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Gestão da aprendizagem
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mobilizam seus conhecimentos prévios, para, depois, configurar melhor a situação
problematizadora sobre a qual se desenvolverá a aula ou as aulas seguintes a essa.
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Isso quer dizer que o erro não deve ser visto como algo nocivo: ele é um
“trampolim” para a aprendizagem. No componente Projeto de Vida, essa
atenção e cuidado precisam ser redobrados, pois não cabe considerar “certo” e
“errado” em alguns pontos do desenvolvimento de projetos de vida e sonhos. O
importante é a reflexão e a problematização.
➔ Dê suporte na identificação de fontes de informação e na seleção e análise dos
materiais a serem considerados como referência.
➔ Apresente referências de conceitos, aportes teóricos e procedimentos.
Nas aulas que envolvam leitura e produção de textos, com base na complexidade que a
leitura pode trazer na etapa de planejamento “antes da aula”, fique atento às dicas a
seguir:
➔ Decida qual é a forma mais interessante de promover a leitura: individual, com
mais autonomia discente, em duplas, times ou com a turma toda. Nessas últimas
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Agir de modo estruturado e sistemático para enfrentar problemas reais da escola e do seu entorno;
“colocar a mão na massa” colaborativamente a favor do bem comum; provocar impacto positivo na vida
de muitas pessoas – inclusive, na própria vida –, aprendendo atitudes estratégicas e desenvolvendo
competências cognitivas e socioemocionais; conectar-se a uma rede de contatos e de diálogo com
profissionais que atuam no mundo do trabalho: esses são alguns dos desafios que motivam os estudantes
a proporem e a desenvolverem projetos. O projeto de intervenção possibilita que a escola seja um espaço
que considere e acolha os interesses e anseios dos estudantes. O aprendizado no projeto de intervenção
promove uma dupla transformação: ao mesmo tempo em que os estudantes aprendem mais sobre si
mesmos, constroem conhecimentos e se transformam, eles aprendem meios para agir concretamente e
ajudar a transformar o mundo, colocando suas ideias em prática para resolver problemas reais da escola
e do seu entorno.
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modalidades, a colaboração permitirá que os sentidos para os textos sejam
construídos de forma processual e compartilhada.
➔ Contextualize os objetivos da leitura para os estudantes, relacionando-os com a
situação de aprendizagem em expectativa (sistematizar um conceito, construir
uma contextualização, apreciar esteticamente e formar opinião, entre outras
finalidades).
➔ Inicie as atividades que envolvam a leitura com atitude problematizadora,
lançando perguntas e trazendo referências sobre as obras que os estudantes
lerão ou a que assistirão, ativando os conhecimentos prévios deles.
➔ Faça intervenções que apoiem os estudantes na construção de sentidos dos
textos, com questões que os ajudem a operacionalizar as capacidades de leitura,
em especial as capacidades críticas de apreciação.
➔ Oriente os estudantes a utilizarem procedimentos de leitura para estudo (como
o grifo, por exemplo), que implicam o uso de gêneros escritos de apoio à
compreensão, como anotações, paráfrases, resumos, fichamentos e esquemas,
mas sempre cuidando para tomar esses procedimentos e gêneros como matéria
de ensino.
➔ Avalie a capacidade crítica de leitura dos estudantes, com o intuito de planejar
as futuras aulas com abordagem criativa e plural.
➔ Promova momentos em que a turma possa checar suas compreensões e se
posicionar quanto ao texto, com apreciação estética e ética.
➔ Promova a análise metacognitiva, apoiando os estudantes na percepção e
apropriação dos procedimentos e capacidades de leitura de que se valeram, de
modo que possam mobilizá-los com autonomia em outras leituras.
➔ Acompanhe a produção dos estudantes, orientando-os a relerem o que estão
produzindo com o objetivo de avaliar (e problematizar) continuamente a
qualidade da construção do texto quanto à adequação dos recursos linguísticos
e de outras linguagens, tendo em vista suas intencionalidades.
➔ Promova revisões coletivas para análise (entre pares) dos textos produzidos,
considerando a sua adequação ao contexto de produção previamente definido e
ao uso dos recursos linguísticos e de outras linguagens na construção dos
sentidos intencionados, visando à prática de revisão “final”.
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➔ Garanta a circulação das produções finalizadas, considerando os interlocutores
previamente definidos.
Gestão relacional
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➔ Ajude os estudantes a perceber, compreender e respeitar outros valores e
pontos de vista, bem como a exercitar a empatia para com as vivências, sonhos
e projetos dos colegas.
➔ Fortaleça o sentimento de pertencimento dos estudantes à escola, valorizando
os símbolos e culturas que trazem, assumindo postura aberta e respeitosa para
compreendê-los e ouvi-los.
➔ Medeie situações de suposta “indisciplina”, ajudando os estudantes a identificar,
refletir e contribuir na resolução das situações de conflito, indiferença,
descompromisso etc., tomando cuidado para não tornar esse momento algo
moralizante.
➔ Apoie a formação, a organização e a dinâmica dos agrupamentos de trabalho, no
caso da realização de atividades que envolvam a colaboração entre os
estudantes. Nesse caso, medeie o trabalho dos grupos quanto à construção de
regras de convivência e pautas de trabalho e as reitere sempre que necessário.
➔ Oriente e acompanhe o trabalho coletivo, garantindo que cada estudante
participe ativamente, dando o melhor de si e sendo responsável pelo seu
aprendizado e, também, pelo aprendizado e bem-estar dos colegas durante as
aulas de Projeto de Vida.
No caso dos times, é preciso ter atenção a papéis que dão suporte ao trabalho,
como a responsabilidade pelo registro, o controle do tempo e a liderança. Esse
último papel é fundamental: todos os membros do time devem aprender a
liderar e a serem liderados. O papel do líder deve rodiziar a cada atividade e não
pode ser confundido com o papel de “quem manda ou toma as decisões
sozinho”. É preciso relacioná-lo à função de organizar o trabalho coletivo, dividir
as tarefas, motivar a participação de todos e assegurar a conclusão das ações.
➔ Promova momentos de reflexão coletiva sobre os significados das atividades que
envolvem a colaboração. Instigue-os a pensar sobre as diferenças entre essas
atividades e aquelas em que aprendem individualmente; o que tem sido mais
difícil para eles nos momentos em que são chamados a colaborar; o que
aprendem com essas atividades; e o que consideram que ainda precisam
aprender e fazer para que a colaboração seja mais rica para cada um e para
todos.
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➔ Espelhe as competências, valores e atitudes que os estudantes estão
desenvolvendo.
Dentro das possibilidades da escola, indica-se que as atividades aconteçam não apenas
em salas de aula, podendo ser realizadas na biblioteca, no espaço de convivência, na
quadra de esporte etc. Para a maioria das atividades, recomenda-se que, na conversa
inicial e no “aquecimento” do encontro, a turma se organize em roda. Dessa forma,
todos podem se enxergar e a interação é estimulada. Para as outras etapas das
atividades, a turma se organiza conforme as indicações.
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➔ Informe o tempo previsto para cada atividade e proponha um combinado em
relação a como será feita a gestão desse tempo (se vai ficar a seu cargo ou de
algum estudante, em que momentos e como serão feitos os avisos de que o
tempo de cada atividade está se esgotando etc.); e detecte os momentos de
dispersão, chamando a atenção para o foco da atividade.
Avaliação
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competências cognitivas e socioemocionais. Essa identificação necessita de um
“duplo olhar” do professor, tanto com relação ao desenvolvimento da turma
quanto sobre cada estudante, tomando como parâmetro avaliativo o próprio
aluno em relação a si mesmo.