente

Áreas de Conhecimento:
● Ciências Biológicas e da Saúde;
● Ciências Sociais, Humanas e Econômicas;
● Ciências da Alimentação e Nutrição;
● Ciências dos Alimentos.

6) ODONTOLOGIA

25
Curso: Odontologia- Bacharelado Carga Horária Mínima: 4000h
Integralização: 5 anos

Perfil do Egresso:
O Bacharel em Odontologia ou Cirurgião Dentista atua nas atividades de diagnóstico,
planejamento e execução de tratamentos odontológicos. Trabalha na promoção, na
manutenção, na prevenção e na recuperação da saúde bucal. Interage com os outros
profissionais da saúde, atendendo crianças, adultos e idosos, em diferentes níveis de
complexidade. Realiza pesquisas na busca de solução para problemas peculiares relacionados
à saúde bucal e suas relações. Em sua atividade gerencia o trabalho, os recursos materiais, de
modo compatível com as políticas públicas de saúde. Atua na promoção, prevenção,
recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo e da comunidade, primando pelos princípios
éticos e de segurança.

Ambientes de Atuação:
O Cirurgião Dentista atua em consultório odontológico próprio. Trabalha também como
profissional em clínicas públicas e particulares; em cooperativas; em empresas de atendimento
odontológico; em instituições de pesquisa em saúde ou como gestor de serviços de saúde.

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA CURSOS SUPERIORES DEFINIDAS PELO


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC):

Competências:
I - Atenção à saúde
II - Tomada de decisões
III - Comunicação
IV - Liderança
V - Administração e gerenciamento
VI - Educação permanente

Áreas de Conhecimento:
● Ciências Biológicas e da Saúde,
● Ciências Humanas e Sociais e
● Ciências Odontológicas.

7) FARMÁCIA

Curso: Farmácia- Bacharelado Carga Horária Mínima: 4000h


Integralização: 5 anos

26
Perfil do Egresso:
O Bacharel em Farmácia ou Farmacêutico atua na pesquisa, desenvolvimento, produção,
gestão, manipulação e controle de qualidade de insumos, fármacos e medicamentos. Realiza a
assistência farmacêutica em todos os níveis de atenção individual e coletiva à saúde; atua na
vigilância de medicamentos e alimentos, de farmácias e de indústrias farmacêuticas. Pode
realizar pesquisa, desenvolvimento, produção, manipulação, controle de qualidade de
cosméticos, saneantes, domissaneantes e correlatos. Emite laudos e pareceres e coleta
material biológico para análises clínico-laboratoriais, toxicológicas, de hemoderivados,
alimentos e do meio ambiente. Em sua atividade gerencia o trabalho e os recursos materiais
de modo compatível com as políticas públicas de saúde. Atua na promoção, prevenção,
recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo e da comunidade, primando pelos princípios
éticos e de segurança.

Ambientes de Atuação:
O Farmacêutico atua nas áreas de gestão e serviços de saúde públicos ou privados em todos os
níveis de atenção; em farmácias, dispensários, distribuidoras e importadoras de
medicamentos; em ervanários; em indústrias farmacêuticas; em instituições de pesquisa. Pode
atuar em indústrias de alimentos, de cosméticos, de insumos e correlatos; em bancos de leite
e de sangue; em laboratórios de análises clínicas, toxicológicas, ambientais e de alimentos; em
hemocentros e outros serviços de insumos biológicos para a saúde. Também pode atuar de
forma autônoma, em empresa própria ou prestando consultoria.

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA CURSOS SUPERIORES DEFINIDAS PELO


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC):

A formação do Bacharel em Farmácia encontra-se estruturada nos seguintes eixos:


I - Cuidado em Saúde;
II - Tecnologia e Inovação em Saúde;
III - Gestão em Saúde.

Áreas de Conhecimento:
 I - Ciências Humanas e sociais aplicadas
 II - Ciências Exatas
 III - Ciências Biológicas,
 IV - Ciências da Saúde,
 V - Ciências Farmacêuticas

CURSOS TÉCNICOS NÍVEL MÉDIO


Documento consultado: http://cnct.mec.gov.br/
27
Pré-requisito para ingresso para quaisquer cursos técnico de nível médio:
● Para ingresso no Curso Técnico Subsequente, o estudante deverá ter concluído o
Ensino Médio.
● Para ingresso no Curso Técnico Concomitante, o estudante deverá estar cursando o
Ensino Médio.
● Para ingresso no Curso Técnico Integrado ao Ensino Médio, o estudante deverá ter
concluído o Ensino Fundamental.
● Para ingresso no Curso Técnico Integrado à Educação de Jovens e Adultos, o estudante
deverá ter concluído o Ensino Fundamental.

1. Técnico em Agente Comunitário de Saúde

Curso: Técnico em Agente Comunitário Carga Horária Mínima: 1200h (1 ano e meio)
de Saúde

Atribuições:

● Orientar e acompanhar, sob a supervisão de profissional de nível superior, indivíduos, suas


famílias e a população em seu território, levando em conta a interação com o processo
saúde-doença no território.
● Identificar e atuar nos múltiplos determinantes e condicionantes do processo saúde e
doença, para a promoção da saúde e redução de riscos à saúde individual e da
coletividade.
● Realizar o mapeamento e o cadastramento de dados sociais, demográficos e de saúde,
para contribuir com a produção de informações e a construção de revisão contínua do
plano de ação em saúde para os territórios.
● Desenvolver suas atividades norteadas pelas diretrizes, pelos princípios e estrutura
organizacional do SUS, bem como a partir dos referenciais éticos e políticos da Educação
Popular em Saúde.
● Promover a comunicação entre equipe multidisciplinar (Equipe de Saúde da Família),
unidade de saúde, autoridades e comunidade.
● Promover a mobilização comunitária, ações educativas e incentivar as atividades
comunitárias, promovendo a integração entre a equipe de saúde e a comunidade.
● Promover ações nas áreas de vigilância em saúde e ambiental.
● Acompanhar e orientar, por meio de visita domiciliar estabelecidas no planejamento das
equipes, as pessoas em situação de vulnerabilidade social e portadoras de doenças
crônicas e agravos que necessitam de maior número de visitas, estimulando o autocuidado
e a prevenção da exposição a fatores de riscos, realizando procedimentos específicos nos
casos indicados pela equipe ou encaminhando quando necessário para a unidade de saúde
de referência.

Campo de Atuação: Instituições Ofertantes (consulta):

28
● Locais e ambientes de trabalho: Link de acesso:
http://cnct.mec.gov.br/cursos/instituicoes-
○ Sistema Único de Saúde (SUS)
ensino?nomeCurso=T%C3%A9cnico%20em%20Agente
%20Comunit%C3%A1rio%20de%20Sa%C3%BAde

2. Técnico em Análises Clínicas

Curso: Técnico em Análises Clínicas Carga Horária Mínima: 1200h (1 ano e meio)

Atribuições:

● Executar, sob a supervisão do profissional responsável de nível superior, processos


operacionais necessários ao diagnóstico laboratorial que compreendem a fase pré-
analítica e analítica nos setores da parasitologia, microbiologia, imunologia, hematologia,
bioquímica, biologia molecular, hormônios, toxicologia e líquidos corporais.
● Operar aparato tecnológico de laboratório de saúde e equipamentos analíticos e de
suporte às atividades laboratoriais.
● Participar de campanhas educativas e incentivar as atividades comunitárias de atenção
primária, promovendo a integração entre a equipe de saúde e a comunidade.
● Recepcionar e cadastrar clientes e exames; realizar processos de coleta, recepção,
preparação e análise das amostras, colaborando ainda na investigação e implantação de
novas tecnologias biomédicas.
● Trabalhar de acordo com as normas de biossegurança e qualidade, e aplicar as técnicas
adequadas no descarte de resíduos de serviços de saúde, protegendo os indivíduos e o
meio ambiente.

Campo de Atuação: Instituições Ofertantes (consulta):


● Locais e ambientes de trabalho: Link de acesso:
○ Laboratório de Análises Clínicas e de http://cnct.mec.gov.br/cursos/instituicoes-
ensino?nomeCurso=T%C3%A9cnico%20em%20
Diagnósticos Médicos em Hospitais,
An%C3%A1lises%20Cl%C3%ADnicas
Clínicas, Unidades Básicas de Saúde
(UBS)
○ Unidades de Pronto Atendimento (UPAS)
○ Hemocentros
○ Laboratórios Veterinários
○ Laboratórios de Toxicologia
○ Laboratórios de Pesquisas Biomédicas
○ Laboratórios de Ensino
○ Laboratórios de Controle de Qualidade
em Saúde

29
○ Laboratórios de Microbiologia de
Alimentos

3. Técnico em Citopatologia

Curso: Técnico em Citopatologia Carga Horária Mínima: 1200h (1 ano e meio)

Atribuições:

● Colaborar na investigação e implantação de novas tecnologias.


● Executar, sob a supervisão do profissional responsável de nível superior, atividades
padronizadas de laboratório referentes aos exames microscópicos em sua área técnica.
● Operar aparato tecnológico de laboratório de saúde e equipamentos analíticos e de
suporte.
● Participar de campanhas educativas e incentivar as atividades comunitárias de atenção
primária, promovendo a integração entre a equipe de saúde e a comunidade.
● Promover a comunicação com a sua equipe e com os responsáveis técnicos.
● Realizar a análise microscópica para rastrear células neoplásicas na amostra,
estabelecendo relação das alterações citológicas com o histórico clínico do paciente,
elaborando um laudo técnico que orientará o diagnóstico pelo responsável técnico.
● Receber e preparar amostras para análise citopatológica.
● Trabalhar de acordo com as normas de biossegurança e qualidade, e aplicar as técnicas
adequadas no descarte de resíduos de serviços de saúde, protegendo os indivíduos e o
meio ambiente.

Campo de Atuação: Instituições Ofertantes (consulta):


● Locais e ambientes de trabalho: Link de acesso:
http://cnct.mec.gov.br/cursos/instituicoes-
○ Clínicas
ensino?nomeCurso=T%C3%A9cnico%20em%20C
○ Hospitais itopatologia
○ Laboratórios de Citopatologia

4. Técnico em Enfermagem

Curso: Técnico em Enfermagem Carga Horária Mínima: 1200h (2 anos e meio)

Atribuições:

● Realizar, sob a supervisão do Enfermeiro, cuidados integrais de enfermagem a


indivíduos, família e grupos sociais vulneráveis ou não.

30
● Atuar na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação dos processos saúde-doença
em todo o ciclo vital.
● Participar do planejamento e execução das ações de saúde junto à equipe
multidisciplinar, considerando as normas de biossegurança, envolvendo curativos,
administração de medicamentos e vacinas, nebulizações, banho de leito, cuidados pós-
morte, mensuração antropométrica e verificação de sinais vitais.
● Preparar o paciente para os procedimentos de saúde.
● Participar de comissões de certificação de serviços de saúde, tais como núcleo de
segurança do paciente, serviço de controle de infecção hospitalar, gestão da qualidade
dos serviços prestados à população, gestão de riscos, comissões de ética de
enfermagem, transplantes, óbitos e outros.
● Colaborar com o Enfermeiro em ações de comissões de certificação de serviços de saúde,
tais como núcleo de segurança do paciente, serviço de controle de infecção hospitalar,
gestão da qualidade dos serviços prestados à população, gestão de riscos, comissões de
ética de enfermagem, transplantes, óbitos e outros.

Campo de Atuação: Instituições Ofertantes (consulta):


● Locais e ambientes de trabalho: Link de acesso:
http://cnct.mec.gov.br/cursos/instituicoes-
○ Ambulatórios
ensino?nomeCurso=T%C3%A9cnico%20em%20E
○ Centros de Atenção Psicossociais nfermagem
○ Centros de Diagnóstico por Imagem
e Análises Clínicas
○ Clínicas
○ Consultórios
○ Consultórios na Rua
○ Cuidados Domiciliar
○ Hospitais
○ Indústria e Comércio em Serviços
de Segurança do Trabalho
○ Instituições de Longa Permanência
○ Organizações Militares
○ Serviços de Urgências Móveis
○ Unidades Básicas de Saúde
○ Unidades de Pronto Atendimento

5. Técnico em Radiologia

Curso: Técnico em Radiologia Carga Horária Mínima: 1200h (2 anos e meio)

Atribuições:

31
● Aplicar, sob a supervisão de profissionais de nível superior, técnicas de proteção
radiológica e de biossegurança.
● Realizar exames de radiodiagnóstico, considerando todo o processo de execução das
técnicas para aquisição de imagens radiológicas, que compreende:
● Acolher e recepcionar o paciente.
● Proceder a revisão da anamnese.
● Orientar e preparar o paciente para o exame.
● Posicionar o paciente e o equipamento.
● Realizar a exposição.
● Processar e avaliar o padrão técnico da imagem.
● Supervisionar as aplicações de técnicas em radiologia, em seus respectivos setores.
● Utilizar radiação e outras formas de energia na realização de procedimentos para
obtenção de imagens diagnósticas, tais como: radiologia convencional e digital,
mamografia, densitometria, hemodinâmica, tomografia computadorizada, ressonância
magnética, radiologia forense, radiologia veterinária, dentre outras.

Campo de Atuação: Instituições Ofertantes (consulta):


● Locais e ambientes de trabalho: Link de acesso:
○ Hospitais http://cnct.mec.gov.br/cursos/instituicoes-
ensino?nomeCurso=T%C3%A9cnico%20em%20R
○ Clínicas
adiologia
○ Serviços de diagnóstico médico,
forense, veterinário e
odontológico.
○ Unidades Básicas de Saúde
○ Unidades de Apoio Diagnóstico

6. Técnico em Saúde Bucal

Curso: Técnico em Saúde Bucal Carga Horária Mínima: 1200h (2 anos)

Atribuições:

● Auxiliar na promoção, prevenção e controle de doenças bucais.


● Auxiliar atividades clínicas voltadas ao restabelecimento da saúde, estética e função
mastigatória do indivíduo
● Participar de programas educativos voltados à saúde bucal.
● Contribuir na realização de estudos epidemiológicos em saúde bucal.
● Instrumentar o cirurgião-dentista.
● Realizar tomadas radiográficas e fotográficas de uso odontológico.
● Realizar escaneamento intraoral.
● Controlar estoques.

32
● Supervisionar a manutenção dos equipamentos.
● Organizar o ambiente de trabalho odontológico
● Exercer suas competências em âmbito hospitalar

Campo de Atuação: Instituições Ofertantes (consulta):


● Locais e ambientes de trabalho: Link de acesso:
○ Clínicas e Consultórios http://cnct.mec.gov.br/cursos/instituicoes-
ensino?nomeCurso=T%C3%A9cnico%20em%20S
Odontológicos
a%C3%BAde%20Bucal
○ Hospitais
○ Serviços de Saúde

33
MÓDULO 03
IFI CIÊNCIAS HUMANAS E LINGUAGENS

34
ENCONTROS 6 e 7 – OS MARCOS LEGAIS E HISTÓRICOS DOS DIREITOS
HUMANOS

DURAÇÃO PREVISTA: 2 aulas de 50 minutos

OBJETIVOS: Compreender os direitos humanos conquistados em cada momento


histórico, como resultado de necessidades e reivindicações, fruto da luta por direitos.

MATERIAL DE APOIO:

 Vídeo no Youtube (Canal ONU Brasil);


 Trechos da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e Declaração Universal
dos Direitos Humanos.

SUGESTÃO DE RECURSOS:

 Televisão
 Datashow
 Caixa de som
 Impressão.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

1º MOMENTO: Como ponto de partida para a discussão temática, propomos a exibição do


vídeo “Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 70 anos”, do canal ONU BRASIL,
com duração de 1min, 56s, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=TBmffAkuY2c .
Em seguida, fomentar a discussão na turma, perguntando aos estudantes se conhecem
ou já ouviram falar sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), e se
entendem sua necessidade.

35
2º MOMENTO: Dividir a turma em pequenos grupos, distribuir alguns artigos da Declaração
Universal dos Direitos Humanos e da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, para
que as equipes possam fazer a leitura, e discutir a partir do seguinte questionamento:
“Na sua concepção, qual o real valor da Declaração Universal dos Direitos Humanos e
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e quais seus efeitos práticos?”

3º MOMENTO: Retomar as falas dos estudantes e contextualizar, de forma sucinta, o


desenvolvimento histórico dos direitos humanos, a partir da exposição dos marcos sociais que
deram ensejo à formulação de textos legais para afirmação dos direitos humanos, a começar
pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, durante a Revolução Francesa, e a
Declaração Universal dos Direitos Humanos, no período da II Guerra Mundial.

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) [completo]

Art. 1º. Os homens nascem e vivem livres e iguais em direitos. As diferenças sociais só podem
ser fundamentadas no interesse comum.
Art. 2º. O fim de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis
do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à
opressão.
Art. 3º. O princípio de toda Soberania reside essencialmente na Nação. Nenhuma instituição
nem nenhum indivíduo pode exercer autoridade que não emane expressamente dela.
Art. 4º. A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o outro: assim, o
exercício dos direitos naturais de cada homem tem como única baliza a que assegura aos
outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Essas balizas só podem ser
determinadas pela Lei.
Art. 5º. A lei só pode proibir as ações prejudiciais à sociedade. Tudo o que não for proibido
por lei não pode ser impedido, e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordena.
Art. 6º. A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer
para sua formação, pessoalmente ou através de seus representantes. Ela deve ser a mesma
para todos, seja aos que protege, seja aos que pune. Todos os cidadãos sendo iguais aos seus
olhos são igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo
sua capacidade e sem outra distinção, além de suas virtudes e seus talentos.

36
Art. 7º. Nenhum homem pode ser acusado, preso ou detido senão quando assim determinado
pela lei e de acordo com as formas que ela prescreveu. Os que solicitam, expedem, executam
ou fazem executar ordens arbitrárias devem ser punidos. Mas todo homem intimado ou
convocado em nome da lei deve obedecer imediatamente: ele se torna culpado pela
resistência.
Art. 8º. A lei só deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode
ser punido senão em virtude de uma lei estabelecida e promulgada anteriormente ao delito e
legalmente aplicada.
Art. 9º. Todo homem é presumido inocente até ser declarado culpado. No caso de se julgar
indispensável sua prisão, qualquer excesso desnecessário para se assegurar de sua pessoa
deve ser severamente reprimido pela lei.
Art. 10º. Ninguém deve ser perseguido por suas opiniões, mesmo religiosas, desde que sua
manifestação não atrapalhe a ordem pública estabelecida pela lei.
Art. 11º. A livre comunicação dos pensamentos e opiniões é um dos direitos mais preciosos
do homem: todo cidadão pode, portanto, falar, escrever e imprimir livremente, embora deva
responder pelo abuso dessa liberdade nos casos determinados pela lei.
Art. 12º. A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública: essa
força é, portanto, instituída para o benefício de todos e não para a utilidade particular
daqueles a quem ela está confiada.
Art. 13º. Para a manutenção da força pública e para as despesas da administração, uma
contribuição comum é indispensável: ela deve ser igualmente repartida entre todos os
cidadãos, de acordo com suas faculdades.
Art. 14º. Todos os cidadãos têm o direito de verificar, por si ou pelos seus representantes, a
necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente, de observar o seu emprego e
de lhe fixar a repartição, a colecta, a cobrança e a duração.
Art. 15º. A sociedade tem o direito de pedir contas a todo o agente público pela sua
administração.
Art. 16º. Qualquer sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos, nem
estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.
Art. 17º. Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser
privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir
evidentemente e sob condição de justa e prévia indenização.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (1945) [Trechos]


Artigo 1
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão
e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

37
Artigo 2
1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta
Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião
política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer
outra condição.
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou
internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território
independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de
soberania.
Artigo 3
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo 4
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão
proibidos em todas as suas formas.
Artigo 5
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou
degradante.
Artigo 6
Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante
a lei.
Artigo 7
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei.
Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente
Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Artigo 8
Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo
para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela
constituição ou pela lei.
Artigo 9
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo 10
Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte
de um tribunal independente e imparcial, para decidir seus direitos e deveres ou fundamento
de qualquer acusação criminal contra ele.

38
ENCONTROS 8 e 9 – A GARANTIA DOS DIREITOS HUMANOS ENQUANTO
DIREITOS UNIVERSAIS

DURAÇÃO PREVISTA: 2 aulas de 50 minutos

OBJETIVOS: Compreender o processo de afirmação dos direitos fundamentais e de


defesa da dignidade humana, com vistas ao combate da violação dos direitos humanos.

MATERIAL DE APOIO:
 Vídeo no Youtube (canal ONU Mulheres);

SUGESTÃO DE RECURSOS:
 Televisão ou Datashow
 Quadro
 Pincel

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

1º MOMENTO: Para sensibilização inicial da turma, escreva no quadro a frase abaixo do


sociólogo Boaventura de Souza Santos e solicite que eles:
a) interpretem a mensagem que o autor quis passar com essa afirmação;
b) discutam a relação entre esta afirmativa e a prerrogativa dos direitos humanos enquanto
direitos universais.

39
2º MOMENTO: Sugerimos a exibição do vídeo “Direitos Humanos”, com duração de 3min, do
canal ONU Mulheres. Considerando a universalidade, a indivisibilidade e a interdependência
como características dos direitos humanos, fomente uma reflexão coletiva e uma
problematização na turma, a partir da seguinte indagação: “Todas as pessoas estão
submetidas às mesmas situações de justiça, usufruem de oportunidades iguais e condições
dignas?”

Link do vídeo - https://www.youtube.com/watch?v=hGKAaVoDlSs

PARA CASA
Solicitar que os estudantes pesquisem sobre os vários contextos de violação dos direitos
humanos e como determinadas profissões atuam diretamente nesta problemática.

EXERCENDO O PROTAGONISMO ESTUDANTIL


3º MOMENTO: Retomar com a turma a pesquisa solicitada no encontro anterior para pensar
e discutir coletivamente proposições resolutivas para o problema da violação dos direitos
humanos. Para tanto, peça que os estudantes preencham o quadro abaixo com as profissões
que pesquisaram (no máximo 5 profissões), que garantam a efetivação dos direitos humanos
ou que coíbam a prática de violação dos mesmos. As profissões selecionadas podem atuar de
forma direta, ou indireta.

PROFISSÕES ÁREA DE CONHECIMENTO CONTRIBUIÇÕES

Exemplo:

ÁREA DE
PROFISSÕES CONTRIBUIÇÕES
CONHECIMENTO

Trabalha no planejamento e efetivação de


Assistente Humanas e Sociais
políticas públicas que tem como público-alvo a
Social Aplicadas
população em situação de vulnerabilidade social.

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Age pelo fiel cumprimento das leis, relacionadas
Promotor de Humanas e Sociais
aos direitos da população em geral, prezando pela
Justiça Aplicadas
justiça social.

Contribui por meio de estudos e pesquisas acerca


de temáticas sobre participação democrática,
Humanas e Sociais
Sociólogo movimentos sociais, direitos humanos e de
Aplicadas
cidadania, de modo a subsidiar a elaboração de
políticas públicas, também com dados qualitativos.

Responsável pela elaboração e divulgação de


peças publicitárias e/ou campanhas, que
Publicitário Linguagens
promovam uma sociedade mais consciente da sua
identidade e suas problemáticas.

SAIBA MAIS: Infográfico retirado do site do Senado Federal, onde são apresentados
os 12 tipos comuns de violações dos direitos humanos.

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