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Manual

para mães de
primeira viagem
Um guia sobre desenvolvimento infantil

Tato
Desenvolvimento
infantil
Mamãe de primeira viagem,

A maternidade é cheia de encantos e desafios!

É verdade que cada experiência é única e irrepetível.


Entretanto, se você tem as informações adequadas e
o apoio de profissionais e pessoas próximas, sua
experiência com certeza será mais tranquila.

Antes de qualquer coisa, precisamos falar um


pouco sobre os marcos do desenvolvimento da
criança.

Existe um “senso comum” que todos abraçamos de


que “cada criança tem seu tempo” (e é verdade!).
Mas existem marcadores do desenvolvimento que
compreendem faixas etárias de aquisição – com
alguma variabilidade – mas com certos limites.

Os estudos são claros: nos primeiros 1.000 dias de


vida, o cérebro do bebê se desenvolve mais
rapidamente do que em qualquer outro momento.
Os momentos iniciais são muito importantes e seus
efeitos podem durar a vida toda.

Além disso, detectar precocemente se há alterações


do desenvolvimento pode permitir intervenções
precoces que minimizem muito os sintomas ou até
os façam desaparecer!

Espero que a leitura deste ebook te ajude e te


tranquilize nessa sua jornada que se inicia.
Um beijo,

Edinizis Belusi Tato


Tato Desenvolvimento Desenvolvimento
infantil
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO:
1° ao 9° mês de vida

1° mês de vida

Esse primeiro mês é o momento do desafio!


Papais adaptando-se à chegada do novo serzinho,
bebê se adaptando a esse mundo aqui fora. Boa
parte das habilidades que vamos descrever aqui só
se consolidarão até o final do segundo mês.
Então fique atenta, mas sem angústia.
Não é momento de fazer nenhuma intervenção
específica e nenhuma inabilidade nesse momento
significa atraso. Alguns marcos do 1° mês:

Acorda e se assusta ao ouvir um som.

Depois das primeiras semanas, começa a fazer sons


com a garganta.

Seu principal meio de “comunicação” é o choro, modo


pelo qual expressa tudo o que precisa.

Depois de uns 15 dias mais ou menos o seu bebê


começa a sorrir em resposta e presta atenção na
pessoa momentaneamente, fixando o olhar na pessoa
por pelo menos dois segundos.

Lá pela terceira semana, o bebê acalma-se quando é


pego no colo e move livremente os olhos ou a cabeça
para explorar o ambiente.

Ele também já pode conseguir mover os olhinhos


parcialmente acompanhando um objeto em
movimento.
Sobre o choro: muitas vezes vai ser na tentativa e no
erro, então é preciso ter calma e paciência para
compreender essa linguagem.

Se a casa, antes, era silenciosa, é bom preparar o


coração para a nova vida que chega. Chorar – em
graus variáveis – fará parte do repertório do seu
bebê!

Neste primeiro momento, não se preocupe tanto em


restringir horários e rotina de mamadas. É um
tempo de adaptação do corpo da mãe e da
necessidade do bebê.

Beba muita água e se alimente bem. Uma dica é


deixar uma garrafinha de água abastecida e ao seu
alcance a cada mamada!

Leite materno é a melhor coisa que existe...


Se tiver alguma dificuldade com esse processo,
procure consultoras de amamentação e o auxílio do
pediatra. Se na sua cidade há o serviço do Banco de
Leite, é uma ótima opção também.
2° mês de vida

No segundo mês, seu bebê faz o tipo curioso!


Olhos arregalados, sorrindo para os rostos e se
envolvendo com tudo ao seu redor. O bebê nessa
idade é social e gosta de interagir; tem sobressaltos
por sons e se vira na direção deles; também é comum
que faça barulhinhos com a boca.

Toda a nutrição que seu bebê precisa pode ser


encontrada no leite materno. Aos 2 meses, o bebê
suga e engole facilmente durante a amamentação e
a língua se move para trás e para frente para sugar,
tanto o mamilo quanto a mamadeira.

Você deve ver sinais de fome de 8 a 12 vezes em 24


horas. Os bebês recém-nascidos precisam comer
muito porque estão crescendo rapidamente.
Entre o nascimento e os 6 primeiros meses de vida,
eles tendem a dobrar de peso.

Olha só como a criança se conecta com o ambiente


e as pessoas ao seu redor nessa idade:

Tenta olhar para os pais.

Acalma-se chupando a própria mão.

Começa a sorrir para os outros.

Começa a rastrear pessoas e objetos com os olhos.

Começa a ficar agitado se estiver se sentindo entediado.

Presta atenção nos rostos que vê.


Estas dicas ajudam muito o desenvolvimento do
bebê:

Abuse do contato pele a pele: o calor e a


compressão costumam ajudar a acalmar o bebê.

Faça bastante contato visual e brinque com ele


face a face. Caretas, sorrisos e barulhinhos são
muito interessantes nesse momento!

Converse com seu bebê quando ele fizer barulho,


fale de volta para ele com uma voz suave e gentil:
isso é importante para ajudá-lo a desenvolver
habilidades de linguagem e comunicação.
3° mês de vida

Chegamos ao terceiro mês!


O bebê com 3 meses já permanece mais tempo
acordado e se interessa pelo que existe ao redor.
Ele é capaz de girar a cabeça na direção do som que
ouviu e começar a ter mais expressões faciais que
podem indicar alegria, medo, indecisão e dor, por
exemplo.
A voz da mãe, por ser o som favorito do bebê, é a
melhor opção para acalmá-lo durante o choro que
pode acompanhar o descobrimento do que está em
volta.
Nesse período também podem surgir as primeiras
lágrimas, além de ser o último mês das cólicas
intestinais.
Veja alguns marcos do 3º mês:

O bebê consegue levantar e controlar a cabeça quando


está de barriga para baixo.

Olha fixamente mostrando preferência por alguns


objetos e pessoas, além de sorrir como resposta a um
gesto ou às palavras de um adulto, sendo mais interativo.

Geralmente os movimentos são lentos e repetidos, pois o


bebê está percebendo que consegue controlar seu
corpo.

Uma vez que a visão está mais clara, utiliza-a mais para
se relacionar com quem o rodeia, balbuciando agora as
vogais A, E e O, sorrindo e olhando para as pessoas.

Já aprendeu a usar a visão e a audição juntas. Ouvindo


um barulho, já levanta a cabeça e procura sua origem.
As brincadeiras aos 3 meses podem ser úteis para
estimular e aumentar o vínculo com o bebê, sendo
recomendado que os pais:

Deixem o bebê levar a mão à boca para que comece a se


interessar em pegar objetos.

Leiam para o bebê, variando o tom da voz, usando


sotaques ou cantando, pois isso ajudará a desenvolver a
audição e aumentará o vínculo afetivo.

Estimulem o tato do bebê com diferentes materiais.

Ao brincarem com o bebê, deem tempo para que reaja e


responda o estímulo.

Além disso, devem ser evitados bichinhos de pelúcia nesta


idade, já que podem desencadear alergias.

A alimentação do bebê com 3 meses deve ser por


amamentação exclusiva e recomenda-se que seja
mantida até o sexto mês. Não são necessários
complementos como água, chás ou sucos, pois a
amamentação é suficiente para manter a nutrição e
hidratação do bebê.

O leite materno é mais facilmente digerido do que


fórmulas infantis em pó.

Ainda: ajuda a reduzir cólicas, evita diarréia, fortalece o


sistema imunológico, desenvolve o sistema nervoso e
previne a obesidade e alergias alimentares!
4° mês de vida

Alguns marcos do desenvolvimento cognitivo e


motor aos 4 meses:

Começa a reconhecer objetos e pessoas que conhece a


distância.

Fica mais sensível ao amor e carinho.

Rastreia objetos em movimento com os olhos seguindo-os de


um lado para o outro (180º).

Suas mãos e olhos começam a trabalhar juntos.

Informa se está feliz ou triste.

Alcança brinquedos com uma mão.

Leva as mãos à boca.

Apoia-se nos cotovelos quando deitado de bruços.

Pode manter a cabeça erguida sem apoio.

Pode ser capaz de rolar de costas.

Pressiona as pernas quando os pés estão sobre uma superfície


dura (cuidado! Isso é só um teste. O bebê não está pronto
para permanecer em pé ainda).

Agita um brinquedo que está segurando.

E como são as refeições aos 4 meses?


Bem, é importante saber que o bebê começará a
sinalizar que está com fome colocando as mãos perto
da boca. Dica: quando ele sinalizar que está com
fome, responda dando leite materno.
Qualquer outra conduta nessa fase precisa ser
discutida com seu pediatra!

No mais, aí vão 7 dicas para o 4° mês de vida:

1) Deixe chocalhos perto do seu pequeno para que ele


possa alcançá-los e sacudi-los.

2) Incentive seu bebê a rolar colocando-o em uma


superfície dura (tatame de EVA; tapetes emborrachados)
- superfícies macias serão difíceis nesta fase.

3) Ajude a desenvolver a coordenação olho-mão


deixando brinquedos ao alcance.

4) Converse com seu bebê durante suas rotinas diárias.

5) Quando o bebê chora, seja responsivo. Observe os


significados de cada sinal de choro. Comece a atribuir
outros sinais comunicativos como alternativa pra cada
choro.

6) Repita os sons que seu bebê faz de volta para ele.

7) Compartilhe o interesse do seu filho olhando e


apontando.
5° mês de vida

O bebê com 5 meses já começa a aperfeiçoar a


linguagem.

As vogais começam a variar um pouco mais e


algumas consoantes envolvendo lábios e língua
também já estão presentes. Nessa altura, ocorre
uma modificação dos sons que o bebê emite e
podem ocorrer gargalhadas!

Alguns bebês rejeitam as pessoas que eles não estão


acostumados a ver e começam a perceber o seu
próprio nome, respondendo quando lhe chamam e
estando conscientes e atentos ao ambiente que os
rodeia.

É comum que nessa fase o bebê já consiga rolar de


um lado para o outro e se apoiar nas mãos, gritar
por companhia, balbuciando para interromper a
conversa dos outros e chamar a atenção para si.
Além disso, começa a fase de experimentar os
objetos e levá-los à boca, sendo que alguns bebês
gostam também de colocar os pés na boca.

O aleitamento materno é a primeira forma de


estimular a movimentação dos músculos da face.
Esse estímulo terá continuidade ao completar 6
meses e iniciar a introdução alimentar.

Dessa forma, durante o processo de


introdução alimentar é muito importante que
não ocorra as seguintes situações: Peneirar e
Liquidificar. Mas por quê?
Porque quanto mais facilitar o processo de mastigação
da criança, menor será seu desenvolvimento na
musculatura e absorção dos nutrientes presentes nos
alimentos ofertados.

Nesse momento devemos deixar o alimento mais


molinho possível e amassar com o próprio garfo,
preparando os músculos para o amadurecimento da
mastigação. Eles serão formados até perto dos 12
meses!

Todo esse movimento da musculatura participa da


fala, por isso, a importância de fazer a criança
desenvolver esse movimento mastigatório, facilitando
uma melhor comunicação das crianças!

Observamos então que a amamentação e a


introdução alimentar, realizadas de forma correta,
favorecem o crescimento e desenvolvimento
adequado da criança, contribuindo para a maturação
de diversas funções, incluindo-se a fala.
6° mês de vida

O bebê com 6 meses gosta que as pessoas o notem e


chama os pais para estarem junto dele.

Ele vira-se em direção a quem o chama, estranha as


pessoas desconhecidas e para de chorar quando ouve
música. Nesta fase, a inteligência, o raciocínio e o
relacionamento social do bebê destacam-se,
especialmente em interações com os pais ou irmãos.

O nascimento dos dentes ocorre por volta dos 6 meses


e os dentes da frente, o central de baixo e a seguir o de
cima, são os primeiros a nascer. Os sintomas do
nascimento dos primeiros dentes podem ser agitação,
diminuição do sono, diminuição do apetite, tosse seca,
excesso de saliva e, por vezes, febre.

Para aliviar o incômodo dos primeiros dentinhos, os


pais podem fazer uma massagem na gengiva dos
bebês com as pontas dos dedos ou dar mordedores.

Na alimentação, deve-se iniciar a introdução de


alimentos no cardápio, intercalando com as
mamadas.
7° mês de vida

No sétimo mês de vida, os progressos são múltiplos em


relação ao desenvolvimento do bebê.

Ele já está desenvolvendo uma boa parte da sua


musculatura, o que lhe permitirá se sentar sem apoio!
Isso também oferece a possibilidade de levantar o tronco
quando está deitado.

Nesta posição, ele geralmente apoia o seu braço para


manter a sua postura e observar tudo o que chama a sua
atenção. As emissões orais evoluem para balbucios. O
“babytalk” ajudará na estimulação oral e sonora do bebê.

Mas o que é o babytalk?


Ao abordar seus bebês pequenos, os pais
sistematicamente modificam seu discurso. Essa fala
dirigida ao bebê (Infant Directed Speech - IDS) é
apelidada de “babytalk”.

Cientistas da Universidade de Cambridge vêm


investigando os parâmetros acústicos dessa fala
materna para entender os efeitos disso sobre o cérebro
dos pequenos. Eles compararam a fala de mães quando
falavam com seus filhos e quando falavam com outros
adultos e encontraram alguns dados interessantes:

Ao dirigir-se ao bebê, as mães exageram as vogais e


modificam o trato vocal, mudando a postura de língua e
subindo a laringe.

Traduzindo: elas tentam parecer menores, para serem


menos intimidadoras e não agressivas aos bebês.

É uma tentativa de estabelecer uma interação com o bebê.


Eles perceberam que quando comparada com a fala
dirigida ao adulto, esse “babytalk” tinha algumas
diferenças que favorecem o aprendizado da língua
materna, como estruturas gramaticais simplificadas,
vogais exageradas, velocidade mais lenta, voz mais
aguda, afeto positivo elevado.

Os autores afirmam que essa é uma ferramenta


poderosa para o aprendizado linguístico das crianças.
Bem legal, né? Nós fazemos isso o tempo todo... e de
maneira totalmente instintiva!
8° mês de vida

O bebê por volta dos 8 meses normalmente grita


para chamar a atenção dos outros e não gosta que
mudem sua rotina.

Pessoas que ele não conhece e mudanças de lar,


nessa fase, pode causar um choque emocional e
será possível que ele fique mais inquieto, inseguro e
choroso. Nessa idade, não gosta de ficar quieto e
balbucia pelo menos 2 palavras.

Fica triste quando percebe que a mãe vai sair e que


ele não irá junto com ela. Atenção: olhar nos olhos
do bebê enquanto brinca e fala com ele é muito
importante para o seu desenvolvimento mental e
social!

No oitavo mês de vida, o bebê já pode se virar, tanto


para um lado como para o outro. Este marco é um
grande avanço e, ao mesmo tempo, aumenta
exponencialmente as situações de perigo, então
precisamos ficar mais atentos.

Eles pegam os objetos com a maior facilidade


graças à “pinça” que já podem realizar com o
polegar e o dedo indicador. O bebê com 8 meses
que não engatinha precisa ser avaliado
adequadamente por um profissional!
9° mês de vida

Os bebês aos 9 meses estão engatinhando e


podem se levantar.

A segurança em casa se torna uma questão


importante à medida que a curiosidade (e a
mobilidade) do bebê aumentam. Ele agora
responde ao nome, gosta de abraçar os membros
da família e pode mostrar timidez ou medo de
estranhos.

Jogos como “esconde/achou” certamente serão


um grande sucesso nessa idade! Atente-se
também a alguns marcos de linguagem e
comunicação:

1) Seu bebê ainda não fala... mas já se comunica de


verdade!

2) Aponta para as coisas com os dedos para pedir


o que quer ou compartilhar uma “novidade”.

3) Entende a palavra “não” e produz muitos sons


diferentes. Ele começa a copiar movimentos
corporais que vê e sons que ouve.

Olha só como seu filho se conecta com o ambiente


e as pessoas ao seu redor nessa idade:

Começa a se apegar a adultos que conhece.

Pode ter medo de estranhos.

Tem brinquedos favoritos que alcança frequentemente.


Aí vão 7 dicas para os 9 meses:

1° - Como seu bebê gosta de apontar, leia alguns livros


de quadro com fotos. Ele poderá mostrar no que está
interessado.

2° - Identifique os objetos que seu bebê percebe no


ambiente cotidiano ou em casa e nomeie-os. Isso
ajudará no desenvolvimento da fala e da
comunicação.

3° - Apoie e incentive seu bebê durante as brincadeiras.

4° - Siga os sinais do seu bebê, deixando-o assumir a


liderança durante os momentos de brincadeira.

5° - Ajude-o a desenvolver suas habilidades motoras


finas, dando-lhe pequenos objetos para pegar
enquanto estiver sob sua supervisão.

6° - Coloque seu bebê perto de móveis seguros para


que ele tente se levantar.

7° -Purês de frutas são boas pedidas para essa fase!


Fale com um nutricionista e o seu pediatra.
SINAIS DE
ALERTA
Você já deve ter ouvido: não compare seu bebê com o
bebê da vizinha! Cada um tem o seu tempo! Tudo isso é
verdade. No entanto, há alguns sinais de alerta que
devem chamar a atenção dos pais e dos educadores.
Por quê?

Porque as melhores chances de superação estão nos


primeiros anos da vida. Então, não tenha receio de
"pecar por excesso!''. O contrário pode custar muito a
você e ao seu filho.

Os primeiros meses
Nesta fase da vida do bebê, talvez não seja possível
fechar nenhuma hipótese, mas alguns sinais precoces
podem ser percebidos. Desse modo, é possível
direcionar alguma estimulação específica ou
acompanhamento para um futuro diagnóstico.

Na dúvida, sempre fale com um especialista!

Embora todos os bebês se desenvolvam de maneira


diferente, você deve conversar com seu pediatra ou um
especialista em desenvolvimento infantil se tiver 2
meses de idade:

Não consegue pegar o seio durante a amamentação ou


mamadeira.
Perde muito leite ou fórmula do lado da boca durante a
alimentação.
Não sorri para as pessoas.
Não leva as mãos à boca.
Não responde a ruídos altos.
Não rastreia pessoas e objetos enquanto eles se movem.
Não consegue manter a cabeça erguida enquanto está de
barriga para baixo.
Aos 4 meses

Seu bebê está se tornando mais social e se


movendo propositalmente. Os bebês dessa idade
adoram balbuciar, arrulhar, tocar e imitar os sons
que ouvem e os movimentos que veem. Você
perceberá que seus gritos começarão a soar
diferentes à medida que aprender a comunicar
fome, frustração, desconforto e sonolência.

Por isso, atenção se o seu bebê de 4 meses:

Tem dificuldade em mover um ou os dois olhos em


qualquer direção.

Não sorri para as pessoas.

Não leva as mãos à boca.

Não empurra com as pernas quando estiver em uma


superfície dura.

Não produz barulhinhos com a boca ou sons de


arrulhar.

Não consegue manter a cabeça erguida firmemente.

Aos 6 meses

Nesta fase, há muitas mudanças na vida do seu


bebê. Uma delas é a necessidade de um padrão
alimentar novo: a introdução de alimentos sólidos.
Alguns marcos sociais e motores são importantes e
bem claros e importantes.
Merece atenção se o seu bebê de 6 meses:

Não mostra afeto pelos pais ou cuidadores.

Não responde a sons próximos.

Não sorri.

Tem dificuldade em colocar as coisas na boca.


Não produz sons de vogal.

Parece muito flexível ou rígido.

Não consegue rolar em nenhuma direção.

Não tenta pegar objetos nas proximidades.

Aos 12 meses

Ah! Esse tempo que passa voando! As crianças nessa


fase já são mais ativas, curiosas e expressivas. Nessa
idade, seu filho pode começar a usar palavras, pode
ficar em pé sozinho e dar alguns passos. Para ajudar seu
pequeno a aprender e crescer, leia livros para o seu filho
e incentive muitas brincadeiras.
Merece atenção se o seu bebê de 12 meses:

Não rasteja.
Não procura objetos ocultos.
Não consegue ficar em pé sem ajuda.
Não aponta.
Não diz palavras simples.
Perdeu as habilidades que ela já teve.
O SONO
O cuidado com o sono do bebê faz parte dos hábitos
saudáveis. Com os saltos de desenvolvimento e picos de
crescimento, surgem muitas mudanças no corpo do
bebê e sua interação com o mundo vai se transformando.

Algumas mães ficam desesperadas e confusas, pois o


bebê que antes mamava num tempo determinado, tirava
as sonecas, de uma hora para outra começa a ficar mais
inquieto e chorar mais. Esses saltos fazem parte da vida
do bebê, e é importante que a mãe tenha sensibilidade e
esteja atenta à criança.

As noites de sono também sofrem alteração, pois a


percepção do bebê fica mais aguçada. A crise dos três
meses pode ser bastante intensa, mas calma! Ela passa!

A paciência dos pais é extremamente importante nesse


período, para que o bebê consiga aos poucos adaptar-se
a uma nova rotina, que incluirá tão logo a introdução
alimentar e menos mamadas.

Como em todas as áreas da educação infantil, é preciso


ter paciência, repetição, carinho e firmeza. Você irá
conduzir o sono do seu filho, mas é ele que deverá iniciar o
sono sozinho.

Educar o sono é o mesmo que ensinar a criança a andar:


ela observa como se faz. Primeiro fica em pé segurando
nos objetos, depois se arrisca a ficar em pé sozinha,
depois dá o primeiro passinho segurando na sua mão, até
que vai adquirindo confiança em si mesma e começa a
andar sem precisar mais da sua ajuda.

Mas para que isso aconteça é preciso que você solte a


mão dela em algum momento, certo? Que você confie na
criança, dando espaço para ela tentar.
Assim também funciona a educação do sono, aos
poucos vamos nos ausentando e dando espaço para que
a criança inicie o sono sozinha. Não tem mágica, não tem
segredo, tem dedicação, constância, carinho e firmeza!

Criança que dorme sozinha desenvolve independência,


se sente mais segura e confiante em si mesma. São
inúmeros os benefícios de ensinar os filhos a dormirem
sozinhos: e isso não quer dizer que você irá abandoná-lo
chorando e sem amparo.
Suplementação da mãe após o nascimento
A suplementação vitamínica pré e
pós-natal é de extrema importância
para a saúde da mãe e do bebê.
Especialmente se você estiver
amamentando, a suplementação é
essencial, já que nesse período há um
enorme gasto energético e a mãe
precisa de uma quantidade maior de
todos os nutrientes.

Algumas vitaminas e sais minerais


ajudam a prevenir complicações que
podem ocorrer no puerpério, como o
Baby Blues (falaremos mais pra frente), a
depressão pós-parto e entre outras
situações. O ideal é que você, por volta
da sexta semana de pós-parto, faça
toda sua triagem laboratorial e os
exames que seu nutricionista
materno-infantil solicitar.

Ômega-3
O ômega-3 é um poderoso anti-inflamatório natural. Ele
fortalece a imunidade e faz muito bem para o cérebro, pois
contém ácidos graxos que compõem a massa cinzenta. Dessa
forma, ele também apoia a saúde do cérebro e do sistema
nervoso do seu filho.

Essa substância é encontrada em peixes de água fria,


oleaginosas, chia, linhaça e azeite de oliva extravirgem, mas
pode ser suplementada com cápsulas de óleo de peixe, de
onde é extraído.

Cálcio
O cálcio é fundamental no desenvolvimento dos ossos do seu
bebê. É importante manter seus níveis desse mineral elevados, e
para isso você pode contar com a ajuda de suplementos, pois a
capacidade de absorver cálcio diminui com a idade.
Baby blues e depressão pós parto

Nos primeiros dias depois do nascimento do bebê, é


comum que a mãe se sinta irritada, triste e com
vontade de chorar, mesmo sem motivo. Mas esses
sentimentos podem ser intercalados com momentos
de muita alegria e satisfação.

Isso se deve a mudanças hormonais que acontecem


nessa fase. Esses hormônios vão se estabilizando no
organismo à medida que ele começa a produzir o leite
materno.

Essa condição é passageira e costuma desaparecer


até o final da segunda semana de vida do bebê,
principalmente se a mulher puder contar com o apoio
da família e das pessoas que convivem com ela. Não é
necessário nenhum tratamento médico para o baby
blues.

O que distingue o baby blues da depressão pós-parto


não é o tempo de duração, mas a intensidade dos
sintomas.
DEPRESSÃO PÓS-PARTO BABY BLUES

É um transtorno do humor que inicia No baby blues, a mulher se sente


na gestação ou nas primeiras seis mais sensível, insegura e cobrada
semanas após o parto, podendo porque ela gostaria de estar bem,
persistir por um ano ou mais. É uma mas o seu humor não está bom.
doença relativamente comum, que
acomete entre 10% e 20% das
mulheres.

A depressão materna pós-parto


aumenta o risco para a interrupção Pode surgir logo após as primeiras
precoce do aleitamento materno. Por 24 horas do parto e some
outro lado, a amamentação é completamente por volta do quinto
considerada um fator de proteção dia. Também pode aparecer no
para a manifestação da depressão primeiro mês após o nascimento
pós-parto. Ou seja, o desmame pode do bebê e pode durar de duas
piorar ou mesmo desencadear a semanas a 30 dias.
depressão.

Uma mulher com depressão


pós-parto pode apresentar
ansiedade e/ou irritabilidade, perder
a capacidade de sentir prazer, dormir Não atrapalha o funcionamento da
mal, sentir-se sempre cansada e vida da mulher e apesar de estar
desanimada, sentir-se culpada, ter o melancólica, ela consegue fazer
apetite diminuído, não sentir vontade suas atividades rotineiras.
de ter relações sexuais e, inclusive,
pode chegar a pensar em suicídio. A
mulher não consegue cuidar da
criança de forma satisfatória e pode
não conseguir amamentar.

Se essa tristeza se prolongar para Ao mesmo tempo em que a mãe


além do primeiro mês, existe a está feliz e tem um vínculo com o
possibilidade de que a mulher esteja bebê, sente ansiedade, tristeza e
com depressão pós-parto. vontade de chorar sem motivo.

Essa é uma condição que requer


tratamento médico imediato. Se não
tratada, essa doença pode trazer
importantes prejuízos na interação
entre mãe e bebê e na formação do
vínculo afetivo, além de inseguranças
no cuidado com a criança, podendo
afetar significativamente a saúde da
criança
Desmame e desfralde: regras gerais

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que os


bebês sejam amamentados única e exclusivamente por leite
materno pelo menos até os seis meses de idade. Após essa
fase, outros alimentos podem ser oferecidos progressivamente,
mas mantendo-se o leite materno como único alimento lácteo
até a criança completar dois anos de idade.

Assim como a criança aprende a sentar, engatinhar, andar e


falar, desmamar também é algo que fará parte do aprendizado
dela. Não existe uma regra única sobre o momento ideal do
desmame.

Há casos em que a criança perde o interesse pelo peito ou


mesmo prefere outras alternativas na alimentação. A
recomendação é que o desmame ocorra de forma natural ou,
se for intencional, a dica é que seja gradual.

A mãe pode iniciar tirando uma mamada por vez, de forma


gradual, deixando por último a da noite, antes de dormir.

Agora...vamos para o DESFRALDE!


O desfralde não depende exclusivamente da idade cronológica
da criança. Estudos mostram que a maioria das crianças está
apta neurologicamente entre 18 e 36 meses.

É importante que se assuma uma postura facilitadora a partir


dessa faixa etária (mostrando nossos hábitos e verbalizando
sobre o que está acontecendo). Os sinais de prontidão vão
auxiliar bastante na identificação do momento certo! Alguns
sinais são:

1) A criança avisa que fez ou que está fazendo xixi/cocô.


2) A criança demonstra desejo por autonomia.
3) Fica incomodada com a fralda suja.
Introdução alimentar

A introdução alimentar pode gerar muitas expectativas nos


pais e é muito comum que o bebê não as corresponda,
comendo menos que o esperado ou até mesmo recusando
muitos alimentos. E isso, na verdade, é o natural.

O bebê está começando a explorar o mundo dos alimentos,


então é importante deixar que ele toque nos alimentos, cheire
e se “suje”... faz parte do processo! Mesmo que ele não coma, (o
que, nas primeiras vezes, é o mais certo que ocorra) é
importante essa estimulação multisensorial.

Ofereça alimentos naturais e saudáveis, orgânicos se


possível, e não industrializados. Há grupos alimentares, como
legumes, tubérculos, raízes, leguminosas, folhas, carnes e
ovos, frutas e cereais.

Cada alimento deve ser oferecido de forma oportuna e de


acordo com a orientação do pediatra e nutricionista. Na
introdução alimentar, comece com um grupo alimentar por
vez, e varie os alimentos dentro do mesmo grupo.

Dessa forma a criança sempre terá contato com diferentes


texturas e sabores! Uma dieta equilibrada e rica em nutrientes
e sabores é essencial para o bebê.
Dê o exemplo!
A criança aprende pelo exemplo, e isso muitas vezes
significa recomeçar o seu relacionamento com a
comida. Se for preciso, uma reeducação alimentar de
toda a família.

Persevere!
Você deu um determinado alimento ao seu bebê e ele
cuspiu? Calma, sem desespero. É natural que o bebê
jogue para fora o alimento, quando ele faz isso está
imitando o movimento da sucção utilizado na mamada
até então. Esse reflexo chama-se reflexo de protrusão da
língua. Caso o bebê rejeite sempre o mesmo alimento,
tente fazê-lo de diferentes formas e apresentações:
ralado, cozido, assado.

Nunca, jamais, force!


Frases como “Só ganha sobremesa se raspar o prato''
ou “Se não comer tudo não sai da mesa!” não ajudam
em nada. Na verdade, chantagens só fazem atrapalhar.

Lembre-se que na introdução alimentar a criança está


construindo a sua relação com a comida, que será algo
importantíssimo no futuro! Quando forçamos os
alimentos, criamos algo negativo.

A criança pode criar traumas com o alimento e isso virar


uma bola de neve, com dificuldade e seletividade
alimentar futuras. Isso causa angústia na família toda,
mas acredite: você não está só.

É importante procurar ajuda se certas recusas se


prolongarem para além de um ano de idade.
Edinizis Belusi
Fonoaudióloga pela USP, mestre em
linguística pela UnB. Atua
primordialmente com intervenção
precoce intensiva e nas alterações
do desenvolvimento há sete anos.
Pesquisadora do desenvolvimento
infantil, tem atuado no
desenvolvimento de ferramentas de
acompanhamento do
desenvolvimento.

Especializada em análise aplicada do comportamento,


possui formação no modelo Denver de intervenção
precoce (ESDM-UC Davis) e para diagnóstico de TEA
(ADOS-II). Tem vasta experiência no
acompanhamento e avaliação do
desenvolvimento infantil e na orientação e
treinamento de pais e profissionais em todo o Brasil.
Tato
Desenvolvimento
infantil

Nossa missão é proporcionar para as


crianças uma plena estimulação do
desenvolvimento, especialmente para as
que tenham alguma alteração no
desenvolvimento normal e capacitar os pais
a serem os primeiros a identificar essas
alterações e intervirem. Promover
informação confiável e recursos técnicos
para que as famílias sejam
instrumentalizadas para identificar
precocemente as alterações em seus filhos e
estimular o seu desenvolvimento.

Tato Desenvolvimento
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(14) 99711-9450

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